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1. 2 Tylose8 MH300 ster de celulose hidrossol vel derivado do petr leo revers vel sol vel em gua e compat vel com suporte da pe a em interven o In Associa o Brasileira de conserva o restaura o de bens culturais Op Cit p 88 A Tylose H O desionizada Etanol foi utilizada em duas concentra es a 0 5g 50 50 1g 60 40 e 1 5g 60 40 A esta solu o tamb m foi adicionado o biocida Nipagin 0 1g dilu do em Etanol 96 114 O BEVAQ37I foi utilizado na concentra o de 20 dilu do em White Spirit adesivo termopl stico mistura de co pol meros de etileno vinil acetato ciclohexanona e parafina dissolvidos em tolueno White spirit In CLYDESDALE Amanda Chemicals in conservation a guide to possible hazards and safe use 2 ed s 1 Scottish Society for Conservation and Restoration 1990 5 White Spirit Trata se de um ter de petr leo com um ponto de ebuli o entre 150 a 200 C O seu conte do arom tico pode variar entre 15 a 45 ou mais sendo que estes ltimos t m maior poder dissolvente Emprega se no restauro como dissolvente com aproximadamente 18 de arom ticos 6 Colletta Italiana um adesivo proteico A sua principal fun o a de consolidar a camada pict rica e serve de adesivo a pastas de reentelagem In http victoriavivancos blogspot pt 2009 02 preparacion de coletta italiana html Existem v rias receitas de preparo deste adesivo mas a que aq
2. anejamento junto cintura do Cristo m pars J C Fig 75 Exemplo de um elemento met lico oxidado um na manga do manto de Maria do lado prejudicando gravemente as camadas superficiais esquerdo um na representa o de rochas no lado direito e na base contendo muitos elementos met licos oxidados e por fim um no manto de Maria do lado direito Estes elementos met licos que se encontram corro dos deixaram marcas profundas de corros o na madeira circundante Este dano acontece sempre que haja na atmosfera uma elevada humidade relativa em contacto com o ferro que oxid vel provocando a 2 A oxida o de um metal encontra se relacionada com a combina o dessa substancia com o oxig nio No caso do ferro a rea o que se desencadeia a seguinte 2Fe O gt 2FeO O Fe perde 2 e e converte se em Fe em forma de oxido de ferro FeO In MOYA Margarita San Andr s FERRER Sansoles de la Vin Fundamentos de qu mica y f sica para la conservaci n y restauraci n Madrid Editorial Sintesis 2009 p 161 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar corros o Fig 75 de referir que o arquip lago dos A ores tem na maior parte do tempo uma humidade relativa muito elevada pelo que constante esta problem tica em obras de arte que contenham elementos met licos e As perfura es presentes no sud rio na cintura do Cristo e
3. Com base numa imagem fotogr fica provavelmente da d cada de 70 Fig 2 do altar da capela do Solar pode se constatar a presen a da obra em estudo ladeada por outras duas pe as nomeadamente o Beato Jo o Baptista Machado e S Jos Cupertino Verificou se atrav s da referida fotografia a exist ncia de outros elementos pertencentes pe a em estudo como sejam outra base onde assentava a pe a em interven o uma Cruz e um resplendor na cabe a de Maria Depois de uma visita ao local de exposi o da obra para reconhecimento dos ditos elementos bem como as condi es de exposi o constatou se a exist ncia base e da cruz e o desaparecimento do resplendor Fig 2 Nossa Senhora da Piedade fotografia tirada antes do sismo de 1980 2 2 Enquadramento hist rico e art stico Relativamente quest o iconogr fica do tema representado ter tido origens na a 7 m stica medieval uma vez que segundo os passos do Evangelho encontramos apenas a Consultar anexo 3 elementos do conjunto p 79 7 A m stica medieval dando largas a imagina o completa o que os textos do Evangelho n o referem esta m stica que que n o pode admitir que outrem se n o a Virgem tivesse podido receber Cristo Sendo ent o imaginada aos p s da cruz sentada acolhendo o no seu rega o In TEIXEIRA Maria Em lia de Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico
4. 1835 London Works Butterworths amp Co Publishers Ltd 1970 e JANSON H W Hist ria da Arte Funda o Calouste Gulbenkian Servi o de Educa o e Bolsas 8 ed Lisboa s n 2007 p 332 e JOVER Manuel le Christ dans l art Monaco editions Sauret 1994 e LEDESMA Andr s S nchez SEDANO Ubaldo P REZ Susana SOLER Juan Alberto DESPLECHIN H l ne PALAO Marta Sistemas para la eliminaci n o 72 reducci n de barnices Estudio de residuos Protocolos de actuaci n S l s n Junio 2006 e LIMA Fernando de Castro Pires A Virgem em Portugal Vol 2 Porto Edi es euro e MASSCHELEIN Liliane Kleiner Les Solvants edici n en espa ol Santiago de Chile Centro Nacional de Conservation y Restauracion 2004 e MATTEINI Mauro MOLES Arcangelo La Qu mica en la Restauraci n San Sebastian s n 1989 e MATTEINI Mauro MOLES Arcanjo Ciencia y restauraci n M todo de investigaci Hondarribia s n 1984 e MARTINS Francisco Ernesto de Oliveira A escultura nos A ores Angra do Hero smo Secretaria Regional da Educa o e Cultura Dire o Regional dos Assuntos Culturais 1983 e MOYA Margarita San Andr s FERRER Sansoles de la Vin Fundamentos de qu mica y f sica para la conservaci n y restauraci n Madrid Editorial Sintesis 2009 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de T
5. 33 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar comparar os valores obtidos pela an lise de espectroscopia de difus o de Raman da pe a com os valores tabelados dos pigmentos verificou se a exist ncia de valores semelhantes com os de vermelho de chumbo ao contr rio do que aconteceu com o vermelho de realgar Pelo que o mais prov vel que seja um pigmento vermelho de chumbo Em rela o ao elemento Au normal a sua exist ncia uma vez que a folha met lica est presente nesta amostra o Fe como j foi referido proveniente da fluoresc ncia do vidro e o Cu prov vel que seja derivado de uma contamina o No verde do interior do manto A5 pela an lise de FRX foi poss vel assegurar a exist ncia de picos correspondentes ao Ti Cu Fe e ao Pb O Fe tamb m aqui correspondendo l mina e o Ti contamina o Na espectroscopia de difus o de Raman s o verificados valores correspondentes ao pigmento Azurite Este pigmento de cor azul misturado com grande concentra o de branco de chumbo obt m se um azul mais esverdeado como poss vel verificar no local de recolha desta amostra interior do manto da Virgem Na amostra A6 referente ao castanho do cabelo de Cristo a partir da an lise FRX poss vel verificar a presen a de picos correspondentes Pb Zn Ti Fe e Mn Sendo que na an lise de Raman n o foi poss vel concluir nada a cerca da composi o desta amostra Mas a partir das informa es obti
6. Com o tempo esta camada protetora vai envelhecendo e amarelecendo alterando o aspeto visual da obra provocando a necessidade da sua remo o Mas esta etapa tamb m importante para uma boa conserva o da obra sendo que o produto a utilizar dever ser de f cil remo o 108 Em rela o aos poluentes estes podem estar presentes mesmo no interior dos edif cios devido contamina o do ar provocada pelo fumo dos autom veis ou cigarros Em rela o s poeiras s o consideradas um risco para a obra uma vez que a sua acumula o provoca a reten o de humidade cria condi es prop cias para os microrganismos e facilita a infesta o de insetos causando grandes problemas na obra In DRUMOND Maria Cec lia de Paula Preven o e conserva o em Museus p 45 consulta online http www museus gov br sbm downloads cadernodiretrizes_sextaparte pdf Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 59 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 8 Interven o Todo o conservador restaurador tem o dever de se preocupar com o conceito de Interven o m nima pois qualquer interven o de restauro sujeita a obra a um stress f sico ou porque s o poucos os materiais e t cnicas utilizadas no restauro que permitam ou garantam a reversibilidade e a inalterabilidade no tempo ou a compatibilidade com os materiais originais ou devido a tratamentos que possam apagar dados importantes da hist
7. o an lise estratigr fica que permite visualizar e caraterizar o n mero e espessura das camadas existentes e para confirmar suspeitas da exist ncia de repolicromia an lise de identifica o de aglutinantes proteicos e oleicos que nos permite obter a natureza dos aglutinantes ou seja a distin o entre aglutinantes proteicos e oleicos fluoresc ncia de raios x que permite conhecer a natureza das concentra es dos elementos existentes nos pigmentos utilizados na obra de arte e por fim a espectroscopia de difus o de Raman que permite obter conclus es seguras relativamente composi o da camada policroma visto que se completa a an lise elementar proporcionada pelo FRX com a distin o das diferentes estruturas de materiais com a mesma composi o qu mica que o Raman permite Uma vez que alguns exames e an lises realizadas vieram comprovar a natureza dos materiais e das t cnicas tanto do suporte como das camadas superficiais faz todo o sentido que os resultados sejam referidos nos pontos relativos s t cnicas e materiais de execu o aos restauros antigos e ao diagn stico evitando tamb m a repeti o de informa o Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 16 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 4 T cnicas e materiais de execu o 4 1 Suporte 4 1 1 Materiais Para a identifica o da natureza do material existente no suporte recorreu se an lise xilol
8. reas da base do lado esquerdo Fig 141 e 59 numa rea do manto da Virgem perto da m o do lado esquerdo numa rea da cabe a do Cristo entre os dedos Fig 59 Elementos vegetalistas da base colados anelar e m dio da m o do lado direito numa rea de liga o das pontas dos dedos da m o direita e Presen a de massas de preenchimento situando se em grande n mero nas reas de fendas e em locais fragilizados devido a fraturas ou lacunas T m um aspeto grosseiro no entanto n o foi identificado a sua natureza Verificam se massas amarelas na fenda do peito do Cristo em tr s locais na base junto ao rebordo final da t nica da Virgem em v rias Fig 60 Massa de preenchimento vermelha na m o de Cristo reas do manto da Virgem junto base no intervalo entre os dois p s do Cristo e no dedo indicador da m o direita do Cristo As pastas de cor vermelha s o vis veis no ombro direito na perna direita no p esquerdo no bra o e m o direitos na m o esquerda de Cristo Fig 60 61 Na fotografia de fluoresc ncia de ultravioleta estas massas de preenchimento Fig 61 Massas de preenchimento amarelas na base s o muito vis veis tal como as prepara es que est o vista na base na rea de destacamento do rosto da Virgem e no dedo indicador da m o direita Tamb m verificamos estas massas de preenchimento aplicadas sobre a policromia junto de reas com fendas ou lacunas Ca
9. 53 87 Consultar Anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 159 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 37 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e TM lc ER Fig 48 T cnica do esgrafitado no Fig 49 T cnica do esgrafitado e puncionado no exterior do manto da sud rio e no interior do manto Virgem No caso do v u da Virgem poss vel verificar numa pequena extremidade a 88 Au presen a de uma velatura ou seja antes de ser repolicromado todo o v u tinha um acabamento transl cido com baixo poder de cobertura aplicado sobre a folha de outro deixando assim entrever a camada subjacente ou seja criando uma certa transpar ncia Fig 51 Pequeno vest gio do v u antes e depois ser repolicromado Em rela o base depois de alguns tratamentos efetuados remo o de vernizes e repintes foi poss vel verificar a exist ncia de douramento sobre o bolus que se veio a comprovar na an lise estratigr fica Anteriormente toda a base era dourada e depois policromada com uma t cnica decorativa que n o poss vel identificar 88 Velatura consta numa camada transparente e colorida aplicada sobre as camadas de tinta ou sobre folhas met licas com o objetivo de modificar ligeiramente as tonalidades da camada subjacente apresenta um baixo poder de cobertura deixando portanto entrever a camada recoberta In SOUZA Luiz Ant nio Cruz Evolu o da Tecnologia d
10. I s rie n 6 de 14 3 1978 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 11 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar No entanto no s c XVIII o neto de Manuel Francisco Vicente do Canto e Castro Pacheco iniciou v rias obras de conserva o e restauro no conjunto arquitet nico Em 1890 Francisco do Canto e Castro herdou o conjunto tendo vendido no In cio do s c XX Irmandade de Nossa Senhora do Livramento para a instala o do orfanato Beato Jo o Baptista Machado Esta institui o funcionou no conjunto at ao terramoto de 1980 que causou v rios danos principalmente na ermida dos Rem dios Mais tarde o Governo Regional dos A ores obteve a posse do im vel iniciando obras para a Instala o da ent o Secretaria Regional dos Assuntos Sociais Inaugurada em 1996 tendo sido conclu dos os trabalhos na ermida em 1999 Portanto como j foi referido a primeira ermida ter ficado pronta por volta de 1540 ter sido depois reedificada entre 1681 e 1700 tendo iniciado a devo o Nossa Senhora dos Rem dios em 1653 A terceira reconstru o foi ap s o sismo de 1980 A escultura da Nossa Senhora da Piedade segundo Dr Jorge Forjaz ser anterior a 1698 A Pi ta propriedade da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento foi cedida ao patrim nio do Governo Regional para ficar no Solar dos Rem dios agora guarda da Secretaria Regional da Sa de e Secretaria Re
11. P base e tensioativo aminas polictoxiladas os solventes s o a acetona e o lcool l7 Estes sistemas gelificados t m a vantagem de melhorar o poder humectante dos l quidos e reduzir o poder penetrante aumentando assim a sua viscosidade com as subst ncias espessantes O Carbopol e o Ethomeen permitem a prepara o do gel com todos os dissolventes utilizados em restauro tamb m com os mais apolares como White Spirit ou ess ncia de petr leo In CREMONESI Paolo Modificar las propiedades y la acci n del agua y de los disolventes org nicos incrementando su viscosidade gracias a los gelificantes 2008 p 2 consulta online http ge iic com files Cursos Cremonesi _Ponencia pdf Data 16 07 2012 i18 q f o e Acido poliacr lico n o um gelificante direto ele deve neutralizar se com uma base para produzir o gel In Ibidem p 11 consulta online http ge iic com files Cursos Cremonesi _Ponencia pdf Data 16 07 2012 PEthomeen C 25 dissolvente em polares agua lcoois acetona aminas org nicas In BORGIOLI Leonardo Espessantes para dissolventes Carbopol Urtrez 21 Ethomeen Etilcelulosa Madrid Produtos y equipamentos para la restauraci n 2001 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 62 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar benz lico aplicado com pincel e deixando atuar cerca de 10 minutos depois removido l l l a l com etanol 96
12. Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 21 Estratigrafia Al Prepara o original no manto Fig 22 Estratigrafia A11 Prepara o posterior no joelho de Cristo Fig 23 Prepara o original Fig 24 Amostra da prepara o original cr 24 Luz transmitida Amplia o 100x Fig 25 Prepara o provavelmente posterior Fig 26 Amostra da prepara o posterior Gesso luz transmitida amplia o de 100x O conhecimento das t cnicas de execu o e dos materiais utilizados na policromia e douramento das esculturas v o permitir a identifica o da sua natureza e consequentemente o poss vel conhecimento das causas das suas modifica es Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Informa es que s o essenciais para estabelecer os princ pios da interven o mais corretos No que diz respeito s an lises estratigr ficas foram recolhidas quinze amostras segundo as diferentes tonalidades da policromia para a caracteriza o das camadas existentes em cada rea e tamb m como forma de confirmar a presen a ou n o de repolicromia e repintes Foram observadas reas com uma at quatro repolicromias e repintes exce o do manto da Virgem amostra 2 do interior do manto amostra 4 da t nica amostra 5 que apresentam a policromia original Na amostra recolhida do verso do manto da Virgem amostra 1 poss vel ve
13. na base foram possivelmente realizadas pela a o humana com a fun o de decorar a base com mantos ou rendas utilizando elementos met licos de pequenas dimens es para fixar estes materiais Fig 76 159 e 160 Fig 76 Exemplo das perfura es 6 2 Camadas superficiais existentes na pe a 6 2 1 A n vel da camada de prepara o e Exist ncia de v rias lacunas nomeadamente no manto da virgem na m o direita do Cristo na base e no bloco do verso Fig 77 6 2 2 A n vel da folha met lica 50 e Verificam se algumas lacunas no sud rio e no manto e vestido da Vigem Fig 78 6 2 3 A n vel da camada policroma e Lacunas vis veis em v rias reas da base no manto e vestido da virgem nas carna es e no sud rio Fig 79 Fig 77 Lacuna a n vel da camada de Fig 78 Lacuna a n vel da folha de Fig 79 Lacuna a n vel da camada Prepara o OUTO policroma Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar eCamadas superficiais em risco de destacamento a n vel da camada de folha met lica e camada policroma sobretudo em reas envolventes de lacunas a n vel do suporte de fendas de aberturas de juntas de elementos met licos oxidados e aca almente em reas em Goes IDE GEL Fig 80 Destacamento das camadas policroma da m o o 20 do Cristo contra o do suporte S o vis veis principalmente no manto e t
14. nica da Virgem sud rio e base as reas menos afetadas s o as carna es cabelo e barba do Cristo Isto aconteceldevido as contra es da madeira Na maioria das reas houve uma redu o do suporte ou seja o suporte retraiu e como as camadas de prepara o de folha de ouro e policromia n o acompanharam essa retra o 51 formou se um espa o livre entre a madeira e Fig 81 Destacamento acentuado no interior do o die r pi s manto as camadas superficiais originando o seu destacamento Outro fator que poder ter proporcionado o destacamento destas camadas a exist ncia da espessa camada de goma laca sobre a superf cie causando uma grande press o sobre estas Figs 80 e 81 e Os estalados observam se em v rias reas da escultura sobretudo no peito do Cristo no sud rio no v u e no manto da Virgem Fig 82 Estes s o pequenas fissuras na camada policroma dano que ocorre devido ao comportamento higrosc pico da madeira ao longo do tempo tens es locais natureza do ligante perda de coes o das massas e m Fig 82 Estalados no v u e rosto de Maria tanina 100 execu o t cnica 100 QUEIMADO Paulo GOMES Nivalda Op Cit p 179 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e Diversas reas superficiais sobretudo a n vel da camada de folha met lica e policroma apresentam sinais de desgaste dano q
15. podendo ser complementado com a Carta Psicrom trica para ter um resultado mais completo e exato das condi es ambientais do local A monitoriza o peri dica deste espa o um aspeto Importante porque permite caso existam grandes oscila es da temperatura e humidade agir atempadamente Caso os ndices de humidade relativa se apresentem muito elevados aconselh vel a utiliza o de desumidificadores quando esta se apresenta acima de 75 B SOUSA Concei o Borges de CARVALHO Gabriela AMARAL Joana Plano de preserva o preventiva Bases orientadoras normas e procedimentos Lisboa IMC 2007 p 82 Conselho internacional de museus Como gerir um Museu Manual pr tico Fran a Franly S A 2004 p 63 Consulta online http www icom org br Running 20a 20Museum tra pt pdf 132 Ibidem p 63 133 Conselho internacional de museus Op Cit p 63 134 Acarta Psicom trica um gr fico da rela o entre a temperatura humidade absoluta e humidade relativa ou seja a rela o entre os valores obtidos da temperatura e a humidade relativa obtemos a humidade absoluta Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 68 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar provoca o risco de corros o de elementos met licos fragiliza es ou mesmo destrui o de adesivos em madeiras r gidas ou fr geis Quando as temperaturas se apresentam demasiado elevadas provoca o enfraquecimen
16. ria da obra Na interven o foram utilizados materiais cujas caracter sticas e efeitos s o estudados e conhecidos sabendo se segundo o n vel atual de conhecimento que n o representam um perigo para os materiais originais sendo compat veis com eles e facilmente revers veis como refere o artigo 9 do ECCO Diretrizes profissionais ID a 44 109 c digo de tica e Limpeza mec nica superficial de poeiras Utilizando uma trincha e pincel de cerdas macias como forma de remover todas as poeiras existentes na pe a Facilitando assim tamb m os posteriores tratamentos Fig 198 Pr fixa o pontual da camada de policromia e repolicromia folha met lica destas camadas prepara o e da camada de prepara o ao suporte foram realizados previamente a este tratamento testes de adesividade tendo sido utilizados a cola de em HO desionizada a tyloseO DD D O peixe Fig 87 Prefixa o da policromia da base H2O desionizada Etanol 96 e o BEVA J tilizando a esp tula quente 1 E C C O Diretrizes profissionais IN C digo de tica 2003 p 2 Consulta online http www estt ipt pt download disciplina 2848 C C3 B3digo 20de 20 C3 AItica ECCO pdf 110 Adesivo de origem proteica com maior ades o e menor viscosidade comparada a outras colas de origem animal como gelatina e cola de coelho Bom adesivo para a fixa o de camadas policromas ou Candidata obten o de grau de mestre
17. utilizado o Codak Poc CR 260 A exposi o 2m de dist ncia foi de 60s com corrente de 6 3 mA e tens o de 70 KV 53 Consultar anexo 6 Exames p g 97 54 Os n s s o tecidos que formam os ramos das rvores nestas reas da madeira as fibras s o orientadas de maneira diferente sendo mais dura que o resto do tronco Por isso na fase da secagem a madeira do n vai contrai diferentemente da madeira que est em seu redor In ROSADO Op Cit p g 50 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 21 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar No rosto da Virgem s o vis veis dois c rculos perfeitos que correspondem aos olhos de vidro As carna es principalmente o rosto da Virgem apresentam se em tons mais claros ou seja na radiografia as reas que se encontram mais claras t m maior opacidade aos raios x devido presen a do branco de chumbo na policromia Este pigmento muito opaco e contem um elemento pesado na sua composi o o chumbo sendo este um dos maiores fatores da opacidade aos raios x Na liga o do rosto ao cr nio da Virgem existem duas cavilhas de madeira mas a partir da radiografia n o poss vel verificar a sua presen a devido ao grande poder de opacidade do branco de chumbo que n o permite que vejamos muito para al m das camadas mais superficiais i Na radiografia n o foi poss vel identificar a cavilha de madeira existente na liga o do rosto
18. 14 snig educ atlas 4 pdf e Conselho internacional de museus Como gerir um Museu Manual pr tico Fran a Franly S A 2004 p 57 consulta online http www 1com org br Running 204 20Museum trad pt pdf e CREMONESLP Modificar las propiedades y la acci n del agua y de los disolventes org nicos incrementando su viscosidade gracias a los gelificantes S 1 s n consulta online http ge nc com files Cursos Cremones1 Ponencia pdf e CRUZ Ant nio Jo o A mat ria de que feita a cor os pigmentos utilizadas em pintura e a sua identifica o e caracteriza o Consulta online http Scidade files wordpress com 2008 04 a materia de que e feita a cor pdf e CUEVAS Ariadna Mendoza MARTIN Liliet Nodorse CALAS Manuel ALONSO Hugo An lisis f sico qu mico de materiales art sticos de la pintura Colonizaci n M xico Francisco Sans y Cabot 1863 Conserva n 12 2008 p 10 consultaonline http www dibam cl dinamicas DocAdjunto 1341 pdf e DRUMOND Maria Cec lia de Paula Preven o e conserva o em Museus Consulta online http www museus gov br sbm downloads cadernodiretrizes sextaparte pdf e F C C O Diretrizes profissionais ID C digo de tica 2003 Consulta online http www estt 1pt pt download disciplina 2848 C C3 BI3digo 20de 20 CI A 9tica ECCO pdf e LETONA Ana Carras n L pez Preparaciones dorado y policromia de los retablos en madera S 1 Grupo Esp nol del JC Consulta onli
19. 7 T cnicas e materiais de execu o p 135 65 ad Ce Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 127 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 35 Estratigrafia da amostra 10 amplia o 40x Fig 36 Estratigrafia da amostra 10 amplia o 100x A amostra estratigr fica com quatro repolicromias ou repintes A9 tem 10 estratos como verificamos nas Figs 35 37 28 Fig 37 Estratigrafia 9 amplia o 100 x Fig 38 Recolha da amostra 9 Posteriormente foi realizada outra an lise estratigr fica de uma amostra retirada da base AIZA Fig 39 Devido remo o de repintes e vernizes envelhecidos e Ro 67 verificou se a exist ncia de folha de ouro em pequenas reas da base 66 PORN i E Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 129 67 ae a a Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 1132 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 39 Estratigrafia da amostra 12A amplia o 100x Fig 40 Pormenor da exist ncia de folha de ouro na base Em rela o an lise de identifica o de aglutinantes proteicos e oleicos que consiste na colora o das amostras estratigr ficas com corantes espec ficos para os materiais proteicos e para os oleicos permitindo di
20. Cit p 426 435 10 Reintegra o crom tica Interven o com vista reconstitui o da integridade policroma ou pict rica da obra por meio de retoques de cor nas lacunas ou massas de preenchimento aplicadas limitados aos seu contornos utilizando materiais revers veis LOPEZ C C Influencias das patologias da pintura na descodifica o da imagem Conserva n 6 S 1 s n 2002 p 6 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 58 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar utiliza o desta ajuda a definir as formas Deve ser utilizado o m nimo de tr s cores poss veis sendo o ideal tr s cores aplicados sobre uma prepara o branca perfeitamente plana O tamanho e espessura dos tra os como tamb m a proximidade entre eles dependem da rea da lacuna e do objeto a Intervencionar Em reas das carna es cabelo e na base utilizar se ent o o tratteggio modelado em reas de estofado como o sud rio manto interior do manto e vestido da Virgem o tratteggio modelado efeito ouro o que melhor se ajusta aos diferentes volumes e formas existentes nos panejamentos mantendo sempre o respeito pelo original Aplica o geral da camada de prote o necess rio aplicar se uma camada protetora sobre a superf cie da pe a de maneira a protege la de agentes qu micos como poluentes e poeiras e agentes biol gicos tais como insetos xil fagos fungos e bact rias e roedores
21. e o Kr Na espectroscopia de difus o de Raman s o verificados valores correspondentes ao pigmento Azurite O Fe aparece devido contamina o do vidro o Cu devido presen a do pigmento azurite o Au devido exist ncia de folha de ouro na amostra o Ti e o As poder ter sido resultado de contamina o uma vez que o tit nio s foi utilizado na europa a partir de 1920 em rela o ao ars nio dever ser contamina o do azul do repinte na rea vizinha Na amostra A3 do branco do sud rio o FRX reconheceu picos correspondentes ao Zn Ti e As Em rela o an lise de espectroscopia de difus o de Raman foi inconclusiva devido a n o apresentar quaisquer valores Mas n o h duvida que se trata de branco de zinco um pigmento de xido de zinco Em rela o ao Ti e As poder ter haver com alguma contamina o da amostra No vermelho da t nica A4 os picos dos elementos Fe Cu Au Pb e As s o vis veis atrav s da an lise FRX de referir que esta amostra poderia tratar se de um vermelho de chumbo ou de um vermelho de realgar dado que no ponto 10 54 no gr fico e 77 de FRX poss vel verificar o Pb e o As e por terem cores semelhantes Mas ao ii GETTENS Rutherford J STOUT Geroge L Painting Materials A Short Encyclopadia New York Dover Publications 1966 p 60 61 1 GETTENS Rutherford J STOUT Geroge L Op Cit p 52 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Do tm vs tm
22. leitura dos valores crom ticos especialmente no manto interior e exterior da Virgem no sud rio e em toda a rea da base Este escurecimento apesar de ser um processo normal das resinas naturais intensifica se pela a o conjunta de fatores ambientais como o calor S sa O a luz e a contamina o atmosf rica RONDON Ana Conserva o e restauro da pintura sobre madeira p 8 Consulta online http 74 86 231 44 marciabr voi images stories pdf pintura sobre madeira pdf 29 06 2012 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 53 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 7 Metodologia de interven o Tendo como objetivo salvaguardar a obra de arte detentora de uma multiplicidade de valores sendo os mais importantes o conceito art stico hist rico e patrimonial e com a inten o de os transmitir s gera es futuras torna se necess rio abrandar os processos de degrada o que dizem respeito mat ria refor ando a sua consist ncia f sica procurando restituir mesmo que apenas potencialmente e naquilo que for poss vel o aspeto original ou uma melhor leitura Sabendo do estado de conserva o da pe a previamente analisado poder se ia ter optado por uma conserva o curativa que se baseia em a es diretas e indiretas com o objetivo de adiar ou retardar os fatores respons veis pela deteriora o e consequentemente a preven o de danos futuros criando
23. lises Os exames e an lises s o sempre necess rios quando se quer aprofundar o estudo de uma obra quer as t cnicas ou mat rias quer o seu estado de conserva o quer ainda perceber a extens o de danos Para tal foram realizados exames e an lises da pe a em estudo ajudando tamb m a definir uma metodologia de interven o mais adequada Foram realizados os seguintes exames e an lises Em rela o aos exames foram realizadas fotografias de luz vis vel que tem como finalidade elaborar um estudo documental da obra antes e durante a interven o apontando todas as altera es que v o ocorrendo na obra e tamb m no fim da interven o Figs 18 a 207 fotografias de fluoresc ncia de ultravioleta que v o permitir visualizar descontinuidades e interven es realizadas como repintes vernizes massas de preenchimento e observar a regularidade do trabalho de remo o de vernizes Figs 22 a 25 fotografias de luz monocrom tica de s dio que tem como finalidade visualizar zonas escondidas por vernizes amarelecidos revelar repintes e outras altera es superficiais ainda faculta as diferen as de reflex o aumentando os contrastes entre retoques e repintes Figs 27 e 28 e por fim temos os exames radiogr ficos este tipo de exame permite obter informa es acerca da estrutura Interna da pe a atrav s das diferentes opacidades que cada constituinte material emite assim sendo as zonas que se apresentam mais claras cor
24. os materiais originais e com os que possam vir a ser utilizados ao longo da interven o Ser eficaz a restabelecer a ades o entre as camadas Ser est vel N o alterar o aspeto dos materiais onde aplicado Ter uma viscosidade e uma tens o superficiais adequados ao material que pretende fixar N o ser toxico o Limpeza mec nica superficial Para permitir um melhor equil brio visual para evitar a contamina o de agentes de deteriora o tais como micro e macrorganismos e para melhor a efic cia dos restantes tratamentos necess rio efetuar este tratamento em toda a extens o da obra Desmontagem de blocos Como j foi referido anteriormente existem v rios elementos na base da pe a que foram mal fixados posteriormente sua produ o sendo necess rio a sua desmontagem para permitir a remo o dos adesivos envelhecidos e uma melhor uni o destes elementos 13 VILLARQUIDE Ana Op Cit p 128 134 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 55 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Remo o de interven es anteriores massas de preenchimento adesivos vernizes e repintes A remo o destes materiais fundamental pois al m de desvirtuarem a leitura da pe a como j foi referido n o cumprem qualquer fun o e prejudicam os materiais que os rodeiam Em rela o s massas de preenchimento estas n o preenchem totalmente as juntas de blocos
25. presentes na superf cie da base utilizados para a fixa o de decora es para culto um elemento que se localiza no sud rio abaixo da perna esquerda de Cristo e um elemento met lico presente no pulso destacado da Virgem Uma vez que os elementos met licos removidos destas reas j n o podem ser utilizados novamente porque se encontram totalmente em corros o ser o substitu dos por cavilhas em madeira e Imuniza o preventiva da escultura Apesar de n o haver ind cios de ataque de Insetos xil fagos ativo existem vest gios da sua presen a no passado nomeadamente pelas galerias existentes na base da pe a deste modo necess rio recorrer se Imuniza o que consiste em aplicar um produto inseticida composto por subst ncias qu micas com efeito biocida que eliminam os agentes biol gicos e previnem um novo ataque futuro Liga o de blocos colagens como j foi referido existem tr s elementos destacados do conjunto deste modo necess rio realizar se a montagem antes dos procedimentos posteriores Os blocos em causa s o o rosto pulso e m o esquerda da Virgem e um pequeno fragmento da base Tratamento de fendas e lacunas do suporte e nivelamento este tratamento confere maior estabilidade e resist ncia ao suporte e impede a introdu o e acumula o de sujidades e organismos vivos Estes preenchimentos ser o efetuados nas lacunas de suporte anteriormente referidas no diagn stico Posteriormente e
26. que perdeu o seu poder de ades o ou poder dever se incompatibilidade dos materias ou mau manuseamento Os elementos destacados s o o rosto o pulso e m o esquerda da Virgem e um fragmento da base Fig 73 e 155 Fig 73 Pormenor do destacamento do pulso de Maria Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e A escultura apresenta sinais de ataque biol gico inativo sendo percept vel pelas galerias vis veis no seio da madeira e pelos orif cios de sa da causados pelos insetos xil fagos Fig 74 Este Fig 74 Sinal de ataque biol gico inativo ataque deteta se pontualmente em algumas reas do verso base provocando perdas pontuais de suporte e consequentemente das camadas superficiais que este sustentava resultado da falta de coes o e da perda de resist ncia da mat ria lenhosa Este dano ocorreu essencialmente devido falta de controlo das condi es ambientais do local proporcionando o aparecimento de insetos xil fagos neste caso os anobideos caruncho provocando pequenos orif cios na madeira e Presen a de grande n mero de elementos met licos oxidados muitos deles num estado avan ado de oxida o apresentando uma tonalidade avermelhada caracter stica dos produtos de corros o do ferro S o vis veis seis elementos met licos oxidados situados no sud rio junto ao p direito dois pr ximos no mesmo
27. s c XVI Ilha de S Miguel s c XVII Fig 5 Nossa Senhora da Piedade do Convento de S o Francisco na Ribeira Grande Ilha de S o Miguel s c XVIII MARTINS Francisco Ernesto de Oliveira A escultura nos A ores Angra do Hero smo Secretaria Regional da Educa o e Cultura Dire o Regional dos Assuntos Culturais 1983 p 245 Ibidem p 250 e Ibidem 251 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Em rela o Piedade da Ribeira Grande Fig 5 verifica se similaridades nos panejamentos esvoa antes e pregueados no rigor anat mico dos corpos e na representa o rochosa da base No caso da Nossa Senhora da Piedade da igreja das Merc s em vora Fig 6 datada no s c XVIII embora a imagem fotogr fica n o seja muito expl cita verificam se algumas similaridades nomeadamente o posicionamento do tronco e bra os de Cristo e os bra os e m os de Maria principalmente a m o direita sobre o sud rio segurando Cristo Fig 6 Nossa Senhora da Piedade da igreja das Merc s em vora Em rela o Pi ta de Vila do Conde Fig 7 esta tem caracter sticas do per odo barroco que tamb m est o presentes na obra em estudo principalmente o tratamento dado as formas do cabelo e barba bem como o trabalho dado aos panejamentos embora nesta pare am mais delicados devido ao grande n mero de pregueados O posicionam
28. seu objectivo estabilizar o objecto no seu estado actual introduzindo poucas modifica es visuais 2003 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 66 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 9 Proposta de manuten o Um plano de manuten o essencial para garantir a longevidade da obra Visto o local expositivo n o apresentar as condi es mais favor veis para a preserva o da pe a como j foi referido anteriormente Para aumentar o tempo de preserva o desta escultura necess rio minimizar os efeitos do comportamento higrosc pico em fun o da varia o da humidade relativa do local expositivo O controlo da humidade relativa deste local vai diminuir o risco de mudan as dimensionais da escultura controlo este que dever ser realizado segundo par metros espec ficos para a esp cie de madeira da obra seu estado de conserva o o clima e localiza o do espa o que est exposta Para obras em madeira os valores mais favor veis de HR e T s o respetivamente 50 e 19 BN Segundo Lu s Casanovas os fatores de degrada o podem classificar se nos fundamentais nos secund rios e nos acidentais No primeiro ponto temos os par metros que definem o meio ambiente s o eles a luz a polui o a HR e a T no segundo grupo temos os parasitas o mau acondicionamento e transporte incorreto por fim tal como o nome indica s o referentes a inc ndios cat strofes natur
29. testes foi detetado que a carga da amostra de prepara o original constitu da por Carbonato de C lcio Cr CaCO3 e a da amostra de prepara o posterior sulfato de c lcio didratado Gesso CaSO 2H50 Fig 24 e 26 Observadas a microsc pico tico a prepara o original de cor branca contendo um aspeto granuloso e translucido a prepara o posterior tamb m apresenta cor branca mas tem gr o fino e mais opaca em rela o original Em rela o ao ligante destas prepara es a sua identifica o foi inconclusiva uma vez que n o foi poss vel determinar a sua natureza proteica ou oleica nem se ocorreu impregna o ou contamina o de aclutinantes Embora em Portugal como em Espanha no barroco fosse utilizado geralmente o sulfato de c lcio nas prepara es o que se verifica que neste caso particular isto n o aan acontece como se pode depreender das an lises 57 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 115 58 Assunto tratado no ponto da identifica o de aglutinantes 5 CONGRESSO INTERNACIONAL 29 30 e 31 de outubro de 2002 A escultura policromada religiosa dos s culos XVII e XVII Os Bustos Relic rio Alguns casos not veis da escultura seiscentista de barro em Alcoba a MOURA Carlos BARREIRO Alexandrina Ribeiro Isabel Lisboa Rocha Artes gr ficas Lda 2002 p 131 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 23 Nossa Senhora da Piedade
30. 46 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e Nesta pe a as aberturas das juntas de liga o de blocos apresentam se em grande n mero problem tica que ocorreu devido s mudan as de temperatura e humidade relativa que a pe a sofreu ou seja quando uma escultura em madeira est exposta a humidade elevada dilata devido ao ganho de gua e contrai com a perda de gua estas varia es volum tricas e dimensionais diferem segundo um plano de corte do tronco s o tr s as dire es geom tricas da madeira definidos pelo corte transversal radial e tangencial Fig 69 Neste caso a pe a apresenta estes tr s tipos de peg P P Fig 68 Abertura das juntas de liga o de blocos planos de corte e composta por v rias uni es de blocos cujas respetivas fibras apresentam dire es de corte opostas uma da outra ou seja d o se z z 47 comportamentos de contra o e dilata o diferentes facilitando danos no suporte principalmente a separa o dos blocos constituintes da obra fissuras e fendas Fig 68 97 Fig 69 Caracter sticas da retra o e contra o de pe as de madeiras afetadas conforme o posicionamento dos an is de crescimento e Presen a de fissuras principalmente e em grande n mero nos panejamentos Este tipo de dano acontece quando ocorrem comportamentos de contra o e dilata o da madeira devido s oscila es dos valores de humidade relativa e temperatu
31. 6 As amostras foram cortadas com bisturi e form es na amostra da base Amostra C e da cavilha Amostra B foi feito um corte radial noutro tipo de madeira foram cortadas duas amostras uma com corte transversal e a outra tangencial Amostra A e por fim na outra amostra da base Amostra D foi feito um corte transversal De seguida procedeu se ao tratamento das amostras para a posterior observa o a microsc pio tico e identifica o Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 104 SZUCS Carlos Alberto et all Estruturas de madeira Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnol gico Departamento de Engenharia Florian polis s n 2006 p 15 Consulta online http www ecv ufsc br secdepto graduacao planoensino AEstruturaMadeiras pdf Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 17 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 12 Recolha da amostra de madeira A Fig 13 Amostra A se o transversal vista a microsc pio 30X No caso da amostra B em observa o direta verificou se pela sua dureza mais dura cor marron escuro e textura grossa com pouco desenho e gr entrecruzada semelhante madeira de Sucupira Figs 14 e 15 Ap s a observa o a microsc pio foi poss vel detetar fibras libriformes de espessura m dia raios medulares e an is de crescimento sendo poss vel concluir por compara o com amostras padr o que se t
32. 98 e CLYDESDALE Amanda Chemicals in conservation a guide to possible hazards and safe use 2 ed s 1 Scottish Society for Conservation and Restoration 1990 e COELHO Beatriz Devo o e Arte Imagin ria Religiosa em Minas Gerais S o Paulo s n 2001 e CONGRESSO INTERNACIONAL 29 30 e 31 de outubro de 2002 A escultura policromada religiosa dos s culos XVII e XVII Historia e Evolu o da Policromia Barroca Espinosa Teresa Gomez REBOCHO CHRISTO Jos Ant nio MOURA Carlos PRADAS Ant nio Mart n LEFFTZ Michel NARANJO Maria Campoy Lisboa Rocha Artes gr ficas Lda 2002 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 71 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e CONGRESSO INTERNACIONAL 29 30 e 31 de outubro de 2002 A escultura policromada religiosa dos s culos XVII e XVII Os Bustos Relic rio Alguns casos not veis da escultura seiscentista de barro em Alcoba a MOURA Carlos BARREIRO Alexandrina Ribeiro Isabel Lisboa Rocha Artes gr ficas Lda 2002 e FORJAZ Pamplona Jorge Solar de Nossa Senhora dos Rem dios Canto e Castro S 1 Instituto hist rico da Ilha Terceira 2 ed 1996 e GETTENS Rutherford J STOUT Geroge L Painting Materials A Short Encyclopadia New York Dover Publications 1966 e Grupo Oceano o Mundo da Arte Autores Movimentos e estilos Barcelona Oceano e HARLEY R D Artists pigments 1600
33. Azul do manto repinte importante referir que a FRX foi realizada sobre amostra recolhidas e posteriormente fixas em l minas antes desta an lise foi feita a calibra o do cobre devido l mina conter picos significativos de Fe realizou se tamb m a calibra o do vidro para n o induzir em erro valores de Fe existentes nas amostras Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 146 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o esquema da recolha de amostras p 116 BURGIO Lucia CLARK Robin J H Library of FT Raman spectra of pigments minerals pigment media and vernishes and supplement to existing library of Raman spectra of pigments with visible excitation Department of chemistry Chistopher Ingold laboratories University College London 20 Gordon Street London WC1H OAJ UK London Elsevier 2000 p 1500 HARLEY R D Artists pigments 1600 1835 London Works Butterworths amp Co Publishers Ltd 1970 p 75 76 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Intensity Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 650 0 3 600 A 3 3 f so E q Pp po 3 000 2 800 26004 Evatuatipn Copy 24004 2200 2 000 1 800 1 600 Gr fico 2 Amostra A1 picos correspondentes azurite Em rela o ao azul do manto de Maria amostra A2 atrav s do FRX foram identificados picos correspondentes ao Fe Cu Ti Au As
34. Este procedimento foi realizado em simult neo com a fixa o Fig 92 Antes da remo o da goma laca Fig 93 Depois da remo o da goma laca e Remo o de repintes Os repintes azuis foram removidos com o mesmo gel solvente utilizado na remo o do verniz recorreu se ao papel japon s aplicando depois o gel A remo o foi realizada com a ajuda do cotonete 63 e bisturi Recorreu se ao gel porque este permite uma grande dissolu o em pouco Fig 94 Remo o do Repinte azul da base tempo e tamb m porque tem a vantagem de diminuir o poder penetrante de um l quido ou solu o Atrav s dos g is pode se misturar entre si componentes que de outra forma n o se poderiam misturar Foi utilizado ent o o gel de solvente Fig 204 206 deixando atuar cerca de 15 minutos nas reas de dif cil remo o foi Fig 95 Solvente gel atuando para a remo o do repinte azul das costas da Virgem 120 CREMONESI Paolo Op Cit p 11 consulta online http ge iic com files Cursos Cremonesi Ponencia pdf Data 16 07 2012 121 Sendo composto ent o por 1 5g de Carbopol 2 5ml Ethomeen C25 base e tensioactivo 12 5ml Alcool benzilico 62 5ml de Acetona e 50 ml de gua Receita reformulada por Andr s S nches Ledesma com base na receita de Richard Wolbers 22 Mn LEDESMA Andr s S nchez SEDANO Ubaldo P REZ Susana SOLER Juan Alberto DESPLECHIN H l ne PALAO Marta Sistemas para la eliminaci n o red
35. Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 1 Introdu o O presente relat rio surge no desenvolvimento do est gio do curso de Mestrado em Conserva o e Restauro de escultura em madeira policromada do Instituto Polit cnico de Tomar decorrido entre dia 11 de Setembro de 2011 e 12 de Junho de 2012 na Dire o Regional da Cultura Divis o do Patrim nio M vel e Imaterial sob a orienta o da Prof Carla Rego e da co orientadora Eug nia Silva tendo como estudo e Interven o numa escultura representando Nossa Senhora da Piedade proveniente da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento de Angra do Hero smo Neste est gio foram postos em pr tica os conhecimentos te ricos e pr ticos adquiridos durante a Licenciatura em Conserva o e Restauro e primeiro ano de Mestrado tendo se mostrado de grande valor para o presente estudo Os temas que ser o desenvolvidos neste relat rio s o os seguintes um primeiro de grande import ncia onde ser abordada a contextualiza o hist ria e art stica da pe a e um ponto de partida para os seguintes pontos um segundo onde ser o recolhidos dados sobre a hist ria dos propriet rios e locais por onde passou assunto de elementar import ncia para se perceber as condi es dos locais de exposi o onde esteve principalmente as diferentes varia es de humidade relativa e temperatura que sofreu num espa o de tempo compreendido entre 1980 data em que ocorreu
36. Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Em geral os ligantes da camada de prepara o tornou se inconclusiva uma vez que estas apresentam colora o com os dois reagentes utilizados tornando se assim dif cil de identificar se t m natureza proteica ou oleica Nas carna es j n o acontece o mesmo uma vez que mostram ser de natureza oleica Em rela o presen a de uma pasta de papel em v rias reas da obra principalmente em locais de fendas e lacunas procedeu se a uma identifica o destas fibras para de algum modo saber a composi o destas pastas e de alguma forma saber quando poder ter sido realizada esta interven o para tal efetuou se a identifica o das mesmas A amostra quando observada a microsc pio requer uma especial aten o sua cor e a morfologia Depois de realizados os procedimentos t picos de desfibragem da amostra e sua colora o observando se a microsc pio determinou se que se trata de Pasta Qu mica Crua Figs 41 46 t Consultar anexo 8 Restauros anteriores p 167 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 30 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 42 Fenda do Coisa Em rela o aos m todos de an lise de fluoresc ncia de raios x e espectroscopia de difus o de Raman foi poss vel verificar a natureza dos pigmentos presentes nesta obra A espectroscopia de difus o de Raman complementada com o FRX per
37. S lvia Lu s 60 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 371 em White Spirit nas reas de cera resina Todo este procedimento de fixa o foi auxiliado com a esp tula quente temperatura de 60 e 70 C Foi tamb m feito um teste com Colletta t No entanto o adesivo que apresentou maior poder de adesividade logo mais eficaz foi a tylose a 1 5 Figs 199 201 Este procedimento foi realizado in meras vezes devido ao elevado grau de risco de destacamento das camadas superficiais nomeadamente a folha met lica e a camada policroma dificultando a fixa o das mesmas Sendo estre tratamento tamb m realizado depois em simult neo com outros tratamentos posteriores devido dif cil ades o das camadas Fig 88 rea do manto antes da fixa o da Fig 89 rea do manto depois da fixa o da policromia policromia pict ricas destacadas composto de carbono hidrog nio oxig nio e nitrog nio In Associa o Brasileira de conserva o restaura o de bens culturais Materiais empregados em conserva o restaura o de bens culturais Rio de janeiro Universidade federal do Rio de Janeiro Escola de belas artes 2011 pp 33 e5l HI Cola de peixe a 5 dilu do em H O a esta solu o foi adicionada um biocida NipaginO Metil hidroxibenzoato como forma de erradicar e prevenir poss veis atos de micro e macrorganismos Foi dilu do 0 25g do biocida em etanol a 96
38. a obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 8 Nossa Senhora da Piedade de Pernambuco Brasil Fig 9 Nossa Senhora da Piedade da Catedral de Granada barroco final 2122 Grupo Oceano o Mundo da Arte Autores Movimentos e estilos Barcelona Oceano p 93 E http ficonacional blogspot com 2010 03 01 archive html data 22 11 2011 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 10 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 2 3 Proveni ncia 2 3 1 Solar de Nossa Senhora dos Rem dios Esta escultura encontrava se na Capela de Nossa Senhora dos Rem dios com a respetiva Cruz No dia 1 de Janeiro de 1980 devido aos estragos causados pelo sismo na capela a pe a foi levada para um armaz m na freguesia da Concei o onde ficou exposta a poeiras e sem MP A quaisquer preocupa es ambientais de Fig 10 Capela de Nossa Senhora dos Rem dios humidade relativa e temperatura Depois foi levada para uma casa na freguesia do Porto Martins pertencente ao centro juvenil que albergava jovens tendo sido por fim foi transportada para o ex Albergue Distrital na canada da Penha de Fran a freguesia de S o Pedro onde se instalou o Centro Juvenil Jo o Baptista Machado Mais tarde a pe a foi guardada atr s da capela do edifico do Centro Juvenil sem que tenha havido quaisquer cuidados relativamente humid
39. ada Em rela o an lise de espectroscopia de difus o de Raman para esta amostra foi inconclusivo Na rea da carna o do ombro de Cristo A8 atrav s da FRX podemos verificar os mesmos elementos que na amostra anterior sendo que o Ti o nico que varia no seu n mero O que se pode concluir que o Ti est presente na ltima repolicromia existente na rea da recolha da amostra 7 verificando se uma maior concentra o de Ti o que n o acontece na rea da carna o onde foi recolhida a amostra 8 devido inexist ncia desta ultima repolicromia Em rela o ao Zn este ser devido a uma repolicromia anterior referida por fim o Pb e o Fe corresponder o mistura do branco de chumbo e da siena queimada utilizadas na policromia original Nesta amostra o Raman tamb m foi inconclusivo Em rela o A9 correspondente ao vermelho claro do sangue na an lise de FRX poss vel verificar a presen a de Pb Zn e Fe a presen a de Zn ser devido repolicromia da carna o como j foi explicado anteriormente o Pb poderia ser devido ao branco de chumbo da policromia original mas sendo esta amostra referente a um vermelho claro que representa o sangue poderia ser um vermelho de chumbo e a o Fe era devido lamina que contem a amostra mas analisando a cor vermelha nota se facilmente que se trata de uma tinta industrial de fraca qualidade e neste caso dado os elementos presentes o mais prov vel ser um vermelho
40. ade e temperatura adequada permanecendo at ser entregue pela Irmandade Nossa Senhora do Livramento ao cuidado da Secretaria Regional da Educa o e Assuntos Sociais a permanecendo at dia 6 de Mar o de 1998 data em que entrou no antigo Centro de Estudo Conserva o e Restauro dos A ores CECRA O Solar dos Rem dios ou Solar do Provedor das Armadas como tamb m conhecido localiza se no Corpo Santo freguesia da Concei o no centro hist rico da cidade e Concelho de Angra do Hero smo Este conjunto foi iniciado no s c XVI por Pero Anes do Canto Provedor das Armadas em 1527 O sucessor seu filho Ant nio Pires do Canto mandou construir a capela por volta de 1540 Na primeira d cada do s c XVI houve uma grande altera o no conjunto casa e ermida a mando do neto de Ant nio Manuel do Canto e Castro Consultar anexos 5 Solar de Nossa Senhora dos Rem dios p 87 Este conjunto encontra se classificado como Im vel de Interesse P blico pela Portaria n 14 1978 de 14 de Mar o publicado no Jornal Oficial da regi o Aut noma dos A ores I S rie n 6 revogada pela resolu o n 28 80 de 29 de Abril classifica o consumida por inclus o na zona central da cidade de Angra do Hero smo Decreto Legislativo Regional n 15 84 A de 13 de abril e Decreto Legislativo Regional n 29 99 A de 31 de Junho ambos revogados pelo Decreto Legislativo Regional n 15 2004 4 de 6 de abril In Jornal Oficial
41. ais e vandalismo Ainda segundo Lu s Casanovas com base na teoria de Michalski s o nove os agentes de deteriora o que provocam danos ou perda para o acervo destacando se ent o as for as f sicas diretas ladroes e v ndalos inc ndios gua pragas 129 Para contaminantes radia o temperaturas incorretas e humidade relativa incorreta prevenir a obra destes agentes necess rio ter em conta v rios par metros de preven o como os seguintes Dever haver uma inspe o peri dica da exist ncia de pestes procedimento Importante para evitar ataques de insetos xil fagos sendo aconselhada uma imuniza o regular de estruturas de madeira envolventes O Interior do edif cio dever manter se limpo para evitar deposi o de poeiras e sujidades nas obras O contacto com a pe a dever ser evitado Se for necess rio uma limpeza superficial esta dever ser feita mas tendo especial cuidado utilizando pinceis trinchas ALARC O Catarina Prevenir para preservar o patrim nio museol gico Consulta online http mnmachadodecastro imcip pt Data Documents Prevenir 20para 20preservar 200 20patrimonio 2Omuseol C3 B3gico pdf 128 Centro de estudo conserva o e restauro dos A ores Op Cit p 37 38 12 Ibidem p 37 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 67 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar de cerdas macias devendo utilizar luvas de algod o p
42. al Uma vez que a pe a pertence a esta capela pensamos que n o deveria perder a sua contextualiza o colocando a no espa o de origem tendo especial aten o ao controlo ambiental com uma monitoriza o peri dica E de grande import ncia referir ainda que os dois elementos do conjunto a base e a respetiva cruz dever o receber tratamento conservativo uma vez que se encontram fragilizadas com elementos met licos oxidados e com diverso tipo de sujidades Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 69 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 10 Conclus o Com o t rmino do est gio e depois de reunidos e tratados os dados relativos ao estudo e an lise da pe a podemos aceitar como conclusivas algumas ideias havendo no entanto lacunas documentais e ou cient ficas que nos suporte afirmar ou concluir outras tais No que diz respeito ao percurso hist rico da obra de lamentar a falta de Informa o n o sendo poss vel obter conhecimento do poss vel autor nem do local de produ o sabendo se apenas atrav s das evidentes caracter sticas estil sticas da pe a que a sua poca de produ o ter sido nos finais do s c XVII pelo que se trata de uma escultura Barroca Ainda no que diz respeito ao local de produ o e entrando j no ponto da Investiga o das t cnicas e materiais da escultura poder se dizer que uma vez conhecidos os materiais do suporte esta n o po
43. ara manusear a pe a Se poss vel recorrer a t cnicos especializados Se a obra tiver novamente a finalidade de culto dever evitar se a coloca o de velas ou de flores perto da mesma E n o permitir que haja contacto direto por parte dos crentes Ter especial cuidado em inspecionar telhados portas e janelas estes dever o ser seguros prevenindo assim infiltra es entrada de agente poluentes e altera es da temperatura e humidade relativa No edif cio devem existir sistemas autom ticos de supress o de inc ndios como tamb m extintores de incendio devidamente colocados e com as respetivas placas identificativas Ter o cuidado com a escolha da ilumina o tendo o cuidado de n o utilizar luzes intensas luz solar direta e luzes el tricas fortes Para possibilitar a leitura global dos fatores clim ticos do ambiente interno do edif cio em fun o do clima local o propriet rio poder recorrer a um termohigr grafo em que registada a temperatura e a humidade relativa do local ou utilizando outros aparelhos como term metros registar a temperatura do ar higr metros medir a HR do ar e higr grafo Registo continuo da HR Isto vai ter como objetivo investigar e planear possibilidades de controlo da temperatura e humidade relativa com os limites de toler ncia recomend veis para a especificidade do acervo podendo ser registado periodicamente durante um per odo indeterminado uma semana um m s ou um ano
44. as condi es timas conserva o seguindo a linha de Cesare Brandi se a adi o deturpa desvirtua ofusca oculta parcialmente a vis o da obra de arte essa adi o deve ser removida e apenas se dever procurar tanto quanto poss vel a sua conserva o parte a documenta o e o registo do per odo hist rico que deste modo removido e apagado do corpo vivo da obra 2006 p 61 Contudo atrav s da observa o da extensibilidade dos danos e com o intuito de facilitar e devolver a sua compreens o e significado hist rico com respeito pela sua est tica de enorme valor pelos seus valores hist rico art sticos e culturais apesar de a pe a estar bastante degradada poss vel aplicar tratamentos considerados de restauro que respeitem a sua dualidade hist rica e art stica sem desvirtuar o aspeto est tico Assim sendo optou se por uma interven o n o s conservativa mas tamb m numa vertente de restauro uma vez que entramos no campo do restauro quando n o h risco Imediato e se o que est em causa facilitar ou tornar poss vel a leitura de um objeto OS tratamentos devem ser realizados respeitando sempre o princ pio de Interven o m nima Foi tido em conta que alguns dos danos e interven es anteriores que a escultura apresentava de um modo geral diminu am a sua Integridade f sica e deturpavam a sua leitura correta tais como a oxida o dos elementos met li
45. com formas onduladas nas cores quentes que s o muito utilizadas neste per odo com o intuito de real ar o dramatismo e principalmente pela presen a dos olhos de vidro em Maria dando um realismo teatral Os olhos de vidro Amaral Um curioso tipo de Nossas Senhoras da Piedade Guimar es Gaspar Pinto de Sousa Scors 1960 p 1 8 Teixeira Maria Em lia de Amaral Op Cit p 1 Estofado t cnica de policromia aplicada sobre soda a madeira entalhada por meio da qual se dora toda a superf cie e se pintam em cima com ponta de pincel os motivos decorativos cobre toda a superf cie dourada para depois rasgar a pintura aparecendo todos os tra os In CALVO Ana Conservaci n y restauraci n materiales t cnicas y procedimientos de la A a la Z Barcelona s n 1997 p 95 10 Esgrafitado t cnica de desenho ou decora o na qual se risca com pouca profundidade sobre a superf cie superior para revelar a superf cie interior O esgrafito a marca e a forma que a ferramenta imprimiu sobre a superf cie ISBN 972 776 727 9 Fevereiro 2004 Escultura Normas de Invent rio Escultura Artes Pl sticas e Artes Decorativas 1 ed IPM Lisboa Cromotipo Artes gr ficas Lda p 123 ll Puncionado Marca o das partes dourada com o aux lio de um instrumento met lico em forma de bast o contendo na extremidade desenho em alto relevo ROSADO Alexandra conserva o preventiva da escultura colonial m
46. cos a espessa camada de 102 a Centro de estudo conserva o e restauro dos A ores Boletim semestral n 1 Lu s E Casanovas A conserva o preventiva o conceito a sua evolu o e enquadramento A classifica o dos fatores de degrada o S 1 Gr fica Maiadouro 1998 p 36 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 54 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar verniz lacunas provocadas por insetos xil fagos pastas de preenchimento grosseiras repintes e juntas de liga o de blocos abertas Para tal foi elaborada uma metodologia de interven o com vista a restituir a unidade est tica e f sica da obra contendo os seguintes pontos Pr fixa o geral da camada policroma camada de prepara o e da camada de prepara o ao suporte Esta etapa fundamental devido ao elevado grau de destacamento das camadas superficiais sendo necess rio proceder se pr via fixa o das camadas em toda extens o da pe a antes de qualquer outro tratamento Em toda a dimens o desta obra est presente um grande levantamento das camadas superficiais originais e n o originais mas principalmente das camadas da folha met lica e policroma ou seja as originais Tendo em conta que o adesivo ir penetrar nas diversas camadas sendo esta uma Interven o irrevers vel a sua escolha deve ser cuidada devendo corresponder s seguintes caracter sticas Ser compat vel com
47. da Virgem devido ao problema referido anteriormente Fig 20 Radiografia da frente da Pi ta i CRUZ Ant nio Jo o A mat ria de que feita a cor os pigmentos utilizadas em pintura e a sua identifica o e caracteriza o p 9 consulta online http 5Scidade files wordpress com 2008 04 a materia de que e feita a cor pdf 5 CONGRESSO INTERNACIONALU 29 30 e 31 de outubro de 2002 Os Bustos Relic rio Alguns casos not veis da escultura seiscentista de barro em Alcoba a actas Lisboa Rocha Artes gr ficas Lda 2002 p 68 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 22 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 4 2 Superf cie 4 2 1 Materiais Os materiais presentes na superf cie da pe a s o v rios prepara es aglutinantes folha met lica e pigmentos Para se identificar cada um destes materiais procedeu se a v rias an lises Em rela o s prepara es s o compostas por uma carga e um ligante os quais queremos identificar Para tal foram realizados testes microqu micos para a identifica o de duas amostras de prepara es recolhidas de uma rea de poss vel prepara o original manto da Virgem e outra de prepara o provavelmente posterior rea intervencionada perna de Cristo devido a ter um aspeto mais grosseiro que a original e tamb m por estar numa fenda que j foi intervencionada anteriormente Figs 23 e 25 Depois de realizados os
48. das no FRX pode se concluir que o pigmento presente na rea do cabelo e barba de Cristo seja de uma terra sombra ou seja Brown ochre and umber Fes03 MnO O Pb corresponder ao pigmento branco utilizado na mistura do castanho original e o Ti e o Zn corresponde ao branco que foi misturado no castanho da repolicromia Na carna o do p direito de Cristo A7 elementos que s o detectados nesta amostra pelo FRX s o o Zn Ti Fe e o Pb A explica o poss vel para a presen a destes elementos a seguinte uma vez que corresponde carna o do p de Cristo rea que sofreu duas repolicromias normal o aparecimento do Zn e do Ti correspondentes ao branco de zinco e ao branco de tit nio sendo que o Zn s come a a ser mais utilizado no s c XIX e o Ti a partir do inicio do s c XX portanto pode se concluir que estes dois pigmentos foram utilizados nas repolicromias Em rela o ao Pb corresponde a um branco de chumbo misturado com uma terra composta por uma percentagem de Fe que vai proporcionar o rosa da carna o Tendo em conta o aparecimento do Fe nesta amostra o mais prov vel que seja mesmo devido a uma terra podendo ser a Siena HARLEY R D Op Cit p 137 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 34 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar queimada Burnt Sienna Fe 03 esta terra pode conter entre 50 e 70 de ferro na sua composi o tem uma cor castanha avermelh
49. de Tomar refer ncia ao Jos de Arimateia que ter pedido o corpo de Cristo para que o pudessem enterrar amortalhando o o corpo num len ol e depositando o num sepulcro A pe a em estudo posterior data de constru o da capela do Solar de Nossa Senhora dos Rem dios N o se sabe quem foi o escultor desta obra mas poder ter sido encomendada ou ent o fruto de uma doa o em termos escult ricos esta obra n o est bem conseguida pois o suporte constitu do por um enorm ssimo n mero de blocos o que veio a prejudicar a estabilidade da pe a Outro problema o facto de o escultor n o ter seguido corretamente as propor es anat micas do corpo humano nomeadamente as pernas do Cristo que s o mais curtas n o estando em propor o com o resto do corpo Em rela o aos panejamentos e vestes estas exibem a t cnica decorativa do estofado apresentando uma estratigrafia tipo com prepara o bolus folha met lica e camada crom tica de grande qualidade verificando se a presen a de motivos vegetalistas e geom tricos variados atrav s do esgrafitado e do puncionado No entanto devido s suas caracter sticas podemos afirmar que uma escultura de in cios do s c XVII pois apresenta caracter sticas do per odo barroco nomeadamente pelo trabalho empregue na execu o dos panejamentos criando uma certo volume com pregas bastante marcadas e ondulantes no tratamento dado s madeixas do cabelo e barba
50. de liga o e encontram se sobre a policromia devendo ser removidas No caso dos adesivos necess rio a sua remo o porque est o envelhecidos e n o cumprem j a sua fun o original evidente nos elementos destacados do conjunto e em reas da superf cie da pe a junto a elementos que anteriormente foram colados rea da policromia manto da Virgem junto do bra o e reas envolventes dos elementos vegetalistas da base devido ao excesso de adesivo sobre a superf cie policroma No que diz respeito camada espessa de verniz do ponto de vista hist rico a sua remo o pode ser question vel visto ser testemunho de um modo de atua o dos materiais e da t cnica de aplica o de uma determinada poca mas visto que esta camada altera esteticamente a pe a encontrando se heterogeneamente espalhada e alterando as cores texturas brilhos transpar ncias e zonas opacas prejudicando tamb m a estabilidade das camadas superficiais ou seja provocando grande tens o entre estas a solu o dever ser a sua remo o uma vez que esta espessa camada apresenta grande risco para a conserva o da escultura por todos os motivos referidos Em rela o remo o de repintes ser necess ria devido a provocarem um aspeto Inest tico e grosseiro sendo que tamb m vis vel a exist ncia de alguma policromia original e repolicromia anterior debaixo deste repinte nomeadamente nas pernas e p s no bra o e m o direitos de Cristo e
51. de marte sint tico Mars red synthetic iron Fe203 Nesta amostra o Raman tamb m foi inconclusivo O mesmo acontece na amostra A10 referente ao vermelho escuro do sangue a exce o do pico do Zn que tem uma concentra o maior em rela o ao da amostra anterior o que quer dizer que a A10 poderia conter uma pequena rea da carna o do Cristo sendo que nas carna es que aparece o elemento Zn com uma concentra o t o elevada O vermelho de marte sint tico dever ter sido utilizado tamb m neste vermelho escuro do sangue No cinzento do joelho esquerdo All atrav s da an lise de FRX poss vel verificar os elementos Zn Fe e Ti O Zn corresponder repolicromia da carna o devido a apresentar um pico muito elevado como acontece nas amostras das carna es Visto a amostra ter sido recolhida de uma rea cinzenta dever conter negro mas uma 1 GETTENS Rutherford J STOUT Geroge L Op Cit p 148 e 156 O Ibidem p 148 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 35 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar vez que os negros cont m sempre carbono e o carbono tem como n mero at mico 6 n o vis vel nesta an lise este elemento porque o m todo do FRX s permitir analisar os elementos cujo n mero at mico se encontre entre 11 e 92 Em rela o an lise de espectroscopia de Raman n o permitiu certezas em rela o identifica o do pigmento mas f
52. der ter sido produzida nos A ores devido inexist ncia destas esp cies de madeira pelo que n o se poder excluir a possibilidade de terem vindo do continente portugu s para o arquip lago Ainda relativamente investiga o das t cnicas e materiais de execu o da pe a de um modo geral foi bem conseguida pois foram estabelecidas conclus es importantes para o melhor conhecimento desta obra apesar de se levantarem algumas quest es sobre determinados aspetos nomeadamente no material do suporte carvalho devido a existir um n mero muito vasto de esp cies de carvalho tornou se dif cil obter uma conclus o exata Tamb m as an lises de fluoresc ncia de raios X e a an lise de espectroscopia de difus o de Raman tornaram se inconclusivas para algumas amostras da camada policroma sendo imposs vel determinar a sua origem A finaliza o da interven o n o foi conseguida como se tinha previsto pela clara extens o dos danos e patologias que requeriam tratamentos bastante prolongados Relativamente ao processo interventivo surgiram algumas situa es nomeadamente a altera o de alguns procedimentos dentro da linha da metodologia de Interven o proposta inicialmente uma vez que no decorrer da interven o se tomou conhecimento do elevado estado de degrada o da pe a n o permitindo a realiza o de alguns tratamentos pela ordem prevista Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 70 Nossa Sen
53. destina a juntar unir partes elementos ou pe as que constituem uma obra esculpida In ISBN 972 776 727 9 Fevereiro 2004 Op Cit p 20 2 Drapeamento disposi o ou distribui o das pregas dos panejamentos e das vestes das esculturas In ISBN 972 7776 121 9 Fevereiro 2004 Op Cit p 120 5 Cauda de andorinha ou butterfly keys como lhe chamam os americanos era usados como forma de refor o das liga es de blocos In The structural conservation of panel paintings Historical overniew of panel making techniques in the northern countries Los Angeles s n Abril 1995 p 155 Consultar Anexo 7 t cnicas e mat rias de execu o Fig 52 p 112 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 20 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Com o objetivo de caracterizar a estrutura interna da pe a e comprovar as t cnicas acima referidas bem como o seu estado de conserva o foi realizada uma radiografia da escultura Devido necessidade de se obter o sentido dos elementos met licos e identificar melhor o n mero de blocos foi realizada uma radiografia frontal lateral e superior Devido s grandes dimens es obra na sua largura a radiografia lateral foi realizada apenas na rea das figuras tendo a radiografia da base sido realizada de cima Fig 20 Atrav s da radiografia foi poss vel verificar que a obra constitu da por trinta blocos unidos por elementos met l
54. do efetuada a remo o do repinte dos p s e pernas de Cristo iiac Reconsiliicio S lum nica do dedo da m o direita de Cristo Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Atrav s do exame radiogr fico foi poss vel verificar as reas em que houve reconstitui o volum trica como por exemplo os dedos dos p s do Cristo a madeira utilizada na reconstitui o diferente da original aparece menos opacidade que na madeira original da pe a Fig 67 Fig 67 Pormenor da liga o da reconstitui o dos dedos do p 45 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 6 Diagn stico O estado de conserva o foi analisado distinguindo se problemas no suporte e nas camadas superficiais Al m da observa o macrosc pica minuciosa utilizou se a lupa binocular e realizaram se os exames e analises j referidos e documentados nos pontos anteriores com o objetivo de obter um diagn stico mais correto e rigoroso ER elaborando se um levantamento de todos os danos e patologias e suas extens es 6 1 Suporte Antes de descrever todos os danos e patologias existentes no suporte Importante ter em conta que o material da pe a em estudo com o tempo sofreu altera es nomeadamente varia es na sua dimens o devido a varia es bruscas de humidade relat
55. e Policromia nas Esculturas em Minas Gerais no S culo XVIII O interior inacabado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Concei o em Catas Altas do Mato Dentro um monumento exemplar Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais Belo horizonte 1996 p 13 Tese de doutoramento Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Nas reas das carna es e cabelo de Cristo n o existe estofado pelo que nestas reas sobre a madeira era aplicada uma encolagem depois uma prepara o branca a camada policroma e por fim a camada de prote o As carna es s o representadas por tons naturais conferindo lhes uma sensa o de realismo e vida longe da representa o artificial com um acabamento mate A partir das carna es mate podiam se obter A E e x 89 efeitos mais naturalistas de transpar ncia e matizar todos os pormenores pretendidos CONGRESSO INTERNACIONAL 29 30 e 31 de outubro de 2002 Op Cit p 45 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 39 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 5 Restauros antigos Numa observa o direta da pe a poss vel verificar que esta j teria apresentado problemas de conserva o no passado explicando assim a exist ncia de variad ssimos restauros anteriores Figs 52 e 54 Contudo observando se a fotografia de fluoresc ncia de ultravio
56. entalhe Esta obra apresenta uma caracter stica comum com obras da mesma poca no fato de tentar apelar ao observador o sentimento de dramatismo tristeza e dor Nos A ores existem v rias a esculturas representando a Piedade no entanto n o t m muita similaridade com a pe a em estudo como podemos verificar nos registos fotogr ficos seguintes Na Piedade da igreja de S Francisco Fig 4 encontramos alguns pontos semelhantes nomeadamente a presen a da cruz do resplendor os panejamentos esvoa antes e muito pregueados o posicionamento dos corpos a express o dram tica nos rostos a representa o de elementos vegetalistas e rochas na base Em contrapartida o corpo de Cristo na obra em estudo apresenta se mais atl tico enquanto aqui se verifica um corpo magro com costelas salientes Outro ponto importante em que tamb m diferem o caso dos panejamentos n o havendo tanto rigor nem realismo na Piedade de S Francisco e pelo que se consegue observar haver tamb m menor qualidade ao n vel da camada policroma 12 COELHO Beatriz Devo o e Arte imagin ria religiosa em Minas Gerais S o Paulo s n 2005 p 217 218 Consultar Anexo 4 Caracter sticas de Piet s do per odo Barroco p 82 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 3 Piedade da igreja da Praia da Ilha Fig 4 Piedade da igreja de S Francisco da Graciosa
57. ento dos bra os de Cristo e da m o de Maria s o semelhantes 17 LIMA Fernando de Castro Pires A Virgem em Portugal Vol 2 Porto Edi es euro p 658 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 7 Pi ta da Igreja Matriz de Vila do Conde s c XVIII S No caso da Nossa Senhora da Piedade de Pernambuco no Brasil Fig 8 pode se verificar que a postura das figuras muito semelhante com as da obra em estudo como tamb m o trabalhado dos panejamentos o olhar de Maria levantado ao c u e a problem tica das pernas de Cristo mais curtas por fim em rela o Nossa Senhora da Piedade da catedral de Granada Fig 9 na base da pe a que encontramos parecen as ou seja a representa o de rochas e elementos vegetalistas sobre a folha met lica necess rio referir que durante a interven o da pe a em estudo foi dado conta da exist ncia de pequenas reas de folha met lica debaixo de repintes e do verniz envelhecido pelo que se poder concluir que a base original seria toda coberta a folha e 2 e E 20 de ouro e depois aplicada a policromia e a t cnica decorativa 18 LIMA Fernando de Castro Pires Op Cit Vol 1 p 157 Consultar anexo 4 Caracter sticas de Pi tas do per odo barroco p 86 20 Ser abordado no ponto das T cnicas e materiais de execu o e no anexo 7 an lises estratigr ficas p 132 Candidat
58. fazendo um ngulo de 60 e a perna direita est assente com o p sobre a base fazendo aproximadamente um ngulo de 50 A cabe a do Cristo encontra se desca da sobre a perna esquerda de Maria que o segura com a m o direita debaixo do bra o dele agarrando juntamente o sud rio branco que o envolve e se prolonga at aos p s O cabelo e barba de Cristo t m formas onduladas e s o de cor castanha escura a boca e os olhos encontram se fechados Nas reas do pesco o pulsos bra os testa joelhos e peito de Cristo representado sangue das chagas e a cor cinzenta contorna as feridas Maria est com uma t nica um manto azul e um v u branco Apresenta se de boca entreaberta e com olhos de vidro transmitindo um olhar triste As duas imagens est o sobre uma base decorada com elementos vegetalistas e rochas no lado esquerdo da base pode ver se um l rio s mbolo Ani x PE 24 5 pureza e inoc ncia antigamente associado fertilidade e ao amor er tico Consultar anexo 1 Medidas da escultura p 76 JOVER Manuel le Christ dans l art Monaco editions Sauret 1994 p 163 Consultar anexo 2 Representa o gr fica da escultura p 78 TRESIDDER Jack Os s mbolos e o seu significado um guia ilustrado da interpreta o de mais de 1000 s mbolos Lisboa Editorial Estampa 2000 p 94 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar
59. fus o de Raman complementado com a an lise de FRX mais vi vel e conclusiva por contr rio sozinho muito dif cil obter uma conclus o precisa Sendo que nas outras amostras de carna es o branco de chumbo muito evidente neste caso tamb m foram encontrados pela an lise de Raman valores referentes ao mesmo pigmento n o sendo poss vel identificar mais nenhum material pict rico presente nesta amostra S MATTEINI Mauro MOLES Arcanjo Ciencia y restauraci n M todo de investigaci Hondarribia s n 1984 p 133 se GETTENS Rutherford J STOUT Geroge L Op Cit p 148c 83 Ibidem p 105 84 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 158 85 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 158 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 36 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Na amostra A17 referente ao cinzento do reverso da base por todos os problemas referidos na amostra anterior a identifica o dos constituintes desta amostra n o foram poss veis Verificou se apenas atrav s da observa o visual desta rea que a colora o acinzentada corresponde a uma tinta industrial e posterior de fraca qualidade 3 2 2 T cnica Em rela o t cnica utilizada nas camadas superficiais nas reas destinadas a receber estofado recorria se primeiramente aplica o de uma encolagem que tinha como finalidade fechar os po
60. gica realizada para quatro tipos de madeira existentes na pe a em causa ou seja foram recolhidas duas amostras da base da pe a uma da cavilha existente na cabe a da Virgem e outra da madeira que constitui as imagens Virgem e Cristo Em rela o amostra A a partir da observa o direta constatou se que se tratava de um pinho devido s suas caracter sticas dureza mais brandas ou macias cor amarela esbranqui ada com veios mais escuros e textura macia aquando a observa o a microsc pio verificou se que se tratava mesmo de uma madeira resinosa Figs 12 e 13 As madeiras dos pinhos s o bastante simples na sua anatomia Na sec o transversal verificam se os lenhos iniciais e os tardios ou seja os an is de outono formados durante o outono inverno apresentando uma cor mais escura as c lulas s o mais estreitas e as paredes grossas em rela o aos an is da primavera estes formam se durante a primavera ver o verificam se assim de cor mais clara as c lulas s o mais largas e as paredes mais finas Os an is da primavera s o menos densos porque sofrem um crescimento mais r pido ao contr rio dos an is do outono Identificam se tamb m canais resinosos e um t pico alinhamento radial dos raios medulares ou par nquimas radiais Podemos concluir tratar se de uma esp cie oriunda da Am rica do Norte o Pinho Resinoso Pinus Resinosa 3 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 103 3
61. gional do Trabalho e Solidariedade Social com sede no edif cio Solar dos Rem dios em Angra do Hero smo 2 3 2 Condi es do local de exposi o Neste momento a capela de Nossa Senhora dos Rem dios n o est dispon vel para culto utilizada pela Secretaria Regional dos Assuntos Sociais para palestras Como j foi referido foram realizadas v rias interven es na mesma principalmente a reconstru o quase total de 1980 Atualmente manifesta grandes problemas de humidade relativa verificando se infiltra es principalmente nas paredes estruturais Os sistemas de ventila o deste edif cio Janelas e portas s o mantidos fechados a maior parte do dia devido a quest es de seguran a o que por um lado vai favorecer um ambiente mais est vel aos agentes qu micos como poluentes poeiras e gases e 23 FORJAZ Pamplona Jorge Solar de Nossa Senhora dos Rem dios Canto e Castro 2 ed S 1 Instituto hist rico da Ilha Terceira 1996 p 13 2 FORJAZ Pamplona Jorge OP Cit p 15 FORJAZ Pampelona Jorge Op Cit p 22 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 12 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar por outro um espa o sem qualquer tipo de ventila o tornando condi es ambientais prop cias para o aparecimento de agente biol gicos Como foi referido no local verificam se ind cios de humidade relativa elevada esculturas ou outras obras que e
62. hora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 11 Bibliografia e Associa o Brasileira de conserva o restaura o de bens culturais Materiais empregados em conserva o restaura o de bens culturais Rio de Janeiro Universidade federal do Rio de Janeiro Escola de belas artes 2011 e BORGIOLI Leonardo Espessantes para dissolventes Carbopol Urtrez 21 Ethomeen Etilcelulosa Madrid Produtos y equipamentos para la restauraci n 2001 e BRANDI Cesare Teoria do Restauro 1 ed Amadora Edi es Orion 2006 e BURGIO Lucia CLARK Robin J H Library of FT Raman spectra of pigments minerals pigment media and vernishes and supplement to existing library of Raman spectra of pigments with visible excitation Department of chemistry Chistopher Ingold laboratories University College London 20 Gordon Street London WC1H OAJ UK London Elsevier 2000 e CALVO Ana Conservaci n y restauraci n materiales t cnicas y procedimientos de la A a la Z Barcelona s n 1997 e CARVALHO Albino Madeiras Portuguesas estrutura anat mica propriedades utiliza es Vol II Dire o Geral das Florestas S 1 s n 1997 e Centro de estudo conserva o e restauro dos A ores Boletim semestral n 1 Lu s E Casanovas A conserva o preventiva o conceito a sua evolu o e enquadramento A classifica o dos fatores de degrada o S 1 Gr fica Maiadouro 19
63. icos e por colagens Com este exame comprovou se que a separa o de alguns blocos vis vel no exterior continuando no sentido do interior A rea da base cont m mais elementos met licos do que o resto da pe a s o tamb m vis veis na base em reas do manto da Virgem pequenos elementos met licos que dever o ter sido colocados posteriormente como forma de fixa o de elementos decorativos rendas flores etc No bra o direito do Cristo tamb m se verifica um parafuso na rea de liga o dos blocos devido a interven es posteriores Atrav s da radiografia observam se os veios da madeira o que veio comprovar que os blocos constituintes da pe a n o est o todos no mesmo sentido das fibras da madeira ou seja obtidos atrav s de cortes diferentes Tamb m vis vel um n da madeira na zona do peito peito de Cristo Os n s s o tecidos formados pelos ramos das rvores apresentam maior dureza e as fibras s o orientadas de maneira diferente Estes n s s o resimmosos podendo liberar a resina durante muito tempo o que ter provocado o aparecimento estalados na camada policroma Os n s podem classificar se em n s vivos mortos e viciosos Neste caso trata se de um n vivo ou seja proveniente dos ramos que se mant m aderentes rvore at esta ser abatida 5l COELHO Beatriz Op Cit p g 238 2 Usando uma ampola da marca GE General Electric modelo GE Proteus XR A na digitaliza o foi
64. ineira em cedro estudo preliminar para estimar flutua es permiss veis de humidade relativa Minas Gerais Escola de Belas Artes UFMC 2004 Disserta o de Mestrado P g 41 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar come aram a ser empregues j no ltimo ter o do s c XVI eram colocados pelo exterior ou pelo Interior mas na primeira metade do s c XVIII que quase todas as pe as aparecem com olhos de vidro embora ainda existam algumas com olhos esculpidos e pintados O processo mais comum para a coloca o dos olhos de vidro era ap s o termino do entalhe quando o escultor abria a cabe a da figura no sentido vertical sentido da dire o das fibras entre a face e o cr nio e escavava a parte interna da cabe a abrindo o lugar para as rbitras e colocava os olhos fixando os com uma cera A t cnica da coloca o dos olhos acima referida apresenta similaridades com a utilizada na pe a em estudo A coloca o dos olhos foi realizada ap s o entalhe apresentando a escultura um corte no rosto da Virgem a rea do rosto que foi escavada abrindo lugar para as rbitras depois aplicados os olhos de vidro e foi colocada a massa de preenchimento n o identificada como forma de fixa o Ainda se verificam cavilhas de madeira cortadas na rea de liga o do rosto cr nio ao conjunto o que confirma que a face foi cortada verticalmente depois do
65. irgem no cabelo barba e feridas de Cristo e por fim na base No len ol que envolve o Cristo deteta se que anteriormente este seria de cor branca como o atual mas com a t cnica de Fig 57 Repolicromia no rosto da Virgem 41 esgrafitado encontram se os tra os do mesmo ainda um pouco salientes sobre a repolicromia Fig 58 Em rela o ao len o da Virgem sabe se que repolicromia porque ainda existem vest gios da policromia original como se pode verificar nas Figs 138 e 149 Em rela o s carna es do Cristo e da Virgem verifica se a presen a de Fig 58 Repolicromia do sud rio repolicromia atrav s de pequenas lacunas Fig 57 o mesmo acontece no cabelo e barba de Cristo Por fim na representa o das feridas n o h qualquer d vida que tenham sido aplicadas posteriormente uma vez que as carna es s o posteriores confirmado pelas an lises e tamb m porque se apresentam exageradas e irreais principalmente no escorrimento das gotas de sangue Na base tamb m h presen a de repolicromia geral com representa es de elementos vegetalistas em tons de verdes e ocres Fig 136 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e Os vest gios de colagens s o evidentes porque na maioria dos casos apresentam se irregulares nas linhas de liga o e com escorr ncia ou acumula o de adesivo S o vis veis em seis
66. iva provocando juntas de liga o de blocos abertas fendas e fissuras Ainda em rela o humidade sabe se que o seu teor correspondente ao m nimo de gua livre e ao m ximo de gua de impregna o designado de ponto de satura o das fibras a perda de gua at este ponto origina problemas para a estrutura da madeira a partir do ponto de satura o das fibras a perda de humidade acompanhada pela retra o redu o das dimens es e aumento da resist ncia A madeira um material isotr pico ou seja tem comportamentos diferentes em rela o dire o de crescimento das fibras estas dire es variam de acordo com tr s eixos perpendiculares tangencial transversal e radial Com base nesta informa o podemos referir que os blocos da pe a n o est o ligados seguindo a mesma orienta o das fibras o que tamb m proporcionou a abertura das liga es de blocos Nesta pe a tamb m se verificam colagens de blocos de diferentes esp cies de madeira o que poder proporcionar retra es diferentes do material Outro ponto que pode ter levado ao mau estado de conserva o do suporte foram os processos de secagem da madeira ou seja uma secagem r pida pode provocar fendas na madeira Consultar anexo 9 levantamento patol gico pag 168 2 SZUCS Carlos Alberto et al Op Cit p 21 2 Ibidem p 24 Ibidem p 22 Ibidem p 30 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s
67. la o Amostra D tamb m atrav s da observa o direta verificou se que se trata de um Pinho pelas mesmas caracter sticas referidas acima na amostra A existiam no entanto d vidas acerca da esp cie por apresentar um grau de dureza menor que a do Pinho Resino Com a observa o microsc pica foi poss vel verificar a presen a dos an is de outono apresentando uma cor mais escura c lulas mais estreitas e as paredes grossas e os an is da primavera com cor mais clara c lulas s o mais largas e as paredes mais finas Figs 18 e 19 Por compara o com amostras padr o concluiu se ser pinho silvestre Pinus Sylvestris L esp cie presente no norte de Portugal Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 108 SILVA Joaquim Sande rvores e Flores de Portugal 2 Os carvalhais Lisboa Um Patrim nio a conservar Funda o luso americana 2007 p 47 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 110 4 A observa o direta da esp cie madeira foi realizada com a ajuda de um art fice da DPMI com forma o na rea do suporte em madeira CARVALHO Albino Madeiras Portuguesas estrutura anat mica propriedades utiliza es Vol II Dire o Geral das Florestas S 1 s n 1997 p 125 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 19 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 18 Recolha da amostra de madeira D Fig 19 Amo
68. leta e a fotografia monocrom tica de s dio t m se uma melhor compreens o e clareza da extens o destas interven es facilitando tamb m a sua identifica o Figs 53 e 55 Em rela o fotografia monocrom tica de s dio neste exame n o se aponta diferen as significativas apenas se denotam com mais defini o as zonas de prepara o vista das policromadas Figs 27 e 28 Fig 52 Fotografia com Luz vis vel Frente Fig 53 Fotografia de fluoresc ncia de ultravioleta Frente Fig 54 Fotografia com Luz vis vel Verso Fig 55 Fotografia de fluoresc ncia de ultravioleta Verso Devido ao extenso registo fotogr fico houve a necessidade de colocar algumas imagens em anexo ou seja deve ser consultado em simult neo o anexo 6 Exames p 89 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e Presen a de repintes pontuais em reas da base azulados e verdes Fig 56 nas duas pernas do Cristo abaixo do joelho Fig 135 no verso do manto da Virgem uma rea a azul Fig 134 A fluoresc ncia de ultravioleta atesta a presen a destes repintes de cor azul atrav s da diferente refra o da luz que estes emitem Fig 56 Repintes pontuais na base e Nesta pe a verifica se a presen a de repolicromias nas carna es do Cristo nas carna es da Virgem no panejamento que envolve o Cristo no v u da v
69. m reas da base em pequenas reas do manto e numa rea maior no verso do manto da Virgem Remo o de estearina Como j foi referido a presen a de cera de vela vis vel em reas da base no manto de Maria e na t nica Devido a n o cumprir qualquer fun o e a prejudicar a policromia da pe a cobrindo totalmente algumas reas necess ria a sua remo o Remo o de alguns elementos met licos oxidados A remo o destes elementos torna se necess ria para evitar a contamina o do suporte de madeira dos xidos met licos Estes xidos proporcionam a quebra do material lenhoso e posteriormente as camadas superficiais devido tens o que estes provocam Est o a provocar a altera o da cor do suporte da prepara o e da camada policroma Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 56 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Depois de estudados todos estes elementos chegou se conclus o que muitos j n o cumprem qualquer fun o e est o a prejudicar gravemente o material envolvente como tal a nica solu o e a mais correta a sua remo o isto quando a sua remo o n o danifique a obra ao n vel das camadas superficiais e do suporte caso contr rio deve se apenas eliminar os xidos e 1sol los de maneira a evitar a sua corros o futura e permitir uma melhor estabilidade Os elementos met licos a remover s o principalmente os de pequenas dimens es
70. mitiu chegar a conclus es mais seguras relativamente s composi es das camadas policromas visto que se completa a an lise elementar proporcionada pelo FRX com a Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 31 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar distin o das diferentes estruturas de materiais com a mesma composi o qu mica que o Raman permite As amostras utilizadas para estas an lises foram recolhidas das mesmas reas da pe a das amostras utilizadas para a an lise estratigr fica No que diz respeito amostra A1 azul do repinte do manto n o esquecendo que se trata de uma amostra de um repinte detetou se atrav s da FRX a presen a de tit nio T1 cobre Cu zinco Zn ferro Fe e ars nio As sendo que o ferro se deve l mina Gr fico 1 Em rela o ao Raman foi poss vel verificar valores semelhantes com os da azurite e o branco de tit nio Gr fico 2 A exist ncia do ars nio poder corresponder a um pigmento pouco utilizado por ser t xico a arsenite ou Scheele s green Cu As0 gt misturado depois a azurite e com o branco de tit nio e de zinco O pigmento Scheele s green foi criado pelo cientista sueco do mesmo nome no s c XVII e s come a a ser utilizado no in cio do s c XIX de produ o industrial embora n o mo o ad A 75 lhe seja dada grande utiliza o e import ncia por ser demasiado toxico Gr fico 1 Amostra 1
71. ndidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e Exist ncia de uma espessa camada de goma laca nas reas do manto da Virgem tanto no exterior como no Interior deste no v u e na t nica deteta se uma espessa camada de goma laca na base no cabelo e barba de Cristo e no sud rio que envolve Cristo tamb m est presente Fig 145 A fotografia de ultravioleta comprovou a exist ncia e a extens o desta camada de verniz amarelecido que prejudica sobretudo as camadas superficiais criando grande press o nas mesmas ao ponto de provocar fissuras e posteriores destacamentos tornando se assim um problema nesta pe a Fig 62 Fig 62 Fotografia de ultra violeta real ando a espessa camada de verniz na superf cie e Foram efetuadas algumas pr fixa es pontuais na pe a joelho direito da Vigem no rea do manto junto da base e em duas reas do sud rio devido ao elevado destacamento das camadas superficiais Este tratamento foi efetuado por um funcion rio da DPMI quando a pe a deu entrada na mesma tendo sido utilizada a cera resina para este procedimento Fig 63 Fig 63 Pormenor de uma rea do manto onde existiu fixa o com cera resina e Verificam se pequenas manchas de tinta no verso da pe a abaixo das costas da Virgem Maria Fig 147 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Ins
72. ne http www geiic com files Curso 20retablos 202004 AnaC_Policromia pdf Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 74 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e LOPEZ C C Influencias das patologias da pintura na descodifica o da imagem Conserva n 6 S 1 s n 2002 Consulta online http www dibam cl dinamicas DocAdjunto 5 pdf e SOUZA Luiz Ant nio Cruz Evolu o da Tecnologia de Policromia nas Esculturas em Minas Gerais no S culo XVIII O interior inacabado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Concei o em Catas Altas do Mato Dentro um monumento exemplar Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais Belo horizonte 1996 Tese de doutoramento e SZUCS Carlos Alberto et al Estruturas de madeira Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnol gico Departamento de Engenharia Florian polis s n 2006 p 15 Consulta online http www ecv ufsc br secdepto graduacao planoensino A EstruturaMadeiras pdf e RICHTER H G Dallwitz M J Madeiras comerciais Consulta online http delta Intkey com wood images sucup r Jpg e RONDON Ana Conserva o e restauro da pintura sobre madeira p 8 Consulta online http 14 86 231 44 marciabr voi images stories pdf pintura sobre madeira pdt e http ciarte no sapo pt conferencias html 200001 200001 htmlraman e httpwww mikrohamburg deHolzLaubholzz xL 20021 jpg e http www psicanaliseeba
73. o f sica biol gica e qu mica em obras de madeira Tendo o arquip lago dos A ores um clima temperado com humidade relativa do ar elevada todo o ano com valores m dio entre os 75 e os 80 h dias em que os valores rondam os 90 de humidade relativa ou seja com um clima deste tipo de esperar que a degrada o dos objetos seja mais r pida e provoque muito mais danos principalmente no suporte do que se estivesse exposto temperatura e humidade relativa adequada referidas anteriormente Segundo o artigo 14 do Decreto de lei n 80 2006 de 4 de Abril Di rio da Republica I S rie A DRUMOND Maria Cec lia de Paula Preven o e conserva o em Museus p 114 consulta online http www museus gov br sbm downloads cadernodiretrizes sextaparte pdf Data 6 06 2012 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 13 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar M dia da temperatura m nima do ar nos meses M dia da temperatura m xima do ar nos meses de Ver o de Inverno Terceira Terceira C oC N 24 12 23 11 22 10 21 9 20 8 19 E 18 6 17 5 16 4 a 30 Fig 11 M dias da temperatura m nima e m xima na Ilha Terceira 14 2 Atlas de Portugal Consulta online http 62 48 187 114 snig educ atlas 4 pdf Data 9 06 2012 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 3 Exames e An
74. o trabalho relativamente ao seu tamanho foi divido em dois volumes ou seja um primeiro volume o corpo de texto e um segundo com alguns dados documentais ou o seu desenvolvimento que foram enviados para anexo EC C O Diretrizes profissionais ID C digo de tica 2003 p l Consulta online http www estt ipt pt download disciplina 2848 C C3 B3digo 20de 20 C3 AMtica ECCO pdf Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 2 Identifica o Categoria Escultura de vulto pleno Subcategoria Escultura de vulto pleno Denomina o Piet Nossa Senhora da Piedade e Jesus Cristo Tema escultura de culto religioso com tema da arte crist condensa o drama da Virgem Maria colocado na presen a do corpo morto de Jesus nos bra os ap s a descida da cruz Dimens es cm 89 x 132 9 x 42 7 Fig 1 Nossa Senhora da Piedade 2 1 Descri o art stica e iconografia Normalmente esta cena crist aparece aos p s da cruz ou diante da entrada do sepulcro Esta pe a composta por um conjunto triangular definido pela base e pelo v rtice da cabe a feminina S o reconhecidas duas figuras uma masculina e uma feminina identificadas como sendo Jesus Cristo e Virgem Maria respetivamente Maria d a ideia de estar sentada e Cristo est deitado ao seu colo com as pernas sem estendidas para o lado direito a perna esquerda est fletida
75. oi poss vel obter alguns valores correspondentes ao Negro de fumo Lamp Black 0 Na amostra A12 recolhida da base atrav s da FRX poss vel verificar os elementos Fe Pb e Zn Havendo grande mistura de cores nesta rea como castanhos verdes e sendo apenas identificados os referidos elementos muito dif cil chegar a uma conclus o concreta Analisando pigmentos verdes ricos em ferro e chumbo chegou se ao pigmento Chrome green Fes Fe CN 6 3 PbCrO4 um pigmento bastante recente que surge no primeiro quartel do s c XIX e uma vez que a rea de recolha se trata de uma repolicromia faz sentido A nica quest o a presen a de Cr neste pigmento que na an lise de FRX n o detetado nesta amostra Em rela o ao Raman poss vel verificar alguns valores semelhantes aos do xido de Cr mio como podemos verificar no gr fico Em rela o amostra A15 referente carna o do rosto da Virgem esta devido a ter uma dimens o reduzida tal como acontece nas amostras seguintes A16 e A17 foi Imposs vel recorrer an lise de FRX pelo que se torna mais complicado determinar quais os elementos presentes No que diz respeito espectroscopia de difus o de Raman esta an lise foi inconclusiva pelo que n o poss vel identificar a origem do material pict rico desta amostra Em rela o carmna o da m o da Virgem A16 como j foi referido n o foi poss vel a realiza o da FRX Sendo que a espectroscopia de di
76. omar O Restauro de Madeira A t cnica e a arte de restauro de madeira explicada com rigor e clareza Colec es arte e of cios Lisboa editorial Estampa 1999 QUEIMADO Paulo GOMES Nivalda Conserva o e Restauro de Arte Sacra Escultura e Talha em suporte de madeira Manual T cnico s 1 s n ROSADO Alexandra conserva o preventiva da escultura colonial mineira em cedro estudo preliminar para estimar flutua es permiss veis de humidade relativa Minas Gerais Escola de Belas Artes UFMC 2004 Disserta o de Mestrado SAGU S F IZQUIERDO C O CAVARRUBIAS A B Interpretaci n de resultados de un teste de solubilidad para bernices Conserva N 9 S 1 s n 2005 Consulta online http www dibam cl dinamicas DocAdjunto 702 pdf SILVA Joaquim Sande rvores e Flores de Portugal 2 Os carvalhais Lisboa Um Patrim nio a conservar Funda o luso americana 2007 SCHWEINGRUBER Fritz Hans BORNER Annett SCHULZE Ernst Detlef Atlas of Stem Anatomy in Herbs Shrubs and Trees Vol 1 Verlag Berlin Heidelberg Springer 2011 SOUSA Concei o Borges de CARVALHO Gabriela AMARAL Joana Plano de preserva o preventiva Bases orientadoras normas e procedimentos Lisboa IMC 2007 TEIXEIRA Maria Em lia de Amaral Um curioso tipo de Nossas Senhoras da Piedade Guimar es Gaspar Pinto de Sousa Scors 1960 TRESIDDER Jack Os s mbolos e o seu significado um guia ilustrado da interp
77. pintes azulados na base e no verso da Virgem e pequenos vest gios das massas de 126 preenchimento amarelas e vermelhas 124 Cola branca um ster vin lico do tipo acetato composto por polihidrocarbonetos esterificados In In Associa o Brasileira de conserva o restaura o de bens culturais Op Cit 66 123 XylopheneO M2000 Produto inseticida e fungicida aquoso de tecnologia oleom trica destinado ao tratamento preventivo e curativo de madeiras s s ou atacadas Eficaz contra os ovos e larvas de insetos em madeira seca t rmitas fungos de podrid o e do azulamento compat vel com todos os tipos de acabamentos tintas vernizes velaturas etc 0 aquosos ou a solventes 126 Consultar anexo 6 Exames p 93 e anexo 11 Registo fotogr fico do aspeto final p 198 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 102 Aspeto final da Nossa Senhora da Piedade depois do termino do est gio Os procedimentos referidos anteriormente foram realizados at presente data deste relat rio pelo que os tratamentos seguintes referidos na proposta de interven o n o foram conclu dos ou realizados no tempo estabelecido de est gio Assim sendo foram realizados tratamentos apenas de conserva o curativa seguindo a linha de Salvador Mu oz Vi as Em geral os tratamentos conservativos s o bem compreendidos e aceites O
78. ra Fig 70 O mesmo ter acontecido com a obra em interven o uma que como j foi Fig 70 Variad ssimas fissuras no manto ROSADO Alexandra Op Cit p 53 A Figura SZUCS Carlos Alberto et al Op Cit p 22 8 VILLARQUIDE Ana La pintura sobre tela II S Sebastian Nerea 2005 p 28 39 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar referido esta sofreu variad ssimas varia es HR e temperatura ou seja a deforma o da madeira depende da dire o das fibras quando esta expande ou contrai at ao ponto de satura o sendo que a dire o tangencial tem uma maior deforma o e Verificam se v rias fendas sobretudo uma de grandes dimens es do lado direito no manto de Nossa Senhora prolongando se pelo peito do Cristo com uma abertura de 3 5 mm Fig 71 Este tipo de problem tica acontece pelos mesmos motivos das fissuras As fendas apresentam uma abertura entre o material do suporte Fig 71 Pormenor da grande fenda em Cristo e As lacunas ao n vel do suporte devem se provavelmente ao mau manuseamento da pe a como se verifica no bra o direito do Cristo junto ao ombro s o tamb m vis veis lacunas mas com menor destaque em reas do verso da base provocadas pelo ataque biol gico Fig 72 e Existem elementos que se encontram destacados do conjunto provavelmente devido ao envelhecimento do adesivo
79. rata de Sucupira da esp cie Bowdichia sp fam lia das Fabaceae esp cie 18 P E 41 proveniente da Am rica do sul tropical Fig 14 Recolha da amostra de madeira B Fig 15 Amostra B Se o radial vista a microsc pio 20X Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 107 RICHTER H G Dallwitz M J Madeiras comerciais Consulta online http delta intkey com wood images sucup r jpg data 14 12 2011 l Ibidem Consulta online http delta intkey com wood pt www papbo su htm Data 14 12 2011 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Em rela o Amostra Cf por falta de meios n o foi poss vel obter uma amostra expl cita lacuna facilmente colmatada com a observa o direta onde verificou tratar se de uma esp cie de carvalho Figs 16 e 17 Este tipo de madeira provem de rvores de grande porte com um desenvolvimento lento distinguem se pela sua grande resist ncia pela sua imensa dureza e durabilidade aquando da observa o microsc pica foi poss vel detetar ser uma folhosa com fibras libriformes e raios medulares Por compara o com amostras padr o 1dentificou se como de Carvalho Portugu s Quercus 43 Faginea podendo ser encontrada no centro e sul do pa s Fig 16 Recolha da amostra de madeira C Fig 17 Amostra C se o radial vista a microsc pio 20X Por fim em re
80. respondem a reas de maior espessura e densidade Em rela o conserva o e restauro fornece informa es acerca do estado conservativo da obra de elementos repintados sobre a camada original e da estrutura do suporte como o n mero de blocos em que constitu do densidade da madeira o ataque de insetos xil fagos os sistemas de uni o dos blocos detalhes da produ o art stica os elementos met licos que a obra contem e irregularidades do suporte Foram realizadas an lises microsc picas efetuadas pontualmente s o elas a an lise xilol gica que permite uma melhor compreens o e identifica o da esp cie de madeira da escultura por compara o das amostras de madeira da pe a com amostras padr o an lise de identifica o de fibras para determinar a natureza da pasta de papel l Consultar anexo 6 Exames p 89 2 As respetivas Fotografias encontram se no anexo 6 p 90 E QUEIMADO Paulo GOMES Nivalda Conserva o e Restauro de Arte Sacra Escultura e Talha em suporte de madeira Manual T cnico S 1 s n p 118 Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 103 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 15 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar encontrada em reas intervencionadas posteriormente testes microqu micos para a identifica o de prepara es com a finalidade de obter a natureza do material constituinte da prepara
81. reta o de mais de 1000 s mbolos Lisboa Editorial Estampa 2000 TAVOR A Bernardo Fern o de Tavares Imagin rio Luso oriental Colec o Presen as da Imagem Imprensa Nacional Casa da Moeda S 1 s n Abril 1983 VARGAS Helena Valente Estudo do envelhecimento de aglutinantes em t mperas proteicas por cromatografia liquida de elevada efici ncia Lisboa Universidade t cnica de Lisboa 2008 Tese de Mestrado em Qu mica VILLARQUIDE Ana La pintura sobre tela II Alteraciones materiales y tratamientos de restauraci n Vol 2 S Sebastian Nerea 2005 ISBN 972 776 72 1 9 Fevereiro 2004 Escultura Normas de Invent rio Escultura Artes Pl sticas e Artes Decorativas 1 ed IPM Lisboa Cromotipo Artes gr ficas Lda Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 73 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar e VINAS Salvador MUNOZ Teor a contempor nea de la restauraci n Madrid Editorial Sintesys 2003 e The structural conservation of panel paintings Historical overniew of panel making techniques in the northern countries Los Angeles s n Abril 1995 e Documentos eletr nicos e ALARC O Catarina Prevenir para preservar o patrim nio museol gico Consulta online http mnmachadodecastro imcip pt Data Documents Prevenir 20para 20preservar 200 20Opatrimonio 2Omuseol C3 B3gico pdf e Atlas de Portugal Consulta online http 62 48 187 1
82. retablos 202004 AnaC Policromia pdf Data 29 06 2012 61 Consultar anexo 7 t cnicas e materiais de execu o p 116 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 25 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Fig 27 Estratigrafia da amostra A2 amplia o 100x Fig 28 Recolha da amostra no manto da Virgem Amostras recolhidas com apenas uma repolicromia ou repinte Al A3 A6 A12 e A17 nestas reas s o vis veis 5 a 8 camadas estratigr ficas como no exemplo abaixo 6 referido Fig 29 Estratigrafia da amostra A3 amplia o 100x Fig 30 Recolha da amostra 3 no Sud rio 62 a n E Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 121 63 nn e q Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 122 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Em rela o s amostras com duas repolicromias ou repintes All e Al6 estas apresentam 5 e 6 estratos como podemos verificar na amostra 16 Fig 31 Fig 31 Estratigrafia da amostra 16 amplia o 100x Fig 32 Recolha de uma amostra no dedo da Virgem Nas amostras estratigr ficas com tr s repolicromias ou repintes A7 A8 A10 e 27 A15 verificam se entre 5 a 9 estratos Fig 33 Estratigrafia da amostra 8 amplia o 100x Fig 34 Recolha de uma amostra nas costas de Cristo 64 ga a Consultar anexo
83. revendo todos os tratamentos efetuados abordando em que consistiu cada um destes fazendo tamb m referencia aos produtos escolhidos e ao motivo da sua op o A interven o foi sempre guiada pelos princ pios ticos do conservador restaurador tendo em conta o respeito pela import ncia hist rica est tica e f sica da obra reduzindo a interven o ao m nimo indispens vel e poss vel como refere o artigo 5 do ECCO Diretrizes profissionais II c digo de tica de salientar que os tratamentos propostos na metodologia de interven o n o foram todos conclu dos devido ao estado de conserva o da obra Os tratamentos efetuados revelaram se muito morosos principalmente a pr fixa o das camadas superficiais que se encontravam em risco de destacamento e fixa o de muitas j destacadas Por fim segue se o estudo de um poss vel plano de manuten o para a Capela da Nossa Senhora dos Rem dios sendo que depois de intervencionada a Pi ta voltar ao local de origem Aborda se ainda a necessidade de serem intervencionados dois elementos constituintes do conjunto uma outra base e uma cruz que se encontram na mesma Capela importante tamb m referir que se tiv ssemos dispon veis outros meios de an lise para identifica o de t cnicas e materiais ter amos obtido resultados mais exatos e concretos uma vez que nem todas an lises realizadas nos deram resultados conclusivos Por motivos de organiza o d
84. rificar a exist ncia de um repinte pelo fato deste estrato de policromia ser pontual Em rela o s amostras recolhidas do sud rio amostra 3 do cabelo amostra 6 da base amostra 12 e do cinzento da rea das costas amostra 177 certo tratar se de repolicromias uma vez que se estendem numa maior rea ou seja n o s o pontuais Nas reas da carna o da m o da Virgem amostra 16 e no cinzento do joelho de Cristo amostra 11 verificam se duas camadas policromas Nas amostras recolhidas da carna o do p do Cristo amostra 77 carna o do Cristo amostra 8 vermelho escuro do sangue amostra 10 e da carna o do rosto da Virgem amostra 15 verificam se tr s camadas policromas Por fim na rea do vermelho claro do sangue de Cristo amostra 9 verificam se quatro camadas policromas A estratigrafia da obra muito heterog nea variando na sua complexidade desde reas apenas com policromia original passando por reas com repintes at reas com v rias repolicromias Assim sendo as reas onde n o se verifica a exist ncia de repintes ou repolicromia s o a parte exterior do manto da Virgem o interior do manto e a t nica A2 A4 e A5 que apresentam entre 5 a 7 estratos como podemos verificar no exemplo seguinte LETONA Ana Carras n L pez Preparaciones dorado y policromia de los retablos en madera S 1 Grupo Esp nol del IIC p 1 2 Consultado online http www genic com files Curso 20
85. ros da madeira preparando a para receber a camada de prepara o branca sob a qual era aplicado o bolo arm nio e de seguida aplicada d Fig 47 Exemplo de um corte estratigr fico folha de ouro ou a camada policroma na aus ncia Pesa de estofado e por fim a camada de prote o Fig 47 Nas reas do manto da Virgem tanto no Interior como no exterior do t nica e no sud rio embora s se verifique em algumas extremidades do acabamento do sud rio devido repolicromia sobre a policromia verifica se a t cnica decorativa do estofado com a presen a do esgrafitado e o puncionado ou seja sobre a folha de ouro aplicada a policromia Esta depois trabalhada tendo como objetivo colocar zonas de ouro a descoberto utilizando a t cnica do esgrafitado e puncionado No sud rio verifica se uso da t cnica do esgrafitado formando riscos na camada crom tica deixando vista o ouro no Interior do manto da Virgem presen a geral do esgrafitado formando linhas paralelas sendo que no acabamento deste panejamento se deteta a t cnica decorativa do puncionado formando uma linha de pontos no caso do exterior manto verifica se de forma geral o uso da t cnica do esgrafitado originando linhas paralelas e 87 l pontualmente o puncionado formando estrelas e elementos vegetalistas e por fim na t nica da Virgem vis vel o puncionado criando ramagens e flores Figs 48 e 49 s QUEIMADO Paulo GOMES Nivalda Op Cit p
86. rroco pro br portugues imagens1 htm e http www imcip pt Data Documents Laboratorio Exame de C3 Alrea pdf e http victoriavivancos blogspot pt 2009 02 preparacion de coletta italiana html e h tp pt wikipedia org wiki PretYoC3 ADO e http www nps gov history history online books vell knowlton sec3 htm e http delta intkey com wood pt www fagqu re htm e http www repository utl pt bitstream 10400 5 1716 1 REP H Pereira 8 pdf e http www microlabgallery com gallery QuercusRubraRS 100X 1 aspx e http ficonacional blogspot com 2010 03 01 archive html Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 75
87. s ao n vel da camada de prepara o e nivelamentos este procedimento para al m de ter a uma fun o protetora servindo de material de apoio e sustenta o da mat ria crom tica envolvente constitui a base para a reintegra o crom tica uniformizando a camada de prepara o para posteriormente efetuar a reintegra o crom tica necess rio preencher e nivelar estas lacunas com um material que contenha o mesmo tipo de comportamento que a camada de prepara o original Reintegra o ou integra o crom tica necess ria para devolver uma unidade est tica obra e permitir uma leitura adequada ou seja para al m da perda de Informa o hist rica art stica e simb lica as suas lacunas destacamentos e desgastes de policromia v o incondicionalmente interferir no racioc nio do espetador ao ler a imagem A t cnica de reintegra o crom tica que nesta pe a ser mais adequada visto tratar se de uma escultura com muitos volumes a diferenciada o tratteggio modelado com o objetivo de restituir unidade diferenciada o que original do que foi reintegrado respondendo deste modo exig ncia est tica e hist rica da obra Esta t cnica descrita como uma rede de tra os que acompanham as formas da pe a a ii SAGU S F IZQUIERDO C O CAVARRUBIAS A B Interpretaci n de resultados de un teste de solubilidad para bernices Conserva N 9 S 1 s n 2005 p 40 5 VILLARQUIDE Ana Op
88. ssencial proceder se ao nivelamento destes preenchimentos para permitir uma melhor uniformiza o com as camadas existentes e tamb m para facilitar a reintegra o crom tica o Limpeza geral da superf cie por meio de solventes de extrema import ncia definir previamente qual o objetivo da limpeza e qual o seu grau pretendido bem como a extens o que deve ter tendo sempre em conta que este processo irrevers vel e exige Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 5 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar 104 O seu por parte do conservador restaurador grande paci ncia e sensibilidade objetivo remover vest gios da camada de verniz envelhecida e alterada que possa n o ter sido totalmente removida bem como as sujidades depositadas de p ou manchas de diversa natureza que se acumulam sobre os objetos que prejudicam a leitura da pe a impedindo a correta visualiza o das tonalidades e t cnicas existentes al m de tamb m proporcionar o aparecimentos de poss veis micro e macrorganismos Este tratamento sempre antecedido por um teste de solventes O solvente utilizado durante a limpeza dever corresponder a determinadas caracter sticas Capacidade de dissolver a subst ncia que se pretende remover Capacidade de penetra o volatiliza o e reten o viscosidade tens o superficial e tens es Inte5trfaciais adequadas para cada caso Preenchimento de lacuna
89. stejam expostas a estes ambientes como o caso da obra em Interven o possuem grande potencial de sofrerem danos mec nicos aquando de transfer ncias s bitas para outros locais onde os n veis de humidade relativa s o menores uma vez que as condi es ambientais de conforto de refer ncia s o uma temperatura do ar de 20 C e para a esta o de aquecimento temperatura do ar de 25 C e 50 de humidade relativa para a esta o de aquecimento No entanto tamb m se sabe que estes valores n o t m uma aplica o universal mas importante ter a consci ncia dos valores anteriormente referidos e evitar varia es bruscas de HR e T Estas oscila es bruscas de HR e T um dos grandes perigos para a conserva o do acervo proporcionando o aparecimento de destacamentos estalados empenamentos fissuras e fendas Tendo esta obra passado por v rios locais de exposi o como j foi referido anteriormente e havendo sofrido varia es inadequadas de humidade relativa e temperatura vindo provocar danos fissuras fendas empenamentos desuni o de blocos estalados etc f sicos irrevers veis devido ao comportamento higrosc pico da madeira As condi es clim ticas influenciam a din mica do meio ambiente e a humidade e a temperatura s o os principais fatores que desencadeiam processos de degrada o dos objetos culturais A humidade relativa quando elevada gera condi es ambientais favor veis aos mecanismos de degrada
90. stinguir os de natureza oleica dos de natureza proteica Esta an lise foi realizada em dezasseis amostras sendo que em muitos dos casos tornou se inconclusiva devido a algumas camadas estratigr ficas se apresentarem de natureza oleica e proteica em simult neo donde se depreende que tenha havido mistura de ligantes proteicos e oleicos Nesta an lise utilizou se os corantes f scina e malaquite para corar os cortes estratigr ficos O f scina representa os aglutinantes proteicos e a malaquite os oleicos Os aglutinantes s o subst ncias ou misturas org nicas ou inorg nicas capazes envolver cada part cula de pigmento mante la em suspens o aderir a camadas de tinta ao substrato conceder propriedades ticas que intensifiquem a cor natural e proteger as p l TO part culas de pigmentos de eventuais danos ambientais 8 Consultar anexo 7 T cnicas e materiais de execu o p 137 CUEVAS Ariadna Mendoza et al An lisis f sico qu mico de materiales art sticos de la pintura Colonizaci n M xico Francisco Sans y Cabot 1863 Conserva n 12 2008 p 10 consulta online http www dibam cl dinamicas Doc Adjunto 1341 pdf 0 VARGAS Helena Valente Estudo do envelhecimento de aglutinantes em t mperas proteicas por cromatografia liquida de elevada efici ncia Lisboa Universidade t cnica de Lisboa 2008 Tese de Mestrado em Qu mica p 3 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 29
91. sto a 123 MASSCHELEIN Liliane Kleiner Les Solvants edici n en espa ol Santiago de Chile Centro Nacional de Conservation y Restauracion 2004 p 60 64 Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta e Colagens Foi realizada em pequenas reas tais como uma rea do sud rio no verso da pe a na perna direita de Cristo na t nica da Virgem perto do rebordo e um fragmento da base Para este procedimento utilizou se cola branca KOLWATER M 90 2 Em rela o ao elemento da perna do Cristo encontrava se em risco de destacamento no decorrer do procedimento de remo o das Instituto Polit cnico de Tomar Fig 100 elemento da perna de Cristo destacado massas de preenchimento houve a necessidade de o remover totalmente para proceder remo o de adesivos antigos e posterior colagem o Imuniza o executou se nas reas onde existia madeira vista e nas zonas onde se detetou ter havido ataque xil fago ou seja pelos orif cios presentes na pe a Utilizou se para este processo o inseticida e fungicida 125 Xylophene aplicado a trincha e por meio de Inje o 65 Fig 101 Imuniza o na base Como forma de auxilio da interven o foi realizada novamente uma fotografia de ultravioleta durante este processo constatando se que a maioria dos vernizes amarelecidos j estavam quase todos eliminados mantinham se pequenos vest gios dos re
92. stra D sec o transversal vista a microsc pio 20X 4 1 2 T cnicas P sais 47 As t cnicas utilizadas no suporte desta pe a s o o entalhamento 4 4 ensamblamento e o drapeamento O volume desta representa o obrigou o escultor a recorrer ensamblagem de elementos ou seja foi realizada pela uni o de cerca de trinta blocos maci os e compactos Em rela o ao drapeamento esta t cnica vis vel nas pregas do sud rio que envolve o Cristo no vestido da Virgem no v u e no manto interior e exterior A uni o dos blocos da escultura foi obtida atrav s de ensamblagens adesivos e elementos met licos em rela o s ensamblagens no verso no manto da Virgem foram utilizadas as liga es em cauda de andorinha Em rela o ao entalhe como j foi referido anteriormente o entalhador n o encontrou solu es para as propor es do corpo humano nomeadamente as pernas do Cristo que se apresentam mais pequenas relativamente ao resto do corpo N o existiu globalmente rigor nas propor es humanas Como anteriormente foi referido depois de todos os procedimentos para a coloca o dos olhos de vidro a pe a ter sido policromada caso contr rio existiriam se 51 assim n o o fosse haviam vest gios do corte na policromia Entalhamento t cnica de lavrar a madeira para fazer tamanhos de figuras e relevos In CALVO Op Cit p 86 48 Emsamblamento t cnica que se
93. tituto Polit cnico de Tomar e Presen a de in meros de Elementos met licos de pequenas dimens es principalmente em reas da base sendo que a sua fun o era fixar pe a rendas e outras decora es Atualmente s existem os elementos de fixa o e em alguns casos apenas o orif cio do elemento met lico Ainda se pode considerar como restauro antigo a presen a de um elemento met lico parafuso no bra o direito do Cristo como podemos Fig 64 Pormenor do elemento met lico no bra o de Cristo atrav s da radiografia verificar na radiografia Fig 64 e Presen a de uma inscri o manuscrita aparentemente escrita a grafite no manto da virgem junto ao rosto no lado esquerdo 66 dizendo Nossa Senhora dos Rem dios Provavelmente seria para identificar a proveni ncia Solar de Nossa Senhora dos Fig 65 Inscri o Nossa Senhora dos Rem dios 44 Rem dios Fig 65 e Exist ncia de Reconstitui o volum trica na parte do dedo indicador da m o direita do Cristo Fig 66 na totalidade dos dedos do p esquerdo e dedos do p direito polegar e indicador de Cristo Fig 150 A reconstitui o destes elementos foi efetuada em madeira e depois aplicada a mesma massa de preenchimento amarelada referida anteriormente nos dedos do p esquerdo Posteriormente a esta foi efetuado um repinte grosseiro que escondeu totalmente a reconstitui o volum trica Esta s foi detetada quan
94. to de adesivos e ceras No caso contr rio quando a humidade relativa se apresente com valores extremamente baixos deve se baixar a temperatura ou Introduzir vapor de gua para que os valores aumentem Neste caso de valores baixos h grande probabilidade de perda de flexibilidade dos materiais Como j foi referido anteriormente a capela de Nossa Senhora dos Rem dio est Inserida no edif cio da Secretaria Regional da Sa de e da Secretaria do Trabalho e Solidariedade Social uma vez que a pe a depois de terminada a interven o vai voltar para o local de proveni ncia original de ter em conta os aspetos referidos antes Sendo que uma das prefer ncias dos respons veis a cargo que a escultura fique exposta n o na capela mas no espa o da secretaria para que seja visit vel e reconhecida e tamb m devido aos grandes problemas de humidade relativa da capela Na nossa opini o antes de a pe a ser entregue aos propriet rios seria de grande import ncia estudar as condi es ambientais do local com mais exatid o colocando um termohigr grafo na capela durante um vasto tempo doze meses registando os valores de temperatura e humidade relativa ou seja o aparelho em doze meses vai registar as varia es que ocorrem nas v rias esta es do ano tornando os resultados mais conclusivos sobre o local do que se registasse os valores de apenas um m s Consoante os resultados obtidos determinar uma solu o para as condi es do loc
95. ucci n de barnices Estudio de residuos Protocolos de actuaci n S 1 s n Junio 2006 p 8 Relat rio n o publicado Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar necess rio alargar o tempo exposi o do gel principalmente nas costas da Virgem Remo o de estearina Como j foi referido anteriormente perturba a leitura da obra pelo que foi necess ria a sua remo o foi efetuada pontualmente com bisturi e com a ajuda do White Spirit permitindo assim um maior controlo Fig 203 Este solvente uma mistura de derivados de petr leo do grupo dos Fig 96 Camada espessa de esterina na base alcanos cujas mol culas s o compostas por hidrocarbonetos saturados a parafina pertence ao grupo dos alcenos hidrocarbonetos n o saturados sendo que o n mero de tomos de carbono daquela mistura suficiente para 123 dissolver esta 64 x p f e ae Fig 97 Remo o de esterina na base Remo o de pastas de preenchimento amarelas e vermelhas A remo o destas foi efetuada com a ajuda do mesmo gel utilizado na remo o do verniz colocado diretamente sobre o material durante trinta minutos e removido posteriormente com bisturi Figs 207 208 Fig 98 Solvente gel a atuar sobre as massas de Fig 99 Solvente gel a atuar sobre as massas preenchimento para posterior remo o presentes na perna do Cri
96. ue se verifica sobretudo nas reas do manto e t nica de Maria colocando a descoberto a folha de ouro e o bolus Acontece devido ao contacto com agentes de degrada o externos nomeadamente poeiras sujidades Fig 83 Exemplo de reas com desgaste a es humanas entre outros Fig 83 e As fissuras s o vis veis em toda a extens o da pe a mas principalmente nas reas do manto da Virgem onde existe uma espessa camada de verniz ou seja faz press o provocando a quebra destas camadas superficiais 52 Fig 84 Exemplo de uma das fissuras no manto 6 3 Camada de prote o eToda a pe a est coberta de sujidades e poeiras causadas possivelmente pelo tempo em que a pe a esteve ao abandono ou mesmo pelo tempo em que esteve espera de Interven o A presen a de uma camada de estearna nesta obra muito constante principalmente em reas da base parte inferior do manto da Virgem e no sud rio Este aspeto muito frequente em pe as que estavam ao Fig 85 Vest gios de policromia que estava coberta por uma espessa camada de estearina culto e junto das quais os crentes acendiam Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar velas provocando tamb m o escurecimento das policromias Toda esta sujidade prejudica a leitura da obra Fig 190 O verniz apresenta uma colora o escurecida e amarelecida diminuindo a
97. ui foi utilizada composta por 200g de gua 200g cola animal 100 g de vinagre tensioativo 70 g de mel plastificante e por fim 0 20 Nipagin Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s 61 Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar Segundo a metodologia de interven o proposta o passo seguinte seria a desmontagem de pequenos blocos de uma rea da base mas devido espessa camada de goma laca sobre toda a superf cie da base e in meros repintes pontuais foi necess rio seguir se para a remo o destes restauros antigos Remo o de goma laca Esta laca de origem animal foi aplicada em camada espessa e heterog nea muito provavelmente n o desencerada o que dificultou a sua remo o Para al m de alterar os valores tonais da policromia exercia um efeito de destacamento sobre esta e dificultava o processo de fixa o das camadas Este procedimento foi realizado inicialmente com pachos de algod o embebidos em etanol a 96 durante aproximadamente 10 a 15 minutos e depois com a ajuda do cotonete foi removida Fig 202 Devido grande dificuldade na remo o desta camada espessa de goma laca s a 117 envelhecida utilizou se um gel solvente Fig 91 Remo o da camada de goma la do interior ed F do manto da Virgem sendo a base gel constitu da por gua Carbopol espessante cido poliacr lico e um tensioativo o Ethomeen C 25 i 120 E
98. um grande terramoto na Ilha Terceira que destruiu grande parte da Capela do Solar de Nossa Senhora dos Rem dios local em que esteve exposta desde a sua produ o at essa data passando depois por v rios locais at 1998 data de entrada na DPMI Num terceiro ponto ser o estudadas as t cnicas e materiais do suporte e camadas superficiais recorrendo se a exames e an lises nomeadamente exames fotogr ficos e radiogr ficos an lise de identifica o de prepara es an lise estratigr fica an lise de identifica o de aglutinantes an lise xilol gica das madeiras presentes no suporte fluoresc ncia de Raios X e espectroscopia de difus o de Raman na procura de resultados mais conclusivos Fatores de ordem ambiental ou de a o humana diretamente relacionados com a hist ria material da pe a e os v rios locais por onde passou causaram danos que ocasionaram posteriores Interven es de restauro na sua maior parte inadequadas assunto que desenvolveremos no ponto cinco Restauros antigos Ser desenvolvido num sexto ponto o levantamento do estado de conserva o da pe a Seguidamente Candidata obten o de grau de mestre S lvia Lu s Nossa Senhora da Piedade Pi ta Instituto Polit cnico de Tomar apresentamos a metodologia de interven o adotada para este caso espec fico onde ser o descritos e fundamentados os tratamentos propostos pela ordem l gica Depois segue se a Interven o propriamente dita desc

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