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Revista de Informação Legislativa – nº 201

1. seguran a e propriedade Dessa forma se verificado que a pessoa jur dica foi quem de fato praticou o delito seus administradores part cipes poderiam se beneficiar de alguma maneira nas investiga es policiais Uma quest o a ser resolvida a do local do crime CP art 6 Como defini lo se a empresa r tiver v rias sedes espalhadas pelo territ rio nacional Quais administradores deveriam ser responsabilizados Outro preceito legal que restaria prejudi cado seria o da a o de regresso previsto no S 6 do art 37 da Constitui o Federal As pessoas jur dicas de direito p blico e as de di reito privado prestadoras de servi os p blicos responder o pelos danos que seus agentes nessa qualidade causarem a terceiros assegurado o direito de regresso contra o respons vel nos ca sos de dolo ou culpa Faltaria legitimidade para impetrar a a o regressiva pois um r u no caso a pessoa jur dica n o poderia promover contra um corr u pessoa f sica administrador do ente coletivo uma a o de repara o de danos oriunda de um fato t pico il cito e culp vel que ambos cometeram Os penalistas contr rios aplica o de san es penais pessoa jur dica levantam quest es relacionadas culpabilidade prevista no art 29 do C digo Penal Perguntam por exemplo como medir o grau de participa o das pessoas jur dicas e a quem o delegado de pol cia deve encaminhar uma in
2. Lei Complementar n 107 de 26 de abril de 2001 Altera a Lei Complementar n 95 de 26 de fevereiro de 1998 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 27 abr p 1 200la Emenda Constitucional n 32 de 11 de setembro de 2001 Altera dispositivos dos arts 48 57 61 62 64 66 84 88 e 246 da Constitui o Federal e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 12 set 2001b Emenda Constitucional n 33 de 11 de dezembro de 2001 Altera os arts 149 155 e 177 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 15 12 dez 2001c Emenda Constitucional n 34 de 13 de dezembro de 2001 D nova reda o o al nea c do inciso XVI do art 37 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 dez 2001d Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 239 Emenda Constitucional n 35 de 20 de dezembro de 2001 D nova reda o ao art 53 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 6 21 dez 2001e Emenda Constitucional n 36 de 28 de maio de 2002 D nova reda o ao art 222 da Constitui o Federal para permitir a participa o de pessoas jur dicas no capital social de empresas jornal sticas e de radiodifus o sonora e de sons e imagens nas condi es que especifica Di rio Oficial da Uni o Bras lia 29 maio 2002a Emenda Constitucional n 37 de 12 de junho de 2002 Altera os arts 100 e 156 da Constitui o Federal
3. Entre T mis e Leviat uma rela o dif cil o estado democr tico de direito a partir e al m de Luhmann e Habermas 3 ed S o Paulo Martins Fontes 2012 Verfassung und Positivit t des Rechts in der peripheren Moderne eine theoretische Betrachtung und Interpretation des Falls Brasilien Berlin Duncker und Humblot 1992 A constitucionaliza o simb lica 2 ed S o Paulo Martins Fontes 2007 OLIVEIRA M rcio Lu s O sistema interamericano de prote o dos direitos humanos interface com o direito constitucional contempor neo Belo Horizonte Del Rey 2007 PEROTTI Alejandro Qui n paga los costos del incumplimiento de las sentencias del tribunal permanente de revisi n mercosur Responsabilidad del estado por violaci n del derecho de la integraci n Revista Quaestio Iuris Rio de Janeiro v 1 n 6 p 1 8 mar 2009 PIOVESAN Fl via Direitos humanos e do direito constitucional internacional 9 ed S o Paulo Saraiva 2008 Igualdade diferen a e direitos humanos perspectivas global e regional In SAR MENTO Daniel Coord Igualdade diferen a e direitos humanos Rio de Janeiro Lumen Juris 2008 RAM REZ A Fl caso de la comunidad ind gena Yajye Axa VS Paraguay Revista IIDH San Jos 29 mar 2006 RAWLS John A theory of justice Oxford Oxford University 1990 The law of peoples with The idea of public reason revisited Cambridge Harvard University 1999 SABADELL A
4. A Emenda Constitucional n 3 de 17 de mar o de 1993 foi publicada na Se o I do DOU do dia 18 de mar o de 1993 sem a ementa Apesar de a referida emenda ter sido publicada antes da vig ncia da Lei Complementar n 95 de 1998 a aus ncia da ementa incomum nos textos de normas jur dicas O elemento ementa vem sendo utilizado nos textos de normas h muito tempo j estando presente por exem plo nas Ordena es Afonsinas A aus ncia da ementa verificou se tamb m nas seis Emendas Constitucionais de Revis o que foram promul gadas em 1994 Verificamos ainda que a ementa da Emenda Constitucional n 3 de 1993 tamb m estava ausente da publica o do Di rio do Congresso Nacional de 18 de mar o de 1993 2 4 Emendas Constitucionais n 54 de 2007 e n 55 de 2007 local e data ausentes Apesar de a Lei Complementar n 95 de 1998 n o mencionar a necessidade dos elemen toslocal e data normalmente posicionados ap s o ltimo dispositivo e antes das assinaturas esses elementos s o essenciais do ponto de vista da Diplom tica ci ncia auxiliar da Hist ria voltada para o estudo das estruturas formais dos documentos solenes As Emendas Constitucionais n 54 de 2007 e n 55 de 2007 foram publicadas na p gina 2 da Se o I da edi o de 21 de setembro de 2007 222 Revista de Informa o Legislativa do Di rio Oficial da Uni o sem os elementos local e data Verificamos ainda que no Di ri
5. 218 Revista de Informa o Legislativa Art 8 A vig ncia da lei ser indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razo vel para que dela se tenha amplo conhecimento reservada a cl usula entra em vigor na data de sua publica o para as leis de pequena repercuss o EA 2 As leis que estabele am per odo de vac ncia dever o utilizar a cl u sula esta lei entra em vigor ap s decorridos o n mero de dias de sua publica o oficial Par grafo acrescido pela Lei Complementar n 107 de 26 4 2001 BRASIL 1998e grifo nosso Essa posi o tamb m compartilhada por Freire 2002 p 156 158 que analisa em detalhe a quest o nos seguintes termos Norma diversa consta da Lei Complementar n 95 de 1998 que requer seja a vig ncia da lei indicada de forma expressa inadmitindo por conse guinte a hip tese de sil ncio da lei quanto data da sua entrada em vigor es A exig ncia legal de indica o da vig ncia da lei de forma expressa exclui ria em princ pio a possibilidade de as leis federais omitirem a cl usula de vig ncia Ocorre que nem sempre se pode assegurar a presen a dessa cl usula tendo em vista por exemplo a eventualidade do veto total ou par cial da proposi o de lei mantido pelo Poder Legislativo apenas quanto a determinados dispositivos entre os quais se inclua a mencionada cl usula Neste ltimo caso verificada a hip tese de aus ncia d
6. Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 29 e Schioler 2001 mas minimizados pelos de fensores dos OGM Desse modo a ado o dos OGM pelos pa ses em desenvolvimento seria justificada por diversas raz es MCGLOU GHLIN 1999 e elas seriam uma quest o de sobreviv ncia para a frica KIRBY 2002 Paarlberg 2008 vai mais longe com acusa es da atitude hostil dos europeus dos japoneses e das organiza es n o governamentais ONGs no que concerne aos OGM por contribu rem para manter a frica em uma realidade de fome De modo contr rio Berlan e Lewontin 1998 denunciam o advento dos OGM como uma extors o sobre o ser vivo para refor ar ainda mais o poder econ mico dos grandes grupos de biotecnologia que controlam os setores de cria o varietal e de produ o de sementes Esse argumento foi apropriado na ndia onde a amea a da perda de seguran a das sementes foi apresentada pelos opositores ado o da cultura do algod o OGM SHIVA EMANI JAFRI 1999 A atitude cr tica contra a domi na o da Monsanto apresentada no livro de Robin 2008 que tem o interesse de revelar a estrat gia dessa multinacional para impor seus produtos no mundo todo Desde ent o o tema dos OGM na agricul tura passou a ser visto sobretudo em debates gen ricos que tentavam convencer de que os impactos s o necessariamente positivos ou ne gativos sempre e em todos os lugares Depois de mais de dez anos de comercializa
7. Discutem se muito as raz es pelas quais o Brasil n o cumpre as normas formuladas Sobre a necessidade de o Estado garantir inclusive por meio de medidas intervencionistas o respeito ao prin c pio constitucional da liberdade individual de escolha de projetos de vida tema diretamente vinculado aos direitos reprodutivos da mulher ver Pires 2012 p 53 63 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 143 nos documentos internacionais que acolhem os direitos reprodutivos ratificados pelo pa s Grosso modo em tais documentos o aborto foi reconhecido como grave problema de sa de p blica e os governos participantes comprometeram se a empreender medidas para a melhoria do acesso das mulheres ao planejamento reprodutivo e interrup o da gesta o indesejada em condi es seguras BRASIL 2008 p 23 24 S o normas de natureza constitucional no sistema jur dico brasileiro que prescrevem o dever do Estado de assegurar s mulheres tratamento igualit rio direito de autodetermina o e prote o sua integridade f sica ps quica e moral TORRES 2008 p 5 Na Revis o Peri dica Universal do Conselho de Direitos Humanos das Na es Unidas ocorrida em novembro de 2011 foi avaliado se o Brasil est respeitando os direitos humanos consignados nos tratados internacionais na rea da sa de sexual e reprodutiva da mulher A ava lia o das Na es Unidas baseia se nos dados j consagr
8. Posteriormente o pedido de suspens o de seguran a passou a ocupar timidamente o art 13 da Lei n 1 533 1951 que previa apenas a suspens o da execu o da senten a concessiva da garantia e mais amplamente o art 4 da Lei n 4 348 1964 Pode se ent o considerar que o art 13 da Lei n 1 533 1951 foi revogado ap s o advento da Lei n 4 348 1964 que ao estabelecer normas processuais relativas ao mandado de seguran a previu a possibilidade de suspens o tanto da execu o de senten a quanto da liminar Haja vista que a Lei n 4 348 1964 era omissa quanto possibilidade do deferimento do pedido de suspens o por ac rd os em caso de com pet ncia origin ria dos tribunais em 1990 a Lei n 8 038 1990 Lei dos Recursos preencheu a lacuna ao fixar a compet ncia do STF e do STJ para conhecimento e julgamento dos requerimentos de suspens o nos mandados de seguran a origin rios dos tribunais Mais precisamente no ano de 1985 com o advento da Lei n 7 347 1985 o instituto deixou de ser previsto apenas para o mandado de seguran a e passou a ser utilizado tamb m nas a es civis p blicas Ademais com o advento dessa lei o recurso de agravo passou a ser cab vel n o s na hip tese de deferimento do pedido de suspens o mas tamb m Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 159 para os casos de seu indeferimento poca de sua cria o a necessidade da suspens o de seguran a era justificada pela doutrina e pela
9. de direitos fundamentais semelhantes aos direitos funda mentais positivados Direitos fundamentais n o s o cl usulas em uma ap lice de seguro Portanto o momento da positiva o n o o que determina a sua fundamentalidade formal na medida em que sua inser o no conte do da Constitui o garantida pela natureza principiol gica de tais direitos gozando do mesmo regime jur dico constitucional dos direitos fundamentais po sitivados ou enumerados Antecipando uma poss vel cr tica ao afir mado no par grafo anterior reiteramos que os direitos fundamentais sediados em tratados internacionais de direitos humanos seriam apenas aqueles constantes nos tratados de que a Rep blica brasileira faz parte portanto den tro da abertura material imposta pela pr pria Constitui o n o de todo e qualquer tratado internacional De mais a mais tendo em vista que a distin o material e formal tal qual apre sentada pelos te ricos brasileiros de cunho positivista a expressa permiss o constitucional de incluir outras normas e mat rias no corpo da Constitui o teria o cond o por si s de outorgar a essas normas o mesmo tratamento atribu do s demais Os autores referidos anteriormente sugerem que os tratados internacionais de direitos huma nos s o normas constitucionais ainda que n o disponham do mesmo regime constitucional Um dos argumentos para a justifica o do 3 do art 5 seria ref
10. dobramentos gerou um texto bem estruturado com articula o uniforme importante lem brar que isso nem sempre foi assim Lembramos a constata o de Aurelino Leal sobre a forma de numera o dos dispositivos da Constitui o de 1891 nos seguintes termos Os artigos s o ordenados por numera o rabe bem como os paragraphos incisos e sub incisos Este systema foi seguido invariavelmente at o final do art 58 No artigo 59 a orienta o mudou os incisos s o numerados por algarismos romanos os sub incisos por lettras latinas e os paragraphos por n meros rabes No titulo II art 63 e seguintes a orienta o voltou a ser a mesma para soffrer incidentalmente nova altera o no art 71 e seus paragraphos sendo dahi em diante observado o criterio anterior LEAL 1914 p 25 As emendas constitucionais s o publicadas no Di rio Oficial da Uni o DOU e no Di rio do Congresso Nacional DCN A an lise feita neste artigo utiliza o texto publicado no Di rio Oficial da Uni o peri dico oficial editado pela Imprensa Nacional Pontualmente faremos refe r ncia ao texto do Di rio do Congresso Nacional A motiva o para a elabora o deste ar tigo originou se do trabalho de compila o do texto atualizado da Constitui o Federal disponibilizado no s tio do Senado Federal http www senado gov br legislacao const Nesse endere o oferecida ao cidad o por meio de uma linha do tempo Fi
11. es Constitucionais Transi t rias para reduzir anualmente a partir do exerc cio de 2009 o percentual da Desvincula o das Receitas da Uni o incidente sobre os recursos destinados manuten o e desenvolvimento do ensino de que trata o art 212 da Constitui o Federal d nova reda o aos incisos e VII do art 208 de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrang ncia dos programas suplementares para todas as etapas da educa o b sica e d nova reda o ao 4 do art 211 e ao 8 3 do art 212 e ao caput do art 214 com a inser o neste dispositivo de inciso VI ETN 234 Revista de Informa o Legislativa Emenda EMC 60 2009 Ementa Altera o art 89 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para dispor sobre o quadro de servidores civis e militares do ex Territ rio Federal de Rond nia A o Tema X X EMC 61 2009 Altera o art 103 B da Constitui o Federal para modificar a composi o do Conselho Nacional de Justi a EMC 62 2009 Altera o art 100 da Constitui o Federal e acrescenta o art 97 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias instituindo regime especial de pagamento de precat rios pelos Estados Distrito Federal e Munic pios EMC 63 2010 Altera o 5 do art 198 da Constitui o Federal para dispor sobre piso salarial profissional nacional e diretrizes para os Planos de C
12. es sobre as condi es de pagamento dos royal ties das sementes em conformidade com a brochura de informa es da Monsanto SEMENTE 2005 mas de modo algum os conselhos t cnicos garantiriam uma boa efic cia das sementes compradas Ainda 46 Revista de Informa o Legislativa mais incr vel a obriga o dos distribuidores de sementes de coletar por conta exclusiva da Monsanto as informa es relativas a todos os compradores dessas sementes estado civil localiza o superf cies de culturas etc Os distribuidores de sementes s o ainda submetidos a um segundo papel em mat ria de coleta dos royalties Desde o contrato estabele cido para a campanha 2005 2006 eles devem registrar os produtores de soja que declarem ter utilizado as sementes de sua pr pria colheita e se submeter ao pagamento de royalties para n o mais ter de pag los durante a comercializa o dos gr os produzidos A novidade reside no dever dos distribuidores de coletar os royalties sobre as sementes n o vendidas mesmo que nenhum interlocutor entrevistado haja confir mado que os produtores tenham declarado a utiliza o de sementes campestres importante destacar que os novos pap is s o remunerados de modo simb lico Em 2005 2006 quando as condi es de remune ra o eram ainda divulgadas a remunera o comportava o valor fixo de R 36 por m s independentemente dos volumes de sementes distribu das Domina o do m
13. o do Poder Judici rio e valer se dos m todos e procedimentos pr prios do processo judicial para a resolu o de conflitos nas arenas pol ticas distintas daquelas t picas dos tribunais em dois contextos Nesse sentido salientam D bora Maciel e Andrei Koerner 2002 p 114 que o primeiro resultaria da amplia o das reas de atua o dos tribunais pela via do poder A judicializa o da pol tica deve normalmente signifi car 1 a expans o da jurisdi o dos tribunais ou dos ju zes a expensas dos pol ticos e ou dos administradores isto a transfer ncia de direitos de tomada de decis o da legislatura do gabinete ou da administra o p blica para os tribunais ou pelo menos 2 a propaga o dos m todos de decis o judiciais fora da jurisdi o propriamente dita Em resumo podemos dizer que a judicializa o envolve essencialmente transformar algo em processo judicial 112 Revista de Informa o Legislativa de revis o judicial de a es legislativas e executivas baseada na constitucionaliza o de direitos e dos mecanismos de checks and balances O segundo contexto mais difuso seria constitu do pela introdu o ou expan s o de staff judicial ou de procedimentos judiciais no Executivo como nos casos de tribunais e ou ju zes administrativos e no Legislativo como o caso das Comiss es Parlamentares de Inqu rito Os principais componentes que est o pre sentes no conce
14. o ao outro ordem diversa dos nativos cabe antes uma postura transconstitu cional de autoconten o dos direitos fundamentais cuja otimiza o possa levar desintegra o de formas de vida com consequ ncias destrutivas para os corpos e as mentes dos membros das respectivas comunidades 7 O transconstitucionalismo pluridimensional dos direitos humanos na Am rica Latina O transconstitucionalismo n o se restringe a rela es entre duas ordens jur dicas podendo envolver entrela amentos triangulares ou A esse respeito acrescenta Segato 2011 375 et seq Tampouco se trata de solicitar a retirada do Estado porque como atestam as m ltiplas demandas por pol ticas p blicas colocadas perante o mesmo pelos povos ind genas a partir da Constitui o de 1988 depois da intensa e perniciosa desordem instalada pelo contato o Estado j n o pode simples mente ausentar se Deve permanecer dispon vel para oferecer garantias e prote o quando convocado por membros das comunidades sempre que essa interven o ocorra em di logo entre os representantes do Estado e os representantes da comunidade em quest o Seu papel nesse caso n o poder ser outro a n o ser o de promover e facilitar o di logo entre os poderes da aldeia e seus membros mais fr geis Ver de maneira mais abrangente Segato 2006 A respeito da rela o intr nseca entre universalismo e diferen a ver Neves 2001 206 Revista de
15. o de certo produto pode hoje n o mais o ser a pintura sempre foi e ser fundamental numa linha de montagem de ve culos H pouco tempo seria impens vel a terceiriza o do processo da pintura Hoje entretanto realidade H terceiros inseridos na linha de produ o cuidando deste processo SILVA 1997 apud PASTORE 2008 N o se pode adotar um crit rio que soli difique a classifica o entre atividade meio e atividade fim pois as atividades empresariais est o em constante movimenta o N o h al m de tudo uma premissa segura para di ferenciar uma atividade produtiva como fim ou meio sendo o contrato social ou o estatuto o respons vel por descrever as atividades ali desempenhadas podendo garantir de forma mais confi vel Os conceitos de atividade fim e atividade meio s o essencialmente empresariais n o se 188 Revista de Informa o Legislativa alojam no mbito civil nem mesmo no Direito Trabalhista Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO TERCEIRIZA O IL CITA V NCULO EMPREGAT CIO COM A TOMADORA DE SERVI OS N o configurada viola o dos arts 93 e 94 II da Lei Geral de Teleco munica es LGT porquanto disp em so bre a regra geral aplic vel a todas as empresas que operam no ramo de telecomunica es mediante concess o n o definindo que a atividade de atendimento aos clientes da Telemar Norte Leste S A n o se insere na sua atividade fim o que somente poderia
16. o pr tica e com alcance te rico limitado No entanto nessas fontes que podemos recolher as concep es de nossos constitucionalistas a respeito da dicotomia Constitui o formal material uma vez que os autores trabalhados no t pico acima 2 n o informam sua compreens o sobre o significado de Constitui o em sentido material Afonso Arinos 1958 p 59 60 aponta que a materialidade consti tucional corresponde ao conjunto de normas e costumes que regem a organiza o pol tica do Estado estejam ou n o inclu dos no texto Atesta contudo que com as Constitui es escritas Constitui o e direito cons titucional passaram a se identificar Os Estados a partir da possuem Constitui es apenas por serem Estados Formalmente a Constitui o a lei escrita na qual est o contidas as mais importantes normas do direito constitucional N o dif cil perceber que Afonso Arinos inicialmente esbo a a compreens o sociol gica de Constitui o em sentido material mas termina por dar raz o a Kelsen 2000 quando afirma que Consti tui o e direito constitucional positivado s o a mesma coisa A conceitua o de Afonso Arinos 1958 baseada na concep o positivista de Constitui o material apesar do in cio com a no o so ciol gica parece ter influenciado os autores do direito constitucional brasileiro visto que eles apenas reproduzem a d bia conceitua o esbo ada no par grafo acima Jo
17. os artigos pr prios da emenda n o podem ser entendidos como integrados ao texto constitucional por impossibilidade t cnico dogm tica mas incidem transitoriamente quando da aplica o do texto modificado sendo de hierarquia paraconstitucional en quanto n o perderem a efic cia exaurindo seus efeitos e normativamente sucumbindo aos inexor veis efeitos do tempo Um exemplo do posicionamento correto de disposi es transit rias a Emenda Consti tucional n 29 de 2000 que altera os arts 34 35 156 160 167 e 198 da Constitui o Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para assegurar os recursos m nimos para o financiamento das a es e servi os p blicos de sa de BRASIL 20006 No lado oposto como contraexemplo te mos a Emenda Constitucional n 20 de 1998 que modifica o sistema de previd ncia social estabelece normas de transi o e d outras provid ncias BRASIL 1998d interes sante notar que a pr pria ementa reconhece o car ter das normas de transi o mas n o se realizou nenhuma modifica o no ADCT Como exemplos de dispositivos transit rios dessa emenda citamos os arts 12 e 13 que se iniciam respectivamente com as frases At que produzam efeitos as leis que ir o dispor sobre as contribui es de que trata o art 195 da Cons titui o Federal e At que a lei discipline o acesso ao sal rio fam lia e a
18. uma dota o anual equivalente ao montante do subs dio bruto de um Conselheiro de Estado em servi o regular De acordo com o s tio Re traite Net em 2012 essa dota o era de 63 mil euros brutos por ano ou 5 250 euros mensais Segundo o jornal ingl s The Guardian por sua vez a pens o dos ex presidentes franceses chegava em 2012 a 6 mil euros mensais WILLSHER 2012 A pens o para ex presidentes na Fran a n o est condicionada a quaisquer requisitos de idade ou de tempo de mandato Isto um ex presidente jovem e que tenha ocupado o cargo por menos de um mandato inteiro tem pela lei francesa o mesmo direito pens o que um presidente com idade compat vel com aposentadoria e que tenha ocupado o cargo por mais de um mandato A legisla o tampouco sujeita a qualquer limite de renda a pens o paga a ex presidentes que podem portanto acumular suas pens es com outras receitas inclusive as que sejam provenientes de outras pens es ou sal rios oriundos da iniciativa privada ou do setor p blico desde que n o estejam sujeitos a limites m ximos A lei de 1955 tamb m garante s vi vas dos ex presidentes uma pens o equivalente metade daquela a que teria direito o titular Em caso de morte das vi vas o benef cio transferido aos filhos at que atinjam a idade adulta Segundo o jornal The Guardian os ex presidentes na Fran a recebem do Estado um apartamento mobiliado e devidamente equipado No caso do
19. O sistema de governan a dos OGM no Brasil foi confrontado com a decis o de autoriza o da comercializa o do SRR em junho de 1988 em raz o de um pedido da empresa Monsanto A CTNBio emitiu uma opini o favor vel em setembro de 1998 autorizando assim a primeira comercializa o de OGM no Brasil Essa decis o provocou imediatamen te a rea o da sociedade civil Duas ONGs uma global o Greenpeace e outra nacional o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor IDEC entraram com uma a o civil p blica para exigir o Estudo de Impacto Ambiental EIA e impedir o poder discricion rio dado CTNBio re lativo possibilidade de sua dispensa Essa a o marca o in cio de uma batalha judici ria MENASCHE 2001 com um primeiro julgamento em junho de 1999 que suspendia a autoriza o comercializa o dada pela CTNBio o que n o foi confirmado pelo julgamento da apela o em 2004 38 Revista de Informa o Legislativa Durante o per odo 1998 1999 que corresponde primeira autoriza o do SRR o sistema social manifesta uma governan a p blica e privada com a entrada dos atores privados em escala nacional no subsistema de decis o Figura 3 Esses atores s o a empresa Monsanto para obter a autoriza o comercializa o e mais duas ONGs para contestar a autoriza o dada O sistema social se alargou com a entrada de atores nacionais e internacionais com uma imagem diferente sobre a utiliza o dos
20. Sum rio Introdu o 2 Metodologia a abordagem sist mica de T rke 3 O contexto brasileiro relativo aos OGM antes do advento da soja SRR 3 1 O Contexto jur dico e institucional 3 2 Particularidades do mercado de sementes de soja 3 3 Instaura o de um sistema social de governan a p blica 4 Autoriza o da soja SRR dada sob uma longa e amarga disputa 4 1 Fase de utiliza o ilegal antes da autoriza o 4 2 Uma primeira autoriza o do SRR imediatamente contestada 4 3 A diverg ncia entre os atores p blicos que obtiveram uma autoriza o definitiva do SRR 4 4 Ajustamento da governan a da autoriza o comercial dos OGM 5 Determina o das regras de utiliza o sob domina o da Monsanto 5 1 Engajamentos da Monsanto nos mercados de variedades e de sementes 5 2 Abordagem contratual que engloba a difus o do gene RR a partir da internacionaliza o do setor 5 3 Modalidades de contrata o sob domina o 6 Conclus o Introdu o Com a comercializa o dos organismos geneticamente modificados OGM na agricultura desde 1996 dif cil ignorar o tema dos OGM haja vista a grande confronta o entre defensores e opositores bem como a esperan a que nasceu de um mundo sem fome SERAGELDIN PERSELEY 2001 A concretiza o das esperan as ligadas aos OGM em agricultura depende contudo do acesso s sementes tema cujos aspectos cruciais s o estudados com grande pertin ncia por Pinstrup Andersen
21. atividade judicante que avan a cada vez mais para um prop sito de cria o do Di reito em abstrato e tamb m de estabelecimento de pol ticas p blicas em decis es que o aproxi mam das fun es t picas dos demais Poderes Obviamente todo esse movimento como j aqui salientado caracterizado por um amplo espectro de controv rsias desacordos e disputas Se portanto para falar em di logo deve se ter em mente que o di logo no m ni mo bastante acalorado e envolve pr ticas n o t o rom nticas como as usualmente retratadas nas rela es entre nossos diferentes Poderes Mais particularmente envolve um espa o por afirma o de poder alerta j feito ali s por Madison que exige um cont nuo rearranjo argumentativo de modo a n o desestabilizar institucionalmente nossa democracia claro que a hist ria mundial tem v rios exemplos de conflitos entre Poderes que acabaram gerando instabilidades institucionais s rias e estabele cendo ditaduras mas tamb m tem exemplos de conflitos que embora cont nuos arrefeceram e consolidaram ainda mais o arranjo est vel entre os Poderes Alguns autores naturalmente v o discordar de algum modo da perspectiva de que esses desacordos muitas vezes caminhando para um avan o da supremacia do Judici rio s o estabilizadores e consolidadores de democracias WALDRON 1999 mas outros entender o que por mais que se critique o avan o do Ju dici rio no mbito
22. es resultantes de viol ncia sexual muitas vezes as mulheres n o t m acesso aos servi os de assist ncia ao aborto legal ou n o t m conhe cimento do pr prio direito ao aborto e acabam recorrendo aos servi os clandestinos o que contribui para o aumento das complica es e dos bitos maternos Conforme pesquisa do Minist rio da Sa de em 45 das entrevistas as mulheres revelaram que somente receberam a informa o de que poderiam fazer o aborto le galmente por terem se dirigido a uma delegacia de pol cia tendo ali recebido os esclarecimentos necess rios BRASIL 2008 p 6 7 42 Quanto ao aborto criminoso a mentalidade pol tica prevalente nos servi os de assist ncia a da n o obrigatoriedade de um atendimento t c nico qualificado e humanizado como revelam os depoimentos das mulheres e os resultados das pesquisas mencionadas neste trabalho que noti ciam os m todos inseguros usados no trato das complica es diagnosticadas naqueles servi os Para o aperfei oamento das pol ticas de planejamento familiar medida importante a libera o sem entraves ticos ou religiosos da contracep o de emerg ncia Ainda se observa em uma boa parcela de gestores e profissionais da sa de convic o equivocada de que a p lula do dia seguinte como popularmente conhecida tem efeito abortivo Apesar da exis t ncia de dados cient ficos seguros de que a an ticoncep o de emerg ncia n o prod
23. es Unidas em sua ltima avalia o acima mencionada o Brasil 2 Brazil 13th Universal Periodic Review Session Geneva Switzerland 28 11 11 Em rela o aos direitos da mulher o Conselho fez men o espec fica aos seguintes docu mentos a CEDAW Conven o para a Elimina o de Todas as Formas de Discrimina o contra a Mulher b CESCR Conven o Internacional sobre Direitos Econ micos So ciais e Culturais c CCPR Conven o Internacional sobre os Direitos Civis e Pol ticos IMAIS 2011 p 6 144 Revista de Informa o Legislativa falhou tanto em assegurar o acesso ao aborto legal quanto em promover a revis o da lei cri minal que pune o aborto de modo a reduzir os danos sa de da mulher IMAIS 2011 p 7 8 Em rela o legaliza o do aborto men cione se que o Conselho Federal de Medicina firmou recentemente posi o favor vel libera o do aborto at 12 doze semanas de gesta o com fundamento no direito de escolha da mulher independentemente da apresenta o de laudos m dicos ou psicol gicos Os Conselheiros explicaram que a delimita o do prazo de 12 semanas de gesta o para que se respeite a autonomia da vontade da gestante se deve constata o de que o aborto ap s esse per odo pode implicar maiores riscos mulher e tamb m ao fato de que somente a partir da se forma o sistema nervoso central do feto Essa posi o refor a os argumento
24. o A quarta consequ ncia que se vislumbra a sedimenta o de uma postura de ativismo judi cialno Tribunal Superior Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal ao positivar os contornos concretos do instituto da fidelidade partid ria haja vista que disciplinaram uma mat ria de grande apelo entre a popula o brasileira diante da omiss o do Legislativo 5 O caso da fidelidade partid ria como manifesta o do ativismo judicial no Brasil Observa se que no caso da fidelidade parti d ria a atua o do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal constitui evidente manifesta o de ativismo judicial visto que agi ram como verdadeiros legisladores positivos tanto no plano constitucional quanto no plano ordin rio criando uma hipertrofia e invadindo espa o reservado ao Legislativo em afronta ao sistema de checks and balances previsto no art 2 da Constitui o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 123 Com efeito n o existe e continua at hoje n o existindo no orde namento jur dico brasileiro norma constitucional tampouco ordin ria que preveja a perda do mandato do parlamentar diante da hip tese de troca de partido ou de cancelamento da filia o partid ria Entretan to mesmo diante da omiss o do Legislativo n o pode o Judici rio se colocar como indesej vel inst ncia hegem nica No exerc cio de suas atribui es constitucionais cabe lhe interpretar e aplicar o direito em
25. o Legislativa BEVERIDGE Albert J The life of John Marshall New York Houghton Mifflin 1919 Supremo Tribunal Federal Habeas Corpus n 82 9597 SP Relator Ministro Marco Aur lio Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 23 fev 2006 BRASIL Supremo Tribunal Federal Mandado de injun o n 670 ES de 25 de outubro de 2007 Relator Ministro Maur cio Corr a Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 31 out 2008a Supremo Tribunal Federal Mandado de injun o n 708 DF de 25 de outubro de 2008 Relator Ministro Gilmas Mendes Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 31 out 2008b Supremo Tribunal Federal Mandado de injun o n 712 PA de 25 de outubro de 2007 Relator Ministro Eros Grau Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 31 out 2008c Supremo Tribunal Federal A o Direta de Inconstitucionalidade n 3510 DF de 29 de maio de 2008 Relator Ministro Ayres Britto Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 28 maio 2010 C mara dos Deputados Proposta de Emenda Constitui o n 33 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 25 maio 201la Supremo Tribunal Federal A o Direta de Inconstitucionalidade n 4277 DF de 5 de maio de 2011 Relator Ministro Ayres Britto Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 14 out 2011b Supremo Tribunal Federal A o Direta de Inconstitucionalidade n 4277 de 5 de maio de 2011 Relator Ministro Ayres Britto Di rio da Justi
26. o atual e da discuss o te rica acerca da possibilidade de um ente coletivo cometer um crime conclu mos que nosso ordenamento jur dico est frente do ordenamento de outros pa ses e vem atendendo aos anseios n o s da na o brasileira mas de toda a popula o mundial 7 Aspectos favor veis responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais V rios penalistas defendem que a Constitui o Federal prev a pena liza o das pessoas jur dicas Outros indo de encontro ao princ pio da supremacia constitucional recha am a ideia Entretanto assim consagrou nossa Carta Magna Art 173 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 269 S 5 A lei sem preju zo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jur di ca estabelecer a responsabilidade desta sujeitando a s puni es compat veis com sua natureza nos atos praticados contra a ordem econ mica e financeira e contra a economia popular Art 225 Todos t m direito ao meio ambien te ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e co letividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es z 3 As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitar o os infra tores pessoas f sicas ou jur dicas a san es penais e administrativas independentemente da obriga o de r
27. o de servi os comunidade restritivas de direitos liquida o for ada e desconsidera o da pessoa jur dica todas adaptadas sua natureza jur dica XI N o h ofensa ao princ pio constitucional de que nenhuma pena passar da pessoa do condenado pois incontroversa a exist ncia de duas pessoas distintas uma f sica que de qualquer forma contribui para a pr tica do delito e uma jur dica cada qual recebendo a puni o de forma individualizada decorrente de sua atividade lesiva XII A den ncia oferecida contra a pessoa jur dica de direito privado deve ser acolhida diante de sua legitimidade para figurar no p lo passivo da rela o processual penal XIII Recurso provido nos termos do voto do Relator Indo ao encontro do julgamento supracitado Ribeiro 2003 p 114 grifo nosso disp e que Assim a responsabilidade penal das pessoas jur dicas n o pode ser entendida luz da responsabilidade penal tradicional baseada na culpa na responsabilidade individual subjetiva mas dever ser entendida luz de uma responsabilidade social A pessoa jur dica age e reage atrav s de seus rg os cujas a es e omiss es s o consideradas como do pr prio ente coletivo Dessa forma n o necess rio refutar um por um dos argumentos desenvolvidos pelos que entendem n o ser poss vel a responsabiliza o penal da pessoa jur dica pois o ponto de partida distinto Independentemente da legisla
28. rg os par tid rios mas respeito e acatamento do programa e objetivo dos partidos s regras de seu estatuto cumprimento de seus deveres e probidade no exerc cio de mandatos ou fun es partid rias e num partido de estrutura interna democr tica por certo que a disciplina compreende a aceita o das decis es discutidas e tomadas pela maioria de seus filiados militantes Adiante aduz Silva 2011 p 408 que o ato indisciplinar mais s rio o da infidelidade partid ria que se manifesta de dois modos a oposi o por atitude ou pelo voto a dire trizes legitimamente estabelecidas pelo partido b apoio ostensivo ou disfar ado a candidatos de outra agremia o Nesse diapas o observa Aras 2006 p 244 245 que 106 Revista de Informa o Legislativa a fidelidade e a disciplina partid rias s o figuras que integram o elenco de direitos e garantias fundamentais de aplica o imedia ta cabendo aos partidos pol ticos estabelecer nos seus estatutos as regras descritivas das infra es e respectivas penalidades dentre as quais se pode incluir a perda do mandato sem confrontar nenhuma outra norma da mesma ndole constitucional Acres a se que na esteira da Constitui o a Lei n 9 096 de 1995 que trata dos partidos pol ticos estabelece no seu art 15 V que o estatuto do partido deve conter entre outras re gras sobre disciplina e infidelidade partid rias A fidelidade parti
29. tado de Direito sobressai se a legalidade como um princ pio basilar norteador das rela es estabelecidas pelas pessoas naturais e jur dicas No mbito do regime jur dico administrativo a legalidade implica a submiss o do Estado lei sujeitando os agentes p blicos exercentes do poder em concreto a um encadeamento normativo que embargue desvios de finalidades favoritismos improbidades abusos de poder ou desmandos Na m xima do Direito ingl s o Estado de Direito pretende se um governo das leis e n o um governo dos homens imperando a rule of law not for men A legalidade indispens vel para o alcance de um par metro objetivo e abstrato de atua o dos administradores e dos administrados orientando os previamente acerca das condutas admitidas ou vedadas dos ritos procedimen tais a serem observados e das consequ ncias aplic veis em face de cada modalidade do agir administrativo Normas extremamente com plexas e r gidas em rela o ao trato com a coisa p blica como as Leis n 8 112 1990 estatuto jur dico dos servidores p blicos n 8 429 1992 improbidade administrativa n 8 666 1993 licita es e contratos administrativos n 8 987 1995 concess o e permiss o da presta o de servi os p blicos n 9 636 1998 regulari za o administra o aforamento e aliena o de bens im veis de dom nio da Uni o n 9 784 1999 processo administrativo federal e n 11 079 2004 parcerias
30. 2014 61 Entretanto como o governo federal norte ame ricano considera que todo e qualquer servidor p blico federal que tenha contribu do para o programa de benef cios m dicos do servi o p blico por mais de 5 anos faz jus assist ncia tamb m podem receber o benef cio aqueles ex presidentes que tenham servido por mais de um mandato e que tenham contribu do para o programa Esse o caso dos ex presidentes Bill Clinton e George Bush que ocuparam o cargo por mais de um mandato assim como ser tamb m o caso de Obama Jimmy Carter que ocupou o cargo por apenas um mandato n o teve direito ao benef cio da assist ncia m dica Para v rios analistas o efeito mais impor tante da Lei dos Ex Presidentes dos Estados Unidos n o foi o de conceder direitos e privil gios aos ex ocupantes da presid ncia mas sim preservar a dignidade do cargo por meio do reconhecimento da sua import ncia Chambers II 1979 por exemplo afirma que com a passa gem da lei de 1958 o Congresso basicamente estabeleceu a fun o de ex presidente Durante a tramita o do projeto da Lei dos Ex Presi dentes no Congresso o ent o senador Lyndon Johnson declarou que o povo norte americano tradicionalmente recorre aos ex presidentes para se aconselhar e encontrar inspira o em seus momentos mais dif ceis CHAMBERS II 1979 Para Ginsberg 2013 p 15 muito embora os ex presidentes n o desempenhem qualquer papel formal no
31. 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para reduzir anualmente a partir do exerc cio de 2009 o percentual da Desvincula o das Receitas da Uni o incidente sobre os recursos destinados manuten o e desenvolvimento do ensino de que trata o art 212 da Constitui o Federal d nova reda o aos incisos I e VII do art 208 de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrang ncia dos pro gramas suplementares para todas as etapas da educa o b sica e d nova reda o ao 4 do art 211 e ao 3 do art 212 e ao caput do art 214 com a inser o neste dispositivo de inciso VI Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8 12 nov 2009b Emenda Constitucional n 60 de 11 de novembro de 2009 Altera o art 89 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para dispor sobre o quadro de servidores civis e militares do ex Territ rio Federal de Rond nia Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8 12 nov 2009c Emenda Constitucional n 61 de 11 de novembro de 2009 Altera o art 103 B da Constitui o Federal para modificar a composi o do Conselho Nacional de Justi a Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8 12 nov 2009d Emenda Constitucional n 62 de 9 de dezembro de 2009 Altera o art 100 da Cons titui o Federal e acrescenta o art 97 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias instituindo regime especial de pagamento de p
32. a legisla o foi alterada para garantir lhes uma pens o equivalente a 100 dos sal rios da ativa DAVIS 2009 E eles fazem jus pens o e assist ncia m dica independentemente da dura o de seus mandatos ou do tempo que passaram na presid ncia O assunto tornou se pol mico no pa s em 2009 quando o ex presi dente Kgalema Motlanthe pleiteou o cargo de vice presidente Pela lei ele teria direito a receber a pens o mesmo assumindo a vice presid ncia De acordo com Davis 2009 a pens o aplicava se a presidentes aposentados mas n o havia clareza no texto da lei sobre o que o termo aposentado significava Davis 2009 relata que a Comiss o Independente simples mente n o previu esse tipo de situa o O caso espec fico da pens o do ex presidente Motlanthe foi solucio nado em 2011 com a decis o da Comiss o Independente ratificada pela Assembleia Nacional de que ex presidentes n o poderiam receber dois sal rios pagos pelo Tesouro Nacional Assim o ex presidente Motlanthe teria que decidir se receberia a pens o ou o sal rio de vice presidente Se gundo Davis 2011 o vice presidente optou pela pens o de ex presidente A Comiss o Independente tamb m resolveu recomendar As sembleia Nacional revisar a lei de 1998 em rela o aos benef cios de ex presidentes que n o completaram pelo menos um mandato inteiro ou que continuam a atuar no servi o p blico depois de servirem como presidentes DAVIS 2011 3 2 Ch
33. ambiente ou n o para assim analisar se houve dolo ou culpa na manobra que corroborou para o acontecimento do crime ambiental Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 261 3 Penas aplic veis pessoa jur dica Primeiramente antes de abordarmos as penas cab veis pessoa jur dica faz se mister indagarmos se al m do ente coletivo de direito privado poderia o de direito p blico Estado figurar no polo passivo de uma a o penal Nosso legislador p trio por ter sido silente nessa quest o fez surgir entre os doutrinadores mais este debate se deve ou n o ser punido o Estado quando cometer delitos ambientais Entendemos n o ser cab vel a puni o do Estado visto que sendo a finalidade de todo Estado a de melhor atender aos anseios da coletividade este em nada lucraria se come tesse il citos ambientais Ressalva se claro a comprovada responsabilidade de seu admi nistrador caso em que somente este seria res ponsabilizado Al m do mais seria redundante a aplica o de san es ao Estado Condenar a Uni o presta o de servi os comunidade por exemplo n o teria l gica alguma visto que dever da Uni o prest los O C digo Penal franc s de 1994 que serviu de base para nosso constituinte exclui taxativamente essa possibilidade Superada essa problem tica passamos ao estudo das san es cab veis pessoa jur dica que s o de acordo com o art 21 da Lei n 9 605 98 multa restritiva
34. amento multiangular em torno dos direitos humanos e fundamentais n o seria poss vel se n o houvesse uma disposi o nas diversas ordens especialmente na estatal para ceder s exig ncias das perspectivas de outras ordens normativas em rela o ao sig nificado e abrang ncia de direitos colidentes Problemas de entrela amento pluridimen sional em torno dos direitos humanos tam b m se apresentam no caso das comunidades ind genas cujo homic dio de rec m nascido legitimado quest o que j considerei no t pico anterior ao tratar especialmente do transcons titucionalismo entre ordens estatais e locais extraestatais Mas nesse caso relevante a Con ven o 169 da OIT sobre Povos Ind genas e Tri bais cujo art 8 n 2 prescreve Esses povos dever o ter o direito de conservar seus costumes e institui es pr prias desde que eles n o sejam incompat veis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jur dico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos Esse preceito torna mais complicada a colis o das ordens locais nativas com a ordem dos direitos fundamentais estatais e dos direitos humanos internacionais Uma interpreta o literal desse dispositivo em nome da prote o absoluta da vida dos rec m nasci dos levaria tendencialmente a um etnoc dio l A respeito dessa Conven o ver a breve exposi o de Wolfrum 1999 208 Revista de Informa o
35. conta das altera es da composi o do STF e da for a das raz es utilizadas o plen rio poder alterar sua orienta o para a constitucionalidade dos tratados internacionais de direitos humanos ratificou as principais normas internacionais acerca de direitos humanos de acordo com o procedimento anterior que n o exigia qu rum qualificado a exig ncia ap s a EC 45 04 do qu rum qualificado para atribuir ao referidos tratados tratamento equivalente ao das emendas constitucionais poderia justificar como o fez o Min Gilmar Mendes no RE 466 343 SP o status n o constitucional dos tratados ratifica dos antes da referida emenda A Constitui o teria demonstrado agora explicitamente ap s a reforma que os direitos humanos sediados em tratados internacionais apenas poderiam ser considerados como constitucionais caso ti vessem observado o tr mite de altera o formal da Constitui o N o obstante sua import ncia para for talecer a ideia de que os direitos humanos s o direitos fundamentais portanto normas constitucionais tese com que concordamos a cis o entre direitos fundamentais formais e materiais precisa ser repensada e sua viabilidade interpretativa questionada Caso a no o dicot mica prevale a poder a mos chegar conclus o de que em nossa Cons titui o existem direitos fundamentais com diferentes regimes jur dicos o que enfraqueceria a defesa constitucional daqueles direitos consi de
36. deve ser apresentado um sum rio da mat ria Os desenhos gr ficos ilustra es e tabelas se estritamente indispens veis clareza do texto dever o ser encaminhados tamb m em arquivos separados um para cada desenho gr fico ou tabela O texto enviado para publica o ficar dispon vel para avalia o durante seis meses Findo esse prazo ser desconsiderado sem comunica o pr via Com o objetivo de melhorar a legibilidade dos artigos e dinamizar o processo de pesquisa dos seus leitores recomenda se a ado o de alguns procedimentos b sicos no que diz respeito s cita es e refer ncias bibliogr ficas a N o devem ser inclu das as refer ncias bibliogr ficas completas em rodap exceto em casos de cita o de cita o em que somente o autor citado figura em nota de rodap e o autor que o citou em lista de refer ncias b a refer ncia completa dever constar em lista no final do artigo organizada em ordem alfab tica e alinhada esquerda c as notas de rodap explicativas ou informativas s o chamadas no texto por n meros altos ou alceados podendo inclusive ser feita cita o bibliogr fica relativa ao seu conte do d a fonte da qual foi extra da a cita o dever constar no pr prio corpo do texto conforme os exemplos que se seguem Exemplos de cita o direta Segundo Falc o 1984 p 59 n o basta a exist ncia de demanda estudantil para que as faculdades continuem a produzir bac
37. dos BARROSO 2008 p 17 30 Isso j representa em tese crit rio objetivo que norteia os pro cessos decis rios Trata se de um par metro adequado visto que as decis es judiciais para serem leg timas e razo veis se condicionam no que diz respeito ao acesso a medicamentos a programas previamente elaborados pelos r g os executivos portanto pass veis de controle havendo omiss o na sua realiza o 4 O aborto ilegal e a morbidade mortalidade maternas no Brasil Em 2009 foi feito pelo Minist rio da Sa de estudo paradigm tico intitulado Aborto e Sa de P blica no Brasil 20 anos O relat rio ent o elaborado revelou que 1 054 242 abortos foram induzidos em 2005 sendo que esses dados n o cobriram a realidade de sua pr tica em todas as camadas sociais e faixas et rias da mulher Observou se tamb m que n o h informa es precisas sobre os m todos utilizados nas cl nicas privadas as sequelas os ndices de mortalidade morbidade e a condi o das mulheres v timas de viol ncia sexual BRASIL 2009 p 16 17 21 Quanto ao perfil das mulheres que j se submeteram ao aborto em condi es de ile galidade o conjunto das pesquisas realizadas no estudo acima mencionado indicou que a maioria delas possui entre 20 e 29 anos vive em uni o est vel ou segura e declara professar a religi o cat lica Al m disso as mulheres s o em regra trabalhadoras com baixo grau de escolaridade at
38. e receberem servi os psiqui tricos NEEDLE 2008 p XIII XIV Os estudos sobre o aborto e a sa de mental permitem a formula o de novas pol ticas p blicas com o escopo de minimizar as complica es f sicas e emocionais que podem seguir se aos procedimentos realizados A sa de p blica especialmente no Brasil ainda n o incorporou com efic cia a necessidade de examinar a vida concreta da mulher que busca aconselhamento psicol gico a fim de decidir seu destino repro dutivo A inseguran a jur dica perpassa a vida de todos os envolvidos a mulher a crian a a fam lia a sociedade Em contextos t o repres sivos em rela o ao direito ao aborto como o caso do Brasil a inseguran a se torna mais di mensionada pois os rg os do Poder Executivo que implementam as pol ticas p blicas de sa de ficam limitados s prescri es legais restritivas e n o podem reduzir significativamente os ris cos sa de da mulher que decide interromper ilegalmente sua gesta o Como exemplo dessa limita o cite se medida em estudo relacionada aos servi os de atendimento ao aborto do SUS que prev a obriga o do m dico de orientar a mu lher que mesmo consciente do car ter criminoso do ato se Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 141 Diante de todos esses fatores de risco desde os riscos vida e sa de at os riscos de pe naliza o criminal poss vel imaginar o peso ps quico que con
39. f a edi o de uma lei complementar que dispor de forma integrada sobre as normas gerais aplic veis integra o das administra es tribut rias dos entes federativos inclusive unifica o cadastral compartilhamento de informa es fiscais execu o de procedimentos conjuntos de fiscaliza o e delega o de com pet ncia observado que as atividades relativas aquelas administra es ter o car ter essencial para o funcionamento do Estado e prioridade na aloca o de recursos sendo exercidas por meio de servidores de carreiras espec ficas 3 2 Tentativas de aproxima o dos fiscos Algumas iniciativas t m por objetivo apro ximar os fiscos federal estaduais distrital e municipais As autoridades fiscais da Uni o trabalham atualmente com uma esp cie de ca dastro sincronizado nacional que n o resolve o problema da exig ncia de m ltiplos cadastros e inscri es As autoridades vinculadas ao Minist rio do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Exterior est o trabalhando na deno minada Rede Nacional para a Simplifica o do Registro e da Legaliza o de Empresas e Neg cios REDESIM que tampouco prev a ado o de cadastro nacional nico de contribuintes 3 2 1 Cadastro Sincronizado Nacional A Emenda Constitucional n 42 de 2003 determina que as administra es tribut rias da Uni o dos estados do Distrito Federal e dos munic pios atuem de forma integrada inclusive Ano 51 N mer
40. o Legislativa correla o natural que as mat rias em quest o gozem do regime de altera o dificultoso De outra maneira como poder amos justi ficar pensando na distin o material formal de acordo com a concep o kelseniana a exist ncia de normas que s o consideradas constitucio nais por sua mat ria mas que n o gozam de regramento constitucional id ntico s demais A distin o faria sentido se a Constitui o formal fosse algo completamente diferente da material mas n o o caso das concep es dos autores nacionais nem o caso da Constitui o de 1988 que prev em seu texto normas as quais indicam que os direitos humanos sediados em tratados s o fundamentais Por fim e recuperando se as hip teses acima elencadas parece nos que a distin o estrutural feita pelos autores nacionais sem sentido restando somente como hip tese a ideia de que a formalidade dos direitos funda mentais apenas diz respeito ao que est posi tivado textualmente de maneira expressa na Constitui o hip tese 1 A formalidade dos direitos fandamentais n o pode estar baseada exclusivamente em uma l gica kelseniana porquanto a pr pria Constitui o permite que outras mat rias mesmo que internacionais possam ser consideradas como constitucionais 5 2 do art 5 por causa do seu conte do material Em suma a prote o da supralegalidade constitucional se estende a todas as mat rias relacionad
41. o do que ocorre no mbito da afirma o de poder N o s o poucos os exemplos mas basta enfatizar alguns marcantes para esse fim Nesse intuito vale resgatar um epis dio bastante recente que explicita j em demasia muito do que se pretende desenvolver neste artigo Em decis o altamente pol mica na qual se discutia a constitucionali dade de um projeto de lei que apresentava novas regras partid rias e havia sido aprovado h pouco pela C mara dos Deputados PL n 4 470 2012 o Ministro Gilmar Mendes monocraticamente usa os seguintes termos em sua decis o liminar Essa interfer ncia seria ofensiva lealdade da concorr ncia democr tica afigurando se casu stica e direcionada a atores pol ticos espec ficos BRASIL 2013 S o termos fortes interfer ncia ofensa e casu smo Em uma nica senten a o Ministro Gilmar Mendes acusa a C mara dos Deputados de agir casuisticamente sobretudo porque a delibera o parlamentar se teria dado de forma incomumente c lere e ainda de ter se direcionado em favor de certos atores pol ticos espec fi cos Segundo ele a extrema velocidade de tramita o do mencionado projeto de lei em detrimento da adequada reflex o e pondera o que devem nortear tamanha modifica o na organiza o pol tica nacional BRASIL 2013 seria motivo suficiente para ao menos suspender a tramita o do projeto de lei Independentemente de se visualizar aqui a quest o prop
42. o em fins comerciais por exemplo levam importante quest o sobre a invas o de privacidade Vale lembrar ainda que tais dados mesmo depois de apagados pelos usu rios de redes sociais permanecem sob controle dessas redes que os armazenam para fins econ micos seus e de terceiros Assim a privacidade nos sites de redes sociais pode ser prejudicada por v rios fatores Al m dos os usu rios divulgarem informa es pessoais os pr prios sites podem n o tomar as 20 Revista de Informa o Legislativa medidas adequadas para proteger a privacidade do usu rio sendo que terceiros frequentemente usam informa es postadas em redes sociais para uma variedade de prop sitos 3 2 Minera o de dados data mining Por meio da chamada minera o de dados data mining ou prospec o de dados as empresas s o capazes de melhorar suas vendas e lucratividade Com esses dados as empresas podem delinear o comportamento on line de clientes em potencial atingindo seu p blico alvo facilmente Pode se definir a minera o de dados como o processo de explorar grandes quantidades de dados procura de padr es consistentes Observa se ainda o grande desenvolvi mento do chamado software de an lise de redes sociais network analysis software HANNEMAN RIDDLE 2005 Este software capaz de adaptar se para produtos espec ficos MILLER 2010 Nesse contexto o Facebook tem sido especialmente importante pa
43. o federal verifica se que com pequenas flutua es as decis es de proced ncia relativas a direitos fundamentais n o ultrapassaram 11 dos casos e no caso das ADIs contra legisla o estadual somente se alcan ou o ndice de 11 no ano at pico de 2012 mais devido a uma retra o do n mero global de julgamentos do que de fato a um incremento de decis es nesse campo Entre todos os casos enquadrados no mbito dos direitos fundamentais constatou se que 1 4 das decis es se referia aos direitos de igualdade e proporcionalidade indicando falta de razoabilidade de certas leis e garan tias ao processo judicial 10 aos cl ssicos direitos de primeira gera o tais como irretroatividade das leis e direitos de liberdade e menos de 5 prote o de direitos difusos e direitos da ordem social Por m mesmo nessa esfera de direitos fundamentais percebe se que parte relevante desse montante est relacionada defesa de interesses corporativos eis a raz o para se ter uma preval ncia de quest es sobre isonomia e garantias processuais com poucos casos mais diretamente relacionados a temas de direitos voltados para um espectro mais geral da sociedade Prevalece sim um certo controle corporativo de constitucionalidade muito mais do que um controle destinado a defender os direitos e as garantias dos cidad os em geral Ali s no mbito das ADIs contra legisla o federal pode se dizer que 60 das decis es sobre direitos f
44. o objetiva a reforma invalida o ou cassa o da decis o impugnada Ainda n o constitui impugna o aut noma haja vista que n o ser for mulado um pedido de tutela jurisdicional mas simples requerimento de suspens o Al m disso o Presidente do tribunal quando de sua an lise exercer uma cogni o superficial limitando se a verificar a exist ncia de perigo de les o aos bens tutelados cogni o insuficiente para a sua caracteriza o como a o aut noma Em conson ncia com o entendimento anterior vale ressaltar que n o ser cab vel recurso especial ou extraordin rio em face de ac rd o que julga a decis o do Presidente do tribunal sobre o pedido de suspens o Pelos argumentos expostos tem se que a pretens o liminar de suspen s o de seguran a tem natureza de incidente processual constituindo uma dila o do procedimento j em curso direcionada a rg o jurisdicional distinto com n tida ndole de tutela de urg ncia em fun o dos requisitos autorizadores de sua concess o 4 4 Compet ncia e procedimento A atribui o para conhecer e processar o pleito de suspens o de liminar conforme estabelece o caput do art 15 da Lei n 12 016 2009 do Presidente do tribunal competente para julgar o recurso em tr mite Saliente se que indeferido o requerimento de suspens o pelo Presi dente do tribunal ou na hip tese de provimento do agravo interposto em face da suspens o deferida poder ser
45. o que explicita os anseios aristocr ticos de parte dos profissionais do ramo o de viver numa juristocracia o governo dos ju zes pelos ju zes para os ju zes OLIVEIRA 2013 Oscar Vilhena Vieira 2008 com um teor mais descritivo do movimento dedica um artigo tem tica intitulado Supremocracia Conrado H bner Mendes 2011 p 219 afirma que vivemos uma cultura do guardi o entrincheirado importante salientar que n o se est neste artigo precisamente defendendo tais posicionamentos O intuito aqui diverso tentar des construir algumas das m sticas que acompanham o discurso hoje j naturalizado de que 1 n o h conflito mas um di logo harm nico entre os poderes 2 o desacordo pol tico sobre direitos mais bem resolvido pelo Judici rio sobretudo diante de sua capacidade t cnica e prop sito de defesa de minorias este item ser ainda mais trabalhado no t pico seguinte 3 a ltima palavra do Judici rio e qualquer tentativa de se interpretar diferentemente ferir os mais basilares princ pios do consti tucionalismo democr tico Em qualquer uma dessas assertivas viu se ainda que de forma simplificada que n o h como simplesmente aceitar tais verdades A complexidade do debate vasta e precisa ser reconhe cida como necess rio objeto de investiga o cr tica Essa compreens o por m torna se ainda mais relevante na medida em que se constatam as ntimas associa es
46. pio non bis in idem Ou seja s o adeptos fi is da teoria ficcionista de Savigny Em contrapartida h uma corrente de doutrinadores que chegaram conclus o de que devem as pessoas jur dicas ser penaliza das no mbito criminal com a devida pena previamente estabelecida em lei sendo esta proporcional ao dano causado ao meio ambien te Para tanto baseiam se na teoria da respon sabilidade social objetiva do anseio social em ver um meio ambiente devidamente tutelado e principalmente na teoria da realidade t cnica de Ihering Entendemos que esse embate doutrin rio n o tem cabimento visto que pelo princ pio da supremacia constitucional deve prevalecer o entendimento da nossa Carta Magna e como esta previu a possibilidade de a pessoa jur dica ser penalizada qualquer entendimento contr rio deve ser tido como inconstitucional Cabe ainda mencionar o princ pio da especialidade lex specialis derogat generali que prev a preval ncia da lei especial sobre a geral Nesse caso entre o C digo Penal e a Lei n 9 605 98 esta deve se sobrepor Para dar fim s controv rsias seria til que o legislador p trio acrescentasse ao C digo Penal a possibilidade de o ente coletivo ser punido na esfera penal al m de mencionar a impossibili dade de o Estado figurar como r u pela pr tica de um crime ambiental para que o assunto se desse por encerrado Por enquanto n o resta d vida que o orde namento jur dico br
47. rito da validade da aplica o do instituto da suspens o de liminar em mandado de seguran a no Direito brasileiro necess ria a an lise de alguns princ pios constitucionais 3 1 Princ pio da supremacia da Constitui o Por meio da CR a composi o pol tica do Estado regulamentada e estabelecem se entre outros aspectos sua estrutura organiza o de suas institui es e rg os modo de aquisi o e limita o do poder tais como a previs o de direitos e garantias fundamentais Constitui portanto lei fundamental e suprema do Estado Por esse motivo os dispositivos constitucionais consideradas as suas caracter sticas e objetivos s o hierarquicamente superiores s demais normas que comp em o orde namento jur dico Moraes 2007 p 11 no que tange interpreta o das outras normas conforme a CR esclarece que a supremacia das normas constitucionais no ordenamento jur dico e a presun o de constitucionalidade das leis e atos normativos editados pelo poder p blico competente exigem que na fun o hermen utica de interpreta o do ordenamento jur dico seja sempre concedida prefer ncia ao sentido da norma que esteja adequado Constitui o Federal Dessa forma o int rprete deve aplicar a norma ao caso concreto sempre utilizando como pressuposto o exame da CR sem preju zo da an lise da norma infraconstitucional Em consequ ncia considerando a supremacia da Constitui o compr
48. terial l gico que n o concordar que a problem tica n o est relacionada dos direitos fundamentais materialmente e formalmente constitucionais no entanto uma conclus o n o exclui a outra porquanto a quest o acerca dos direitos fundamentais poderia estar relacionada tem tica da Constitui o Material hip tese 2 supra Passado esse argumento o problema da positividade aspecto caro ao autor permanece hip tese 1 supra Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 285 juristas nacionais algo que fica mais claro com a conceitua o de Temer 1999 Nesse sentido para os constitucionalistas brasileiros Constitui o em sentido material seria aquela que cont m as normas mais impor tantes do ordenamento jur dico bem como as formas mediante as quais ocorrem as altera es do texto da Constitui o formal e das demais normas jur dicas inferiores hierarquicamente Portanto os autores partem da concep o de Constitui o que torna exatamente insubsis tente a separa o entre normas materialmente e normas formalmente constitucionais para estabelecer regimes jur dicos diferenciados visto que a distin o apenas faria sentido caso Constitui o em sentido material representasse uma inst ncia jur dica completamente diversa da Constitui o formal tal como nas concep es sociol gicas de Schmitt 1996 Smend 1985 e Mortati Ora na concep o positivista de Constitui o a identifica o n
49. 1 milh es Am rica do Sul e Central 164 5 milh es frica 60 2 milh es e Ocea A enorme repercuss o da rede Facebook tamb m reflete na hist ria de seus funda dores retratada nas mais diversas formas na cultura popular Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 19 nia 13 3 milh es Ainda o Brasil em abril de 2012 contribu a com cerca de 46 3 milh es de membros da rede social sendo o segundo maior do mundo atr s apenas dos Estados Unidos SOCIAL MEDIA SCHWEIZ 2012 3 Quest es jur dicas nas redes sociais 3 1 Privacidade Preocupa es com a privacidade relativa aos servi os de redes sociais t m sido levantadas constantemente BARNES 2006 JENKINS BOYD 2006 ROSENBLUM 2007 Os usu rios de redes sociais precisam estar alerta sobre os perigos de dar informa es de car ter ntimo Dados podem ser utilizados indevidamente tamb m de hackers ou por meio de v rus Al m disso h uma amea a privacidade percebida em rela o a colocar demasiada in forma o pessoal nas redes sociais permitindo produzir um perfil do comportamento de um indiv duo Com isso criam se verdadeiros arquivos de informa es de cada usu rio com os mais diferentes dados sobre o seu com portamento social econ mico e pessoal tais informa es podem ser utilizadas para os mais diversos fins Mesmo que esses dados sejam p blicos a sua coleta e posterior organiza o e classifica o para a utiliza
50. 1991 exig ncia de apresenta o de Certid o Negativa de D bito CND Seguridade Social Os dispositivos foram vetados pelo Presi dente da Rep blica De acordo com as raz es do veto a dispensa da comprova o da regula ridade fiscal para o registro do ato de extin o societ ria foi iniciada com a Lei Complementar n 123 de 2006 aplicando se t o somente s microempresas e empresas de pequeno porte O veto afirma que os fundamentos para o tra tamento especial e diferenciado encontram se na Constitui o e n o se aplicam seus pressu postos para as demais pessoas jur dicas Foi alegado ainda que a exig ncia de regularidade fiscal para a extin o da empresa fundamen tal instrumento de garantia de recupera o de cr ditos tribut rios Al m disso afirmou se que o C digo Civil e a Lei das Sociedades por A es condicionam a extin o da sociedade ao pr vio levantamento do ativo e pagamento do passivo o que afasta a possibilidade de extin o de sociedade sem que esta promova a quita o de seus d bitos inclusive os fiscais O veto ao dispositivo declarou ainda que o objetivo de impedir sua entrada em vigor preservar e ga rantir a satisfa o do cr dito fiscal impedindo ou dificultando que o devedor pratique atos que resultem na dilapida o do patrim nio e sua decorrente insolv ncia O veto tamb m assinala que o dispositivo fragilizaria a recupera o dos cr ditos tribut rios pois haver
51. 2 apresenta nossa me todologia fundada sobre a abordagem sist mica de Tirke ilustrando as no es empregadas a partir do caso da utiliza o do SRR no Brasil A Se o 3 situa as particularidades do contexto brasileiro antes do advento do SRR A Se o 4 analisa a autoriza o do SRR em uma longa fase de governan a p blica e privada com a parti cipa o de multinacionais A Se o 5 detalha a evolu o das regras de utiliza o do SRR desde sua autoriza o oficial sob a domina o de um ator privado A Se o 6 conclui o artigo 2 Metodologia a abordagem sist mica de Tiirke A abordagem sist mica da governan a proposta por Tirke 2008 uma s ntese das an lises da governan a pelas ci ncias pol ti cas pela jurisprud ncia pela economia e pela administra o Ela integra igualmente as pers pectivas das reas de psicologia e de ci ncias da comunica o Sua ambi o propor uma lupa para ajudar a ver com clareza todas as situa es a que ela se refira a empresa na qualo trabalho seja realizado a comunidade na qual se viva a pr pria fam lia Neste artigo escolhemos aplicar a abor dagem de T rke 2008 no caso da utiliza o do SRR no Brasil pois pensamos que ela pertinente para compreender a evolu o da governan a das regras dessa utiliza o Da mesma forma que outros autores que trabalham com uma abordagem sistem tica T rke 2008 prop e suas no es conceitos e sem ntic
52. 31 10 2007 Ext 1 069 EU Estados Unidos da Am rica 9 8 2007 DJe 14 9 2007 12 Maliska 2006 p 188 189 que ainda admite a hip tese da entrega ao TPI sem essas condi es o que me parece incompat vel com os precedentes jurisprudenciais brasileiros e implicaria a quebra de cl usula p trea A esse respeito ver Sabadell e Dimoulis 2010 p 157 186 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 197 o que n o permite a aboli o de garantias de direitos fundamentais cl usulas p treas ver nota 10 O rumo dos desenvolvimentos nesse contexto normativo permanece aberto N o obstante a disposi o para o aprendizado em ambos os lados mediante a forma o de uma rede transversal construtiva ou seja o transconstitucionalismo decisiva para solu es satisfat rias nessa rea de colis o Internacionalismo e nacionalismo nessa hip tese poder o levar a atitudes destrutivas para os direitos humanos ou fundamentais 4 Invoca o de outras ordens jur dicas estrangeiras na fundamenta o de julgamentos de quest es constitucionais no Brasil Na Am rica Latina h tamb m uma velha tradi o de refer ncias a dispositivos jurisprud ncias e doutrinas constitucionais estrangeiras Embora a influ ncia dos Estados Unidos especialmente em virtude da forte influ ncia do modelo constitucional desse pa s na origem do cons titucionalismo latino americano tenha sido por muito tempo dominante o direito constit
53. 8 anos de tempo de estudo e usu rias de m todos contraceptivos BRASIL 2009 p 17 19 No que tange ao comportamento das mulhe res frequente o uso do misoprostol cytotec em casa cerca de 24 horas depois costumam procurar os hospitais com dores abdominais e sangramentos onde s o diagnosticadas como estando em um quadro de abortamento in completo O est gio da gesta o costuma n o ultrapassar as 12 semanas BRASIL 2009 p 25 Entre 1990 e 2000 o aborto induzido se manteve como a terceira e a quarta causas de mortalidade materna em muitas das capitais do pa s BRASIL 2009 p 31 Nas regi es com piores condi es socioecon micas e prec rio acesso sa de o aborto inseguro a primeira causa de morte materna Em Salvador por exemplo este problema se registra desde a d cada de 1990 FREITAS 2011 p 29 Houve uma queda na morbimortalidade em raz o da escolha do uso do misoprostol m todo mais seguro que os procedimentos perfurantes ou c usticos No entanto depois da proibi o da comercializa o desse medicamento constatou se um aumento de quase 50 das complica es infecciosas e hemorr gicas p s abortamento Esclare a se que o misoprostol um medicamento utilizado para tratamento de lcera g strica sendo sua venda entre 1986 e 1991 permitida nas farm cias brasileiras independentemente de receita m dica Depois disso ao se
54. 88 jul set 1988 COSTA Alexandre Ara jo BENVINDO Juliano Zaiden Org A quem interessa o con trole de constitucionalidade o descompasso entre teoria e pr tica na defesa dos direitos fundamentais Pesquisa Edital MCT CNPg n 14 2010 Universal Bras lia 2013 No prelo DERRIDA Jacques Declarations of independence In DERRIDA Jacques Negotiations interventions and interviews 1971 2001 Stanford Stanford University 2002 S minaire la bete e le souverain Paris Galil e 2008 DWORKIN Ronald Laws empire Cambridge Harvard University 1986 Uma quest o de princ pios S o Paulo Martins Fontes 2005 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 93 ESTADOS UNIDOS DA AM RICA Marbury v Madison Washington Suprema Corte dos Estados Unidos da Am rica 1803 FANGMANN Helmut D Justiz gegen Demokratie Entstehungs u Funktionsbedingungen der Verfassungsjustiz in Deutschland Frankfurt Campus Verlag 1979 FISHER Louis Constitutional dialogues interpretation as political process Princeton Princeton University 1988 FRIEDMAN Barry The will of the people how public opinion has influenced the Supreme Court and shaped the meaning of the Constitution New York Farrar Straus and Giroux 2009 GADAMER Hans Georg Truth and method New York Continuum 2004 HAMILTON Alexander MADISON James JAY John The federalist New York Bedford 2003 HABERMAS J rgen Faktizitit und Geltung Beitr ge zur
55. BRASIL 2009 2006 292 Revista de Informa o Legislativa materialmente constitucionais apenas os tratados materialmente e formalmente constitucionais gozariam de tal refor o contra den ncias unilaterais Contudo a divis o de prote o n o faz sentido quando tomamos ambos os tratados como constitucionais sem distin o entre formais e materiais Nos dois casos mencionados em fun o de sua constitucionali dade o tratado n o poder ser denunciado apenas pelo Presidente Considerando se que por ocasi o de sua incorpora o como norma constitucional 2 do art 5 o tratado exigiu a jun o das vontades do Congresso e do Presidente para que o pa s assumisse encargos no plano internacional e se submetesse a sistema regional de prote o de direitos humanos a fim de que seja realizada sua den ncia a mesma jun o de vontades deve ser observada Por fim sendo constitucionais todos os tratados internacionais de direitos humanos podem ser utilizados como par metros para o controle de constitucionalidade concentrado ou difuso n o incidindo para os referidos tratados o disposto no art 102 II b Embora se trate de uma justificativa aparentemente simples temos de refor ar a referida conclu s o porquanto os autores mencionados excluem normas constitucionais materiais da Constitui o apesar de afirmarem que elas comp em o que denominam de bloco de constitucionalidade Ora sendo constitucionais os
56. Bras lia 30 nov 2012d Emenda Constitucional n 72 de 2 de abril de 2013 Altera a reda o do par grafo nico do art 7 da Constitui o Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores dom sticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 6 3 abr 2013a Emenda Constitucional n 73 de 6 de junho de 2013 Cria os Tribunais Regionais Federais da 6 7 8 e 9 Regi es Di rio Oficial da Uni o Bras lia 7 jun 2013b CARVALHO Kildare Gon alves T cnica legislativa Belo Horizonte Del Rey 2001 FREIRE Nat lia de Miranda T cnica e processo legislativo coment rio lei complementar n 95 98 com as altera es introduzidas pela Lei Complementar n 107 01 Belo Horizonte Del Rey 2002 GUIMAR ES Jos Augusto Chaves Elabora o de ementas de atos normativos elementos de an lise document ria com subs dio te rico t cnica legislativa In PASSOS Edilenice Org Informa o jur dica teoria e pr tica Bras lia Thesaurus 2004 LEAL Aurelino Technica constitucional brazileira Rio de Janeiro Typ do Jornal do Com mercio de Rodrigues amp C 1914 MELO Carlos Antonio Constitui o origin ria a Constitui o derivada e o direito adqui rido considera es limites e possibilidades Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 36 n 143 p 101 120 jul set 1999 MORAES Alexandre de C
57. Direito constitucional S o Paulo Atlas 2009 POGREBINSCHI Thamy Ativismo judicial e direito considera es sobre o debate contem por neo Direito Estado e Sociedade Rio de Janeiro v 9 n 17 p 121 143 ago dez 2000 RAMAYANA Marcos Direito eleitoral Rio de Janeiro Impetus 2008 SADEK Maria Teresa Poder Judici rio seu pante o Revista Brasileira de Estudos Consti tucionais Belo Horizonte ano 1 n 1 p 131 137 jan mar 2007 SILVA Jos Afonso da Curso de direito constitucional positivo S o Paulo Malheiros 2011 SUNSTEIN Cass Robert Radicals in robes why extreme right wing Courts are wrong for America New York Basic Books 2005 TATE Neal VALLINDER Torbj rn Org The global expansion of judicial power New York New York University 1995 TAVARES Andr Ramos Paradigmas do judicialismo constitucional S o Paulo Saraiva 2012 O discurso dos direitos fundamentais na legitimidade e deslegitima o de uma Justi a Constitucional substantiva Revista Brasileira de Estudos Constitucionais Belo Horizonte n 2 p 9 28 abr jun 2007 TEIXEIRA Ariosto Decis o liminar a judicializa o da pol tica no Brasil Bras lia Plano 2001 VILE John R The case against implicit limits on the constitutional amending process In LEVINSON Sanford Org Responding to imperfection the theory and practice of constitutional amendment Princeton Princeton University 1995 VILHENA P
58. EMENTA SUSPENS O DE LIMINAR EM MAN DADO DE SEGURAN A CONCESSION RIA DE SERVI O PUBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS ALTERA O DEFINITIVA DO ITINER RIO PRIMITIVO CONTRATADO LES O ORDEM P BLICA CONFIGURADA AGRAVO REGIMENTAL MANUTEN O 1 Na excepcional via da suspens o n o cabe an lise do m rito da controv rsia tampouco se presta corre o de erro de julgamento ou de procedimento Cab vel apenas a an lise do potencial lesivo da decis o impugnada frente aos bens tutelados pela norma de reg ncia 2 H les o ordem p blica aqui compreendida a ordem administrativa quando a decis o atacada interfere no crit rio de conveni ncia e oportunidade do m rito do ato administrativo impugnado 3 Estando evidente o risco de les o a pelo menos um dos bens jur dicos tutelados pela norma de reg ncia de ser deferida a suspens o de liminar 4 Agravo Regimental n o provido BRASIL 2006 p 96 grifo nosso EMENTA PROCESSUAL CIVIL MEDIDA CAU TELAR EFEITO SUSPENSIVO IN RCIA NA APRESEN TA O DO RECURSO ESPECIAL IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICA O DA EXIST NCIA DA FUMA A DO BOM DIREITO E DE SUA PLAUSIBILIDADE 1 Medida Cautelar com o objetivo de ver atribu do efeito gundo Redondo Oliveira e Cramer 2009 p 130 n o se pode conceber que uma medida administrativa retire a efic cia de uma deci s o judicial uma vez que isso atenta contra o princ pio da separa o dos poder
59. Fazendo isso o n vel federal legalizou a utiliza o do SRR influenciando a decis o do julgamento da apela o quanto interdi o da sua utiliza o Antagonismo entre os estados e a Uni o O antagonismo entre a Uni o e certos estados opostos comercializa o do SRR foi muito mais evidente ele gerou rea es constantemente transmitidas pela imprensa Afirmando sua op o de banir toda presen a de SRR no solo o Paran votou uma lei para interditar a passagem de caminh es com soja potencialmente transg nica sendo essa passagem indispens vel para o acesso a um dos mais importantes portos de exporta o Alegava em parte a exig ncia dos mercados importadores por soja n o OGM Em 2001 promulgou uma lei para interditar a comercia liza o do SRR durante dois anos e para exigir uma complementa o das informa es sobre a inexist ncia de impactos ambientais No mes mo ano aprovou uma lei bem restritiva sobre a etiquetagem Mesmo os munic pios apesar dos limites ao poder de legislar produziram normas para permitir ou interditar a cultura de OGM Todas essas leis foram consideradas nulas pela desconformidade com as compet ncias da Uni o Tais tentativas dos estados menciona dos e os resultados dessas medidas lembram as dificuldades que algumas regi es francesas 40 Revista de Informa o Legislativa tiveram para se opor utiliza o dos OGM na agricultura NOISETTE 2008 Apesar da sent
60. Informa es dadas Secretaria de Acompa nhamento Econ mico Seae pela empresa Elas podem ser encontradas tamb m no caso sobre o Ato de Concentra o n 08012 003997 2003 8 r 34 Revista de Informa o Legislativa agr colas e em conte do tecnol gico Os agri cultores reconhecem a contribui o da pesquisa no progresso da produtividade Por essa raz o aceitam financi la conforme a necessidade de participar de algumas infraestruturas es pec ficas Um estudo recente confirma por exemplo que todos os produtores questionados aceitam pagar os royalties para o SRR FOK LE GUERROVE MEDEIROS 2009 Ao contr rio do que ocorre na Europa em especial na Fran a os agricultores brasileiros n o questionam o modelo atual da sua agricultura Isso pode explicar em parte por que organiza es como o Greenpeace reconhecidas como opostas ao progresso tecnol gico t m pouca aceita o e poucos aliados entre os produtores Mercado limitado pelo privil gio s sementes campestres A din mica do setor de cria o varietal testemunha a realidade de uma coer ncia entre as empresas envolvidas Elas s o confrontadas a uma outra concorr ncia que resulta do car ter aut gamo da soja e da prote o sui generis aceita no Brasil Sendo a soja uma esp cie aut gama sua reprodu o quase id ntica de uma gera o a outra Desse fato decorre que as sementes retiradas de uma colheita podem facilmente ser utilizada
61. Intera o e harmoniza o dos princ pios da legalidade e da efici ncia a Decis es do Poder Judici rio Estabelecidas as premissas conceituais pretende se analisar como a Administra o e o Poder Judici rio tratam da rela o entre a legalidade e a efici ncia Nesse ponto impende ressaltar que num cen rio ideal legalidade e efici ncia devem estar justapostas Assim seja no momento de cria o da lei seja no momento de aplica o da norma quando se tratar de atos discricion rios as escolhas do legislador e do administrador respecti vamente devem recair sobre a op o mais eficiente tanto num vi s ob jetivo an lise do conte do dos benef cios e dos custos aprioristicamente quais s o os benef cios e os custos como num vi s subjetivo an lise dos sujeitos sobre os quais recaem os custos e os benef cios de modo que afetem ou aliviem equitativamente tanto os administradores como os administrados quem suporta os custos e quem se favorece dos benef cios Trata se da hip tese de intera o t pica entre a legalidade e a efici ncia No entanto a praxe administrativa descortina situa es de intera o at pica entre os dois princ pios em que a op o administrativa n o se evidencia a mais eficiente para o alcance da finalidade de interesse p blico Em pesquisa de ac rd os proferidos pelos Tribunais Regionais Fede rais verificam se duas hip teses a a situa o supostamente ineficiente
62. Legislativa contra as respectivas comunidades ind genas Parece me que os argumentos apresentados no item anterior n o perdem o seu significado em virtude dessa refer ncia ao direito internacional Nesses casos cabe n o apenas uma releitura complexamente adequada tanto das normas estatais de direitos fundamentais quanto das normas internacionais de direitos humanos Um universalismo superficial dos direitos humanos baseado linearmente em uma certa concep o ocidental ontol gica de tais direitos incom pat vel com um di logo transconstitucional com ordens nativas que n o correspondem a esse modelo Ao contr rio a nega o de um di logo construtivo com as ordens ind genas em torno dessas quest es delicadas contr ria aos pr prios direitos humanos pois implicaria uma ultracriminaliza o de toda a comunida de de autores e coautores dos respectivos atos afetando lhes indiscriminadamente corpo e mente mediante uma inger ncia destrutiva No mbito de um transconstitucionalismo positivo imp e se nesses casos uma disposi o das or dens estatais e internacionais de surpreender se em um aprendizado rec proco com a experi n cia do outro o nativo em sua autocompreens o Por fim um exemplo interessante envolve a pr pria ordem jur dica brasileira Trata se do caso da importa o de pneus usados pelo Brasil Essa controv rsia envolve tanto o direito cons titucional brasileiro e as ordens jur dic
63. MALISKA Marcos Augusto Estado e s culo XXT a integra o supranacional sob a tica do direito constitucional Rio de Janeiro Renovar 2006 MAZZUOLI Valerio de Oliveira Direito internacional tratados e direitos humanos fun damentais na ordem jur dica brasileira Rio de Janeiro Am rica Jur dica 2001 Curso de direito internacional p blico 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 MELLO Celso de Albuquerque O par grafo 2 do art 5 da Constitui o federal In TORRES Ricardo Lobo Org Teoria dos direitos fundamentais 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 EIN 212 Revista de Informa o Legislativa MENDES Gilmar Ferreira COELHO Inoc ncio M rtires BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de direito constitucional S o Paulo Saraiva 2007 MIRANDA Francisco Cavalcanti Pontes de Coment rios constitui o de 1946 Rio de Janeiro Borsoi 1960 MONTORO Franco Filosofia do direito e colonialismo cultural transplante de institutos jur dicos inadequados realidade brasileira Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 10 n 37 p 3 20 jan mar 1973 NEVES Marcelo Transconstitucionalismo S o Paulo Martins Fontes 2009 Justicia y diferencia en una sociedad global compleja Doxa cuadernos de filosofia de derecho Alicante n 24 p 349 377 2001 A for a simb lica dos direitos humanos Revista Eletr nica de Direito do Estado Salvador n 4 out nov dez 2005
64. Madison j alertava t picas da pr pria natureza humana e uma ingenuidade acentuada ou mesmo uma cegueira estrat gica negar o que se revela t o nitidamente Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 91 De qualquer modo como j exposto essa conclus o n o significa que n o se reconhe a o relevante papel para a democracia constitucional da jurisdi o constitucional O Supremo Tribunal Federal nesses vinte e cinco anos de constitucionalismo democr tico brasileiro exerceu um papel crucial e sim promoveu em v rias oportunidades as fun es que se esperam de uma corte constitucional Mas ele n o est s tampouco pode afirmar ter a ltima palavra N o apenas porque especialmente quando quer agir como corte constitucional t pica pouco tem feito em termos de guardi o dos direitos fundamentais e defensor das minorias como aqui demonstrado empiricamente Tampouco porque sua racio nalidade t cnico met dica pouco tem se diferenciado do t pico discurso pol tico em que se confunde nitidamente Direito com pol tica com todos os riscos que isso acarreta como aqui explicitado O que mais desmistifica esse querer ter a ltima palavra a pr pria impossibilidade de se ter a ltima palavra em uma democracia constitucional O exerc cio da cidadania o impede Todos somos j alertava Habermas 1998 p 154 autores do Direito afinal E n o ser uma corte constitucional desejosa de ter a ltima
65. Mato Grosso Mato Grosso do Sul Para ba Pernambuco Piau Paran Roraima Santa Catarina Sergipe e Tocantins e nas Secretarias de Fazenda dos Munic pios de Aracaju SE Barra Mansa RJ Boa Vista RR Campo Grande MS Montes Claros MG Petr polis RJ Pinhais PR Recife PE S o Paulo SP Rio de Janeiro RJ Santar m PA e Sorocaba SP al m das juntas comerciais de Minas Gerais e Santa Catarina H v rios conv nios assinados com as Secretarias de Fazenda dos Estados do Amap Esp rito Santo Rio Grande do Sul Goi s Rio de Janeiro e Rond nia e com as Secretarias de Fazenda dos Munic pios de Bragan a PA Cama ari BA Contagem MG Macei AL Manaus AM Palmas TO Piraju SP Ribeir o Preto SP Santos SP e Sete Lagoas MG RECEITA FEDERAL DO BRASIL 2008 O projeto Cadastro Sincronizado Nacional prev ainda quando de sua total implementa o a integra o no sistema de todos os rg os do Governo envolvidos no processo de abertura de empresas entre eles as juntas comerciais os cart rios de registro das pessoas jur dicas o Corpo de Bombeiros e a Vigil ncia Sanit ria Cumpre destacar que n o se trata de um cadastro nico de empresas mas de uma sincroniza o entre os diversos cadastros existentes Como j anotado a Emenda Constitucional n 42 de 2003 estabeleceu no art 146 par grafo nico IV que ser adotado cadastro nacional nico das micro e pequenas empresas o
66. Nacional de Prote o de Cultivares encarregado particularmente da entrega de cer tificados de obten o vegetal A conven o de 1978 a que o Brasil aderiu permite considerar que o direito de utilizar sementes campestres seja conservado Concorr ncia de sementes piratas pela chegada do SRR da Argentina A partir de fevereiro de 1998 a introdu o ilegal de sementes de SRR vindas da Argentina aumentou a barreira separando as sementes campestres produzidas por um produtor para o seu uso pr prio e as sementes piratas pro duzidas por um produtor e vendidas a outros na medida em que os produtores implicados na importa o ilegal eram tentados pelas deman das de fornecimento para outros produtores Quando o interesse agron mico do SRR no controle das ervas daninhas foi confirmado pe los produtores de soja a extens o das superf cies cultivadas foi r pida sobretudo nos estados do sul do Brasil como o Rio Grande do Sul Final Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 35 36 mente antes da confirma o da autoriza o da comercializa o do SRR em 2004 foi estimado que o SRR pirata j representava com tr s milh es de hectares plantados aproximadamente um quarto da superf cie de soja do Brasil GALV O 2008 com uma grande concentra o no sul do pa s O fen meno das sementes piratas adicionado ao privil gio das sementes campestres contribuiu com a redu o da demanda de se mentes comerciais em d
67. O Estatuto dos Ex Presidentes do Chile por exemplo chega a chamar os direitos garantidos aos ex presidentes de condi o de dignidade Tal condi o assegura lhes inclusive foro privilegiado Com exce o do Brasil todos concedem pens o a seus ex presidentes al m de meios para sua seguran a mobilidade e atua o Somente a Fran a d a op o aos ex presidentes de assumir uma fun o vital cia oficial a de membro do Conselho Constitucional Entretanto trata se de uma op o e n o uma imposi o Os ex presidentes franceses t m o direito de se recusar a assumir o cargo no Conselho se assim o desejarem optando por outras atividades Em nenhum caso estudado deparamo nos com uma legisla o que restringisse as atividades de ex presidentes ou condicionasse a concess o de benef cios ao exerc cio de atividades predeterminadas em lei N o h Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 67 evid ncias que indiquem que a restri o das atividades de ex presidentes contribua para melhorar seu desempenho p s presidencial O exemplo paradigm tico de excel ncia na atua o de um ex presidente o do ex presidente norte americano Jimmy Carter cuja atua o frequente mente citada como modelar por in meros pol ticos e analistas CHAM BERS II 1998 p 424 Saliente se que ele n o atua sob a imposi o de quaisquer restri es Ao deixar o governo em 1980 ap s mandato nico Jimmy Carter criou um Centro dedic
68. Quadro 1 a envergadura dessas empresas era vari vel mas o mercado estava dominado por quatro empresas de natureza jur dica diferente DALLAGNOLL et al 2007 A Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecu ria Embrapa o centro nacional de pesquisa agron mica que opera em todo Brasil A Cooperativa Central de Pesquisa Agr cola Coodetec uma empresa de pesquisa que surgiu do movimento coo perativo no estado do Paran mas cujas atividades foram disseminadas por diversos estados A Funda o Mato Grosso EMT uma estrutura de pesquisa privada ligada associa o dos grandes produtores do es tado de Mato Grosso e suas atividades foram expandidas para diversos estados A Monsanto criou uma filial a Monsoy do Brasil dedicada pesquisa de variedades da soja a partir da recompra de fundos gen ticos de empresas brasileiras O fato de que a cria o varietal advenha em parte de associa o de pro dutores ou de cooperativas ressalta a ades o geral dos produtores agr colas no o de progresso tecnol gico com nfase na exporta o A agricultura brasileira praticamente intensiva em termos de recursos aos integrantes Quadro 1 Estrutura do mercado brasileiro de semente de soja em 2002 Empresa Parte do mercado Embrapa 27 98 Funda o Mato Grosso 19 65 Monsanto 18 70 Coodetec 16 37 Pioneer 2 97 Fepagro 2 21 CTPA 1 64 Bayer 1 37 Outras 9 05 Fonte Monsanto do Brasil
69. WOLFRUM R diger The protection ofindigenous peoples in international law Zeitschrift f r ausliindisches ffentliches Recht und V lkerrecht Stuttgart n 59 p 369 382 1999 TN 214 Revista de Informa o Legislativa An lise das emendas constitucionais sob a perspectiva da Legistica Formal Jo o Alberto de Oliveira Lima Analista de Inform tica Legislativa do Senado Federal mestre em Ci ncia da Computa o e doutor em Ci ncia da Informa o Edilenice Passos Analista Legislativo do Senado Federal mestre em Biblioteconomia e Documenta o JO O ALBERTO DE OLIVEIRA LIMA EDILENICE PASSOS Sum rio 1 Introdu o 1 1 Algumas considera es sobre a Lei Complementar n 95 de 1998 2 An lise de emendas espec ficas 2 1 Aus ncia de cl usula de vig ncia em emenda constitucional 2 2 Emenda Constitucional n 67 de 2010 altera o indireta e altera o indevida de prazo de vig ncia 2 3 Emenda Constitucional n 3 de 1993 ementa ausente 2 4 Emendas Constitucionais n 54 de 2007 e n 55 de 2007 local e data ausentes 2 5 Emendas Constitucionais n 19 de 1998 e n 58 de 2009 vig ncia a partir da promulga o 2 6 Emendas Constitucionais n 6 de 1995 e n 7 de 1995 acr scimo de artigo duplicado 2 7 Emenda Constitucional n 32 de 2001 refer ncia indevida 2 8 Emenda Constitucional n 73 de 2013 enumera o de dispositivos 2 9 Posicionamento
70. a es judiciais utilizando se das prerrogativas do controle difuso de constitucionalidade e o Judici rio exerce seu poder de fiscaliza o compelindo o Executivo a cumprir seu dever de presta o de assist ncia adequada sa de nos casos levados sua aprecia o A quest o bastante controversa havendo autores que afirmam a irrazoabilidade de v rias decis es judiciais que em detrimento de uma aloca o racional de recursos e da implementa o de pol ticas coletivas de sa de protegem apenas o direito individual daqueles que ingressam com a es O casu smo da jurisprud ncia brasileira ata cado especialmente em mat ria de distribui o de medicamentos que segundo aqueles que assim se posicionam deveria ter por fundamento uma norma jur dica fruto da delibera o democr tica BARROSO 2008 p 4 21 Por bvio esses autores admitem que a interven o do Judici rio na efetiva o do direito sa de no Brasil promove uma me lhoria na presta o dos servi os nas hip teses de omiss o dos demais Poderes Contudo entendem ser necess rio o estabelecimento de par metros operacionais objetivos para essa atua o de modo a aperfei oar a distribui o coletiva dos recursos p blicos Voltar se a esse ponto no item a seguir em que ser abordada mais especificamente a moderna concep o de sa de mental 2 Entre os cr ticos da natureza n o coletiva da atua
71. a exig ncia do n o retrocesso Certamente prevalece na doutrina o posicionamento daqueles que defendem o perfil n o absoluto da proibi o do retrocesso cl usula que se flexibiliza quando A proibi o do retrocesso uma cl usula doutrin ria que fortalece a prote o dos direitos fundamentais objeto de controv rsia sua validade em rela o aos direitos sociais e esse ponto ser tratado adiante mas pac fico o entendimento de que na prote o asse gurada aos direitos individuais ou coletivos se trata de uma cl usula vinculante somente super vel na hip tese de preval ncia do interesse p blico 7Para Sarlet 2005 p 26 27 por exemplo se essa proibi o fosse absoluta ficaria impedido o pr prio desenvolvimento do direito constitucional al m disso a a o do legislador infraconstitucional se reduziria execu o pura e simples da Constitui o Tamb m assim pensa Renata Bosco 2002 p 37 que lembra que nenhum direito fun damental absoluto nem mesmo o direito vida podendo n o ser assegurado em determinadas circunst ncias 132 Revista de Informa o Legislativa uma situa o de urg ncia exige a racionaliza o dos usos dos recursos dispon veis geridos pelo Estado No entanto como um consect rio da obriga o de progressividade ABRAMO VICH COURTIS 2004 p 92 a veda o de revers o de decis es ou programas protetores de direitos fun
72. a seguir Constitui o Movimento total Ano em mil em mil 2011 608 2 320 2010 617 2 329 2009 622 2 136 2008 594 2 038 2007 529 1 764 2006 467 1 324 2005 490 1 712 2004 460 1 975 2003 4172 1 514 2002 445 1 299 Dados obtidos no endere o eletr nico do Departamento Nacional de Registro do Com rcio DNRC H argumentos a favor e contra a forma federativa Por um lado ela garante a preserva o das peculiaridades estaduais e locais Devido da autonomia dos entes federativos o cidad o tem mais f cil acesso s autoridades locais A descentraliza o do poder dificulta a ascens o de governos totalit rios Por outro lado a forma federativa implica maiores gastos com a burocracia caso n o haja uma coopera o entre as unida 302 Revista de Informa o Legislativa des federativas principalmente se os governos forem antag nicos do ponto de vista partid rio e ideol gico De acordo com a regra atual n o havendo previs o legislativa que imponha aos entes fe derativos a ado o de um cadastro nico e os impe a de adotar cadastros estaduais e locais inclusive mediante o estabelecimento de san es a cria o de cadastro unificado depende da vontade dos entes federativos de celebrar conv nios de coopera o 3 1 Previs o constitucional A previs o constitucional de cadastro nacio nal nico de contribuintes aplica se somente s microempresas e empr
73. agravo a que se refere o Art 4 da Lei 4 348 de 26 06 1964 cabe somente do despacho do Presidente do Supremo Tribunal Federal que defere a suspens o da liminar em mandado de segu ran a n o do que a denega Revogado pelo Ac rd o da SS 1945 AgR AgR AgR QO RT 186 112 do Tribunal Pleno Di rio de Justi a da Uni o Bras lia 10 dez 1969 Dispon vel em lt http www dji com br normas inferiores regimento interno e sumula stf stf 0506 htm gt Acesso em 20 set 2010 Supremo Tribunal Federal S mula n 626 de 24 de setembro de 2003 A suspens o da liminar em mandado de seguran a salvo determina o em contr rio da decis o que a deferir vigorar at o tr nsito em julgado da decis o definitiva de concess o da seguran a ou havendo recurso at a sua manuten o pelo Supremo Tribunal Federal desde que o objeto da liminar deferida coincida total ou parcialmente com o da impetra o Di rio de Justi a da Uni o Bras lia 9 out 2003 Dispon vel em lt http www dji com br normas inferiores regimento interno e sumula stf stf 0626 htm gt Acesso em 20 set 2010 172 Revista de Informa o Legislativa BUENO C ssio Scarpinella A nova lei do mandado de seguran a coment rios sistem ticos Lei n 12 016 de 7 8 2009 S o Paulo Saraiva 2009 Mandado de seguran a S o Paulo Saraiva 2002 CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de direito administrativo 15 ed Rio de Jane
74. ambientais Rio de Janeiro IMAIS 2011 Dispon vel em lt http www conectas org arquivos site file UPR sayC3 BAdew20 reprodutiva pdf gt Acesso em 27 dez 2012 INSTITUTO PERNAMBUCANO DE ASSIST NCIA SA DE IPAS A realidade do aborto inseguro Pernambuco IPAS 2010 Dispon vel em lt http www observatoriode genero gov br menu noticias a realidade do aborto inseguro gt Acesso em 20 maio 2012 MATOS Mur lio Castro de A criminaliza o do aborto em quest o Coimbra Almedina 2010 MARTINS Alaerte Leandro Mortalidade materna de mulheres negras no Brasil Caderno de Sa de P blica Rio de Janeiro v 22 n 11 p 2473 2479 nov 2006 Dispon vel em lt http www scielosp org pdf csp v22n11 22 pdf gt Acesso em 18 nov 2012 MEDEIROS Patr cia Flores et al O aborto e as pol ticas de aten o integral sa de da mulher Pesquisa e Pr ticas Psicossociais S o Jo o Del Rei v 2 n 1 p 18 23 mar ago 2007 MENDES Gilmar Ferreira Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade estudos de direito constitucional 3 ed S o Paulo Saraiva 2009 NEEDLE Rachel B WALKER Lenore E A Abortion counseling a clinicians guide to psychology legislation politics and competency New York Springer 2008 NICOLAU JUNIOR Mauro Seguran a jur dica e certeza do direito realidade ou utopia num estado democr tico de direito Universo Jur dico Juiz de Fora ano XI 14 de out de 2004 Dispon
75. aparentes as antinomias que podem ser solucionadas pela aplica o dos m todos de solu o cronol gico hier rquico ou especial As reais por sua vez s o caracterizadas pelo conflito de normas que se excluem mutuamente pela inaptid o dos m todos estabelecidos em lei para solucionar o conflito ou pelo cabimento de mais de um deles para a solu o da contradi o As antinomias jur dicas podem ser classi ficadas ainda de acordo com os crit rios de extens o da contradi o de mbito e de conte do Quanto ao conte do a antinomia poder Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 153 ser caracterizada como pr pria ou impr pria Esta se vincula ao conte do material da norma pois constitui conflito entre princ pios e valores por outro lado a antinomia pr pria reflete se pelo conflito entre duas leis Ante a sua natureza a antinomia pr pria solucionada com objeti vidade por meio da aplica o dos crit rios de solu o cronol gico ou o hier rquico No que tange ao mbito as antinomias po dem ser classificadas como de direito interno internacional ou interno internacional A anti nomia de direito interno acontece entre regras integrantes de um mesmo ramo do direito ou entre normas de ramos jur dicos distintos que comp em o mesmo ordenamento Por sua vez a antinomia de direito internacional surge entre regras de direito internacional p blico Por fim a antinomia de direito interno internacional carac
76. atividade fim il cita constituindo v nculo empregat cio direto com o tomador No entanto n o h par metros bem definidos do que sejam ativi dade fim e atividade meio e muitas vezes se estaria diante de uma zona cinzenta em que muito se aproximam uma da outra ABIDALA 2008 A fim de ilustrar a fragilidade dos conceitos atividade fim e ativi dade meio cite se exemplo cl ssico da controv rsia a terceiriza o das atividades de call center ou telemarketing realizada pelas empresas de telecomunica o Entende se por telecomunica o a transmiss o emiss o ou recep o por fio radioeletricidade meios pticos ou qualquer outro processo ele tromagn tico de s mbolos caracteres sinais escritos imagens sons ou informa es de qualquer natureza art 60 1 Lei n 9 472 97 A explora o desses servi os de compet ncia da Uni o art 21 XI CF Eles t m sido prestados por concession rias de servi os p blicos por interm dio da Anatel Ag ncia Nacional de Telefonia O servi o de call center ou telemarketing por sua vez surgiu para de signar a promo o de produtos por telefone Pode ser definido como uma t cnica comercial que abrange a divulga o cobran a atendimento ao p blico em geral e assist ncia t cnica pelo telefone com a observ ncia de roteiros de atendimento BISPO 2010 Iniciou se a pol mica quando empresas de telecomunica o passaram a terceirizar as
77. atividades do call center contratando entidades especializa das para a realiza o de todo o servi o de teleatendimento o que originou a d vida se tal terceiriza o se dava na atividade fim ou na atividade meio Havia controv rsia quanto aplica o da Lei de Telecomunica es Lei n 9 472 97 ou da Lei das Concession rias Lei n 8 987 95 que autorizam a terceiriza o nas atividades inerentes acess rias ou complementares Decis es dissonantes passaram a atingir o Tribunal Superior do Tra balho A 5 Turma em novembro de 2011 publicou decis o considerando il cita a terceiriza o de call center em empresas de telecomunica o por considerar tratar se de atividade indispens vel ao desenvolvimento da atividade de telefonia ou seja clara atividade fim Ementa RECURSO DE REVISTA TERCEIRIZA O IL CITA CALL CENTER V NCULO DE EMPREGO COM O TOMADOR DOS SER VI OS A exist ncia de terceiriza o de atividade fim da empresa concession ria por meio da execu o de servi os de call center os quais s o indispens veis para o desempenho dos servi os de telefonia m vel demonstram a ilicitude da terceiriza o Dessa forma como a decis o recorrida est em perfeita sintonia com o inciso I da S mula n 331 do Tribunal Superior Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 185 do Trabalho inviabiliza se o conhecimento do recurso de revista nos termos do 4 do artigo 896 da CLT BRASIL 2011a Se
78. bem como os recursos cab veis em face da decis o concessiva ou n o da suspens o almejada 158 Revista de Informa o Legislativa 4 1 Origem e previs es anteriores O instituto da suspens o de seguran a foi previsto originariamente no art 13 da Lei n 191 1936 que disciplinava o mandado de seguran a e no art 328 do CPC de 1939 Art 13 Nos casos do art 8 9 e art 10 poder o presidente da Corte Suprema quando se tratar de decis o da Justi a Federal ou da Corte de Apela o quando se tratar de Justi a Local a requerimento do represen tante da pessoa jur dica de direito p blico interessada para evitar les o grave ordem sa de ou seguran a p blica manter a execu o do ato impugnado at o julgamento do feito em primeira ou em segunda inst ncia BRASIL 1936 Art 328 A requerimento do representante da pessoa jur dica de di reito p blico interessada e para evitar les o grave ordem sa de ou seguran a poder o Presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal de Apela o conforme a compet ncia autorizar a execu o do ato impugnado BRASIL 1939 Apesar de sua expressa previs o legal havia ineg veis falhas quanto sua aplica o pr tica entre elas havia a determina o de seus legiti mados em decorr ncia de constantes altera es das normas processuais relativas legitimidade bem como das hip teses que ensejavam a sua utiliza o
79. ciedades ditas n o tradicionais BRASIL 2007 Para fins de medidas espec ficas de combate a essas pr ticas inclusive a criminaliza o daque les que em contato com a comunidade nativa n o fizessem a devida notifica o s autoridades competentes assim como das autoridades que n o tomassem as provid ncias cab veis artigos 3 4 e 5 o artigo 2 incisos I a VIII do Pro jeto previa a tipifica o dos seguintes casos de homic dio de rec m nascidos em casos de falta de um dos genitores em casos de ges ta o m ltipla quando estes s o portadores de doen as f sicas e ou mentais quando h prefer ncia de g nero quando houver breve espa o de tempo entre uma gesta o anterior e o nascimento em quest o em casos de exceder o n mero de filhos apropriado para o grupo quando estes possu rem algum sinal ou marca de nascen a que os diferencie dos demais quando estes s o considerados de m sorte para a fam lia ou para o grupo O Projeto origin rio tamb m propunha a tipifica o dos homic dios de crian a em caso de cren a de que a crian a desnutrida fruto de maldi o ou por qual quer outra cren a que leve ao bito intencional por desnutri o artigo 2 inciso IX Essas hip teses previstas no Projeto al m de outras referentes a abusos sexuais maus tratos e outras agress es f sico ps quicas de crian as e seus ge nitore
80. cios Trata se do resultado esperado ao se considerar de forma mais ativa o princ pio da efici ncia garantindo na aplica o do ordenamento jur dico um incremento no bem estar social Nesse ponto ressalte se que a an lise da efici ncia nos moldes propostos neste texto transcende a an lise da razoabilidade e da proporcionalidade dos atos estatais n o se res tringindo a esses par metros notadamente mais casu sticos O alcance do agir eficiente perpassa a incorpora o de uma perspectiva de avalia o necessariamente econ mica e portanto com conte do espec fico As decis es p blicas podem e devem considerar crit rios de efici ncia visando a uma otimiza o dos recursos p blicos e a um incremento no bem estar social Para tanto n o necess rio que a efici ncia seja vista como uma excludente da legalidade bastando que haja uma reinterpreta o das normas de forma favor vel ao princ pio da efici ncia Nas palavras de Paulo Modesto 2007 ao contr rio de contrastar com o princ pio da legalidade ou legitimar sua atenua o o princ pio da efi ci ncia pode ser percebido como componente Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 15 da pr pria legalidade percebida sob um ngulo material e n o apenas formal Salutar tamb m seria que o ordenamento jur dico fosse produzido e constantemente revisado j incorporando an lises de efici ncia de forma que o gestor p blico n o precisas
81. cl usula visava a prevenir a produ o de sementes piratas com a tecnologia RR Dessa forma os contratos atualmente realizados possuem a particularidade de fixar n o apenas as rela es entre a Mon santo e o seu contratante mas tamb m as rela es entre o contratante e outras entidades A multinacional disp e assim do poder de estruturar a rede de produ o multiplica o e distribui o de sementes de SRR da maneira que lhe parecer mais favor vel Domina o limitada pela rejei o de uma tentativa de abuso de posi o dominante O problema de capturar sustentavelmente a renda ligada s sementes de SRR foi expresso em duas cl usulas particulares dos primeiros con tratos de licen a realizados com os obtentores de variedades A primeira estipulava que os obtentores n o poderiam se ligar a outras empresas de biotecnologia para ter acesso a seus genes A segunda cl usula indicava que em seus trabalhos de experimenta o das variedades em cria o os obtentores poderiam utilizar apenas o herbicida RoundUp o que impedia a possibilidade de empregar qualquer outro herbicida base de glifosato com efeito equivalente mas mais barato Os organismos encarregados do exame de equidade dos contratos no Brasil o Cade e a Secretaria de Acompanhamento Econ mico foram demandados e julgaram que as cl usulas mencionadas n o eram concorrenciais No Brasil os acordos econ micos entre empresas podem ser submetidos ao exame d
82. coletivo Dessa forma discorremos a seguir sobre o fato t pico e antijur dico 254 Revista de Informa o Legislativa O fato t pico o conjunto de elementos des critivos de determinado crime por exemplo o art 121 do C digo Penal em seu caput disp e sobre o homic dio a express o Matar algu m o fato t pico do crime que deve conter tr s elementos n cleo do tipo matar sujeito ativo autor do crime e sujeito passivo v tima Nos crimes materiais aqueles que para serem con sumados exigem um resultado previsto em lei o fato t pico exige quatro requisitos conduta volunt ria resultado nexo causal e tipicidade Seguindo o mesmo exemplo com rela o ao homic dio a morte da v tima dever ser proveniente de uma conduta volunt ria por parte do agente autor ou part cipe que se d mediante uma conduta dolosa ou culposa Inexistindo qualquer desses requisitos dolo ou culpa inexistir o crime Vale ressaltar tamb m que de acordo com a teoria finalista da a o se inexistir conduta volunt ria tamb m inexistir o crime mesmo havendo resultado Imaginemos a seguinte situa o uma pessoa em estado hipn tico vem a cometer um homic dio Nesse caso o hipnotizado foi utilizado como instrumento do crime agindo de maneira involunt ria devendo responder apenas aquele que praticou a hipnose Existindo nexo causal entre a conduta vo lunt ria do agente e o resultado estaremos dian te
83. coloca o progresso cient fico como o primeiro princ pio de orienta o da lei um sinal da influ ncia da senten a de apela o da a o civil p blica ainda que a ordem dos princ pios n o signifique a sua primazia A nova Lei de Biosseguran a de 2005 modificou as prerrogativas dos organismos p blicos envolvidos no dom nio dos OGM Ela criou um organismo suplementar o Conselho Nacional de Biosseguran a modificando assim o papel da CTNBio na cadeia de decis o sobre a comercializa o de novos OGM Globalmente o quadro institucional dessa forma ajustado continua centrado sobre as regras de autoriza o comercial dos OGM e sobre o seu registro Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 41 42 O subsistema de determina o das regras para autorizar a comercia liza o dos OGM foi ajustado desde 2005 Figura 5 Ele revela uma governan a praticamente p blica pois o envolvimento das comiss es internas de biosseguran a das organiza es na maior parte privadas com capital multinacional que trabalham sobre os OGM possui uma incid ncia limitada Essa governan a p blica integra a partir desse momento uma dimens o pol tica e social e n o mais somente t cnica Figura 5 Sistema social ajustado de autoriza o comercializa o dos OGM em 2005 Syst me social Pouvoir ex cutif Min agri Sant environnement Producteurs CNTBio Producteurs N x semences E Obtenteu
84. compreende a elabora o de I emendas Constitui o II leis complementares IN leis ordin rias IV leis delegadas V medidas provis rias VI decretos legislativos VII resolu es BRASIL 1998e Poder se ia imaginar que por serem as emendas constitucionais de hierarquia superior sua elabora o n o precisaria seguir os ditames CONSTITUI O DA REP BLICA FEDERATIVA DO BRASIL Atos Internacionais equivalentes s Emendas Constitucionais CF Art 5 8 3 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 da Lei Complementar n 95 de 1998 No entanto o que o art 59 da CF inclui no processo legislativo n o a emenda constitucional propriamente dita e sim a elabora o de emendas Constitui o Enquanto proposta a PEC proposta de emenda Constitui o um ato infraconstitucional e deve obedi ncia s regras de elabora o legislativa seguindo se assim o desejo do detentor do poder constituinte origin rio A doutrina pac fica em rela o natureza da proposta de emenda Constitui o conforme podemos observar a seguir A emenda Consti tui o enquanto projeto um ato infraconstitucional s ingressando no sistema normativo que passa a ser preceito constitucional e da sim da mesma estatura daquelas normas anteriormente postas pelo constituinte TEMER 2010 p 146 A emenda Constitui o Federal enquanto proposta considerada um at
85. condu o racional e c lere dos procedimentos que lhe cabem A fun o administrativa deve ser desempenhada n o apenas com a observ ncia ao princ pio da legalidade mas exigindo outrossim resultados positivos para o servi o p blico e satisfat rio atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros CONSTITUCIONAL ADMINISTRATIVO E TRIBUT RIO MANDADO DE SEGURAN A IM PORTA O DE ALHO DA ARGENTINA PEDIDO DE ANU NCIA PR VIA PARA O LICENCIAMENTO DE IMPORTA O PRAZO DE 60 DIAS OBSERV NCIA DOS PRINC PIOS DA EFICI NCIA E DA RAZO VEL DURA O DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 1 A Instru o Normativa n 13 de 25 de junho de 1999 da Secretaria de Defesa Agropecu ria disp e que o Departa mento de Defesa e Inspe o Vegetal processar os pedidos de anu ncia pr via para o licenciamento de importa o de alho no prazo de 60 dias desde que firmado Termo de Compromisso pela empresa o qual deve conter informa es sobre o porto de descarga servi os de atraca o a utiliza o do produto ap s a autoriza o do Minist rio da Agricultura e do Abastecimento al m da disponibiliza o de toda a carga para a fiscaliza o 2 A Administra o P blica deve pautar seus atos dentro dos princ pios constitucionais notadamente o da efici ncia que se concretiza pela condu o racional e c lere dos procedimentos que lhe cabem A fun o administrativa deve ser desempenhada n o apenas com a obse
86. da autoridade os partidos pol ticos devem ou deviam corres ponder opini o p blica organizada rg os valiosos de express o e forma o pol tica unindo sob a mesma bandeira de princ pios prop sitos e reivindica es os que t m pensa mento comum a respeito de pol tica e problemas de governo Debatendo ideias formulando programas estudando medidas de alcance coletivo tra ando diretrizes e sugerindo solu es fazendo por interessar a maioria dos cidad os na coisa p blica as organiza es partid rias devem realizar ainda um trabalho educativo da maior amplitude e significa o N o lhes suficiente a fun o de penetrar nos problemas nacionais de apresentar m todos e meios de resolv los nem lhes basta o dever de apre sentar ao eleitorado candidatos capazes de cumprir os seus programas naturalmente aceitos pelas correntes de opini o que implica a obriga o da presta o de contas ou na responsabilidade dos governantes perante o p blico tamb m finalidade prec pua das organiza es partid rias o dedicar se ao problema da forma o do eleitor ou como diz Barros Hurtado com a educa o moral das massas educa o que segundo este autor sendo ampla sincera e permanente constitui o fundamento de uma opini o p blica sadia e honesta Principalmente em nosso pa s onde a educa o democr tica n o atin giu ainda um n vel pelo menos razo vel imp e se s organiza es pol
87. das disposi es transit rias 3 An lise dos elementos da parte inicial 3 An lise dos elementos 3 1 Ep grafe 3 2 Ementa 3 3 Pre mbulo 4 Discuss o sobre alguns t picos de Leg stica Formal 4 1 Altera o indireta 4 2 Renumera o de dispositivos 5 Considera es finais 1 Introdu o A Constitui o Federal de 1988 CF inovou ao prever no par grafo nico do art 59 uma lei complementar para dispor sobre a elabora o reda o altera o e consolida o das leis Essa previs o constitucional foi atendida pela Lei Complementar n 95 de 26 de fevereiro de 1998 cuja vig ncia se iniciou em 28 de maio de 1998 Essa norma foi alterada em 27 de abril de 2001 pela Lei Complementar n 107 de 26 de abril de 2001 Segundo Freire 2002 p 44 antes da Lei Complementar n Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 215 95 de 1998 essa mat ria era objeto de atos normativos esparsos ou mesmo de normas n o escritas ou de praxes h muito adotadas ea falta de normas t cnicas de car ter sistem tico e geral inviabilizava a uniformiza o dos textos legislativos A Leg stica uma disciplina da Teoria da Legisla o Segundo Almeida 2007 p 84 a Teoria da Legisla o tem como objeto o estudo da lei em todas as suas dimens es socorrendo se dos saberes de v rias disciplinas a filosofia do direito o direito constitucional a ci ncia pol tica a ci ncia da administra
88. de ampla defesa A Lei n 5 682 de 1971 Lei Org nica dos Partidos Pol ticos regulava a mat ria al m de impor como a norma constitucional que se cassasse Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 115 o mandato do parlamentar que deixasse o partido pelo qual se elegeu ou descumprisse o programa e as diretrizes partid rias estabelecidas pelos rg os de dire o O instituto manteve se inalterado pela Emenda Constitucional n 11 de 1978 at sua aboli o pela Emenda Constitucional n 25 de 1985 que na verdade o retirou pura e simplesmente do texto constitucional fator determinante para o enfraquecimento dos partidos pol ticos Nesse sentido Vilhena 1986 p 98 observa que a falta de compromisso com os princ pios doutrin rios e com o programa do partido sob cuja legenda o candidato se elegeu gera o enfraquecimento ou at mesmo a desmoraliza o dos partidos a ponto de se afirmar que no Brasil os programas dos partidos s o pe as meramente formais na grande maioria desconhecidos at dos pr prios filiados destinados apenas a atender as exig ncias da legisla o eleitoral por ocasi o do re gistro do partido pol tico perante o Tribunal Superior Eleitoral ou para a forma o do quociente eleitoral A fidelidade partid ria volta a figurar no texto constitucional brasileiro com a promulga o da Constitui o de 1988 chamada de Constitui o Cidad 3 3 Fidelidade partid ria na Constitui
89. de legislar pr pria do Poder Legislativo n o apenas por criar hip tese de perda de mandato pr pria da Constitui o como tamb m por instituir ritos e prazos processuais e hip teses de justa causa por simples resolu o atuando como verdadeiro legislador positivo Essa atua o do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal como salientado ingressou na seara do ativismo judicial na qual as quest es pol ticas passam a ter no Judici rio a sua inst ncia decis ria final Ganha espa o uma postura mais ativa do magistrado na interpreta o da Constitui o ele deixa de ser neutro e passa a ser de certo modo um ator pol tico Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 125 certo que a vontade de moralizar foi excepcional por m tarefa do Legislativo fazer a Reforma Pol tica inclusive dispor sobre fidelidade partid ria do contr rio o que poderia ser positivo poder transformar os poderes em disfun es constitucionais graves Essas indaga es mostram que as decis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal t m provocado confus es e perplexidades de toda ordem gerando nessa seara uma situa o de inseguran a jur dica que at hoje perdura O Judici rio n o pode se colocar como um suprapoder e nem pre tender ser a ant tese de qualquer outro Incumbe lhe interpretar e aplicar a Constitui o e a lei mas sem querer se atribuir a fun o de legislar Cabe ao Legislativ
90. de 23 de novembro de 1995 Di rio da Justi a Bras lia 1 ago 2003 Supremo Tribunal Federal Habeas Corpus n 72610 MG de 5 de dezembro de 1995 Di rio da Justi a Bras lia 6 set 1996a Supremo Tribunal Federal Habeas Corpus n 73151 RJ de 18 de dezembro de 1995 Di rio da Justi a Bras lia 19 abr 1996b Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordin rio n 466343 SP de 3 de dezembro de 2008 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 5 jun 2009 Supremo Tribunal Federal Extradi o n 954 IT de 7 de junho de 2006 Di rio da Justi a Bras lia 19 jun 2006 BURDEAU Georges HAMON Francis TROPER Michel Direito constitucional 27 ed Barueri Manole 2005 CANOTILHO J J Gomes Direito constitucional e teoria da Constitui o 7 ed Coimbra Medina 2003 DIMOULIS Dimitri MARTINS Leonardo Teoria geral dos direitos fundamentais 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 TN 294 Revista de Informa o Legislativa DWORKIN Ronald O direito da liberdade a leitura moral da constitui o norte americana Tradu o de Marcelo Brand o Cippola S o Paulo Martins Fontes 2006 FERNANDES Bernardo Gon alves Curso de direito constitucional 2 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2010 FERREIRA Pinto Princ pios gerais do direito constitucional S o Paulo Revista dos Tri bunais 1971 FIORAVANTI Maurizio Las doctrinas de la constituci n en sentido material Fundamento
91. de Informa o Legislativa Senado Federal Coordena o de Edi es T cnicas Ano 1 n 1 mar 1964 Bras lia Senado Federal Coordena o de Edi es T cnicas 1964 Trimestral Ano 1 3 n 1 10 publicada pelo Servi o de Informa o Legislativa ano 3 9 n 11 33 publicada pela Diretoria de Informa o Legislativa ano 9 50 n 34 198 publicada pela Subsecretaria de Edi es T cnicas ano 50 n 199 publicada pela Coordena o de Edi es T cnicas ISSN 0034 835x 1 Direito Peri dico Brasil Congresso Senado Federal Coordena o de Edi es T cnicas CDD 340 05 CDU 34 05 Publica o trimestral da Coordena o de Edi es T cnicas Senado Federal Via N 2 Unidade de Apoio III Pra a dos Tr s Poderes CEP 70 165 900 Bras lia DF Telefones 61 3303 3575 3576 e 3579 Fax 61 3303 4258 E Mail livros ysenado leg br Al Senado 0800 61 22 11 O Todos os direitos reservados A reprodu o ou tradu o de qualquer parte desta publica o ser permitida com a pr via permiss o escrita do Editor Solicita se permuta P dese canje On demande l change Si richiede lo scambio We ask for exchange Wir bitten um Austausch Sum rio 17 29 53 71 97 129 151 175 H incompatibilidade entre efici ncia e legalidade Pedro Felipe de Oliveira Santos Fernando B Meneguin O Facebook e o direito privacidade Alessandro Hirata Evolu o das r
92. de decis o Esse pode ser o caso dos agricultores que come am a reivindicar o exerc cio do privil gio das sementes campestres para n o ter de pagar royalties Monsanto exatamente como se passa na Argentina Sem chegar at esse ponto as associa es profissio nais de agricultores reclamam a renegocia o dos n veis dos royalties Esse poder ser tamb m o caso dos atores p blicos se eles adotarem a posi o de que a utiliza o dos OGM deve ser regulada para evitar as perturba es dos ecossistemas como foi constatado com a emer g ncia de plantas que se tornaram resistentes ao glifosato OWEN 2008 Segundo Tirke 2008 a intera o entre os atores que lhes permite questionar seus pre condicionamentos e de faz los evoluir mas esse questionamento depende da decis o dos atores envolvidos bem como do contexto de intera o No caso estudado a intera o dos atores do agro business com os que trazem a problem tica ambiental ocorreu mas em um contexto contencioso seguindo um procedi mento jur dico que resultou em uma quest o de ganhador perdedor O questionamento dos precondicionamentos respectivos das duas ca tegorias de atores n o poderia ser efetivo nessas condi es Pode se pensar que essa constata o v lida e vai muito al m do Brasil N s nos encontramos diante de um desafio de imaginar novas formas de intera o entre os favor veis e opositores aos OGM trata se de uma quest o importa
93. de palmeira de dend entre outras S mula n 126 Assim sendo correta a decis o regional que considerou il cita a terceiriza o e reconheceu a exist ncia de v nculo de emprego entre a reclamante e a segunda reclamada AGROPALMA S A Agravo de instrumento a que se nega provimento BRASIL 2011 Por outro lado a atividade meio apurada pela falta de coincid ncia entre a atividade principal da prestadora de servi os e o objeto social da empresa tomadora BRASIL 2012d Como se v poss vel aplicar a tese da subordina o estrutural a partir da inser o do empregado na din mica da empresa averiguando se a incid ncia do objeto social do empreendimento LIMA 2011 p 53 Quando a presta o desenvolvida pelo terceirizado se voltar din mica principal do empreendimento acolhe se o predicado da atividade fim 8 Conclus o A fim de evitar fraudes a S mula 331 do TST estabeleceu como regra geral a terceiriza o como pr tica il cita Excetuou da ilicitude apenas a terceiriza o de servi os tempor rios e as realizadas nas atividades de vigil ncia conserva o e limpeza bem como as ligadas atividade meio do tomador desde que inexistente pessoalidade e subordina o direta O conceito de atividade meio por m n o claro A terceiriza o foi restrita a um crit rio sem qualquer fundamento legal A mat ria atinente terceiriza o n o encontra regulamenta o na Constitui
94. de publica o indica o de volume ano n mero p gina inicial e final per odo e data de publica o Exemplo de artigos de peri dicos TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Lopes da Costa e o processo civil brasileiro Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 37 n 148 p 97 111 out dez 2000 Para artigos de jornais sobrenome do autor prenome s t tulo do artigo subt tulo se houver t tulo do jornal local de publica o data de publica o se o ou caderno do jornal e pagina o Exemplo de artigos de jornais MOURA Ana L cia FEITOZA Val ria Escola p blica a tristeza de quem fica Correio Braziliense Bras lia 6 mar 2001 Tema do Dia p 6 7 Para refer ncias em meio eletr nico sobrenome do autor ou entidade prenome s t tulo subt tulo se houver tamb m s o essenciais as informa es sobre o endere o eletr nico apresentado entre os sinais lt gt precedido da express o Dispon vel em e data de acesso ao documento precedido da express o Acesso em Exemplo de refer ncias em meio eletr nico CORREIO Braziliense Dispon vel em lt http www correioweb com br gt Acesso em 5 jul 2003 A cada artigo publicado ser o fornecidas 10 separatas e uma assinatura anual da Revista Artigos n o publicados n o ser o devolvidos salvo expressa solicita o Conhe a outras obras publicadas pela Coordena o de Edi es T cnicas www senado leg br livra
95. de um crime doloso ou culposo Ser doloso quando praticado direta ou indiretamente pelo agente e culposo quando o resultado n o tiver sido desejado embora previs vel tendo o agente exercido uma conduta volunt ria imprudente negligente ou imperita O resultado a concretiza o do fato No homic dio matar algu m sem a morte n o haver consuma o Havendo v nculo entre a conduta volunt ria do agente e o resultado temos o nexo causal Por fim a tipicidade fato concreto ocorre quando o ato praticado pelo agente se encaixa nas elementares da norma incriminadora LAUZID 2002 p 81 84 2 2 Antijuridicidade A antijuridicidade ou ilicitude pode ser conceituada como a contrariedade da conduta com o ordenamento jur dico Isso porque te mos que a antijuridicidade em seu significado literal quer dizer anti contr rio juridicidade legalidade ou seja o que contr rio nor ma jur dica Segundo Mirabete 2004 p 173 antijuridicidade A contradi o entre uma conduta e o orde namento jur dico O fato t pico at prova em contr rio um fato que ajustando se ao tipo penal antijur dico Existem entretanto na lei penal ou ordenamento jur dico em geral causas que excluem a antijuridicidade do fato t pico Por essa raz o diz se que a tipicidade o ind cio da antijuridicidade que ser exclu da se houver uma causa que elimine sua ilicitude Matar algu m voluntar
96. descobrir que as mulheres estavam fazendo uso do medicamento para fins abor tivos sua comercializa o foi proibida no pa s BRASIL 2009 p 32 35 FREITAS 2011 p 23 A ilegalidade do acesso ao misoprostol fa tor preocupante no aspecto da sa de da mulher pois muitas delas n o conseguem adquirir o me dicamento ou levam maior tempo para ter aces so a ele A efic cia do medicamento depende da dose e do est gio da gesta o quanto menor o n mero de semanas do per odo gestacional Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 137 maiores as chances de bons resultados Como as mulheres recorrem ao mercado clandestino podem comprar o misoprostol adulterado al m de terem de pagar valores bem acima do pre o regular do rem dio com prescri o de uso BRASIL 2009 p 32 33 FREITAS 2011 p 23 A proibi o da venda liberada do miso prostol teve por escopo evitar uma poss vel epidemia de aborto no Brasil Por m o es tudo do Minist rio da Sa de BRASIL 2009 mostrou com base no n mero de interna es hospitalares n o a ocorr ncia de crescimento nos atendimentos p s aborto no per odo da li vre comercializa o do medicamento mas sim a queda da morbimortalidade a ele associada como j comentado O aumento da seguran a do aborto pelo m todo medicamentoso t o significativo que alguns estudos internacionais registram efic cia de 90 na indu o completa do aborto quando o misopr
97. destacando que esse fen meno est associado a uma participa o mais ampla e in tensa do Judici rio na concretiza o dos valores e fins constitucionais com maior interfer ncia no espa o de atua o dos outros dois Poderes Tavares 2012 p 65 afirma que a amplia o do espa o tradicional do juiz constitucional entre Judici rio e Tribunal Constitucional na tutela da Constitui o e sua supremacia quer dizer para al m de um mero legislador negativo na express o cunhada por Kelsen foi viabilizada den tre ocorr ncias pela abertura sem ntica das constitui es em sua contempla o principiol gica do discurso dos direitos humanos pela supremacia da Constitui o pela vincula o dos legislativos aos direitos fundamentais consagrados e sobretudo pela necessidade de retirar do espa o pol tico certas op es Como se observa o conceito de ativismo ju dicial refere se ao protagonismo do Judici rio e dos Tribunais Constitucionais nas democracias modernas a partir de uma postura proativa de seus membros que t m interferido nas op es pol ticas dos demais Poderes em especial do Legislativo 2 2 Distin o entre ativismo judicial e judicializa o da pol tica Ao tratar do ativismo judicial cabe distin gui lo de outro par metro ligado ao protago nismo do Judici rio qual seja a judicializa o da pol tica Com efeito tanto a judicializa o da pol tica quanto o ativismo
98. determinados desacordos institucionais sobre direitos Por m entre reconhecer a relev ncia da exist ncia de um tribunal exercendo a jurisdi o constitucional e concluir que ele tem a ltima palavra h um salto deveras largo E ainda mais o quando se observa que seja do ponto de vista da movimenta o legislativa seja sob o aspecto das modifica es de jurisprud ncia recentes o tribunal aparenta querer cada vez mais adquirir essa fei o de corte monopolizadora do debate constitucional em detrimento de outras formas do exerc cio da jurisdi o como o con trole difuso visto segundo a passagem citada de Gilmar Mendes como secund rio na nova sistem tica de 1988 Pelos dados emp ricos coletados mantidas as mesmas condi es o querer ser essa t o desejada corte cons titucional significar o pr prio n o exerc cio da jurisdi o constitucional Nesse aspecto sim seria negado o papel relevante do Supremo Tribunal Federal na democracia constitucional brasileira De qualquer forma h ainda um segundo fator a ser examinado que associado a essa perspectiva emp rica torna ainda mais dram tico o discurso da ltima palavra a cren a de que o STF a representa o da racionalidade t cnica e desse modo tem a capacidade de elaborar decis es diferenciadas em rela o quelas produzidas pelo parlamento que como antes examinado tende a ser desenhado como a casa po l tica dos interesses mais
99. do Pa s e solu es para os mesmos apontadas sobre m todos de administra o e normas de conviv ncia pol tica diverg ncias algumas delas essenciais que determinam posi es nem sempre concili veis Essas correntes n o podem ser menosprezadas Exigem que seja a Rep blica conduzida atrav s de caminhos largos e seguros Com rumos certos e objetivos definidos A vida pol tica s se justifica em fun o de um pensamento de uma concep o de um nobre objetivo a alcan ar Os que sejam realmente pol ticos de qualquer filia o partid ria devem ter um ideal a seguir uma orienta o a preservar e defender Neste momento nossos partidos n o t m como sentirem se vin culados a outros compromissos que n o os dos superiores interesses do Pa s Os partidos devem saber conduzir se com vitalidade energia decis o diante de crises lutando na defesa de princ pios democr ticos e de um programa de desenvolvimento econ mico dentro das aspira es brasileiras O fato social tem profunda repercuss o no fato pol tico Em horas como as que estamos vivendo n o de se tratar simplesmente da con quista do poder para esse ou aquele partido pol tico A hora exige ban deiras Esp rito p blico Civismo Uma programa o capaz de reacender a confian a na alma do povo brasileiro O fato que os partidos devem integrar se imediatamente sem vacila es nessa realidade com a exata compreens o da poca em que vivemos de su
100. do STE e por outro o pr prio STF nesse cami nhar utilizou se desse impulso para reconstruir parte de sua jurisprud ncia de modo a se tornar ainda mais presente no exerc cio da jurisdi o constitucional Apesar de toda essa movimenta o a pergunta que permanece se de fato ela se consubstanciou no efetivo exerc cio da jurisdi O caso ainda se encontra em julgamento 2 Ver especialmente os fundamentos do voto do Mi nistro Gilmar Mendes tamb m manifestado em artigo de sua autoria MENDES 2004 o constitucional ao menos no que se refere quelas usuais justifica es que d o ensejo sustenta o de ter o STF a ltima palavra Afinal como j destacado para defender essa qualidade preciso no m nimo ter raz es robustas Entre essas raz es certamente a que se volta para a ideia de Guardi o da Consti tui o e defensor dos direitos fundamentais sobretudo das minorias exclu das do processo democr tico ganha relevo possivelmente o principal argumento te rico que parece rememorar os mais fundamentais princ pios do constitucionalismo moderno Mas dizer que o Guardi o da Constitui o defensor das minorias e mais o detentor da ltima palavra exige comprova o f tica para tanto Logicamente existem v rios casos interessan tes em que o Supremo Tribunal Federal exer ceu em alguma medida esse papel tais como recentemente o caso que tratava das
101. do povo brasileiro Dentro do argumento democr tico de senvolvido por Sarlet 2005 e Piovesan 2010 os autores identificam os tratados internacionais de direitos humanos ratificados anteriormente EC 45 04 como normas cons titucionais de pouca e fr gil legitimidade democr tica o que por si s j parece um contrassenso E o argumento de ambos se enfraquece ainda mais quando pensamos que o Congresso eleito pelo povo pelo sistema eleitoral proporcional e majorit rio e o Presidente da Rep blica eleito pelo voto majorit rio atuam conjuntamente para a incorpora o do tratado A jun o de vontades dos poderes pol ticos do pa s n o capaz de atribuir for a democr tica suficiente ao tratado Qual crit rio os autores utilizaram para medir a legitimidade democr tica de um tratado con siderado norma constitucional mas que n o possui status de emenda imposs vel responder a tais questionamentos uma vez que os autores n o apontam a teoria democr tica que fundamentou suas conclus es De acordo com recente pesquisa feita pelo IBOPE 2011 55 dos entrevistados declara ram ser contr rios uni o de pessoas do mes mo sexo Segundo o argumento dos autores a decis o do STF seria antidemocr tica uma vez que foi contra a vontade democr tica em pelo menos duas formas a contra a vontade po pular e b sem que tenha havido manifesta o expressa do Congresso Nacional via emenda constitucional Al m de uma
102. do pr prio tribunal b ac rd o proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justi a em julgamento de casos repetitivos c entendimento firmado em incidente de resolu o de demandas repetitivas ou de assun o de compet ncia V dar provimento ao recurso se a decis o recorrida contrariar a s mula do Supremo Tribunal Federal do Superior Tribunal de Justi a ou do pr prio tribunal b ac rd o proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justi a em julgamento de casos repetitivos c entendimento firmado em incidente de resolu o de demandas repetitivas ou de assun o de compet ncia VI exercer outras atribui es estabelecidas nos regimentos internos dos tribunais BRASIL 2010b A princ pio a compet ncia decis ria monocr tica do relator permanece semelhante no novo CPC do atual com exce o das adequa es introduzidas pela subst ncia da nova sistem tica processual dos feitos coletivos e pela inser o de expli cita es de ordem pr tica isto 1 Defini o expressa do poder para decidir as medidas cautelares as tutelas de evid ncia e os pedidos de efeito suspensivo ou ativo aos recursos o que j se realizava na pr tica diuturna em conformidade com os arts 497 527 inciso II 558 800 par grafo nico todos do CPC atual 2 Autoriza o expressa para decidir monocraticamente os recursos quando houver s mula do Supremo Tribunal Federal STF S
103. dos direitos processuais o princ pio do juiz natural garantia da pr pria jurisdi o seu elemento essencial sua qualifica o substancial Sem o juiz natural n o h fun o jurisdicional poss vel No que se refere sua interpreta o Moraes 2007 p 77 grifo nosso relata que O princ pio deve ser interpretado em sua plenitude de forma a proibir se n o s a cria o de tribunais ou ju zos de exce o mas tamb m de respeito absoluto s regras objetivas de determina o de compet ncia para que n o seja afetada a independ ncia e imparcialidade do rg o julgador Observa se que o juiz natural n o somente aquele constitu do anteriormente ocorr ncia dos fatos mas tamb m aquele competente para proferir o julgamento Assim n o basta t o somente a anterioridade 156 Revista de Informa o Legislativa da compet ncia atribu da pelo art 15 da Lei n 12 016 2009 para que o dispositivo atenda ao princ pio do juiz natural mas tamb m o Presidente do tribunal dever ser a autoridade competente para proferir a decis o 3 3 Princ pio da isonomia O art 5 caput e inciso I da CR garante igualdade a todos os cidad os sem qualquer distin o Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e proprie
104. doutor em Direito pela UFPE doutorando em Ci ncia Pol tica pela UnB professor universit rio e consultor legislativo da C mara dos Deputados AMANDINO TEIXEIRA NUNES JUNIOR Sum rio Introdu o 1 Premissas 2 Ativismo judicial 2 1 Conceitos e caracteriza o 2 2 Distin o entre ativismo judicial e judicializa o da pol tica 3 Fidelidade partid ria 3 1 Conceitos e caracteriza o 3 2 Resgate hist rico 3 3 Fidelidade partid ria na Constitui o de 1988 3 4 Fidelidade partid ria na legisla o ordin ria 4 Fidelidade partid ria em decis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal 4 1 Consultas n 1 398 e 1 407 TSE e Mandados de Seguran a n 26 602 26 603 e 26 604 STF 4 2 Bases constitucionais da perda do mandato em face da infidelidade partid ria um ativismo indevido 4 3 Consequ ncias da perda do mandato em face da infidelidade partid ria 5 O caso da fidelidade partid ria como manifesta o do ativismo judicial no Brasil Conclus o Introdu o O impacto da expans o da atividade do Judici rio apresenta grande potencial de an lise e por isso tem sido alvo de reflex o e de pesquisa por parte dos estudiosos tanto nacionais quanto estrangeiros Com efeito o ativismo fen meno ocorrente n o s entre os rg os do Judici rio como tamb m entre os Tribunais Constitucionais Nesse sentido s o in meros os exemplos de ativismo na Am rica Latina n
105. efici ncia art 37 caput da CF que deve permear todos os atos da Administra o P blica b Decis es do Tribunal de Contas da Uni o Ao fiscalizar a aplica o dos valores p blicos o Tribunal de Contas da Uni o TCU j abordou o dilema efici ncia versus legalidade em alguns ac rd os O que se nota a possibilidade de flexibiliza o do princ pio da legalidade quando o objetivo obter um maior retorno dos recursos p blicos em prol da sociedade Um exemplo vem da determina o constante do art 38 par grafo nico da Lei n 8 666 1993 que estipula que as minutas de editais de licita o bem como as dos contratos acordos conv nios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jur dica da Administra o Apesar de entendimento anterior do TCU sobre a necessidade de aprova o pela assessoria jur dica de todas as minutas de editais de licita o o Ac rd o n 392 de 2006 Plen rio TCU admitiu a ado o da sistem tica de utiliza o de minutas padr o de editais e de contratos sem que todos fossem analisados pela assessoria jur dica em prol de uma otimiza o de recursos financeiros materiais e humanos desde o in cio da fase interna at a assinatura e posterior execu o do contrato Em outro caso o inc IV do art 27 combinado com o inc IV do art 29 da Lei n 8 666 1993 estipula que para a habilita o nas licita es ser exigida dos interessad
106. formalmente a Constitui o mas possuem status de norma constitucional por integrarem materialmente a ordem jur dica estabelecida pela CF 88 e s o incapazes de produzir os efeitos listados acima MAZZUOLI 2011 p 52 53 Lu s Roberto Barroso 2009 p 36 37 por exemplo sustenta que a sistem tica do 3 do art 5 da CF 88 al m de garantir explicitamente o status constitucional aos direitos fundamentais sediados em tratados surte tr s efeitos principais a em caso de conflito normativo que envolva tratado equivalente s emendas prevalece o tratado pois altera a forma da Constitui o b podem servir de par metro de controle de constitu cionalidade ao ampliar o bloco de constitucionalidade e c n o podem ser objeto de den ncia pelo Presidente da Rep blica Celso Lafer 2005 p 15 17 apresenta solu o curiosa para a inter preta o do 3 do art 5 O autor sugere que ele seja considerado como uma lei interpretativa ou seja um par grafo que teria sido inserido apenas com o intuito de encerrar as controv rsias doutrin rias e jurisprudenciais suscitadas pelo 2 do art 5 Sustenta ademais que originariamente os tratados foram recepcionados pela Constitui o como normas cons titucionais No entanto os futuros tratados a serem ratificados para que obtenham o mesmo status de normas constitucionais t m de seguir o procedimento equivalente ao das emendas constitucionais Portanto conclui Lafer po
107. importante que uma altera o no conte do normativo seja refletida diretamente na express o textual do dispositivo modificado isto deve se oferecer o novo texto e n o apenas uma mera remiss o textual Uma altera o indireta pode criar inseguran a jur dica e ao mesmo tempo fazer com que o usu rio seja obrigado a consultar al m do texto compilado o texto das normas que fizeram a altera o indireta Um exemplo did tico desse caso foi o da altera o da norma que isenta o imposto de renda incidente sobre os proventos de aposentadoria reforma ou pens o dos portadores de fibrose c stica realizada pelo 2 do art 30 da Lei n 9 250 de 26 de dezembro de 1995 nos termos a seguir 228 Revista de Informa o Legislativa g 2 Na rela o das mol stias a que se refere o inciso XIV do art 6 da Lei n 7 713 de 22 de dezembro de 1988 com a reda o dada pelo art 47 da Lein 8 541 de 23 de dezembro de 1992 fica inclu da a fibrose c stica mucoviscidose BRASIL 1995f grifo nosso Posteriormente o art 1 da Lei n 11 052 de 29 de dezembro de 2004 que incluiu os portadores de hepatopatia grave na mesma lista de doen as referenciada realizou a altera o de forma direta no entanto n o citou a fibrose c s tica que havia sido inclu da de forma indireta como podemos observar abaixo Art 1 O inciso XIV do art 6 da Lei n 7 713 de 22 de dezembro de 1988 com a reda o dada pel
108. ind genas proposta na vers o original do Projeto de Lei n 1 057 2007 poderia ser etnocida ao eliminar valores culturais indispens veis vida biol gica e cultural de um povo GUZ M N 2006 p 156 Assim sendo tal solu o legal teria implica es de dif cil compatibiliza o inclusive com a ordem constitucional do Estado brasileiro Parece ser necess ria nessas circunst ncias a busca de outros caminhos A proposta que se afigura mais adequada ao transconstitucionalismo reside em garantir a jurisdi o ou foro tnico para que cada comuni dade ind gena resolva seus conflitos e elabore seu dissenso interno por um caminho pr prio SEGATO 2011 p 375 377 Isso n o implica simplesmente toler ncia do mais poderoso tampouco toler ncia perante o intolerante RAWLS 1990 p 216 221 antes se trata de capacidade de admitir a autonomia do outro isto da esfera de comunica o do jogo de linguagem ou da forma de vida diferente do nativo n o submetida aos modelos do constitucionalismo estatal Muito menos cabe falar de sociedades decentes e indecentes ou seja dignas ou indignas do di logo com as sociedades liberais do Estado democr tico constitu cional RAWLS 1999 p 4 et seq 59 et seq como se n o estiv ssemos na mesma sociedade mundial com colis es e conflitos entre dom nios de comunica o e jogos de linguagem Mas cabe ponderar que n o s de um ponto de
109. j toma ra destaque na ocasi o em que uma ind gena Yawanaw em oficina de direitos humanos da Funda o Nacional do ndio em 2002 descreveu a obrigatoriedade em sua comunidade da pr tica de homic dio de um dos g meos apresentando se como v tima dessa pr tica jur dica costumeira SEGATO 2011 p 357 et seq Nesse contexto a quest o tamb m foi apresentada como conflito entre direito de autonomia cultural e direito das mulheres Passou por m a ter ampla repercuss o p blica em rela o ao direito da crian a vida sobretudo mediante a destacada difus o nos meios de comunica o de massa de grande influ ncia com a divulga o do resgate por um casal de mission rios de uma crian a com uma grave disfun o hormonal cong nita que estava condenada morte entre os Suruah SEGATO 2011 p 363 Sobretudo a repercuss o p blica do de de processos de comunica o an nimos e independentes atualmente globalizados TEUBNER 2006 p 180 202 Revista de Informa o Legislativa costume dos Suruah levou proposi o por parte do deputado federal Henrique Afonso representante do Estado do Acre do Projeto de Lein 1 057 de 2007 destinado especificamente criminaliza o dessa pr tica A ementa desse projeto tem o seguinte teor Disp e sobre o combate a pr ticas tradicionais nocivas e prote o dos direitos fundamentais de crian as ind genas bem como pertencentes a outras so
110. judicial t m a ver com a ruptura do sistema tradicional e estanque de separa o de Poderes Tratam se assim da expans o da atividade do Judici rio dando lhe maior status institucional As semelhan as contudo d o lugar s diferen as como se ver adiante Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 111 Relativamente ao conceito de judicializa o da pol tica Tate e Vallinder 1995 p 13 observam que the judicialization of politics should normally mean either 1 the expansion of the province of the courts or the judges at the expense of the politicians and or the administrators that is the transfer of decision making rights from the legislature the cabinet or the civil service to the courts or at least 2 the spread of judicial making methods outside the judicial province proper In summing up we might say that judicialization essencially involves turning something into a form of judicial process Por esse conceito h dois aspectos a consi derar em face da judicializa o da pol tica O primeiro refere se transfer ncia da tomada de decis o da arena administrativa Poder Executivo ou pol tica Poder Legislativo para a arena judicial Poder Judici rio O segundo diz respeito propaga o do procedimento judicial para outros procedimentos o procedimento administrativo e o procedimento legislativo Judicializar a pol tica segundo Tate e Vallin der 1995 implica expandir a rea de atua
111. jurisprud ncia dado que incab vel quando se considerava a interposi o de agravo de instru mento em face de decis o concessiva de liminar E ainda que aceito o seu cabimento a aus ncia de efeito suspensivo do recurso acarretava a inaptid o da possibilidade de sustar a efic cia da medida Frise se que ao contr rio do previsto no CPC de 1939 quando da cria o do pedido de suspens o o diploma atual expressamente admite desde o advento da Lei n 9 193 1995 a concess o de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo relator do recurso nas hip teses abaixo descritas Art 558 O relator poder a requerimento do agravante nos casos de pris o civil ad judica o remi o de bens levantamento de dinheiro sem cau o id nea e em outros casos dos quais possa resultar les o grave e de dif cil repara o sendo relevante a fun damenta o suspender o cumprimento da decis o at o pronunciamento definitivo da turma ou c mara Par grafo nico Aplicar se o disposto nes te artigo as hip teses do art 520 BRASIL 1973 grifo nosso Em conson ncia com esse entendimento salienta Bueno 2009 p 94 se verdade que quando o instituto foi concebido pelo legislador brasileiro o sistema processual civil era pouco claro quanto s possibilidades de a fase recursal desenvolver se sob o manto do dever geral de cautela a observa o n o condiz com a realidade normativa hoje v
112. l tico norte americano deixa muito claro que se para falar em di logo constitucional o t tulo de um de seus livros ali s Constitutional Dialogues isso se deve n o a uma ingenui dade de cren a de que cada um dos Poderes tem atribui es claramente definidas como se o Judici rio meramente aplicasse o Direito o Legislativo criasse o Direito e o Executivo executasse o Direito e as pol ticas p blicas e portanto facilmente dialog veis entre si O di logo constitucional assim como ele o deno mina est na verdade na compreens o de que o constitucionalismo democr tico marcado por uma ampla intera o entre os diferentes Poderes e sobretudo pelo reconhecimento do car ter nitidamente pol tico de todos eles respeitando se naturalmente suas diversida des nesse aspecto FISHER 1988 Assim por exemplo altamente falacioso acreditar que o Judici rio meramente um Poder t cnico e desse modo alheio pol tica aos jogos de poder como se o mbito do Direito discutido pelos tribunais fosse o local da sabedoria da dignidade interpretativa da racionalidade en quanto o da pol tica seria um mundo sombrio imprevis vel ca tico e irracional Do mesmo modo a partir de exemplos v rios fica n tido o quanto as influ ncias do ambiente social dos lobbys dos demais Poderes transformam a Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 73 pr pria compreens o do que normalmente se associa
113. locais de presta o com incalcul vel preju zo para a Administra o P blica bem como para os administrados que se beneficiam direta ou indiretamente das fun es por ele desempenhadas e para o pr prio servidor porque de fato n o conseguir executar suas tarefas com padr o de qualidade aceit vel nem tampouco preservar a higidez f sica e mental TRF 1 Regi o Processo n 2005 34 00 013994 3 Rel Juiz Federal Adverci Rates Mendes de Abreu Terceira Turma Suplementar e DJF1 28 2 2013 TRF 5 Regi o Processo n 2009 81 00 013677 2 Rel Des Francisco Wildo DJ 21 7 2010 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 13 Infraestrutura de Transportes DNIT e empreiteira tendo por objeto a recupera o da BR 163 No entanto a despeito de reconhecidas e com provadas diversas irregularidades apontadas especialmente quanto dispensabilidade da licita o entendeu se que a situa o calamitosa em que se encontrava a rodovia exigia uma atua o emergencial do gestor p blico sob pena de afetar a seguran a dos cidad os Confira se trecho do ac rd o Em que pese tal situa o possa se mostrar irregular entendo que n o houve preju zo algum para os cofres p blicos nesse t pico bem como para toda a popula o usu ria da rodovia Ao contr rio do que sustenta a parte demandante a celeridade no procedimento e in cio das obras de recupera o da malha rodovi ria est o em fiel respeito ao princ pio da
114. maior art 28 1 JESUS 1985 p 385 Abordaremos o erro de proibi o tamb m chamado erro sobre a ilici tude do fato por ser o que mais ocorre no mbito dos crimes ambientais Costuma se definir o erro de proibi o n o como uma errada com preens o da lei mas como um conhecimento escasso do direito A pessoa age sem saber que estava agindo contra a lei Na defini o de Bitencourt 2006 p 474 o que incide sobre a ilicitude de um comportamento O agente sup e por erro ser l cita a sua conduta O objeto do erro n o pois nem a lei 256 Revista de Informa o Legislativa nem o fato mas a ilicitude isto a contrariedade do fato em rela o lei O agente sup e permitida uma conduta proibida O agente faz um ju zo equivocado daquilo que lhe permitido fazer em sociedade Ou seja o erro de proibi o a falsa convic o da licitude Pode isentar de pena se o erro for inevit vel ou diminu la de um sexto a um ter o se evit vel art 21 do C digo Penal A seguir acompanhe um julgado em que n o houve o reconhecimento do erro de proibi o Penal Crime contra a fauna Exist ncia de numerosos exemplares da ave abatidos Exclus o da ilicitude do fato Erro de proibi o Inadmis sibilidade Condena o mantida Superveni ncia de lei mais favor vel Aplicabilidade Pena reduzida Condena o mantida A lei que pro be a ca a aos animais silvestres amplamente divulgada
115. material em fun o da autoriza o constitucional contida no 2 do art 5 Partindo se do pressuposto de que a mate rialidade dos direitos humanos sediados em tra tados estaria garantida pela cl usula do 2 do art 5 o aspecto da formalidade merece an lise mais detida e no caso pode estar relacionado a pelo menos duas quest es 1 um aspecto textual ou 2 um aspecto estrutural Na primeira quest o o status formal est ligado a um elemento de positiva o em seu sentido mais primordial o tratado internacio nal de direitos humanos ratificado pelo Brasil n o estaria positivado posto na Constitui o portanto n o faria parte da Carta Magna em qualquer sentido da a raz o pela qual equi valendo os tratados s emendas constitucionais os primeiros passariam a estar positivados na Constitui o A segunda quest o por seu turno mais complexa e beira o paradoxal na medida em que compreende que existem normas consti tucionais materialmente constitucionais que n o fazem parte dos elementos estruturais da Constitui o formalmente constitucionais Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 277 Resguarda se a Lei Maior de normativas que poderiam incluir disposi es org nicas diferentes das previstas no texto origin rio determinando se que as normas material mente constitucionais mas n o formalmente constitucionais disponham de um regime constitucional diferenciado regras de altera o d
116. n o estabeleceu restri es terceiriza o de acordo com a atividade a ser repassada a terceiros A aus ncia de normatiza o referente terceiriza o pode ser expli cada pelo contexto do diploma celetista Como sabido a terceiriza o come ou a se consolidar apenas nos anos 70 N o seria plaus vel exigir Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 177 que a CLT em 1943 possu sse originariamente artigos dispondo acerca da terceiriza o como bem expressa Jos Pastore 2008 p 119 Essa nova realidade do mundo da produ o surgiu depois da CLT As leis trabalhistas do Brasil foram cunhadas antes do aparecimen to do computador e antes do surgimento do setor de TI Tecnologia da Informa o que se baseia fundamentalmente no talento humano e em profissionais que atuam das mais variadas formas Muitos trabalham em casa criando sistemas outros trabalham em empresas implantando programas Alguns trabalham de forma intermitente outros de forma cont nua E quase todos fogem do v nculo empregat cio porque este n o se adapta sua rotina de trabalho A CLT preocupou se em reger t o somente as rela es bilaterais entre empregado e empre gador ao passo que a terceiriza o ostenta uma fra o consider vel de situa es trabalhistas no dia a dia Ocorre que essa rela o de m o de obra n o se enquadra na tradicional classi fica o aduzida pela CLT visto que as rela es existentes no mbito da t
117. na rea iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capaci tada a desempenhar os encargos de execu o BRASIL 1967 A reda o dada ao par grafo anterior induz a administra o p blica a recorrer ao desempenho indireto das tarefas executivas mediante contra to sem especificar contudo quais atividades especificamente poderiam ser pass veis de execu o por terceiros como bem salientou Maur cio Godinho Delgado 2009 p 411 Na medida em que a administra o estatal est submetida ao princ pio da legalidade e na medida em que surge lei determinando o procedimento de descentraliza o dos encargos de execu o aventados pelo Dec Lei n 200 resta claro que um certo conjunto de tarefas enfrentadas pelos entes estatais poderia ser efetuado atrav s de empresas concretizadoras desse servi o portanto mediante terceiriza o A d vida que se mantinha situava se quanto extens o da terceiriza o autorizada na administra o p blica isto o grupo de tarefas atividades e fun es que poderiam ser objeto de procedimento terceirizante Dessa forma embora tenha incentivado a pr tica descentralizadora de realiza o das atividades p blicas o decreto lei n o definiu as atividades ou dentro de quais limites essa pr tica ocorreria n o mencionando em nenhum momento a restri o da terceiriza o s atividades meio nem mesmo para a administra o p blica 2 3 A Lei n 6 019 de 3 de janeiro
118. nada nesse mbito final Segundo ele como o registro hist rico amplamente compro va a Corte n o final tampouco infal vel De cis es judiciais mant m se inatingidas apenas na medida em que o Congresso o Presidente e o p blico em geral consideram as decis es convincentes razo veis e aceit veis FISHER 1988 p 244 tradu o nossa Por sua vez Keith Whittington 2007 retira toda essa aura m gica que circunda a no o de ltimo int rprete ou detentor da ltima palavra dizendo cla ramente e com v rios exemplos que o c lculo estrat gico de l deres pol ticos estabeleceu a funda o pol tica da supremacia judicial e que por isso se a supremacia judicial n o pode ser simplesmente assumida como algo que exista ent o ela deve ser politicamente constru da WHITTINGTON 2007 p 5 tradu o nos sa Ran Hirschl 2007 para completar essa compreens o afirma que uma perspectiva realista sugere que a judicializa o da pol tica largamente uma fun o de escolhas concre tas interesses ou considera es estrat gicas de atores pol ticos autointeressados HIRSCHL 2008 p 136 tradu o nossa e que na verdade muito desse processo decorre da premissa de que delegar a autoridade de fazer pol tica para as cortes pode ser um meio eficiente de trans ferir responsabilidade e portanto reduzir seus riscos dos pol ticos e do aparato institucional em
119. no t pico anterior resultaria em uma maior aceita o dessa assun o de poder pela Suprema Corte Ao se fazer essa an lise contudo as conclus es parecem desmentir a pompa que normalmente carregam as falas dos Ministros do Supremo Tribunal Federal antes indicadas Primeiramente vale o registro hist rico de que principalmente nos ltimos anos houve sim uma amplia o dos poderes do STF no que diz respeito a sua compet ncia para objetivar resultados de suas decis es de modo a atingir o maior n mero de pessoas Em outras palavras vis vel um processo argumentativo em prol da abstra o de seus julgados embora isso n o necessariamente tenha se dado por uma amplia o dos julgamentos em sede de controle abstrato Verificou se que seja por via das modifica es legislativas seja por interm dio de altera es jurisprudenciais o STF tem ampliado seu campo de atua o S o v rios os exemplos 1 a cria o da A o Declarat ria de Consti tucionalidade ADC pela Emenda Constitucional n 3 93 com s rias Embora seja conclu do de outra forma por parcela da doutrina VIANNA BURGOS SALLES 2007 empiricamente verifica se que n o correta a afirma o de que houve um crescimento do n mero de A es Diretas de Inconstitucionalidade de 1988 at hoje Ao contr rio elas t m se mantido relativamente est veis com algumas varia es pontuais no n mero de duzentas a es por ano COSTA BENVINDO 20
120. o da impetra o BRASIL 2003 Por ltimo pela reda o do 9 do art 4 da Lei n 8 437 1992 depreende se que a suspen s o concedida pelo Presidente do tribunal ter efic cia at o tr nsito em julgado da decis o de m rito do mandado de seguran a Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 163 5 Disposi es do C digo de Processo Civil Em considera o altera o do panorama atual da legisla o pro cessual que regula a concess o de efeito suspensivo ao recurso de agravo de instrumento necess rio averiguar a relev ncia da perman ncia do instituto da suspens o de liminar em mandado de seguran a ante as mo difica es realizadas desde a sua cria o pelo art 13 da Lei n 191 1936 5 1 Dos processos nos tribunais A ordem dos processos nos tribunais estabelecida no art 547 e seguintes do CPC influi diretamente na avalia o da compet ncia para julgar a pretens o de suspens o de seguran a Conforme o disposto no CPC os autos remetidos ao tribunal ser o registrados no protocolo distribu dos de acordo com o estabelecido nos respectivos regimentos internos e encaminhados em 48 horas ao relator do recurso Importante ressaltar que o relator tem contato direto com o processo ciente portanto de todos os fatos ocorridos e de todas as alega es aduzidas pelas partes raz o pela qual realizar nos pr prios autos a exposi o dos pontos controvertidos relativos ao recurso interp
121. o constitucional e 4 servem de par metro material de interpreta o e vincula o dos poderes p blicos eb fundamentalidade material que vincula o conte do dos direitos fundamentais s estruturas b sicas do Estado e da sociedade A fundamentalidade material permite a abertura material dos direitos fundamentais mas n o necessariamente constitucionalizando os Portanto trata se de direitos materialmente mas n o formalmente fundamentais cabendo lhes apenas alguns aspectos do regime jur dico inerente fundamentalidade formal CANOTILHO 2003 p 379 Portanto em conjunto segundo Gomes Canotilho 2003 positiva o constitucionaliza o e fundamentalidade formal est o relacionadas e as duas ltimas identificam se A fundamentaliza o material no entanto n o constitucionaliza positiva os direitos fundamentais de conte do an logo aos fundamentalizados formalmente ou constitucionalizados 25 interessante notar que Canotilho 2003 p 378 cita Robert Alexy 2008 como a fonte do sentido de fundamentaliza o Contudo a conceitua o de fundamentalidade de Alexy 2008 n o corresponde inteiramente ao exposto por Canotilho 2003 Alexy 2008 postula que existem dois modelos poss veis de formata o das Constitui es um modelo puramente procedimental e um modelo puramente material Para Alexy 2008 uma Constitui o n o pode ser totalmente procedimental uma vez que o legislador po deria editar qualqu
122. o da express o 8 32 do 1 EMC 48 2005 F6 As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal promulgam nos termos do 8 3 do art 60 da Constitui o Federal a seguinte Emenda ao texto constitucional v rgula separando sujeito do predicado 1 EMC 12 1996 F7 A Mesa do Congresso Nacional nos termos do art 60 da Constitui o Federal combi nado com o art 3 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias promulga a seguinte emenda constitucional 6 EMR 1 1994 EMR 2 1994 EMR 3 1994 EMR 4 1994 EMR 5 1994 EMR 6 1994 Refer ncias ALMEIDA Marta Tavares de A contribui o da leg stica para uma pol tica de legisla o concep es m todos e t cnicas In Leg stica qualidade da lei e desenvolvimento Belo Horizonte Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais 2007 BRASIL Decreto Lei n 4 657 de 4 de setembro de 1942 Lei de Introdu o ao C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 4 set 1942 Lei n 5 172 de 25 de outubro de 1966 Disp e sobre o Sistema Tribut rio Nacional e institui normas gerais de direito tribut rio aplic veis Uni o Estados e Munic pios Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 12452 27 out 1966 Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado Federal 1988 Emenda Constitucional n 1 de 31 de mar o de 1992 Disp e sobre a remunera o dos De
123. o de OGM na agricultura esse tipo de debate parece ultrapassado pois os seus impactos dependem das condi es de sua utiliza o Uma an lise retrospectiva relativa ao algod o geneticamente modificado pela inje o de um gene Bt para re Empresa multinacional de origem americana l der mundial em biotecnologia aplicada agricultura O poder econ mico dessa empresa em parte ligado comercia liza o de um herbicida base de glifosato que possui o nome comercial de RoundUp 30 Revista de Informa o Legislativa sistir a algumas pragas indica que as diferen as de efici ncia e de rentabilidade entre os pa ses s o atribu das s diferentes condi es t cnicas e econ micas de utiliza o FOK 2006 Essa vis o confirmada pela s ntese de Smale Zam brano e Cartel 2006 que analisa as insufici ncias metodol gicas das avalia es realizadas durante dez anos de comercializa o dos OGM na agricultura No que concerne a um pa s por exemplo a ndia os impactos da utiliza o do algod o Bt variam muito em fun o da acei ta o das condi es econ micas de utiliza o pelos diversos produtores MORSE BENNET ISMAEL 2007 Na China a efic cia t cnica e a rentabilidade do algod o Bt s o questionadas WANG JUST PINSTRUP ANDERSEN 2008 porque as novas pragas atingiram um certo li mite de nocividade econ mica o que provocou aumento dos pre os das sementes Os impactos
124. o de 1988 Reza o 1 do art 17 da Constitui o de 1988 com a reda o dada pela Emenda Constitucional n 52 de 2006 Art 17 1 assegurada aos partidos pol ticos autonomia para definir sua estrutura interna organiza o e funcionamento e para adotar os cri t rios e o regime de suas coliga es eleitorais sem obrigatoriedade de vincula o entre as candidaturas em mbito nacional estadual distrital ou municipal devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partid ria Como se observa a Constitui o de 1988 remete a regulamenta o do instituto para os estatutos partid rios com a exclus o da possibilidade de perda do mandato em raz o da infidelidade partid ria dizer o texto constitucional n o obriga a perman ncia do agente pol tico do Poder Legislativo ou do Poder Executivo no partido sob cuja legenda foi eleito nem prev qualquer penalidade para a troca de partidos Ao rev s at pro be a perda do mandato por infidelidade partid ria quando no seu art 15 declara vedada a cassa o de direitos pol ticos s admitidas a perda e a suspens o deles nos casos expressamente indicados no mesmo artigo 116 Revista de Informa o Legislativa Ademais a Constitui o de 1988 ao dispor sobre as condi es de elegibilidade determina no seu art 14 3 V a filia o partid ria como uma das exig ncias para o cidad o postular a candidatura a qual
125. o de micro pequenas e m dias empresas no com rcio exterior Consideramos como a o fundamental para a simplifica o e agilidade no registro de empresas mercantis a implanta o de Centrais de Atendimento Empresarial Sistema F cil nos demais estados da Federa o com o fim de reunir todos os rg os envolvidos no pro cesso de registro e legaliza o de empresas em um mesmo local o que reduzir o caminho a ser percorrido pelos interessados Atualmente existem Centrais F cil nas seguintes localidades Macei e Arapiraca em Alagoas Bras lia no Distrito Federal Colatina no Esp rito Santo Boa Vista em Roraima e Aracaju em Sergipe 3 3 Comit Gestor Intergovernamental Uma importante quest o referente unifica o cadastral diz respeito ao rg o respons vel Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 305 pela administra o do cadastro unificado A administra o do cadastro por rg o federal dificulta a nosso ver a viabilidade da proposta sendo mais palat vel a sua gest o por rg o que conte com representantes federais estaduais distritais e municipais Desse modo poderia ser previsto em sede constitucional que a lei federal dispusesse sobre a administra o do cadastro especialmente a composi o e compet ncia do Comit Gestor Intergovernamental Uma iniciativa poss vel no mbito da mi croempresa e da empresa de pequeno porte a altera o da Lei Complementar n 123 de 2006 com o
126. o de obriga es outras n o prescritas no contrato s o caracter sticas inerentes ao fen meno obrigacional civil Dessa forma defender cl usulas n o enumeradas obriga es n o previstas porque ficaram de fora obriga es que se esgotam no sentido literal das cl usulas previstas e interpreta o que atribua sentido vontade das partes faz sentido no mbito de rela es jur dicas entre particulares e n o na rela o de garantia de direitos fundamentais Isso explica por exemplo a utiliza o da terminolo gia cat logo de direitos fundamentais por boa parte dos autores nacionais Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 289 No entanto o que est em jogo quando tratamos de direitos fundamentais n o uma refer ncia a poss veis esp cies que possam ou n o ser inclu das em um g nero maior de direitos fundamentais j positivados mas sim uma quest o de intepreta o Ou seja quando falamos nos direitos fundamentais n o estamos pensando em posicionar express es textuais em categorias de refer ncia mas sim na busca da melhor interpreta o acerca de determinados direitos fundamentais e do que eles significam para o sistema constitucional como um todo no intuito de garanti los de maneira igualit ria Como alertou B ckenf rde 1993 as disposi es sobre direitos fundamentais s o f rmulas que indicam preceitos principio l gicos os quais carecem em si mesmos de um sentido interpretativo m
127. o do aborto volunt rio s o situa es que agravam o equil brio ps quico feminino Os servi os do SUS por m n o est o equipados para prestar essa assist ncia integral mulher levando se em conta os componentes de desigualdade social e a import ncia da contracep o na preserva o de sua sa de f sica e mental A contracep o de emerg ncia por exemplo mesmo sendo objeto de norma do Minist rio da Sa de cuja efic cia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina na preven o da gravidez indesejada tem pouca divulga o e prescri o nos servi os de sa de A esteriliza o volunt ria tamb m regulamentada por portaria do Minist rio da Sa de n 144 outro exemplo de procedimento n o amplamente realizado persistindo obst culos ao acesso na rede p blica AQUINO 2009 p S198 Muitos estudos procuram detectar os efeitos negativos do aborto volunt rio no estado de bem estar psicol gico da mulher H resultados que indicam a exist ncia de per odos de depress o e ansiedade ap s a realiza o do aborto Esses estudos todavia costumam n o considerar outros dramas psicol gicos inerentes hist ria de vida da mulher como eventuais experi ncias de abuso na inf ncia viol ncia do parceiro e 140 Revista de Informa o Legislativa outros fatores de risco que obviamente contri buem para o desenvolvimento dos transtornos mentais observados na fase p s aborto O
128. o do poder institucional t m atarefa de definir o conte do dos direitos sociais a exemplo do que se faz em mat ria de direitos civis e de normas abstratas em geral ABRAMOVT CH COURTIS 2004 p 122 124 Grosso modo dessa atividade criativa do direito depende a efic cia do sistema jur dico E n o s o Poder Legislativo que pode vir a omitir se na elabora o de leis que abram o caminho para a aplica o dos direitos fundamentais sociais aos fatos da vida tamb m a administra o p blica pode omitir se na formula o de pol ticas p blicas adequadas e na execu o daquelas j formuladas Por outro lado a atu a o da administra o p blica pode ser obstaculizada pelo conte do de leis vigentes distanciadas da realidade social que por n o serem revistas imp em impedimentos realiza o de medidas a elas contr rias Outras duas categorias normativas comp em a reflex o atinente garantia da seguran a jur dica na prote o dos direitos sociais Trata se dos conceitos de reserva do poss vel e de m nimo existencial Essas duas categorias se autolimitam isto a primeira fornece par metros para a restri o dos direitos sociais quando isso se mostrar necess rio enquanto a segunda indica uma medida m nima de implementa o desses direitos tal medida n o poderia ser negada sob pena de afronta direta dignidade existencial Em linhas gerais a reserva do poss vel um
129. o entendimento do T ST excetuando se t o somente os casos em que houvesse legisla o expressamente prevendo sua possibilidade Logo a terceiriza o quer na atividade meio quer na atividade fim era il cita formando se v nculo empregat cio diretamente com o tomador dos servi os Foi ent o aprovado o enunciado sumular 331 do TST que veio para revisar a anterior S mula 256 A nova s mula continuou a estabelecer a ilicitude das terceiriza es como regra geral acrescentou por m ao rol das terceiriza es l citas o trabalho tempor rio os servi os de vigi l ncia conserva o e limpeza e a terceiriza o ligada atividade meio 182 Revista de Informa o Legislativa do tomador desde que inexistente pessoalidade e subordina o direta Determinou tamb m a responsabilidade subsidi ria do tomador de ser vi os quanto ao inadimplemento das obriga es trabalhistas Ainda que por previs o constitucional do artigo 22 I seja compet n cia privativa da Uni o legislar sobre Direito do Trabalho foi desse modo que surgiu o par metro diferenciador das terceiriza es por interm dio da S mula 331 do TST que em seu inciso III possibilitou a terceiriza o dos servi os de conserva o e limpeza e de servi os especializados ligados atividade meio do tomador uma vez que os servi os tempor rios e de vigil ncia j possu am anterior previs o legal Visto que a express o atividade meio inserta n
130. o no cadastro de contribuintes foi objeto de projeto de lei j aprovado pelo Parlamento mas a iniciativa foi vetada pelo Presidente da Rep blica O texto do projeto que resultou na Lei n 11 598 de 2007 REDESIM aprovado pela C mara dos Deputados e pelo Senado Federal previa no art 7 inciso V que para os atos de registro inscri o altera o e baixa de empres rios ou pessoas jur dicas n o poderia ser exigida a comprova o da regularidade de obriga es tribut rias previdenci rias ou trabalhistas principais ou acess rias do empres rio da sociedade dos s cios dos administradores ou de empresas de que participem sem preju zo da responsabilidade de cada qual pelas obriga es apuradas antes ou ap s o ato de extin o O projeto aprovado dispensava ainda a apresenta o de certid es negativas no registro dos empres rios e das pessoas jur dicas com a revoga o do inciso V do caput do art 1 do Decreto Lei n 1 715 de 22 de novembro de 1979 e do inciso III do caput do art 1 da Lei n 7 711 de 22 de dezembro de 1998 exig n cia de prova de quita o de tributos multas e outros encargos fiscais cuja administra o seja da compet ncia do Minist rio da Fazenda da al nea e do caput do art 27 da Lei n 8 036 de 11 de maio de 1990 exig ncia de apresenta o do Certificado de Regularidade do FGTS da al nea d do inciso I do caput do art 47 da Lei n 8 212 de 24 de julho de
131. o que n o se efetiva sem o ofereci mento de servi os de sa de p blica ao alcance da popula o de baixa renda Nos artigos 196 e 197 a Carta Maior imp e o car ter universal e integral do direito sa de e o dever prestacional do Estado de promover sua realiza o mediante a es p blicas N o poss vel ent o dissociar o direito sa de do princ pio da igualdade material o que cria obriga es ao poder p blico no sentido de solucionar as demandas sociais provenientes dos interesses e das necessidades muitas vezes conflitantes dos diversos grupos comunit rios Nessa perspectiva foi institu do no pa s o Sis tema nico de Sa de SUS Lei 8 080 90 de 19 9 90 recepcionada pelo art 198 da CF cuja meta proporcionar tratamento de sa de integral e gratuito a toda a popula o In meras s o as dificuldades apresentadas na gest o financeira dos servi os do SUS muitas vezes por precariedade de recursos ANDRADE 2011 p 5 6 Visando suprir essas dificuldades a Emenda Constitucional n 29 de 13 9 2000 modificou o art 198 da CF para dispor que a sa de p blica deve ser financiada com recursos do or amento da seguridade social com a contribui o de todos os entes 1 Sobre o processo de implementa o do SUS e os princ pios tico pol ticos do programa ver Caminhos do Direito Sa de no Brasil BRASIL 2007 p 7 10 federativos O problema que o financiamento p blico destinad
132. o s o os cul posos conforme determina o par grafo nico do artigo 18 do C digo Penal segundo o qual salvo os casos expressos em lei ningu m pode ser punido por fato previsto como crime sen o quando o pratica dolosamente Dessa forma s haver crime culposo quando expressamente previsto em lei Com rela o pessoa jur dica fazemos uma ressalva para a impossibilidade de este ente ser punido culposamente Esse foi o entendimento proferido pela 5 Turma do TRF da 2 Regi o no julgamento do Mandado de Seguran a n 2001 02 01 046636 8 MANDADO DE SEGURAN A CRIME AMBIENTAL PESSOA JUR DICA LEI N 9 605 98 Aus ncia de normas disciplina doras do processo penal na Lei n 9 605 98 N o h ilegalidade face o artigo 79 desse diploma que prev aplica o subsidi ria do C P C Pessoa jur dica r no processo penal onde se lhe responsabiliza por crime ambiental Em n o tendo a infra o sido co metida por decis o do seu representante legal ou contratual ou de seu rg o colegiado no interesse ou benef cio de entidade art 3 da Lei 9605 98 mas tratando se de acidente que em nada beneficiou a pessoa jur dica n o h justa causa para a a o penal A o penal trancada por maioria de votos em rela o Petrobr s Mandado de seguran a concedido Destarte deve se analisar qual o escopo do ente coletivo se foi constitu do com a finali dade preponderante de causar danos ao meio
133. o s o simples preciosismos ou diletantismo acad mico mas disciplinas que ganham espa o e import n cia ao demonstrar que erros na forma de textos legislativos podem trazer inseguran a jur dica e impedir que o texto legal cumpra integralmente seu papel Em 25 anos a Constitui o Federal foi alterada por 77 emendas e por 6 emendas de revis o De acordo com o 2 do art 60 da Constitui o Federal cada emenda discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos considerando se aprovada se obtiver em am bos tr s quintos dos votos dos respectivos membros BRASIL 1998 Se os casos aqui relatados aconteceram em um processo legislativo com dois turnos e aprova o por qu rum de tr s quintos provavelmente a quan tidade de casos semelhantes no processo legislativo ordin rio maior A es pr ticas para minimizar esses erros podem integrar o processo legislativo como a confer ncia do texto publicado no peri dico oficial Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 231 Anexo Quadro de Ementas Emenda Ementa A o Tema EMC 1 1992 Disp e sobre a remunera o dos Deputados Estaduais e dos Vereadores X EMC 2 1992 Disp e sobre o plebiscito previsto no art 2 do Ato das Disposi es X Constitucionais Transit rias EMC 3 1993 SEM EMENTA n a n a EMC 4 1993 D nova reda o ao art 16 da Constitui o Federal X
134. objetivo de criar uma esp cie de Comit Gestor espec fico para tratar do cadas tro nacional nico de contribuintes composto por dois representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil um representante dos estados e do Distrito Federal possivelmente indicado pelo Conselho Nacional de Pol tica Fazend ria e um dos munic pios possivelmente indicado pela entidade representativa das Secretarias de Finan as das Capitais ou pelas entidades de representa o nacional dos munic pios brasi leiros visando a tornar realidade o comando constitucional de cadastro nacional nico de contribuintes 4 Certid o negativa no fechamento de empresas A unifica o cadastral diminui a dificuldade para fechar uma empresa nos diversos rg os fiscais No momento da abertura da empresa o empreendedor geralmente est otimista em rela o ao sucesso do neg cio Por ocasi o do seu fechamento muitas vezes mostrar se arrependido especialmente se as expectativas iniciais n o tiverem sido realizadas da maneira como foram idealizadas Uma importante quest o relacionada unifica o dos cadastros diz respeito exig ncia 306 Revista de Informa o Legislativa de documentos para a extin o da empresa especialmente no que tange apresenta o de certid o negativa de tributos A baixa de inscri o do empres rio individual ou da sociedade empres ria sem a apresenta o desse documen to no Registro de Empresas e n
135. obra de Freitas 2006 p 7 Crime contra a fauna Princ pio da insig nific ncia Abatimento de animal silvestre Conduta que n o afetou potencialmente o meio ambiente e n o colocou em risco a fun o ecol gica da fauna TRF da 3 Reg Rel Des Aric Amaral RT 747 778 Em contrapartida h aqueles que defendem com veem ncia a n o aplica o desse princ pio 260 Revista de Informa o Legislativa Nos crimes contra a fauna o juiz deve pro piciar ao infrator a possibilidade de transa o Lei n 9 099 95 art 76 e n o rejeitar a den ncia atribuindo ao fato insignific ncia sem qualquer an lise das consequ ncias da a o delituosa sobre o ecossistema e a cadeia alimentar TRF da 4 Reg Rel Des Vladimir Freitas Revista de Direito Ambiental 15 269 FREITAS 2006 p 8 Diante do exposto o princ pio da insig nific ncia deve ser aplicado com parcim nia principalmente porque as penas previstas na Lei dos Crimes Ambientais s o leves e admitem suspens o e transa o do processo 2 1 Norma penal em branco e tipo penal aberto Enquanto a maioria das leis penais s o completas por si pr prias algumas precisam ser preenchidas por outras No caso da Lei dos Crimes Ambientais a descri o do com portamento do agente conceitos t cnicos e a disposi o de algumas normas fizeram com que esses dispositivos nos remetessem a outras legisla es Os doutrinadores definem isso como norm
136. os repre sentantes e at mesmo os eleitores A primeira consequ ncia por bvio tem sido a brutal frenagem nas intensas trocas de partidos que como salientado marcaram a pol tica brasileira desde a redemocratiza o do pa s tendo sido muitas das vezes motiva das por interesses pessoais em detrimento da soberania popular e da representatividade do sistema pol tico A PEC n 4 de 2007 foi arquivada no final da legisla tura passada tendo sido desarquivada na atual por decis o do ent o Presidente da C mara dos Deputados deputado Marco Maia PT RS a requerimento do deputado Silvio Torres PSDB SP Com a frenagem das frequentes trocas de legenda vistumbra se a segunda consequ ncia a reaproxima o entre o sistema partid rio e o sistema eleitoral o que tem implicado uma maior representatividade no sistema pol tico brasileiro Com efeito a perman ncia dos mandat rios nos partidos tem evitado o dis tanciamento entre as bancadas do in cio e do final das legislaturas possibilitando o acompa nhamento pelos eleitores dos representantes que elegeram e assim o julgamento de suas atua es A terceira consequ ncia que se vislumbra o refor o identidade partid ria percebida especialmente nas ltimas elei es visto que a perman ncia do eleito no partido identifica o candidato com o programa e os objetivos parti d rios o que acaba influenciando a escolha do eleitor no momento da vota
137. p 150 A Constitui o Federal em seu art 5 XLVI adota as seguintes esp cies de pena a priva o ou restri o da liberdade b perda de bens c multa d presta o social alternativa e e sus pens o ou interdi o de direitos De acordo com tal preceito com exce o da al nea a que voltada exclusivamente pes soa natural perda de bens multa presta o social alternativa e penas restritivas de atividade suspens o ou interdi o de direitos s o pass veis de aplica o tanto em face da pessoa f sica quanto da pessoa jur dica Entretanto a pr pria Constitui o no 5 do art 173 veda a possi bilidade de a pessoa jur dica figurar como r Assim de acordo com o art 5 XLV da Lei Maior que trata do princ pio da personalidade da pena a san o penal estaria ligada somente pessoa f sica nenhuma pena passar da pessoa do condenado podendo a obriga o de reparar o dano e a decreta o do perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas at o limite do valor do patrim nio transferido O desrespeito a esse artigo iria tamb m de encontro ao princ pio da isonomia previsto no art 5 caput da Carta Magna Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade
138. p blico privadas en tre diversas outras visam a garantir simultanea mente a lisura na gest o p blica e a observ ncia dos direitos fundamentais dos administrados Ademais ensejam a desej vel estabilidade das rela es jur dicas com a garantia de m nimas 8 Revista de Informa o Legislativa certeza e previsibilidade na reg ncia da vida social consubstanciando a necess ria seguran a que pretendem os sujeitos para projetarem e empreenderem sem os riscos de surpresas ou de abalos em suas atividades sociais profissionais e econ micas Nos termos do artigo 37 da Constitui o Federal figuram como princ pios constitu cionais da Administra o P blica ao lado da legalidade a impessoalidade a moralidade a publicidade e a efici ncia Tradicionalmente os administrativistas muito se debru aram sobre os tr s primeiros pouco aprofundando os estudos sobre as implica es do princ pio da efici ncia acrescentado Constitui o pela Emenda n 19 1998 A prop sito o professor Celso Ant nio Bandeira de Mello 2006 p 118 ao tratar desse princ pio afirma que se trata de conceito juri dicamente t o fluido e de t o dif cil controle ao lume do Direito que mais parece um simples adorno agregado ao art 37 ou o extravasamento de uma aspira o dos que buliram no texto Por sua vez Jos dos Santos Carvalho Filho 2009 p 28 sustenta que a inclus o do princ pio que passou a ser expresso
139. palavra que acarretar a delega o do exerc cio dessa cidadania que dial gica discursiva inclusiva nesse aprendizado com o Outro no di logo com o Outro na inclus o do Outro que se faz o constitucionalismo e se afirma a democracia N o o mon logo de cima n o s o os acordos pol tico estrat gicos que o moldam Somos n s e apenas n s esse enfim o maior aprendizado de nossa democracia nesses vinte e cinco anos Que venham tantos outros Refer ncias AGRESTO John The Supreme Court and constitutional democracy Cornell Cornell University 1984 ALEXY Robert Balancing constitutional review and representation International Journal of Constitutional Law Oxford v 3 n 4 p 572 581 2005 Constitutional rights balancing and rationality Ratio Juris Oxford v 16 n 2 jun 2003 Theorie der Grundrechte Frankfurt am Main Suhrkamp 1994 Theorie der juristischen Argumentation die Theorie des rationalen Diskurses als Theorie der juristischen Begr ndung Frankfurt am Main Suhrkamp 1983 BENVINDO Juliano Zaiden On the limits of constitutional adjudication deconstructing balancing and judicial activism New York Springer 2010 Ativismo judicial no Supremo Tribunal Federal um debate sobre os limites da racionalidade In GUERRA Luiz Org Temas contempor neos do direito homenagem ao bicenten rio do Supremo Tribunal Federal Bras lia Guerra 2011 92 Revista de Informa
140. pessoais e mesquinhos Aqui vale o registro 88 Revista de Informa o Legislativa novamente de outra fala do Ministro Gilmar Mendes A Corte Constitucional existe para tomar as decis es mais racionais TORRES 2008 A quest o central refere se elabora o de uma legitima o que se faz pelo discurso ra cional como uma representa o argumentativa ALEXY 2005 p 578 79 O problema que se apresenta por m como j defendi amplamen te em outras oportunidades BENVINDO 2010 2011 n o se atentar para os inerentes limites dessa pretensa racionalidade Ao n o se faz lo a t o desejada cis o entre t cnica racionalidade m todo de um lado e pol tica irracionalidade e caos do outro torna se mera ret rica vazia No final a atua o da jurisdi o constitucional n o parece t o diversa daquela pr pria do parlamento o que coloca assim por terra toda essa aura de algo mais puro no mbito da defesa dos princ pios democr tico constitucionais e torna ainda mais complicada a rela o entre os Poderes No intuito de ser direto e sucinto sobre essa quest o o grande problema que acompa nhando esse desiderato de amplia o de poder agora sob o vi s da persuas o argumentativa por interm dio de t cnicas tidas como racio nais na resolu o de problemas o Supremo Tribunal Federal tem ampliado a ado o de uma compreens o de direitos que parece n o
141. pode ria corresponder a mais que uma situa o de ganhador perdedor O ac rd o de apela o significou que os atores com uma imagem obs curecida da utiliza o do SRR tinham perdido Esse resultado excluiu os atores do sistema cuja governan a continua a evoluir sobretudo para definir as regras pr ticas de sua utiliza o pelos produtores Figura 4 Sistema social durante a lenta legaliza o do SRR 1999 2004 Syst me social 1 Ca ONG Neo Greenpeace IDEC 4 Pr sidence S Pouvoir ex cutif Pouvoir Min public judiciaire Producteurs Biotech Co Monsanto PAS Er Producteurs N semences i Obtenteurs Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo Sistema social subsistema de decis o Presid ncia Poder Executivo Minist rio P blico Poder Judici rio Poder Executivo Poder Legislativo Produtores Produtores de sementes piratas Produtores de sementes Obtentores 4 4 Ajustamento da governan a da autoriza o comercial dos OGM O papel do Poder Judici rio foi primordial na autoriza o definitiva da comercializa o do SRR Seria no entanto incorreto limitar esse pa pel a uma batalha jur dica que deu a vit ria de uma parte sobre a outra Na realidade as an lises e os argumentos desenvolvidos durante os dois julgamentos tiveram o efeito de influenciar a nova Lei de Biosseguran a adotada em 2005 cujo pre mbulo
142. pol tica pr prio do parlamento volta se para os interesses mais mesquinhos e pessoais No caso a associa o imediata no o de uma retalia o do parlamento atua o crescente do STF em temas sens veis tal como a pr pria decis o proferida pelo Ministro Gilmar Mendes aqui examinada foi interpretada como um sinal t pico de um agir antidemocr tico e desastroso em rela o s conquistas alcan adas desde a democratiza o Aqui aparece a conex o que se far entre o discurso e a hist ria A pressuposi o de que o desacordo pol tico sobre direitos pode ser mais corretamente decidido por uma corte de justi a no caso pelo Supremo Tribunal Federal n o obviamente tranquila Muitas vezes como j defendi em outra oportunidade BENVINDO 2010 p 83 essa percep o consequ ncia de um processo de transi o de um per odo auto rit rio para um per odo que se quer fazer demo cr tico sobretudo quando se tem um v cuo de legitimidade discursiva no terreno dos direitos Esse sintoma tamb m foi sentido em alguma medida em outras realidades como se obser vou na democracia alem que caminhou para a consolida o de um tribunal constitucional que age como superego da sociedade MAUS 1989 ou como um forte rg o centralizador de quest es constitucionais exatamente com o intuito de evitar qualquer intento antidemocr tico especialmente quando os demais Poderes assim fracassaram no passado FANGM
143. pontilhados a dimens o local poss vel ver claramente que antes da utiliza o do SRR a governan a da utiliza o dos OGM era p blica pois somente os atores p blicos estavam envolvidos na determina o das regras Essas regras tratam da pesquisa sobre os OGM da autoriza o de sua comercializa o da decis o sobre a realiza o de estudos de impactos ambientais e da etiquetagem dos produtos contendo os OGM 4 Autoriza o da soja SRR dada sob uma longa e amarga disputa 4 1 Fase de utiliza o ilegal antes da autoriza o A difus o do SRR foi muito r pida no Rio Grande do Sul RS desde a sua introdu o ilegal No in cio do ano 2000 o SRR j cobria provavel mente a totalidade da superf cie de soja nesse estado apesar da oposi o do governador O RS se posicionou contrariamente aos OGM Ele queria erradicar o SRR de sua jurisdi o por meio do controle dos campos de soja transg nica e se fosse o caso da destrui o desses campos Esse desejo do Executivo local n o foi suficiente em raz o da vontade dos produtores de utilizar o SRR bem como da alian a de ONGs locais favor veis aos OGM e da maioria parlamentar que era do partido oposto ao do go vernador Essa maioria conseguiu adotar uma lei que transferia o poder de controle dos campos Uni o lei que foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal STF No mbito federal o Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento Mapa n
144. por ser fonte de seguran a jur dica inerente ao Estado Democr tico de Direito deve eliminar as contradi es tanto no ato de sua elabora o como posteriormente em sede de sua aplica o Isso porque conforme entendimento de Reale 1996 p 168 a ideia de justi a est intimamente ligada de ordem No pr prio conceito de justi a inerente uma ordem que n o pode deixar de ser reconhecida como valor mais urgente encontrado na raiz da escala axiol gica mas degrau indispens vel a qualquer aperfei oamento tico Por sua vez a coer ncia do ordenamento jur dico deve ser pautada nos princ pios da n o contradi o ou da unicidade A garantia de que um fato tra tado pela norma de uma s forma postulado essencial para a seguran a jur dica Assim ante a multiplica o das leis obser va se que o fen meno da antinomia inerente ao sistema jur dico raz o pela qual neste cap tulo ser o demonstradas suas esp cies e m todos de solu o Para que seja constatada a exist ncia de antinomia jur dica os seguintes requisitos devem ser observados a ambas as normas devem ser jur dicas b devem estar vigentes e integrantes de um mesmo ordena mento c devem ser expedidas por autoridades competentes dentro de nico mbito normativo e aplic veis ao mesmo sujeito d deve haver contradi o No que tange sua classifica o ressalte se a diferen a entre antinomias reais e aparentes S o
145. poss veis entre esse desenvolvimento e a hist ria Nesse aspecto entra fortemente a compreens o da temporalidade como desconstru o de verdades como ataque direto ao dado a uma fac ticidade que n o se deixa desvendar A preocupa o revelar o que se quer fazer oculto por tr s desse discurso e nesse ponto a hist ria tem muito a dizer Em sintonia com o que foi at agora apresentado a hist ria complementa significativamente a percep o de que no mbito de uma Vale tamb m destacar outras duas grandes obras que questionam a supremacia do Judici rio Para tanto Jackson 1941 e Agresto 1984 80 Revista de Informa o Legislativa disputa pol tica constante entre os Poderes e n o harmonia como j se afirmou falacioso sustentar sem maior an lise cr tica que o Ju dici rio tem a primazia da ltima palavra no Direito at mesmo no mbito dos desacordos pol ticos sobre direitos A tese a ser defendida que a pr pria constru o argumentativa de algum Poder detentor da ltima palavra por si s uma afirma o que aparece como discurso por mais poder At porque n o existe em uma democracia constitucional que prima pela cidadania um rg o que possa arvorar se o de tentor da ltima palavra Entretanto o processo hist rico brasileiro nesses vinte e cinco anos de constitucionalismo consubstanciou essa premissa O caminho agora desconstru la 4 Entre
146. principalmente nas zonas rurais e foi editada h mais de vinte anos Por isso n o se pode acolher a tese do erro de proibi o TRF da 3 Reg Rel Desa Ramza Tartuce Revista de Direito Ambiental 15 267 FREITAS 2006 p 3 Assim a aplica o de toda e qualquer excludente de culpabilidade deve ser condicionada a uma profunda an lise do magistrado para que assim os que agem de m f n o se esquivem de uma eventual puni o 2 4 Imputabilidade Sempre que pudermos atribuir ao agente uma infra o penal esta remos diante de uma imputabilidade Com rela o s pessoas jur dicas temos que levar em conta sua exist ncia como ente capaz de adquirir direitos e contrair obriga es Dessa forma satisfeitos os requisitos legais ter o personalidade e vontade pr pria sendo assim imput veis penalmente toda vez que incorrerem em danos contra o meio ambiente As pessoas jur dicas dividem se em pessoas jur dicas de direito pri vado e de direito p blico sendo que esta se subdivide em pessoa jur dica de direito p blico interno Uni o estados Distrito Federal e munic pios e externo Estados Organismos Internacionais Cruz Vermelha Santa S etc As pessoas jur dicas de direito privado sejam elas sociedades civis comerciais funda es privadas empresas p blicas ou sociedades de economia mista ser o segundo o princ pio da igualdade art 5 caput da Constitui o Federal de 1988 todas imput vei
147. qualificada por caracter sticas correspondentes ao conceito global das disposi es escritas da Constitui o particularidades do processo de forma o e da dificuldade de altera o Por outro lado Constitui o em sentido material significa o conjunto das normas jur dicas sobre a estrutura atribui es e compet ncias dos rg os supremos do Estado institui es fundamentais e sobre a posi o do indiv duo perante o Estado reproduzindo se a concei tua o de Jellinek O autor sustenta que lhe interessa o conceito objetivo do ponto de vista funcional de Constitui o em sentido material qual seja a no o de normas essenciais oriundas da tentativa jur dico positiva de realiza o da tarefa posta ao povo de edificar seu ordenamento integrador tal qual o conceito de Rudolf Smend 1985 BACHOE 1994 p 38 39 Em suma pode haver direito constitucional material fora do documento consti tucional todavia nem todas as normas constitucionais formais s o direito constitucional material com fun o integradora Costantino Mortati italiano No in cio do s culo XX com a Constitui o de Weimar a discuss o sobre o m todo no direito p blico e sobre o conceito de Constitui o se estabeleceu com base em duas tradi es filos ficas neohegeliana e neokantiana Respectivamente entre aqueles que consideravam a Constitui o como lei da vida pol tica global de um Estado ou seja ligada ao ser pol tico do Est
148. que eles operam HIRSCHL 2007 p 136 tradu o nossa Portanto preciso ver a realidade como ela se apresenta Conforme amplamente sustentado desde o in cio do artigo n o h harmonia entre os Poderes H muito de competi o pol tica muito de buscas por espa os de poder e muito de c lculos estrat gicos de como operar esse poder claro que a afirma o de ter a ltima palavra n o apenas uma constru o funda mentada em doutrinas diversas justific vel por uma sabedoria secular que repousa nas bases do constitucionalismo Todo o direcionamento dos argumentos apresentados foi desenvolvido para desmistificar essas premissas t o difun didas na cultura jur dica O funcionamento dos tr s Poderes na verdade amplamente pol tico cercado dos mais diferentes interesses e aqui entram sim v rios daqueles adjetivos pejorativos normalmente associados atua o do parlamento muitas vezes ali s pouco transparentes at para n o quebrar a aura de pureza que precisa tanto qualificar a juris di o constitucional para consubstanciar seu status de legitimidade Em certos momentos como nos exemplos apresentados a delimita o do espa o de cada um dos Poderes enseja amplas discuss es e a necessidade de se reafir mar como institui o democr tica em outros ocorrem associa es entre os Poderes para operacionalizarem seus poderes da melhor forma S o caracter sticas para as quais
149. que n o atendido pelo cadastro sincronizado 304 Revista de Informa o Legislativa nacional Uma poss vel solu o para o problema em rela o s micro e pequenas empresas a cria o por meio de projeto de lei que altere a Lei Complementar n 123 de 2006 do Conselho Gestor do Cadastro Nacional nico das micro e pequenas empresas CGCNU 3 2 2 Central F cil A cria o ou o aprimoramento de um local que re na os agentes dos principais rg os en volvidos na abertura e fechamento de empresas importante mecanismo para diminuir o des locamento dos empres rios entre os diversos locais onde est o sediados os rg os citados A introdu o ou a melhoria de procedimentos in formatizados outro mecanismo que colabora para a simplifica o do registro de empresas A tecnologia permite desde a pesquisa do nome empresarial para a constitui o da empresa at o seu registro completo por esse meio A Lei n 11 598 de 3 de dezembro de 2007 que criou a Redesim prev a instala o de Centrais de Atendimento Empresarial F cil unidades de atendimento presencial da Rede sim que funcionar o como centros integrados para a orienta o o registro e a legaliza o de empres rios e pessoas jur dicas com o fim de promover a integra o em um mesmo espa o f sico dos servi os prestados pelos rg os que fa am parte localmente da Redesim As Centrais de Atendimento Empresarial F cil ser o co
150. que nesse particular foram congeladas pela EC n 32 2001 vem demonstrar que de nada adianta ainda bem vir uma lei impedindo a antecipa o de tutela ou liminares contra a Fazenda gt Para aprofundamentos ver Rodrigues 2000 p 98 109 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 169 P blica ou criando regras absurdas e privil gios em favor da Fazenda P blica porque na pr tica gra as a Deus os ju zes t m sido sens veis manuten o integral do direito ordem p blica e ante a necessidade da tutela de urg ncia optam pela solu o justa e a prova disso a ne cessidade que o legislador possui de criar uma enorme disparidade de armas entre os litigantes ferindo a isonomia real e acobert las sob o pesado injusto e inconstitucional manto das prerrogativas da Fazenda P blica RODRIGUES 2007 p 465 Dessa forma reconhecida a inconstitucionalidade do instituto afastada est a aplica o do crit rio da especialidade o que atrai a inci d ncia subsidi ria do CPC em fun o ainda da limita o injustific vel da garantia do mandado de seguran a art 5 incisos LXIX e LXX da CR Nesse sentido Se o que o mandado de seguran a tem de mais caro sua predisposi o constitucional de surtir efeitos imediatos e favor veis ao impetrante seja liminarmente ou a final a mera possibilidade da suspens o de seguran a coloca em d vida a constitucionalidade do instituto Em verdade tudo aquil
151. que nossa Carta Magna n o adotou a responsabilidade penal da pessoa jur dica Cita o princ pio da exclusiva prote o de bens jur dicos quando um bem jur dico penal posto em perigo o direito penal poder conferir uma san o o princ pio da inter ven o m nima o m nimo poss vel de interven o do direito penal o princ pio da materializa o do fato pune se a conduta e n o o pensamen to em cometer um crime o princ pio da ofensividade n o h crime sem les o ou perigo de les o o princ pio da responsabilidade pessoal ou da individualiza o da pena nenhuma pena passar do apenado o princ pio da responsabilidade subjetiva o princ pio da presun o de inoc ncia o princ pio da culpabilidade quem n o tem discernimento n o pode ser responsabilizado o princ pio da proporcionalidade equil brio entre a les o e a san o o princ pio da humanidade o princ pio da igualdade devem se tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente e por fim o princ pio da legalidade n o h crime sem lei anterior que o defina n o h pena sem pr via comina o legal LEVORATO 2006 p 46 49 Esse o tamb m o pensamento de Kist 1999 p 164 165 A Constitui o Brasileira n o admite literalmente a responsabiliza o da pessoa jur dica na dogm tica penal A quest o apenas de pol tica criminal ou seja se a atribui o penal pessoa jur dica resolvesse o pro 266 Revis
152. que o C digo Penal por for a do art 29 j tratava do assunto Dessa forma a Lei dos Crimes Ambientais nada mais fez que reafirmar a possibilidade de concorrerem num mesmo crime pessoa f sica junto a outra pessoa f sica pessoa jur dica junto a outra pessoa jur dica e pessoa f sica junto a pessoa jur dica Em caso semelhante acompanhe a seguinte not cia extra da do Observat rio Eco na data de 12 9 12 Empres rio indiciado por suposto descarte ilegal de amianto Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 263 O Minist rio P blico de S o Paulo a Pol cia Militar Ambiental a Dele gacia do Meio Ambiente e a Cetesb Companhia Ambiental do Estado de S o Paulo descobriram o descarte ilegal de amianto subst ncia t xica e cancer gena em terreno localizado em C sar de Souza SP O empres rio e propriet rio da VM Leon Engenharia e Constru es dono da rea foi preso no dia 09 de setembro por suposta pr tica de crime ambiental O terreno da extinta Kubota Freios e Equipamentos Ferrovi rios foi arre matado a um pre o baixo pela VM porque o comprador ficou respons vel por dar destina o adequada s cinco toneladas do material deixadas pela empresa falida No entanto quando a Pol cia Ambiental chegou ao local encontrou v rios sacos de amianto em p enterrados em buracos rasos e muitos outros ainda estocados em galp es A empresa ainda ficou respons vel por retirar o amianto do local e dar lhe uma
153. que o prop sito dos dispositivos constitucionais foi o de determinar que as pessoas jur dicas independentemente da res ponsabilidade individual de seus dirigentes incorram tamb m numa responsabiliza o civil administrativa ou penal pelos atos praticados contra a ordem econ mica e financeira e a economia popular e contra o meio ambiente A t tulo de sanar d vidas quanto responsabiliza o penal das pes soas jur dicas nos crimes ambientais o ilustr ssimo desembargador do Tribunal de Justi a do Estado de S o Paulo Freitas 2006 p 47 trouxe em seu livro diversos julgados que demonstram a tend ncia dos julgados com rela o ao tema Crime ambiental Inconstitucionalidade do art 3 da Lei n 9 605 98 Inocorr ncia Responsabilidade penal da pessoa jur dica Admissibilidade voto vencedor O art 3 da Lei n 9 605 98 n o inconstitucional pois a Constitui o Federal autoriza a puni o penal de empresas agressoras do meio ambiente voto vencedor TACRIM Mandado de Seguran a n 349 440 8 S o Paulo 3 C mara j 1 2 00 Rel Juiz F bio Gouv a Crime contra o meio ambiente Den ncia Pe a acusat ria oferecida contra pessoa jur dica Admissibilidade Responsabilidade penal da pessoa jur dica prevista no ordenamento jur dico p trio Intelig ncia do art 225 38 da CE e art 3 da Lei n 9 605 98 TJRS Rel Des Jos Eug nio Tedesco RDA 38 301 A o Penal Crime contra o me
154. que se observa em geral um sentimento de tristeza paralelamente a um sentimento de culpa que pode ser confundido com dist rbio mental NEEDLE WALKER 2008 p XVIII XIX Os resultados que associam negativamente o aborto volunt rio sa de mental da mulher ignoram que o crescente estigma social do aborto e sua criminaliza o aumentam os sin tomas depressivos relatados nas pesquisas No mesmo passo h indica es de que a confian a 15 no seu direito ao aborto nas hi da mulher p teses permitidas diminui esses sintomas Em realidade os achados emp ricos concernentes aos efeitos psicol gicos negativos da decis o de interromper a gravidez acabam sendo utilizados como uma arma pol tica nos esfor os para restringir o acesso legal ao aborto por parte daqueles que n o concordam com sua liberali za o mas n o h evid ncia cient fica de que ter um aborto legal volunt rio efetivamente ofere a riscos sa de mental da mulher NEE DLE 2008 p XV XVII XIX Segundo ngela Freitas 2011 p 28 a Associa o Psiqui trica Americana n o reconhece a s ndrome p s aborto como um diagn stico H at estudos que concluem que o abortamento legalizado se realizado no primeiro trimestre da gravidez n o traria consequ ncias para a sa de mental NOMURA et al 2011 p 645 650 6 15 Como se viu no in cio deste artigo o princ pio da co
155. restrito ao cam po do direito judici rio mas sim refletindo amplamente o crescimento da atividade estatal Assim a expans o do Judici rio representa o necess rio contrapeso num sistema democr tico de checks and balances paralela expans o dos ramos pol ticos do Estado moderno CA PPELETTI 1993 p 19 O argumento de Cappelletti 1993 con templa um aspecto importante do ativismo judicial que a demanda por pronunciamento judicial considerando o aumento da atividade do Estado o que leva o cidad o a buscar a Justi a para fazer valer seus direitos Ou seja quanto mais atividade estatal mais insatisfa o por parte dos cidad os e em consequ ncia mais processos judiciais Ao abordar o sistema franc s Garapon 1999 destaca a influ ncia crescente do Judici rio sobre a sociedade e a crise de legitimidade que assola as democracias ocidentais como parte de um processo de mudan a social Em sua abordagem Garapon 1999 con sidera que a expans o do Judici rio decorre do enfraquecimento do Estado pelo mercado e pelo desmoronamento simb lico do homem e da sociedade democr tica A expans o do Judici rio resulta de uma transfer ncia do simbolismo da democracia da pol tica para a Justi a como produto de uma profunda mu dan a social A transforma o da Justi a em s mbolo da moralidade p blica e da dignidade democr tica positiva embora n o admita o autor a substitui o do pol tico p
156. royalties coletados O pagamento dos royalties comercializa o do gr o de soja custa mais que a compra das sementes comerciais prov vel que ele tenha sido determinado para incitar os produtores a pagar os royalties no momento da compra das sementes e portanto fazer com que eles comprem as sementes comerciais Esse fen meno beneficia os obtentores e os produtores multiplicadores e distribuidores de sementes servindo de cimento alian a entre esses atores e a Monsanto Desde a legaliza o definitiva do SRR o sistema social estudado mais complexo com a justaposi o de dois subsistemas de decis o de regras Figura 6 O subsistema de autoriza o comercializa o de novos OGM n o tem controle sobre as regras de utiliza o do SRR que constitui um novo subsistema de decis o domi nado pela Monsanto cujos aliados se encontram em posi o de atores envolvidos e afetados Este subsistema entrou em funcionamento ap s uma estrat gia contratual englobante na medida em que os produtores s o mantidos acima da compra das sementes e abaixo da produ o da venda dos gr os ap s a colheita Pode se pensar que o funcionamento desse novo subsistema tem como efeito fazer desaparecer os produtores de sementes piratas Figura 6 Sistema social de governan a privada da utiliza o do SRR desde 2005 Syst me social saon a S Pouvoir ex cutif Min agri Sant e
157. seguinte forma os direitos fundamentais sediados em tratados internacionais de direitos humanos n o podem ser considerados como constitu cionalizados por consequ ncia fundamenta lizados formalmente por conta da aus ncia de positiva o da norma jur dica no caso tratado internacional no corpo constitucional Por essa raz o n o fazem parte da estrutura da Consti tui o em sentido formal Exposta nesses termos a tese da diferen a material formal se baseia na positiva o como o crit rio principal de distin o de regimes entre os direitos fundamentais confirmando se a hip tese acima apresentada de que a formalidade est ligada a um problema textual e estrutural uma vez que a aus ncia de um direito fundamental expresso enumerado escrito positivado no cat logo de direitos fundamentais significa que ele n o faz parte de toda a estrutura de prote o constitucional Todavia como demonstrado no t pico anterior a hip tese da estrutura n o faz sentido dentro de uma concep o material de Constitui o positivista Apesar de concordarmos que a aus ncia de uma positiva o expressa suscite d vidas acerca da inclus o ou n o de determinado direito fun damental no sistema constitucional exigindo uma complexa tarefa de interpreta o para justific la a ideia de que a fundamentaliza o formal n o se estenderia a esses direitos parte da compreens o de que os direitos fundamentais est o pos
158. ser verificado por meio do exame do seu Estatuto Social procedimento vedado pela incid ncia da S mula 126 do TST Ademais consoante o quadro f tico probat rio delineado nos autos verifica se que a decis o regional ao declarar a ilicitude da contrata o do Recla mante em face da contrata o de empresa in terposta para realiza o de atividade fim da Telemar Norte Leste S A nos termos do art 9 da CLT decidiu em conson ncia com os termos da S mula 331 I do TST Agravo de Instrumento n o provido BRASIL 2010 A distin o entre atividade fim e atividade meio feita sobretudo pelo contrato social ou estatuto da empresa MACIEL 2008 Por um lado se houver coincid ncia entre a ativi dade desempenhada pelo terceiro e o objeto social da empresa ser o caso de aplica o da atividade fim Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO 2 TERCEIRIZA O IL CITA V NCU LO DE EMPREGO CONTRARIEDADE S MULA N 331 II REEXAME DE FATOS E PROVAS S MULA N 126 N O PROVI MENTO Restou consignado no v ac rd o regional que a reclamante era trabalhadora rural pois coletava frutos ca dos ao ch o fun o que segundo o Tribunal Regional estava diretamente inserida na atividade fim da segunda reclamada pois conforme dispos to em seu estatuto social o objeto da empresa era a extra o a industrializa o e a comercializa o de leos vegetais e de madeiras forma o de pastagens cultivo
159. situa es de lit gio entre partes sem contudo pretender se investir no papel de legislador Ademais ao editar a Resolu o TSE n 26 610 de 2007 o Tribunal Superior Eleitoral disciplinou mat ria de processo civil eleitoral insti tuindo ritos pelos quais os mandatos podem ser cassados atribuindo compet ncias Justi a Eleitoral e ao Minist rio P blico Eleitoral fixando prazos estipulando legitimados ativos e estabelecendo hip teses de justa causa numa n tida usurpa o de poderes que s o constitucionalmente reservados ao Legislativo Se n o bastasse o questionamento sobre a invas o de compet ncia decorrente do ativismo do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal v rios outros dispositivos da Resolu o TSE n 22 610 de 2007 s o reputados inconstitucionais em face do conte do igualmente lesivo ordem jur dica Nesse contexto observa Tavares 2007 p 9 percebe se que algumas decis es da Justi a Constitucional geram insatisfa o no espa o pol tico partid rio na m dia e no Governo chegando por vezes a deflagrar uma situa o mais s ria de crise institucional Portanto poss vel verificar um perfil de ativismo a do Tribunal Superior Eleitoral e a do Supremo Tribunal Federal ao estabelecerem os contornos concretos do instituto da fidelidade partid ria visto que disciplinaram uma mat ria de grande apelo entre a popula o brasilei ra diante da in rcia do Poder Leg
160. sua expectativa de serem ricas dependendo de quanto risco est o dispostas a correr Caso a renda geral suba argumentos a favor da redu o da desigualdade de renda s o enfraquecidos Eventual argumento a favor da complexidade da legisla o tribut ria sob o fundamento da redu o da desigualdade de renda esbarra nos pro blemas apontados da ado o de pol ticas de redistribui o da renda A nosso ver poss vel simplificar a legisla o tribut ria ainda que se corra o risco de redu o da efic cia de pol ticas redistribucionistas Uma das medidas simplificadoras a unifica o dos cadastros fiscais 3 Unifica o cadastral A elevada carga tribut ria no Pa s deve se n o somente ao custo pro priamente dito dos tributos mas tamb m ao custo de cumprimento dos deveres instrumentais relacionados s obriga es tribut rias as chamadas obriga es acess rias previstas no 2 do art 113 da Lei n 5 172 de 25 de outubro de 1966 C digo Tribut rio Nacional Esses custos revelam se exacerbados iniciativa privada colaborando para altos ndices de evas o fiscal e informalidade CARVALHO 2007 p 120 Uma empresa que explora uma atividade econ mica de venda de mercadorias e presta o de servi os por exemplo deve ter inscri o entre outros cadastros tanto como contribuinte estadual quanto como contribuinte municipal Caso explore a atividade econ mica em dois ou mais estados deve solicitar seu cadas
161. superior de ci ncia da computa o 2 Agravo regimental improvido TRF 1 Regi o AMS 0003397 43 2008 4 01 3809 MG Rel Desembargadora Federal Selene Maria de Almeida Quinta Turma e DJF1 p 176 de 30 7 2010 ADMINISTRATIVO MANDADO DE SEGURAN A CONCURSO P BLICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERL NDIA T CNICO EM LABORAT RIO CARGO DE N VEL M DIO QUALIFICA O SUPERIOR DO CANDIDATO PORTA DOR DE DIPLOMA DE BACHAREL EM CI NCIAS BIOL GICAS E DE MESTRE EM AGRONOMIA 1 Os diplomas de gradua o em Ci ncias Biol gicas e de mestrado em Agronomia suprem o requisito de habilita o previsto no edital do concurso p blico para provimento de cargo de T cnico em Laborat rio na rea de especialidade em an lise de qualidade ambiental do solo que exigia comprova o de conclus o de curso t cnico de T cnico Agropecu rio de T cnico Agr cola ou T cnico em Qu mica N o caracterizada a viola o das regras edital cias Senten a concessiva da seguran a para reconhecer o direito l quido e certo do candidato aprovado em primeiro lugar no certame nomea o e posse no cargo p blico 2 Apela o e remessa oficial s quais se nega provimento Agravo retido prejudicado TRF 1 Regi o AMS 2006 38 03 004725 3 MG Rel Desembargadora Federal Maria Isabel Gallotti Rodrigues Conv Juiz Federal Rodrigo Navarro De Oliveira Sexta Turma e DJF1 p 56 de 20 7 2009 12 Revista de Informa o Legislativa que mesmo n o havendo sob
162. tamb m ilegal e b a situa o ineficiente legal No primeiro caso de tranquila solu o n o h d vidas quanto pos sibilidade de interven o do Poder Judici rio para declarar a nulidade do ato administrativo impugnado e determinar as provid ncias pertinentes para o restabelecimento da situa o de legalidade Nessas hip teses a intera o at pica n o se resolve pela an lise do conte do da efici ncia administrativa mas pela legalidade Um exemplo corriqueiro consiste na inobserv ncia por parte da Administra o P blica dos prazos legais para proferir decis es em pro cessos administrativos Multiplicam se as a es judiciais com not cias de pedidos administrativos n o apreciados em tempo h bil nas mais diversas esferas pedidos de desembara o aduaneiro Receita Federal do Brasil de registro de medicamentos gen ricos ou de autoriza o de importa o e de comercializa o de bens de consumo especiais Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria de certifica o de georreferenciamento de im veis rurais ao Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria etc 1A t tulo de exemplo confiram se as seguintes ementas CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO MANDADO DE SEGURAN A PROCESSO ADMINISTRATI 10 Revista de Informa o Legislativa Nesses casos percebe se que o par metro de efici ncia se encontra intimamente ligado ao par metro de legalidade de modo que a viola o da regra imp
163. termos a seguir Art 2 Fica inclu do o seguinte art 246 no T tulo IX Das Disposi es Constitucionais Gerais Art 246 vedada a ado o de medida provis ria na regulamenta o de artigo da Constitui o cuja reda o tenha sido alterada por meio de emenda promulgada a partir de 1995 BRASIL 1995b 1995c Essas emendas tiveram origem na PEC 5 de 1995 e na PEC 7 de 1995 ambas de autoria do Poder Executivo curioso notar que a primeira originalmente tratava da defini o de empresa brasileira art 171 da CF e que a segunda cuidava de transporte a reo mar timo e terrestre A inclus o do art 246 foi proposta por emendas parlamentares de forma simult nea 2 7 Emenda Constitucional n 32 de 2001 refer ncia indevida O art 1 da Emenda Constitucional n 32 foi promulgado nos se guintes termos Art 1 Os arts 48 57 61 62 64 66 84 88 e 246 da Constitui o Federal passam a vigorar com as seguintes altera es f Art 246 vedada a ado o de medida provis ria na regulamenta o de artigo da Constitui o cuja reda o tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1 de janeiro de 1995 at a promulga o desta emenda inclusive BRASIL 2001a grifo nosso A nova reda o dada ao art 246 da Constitui o Federal faz refer n cia indevida ao utilizar a express o at a promulga o desta emenda pois com a incorpora o do texto
164. termos do 8 3 do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional uso de mai sculas e letra e min scula EMC 20 1998 As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal nos termos do 3 do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional An letra e min scula EMC 31 2000 F2 As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal nos termos do 32 do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional uso de v rgula ap s o n mero art 60 EMC 1 1992 F3 As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal nos termos do 3 do art 60 da Constitui o Federal promulgam esta Emenda ao texto constitucional uso do pronome esta EMC 19 1998 236 Revista de Informa o Legislativa F rm Express o Textual da F rmula F4 As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal nos termos do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional omiss o da express o 3 do Qtd Emendas 6 EMC 49 2006 EMC 50 2006 EMC 51 2006 EMC 65 2010 EMC 66 2010 EMC 69 2012 F5 AS MESAS DA C MARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL nos termos do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional uso de mai sculas e omiss
165. tipo de cl usula geral e que o legislador constituinte o conecta a outros princ pios de igual natureza discriminados no artigo 5 citando como exemplos entre outros o princ pio da legalidade inc II o princ pio da anterioridade e o princ pio da irretroativi dade da lei penal incs XXXIX e XL e o da pessoalidade da pena inc XLV Ver nesse sentido igualmente Costa 2004 p 112 113 lhe confere uma natureza bastante complexa devendo ele como ocorre com a totalidade dos princ pios fundamentais estar sujeito a uma pon dera o de valores sob a tica da efetiva o dos direitos constitucionais Em geral a seguran a est vinculada garantia da prote o dos direitos subjetivos no interior do ordenamento jur dico Para a caracteriza o do significado normativo do princ pio em estudo no sentido de seguran a jur dica bastante elucidativo o conceito formulado por Jorge Vanossi 1982 apud SILVA 2009 p 133 A seguran a jur dica consiste no conjunto de condi es que tornam poss vel s pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das consequ ncias diretas de seus atos e de seus fatos luz da liberdade reconhecida Tomando se por pressuposto o princ pio da confiabilidade a discricionariedade do legislador na limita o de direitos j conferi dos aos cidad os fica reduzida demonstra o de sua necessidade Seguran a n o significa somente a certeza da observ ncia
166. um Ministro do Supremo Tribunal Federal por mais pol mica que ela possa revelar se existe uma ideia de que ao menos ela se originou de um ju zo refletido calculado devidamente fundamentado e ra cional e que portanto como ltimo a dizer o direito o Supremo Tribunal Federal aqui representado por um de seus Ministros n o fez outra coisa sen o seu mais estrito dever Por outro lado o desenho que imediatamente se pinta a respeito da PEC n 33 2011 fruto de uma decis o parlamentar o de uma n tida a o po l tica atentat ria dos mais relevantes princ pios democr ticos e do maior sinal de uma rea o pol tica e portanto irracional desarrazoada inconsequente a um agir natural e correto do Supremo Tribunal Federal De um lado a Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 77 decis o judicial o espelho da racionalidade e da justifica o coerente do outro a decis o pol tica o resultado da irracionalidade e de interesses mesquinhos e injustific veis sob as bases do constitucionalismo democr tico O conflito portanto n o se d apenas no n vel da a o ele atinge sobretudo o pr prio discurso Muito dessa discuss o decorre de uma percep o diferenciada em termos do papel de cada um dos Poderes claro que ningu m est defendendo uma vis o ing nua de que o Parlamento somente faz pol tica e o Judici rio somente aplica o Direito Todos sabemos que pol tica e Direito n o s o mun
167. uni es homoafetivas ADI 4277 DF BRASIL 2011b e ADPF 132 RJ BRASIL 2012b e das cotas em universidades p blicas ADPF 186 DF BRASIL 2012c Em um universo de milha res de casos julgados pelo STF mensalmente natural que surjam aqueles paradigm ticos que destaquem essa fun o e valorizem sua atua o na defesa de minorias na afirma o da igualdade e da liberdade como corol rios democr ticos Por m preciso mais Nesse ponto que s o bem vindas an lises emp ricas mais do que declara es que selecionam um caso aqui e outro ali para justificar t o ampla mente os poderes do STF Para tanto bastante instigante resgatar algumas conclus es que podem ser extra das de pesquisa coordenada por mim e por Alexandre Ara jo Costa professor do Instituto de Ci ncia Pol tica da Universidade de Bras lia intitulada A Quem Interessa o Controle Concentrado de Constitucionalidade O Descompasso entre Te oria e Pr tica na Defesa dos Direitos Fundamen Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 85 tais Nessa pesquisa foi realizado um estudo bastante minucioso de todos os julgamentos proferidos pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle abstrato desde 1988 at dezem bro de 2012 Apesar de a an lise se restringir ao controle abstrato que obviamente bem mais estreito do que os casos que chegam ao Supremo Tribunal Federal por via do sistema difuso aqui tamb m vale explicitar uma forte disson ncia entr
168. 00 Acrescenta o art 76 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias instituindo a desvincula o de arrecada o de impostos e contribui es sociais da Uni o Di rio Oficial da Uni o Bras lia 22 mar 2000c Emenda Constitucional n 28 de 25 de maio de 2000 D nova reda o ao inciso XXIX do art 7 e revoga o art 233 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bra s lia 26 maio 2000d Emenda Constitucional n 28 de 25 de maio de 2000 RETIFICA O Di rio Oficial da Uni o Bras lia 29 maio 2000e Emenda Constitucional n 29 de 13 de setembro de 2000 Altera os arts 34 35 156 160 167 e 198 da Constitui o Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para assegurar os recursos m nimos para o financiamento das a es e servi os p blicos de sa de Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 set 2000f Emenda Constitucional n 30 de 13 de setembro de 2000 Altera a reda o do art 100 da Constitui o Federal e acrescenta o art 78 no Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias referente ao pagamento de precat rios judici rios Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 set 2000g Emenda Constitucional n 31 de 14 de dezembro de 2000 Altera o Ato das Dispo si es Constitucionais Transit rias introduzindo artigos que criam o Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 18 18 dez 2000h
169. 009 EMC 59 2009 EMC 60 2009 EMC 61 2009 EMC 62 2009 EMC 63 2010 EMC 64 2010 EMC 65 2010 EMC 66 2010 EMC 67 2010 EMC 68 2011 EMC 69 2012 EMC 70 2012 EMC 71 2012 EMC 72 2018 EMC 73 2013 EMC 74 2013 EMC 75 2013 EMC 76 2013 EMC 77 2014 Tipo N mero Ano EMENDA CONSTITUCIONAL N 1 DE 1992 EMC 1 1992 EMC 2 1992 EMC 3 1993 EMC 4 1993 EMR 1 1994 EMR 2 1994 EMR 3 1994 EMR 4 1994 EMR 5 1994 EMR 6 1994 Tipo N mero Data 7 EMENDA CONSTITUCIONAL N 39 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2002 EMC 39 2002 EMC 40 2003 EMC 41 2003 EMC 42 2008 EMC 44 2004 EMC 54 2007 EMC 55 2007 3 2 Ementa A ementa palavra derivada do latim que sig nifica ideia pensamento CARVALHO 2001 p 70 deve sintetizar o objeto da lei sem preju zo da clareza e da fidelidade FREIRE 2002 p 138 O conte do e apresenta o da ementa s o definidos pelo art 5 da Lei Complementar n 95 de 1998 nos seguintes termos Art 5 A ementa ser grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitar de modo conciso e sob a forma de t tulo o objeto da lei BRASIL 1998e De forma geral as ementas de emendas constitucionais resumem a altera o nos dis positivos utilizando termos como modifica acrescenta altera ou expressam o resumo tem tico assunto da emenda ou ainda rea lizam as duas coisas informam a a o e o tema 7N 226 Revista de Informa o Legi
170. 01 partido ou da coliga o e por isso a troca de legenda sujeita o infrator perda do mandato restou assentado na jurisprud ncia brasileira que a infidelidade partid ria mais do que um desvio tico pol tico do parla mentar representa quando n o baseada em justa raz o uma inadmiss vel ofensa ao princ pio democr tico e ao exerc cio leg timo do poder al m de constituir verdadeira fraude vontade do eleitor Pretende se assim examinar aqui o ativismo judicial no Brasil com base nas decis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal sobre a fidelidade partid ria Para tanto o presente artigo se estrutura em cinco cap tulos No pri meiro cap tulo abordam se algumas premissas abrangendo a soberania popular a democracia o mandato pol tico representativo o partido pol tico e a fidelidade como princ pio da organiza o partid ria No segundo cap tulo aborda se o ativismo judicial com enfoque no seu conceito e caracteriza o e na distin o entre ativismo judicial e judicializa o da pol tica No terceiro cap tulo discorre se sobre a fidelidade partid ria abor dando seu conceito e caracteriza o seu resgate hist rico nas Constitui es brasileiras e sua disciplina na Constitui o e na legisla o ordin ria vigentes No quarto cap tulo aborda se a jurisprud ncia do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal sobre a mat ria examinando a constitucional
171. 013 04 1269014 barbosa diz que reduzir poderes do stf fragiliza democracia shtml gt Acesso em 11 jun 2013 SILVA Virg lio Afonso da A emenda e o Supremo Valor Econ mico S o Paulo p A18 3 maio 2013 TORRES Izabela Entrevista Gilmar Mendes Correio Braziliense Bras lia 17 ago 2008 TUSHNET Mark Taking the Constitution away from the courts Princeton Princeton University 1999 Alternative forms of judicial review Michigan Law Review Michigan v 101 n 8 p 2781 2802 Ago 2003 VIANNA Luiz Werneck BURGOS Marcelo Baumann SALLES Paula Martins Dezessete anos de judicializa o da pol tica Tempo Social S o Paulo v 19 n 2 p 39 85 2007 VIEIRA Oscar Vilhena Supremocracia Revista Direito GV S o Paulo p 441 464 jul dez 2008 WALDRON Jeremy Law and disagreement Oxford Oxford University 1999 Judicial review and the conditions of democracy The Journal of Political Philosophy Oxford v 6 n 4 p 335 355 1998 The core of the case against judicial review The Yale Law Journal New Haven v 115 p 1347 1406 2006 WHITTINGTON Keith E Political foundations of judicial supremacy the presidency the Supreme Court and Constitutional Leadership in U S history Princeton Princeton University 2007 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 95 Ativismo judicial no Brasil O caso da fidelidade partid ria Amandino Teixeira Nunes Junior mestre em Direito pela UFMG
172. 11 Um enunciado sumular corresponde a um entendimento reiteradamente manifestado por um tribunal diante de fatos espec ficos o que Luis Roberto Barroso e Anna Paula Barcelos 2011 convencionaram chamar de situa o tipo de modo a permitir que tal decis o seja universalizada em casos id nticos Contudo para que produza resultados espe rados necess rio que a s mula seja aplicada aos fatos equiparados queles da origem ou seja a uma situa o tipo id ntica sob pena de causar injusti as no caso concreto Assim ao editar s mulas com conceitos abertos o Judici rio acaba por invadir com pet ncias do Poder Legislativo uma vez que formula enunciados com carga gen rica nos moldes da lei Com isso os rg os jurisdicio nais que deveriam aplicar o preceito legislativo e utilizar se do ativismo somente para o preen chimento de lacunas tornam se verdadeiros legisladores positivos em desrespeito ao prin 184 Revista de Informa o Legislativa c pio da separa o dos poderes artigo 2 da Constitui o da Rep blica O legislador emprega conceitos jur dicos in determinados em situa es nas quais n o p de ou n o quis no relato abstrato do enunciado normativo especificar de forma detalhada suas hip teses de incid ncia ou exaurir o comando a ser dele extra do BARROSO 2009 p 312 Essa t cnica da utiliza o de termos indeter minados permite uma abertura do sistema j
173. 12 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 69 A ltima palavra o poder e a hist ria O Supremo Tribunal Federal e o discurso de supremacia no constitucionalismo brasileiro JULIANO ZAIDEN BENVINDO Sum rio 1 Considera es preliminares 2 A harmonia e o conflito democr tico 3 O conflito o discurso e a ltima palavra 4 Entre o discurso e a hist ria as verdades e a ltima palavra 5 A desmistifica o da ltima palavra 6 Conclus es 1 Considera es preliminares Queremos ser harm nicos e tentamos de todas as formas evitar o conflito S o palavras que parecem ressoar uma percep o um tanto difundida de que em um contexto democr tico as diferen as devem ser amenizadas os conflitos solucionados os di logos constru dos Nos vinte e cinco anos de nossa democracia foi se desenvolvendo a ideia de que para a constru o de uma sociedade pac fica devemos canalizar nossas energias para algo que n o seja perturbador de nossas certezas desarranjador de nossas conquistas provocador de nossas tristes lem bran as A democracia entende se exige a harmonia de todos e de todas as institui es uliano Zaiden z rae gt Juliano Zaide Este artigo nasce da compreens o contr ria N o h democracia Benvindo professor de Direito sem perturbar nossas certezas sem desarranjar Nossas conquistas sem Constitucional da provocar nossas tristes lembran as A democrac
174. 13 1 Para uma an lise detalhada desse processo hist rico Benvindo 2010 p 83 134 84 Revista de Informa o Legislativa consequ ncias no mbito do controle de cons titucionalidade 2 o surgimento da Argui o de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF juntamente com a possibilidade de suspens o liminar de julgamentos que este jam ocorrendo em inst ncias inferiores caso apresentem mat ria relacionada com o m rito da ADPF assim como a modula o de efeitos Leis n 9 882 99 e 9 868 99 3 a Emenda Constitucional n 45 2004 que introduziu a s mula vinculante e o instituto da repercuss o geral 4 julgamentos em que o STF buscou em algum momento expandir os efeitos abstratos ao controle difuso como o HC n 82 959 SP BRASIL 2006 referente aos crimes he diondos os Mandados de Injun o n 670 ES BRASIL 20084 708 DF BRASIL 2008b e 712 PA BRASIL 2008c referentes ao direito de greve do servidor p blico e a Reclama o n 4 335 5 AC que trouxe discuss o o conceito de muta o constitucional a ponto de se buscar tornar letra morta o art 52 X da Constitui o Federal que trata da suspens o de efeitos de lei julgada inconstitucional pelo STF em controle difuso tida agora por parcela de seus Ministros como um recurso ultrapas sado entre outros Desse modo por um lado houve um claro movimento legislativo que foi ampliando sobremaneira os espa os de atua o
175. 2 ago 2012 Lei n 9 605 de 12 de fevereiro de 1998 Disp e sobre as san es penais e ad ministrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 13 fev 1998 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Leis L9605 htm gt Acesso 22 ago 2012 CAPPELLI S lvia Responsabilidade penal da pessoa jur dica em mat ria ambiental uma necess ria reflex o sobre o disposto no art 225 3 da Constitui o Federal Revista de Direito Ambiental S o Paulo Revista dos Tribunais 1996 CERNICCHIARO Luiz Vicente COSTA JUNIOR Paulo Jos da Direito penal na Cons titui o 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 COELHO Walter Teoria geral do crime 2 ed Porto Alegre Sergio Ant nio Fabris 1998 FIORILLO Celso Antonio Pacheco Curso de direito ambiental brasileiro 7 ed S o Paulo Saraiva 2006 FREITAS Gilberto Passos de Crimes ambientais jurisprud ncia organizada Campinas Millennium 2006 JESUS Dam sio Evangelista de Coment rios ao C digo Penal S o Paulo Saraiva 1985 Direito penal S o Paulo Saraiva 1997 Prescri o penal 11 ed S o Paulo Saraiva 1997 JUSBRASIL Empres rio indiciado por suposto descarte ilegal de amianto JusBrasil Bra s lia set 2012 Dispon vel em lt http observatorio eco jusbrasil com br noticias 2370307 empresario e indiciado por suposto descarte
176. 2012 VANOSSI Jorge Reinaldo El Estado de Derecho en el Constitucionalismo Social Buenos Aires Editorial Universitaria de Buenos Aires 1982 ZOLO Danilo Libertad propriedad e igualdad en la teoria de los derechos fundamenta les In FERRAJOLL Luigi Los fundamentos de los derechos fundamentales 3 ed Madri Trotta 2007 Teoria e cr tica do estado de direito In COSTA Pietro O estado de direito hist ria teoria cr tica S o Paulo Martins Fontes 2006 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 149 Da antinomia entre o procedimento dos processos nos Tribunais e o art 15 da Lei n 12 016 2009 Magno Federici Gomes p s doutor pela Universidade Nova de Lisboa Portugal P s doutor doutor e mestre pela Universidad de Deusto Espanha Coordenador do curso de Direito da Faculdade Padre Arnaldo Janssen professor adjunto da PUC MG e advogado Izabella Pardinho Reis p s graduanda pela Faculdade Milton Campos graduada pela PUC MG e advogada MAGNO FEDERICI GOMES IZABELLA PARDINHO REIS Sum rio 1 Introdu o 2 Antinomias jur dicas 3 Princ pios e garantias constitucionais 3 1 Princ pio da supremacia da Constitui o 3 2 Princ pio do juiz natural 3 3 Princ pio da isonomia 3 4 Princ pio da supremacia do interesse p blico 4 Da suspens o de seguran a 4 1 Origem e previs es anteriores 4 2 Pressupostos da suspens o 4 3 Natureza jur dica 4 4 Compet ncia e procedim
177. 34 2001 D nova reda o al nea c do inciso XVI do art 37 da Constitui o X Federal EMC 35 2001 D nova reda o ao art 53 da Constitui o Federal X EMC 36 2002 D nova reda o ao art 222 da Constitui o Federal para permitir a participa o de pessoas jur dicas no capital social de empresas jornal s X X ticas e de radiodifus o sonora e de sons e imagens nas condi es que especifica EMC 37 2002 Altera os arts 100 e 156 da Constitui o Federal e acrescenta os arts 84 85 86 87 e 88 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit X rias EMC 38 2002 Acrescenta o art 89 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias incorporando os Policiais Militares do extinto Territ rio Federal de Rond X X nia aos Quadros da Uni o EMC 39 2002 Acrescenta o art 149 A Constitui o Federal instituindo contribui o para custeio do servi o de ilumina o p blica nos Munic pios e no Distrito X Federal EMC 40 2003 Altera o inciso V do art 163 e o art 192 da Constitui o Federal e o X caput do art 52 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias EMC 41 2003 Modifica os arts 37 40 42 48 96 149 e 201 da Constitui o Federal revoga o inciso IX do 3 do art 142 da Constitui o Federal e disposi X tivos da Emenda Constitucional ne 20 de 15 de dezembro de 1998 e d outras provid ncias EMC 42 2003 Altera o Sistema Tribut rio Nacional e d ou
178. 37 tradu o nossa e Hamilton chegou a afirmar que o judici rio devido natureza de suas fun es ser sempre o menos perigoso em rela o aos direitos pol ticos da constitui o HAMILTON MADISON JAY 2003 p 198 tradu o nossa Essas con clus es s o de uma viv ncia diversa e qualquer tentativa de resgat las hoje poderia sofrer os riscos de um anacronismo altamente problem tico Apesar de todos esses problemas o recado dos federalistas sobretudo de Madison 2003 permanece por que a harmonia se sobrep s inerente qualidade humana que ambiciona poder tornando inevit vel a competi o pol tica Por outras palavras por que temos tanto medo do conflito quando ele parece inerente s pessoas e s institui es por elas guiadas Na tentativa de atualizar para um termo t o em voga nos dias de hoje por que falamos tanto em di logo institucional quando a assombra o de Madison parece estar sempre ali Harmonia di logo institucional s o pala vras m gicas ressoam com uma beleza sonora que convence persuade acalma os nimos Talvez representem aquilo por que mais se an seia quando se trata de defender a estabilidade das institui es Por outro lado elas talvez escondam o que ocorre na pr tica nos jogos inerentemente pol ticos e pois marcados pelo desacordo em grande medida que ocorrem entre os Poderes e dentro de cada um deles Louis Fisher 1988 importante cientista po
179. 40 40 2006 5 03 0110 de 16 de dezembro de 2009 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 12 mar 2010 1190 Revista de Informa o Legislativa Recurso de revista n 45600 57 2009 5 0022 de 23 de novembro de 2011 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 23 nov 201la Recurso de revista n 1781 33 2010 5 03 0023 de 7 de dezembro de 2011 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 16 dez 2011b Recurso de revista n 1684 64 2010 5 08 0000 de 8 junho de 2011 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 17 jun 2011c PEER Tribunal Superior do Trabalho Informativo do TST n 29 Bras lia CJUR 2012a Dispon vel em lt http www tst jus br documents 10157 1204330 Informativo TST n C2 BA 20029 gt Acesso em 13 mar 2013 Recurso de revista n 5533 49 2010 5 15 0000 de 12 de dezembro de 2012 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 19 dez 2012b Dispon vel em lt http app vlex com amp vid 412271358 gt Acesso em 13 mar 2013 Recurso de revista n 1470 78 2010 5 03 0108 de 27 jun 2012 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 6 jul 2012c Recurso ordin rio n 0000665 26 2010 5 04 0811 de 1 fev 2012 Di rio Eletr nico da Justi a do Trabalho Bras lia 1 fev 2012d BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Audi ncia p blica terceiriza o Portal do TST Bras lia 2013 Dispon vel em lt http www3 tst j
180. 7 de capital estrangeiro Esse fato continuou com a compra da Cargil Agr cola Ltda e da FT Sementes para permitir nova empresa dispor de um grande fundo gen tico adaptado s ecologias do Brasil Isso pode ser observado com a cria o de outras filiais no Brasil Monsanto Participa es Mon santo Nordeste e em outros pa ses Monsanto Argentina tomando assim posse do que as empresas adquiriram de investimentos p bi cos e privados nacionais h cinquenta anos na Am rica do Sul Houve uma forte internacio naliza o da produ o brasileira estrat gia de compra das empresas a Monsanto adiciona a de colabora o com as empresas concorrentes pela concess o de contrato de licen a para a inser o do gene RR nas variedades conferir abaixo Esses acordos implicaram a presen a dos produtos da Mon Com liga o com as opera es similares realizadas nos Estados Unidos santo em 82 7 da produ o da soja brasileira VARELLA 2006 5 2 Abordagem contratual que engloba a difus o do gene RR a partir da internacionaliza o do setor A distribui o de sementes de soja como para qualquer outra esp cie envolve diversas etapas e atores Os organismos de cria o varietal ou obtentores est o na origem das novas variedades Eles s o encarregados de produzir as sementes de pr base e de base das novas variedades em condi es controladas O contrato de licen a com a Monsanto permite aos o
181. 7 139 nov 2004 CASTRO Marcus Faro de O Supremo Tribunal Federal e a judicializa o da pol tica Revista Brasileira de Ci ncias Sociais S o Paulo v 12 n 34 p 147 156 1997 CERQUEIRA Thales T cito Pontes Luz de P dua CERQUEIRA Camila Medeiros de Albu querque Pontes Luz de P dua Tratado de direito eleitoral S o Paulo Premier M xima 2008 Fidelidade partid ria e perda do mandato no Brasil S o Paulo Premier M xima 2008 CITTADINO Gisele Judicializa o da pol tica constitucionalismo democr tico e separa o dos Poderes In VIANNA Luiz Werneck Org A democracia e os tr s poderes no Brasil Rio de Janeiro IUPERJ 2002 CL VE Cl merson Merlin Fidelidade partid ria estudo de caso Curitiba Juru 1998 DE PL CIDO E SILVA Oscar Joseph Vocabul rio jur dico Rio de Janeiro Forense 1991 v 2 DWORKIN Ronald O imp rio do direito S o Paulo Martins Fontes 1999 Is democracy possible here principles for a new political debate New Jersey Princeton University 2006 FARHARI Said Dicion rio parlamentar e pol tico o processo pol tico e legislativo no Brasil S o Paulo Funda o Petr polis 1996 FAVOREU Louis As cortes constitucionais S o Paulo Landy 2004 FERRAZ JUNIOR Vitor Emanuel Marchetti Poder judici rio e competi o pol tica no Brasil uma an lise das decis es do TSE e do STF sobre as regras eleitorais 2008 Tese Doutorado em Ci ncias Sociais
182. 8 2009 EMC 59 2009 EMC 60 2009 EMC 61 2009 EMC 63 2010 EMC 64 2010 EMC 65 2010 EMC 66 2010 EMC 69 2012 EMC 70 2012 EMC 71 2012 EMC 72 2013 EMC 75 2013 EMC 76 2013 EMC 77 2014 A o 31 Altera o 2 do art 25 da Constitui o Federal EMC 5 1995 EMC 4 1993 EMC 5 1995 EMC 6 1995 EMC 8 1995 EMC 9 1995 EMC 10 1996 EMC 13 1996 EMC 14 1995 EMC 15 1996 EMC 16 1997 EMC 17 1997 EMC 22 1999 EMC 26 2000 EMC 28 2000 EMC 32 2001 EMC 33 2000 EMC 34 2000 EMC 35 2000 EMC 37 2002 EMC 39 2000 EMC 40 2000 EMC 41 2003 EMC 45 2004 EMC 46 2005 EMC 47 2005 EMC 50 2006 EMC 51 2006 EMC 53 2006 EMC 56 2007 EMC 62 2009 EMC 68 2010 EMC 74 2013 Tema Disp e sobre a remunera o dos Deputados Estaduais e dos Vereadores EMC 1 1992 EMC 1 1992 EMC 2 1992 EMC 11 1996 EMC 12 1996 EMC 18 1998 EMC 19 1998 EMC 20 1998 EMC 21 1999 EMC 24 1999 EMC 42 2003 EMC 44 2004 EMC 67 2010 EMC 73 2013 Ausente 7 Ina 5 1994 EMR 6 1994 EMC 3 1993 EMR 1 1994 EMR 2 1994 EMR 3 1994 EMR 4 1994 EMR livro dedicado ao estudo da ementa de atos nor mativos mais radical e considera que essa es tranha figura e d outras provid ncias conseguiu alijar da ementa legislativa sua caracter stica de resumo uma vez que sua leitura n o consegue eficazmente dar a ideia do conte do daquele Essa pr tica foi utilizada nas seguintes emendas EMC 19 1998 EMC 20 1998 EMC 32 1
183. 998 EMC 41 2003 EMC 42 2003 EMC 44 2004 EMC 45 2004 EMC 47 2005 e EMC 56 2007 Dessas emendas as Emendas Constitucionais n 44 de 2004 e n 56 de 2007 s possuem dois artigos o art 1 que promove a altera o em dispositivo da constitui o e o art 2 que declara a vig ncia a partir da data de publica o Quais s o as outras provid ncias dadas por essas duas emendas Encontramos ainda uma incoer ncia na ementa da Emenda Constitucional n 49 de 2006 que altera a reda o da al nea b e acres centa al nea c ao inciso XXIII do caput do art 21 BRASIL 2006a Na realidade a al nea c do inciso XXIII j existia e foi renomeada para al nea d pela reda o veiculada na emenda abrindo espa o para o acr scimo de um novo o texto posicionado na al nea c existente Ent o do ponto de vista formal houve uma modifica o uma renumera o e um acr scimo 3 3 Pre mbulo O pre mbulo termo composto pelo prefixo latino pre antes sobre e pelo verbo ambulare marchar prosseguir FREIRE 2002 p 142 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 227 definido pelo art 6 da Lei Complementar n 95 de 1998 da seguinte forma Art 6 O pre mbulo indicar o rg o ou institui o competente para a pr tica do ato e sua base legal BRASIL 1998e O Anexo II apresenta o Quadro de Pre mbulos e para cada f rmula as suas express es textuais com a quan
184. ANN 1979 p 233 ou mesmo como uma corte que Vale destacar que houve tamb m especialmente pela imprensa uma tentativa de associar a aprova o da PEC n 33 2011 ao julgamento pelo STF da A o Penal n 470 vul garmente conhecida como Julgamento do Mensal o que naturalmente traz consigo fortes apelos pol ticos Apenas n o foi dada nfase ao fato de que a PEC n 33 2011 como a pr pria numera o j indica foi proposta em 2011 em data portanto anterior ao in cio do referido julgamento surge de uma t pica rea o institucional a uma experi ncia totalit ria M LLERS 2011 p 285 tradu o nossa Mas tamb m existe uma quest o mais estrutural a ser investigada que a pr pria compreens o de que a corte constitucional tem a ltima palavra como bem salientou o Ministro Marco Aur lio ou de que certas quest es de direitos mesmo que se refiram a aspectos pr prios do desacordo pol tico como se deu em certa medida na decis o do Ministro Gilmar Mendes s o mais bem decididas pelo Judici rio ontologicamente problem tica Com esse prop sito h farta literatura a respeito da defesa de que o local do desacordo sobre direitos deve ser trabalhado pelo parlamento de forma mais leg tima WALDRON 1998 1999 2006 TUSHNET 1999 Aqui se apresenta toda uma necessidade de desmistificar o Judici rio e resgatar uma legitimidade perdida do parlamento Waldron por exem plo chega a af
185. Constitucional de Revis o n 1 de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 27481 25 nov 1997b Emenda Constitucional n 18 de 5 de fevereiro de 1998 Disp e sobre o regime constitucional dos militares Di rio Oficial da Uni o Bras lia 6 fev 1998a Emenda Constitucional n 18 de 5 de fevereiro de 1998 RETIFICA O Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 16 fev 1998b Emenda Constitucional n 19 de 4 de junho de 1998 Modifica o regime e disp e sobre princ pios e normas da Administra o P blica servidores e agentes pol ticos controle de despesas e finan as p blicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 5 jun 1998c Emenda Constitucional n 20 de 15 de dezembro de 1998 Modifica o sistema de previd ncia social estabelece normas de transi o e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 16 dez 1998d 238 Revista de Informa o Legislativa Lei Complementar n 95 de 26 de fevereiro de 1998 Disp e sobre a elabora o a reda o a altera o e a consolida o das leis conforme determina o par grafo nico do artigo 59 da Constitui o Federal e estabelece normas para a consolida o dos atos normativos que menciona Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 27 fev 1998e Emenda Constitucional n 21 de 18 de mar o de 1999 Prorroga alterando a al quota a co
186. Constitui o no que denomina de conceito total de Constitui o em sentido dial tico Seria uma jun o dial tica dos conte dos parciais 284 Revista de Informa o Legislativa nas modific vel por processos e formalidades especiais SILVA 2006 p 40 41 Paulo Bonavides 2001 p 63 65 por sua vez atesta que o conceito material de Constitui o est relacionado exist ncia de mat rias que devem especificamente ser regulamentadas por normas constitucionais tais como organi za o de poder distribui o de compet ncias exerc cio de autoridade forma de governo e direitos fundamentais em suma o conte do b sico referente ao funcionamento da ordem p blica O conceito formal de Constitui o por seu turno abarca as mat rias que enxerta das no corpo da Constitui o alcan am status constitucional mesmo que n o necessariamente se refiram aos elementos b sicos ou institucio nais da organiza o pol tica A mat ria goza de garantia e valor superior por estar prevista no texto constitucional Portanto para Bonavides 2001 a positiva o exaure a necessidade de separa o entre Constitui o formal e material na medida em que tudo que estiver positivado n o importando a mat ria ser considerado como constitucional Temer 1999 p 15 21 assim como Kelsen 2000 ao identificar Estado e Constitui o afirma que qualquer tentativa de atualmente identificar mat rias que sejam
187. DE Provas Maria Jos Franco e Larissa Fernandes Epirora o ELETR NICA Let cia Torres e Angelina Almeida ProJeto GR FICO E Cara Lucas Santos de Oliveira Foro DA Cara Washington Manoel Brito Corro T cnico Alessandro Hirata Ana Carla Bliacheriene Ana Lucia Romero Novelli Ant nio Fl vio Testa Arlindo Fernandes de Oliveira Benedito Cerezzo Pereira Filho Camilo Zufelato Carlos Fernando Mathias de Souza Carlos Henrique Rubens Tom Silva Cl udio Ara jo Reis Cynthia Carneiro Danilo Augusto Barboza de Aguiar Eduardo Saad Diniz Fabiana Severi Fernando Boarato Meneguin Fl via Santinoni Vera Gilberto Guerzoni Guilherme Adolfo Mendes Gustavo Saad Diniz Ivan Dutra Faria Jair Aparecido Cardoso Jo o Henrique Pederiva Jos Carlos Evangelista Ara jo Leany Barreiro de Sousa Lemos Luiz Renato Vieira Lydia Neves Bastos Telles Nunes Marcio de Oliveira Junior M rcio Pereira Pinto Garcia Marcos Magalh es de Aguiar Marcos Paulo da Rocha Eirado Maria Hem lia Fonseca Nuno M M Coelho Paulo Ricardo dos Santos Meira Paulo Lopo Saraiva Rafael Silveira e Silva Renato Monteiro de Rezende Ronaldo Costa Fernandes Ronaldo Jorge Ara jo Vieira J nior Rubens Be ak Sebasti o S rgio da Silveira Tarciso Dal Maso Jardim Tatiana Lacerda Prazeres Thiago Marrara Tiago Ivo Odon Valerio de Oliveira Mazzuoli Revista
188. Diskurstheorie des Rechts und des demokratischen Rechtsstaats Frankfurt am Main Suhrkamp 1998 HEIDEGGER Martin Sein und Zeit T bingen Niemeyer 2006 HIRSCHL Ran Towards juristocracy the origins and consequences of the new constitu tionalism Cambridge Harvard University 2007 The judicialization of politics In WHITTINGTON Keith E KELEMEN R Daniel CALDEIRA Gregory A The oxford handbook of law and politics Oxford Oxford University 2008 Towards juristocracy Cambridge Harvard University 2007 JACKSON Robert H The struggle for judicial supremacy New York Knopf 1941 KRAMER Larry The people themselves popular constitutionalism and judicial review Oxford Oxford University 2004 MAUS Ingeborg Justiz als gesellschaftliches Uber Ich Zur Funktion von Rechtsprechung in der aterlosen Gesellschaft In FAUSTISCH Werner GRIMM Gunter Sturz der G tter Vaterbilder im 20 Jahrhundert Frankfurt Suhrkamp 1989 MCCLOSKEY Robert G LEVINSON Sanford The American Supreme Court Chicago University of Chicago 2000 MENDES Conrado H bner Direitos fundamentais separa o de poderes e delibera o 2008 Tese de Doutorado Departamento de Ci ncia Pol tica Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 MENDES Gilmar Ferreira COELHO Inoc ncio M rtires BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de direito constitucional 4 ed S o Paulo Saraiva 2009 Jurisdi o constitucional S o Pau
189. Disserta o Mestrado Instituto de Medicina Legal Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2000 CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA Anencefalia e Supremo Tribunal Federal Bras lia Letras Livres 2004 Cole o Radar COSTA Judith Martins A re significa o do princ pio da seguran a jur dica na rela o entre o estado e os cidad os a seguran a como cr dito de confian a R CEJ Bras lia n 27 p 110 120 out dez 2004 Dispon vel em lt http www2 cjf jus br ojs2 index php revcej article viewFile 641 821 gt Acesso em 2 dez 2012 COOK Rebecca HOWARD Susannah Accommodating women s differences under the women s anti discrimination convention Emory Law Journal Atlanta v 56 n 4 p 1039 1041 2007 Dispon vel em lt http ssrn com abstract 1029375 gt Acesso em 28 dez 2012 CUNHA Anna L cia Santos Pessoa e direito corpo e ci ncia negociando significados e preceitos cosmol gicos em torno da legaliza o do aborto 2007 Disserta o Mestrado P s Gradua o em Antropologia Social Universidade de Bras lia Bras lia 2007 Dispon vel Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 147 em lt http www openthesis org documents Pessoa e direito corpo negociando 334434 html gt Acesso em 20 dez 2102 DINIZ D bora LION O Tatiana CARRI O Vanessa Laicidade e ensino religioso no Brasil Bras lia Letras Livres 2010 RIBEIRO Diaulas Costa Aborto p
190. E 4 Aati Revista de Informa o Legislativa Eos n 201 Bras lia janeiro mar o 2014 Ano 51 1 3 SENADO FEDERAL PN Revista de Informa o Legislativa SENADO FEDERAL Mesa Bi nio 2013 2014 Senador Renan Calheiros PRESIDENTE Senador Jorge Viana PRIMEIRO VICE PRESIDENTE Senador Romero Juc SEGUNDO VICE PRESIDENTE Senador Flexa Ribeiro PRIMEIRO SECRET RIO Senadora ngela Portela SEGUNDA SECRETARIA Senador Ciro Nogueira TERCEIRO SECRETARIO Senador Jo o Vicente Claudino QUARTO SECRET RIO SUPLENTES DE SECRET RIO Senador Magno Malta Senador Jayme Campos Senador Jo o Durval Senador Casildo Maldaner Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 51 n 201 janeiro mar o 2014 Revista de Informa o Legislativa FUNDADORES Senador Auro Moura Andrade Presidente do Senado Federal 1961 1967 Isaac Brown Secret rio Geral da Presid ncia 1946 1967 Leyla Castello Branco Rangel Diretora 1964 1988 Direror GeraL Ant nio Helder Medeiros Rebou as SECRET RIA GERAL DA Mesa Claudia Lyra Nascimento IMPRESSO NA SECRETARIA DE EDITORA O E PUBLICA ES Direror Florian Augusto Coutinho Madruga Propuzico NA CoorDENA O DE EDI ES T CNICAS CoorDENADORA Anna Maria de Lucena Rodrigues Cheria DE Produ o EpiroriaL Raphael Melleiro Revis o DE Oricinais Thiago Adjuto e Walfrido Vianna Revis o DE Rerer ncias Vanessa Pacheco Revis o
191. EMC 5 1995 Altera o 2 do art 25 da Constitui o Federal X EMC 6 1995 Altera o inciso IX do art 170 o art 171 e o 1 do art 176 da Constitui X o Federal EMC 7 1995 Altera o art 178 da Constitui o Federal e disp e sobre a ado o de X X Medidas Provis rias EMC 8 1995 Altera o inciso XI e a al nea a do inciso XII do art 21 da Constitui o X Federal EMC 9 1995 D nova reda o ao art 177 da Constitui o Federal alterando e inserin X do par grafos EMC 10 1996 Altera os arts 71 e 72 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit X rias introduzidos pela Emenda Constitucional de Revis o ne 1 de 1994 EMC 11 1996 Permite a admiss o de professores t cnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades brasileiras e concede autonomia s institui es de X pesquisa cient fica e tecnol gica EMC 12 1996 Outorga compet ncia Uni o para instituir contribui o provis ria sobre movimenta o ou transmiss o de valores e de cr ditos e direitos de X natureza financeira EMC 13 1996 D nova reda o ao inciso Il do art 192 da Constitui o Federal X EMC 14 1996 Modifica os arts 34 208 211 e 212 da Constitui o Federal e d nova X reda o ao art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias EMC 15 1996 D nova reda o ao 4 do art 18 da Constitui o Federal X EMC 16 1997 D nova reda o ao 5 do art 14 ao caput do art 28 ao inc
192. Fundo de Combate e Erradica o da Pobre za a ser regulado por lei complementar com o objetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso a n veis dignos de subsist ncia cujos recursos ser o aplicados em a es suplemen tares de nutri o habita o educa o sa de refor o de renda familiar e outros programas de relevante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida BRASIL 2010 grifo nosso A altera o do caput do art 79 do ADCT foi feita de forma indireta isto em vez de oferecer um novo texto os autores da emenda fizeram apenas uma remiss o textual na norma alteradora A Emenda Constitucional n 67 de 2010 poderia ter oferecido um novo texto para o caput com a substitui o da express o at o ano de 2010 pela express o por prazo inde terminado Dessa forma o texto compilado refletiria textualmente a vontade do legislador constituinte derivado Vamos ao segundo ponto da an lise da emenda constitucional em tela A Lei Comple mentar n 111 de 6 de julho de 2001 nunca foi revogada e tamb m n o possui uma vig ncia predeterminada Por isso n o precisaria de uma norma que prorrogasse sua vig ncia pois de acordo com o art 2 da Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasileiro LINDB antigo LICC N o se destinando vig ncia tempor ria a lei ter vigor at que outra a modifique ou revogue Nesse caso o efeito da citada emenda sobre a lei c
193. ILVA Ricardo Perlingeiro Mendes da Princ pio da isonomia e a administra o p blica em ju zo a realidade brasileira Aspectos jur dicos Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 43 n 169 p 7 12 jan mar 2006 Dispon vel em lt www senado gov br web cegraf ril Pdf pdf 169 R169 01 pdf gt Acesso em 20 set 2010 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 173 Acerca da dicotomia atividade fim e atividade meio e suas implica es na licitude da terceiriza o trabalhista Alexandre Pimenta Batista Pereira professor adjunto da Universidade Federal de Vi osa doutor e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais Larissa Martins de Souza graduada em Direito pela Universidade Federal de Vi osa ALEXANDRE PIMENTA BATISTA PEREIRA LARISSA MARTINS DE SOUZA Sum rio 1 Introdu o 1 1 Atividade fim e atividade meio 2 As normas infraconstitucionais e a rela o com a S mula 331 do Tribunal Superior do Trabalho 2 1 Da CLT ao contexto contempor neo da globaliza o 2 2 O Decreto Lei n 200 de 25 de fevereiro de 1967 2 3 A Lei n 6 019 de 3 de janeiro de 1974 2 4 Lei n 7 102 de 20 de junho de 1983 2 5 Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 2 6 Lein 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 2 7 Lei n 9 472 de 16 de julho de 1997 3 Limita o terceiriza o estabelecida pela justi a do trabalho 4 Uma an lise quanto finalidade das s mulas em espec fico a 331
194. IM Apela o criminal n 1 302 861 3 Cardoso 15 C mara Rel Carlos Biasotti FREITAS 2006 p 11 Ou seja mais uma vez acertou a Lei de Crimes Ambientais ao prever em seu art 37 I que n o crime o abate de animal quando realizado I em estado de necessidade para saciar a fome do agente ou de sua fa m lia Tamb m n o cometeria crime o ribeirinho que viesse a matar uma on a pintada que surgisse em seu caminho com a inten o de atac lo pois estaria agindo em leg tima defesa 2 3 Culpabilidade A culpabilidade requisito da pena e n o do crime portanto n o deve ser confundida com culpa Para Jesus 1985 p 385 a culpabilidade composta de tr s elementos a imputabilidade b potencial consci ncia da ilicitude e c exigibilidade de conduta diversa Na falta de algum desses elementos embora o crime subsista o cul pado deve ser absolvido ou em alguns casos sequer processado O C digo Penal expressamente prev as causas excludentes de culpa bilidade erro de proibi o art 21 caput coa o moral irresist vel art 22 1 parte obedi ncia hier rquica art 22 2 parte inimputabilidade por doen a mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado art 26 caput inimputabilidade por menoridade penal art 27 sendo que essa causa est contida no desenvolvimento mental incompleto e inimputabilidade por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou for a
195. Informa o Legislativa multiangulares entre ordens jur dicas em torno de um mesmo problema constitucional Especialmente no tocante aos direitos huma nos verifica se um transconstitucionalismo pluridimensional envolvendo diversas ordens jur dicas que se desenvolve igualmente de formas as mais diferentes na Am rica Latina Nessa mat ria a invoca o de precedentes a outras ordens jur dicas n o se restringe ao direito constitucional de estados estrangeiros conforme tratado no item 4 deste artigo mas tamb m s normas convencionais do direito internacional e jurisprud ncia de tribunais internacionais No mencionado julgamento do Habeas Corpus 82 424 RS em que o STF caracterizou como crime de racismo a publi ca o de livro com conte do antissem tico nega o da exist ncia do holocausto para concluir pela sua imprescritibilidade al m da farta refer ncia ao direito estrangeiro foram citados inumer veis atos e normas de direito internacional p blico assim como se invocou o caso Jersild v Dinamarca julgado pela Tribunal Europeu de Direitos Humanos em setembro de 1994 ECHR 1994 Em muitos outros julgamentos o STF apresentou indica es de sua disposi o para integrar se em um di logo transconstitucional no sistema mundial multi c ntrico no qual diversas ordens jur dicas s o articuladas concomitantemente para a solu o de problemas constitucionais de direitos hu manos E aqui n o se tra
196. Liam NAGEL Thomas O mito da propriedade os impostos e a justi a S o Paulo Martins Fontes 2005 POSNER Richard Economic analysis of law 6 ed New York Aspen 2003 RECEITA FEDERAL DO BRASIL Cadastro sincronizado nova vers o do programa gerador de documentos do CNPJ Bras lia Receita Federal 2008 308 Revista de Informa o Legislativa Orienta es Editoriais A Revista de Informa o Legislativa RIL divulga artigos in ditos sobre temas em debate no Congresso Nacional ou de cunho hist rico sobre o Poder Legislativo As colabora es selecionadas por corpo t cnico dever o ser encaminhadas Coordena o de Edi es T cnicas por e mail livrosesenado leg br com indica o do endere o do autor para eventual envio de exemplar impresso Da mensagem eletr nica dever constar autoriza o para publica o sem nus na RIL e posterior visualiza o na Internet bem como declara o de ineditismo do artigo Referida mensagem dever ainda ser seguida de assinatura digitalizada N o havendo esse recurso pedimos o encaminhamento em separado por fax ou pelos Correios da autoriza o declara o de ineditismo devidamente assinada O texto do artigo a ser publicado deve ser formatado preferencialmente para papel A4 em corpo 12 espa amento entre linhas de 1 5 e salvo como documento do Word Dos artigos dever o constar breve resumo curricular e local de trabalho do colaborador Ap s o t tulo e nome do autor
197. OGM defendendo o ambiente e contestando a decis o relativa comercializa o e exporta o dos OGM importante destacar a forma conflituosa da intera o desses novos atores com os que participam da produ o agr cola ou do agro business de modo geral Sendo a quest o apenas de ganho ou de perda a intera o conflituosa tem pouca chance de provocar uma aproxima o de posi es pelo questionamento das precondi es respectivas Figura 3 Sistema social durante a primeira autoriza o comercializa o do SRR setembro de 1998 junho de 1999 Syst me social Pouvoir Pouvoir ex cutif judiciaire Producteurs IBAMA ONG CNTBio Greenpeace IDEC Producteurs semences pirates 4 Producteurs Ne E Obtenteurs Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo Sistema social subsistema de de cis o Poder Executivo Ibama Poder Judici rio Produtores Produtores de sementes piratas Produtores de sementes Obtentores Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 39 4 3 A diverg ncia entre os atores p blicos que obtiveram uma autoriza o definitiva do SRR A cacofonia entre os atores p blicos se manifestou por um lado no mbito da Uni o entre os diferentes minist rios que tratam da quest o dos OGM e por outro lado entre a Uni o e alguns estados Para impor sua posi o a Presid ncia da Rep blica teve de promulgar tr s medidas
198. Pontif cia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 FERREIRA FILHO Manoel Gon alves Poder Judici rio na Constitui o de 1988 judicia liza o da pol tica e politiza o da justi a Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro v 198 p 1 17 out dez 1994 FEREJOHN John Judicializing politics politicizing law Law and Contemporary Problems Durham v 65 n 3 p 41 69 2002 GARAPON Antoine O juiz e a democracia o guardi o das promessas Rio de Janeiro Revan 1999 GRIMM Dieter Constitui o e pol tica Belo Horizonte Del Rey 2006 HIRSCHL Ran The new constitutionalism and the judicialization of pure politics worl dwide Fordham Law Review New York v 75 n 2 p 722 727 2006 IBANEZ Perfecto Andr s Democracia com ju zes Revista do Minist rio P blico Lisboa ano 24 n 94 p 31 47 jun 2003 KMIEC Keenan The origin and current meanings of judicial activism California Law Review California p 1643 1675 2004 LEITE Evandro Gueiros Ativismo judicial BDJur Bras lia 5 maio 2008 Dispon vel em lt http bdjur st jus br xmlui handle 2011 16980 gt Acesso em 30 set 2012 MACIEL D bora Alves KOERNER Andrei Sentidos da judicializa o da pol tica duas an lises Lua Nova S o Paulo n 57 p 113 133 2002 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 127 MELO Osvaldo Ferreira de Dicion rio de direito pol tico Rio de Janeiro Forense 1978 MORAES Alexandre de
199. Presid ncia da Rep blica Uma nova altera o da Lei n 7 474 de 1986 aconteceu em 2002 com a transforma o da Medida Provis ria n 76 de 25 de outubro na Lei n 10 609 de 20 de dezembro cujo artigo primeiro passou a vigorar com os seguintes par grafos 1 Os quatro servidores e os motoristas de que trata o caput deste artigo de livre indica o do ex Presidente da Rep blica ocupar o cargos em comiss o do Grupo Dire o e Assessoramento Superiores DAS at o n vel 4 ou gratifica es de representa o da estrutura da Presid ncia da Rep blica 2 Al m dos servidores de que trata o caput deste artigo os ex Presi dentes da Rep blica poder o contar ainda com o assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comiss o do Grupo Dire o e Assessoramento Superiores DAS de n vel 5 Com talaltera o a legisla o consolidou a concess o n o de um mas de tr s benef cios para os ex presidentes Al m da seguran a viabilizada com servidores destinados seguran a pessoal a legisla o garantiu o transporte pessoal oficial do ex presidente juntamente com motoristas e pessoal especializado para compor uma assessoria Todos esses diplomas legais foram devidamente regulamentados por decretos emitidos pelo Poder Executivo O ltimo deles o Decreto n 6 381 de 27 de fevereiro de 2008 regulamentou a atua o dos seguran as a serem contratados pelos ex presidentes detalhando inclus
200. Rio de Janeiro Forense 1978 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 AMARAL JUNIOR Alberto JUBILUT Liliana Lyra O direito internacional dos direitos humanos e o Supremo Tribunal Federal In AMARAL JUNIOR Alberto JUBILUT Lilia na Lyra Org O STF e o direito internacional dos direitos humanos S o Paulo Quartier Latin 2009 ARAG N REYES Manuel Sobre las nociones de supremac a y supralegalidad Revista de Estudios Pol tico Madrid n 50 p 9 30 marzo abr 1986 ARINOS Afonso Curso de direito constitucional brasileiro Forense Rio de Janeiro 1958 BACHOF Otto Normas constitucionais inconstitucionais Tradu o e nota pr via de Jos Manuel M Cardoso da Costa Coimbra Almedina 1994 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da Constitui o fundamentos de uma dogm tica constitucional transformadora 6 ed S o Paulo Saraiva 2009 BERCOVICI Gilberto Constitui o e pol tica uma rela o dif cil Lua Nova S o Paulo v 61 p 5 24 2004 B CKENF RDEF Ernst Wolfgang Escritos sobre derechos fundamentales Tradu o de Ignacio Villaverde Men ndez Baden Baden Nomos 1993 BONAVIDES Paulo Curso de direito constitucional 11 ed Malheiros S o Paulo 2001 BORGES Jos Souto Maior Curso de direito comunit rio S o Paulo Saraiva 2005 BRASIL Supremo Tribunal Federal Habeas Corpus n 72131 RJ
201. a o eleitoral e partid ria brasileira n o prev a perda do mandato em raz o da infidelidade partid ria Com efeito segundo Silva 2011 p 407 a Constitui o n o permite a perda do mandato por infidelidade partid ria ao contr rio at o veda quando no art 15 declara vedada a cas sa o de direitos pol ticos s admitidas a perda e a suspens o deles nos estritos casos indicados no mesmo artigo Segundo a doutrina sustentada por em ritos juristas a Carta Magna n o admite expressa mente a perda do mandato em fun o da infi delidade partid ria Nem por isso o posiciona mento dos tribunais trilhou esse entendimento Assim que o Tribunal Superior Eleitoral nas respostas Consulta n 1 398 do antigo Partido da Frente Liberal PFL hoje Demo cratas DEM e Consulta n 1 407 2007 do deputado federal Nilson Mour o PT AC bem como o Supremo Tribunal Federal no julga mento dos Mandados de Seguran a n 26 602 26 603 e 22 604 firmaram o entendimento de que se o candidato ap s o pleito nas elei es proporcionais e majorit rias mudasse sem justa causa de partido ou de coliga o partid ria pelos quais fora eleito perderia o mandato uma vez que este pertenceria ao partido ou coliga o e n o ao candidato Ap s as decis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal que seguiram a premissa de que o mandato do Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 1
202. a Ressalta se que o Minist rio P blico ap s o advento da Lei n 12 016 2009 tamb m parte leg tima para re querer a suspens o de seguran a quando atuar como custos legis Em fun o dos dispositivos legais men cionados no item anterior o deferimento do pedido de suspens o de seguran a vinculado preexist ncia de situa es que possam gerar grave les o seguran a sa de ordem p blica ou economia sendo entendimento da jurisprud ncia a necessidade de configura o de apenas uma das hip teses Dessa forma o requerimento dever demonstrar em suas raz es que a manuten o da decis o qual se refere poder gerar grave les o aos bens men cionados sem contudo adentrar o m rito da controv rsia central do mandado de seguran a ou tratar de erro in judicando ou in procedendo da decis o sendo de cunho eminentemente pol tico N o obstante o instituto que demonstra sua relev ncia na tutela do interesse p blico revela tamb m um car ter excepcional e t o somente poder ser admitido nos casos em que for reconhecida a urg ncia na ado o da medida bem como a comprova o do fumus boni iuris e o periculum in mora 4 3 Natureza jur dica A natureza jur dica do pedido de suspen s o de seguran a controversa Defende se jurisprudencialmente sua natureza meramente administrativa sujeita desse modo an lise pol tica do Poder Judici rio Entretanto se
203. a define se como um agente pol tico POGREBINSCHI 2000 p 122 Para Teixeira 2001 p 43 o ativismo judicial tem lugar quando for verificada uma das seguintes hip teses ou ambas i tribunais ou ju zes fazem ou ampliam sua participa o no processo de cis rio referente formula o e ou implementa o de pol ticas p blicas ou ii negocia es n o judiciais e f runs de tomada de decis es tipica mente pol ticos s o afetados ou passam a adotar em seu funcionamento e no comportamento dos seus operadores regras e procedimentos judiciais Cittadino 2002 destaca a amplia o do controle normativo do Ju dici rio no mbito das democracias representativas como um dos temas centrais das discuss es que se fazem no mbito da ci ncia pol tica da sociologia do direito e da filosofia do direito Segundo a autora o protagonismo recente dos tribunais constitucionais e cortes supremas n o apenas transforma em quest es problem ticas os princ pios da sepa ra o dos Poderes e da neutralidade pol tica do Poder Judici rio como inaugura um tipo in dito de espa o p blico desvinculado das cl ssicas institui es pol tico representativas CITTADINO 2002 p 17 Segundo Carvalho 2004 p 115 120 essa nova arquitetura ins titucional propiciou o desenvolvimento de um ambiente pol tico que viabilizou a participa o do Judici rio nos processos decis rios sendo que alguns tribunais di
204. a C mara dos Deputados e do 53 EMC 3 1993 EMC 4 1993 EMC 5 1995 Senado Federal nos termos do 3 do art EMC 6 1995 EMC 7 1995 EMC 8 1995 60 da Constitui o Federal promulgam a EMC 9 1995 EMC 10 1996 EMC 11 1996 seguinte Emenda ao texto constitucional EMC 13 1996 EMC 14 1996 EMC 15 1996 Arqu tipo EMC 16 1997 EMC 17 1997 EMC 18 1998 EMC 21 1999 EMC 22 1999 EMC 23 1999 EMC 24 1999 EMC 25 2000 EMC 26 2000 EMC 27 2000 EMC 28 2000 EMC 29 2000 EMC 30 2000 EMC 32 2001 EMC 33 2001 EMC 34 2001 EMC 35 2001 EMC 36 2002 EMC 37 2002 EMC 38 2002 EMC 39 2002 EMC 40 2003 EMC 43 2004 EMC 44 2004 EMC 58 2009 EMC 59 2009 EMC 60 2009 EMC 61 2009 EMC 62 2009 EMC 63 2010 EMC 64 2010 EMC 67 2010 EMC 68 2011 EMC 70 2012 EMC 71 2012 EMC 72 2018 EMC 73 2013 EMC 74 2013 EMC 75 2018 EMC 76 2013 EMC 77 2014 AS MESAS DA C MARA DOS DEPUTADOS 10 EMC 2 1992 EMC 45 2004 EMC 46 2005 E DO SENADO FEDERAL nos termos do EMC 47 2005 EMC 52 2006 EMC 53 2006 8 3 do art 60 da Constitui o Federal EMC 54 2007 EMC 55 2007 EMC 56 2007 promulgam a seguinte Emenda ao texto EMC 57 2008 constitucional uso de mai sculas As MESAS da C MARA DOS DEPUTADOS 2 EMC 41 2008 EMC 42 2008 e do SENADO FEDERAL nos termos do 8 3 do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional uso de mai sculas AS MESAS DA C MARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL nos
205. a Eletr nica de Direito Administrativo Econ mico Salvador n 10 maio jun jul 2007 Dispon vel em lt http www direitodoestado com revista REDAE 10 MAIO 2007 PAULO 20MODESTO pdf gt Acesso em 11 jun 2013 SALAMA Bruno M De que forma a economia auxilia o profissional e o estudioso do direito Economic Analysis of Law Review Bras lia v 1 n 1 p 4 6 jan jun 2010 Dispo n vel em lt http portalrevistas ucb br index php EALR article viewArticle 1461 gt Acesso em 11 jun 2013 16 Revista de Informa o Legislativa O Facebook e o direito privacidade Alessandro Hirata professor associado da Faculdade de Direito de Ribeir o Preto da Universidade de S o Paulo Doutor em Direito pela Ludwig Maximilians Universit t M nchen Alemanha ALESSANDRO HIRATA Sum rio 1 Introdu o 2 Redes sociais 2 1 Hist rico das redes sociais 2 2 Caracter sticas das redes sociais 2 3 Facebook 3 Quest es jur dicas nas redes sociais 3 1 Privacidade 3 2 Minera o de dados data mining 4 Direito privacidade e intimidade 5 Direito europeu e a privacidade 6 A es referentes Europe versus Facebook 7 Conclus es 1 Introdu o desnecess rio justificar a import ncia e a motiva o de escrever sobre o fen meno das redes sociais e suas implica es na privacidade das pessoas Trata se de quest o cotidiana na nossa sociedade con tempor nea atingindo direta ou ind
206. a Eletr nico Bras lia 26 nov 2012a Supremo Tribunal Federal Argui o de Descumprimento de Preceito Fundamental n 132 RJ de 5 de maio de 2011 Relator Ministro Ayres Britto Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 16 dez 2012b Supremo Tribunal Federal Argui o de Descumprimento de Preceito Fundamental n 186 DF Relator Ministro Ricardo Lewandowski Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 4 maio 2012c C mara dos Deputados Projeto de Lei n 4 470 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 19 set 2012d Supremo Tribunal Federal Mandado de Seguran a n 32033 DF de 24 de abril de 2013 Relator Ministro Gilmar Mendes Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 29 abr 2013a Supremo Tribunal Federal Mandado de Seguran a n 32036 DF Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 10 maio 2013b Supremo Tribunal Federal Mandado de Seguran a n 32037 DF Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 10 maio 2013c CALGARO Fernanda Para ministro PEC que submete decis es do Supremo ao Congresso retalia o UOL Not cias S o Paulo 24 abr 2013 Dispon vel em lt http noticias uol com br politica ultimas noticias 2013 04 24 para ministros pec que submete supremo a congresso e perniciosa e tenebrosa htm gt Acesso em 11 jun 2013 CORR A Oscar Dias O 160 anivers rio do STF e o novo texto constitucional Arquivos do Minist rio da Justi a Bras lia v 41 n 173 p 67
207. a Lei n 8 541 de 23 de dezembro de 1992 passa a vigorar com a seguinte reda o Art 6 4 XIV os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em servi o e os percebidos pelos portadores de mol stia profissional tuberculose ativa aliena o mental esclerose m ltipla neoplasia malig na cegueira hansen ase paralisia irrevers vel e incapacitante cardiopatia grave doen a de Parkinson espondiloartrose anquilosante nefropatia grave hepatopatia grave estados avan ados da doen a de Paget oste te defor mante contamina o por radia o s ndro me da imunodefici ncia adquirida com base em conclus o da medicina especializada mesmo que a doen a tenha sido contra da depois da aposentadoria ou reforma NR BRASIL 2004d Criou se uma situa o de inseguran a jur dica e os portadores de fibrose c stica viram se prejudicados com a nova reda o Quase dois anos depois o Secret rio da Receita Federal publicou o Ato Declarat rio Interpretativo SRF n 11 de 19 de outubro de 2006 declarando que a fibrose c stica estava no rol das doen as que possu am isen o de imposto de renda incidente sobre os proventos de aposentadoria reforma ou pens o Para prevenir que casos como esse ocorram no mbito dos atos administrativos do Senado Federal o Ato da Comiss o Diretora do Senado Federal n 16 de 2012 que disp e sobre a ela bora o dos atos admin
208. a a pretens o da Argentina de que fosse proibida a importa o de recauchutados oriundos do Uruguai tendo corroborado posteriormente sua decis o anterior por entender que uma tal proibi o ofenderia as normativas do Mercosul O Brasil tentou inicialmente contornar ambas as decis es procurando propor um limite ao n mero de pneus recauchutados a serem importados do Uruguai e do Paraguai o que levou a uma situa o conflituosa em rela o ao mesmo tempo s normas do Mercosul e da OMC em sentidos diametralmente opostos Mas os conflitos entre rg os administrativos que estabeleceram normas proibindo a importa o de pneus recauchutados e rg os judiciais que declararam essas normas inconstitucionais levaram a um quiproqu em torno da quest o no mbito do Estado brasileiro A situa o complicou se tendo em vista que uma Argui o de Des cumprimento de Preceito Fundamental art 102 2 da Constitui o Federal fora proposta pela Presid ncia da Rep blica em 29 de setem bro de 2006 ADPF 101 2006 na qual se pediu que fossem declaradas inconstitucionais e ilegais decis es judiciais que vinham admitindo a importa o de recauchutados com base no argumento de que as normas infraconstitucionais que vedam essa pr tica seriam inconstitucionais A ADPF fundamentou se basicamente na alega o de que o art 225 da Constitui o Federal estaria sendo violado mediante essas decis es O caput desse dispositivo constitucion
209. a an lise da jurisdi o da Corte Interamericana de Direitos Humanos CorteIDH ver Garcia Ram rez 2008 p 187 221 194 Revista de Informa o Legislativa arts 52 a 69 da CADH aos tribunais nacionais com compet ncias constitucionais Esses tamb m reveem a sua jurisprud ncia luz das decis es da Corte Tanto do lado da CorteIDH quanto da par te das cortes estatais tem havido uma disposi o de di logo em quest es constitucionais comuns referentes prote o dos direitos humanos de tal maneira que se amplia a aplica o do direito con vencional pelos tribunais dom sticos CARAZO ORTIZ 2009 p 273 et seq BURGORGUE LARSEN 2009 p 309 et seq Um caso interessante diz respeito colis o entre o art 7 n 7 da Conven o Americana de Direitos Humanos e o artigo 5 LXVII da Constitui o brasileira Enquanto essa dispo si o constitucional permite a pris o civil do deposit rio infiel o dispositivo da Conven o o pro be No julgamento do RE 466 343 SP do RE 349 703 RS e do HC 87 585 TO o Supremo Tribunal Federal decidiu em 3 de dezembro de 2008 por maioria que os tratados e conven es sobre direitos humanos quando n o aprovados nos termos procedimentais do artigo 5 3 da Constitui o Federal procedimento id ntico ao de uma Emenda Constitucional t m uma hie rarquia supralegal mas infraconstitucional Esse caso ensejou uma ampla discuss o a respeito da incorpo
210. a da Leg stica Formal Jo o Alberto de Oliveira Lima Edilenice Passos Partidos pol ticos e democracia Jarbas Maranh o Elementos que envolvem os crimes ambientais Lucas Daniel Ferreira de Souza Entre a forma e a mat ria A distin o entre tratados internacionais de direitos humanos materialmente e formalmente constitucionais Breno Ba a Magalh es Danilo Thales Martins Sozinho Gleiciane Barroso Carvalho Resenha Legislativa da Consultoria Legislativa do Senado Federal 299 Tributa o de empresas e unifica o dos cadastros fiscais Leonardo Garcia Barbosa H incompatibilidade entre efici ncia e legalidade Pedro Felipe de Oliveira Santos graduado em Direito pela UnB e p s graduado em Direito Estado e Constitui o pela Uni o Educacional do Planalto Central Atualmente Juiz Federal do TRF da 1 Regi o Fernando B Meneguin mestre em Economia do Setor P blico e doutor em Economia pela UnB p s doutor pelo Departamento de Ci ncia Pol tica da UFMG Bachelor of Science in Foreign Legal Studies AMBRA College Florida EUA Consultor Legislativo do Senado Federal Consultor Geral Adjunto Coordenador do N cleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa PEDRO FELIPE DE OLIVEIRA SANTOS FERNANDO B MENEGUIN Sum rio Introdu o 1 Legalidade e efici ncia como princ pios constitucionais da Administra o P blica 2 Conceito de efici ncia contribui es da di
211. a democr tica postulada por Schumpeter 2008 pressup e essa altern ncia tamb m o caso da teoria da Poliarquia defendida por Dahl 2005 Segundo essas teorias um sistema de gover no somente pode ser considerado democr tico se de fato indiv duos e partidos que se encontrem na oposi o desfrutem pelo menos no m dio e longo prazos de reais condi es para se tornarem situa o Przeworski Alvarez Cheibub e Limongi 1996 afirmam que as disputas eleitorais Ricardo Jos Pereira ocorrem com legitimidade quando existe uma oposi o que tem alguma Rodrigues mestre possibilidade de chegar ao governo Para eles a altern ncia no poder em Ci ncia Pol tica pela UFPE e doutor em Ci ncia Pol tica 51 Poder se ia acrescentar a essa afirma o que tal altern ncia tamb m pela State University of New York consultor legislativo da C mara dos Deputados a disputa eleitoral e a altern ncia exclusivamente sob a perspectiva dos constitui uma evid ncia prima facie da disputa CHEIBUB 1996 p constitui evid ncia da lisura da disputa eleitoral Na maioria das vezes os te ricos da democracia optam por abordar Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 53 vitoriosos A literatura na ci ncia pol tica tem defendido como um padr o para suas teorias a premissa de que os pol ticos almejam a continuidade em seus cargos Este o caso de Downs 1957 e de Mayhew 1974 entre muitos outros te ricos Tais teorias funda
212. a inger ncia da prote o penal que de forma coercitiva vem apresen tando resultados significativos A Constitui o Federal de 1988 entre v rias outras inova es previu um cap tulo pr prio para o meio ambiente elevando o a bem de uso comum do povo Para dar real efetividade a esse preceito constitucional surgiu a Lei n 9 605 de 12 de fevereiro de 1998 a Lei de Crimes Am bientais que trouxe em seu bojo v rios avan os Alguns eram esperados como o aumento de pena para alguns delitos outros s o pol micos como a responsabiliza o criminal dos entes coletivos pela pr tica de crimes ambientais criando uma nova tutela ambiental de modo a prevenir os danos causados ao meio ambiente pelas pessoas jur dicas consideradas as maiores degradadoras da natureza Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 271 Vale a pena lembrar que a Lei n 9 605 98 teve inspira o na legisla o francesa Diversos pa ses na sua maioria europeus consagram a responsabilidade penal da pessoa jur dica n o s em rela o ao meio ambiente mas tamb m em todas as searas em que esta for violadora de uma norma Ao contr rio do C digo Penal Franc s que veda expressamente puni es ao Estado o texto normativo p trio nada previu fazendo surgir um embate na doutrina sobre a possibilidade ou n o de o Estado ser punido por cometer um crime ambiental Seguimos a corrente que entende que seria redundante ter o legislador vedado express
213. a penal em branco Para Mirabete 2004 p 49 50 normas penais em branco s o as de conte do incompleto vago exigindo complementa o por outra norma jur dica lei decreto regulamento portaria etc para que possam ser aplicadas ao fato concreto Notamos isso no art 18 da Lei n 9 605 98 a multa ser calculada segundo crit rios do C digo Penal se revelar se ineficaz ainda que aplicada no valor m ximo poder ser aumen tada at tr s vezes tendo em vista o valor da vantagem econ mica auferida BRASIL 1998 Assim a remiss o da lei de crimes ambien tais a outras esp cies normativas existentes de extrema relev ncia para a sua efic cia A legisla o penal deve descrever de for ma correta e precisa o tipo penal para que o ofensor possa efetivamente se defender Por m em rela o ao meio ambiente visto a gama de poss veis delitos que pode vir a sofrer n o pos s vel descrever de forma objetiva e clara alguns crimes ambientais Por isso faz se necess rio o uso do tipo penal aberto que segundo Milar 2009 p 979 o tipo em que n o aparece por completo a norma que o agente transgride com o seu comportamento sendo necess rio que a lei fa a remiss o a outras normas O crime de homic dio descrito da seguin te forma matar algu m ou seja tem uma descri o direta e objetiva No entanto como seria poss vel fazer o mesmo no caso do crime de polui o v
214. a pondera o aceita de forma problem tica na jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal ha vendo inclusive decis o do Min Celso Mello no sentido de que o Estado n o pode desincumbir se de cumprir suas obriga es constitucionais salvo sob a alega o de justo motivo objetivamente afer vel ADPF n 45 DJU de 4 5 2004 SARMENTO 2010 p 197 Em contrapartida a ideia de m nimo existencial possibilitou engrandecimento significativo da tutela dos direitos sociais com fundamento no dever de assist ncia material no que diz respeito aos servi os de educa o b sica e de sa de b sica bem como no socorro aos desamparados e no dever de promo o do acesso justi a BARCELLOS A P 2011 p 302 Para uma melhor considera o da express o reserva do poss vel no que concerne aos direitos sociais ver Sarmento 2010 p 196 202 quanto ao argumento do m nimo existencial ver Sarmento 2010 p 202 208 134 Revista de Informa o Legislativa 3 O direito sa de como direito social por excel ncia e os instrumentos pol ticos e jur dicos para sua efetiva o Por estar relacionada garantia do direito vida a sa de um direito social CF art 6 dotado de maior grau de fundamentalidade comparado aos demais Tanto assim que a Constitui o estabelece como objetivos da ordem social o bem estar e a justi a sociais art 193
215. a vida real Tal servi o consiste em uma repre senta o de cada usu rio geralmente um perfil suas rela es sociais e uma variedade de servi os adicionais Desse modo os sites de redes sociais permitem aos usu rios compartilhar ideias imagens mensagens atividades eventos e interesses com as pessoas em sua rede Hoje em dia essa defini o de servi o de rede social na verdade sup rflua uma vez que um enorme n mero de pessoas utiliza algum tipo desse servi o Do mesmo modo o seu melhor exemplo atinge hoje tantas pessoas por todo o mundo que todos sabem do que se trata o Facebook 2 1 Hist rico das redes sociais A base para redes sociais surge nos anos 80 com os chamados Bulletin Board System BBS BOYD ELLISON 2007 Esses sistemas permitiam o interc mbio de dados e mensagens entre v rios usu rios de uma nica plataforma No final dos anos 80 e in cio dos anos 90 as aplica es Com puServe Prodigy e AOL lan aram as fun es b sicas que s o hoje s o comuns a uma rede social ao contr rio dos sistemas de boletins perfis pessoais foram criados com a possibilidade de divulga o de eventos e o envio de mensagens p blicas e privadas O passo seguinte foi a combina o de fun es de chat bate papo nas redes sociais Um dos primeiros exemplos dessa nova etapa foi a rede de amigos de escola Classmates com fundada nos EUA em 1995 Em seguida o LinkedIn foi fundado em dezembro de 2002 e lan ado e
216. aborar e intervir exclusivamente na organiza o e fun cionamento dos poderes p blicos Os partidos t m que ser uma for a viva atuante N o se justificariam sem uma a o permanente em fun o de objetivos p blicos N o devem existir somente para fazer eleitores s v speras dos pleitos Devem promover a for ma o do eleitor criar opini o ter um cuidado especial com a educa o das massas N o h empenho mais importante em favor do prest gio das institui es livres que este de favorecer o aprendizado democr tico O conceito da democracia com a ascen s o das massas populares que o fato mais caracter stico de nosso tempo est em plena renova o Temos de dar um conceito do regime em fun o das exig ncias da emancipa o hu mana Os partidos t m portanto que promover a reconstru o democr tica na certeza de que as liberdades pol ticas incluem necessariamente as conquistas sociais As massas populares n o mais querem ficar margem dos problemas pol ticos econ micos e sociais A fun o enfim das organiza es partid rias como das elites a de preparar o povo para colaborar na realiza o efetiva do regime democr tico verdade que os desequil brios econ mi cos as desordens da produ o as dificuldades financeiras os conflitos sociais e as inclina es autorit rias sempre amea am a democracia Ela corre muita vez o risco das crises mas continua vence os acident
217. acional teria primazia sobre o C digo Civil brasileiro Somente a manuten o da orienta o dominante anteriormente na tradi o jur dica brasileira ou seja a concep o de que os atos internacionais ratificados t m o n vel de validade de uma lei ordin ria poderia levar a um conflito insuper vel entre o STF e a CortelDH pois o C digo Civil brasileiro entrou em vigor em 10 1 2003 ap s a ratifica o do tratado e nesse caso prevaleceria a m xima lex posterior derogat priori Mantida essa posi o o STF esta Posi o defendida pelo ministro Celso de Mello em voto condutor da diverg ncia com apoio nas obras de Trindade 2003 p 513 Piovesan 2008 p 51 77 Mazzuoli 2001 p 147 150 2007 p 682 702 Mello 2001 p 1 33 25 et seq vai al m e sustenta o car ter supraconstitucional dos tratados e conven es sobre direitos humanos O art 5 2 da Constitui o Federal do Brasil disp e Os direitos e garantias expressos nesta Constitui o n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte O art 5 inciso LXVII da Constitui o Federal do Brasil determina n o haver pris o civil por d vida salvo a do respons vel pelo inadimplemento volunt rio e ines cus vel de obriga o aliment cia e a do deposit rio infiel 7 Posi o defendida pelo ministro G
218. ade fim Os ministros entenderam que os artigos 25 da Lei n 8 987 95 e 94 II da Lei n 9 472 97 fazem parte de diplomas adminis trativistas sendo necess ria uma interpreta o sistem tica e harm nica com o Direito do Tra balho cujo n cleo central o princ pio da prote 186 Revista de Informa o Legislativa o Dessa forma n o se pode tomar inerente como sin nimo de atividade fim sob pena de um desvirtuamento da l gica trabalhista Esclarece o Informativo que tal decis o n o afrontou a S mula Vinculante n 10 que protege a reserva de plen rio artigo 97 CF 88 pois n o houve declara o de inconstitucionalidade nem mesmo afastamento da incid ncia daqueles artigos mas t o somente uma interpreta o de normas de natureza infraconstitucional BRASIL 20124 A SBDI I passou a entender que a atividade de call center n o pode ser concebida como atividade meio nos seguintes termos n o h como afastar a condi o de ati vidade fim dos servi os de atendimento telef nico prestados pelas empresas de tele comunica es pois por meio da central de atendimento que o consumidor solicita ou at mesmo obt m reparos e manuten o em sua linha telef nica recebe informa es acerca dos servi os prestados pela concessio n ria e faz reclama es n o sendo poss vel distinguir ou desvincular o call center da atividade prec pua da presta o dos servi os d
219. ado e os que tinham a concep o de que a Constitui o seria uma regra de direito que apenas regula o comportamento estatal estando ligada ao dever ser do Estado BERCOVICI 2004 p 7 9 As concep es materiais de Constitui o estavam ligadas no o neohegeliana como as concep es de Schmitt e Smend que n o atribu am ao momento jur dico normativo o aspecto mais importante da Constitui o 282 Revista de Informa o Legislativa a Constitui o material pela positiva o da Constitui o formal Com efeito observamos a constata o de uma ordem jur dica objetiva historicamente fundada representada como constitui o material na base do direito posi tivo FIORAVANTI 2010 p 430 Os positivistas do s culo XX no entanto afastaram se da constata o de Savigny ao sustentar que a Constitui o seria o conjunto dos princ pios jur dicos que designam os rg os supremos do Estado e estabelecem as pautas para a cria o de normas jur dicas e a posi o fundamental do indiv duo frente ao poder esta tal Exclui se a ideia de Constitui o em sentido material historicista ou sociol gica a Constitui o pressup e o Estado porque o constitui e n o o contr rio N o existe antes do Estado nenhuma Constitui o em sentido formal ou material FIORAVANTI 2010 p 427 Tal compreens o diz respeito ao outro grupo de concep es de Constitui o material exposto anteriormente o posit
220. ado a a es humanit rias direitos humanos e promo o da democracia cujo trabalho no mundo todo o levou a re ceber o Pr mio Nobel da Paz No processo como salienta Chambers II 1998 p 424 Jimmy Carter redefiniu a ex presid ncia e estabeleceu novas dimens es de servi o p blico para ex presidentes O modelo de ex presid ncia estabelecido por Carter tem sido emulado por v rios outros ex presidentes tanto dos Estados Unidos como de outros pa ses Segundo Anderson 2010 p 72 o caso de Bill Clinton nos Estados Unidos e de Vicent Fox no M xico Em ltima an lise a regulamenta o dos direitos e da atua o de ex presidentes reflete a vis o que a sociedade de cada pa s tem da pr pria institui o da Presid ncia em determinado momento Por isso como se pode constatar no presente estudo os padr es de regulamenta o variam de pa s para pa s assim como divergem dentro de um mesmo pa s em pocas distintas de sua hist ria pol tica Refer ncias ANDERSON Lisa The ex presidents Journal of Democracy Washington v 21 n 2 p 64 78 2010 CHAMBERS IL John Whiteclay Presidents emeritus American Heritage Magazine Coo perstown v 30 n 4 June July 1979 Dispon vel em lt http www americanheritage com print 53940 gt Acesso em 23 abr 2013 Jimmy Carter s public policy ex presidency Political Science Quarterly New York v 113 n 3 p 405 425 1998 CHEIBUB Jose Antonio et
221. ado dos royalties sobre a tecnologia RR O n vel atual dos royalties aplicados tecnologia RR parece elevado quando se trata de royalties aplicados habitualmente aos cultivadores antes da introdu o do RR Segundo os obtentores consultados pode se avaliar o n vel de royalties a 3 7 do pre o de venda das sementes de cultivadores de soja convencional que n o seja RR Essa taxa d uma ideia do n vel de royalties demandados pelas tecnologias SRR Assim segundo as contas de explora o fornecidas por diversas cooperativas do estado do Paran o pre o das sementes de soja n o transg nicas varia atualmente de R 0 50 a 2 00 kg m dia de R 1 00 kg O pre o das sementes de SRR um pouco diferente o sobrepre o vem somente do pagamento dos royalties Os royalties sobre a tecnologia RR atingiram R 0 30 kg em 2007 e em 2008 a taxa correspondente era de 23 por um pre o m dio de sementes a R 1 00 kg Essa taxa desse modo muito superior quela aplicada s tecnologias necess rias para a adapta o dos cultivadores convencionais Em 2009 2010 os royalties sobre a tecnologia RR aumentaram mais passando a R 0 42 ha ou seja uma taxa pr xima de 30 Domina o base de controle da estrutura da rede de multiplica o de sementes Em todos os contratos que ligam as empresas de produtores de se mentes de SRR Monsanto uma cl usula indica que elas devem fornecer uma lista dos multiplicadores e dos distribuidores p
222. ados mantido pelo Facebook 6 Postagens em p ginas de outros usu rios Os usu rios n o podem ver as configura es em que o conte do distribu do por ele postado em p ginas de terceiros 7 Mensagens As mensagens incluindo as de chat s o armazenadas pelo Facebook mesmo depois de o usu rio ter exclu do Isso significa que toda a comunica o junto ao Facebook n o pode ser exclu da do Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil do Con selho da Justi a Federal A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informa o inclui o direito ao esquecimento 20O Facebook j anunciou altera es quando ao tagging 8 Pol tica de privacidade e consentimen to A pol tica de privacidade vaga obscura e contradit ria n o sendo condizente com a Diretiva 95 46 CE 9 Reconhecimento facial O novo recurso de reconhecimento facial uma viola o do direito privacidade dos usu rios uma vez que n o h informa es adequadas e consentimento inequ voco dos usu rios 10 Solicita o de informa es Os pedidos de acesso s informa es n o s o atendidos plenamente N o se sabe qual Facebook se responsabiliza pelos usu rios 11 Tags exclu das Tags que foram re movidas pelo usu rio s o s desativadas mas armazenadas pelo Facebook 12 Seguran a de Dados Em suas cl usulas gerais o Facebook diz que n o garante nenhum n vel de seguran a de dados 13 Aplica
223. ados referentes correla o entre pa ses com leis restritivas em mat ria de aborto e altos ndices de morbimortalidade materna Conclui se que a criminaliza o do procedimento m dico do aborto contraria os compromissos interna cionais ratificados pelo pa s em mat ria de direitos humanos Entende se que a norma proibitiva do aborto tem natureza discriminat ria porque obstaculiza a presta o de um servi o hospitalar ou medicamentoso de que s a mulher necessita IMAIS 2011 p 6 Pelas diferen as biol gicas entre homens e mulheres as pol ticas de prote o sa de devem ater se s necessidades espec ficas das fun es reprodutivas femininas A inabi lidade da sociedade de lidar com as distin es de g nero decorre da n o reconstru o do sistema normativo a partir de um padr o inclusivo de equidade COOK HOWARD 2007 p 1040 Sob essa tica o Comit de Direitos Humanos das Na es Unidas acentuou que para assegurar s mulheres seu direito vida os Estados t m a obriga o de tomar medidas que evitem o recurso ao aborto clandestino em condi es inseguras IMAIS 2001 p 6 No que concerne ao atendimento ao aborto legal deve estar suficientemente dispon vel nos servi os de sa de p blica j a realidade do aborto ilegal imp e aos governos a institui o de pol ticas voltadas para o respeito autonomia da mulher COOK HOWARD 2007 p 1055 Segundo o rg o consultivo das Na
224. al What makes democracies endure Journal of Democracy Washington v 7 n 1 p 39 55 Jan 1996 DAHL Robert A A preface to democratic theory Chicago University of Chicago 1956 Poliarquia participa o e oposi o S o Paulo Edusp 2005 DAILY MAIL Former presidents cost the government 3 7 million last year and guess who was the biggest spender Daily Mail London Mar 2013 Dispon vel em lt http www dailymail co uk news article 2299106 former presidents cost goverment gt Acesso em 14 abr 2013 68 Revista de Informa o Legislativa DAVIS Gaye Presidential pensions a thorny issue IOL News South Africa May 2009 Dispon vel em lt http www iol co za news politics presidential pensions a thorny issue 1 442827 gt Acesso em 17 abr 2013 Motlanthe to serve as unpaid deputy IOL News South Africa 21 Sept 2011 Dispon vel em lt http www iol co za news politics motlanthe toserve as unpaid depu ty 1 1141921 gt Acesso em 28 maio 2013 DOWNS Anthony An economic theory of democracy New York Harper amp Row 1957 GINSBERG Wendy Former presidents pensions office allowances and other federal benefits Washington Congressional Research Service 2013 GOMES Joaquim B Barbosa Evolu o do controle de constitucionalidade de tipo franc s Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 40 n 158 p 97 125 2003 HARAZIM Dorrit Profiss o ex presidente Piau S o Pa
225. al com base no art 4 da Lei n 4 348 1964 que se limita quelas quatro estruturas de danos sa de economia ordem p blica e seguran a tem natureza eminentemente pol tica e por se tratar de um ato pol tico n o controlado pela via do recurso especial porsua fundamenta o jur dica tendo em vista o Presidente do Tribunal analisar situa es de fato e n o legais Por esse motivo n o controlado pela via do Poder Judici rio no mbito do recurso especial Manuten o dessa caracter stica o ato ser de natureza pol tica em face de que passados quase tr s meses do ato aqui atacado do agravo regimental julgado pelo Tribunal de Justi a do Distrito Federal ainda n o ter a parte o Minist rio P blico apresentado ao Relator a c pia do recurso especial interposto para que se possam analisar as quest es da fuma a do bom direito do recurso em an lise e sua plausibilidade 5 Medida Cautelar improcedente BRASIL 2001 p 226474 grifo nosso Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 161 integra o das decis es processuais as a es impugnativas aut nomas e os incidentes processuais Em virtude de n o objetivar a altera o do conte do da decis o impugnada mas apenas a susta o de sua efic cia o requerimento de suspens o n o pode ser considerado um recurso Pelo mesmo motivo n o pode ser caracterizado como suced neo recursal empregado por meio de a o impugnativa aut noma pois n
226. al prescreve Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e WT DS332 AB R WT DS332 R WT DS 332 16 de 29 8 2008 A respeito desse caso ver Perotti 2009 Laudo 1 2005 de 20 de dezembro de 2005 Laudo 1 2007 de 8 de julho de 2007 Laudo 1 2008 de 25 de abril de 2008 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 209 coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es A relev ncia da quest o levou realiza o de uma audi ncia p blica em 27 de junho de 2008 Por fim o Supremo Tribunal Federal decidiu por maioria pelo provimento parcial da ADPF 101 2006 proibindo em geral a impor ta o de pneus recauchutados mas admitindo algumas exce es para a importa o de pneus remoldados com base em normas do Mercosul e garantindo a coisa julgada Dessa maneira a controv rsia foi sanada do ponto de vista do direito interno Nada obstante a situa o aponta para dificuldades prementes de afastar um constitucionalismo provinciano no caso brasileiro Ao mesmo tempo evidencia a grande dificuldade de se conseguir um n vel de solu o satisfat rio para todas as ordens envolvidas Uma exig ncia fundamental por m que haja um m nimo de consis t ncia interna das decis es para que as solu es propostas n o caiam no descr dito A posi o do Brasil que confo
227. alidade decorrentes do aborto induzido e os riscos de m s forma es fetais pelo uso tardio do misoprostol vinculado clandestinidade de sua venda Pesquisa realizada em 2010 UNB ANIS MINIST RIO DA SA DE mostrou outro dado importante em rela o ao n mero de abortos no pa s e aos riscos de sequelas advindas dos procedimentos inseguros Registrou se que mais de cinco milh es e 300 mil mulheres brasileiras se submeteram ao aborto em algum momento de suas vidas Estimou se ainda que mais de 55 dessas mulheres foram internadas porque tiveram complica es Essas compli ca es ocorrem porque o aborto inseguro feito com o aux lio de pessoas mal treinadas e em condi es de higiene inadequadas comum nos servi os p blicos a constata o de casos de perfura o do tero que trazem como resultado sequelas permanentes como a infertilidade e a perda do rg o reprodutor FREITAS 2011 p 40 41 Nos atendimentos p s aborto inseguro a cirurgia mais realizada pelo SUS a cureta gem Segundo os dados do Servi o de Sa de Comunit ria do Grupo Hospitalar Concei o Porto Alegre RS referentes interna o de mulheres por curetagem p s aborto no per odo de 2004 e 2005 a interna o de mulheres por curetagem p s aborto equivale a 43 e 46 das interna es maternas MEDEIROS 2007 p 18 Pesquisa do Instituto do Cora o da Universidade de S o Paulo b
228. am da prote o constitucional contra reformas constitucionais defende que o 3 do art 5 enrobustece a legitima o democr tica desses direitos o que concorre para sua maior for a nor mativa efic cia e efetividade N o obstante a tentativa por parte de tais autores de defender a mesma posi o quanto aos tratados internacionais de direitos humanos considerados como materialmente constitucionais e os material e for malmente constitucionais podemos elencar as seguintes caracter sticas presentes nos tratados apenas materialmente constitucionais a podem ser denunciados seja apenas pelo Presidente seja pelo Congresso b n o possuem um suficiente grau de legitimidade popular c n o reformam a Constitui o d n o s o par metro para o controle concentrado de cons titucionalidade e de convencionalidade e n o integram a Constitui o mas o bloco de constitucionalidade f sua interpreta o subsidi ria e g n o possuem legitimidade democr tica enrobustecida Podemos inferir das diferen as expostas que a principal consequ ncia do regime formal no caso dos tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil sua incorpora o na estrutura da Constitui o hip tese 2 supra Ou seja uma vez que tais normativas internacionais tenham atendido ao procedimento previsto pelo 3 do art 5 da CF 88 elas passam a gozar do mesmo regime jur dico das normas constitucionais Por outro
229. ambiental tem atingido n veis alarmantes e a destrui o da flora vem provocando a extin o de in meras esp cies Podemos listar alguns casos emblem ticos como o grande vazamento de petr leo ocorrido no Alasca em 1989 o derrame na costa da Gal cia Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 251 espanhola o vazamento de Bhopal na ndia que matou vinte mil pessoas e deixou 150 mil com doen as graves e recentemente aquele j consi derado o maior vazamento de petr leo do mundo ocorrido no Golfo do M xico envolvendo a British Petroleum N o paira d vida alguma sobre a real necessidade de se estabelecer uma prote o adequada e eficiente para impedir a crescente degrada o da natureza Tanto verdade que in meras legisla es de diversos pa ses t m elevado o meio ambiente categoria de bem juridicamente protegido No Brasil segue se essa tend ncia mundial 2 A responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais A Constitui o Federal de 1988 foi clara ao dispor em seus arts 173 5 e 225 3 sobre a responsabilidade dos entes coletivos Apesar de expressamente pautado na Carta Magna o tema gerou controv rsia e pol mica entre os doutrinadores p trios A maior parte dos renomados constitucionalistas e penalistas do pa s afirma vigorar o brocardo sacietas delinquere non potest a sociedade n o pode delinquir Outros todavia defendem que a Constitui o Federal trouxe em seu texto a respon
230. amente tal puni o visto que a finalidade maior do Estado zelar pelo bem co mum da sociedade e isso n o seria poss vel sem um meio ambiente ecologicamente equilibrado As penas cab veis ao ente personificado s o a pena de multa a restritiva de direitos pres ta o de servi o comunidade a liquida o for ada e a desconsidera o da personalidade jur dica Nenhuma delas seria cab vel ao Estado A pena de multa seria il gica pois seria como aplicar a san o de tirar o dinheiro de um bolso para em seguida p lo em outro e as restritivas de direito imporiam ao Estado a presta o de servi os comunidade algo que j tem como dever infraconstitucional fazer Ademais ob viamente imposs vel liquidar ou desconsiderar um Estado Portanto n o seria poss vel o Estado fi gurar no polo passivo de uma a o penal O administrador poderia responder por eventual dano ao meio ambiente Nesse caso al m das san es previstas na Lei dos Crimes Ambientais caberiam tamb m as de Direito Administrativo Com a entrada em vigor da lei abordada surgiu grande diverg ncia entre os doutrinado res p trios Aqueles que s o contra o instituto sustentam sua tese com base nos dogmas da cul pabilidade e da societas delinquere non potest na 272 Revista de Informa o Legislativa inexist ncia de individualidade de consci ncia e de conduta volunt ria na ofensa ao princ pio da personalidade das penas e ao princ
231. anda da sociedade civil por mais justi a e pela constitucionaliza o dos direitos fundamentais Para Sunstein 2005 p 43 o ativismo judi cial pode ser mensurado pela frequ ncia com que um determinado magistrado ou tribunal invalida os atos de outros poderes de Estado especialmente do Legislativo Ou seja a frequ ncia com a qual os tribunais retiram a decis o das m os dos eleitores Dworkin 2006 p 135 ao examinar o fen meno do ativismo judicial na sociedade norte americana destaca que em d cadas recentes as principais batalhas sobre a natureza 108 Revista de Informa o Legislativa da democracia t m sido travadas em torno da autoridade dos ju zes e da Suprema Corte para declarar a inconstitucionalidade dos atos de outros rg os do governo Grimm 2006 aborda a quest o do ativismo judicial como o avan o do Judici rio na arena pol tica O autor analisa o processo geral de regula o e a expans o da produ o legislativa O aumento do processo de regula o leva a uma expans o do controle por parte do juiz Assim para o autor a crescente import ncia dos tri bunais no ltimo s culo tem sua principal raz o no ativismo judicial Os ju zes conquistam cada vez mais terreno que era formalmente reservado decis o pol tica ou auto regula o social GRIMM 2006 p 17 Salienta Grimm 2006 a vontade dos pol ticos de se submeterem ao escrut nio judicial Para o autor os po
232. ante de direito em Viena Max Schrems indignou se ap s muitas dificuldades conseguir um CD com toda a informa o coletada durante os tr s anos em que fez parte dessa rede O conte do impresso desse CD contabilizava um total de 1 200 p ginas Todo esse material que compreendia por exemplo hist rico de chats cutucadas pedidos de amizade era classifica do em 57 categorias que possibilitam facilmente a chamada minera o de dados Tamb m surpreendente para Max Schrems foi perceber que mesmo as mensagens fotos e outros arquivos que ele havia apagado con tinuavam armazenados nos computadores do Facebook Segundo o Facebook apenas h com a sua situa o particular a que os dados que lhe digam respeito sejam objeto de tratamento salvo disposi o em contr rio do direito nacional Em caso de oposi o justi ficada o tratamento efetuado pelo respons vel deixa de poder incidir sobre esses dados b Se opor a seu pedido e gratuitamente ao tratamento dos dados pessoais que lhe digam respeito previsto pelo respons vel pelo tratamento para efeitos de mala direta ou ser informada antes de os dados pessoais serem comunicados pela primeira vez a terceiros para fins de mala direta ou utilizados por conta de terceiros e de lhe ser expressamente facultado o direito de se opor sem despesas a tais comunica es ou utiliza es Os Estados membros tomar o as medidas necess rias para garantir que as pessoas em cau
233. ante da in rcia dos pol ticos e da impossibilidade de negarem uma decis o s o obrigados a p r um fim em conflitos que deveriam ser resolvidos no mbito pol tico Carvalho 2004 identifica seis condi es para o surgimento e a con solida o do ativismo judicial i um sistema pol tico democr tico ii o princ pio da separa o dos Poderes iii o exerc cio de direitos pol ticos iv o uso dos tribunais em alguma medida pelos grupos de interesse v o uso dos tribunais pela oposi o e vi a inefetividade das institui es majorit rias Observa Arantes 2007 p 232 que no Brasil pela primeira vez o Judici rio tornou se uma institui o pol tica importante gra as a um sistema extremamente descentralizado de revis o judicial amplamente acess vel aos indiv duos e aos atores pol ticos e sociais O Judici rio assim tornou se um ator importante no processo de decis o pol tica 110 Revista de Informa o Legislativa acentuando ainda mais o modelo consensual da democracia brasileira Sadek 2007 p 131 133 ao analisar as modifica es ocorridas na esfera judici ria brasileira salienta que a Constitui o de 1988 imprimiu atributos de poder de Estado ao Judici rio A institui o foi configurada com capacidade real de exercer o controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos quer prove nientes do Executivo quer do Legislativo Dessa forma foram criadas as qualidades nece
234. ante de educa o c vica Terminemos aqui com essas palavras do estadista Agamemnon Magalh es que s o o suficiente a respeito A educa o a grande for a das democracias e n o se processa somente nas escolas mas por meio da propaganda ou da a o p blica dos partidos Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 247 Desde que a democracia destruiu os privil gios proclamando a igualdade de todos perante a lei as classes desapareceram politicamente dando lugar forma o dos partidos rg os de coordena o em torno de id ias no sentido coletivo Aos partidos como aos governos dizia ele cabe a tarefa patri tica de realizar a democracia pela pr tica sincera dos seus postulados A virtude como j entendiam os gregos a alma o esp rito a express o da democracia Sem sinceridade todas as institui es demo cr ticas n o ter o vida pol tica Da as descren as e decep es que v o gerando em toda a parte o ceticismo pol tico um dos males mais sombrios de nosso tempo Pela aus ncia de sinceridade que a democracia vai se transformando em verdadeiro regime de irresponsabilidade pol tica ou funcional Sem a no o da responsabilidade n o h democracia 3 A conduta dos partidos pol ticos H correntes de opini o que constituem for as crescentes em quase todas as organiza es pol ticas que reconhecem honestamente existirem diverg ncias sobre a conceitua o dos problemas fundamentais
235. ante entre a pr pria natu reza humana tendente a concentrar poderes e os direitos constitucionais que se aplicam ao Poder em que tal pessoa se encontra A competi o e n o exatamente a harmonia parece ser um recado que Madison 2003 j lan ava como condi o relevante para o denominado checks and ba 72 Revista de Informa o Legislativa lances Ali s a separa o dos Poderes serviria como uma canaliza o da competi o pol tica repito competi o pol tica em um sistema mais organizado control vel e seguro de difus o de poderes N o havia portanto ingenuidade na compreens o de Madison 2003 sobre como a natureza humana se comporta poder tende a levar concentra o de mais poder e assim caminhar para a tirania Por isso n o h como imaginar que exista harmonia quando a pr pria natureza humana por mais que seja canalizada em um sistema institucional de controle m tuo marcada pela ambi o de sempre querer mais Por m a ingenuidade talvez tenha sido acreditar que um sistema autossustent vel de controle m tuo pudesse se guiar por um em bate de ambi es marcadas por sua canaliza o em mecanismos do Direito Constitucional A realidade afinal tem mostrado as insufici ncias dessa proposta Isso ocorre em certa medida porque vivemos outra poca Madison afi nal acreditava que a autoridade legislativa necessariamente predomina HAMILTON MADISON JAY 2003 p 1
236. aos atos normativos mas tamb m a confian a das pessoas e da sociedade no reconhecimento dos seus direitos o que comp e o dever de prote o do Estado Em outros termos a seguran a jur dica definida a partir do modelo do Estado Democr tico de Direito e se submete primazia da garantia assegurada pelos princ pios constitucionais Esse modelo est centrado na doutrina liberal da amplia o da autonomia individual na esfera das escolhas subjetivas e em um enfoque mais pragm tico na possibilidade de defesa material dos direitos perante o poder p blico OLIVEIRA 2008 p 4 5 A previsibilidade dos atos normativos sobretudo em sede de concre tiza o das demandas pessoais e sociais perdeu a rigidez o que acarretou a relativiza o da seguran a jur dica A perspectiva da realiza o da justi a material reduziu a for a do formalismo legalista cujo estatuto vinculante depende hoje de sua conex o com as situa es subjetivas pass veis de tutela Z vasta a produ o bibliogr fica acerca dos direitos subjetivos assim considerados aqueles conferidos a todas as pessoas em car ter fundamental pass veis de ser exigidos jurisdicionalmente e administrativamente ALEXY 2011 CANOTILHO 1999 FERRAJOLI 2007 PIEROTH SCHLINK 2008 SARLET 2007 ZOLO 2007 A confiabilidade representa o n vel de estabilidade das posi es jur dicas das pessoas Uma interven o estatal nessas posi es ju
237. araiva 2013 Reforma do judici rio no Brasil p s 88 des estruturando a justi a coment rios completos emenda constitucional n 45 04 S o Paulo Saraiva 2005 TEMER Michel Elementos de direito constitucional 12 ed S o Paulo Malheiros 1999 TRINDADE Ant nio Augusto Can ado A prote o internacional dos direitos humanos e o Brasil 2 ed Bras lia UnB 2000 296 Revista de Informa o Legislativa Resenha Legislativa da Consultoria Legislativa do Senado Federal Tributa o de empresas e unifica o dos cadastros fiscais Leonardo Garcia Barbosa consultor legislativo do Senado Federal LEONARDO GARCIA BARBOSA Sum rio 1 Introdu o 2 Fun o dos tributos 2 1 Desigualdade de renda 3 Unifica o cadastral 3 1 Previs o constitucional 3 2 Tentativas de aproxima o dos fiscos 3 2 1 Cadastro Sincronizado Nacional 3 2 2 Central F cil 3 3 Comit Gestor Intergovernamental 4 Certid o negativa no fechamento de empresas 5 Considera es finais Introdu o Estima se que as empresas gastem bilh es de reais por ano para cum prir as exig ncias burocr ticas previstas na legisla o tribut ria editada pelos fiscos federal distrital estaduais e municipais A maior quantidade de normas editada pelos munic pios em segundo lugar v m os estados eo Distrito Federal e por ltimo a Uni o As empresas precisam manter equipes de trabalho e sistemas dedicados exclusivame
238. arjana de Almeida O princ pio da proibi o do retrocesso social como efetividade da seguran a jur dica DireitoNet S o Paulo nov 2007 Dispon vel em lt http www direitonet com br artigos exibir 3816 0 principio da proibicao do retrocesso social co mo efetividade da seguranca juridica gt Acesso em 2 dez 2012 BRASIL Minist rio da Sa de Aborto e sa de p blica no Brasil 20 anos Bras lia Minist rio da Sa de 2009 Magnitude do aborto no Brasil aspectos epidemiol gicos e s cio culturais aborta mento previsto em lei em situa es de viol ncia sexual Bras lia Minist rio da Sa de 2008 Caminhos do direito sa de no Brasil Bras lia Minist rio da Sa de 2007 Dispon vel em lt http portal saude gov br portal arquivos pdf Caminhos do Direitos em Sau de no Brasil pdf gt Acesso em 12 abr 2012 Aten o humanizada ao abortamento norma t cnica Bras lia Minist rio da Sa de 2005 Dispon vel em lt http bvsms saude gov br bvs publicacoes atencao humanizada pdf gt Acesso em 12 abr 2012 Pol tica nacional de aten o integral sa de da mulher princ pios e diretrizes Bras lia Minist rio da Sa de 2004 CANOTILHO Jos Gomes Direito constitucional e teoria constitucional 3 ed Coimbra Almedina 1999 CHAZAN Lilian Krakowski Fetos m quinas e subjetividade um estudo sobre a constru o social do feto como pessoa atrav s da tecnologia de imagem 2000
239. arreira de agentes comunit rios de sa de e de agentes de combate s endemias EMC 64 2010 Altera o art 6 da Constitui o Federal para introduzir a alimenta o como direito social EMC 65 2010 Altera a denomina o do Cap tulo VII do T tulo VIII da Constitui o Federal e modifica o seu art 227 para cuidar dos interesses da juventude EMC 66 2010 D nova reda o ao 6 do art 226 da Constitui o Federal que disp e sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo div rcio suprimindo o requisito de pr via separa o judicial por mais de 1 um ano ou de comprovada separa o de fato por mais de 2 dois anos EMC 67 2010 Prorroga por tempo indeterminado o prazo de vig ncia do Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza EMC 68 2011 Altera o art 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias EMC 69 2012 Altera os arts 21 22 e 48 da Constitui o Federal para transferir da Uni o para o Distrito Federal as atribui es de organizar e manter a Defen soria P blica do Distrito Federal EMC 70 2012 Acrescenta art 6 A Emenda Constitucional n 41 de 2003 para esta belecer crit rios para o c lculo e a corre o dos proventos da aposenta doria por invalidez dos servidores p blicos que ingressaram no servi o p blico at a data da publica o daquela Emenda Constitucional EMC 71 2012 Acrescenta o art 216 A Constitui o Federal
240. as supremacia constitucional especialmente aos direitos fundamentais 2 N o bastassem tais argumentos se a no o de Cons titui o material kelseniana a positiva o de uma norma constitucional que permite a inclus o de padr es norma tivos internacionais como fonte do direito constitucional seria suficiente para findar as discuss es Ao analisar a cl usula de abertura material a outros direitos fundamentais presente na Constitui o norte americana Kelsen 2000 p 380 sustenta que seria a permiss o constitucional para os rg os que aplicam o direito poderem criar direitos que n o estejam presentes no texto da declara o original Ou seja a inclus o foi autorizada pelo direito positivo e n o a aus ncia de positiva o dos direitos criados que lhe retirar a prote o da Constitui o formal Exposta a incongru ncia de uma distin o como a apregoada pelos autores nacionais entre normas constitucionais materialmente e for malmente constitucionais dentro de uma concep o positivista uma pergunta no entanto permanece a distin o poderia ser v lida para os direitos fundamentais considerando se o aspecto da formalidade como a necessidade de positiva o textual 4 Direitos fundamentais em sentido material e formal entre o cat logo exauriente e o projeto igualit rio Como vimos nas se es iniciais para grande parte dos autores na cionais os direitos fundamentais sediados em tratados inter
241. as Em raz o da necessidade deste artigo n s nos limitaremos a explicitar suas no es de atores de sistema social e de din mica desse sistema Para T rke 2008 um ator age em fun o da imagem ou da percep o que ele tem de uma situa o Essa percep o depende do precondicionamento do ator quer dizer de Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 31 sua viv ncia daquilo em que ele acredita de seus conhecimentos de suas compet ncias e de seus interesses Decorre disso que uma mesma situa o pode ser percebida de maneiras dife rentes por dois atores Na utiliza o da soja transg nica SRR no Brasil pode se pensar que dois elementos participam do precondicionamento dos atores envolvidos O primeiro elemento o desenvol vimento da agricultura no Brasil ligado ao fluxo de investidores que desenvolveram zonas pouco ou nada exploradas sobretudo a partir do final dos anos 70 voltados para exporta o trata se da expans o do agro business o qual disp e de uma percep o t o positiva no Brasil que esse termo frequentemente empregado no lugar do termo agricultura O segundo elemento a grande confian a no progresso t cnico que sempre foi indissoci vel dessa expans o A no o de sistema social definida em rela o exist ncia de um objetivo comum Essa no o implica que toda organiza o um sistema social constitu do de atores que pos suem um objetivo comum A socia
242. as lia 2007 SMALE M ZAMBRANO P CARTEL M Bales and balance a review of the methods used to assess the economic impact of bt cotton on farmers in developing economies AgBioForum Columbia v 9 n 3 p 195 212 2006 TURKE R E Governance systemic foundation and framework Berlin Springer 2008 VARELLA M D Propri t intellectuelle et semences comment une multinationale d tourne l galement les lois d un pays Inf OGM Limousin v 78 p 3 6 2006 VAN SUNTUM U The invisible hand economic thought yesterday and today Berlin Springer 2005 WANG S JUST D R PINSTRUP ANDERSEN P Bt cotton and secondary pests Inter national Journal of Biotechnology Milton Keynes v 10 n 2 3 p 113 121 2008 TT 52 j Revista de Informa o Legislativa A regulamenta o da atua o dos direitos e dos benef cios de ex presidentes da Rep blica em perspectiva comparada RICARDO JOS PEREIRA RODRIGUES Sum rio 1 Introdu o 2 Padr es de regulamenta o 3 A experi ncia de pa ses selecionados 3 1 frica do Sul 3 2 Chile 3 3 Estados Unidos 3 4 Fran a 4 Os direitos assegurados a ex presidentes no Brasil 5 Considera es finais 1 Introdu o A altern ncia no poder figura tanto como uma das caracter sticas definidoras das democracias contempor neas quanto como uma de suas condi es legitimadoras A competi o pela lideran a pol tica compo nente central da teori
243. as implica es internacionais com roteiros e diretrizes para a hora atual buscando afirmar atrav s de um sentido novo a democracia brasileira como capaz de resolver os problemas e atender s necessidades e aspira es de progresso do povo 248 Revista de Informa o Legislativa Que os partidos n o deixem cair de suas m os essa bandeira de de senvolvimento econ mico nacionalismo e democracia social Que ao contr rio saibam empunh la bem alto e com vigor para manter ao seu lado as poderosas fra es das grandes massas populares ainda esperan osas amadurecidas para a vida pol tica cada vez mais presentes na luta pelo poder cada vez mais desejosas de participa o nas responsabilidades do governo democr tico Urge promover o avan o cultural e econ mico do Pa s descortinando perspectivas de uma civiliza o florescente a consolidar se no futuro Uma civiliza o consciente do seu destino sem inquieta es nem temores podendo assegurar pela ci ncia e pela t cnica pelo patriotismo refletido e seguro pela coes o das suas for as morais a concretiza o dos ideais de paz e toler ncia legalidade democracia e justi a social Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 249 Elementos que envolvem os crimes ambientais Lucas Daniel Ferreira de Souza bacharel em Direito pelo Centro Universit rio Eur pides de Mar lia UNIVEM P s graduando em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade de Dir
244. as no plen rio do STF pois significativa parcela dos constitucionalistas PIOVESAN 2010 GUERRA 2008 SARLET 2005 e dos autores do direito internacional MAZZUOLI 2011 GUERRA 2008 TRIN DADE 2000 consideram que os tratados internacionais de direitos humanos s o normas constitucionais em raz o do 2 do art 5 De acordo com tais autores e com o Ministro Celso de Mello o referido par grafo teria o cond o de recepcionar os direitos humanos contidos nos tratados internacionais como direitos fundamentais em sentido material ainda que n o formalmente constitucionais qualifica o que apenas seria alcan ada com sua equipara o s emendas constitucionais por meio do procedimento previsto no 3 do art 5 Ou seja o procedimento do 3 do art 5 apenas acresceria a formalidade constitucional a um direito materialmente constitucional por causa do 2 do art 5 A cis o dos direitos fundamentais em materialmente e formalmente constitucio nais surge com o intuito de solucionar uma poss vel contradi o decorrente da altera o constitucional trazida pelo 3 do art 5 da CF 88 qual seja tendo em vista que o Brasil Os direitos e garantias expressos nesta Constitui o n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte Quixad 2009 sugere que em um futuro breve por
245. as uru guaia e paraguaia quanto o direito do Mercosul ea ordem jur dica da OMC Em 17 de dezembro de 2007 o rg o de Solu o de Controv rsias OSC da OMC ao adotar informe do rg o de Apela o da OMC de 3 de dezembro 2007 que reformara informe do Grupo Especial de 12 de julho de 2007 decidiu favoravelmente ao recurso interposto pelo Brasil com base em argumentos referentes prote o do meio ambiente para que fosse proibida a importa o de pneus usados provenientes da Uni o Eu ropeia Entretanto essa decis o estabeleceu que a pol tica brasileira de continuar importando pneus usados do Paraguai e do Uruguai implicava discrimina o e portanto deveria ser abolida n o tendo sido aceita a alega o brasileira de que o n mero de pneus recauchutados importados do Paraguai e do Uruguai n o era significativo Mais tarde em laudo arbitral no mbito da OMC por solicita o das Comunidades Euro peias decidiu se que o prazo para o Brasil cumprir as recomenda es e resolu es do rg o de Solu o de Controv rsias encerrar se ia um ano a partir da data da ado o por este dos informes do Grupo Especial e do rg o de Apela o 17 de dezembro de 2007 o que significa que o termo final foi o dia 17 de dezembro de 2008 O problema decorrente dessa condi o imposta pela decis o do rg o de Solu o de Controv rsias da OMC consiste em que o Tribunal Per manente de Revis o do Mercosul j rejeitar
246. aseada em dados do DATASUS registrou 3 1 milh es de procedimentos de curetagem ocorridos na rede p blica no per odo compreendido entre 1995 e 2007 FREITAS 2011 p 27 28 Existe outro m todo indicado pelo pr prio Minist rio da Sa de como sendo mais barato e seguro do que a curetagem se realizado at 12 sema nas de gesta o Trata se da chamada Aspira o Manual Intrauterina AMIU Por motivos n o registrados esse m todo ainda ignorado pelas equipes m dicas Em munic pios dos estados de Pernambuco Rio de Janeiro Para ba e Bahia a curetagem foi escolhida em 98 dos procedimentos de finaliza o dos casos de aborto incompleto e as mu lheres atendidas declaram ter sido v timas de atendimento desumano caracterizado por longas esperas em jejum curetagens feitas sem anestesia e atitudes de recrimina o e culpabiliza o IPAS 2010 FREITAS 2011 p 31 32 Evidencia se a exist ncia de discrimina o no acesso aos servi os de sa de por motivo de g nero ra a n vel educacional idade e classe social IPAS 2010 Registra se maior incid ncia de mortalidade materna entre as mulheres negras ou pardas Nesses grupos sociais s o marcadamente inferiores os n veis de renda de escolaridade e de acesso a informa es acerca dos m todos contraceptivos e dos direitos de assist ncia m dica p s aborto provocado MARTINS 2006 p 2473 2477 5 controv rsia em
247. aseadas milenarmente no territ rio do respectivo Estado Nesse contexto embora limitado o transconstitucionalismo n o perde o seu significado para o desenvolvimento da dimens o normativa da sociedade mundial do presente A experi ncia latino americana rica de problemas jur dico consti tucionais decorrentes do entrela amento entre ordens normativas nativas e ordens constitucionais dos Estados especialmente no que concerne aos direitos fundamentais Um dos casos mais delicados apresentou se recentemente na rela o entre a ordem jur dica estatal brasileira e a ordem normativa dos ndios Suruah habitantes do Munic pio de Tapau localizado no Estado do Amazonas que permaneceram isolados voluntariamente at os fins da d cada de 1970 SEGATO 2011 p 363 357 381 Conforme o direito con suetudin rio dos Suruah obrigat rio o homic dio dos rec m nascidos quando tenham alguma defici ncia f sica ou de sa de em geral Em outra comunidade a dos ind genas Yawanaw localizada no Estado do Acre na fronteira entre Brasil e Peru h uma ordem normativa consuetudin ria que determina que se tire a vida de um dos g meos rec m nascidos Nes se contexto tamb m se tornou p blico o fato de que pr ticas desse tipo eram comuns entre os Yanomami e outras etnias ind genas Essa situa o levou a pol micas pois se tratava de um conflito praticamente insol vel entre direito de autonomia cultural e direito vida O problema
248. asileiro enobreceu se com louv vel lei dando uma resposta aos nimos da na o que almeja uma efetiva prote o ao meio ambiente livre dos abusos devastadores produzidos pelo capitalismo desenfreado e praticados pelas pessoas jur dicas Refer ncias BITENCOURT Cezar Roberto Reflexos sobre a responsabilidade penal da pessoa jur dica S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 Tratado de direito penal parte geral S o Paulo Saraiva 2006 Tratado de direito penal parte geral S o Paulo Saraiva 2011 BRANCO Fernando Castelo A pessoa jur dica no processo penal S o Paulo Saraiva 2001 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1988 Decreto Lei n 2 848 de 7 de dezembro de 1940 C digo Penal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 31 dez 1940 Dispon vel em lt https www planalto gov br ccivil 03 Decreto Lei del2848 htm gt Acesso 22 ago 2012 Lei n 4 771 de 15 de setembro de 1965 C digo Florestal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 16 set 1965 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Leis L4771 htm gt Acesso 22 ago 2012 Lei n 5 197 de 3 de janeiro de 1967 Disp e sobre a prote o fauna e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 5 jan 1967 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Leis L5197 htm gt Acesso 2
249. atentar para as complexidades e limites de sua pretensa racionalidade Basta destacar que quando se est ciente desses aspectos sabe se de antem o que todo estudo sobre racionali dade no Direito esbarra inevitavelmente em aspectos de matriz filos fica que desembocam em diferentes poss veis propostas como a que trata a argumenta o jur dica como um caso es pecial do discurso pr tico geral ALEXY 1983 ou aquela que aborda a cooriginalidade entre os discursos moral e jur dico deixando clara a n o confus o de ambos HABERMAS 1998 p 135 150 Do mesmo modo existe toda uma relevante discuss o sobre as dimens es de justi a e aqui h uma pl iade de possibilidades como tamb m sobre as infinitas possibilidades da historicidade outro elemento importante nesse entendimento que se tornou ainda mais complexo depois do giro hermen utico e sua radicaliza o da temporalidade HEIDEGGER 2006 Portanto para se dizer racional ne cess rio antes de mais nada deixar claro o que se entende por isso nesse aspecto que reside a principal dis cuss o O Supremo Tribunal Federal sobretudo nos ltimos anos tem adotado continuamente a tese de que suas decis es expressam a dimen s o de direitos fundamentais como princ pios objetivos de uma ordem axiol gica e de que como tais s o concebidos como comandos de otimiza o Desse modo cada vez mais a inter preta o de direitos feita co
250. aterial nico A mir ade de interpreta es que podem ser cons tru das com base em uma mesma disposi o textual normativa n o pode ser coletada ou mesmo justificada simplesmente em pontos de conex o com a literalidade ou ainda no significado meramente sem ntico da express o utilizada pela Constitui o mas sim com base em uma teoria relacionada s compreens es interpretativas acerca do que significam os di reitos fundamentais no contexto constitucional analisado Da mesma forma que os direitos fundamen tais os direitos humanos presentes em tratados internacionais n o podem ter sua interpreta o limitada pela sem ntica de seus dispositivos Ainda que n o necessariamente no vi s ago ra desenvolvido Piovesan 1997 p 115 atesta que as express es utilizadas pelo constituinte brasileiro no rol dos direitos fundamentais s o As discuss es sobre aborto e eutan sia no Brasil por exemplo al m de guiadas pelos precedentes da ADI 3 510 e da ADPF 54 dever o ser realizadas com base primordial mente no seguinte enunciado textual do caput do art 5 inviolabilidade do direito vida 290 Revista de Informa o Legislativa semelhantes s diversas tratativas internacio nais Assim o que acrescentaria aos direitos fundamentais dos cidad os brasileiros afirmar que a partir da fundamentaliza o formal dos direitos humanos pelo 3 do art 5 foram inclu dos direitos no cat logo
251. aterial e formal aos direitos fundamentais sediados em tratados que n o tenham passado pelo procedimento ins taurado pela EC 45 04 tende a estimular o di logo e n o a categoriza o hier rquica de direitos fundamentais Como visto acima Piovesan 1997 2010 estabelece uma diferen a para os tratados considerados formalmente e materialmente constitucio nais e os tratados apenas materialmente constitucionais a impossibilidade de den ncia dos primeiros Todavia como ressalta Andr Carvalho Ramos 2012 p 50 o Brasil n o estabeleceu reservas s cl usulas de den ncia presentes nos principais tratados ratificados pelo pa s o que torna a den ncia dos tratados poss vel Outros autores cientes da pos sibilidade apenas atestam que ela ser poss vel caso passe pelo mesmo qu rum de aprova o no caso ap s manifesta o em dois turnos de vota o de 3 5 dos membros de cada casa congressual E os tratados internacionais de direitos humanos anteriores EC 45 04 Podem ser denunciados apenas pelo Presidente da Rep blica ou devem passar pelo mesmo procedimento citado Para os autores referidos nos t picos anteriores n o basta que sejam considerados bem verdade que ap s a decis o no RE 466 343 SP as cita es de dispositivos da Conven o e de casos da Corte IDH s o mais frequentes no entanto ainda se trata de medidas incipientes do ponto de vista da necess ria harmoniza o dial gica da jurispru d ncia
252. aulo Em lio Ribeiro de Infidelidade partid ria e col gio eleitoral S o Paulo Malheiros 1986 YEPES Rodrigo Uprimny A judicializa o da pol tica na Col mbia casos potencialidades e riscos Revista Internacional de Direitos Humanos S o Paulo v 4 n 6 p 52 69 2007 128 Revista de Informa o Legislativa O princ pio da seguran a jur dica e o direito da mulher sa de reprodutiva Uma an lise acerca do dever do Estado na presta o de assist ncia sa de f sica e mental da mulher no contexto da ilegalidade do aborto TERESINHA IN S TELES PIRES Sum rio 1 Introdu o 2 O princ pio da seguran a jur dica e os direitos sociais 3 O direito sa de como direito social por excel ncia e os instrumentos pol ticos e jur dicos para sua efetiva o 4 O aborto ilegal e a morbidade mortalidade maternas no Brasil 5 A controv rsia em torno dos reflexos da pr tica abortiva volunt ria na sa de mental da mulher 6 O dever do Estado de formular pol ticas de combate ao aborto clandestino 7 Conclus o 1 Introdu o No tema da sa de reprodutiva entendida em regra como uma rea Teresinha In s Teles relacionada preserva o do bem estar da mulher a considera o do Pires Promotora de princ pio da seguran a jur dica recorrente haja vista as condi es Justi a do Minist rio ae P EES zis P blico do Distrito n o ideais de assist ncia nos respectivos servi os p
253. aximizar os benef cios da altern ncia no cargo para a demo cracia e reduzir poss veis danos que poderiam ser causados ao sistema pol tico pelo ostracismo de experientes ex l deres que conhecem em profundidade seus respectivos Estados O presente estudo apresenta um levanta mento das pr ticas e legisla es que tratam dos direitos assegurados a ex presidentes da Rep blica O objetivo do trabalho analisar como diferentes pa ses presidencialistas abordam a mat ria examinando os padr es de similarida de e diferen as entre os tratamentos legais que cada pa s oferece a seus ex presidentes Al m do Brasil o estudo analisa as pr ticas empregadas pelos Estados Unidos Fran a Chile e frica do Sul 2 Padr es de regulamenta o N o h padr o nico de regulamenta o dos direitos dos benef cios e da atua o de ex pre sidentes da Rep blica nos diversos pa ses com regime de governo presidencialista A varia o recai sobre o enfoque espec fico escolhido pelos legisladores para normatizar diferentes aspectos dos direitos de seus ex presidentes A legisla o comparada sobre o tema aponta para a exist ncia de quatro tipos de normas que regulamentam a atua o e os direitos de ex presidentes H normas que concedem pens es a ex presidentes normas que garantem a seguran a de ex presidentes e suas fam lias normas que asseguram a ex presidentes o ser vi o de assessoria de um determinado n mero de fu
254. belece diretrizes para a Reforma Administrativa e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 27 fev 1967 Lei n 6019 de 3 de janeiro de 1974 Disp e sobre o trabalho tempor rio nas empresas urbanas e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 4 jan 1974 Lei n 7102 de 20 de junho de 1983 Disp e sobre seguran a para estabelecimentos financeiros estabelece normas para constitui o e funcionamento das empresas particulares que exploram servi os de vigil ncia e de transporte de valores e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 21 jun 1983 Lei n 7102 de 21 de junho de 1993 Regulamenta o art 37 inciso XXI da Cons titui o Federal institui normas para licita es e contratos da Administra o P blica e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 22 jun 1993 Lei n 8987 de 13 de fevereiro de 1995 Disp e sobre o regime de concess o e permiss o da presta o de servi os p blicos previsto no art 175 da Constitui o Federal e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 fev 1995 Lei n 9472 de 16 de julho de 1997 Disp e sobre a organiza o dos servi os de telecomunica es a cria o e funcionamento de um rg o regulador e outros aspectos institucionais nos termos da Emenda Constitucional n 8 de 1995 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 jul 1997 Recurso de revista n 1334
255. bem estruturado que no particular nada fica a dever aos mais avan ados ordenamentos jur dicos da atualidade MENDES COELHO BRANCO 2009 p 208 e se torna ainda mais chocante se a l gica por ele defendida se mantiver verdadeira isto que a partir de 1988 todavia somente faz sentido cogitar se de um sistema misto se se tiver consci ncia de que a base desse sistema respalda se no modelo concentrado MENDES 2005 p XII Se for esse o caminhar que le gitima ter o Supremo Tribunal Federal a ltima palavra um caminhar que busca cada vez mais se afirmar com base em um sistema respaldado pelo modelo concentrado estamos muito muito mal N o h a toda evid ncia como defender um processo de concentra o e abstra o das decis es do Supremo Tribunal Federal se a hist ria de vinte e cinco anos de constitucionalismo demonstra que a defesa da Constitui o aquilo ali s que mais daria raz o atua o da suprema corte a defesa dos di reitos fundamentais tem deixado muito a desejar muito aqu m do que tem sido alardeado pela doutrina e muito aqu m de qualquer argumento capaz de referendar a tese da ltima palavra claro que isso n o significa que se esteja negando o papel relevante do Supremo Tribunal Federal na democracia constitucional brasileira Sem d vida a previs o de um tribunal que exer a a jurisdi o consti tucional um elemento importante e em alguma medida estabilizador de
256. blicos O sistema Federal e Territ rios de sa de brasileiro encontra se em situa o de crise por n o possuir especialista em Direito Civil pela Universidade Federal de Goi s coloca a tormentosa quest o do aborto clandestino a precariedade dos estrutura suficiente para a satisfa o da demanda social Quando se mestre em Filosofia programas de orienta o e planejamento familiar disposi o da mulher pela Universidade a E i sa as Federal do Rio Grande incompat vel com a garantia constitucional da seguran a exigindo dos do Sul doutoranda poderes institucionais especial aten o em Direito pelo Centro Universit rio de Bras lia no contexto da pr tica do aborto ilegal tendo em vista a fundamen Busca se neste estudo abordar a categoria da seguran a jur dica Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 129 talidade do direito sa de como um direito social constitucional A despeito das in meras pesquisas nacionais que noticiam os altos n dices de mortalidade materna relacionada s complica es advindas do aborto clandestino n o se vislumbra uma solu o efetiva para o problema considerando se que o pa s passa por um processo de fortalecimento das posi es conservadoras no cen rio pol tico A reflex o sobre o aborto deve partir da constata o de que n o poss vel um consenso universaliz vel uma vez que os valores filos fi cos e religiosos s o diversos at mesmo no seio de uma mesma c
257. btentores inserir o gene RR nas variedades existentes ou nas novas variedades a fim de aumentar sua pr pria gama de variedades e de se adaptar a uma nova demanda induzida pela comercializa o do SRR A multiplica o das sementes de base para chegar at as sementes certificadas distribu das aos agricultores necessita em seguida de outras etapas que envolvem v rios atores Trata se principalmente de empresas de produ o de multiplica o e de distribui o de sementes ocupando essas empresas tr s atividades dife rentes As empresas produtoras de sementes podem dispor de suas pr prias parcelas de multiplica o mas coordenam na maior parte das vezes uma rede de multiplicadores exter nos dos quais coletam as sementes produzidas sementes certificadas para distribu las aos produtores de soja A Monsanto no seu acordo geral de licen a para a tecnologia RR estabele ceu regras que consideram o conjunto das tr s atividades dessas empresas em 2005 2006 exis tiam mais de trezentos contratos estabelecidos dessa forma entre a Monsanto e tais empresas VARELLA 2006 Os agricultores que multiplicam as se mentes por causa das empresas produtoras Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 43 de sementes possuem contratos sobre uma variedade bem precisa Eles t m a obriga o de vender a totalidade das sementes produzidas aos produtores de sementes aos quais eles s o ligados Tratando se de sementes de varie
258. busivo dentro da comunidade Isso porque caso haja manipula o das decis es comunit rias pelos mais poderosos sem legitimidade na ordem normativa respectiva desaparece a autonomia tnica de que se parte para o di logo constitucional Portanto observa se dessa maneira que nenhuma forma de apresenta o de autonomia de esferas sociais inclusive das constru das por comunidades nativas n o diferenciadas funcionalmente tem um car ter absoluto sendo todas relativas no mbito da sociedade mundial do presente Esse delicado problema n o se restringe ao dilema entre relativismo tico das culturas particulares e universalismo moral dos direitos dos homens antes aponta para o conv vio de ordens jur dicas que partem de experi ncias hist ricas diversas SEGATO 2011 p 375 377 exigindo especialmente por parte do Estado constitucional uma postura de modera o relativamente sua pretens o de concretizar suas normas espec ficas quando essas entrem em colis o com normas de comunidades nativas fundadas em bases culturais essencialmente diferentes A discri o e o comedimento nesse caso parecem ser a via que pode levar a conversa es construtivas que estimulem autotransforma es internas das comunidades ind genas para uma rela o menos conflituosa com a ordem estatal A tentativa de buscar modelos internos de otimiza o nos termos da teoria dos princ pios pode ser desastrosa nessas circunst ncias Em rela
259. ca o cadastral reduziria o custo de cumprimento dos deveres instrumentais rela cionados s obriga es tribut rias A exist ncia de m ltiplos cadastros na Uni o nos estados no Distrito Federal e nos munic pios sobrecar rega a atividade econ mica privada e dificulta a atua o da administra o tribut ria A Constitui o da Rep blica prev a exis t ncia de um cadastro nacional nico de con tribuintes para as microempresas e empresas de pequeno porte que poderia ser estendido para as demais empresas de maior porte A aproxima o entre os fiscos vem sendo tentada por meio de iniciativas como o Cadastro Sincro nizado Nacional e as Centrais de Atendimento F cil que no entanto n o preveem a ado o de um cadastro nacional nico de contribuintes A administra o desse cadastro poderia ficar a cargo de um Comit Gestor Intergoverna mental composto por representantes federais estaduais distritais e municipais Al m da unifica o cadastral outra medida que facilitaria o fechamento de empresas a dispensa da apresenta o de certid o negativa Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 307 de tributos n o impedindo o Estado de cobrar da empresa e dos eventuais respons veis o cr dito tribut rio desde que sejam encontrados bens que possam satisfazer as obriga es Refer ncias BASSOLI Marlene Kempfer FORTES Fellipe Cianca An lise econ mica do direito tri but rio livre iniciativa livre conc
260. ca o de crit rios seguros defini o Fala se que atividade fim seria aquela essencial ao desenvolvimento de uma atividade empresarial BELMONTE 2008 enquanto atividade meio representaria a desenvolvida como meio apoio ou suporte para o de senvolvimento da atividade principal BELMONTE 2008 importante ressaltar que o crit rio definidor das atividades n o pode ser absoluto pois conforme a evolu o social e trabalhista atividades antes tidas como fins podem vir a se tornar atividades meio Dessa forma esses conceitos n o podem ser solidificados ou delimitados a um Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 187 n mero fechado de atividades necess ria a tentativa de conceitua o mas com margem para adequar se realidade sem correr o risco de se tornar obsoleta ou n o aplic vel como bem esclarece Maria Fernanda Pereira de Oli veira citada por Jos Alberto Couto Maciel o que se verifica no atual cen rio mercadol gico que as atividades conside radas essenciais para as empresas em um passado n o muito distante atualmente s o consideradas apenas como meios de exe cu o da cadeia produtiva raz o pela qual mister a constante revis o da defini o das atividades fim empresariais OLIVEIRA 2008 apud MACIEL 2008 7 Natureza empresarial da distin o As atividades empresariais est o em cons tante din mica O que em uma poca foi essen cial para a constitui
261. ca de precedentes judiciais estrangeiros no julgamento da ADPF 186 cotas raciais na UnB Observat rio da Jurisdi o Constitucional Bras lia No prelo DIMOULIS Dimitri MARTINS Leonardo Teoria geral dos direitos fundamentais S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS Jersild v Dernmark Denmark ECHR 1994 GARC A RAM REZ Sergio Cuestiones de la jurisdicci n interamericana de derechos humanos Anuario Mexicano de Derecho Internacional M xico D F v 8 p 187 221 2008 GONZ LEZ VOLIO Lorena Los pueblos ind genas y el ejercicio de los derechos pol ticos de acuerdo a la Convenci n Americana el Caso Yatama contra Nicaragua Revista IIDH San Jos v 41 p 317 345 2005 G NTHER Klaus Der Sinn f r Angemessenheit Anwendungsdiskurse in Moral und Recht Frankfurt am Main Suhrkamp 1988 GUZM N Esther S nchez de Entre el juez Salom n y el dios Sira decisiones intercultu rales e inter s superior del ni o Amsterdam Universiteit van Amsterdam Faculteit der Rechtsgeleerdheid 2006 HOFSTADTER Douglas R G del Escher Bach an eternal golden braid New York Basic Books 1979 JACKSON Vicki C Constitutional comparisons convergence resistance engagement Harvard Law Review Cambridge v 119 p 109 128 2005 LUHMANN Niklas Ich sehe was was Du nicht siehst In Soziologische Aufkl rung 5 Konstruktivistische Perspektiven Opladen Westdt Verl 1990
262. car por m arroubos ou bravatas internacionalistas transnacionalistas ou supranacionalistas em detrimento da ordem constitucional brasileira mas sim a afirma o dessa ordem como parceira na constru o de um transconstitucionalismo multiangular STE ADPF 101 DE 24 6 2009 DJe 4 6 2012 Pela improced ncia da ADPF votou apenas o Ministro Marco Aur lio 210 Revista de Informa o Legislativa 8 Observa o final Uma transforma o profunda tem ocorrido nas condi es hodiernas da sociedade mundial no sentido da supera o do constitucionalismo provinciano ou paroquial pelo transconstitucionalismo Essa transforma o deve ser levada a s rio inclusive na Am rica Latina O Estado deixou de ser um locus privilegiado de solu o de problemas constitucionais Embora fundamental e indispens vel apenas um dos diversos loci em coopera o e concorr ncia na busca do tratamento desses problemas A integra o sist mica cada vez maior da sociedade mundial levou desterritorializa o de problemas caso jur dico constitucionais que por assim dizer se emanciparam do Estado Essa situa o n o deve levar por m a novas ilus es na busca de n veis inviol veis definitivos in ternacionalismo como ultima ratio conforme uma nova hierarquiza o absoluta supranacionalismo como panaceia jur dica transnacionalismo como fragmenta o libertadora das amarras do Estado localismo como express o de uma etici
263. cidiu A O CIVIL P BLICA EXECU O DE SENTEN A Dano ao meio ambiente uma vez praticados atos que danificaram o meio ambiente por pessoa jur dica e na impossibilidade de obter recursos para satisfa o de sua condena o nada mais justo que se aplique a desconsidera o da pessoa jur dica arcando seus s cios tamb m com o preju zo Recurso n o provido TJSP AI 139 758 5 Taubat 6 CDP b Rel Des Vallim Bellocchi J 13 03 2000 v u De acordo com o art 3 da Lei dos Crimes Ambientais ser o respon s veis se provado culpa ou dolo o representante legal administrador o contratual preposto ou rg o colegiado diretoria Tal responsa bilidade vale ressaltar n o exclui a possibilidade de responsabiliza o pessoal do autor coautor ou part cipe do delito nem a o regressiva por parte da empresa Portanto de uma forma geral s o pressupostos para a desconsidera o da personalidade jur dica abuso e desvio de poder fraude e preju zos causados a terceiros em virtude de desvios e confus o patrimonial da empresa S GUIN 2002 p 398 400 6 Responsabilidade penal subjetiva objetiva e social A prote o legal do meio ambiente brasileiro sempre se mostrou es parsa at que a Lei de Pol tica Nacional do Meio Ambiente Lei n 6 938 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 265 de 1981 seguindo tend ncia internacional pautasse o assunto Posterior mente nossa Constit
264. circunst ncias envolvidas na defini o dos seus projetos de vida e na constru o de sua identidade Em regra o acometimento de dist rbio ps quico antecedido pelo casamento e a maternidade nas mulheres menos jovens e nas de baixa escolaridade O n vel de frustra o diante do abandono do parceiro e de sua conforma o a valores preestabelecidos como o do desempenho exclusivo do dever de cuidado com os filhos e familiares prejudica a potencializa o das plenas capacidades mentais das mulheres comprometendo seu direito cidadania Em rela o ao dever de cuidado observa se que as mulheres se sentem respons veis por cuidar dos seus familiares mesmo quando est o enfermas SANTOS 2009 p 1180 Pensar o bem estar da mulher como um estado que envolve seu di reito de autodetermina o compat vel com a concep o moderna de pessoa caracterizada pela afirma o da individualidade e autonomia diferentemente outras concep es entendem que o grupo portador da identidade do sujeito CHAZAN 2000 p 93 Os dados fornecidos pelas pesquisas em sa de mental da mulher d o suporte para postular que a aus ncia de livre poder de decis o no planejamento reprodutivo contraria os dispositivos constitucionais que asseguram a igualdade e a cidadania das mulheres A falta de acesso aos m todos de contracep o bem como a aus ncia de conhecimento suficiente acerca deles al m da proibi
265. clarado culpado por crime de responsabilidade pol tico O Ex Presidente da Rep blica que assuma qualquer fun o remunerada com fundos p blicos deixar caso venha a desempenh la de perceber o subs dio mantendo em todo o caso o foro Excetuam se os empregos docentes e as fun es comissionadas com natureza igual ao ensino su perior m dio e especial Cabem algumas observa es com rela o ao texto desse Estatuto Primeiro somente assumem a dignidade de Ex Presidente com todos os direitos que a lei assegura os ex presidentes que tenham permanecido no cargo durante todo o mandato N o t m direito condi o formal de Ex Presidente segundo os ditames da lei os indiv duos que tenham assumido o cargo de Presidente da Rep blica em virtude da sua vac n cia Ou seja os vice presidentes e os presidentes interinos que tenham assumido o cargo de Presidente n o fazem jus quela condi o legal ao deixarem o cargo titular Tamb m s o exclu dos dos direitos a essa condi o os ex mandat rios que tenham sido condenados por crime de responsabilidade pol tica Em segundo lugar a lei assegura uma s rie de direitos queles que as sumam a dignidade de Ex Presidente da Rep blica Entre esses direitos destaca se uma pens o que com base no artigo 59 da Constitui o equi vale ao subs dio pago aos parlamentares e que igual ao sal rio recebido pelos Ministros de Estado incluindo quaisquer verbas adicionai
266. co da CF 88 ou seja apesar dos 513 deputados federais eleitos em 2006 apenas 31 conseguiram se eleger por conta pr pria sendo O Supremo Tribunal Federal no julgamento das A es Diretas de Inconstitucionalida de ADIs n 3 999 e 4 086 ajuizadas pelo Partido Social Crist o PSC e pela Procuradoria Geral da Rep blica PGR declarou a constitucionalidade da Resolu o TSE n 22 610 de 2007 que disciplina o processo de perda de mandato eletivo por infidelidade partid ria Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 121 os demais pelo quociente eleitoral partid rio n o se pode olvidar que as regras do jogo Bobbio eram estas colocadas no momento da disputa sendo que a viola o por Resolu o do TSE corresponderia a uma lei que no caso concreto deveria respeitar o art 16 da CF 88 ou seja ser v lida somente para as pr ximas elei es respeitando assim o princ pio do rules of game Adiante observam Thales e Camila Cerqueira 2008 p 251 que a Resolu o do TSE como estudamos pode ser um ato normativo prim rio que cria o direito ou secund rio que copia o direito No caso concreto trata se de um ato normativo prim rio que cria direito novo por m como sabemos por for a do CE e da Lei n 9 504 97 art 105 a Resolu o do TSE tem for a de lei ordin ria federal jamais status constitucional Com isto a decis o inconstitucional porque o TSE atuou como legislador positivo e at aqui
267. com o Poder P blico bem como dele obter subs dios sub ven es ou doa es a proibi o de contratar com o Poder P blico e dele obter subs dios subven es ou doa es n o poder exceder o prazo de dez anos art 22 II e 3 IV presta o de servi os comunidade por for a do art 43 IV do C digo Penal deve ser entendida como esp cie do g nero restriti vas de direitos que consistir em custeio de programas e de projetos ambientais execu o de obras de recupera o de reas degradadas manuten o de espa os p blicos e contri bui es a entidades ambientais ou culturais p blicas art 23 Vale ressaltar que para alguns ambienta listas a liquida o for ada prevista no art 24 da lei tamb m tida como uma san o penal aplic vel exclusivamente para a pessoa jur dica mas n o para aquela que eventualmente cometa esse delito e sim para aquela que tenha como atividade preponderante a pr tica de crimes am bientais por exemplo madeireira clandestina pesqueiro ilegal Como consequ ncia a liquida o for ada gera a extin o da pes soa jur dica porque todo o seu patrim nio ser considerado como instrumento de crime e consequentemente confiscado para o Fundo Penitenci rio Nacional 4 Concurso de pessoas O C digo Penal Brasileiro n o traz exatamente uma defini o de concurso de pessoas dispondo apenas no caput do art 29 que quem de qualqu
268. concep o problem tica de democracia o argumento parece confirmar a ideia de que direitos fundamentais apenas podem ser reconhecidos por meio de uma po sitiva o formal n o sendo portanto fruto de um desenvolvimento de pressupostos igualit rios sobre posi es materiais inerentes pessoa A afirma o de que os tratados apenas materialmente constitucionais possuiriam uma aplica o interpretativa subsidi ria diminui a import ncia dos tratados internacionais de di reitos humanos visto que estabelece o car ter da positiva o como a principal forma de reconhe cimento de direito e dificulta o desenvolvimento do di logo entre as cortes De acordo com Amaral Junior e Jubilut 2009 p 30 32 a defesa internacional dos direitos humanos uma nova dimens o da responsabilidade estatal na medida em que seu principal objetivo a prote o daqueles e n o necessariamente das obriga es assumidas entre dois pa ses acerca de uma tem tica que somente lhes diz respeito com delimita o estrita de seus deveres e direitos Com efeito a prote o internacional forma duas esferas de prote o em que a t nica da complementarida de exige que haja uma dial tica entre os mbitos pois mudan as numa esfera repercutem na outra Isso se deve ao fato de que ambas devem atingir o mesmo objetivo porquanto possuem o mesmo fundamento a defesa da dignidade da pessoa humana Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 291 A
269. concess o e permis s o da presta o de servi os p blicos previsto no artigo 175 da Constitui o da Rep blica de 1988 Em seu artigo 25 1 a lei disciplinou a possibilidade de a concession ria de servi os p blicos contratar com terceiros o desenvol vimento de atividades inerentes acess rias ou complementares ao servi o concedido confor me transcrito abaixo Art 25 Incumbe concession ria a exe cu o do servi o concedido cabendo lhe responder por todos os preju zos causados ao poder concedente aos usu rios ou a terceiros sem que a fiscaliza o exercida pelo rg o competente exclua ou atenue essa responsabilidade 1 Sem preju zo da responsabilidade a que se refere este artigo a concession ria poder contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes acess rias ou comple mentares ao servi o concedido bem como a implementa o de projetos associados BRASIL 1995 grifo do autor Nota se que ao contr rio do que estabeleceu a S mula 331 do TST a Lei n 8 987 95 permitiu que concession rias terceirizassem at mesmo suas atividades inerentes o que foi interpreta do por diversos tribunais como sin nimo de atividade fim TERCEIRIZA O DE ATIVIDADE FIM CONCESSION RIA DE SERVI O P BLICO o artigo 25 S1 da Lei n 8 987 95 permite a contrata o de servi os inerentes execu o do servi o concedido o que equivale atividade fi
270. considera o e respeito DWORKIN 1986 e de democracia como processo incompleto a exigir tamb m atua o do Judici rio 3 a prote o dos direitos das minorias e a atua o contra a tirania da 8 maioria 4 a atua o como emiss ria do povo e operacionalizadora N o havia ali afinal nenhuma determina o de vincula o da interpreta o dada pela Suprema Corte Constitui o aos demais Poderes tampouco a elusiva ideia de que a Suprema Corte seria o ltimo rbitro a respeito da interpreta o constitucional Quem particularmente contribuiu para esse entendimento foi um dos bi grafos do Justice John Marshall Albert Beveridge para quem a Suprema Corte tinha o direito exclusivo de determinar a constitucionalidade das leis e era o ltimo rbitro no que se refere ao que ou n o direito sob a Constitui o BEVERIDGE 1919 p 132 tradu o nossa O que se pode dizer contudo que a decis o em Marbury vs Madison afastou nos Estados Unidos a ideia inglesa de supremacia do parlamento 7 Alexander Hamilton no Federalist n 78 HAMILTON MADISON JAY 2003 p 199 traz alguns elementos que poderiam permitir essa associa o Afinal ali ele j lan a a ideia de que as cortes possam declarar nulos atos legislativos porque seriam contr rios Constitui o HAMILTON MADISON JAY 2003 p 199 tradu o nossa Ao mesmo tempo afirma que todo ato parlamentar se classif
271. d ria erigida pela Consti tui o condi o de princ pio da organiza o e funcionamento dos partidos pol ticos devendo constar dos estatutos partid rios N o mera faculdade estatut ria Na verdade como salien tado os estatutos ter o que prev la bem como estabelecer san es para os atos de infidelidade partid ria que poder o ir da simples advert n cia at a exclus o do filiado 2 Ativismo judicial 2 1 Conceitos e caracteriza o S o in meros os conceitos oferecidos pelos autores tanto brasileiros quanto estrangeiros sobre ativismo judicial Sen o vejamos Kmiec 2004 relata que a express o ativis mo judicial foi utilizada pela primeira vez em janeiro de 1947 por Arthur Schlesinger Junior em artigo publicado na revista Fortune no qual ele tra ava o perfil dos nove ju zes integrantes da Corte Suprema dos Estados Unidos Nesse artigo os ju zes Black Douglas Murphy e Rutledge foram considerados por Schlesinger como ativistas judiciais porque desempenha vam um papelativo na promo o do bem estar social e acreditavam que a lei e a pol tica eram elementos insepar veis Cappelletti 1993 aborda o controle exer cido pelo juiz sobre as atividades dos demais poderes focando a an lise da constru o jurisprudencial e da possibilidade da cria o do direito a partir da atividade interpretativa do magistrado Para o autor o fen meno de excepcional import ncia n o
272. da proporcionalidade os dados pessoais s podem ser processados na medida em que adequado e pertinente em rela o s finalidades para que s o recolhidos e tratados posteriormente Os dados devem ser exatos e se necess rio atualizados devendo ser empregadas todas as medidas razo veis para assegurar que dados inexatos ou incompletos sejam apagados ou retificados H ainda restri es comerciais ao proces samento dos dados O titular dos dados pode opor se a qualquer momento ao processamento de dados pessoais para fins de marketing dire to Restri es adicionais devem ser aplicadas 14 Art 12 da Diretiva 95 46 CE 15 Cf arts 10 e 11 da Diretiva 95 46 CE 16 Art 6 b da Diretiva 95 46 CE 1 Cf Art 14 da Diretiva 95 46 CE Direito de oposi o da pessoa em causa Os Estados membros reconhecer o pessoa em causa o direito de a Pelo menos nos casos re feridos nas al neas e e f do artigo 7 se opor em qualquer altura por raz es preponderantes e leg timas relacionadas Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 23 no processamento de dados pessoais conside rados sens veis referentes a cren as religiosas opini es pol ticas sa de orienta o sexual ra a filia o a organiza es no passado espe cialmente A 6 A es referentes Europe versus Facebook Fato motivador deste artigo como j mencionado foram as a es movidas por Max Schrems contra o Facebook Estud
273. da a uma quest o mais ampla a distin o entre concep es materiais e formais de Cons titui o Tendo em vista que os direitos fundamentais est o presentes na Constitui o s o normas constitucionais a inclus o de direitos cons tantes de tratados internacionais enseja uma discuss o a respeito da rela o entre as normas constitucionais e a pr pria Constitui o Dessa forma podemos inferir que a dicotomia entre normas constitucionais formais e materiais pode ser encontrada no desenvolvimento da teoria da Constitui o em sentido material 3 Concep o material e formal da Constitui o o que nossos autores querem dizer com tal distin o Riccardo Guastini 2001 p 43 45 ao dis correr sobre o conceito de Constitui o elenca cinco conceitua es desenvolvidas por diversos autores acerca do que se poderia considerar uma concep o material de Constitui o 1 normas que em qualquer Estado disponham sobre forma de Estado e de governo em fun o de um aspecto integrador MEND 1985 2 normas que disp em sobre a cria o de outras normas KELSEN 2000 3 decis o pol tica fundamental do titular do poder constituinte SCHIMTT 1996 4 disposi es sobre o regi me pol tico do Estado especialmente em vista dos fins pol ticos das for as dominantes que inspiram a a o estatal Mortati e 5 a ideia de Constitui o Viva Jos Borges 2005 p 286 n o concorda com tal r
274. da intera o com ou tros atores um convite a cada para questionar seu precondicionamento mas T rke ressalta que a decis o de proceder ou n o a esse ques tionamento pessoal n o pode ser imposta do exterior essa intera o que pode fazer com que as posi es dos atores envolvidos se apro ximem no sistema social No caso da utiliza o do SRR no Brasil o contexto da intera o foi muito conflituoso Essa caracter stica teve uma influ ncia sobre a evolu o da governan a das regras de utiliza o Enfim T rke 2008 distingue quatro elementos do funcionamento do sistema para alcan ar o objetivo desejado Os dois primeiros elementos s o os atores e a imagem que eles fa zem de si mesmos diante de uma situa o ligada ao objetivo a ser atingido O terceiro elemento diz respeito aos instrumentos ou aos meios para alcan ar a meta normalmente leis decretos ou regras As a es formam um quarto elemento que representa o que deve ser realizado a fim de que os instrumentos sejam concretizados No caso estudado o instrumento o direito de acesso soja SRR ou seja o pagamento de royalties as a es correspondentes s medidas T rke 2008 emprega mais precisamente o termo ne gociar ou renegociar o precondicionamento para indicar o processo reflexivo envolvido e s modalidades de coleta desses royalties com o objetivo de ter o direito de utilizar o SRR em outras palavras as regras de
275. da nova reda o do art 246 ao texto da Constitui o pelo processo de compila o perdem se o contexto e o referencial da express o 2 8 Emenda Constitucional n 73 de 2013 enumera o de dispositivos Durante a Assembleia Nacional Constituinte ao apresentar o Projeto B in cio do 2 Turno em Plen rio o relator teve o cuidado de transfor mar todos os dispositivos com enumera o de itens em dispositivos com uma cabe a caput do artigo ou par grafo seguida do detalhamento de incisos e al neas Por exemplo os incisos do atual art 1 da CF estavam no Projeto A in cio do 1 Turno em Plen rio enumerados em uma lista separada por v rgulas em um nico segmento de texto Essa mesma Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 223 sistem tica foi seguida em todos os dispositivos da Constitui o Federal A Lei Complementar n 95 de 1998 por sua vez cristalizou essa regra de articula o definindo no seu art 11 II al nea d que se deve para obten o de ordem l gica promover as discrimina es e enumera es por meio dos incisos al neas e itens e no mesmo artigo I al nea b que se deve para obten o de clareza usar frases curtas e concisas BRASIL 1998e A recente emenda constitucional que criou os quatro novos Tribunais Regionais Federais enumerou os em um nico e longo par grafo nos termos a seguir 11 S o criados ainda os seguintes Tri bunais Re
276. dade nos termos seguintes I homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es nos termos desta Constitui o No mbito do processo civil o princ pio da igualdade enseja o tra tamento igualit rio das partes litigantes pelo juiz de forma a garantir as mesmas oportunidades de fazer valer em Ju zo suas raz es Contudo a garantia da igualdade jur dica n o pode desprezar e eliminar a desigualdade econ mica e social Em decorr ncia disso o conceito de igualdade formal pelo qual a lei n o deveria estabelecer qualquer tipo de diferen a entre os indiv duos deu lugar ideia de igualdade substancial Hoje ao se conside rar o conceito positivo de isonomia pretende se o tratamento igualit rio dos substancialmente diferentes Visa se atingir a igualdade substancial mediante a supress o das diferen as no julgamento dos casos concretos No processo civil as normas e medidas adotadas em observ ncia ao princ pio da isonomia visam a reequilibrar e a permitir que as partes litiguem em paridade de armas quando em decorr ncia de alguma causa ou circunst ncia uma delas esteja em condi es de superioridade ou inferioridade em rela o outra Segundo Cintra Grinover e Dinamar co 2007 p 60 grifo nosso muito delicada a tarefa de reequil brio substancial a qual n o deve criar desequil brios privilegiados a pretexto de remover desigualdades A desigualdade na lei se produz quando uma norma
277. dade definitivamente inviol vel Contra essas tend ncias o transconstitucionalismo implica o reco nhecimento de que as diversas ordens jur dicas entrela adas na solu o de um problema caso constitucional a saber de direitos fundamentais ou humanos e de organiza o leg tima do poder que lhes seja conco mitantemente relevante devem buscar formas transversais de articula o para a solu o do problema cada uma delas observando a outra para compreender os seus pr prios limites e possibilidades de contribuir para solucion lo Sua identidade reconstru da dessa maneira enquanto leva a s rio a alteridade a observa o do outro Isso me parece frut fero e enriquecedor da pr pria identidade porque todo observador tem um limite de vis o no ponto cego aquele que o observador n o pode ver em virtude da sua posi o ou perspectiva de observa o VON FOERS TER 1981 p 288 309 Mas se verdade considerando a diversidade de perspectivas de observa o de alter e ego que eu vejo o que tu n o v s LUHMANN 1990 p 228 234 cabe acrescentar que o ponto cego de um observador pode ser visto pelo outro Nesse sentido pode se afirmar que o transconstitucionalismo implica o reconhecimento dos limites de observa o de uma determinada ordem que admite a alternativa o ponto cego o outro pode ver 3 O n vel inviol vel pode envolver se no din mico jogo transconstitucional com outros
278. dade do que disponha o estatuto de cada partido 1 Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou puni o por conduta que n o esteja tipificada no estatuto do partido pol tico 2 Ao acusado assegurado amplo direito de defesa Art 24 Na Casa Legislativa o integrante da bancada de partido deve subordinar sua a o parlamentar aos princ pios doutrin rios e progra m ticos e s diretrizes estabelecidas pelos rg os de dire o partid rios na forma do estatuto a consagra o na legisla o infraconstitucional especificamente na Lei dos Partidos Pol ticos do instituto da fidelidade partid ria Quanto s penalidades decorrentes da infidelidade partid ria os arts 25 e 26 do mencionado diploma legal estabelecem que Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 117 Art 25 O estatuto do partido poder estabelecer al m das medidas disciplinares b sicas de car ter partid rio normas sobre penalidades inclusive com desligamento tempor rio da bancada suspens o do direito de voto nas reuni es internas ou perda de todas as prerrogativas cargos e fun es que exer a em decorr ncia da representa o e da propor o partid ria na respectiva Casa Legislativa ao parlamentar que se opuser pela atitude ou pelo voto s diretrizes legitimamente estabelecidas pelos rg os partid rios Art 26 Perde automaticamente a fun o ou cargo que exer a na respec tiva Casa Legislativa em virtude da pr
279. dades SRR esses multiplicadores devem se beneficiar igualmente de um contrato de licen a da tec nologia do gene RR com a Monsanto pagando uma retribui o definida por um montante conforme o hectare Os distribuidores de sementes stricto sensu revendem as sementes aos agricultores sem que eles mesmos tenham de ter produzido Esses distribuidores s o as empresas de distribui o de produtos agr colas em geral fornecendo se mentes adubos e pesticidas sendo elas ligadas algumas vezes s empresas de estoque ou de compra de gr os Os contratos de licen a dos distribuidores de sementes com a Monsanto fixam sobretudo as condi es de recupera o dos royalties ligados s sementes de SRR A Monsanto realizou desde a campanha 2005 2006 uma inova o que permitiu que o pagamento dos royalties fosse feito por duas modalidades uma modalidade cl ssica ligada compra de sementes e uma modalidade n o habitual de comercializa o do gr o de soja MENDEZ DEL VILAR et al 2007 REIS 2005 O pagamento dos royalties compra de sementes est associado a uma regra original Essa regra o cr dito de isen o consiste em alocar um direito de comercializar uma certa quantidade de gr os de soja sem ter de pagar de novo os royalties Esse direito de comercializar corresponde a uma quantidade de gr o de soja por quilo de sementes compradas da ordem de 70 kg de gr os por quilo de semente A recu pera o dos royaltie
280. damentais somente super vel em car ter de excepcionalidade Os direitos sociais s o aqueles que envolvem fortemente a obriga o prestacional do Estado Em torno deles CF artigo 6 gravitam os pro gramas do governo na constru o de servi os p blicos de qualidade aptos a proporcionar sociedade no m nimo os componentes b sicos daquilo que se conceitua como o direito a uma vida com dignidade SARLET 2005 p 2 Diante da incapacidade do servi o p blico de atender as necessidades da popula o cada vez maior o recurso s vias judiciais na defesa da concretiza o dos direitos sociais A partir da outra crise se instala dessa vez de natureza institucional no que concerne legitimidade do Poder Judici rio de interferir na composi o e na gest o or ament ria do poder p blico Diante da controversa discuss o acerca da exigibilidade judicial dos direitos sociais alguns autores advogam a tese da n o distin o essencial entre direitos civis e pol ticos de um lado e direitos econ micos sociais e culturais de outro lado Parte se da compreens o de que essas duas esp cies de direitos s o igualmente produtoras de obriga es positivas e nega tivas por parte do Estado ABRAMOVICH COURTIS 2004 p 20 25 SARMENTO 2010 p 181 portanto n o haveria justificativa para 8 A esse respeito consulte se a obra ora citada ABRA MOVICH COURTIS 2004 p 92 96 109 na
281. de Art 3 da Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasileiro ningu m se escusa de cumprir a lei alegando que n o a conhece 220 Revista de Informa o Legislativa conhecer os Princ pios de Direito Constitucional Intertemporal para saber em que data se deu o in cio da vig ncia da emenda constitucional que estabeleceu a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores dom sticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais Trata se de um exemplo concreto de como detalhes da t cnica legislativa podem gerar d vidas no entendimen to da norma pelo cidad o 2 2 Emenda Constitucional n 67 de 2010 altera o indireta e altera o indevida de prazo de vig ncia A altera o indireta caracteriza se pela al tera o da norma jur dica sem o oferecimento de um novo texto o que dificulta o processo de compila o do texto atualizado da norma alterada A ocorr ncia desse tipo de altera o n o comum e quando ocorre fator de in seguran a jur dica O art 12 da Lei Complementar n 95 de 1998 n o prev a altera o indireta do texto de um dispositivo e estabelece que a altera o deve ser feita mediante a reprodu o integral do texto nos casos de grandes altera es ou mediante o oferecimento de novo texto no caso de altera o ou acr scimo como podemos observar abaixo Se o HI Da Altera o das Leis Art 12 A altera o da lei ser feita I m
282. de 1974 Em 3 de janeiro de 1974 foi aprovada a Lei n 6 019 que normatizou os trabalhos tempor rios na iniciativa privada A supracitada lei autorizou a terceiriza o de trabalhadores tempor rios permitindo a exist ncia de pessoas f sicas ou jur dicas que tenham como finalidade a presta o de servi os transit rios como abaixo transcrito art 4 da Lei n 6 019 74 Compreende se como empresa de trabalho tempor rio a pessoa f sica ou jur dica urbana cuja atividade consiste em colocar disposi o de outras empresas temporariamente trabalhadores devidamente qualificados por elas remunerados e assistidos BRASIL 1974 Foi ent o legalizada a terceiriza o do trabalho tempor rio admi tindo se a contrata o terceirizada de m o de obra apenas nos casos e limites fixados por esta lei substitui o transit ria de pessoal regular e Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 179 permanentemente ou acr scimo extraordin rio de servi os art 2 at tr s meses podendo ser prorrogado por esse rg o local do Minist rio do Trabalho art 10 SUSSEKIND 2001 p 99 Nesse sentido h de se entender a possibili dade de terceiriza o dos servi os tempor rios visto que a pr pria S mula 331 do TST retoma a legisla o aqui mencionada I A contrata o de trabalhadores por empresa interposta ilegal formando se o v nculo diretamente com o tomador dos servi os salvo no caso de t
283. de 4 quatro servidores destinados a sua seguran a pessoal bem como a 2 dois ve culos oficiais com motorista custeadas as despe sas com dota es or ament rias pr prias da Presid ncia da Rep blica Em 1994 a Medida Provis ria n 498 de 12 de maio convertida na Lei n 8 889 de 21 de junho alterou a configura o daquele benef cio Segundo Schiiler 2008 p 3 a altera o serviu para ampliar o escopo original da coloca o de servidores disposi o do ex mandat rio m xi 64 Revista de Informa o Legislativa mo da Na o de forma que a lei abrangesse al m da seguran a o apoio pessoal do ex presidente Outrossim a nova reda o deixou claro que os servidores a servi o de ex presidente ocupariam cargos em comiss o de livre nomea o Textualmente o novo diploma legal dispunha o seguinte Art 1 O Presidente da Rep blica terminado o seu mandato tem o direito a utilizar os servi os de quatro servidores para seguran a e apoio pessoal bem como a dois ve culos oficiais com motoristas custeadas as despesas com dota es or ament rias pr prias da Presid ncia da Rep blica Par grafo nico Os quatro servidores bem como os motoristas de que trata o caput deste artigo de livre indica o do ex Presidente da Rep bli ca ocupar o cargos em comiss o do Grupo Dire o e Assessoramento Superiores at o n vel DAS 102 4 ou gratifica es de representa o da tabela da
284. de a carreiras na ind stria ou no com rcio O ex presidente mexicano Ernesto Zedillo por exemplo serviu nos conselhos da P amp G e da Alcoa entre outras empresas O ex presidente George H W Bush assessorou diversas empresas petrol feras Anderson 2010 p 70 considera essa op o problem tica para percep o que a sociedade tem da ex presid ncia uma vez que pode apresentar desafios dignidade e probidade associada a uma vida inteira dedicada ao servi o p blico Outros ex presidentes optam por continuar atuantes na pol tica elei toral seja como candidatos seja como mentores de candidatos de seus partidos de prefer ncia caso dos ex presidentes brasileiros Jos Sarney e Fernando Collor que se elegeram senadores da Rep blica Pouqu ssimos pa ses d o a seus ex presidentes a op o de continuarem ativos no servi o p blico por for a de algum dispositivo legal Na Fran a os ex presidentes podem servir de forma vital cia no Conselho Cons titucional Trata se contudo de uma op o podem os ex presidentes franceses decidir n o assumir o cargo no Conselho e optarem por outra via de atua o como a iniciativa privada 3 experi ncia de pa ses selecionados 3 1 frica do Sul Na Rep blica da frica do Sul a legisla o garante aos ex presidentes uma pens o e direitos relativos a assist ncia m dica cujo valor deter minado pelo Parlamento levando em considera o as recomenda es da Co
285. de agosto de 1995 Altera o 2 do art 25 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 12353 16 ago 1995a Emenda Constitucional n 6 de 15 de agosto de 1995 Altera o inciso IX do art 170 o art 171 e o 1 do art 176 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 12353 16 ago 1995b Emenda Constitucional n 7 de 15 de agosto de 1995 Altera o art 178 da Cons titui o Federal e disp e sobre a ado o de Medidas Provis rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 12354 16 ago 1995c Emenda Constitucional n 8 de 15 de agosto de 1995 Altera o inciso XI e a al nea a do inciso XII do art 21 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 12354 16 ago 1995d Emenda Constitucional n 9 de 9 de novembro de 1995 D nova reda o ao art 177 da Constitui o Federal alterando e inserindo par grafos Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 17961 10 nov 1995e Emenda Constitucional n 10 de 4 de mar o de 1996 Altera os arts 71 e 72 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias introduzidos pela Emenda Constitucional de Revis o n 1 de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 3773 7 mar 1996a Emenda Constitucional n 11 de 30 de abril de 1996 Permite a admiss o de professores t cnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades brasileiras e concede autonomia s institui es de pesquisa cie
286. de dados apenas ser considerado leg timo se estiver no rol previsto no art 7 da Diretiva 95 46 CE Os Estados membros estabelecer o que o tratamento de dados pessoais s poder ser efetuado se a A pessoa em causa tiver dado de forma inequ voca o seu consentimento ou b O tratamento for necess rio para a execu o de um contrato no qual a pessoa em causa parte ou de dilig ncias pr vias forma o do contrato decididas a pedido da pessoa em causa ou c O tratamento for necess rio para cumprir uma obriga o legal qual o respons vel pelo tratamento esteja sujeito ou d O tratamento for necess rio para a prote o de interesses vitais da pessoa em causa ou e O tratamento for necess rio para a execu o de uma miss o de interesse p blico ou o exerc cio da autoridade p blica de que investido o respons vel pelo tratamento ou um terceiro a quem os dados sejam comunicados ou f O tratamento for necess rio para prosseguir interesses leg ti mos do respons vel pelo tratamento ou do terceiro ou terceiros a quem os dados sejam comunicados desde que n o prevale am os interesses ou os direitos e liberdades funda mentais da pessoa em causa protegidos ao abrigo do n 1 do artigo 1 Ainda o titular dos dados tem direito de acesso a todos os dados sobre ele processados no territ rio do Estado membro mas num local onde a sua legisla o nacional seja aplic vel por for a do direito inter
287. de partid ria gira em torno da cons titucionalidade do entendimento do Tribunal Superior Eleitoral poste riormente ratificado pelo Supremo Tribunal Federal que deu origem Resolu o n 22 610 de 2007 O que importa saber se esses tribunais criaram nova hip tese de perda de mandato n o prevista no texto constitucional ou se apenas lan aram m o de princ pios j consagrados numa interpreta o sistem tica do texto constitucional De fato conforme esclarece Silva 2011 p 408 a Constitui o n o permite a perda de mandato por infidelidade partid ria Ao contr rio at o veda quando no art 15 declara vedada a cassa o de direitos pol ticos s admitidas a perda e a suspens o deles nos estritos casos indicados no mesmo artigo Da decorre o embate doutrin rio que persiste at hoje acerca da constitucionalidade ou n o dessas decis es e do diploma promulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral H quem sustente inclusive sequer tratar se de caso de perda de mandato n o se enquadrando portanto no rol dos casos estabelecidos pelo art 55 da Constitui o Parte essa corrente da premissa de que pertencendo o mandato ao partido ou coliga o n o o perder o eleito visto que faticamente imposs vel que se perca aquilo que n o se possui Sobre o assunto Thales e Camila Cerqueira 2008 p 251 indagam Como fica a soberania popular exercida nas urnas segundo o art 1 par grafo ni
288. de suas atividades como ex presidente Em alguns pa ses n o h limite para tais gastos em outros imp e se um teto dota o or ament ria com tal finalidade Em al guns pa ses o pessoal designado para trabalhar no gabinete de ex presidente constitu do de funcion rios p blicos concursados em outros o ex presidente recebe uma verba para pessoal a qual ele poder usar para contratar funcion rios como ele bem entender Por fim na maioria dos pa ses presidencia listas n o h legisla o que restrinja a atua o dos ex presidentes que t m a liberdade de construir suas respectivas carreiras p s presi denciais como desejarem Em muitos casos os ex presidentes criam institutos ou funda es para levarem adiante um trabalho de nature za assemelhada ao servi o p blico Um dos exemplos mais bem sucedidos desse modelo de atua o de ex presidentes a Centro Carter criado pelo ex presidente Jimmy Carter dos Es tados Unidos que se dedica a fins humanit rios e promo o da democracia Esse modelo de atua o tem sido empregado por diversos ex presidentes O ex presidente Ricardo Lagos do Chile por exemplo criou sua funda o intitulada Democracia y Desarollo em 2006 No Brasil Fernando Henrique Cardoso e Lu z In cio Lula da Silva ambos institu ram seus respectivos institutos H casos contudo em que os ex presidentes se voltam para a iniciativa privada iniciando ou dando continuida
289. de tais desacordos pol ticos existe uma certa aceita o social desse seu novo papel FRIEDMAN 2009 p 9 ou mesmo que tais acordos que deram ensejo a uma certa su premacia do Judici rio s o em grande medida frutos de arranjos pol ticos para o pr prio be nef cio dos pol ticos WHITTINGTON 2007 A pergunta portanto que se apresenta como imaginar o arranjo institucional entre os diferentes Poderes seja ele interpretado 74 Revista de Informa o Legislativa como uma cont nua competi o e um forte desacordo seja como um di logo embora aqui se trate de um di logo ciente das disputas por poder diante dos desafios que se lan am em um contexto de consolida o de uma democra cia constitucional como a brasileira Somos afinal uma democracia constitucional jovem repleta ainda de experimentalismos institucio nais que precisam ser elucidados e discutidos Saber portanto como deveriam dialogar os diferentes Poderes um tema que enseja impor tantes reflex es Naturalmente essa discuss o extrapola em demasia os prop sitos deste ar tigo mas j poss vel antecipar ao menos um debate relevante preciso imaginar como tais competi es entre os Poderes j mencionadas por Madison 2003 n o se revelem em ltimo grau mecanismos usurpadores do poder Surge dessa instiga o o alerta de como manter a ci dadania que condi o da democracia diante de um querer mais poder q
290. de ter cometido a infra o como o caso dos atos praticados contra o meio ambiente visto que o Direito Ambiental adotou a responsabilidade objetiva Esse parece ser o entendimento de Fiorillo 2006 p 51 52 grifo nosso O poder de pol cia em mat ria ambiental conforme j aduzido visa defender al m de preservar os bens ambientais n o s para as presentes como para as futuras gera es Da mesma forma o dever de defender e preservar os bens ambientais tamb m s o impostos coletividade que evidentemente tem interesse em resguardar a vida em todas as suas formas Assim foi nossa Constitui o que entendeu por bem es tabelecer exatamente em obedi ncia ao conte do do art 225 crit rio racional destinado a assegurar o uso dos bens ambientais em proveito do povo delimitou a responsabilidade objetiva como regra jur dica a ser seguida em face de qualquer viola o aos bens ambientais fundada na denominada teoria do risco teoria absolutamente adaptada ordem econ mica do capitalismo e s regras definidas pelos arts 170 e seguintes da Carta Magna sendo irrelevantes a conduta dolo ou culpa das pessoas f sicas ou jur dicas que eventualmente se encontrem na condi o de poluidoras Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 267 Do ponto de vista da lei a mudan a muito ben fica e significativa pois muitas vezes dif cil apurar e provar a culpa Ali s essa tem sido a tend ncia dos tribunais nos pa ses de
291. demais formas de trabalhar Os ju zes em face de tamanha heterogeneidade das rela es tentam incluir todos os trabalhadores na re la o de emprego por prazo indeterminado que nada tem a ver com a maioria dos que trabalham numa rede de produ o complexa PASTORE 2008 p 121 Como entender a distin o ontol gica entre o trabalho terceirizado e o executado nos mol des da cl ssica rela o de emprego 2 2 O Decreto Lei n 200 de 25 de fevereiro de 1967 A expedi o do primeiro diploma nacional referente terceiriza o data da d cada de 60 o Decreto Lei n 200 de 25 de fevereiro de 1967 que disp s sobre a organiza o da Adminis tra o Federal e estabeleceu diretrizes para a Reforma Administrativa O presente docu mento normativo tinha o escopo de incentivar a pr tica da descentraliza o administrativa pela contrata o de servi os de empresas pri vadas como se pode observar pela leitura do artigo 10 7 Art 10 A execu o das atividades da Ad ministra o Federal dever ser amplamente descentralizada n S 7 Para melhor desincumbir se das tarefas de planejamento coorde na o supervis o e contr le e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da m quina administrativa a Administra o procurar desobrigar se da realiza o material de tarefas executivas recorrendo sempre que poss vel execu o indireta mediante contrato desde que exista
292. depreende de maneira n o razo vel e ou arbitr ria tratamentos espec ficos a pessoas diversas Assim para que as disparidades estabelecidas possam ser con sideradas n o discriminat rias torna se indispens vel uma justificativa objetiva consoante crit rios e ju zos valorativos proporcionalmente considerados levando se em considera o os meios empregados e a finalidade perseguida Ressalte se que a diferencia o quando admitida dever estar em conformidade com os direitos e garantias fundamentais descritos na CR Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 157 Em contrapartida necess rio frisar as tr s finalidades do princ pio da igualdade a limita o ao legislador ao int rprete autoridade p blica e ao particular O legislador quando da edi o da norma n o poder deixar de observar o princ pio da isonomia sob pena de flagrante in constitucionalidade O int rprete ou a autoridade p blica por sua vez n o poder aplicar ao caso concreto leis e atos normativos de forma a criar ou aumentar desigualdades discricion rias Finalmente o particular n o poder pautar se em condutas discriminat rias preconceituosas ou racistas sob pena de responsabilidade civil e penal nos termos da legisla o em vigor Vale ressaltar que a exist ncia de discrimina o entre as partes pela norma aplic vel somente poder ser concebida se fundamentada e para a consecu o de uma finalidade relevante resguardados os dispo
293. destina o adequada A Pol cia Cient fica far vistorias no local a fim de avaliar o dano ambiental causado pela manobra ilegal O empres rio foi indiciado na delegacia por crime ambiental e pode ser condenado pena de 1 a 4 anos de pris o Com informa es do MPSP JUSBRASIL 2012 Assim sempre que figurar no polo passivo de uma a o penal uma pessoa jur dica haver concurso desta com uma pessoa f sica visto que um ato delituoso s pode ser praticado por meio do homem nullum crimen sine actio humana 5 Desconsidera o da personalidade jur dica pela Lei n 9 605 98 Devido reiterada pr tica de il citos no qual a pessoa f sica se ca muflava por interm dio da pessoa jur dica surgiu a disregard theory ou Teoria da Desconsidera o da Personalidade Jur dica No intuito de combater as fraudes simula es e a impunidade na esfera civil a lei de crimes ambientais incorporou este instituto oriundo do Direito do Trabalho e do Direito Comercial algo que assim como a penaliza o do ente coletivo aplicado internacionalmente Existem duas teorias sobre a desconsidera o do ente coletivo a ultra vires societatis adotada por Inglaterra e Estados Unidos e a do superamento adotada pelo art 10 do Decreto n 3 708 19 que instituiu a sociedade por quotas de responsabilidade Ltda Art 10 Os s cios gerentes ou que derem o nome firma n o respondem pessoalmente pelas obriga es contra das e
294. didos pelo Tribunal Superior Eleitoral n o foram poucos para fun damentar esse entendimento Tais argumentos podem ser assim agrupados i se o mandato pertencesse ao candidato significaria dizer que a soberania popular conferida pelo povo seria transferida para a ordem privada do eleito que se tornaria senhor e possuidor de parcela dela ii o mandato essencialmente uma fun o pol tica e p blica de todo avessa e inconcili vel com pretens o de cunho privado iii a perda do mandato seria consequ ncia de um ato il cito e n o de uma san o iv a quantidade de cadeiras a ocupar no parlamento o resultado de uma contagem de votos dados legenda e n o aos candidatos que na sua grande maioria sequer alcan am nominalmente o quociente eleitoral v a filia o partid ria condi o de elegibili dade pois o ordenamento jur dico p trio n o prev a candidatura avulsa vi a democracia o resultado da representa o popular que perpassa os partidos pol ticos como corpos intermedi rios vii o esvaziamento do parti do pela migra o injustificada de seus filiados enfraquece a representatividade pol tica e o funcionamento parlamentar viii a migra o do partido pelo qual o candidato foi eleito infidelidade para com o eleitor Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 119 A partir dessa decis o a Presid ncia da C mara dos Deputados recebeu requerimentos de v rios partidos pol ticos no sentido de q
295. dimento Refer ncias ABIDALA Vantuil Terceiriza o normatiza o questionamentos Revista do Tribunal Superior do Trabalho Porto Alegre v 74 n 4 p 17 25 out dez 2008 BARROSO Luis Roberto BARCELLOS Ana Paula de Limites constitucionais edi o de s mula por Tribunal Superior an lise da s mula 331 I do TST Revista Eletr nica de Direito Processual Rio de Janeiro ano 5 n 7 p 456 480 jan jun 2011 Dispon vel em lt http app vlex com vid constitucionais sumula tribunal tst 417359318 gt Acesso em 6 fev 2012 Curso de direito constitucional contempor neo os conceitos fundamentais e a constru o do novo modelo S o Paulo Saraiva 2009 BASSO Guilherme Mastrichi Terceiriza o e o mundo globalizado o encadeamento produtivo e a complementaridade de servi os como potencializadores da formaliza o de contratos Revista do Tribunal Superior do Trabalho Bras lia v 74 n 4 p 89 116 out dez 2008 BELMONTE Alexandre Agra Aspectos jur dicos atuais da terceiriza o trabalhista Re vista do Tribunal Superior do Trabalho Porto Alegre v 74 n 4 p 26 52 out dez 2008 BISPO Marcel da Costa Roman Telemarketing atividade meio ou atividade fim Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Rio de Janeiro v 22 n 48 p 80 88 jun dez 2010 BRASIL Decreto Lei n 200 de 25 de fevereiro de 1967 Disp e sobre a organiza o da Administra o Federal esta
296. diversas em mat ria de direitos fundamentais e direitos humanos com for a vinculante A esse respeito parece me de uma relev ncia especial a decis o da Corte Intera mericana de Direito Humanos nos julgamentos dos casos Yakye Axa vs Paraguai e Sawhoyama xa vs Paraguai CORTEIDH 2005b no qual se decidiu sobre o direito de propriedade sobre territ rios das comunidades ind genas Yakye Axa e Sawhoyamaxa localizadas no Paraguai Nesses interessantes casos a CorteIDH decidiu n o conforme o conceito t cnico jur dico de propriedade privada definido nos termos do direito constitucional estatal mas sim levan Sobre a distin o entre modelo de converg ncia modelo de diverg ncia e modelo de articula o en gagement model ver Jackson 2005 Para a an lise desse caso ver Ram rez 2005 p 349 364 Para resumos de ambos os casos ver Piovesan 2008 p 47 76 71 73 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 207 do em conta primariamente a no o cultural de propriedade ancestral das comunidades ind genas sobre os respectivos territ rios se dimentada historicamente em suas tradi es Assim deixando em segundo plano um direito fundamental assegurado constitucionalmente no plano estatal a CorteIDH argumentou fa voravelmente aos direitos de comunidade local extraestatal sobre o seu territ rio para assegurar direitos humanos garantidos no n vel interna cional Esse entrela
297. do Tribunal Superior do Trabalho 5 A fragilidade dos conceitos atividade fim e atividade meio nas empresas de telecomunica o 6 Tentativa de defini o no Direito Civil obriga o de resultado e obriga o de meio 7 Natureza empresarial da distin o 8 Conclus o 1 Introdu o A terceiriza o surgiu no contexto do modelo toyotista e permitiu romper com a l gica bilateral dos polos na rela o de emprego de modo a retirar o v nculo direto do terceirizado com a empresa tomadora pr tica adotada em diversos setores de produ o econ mica com o principal escopo de reduzir custos e aumentar a produtividade Torna se necess rio averiguar a licitude dessa pr tica que ocupou lugar de destaque em discuss es jur dico econ micas a sobrecarregar os tribunais trabalhistas devido ao grande n mero de a es que pleiteiam o reconhecimento da ilicitude da terceiriza o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 175 A S mula 331 do Tribunal Superior do Trabalho estabelece que a inter media o de m o de obra como regra uma pr tica il cita excetuando se as terceiriza es relativas a trabalhos tempor rios servi os de vigil ncia de conserva o e limpeza bem como aquelas ligadas atividade meio do tomador A contrario sensu tem se por terceiriza o il cita aquela perpetrada em uma atividade fim do tomador Ocorre que a express o atividade meio inserta no inciso III do texto sumular embora absorvida p
298. do tamb m nas hip teses em que o efeito suspensivo ao recurso negado pelo relator H portanto grande disparidade entre as nuances do pedido de suspens o quando de sua cria o e sua regulamenta o atual Quando se considera sua larga utiliza o na atualidade o instituto passou a ter um papel meramente pol tico constituindo um meio para o ente p bli co execute suas pol ticas sem ser importunado pelo Poder Judici rio deixando as decis es no mbito da Presid ncia dos tribunais Rodrigues 2007 p 465 revela que sua opini o nem sempre foi a mesma em rela o sua constitucionalidade uma vez que a princ pio defendia sua plena regularidade sob o fundamento de que o pr prio texto constitucional que assegura a constitucionalidade do incidente de suspens o de execu o de decis o seja quando assegura a prote o dos direitos individuais e coletivos seja quando se protegem os direitos sociais do art 6 quando se prev a ampla defesa e princi palmente quando se protege o direito contra a amea a de les o que no caso o que ocorre RODRIGUES 2000 p 109 Apesar do entendimento acima Rodrigues 2007 p 465 considera atualmente o pedido de suspens o de seguran a como um rem dio execr vel e afirmar que h de se ter uma certeza a maneira belicosa como se tem armado o pedido de suspens o de seguran a mormente por interm dio das medidas provis rias
299. domic lio e da sua correspond ncia 2 N o pode haver inger ncia da autoridade p blica no exerc cio deste direito sen o quando esta inger ncia estiver prevista na lei e constituir uma pro vid ncia que numa sociedade democr tica seja necess ria para a seguran a nacional para a seguran a p blica para o bem estar econ mico do pa s a defesa da ordem e a preven o das infra es penais a prote o da sa de ou da moral ou a prote o dos direitos e das liberdades de terceiros 2 Art 4 da Diretiva 95 46 CE Direito nacional apli c vel 1 Cada Estado membro aplicar as suas disposi es nacionais adoptadas por for a da presente diretiva ao tratamento de dados pessoais quando a O tratamento for efetuado no contexto das atividades de um estabelecimento do respons vel pelo tratamento situado no territ rio desse Estado membro se o mesmo respons vel pelo tratamento estiver estabelecido no territ rio de v rios Estados mem bros dever tomar as medidas necess rias para garantir que cada um desses estabelecimentos cumpra as obriga es estabelecidas no direito nacional que lhe for aplic vel b O respons vel pelo tratamento n o estiver estabelecido modo os casos referentes ao Facebook e diver sas outras redes sociais levariam aplica o da Diretiva 95 46 CE Contudo como tal Diretiva foi escrita antes do avan o da internet ainda h poucas decis es a respeito Dessa forma o processamento
300. dores da Universidade de Bras lia e de colaboradores externos A pesquisa encontra se no momento no prelo para publica o 86 Revista de Informa o Legislativa detentor da ltima palavra At porque sabe se o controle concentrado como o pr prio nome o diz concentra a decis o em uma nica institui o judicial trazendo efeitos aplic veis a todos em abstrato Ao mesmo tempo parece consubstanciar o sentido de uma verdadeira corte constitucional pelo menos nos moldes do modelo europeu fato ali s aventado durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987 e 1988 embora n o tenha vingado naquele momento CORR A 1988 p 67 N o deixa ali s de ser muito instigante que por diferen tes mecanismos esse objetivo de abstra o o querer ser uma corte constitucional tenha acompanhado o pr prio desenvolvimento his t rico do STF como sucintamente explicitado anteriormente Nessa pesquisa tomando se como refer n cia especialmente as A es Diretas de Inconsti tucionalidade foram examinadas cerca de 4900 ADIs que representam quase a substancial maioria das a es abstratas perante o STF con forme a metodologia adotada COSTA BEN VINDO 2013 verificou se um ndice bastante baixo de decis es de proced ncia cerca de 1 3 de todas as a es efetivamente julgadas em claro que h decis es de improced ncia quando o tribunal avalia o m rito do pedido e o rejeita c
301. dos OGM na agricultura de pendem muito das condi es ou das regras de utiliza o bem como de sua pr pria evolu o Essas regras e suas evolu es s o contextuais dependem dos tipos de OGM e dos pa ses onde s o utilizados Sua determina o n o implica somente os poderes p blicos Por exemplo a Monsanto teve de aceitar a liminar do gover no indiano de baixar na metade do pre o as sementes de algod o Bt mas essa decis o foi resultado de uma forte press o da sociedade civil e dos governos locais MISHRA 2006 N o se trata somente de uma quest o de re gula o pelo ator p blico mas de governan a diante de um sistema de atores Assim apesar de uma multiplicidade de exemplos que podem ser estudados n o h uma an lise das regras de utiliza o dos OGM na agricultura e ainda menos de sua evolu o 2Os OGM podem ser resistentes aos insetos tole rantes a um herbicida particular ou apresentar as duas caracter sticas Este artigo prop e uma an lise da evolu o das regras de utiliza o da soja transg nica que integra o gene RoundUp Ready da Monsanto SRR no Brasil e de algumas consequ ncias para o contexto internacional As variedades de SRR toleram a propaga o de herbicidas base de glifosato em curso de cultura o que segundo a Monsanto torna o controle do crescimento das ervas daninhas mais eficiente e mais f cil A comercializa o do SRR no Brasil oficial desde 2004 mas os prod
302. dos com o programa e as diretrizes partid rias O partido pol tico inst ncia associativa permanente e est vel dotada de ideologia e programa pr prios destinados arregimen ta o coletiva tendo em vista a conquista do poder seja pela ocupa o de cargos seja pela capacidade de influenciar nas decis es pol ticas Dessa maneira o partido pol tico tem como fun o fundamental organizar a vontade popu lar e exprimi la na busca do poder com vistas aplica o de seu programa de a o Observa Aras 2006 p 243 que os partidos pol ticos ao aglutinarem pes soas e grupos de diferentes matizes sociais tornam se deposit rios da confian a de seus filiados e adeptos na solu o dos problemas pessoais emprego educa o lazer da comunidade saneamento b sico sa de e seguran a p blicas e de realiza o de suas expectativas justi a paz bem comum A Constitui o no seu art 17 disp e so bre os partidos pol ticos como instrumentos necess rios e importantes para a preserva o do Estado Democr tico de Direito afirmando a liberdade de cria o fus o incorpora o e extin o dos partidos pol ticos e conferindo lhes a fun o de assegurar resguardados a soberania nacional o regime democr tico e o pluripartidarismo a autenticidade do sistema representativo e de defender os direitos funda mentais da pessoa humana O art 17 1 assegura aos partidos po l ticos autonom
303. dos inteiramente diversos e independentes e temos ci ncia por outro lado de que eles tampouco se confundem DWORKIN 2005 p IX Mas interessante perceber que h sim uma pressuposi o ge neralizada de que o desacordo pol tico sobre direitos que o que est em discuss o em ambos os casos anteriormente indicados pa rece mais legitimamente ao menos no que se refere ao respeito aos princ pios mais centrais do constitucionalismo democr tico resolvido pelo Judici rio Em ambas as situa es a ques t o era fortemente pol tica mas a repercuss o dada atua o do Parlamento no segundo caso foi especialmente destacada em compara o dada decis o antes tomada pelo Ministro Gilmar Mendes Al m do mais as justifica es apresentadas especialmente no segundo caso procuraram demonstrar o qu o antidemocr tica o qu o ofensiva harmonia dos poderes era a proposta aprovada pela C mara dos De putados Do mesmo modo a imprensa e as falas dos Ministros do STF acima transcritas desta caram o inerente aspecto pol tico da decis o Saliente se que a rea o decis o do Ministro Gilmar Mendes desenvolveu se especialmente no mbito acad mico e de modo escasso como se observou na passagem anteriormente transcrita de Virg lio Afonso da Silva 78 Revista de Informa o Legislativa parlamentar agora qualificada de retalia o Refor ou se a preconcep o de que o espa o da
304. e do e a apresenta o da ep grafe s o definidos pelo art 4 da Lei Com plementar n 95 de 1998 nos seguintes termos Art 4 A ep grafe grafada em caracteres mai sculos propiciar identifica o num rica sin gular lei e ser formada pelo t tulo designativo da esp cie normativa pelo n mero respectivo e pelo ano de promulga o BRASIL 1998e Verificou se que foram utilizadas tr s f r mulas para a ep grafe conforme Quadro 1 a seguir Constata se que o legislador constituinte derivado n o utilizou uma maneira uniforme para expressar a ep grafe das emendas consti tucionais nem mesmo ap s a vig ncia da Lei Complementar n 95 de 1998 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 225 Quadro 1 F rmulas da Ep grafe F rmula Tipo N mero Qtd 66 Exemplo Ocorr ncias EMENDA CONSTITUCIONAL N 5 EMC 5 1995 EMC 6 1995 EMC 7 1995 EMC 8 1995 EMC 9 1995 EMC 10 1996 EMC 11 1996 EMC 12 1996 EMC 13 1996 EMC 14 1996 EMC 15 1996 EMC 16 1997 EMC 17 1997 EMC 18 1998 EMC 19 1998 EMC 20 1998 EMC 21 1999 EMC 22 1999 EMC 23 1999 EMC 24 1999 EMC 25 2000 EMC 26 2000 EMC 27 2000 EMC 28 2000 EMC 29 2000 EMC 30 2000 EMC 31 2000 EMC 32 2001 EMC 33 2001 EMC 34 2001 EMC 35 2001 EMC 36 2002 EMC 37 2002 EMC 38 2002 EMC 43 2004 EMC 45 2004 EMC 46 2005 EMC 47 2005 EMC 48 2005 EMC 49 2006 EMC 50 2006 EMC 51 2006 EMC 52 2006 EMC 53 2006 EMC 56 2007 EMC 57 2008 EMC 58 2
305. e portanto coloca em xeque v rios dos argumentos anteriormente citados para a defesa de sua Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 83 atua o 2 o argumento de racionalidade que tanto empregado para legitimar sua atua o parece n o estar sendo acompanhado da compre ens o de seus limites Em s ntese seja por uma realidade desmistifica dora da atua o do STF seja pela percep o de que um dos principais argumentos legitimadores de sua atua o sua racionalidade t cnica e coer ncia metodol gica n o consegue se sustentar ao crivo da cr tica a conclus o a que se chega que de fato o dizer ter a ltima palavra s se justifica por um querer mais poder ou por mera ret rica que pouco contribui para o debate democr tico 5 A desmistifica o da ltima palavra A proposta aqui ser trabalhada em duas frentes A primeira volta se para uma desmistifica o dessa ltima palavra na compreens o de que o Supremo Tribunal Federal tem de fato realizado a defesa da Constitui o Federal e especialmente protegido as minorias e os direitos fundamentais contra poss veis riscos de um retrocesso antidemocr tico Para tanto a an lise sobretudo emp rica factual concreta Curiosamente essa uma pr tica pouco difundida entre juristas examinar caso a caso se de fato se verifica pelas cortes de justi a a t o desejada atua o que ao menos conforme alguns dos aspectos indicados
306. e acrescenta os arts 84 85 86 87 e 88 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 13 jun 2002b Emenda Constitucional n 38 de 12 de junho de 2002 Acrescenta o art 89 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias incorporando os Policiais Militares do extinto Territ rio Federal de Rond nia aos Quadros da Uni o Di rio Oficial da Uni o Bras lia 13 jun 2002c Emenda Constitucional n 39 de 19 de dezembro de 2002 Acrescenta o art 149 A Constitui o Federal instituindo contribui o para custeio do servi o de ilumina o p blica nos Munic pios e no Distrito Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 20 dez 2002d Emenda Constitucional n 40 de 29 de maio de 2003 Altera o inciso V do art 163 e o art 192 da Constitui o Federal e o caput do art 52 do Ato das Disposi es Constitu cionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 30 maio 2003a Emenda Constitucional n 41 de 19 de dezembro de 2003 Modifica os arts 37 40 42 48 96 149 e 201 da Constitui o Federal revoga o inciso IX do 3 do art 142 da Constitui o Federal e dispositivos da Emenda Constitucional n 20 de 15 de dezembro de 1998 e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 31 dez 2003b Emenda Constitucional n 42 de 19 de dezembro de 2003 Altera o Sistema Tri but rio Nacional e d outras provid ncias Di r
307. e bens indispens veis exist ncia do Estado e indiretamente a proibi o de medidas de urg ncia como liminares ou cautelares que possam permitir a execu o for ada e a tingir bens necess rios exist ncia do Estado Isto porque todas as demais prerrogativas existentes no Brasil que s o muitas n o t m fundamento no interesse p blico ou na supre macia do interesse p blico e sim fundamento meramente processual no interesse econ mico do Estado Especialmente no mbito do mandado de seguran a que visa a res guardar o particular da amea a a seu direito l quido e certo indispen s vel a paridade de armas com vistas a n o deturpar a pr pria natureza do instituto Assim considerando que a atual legisla o processual concede s par tes possibilidade de concess o de efeito suspensivo ao recurso de agravo de instrumento o pedido de suspens o de seguran a nada mais que um privil gio concedido ao ente p blico um instituto meramente pol tico utilizado para sustar a efic cia da decis o em preju zo do particular 6 2 Inconstitucionalidade do pedido de suspens o Ultrapassada a controv rsia quanto caracteriza o do pleito de suspens o de seguran a como prerrogativa ou privil gio do ente p blico constata se que o instituto viola n o s o princ pio da isonomia mas tamb m as garantias do juiz natural e do pr prio mandado de seguran a art 5 incisos LXIX e LXX da CR 88 Como expost
308. e da jurisprud ncia americana alem e de outras ordens jur dicas n o constitua mais um epis dio hist rico de colonialismo no campo da cultura jur dica MONTORO 1973 NEVES 1992 p 206 Passar amos ent o da importa o acr tica de modelos legislativos e doutrin rios para uma incorpora o inadequada de precedentes jurisprudenciais O que mudaria seria apenas o acesso mais f cil jurisprud ncia estrangeira Fundamental portanto que sejam feitas as devidas adapta es para que n o caiamos 15 STF ADI 3 510 DE 29 5 2008 DJ 5 6 2008 16 HC 93 050 RJ 10 6 2008 DJe 1 8 2008 HC 85 779 RJ 28 2 2007 DJ 29 6 2007 ACO 633 AgR SP 11 4 2007 DJ 22 6 2007 RE 390 840 MG 0911 2005 TP DJ 15 8 2006 ADPF 54 QO DE 27 4 2005 DJ 31 8 2007 HC 40 910 PE 24 8 1964 DJ 19 11 1964 Embora ainda esteja presente em muitos votos a pre tens o de provar uma erudi o irrelevante para a solu o do caso tornando excessivamente longos os julgamentos cabe observar que essa quest o n o se refere predominantemente refer ncia a precedentes jurisprudenciais estrangeiros mas antes a doutrinas e teorias importadas sem a devida filtra gem para a aplica o ao contexto brasileiro Isso se relaciona por sua vez com limites da reflex o jur dico dogm tica no Brasil NEVES 1992 p 205 et seq Entretanto a refer ncia ret rica e inconsistente da jurisprud ncia estrangeira ainda est fortem
309. e exce o c a prote o de grupos minorit rios e da autonomia individual d a prote o de popula es estigmatizadas ou em situa es de debilidade manifesta e por ltimo mas nem por isso menos importante e a gest o da pol tica econ mica devido prote o judicial dos direitos sociais Nos Estados Unidos o ativismo fen meno verificado desde o paradigm tico caso Marbury v Madison de 1803 quando a atua o do Ju dici rio no controle da constitucionalidade das leis passou a exercer um papel de destaque na vida pol tica e social daquele pa s Transparece ram do voto do juiz John Marshall Chief Justice da Suprema Corte as conex es entre a quest o pol tica de um lado e a discricionariedade ad ministrativa e a lesividade do direito individual de outro conex es que viriam a repercutir sobre toda a doutrina mundial acerca do tema No entanto foi a partir do s culo XX que a Suprema Corte norte americana passou a acolher entendimentos em favor da efetiva o dos direitos sociais econ micos e culturais notadamente em sede de revis o judicial ju dicial review Hodiernamente os autores exaltam o papel das Cortes dos Estados Unidos como o ramo mais importante do denominado Government em que se incluem o Executivo o Legislativo e o Judici rio Segundo Dworkin 1999 p 15 nenhum minist rio mais importante do que nossos tribunais Para se ter uma ideia do prest gio do Judic
310. e na an lise da constitucionalidade da suspens o de liminar em mandado de seguran a mediante a apresenta o de uma breve s ntese do instituto sua origem contexto de cria o e caracteriza o de sua natureza jur dica Uma vez configurados os aspectos atinentes suspens o de liminar ser o trabalhados os dispositivos previstos na legisla o processual com o intuito de demonstrar a antinomia jur dica entre o conte do do art 15 da Lei n 12 016 2009 e do art 558 do CPC Por fim ser apresentada a diferen a entre privil gios e prerrogati vas estas concedidas aos entes p blicos e a rela o do instituto de suspens o de seguran a com os princ pios constitucionais mencionados aspectos decisivos para averigua o de sua constitucionalidade 2 Antinomias jur dicas Antes de adentrar a discuss o acerca da constitucionalidade do ins tituto processual da suspens o de liminar em mandado de seguran a necess rio tecer considera es introdut rias sobre as antinomias jur 152 Revista de Informa o Legislativa dicas a raz o de sua exist ncia e os m todos de solu o O sistema jur dico tem como caracter sticas a unidade a dinamicidade a coer ncia e a com pletude constituindo portanto uma unifica o l gica de normas e princ pios A unicidade do sistema fundamenta se principalmente em sua disposi o hier rquica Todo o sistema adv m da norma fundamental que no caso de um Estado D
311. e norma expressa sobre a vig ncia da lei ter se como norma supletiva a enunciada no art 1 da Lei de Introdu o ao C digo Civil Considerando se que as propostas de emenda Constitui o n o s o objeto de veto pelo Poder Executivo conclui se que a cl usula de vig n cia estar presente nas emendas constitucionais oriundas de propostas de emenda Constitui o que atendam s regras de t cnica legislativa previstas pela Lei Complementar n 95 de 1998 De fato recentemente o Poder Executivo vetou a cl usula de vig ncia do Projeto de Lei n 99 de 2007 n 319 de 2009 no Senado Federal que possu a a seguinte reda o Art 12 Esta Lei entra em vigor na data de sua publica o ressalvadas as disposi es do art 5 que entrar o em vigor ap s decorridos 180 cento e oitenta dias da data de sua publica o oficial BRASIL 2009a Nas raz es do veto veiculadas na Mensagem n 151 de 30 de abril de 2012 consta a seguinte explica o rr Ee Es O veto cl usula de vig ncia se faz necess rio para que se tenha prazo m nimo para avalia o dos efeitos e adapta o a todos os dispositivos Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 219 da norma conforme exigido pelo art 8 caput da Lei Complementar n 95 de 26 de fevereiro de 1998 dando aos destinat rios o prazo de que trata o art 1 do Decreto Lei n 4 657 de 4 de setembro de 1942 Lei de Introdu o s normas do Direito Bra
312. e o discurso e a pr tica que corrobora em certa medida algumas das hip teses levantadas neste artigo Isso se deve ao fato de que o controle abstrato de constitucionalidade carrega na literatura jur dica nacional um forte sentido de conquista trazida pelo processo constituinte de 1988 que ampliou sobremaneira seu campo de aplica o Gilmar Mendes por exemplo diz que esse sistema a base para se poder afirmar que possu mos hoje um sistema de defesa da Constitui o t o completo e t o bem estrutu rado que no particular nada fica a dever aos mais avan ados ordenamentos jur dicos da atualidade MENDES 2009 p 208 H al m do mais o aspecto simb lico dessa conquista que ao menos segundo o pr prio Gilmar Men des estabelece um novo patamar em termos de controle de constitucionalidade visto que a partir de 1988 todavia somente faz sentido cogitar se de um sistema misto se se tiver cons ci ncia de que a base desse sistema respalda se no modelo concentrado MENDES 2005 p XII Portanto malgrado n o seja o sistema concentrado a principal carga de trabalho do STE ele carrega muito desse potencial da cons tru o do imagin rio de ser ele efetivamente o 1 Pesquisa realizada entre 2010 e 2013 sob finan ciamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico conforme Edital MCT CNPq n 14 2010 Universal A pesquisa contou com a participa o de v rios pesquisa
313. e os tratados internacionais de direitos humanos debate jurisprudencial em rela o ao n vel hier rquico normativo dos tratados internacio nais 2009 74 f Monografia de Especializa o Escola de Forma o da Sociedade Brasileira de Direito P blico Sociedade Brasileira de Direito P blico S o Paulo 2009 RAMOS Andr de Carvalho Pluralidade das ordens jur dicas a rela o do direito brasileiro com o direito internacional Curitiba Juru 2012 O di logo das cortes aproveitar o bom momento para o direito internacional dos direitos humanos In AMARAL JUNIOR Alberto JUBILUT Liliana Lyra Org O STF e o direito internacional dos direitos humanos S o Paulo Quartier Latin 2009 SARLET Ingo Wolfgang A efic cia dos direitos fundamentais 5 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2005 SCHMITT Carl Teor a de la Constituc on Madrid Alianza 1996 SILVA Jos Afonso da Aplicabilidade das normas constitucionais 7 ed S o Paulo Ma lheiros 2007 Curso de direito constitucional positivo 26 ed S o Paulo Malheiros 2006 SILVA Virg lio Afonso da A constitucionaliza o do direito os direitos fundamentais nas rela es entre particulares S o Paulo Malheiros 2005 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 295 SMEND Rudolf Constituci n y derecho constitucional Madrid Centro de Estudios Cons titucionales 1985 TAVARES Andr Ramos Curso de direito constitucional 11 ed S o Paulo S
314. e telefonia BRASIL 2012a Buscou se interpretar os dispositivos com proporcionalidade e razoabilidade uma vez que o crit rio estabelecido pela S mula 331 para definir a licitude da terceiriza o n o se ateve aos valores sociais do trabalho E se h um princ pio regente do direito do trabalho resultante da pondera o levada a efeito pelos agentes da jurisdi o trabalhista a exegese do art 94 II da Lei 9 472 97 a ele deve moldar se interpretando se a autori za o de contratar com terceiros o desen volvimento de atividades inerentes sem apego em demasia ao l xico que conduziria imuniza o do setor de telecomunica es quanto norma a que estariam sujeitos todos os outros setores de produ o BRASIL 20120 De todo modo a palavra inerente significa o que est intimamente ligado insepar vel FERREIRA 1968 ao essencial Ainda que a decis o tenha motiva o em sentido contr rio na pr tica houve um afastamento da real sem ntica normativa Vale ressaltar que a OJ 199 SBDI 1 do TST adotou a palavra ine rente para designar a ilicitude do contrato de trabalho celebrado para desempenho de atividade inerente pr tica do jogo do bicho Nota se que o significado est pr ximo de atividade fim 6 Tentativa de defini o no Direito Civil obriga o de resultado e obriga o de meio A obriga o de meio consiste naquela em que o devedor se compro mete a empregar seu
315. ecidiu Sua decis o foi na verdade sobre a quest o de fundo n o sobre procedimento Gilmar Mendes n o conseguiu apontar absolutamente nenhum problema procedimental nenhum desrespeito ao processo legislativo por parte do Senado O m ximo que ele conseguiu foi afirmar que o processo teria sido muito r pido e aparentemente casu stico Mas desde que respeitadas as regras do processo legislativo o qu o r pido um projeto analisado uma quest o pol tica n o jur dica N o cabe ao STF ditar o ritmo do processo legislativo SILVA 2013 N o de se estranhar a rea o de Virg lio Afonso da Silva A decis o do Ministro Gilmar Mendes retrata bem o qu o capaz o discurso de revelar uma nsia pela expans o de poder a ponto de permitir por exemplo o controle pela jurisdi o constitucional do ritmo do processo legislativo como crit rio de aferi o de constitucionalidade Al m do mais t o flagrantemente interventiva que qualquer argumenta o de ter sido ela uma decis o independente n o pol tica ou meramente preocupada com quest es procedimentais parece n o se sustentar ao menor crivo da cr tica Destaca se com toda a for a o elemento conflitivo que se estabelece entre o Judici rio e o parlamento especificamente na esfera de demarca o dos limites da atua o de cada um desses Poderes Ao mesmo tempo exp e se que o desenhar dessa conex o entre os Poderes parece ser bem mais conturbado do que qua
316. ed for science how biotechnology is being kept out of Africa Cambridge Harvard University 2008 PINSTRUP ANDERSEN Per SCHIOLER Ebbe Seeds of contention world hunger and the global controversy over genetically modified crops Baltimore Johns Hopkins Uni versity 2001 REIS Maria Rita de Propriedade intelectual sementes e o sistema de cobran a de royalties implementado pela monsanto no Brasil Monsanto S o Paulo 2005 Dispon vel em lt http www monsantowatch org moduleinterface php cntnt0laction print amp cntntO larticleid 39 amp cntntOlreturnid 7 amp id cntnt01 amp module News gt Acesso em 3 out 2008 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 51 ROBIN Marie Monique Le monde selon Monsanto de la dioxine aux OGM une multina tionale qui vous veut du bien Paris La D couverte Arte Editions 2008 SEMENTE de soja Roundup Ready Monsanto site S o Paulo 2005 SERAGELDIN I PERSELEY G J Promethean science agricultural biotechnology the environment and the poor Washington Consultative Group on International Agricultural Research 2001 SHIVA V EMANI A JAFRI A H Globalisation and threat to seed security case of transgenic cotton trials in India Economic and Political Weekly Bombay v 34 n 10 p 601 613 1999 SILVA A O sistema de governan a da soja geneticamente modificada e os principios nor teadores da biosseguran a 2007 Mestrado Direito Centro Universitario de Bras lia Br
317. ediante reprodu o integral em novo texto quando se tratar de altera o consi der vel IN nos demais casos por meio de subs titui o no pr prio texto do dispositivo alterado ou acr scimo de dispositivo novo observadas as seguintes regras BRASIL 19986 A Emenda Constitucional n 67 de 2010 prorrogou por tempo indeterminado o prazo de vig ncia do Fundo de Combate e Erradi ca o da Pobreza e o prazo de vig ncia da Lei Complementar n 111 de 2001 nos seguintes termos Art 1 Prorrogam se por tempo indeter minado o prazo de vig ncia do Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza a que se refere o caput do art 79 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias e igualmente o prazo de vig ncia da Lei Complementar n 111 de 6 de julho de 2001 que Disp e sobre o Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza na forma prevista nos arts 79 80 e 81 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias BRASIL 2010e grifo nosso No caso dessa emenda analisaremos duas quest es a altera o indireta do art 79 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias ADCT e a prorroga o de prazo de vig ncia da Lei Complementar n 111 de 2001 A referida emenda n o ofereceu um novo texto para o art 79 do ADCT que possui a seguinte reda o Art 79 institu do para vigorar at o ano de 2010 no mbito do Poder Executivo Federal o
318. egras de utiliza o da soja transg nica no Brasil An lise por meio de uma abordagem sist mica da governan a Marcelo Dias Varella Michel Fok A regulamenta o da atua o dos direitos e dos benef cios de ex presidentes da Rep blica em perspectiva comparada Ricardo Jos Pereira Rodrigues A ltima palavra o poder e a hist ria O Supremo Tribunal Federal e o discurso de supremacia no constitucionalismo brasileiro Juliano Zaiden Benvindo Ativismo judicial no Brasil O caso da fidelidade partid ria Amandino Teixeira Nunes Junior O princ pio da seguran a jur dica e o direito da mulher sa de reprodutiva Uma an lise acerca do dever do Estado na presta o de assist ncia sa de f sica e mental da mulher no contexto da ilegalidade do aborto Teresinha In s Teles Pires Da antinomia entre o procedimento dos processos nos Tribunais e o art 15 da Lei n 12 016 2009 Magno Federici Gomes Izabella Pardinho Reis Acerca da dicotomia atividade fim e atividade meio e suas implica es na licitude da terceiriza o trabalhista Alexandre Pimenta Batista Pereira Larissa Martins de Souza Os conceitos emitidos em artigos de colabora o s o de responsabilidade de seus autores 193 215 245 251 275 Do di logo entre as cortes supremas e a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao transconstitucionalismo na Am rica Latina Marcelo Neves An lise das emendas constitucionais sob a perspectiv
319. eito Dam sio de Jesus LUCAS DANIEL FERREIRA DE SOUZA Sum rio 1 Introdu o 2 A responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais 2 1 Elementos do crime 2 2 Antijuridicidade 2 3 Culpabilidade 2 4 Imputabilidade 2 5 Extin o da punibilidade 2 6 Princ pio da interven o m nima e princ pio da insignific ncia 2 7 Norma penal em branco e tipo penal aberto 2 8 Elemento subjetivo 3 Penas aplic veis pessoa jur dica 4 Concurso de pessoas 5 Desconsidera o da personalidade jur dica pela Lei n 9 605 98 6 Responsabilidade penal subjetiva objetiva e social 7 Aspectos favor veis responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais 8 Aspectos desfavor veis responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais 9 Considera es finais 1 Introdu o A responsabiliza o penal dos entes coletivos tem sido mat ria bas tante controvertida h tempos Todavia esse tema chama a aten o por ser um instrumento bastante eficaz para a prote o do meio ambiente com rela o pessoa jur dica sua maior degradadora Foi com o advento da Revolu o Industrial que come aram efeti vamente as agress es ao ecossistema Com o xodo rural os centros urbanos cresceram de forma desmedida sem nenhum planejamento o que aliado ao fen meno da industrializa o trouxe fortes agress es ao meio ambiente e a uma sadia qualidade de vida Hoje a degrada o
320. ela o para mais detalhes ver nota 20 infra Portanto existem diversas constru es te ricas distintas entre si acerca do signifi cado da Constitui o material No entanto e especialmente devido elabora o te rica dos autores nacionais duas concep es principais parecem se destacar uma que denominaremos de sociol gica e outra positivista Um grupo de concep es ressalta aspectos sociol gicos SCHMITT 1996 SMEND 1985 Mortati visto que trabalha com elementos que diferenciam e separam em algum sentido ainda que nem todas as concep es o fa am com a mesma intensidade os momentos normativos dos f ticos dando primazia ao aspecto pol ti co em detrimento do jur dico por exemplo quando em momentos de inseguran a jur dica e para garantir a higidez das decis es pol ticas fundamentais torna se constitucional uma ditadura compromiss ria capaz de suspender a vig ncia da Constitui o formal em refor o material SCHMITT 1996 p 50 por outro lado a Constitui o material estabeleceria um conjunto de normas capazes de direcionar a integra o pol tica dos cidad os ao Estado especialmente por meio de seus valores e por seus direitos fundamentais nesse sentido a Constitui o formal deve estar sempre volta Bernardo Fernandes 2010 p 6 13 relaciona igual mente Constitui es em sentido material com aspectos sociol gicos Para o autor mineiro Constitui o em sentido ma
321. ela jurisprud ncia e pela doutrina ostenta um patamar amplo de abstra o o que pode ser observado pelos in meros conflitos enfrentados pelos tribunais trabalhistas Seria deveras necess ria uma atua o legislativa para dar claros contornos rela o trilateral BASTOS 2010 p 92 A discuss o quanto licitude se pro longa sobretudo pela indetermina o sem ntica da express o As express es atividade fim e atividade meio necessitam ser estudadas no contexto do Direito Privado n o se olvidando do enfoque nos servi os de call center ou telemarketing terceirizados por empresas de telecomunica o necess rio averiguar a legisla o e o hist rico da S mula 331 do Tribunal Superior do Trabalho para compreender o contexto da audi n cia p blica sobre terceiriza o realizada em outubro de 2011 BRASIL 2011 Urge ainda indagar acerca dos limites de reg ncia da s mula no sistema jur dico brasileiro 1 1 Atividade fim e atividade meio A imprescindibilidade da distin o entre atividades fim e meio ponto crucial do Direito do Trabalho uma vez que a licitude da terceiriza o e a responsabilidade do tomador de servi os est o diretamente ligadas a essas defini es de acordo com a interpreta o da S mula 331 do TST Conforme o inciso I da s mula em caso de terceiriza o il cita re conhecido o v nculo de emprego diretamente com o tomador de servi os fica
322. elo jur dico Ferejohn 2002 aborda o ativismo judicial a partir do deslocamento das compet ncias do Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 107 Legislativo para os tribunais e outras institui es jur dicas S o exemplos citados pelo autor a atua o dos ju zes interferindo no sistema de troca de gabinetes a cassa o de primeiros ministros e presidentes e a interven o do Judici rio em disputas eleitorais como foi o caso de George Bush nos Estados Unidos Para Ferejohn 2002 h dois argumentos para a expans o da atividade do Judici rio O primeiro o que ele denomina hip tese de fragmenta o Isso significa que a fragmenta o que ocorre entre os ramos pol ticos diminui a capacidade de legislar das casas legislativas ou de estas se tornarem os centros das decis es pol ticas O segundo o que chama de hip tese de direitos Isso quer dizer que os tribunais s o vistos com maior confiabilidade na prote o de um amplo e importante rol de direitos contra abusos pol ticos Iba ez 2003 alerta para uma mudan a do comportamento jurisprudencial dos tribunais que passaram a atuar nos vazios institucio nais decorrentes da in rcia do Executivo e do Legislativo Essa altera o foi impulsionada pelas mudan as dos paradigmas das escolas jur dicas em face da crise do positivismo pela delega o ou pela omiss o do Executivo pelo aperfei oamento das institui es judiciais pelo aumento da dem
323. elos quais elas possam passar A Monsanto tem o direito de afastar toda entidade cuja viabili dade financeira seja pouco cred vel ou que tenha tido conflitos com seu grupo econ mico sem no entanto ter de motivar sua decis o De modo definitivo a Monsanto fixa as regras e disp e do poder de abandonar as entidades que n o se submetem aos seus des gnios ou de faz las se submeterem Houve uma forte desnacionaliza o do setor com controle por uma empresa estrangeira O cen rio gerou um contexto interessante nas negocia es do Pro tocolo de Cartagena sobre com rcio de organismos vivos modificados 2 A taxa igual a 0 30 1 00 0 30 48 Revista de Informa o Legislativa O Brasil antes contr rio produ o tornou se o maior exportador agr cola de soja OGM parte do Protocolo e agora se v obrigado a refrear o avan o do regime internacional que ajudou a construir Os impactos no n vel global s o evidentes Uma vez que o Brasil um dos maiores exportadores de soja do mundo houve uma limita o do n vel de esco lha nos mercados consumidores que n o est o preparados para pagar o pre o da segrega o produtiva Ao controlar a oferta a partir do Brasil a empresa norte americana produtora de sementes limita as possibilidades de escolha sobretudo na Europa Essa cl usula n o foi julgada abusiva pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ mica Cade que aceitou o argumento da Monsanto segundo o quala
324. em orientado defi nitivamente a vida e os debates pol ticos Todos os movimentos pol tico constitucionais alem es trouxeram consigo processos de conscientiza o pol tica da magistratura O legislador ale m o est submetido ao direito e sabe que suas a es poder o ser controladas judicialmente Para Favoreu 2004 p 76 a possibilidade de o Tribunal Constitucional solucionar todo conflito de atribui es entre os rg os constitucionais ou entre a Federa o e L nder confere ao juiz constitucional um poder de arbitragem enorme Final mente a Corte Constitucional exerceu uma fun o indispens vel no estabelecimento e no fortalecimento da coes o da sociedade pol tica sendo ao mesmo tempo um elemen to estabilizador e uma for a de integra o Lembra Castro 1997 p 149 que na Ale manha a atua o do Poder Judici rio revelou se de extrema import ncia para a determina o da din mica do processo pol tico e de seus resultados em diversas reas substantivas que v o desde a pol tica externa Ostpolitik at a pol tica universit ria e a pol tica de rela es industriais Na Espanha a jurisprud ncia do Tribunal Constitucional consider vel notadamente em decorr ncia do recurso de amparo mas tende a desenvolver se tamb m sobre as rela es entre o Estado e as Comunidades Aut nomas Dessa forma a atua o pol tica do Tribunal Constitucional espanhol torna se cada vez mai
325. emocr tico consiste no preceito todo poder emana do povo BRASIL 1988 consagrado no par grafo nico do art 1 da Constitui o da Rep blica de 1988 CR Haja vista a diversidade de situa es poss veis e a evolu o da sociedade fatos e valores reconhecidos s o modificados com o passar do tempo e por isso s o inovados e adaptados aos novos anseios da popula o Por esse motivo o ordenamento jur dico n o se manifesta num sis tema inteiramente padronizado e imut vel mas sim em um cuja ordena o permita ao jurista adaptar os limites e liberdades necess rios para a concre o dos fins de cada norma O fen me no da antinomia jur dica ocorre quando h a contradi o real ou aparente entre leis ou entre disposi es de uma lei dificultando sua interpre ta o Nesse sentido ressalta Diniz 2001 p 15 A antinomia um fen meno muito comum entre n s ante a incr vel multiplica o das leis um problema que se situa ao n vel da estrutura do sistema jur dico criado pelo jurista que submetido ao princ pio da n o contradi o dever ser coerente A coer ncia l gica do sistema exig ncia fun damental como j dissemos do princ pio da unidade do sistema jur dico Por conseguinte a ci ncia do direito deve procurar purgar o sistema de qualquer contradi o indicando os crit rios para solu o dos conflitos norma tivos e tentando harmonizar os textos legais A lei
326. en a de 1999 que suspendia a autoriza o de comercializa o do SRR no Brasil era poss vel exportar a soja j produzida Ou seja havia um ambiguidade legal porque a produ o era a mesma mas o produto era ilegal no pa s e l cito quando destinado ao exterior Al m disso a produ o dessa soja continuou de novo ilegalmente e se espalhou a partir dos estados do sul do pa s As a es conduzidas para destruir os campos de SRR causaram s rios problemas ordem p blica A destrui o de campos ou de produ es de SRR resultou em perdas para os produtores Nos anos seguintes o Presidente da Rep blica promulgou medidas provis rias anistiando as irregularidades A legaliza o do SRR resultou de um processo ju dici rio que se estendeu por mais de cinco anos O sistema social correspondente a essa longa fase de debate pol tico judici rio de 1999 2004 mostra um subsistema mais complexo de deci s o mas essencialmente com atores p blicos Figura 4 O papel da Presid ncia foi determi nante para endossar a autoriza o de comer cializa o enquanto as ONGs se separaram do subsistema dos atores envolvidos Nota se um misto entre atores nacionais multinacionais e globais agindo para a constru o da governan a no campo dom stico Essa fase de governan a foi p blica e cacof nica A intera o entre os atores se estabeleceu sobre o plano contencioso com a recorr ncia justi a para decidir O resultado n o
327. ensalmente aos cofres p blicos 17 milh es e 900 mil pesos Para as despesas com transporte cada um dos tr s ex presidentes chilenos tem direito a exatos 1 528 143 pesos J para despesas com a manuten o de escrit rios os gastos p blicos com os ex presidentes chilenos variam de 2 386 761 pesos despendidos por Patricio Azocar a 5 065 853 pesos e 5 864 509 pesos gastos respectivamente por Michelle Bachelet e Ricardo Lagos 3 3 Estados Unidos At 1958 os ex presidentes dos Estados Unidos n o gozavam de quaisquer benef cios do Estado Os que dispunham de seguran a fi nanceira antes de assumirem o cargo simplesmente retomavam suas atividades na livre iniciativa George Washington por exemplo retornou a sua fazenda e s atividades agr colas assim que terminou seu segundo mandato frente do Poder Executivo norte americano LIPSET 1998 p 24 Outros ex presidentes menos favorecidos como Ulysses Grant e Harry Truman tiveram que enfrentar situa es financeiras adversas ao deixarem seus cargos Em 1958 entretanto o Congresso aprovou a Lei dos Ex Presidentes Former Presidents Act Segundo Ginsberg 2013 p 1 a lei foi projetada para manter a dignidade do cargo de Presidente suprindo os ex presidentes e seus c njuges com uma pens o e outros benef cios para ajud los a res ponder correspond ncia p s presidencial e a solicita es para realizar palestras entre outras tarefas p blicas informais que com f
328. ente presente no STF como se pode verificar na decis o sobre a constitucionalidade da pol tica de cotas nas universidades ADPF 186 DF 26 4 2012 na qual se citaram como fundamento decis es da Suprema Corte dos EUA que a contradiziam no ponto fundamental COSTA NETO no prelo Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 199 no velho r tulo das ideias fora de lugar SCHWARZ 2008 p 9 31 ou seja da jurispru d ncia e da doutrina constitucional deslocadas do seu contexto jur dico e social Nesse caso constr i se o paradoxo de um di logo em que s consta alter mas falta ego enquanto polo da comunica o E disso pode decorrer um tipo de jurisprud ncia e doutrina simb lica cujo significado normativo muito limitado 5 Um caso transconstitucional entre a lex sportiva e a ordem jur dica mexicana O transconstitucionalismo desenvolve se igualmente nas rela es entre ordens jur dicas estatais e ordens transnacionais constru das primariamente por atores privados ou quase p blicos como por exemplo a lex mercatoria a lex sportiva e a lex digitalis NEVES 2009 p 187 216 Um caso interessante resultou na decis o do Tribunal Arbitral do Esporte TAS de 17 de maio de 2007 na qual se negou quanto ao pr prio m rito a decis o tomada no mbito do direito nacional Nesse caso a Ag ncia Mundial Antidoping World Anti Doping Agency WADA interp s recurso contra uma decis o tomada pela Comiss o Di
329. ento 4 5 Dura o da suspens o 5 Disposi es do C digo de Processo Civil 5 1 Dos processos nos tribunais 5 2 Da exist ncia de antinomia jur dica 6 Solu o da controv rsia 6 1 Pedido de suspens o privil gio ou prerrogativa 6 2 Insconstitucionalidade do pedido de supens o 7 Considera es finais 1 Introdu o O Direito como fruto do pensamento humano relativo organiza o social n o se manifesta em um sistema inteiramente padronizado e imut vel A diversidade de situa es poss veis exige que as normas sejam dispostas de forma a permitir a adapta o dos limites bem como dos conceitos aplic veis acompanhando assim a evolu o de cada sociedade Por esse motivo o sistema jur dico tem como caracter sticas principais a unidade a dinamicidade a coer ncia e a completude constituindo uma unifica o l gica de normas e princ pios Ao primar pela necess ria unicidade o legislador e o jurista no exerc cio de seus misteres devem tentar eliminar as poss veis contradi es entre normas e princ pios por meio do estabelecimento de hierarquia entre as fontes do Direito da Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 151 formula o de conceitos e da an lise das fun es que cada instituto foi predisposto a cumprir Portanto para que um sistema jur dico seja considerado unit rio a norma fundamental deve ter poder normativo ou seja deve influenciar a cria o de todas as demais e a lei por
330. eparar os danos causados Os argumentos levantados afirmam que os entes coletivos agem de forma independente por possu rem vontade e patrim nios pr prios distintos dos de seus administradores ou s cios Defendem que a flexibiliza o da pena admitida para as pessoas f sicas assim como a aplica o de multa e que a mesma flexibiliza o deveria atingir as pessoas jur dicas Afirmam ainda que quest es como impu tabilidade penal e personaliza o das penas estariam superadas por entenderem que os entes coletivos s o dotados de consci ncia SANCTIS 1999 p 41 42 Entendem tamb m que a aplica o de penas civis e administrativas n o deve obstar a aplica o de san es penais visto que aquelas t m car ter de repara o e estas de puni o Portanto concluem que os entes personi ficados t m vontade pr pria para cometerem delitos e consci ncia disso visando muitas vezes satisfa o de interesses pr prios Por isso seria poss vel figurarem no polo passivo de uma a o penal 270 Revista de Informa o Legislativa 8 Aspectos desfavor veis responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais O j mencionado 3 do art 225 da nossa Carta Magna nos leva a crer na possibilidade de aplica o de san es civis administrativas e penais tanto para a pessoa f sica quanto para a jur dica entretanto a imputabilidade penal de car ter estritamente humano PRADO 2001
331. er 170 Revista de Informa o Legislativa solucionada pelo crit rio da especialidade e n o da simples cronologia sob pena de revoga o do dispositivo anterior aplic vel a um infind vel n mero de feitos Com isso tal interpreta o ensejaria a determina o da compet ncia pelo disposto na Lei n 12 016 2009 norma especial a despeito das disposi es do CPC norma geral No entanto a exist ncia de procedimento pr prio estabelecido pelo CPC e aplic vel a ambas as partes interessadas descaracteriza a necessi dade de prote o ao interesse p blico por meio do instituto da suspens o de seguran a o que revela sua natureza de mero privil gio e n o de prerro gativa processual necess ria prote o dos interesses p blicos prim rios Portanto ficou demonstrado que a mudan a no panorama do ordena mento jur dico quando da cria o do instituto e o desvio de sua finalidade violam n o s o princ pio da isonomia mas tamb m a garantia do juiz natural necess ria administra o da justi a em um Estado Democr tico de Direito Conclui se que a exist ncia legal da suspens o de seguran a se revela um meio desproporcional para a prote o dos fins colimados pelo legislador em evidente ofensa aos citados princ pios constitucionais ante a for a normativa da CR Dessa maneira em virtude de sua flagrante inconstitucionalidade n o poder ser aplicado o crit rio da especialidade para a solu o da antinom
332. er o apresentadas as origens e o hist rico da fidelidade partid ria no Brasil ademais dos diplomas constitucionais e legais anteriores e posteriores Constitui o de 1988 3 2 Resgate hist rico O instituto da fidelidade partid ria relativamente novo no Brasil Certamente pelo fato de at o final da d cada de 1960 o n mero de mudan as de partidos por parlamentares pelo menos quantitativamente n o ser muito expressivo as Constitui es de 1824 1891 1934 1937 e 1946 n o cogitaram a fidelidade partid ria nos seus textos A inova o s veio com a Constitui o de 1967 ao se referir no inciso V do art 149 fidelidade partid ria No entanto foi a Emenda Constitucional n 1 de 1969 que deu status constitucional fidelidade partid ria ao dispor em seu art 152 V e par grafo nico que Art 15 A organiza o o funcionamento e a extin o dos partidos pol ticos ser o regulados em lei federal observados os seguintes princ pios z V disciplina partid ria k Par grafo nico Perder o mandato no Senado Federal na C mara dos Deputados nas Assembl ias Legislativas e nas C maras Municipais quem por atitudes ou pelo voto se opuser s diretrizes legitimamente estabelecidas pelos rg os de dire o partid ria ou deixar o partido sob cuja legenda foi eleito A perda do mandato ser decretada pela Justi a Eleitoral mediante representa o do partido assegurado o direito
333. er conte do como direito positivo v lido porquanto a Constitui o estabeleceria apenas normas de organiza o e de procedimento legislativo A Constitui o puramente procedimental n o exclui nenhum conte do poss vel do mbito legislativo Nesse modelo os direitos fundamentais n o podem ser considerados como direitos que vinculam o legislador que pode restringi los sua vontade Em contrapartida um modelo puramente material de Constitui o aquele que apenas cont m normas materiais ensejaria a problem tica deriva o de qualquer tipo de lei a partir das determina es constitucionais De acordo com Alexy 2008 p 520 521 nessa hip tese o legislador apenas declara aquilo que fora determinado pela pr pria Constitui o Ap s afirmar que a Constitui o alem seria uma esp cie mista material procedimental pois prev elementos procedimentais e materiais Alexy 2008 sugere que tal modelo permite a exist ncia de conte dos constitu cionais poss veis necess rios ou imposs veis e conclui que o fato de as normas de direitos fundamentais esclarecerem os conte dos constitucionalmente necess rios e ou imposs veis para o sistema jur dico constitui seu n cleo de fundamentalidade formal posi o de pice na estrutura escalonada do ordenamento jur dico como direitos que vinculam diretamente o legislador o Executivo e Judici rio Ao lado da fundamentalidade formal est a substancial a qual sustenta que por meio do
334. er modo concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na medida de sua culpabilidade Doutrinariamente tem se definido o concurso de agentes como a reuni o de duas ou mais pessoas de forma consciente e volunt ria con correndo ou colaborando para o cometimento de certa infra o penal A Lei n 9 605 98 tratou do assunto em seu art 2 da seguinte ma neira Quem de qualquer forma concorre para a pr tica dos crimes previstos nesta Lei incide nas penas a estes cominadas na medida da sua culpa bilidade bem como o diretor o administrador o membro de conselho e de rg o t cnico o auditor o gerente o preposto ou mandat rio de pessoa jur dica que sabendo da conduta criminosa de outrem deixar de impedir a sua pr tica quando podia agir para evit la BRASIL 1998 Antes mesmo da edi o da Lei n 9 605 98 a Lei n 4 771 65 C digo Florestal j tratava do assunto em seu art 29 b Art 29 As penalidades incidir o sobre os autores sejam eles b ar rendat rios parceiros posseiros gerentes administradores diretores promitentes compradores ou propriet rios das reas florestais desde que praticadas por prepostos ou subordinados e no interesse dos preponentes ou dos superiores hier rquicos BRASIL 1965 A Lei n 5 197 67 Lei de Prote o Fauna em seu art 30 disp s sobre o assunto da mesma forma que a acima apresentada Entretanto estas leis em nada inovaram visto
335. er que a Monsanto adquiriu no sistema dos atores envolvidos Como exemplo segundo os modelos de contratos impostos pela Monsanto os montantes de royalties podem mudar todos os anos sem que a Monsanto tenha de justificar as mudan as feitas Para a campanha 2008 2009 o montante de royalties aumentou de R 0 30 a R 0 35 por quilo de sementes com o pretexto de que o pre o de venda da soja durante a campanha 2007 2008 tinha sido elevado ainda que houvesse baixado depois Isso indica que o pre o da tecnologia RR n o fixado em fun o de seu custo marginal Esse pre o aproveita o problema de capta o de renda em uma situa o de monop lio van Suntum 2005 bem diferente do contexto de concorr ncia pura e perfeita ao qual se referem ainda muitos economistas neocl ssicos Pap is estendidos aos distribuidores de sementes Pelo contrato de licen a com a Monsanto os distribuidores de semen tes de SRR se engajam a assumir o papel de coletores de royalties para a empresa diante dos produtores de gr o de soja O valor dos royalties um montante fixado ao quilo de sementes vendidas e independentemente do pre o de venda dos gr os resultantes da utiliza o das sementes Trata se de uma modalidade cl ssica desde que o direito de propriedade intelectual aplicado s variedades Desde 2005 contudo a Monsanto sujeitou os distribuidores de sementes a uma nova atribui o de agentes de informa o eles devem difundir as informa
336. eral instituindo o Plano Nacional de Cultura Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 ago 2005c Emenda Constitucional n 49 de 8 de fevereiro de 2006 Altera a reda o da al nea b e acrescenta al nea c ao inciso XXIII do caput do art 21 e altera a reda o do inciso V do caput do art 177 da Constitui o Federal para excluir do monop lio da Uni o a produ o a comercializa o e a utiliza o de radiois topos de meia vida curta para usos m dicos agr colas e industriais Di rio Oficial da Uni o Bras lia 9 fev 2006a Emenda Constitucional n 50 de 14 de fevereiro de 2006 Modifica o art 57 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 2006b 240 Revista de Informa o Legislativa Emenda Constitucional n 51 de 14 de fevereiro de 2006 Acrescenta os 4 5 e 6 ao art 198 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 2006c Emenda Constitucional n 52 de 8 de mar o de 2006 D nova reda o ao 1 do art 17 da Constitui o Federal para disciplinar as coliga es eleitorais Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 17 9 mar 2006d Emenda Constitucional n 53 de 19 de dezembro de 2006 D nova reda o aos arts 7 23 30 206 208 211 e 212 da Constitui o Federal e ao art 60 do Ato das Dispo si es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 5 20 dez 2006e Emenda Constit
337. ercado brasileiro por consentimento Todos os contratos relativos explora o da tecnologia do gene RR revelam uma estrat gia de captura da renda tecnol gica pela Monsanto e essa estrat gia tem o consentimento de todos os atores da fileira sementeira bem como dos estocadores de gr o de soja Pelos obtentores de variedades de SRR e pelos multiplicadores de sementes o paga mento de royalties se aplica sim mas o custo correspondente repercutido de uma etapa de multiplica o a outra at o ltimo estado das sementes certificadas vendidas pelos distribui dores O custo definitivamente pago pelos utilizadores de sementes O respeito aos contratos de licen a impostos pela Monsanto n o traz consequ ncias nega tivas aos atores da fileira sementeira Pode se dizer que eles correspondem tamb m aos inte resses desses atores A demanda por sementes comerciais aumentou em raz o das modali dades de recupera o de royalties que desen corajam os agricultores a utilizar as sementes de suas pr prias produ es Esse crescimento da demanda aumenta por exemplo a coleta de royalties aplicados aos cultivadores que se tornam obtentores dos ltimos Al m disso como j foi destacado a alian a da Monsanto com os estocadores de gr os um setor igualamente controlado por empresas multinacionais tamb m estabelecida com a recupera o dos royalties comercializa o dos gr os de soja A isso se adiciona o fa
338. erceiriza o n o s o bi laterais s o trilaterais o tomador de servi os a empresa interposta e o trabalhador terceirizado Entre n s as rela es entre trabalhadores e empregadores da iniciativa privada s o regu ladas via de regra pela Consolida o das Leis do Trabalho editada em 1943 e emendada ao longo de seus 65 anos mas mantendo quanto terceiriza o em linhas gerais os mesmos entraves apontados pelos primeiros int rpre tes quais sejam a falta de previs o expressa ea total aus ncia de par metros que possam diferenci la dos elementos caracterizadores da rela o de emprego direta constantes de seu art 3 BASSO 2008 O contexto da globaliza o permitiu con ceber novas rela es de trabalho As empresas fragmentam suas atividades contratam outras empresas que por sua vez subcontratam outras 178 Revista de Informa o Legislativa formando um feixe de rela es cen rio bem diverso da cl ssica rela o bilateral da CLT A terceiriza o estaria inserida em uma realidade inexor vel pois representaria fator de minimi za o do desemprego BASTOS 2010 p 90 Diante da inexist ncia de normas seria pos s vel aplicar indistintamente a CLT s complexas rela es de trabalho da atualidade A CLT que nasceu antes da televis o das novelas e das constela es modernas rege apenas as rela es entre empregados e em pregadores deixando de fora todas as
339. es Ademais caso seja considerado medida meramente administrativa a an lise de seu deferimento estar submetida ao ju zo de conveni ncia e oportunidade n o sujeita a qualquer tipo de controle Esse entendimento n o condiz com a possibilidade de interposi o de agravo inter no contra a decis o do Presidente do tribunal conforme estabelecido no caput do art 15 da Lei n 12 016 2009 Ultrapassada a discuss o quanto sua na tureza administrativa tem se que a natureza jur dica do instituto se reveste na verdade de car ter de impugna o processual Entre os meios de impugna o processual previstos na legisla o atual podem se citar as modalidades recursais previstas taxativamente no art 496 do CPC que visam em suma reforma in valida o cassa o ao esclarecimento e ou suspensivo a recurso especial apresentada 1 Turma em 5 de setembro estando a mesma com quase tr s meses da data de sua distribui o at o dia de hoje N o h nenhuma prova da interposi o do recurso especial 2 A ado o de medidas cautelares inclusive as liminares inaudita altera pars fundamental para o pr prio exerc cio da fun o jurisdicional que n o deve encontrar obst culos salvo no ordenamento jur dico Posicionamento deste Relator no sentido de que o ato de decis o que suspende a execu o de medida liminar ou decis o concedida em sede de mandado de seguran a pelo Presidente do Tribun
340. es Aplica es de amigos po dem acessar dados pessoais do usu rio N o h garantia de que esses aplicativos est o seguindo as normas de privacidade europeias 14 Amigos exclu dos Todos os amigos removidos continuam sendo armazenados pelo Facebook 15 Excesso de processamento de dados O Facebook hospeda enormes quantidades de dados pessoais e que est processando todos os dados para seus pr prios fins sem qualquer limita o 16 Opt out O Facebook opera na pr tica opera um sistema opt out em vez de um sistema opt in que exigido pela legisla o europeia 17 Bot o curtir O bot o curtir gera dados do usu rio que s o armazenados pelo 2 Opt out o sistema de envio de mensagens eletr ni cas em que os destinat rios dessas mensagens de marketing recebem nas automaticamente sem haver solicita o pr via Apenas por meio de a o expressa do usu rio ele se libera do envio de mensagens O sistema oposto o opt in em que o usu rio precisa fazer a op o para receber as mensagens Facebook podendo ser usados para rastrear usu rios por toda a internet Os usu rios n o s o informados nem consentem nesse arma zenamento 18 Deveres como processador de dados O Facebook assume deveres como prestador de um servi o de cloud por exemplo n o utili zando dados de terceiros para seus pr prios fins ou processamento de dados somente quando instru do a faz
341. es o a quest o permanece problem tica tendo em vista que de acordo com artigo 60 4 inciso IV do diploma constitucional brasileiro a veda o de penas de car ter perp tuo inclu da no cat logo dos direitos e garantias individuais n o pode ser abolida pois cl usula p trea Por um lado a compreens o de direitos humanos pelo direito inter nacional p blico parte das preocupa es com os crimes escandalosos e chocantes contra a humanidade Por outro o ponto de partida da com preens o constitucional brasileira dos direitos fundamentais reside no entendimento de que a pris o perp tua viola os direitos humanos Uma solu o unilateral n o adequada nesse caso De acordo com os casos precedentes h a tend ncia na jurisdi o cons titucional brasileira de exigir uma condi o espec fica para a extradi o do suposto criminoso a ser processado ou do criminoso j condenado pelo Tribunal Penal Internacional TPI ele s ser entregue se a pris o per p tua for comutada em uma pena de no m ximo trinta anos Embora a rigor n o se trate de extradi o na hip tese de uma corte internacional pois o conceito de extradi o refere se rela o entre Estados essa solu o poder ser adotada para os casos de pedido ao Brasil da entrega de crimi nosos r us ou indiciados ao Tribunal Penal Internacional Essa uma solu o intermedi ria que embora n o seja inteiramente compat vel co
342. es e tende a fortalecer se desde que se inspire nos princ pios da justi a social e procure concretiz los essencial que se eleve o n vel mental e tico dos partidos pois no pluripartidarismo sem 246 Revista de Informa o Legislativa fragmenta es excessivas claro todas as tend ncias aspira es e interesses encontram se presentes no esfor o em favor da seguran a e solidez do regime Dizia Gilberto Amado a respeito dessas agremia es que o mandato pol tico n o pode ser a express o de uma civiliza o metaf rica mas da civiliza o do Brasil E que por isso na organiza o geral do Pa s o primeiro pas so a organiza o dos grupos que possam entreter um conjunto de opini es Pois aos partidos pol ticos cabe conhecer e interpre tar toda a vida social econ mica e cultural formar e desenvolver a opini o p blica com o debate constante das ideias e problemas da coletividade 2 O papel das agremia es partid rias Nas democracias representativas em que os governantes s o eleitos periodicamente pelo povo e devem dirigir o Estado de acordo com a opini o de seus governados os partidos pol ticos s o rg os essenciais ao regime N o h democracia sem liberdade de pensamento sem o livre debate de ideias sobre assuntos de interesse geral sejam de ordem econ mica social espiritual ou pol tica Nesse regime se a opini o o justo funda mento do Poder a base leg tima
343. es temas fundamentais Deve se acompanhar o desfecho desse caso a fim de po dermos tra ar novas diretrizes para o futuro tratamento dessa mat ria Refer ncias AMARAL Francisco Direito civil introdu o 7 ed Rio de Janeiro Renovar 2008 BARNES Susan B A privacy paradox social networking in the United States First Monday Copenhagen v 11 n 9 Sept 2006 Dispon vel em lt http firstmonday org ojs index php fm article view 1394 1312 gt Acesso em 7 maio 2013 BOYD Danah M ELLISON Nicole B Social network sites definition history and scho larship in journal of computer mediated communication Journal of Computer Mediated Communication Oxford v 13 n 1 Oct 2007 Dispon vel em lt http onlinelibrary wiley com doi 10 1111 j 1083 6101 2007 00393 x full gt Acesso em 7 maio 2013 2 As atualiza es referentes aos processos podem ser acompanhadas em http europe v facebook org EN Complaints complaints html 26 Revista de Informa o Legislativa COSTA J NIOR Paulo Jos da O direito de estar s tutela penal da intimidade S o Paulo Revista dos Tribunais 1970 DE CUPIS Adriano I diritti della personalit Milano Giuffr 1959 Il diritto alla riservatezza esiste Roma Societ editrice del Foro italiano 1954 DE MATTIA Fabio Maria Direito da personalidade Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 14 n 56 p 247 266 out dez 1977 EUROPE VERSUS FACEBOOK Le
344. esas de pequeno porte A Constitui o prev no inciso IV do par grafo nico do art 146 com a reda o dada pela Emenda Constitucional n 42 de 19 de dezembro de 2003 que ser adotado cadastro nacional nico de contribuintes O dispositivo foi regulamentado pela Lei Complementar n 123 de 14 de dezembro de 2006 que institui o Estatuto Nacional da Mi croempresa e da Empresa de Pequeno Porte e o Regime Especial Unificado de Arrecada o de Tributos e Contribui es devidos pelas Micro empresas e Empresas de Pequeno Porte Sim ples Nacional No entanto esse diploma legal muito pouco fez pela implanta o do cadastro nacional nico de contribuintes nem mesmo citando entre os seus objetivos a efetiva o do cadastro o que poderia ser feito mediante acr scimo de inciso IV ao art 1 Acreditamos que a imposi o Uni o aos estados ao Distrito Federal e aos munic pios de um cadastro nico de contribuintes al m daquele previsto para as microempresas e empresas de pequeno porte demandaria alte ra o constitucional haja vista que as unidades federativas s o entes que gozam de autonomia para exigir o cumprimento das obriga es aces s rias Por esse motivo o Relat rio Suplementar da Comiss o do Pacto Federativo BRASIL 2012b concluiu pela apresenta o de Proposta de Emenda Constitui o PEC contendo um C digo do Federalismo Fiscal No texto da PEC est prevista no art 251 5 2 I
345. ess o ordin ria de 25 de outubro de 2007 aprovou a Resolu o n 22 610 com a finalidade de disciplinar o processo de perda de cargo eletivo e de justifica o de desfilia o partid ria n o fazendo qualquer distin o entre o sistema proporcional e o sistema majorit rio 120 Revista de Informa o Legislativa ou seja a vaga obtida por este ou aquele sistema haveria de ser preservada pelo partido pol tico no caso de pedido de cancelamento de filia o ou de transfer ncia do candidato eleito de uma legenda para outra Segundo o art 1 1 I a IV da mencionada Resolu o consideram se justa causa as seguin tes situa es incorpora o ou fus o do partido cria o de novo partido mudan a substancial ou desvio reiterado do programa partid rio e grave discrimina o pessoal Adiante diz o 2 n o ocorrendo quaisquer dessas situa es poder o partido pol tico for mular no prazo de 30 dias contados da desfi lia o pedido de perda do cargo eletivo perante a Justi a Eleitoral Nos 30 dias subsequentes se o partido n o fizer tal postula o aquele que tiver interesse jur dico ou o Minist rio P blico Eleitoral poder o pugnar a perda do mandato Consoante o art 2 o Tribunal Superior Eleitoral competente para processar e julgar pedido relativo a mandato federal e nos demais casos cabe ao tribunal eleitoral do respectivo estado faz lo Reza o art 10 que ap s regularmente
346. essamento de dados assim como pleiteia o grupo Europe versus Facebook Contudo ainda s o progressos nfimos uma vez que os problemas centrais n o foram atacados No momento o grupo Europe versus Facebook elabora requerimento para obter uma decis o formal do Irish Data Protection Commissioner sobre o caso Suas previs es todavia n o s o otimistas pois entendem que o rg o irland s n o aplicar na sua completude o direito europeu de prote o de dados 7 Conclus es Mais do que tra ar conclus es definitivas este artigo objetiva levantar quest es e problemas a serem analisados e repensados segundo o prisma dos direitos fundamentais ou mais precisamente do direito privacidade e intimidade no contexto da atualidade Afinal trata se de quest es profundamente relevantes e cotidianas uma vez que as redes sociais est o presentes na vida de grande parte da popula o al m da tend ncia clara de se tornarem cada vez mais abrangentes preciso rever as garantias e os conceitos de direito privacidade a fim de adequ los aos novos padr es de vida social contempor nea Por outro lado abusos precisam ser coibidos possibilitando e facilitando a defesa dos direitos fundamentais dos usu rios de redes sociais Iniciativas e a es como a do grupo Europe versus Facebook s o de extrema import ncia n o apenas para a prote o dos interesses dos usu rios mas principalmente por possibilitar a discuss o dess
347. esse p blico sejam asseguradas i a inocorr ncia de preju zo ao er rio ii a boa f e a probidade dos agentes envolvidos iii a aus ncia de viola o ao n cleo essencial dos demais direitos e garantias fundamentais a t tulo de exemplo o contradit rio a ampla defesa a dura o razo vel do processo a isono mia etc e iv a obten o de resultado pr tico com preponder ncia consider vel de benef cios sobre os custos tanto para a Administra o como para os administrados A mitiga o da obedi ncia estrita legalidade deve necessaria mente estar atenta a esses par metros objetivos Plen rio TCU Ac rd o 1105 2006 Processo n 002 994 2004 8 Rel Min Marcos Vinicios Vila a DOU 10 7 2006 n o podendo aplicar se a qualquer op o legal que o gestor repute ineficiente sob pena de se adotar a indesej vel no o de que os fins de interesse p blico convalidam quaisquer esp cies de viola o da norma A an lise econ mica do direito fornece instrumental te rico para o alcance do pr prio conte do da efici ncia em suas vertentes obje tiva benef cios e custos e subjetiva sujeitos prejudicados e beneficiados Bruno Salama 2010 argumenta que o ponto central da an lise econ mica do direito n o saber se a efici ncia pode ser igualada justi a ela n o pode A quest o pensar como a busca da justi a pode se beneficiar do exame de pr s e contras dos custos e benef
348. eterminou a renumera o dos 193 artigos subsequentes Ra pidamente percebendo se a dimens o do erro promulgou se a Lei n 8 176 de 8 de fevereiro de 1991 que revogou o art 18 da Lei n 8 137 de 27 de dezembro de 1990 restaurando se a numera o dos artigos do Decreto Lei n 2 848 de 7 de dezembro de 1940 C digo Penal Brasileiro Assim entre os dias 28 de dezembro de 1990 e 13 de fevereiro de 1991 todos os artigos do C digo Penal a partir do art 168 foram renumerados para o n mero subsequente Note se ainda que a al nea d permitiu a reordena o interna das unidades em que se desdobra o artigo Consideramos que essa permis s o tamb m prejudicial l gica dos designadores r gidos s vezes a renumera o de dispositivos afeta as dezenas de milhares de remiss es j estabelecidas pela doutrina pela jurisprud ncia e por outras normas No caso de remiss es internas podemos tomar como exemplo o inciso II do art 153 da Constitui o Federal que alvo de dez remiss es listadas a seguir art 27 S 2 art 28 2 art 29 V art 37 XV art 48 XV art 49 VII e VIII art 95 II e art 153 2 Uma PEC que tentasse incluir um novo inciso III ao art 153 renumerando os demais teria de alterar todas as remiss es internas enumeradas acima Felizmente na pr tica legislativa federal passou se a utilizar a regra de inser o tamb m para as unidades de desdobramento do artigo 230 Rev
349. etrimento dos obtentores de variedades e dos produtores multiplicadores distribuidores de sementes Estes quiseram a legisla o do SRR e o saneamento da situa o das sementes em nome do desenvolvimento harmonioso do agro business 3 3 Instaura o de um sistema social de governan a p blica O sistema social relativo utiliza o dos OGM constitu do de atores envolvidos ou afetados pelas regras referentes a essa utiliza o Figura 1 No interior desse sistema social representado no quadro os atores envolvidos formam um subsistema de determina o de regras subsiste ma de decis o o que os posiciona fora desse subsistema Na figura 1 a Figura 1 Sistema social antes da utiliza o do SRR 1981 1997 Syst me social Constitution DC Pouvoir Pouvoir S ex cutif l gislatif Producteurs E National Plant Varieties Service Coeoooeoeeet Biotech Co A x 4 Producteurs X q z Obtenteurs semences Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo subsistema de decis o Constitui o Servi o Nacional de Prote o de Cultivares Obtentores Revista de Informa o Legislativa natureza p blica da governan a representada pela forma retangular e a natureza privada pela forma el ptica Os tra os completos designam a di mens o nacional da interven o e os tra os
350. ex presidente Nicolas Sarkozy o im vel escolhido foi um apartamento de 323 metros quadrados em Paris com um aluguel de 15 mil euros mensais pagos pelos cofres p blicos WILLSHER 2012 O Estado franc s subvenciona ainda a seguran a e a mobilidade de seus ex presidentes Dois seguran as s o colocados disposi o dos ex presidentes al m de um carro oficial com dois motoristas pagos pelo Estado A lei assegura aos ex presidentes da Rep blica passagens gratuitas na classe executiva da Air France e no sistema nacional de trens a SNCF Al m desses benef cios os ex presidentes franceses t m direito a sete assessores com sal rios pagos pelo Estado franc s Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 63 Por for a do artigo 56 da Constitui o Francesa os ex presidentes t m direito a ocupar assentos no Conselho Constitucional como membros natos vital cios atuando como magistrados caso optem por faz lo O Conselho Constitucional a institui o francesa que det m a exclusi vidade da jurisdi o constitucional na Fran a Cabe lhe entre outras atribui es a fiscaliza o da regularidade das elei es presidenciais e parlamentares e o controle de constitucionalidade das leis N o h previs o legal que restrinja a atua o dos ex presidentes franceses ao trabalho no Conselho Constitucional Eles podem perfeita mente optar por n o atuar no Conselho Constitucional preferindo outras atividades sejam elas pol t
351. exclusivamente constitucionais seria infrut fera porque todas 17 Andr Ramos Tavares 2013 p 120 afirma que o direito constitucional positivo espelha o modo de ser do Estado portanto a Constitui o em sentido material Pelo enfoque formal sustenta que s o todas as normas as quais independentemente de seu conte do est o reunidas em um documento solene Nos exatos termos de Jos Afonso da Silva ver Alexandre de Moraes 2005 p 3 Compreens o semelhante ainda que agregando ao conte do das Cons titui es materiais miss es sociais e compromissos para a concretiza o dos interesses de uma sociedade plural ver Mendes e Branco 2012 p 62 64 S v lido ressaltar que Bonavides 2001 n o des conhece a tradi o da teoria sociol gica de Constitui o material tal como desenvolvida no presente trabalho cf o cap tulo 5 da obra citada mas ainda assim mescla seu conceito com a compreens o positivista como se fossem coisas semelhantes as mat rias previstas em uma Carta Consti tucional como a brasileira de 1988 que n o prev distin es entre processos formais de altera o de suas pr prias normas como ocor reu na Constitui o de 1824 s o consideradas constitucionais Em tempo o autor julga que existe apenas uma nica mat ria submetida reserva de Constitui o a identifica o do titular do poder No mbito da classifica o das Constitui es como materiais e formais pa
352. femi ninas relacionadas sa de A centraliza o das pol ticas p blicas na assist ncia cl nico ginecol gica na assist ncia pr natal e na assist ncia ao parto e ao puerp rio imediato insuficiente para o cumprimento do compro misso firmado na Pol tica Nacional de Aten o Integral Sa de da Mulher PNAISM que conforme documento do Minist rio da Sa de BRASIL 2004 p 69 70 prev a prote o da sa de da mulher em situa o de abortamento inclusive em condi es inseguras O contro vertido tema do planejamento familiar como 18 Na Europa ocidental em quase todos os pa ses por ltimo em Portugal 2007 na Am rica Latina na Col mbia 2006 no M xico 2008 e no Uruguai 2012 um direito de todos os segmentos da sociedade livre escolha dos padr es de reprodu o requer maior penetra o nos programas do governo MEDEIROS 2007 p 19 40 41 O direito individual de regula o da fecundidade est assegurado na Lei n 9 263 de 12 de janeiro de 1996 disp e sobre o planejamento familiar que gera para o SUS o dever de distribuir medi camentos e m todos contraceptivos No mbito da pr tica do aborto as pol ticas de planejamento familiar interferem diretamen te na seguran a jur dica da vida da mulher Os altos ndices de morbimortalidade materna se relacionam com a situa o do aborto provo cado em condi es insalubres Nas gesta
353. fonte de privil gios ou persegui es mas instrumento regulador da vida social que necessita tratar equitativamente todos os cidad os A CR em seu art 5 estabelece que todos s o iguais perante a lei princ pio da isonomia desse modo necess ria a extin o das discri mina es juridicamente intoler veis por serem atentat rias da igualdade constitucionalmente garantida certo que em um Estado Democr tico de Direito os entes p blicos refletem os anseios da coletividade e sendo assim inconceb vel que sem a devida justificativa apresentem poderes maiores do que os verdadeiros detentores os cidad os Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 167 Os defensores da manuten o das prerrogativas processuais fun damentam sua necessidade na despropor o entre os particulares e os procuradores da Fazenda P blica no que tange defesa de seus interesses caracterizada pelos problemas operacionais de acesso aos fatos dados e elementos da causa bem como pelo volume de trabalho dos advogados p blicos Contudo na pr tica percebe se que ocorrem situa es dia metralmente opostas O Estado constitui a parte mais forte da rela o e cada vez mais as regras tendem a privilegiar o ente p blico Corrobora esse entendimento Silva 2006 p 8 que destaca No Brasil a nica prerrogativa que parece ser verdadeiramente necess ria para preservar o interesse p blico a proibi o de execu o for ada em face d
354. g ncia do Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 5 23 dez 2010e Emenda Constitucional n 68 de 21 de dezembro de 2011 Altera o art 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 22 dez 2011 Emenda Constitucional n 69 de 29 de mar o de 2012 Altera os arts 21 22 e 48 da Constitui o Federal para transferir da Uni o para o Distrito Federal as atribui es de organizar e manter a Defensoria P blica do Distrito Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 30 mar 2012a Senado Federal Ato da Comiss o Diretora n 16 de 14 de novembro de 2012 Disp e sobre a elabora o dos atos administrativos normativos e sobre a publica o dos atos administrativos em geral no mbito do Senado Federal Di rio do Senado Federal Bras lia 1 dez p 65218 2012b Emenda Constitucional n 70 de 29 de mar o de 2012 Acrescenta art 6 A Emenda Constitucional n 41 de 2003 para estabelecer crit rios para o c lculo e a corre o dos proventos da aposentadoria por invalidez dos servidores p blicos que ingressaram no servi o p blico at a data da publica o daquela Emenda Constitucional Di rio Oficial da Uni o Bras lia 30 mar 2012c Emenda Constitucional n 71 de 29 de novembro de 2012 Acrescenta o art 216 A Constitui o Federal para instituir o Sistema Nacional de Cultura Di rio Oficial da Uni o
355. gal procedure against Facebook Ireland Limited Europe Versus Facebook Vienna 20112 FERNANDES Milton Os direitos da personalidade In PEREIRA Caio M rio da Silva Estudos jur dicos em homenagem ao Professor Caio M rio da Silva Pereira Rio de Janeiro Forense 1984 FRANCESCHELLI Bruno II diritto alla riservatezza Napoli Jovene 1960 HANNEMAN Robert A RIDDLE Mark Introduction to social network methods Riverside University of California 2005 HIRATA Alessandro O direito de intimidade e ao segredo na sociedade contempor nea In SIQUEIRA Dirceu PB AMARAL S rgio T Org Direitos humanos um olhar sob o vi s da inclus o social Birigui Boreal 2012 INTERNATIONAL TELECOMMUNICATIONS UNION ITU Internet user graphs market information and statistics Geneva ITU 2013 Dispon vel em lt http www itu int TTU D ict statistics gt Acesso em 7 maio 2013 JENKINS Henry BOYD Danah M Discussion myspace and deleting online predators act DOPA MIT News Office Massachussets May 2006 Dispon vel em lt http www danah org papers MySpaceDOPA html gt Acesso em 7 maio 2013 JENNINGS Charles FENA Lori Privocidade com como preservar sua intimidade na era da internet S o Paulo Futura 2000 KAYSER Pierre Protection de la vie priv e Paris Economica 1984 MILLER Andy J Mining social networks untangling the social web The Economist Lon don 2 Sept 2010 Dispon vel em l
356. gionais Federais o da 6 Regi o com sede em Curitiba Estado do Paran e jurisdi o nos Estados do Paran Santa Catarina e Mato Grosso do Sul o da 72 Re gi o com sede em Belo Horizonte Estado de Minas Gerais e jurisdi o no Estado de Minas Gerais o da 8 Regi o com sede em Salvador Estado da Bahia e jurisdi o nos Estados da Bahia e Sergipe e o da 9 Regi o com sede em Manaus Estado do Amazonas e jurisdi o nos Estados do Amazonas Acre Rond nia e Roraima BRASIL 2013b A articula o recomendada pela t cnica legislativa vigente e diga se de passagem de mais f cil leitura deveria ser a seguinte 11 S o criados ainda os seguintes Tribu nais Regionais Federais I o da 6 Regi o com sede em Curitiba Estado do Paran e jurisdi o nos Estados do Paran Santa Catarina e Mato Grosso do Sul II o da 7 Regi o com sede em Belo Hori zonte Estado de Minas Gerais e jurisdi o no Estado de Minas Gerais HI o da 8 Regi o com sede em Salvador Estado da Bahia e jurisdi o nos Estados da Bahia e Sergipe e 224 Revista de Informa o Legislativa IV o da 9 Regi o com sede em Manaus Es tado do Amazonas e jurisdi o nos Estados do Amazonas Acre Rond nia e Roraima A articula o mais estruturada permite ainda que se criem refer ncias mais precisas para segmentos do texto constitucional seja na doutrina seja na jurisprud ncia seja nas no
357. governo federal eles continuam a desempenhar importantes pap is p blicos mesmo que informalmente No contexto dessa import ncia trans cendente dos ex presidentes a legisla o norte americana garantiu lhes uma importante prerrogativa a de poder usar da palavra no plen rio do Senado Trata se de modifica o de um projeto defendido pelo ex presidente Harry Truman para tornar os ex presidentes senadores vital cios sem direito a voto O projeto n o foi 62 Revista de Informa o Legislativa aprovado mas segundo Chambers II 1979 o Senado alterou seu regimento interno para permitir que os ex chefes do Poder Executivo tivessem o direito a usar seu plen rio como um f rum Atualmente os Estados Unidos gastam quase 3 7 milh es de d lares com seus ex presidentes Esse montante segundo o jornal brit nico Daily Mail 2013 n o inclui gastos com a seguran a j que o or amento do Servi o Secreto n o p blico A legisla o contudo n o prev qualquer contrapartida dos benefici rios De acordo com Chambers II 1979 a lei n o imp e a um ex chefe do Poder Executivo qualquer obriga o de fazer ou deixar de fazer algo Desde a ex presid ncia de Richard Nixon inexistem normas ou diretrizes federais para orientar ou restringir sua atua o CHAM BERS II 1979 Vale salientar que os direitos assegurados aos ex presidentes norte americanos por meio da Lei dos Ex Presidentes de 1958 ainda su
358. gras s o hoje ditadas pela Monsanto que se torna dessa forma o centro de um segundo subsistema de decis o com plementando o subsistema que decide sobre a autoriza o da comercializa o dos OGM O subsistema controlado pela Monsanto funciona pois ele implica pela converg ncia de interesses os obtentores de variedades os produtores de sementes e os estocadores de gr o Os agricul tores utilizadores finais do SRR encontram se em estado de atores afetados submetidos s regras decididas pelos outros O mesmo pode ser considerado para as ONGs que se opuseram utiliza o dos OGM A perspectiva de T rke 2008 consistindo em ligar as a es dos atores interpreta o de uma situa o em fun o de seu precon dicionamento parece muito pertinente para compreender a evolu o e o estado atual da governan a das regras de utiliza o do SRR no Brasil e seus impactos no exterior A con fian a no progresso tecnol gico por um lado e por outro a aceita o do papel das empre sas privadas economicamente poderosas no 50 Revista de Informa o Legislativa desenvolvimento do agro business constituem dois elementos de precondicionamento que explicam o estado e as condi es atuais da utiliza o do SRR O car ter din mico da governan a leva considera o de que a etapa atual n o constitui a ltima etapa A evolu o ocorrer por meio da entrada de certos atores nacionais e globais nos subsistemas
359. gura 1 a con sulta s vers es do texto constitucional desde a data de sua promulga o em 5 de outubro de 1988 poss vel consultar tamb m o hist rico de altera o de cada dispositivo A cada nova emenda promulgada realizou se um trabalho de compila o e nesse processo foi se perce bendo que os detentores do poder constituinte derivado nem sempre dispensaram o cuidado devido ao aspecto formal do texto articulado As demais se es deste artigo est o or ganizadas da seguinte forma inicialmente ser o feitas breves considera es sobre a Lei Complementar n 95 de 1998 e sua aplica o s emendas Constitui o e ser o analisadas al gumas emendas n o necessariamente na ordem de promulga o em seguida ser o analisados aspectos gerais de todas as emendas tais como ep grafe ementa e pre mbulo por fim ser o discutidos alguns t picos de t cnica legislativa 1 1 Algumas considera es sobre a Lei Complementar n 95 de 1998 A Lei Complementar n 95 de 1998 repre sentou um marco para a melhoria da qualidade ea padroniza o da t cnica legislativa O par grafo nico do art 1 da Lei Complementar n Figura 1 Linha do tempo da Constitui o Federal http www senado gov br legislacao const 95 de 1998 define que suas disposi es se apli cam aos atos normativos referidos no art 59 da Constitui o Federal enumerados a seguir Art 59 O processo legislativo
360. har is N o basta a exist ncia de demanda estudantil para que as faculdades continuem a produzir bachar is FALC O 1984 p 59 Observa o A cita o direta inclu da em texto e ou em nota de rodap aparece entre aspas Exemplos de cita o indireta Para que a produ o de bachar is continue v rios fatores devem ser observados al m da demanda estudantil Cf FALC O 1984 p 59 Para que a produ o de bachar is continue v rios fatores devem ser observados al m da demanda estudantil FALC O 1984 p 59 Observa o A falta de aspas e ou o termo Cf confira compare evidenciam que n o se trata de uma transcri o e sim da utiliza o da fonte citada a fim de respaldar a ideia do autor do artigo Monografias livros folhetos teses enciclop dias etc dever o conter sobrenome do autor prenome s t tulo da obra subt tulo se houver local de publica o editor a data de publica o Exemplo de monografia no todo MARQUES Jos Frederico Manual de direito processual civil 2 ed S o Paulo Saraiva 1974 Exemplo de parte de monografia ROMANO G Imagens da juventude na era moderna In LEVI G SCHMIT J Org Hist ria dos jovens a poca contempor nea S o Paulo Companhia das Letras 1996 p 7 16 Para artigos de peri dicos as informa es essenciais s o sobrenome do autor prenome s t tulo do artigo subt tulo se houver t tulo da revista local
361. huma na direitos fundamentais e proibi o de retrocesso social no direito constitucional brasileiro Mundo Jur dico Rio de Janeiro 12 jul 2005 Dispon vel em lt http www mundojuridico adv br sis artigos artigos asp codigo 54 gt Acesso em 20 nov 2012 SARMENTO Daniel Legaliza o do aborto e Constitui o Mundo Jur dico Rio de Janeiro 28 jun 2005 Dispon vel em lt http www danielsarmento com br contentemente uplo tes 2012 09 Legaliza o do Aborto vers o final pdf gt Acesso em 24 mar 2012 Por um constitucionalismo inclusivo hist ria constitucional brasileira teoria da constitui o e direitos fundamentais Rio de Janeiro Lumen Juris 2010 SANTOS Ana Maria Corbi Caldas Articular sa de mental e rela es de g nero dar voz aos sujeitos silenciados Ci ncia e Sa de Coletiva Rio de Janeiro v 14 n 4 p 1177 1182 2009 SEGRE Marco FERRAZ Fl vio Carvalho O conceito de sa de Revista de Sa de P blica S o Paulo v 31 n 5 p 538 542 1997 SILVA Jos Afonso da Coment rio contextual Constitui o 6 ed S o Paulo Malheiros 2009 STRECK Lenio Luiz Jurisdi o constitucional e hermen utica 2 ed Rio de Janeiro Fo rense 2004 TORRES Jos Henrique Rodrigues Aborto inseguro necess rio reduzir riscos A es Afirmativas em Direito e Sa de Rio de Janeiro 2008 Dispon vel em lt http www aads org br arquivos Torres 2008 pdf gt Acesso em 18 abr
362. i o decad ncia ou peremp o ren ncia do direito de queixa ou perd o aceito nos crimes de a o privada retrata o do agente nos casos em que a lei a admite e perd o judicial nos casos previstos em lei Nas palavras de Bittencourt 2006 p 863 A pena n o elemento do crime mas consequ ncia deste A puni o a consequ ncia natural da realiza o da a o t pica antijur dica e culp vel Por m ap s a pr tica do fato delituoso podem ocorrer causas que impe am a aplica o ou execu o da san o respectiva No entanto n o a a o que se extingue mas o ius puniend do Estado ou em outros termos como dizia o Min Francisco Campos O que se extingue antes de tudo nos casos enumerados no art 108 do projeto o pr prio di reito de punir por parte do Estado a doutrina alem fala em Wegfall des staatlichen Staatsanspruchs D se como diz Maggiore uma ren ncia uma abdica o uma derreli o do direito de punir do Estado Deve dizer se portanto com acerto que o que cessa a punibilidade do fato em raz o de certas conting ncias ou por motivos v rios de conveni ncia ou oportunidade pol tica As causas extintivas de punibilidade que ocorrem com maior frequ n cia em rela o aos crimes ambientais s o a prescri o e o perd o judicial Segundo Jesus 1997 p 17 prescri o a perda do poder dever de punir do Estado pelo n o exerc cio da pretens o punitiva o
363. i logo e conversa o antes para referir me a formas de comunica o orientada para a absor o do dissenso pressupondo a Para aprofundamento do tema ver Neves 2009 Ver a an lise cr tica de Neves 2012 p 118 et seq Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 193 dupla conting ncia NEVES 2009 p 270 et seq embora saiba n o ser esse o uso habitual dessas express es Entre ordens jur dicas diversas especialmente no plano de problemas constitucionais esses termos apontam para comunica es transversais que implicam a possiblidade de aprendizado rec proco Entretanto inclusive nesse sentido o tranconstitucionalismo entre ordens jur dicas n o se reduz ao di logo entre cortes Em primeiro lugar cabe advertir que s vezes a conquista de direitos no mbito do transconstitucionalismo decorre de rela es altamente conflituosas entre cortes de ordens jur dicas diversas Em segundo os problemas transconstitucionais emergem e s o enfrentados fora das inst ncias jur dicas de natureza judici ria desenvolvendo se no plano jur dico da administra o do governo e do legislativo assim como no campo dos organismos internacionais e supranacionais n o judiciais dos atores privados transnacionais e inclusive especialmente na Am rica Latina no dom nio normativo das comunidades ditas tribais O transconsti tucionalismo aponta para o fato de que surgem cada vez mais quest es que poder o envo
364. i rio norte americano em especial da Suprema Corte Vile 1995 pontua que durante toda a his t ria da institui o somente quatro de suas decis es foram contestadas e revogadas pelo Legislativo resultando nas emendas 11 14 16 e 26 Na verdade a capacidade do Judici rio norte americano de influir no modo como funcionam as institui es daquele pa s enorme e parece aumentar com o passar do tempo Com efeito o ltimo cap tulo da elei o presidencial norte americana de 2000 foi escrito pela Suprema Corte no julgamento do caso Bush versus Gore Observa Tavares 2012 que esse caso foi judicializado quando os ju zes determinaram a conclus o da contagem dos votos no Estado da Fl rida onde se constatou uma diferen a inferior a 0 05 do total de votos entre os candidatos Essa pequena diferen a exibida no resultado final implicava necessariamente em face da legisla o eleitoral norte americana a recontagem autom tica dos votos raz o pela qual os candidatos vieram a pleite la em alguns locais desse Estado A pequena margem na vit ria de Bush tornara o resultado da Fl rida crucial para definir as elei es no col gio eleitoral Aduz Tavares 2012 que a quest o acabou sendo decidida pela Suprema Corte que declarou a inconstitucionalidade do processo de recontagem dos votos dando a vit ria a Bush Em janeiro de 2010 decis o da mesma Suprema Corte reverteu disposi es da legisla o norte americana que vigorara
365. ia a uma melhora no seu estado de bem estar ps quico decide a realizar o aborto ilegal Essa orienta o consistiria na informa o a respeito de todos os m todos ao seu alcance e dos riscos de cada um deles FOLHA DES PAULO 2012 Contudo mesmo sendo efetivada essa medida ela se mostra insuficiente para a prote o da mulher que ter de recorrer aos servi os clandestinos de aborto 142 Revista de Informa o Legislativa com a redu o da depress o da ansiedade e de outros dist rbios de igual natureza Com efeito o direito constitucional social sa de fundamentou juntamente com o princ pio da autodetermina o a modifica o da legisla o abortiva em v rios pa ses incluindo se os da Am rica Latina para permitir o direito ao aborto at determinado est gio do processo gestacional 6 O dever do Estado de formular pol ticas de combate ao aborto clandestino A concep o de sa de no Brasil ap s a Constitui o Federal de 1988 e a cria o do SUS passou a estar associada ao exerc cio da cida dania O indiv duo como sujeito de direitos considerado a partir de um dever do Estado de garantir lhe em um n vel satisfat rio o gozo de suas necessidades existenciais MEDEIROS etal 2007 p 34 Do ponto de vista do conceito de integrali dade da assist ncia mulher adotado pelo SUS a a o prestacional do Estado deve alcan ar a maior satisfa o poss vel das demandas
366. ia e tampouco reconhecida a compet ncia estabelecida no art 15 da Lei n 12 016 2009 Finalmente comprovada a necessidade de prote o aos interesses p blicos prim rios e com vistas a se evitarem situa es que represen tem grave les o seguran a ordem sa de ou economia p blica a despeito da inconstitucionalidade da pretens o incidental de suspens o de seguran a o mesmo efeito poder ser alcan ado pela aplica o do disposto no art 558 e seu par grafo nico do CPC pela interposi o do recurso cab vel contra a decis o hostilizada Por conseguinte a Comiss o de Juristas institu da pelo Ato do Presidente do Senado Federal n 379 de 2009 destinada a elaborar o Anteprojeto de novo CPC perdeu uma grande oportunidade de extirpar do ordenamento jur dico brasileiro o referido instituto mas o Congresso Nacional ainda pode solucionar a pend ncia nas discuss es sobre a futura legisla o instrumental ainda em tr mite em suas Casas Refer ncias BRASIL Senado Federal Comiss o de juristas respons vel pela elabora o de anteprojeto de c digo de processo civil C digo de processo civil anteprojeto Bras lia Senado Federal Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 171 2010a Dispon vel em lt http www senado gov br ordemdodia arquivos avulso 2010 PLS201000166 01 pdf gt Acesso em 20 jan 2011 Senado Federal Comiss o tempor ria da reforma do c digo de processo civil C digo de pr
367. ia para definir sua estrutura interna organiza o e funcionamento devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partid rias 2 Saliente se que em face da autonomia partid ria torna se incompetente a Justi a Eleitoral para julgar mat ria Observe se que a autonomia partid ria deferida constitucionalmente imuniza o par tido pol tico da interfer ncia do legislador ordin rio mas n o o imuniza totalmente contra a atua o normativa do legislador desde que compat vel com os par metros estabelecidos pela Constitui o Portanto o partido pol tico na tipifica o das condutas consideradas atos de infidelidade partid ria deve respeitar os preceitos cons titucionais especialmente os direitos funda mentais como a liberdade de express o e de consci ncia e legais particularmente a Lei n 9 096 de 1995 para a imposi o de san es Com efeito como o mandato no Brasil re presentativo n o imperativo o instituto deve ser aplicado com parcim nia de modo a impedir a forma o de uma ditadura partid ria com o dom nio de monop lios ou oligop lios pol ticos Nesse sentido aduz Cl ve 1998 p 31 que mesmo que necess rio o instituto para manuten o da coes o partid ria ele n o pode ser utilizado ao ponto de i ofender a natureza da representa o ii substanciar mecanismo de viola o aos direitos fun damentais dos mandat rios iii implicar desvi
368. ia s rio risco de a Fazenda P blica n o conseguir provar em ju zo o dolo ou a culpa dos s cios gerentes administradores e gestores da sociedade extinta gerando preju zos ao Er rio A nosso ver a dispensa da apresenta o da certid o negativa de tributos medida que facilitaria o fechamento de empresas devendo ser aplicados os seus fundamentos a todas as empresas e n o apenas s micro e pequenas empresas A exig ncia de certid o negativa n o instrumento de garantia do pagamento de tri butos criando se muitas vezes um impasse em virtude da aus ncia de valores dispon veis para o pagamento dos tributos impossibilitando se o fechamento da empresa N o se fecha a empresa tampouco se pagam os tributos Ademais a possibilidade de fechamento da empresa sem a apresenta o da certid o negativa n o impede o Estado de cobrar da empresa e dos eventuais respons veis o cr dito tribut rio desde que sejam encontrados bens que possam satisfazer as obriga es 5 Considera es finais Os tributos s o institu dos para custear os servi os prestados pelo Estado mas n o devem sobrecarregar o desenvolvimento dos indiv duos e da sociedade por raz es de efici ncia econ mica Desse modo poss vel simplificar a legisla o tribut ria especialmente por meio da implanta o de um cadastro fiscal unificado ainda que se corra o risco de reduzir a efic cia de pol ticas de redistribui o de renda A unifi
369. ia somente demo Universidade de Bras lia UnB e doutor em Direito P blico pela desarranjo de nossas conquistas a necessidade de repensar e rediscutir Universidade Humboldt de Berlim Alemanha e pela UnB ingenuidade a democracia convive com o conflito cotidiano Por isso cr tica porque reconhece a fragilidade de nossas certezas os riscos de nosso passado mesmo quando nos traga tristes lembran as E n o h Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 71 fazem se urgentes a desmistifica o de verdades a desconstru o do discurso o repensar a hist ria Aqui se elegeu uma tem tica para a desmistifica o a desconstru o e o repensar a hist ria A metaf sica que h por tr s do dizer a ltima palavra do Direito como ostentado amplamente pela jurisdi o consti tucional e mais particularmente pelo Supremo Tribunal Federal precisa ser assim confrontada Desmistificar desconstruir e repensar essa fala em nossa hist ria democr tica portanto o objetivo imediato deste artigo Reconstruir a dimens o da cidadania por sua vez seu prop sito mediato Quer se tornar transparente o conflito que h na afirma o por poder ao mesmo tempo que se quer defender que o poder como ltima palavra n o o det m nenhuma institui o em uma democracia constitucional ou como denomina nossa Constitui o Federal em um Estado Democr tico de Direito art 1 2 A harmonia e o conflito democ
370. iamente fato t pico mas n o ser antijur dico por exemplo se o autor do fato agiu em leg tima defesa Nessa hip tese n o haver crime A antijuridici dade como elemento na an lise conceitual do crime assume portanto o significado de aus ncia de causas excludentes de ilicitude As causas excludentes de antijuridicidade tamb m denominadas causas excludentes de ilicitude est o dispostas no art 23 do C digo Penal e s o estado de necessidade leg tima defesa estrito cumprimento de dever legal e exerc cio regular de direito Atemo nos a um estudo mais detalhado para os casos de estado de necessidade Na li o de Nucci 2008 p 242 estado de necessidade o sacrif cio de um interesse juridicamente protegido para salvar de perigo atual e inevi t vel o direito do pr prio agente ou de terceiro desde que outra conduta nas circunst ncias concretas n o fosse razoavelmente exig vel Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 255 Esse tamb m o entendimento majorit rio de nossos doutos julga dores por exemplo A alega o do r u de que praticara o fato em estado de necessidade ao pescar mediante a utiliza o de petrecho n o permitido rede mostra se atend vel por interfer ncia l gica imediata se os autos revelam que se tratava de sujeito r stico desempregado e com prole numerosa por sustentar Aquele que nada tem de seu l cito recorrer s d divas da natureza TACR
371. ic pios Distrito Federal as funda es e autarquias p blicas Por outro lado as empresas p blicas e as sociedades de economia mista apesar de prestarem servi os de natureza p blica s o pessoas jur dicas de direito privado raz o pela qual n o integram o conceito processual de Fazenda P blica Assim caracterizada a Fazenda P blica para o Direito Processual Ci vil a no o de interesse p blico revela se essencial para a diferencia o entre privil gio e prerrogativa do ente p blico No entanto o conceito de interesse p blico vago e indeterminado dependendo por esse motivo da an lise do caso concreto para constata o de sua exist ncia norteada pelo princ pio da razoabilidade 166 Revista de Informa o Legislativa Somente poder ser considerado conflito entre interesse p blico e privado o interesse particular n o protegido por norma de direito fundamental Quando da an lise do interesse p blico ressalvadas as premissas inerentes ao Estado Democr tico de Direito deve sempre ser observado o princ pio da proporcionalidade visto que o interesse parti cular somente poder ser restringido no que for estritamente necess rio para o atendimento do interesse p blico prim rio Em fun o do seu escopo de guardi do interesse p blico para que a Fazenda P blica atue em Ju zo s o conferidas as chamadas prerrogativas fazend rias que constituem verdadeiras vantagens processuais atribu das ao e
372. ica Yanomami na qual a mulher tem direito absoluto sobre a vida dos seus rec m nascidos O parto ocorre em ambiente natural fora do contexto da vida social deixando a op o m e 204 Revista de Informa o Legislativa se n o toca o beb nem o levanta em seus bra os deixando o na terra onde caiu sig nifica que este n o foi acolhido no mundo da cultura e das rela es sociais e que n o portanto humano Dessa forma n o se pode dizer que ocorreu na perspectiva nativa um homic dio pois aquele que permaneceu na terra n o uma vida humana SEGATO 2011 p 365 Essa concep o bem diversa da vida huma na importa realmente um delicado problema que parece me incompat vel com uma mera imposi o de concep es externas sobre a vida e a morte mediante aquilo que em outro contexto chamei paradoxalmente de imperialismo dos direitos humanos NEVES 2005 p 23 27 E isso v lido n o apenas de um ponto de vista antropol gico cultural ou antropol gico jur dico mas tamb m na pers pectiva espec fica de um direito constitucional sens vel ao transconstitucionalismo Imp e se nesse contexto considerar a coli s o entre duas perspectivas diversas dos direi tos procurando n o fazer injusti a mediante a imposi o de uma a da ordem dos mais fortes outra a da ordem dos mais fracos De um lado est o direito autonomia coletiva do outro o direito autonomia indiv
373. ica como uma autoridade delegada e que se for contr rio Constitui o inv lido Nenhum ato legislativo contr rio Constitui o portanto pode ser v lido HAMILTON MADISON JAY 2003 p 199 tradu o nossa Por isso as cortes foram designadas para ser um corpo intermedi rio entre o povo e o parlamento a fim de que entre outras coisas mantenham o ltimo dentro dos limites assinalados a sua autori dade HAMILTON MADISON JAY 2003 p 199 tradu o nossa E sobretudo uma vez que compete s cortes de justi a interpretar o Direito Constitucional em certa medida seu entendimento deve prevalecer porquanto a Constitui o deve prevalecer sobre o estatuto a inten o do povo sobre as inten es de seus agentes HAMILTON MADISON JAY 2003 p 199 tradu o nossa Por m dessas palavras extrair a supremacia do Judici rio tal como hoje desenhada parece desaguar em expl cito anacronismo na medida em que os contextos eram altamente diversos e o pr prio Hamilton como j aqui indicado entendia que o Judi ci rio devido a suas fun es ser sempre o Poder menos perigoso em rela o aos direitos pol ticos da Constitui o HAMILTON MADISON JAY 2003 p 198 tradu o nossa Sobre o termo tirania da maioria Jeremy Waldron faz interessante an lise que busca desmistificar essa compreens o Para tanto Waldron 2006 p 1395 1401 82 Revista de Informa o Legisla
374. icas ou ligadas iniciativa privada Gomes 2003 explica que para atuar no Conselho Constitucional os ex presidentes devem observar o dever comum a todos os magistrados do pa s que manter reserva quanto s quest es decididas na via juris dicional Nas palavras de Gomes 2003 p 101 n o lhes permitido politizar nem publicizar o processo decis rio e de liberativo do rg o o que extremamente dif cil para pol ticos profissio nais Talvez por esse motivo nenhum ex presidente da Quinta Rep blica fez at hoje uso da faculdade de ter assento no Conselho Constitucional Segundo o jornal The Guardian caso assumam o posto de conse lheiros natos do Conselho Constitucional os ex presidentes fazem jus a um sal rio de 11 500 euros por m s al m do que j pago a t tulo de pens o WILLSHER 2012 4 Os direitos assegurados a ex presidentes no Brasil Comparado com os demais pa ses da amostra selecionada para o presente estudo o Brasil apresenta se como o pa s que menos benef cios concede a seus ex presidentes A legisla o vigente no Brasil basicamente assegura lhes seguran a ve culos e motoristas para sua mobilidade e servidores para compor uma equipe de assessoria A seguran a dos ex presidentes brasileiros passou a ser garantida com a promulga o da Lei n 7 474 de 1986 Em seu artigo 1 a lei dispunha que terminado o mandato o presidente da Rep blica teria direito a utilizar os servi os
375. ico Nas democracias presidencialistas essa quest o ganha redobrada import ncia na medida que a presid ncia ou seja o cargo que os ex presidentes t m que deixar depois de cumprido um determinado n mero de mandatos vem adquirindo maiores atribui es e prerrogativas Em primeiro lugar os presidentes s o os chefes de um dos Poderes da Rep blica e devido a previs es constitucionais competem lhe importantes prerrogativas na condu o da vida p blica de seus pa ses inclusive a de estarem frente de grandes m quinas administrativas que caracterizam o Estado moderno Segundo os presidentes ocupam cargos de inques tion vel lideran a nacional Diferentemente de deputados ou senadores que recebem votos de um eleitorado estadual o presidente da Rep blica eleito com votos de eleitores de todo o pa s Por essa raz o como observa Dahl 1956 p 141 o presidente pode arrogar para si como de fato fre quentemente o faz a condi o de ser o nico representante da maioria nacional em todo o sistema constitucional Em terceiro lugar in meras delega es de poderes realizadas pelos Congressos nas democracias 54 Revista de Informa o Legislativa mais tradicionais como os Estados Unidos ou inseridas diretamente na Constitui o no caso de democracias mais recentes como o Brasil t m aumentado o poder discricion rio de presidentes e com isso ampliado a influ ncia dos chefes do Executivo Ao descrever
376. icos de encontrar uma dimens o normativa profunda e diferenciada que prece desse s normas estatais formalmente vigentes Por tal raz o s o posi es te ricas antit ticas s formula es positivistas do direito e quelas teorias que intencionam reduzir o direito s leis editadas pelo Estado A abordagem novecentista da escola hist rica do direito de Savigny sugeriu que a exist ncia de leis formais pressup e que anteriormen te existiam outras formas de agrega o individuais mais s lidas que justificavam a cria o e o desenvolvimento de tais leis formais Com Savigny a ideia seria a seguinte apenas poderia existir um Estado se anteriormente existisse um povo ou seja se os indiv duos j estivessem ordenados dentro do que seria considerado como uma Constitui o em sentido material Ao direito constitucional positivo caberia apenas espelhar tal Constitui o material devendo com ela ser concorde Nesse ponto a ideia a garantia do jur dico pelo positivo portanto assegurar 2 A tese de que tribunais constitucionais possuem compet ncia para declarar normas constitucionais inconstitucionais baseados no direito supralegal positivado constitucio nalmente sustentada por Otto Bachof 1994 reconhece que a Constitui o Material pode significar uma forma de racionaliza o pol tica que n o constitui um conjunto de normas jur dicas Todavia para o autor Constitui o em sentido formal significa uma lei
377. idade os fundamentos e as consequ ncias da perda do mandato em face da infidelidade partid ria No quinto e ltimo cap tulo discute se o caso da fidelidade parti d ria como manifesta o do ativismo judicial Ao final do artigo ser o expostos alguns pontos sobre os quais vale refletir guisa de conclus o 1 Premissas O caminho que leva realiza o do estudo proposto passa por uma an lise preambular de algumas premissas que v o nortear o desenvol vimento do artigo Tais premissas dizem respeito soberania popular democracia representativa ao mandato pol tico representativo ao partido pol tico e fidelidade como princ pio da organiza o partid ria A soberania popular considerada na doutrina do direito constitu cional como um dos princ pios basilares da democracia Segundo Silva 2011 significa dizer que o povo a nica fonte do poder o que se exprime pela regra de que todo o poder emana do povo Para Canotilho 2003 a soberania popular transporta v rias dimen s es historicamente sedimentadas tais como 102 Revista de Informa o Legislativa 1 o dom nio pol tico o dom nio de homens sobre homens n o um dom nio pressuposto e aceite carece de uma justifica o quanto sua origem isto de legitima o 2 a legitima o do dom nio pol tico s pode derivar do pr prio povo e n o de qualquer outra inst ncia fora do povo real ordem divina ordem natura
378. idente da Rep blica SCH LER 2008 p 5 Segundo Harazim 2010 p 20 a institui o desse benef cio vital cio para os ex presidentes veio a ser contemplada pelo ent o Presidente Itamar Franco que segundo Fernando Hen rique Cardoso chegou a enviar um projeto ao Congresso mas o empreendimento n o frutificou 5 Considera es finais A concess o de direitos e benef cios a ex presidentes um tema que invariavelmente suscita questionamentos sobre a propriedade de tal pol tica numa democracia Para alguns trata se de privil gios que n o deveriam existir Para outros os benef cios deveriam ser con dicionados a restri es s atividades a serem exercidas pelos ex presidentes O ex presidente e atual senador da Rep blica Jos Sarney por exemplo defende a imposi o de restri es s atividades dos ex chefes do Poder Executivo Em recente entrevista Folha de S Paulo ele foi taxativo ao afirmar que n s dev amos ter no Brasil uma legisla o que n o permitisse a nenhum ex presidente da Rep blica deixando o governo que ele voltasse a qualquer cargo eletivo RODRIGUES 2012 A experi ncia comparada dos pa ses aqui estudados com a regulamen ta o dos direitos e da atua o dos ex presidentes demonstra que na es de regime presidencialista assumem o desafio de aprovar legisla o para conceder direitos aos seus ex presidentes com todas as cr ticas que tal decis o possa estimular c
379. idindo o fundamento dessa preval ncia do julgamento do TAS sobre a decis o estatal do CAAD na necessidade de assegurar o tratamento igual e consistente de todos os participantes de um esporte LOQUIN 2008 p 262 observa se que tamb m aqui est presente o problema potencial de uma colis o entre o princ pio constitucional da igualdade afirmado pela ordem jur dica esportiva transnacional e o princ pio da ampla defesa baseado na ordem interna do Estado de direito e alegado de maneira impl cita pelo jogador Portanto essa uma quest o que se enquadra plenamente no mbito do transconstitucionalismo exigindo conversa es constitucionais constru tivas entre ordem jur dica transnacional e ordem jur dica estatal 6 Um problema transconstitucional entre a ordem normativa de comunidades ind genas e a ordem constitucional do Estado Brasileiro Um outro lado do transconstitucionalismo aponta para a rela o problem tica entre as ordens jur dicas estatais e as ordens extraestatais de coletividades nativas cujos pressupostos antropol gico culturais n o se compatibilizam com o modelo de constitucionalismo do Estado Evi dentemente nesse caso trata se de ordens arcaicas que n o disp em de princ pios ou regras secund rias de organiza o e por conseguinte n o se enquadram no modelo reflexivo do constitucionalismo A rigor elas n o admitem problemas jur dico constitucionais de direitos huma nos e de limita
380. idual Simplesmente submeter aquele considerado express o de uma forma tica de vida a este considerado express o de uma moral universal que se apre senta como base dos direitos humanos n o 2 Klaus G nther 1988 p 196 embora sustente que a aplica o adequada de normas jur dicas n o pode sem fundamento ofender formas de vida grifo meu mostra se antes favor vel a uma tal orienta o quando sustenta que as colis es entre princ pios de justi a e orienta es da vida boa no n vel p s convencional s podem ser resolvidas universalistamente portanto em favor da justi a Cabe advertir por m que nos termos da teoria habermasiana da a o comunicativa e do discurso segundo a qual Giinther 1988 se orienta haveria no caso a colis o entre uma moral p s convencional e uma pr convencional Sobre os n veis do desenvolvimento da consci ncia moral na teoria da evolu o social de Habermas ver Neves 2012 p 25 et seq parece a solu o mais oportuna em um modelo de transconstitucio nalismo Ao contr rio nesse contexto de colis o radical entre a ordem jur dica estatal e as ordens normativas ind genas tem se de considerar e ponderar entre o direito vida do sujeito individual e o direito vida do sujeito coletivo como argui Segato 2011 p 367 No caso a ultra criminaliza o das pr ticas do homic dio de rec m nascidos praticadas no interior das comunidades
381. iferenciadas n o incid ncia da prote o do art 60 4 impossibilidade de altera o das normas formalmente constitucionais etc Portanto n o seriam consideradas normas constitucionais em seu aspecto formal aquelas que ou n o estivessem escritas ou n o fizessem parte do que se poderia considerar a estrutura de uma Constitui o De que forma os autores que defendem a constitucionalidade dos tratados internacionais de direitos humanos e a dicotomia formal ma terial desenvolvem seus argumentos De acordo com Piovesan 2010 os direitos sediados em tratados internacionais de direitos humanos s o materialmente constitucionais por conta da materialidade dos direitos fundamen tais Por conseguinte os direitos que constam nesses tratados n o est o na forma de normas constitucionais ainda s o tratados mas gozam do valor jur dico de norma constitucional ou seja a eles s o garantidas as mesmas prote es constitucionais dos demais direitos fundamen tais Para a autora tais direitos preenchem e complementam o cat logo previsto pela CF 88 ao integrar o bloco de constitucionalidade PIOVESAN 2010 p 54 55 Ademais n o existiriam problemas em identificar e definir o universo dos direitos internacionais cons titucionalmente protegidos pois os direitos fundamentais sediados em tratados s o expres sos enumerados e claramente elencados em decorr ncia do 2 do art 5 Piovesan 2010 sugere que os tratad
382. igente BUENO 2009 p 94 Por outro lado observa se que as altera es trazidas pelos dois par grafos do artigo 4 da Lei 160 Revista de Informa o Legislativa n 4 348 1964 inclu dos pela Medida Provis ria n 2 180 35 2001 ocasionaram sens vel modi fica o na utiliza o originariamente prevista para o instituto A apresenta o de novo pedido de suspens o passou a ser poss vel para a an lise do STF ou do STJ quando negado o agravo de instrumento interposto pelo ente p blico contra ac rd o que manteve o indeferimento da suspens o de seguran a ou ainda quando provido o agravo de instrumento interposto pelo particular em face da decis o que deferiu o pleito suspensivo Atualmente o requerimento de suspens o no mbito do mandado de seguran a discipli nado no art 15 da Lein 12 016 2009 Contudo apesar das discuss es no mbito doutrin rio e jurisprudencial relativamente constituciona lidade do instituto a Lei n 12 016 2009 trouxe novamente sua previs o com as mudan as j mencionadas motivo pelo qual ainda necess ria a an lise de seu cabimento ante as disposi es processuais vigentes 4 2 Pressupostos da suspens o A legitimidade ativa para formular o pe dido de suspens o de seguran a pertence pessoa jur dica de direito p blico com interesse processual em impugnar a decis o Assim a utiliza o do instituto viabilizada apenas aos entes da Fazenda P blic
383. ile Ao alterar o artigo 30 da Constitui o Pol tica por meio da Lei n 19 672 de 2000 o Chile instituiu o Estatuto dos ex Presidentes da Re p blica estabelecendo para seus ex mandat rios o direito a uma pens o vital cia Mais do que isso contudo o Estatuto reconhece a import ncia do legado e da contribui o dos ex presidentes garantindo lhes a ofi cialidade da condi o de ex Presidente da Rep blica De fato o Estatuto deixa claro que o direito a pens o se d em virtude de tal condi o n o se tratando de um privil gio isolado Traduzido o Estatuto dos ex Presidentes da Rep blica do Chile disp e Artigo 30 O Presidente deixar seu cargo no mesmo dia em que se completa seu mandato e suced lo o Presidente rec m eleito Aquele 58 Revista de Informa o Legislativa que houver desempenhado o cargo por um mandato inteiro assumir imediatamente e de pleno direito a dignidade oficial de Ex Presidente da Rep blica Em virtude dessa condi o ser lhe o aplic veis as dis posi es dos incisos segundo terceiro e quarto do artigo 58 e o artigo 59 Quem atualmente desempenha ou no futuro venha a desempenhar o cargo de senador vital cio poder renunciar ao dito cargo em cujo caso manter a dignidade de Ex Presidente da Rep blica N o ser alcan ado por este Estatuto o cidad o que venha a ocupar o cargo de Presidente da Rep blica em virtude de uma vac ncia do mesmo nem quem tenha sido de
384. ilegal de amianto gt Acesso em 16 out 2012 KIST Ataides Responsabilidade penal da pessoa jur dica Leme LED 1999 LAUZID Francisco de Assis Santos Responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais Bel m Paka Tatu 2002 LEVORATO Danielle Mastelari Responsabilidade penal da pessoa jur dica nos crimes ambientais S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 MILAR dis Direito do ambiente a gest o ambiental em foco doutrina jurisprud ncia gloss rio 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 MIRABETE Julio Fabbrini Manual de direito penal 18 ed S o Paulo Atlas 2002 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 273 Manual de direito penal 21 ed S o Paulo Atlas 2004 NUCCI Guilherme de Souza Manual de direito penal 4 ed S o Paulo Revista dos Tri bunais 2008 PRADO Luiz Regis Direito penal ambiental problemas fundamentais S o Paulo Revista dos Tribunais 1992 Responsabilidade penal da pessoa jur dica em defesa do princ pio da imputa o penal subjetiva S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 RIBEIRO L cio Ronaldo Pereira Da responsabilidade penal da pessoa jur dica Curitiba Juru 2003 SANCTIS Fausto Martin de Responsabilidade penal da pessoa jur dica S o Paulo Saraiva 1999 S GUIN Elida Direito ambiental nossa casa planet ria Rio de Janeiro Forense 2002 SOUSA Gaspar Alexandre Machado de Crimes ambientais responsabilidade penal da
385. ilmar Mendes em voto condutor da maioria MENDES COELHO BRANCO 2007 p 665 et seg Jurisprud ncia consolidada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 80 004 SE 1 6 1977 DJ 29 12 1977 MENDES COELHO BRANCO 2007 p 659 et seq Essa ainda a posi o de Dimoulis e Martins Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 195 ria rompendo um di logo constitucional com a CorteIDH em torno de uma compreens o dos direitos humanos e dos direitos fundamentais No entanto na discuss o que se travou parece claro ter sido colocado no primeiro plano o esfor o com vista forma o de uma racionali dade transversal que se mostre suport vel para ambas as ordens jur dicas envolvidas Do lado da Corte Interamericana de Direitos Humanos cabe destacar o importante julga mento do caso Yatama vs Nicar gua referente participa o democr tica de membros da co munidade ind gena filiados ao partido Yatama que foram proibidos de candidatar se elei o municipal de 5 de novembro de 2000 por for a de decis o do Conselho Supremo Eleitoral da Nicar gua CORTEIDH 2005 A CortelDH n o s condenou o Estado da Nicar gua a indeniza es por danos materiais e imateriais como tamb m determinou que se procedesse reforma da respectiva lei eleitoral concluindo O Estado deve reformar a regula o dos re quisitos dispostos na Lei Eleitoral n 311 de 2000 declarados violat rios da Conven o America
386. interposto novo pedido de suspens o a ser analisado pelo Presidente do STF ou STJ conforme a mat ria abarcada seja ela constitucional ou infraconstitucional Por sua vez o procedimento incidental de pedido de suspens o iniciado por peti o escrita elaborada pela parte interessada dirigida ao rg o com petente com observ ncia dos requisitos necess rios Uma vez oferecida a peti o inicial o Presidente poder adotar as seguintes medidas a determinar sua emenda b indeferi la de plano Pode se entender portanto tratar se de uma an mala medida cautelar incidental ao processo principal derivada do poder geral de cautela cujo objetivo exclusivo obstar os efeitos da decis o de conte do positivo que produz grave dano sa de seguran a ordem ou economia p blica mas que n o segue os preceitos espec ficos da antecipa o de tutela art 273 do CPC e do processo cautelar arts 796 e seguintes do CPC 162 Revista de Informa o Legislativa c ouvir o Minist rio P blico d deferir de imediato a medida e e determinar ci ncia da parte contr ria nos casos em que n o for requerida liminar Deferida a medida suspensiva pelo Presi dente do tribunal cab vel a interposi o pela parte prejudicada de agravo interno no prazo de 5 dias dirigido ao rg o colegiado previsto no regimento interno do tribunal correspondente conforme disposto no caput do art 15 da Lei n 12 016 2009 Ressal
387. interpreta o subsidi ria dos tratados internacionais no entanto negligencia os precedentes internacionais de tribunais internacionais de direitos humanos especialmente da Corte Interamericana de Direitos Humanos Inexiste em nosso pa s o costume de harmonizar a interpre ta o dos direitos fundamentais com os delineamentos dos precedentes advindos da Corte Interamericana Quando s o feitas refer ncias aos artigos da Conven o Americana de Direitos Humanos isso se d de maneira formal com a simples cita o do dispositivo do tratado BRASIL 1996a 1996b refor ando se o ideal de aplica o ou interpreta o subsi di ria Dessa maneira o descompasso da jurisprud ncia interna com as principais diretivas interpretativas estruturadas pelo rg o internacional sobre os direitos humanos abre um perigoso flanco para que o Brasil seja condenado internacionalmente por viola o dos referidos direitos Ademais tendo em vista que a interpreta o dos direitos fundamentais n o se baseia no aspecto da positiva o mas sim em seu significado no conjunto constitucional seria inapropriado que o Poder Judici rio ao analisar um artigo constante de tratado internacional incorporado pelo pa s atribu sse interpreta o diferente daquela adotada pela Corte inter nacional abrindo a possibilidade de eventual condena o RAMOS 2009 p 848 Portanto em vez de defender uma interpreta o subsidi ria a atribui o dos aspectos m
388. io Oficial da Uni o Bras lia 31 dez 2003c Emenda Constitucional n 43 de 15 de abril de 2004 Altera o art 42 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias prorrogando por 10 dez anos a aplica o por parte da Uni o de percentuais m nimos do total dos recursos destinados irriga o nas Regi es Centro Oeste e Nordeste Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 abr 2004a Emenda Constitucional n 44 de 30 de junho de 2004 Altera o Sistema Tribut rio Nacional e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1 jul 2004b Emenda Constitucional n 45 de 8 de dezembro de 2004 Altera dispositivos dos arts 5 36 52 92 93 95 98 99 102 103 104 105 107 109 111 112 114 115 125 126 127 128 129 134 e 168 da Constitui o Federal e acrescenta os arts 103 A 103 B 111 A e 130 A e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 9 31 dez 2004c Emenda Constitucional n 46 de 5 de maio de 2005 Altera o inciso IV do art 20 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 6 maio 2005a Emenda Constitucional n 47 de 5 de julho de 2005 Altera os arts 37 40 195 e 201 da Constitui o Federal para dispor sobre a previd ncia social e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 6 jul 2005b Emenda Constitucional n 48 de 10 de agosto de 2005 Acrescenta o 3 ao art 215 da Constitui o Fed
389. io ambiente Demanda interposta contra empresa em raz o de a o ou omiss o decorrente de decis o de seu repre sentante legal ou contratual Admissibilidade Responsabilidade penal da pessoa jur dica prevista nos arts 225 3 da CF e 3 da Lei n 9 605 98 Ementa oficial A responsabilidade penal das pessoas jur dicas est prevista no art 225 3 da CE bem como no art 3 da Lei n 9 605 98 Assim podem figurar no p lo passivo de a o penal pela pr tica de crime ambiental por a o ou omiss o decorrente de seu representante legal ou contratual MS 2005 04 01 006368 5 SC 7 T j 10 5 05 Rel Des Federal Tadaqui Hirose DJU 25 5 05 Outro julgado que seguiu a mesma tend ncia foi o proferido pelo relator F bio Bittencourt da Rosa no Mandado de Seguran a n 2002 04 01 013843 0 PR da 7 Turma Penal Mandado de seguran a Crime contra o meio ambiente Respon sabilidade penal da pessoa jur dica Possibilidade Evolu o hist rica do conceito de pessoa jur dica Passagem da criminalidade individual ou cl ssica para os crimes empresariais Criminalidade de empresas e das organiza es criminosas Diferen as Sistema normativo repositi vo e retributivo Imputa o penal s pessoas jur dicas Capacidade de realizar a a o com relev ncia penal Autoria da pessoa jur dica deriva da capacidade jur dica de ter causado um resultado voluntariamente e com desacato ao papel social imposto pelo siste
390. ioria o pedido no mbito de uma discuss o em que a invoca o da jurisprud ncia constitucional estrangeira foi fundamental Essa situa o repercutiu na Ementa do Ac rd o da qual consta o seguinte par grafo 198 Revista de Informa o Legislativa 9 Direito comparado A exemplo do Brasil as legisla es de pa ses organizados sob a gide do estado moderno de direito democr tico igualmente adotam em seu ordenamento legal puni es para delitos que estimulem e pro paguem segrega o racial Manifesta es da Suprema Corte Norte Americana da C mara dos Lordes da Inglaterra e da Corte de Ape la o da Calif rnia nos Estados Unidos que consagraram entendimento que se aplicam san es queles que transgridem as regras de boa conviv ncia social com grupos humanos que simbolizem a pr tica do racismo Nos votos dos ministros houve uma ampla discuss o sobre precedentes jurisprudenciais dispositivos constitucionais e legisla o de estados estrangeiros tendo sido relativamente insignificante a refer ncia jurisprud ncia nacional e internacional Essa orienta o manifestou se tamb m no julgamento da A o Direta de Inconstitu cionalidade 3 112 em 2 de maio de 2007 que foi rejeitada quase integralmente tendo sido julgada procedente apenas em parte para de clarar a inconstitucionalidade dos par grafos nicos dos artigos 14 e 15 e do artigo 21 da Lei n 10 826 de 22 de dezembro de 2003 Estat
391. iretamente a enorme maioria da popula o mundial fun o primordial do direito tratar dessas novas situa es adequar se a elas e enfrent las com seus instrumentos j existentes ou in ditos da melhor forma poss vel JENNINGS FENA 2000 p 16 Al m disso t m se como ponto de partida deste artigo as recentes investidas de um estudante de direito vienense contra o Facebook mo vendo 22 a es de direito europeu em um movimento denominado Europe versus Facebook Desse modo procura se analisar neste trabalho o fen meno das redes sociais em especial o Facebook dentro do contexto de prote o do direito privacidade e intimidade no direito europeu Vale lembrar ainda que entre os anos de 2000 e 2009 o n mero de usu rios da In ternet cresceu de 394 milh es de pessoas para 1 858 bilh o de pessoas o que claramente demonstra a influ ncia da Internet no cotidiano da sociedade contempor nea ITU 2013 Todas as informa es sobre as a es desse grupo podem ser encontradas no site http europe v facebook org Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 17 levantando quest es que precisar o ser enfrentadas por todos em um futuro pr ximo 2 Redes sociais Um servi o de rede social social networking service uma plataforma baseada na internet para a constru o de redes sociais ou rela es sociais entre as pessoas que por exemplo desejam compartilhar interesses atividades ou conex es d
392. irmar que os fil sofos do direito est o intoxicados pelas cortes e cegados para tudo o mais em fun o dos prazeres da jurisdi o constitucional WALDRON 1999 p 9 tradu o nossa e por isso de fende que as cortes s o tamb m um f rum para tomar decis es sociais em um contexto de desacordo mas embora tenham muitas vantagens n o s o necessariamente as mais representativas ou as mais respeitadoras das vozes divergentes na comunidade WALDRON 1999 p 16 tradu o nossa Tushnet 1999 por sua vez ainda mais radical escreve um livro cujo t tulo clama por retirar a Constitui o das cortes Taking the Constitution Away from the Courts A pol mica por m estende se e atinge a quest o da ltima palavra como antes ressaltado S o v rias as abordagens poss veis Podem ser encontradas an lises por exemplo que v o ao mago da matriz filos fica que se d no entrosamento entre constitucionalismo e democracia e tenta dali extrair uma perspectiva procedimental que se constr i por interm dio de uma racionalidade discursiva HABERMAS 1998 ou outra ainda mais radical ao fazer uma bel ssima desconstru o das bases do discurso de soberania DERRIDA 2002 p 45 54 2008 Nesse aspecto a grande quest o como atacar ou desconstruir a metaf sica ou o logocentrismo que est intricado nesse debate e mais diretamen te nas a es coordenadas a partir de tais premissas A abordagem por outro
393. iro L men J ris 2006 1008 p CINTRA Ant nio Carlos de Ara jo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel Teoria geral do processo 23 ed S o Paulo Malheiros 2007 CURIA Luiz Roberto C SPEDES L via NICOLETTI Juliana Org C digos civil comer cial processo civil e constitui o federal 8 ed S o Paulo Saraiva 2012 DINIZ Maria Helena Conflito de normas 4 ed S o Paulo Saraiva 2001 GRINOVER Ada Pellegrini O princ pio do juiz natural e sua dupla garantia Revista de Processo S o Paulo ano 8 n 29 p 11 33 jan mar 1983 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de direito administrativo 26 ed S o Paulo Malheiros 2009 MORAES Alexandre Direito constitucional 21 ed S o Paulo Atlas 2007 REALE Miguel Filosofia do direito 17 ed S o Paulo Saraiva 1996 REDONDO Bruno G OLIVEIRA Guilherme P CRAMER Ronaldo Mandado de segu ran a coment rios Lei 12 016 09 S o Paulo M todo 2009 RODRIGUES Marcelo Abelha Apresenta o e cr tica de alguns aspectos que tornam a suspens o de seguran a um rem dio judicial execr vel In FURTADO Adroaldo Fabr cio Org Meios de impugna o ao julgado civil estudos em homenagem a Jos Carlos Barbosa Moreira Rio de Janeiro Forense 2007 RODRIGUES Marcelo Abelha Suspens o de seguran a susta o da efic cia de decis o judicial proferida contra o poder p blico S o Paulo Revista dos Tribunais 2000 S
394. iro LINDB caso nenhum dos demais seja suficiente O crit rio da especialidade pode ser considerado um crit rio intermedi rio j que tendo em vista a import ncia dos dispositivos constitucionais consagrada pela supremacia da CR O crit rio hierarquia tem maior relev ncia sobre todos Ao considerar que ambos os dispositivos t m a mesma hierarquia ou seja s o leis infraconstitucionais dever ser aplicado para a solu o da antinomia o crit rio da especialidade ensejando a determina o da compet ncia pelo disposto na Lei n 12 016 2009 norma especial a despeito das disposi es do CPC norma geral No entanto conv m analisar a constitucionalidade da atribui o de compet ncia exclusiva e absoluta ao Presidente do tribunal por essa lei de forma a averiguar a possibilidade de aplica o de princ pio da especialidade 6 Solu o da controv rsia Constatada a antinomia jur dica entre o disposto no art 15 da Lei n 12 016 2009 e art 558 do CPC e uma vez identificado o crit rio da especialidade como solucionador da controv rsia faz se necess rio ana lisar a constitucionalidade da atribui o de compet ncia ao Presidente do tribunal pela Lei n 12 016 2009 haja vista que deve ser afastada a aplica o de normas violadoras dos preceitos contidos na CR 6 1 Pedido de suspens o privil gio ou prerrogativa A legisla o processual civil considera integrantes da Fazenda P blica a Uni o os Estados Mun
395. iscipli nar da FMF foi deferido com o fundamento no fato de que ele n o foi devidamente notificado e que a segunda amostra j fora destru da O Laborat rio da UCLA alegou que a segunda prova permanecia plenamente conservada por congelamento para an lise A FMF recorreu Comiss o de Apela o e Arbitragem do Des porte CAAD do Minist rio dos Esportes do M xico que confirmou a decis o da Comiss o Disciplinar da FMF O TAS tanto anulou a deci s o desta Comiss o Disciplinar quanto declarou que a decis o da CAAD n o tinha nenhum efeito no sistema de san es estabelecidas nos Estatutos e Regulamentos da FIFA LOQUIN 2008 p 270 Por conseguinte tendo em vista que se tratava da segunda vez que o jogador era condenado pelo uso da mesma subst ncia anab lica da primeira vez ele fora condenado a um ano de suspens o declarou o exclu do imediata e vitaliciamente de qualquer competi o no mbito da FIFA LOQUIN 2008 p 270 Para julgar e impor decis o contra o rg o de arbitragem estatal o Tribunal Arbitral do Esporte invocou fundamento tipicamente constitucional a igualdade de tratamento dos diversos atletas envolvidos nos desportos trans nacionais O TAS rejeitou peremptoriamente o argumento de que caberia considerar o laborat rio mais favor vel proposto pelo jogador com base no fato de que obtivera um resultado negativo em an lise oferecida por laborat rio n o credenciado pela WADA Res
396. islativo em uma profunda Reforma Pol tica e Eleitoral Por isso mesmo que entre n s em se tratando de fidelidade par tid ria urge que o Congresso Nacional abandone o estado de in rcia e regulamente a mat ria tanto no plano constitucional quanto no plano ordin rio o que acarretar sem d vida importantes consequ ncias para os partidos pol ticos e para os eleitores 7 Recorde se que h mais de duas d cadas se discute a Reforma Pol tica e Eleitoral em comiss es especiais da C mara dos Deputados e do Senado Federal por meio de propostas que visam a dar maior representatividade e maior governabilidade ao sistema pol tico mas at agora sem resultados concretos Temas como sistema eleitoral misto voto facultativo fidelidade partid ria e financiamento p blico de campanhas t m sido objeto de discuss o entre os congressistas brasileiros 124 Revista de Informa o Legislativa Dessa maneira de um lado ter o os partidos pol ticos melhores con di es para impor seus programas e ideias cobrar a sua observ ncia pelos filiados eleitos e n o eleitos e buscar maior coes o interna De outro lado ter o os eleitores maior participa o na vida pol tica do pa s em face do reconhecimento da idoneidade dos partidos pol ticos e dos candidatos eleitos identificados por programas e causas comuns que vincular o os representantes do povo durante seus mandatos sem injustificadas mudan as de legendas que acaba
397. iso Il do X art 29 ao caput do art 77 e ao art 82 da Constitui o Federal EMC 17 1997 Altera dispositivos dos arts 71 e 72 do Ato das Disposi es Constitucio nais Transit rias introduzidos pela Emenda Constitucional de Revis o n X 1 de 1994 EMC 18 1998 Disp e sobre o regime constitucional dos militares X EMC 19 1998 Modifica o regime e disp e sobre princ pios e normas da Administra o P blica servidores e agentes pol ticos controle de despesas e finan as X p blicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal e d outras provid ncias EMC 20 1998 Modifica o sistema de previd ncia social estabelece normas de transi o X e d outras provid ncias EMC 21 1999 Prorroga alterando a al quota a contribui o provis ria sobre movimen ta o ou transmiss o de valores e de cr ditos e de direitos de natureza X financeira a que se refere o art 74 do Ato das Disposi es Constitucio nais Transit rias EMC 22 1999 Acrescenta par grafo nico ao art 98 e altera as al neas i do inciso X do art 102 e c do inciso do art 105 da Constitui o Federal 232 Revista de Informa o Legislativa Emenda Ementa A o Tema EMC 23 1999 Altera os arts 12 52 84 91 102 e 105 da Constitui o Federal cria o X X do Minist rio da Defesa EMC 24 1999 Altera dispositivos da Constitui o Federa
398. ista de Informa o Legislativa O art 100 da Constitui o Federal um exemplo que reflete as situa es da regra de encaixe e da de renumera o a Emenda Constitucional n 30 de 2000 incluiu o S 1 A alterou os 1 2 e 3 e incluiu os 4 e 5 Por sua vez a Emenda Constitucional n 37 de 2002 no mesmo artigo incluiu o 4 e renumerou os 4 e 5 existentes para 5 e 6 respectivamente A regra de encaixe tamb m foi utilizada para incisos como o I A do art 92 inclu do pela Emenda Constitucional n 40 de 2004 Para refor ar a rigidez dos designadores de dispositivos no mbito dos atos administrativos normativos do Senado Federal o Ato da Comiss o Diretora do Senado Federal n 16 de 2012 citado na se o anterior defi niu na al nea a do inciso HI do art 29 a veda o a toda renumera o de artigos agrupadores de artigos e dispositivos de artigos 5 Considera es finais Este estudo mostrou inconsist ncias e equ vocos de t cnica legislativa presentes na reda o das emendas Constitui o Federal 1988 Mostrou ainda a obrigatoriedade da cl usula de vig ncia para as propostas de emenda Constitui o os problemas causados pela altera o indireta e a import ncia da articula o de enumera es em dispositivos o que permite a cria o de refer ncias mais precisas para segmentos do texto constitucional A Leg stica Formal e a Diplom tica n
399. isto que s o v rias as formas e jeitos de se cometer esse delito Portanto o tipo penal aberto no caso dos crimes ambientais encarado de forma protetiva n o deixando que os ofensores se esquivem de eventuais puni es 2 8 Elemento subjetivo Os crimes ambientais podem ser considera dos dolosos ou culposos De acordo com o art 18 I do C digo Penal o crime doloso ocorre quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi lo A letra da lei clara ou o agente dirigiu a sua vontade para conseguir o resultado ou ele assumiu o risco de produzi lo Neste ltimo caso estaremos diante do dolo eventual uma das esp cies que mais ocorre em mat ria de crime ambiental depois apenas da culposa J o crime culposo com previs o expressa no inciso II do art 18 do C digo Penal aquele em que o agente deu causa ao resultado por imprud ncia neglig ncia ou imper cia BRA SIL 1940 Portanto o C digo Penal foi vago quanto defini o desta ltima esp cie fazendo men o somente s suas modalidades Assim faz se mister procuramos sua defini o na dou trina De acordo com Mirabete 2002 p 145 crime culposo a conduta volunt ria a o ou omiss o que produz resultado antijur dico n o querido mas previs vel e excepcionalmente previsto que podia com a devida aten o ser evitado Assim na legisla o penal brasileira a regra s o os crimes dolosos e a exce
400. istrativos normativos e sobre a publica o dos atos administrativos em geral no mbito do Senado Federal definiu no art 29 que trata da altera o dos atos adminis trativos a seguinte regra de t cnica legislativa Par grafo nico vedada a altera o indireta de dispositivo assim entendida como aquela que modificando o seu comando n o lhe ofe rece nova reda o 4 2 Renumera o de dispositivos Na Filosofia da Linguagem e na L gica Modal estuda se o conceito de designadores r gidos aqueles que identificam um mesmo objeto em todos os mundos poss veis Kripke 1980 No mundo jur dico a tradi o e algu mas regras de t cnica legislativa que tratam da atribui o de r tulos aos dispositivos tentam estabelecer um v nculo est vel entre os identi ficadores de normas e seu conte do normativo e lingu stico Percebemos essa preocupa o em diversos dispositivos da Lei Complementar n 95 de 1998 Art 12 A altera o da lei ser feita I mediante reprodu o integral em novo texto quando se tratar de altera o consi der vel II mediante revoga o parcial III nos demais casos por meio de subs titui o no pr prio texto do dispositivo alterado ou acr scimo de dispositivo novo observadas as seguintes regras a Revogado Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 229 b vedada mesmo quando recomend vel qualquer renumera o de artigos e de unidade
401. itivados na Constitui o como cl usu las contratuais ou como uma lista exauriente de posi es jur dicas A referida tese estabelece uma conclus o substancial se os direitos n o foram positiva dos no n vel da constitucionaliza o n o s o importantes o suficiente para serem protegidos pela fundamentaliza o formal No entanto e de acordo com Dworkin 2006 p 123 a siste m tica dos direitos fundamentais n o parece ser mais bem interpretada como uma busca para saber o que consta e o que n o consta em uma lista ou seja como uma busca pelas express es positivadas ou n o no texto Pensemos em um exemplo adaptado de Dworkin 2006 na inten o de impedir que certos objetos possam ser utilizados como meios para um sequestro terrorista uma lista criada por determinado aeroporto limitando a entrada de armas de fogo facas e explosi vos no avi o O problema surge quando algum passageiro carrega consigo g s lacrimog nio e questiona se pode ou n o entrar com o objeto no avi o Ora o g s n o se submete a nenhuma das categorias expostas acima Nesses casos importante questionar a capacidade de funcio n rios do aeroporto incluir armas n o positiva das ou como o autor sugere n o enumeradas Q aspecto da vontade na forma o obrigacional permeia a estrutura contratual por consequ ncia o conhe cimento pr vio de todas as obriga es e a impossibilidade de assun
402. ito de judicializa o da pol tica podem ser assim expostos i a presen a de um novo ativismo judicial com o surgimento de novas quest es aptas a serem dirimidas pelos ju zes e tribunais ii o interesse dos pol ticos e administradores em adotar a m todos e procedimentos t picos do processo judicial b par metros jurisprudenciais ditados pelo Judici rio nas suas delibera es Distingue Barroso 2011 p 234 a judicia liza o da pol tica do ativismo judicial Para Barroso 2011 a judicializa o e o ativismo s o primos V m portanto da mesma fam lia frequentam os mesmos lugares mas n o t m as mesmas origens N o s o gerados a rigor pelas mesmas causas imediatas Segundo Barroso 2011 p 234 a judicializa o um fato uma circuns t ncia que decorre do desenho institucional brasileiro e n o um exerc cio deliberado de vontade pol tica J o ativismo judicial uma atitude a escolha de um modo espec fico e proativo de interpretar a Constitui o ex pandindo o seu sentido e alcance O ativismo judicial normalmente se instala e este o caso do Brasil em situa es de retra o do Poder Legislativo de um certo deslocamento entre a classe pol tica e a sociedade civil im pedindo que determinadas demandas sociais sejam atendidas de maneira efetiva Como se observa atrelada ao debate sobre ativismo judicial est a quest o da judicializa o da pol tica Encont
403. itui o em um sentido material seria aquela norma considerada superior t o so mente por conter os procedimentos de cria o e altera o das demais normas do ordenamento jur dico Por outro lado a sua formalidade esta ria relacionada aos procedimentos dificultosos de sua altera o necess rio proteger a norma que cont m as especifica es sobre os rg os pol ticos sobre a produ o normativa e em alguma medida sobre o conte do das leis essa a raz o pela qual atribu da a tais normas uma forma constitucional diferenciada das leis ordin rias KELSEN 2000 p 183 184 De que concep o de Constitui o material nossos autores constitucionalistas lan am m o para estabelecer a dicotomia entre direitos fundamentais formais e materiais tradi o em nosso constitucionalismo especialmente nos manuais de Direito Cons titucional elencar in meras classifica es e conceitos de Constitui o como se fossem meros r tulos ofertados para livre escolha do int rprete al m do fato de eles estarem dis postos como se fossem constru es te ricas complementares ou concili veis Como denun cia Virg lio Afonso da Silva 2005 p 109 em vez de discutir problemas importantes sobre a fun o e o papel a serem desempenhados por uma Constitui o no ordenamento jur dico nacional os autores apenas citam e descrevem Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 283 tipos de Constitui o sem contextualiza
404. ive o tipo de treinamento de capacita o que deveriam realizar e o porte de arma a que teriam direito Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 65 A legisla o vigente n o confere uma pen s o aos ex presidentes brasileiros Entetanto o benef cio j foi concedido no passado Como lembra Harazim 2010 p 19 de in cio a legis la o brasileira se ocupou somente com a sorte das vi vas dos mandat rios da Rep blica Por decreto assegurou lhes uma pens o mensal de 10 mil cruzeiros equivalente poca a quase oito sal rios m nimos Em 1963 a C mara dos Deputados aprovou a Resolu o n 41 que estabelecia normas para a concess o de pens es especiais Entre os casos a serem considerados para tramita o na C mara figuravam as pens es para ex presidente e para ex vice presidente da Rep blica as quais n o podiam exceder ao triplo do maior sal rio m nimo vigente no Pa s O direito dos ex presidentes a uma pens o foi consagrado no per odo com a sua inclus o na Constitui o de 1967 Com reda o dada pela Emenda Constitucional n 1 de 1969 o art 184 determinou a concess o do direito pens o vital cia aos ex presidentes da Rep blica con forme o texto que se segue in verbis Art 184 Cessada a investidura no cargo de Presidente da Rep blica quem o tiver exercido em car ter permanente far jus a t tulo de representa o desde que n o tenha sofrido suspens o dos direitos p
405. ivista De acordo com essa abordagem que ressalta os aspectos do momento de positiva o da Constitui o as preocupa es em distinguir o sociol gico hist rico e o jur dico n o caberiam para a de termina o do que seria mat ria constitucional Da por que ser o consideradas constitucionais todas as mat rias que disserem respeito orga niza o dos poderes e ao processo de produ o normativa KELSEN 2000 Inicialmente desenvolvida por Jellinek a concep o positivista de Constitui o parte de um importante pressuposto n o apenas os povos oriundos de uma comunidade histori camente fundada Savigny possuem Consti tui es mas igualmente as comunidades de pessoas com interesses pol ticos distintos que intencionam buscar o equil brio por meio do jogo democr tico Portanto a solidez da Constitui o n o depende mais de nenhuma Constitui o em sentido material anterior formal O mais importante a forma uma vez que o equil brio n o se estabelece t o somente pela exist ncia de um povo materialmente constitu do mas pelo desenvolvimento das discuss es pol ticas nas arenas democr ticas Tal compreens o en contra seu auge em Kelsen 2000 que apesar de utilizar a dicotomia material formal retira dela seu car ter sociol gico A defini o da Constitui o em sentido formal e material em Kelsen 2000 baseada essencialmente em sua estrutura formalista do direito Const
406. jeto de diverg ncias entre os atores nos n veis local e federal Da mesma forma para compreender a evolu o das regras e as intera es entre os atores necess rio conhecer as regras estabelecidas antes da introdu o do SRR bem como as falhas que elas apresentavam Antes da utiliza o do SRR um quadro jur dico foi estabelecido em v rias etapas a fim de identificar os princ pios que deveriam guiar a autoriza o da comercializa o dos OGM Esse quadro foi influenciado pelas orienta es tomadas no pa s e pelo processo de ratifica o de tra tados no qual o Brasil se engajou ativamente No Brasil a Comiss o Nacional T cnica de Biosseguran a CTN Bio inst ncia ligada ao Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT tem compet ncia para o tema A CTNBio uma inst ncia colegiada com representantes de diferentes minist rios Sa de Agricultura Meio Am biente da comunidade cient fica e da sociedade civil Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 33 3 2 Particularidades do mercado de sementes de soja O Brasil disp e de um setor ativo e diversificado de cria o varietal e de produ o de sementes para a maioria das esp cies cultivadas No do m nio da soja antes do advento do SRR mais ou menos vinte empresas de cria o varietal obtentores operavam em escalas vari veis no mbito de alguns estados ou de todos os estados Essas empresas participaram do desenvolvimento do agro business Em 2002
407. l ordem heredit ria ordem democr tica 3 o povo ele mesmo o titular da soberania ou do poder A Constitui o estabelece no seu art 1 que a Rep blica Federativa do Brasil se constitui em Estado Democr tico de Direito esclarecendo ainda no par grafo nico que todo o poder emana do povo que o exerce por meio de repre sentantes eleitos ou diretamente nos termos por ela estabelecidos Assim se o povo soberano e pode exercer por si mesmo essa faculdade poder tamb m deleg la a seus representantes Em s ntese pode se afirmar que a sobe rania popular a verdadeira consagra o da democracia Ali s desde Abraham Lincoln a democracia como regime pol tico governo do povo pelo povo e para o povo Ainda hoje se considera esta formula o como a s ntese mais lapidar do regime democr tico Pode se admitir ent o segundo Silva 2011 p 126 que democracia um processo de conviv ncia social em que o poder emana do povo h de ser exercido direta ou indiretamente pelo povo e em pro veito do povo Diz se que um processo de conviv ncia primeiramente para denotar sua historicidade depois para real ar que al m de uma rela o de poder pol tico tamb m um modo de vida em que no relacionamen to interpessoal h de verificar se o respeito e a toler ncia entre os conviventes A democracia como regime fundado na soberania popular se apresenta de tr s formas a dem
408. l estabelecem san es para atos de infideli dade partid ria assim definidos pela respectiva legisla o eleitoral e partid ria especialmente para aqueles que hajam sido eleitos para o de sempenho de mandatos eletivos Entre n s a Constitui o no 1 do art 17 com a reda o dada pela Emenda Constitucio nal n 6 de 2006 assegura aos partidos pol ticos autonomia para definir sua estrutura interna organiza o e funcionamento bem como para adotar os crit rios de escolha e o regime de suas coliga es eleitorais sem obrigatoriedade de vincula o entre candidatos em mbito nacio nal estadual distrital e municipal devendo seus estatutos estabelecer normas sobre fidelidade e disciplina partid rias Por sua vez a Lei n 9 096 de 1995 que trata dos partidos pol ticos prev nos arts 23 a 26 normas sobre a mat ria com destaque para o art 25 que autoriza o estatuto do partido a estabelecer al m das medidas disciplinares b sicas de car ter partid rio as normas sobre penalidades aplic veis ao parlamentar que se opuser pela atitude ou pelo voto s diretrizes legitimamente estabelecidas pelo partido inclu sive com o desligamento tempor rio da banca da suspens o do direito de voto nas reuni es internas ou perda de todas as prerrogativas cargos e fun es que exer a em decorr ncia da representa o e da propor o partid ria na respectiva Casa Legislativa Como se observa a legisl
409. l system is understood here as a perceived or inferred notion of purpose which stems from a set of presump tions of actors defining its boundary T rke 2008 p 37 As fronteiras do sistema delimitam os atores que est o dentro e fora mas elas n o se imp em por si mesmas T rke 2008 prop e doze crit rios para ajudar a delimitar as fronteiras de um sistema social ou seja para identificar os atores que fazem ou n o parte desse sistema No tema abordado neste artigo v rios tipos de atores s o afetados O objetivo perseguido a utiliza o de soja transg nica o SRR O lugar dos atores no sistema social ao se estabelecerem ao redor desse objetivo determinado pelo po sicionamento favor vel oposto ou indiferente a esse objetivo O acesso soja transg nica controlado pela Monsanto que detentora da 32 Revista de Informa o Legislativa propriedade intelectual mas a utiliza o n o poss vel sem que a autoriza o tenha sido dada pelos poderes p blicos T rke 2008 afirma que o envolvimento de atores diferentes no sistema social faz com que eles interajam pela busca de um mesmo objetivo O resultado da intera o n o depen de apenas da situa o real mas sobretudo do contexto e das inten es que prevalecem por meio dessa intera o que os atores podem modificar o precondicionamento na base de sua cria o de imagem sobre uma situa o espec fica Na verdade ca
410. l ticos est o preparados para permitir que os ju zes revisem os atos pol ticos A falta de envolvimento dos pol ticos em de terminadas mat rias pol micas tem levado a sociedade ao Judici rio para que este produza solu es para os casos apresentados Canivet 2006 ao tratar do ativismo ju dicial destaca o respeito e a confian a que a sociedade deposita nos ju zes que possuem a coragem e a dignidade necess rias para julgar as quest es que lhes s o confiadas pelos cidad os em face da viola o de seus direitos Essa con fian a segundo o autor retirada dos homens pol ticos e depositada nos ju zes independen temente de suas decis es Hirschl 2006 alerta para a expans o da atividade de controle da pol tica para al m das quest es jur dicas englobando o que identifica como megapol tica isto as controv rsias po l ticas essenciais que frequentemente definem e dividem todas as pol ticas como o processo eleitoral os problemas de justi a restaurativa as quest es de identidade coletiva fundacional e os processos relativos natureza e defini o do corpo pol tico Esse processo de progressiva transfer ncia de poderes decis rios das institui es representativas para rg os judiciais deno minado juristocracia pelo autor Alexy 2007 associa o ativismo judicial a uma jurisdi o constitu cional fornecedora da ltima palavra de forma a proteger os cidad os de eventuais ab
411. l pertinentes representa o X classista na Justi a do Trabalho EMC 25 2000 Altera o inciso VI do art 29 e acrescenta o art 29 A Constitui o Federal que disp em sobre limites de despesas com o Poder Legislativo X X Municipal EMC 26 2000 Altera a reda o do art 6 da Constitui o Federal X EMC 27 2000 Acrescenta o art 76 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias instituindo a desvincula o de arrecada o de impostos e contribui es X X sociais da Uni o EMC 28 2000 D nova reda o ao inciso XXIX do art 7 e revoga o art 233 da Consti X tui o Federal EMC 29 2000 Altera os arts 34 35 156 160 167 e 198 da Constitui o Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias X X para assegurar os recursos m nimos para o financiamento das a es e servi os p blicos de sa de EMC 30 2000 Altera a reda o do art 100 da Constitui o Federal e acrescenta o art 78 no Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias referente ao X X pagamento de precat rios judici rios EMC 31 2000 Altera o Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias introduzindo X X artigos que criam o Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza EMC 32 2001 Altera dispositivos dos arts 48 57 61 62 64 66 84 88 e 246 da X Constitui o Federal e d outras provid ncias EMC 33 2001 Altera os arts 149 155 e 177 da Constitui o Federal X EMC
412. lado as normas internacionais que n o passaram pelo referido processo s o consideradas como materialmente constitucionais mas n o formalmente constitucionais estando por essa raz o descobertas de importantes garantias e efeitos estabelecidos para as normas constitucionais 7 v lido ressaltar que a posi o de Sarlet 2005 p 83 93 parece confusa na medida em que p ginas antes o autor afirma que os direitos fundamentais em sentido formal s o frutos de decis o expressa do legislador constitucional para inser o no cat logo e os direitos materiais s o aqueles que apesar de estarem fora do cat logo em fun o de seu conte do e import ncia s o equiparados aos direitos fundamentalmente formais Por m conclui Sarlet com base no 2 do art 5 que podem ser extra das duas esp cies de direi tos fundamentais a direitos formal e materialmente fundamentais e b direitos apenas materialmente fundamentais sem assento no texto Ap s tais conclus es o autor p e em d vida a posi o dos direitos fundamentais materiais e a sua equipara o ao regime jur dico dos direitos fundamentais formais e materiais algo que havia confirmado anteriormente 280 Revista de Informa o Legislativa Antes de adentrar mais profundamente nas discuss es acerca do ponto devemos nos perguntar o seguinte quais as origens de uma separa o entre normas material e formalmente constitucionais Cremos que a resposta esteja liga
413. lado pode se desenvolver especialmente com base em uma compreens o da soberania popular na hist ria e aqui se destaca a excelente obra Inventing the People de Edmund Morgan 1989 e a partir dessa an lise explicitar que ao se trabalhar institucionalmente o local do poder de fala em termos de democracia constitucional preciso entender as origens dessa soberania que em certa medida estendida institucionalmente seja por interm dio de uma pretensa representa o no caso do parlamento seja por interm dio de uma pretensa defesa Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 79 da Constitui o no caso do Judici rio Por fim a an lise pode ser mais diretamente focada no pr prio arranjo institucional Nesse ponto as cr ticas pressuposi o de primazia do Judici rio s o diretas Sanford Levinson 2000 por exemplo diz que tais afirma es sobre a primazia do Judici rio aqui vale em certa medida o resgate das palavras do Ministro Marco Aur lio s o ultimamente mais pat ticas do que ins piradoras MCCLOSKEY LEVINSON 2000 p 241 tradu o nossa Por sua vez Larry Kramer 2004 um dos grandes cr ticos do ativismo judicial diz que tais assertivas s o meramente bravata e sopro bluster and puff KRAMER 2004 p 221 tradu o nossa No Brasil exatamente em artigo referente PEC n 33 2011 Cl udio Ladeira de Oliveira diz que o discurso de primazia do Judici rio n o sen o um bord
414. lica uma situa o gravosa ao administrado supostamente ineficiente No entanto mais controversa a segunda situa o em que a obedi ncia regra legal se revela ine ficiente para a gest o p blica Em algumas dessas hip teses o Poder Judici rio tende em car ter excepcional a mitigar a obedi ncia estrita legalidade em prol de uma solu o que garanta resultados com maximiza o de benef cios e minora o de custos tanto para os administrados quanto para os administradores Nos autos da apela o n 157 90 2000 01 3400 julgada em 3 5 2013 o Tribunal Regional Federal da 1 Regi o TRF 1 Regi o afastou a aplica o da Instru o Normativa n 13 1999 da Secretaria de Defesa Agropecu ria Minist rio de Agricultura e do Abastecimento que previa prazo de 60 dias VO COM VISTAS EXPEDI O DE CERTIFICADO DE GEORREFERENCIAMENTO PROTOCOLIZADO JUNTO AO INCRA APRECIA O ASSEGURADA OBSERV NCIA DOS PRINC PIOS CONSTITUCIONAIS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL DA EFICI NCIA E DA MORALIDADE I Formulado requerimento administrativo objetivando a expedi o de Certificado de Georreferenciamento tal pleito deve ser analisado tempestivamente pela Administra o assegurando se impetrante a observ ncia da garantia constitucional do devido processo legal devida a todos os litigantes na esfera judicial ou administrativa Constitui o Federal art 5 LIV e LV afigurando se pass vel de corre o
415. lo Saraiva 2005 O papel do Senado no controle de constitucionalidade um caso cl ssico de mu ta o constitucional Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 41 v 162 p 149 168 abr jun 2004 M LLERS Christoph Legalit t Legitimit t und Legitimation des Bundesverfassungerichts In JESTAEDT Mathias et al Das entgrentzte Gericht eine kritische Bilanz nach sechzig Jahren Bundesverfassungsgericht Frankfurt Suhrkamp 2011 MORGAN Edmund Inventing the people the rise of popular sovereignty in England and America London W W Norton 1989 O ESTADO DE S PAULO Ministros do STF criticam proposta de submeter decis es da Corte ao Congresso O Estado de S Paulo S o Paulo 24 abr 2013 Dispon vel em lt http www estadao com br noticias nacional ministros do stf criticam proposta de submeter decisoes da corte ao congresso 1025075 0 htm gt Acesso em 11 jun 2013 94 Revista de Informa o Legislativa OLIVEIRA Cl udio Ladeira de PEC 33 separa o de poderes e o aprisionamento judicial da Constitui o Cr tica Constitucional Bras lia 27 abr 2013 Dispon vel em lt http www criticaconstitucional com pec 33 separacao de poderes e o aprisionamento judicial da constituicao gt Acesso em 11 jun 2013 SELIGMAN Felipe Barbosa diz que reduzir poderes do STF fragiliza democracia Folha de S Paulo S o Paulo 25 abr 2013 Dispon vel em lt http wwwl folha uol com br poder 2
416. lo pelo usu rio 19 Configura es de privacidade para fotos Os usu rios podem apenas determinar quem pode ver o link para uma foto A foto em si pode ser vista por todos que conhecem o link 20 Fotos exclu das O Facebook s apaga o link para fotos As fotos ainda continuam p blicas na internet por um determinado per odo de tempo 21 Grupos Os usu rios podem ser adicio nados a grupos sem o seu consentimento esses grupos podem propagar uma imagem enganosa sobre a pessoa 22 Novas pol ticas As pol ticas do Face book s o alteradas com muita frequ ncia sem que os usu rios sejam devidamente informados Al m disso n o s o consultados para autorizar as novas pol ticas Em dezembro de 2011 o Irish Data Pro tection Commissioner publicou seu primeiro parecer sobre o caso analisando as eventuais altera es a serem feitas pelo Facebook O gru po Europe versus Facebook considerou tais su gest es insatisfat rias Em seguida em fevereiro de 2012 membros do Europe versus Facebook encontraram se em Viena com representantes do Facebook a fim de discutir um acordo para as altera es a serem feitas pelo Facebook N o houve resultado pr tico positivo desse encontro Entretanto em maio e junho de 2012 o Facebook publicou nova diretiva de prote o de dados Podem ser observadas pequenas altera es nesse tema como maior transpar ncia no Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 25 tocante ao proc
417. lo processo democr tico com valores ALEXY 1994 p 125 a distin o entre a atividade judicante e a parlamentar torna se nebulosa A legitima o pelo discurso a representa o argumentativa ganha relevo por essa associa o de raciona lidade com defesa da Constitui o mas ela se mostra altamente critic vel quando se constata que 1 empiricamente n o se verifica bem essa t o alardeada defesa da Constitui o pela corte constitucional 2 a racionalidade defendida nesse procedimento decorrente de uma cren a cartesiana de que m todo produz racionalidade e coincidente em grande medida com a l gica discursiva do pr prio parlamento pois se torna fortemente pol tica Nesse ltimo caso tem se um problema estrutural se especialmente ap s o giro hermen utico n o mais poss vel acreditar que um m todo traga racionalidade qual o outro argumento que o Supremo Tribunal Federal pode utilizar em benef cio de sua legitimidade para esse tipo de decis o em compara o ao parlamento O que o torna t o especial e distinto para se afirmar como cr detentor da ltima palavra 6 Conclus es curioso que nessas horas algumas an li ses realizadas por cientistas pol ticos parecem mais realistas do que as t o engenhosas ten tativas te ricas de justifica o da deten o da ltima palavra pelas cortes constitucionais Louis Fisher 1988 muito direto na percep o de que
418. lquer afirma o de harmoniza o entre eles Apesar da pot ncia conflitiva das palavras do Ministro Gilmar Men des n o foram elas o foco de ampla divulga o pela imprensa exatamente naquela semana Do outro lado da Pra a dos Tr s Poderes a C mara dos Deputados por interm dio de sua Comiss o de Constitui o e Justi a e de Cidadania CCJ havia naquele mesmo dia aprovado a Proposta de Emenda Constitui o n 33 PEC n 33 2011 a qual trazia entre v rios aspectos uma normatiza o que limitava a atua o do Supremo Tribunal Federal em diferentes mbitos A rea o foi imediata N o foram poucas as vozes que sustentaram uma n tida ofensa separa o Particularmente os principais aspectos da PEC n 33 2011 se voltam para o controle das s mulas de efeitos vinculantes proferidas pelo STF a exig ncia de 4 5 de votos do tribunal para a declara o de inconstitucionalidade e o mais pol mico a possibilidade de revis o pelo Congresso Nacional de decis o declarat ria de inconstitucionalidade mate rial tomada pelo STF desde que 1 o Congresso rejeite a decis o do STF por interm dio de 3 5 de seus membros e conjuntamente 2 a decis o do Congresso seja aprovada pela popula o em referendo 76 Revista de Informa o Legislativa de Poderes e aos mais basilares princ pios do constitucionalismo democr tico Por outro lado diferentemente do caso anterior houve ampla divulga o pela impren
419. lver inst ncias estatais internacionais supranacionais e transnacionais arbitrais assim como institui es jur dicas locais na tivas na busca da solu o de problemas tipicamente constitucionais nessa perspectiva abrangente que considerarei o transconstitucionalismo na Am rica Latina a seguir sem descuidar por m da rela o entre a Corte Interamericana de Direitos Humanos e os tribunais supremos ou constitucionais dos respectivos Estados 2 Problemas transconstitucionais entre Corte Interamericana de Direitos Humanos e tribunais supremos ou constitucionais dos Estados latino americanos Uma experi ncia relevante de transconstitucionalismo entre ordem internacional e ordem estatal vem se desenvolvendo na rela o entre o Sistema Interamericano de Direitos Humanos institu do pela Conven o Americana de Direitos Humanos CADH e as ordens constitucionais dos respectivos Estados signat rios que a ratificaram Nesse contexto n o se trata simplesmente da imposi o de decis es da Corte Interamericana de Direitos Humanos CorteIDH criada e estruturada pelo Cap tulo VI Essa Conven o foi adotada em 22 de novembro de 1969 em S o Jos da Costa Rica tendo entrado em vigor em 18 de julho de 1978 conforme o seu art 74 n 2 BURGORGUE LARSEN 2009 p 287 338 CARAZO ORTIZ 2009 p 231 285 Sobre a discuss o no Brasil ver Oliveira 2007 destacando se o pref cio de Trindade 2007 p 17 18 Para um
420. m o Estatuto de Roma pode ser suportada pelo Tribunal Penal Internacional em uma posi o construtiva e disposta ao aprendizado A quest o poder tornar se mais problem tica se o STF vier a con siderar a hip tese como de extradi o e afirmar a sua jurisprud ncia de n oextradi o de brasileiros nos termos do artigo 5 inciso LI da Constitui o brasileira Nesse caso n o seria t o simples a solu o do conflito normativo Por m n o parece correta como j foi adiantado a extens o sem ntica desse preceito no sentido de que essa proibi o valha tamb m para a entrega de criminoso r u ou indiciado ao TPI pois a ex tradi o refere se rela o entre Estados Sem d vida mesmo admitida essa interpreta o do conceito de extradi o ainda surgir o novamente problemas pela invoca o do artigo 60 4 inciso IV da Constitui O artigo 60 4 inciso IV da Constitui o Federal do Brasil determina 4 N o ser objeto de delibera o a proposta de emenda tendente a abolir IV os direitos e garantias individuais 1 Confirmando os precedentes na experi ncia jurisprudencial mais recente cf os seguintes casos de extradi o todos decididos por unanimidade pelo Pleno do STF Ext 1 104 UK Reino Unido da Gr Bretanha e da Irlanda do Norte 14 4 2008 DJe 23 5 2008 Ext 1 103 Estados Unidos da Am rica 13 3 2008 DJe 7 11 2008 Ext 1 060 PU Peru 15 10 2007 DJe
421. m base em sua pos s vel relativiza o a partir daquilo que factual e legalmente poss vel ALEXY 1994 p 75 Por tr s dessa realidade constroem se perspectivas que lan am forte nfase a determinados princ pios como a dignidade humana que ganha a qualidade de superprinc pio conceitos como n cleo essencial importado do alem o Wesen gehalt e t cnicas decis rias como o princ pio da proporcionalidade e em especial o balance amento que alteram sobremaneira a forma de apresentar o argumento que deu ensejo deci s o Agora todo direito fundamental tem uma estrutura objetiva uma finalidade que se ligar compreens o axiol gica da sociedade E sua interpreta o especialmente quando h uma colis o de princ pios acarreta necessariamen te a aplica o de uma an lise proporcional de seu peso em conson ncia com as caracter sticas factuais e as possibilidades que a realidade e as normas jur dicas lhe proporcionam A conse qu ncia direta dessa forma de racioc nio que decidir em mat ria constitucional se assenta muito mais na ado o de uma metodologia Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 89 suficientemente flex vel capaz de absorver essa perspectiva axiol gica especialmente por inter m dio da aplica o do balanceamento do que na preocupa o de uma efetiva constru o de direitos que compreenda aquela complexidade aqui brevemente indicada de uma racionalida de li
422. m da pr pria reclamada BRASIL 2012b Aparentemente o 1 do artigo 25 da Lei n 8 987 95 tra ou par metro diametralmente oposto ao que previa o Tribunal Superior do Trabalho possibilitando que concession rias terceirizassem at mesmo suas atividades prin cipais As empresas hidroel tricas poderiam terceirizar atividades ligadas constru o reforma manuten o de redes el tricas tendo em vista quest es ligadas competitividade economia e sobretudo em raz o da incid ncia do princ pio da legalidade a partir do permis sivo legal PEREIRA 2010 p 72 2 1 Lei n 9 472 de 16 de julho de 1997 No per odo do Governo FHC diante do grande n mero de privatiza es realizadas houve um abrandamento do rigor das terceiri za es Editou se a Lei n 9 472 de 16 de julho de 1997 destinada a organizar os servi os de telecomunica es Em seu artigo 94 a lei autorizou a terceiriza o ampla incluindo atividades meio e fim das empresas privatizadas como forma de possibilitar sua arremata o e saneamento BASSO 2008 p 89 116 o que inspirou decis es d spares nos tribunais trabalhistas BISPO 2010 p 80 88 O art 94 da Lei n 9 472 97 permite que a concession ria contrate com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes acess rias ou complemen tares ao servi o bem como a implementa o de projetos associados BRASIL 1997 A legisla o reservada a
423. m decididas nas casas legislativas ou nos partidos pol ticos sem a interfer ncia do Judici rio Assim na expans o da sua atividade o Ju dici rio principalmente o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal ap s a promulga o da Carta de 1988 tem adotado um papel mais ativo na interpreta o da Cons titui o e das leis potencializando o sentido e o alcance de suas normas e sobrepondo se ao Legislativo na tomada de decis es Dessa forma exibe uma postura proativa pr pria do ativis mo judicial inclusive com o estabelecimento de novas condutas n o previstas na legisla o em vigor Essa nova fei o da atividade do Judici rio tem trazido perplexidades sobre as compe t ncias constitucionais do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal as quais a cada dia prolatam novas decis es sobre quest es pol ticas Caso emblem tico que se tem observado o da fidelidade partid ria cujo sentido no direito eleitoral e partid rio est ligado aos deveres impostos pelo estatuto do partido pol tico ao seu filiado eleito ou n o eleito no sentido da observ ncia do programa partid rio e das decis es tomadas nas inst ncias superiores conven es executivas diret rios etc Nesse diapas o a infidelidade partid ria seria carac terizada como ato de rebeldia e de indisciplina relacionado a compromissos assumidos por um partido pol tico Os ordenamentos jur dicos em gera
424. m maio de 2003 em julho de 2003 o Myspace e em seguida em ja neiro de 2004 o Orkut que teve enorme sucesso no Brasil Em fevereiro de 2004 o Facebook foi lan ado a princ pio apenas para os alunos da Universidade de Harvard 2 2 Caracter sticas das redes sociais Os sites com servi os de redes sociais SNS compartilham uma variedade de caracter sticas t cnicas que permitem aos indiv duos cons truir uma perfil p blico e ou semip blicos articular uma lista de outros 18 Revista de Informa o Legislativa usu rios com quem partilham uma conex o e ver a sua lista de conex es dentro do sistema BOYD ELLISON 2007 O mais b sico deles cont m perfis com uma lista de amigos que tamb m s o usu rios do site Geralmente um perfil gerado a partir de respostas em que os usu rios constroem suas pr prias caracter sticas o chamado type oneself into being BOYD ELLISON 2007 Assim devem ser respondidas perguntas como idade localiza o interesses dentre outras Alguns sites permitem aos usu rios fazer upload de fotos adicionar conte do multi m dia ou modificar a apar ncia do perfil Muitos desses sites permitem por exemplo que os usu rios postem entradas de blog busquem outras pessoas com interesses semelhantes e compartilhem listas de contatos Os perfis de usu rio muitas vezes t m uma se o dedicada a coment rios de amigos e de outros usu rios Para proteger a privacidade do u
425. m nas ltimas duas d cadas sobre financiamento de campanhas e que tinham como objetivo limitar os gastos de campanha e aumentar a transpar ncia das fontes de financiamento pol tico Assim ficou eliminado qualquer limite s doa es que as empresas e corpora es podiam fazer aos candidatos a cargos eletivos em campanha eleitoral Essa decis o da Suprema Corte abriu novos caminhos para os gastos pol ticos das pessoas jur dicas nos Estados Unidos e influenciou o cen rio da disputa eleitoral de 2010 Na Europa s o tamb m in meros os casos ocorrentes do fen meno do ativismo Aos Tribunais Constitucionais europeus cabe n o apenas solucionar os conflitos suscitados entre jurisdi es e atividades adminis trativas ou julgar a constitucionalidade das leis e tratados internacionais como tamb m decidir sobre as viola es dos direitos fundamentais constitucionalmente assegurados Assim na Fran a os efeitos da interven o do Conselho Constitu cional sobre a ordem pol tica t m sido relevantes Nesse sentido Castro 1997 p 149 assinala que o papel desse rg o foi decisivo para a sorte Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 99 de diversas iniciativas de reforma tais como o programa de nacionaliza o patrocinado pelo governo de Fran ois Mitterrand a pol tica universit ria e a pol tica de competitividade inclu da na Lei de Imprensa de 1984 Na Alemanha de modo id ntico a atua o do Tribunal Constitucional t
426. m no que tange s empresas de teleco munica o a controv rsia tornou se ainda maior quando a lei aparen temente conferiu a essas prestadoras de servi os de forma contr ria s mula a possibilidade de terceirizar suas atividades inerentes As leis das concession rias colidiriam com o crit rio presente no inciso II da S mula 331 do Tribunal Superior do Trabalho N o h diploma legal espec fico a reger a terceiriza o nem mesmo a limitar a aplica o do instituto s atividades meio Em verdade a restri o emerge como crit rio tra ado pela jurisprud ncia O foco da discuss o ainda se encontra longe de atingir o patamar de veda o discrimina o em prol dos direitos dos terceirizados 3 Limita o terceiriza o estabelecida pela justi a do trabalho Vale a pena recapitular o hist rico da S mula 331 do TST Em 1986 o TST observando a legisla o existente sobre o tema basicamente a Lei n 6 019 74 Lei do Trabalho Tempor rio e a Lei n 7 102 83 que disp e sobre os servi os de vigil ncia editou o enun ciado sumular 256 Salvo os casos de trabalho tempor rio e de servi o de vigil ncia previstos nas Leis n 6 019 de 3 1 74 e 7 102 de 20 6 83 ilegal a contrata o de trabalhadores por empresa interposta formando se o v nculo empregat cio diretamente com o tomador dos servi os Assim a terceiriza o de uma forma geral era vedada pelo orde namento jur dico segundo
427. m nome da sociedade mas respondem para com esta e para com terceiros solid ria e ilimitadamente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com viola o do Con trato ou da Lei 264 Revista de Informa o Legislativa A desconsidera o do ente coletivo tamb m foi adotada pelo C digo de Defesa do Consumidor em seu art 28 da seguinte forma Art 28 O Juiz poder desconsiderar a personalidade jur dica da socie dade quando em detrimento do consumidor houver abuso de direito excesso de poder infra o da lei fato ou ato il cito ou viola o dos estatu tos ou contrato social A desconsidera o tamb m ser efetivada quando houver fal ncia estado de insolv ncia encerramento ou inatividade da pessoa jur dica provocados por m administra o J o art 4 da Lei dos Crimes Ambientais trata da desconsidera o da personalidade jur dica da seguinte forma Poder ser desconsiderada a pessoa jur dica sempre que sua personalidade for obst culo ao ressarci mento de preju zos causados qualidade do meio ambiente Destarte as pessoas jur dicas continuam sendo distintas de seus membros somente sendo desconsideradas quando o ente coletivo for utilizado com o intuito de praticar fraudes ambientais Para tanto deve o magistrado analisar o caso concreto com aten o para n o cometer nenhuma injusti a Em caso semelhante a 6 C mara de Direito P blico do Tribunal de Justi a de S o Paulo assim de
428. m por enfraquecer a representa o e o pr prio regime democr tico Conclus o Como se viu ao longo deste artigo o instituto da fidelidade parti d ria os deveres que se imp em aos filiados eleitos e n o eleitos de observar o programa as diretrizes e os objetivos partid rios constantes dos respectivos estatutos sofreu radical mudan a no Brasil com as de cis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal que estabeleceram a perda do mandato como san o para os representantes que sem causa justificada mudarem de legenda Esse entendimento veio a transformar profundamente o cen rio pol tico eleitoral brasileiro tendo em vista que a Constitui o al m de n o determinar a perda do mandato por infidelidade partid ria pro be ex pressamente essa puni o quando veda no art 15 a cassa o dos direitos pol ticos cuja perda ou suspens o s ocorrer nos casos de cancelamento da naturaliza o por senten a transitada em julgado incapacidade civil absoluta condena o criminal transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos recusa de cumprir obriga o a todos imposta ou presta o alternativa nos termos do art 5 VIII e improbidade administrativa a teor do art 37 4 N o s o poucos os juristas e doutrinadores que admitem a inconstitu cionalidade desse entendimento visto que o Tribunal Superior Eleitoral com a chancela do Supremo Tribunal Federal teria usurpado a fun o
429. ma normativo vigente Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 253 Possibilidade da pessoa jur dica praticar crimes dolosos com dolo direto ou eventual e crimes culposos Culpabilidade limitada manifesta o de vontade de quem det m o poder decis rio Fun o de preven o geral e especial da pena Fal ncia da experi ncia prisional Presta o de servi os comunidade Melhores resultados Aplicabilidade s pessoas jur dicas Vontade da pessoa jur dica se exterioriza pela decis o do administrador em seu nome e no seu proveito Pessoa jur dica pode consumar todos os crimes definidos nos artigos 29 e seguintes da lei 9 605 98 Penas aplic veis Crit rios para aplica o das penas alternativas e prescri o Limites m nimo e m ximo da pena privativa de liberdade previstos nos tipos da lei 9 605 98 Interrogat rio n o deve ser feito na pessoa do preposto Ato deve ser repetido na pessoa do atual dirigente Prova Necessidade de revelar a exist ncia de um comando do centro de decis o que revele uma a o final do representante Inviabilidade de analisar provas em sede de man dado de seguran a Necessidade de contradit rio Seguran a denegada Ante o exposto poss vel afirmar que a responsabilidade criminal das pessoas jur dicas foi realmente consagrada no texto da Lei Maior brasileira todavia por constituir exce o regra o referido instituto deve ser aplicado somente nas hip teses em que os dispositivos con
430. manas depois por m a 7 Turma do Tribunal Superior do Trabalho proferiu de cis o tratando a terceiriza o do call center como l cita pelo fato de as Leis n 8 987 95 e 9 472 95 permitirem a terceiriza o inclusive nas atividades inerentes das concession rias o servi o de atendente de call center engloba diversas modalidades de intermedia o da comunica o com os clientes sendo utilizado com igual proveito por empresas que desem penham atividades econ micas de naturezas diversas como bancos hospitais etranspor tadoras e evidentemente distinto da oferta de telecomunica o efetiva atividade fim das empresas concession rias de telefonia afigu rando se portanto pass veis de terceiriza o v lida como atividade meio em empresa de telecomunica es BRASIL 2011b Algumas turmas do TST aplicavam tercei riza o dos servi os de call centers em empresas de telecomunica o o inciso I do enunciado 331 do TST outras optavam por seguir a orienta o do artigo 25 1 da Lei n 8 987 95 e do arti go 94 II da Lei n 9 472 97 Enquanto certas turmas defendiam ser atividade meio outras afirmavam ser atividade fim A Subse o Especializada em Diss dios Individuais I SBDI I por sua vez manifestou entendimento conforme Informativo do TST n 29 BRASIL 2012a de novembro de 2012 de que a express o inerente inserta nas leis em quest o n o pode ser interpretada como ativid
431. mentadas na abordagem da escolha racional pressup em que os pol ticos t m como principal mo tiva o a reelei o e a continuidade do exerc cio de seus cargos eletivos Assim a teoria democr tica tem se centrado na ascens o de pol ticos ao poder em decorr ncia de elei es e em seus esfor os para permanecer em seus cargos eletivos Muito pouco ou quase nada se tem teorizado com rela o aos que deixam seus cargos eletivos tenham sido eles der rotados ou n o Entretanto a aceita o da derrota em elei es uma premissa central do processo democr tico Como Lipset 1996 p 26 observa as nor mas democr ticas requerem a condescend ncia de se aceitar a derrota pol tica deixar o cargo ap s perder uma elei o seguir regras mesmo quando estas funcionam contra seu pr prio interesse N o se trata de uma premissa trivial Para Anderson 2010 p 65 a solidez de uma de mocracia depende de fato da boa vontade de seus mais fieis seguidores em abandonar seus cargos A depend ncia da robustez da democracia na aceita o por parte de detentores de cargo eletivo de que ter o que eventualmente deixar seus cargos perdura mesmo nos casos em que cabe aos pol ticos abandonar seus postos em raz o de uma legisla o que imp e limites para a dura o de seus mandatos A democracia exige desses indiv duos a complac ncia de abdicar o poder inerente ao cargo em prol do respeito s regras do processo democr t
432. mento legislativo O autor sugere que as diferenciadas formas de produ o normativa ensejam a distin o entre status de norma constitucional e equiva l ncia a emendas constitucionais Nesse passo 5A participa o do parlamento uma s nos tra tados aprova ou n o seu conte do N o se confunde o referendo do art 49 I da CF 88 com a segunda eventual manifesta o do Congresso para fins de decidir sobre qual status hier rquico deve ter certo tratado internacional de direitos humanos N o se aplicam aos tratados os procedi mentos estabelecidos pela Constitui o para a aprova o das emendas tampouco sobre sua inciativa por exemplo MAZZUOLI 2011 p 42 46 salienta que o regime material do 2 do art 5 n o se compara ao regime formal do 3 do art 5 da CF 88 Mazzuoli 2011 aponta que o efeito constitucional formal mais amplo que o regime constitucional material uma vez que o primeiro capaz de a reformar a Constitui o o que n o ocorreria se os tratados internacionais de direitos humanos apenas desfrutassem do status de norma constitucional material b impedir a den ncia pelo Congresso Nacional ou pelo Presidente da Rep blica e c servir de paradigma do controle concentrado de convencionalidade com o objetivo de invalidar normas infraconstitucionais contr rias aos tratados Conclui o autor que os tratados que n o passaram pela formalidade do 3 do art 5 da CF 88 n o integram
433. miss o Independente para Estudar a Remunera o de Detentores de Cargos Eletivos A legisla o em quest o a Lei de Remunera o de Detentores de Cargos P blicos de 1998 REPUBLIC OF SOUTH AFRICA 1998 De acordo com esse diploma legal sul africano ao se aposentar o Presidente receber uma pens o e outros benef cios por determina o peri dica de resolu o da Assembleia Nacional ap s levar em con sidera o as recomenda es da Comiss o REPUBLIC OF SOUTH AFRICA 1998 p 4 A reda o desse artigo da lei d ao Parlamento um largo poder discricion rio para determinar o valor das pens es a serem pagas a ex presidentes sempre tomando como par metro mas n o como imposi o as recomenda es da Comiss o Independente Al m da pens o para ex presidentes propriamente dita a lei atinge vi vas vi vos e dependentes indicados pelo ex presidente para receber pens o ap s sua morte Como no caso da pens o do titular cabe ao Parlamento determinar periodicamente o valor do benef cio a ser pago a vi vas vi vos ou dependentes Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 57 Por fim a lei de 1998 determina que o Estado contribua para a assis t ncia m dica de ex presidentes ou de seus dependentes no valor a ser estabelecido por resolu o da Assembleia Nacional At 2008 as pens es pagas a ex presidentes na frica do Sul equiva liam a 75 dos sal rios pagos aos ocupantes do cargo Em abril daquele ano
434. mitada em que a historicidade e a justi a entram em constante tens o produtiva BEN VINDO 2010 p 333 364 Muito mais do que entender essa complexidade que imp e limites racionalidade jur dica acredita se que a de cis o racional porque se adotou um m todo todo estruturado de argumenta o jur dica o princ pio da proporcionalidade por exemplo em que foram inclu dos bons argumentos De pois do giro hermen utico GADAMER 2004 acreditar que um m todo traga racionalidade contrariar todo um desenvolvimento jusfilo s fico que h muito desacredita frontalmente essa possibilidade bem verdade que essa n o uma caracte r stica claramente vis vel nos votos de todos os Ministros tampouco se poderia dizer que n o ocorram v rias outras formas de argumenta o Da mesma maneira mesmo que em um voto ou outro se encontre alguma abordagem te rica aprofundada sobre a quest o utilizando se por exemplo trechos da obra de um dos maiores defensores do princ pio da proporcionalidade ALEXY 1994 n o poss vel relacionar esse tipo de argumenta o nos votos como uma consequ ncia direta dessa leitura Mas o inte ressante que aqui tamb m parece haver uma forte defesa da racionalidade nesse m todo decis rio ALEXY 1994 2003 Esse querer ser racional parece que contaminou as falas do Ministro Gilmar Mendes que sem d vida alguma quem mais utiliza essa compreens o em suas decis e
435. mo No contexto do debate Segato 2011 p 358 reconheceu que tinha diante de si a tarefa ingrata de argumentar contra essa lei mas ao mesmo tempo de fazer uma forte aposta na transforma o do costume No mbito de sua argumenta o ela invocou pesquisa emp rica sobre os Suruah na qual se verificou que em um grupo de 143 membros da comunidade ind gena entre 2003 e 2005 houve dezesseis nascimentos vinte e tr s suic dios dois ho mic dios de rec m nascidos denominados pelos antrop logos infantic dio sem o sentido t cnico jur dico do tipo penal e uma morte por doen a Ou seja enquanto 7 6 das mor tes ocorreram por infantic dio houve 57 6 demortes por suic dio entre os Suruah Essa situa o aponta uma compreens o da vida bem distinta da concep o crist ocidental Entre essa comunidade ind gena a vida s tem senti do se n o for marcada por excessivo sofrimento para o indiv duo e a comunidade se for uma vida tranquila e amena Assim se justificaria o homic dio de rec m nascido em determinados casos SEGATO 2011 p 364 et seq O signifi cado atribu do vida e morte pelos Suruah n o seria menos digno do que o sentido que lhes atribui o cristianismo Tamb m constatamos que se trata de uma vis o complexa sofisticada e de grande dignidade filos fica que nada deve aos cristianismos SEGATO 2011 p 364 O argumento fortificado com a refer ncia pr t
436. mo um dos meios de manter distintos Estado e sociedade e mais uma forma de tornar abstrata a rela o povo governo Segundo a teoria da representa o pol tica que se concretiza no mandato o represen tante n o fica vinculado aos representados por n o se tratar de uma rela o contratual geral livre irrevog vel em princ pio e n o comporta ratifica o dos atos dos manda t rios Assim tr s s o as caracter sticas b sicas do mandato pol tico representativo a geral o que foi eleito por uma parcela da sociedade exercer o mandato por todas as pessoas que habitam o territ rio nacional b livre pois n o deve satisfa es jur dicas ao eleitor isto os eleitos n o est o vinculados aos seus eleito res b irrevog vel pois a regra que o eleito cumpra o mandato no tempo previsto para sua dura o exceto nas hip teses dos arts 55 e 56 da Constitui o de 1988 No entanto a evolu o do processo pol tico tem incorporado novos elementos de coorde na o e express o da vontade popular como os sindicatos as associa es civis e a m dia que propiciam uma rela o mais pr xima entre os mandat rios e o povo de modo que os eleitos acabam por prestar mais aten o s reivindica es populares principalmente s de suas bases eleitorais Os partidos em particular tendem a dar fei o imperativa ao mandato pol tico representativo a fim de que os eleitos estejam comprometi
437. mportante para se colocar em pr tica uma concep o de justi a econ mica ou distributiva MURPHY NAGEL 2005 p 5 2 1 Desigualdade de renda A renda sempre foi irregularmente distribu da ao longo da hist ria POSNER 2003 Em alguns pa ses como o Brasile os Estados Unidos da Am rica h grande irregularidade na distribui o da renda em outros como a Su cia e a Alemanha a renda distribu da de forma mais igualit ria As estat sticas sobre desigualdade de renda n o fornecem claramente uma dire o para as pol ticas p blicas Elas muitas vezes comparam pessoas em diferentes fases da vida como um empres rio iniciante e um empres rio s nior Possivelmente os dois ganhar o o mesmo ao longo de suas vidas no entanto prov vel que o empres rio iniciante com o crescimento econ mico ganhe mais quando for s nior do que ganha o do empres rio s nior atualmente A riqueza da sociedade n o aumenta com a redistribui o da renda mas os custos para promov la reduzem a efici ncia A redistribui o da renda n o pode ignorar os interesses de grupos na pol tica p blica o que pode minar eventuais efeitos redistributivos Os custos da interven o devem ser considerados ao se defender pol ticas redistribucionistas A avers o ao risco n o significativa ao ponto de fazer com que as pessoas renunciem chance de serem ricas em favor de uma distribui o de renda mais igualit ria Elas buscam maximizar
438. mpostas por um N cleo de Orienta o e Informa o e um N cleo Operacional Destacamos o projeto da Central de Aten dimento Empresarial Sistema F cil desenvol vido pelo Departamento Nacional de Registro do Com rcio DNRC em Bras lia DF que simplifica a cria o e registro de empresas A ideia reunir todos os rg os envolvidos no processo de registro e legaliza o de empresas em um mesmo local Assim integram a Central a Junta Comercial do Distrito Federal a Secre taria da Receita Federal do Brasil a Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal as Administra es Regionais do Governo do Distrito Federal o Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE o Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI o Instituto Nacional de Metrologia Normatiza o e Qualidade Industrial IN METRO a Organiza o das Cooperativas do Brasil OCB a Trade Point e o Conselho Regional de Contabilidade Essa iniciativa do DNRC foi premiada em 1998 no 3 Concurso Nacional de Experi ncias Inovadoras de Gest o na Administra o P blica Federal Pr mio H lio Beltr o A Trade Point Bras lia existem outras unidades em Belo Horizonte Curitiba Fortaleza Manaus Porto Alegre e S o Paulo faz parte da Rede Trade Point que integra um pro grama da Organiza o das Na es Unidas para o Com rcio e o Desenvolvimento UNCTAD com o fim de estimular agilizar e aumentar a participa
439. n veis entrela ados em um n vel superentrela ado HOFSTADTER 1979 p 686 et seq Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 211 Refer ncias BRASIL C mara dos Deputados Projeto de lei n 1 057 Relatora Deputada Janete Rocha Piet Bras lia Comiss o de direitos humanos e minorias 2007 Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoes Web prop mostrarintegra codteor 872647 amp filename P arecer CDHM 17 05 2011 gt Acesso em 24 dez 2008 BURGORGUE LARSEN Laurence El sistema interamericano de protecci n de l s de rechos humanos entre clasicismo y creatividad In VON BOGDANDY Armin LANDA ARROYO C sar MORALES ANTONIAZZI Mariela Ed Integraci n suramericana a trav s del derecho un an lisis interdisciplinario y multifocal Madrid Centro de Estudios Pol ticos y Constitucionales 2009 CARAZO ORTIZ P a El sistema interamericano de derechos humanos democracia y derechos humanos como factores integradores em Latinoamerica In VON BOGDANDY Armin LANDA ARROYO C sar MORALES ANTONIAZZI Mariela Ed Integraci n suramericana a trav s del derecho un an lisis interdisciplinario y multifocal Madrid Centro de Estudios Pol ticos y Constitucionales 2009 CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS CorteIDH Caso Yamata vs Nicaragua San Jos CorteIDH 2005a Caso comunidad ind gena Yakye Axa vs Paraguay San Jos CorteIDH 2005b COSTA NETO J A cita o meramente ret ri
440. na Constitui o suscitou numerosas e acerbas cr ticas por parte de alguns estudiosos uma delas consiste na imprecis o do termo Para o Professor Paulo Modesto 2007 o princ pio da efici ncia pode ser percebido como uma exig ncia inerente a toda ativi dade p blica Se entendermos a atividade de gest o p blica como atividade necessa riamente racional e instrumental voltada a servir ao p blico na justa propor o das necessidades coletivas temos de admitir como inadmiss vel juridicamente o compor tamento administrativo negligente contra produtivo ineficiente A inser o na atua o estatal de no es de administra o gerencial uma decorr ncia clara da preocupa o crescente dos agentes p blicos em imprimir efici ncia ao agir admi nistrativo No entanto a rela o entre legalidade e efici ncia nem sempre se mostra despida de con flitos Percebem se corriqueiramente situa es em que o gestor p blico ao perseguir o cumpri mento estrito de todas as regras legais imputa ao Estado uma inefici ncia no aproveitamento dos recursos e na presta o dos servi os p bli cos Nesse ponto evidenciam se hip teses em que a escolha legislativa sob a tica do caso concreto n o apresenta a efici ncia necess ria para o xito da atua o administrativa Em face desses casos qual escolha deve realizar o administrador Qual a margem de interfer ncia do Poder Judici rio no mbito de
441. na Lucia DIMOULIS Dimitri O tribunal penal internacional em face da constitui o brasileira e a quest o da inefic cia social dos direitos fundamentais In NE VES Marcelo Transnacionalidade do direito novas perspectivas dos conflitos entre ordens jur dicas S o Paulo Quartier Latin 2010 SCHWARZ R As ideias fora do lugar In Ao vencedor as batatas forma liter ria e processo social nos in cios do romance brasileiro 5 ed S o Paulo Duas Cidades 2008 SEGATO Rita Que cada pueblo teja los hilos de su historia el pluralismo jur dico em dialogo did ctico con legisladores In CHENAUT Victoria et al Justicia y diversidad en Am rica Latina pueblos ind genas ante la globalizaci n Quito FLACSO 2011 Antropologia e direitos humanos alteridade e tica no movimento de expans o dos direitos universais Mana Valencia v 12 n 1 p 207 236 2006 TRINDADE Ant nio Augusto Can ado Pref cio a Corte Interamericana de Direitos Humanos um testemunho para a hist ria In OLIVEIRA M rcio Lu s O sistema in teramericano de prote o dos direitos humanos interface com o direito constitucional contempor neo Belo Horizonte Del Rey 2007 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 213 Tratado de direito internacional dos direitos humanos 2 ed Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 2003 VON FOERSTER Heinz On constructing reality In Observing systems California Intersystems Publications 1981
442. na de Direitos Humanos e adotar em prazo razo vel as medidas necess rias para que os membros das comunidades ind genas e tnicas possam participar nos processos eleitorais de forma efetiva e toman do em conta suas tradi es usos e costumes nos termos do par grafo 249 da presente senten a CORTEIDH 2005 p 109 110 2007 p 50 para os tratados n o aprovados nos termos do Par grafo 3 do art 5 da Constitui o Federal Miranda 1960 p 225 embora equiparasse hierarquicamente o tratado lei ordin ria afirmava A Constitui o n o pode atingir tratado anterior sem ser dentro das cl usulas que o pr prio tratado v lido em direito das gentes cont m para a den ncia dele ou a ab roga o das suas regras Assim o primado do direito das gentes ent o indiscut vel Os escritores incidiram a respeito em graves confus es oriundas de assimila o inconsiderada entre o tratado anterior Constitui o e o tratado posterior Constitui o Nesse ponto com o voto dissidente do juiz ad hoc Montiel Arg ello A respeito dessa decis o ver Gonz lez Volio 2005 196 Revista de Informa o Legislativa Aqui apresenta se um exemplo claro em que a amplia o de direitos fundamentais constitu cionais encontrou apoio em norma da ordem internacional invocada para dirimir o conflito a pr pria compreens o do direito interno de cidadania ativa mat ria intrinsecamente cons tit
443. nacionais de direitos humanos devem ser considerados como constitucionais em raz o da cl usula de abertura prevista no 2 do art 5 No entanto para os mes mos autores tais direitos seriam apenas materialmente constitucionais ou seja n o gozariam das mesmas prote es constitucionais outorgadas s normas formalmente constitucionais Tendo em vista que a distin o n o pode ser considerada uma exclus o de normas constitucionais da estrutura da Constitui o resta nos rebater o argumento da hip tese da positiva o textual A categoriza o sugerida por esses autores nos parece semelhante descri o que Canotilho 2003 fez ao identificar os fen menos da po sitiva o constitucionaliza o e fundamentaliza o dos direitos funda mentais De acordo com o portugu s a positiva o seria a incorpora o dos direitos considerados naturais e inalien veis do indiv duo ordem jur dica positiva A positiva o dos direitos fundamentais deve ser feita especificamente por meio da constitucionaliza o Esta por seu turno se caracterizaria pela incorpora o de direitos subjetivos em normas constitucionais formais aptas a extra los da disponibilidade do legislador ordin rio al m de como consequ ncia direta da constitucionaliza o servirem como par metro para o controle de constitucionalidade e a vin cula o de todos os poderes da Rep blica CANOTILHO 2003 p 378 2 Como visto na nota 12
444. nacional p blico c O respons vel pelo tratamento n o estiver estabelecido no territ rio da Comunidade e recorrer para tratamento de dados pessoais a meios automatizados ou n o situados no territ rio desse Estado membro salvo se esses meios s forem utilizados para tr nsito no territ rio da Comunidade 2 No caso referido na al nea c do n 1 o respons vel pelo tratamento deve designar um represen tante estabelecido no territ rio desse Estado membro sem preju zo das a es que possam vir a ser intentadas contra o pr prio respons vel pelo tratamento Tamb m pode exigir retifica o apagamento ou bloqueio dos dados que s o incompletos imprecisos ou n o est o sendo processados devidamente Al m disso o processamento de dados s pode ser feito em tr s condi es transpar ncia finalidade leg tima e proporcionalidade Segundo o princ pio da transpar ncia o titular dos dados tem o direito de ser informado quando seus dados pessoais est o sendo pro cessados Assim o respons vel pelo tratamento dos dados deve fornecer seu nome e endere o o objetivo do tratamento os destinat rios dos dados e todas as outras informa es necess rias para garantir o seu justo processamento Quanto finalidade leg tima os dados pessoais s podem ser processados para fins expl citos e leg timos especificados e n o de forma incompat vel com essas finalidades Ademais a fim de atender ao princ pio
445. ncia da operacionalidade pr tica dos mecanismos processuais na resolu o dos casos concretos Esse enfoque diferenciado do princ pio da seguran a se aplica sobretudo ao controle judicial de constitucionalidade das leis e formula o de pol ticas p blicas por parte dos rg os representativos do Poder Executivo A seguran a jur dica um dos pilares do Estado de Direito porque um par metro para a estabilidade do sistema de justi a Como j pontuado n o tem o significado de imutabilidade dos atos legais possibilitando as mudan as sociais necess rias evolu o da carta de direitos fundamentais Por outro lado quando se pensa na garantia da efic cia desses direitos dotados pelo legislador constitucional de car ter de fundamentalidade a permiss o de mutualidade se implicar retrocesso BRASIL 2007 p 2 3 encontra grandes restri es Em outras palavras n o pode o legislador ordin rio modificar seus pr prios atos ou os emanados pelos demais Poderes se a modifica o pretendida importar em regress o na presta o de servi os p blicos j implantados a favor dos interesses da cidadania Em uma conota o positiva a cada direito fundamental corresponde um dever de atua o do Estado em prol de sua efetiva o MENDES 2009 p 5 6 Ao Estado incumbe empreender esfor os na formula o de pol ticas que promovam um constante progresso no gozo material dos direitos da
446. ncion rios p blicos e normas que con ferem a ex presidentes assentos vital cios em institui es legislativas ou conselhos de Estado Em geral os pa ses presidencialistas adotam f rmulas normativas que re nem duas ou mais dessas normas para regulamentar os direitos e a atua o de seus ex presidentes A maioria dos pa ses pesquisados possui legisla o destinada a conceder pens o aos seus ex presidentes Em alguns casos a pens o paga sem quaisquer condicionantes Nou Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 55 tros o ex presidente somente tem direito ao benef cio se n o ocupar outros cargos p blicos remunerados H pa ses em que a concess o do benef cio depende do tempo no qual o ex presidente esteve no exerc cio da presid ncia Em alguns casos somente concedido o benef cio a ex presidentes que tenham exercido pelo menos um mandato inteiro Em outros casos a legis la o permite que o ex presidente receba uma pens o independente do tempo de sua gest o frente do Poder Executivo Em todos os pa ses onde se instituiu uma pens o para os ex presidentes o argumento empregado para justificar o benef cio na forma da lei fundamenta se na manuten o da digni dade oficial dos antigos ocupantes do mais alto cargo executivo da na o Nos Estados Unidos consta que foram as s rias dificuldades mate riais enfrentadas por Harry Truman ap s deixar a Casa Branca que motivaram o Congresso a instituir
447. nde a problematizar e a definir os limites de suas fun es e outro que denominaremos rbitro assumido em que n o se observa expressa preocupa o para definir os limites de sua fun o e que corresponde Suprema Corte de Justi a mexicana Observa Ansolabehere 2007 p 50 tradu o nossa que a posi o de rbitro prudente atribu da Corte Suprema de Justi a argentina significa que a Corte n o deve envolver se nos conflitos entre poderes pol ticos quando ainda n o se tenham esgotado os procedimentos pr vios Em contraposi o cong nere argentina a Suprema Corte de Justi a mexicana atua como rbitro assumido segundo Ansolabehere 2007 p 51 tradu o nossa na resolu o do con 98 Revista de Informa o Legislativa flito pol tico e no estabelecimento de limites pol tica uma Corte n o preocupada com os limites de sua fun o Ante o conflito decide ainda que nem sempre em forma garantista com respeito aos direitos Ao analisar a ocorr ncia do fen meno da judicializa o na Col mbia Yepes 2007 p 54 assinala que esse pa s nas ltimas duas d cadas conheceu formas importantes de judicializa o da pol tica em numerosos campos mas talvez os mais significativos tenham sido os seguintes a a luta contra a corrup o pol tica e pela transforma o das pr ticas pol ticas b o controle dos excessos governamentais em especial nos estados d
448. ndo este respons vel por todos os encargos trabalhistas decorrentes da contrata o ilegal do trabalhador terceirizado Ocorre que na realidade tais conceitos de atividade fim e atividade meio n o s o jur dico trabalhistas CASTRO 2003 p 5 9 n o surgi ram do Direito do Trabalho A essencialidade do instituto muitas vezes buscada no mbito do Direito Privado sendo o Direito Civil e o Empresarial os ramos a oferecer as maiores possibilidades de conceitua o de tais express es Por meio do Direito Civil busca se tra ar um paralelo entre as atividades fim e meio e as obriga es de resultado e de meio do direito obrigacional ao passo que no Direito Empresarial se procura analisar 176 Revista de Informa o Legislativa a import ncia do contrato social ou do estatuto das pessoas jur dicas como enquadramento dos limites ao objeto das atividades empresariais Embora esses conceitos na maioria das vezes possam n o exprimir precis o e clareza suficientes eles foram absorvidos pelos doutrinadores pelos tribunais jurisdicionais e at pelo Tribunal de Contas da Uni o que orienta a Administra o P blica a somente admitir as terceiriza es nos estritos limites de suas atividades meio GARCIA 2009 Mas como definir o estrito sentido de uma atividade meio Seriam aquelas n o essenciais A discuss o vem tona quando se pretende demonstrar a licitude de uma terceiriza o o que tem provocado dis
449. nduta m dica nos respectivos servi os p blicos com vistas ao cumprimento da meta Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 145 da redu o de riscos e da promo o da sa de integral da mulher A considera o dos transtornos ps quicos advindos da imposi o da ma ternidade n o desejada objeto de crescente interesse por parte do poder institucional constituindo se atualmente em uma categoria referencial na perspectiva da defesa da descriminaliza o do aborto Entretanto no mbito das pol ticas p blicas do governo s poss vel a tomada de medidas eficazes para o atendimento do aborto legal permanecendo o aborto ilegal como uma realidade que desafia os postulados da seguran a jur dica A conclus o mais direta desse estudo a de que somente a descrimi naliza o do aborto com base nos crit rios adotados pelos demais pa ses democr ticos possibilitar a redu o dos riscos vida e seguran a da mulher O que se promove por interm dio dos programas do governo se limita orienta o s gestantes quanto s consequ ncias de sua op o pelo aborto ilegal Nesse quadro a an lise da proposta de reforma do C digo Penal na parte que concerne criminaliza o do aborto oferece mais uma opor tunidade para o aperfei oamento dos direitos reprodutivos no Brasil e para a concretiza o das liberdades constitucionais fundamentais e em especial do direito sa de Os princ pios da dignidade humana e da auto
450. neste contexto explicar mudan a de legenda aos eleitores Como se v a caracter stica comum dos pa ses supracitados que a fidelidade partid ria impl cita vale dizer n o houve necessidade de expressa previs o legal para que os pol ticos respeitassem o programa e as diretrizes de suas respectivas agremia es e a op o de escolha do eleitor na hora de votar Distintamente do Brasil essas democracias mesmo considerando suas peculiaridades hist ricas e temporais possuem um sistema partid rio e eleitoral consolidado sendo o eleitor a for a motriz para impedir atos de infidelidade de pol ticos que tendem a priorizar suas ambi es individuais em detrimento dos respectivos partidos 114 Revista de Informa o Legislativa Finalmente conv m mencionar que conduta oposta fidelidade par tid ria a infidelidade partid ria que para De Pl cido e Silva 1991 p 123 o ato pol tico que n o respeita as diretrizes partid rias da sua agremia o ou abandona o partido sem justificativa Melo 1978 p 63 sustenta que a infidelidade partid ria consiste em ato de felonia relacionado a compromissos assumidos com um partido pol tico A legisla o de alguns Estados prev san es para atos de infi delidade partid ria assim definidos pela respectiva legisla o pol tica especialmente para aqueles que hajam sido eleitos para o desempenho de mandatos representativos Nas linhas seguintes s
451. nfiabilidade imp e limites restri o dos direitos fundamentais cuja necessidade precisa ser demonstrada A confiabilidade um dos componentes da seguran a jur dica A seguran a cr dito social a expectativa da ativa prote o da personalidade humana como escopo fundamental do ordenamento fator essencial realiza o da justi a material COSTA 2004 p 116 160 artigo de Nomura 2011 ora citado avalia os aspectos emocionais e sociais do aborto e o diagn stico de depress o comparando mulheres que vivenciaram o aborto em duas capitais brasileiras S o Paulo e Natal no per odo de janeiro de 2009 a maio de 2010 Em outra vertente de estudos evidencia se que a cria o de filhos n o planejados produz consequ ncias negativas sa de e ao estado psicol gico da mulher s suas fam lias e sociedade como um todo Esses efeitos ne gativos incluem uma maior probabilidade de mortalidade e morbidade para as m es e para as crian as A responsabiliza o por filhos n o planejados tem sido igualmente vinculada a uma variedade de problemas sociais incluindo se abuso de crian a div rcio pobreza delin qu ncia juvenil e criminalidade Como bem documentado crian as n o desejadas apre sentam menor probabilidade de ter uma vida familiar segura Quando adultos apresentam maior probabilidade de engajarem se em com portamento criminoso
452. nforma o Legislativa ANDRADE Zenaide Tatiana Monteiro Da efetiva o do direito sa de no Brasil mbito Jur dico Rio Grande v XIV n 86 mar 2011 Dispon vel em lt http www ambito juridico com br site index php n link revista artigos leitura amp artigo id 9037 gt Acesso em 18 dez 2012 AQUINO Estela M L G nero e sa de perfil e tend ncias da produ o cient fica no Brasil Revista de Sa de P blica S o Paulo v 40 n especial p 121 32 2006 Dispon vel em lt http www scielo br pdf rsp v40nspe 30631 pdf gt Acesso em 18 dez 2012 MENEZES Greice Pesquisa sobre o aborto no Brasil avan os e desafios para o campo da sa de coletiva Caderno de Sa de P blica Rio de Janeiro v 25 n 2 p S193 S204 2009 Dispon vel em lt http wwwscielo br pdf csp v25s2 02 pdf gt Acesso em 18 dez 2012 BARROSO Lu s Roberto Da falta de efetividade judicializa o excessiva direito sa de fornecimento gratuito de medicamentos e par metros para a atua o judicial Portal Marcelo Abelha Rio de Janeiro jan 2008 Dispon vel em lt http www marceloabelha com br site aluno php gt Acesso em 20 dez 2012 BECK Carmem L cia Colom BUD Maria de Lourdes Denardin GONZALES Rosa Maria Bracini A qualidade de vida na concep o de um grupo de professoras de enferma gem elementos para reflex o Rev Esc Enf USP S o Paulo v 33 n 4 p 348 54 dez 1999 BRASIL Francisca N
453. nist rio P blico Federal que pleiteava a declara o parcial de nulidade de contrato administrativo celebrado entre o Departamento Nacional de A t tulo de exemplo confira se o seguinte trecho do ac rd o da apela o n 2005 34 00 013994 3 do TRF 1 Regi o A quest o aqui debatida diz respeito ao direito do autor cumular o cargo p blico de auxiliar de enfermagem na Funda o Universidade de Bras lia FUB com o de t cnico de enfermagem no Hospital das For as Armadas HFA em que o requerente fora aprovado em concurso p blico Verifico que no caso em apre o em verdade a acumula o dos cargos resultaria em uma jornada de 70 horas semanais o que configura uma carga hor ria elevada que evidencia a impossibilidade de se cumprir todas essas horas com presteza o que comprometeria a qualidade do trabalho sobretudo se considerados os limites da condi o humana haja vista a necessidade de tempo para descanso lazer alimenta o deslocamento etc e implicaria em ofensa ao princ pio da efici ncia A exig ncia de compatibilidade de hor rios denota que n o basta a permiss o legal e n o se trata de uma mera quest o aritm tica Deve haver possibilidade f tica no sentido de que a acumula o n o ir atrapalhar o bom andamento e a qualidade do servi o p blico Autorizar a cumula o nos termos presentes significa compactuar para uma p ssima presta o de servi o p blico pelo autor em ambos os
454. nomia individual inseridos no contexto do direito ao planejamento reprodutivo s o par metros racionais que devem conduzir o processo de delibera o pol tica Dessa forma a considera o dos resultados das pesquisas relativas mortalidade materna e desprote o da integridade ps quica da mulher advinda da obrigatoriedade da maternidade quando indesejada traz para o centro da discuss o o dever do Estado de garantir a sa de da mulher e a seguran a jur dica dos procedimentos abortivos Refer ncias ABRAMOVICH V ctor COURTIS Christian Los derechos sociales como derechos exigibles Madri Trotta 2004 ACAYABA C ntia Conselho de Medicina defende libera o do aborto at a 12 semana entidade vai enviar parecer comiss o do Senado que reforma C digo pelo texto atual aborto s permitido em caso de risco sa de e estupro G1 Pol tica Bras lia 21 mar 2013 Dispon vel em lt http gl globo com politica noticia 2013 03 medicos defendem liberacao do aborto ate 12 semana de gestacao html gt Acesso em 25 mar 2013 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais 2 ed S o Paulo Malheiros 2011 ANDRADE Laura Helena VIANA Maria Carmen SILVEIRA Camila Magalh es Epi demiologia dos transtornos psiqui tricos na mulher Revista de Psiquiatria Cl nica S o Paulo ago 2012 Dispon vel em lt http www hcnet usp br ipq revista vol33 n2 43 html gt Acesso em 18 abr 2012 146 Revista de I
455. nseguiram se eleger com seus pr prios votos Os outros foram puxados para o Con gresso pelos votos de legenda Diante desse cen rio que em 29 de mar o de 2007 o Tribunal Superior Eleitoral por maioria de 6 votos a 1 respondeu positivamen te Consulta n 1 398 do Partido da Frente Liberal hoje Democratas definindo que os mandatos obtidos nas elei es proporcionais vereadores deputados estaduais deputados distritais e deputados federais pertencem aos partidos pol ticos ou s coliga es e n o aos candidatos eleitos tO transfuguismo ou troca de partido n o ocorr ncia exclusivamente da democracia brasileira sendo comum em outros pa ses igualmente democr ticos como Alemanha Fran a It lia e Estados Unidos No entanto entre n s tal pr tica se tornou end mica ap s a redemocratiza o de 1985 Em decorr ncia aduzem Thales e Camila Cerqueira 2008 p 69 que se o candidato ap s o pleito mudasse de partido este ou coliga o origin ria estaria apto na Justi a Eleitoral a ajuizar a o constitutiva com ampla defesa de reivindica o da cadeira uma vez que esta pertenceria ao partido ou coliga o mas n o ao candidato uma vez que o sistema o proporcional A nica exce o perda do mandato estaria numa eventual justificativa plaus vel e motivada pelo candidato para a sa da do partido a ser analisada sob o crivo do contradit rio Os argumentos expen
456. nt fica e tecnol gica Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 7449 2 maio 1996b Emenda Constitucional n 12 de 15 de agosto de 1996 Outorga compet ncia Uni o para instituir contribui o provis ria sobre movimenta o ou transmiss o de valores e de cr ditos e direitos de natureza financeira Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 15582 16 ago 1996c Emenda Constitucional n 13 de 21 de agosto de 1996 D nova reda o ao inciso II do art 192 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 16069 22 ago 1996d Emenda Constitucional n 14 de 12 de setembro de 1996 Modifica os arts 34 208 211 e 212 da Constitui o Federal e d nova reda o ao art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 18109 13 set 1996e Emenda Constitucional n 15 de 12 de setembro de 1996 D nova reda o ao 4 do art 18 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 18110 13 set 1996f Emenda Constitucional n 16 de 4 de junho de 1997 D nova reda o ao 5 do art 14 ao caput do art 28 ao inciso II do art 29 ao caput do art 77 e ao art 82 da Cons titui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 11553 5 jun 1997a Emenda Constitucional n 17 de 22 de novembro de 1997 Altera dispositivos dos arts 71 e 72 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias introduzidos pela Emenda
457. ntade de mulher A partir desse marco os Conselhos Regionais de Medicina ter o oportunidade de tamb m discutir a quest o aprimorando os estudos m dicos sobre os direitos da mulher Igualmente os congressistas levar o em conta novos argumentos acerca do aborto no debate sobre a reforma do C digo Penal Em suma at que a quest o seja novamente objeto de delibera o pol tica tarefa primordial do Estado consiste no aperfei oamento dos servi os p blicos de assist ncia m dica e psicossocial s gestantes que optem por realizar o aborto com o intuito de minimizar os riscos sua sa de incluindo se o risco de morte Por outro lado isso por si s n o resolve a contento o problema da inseguran a do aborto que receberia acomo da o adequada por meio de descriminaliza o TORRES 2008 p 7 11 Entretanto n o deixa de ser imprescind vel o encaminhamento na esfera do Poder Executivo das medidas que Jos Torres re ne sob o nome de programa de redu o de riscos TORRES 2008 p 22 7 Conclus o O sistema jur dico brasileiro que se defronta com a demanda da mulher pelo reconhecimen to do direito ao aborto volunt rio em caso de gravidez indesejada n o consegue solucionar o impasse pela aus ncia de um processo de atualiza o dos dispositivos do C digo Penal que tipificam a conduta como crime Na rea executiva os rg os competentes s o dotados de legitimidade para regulamen tar a co
458. nte ao cumprimento das obriga es tribut rias A redu o dos departamentos tribut rios das empresas por meio da simplifica o das exig ncias colaboraria para a redu o dos custos aumentando a sua competitividade A gera o de riqueza e o desenvolvimento econ mico poderiam ser impulsionados pela redu o do tempo que as empresas gastam cumprin do obriga es com o fisco A complexidade da legisla o estatal reflete a tentativa de forte interven o do Estado na Economia que vigorou da d cada de 30 at o final da d cada de 80 do s culo XX A incapacidade de racionalizar as rela es sociais demonstrada pela desarticula o das economias planificadas leva a um modelo de desenvolvimento que exige a simplifica o das obriga es O tamanho da estrutura burocr tica varia em rela o direta com a necessidade da sociedade e de seu poder dominante Os gastos com a Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 299 manuten o de complexas estruturas estatais e sua interlocu o com estruturas burocr ticas empresariais s o questionados em face da aber tura econ mica e seu ambiente de competi o verificado a partir dos anos 90 do s culo XX A necessidade de certeza e seguran a ju r dica com o m nimo de perturba o social e de questionamento l gico leva a produ o da norma a buscar com exatid o os seus limites mediante comandos meramente operacionais A obscuridade e a complexidade da legisla o sobrecarregam
459. nte no dom nio da governan a da uti liza o dos OGM com efeitos globais Refer ncias BERLAN Jean Pierre LEWONTIN Richard C Racket sur le vivant la menace du complexe g n tico industriel Le Monde diplomatique Paris p 22 23 d c 1998 CASTELLANET Christian et al Des alliances internationales pour pr server la production de soja non g n tiquement modifi au Br sil enjeux et perspectives Revue Tiers Monde Paris v 47 n 188 p 755 772 2006 DALLAGNOLL A etal O complexo agroindustrial da soja brasileira Londrina Embrapa Soja 2007 FOK Michel Conditions r sultats et perspectives d utilisation du coton g n tiquement modifi coton Bt dans les PED Revue Tiers Monde Paris v 47 n 188 p 773 798 2006 LE GUERROU J L MEDEIROS J X de Coexistence of conventional and Roundup ready soybean in Parana State Brazil In COMMUNICATION ORALE A GMCC09 FOURTH INTERNATIONAL CONFERENCE ON GM COEXISTENCE Anais Melbourne s n 2009 GALV O Anderson Benef cios economicos da biotecnologia no Brasil o caso da soja RR C leres Ambiental Belo Horizonte 2008 Dispon vel em lt http www celeresambiental com br pdf SumarioExecutivoBeneficioEconomico SojaRR Port 090202 pdf gt Acesso em 2 out 2008 KIRBY Alex Africa needs GM crops to survive BBC News London 14 May 2002 MCGLOUGHLIN Martina Ten reasons why biotechnology will be important to the developing world AgBioF
460. nte ordem de preval ncia primeira mente analisa se a possibilidade de aplica o do hier rquico para a solu o da controv rsia considerando a supremacia da CR caso n o seja poss vel passa se para a utiliza o do crit rio da especialidade e por fim o cronol gico 3 Princ pios e garantias constitucionais Os princ pios constituem enunciados gen ricos condicionadores e orientadores da cons tru o de todo o ordenamento jur dico desde a elabora o das normas at sua interpreta o e aplica o aos casos concretos Assim pode se afirmar que por formarem a base do sistema jur dico os princ pios refletem sua coer ncia interna Em considera o diversidade de situa es poss veis o sistema normativo revela se incapaz de abarcar mesmo que abstratamente a totali dade das experi ncias humanas raz o pela qual os enunciados gen ricos que constituem os princ pios s o utilizados para cobrir as lacunas porventura existentes Ressalta se contudo que a fun o integradora dos princ pios n o se limi ta ao preenchimento de lacunas uma vez que sua utiliza o imprescind vel tamb m na apli ca o e interpreta o das normas j editadas Por outro lado mediante a an lise dos princ pios constitucionais de cada ordenamento jur dico podem se averiguar suas particula ridades bem como avaliar as caracter sticas comuns a outros sistemas normativos Desse modo antes de adentrar o m
461. nte p blico Segundo Carvalho Filho 2006 p 39 As prerrogativas s o exatamente os poderes administrativos Pode se pois conceituar os poderes administrativos como um conjunto de prer rogativas de direito p blico que a ordem jur dica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins Quando se assenta a premissa de que a soberania do Estado permite queles que representam a sociedade a edi o de atos legislativos a suposi o a de que tais atos devem guardar compatibilidade com a Constitui o Significa dizer que ao poder jur dico e pol tico de cria o de leis o Estado por seus agentes parlamentares tem o dever de respeitar os par metros constitucionais V rios s o os dispositivos contidos no CPC que estabelecem be nef cios Fazenda P blica para o amparo dos seus interesses Desse modo o princ pio da razoabilidade revela se estritamente necess rio para a caracteriza o dos benef cios como prerrogativas haja vista que a generaliza o dessas esp cies a favor do ente p blico acarreta o desvio do sistema e de sua finalidade de concre o dos fins do Estado Demo cr tico de Direito Destarte infere se que os excessos cometidos quando da concess o dos benef cios processuais fazend rios constituem verdadeiros privil gios vantagens sem fundamento violadoras do princ pio da isonomia Ban deira de Mello 2009 p 10 ensina a lei n o deve ser
462. nte prevista para o instituto o que demonstra ainda mais sua natureza de privil gio 4 5 Dura o da suspens o Uma das mais pol micas discuss es sobre o instituto da suspens o de seguran a talvez seja a da sua dura o haja vista a omiss o da lei a esse respeito No intuito de tentar resolver a controv rsia surgiram duas teorias A primeira defendida por Bueno 2009 p 106 preceitua que a sus pens o perdura at o proferimento de decis o posterior e substitutiva da decis o suspensa Conforme esse entendimento suspensa a li minar seus efeitos cessar o quando o tribunal negar provimento ao agravo de instrumento interposto em face desta decis o A segunda corrente sustenta que a suspen s o durar at o tr nsito em julgado da senten a Corroboram com esse posicionamento Redon do Oliveira e Cramer 2009 p 140 para eles o incidente processual n o se confunde com o efeito suspensivo recursal pois ele se condiciona ao julgamento do recurso ou substitui o por decis o posterior Confirma esse entendimento o disposto na S mula 626 do STF A suspens o da liminar em mandado de seguran a salvo determina o em contr rio da decis o que a deferir vigorar at o tr nsito em julgado da decis o definitiva de concess o da seguran a ou havendo recurso at a sua manuten o pelo Supremo Tribunal Federal desde que o objeto da liminar defe rida coincida total ou parcialmente com
463. nte um dos principais direitos fundamentais contidos em nossa Carta Magna a liberdade Segundo Mirabete 2004 p 119 120 O crime n o se distingue das infra es extrapenais de forma qualitativa mas apenas quantitativamente Como a interven o do Direito Penal requisitada por uma necessidade mais elevada de prote o coletividade o delito deve consubstanciar em um injusto mais grave e revelar uma culpabilidade mais elevada deve ser uma infra o que merece a san o penal O desvalor do resultado o desvalor da a o e a reprovabilidade da atitude interna do autor que convertem o fato em um exemplo in suport vel que seria um mau precedente se o Estado n o o reprimisse mediante a san o penal Isso significa que a pena deve ser reservada para os casos em que constitua o nico meio de prote o suficiente da ordem social frente aos ataques relevantes Desta forma devemos nos socorrer ao Direito Penal somente quando uma conduta ofender um bem juridicamente tutelado que tenha um grande valor para a sociedade A t tulo de exemplo podemos citar a repara o integral do dano ou o cumprimento total do Termo de Ajusta mento de Conduta Ambiental quando realizados antes do oferecimento da den ncia Nesses casos como se garantiu integralmente a tutela do bem jur dico por meio da seara civil ou administrativa n o se faz necess ria a interven o do Direito Penal Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 259 Portan
464. nternacionais Vale ressaltar que a mat ria objeto tanto da Constituti o Federal de 1988 quanto do C digo Civil brasileiro de 2002 arts 11 a 21 o que provocou o seu tratamento mais aprofundado e amplo pela doutrina nacional Ainda a Constitui o Federal de 1988 semelhan a do texto constitucional de 1967 com a reda o dada pela Emenda Constitucional n 1 de 1969 atribui s figuras da intimidade e da vida privada tipifica o diversa Com o progresso cient fico e o avan o da t cnica as intromiss es na intimidade e na vida privada das pessoas agravaram se Ali s no passado a necessidade de estar s era atribu da excentricidade n o se pensava em isolamento No entanto hoje apresenta se uma outra realidade A tecnologia provoca um aumento desenfreado nas possibilidades e na velocidade do acesso informa o levando consequentemente a uma maior fragilidade da esfera privada da intimidade das pessoas COSTA J NIOR 1970 p 14 Cabe lembrar que alguns autores distinguem o direito intimidade do direito vida privada A De Cupis 1954 p 90 por exemplo entende que a esfera ntima da pessoa se divide em direito riservatezza e o direito segretezza O direito intimidade pode ser conceituado como aquele que visa a resguardar as pessoas dos sentidos alheios principalmente da vista e dos ouvidos de outrem Ou seja o direito de a pessoa excluir P Kayser 1984 classifica os di
465. ntre as normas internacionais e nacionais A mudan a de paradigmas suscitou importantes questionamentos entre os te ricos do direito constitucional tais como quais seriam os limites do IDC O referido instituto violaria a garantia constitucional do juiz natural A entrega do nacional ao TPI deve seguir os mesmos tr mites da extradi o A pena de pris o perp tua prevista no Estatuto de Roma art 77 1 b se aplica aos brasileiros natos ou naturalizados Sem embargo da import ncia das demais quest es para fins da presente pesquisa focaremos em um espec fico problema interpretativo Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 275 trazido pelo 3 do art 5 da CF 88 o que significa a distin o entre direitos fundamentais materiais e formais preconizada pelos autores brasileiros que defendem a natureza constitu cional dos tratados internacionais de direitos humanos ratificados anteriormente inclus o do 3 do art 5 da CF 88 Ap s a decis o do STF no RE 466 343 SP a discuss o acerca do status dos tratados interna cionais de direitos humanos recobrou f lego na medida em que a supralegalidade dos tratados que n o atenderam s especifica es procedi mentais do 3 do art 5 da CF 88 superou antiga jurisprud ncia do STF que simplesmente igualava os tratados internacionais s leis ordi n rias BRASIL 2003 A inser o de tal par grafo despertou a necessidade de revis o da jurisprud ncia do tribunal
466. ntribui o provis ria sobre movimenta o ou transmiss o de valores e de cr ditos e de direitos de natureza financeira a que se refere o art 74 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 19 mar 1999a Emenda Constitucional n 22 de 18 de mar o de 1999 Acrescenta par grafo nico ao art 98 e altera as al neas i do inciso I do art 102 e do inciso I do art 105 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 19 mar 1999b Emenda Constitucional n 23 de 2 de setembro de 1999 Altera os arts 12 52 84 91 102 e 105 da Constitui o Federal cria o do Minist rio da Defesa Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 1 3 set 1999c Emenda Constitucional n 24 de 9 de dezembro de 1999 Altera dispositivos da Constitui o Federal pertinentes representa o classista na Justi a do Trabalho Di rio Oficial da Uni o Bras lia 10 dez 1999d Emenda Constitucional n 25 de 14 de fevereiro de 2000 Altera o inciso VI do art 29 e acrescenta o art 29 A Constitui o Federal que disp em sobre limites de despesas com o Poder Legislativo Municipal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 2000a Emenda Constitucional n 26 de 14 de fevereiro de 2000 Altera a reda o do art 6 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 2000b Emenda Constitucional n 27 de 21 de mar o de 20
467. nvironnement Ke CNTBio Biotech Co Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo Sistema social subsistema de de cis o Poder Executivo Minist rios da Agricultura da Sa de e do Meio Ambiente Produtores Subsistema de decis o Estocadores de gr os Produtores de sementes Obtentores 5 3 Modalidades de contrata o sob domina o As condi es contratuais para a utiliza o das sementes de SRR teste munham a domina o da Monsanto em termos de poder de fixa o do n vel de royalties e da extens o dos pap is impostos aos distribuidores de sementes Essa domina o tem entretanto o consentimento dos atores Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 45 acima e abaixo dos produtores permitindo assim impor um n vel ele vado de royalties se comparado com os que s o aplicados normalmente aos cultivadores Tal n vel poderia ter sido mais elevado se o governo n o tivesse arbitrado contra certas tentativas de abuso nas cl usulas de contratos propostos pela Monsanto As modalidades de pagamento dos royalties para melhor captar a renda tecnol gica O processo de contrata o come ou em 2005 e as modalidades de contrata o ao menos para os produtores de sementes parecem estar est veis desde a campanha de 2006 2007 Algumas diferen as bem not veis s o observadas nas modalidades entre 2005 e 2007 o que testemunha certa flutua o bem como o pod
468. o H que se atentar ademais para as consequ ncias que t m surgido do entendimento partilhado pelo Superior Tribunal Eleitoral e pelo Supremo Tribunal Federal de que o mandato pertence ao partido ou coliga o Na verdade a Resolu o n 22 610 de 2007 n o teve o cond o 122 Revista de Informa o Legislativa de prever a multiplicidade de situa es que po deriam emanar dos diversos contextos gerados pela decreta o da perda do cargo eletivo por abandono da legenda Registre se por fim que tramitam no Con gresso Nacional diversas propostas de emenda Constitui o tratando da fidelidade partid ria dentre as quais se mencione a PEC n 4 de 2007 cujo primeiro signat rio o ex deputado Fl vio Dino PCdoB MA que pretende acrescentar inciso VII ao art 55 incluindo a infidelidade partid ria como causa de perda de mandato por infidelidade partid ria dando portanto tratamento adequado em sede constitucional mat ria 4 3 Consequ ncias da perda do mandato em face da infidelidade partid ria S o diversas as consequ ncias que se vis lumbraram a partir da mudan a de paradigmas decorrente das decis es do Superior Tribunal Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal que culminaram com a perda do mandato por in fidelidade partid ria Tais consequ ncias t m se verificado em diversos setores e magnitudes com repercuss es sobre a Justi a Eleitoral o sistema pol tico os partidos pol ticos
469. o sa de n o suficiente para o atendimento das demandas pelos respectivos servi os Conforme dados divulgados cerca de 70 da popula o brasileira depende ex clusivamente do SUS por n o ter condi es de custear planos de sa de privados Al m disso a efic cia das pol ticas p blicas na rea da sa de prejudicada pela m gest o dos recursos desvios falta de repasse equ vocos do prestador dos servi os que cobra do SUS procedimentos n o realizados e falta de presta o adequada do servi o m dico hospitalar por parte do pro fissional contratado ANDRADE 2011 p 7 Nesse contexto observa se um descompasso entre a estrutura financeiro administrativa do SUS e os avan os cient ficos que caracterizam os tempos atuais em mat ria de defini o do pr prio conceito de sa de Mencione se inicial mente o conceito formulado pela Organiza o Mundial de Sa de OMS segundo o qual sa de significa o perfeito bem estar f sico mental e social do indiv duo Isso remete ideia de qualidade de vida ou pensando se no princ pio constitucional fundamental da dignidade da pessoa humana CF art 1 III ideia de vida digna a que todos t m direito O conceito de sa de acima referido j ob jeto de cr ticas que apontam a natureza ut pica do par metro da perfei o Desse ponto de vista s se pode caracterizar o perfeito bem estar pela tica subjetivista d
470. o a economia a sociologia a met dica jur dica a lingu stica Por sua vez segundo Almeida 2007 p 90 a Leg stica Formal tem como objeto de estudo a sistematiza o a composi o e a reda o das leis elementos absolutamente essenciais ainda que n o suficientes para uma pol tica legislativa de qualidade E complementa A preocupa o com o modo de formula o da vontade do legislador de todas as pocas Da mesma forma podemos dizer que alguns dos princ pios que hoje se enunciam para a boa reda o das leis como clareza precis o e concis o estiveram presentes em outros per odos da Hist ria nomeadamente no Iluminismo Montesquieu publica em 1748 De l esprit des lois obra na qual para al m de uma preocupa o filos fica aborda aspectos concretos quanto reda o da lei Assim no Livro XXIX Sobre a maneira de elaborar as leis Cap tulo XVI Coisas a observar na composi o das leis diz que o estilo deve ser conciso o estilo deve ser simples a lei n o deve conter express es vagas as leis n o devem ser sutis elas s o feitas para as pes soas de entendimento m dio as leis in teis enfraquecem as leis necess rias ALMEIDA 2007 p 90 91 A Assembleia Nacional Constituinte de senvolveu um esmerado trabalho em rela o composi o do texto da Constitui o Federal de 1988 A sistematiza o dos artigos e de seus des 216 Revista de Informa o Legislativa
471. o nem nas leis infraconstitucionais A S mula 331 do TST em vez de fixar uma situa o tipo utilizou se de um conceito aberto para definir a licitude de tal pr tica Pode se mesmo questionar a prerrogativa sumular de apresentar uma sem ntica abstrata tendo em vista que s mesmo a lei portaria consigo os predicados de generalidade e abstra o A imprescindibilidade da distin o entre atividade fim e atividade meio ficou evidente diante dos trabalhadores de call center que laboram em empresas de telecomunica o O inciso III da S mula 331 estaria em aparente contradi o com o que prescrevem as Leis n 8 987 95 e 9 472 97 A Subse o de Diss dios Individuais atribuiu palavra inerente um significado diverso do que se pode entender por atividade fim Assim as atividades fim e meio devem ser entendidas de acordo com o que estabelece o estatuto ou o contrato social considerando se a confec o da finalidade objetiva do empreendimento Existe atividade fim quando houver coincid ncia com o objeto social da tomadora Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 189 de se notar a escassez de legisla o destinada a reger o problema da terceiriza o A aplica o dos conceitos vagos e indeterminados n o pode conduzir a injusti as sociais A quest o deve ser enfrentada sob a tica da teoria da subordina o estrutural medida que se constatar a inser o da atividade do trabalhador na din mica do empreen
472. o 201 jan mar 2014 303 com o compartilhamento de cadastros e de informa es fiscais na forma da lei ou conv nio inciso XXII acrescentado ao art 37 da Constitui o A Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB deu in cio ao projeto Cadastro Sincronizado Nacional que consiste na integra o dos proce dimentos de cadastramento tribut rio entre a RFB e as Secretarias de Fazenda dos estados do Distrito Federal e dos munic pios Est prevista a entrada nica de dados cadastrais por meio do Programa Gerador de Dados PGD dispon vel no endere o eletr nico da RFB A empresa deve preencher todos os campos do formul rio inclusive com os dados de interesse espec fico da Secretaria de Fazenda A documenta o apre sentada passa a atender RFB e Secretaria de Fazenda A ideia utilizar o Cadastro Nacional da Pessoa Jur dica CNPJ como nica inscri o cadastral em todas as esferas de governo As informa es do cadastro ser o acessadas pelas esferas federal estadual distrital e municipal O sistema encontra se implantado nas Secretarias de Fazenda dos Estados de Alagoas Bahia Maranh o Minas Gerais Par Rio Grande do Norte e S o Paulo e nas Secretarias de Fazenda dos Munic pios de Bel m PA Belo Horizonte MG Curitiba PR Natal RN Salvador BA S o Lu s MA e Vit ria ES Est em fase de implanta o nas Secreta rias de Fazenda do Distrito Federal e dos Estados do Acre Amazonas Cear
473. o Conselho Administrativo de Defesa Econ mica rg o do Minist rio da Justi a ou da Secretaria de Acompanhamento Econ mico do Minist rio da Economia Entre os julgamentos de arbitragem pode ser citado Conselho Administrativo de Defesa Econ mica Cade Ato de Concentra o n 08012 004808 2000 01 Ato de Concentra o Acordo firmado entre Monsanto e Embrapa para utiliza o da tecnologia do gene Round up possibilidade de dano concorr ncia Apresenta o da opera o intempestiva Altera o da cl usula 4 3 do contrato de coopera o t cnica Parecer pela aprova o com restri o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 49 6 Conclus o A evolu o da autoriza o da utiliza o da soja transg nica SRR no Brasil um tema que atraiu a aten o da comunidade internacional Este artigo prop e o estudo mais completo segundo nosso conhecimento cobrindo um per odo de mais de dez anos e se interessando pelas modalidades pr ticas de acesso ao SRR A aplica o do sistema de T rke permitiu visualizar a din mica do sistema social que utiliza o SRR no per odo de seis etapas no curso das quais os atores p blicos e privados no n vel nacional ou local desempenharam pap is mais ou menos marcantes A etapa atual corresponde fixa o de regras pr ticas da utiliza o do SRR relacionadas determina o do n vel de royalties e prescri o das modalidades que as enquadram Essas re
474. o caso norte americano Lowi 1985 p 6 comenta que a cada novo programa aprovado pelo Con gresso em harmonia com o compromisso de expandir o governo delegava se ao Po der Executivo sua implementa o Essas leis foram deliberadamente redigidas em linguagem vaga para fornecer adminis tra o e por conseguinte ao presidente a maior discri o poss vel na formula o das pol ticas e na decis o sobre quando seria do interesse p blico implement las Em resumo os ex presidentes deixam cargos de inquestion vel lideran a nacional nos quais estiveram frente de toda a m quina administrativa federal e detiveram a posse de recursos e prerrogativas que lhes davam excepcional influ ncia na formula o de pol ticas p blicas Para alguns inclusive a experi ncia adquirida na presid ncia constitui um recurso de car ter nacional que n o deveria ser desperdi ado Segundo Anderson 2010 p 67 os impulsos que os conduziram pol tica e ao servi o p blico n o desaparecem com a aposentadoria nem as habilidades adquiridas no exerc cio do cargo Assim embora a altern ncia na pol tica constitua um elemento crucial do processo democr tico a altern ncia na presid ncia pode ensejar um desperd cio de recursos informacio nais para a sociedade Por esse motivo v rias democracias presidencialistas adotam legisla o voltada para calibrar a sa da de seus ex chefes do Poder Executivo de forma a m
475. o conseguiu parar o processo de utiliza o ilegal do SRR Oficialmente a causa seria uma falta de meios embora alguns autores se interroguem sobre a vontade real do Mapa de tomar as medidas necess rias No curso dessa curta fase de utiliza o ilegal o subsistema de decis o de regras comportou poucos atores envolvidos Figura 2 No entanto poss vel identificar os atores envolvidos e afetados que ficam na fronteira desse subsistema Esse per odo caracterizado por uma forma de gover nan a dos atores locais de natureza p blica e privada o que permitiu um precondicionamento favor vel aos OGM Mas as estat sticas oficiais n o permitem a afirma o pois n o distinguem esse tipo de soja Contrariamente aos pa ses europeus houve ONGs locais favor veis utiliza o dos OGM no Brasil Trata se de uma express o do precondicionamento dos produtores sobre o tema Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 37 Figura 2 Sistema social na utiliza o do SRR antes da autoriza o 1998 Syst me social i Producteurs semences pirates Biotech Co EE Producteurs N J Obtenteurs Ne Semences Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo Sistema Social subsistema de decis o Poder Executivo Produtores Poder legislativo ONG Produtores de sementes piratas Produtores de sementes Obtentores 4 2 Uma primeira autoriza o do SRR imediatamente contestada
476. o de finalidade a pretexto de manter a coes o partid ria faculta se o controle das minorias olig rquicas sobre os mandat rios iv permitir a cassa o dos direitos pol ticos dos filiados eventualmente expulsos Ou seja o territ rio da fidelidade partid ria n o ilimitado sendo certo que suas fronteiras derivam tamb m da incid ncia da Consti tui o Federal Apenas uma interpreta o sistem tica da Constitui o capaz de ilus trar os verdadeiros contornos do instituto Qualquer interpreta o isolada do texto do art 17 S 1 da Constitui o portanto en sejar a emerg ncia de um sentido falseado do texto constitucional e nomeadamente do regime de fidelidade no mbito partid rio interna corporis dos partidos pol ticos TSE Pleno Consulta n 1251 DF Rel Min Carlos Ayres Britto Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 105 Relativamente natureza jur dica dos partidos pol ticos a Constitui o os definiu como pessoa jur dica de direito privado nos termos do art 17 2 segundo o qual os partidos pol ticos depois de adquirirem personalidade jur dica na forma da lei civil registrar o seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral ap s o que lembra Moraes 2009 p 266 ter o direito a recursos do fundo partid rio e acesso gratuito ao r dio e televis o na forma da lei Portanto o registro dos estatutos partid rios no Tribunal Superior Eleitoral confere aos partido
477. o di logo entre as cortes supremas e a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao transconstitucionalismo na Am rica Latina Marcelo Neves Professor Titular de Direito P blico da Faculdade de Direito da Universidade de Bras lia MARCELO NEVES Sum rio 1 Al m dos di logos constitucionais entre cortes o transconstitucio nalismo entre ordens jur dicas 2 Problemas transconstitucionais entre Corte Interamericana de Direitos Humanos e tribunais supremos ou constitucionais dos Estados latino americanos 3 Um problema trans constitucional entre o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional e o regime constitucional brasileiro 4 Invoca o de outras ordens jur dicas estrangeiras na fundamenta o de julgamentos de quest es constitu cionais no Brasil 5 Um caso transconstitucional entre a lex sportiva e a ordem jur dica mexicana 6 Um problema transconstitucional entre a ordem normativa de comunidades ind genas e a ordem constitucional do Estado brasileiro 7 O transconstitucionalismo pluridimensional dos direitos humanos na Am rica Latina 8 Observa o final 1 Al m dos di logos constitucionais entre cortes o transconstitucionalismo entre ordens jur dicas O termo di logo usado habitualmente para referir se ao discurso orientado para o entendimento ou consenso nos termos da filosofia social de J rgen Habermas Este n o o sentido em que utilizo a express o Emprego d
478. o disciplinar entre n s o instituto da fidelidade par tid ria constitucional e ordinariamente compatibilizando os princ pios do mandato representativo e da liberdade de express o do mandat rio Refer ncias ALEXY Robert Constitucionalismo discursivo Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 ANSOLABEHERE Karina La pol tica desde la justicia cortes supremas gobierno y de mocracia en Argentina y M xico M xico FLACSO 2007 ARANTES Rog rio Bastos Judici rio entre a justi a e a pol tica In AVELAR Lucia CINTRA Antonio Octavio Org Sistema pol tico brasileiro uma introdu o Rio de Janeiro F Konrad Adenauer 2007 ARAS Augusto Fidelidade partid ria a perda do mandato parlamentar Rio de Janeiro Lumen Juris 2006 BARROSO Lu s Roberto Constitui o democracia e supremacia judicial direito e pol tica no Brasil contempor neo In FELLET Andr Lu s Fernandes PAULA Daniel Giotti de NOVELINO Marcelo Org As novas faces do ativismo judicial Salvador JusPodivm 2011 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 com as altera es adotadas pelas Emendas Constitucionais n 1 1992 a 70 2012 e pelas Emendas Constitucionais de Revis o n 1 a 6 94 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 2012 Supremo Tribunal Federal Mandado de seguran a n 26 602 DF de 4 outu bro de 2007 Relator Ministro Eros Grau Di rio da Jus
479. o discurso e a hist ria as verdades e a ltima palavra Quando se faz a associa o da hist ria com o discurso tal como apresentado no t pico ante rior o ganho de compreens o potencialmente elevado Isso ocorre porque o discurso aparece primeiramente como um bom chamativo para se visualizar o estado da arte do problema en frentado No caso quis se deixar evid ncia que a no o de uma harmonia entre os Poderes substancialmente problem tica e pouco de fens vel quando se constata o pr prio teor das palavras trocadas entre eles em temas sens veis Bastou ali s indicar dois exemplos que se de ram ao mesmo tempo para j se visualizar que muito mais do que di logo e harmonia h sem d vida uma disputa por poder que se consubs tancia em termos discursivos pr prios Mais especificamente mostrou se importante enten der como o Judici rio reage a uma proposta do parlamento que limitaria parcialmente seus po deres Como uma t cnica argumentativa dizer que o parlamento estaria rasgando a Cons titui o Ministro Gilmar Mendes ou que a proposta fragilizaria a democracia brasileira Ministro Joaquim Barbosa sobretudo quando se assume de antem o que a ltima palavra cabe ao Judici rio Ministro Marco Aur lio estrategicamente eficiente como mecanismo de persuas o p blica Os termos afinal s o bem escolhidos e est o intimamente relacionados a uma compreen
480. o do Con gresso Nacional da mesma data as emendas foram publicadas com imagens dos aut grafos nas quais se pode observar a presen a dos ele mentos local e data Conclui se ent o que deve ter ocorrido apenas um equ voco na etapa de publica o da emenda no Di rio Oficial da Uni o Mesmo assim n o identificamos nenhu ma publica o de retifica o no Di rio Oficial da Uni o referente a essa emenda 2 5 Emendas Constitucionais n 19 de 1998 e n 58 de 2009 vig ncia a partir da promulga o As Emendas Constitucionais n 19 de 1998 e n 58 de 2009 definem a vig ncia a partir da data de promulga o em vez da data de pu blica o como o mais comum A doutrina pac fica em rela o exig ncia da publica o para que uma norma adquira vig ncia Segundo Silva 2006 p 249 Em definitivo a lei se torna eficaz com a promulga o publicada A publica o fundamenta se portanto na necessidade de transmitir a promulga o da lei o seu comando queles a quem se destina e na necessidade de que todos venham presu mivelmente a conhec la para que ningu m se escuse de cumpri la alegando que n o a conhece LICC art 3 2 6 Emendas Constitucionais n 6 de 1995 e n 7 de 1995 acr scimo de artigo duplicado As Emendas Constitucionais n 6 de 1995 e n 7 de 1995 comandam em duplicidade o acr scimo do art 246 Constitui o Federal nos
481. o enunciado tende a determinar um rol exemplificativo n o taxativo verifica se a impre cis o da express o quando se discute a licitude das terceiriza es como atividades de call centers Em 2011 o TST procedeu a uma revis o da jurisprud ncia em de corr ncia do julgamento da A o Declarat ria de Constitucionalidade n 16 no qual o Supremo Tribunal Federal declarou constitucional o artigo 71 S1 da Lei n 8 666 93 O TST houve por bem reescrever o inciso IV da supracitada s mula que trata da responsabilidade subsidi ria do tomador de servi os acrescentando os incisos V e VI ao tratar da res ponsabilidade subsidi ria da administra o p blica diante de culpa in vigilando e da responsabilidade subsidi ria quanto s verbas do per odo da presta o laboral Conquanto tenha limitado a terceiriza o atividade meio do to mador de servi os o ponto central da discuss o da S mula 331 do TST n o foi garantir ou resguardar os direitos trabalhistas do terceirizado restringindo se t o somente a uma caracter stica da atividade a ser repassada a terceiros o que colide com o valor social do trabalho art 1 IV da CF Cumpre enfatizar que a Orienta o Jurisprudencial 383 da Se o de Diss dios Individuais I SDI I do TST garantiu aos trabalhadores tercei rizados um padr o de igualdade salarial em rela o aos trabalhadores da tomadora de servi os nos moldes do art 12 da Lei n 6 019 74 Ademais a Cons
482. o infraconstitucional sem qualquer normatividade s ingressan do no ordenamento jur dico ap s sua aprova o passando ent o a ser preceito constitucional da mesma hierarquia das normas constitucionais origin rias Tal fato poss vel pois a emenda Constitui o produzida segundo uma forma e versando sobre conte do previamente limitado pelo legislador constituinte origin rio MORAES 2005 p 1127 N o obstante em rela o ao aspecto formal importante destacar que a Lei Complementar n 95 de 1998 no seu art 18 define que eventual ine xatid o formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular n o constitui escusa v lida para o seu descumprimento BRASIL 1998e 2 An lise de emendas espec ficas As pr ximas subse es apresentam os resultados da an lise de algu mas emendas constitucionais sob o ponto de vista da Leg stica Formal 2 1 Aus ncia de cl usula de vig ncia em emenda constitucional A cl usula de vig ncia passou a ser prevista de forma expressa de acordo com o inciso III do art 3 e o caput do art 8 da Lei Complementar n 95 de 1998 Art 3 A lei ser estruturada em tr s partes b sicas e HI parte final compreendendo as disposi es pertinentes s medidas necess rias implementa o das normas de conte do substantivo s disposi es transit rias se for o caso a cl usula de vig ncia e a cl usula de revoga o quando couber
483. o judicial na rea da sa de destacam se Lu s Roberto Barroso 2008 Juliano Heinen Marcos Maselli Gouv a Maria Dallari Bacci e Ana Paula de Barcellos ANDRADE 2011 p 10 11 1O autor ora citado resume os impasses que contornam a judicializa o de pol ticas da sa de a saber a falta de compet ncia do Judici rio para a defini o de pol ticas sociais e econ micas ao teor do art 196 da CF b sua falta de legitimidade democr tica para decidir a forma de utiliza o dos recursos p blicos c a reserva do poss vel d em se tratando de distribui o de medicamentos o risco de desorganiza o da Administra o P blica que s vezes retiraria recursos que poderiam ser aplicados por exemplo em pol ticas preventivas como as de saneamento b sico ou redes de gua pot vel a fim de cumprir as decis es judiciais de car ter condenat rio e por fim a cr tica t cnica que acentua a falta de conhecimento espec fico do Judici rio para instituir pol ticas de sa de BARROSO 2008 p 22 27 136 Revista de Informa o Legislativa Quanto aos medicamentos existem listas elaboradas com a participa o dos diversos entes federativos Portaria 3 916 98 do Mi nist rio da Sa de A jurisprud ncia acolhe o poder fiscalizador do Judici rio nos limites dos medicamentos constantes dessas listas n o po dendo uma decis o judicial coagir o Executivo a distribuir medicamentos nelas n o inclu
484. o jur dica do poder Ordens normativas dessa esp cie exigem quando entram em colis o com as institui es da ordem jur dica constitucional de um Estado um transconstitucionalismo unilateral de toler ncia e em certa medida de aprendizado Essa forma de transconsti tucionalismo imp e se porque embora as referidas ordens jur dicas em muitas de suas normas e pr ticas se afastem sensivelmente do modelo de direitos humanos e de limita o jur dica do poder nos termos do sistema jur dico da sociedade mundial a simples outorga unilateral de direitos humanos aos seus membros contr ria ao transconstitucionalismo Medidas nessa dire o tendem a ter consequ ncias destrutivas sobre mentes e corpos sendo contr rias ao pr prio conceito de direitos huma nos Nesse contexto h um paradoxo do transconstitucionalismo pois 2 A quest o dos direitos humanos no sentido rigoroso deve ser compreendida hoje como amea a integridade de corpo alma do homem individual por uma multiplicida Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 201 ele se envolve em conversa es constitucionais com ordens normativas que est o margem do pr prio constitucionalismo Mas essa situa o resultante da necessidade intr nseca ao transconstitucionalismo de n o excluir o desenvolvimento de institutos alternativos que possibilitem um di logo construtivo com essas ordens dos antropol gico culturalmente diferentes b
485. o no item sobre os princ pios constitucionais o juiz natural n o somente aquele constitu do anteriormente ocorr ncia dos fatos mas tamb m aquele competente para proferir o julgamento Por sua vez a regulamenta o da compet ncia do juiz para conhecer dos recursos ou dos processos de compet ncia origin ria dos tribunais estabelecida por regra infraconstitucional ou seja pelo CPC que atribui ao relator do rem dio processual a compet ncia para analisar a 168 Revista de Informa o Legislativa suspens o da efic cia do provimento concedido desde que sejam preen chidos os requisitos exigidos pela lei no art 558 do CPC H contudo atribui o dos mesmos poderes ao Presidente do tribu nal pela Lei n 12 016 2009 o que caracteriza a exist ncia de antinomia jur dica solucionada no caso pelo princ pio da especialidade Todavia al m da garantia do juiz natural o disposto no art 15 dessa lei viola tam b m o princ pio da isonomia por constituir mero privil gio concedido ao ente p blico Em contrapartida ressalte se ainda que a suspens o de seguran a nasceu como um simples pedido de efeito suspensivo ao recurso inter posto pelo ente p blico sempre que houvesse risco de grave les o sa de ordem ou seguran a p blica Entretanto as diversas altera es nas disposi es legais desvincularam o pedido de suspens o da necessidade de interposi o do recurso cab vel e com isso utiliza
486. o que for criado pelo legislador infraconstitucional para obstaculizar dificultar ou empecer a plenitude da efic cia do mandado de seguran a agride sua previs o constitucional Nesse sentido n o h como admitir a constitucionalidade do instituto independente de qual seja sua natureza jur dica instituto que busca minimizar efeitos do mandado de segu ran a Positiva a resposta trata se de figura inconstitucional BUENO 2002 p 179 Com tais considera es independentemente de qual seja a natureza do instituto do pedido de suspens o a compet ncia conferida ao Pre sidente do tribunal infringe princ pios garantidos pela CR em vista de atribuir poderes excepcionais ao gestor do Ju zo colegiado em detrimento das disposi es do CPC 7 Considera es finais Pelo exposto considerada a altera o do panorama processual desde a origem da suspens o de liminar em mandado seguran a atualmente poss vel a concess o de efeito suspensivo pelo pr prio relator no agravo de instrumento segundo o art 558 do CPC o que revela a exist ncia de antinomia jur dica entre a compet ncia conferida pelo art 15 da Lei n 12 016 2009 para a concess o do mesmo efeito suspensivo ao mesmo recurso pelo presidente do tribunal Uma vez constatada a exist ncia de antinomia jur dica e por terem os dispositivos supramencionados a mesma hierarquia ou seja s o leis infraconstitucionais observou se que a controv rsia deveria s
487. ocesso civil parecer n 1 624 de 2010 e Emenda n 221 CTRCPC substitutivo aprovado Bras lia Senado Federal 2010b Dispon vel em lt http www senado gov br atividade materia getPDF asp t 84495 amp tp 1 gt Acesso em 20 jan 2011 Lei 1 533 51 revogada de 31 de dezembro de 1951 Altera disposi es do C digo do Processo Civil relativas ao mandado de seguran a Di rio Oficial da Uni o Bras lia 31 dez 1951 Lei 4 348 64 revogada de 16 de junho de 1964 Estabelece normas processuais relativas a mandado de seguran a Di rio Oficial da Uni o Bras lia 3 jul 1964 Lei 7 347 85 de 24 de julho de 1985 Disciplina a a o civil p blica de responsa bilidade por danos causados ao meio ambiente ao consumidor a bens e direitos de valor art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico VETADO e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 24 jul 1985 Lei 8 038 90 de 28 de maio de 1990 Institui normas procedimentais para os pro cessos que especifica perante o Superior Tribunal de Justi a e o Supremo Tribunal Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 28 maio 1990 Lei 12 016 de 7 agosto de 2009 Disciplina o mandado de seguran a individual e coletivo e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 10 ago 2009 Superior Tribunal de Justi a Agravo Regimental na Suspens o de Seguran a n 1504 MG de 20 de mar o de 2006 Relator Minis
488. ocracia direta a democracia indireta ou representativa e a democracia semidireta A democracia direta aquela em que o povo por si s exerce os poderes estatais adminis trando legislando e julgando Essa forma de democracia constitui nos dias atuais reminis c ncia hist rica Por sua vez a democracia indireta ou re presentativa aquela em que povo em face da extens o territorial da densidade populacional e da diversidade social outorga os poderes estatais a seus representantes que s o eleitos periodicamente Finalmente a democracia semidireta a democracia representativa com alguns ins trumentos de participa o direta do povo no processo decis rio tais como o plebiscito o referendo e a iniciativa popular que integram o que se conhece modernamente como demo cracia participativa O que interessa a este trabalho no entanto o estudo da democracia representativa por quanto nela que se desenvolvem a cidadania e a representa o pol tica o que tende a se fortalecer na democracia participativa A Constitui o afirma Silva 2011 p 137 combina representa o e participa o dire ta tendendo pois para a democracia repre sentativa o que desde o par grafo nico do art 1 j est configurado quando a se diz que todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos democracia representativa ou diretamente democracia participativa A democ
489. odifica o art 57 da Constitui o Federal EMC 51 2006 Acrescenta os 88 4 5 e 6 ao art 198 da Constitui o Federal EMC 52 2006 D nova reda o ao 1 do art 17 da Constitui o Federal para discipli nar as coliga es eleitorais EMC 53 2006 D nova reda o aos arts 7 23 30 206 208 211 e 212 da Cons titui o Federal e ao art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais EMC 54 2007 Transit rias D nova reda o al nea c do inciso I do art 12 da Constitui o Fede ral e acrescenta art 95 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias assegurando o registro nos consulados de brasileiros nascidos no estrangeiro EMC 55 2007 Altera o art 159 da Constitui o Federal aumentando a entrega de recur sos pela Uni o ao Fundo de Participa o dos Munic pios EMC 56 2007 Prorroga o prazo previsto no caput do art 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias e d outras provid ncias EMC 57 2008 Acrescenta artigo ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para convalidar os atos de cria o fus o incorpora o e desmembra mento de Munic pios EMC 58 2009 Altera a reda o do inciso IV do caput do art 29 e do art 29 A da Cons titui o Federal tratando das disposi es relativas recomposi o das C maras Municipais EMC 59 2009 Acrescenta 3 ao art 76 do Ato das Disposi
490. ol ticos a um subs dio mensal e vital cio igual ao ven cimento do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal Par grafo nico Se o Presidente da Rep blica em raz o do exerc cio do cargo for atacado de mol stia que o inabilite para o desempenho de suas fun es as despesas de tratamento m dico e hospitalar correr o por conta da Uni o Em 1978 a Emenda Constitucional n 11 alterou a reda o original desse dispositivo dele retirando a restri o referente suspens o de direitos pol ticos 66 Revista de Informa o Legislativa A Constitui o de 1988 n o acolheu qual quer norma referente pens o para ex presi dentes Para Schiiler 2008 p 5 essa omiss o pode ser considerada impeditiva da institui o por meio de legisla o infraconstitucional de subs dio vital cio em favor dos ex presidentes da Rep blica De fato a posi o de Schiiler encontra respaldo em decis es do Supremo Tribunal Federal acerca da constitucionalidade de se institu rem pens es semelhantes para ex governadores e ex prefeitos No voto que proferiu como relator na Me dida cautelar na A o de Inconstitucionalidade n 1 461 AB o Ministro Maur cio Correa frisou que a nova ordem jur dica institu da pela Carta de 1988 ao deixar de reproduzir o conte do do artigo 184 da EC n 1 69 n o admitiu que a Uni o suportasse despesas dessa natureza com aqueles que exerceram a fun o de Pres
491. om pessoal pr prio aprovado em curso de forma o de vigilante autorizado pelo Minist rio da Justi a e cujo sistema de seguran a tenha parecer favo r vel sua aprova o emitido pelo Minist rio da Justi a BRASIL 1983 2 5 Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 A Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 re gulamentou as mat rias relativas s licita es aos contratos administrativos e a contrata o para presta o de servi os Prescreve a supracitada lei a possibilidade de a administra o p blica contratar com terceiros desde que observados os crit rios licitat rios sem limitar em qualquer momen to a licitude da contrata o atividade meio ou atividade fim como salienta o artigo 2 as obras servi os inclusive de publicidade compras aliena es concess es permiss es e loca es da Administra o P blica quando contratadas com terceiros ser o necessaria mente precedidas de licita o BRASIL 1993 N o houve limita o pr tica da terceiri za o no que concerne atividade repassada a terceiros O Supremo Tribunal Federal inclusi ve considerou a constitucionalidade do artigo 71 da Lei n 8 666 93 na A o Declarat ria de Constitucionalidade n 16 sendo necess rio o exame da culpa para se atingir a responsabili dade do ente p blico 2 6 Lei n 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 A Lei n 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 disp e sobre o regime de
492. omo forma de aprimorar seus pr prios regimes pol ticos Ao aprovar estatutos normatizando os direitos de ex presiden tes Chile e Estados Unidos por exemplo criaram as condi es para que seus ex mandat rios pudessem continuar a desempenhar um importante papel p blico em suas sociedades mesmo que por vias informais Ex presidentes deixam o governo com uma vis o nacional e um co nhecimento da inser o de seu pa s no cen rio internacional que poucos det m O ex presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson chamou a essa vis o e a esse conhecimento de perspectiva privilegiada de algu m que enxerga de um ponto de vista diferenciado Sarney da mesma opi ni o Para ele um presidente da Rep blica detentor de informa es muito preciosas RODRIGUES 2012 Desperdi ar o manancial de informa es e experi ncias de ex presidentes pouco contribui para fortalecer o processo democr tico Por outro lado dotar os ex presidentes de condi es para atuar em prol da democracia e da sociedade como um todo aperfei oa a Presid ncia enquanto institui o garantindo lhe a dignidade inerente a um Poder da Rep blica Outrossim fortalece a pr pria democracia ao sinalizar que a altern ncia no poder n o equivale a uma esp cie de ostracismo ou puni o daqueles que se empenharam como chefes do Executivo Esse parece ter sido objetivo da legisla o sobre ex presidentes promulgada nos pa ses que figuram no presente estudo
493. omple tamente em controle concentrado que tratam de temas bastante relevantes no mbito dos direitos fundamentais como se deu nas decis es sobre c lulas tronco BRASIL 2010 e cotas para negros em universidades p blicas BRASIL 2012c Contudo mesmo que as decis es de improced ncia tenham relev ncia social em alguns casos elas n o se diferenciam substancialmente de uma decis o de improced ncia no controle difuso Aqui n o h afinal retirada da norma do mundo jur dico mas simples confir ma o de sua constitucionalidade mesmo que seus efeitos aparentem ser mais abrangentes do que aqueles extra dos do exame de um caso concreto espec fico Portanto se os processos mais relevantes para os direitos humanos forem sistematicamente julgados como decis es de n o proced ncia n o h raz es para a manuten o do modelo concentrado de constitucionalidade Ressalte se al m do mais que as decis es de improced ncia representam cerca de 1 6 dos processos que cumprem todos os requisitos para serem julgados ndice aproximadamente cinco vezes menor do que o de decis es de proced ncia mat ria de direitos fundamentais Na verdade houve um total de apenas setenta e duas ADIs julgadas procedentes nesse tema dentro do espectro examinado o que demonstra que o tema dos direitos fundamentais n o tem sido efetivamente o grande objeto do controle concentrado de cons titucionalidade No mbito das ADIs contra legisla
494. omplementar ao prorrogar o Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza por prazo indeterminado d se no plano da efic cia e n o no da vig ncia n o sendo necess ria a prorroga o da vig ncia de uma lei j vigente Conclui se a an lise dessa emenda apresen tando se a express o textual que achamos mais apropriada luz da Leg stica Formal para o art 1 da Emenda Constitucional n 67 de 2010 Art 1 O art 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias passa a vigorar com a seguinte reda o Art 79 institu do para vigorar por tempo indeterminado no mbito do Poder Executivo Federal o Fundo de Combate e Erradica o da Pobreza a ser regulado por lei complementar com o objetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso a n veis dignos de subsist ncia cujos recursos ser o apli cados em a es suplementares de nutri o habita o educa o sa de refor o de renda familiar e outros programas de relevante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida NR Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 221 2 3 Emenda Constitucional n 3 de 1993 ementa ausente O conte do e a apresenta o do elemento ementa s o definidos pelo art 5 da Lei Com plementar n 95 de 1998 nos seguintes termos Art 5 A ementa ser grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitar de modo conciso e sob a forma de t tulo o objeto da lei BRASIL 1998
495. onado h pouco que todos esses argumentos malgrado soem convincentes bonitos e poderosos somente ganham seu devido valor se forem afirmados por uma pr tica que os justifique essa a grande quest o porque afinal querer se afirmar o detentor da ltima palavra n o tarefa que pode se resumir a uma ret rica vazia O discurso precisa ter alguma corrobora o com as pr ticas de vida caso contr rio perde em legitimidade Ter a t o desejada ltima palavra custoso porquanto lan a para um nico rg o a defesa institucional final de todo um processo democr tico de todo um di logo que quer se manter aberto em que a democracia e o constitucionalismo como paradoxos necess rios se constroem e se aperfei oam De antem o j se antecipa a impossibilidade dessa tarefa Querer ter a ltima palavra o sinal de n o compreens o da complexidade inerente a uma sociedade democr tica que preza pela cidadania Isso se d porque a hist ria desses vinte e cinco anos de constitucionalismo democr tico no Brasil explicita que o Supremo Tribunal Federal embora se utilize desse argumento deixa muito a desejar em termos de justifica o daquelas premissas Essa percep o ser aqui abordada a partir de dois enfoques 1 empi ricamente ao menos em uma rea que alardeada como uma conquista da Constitui o de 1988 na defesa dos direitos fundamentais o STF tem se mostrado pouco defensor desses direitos
496. onstitui o do Brasil interpretada e legisla o constitucional 5 ed S o Paulo Atlas 2005 242 Revista de Informa o Legislativa SILVA Jos Afonso da Processo constitucional de forma o das leis S o Paulo Malheiros 2006 TEMER Michel Elementos de Direito Constitucional 23 ed rev e atual S o Paulo Ma lheiros 2010 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 Partidos pol ticos e democracia Jarbas Maranh o foi secret rio de Estado deputado Constituinte Nacional de 1946 deputado federal reeleito senador da Rep blica presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco professor de Direito Constitucional integrante de v rias Academias entre as quais a centen ria Academia Pernambucana de Letras a Academia Brasileira de Ci ncias Morais e Pol ticas sediada no Rio de Janeiro e a Associa o Nacional de Escritores com sede em Bras lia JARBAS MARANH O Sum rio 1 Partidos elementos institucionais do Estado 2 O papel das agremia es partid rias 3 A conduta dos partidos pol ticos 1 Partidos elementos institucionais do Estado A disputa entre as fac es atrav s do sufr gio pela posse dos cargos de governo caracter stica da democracia A competi o e os embates eleitorais s o da ess ncia do regime e constituem sua natural e vigorosa express o da natureza dos partidos lutar pelo poder porque no seu exer c cio eles podem afirmar suas ideias e realiza
497. opor o partid ria o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito Note se que consoante o art 25 acima transcrito a pena m xima que o estatuto do partido pode estabelecer no caso de infidelidade partid ria a desfilia o e a expuls o do parlamentar Na verdade os casos de perda de mandato est o expressamente pre vistos no art 55 da Constitui o n o podendo ser eles ampliados por norma infraconstitucional ou pelo estatuto partid rio Nesse sentido cabe apenas ao Legislativo promover a mudan a desse dispositivo constitucional para nele incluir a hip tese de perda do man dato por infidelidade partid ria e n o a qualquer outro Poder sob pena de inconstitucionalidade por usurpa o de fun o O importante que se deve avan ar na disciplina legislativa da fide lidade partid ria tendo em vista o aperfei oamento desse instituto t o indispens vel democracia representativa em nosso Pa s 4 Fidelidade partid ria em decis es do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal 4 1 Consultas n 1 398 e 1 407 TSE e Mandados de Seguran a n 26 602 26 603 e 26 604 STF O sistema partid rio brasileiro tem experimentado desde a redemo cratiza o do pa s iniciada em 1985 uma intensa migra o partid ria muitas das vezes motivada por interesses pessoais em detrimento da soberania popular como eleva o das chances em elei es proporcio nais conflit
498. or ar a legitimidade democr tica dos direitos humanos sediados em tratados enrobustecendo sua natureza democr tica por conta da participa o do Congresso Algumas quest es precisam ser pontuadas sobre o argumento O Congresso Nacional j atuou na incor pora o de tratados internacionais de direitos humanos art 49 I assimilados antes da EC 45 04 portanto a vontade democr tica se fez presente Qual a necessidade de uma segunda rodada de vontade democr tica Os autores n o demonstram qual seria a diferen a entre a manifesta o do Congresso Nacional com base no art 49 I e a manifesta o do 3 do art 5 Se os mesmos autores defendem que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil anteriormente EC 45 04 s o cons titucionais como sustentar que apenas o 3 do art 5 refor e a legitimidade democr tica de tais direitos Existem normas constitucionais com graus de legitimidade democr tica diferencia dos Os direitos fundamentais e humanos de pendem necessariamente de uma legitimidade democr tica E os direitos da minoria Para serem garantidos necessitam de confirma o da vontade da maioria Consideremos o caso da ADI 4 277 DEF e da ADPF 132 que trataram do reconhecimen to das uni es homoafetivas como entidades familiares importante lembrar que o Presidente quem ratifica o tratado portanto um agente pol tico eleito pela maioria
499. or anomalia fetal Bras lia Letras Livres 2004 Cole o Radar Quem autoriza o aborto seletivo no Brasil m dicos promotores e ju zes em cena PHYSIS Rev Sa de Coletiva Rio de Janeiro v 13 n 2 p 13 34 2003 Dispon vel em lt http www scielo br pdf physis v13n2 a03v13n2 pdf gt Acesso em 4 abr 2012 MEDEIROS Marcelo Aborto no Brasil uma pesquisa domiciliar com t cnica de urna Ci ncia e Sa de Coletiva Rio de Janeiro v 15 jun 2010 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S1413 81232010000700002 amp script sci arttext gt Acesso em 20 maio 2012 DWORKIN Ronald Justice for hedgehogs Cambridge Harvard University 2011 O dom nio da vida aborto eutan sia e liberdades individuais S o Paulo Martins Fontes 2009 FERRAJOLL Luigi Los fundamentos de los derechos fundamentales 3 ed Madrid Trotta 2007 FOLHA DE S PAULO Governo estuda adotar medidas para a redu o de danos para aborto ilegal sistema de sa de teria que acolher mulher decidida a abortar e inform la sobre riscos e m todos Folha de S Paulo S o Paulo 6 jun 2012 Dispon vel em lt http acervo folha com br fsp 2012 06 06 gt Acesso em 6 jun 2012 FREITAS ngela Aborto guia para profissionais de comunica o Recife Grupo Curu mim 2011 IMAIS Instituto Mulher pela Aten o Integral Sa de e Direitos Humanos Plataforma brasileira de direitos econ micos sociais culturais e
500. ormativa de algo como mat ria constitucional implica necessariamente a sua inclus o no mbito da formalidade pois os assuntos s o considerados constitucionais em raz o de sua dificuldade de altera o e encampa o em normas fundamen tais superiores Por essa raz o observada tal 1 A referida conceitua o facilita a conclus o de Fioravanti 2010 sobre o esvaziamento da Constitui o em sentido material pelo positivismo porquanto como afirmam Burdeau Hamon e Troper 2005 p 16 o direito constitucional passa a n o se identificar mais por sua ma t ria exclusiva mas por sua forma as normas superiores do ordenamento jur dico 2 Tais autores portanto identificam supremacia com a supralegalidade constitucional na Constitui o de 1988 Como sustenta Arag n Reyes 1986 a supremacia constitu cional diz respeito ao momento pol tico de superioridade da Constitui o texto produzido por um poder constituinte na condi o de norma com a fun o de manter a estabilida de de uma comunidade pol tica pela limita o do poder e garantia dos direitos fundamentais A supralegalidade por sua vez surge como a garantia jur dica da supremacia man tendo agora pelo aspecto formal a separa o estrita entre poderes constituinte e poder constitu do A supralegalidade protege em diferentes graus a supremacia constitucional Dito em outras palavras a forma constitucional se justifica 286 Revista de Informa
501. orme o sistema de partidos que os considera como parte da estrutura cons titucional pouco importando a forma de Estado e o regime de governo Da a import ncia do mandato pol tico que o povo outorga aos seus representantes por meio dos partidos pol ticos entidades cuja exist ncia e fortalecimento tornam se imprescind veis para a preserva o do regime democr tico Aludiu se nas linhas precedentes estreita rela o existente entre a soberania popular e a representa o pol tica Na verdade pode se di zer que a representa o pol tica tem como ponto de partida a soberania popular e a soberania po pular conduz democracia representativa que tem como elemento b sico o mandato pol tico outorgado pelo povo aos seus representantes Portanto a elei o gera para o eleito o mandato pol tico representativo que constitui um dos pilares do regime democr tico Nele se 104 Revista de Informa o Legislativa materializam os princ pios da representa o e da autoridade O primeiro significa que o poder que emana do povo exercido em seu nome por seus representantes periodicamente eleitos O segundo significa que o mandato realiza a t cnica constitucional por meio da qual o Esta do que n o tem vontade real e pr pria adquire condi es de manifestar se e decidir Sobre o mandato pol tico representativo Silva 2011 p 139 lembra que o instituto cria o do Estado liberal burgu s ainda co
502. orr ncia e neutralidade fiscal Scientia Iuris Londrina n 14 p 235 253 nov 2010 BRASIL Lei n 12741 de 8 de dezembro de 2012 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 10 set 2012a Senado Federal Relat rio suplementar comiss o especial externa do Senado Fe deral criada pelo RQS n 25 de 2012 com a finalidade de analisar e propor solu es para quest es relacionadas ao Sistema Federativo Bras lia Senado Federal 2012b Dispon vel em lt http www senado gov br atividade materia getPDF asp t 116693 amp tp 1 gt Acesso em 20 dez 2012 CALIENDO Paulo Direitos fundamentais direito tribut rio e an lise econ mica do direito contribui es e limites Revista Brasileira de Direitos Fundamentais e Justi a Porto Alegre v 3 n 7 p 203 222 abr jun 2009 CARVALHO Cristiano Viveiros de Sobre a distribui o do nus tribut rio no Brasil Tributa o em Revista Bras lia v 8 n 33 p 26 36 jul set 2000 Deveres instrumentais e custos de transa o Revista da Faculdade de Direito UniRitter Porto Alegre v 9 n 8 p 115 122 2007 An lise econ mica da tributa o In TIMM Luciano Benetti Org Direito e economia no Brasil S o Paulo Atlas 2012 GICO JUNIOR Ivo VALAD O Marco Aur lio ALMEIDA Wilson Tributa o e desen volvimento na China transi o e ajustes para um sistema compat vel com os signat rios da OMC ComCi ncia Campinas v 137 p 34 41 2012 MURPHY
503. orum Columbia v 2 n 3 4 p 163 174 1999 MENASCHE Renata Cronologia da luta contra os transg nicos S o Paulo Instituto Federal de S o Paulo 2001 Dispon vel em lt http www cefetsp br edu eso cronologialutatrans genicos html gt Acesso em 7 out 2008 MENDEZ DEL VILAR Patricio et al Private governance in royalty collection Effective ness and limitations in tracing GM soybean in Brazil In TERCEIRA CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE A COEXISTENCIA DE GENETICAMENTE MODIFICA DOS GM E N O GM BASEADO CADEIAS DE SUPRIMENTOS AGRICOLAS 2007 Anais Sevilha 2007 MISHRA Sourav Monsanto at the receiving end of Bt cotton pricing policy India Envi ronment Portal Delhi 2006 Dispon vel em lt http www indiaenvironmentportal org in node 21510 gt Acesso em 18 mar 2009 MORSE S BENNETT R ISMAEL Y Isolating the farmer effect as a component of the advantage of growing genetically modified varieties in developing countries a Bt cotton case study from Jalgaon India Journal of Agricultural Science Toronto v 145 n 5 p 491 500 Oct 2007 NOISETTE Christophe Les collectivit s territoriales se mobilisent contre les PGM Inf OGM Limousin 2008 Dispon vel em lt http www infogm org spip php article3578 gt Acesso em 26 out 2009 OWEN M D 2008 Weed species shifts in glyphosate resistant crops Pest Management Science West Sussex v 64 n 4 p 377 387 2008 PAARLBERG Robert Starv
504. os Estados Unidos e na Europa Em rela o Am rica Latina Ansolabehere 2007 p 39 tradu o nossa assinala que gs nos pa ses da Am rica Latina e em muitas novas democracias a reflex o acerca da rela o entre pol tica e direito tomou um novo rumo Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 97 Depois de centrar se na depend ncia do po der judici rio com respeito ao poder pol tico ante a crescente import ncia que adquire a atividade judicial inicia uma virada em dire o forma em que o poder judici rio interv m e processa conflitos pol ticos Em outros termos a balan a come ou a inclinar se desde a preocupa o pela depend ncia do poder judici rio preocupa o pela depend ncia do poder pol tico das decis es judiciais A tematiza o das citadas judicia liza o da pol tica e politiza o da justi a toma parte deste novo impulso Ansolabehere 2007 examina as rela es entre o Judici rio e o poder pol tico na Argen tina e no M xico com base na jurisprud ncia das Cortes Supremas desses pa ses entre 1983 e 2001 na Argentina e entre 1988 e 2001 no M xico concluindo que existem dois modelos diferentes no que concerne ao posicionamento diante da judicializa o da pol tica Assim para Ansolabehere 2007 p 45 tradu o nossa h um modelo em que se encaixa a Su prema Corte da Argentina a que denomi naremos rbitro prudente porque te
505. os busca de recursos para projetos locais e regionais entre outros motivos Na verdade a mudan a injustificada de legenda introduz no legislativo um elemento de instabilidade que obstaculiza a consolida o do sistema representativo com desgaste da imagem dos partidos e dos pol ticos e enfraquecimento da democracia A migra o partid ria tem pois contribu do para reduzir o grau de representatividade do regime democr tico pois n o respeita a vontade 118 Revista de Informa o Legislativa do eleitor O voto dado a um partido transfe rido indiretamente ap s as elei es para outro partido alterando a representa o eleita sem consultar o eleitor Lembra Aras 2006 p 250 que o descalabro da mudan a de partido chegou ao c mulo nas elei es estaduais e federal de 2002 quando entre a data da diploma o e antes mesmo da posse em 1 de janeiro de 2003 dezenas de parlamentares migraram impunemente chocando a sociedade bra sileira com a j famosa dan a das cadeiras cujo objetivo foi o aumento de tempo na pro paganda eleitoral no certame de 2004 sem embargo da satisfa o de interesses pessoais Nessa esteira observam Thales e Camila Cerqueira 2008 p 69 que depois das elei es de 2006 ao menos 36 deputados trocaram de legenda O Partido da Rep blica por exemplo recebeu 15 novos filiados eleitos por outras agremia es Lado outro dos 513 deputados eleitos apenas 31 co
506. os incorporados anteriormente EC 45 04 s o direitos fundamentais materialmente e formal 278 Revista de Informa o Legislativa mente constitucionais os que forem aprovados posteriormente por sua vez sempre ser o mate rialmente constitucionais mas para que sejam formalmente constitucionais devem passar pelo requisito do qu rum qualificado Para a autora com a inclus o par grafo 3 do art 5 surgiriam duas categorias de direitos fundamentais sediados em tratados internacio nais a os materialmente constitucionais eb os material e formalmente constitucionais Apesar de ambos serem materialmente constitucionais os direitos disp em de regimes constitucionais diferenciados no que diz respeito den ncia pois os material e formalmente constitucionais n o podem ser denunciados porque est o assentados no texto da Constitui o Tal ca racteriza o os torna importantes n o apenas pela mat ria que veiculam mas pelo grau de legitimidade popular contemplado pelo difi cultoso processo de aprova o PIOVESAN 2010 p 79 80 Val rio Mazzuoli 2011 atesta que o 3 do art 5 da CF 88 atribui t o somente efic cia formal e n o material aos tratados internacionais de direitos humanos porquanto j a possuiriam em virtude do 2 do art 5 O regime jur dico de tais tratados de equival n cia mas n o de identifica o com as emendas constitucionais em fun o do diferenciado procedi
507. os autores que tratam da teoria do direito constitucional identificam supremacia e supralegalidade constitucional segundo a constru o de Arag n Reyes 1986 Todavia a defesa de que existem direitos fundamentais materiais que n o disp em da prote o da Constitui o formal significa paradoxalmente separar supre macia constitucional e supralegalidade Concordamos com o autor espanhol em que tal separa o n o seria algo imposs vel no entanto como visto acima a concep o de direito constitucional trabalhada pelos autores nacionais torna a distin o imposs vel porquanto suas concep es de Constitui o pressup em a jun o da supremacia e da supralegalidade de forma prejudicial 3 Jorge Miranda 1995 sugere que todos os direitos fundamentais formais s o materiais mas os direitos fundamentais em sentido material n o se esgotam na Constitui o formal O portugu s refere se inscri o textual desses direitos na Constitui o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 287 Por outro lado Canotilho 2003 sustenta que os direitos fundamen tais exigem uma prote o n o apenas formal mas material A referida prote o denomina se fundamentaliza o que por sua vez divide se em a fundamentalidade formal intimamente associada constituciona liza o e a quatro dimens es importantes 1 s o normas de grau superior 2 submetidas a processos agravados de revis o 3 passam a ser limites materiais revis
508. os contribuintes com reiteradas obriga es formais Examinaremos no item 2 qual a fun o dos tributos bem como seus impactos sobre a desi gualdade de renda No item 3 discorremos sobre a possibilidade de implanta o de um cadastro fiscal unificado sua previs o constitucional as tentativas atuais de aproxima o dos fiscos e a organiza o de um Comit Gestor Intergoverna mental No item 4 abordamos o tema da obriga toriedade de apresenta o de certid o negativa de tributos para o fechamento da empresa No item 5 tecemos algumas considera es finais 2 Fun o dos tributos A tributa o uma das mais potentes inter ven es que a ordem jur dica pode promover na autonomia privada CARVALHO 2012 p 246 Por esse motivo uma das mat rias mais relevan tes no mbito do Direito Constitucional Tribu t rio s o as limita es ao poder de tributar O objetivo n o sobrecarregar o desenvolvimento dos indiv duos e da sociedade principalmente em momento no qual as empresas est o expos tas competi o internacional mais intensa A lei da transpar ncia tribut ria colabora para o esclarecimento do cidad o acerca do montante suportado pela sociedade para a manuten o dos servi os prestados pelo Estado BRASIL 2012a Ela exige a presta o da informa o so 300 Revista de Informa o Legislativa bre o valor aproximado dos tributos incidentes sobre os pre os de venda dos bens O Estado de
509. os documenta o relativa regularidade fiscal e trabalhista que consistir entre outros em prova de quita o com a TRF 4 Regi o Processo n 4704 34 2006 404 7005 PR Rel Des Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz DJ 25 5 2010 Plen rio TCU Ac rd o 392 2006 Processo n 008 107 2005 4 Rel Min Walton Alencar Rodrigues DOU 31 3 2006 14 Revista de Informa o Legislativa Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Servi o FGTS O TCU entendeu por meio do Ac rd o n 1105 2006 Plen rio que quando a competi o for invi vel por inexistirem outros prestadores de servi os es senciais ao funcionamento da Administra o P blica que n o os inadimplentes a nica alternativa realizar a contrata o da empresa monopolista estatal ou privada ainda que ela esteja em d bito com o INSS e o FGTS 4 Conclus es A inclus o da efici ncia no rol dos princ pios constitucionais da Administra o P blica EC n 19 1998 muito al m de assumir um papel meramente ret rico descortinou um novo vi s de an lise jur dica sobre a gest o p blica administrativa Sempre em busca da satisfa o do interesse p blico a efici ncia tem sido um prisma diferenciado de solu o de conflitos O Poder Judici rio e o Tribunal de Contas da Uni o acenam para a possibilidade de afas tamento pontual de escolhas normativas que se reputem ineficientes desde que harmonizado com o inter
510. os interesses e valores pessoais Ademais a concep o de sa de da OMS estaria ultrapassada tamb m por cindir os elementos f sico mental e social o que vai de encontro vertente contempor nea da intera o entre essas esferas na considera o da sa de SEGRE 1997 p 438 542 BECK 1999 p 348 351 O interessante nessa nova concep o de sa de e de qualidade de vida o resgate da dimens o da identidade individual isto somente o indiv duo capaz de definir aquilo Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 135 que constitui o seu pr prio bem estar no sentido mais abrangente Esse bem estar representaria ent o o acesso aos meios para a satisfa o n o s de suas necessidades f sicas mas tamb m de seus projetos de vida em conformidade com suas concep es morais o que em princ pio deve ser inclusive protegido contra a interven o estatal A rea da sa de traz consigo uma realidade de risco garantia da cidadania na medida em que o Estado n o consegue eliminar a inse guran a jur dica presente na aus ncia de atendimento integral a uma popula o carente de recursos O princ pio da universalidade adotado pelo SUS Lei 8 080 90 termina onerando os servi os de sa de uma vez que at mesmo aqueles que t m condi es de arcar com um plano de sa de privado se tornam usu rios da assist ncia p blica ANDRADE 2011 p 9 Considerando a insufici ncia do sistema as pessoas movem
511. os servi os de tele comunica o apenas regulou especificamente o assunto j tratado no diploma destinado a normatizar as concession rias Lei n 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 que em seu artigo 25 1 disp e acerca da possibilidade de a concession ria de servi os p blicos contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes acess rias ou complementares ao servi o concedido como supramencionado Inerente em sua literalidade significa aquilo nsito a algo insepar vel FERREIRA 1968 Alguns tribunais equipararam as atividades ine rentes s atividades fins da empresa causando dicotomia com a jurisprud ncia sumulada pelo TST que n o abriu exce o s concession rias ou aos servi os de telecomunica o no tocante licitude dessas terceiriza es Dessa forma as Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 181 Leis n 8 987 95 e 9 472 97 teriam ampliado o rol de possibilidades de terceiriza es l citas Teria o legislador criado possibilidade de terceiri za o l cita s concession rias e s empresas de telecomunica o Por sua vez as express es acess rias e complementares tendem a se aproximar do que se entende por atividade meio uma vez que complementar se refere quilo que n o principal mas o completa ocorrendo o mesmo com a express o acess rias N o obstante a dificuldade que os Tribunais t m enfrentado para diferenciar as atividades meio e fi
512. os seus deveres positivos no que tange garantia da cidadania das mulheres na esfera reprodutiva Al m disso ser enfatizada a necessidade da continuidade do debate e portanto do aperfei oamento de instrumentos procedimentais que possibilitem sociedade suscitar a manifesta o das inst ncias pol ticas sobre os limites do direito vida pr natal em face do direito da mulher ao aborto em caso de gravidez indesejada 2 O princ pio da seguran a jur dica e os direitos sociais O princ pio da seguran a em uma acep o gen rica vem expressamente previsto no artigo 5 caput da Constitui o Federal como uma garantia fundamental associada ao princ pio da igualdade Ainda no cap tulo relativo aos direi tos individuais e coletivos a Carta Constitucio nalacolhe dessa vez indiretamente o princ pio da seguran a ao firmar no inciso XXXVI do artigo 5 o respeito ao direito adquirido ao ato jur dico perfeito e coisa julgada J no cap tulo da Constitui o dedicado aos direitos sociais a seguran a aparece na qualidade de um direito p blico prestacional ao lado de direitos b sicos tais como os direitos sa de educa o ao trabalho e previd ncia social artigos 6 caput e 7 inciso XXII N o se pode abordar o princ pio da seguran a de maneira estanque pois a pr pria Lei Maior Sarlet 2005 p 3 5 explica que o princ pio da se guran a opera como um
513. osto Em seguida os autos ser o encaminhados ao Presidente do tribunal n o para a an lise de seu conte do mas apenas para designa o da data de julgamento Notadamente quanto ao recurso de agravo de instrumento votado por 3 tr s magistrados ap s proferidos os votos o Presidente anunciar o resultado Por outro lado no que se refere concess o de efeito suspensivo no recurso de agravo de instrumento o art 558 do CPC prev expressamente essa possibilidade conferindo ao relator do recurso em casos que pos sam resultar les o de dif cil repara o e desde que seja relevante a sua fundamenta o o poder de atribu lo at o pronunciamento definitivo pela turma ou c mara Nesse caso observa se que a compet ncia para a concess o do efeito suspensivo ao agravo de instrumento foi conferida pelo CPC ao relator uma vez que ele pelo seu contado direto com os autos e pela an lise das raz es nele contidas estar habilitado para reconhecer a potencialidade de causar grave les o ou de dif cil repara o Al m disso consideradas as altera es almejadas pelo anteprojeto do CPC observa se que a compet ncia do relator foi retirada do cap As atribui es do relator no anteprojeto do novo CPC est o agora explicitadas no art 888 da Emenda n 221 CTRCPC da seguinte forma incumbe ao relator I dirigir e ordenar o processo no tribunal II apreciar o pedido de tutela de urg ncia ou da evid ncia nos rec
514. ostol usado em doses espec ficas BRASIL 2009 p 36 38 Apesar desses registros a Anvisa expediu no ano de 2006 a Resolu o n 1050 suspen dendo em todo territ rio nacional as publi cidades e orienta es sobre a utiliza o do misoprostol para fins abortivos em f runs de discuss o murais de recados e portais na inter net Com base em mentalidade oposta diante dos dados cient ficos o uso do misoprostol foi recomentado em 2007 pela OMS pela Federa o Latino Americana de Sociedades de Obstetr cia e Ginecologia FLASOG e pelo International Journal of Gynecology and Obstetrics Com isso a Anvisa autorizou em 2008 o uso do misoprostol nos Servi os de Aten o Obst trico e Neonatal mas o Minist rio da Sa de manteve sua exig ncia de cadastramento do Hospital para a compra do produto FREITAS 2011 p 23 24 Em suma ainda permanecem as barreiras ao uso hospitalar do medicamento nos servi os de sa de da mulher 138 Revista de Informa o Legislativa Em verdade a veda o do acesso das mulhe res ao misoprostol para fins abortivos conduziu a uma situa o de grave amea a sua sa de O descompromisso do Estado com a realidade concreta da vida reprodutiva das mulheres mostra que at o acirramento da press o dos movimentos feministas nos anos 2000 o pa s n o considerava como um problema de sa de p blica os altos ndices de morbimort
515. ovada a diverg ncia entre o texto constitucional e a norma infraconstitucional esta n o deve ser aplica da visto que se tiver sido editada antes da CR n o ter sido por esta recepcionada Por outro lado se a norma infraconstitucional foi editada ap s o advento da CR em 1988 ser inconstitucional raz o pela qual sua aplicabilidade no caso concreto deve ser afastada 3 2 Princ pio do juiz natural A CR consagra nos incisos XXXVII e LIII do art 5 o princ pio do juiz natural XXXVII n o haver ju zo ou tribunal de exce o LII ningu m ser processado nem sentenciado sen o pela autoridade competente BRASIL 1988 O tribunal de exce o aquele criado por delibera o legislativa ou n o para julgar determinado caso O juiz natural por sua vez aquele integrado ao Poder Judici rio com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na CR e cuja compet ncia material ou territorial Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 155 conferida pelas leis processuais e pela organiza o judici ria Cumpre sa lientar que o princ pio do juiz natural constitui uma garantia indispens vel imparcialidade do Poder Judici rio e seguran a dos cidad os em face do arb trio estatal pois a autoridade competente estar predeterminada pela lei antes mesmo da ocorr ncia do fato gerador do caso concreto impossibilitando a op o por rg os de acordo com os interesses da parte O Estado Democ
516. para instituir o Sistema Nacional de Cultura EMC 72 2013 Altera a reda o do par grafo nico do art 7 da Constitui o Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhado res dom sticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais EMC 73 2013 Cria os Tribunais Regionais Federais da 6 72 82 e 9 Regi es EMC 74 2013 Altera o art 134 da Constitui o Federal EMC 75 2013 Acrescenta a al nea e ao inciso VI do art 150 da Constitui o Federal instituindo imunidade tribut ria sobre os fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusi cais de autores brasileiros e ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham EMC 76 2013 Altera o 8 2 do art 55 e o 8 4 do art 66 da Constitui o Federal para abolir a vota o secreta nos casos de perda de mandato de deputado ou senador e de aprecia o de veto EMC 77 2014 Altera os incisos II III e VIII do 3 do art 142 da Constitui o Federal para estender aos profissionais de sa de das For as Armadas a possibi lidade de cumula o de cargo a que se refere o art 37 inciso XVI al nea Ano 51 N mero 201 ja n mar 20 14 235 Anexo Il Quadro de Pre mbulos F rm F1 Express o Textual da F rmula Qtd Emendas As Mesas d
517. pela via do mandado de seguran a a abusiva demora do Poder P blico em apreciar o pleito por ofensa ao princ pio da efici ncia e da moralidade inerentes aos atos administrativos II Remessa oficial desprovida Senten a confirmada TRF 1 Regi o REOMS 2009 36 00 018093 3 MT Rel Des Souza Prudente Quinta Turma e DJF1 18 4 2013 TRIBUT RIO RETEN O DE MERCADORIAS COMO FORMA DE COBRAR TRIBUTO IMPOSSIBI LIDADE APLICA O ANAL GICA DA S MULA 323 DO STF 2 O despacho aduaneiro atividade fiscaliza t ria que n o pode prolongar se indefinidamente no tempo causando preju zo no patrim nio jur dico financeiro das empresas e obstando sua atividade comercial TRF 1 Regi o AMS 2002 33 00 022694 0 BA Rel Juiz Federal Wilson Alves de Souza Quinta Turma Suplementar e DJF1 3 5 2013 para licenciamento de importa o de alho Entendeu se que o estabelecimento de prazo el stico violara o princ pio da efici ncia es pecialmente considerando o car ter perec vel do produto importado bem como os riscos de perda do produto caso cumprida a legisla o em seu rigor Nesse sentido o Estado juiz deter minou que a Uni o afastasse a regra impugnada para processar o pedido de licenciamento em prazo ex guo Na ocasi o ponderou o TRF da 1 Regi o A Administra o P blica deve pautar seus atos dentro dos princ pios constitucionais notadamente o da efici ncia que se con cretiza pela
518. penas de puni o das condutas lesivas ao meio ambiente mas como forma mesmo de preven o geral e especial IV A imputa o penal s pessoas jur dicas encontra barreiras na suposta incapacidade de praticarem uma a o de relev ncia penal de serem culp veis e de sofrerem penalidades V Se a pessoa jur dica tem exist ncia pr pria no ordenamento jur dico e pratica atos no meio social atrav s da atua o de seus administradores poder vir a praticar condutas t picas e portanto ser pass vel de respon sabiliza o penal VI A culpabilidade no conceito moderno a responsabilidade social ea culpabilidade da pessoa jur dica neste contexto limita se vontade do seu administrador ao agir em seu nome e proveito VII A pessoa jur dica s pode ser responsabilizada quando houver interven o de uma pessoa f sica que atua em nome e em benef cio do ente moral VIII De qualquer modo a pessoa jur dica deve ser benefici ria direta ou indiretamente pela conduta praticada por decis o do seu representante legal ou contratual ou de seu rg o colegiado 268 Revista de Informa o Legislativa IX A atua o do colegiado em nome e proveito da pessoa jur dica a pr pria vontade da empresa A co participa o prev que todos os envolvidos no evento delituoso ser o responsabilizados na medida de sua culpabilidade X A Lei Ambiental previu para as pessoas jur dicas penas aut nomas de multas de presta
519. pro cessado o feito e julgado procedente o pedido a perda do cargo eletivo ser decretada pelo tribunal competente devendo a decis o ser comunicada ao presidente do rg o legislativo que dever dar posse ao suplente ou ao vice no prazo de 10 dias Finalmente o art 13 disp e que a resolu o aplica se s desfilia es consumadas ap s 27 de mar o de 2007 para os eleitos pelo sistema proporcional e ap s 16 de outubro de 2007 para os eleitos pelo sistema majorit rio Assim a partir de ent o com base na Re solu o TSE n 22 610 de 2007 o ocupante de cargo proporcional ou de cargo majorit rio que sem justa causa se desvinculasse do partido sob cuja legenda fora eleito estaria suscet vel perda do respectivo mandato Ressalte se que a Resolu o TSE n 22 610 de 2007 n o fez qualquer distin o entre o sistema proporcional e o sistema majorit rio ou seja a vaga obtida por este ou aquele sistema haveria de ser preservada pelo partido pol tico no caso de pedido de cancelamento de filia o ou de transfer ncia do candidato eleito de uma legenda para outra Ap s a publica o da Resolu o TSE n 22 610 de 2007 chegaram ao Tribunal Superior Eleitoral e aos Tribunais Regionais Eleitorais in meros pedidos de perda de mandato fundados na infidelidade partid ria 4 2 Bases constitucionais da perda do mandato em face da infidelidade partid ria um ativismo indevido O cerne da quest o da fidelida
520. putados Estaduais e dos Vereadores Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 4291 6 abr 1992a Emenda Constitucional n 2 de 25 de agosto de 1992 Disp e sobre o plebiscito previsto no art 2 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 11993 1 set 1992b Emenda Constitucional n 3 de 17 de mar o de 1993 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 3209 18 mar 1993a Emenda Constitucional n 4 de 14 de setembro de 1993 D nova reda o ao art 16 da Constitui o Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 13718 15 set 1993b Emenda Constitucional n 1 de 1 de mar o de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 2957 1 mar o 1994a Emenda Constitucional de Revis o n 2 de 7 de junho de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8289 8 junho 1994b Emenda Constitucional de Revis o n 3 de 7 de junho de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8289 8 jun 1994c Emenda Constitucional de Revis o n 4 de 7 de junho de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8289 8 jun 1994d Emenda Constitucional de Revis o n 5 de 7 de junho de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8290 8 jun 1994 e Emenda Constitucional de Revis o n 6 de 7 de junho de 1994 Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 8290 8 jun 1994f Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 237 Emenda Constitucional n 5 de 15
521. qual os autores explicam que a pretens o de restringir a proibi o do retrocesso transfere ao Estado o nus da prova de sua necessidade invers o do nus da prova Para maiores esclarecimentos acerca da exig ncia de progressividade na concretiza o dos direitos fundamentais ver ainda Canotilho 1999 p 327 negar aos direitos sociais a mesma garantia de exigibilidade que se atribui aos direitos civis Admitindo se ent o a natureza de obrigato riedade prestacional do poder p blico na seara dos direitos sociais a constru o jurispruden cial de instrumentos processuais adequados para a prote o de cada um desses direitos torna se uma necessidade do ponto de vista da otimiza o da efic cia jur dica dos princ pios fundamentais A defini o de um direito de qualquer modalidade envolve sua rela o com uma a o judicial existente para exigi lo Al m disso mesmo inexistindo uma a o espec fica para remediar a viola o de certas obriga es que tenham como fonte direitos sociais poss vel o desenvolvimento de novas vias procedimentais para o seu acolhimento Na hip tese de n o haver uma n tida obriga o do Estado de proteger o direito invocado pode se recorrer a estrat gias constitucionalmente amparadas para proteg lo indiretamente por meio de mecanismos de tutela que asseguram a defesa de outro direito ABRAMOVICH COURTIS 2004 p 39 40 168 p
522. quer cargo eletivo 3 4 Fidelidade partid ria na legisla o ordin ria Condi o de elegibilidade e portanto pressuposto para a can didatura e aquisi o do mandato eletivo a filia o partid ria que a Constitui o exige art 14 3 V fator determinante da fidelidade partid ria no sentido de exigir dos filiados a observ ncia dos princ pios doutrin rios e das diretrizes program ticas constantes dos estatutos partid rios o que determina no plano infraconstitucional a Lei n 4 737 de 1965 que instituiu o C digo Eleitoral e a Lei n 9 096 de 1995 que disp e sobre os partidos pol ticos e regulamenta dispositivos da Constitui o Assim a Lei n 4 737 de 1965 C digo Eleitoral estabelece no seu art 87 caput que somente podem concorrer s elei es os candidatos registrados por partidos pol ticos Por sua vez a Lei n 9 096 de 1995 Lei dos Partidos Pol ticos de termina no seu art 15 V que o estatuto do partido deve conter entre outras normas sobre V fidelidade e disciplina partid ria processo para apura o das infra es e aplica o das penalidades assegurado amplo direito de defesa O cap tulo V do mencionado diploma legal cuida da fidelidade e da disciplina partid rias Nele se incluem os arts 23 e 24 que assim disp em Art 23 A responsabilidade por viola o dos deveres partid rios deve ser apurada e punida pelo competente rg o na conformi
523. r dicas exige uma pondera o entre a 3 agress o confian a individual provocada pela restri o e a import ncia do objetivo almejado pelo legislador SARLET 2005 p 32 33 Sobre as premissas do Estado Democr tico de Direito consulte se Zolo 2006 p 3 32 e Streck 2004 p 147 154 gt Nas palavras de Sarlet 2005 p 7 a seguran a jur dica n o pode ser encarada por um prisma demasiadamente formal e n o quer al m disso significar a absoluta previsibi lidade dos atos do poder p blico e a impossibilidade de sua altera o Como diz ainda Costa 2004 p 113 O ordenamento jur dico equilibra se entre os p los da seguran a e da inova o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 131 O direito tutela jur dica atribui uma import ncia mpar ao princ pio constitucional do devido processo legal CF art 5 incisos XXXV LIII LIV LV e LXXVIII Com a potencializa o desse princ pio a busca pelo reconhecimento dos direitos estabelece uma inter rela o entre o direito material e o direito processual visto que o primeiro se realiza na dimens o da efetividade do processo A constru o jurisprudencial nos tempos atuais caminha para um crescente aperfei oamento das t cni cas procedimentais mais apropriadas para a realiza o dos valores fundamentais do processo OLIVEIRA 2008 p 12 13 A seguran a se subsume assim exig
524. r tico H uma pressuposi o generalizada de que as institui es brasileiras como se observa em importantes democracias do mundo devem se guiar pela m xima de que existe uma harmonia entre os Poderes e n o pode haver um verdadeiro embate entre eles sob risco de se colocarem em xeque os progressos at ent o alcan ados desde o fim da ditadura de 64 Est escrito em nossa Constitui o S o Poderes da Uni o independen tes e harm nicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judici rio Art 2 Assim acredita se de antem o que os Poderes ser o mutuamente controlados e controladores Harmonia portanto a palavra que ressoa como um eco naturalizado necess rio evidente esse o termo afinal que se aprende nas faculdades de Direito que se explora nos meandros da pol tica e que estabelece uma aura de tranquilidade necess ria no t o complexo terreno das rela es entre as distintas esferas de poder Contudo preciso explorar um pouco mais essa premissa o embate em si algo que coloca em risco nossa democracia Na mais imediata rememora o de alguns pressupostos lan ados no ber o do constitucionalismo norte americano conforme se verifica nos fascinantes escritos de James Madison 2003 na obra The Federalist particularmente no Federalist 51 a ideia central ali apresentada era a de que ambition must be made to counteract ambition HAMILTON MA DISON JAY 2003 p 138 uma conex o interess
525. r tico de Direito atual sistema pol tico constitu cional do Pa s caracteriza se pela igualdade formal dos cidad os e sua participa o ativa conforme disposto no par grafo nico do art 1 da CR Dessa forma a imparcialidade do juiz representa uma garantia de justi a para as partes pois a partir do momento em que reservou para si o exerc cio da fun o jurisdicional o Estado passou a ter o correspondente dever de agir com imparcialidade na solu o do caso concreto Cintra Grinover e Dinamarco 2007 p 58 ressaltam que as modernas tend ncias sobre o princ pio do juiz natural nele en globam a proibi o de subtrair o juiz constitucionalmente competente Desse modo a garantia desdobra se em tr s conceitos a s s o rg os jurisdicionais os institu dos pela Constitui o b ningu m pode ser jul gado por rg o constitu do ap s a ocorr ncia do fato c entre os ju zes pr constitu dos vigora uma ordem taxativa de compet ncias que exclui qualquer alternativa deferida discricionariedade de quem quer que seja Pelo exposto o princ pio do juiz natural al m de garantir a impar cialidade do julgador e a seguran a do povo contra os arb trios estatais constitui garantia fundamental para a administra o da justi a em um Estado Democr tico de Direito Nesse sentido Grinover 1983 p 11 ensina que mais do que direito subjetivo da parte e para al m do conte do indi vidualista
526. r as aspira es de bem servir Diz Lowell que os partidos modernos s o mais que agrupamentos de homens reunidos por credos pol ticos determinados S o principal mente rg os de governo que encarnam tend ncias gerais prop em se a governar de acordo com elas e dentro das possibilidades do momento Compromissos com eles assumidos t m o car ter de obriga es contra das perante coletividades em fun o de interesses comuns ou orienta es ideol gicas Para alguns estudiosos o elemento ideal o preponderante nas organiza es pol ticas constituindo como observa talo Luder o fator vinculat rio entre os membros do partido Para outros o que tem sig nifica o o elemento interesse em seu sentido materialista que na express o de Mendieta y Nunez representa o verdadeiro la o de uni o em toda agremia o partid ria n o sendo de desestimar acrescenta o elemento pessoal do dirigente Outros ainda defendem a necessidade de tr s bases na forma o dos partidos princ pios interesse e afei o Na verdade das mais amplas a compreens o que se tem da natureza e do valor dessas organiza es Na sistem tica do regime ningu m o Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 245 ignora s o rg os constitutivos do Poder elementos institucionais do Estado realizando tarefas de administra o e desenvolvendo fun es de governo S o fatores de funcionamento das Constitui es com o privil gio de col
527. r for a da cl usula de abertura os tratados interna cionais de direitos humanos s o materialmente constitucionais pois integram o bloco de constitucionalidade que um conjunto de normas que compartilham mat ria constitucional mas que est o fora do texto da Constitui o documental Dimoulis e Martins 2009 p 41 observam que a utiliza o do termo pode acarretar equ vocos uma vez que podem ser considerados como materialmente constitucionais quaisquer atos normativos que possuam alguma rela o com os direitos fundamentais cons titucionais um decreto executivo que regulamenta certa lei relativa ao direito fundamental sa de por exemplo Para os autores o mais importante a discuss o a respeito do n vel hier rquico do ato normativo em quest o n o sua classifica o te rica Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 279 Ingo Sarlet 2005 p 133 148 sustenta a exist ncia de uma linha divis ria entre os direitos situados no texto e os direitos situados nos tratados A diferen a se estabelece por causa do tratamento diferenciado que envolve as categorias porquanto deve ser dada prefer ncia aos di reitos fundamentais expressamente positivados no texto constitucional partindo se posteriormente para os tratados de direitos humanos ou seja a busca no texto tem de ser privilegiada O autor apesar de salien tar que os direitos fundamentais previstos em tratados internacionais anteriores EC 45 04 goz
528. ra o dos tratados de direitos humanos na ordem jur dica brasileira Uma tend ncia na an lise do caso foi a defesa de uma solu o no sentido da validade interna ilimitada do mencionado preceito da ratificada Conven o Americana de Direitos Humanos tendo em vista que essa norma levaria a uma amplia o dos direitos constitucionalmente estabelecidos O artigo 5 3 da Constitui o Federal do Brasil estabelece Os tratados e conven es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos por tr s quintos dos votos dos respectivos membros ser o equivalentes s emendas constitucionais STE RE 466 343 SP RE 349 703 RS HC 87 585 TO julg 3 12 2008 DJ 12 12 2008 de tal sorte que o direito nela contido estaria fundado no artigo 5 2 da Constitui o Fe deral Mas tamb m na interpreta o restritiva em rela o ao n vel da validade interna do dis positivo da Conven o Americana de Direitos Humanos n o se exclui uma solu o positiva para a amplia o pr tica dos direitos funda mentais o argumento em favor da validade supralegal e infraconstitucional da Conven o ratificada serve a uma decis o no sentido de que a Constitui o apenas admitiu a pris o civil do deposit rio infiel ent o o direito infraconsti tucional poderia decidir livremente a respeito da permiss o ou proibi o e nessa hip tese o pacto intern
529. ra os profissionais de marketing dando s empresas o acesso aos milh es de perfis a fim de adaptar os seus an ncios aos interesses de um usu rio da rede social 4 Direito privacidade e intimidade O termo direito intimidade considerado como tipifica o dos chamados direitos da personalidade que s o inerentes ao pr prio Nas palavras de D Rosenblum 2007 For the Net generation social networking sites have become the preferred forum for social interactions from posturing and role playing to simply sounding off However because such forums are relatively easy to access posted content can be reviewed by anyone with an interest in the users personal information Tal tema j foi tratado pelo autor em artigo anterior trecho esse aqui reproduzido HIRATA 2012 homem e t m por objetivo resguardar a dignidade da pessoa humana MIRANDA 1971 DE CUPIS 1959 DE MATTIA 1977 AMARAL 2008 Surgem como uma rea o teoria estatal sobre o indiv duo e encontram guarida em documentos como a Declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o de 1789 a Declara o Universal dos Direitos do Homem de 1948 art 12 a 9 Confer ncia Internacional Americana de 1948 artigo 5 a Conven o Europeia dos Direitos do Homem de 1950 artigo 8 a Conven o Panamericana dos Direitos do Homem de 1959 a Confer ncia N rdica sobre o Direito Intimidade de 1967 al m de outros documentos i
530. raba lho tempor rio Lei n 6 019 de 3 1 1974 A exce o sumular para contrata o do trabalho tempor rio adv m do preceito legal 2 4 Lei n 7 102 de 20 de junho de 1983 Ap s o permissivo para terceiriza es nos servi os tempor rios foi aprovada a Lei n 7 102 de 20 de junho de 1983 que veio a dispor sobre a seguran a para estabelecimen tos financeiros estabelecendo normas para a constitui o e o funcionamento das empresas particulares que exploram servi os de vigil ncia e de transporte de valores A promulga o dessa lei justifica se em raz o da necessidade de prote o s ag ncias banc rias as quais na poca passavam por constantes roubos exigindo a legisla o federal que essas institui es contratassem servi o de vigil ncia qualificado e permitindo a terceiri za o na rea diante das especialidades dos servi os de seguran a GARCIA 2009 Em 30 de mar o de 1995 foi promulgada a Lei n 9 017 que alterou alguns dispositivos da Lei n 7 102 83 Passou se a vedar o funciona mento de qualquer estabelecimento financeiro onde houvesse guarda de valores ou movimen ta o de numer rio que n o possu sse sistema de seguran a devendo a vigil ncia ostensiva e o transporte de valores ser executados por em 180 Revista de Informa o Legislativa presa especializada contratada ou pelo pr prio estabelecimento financeiro desde que orga nizado e preparado para tal fim c
531. racia representativa implica assim um conjunto de institui es previstas consti tucionalmente que propiciam a participa o do povo no processo pol tico constituindo os chamados direitos que formam a cidadania tais Esses mecanismos da democracia semidireta est o hoje presentes nas Constitui es de Estados como Dina marca Irlanda Fran a ustria Alemanha It lia Su cia e Portugal Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 103 como o sufr gio as elei es o sistema eleitoral e o sistema partid rio Na verdade os direitos pol ticos previstos nosarts 14 a 17 da Constitui o nada mais s o do que um desdobramento do princ pio demo cr tico insculpido no citado art 1 par grafo nico quando reza que o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente importante frisar que considerando que o exerc cio do poder diretamente pelo povo ocorre apenas nas hip teses do art 14 do texto constitucional plebiscito referendo e inicia tiva popular tem se que a regra geral a da representa o que se d por via das institui es eleitorais que visam a disciplinar as t cnicas de escolha dos representantes do povo O nosso sistema eleitoral embasado na democracia representativa e semidireta eminentemente partid rio Nos pa ses demo cr ticos as institui es pol ticas moldam e s o moldadas pelo sistema eleitoral com a firme e direta atua o conf
532. rados apenas materialmente constitucionais Portanto a revis o interpretativa de tal cis o ser proposta tendo em vista o fortalecimento da defesa dos direitos humanos como direitos fundamentais visto que ambos devem ser tomados como categorias indistintas ou seja dotadas do mesmo regramento constitucional Andr Ramos Tavares 2005 p 42 44 apresenta interessante contra argumento aparente contradi o ao afirmar ser simplista a tese de que a inclus o do referido artigo foi apenas uma decis o de tornar clara a ideia da hierarquia o autor pondera que caso assim fosse a altera o constitucional seria sem sentido uma vez que o congresso sempre p de transformar o ato que internaliza o tratado internacional em emenda Constitui o 2 Tratados internacionais de direitos humanos normas constitucionais materiais e formais A distin o que pressup e a exist ncia de uma fei o formal e uma material dos direitos fundamentais desenvolvida pelos autores que defendem a constitucionalidade dos tratados internacionais de direitos humanos parece remontar a uma distin o mais ampla acerca das caracter sticas das normas constitucionais Conforme o que foi afirmado pelo Min Celso de Mello no RE 466 343 SP o 3 do art 5 da CF 88 possuiria t o somente o cond o de atribuir o status formal aos direitos funda mentais sediados em tratados internacionais de direitos humanos uma vez que j gozariam de status
533. ral Desse modo toda a movimenta o em torno da aprova o da PEC n 33 2011 parece ser uma retalia o do Congresso atua o do STF 20 pedido liminar foi contudo indeferido pelo Mi nistro Dias Toffoli em decis o proferida em 10 de maio de 2013 at ir nico nesse contexto ver estampadas nas not cias as palavras do Ministro do STF Ricardo Lewandowski de que nesse caso os poderes s o independentes e harm nicos entre si CALGARO 2013 e do mesmo modo o Presidente da C mara dos Deputados Henrique Eduardo Alves dizer que essa Casa n o quer conflito Vamos ter um di logo aberto e franco com o Poder Judici rio CALGARO 2013 Tanto a palavra harmonia como di logo parecem soar descontextualizadas nesse cen rio Contudo o mais interessante o que pouco analisado entender que por tr s dessas palavras e particularmente da forma como ambos os casos foram trabalhados na imprensa e na doutrina existe uma precon cep o bastante problem tica sobre os limites e as caracter sticas dos diferentes Poderes Se as palavras do Ministro Gilmar Mendes no primeiro caso soam t o diretas e intervenientes quanto as do segundo de se indagar o porqu de elas terem sido t o menos expostas conclu s o de interferirem diretamente na separa o de Poderes e nos princ pios democr ticos como o segundo caso Em outras palavras se a decis o decorre de um ato de
534. rar defini es te ricas que os distingam n o tarefa f cil Encontra se contudo uma base comum para ambos que o aban dono de um sistema r gido de separa o de Poderes 3 Fidelidade partid ria 3 1 Conceitos e caracteriza o A abordagem da fidelidade partid ria implica considerar v rios de seus significados Nesse diapas o s o muitos os conceitos formulados pelos doutrinadores sobre esse instituto jur dico Vejamos alguns De Pl cido e Silva 1991 p 291 esclarece que derivado do latim fidelitas fidelidade lealdade no conceito jur dico entende se a observ ncia exata e leal de todos os deveres ou obriga es impostos pela pr pria lei assim o cumprimento ou a execu o de todos os deveres atribu dos a pessoa em virtude de encargo e contrato ou de qualquer outra obriga o Op e se infidelidade que a falta de cumprimento da obriga o ou do dever imposto Melo 1978 p 52 descreve a fidelidade partid ria como o cumpri mento dos compromissos de lealdade com o programa do partido e de obriga es assumidas com seus dirigentes Farhart 1996 p 432 assim conceitua a fidelidade partid ria consiste na ades o intelectual do membro do partido filiado ou represen tante eleito no Governo no Congresso nas Assembl ias Legislativas esta duais ou nas C maras Municipais filosofia do partido sua concep o de sociedade e dos m todos e meios para realizar s
535. recat rios pelos Estados Distrito Federal e Munic pios Di rio Oficial da Uni o Bras lia p 10 10 dez 2009e Emenda Constitucional n 63 de 4 de fevereiro de 2010 Altera o 5 do art 198 da Constitui o Federal para dispor sobre piso salarial profissional nacional e diretrizes para os Planos de Carreira de agentes comunit rios de sa de e de agentes de combate s endemias Di rio Oficial da Uni o Bras lia de 5 de Fevereiro de 2010a Emenda Constitucional n 64 de 4 de fevereiro de 2010 Altera o art 6 da Consti tui o Federal para introduzir a alimenta o como direito social Di rio Oficial da Uni o Bras lia 5 fev 2010b Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 241 Emenda Constitucional n 65 de 13 de julho de 2010 Altera a denomina o do Cap tulo VII do T tulo VIII da Constitui o Federal e modifica o seu art 227 para cuidar dos interesses da juventude Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 jul 2010c Emenda Constitucional n 66 de 13 de julho de 2010 D nova reda o ao 6 do art 226 da Constitui o Federal que disp e sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo div rcio suprimindo o requisito de pr via separa o judicial por mais de 1 um ano ou de comprovada separa o de fato por mais de 2 dois anos Di rio Oficial da Uni o Bras lia 14 jul 2010d Emenda Constitucional n 67 de 22 de dezembro de 2010 Prorroga por tempo indeterminado o prazo de vi
536. rece haver confus o entre a concep o sociol gica e a positivista uma vez que os autores nacionais parecem ignorar que as duas abordagens s o diametralmente opostas e as utilizam de for ma indistinta d bia ou por vezes de forma complementar Tendo em vista contudo que nenhum deles parte de uma compreens o da Constitui o material como uma ordem jur dica historicamente determinada e diferen ciada capaz de algum modo de influenciar a interpreta o ou mesmo a suspens o do direito constitucional formal consideramos que a con cep o positivista de Constitui o em sentido material a que norteia a compreens o dos 2 Art 178 E s Constitucional o que diz respeito aos limites e atribui es respectivas dos Poderes Pol ticos e aos Direitos Pol ticos e individuais dos Cidad os Tudo o que n o Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas pelas Legislaturas ordin rias 2 Como indicado na nota 8 Jos Borges 2005 aponta que a divis o de direitos fundamentais materialmente e formalmente constitucionais n o se identifica com a quest o da classifica o das Constitui es como materiais e formais Para o autor a divis o em Constitui o material e formal n o faz sentido porque toda norma constitucional que assume forma constitucional possui o mesmo regramento jur dico tal como afirmado por Temer 1999 Se o autor n o considera que exista uma Constitui o em sentido ma
537. reciso lembrar contudo que o avan o de medidas judiciais ou administrativas para a efetiva o dos direitos sociais encontra fortes obst culos As a es tradicionais de in constitucionalidade e de constitucionalidade desenvolveram se em regra para o atendi mento das demandas atinentes aos direitos individuais que muitas vezes n o imp em obriga es prestacionais ao Estado mas apenas seu dever de n o interfer ncia Para exigir esses direitos existem ainda outras a es eficazes no n vel do controle difuso de constitucionalidade como o mandado de seguran a individual ou coletivo e a a o civil p blica Em que pesem os grandes empecilhos para coibir as omiss es do Estado no cumprimento de suas obriga es positivas ABRAMOVICH COURTIS 2004 p 42 o que bastante recorrente no caso dos Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 133 direitos sociais a pr tica jur dica aponta uma tend ncia amplia o do controle judicial dos programas de governo que regulamentam os servi os p blicos com o intuito de reduzir os riscos frui o de uma vida digna nos termos propugnados pela Constitui o A doutrina costuma argumentar que a falta de especifica o concreta do conte do dos direitos sociais imp e limites quase intranspon veis tese de sua exigibilidade Para responder a essa obje o defende se que a dogm tica jur dica e os v rios n veis de atua
538. reitos de personalidade em direito de se opor di vulga o da vida privada direito de se opor a uma investiga o na vida privada e ainda direito de resposta 70 artigo 5 X da CF 1988 considera inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o Ao tratar da doutrina francesa E Szaniawski 1993 p 118 119 considera a prote o da vida privada em dois sentidos lato sensu como as regras jur dicas que objetivam prote o da vida pessoal e familiar e stricto sensu como o conjunto de regras que visam a proteger as pessoas contra atentados particulares S o as agress es deflagradas contra o segredo da vida privada ou seja s o as regras que objetivam proteger a vida pessoal e familiar das pessoas e a intimidade de seu lar A vida pessoal e familiar necessita de uma esfera de segredo para o seu desenvolvimento sendo este uma condi o de sua liberdade Ent o faz se necess ria a prote o dessa esfera secreta dos atentados dirigidos liberdade Contrariamente B Franceschelli 1960 p 5 et seq Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 21 do conhecimento de terceiros tudo aquilo que a ela se relaciona MIRANDA 1971 p 124 et seq O direito intimidade ainda o poder correspondente ao dever de todas as outras pessoas de n o se imiscuir na intimidade alheia opondo se a even
539. reposi o de jornadas o exerc cio efetivo das duas atividades gera risco qualidade da presta o do servi o p blico e pr pria sa de do servidor A legalidade tamb m foi mitigada em prol da efici ncia para se afastar a aplica o do artigo 9 da Lei n 8 745 1993 com as altera es introduzidas pela Lei n 11 748 2008 que impede a contrata o como professor substituto tempor rio em institui o p blica federal de ensino superior de candidato j contratado em oportunidade pret rita ainda que aprovado em novo certame Al m do princ pio da isonomia que impede restri es inoportunas a cargos p blicos o Tribunal Regional Federal da 5 Regi o nos autos da apela o n 2009 81 00 013677 2 asseverou a ocorr ncia de viola o do princ pio da efici ncia a veda o em debate imposta exatamente contra quem j vinha prestan do o mesmo servi o a que se visava atender com o novo concurso ataca o bom senso e colide com o princ pio da efici ncia inclu do no referido art 37 pela EC n 19 1998 que enquanto a Carta Magna pugna pela efici ncia no servi o p blico aquele dispositivo legal veda que participem de novos concursos para celebra o de contrato para professores tempo r rios exatamente aqueles que j adquiriram experi ncia nesse ensino Em outro julgado o Tribunal Regional Federal da 4 Regi o reco nheceu a improced ncia de pedido de a o civil p blica ajuizada pelo Mi
540. requ ncia cabem aos ex presidentes e seus c njuges Esse diploma legal instituiu uma pens o para os ex presidentes autorizou a provis o de recursos para o aluguel de espa o para um es crit rio em qualquer local dos Estados Unidos assegurou verba para a contrata o de funcion rios e assessores e garantiu assist ncia m dica e servi o de seguran a No que tange pens o a Lei dos Ex Presidentes autorizou o governo federal a conceder a cada ex presidente uma pens o equivalente ao sal rio pago a um ministro Em 2013 esse sal rio era de 199 700 d lares por 60 Revista de Informa o Legislativa ano GINSBERG 2013 p 10 A Lei tamb m concede o benef cio de uma pens o no valor de 20 mil d lares anuais a vi vas ou vi vos de ex presidentes que renunciem a quaisquer outras pens es a que tenham direito Ginsberg 2013 relata que a Lei dos Ex Presidentes n o imp e qualquer restri o legal relativa a tempo de mandato para a concess o das pens es aos ex mandat rios Segundo ela a aus ncia de tais restri es pode ser interpre tada como uma autoriza o para conceder o benef cio a todos os ex presidentes at mesmo aqueles que deixem o cargo antes do final do mandato oficial GINSBERG 2013 p 10 H restri es contudo relativas ao ac mulo do benef cio com outras remunera es de cunho p blico Ela estabelece que a pens o n o ser paga durante qualquer per odo no qual o ex presiden
541. ria
542. riamente material da constitucionalidade essas palavras precisam ser mais cui dadosamente examinadas uma vez que afinal dizer que os deputados agiram casuisticamente sem a adequada reflex o e pondera o suscita o questionamento dos limites do controle exercido pela jurisdi o cons titucional Ser realmente competente o Supremo Tribunal Federal para suspender a tramita o de um projeto de lei com base em tais argumentos Logo em seguida a essa decis o era de se esperar que houvesse alguma rea o da comunidade acad mica Em artigo publicado no jornal Valor Econ mico o professor de Direito Constitucional da Universidade de S o Paulo Virg lio Afonso da Silva 2013 foi direto a decis o do ministro Gilmar Mendes algo que parece n o ter paralelo na hist ria do STF e na experi ncia internacional E disse mais Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 75 Ao bloquear o debate sobre as novas regras partid rias Gilmar Mendes simplesmente decidiu que o Senado n o poderia deliberar sobre um projeto de lei porque ele Gilmar Mendes n o concorda com o teor do projeto Em termos muito simples foi isso o que aconteceu Embora em sua decis o ele procure mostrar que o STF tem o dever de zelar pelo devi do processo legislativo sua decis o n o tem nada a ver com essa quest o Os precedentes do STF e as obras de autores brasileiros e estrangeiros que o ministro cita n o t m rela o com o que ele de fato d
543. rmas infraconstitucionais Por exemplo caso a articula o aqui defendida tivesse sido utilizada a remiss o ao ADCT art 70 11 HP endere aria precisamente o dispositivo que criou o TRF da 8 Regi o 2 9 Posicionamento das disposi es transit rias O detentor do poder constituinte derivado n o tem utilizado uma forma sistem tica para veicular as disposi es constitucionais transit rias N o raramente encontramos disposi es transit rias no texto de emendas quando o local mais apropriado deveria ser o Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Nesse sentido Melo 1999 nos explica que As emendas Constitui o em regra cont m apenas disposi es modificativas aditivas ou supressivas do texto constitucio nal origin rio e enquanto tal n o exigem maiores cogita es pois que se integram ao texto ou dele suprimem o que determi nam com a promulga o Por outro lado h emendas que possuem artigos pr prios isto disposi es que n o promovem mo difica es adi es ou supress es ao texto constitucional mas tra am tamb m normas relacionadas ao contido na pr pria emenda funcionando como verdadeiras disposi es transit rias ou normas de transi o de seu texto A rigor deveriam ser inclu das nas disposi es transit rias da Constitui o origin ria ADCT em nome da t cnica legislativa Inocorrendo essa hip tese principalmente quando em grande n mero
544. rme o setor do poder p blico tomou posi es inteiramente contr rias ou favor veis importa o de pneus recauchutados assim como rejeitou a importa o de pneus usados da Uni o Europeia com base em argumentos ecol gicos e referentes ao direito sa de mas simultaneamente admitiu a importa o do mesmo produto quando proveniente do Uruguai e do Paraguai mostrou se inconsistente tanto do ponto de vista interno quanto internacional essa confus o n o era satisfat ria nem para a OMC nem para o Mercosul muito menos para uma perspectiva consistente do direito constitucional estatal concernente prote o do meio ambiente At o julgamento da ADPF 101 2006 uma decis o que embora possa ser suscet vel de cr ti cas estabilizou a situa o a pr tica inconsistente e oportunista revelou que o caminho percorrido pelo Brasil no caso da importa o dos pneus usados afastou se de um modelo aberto s exig ncias do transconstitu cionalismo entre ordens jur dicas antes se aproximando de uma mis tura de pragmatismo simpl rio na pol tica externa e provincianismo jur dico constitucional Nesse particular imp e se cada vez mais uma revis o dos paradigmas constitucionais possibilitando uma conversa o transconstitucional mais s lida com ordens normativas entrela adas em torno de problemas no sistema jur dico mundial multic ntrico especial mente por parte do Supremo Tribunal Federal Isso n o deve signifi
545. rs Tradu o da esquerda para a direita e de cima para baixo Sistema social subsistema de deci s o Poder Executivo Minist rios da Agricultura da Sa de e do Meio Ambiente Produtores Produtores de sementes Obtentores 5 Determina o das regras de utiliza o sob domina o da Monsanto Uma vez que o uso do SRR foi legalizado um novo conjunto de regras surgiu no mbito da utiliza o do gene RR RoundUp Ready da Mon santo e na utiliza o das sementes de variedades de SRR Essas regras resultaram de um subsistema de decis o paralela privada dominada pela Revista de Informa o Legislativa Monsanto Seu funcionamento resultou primei ramente de investimentos da Monsanto para atuar no mercado de variedades e de sementes provocando a alian a e o consentimento dos atores de cria o varietal de produ o e de distribui o de sementes e enfim de estoque do gr o de soja Trata se de um subsistema evolutivo n o em fun o dos atores envolvidos mas pelo ajustamento das condi es relativas aos royalties ligados ao gene RR 5 1 Engajamentos da Monsanto nos mercados de variedades e de sementes Esquematicamente o engajamento da Mon santo no mercado de variedades e de sementes de soja foi feito por meio da recompra ou da tomada de controle das sociedades brasileiras envolvidas nesse setor Agroceres Calgene Agrow Dekalb para a cria o da nova empresa filial Monsoy do Brasil em 199
546. rv ncia ao princ pio da legalidade mas exigindo outrossim resultados positivos para o servi o p blico e satisfat rio atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros 3 Ao fixar um prazo el stico de 60 dias para processamento do pedido de anu ncia pr via para licenciamento de importa o de alho a Administra o malferiu o princ pio da efici ncia mormente tratando se de mercadoria perec vel 4 Deve ser assegurado ao Apelado o direito de obter a aprecia o do requerimento administra Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 11 Em outros julgados recorrentes tamb m balizados no princ pio da efici ncia os Tribunais Regionais Federais t m permitido a posse de aprovados em concurso p blico para cargo de n vel m dio de natureza t cnica que disponham de titula o superior em rea compat vel com a especialidade requerida A t tulo de exemplo confira se o seguinte trecho da ementa do ac rd o da apela o n 2007 38 12 000664 8 MG julgada pelo TRF da 1 Regi o irrazo vel e contr rio ao princ pio da efici ncia o ato da Adminis tra o que tendo em vista uma interpreta o literal limita o acesso ao cargo p blico por candidata que apresenta qualifica o t cnica distinta mas superior exigida pelo edital Isso porque h de se presumir que tal qualifica o lhe permite o exerc cio das atribui es inerentes ao cargo com igual ou superior efici ncia n o havendo a impetrada con
547. s 2 Convocada pela Comiss o de Direitos Humanos da C mara dos Deputados em agosto de 2007 e realizada em 5 de setembro de 2007 SEGATO 2011 p 357 369 Posteriormente esse projeto de lei foi profundamente alte rado reduzindo se a declara es gen ricas e a previs o de apoio s respectivas comunidades nos seguintes termos Art 54 A Reafirma se o respeito e o fomento s pr ticas tradicionais ind genas sempre que as mesmas estejam em conformidade com os direitos fundamentais estabelecidos na Constitui o Federal e com os tratados e conven es internacionais sobre direitos humanos de que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte Par grafo nico Cabe aos rg os respons veis pela pol tica indigenista oferecerem oportunidades adequadas aos povos ind genas de adquirir conhecimentos sobre a sociedade em seu conjunto quando forem verificadas mediante estudos antropol gicos as seguintes pr ticas I infantic dio II atentado violento ao pudor ou estupro III maus tratos IV agress es integridade f sica e ps quica de crian as e seus genitores Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 203 SEGATO 2011 p 370 et seg as pondera es da antrop loga Rita Laura Segato contri bu ram positivamente para o esclarecimento dessa colis o de ordens jur dicas enfatizando a necessidade de um di logo entre ordens nor mativas em termos que se enquadram em um modelo construtivo de transconstitucionalis
548. s comercializa o do gr o de soja permite a interfer ncia dos estocadores de gr os compreendidas tamb m as empresas multinacionais que negociam gr os passagem obrigat ria aos produtores de soja no Brasil 44 Revista de Informa o Legislativa Trata se de uma inova o que possibilita Monsanto receber o pagamento dos royalties de todos os produtores de SRR mesmo daqueles que n o tinham comprado as sementes por meio dos distribuidores oficiais Assim para os produtores de soja que n o disp em de certifi cado que ateste um direito comercializa o os royalties s o calculados sobre o valor ad valorem dos gr os de soja vendidos Se os produtores declaram a natureza transg nica dos gr os de soja entregues aos estocadores os royalties que devem ser pagos correspondem a 2 do valor dos gr os vendidos Se os produtores declaram que os gr os n o s o transg nicos mas o teste de controle revela o contr rio taxa de presen a de mais de 5 de OGM pelo teste Elisa a taxa sobe a 3 Essa regra pune da mesma maneira o produtor que tentou burlar a regra e aquele que tinha cultivado a soja n o transg nica mas que foi v tima de contamina o por raz es diversas considerando tamb m aqueles com uma pureza insuficiente das sementes de soja n o transg nicas que haviam comprado Os estocadores recebem uma quantia financeira que n o muito divulgada mas que elevaria mais ou menos a 15 do montante total de
549. s o democrata e o republicano a fidelidade partid ria caracteriza se mais como uma exig ncia do eleitorado do que como uma imposi o legal Segundo Aras 2006 p 232 no contexto pol tico norte americano seria considerado pouco confi vel o parlamentar que mudasse de partido A elevada taxa de reelei o dos pol ticos norte americanos que deve ser cotejada com a consistente rejei o do eleitorado brasileiro consequ ncia da estabilidade pol tica norte americana As altas taxas de reelei o que oscilam entre 60 e 80 seriam assim uma esp cie de recompensa aos parlamentares de correntes de duas principais raz es a consolida o dos partidos pol ticos e a identifica o dos eleitores com esses partidos que provocaram um alto n vel de fidelidade partid ria Na Alemanha a fidelidade partid ria remetida para os estatutos dos partidos Na pr tica observa se um profundo comprometimento dos filiados para com o programa e as diretrizes partid rias Na Fran a a disciplina da fidelidade partid ria de igual modo fica a cargo dos partidos sendo que os pol ticos franceses n o trocam de partido salvo no caso de fus o incorpora o ou cria o de novo partido Observa Aras 2006 p 236 que naquele pa s a fidelidade partid ria est associada aos partidos pol ticos serem marcados ideologicamente o que compromete demasiadamente os eleitos Torna se assim particular mente dif cil
550. s Afonso da Silva 2006 em rela o classifica o das Consti tui es quanto ao seu conte do afirma que elas podem ser materiais e formais Materiais em dois sentidos poss veis 1 amplo organiza o total do Estado como seu regime pol tico seria a Constitui o n o positiva da e 2 estrito normas escritas ou costumeiras inseridas ou n o em documento que regulam a estrutura do Estado organiza o dos Poderes e direitos fundamentais As Constitui es formais corresponderiam ao peculiar modo de existir do Estado reduzido sob a forma escrita Seriam de acordo com o autor opostas Constitui o em sentido material amplo SILVA 2007 p 39 Por fim a forma de um documento solene ape Wilson Accioli 1978 sugere conceitua o semelhante 16 v lido ressaltar que Pinto Ferreira 1971 p 70 74 uma exce o O constituciona lista reconhece que o conceito material est intimamente ligado ideia de conceito socio l gico da Constitui o ou seja a pr pria organiza o do Estado e das institui es jur dicas ainda n o corporificada em uma carta formal Nesse sentido todos os Estados teriam uma Constitui o entendida como ordenamento vital anterior O conceito jur dico ou em seu sentido formal promana da realidade social e reflete se nas estruturas das normas jur dicas Pinto Ferreira no entanto considera poss vel a jun o desses dois aspectos aos conceitos econ mico e ideal de
551. s Oviedo n 6 p 425 438 2010 GUASTINI Riccardo Sobre el concepto de Constituci n In CARBONELL Miguel Org Teor a de la Constituci n M xico UNAM 2001 GUERRA Sidney Direito humanos na ordem jur dica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira Rio de Janeiro Lumen Juris 2008 HESSE Konrad A for a normativa da Constitui o Tradu o de Gilmar Ferreira Mendes Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1991 KELSEN Hans Teoria geral do direito e do estado S o Paulo Martins Fontes 2000 LAFER Celso A internacionaliza o dos direitos humanos constitui o racismo e rela es internacionais Barueri Manole 2005 MAZZUOLI Valerio de Oliveira O controle jurisdicional da convencionalidade das leis 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de direito constitucional 7 ed S o Paulo Saraiva 2012 MIRANDA Jorge A recep o da declara o universal dos direitos do homem pela Cons titui o portuguesa Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro v 99 p 1 20 jan mar 1995 MORAES Alexandre de Direito constitucional 18 ed S o Paulo Atlas 2005 PIOVESAN Fl via Direitos humanos e o direito constitucional internacional 11 ed S o Paulo Saraiva 2010 Direitos humanos e o direito constitucional internacional 2 ed S o Paulo Max Limonad 1997 QUIXAD Let cia Antonio O Supremo
552. s entre os Ministros da corte O interessante dessa movimenta o que ela parece se associar pr pria intensidade do querer se afirmar como corte constitucional 90 Revista de Informa o Legislativa t pica e nesse aspecto o primeiro fator aqui examinado a defesa dos princ pios constitu cionais sobretudo referentes a minorias exclu das do processo democr tico complementa se em certa medida com um discurso mais flex vel de produ o decis ria Al m do mais essa flexibilidade que inevitavelmente acaba tornando a corte constitucional mais pol tica no sentido de produzir decis es voltadas para o todo para se legitimar precisa se afirmar racional um jogo discursivo interessante e bastante persuasivo Por um lado a corte constitucional diz defender a democracia os princ pios estruturantes do constitucionalismo as minorias e por outro o faz por interm dio de t cnicas decis rias racionais capazes de serem flex veis o suficiente para abarcar an seios coletivos antes tidos como mais afeitos ao campo de decis o do parlamento Al m disso mais eficiente especialmente quando se alardeia amplamente que o parlamento pouco trabalha em sua fun o e por isso a jurisdi o constitucional deve agir em sua in rcia como se bastasse aqui aplicar um silogismo l gico Na medida em que essa nova perspectiva praticamente equaliza princ pios hist rica e institucionalmente consagrados pe
553. s importante medida que contribui para reduzir 100 Revista de Informa o Legislativa e pacificar os conflitos entre o Estado e as Co munidades Aut nomas principalmente as mais poderosas que s o a Catalunha e o Pa s Basco Na It lia assinala Castro 1997 p 149 que a politiza o da magistratura judicial atrav s de reformas na estrutura da carreira e dos rg os de representa o profissional desde o final da d cada de 1960 determinou um aumento de interven es judiciais em seto res como as rela es industriais a defesa de interesses difusos e a repress o ao terrorismo e mais recentemente corrup o Da por que a atua o da Corte Constitucio nal italiana tem sido decisiva para o exerc cio do direito de greve a aplica o dos direitos fundamentais nas rela es entre particulares e o combate ao crime organizado e corrup o na pol tica Como se observa o ativismo fen meno ocorrente em escala global Em diferentes partes do mundo e em pocas diversas os tribunais v m se destacando como protagonistas de decis es envolvendo quest es de largo alcance pol tico ou implementa o de pol ticas p blicas No Brasil o que se observa hoje uma situa o que transcende a mera interpreta o da Constitui o e das leis e o controle dos atos legislativos pelo Judici rio N o raro encontra mos ju zes tomando decis es sobre quest es eleitorais e partid rias que antes era
554. s o bastante difundida do que se poderia esperar de uma democracia cons titucional que estabelece como condi o um Judici rio capaz de defend la contra poss veis riscos de um retrocesso autorit rio Refor a se o papel defensor libert rio do Judici rio e por sua vez o papel retaliativo pol tico interessado do parlamento O aspecto intrigante dessa tomada de posi o com base em uma perspectiva largamente difun dida que parece dar um peso mais racional e adequado s atua es do Judici rio em detrimen to do parlamento que por mais que o discurso assim se reproduza a realidade hist rica parece desmenti la uma daquelas situa es em que se verifica uma forte disson ncia entre o discurso e a realidade Afinal se ao Judici rio compete a ltima palavra sobretudo porque ele se apre senta como o grande defensor da Constitui o e das minorias dos preceitos mais estruturais do constitucionalismo democr tico isso ao menos deve ser justificado por alguma raz o robusta Normalmente as premissas assim constru das em favor de um refor o do papel do Judici rio se d o por uma associa o direta com perspectivas te ricas e pragm ticas que lhe d o essa confi gura o E qualquer tentativa de questionar tais premissas lan ada ao campo das heresias Com esse prop sito encontram se justifica es que v o por exemplo buscar suas origens nas bases do constitucionalismo norte americano q
555. s pessoas jur dicas 2 ed Goi nia AB 2007 7N 274 Revista de Informa o Legislativa Entre a forma e a mat ria A distin o entre tratados internacionais de direitos umanos materialmente e formalmente constitucionais Breno Ba a Magalh es mestre e doutorando em Direito pela Universidade Federal do Par UFPA professor da Faculdade de Bel m FABEL bolsista da CAPES Danilo Thales Martins Sozinho graduando em Direito da Faculdade de Bel m FABEL Gleiciane Barroso Carvalho graduanda em Direito da Faculdade de Bel m FABEL BRENO BA A MAGALH ES DANILO THALES MARTINS SOZINHO GLEICIANE BARROSO CARVALHO Sum rio 1 Introdu o 2 Tratados internacionais de direitos humanos normas constitucionais materiais e formais 3 Concep o material e formal da Constitui o o que nossos autores querem dizer com tal distin o 4 Direitos fundamentais em sentido material e formal entre o cat logo exauriente e o projeto igualit rio 5 Conclus o 1 Introdu o A Emenda Constitucional n 45 04 introduziu severas mudan as no regramento constitucional brasileiro atinente aos direitos humanos A cria o do incidente de deslocamento de compet ncia IDC a constitu cionaliza o do Tribunal Penal Internacional TPI e a equipara o dos tratados internacionais de direitos humanos s emendas constitucionais apresentaram novos paradigmas para a interpreta o das rela es e
556. s a que estes tenham direito Em virtude do artigo 58 da Constitui o citado no Estatuto os benefici rios dessa lei t m direito a foro privilegiado A lei prev que o ex presidente que assuma cargo p blico remunerado deixar de receber a pens o qual teria direito a n o ser que tal cargo seja o de professor de ensino superior m dio ou especial A lei silente quanto acumula o da pens o com receita proveniente de emprego na iniciativa privada Por fim o Estatuto permite que ex presidentes que se tenham tor nado senadores vital cios renunciem a esses cargos para assumirem a dignidade de Ex Presidente da Rep blica Cabe salientar que desde 2006 n o mais existem senadores vital cios no pa s A Lei n 20 050 de 2005 levou a efeito um conjunto de 54 modifica es na Constitui o de 1980 sendo uma das mais significativas a extin o do cargo de senador Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 59 vital cio O ltimo ex presidente a ocupar uma cadeira de senador vital cio foi Eduardo Frei Ruiz Tagle que deixou tal cargo em 2006 Al m do direito a pens o e a foro privilegiado a Rep blica chilena disponibiliza aos ex presidentes verbas destinadas ao seu transporte e mobilidade e ao estabelecimento e manuten o de um escrit rio ou gabinete Segundo o s tio do Senado chileno dedicado transpar ncia atualmente as despesas com transporte e manuten o de escrit rios dos ex presidentes chilenos custam m
557. s conhecimentos meios e t cnicas para a obten o de determinado resultado sem no entanto responsabilizar se por ele GON ALVES 2010 p 190 o caso por exemplo dos advogados que n o possuem a obriga o de xito nas causas de seus clientes mas t o somente a de bem defend los podendo a decis o final ser favor vel ou desfavor vel quele que os contratou Se assim n o fosse caso um advo gado viesse a perder a causa haveria responsabiliza o do profissional A obriga o de resultado designa a situa o em que o devedor se exonera somente quando o fim prometido alcan ado N o o sendo considerado inadimplente devendo responder pelos preju zos decorrentes do insucesso GON ALVES 2010 p 191 As atividades meio limitar se iam quelas em que o empregador n o possui a direta obriga o pelo seu resultado mas apenas se responsabiliza por fornecer meios adequados ao seu desenvolvimento sem garantir o resultado final de sua atua o Nesse ponto pode se observar que na maioria dos casos os servi os de vigil ncia conserva o e limpeza expressos no inciso II da S mula 331 se caracterizam como t picas atividades meio Por exemplo um hospital por se destinar presta o de servi os de sa de pode contratar com terceiros a execu o das atividades de vigil ncia conserva o e limpeza mas n o poderia destinar a terceiros os atendimentos voltados sa de Permanece dif cil a indi
558. s de direitos e pres ta o de servi os comunidade A pena de multa est prevista no art 18 da Lei n 9 605 98 que assim a disciplina A multa ser calculada segundo os crit rios do C digo Penal se revelar se ineficaz ainda que aplicada no valor m ximo poder ser aumentada at tr s vezes tendo em vista o valor da vantagem econ mica auferida BRASIL 1998 O artigo 6 da referida lei prev ainda que para imposi o e grada o da penalidade a autoridade competente observar III a si tua o econ mica do infrator no caso de multa 262 Revista de Informa o Legislativa Assim diante do porte da empresa e do lucro advindo de seu il cito penal que se che gar a um valor justo a ser aplicado na forma de pena de multa Com rela o s penas restritivas de direitos aplic veis pessoa jur dica temos I suspens o parcial ou total de atividades a suspens o de atividades ser aplicada quando estas n o estiverem obedecendo s disposi es legais ou regulamentares relativas prote o do meio ambiente art 22 I e 1 II interdi o tempor ria de estabelecimen to obra ou atividade a interdi o ser aplicada quando o estabelecimento obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autoriza o ou em desacordo com a concedida ou com viola o de disposi o legal ou regulamentar art 22 II e 2 II proibi o de contratar
559. s direitos fundamentais que s o tomadas decis es sobre a estrutura normativa b sica do Estado e da sociedade ALEXY 2008 p 522 Como podemos observar a preocupa o de Alexy 2008 era sustentar que a fundamentalidade dos direitos fundamentais est relacionada possibilidade de limitar determinados assuntos n o todos tratados pela legisla o ordin ria mas o autor alem o n o afirmou por exemplo que a fundamentalidade substancial ou material seria algo cind vel da formal e que a primeira n o dispunha da mesma prote o e do mesmo regime constitucional atribu do ltima O autor se referia ao significado dos direitos fundamentais n o possibilidade de regimes jur dicos diferenciados caso os momentos da fundamentalidade formal e substancial estivessem separados ponto ali s que n o parece ser poss vel para a teoria alexyana 288 Revista de Informa o Legislativa A constru o de Canotilho 2003 e dos au tores brasileiros a respeito do tema dos direitos fundamentais sediados em tratados internacio nais padece de contradi es A primeira e mais evidente a seguinte como explicar que certas normas constitu cionais fundamentaliza o material n o desfrutem da mesma prote o constitucional das demais normas da Constitui o funda mentaliza o formal especialmente quando tratamos de direitos fundamentais A contra argumenta o dos defensores da referida tese poderia ser constru da da
560. s para a produ o seguinte sem uma real deriva o gen tica Tendo em vista a diferen a dos pre os entre as sementes comer ciais e as sementes colhidas pelos produtores tentador para estes utilizar as sementes de sua pr pria produ o chamadas de sementes campestres Essa possibilidade ainda mais tentadora em raz o da sua permiss o pela lei brasileira sem ambiguidade ao menos antes do advento do SRR Logo ap s o ingresso na OMC e a ratifica o do Acordo TRIPS o Brasil optou por uma pro te o da propriedade intelectual das obten es vegetais O pa s aderiu Uni o Internacional de Prote o das Obten es Vegetais Upov cuja conven o inicial de 1961 foi revisada em 1971 em 1978 e em 1991 Uma das diferen as maiores entre as conven es de 1978 e de 1991 concerne ao uso de sementes campestres O artigo 5 1 da conven o de 1978 n o submete esse uso autoriza o do propriet rio da variedade o que chamado geralmente de privil gio das semen tes campestres Na conven o de 1991 o uso das sementes campestres n o descrito como disposto no artigo 15 mas acordado somente a t tulo facultativo com o acordo expl cito do propriet rio da variedade Alguns consideram que o privil gio das sementes campestres n o existe mais A ades o Upov foi antecipada no Brasil pela promulga o da lei sobre a prote o de cultivares Lei n 9 456 97 que foi criada pelo Servi o
561. s pol ticos a capacidade eleitoral necess ria para participar das elei es e da propaganda eleitoral gratuitas no r dio e na televis o receber cotas do fundo partid rio e defender seus s mbolos Os partidos pol ticos constituem pois um dos pilares do regime democr tico e funcionam como instrumentos por meio dos quais se realiza a representa o pol tica Em rela o a esta mencione se o fato de que o sistema eleitoral brasileiro n o admite candidaturas avulsas tendo em vista que o art 14 3 V da Constitui o exige a filia o partid ria como uma das condi es de elegibilidade Como exemplo da import ncia atribu da pela Constitui o aos partidos pol ticos mencione se o comando do referido 1 do art 17 que confere aos respectivos estatutos a atribui o de estabelecer normas de fidelidade e disciplina partid rias atribui o que n o se traduz em mera faculdade mas em efetivo dever dizer os estatutos partid rios ter o que conter tais normas prevendo consequ ncias no caso de seu descumprimento Como observa Silva 2011 p 408 a disciplina e a fidelidade partid rias passam a ser pela Constitui o n o uma determinante da lei mas uma determinante estatut ria art 17 1 N o s o por m meras faculdades dos estatutos Eles ter o que prev las dando consequ ncias ao seu descumprimento e desrespeito A disciplina n o h de entender se como obedi ncia cega aos ditames dos
562. s por fundamentos culturais e tradicionais artigo 2 incisos X XI e XII correspondem a pr ticas verificadas nas comunidades ind genas localizadas no territ rio do Estado brasileiro Esse Projeto deu ensejo a uma audi ncia p blica na Comiss o de Direitos Humanos da C mara dos Deputados Embora n o tenha logrado xi to o contexto em que foi elaborado e a discuss o que engendrou apontam para um caso singular de di logo e colis o transconstitucional entre ordem jur dica estatal e ordens normativas locais das comunidades ind genas Os elaboradores e defensores do Projeto de Lei partiram primariamente da absolutiza o do direito fundamental individual vida nos termos da moral crist ocidental Secundaria mente tamb m contribuiu para a proposi o do Projeto o direito fundamental da m e mater nidade Essa postura unilateral pela imposi o dos direitos individuais em detrimento da au tonomia cultural das comunidades n o pareceu adequada para os que se manifestaram em torno do problema em uma perspectiva antropol gica mais abrangente A simples criminaliza o das pr ticas ind genas em nome da defesa do direi to vida pode ser vista outrossim como um verdadeiro genoc dio cultural a destrui o da pr pria comunidade destruindo suas cren as mais profundas Com intensa participa o no debate in clusive na audi ncia p blica realizada em 5 de setembro de 2007 na C mara dos Deputado
563. s quando da pr tica de infra es penais Quanto s pessoas jur dicas de direito p blico tanto as de direito interno como as de direito externo a imputabilidade encontra entraves para sua efetiva aplica o Com rela o pessoa jur dica de direito p Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 257 blico externo imposs vel sua viabiliza o devido ao principal princ pio que norteia as rela es entre pa ses no mbito da esfera internacional o princ pio da soberania estatal segundo o qual regra a irresponsabilidade penal absoluta do Estado como ente soberano perante a comunidade internacional J a penaliza o da pessoa jur dica de direito p blico interno embora seja poss vel careceria de l gica visto que as penas s o meramente de car ter financeiro Seria como impor a algu m a pena de retirar dinheiro de um de seus bolsos para em seguida p lo em outro Ou seja a nica san o que teria efic cia e car ter restaurador seria aquela destinada s pessoas jur dicas de direito privado LAUZID 2002 p 126 134 2 5 Extin o da punibilidade As causas extintivas da punibilidade n o fazem desaparecer o delito mas o tornam n o pun vel visto que o Estado perdeu o seu jus puniendi Existe a infra o mas esta n o mais pun vel As causas que extinguem a punibilidade s o morte do agente anistia gra a ou indulto retroati vidade de lei que n o mais considera o fato como criminoso prescr
564. s que defendem uma ressignifica o dos limites da coer o le g tima do Estado sobre a liberdade de escolha na esfera da autonomia reprodutiva da mulher Nesse enfoque deve estar centrada a an lise do direito ao aborto de feto compat vel com a vida O pronunciamento do CFM confere in clusive maior prote o liberdade individual pois ao n o estabelecer exig ncia de atestado m dico declarando a condi o subjetiva da mulher o Conselho representativo da classe m dica firmou entendimento importante acerca da necessidade de ponderar a inadequa o da prote o absoluta dos interesses do feto desde a concep o No primeiro trimestre da gesta o a capacidade decis ria em rela o interrup o da gravidez deve ser totalmente determinada pelos valores ticos individuais da mulher e 2 Posi o adotada pela entidade no I Encontro Na cional de Conselhos de Medicina realizado em mar o de 2013 em Bel m Decidiu se pelo envio de um parecer comiss o do Senado que analisa a reforma do C digo Penal PL 236 2012 contendo recomenda o pela aprova o do projeto na parte que concerne descriminaliza o do aborto ACAYABA 2013 por sua personalidade moral verdade que a manifesta o dos Conselheiros chamou a aten o para o problema do aborto clandestino sob o enfoque da sa de p blica mas o par me tro fundamental para a recomenda o a favor da sua legaliza o foi o respeito vo
565. s superiores ao artigo referidas no inciso V do art 10 devendo ser utilizado o mesmo n mero do artigo ou unidade ime diatamente anterior seguido de letras mai sculas em ordem alfab tica tantas quantas forem suficientes para identificar os acr scimos c vedado o aproveitamento do n mero de dispositivo revogado ve tado declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de execu o suspensa pelo Senado Federal em face de decis o do Supremo Tribunal Federal devendo a lei alterada manter essa indica o seguida da express o revogado vetado declarado inconstitucional em controle concentrado pelo Supremo Tribunal Federal ou execu o suspensa pelo Senado Federal na forma do art 52 X da Constitui o Federal d admiss vel a reordena o interna das unidades em que se desdobra o artigo identificando se o artigo assim modificado por altera o de reda o supress o ou acr scimo com as letras NR mai sculas entre par nteses uma nica vez ao seu final obedecidas quando for o caso as prescri es da al nea BRASIL 1998e Note se que a al nea b proibiu apenas a renumera o de artigos e criou a regra de inser o do novo artigo pelo acr scimo ao r tulo de letras mai sculas em ordem alfab tica precedidas de h fen Um caso did tico de renumera o de artigos ocorreu com a Lei n 8 137 de 27 de dezembro de 1990 que acrescentou o art 168 ao C digo Penal e d
566. sa Em um exerc cio curioso de antecipa o de poss vel exame de m rito visto que poder ser levado a julgar a quest o no pr prio tribunal ali s a mat ria est para julgamento no STF BRASIL 2013b 2013c o Ministro Gilmar Mendes disse que se aprovada melhor que se feche o tribunal e que n o h nenhuma d vida ela inconstitucional do come o ao fim de Deus ao ltimo constituinte que assi nou a Constitui o evidente que isso Eles CCJ rasgaram a Constitui o SELIGMAN 2013 Por sua vez o Presidente do Supremo Tribunal Federal Ministro Joaquim Barbosa em nota imprensa declarou Por que alterar isso agora em pleno s culo 21 Essa medida se aprovada fragilizar a democracia brasileira SELIGMAN 2013 Mas foi o Ministro Marco Aur lio de Mello que arrematou a quest o com o ar de autoridade de afirma o do verdadei ro poder da corte constitucional N s temos um sistema em que se verifica o primado do Judici rio A ltima palavra n o cabe ao setor pol tico cabe ao Judici rio o rg o de c pula o guarda da Constitui o o Supremo Afinal o que implica essa proposta O afastamento de uma cl usula p trea que a separa o de Poderes da Rep blica Harmonia e separa o dos Poderes da Rep blica O ESTADO DES PAULO 2013 Al m de enfatizar a t o sonhada harmonia deixa claro que a ltima palavra compete ao Supremo Tribunal Fede
567. sa tenham conhecimento do direito referido no primeiro par grafo da al nea b Cf Art 8 b da Diretiva 95 46 CE Essa quest o envolve o chamado direito ao esque cimento Ou seja os dados sobre uma pessoa n o devem ser armazenados para sempre o entendimento tamb m 24 Revista de Informa o Legislativa uma remo o da p gina e n o a deleta o Uma vez que o Facebook tem servidores na Irlanda entre agosto e setembro de 2011 Schre ms abriu 22 a es contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner rg o p blico irland s tendo como base o direito europeu de prote o aos dados pessoais Resumidamente podem se elencar as 22 a es EUROPE VERSUS FACEBOOK 2011 1 Pokes cutucar Os cutuc es s o mantidos mesmo ap s o usu rio os remover 2 Perfis sombra O Facebook coleta dados sobre as pessoas sem o seu conhecimento Essa informa o usada para substituir os perfis existentes e criar perfis de n o usu rios 3 Tagging Tags s o usadas sem o consen timento dos usu rios que precisam desmarcar tal op o Info Facebook anunciou mudan as 4 Sincronizar O Facebook coleta dados pessoais por exemplo por meio do iPhone App ou da fun o Encontrar amigos Essas informa es s o usadas pelo Facebook sem o consentimento dos titulares dos dados 5 Postagens apagadas Postagens que fo ram exclu das permanecem no acervo de d
568. sabi lidade penal das pessoas jur dicas Diante desse quadro Cappelli 1996 p 104 afirma que a Lei Maior previu a responsabilidade penal das pessoas jur dicas Para a autora entender que o art 225 3 veio apenas afirmar a responsabilidade das pessoas f sicas consider lo in til devido desnecessidade de tal texto no mbito constitucional Contr rio a tal posicionamento Prado 1992 p 32 um dos pena listas que de forma veemente negam que a Carta de 1988 tenha conferido tal responsabiliza o Segundo o autor o art 225 3 faz refer ncia a condutas da pessoa f sica e a atividades da pessoa jur dica demonstrando que o legislador procurou fazer tal discrep ncia J Coelho 1998 p 48 seguindo esse mesmo entendimento vai mais longe ao afirmar que o mesmo dispositivo constitucional relaciona san es penais s pessoas f sicas e san es administrativas s pessoas jur dicas Com rela o ao 5 do art 173 da Constitui o Federal de 1988 Cernicchiaro 1995 p 160 afirma que se fosse prop sito do consti tuinte definir se quanto ao tema evidentemente t lo ia feito de maneira expl cita considerados o relevo e a pol mica da mat ria no cap tulo que definiu os princ pios do Direito Penal Por m os referidos autores agiram falaciosamente ao se pronuncia rem pois assim como afirma Branco 2001 p 59 252 Revista de Informa o Legislativa N o h d vida de
569. sci tam pol mica no meio pol tico do pa s Alguns parlamentares consideram demasiados os bene f cios concedidos pela lei GINSBERG 2013 p 17 Por esse motivo tramitam na C mara e no Senado diversos projetos de lei visando a alterar a Lei e reduzir os benef cios por ela garantidos Um desses projetos o HR 4093 de 2012 de au toria do Deputado Jason Chaffetz por exemplo busca estabelecer um teto para a pens o dos ex presidentes removendo a atual vincula o do benef cio aos sal rios dos ministros 3 4 Fran a Entre os pa ses da amostra selecionada para o presente estudo a Fran a apresenta se como o pa s que confere o mais abrangente pacote de benef cios e direitos a seus ex presidentes Os benef cios incluem pens o moradia seguran a autom vel e motorista assessoria e gratuidade em viagens de avi o e trem Al m desses benef cios a Constitui o Francesa reserva aos ex presidentes um papel institucional no sistema semipresidencialista do pa s Ao deixarem seus cargos os ex presidentes podem tornar se membros natos do Conselho Constitucional franc s No que diz respeito pens o as normas que regem a concess o desse benef cio est o contidas na Lei n 55 366 de 3 de abril de 1955 que disp e sobre as dota es or ament rias do Minist rio das Finan as e dos Assuntos Econ micos para o exerc cio de 1955 O artigo 19 dessa lei prev como pens o para os ex presidentes da Rep blica Francesa
570. sciplina Law and Economics 3 Intera o e harmoniza o dos princ pios da legalidade e da efici ncia 4 Conclus es Introdu o H um clamor da sociedade para um uso mais adequado dos re cursos p blicos Espera se que a presta o de servi os governamentais ocorra com qualidade que o Estado aja diligentemente no atendimento das demandas coletivas essenciais utilizando racionalmente os re cursos dos contribuintes Essa exig ncia posta pelos cidad os passa inexoravelmente pelo aprimoramento do Estado de forma a torn lo mais eficiente No entanto no meio pol tico comum ouvirem se discursos argumentando a dificuldade de se conseguir efici ncia dado o orde namento jur dico vigente Fala se que as leis engessam sobremaneira o administrador p blico justamente nesse embate que est focado o presente texto Neste artigo pretende se discutir a intera o por vezes confli tuosa entre a legalidade e a efici ncia bem como a possibilidade de harmoniz las concretamente Por fim analisar se o casos pr ticos com que se t m deparado o Poder Judici rio e o Tribunal de Contas da Uni o apresentando se as solu es por eles alcan adas na tentati va de obten o de um melhor par metro de efici ncia nas atividades administrativas Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 7 1 Legalidade e efici ncia como princ pios constitucionais da Administra o P blica Na ess ncia do conte do pol tico de um Es
571. sciplinar da Federa o Mexicana de Futebol e tamb m con tra uma decis o de rg o recursal do Minist rio dos Esportes do M xico FMF a Comiss o de Apela o e Arbitragem do Desporte CAAD que desconsideraram laudo do laborat rio credenciado pela WADA Olympic Analytical 18 A respeito de jurisprud ncia simb lica Neves 2007 p 34 No j citado julgamento do HC 82 424 RS o ministro Marco Aur lio Mello utilizou essa express o Mas me parece que nesse caso apesar da for a simb lica a for a normativa da decis o tamb m era relevante TAS Senten as n 2006 A 1149 e n 2007 A 1211 extrato e coment rio oferecidos por Loquin 2008 200 Revista de Informa o Legislativa Laboratory da Universidade da Calif rnia UCLA Na an lise da primeira amostra o laborat rio confirmou a presen a de subst ncia anab lica proibida pela FIFA O resultado foi encaminhado Federa o Mexicana de Futebol FMF para que o jogador fosse informado a fim de requerer a an lise da segunda prova em quarenta e oito horas sob pena da presun o absoluta de que aceitou o resultado da an lise da primeira amostra O clube do atleta alegou que n o fora intimado pelo laborat rio a notific lo sustentando que caberia FMF fazer direta mente essa notifica o a FMF encaminhara a comunica o do laborat rio ao clube para que ele notificasse o atleta O pedido apresentado pelo jogador perante a Comiss o Interd
572. se enfrentar essa aparente dicotomia Torna se fundamental na fase de discuss o das proposi es legislativas a confec o de uma avalia o cuidadosa empreendida para analisar pre viamente eventuais impactos decorrentes da aplica o de uma nova lei Deve se examinar se a legisla o ser efetiva o comportamento adotado pelos destinat rios da norma contempla os objetivos de edi o da nor ma eficaz o texto legal conduz aos alcance dos objetivos desejados e eficiente os benef cios oriundos da lei compensam os custos impostos por ela e esses custos s o os menores poss veis O amadurecimento da sociedade democr tica torna o Estado cada vez mais questionado acerca do desempenho e da efetividade de suas a es Nesse ponto a efici ncia ser certamente um dos grandes desa fios te ricos e pragm ticos com que os tr s Poderes da Rep blica se deparar o no mister de cria o concretiza o e controle das pol ticas de aprimoramento da realidade socioecon mica do Pa s Refer ncias CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de direito administrativo Rio de Janeiro Lumen Juris 2009 GICO JUNIOR Ivo Teixeira Introdu o ao direito e economia In TIMM L B Direito e economia no Brasil S o Paulo Atlas 2012 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de direito administrativo S o Paulo Malheiros 2006 MODESTO Paulo Notas para um Debate sobre o Princ pio Constitucional da Efici ncia Revist
573. sem problemas mas em mat ria reservada CF 88 art 55 e n o afeta lei ordin ria federal Aduzem ainda Thales e Camila Cerqueira 2008 p 251 que o TSE nos CTAS 1 398 e 1 407 e ainda na Resolu o n 22 610 07 portanto atuou como legislador positivo constitucional adiantando a Reforma Pol tica criando uma hipertrofia e invadindo espa o do Poder Legislativo violando a harmonia do sistema do checks and balances previsto no art 2 da CF 88 Como se observa Thales e Camila Cerqueira 2008 admitem a inconstitucionalidade das decis es que culminaram com a perda do mandato por infidelidade partid ria entendendo que o Tribunal Superior Eleitoral com a chancela do Supremo Tribunal Federal teria usurpado a fun o de legislar pr pria do Legislativo n o apenas por criar hip tese de perda de mandato reservada Constitui o como tamb m por instituir ritos processuais e hip teses de justa causa por resolu o extrapolando os limites juridicamente aceit veis Para Thales e Camila Cerqueira 2008 o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal n o se limitaram ao seu dever funcional de atuar para solucionar a quest o da fidelidade partid ria no Brasil h tempos aguardada pela Reforma Pol tica e Eleitoral fizeram as vezes dos legisladores numa invas o indevida de atribui es que constitucio nalmente n o s o suas e ainda pior que a rigor deveriam ser exercidas pelo Legislativ
574. senvolvidos Entretanto vamos ao encontro do entendimento jurisprudencial proferido pelo Superior Tribunal de Justi a ao julgar o Recurso Especial n 564 960 SC 2003 0107368 4 no qual vislumbra a cria o de um terceiro tipo de responsabilidade a responsabilidade social CRIMINAL CRIME AMBIENTAL PRATICADO POR PESSOA JUR DICA RESPONSABILIZA O PENAL DO ENTE COLETIVO POSSIBILIDADE PREVIS O CONSTITUCIONAL REGULAMEN TADA POR LEI FEDERAL OP O POL TICA DO LEGISLADOR FORMA DE PREVEN O DE DANOS AO MEIO AMBIENTE CAPACIDADE DE A O EXIST NCIA JUR DICA ATUA O DOS ADMINISTRADORES EM NOME E PROVEITO DA PESSOA JUR DICA CULPABILIDADE COMO RESPONSABILIDADE SOCIAL CO RESPONSABILIDADE PENAS ADAPTADAS NATUREZA JUR DICA DO ENTE COLETIVO RECURSO PROVIDO I Hip tese em que pessoa jur dica de direito privado juntamente com dois administradores foi denunciada por crime ambiental consubs tanciado em causar polui o em leito de um rio atrav s de lan amento de res duos tais como graxas leo lodo areia e produtos qu micos resultantes da atividade do estabelecimento comercial II A Lei ambiental regulamentando preceito constitucional passou a prever de forma inequ voca a possibilidade de penaliza o criminal das pessoas jur dicas por danos ao meio ambiente HI A responsabiliza o penal da pessoa jur dica pela pr tica de delitos ambientais adv m de uma escolha pol tica como forma n o a
575. ser fonte de seguran a jur dica deve eliminar as contradi es porventura existentes Nesse sentido o presente estudo deseja tecer considera es sobre a exist ncia de antinomia jur dica entre a atribui o da compet ncia previs ta no art 15 da Lei n 12 016 2009 e os dispositivos do C digo de Processo Civil CPC especialmente o art 558 A quest o longe de ser exaurida neste estudo dever contribuir para a elucida o do tema sobre o qual h tempos pende controv rsia especialmente ap s a edi o daquela lei que reproduziu instituto antes debatido tanto no mbito doutrin rio como no jurisprudencial Assim a poss vel exist ncia de duas normas jur dicas disciplinando o mesmo instituto sendo que a constitucionalidade de uma delas h tempos discutida enseja a necessidade da busca de uma solu o a ser aplicada neste dilema No que tange metodologia ser utilizada a te rico documental baseada na investiga o de obras sobre o pedido de suspens o de se guran a O marco te rico entre outras fontes consultadas o livro de Bueno 2009 A nova lei do mandado de seguran a Ap s tratar do conceito e das esp cies de antinomias jur dicas nos ordenamentos ser o demonstrados os m todos de solu o aplic veis no Direito brasileiro Pos teriormente estudar se o os princ pios constitucionais do juiz natural da supremacia do interesse p blico sobre o privado e da isonomia que influenciam diretament
576. seu controle jurisdicional em casos de conflito entre esses princ pios Pretende se debater essas perguntas nas se es seguintes 2 Conceito de efici ncia contribui es da disciplina Law and Economics Antes de adentrar a an lise da intera o dos princ pios constitucionais acima referidos conv m apresentar contribui es para a formu la o de um conceito mais robusto de efici ncia administrativa Considerando que o Direito Administrati vo n o se tem aprofundado sobre a quest o indispens vel buscar em outras reas sob uma perspectiva interdisciplinar as bases te ricas necess rias Nesse ponto a disciplina Law and Economics que no Brasil tem sido chamada ora de Direito e Economia ora de An lise Econ mica do Direito fornece instrumental anal tico e emp rico da economia em especial da microeconomia e da economia do bem estar social para se tentar compreender explicar e prever as implica es f ticas do ordenamento jur dico bem como da l gica racionalidade do pr prio ordenamento jur dico GICO JUNIOR 2012 A quest o da efici ncia assunto basilar para a Economia Sabe se que a sociedade deve fazer escolhas Para tanto realiza se a an lise da rela o custo benef cio para se comparar a diferen a positiva entre os benef cios globais econ micos e sociais e os custos globais de cada op o Um conceito muito utilizado em Economia o da efici ncia de Pare
577. sileiro Identificamos tr s casos de emendas pro mulgadas ap s a entrada em vigor da Lei Com plementar n 95 de 1998 que n o veicularam cl usula de vig ncia a Emenda Constitucional n 77 de 2014 que altera os incisos II I e VII do 3 do art 142 da Constitui o Federal para estender aos profissionais de sa de das For as Armadas a possibilidade de cumula o de cargo a que se refere o art 37 inciso XVI al nea c b Emenda Constitucional n 72 de 2013 que altera a reda o do par grafo nico do art 7 da Constitui o Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os traba lhadores dom sticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais e c Emenda Constitucional n 42 de 2003 que altera o Sistema Tribut rio Nacional e d outras provid ncias Cabe registrar ainda que no caso de emen das constitucionais sem cl usula de vig ncia pelo Princ pio da Imediata Incid ncia das Re gras Jur dicas Constitucionais o in cio da vig n cia ocorre imediatamente com a promulga o n o sendo a emenda constitui o submetida regra do art 1 da Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasileiro que prev um per odo de 45 dias para a entrada em vigor das normas que n o possuem cl usula de vig ncia Nesse contexto constatamos que o empregador do tra balhador dom stico al m de n o poder ignorar em tese o direito positivado tem tamb m
578. sitivos constitucionais 3 4 Princ pio da supremacia do interesse p blico A supremacia do interesse p blico sobre o particular n o se extrai de nenhum dispositivo expresso da CR ainda que manifestamente concreti zado em outros princ pios tais como o da fun o social da propriedade da defesa ao consumidor e ao meio ambiente Pode se dizer que esse princ pio pressuposto l gico do conv vio social Conforme classifica o de Bandeira de Mello 2009 p 98 o interesse p blico prim rio aquele relacionado aos anseios de toda a sociedade raz o pela qual conferida ao Estado a condi o de representante do corpo social Por outro lado o interesse secund rio representa a aspira o do aparelho estatal como ente personalizado que somente poder ser perseguida pelo Estado quando coincidir com o interesse p blico prim rio Desse modo observa se que a supremacia do interesse p blico sobre os interesses privados nos limites fixados na lei baseia se nos interesses p blicos classificados como prim rios ou seja aqueles que refletem os anseios da sociedade exercidos para a finalidade que os justifica 4 Da suspens o de seguran a Antes da an lise da exist ncia de antinomia entre o disposto no art 15 da Lei n 12 016 2009 e o art 558 do CPC insta esclarecer os aspectos atinentes suspens o de seguran a como o contexto a justificativa de sua cria o e o procedimento estabelecido na legisla o atual
579. slativa O Anexo I deste artigo apresenta o Quadro de Ementas com a indica o da presen a dessas duas caracter sticas a a o e o tema O Quadro 2 apresenta um resumo dos tipos de f rmula uti lizada Apesar de n o ter sido a mais utilizada acreditamos que a f rmula que veicula o tema e a a o seja a mais indicada pois apresenta a mudan a nos aspectos material e formal As seis Emendas Constitucionais de Revis o foram publicadas sem ementa Segundo Freire 2002 p 140 reprov vel a pr tica da utiliza o da frase e d outras pro vid ncias ao final da ementa nos casos em que se deseja encobrir uma s rie de prescri es que versam sobre mat rias inteiramente estranhas ao objeto da lei podendo ser utilizada apenas nos casos em que essas prescri es complemen tares se vinculam ao objeto da lei por afinidade Guimar es 2004 p 18 em um cap tulo de Quadro 2 F rmulas da Ementa F rmula A o Tema Qtd 28 Exemplo Ocorr ncias D nova reda o ao art 222 da Constitui o Federal para permitir a participa o de pessoas jur dicas no capital social de empresas jornal sticas e de radiodifus o sonora e de sons e imagens nas condi es que especifica EMC 36 2002 EMC 7 1995 EMC 23 1999 EMC 25 2000 EMC 27 2000 EMC 29 2000 EMC 30 2000 EMC 31 2000 EMC 36 2002 EMC 38 2002 EMC 43 2004 EMC 48 2005 EMC 49 2006 EMC 52 2006 EMC 54 2007 EMC 55 2007 EMC 57 2008 EMC 5
580. son ncia nos tribunais o que se extrai da transcri o do relat rio do ac rd o proferido pela 4 Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o em que se utilizam de subs dios do Direito Civil para conceituar atividade fim e atividade meio Refere o mesmo autor para o efeito de distinguir atividade fim e atividade meio da necessidade de perseguir as estritas opera es que conduzem ao seu objeto final e a ele sempre remeter se para que se conceitue o mais aproximativamente poss vel o que se deva entender por atividade fim op cit p 304 305 al m de referir que a preocupa o se assemelha que existe no mbito do Direito Civil quando se procura distinguir obriga es de meio e obriga es de resultado BRASIL 2012b Quais s o os crit rios para estabelecer a licitude da terceiriza o 2 As normas infraconstitucionais e a rela o com a S mula 331 do Tribunal Superior Do Trabalho 2 1 Da CLT ao contexto contempor neo da globaliza o A Consolida o das Leis do Trabalho refere se apenas no que tange terceiriza o ao contrato de subempreitada art 455 ao prever a possibilidade da transfer ncia de atividades de constru o para outras entidades prescrevendo a obriga o subsidi ria do empreiteiro principal pelas obriga es inadimplidas dos subempreiteiros contratados BEL MONTE 2008 O empreiteiro principal pode ajuizar a o regressiva contra o subempreiteiro A CLT
581. ss rias para participar ativamente da vida p blica O p s 1988 transformou o Poder Judici rio e especialmente o STF em uma arena privilegiada acentuando a sua face pol tica Com efeito a Corte Suprema tem atuado em rela o a temas cruciais quer devido a omiss es legislativas quer recebendo demandas sobre quest es contro versas quer se pronunciando sobre impasses pol ticos quer proferindo decis es cruciais para a vida p blica com impactos na arena pol tico partid ria como os servi os p bli cos e tamb m na configura o dos tribunais superiores e na estrutura do Poder Judici rio em sua totalidade Ferraz Junior 2008 ao abordar o ativismo judicial analisa v rias decis es judiciais des tacando que o modelo de governan a eleitoral adotado pelo Brasil fez com que o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral avan assem no seu entendimento sobre o senti do e o alcance do texto constitucional passando a adotar uma postura mais arrojada na sua atua o para identificar e corrigir por meio de um processo interpretativo inovador os poss veis defeitos da competi o pol tico partid ria Leite 2008 considera que o ativismo judi cial decorre do crescimento do Judici rio para balanceamento do sistema da insatisfa o do povo em rela o conduta dos outros poderes e da evolu o social pol tica e cultural dos tempos atuais Barroso 2011 p 233 aborda o ativismo judicial
582. stitucionais expressamente autorizam 2 1 Elementos do crime A Lei de Introdu o ao C digo Penal brasileiro faz a seguinte defi ni o de crime considera se crime a infra o penal a que a lei comina pena de reclus o ou deten o quer isoladamente quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa contraven o a infra o a que a lei comina isoladamente pena de pris o simples ou de multa ou am bas alternativa ou cumulativamente Notamos que a lei de introdu o limitou se t o somente a distinguir crime de contraven o ficando a cargo da doutrina nacional fazer a conceitua o de crime H na doutrina conceitos de crime sob tr s diferentes pontos de vista conceito material conceito formal e conceito anal tico De acordo com o conceito material crime a les o ou exposi o a perigo de bens jur dicos fundamentais para a vida em sociedade Segundo o conceito formal a conduta abstrata descrita no tipo Quanto ao conceito anal tico h dois entendimentos enquanto alguns afirmam que crime fato t pico antijur dico e culp vel teoria tripartida entendimento de Bitencourt 2011 p 253 outros entendem que crime fato t pico e antijur dico enquanto a culpabilidade figura como pressuposto para a aplica o da pena teoria bipartida pensamento de Lauzid 2002 p 82 Vamos ao encontro do entendimento do ltimo autor por se amoldar melhor aos crimes ambientais praticados pelo ente
583. su rio as redes sociais t m tipicamente controles que permitem aos usu rios escolher quem pode ver seu perfil contat los adicion los sua lista de contatos e assim por diante 2 3 Facebook O Facebook um servi o de rede social on line e seu nome deriva do termo utilizado para designar o livro dado aos estudantes no in cio do ano letivo por algumas universidades nos Estados Unidos a fim de ajud los a conhecer uns aos outros Foi fandado em fevereiro de 2004 por Mark Zuckerberg juntamente com seus colegas da Universidade de Harvard os tamb m estudantes Eduardo Saverin Andrew McCollum Dustin Moskovitz e Chris Hughes Inicialmente os fundadores limitaram o acesso ao website apenas aos estudantes de Harvard Sucessivamente foi liberado para estudantes de outras faculdades na rea de Boston das universidades da chamada Ivy League e da Universidade de Stanford Por fim tornou se acess vel a alunos de v rias outras universidades em seguida para os alunos do ensino m dio e finalmente para todos que t m 13 anos ou mais Em abril de 2012 EUROPE VERSUS FACEBOOK 20112 um total de cerca de 840 500 000 membros registraram se pelo menos uma vez ou seja estiveram on line mesmo que tenham extinto sua conta pos teriormente por meio de uma conta pessoal no Facebook Tamb m no in cio de 2012 a sia contabilizava cerca de 226 milh es de membros seguida pela Europa 201 3 milh es Am rica do Norte 175
584. t http www economist com node 16910031 gt Acesso em 7 maio 2013 MIRANDA Francisco Cavalcanti Pontes de Tratado de direito privado Rio de Janeiro Borsoi 1971 OPPERMANN Thomas Europarecht 4 ed M nchen Beck 2009 ROSENBLUM David What anyone can know the privacy risks of social networking sites IEEE Security amp Privacy New York v 5 n 3 p 40 49 May June 2007 SILVA JUNIOR Alcides Leopoldo e A pessoa p blica e o seu direito de imagem pol ticos artistas modelos personagens hist ricos pessoas not rias criminosos c lebres esportistas escritores socialites S o Paulo Juarez de Oliveira 2002 SOCIAL MEDIA SCHWEIZ Facebook die welt im i berblick Schweiz Social Media 2012 Dispon vel em lt http www socialmediaschweiz ch Facebook Die Welt Upda te April 2012 pdf gt Acesso em 7 maio 2013 STREINZ Rudolf Europarecht 8 ed Heidelberg C F Miiller 2008 SZANIAWSKI Elimar Direitos de personalidade e sua tutela S o Paulo Revista dos Tribunais 1993 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 27 Evolu o das regras de utiliza o da soja transg nica no Brasil An lise por meio de uma abordagem sist mica da governan a Marcelo Dias Varella doutor em Direito pela Universidade de Paris livre docente pela USP professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do UniCEUB Michel Fok pesquisador do CIRAD Fran a MARCELO DIAS VARELLA MICHEL FOK
585. ta da ado o de um simples modelo de converg ncia com base no artigo 5 2 da Constitui o Federal e poste riormente com fundamento nos 3 e 4 do mesmo dispositivo introduzidos pela Emenda Constitucional n 45 2004 Muito menos cabe o regresso a um modelo de resist ncia a partir de HC 82 424 RS 17 11 2003 TP DJ 19 3 2004 28 Cf HC 82 959 SP de 23 2 2006 DJ 1 9 2006 e refe r ncias das notas 15 e 16 uma interpreta o paroquial desses dispositivos constitucionais O caminho mais adequado em mat ria de direitos humanos parece ser o mo delo de articula o engagement model ou melhor de entrela amento transversal en tre ordens jur dicas de tal maneira que todas se apresentem capazes de reconstruirem se permanentemente mediante o aprendizado com as experi ncias de ordens jur dicas inte ressadas concomitantemente na solu o dos mesmos problemas jur dicos constitucionais de direitos fundamentais ou direitos humanos A alternativa absoluta converg ncia ou resis t ncia carrega respectivamente elementos potenciais de autodestrui o da pr pria ordem constitucional ou de heterodestrui o de outras ordens jur dicas Indo al m da invoca o de normas e precedentes de outras ordens jur dicas espe cialmente estrangeiras e internacionais por cortes nacionais destacam se casos em que decis es de tribunais cortam transversalmente ordens jur dicas
586. ta de Informa o Legislativa blema da criminalidade apesar de sacrificar os pilares fundamentais do direito penal louvar se ia sua vincula o na esfera penal Dessa forma justificando se os fins jamais os meios Para Bitencourt 1999 p 67 68 a obscura previs o do art 225 3 da CF relativamente ao meio ambiente tem levado alguns penalistas a sustentarem equivocadamente que a Carta Magna consagrou a res ponsabilidade penal da pessoa jur dica O sistema de responsabilidade objetiva introduzido primeiramente pelo art 14 1 da Lei de Pol tica Nacional do Meio Ambiente recha ou o elemento subjetivo Art 14 Sem preju zo das penalidades definidas pela legisla o federal estadual e municipal o n o cumprimento das medidas necess rias preserva o ou corre o dos inconvenientes e danos causados pela de grada o da qualidade ambiental sujeitar os transgressores ss 1 Sem obstar a aplica o das penalidades previstas neste artigo o poluidor obrigado independentemente da exist ncia de culpa a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade O Minist rio P blico da Uni o e dos Estados ter legitimidade para propor a o de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente Desta forma o agente responsabilizado independentemente de ter agido com dolo ou culpa respondendo simplesmente pelo fato
587. te ocupe um cargo eletivo ou para o qual tenha sido nomeado no governo federal ou no governo do Distrito Federal e para o qual receba um sal rio ou subs dio Garante se aos ex presidentes o aluguel de espa o para o estabelecimento de um ga binete totalmente mobiliado e equipado em qualquer localidade nos Estados Unidos que seja selecionada pelo ex presidente A verba para esse benef cio colocada disposi o dos ex presidentes seis meses ap s o fim de seus respectivos mandatos N o h restri es ou limita es relativas ao tamanho ou localiza o do escrit rio do ex presidente De acordo com Ginsberg 2013 p 10 J que a pens o de um ex presidente equivalente ao sal rio de um ministro o governo federal tem aplicado aos escrit rios dos ex presidentes os padr es de tamanho e equipamento aplicados aos gabinetes de ministros Al m de espa o para a montagem de um gabinete os ex presidentes fazem jus a uma equipe de funcion rios e assessores Chambers II 1979 explica que os ex presidentes podem selecionar sua equipe como quiserem sem se preocupar com a legisla o relativa ao servi o p blico Ou seja os cargos de assessores ao dispor dos ex presidente s o de livre nomea o Ginsberg 2013 p 11 salienta que durante um primeiro per odo de 30 meses o gasto anual com pessoal do ex presidente n o pode exceder 150 mil d lares Ap s esse primeiro per odo os gastos passam a ter um teto an
588. te se que tamb m poder ser interposto agravo interno no caso de inde ferimento do pedido de suspens o haja vista que foram revogadas as S mulas 506 do STF e 217 do STJ dispositivos que consideravam inadmiss vel a interposi o do agravo interno nesse caso Notadamente quanto ao indeferimento do requerimento o 1 do art 15 da Lei n 12 016 2009 possibilita a interposi o de novo pedido de suspens o dirigido ao STF ou STJ ou seja a parte legitimada tem duas alterna tivas interpor agravo interno ou fazer novo pedido de suspens o Parece claro que a parte dever optar por uma dentre as duas medidas Todavia intentado novo pedido de suspens o n o deferido pelo STF ou STJ n o ser cab vel agravo interno contra a decis o do Presidente do tribunal de segunda inst ncia que indeferiu a suspens o j que estar preclusa a mat ria A renova o do pedido de suspens o poder ainda ser efetuada no caso de provimento do agravo interno interposto em face do deferi mento da medida ou na hip tese em que seja negado o provimento ao agravo de instrumento interposto contra a liminar conforme disposto nos 1 e 2 do art 15 da Lei n 12 016 2009 certo que a renova o do pedido de suspen s o constitui outra oportunidade conferida ao Poder P blico com vistas a tentar retirar a efic cia da decis o liminar ou da seguran a mudan as que ocasionaram sens vel altera o na utiliza o originariame
589. terial seria o modo de ser de um Estado Dessa forma todos os pa ses possuiriam elementos materiais essenciais que apontam para uma espec fica forma o estatal No entanto a partir da experi ncia revolucion ria inglesa a Constitui o formal surge como a Constitui o material normativamente institucionalizada ou seja o constitu cionalismo moderno aloca as mat rias da Constitui o material nas normas da Constitui o formal 1 As perspectivas sociol gicas na linha do afirmado por Hesse 1991 p 10 estabelecem condi es para a efic cia jur dica da Constitui o formal qual seja a coincid ncia dos pressupostos estabelecidos pela Constitui o Material Dessa forma o conflito com a Constitui o jur dica sucum be ante a Constitui o real No caso do autor segundo a diferen a entre Consti tui o material e Leis Constitucionais formal Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 281 da para a concretiza o dos seus elementos integradores contidos na Constitui o material SMEND 1985 p 66 ou por fim por meio da caracteriza o de uma Constitui o material que seria o reflexo da organiza o de um grupo social o qual se singularizaria e ao lograr su cesso pol tico perante os demais faria valer seu ideal pol tico no mbito da Constitui o formal Mortati Maurizio Fioravanti 2010 afirma que a ideia de uma Constitui o em sentido material se associa ao intento de autores germ n
590. teriza se pelo conflito de norma de direito interno com norma de direito internacional p blico Quanto extens o da contradi o a antino mia poder ser caracterizada como total total total parcial e parcial parcial A antinomia total total consiste na contraposi o absoluta entre duas leis sendo que nenhuma delas poder ser empregada sem que entrem em conflito A total parcial mostra se quando uma das regras n o pode ser utilizada em hip tese alguma sem confrontar com a outra enquanto ela apresenta rea conflitante com a anterior somente em parcela O mbito de validade das normas coincidente por m um mais restrito que o da outra Na antinomia parcial parcial a seu turno algumas partes das normas entram em conflito e outras n o Como mencionado as antinomias reais n o podem ser solucionadas pela aplica o dos m todos de solu o explicitados Por outro lado relativamente s antinomias aparentes a solu o da controv rsia pode ser realizada por meio da aplica o dos seguintes crit rios a 154 Revista de Informa o Legislativa cronol gico determina a preval ncia da norma posterior em caso de conflito com norma an terior b hier rquico na exist ncia de normas incompat veis prevalece a hierarquicamente superior c especialidade no caso de incompa tibilidade entre normas gerais e especiais ser aplicada a norma especial Tais crit rios devem ser aplicados observan do a segui
591. ti a Eletr nico Bras lia 17 out 2008a Dispon vel em lt http www stfjus br portal jurisprudencia listarJurisprudencia asp sI MS 26602 20 NUME amp base baseAcordaos gt Acesso em 10 ago 2012 Supremo Tribunal Federal Mandado de Seguran a n 26 603 DF de 4 de outubro de 2007 Relator Ministro Celso de Mello Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 19 dez 2008b Dispon vel em lt http www stf jus br portal jurisprudencia listarJurisprudencia asp sI MS 26603 20 NUME amp base baseAcordaos gt Acesso em 10 ago 2012 Supremo Tribunal Federal Mandado de Seguran a n 26 604 DF de 4 de outubro de 2007 Relatora Ministra Carm n L cia Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 3 out 2008c Dispon vel em lt http www stfjus br portal jurisprudencia listarJurisprudencia asp sI MS 26604 20 NUME amp base baseAcordaos gt Acesso em 10 ago 2012 126 Revista de Informa o Legislativa CANIVET Guy Activisme judiciaire et prudence interpretative introduction g n rale Archives de Philosophie du Droit Paris v 50 p 7 32 2006 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito constitucional e teoria da constitui o Coim bra Almedina 2003 CAPPELLETTI Mauro Ju zes legisladores Porto Alegre S A Fabris 1993 CARVALHO Ernani Rodrigues de Em busca da judicializa o da pol tica no Brasil apontamentos para uma nova abordagem Revista de Sociologia e Pol tica Curitiba n 23 p 12
592. ticas formar uma opini o independente ou consciente tornando os partidos o que eles devem realmente ser centros de ideologia pol tica impregnados de civismo institui es de objetivos p blicos atentas constantemente s necessidades coletivas e que busquem a concretiza o de aspira es gerais N o sei de trabalho mais necess rio e mais premente que este do aperfei oamento pol tico do povo brasileiro certo que a democracia o governo da opini o e que a exist ncia de uma opini o p blica orga nizada o principal no regime E tamb m para que se n o aceite o que escreveu Oliveira Viana ser um dado objetivo de experi ncia que os partidos pol ticos do Brasil n o s o organiza es de interesse p blico e sim puras organiza es de interesse privado ou que n o passam de simples clans mais ou menos organizados ou mais ou menos vastos que disputam a conquista do poder para o fim exclusivo de explorar em proveito dos seus membros burocraticamente o pa s Mas que possa servir a observa o profundamente pessimista do saudoso soci logo patr cio para fazer despertar com maior vigor em nossas elites partid rias o prop sito de renova o e aprimoramento da vida p blica brasileira Mesmo porque da ess ncia dos partidos n o apenas traduzir ou refletir o n vel pol tico da sociedade sen o ainda criar uma mentalidade nova renovar os costumes aperfei oar a conduta do povo em um trabalho const
593. tidade de ocorr ncias e as indica es das emendas que a utilizaram Tomando como arqu tipo a primeira express o textual da F rmula F1 o quadro apresenta as demais express es textuais indicando em su blinhado e negrito o que a diferencia do arqu tipo Identificamos ainda o uso indevido da v rgula nas F rmulas F2 e F6 a omiss o da refer ncia ao 3 do art 60 que trata especificamente da promulga o da emen da Constitui o nas F rmulas F4 e F5 e o incorreto uso do pronome esta na F rmula F3 Ensina o Prof Jos Afonso da Silva 2006 p 249 que se publica o ato promulgat rio e por via deste a lei Na F rmula F3 apesar de o uso do pronome esta n o estar incorreto do ponto de vista gramatical a express o a seguinte prefer vel pois enfatiza a separa o entre o ato promulgat rio e o texto normativo 4 Discuss o sobre alguns t picos de Leg stica Formal A presente se o discute dois t picos j citados nas se es anteriores mas que dada a sua import ncia necessitam de aten o especial e de uma an lise mais detalhada 4 1 Altera o indireta A norma jur dica pode ser percebida em diversas perspectivas o seu conte do normativo como objeto sem ntico a sua express o textual como objeto lingu stico e a sua manifesta o como objeto f sico repre sentado pelos aut grafos e documentos de publica o oficial Nessa vis o estratificada da norma
594. tima o N o h nenhum artigo do C digo Penal que fa a men o a penaliza es pessoa jur dica portanto em nosso ordenamento foram con sagradas san es de car ter penal somente s pessoas naturais Desta forma pesam contra a responsabiliza o penal dos entes coletivos os seguintes argumentos o ente coletivo n o tem vontade pr pria somente medidas administra tivas s o aplic veis as penas impostas pessoa jur dica poderiam atingir s cios inocentes somente o homem tem animus para praticar um ato delituoso e finalmente o objetivo maior das san es penais o da recupera o do agente o que n o aconteceria no caso dos entes personificados 9 Considera es finais As san es civis e administrativas demons traram se ineficazes no combate das les es sofridas pelo meio ambiente no decorrer dos tempos pois mesmo com a aplica o de san es indenizat rias sempre limitadas ao valor da repara o do dano causado o ente coletivo ainda obtinha vantagens econ micas com a pr tica de seus crimes Algo not rio que as empresas por meio de grupamentos de pessoas agiam no ocultismo e na impunidade valendo se dessa fachada para cometer des caradamente delitos na esfera ambiental no intuito de obter cada vez mais lucro A utiliza o de todos os meios jur dicos na esfera civil e administrativa n o foi suficiente para tutelar o bem em quest o Com base nisso se procurou justificar
595. titui o Federal veda a distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual entre os profissionais respectivos art 7 XXXII CF 4 Uma an lise quanto finalidade das s mulas em espec fico a 331 do Tribunal Superior do Trabalho As s mulas caracterizam se por sint ticos textos que t m como fun o primordial uniformizar a jurisprud ncia de determinado tribunal quando h manifesta diverg ncia sobre o assunto e reiteradas decis es no Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 183 mesmo sentido buscando facilitar n o apenas a fun o judicante mas tamb m a interpreta o Edita se a s mula para que o entendimento sobre a mat ria reste pacificado evitando se que as situa es possuam solu es diversas As s mulas foram concebidas como meio de facilita o do processo decis rio simpli ficando a fundamenta o dos julgados que versavam sobre quest o pacificada Al m disso cumpriam a fun o de orientar as inst ncias inferiores acerca do entendimen to prevalente nos tribunais Esses objetivos associados s s mulas que continuam per tinentes e t m sido inclusive ampliados pela iniciativa do legislador como se viu visam a contribuir para a realiza o de finalidades mais gerais a saber i a preserva o da racionalidade da coer ncia e da isonomia no contexto da presta o jurisdicional e ii a promo o da celeridade dessa mesma presta o estatal BARROSO BARCELLOS 20
596. tiva do pr comprometimento que se deu no momento da funda o da nova ordem constitucional 5 a consolida o do estado de direito 6 a necessidade de um rg o imparcial diverso do legislador que afinal n o pode ser juiz de si pr prio 7 a atua o da corte como um veto inerente din mica da separa o de poderes 8 a atua o da corte como t cnica dotada de uma racionalidade incremental que relaciona o caso com a jurisprud ncia da corte 9 a corte como menos fal vel em quest es de princ pio e mais pr xima da resposta certa 10 a corte como promotora da representa o deliberativa e argumentativa 11 a corte como institui o educativa e promotora do debate p blico 12 a corte como integrante de um sistema democr tico n o estando margem dele 13 a corte como ente legitimado na medida em que composta por membros indicados por autoridades eleitas MENDES 2011 p 64 82 claro que v rias dessas premissas s o muito question veis e a doutrina como j abordado WALDRON 2006 vasta nessa dire o mas importante destacar que embora pass veis das mais diretas cr ticas elas s o quase naturalmente aceitas como uma condi o inevit vel das democracias contempor neas como se ali s n o houvesse outros modelos poss veis de arranjo entre os Poderes WALDRON 2006 TUSHNET 2003 M LLERS 2011 O problema central como j menci
597. to a n o ser que o dano ambiental seja t o grave a ponto de causar relevante re percuss o social caso em que o Direito Penal dever intermediar para solucion lo este n o dever ser utilizado visto que as esferas civis e administrativas t m o cond o de efetivamente faz lo O princ pio da insignific ncia ou da bagatela n o est expressamente demonstrado na legis la o brasileira A doutrina e a jurisprud ncia t m possibilitado a delimita o das condutas tidas como insignificantes sob orienta o de um direito penal m nimo Para Bitencourt 2006 p 346 a insignifi c ncia de determinada conduta deve ser aferida n o apenas em rela o import ncia do bem jur dico atingido mas especialmente em rela o ao grau de sua intensidade isto pela extens o da les o produzida Ou seja diante desse princ pio deve o ma gistrado realizar um ju zo de valores entre o dano causado pelo agente e a pena a ser imposta Entretanto com rela o aos crimes ambientais tal princ pio deve ser aplicado com cautela Por exemplo no caso do abate de um animal para que seja feito um ju zo de valores preciso deve se levar em conta se isso acarretar dano cadeia alimentar dos esp cimes daquela regi o e se influenciar o ecossistema al m de verificar se o animal estava incluso ou n o no quadro de animais em extin o Em caso parelho confira se o seguinte precedente jurisprudencial extra do da
598. to que pode ser trans posto para o Direito Se uma nova norma buscar a efici ncia de Pareto ser exigida uma aloca o para os recursos de tal forma que nenhuma re ordena o diferente possa melhorar a situa o de algu m sem piorar a situa o de qualquer outra pessoa Note que por esse crit rio seria muito dif cil haver qualquer mudan a aprovada a menos que os ganhadores explicitamente com pensassem os perdedores Se n o houvesse essa compensa o expl cita os perdedores poderiam vetar a altera o Para superar essa dificuldade quando se discutem pol ticas p blicas adota se outro crit rio de efici ncia o de Kaldor Hicks em que se reconhece a exist ncia de ganhadores e perdedores nas modifica es sendo apenas exigido que o ganho total seja maior que a perda total para que a altera o seja considerada efi ciente Em ess ncia essa a t cnica da an lise de custo benef cio ou seja vale empreender uma mudan a se os benef cios excederem os custos Em suma uma lei dita eficiente se os benef cios oriundos da norma compensam os custos impostos por ela al m de esses custos serem os menores poss veis Esse o conceito que ser utilizado a seguir focando no fato de que a norma jur dica e as decis es judiciais ao buscarem efici ncia devem procurar propiciar uma estrutura de incentivos adequada de forma a n o acarretar desperd cio de recursos Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 9 3
599. to de que esses estocadores podem igualmente ser compradores estando s vezes ligados s traders globais de gr os Enfim uma decis o do governo federal foi tamb m no sentido dos interesses da Monsanto favorecendo a utiliza o do herbicida RoundUp base da mat ria ativa glifosato enquanto os produtos gen ricos de glifosato eram importa dos da China por um pre o menor A decis o tomada em 2003 ap s a demanda feita pela Monsanto consistiu em dificultar as impor ta es chinesas de glifosato por meio de uma taxa de antidumping de 35 8 Essa decis o permitiu Monsanto incentivar os agriculto res a utilizarem seu herbicida Os agricultores 7 Por repercuss o os royalties pagos pelos obtentores e pelos multiplicadores se encontram integrados no pre o das sementes pagas pelos agricultores utilizadores de sementes N s estimamos esses royalties impl citos a 11 do n vel dos royalties anunciados pela Monsanto Os agricultores pagam na realidade 111 dos royalties anunciados No Brasil a Monsanto tem uma usina de fabrica o desse herbicida Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 47 tiveram de pagar pelo herbicida um valor muito mais caro que na Argen tina que o concorrente regional exporta o da soja Eles terminaram protestando o que gerou a redu o gradual da taxa de antidumping a partir de 2008 11 7 em fevereiro de 2008 2 1 em fevereiro de 2009 Domina o causa do n vel elev
600. torna o processo decis rio da mulher de levar adiante ou n o uma gravidez n o planejada ou indesejada No Brasil de acordo com um estudo espec fico sobre os ca sos de gravidez resultantes de viol ncia sexual constatou se que as mulheres ao tomarem conhecimento do diagn stico de gesta o manifestam sentimentos de medo desprote o sensa o de falta de alternativas humilha o e desmoraliza o Como primeira rea o as mulheres costumam apresentar crise de choro depress o isolamento e abandono das ativida des di rias BRASIL 2008 p 40 41 Assim a exata discrimina o das causas que levam a mulher decis o pelo aborto n o est em tese ao alcance dos profissionais que lidam com a assist ncia nos servi os m dicos de planejamento reprodutivo As motiva es para a pr tica do aborto volunt rio relacionam se a argumentos particulares e individuais calcados em quest es sociais econ micas e emocionais Em alguns casos a decis o to mada em situa o de viol ncia dom stica ou sexual NOMURA et al 2011 p 650 De qualquer sorte o respeito autonomia individual parece representar um par metro seguro do ponto de vista m dico psicol gico para a prote o da sa de mental da mulher A amplia o das hip teses do aborto legal capaci taria a mulher a controlar sua vida reprodutiva escolher o momento de gerar filhos o per odo entre eles e sua quantidade Isso levar
601. torno dos reflexos da pr tica abortiva volunt ria na sa de mental da mulher O aprofundamento da tem tica de g nero desencadeou intensa investiga o na esfera da sa de mental Estudo emp rico realizado pela Organiza o Pan Americana da Sa de mostrou que as mulheres em raz o dos diversos pap is que exercem nas rela es familiares e sociais s o mais predispostas ao desenvolvimento de transtornos ps quicos e de natureza comportamental De acordo com o mesmo estudo a sobre carga de tarefas a consequente dificuldade de inser o no mercado de trabalho a viol ncia dom stica e at mesmo a repress o sexual s o hoje consideradas causas de maior incid ncia de depress o e ansiedade nas mulheres em compara o aos homens ORGANIZA O MUNDIAL DA SA DE 2001 p 86 88 Sobre o maior grau de seguran a oferecido pelo m todo da Aspira o Manual Intrauterina ver tamb m Magnitude do aborto no Brasil BRASIL 2008 p 20 21 Nessa pesquisa abordam se os efeitos da viol ncia sexual na sa de reprodutiva das mulheres como um todo um problema de sa de p blica de alto grau de complexidade n o s por seus reflexos nas estat sticas de morbimortalidade materna mas tamb m pelas sequelas de doen as sexualmente transmiss veis Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 139 Os aspectos afetivo emocionais s o outro complicador na estrutura ps quica das mulheres o que torna complexa a tentativa de avaliar todas as
602. tos de lei e inova es de liminar concedida no STF Revista do Tribunal Superior do Trabalho Porto Alegre v 74 n 4 p 136 147 out dez 2008 LIMA Br cio Soares de Souza A terceiriza o trabalhista dos operadores de telemarketing nas empresas de telefonia m vel e a discuss o acerca de atividade fim e atividade meio em face da s mula 331 do Tribunal Superior do Trabalho In KOURY Luiz Ronan Neves Coord Temas vinculados ao direito do trabalho e ao processo do trabalho Belo Horizonte RTM 2011 OLIVEIRA Maria Fernanda Pereira de Do processo de terceiriza o nas empresas de telecomunica es da possibilidade da terceiriza o da atividade fim inaplicabilidade da S mula 331 II do TST intelig ncia da Lei Geral de Telecomunica es Jus Navigandi Teresina ano 13 n 1702 28 fev 2008 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 191 PASTORE Jos Terceiriza o uma realidade desamparada pela lei Revista do Tribunal Superior do Trabalho Porto Alegre RS v 74 n 4 p 117 135 out dez 2008 PEREIRA Jo o Batista Brito A terceiriza o a lei e a s mula n 331 do TST In MARTINS FILHO Ives Gandra et al A efetividade do direito e do processo do trabalho Rio de Janeiro Elsevier 2010 SILVA Ciro Pereira da A terceiriza o respons vel S o Paulo LTr 1997 SUSSEKIND Arnaldo Direito constitucional do trabalho 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 192 Revista de Informa o Legislativa D
603. trariado tal fato Outra controv rsia corriqueira nas Cortes Federais a acumula o de cargos por agentes de sa de Com fulcro no artigo 37 inciso XVI al nea c da Constitui o Federal permite se excepcionalmente o ac mulo de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sa de no mbito do servi o p blico Atento ao princ pio da efici ncia o Estado juiz res tringe essa permiss o constitucional quando verificado concretamente tivo de anu ncia pr via formulado perante a autoridade coatora no menor prazo poss vel em observ ncia ao princ pio constitucional da razo vel dura o do processo 5 Apela o e remessa oficial desprovidas TRF 1 Regi o Apela o n 157 90 2000 4 01 3400 Rel Juiz Federal Wilson Alves de Souza 5 Turma Suplementar e DJF1 3 5 2013 TRF 1 Regi o AMS 2007 38 12 000664 8 MG Rel Des Fed Selene Maria de Almeida Quinta Turma e DJF1 21 11 2008 Outros precedentes AGRAVO REGIMENTAL MAN DADO DE SEGURAN A ADMINISTRATIVO CONCURSO P BLICO CARGO DE N VEL M DIO T CNICO DE TECNOLOGIA DE INFORMA O APRESENTA O DE DIPLOMA DE N VEL SUPERIOR POSSIBILIDADE DIREITO A NOMEA O 1 regular a apresenta o de diploma de n vel superior por candidato que aprovado para o cargo de n vel m dio quando o cargo tem correla o com o curso superior No caso o cargo de t cnico em tecnologia da informa o poss vel correla o com o curso de n vel
604. tras provid ncias X Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 233 Emenda EMC 43 2004 Ementa Altera o art 42 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias pror rogando por 10 dez anos a aplica o por parte da Uni o de percen tuais m nimos do total dos recursos destinados irriga o nas Regi es Centro Oeste e Nordeste A o Tema EMC 44 2004 Altera o Sistema Tribut rio Nacional e d outras provid ncias EMC 45 2004 Altera dispositivos dos arts 3 36 52 92 93 95 98 99 102 103 104 105 107 109 111 112 114 115 125 126 127 128 129 134 e 168 da Constitui o Federal e acrescenta os arts 103 A 103 B 111 A e 130 A e d outras provid ncias EMC 46 2005 Altera o inciso IV do art 20 da Constitui o Federal EMC 47 2005 Altera os arts 37 40 195 e 201 da Constitui o Federal para dispor sobre a previd ncia social e d outras provid ncias EMC 48 2005 Acrescenta o 3 ao art 215 da Constitui o Federal instituindo o Plano EMC 49 2006 Nacional de Cultura Altera a reda o da al nea b e acrescenta al nea c ao inciso XXIII do caput do art 21 e altera a reda o do inciso V do caput do art 177 da Constitui o Federal para excluir do monop lio da Uni o a produ o a comercializa o e a utiliza o de radiois topos de meia vida curta para usos m dicos agr colas e industriais EMC 50 2006 M
605. tratados internacionais de direitos humanos n o podem ser declarados inconstitucionais pelo STF e servem de par metro para a aferi o da constitucionalidade de lei ou ato normativo 5 Conclus o Apesar de bem intencionada a tese de que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados anteriormente EC 45 04 seriam apenas materialmente constitucionais enfraquece a prote o dos direitos fun damentais e humanos no Brasil uma vez que cria distin es de regimes constitucionais para direitos fundamentais As referidas distin es n o se sustentam 1 os te ricos da Constitui o brasileira n o s o partid rios da tradi o da Constitui o material desenvolvida pelos germ nicos do come o do s culo XX tornando se insubsistente a divis o entre norma constitucional material e formal para lhes atribuir regramentos jur dicos distintos e 2 os direitos fundamentais n o se identificam com cl usulas contratuais que exaurem seu efeito no aspecto da positividade tais direitos pelo contr rio exigem interpre ta o que os torne importantes garantias para a defesa da igualdade 2 O assunto est na pauta do STF ADI 1625 Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 293 As conclus es do artigo para o leitor atento pressup em um pro blema qual a fun o ent o do 3 do art 5 Bem esse um assunto para uma pr xima conversa Refer ncias ACCIOLI Wilson Institui es de direito constitucional
606. tre as altera es importantes advindas da Carta de 1988 as seguintes i institui o da a o de inconstitucio nalidade por omiss o ii amplia o dos legitimados para a propositura da a o direta de inconstitucionalidade iii institui o do mandado de injun o iv alargamento do objeto da a o popular v amplia o das fun es institucionais do Minist rio P blico e vi institui o da a o de impugna o de mandato eletivo Tem o mesmo entendimento o estudo de Castro 1997 p 147 no qual analisa o impacto pol tico do comportamento do Supremo Tribunal Federal Segundo o autor trata se de uma nova disposi o de tribunais judiciais no sentido de expandir o escopo das quest es sobre as quais eles devem formar ju zos jurisprudenciais Para Castro 1997 o ativismo judicial promove uma intera o entre os poderes o que n o necessariamente prejudicial democracia esta na verdade constitui requisito da expans o do Judici rio Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 109 Pogrebinschi 2000 considera que o ativismo judicial ocorre quando o juiz a usa seu poder de forma a rever e contestar decis es dos demais poderes do Estado b promove por meio de suas decis es pol ticas p blicas c n o considera os princ pios de coer ncia do direito e da seguran a jur dica como limites sua atividade Afirma a autora que o ativismo judicial implica a tomada de posi o pol tica o juiz ativist
607. tro Edson Vidigal Di rio de Justi a da Uni o Bras lia 10 abr 2006 Dispon vel em lt http www lexml gov br urn urn lex br superior tribunal justica corte especial acordao ss 2006 03 20 1504 680082 gt Acesso em 20 set 2010 Superior Tribunal de Justi a Primeira Turma Medida Cautelar n 3074 DF de 21 de novembro de 2000 Relator Ministro Milton Luiz Pereira Di rio de Justi a da Uni o Bras lia 4 jun 2001 Dispon vel em lt http www lexml gov br urn urn lex br superior tribunal justica turma 1l acordao mc 2000 11 21 3074 389959 gt Acesso em 20 set 2010 Superior Tribunal de Justi a Quarta Turma Recurso Especial n 74 472 DF de 13 de maio de 1996 Relator Ministro Asfor Rocha Di rio Oficial da Uni o Bras lia 24 jun 1996 Dispon vel em lt http www lexml gov br urn urn lex br superior tribunal justica tu rma 4 acordaos resp 1996 05 13 74472 122766 gt Acesso em 20 set 2010 Superior Tribunal de Justi a S mula n 217 de 3 de fevereiro de 1999 Cancelada AgRg na SS n 1 204 AM 23 10 2003 N o cabe agravo de decis o que indefere o pedido de suspens o da execu o da liminar ou da senten a em mandado de seguran a Di rio de Justi a da Uni o Bras lia 25 fev 1999 Dispon vel em lt http www dji com br nor mas inferiores regimento interno e sumula stj st 0217 htm gt Acesso em 20 set 2010 Supremo Tribunal Federal S mula n 506 de 3 de dezembro de 1969 O
608. tro em cada uma das administra es tribut rias Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 301 Um Estado considerado unit rio quanto forma caso n o sejam previstas compet ncias legislativas e n o hajam atribui es distribu das entre unidades sub nacionais caracter sticas do Estado federal O Brasil uma federa o e adota uma distribui o de compet ncias entre a Uni o os estados o Distrito Federal e os munic pios A forma de reparti o das compet ncias na tributa o do consumo e a precariedade de uma pol tica de desenvolvimento regional t m gerado problemas de guerra fiscal entre as unidades federativas al m de sobreposi es de compet ncia tribut ria no consumo A administra o tribut ria unificada proporciona benef cios quanto ao planejamento gest o e controle tribut rios GICO JUNIOR VALAD O ALMEIDA 2012 p 39 O aumento populacional e a crise do Estado causam problemas de co ordena o e coopera o entre os entes federativos quanto ao atendimento das demandas da popula o Os programas de simplifica o tribut ria est o associados cria o de mecanismos de desburocratiza o das re la es entre o Estado e o cidad o No mbito do registro de empresas o n mero do movimento total de empresas nas juntas comerciais no Brasil englobando os atos de constitui o altera o e extin o praticamente dobrou em um per odo de dez anos conforme informa es constantes do quadro
609. tuais descumprimentos desse dever realizados por meio de investiga o e ou divulga o de informa es sobre a vida alheia FERNANDES 1984 p 17 et seq Desse modo pode se observar que o direito intimidade se apresenta como uma forma de impedir que o avan o tecnol gico juntamente com o j conhecido crescimento populacional com uma consequente ocupa o territorial possa violar o direito de cada um de estar con sigo pr prio sem interfer ncia alheia 5 Direito europeu e a privacidade Ponto de partida para este trabalho s o as a es movidas contra a rede social Facebook em virtude de eventuais viola es ao direito pri vacidade Tais a es t m como objeto o direito europeu e suas prote es Assim tem se como principal fonte para essas prote es a Diretiva 95 46 CE de prote o dos dados pessoais Esse texto referencial em tal mat ria procura esta belecer um equil brio entre a prote o da vida privada e a livre circula o de dados pessoais na Uni o Europeia O direito privacidade altamente desen volvido no direito europeu Todos os Estados membros da Uni o Europeia s o tamb m signat rios da Conven o Europeia dos Direitos do Homem CEDH de 4 de novembro de 1950 Vale lembrar ainda que de grande import ncia a quest o sobre a esfera privada de pessoas p blicas Ou seja at que ponto o fato de a pessoa ser conhecida pol ticos artistas celebridades pode infl
610. u to do Desarmamento Nesse caso ganharam destaque os precedentes da jurisprud ncia do Tribunal Constitucional Federal alem o Da mesma maneira cabe considerar o julgamento da A o Direta de Inconstitucionalidade 3 510 DF em 29 de maio de 2008 no qual se decidiu favoravelmente utiliza o de c lulas tronco embrion rias para fins de pesquisa e terapia rejeitando se o pedido de declara o de incons Nos extratos do julgamento isso fica evidente quando se considera no campo observa o a enormidade da cita o da jurisprud ncia de Estados estrangeiros HC 82 424 RS 17 11 2003 DJ 19 3 2004 14 BVerfGE 88 203 1993 BVerfGE 50 290 BVerfGE 77 170 BVerfGE 39 210 BVerfGE 90 145 1994 caso Can nabis BVerfGE 7 377 1958 STE ADI 3 112 2 5 2007 DJ 26 10 2007 titucionalidade do art 5 da Lei n 11 105 de 24 de mar o de 2005 Lei da Biosseguran a Nesse caso em v rios votos discutiu se o direito de outros pa ses In meros outros casos pode riam ser citados em que as decis es judiciais estrangeiras invocadas embora n o fa am por si s parte da ratio decidendi contribuem para a forma o dos argumentos que a constituem Nessa nova orienta o n o se trata apenas de mera ret rica bacharelesca mas tamb m de significativos debates no mbito de uma conversa o transconstitucional bom por m que se tenha cuidado para que a invoca o frequent
611. u da pretens o execut ria durante certo tempo Em outras palavras nada mais que a 258 Revista de Informa o Legislativa impossibilidade de o Estado punir algu m devido ao decurso de certo lapso temporal o que est previsto nos arts 109 e 114 do Estatuto Penal Em quest o ambiental importante ressaltar que o lapso contado a partir da data da autua o da autoridade competente Prescri o Instala o de estabelecimento sem obten o de licen a am biental Lapso prescricional que se inicia a partir da data da autua o da autoridade administrativa ambiental TRT da 5 Reg RT 823 730 Rel Des Federal convocado lio Siqueira FREITAS 2006 p 45 J o perd o judicial segundo Jesus 1997 p 677 o instituto pelo qual o juiz n o obstante comprovada a pr tica da infra o penal pelo sujeito culpado deixa de aplicar a pena em face de justificadas circuns t ncias Encontramos isso expressamente na Lei n 9 605 98 art 29 S2 2 6 Princ pio da interven o m nima e princ pio da insignific ncia O princ pio da interven o m nima preceitua que a pena deve ser utilizada como ltima inst ncia de san o Antes deve se procurar so lucionar o problema nas esferas civis e administrativas A raz o maior deste princ pio est associada dignidade da pessoa visto que not ria a repercuss o negativa que recai sobre o indiv duo que sofre a pena pois ela atinge diretame
612. ual de 96 mil d lares Em 1968 a Lei dos Ex Presidentes foi emendada para permitir que verbas fossem colocadas disposi o dos ex presidentes para cobrir despesas relativas a suas viagens oficiais quando acompanhados de mais dois membros de sua equipe de assessores Segundo Ginsberg 2013 p 12 a lei determina que seja despen dido no m ximo um milh o de d lares com essas viagens oficiais No que concerne seguran a dos ex pre sidentes o benef cio garantido por meio de outro diploma legal Trata se de uma lei de 1962 que garante prote o dispensada pelo Servi o Secreto dos Estados Unidos aos ex presidentes seus c njuges e seus filhos Segundo Ginsberg 2013 p 12 a seguran a dos c njuges ga rantida at que dois eventos ocorram div rcio ou morte do ex presidente seguida de novo casamento Para os filhos a seguran a vai at a idade de 16 anos Ginsberg 2013 relata que em 1995 a legisla o que garantia a seguran a realizada pelo Servi o Secreto para ex presidentes e suas fam lias foi alterada limitando esse tipo de benef cio a 10 anos Em janeiro de 2012 entretanto o presidente Obama sancionou a Lei de Prote o dos Ex Presidentes de 2012 que reinstituiu o direito seguran a ilimitada para todos os ex presidentes e sua fam lias GINSBERG 2013 p 12 N o h lei especifica que garanta o direito assist ncia m dica para os ex presidentes Ano 51 N mero 201 jan mar
613. uas id ias a esse respeito Aras 2006 p 163 164 afirma que a fidelidade partid ria pode ser definida como a lealdade a um partido observ ncia do programa partid rio e das de cis es tomadas em suas inst ncias deliberativas conven o diret rios executivas etc pelos filiados em geral e sobretudo por seus membros com assento no Parlamento ou na Chefia do Executivo Ramayana 2008 p 432 aduz que a compreens o do instituto da fidelidade partid ria est correlacionada com os deveres impostos pelo estatuto do partido pol tico ao seu filiado eleito ou n o eleito A lei faz men o fidelidade e disciplina o que enseja uma evidente interliga o entre as express es que no fundo resvalam no acatamento das diretrizes e dos objetivos partid rios Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 113 Tendo em vista os conceitos acima transcritos pode se dizer que s o os seguintes os elementos caracterizadores da fidelidade partid ria i lealdade ao partido pol tico e cumprimento dos deveres pelos filiados em geral e sobretudo por seus membros eleitos com assento em casas legislativas ii observ ncia do programa e dos objetivos partid rios iii acatamento das decis es tomadas em suas inst ncias deliberativas tais como conven o diret rios executivas etc No direito comparado a fidelidade partid ria tamb m se faz presente de modo diverso Nos Estados Unidos onde h dois partidos majorit rio
614. ucional ficou vinculada a regula es interna cionais passando a depender da interpreta o de um tribunal tamb m internacional 3 Um problema transconstitucional entre o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional e o regime constitucional brasileiro Mas h experi ncias que apontam para a prov vel tens o das ordens constitucionais dos Estados latino americanos com outras cortes internacionais relevante a situa o em que a norma internacional de prote o dos direitos humanos a ser invocada pode apresentar se como uma restri o a direitos fundamentais da Constitui o estatal Esse o caso da colis o entre a Constitui o brasileira e o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional que foi adotado em 17 de julho de 1998 e entrou em vigor na ordem internacional em 1 de julho de 2002 tendo sido ratificado pelo Brasil mediante o Decreto Legislativo n 112 de 2002 Enquanto o artigo 77 n 1 aliena b do Estatuto de Roma do Tribunal Penal prev a pris o perp tua se o elevado grau da ilicitude do fato e as condi es pessoais do condenado a justificarem essa pena proibida conforme o artigo 5 inciso XLVII al nea b da Constitui o Federal Em bora o artigo 5 4 da Constitui o Federal introduzido pela Emenda Constitucional n 45 de 2004 tenha estabelecido que o Brasil se submete jurisdi o de Tribunal Penal Interna cional a cuja cria o tenha manifestado ad
615. ucional dos pa ses europeus e a respectiva jurisprud ncia passaram a ser invocados crescentemente cabendo destacar a influ ncia recente do constitucionalismo alem o verdade que historicamente as refer ncias aos textos doutrinas e jurisprud ncia constitucional estrangei ra em grande parte t m sido express o de uma ret rica dos magistrados destinada prova de erudi o sem qualquer v nculo de relev ncia argu mentativa com o caso sub judice N o obstante observa se particularmente na jurisprud ncia recente a tend ncia inclus o de refer ncia a textos constitucionais e precedentes jurisdicionais de Estados estrangeiros como parte n o s do obter dictum mas tamb m da ratio decidendi Na experi ncia brasileira mais recente o transconstitucionalismo com outras ordens jur dicas estatais tem se desenvolvido sensivelmente no mbito do Supremo Tribunal Federal Em decis es de grande relev ncia em mat ria de direitos fundamentais a invoca o da jurisprud ncia constitucional estrangeira n o se apresenta apenas nos votos singulares dos ministros mas se expressa nas Ementas dos Ac rd os como parte da ratio decidendi No julgamento hist rico do Habeas Corpus 82 424 RS em 17 de novembro de 2003 o pleno do STF por caracterizar como crime de racismo a publica o de livro com conte do antissem tico nega o da exist ncia do holocausto e portanto sustentar a sua imprescritibilidade indeferiu por ma
616. ucional n 54 de 20 de setembro de 2007 D nova reda o al nea o do inciso I do art 12 da Constitui o Federal e acrescenta art 95 ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias assegurando o registro nos consulados de brasileiros nascidos no estrangeiro Di rio Oficial da Uni o Bras lia 21 set 2007a Emenda Constitucional n 55 de 20 de setembro de 2007 Altera o art 159 da Constitui o Federal aumentando a entrega de recursos pela Uni o ao Fundo de Partici pa o dos Munic pios Di rio Oficial da Uni o Bras lia 21 set 2007 Emenda Constitucional n 56 de 20 de dezembro de 2007 Prorroga o prazo pre visto no caput do art 76 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 21 dez 2007b Emenda Constitucional n 57 de 18 de dezembro de 2008 Acrescenta artigo ao Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para convalidar os atos de cria o fus o incor pora o e desmembramento de Munic pios Di rio Oficial da Uni o Bras lia 18 dez 2008 Emenda Constitucional n 58 de 23 de setembro de 2009 Altera a reda o do inciso IV do caput do art 29 e do art 29 A da Constitui o Federal tratando das disposi es relati vas recomposi o das C maras Municipais Di rio Oficial da Uni o Bras lia 24 set 2009a Emenda Constitucional n 59 de 11 de novembro de 2009 Acrescenta 3 ao art
617. ue fosse declarada a vac ncia por ren ncia pre sumida de mandatos exercidos por deputados federais eleitos sob determinadas legendas e que migraram para outras Diante do indeferimento de tais pedidos o Partido da Social Democracia Brasileira PSDB o Partido Popular Socialista PPS e o antigo Partido da Frente Liberal PFL hoje Partido Democratas DEM impetraram junto ao Supremo Tribunal Federal os Manda dos de Seguran a n 26 602 26 603 e 26 604 tendo o Excelso Pret rio se pronunciado em 4 de outubro de 2007 no sentido de que o man dato de deputados federais estaduais e distritais e de vereadores pertencem aos partidos ou s coliga es que os elegeram Assim o Supremo Tribunal Federal con firmou o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral de que o mandato eletivo pertence ao partido ou coliga o mas a declara o de va c ncia depende de se assegurar ao parlamentar o direito ampla defesa conforme previsto no art 5 LIV da Constitui o Em 16 de outubro de 2007 o Tribunal Superior Eleitoral ampliou o objeto da Con sulta n 1 398 respondendo afirmativamente Consulta n 1 407 formulada pelo deputado Nilson Mour o PT AC no sentido de que a perda do mandato por infidelidade parti d ria aplicar se ia tamb m aos eleitos pelo sistema majorit rio senadores presidente da Rep blica governadores de estado e prefeitos municipais Diante disso o Tribunal Superior Eleito ral na s
618. ue de ram ensejo constru o do judicial review como se visualiza na cl ssica embora pol mica decis o de 1803 de sua Suprema Corte em Marbury vs Madison a qual acabou ganhando contornos Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 81 doutrin rios bem mais ampliativos do que os pr prios termos do Justice John Marshall relator do caso Mas podem ir al m tentando encontrar nos pr prios discursos dos federalistas e na estrutura da no o de checks and balances a base desse argumento apresentando a corte constitucional como um elemento importante no equil brio institucional sobretudo no mbito de defesa de minorias muito embora a no o de judicial review aqui se apresente bastante diversa de uma no o de supremacia Se n o para o resgate dos prim rdios do constitucionalismo moderno os argumentos tendem a ir para o espectro mais de uma certa obviedade natural do desenvolvimento saud vel das democracias constitucionais Conrado Hiibner Mendes 2008 em tese primorosa consegue diag nosticar bem v rios desses argumentos tais como 1 a necessidade de assegurar o processo de forma o da vontade democr tica especialmente quando h um bloqueio ou dificuldade na participa o pol tica de mi norias exclu das 2 a prote o dos direitos fundamentais e do conte do de justi a em uma democracia aqui resgatando algumas no es centrais como trabalhadas por parcela do liberalismo igualit rio como a no o de igual
619. ue se d nessa vis vel competi o entre os Poderes Para tanto faz se necess rio desmistificar certas verdades usualmente consagradas pela literatura jur dica e pelos discursos mani festados pela doutrina e pelos pr prios atores pol ticos O discurso afinal diz muito desse caminhar em prol de um espa o de atua o cada vez mais amplo e preciso em sintonia com o alerta aqui lan ado constatar at que ponto n o se est na verdade desestruturando o exerc cio da cidadania e por consequ ncia da democra cia O questionamento caminha para visualizar do conflito uma poss vel compreens o do que queremos ser na qualidade de democracia constitucional malgrado hipoteticamente mais consolidada por uma experi ncia e um apren dizado de idas e vindas e do mesmo modo de riscos sempre presentes de arbitrariedades antidemocr ticas praticadas por cada um dos Poderes O prop sito entender os limites de uma realidade que se quer dizer democr tica e para tanto o primeiro passo ter ci ncia de sua pr pria fragilidade Uma fragilidade ali s que se inicia no discurso e perpassa nossa hist ria 3 O conflito o discurso e a ltima palavra Gostaria de come ar este t pico lan ando uma instiga o que se encontra na potencialidade conflitiva do discurso Mais do que o ato em si tamb m j fortemente carregado dessa qualidade conflitiva as palavras s o capazes de levar ao pice a percep
620. ui o de 1988 e a Lei dos Crimes Ambientais Lei n 9 605 de 1998 abordaram com mais nfase o meio ambiente n o s o natural mas tamb m o hist rico e cultural e promoveram mudan as na forma de preven o e repress o aos crimes ambientais Foi a partir desse momento que surgiram as v rias discuss es acerca da responsabilidade penal subjetiva e objetiva pois os penalistas cl ssicos n o admitem um crime sem que haja uma conduta humana Coma elabora o do art 225 3 da Constitui o Federal o legislador constituinte abriu a possibilidade de penalizar a pessoa jur dica baseando se no direito penal franc s o qual disp e que as pessoas morais com exce o do Estado s o penalmente respons veis segundo as distin es dos artigos 121 4a 121 7 e nos casos previstos em lei ou regulamento pelas infra es praticadas por sua conta pelos seus rg os ou representantes Nosso ordenamento jur dico herdou do Direito Romano e do C digo de Napole o a no o de dolo e culpa Nesse contexto a responsabilida de penal subjetiva pressup e que o agente aja com dolo ou culpa caso contr rio fica impossibilitada a responsabiliza o do agente por uma a o ou omiss o Levorato recha a a ideia de que o ente coletivo possa figurar numa a o penal como parte Defende sua posi o fazendo uma associa o da responsabilidade penal subjetiva com os princ pios constitucionais de maior relev ncia para demonstrar
621. uir no tratamento do seu direito intimidade SILVA JUNIOR 2002 1 Sobre o direito europeu em geral R Streinz 2008 e T Oppermann 2009 22 Revista de Informa o Legislativa O artigo 8 da Conven o prev o direito ao respeito pela vida privada e familiar do seu domic lio e da sua correspond ncia O Tribu nal Europeu dos Direitos Humanos deu a esse artigo uma interpreta o bastante ampla na sua jurisprud ncia levando inclusive Diretiva 95 46 CE A Diretiva 95 46 CE regula o tratamento de dados pessoais que s o definidos no seu art 2 como qualquer informa o relativa a uma pessoa singular identificada ou identific vel Tal defini o propositadamente ampla a fim de abranger o maior n mero de situa es poss veis Desse modo mesmo que a pessoa n o possa determin los tais dados s o bens a serem protegidos Segundo o art 2 b da Diretiva 95 46 CE o chamado tratamento de dados pessoais ou processamento engloba qualquer opera o ou conjunto de opera es efetuadas sobre dados pessoais com ou sem meios automatizados As regras de prote o de dados s o aplic veis n o s quando o tratamento estiver esta belecido no territ rio da Uni o Europeia mas sempre que o controlador utilizar equipamento situado na UE a fim de processar dados Desse 2 Art 8 da CEDH 1 Qualquer pessoa tem direito ao respeito da sua vida privada e familiar do seu
622. ulo v 4 n 46 p 18 25 jul 2010 JOHNSON Lyndon Baynes Vantage point perspectives on the presidency 1963 1969 New York Holt Rinehart and Winston 1971 LIPSET Seymour M George Washington and the founding of democracy Journal of De mocracy Washington v 9 n 4 p 24 38 1998 LOWI Theodore J The personal president power invested promise unfulfilled Ithaca Cornell University 1985 MAYHEW David Congress the electoral connection New Haven Yale University 1974 REPUBLIC OF SOUTH AFRICA Remuneration of public office bearers act Government Gazette Salisbury v 399 n 19274 Sept 1998 RETRAIT NET La retraite du Pr sident de la R publique Retrait Net S 1 2012 Dispon vel em lt www retraite net retraite president republique d133 html gt Acesso em 4 jun 2013 RODRIGUES Fernando Lei deve proibir ex presidentes de disputar elei es diz Sarney Folha de S o Paulo S o Paulo 31 dez 2012 Dispon vel em lt http wwwl folha uol com br poder poderepolitica 1206631 lei deve proibir ex presidentes de disputar eleicoes diz sarney shtml gt Acesso em 17 abr 2013 SCH LER Leonardo C Direitos assegurados aos ex presidentes da Rep blica Consultoria Legislativa Bras lia fev 2008 SCHUMPETER Joseph A Capitalism socialism and democracy New York HarperCollins 2008 WILLSHER Kim Nicolas Sarkozy can look forward to lavish ex presidential perks The Guardian London 15 May 20
623. ultura Investiga se em ltima an lise como tornar as demandas femininas mais vis veis sociedade e pass veis de tutela por parte do poder p blico Pol ticas p blicas a es de controle de constitucionalidade pro gramas e conv nios empreendidos entre rg os representativos da sociedade como o Minist rio P blico e entidades que atuam no interesse da sa de da mulher promoveram a cria o de novos servi os de atendimento ao aborto legal ou ilegal e o encaminhamento da discuss o do tema ao Supremo Tribunal Federal em rela o hip tese de gesta o de feto anencef lico Entretanto a descriminaliza o do aborto configura ainda tema de extrema controv r sia nos debates desenvolvidos nas tr s esferas do poder institucional O projeto de reforma do C digo Penal em tr mite no Congresso Nacional cont m proposta de legaliza o da conduta em determinadas circunst ncias com fundamento na pondera o dos interesses constitucionalmente protegidos os da mulher e os da vida embrion ria Assim a atualidade do assunto exige ampla investiga o jur dica que possa enriquecer a argumenta o das diversas posi es a serem sopesadas no processo de delibera o legislativa Sem ter a pretens o de encontrar respostas completas tentar se nas linhas a seguir 130 Revista de Informa o Legislativa esbo ar um quadro geral acerca das falhas da organiza o do Estado brasileiro no cum primento d
624. uma pens o para os ex presidente norte americanos GINSBERG 2013 p 1 Anderson 2010 relata que semelhante situ a o estimulou os parlamentares na Pol nia a instituir uma pens o para os ex presidentes Segundo ela quando findou os tr s meses de indeniza o a que teve direito ap s deixar o cargo em 1996 o ex presidente Lech Walesa apareceu no estaleiro de Gdansk para pedir de volta seu antigo emprego de eletricista Ao tomar conhecimento do fato o Parlamento polon s rapidamente aprovou uma lei conce dendo uma pens o para seus ex presidentes ANDERSON 2010 p 68 Outro benef cio para ex presidentes muito comum nos pa ses presidencialistas a garantia de seguran a para o antigo titular do Poder Executivo federal Alguns pa ses concedem esse benef cio exclusivamente aos ex presidentes outros estendem o direito a seus dependentes pr ximos Nos Estados Unidos por exemplo 56 Revista de Informa o Legislativa o benef cio executado pelo Servi o Secreto norte americano dando continuidade segu ran a realizada durante o mandato presidencial Al m disso o benef cio estendido a esposas e filhos at a idade de 16 anos Na Fran a por sua vez o servi o limitado a dois seguran as colocados disposi o do ex presidente A legisla o de v rios pa ses concede aos ex presidentes verba e pessoal para viabilizar a instala o e funcionamento de um escrit rio para o exerc cio
625. uma vez que o Brasil j havia incor porado as principais tratativas internacionais acerca dos direitos humanos e mant las equi paradas s leis ordin rias seria um contrassenso porquanto a pr pria Constitui o nos 2 e 3 do art 5 previa cl usulas que diferenciavam esses tratados dos demais e das leis ordin rias N o por outra raz o o tribunal se dividiu no RE 466 343 SP em duas correntes acerca de qual seria o status das normas internacionais em que est o ap s a EC 45 04 uma corrente sustentava a supralegalidade e outra a cons titucionalidade dos tratados internacionais de direitos humanos A maioria do tribunal votou pelo car ter supralegal dos tratados internacionais seguin do voto do Min Gilmar Mendes Portanto sendo supralegais por bvio n o poderiam ser considerados como normas constitucionais 1 Os tratados e conven es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos por tr s quintos dos votos dos respectivos membros ser o equivalentes s emendas constitucionais 276 Revista de Informa o Legislativa Todavia os votos vencidos capitaneados pelo Min Celso de Mello consideraram que tais tratados dispunham de status constitucional em decorr ncia da cl usula de recep o prevista no 2 do art 5 importante ressaltar que a orienta o acerca da constitucionalidade dos tratados minorit ria apen
626. undamentais s o na verdade decis es em prol de interesses corporativos O universo da pesquisa emp rica como j ressaltado restrito mas diz muito porque simb lico de toda uma perspectiva de atua o da corte Exatamente naquela forma de agir em que mais parece desejar atuar a suprema corte brasileira um agir como corte constitucional t pica dos moldes europeus de 1988 at hoje os resultados s o des concertantes Est muito distante da no o aqui j registrada em fala do Ministro Gilmar Mendes de um sistema de defesa da Constitui o 1 Segundo a pesquisa o crit rio adotado foi primeiramente enquadrar nesta tem tica apenas as ADIs que superadas as quest es formais efetivamente discutiram o m rito dos direitos fundamentais suscitados Assim o foco se volta para o pr prio discurso do STE isto se ele realmente utilizou argumentos que diretamente enfrentaram a quest o dos direitos e garantias fundamentais apresentada Em segundo lugar buscou se incluir nessa grande categoria temas que s o hist rica e doutrinariamente entendidos como direitos e garantias fundamentais COSTA BENVINDO 2013 p 64 16 Vale ressaltar que a pr pria l gica de pertin ncia tem tica exigida dessas entidades corporativas dificulta acentuadamente a potencialidade dessas entidades em buscar defender interesses mais gerais da sociedade Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 87 t o completo e t o
627. uperior Tribunal de Justi a STJ ou do pr prio tribunal em incidentes de coletiviza o ou em recursos representativos de controv rsia em quest es de Direito que transcender o os limites subjetivos da lide aos rem dios repetitivos art 543 A e 543 C do CPC vigente respectivamente Como distin es significativas notam se a positiva o da in pcia recursal que permite ao relator negar seguimento ao recurso que n o possui motiva o espec fica contr ria aos fundamentos da decis o impugnada e o aumento do poder do magistrado no sentido de se dar provimento ao pedido recursal com base em s mula do pr prio tribunal de segundo grau quando divergente da decis o hostilizada ver art 557 caput e 1 A do CPC atual Por fim as Comiss es do Senado optaram por n o fazer valer a amplia o dos poderes do relator introduzida pela Lei n 9 756 1998 posto que somente admitiram tais decis es quando houvesse contrariedade a s mula refutando a possibilidade de confronto com jurisprud ncia dominante do respectivo tribunal do STF ou de Tribunal Superior Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 165 ante a necessidade de uniformidade no ordenamento jur dico dever o ser utilizados m todos de solu o de antinomias para o fim de dirimir a contradi o Entre os crit rios de solu o j mencionados no presente estudo aplicado o cronol gico constante do art 2 da Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasile
628. ur dico a valores ainda n o expressamente protegidos juridicamente DIDIER 2010 A norma editada pelo Legislativo carrega consigo o atributo da generalidade Todavia a S mula 331 do TST por veicular conceito aberto aplicada como verdadeira lei O item III desse enunciado traz a express o atividade meio t pico conceito indetermina do estipulando o Tribunal que se considerar l cita a terceiriza o de servi os especializados ligados atividade meio do tomador desde n o haja pessoalidade e subordina o direta Ao inovar no estabelecimento de licitude terceiriza o fixando um par metro gen rico e abstrato teria o Judici rio legislado por interm dio de uma s mula e usurpado a compet ncia do Legislativo uma vez que compet ncia privativa da Uni o legislar sobre Direito do Trabalho art 22 I CF De qualquer forma urge solucionar o problema das palavras com textura aberta inseridas no texto sumular como o caso das designa es atividade meio e atividade fim 5 A fragilidade dos conceitos atividade fim e atividade meio nas empresas de telecomunica o A express o atividade meio incerta na S mula 331 do TST tem grande import ncia para a exegese dessa s mula pois demarca o limite entre as terceiriza es l citas e as il citas O tomador de servi os responder de forma subsidi ria pelos encargos do contrato na terceiriza o l cita A terceiriza o na
629. ursos e nos processos de compet ncia origin ria do tribunal III negar seguimento 164 Revista de Informa o Legislativa tulo atinente ordem dos processos no tribunal e mantida no cap tulo reservado ao agravo de instrumento in verbis Art 933 Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribu do imediatamente se n o for o caso de julgamento monocr tico o relator 1 poder atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir em antecipa o de tutela total ou parcialmente a pretens o recursal comunicando ao juiz sua decis o BRASIL 2010a grifo nosso Ademais conforme disposto no par grafo nico desse artigo a de cis o que atribuir efeito suspensivo ao recurso irrecorr vel sendo que no atual CPC a decis o somente pass vel de reforma no momento do julgamento do agravo salvo se o pr prio relator a reconsiderar 5 2 Da exist ncia de antinomia jur dica Ao considerar que ambos os diplomas CPC e a Lei n 12 016 2009 atribuem a diferentes julgadores a compet ncia para suspender a efic cia da decis o liminar por meio da concess o de efeito suspensivo ao agravo de instrumento flagrante a exist ncia de antinomia jur dica Assim a recurso inadmiss vel prejudicado ou que n o tenha atacado especificamente os funda mentos da decis o ou senten a recorrida IV negar provimento a recurso que contrariar a s mula do Supremo Tribunal Federal do Superior Tribunal de Justi a ou
630. us br ASCS audiencia publica index php gt Acesso em 4 mar 2013 CAPUTO BASTOS Guilherme Augusto Terceiriza o aspectos pol micos In MARTINS FILHO Ives Gandra et al A efetividade do direito e do processo do trabalho Rio de Janeiro Elsevier 2010 CASTRO Cl udio Dias Terceiriza o atividade meio e atividade fim Jornal Trabalhista Consulex Bras lia ano 20 n 964 maio 2003 DELGADO Mauricio Godinho Curso de direito do trabalho 8 ed S o Paulo LTr 2009 DIDIER Fredie Cl usulas gerais processuais Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 14 Regi o Porto Velho v 6 n 1 p 15 34 jan jun 2010 FERREIRA Aur lio Buarque de Hollanda Pequeno dicion rio brasileiro da l ngua portu guesa 11 ed Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1968 GAGLIANO Pablo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo curso de direito civil volume II obriga es 10 ed S o Paulo Saraiva 2009 GARCIA Fl vio Amaral A relatividade da distin o atividade fim e atividade meio na terceiriza o aplicada administra o p blica Revista Brasileira de Direito P blico RBDP Belo Horizonte ano 7 n 27 p 95 114 out dez 2009 GON ALVES Carlos Roberto Direito civil brasileiro volume 2 teoria geral das obriga es 7 ed S o Paulo Saraiva 2010 MACIEL Jos Alberto Couto Terceiriza o na atividade fim empresas de telecomunica es e outras concession rias do servi o p blico novos proje
631. usos de seus representantes pol ticos Dessa forma apesar de ser o Legislativo quem elabora as normas a interpreta o final ficar sempre a cargo do Judici rio Assim o Tribunal Constitucional consegue transformar a concep o que possui sobre problemas sociais e pol ticos em componentes da Constitui o e com isso assume a pol tica afastando o debate democr tico das vias tradicionais e desenhando novos espa os de representa o Sup e Alexy 2007 a exist ncia n o s de uma representa o pol tica mas tamb m de uma representa o argumentativa exercida particular mente pelo Tribunal Constitucional Para o autor o jogo democr tico pressup e uma racionalidade discursiva e o discurso exige a democracia deliberativa Nela o discurso n o composto apenas por interesses e poder mas abrange tamb m os argumentos dos participantes que lutam por uma solu o pol tica correta Quando as leis respeitam e promovem os direitos fundamentais a maioria parlamentar atende s exig ncias da democracia deliberativa Do contr rio resta recorrer ao rem dio da jurisdi o constitucional No Brasil a quest o do ativismo judicial tem sido tamb m debatida Merece refer ncia o estudo realizado por Ferreira Filho 1994 que aponta as mudan as decorrentes da Constitui o de 1988 como causadoras da ruptura do modelo tradicional de atua o do Judici rio transformando o em um poder pol tico Ferreira Filho 1994 aponta en
632. utiliza o dessa soja No mbito da din mica um dos maiores ensinamentos de T rke 2008 que a governan a de um sistema social submetida s intera es entre os atores envolvidos e afetados Os atores envolvidos s o os que participaram ativamente da defini o das regras Os atores afetados s o os que n o participaram diretamente da defini o mas cujos objetivos foram influenciados pelas regras definidas A t tulo de ilustra o uma regula o muito centralizada em um regime autorit rio por exemplo representa uma forma particular de governan a na qual o Estado cen tralizador o nico ator envolvido 3 O contexto brasileiro relativo aos OGM antes do advento da soja SRR O Brasil tornou se o segundo produtor de soja no mundo atr s apenas dos Estados Unidos Sua produ o aumentou consideravelmente nos ltimos anos A utiliza o da soja transg nica SRR participou desse aumento intervindo em um contexto particular do plano institucional e do mercado de sementes 3 1 O contexto jur dico e institucional A apresenta o do contexto jur dico e institucional brasileiro relativo ao respeito ao meio ambiente essencial para compreender a governan a p blica e privada no que tange soja SRR Esse quadro complexo pois h diferentes n veis relacionados estrutura federativa Desde a introdu o do SRR as regras jur dicas e as institui es ligadas autoriza o da co mercializa o foram ob
633. utores o cultivam desde 1998 de modo ilegal mas mais ou menos tolerado A governan a das regras de utiliza o do SRR no Brasil e seus impactos no exterior foram estudados por Castellanet et al 2006 Esse estudo todavia parcial pois limitado fase que precedeu a autoriza o oficial em 2004 e pode ser considerado tendencioso em raz o do posicionamento contr rio utili za o dos OGM Nosso artigo uma an lise mais completa no tempo com base em uma leitura sistem tica da governan a tal como ela proposta por T rke 2008 Trata se de uma an lise emp rica da governan a e conforme nosso conhecimento a primeira que aborda a utiliza o controversa dos OGM na agricultura A aplica o da abordagem sistem tica da governan a permite demonstrar que no Bra sil entre a fase de autoriza o do SRR e a sua utiliza o atual o sistema de atores implicados e afetados mudou bastante Hoje as regras de utiliza o do SRR s o definidas por apenas um ator privado no caso a Monsanto em um contexto de ades o de atores ao conceito de agroneg cio ou agro business A evolu o atual das regras influencia diretamente os produtores de soja nas suas escolhas de uso do SRR e na rentabilidade de sua utiliza o havendo quase uma indiferen a dos poderes p blicos e da sociedade civil que estavam muito engajados na controv rsia sobre a autoriza o da comer cializa o do SRR Neste artigo a Se o
634. ux lio reclus o para os servidores segurados e seus dependentes demonstrando assim claramente o seu car ter transit rio O efeito colateral desse posicionamento inadequado das regras transit rias a inevit vel necessidade de com o tempo criar se Emenda de Emenda a EMC 41 2003 altera a EMC 20 1998 e Emenda de Emenda de Emenda a EMC 70 2012 altera a EMC 41 2012 conforme podemos observar nas ementas a seguir a Emenda Constitucional n 41 de 2003 que modifica os arts 37 40 42 48 96 149 e 201 da Constitui o Federal revoga o inciso IX do 3 do art 142 da Constitui o Federal e dis positivos da Emenda Constitucional n 20 de 15 de dezembro de 1998 e d outras provid ncias BRASIL 2003b grifo nosso b Emenda Constitucional n 70 de 2012 que Acrescenta art 6 A Emenda Constitucio nal n 41 de 2003 para estabelecer crit rios para o c lculo e a corre o dos proventos da aposen tadoria por invalidez dos servidores p blicos que ingressaram no servi o p blico at a data da publica o daquela Emenda Constitucional BRASIL 2012b grifo nosso 3 An lise dos elementos da parte inicial 3 1 Ep grafe A palavra ep grafe de origem grega epigrapheus derivada de epi sobre e graph escrever CARVALHO 2001 p 68 Tem por fun o qualificar o ato na ordem jur dica deno mina o da esp cie normativa e n mero e no tempo data O cont
635. uz efeitos ap s a fecunda o h omiss o do Estado em sua utiliza o como m todo eficiente de preven o gravidez BRASIL 2008 p 14 Outra conclus o que se extrai de uma pes quisa promovida em 1999 pelo Instituto Alan Guttmacher no que diz respeito aos riscos do aborto clandestino a de que nos pa ses com leis restritivas nos quais o aborto proibido na maioria das circunst ncias a probabilidade de morte decorrente do abortamento muito superior constatada nos pa ses cuja legisla o mais receptiva ao avan o de sua legaliza o O risco de morte nos procedimentos de aborto de 1 para 100 000 procedimentos nos pa ses que permitem o acesso das mulheres a servi os confi veis e de 1 para 100 procedimentos nos pa ses onde o aborto feito por meios clandes tinos BRASIL 2008 p 20 Nesse quadro imp e se ao Estado brasileiro o encaminhamento de medidas que favore am a amplia o da legaliza o do aborto o que n o se concretiza em raz o da predomin ncia de uma vis o religiosa na condu o dos processos de aprecia o da mat ria sobretudo no mbito do Poder Legislativo Desde a d cada de 1980 a sociedade civil formula propostas e projetos de lei para a revis o dos dispositivos do C digo Penal que criminalizam o aborto sem que tenha havido at os dias de hoje qualquer modifica o que ofere a solu es efetivas inseguran a do abortamento ilegal
636. ve implementar suas pol ticas minimizando os efeitos sobre a sociedade por raz es de efici ncia econ mica CALIENDO 2009 p 208 Normas como a veda o ao confisco a legalidade tribut ria e a exig ncia de tratamento igual entre contribuintes s o essenciais para garantir a competitividade entre os empres rios e afastar o abuso na interven o estatal Um sistema econ mico de mercado demanda um mecanismo mais sofisticado de tributa o em rela o ao sistema econ mico administrado pelo Estado GICO JUNIOR VALAD O ALMEIDA 2012 p 34 Os tributos s o institu dos para custear os servi os prestados pelo Estado Dessa forma o tamanho do Estado fator fundamental para a defini o da carga tribut ria sustentada pela sociedade Quanto mais servi os s o a ele carre ados maior a press o para o aumento da carga tribut ria Ao Estado compete adotar pol ticas regulat rias com a finalidade de minimizar o poder de monop lio de reduzir a assimetria de informa es entre os agentes econ micos de fornecer bens p blicos de fomentar atividades que geram externalidades positivas para a so ciedade e de desestimular atividades que geram externalidades negativas Os tributos corretivos s o formas de minimizar imperfei es de mer cado CALIENDO 2009 p 208 A tributa o possibilita ainda a formula o de pol ticas p blicas cujo objetivo reduzir desigualdades de renda Os impostos s o o instrumento mais i
637. vel em lt http uj novaprolink com br doutrina 1868 seguranca juridica e certeza do direito realidade ou utopia num estado democratico de direito gt Acesso em 2 dez 2012 NOMURA Roseli Mieko Yamamoto et al Depress o aspectos emocionais e sociais na viv ncia do aborto compara o entre duas capitais brasileiras Revista da Associa o M dica Brasileira S o Paulo v 57 n 6 p 644 650 2011 148 Revista de Informa o Legislativa OLIVEIRA Carlos Alberto lvaro Os direitos fundamentais efetividade e seguran a em perspectiva din mica Revista Jur dica da Se o Judici ria de Pernambuco Pernambu co 2008 Dispon vel em lt https revista jfpe jus br index php RJSJPE article view 66 gt Acesso em 20 nov 2012 ORGANIZA O MUNDIAL DA SA DE OMS Relat rio sobre a sa de mental no mundo Genebra OMS 2001 Dispon vel em lt http www dgs pt upload membro id ficheiros 1006020 pdf gt Acesso em 15 jan 2013 PIEROTH Bodo SCHLINK Bernhard Direitos fundamentais direito estadual II Lisboa Universidade Lus ada 2008 PIRES Teresinha In s Teles Liberdade de Consci ncia Liberdade de Cren a e Pluralismo Pol tico Revista de Informa o Legislativa Bras lia ano 49 n 195 p 53 63 jul set 2102 SARLET Wolfgang Ingo A efic cia dos direitos fundamentais Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 A efic cia do direito fundamental seguran a jur dica dignidade da pessoa
638. vista antropol gico mas tamb m na perspectiva do transconstitucionalismo diante dos dissensos e conflitos no interior das comunidades ind genas inclusive em torno da pr tica do homic dio de rec m nascidos o papel do Estado na pessoa dos seus agentes ter de ser o de estar dispon vel para supervisionar mediar ou interceder com o fim nico de garantir que o processo interno de delibera o possa ocorrer livremente sem abuso por parte dos mais poderosos no inte 2 A respeito afirmou Segato 2011 p 372 na referida audi ncia p blica referindo se ao significado da express o direito vida nesse contexto Essa express o pode indicar dois tipos diferentes de direito vida o direito individual vida quer dizer a prote o do sujeito individual de direitos e o direito vida dos sujeitos coletivos isto o direito prote o da vida dos povos em sua condi o de povos E especificamente por for a do disposto no art 231 caput da Constitui o Federal S o reconhecidos aos ndios sua organiza o social costumes l nguas cren as e tradi es e os direitos origin rios sobre as terras que tradicionalmente ocupam competindo Uni o demarc las proteger e fazer respeitar todos os seus bens Ano 51 N mero 201 jan mar 2014 205 rior da sociedad SEGATO 2011 p 375 Assim nesse contexto a postura transconstitucional apresenta se na limita o jur dica do poder a

Revista de Informação Legislativa – nº 201

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