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O livro de Role-playing game

1. NONATO E LIMA 2008 p 198 Lendo As we may think dif cil afirmar que o engenheiro militar estivesse t o preocupado com os escritores mas certamente o estava com as formas de registro da informa o RIBEIRO 2008 p 47 Bush preocupava se com o registro da informa o de modo diferente que Otlet Por m ambos queriam que seu usu rio tivesse acesso ao maior n mero de informa o no menor tempo poss vel como em um hipertexto Ribeiro 2008 traz uma explica o do funcionamento do Memex de acordo com o pr prio artigo de Bush Ele diz que Bush j idealizava o que mais adiante chamou se janela Para Bush era a possibilidade de a informa o ser disposta em diversas posi es de proje o O usu rio se o quisesse poderia deixar um item posicionado enquanto requisita outro numa perfeita atitude de quem l extensivamente e compara enquanto estuda Bush ainda dizia que podem se adicionar notas e coment rios nas margens tirando proveito de um poss vel tipo de fotografia seca e ainda arranj los de tal forma que se organizem em estilo de esquema como empregado hoje na telautografia vista em salas de espera de estradas de ferro assim como se o usu rio tivesse a p gina f sica diante dele A adi o de notas e os coment rios nas margens d o a medida exata do que realmente se propunha at ali n o a edi o do texto em si mas a possibilidade de dialogar com ele margem
2. O sistema de regras serve para determinar um limite aos jogadores e ao mestre como j dito O prop sito das regras definir o que pode ser feito do que o que tem que ser feito As regras mant m a cria o do grupo unida e evita que se torne apenas uma comiss o 1155 ca tica SHICK 1991 p 11 tradu o nossa grifo do autor O que n o impede que os pr prios jogadores criem seu pr prio sistema de jogo no qual eles podem pegar elementos de outros sistemas ou se unirem para criar um sistema completamente novo 3 1 2 Cria o Ap s obter os dados para criar aquele grupo e determinar como ser o realizados os jogos quais regras ser o utilizadas e em que realidade se passar a partida cabe ao mestre e neste caso normalmente apenas ele criar o jogo O mestre pode por exemplo observar estas vari veis referidas por Schick 1991 e Se os jogadores t m diferentes objetivos se v o agir juntos ou um contra o outro um jogo tem que ter um rbitro ou assistente para gerenciar seus oponentes descrever o cen rio e fazer decis es sobre as regras e Se cada jogador tiver uma miniatura esta pode represent lo e Personagens podem ser usados de novo e de novo e sess es de jogo individuais podem ser ligadas em uma campanha cont nua que conte a hist ria atrav s do tempo e Seo cen rio n o estiver centrado num local nico ent o os jogadores poder o ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa o qu
3. e Pathfinder Roleplaying game Este ltimo uma obra recente no mundo do RPG por m tr s em seu conte do a for a que Dungeons amp Dragons 3 ed trouxe do mesmo modo como a escolha de duas obras de Vampiro j que sua edi o de anivers rio revive a mais utilizada de suas edi es como ser relatado a frente Os livros n o foram observados individualmente tendo seus elementos verificados em separado As obras foram vistas como um todo e seus elementos analisados por seu conte do e signific ncia podendo assim gerar uma an lise mais abrangente dos elementos contidos nos livros de RPG como identidade pr pria 16 2 LIVRO ALGUNS CONCEITOS Livro uma publica o n o peri dica impressa contendo um m nimo de 49 p ginas excluindo se as capas Esta conceitua o dada pela UNESCO 1965 tradu o nossa retrata as condi es para que um documento seja considerado oficialmente um livro entretanto um livro de verdade muito mais que um punhado de p ginas com regras formais de ordena o O livro um artefato que acompanha a humanidade h mil nios documentando seu conhecimento de forma livre ou n o Alguns autores como Silveira 2008 p 13 apud BARROS 2012 p 19 pensam no livro como um objeto n o uma obra liter ria A obra liter ria de escritores pesquisadores publicadores O livro de artistas artes os editores Por m tal pensamento n o un nime Pinheiro 2
4. o Um documento que possua por exemplo uma tabela uma imagem e uma nota al m do texto numa p gina ou se o mais um hipertexto que outro que tenha apenas um sum rio em seu in cio com refer ncias no final Os sistemas de hipertextos consistem em uma abordagem de estrutura o e manipula o de textos NONATO LIMA 2008 p 198 Quanto maior a gama de possibilidades dispon vel pelo texto mais hipertextual ele se torna Enfim talvez possa se dizer que todos os textos s o hipertextuais por m h diferentes graus de hipertextualidades contidas em cada obra Vale diversificar que o hipertexto apesar de defendido por muitos n o unicamente digital importante lembrar que o hipertexto surge com a cultura e n o com as novas tecnologias A literatura impressa est cheia de exemplos hipertextuais inclusive na comunica o cient fica pr diga em cita es notas de rodap FREIRE 2003 p 130 86 Figura 5 3 Composi o do sistema de hipertexto INTERFACE APRESENTADA AO REDE HIPERTEXTUAL USU RIO Fonte Nonato Lima 2008 p 199 Os componentes b sicos de um hipertexto s o os n s e as liga es Os n s podem ser descritos como unidades de informa o em um hiperdocumento que podem conter um ou mais tipos de dados tais como textos figuras sons fotos entre outros As liga es s o marcas que conectam um n ao outro VILAN FILHO 1994 apud PEREIRA 1998 p 34 A im
5. ainda um tema em aberto muitos estudos ainda vir o O livro de RPG uma obra em constante mudan a por trabalhar em cima do social a interpreta o o objetivo prim rio secund rio e terci rio para ent o a informa o contida tornar se objetivo de consulta 102 REFER NCIAS ACHILLI Justin BAILEY Russel MCFARLAND Matthew WEBB Eddy Vampire The Masquerade 20 anniversary edition Canad White Wolf 2011 CAMPOS Maria Luiza de Almeida As cinco leis da biblioteconomia e o exerc cio profissional Dispon vel em lt http www conexaorio com biti mluiza index htm gt Acesso em 25 fev 2014 ANDRADE Fl vio Possibilidades de uso do RPG Dispon vel em lt http www historias interativas nom br educ rpgtese htm gt Acesso em 23 set 2013 AONUMA Eiji The Legend of Zelda Hyrule historia Milwaukie Dark Horse 2011 272 p ARA JO Emanuel A Constru o do livro Princ pios da t cnica de editora o 2 Ed S o Paulo UNESP 2008 674 p ASSMAN Hugo A metamorfose do aprender na sociedade da informa o Ci Inf Bras lia v 29 n 2 p 7 15 maio ago 2000 ASSOCIA O BRASILEIRA DE NORMAS T CNICAS NBR 6023 Informa o e documenta o Refer ncias Elabora o Rio de Janeiro 2002 Dispon vel em lt http www habitus ifcs ufrj br pdf abntnbr6023 pdf gt Acesso em 15 mar 2014 NBR 6028 Informa o e documenta o Resumo Apresenta o Rio de Janeiro 2
6. es de leitura comunit ria quando o texto lido em voz alta muitas vezes em meios muito movimentados e barulhentos como os eventos de RPG Podemos pensar que estes gestos de leitura recuperam aspectos do in cio da hist ria da leitura quando esta era uma experi ncia coletiva e oral Al m disso um jogo que transcorre calcado no discurso na tradi o oral no di logo e troca de ideias Ou seja os jogadores ficam sentados em volta de uma mesa por quatro ou at dez horas conversando Mesmo o mais convicto dos t midos acaba sendo envolvido Neste aspecto o RPG um importante elemento de comunica o Jogar leva naturalmente a uma maior facilidade de se comunicar e de expressar pensamentos O RPG cont m uma narrativa nica definida por Sodr 1988 p 75 apud KLIMICK 2006 p 5 a qual um discurso capaz de evocar atrav s da sucess o temporal e encadeada de fatos um mundo dado como real ou imagin rio situado num tempo e num espa o determinados Como uma imagem a narrativa p e diante de nossos olhos nos apresenta um mundo O RPG pode ent o ser visto como uma narrativa hipermidi tica texto escrito imagens e a narra o do Mestre e representa o das personagens pelos jogadores onde a disponibilidade instant nea de possibilidades articulat rias permite uma reconfigura o constante da obra atrav s das interven es de cada participante Os elementos presentes no livro b sico e na pr pria pr tica do RP
7. o contidas nestas obras e talvez ainda mais importante o meio de utiliza o destas fez com que o texto evoluisse e se hipertextualizasse em grande escala O hipertexto permite que o livro seja consultado em qualquer ordem e como um livro de consulta r pida torna se a ferramenta essencial para o livro de RPG Do mesmo modo a fragmenta o da informa o faz com que o c rebro humano absorva melhor as ideias simultaneamente Isto quer dizer que num hipertexto as informa es n o s o absorvidas de forma linear umas ap s as outras mas de forma simult nea e fragmentada de modo similar ao funcionamento do c rebro humano BETTOCCHI 2003 p 7 O pr prio jogo de RPG uma narrativa hipermidi tica como mostrado por Klimick 91 o RPG pode ent o ser visto como uma narrativa hipermidi tica texto escrito imagens e a narra o do Mestre e representa o das personagens pelos jogadores onde a disponibilidade instant nea de possibilidades articulat rias permite uma reconfigura o constante da obra atrav s das interven es de cada participante Os elementos presentes no livro b sico e na pr pria pr tica do RPG ilustra es textos linguagem corporal e verbal s o janelas ou links de informa o para o jogador sobre a ambienta o onde ser o constru das suas pr prias hist rias KLMICK 2006 p 5 Deste modo seus livros tem que seguir o mesmo preceito Uma obra est tica n o forneceria fontes
8. Lenda porque aos textos que se entrela am se agregam peda os nicos formatados pela narra o de diferentes leitores seguindo caminhos alternativos e com diferentes inten es O hipertexto lend rio pois qualquer seja o seu n cleo de inten o representar sempre a soma do que dele se diz ou se pensa de acordo com seus diferentes percursos BARROS 2007 Este trecho do texto de Barros demonstra que o hipertexto possui um texto nico um n cleo uma base Entretanto como o pr prio autor diz o hipertexto como uma lenda em que s o adicionados a ele outros contos observa es que levam a outras lendas a outros caminhos novas trilhas para o usu rio trilhar isto se for de sua vontade O hipertexto que nada mais do que a apresenta o da informa o de uma maneira n o linear MONTEIRO 2000 p 29 primeiramente notado em grande massa na antiga biblioteca de Alexandria 290 a C onde os alexandrinos criaram uma criteriosa normaliza o para as suas edi es que al m de apresentar sum rio ndice gloss rio e tabelas explicativas tamb m catalogavam revisavam e comentavam as obras ARA JO 1995 apud MONTEIRO 2000 p 26 E todos estes elementos permitiam ao leitor uma nova leitura uma escolha de onde come ar e seguir com o texto Todos estes elementos indicavam novos pontos de leitura ao 73 usu rio que poderia ou n o segui los Contudo o suporte da leitura n
9. a Avalon Hill jogos eram fabricados e em larga escala Mas existe muito mais do que sua influencia no mercado de jogos e uso das tabelas de resolu o na mec nica dos jogos de RPG no trabalho da Avalon Hill pois em 1972 ela lan a o Outdoor Survival um jogo de sobreviv ncia em ambiente selvagem onde escoteiros tem que enfrentar encontros com animais selvagens sede fome e outras adversidades esse jogo foi importante por causa de seu mapa hexagonal que era usado pelos primeiros jogadores de Dungeons amp Dragons para representar o terreno de jogo e seu movimento atrav s de terras selvagens alem das regras de movimenta o e racionamento das refei es de viagens hoje conhecidas no Brasil como kit do aventureiro feliz BASTOS 2011 3 4 Anos 1980 Zelda e Final Fantasy Como j foi dito o RPG nasceu em meados dos anos 1970 e seu sucesso imediato fez com que outras m dias investissem no tema A maior escala veio nos videogames De acordo com Mackay 2001 os RPGs e os jogos de aventura rodados em computador ou videogames devem sua exist ncia aos RPGs de mesa Para o autor uma s rie de situa es favoreceu o desenvolvimento dos Computer Role playing Games CRPGs que podem ser concebidos como produto do progresso nas linguagens de programa o de computadores e o RPG de mesa particularmente Dungeons amp Dragons e seus desenvolvimentos SILVA 2008 p 48 Em 1981 fora lan ado para arcade mais conhecidos
10. a interpreta o de uma v rgula em um texto elemento de uma microrrede de documentos caso se trate de um tratado internacional pode repercutir na vida de milh es de pessoas na escala da macrorrede social 4 Princ pio de exterioridade A rede n o possui unidade org nica nem matar interno Seu crescimento e sua diminui o sua composi o e sua recomposi o permanente dependem de um exterior indeterminado adi o de novos elementos conex es com 83 outras redes excita o de elementos terminais captadores etc Por exemplo para a rede sem ntica de uma pessoa escutando um discurso a din mica dos estados de ativa o resulta de uma fonte externa de palavras e imagens Na constitui o da rede sociot cnica interv m o tempo toda elementos novos que n o lhe pertenciam no instante anterior el trons micr bios raios X macromol culas etc 5 Princ pio de topologia Nos hipertextos tudo funciona por proximidade por vizinhan a Neles o curso dos acontecimentos uma quest o de topologia de caminhos N o h espa o universal homog neo onde haja for as de liga o e separa o onde as mensagens poderiam circular livremente Tudo que se desloca deve utilizar se da rede hipertextual tal como ela se encontra ou ent o ser obrigado a modific la A rede n o est no espa o ela o espa o 6 Princ pio de mobilidade dos centros A rede n o tem centro ou melhor possui permanentemente div
11. as sua dimens o reticular ou n o linear favorece uma atitude explorat ria ou mesmo l dica face ao material a ser assimilado portanto um instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa L VY 1998 p 40 E n o apenas auxiliam o aprendizado mas tamb m ensinam ao leitor como trilhar novos caminhos e com isso como questionar de novos modos de diferentes ngulos Levy 1988 p 66 garante que os hipertextos de aux lio intelig ncia cooperativa garantem o desdobramento da rede de quest es posi es e argumentos ao inv s de valorizar os discursos das pessoas tomados como um todo J que a representa o hipertextual faz romper a estrutura agon stica das argumenta es e contra argumenta es Como num debate tamb m no hipertexto n o mais cada um na sua vez ou um depois do outro mas sim uma esp cie de lenta escrita coletiva dessincronizada desdramatizada expandida como se crescesse por conta pr pria seguindo uma infinidade de linhas paralelas e portanto sempre dispon vel ordenada e objetivada L VY 1998 p 66 85 5 3 O trabalho do hipertexto Como j foi visto o hipertexto qualquer texto que tenha alguma esp cie de n o linearidade e acessos m ltiplos para o usu rio Claro que neste ponto basicamente qualquer texto possui esta qualidade j que a maioria destes possui alguma ferramenta que possa facilitar o acesso do usu rio a outro ponto desejado sem a necessid
12. como faziam outros leitores de outros dispositivos RIBEIRO 2008 p 55 9 p 272 Ka Fonte Dias 199 O Memex seria capaz de assimilar v rios itens para acesso r pido ao seu usu rio permitindo tamb m que o leitor percorresse o caminho que quisesse para pesquisar seu acervo maneira dos sum rios em tempos mais remotos estava a a descri o de um mecanismo de selecionar e buscar RIBEIRO 2008 p 53 Claramente outra liga o hipertextual antes do nascimento do conceito do hipertexto Bush acrescenta ainda que ao ligar v rios itens exatamente como se os itens 2 f sicos tivessem sido reunidos para formar um livro E mais que isso j que qualquer item 79 pode ser ligado a in meras trilhas BUSH 1945 apud DIAS 1999 p 272 tradu o do autor Uma ideia semelhante de Otlet e seu princ pio monogr fico O Memex portanto permitiria o acesso r pido e n o linear a diversas unidades individuais de informa o multimidia relacionadas por meio de liga es DIAS 1999 p 272 Mais tarde na d cada de 1960 Ted Nelson e outros pesquisadores da Universidade de Brown desenvolveram um sistema de hipertexto chamado Xanadu que foi moldado a partir da cria o de um ambiente liter rio unificado Ted Nelson foi ainda o respons vel pela cunhagem do termo hipertexto ele o definiu como sendo uma combina o de texto em linguagem natural com a capacidade do computad
13. desde sua cria o de livros tutoriais que ensinam como jogar o jogo como livros de regras e manuais de instru es Por m com o tempo estes livros ganharam modela es pr prias utilidades nicas e diferentes de apenas instruir regras e objetivos O tema foi selecionado pela familiaridade do autor com suas obras tamb m pela conex o e pelo uso destas na pr tica A observa o do elemento hipertextual sendo utilizado junto e favorecendo na interpreta o ao criar se o jogo e jog lo atraiu a aten o e a vontade de estudo A ideia de trabalhar sobre o RPG existia desde o ingresso no curso de biblioteconomia por m pela falta de conhecimento na rea o modo em que seria trabalhado o tema ainda era desconhecido Com o tempo e conhecimento adquirido foi decidido como seria realizado o estudo voltado este para os livros de RPG per se Normalmente um livro de RPG cont m a descri o da ambienta o e um sistema de regras Em geral este o m dulo b sico que pode vir a ser ampliado em publica es complementares chamadas complementos ou suplementos BETTOCCHI 1999 p 6 As ambienta es podem ter as mais variadas inspira es fantasia mitologia hist ria fic o cient fica cinema hist rias em quadrinhos seriados de TV literatura realidade cotidiana poss vel qualquer tipo de combina o e muitas vezes um sistema de regras para uma dada ambienta o pode ser usado para outra ambienta o e vice v
14. dia Document ria era composta por Dossi s Enciclop dicos Document rios Estes eram formados por partes de documentos reunidos em pastas classificadas por assunto permitindo ao usu rio ter no o sobre a totalidade das informa es sobre determinado assunto sob todos os pontos de vista OTLET 1934 p 409 A Enciclop dia Document ria era formada tamb m pelos Repert rios Enciclop dicos de Fichas que se diferenciavam dos Dossi s apenas pelo formato este repert rio era composto de recortes ou c pias de publica es e de anota es feitas sobre as fichas e folhas padronizadas Al m dos dois anteriores constitu am a Enciclop dia Document ria os materiais especialmente produzidos para serem a ela incorporada SANTOS 2007 p 57 O Livro Universal seria um livro totalmente hipertextual no qual o usu rio consultaria o que quisesse do ponto que quisesse E hipermidi tico tamb m pois nele estariam contidos outros tipos de m dia al m da escrita O Livro Universal pode tamb m ser tomado como a origem da internet considerando que Otlet pretendia dar acesso a todos os dados do homem a todos os homens em qualquer lugar por meio das bibliotecas e unidades informacionais a pis E x A Os repert rios desenvolvidos n o eram por m compostos apenas por fichas bibliogr ficas e pelos textos em si pois a eles foram acrescentadas ilustra es quadros esquem ticos e tabelas SANTOS 2007 p 59 Seu plano era de su
15. etc A sua consulta faz se apenas para obter essa ajuda ou informa o sobre determinada mat ria obra de refer ncia obra de consulta FARIA PERIC O 2008 grifo nosso Cole o de refer ncia reference book reference collection reference library reference stacks reference work BIB 1 Conjunto de livro e outras esp cies document rias mantido em separado e dispon vel para consulta indireta livros de refer ncia obras de refer ncia 2 Trata se em geral dos documentos para consulta indicativa conservados em setor pr prio da biblioteca N o podem ser emprestados para consulta externa biblioteca de refer ncia lt obras de refer ncia CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso As obras de refer ncia em geral s o feitas para facilitar a busca sobre determinado assunto portanto possui sem d vida ferramentas para auxiliar o usu rio a encontrar a informa o desejada por m dificilmente ter qualquer hist ria ou regras Manual Tratado sobre determinado assunto que cont m informa o precisa de tamanho pequeno pr tico para levar na m o comp ndio livro port til Livro sempre m o roteiro para uso pr tico em sentido mais restrito livro escrito para profissionais e que serve como revis o e refer ncias constantes Por vezes o manual tal como o tratado uma obra coletiva de uma equipe de especialistas cada um dos quais tomou a seu cargo um tema especial da mat ria nele desenvolvida Livro em que
16. gicos e com o objetivo de planejar guerras do que divers o O primeiro clube de jogos de guerra n o militar registrado veio mais de um s culo depois Segundo Mackay 2001 o primeiro jogo de guerra Kriegspiel foi criado em 1811 por um oficial prussiano chamado Herr von Reiswitz e seu filho os quais modificaram uma vers o de um jogo de nome War Chess Xadrez de Guerra criado 30 anos antes SILVA 2008 p 28 Em 1898 criado por Fred T Jane localizado em Oxford Inglaterra criou o primeiro clube de wargames e nele um jogo com regras ficcionais de combates hist ricos navais sua paix o tal jogo ficou conhecido como Jane s Fighting Ships A simples forma o desse novo tipo de clube tem um papel singular na hist ria dos RPGs aqui come am a se delinear as bases dos wargame clubs como a International Federation of Wargaming e a Castle amp Crusade Society bra o da IFW grupo ao qual eram associados os homens e as mentes das quais surgiram o Chainmail e posteriormente o D amp D O escritor jornalista e engenheiro Robert L B Stevenson mais conhecido no mundo por sua contribui o ao campo da literatura como os famosos trabalhos A Ilha do Tesouro e o M dico e o Monstro mas o que poucas pessoas sabem que ele tamb m foi um importante colaborador para o hobby dos wargames lan ando na revista Scribner s Magazine uma revista ilustrada que n o era um peri dico do hobby o primeiro conjunto
17. hipertextual A indexa o pode assim ser dividida em duas etapas an lise de assunto e tradu o dos conceitos nos termos de uma linguagem de indexa o UNISIST 1981 apud NONATO LIMA 2008 p 200 Estas duas etapas s o decis rias na constru o do hipertexto pois 88 determinar o o significado e quais conceitos ser o utilizados naquele texto Uma escolha certa de termos n o deixar o usu rio perdido mas sim interessado em navegar naquela obra Um bom exemplo desta situa o s o as enciclop dias que possuem v rias refer ncias numa mesma informa o e ainda prov m o conhecimento necess rio quela busca Em contrapartida muitos sites pecam neste atributo pondo um excesso de informa o e que muitas vezes sequer tem a ver com o tema principal da p gina servindo apenas para confundir o leitor ou para gerar propaganda para seu site Ao indexar segundo Pereira 1998 p 33 o autor deve considerar aspectos relativos ao uso da linguagem do l xico dos conte dos sem nticos bem como aqueles relativos ao contexto do texto que ele est criando Um texto seja ele hiper ou n o varia mais na interpreta o do que na cria o pois continuando o texto de Pereira ele afirma que as experi ncias do usu rio baseiam se em suas fun es afetivas e cognitivas portanto seu n vel de interpreta o estar alocado naquela faixa As condi es afetivas referem se a v rios fatores respons veis
18. necessidade de uma capacidade intelectual ou conhecimento cultural n o exclui a possibilidade dos jogadores novatos se tornarem mestres de mesa Estes podem trazer inova es e ganhar experi ncias mas tudo depende do grupo que est com ele e de sua vontade de experimentar Este novato pode seguir uma aventura pr escrita seja pelo mestre ou comprada para facilitar sua nova experi ncia e esta sempre ser uma nova jornada pois mesmo que as personagens e o roteiro b sico da hist ria sejam os mesmos a intera o dos jogadores entre si e com o narrador impede que duas sess es de RPG sejam rigorosamente iguais BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 10 Um mestre de jogo deve estar pronto para mudar todo o seu roteiro a qualquer momento mas tentar seguir suas ideias Essa linha t nue entre ser rigoroso n o permitindo modifica es por parte dos jogadores e dar total liberdade o que exige da experi ncia do mestre Esta situa o pode ser comparada a um stand up em que o comediante tem que manter o tema da pe a mas h de ser capaz de mudar o tipo de piadas de acordo com sua plateia Rognli 2004 p 150 afirma que o primeiro passo para o mestre definir a ideia do jogo numa vis o e esta ideia deve ser explorada sob as inten es e expectativas de seus Jogadores O mestre por m n o apenas ele pode buscar inspira o para sua hist ria ou a hist ria de seus personagens em arqu tipos b sicos Para uma aventu
19. o da Organiza o Mundial da Propriedade Intelectual OMPD significa a soma dos direitos relativos s obras liter rias art sticas e cient ficas s interpreta es dos artistas int rpretes e s execu es dos artistas executantes aos fonogramas e s emiss es de radiodifus o s inven es em todos os dom nios da atividade humana s descobertas cient ficas aos desenhos e modelos industriais s marcas industriais comerciais e de servi o bem como s firmas comerciais e denomina es comerciais prote o contra a concorr ncia desleal e todos os outros direitos inerentes atividade intelectual nos dom nios industrial cient fico liter rio e art stico 116 ANEXO C IMAGENS HIST RICAS RELACIONADAS AO RPG Figura C 1 H G Wells o roteirista e cientista jogando wargame Fonte Propriedade do autor Figura C 2 O Little Wars a b blia dos wargames de cria o de Wells Todas ur Apipumis om Kricespbel P By H G Wells Wiri an Imtrosuction by Afichaci J Variola mui a Foreword by Gary Gygax Fonte Propriedade do autor 117 Figura C 3 Robert ErwinHoward e seu Conan o b rbaro Fonte Propriedade do autor 118 Figura C 5 Clive Staples Lewis e seu Cr nicas de Narnia O Le o a Feiticeira e o Guarda roupa C S LEWIS As Cr nicas de N rnia Fonte Propriedade do autor Figura C 6 Imagem da Federa o Internacional de Wargamers criada com o aux lio
20. o est longe da verdade por m este trabalho pretende demonstrar diferen as entre esta simples an lise e a avalia o que pode ser feita De fato em sua cria o em 1974 os livretos que eram contidos no primeiro RPG Dungeons and Dragons n o passavam disso simples folhetins contendo as regras de jogo Por m a evolu o art stica na rea e a competi o entre as empresas fizeram com que os meros manuais obtivessem caracter sticas vindas de outros tipos de livros como livros de romances ou guias Ademais estas evolu es ocasionaram por criar nos livros de RPG alguns elementos como o hipertexto Normalmente um livro de RPG cont m a descri o da ambienta o e um sistema de regras Em geral este o m dulo b sico que pode vir a ser ampliado em publica es complementares chamadas complementos ou suplementos As ambienta es podem ter as mais variadas inspira es fantasia mitologia hist ria fic o cient fica cinema hist rias em quadrinhos seriados de TV literatura realidade cotidiana poss vel qualquer tipo de combina o e muitas vezes um sistema de regras para uma dada ambienta o pode ser usado para outra ambienta o e vice versa BETTOCCHI 1999 p 6 Este formato descrito por Bettocchi o formato b sico de um suporte de RPG Cada empresa ou sistema possui suas pr prias varia es nicas e que tamb m se aprimoraram com o tempo Estes livros utilizam se muito das fun es gr
21. p 4 A opera o elementar da atividade interpretativa a associa o dar sentido a um texto o mesmo que lig lo conect lo a outros textos e portanto o mesmo que construir um hipertexto sabido que pessoas diferentes ir o atribuir sentidos por vezes opostos a uma mensagem id ntica L VY 1998 p 72 De acordo com Bettocchi consideramos quatro caracter sticas do RPG que o distinguem em termos de linguagem tecnologia e frui o de outros tipos de jogos e de outras maneiras de se contar uma hist ria socializa o interatividade narrativa e hiperm dia BETTOCCHI 2008 p 5 grifo nosso 93 Estas caracter sticas tem que ser passadas ao livro Portanto o livro de RPG tem a obriga o de ser hipertextual para que possa passar sem gerar d vidas estes elementos a seus usu rios para que estes possam desfrutar da mec nica do jogo e como dito acima socializar interagir e narrar Numa mesma vis o hipermidi tica Andrade 2013 diz que na pr tica o RPG se caracteriza como mais um g nero de jogo um amplo universo l dico que abriga dezenas de jogos diferentes todos unidos por um elemento em comum a interpreta o de um personagem Do mesmo modo que o hipertexto faz com outros documentos ao abrig los em torno de um documento central principal o RPG al m da sua caracter stica hipermidi tica que enfatiza a multiplicidade de est mulos e respostas e a dilui o de front
22. Da mesma forma as cores carregam em si c digos simb licos que podem depender n o somente da percep o visual mas tamb m do acervo cultural do indiv duo As rela es de propor o e o uso da perspectiva podem informar sobre determinadas circunst ncias psicol gicas hist ricas e sociais Tanto a manipula o quanto a percep o dessas informa es varia de acordo com a poca e a situa o social em que se inserem artistas e espectadores Desta maneira se desenvolvem ao longo da hist ria diferentes id ias de arranjo da composi o os estilos de representa o geom trico cl ssico naturalista maneirista barroco impressionista expressionista etc ARGAN 1968 apud BETTOCCHI 2000 p 3 Assim como j foi dito os valores do autor querendo ele ou n o passam para seu texto independente dele ser um erudito ou apenas um mercador que registra entrada e sa da de barcos sua viv ncia marcada em sua escrita Claro que para a sobreviv ncia do livro o fator essencial foi a sociedade O livro ou sua cultura n o sobreviveria em uma sociedade que fosse incapaz de receb lo n o implicitamente uma sociedade iletrada mas sim uma sociedade que n o tenha como objetivo crescer policiando as letras ci ncias ou artes O registro de dados n o impulsionaria a evolu o liter ria apenas manteria nota es de gado plantio ou neg cios tendo seus registros hist ricos e culturais desaparecidos do fluxo do tempo o qu
23. Foi dito que os primeiros livros eram folhetins e sim eram simples folhetins de regras contendo como se deveria jogar como eram todos manuais de jogos da poca principalmente os de wargames que foram sua fonte de origem Entretanto em 1977 a empresa resolveu expandir o mercado atingindo outros tipos de p blico assim o suplemento Monster Manual foi lan ado sob a forma de livro sem a tradicional caixa o que passaria a diferenciar o RPG dos jogos restritos ao p blico intantil ou aos amantes de jogos de guerra Esse suplemento foi seguido em 1978 pelo Player s Handbook e em 1979 pelo Dungeon Master s Guide vindo a constituir o conjunto b sico do Advanced Dungeons amp Dragons GODINHO 2002 p 41 Desde ent o tornou se uma tradi o a presen a de ilustra es na publica o de RPG Afinal onde existe uma ambienta o a ser representada a ilustra o fundamental n o 58 apenas como decora o ou refor o do texto mas como fonte de informa o complementar O manual dos monstros foi o primeiro livro de RPG a aparecer como um livro de capa dura e ele indicou o caminho da mudan a gradual dos RPGs de jogos encaixotados para o formato de livro SCHICK 1991 p 27 tradu o nossa Ao assumir a forma de livro o RPG come aria a ter que apresentar novos visuais afinal precisavam atrair compradores e destituir concorrentes O trabalho art stico melhorava a cada livro j que estas imagens devia
24. Livros de aventuras livro que contam aventuras fant sticas emocionantes Livros de contos livro que contam hist rias simples normalmente com ilustra es Livros de contos de fadas livros de personagens imagin rias normalmente infantis Livro ilustrado livros que cont m ilustra es para embelezar ou explicar o texto Livro jogo livro que conta uma aventura pr determinada para um jogador leitor apenas Livro de fic o livro que conta hist rias imaginativas como novelas e pequenos contos Livros de refer ncia obras de refer ncia livros que cont m informa es r pidas sobre determinados assuntos Manuais documento que cont m informa o sobre determinado assunto espec fico Normalmente port til 25 e Guia documento que pretende informar usu rios sobre certos servi os e funcionalidades aos usu rios reais e potenciais Estes foram os resultados obtidos nas pesquisas dos dois dicion rios j citados o Dicion rio de biblioteconomia e arquivologia de Cunha e Cavalcanti e o Dicion rio do livro da escrita ao livro eletr nico de Faria e Peric o excluindo apenas o livro jogo que resulta de buscas em outras fontes como os artigos e teses de Bettocchi e Klimick 2 3 Livros de RPG Os livros de RPG s o basicamente livros que acompanham e instruem os seus usu rios para o jogo de RPG Uma an lise simples verificaria sua fun o apenas como um manual ou guia de regras o que n
25. Um dos primeiros prot tipos de jogo foi o Tibia 1996 criado por tr s estudantes alem es Mas o MMORPG que parece ter popularizado o novo g nero foi Ultima Online 1997 Ambos foram os respons veis por difundir o termo Massively Multiplayer Na Cor ia do Sul os jogos comerciais estavam se tornando extremamente populares Nexus The Kingdom of the Winds criado por Jake Song come ou a ser comercializado em 1996 eventualmente batendo a marca de mais de um milh o de assinantes O jogo seguinte de Song Lineage 1998 foi um sucesso ainda maior Bateu na marca dos milh es de assinantes na Cor ia e em Taiwan dando ao seu desenvolvedor NCsoft a for a necess ria para se firmar no mercado global de MMORPGs nos anos seguintes SILVA 2008 p 51 Muitos MmoRPGs s o pagos seja mensalmente seja uma nica vez com a compra da chave de jogo Alguns s o totalmente gratuitos por m a maior parte dos gratuitos d o bonifica es queles que paguem taxas como Tibia e Ragnarok No Brasil Ragnarok Online o primeiro MMORPG a ser distribu do oficialmente no pa s em l ngua portuguesa com servidores nacionais SILVA 2008 p 53 O maior representante atual dos MmoRPG World of Warcraft WoW criado em 2004 pela Blizzard Entertainiment Ambientado em cen rio de fantasia medieval e continua o de uma s rie de sucesso iniciada em 1994 com o jogo Warcraft Orcs and Humans WoW reuniu em poucos meses milhar
26. Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2012 BASTOS Luciano Mota Historia dos jogos de RPG do Wargame ao live action 1 Parte 2011 Dispon vel em lt http saiadamasmorra blogspot com br 2011 12 historia dos jogos de rpg 1 parte html gt Acesso em 20 set 2013 Historia dos jogos de RPG do Wargame ao live action 2 Parte 2011 Dispon vel em lt http saiadamasmorra blogspot com br 2011 12 historia dos jogos de rpg 2 parte html gt Acesso em 20 set 2013 Historia dos jogos de RPG do Wargame ao live action 3 Parte 2011 Dispon vel em lt http saiadamasmorra blogspot com br 2011 12 historiados jogos de rpg do wargame ao html gt Acesso em 20 set 2013 BATISTA Jos Roniere Morais SALDANHA Ana Alayde A concep o do Role playing Game RPG em jogadores sistem ticos Psicologia ci ncia e profiss o v 19 p 700 717 2009 BETTOCCHI Eliane A linguagem visual no Role playing Game Estudos em Design v 8 13 p 2000 Aventuras Visuais na Terra de Santa Cruz concep o do projeto gr fico para um livro de RPG ambientado no Brasil Colonial Rio de Janeiro Puc Rio 1999 30 p Incorporais RPG Design po tico para um jogo de interpreta o 211 p Tese Doutorado em Design Departamento de Artes e Design Faculdade de Artes e Design Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008 Role playing game Um jogo de interpreta o visua
27. al m das regras trazem descri es de mundos fant sticos e orienta es detalhadas para a aventura PAV O 1999 p 2 esta afirma o n o uma inverdade Mas a mesma situa o em que nos encontramos diante da conceitua o dada pela UNESCO ao livro j citada anteriormente pois esta n o suficiente para a completude de sua defini o Possivelmente todos que venham a ler este trabalho j tenham ouvido falar sobre o RPG mesmo que erroneamente divulgado pela m dia em eventos passados Pretendo aqui explicar o funcionamento da m quina de jogo sem entrar em quaisquer sistemas de regras 28 No RPG os praticantes criam suas personagens que participam parcialmente em hist rias contadas por um mestre do jogo Como explica Pereira 2007 p 74 as personagens criadas pelos jogadores e pelo mestre ser o coerentes com o cen rio bandeirantes e ndios num cen rio de Brasil colonial cavaleiros e cl rigos num cen rio de Europa medieval stormtroopers e jedis em um cen rio de Star Wars etc Cada sistema de jogo possui regras diferentes mas com o mesmo objetivo guiar os Jogadores e mestre pelo mundo de jogo Dependendo do sistema pode haver personagens que s o simples estere tipos b sicos de aventuras como os her is de filme ou romances ou dependendo da liberdade daquele sistema ou a mesma fornecida pelo mestre que determina na cria o da personagem personagens nicas Por m Pereira 2007
28. aqui como fliperamas o jogo Venture da empresa Exidy no qual o jogador controla um aventureiro explorando uma masmorra recolhendo tesouros e enfrentando inimigos A dificuldade do jogo era considerada muito elevada Por m o jogo n o tinha nada al m da tem tica explora o na masmorra em similaridades ao RPG O jogo come a com Winky viajando fora da tela pegando uma flecha e descendo as escadas para a dungeon que ir explorar Winky tem que primeiramente entrar numa das salas escapando dos monstros do sal o THE INTERNATIONAL ARCADE MUSEUM 2014 Anos antes Zork seria lan ado para os computadores da poca Diferente de Venture Zork n o possu a cen rio nem nada era apenas uma tela negra descrevendo as cenas e o jogador respondia com uma a o O jogo teve repercuss o o bastante para gerar duas continua es tamb m jogado pela personagem Sheldon Cooper na siticom Big Bang a Teoria Big Bang Theory Winky traveling around the outside of the screen grabbing an arrow and heading down stairs to the dungeons he is about to explore Winky must first enter one of the rooms on the floor while avoiding the Hall Monsters THE INTERNATIONAL ARCADE MUSEUM 2014 53 segundo o site The Video Game Revolution 2007 em 1984 a Nintendo lan a o sistema de 8 bits chamado The Famicon Family computer no Jap o O produto torna se extremamente popu
29. de 1440 um jovem gravador e lapidador do arcebispado da Mog ncia cujo nome completo era Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg que o esp rito pr tico do mundo dos neg cios abreviou para Johann Gutenberg percebeu que se poderia ganhar em rapidez e efici ncia se as letras do alfabeto fossem cortadas na forma de tipos reutiliz veis e n o como os blocos de xilogravura ent o usados ocasionalmente para imprimir ilustra es Gutenberg experimentou durante muitos anos tomando emprestadas grandes quantias de dinheiro para financiar o empreendimento Conseguiu criar todos os elementos essenciais da impress o tais como foram usados at o s culo XX prismas de metal para moldar as faces das letras uma prensa que combinava caracter sticas daquelas 22 utilizadas na fabrica o de vinho e na encaderna o e uma tinta de base oleosa nada que j existisse antes Por fim entre 1450 e 1455 Gutenberg produziu uma B blia com 42 linhas por p gina o primeiro livro impresso com tipos e levou as p ginas impressas para a Feira Comercial de Frankfurt MANGUEL 2008 p 78 A Cria o de Gutenberg revolucionaria o mundo de modo que apenas o surgimento do c dice o fez A velocidade e facilidade com que os livros eram criados e impressos era assombrosa chamada mesmo de demon aca por muitos Certos povos sequer aceitavam a imprensa como por exemplo o sult o otomano Bayezid II reinou em 1481 1512 baniu o material impresso do im
30. de Gary Gygax PTN ban aN Fonte Propriedade do autor 119 Figura C 7 Capa de Chainmail pela Guidon Games 1971 e posteriormente pela TSR 1973 Chainmail rules for medieval miniatures by ITR PUBLISHED aY Nx TACTICAL STUDIES RULES Y Price 5 00 Fonte Propriedade do autor Figura C 8 Gary Gygax 1938 2008 Dave Anerson 1947 2009 e a primeira capa de D amp D G DUNGEONS amp DRAGONS Rules for Fantastic Medieval Wargames Campaigns Playable with Paper and Pencil and Miniature Figures GYGAX amp ARNESON 3 VOLUME SET N TACTICAL STUDIES RULES t Price 10 00 Fonte Propriedade do autor 120 Figura C 9 A Games Workshop loja criada por Steve Jackson criador de GURPS Ian Livingstone e John Peake criadores dos livros jogo r C T Games Borkshon ELFER CECL w S SE na Ed NR n o E Fonte Propriedade do autor Figura C 10 Peter Adkinson fundador da Wizards of the Coast e tamb m presidente da GenCon d q F 3 Fonte Propriedade do autor 121 Figura C 11 Mark Rein Hagen e seu Vampiro a M scara f scars sa Fonte Propriedade do autor 122 ANEXO D A EVOLU O DE DUNGEONS amp DRAGONS Figura D 1 A caixa do primeiro D amp D Fonte Propriedade do autor Figura D 2 Os tr s primeiros livros de D amp D ainda eram folhetins Fonte Propriedade do autor 123 DUNGEONS amp DRA
31. de regras para combate de miniatura dando in cio assim a era dos wargames Esse conjunto de regras que j vinha sendo jogado por Stevenson desde 1880 foi publicado em 1898 por Lloyd Osbourne com o nome Stevenson at Play e a primeira publica o do g nero e j apresentava uso das miniaturas BASTOS 2011 Outro famoso nome do mundo dos wargames H G Wells autor de obras como A m quina do tempo 1895 O homem invis vel 1897 e A guerra dos mundos 1898 Ele fora o respons vel pela publica o de Little Wars manual de regras de wargames que ficou conhecido como a B blia dos wargames Little Wars que permitiu ao publico n o s Jogar mas como montar uma cole o de miniaturas e os cen rios de guerra o Jogo de Wells tinha regras simples e permitia a participa o de toda a fam lia BASTOS 2011 Com as duas Grandes Guerras Mundiais os jogos de guerra se popularizaram a ponto de serem usados na Alemanha para simula o de estrat gias e opera es t ticas O maior nome do wargame moderno Charles S Roberts que criou em 1952 o primeiro wargame moderno e com ele a primeira companhia de jogos de guerra Nesta poca os jogos de guerra n o eram patrocinados por nenhuma empresa sendo tratado apenas com mero hobby Os conjuntos de regras e os pr prios jogos eram constru dos apenas pelos pr prios jogadores em 52 seus clubes Com a cria o da companhia de Roberts
32. diferentes FREIRE 2003 p 131 Dias 1999 p 270 concorda que com esses elementos foi oferecida ao leitor a possibilidade de avaliar o conte do da obra de forma r pida e acessar partes do livro que mais lhe interessavam de modo seletivo e n o linear Por meio das notas de rodap e das refer ncias bibliogr ficas o leitor passou a ter conhecimento de outros livros que tratavam do mesmo assunto Essa nova forma de intera o com o conte do da obra j mostrava uma certa tend ncia n o linearidade Contudo a cria o de links que fortifica o hipertexto Os links s o n s que ligam o hipertexto e outros documentos ou fontes O processo de compreens o dos sistemas de hipertextos gerado atrav s da identifica o de um centro in cio do folheio e o estabelecimento de rela es entre os n s a partir deste centro NONATO LIMA 2008 p 199 E de acordo com Dias 1999 p 270 a primeira obra importante a demonstrar links seria Les Mille et Une Nuits reunidos e traduzidos para a cultura ocidental por Antoine 50 2 D PRR A SE 2a As Mil e Uma Noites uma cole o de hist rias e contos populares origin rias do M dio Oriente e do sul da sia e compiladas em l ngua rabe a partir do s culo IX As hist rias que comp e as Mil e uma noites tem v rias 74 Galland no s culo XVIII Essa obra comp e se de 12 volumes e apresenta um encadeamento cont nuo de hist rias isto uma hist ria co
33. e os jogadores criam personagens para se adaptar a ele A melhor experi ncia obtida se o grupo acordar com a mesma situa o o mesmo mundo j que de acordo com Pereira 2007 p 75 a hist ria come a a ser contada pelo mestre mas os jogadores s o livres para decidir o que suas personagens falam e fazem nela Assim os rumos da hist ria s o frequentemente alterados pelas a es das personagens sendo while role players may feel pride and wonder in the connections between rite and role play they must still remember that the aim of a truly liminal rite is to ensure the stability ERICSSON 2004 p 21 31 na verdade uma narrativa criada em conjunto por narrador e jogadores Obviamente mais interessante a todos divagarem por um mundo que todos tenham interesse em viver Por m deixar escolha do mestre n o algo ruim j que o mestre um sujeito semi eleito para ser aceito preciso que disponha de certos atributos que de acordo com sua atua o no jogo encontram se fortemente associados pr pria fun o narrativa bagagem cultural leitura cultura geral certos valores ticos como capacidade de coopera o de aceitar as contribui es dos jogadores bem como alguma dose de senso de humor PAV O 1999 p 5 E portanto o mestre foi escolhido pelos jogadores que confiaram na sua experi ncia e conhecimento de que ele traria um bom cen rio aos jogadores Essa defini o de
34. ficas poss veis Bettocchi 1999 p 8 quando afirma que os elementos gr ficos utilizados objetivam n o servir apenas como suporte decorativo mas tamb m funcionar como narrativa visual paralela capaz de transmitir de forma l dica informa o al m daquela contida no texto quer dizer que ele se constitui em linguagem no caso linguagem visual da qual a narrativa faz parte e tamb m serve como uma segunda fonte de informa o al m do conte do do texto sobre o per odo retratado O que 26 poderia render um aproveitamento did tico ao jogo sem tirar deste seu componente l dico sobretudo numa sociedade que valoriza a imagem Em grande parte as imagens tamb m cont m refer ncias secund rias ou estimulam aos Jogadores a buscarem Em parte essas refer ncias podem ser dentro do pr prio universo do RPG como em Vampiro a M scara em que h os Contos de cl que s o livros de romance sobre os cl s vamp ricos contidos no RPG ou Dragonlance e seus romances hom nimos Por m em contrapartida muitos remetem a contos fant sticos de fora do universo como a trilogia Senhor dos An is Dom Quixote ou os livros de Edgar Allan Poe Do mesmo modo trabalham as obras que recomendam filmografias como Blade Runner O ca ador de androides Star Wars e do mesmo jeito os filmes baseados nos livros de Anne Rice Estas refer ncias inspiram aos jogadores e principalmente ao mestre de jogo a pesquis
35. implica um jogo no qual seus jogadores interpretam personagens criadas por eles mesmos num sistema de jogo predeterminado Neste jogo n o h ganhadores ou perdedores O objetivo do jogo encontra se justamente em desenvolver uma narrativa em desenvolver a es que abram os caminhos da trama proposta pelo mestre Uma narrativa vai sendo assim constru da oral e coletivamente PAV O 1999 p 3 Neste cap tulo ser trabalhada a hist ria com o objetivo de demonstrar a evolu o do RPG desde sua cria o e refor ar a necessidade de evolu o dos seus livros Tamb m ter um enfoque no modo em que constru do o jogo desde as personagens at o jogo em si Uma pequena abordagem ser feita aos jogos eletr nicos videogames que t m como tema o RPG ou s o costumeiramente identificados como tal Contudo h na rea uma grande discuss o entre os estudiosos do tema se estes jogos podem ou n o ser realmente considerados RPGs j que o conceito do jogo de RPG o de interpretar uma personagem com total liberdade o que raramente para n o dizer nunca ocorre nos videogames N o ser o deixadas de fora as inspira es ao menos as mais significativas que levaram a cria o do RPG assim como outros jogos que levaram ao seu nascimento Do mesmo modo um pequeno estudo a outros tipos de RPG ser dado 3 1 O que o RPG RPG um jogo cujas regras s o descritas em livros que s o em geral bastante volumosos e que
36. livro como um elemento interior ao poema Nesta experi ncia poema e livro n o mant m entre si uma rela o meramente circunstancial mas est o de tal modo integrados que imposs vel distingui los poema e livro nascem num s e mesmo ato uma vez que o impulso que determina as palavras e sua posi o na p gina determina tamb m o formato da p gina e os cortes Essa participa o t o ntima da p gina material na express o poderia induzir o leitor a pensar que nossa inten o transformar o poema em algo material intranscendente em objeto Na verdade segundo cremos a palavra com Horror Vacui um termo utilizado para representar uma avers o a espa os vazios neste caso os espa os em branco da p gina 71 seu peso obriga a p gina a vencer o limite t til submerge a na dimens o temporal da linguagem A p gina pausa dura o sil ncio Um sil ncio verbal Cortando a justapondo a procuro tornar aud vel o lado mudo da linguagem o seu avesso PONTUAL 1971 p 7 O livro de RPG ainda pouco reconhecido como p de ser visto ao n o estar presente em importantes dicion rios especializados da rea Entretanto obras vindas de fora como a Classifica o Decimal de Dewey CDD que j possui nota es para o livro de RPG demonstra que seu valor mais reconhecido no exterior Tais nota es costumam vir na cataloga o base dos pr prios livros vendidos no Brasil com a nota o 793 9 ou 793
37. m n o sci fi de dif cil interpreta o em sua poca de lan amento meados dos anos 80 Em 2013 uma quinta edi o foi lan ada Shadowrun quinta edi o a mais nova de um dos mais populares e de maior sucesso entre os mundos de role playing de todos os tempos uma fus o de homem m gica e m quina num futuro pr ximo dist pico HARDY 2013 p 7 tradu o nossa GURPS tamb m investiu na remodela o lan ando uma nova edi o Por m como o sistema n o possui uma hist ria de fundo j que um sistema gen rico apenas suas regras foram suavizadas aceitando parte das reclama es dos jogadores de que era muito detalhista o que comprometia o jogo Este ano D amp D completa quatro d cadas e lan ar sua nova edi o D amp D Next como j foi dito O sistema promete simplificar as complica es e exageros criados na 4th tirando dela os elementos de MmoRPG e trazendo a mais pr xima do original como as linhas da primeira d cada de RPG que desejavam a volta da simplicidade Enquanto esse ano monumental chega ao fim n s continuamos a refinar as regras de D amp D Next Seu retorno se provou ser o instrumento a formar o futuro de Dungeons amp Dragons e por isso n s agradecemos WIZARDS OF THE COAST 2014 Shadowrun fifth edition is the newest version of one of the most popular and successful role playing worlds of all time a fusion of man magic and machine in a dystopian near
38. mesmo de jogar quando sua personagem morre e tem que sair de jogo Personagens s o importantes quando ao criar experi ncias interpretativas ricamente emocionais LANKOSKI 2004 p 147 tradu o nossa Uma personagem morta n o significa que o jogador n o possa jogar mais naquele grupo ele pode apenas criar uma nova personagem continuando no jogo ou se o mundo utilizado e o sistema de regras permitir tentar ressuscit lo e trazer de volta aquela mesma personagem at mesmo criando com isso uma nova miss o para seus aliados que neste caso ter que encontrar um meio para realizar tal feito Um jogador pode tamb m aposentar sua personagem quando esta concluir seu objetivo de vida ou sua miss o retirando assim ela de jogo e assumindo um novo papel A personagem pode ser usada pelo mestre para guiar os seus companheiros continuando assim em jogo como um PdM ou apenas ficar de fora para que o jogador desfrute de uma nova personagem sem ter que mat la no processo 3 2 Hist rico Schick 1991 p 17 afirma que antes de 1974 n o haviam RPGs Pessoas que quisessem participar em combates imagin rios geralmente jogavam wargames o predecessor Characters are important when designing emotionally rich role playing experiences LANKOSKI 2004 p 147 37 dos RPGs ser o explicados a frente que costumavam simular batalhas ou campanhas militares com tabuleiros e marcadores de papel o ou jogos de miniaturas que re
39. mesmo passando por muitas modifica es uma coisa permanece invari vel e est a fun o primordial do livro que ser o recept culo do conhecimento humano O livro seja como for seja com qual objetivo tenha sido criado resguarda o conhecimento daquela pessoa que o escreveu e n o apenas isso do mesmo modo ele guarda a TA book is a non periodical printed publication of at least 49 pages exclusive of the cover pages UNESCO 1965 17 sombra da experi ncia do autor seu passado estando ele descrito ou n o naquela obra reguardando toda a mem ria da humanidade seja por inscri o direta ou pela experi ncia passada por estes Os livros conservam energia mental o conte do dos livros passa a outros livros quando eles mesmos s o destru dos e toda cria o bibliol gica por mais original e poderosa que seja implica redistribui o combina o e novas amalgama es dos dados anteriores OTLET 1934 p 422 423 apud SANTOS 2007 p 58 Portanto cada livro n o apenas aquele livro e sim um apinhado de outras obras que vem da alma daquele escritor que transpassa em sua obra sua viv ncia liter ria ou pr tica conforme o livro que escreve Os elementos e os princ pios da composi o s o manipulados consciente ou inconscientemente para exprimir id ias As varia es de dire o movimento e espessura da linha podem conter informa es acerca de inten es emocionais e sensoriais
40. n o sua materialidade e composi o f sica Estas s o divididas por suas caracter sticas que demonstrem os elementos de disposi o dos s mbolos que geram o significado do livro e Informar regras ensinar o jogo Os livros de RPG devem em primeira m o ensinar como os seus usu rios jogadores devem jogar aquele sistema Normalmente uma leitura t cnica onde os jogadores s o instru dos como agir em diferentes situa es Costuma ter imagens para auxiliar a compreens o principalmente quando alguma regra mais complexa e Capa dura Apesar de ser um aspecto f sico a capa dura do livro serve para mais do que proteg lo Obviamente esta a fun o prim ria de qualquer capa a de proteger o texto principalmente em uma obra que muito consultada A diagrama o das imagens na capa serve como um atrativo ao jogador informando o do conte do daquele jogo de RPG sem a necessidade da leitura ou de uma sinopse por exemplo e Hist ria do jogo Cada sistema tem uma hist ria de cria o de sua origem e seus autores H na maioria deles tamb m um mundo pr criado onde aquele livro deve do texto Os incun bulos mantiveram essa tradi o manuscrita aparecendo com frequ ncia o texto principal glosado ou comentado por notas ou esc lios em tipos de corpo menor Quando as nota es se tornaram mais concisas passaram a ser feitas nas margens das p ginas ARA JO 2008 p 95 Posto que a nota constitui
41. o xadrez onde surgiram as primeiras representa es de unidades em combate que s o mundialmente conhecidos A representa o de for as opostas apresentada em um jogo de tabuleiro como xadrez ou go jamais poderia abranger todos os elementos de um conflito real Apesar das estrat gias de a o e antecipa o assim como de outros jogos de tabuleiro serem t o importantes quanto o conhecimento real do inimigo ou do campo de batalha os wargames inseriram elementos realistas e bastante complexos que permitiram a extrapola o do tabuleiro em uma rica experi ncia de simula o estrat gica bem mais realista A primeira refer ncia que se conhece dos jogos de guerra ou simula es de batalhas data de 1780 s c XVIII quando um nobre de nome Helwig s dito do duque de Brunswick inventou um jogo muito parecido com os modernos Wargames BASTOS 2011 No s culo XVIII possivelmente em 1795 George Vinturinus estudioso de estrat gia militar aprimorou o jogo de Helwig usando um tabuleiro com o mapa de uma rea situada na regi o da fronteira entre Fran a e B lgica At ent o os jogos de guerra eram mais Chaturanga um antigo jogo de tabuleiro indiano que se acredita ter originado o Jogo de Xadrez o Shogi e o Makruk e relacionado com o Xiang Qi ou Janggi Surgiu provavelmente no S culo VI d C sendo considerado o predecessor do Shatranj que por sua vez veio a originar o Xadrez moderno BASTOS 2011 51 estrat
42. objetivos espec ficos ser o tecidos e Tra ar o hist rico do RPG e de seus livros para uma conceitua o dentro do universo de sua utiliza o e Tra ar um hist rico do livro e de seus formatos para uma base hist rica e observa o de sua evolu o e Estudar o hipertexto principalmente sua aplica o em meios f sicos e Avaliar o uso do livro para interpreta o sua intera o com o usu rio 1 3 Procedimentos metodol gicos Para realizar este estudo ser feita uma investiga o bibliol gica parcial tendo como foco n o os elementos materiais e sim os liter rios al m de uma an lise liter ria sobre os referidos livros Um estudo da bibliologia dos livros com base nos elementos apresentados por Ant nio Houiass em seu Elementos da bibliologia e uma diversifica o delas nos livros de RPG para que o mesmo possa ser avaliado Para a verifica o dos elementos ser utilizado tamb m o livro de Emanuel Ara jo A Constru o do livro e os dicion rios de Murilo Bastos da Cunha e Cord lia Cavalcanti Dicion rio de biblioteconomia e arquivologia e o Dicion rio do livro da escrita ao livro eletr nico de Maria Isabel Faria e Maria da Gra a Peric o Um estudo mais filos fico do livro ser feito com a obra de Alberto Manguel Uma hist ria da leitura Uma explica o hist rica sobre o RPG ser feita com os livros Heroic Worlds de Lawrence Schick e 30 Years of adventure a
43. p 75 lembra que o termo jogo no contexto do RPG n o se refere disputa mas intera o ao pr prio ato de representar uma personagem Os participantes de uma sess o de RPG narrador e jogadores cooperam entre si em vez de competir sendo este um dos principais motivos do termo jogo ser questionado por profissionais de RPG em rela o em sua pr tica Tais profissionais podem ser considerados os autores acad micos estudiosos e tamb m seus jogadores apesar de n o obter renda s o pessoas que exercem o uso do jogo como um todo al m de trabalhar para a melhoria na rea A tradu o para o portugu s do termo jogo vindo de role playing se perde pois a entram as dificuldades de tradu o expressa se muito bem nos termos franc s jeu du r le espanhol juego de rol italiano giocco di rolo e estes tamb m s o os termos que traduzem RPG nestes idiomas e ingl s role playing Em portugu s os verbos desempenhar representar interpretar um papel traduzem o sentido teatral mas n o o sentido l dico E essa ess ncia do jogo representa o a pr pria ess ncia do RPG role playing game que parece soar redundante pois play e game referem se a jogo GODINHO 2002 p 26 H diversos tipos de RPG sendo o mais conhecido e tradicional chamado de l pis e papel tamb m conhecido por RPG de mesa Neste jogo os jogadores se re nem num local onde est o todos os membros pr
44. p 9 Uma linguagem utilizada por aqueles usu rios e conhecida por aquela sociedade 4 7 O livro de RPG e sua identidade Como j foi visto o livro de RPG cont m qualidades nicas principalmente o hipertexto offline Tamb m fora mostrado que mesmo possuindo elementos em comum com outros tipos de livro sua combina o de caracter sticas nica Suas atribui es s o feitas para usu rios espec ficos que ao buscarem precisam ter acesso f cil ao mesmo Uma identidade nica deve lhe ser atribu da Vale agora o registro de um caso singular na hist ria do livro Willian Blake 1757 1827 o poeta ingl s que s encontrou meio adequado de exprimir se atrav s da integra o absoluta entre o texto e a imagem Ele diagramava cada p gina de seus livros e todas apresentavam o horror vacui medieval exibindo um completo preenchimento da mancha ou de toda a p gina com ornamentos marginais e intratextuais coloridos a m o exemplar por exemplar ARA JO 2008 p 470 Talvez as obras de Willian Blake tenham sido os primeiros livros poema ou livros de artista mas n o foram identificados como tal Foi necess rio que d cadas se passassem para que este tipo de livro viesse a ser reconhecido Sua obra ainda reconhecida apenas como romance mesmo com suas caracter sticas nicas Ferreira Gullar logo criaria e definiria o termo livro poema Chamo de livro poema ou poema livro tentativa de usar a p gina o
45. paralelo cada id ia dependendo de outras e contribuindo para outras o processo de comunica o na pr tica serial e limitado ao processamento ling stico Coment rios relacionados notas de rodap refer ncias cruzadas s o recursos do autor para informar ao leitor que ali est o informa es teis caso ele esteja interessado CAMPOS GOMES 2005 2 Esta ideia j passada por Bush demonstra que a cogni o do usu rio ativada multiplamente quando um pensamento leva a outro e a outro portanto um texto que fa a o mesmo pode e deve auxili lo a manter esta linha As ferramentas s o postas para melhorar a concep o do texto para instruir ainda mais o usu rio daquela informa o Toda produ o textual realizada atrav s da liga o de conceitos entre si o hipertexto apenas deixa as mais claras e acess veis ao leitor Assim o hipertexto tem uma voca o maior que est al m de suas possibilidades tecnol gicas que o de ser um instrumento de representa o de conhecimento atrav s de uma nova forma de organiza o das informa es para o ato da escrita CAMPOS GOMES 2005 Esta afirma o de Campos e Gomes nada mais que a fortifica o da ideia de que o hipertexto n o tem uma obrigatoriedade digital mas sim informacional 5 3 O hipertexto e interpreta o nos livros de RPG Os livros de RPG em sua evolu o passaram a utilizar muitos elementos hipertextuais O n vel de informa
46. pela motiva o para a leitura incluindo valores e cren as s cio culturaisdos leitores com rela o escola e ao processo de aprendizagem J as condi es cognitivas dizem respeito ao conhecimento da linguagem das palavras da estrutura de textos bem como a compreens o da intera o social da sala de aula PEREIRA 1998 p 36 Portanto ao criar um texto o autor deve pensar em que comunidade ele deseja que seu livro trabalhe para uma abordagem que seja mais eficiente Isso n o implica dizer que outros grupos n o seriam capazes de compreend lo mas todo texto nasce com um foco toda informa o gerada com um usu rio em mente como afirma Figueiredo 1992 p 189 em sua an lise das Cinco Leis a Terceira Lei conduz a id ia de que informa o criada gerada deve ser dirigida para os usu rios Nesta cria o o autor quebra alguns padr es de acordo com Freire 2003 p 131 s o estes e linearidade e unicidade e perman ncia e autoria O autor explica esta quebra de par metros na cria o de um hipertexto A no o de linearidade quebrada na medida em que em um hipertexto n o h uma ordem de leitura arbitr ria a ser seguida o usu rio pode entrar no texto por v rios caminhos diferentes FREIRE 2003 p 131 89 J a segunda no o nos leva quest o de que em um hiperdocumento n o existe a necessidade preocupa o com a unicidade do texto Um hipertexto pode conter v rios ou
47. pelo qual a documenta o deve seguir para tornar se ci ncia Ele descreve de acordo com Santos 2007 p 56 no cap tulo quatro intitulado Organisation rationnelle d s livres e des documents o seu sistema de informa o ou seja normatiza a documenta o neste cap tulo tamb m que trata dos princ pios que constituir o uma enciclop dia document ria ou o livro universal Segundo suas palavras O livro tradicionalmente formado por folhas encadernadas por m o conte do de um livro pode ser representado numa nica linha cont nua seccionada em partes iguais que correspondem s p ginas Esta divis o material n o concorda com a divis o intelectual das id ias cap tulos se es par grafos al neas A disposi o sob a forma de folhas ou fichas m veis n o encadernadas permite obter as vantagens dos tr s seguintes princ pios a Princ pio da monografia cada elemento intelectual de um livro depois de ser seccionado do conjunto do texto incorporado num elemento material correspondente b Princ pio da continuidade e da pluralidade da elabora o quando um livro elaborado intelectualmente por um ou v rios colaboradores ele termina na sua ltima p gina as fichas permitem o trabalho de um n mero ilimitado de pessoas e nunca considerado uma obra acabada c Princ pio da multiplica o dos dados para que figurem os diversos dados nas diversas ordens de classifica o por exemplo as orde
48. prias hist rias e consegiientemente suas pr prias imagens textos etc BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 5 4 6 Leitura e interpreta o o interpretar como jogar Outro aspecto que pode ser visto a diferencia o da utiliza o do livro de RPG O livro de RPG n o para ser lido na integra e sim para ser consultado Deste modo ele pode ser comparado a obras de refer ncia e guias ou manuais entretanto h o elemento da interpreta o a ser considerado Livros de RPG n o geram interpreta es imediatas como um roteiro de teatro eles geram ideias eles geram conceitos e geram principalmente experi ncias Para um leitor leigo aquele livro apenas um punhado de regras mas como toda obra especializada seu conte do apenas revelado queles que a conhecem A interpreta o contida no interior do livro de RPG que apenas revelada a seu usu rio um padr o comum j que a no o de que certos livros se destinam aos olhos de certos grupos quase t o antiga quanto a pr pria literatura Alguns estudiosos sugeriram que tal como a epop ia e o teatro gregos tinham como alvo prim rio uma plat ia masculina os primeiros romances gregos destinavam se provavelmente a uma plat ia predominantemente feminina MANGUEL 2008 p 129 Ent o se v que n o uma novidade no mundo literal livros que se revelem apenas a alguns Do mesmo modo n o pode ser novidade uma identifica o nica de um tipo de obra M
49. sofrendo adequa es sintaxe gr fica dos livros de RPG e ao gosto est tico do p blico alvo tendo estes que por obriga o agradar seu p blico e os usu rios destes 1 1 Justificativa O objeto de estudo o livro de RPG foi escolhido como tema pelo contato que ele possui com seus usu rios Sendo usado como consulta em sua maior parte os livros de RPG possuem uma interatividade com o usu rio diferente de outras obras que possuem este mesmo atributo como refer ncia ou guias Essa interatividade faz com que a consulta a eles torne se atrativa utilizando se sempre dos efeitos visuais tomados por imagens As caracter sticas em comum dos livros de RPG com outros tipos de livros fazem com que eles sejam diversas vezes tomados como outros livros como livros de aventura livros jogo e afins por m um estudo mais profundo da filosofia dos elementos do livro de RPG permitir uma an lise mais fidedigna das caracter sticas bibliol gicas dos livros aqui estudado A an lise bibliol gica trabalhada como proposta por Houaiss 1967 destes livros por m num mbito mais filos fico por sua utiliza o do que f sico por seu material permitir o uma melhor identifica o Esta ser til para fazer valer principalmente as duas Leis ditadas por Ranganathan 2009 diretamente relacionadas aos usu rios a cada livro seu leitor e a cada leitor seu livro j que o conhecimento do bibliotec rio sobre estas obras facil
50. versatilidade do c dice o modo em que o texto era protegido e de f cil procura e recupera o da informa o antes utilizada fez com que seu formato mantivesse basicamente o mesmo at o momento com poucas altera es dr sticas As bibliotecas tornaram se t o importantes que at hoje um dos principais meios de se desestabilizar uma cultura e o c dice ajudou em muito para este crescimento e potencial Como a invas o a Alexandria pelos romanos e como Lyons 2011 p 15 cita tamb m que quando o flagelo viking se abateu sobre a Europa setentorial nos s culos VII e IX os ataques visavam a centros culturais como os mosteiros Ainda hoje bibliotecas s o bombardeadas em invas es militares e livros s o queimados em pra as p blicas O pr ximo passo da evolu o do livro seria a universaliza o do papel material que j era utilizado na China dado a sua cria o a Cai Lun que utilizando redes de pesca trapos de roupas e outros tecidos criou a polpa que ao secar daria origem ao papel Este mesmo material foi passado aos rabes durante suas invas es ao oriente e depois repassado a Europa por meio da Espanha mu ulmana Acredita se que em 1276 se estabeleceu uma f brica de papel em Fabriano It lia levando esta cidade a tornar se durante certo tempo o principal centro fornecedor para a Europa ARA JO 2008 p 45 Por aproximadamente dois s culos nada mudaria at que em algum momento da d cada
51. 003 Dispon vel em lt http www ufrgs br termisul oa3 Norma_ABNT pdf gt Acesso em 15 mar 2014 NBR 6029 Informa o e documenta o Livros e folhetos Apresenta o Rio de Janeiro 2006 Dispon vel em lt http www ufpi br subsiteFiles ppgaarq arquivos files 6029LivroseFolhetos pdf gt Acesso em 26 set 2013 NBR 10520 Informa o e documenta o Livros e folhetos Apresenta o Rio de Janeiro 2006 Dispon vel em lt http www ufpi br subsiteFiles ppgaarq arquivos files 6029LivroseFolhetos pdf gt Acesso em 26 set 2013 NBR 14724 Informa o e documenta o Cita es em documentos Apresenta o Rio de Janeiro 2011 Dispon vel em lt http www ufvjm edu br site revistamultidisciplinar files 2011 09 NBR 14724 atualizada a br 2011 pdf gt Acesso em 15 mar 2014 BARRETO Aldo de Albuquerque As palavras voam a escrita permanece a aventura do hipertexto DataGramaZero Revista de Ci ncia da Informa o v 5 n 5 11 p out 2004 Mitos e lendas da informa o o texto o hipertexto e o conhecimento DataGramazZero Revista de Ci ncia da Informa o v 8 n 1 15 p fev 2007 103 BARROS Rita de C ssia Gusm o de O livro de artista no universo bibliotecon mico uma cole o especial no acervo da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais 64 p Trabalho de Conclus o de Curso Gradua o Faculdade de Biblioteconomia
52. 003 exalta o livro onde diz que a exegese de seu significado leva considera o de seu conte do e de sua forma o interior e o exterior o aleg rico e o superficial o esp rito e o corpo o que leva a duas ci ncias a bibliologia e bibliografia A origem remota mas n o anterior obvio inven o pelo homem da representa o gr fica das id ias da escrita em suma HOUAISS 1967 p 27 O livro nasceu da necessidade da humanidade de registrar suas experi ncias e dados mercantes provavelmente vinda dos fen cios e sum rios Duarte e Fragoso 2004 p 166 afirmam que a liga o das pessoas comunica o trouxe o nascimento do livro como uma necessidade n o apenas matem ticas ou hist ricas mas sim humanas O inventor das primeiras tabuletas escritas deve ter percebido as vantagens que essas pe as de argila ofereciam sobre manter a mem ria no c rebro primeiro a quantidade de informa o armazen vel nas tabuletas era infinita podiam se produzir tabuletas ad infinitum ao passo que a capacidade de lembran a do c rebro limitada segundo para recuperar a informa o as tabuletas n o exigiam a presen a de quem guardava a lembran a De repente algo intang vel um n mero uma not cia um pensamento uma ordem podia ser obtido sem a presen a f sica do mensageiro magicamente podia ser imaginado anotado e passado adiante atrav s do espa o e do tempo MANGUEL 2008 p 101 Desde ent o
53. 24 Em seu cap tulo A met fora do hipertexto L vy descreve o hipertexto como tendo seis princ pios l Principio de metamorfose A rede hipertextual est em constante constru o e renegocia o Ela pude permanecer est vel durante um certo tempo mas esta estabilidade em si mesma fruto de um trabalho Sua extens o sua composi o e seu desenho est o permanentemente em jogo para os atores envolvidos sejam eles humanos palavras imagens tra os de imagens ou de contexto objetos t cnicos componentes destes objetos etc 2 Princ pio de heterogeneidade Os n s e as conex es de uma rede hipertextual s o heterog neos Na mem ria ser o encontradas imagens sons palavras diversas sensa es modelos etc e as conex es ser o l gicas afetivas etc Na comunica o as mensagens ser o multim dias multimodais anal gicas digitais etc O processo sociot cnico colocar em jogo pessoas grupos artefatos for as naturais de todos os tamanhos com todos os tipos de associa es que pudermos imaginar entre estes elementos 3 Princ pio de multiplicidade e de encaixe das escalas O hipertexto se organiza em um modo fractal ou seja qualquer n ou conex o quando analisado pode revelar se como sendo composto por toda uma rede e assim por diante indefinidamente ao longo da escala dos graus de precis o Em algumas circunst ncias cr ticas h efeitos que podem propagar se de uma escala a outra
54. 33 n 3 set dez 2007 PEREIRA Magda Chagas Algumas considera es sobre a leitura do hipertexto Revista ACB Biblioteconomia em Santa Catarina Florian polis v 3 n 3 p 31 46 1998 PINHEIRO Ana Virg nia O esp rito e o corpo do livro raro fragmentos de uma teoria para ver e tocar Revista Museu Rio de Janeiro 2003 Dispon vel em lt http www revistamuseu com br artigos art asp id 1674 gt Acesso em 26 set 2013 PINTO Virginia Bentes SANTOS Franciso Evander Pires Vida amp obra de Ranganathan influ ncias e contribui es para a Biblioteconomia PontodeAcesso Salvador V 6 n 3 p 2 19 dez 2012 PONTUAL Roberto O livro livre Revista de Cultura Vozes vol 65 n 3 abr 1971 p 25 38 RANGANATHAN S R As cinco leis da biblioteconomia Brasilia Briquet de Lemos 2009 338 p RIBEIRO Ana Elisa Hipertexto e Vannevar Bush um exame de paternidade Inf amp Soc Est Jo o Pessoa v 18 n 3 p 45 58 set dez 2008 ROGNLI Erling Narrative function A larpwright s tool In MONTOLA Markus STENROS Jaakko ed Beyound role and play tools toys and theory for hamessening the imagination Helsinki Ministry of Education 2004 P 149 156 SANTOS Nilton Bahlis dos A Revanche do hipertexto DataGramaZero Revista de Ci ncia da Informa o v 9 n 2 14p abr 2008 SANTOS Paola Paul Otlet um pioneiro da organiza o das redes mundiais de tratamento e difus o da informa o regist
55. 93 793 Indoor games and amusements 793 9 Other indoor diversions 793 92 War games Battle games 793 93 Adventure games DEWEW INFO 2014 grifo nosso No pr ximo cap tulo o elemento mais importante do livro de RPG ser trabalhado o hipertexto Tal elemento tratado atualmente como um elemento exclusivamente digital por m ser discutida sua origem e suas aplica es pr ticas 49 A E x i Inclusive como exemplo na CDD 212 edi o s o utilizados como exemplos os RPGs Dungeons amp Dragons e Runescape 72 5 O HIPERTEXTO UMA AN LISE Neste ltimo cap tulo ser trabalhado o hipertexto caracter stica mais importante do objeto de estudo o livro de RPG A id ia central de todo sistema de hipertexto organizar trechos de informa o de acordo com as necessidades de compreens o de seu usu rio NONATO LIMA 2008 p 199 Como noutros cap tulos um hist rico do hipertexto ser trabalhado para que haja uma melhor compreens o do trabalho desenvolvido para sua cria o e de como funciona sendo executado Este hist rico ser dividido em tr s se es principais e que s o possivelmente as mais importantes para o tema Ap s esta an lise historiogr fica ser feito uma an lise de como o hipertexto trabalha e como ele utilizado n o digitalmente para enfim ser verificada sua import ncia no livro de RPG tema do estudo 5 1 Hist rico Nesse sentido estas escrituras se assemelham s lendas
56. CA REPRESENTA O DO CONHECIMENTO REPRESENTA O DA INFORMA O Fonte Monteiro 2000 p 31 Bettocchi 2004 ainda usa como exemplo o livro de Vampiro a M scara em que vemos tr s tipos de escrita uma sob forma liter ria como uma carta do Dr cula na abertura do livro outra no estilo de manual t cnico atrav s da qual s o explicadas as regras do jogo uma escrita no estilo coloquial em que os autores se esfor am em passar o clima de Vampiro colocando suas ideias sobre personagens e hist rias Caminhando com essa linguagem escrita temos a linguagem imag tica das ilustra es fontes usadas diagrama o etc A quest o do suporte concentrou se na concep o da forma objeto isto a organiza o compositiva e estrutural deste considerando suas especificidades t cnicas e materiais e sua capacidade de significar de se relacionar com o conte do objeto a ambienta o de jogo e seus desdobramentos de maneira narrativa e hipermidi tica ou seja capaz de abrir v rios links de informa o permitindo a abertura deste processo de significa o A condi o de objeto para lembrar que tanto conte dos como formas s o pretextos para se experimentar o deslizamento do signo visual dentro do contexto de uma obra coletiva que significa medida que se constr i e que se constr i medida que os participantes interagem BETTOCCHI 2008 p 10 H tamb m as janelas j referidas ant
57. Fant sticas Medievais Jog veis com Papel e Caneta e Miniaturas SCHICK 1991 p 20 tradu o nossa De fato as regras iniciais eram bem complexas e muito falhas por m esta abertura permitiu que v rios mestres de D amp D adaptassem o jogo e aprimorassem as t cnicas fato que n o ocorreria se o sistema tivesse sa do efetivamente bom Estas adapta es levaram ao surgimento de Advanced Dungeons amp Dragons anos depois trazendo a separa o de Gygax e Anerson Dungeons amp Dragons n o foi um sucesso instant neo Em seu primeiro ano vendeu pouco mais de 1000 c pias Levou alguns anos para o boca a boca espalhar as not cias do Chainmail was a relatively simple and easy to use set of rules and it enjoyed enough popularity among miniatures fans to warrant a revised second printing in 1972 SCHICK 1991 p 17 PO Fantasy Supplement para o Chainmail trazia regras de combate para monstros e alguns feiti os e como utiliz las em combate Tamb m a classe de armadura e n veis que logo fundamentariam a cria o de Dungeons and Dragons SCHICK 1991 Dungeons amp Dragons appeared in January 1974 as three digest sized rule booklets in a small brown box It was presented as a sort of expansion to Chainmail and bore the subtitle Rules for Fantastic Medieval Wargames Campaigns Playable with Paper and Pencil and Miniature Figures SCHICK 1991 p 20 39 jogo e gerar aumento das ve
58. G ilustra es textos linguagem corporal e verbal s o janelas ou links de informa o para o jogador sobre a ambienta o onde ser o constru das suas pr prias hist rias KLIMICK 2006 p 5 3 2 2 Mitologia no RPG uma influ ncia real Tirando a fantasia heroica muito da cultura RPG stica adv m de mitologias reais As mais utilizadas s o as mitologias gregas celtas n rdicas e eg pcias Suas divindades e contos sempre v o e voltam no mundo dos mestres de RPG diretamente ou n o 48 Muitos mestres gostam de ambientar suas aventuras diretamente nos reinos n rdicos mitol gicos de Asgard ou no meio da terra grega de Esparta enquanto outros se aproveitam apenas de algumas hist rias como o m tico Le o de Nemeia uma fera derrotada por H rcules ou a conquista do Cetro de R o deus eg pcio do sol em suas campanhas Isso n o diferente em sistemas e mundos j existentes No pr prio livro de monstros de D amp D h grifos esfinges e gigantes de gelo todos estes lendas reais Aventuras s o lan adas com tem ticas mitol gicas diretas ou similares O mercado nacional mesmo na Aventura dos Bandeirantes trabalhou com mitos ind genas Muitos sistemas trabalham diretamente tamb m com mitos religiosos O brasileiro Daemon envolve anjos e dem nios como tamb m v rios t tulos da White Wolf trabalham com o sobrenatural comum lobisomem vampiros fadas m mias etc Os pr pr
59. G na quest o hist rica do mesmo modo que Melee fez ao combate O C amp S cobria classes sociais direitos feudais e obriga es alquimia castelos realistas e fortifica es interpreta es para invas es sitiadas todas as nove jardas SCHICK 1991 p 24 tradu o nossa Apesar de regras ainda mais complexas agradou queles que queriam mais realidade que fantasia Entretanto o mercado continuaria dominado pela fantasia mantendo D amp D na lideran a de vendas Contudo a ideia trazida por C amp S fora absorvida e seria muito aproveitada O pr ximo passo da evolu o do RPG saindo de fantasia heroica foi a fic o cient fica abra ada pelo lan amento dos filmes de Star Wars e a s rie Star Trek Por m como seriam feitas aquelas regras era o que muitos se perguntavam al m de como seria a tem tica Schick 1991 p 25 afirma que a TSR obviamente tentaria entrar no ramo do scy fi e lan aria Metamorphosis Alpha que nada mais era do que D amp D futurista e com naves no lugar de masmorras Claro que um sistema de espadas cavalos e drag es n o trabalharia bem numa dimens o onde a viagem interplanet ria lazeres e teletransportes moviam o ciclo de jogo Metamorphosis Alpha foi um fracasso de vendas Por m isto abriu oportunidade para outros autores e editoras lan arem seus sistemas e Traveller de Marc Miller de acordo com Schick 1991 p 25 considerado o primeir
60. GONS y O Fonte Propriedade do autor 124 Figura D 5 Primeiro kit de livros de AD amp D levando em conta que o Manual dos Monstros fora o primeiro livro encadernado de RPG INCED K DUNGEON MASTERS U amp DRAGONS GUIDE 20 o hs Mal VE WE XPLAYERS HANDBOOK NO MONSTER MANUAL AN MLUSTRATEO i s MFonte Propriedade do autor Figura D 6 AD amp D segunda edi o agora todos j com capa dura e alta qualidade de impress o Mas ainda em grande parte livros t cnicos Ma m a Fonte Propriedade do autor 125 Figura D 7 D amp D 3 edi o Agora publicada pela Wizards of the Coast tenta realizar uma manobra similar de Vampiro criando capas misteriosas como tomos m gicos E a Licen a aberta d20 a sy 7 Sho CORE RULEBOOKK Fonte Propriedade do autor ri D 8 Ro 3 5 Melhoria da 3 edi o mantendo o SAAE visual Fonte Propriedade do autor Figura D 9 D amp D 4 edi o Retornou ao Li AAND com bia ae ga chamando penon EDRESAS Fonte Propriedade do autor
61. UEL Alberto Uma hist ria da leitura Rio de Janeiro Companhia das Letras 2004 408 p MASON Paul In search of self a survey of the 25 years of anglo american role playing game theory In MONTOLA Markus STENROS Jaakko ed Beyound role and play tools toys and theory for hamessening the imagination Helsinki Ministry of Education 2004 P 1 14 MONTEIRO Silvana Drummond A forma eletr nica do hipertexto Ci Inf Bras lia v 29 n 1 p 25 39 jan abr 2000 NASCIMENTO JUNIOR Francisco de Assis RPG e F sica Alguma rela o RedeRPG 2011 Dispon vel em lt http www rederpg com br wp downloads gt Acesso em 23 set 2013 NONATO Rafael dos Santos LIMA Gercina Angela Bor m de O Determina o de links hipertextuais uma abordagem da Ci ncia da Informa o Inf amp Soc Est Jo o Pessoa v 18 n 1 p 197 205 jan abr 2008 107 NORUZI AliReza Aplica o das leis de Ranganathan a web Dispon vel em lt http fabianocaruso com pesquisa aplicacao das leis de ranganathan a web gt Acesso em 19 mar 2014 O FASCINIO DO ANTIGO EGITO Os jogos e os Brinquedos 1998 Dispon vel em lt http fascinioegito sh06 com jogos htm gt Acesso em 20 set 2013 PAV O Andr a A Aventura da leitura e da escrita entre mestres de RPG Rio de Janeiro Entrelugar 1999 16p PEREIRA Carlos Eduardo Klimick TNI T cnicas para Narrativas Interativas B T c Senac a R Educ Prof Rio de Janeiro v
62. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS E SOCIAIS CCH ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA RICARDO ALVES JOS FILHO O Livro de Role playing game uma an lise das ferramentas da obra de RPG o hipertexto e a interpreta o Rio de Janeiro 2014 RICARDO ALVES JOS FILHO O Livro de Role playing game uma an lise das ferramentas da obra de RPG o hipertexto e a interpreta o Trabalho de Conclus o de Curso apresentado Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial obten o do grau de Bacharel em Biblioteconomia Orienta o Prof Dr Gustavo Silva Saldanha Rio de Janeiro 2014 J831 Jos Filho Ricardo Alves O Livro de Role playing game uma an lise das ferramentas da obra de RPG o hipertexto e a interpreta o Ricardo Alves Jos Filho Rio de Janeiro 2014 126 p il color Trabalho de Conclus o de Curso Gradua o em Biblioteconomia Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2014 Orientador Prof Gustavo Silva Saldanha 1 Hist ria do Livro 2 Intera o Social 3 Role playing games I Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Escola de Biblioteconomia II Saldanha Gustavo Silva III T tulo CDD 22 ed 010 4279393 RICARDO ALVES JOS FILHO O Livro de Role playing game Uma an lise das ferramentas da obra de RPG
63. a o e intera o entre Jogadores e NPCs S o mais ou menos 9h da manh 3 Algum tempo depois passando por um grande rochedo o navio abordado por outra embarca o piratas Os canh es n o s o preparados a tempo e as armas est o sendo carregadas agora Quem for nobre outra ocupa o que o deixa livre no Intr pido e militar est vendo tudo e um combate se inicia Tiros canh es piratas sujos gritando e pulando em cordas por todos os lados 4 O navio pirata o P rola Negra comandado pelo capit o Jack Sparrow e seu primeiro oficial Barbossa Os piratas s o geis est o sedentos por esp lios e vencem r pido Alguns oficiais da marinha e os civis s o levados como escravos ao P rola Negra e os piratas presos ficam gratos e passam a servir no navio pirata que os libertou Nessa leva toda v o os personagens dos jogadores e os demais NPCs do Intr pido s o deixados no navio com as velas rasgadas e sem armas 5 Sparrow n o sabe mas Barbossa planeja um motim e contar com a colabora o dos Jogadores e de outros piratas que est o aos seus comandos com promessas de liberdade e ouro Alguns jogadores podem ficar ao lado de Sparrow Se o motim for bem sucedido Sparrow e seus aliados ser o presos no P rola e Barbossa tomar o ouro amaldi oado dois 112 dias depois numa ilha transformando todos que o tacarem em mortos vivos Caso o motim falhe Barbossa e seus aliados ser o presos no P rola para repensar
64. a o livro usu rio outro relevante ponto de pesquisa para este trabalho que se pretende demonstrar que o livro de RPG possui caracter sticas nicas O modo em que os signos s o utilizados na sua elabora o e o design dos livros ser tamb m avaliado de modo que o estudo do visual e a import ncia deles na utiliza o dos livros na m o de seus usu rios Mas se no deslizamento entre significante e significado que o poder se infiltra congelando o signo a tamb m que se pode e se deve trapacear a linguagem jogar com ela e com os signos n o na mensagem mas no uso de seus c digos formais o vis vel BETTOCCHI KLIMICK 2010 p 2 Um hist rico do jogo de RPG tamb m ser realizado para que seja avaliada a necessidade ou n o da evolu o do livro de RPG como instrumento para seus usu rios Este hist rico dar uma base para verificar a evolu o do livro de RPG como um todo como j foi dito Ser tamb m discutido o livro de RPG per se como o mesmo interpretado sua utiliza o em jogo e se as fun es do livro de RPG continuam as mesmas desde sua cria o em meados dos anos 70 at hoje no s culo XXI Diante do exposto o objetivo geral 13 e Analisar profundamente o livro de RPG Verificando seus elementos bibliol gicos com enfoque no hipertexto e na interpreta o ferramentas altamente trabalhadas nestas obras Para resolu o do objetivo geral proposto os seguintes
65. a poca o rolo ou volumen era de pouca utilidade essas ferramentas j que o usu rio teria que desdobr lo em sua maior parte para encontrar o ponto necess rio Tais dificuldades seriam aplacadas com o c dice O c dice traria muitos outros elementos capazes de auxiliar o usu rio a encontrar sua informa o De acordo com Monteiro 2006 p 26 podemos citar sobrecapa orelha capa lombada marcador indicador falsa folha de rosto errata folha de rosto dedicat ria ep grafe agradecimentos pref cio lista de ilustra es lista de abreviaturas sum rio resumo introdu o desenvolvimento conclus o notas anexos gloss rio refer ncias bibliogr ficas bibliografia ndice suplemento colof o encarte t tulo corrente pagina o cita es e numera o progressiva dos cap tulos Refor ado por Dias 1999 quando diz que na poca em que foram inventados possibilitaram uma intera o entre o texto e o leitor completamente diferente daquela que ocorria com os manuscritos DIAS 1999 p 270 Estes elementos ressaltados por Monteiro s o todos capazes de deslinear uma leitura progressiva fazendo com o que o leitor v para o ponto do texto que preferir Por este aspecto j podem ser chamados de hipertextuais j que a no o de linearidade quebrada na medida em que em um hipertexto n o h uma ordem de leitura arbitr ria a ser seguida o usu rio pode entrar no texto por v rios caminhos
66. a a arte de Akira Toryama desenhista e autor de Dragon Ball s rie que estava em seu auge na poca Ano seguinte viria Final Fantasy que em muito n o seria t o diferente de Dragon Quest mas traria novos elementos s rie e aos RPGs de videogame e se tornaria um dos grandes nomes dos RPGs de videogame 3 5 Massive Multiplayer Online RPG Apesar da constante discuss o se os RPGs eletr nicos podem ou n o ser considerados RPGs de verdade duas d cadas seguintes a sua cria o nasceram os Massive Multiplayer F is similar to setting out on a Voyage across the ocean in the distant past It s similar to seeking a new continent that no one on Earth has visited before AONUMA 2011 p 239 Dragon Ball um mang japon s de 1983 que conta a aventura de Son Goku atr s das dragon balls Tornou se anima o com direito a jogos filmes e brinquedos sendo ele um dos maiores nomes de quadrinhos sejam orientais ou ocidentais at hoje 54 Online RPG MmoRPG O conceito dos Mmo difere dos supostos RPGs de videogames criados at o momento O MmoRPG cria um mundo onde recebe como o nome diz uma quantidade m ltipla de jogadores ao mesmo tempo Nestes mundos os jogadores interagem entre si e tem toda liberdade que em um RPG de videogame comum n o costuma ter Os jogadores podem conversar trocar itens se aventurar ou mesmo competir Na d cada de 1990 os RPGs Online Massivos ganharam for a
67. a aos olhos uma lista cont nua de signos A scripto continua sofreria modifica es como dita por Ara jo acima tendo suas palavras separadas e recebendo pontua o Logo o papiro daria lugar ao pergaminho material aperfei oado em P rgamo por Eumenes II j que os reis do Egito os Ptolomeus onde havia a melhor fonte de papiro monopolizavam as vendas do material O rei de P rgamo ordenou que estudassem um novo material para a inscri o de livros e fora aperfei oado o pergaminho batizado de acordo com o reino feito de peles de animais normalmente ovelha ou cabra abundantes na regi o A resist ncia e facilidade de obten o de material para o pergaminho fez com que rapidamente o papiro fosse substitu do Posteriormente o mesmo viria a acontecer com o rolo quando o c dice formato que usamos at hoje surgiu Comportava o corte em formato igual e as f lhas reunidas por um lado originavam cadernos que reunidos davam o livro quadrado ou oblongo de dimens es pr ticas c modo para o manuseio folh vel consult vel em passagens v rias com o m nimo de esf r o e fech vel instantaneamente com prote o excelente Estava achado o formato e a estrutura do livro que subsiste at hoje HOUAISS 1967 p 73 Manguel 2008 p 30 afirma que segundo Suet nio J lio C sar foi o primeiro a dobrar um rolo em p ginas para despachos a suas tropas formando assim os primeiros c dices Os crist os primitivos ad
68. a do livro de RPG muito comum em livros de RPG existirem leituras paralelas uma principal que fala sobre o assunto do jogo diretamente e outras em boxes quadrinhos ou contos ilustrados que falam sobre assuntos correlatos exemplos e curiosidades como se fossem links em um hipertexto GODINHO 2002 p 21 Esta se o ir tratar parcialmente do modo em que o livro de RPG trabalha com o hipertexto Primeiramente deve se explicar que o hipertexto o termo que remete a um texto ao qual se agregam outros conjuntos de informa o na forma de blocos de textos palavras imagens ou sons cujo acesso se d atrav s de refer ncias espec ficas no meio digital s o denominadas hiperlinks ou simplesmente links Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal cones gr ficos ou imagens e t m a fun o de interconectar os diversos conjuntos de informa o oferecendo acesso sob demanda das informa es que estendem ou complementam o texto principal O conceito de linkar ou de ligar textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influ ncia o pensador franc s Roland Barthes que concebeu o conceito de Lexia a liga o de textos com outros textos Um conceito que nos ser de valia o de produtividade do texto proposto por Barthes em seu livro S Z A produtividade do texto liter rio sua capacidade de produzir sentidos m ltiplos e renov veis que mudam de leitura a le
69. a e efeitos sociais Ci Inf Bras lia v 28 n 3 p 269 277 set dez 1999 DUARTE Rog rio FRAGOSO Gra a Maria Livro leitura biblioteca Uma hist ria sem fim Rev ACB Biblioteconomia em Santa Catarina v 8 9 p 166 2003 2004 DZIEKANIAK Gisele Vasconcelos Considera es sobre o e book do hipertexto preserva o digital Biblos Revista do Instituto de Ci ncias Humanas e da Informa o v 1 n 2 p 83 99 jul dez 2010 105 ERICSSSON Martin Play to love reading Victor Turner s liminal to liminoid in play flow and ritual an essay in comparative symbology In MONTOLA Markus STENROS Jaakko ed Beyound role and play tools toys and theory for harnessening the imagination Helsinki Ministry of Education 2004 P 15 30 FARIA Maria Isabel PERIC O Maria da Gra a Dicion rio do livro da escrita ao livro eletr nico S o Paulo EDUSP 2008 768 p FIGUEIREDO Nice Menezes de A modernidade das cinco leis de Ranganathan Ci Inf Bras lia n 21 v 3 p 186 191 set dez 1992 FREIRE Gustavo Henrique Construindo um hipertexto com o usu rio Ci Inf Bras lia v 29 n 3 p 101 110 set dez 2000 O hipertexto como instrumento de informa o em redes de comunica o Perspect ci nc inf Belo Horizonte n especial p 124 133 jul dez 2003 FREIRE Isa Maria NATHANSON Bruno Macedo TAVARES Carla ESP RITO SANTO Carmelita do Estudos de usu rios o padr o
70. ade de consultar o texto completo Portanto o que diferencia o hipertexto hiper pref Culto do gr hup r adv e prep orign acima acima de sobre por cima superiormente muito demais para l de morfohlogicamente com a raiz indo europeia ub sup e sub movimento de baixo para cima eleva o com o lat SUPER ver de que representa modernamente um n vel quantificador acima inclusive nos usos ad hoc reverentes ou pilh nicos supermulher hipermulher supersens vel hipersens vel superexcit vel hiperexcit vel sua divulga o na l ngua come ada em casos epis dicos a partir do sXVII foi muito ampliada no sXIX a tal ponto que hoje de curso cada vez mais frequente em v rias reas tem ticas inclusive da terminologia em geral o V O registra entre hiper com o lembrete a de que us Com h fen antes de pal Iniciadas com A ou r e hiperxerofitia nada menos que 800 voc com este pref HOUAISS 2007 grifo nosso Esta a defini o do prefixo hiper dado pelo dicion rio Houaiss Nela pode se j observar que palavras que contenham este prefixo s o palavras que possam ter muitas m ltiplas de suas fun es Portanto um hipertexto s o muitos textos m ltiplos textos uma quantidade superior de textos Pode se considerar o hipertexto al m de um texto sem linearidade um texto que contenha m ltiplas e constantes ferramentas numa mesma rea da informa
71. agem acima demonstra um exemplo de um texto hipertextual e sua rede informacional O sistema f sico ou digital apresenta uma interface ao usu rio enquanto a rede hipertextual liga os n s da informa o levando a informa o ao usu rio ou enviando o usu rio a informa o Figura 5 4 Equival ncia entre a rede hipertextual e a mente humana REDE HIPERTEXTUAL MENTE HUMANA Fonte Nonato Lima 2008 p 199 87 A mente humana trabalha por associa es no dia a dia ao reconhecermos um objeto n s o relacionamos a outro pela identifica o de caracter sticas semelhantes ou diferentes Para o autor do hiperdocumento a identifica o dos conceitos e a elabora o de relacionamentos entre estes vital para o sucesso de seu produto os relacionamentos existentes entre os nodos do hipertexto devem refletir a maneira como o conhecimento est organizado na mente humana rede sem ntica NONATO LIMA 2008 p 199 A escrita m ltipla conceitualmente similar ao hipertexto assim como o texto plural e o paratexto Todos permitem uma leitura multilinear do texto aumentando a absor o da informa o pela mente humana A escrita m ltipla e a sua apropria o colocam uma nova condi o para o pensar tanto para o autor como para o receptor com caracter sticas de 1 introduzir novas possibilidades de pr ticas com enunciados e identidades 2 remover caracter sticas de g nero da autoria 3 desestabilizar hierarquia
72. agilidade na informa o e talvez at est mulo ao jogo O livro comporta sim uma grande tarefa l dica no RPG Sua arte influencia no modo em que utilizado e na medida tamb m Godinho 2002 p 21 diz que muito comum em livros de RPG existirem leituras paralelas uma principal que fala sobre o assunto do jogo diretamente e outras em boxes quadrinhos ou contos ilustrados que falam sobre assuntos correlatos exemplos e curiosidades E como j foi dito o RPG trabalha quase que exclusivamente com material impresso Claro h as obras digitais e nelas podem ser encontradas links diretos Mas a influ ncia das fontes f sicas ainda muito importante no mundo dos RPGs Como Bettocchi 2008 p 8 afirma que mesmo sendo um conte do interativo e hipermidi tico o RPG n o maci amente veiculado em suporte eletr nico como CD Rom ou s tios na web mas sim em suporte impresso sob a forma de livros e revistas suporte em geral visto como n o interativo sobretudo quando comparado ao suporte eletr nico que para muitas reas de conhecimento e para o senso comum surge como a m dia interativa per se Citando Chartier 1999 p 8 Bettocchi 2008 p 8 lembra que ao ser criado escrito ae AET sie o livro sempre visou instaurar uma ordem fosse a ordem de sua decifra o a ordem no interior da qual ele deve ser compreendido ou ainda a ordem desejada pela autoridade que o encomendou ou permitiu sua publica o Continua a
73. aiss 1967 p 28 34 d centenas de exemplos de determina es do conceito livro adiante h algumas delas demonstrando que um material eletr nico apenas assim como o e mail correio eletr nico ou as e shops lojas eletr nicas lojas virtuais 24 Determina es do conceito Com o voc bulo livro e um ep teto definem se frequentemente j dissemos supra finalidades 1 infantil para leitura ou uso de crian as 2 juvenil para leitura de adolescentes Ainda com o ep teto o voc bulo livro pode indicar sua posi o em rela o biografia do autor 1 raro de cuja edi o restam poucos exemplares dispon veis ou conhecidos 2 rar ssimo de cuja edi o restam pouqu ssimos exemplares variando o conceito de pouqu ssimos de acordo com a procura ou a necessidade de consulta Da rea sem ntica h outras determina es do que exemplo a seguinte rela o 1 acartonado isto cujo revestimento feito com cart o ou papel o 2 abreviado o livro que teve seu texto resumido geralmente por meio de cortes Com a palavra livro e adjunto terminativo substantivo ou adjetivo substantivado antecedido de preposi o seguido ou n o de ep teto ou com aposto obt m se tamb m indica o a de finalidade tem tica 1 de horas isto livro lit rgico que encerra ora es ou pr ticas religiosas preconizadas para ca
74. al como sendo constitu do de redes m ltiplas que se entrela am sem que uma possa dominar as outras uma gal xia de significantes em vez de uma estrutura de significados Revers vel sem in cio pode ser penetrado por v rias entradas sem que haja uma principal O m todo iconol gico se aproxima muito do m todo semiol gico uma vez que eleva estas pe as de quebra cabe a visual a um status de significante ao qual se pode atribuir como s palavras diversos significados Formando assim a gal xia de significantes dita acima por Bettocchi No texto plural n o h nada fora dele mas tamb m n o um todo do texto ele est liberto simultaneamente da exterioridade e da totalidade Por isso n o t m estrutura narrativa gram tica ou l gica da narrativa Os textos plurais s o multivalentes revers veis e francamente indedut veis O texto plural paratexto ou hipertexto possuem um mesmo conceito que o de multifacetar as op es de informa o para o usu rio Os elementos do paratexto t tulo cita es refer ncias e outros como pagina o sum rio e ndice s o elementos de normaliza o que foram desenvolvidos forma impressa e s o designados interfaces da escrita MONTEIRO 2000 p 30 66 Figura 4 1 Texto e paratexto TEXTO PARATEXTO REPRESENTA O TEM TICA CLASSIFICA O E INDEXA O DESCRI O BIBLIOGR FICA REPRESENTA O DESCRITIVA E REFER NCIA BIBLIOGR FI
75. alizado o jogo por m sem os jogadores e suas personagens as pessoas daquele mundo o jogo n o nada O mestre se encarrega de criar centenas de PdMs personagens do mestre como dito noutro cap tulo por m nenhum deles e t o importante quanto os personagens dos jogadores PdJs ou PCs Estes ser o os her is mudar o o rumo da hist ria na maioria das vezes literalmente o papel mais importante de uma mesa assim como numa pe a os atores De acordo com Andrade 1997 fundamental a espontaneidade e a sensa o que o jogador tem de poder dominar ainda que parcialmente o desenvolvimento da hist ria Ap s obter sua inspira o os jogadores ir o criar dentro das regras do sistema uma personagem para viver aquela aventura naquele mundo H jogadores que gostam de manter um padr o como ser sempre o her i galante ou o espi o furtivo enquanto outros Jogadores preferem sempre variar e testar suas capacidades H tamb m aqueles que criam personas totalmente diferentes de sua pr pria personalidade e tentam ser uma nova pessoa muitas vezes mudando seu sexo e nacionalidade neste caso quando o mundo n o nosso familiar planeta Terra ele pode utilizar uma ra a diferente e assim personificando um sotaque e comportamento n o peculiar enquanto outros preferem seu conforto e agem de acordo com sua pr pria vis o ao escolher criar personagens que tenham caracter sticas parecida
76. amp D em comemora o aos 40 anos que D amp D completar este ano e tamb m ser lan ada sua quinta vers o chamada D amp D Next 3 2 1 Jogos e interpreta o Deus quis que os homens se divertissem com muitos e muitos jogos pois eles trazem conforto e dissipam as preocupa es TODOS OS JOGOS 1978 p 8 A c lebre frase citada acima foi escrita por Afonso X de Leon e Castela Este nobre do s culo XIII j tinha entendido h muitos s culos atr s como os jogos de uma maneira geral s o importantes como documento vivo de tradi es e conhecimentos de uma determinada cultura que os produz Preocupado com a preserva o dessa manifesta o cultural e art stica Afonso enviou v rios homens de saber e pesquisadores de sua poca pelo mundo a fim de se registrar catalogar e de produzir um comp ndio de jogos que permaneceu como um importante documento at os dias de hoje Silva 2013 afirma que o tomo dos jogos conhecido por estudiosos como O Livro dos jogos e o respons vel pela preserva o de dezenas de jogos at os dias de hoje Claro que os jogos existem desde tempos muito antecessores aos de Afonso j que os Jogos de tabuleiro eram muito comuns no antigo Egito e pessoas de todos os n veis sociais os jogavam Muitos deles foram achados por arque logos mas as regras que explicavam como jog los n o sobreviveram O FASCINIO DO ANTIGO EGITO 1998 O Site O Fasc nio do antigo Egi
77. anguel 2008 p 130 afirma que a separa o de um grupo de livros ou de um g nero para um grupo espec fico de leitores n o apenas cria um espa o liter rio fechado que esses leitores s o estimulados a explorar com frequ ncia toma esse espa o proibido para os outros O RPG pode ent o ser visto como uma narrativa hipermidi tica texto escrito imagens e a narra o do Mestre e representa o das personagens pelos jogadores onde a disponibilidade instant nea de possibilidades articulat rias permite uma reconfigura o constante da obra atrav s das interven es de cada participante Os elementos presentes no livro b sico e na pr pria pr tica do RPG ilustra es textos linguagem corporal e verbal s o janelas ou links de informa o para o jogador sobre a ambienta o onde ser o constru das suas pr prias hist rias KLIMICK 2006 p 5 70 E estas janelas e links s o acessadas apenas por aqueles que a saibam usar para leigos s o apenas imagens colocadas em prol do texto talvez adicionando informa es talvez dando outros detalhes sobre aquela p gina Esta informa o n o t o errada mas muito simpl ria se comparar com sua fun o real e completa Seguindo este racioc nio podemos afirmar que h uma cultura do meio de RPG evidenciada por seu jarg o e eventos sociais a qual deve corresponder uma linguagem pr pria que se relaciona com a linguagem brasileira KLIMICK 2006
78. ar e ler sobre temas daquele sistema em que est o envolvidos para um melhor aproveitamento e divers o Um ltimo fator importante a se declarar antes do fechamento deste cap tulo o destino inevit vel de qualquer livro de RPG ter sua ambienta o e regras alteradas Esta voca o do jogador de alterar uma realidade j pronta e mudar as regras do jogo em todos os sentidos n o deve ser ignorada ao analisarmos o aux lio do RPG na adapta o realidade atrav s da fantasia Portanto esta imprevisibilidade faz com que o enredo do mestre do jogo seja aberto e dependente das a es dos jogadores para se completar da a necessidade do componente aleat rio do sistema de regras BETTOCCHI 2008 p 4 O mestre de jogo o respons vel pelo jogo como se fosse o diretor e o roteirista de uma s rie de TV ou o pr prio autor de um livro liter rio portanto ele deve ser o mais instru do no grupo de jogadores naquele tema O termo mestre de jogo vem de Dungeon Master termo que fora criado com o primeiro RPG o Dungeons and Dragons no qual o Mestre da Masmorra organizava os desafios para os seus aventureiros Tal termo perdurou na maioria dos sistemas por m alguns preferem criar t tulos diferentes como narrador 27 3 O ROLE PLAYING GAME HIST RICO E DEFINI O Por fim o tema principal ao redor do objeto de estudo o RPG O Role playing game jogo de interpreta o jogo de personifica o como o nome
79. ardgames mais vendidos do mundo Magic The Gathering e Pok mon que continuou publicando suas linhas BETTOCCHI 2000 p 10 Nesta mesma d cada nasceria o MmoRPG virtual como os jogos de RPG de videogame por m davam uma liberdade aos jogadores completamente diferente das dadas pelos jogos caseiros Sem contar a intera o poss vel entre os jogadores e a cria o de seu personagem nico talvez fazendo com que se torne mais pr ximo a um RPG virtual leg timo Massively Multiplayer Online Role playing Games MMORPGs milhares de jogadores ou mais jogam simultaneamente em um mesmo mundo de jogo o qual mantido independentemente de seus usu rios raz o pela qual s o chamados mundos persistentes e onde cada participante constr i um avatar relativamente detalhado por meio do qual ele ou ela ir interagir com outros jogadores e com o mundo virtual SILVA 2008 p 48 grifo do autor A Wizard of the Coast reviveu D amp D o chamando novamente de apenas Dungeons amp Dragons e revolucionou o sistema de jogos com a Open license A pr pria Wizards 45 acabou sendo comprada pela Hasbro propriet ria de jogos como o famoso Banco Imobili rio A Open license permitia que qualquer editora lan asse seu pr prio RPG com as regras do sistema D20 novo sistema criado para o D amp D 3 que fora muito bem recebido Quando n s lan amos a terceira edi o de Dungeons amp Dragons n s decidimos tamb m lan a
80. ation of Dungeons amp Dragons Estados Unidos Wizards of the Coast 2004 P 276 280 TARGINO Maria das Gra as Ranganathan continua em cena Ci Inf Bras lia DF v 39 n 1 p 122 124 jan abr 2010 THE INTERNATIONAL ARCADE MUSEUM Venture Dispon vel em lt http www arcade museum com game detail php game id 10301 gt Acesso em 19 mar 2014 THE KYNGDOMS The ultimate interview with Gary Gygax Dispon vel em lt http www thekyngdoms com interviews garygy gax php gt Acesso em 19 mar 2014 TODOS OS JOGOS Os melhores jogos do mundo S o Paulo Abril 1978 216 p TOLKIEN John Ronald Reuel Tolkien O Senhor dos an is a irmandade do anel 2 Ed Lisboa Europa Am rica 1975 438 p UNESCO Records of general conference thirteen session Paris 1964 Paris UNESCO 1965 305 p WIKIPEDIA Ambroise Vollard Dispon vel em lt http en wikipedia org wiki Ambroise Vollard gt Acesso em 17 mar 2014 As mil e uma noites Dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki As Mil e uma Noites gt Acesso em 23 mar 2014 Robert E Howard Dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Robert E Howard gt Acesso em 15 mar 2014 109 Suet nio Dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Suet C3 B3nio gt Acesso em 16 mar 2014 Weird Tales Dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Weird Tales gt Acesso em 15 mar 2014 WILSON Andrew Norman C S Lewis a bio
81. caso o sistema de jogo uma hist ria da institui o e dos seus servi os que aplicado ao sistema de jogo pode ser tamb m aplicada Como pode tratar se de guia de turismo pode conter figuras que auxiliem aos usu rios e possui assim a fun o de conter imagens para ajudar o usu rio Ambos ser o consultados diversas vezes e possuem ferramentas para auxiliar a busca do usu rio A diferen a repousa na fun o de cada um guia retrata uma localidade ou uma institui o ou mesmo servi os desta rea enquanto o livro de RPG retrata um sistema regras de jogo e modos de utiliza o daquelas regras Por fim os livros jogo ou aventuras solo que n o est o contidos nos dicion rios s o descritos por Godinho 2002 p 27 como livros ou revistas que contam uma hist ria com algumas possibilidades de desfecho onde o a jogador a cria e ou utiliza mas n o representa uma personagem pronta que pode seguir diferentes caminhos dentro da hist ria Estes livros s o como pequenos RPGs de bolso criados em meados da d cada de 1980 sendo Steve Jackson o criador de GURPS um de seus principais nomes O objetivo destes livros exatamente ser uma aventura de RPG port til porem pela simplicidade os livros jogo talvez pudessem ser classificados como livros de RPG mas n o o inverso De qualquer modo n o est o sequer dispostos nestes dicion rios pesquisados Um estudo futuro sobre este tipo de livro pode revelar novas classifica es a ser
82. celebration of Dungeons and Dragons publicado pela Wizards of the Coast Uma vis o da interpreta o se dar com Beyound Role and play reunindo artigos da confer ncia finlandesa de RPG a RopeCon Al m de artigos de Batista e Saldanha Fl vio Andrade etc Uma vis o maior do conte do dos livros ser feita com os trabalhos de Andr a Pav o em seu A aventura da leitura e da escrita entre mestres de Role playing Game RPG e as teses e disserta es dos doutores Eliane Bettocchi e Carlos Klimick ambos trabalham com RPG no Brasil desde sua chegada em maior escala no in cio dos anos 90 O trabalho de 14 Bettocchi como doutora em design auxiliar a vis o dos elementos contidos nos livros enquanto o de Klimick doutor em letras mostrar o caminho e a influ ncia sobre os usu rios Outros autores tamb m trar o base para o estudo como textos de Roger Chartier talo Calvino Rog rio Duarte e Ana Virg nia Pinheiro no mbito da biblioteconomia e da bibliologia Enquanto os trabalhos de Luiz Wagner Schmit Francisco de Assis Nascimento Junior Fl vio Andrade e os textos de Eliane Bettocchi e Carlos Klimick juntos com o blog de Luciano Mota Bastos tratar o sobre o RPG em diversos aspectos Uma abordagem hist rica do hipertexto se fez necess ria com os textos de Monteiro Dias Santos os Brennand e outros Enquanto os trabalhos de Silva Neto Maciel Dziekaniak Monteiro e Freire e mais permitiram um estudo exte
83. cesso de informa o criada na Guerra j somada ao caos informacional que se encontrava pr guerra obrigou a v rios cientistas a inovarem em seus campos Vannevar Bush foi um deles cientista de informa o durante a 2 GM utilizou se de seus estudos cognitivos para formular uma m quina que facilitaria a absor o de informa o pelo usu rio Segundo ele Bush a mente humana opera por associa o Com um item a seu alcance move para o seguinte que sugerido por uma associa o de pensamentos de acordo com alguma pista da rede intricada composta pelas c lulas do c rebro RIBEIRO 2008 p 53 grifo do autor Ap s a guerra Bush em 1945 escreveu seu artigo As we may think em que explicava o funcionamento da mente por associa o e nele ainda explicava o funcionamento de uma m quina de extens o de mem ria o Memex Memory Extension Tal m quina seria capaz como a antiga roda de leitura mesclar diversas informa es no mesmo lugar e fornecer diversas informa es Al m disso ela seria capaz tamb m de buscar informa es e enviar a outros usu rios do Memex Para Landow 1997 aquele sistema descrito em 1945 demandava a reconfigura o radical da pr tica de leitura e escrita RIBEIRO 2008 p 47 Ele concebeu um sistema muito semelhante ao trabalho da mente humana em que grandes volumes de informa o 78 seriam armazenados e recuperados por associa es entre seus assuntos
84. cias novidades e ajudas se necess rio 96 Figura 5 7 P gina do livro de D amp D 4 edi o AN ES Fonte Imagem do autor Outro exemplo retirado de D amp D 4th Neste h tamb m um exemplo de hiperm dia al m de hipertexto por conter outro tipo de m dia a imagem 1 A imagem demonstra a imagem do tipo de personagem que ser representado pelo jogador que decida us la O exemplo serve para facilitar a absor o da informa o descritiva 2 Bloco explicando os benef cios e malef cios de se interpretar aquele tipo de personagem Uma explica o sucinta 3 O texto base t cnico explicando a fun o representativa daquela personagens em mais detalhes Esta explica o segue se por diversas p ginas 97 Fonte Imagem do autor Acima h uma p gina dupla do livro Pathfinder Novamente hipermidi tico esta imagem demonstra uma mescla de m dias desmembradas abaixo por m o terceiro objeto o de destaque 1 A imagem demonstra uma ideia de cena de jogo um combate entre jogadores e monstros 2 A chamada do cap tulo 3 Um texto liter rio descrevendo a cena que se desenrola neste combate Um exemplo de narrativa Este exemplo pode influenciar tanto jogadores como o mestre a aproveitar a situa o para seu jogo 98 Figura 5 9 P gina de Vampiro o R quiem ER po Fonte Imagem do autor Como ltimo exemplo uma p gina de Vampiro o R quiem Esta p gina elucida refer n
85. cias para os jogadores auxiliando os a criar um clima de jogo mais interpretativo e dentro do mundo 1 Refer ncias liter rias H a recomenda o de Dr cula de Bram Stoker O grande Gatsby e Carmilla de Sheridan LeFanu 2 Refer ncias film graficas Nosferatu de F N Murnau Garotos Perdidos com Keifer Sutherland e O Sexto Sentido 3 Refer ncias musicais Recomendam grupos musicais punk g tico ou erudito entretanto o pr prio autor brinca com os usu rios dizendo Quem somos n s para dizer a voc o que ouvir 4 Uma cita o externa do Testamento de Longino A C sar o que de C sar mas mesmo C sar n o passa de um homem entre os homens 99 6 CONSIDERA ES FINAIS O LIVRO DE RPG NO S CULO XXI NOVAS FUN ES OU VELHAS HIST RIAS DE UM USO SIMB LICO Ap s este estudo em que foram avaliados elementos bibliol gicos fun es pr ticas uso interpretativo e sua constru o hipertextual p de se ver como a influencia multi textual impactante nos livros de RPG Sendo uma manifesta o recente podemos tomar o RPG como um fen meno de comunica o t pico da contemporaneidade onde o signo aparece como processo interativo o significado acontece quando significantes s o relacionados por um sujeito num processo fluido e cont nuo e o signo s existiria no momento em que um sujeito relaciona significantes produzindo significado BETTOCCHI 2008 p 11 Os livros de RPG s o din
86. com elementos de mitologia nativa em lugar da j desgastada fantasia europ ia GODINHO 2002 p 42 Mas Schmit 2009 p 76 considera que os primeiros RPGs lan ados em mercado nacional foram as Aventuras Fant sticas de Jackson que s o os livros jogo que ser o discutidos a frente Em 1992 a ent o desconhecida White Wolf lan ou no mercado o RPG Vampire The Masquerade cria o de Mark Reign Hagen Este jogo trouxe duas grandes inova es a primeira foi o sistema de regras muito mais flex vel chamado Storyteller privilegiando a ambienta o a cria o de personagens e a narra o de hist rias a segunda foi a possibilidade de o jogador interpretar personagens at ent o considerados oponentes ou seja fazer o papel do monstro o vampiro ao inv s do de her i BETTOCCHI 2000 p 8 A analogia trazida pela White Wolf e seu Vampiro e por filmes que envolviam este tema que come avam a surgir mais e mais al m de principalmente a oportunidade de ser o anti her i fez com que Vampiro a M scara explodisse em vendas ainda mais contra a enfraquecida TSR e seu AD amp D pouco inovador Vampiro evoluiu rapidamente e na mesma 32 o Tanto Forgotten Realms quanto DragonLance foram muito bem recebidos originando inclusive romances coisa pouco comum na poca 44 d cada sofreu modifica es o bastante para passar por tr s edi es sendo a terceira a mais vendida e a
87. da hora can nica do dia 2 de of cios di rios isto livro que encerra ora es ou pr ticas religiosas para os diferentes dias do ano can nico Ampla nomenclatura tamb m com substantivos aut nomos ou com primitivos adjetivos qualificativos usados substantivamente se liga ao livro Relacionamos sem pretens es exaustivas a seguir uma lista precedendo a de algumas caracter sticas essenciais para a defini o eventual de cada uma das unidades a sistem tica a no o se relaciona com o tipo de livro que se estrutura segundo ordena o sistem tica de partes relativamente autossuficientes verbetes artigos par grafos b espec fica a no o se relaciona com o tipo de livro cuja estrutura o decorre de um desenvolvimento aut geno e end geno em que todas as partes se integram para a forma o de uma unidade de mensagem informativa HOUAISS 1967 p 28 34 Obviamente n o ser o todas estudadas e menos ainda haveria dentre elas os livros de RPG pois sua cria o oficial seria feita quase uma d cada depois de seu livro Neste cap tulo falaremos de alguns tipos os que mais s o confundidos com os objetos de estudo deste trabalho em sua maior parte por tamb m trabalharem com o hipertexto Estes tipos de livros ser o tratados mais a frente em compara o aos livros de RPG quando estes forem apresentados Livro de cavalaria livro que conta as fa anhas de cavaleiros errantes medievais
88. da revolu o das tecnologias da informa o e comunica o que trouxeram importantes avan os na difus o maci a de tecnologias em aplica es de uso comercial e civil BRENNAND BRENNAND 2010 p 318 Por fim os Brennand 2010 falam do quarto evento o mais recente que o da converg ncia tecnol gica As telecomunica es permitiram um sistema integrado de formas de gera o e processamento da informa o com tecnologias de transmiss o diversificadas e integradas Estes quatro eventos de acordo com os autores foram os respons veis por trazer a informa o at o patamar em que se encontra hoje assim como o uso do hipertexto em m dias digitais E gra as a esta evolu o foi criado o World Wide Web e seus protocolos de funcionamento baseados no hipertexto A World Wide Web contem um grupo de protocolos que permitem seu funcionamento O primeiro destes HTTP Hypertext Transfer Protocol Este protocolo usado para geradores e por usu rios da rede entrar em comunica o O segundo protocolo o HTML Hypertext Markup Language Esta linguagem especifica o formato do documento e permite que diferentes usu rios inscrevam o seu texto em um mesmo c digo BARRETO 2004 Esta evolu o tecnol gica permitiu tamb m o nascimento da hiperm dia que o hipertexto com diversas m dias num mesmo documento Similar ao Livro Universal idealizado por Otlet Hiperm dia uma arquitetura de liga es em n sendo este
89. de ilustra es coordenadas com o texto que dedicado para crian as CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso Livro de contos de fadas book of fairy tales LIT Livro que cont m hist rias de personagens imagin rias CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso Todos estes livros citados acima compartilham de elementos similares com os de RPG e n o muito diferentes dos livros de cavalaria por m em geral mais din micos sendo que em alguns h imagens que podem ou n o auxiliar na compreens o do texto contudo n o possuem regras e menos ainda nenhum tipo espec fico de ferramenta que auxilie a busca entre seus cap tulos Livro ilustrado ilustrated book ARTE GRAF O que inclui imagens para explicar aumentar ou embelezar o texto CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso O livro ilustrado j possui similaridades maiores pois al m de uma hist ria possui tamb m imagens auxiliares e dependendo do livro pode ou deve possuir ferramentas para aux lio dos usu rios na busca de informa es na obra Entretanto n o possui nenhum tipo de regra ou sistema e menos ainda instru es para utiliza o de qualquer coisa contida nele Um livro de RPG poderia ser considerado tamb m um livro ilustrado mas isso ficaria aqu m de sua classifica o principalmente se esta for por assunto 62 Livro de refer ncia Aquele que permite obter uma informa o r pida sobre determinado assunto tais como os manuais guias bibliografias
90. do Steve Jackson entrou em cena Jackson criou o sistema Melee de tradu o literal combate ou luta que pelo nome j se conclui que diretamente era voltado ao combate com detalhes mais espec ficos como fraturas socos e chutes e regras pra tal Jackson come aria a ganhar nome para seu futuro GURPS e suas aventuras fant sticas os livros jogo que ser o tratados adiante Uma empresa rival da TSR a Fantasy Games Unlimited lan aria o primeiro RPG em grande escala o Chivalery amp Sorcery Cavalaria amp Feiti aria que melhoraria Mt is agreed upon by older players that the appearance of RPGs in Brazil took place at the end of the 80 s through exchange students and English teachers who brought games from the USA SCHIMT 2009 3The license granted to Judge s Guild was admittedly a lot of work in that products had to be carefully reviewed for continuity with the AD amp D and D amp D game systems THE KYNGDOMS 2014 RPG players were so desperate for product that they couldn t care less about design quality or production values SCHICK 1991 p 23 GURPS acr nimo de Generic and Universal Role Playing System Sistema Gen rico e Universal de Interpreta o de Pap is e como informa o nome um sistema de RPG gen rico e universal o que significa que ele pode ser t o complexo quanto se queira e pode ser usado para jogar em qualquer cen rio hist rico ou ficcional 41 drasticamente o RP
91. e principal a classifica o por elementos bibliol gicos Neste cap tulo ser o demonstrados alguns tipos de livros para abordarmos posteriormente suas compara es quanto aos livros de RPG Para tal ser o usados conceitos da bibliologia e da bibliotecnia assim definidos por Houaiss 1967 p 41 e Bibliologia a disciplina do livro que examina do ponto de vista de sua sistematiza o org nica e como um todo composto por materiais de suporte folhas cart es pele linha cola de elementos materiais de representa o simb lica tintas furos nos livros de Braille cortes de elementos de eficaz disposi o dos s mbolos tipos letras imagens objetos visuais e t cteis afim de que a mensagem se possa consumar em sua finalidade de comunica o e express o com a completude poss vel e Bibliotecnia ou bibliot cnica o corpo de t cnicas e de conhecimentos relacionados com a produ o do livro do ponto de vista dos elementos materiais que o suportam folhas cart es peles linhas cola e dos elementos mat rias que fei oam sua representa o simb lica tintas furos c nes manchas medidas formatos ilustra es 1967 grifo nosso Continuando o estudo de Houaiss 1967 p 28 a palavra livro se faz acompanhar de ep tetos ou de adjuntos terminativos que permitam coloca la numa daquelas poss veis distin es espec ficas ou defini las para outros fins No Elementos da bibliologia Hou
92. e implica que eles podem fazer mais do que lutar com outras personagens 1991 p 18 tradu o nossa The purpose of the rules is to define what may be done rather than what must be done The rules hold the group creation together and keep it from becoming mere chaos by committee SHICK 1991 p 11 grifo do autor 2 If the players have varying goals or are going to act together rather than against one another a game needs a referee to manage their opponents describe their environment and make rules decisions e If each player has one character figure that figure can represent the player 33 Estas vari veis foram em grande parte a base para a cria o do RPG Um mundo em que os jogadores pusessem fazer mais do que combater e interagir uns com os outros e com o mundo ao seu redor pautados em regras para suas a es Um RPG um m todo e uma brincadeira em que os participantes controlando as a es de suas personagens e cooperando entre si criam hist rias coletivamente BETTOCCHI KLIMICK 2004 p 1 Portanto este n o o trabalho do mestre somente e sim de todos ao decorrer do jogo Bettocchi e Klimick 2004 p 3 ainda dizem que ao analisar as defini es de RPG em pesquisas acad micas sobre o tema e em RPGs comerciais podemos ver que ele gera narrativas constru das coletivamente Portanto ele pode ser considerado um meio um m todo de constru o oral de narrativas E do mesmo modo por se
93. e talvez tenha ocorrido com muitos povos e nada impede que ele o livro haja aparecido ao mesmo tempo em v rias regi es do globo como o fruto mais saboroso das civiliza es chegadas ao ponto de madureza convinh vel SAMARAN apud HOUAISS 1967 Contudo apenas os que exploravam os livros ao seu m ximo cresceram e passaram a frente sua cultura sendo outros esquecidos 18 Ademais todos os sistemas de escritas conhecidos e possivelmente os ainda desconhecidos t m como objetivo a comunica o dentre aqueles que compreendam sua linguagem utilizando se dos signos contidos neles utilizando uma esp cie de harmonia visual do espa o refletida no tra ado mesmo de cada um dos caracteres forma tamanho espessura e em sua combina o interna dire o dist ncia entre os signos entrelinhamento ARAUJO 2008 p 279 A fim das contas o texto escrito busca o equil brio podendo ele ser quebrado ou n o para que resulte em comunica o imediata c moda e visualmente agrad vel entre o autor e seus leitores ARA J O 2008 p 373 grifo nosso A interpreta o outro fator que deve ser levado em considera o ao se trabalhar com os livros O autor escreve sua obra com certa finalidade esta pode ser modificada mesmo antes do livro chegar aos leitores pelo editor e ainda h o usu rio final que tomar o significado daquela constru o visto por seus olhos e por sua experi ncia Por exemplo P
94. edade ritual garantir a estabilidade ERICSSON 2004 p 21 tradu o nossa Os testes envolvendo rolagens de dados costumam ser em sua maior parte obst culos f sicos ou combates Ao obter sucesso a personagem colhe os frutos de seu trabalho enquanto a falha tr s consequ ncias que podem ser brandas ou mortais para a personagem A morte de uma personagem n o implica no afastamento do jogador apenas num recome o ou um objetivo para seus companheiros H outros modos de uma personagem sair de jogo que ser o abordados mais a frente A vit ria vem sobre esses desafios apesar de n o haver uma competi o dos Jogadores entre si ou dentre estes e o a Mestre Cada hist ria ou aventura tem objetivos e desafios que devem ser superados para que aqueles sejam alcan ados BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 5 3 1 1 Inspira o Antes de come ar uma partida os jogadores devem decidir como ir o jogar O RPG permite uma variedade infinita de possibilidades mixando os tipos de sistema com os conhecimentos dos jogadores e vontades de se interagir Os jogadores daquela mesa devem escolher em que tipo de universo se passar a sua aventura Na maior parte das vezes o mestre e os jogadores se re nem antecipadamente e escolhem uma realidade para sitiar a partida o velho oeste o espa o futurista a Europa medieval Manhathan e seus super her is tudo poss vel H tamb m mesas em que o mestre j chega com o cen rio pronto
95. eiras entre autor e receptor tamb m se caracteriza pela mistura e apropria o de diferentes linguagens como teatro cinema televis o literatura quadrinhos ocidentais e orientais e computador sem no entanto perder a consci ncia de sua pr pria forma A representa o visual expressa se como uma colcha de retalhos atrav s da mistura de estilos dentro de uma mesma publica o GODINHO 2002 p 50 Esta colcha de retalhos dita por Godinho acima e a vis o lend ria j atribu da ao hipertexto al m da vis o de Andrade anterior demonstra como a representa o visual no RPG importante para unir estes atributos estas hist rias estes conceitos O RPG al m de hipertextual tamb m hipermidi tico pois re ne diferentes m dias em sua cria o A seguir ser o demonstrados alguns exemplos de hipertexto em livros de RPG demonstrando capas e p ginas de seu interior Estes exemplos foram retirados dos livros j citados na metodologia t tulos influentes no campo do RPG Foram escolhidos t tulos atuais tamb m para uma demonstra o de como est o atualmente estas obras 94 Figura 5 5 Capa do livro de RPG Shadowrun fifth SHADOWRUN COBE IH EBOOK Fonte www catalystgamelabs com A imagem acima a capa de um dos livros analisados neste trabalho Shadowrun fifth edition Como pode ser vistos os elementos s o bem expressivos e convidativos passando a informa o diretamente ao usu rio do que encon
96. electual e se apresenta tamb m como um dos m ltiplos objetos criados pela civiliza o e suscept veis de atuar sobre ela isto pr prio de todo objeto que tem car ter corporal e composto tecnicamente OTLET 1934 p 9 apud SANTOS 2007 p 59 A tabela abaixo demonstra os tipos de livros pesquisados e suas breves descri es em ambos dicion rios e no caso dos livros jogos no texto de Godinho quando houver Quadro 4 1 Descri o r pida dos tipos de livros de acordo com as fontes consultadas Tipo de livro Dicion rio de Dicion rio do livro Godinho 2002 biblioteconomia e arquivologia Livro de cavalaria Texto em prosa e verso hist ria de cavaleiros errantes Livro de fic o Narrativa ou prosa com elementos fantasiosos Livro de aventura Obra sobre contos emocionantes Livro de contos Obra com contos ilustrados simples infantil Livro de contos de Obra com fadas personagens imagin rias Livro ilustrado Livro com imagens para real ar o texto Livro obra ou Documentos para Livro com cole o de refer ncia consulta indicativa informa es sobre um indireta determinado assunto Manual Livro que inclua Tratado sobre no es b sicas de determinado assunto uma determinada de f cil portabilidade ci ncia t cnica ou arte Guia Documento contendo informa es sobre um servi o ou local a seus usu rios Livro jogo Livros ou r
97. em feitas neste aspecto j que este tipo de obra usa uma alineariedade incomum presente em apenas algumas obras alternativas como em livros poema E J lio Cort zar no seu Rayuela de 1968 fornece um tabuleiro de dire o que transforma o livro fundamentalmente em dois outros nele contidos O primeiro livro deixa se ler na forma corrente e termina no cap tulo 56 ao t rmino do qual aparecem tr s vistosas estrelinhas que equivalem palavra Fim Assim o leitor prescindir sem remorsos do que vir depois O segundo livro deixa se ler 64 come ando pelo cap tulo 73 e continua depois de acordo com a ordem indicada no final de cada cap tulo Na verdade por essa aparente irrever ncia em rela o ao sentido obrigat rio da leitura n o apenas dois por m incont veis livros pulsam no corpo daquele que surge como inicialmente nico PONTUAL 1971 p 5 6 Os livros jogo utilizam se basicamente do mesmo estilo de deslocamento dentro da hist ria em que o jogador ao final de cada cap tulo direcionado a um ponto ou outro no livro criando uma nova leitura Esta nova leitura permite uma nova interpreta o cada vez em que a obra utilizada modificando seu uso a todo o tempo Um elemento interpretativo bem poderoso por m interpretativo apenas quanto a leitura e ordena o da mesma mas n o do usu rio como interpretador que muda por si como o RPG o faz 4 4 O hipertexto a principal caracter stic
98. em seus atos 6 Vari veis e sugest es a Marinha os persegue com tr s navios mas os piratas mortos vivos s o invenc veis A Marinha os aborda com sucesso e prende todos ent o Dave Jones e o navio Holand s Voador aborda todos atr s de uma coisa que foi escondida por Jack numa ilha E a aventura continua 113 ANEXO B EXPLICA O DA LICEN A ABERTA D20 Retirado diretamente do site Funda o OGL Brasil FUNDA O OGL BRASIL 2014 O texto abaixo explica o funcionamento da licen a aberta d20 criada pela Wizards of the Coast em 2000 junto da terceira edi o de D amp D O site da OGL Brasil explicou passo a passo como utilizar a mesma OGL ou OPEN GAME LICENSE significa Licen a de Jogo Aberto Como o pr prio nome sugere a OGL uma licen a p blica criada pela empresa estadunidense Wizards of the Coast no ano 2000 atualmente na vers o 1 0a Como funciona a OGL passo a passo 1 Pegue um sistema de jogo que voc tenha ex Sistema d20 FUDGE Sistema d6 etc e fa a um pacot o com ele Esse pacote ser chamado de Open Game Content Conte do de Jogo Aberto ou abreviadamente OGC Isto a primeira coisa a fazer pegar um sistema e 2 dizer que ele Conte do de Jogo Aberto 2 Pegue essa licen a a OGL inclua ela no seu pacot o Agora diga no come o do seu pacot o seu OGC o que dentro dele licenciado pela OGL Conte do Aberto e o que n o Identidade do Produ
99. empre seu julgamento era id ntico em situa es similares Enquanto Anerson desenvolvia seu Blackmoor com sua fantasia medieval em outro ponto Gary Gygax e Jeff Perren desenvolviam o Chainmail jogo em que os aventureiros combatiam individualmente e havia regras para a es simples de combate pessoal n o em tropas o tradicional nos antigos wargames Chainmail era um conjunto de regras relativamente simples e de f cil uso e se aproveitou da popularidade entre f s para garantir uma segunda impress o em 19728 SHICK 1991 p 19 tradu o nossa Logo o jogo de Gygax teria boa recep o e sabendo do crescimento de jogos com o tema fantasioso logo um suplemento para Chainmail com o tema de fantasia heroica seria lan ado Apesar de jogado ao redor do mundo em v rios clubes os wargames mantinham sua comunica o atrav s de peri dicos e com isso seus membros de mais destaque tornavam se conhecidos e com isso Gygax e Anerson resolveram juntar Blackmoor e Chainmail fazendo com que a interpreta o contida no baronado de Anerson ganhasse regras e um sistema real no lugar de um bando de conven es O campo para o RPG finalmente estava pronto e logo surgiria Dungeons and Dragons Dungeons amp Dragons apareceu em janeiro de 1974 em tr s livretos de regras numa pequena caixa marrom Ele foi apresentado como um tipo de expans o ao Chainmail e continua o subt tulo Regras para Campanhas
100. enhos americanos como Pernalonga e Roger Rabbit Marvel Superheroes jogo dos super her is da Marvel Comics e outros a maioria da editora Pacesetter Rapidamente o estouro de vendas do RPG refletiria em outros mercados Quadrinhos com aventuras seriam lan ados o desenho animado Dungeons amp Dragons conhecido aqui como a s rie Caverna do Drag o e v rias outras m dias como o filme O Hobbit livro de J R R Tolkien muito influente no mundo do RPG em sua vers o da d cada de 1980 O maior impacto caiu sobre os videogames que tinham surgido no mundo basicamente no mesmo tempo em que os RPGs Alguns jogos iniciais como Zork eram apenas letras e n meros numa tela de computador negra por m outros como The Legend of Zelda e Final Fantasy que traziam imagens de jogo remetendo s aventuras levariam o RPG ao mundo todo e o in cio da discuss o entre serem ou n o considerados RPGs pela falta do elemento b sico do jogo a interpreta o como afirmado por Schick 1991 Este tema ser abordado posteriormente Sistema de pontos sistema skill based s o sistemas de RPG com maior liberdade de escolha para a cria o de personagens Hoje em dia em maior parte utilizado por GURPS e os jogos da White Wolf como Vampiro e Lobisomem 43 No final da d cada de 1980 nasceriam GURPS e Shadowrun em mundos mais realistas foram as maiores concorr ncias a AD amp D que nada mudava desde o
101. ereira 2007 p 74 cita o romance Dom Casmurro de Machado de Assis no qual a trai o da personagem Capit sobre seu marido Bentinho fica ao crit rio da interpreta o daquele que l Diversos autores aproveitam se desse entrelace entre interpreta o e interpretador Neles encontramos o deslize entre significante e significado para manipular a hist ria e como diz Bettocchi 2010 p 2 trapacear com a linguagem jogar com ela e com os signos mudando o uso dos seus c digos formais o visual Outro exemplo disto retorna quando citamos leituras p blicas feitas por recitadores de poesias jograis ou apenas um escolhido ocasional para leitura A nfase do leitor pode e deve modificar o significado do texto pela variedade de express es dentre os contadores de hist rias por isso pode se afirmar que uma pe a de teatro uma cerim nia religiosa ou um jogo de RPG nunca ser igual ao anterior mesmo sendo todos pautados em um material informacional fixo ou seja escrito Manguel 2008 p 69 afirma que o sucesso ou o fracasso das leituras p blicas realizadas pelos jograis dependiam em larga escala da capacidade do int rprete em variar suas express es tornando o texto imprevis vel j que o tema habitualmente era conhecido dos ouvintes Leituras p blicas informais em reuni es n o programadas eram ocorr ncias bastante comuns no s culo XVII Parando numa estalagem durante sua busca do errante dom Quixote o padre que queim
102. eriormente que cont m informa es sobre aquela p gina espec fica sobre algum elemento do livro a ser adicionado naquele momento ou mesmo uma refer ncia para se localizar e procurar a pr xima fonte dentro ou fora do livro y E R Cd mid Em parte estas janelas s o como as notas antigamente postas em livros por seus usuarios e Pode se afirmar que as notas foram introduzidas literariamente pelos alexandrinos mas utilizadas sobretudo pelos eruditos da Idade M dia inclusive os bizantinos que acrescentavam na mesma p gina notas a margem 67 sendo que agora s o postas pela pr pria editora a fim de facilitar a busca dos seus leitores por aquelas informa es Juntando as caracter sticas de jogadores e de produ o podemos identificar uma terceira fase no RPG onde os suportes lan am m o de diferentes refer ncias visuais emprestadas de outras linguagens como cinema quadrinhos e video games n o s nas ambienta es mas tamb m na est tica GODINHO 2002 p 47 Criando assim uma hiperm dia dentro do livro de RPG No pr ximo cap tulo o hipertexto ser trabalhado mais detalhadamente 4 5 Categoriza o bibliol gica do livro de RPG Analisaremos aqui a bibliologia parcial em que considerada deste modo por n o abordar a totalidade dos elementos do livro de RPG Esta parcialidade definida como j comentada antes neste estudo numa observa o dos elementos que alteram a filosofia e uso da obra e
103. ersa Os livros de RPG cont m elementos comuns a diversos outros livros e outros nicos a ele mesmo e estes elementos ilustra es textos linguagem corporal e verbal s o janelas ou links de informa o para o jogador sobre o cen rio onde ser o constru das suas pr prias hist rias BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 5 Pav o 1999 apud Bettocchi 2003 diz que no livro de RPG texto e imagem existem n o para serem consumidos acriticamente mas para serem pilhados pelo sujeito a fim de serem reconstru dos de acordo com suas experi ncias cotidianas permitindo a concep o de novas imagens e novos textos e a recria o da realidade Estas novas utiliza es de antigos elementos como sum rio quadros e figuras d o caracter sticas espec ficas aos livros de RPG que os tornam livros com uma bibliologia nica um hipertexto diferenciado A an lise bibliol gica parcial destes livros determinar as atuais 11 atribui es dadas a eles e do mesmo modo uma separa o destes livros de outros tidos como similares como livros de contos ou livros de refer ncia Um exemplo destas utiliza es dado por Bettocchi 1999 p 5 quando diz que a clareza gr fica do livro refere se reprodutibilidade t cnica para um livro de miolo preto e branco e sua expressividade narrativa refere se capacidade de transmiss o de informa o sobre as caracter sticas visuais e sociais da poca retratada ainda que
104. ersos centros que s o como pontas luminosas perpetuamente m veis saltando de um n a outro trazendo ao redor de si uma ramifica o infinita de pequenas ra zes de rizomas finas linhas brancas esbo ando por um instante um mapa qualquer com detalhes delicados e depois correndo para desenhar mais frente outras paisagens do sentido L VY 1998 p 25 26 Estes seis princ pios metamorfose heterogeneidade multiplicidade exterioridade topologia e mobilidade dos centros permitem que o hipertexto seja mais que um texto est tico estas sim fazem com que ele seja um texto que sempre est em crescimento e mudan a Enquanto outros autores separam hipertexto de hiperm dia L vy os coloca num mesmo patamar dizendo que ao entrar em um espa o interativo e reticular de manipula o de associa o e de leitura a imagem e o som adquirem um estatuto de quase textos LEVY 1998 p 33 Portanto mesmo sons v deos e imagens ao serem interpretados s o como textos pois tornam se informa o conhecimento para o usu rio de um mesmo modo Por m L vy diferente de diversos autores defende a adigitabilidade do hipertexto relembrando que n o h sum rio sem que haja cap tulos nitidamente destacados e apresentados n o h sum rios ndice remiss o a outras partes do texto e nem refer ncias precisas a outros livras sem que haja p ginas uniformemente numeradas L VY 1998 p 34 84 Dem
105. ert Ervin nasceu em Peaster Texas filho do m dico Isaac Mordecai Howard e da dona de casa Hester Jane Ervin Howard ambos oriuntos de fam lias escoto americanas come ou a escrever com 9 anos inspirado nas hist rias de Harold Lamb e Talbot Mundy publicadas na revista Adventures mas s aos 15 anos come ou a escrever profissionalmente WIKIPEDIA 2014c Ervin n o pertencia ao grupo dos dois anteriores e muito menos suas hist rias eram t o fant sticas Ervin escrevia desde sua inf ncia e teve v rios t tulos publicados alguns apenas contos outros hist rias completas como Spear and Fang e The Hyena Muitos 37 33 Z k destes contos foram publicados em revistas como a Weird Tales Por m sua mais importante cria o fora Conan o b rbaro que apareceu em um de seus contos o The Phoenix on the Sword e conquistou grande fama As aventuras de Conan eram violentas brutas e sedutoras conquistam leitores at hoje e sem d vida foram inspiradoras nos combates de RPG Eram tamb m acronol gicas levando o leitor a diferentes etapas de sua vida desde sua inf ncia mal tratada at quando se 3O mundo de N rnia o mundo fant stico criado por Lewis em que o grande le o Aslam seu regente supremo he enjoyed studying languages but preferred the study of old English which can be seen in his writings HALL 2004 p 3 Weird Tales o nome de uma revista pulp
106. es de jogadores SILVA 2006 p 54 Assumindo o posto de um ser do mundo fant stico de Azeroth criado para o jogo aquela pessoa deve desvendar o mundo e superar desafios deixados em aberto pelos jogos A saga Warcraft far 20 anos este ano e o maior mercado da empresa Blizzard Varios t tulos de RPG tradicional assumiram o mercado de MmoRPG O pr prio D amp D teve seu D amp DOnline e em 2013 Neverwinter centrado na terra de Fa run cen rio de Forgotten Realms dando continua o aos jogos Neverwinter Nights de computador Outros tipos de m dia tamb m se tornaram MmoRPGs como Final Fantasy videogame Dragon Ball e Saint Seiya mang s e tamb m DC Universe comic O inverso tamb m ocorre Warcraft e World of Warcraft tornaram se livros de RPG 55 Cada tipo de jogo se volta a um funcionamento social e din mica de jogo pr prios No Jogo Solit rio a intera o social direta ausente embora grupos de usu rios e f s possam ser formados em torno dele O Jogo em Rede Local promove a intera o direta mas tais rela es tendem a ser breves e limitadas o que explica por que esse tipo de jogo geralmente acontece num ritmo r pido e orientado a combate MMORPGs por outro lado conduzem a intera es sociais de longo prazo mais ricas e complexas e s o usualmente orientadas a estrat gias mais do que a t ticas Diferentemente do que acontece geralmen
107. esentes Estes jogadores criam suas personagens o mestre se cc Tss w o ps encarrega de trazer a aventura a hist ria em que jogar o e com apenas l pis papel alguns dados e os livros o jogo se desenvolve com os jogadores declarando as a es de suas personas enquanto o mestre determina os resultados de suas a es naquela jornada Lembremos que a palavra play em ingl s tem entre seus significados jogar interpretar e brincar permitindo um jogo de sentido de dif cil tradu o para o portugu s Sess o ou partida aventura e campanha s o termos que adv m dos antigos jogos de guerra precedentes do RPG A partida aquele dia de jogo aquela mesa A aventura pode durar um dia ou mais dependendo de sua extens o Campanha ou cr nica todo um envolto de aventuras Em um exemplo pr tico a partida a equival ncia de um cap tulo de Harry Potter a aventura fica sendo um dos livros e a campanha seria a reuni o dos sete livros 29 H tamb m o RPG live action em que al m dos atributos acima listados h tamb m a interpreta o f sica das personagens quando ao inv s de apenas declarar as a es na mesa estes atuam como atores numa pe a como por exemplo no lugar de dizer eu grito com ele jogadores realmente gritam com os outros jogadores CHOY 2004 p 60 tradu o nossa Muitas vezes at fantasias s o usadas neste tipo de RPG Este tipo de jog
108. evistas com hist ria simples para se jogar Fonte Produ o do autor 60 61 Esta tabela serve como guia r pido para uma melhor visualiza o dos significados das obras pesquisadas Logo a seguir h a descri o detalhada das informa es obtidas em cada livro e uma an lise sobre suas compara es quanto aos livros de RPG Livro de cavalaria Novela em prosa ou em prosa e verso publicada desde o aparecimento da imprensa cujo enredo se centra nas novelas de fa anhas dos cavaleiros medievais e que se assenta na tradi o oral FARIA PERIC O 2008 grifo nosso Os livros de cavalaria lembram as hist rias fant sticas de cavaleiros her is por m n o possuem nenhum tipo de regra e na maior parte nem imagens A nica similaridade seria o tema de cavaleiros e her is Livro de fic o Em literatura popular o livro de fic o pertence a uma literatura narrativa ou prosa com acontecimentos caracteres e cenas que s o no todo ou em parte o produto da imagina o e fantasia tais como novelas e pequenos contos obra de fic o FARIA PERICAO 2008 grifo nosso Livro de aventuras adventure novel GRAF LIT Obra de fic o que relata experi ncias arriscadas emocionantes ou perigosas romance de aventura CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso Livro de contos Picture book Picture storybook storybook LIT O que cont m contos e hist rias em narrativas simples acompanhadas
109. final dos anos 1970 nova vida para o sistema como Forgotten Realms e Dragonlance Este g nero o cyberpunk ficou muito popular entre os jovens da poca Retratava um futuro sombrio em alguns casos devastado por uma guerra nuclear dominado pela tecnologia e pela tirania econ mica das grandes corpora es As personagens possu am implantes cibern ticos no corpo e podiam se conectar grande rede de informa es mantida por computadores onipresentes Nesse contexto surgiu a figura do hacker como her i aquele que desafiava o poderio capitalista roubando informa es e infectando sistemas em nome de comunidades oprimidas GODINHO 2002 p 44 Alguns suplementos e novos mundos eram criados em AD amp D alguns trariam uma 32 Outros trariam mais pesos para a marca como Al Yasin e Dark Sun Estas novidades mantiveram AD amp D vivo por mais tempo mas a chegada da editora novata White Wolf e seu Vampiro a M scara condenariam a TSR Tagmar de Julio Augusto Cesar Leonardo Nahoum Marcelo Rodrigues e Ygor Morais um jogo de fantasia foi o primeiro RPG publicado no Brasil Da mesma forma que a TSR americana foi criada a GSA em 1991 pelos pr prios autores A mesma editora lan ou em 1992 O Desafio dos Bandeirantes de Carlos Klimick Fl vio Andrade e Luis Eduardo Ricon O jogo foi considerado original e ousado por abordar pela primeira vez uma ambienta o brasileira Brasil colonial
110. funcionava e principalmente vendia bem Eles criaram Pathfinder e seguindo o mesmo preceito foi criado aqui no Brasil o RPG Tormenta de Marcelo Cassaro que continua a utilizar a licen a aberta O sucesso da licen a aberta foi t o estrondoso que Pathfinder mesmo sendo lan ado em 2009 ainda est no topo das vendas no mercado de RPG americano enquanto o pr prio D amp D que a lan ou e n o a usa desde o lan amento da 4 edi o est em terceiro lugar al m destes outro sistema que usa da licen a aberta o Iron Kingdoms tamb m composto por parte da equipe de D amp D 3 est em quarto contando as vendas do ver o de 2013 When we released the third edition of Dungeons amp Dragons we also decided to launch the d20 Open Gaming License The basic idea here was to grant the gaming industry a broad royalty free license to publish source material compatible with Dungeons amp Dragons game This seemed like a crazy idea at the time and still does to some but I belive it was an amazingly good decision for Wizards of the Coast STARK 2004 p 277 Como pode ser visto no site http www icv2 com articles news 27068 html ICV2 2014 46 Em 2012 Vampire The Maskerade completou 20 anos e lan ou uma edi o especial trazendo de volta sua terceira edi o a edi o de sucesso dos anos 90 e seguindo a ideia a Wizards of the Coast relan ou ano passado todas as edi es j feitas de D
111. future HARDY 2013 p 7 As this monumental year comes to a close we are continuing to refine the D amp D Next rules Your feedback has proven instrumental in shaping the future of Dungeons amp Dragons and for that we thank you WIZARDS OF THE COAST 2014 57 4 O LIVRO DE RPG Ap s o RPG ter sido descrito como jogo e historicamente o objeto de estudo pode ser trabalhado com melhor compreens o Sabe se que o RPG um jogo de interpreta o intera o di logo regras e combate al m de muita fic o e fantasia Um livro de RPG deve ser capaz de associar todos estes elementos de modo simples e de f cil compreens o e recupera o para seu usu rio Pois nem tudo interesse de todos cada indiv duo tem as suas necessidades Na rea da Biblioteconomia imprescind vel defender essas diferen as CAMPOS 2014 4 1 O livro de RPG descrito O livro de RPG atualmente um c dice vegetal geralmente de capa dura composto de imagens regras e textos dentre os quais h textos t cnicos e liter rios No livro de RPG texto e imagem existem n o para serem consumidos acriticamente mas para serem como diria Andr a Pav o 1999 pilhados pelo sujeito a fim de serem reconstru dos de acordo com suas experi ncias cotidianas permitindo a concep o de novas imagens e novos textos e a recria o da realidade 4 2 Hist rico O hist rico do RPG j foi contado anteriormente mas n o o de seus livros
112. geral diferente da sua As regras do jogo servem para que tanto o mestre quanto os jogadores tenham um limite e tamb m possam determinar um desafio Em geral os desafios s o superados primeiramente com a solu o do enigma pela s personagem s e se necess rio o jogador far um teste normalmente uma rolagem de dado para determinar se foi capaz de superar o desafio que ao final envolve alguma recompensa podendo ser esta um objeto especial talvez m gico pontos de experi ncia que deixam a personagem mais poderosa ou at mesmo sua sobreviv ncia dependendo da situa o em que se encontra instead of saying I scream at him players actually do scream at other players CHOY 2004 p 60 Eventos de anima es japonesas onde f s costumam se reunir para ver s ries ouvir m sicas receber dubladores desenhistas escritores e etc Nestes eventos muitos dos f s costumam ir fantasiados com o personagem de sua prefer ncia para performances chamado cosplay 30 Por m nem todos os desafios s o resolvidos com a rolagem de dados principalmente nos desafios sociais em sistemas de regras que os permitam Nestes grande parte dos desafios s o desenvolvidos no di logo entre as personagens sejam elas dos jogadores ou do mestre Enquanto interpretadores possam se sentir orgulhosos e maravilhados nas conex es entre ritos regras e interpreta o eles precisam lembrar que o objetivo de uma verdadeira limiari
113. graphy Londres Flamingo 1990 334 p WIZARDS OF THE COAST D amp D Next playtest Dispon vel em lt http www wizards com dnd dndnext aspx gt Acesso em 19 mar 2014 110 ANEXO A REGRAS SIMPLES PARA JOGO DE RPG Retirado diretamente do site Spell net SPELL NET 2014 Descri o Este material aqui apresentado servir para entender como funcionam os jogos de RPG e n o tem o objetivo de ser comercializado al m de ser uma possibilidade did tica para pedagogos as e professores as de licenciaturas Este material foi criado por Gilson Rocha e postado no site Spell Net como instrumento de uso do RPG sem mec nicas complicadas e sem favorecer qualquer sistema existente RPG para ensinar RPG Sistema simples para ensinar RPG praticamente sem regras depois que voc j gastou toda sua saliva explicando Use um dado de dez lados mas outros tamb m servem O de dez lados mais f cil para visualizar o percentual das jogadas Existem tr s tipos de personagens dispon veis de acordo com uma caracter stica principal Combate bom de lutas e dano Agilidade habilidades f sicas timas Intelig ncia status social intelig ncia e serve para usu rios de magia tamb m Usar o d10 ou outro j legal pelo fato de n o ser o comum d6 As jogadas s o feitas com resultado melhores para menos o que diferente da maioria dos jogos de tabuleiros onde geralmente mais melhor A caracter stica que o jogad
114. icen a PERP TUA para sempre eterna Significa que uma vez que eles tenham divulgado a SRD 3 5 e a MSRD as duas OGC que comp em o Sistema d20 sob a OGL ela eterna e voc pode criar jogos com ela para sempre Conclus o A OGL o equivalente para os jogos de RPG s licen as LGPL GPL FDL e afins chamadas de licen as Software Livre A OGL est para o mundo dos jogos de RPG como as licen as GPL est o para os softwares Temos para o RPG um movimento em defesa do Jogo Livre Open Game e para os softwares o movimento do Software Livre Open Source Termos t cnicos Open Game Content OGC traduzido como Conte do de Jogo Aberto est definido na Se o 1 d da OGL e basicamente descrito como uma forma de tornar Dom nio P blico aquilo que voc det m como Propriedade Intelectual Product Identity PI traduzido como Identidade do Produto est definido na Se o 1 e da OGL e basicamente descrito como sendo uma Propriedade Intelectual que engloba direitos 115 autorais protegidos pela Lei n 9 610 98 e propriedade industrial como marcas protegida pela Lei n 9 279 96 entre outras Essa Identidade do Produto N O tornada p blica ela continua a esfera patrimonial exclusiva do autor Propriedade Intelectual protegida internacionalmente pelo tratado da Conven o de Paris de 1883 revisado em 1967 adentrando no ordenamento brasileiro pelo Decreto n 75 572 75 Conforme definida pela conven
115. inda afirmando que a ordem do livro constantemente desafiada pela liberdade da leitura Assim verifica se uma dial tica entre a imposi o da produ o e da forma e a apropria o e reinven o da recep o Esta constata o feita por Chartier nada mais representa do que os documentos hipertextuais nos quais a liberdade de leitura que impera sobre a ordem designada pelo autor O livro como objeto em seu suporte impresso o c dice capaz de abrir v rios links dentro de si e com outros textos Bettocchi 2008 p 10 afirma que neste aspecto a condi o 2 de objeto para lembrar que tanto conte dos como formas s o pretextos para se 92 experimentar o deslizamento do signo visual dentro do contexto de uma obra coletiva que significa medida que se constr i e que se constr i medida que os participantes interagem A organiza o informacional o design do livro de RPG como em todo hipertexto de grande import ncia para a assimila o da informa o por seus usu rios No suporte de RPG a ilustra o n o segiiencial cumpre junto com o texto explicativo a fun o de descrever os componentes atrav s de uma composi o figurativa que precisa obedecer a determinados par metros de forma para atender s necessidades de um usu rio inscrito num grupo social ou seja um sujeito de um discurso Al m disto a ilustra o como objeto de design um signo que arrasta consigo muitos out
116. ios elfos orcs gnomos e an es adv m de mitologias como a n rdica e celta Por m o visual atual que temos deles surgiu gra as aos contos de J R R Tolkien seu Senhor dos An is 3 2 3 J R R Tolkien C S Lewis Robert E Howard Um grande universo de autores influenciou a cria o do RPG a at hoje suas refer ncias criam a base dos jogos por m mesmo dentre eles houveram nomes especiais Esta se o trabalhar um trio de autores que pode ser considerado como as principais fontes da cria o do RPG John Ronald Reuel Tolkien nasceu na Cidade do Cabo em 3 de Janeiro de 1892 rf o de pai aos quatro anos vem com a m e para Inglaterra onde faz os seus estudos primeiro na King Edward School de Birminghan e depois na Universidade de Oxford Morreu em 2 de Setembro de 1973 deixando uma obra not vel TOLKIEN 1975 contracapa Clive Staples Lewis conhecido como Jack pelos amigos nasceu em Belfast Irlanda em 1898 Lewis e seu amigo J R R Tolkien autor da trilogia Senhor dos An is faziam parte do Inklings um clube informal de escritores que se reuniam num pub local para discutir id ias para as hist rias A cr nica final da s rie A ltima batalha recebem a Carnegie Medal uma das mais altas marcas de excel ncia da literatura infantil LEWIS 2011 contracapa Tolkien e Lewis eram grandes amigos estudaram Ingl s em Oxford e ambos eram cat licos fervorosos Formados em literatura cria
117. iously mentioned evolution After the analysis based on the chosen bibliographic methodology a bibliological study of the elements in an RPG book and through this a comparison to other book categories with which our study object the RPG is matched We thus undertake a study of hypertext usage throughout the aforementioned books a predominant trait in these oeuvres both in and outside the virtual world such as tables of contents indexes notes pictures etc An extensive analysis of the authors that study the hypertext allows us to verify their offline capabilities that have been around for long before the existence of digital media Lastly we will undergo through a brief evaluation of the hypertext contained in RPG works with simple and practical examples so that we achieve complete understanding from our user Keyword Book Role playing games Bibliology Hypertext SUM RIO 1 INTRODU O 1 1 Justificativa 1 2 Objetivos e Problemas de Pesquisa 1 3 Procedimentos metodol gicos 2 LIVRO ALGUNS CONCEITOS 2 1 Hist ria do livro 2 2 Tipos de livros 2 3 Livros de RPG 3 O ROLE PLAYING GAME HIST RICO E DEFINI O 3 1 O que o RPG 3 1 1 Inspira o 3 1 2 Cria o 3 1 3 Personagens 3 2 Hist rico 3 2 1 Jogos e interpreta o 3 2 2 Mitologia no RPG uma influ ncia real 3 2 3 J R R Tolkien C S Lewis Robert E Howard 3 3 O predecesso
118. itar a recomenda o a um usu rio que a tenha como desejo Logo um trabalho que demonstre as caracter sticas bibliol gicas do livro de RPG principalmente as nicas de extrema utilidade para bibliotecas que os possam t los em seu acervo As refer ncias liter rias encontradas nos livros de RPG tamb m devem ser levadas em considera o podendo ser de utilidade para bibliotecas especializadas Uma an lise sobre estas caracter sticas espec ficas deve ser feita para avaliar uma nova possibilidade de utiliza o destas obras 12 Por fim deve se avaliar como os usu rios destes livros os utilizam para ent o verificar se toda esta pesquisa tem utilidade pr tica ou apenas te rica afinal o estudo visa a melhoria para os usu rios assim como para os bibliotec rios que trabalham com este tipo de livro 1 2 Objetivos e Problemas de Pesquisa Este estudo tem como objetivo analisar as caracter sticas bibliol gicas dos livros de RPG Um hist rico evolutivo necess rio para compreens o da mudan a do livro de RPG desde seu princ pio como simples instru es at o dinamismo e interatividade que possui atualmente O estudo do hipertexto nos livros de RPG ser trabalhado Isto quer dizer que num hipertexto as informa es n o s o absorvidas de forma linear umas ap s as outras mas de forma simult nea e fragmentada de modo similar ao funcionamento do c rebro humano BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 7 A inter
119. itiva E reservado um espa o para a sess o de jogo sendo comum os jogadores buscarem um n vel de caracteriza o para comporem suas personagens Devido dificuldade de movimentar o grupo por diferentes espa os as tramas costumam se passar em um nico local simulando eventos p blicos ou um bar onde tudo acontece KLIMICK 2006 p 3 As personagens dos jogadores como j foi dito mudar o a hist ria daquele mundo Por m normalmente o cen rio criado costuma ter outros her is dispostos a ajudar ou rivalizar com os jogadores podem estes ser lendas ou vil es ou ent o companheiros de inf ncia dos jogadores e talvez mesmo seus pais contudo eles nunca ser o os jogadores n o estar a cargo deles mudar o destino daquela hist ria n o ser o eles que construir o um novo futuro Apesar do jogo costumeiramente tratar de aventuras heroicas as personagens nem sempre tem boa ndole Um jogador pode decidir tornar se um vil o traindo seus companheiros ou o grupo pode ter escolhido fazer uma aventura de anti her is e at mesmo alguns sistemas como Shadowrun induzem aos jogadores a criar personagens que n o tenham o padr o heroico costumeiro como mercen rios hackers ou mesmo assassinos Mas como afirma Klimick 2006 p 9 que apesar de seu grande sucesso inicial o jogo Vampiro a M scara atravessou um problema com o tempo v rios profissionais do meio de RPG perceberam que a maioria dos RPGistas jogado
120. itura Ler n o seria ent o aplicar modelos pr vios mas criar formas nicas que s o formas virtuais do texto ativadas pela imagina o do leitor MOIS S 1983 apud KLIMICK 2006 p 17 Em termos mais simples o hipertexto online uma liga o que facilita a consulta dos usu rios Um hipertexto pode ter diversas palavras imagens ou at mesmo sons que ao 65 serem clicados s o remetidos para outra p gina onde se esclarece com mais precis o o assunto do link abordado Portanto o hipertexto como visto um elemento muito comum na internet Entretanto os livros de RPG utilizam esta fun o como poderia ser dito offline num hipertexto as informa es n o s o absorvidas de forma linear umas ap s as outras mas de forma simult nea e fragmentada de modo similar ao funcionamento do c rebro humano BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 7 Os livros de RPG trabalham essa ideia primordialmente desde sua terceira fase vinda com Vampiro Pode se mesmo afirmar que os livros trabalham com uma hiperm dia incompleta onde hiperm dia ou multim dia hipertextual texto imagem som etc seria uma evolu o do hipertexto CRENZEL 2002 p 31 apud BETTOCCHI KLIMICK 2003 p 6 grifo do autor Como n o h como o usu rio do livro de RPG clicar e ser direcionado quele link os livros de RPG trabalham com o texto plural ou paratexto Bettocchi 2008 p 2 o explica o texto plural ide
121. jogos infantis ou de estrat gia como War e Batalha Naval por exemplo GODINHO 2002 p 13 Entretanto Anerson n o concordava com estas ideias e principalmente com o lan amento apenas no nome de Gygax o que o levou a batalhas no tribunal por royalties As diferen as entre D amp D e AD amp D eram t o grandes que eram considerados sistemas diferentes e isto dividiu os f s Por m a TSR tinha mais planos para AD amp D que para o antigo D amp D e logo ele suplantaria o anterior Schick 1991 p 27 afirma que Runequest seria o primeiro sistema de pontos skill based dando maior liberdade aos Jogadores para seus personagens e ganhando muitos f s al m de abrir muitas portas Champions traria os primeiros RPGs de her is e criaria o Hero system que logo serviria de base para GURPS de Jackson Por m Godinho afirma que o primeiro sistema gen rico foi Hero System publicado em 1984 pela Hero Games Este sistema foi concebido para a ambienta o de super her is Champions de George Mac Donald Steve Peterson e Rob Bell publicado pela primeira vez em 1981 e depois expandido para uso em quaisquer cen rios GODINHO 2002 p 43 Em uma d cada o mercado dos RPGs havia crescido tanto que de acordo com Schick 1991 p 33 j haviam queles que queriam as voltas aos b sicos criando sistemas mais simples para os jogadores mais casuais que n o podiam desprender se de muito tempo Jogos como Toon baseado em des
122. l de g nero 155 p Disserta o Mestrado em Design Departamento de Artes e Design Faculdade de Artes e Design Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2002 BETTOCCHI Eliane KLIMICK Carlos Converg ncias e diverg ncias em ilustra es de RPG In III SIMP SIO DO LABORAT RIO DA REPRESENTA O SENS VEL TROMPE L OEIL 2004 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Laborat rio da Representa o Sens vel Puc Rio 2004 Escrita e leitura atrav s de narrativas e livro interativos 2008 20 p Dispon vel em lt http www historias interativas nom br incorporais pdfs cpareia pdf gt Acesso em 23 set 2013 Fantasia e xtase um exerc cio de resist ncia atrav s da forma 2010 9p Dispon vel em lt http www historias interativas nom br artigos lars05 pdf gt Acesso em 24 set 2013 104 O lugar do virtual no RPG o lugar do RPG no Design In II SIMP SIO DO LABORAT RIO DA REPRESENTA O SENS VEL ATOPIA 2003 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Laborat rio da Representa o Sens vel Puc Rio 2003 BOWEN Carl ed Vampire O R quiem S o Paulo Devir 2007 307 p BRENNAND Edna Gusm o de G es BRENNAND El dio Jos de G es Arquiteturas cognitivas e informacionais no contexto das din micas sociais contempor neas Liinc em Revista Rio de Janeiro v 6 n 2 p 316 323 set 2010 CALVINO talo Por que ler os cl ssicos In Por que
123. l gt Acesso em 31 mar 2014 JACKSON Steve PUNCH Sean PULVER David GURPS fourth edition Tail ndia Steve Jackson Games 2008 576 p KLIMICK Carlos Fantasia Rom ntica a poss vel subvers o do RPG Blue Rose In V SIMP SIO DO LABORAT RIO DA REPRESENTA O SENS VEL 2006 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Laborat rio da Representa o Sens vel Puc Rio 2006 Uma ponte pela escrita A narratividade do RPG como est mulo leitura 200 p Tese Doutorado em Letras Departamento de Letras Faculdade de Teologia Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008 LANKOSKI Petri Character design fundamentals for role playing games In MONTOLA Markus STENROS Jaakko ed Beyound role and play tools toys and theory for harnessening the imagination Helsinki Ministry of Education 2004 P 139 148 L VY Pierre A met fora do hipertexto In Tecnologias da Intelig ncia O futuro do pensamento na era da inform tica S o Paulo Editora 34 1998 P 21 75 LEWIS Clive Staples As Cr nicas de N rnia Volume nico S o Paulo Martins Fontes 2011 752 p LYONS Martyn Livro Uma hist ria viva S o Paulo SENAC 2011 226 p MACIEL Jo o Wandemberg Gol alves SILVA NETO Carlos Eug nio da A era da gest o eletr nica de documentos o uso do hipertexto na recupera o da informa o em arquivos PontodeAcesso Salvador V 6 n 1 p 49 74 abr 2012 MANG
124. lar nesse pa s e mais tarde em 1986 nos EUA SILVA 2008 p 26 E com o Famicon em 1986 viria possivelmente o primeiro RPG de videogame originando se este do mercado japon s A lenda de Zelda The Legend of Zelda Zelda no Densetsu nas palavras de um de seus criadores Eiji Aonuma semelhante a sair em uma viagem atrav s do oceano num passado distante similar a procurar um novo continente que ningu m na Terra tenha visitado anteriormente AONUMA 2011 p 239 tradu o nossa Zelda uniria os elementos anteriores de Zork e Venture Poria um personagem para explorar masmorras enquanto enfrenta inimigos e encontra tesouros A grande diferen a entre Zelda e Venture o objetivo Zelda passava a ter um objetivo a cumprir uma hist ria por tr s da explora o e do mundo em que se utilizavam itens obtidos pelo her i para decifrar enigmas enquanto Venture apenas enfrentava inimigos em dungeons Tornou se sucesso imediato um dos maiores nomes de RPG em videogames e um dos carros chefes da produtora de jogos Nintendo No mesmo ano sairia Dragon Quest que utilizaria diversos outros elementos de RPG como n vel e turnos diferente de Zelda que dava a liberdade do jogador andar explorar e combater ao mesmo tempo Dragon Quest traria tamb m o conceito de grupo de aventureiros diferente de Zelda em que o jogador controla apenas o her i Link e aproveitari
125. lato senso um acr scimo ou adiantamento ao texto pode apresentar se de acordo com os crit rios do autor em variadas formas e tamanhos ARA JO 2008 p 97 68 explic lo A op o de utiliz lo ou n o cabe ao grupo j que Cen rios eram escritos com hist rias e tornavam se divertidos para se ler SCHICK 1991 p 29 tradu o nossa e Facilidade de manuseio Apesar de grandes livros de capa dura e normalmente 300 p ginas ou mais os livros de RPG tem que ter um modo f cil de ser manuseado visto que ele ser consultado diversas vezes Neste ponto as ferramentas de aux lio s o as mais importantes como as notas sum rio e tamb m as janelas de consultas r pida e ilustrativa na separa o de cap tulos e Design A diagrama o das informa es contidas no livro talvez o elemento mais importante antes do hipertexto O modo em que s o organizadas as informa es a cada p gina tem que ser bem feito pois sen o todo o trabalho do texto plural ser desperdi ado At mesmo a clareza gr fica deve ser considerada Bettocchi 1999 p 5 explica que a clareza gr fica refere se reprodutibilidade t cnica para um livro de miolo preto e branco e a expressividade narrativa refere se capacidade de transmiss o de informa o sobre as caracter sticas visuais e sociais da poca retratada ainda que sofrendo adequa es sintaxe gr fica dos livros de RPG e ao gosto est tico do p blico alvo e Il
126. ler os cl ssicos S o Paulo Companhia das letras 1993 p 9 16 CAMPOS Maria Luiza de Almeida GOMES Hagar Espanha Princ pios de organiza o e representa o do conhecimento na constru o de hiperdocumentos DataGramaZero Revista de Ci ncia da Informa o v 6 n 6 10 p dez 2005 CAREY Christopher et al Pathfinder Roleplaying game Redmond Paizo 2009 578 p CHARTIER Roger Do c dice ao monitor a trajet ria do escrito Estudos avan ados v 8 n 21 1994 CHOY Edward Tilting at windmils The theatricality of Role playing games In MONTOLA Markus STENROS Jaakko ed Beyound role and play tools toys and theory for harnessening the imagination Helsinki Ministry of Education 2004 P 53 64 COLLINS Andy et al Dungeons amp Dragons Livro do jogador Her is Arcanos Divinos e Marciais S o Paulo Devir 2009 321 p COOK Monte TWEET Jonathan WILLIAMS Skip Dungeons amp Dragons Livro do Jogador S o Paulo Devir 2004 262 p COOK Monte Monte Cook Dispon vel em lt http www montecook com about monte gt Acesso em 17 mar 2014 CUNHA Murilo Bastos da CAVALCANTI Cord lia Robalinho de Oliveira Dicion rio de biblioteconomia e arquivologia Bras lia Briquet de Lemos 2008 451 p DEWEY INFO 793 93 Adventure games Dispon vel em lt http dewey info class 793 93 e23 2012 10 24 about en gt Acesso em 23 mar 2014 DIAS Cl udia Augusto Hipertexto evolu o hist ric
127. lvez principalmente pela absor o e interven o do ouvinte O mesmo ocorre com os jogos de RPG pois o jogo objetiva por desenvolver uma narrativa em desenvolver a es que abram os caminhos da trama proposta pelo mestre Uma narrativa vai sendo assim constru da oral e coletivamente PAV O 1999 p 3 Este assunto ser trabalhado mais a frente 2 1 Hist ria do livro O conceito do livro j foi abordado neste trabalho por m um breve hist rico de sua origem necess rio antes da abertura do pr ximo tema tipos de livros Uma avalia o hist rica do livro em si ajuda o entendimento de sua evolu o mostrando assim que a mudan a dentro do campo bibliol gico uma constante e uma pe a importante para a melhoria do material como um todo um crescimento uma sele o natural aprimora as obras como na natureza O mesmo ocorre com os livros de RPG que se modificaram em seus curtos 40 anos o que ser visto a frente J amplamente conhecida a origem da escrita humana vem das imagens nas cavernas Chamadas escritas pictogr ficas pictu imagem pintado e graphia descri o escrita serviam para marcar os eventos ocorrentes do dia como suas ca adas os animais que viam ou pequenos detalhes de suas culturas talvez mesmo rituais Come ando pela express o pictogr fica os desenhos pr hist ricos a escrita evoluiu para a ideogr fica em que se utilizavam s mbolos seres materiais com os quais
128. m plano inclinado onde se coloca um livro aberto para se poder ler de p Se for de grandes dimens es designa se por facistol caso em que tem quatro lados que giram sobre um p elevado 15 5 1 1 Otlet e o livro universal Paul Otlet foi um grande homem tido por muitos como o pai da Ci ncia da Informa o foi um dos percussores da documenta o Autor empres rio advogado e obviamente cientista Otlet participou do Movimento bibliogr fico Tal movimento de acordo com Santos 2007 p 54 tinha como objetivo organizar a grande massa de documentos que flu a por toda Europa O Movimento bibliogr fico reunia cientistas pesquisadores bibliotec rios e bibli grafos A inten o de Paul Otlet ao participar do Movimento Bibliogr fico era dar documenta o um car ter cient fico Suas propostas est o expostas no Trait de Documentation le livre sur le livre th orie et pratique publicado em 1934 SANTOS 2007 p 54 A documenta o era de in cio apenas um conjunto de t cnicas para organiza o criadas para domar o caos que crescia exponencialmente devido ao excesso de informa o que flu a e nascia Como dito acima por Santos Otlet via mais na documenta o e ao participar do Movimento bibliogr fico pretendia elevar a documenta o a uma ci ncia Tal esfor o traria anos depois o surgimento da Ci ncia da Informa o Em seu livro o Tratado da Documenta o ele demonstra os caminhos
129. m ser mais do que apenas atrativo eram elas sim fontes de informa o para os jogadores A d cada de 1980 viu o surgimento de duas tend ncias no RPG norte americano a tradicional de manual t cnico encabe ada pela TSR seguida sobretudo pelas editoras que se concentram mais nos sistemas de regras em geral complexos e a nova tend ncia de nfase na ambienta o aproveitando as inova es tecnol gicas emergentes e a expans o da rea publicit ria E essa segunda tend ncia que desemboca na virada dos anos 90 com a ascens o da grande concorrente da ent o soberana TSR a White Wolf GODINHO 2002 p 44 Com essa evolu o gerada basicamente pela White Wolf o mercado precisava evoluir Apesar de belos os livros tradicionais de RPG ainda eram como simples manuais de regras enquanto os livros Vampiro e Lobisomem abusavam de t cnicas visuais j um passo a frente Juntando as caracter sticas de jogadores e de produ o podemos identificar uma terceira fase nos livros de RPG quando os suportes lan am m o de diferentes refer ncias visuais emprestadas de outras linguagens como cinema quadrinhos e videogames n o s nas ambienta es mas tamb m na est tica 4 3 Fun es Nesta se o estudaremos as fun es que o livro de RPG fornece a seus usu rios e os livros que s o tomados por livros de RPG Aqui ser feita a compara o e separa o com base em suas fun es caracter sticas O livro de RPG deve info
130. ma base s lida na Europa medieval enquanto T amp T era situado apenas um mundo fant stico sem nenhuma base estabelecida Godinho 2002 diz que segundo Am ncio 1997 o RPG chegou ao Brasil na d cada de 1970 via estudantes estrangeiros e brasileiros de passagem pelo exterior As primeiras tradu es apareceram no final da d cada de 1980 pela Editora Marques Saraiva Em 1991 a Editora Devir traduziu o RPG GURPS GODINHO 2002 p 42 Por m Schmit 2009 afirma que n o h texto com autoridade para afirmar uma data do in cio do RPG no Brasil Diz ainda que um consenso entre os jogadores mais velhos Dungeons amp Dragons was not an instant hit In the first year it sold little more than 1000 copies It took a couple of years for word of mouth to spread news of the game and generate increasing sales and a body of players MASON 2004 p 1 Teste alpha e teste beta s o normalmente testes feitos antes de lan amentos de jogos de videogame ou jogos em geral onde o teste alpha fechado para os produtores e o beta aberto para alguns escolhidos gt with a whole world mapped and described Empire of the Petal Throne was the first published campaign setting SCHICK 1991 p 22 40 que a apari o do RPG no Brasil aconteceu no final dos anos 80 atrav s de estudantes de interc mbio que trouxeram os jogos dos EUA SCHIMT 2009 tradu o nossa Aproveitando a fama gerada por D am
131. micos e o hipertexto contido neles os difere de outros livros Este estudo apresentou outras an lises que devem ser observadas O fato de ser uma novidade ao se comparar com outros tipos de livro n o motivo para seu n o reconhecimento por livros de refer ncia da rea como os dois dicion rios que utilizamos para estudo De fato livros poema esperaram d cadas para serem reconhecidos contudo os livros de RPG j existem faz quarenta anos quase meio s culo o que no universo do livro n o pode n o parecer nada mas na velocidade em que a informa o transita atualmente um grande atraso Um exemplo de lentid o em reconhecimento de tipo de livro dado por Manguel quando cita a hist ria da B blia pauperum ele diz que um dos livros da biblioteca do duque de Braunschweig era uma B blia pauperum Lessing descobriu rabiscada numa das margens por uma m o tardia a inscri o Hic incipitur bibelia sic pauperum Deduziu que o livro a fim de ser catalogado precisara de uma esp cie de nome e que um bibliotec rio antigo inferindo a partir da quantidade de ilustra es e da escassez de texto que ele se destinava aos analfabetos isto aos pobres dera lhe um t tulo que as gera es futuras tomaram por aut ntico Por m como observou Lessing v rios exemplares dessas b blias eram ornamentados e caros demais para se destinar aos pobres MANGUEL 2008 p 62 O t tulo dado as Biblias pauperum foi apena
132. mo documental ou de uma rea geogr fica para que os utilizem com maior efic cia e aproveitem ao m ximo os seus recursos Usado como elemento auxiliar de pesquisa bibliogr fica destinado orienta o dos usu rios para o conhecimento e utiliza o dos n cleos documentais que integram o 63 acervo A sua finalidade informar sobre as caracter sticas e o funcionamento de uma determinada rea ou servi o Inclui elementos sobre hist ria a natureza a estrutura o per odo de tempo a quantidade de cada n cleo documental etc O guia deve tamb m incluir informa es b sicas de natureza pr tica sobre a pr pria institui o como hor rios localiza o condi es de acesso respons veis modo de chegar at ela requisitos para seu uso recursos t cnicos oferecidos regulamentos da sala de leitura etc linha do final do texto de uma p gina inclui marca tipogr fica a assinatura e o reclamo quando existe Livro destinado a elucidar sobre viagens livro que cont m as informa es necess rias para dirigir numa localidade as pessoas que n o a conhecem roteiro tratado em que se estabelecem preceitos ou se d o not cias Rela o ou documento que acompanha a mercadoria negociada FARIA PERIC O 2008 grifo nosso Os guias s o os tipos de livros mais similares por auxiliar o usu rio em pesquisa de suas informa es necess rias pode ter informa es b sicas sobre a institui o nele retratada no
133. mo se fosse o autor de seu pr prio texto FREIRE 2003 p 132 E este texto deve ser interessante ao leitor n o apenas pela sua gama de op es mas h diversos fatores que t m que atrair o usu rio como o tema abordado pelo autor bem como suas posi es e valores que podem ou n o agradar ao leitor a presen a de ilustra es que auxiliem na compreens o do que est sendo exposto o estilo do autor que muitas vezes torna a leitura rdua e cansativa e por outras auxilia na compreens o e no prazer da leitura entre outros como dito por Pereira 1998 p 37 Continuando com a cria o textual o autor deve ser cauteloso para n o ter gerar uma sobrecarga cognitiva Uma sobrecarga informacional tanto por parte do autor quanto afetando o leitor Para o autor do hiperdocumento pode ser considerada como uma sobrecarga mental pois necess rio nomear n s e definir rela es sem nticas entre eles Para o leitor esta sobrecarga ocorre pela constante escolha de op es e caminhos a trilhar CAMPOS GOMES 2005 90 J que a leitura do texto agora j composto deve ativar esquemas armazenados na mem ria que v o permitindo a associa o de id ias presentes ou n o no texto que levam compreens o do que est escrito PEREIRA 1998 p 42 O pensar parece antes proceder de v rias frentes para uma nica desenvolvendo e rejeitando id ias em diferentes n veis e em diferentes pontos em
134. modelos mas tamb m de imagens sons odores sensa es proprioceptivas lembran as afetos etc LEVY 1998 p 23 Esta cadeia de lembran as esta rede s o como os n s do hipertexto j comentados anteriormente O hipertexto pretende ativar toda a rede neural do leitor fazendo com que toda a vis o multim dia da sua imagina o trabalhe Tomando os termos leitor e texto no sentido mais amplo poss vel diremos que o objetivo de toda texto o de provocar em seu leitor um certo estado de excita o da grande rede heterog nea de sua mem ria ou ent o orientar sua aten o para uma certa zona de seu mundo interior ou ainda disparar a proje o de um espet culo multim dia na tela de sua imagina o L VY 1998 p 23 O sentido de uma palavra n o outro sen o a guirlanda cintilante de conceitos e imagens que brilham por um instante ao seu redor L VY 1998 p 24 Esta guirlanda cintilante s o os multissignificados que s o dados pelo receptor da informa o pelo leitor daquela palavra Uma palavra n o apenas um voc bulo e sim um signo 82 A comunica o como um todo hipertextual j que enquanto conversamos olhamos sentimos cheiramos e L vy confirma isto ao dizer que a estrutura do hipertexto n o d conta somente da comunica o Os processos sociot cnicos sobretudo tamb m t m uma forma hipertextual assim como v rios outros fen menos L VY 1998 p
135. ndas e um corpo de jogadores MASON 2004 p 1 tradu o nossa Este per odo inicial de D amp D pode ser considerado um teste beta do RPG Gygax lan ou expans es com sistemas de regras opcionais para seu mundo de Grayhawk nome do universo criado para sediar o jogo de D amp D e este compendio serviu de modo que os mestres poderiam modificar o jogo a seu bel prazer Era como se Gygax tivesse liberado implicitamente a permiss o para expandir seu jogo a todos os jogadores afirma Schick 1991 p 21 Esses contatos iniciais com o RPG levaram muitos jogadores a desenvolverem seus pr prios sistemas de regras e ambienta es inicialmente de forma amador stica at o surgimento de editoras profissionais especializadas no assunto BETTOCCHI 2000 p 7 Logo a TSR concluiria que D amp D era uma mina de ouro e come aria a lan ar expans es e aventuras uma atr s da outra Com um mundo inteiro mapeado e descrito Empire of Petal Throne foi o primeiro cen rio de campanha publicado SCHICK 1991 p 22 tradu o nossa Como qualquer mercado logo produtos rivais seriam lan ados muitos extremamente semelhantes como Tunnels and Trolls T neis e Trolls ideia de t tulo referente a Dungeons amp Dragons Masmorras e Drag es publicado originalmente em 1975 Seu Autor Ken Andr acreditou ao ver D amp D que seu T amp T poderia ser bem melhor Seu erro que o orignal D amp D tinha u
136. norte americana de horror do g nero literatura fant stica Sediada em Chicago por J C Henneberger um ex jornalista com interesse pelo macabro a Weird Tales foi publicada pela primeira vez em mar o de 1923 Edwin Baird foi o primeiro editor da revista com Farnsworth Wright como assistente WIKIPEDIA 2014 50 torna rei Suas aventuras voam atrav s do tempo dando diversas surpresas a seus leitores um evento que possa parecer simples ao ser recontado no passado poderia ser mais espantoso Estes autores influenciaram a cria o do RPG que fabulava por aventuras fant sticas e combates impressionantes jornadas m ticas e contos memor veis A influ ncia dos contos trazidos por Tolkien e seu amigo Lewis levaram de combates de tropas viv ncia em mundos fabulosos onde drag es e fadas conviviam As aventuras de Conan despertavam o mpeto no cora o dos jogadores querendo combater e explorar como ele al m de crescer e evoluir sua personagem como Ervin o fez levando o at o trono 3 3 O predecessor os wargames J estudada a influ ncia que gerou o RPG no sentido liter rio h tamb m o quesito l dico de jogo e de onde ele veio Como j foi dito o RPG uma evolu o dos wargames que nada mais eram que jogos com enormes tabuleiros que simulavam guerras Talvez os jogos que mais contribu ram para a cria o dos jogos de guerra modernos tenham sido os jogos de tabuleiro antigos jogos como chaturanga e
137. ns ideol gicas geogr ficas cronol gicas etc multiplicam se as fichas dos mesmos OTLET 1934 p 385 386 apud SANTOS 2007 p 56 tradu o do autor 76 Pode se ver a liga o hipertextual contida no princ pio monogr fico j que ele o principio representa a solu o reunir a informa o que se encontra dispersa em in meros suportes Otlet modifica a forma do documento fragmentando os e reorganiza os conte dos de forma a gerar novos todos informativos SANTOS 2007 p 62 E este novo documento trar diversas fontes para serem consultadas e links para outros documentos E ainda mais a o Princ pio da continuidade e da pluralidade da elabora o que consistia na reda o de fichas anal ticas com campos de dados padronizados que serviam para acrescentar dados objetivos sobre o texto analisado tais como autoria t tulo etc que indicassem a origem da informa o tratada b o Princ pio da multiplica o dos dados que consistia na duplica o das fichas de acesso informa o intercalando as sob as rubricas das v rias facetas da CDU Esse procedimento possibilitava o acesso informa o por v rios pontos de acesso do sistema SANTOS 2007 p 56 Tudo isto era para gerar seu Livro Universal que era a aplica o destes princ pios propostos pela documenta o formando uma enciclop dia com toda a informa o da humanidade todo o conhecimento j produzido pelo homem A Enciclop
138. nsivo do funcionamento pr tico e conceitual do assunto hipertexto Pierre L vy trar uma vis o mais aprofundada do hipertexto e sua utiliza o Tendo sido feita toda a pesquisa bibliogr fica uma discuss o filos fica ser feita sobre o livro de RPG sobre como conceituado atualmente e uma vis o de um outro conceito de livro contido nos livros de RPG uma vis o mais din mica e interpretativa Uma observa o de suas fun es desde sua cria o em compara o com sua utiliza o atual O m todo de pesquisa de an lise bibliol gica sobre seus elementos foi selecionado por ser possivelmente o mais capaz de avaliar o objeto de estudo Um livro com uma tipologia diferente poderia gerar uma indexa o incorreta e com isso uma an lise de assuntos que atrapalharia sua classifica o e tamb m sua cataloga o Ademais al m da quest o pr tica do trabalho bibliotec rio h a quest o filos fica sobre a identidade do livro de RPG em que seu aspecto como uma obra nica se perde ao ser tomado como outra obra mesmo que similar O problema em que repousa numa identifica o incorreta dos livros de RPG pode primeira vista ser solucionado com uma verifica o de seus elementos bibliol gicos e comparando os com os dos livros tidos como semelhantes queles que causam confus o ao possu rem aspectos similares e portanto podendo trazer uma identidade incorreta ao objeto de estudo A ideia de estudo surgiu quando fora
139. nt m outra hist ria que por sua vez cont m outra e assim por diante Os prim rdios do hipertexto podem ser associados a uma id ia de Agostino Ramelli cuja proposta era permitir a consulta simult nea de v rios livros A roda de leitura foi descrita na obra Le diverse et artificiose machine del Capitano Agostino Ramelli Paris 1588 Esta uma m quina bonita e engenhosa muito til e conveniente para qualquer pessoa que tenha prazer em estudar Com esta m quina um homem pode ver e percorrer atrav s de um grande n mero de livros sem sair do lugar Esta roda feita da maneira mostrada isto constru da de tal forma que quando os livros est o em seus leitoris nunca caem ou saem do local em que se encontram mesmo que a roda gire uma volta completa TOLVA 1999 apud DIAS 1999 p 270 271 tradu o do autor Figura 5 1 Roda de leitura de Agostino Ramelli Fonte Dias 1999 p 270 A idealiza o de consultar v rios textos ao mesmo tempo sempre esteve na mente dos pensadores um meio de facilitar seus estudos e pesquisas Por m al m dos eventos comentados acima pouco fora se feito at o Movimento Bibliogr fico origens incluindo o folclore indiano persa e rabe N o existe uma vers o definida da obra uma vez que os antigos manuscritos rabes diferem no n mero e no conjunto de contos WIKIPEDIA 2014b Um atril ou leitoril uma pequena estante disposta e
140. o muito comum em eventos e conven es de RPG anime a quadrinhos e outras conven es com temas relacionados Pereira 2007 p 75 lembra que h ainda os jogos tamb m no mundo virtual para aqueles que n o t m como se encontrar como amigos distantes ou sem tempo Tamb m chamado de play by mail seu esquema n o muito diferente excluindo a parte da presen a pessoal Os jogadores se re nem por qualquer tipo de software de conversa online que prefiram como skype ou por f runs e mesmo por e mails Cada jogador declara suas a es no software e o mestre responde do mesmo modo as rolagens de dados podem ser feita pelo mestre pelo jogador ou utilizando algum programa de rolagem de dados muito comum na web No mundo digital h ainda outro modo que o Massive Multiplayer Online RPG MmoRPG que ser tratado em separado a frente por conter caracter sticas do RPG tradicional como a liberdade e outros atributos num mundo de videogame limitador o RPG torna poss vel que o jogador viaje com os olhos da mente atrav s de florestas e montanhas enfrentando drag es e superando desafios NASCIMENTO JUNIOR 2011 p 4 Esta afirma o de Nascimento J nior uma boa s ntese do RPG em que cada Jogador vive um novo eu Naquela mesa o jogador n o si mesmo e sim a personagem que escolheu e criou deve a partir dali superar desafios sejam eles f sicos ou sociais num mundo diferente do seu com uma personalidade em
141. o RPG sci fi bem sucedido Diferente dos concorrentes Miller criou um mundo onde as evolu es tecnol gicas e sociais n o se diferenciam tanto das vividas pelos jogadores Havia claro naves espaciais e raios lazeres mas n o elementos como humanos bizarramente modificados ou viagem temporal facilitando aos jogadores receber suas ideias e absorver o novo sistema Com a distribui o da renda no mundo do RPG a TSR precisava de uma nova jogada e junto de Gygax lan ou Advanced Dungeons amp Dragons corrigindo as antigas regras de D amp D e refletindo as ideias de Gygax como o jogo deveria ser de verdade E alegava que o jogo Advanced Dungeons amp Dragons trouxe um vasto n mero de novos entusiastas de role playing ao hobby do jogo GYGAX 1999 p 50 tradu o nossa Em 1977 uma nova edi o Advanced Dungeons and Dragons foi lan ada sob a forma de um conjunto de livros ilustrados o que passou a ser um diferencial entre o RPG e os Ri covered social class feudal rights and obligations alchemy realistic castles and fortifications roles for siege warfare the whole nine yards SCHICK 1991 p 24 um g nero tamb m liter rio que corresponde a fic o cient fica A sigla a abrevea o de science fiction tradu o literal de fic o cient fica Advanced Dungeons amp Dragons game brought vast numbers of role playing enthusiasts onto the gaming hobby GYGAX 1999 p 50 42
142. o o nome Conan n o OGL a Era Hiboriana de Conan n o OGL ambos s o Propriedade Intelectual da Paradox Entertainment bem como tudo relativo ao Conan A Mongoose teve que pedir autoriza o licen a paga da Paradox para criar o Conan d20 Classes de personagem novas novos talentos etc tudo isso Propriedade Intelectual da Mongoose 9 E se algu m pegar o Conan d20 e fizer um novo jogo chamado Super Conan Ele pode N o porque embora o sistema de jogo do Conan d20 seja em sua maior parte Sistema d20 0GL como explicado o Conan n o Conan e Era Hiboriana s o Propriedade Intelectual O mesmo ocorre com o Tormenta d20 Suas regras de jogo s o OGL mas o mundo de Tormenta n o seus personagens n o seu enredo n o Eles s o Propriedade Intelectual da Jamb Editora Salvo se e somente se o pessoal do Marcelo Cassaro tiver dito que isso tamb m OGL ele poderia fazer isso o que eu duvido Assim voc pode pegar as regras do Tormenta d20 e fazer outro jogo incluindo nele a licen a OGL claro mas sem citar o mundo ou os personagens de Tormenta as classe novas ou poderes per cias e talentos novos bem como magias novas e muito menos dizer que compat vel com Tormenta d20 Ou seja o que voc vai poder usar do Tormenta d20 o que eles declararem no livro como Conte do Aberto e claro aquilo que simples c pia do OGC da Wizards 10 T mas e se a Wizards resolver revogar a licen a ELA N O PODE A l
143. o hipertexto e a interpreta o Trabalho de conclus o de curso apresentado Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial obten o do grau de Bacharel em Biblioteconomia Aprovado em de 2014 BANCA EXAMINADORA Prof Dr Gustavo Silva Saldanha Orientador Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Prof Dr Alberto Calil Elias Junior Avaliador Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Prof Me Fabiano Cataldo de Azevedo Avaliador Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro AGRADECIMENTOS minha m e K tia Rosana que sem ela eu literalmente n o estaria aqui por inumer veis motivos minha namorada Rachel Pereira por me salvar e continuar me salvando dia ap s dia Aos meus amigos que s o minha verdadeira fam lia provando que nome e DNA n o significam nada Tantos nomes que prefiro manter assim e n o correr risco de esquecer algum Raiysha Nina e Nitta que n o me deixaram desistir Gary Gygax e Dave Anerson que trouxeram o RPG at aqui e fizeram com que muitas aventuras fossem e sejam vividas a todo momento Incont veis hist rias ao decorrer do tempo Shigeru Myamoto Eiji Aonuma que me trouxeram Lenda Aos mestres Masami Kurumada Akira Toriyama e Yoshihiro Togashi por me darem uma inf ncia com li es que levarei para vida toda Walt Disney por toda a fantasia John T
144. observada a quantidade de informa o contida nos livros de RPG Um trabalho sobre o tema RPG em si era a concep o inicial Entretanto ap s avaliar o trabalho de conclus o de curso de Rita de C ssia Barros onde a autora defende os livros de artista foi trazida a tona idealiza o de um trabalho similar sobre o livro de RPG Ap s algumas pesquisas foi visto o contraste e a sub identidade que lhe dada fomentando o desejo pelo estudo de sua identidade pr pria dando in cio a essa investiga o 15 Para tal an lise em primeira m o foram selecionados as obras mais influentes na rea dos livros de RPG Tendo como vis o dois aspectos importantes o hist rico e as vendas com isso sua utiliza o foi decidido pautar se no hist rico j que ao levar em conta as vendagens acabaria por incluir os livros num patamar de obras parecidas fisicamente pois como na literatura h per odos em que certos tipos de livros de RPGs de sistemas s o mais vendidos que outros diminuindo a poss vel versatilidade Portanto fora escolhido manter a avalia o sobre os maiores nomes do RPG com a observa o sobre suas obras mais recentes Para tal medi o levou se em conta o hist rico destas e sua import ncia na evolu o hist rica do RPG tanto como jogo quanto como obra f sica s o estes Dungeons amp Dragons 4th Vampire the Requiem Vampire 20th Anniversary Edition Shadowrun GURPS M dulo b sico
145. olkien por todo seu conhecimento se tornar a maior das cruzadas rede Manchete por nos dar acesso a imensas jornadas insonh veis Biblioteconomia por me escolher j que sabemos que n o somos n s bibliotec rios que a escolhemos e sim somos escolhidos por ela Aos meus professores que trouxeram todos uma li o E a UNIRIO em si por me ensinar que nada vem f cil Merece a morte Acho que sim Muitos dos que vivem merecem a morte E alguns dos que morrem merecem a vida Podes dar lha Ent o n o te mostres t o empenhado em distribuir a morte como julgamento Pois nem os mais s bios conseguem ver todos os fins Gandalf o cinzento J R R Tolkien RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar uma an lise filos fica e bibliol gica sobre os livros de Role playing games ou RPGs observando sua principal caracter stica o hipertexto e seu principal objetivo a interpreta o Tendo sido criado h quarenta anos o jogo de RPG trouxe para a rea liter ria um novo tipo de livro Tais livros inicialmente tidos como manuais ou guias de jogo se desenvolveram absorvendo novas caracter sticas e criando elementos para auxiliar na recupera o da informa o de seus usu rios de forma incomum O estudo aqui realizado trar a hist ria do RPG e de seus livros para que haja uma compreens o desta j comentada evolu o assim como uma hist ria do crescimento do pr prio livro Com a an lise conclu da t
146. omando como base o m todo bibliogr fico escolhido foi feito um estudo bibliol gico dos elementos contidos nos livros de RPG e a partir desta uma compara o com outras categorias de livros em que o objeto de estudo os livros de RPG s o equiparados feito um estudo do uso do hipertexto nestes livros caracter stica predominante nestas obras e tamb m fora do mundo virtual com o uso de sum rios ndices notas imagens etc Uma extensiva an lise de autores que trabalham com o tema do hipertexto permite uma verifica o de suas capacidades offline presentes por muito tempo antes da cria o da m dia digital Por fim uma r pida avalia o do hipertexto contido nas obras de RPG com exemplos pr ticos e simples para que haja total compreens o do usu rio Palavras chave Livro Role playing games Bibliologia Hipertexto ABSTRACT This work has as objective to present a philosophical and bibliological analysis on Role playing games books studying their main characteristic that is the hypertext and its main objective the role play itself Created over forty years ago RPGs have brought to their literary field a new kind of book Those books first held as manuals or game guides have developed absorbing new traces and creating elements to better help on the recovery of its users information in a rather uncommon manner The study here presented will go over the history of RPG and its book so that we may better comprehend its prev
147. onstrando que estes elementos existente desde que o livro assumira o formato c dice formam uma rede hipertextual independente de vis es eletr nicas O verbo to browse recolher mas tamb m dar uma olhada empregado em ingl s para designar o procedimento curioso de quem navega em um hipertexto L VY 1998 p 35 Tal verbo foi criado especificamente para a hipertextualidade digital j que at mesmo os softwares usados para navega o s o chamados de browsers aqueles que recolhem espiam por m podem ser aplicados aos textos n o digitais e os browsers seriam os pr prios c dices O hipertexto pode nascer de um documento que desencadeia n s e m ltiplas informa es ou o inverso quando v rios documentos s o interligados entre si por conceitos similares Podemos tamb m construir mapas globais em duas dimens es mas que mostram apenas os caminhos dispon veis a partir de um nico n seja ele o documento de partida a raiz do hipertexto ou ent o o documento ativo no momento L VY 1998 p 38 A pluralidade do hipertexto n o apenas facilita a apreens o da informa o mas como instrui o c rebro a um entendimento melhor daquele conhecimento fazendo com que o intelecto seja capaz de reter a informa o obtida De acordo com L vy quanto mais ativamente uma pessoa participar da aquisi o de um conhecimento mais ela ir integrar e reter aquilo que aprender Ora a multim dia interativa gra
148. or de fazer pesquisa interativa e exibi o din mica de um texto n o linear NONATO LIMA 2008 p 198 Com Ted Nelson nasceria finalmente o termo hipertexto Nelson ligaria o hipertexto s recentes mec nicas eletr nicas nascidas vindas da ideia do Memex e da crescente corrida tecnol gica Anos antes de acordo com Dias 1999 p 272 Engelbart criaria o acess rio mouse facilitando em muito o uso das interfaces computacionais e obviamente o acesso informa o Naquela poca era uma tecnologia de acesso restritamente militar ou de algumas seletas grandes empresas o personal computer viria anos depois com Steve Jobs e Bill Gates Em 1968 foi apresentado ao mercado o sistema de editora o de texto Augment desenvolvido pelo Stanford Research Institute sob a dire o de Engelbart Finalmente foram colocadas em pr tica as id ias de Bush e Nelson O Augment implementava links entre diferentes arquivos filtros e m ltiplas janelas controladas pelo usu rio DIAS 1999 p 272 Este sistema permitiria a qualquer usu rio pesquisar com facilidade encontrar sua pr pria informa o O termo hipertexto no conceito de Nelson estava relacionado id ia de leitura escrita n o linear em sistemas informatizados DIAS 1999 p 272 5 1 3 O hipertexto digital Depois das cria es de Engelbart e da populariza o do personal computer o hipertexto come a a ser utilizado em grande escala em textos digitais Po
149. or escolheu para seu personagem tem 80 de chance de acerto e nas demais a es 50 8 ou menos e 5 ou menos respectivamente no d10 N o ter as outras caracter sticas n o quer dizer que o personagem ruim mas que ele est na m dia Tipos de personagens conforme caracter stica Combate guerreiro b rbaro lutador de rua lutador de artes marciais policial Agilidade ladr o espi o guarda costas detetive rastreador Intelig ncia nobre pessoa rica comerciante mago feiticeiro Usando outros dados d6 3 e 5 d8 4 e 6 d10 5 e 8 dl2 6 e 10 d20 10 e 16 111 Gosto de usar os filmes Piratas do Caribe para ambientar que fica mais f cil ainda mais se todos tiverem assistido ou t m uma ideia do que se trata Jack Sparrow ou melhor dizendo capit o Jack Sparrow tem como caracter stica principal combate William Turnner tem agilidade pois luta bem mas um timo ferreiro e bom de planos geis E Elizabeth Swann tem a intelig ncia pois nobre e luta bem tamb m AVENTURA 1 Pe a para os jogadores dizerem o que s o oficial ou marinheiro da Marinha nobre rico comerciante pirata usu rio de magia caso seja permitido e o que mais for poss vel 2 Conforme for todos est o no navio Intr pido da Marinha a caminho da base militar nas guas do Caribe nobres com seus privil gios marinheiros e oficiais em seus afazeres e piratas presos na cela do navio Invente situa es e force a interpret
150. os homens de neg cio tomam notas que posteriormente ser o passadas para livros oficiais Livro lit rgico que cont m os ritos com que se deve administrar os sacramentos Livretos descritivo e explicativo que acompanha determinados produtos para orientar acerca da instala o conserva o etc FARIA PERIC O 2008 grifo nosso Manual guide book handbook manual textbook 1 BIB EDIT Livro que inclui as no es b sicas de uma ci ncia de uma t cnica ou de uma arte e que pode ser usado como texto b sico para o estudo dos alunos livro texto amp livro de exerc cios tratado 2 GRAF Livro que n o inclui ilustra es isto que inclui apenas o livro corrido CUNHA CAVALCANTI 2008 grifo nosso Os manuais considerando que tenham como tema o livro de RPG teriam v rias similaridades pois j que contenham uma informa o precisa podem conter uma hist ria por tr s para facilitar ao usu rio a entend lo e como tem como sua fun o o uso pr tico deve se utilizar de ferramentas para auxiliar o usu rio e tamb m cont m regras como para uso de ritos religiosos ou de administra o Contudo graficamente n o possui ilustra es e num livro de RPG essencial tanto para auxiliar aos jogadores quanto para atrair vendas Guia Documento que cont m informa es destinadas a apresentar um servi o a seus usu rios reais e potenciais e a orientar os leitores no conhecimento e explora o dos fundos de um organis
151. otaram o c dice porque descobriram que era muito pr tico Estoiquedo stoikhed n em fila cujos caracteres se alinhavam rigorosamente no sentido vertical como numa folha datilografada sem espa o entra as palavras ARA JO 2008 p 380 Caio Suet nio Tranquilo foi um escritor latino Suet nio se situa num vasto escal o intermedi rio da literatura latina N o teve a grandeza dos autores do apogeu como Virg lio Hor cio C cero Ov dio Tito L vio aos quais foi posterior Nem de Juvenal seu contempor neo Foi amigo de Pl nio o Jovem WIKIPEDIA 2014d 21 para carregar escondidos em suas vestes j que seus textos eram proibidos pelas autoridades romanas O texto agora podia ser organizado segundo seu conte do em livros ou cap tulos ou tornar se ele mesmo um componente quando v rias obras menores eram convenientemente reunidas em um volume nico de f cil manejo Os desajeitados rolos possu am uma superf cie limitada desvantagem da qual temos hoje aguda consci ncia ao voltar a esse antigo formato de livro em nossas telas de computador que revelam apenas uma parte do texto de cada vez medida que rolamos para cima ou para baixo MANGUEL 2008 p 75 O c dice tornou se rapidamente o formato de maior perfei o para o livro n o que n o houvesse outros v rias tentativas foram feitas como livros sanfonados quadriculados e o pr prio rolo que persistiu por alguns s culos por m a
152. ou t o diligentemente os livros da biblioteca do cavaleiro explica aos circunstantes como a leitura de novelas de cavalaria afetou a mente de dom Quixote O estalajadeiro n o concorda com tal afirma o confessando que gosta muito de escutar essas hist rias em que o her i luta valentemente contra gigantes estrangula serpentes monstruosas e derrota sozinho ex rcitos enormes Diz ele Na poca da colheita durante as festividades muitos trabalhadores re nem se aqui e h sempre uns poucos que sabem ler e um deles pega um desses livros nas m os e mais de trinta amontoam se em torno dele e 19 ouvem no com tanto prazer que nossos cabelos brancos ficam jovens de novo A filha dele tamb m faz parte da plat ia mas n o gosta das cenas de viol ncia prefere escutar as lamenta es que o cavaleiro faz quando suas damas est o ausentes o que s vezes me faz chorar de pena deles Um viajante que carrega consigo v rias novelas de cavalaria as quais o padre quer queimar de imediato leva tamb m na bagagem o manuscrito de uma novela Um pouco a contragosto o padre concorda em l la em voz alta para todos os presentes O t tulo da novela apropriadamente O impertinente curioso e sua leitura ocupa os tr s cap tulos seguintes enquanto todos se sentem livres para interromper e comentar vontade MANGUEL 2008 p 70 Nesse trecho Manguel mostra como a leitura p blica pode modificar um texto tanto pela express o do leitor e ta
153. outras obras de refer ncia principalmente anglo americanas e europeias locais em que o RPG mais impactante de extrema import ncia Tais verifica es ser o feitas em compara o com obras nacionais e hispano americanas avaliando a import ncia que se dada ao objeto de estudo Independente de ter ou mais influ ncia na regi o consultada as obras de refer ncia pelo menos elas tem como obriga o conceder pelo menos a informa o base para aquele conceito buscado neste caso os livros de RPG O livro de RPG um tipo de livro que como foi visto neste trabalho n o um livro de Aventura de Cavalaria ou de Contos ele deve ser reconhecido como obra nica e ter sua identidade ao menos numa rea em que estuda se o livro como a nossa H tamb m de se estudar bibliotecas nacionais para averigua o de como s o estes tratados na unidade Ter em sua cataloga o fonte nacional a nota o correta para role playing games facilita ao ser classificado e ordenado por m suas vers es estrangeiras n o possuem tal atributo portanto uma pesquisa a campo em bibliotecas que possuam estas obras importadas servir para verificar se os bibliotec rios est o prontos para lidar com este tipo de obra Mesmo que a comparando com a nacional Um estudo sobre a comunidade RPG stca ser realizada avaliando como s o utilizadas as obras afinal o usu rio o produto final de qualquer autor Esta avalia o medir a consuma o hiperte
154. p rio em 1485 A import ncia art stica religiosa e moral vinculada a caligrafia pode ter sido um fator significativo nessa decis o LYONS 2011 p 49 O livro agora era produzido para todos tendo o custo de produ o reduzido drasticamente do mesmo modo o tempo de fabrica o Com o maior acesso aos livros a alfabetiza o aumentou em grande escala e as obras liter rias come aram a fazer parte da vida de trabalhadores comuns quando apenas os ricos letrados eram alfabetizados e tinham acesso a obas As Universidades que existiam desde o s culo XII agora poderiam receber outros que n o filhos de nobres e aristocratas fato que n o viria a acontecer t o rapidamente devido divis o social Diversos estilos liter rios surgiriam para agradar o povo as bibliotecas p blicas nasceriam dando acesso para popula o cultura e ao livro mais do que nunca se tornaria o maior bem de consumo e status da hist ria do homem Em fins do s culo XVIII o mercado de livros experimentava uma explos o em v rios g neros Edi es elegantes e bem produzidas de obras cl ssicas surgiram lado a lado com a fic o de entretenimento que tinha cada vez mais procura LYONS 2011 p 110 Por quinhentos anos a hist ria do livro pouco se modificaria A revolu o das m quinas traria mais agilidade no processo de fabrica o dos livros assim como os novos m todos de fabrica o de papel at as mais recentes t cnicas as de pol
155. p D Anerson que ainda tinha muito apre o por seu baronado de Blackmoor fez com que fosse lan ado como um suplemento complementos para jogos com regras personagens e hist rias para jogo de D amp D j com as novas regras de combate e com o Temple of the Frog a primeira aventura lan ada oficialmente O que de acordo com Schick 1991 p 22 23 levantou a quest o se Anerson podia lan ar sua dungeon e vend la porque outros n o poderiam O mundo do RPG se comunicava por meio de peri dicos O primeiro peri dico relatado conhecido sobre RPG veio de Illinois publicado por Bob Bledsaw o Judges Guild Jornal no qual por uma pequena quantia os membros assinantes receberiam um jornal com mat rias trazendo as novidades artigos cen rios e regras melhoradas Estes membros tinham acesso a compras de produtos dif ceis de encontrar na poca como miniaturas e dados poli dricos de muitas faces Al m disso eles tinham a permiss o de Gygax para publicar produtos aprovados para D amp D como relatado numa entrevista feita por ele Ciro Alessandro do site The Kyngdoms Estes produtos n o eram de t o boa qualidade assim mas jogadores de RPG estavam t o desesperados por produtos que n o se importavam com a qualidade ou valores de produ o SCHICK 1991 p 23 tradu o nossa Apesar do grande sucesso de D amp D o combate era muito simples e alguns jogadores come avam a reclamar foi quan
156. pa de rvore ampliaram ainda mais a publica o de livros ao redor do globo O ltimo salto e mais recente na hist ria liter ria veio com a inform tica e a internet A revolu o eletr nica por fim a maior mudan a desde o c dice Ela mudou a forma f sica do livro ao simplesmente remover o material de suporte tradicional o papel LYONS 2011 p 10 Como em todas as mudan as do livro o que tr s esta tamb m a praticidade e o acesso Ao remover a obrigatoriedade da exist ncia f sica do livro este evolui 4 novamente mas desta vez para o mais novo formato o e book E book O livro eletr nico pode ser uma digitaliza o de uma outra obra j impressa uma obra que ser impressa e lan ada juntamente com o livro digital ou ser totalmente virtual A letra E vem de eletronic 23 Entretanto o livro eletr nico ainda possui muitas contradi es que ainda mant m o livro c dice e f sico altamente presente no mundo liter rio Ironicamente os e books s o como os antigos rolos em que sua informa o rolada para ser revelada Contudo neste caso h outros m todos de buscar a informa o sem ter que desenrolar todo o texto como buscas e hiperlinks que ser o tratados mais a frente 2 2 Tipos de livros Os livros podem ser classificados de v rios modos sejam por estilo de escrita por informa o contida por estilo liter rio e outras mais Para este estudo ser usada como bas
157. personagens pr prias nicas At aquele ponto n o existia a ideia de personagem e nem interpreta o mesmo no Twin Cities a obten o de recursos era feita matematicamente com c lculos somente Por m Anerson e Gygax obviamente n o eram os nicos envolvidos neste universo havia v rios outros nomes Schick 1991 p 18 cita David R Megarry que desenvolveu o jogo de tabuleiro Dungeon publicado posteriormente pela Tatical Studies Rules Inc TSR a produtora inicial de Dungeons and Dragons e relan ado pela Wizard of the Coast produtora atual Tal jogo de tabuleiro fora o que gerou o nome dungeon para qualquer desafio labirinto ou masmorra sendo eles similares ou n o a uma masmorra real A ideia de Anerson de absorver a fantasia heroica para as mesas de jogo com personagens reais explodiu e este tipo de jogo se espalhava rapidamente por m n o haviam Dave Anerson was the most dedicated of the Twin Cities referees By 1971 he was ready for something new and his thoughts turned to heroic fantasy He devised the mythical medieval barony of Blackmoor and informed his players that they had been hurled into the distant past where monsters roamed and magic worked SCHICK 1991 p 18 soon the players doppelgangers were retired in favor of characters native to the world of Blackmoor The players would become actors SCHICK 1991 p 18 38 regras predeterminadas Anerson era o rbitro das partidas e nem s
158. presentavam batalhas hist ricas utilizando miniaturas O RPG foi criado oficialmente por Dave Anerson e Gary Gygax em 1974 Ambos f s ass duos de jogos de guerra e leitores das hist rias de J R R Tolkien Depois de muito estudo e experi ncia pessoal formularam um sistema de regaras capaz de reunir a interpreta o com batalhas individuais bem incomuns na poca Dave Anerson era rbitro o que significa que ele julgava corretas ou n o as a es quando n o haviam regras pr determinadas em mesas de Twin Cities um wargame no qual jogadores controlavam tropas em duas cidades diferentes tentando obter recursos e aumentar suas tropas at derrotar seu s oponente s Schick 1991 afirma em seu livro que Dave Anerson era o rbitro mais dedicado do Twin Cities Em 1971 ele tinha ideias prontas para algo novo e suas ideias se encaminharam para a fantasia heroica Ele desenvolveu o baronado medieval m tico de Blackmoor e informou a seus jogadores que eles foram enviados ao passado distante onde monstros circulavam e a magia funcionava SCHICK 1991 p 18 tradu o nossa Continua dizendo que Logo as representa es dos jogadores foram retiradas em favor de personagens nativas ao mundo de Blackmoor Os jogadores tornariam se atores Schick 1991 tradu o nossa grifo nosso As tais representa es ditas por Schick referem se s miniaturas dos jogos de guerra que apenas eram tropas indeterminadas e n o
159. primir a informa o desnecess ria e aumentar o acesso do usu rio ao conhecimento j que na vis o de Otlet a reitera o deveria ser suprimida em favor da objetiva o da informa o de modo a promover a economia de tempo do leitor SANTOS 2007 p 56 Vis o tamb m compartilhada por Ranganathan 2009 p 211 em sua Quarta Lei que diz poupe o tempo do leitor eis a Quarta Lei da biblioteconomia Em seu livro As Cinco 77 Leis da Biblioteconomia o autor indiano recorre a vis es de melhoria para o funcionamento das bibliotecas Targino 2010 p 123 diz que a Quarta Lei enfoca na nfase na economia de tempo e energia dos leitores Informa o n o fornecida perde tempo e valor servi os em linha interativos ligados atrav s de uma variedade de redes de comunica o e esta es de distribui o de documentos atendem ao usu rio instantaneamente FIGUEIREDO 1992 p 189 Esta afirma o de Figueiredo dada por dois autores conterr neos de Ranganathan Rajagopalan e Rajan que formularam cinco leis mais atuais baseadas na Ci ncia da Informa o a concep o de Otlet o pr dio do conhecimento deveria ser constru do com os tijolos da informa o SANTOS 2007 p 57 5 1 2 Bush e Nelson os pais do hipertexto A ideia de Otlet gerou muitas outras A vinda da 2 Guerra Mundial trouxe o boom informacional que traria a vida a Ci ncia da Informa o O ex
160. proveitada Nesse contexto o cen rio de produ o nacional viu se for ado a mudar Entretanto os RPGs nacionais rec m lan ados em 1995 n o ofereceram nenhuma grande inova o apesar da evidente melhora gr fica e originalidade tem tica devido profissionaliza o das editoras sobretudo da Trama Editorial de S o Paulo respons vel pela publica o da revista Drag o Brasil a mais popular especializada em RPG BETTOCCHI 2000 p 9 No Brasil a Trama Editorial lan ou seu primeiro RPG Defensores de T quio de Marcelo Cassaro sob a forma de revista em quadrinhos em 1995 como primeiro n mero da revista Drag o Brasil Especial GODINHO 2002 p 44 Outro tipo de RPG nasceria na d cada de 1990 o Trading Card Game TCG traduzido aqui por Estampas Ilustradas O mercado de RPG foi contra o termo Trading Card que seria literalmente cartas de troca remetendo aos jogos de sorte ilegais no Brasil O TCG veio pelas m os da Wizard of the Coast com a explos o de Magic the Gathering quando o jogador assume o papel de um mago que utilizando cartas capaz de invocar criaturas para combater seus oponentes utilizando a energia da natureza a man O crescimento de Magic foi grande e al m dele a Wizard aproveitou se tamb m do sucesso Pok mon lan ando seu TCG fazendo dois dos maiores mercados de TCGs at hoje Ap s uma s rie de percal os a TSR foi comprada pela Wizard of the Coast propriet ria dos c
161. que une tr s abordagens Ci Inf Bras lia v 31 n 3 p 103 107 set dez 2002 FUNDA O OGL BRASIL 5 OGL Dispon vel em lt https sites google com site fundacaojogolivre tutoriais o que e ogl gt Acesso em 1 abr 2014 GODINHO Eliane Bettocchi Role Playing Game Um jogo de representa o visual de g nero 2002 155 p Disserta o Mestrado em Design Faculdade de Artes e Design PUC RJ 2002 GYGAX Gary The birth In WIZARDS OF THE COAST 30 years of adventure a celebration of Dungeons amp Dragons Estados Unidos Wizards of the Coast 2004 P 44 50 HAGEN Mark Rein Vampiro o R quiem S o Paulo Devir 2007 305 p HALL Michael A The influence of J R R Tolkien on popular cuture 287 p Honor Thesis Doutorado em Hist ria Southern Illinois University 2005 HARDY Jason M Shadowrun Lake Stevens Catalyst Game Labs 2013 489 p HOWARD Robert Ervin Conan o cim rio Vol 1 S o Paulo Conrad 290 p HOUAISS Ant nio Dicion rio Houaiss da l ngua portuguesa Rio de Janeiro Objetiva 2007 3008 p Elementos da bibliologia Vol 2 Rio de Janeiro Instituto Nacional do Livro Minist rio da Educa o e Cultura 1967 319 p IBGE Normas editoriais e de formata o de trabalhos Dispon vel em lt http www ibge gov br confest e confege normas htm gt Acesso em 19 mar 2014 106 ICV2 TOP 5 RPGs Summer 2013 Dispon vel em lt http www icv2 com articles news 27068 htm
162. r m bom destacar que antes da inform tica j existiam elementos que possibilitavam a leitura n o linear como os sum rios as refer ncias bibliogr ficas e as notas de rodap DIAS 1999 p 274 Como o objeto da pesquisa o livro f sico de RPG e a representa o hipertextual offline esta se o trar apenas alguns pontos importantes ao hist rico digital do hipertexto 80 A partir dos anos 70 uma nova tessitura social mundial se delineia com base em quatro grandes eventos O primeiro deles concerne a mundializa o da economia em cujo bojo trouxe novos fluxos de bens servi os e informa es BRENNAND BRENNAND 2010 p 317 O mundo estava se atualizando e a informa o era distribu da fora do governo e for as armadas o fluxo da informa o trazia novas fontes capitais a IBM uma das maiores grandes empresas de neg cios criava computadores empresariais usando se de sistemas como o Augment de Engebert Al m da economia a evolu o cultural mundial necessitava um r pido fluxo de informa es Como continuado pelos Brennand 2010 p 318 o segundo evento concerne s migra es de pessoas ligadas a causas pol ticas econ micas e religiosas e que viabilizam trocas de informa es intensas e r pidas Isso deu origem a grandes redes transculturais numa din mica de conjunto que integra a no o de passado presente e futuro A evolu o tecnol gica rege o terceiro evento que o
163. r os wargames 3 4 Anos 1980 Zelda e Final Fantasy 3 5 Massive Multiplayer Online RPG 3 6 Novo s culo 10 11 12 13 16 19 23 25 27 27 30 32 34 36 46 47 48 50 52 53 55 4 O LIVRO DE RPG 57 4 1 O livro de RPG descrito 57 4 2 Hist rico 57 4 3 Fun es 58 4 4 O hipertexto a principal caracter stica do livro de RPG 64 4 5 Categoriza o bibliol gica do livro de RPG 67 4 6 Leitura e interpreta o o interpretar como jogar 69 4 7 O livro de RPG e sua identidade 70 5 O HIPERTEXTO UMA AN LISE 72 5 1 Hist rico 72 5 1 1 Otlet e o livro universal 75 5 1 2 Bush e Nelson os pais do hipertexto 77 5 1 3 O hipertexto digital 79 5 2 O hipertexto de L vy 81 5 3 O trabalho do hipertexto 85 5 3 O hipertexto e interpreta o nos livros de RPG 90 6 CONSIDERA ES FINAIS O LIVRO DE RPG NO S CULO XXI NOVAS FUN ES OU VELHAS HIST RIAS DE UM USO SIMB LICO 99 ANEXO A REGRAS SIMPLES PARA JOGO DE RPG 110 ANEXO B EXPLICA O DA LICEN A ABERTA D20 113 ANEXO C IMAGENS HIST RICAS RELACIONADAS AO RPG 116 ANEXO D A EVOLU O DE DUNGEONS amp DRAGONS 122 10 1 INTRODU O O Role playing Game RPG um jogo voltado para interpreta o de personagens em hist rias pr criadas e que se desenvolvem ao decorrer da partida formando uma nova hist ria completamente imprevis vel O RPG utiliza se
164. r a Licen a aberta de jogo d20 A ideia b sica era garantir ind stria de jogos uma licen a ampla livre de royalites para publicar fontes de material compat veis com o jogo Dungeons amp Dragons Parecia uma ideia louca no momento e ainda parece para alguns mas eu acredito que foi uma decis o fant stica da Wizards of the Coast STARK 2004 p 277 tradu o nossa A ideia foi comprada em larga escala j que a nica obriga o era que a editora pusesse ao final do livro a carta de autoriza o da licen a aberta al m de algumas regras simples Anexo B Como normalmente estas novas editoras n o editavam os livros b sicos de D amp D a pr pria Wizard lucrava ao fazer com que estes fossem comprados diversas vezes pelos jogadores de diferentes sistemas e sumindo do mercado em uma explos o de vendas Esta re evolu o trazida pelo novo D amp D for ou a todas outras concorrentes a relan arem uma nova edi o de seus jogos principais Em meados da primeira d cada de 2000 todos os grandes nomes do RPG ganharam novas edi es inclusive D amp D com sua D amp D 4th com sucesso bem inferior ao obtido pela 3 e sem licen a aberta Contudo a Wizards n o pode cancelar a licen a aberta e esta continua sendo utilizada por muitas empresas como a Paizo que foi formada por parte da equipe de produ o da D amp D 3 ao abandonaram a Wizards alegando que as grandes modifica es feitas em D amp D 4th derrubariam o sistema que
165. r um mundo fant stico fora uma grande divers o Reuniam se com os outros Inklings e discutiam novas adi es aos seus mundos m ticos Pode se dizer que a grande diferen a entre eles que Lewis atribuiu elementos 49 e 5 poi 35 4 religiosos ao seu mundo onde por exemplo o grande le o regente de N rnia Aslam muitas vezes interpretado como o equivalente a Deus em nosso mundo pois s bio e est sempre presente Tolkien usou de mitos com elfos e orcs para criar toda uma nova mitologia partindo da cria o de um universo com suas pr prias divindades cataclismos e desafios Tolkien tamb m criou l nguas pr prias para seus moradores Estas linguagens n o apenas eram palavras traduzidas para um novo alfabeto como feito em muitos filmes jogos e livros Elas contem verbos conjuga o fonemas e toda a extens o que uma linguagem possua Tal proeza foi apenas obtida gra as a sua forma o liter ria ele adorava estudar linguagens mas preferia o estudo do ingl s antigo como pode ser visto em sua escrita HALL 2004 p 3 tradu o nossa Grande parte de suas obras foram trabalhos em torno de seu grande mundo a Terra M dia tendo mais de vinte obras relacionadas ao tema e muitos inacabados publicados como os Contos inacabados Christopher Tolkien seu filho de tempos em tempos publica novas descobertas de seu pai falecido encontrado por ele em meio de seus documentos Rob
166. ra medieval os jogadores podem recorrer aos filmes e livros Senhor dos An is s aventuras do Rei Arthur ou as desventuras de Dom Quixote j para uma mesa cyberpunk aventuras futuristas em mundo p s apocal ptico uma inspira o em Matrix ou Blade Runner Para batalhas intergal ticas as escolhas mais bvias seriam Star Wars Star Trek ou Battlestar Galactica Com temas de super her is h literalmente centenas de fontes com as hist rias em quadrinhos de her is e seus filmes Assim como aventuras mais sombrias podem recorrer se a filmes mais sombrios como Nosferatu Dr cula as obras de Anne Rice Blade o 32 ca ador de vampiros e livros que envolvam o mesmo tema Estes s o apenas alguns dos incont veis exemplos que possam ser utilizados num grupo de RPG Al m destes exemplos dados acima os jogadores entrando em consenso podem decidir Jogar qualquer coisa como um jogo de videogame no papel por exemplo Final Fantasy um romance a saga Crep sculo ou desenhos animados inspirados na Disney ou Warner Bros enfim in meras possibilidades quando apenas a criatividade o limite Pois pode se dizer que o RPG qualquer jogo que permita aos jogadores assumirem o papel de personagens imagin rios quantificados de acordo com regras determinadas interagindo com um ambiente fict cio controlado por um narrador AM NCIO 1997 p 6 7 apud BETTOCCHI 1999 p 4
167. rada Ci Inf Bras lia v 36 n 2 p 54 63 maio ago 2007 SCHMIT Luiz Wagner MARTINS Jo o Batista FERREIRA Thales Role playing games and educarion in Brazil how we do it 2009 21 p Dispon vel em lt http knutepunkt laiv org 2009 book RolePlayingGames AndEducationInBrazil gt Acesso em 20 set 2013 SCHICK Lawrence The History of Role Playing Games In Heroic Worlds New York Prometheus Books 1991 p 17 34 108 What is a Role Playing Game In Heroic Worlds New York Prometheus Books 1991 p 10 16 SILVA Leonardo Xavier de Lima e Processos cognitivos em jogos de Role playing World of Warcraft vs Dungeons amp Dragons 200 p Disserta o P s gradua o em psicologia cognitiva Faculdade de Psicologia Universidade Federal de Pernambuco Pernambuco 2008 SILVA Jorge Nuno O livro dos jogos de Afonso X o s bio In Confer ncias sec o aut noma de Hist ria e Filosofia das ci ncias 2013 Lisboa Anais Lisboa Faculdade de ci ncias Universidade de Lisboa 2013 Dispon vel em lt https www fc ul pt pt evento 11 12 2013 sahfc o livro de jogos de afonso x o s C3 Albio gt Acesso em 7 abr 2014 SPELL NET Sistemas de RPG gratuitos Dispon vel em lt http www spell net br portal downloads Sistemas de RPG Gratuitos gt Acesso em 23 mar 2014 STARK Ed OGL Stands for ARE YOU INSANE or maybe not In WIZARDS OF THE COAST 30 years of adventure a celebr
168. res e mestres passaram a usar os elementos do cen rio de Vampiro para jogar aventuras de fantasia heroica com outra roupagem O que se leva a crer que a maior ndole dos jogadores o her i desbravador Refor ando a afirma o feita por Godinho 2002 p 67 ao dizer que A personagem de RPG essencialmente uma figura her ica 36 Esta outra roupagem dita por Klimick nada menos que disfar ar a cl ssica aventura heroica do cavaleiro errante com sua miss o O pr prio autor usa como exemplo o filme Star Wars Epis dio IV em que o bravo campon s recebe do poderoso mago uma arma m gica para resgatar a princesa e derrotar o vil o do mal e seus planos de conquista total mesmo no caso de uma jornada espacial de fic o cient fica A cria o do cen rio muito importante para a cria o das personagens pois quanto mais o cen rio se parecer com algo que eles conhecem do entretenimento popular maior ser a chance de que eles possam se conectar a uma fantasia pr existente que sempre quiseram desfrutar LAW 2002 p 9 apud KLIMICK 2006 p 7 Outro ponto importante o elo que o jogador cria com o personagem pois com ele s o vividas diversas aventuras Assim como o ator se apega a sua personagem um jogador apega se a sua cria o Talvez at mais que um artista um RPGista al m de interpretar cria d vida aquela persona Este elo tem que ser observado j que h jogadores que deixam at
169. rmar os jogadores das regras do sistema e deve tamb m auxiliar na busca do usu rio por certa informa o de modo r pido para n o atrapalhar o jogo fornecer um pano de fundo para a hist ria do sistema utilizar se de imagens para auxiliar na compreens o de certas situa es e ser pr tico e f cil de manusear al m de atrativo para vendas The monster manual was the first RPG rulebook to appear as a hardbound book and it pointed the way toward the gradual changeover of RPGs from boxed game to book format SCHICK 1991 p 27 59 A partir daqui usaremos refer ncias e significados obtidos nos Dicion rio de biblioteconomia e arquivologia e Dicion rio do livro da escrita ao livro eletr nico para livros que possuem caracter sticas similares aos livros de RPG lembrando que em nenhum deles foi encontrado o termo livro de RPG Utilizando parcialmente a bibliologia e a bibliotecnia avaliaremos os tipos de livros que possuem mais caracter sticas em comum com os livros de RPG s o os livros de cavalaria livros de fic o livros ou obras de refer ncia livros de aventuras livros de contos livros de contos de fadas livros ilustrados livros jogo manuais e guias De acordo com Santos 2007 p 59 a bibliologia estuda o livro na sua materialidade e complexidade pois ele subentendendo se tamb m o documento apresenta um duplo aspecto uma obra do homem o resultado do seu trabalho int
170. ros significados al m daqueles relacionados sua fun o e assunto figurativo BETTOCCHI 2008 p 11 A interpreta o torna importante o uso da hiperm dia nos livros de RPG a diagrama o dos elementos na obra h de ser din mica e visualmente agrad vel j que a organiza o dos mesmos torna o livro atemporal e narrativo facilitando na compreens o da informa o por seus usu rios e principalmente na recupera o da mesma objetivo de Otlet em seu princ pio monogr fico No suporte de RPG a narra o dos componentes acontece na rela o entre os elementos descritivos visuais e textuais Esta rela o justamente a composi o da mancha gr fica seja ela impressa ou eletr nica a diagrama o A disposi o de ilustra es e textos confere ao suporte sua caracter stica temporal e narrativa organizando as informa es sobre o jogo do mesmo modo como o enredo temporaliza os elementos de uma hist ria BETTOCCHI 2008 p 11 Pode se comparar o RPG ao hipertexto onde existem janelas que podem ou n o ser abertas trilhas que podem ou n o ser trilhadas PAV O 1999 p 28 isto remete diretamente a ideia de Bush e Nelson caminhos de f cil acesso ao usu rio por onde ele encontraria sua informa o se desejasse No RPG observam se modos de construir e utilizar este meio que o distinguem de outros meios e lhe conferem singularidade enquanto tal BETTOCCHI 2002 apud BETTOCCHI 2008
171. s com suas pr prias mantendo BO chamado dungeon crawling vem do RPG Dungeons and Dragons e literalmente a tradu o de explora o da masmorra onde ocorre a maioria das aventuras Por m seu significado pode vir a ser utilizado para templos ou f bricas abandonadas no sub rbio de Chicago e mesmo grandes naves espaciais Jogos de RPG muitas vezes usam outras ra as podendo ser estas mitol gicas como elfos e an es ou extraterrestres como wookies dos filmes Star Wars e vulcans da s rie Star Trek 35 assim sempre uma boa representa o pois o jogador se v naquela situa o e sabe como agir a personagem no RPG tem uma fun o similar da personagem em outras narrativas a identifica o Sendo esta personagem muitas vezes concebida e sempre interpretada pelo jogador esta rela o de identifica o torna se extremamente ntima GODINHO 2002 p 15 A cria o de personagens ainda mais importante em RPGs live action pois al m de viver aquele personagem o jogador ir represent lo atuar como ele faria j que neste formato o RPG se aproxima do teatro de improviso Os jogadores recebem junto com as fichas de personagens um roteiro com objetivos a serem alcan ados durante a sess o Se eles criaram a ficha antes recebem apenas o roteiro com os objetivos A trama articulada de forma que os objetivos das diferentes personagens se entrecruzem de forma cooperativa ou compet
172. s de Vampiro a M scara agora chamado de Vampiro o Requi m e Lobisomem o Apocalipse agora Lobisomem os Destituidos Agradecemos aos vision rios que tanto inovaram e redefiniram os RPGs com a vers o anterior de Vampiro BOWEN 2007 p 10 grifo do autor este agradecimento est logo no in cio de Vampiro o Requi m o que demonstra que a produ o sabe a import ncia de suas edi es antigas e o impacto que tiveram sobre o mundo dos RPGs Ambos abordavam um mundo das trevas realidade criada pela White Wolf para seus jogos totalmente reestruturado com um novo ambiente e novas Monte Cook foi um dos criadores de D amp D 3 al m de escritor de hist rias fant sticas O pr prio diz em seu site que nunca teve um trabalho de verdade Monte Cook can honestly say that he s never had a real job vivendo apenas no mundo dos RPGs profissionalmente inclusive COOK 2014 56 hist rias sem a menor liga o com as outras edi es Uma estrat gia in dita na empresa j que todas as edi es anteriores e todos seus t tulos se intercalavam Shadowrun fez o mesmo lan ando sua nova edi o que retornava origem simplificando o sistema que era considerado complexo pelo modo em que a tecnologia era vista O avan o tecnol gico do mundo real serviu para adapt lo melhor ao sistema de regras e construir um jogo mais fluido j que este sistema trabalha com tecnologia futurista por
173. s n s 81 paginas texto da web ou outros meios tais como v deo udio e imagens e as liga es conectam todas estas m dias atrav s de um modelo padr o de associa o BARRETO 2004 5 2 O hipertexto de L vy Esta se o trabalhar a vis o de hipertexto por Pierre L vy Seu trabalho na rea da tecnologia da informa o importante na rea de Biblioteconomia portanto esta divis o analisar sua vis o n o digital do hipertexto como proposta por ele em seu livro As Tecnologias da Intelig ncia L vy trabalha tamb m com o hist rico do hipertexto mas j que este j foi demonstrado n o ser reanalisado Tecnicamente um hipertexto um conjunto de n s ligados por conex es Os n s podem ser palavras p ginas imagens gr ficos ou partes de gr ficos sequ ncias sonoras documentos complexas que podem eles mesmos ser hipertextos Os itens de informa o n o s o ligados linearmente como em uma corda com n s mas cada um deles ou a maioria estende suas conex es em estrela de medo reticular Navegar em um hipertexto significa portanto desenhar um percurso em uma rede que pode ser t o complicada quanto poss vel Porque cada n pode por sua vez conter uma rede inteira L VY 1998 p 33 L vy remonta a ideia j demonstrada de Bush da multiatividade da mente humana ao dizer Quando ou o uma palavra isto ativa imediatamente em minha mente uma rede de outras palavras de conceitos de
174. s reconhecido s culos ap s sua cataloga o Enquanto em 2009 a Dulton um selo do Penguin Group USA publicou o primeiro romance digital do mundo Level 26 um thriller de Anthony Zuiker autor da bem sucedida s rie de televis o CSI A cada vinte p ginas o leitor encontrava um c digo Gotthold Ephrain Lessing um leitor devotado para quem os livros explicam a vida Em 1770 pobre e doente Lessing aceitou o posto mal pago de bibliotec rio do duque de Braunschweig em Wolfenbiittel Ali passou oito anos miser veis escreveu sua pe a mais famosa Emilia Galotti e numa s rie de ensaios cr ticos discutiu a rela o entre as diferentes formas de representa o art stica 100 que dava acesso a um pequeno filme que adiantava um pouco a hist ria antes que o leitor voltasse ao texto publicado LYONS 2011 p 207 Uma nova tipologia de livro que j teve seu t tulo de romance digital reconhecido abrindo uma nova categoria de obras a serem catalogadas O mesmo ocorreu com os livros de artista quais de acordo com Ara jo 2008 p 490 eram obras onde grandes pintores trabalhavam no livro por iniciativa sobretudo de editores franceses entre os quais o famoso Ambroise Vollard e deste momento adiante se inaugurava o livre d art ou o livre d artiste em que a imagem ou se bastava a si pr pria ou concorria em p de igualdade com o texto Por m este estudo ainda necessita de mais aprofundamento Um estudo em
175. s sem nticas existentes na escrita tradicional e re hierarquizar a comunica o com base em crit rios que eram anteriormente tratados como irrelevantes mas sobretudo 4 dispersar o conte do deslocando o no tempo e no espa o do autor e do leitor BARRETO 2007 Todos estes fatores permitem uma conversa maior entre gerador e receptor ao ponto em que um texto permita uma flu ncia maior de informa o limitando apenas ao leitor a sua recep o Quanto mais hipertextual o documento mais informa o simult nea ele provir caber ao usu rio administr la Por m h autores que sustentam a afirma o da possibilidade de pular de uma p gina para outra a cada hiperlink fraciona a leitura podendo dispersar a aten o do leitor entre imagens e novas descobertas SOARES 2002 apud DZIEKANIAK 2010 p 86 Dziekaniak continua ainda dizendo que as pessoas n o seriam mais estimuladas a imaginar e a abstrair j que no momento da leitura a aten o dividida entre ler fazer escolhas e tomar decis es de quais links abrir ou de quando rolar o texto Esta responsabilidade cabe tanto ao receptor quanto ao gerador O leitor deve conhecer suas medidas seu limite de concentra o e focar se na leitura enquanto o autor tem como obriga o manter a leitura de um modo que seja interessante e principalmente fa a sentido Uma ordem classificativa uma boa indexa o s o capazes de construir um bom documento
176. se relacionava o homem para representar id ias abstratas Depois evidenciou se a escrita fonogr fica de que s o exemplos os signos criados pelos fen cios caracteres representando os sons com que se designavam objetos e id ias A combina o dessas tr s formas a representativa a simb lica e a fon tica acabou resultando no hier glifo Essa palavra imediatamente nos remete ao Antigo Egito com suas inscri es enigm ticas ainda hoje fascinando estudiosos e peritos DUARTE FRAGOSO 2004 p 166 20 Importante tamb m s o os suportes e os formatos de livros ao decorrer da hist ria O hier glifo eg pcio era costumeiramente escrito em papiro um tipo de papel produzido com o interior do caule de uma planta hom nima que condicionou bem a forma que ent o entrou em uso para o livro a do kylindros grego ou do volumen latino HOUAISS 1967 p 72 Tentou se reproduzir nos papiros a linha em estoiquedo mas a liberdade da escrita cursiva rompeu esse esquema construtivo em benef cio da legibilidade i e da leitura imediata e c moda Gradualmente passou se a separar as palavras e introduziu se a pontua o ARAUJO 2008 p 380 Esse tipo de escrita afirma Manguel 2004 p 30 que n o distinguia mai sculas e min sculas nem usava espa os nem pontua o servia aqueles que liam em voz alta pois ao leitor a separa o servia a seu prop sito e aos ouvintes desembaralhar o texto que pareci
177. sistema de regras torna se importante n o como a defini o do enredo mas h de ser um sistema de regras compat vel com a hist ria em que os jogadores viver o N o adianta ter um sistema de regras voltado para o combate em que os jogadores encontrar o em maior parte eventos sociais entre si e entre os personagens do mestre PdM ou NPCs e vice versa Characters can be used over and over again and individual game sessions can be linked together into a continuing campaign that tells a story over time If the setting isn t tied down to one specific place then the characters can go anywhere and do anything which implies that they can do a lot more than just fight other figures SHICK 1991 p 18 34 7 5 213 Outro aspecto a ser analisado a explora o o chamado dungeon crawling Um sistema que tenha poucos atributos para uma explora o do ambiente deixar muito a desejar em uma aventura explorat ria Logo cabe ao mestre definir quais regras ele se utilizar j que ele o nico que sabe como ser determinada a aventura mas n o como ela se desenrolar 3 1 3 Personagens A personagem de RPG n o difere conceitualmente das dramatis personae de uma narrativa exceto pelo fato de n o serem constru das em fun o de um enredo mas a partir de decis es do jogador GODINHO 2002 p 67 O mestre desempenha o papel mais importante na cria o do mundo da realidade virtual onde ser re
178. te em seus antecessores offline esses jogos acrescentam a possibilidade de intera es competitivas diretas entre jogadores tais como combates ou duelos SILVA 2008 p 48 3 6 Novo s culo No ano 2000 com o lan amento de D amp D 3 o mercado de RPGs mudou drasticamente A disputa com os TCGs e com os MmoRPGs obrigava as editoras de RPG a inovarem A Open license dada pelo sistema D20 abriu o mercado para muitos nomes e recuperou o nome de D amp D que estava enfraquecido desde os anos 1980 Com isso a vantagem que D amp D estava ganhando sobre seus concorrentes obrigou os a inovarem ou sa rem do mercado A quarta edi o de D amp D simplificou elementos da terceira e incluiu elementos de MmoRPG em seus combates com a ideia de agiliz los Contudo o efeito foi oposto os combates acabaram por demorar mais e a simplicidade fez com que muitos f s abandonassem D amp D inclusive os criadores da 3 edi o que se uniram para criar um novo sistema utilizando a licen a aberta Pathfinder enquanto outro grupo com um dos criadores Monte Cook criou Iron Kingdoms Com mudan as m nimas se comparadas com D amp D 3 5 a terceira edi o de D amp D fora aprimorada em 2005 e recebeu esta nomenclatura normalmente digital estes sistemas trouxeram os f s perdidos para seu lado e a licen a aberta manteve os Jogadores do sistema D20 afiliados com D amp D N o demorou e a White Wolf se viu obrigada a fazer o mesmo e logo novas edi e
179. to N o confundir OGL com OGC A grafia parecida mas n o s o a mesma coisa 3 Divulgue esse pacot o colocando o a disposi o dos outros seja em TXT RTF DOC ODT PDF livro impresso o que for 4 A partir deste momento O QUE EST FEITO EST FEITO Voc n o pode mais desfazer isso veio a p blico torna se irrevers vel Seu sistema de jogo agora livre gratuito podendo ser alterado e usado por todos 5 Agora um terceiro pode pegar o seu OGC o mais famoso OGC o Sistema d20 da Wizards of the Coast que 100 igual s regras do D amp D 3 5 do d20 Modern e do d20 Future e criar algo totalmente novo como o Conan d20 da Mongoose Publishing 6 Agora a Mongoose pode vender o Conan d20 que ela criou sobre o OGC da Wizards e vender a vontade sem pagar um tost o sequer para a Wizards 7 O Conan d20 tamb m ser OBRIGATORIAMENTE licenciado pela OGL Ele vai ter que colocar uma c pia da licen a no jogo dizendo ainda que ele derivado do OGC da Wizards 114 8 Mas n o basta como explicado no 2 acima ele tem que dizer no jogo dele o que OGL e o que n o Significa dizer o que Propriedade Intelectual sua e o que OGL seja original ou derivada Tudo aquilo que for c pia pura e simples do OGC original o Sistema d20 no nosso exemplo tamb m OGL livre por natureza Se for regra modificada tamb m ser OGL Aquilo que voc criar de novo totalmente novo n o Por exempl
180. to 1998 afirma que foram encontradas pe as de marfim em t mulos da I Dinastia Em dois t mulos da I dinastia c 2920 a 2770 a C foram conservadas lindas s ries de pe as de jogos em marfim Entre elas as mais comuns s o le es e leoas mas existem outras muito curiosas representando uma casa de teto pontiagudo formada por tr s compartimentos ou semelhantes ao rei e torre do nosso jogo de xadrez FASCINIO DO ANTIGO EGITO 1998 Por m cabe nos a definir o que o jogo Segundo Huizinga 2001 p 33 apud BETTOCCHI 2003 p 4 o jogo uma atividade ou ocupa o volunt ria exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espa o segundo regras livremente consentidas 47 mas absolutamente obrigat rias dotado de um fim em si mesmo acompanhado de um sentimento de tens o e de alegria e de uma consci ncia de ser diferente da vida quotidiana Entre suas v rias fun es sociais os jogos sempre foram instrumentos de ensino e aprendizado e tamb m uma forma de linguagem usada para a transmiss o das conquistas da sociedade em v rios campos do conhecimento TODOS OS JOGOS 1978 p 9 Por m o RPG apesar de ser um jogo n o um jogo comum um jogo de interpreta o Este fator faz com que tenha atributos exclusivos e nicos O RPG tamb m um jogo que incentiva a leitura e ao jogar RPG a leitura em voz alta Pav o 1999 p 6 conta que sua pesquisa a colocou em contato com situa
181. trar neste sistema de jogo tecnologia magia e caos Imagem 5 6 Capa do livro de RPG Vampire the Maskerade e Vampire Requiem Fonte vtm core hit bg e www rpg net Diferente da ideia mostrada anteriormente a White Wolf opta por capas mais misteriosas atraindo seus usu rios pelo mist rio envolvendo o tema no interior do livro Tais m todos foram bem chamativos na poca da cria o de Vampiro quando grande parte das 95 capas dos sistemas eram bem diretas A maior parte das empresas ainda prefere o uso direto dos conceitos contidos no interior a fim de ser mais chamativo Figura 5 7 P gina do livro de D amp D 4 edi o Trfs REGRAS B SICAS A MEC NICA B SICA RREDONDE SEMPRE PARA BAIXO Fonte Imagem do autor Acima podemos conferir uma p gina do livro de RPG Dungeons amp Dragons 4th edition em sua vers o brasileira Nela pode se conferir o uso de v rios textos Foram separados e numerados para explica o 1 o texto t cnico o texto base em que s o explicadas as regras do jogo Neste cap tulo explicada a mec nica b sica o como jogar 2 Uma s ntese do texto principal numa tabela simplificada Facilitando a obten o da informa o pelo usu rio que esteja com mais pressa ou precise apenas de uma informa o mais simples 3 Uma refer ncia externa ligando o livro ao s tio do D amp D Insider onde os jogadores podem continuar suas aventuras online L se encontra not
182. tros textos inclusive de autores diferentes FREIRE 2003 p 131 A no o de perman ncia quebrada pelo fato de que em um hipertexto eletr nico nada permanente As informa es podem ser alteradas trocadas reorganizadas de acordo com as necessidades dos usu rios FREIRE 2003 p 131 Neste aspecto apesar do autor dirigir se ao texto digital n o diferente do texto impresso em que quele usu rio pode incluir nota es de rodap ou observa es marginais alterando as informa es contidas na obra Por fim Freire 2003 p 131 diz que a ltima no o a quest o da autoria do trabalho intelectual no processo de constru o de saberes muito pol mica Mas em uma rede de comunica o a possibilidade de compartilhamento entre os indiv duos uma premissa b sica e o hipertexto possibilita que se agreguem informa es saberes de um ponto de vista da pluralidade de vozes e n o de um nico autor A quest o autoria num trabalho impresso costumeiramente refere se s fontes e refer ncias n o sendo t o grave quanto no mundo eletr nico no qual o documento hipertextual pode linkar diretamente com a outra obra citada ferindo assim possivelmente um direito autoral Por m o mais importante que o hipertexto possibilita por defini o ao usu rio criar seu pr prio sistema de navega o no texto criando seu caminho pessoal de acesso ao texto n o sendo mais somente o leitor mas atuando co
183. u compromisso com a divers o tamb m pode ser considerado uma brincadeira realizada com esse mesmo fim Esta informa o s intensifica que a cria o a constru o de um jogo independente do sistema de regras escolhido e do grupo jogando feita com a a o de todos indefinidamente e incalculavelmente Apenas ao final de uma partida que se pode construir parte daquela hist ria A partir de diferentes explica es em diversas publica es de RPG pode se extrair alguns componentes comuns tra ando se um paralelo com o teatro e a literatura a ambienta o seria composta de um cen rio onde se desenrolam enredos criados na maioria das vezes e conduzidos por um mestre de jogo ou seja seqii ncias de eventos vividas pelas personagens protagonistas as quais s o criadas na maioria das vezes e interpretadas pelos jogadores coerentemente com tal ambienta o e com um sistema de regras diferentemente do teatro puro onde n o se pressup e de modo geral a imprevisibilidade finalmente estas personagens reagir o s situa es propostas pelo narrador ou mestre do jogo que al m de dirigir o enredo tamb m interpreta as personagens coadjuvantes e figurantes Esta imprevisibilidade faz com que o enredo do mestre do jogo seja aberto e dependente das a es dos jogadores para se completar da a necessidade do componente aleat rio do sistema de regras BETTOCCHI KLIMICK 2004 p 3 Da a escolha do
184. ustra es As ilustra es desempenham importante papel num livro de RPG Outrora usadas apenas para adornar os pequenos manuais que eram os livros agora s o essenciais para auxiliar na compreens o do mundo utilizado ou de certas regras O atrativo da qualidade da imagem tamb m serve para atrair novos jogadores a jogar Estas ilustra es tem que ser coerentes com o sistema para que possam passar a informa o correta e atrair o p blico desejado Ara jo 2008 p 427 afirma que compete ao diagramador buscar efeitos visualmente agrad veis por meio de um determinado ritmo nos contrastes de forma e tamanho das ilustra es Os recursos para dinamizar as p ginas como se observa s o m ltiplos e o diagramador ainda pode manipular a forma e o tamanho das ilustra es aumentadas ou diminuindo as para ajust las ao esquema construtivo da p gina e Hipertexto O misto de imagens texto grafia espa amento e coloca o de informa es faz do hipertexto o elemento bibliol gico mais importante do livro de RPG Sua utiliza o a maior ferramenta do livro de RPG onde mesmo apenas seu uso auxilia ao usu rio a localizar a informa o e a compreend la Estes elementos Scenarios were written more like stories and became fun to read SHICK 1991 p 29 69 ilustra es textos linguagem corporal e verbal s o janelas ou links de informa o para o jogador sobre o cen rio onde ser o constru das suas pr
185. xtual daqueles usu rios e tamb m far um paralelo sobre o uso da obra impressa e da digital avaliando se o RPG impresso ainda predominante realmente no mercado Parte desta coleta j fora realizada mas foi deixada de fora deste estudo j que Ambroise Vollard foi conhecido como um dos mais importantes vendedores na Fran a contepor nea Ele realizava exposi es com grandes artistas como Pablo Picasso e Vincent Van Gogh WIKIPEDIA 2014a Livro de arte ou de artista aquele que nasce com o prop sito de ser uma obra de arte n o uma produ o liter ria Portanto as imagens ou o modo em que constru do na maior partes das vezes constitui informa o mais importante que o conte do escrito da obra 101 adv m de uma comunidade muito semelhante uma necessidade de outros grupos de usu rios se faz necess ria para uma melhor ramifica o de dados Uma ltima pesquisa deve ser feita quanto cataloga o destas obras A cataloga o em fonte contida nos livros nacionais consta 793 9 ou 793 93 como j foi dito em que encontra se na nota o da CDD o Role playing game do mesmo modo na cataloga o sum ria referenciando a fonte obtida pela CDD demonstra se o mesmo Entretanto na ficha catalogr fica n o consta como assunto o Role playing game em si Uma abordagem mais a fundo neste assunto se faz necess ria para verificar o motivo por que n o h esta inclus o de assunto na pr pria ficha Portanto este

O livro de Role-playing game

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