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RL #40 - Universidade de Coimbra

1. p n a rin nip aig pig ing du E ik gd E db dd A ELIT XLIII e Tg l n i te s a i Md a s B tayi eg m p rr m ii wur ka dab senn LIT Lr LL a 1 E F 4 1 e CELTICS Mb HELME ME E US Tip omg e is po di ai di d di Jp Up Ute i Bg Top ap ip Tgr p gi inge i ma i ia S n ie ao rre e min IRR AO ad d d d O um Tous H pouco mais de um s culo a Universidade de Coimbra UC per deu o monop lio do ensino uni versit rio em l ngua portuguesa Em Portugal foi em 1911 que dei x mos de o ter com a criacao das Universidades de Lisboa e do Porto Nos outros pa ses de lingua portu guesa foi em 1912 com a fundacao no Brasil da Universidade do Paran em Curitiba embora o fluxo de estu dantes do Brasil para Coimbra tenha diminu do bastante a partir da inde pend ncia em 1822 pois desde o momento da chegada de D Jo o VI ao Brasil foram sendo estabeleci das diversas Faculdades isoladas At essa altura a UC nunca teve de se preocupar com atrair estudantes Mesmo no per odo em que existiu uma universidade jesu ta em vora entre a sua cria o pelo Cardeal D Henrique em 1559 e o encerra mento em resulta
2. FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA e docente representam precisamente um desses para digmas not veis de qualidade e dedica o incondicio nal ci ncia e cultura capazes por isso mesmo de construir a grandeza de uma institui o de refer ncia dentro dos meios acad micos mais exigentes Que a Imprensa da Universidade de Coimbra IUC tenha a oportunidade de publicar a obra da Prof Doutora M H da Rocha Pereira seguramente um dos momentos marcantes de uma casa editorial que cele bra agora os 240 anos de exist ncia Que o possa fazer ao abrigo de uma parceria com a Funda o Calouste Gulbenkian trata se por certo de uma circunst ncia altamente simb lica e feliz dado que a autora dedicou dezenas de anos do seu incessante labor colabora o com estas Institui es Que o lan amento desta iniciativa ocorra quando Diretor da IUC um dos in meros disc pulos da autora ser sem d vida um mero acaso sem grande impor t ncia mas que marcar de forma indel vel quem j tanto beneficiou a n vel pessoal do saber e orienta o de um Mestre verdadeiramente especial Possam agora muitos mais leitores continuar a usufruir igual mente de uma obra magna e sempre atual Delfim Le o Diretor da Imprensa da Universidade de Coimbra T tulo Tempo e espaco da paideia nas Vidas de Plutarco
3. T tulo Coment rios Arte Edificat ria Autor M rio Kruger Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Investiga o Coimbra 2014 T tulo Que Universidade Interroga es sobre os caminhos da Universidade em Portugal e no Brasil Autor Lu s Torgal e Angelo Brigato sther Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coimbra 2014 T tulo As Vir adas Uma epopeia setecentista in dita Autor Manuel Curado Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coimbra 2014 T tulo O homem de Estado ateniense em Plutarco o caso dos Alcme nidas Estudo Tradu o do grego e notas Ana Maria Guedes Ferreira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra S rie Humanitas Supplementum Coimbra 2014 T tulo Desenho plasticidade e pr tica conceptual Autores Ant nio Olaio Pedro Pousada Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra S rie Ensino Coimbra 2014 P imm m 1 i 1 TEM npn E LAS H H Ha atat TA SETE TETE TETE CRISTINA LAI MEN Ponto pr vio nada tenho contra as redes sociais e as novas tecnologias Conclu recentemente um curso onlinesobre redes sociais para jornalistas podem encontrar me numa rede social o LinkedIn e reconheco as vantagens destas ferramen tas sobretudo para quem como eu faz do jornalismo o seu modo de vida Mas n o tweeto n o fa o likes n o partilho fotos ou opini es nas redes sociais
4. o Investigadora do Centro de Estudos Sociais e professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra apeamento cultural pode ser definido como um processo capaz de identificar e inven tariar os elementos tang veis e intang veis que contribuem n o s para a definicao das qualidades nicas e espec ficas de uma determinada comunidade mas tamb m para o seu sentido de lugar O processo de mapeamento cultural capaz de revelar elementos inesperados tais como atores culturais acontecimen tos e hist rias e contribuir para um aprofundamento do conhecimento disponivel sobre uma determinada comunidade a sua hist ria e a suas din micas contem por neas tornando as mais vis veis e compreens veis Os mapas resultantes destes processos s o ent o usados como ferramentas de ajuda das comunidades para reco nhecer valorizar e defender a sua diversidade cultural atrav s de estrat gias e de projetos relacionados com o seu desenvolvimento econ mico social e cultural Para registar e interpretar de forma til as caracter sti cas e os valores de uma dada comunidade deve procurar se o envolvimento da maior variedade poss vel dos seus membros e dos seus residentes Esta exig ncia implica a RL 40 RIBALTA mobiliza o da diversidade de cidad os que vivem nessa comunidade n o s do ponto de vista tnico mas tam b m no que se refere s diferentes classes econ micas orienta es sexuais id
5. Mas nem s no que palp vel se encontra a Matem tica Em 2013 depois do desafio lan ado no Congresso Internacional de Matem tica em 2010 Carlota foi convidada para coordenar o Ano da Matem tica do Planeta Terra em Portugal onde foram desenvol vidas atividades que visaram mostrar como a mate m tica desempenha um papel central em quest es relacionadas com o nosso planeta Pode n o resolv las sozinha mas pode ajudar a identificar problemas O maior neste momento reside nas altera es clim ticas Houve muitos que acharam que era uma ilus o nossa Agora j toda a gente acredita A cronologia pode ter colocado um final no Ano da Matem tica do Planeta Terra mas n o nas ativida des associadas A estrutura Matem tica no Planeta Terra existe e persiste Este ano a cal ada portu guesa que est nas m os da sua investiga o Cal ada Portuguesa mostra que a solu o por vezes est mesmo debaixo dos nossos p s Do ponto de vista da mate m tica podemos encontrar ali os padr es do plano H um n mero finito de padr es para cobrir um pas seio o chamado friso Podem ser desenhos muito complicados mas em termos de simetria s h sete maneiras diferentes E se quisermos decorar uma pra a com um padr o que se repete s h 17 maneiras O levantamento das simetrias j foi feito a prop sito do Ano da Cristalografia e j foram lan ado um roteiro das simetrias em Lisboa O
6. constitui um elemento de fragili za o das redes Os cidad os que se manifestaram por uma altera o do poder pol tico na Ucr nia e cujo movimento algo espont neo acabou por ser instrumentalizado deixaram de ser ouvidos E as gran des decis es s o tomadas por gran des estados excluindo em grande MARIA RAQUEL FREIRE medida a Ucr nia e os ucrania nos dos processos Esta din mica de silenciamento que ultrapassa a Ucr nia e se estende pr pria UE na sua diversidade e Federa o Russa limita formula es alternati vas ao n vel de redes informais que sao fundamentais na constru o de coes o social e mesmo pol tica Assim entre din micas de fragili dade e de resist ncia h um amplo espa o para que as redes nas suas dimens es formal e informal pos sam servir como ncoras para pro cessos alternativos de refor o de coesao e solidariedade ultrapas sando l gicas de fratura ou de cons tru o de barreiras Os desafios s o enormes mas se a matriz da rede for s lida a vontade de ir pesca pode efetivamente transformar se em a o concreta Professora de Rela es Internacionais da Universidade de Coimbra Investigadora do Centro de Estudos Sociais Subdiretora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra A revolu o tem de estar perto JOS B RTOLO A arte como cria o coletiva e permanente de festa motivou a realiza o por parte de Robert Filliou
7. riadores por outro lado a evoca o do grande fil sofo dinamarqu s por ocasi o da passagem de 200 anos sobre a sua morte n o deve apenas dizer respeito a um setor do saber Acolhendo e promovendo manifesta es desse g nero uma Biblioteca Geral garante a sua exten s o a todo o campus acad mico Resta me falar de uma outra fun o essencial que a biblioteca universit ria chamada a cumprir nos nos sos dias Falo do contacto com o livro enquanto uni dade de pensamento e de discurso Apesar de hoje o confundirmos com o suporte impresso o livro conhe ceu j v rios tipos de formato Aquilo que melhor o caracteriza justamente o facto de constituir uma unidade concatenada imput vel a um autor mesmo quando este an nimo Quer sob a forma de rolo quer sob a forma de c dex quer ainda sob o novo formato eletr nico o oposto do livro continua a ser o fragmen to e a informa o n o autoral Embora possa acolher fragmentos que muitas vezes sobraram de um livro ou n o chegaram a transformar se nele e tamb m jornais e revistas mapas gravuras e fotografias a biblioteca guarda sobretudo livros Todos sabemos que o nosso tempo favorece o fragmen to seja em forma de cap tulo seja em forma de par frase por vezes j n o imput vel a nenhum autor Esta mentalidade que antes apenas prevalecia no Ensino Secund rio tem vindo a ganhar espa o nas universida des Mesmo em reas onde se poderia esperar que a s
8. tro urbano privilegiado na rede de comunica es e lugar de passagem das mais variadas gentes e mercado rias correndo entre elas os panos os c dices e os bens de luxo prove nientes do oriente e de al andaluz Certamente porque Sesnando assim dirigia pacificamente e controlava o territ rio e a popula o mo rabe de Coimbra Afonso VI ap s a conquista de Toledo em 1085 entregou lhe o governo da cidade com o objetivo pol tico que n o se logrou de con seguir a mesma rela o harmoniosa entre crist os mo rabes e rabes Nessa amea adora conjuntura de afas tamento de Sesnando os maiores natu Colimbrie que teriam acorrido a Toledo em aux lio militar acau telando uma aus ncia prolongada do seu chefe e receando os perigos que podiam recair sobre os mo rabes impetraram ao imperador a ratifica o dos costumes outorga dos pelo c nsul e a posse heredit ria dos bens doados ad populandum Afonso VI anuiu ao pedido e con firmou os por carta de 29 de maio de 1085 embri o do futuro conce lho conimbricense Mas D Sesnando n o se haver demorado muito por cortes hisp nicas onde seria inde sejado pela fa o francesa e roma nista dada a sua toler ncia civil e religiosa face aos mo rabes e retor nou s terras do Mondego logo em 1087 ainda que pudesse haver se deslocado de novo aos reinos de Le o e Castela Este completo pol tico empreendeu ainda uma relevante a o r
9. chas solares contribuindo assim para o estudos de fen menos solares O projeto SOCIENTIZE financiado pela Comiss o Europeia colaborou tamb m numa consulta p blica lan ada pela Comiss o preparando o Livro Verde sobre Ci ncia Cidada que foi objeto de discuss o e que veio posteriormente a dar lugar a um Livro Branco que esteve sob consulta p blica Esta vis o da ci ncia cidad coloca assim nfase na cola bora o do p blico no processo de recolha e an lise de dados em amplos projetos de investiga o Mas a cidada nia cient fica extravasa um modelo de participa o defi nido em torno de uma metodologia e recolha de dados previamente definidos pelas cientistas A participa o cidada nas redes de conhecimento define se tamb m pela contribui o do p blico para a formula o de quest es discuss o de hip teses ou interpreta o de resultados com base em conhecimentos baseados na sua experi n cia Nesta linha j em 1995 Alan Irwin falava de ci ncia cidada para ilustrar e defender a interven o cidad na produ o de conhecimento reas como a sa de onde a participa o ativa de associa es de doentes assume par ticular relev ncia na defini o de agendas de investiga o ou como o ambiente em que conhecimentos locais s o cruciais para o melhor conhecimento da evolu o dos sistemas e das suas implica es para pol ticas p blicas s o particulares exemplos destas
10. n o gosto nem sinto falta N o porque seja contra redes sociais mas porque sou a favor da privacidade de gerir o meu tempo como bem entendo da amizade que apenas se cultiva com vagar e cuidado do meu espa o e dos outros Acima de tudo sou a favor da liberdade de escolha Gosto de escolher os meus amigos de ganhar tempo a ouvi los senti los e estar com eles apenas quando nos apetece N o preciso de centenas de supostos amigos ou seguidores nem de saber quando acordam o que comem onde est o o que fizeram ou com quem foram de f rias N o quero ser inundada com posts de quem exp e a sua vida privada N o me ponho a jeito para ser bombar deada com convites de quem n o conhe o e sempre fugi a sete p s de tudo o que fosse viral Dizem os apologistas das redes sociais que tudo depende do uso que fazemos delas e que s abrimos a porta a quem queremos N o podia estar mais de acordo precisamente por n o gos tar da utiliza o que a maioria das pessoas faz das redes sociais n o quero perder tempo com elas Prefiro nem deix las tocar campainha Num mundo em que tudo fast gosto de escolher o meu tempo Gosto da lentid o Gosto de vozes e sil ncios chei ros e olhares Gosto de m os das caretas dos gestos da solid o Gosto de me perder nas ruas e mapas de procu rar sin nimos no velhinho dicion rio da escola prim ria de ca ar contactos nas listas telef nicas Ser retr grado na era do digital do GPS e
11. n o havia rival que lhe chegasse aos calcanhares mas entediava o passar o dia a tratar da burocracia enquanto outros davam vida a p ssaros blindados em guerras ou acrobacias de cerim nias presidenciais Sentia se um diab tico numa loja de doces Todos os dias limpava avi es consertava avi es rebocava avi es mas n o podia dar lhes vida Numa prova internacional exp s todos os seus m ritos de atirador e acabou por ser contratado por um ex rcito estran geiro ou como gostava de pensar por terroristas bons A ascend ncia americana a destreza das suas m os e a frustra o de n o voar eram o curr culo que tio Sam procurava Ap s umas forma es no Pent gono estava talhado mais um mercen rio um predador dos c us com os p s assentes na Terra A queda precipitou lhe o caminho Agora estava enfiado num buraco escavado bem fundo na superf cie cartesiana da sua mente mas tamb m no sentido literal Rob passava sete horas por dia num antigo bunker mesmo por baixo do Departamento de F sica da Universidade de Coimbra j sem o luxo dos anos quarenta quando a decora o se assemelhava dos escrit rios nova iorquinos da Madison Avenue mas equipado com tecnologia de ponta Nas plantas oficiais da universidade aquele espa o era absolutamente invis vel S foram desenhadas duas plantas arquitet nicas em que o bunker tinha direito a tra os consp cuos uma foi queimada no dia 25 de abril de 1974 numa lareira da rua Ant
12. Autor Joaquim J S Pinheiro Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra S rie Humanitas Supplementum Coimbra 2013 T tulo Iseu Discursos VI A Heran a de Filot mon Estudo Tradu o do grego e notas J A Segurado e Campos Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Aesopica A F bula Es pica e a tradi o Fabular Grega Estudo Tradu o do grego e notas Nelson Henrique Ferreira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Hi rocles e Fil grio Philogelos O Gracejador Estudo Tradu o do grego e notas Reina Marisol Pereira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Aires Barbosa e a Cosm polis Renascentista Coordenadores Italo Pantani Margarida Miranda e Henrique Manso Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra S rie Humanitas Supplementum Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano IV Estudo Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano V Estudo Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano VI Estud
13. Coimbra Coimbra 2014 T tulo Cinema Tempo mem ria an lise Autor Jorge Seabra Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Ensino Coimbra 2014 T tulo Gest o de projeto e contrata o de empreitadas de obras Autor Telmo Dias Pereira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Ensino Coimbra 2014 T tulo Integra o dos mercados finan ceiros Teoria e investiga o emp rica Autor J A Soares da Fonseca Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Ensino Coimbra 2014 T tulo Jo o Chagas a escrita como arma Autora Joaquim Romero Magalh es Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coimbra 2014 T tulo Marqu s de Pombal 2 edi o Coordenadora Ana Cristina Ara jo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Investiga o Coimbra 2014 T tulo Dor se for para mim n o estou Autora Anabela Mota Pinto Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Estado da Arte Coimbra 2014 T tulo O sistema da Incompletude A Doutrina da Ci ncia de Fichte Autor Diogo Ferrer Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Investiga o Coimbra 2014 T tulo Conselhos de Empresa Europeus um estudo dos sectores metal rgico qu mico e financeiro em Portugal Autor Hermes Augusto Costa e Paula Reis Costa Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Investiga o Coimbra 2014
14. IPLE la ize s tar a LE 1 ma vy i I Dri a 1 WO AA d ME j y le UE M Ai EI E L1 bh L 4 A ELE o hu 1 A XVI Semana Cultural da Universidade de Coimbra UC no ano de 2014 desenvolveu se em torno do tema Redes E entreteceu se na conflu ncia da elevacao da UC Alta e Sofia a Patrim nio Mundial num relacionamento din mico com os demais s tios disseminados pelo mundo que a UNESCO assim clas sificou Na tessitura hist rica dessas redes relembrou os 950 anos do in cio do governo de D Sesnando em Coimbra celebrando esse per odo coimbr o moc rabe de conviv ncia pac fica e frutuosa entre povos cul turas e religioes ao mesmo tempo que assinalou os 40 anos da revolucao de abril que devolveu a Portugal a liberdade essa seiva viva de todas as redes entre a Humanidade p blicas e privadas de trabalho e lazer cien t ficas criativas e art sticas poten cializadas hoje em dia pelos canais MARIA HELENA DA CRUZ COELHO planet rios da comunica o e infor ma o que a passagem dos 25 anos da proposta de Tim Berners Lee para a cria o da World Wide Web lem bra e simboliza Neste texto e em sintonia com a evo ca o congregadora das redes dare mos destaque figura de Sesnando cujo percurso de vida e a o uma ponte de intensos cruzamentos e ao seu tempo Tempo mo arabizante de Coimbra uma cidade aberta
15. a achavam inevit vel ou n o E havia uma grande maioria que achava que era inevit vel Isto somos contra mas achamos que inevit vel o caldo pior que existe numa sociedade aquilo a que Miguel Torga chamava uma sociedade pac fica de revoltados Vivemos num mal estar profundo que vem da revolta mas esse mal estar n o se traduz em a o traduz se numa esp cie de paz podre uma sociedade bomba rel gio que a qualquer momento pode explodir A socie dade portuguesa est numa fase muito dif cil Clarice Lispector diz que cada um de n s tem de ser respons vel pela humanidade inteira Acho uma frase luminosa Era o que sent amos em abril Que ramos respons veis por todos Que o que fiz ssemos ali era como O efeito borboleta Ia ter consequ ncias noutro lugar qualquer Essa sen sa o de termos uma responsabilidade perante n s e perante os outros muito forte Sempre senti essa res ponsabilidade Quando estava na Universidade quando estava como reitor A sensa o de que posso n o conse guir mudar o mundo mas tenho a minha quota parte de responsabilidade Se n o readquirimos essa for a ca mos na resigna o na descren a na desconfian a Disse que a grande mudan a da sociedade portuguesa se faz mudando as universidades O que que falta universidade para travar uma luta Liberdade Hesitei entre as palavras autonomia e liber dade Mas autonomia s vezes te
16. contexto europeu P 20 Maria Raquel Freire A revolu o tem de estar perto P 22 Jos B rtolo Dan as do Mundo do elogio da diversidade cultural universalidade da dan a P 24 Sophie Coquelin IMPRESSOES A ci ncia cidad como rede de conhecimentos P 27 Trago Santos Pereira O judo como melhor uso de energia em rede P 29 Alain Guy Marie Massart Fam lias e redes sociais P 30 S lvia Portugal RIBALTA Mapeamento Cultural uma plataforma para a cria o de redes P 32 Nancy Duxbury Arede de castelos e muralhas do Mondego P 35 Lu s Matias agenda7 Coimbra porque Coimbra acontece todos os dias P 36 Carina Gomes CI NCIA REFLETIDA Internet passado presente e futuro P 38 Fernando P L Boavida Fernandes AO LARGO ENTREVISTA Ant nio Sampaio da N voa P 40 Marta Potares RETRATO DE CORPO INTEIRO Carlota Simoes P 50 Marta Potares CR NICA A Biblioteca a Universidade e o conhecimento P 57 Jos Augusto Cardoso Bernardes CRIA O LITER RIA O droned rio P 61 Rui Pedro Antunes LUGARDOS LIVROS Maria Helena da Rocha Pereira Publicar uma Obra Maior P 64 Delfim Le o APOCAL PTICOS E INTEGRADOS Apocaliptico A Teia P 70 Cristina Lai Men Integrado Tudo mentira verdade P 72 Fernanda C ncio Ni CANTA LAV min i ki dd VA AAA LA LR Li Ln OVA a MAYER ITE AA Ln ri A MULA ADU P US Hr nas ri kk A A A A A AA TT TOTO AA
17. das redes sociais Talvez seja mas sem abdicar de nenhuma destas ferramentas recorro a elas apenas quando quero n o porque me apontem o dedo e questionem em tom acusador O que queres fazer da vida sem Facebook A esta cr tica gosto de responder lembrando um epis dio em que procur vamos entrevistar um protagonista para a r dio N o havendo outro contacto dispon vel pedi a uma colega que lhe enviasse uma mensa gem atrav s do Facebook e quando a entrevista foi emitida essa colega n o escondeu a surpresa Mas ele n o me respondeu no Facebook Como que o encontraste Simples fui lista Demora mais d mais trabalho mais dif cil Claro que sim mas sempre gostei de desafios e de trabalhar Ali s a pro fiss o o nico motivo que me poderia converter a uma dessas redes sociais da moda Quando Cavaco Silva escolhe o Facebook para tomar posi o ou Barack Obama agradece a reelei o no Iwitter um jornalista n o deveria pensar duas vezes e render se s redes sociais Admito que sim mas pre cisamente por pensar duas e tr s vezes que recuso ser apa nhada nessa teia Ter conta no Facebook ou Twitter abre um mundo de possibilidades mas isso faria de mim uma melhor jornalista Com certeza que n o Quando se anuncia a morte de Pel ou Mikhail Gorbachov nas redes sociais ou quando o an ncio de um escrit rio de advogadas se torna viral cabe ao jornalista confirmar ana lisar cruza
18. desconhecida que l livros escritos por algu m que nunca v o ver em carne e osso algu m que admiram exclusivamente pelo que escreve e a forma como o faz Ningu m acha isso um despaut rio E o anonimato ai o anonimato e os pseud nimos que coisa horr vel o pavor de saber que as irm s Bront publi caram as suas obras primas com nome de homem e apelido inventado Bell que Miguel Torga n o se chamava Miguel Torga e por a fora N o h afinal nenhum argumento contra as ditas for mas de comunica o digital que n o se apliquem a todas as outras formas de comunica o por um motivo simples s mais uma forma de comunica o protagonizada por quem comunica pessoas Com todas as qualidades e defei tos que a comunica o feita por pessoas e as pessoas t m A grande diferen a em rela o s ditas cl ssicas que a seu tempo foram novas vanguardistas e vilipendiadas a da sua democraticidade e globalidade Democraticidade porque toda a gente pode falar para toda a gente e glo balidade porque posso falar com algu m em qualquer s tio e essa pessoa pode responder me se assim entender claro Qual a desvantagem disto Francamente n o con sigo encontrar nenhuma um jornalista ent o esta forma de comunica o e aqui refiro me sobretudo ao Twitter uma ferramenta inestim vel Havia jornalismo e bom e eficaz antes do Twitter Claro Como ha jornalismo e bom e e
19. do Anivers rio da Arte happening inscrito dentro do movimento Fluxus concretizado em 1973 em Aix la Chapelle com votos renovados a 17 de janeiro de 1974 em Coimbra na festa comemorativa do 1 000 011 Anivers rio da Arte Posteriormente ao evento de Coimbra Filliou comen tou com Ernesto de Sousa que a realiza o daquela festa poderia bem ser a antecipa o de que um 25 de abril teria de estar perto A Revolu o Tem de Estar Perto um projeto curatorial em progresso desenvolvido em torno da centralidade de Ernesto de Sousa e da import ncia do C rculo de Artes Pl sticas de Coimbra CAPC na constru o e partilha de ideias de vanguarda nos anos 1970 e 1980 De forma simult nea ou sequencial apresenta se sob a forma expositiva ou instalativa trabalho de investi ga o de base documental reconstitui o de projetos apresentados no contexto dos anos 1970 e finalmente a instala o de novas narrativas resultantes da releitura cr tica dos conte dos originais A Revolu o Tem de Estar Perto parte 1 estruturou se a partir da sele o e organiza o de um arquivo documental dire tamente ligado a eventos organizados ou participados por Ernesto de Sousa Neste contexto reconstituiu se a instala o Olympia que teve a sua primeira apresenta o na mesma sala preta do CAPC em 1979 A relev ncia e atualidade foram refor adas por um n cleo de duas dezenas de carta zes e provas de artista que mostrando os
20. do rei Por raz es desconhecidas n o sendo de excluir uma arguta percecao pol tica das dificuldades e instabilidades vividas pelos governantes das taifas passa se para a corte de Fernando Magno Ao lado desse poderoso soberano cristao rei de Le o e Castela que consegue impor aos reinos mucul manos de taifas a compra da paz ou da sua seguranca mediante o pagamento de tributos em moeda de ouro as p rias Sesnando vai atuando como mediador junto dos reis mouros Tal percurso de vida conferiu lhe um profundo conhe cimento de mu ulmanos e crist os as for as peninsulares em presen a sopesando as suas capacidades mili tares as suas estrat gias pol ticas e o seu modo de relacionamento E teria sido justamente ele a aconselhar o rei sobre a conquista de Coimbra como nos d o testemunho os pre mbu los hist ricos da documenta o coim bra Acompanhou primeiro Fernando Magno a Santiago onde o rei fora pedir aux lio ao cavaleiro ap stolo para depois estar ao seu lado no cerco da cidade que durou seis longos meses De imediato Fernando Magno con fiando na fidelidade do seu vassalo entrega a Sesnando com plenos poderes o governo do territ rio de Coimbra que jurisdicionalmente abrangia um vast ssimo espa o que se demarcava a norte pelo Douro a oeste pelo Atl ntico e a leste e sul pelo Mondego e Alva Englobava as terras de Santa Maria e Coimbra e ainda os territ rios de Arouca Lamego Laf es Viseu e Sei
21. e inclusiva e um espa o de fronteira que era lugar de passagem e limiar de contactos entre homens e bens dos tang veis aos intang veis Coimbra uma cidade marcada por longos s culos de conviv ncia entre religi es de interrecorr ncia de culturas de relacionamento entre etnias realidade que deixar tra os nas estruturas urban sticas nas mode la es econ micas e sociais da urbe na sua matriz cultural e civilizacio nal de cidade aberta e acolhedora Crist os mo rabes judeus e mu ul manos v o coexistindo no geral pacificamente sob a hegemonia poli tica de uns ou de outros De 714 at pres ria oficial de Coimbra em 878 dominam os mu ulmanos A partir da a lideran a ser dos crist os governados por condes at tomada da cidade em 987 pelo poderoso Al Mansur lugar tenente do califa om ada De novo os isla mitas se impoem ao longo de toda a primeira metade do s culo XI at definitiva conquista da cidade pelos crist os a 9 de julho de 1064 Possu da Coimbra por Fernando Magno este monarca vai entreg la ao seu vassalo Sesnando Davides natural da regi o Como o seu patron mico David que significa o amado indicia poderia ser descendente de uma fam lia de judeus e talvez natural de Tent gal onde o seu pai detinha bens Numa incurs o de Abbad al Mutadid pr ncipe de Sevilha ter sido feito cativo E desde ent o vive nesse reino e torna se mesmo vizir
22. ecos dos anos 1970 na atualidade permitiram uma reflex o contempor nea sobre o seu sentido relev ncia e proximidade SOPHIE COQUELIN A categorizacao das pr ticas core ogr ficas a partir do pa s ou regiao de origem assim como as expressoes gen ricas como o tango ou samba respondem a uma l gica de diferen cia o similar de uma certa forma ao processo de constru o das iden tidades como o nacionalismo N o obstante numa poca de globa liza o e de mobilidades crescentes tanto dos bens culturais como das pessoas esta categoriza o levanta uma s rie de quest es primeira tem a ver com a dimens o essencia lista da no o de cultura que padece da inclus o de fen menos din micos ligados s mobilidades tal como os processos de apropria o empr s timos e acultura o que influencia ram as pr ticas culturais em todos os tempos Exagerando pod amos asso ciar a identifica o de uma dan a a partir de uma refer ncia geogr fica como uma nega o do que pr prio ao ser humano o di logo com o outro Por outro lado o ser humano animado por uma necessidade de organiza o do mundo que o rodeia donde nascem representa es do outro Um exemplo ilustrativo a Dan a Africana associada a uma forma estereotipada de pr ticas per formativas com ritmos percussivos e movimentos muito en rgicos dos cor pos mas longe de cobrir a variedade de dan as que existem neste grande
23. esse reconhecimento diferente ser a pr pria Universidade a entreg lo e n o o Governo como j aconteceu no passado diferente N o faria nenhum sentido que o ministro agora se lembrasse de uma coisa dessas At porque sou uma pessoa que tem posi es muito Marcadas Muito marcadas sim Mas acho que tamb m sou capaz de construir consensos isto tamb m sou capaz de cons truir compromissos N o abdico de certos princ pios que acho fundamentais mas abdico de muitos outros que n o s o Foi esse reconhecimento comum que esteve presente quando tantas pessoas no Senado e no Conselho Geral votaram a atribui o deste t tulo o que acontece pela pri meira vez na hist ria da Universidade em Lisboa Tanto quanto me dizem houve um grande acordo nestes rg os em torno da decis o final Acho que isso um sinal de reco nhecimento forte Essa quest o de alcan ar um consenso uma unanimi dade importante para si N o unanimidade definitivamente n o unani midade a coisa mais horr vel e mais ditatorial que existe E nem sequer o consenso no sentido do con senso mole A primeira palavra que utilizou a pala vra certa reconhecimento o reconhecimento de que podemos n o ter estado de acordo podemos ter discor dado podemos achar que houve coisas que correram melhor outras que correram pior mas h o reconheci mento de um percurso de um percurso que foi feito em conjun
24. n meros padroes Carlota Simoes garante que basta puxar pela cabe a Essas liga es j l est o eu s as encontro Para al m de lecionar na FCTUC Carlota Sim es ainda Vice directora do Museu da Ci ncia da UC N o acompanhou na sua constru o mas foi pe a integrante ap s a sua inaugura o em 2006 No ano seguinte depois de Paulo Gama Mota se tornar dire tor Carlota indicada pelo diretor da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da UC para integrar a sua dire o juntamente tamb m com Pedro Casaleiro Neste tri ngulo cient fico Carlota ocupa se sobretudo da programa o do anfiteatro das atividades para 2 a a e FAN AVA PAW o p blico e das noites tem ticas Todos trabalhamos em todas as reas mas a minha vertente centra se mais no servico educativo No trabalho que desenvolve no Museu da Ci ncia h desde o princ pio uma regra todos os monitores t m de trabalhar todas as reas Desta maneira no con fronto de especialidades d se lugar novidade e a surpresa Aparecem ideias muito novas porque todos t m de programar as atividades em conjunto e cada um traz aquilo da sua rea para a atividade No plano e na execu o o segredo ocupar o lugar de uma crian a Se um monitor que licenciado ou mestre nalguma rea n o consegue entender como que um mi do vai entender E por a que nascem muitas ideias brilhantes O apoio da U
25. natureza formal ou informal as redes existentes refletem diferen tes vis es de um agregado que se pretende coeso Contudo se por um lado as redes promovem coes o e permitem projetar determinados princ pios em reas diversas ofere cendo mesmo perspetivas alternati vas em reas de dissens o por outro lado podem surgir como amea a ordem estabelecida n o num ali nhamento alternativo mas de fratura As redes de terrorismo transnacio nal ou de tr ficos il citos ilustram esta din mica desestabilizadora Uma leitura mais otimista em rela o a uma fun o de coes o que as redes podem desempenhar ou mais pessimista numa l gica interna de grande coes o mas com objetivos de fragiliza o deve manter se pre sente para que na inter rela o entre redes e seus objetivos bem como a es e rea es da decorrentes se possa atuar numa base construtiva Os acontecimentos mais recentes na Ucr nia demonstram quer a fragili dade das redes quer o seu potencial Ao n vel pol tico diplom tico em par ticular o discurso da diferen a tem prevalecido e vindo mesmo a ser exa cerbado com os desenvolvimentos no terreno O esfriamento das rela es entre a Uni o Europeia UE e a Federa o Russa aqui exemplo O quadro da chamada parceria estra t gica onde assentam as rela es entre estes dois atores est esvaziado e a rea de vizinhan a que ambos par tilham e onde a Ucr nia um est
26. nio Maria Cardoso outra escondida numa das p ginas de uma edi o d Os Lus adas na Biblioteca Geral extraviada pelo tempo O bunker fora projetado pelo arquiteto Alberto Pessoa a mando do diretor da PVDE Agostinho Louren o do seu bra o direito o capit o Catela 50 estes dois um empreiteiro e dois serventes ani quilados mal a obra terminou sabiam da sua exist ncia O espa o fazia parte de um plano de evacua o do presidente do Conselho Em caso de ataque de inimigos interna cionais a Coimbra cidade de um vermelho debotado mas ainda assim vermelho era um dos lugares mais seguros do pa s para esconder o Governo A partir da crise acad mica de 1969 o vermelho ficou vivo de mais o plano de resgate mudou de s tio e a entrada secreta daquele soch o recortada numa despensa esconsa de uma cave das F sicas foi emparedada Caiu no esquecimento O esconderijo nunca deixou de ser secreto apesar de alguns rumo res que s serviram para ir alimentando o imagin rio acad mico nas d cadas seguintes Inventou se hist rias sobre um acelerador de part culas Outras sobre um reator nuclear s quais nunca foi dada credibilidade Tudo junto contribuiu para que ainda hoje ningu m saiba o que ali se esconde um bunker Rob s ali trabalhava porque ao contr rio do ex rcito portugu s a armada norte americana conhecia o espa o secreto Informa es cedidas pelo embaixador norte americano Frank Carlucci no final dos anos setenta f
27. pecas de teatro como o momento musical do grupo Ra zes de Coimbra com M rio Rovira Oct vio S rgio e Rui Pato no audit rio do Conservat rio o concerto de rock no Teatro Paulo Quintela ou ainda as pe as Conta me como levada ao palco da Oficinal Municipal do Teatro pelo Teatr o e Corpo em Crise interpretada pelo TEUC Debates e conversas multiplicaram se por toda a agenda cobrindo os mais diversos temas e assun tos assim como as exposicoes que espalhadas por locais t o diversos como a Rep blica Pr Kys T o sede do C rculo de Artes Pl sticas de Coimbra ou Museu de Antropologia da UC materializaram abril em fotos documentos e ilustracoes E como a natureza combativa de abril nao em quatro d cadas que se esquece tamb m l houve pelo meio uma guerrilha de crochet com a Revolu o na Ponta da Agulha Ao todo foram 68 iniciativas dina mizadas por 63 organiza es Mais do que a associa o perfeita dos v rios elementos da cidade um esfor o consciente mas instintivo por manter viva a aspira o de abril por festejar um ideal Num contexto internacional em profunda mudan a onde linhas de fragmenta o parecem sobrepor se a l gicas de coopera o e soli dariedade a manuten o e mesmo refor o de redes a n vel pol tico diplom tico econ mico cultural social acad mico entre outros revela se cada vez mais premente De cariz mais restrito ou mais lato de
28. transmitir not cia da sua exist ncia De condescend ncia em condescend ncia cortou se a possibilidade de o aluno dialogar diretamente com outros Mestres grandes investigadores e ensa stas que escreveram livros inteiros e constru ram conhecimento em primeira m o Ainda h alunos que n o prescindem desse di logo certo Mas s o poucos Ora justamente a promo o do contacto com o livro equi vale a enveredar por uma tica de exig ncia que contraria este modelo de ensino Levar o aluno a construir o seu pr prio conhecimento torn lo capaz de reconstru lo em cada momento da sua vida Esse desiderato alcanca se com uma inflexao da atitude dos docentes e consegue se com bibliotecas apetrechadas e funcionais As bibliotecas hao de parecer lugares estranhos a muita gente Impoem a observ ncia do sil ncio e de alguma forma requerem a suspensao do tempo Um livro ensa stico de 200 p ginas pode demorar cinco horas a ler Exige continuidade na leitura e para mais est longe de conter a verdade toda seguir a esse ser preciso ler outros E bem sabemos que n o comum que exis tam cinco horas de concentra o consecutiva ou pouco intercalada na vida de um leitor jovem Mas a mudan a maior que afasta os jovens estudantes do contacto com os livros sobretudo com os livros grandes e dif ceis reside num outro aspeto menos falado que se deixou de insistir na recompensa que pode obter se com uma tarefa desse tip
29. 2006 685 milh es em 2009 e cerca de 900 milh es em 2010 abrangendo cerca de dois mil milh es de utilizadores Estima se que hoje cerca de tr s mil milh es de pessoas utilizem a Internet 2 World Wide Web Muitos fatores contribu ram para o vertiginoso crescimen to da Internet mas globalmente aceite que de entre todos h um que sobressai o aparecimento da World Wide Web WWW O conceito base o hipertexto foi inventado em 1980 pelo cientista de computa o brit nico Tim Berners Lee mas s mais tarde em mar o de 1989 ou seja h 25 anos foi por ele proposto e desenvolvido um sistema de informa o nele baseado enquanto trabalhava no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear CERN na Su a O projeto foi abra ado por Robert Cailliau um cientista de computa o belga tamb m ent o no CERN tendo sido reescrito e melhorado Apesar disso o projeto reco lheu pouco entusiasmo quer dentro da institui o quer por parte da ind stria que via pouco interesse em esten der o conceito de hipertexto Internet No entanto em agosto de 1991 foi colocado online o primeiro s tio web da hist ria que ainda hoje pode ser acedido em http info cern ch hypertext WWW TheProject html Tim Berners Lee reconhecido no mundo inteiro como o inventor do WWW e desde a sua inven o tem mantido um papel extremamente ativo no seu desenvolvimento em v rios organismos mundiais como sejam a World Wide Web Foundationou o W
30. 40 jun 2014 5 22 lt 5 c agendoa coimbra pf REVISTA DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA R E D E S N MERO 40 JULHO 2014 IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS L PROPRIEDADE Universidade de Coimbra DIRETOR Joao Gabriel Silva DIRETORA ADJUNTA Clara Almeida Santos EDITORA Marta Poiares rua larga uc2gmail com DIRECAO ART STICA Ant nio Barros FOTOGRAFIA Jo o Armando Ribeiro INFOGRAFIA Henrique Patr cio PRODUCAO Lu sa Lopes EDICAO Imprensa da Universidade de Coimbra Rua Oliveira Matos 29 3000 305 COIMBRA PORTUGAL Telef Fax 239 832 982 3 Email livrariaiucci uc pt IMPRESSAO Empresa Di rio do Porto Lda TIRAGEM 1 700 ex ISSN 1645 765x Anotado no ICS CAPA Ernesto de Sousa A revolu o tem de estar perto REDES SCUC 2014 O Jo o Armando Ribeiro www uc pt rualarga rualargaQuc pt Tel 239 859 823 PONTOS DE VENDA Loja UC Livraria Virtual http 10ojas ci uc pt imprensa EDITORIAL REDES P 05 Jo o Gabriel Silva REITORIA EM MOVIMENTO D me permiss o que use da palavra P 06 Lu s Menezes As redes que constru mos P 09 Clara Almeida Santos OFICINA DOS SABERES ATUAL Redes Sesnandinas P 13 Maria Helena da Cruz Coelho 25 de abrilem Coimbra o festejar de um ideal P 18 Dire o do Ateneu de Coimbra Entre din micas de fragilidade e resist ncia redes formais e informais no
31. A YO A a AA DA deese lt pann den sv TA rd Haa t TOLL iidem aW Tn te TELA egeat uin 1 l p rur T MP uS UP uH un Ln ur gr p AA An E L e dee ind P PN F SS N ke a d d um e Cw Cm i SS um m HR Ta m n L NL ML NE LL OL OL NL ONE NE CA e n Mi EEE in mu ie 1 m L sone a erem Lr PN i SS n a TS GS o m m EEE e a e er ie fi n MAN MA n LLLI y Wu Wm OU Ms NM 2i ka AS dd i L TIT Q e wt a 1a 1 1 1 Y KON gr LI m a Yok RU NR SOT SALA MA T L LL l E i i LETETT GLS L Lt LULA 1 iL L LX EP a Li A TRA l 3 1 Li patddib dd a T ERE IIIITITITITE Ad dagbocasqgd rT F i PR i Ho RAT ANULUM ARR NN Aro TIE LI nr P DOLUS DU NR Mnt AMA m LJ RR
32. Aqui o ambiente est muito t xico Faltam ideias faltam projetos E isso verdade tanto para o Governo como para a oposi o Falta nos uma ideia de futuro Sim N o sabemos que pa s queremos n o sabemos para onde queremosir n o sabemos se queremos estar na Europa ou se queremos estar no Atl ntico ou se queremos estar noutro lado qualquer Est a haver uma grande falta de ideias e essa a nossa maior crise neste momento uma crise da minha gera o Eu tinha 19 anos no 25 de abril Acho que nestes 40 anos se constru ram muitas coisas importan tes mas houve muitas outras que n s n o conseguimos A nossa gera o entrou na Europa sem refletir muito nisso E agora de repente a Europa n o bem aquilo que espe r vamos que fosse Estamos com um problema de identi dade forte que haveremos de resolver mas n o vai ser f cil Qual o papel desta crise na educa o Esta crise um instrumento de domina o em geral Todos estamos confrontados com a ideia de que n o temos poder de decis o Inventou se um mundo de um capitalismo financeiro extremo totalmente desregu lado que tem um poder desmesurado Na verdade n o em S o Bento nem em Bel m que est o poder O poder est noutro lado qualquer este sentimento que mistura impot ncia e inevitabilidade foi excessivamente acentu ado por muita gente em particular pelo atual Governo A crise transforma se ent o num instrumento de dom
33. Dinis pelo Arco da Trai o rua de S Pedro e voltou a recolher nas F sicas A noite parecia lhe diferente n o sabia em qu mas certamente para pior Conseguia voltar para casa ainda de noite o que era raro Na rua n o se via ningu m Rob seguia numa passada certa a dois metros das Monumentais quando ouviu um assobio vindo do lado da est tua do D Dinis Ignorou era o sono e o remorso a meterem se com ele como em tantas outras noites Mas o som insistiu Olhou novamente para tr s e viu surgir nos c us um objeto arcaico com uma grande foice e um grande martelo estilizados Pelo cansa o n o lhe ocor reu logo o que era apesar de ter visto centenas de aparelhos iguais nas forma es em Washington Ainda teve tempo de ler o que estava inscrito numa das asas A vant N o se protegeu Sabia que n o valia a pena tentar fugir o assobio estava dado e o seu caminho tra ado Os seus olhos de mocho fitaram a c mara ao mesmo tempo que lhe ocorreu dizer mesmo sem ser religioso com uma calma inquietante Que Deus me proteja Rui Pedro Antunes licenciou se em Jornalismo na Universidade de Coimbra cidade onde primeiro se aproximou do mundo das reda es tendo sido editor de Internacional e chefe de reda o do Jornal Universit rio de Coimbra Cabra bem como rep rter da R dio Universidade de Coimbra jornalista do Di rio de Not cias DN desde setembro de 2008 Come ou como jornalista da sec o de Pol tica mas d
34. L den tro na sede do Ateneu de Coimbra a can o ir ouvir se amiudamente assim como as palavras de ordem as m sicas de abril e as hist rias do que foi e que ainda est por cumprir assim cada noite de 24 de abril na Rua do Cabido garantem uns Outros mais rigorosos lembrar se o daquele ano em que o anivers rio teve que subir at ao Centro D Dinis Mas no final todos concordam a relev ncia permanece na perseve ran a jovial de cumprir as comemo ra es Comemora es porque mais do que um simples assinalar de uma efem ride Trata se de festejar um ideal manter viva uma aspira o n o esquecer um sonho E come mora es que se come am a reve lar demasiado grandes e demasiado prementes para se fecharem num s espa o ou num s dia Este foi de resto o mote que levou o Ateneu de Coimbra a inte grar em 2013 um grupo vasto de associa es organiza es e gru pos informais que cada um sua medida soube emprestar a sua rea lidade para festejar abril Ent o na manifesta o popular ponto alto das comemora es ficou mais do que a vontade a certeza de ter que cumprir mais um anivers rio com o fulgor que se lhe exige N o pode ria ser de outra forma 40 anos um n mero muito redondo para uma data ainda t o jovem A vontade parece n o ter sido esque cida e um ano depois as mais de 60 atividades espalhadas por dois meses inteiros de comemora es s o a prova d
35. Matem tica por isso comecei a perceber e a procurar as liga es Simplesmente por achar piada N o de todo uma miss o No entanto foi ainda no primeiro ano de Matem tica que Carlota teve o seu momento eureka Cinco n me ros e uma f rmula mostraram lhe como a Matem tica pode efectivamente vestir magia e desvendar mapas de muitas outras reas O professor deduziu a f rmula de Euler que re ne os cinco n meros mais importantes da Matem tica e que mostra que h aqui uma magia qualquer da matem tica ou do mundo m stico um momento que fica e a que se volta constantemente S nos anos 1990 depois de se tornar doutorada em Matem tica Aplicada Teoria do Controlo pela Universidade de Twente e de volta ao lugar de profes sora universit ria em Coimbra que Carlota come a a desbravar terreno e a erguer algumas pontes pri meira a ser alvo de investiga o maior juntava o melhor dos seus mundos a M sica e a Matem tica Foiainda no Conservat rio que reparou na cadeira de Composi o que a Matem tica est escrita na pauta Primeiro existe um eixo vertical altura do som e um eixo horizontal tempo segundo alimenta um racioc nio abrangente e simult neo que permite em contexto matem tico achar a solu o de um problema de forma muito mais clara e r pida Outras se seguiram e se mostraram infinitas a pre senca da Matem tica noutras reas era ineg vel Entre formas
36. a A situa o do moc rabe Sesnando no in cio da governacao do territ rio de Coimbra logo ap s a morte de Fernando Magno em 1065 e as desintelig ncias entre os seus tr s filhos pela assun o do poder at reunifica o dos reinos de Le o Castela Galiza e Portugal por Afonso VI em 1073 n o teria sido f cil Alguns leoneses e senhores do Norte para ele se teriam dirigido hostilizando os interesses da comunidade mo rabe que n o prezavam e que Sesnando sempre refor ava e apolava Certamente para amenizar as ten soes Sesnando intenta miscigenar se com a nobreza nortenha e une se em casamento com Loba Nunes a filha do ltimo conde de Portucale Nuno Mendes Sem nada reclamar dos bens desse condado desejaria apenas com tal alianca estabelecer uma coexist ncia pac fica entre um Entre Douro e Minho senhorial e cristao e um Entre Douro e Mondego urbano e moc rabe Ultrapassado este inicial per odo ins t vel da sua governacao e obtendo as boas gracas de Afonso VI Sesnando ter vivido em paz e muito arreigado capital do seu vast ssimo territ rio coimbrao ainda que pontualmente houvesse alcancado outros espacos A biografia deste h bil pol tico nos escassamente revelada pelos docu mentos Como j dissemos era filho de David propriet rio em Tent gal e de D Susana Da sua uniao com Loba Nunes teve uma filha Elvira Sesnandes que casou com Martim Moniz o qual sucedeu ao sogro no
37. a o Portuguesa de Gagos APG colabora o com escolas para o desenvolvimento de atividades locais de educa o ambiental e para a sa de ou o apoio a projetos de hor tas urbanas na periferia de grandes cidades com associa es locais O projeto SCRAM tamb m financiado pela FCT coordenado por Rita Serra a partir do CES e em colabora o com a autarquia de Vilarinho no distrito de Coimbra permitiu uma experi ncia inovadora de cons tru o de novas abordagens gest o de florestas em ter renos baldios Estas diferentes experi ncias bem como dos projetos Ibercivis e GeObserver foram apresentadas e discutidas no semin rio Ci ncia Cidada Um Elo entre a Ci ncia e a Sociedade organizado conjuntamente pelo Museu da Ci ncia e pelo CES no dia 5 de marco no mbito da XVI Semana Cultural da UC A ci ncia cidada emerge assim como uma forma mais vis vel de participa o do p blico na produ o de conhe cimento uma forma de crowdknowledge em tempos de crowdfunding mas tamb m importante que os meios de participa o dos cidad os na ci ncia n o se limitem a estes modelos pr formatados contribuindo tamb m para a defini o coletiva de agendas e de quest es no contexto do desenvolvimento de investiga o e inova o respons veis Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra O JUDO COMO O MELHOR USO DE ENERGIA EM REDE ALAIN GUY MARIE MASSART O Mes
38. a o gr fica 2D d do Gloss rio e termos de arquitetura medieval vers o para a inf ncia Cineteatro da Lous 5 de junho 10h30 O Gloss rio medieval uma ferramenta virtu al que permitir compreender melhor o castelo enquanto m quina de guerra Esta ferramenta inovadora no dom nio nacional vai permitir ao utilizador individualmente ou em grupo ter acesso a conceitos determinantes compreens o da hist ria e da arquitetura militar dos castelos n o s da Rede mas de todo o pa s Ceia medieval Claustros da S Velha de junho 21h e 25 Degusta o de acepipes de sabores tradicionais mo rabes e judaicos Organiza o C mara Municipal de Coimbra inscri es 239702630 Feira Medieval sob a gide de D Sesnando Largo da S Velha 7 de junho 10h Lan amento do Projeto Escolar Quem s tu D Sesnando Audit rio da DREC 8 de julho 17h Considerando a pertin ncia em aportar co munidade escolar novas de D Sesnando ser lan ado em julho de 2014 um projeto escolar dedicado a diferentes n veis de ensino que ir promover o conhecimento sobre este perso nagem hist rico sua vida e obra designada mente o seu contributo para a cria o de um territ rio multicultural e da Linha Defensiva do Mondego Com o apoio institucional da Dire o Geral dos Estabelecimentos Escolares da Regi o Centro este projeto procurar en volver no ano letivo de 2014 2015 escolas profes
39. a se tornar um perito ter que cultivar a arte de cair esta ser a sua primeira aprendizagem na modalidade imposs vel ser um especialista de Judo quando se tem medo de cair Para lidar com os ataques e tornar se capaz de tomar a iniciativa de atacar indispens vel perder o medo de ser projetado atrav s da pr tica das quedas a nica maneira de se poder aprender a verda deira t cnica Quem entra num combate com a ideia de n o perder optar por um estilo rijo e defensivo o que uma atitude indesej vel para produzir a es efetivas Quem olha para o futuro n o deve estar preocupado com ganhar ou perder mas sim de libertar o seu corpo para ser capaz de atacar e de defender em fun o das oportunidades J Kano A mestria da queda um ponto essencial para ace der ao primeiro princ pio do Judo do melhor uso da energia Aprender a vencer o medo de cair torna se importante para lidar com outros medos como per der ou falhar que paralisam as pessoas e as tornam pouco produtivas A arte n o de nunca cair mas de saber que quando isto acontece somos capazes de nos levantar com novas oportunidades de nos corrigirmos e de progredirmos Num mundo cada vez mais competitivo este simbolismo de uma import ncia primordial A juventude atrav s da pr tica do desporto competitivo e bem orientada pode retirar muitos benef cios sem grandes riscos para o seu futuro Professor na Faculdade de Ci nc
40. ada de uma hist ria que pode abranger muitos s culos como o caso de Coimbra a universidade continua a necessitar muito de polos de agrega o A Biblioteca Geral tem todas as condi es para ser um desses polos S o muitas as individualidades nacionais e estrangeiras que associam a Universidade de Coimbra sua biblio teca acentuando justamente a sua vertente patrimo nial Mas n o falo s de v nculos afetivos embora estes n o devam ser desprezados Falo tamb m de v nculos de natureza intelectual e cient fica Menciono alguns exemplos A Biblioteca realiza por ano uma m dia de seis Exposi es algumas delas com Cat logo versando temas que v o da Arquitetura Bot nica Hist ria etc Para mencionar apenas exemplos recentes invoco uma mostra sobre as rela es entre Portugal e a China que promovemos em colabora o com o Museu da Ci ncia e o Arquivo da Universidade qual se seguiu imediatamente uma outra sobre Soren Kirkegaard em colabora o com a Embaixada da Dinamarca e a participa o de colegas de Filosofia Poderia qualquer uma destas duas Exposi es ter sido promovida por uma Faculdade ou por um Departamento Sem d vi da Mas n o teria a mesma amplitude e sobretudo n o teria a mesma transversalidade Tendo se realizado na Biblioteca e com a participa o ativa dela chama se melhor a aten o para o facto de o encontro entre o Ocidente e o Ocidente n o interessar apenas aos histo
41. ade e religi o Com o tempo tem s passado a recorrer igualmente ao design participativo s pr ticas art sticas e s possibilidades das tecnologias digitais m veis capazes de melhorar consideravelmente este envolvimento alargado O mapeamento cultural permite a cria o de platafor mas ideais para a discuss o e o interc mbio de conhe cimento entre diferentes membros das comunidades criando novas formas de comunicar e construindo potenciais redes intersectoriais O processo de reunir pessoas para que possam partilhar conhecimentos e his t rias juntamente com as rela es de trabalho que da podem surgir acabam frequentemente por ter um valor adicional maior do que o dos pr prios mapas que s o gerados nesse processo Para al m do que foi referido o mapeamento cultural deveria ser visto como uma ferramenta para o processo de desenvolvimento social cultural e econ mico de uma Um momento do processo de mapeamento da comunidade de pescadores de Marsaxlokk Malta Fevereiro Abril 2012 Foto Davide Virdis MAPEAMENTO CULTURAL UMA PLATAFORMA PARA A CRIA O DE REDES NANCY DUXBURY comunidade O mapa n o deveria acabar por ser apenas o fim do envolvimento da comunidade mas a plataforma sobre a qual novas colabora es e partenariados podem passar a ser constru dos Esta perspetiva a longo prazo implica a considera o de quest es relacionadas com processos j em curso e com a possibilidade da util
42. ado central tornou se o foco da mais recente dissensao A incompatibili dade de dois projetos de integra o regional para al m de reas de com r cio livre provou que uma escolha entre a UE ou a R ssia uma escolha dif cil sen o mesmo uma n o escolha Se por um lado a Ucr nia se define como estado europeu comprometido com os valores e princ pios democr ti cos por outro lado define se tamb m como partilhando la os pr ximos com a R ssia em termos hist ricos cultu rais econ micos Situada entre estes dois gigantes a Ucr nia tem desde a sua independ ncia em 1991 pro curado gerir um equil brio mui tas vezes prec rio nas suas rela es a ocidente e a leste A situa o que presenciamos hoje com a integra o da Crimeia na R ssia resultado de um processo que viola princ pios fundamentais do direito internacional apesar das justifica es russas num sentindo contr rio aponta para a degrada c o da rede pol tica e econ mica que procurava agregar diferen ciais e potenciar principios parti lhados na rela o dif cil entre a UE e a R ssia Mas se esta rede se defor mou e est em risco de rutura per manecem elementos que permitem pensar que a sua reconstru o n o s poss vel como necess ria De facto como diz a sabedoria popular n o basta ir ao rio com von de pescar preciso levar a rede Ir s ideias para levarmos a rede e irmos pesca primeiro um d
43. al da Humanidade estimando o seu passado incentivando o presente e recriando o futuro Vereadora da C mara Municipal de Coimbra 1 Ferreira Claudino e Gomes Carina 2012 A cultura o turismo e as pol ticas para as cidades in Rui Jacinto org Patrim nios Territ rios e Turismo Cultural Recursos Estrat gias e Pr ticas Guarda Centro de Estudos Ib ricos e ncora Editora 25 47 2 Balibrea Mari Paz 2001 Urbanism culture and the post indus trial city challenging the Barcelona model Journal of Spanish Cultural Studies Vol 2 N 2 187 210 Gomes Carina 2013 Cidades e Imagin rios Tur sticos Um estudo sobre quatro cidades m dias da Pen nsula Ib rica Tese de Doutoramento em Sociologia Cidades e Culturas Urbanas Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 3 Evans Graeme e Ford Jo 2006 Small cities for a small country Sustaining the cultural renaissance in David Bell e Mark Jayne eds Small Cities Urban experience beyond the metropolis New York Routledge 151 167 Fortuna Carlos et al 2012 A Cidade e o Turismo din micas e desafios do turismo urbano em Coimbra Coimbra Almedina FERNANDO P L BOAVIDA FERNANDES Nos dias de hoje a Internet e as suas tecnologias s o incontorn veis condicionando todos os ramos de ativi dade nos j dif cil imaginar como seria o mundo sem Internet t o grande seria o impacto que isso teria na ci n cia e na tecnologia
44. am com um pequeno passo Foi tamb m esse o caso da grande aventura da Internet que mudou o Mundo em que vivemos mas que na escala temporal da civiliza o acabou meramente de surgir Resta nos imaginar at onde nos levar Professor da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da Universidade de Coimbra Ant nio amparo da N voa Doutorado em Ci ncias da Educa o Universidade de Gen ve e em Hist ria Universidade de Paris IV Sorbonne h mais de 20 anos que Ant nio Sampaio da N voa faz da investiga o nestas reas uma miss o Carrega em si uma larga experi ncia internacional de onde bebe ideias fundamentais de mudan a para um futuro c dentro Habituado a receber convites por parte de in meras universidades desempenha agora os cargos de consultor da UNESCO junto do Governo brasileiro e professor visitante da Universidade de Bras lia Durante sete anos foi Reitor da Universidade de Lisboa da qual recebeu o t tulo de reitor honor rio e um dos respons veis pela revolucion ria fus o da Cl ssica com a T cnica Entre 1996 e 1999 foi con sultor para a Educa o do Presidente da Rep blica e em 2005 recebeu a Gr Cruz da Ordem da Instru o P blica V na austeridade e na burocracia os maiores inimigos da educa o em Portugal e considera angustiante a extin o do debate de ideias Autor de discursos que o enconstam mem ria e disrup o o vencedor do Pr mio Universidade de Coimbra des
45. ando o seu tempo e seu territ rio bem como sobre sua a proje o no futuro tendo j confirmada a participa o de alguns dos maiores especialistas nos temas em debate Adel Sidarus Clarinda Maia Cl udio Torres Jo o Cunha Matos Jorge de Alarc o Leontina Ventura Lu sa Azevedo Paulo Almeida Fernandes Manuel Real Maria Helena da Cruz Coelho Maria Jos Azevedo Santos Walter Rossa Escola Ib rica da Paz Sala de S Pedro BGUC e MNMC de 23 de outubro a 14 de novembro Exposic o obras de alunos da Faculdade de Belas Artes de Lisboa que ilustram excertos de um con junto significativo de textos muitos in ditos sobre a consci ncia cr tica dos professores das Universidades de Coimbra vora Salamanca Alcal de Henares e Valladolid a respeito da conquista e coloniza o da Am rica ao longo dos s culos XVI e Os textos expostos resul taram da sele o elaborada a partir do trabalho de transcri o paleogr fica e tradu o dos mais significativos manuscritos latinos dos professores das Universidades portuguesas do renascimento sobre a legitimidade da guerra partindo de prin c pios teol gicos e tico jur dicos que acabaram por transform los numa apologia da paz e dos direitos da pessoa humana Aos textos completos encontram se compilados numa obra que resul ta de um projeto de investiga o do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa com a cola bora o de investigadores do Centro d
46. bora o entre o CES e O Teatr o serviu para apoiar agentes de cidades da Regi o Centro na elabora o de iniciativas de mapeamento cultural a serem implementadas a curto prazo Por todas as raz es mencionadas a confer ncia constituiu um importante momento na emerg ncia deste novo campo de inves tiga o e de pr tica transdisciplinar atrav s do di logo e do estabelecimento de redes a n vel internacional e local Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra a rede de castelos e muralhas do mondego A criac o da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego recupera uma linha militar criada em tempos anteriores funda o da nacionalidade mas para ela matricial Em 1064 Fernando Magno rei de Le o recuperava defini tivamente Coimbra para o lado cristao um epis dio de import ncia capital no longo processo da Reconquista Peninsular Nas d cadas seguintes a cidade e a bacia do Mondego assumiriam nesta faixa ocidental a linha de fronteira entre crist os e mu ulmanos Ao comando deste territ rio e com vasta experi ncia pessoal desses dois mundos t o antag nicos quanto intercomunicantes ficava o moc rabe Sesnando Davides A ele se deve a re construcao de um conjunto de estruturas defensivas que constituem parte fundamental do patrim nio que funda menta a rede Os Castelos de Coimbra Lousa Miranda do Corvo Montemor o Velho Penela Soure e a atalaia de Buarcos formaram entre ou
47. con tradit rios resist ncias tens es e conflitos A norma da reciprocidade conflitua com a assimetria das trocas a d diva coexiste com o interesse utilit rio o sentimento de obriga o choca com o primado da liberdade e da afe tividade o princ pio da igualdade minado pelas desi gualdades sociais e sexuais a autonomia amea ada pela depend ncia dos apoios O parentesco tem no entanto propriedades alqu micas que conferem congru ncia a todas estas dissens es Os atos m gicos que permitem esta alquimia fundam se no primado do la o social sobre as coisas no predom nio do sistema de d diva tudo isto o resultado presente de uma heran a do pas sado Sim e n o import ncia da fam lia na produ o de bem estar resulta sem d vida da persist ncia de um modelo no qual os indiv duos aprenderam a contar apenas consigo pr prios Mas deriva tamb m de novas configura es que s o hoje profundamente desafia das As atuais pol ticas econ micas e sociais colocam em causa o modelo de palimpsesto em que novo e antigo tradicional e moderno se conjugavam criando formas de prote o social distintivas no contexto europeu O desemprego elevado e persistente o aumento das desi gualdades no rendimento o crescimento da pobreza a redu o dos benef cios sociais conduzem simultanea mente a um aumento do n vel e da heterogeneidade do risco social e a uma eros o das redes sociais que dele protegem a popula
48. continente Dito 1sso encontrar um compromisso entre representa es e considera es filos ficas de pensar a rela o com o Outro parece uma tarefa intransponi vel N o haver solu o perfeita mas sim um compromisso que merece ser discutido A escolha da express o Dan as do mundo atravessa a quest o da dife rencia o para destacar a univer salidade do pr prio ato de dan ar relacionar se com o outro atrav s da express o corporal Entre respeito pela alteridade discrimina o posi tiva ou valoriza o da diversidade social e cultural trata se de subli nhar o di logo independentemente de quem o Outro a crian a o idoso a mulher o portador de defici ncia o vizinho ou o habitante de uma cidade long nqua A dan a n o se resume a movimentos coreografados passos e movimentos Incorpora valores s mbolos culturais e representacoes do mundo que nos faz pertencera algo maior a sociedade com a qual nos relacionamos O corpo transmissor recetor de emocoes e sensacoes confrontando de forma ef mera e intensa a nossa intimidade de tal maneira que transcendemos as normas sociais que o enquadram Ser por acaso que os bailes de outrora como os de hoje s o os palcos de encontros que marcam o princ pio de tantas hist rias de amor mas tamb m os espa os de converg ncia de todas as gera es Membro da P deXumbo Associa o para a Promo o de M sica e Dan a e mestre em Antrop
49. d mico E enquanto estive numa fase de construcao da minha car reira acad mica sempre preferi Oxford Columbia Nova Iorque e outras universidades que me davam um maior las tro acad mico e cient fico Nesta fase da minha vida tenho outras preocupacoes Estou com 59 anos tenho mais dez anos de vida acad mica pela frente O que que vou fazer com aquilo que sei com a experi ncia que adquiri Da a escolha do Brasil ent o Exato O Brasil tem mais de dois milhoes de professores as escolas p blicas sao ainda muito fracas e a formacao de professores tem muitas defici ncias um pa s em que est tudo por fazer e onde j se adquiriu a consci ncia disso As elites brasileiras o Governo a sociedade brasileira todos j tomaram consci ncia de que h muito a fazer neste campo uma fase fant stica do pa s para juntar essas duas din micas e fazer qualquer coisa de til e de interessante E como tem sido esta temporada O que sente que est a dar mas tamb m a receber em troca Do ponto de vista pessoal tem sido fant stico H uma coisa que me custa muit ssimo em Portugal N o s o as dificuldades essas n o me assustam Eu pr prio a t tulo pessoal vivo com pouco e as dificuldades institucionais nunca me fizeram desistir Mas h uma coisa que me preocupa imenso e que me desgasta muito o estado do debate Hoje quase n o consigo ler jornais portugueses N o consigo n o consigo Custa me muit
50. desafio seguinte passa por calcorrear outras cal adas portuguesas Rio de Janeiro e Macau pelo menos Entre a m sica e a matem tica Carlota acabou por nunca se dedicar que primeiro lhe ficou no corpo mas n o se arrepende A rela o que mant m com esta rea t o intermitente como apaixonante Sou capaz de estar meses sem tocar N o sinto necessidade de faz lo todos os dias mas de vez em quando apetece me tocar aquela m sica Quanto a ouvir as notas j s o outras Ravel Debussy Ant nio Fragoso Alban Berg ou Schoenberg s o companhias de longa e duradoura data J na hip tese de retirar a Matem tica do caminho que percorreu at agora Carlota Sim es diz n o saber onde se situar Comunicar a sua nica certeza Para mim h duas coisas essenciais seja em que rea for passar e receber informa o Por isso n o sei o que seria mas sei que teria de comunicar A Biblioteca a Universidade e o conhecimento O Q D lt 2 O lt E 2 Y 1 Em Coimbra existe uma biblioteca com quase tr s s culos que visitada por mais de 300 mil pessoas em cada ano A grande maioria sao turistas que se sentem tocados pelo aparato visual os dourados que recobrem as colunas e envolvem o retrato de D Jo o V o monarca que autorizou a sua construcao a policromia dos tetos a concentracao de madeira entalhada H depois visi tantes que perguntam pel
51. do da expulsao dos jesu tas pelo Marqu s de Pombal em 1759 o n mero de estudantes n o foi um problema A UC teve essen cialmente que se preocupar em ser relevante para o pa s para que os sucessivos reis a mantivessem em fun cionamento Mesmo depois da perda do monop lio a falta de estudantes n o se manifestou logo S recente mente devido a uma regress o demo gr fica conjugada com um n mero elevado de universidades p blicas em Portugal que a UC se viu numa situa o nova na sua longa hist ria n o haver candidatos em n mero suficiente para preencher os lugares dispon veis nos cursos que oferece Para se manter mais do que nunca a UC tem de ser relevante para a socie dade e adaptar a sua miss o s neces sidades dos tempos atuais Aos olhos dos jovens e das suas fam lias tem de valer a pena vir estudar para Coimbra mesmo que haja outras universidades mais pr ximas dos seus lares Para o conseguir a nossa estrat gia tem duas vertentes Por um lado devemos invocar a nossa impar condi o de universidade cl s sica uma das mais antigas do mundo patrim nio da humanidade s mbolo m ximo de uma l ngua e de uma cul tura parte de in meras redes forja das ao longo dos s culos Coimbra uma cidade universit ria uma cida de de passagem onde chegam e de onde partem estudantes de longes paragens Por essa via deix mos in meras marcas na hist ria resultado de infind veis interre
52. e Estudos Cl ssicos da mesma Universidade Escola Ib rica da Paz Ciclo de Cinema Casa das Caldeiras 24 e 25 de outubro Exibi o de filmes relacionados com a tem tica da exposi o Escola Ib rica da Paz A Miss o Roland Joff 1986 e Tamb m a Chuva Ic ar Bolla n 2010 Langamento do Jogo de Estrat gia da Linha Defensiva do Mondego Audit rio Municipal de Penela 14 de novembro 10h30 O Jogo de Estrat gia tem como pano de fundo a riqueza da hist ria medieval do territ rio onde se insere a Rede territ rio de fronteira entre ci viliza es que se influenciaram mutuamente considerando a sua import ncia nacional e poca na Hist ria Europeia e Mundial O jogo transmite o conceito da forte necessidade de es tabelecer uma rede uma coopera o O foco n o ser no dom nio do confronto entre fa es mas sim nos desafios de organiza o social e inova na rea dos videojogos ao explorar uma mec nica de colabora o entre Jogadores procurando criar uma comunidade online de m ltiplos jogadores ideia mnm mu 1 FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA SECRET RIO DE ESTADO DA CULTURA DIRE O GERAL DA CULTURA DO CENTRO GOVERNO DE la PORTUGAL MINIST RIO DA EDUCA O ECI NCIA DIRE O GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES GOVERNO DE p PORTUGAL MUSEU NACIONAL DE MACHADO 1 l l DE CASTRO CENTENARIO
53. e afirma o da ci ncia em parti cular na sequ ncia da II Grande Guerra e dos contributos cient ficos para o seu desenlace esse espa o de partilha veio a desvanecer se afirmando antes a centralidade de outros espa os de afirma o da ci ncia quer em redes de colabora o com a ind stria quer com o Estado e a implementa o das suas pol ticas O crescimento expo nencial da ci ncia neste per odo e dos seus custos reme teu a participa o amadora condi o de um hobby uma atividade de lazer que certamente poderia satisfazer a curiosidade dos que desenvolviam as suas observa es mas aparentemente pouco poderia contribuir para a pro du o do conhecimento avan ado No entanto com as novas tecnologias da informa o e da comunica o em que todos n s somos permanen tes produtores de informa o as cidad s interessadas na ci ncia e em contribuir ativamente na produ o de conhecimento parecem ter voltado a encontrar um novo espa o de interven o e de colabora o na din mica cient fica atual Com a dinamiza o de redes de conhecimento atrav s da Internet emergiu um espa o de colabora o que se tem vindo a denominar de ci n cia cidada descrevendo a participa o em rede de cida das na produ o de conhecimento cient fico Se temos um problema complexo a investigar porqu mant lo dentro da esfera do laborat rio ou da academia e n o partilh lo para l destes espa os aprovei
54. e cultura como ingre diente fundamental do ambiente urbano e da configura o social das cidades foi lhe sendo associado tamb m um sentido instrumental pelo papel que aliada ao turis mo e criatividade pode desempenhar na regenera o econ mica das cidades e nas suas estrat gias de promo o externa Pese embora a ampla discuss o j produzida em torno destas quest es elas revestem se de uma especial relev ncia no Portugal atual num momento em que as institui es p blicas enfrentam s rias dificuldades finan ceiras e em que a cultura frequentemente secundariza da e hipotecada em virtude de outras prioridades estatais Em Coimbra como resultado de uma parceria entre a C mara Municipal de Coimbra CMC e a Universidade de Coimbra UC a Agenda7Coimbra lan ada em abril passado materializa uma nova aten o e um novo olhar sobre a atividade cultural da cidade representando o prin cipal agregador informativo online dos eventos que a t m lugar Exposi es teatro m sica cinema confer ncias e demais atividades ligadas cultura e ao turismo est o agora dispon veis e atualizadas num nico s tio Inicialmente cria da pela UC a plataforma foi repensada e renovada fruto da associa o com a nascendo assim com um novo aspeto gr fico novas funcionalidades e nova identidade A Agenda Coimbra assume se agora como canal privile giado de divulga o cultural cient fica desportiva e tu
55. e da especula o financeira e dos interesses econ micos sem rosto Estarei presente em todas as iniciativas que possam contribuir para que se escreva uma nova hist ria deste pa s No seu discurso do dia 10 de Junho disse que a Hist ria ainda n o acabou e que precisamos de ideias novas que nos deem um horizonte de futuro Que alternativas v para um novo rumo para Portugal Ha alternativas em muitos planos mas julgo que pre ciso sobretudo construir movimentos coletivos com sentido de futuro O que se nota hoje em dia que h um grande pragmatismo de unidade Direita e uma extraordin ria fragmenta o Esquerda Ora se essa fragmenta o continuar a existir evidente que n o haver alternativa H duas quest es que me parecem decisivas Em primeiro lugar o refor o das dimens es p blicas e tamb m do papel dos Estados conseguir que os Estados providenciem um m nimo de condi es a todos Em segundo lugar a sustentabilidade do pla neta com os n veis de consumo em que vivemos o pla neta n o aguenta at ao final do s culo Nos ltimos duzentos anos a humanidade tem pensado a partir do econ mico tem se organizado a partir do econ mico Chegou a altura de nos organizarmos a partir de outras dimens es que n o s o do dom nio do econ mico da sociedade do consumo da ideia de que para a economia crescer tem que haver mais consumo ideia do cres cimento cont nuo e do consumo intermin v
56. e tinhamos pouco mundo est vamos muito fechados no pa s Acha que somos mesmo o pa s do desperd cio de uma gera o como j afirmou Somos H um duplo desperd cio o de pessoas que que rem ficar c e s t m oportunidades l fora e o desperdi cio no sentido econ mico Este ltimo n o me preocupa tanto mas tamb m me preocupa Estamos a formar os quadros t cnicos da Alemanha os quadros t cnicos dos pa ses do Norte custa como costumo dizer a brincar do dinheiro do agricultor de Tr s os Montes ou do pes cador dos A ores Mas o desperd cio que me preocupa mais o primeiro pois p e em causa qualquer possibili dade de desenvolvimento futuro de Portugal muito aclamado pelos seus discursos havendo at quem diga que dava para fazer um programa eleitoral Numa entrevista ao jornal Expresso assumiu que nesta fase do pa s n o podemos dizer que n o apontado para cabe a de lista do PS poss vel candidato a Bel m Considera as como hip teses J me fizeram essa pergunta muitas vezes Vou repetir n o tenho nenhum interesse em nenhum cargo pol tico minha vida a academia a minha vida a universidade Dificilmente poderei ter um ano melhor do que aquele que estou a ter em Bras lia Pela cidade pelas oportuni dades pelo tipo de trabalho que estou a fazer Est a ser um ano de uma felicidade imensa Estou a realizar um trabalho que faz sentido para mim e para os o
57. eca universidade enciclop dia s o varia es desse mesmo centro subordinante Trata se de uma mensagem que se compreende na poca exata em que surge Vista no seu conjunto por m ela constitui a resposta a uma das necessidades mais constan tes da universidade de qualquer tempo a necessidade de um ethosagregador e confluente capaz de construir uma identidade comp sita ou hipostasiada N o esque amos que a identidade foi sempre e continua a ser um problema maior da institui o universit ria No s culo XVIII a resposta maior para este problema parecia ser s uma a biblioteca Assim se explicam desde logo os fundamentos apre sentados pelo Reitor da poca a D Jo o V para justi ficar a constru o de um edif cio que deveria servir para dois prop sitos distintos guardar os livros e pro clamar a import ncia e a abrang ncia da universidade J nao bastava portanto acomodar em estantes conti guas os volumes que versavam as diferentes mat rias lratava se de algo mais de construir um edif cio sim b lico onde a universidade se sentisse idealizada e glorificada como institui o global e nao como simples justaposicao de escolas 2 Nassuas diferentes t nicas a reforma pombalina have ria de trazer a Coimbra a valoriza o dos novos saberes com destaque para aqueles que detinham uma base experiencial Constru ram se laborat rios anfiteatros jardins e nasceram tamb m as bibliotecas especializadas Al
58. ede de Antigos Estudantes da Universidade de Coimbra Rede UC com o objetivo de refor ar os la os entre a Universidade e todos os que por ela passam e de estabelecer a permanente comunica o e troca de expe ri ncias num esp rito de partilha multigeracional e mul ticultural A rede UC desenvolve a sua atividade em estreita liga o com as Associa es de Antigos Estudantes de Coimbra que se foram criando em Portugal e no estran geiro Estas associa es mant m e fomentam os la os de solidariedade acad mica entre os seus associados pro movendo a aproxima o e intera o com a Universidade A crescente atividade de antigos estudantes fora de por tas tem sido incentivada e dinamizada procurando manterem se vivas as liga es Universidade seja pela integra o desses estudantes nas associa es existentes nessas paragens seja pelo apoio cria o de novas associa es como ocorreu recentemente em Macau De modo a facilitar a comunica o com os antigos estudantes a Rede UC utiliza a plataforma eletr nica de apoio aos alunos da UC Estes podem registar se na plataforma e ter acesso a um vasto conjunto de funcionalidades tal como qualquer atual aluno Rede UC conta j com mais de 25 mil inscri tos de todos os cantos do Mundo constituindo se como uma rede privilegiada para a divulga o e promo o da estrat gia de globaliza o da UC Os antigos estudantes tornam se pois embaixadores e divulgado
59. efesa baseadas sobre a utiliza o da for a do advers rio Kano quis propor uma Educa o F sica ideal cen trada sobre o desenvolvimento f sico mental e cognitivo do indiv duo em prol da sociedade Este m todo pro vavelmente inspirado pelo utilitarismo de John Stuart Mill reorganizou e desenvolveu as t cnicas do jujutsu numa progress o pedag gica baseada na pesquisa do princ pio do melhor uso da energia Assim nasceu o Judo via ou escola do melhor uso da energia A pr tica do randori combate de treino o estudo das rela es entre dois combatentes em oposi o Podemos retirar deste estudo centenas de li es teis para a vida e desenvolver naturalmente as faculdades humanas Uma vez bem entendida a import ncia real dos princ pios do Judo podemos aplica los em todos os aspetos da vida para viver melhor a menor custo permitindo nos ser mais realizados e racionais J Kano Esta aposta educativa do fundador do Judo tem se reve lado frutuosa Apesar do Judo ser uma modalidade pouco medi tica gra as ao contributo que teve na forma o das pessoas ou dos seusfilhos muitos deles contribu ram para o crescimento desta rede fazendo publicidade abrindo clubes etc O Judo atualmente reconhecido pela UNESCO como uma modalidade altamente educativa Para ilustrar o nosso prop sito gostar amos de terminar explicando o significado da queda Para o Judoca cair pode significar perder Todavia par
60. el s o uto pias negras Temos de encontrar outras formas e outros valores outras formas de viver Temos de encontrar um denominador comum que possa unir pessoas e parti dos em torno de ideias de futuro H toda uma reflex o que a crise escondeu ou passou para plano secund rio Mas em torno de novas maneiras de ver pensar e viver que se construir uma sociedade e um pa s com futuro Carlota Sim es nasceu na Guarda a 20 de outubro de 1964 mas viveu os seus primeiros anos de vida numa aldeia pr xima da Covilh chamada Peso E como na coincid ncia nao moram acasos foi tamb m de peso a decis o que cedo lhe marcou a vida Aos dez anos Carlota saiu de casa para regressar sua segunda morada a Guarda para comecar a estudar A matem tica tarde lhe chegou s m os mas a m sica depressa assentou nos ouvidos No discurso do professor de Educa o Musical que a acompanhou no ciclo e no contacto com as teclas do rg o que a morava encon trou a liga o que lhe percorreria os dias Aos 12 anos recome ou noutra cidade Covilh e d ent o in cio forma o musical com a certeza de que da n o origi naria uma profiss o de futuro Comecei muito tarde Sabia que n o 1a ser uma grande pianista O curso geral de piano que completou j em Coimbra seria paralelo a outro universo a Matem tica Porqu A verdade que n o sei Muitos dos meus colegas tinham optado pelos caminhos da Medic
61. eligiosa fomentando a constru o de igrejas na urbe conimbricense apoiando institui es afetas ao rito hisp nico peninsular e sobremaneira restau rando a diocese coimbra Assim fundou e dotou largamente a igreja de S Miguel qual doa grande parte dos seus bens no seu testa mento de 15 de mar o de 1087 Em consent neo foi pr digo para com duas antiqu ssimas institui es deste territ rio os mosteiros de Lorv o e da Vacari a basti es eclesi sticos do rito mo rabe Mas dignificou particularmente a catedral e trouxe para Coimbra o bispo mo rabe de Tortosa D Paterno que esteve frente da diocese desde cerca de 1080 at sua morte em 1087 Este prelado com o assentimento de Sesnando ter ordenado a vida comunit ria entre OS c negos o que se adequava per feitamente ao esp rito da reforma interna da clerezia hisp nica e ter criado uma escola catedral cia pois como bispo culto e senhor de uma assinal vel biblioteca preocupava se com a difus o do ensino e do saber D Sesnando veio a falecer alguns anos mais tarde em agosto de 1091 O Livro das Calendas evoca o como o povoador de Coimbra s ordens dos reis D Fernando e D Afonso Anota ainda que o seu corpo foi sepultado na S possivelmente numa arqueta adossada fachada da velha catedral Decorridas algumas cen t rias o bispo conde D Jorge de Almeida consagrando o em mais digna e perene mem ria trasladou os ossos de S
62. emos de estar altura particular mente agora que vamos come ar a receber estudantes internacionais que pagam integralmente a sua edu ca o superior Num mundo t o intensamente global e concorrencial o desafio de nos mantermos relevan tes como nos sete s culos anteriores mais exigente do que nunca Jo o Gabriel Silva Reitor da Universidade de Coimbra LU S MENEZES 6h45 da manh do dia 24 de novembro de 1920 cer ca de 40 estudantes invadiram o ent o Clube dos Lentes no Col gio de S o Paulo situado na Rua Larga cansados de promessas adiadas de mais espa o para a Associa o Acad mica de Coimbra que crescia em atividade Este epis dio ficou conhecido como A Tomada da Bastilha e hoje comemorado por atuais e antigos estu dantes da Universidade de Coimbra UC num claro reflexo da liga o intensa que se estabelece entre estu dantes e Academia A 17 de abril de 1969 na sequ ncia das palavras que d o t tulo a este texto a Academia mostrou a sua revolta con tra uma ditadura que apesar de orgulhosamente s teimava em querer perpetuar se Em 1989 foram publicados os Estatutos da UC que con sagrariam a democraticidade da gest o universit ria e que resultaram de uma uni o mpar de esfor os entre docentes alunos e funcion rios numa maratona que ficou para a hist ria caracterizada pelas famosas reuni oes no Pal cio de S o Marcos com o Magn fico Reitor de ent o Ru
63. ente encontrar bodes expiat rios para a nossa natureza mas l est a nossa natureza Jornalista do Di rio de Not cias Ao die do Audioguia de Coimbra Torre de Almedina 30 de maio 16h30 O audioguia uma ferramenta de visita o dis pon vel em cinco idiomas que prop e uma visi ta l dica aos monumentos da Rede recorrendo a conte dos de hist ria geologia biologia e do dom nio do patrim nio imaterial Estes equi pamentos diferenciam se pela disponibiliza o de conte dos interativos pelo locutor que lhe d voz em portugu s e pela acessibilidade conquistada parceria com a ACAPO Estar dispon vel para download no website da Rede ou nos postos de turismo onde os utilizadores poder o usufruir de um equipamento m vel dedicado Apresenta o da Imagem das Comemora es Torre de Almedina 30 de maio D Sesnando o her i improv vel filme animado Cineteatro da Lousa 5 de junho 10h30 Considerando a pertin ncia em cativar o p blico infantil e familiar no mbito da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego a Ag ncia ir lan ar em 2014 um filme ani mado infantil e de uma publica o infanto juvenil orientada para as crian as entre os 6 e os 12 anos de idade Este filme centra se sobre o personagem de Sesnando Davides o Governador ea sua influ ncia na cria o da Linha Defensiva do Mondego O filme apre sentar anima o de personagens e cen rios em anim
64. erior H estantes mas s o pequenas Ou o dizer que origi nalmente tinham ainda menor dimens o S o os gabi netes que eram utilizados pelos investigadores Pela sua pequenez e pelo ambiente de clausura que evocam s o os continuadores dos antigos scriptoria Sempre que entro na Biblioteca Joanina detenho me naquele espa o Para mim ele representa a utopia da investiga o operosa e feliz Ponho me a pensar em todas as utopias que os homens constru ram grande parte delas plasmadas na literatura e noutras artes ilhas afortunadas cidades ideais fontes de eterna juventude e dou me conta de que aquela utopia con creta n o tem sido suficientemente destacada A utopia que consiste justamente na possibilidade de algu m poder fechar se num gabinete com os livros de que precisa nem livros a mais nem livros a menos Pode ent o dedicar se a escrever outros livros dando con tinuidade ao intermin vel di logo humano enquanto O rio corre ao alcance da vista interiorizando esta verdade suprema a de que tal como o curso das guas tamb m a nossa vida envolvendo d vidas sonhos e anseios teve precedentes e corre para uma foz onde tudo se renova ou se dissolve luz destes pensamentos a universidade ganha sentido como lugar de trabalho honesto e de descoberta E ainda n o existe melhor alegoria para ela do que uma biblioteca rica calma confort vele se poss vel com vista paraumrio Diretor da Biblioteca Geral da Un
65. ernet dos nossos dias assume se por um lado como enciclop dia universal fonte de inesgot vel sabedoria quase com estatuto de mente superior omnisciente e omnipresente divindade que todos idolatram Para muitos cujo n mero n o para de aumentar se est na Internet verdade principalmente se estiver nalgum dos seus reputados e incontorn veis sites Qualquer pessoa que se preze qualquer iniciativa respeit vel tem que ter exist ncia na Internet Todo o bom aluno com preten s o a uma boa nota copia da Internet quantas vezes n o se dando sequer ao trabalho de ler quanto mais perce ber o resultado do seu mec nico copy paste Por outro lado a Internet tamb m uma ferramenta para intera o entre pessoas em trabalho ou lazer sobre a qual se executam incont veis aplica es de todos os tipos e para todos os fins Mas mais do que ferramenta para intera o entre pessoas come a a utilizar se a Internet tamb m para intera o entre sistemas f sicos a chamada Internet das Coisas Internet of Things que permite a constru o de sis temas ciberf sicos isto sistemas computacionais que con trolam entidades f sicas utiliz veis em reas como sejam a aeron utica os transportes terrestres as redes de energia gua e g s os cuidados de sa de ou o entretenimento Parece ser este o novo caminho a explorar na Internet Como dizem os Chineses todas as grandes viagens come
66. esnando e de um seu sobrinho para uma nova urna de pedra gravando lhe esta legenda Aquy jaz h uu que em outro tenpo foy grande barom sabedor e muito eloquente auondado e rico e agora he bequena cinza encarada em este moimento e com ele jaz huum seu sobrinho dos quaes h u era ja velho e outro mancebo e o nome do tio sesnando e pedro avia nome o sobrinho E este monumento p treo que se encontra nos claustros dessa igreja o patrim nio material vis vel das muitas mem rias intang veis sesnan dinas disseminadas pela cidade e regiao de Coimbra Coimbra sob o governo sesnandino foi uma capital pol tica religiosa e cultural de um vasto espa o frontei ri o Foi acima de tudo uma cidade de redes aberta tolerante multi cultural e multirreligiosa Estudar esta ambi ncia e este homem e dinamizar atividades v rias em torno desta poca sempre proje tada para novos tempos at aos do presente apregoar convictamente que estes mesmos valores de inclu s o toler ncia di logo e de redes tnicas culturais e religiosas s o vitais nos dias de hoje para a cons tru o de uma cidadania respons vel din mica de uma identidade comprometida e interativa de uma cidade do conhecimento e de um pa s livre e democr tico com um solid rio mundo global Este texto apresenta se como uma sinopse do que escrevemos no artigo Nos alvores da hist ria de Coimbra D Sesnando e a S Velha in S Vel
67. essa determina o Esteve l o Ateneu mas tamb m esti veram a Universidade as sec es da Associa o Acad mica de Coimbra as organiza es de investigadores e as rep blicas as companhias de teatro os sindicatos os grupos de cidad os os organismos culturais e art sticos e as mais diversas organiza es formais e informais da cidade O momento alto claro est perma neceu na manifesta o popular que na tarde de 25 de abril uniu a Pra a da Rep blica ao P tio da Inquisi o Mais cedo no Audit rio da Reitoria Alexandre Ramires Ant nio Avelas Nunes Jo o Gabriel Silva Lestro Henriques e V tor Costa desvenda ram o livro 25 de Abril em Coimbra enquanto na Pra a 8 de maio TEUC CITAC CMUC e Orfeon apresen taram a performance liVerdade noite Coro Misto TAUC Orquestra Ligeira OPUS 21 Brigada Victor Jara Bonifrates e muitos outros juntaram se Universidade e ao Ateneu no TAGV para interpretar as 25 Can es de Abril No Teatro da Cerca de S Bernardo no Centro de Estudos Sociais no Conservat rio de M sica de Coimbra e na Casa das Caldeiras o Centro de Documenta o 25 de Abril Escola da Noite a associa o Prisma a Fila K a A2C2 e o curso de Estudos Art sticos da Universidade de Coimbra UC preencheram a programacao de dois meses de ini ciativas com document rios longas metragens e filmes revolucion rios lamb m houve espaco para con certos e
68. estrutu ral da difus o universal de saberes e conhecimentos que transcende o bin mio professor aluno A passagem pela UC vai muito para al m da formacao acad mica com qualidade e atualidade Ser estudante de Coimbra mais do que um momento na vida E um momento para a vida Esta a paixao intr nseca que se perpetua nos afetos e per manentes reencontros e estabelece elos indestrut veis no tempo e no espaco de uma identidade nica Esta identidade n o se esgota na cria o fundamental dos saberes ou na difus o cr tica e na transmiss o desses saberes para a sociedade Assenta nos pilares fundamen tais da liberdade de pensamento e retribui sociedade essa mesma liberdade com princ pios de promo o de Justi a social e cidadania respons vel A conquista estu dantil simbolizada pela Tomada da Bastilha traduz precisamente a for a da Academia de Coimbra onde a indiferen a e a resigna o s o palavras que n o constam do l xico do estudante A passagem pela UC deve ser pois encarada com motiva o e otimismo O momento da partida nunca um adeus Tamb m n o o abandono de um filho que parte Individualmente ou em associa o cada estudante cada antigo estudante representa um n da imensa rede que a UC um elemento vivo e em permanente evolu o e reflete difunde promove e prestigia a Universidade aqu m e al m fronteiras Ciente desta realidade a Reitoria da criou em 2006 a R
69. experi ncias cuja import n cia por vezes negligenciada nos processos de decis o O projeto BIOSENSE financiado pela Funda o para a Ci ncia e a Tecnologia FCT desenvolvido entre o Centro de Estudos Sociais CES e o Instituto de Biologia Molecular e Celular e coordenado por Jo o Arriscado Nunes procurou tamb m desenvolver uma plataforma para outras formas de ci ncia cidada atrav s da produ o de conhecimento colaborativo de investiga o a o entre investigadores e outros atores sociais com vista resolu o de problemas de interesse coletivo Neste caso inspirando se no modelo das Science Shops existentes pre dominantemente no norte da Europa esta plataforma enfatizou a defini o coletiva de problemas para investi ga o com uma ampla base de participa o e o seu acom panhamento continuado Foram assim desenvolvidos projetos em torno de temas como as doen as neurodegenerativas com a colabora o do Centro de Neuroci ncias e Biologia Celular CNO os determinantes sociais da sa de com a Funda o Oswaldo Cruz do Brasil a gest o de florestas para a pre ven o de fogos com o Laborat rio de Estudos sobre Inc ndios Florestais LEIF comportamentos alimenta res e implica es nutricionais em situa es de vulnerabi lidade social com a Faculdade de Ci ncias da Nutri o e Alimenta o da Universidade do Porto FCNAU P di lo gos e colabora es em torno da gaguez com a Associ
70. ficaz com o Twitter As not cias que nos chegam pelo Twitter t m de ser confirmadas Claro Como as que nos chegam de todas as outras formas Mas h algo que o Twitter permite que nenhuma outra ferramenta at hoje permitia chegar com rapidez a hist rias chegar instantaneamente a pessoas cujo n mero de telefone ou endere o de email para n o falar da morada levar amos uma eternidade a conseguir se alguma vez No Twitter pude falar com rebeldes das revo lu es eg pcia e iraniana no Twitter posso perguntar por exemplo quem que tinha um emprego com recibos ver des e perdeu o e est a tentar receber o subs dio para estas situa es e em poucas horas ter resposta e poder cons truir uma reportagem a partir da ver http tinyurl com reportagemfernandacancio No Iwitter pude na madrugada do pequeno terramoto de 2009 trocar larachas e informa o com milhares de pes soas t o amedrontadas e nora como eu http jugular blogs sapo pt 1474298 html esp cie de cord o humano digital contra o pavor mentira dizem os cr ticos da comunica o digital escarninhos aquelas pessoas n o querem saber de ti e tu n o queres saber delas T m raz o com certeza Mas n o por ser o Iwitter porque na verdade queremos saber pouco uns dos outros porque na verdade muito pouca coisa de verdade Mas isso n o um pro blema do Iwitter mesmo nosso Engra ado que tentemos t o desesperadam
71. gio e da reputacao um nome No Brasil isso clar ssimo E isso d lhe uma proje o sobretudo como universidade de L ngua Portuguesa que muito importante E como v o sistema bin rio instalado no Ensino Superior Eu sou contra mas devo ser quase a nica pessoa no pa s Digo isto com a humildade de provavelmente n o ter raz o Sou favor vel a um sistema nico de ensino superior com uma enorme diversidade de for ma es universit rias polit cnicas art sticas etc As universidades t m de ser diferentes umas das outras t m que ter projetos pr prios Dentro das universida des pode e deve haver cursos l gicas e modelos distin tos dando resposta a diversos p blicos e necessidades sem que isso se traduza numa separa o r gida bin ria dicot mica entre universidades e polit cnicos H uma clara descren a em rela o Universidade Mesmo nos jovens Acha que fruto da a o de alguns Governos Do modelo do Regime Jur dico das Institui es de Ensino Superior RJIES O RJIES foi um momento muito cr tico e grave para as universidades Foi feito para complicar a vida s uni versidades inten o era clara a Universidade n o interessa o que interessa o sistema cient fico e ser a partir da ci ncia que se renovar a universidade Para legitimar esta pol tica era necess rio diminuir as universidades e promover a ci ncia Ora sepa rar estes dois univers
72. governo de Coimbra ainda que por poucos anos embora por largo tempo tenha encarnado os anseios de legi timidade do partido moc rabe o que se manifestar em ato durante o governo do conde D Henrique Rodeado de uma domesticidade de servas evid ncia da islamizacao dos seus usos e costumes teve ainda pelo menos um filho ileg timo Dispunha de habita o em Coimbra durante algum tempo numa casa dentro do espaco amuralhado acima da porta de Almedina e possu a tamb m morada em Montemor Era detentor de uma avultada riqueza em terras situadas na rea do Baixo Mondego senhor de gado e cavalos bem como de uma consider vel fortuna m vel entre vasos de prata e ouro e panos de luxo con fecionados em boa seda importada de Biz ncio sinais de uma profunda assimila o aos gostos e pr ticas de uma urbana e requintada cultura e civiliza o isl mica O consul princeps dux ou alvazir Sesnando como designado na docu menta o terminologia de poder que igualmente ilustra a mescla identit ria das heran as latina e rabe que norteavam a ideologia e a praxis ses nandinas ter sem d vida governado o territ rio de Coimbra a contento das suas elites e popula o Como refor o da defesa procedeu restaura o da cintura de castelos em torno de Coimbra intervindo com intuitos militares e de povoa mento nos castelos de S Martinho de Mouros Arouce Penela Montemor e Soure para al m de
73. gumas das que foram ent o criadas chegaram aos nos sos dias notavelmente robustecidas S culos mais tarde nova mudan a profunda chegaria cidade do Mondego Refiro me reconvers o da cidade universit ria que data da d cada de 40 do s culo xx que viria a incluir a adapta o do espa o para a nova bibliote ca que se previa pudesse durar 50 anos e acolher mais de meio milh o de monografias O edif cio que resultava da adapta o da velha Faculdade de Letras era praticamente novo e ficou dotado com tudo o que de melhor existia aquecimento central sala para mais de 200 leitores mobi li rio especialmente desenhado espa os nobres como o sal o de S o Pedro sala de reservados e um quadro de funcion rios que chegou a rondar a centena entre biblio tec rios e cont nuos como ent o se designava o pessoal menos graduado E tudo isto para servir os 1770 estudantes que na altura se encontravam matriculados na universida de que hoje tem 15 vezes mais 3 Preservar o not vel acervo que continua sua guarda disponibiliz lo aos interessados presencialmente e dist ncia atualizar esse mesmo acervo atrair estudan tes facilitar a tarefa de quem investiga ao mais alto n vel continuam a ser as preocupa es mais importantes de quem trabalha na Biblioteca A mais nobre de todas as fun es por m a menos vis vel a de servir como alegoria cidadela da pr pria universidade Enquanto estrutura complexa dot
74. ha de Coimbra Culto e Cultura Coimbra Catedral de Santa Maria de Coimbra 2011 pp 11 39 e na obra O Municipio de Coimbra Monumentos Fundacionais Coimbra C mara Municipal de Coimbra Imprensa da Universidade de Coimbra 2013 As abo na es documentais e bibliogr ficas do que aqui expomos neles se encontram Docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Hist ria da Sociedade e da Cultura DIRE O DO ATENEU DE COIMBRA ruela estreita eingreme e aquela curva no meio apa renta comprimi la ainda mais Nao h um nfimo espaco plano e cada um dos paralelos parece ameacar largar se ao m nimo toque Mas ainda assim est cheia Nao h um nico lugar confinado onde uma vivalma se consiga enfileirar Todos garantem que h sempre espaco para mais um E a multid o vai crescendo rua acima e invade as vielas perpen diculares Para os mais habilidosos resta um equil brio bamboleante nas soleiras das portas velhas porque as janelas j est o ocupadas por cabe as que a esfor o se debru am para ver o espet culo Ningu m desvia o olhar um minuto que seja todos vidrados no boneco de palha e cart o que no centro insiste em continuar a crepitar pon tas de fogo a queima do facho Uns de punho erguido outros abra cados e ainda outros sinais de novos tempos de c mara e telem veis em riste entoam em plenos pulm es a Gr ndola Vila Morena
75. heio de humor e um bom ausp cio para o resto da Semana Abre se aqui um par ntesis para duas breves notas sobre as singularidades desta Semana Cultural da UC A primeira a Semananao uma semana durou este ano dois meses sete dias s o claramente insuficientes para acomodar todos os eventos produzidos no mbito des ta iniciativa a opcao de manter a designacao explica se com o entendimento de que a marca Semana Cultural da UC atingiu uma notoriedade tal que n o faria sentido manter a l gica da sua organiza o e mudar a designa o Asegunda a Reitoriae o Teatro Acad mico de Gil Vicente TAGV co produzem uma s rie de eventos correspon dendo a cerca de metade do or amento dispon vel para a Semana Cultural a outra metade distribu da por ini ciativas propostas por outras estruturas unidades orga nicas departamentos centros de investiga o n cleos de estudantes entre outras ligadas UC e inspiradas pelo tema do ano Calhou ser 2014 ser ano de muitas e importantes efem rides Os 950 anos do in cio do Governo de D Sesnando em Coimbra em 1064 assinalados com a apresenta o do programa das comemora es que v o evocar esta figura hist rica e o seu legado preparadas pela UC em parceria com a Ag ncia para o Desenvolvimento dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego D Sesnando tem lugar de destaque tamb m nas p ginas desta Rua Larga al m de ter inspirado o encerramen to da Semana Cu
76. i na o no sentido em que n o h alternativa E o pensamento pr prio anulado O pensamento dissonante anulado sim Quem pro p e outros caminhos um idiota ou um ut pico ou um l rico ou um rom ntico ou outra coisa qualquer Esta uma not cia terr vel para a liberdade Bem sei que tinha 19 anos no 25 de abril e que tudo era muito diferente Mas lembro me de termos sempre a sensa o de que est vamos a decidir o futuro Havia aqui muito de ilus o Mas apesar de tudo havia essa convic o de que somos n s que estamos a fazer e a decidir as coisas Isso perdeu se completamente Pass mos de um extremo ao outro como se fa amos o que fizermos nada mude uma realidade sem decis o pr pria Como se tudo estivesse decidido por algu m Este um problema mais vasto que a realidade portuguesa e que temos de atacar seriamente no mundo inteiro Se n o conseguirmos mudar essa equa o nos pr ximos anos as crises v o ser s rias S rias e violentas Considera que atualmente h uma guerra especi fica contra as artes humanidades e ci ncias sociais Pensa que um sintoma ou uma consequ ncia de um pa s em crise Acho que uma consequ ncia dos muitos interesses que se instalaram nas universidades e na ci ncia ci ncia e as universidades foram sendo progressivamente inva didas nas ltimas d cadas por interesses econ micos empresariais e de grandes grupos que acham
77. i Alarc o Em junho de 2013 a UNESCO declarou a UC patrim nio da Humanidade tamb m na vertente imaterial reconhe cendo que esta serviu de modelo a in meras universi dades no espa o Lus fono e que Coimbra simboliza a cultura e a l ngua portuguesas que tanta influ ncia tive ram no mundo Em 2018 Coimbra ir ser a cidade anfitri dos Jogos Europeus Universit rios ap s decis o do comit execu tivo da Associa o Europeia de Desporto Universit rio A UC continua bem viva aberta para o mundo e com olhar no futuro numa clara perspetiva de crescente internacionalizacao A hist ria da Academia de Coimbra est repleta de factos que evidenciam a sua centralidade cient fica cultural e de interven o social no panorama nacional Estes factos influenciaram e continuam a influenciar o rumo da nossa hist ria enquanto nacao confundindo se com ela e ultra passando largamente as nossas fronteiras neste esp rito global tao caracter stico da sua pr pria universalidade que hoje se posiciona a UC transpondo os limites da cidade da regi o e do pr prio pa s Ao conhecimento acumulado ao longo dos s culos e transmitido de gera o em gera o pelos seus Mestres alia se a contemporaneidade do conhe cimento cient fico inovador intrincado numa rede com s culos de hist ria e de hist rias o que lhe confere a sua peculiaridade no contexto nacional e internacional A dimens o humana desta rede constitui a base
78. ias do Desporto e Educa o F sica da Universidade de Coimbra A popularidade do conceito de rede e o reconheci mento das suas capacidades descritivas e explicativas estendem se crescentemente a m ltiplos dom nios cient ficos e tem ticas de investiga o A sua aplica o ao estudo da s fam lia s revela enormes potencialida des heur sticas permitindo simultaneamente olhar o interior da fam lia e as suas relacoes com o exterior o Estado o mercado a comunidade S LVIA PORTUGAL De uma forma operacional a an lise a partir das redes sociais permite sintetizar questionamentos comple xos acerca das rela es familiares e do seu papel nas estruturas sociais em quest es muito simples Quem O qu Como Quem faz parte das redes Quais os fluxos que circulam nas redes Que normas regulam a sua a o Esta abordagem permite conhecer con juntamente a forma e o conte do das rela es sociais Numa pesquisa que realizei sobre os modos de acesso aos recursos de bem estar de jovens fam lias com dupla inser o no mercado de trabalho cujos c njuges tinham idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos procurei responder a estas quest es analisando um tempo de re organizacao de recursos materiais e afetivos Quem s o os elementos da rede Com quem se pode con tar quem se recorre quando se precisa de emprego de habita o de cuidados de sa de A quem se deixam as crian as quem se pede dinhe
79. ina mas eun o tinha e n o tenho apet ncia nenhuma por essa rea O gosto natural tendia para reas em que Carlota Sim es se sentia autodidata como a Hist ria ou a Literatura A Matem tica pelo contr rio encarnava um desafio e um impulso Foi no momento da inscri o na univer sidade que escolhi a Matem tica Juro Muito diferente dos n meros quotidianos a mate m tica da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da Universidade de Coimbra FCTUC ajudou a a pen sar de uma maneira estruturada Quando chegou ao final do terceiro ano foi contactada para ser moni tora juntamente com outros quatro alunos Apenas os melhores o conseguiam Tinha 20 anos quando dei a minha primeira aula A vocacao para lecionar era bvia e garantia retorno por parte dos alunos colegas N o tenho que ter pudor em dizer Acho que tenho mesmo jeito Na altura ainda mais porque estava muito pr xima daquelas idades Sabia exatamente como que aquelas pessoas pensavam Garante que nunca assumiu a miss o de desmistificar a matem tica refor ando a sua aplicabilidade nas coi sas quotidianas Esta op o surgiu de forma natural e at funcional Ao encontrar caminhos fraturados entre n meros e vontades Carlota Sim es come ou a construir pontes entre matem tica e reas do seu inte resse assumindo nesta investiga o uma esp cie de subterf gio Apetecia me fazer aquilo que deixei por fazer quando escolhi a
80. iro emprestado A quem se contam os segredos Para uns as respostas a estas e outras quest es permitem identificar m ltiplas rela es para outros com diferentes perguntas obt m se sempre os mesmos nomes morfologia das redes diversa mas uma caracter stica transversal a clara distin o entre as rela es de parentesco e as restantes rela es sociais Existe a fam lia e existem os outros que quando s o importantes s o como se fossem da fam lia Os la os de parentesco adquirem for a pela sua perman ncia no tempo pela resposta que d o a neces sidades materiais e afetivas pelo referencial de segu ran a e prote o que constituem pela confian a que inspiram pela possibilidade de constru o de um n s que representa uma esfera privilegiada de refer ncia identit ria e de perten a O familismo das redes alimentado por intensas rela es intergeracionais uma forte matrilinearidade e uma n tida preponder ncia dos la os do lado da mulher Estas tr s caracter sticas resultam de uma complexidade de elementos consanguinidade afetos apoios sociabilida des direitos legais obriga es morais modos de ser de fazer e de pensar que se constroem no tempo longo da continuidade geracional que s a fam lia garante A normatividade das rela es familiares clara reci procidade dever obriga o igualdade autonomia mas a sua an lise detalhada desvenda princ pios
81. is curso assente no pressuposto de que a UE e a R ssia partilham valo res democr ticos e de estado de direito nao reflete os entendimen tos diferenciados que subjazem a esta relacao por isso necess rio clarificar interpretacoes para que a a o possa efetivamente traduzir se na consolida o desta rede na sua g nese e com reflexo em termos mais latos nas suas diferentes reas de atua o o enfoque na formali dade das redes deve traduzir se em implementa o efetiva de pol ticas seja ao n vel da energia ou da libe raliza o de vistos seja no combate criminalidade organizada ou na prote o ambiental Segundo h um conjunto de redes informais que informam o processo ao mais alto n vel e que nas situa es de maior fragilidade contribuem de formas variadas para evitar rutura Redes a n vel acad mico s o aqui um bom exemplo e o atual cons r cio internacional em que a UC est envolvida rede IRSES e que inclui um conjunto de parceiros europeus e russos tem sido um bom exemplo de como avancar cooperacao No atual contexto objetivo desta rede afir mar se como alternativa a pol ticas unidirecionais e de exclusao promo vendo atrav s das mobilidades entre OS parceiros n o s di logo inclusivo como tamb m pr ticas e recomenda es pol ticas numa l gica de valoriza o da coopera o na diferen a Terceiro o silenciamento de ato res fundamentais nestes processos
82. iversidade de Coimbra RUI PEDRO ANTUNES Rob esfregou as maos porfiosamente com formalina enquanto cantava os parab ns para dentro numa melodia silen ciosa que s parou no mindinho O desinfetante tinha a virtude de lavar os resqu cios de sangue imagin rio mas os dedos tresandavam a um fogo f tuo que Ihe crestava a consci ncia at ao deitar Era um homem alto e corpulento com olhos esbugalhados de mocho dois molares a menos uma testa grande com cortes horizontais talhados pela idade mas umas m os de menina fruto das idas for adas manicura A sua rede de amigos era como ovos numa caixa eram s meia d zia e fr geis A mulher e a filha nem faziam ideia de que Rob era um sic rio da pior esp cie verdugo cobarde sniper de alcance meridiano Nos dias de maior can saco o espelho parecia gritar em surdina com Rob Assassino em s rie Os outros n o o viam como o hom nclo que julgava e sabia ser mas como um respeitado guarda noturno valente archeiro que guardava as F sicas e as Qu micas na Alta Universit ria Naquela noite a matan a obrigou Rob a colocar tr s fotos de m defini o na corti a Os frames a preto e branco aumentados at se assemelharem a obras cubistas n o deixavam ver as fei es dos rostos embora os olhos tivessem sempre uma defini o imaculada Era por aqueles olhares de surpresa e de presa que Rob lhes dava os nomes imagi n rios mulher chamou de Laila aos dois homens Sami
83. iza o de dados que foram compilados e organizados coletivamente Do ponto de vista da participa o cidada levanta se igualmente o problema de como o processo de mapeamento cultural inicial baseado na recolha comunit ria de informa o de forma orientada poder vir a ser alargado a outras atividades an logas baseadas na monitoriza o das comunidades e relacionadas com os processos de governan a Recentemente v rias disciplinas adotaram o mapeamento cultural como m todo de pesquisa e v rias abordagens tradicionais t m vindo a ser repensadas e alargadas a pr ticas de mapeamento cultural com o aux lio de novas metodologias e objetivos durante o seu processo de aplica o Reconhecendo a expans o desta nova perspetiva intelectual e o impacto das pr ticas comunit rias o Centro de Estudos Sociais CES organizou a confer ncia internacional Mapping Culture Communities Sites and Stories 28 30 de maio 2014 para reunir artistas investigado res de diversas disciplinas e profissionais do planeamento cultural e partilhar as mais recentes pr ticas e questoes colocadas nos 28 pa ses participantes Serao aprofundadas tr s vertentes principais envolvimento participativo de comunidades m todos de mapeamento de intangibilidades baseadas no lugar e relacoes entre a investigacao mul tidisciplinar e as pr ticas de desenvolvimento local Durante a confer ncia uma oficina de tr s dias para parceiros do projeto Art ria uma cola
84. izeram com que os servi os de intelig ncia sinalizassem o espa o passando a integrar o atlas secreto a cartografia fan tasma da grande CIA No final dos anos 00 o espa o foi ocupado pelos servi os secretos americanos sem que ningu m soubesse E tudo porque Coimbra encaixava nas caracter sticas necess rias a uma micro base secreta Ficava a precisamente quatro mil quil metros de Beirute e outros tantos de Damasco Para ser preciso como as m os de Rob a 3920 17 km de Beirute e a 4004 42 km de Damasco Era tamb m num pa s da NATO segundo requisito e num s tio improv vel jogando com a mesma l gica de antanho dos agentes da pol cia pol tica Ap s cinco anos de miss es ardilosas e ultra secretas o espa o ficou preparado para receber uma base de controlo de drones dist n cia partir de Coimbra Rob controlava dois MQ 1 Predators que sobrevoavam a S ria e um MQ 9 Reaper que rondava os c us do L bano A capa de guarda noturno da universidade dava a Rob a m scara de que necessitava para gerir as suas miss es na Ar bia As informa es encriptadas que recebia n o deixavam de o fazer sentir como uma entidade divina pois a ltima decis o sobre quem devia viver ou morrer era sua com base naquilo que julgava ser o momento oportuno ou a boa visibilidade Da sede dos terroristas bons como lhes chamava desde a ltima Administra o republicana apenas lhe chegavam os dados sobre os n veis de prioridade dos alvos Mai
85. lacionamentos Da o tema da semana cultural des te ano as redes Que nos lembram D Sesnando cuja chegada a Coimbra em 1064 h 950 anos celebramos este ano Sesnando o senhor mo rabe que promoveu um desenvolvimento decisivo da cidade e da regi o basea do na coexist ncia pac fica e constru tiva das culturas mu ulmana judaica crista de rito mo rabe e crista de rito romano toler ncia a curiosidade o esp rito aberto para aprender e mara vilhar se com os outros era e central para o desenvolvimento das universi dades e das sociedades Redes que nos lembram tamb m o Brasil porventu ra O pa s com o qual a nossa liga o mais profunda e do qual recebemos atualmente tantos estudantes A par de redes bem recentes como a Internet e das que se formam quando os m ltiplos agentes culturais de uma cidade como Coimbra colaboram no desenvolvimento de uma ideia ou na promo o da agita o criativa de que Coimbra e a sua academia vivem Tudo isto foi apresentado na semana cultural deste ano que se prolonga nas comemora es de D Sesnando Por outro lado a nossa estrat gia pas sa por sermos uma Universidade de grande qualidade A nossa investi ga o tem de ser de topo o ensino irrepreens vel e motivador a transfe r ncia do conhecimento para a socie dade intensa e produtiva N o houve na nossa hist ria outro per odo em que estes requisitos fossem t o fortes t o prementes T
86. logo intercultural musical nomeadamente atrav s da interpreta o de vilancicos negros Como objetivo principal pretende se dar a co nhecer uma parte do acervo musical dos fun dos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e promover a tradi o de multicul turalidade entre a comunidade universit ria A interculturalidade est tamb m presente no pr prio ensemble Capella Sanctae Crucis sendo os m sicos que se deslocar o a Coimbra provenientes de Fran a Espanha e Holanda para al m de Portugal e S Velha repert rio moc rabe 9 de julho 18h e Santa Cruz ensaio aberto 22 de outubro a confirmar e Capela de S Miguel da UC repert rio da Igreja de Santa Cruz s c XVI e XVII 24 de outubro 18h30 oo teatral O Alvazil de Coimbra 2 atos Pombal A 6 de setembro Figueira da Foz A 7 de setembro Miranda do Corvo B 13 de setembro Penela B 14 de setembro Soure A 20 de setembro Montemor o Velho A 21 de setembro Coimbra B 27 de setembro Lous B 4 de outubro Foi criada uma obra liter ria original assente no epis dio da cria o da Linha Defensiva do Mondego e vida e obra de D Sesnando Esta obra dramat rgica ser agora vertida na cria o de oito eventos de car cter multidisciplinar que ir o percorrer os concelhos da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego nos meses de setembro e outubro de 2014 Estes eventos ir o ocorrer em espa os n o co
87. ltural a 1 de maio em modo festivo CONSTRU MOS com dan as do mundo servidas com gastronomia de v rios cantos do planeta sons e paladares da rique za cultural que celebramos Os 40 anos do 25 de abril foram tamb m mote riqu ssimo para tecer redes entre institui es entre grupos entre express es culturais Destacaria o espet culo 25 can es de abril a 25 de abril no nascido da vontade da UC e do Ateneu de Coimbra qual se juntou a boa vontade de v rios grupos Orfeon Acad mico de Coimbra Coro Misto da UC Tuna Acad mica da UC Orquestra Ligeira Opus 21 Bonifrates Escola da Noite Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra e Ra zes de Coimbra com Rui Pato e M rio Rovira com coordena o art s tica do maestro Andr Granjo Tamb m a World Wide Web sintetizada na sigla www comemorou o 25 ani vers rio do artigo de Tim Berners Lee que a fundou Rede que permite que a dist ncia entre as pessoas a dist ncia ao conhecimento se encurte a cada momento abrindo tamb m encruzilhadas de desafios para os quais constantemente procuramos respostas 2014 tamb m o primeiro ano do resto da vida da UC Alta e Sofia Patrim nio Mundial Uma inscri o que nos liga a uma rede de cerca de 1000 outros s tios do mundo que s o bem comum da humanidade Assinal mos estes marcos e outras inspira es derivadas das redes nos 60 dias da Semana Cultural com cerca de outros tant
88. m nio ima terial vai sendo constru do ao longo de s culos pelo contributo continuado e tantas vezes discre to ou mesmo esquecido de toda a estrutura uni versit ria sendo que parte essencial do processo decorre da qualidade da pesquisa desenvolvida e da forma o facultada nesse mesmo espa o de estu do e de reflex o Os trabalhos produzidos por Maria Helena da Rocha Pereira enquanto investigadora OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA TRADU ES DO GREGO FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA LATIM MEDIEVAL E RENASCENTISTA FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA ARTE ANTIGA FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA RECEP O DAS FONTES CL SSICAS EM PORTUGAL FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA ESTUDOS SOBRE LATIM ROMA ANTIGA MEDIEVAL A EUROPA EO LEGADO CL SSICO FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA CAMONIANA RECENS ES VARIA E CR TICAS NOT CIAS E PORTUGUESA COMENT RIOS
89. m uma colora o cor porativa A situa o atual absolutamente insustent vel A universidade precisa de liberdade a todos os n veis liberdade em rela o ao Governo liberdade dos pro fessores liberdade dos cientistas liberdade pedag gica liberdade acad mica e tamb m nesta fase da vida de Portugal liberdade para nos ligarmos sociedade Temos de estar muito mais virados para fora muito mais comprometidos com a sociedade E hoje temos condi es para o fazer Se parte dos dinheiros dos fundos europeus fosse gerida pelas universidades apenas e exclusivamente com o objetivo de criar emprego jovem far amos isso mil vezes melhor do que tem sido feito pelos Governos e pelas empresas As universidades t m hoje uma puls o interna e uma din mica de renova o mas t m de as deixar fazer A burocracia est a matar as universidades A crise pode justificar que n o haja dinheiro para dar as universida des mas nao justifica a inexist ncia de um regime de autonomia N o h desculpas Muitas op es t m a ver com a crise muitas outras s o do foro ideol gico de fun cionamento da m quina do Estado Quando foi a Coimbra receber o Pr mio Lu sa Morgado que fez a sua apresenta o enumerou tr s das suas medidas mais destac veis a fus o da Universidade Cl ssica e da T cnica a cria o do Curso de Estudos Gerais e a funda o do Instituto de Educa o Consegue v las como revolucion rias Bem as d
90. na ind stria e no com rcio na cultura e no lazer e portanto na economia na sociedade e nas pessoas Importa por isso conhecer um pouco melhor a hist ria desta rede por forma a entender o presente e perspetivar o futuro 1 Breve hist ria da Internet Em 1969 uma ag ncia norte americana de investiga o a Defense Advanced Research Projects Agency DARPA lan ou um projeto cujo objetivo era o de desenvolver uma rede experimental robusta e fi vel qualidades indispen s veis para aplica es em ambiente militar Na fase inicial desse projeto essa rede chamada ARPANET era consti tu da por quatro computadores A fase experimental do projeto estendeu se at 1975 tendo um crescimento considerado muito grande em 1971 tinha 13 computadores em 1972 tinha 35 e em 1975 interliga va 63 computadores Terminada a fase experimental da rede sucedeu se a fase operacional tendo a administra o da rede passado para uma ag ncia do Departamento de Defesa Department of Defense DoD dos Estados Unidos da Am rica Foi j nessa fase que foram desenvolvidos mui tos dos protocolos regras de comunica o que s o hoje a base da atual Internet como por exemplo os protocolos TCP e IP desenvolvidos em 1977 Em 1983 a ARPANET foi separada em duas componen tes uma rede para fins e ambientes militares a MILNET e a restante ARPANET rede global composta por estas duas chamou se Internet medida q
91. niversidade de Coimbra UC fundamental pronto como um primeiro socorro Consultamos imensos professores da UC Principalmente da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia mas n o s Da Faculdade de Medicina Faculdade de Farm cia Faculdade de Letras Todos nos ajudam No Museu acaba por entrecruzar se com um p blico ainda mais jovem que garante n o v na Matem tica o reflexo de um bicho pap o V sim o de uma disci plina que se encontra ainda entre a incompreens o e a inseguran a incutidas por um passado de anal fabetismo O problema em Portugal n o est nas crian as mas nos pais Os pais que tiveram proble mas com a matem tica e est o a passar isso s gera es seguintes A velocidade a que o mundo cresce e a simplifica o do quotidiano n o ajuda a saltar o obs t culo H uns anos os mi dos iam mercearia com prar coisas avulso portanto tinham de saber fazer contas Tinham de saber quanto que era um litro de feij o ou um quilo de a car Neste momento com pramos tudo em pacotes prontos e h uma m quina que faz a conta no final O importante refor a enraizar a Matem tica nos alunos de amanha Por esta raz o muitas vezes uma hist ria tem de lhe ser asso ciada Encontrar a Matem tica naquilo que nos rodeia pode ajudar a acalmar a complexidade nas estrelas nos bordados nas cal adas portuguesas mas tamb m em jogos antigos como o xadrez ou o jogo do galo
92. nvencionais junto aos monu mentos da Linha Defensiva do Mondego e ir o envolver agentes culturais locais Procura se um evento capaz de criar mem ria e afinidades entre as pessoas e o patrim nio onde as comunidades locais venham a participar no processo criativo e que as suas compet ncias sejam valorizadas e acrescentadas Congresso da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego Teatro Cine de Pombal 7 e 8 de outubro O II Congresso da Rede assume se como mo mento de reflex o conjunta sobre a tem tica da identidade hist rica e cultural que queremos va lorizar no mbito deste territ rio considerando a pertin ncia em encarar o patrim nio como forma de criar comunidades mais coesas e con sequentemente produtos tur sticos melhor suce didos tamb m objetivo discutir sobre o futuro das Redes tur sticas e culturais nas suas v rias dimens es projetando que identidades conver gentes poderiam ser encontradas O II Congresso procurar dar a conhecer a rede os seus projetos de valoriza o patrimonial e as suas atividades imateriais promover a apresenta o de casos de sucesso relevantes no dom nio das redes cultu rais conserva o do patrim nio e novas aborda gens relevantes entre a educa o e o patrim nio Congresso Internacional Coimbra cidade aberta celebrar 950 anos do tempo de D Sesnando Audit rio da Reitoria UC 23 e 24 de outubro Congresso Internacional que procura refletir sobre D Sesn
93. o Cria me uma esp cie de uma ang stia N o h debate de ideias E o trabalho no Brasil ajuda o a abstrair se disso Sim e acho que estou a conseguir ajudar dentro da Universidade de Bras lia O trabalho que estou a fazer ajudar o novo reitor a pensar o futuro da Universidade como que se podem reorganizar os cursos Como que se podem reorganizar os departamentos Qualo futuro da universidade sua internacionaliza o Est a ser uma reflex o muito interessante Do lado da UNESCO tenho estado a fazer propostas na rea da forma o ini cial e cont nua de professores Leituras reflex es com grupos palestras que no fundo s o momentos de sis tematiza o para ouvir as pessoas perceber os proble mas H toda uma intera o e todo um debate Est a ser fabuloso Fabuloso Est lhes nos genes uma energia de mudan a que n s n o temos Energia de mudan a n o sei Acho que no Brasil tam b m h muitas coisas acomodadas Agora que h uma energia naquele pa s h E as pessoas acreditam um pa s de enormes desigualdades Os professores universi t rios no Brasil em valores absolutos ganham o dobro do que n s ganhamos Mas ao n vel do ensino b sico uma mis ria Ganham dez vezes menos do que n s Mas s o pessoas que t m uma enorme vontade de saber de participar H ali uma energia especial Disse que ali se vivia ali se respirava E aqui H uma respira o
94. o Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano VII Estudo Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano VIII Estudo Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Luciano de Sam sata Luciano IX Estudo Tradu o do grego e notas Cust dio Magueijo Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2013 T tulo Plotino Escultor de mitos Autora Loraine Oliveira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Annablume Coimbra 2014 T tulo Mnemosyne kai Sophia Coordenadores Jos Augusto Ramos e Nuno Sim es Rodrigues Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra S rie Humanitas Supplementum Coimbra 2014 T tulo Manual T cnico do Nadador Salvador Autoria N cleo de Forma o de Socorro a N ufragos Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coimbra 2014 T tulo O conceito da compreens o na Sociologia de Max Weber Autor Hans Richard Jahnke Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Investiga o Coimbra 2014 T tulo Ob
95. o Tratando se de uma atividade que colide com as tend ncias naturais embora reunindo muitos m ritos o livro uma inven o humana e n o representa uma d diva divina e com os ritmos instalados na vida dos nossos dias a leitura de investigacao s vale a pena se houver um fim superior que a justifique Para uma certa gera o esse fim sempre existiu e sempre se bastou a si pr prio Mas hoje n o assim Por isso se revela importante n o desistir da catequese que faz do livro um meio insubstitu vel para se alcan ar a recom pensa do conhecimento Do conhecimento prec rio certo Aquele conhecimento que se re ne numa tese num ensaio ou num romance que h de ser superado por outras teses outros ensaios e outros romances Regresso enfim Joanina Apenas para chamar a aten o para um microespa o que l existe e no qual poucos reparam Refiro me aos gabinetes de dois metros quadrados que se situam esquerda de quem entra S o pequenos demais para os nossos h bitos mas t m muitas vantagens t m vista para o arvoredo e para o rio Mondego est o equipados com o tampo inclina do de uma mesa e h estantes altura da cabe a e ao alcance da m o A exiguidade do espa o imp e nos a concentra o no livro que se est a ler A vista permite nos pequenos intervalos de esp rito o fluir das guas garante nos que h movimentos que v m de longe e que o tempo continua a correr independentemente da nossa vida int
96. o antes de se calar for a limitou se a soltar um desejo Que Al me proteja Samir seguia numa bicicleta com o irm o mais novo Kalil ia sentado meia esquadria com o ombro direito em descanso sobre as costas do irm o Os dois ouviram o sopro da morte ao mesmo tempo J tinham visto daqueles avioes a cirandar pelos campos de trigo Sabiam o que era E que raramente disparavam por isso Samir parou de pedalar estancando como mirone for ando o irm o a fazer o mesmo Neste momento Rob gritou usando a for a que os pulm es podem dar Sai da est pido Sai da mas sabia que jamais algu m o poderia ouvir S com a sa da do m ssil tentaram voltar a pegar na bicicleta Ainda Samir tinha as m os no guiador quando soube que tinha que dizer em coro com o irm o Que Al me proteja Rob n o fazia ideia do que seriam as ltimas palavras nem os ltimos pensamentos das suas v timas mas apenas que infelizmente as suas m os nunca falhavam Estacionados os avants nas bases estava na hora da clorexidina de lavar as m os de fada Dos parab ns Era ir nico cantar o Happy Birthday uma m sica de celebra o de mais um ano de vida quando o momento era de morte Mas eram os regulamentos Em dias de matan a podia sair assim que os drones estivessem recolhidos Fez a ltima ronda fict cia ainda antes das cinco da manha dez em Beirute Passou a pente fino as redondezas vagueou pela Rua Larga Pra a D
97. o de Coimbra A sua miss o consiste em espe lhar uma cidade que acontece todos os dias em v rios dom nios da criatividade da cultura das artes da ci n cia e do conhecimento do desporto e do turismo por isso um projeto da cidade e para a cidade No cen rio do Portugal atual absolutamente necess rio desenvolver esfor os continuados para que os modos e as vias de divulga o e promo o estejam altura da ele vada qualidade dos nossos artistas criadores e estruturas culturais e da significativa oferta que marca a identidade da nossa cidade A Agenda7Coimbra consiste assim num projeto de engrandecimento da cidade na medida em que lhe permite sair para fora de si pr pria projetar se no exte rior e por essa via regenerar se social e economicamente Aproveitando o saber cient fico e t cnico que desen volvido na UC e as cada vez mais estreitas rela es entre esta institui o de excel ncia e a CMC dirigida a todos os p blicos em geral com uma gest o descentralizada dotada de v rias funcionalidades permanentemente atu alizadas com uma intera o natural com as redes sociais e finalmente acolhendo todos os tipos de culturas a Agenda7Coimbra mais do que duplicou o n mero de parceiros inscritos desde o momento do seu lan amen to Este o melhor indicador do sucesso de tal iniciati va Uma iniciativa que ao valorizar todas as culturas de Coimbra promove uma cidade que Patrim nio Mundi
98. o preparados para serem discretos mas h relatos de que se ouve sempre um assobio antes de ser disparado um m ssil H quem diga que os inocentes Laila Samir e Kalil ao contr rio dos jihadistas olham sempre os drones de frente ao ouvirem esse silvo tenebroso uma esp cie de canto da morte a forma como o som do gatilho disparado de Coimbra chega ao Oriente M dio a ltima coisa que ouvem assim como Rob o ltimo a ver os olhares que fitam o corpo estranho no c u Que n o fazem ideia que aquele o som do tiro sem miseric rdia na digest o de um prato de tremo os Os vants n o t m homens mas n o funcionam sem eles Rob soube naquele momento que ia matar tr s civis mas convenceu se de que estava a contribuir para uma socie dade ocidental menos periclitante Tomava comprimidos para se concentrar que lhe davam uma adrenalina mortal e o tornavam destemido e insens vel da s chorar ao furo do pion s quando colocava as fotos dos inocentes na corti a S nessa altura pensava como era injusto ser morto por algu m que est a cinco horas de dist ncia de rota o da terra Rob n o fazia ideia de quais tinham sido os ltimos pensamentos daqueles tr s mas desconfiava que tinham ouvido o assobio Laila de treze anos de rosto destapado e pixelizado ouviu um som estranho e olhou para o c u primeira vista julgou ter visto um corvo grande O tempo n o lhe deixou ter uma segunda vista Com a explos
99. ois anos depois integrou a equipa funda dora da sec o de Grande Investiga o do DN onde ainda permanece co autor de livros como O Estado do Parlamento O Estado da Sa de O Poder da Ma onaria Portuguesa O Esc ndalo do BPN e O Estado a que o Estado Chegou Orfanato dos Contos Vadios 2014 a sua primeira experi ncia no mundo da fic o uma altura em que o pa s tem ainda bem fresca na mem ria a recente e t o hon rosa classificacao pela UNESCO da Universidade de Coimbra Alta e Sofia como Patrim nio Mundial da Humanidade importa ain da assim recordar que essa atribui o n o ficou a dever se apenas ao patrim nio arquitet nico preser vado reconhecidamente de enorme valor mas tam b m ao papel central que a Universidade teve ao longo de s culos na proje o da cultura e l ngua portuguesas contribuindo assim para que Portugal se afirmasse como agente particularmente ativo na forma o da hist ria da humanidade Este tipo de patrim nio imaterial acaba de resto por ser ainda OBRAS DE MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA ESTUDOS SOBRE A GR CIA ANTIGA ARTIGOS FUNDA O CALOUSTE GULBENKIAN IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA mais valioso na medida em que n o se confina a um espa o geogr fico determinado mas antes leva as suas marcas a todo o universo onde a lusofonia man t m presen a perene atuante Numa institui o acad mica esse patri
100. ologia 26 RL 40 OFICINA DOS SABERES IMPRESS ES A CI NCIA CIDAD COMOREDEDE ONHECIMENTOS TIAGO SANTOS PEREIRA A imagem de astr nomos amadores procurando identificar objetos celestes ou de bi logos amadores identificando diferentes esp cies da natureza uma imagem que associamos a tempos passados na hist ria da ci ncia Num per odo em que a sofistica o t cnica exige elevado financiamento para se ter acesso mais moderna instrumenta o esses tempos de partilha entre os cientistas os fil sofos naturais e os simples curiosos podem parecer algo distantes Essa dist ncia apresenta se n o apenas como uma dist ncia temporal de outros tempos mas tamb m uma dist ncia f sica dos diferentes espa os ocupados pelos cientistas e pelo p blico e epist mica de diferentes espa os de conhe cimento que nos leva a questionar as rela es entre os cientistas e os restantes cidad os Na verdade essa aparente proximidade de ent o era uma proximidade seletiva que se desenvolvia largamente den tro das salas privadas da aristocracia de onde surgiam quer os que vinham a enveredar pela atividade cient fica quer os que faziam as suas observa es como um mero interesse pessoal Estes espa os formavam redes em que o conhecimento em constru o ganhava credibilidade e afirma o na sociedade como t o bem demonstrou o his toriador de ci ncia Steven Shapin Mas com outros modos d
101. onservadora mas tinha l dentro for as revolucion rias E as univer sidades t m isso N o s o apenas os reitores os dire tores ou os professores catedr ticos as universidades s o tamb m os estudantes os cientistas os mais jovens e os menos jovens E esse dever de resist ncia de pre sen a de participa o absolutamente central N o consigo imaginar uma universidade sem isso Por isso que resisto tanto ideia da universidade empresa rial e gestion ria Por isso que tenho chamado tan tas vezes a aten o para a hipocrisia de serem feitas leis que retiram os estudantes da participa o nos rg os de governo da universidade diminuindo a sua presen a para logo a seguir se ouvir na pra a p blica que os estudantes n o participam est o alheados da vida poli tica etc A Universidade um lugar de participa o e de liberdade Se n o for isso n o nada E nem de prop sito o 25 de Abril vai comemorar os 40 anos Acha que precisamos de agarrar esse passado para o arremessar para o futuro como dizia Cesariny Acho que sim Essa express o de Cesariny fant stica n o Acha que estamos a renunciar a uma luta Acho que estamos muito adormecidos Vejo discursos de inevitabilidade em muita gente S o discursos de resigna o Num inqu rito em que foi perguntado aos portugue ses se eram a favor ou contra a austeridade houve uma grande percentagem contra Depois perguntava se se
102. orld Wide Web Consortium No entan to apesar do enorme impacto que a sua inven o teve no mundo afirma com grande humildade que se limitou a construir algo com elementos que j existiam nomeada mente o conceito de hipertexto de sua inven o o pro tocolo TCP Transmission Control Protocol e o servi o de nomes da Internet Domain Name System DNS Com o aparecimento do WWW o acesso a reposit rios de informa o at a tipicamente feito atrav s do pro tocolo FTP File Transfer Protocol passou a estar dis t ncia de um clique Esta pequena simplifica o foi como muitas vezes acontece o catalisador de uma rea o explosiva que ainda n o terminou e que mudou o mundo em que vivemos Durante cerca de uma d cada at 2002 WWW cresceu de forma a afirmar se como a mais importante aplica o da Internet No entanto at essa data as p ginas Web eram essencialmente est ticas Nessa altura come am a apare cer ideias e propostas no sentido de dotar as p ginas web de dinamismo possibilitando que os pr prios utilizadores contribu ssem com informa o modificassem as p ginas de forma din mica e interagissem entre si com base numa plataforma web Nasceu assim o conceito de Web 2 0 que n o traduz mais do que uma mudan a na forma como as p ginas Web s o constru das e utilizadas Este conceito est na base das redes sociais 3 A Internet dos nossos dias e perspetivas de futuro A Int
103. os o pior que se pode fazer s universidades e ci ncia O desinvestimento nas uni versidades n o deste Governo come ou em 2006 O preju zo causado pelos Governos de Jos S crates reputa o das universidades foi muito grave Os rei tores eram corporativos n o faziam nada as universi dades n o prestavam para nada o que prestava era o MIT e as outras universidades americanas E isto cau sou preju zos dos quais ainda n o recuper mos total mente Ainda que se perceba hoje com clareza que essa pol tica era errada insustent vel Quem pode dar sustentabilidade renova o geracional cient fica s o as universidades Se as corrompermos nos seus alicer ces perdemos essa din mica Parte das perturba es que hoje existem no sistema cient fico s o devidas a meu ver a esse errado entendimento do papel das universidades Felizmente que apesar de tudo as uni versidades portuguesas resistem bem Pelo menos as principais Minho Aveiro Lisboa UL e Nova Porto e Coimbra Acha que n o preciso criar uma nova rede universit ria N o preciso reorganiz la Qualquer uma destas seis universidades tem de definir projetos pr prios E todas as outras universidades portuguesas t m de ser seria mente repensadas N o conseguimos aguentar a rede de universidades e de polit cnicos que temos E espero que as institui es tenham capacidade para fazer uma refle x o pr pria pois caso contr rio vaio G
104. os eventos Foram destacados alguns eventos neste texto pela rela o mais bvia com os pontos foca dos neste artigo Super mos o p blico total da edi o anterior com um universo de espectadores de mais de 15 mil pessoas n o contabilizando quem viu exposi es ou instala es de rua Um n mero talvez ainda mais gratificante o de pessoas envolvidas na organi za o de todas as iniciativas cerca de 450 S o elas os n s das redes mais significativos de todos Este n me ro da Rua Larga dedicado a todas elas por permitir em certa medida superar a efemeridade da Semana Cultural que mesmo sendo a Semana mais comprida do mundo chegou ao fim a 1 de maio Clara Almeida Santos Vice Reitora para a Comunica o Cultura e Patrim nio da Universidade de Coimbra p j T M Yi Ly a i P Bai L q J 1 FC 4 n p i pa EP 7 T 0 E CPIE Ee A TT T ECA i C 4 AT AT 5 eo DOS SABERES 2 2 Uy Ri own va A ji i Ec eT 0 HED A T jo a At Lr d TP Ba y SE si de i d a Te Pam E TROP as est dr i HM a 1 PAS MIZE W 4 41 ap n nime 4 A get ra E _ ji LI E D z a 1 TP JT WT 07 T a act JEEP ae Tns ETAJ LA v Li i gt w FE NM W
105. os livros querem saber de que mat rias tratam se ainda s o lidos se s o todos precio sos Por ltimo existe a consider vel parcela daqueles que se contentam em saber dos morcegos Se existem realmente quantos s o se comem apenas as larvas e as borboletas que atacam os livros ou se precisam de vir c fora para variar a ementa N o s o muitos os que se d o conta de que se encontram numa biblioteca universit ria E ser o decerto poucos os visitantes que se apercebem de que ela portadora de uma mensagem para a universidade E no entanto a reside talvez o principal interesse daquela portentosa casa falante Basta olhar para os tetos do edif cio e reparar nas mensa gens que l foram gravadas Logo na primeira sala diz se que o saber da biblioteca vem dos quatro cantos do mun do Diz se depois na segunda que a Universidade n o passa sem atributos morais a honra a virtude a fama a fortuna Finalmente na terceira sala o lugar central ocupado pela enciclop dia e os lugares circundantes JOS AUGUSTO CARDOSO BERNARDES pelos emblemas dos saberes que s o professados na uni versidade artes teologia astronomia etc O prop sito era claro superar a vis o medieval de uni versidade tomada como mera soma de escolas de mes tres e de estudantes forma de supera o consiste na exist ncia de um ponto que se situa justamente no centro dos tetos de cada sala figurado sob a forma de triunfo bibliot
106. overno fazer por elas Compreende se que um Governo n o possa ficar eternamente espera que as institui es deem passos no sentido da sua reorganiza o Qual o maior sintoma de doen a que identifica nas universidades E o excesso burocr tico como estava a dizer h pouco Esse o pior de todos A vida dos professores e dos investigadores est a ser asfixiada por regula es sem fim ora burocr ticas ora de produtividade ora de presta o de contas Estamos a criar um mundo universit rio de professores burocratas que o contr rio do que devia ser um universo de partilha de cria o de liberdade de responsabilidade Esteve em muitas universidades l fora em Paris Wisconsin Oxford Columbia Nova Iorque Acha que fundamental olhar para fora para agir c dentro Eu disse sempre que as mudan as que se fizeram aqui na UL foram sempre a olhar para fora N o para fora no sentido do estrangeiro mas para fora no sentido da sociedade O que que a sociedade precisa de n s De que tipo de universidade que a sociedade precisa daqui a 30 anos De que tipo de universidade que Lisboa precisa daqui a 20 anos Foram sempre essas as perguntas que fizemos Fizemos as perguntas l fora para depois fazer as mudan as c dentro E julgo que essen cial conhecer outras universidades n o para replicar mas porque temos que ter mundo O grande problema de Portugal at minha gera o qu
107. que tudo o que n o se faz ao servi o da sua l gica in til e dispara tado As humanidades as artes as quest es liter rias as ci ncias sociais e as pr prias ci ncias fundamentais a F sica a Matem tica a Qu mica etc est o a ser coloca das num plano secund rio em todo o lado e particular mente aqui em Portugal Cultiva se hoje apenas aquilo que imediato Sim acredita se apenas no que tem uma aplica o ime diata ou uma aplica o econ mica imediata Vigora a ideia de que as universidades devem funcionar segundo uma l gica empresarial Eu sou extraordinariamente favor vel a que a universidade se vire para fora Penso que a universidade esteve durante demasiadas d cadas virada para dentro demasiado corporativa Tem de se abrir claro e ganhar uma outra dimens o garantindo presen a na sociedade Agora n o pode ser uma pre sen a no sentido estritamente econ mico ou tecnol gico uma presen a social cultural absolutamente decisiva na cria o de novas maneiras de viver A aplica o tecno l gica imediata tamb m tem lugar n o podemos redu zir tudo a isso Essa uma vis o estreita da Universidade que seria fatal para todos n s E pensa que h um dever de resist ncia perante essa vis o mais empobrecida do mundo Temos esse dever Ali s dediquei o Pr mio UC tamb m gera o de 1862 porque na verdade a Universidade naquela altura era extraordinariamente c
108. r s tica de Coimbra assente numa estrat gia de coopera o e trabalho em rede com os principais agentes da cidade aos quais se deve em larga medida o j comprovado sucesso e a amplitude desta iniciativa Na esfera cultural a miss o de valorizar Coimbra sufragada em setembro de 2013 apontava para o reposicionamento da cidade na agenda cultural nacional e internacional como lugar por excel ncia do conhecimento da criatividade e da cultura e para a promo o das atividades produzidas pelas v rias entidades culturais da cidade envolvendo as num projeto integrador alternativo com o qual por outro lado a popula o se identifique e no qual se reveja Para tal n o basta programar cultural e turisticamente e apoiar os cria dores os artistas e as estruturas culturais da cidade Um tal projeto obriga tamb m inova o nas formas e nos canais de promo o e divulga o das v rias agendas da cidade Na prossecu o de tais objetivos era imperioso incenti var novos lugares de encontro entre criadores e p blicos e criar novas plataformas de apresenta o do trabalho art stico e cultural da cidade Como corol rio natural dessa estrat gia e tendo em vista a sua concretiza o era igualmente imperativo aprofundar e sistematizar as rela es de coopera o formal com as institui es de Ensino Superior nomeadamente com a UC A Agenda7Coimbra resulta justamente dessa conjuga o de vontades para a valoriza
109. r e Kalil Naquela noite matou trinta mas s quando cravou aqueles tr s pioneses que os olhos se lhe humedeceram Era estranho batizar algu m depois da morte mas fazia parte dos regulamentos Rob come ava o expediente sempre mesma hora sessenta minutos depois das doze badaladas da Cabra Uma da manha em Coimbra seis da manh em Beirute sete em Damasco O ritual era sempre o mesmo Sa a de casa e fumava uma cigarrilha cuja beata atirava para o ch o ainda antes de chegar ao Jardim da Sereia Bebia uma cerveja num caf da Pra a e pensava como era bom comer tremo os antes de matar algu m Era ali que fazia voos rasantes ao passado com a mira apontada consci ncia Desde pequeno que sonhava com p ssaros de ferro Queria ser piloto e nas brincadeiras de crian a raramente os seus bra os descansavam abanando num t imperfeito ao mesmo tempo que os l bios trepidavam com vruns vruns Um dia ja adolescente e tra ado meio s brio meio b bedo trope ou caindo de boca nas escadas Monumentais Um baque que lhe cambou a vida Tornou o assassino Foram apenas dois dentes mas o suficiente para anos mais tarde ser lhe vedado o acesso aos F 16 e a tudo o que de bom tinham os esquadr es da For a A rea Era o melhor dos melhores Apesar dos olhos de mocho tinha vista de falc o e uma precis o a disparar que o tornava num militar de elite Rasgar os c us que n o era op o e tudo por culpa daquela queda Nos simuladores em terra
110. r e selecionar os dados Posso n o ser a primeira a avan ar com uma not cia mas n o corro atr s do mais rapido Persigo isso sim a informa o rigorosa isenta e objetiva Dir me o que sou conservadora ou apocal ptica e a isso respondo Com todo o gosto Jornalista da TSF FERNANDA C NCIO Quando leio ou oi o algu m a verberar as chamadas redes sociais com argumentos como inautenticidade excesso de rapidez aus ncia de espessura e coisas do g nero fico confesso sobretudo divertida O que que h de excesso de rapidez na comunica o escrita em tempo real que n o existe na comunica o oral Quando falo n o estarei ent o a ser excessivamente r pida tempo para pensar quando se fala Talvez dev ssemos gravar primeiro o que queremos de dizer e pas sar v rias vezes a grava o e emendar o que nos parece pre cipitado antes de deixar algu m ouvir n o E se comunicar com pessoas que nunca vimos perigoso ou desaconselh vel que dizer do telefone E mesmo da TV da r dio ou at das nossas t o queridas e velhinhas cartas quantas rela es epistolares entre pessoas que nunca se tinham visto resultaram em amizades e amores eternos quantas reuni mos em colet neas como expoentes da arte de comunicar Porque que isso bonito e rom ntico e at exemplar e se for pela net mau e superficial E os livros santo deus a quantidade enorme de gente
111. ras de Maria Helena da Rocha Pereira Vol 6 Latim Medieval Autora Maria Helena da Rocha Pereira Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Funda o Calouste Gulbenkian Coimbra 2014 T tulo Biof sica M dica 3 edi o Autor J Pedroso de Lima Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Ensino Coimbra 2014 T tulo Carlos Ramos Arquiteturas do s culo XX em Portugal Autor Jos Manuel Fernandes Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coimbra 2014 T tulo A Pol tica Externa Russa no Espa o Euro Atl ntico Din micas de coopera o e competi o num espa o alargado Autoras Patricia Daenhardt e Maria Raquel Freire Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Cole o Investiga o Coimbra 2014 T tulo Carlos Ramos Arquitecturas do s culo XX em Portugal Autor Jos Manuel Fernandes Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra e Imprensa Nacional Casa da Moeda Coimbra 2014 T tulo Odes e Fragmentos Estudo Tradu o do grego e notas Carlos Jesus Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Colec o Autores Gregos e Latinos Coimbra 2014 T tulo Ras Estudo Tradu o do grego e notas Maria de F tima Silva Edi o Imprensa da Universidade de Coimbra Coleccao Autores Gregos e Latinos Coimbra 2014 T tulo Introdu o Geografia da Sa de Territ rio Saude e Bem estar Autora Paula Santana Edi o Imprensa da Universidade de
112. res naturais da viv ncia nica da nossa Academia A Universidade assume assim uma reconhecida import ncia estrat gica para o bem estar da socie dade sendo impulsionadora do desenvolvimento do pa s A UC destaca se das demais pelo seu elevado prest gio nacional e internacional o qual potencia a esperan a nas oportunidades que o futuro oferece A Coimbra chega se pequeno e sai se grande Jonas de Medeiros estudante Brasileiro Vice reitor para Recursos Humanos Novos P blicos Antigos Estudantes e Turismo da Universidade de Coimbra gt 4 Lo li ret Ee Ac dm a pod 4 4 m L EI y add MO ere d AS REDES QUE tema Redes paramote da XVI Semana Cultural da Universidade de Coimbra UC foiuma escolha acertada Tal constatacao comecou a ganhar consist ncia logo a partir da rece o das propostas das iniciativas que viriam a dar corpo ao programa Grande parte delas anunciavam j parcerias para a sua realiza o o que em grande medida era um dos desafios contidos no mote A abertura da Semana Cultural a 1 de marco dia da Universidade mostrou j uma concretiza o dessas parcerias a Orquestra Cl ssica do Centro juntou se ao Est dio de pera do Conservat rio de M sica de Coimbra para apresentar uma Suite Oper tica dedi cada aos Fasc nios Clim ticos Uma formacao pro fissional em rede com alunos de m sica resultou num espet culo surpreendente c
113. rovado em dezem bro de 2010 Este foi montado com base numa carteira de projetos promovidos por diferentes entidades que procuram no seu conjunto criar condi es para dignificar a hist ria e criar a partir do patrim nio f sico e intang vel um produto cultural e tur stico de excel ncia A Ag ncia uma associa o sem fins lucrativos que acompanha todos os projetos individuais de cada um dos seus parceiros pro move os projetos imateriais da Rede e promove a coopera o em projetos de desenvolvimento cultural identit rio social e econ mico A Ag ncia enquanto promotora lidera duas opera es Por um lado encontra se a trabalhar no lan amento de a es de capacita o e proje o da Rede ou seja na orga niza o de produto tur stico para oferecer num futuro pr ximo flyers dedicados aos monumentos udio guias sinal tica roteiros um jogo estrat gico online equipa mentos virtuais entre outros Como marca agregadora do patrim nio medieval estamos a trabalhar na vertente do empreendedorismo cultural Ali s a import ncia da Rede decorre das oportunidades que pretendemos gerar no territ rio Pretende se criar um produto diferenciado que contribua para a dinamiza o da base econ mica local Por isso estamos a trabalhar na cria o do Guia de Apoio ao Empreendedorismo Cultural em workshops que criem oportunidades de encontro no lan amento de eventos de interpreta o hist rica Atualmente em
114. s do que se eram do Hezbollah ou da Al Qaeda a Rob era dito a escala de prioridade que apenas se tornava relevante pelo n vel de cuidado a ter com os civis Inocentes Na ltima noite Laila Samir e Kalil por si batizados fizeram aquele olhar profundo Em Coimbra eram tr s horas e vinte seis minutos a m e um grupo de homens pinguins cambaleava lan ando grunhidos bezanos em gritos que n o se ouviam no bunker que jazia a tr s vezes sete palmos de terra dos paralelos da Rua Larga Houve mil simas de segundo em que Rob pensou n o dar ouvidos aos terroristas bons despir a pele de mercen rio e n o carregar no bot o Mas estava treinado para o contr rio Estava limado para conseguir matar mais de trinta pes soas depois de dar um beijo mulher e filha depois de comer tremo os N o se sentia um piloto embora tele comandasse drones vants em portugu s Tentava pensar para si mesmo qual seria o nome da sua profiss o Vanteiro Droned rio A ltima parecia lhe mais adequada pela travessia no deserto imoral em que se sentia perdido constantemente Rob sofria Sempre o magoou o olhar dos inocentes que matava Era um misto de curiosidade e de susto Pela forma o que tinha tido sabia que n o havia um barulho especial nos drones que captasse a aten o dos alvos mas era raro haver um inocente a quem n o via o olhar na sua plenitude Os vant ve culos a reos n o tripulados t o dia b licos que n o merecem mai sculas est
115. simult neo com os projetos cofinancia dos os parceiros assumem no Plano de A o um con junto de iniciativas de envolvimento comunit rio e de anima o territorial que tem permitido gerar rela es entre pessoas e entidades e que por isso tem consolidado formas de atua o conjunta na Rede A caminhada que empreendemos longa e desafiante Todos somos convi dados a partir reconquista deste patrim nio Mais informa es em www castelosemuralhasdomondego pt Presidente da Dire o da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego agenda coimbra pt O que vale a cultura para as cidades contempor neas De que modo e com que efeitos tem a cultura associada ao turismo e s pol ticas de planeamento e desenvolvimento urbano vindo a concorrer para a reordena o do espa o e da vida econ mica e social das cidades H muito que estas quest es v m sendo debatidas em Portugal e principalmente na Europa onde sobretu do desde os finais da d cada de 1970 e in cio dos anos 1980 proliferaram discursos e pol ticas para as cidades que tomam a cultura e mais recentemente a criatividade como instrumentos estrat gicos para o desenvolvimento e o refor o da competitividade urbana A aten o cultu ra em sentido amplo como modo de valoriza o das cida des seja em forma de arte de hist ria ou arquitetura de conhecimento recrea o ou da vida quotidiana tem sido uma constante Al m de uma ideia d
116. sores e alunos de todos os munic pios da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego O projeto prev o desenvolvimento de a es de forma o formal e informal e din micas de concurso para o primeiro e terceiro ciclo ensino secund rio e superior Apresenta o do rito Mog rabe sua compara o com o rito romano Concerto com repert rio mog rabe S Velha 9 de julho 18h O rito mo rabe crist o mas diferente do latino desenvolveu se num clima de m tuo respeito entre crist os e mu ulmanos na Pen nsula Ib rica os rabes respeitavam os sentimentos religiosos crist os e n o hosti lizavam as hierarquias da igreja os crist os que viviam sob o dom nio rabe mo rabes quando alcan avam o poder tamb m consen tiam que os mu ulmanos cultivassem a sua re ligi o Ser interpretado repert rio da poca pelo ensemble Capella Sanctae Crucis Ciclo de m sica sacra intercultural No mbito das comemora es dos 950 anos do Governo de D Sesnando pretende se promover um ciclo de m sica de pocas diferentes do s culo XI ao s culo Este ciclo ser interpre tado pelo ensemble Capella Sanctae Crucis e consistir em dois concertos chave o primei ro onde ser interpretado o repert rio mo ra be num evento que confrontar o rito rom nico com o rito mo rabe revelando ao p blico um per odo hist rico onde a multiculturalidade era uma evid ncia o segundo traduzir o di
117. tando o poten cial interesse de muitos cidad os que querem contribuir para a ci ncia Se esta partilha j se realizava em v rias outras reas como open source software porque n o na ci ncia Foi esta a conclus o a que chegaram alguns investigadores e que os levou a procurar novos meios de intera o com o p blico com vista a obter os seus contributos para a investigacao Entre plataformas mais simples de recolha de dados e a criacao de jogos com vista a incentivar a criatividade e a multiplicar opcoes esta forma de ci ncia cidad tem se vindo a multiplicar em anos recentes O projeto SOCIENTIZE em que participa a Universidade de Coimbra UC e o Museu da Ci ncia sob a coordena o de Paulo Gama Mota procura apoiar esta forma de ci ncia aberta dinamizando a participa o do p blico em geral atrav s de plataformas de integra o de contribu tos dispersos para um objetivo comum Nesta plataforma o p blico pode colaborar em diferentes projetos desde a an lise de imagens de c lulas contribuindo para a investi ga o do cancro an lise sem ntica da dist ncia entre pala vras recolha de temperaturas para a cria o de mapas de temperaturas contribuindo para modelos de utiliza o mais eficiente da energia ou a explora o do esp lio de mais de 30 mil imagens do Sol existentes no Observat rio Astron mico da UC resultado de um trabalho iniciado em 1926 atrav s da an lise pelos participantes de man
118. te ano apontado pela voz da opini o p blica como pr ximo candidato a Presidente da Rep blica Comecemos pelo prop sito e pelo inevit vel como que recebeu o Pr mio Universidade de Coimbra UC Sei que banal dizer mas recebi com uma satisfa o muito genu na Por um lado pelo inesperado porque nao estava de todo espera Era a ltima coisa que me passava pela cabeca Depois tamb m por ser a UC tendo eu sido reitor da Universidade de Lisboa UL Se fosse outra universidade qualquer de Portugal provavelmente nao teria acontecido Acho que a nica universidade que capaz de um gesto destes a UC E isso deixou me muito contente e muito reconhecido tamb m Recebeu tamb m o t tulo de reitor honor rio da Universidade de Lisboa UL onde esteve durante sete anos Sente que o reconhecimento de um longo percurso Foram sobretudo sete anos muito intensos fase final do processo de reitor foi precisamente na altura do projeto de fusao da UL com a Universidade T cnica de Lisboa Desde o princ pio tinha dito que n o seria candidato a reitor da nova universidade Sentia me mais livre para me bater pela fus o mas apoiei desde o princ pio a candidatura do Ant nio Cruz Serra atual reitor Julgo que a atribui o do t tulo de Reitor Honor rio foi uma maneira de reconhecer o percurso que fizemos juntos e tamb m de me manter ligado Universidade O que contou muito para mim foi sobretudo
119. ter promovido a constru o de diversas torres avan adas dispersas pelo seu alargado territ rio No interior da cidade de Coimbra teria talvez refor ado a sua muralha em particular na Porta de Almedina e dever se lhe ia ainda a primeira estrutura do castelo erguido junto Porta do Sol Por sua vez com o objetivo de povoar e dinamizar o territ rio concedia espa os bravios e incultos a leigos ou ecle si sticos para que os colonizassem valorizando os com cultivos e edif cios constru dos oferecendo lhes a plena posse e livre disposicao de tais pr dios privil gios que captariam a vinda de mais moc rabes para este vasto territ rio Sesnando rodeava se no exerc cio do poder de fi is vassalos que constitu am a sua c ria um deles designado mesmo proc nsul e alvazir e de ofi ciais outros entres ju zes meirinhos e sai es Para al m deste corpo de ofi clais maiores ou menores Sesnando para dirimir questoes importantes ouvia o concilium dos homens bons dos maiores de Coimbra ou de outras terras sancionando e exis t ncia de um rg o fundamental da emergente estrutura concelhia que se ia pouco a pouco implantando Todo este clima de estabilidade e de conviv ncia pac fica da comu nidade moc rabe neste espaco de fronteira perme vel aos contactos e relacionamentos fomentaria um intenso fluxo mercantil e cultural entre cristaos e muculmanos pola rizado em torno de Coimbra cen
120. to H o reconhecimento de que a Universidade avan ou mesmo numa fase dif cil no meio de tantos obst culos de tantas dificuldades Refere se s barreiras or amentais Repare no caso da antiga UL em sete anos o nosso or amento foi reduzido 50 E a Universidade existe Est aqui A qualidade ter diminu do Talvez sim talvez n o Claro que n o pudemos recrutar novos professores como gostar amos nem conseguimos a t o necess ria renova o do nosso corpo docente abrindo oportunidades para jovens altamente quali ficados Mas apesar de tudo temos a sensa o cole tiva de que aguent mos Promovendo uma mudan a profunda cri mos uma universidade maior e melhor Depois de dar por conclu da essa meta ocupa agora um lugar diferente consultor da UNESCO junto do Governo brasileiro e professor visitante da Universidade de Bras lia J h muito tempo que recebia convites por parte do Brasil H muito h muito Porqu agora H uma coisa extraordin ria que aconteceu na minha vida e que n o entendo porqu mas o meu traba lho acad mico mais conhecido no Brasil do que em Portugal Ganhou pelo menos uma difus o enorme desde a minha primeira ida ao Brasil em 1994 E desde essa altura vou l regularmente E os colegas bra sileiros convidavam me muitas vezes para l passar um ano Sempre hesitei A verdade que o Brasil n o um pa s muito atraente do ponto de vista estritamente aca
121. tre Kiyoshi Kobayashi ser sempre recordado como o pai do Judo Portugu s Em pouco mais de 50 anos conseguiu incutir o gosto pela modalidade nos diferentes escaloes da sociedade portuguesa Pertencia aum grupo de peritos que desde o per odo p s guerra 1940 1945 foram espalhados pelo mundo para divul gar o Judo Apesar do confronto de culturas muito diferentes e da presenca bem enraizada da esgrima do boxe da luta ol mpica e de outras lutas tradicionais estes Mestres souberam criar uma rede que expandiu o Judo a tal ponto tornando se este um dos desportos federados mais praticados no mundo Uma das raz es que pode explicar o sucesso desta rede o facto de o Judo ter sido o primeiro desporto baseado em princ pios e meios claramente definidos pelo seu fundador o Mestre Jigoro Kano Ainda que fundadores de alguns desportos tivessem sido conhecidos nenhum deles os dotou de uma ess ncia O Mestre Kano foi considerado um dos melhores peda gogos do in cio do s culo XX no Jap o O seu empenha mento para modernizar o ensino nacional levou o a estudar de forma aprofundada os sistemas educativos de diversos pa ses ocidentais O seu grande interesse pelas correntes filos ficas tanto no oriente como no ocidente teve grande influ ncia sobre o seu trabalho que foi publicado em livros e artigos Ardente defensor da inclus o da Educa o F sica na forma o dos jovens e praticante ass duo de jujutsu t cnicas de ataque e de d
122. tros a Linha Defensiva do Mondego A esta fronteira associaram se anos mais tarde e por m o de figuras como Afonso Henriques ou Gualdim Pais outras estruturas como o Castelo de Pombal e o do Germanelo que v m consolidar esta fronteira palco de conflitos armados de instabilidade e perigo mas tamb m de conviv ncias e trocas intensas Uma Hist ria fascinante da qual somos herdeiros A Rede de Castelos e Muralhas do Mondego ancora se nessa mesma Hist ria para criar a partir do patrim nio hist rico e cultural que a testemunha um produ to tur stico de excel ncia assente na mobiliza o de din micas conjuntas Para o cumprimento desse des g nio associaram se 12 parceiros a Dire o Regional de Cultura do Centro a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal o Instituto Pedro Nunes os Munic pios de Coimbra Figueira da Foz Lousa Miranda do Corvo Montemor o Velho Penela Pombal e Soure e a Universidade de Coimbra Juntos d o corpo Ag ncia para o Desenvolvimento dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego uma entidade criada com base no Pacto para a Competitividade e Inova o Urbana que as comprometeu no cumprimento de um programa estra t gico comum apresentado no mbito da Candidatura ao Mais Centro Eixo 2 Programa Pol tica de Cidades Redes Urbanas para a Competitividade e Inova o O Programa Estrat gico com um investimento que LU S MATIAS rondava os dez milh es de euros foi ap
123. ua implanta o pudesse ser mais dif cil penso sobretudo nas Ci ncias Sociais e nas Humanidades existem sinais abundantes dessa tend ncia O estudante trabalha base do ecr aciona motores de busca e cria a ilus o de que os dados que recolhe equivalem a conhecimento caucionado Alguns professores n o desistiram de ver berar estes procedimentos mas muitas vezes de forma inconsciente outros v o fazendo concess es que cres cem de ano para ano Basta olhar para a contra o das listagens de bibliografia da maior parte das cadeiras Falo agora apenas das cadeiras de Letras evocando o meu tempo de aluno quando os programas eram acompanhados de longas listagens de estudos na sua maioria constitu das por livros quase nunca hierar quizada evoco ainda o meu tempo de assistente onde me competia guiar os alunos por entre o emaranhado da bibliografia que o Professor elaborava permitindo a quem se contentava com a mediania dispensaraleitura de metade dos livros Mas ainda sobrava uma quantiosa metade e as instru es de ent o iam no sentido de criar naqueles que n o lessem tudo o remorso que os deveria a levar a ler mais tarde Hoje todos o sabemos est longe de ser assim As biblio grafias que figuram nas plataformas s o reduzidas e algumas vezes n o chegam a ser significativamente ampliadas no decurso das aulas Algumas vezes o profes sor chega a resumir a bibliografia aos seus alunos como nica forma de lhes
124. uas ltimas s o medidas pequenas n o saem daquilo que habitual as universidades fazerem A pri meira de facto de uma dimens o quase inimagin vel Desde que h universidades em Portugal nunca duas universidades se tinham juntado Em 724 anos de Hist ria nunca um processo desses tinha acontecido E toda a gente achava que era imposs vel ser feito Algumas vozes achavam imposs vel outras levantaram se contra Houve algumas vozes contra mas muito menos do que n s imagin vamos maioria das vozes que se mani festaram eram vozes de descren a n o eram vozes de discord ncia Houve apenas tr s pessoas muito pr ximas do anterior ministro Jos Mariano Gago que se manifestaram publicamente contra a fus o Manuel Heitor Jo o Sentieiro e Lu s Magalh es Os textos que escreveram eram muito fr geis mas con sigo perceber as raz es que os levavam a ser contra Muita gente achava que era imposs vel E foi poss vel Foi pos s vel com largu ssimo consenso num processo que foi votado v rias vezes em todas as Escolas por toda a gente em todos os rg os de governo das duas universidades Essa foi uma mudan a de fundo que nos pr ximos anos se vai sentir muito na estrutura universit ria portuguesa Este um modelo que se poderia replicar noutros locais N o Este era o nico s tio onde havia duas universidades complementares com liga es hist ricas O modelo n o replic vel noutros l
125. ue a rede cres cia muitas outras organizacoes se ligaram Internet das quais a National Science Foundation se destaca Em 1986 a Internet ligava j 5089 computadores em 1988 abran gia 56 mil computadores e em 1989 registava o n me ro impressionante de 80 mil computadores Em 1990 a designa o ARPANET abandonada em detrimento da designa o Internet j largamente utilizada na altura No in cio dos anos 1990 criada em Portugal a RCCN Rede para a Comunidade Cient fica Nacional uma rede de dimens o nacional interligando Universidades p blicas gerida pela Funda o para a Comunidade Cient fica Nacional FCCN e ligada Internet atrav s da rede europeia EBONE Come am nessa altura os traba lhos para liga o da Universidade de Coimbra Internet sendo a liga o formalmente ativada em 9 de fevereiro de 1993 Atualmente a rede sucessora da RCCN a Rede de Ci ncia Tecnologia e Sociedade RCTS encontra se ligada Internet atrav s da rede GEANT2 No final de 1995 a rede Internet ligava j cerca de oito milh es de computadores chegando a cerca de 20 milh es de utilizadores em todo o mundo No final de 1999 o n mero de computadores ligados Internet atin giu os 56 milh es chegando a cerca de 180 milh es de pessoas No ltimo trimestre de 2000 o n mero estimado de computadores ligados Internet era de 93 milh es Este n mero continuou a crescer atingindo cerca de 440 milh es em
126. ugares mas a pergunta que n s fize mos tem que ser feita por toda a gente qual o projeto de cada institui o O que que queremos para daqui a 20 ou 30 anos O que que o Coimbra quer O que que a Beira Interior quer O que que o Porto quer A pergunta tem de ser feita mas as respostas s o necessa riamente diferentes Como que v o caso de Coimbra O principal problema de Coimbra num certo sen tido ter sido a cria o da Universidade de Aveiro Esta assumiu uma s rie de reas mais inovadoras e Coimbra ficou numa primeira fase a seguir ao 25 de abril um pouco mais acantonada Ali s essa era a estrat gia pol tica do ministro Veiga Sim o ainda antes do 25 de abril desinvestir nas tr s universidades cl ssicas Lisboa Porto e Coimbra e criar universi dades novas Na altura diziam mesmo que as universi dades antigas n o se conseguiriam reformar portanto era necess rio criar universidades novas O que acon teceu nas ltimas d cadas que muitas dessas uni versidades antigas foram capazes de se renovar mais do que as universidades novas Aveiro teve um longo per odo de desenvolvimento din mico mas desde o in cio do s culo sente se que Coimbra reconquistou energias e din micas est outra vez com uma grande pujanca O discurso que o reitor Joao Gabriel Silva fez no dia um de marco um discurso muito bom e que aponta no caminho certo Coimbra tem do ponto de vista do prest
127. utros Mas nesta fase dificil de Portugal sinto que tenho uma obri gacao um dever de presenca e de participacao Por isso tenho dito que n o quero nada mas que estou disposto adar tudo dentro de algum movimento coletivo que crie uma nova vis o de futuro que procure resolver alguns dos problemas que identific mos nesta entrevista N o existe para si a credibilidade dos partidos Eu apenas n o tenho vida partid ria Acho que os par tidos s o essenciais mas n o a minha vida n o foi a minha vida e n o agora nesta idade que vai ser Est dispon vel para o debate de ideias Estou sempre Numa base de liberdade e de independ ncia Acha que deve haver uma renova o partid ria Acho Acho que este Governo foi uma trag dia que nos aconteceu Tenho dito muitas vezes que a clivagem Direita Esquerda continua a fazer sentido mas que ha momentos em que precisamos de juntar vozes e pes soas que apesar das suas filia es pensem a partir do bem p blico e n o dos interesses privados promovam l gicas de igualdade e n o os interesses econ micos de alguns defendam o trabalho e n o o lucro f cil espe culativo Este Governo pensa que partir da privati za o e dos mercados que pode vir o bem estar do pa s N o lhes atribuo nenhuma teoria conspirativa mas isto o contr rio da minha matriz A minha matriz funda se na res publica na coes o social na luta contra as desi gualdades no control

RL #40 - Universidade de Coimbra

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