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Relatório de Estágio na Ayr Consulting

1. b A Realtime lan a 100 milh es de d lares para criar a Web Viva A tecnologia da empresa permite que qualquer p gina web seja vista em direto em tempo real Texto n 8 Como pudemos ver nos exemplos acima foi necess rio proceder a uma altera o da ordem de palavras de modo a construir uma frase correta Assim os exemplos 25 e 26 user s interface e company s technology apresentam uma constru o do possessivo que n o existe na l ngua portuguesa Para ultrapassarmos este problema temos de alterar a ordem destes elementos e de acrescentar a preposi o de como podemos ver pela tradu o destas express es interface do utilizador e tecnologia da empresa Neste ltimo exemplo a manuten o da ordem do original para a tradu o iria alterar por completo o sentido da frase uma vez que ter amos empresa de tecnologia e n o tecnologia da empresa Nos exemplos que se seguem destacamos a altera o ordem que resultou da ocorr ncia de express es nominais contendo adjetivos atributivos Este um aspeto relativamente ao qual a gram tica do ingl s e do portugu s diferem Os adjetivos podem ter uma fun o atributiva ou uma fun o predicativa tal como apontado por Brito 105 2003 Tamb m em ingl s most adjectives can occur in either of two major functions attributive and predicative Huddleston e Pullum 2012 Nos casos que apresentamos ocorre
2. A autora acrescenta ainda Mas as formas o a os as podem ocorrer em constru es de elipse nominal se forem seguidos de um complemento um modificador adjetival ou uma ora o relativa Por sua vez os artigos indefinidos n o podem preceder os nomes pr prios e nunca podem seguir as palavras todos ou ambos Na l ngua portuguesa os artigos podem variar em g nero e em n mero concordando obrigatoriamente com o nome ao qual est o associados Os artigos 66 99 66 99 cc 29 definidos t m as formas o a os as Os artigos indefinidos t m as formas 99 66 39 66 99 66 um uma uns umas Na l ngua inglesa os artigos n o exibem distin o de g nero e n mero O artigo definido tem a forma the enquanto os artigos indefinidos correspondem a a e an Segundo Huddleston e Pullum 2012 o artigo definido utilizado tipicamente as determiner in NP structure with the sole meaning of indicating that the head is sufficient in the context to identify the referent J os artigos indefinidos s o prototypically used as determiner in count singular NPs indicating that the content is not sufficient to identify a specific referent Existem algumas regras em rela o ao uso do artigo definido e indefinido em ingl s apontadas por Coe Harrison e Paterson 2007 O artigo indefinido sempre utilizado para se referir a profi
3. Corporate Social Responsibility Responsabilidade Social Empresarial eu europarl europa Conceito segundo o qual as empresas decidem numa base volunt ria contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo 68 Financial Recursos financeiros eur lex Meios monet rios resources detidos pela organiza o International Crise financeira ecb europa eu financial crisis internacional Just in time just in time eur lex Sistema de administra o da produ o que determina que nada deve ser produzido transportado ou comprado antes da hora certa Knowledge Pills Knowledge Pills pt edupills eu Methodology Methodology noticias Organisational Objetivos eur lex Resultado desejado goals organizacionais que se pretende alcan ar dentro de uma organiza o Procedure Processo europarl europa eu Return on Retorno sobre o IATE eur lex Tamb m investment investimento rentabilidade do investimento rendimento dos investimentos SMEs PMEs europa eu Pequenas e m dias empresas Tacit knowledge Conhecimento t cito eur lex Conhecimento que o indiv duo adquiriu ao longo da vida pela experi ncia Technical training Forma o t cnica IATE Training Forma o IATE Training actions A es de forma o europa eu Training activity Atividade de eur lex forma o Training process Processo de europa eu forma o
4. IATE Flag Flag thefreedictionary Mecanismo l gico que funciona como sem foro uma entidade det m uma determinada flag ativa se a caracter stica associada a essa flag estiver presente Folders pane Painel de pastas xeroxscanner com Hosting Armazenagem em servidor IATE Servi o para a armazenagem de informa o num servidor que permite ser acedido pelos utilizadores Hub Hub IATE Processo pelo qual se transmite ou difunde determinada informa o caracterizada pelo facto de a informa o ser enviada para v rios recetores ao mesmo tempo IE IE exameinformatica sapo pt Internet Explorer Information channels Canais de informa o eur lex Qualquer fluxo de dados fornecido usado ou trocado entre aplica es de rede Input Entrada IATE IP IP www infowester com Protocolo de internet IT Tecnologias de informa o dnr pt KeyCode Keycode esriportugal pt C digo composto por n meros e letras que identifica a fonte Layer of abstraction Camada de abstra o javali pt Modo de esconder detalhes de implementa o de um conjunto particular de funcionalidades Load Carga IATE eur lex A medida da quantidade de trabalho 62 que o sistema de um computador efetua Long polling Long poll
5. a sua opini o sobre o xRTML Texto n 5 Veremos agora alguns exemplos partindo de dados em portugu s Estes tamb m s o importantes para percebermos os mecanismos deste fen meno que s o os pronomes cl ticos Nos exemplos abaixo observamos a ocorr ncia de pronomes cl ticos em portugu s que correspondem na l ngua inglesa a pronomes n o cl ticos ou t nicos No exemplo 41 ocorre o cl tico lhes enquanto em ingl s se observa a ocorr ncia n o de um pronome cl tico mas do pronome pessoal t nico them No exemplo 42 vemos e z o cl tico nos Em ingl s contudo este cl tico n o existe pelo que necess rio utilizar o pronome pessoal t nico us Finalmente no exemplo 43 ocorre o cl tico os que em ingl s equivale ao pronome t nico them 41 a Esta tecnologia permite TMN seguir os seus clientes dando lhes apoio quando mais precisam agora b TMN the leading telecommunications company in Portugal has decided to turn the tables by the adoption of Realtime PowerMarketing that will allow them to track their customers and provide custom support when it most counts now Texto n 9 42 a Envie nos as suas dicas b send us a line Texto n 5 43 a A empresa projeta analisa e controla redes sociais constr i portais desenvolve cursos de forma o dist ncia e projeta aplica es para clientes deixando os numa posi
6. como finalidade vender um produto ou um servi o Como tal apresenta determinadas 47 caracteristicas com a finalidade de convencer um determinado publico alvo a consumir esse produto ou esse servi o Assim o texto publicit rio tem normalmente os seguintes objetivos captar a aten o do p blico alvo atrav s do grafismo ou da mensagem despertar o interesse e a curiosidade para o produto ou servi o em quest o criar no p blico alvo o desejo de possuir o produto ou de aderir ao servi o criar uma forma de facilitar a memoriza o do produto do slogan da marca ou da mensagem e levar o consumidor a um determinado comportamento adquirindo um produto ou aderindo a um servi o De modo a atingir o seu objetivo de persuadir e convencer o potencial cliente o texto publicit rio serve se de v rios recursos estil sticos como a alitera o a onomatopeia a rima a repeti o a met fora a personifica o entre muitos outros A cria o de jogos de palavras e de passagens humor sticas igualmente uma estrat gia utilizada frequentemente nos textos publicit rios Volli 2003 apud Oliveira 2010 afirma que os textos publicit rios apresentam um efeito perlocut rio ou seja um acto de linguagem capaz de produzir efeitos n o directos no interlocutor Isto a publicidade atua ao n vel do subconsciente utilizando m todos de persuadir o cliente a adquirir um produto sem que este se aperceba
7. es que se seguem abordaremos algumas quest es gerais relacionadas com os g neros de textos trabalhados Assim em primeiro lugar trataremos dos textos t cnicos e da especificidade da tradu o t cnica Num segundo momento debru ar nos emos sobre os textos liter rios mencionando algumas quest es que se levantam aquando da sua tradu o Seguidamente referiremos as caracter sticas espec ficas dos textos cient ficos e dos textos publicit rios Finalmente apresentaremos uma caracteriza o dos diversos tipos textuais que identific mos nos textos trabalhados 2 1 O Texto T cnico O texto t cnico caracteriza se pela utiliza o de linguagem t cnica e est frequentemente relacionado com as tecnologias de informa o isto com computadores programas inform ticos manuais de utiliza o instru es entre muitos outros embora possa estar igualmente relacionado com outras reas A tradu o deste tipo de textos considerada bastante complexa pois requer elevados conhecimentos da rea em que se insere bem como da terminologia que lhe est associada que tem uma presen a muito marcada A distin o entre textos t cnicos e textos cient ficos nem sempre se estabelece de uma forma clara Williams e Chesterman 2002 apud Dur o 2007 por exemplo consideram a tradu o t cnica como the translation of many kinds of specialized texts in science and technology and also in their disciplines su
8. o com que nos depar mos parece nos necess rio primeiramente refletir sobre algumas quest es gerais relacionadas com a tradu o Nesta sec o ser o apresentadas algumas dessas quest es Umas delas surgiram durante o trabalho desenvolvido ao longo do est gio enquanto outras s o quest es pertinentes pelo facto de estarem relacionadas com as anteriores 1 O que a tradu o Num mundo cada vez mais globalizado como aquele em que vivemos hoje cada vez mais frequente depararmo nos com textos traduzidos t o frequente que j faz parte do nosso quotidiano e muitas vezes nem nos apercebemos de que estamos perante um desses textos O nosso mundo est t o imerso na tradu o seja ela de que tipo for que quase n o nos apercebemos da sua presen a Al m de estar presente nos livros que lemos no manual de instru es para o nosso telem vel nas legendas num filme ou numa s rie que passe na televis o ou ainda num r tulo de um produto que compramos no supermercado entre muitos outros exemplos a tradu o est tamb m presente na comunica o interpessoal Como afirma Steiner 1975 apud Schulte 2012 All acts of communication are acts of translation Quer isto dizer sem nos alongarmos muito nesta quest o que neste sentido mais amplo e abrangente do termo estamos constantemente envolvidos em alguma forma de tradu o Ou seja os di logos as interpreta es as ideias as express es
9. o individual E como cada indiv duo tem em si um ideal lingu stico procura ele extrair do sistema idiom tico de que se serve as formas de enunciado que melhor lhe exprimam o gosto e o pensamento Essa escolha entre os diversos meios de express o que lhe oferece o rico repert rio de possibilidades que a l ngua denomina se estilo Para Marouzeau 1946 apud Cunha e Cintra 1984 estilo o aspeto e a qualidade que resultam da escolha dos meios de express o de que dispomos para formar o enunciado Atrav s desta defini o de estilo podemos ver que este um elemento indissoci vel da pr pria escrita Na verdade o estilo tamb m bastante importante para a tradu o t cnica O modo como o texto est escrito t o importante na rea t cnica como noutras reas j que o estilo pode ter uma raz o subjacente e n o servir apenas como forma de embelezar ou entreter tal como afirma Byrne 2006 But if we regard style as the way we write things the words we choose and the way we construct sentences then style is equally if not more important 15 in technical translation than in other areas because it is there for a reason not simply for artistic or entertainment reasons O facto de o texto t cnico normalmente n o apresentar a express o de emo es conota es efeitos sonoros ou met foras n o quer dizer que estes recursos n o possam estar presentes em textos deste tipo A frequente
10. o n o nos pareceu a mais adequada dado que mais uma vez a frase ativa apresenta a informa o de uma forma mais clara permitindo enfatizar o papel da empresa na situa o descrita dado que a situa o perspetivada a partir do sujeito A constru o passiva como diz Baker 1992 102 is extremely common in many varieties of written English A autora acrescenta ainda que scientific and technical writing in English for instance relies heavily on passive structures This is done to give the impression of objectivity and to distance the writer from the statements made in the text 1 5 Cl ticos Nesta sec o iremos analisar as diferen as entre o portugu s e o ingl s ao n vel da posi o dos elementos cl ticos Estas diferen as poder o apresentar problemas de tradu o caso o tradutor n o esteja atento 111 Em portugu s os pronomes cl ticos tamb m denominados pronomes tonos como referem Brito Duarte e Matos 2003a correspondem prototipicamente s formas tonas do pronome pessoal que ocorrem associadas posi o dos complementos dos verbos As mesmas autoras acrescentam ainda que os cl ticos n o se limitam a denotar a pessoa gramatical podendo exibir uma fun o predicativa ou revestir se de propriedades morfo sint cticas caracter sticas de alguns sufixos derivacionais Em qualquer caso nesta l ngua os cl ticos t m sempre um hospedeiro verbal Eis dois exe
11. o revista e aumentada Pp 323 432 BRITO Ana Maria e I Duarte 2003 Ora es relativas e constru es aparentadas In Mateus M H A M Brito I Duarte I H Faria orgs Gram tica da L ngua Portuguesa Lisbos Caminho 5 Edi o revista e aumentada Pp 653 694 BRITO Ana Maria I Duarte e G Matos 2003a Tipologia e distribui o das express es nominais In Mateus M H A M Brito I Duarte I H Faria orgs Gram tica da Lingua Portuguesa Lisbos Caminho 5 Edi o revista e aumentada Pp 795 867 BRITO Ana Maria I Duarte e G Matos 2003b Estrutura da frase simples e tipos de frases In Mateus M H A M Brito I Duarte I H Faria orgs Gram tica da Lingua Portuguesa Lisbos Caminho 5 Edi o revista e aumentada Pp 433 505 BYRNE Jody 2006 Technical Translation Usability Strategies for Translating Technical Documentation Dordrecht Springer CATFORD J C 1965 A Linguistic Theory of Translation London Oxford University Press 176 CAVACO CRUZ Lu s 2012 Manual Pr tico e Fundamental de Tradu o T cnica Independence USA Arkonte CHESTERMAN Andrew 1997 Memes of Translation the spread of ideas on translation theory Amsterdam Benjamins CHESTERMAN Andrew amp Emma Wagner 2002 Can theory help translators A dialogue between the ivory tower and the wordface Manchester UK St Jerome Publishing COE Norman Mark Harrison amp Ken Paterson 200
12. a tradu o 77 Objetivos e import ncia da tradu o 73 Tradu o e cultura 74 A quest o da intraduzibilidade e da tradu o por equival ncia 77 Fases da tradu o e m todos de traduzir 79 Tipos de tradu o e estrat gias utilizadas 81 A utiliza o de ferramentas de apoio tradu o 84 As caracter sticas do tradutor 86 no OO o ON OM tao Oe ds A tarefa do tradutor 87 10 Tradutor vs autor 89 Capitulo III Problemas e dificuldades de tradu o 9 1 Problemas de sintaxe 91 1 1 O artigo 92 1 2 Ora es relativas 97 1 3 Ordem de palavras 104 1 4 A constru o ativa e a constru o passiva 107 1 5 Cl ticos 111 1 6 Sujeito nulo e sujeito realizado 119 2 Problemas de l xico 123 2 1 Acr nimos siglas e abreviaturas 124 2 2 Empr stimos e estrangeirismos 129 2 3 Sinon mia 138 2 3 1 Sinon mia Intralingu stica 138 2 3 2 Sinon mia Interlingu stica e Tradu o por Equival ncia 141 2 4 Tradu o por Per frase 147 2 5 Coloca es 149 2 6 Unidades Fraseol gicas 152 2 7 Termos 158 3 Outros problemas 761 3 1 Sinais de pontua o 161 3 2 S mbolos 166 3 2 Quest es culturais 168 Conclus o 175 Bibliografia 175 Anexos 185 Introdu o O presente relat rio tem como objetivo apresentar o trabalho realizado durante o est gio na empresa Ayr Consulting que teve lugar entre setembro de 2012 e mar o de 2013 Trata se de um est gio profissionalizante de
13. at ent o desconhecido do leitor uma vez que pertence frequentemente ao mundo da fic o Neste aspeto podemos diferenci lo do texto t cnico em que a informa o assenta no que conhecemos da realidade Pelo contr rio no texto liter rio a realidade como a conhecemos n o um crit rio fundamental para a elabora o de um texto Ainda no que se refere s diferen as entre o texto t cnico e o liter rio este ltimo est especialmente preocupado com a beleza a est tica o efeito emocional e a criatividade presente no discurso elementos fundamentais para a literatura Embora muitas destas caracter sticas 24 possam como referido atr s estar tamb m presentes nos textos t cnicos n o s o fundamentais para a sua elabora o Assim enquanto o texto t cnico tem como objetivo principal informar e divulgar informa o o texto liter rio tem como finalidade entreter e tocar a sensibilidade dos leitores Cruz 2012 refere a distin o entre estes dois g neros de textos Segundo o autor enquanto as obras liter rias apresentam uma forte tend ncia conotativa ambiguidade e multiplicidade interpretativa gra as imagina o do autor os textos t cnicos por sua vez devem cumprir uma fun o pragm tica De acordo com Belhaag 1997 apud Hassan 2011 o texto liter rio apresenta as seguintes caracter sticas e Expressivo e Conotativo e Simb lico e Focado na forma e no conte do e Subjetiv
14. nclise n o seria poss vel nestes contextos 47 a O mesmo tamb m se aplica para o Desktop Application em cima e para o servidor WebSocket canto inferior esquerdo b The same is true for the Desktop Application top and the WebSocket Server lower left Texto n 2 48 a Atualmente existem estudos sobre o modo como a RSE e a tica s o ensinadas nas universidades mas pouco se sabe acerca de como os estudantes entendem estes assuntos 117 b Currently research exists on how CSR and ethics are being taught at universities but little is known about how students perceive these issues Texto n 20 49 a O Sr Bingley cedo se tornou conhecido de todas as principais pessoas da sala b Mr Bingley had soon made himself acquainted with all the principal people in the room Texto n 22 No seguinte exemplo podemos ver a locu o para que a obrigar a utiliza o do cl tico numa posi o pr verbal Neste caso o pronome cl tico lhe corresponde ao pronome t nico him no exemplo em ingl s 50 a Gostava que estivesse estado l meu querido para que lhe desse uma das suas reprimendas b I wish you had been there my dear to have given him one of your set downs Texto n 22 c Mes clise Por fim a mes clise constitui como mencion mos atr s uma marca do portugu s antigo que se manifesta atrav s da coloca o de um pronome pessoal tono no meio de uma fo
15. pode ler e escrever num canal tanto enviar como receber dados ou n o ter nenhum acesso o utilizador n o ir receber dados desse canal e n o conseguir us lo para transmitir dados Texto n 3 Como podemos observar no exemplo de cima a altera o efetuada afeta o excerto no data from this channel will be received by the user Aqui a manuten o da constru o passiva iria criar na nossa opini o alguma estranheza ao leitor Uma 110 tradu o mais literal levar nos ia a construir uma frase como n o ser o recebidos dados deste canal pelo utilizador Mas esta frase pareceu nos transmitir a informa o de uma forma pouco clara pelo que opt mos por utilizar uma frase ativa com o sujeito numa posi o inicial de modo a que n o haja segundas interpreta es por parte do leitor O exemplo que apresentamos em seguida ilustra uma situa o em que a constru o passiva do texto em ingl s poderia ter sido mantida sem causar problemas ao n vel da interpreta o 32 a The management and software maintenance is provided by us b N s providenciamos a gest o e a manuten o do software Texto n 2 Em 32 a sequ ncia the management and software maintenance is provided by us poderia ter sido traduzida para a gest o e manuten o do software garantida pela nossa empresa substituindo apenas o pronome pessoal n s pelo referente em quest o De qualquer modo esta op
16. 2001 By assigning a high priority to tone the translator avoids such traps as a slavish fealty to literary meaning that distorts the author s intent O estilo por sua vez o modo de express o que se manifesta neste caso na forma de escrever O estilo do escritor segundo Gutt 1991 apud Hassan 2011 pode ser definido como the words he chooses or the way he constructs his sentences Landers 2001 apresenta exemplos como a extens o das frases a divis o de par grafos as figuras de estilo utilizadas entre muitos outros aspetos Para ilustrar tenhamos em aten o o caso de Saramago O estilo deste escritor caracteriza se pelas frases longas e pela quase aus ncia de pontua o Dado que o estilo diferente de pessoa para pessoa o tradutor ter de ter bastante aten o para o detetar e faz lo passar para a obra traduzida Como Cruz 2012 tamb m afirma o estilo e o prop sito art stico do original devem ser mantidos para que se possam transmitir entre as l nguas as subtilezas liter rias e estil sticas do seu autor O estilo de acordo com Landers 2001 pode ser considerado um dos elementos mais dif ceis de manter na tradu o Isto acontece porque o tradutor tem de lidar com o estilo de cada autor que traduz que diferente de pessoa para pessoa e simultaneamente tem de tentar esconder o seu pr prio estilo Como refere Landers 2001 I should point out that in practice individu
17. 4 63 a Real time Web Pioneer Realtime Raises 100M for Major U S Push b A Realtime pioneira da web em tempo real obt m 100 milh es de d lares para um importante avan o nos Estados Unidos Texto n 8 Como podemos ver pelos exemplos apresentados existem determinadas siglas e acr nimos que devido ao seu uso generalizado j s o t o familiares para o leitor dos textos que n o se torna necess ria uma explicita o do termo correspondente por extenso Apesar de por vezes n o ser imediata a identifica o de certas formas reduzidas se estas ocorrerem isoladas quando num contexto torna se poss vel perceber o seu sentido Assim por exemplo em 61 a sigla ID remete nos claramente para a identifica o da sess o Mas esta sigla s faz sentido quando ocorre em textos da rea de inform tica Assim e visto que este exemplo se insere no conjunto de textos que traduzimos do site o significado da sigla claramente identificado pelos leitores pelo que n o consider mos necess rio apresentar este termo na sua forma extensa Tamb m no exemplo 62 os leitores n o precisam de ser informados de que SMS significa Short Message Sistem e de que ATM uma sigla que corresponde a Automatic Teller Machine do conhecimento comum que SMS uma mensagem de texto enviada a partir de um telem vel e que ATM refere a caixa de Multibanco Ao contr rio do que acontecia nos exemplos anteriores estas siglas n o precisam de ocor
18. 73 a Traditional training actions do not have a just in time logic b As a es de forma o tradicionais n o possuem uma l gica just in time Texto n 19 Como afirma Correia 2005 quando estamos perante termos como os que reunimos neste grupo ap s termos verificado a inexist ncia de um termo equivalente 134 em portugu s devemos adotar o empr stimo mantendo a sua forma ja dicionarizada Os termos web download ou e mail s o alguns dos muitos exemplos de empr stimos com que nos depar mos nos nossos textos que j est o completamente integrados na l ngua e dicionarizados pelo que consider mos adequado mant los como empr stimos nos textos que trabalh mos Note se que relativamente aos empr stimos referidos verifica se por vezes a coexist ncia de algumas variantes E o que acontece por exemplo com e mail no exemplo 71 cujo significado pode alternadamente ser referido pelos termos email altera o gr fica ou apenas mail redu o De notar tamb m que no exemplo 70 o termo em ingl s web foi substitu do pelo termo equivalente internet Esta op o foi tomada pelo facto de o termo internet ter um uso mais frequente do que web em portugu s apesar de todos eles constarem por exemplo no dicion rio online da l ngua portuguesa Priberam http www priberam pt Tamb m os termos webmarketing e webdesig
19. Faremos ainda uma descri o dos textos trabalhados Uma vez que cada um destes textos cont m sequ ncias correspondentes a distintos tipos textuais consider mos pertinente apresentar os tipos textuais que ocorreram em cada texto referindo igualmente as suas caracter sticas lexicais e gramaticais tendo este sido um aspeto que esteve presente durante o trabalho de tradu o Para finalizar este primeiro cap tulo ser o apresentados os gloss rios constru dos a partir das tradu es elemento fundamental para realizarmos tradu es utilizando uma terminologia constante e coerente Estes gloss rios apresentam tamb m a vantagem de poderem vir a ser utilizados em tradu es futuras No segundo cap tulo apresentaremos uma reflex o sobre algumas quest es gerais de tradu o que consideramos importantes e relevantes para a tarefa do tradutor Estas quest es englobam aspetos que v o desde a defini o do pr prio conceito de tradu o at caracteriza o do papel do tradutor no processo de tradu o bem como descri o de algumas das estrat gias que podem ser por ele usadas com a finalidade de produzir um texto formalmente correto e adequado aos seus objetivos Finalmente no terceiro cap tulo ser o apresentados e discutidos os principais problemas e dificuldades encontrados ao longo da tarefa de tradu o Esta parte do trabalho est dividida em duas sec es centrais uma primeira sobre quest es de sintaxe
20. Outside training Forma o externa eur lex Forma o que ocorre fora do local de trabalho 69 3 2 4 Gloss rio bilingue de termos Acad micos Termo em ingl s Termo em Fonte Observa es portugu s Abstract Resumo eur lex Acknowledgments Agradecimentos Basic awareness Conhecimento eur lex b sico Business schools Escolas de administra o de empresas Conceptualisation Conceptualiza o eur lex Ato ou efeito de formar um conceito a partir de dar fei o conceptual a Curriculum Programa escolar IATE Displays Exposi es Infopedia Grounded theory Grounded theory repositorium sdum Tamb m Teoria uminho pt fundamentada nos dados Teoria indutiva baseada na an lise sistem tica dos dados Operationalisatio Operacionaliza o europa eu Colocar em n bportugal pt opera o um sistema ou processo que hoje est no papel transformar ideia em a o Social equity Justi a social europarl europa eu Constru o moral e pol tica baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva Syllabus Programa thefreedictionary com Working paper Documento de trabalho IATE Documento preliminar normalmente um documento cientifico 70 Cap tulo II Quest es gerais sobre tradu o Zz Antes de passar an lise dos textos traduzidos durante o est gio e das dificuldades de tradu
21. Que disparte na nossa opini o deve fazer se acompanhar de um ponto de exclama o de modo a que o leitor perceba o tom de indigna o presente na personagem algo que pode perder se no texto original Finalmente no fragmento Como pode falar assim interpretamos a frase com um valor mais interrogativo do que exclamativo raz o pela qual o sinal de pontua o na tradu o foi alterado passando de um ponto de exclama o a um ponto de interroga o Alternativamente haveria a possibilidade de op o por um ponto de interroga o seguido de um ponto de exclama o Como pode falar assim transmitindo se desta forma ao leitor a ideia de surpresa e espanto Com efeito Cunha e Cintra 1984 afirmam que nas perguntas que denotam surpresa ou naquelas que n o t m nem endere o nem resposta empregam se por vezes combinados o ponto de interroga o e o ponto de exclama o Por fim o exemplo 115 ilustra outra diverg ncia do uso da pontua o Desta vez est relacionada com a forma de representa o de interrup es nos di logos 115 a Then the two third he danced with Miss King and the two fourth with Maria Lucas and the two fifth with Jane again and the two sixth with Lizzy and the BOULANGER b Depois dangou com a Menina King a seguir com Maria Lucas outra vez com Jane depois com Lizzy e a Boulanger Texto n 22 165 Como se pode observar em 115 a em ingl s as
22. Robinson 2006 O tradutor tem de ser tico Mas este conceito apresenta alguns problemas Apesar de o tradutor ter de ser fiel ao texto existem muitos casos em que lhe pedido para distorcer o texto o que acontece por exemplo quando necess rio adaptar um texto televis o ou fazer adapta es para um livro infantil ou para uma campanha publicit ria Segundo o autor referido o tradutor n o deve ter a sua pr pria opini o expressa na sua tradu o deve ser imparcial Isto n o deve tecer coment rios que expressem a sua opini o sobre um determinado texto que traduz exceto se tal for pedido pelo cliente neste aspeto que o tradutor tem de ser imparcial Caso lhe seja pedido para traduzir um texto sobre um assunto que v contra as suas convic es o tradutor n o pode moldar o texto alter lo sua vontade Deve mostrar se sempre imparcial e neutro 9 A tarefa do tradutor A tarefa do tradutor inicialmente similar do leitor no sentido em que cada leitura uma tradu o no sentido em que cada leitura tamb m uma interpreta o Paz 1970 Mas existe uma diferen a entre os pap is desempenhados pelos dois Como afirma Yebra 1984 o tradutor contrariamente ao leitor n o termina a sua tarefa ap s a leitura do texto ap s ter captado o seu sentido O tradutor n o pode contentar se com uma compreens o parcial mas deve tentar chegar compreens o total embora saiba que tal n o em absol
23. S 1999 The European Association for Terminology EAFT Background Objectives and Perspectives Snow Landsc Pp 263 267 LIMA Concei o 2010 Manual de Teoria da Tradu o Lisboa Edi es Colibri L RSCHER W 1991 Translation Performance Translation Process and Translation Strategies A Psycholinguistic Investigation T bingen Gunter Narr MAILLOT Jean 1975 A Tradu o Cient fica e T cnica S o Paulo McGraw Hill do Brasil MANCUSO J C 1990 Mastering Technical Writing Menlo Park USA Addison Wesley Publishing Company MARANTZ A 1988 Clitics morphological merger and the mapping to phonological structure In Hammond M amp M Noonan eds Theoretical Morphology Approaches in Modern Linguistics San Diego Academic Press Pp 253 270 MARINELLO Adriane Fogali Odete Maria Benetti Boff amp Vanilda Salton K che 2008 O Texto instrucional como um g nero textual In the ESPecialist Vol 29 N especial Pp 61 77 MAROUZEAU Jules 1946 Pr cis de stylistique fran aise Paris Masson 180 MATEUS Maria Helena Ana Maria Brito In s Duarte Isabel Hub Faria Sonia Frota Gabriela Matos F tima Oliveira Marina Vig rio amp Alina Villalva 2003 orgs Gram tica da Lingua Portuguesa Lisboa Editorial Caminho MATTOSO CAMARA JR J 1992 Dicion rio de Lingu stica e Gramatica Petr polis Ed Vozes MOOIJ Marieke de 2004 Translating Advertising Painting the Tip
24. The translator offsets an inevitable loss at one point in the text by adding a suitable element at another point achieving a compensatory translation gain Steiner 1998 apud Hatim e Munday 2004 7 A utiliza o de ferramentas de apoio tradu o Devido ao crescimento da globaliza o e do com rcio internacional houve nos ltimos anos um aumento da necessidade de se traduzir para mais l nguas e a uma maior velocidade Para ajudar os tradutores nesta tarefa temos os computadores Cada vez mais os tradutores dependem de ferramentas suportadas pelos computadores tanto para realizarem trabalhos mais rapidamente como para os auxiliarem no que toca manuten o de um l xico constante ao longo do texto Tal como afirmam Hatim e Munday 2004 os computadores devem ser vistos no entanto apenas como um meio de ajuda e n o como produtores de textos traduzidos como muitos pensam Tal como refere Bar Hillel 1959 apud Hatim e Munday 2004 os computadores ainda n o possuem conhecimentos do mundo necess rios fundamentais para a tradu o que lhes permitam produzir textos de boa qualidade Apenas os humanos podem analisar um texto de uma l ngua e retirar dessa an lise a informa o necess ria tanto a n vel do sentido das palavras como a n vel cultural de forma a traduzirem adequadamente A tradu o uma opera o pensada em que os tradutores t m constantemente de tomar decis es sobre qual a melhor man
25. as refer ncias anaf ricas e cataf ricas as pr formas as elipses a sinon mia o tema e o rema presentes no original 2 2 4 As caracter sticas do tradutor liter rio O tradutor liter rio tal como o tradutor t cnico deve apresentar certas caracter sticas e capacidades de modo a que possa transmitir o melhor poss vel o conte do de uma obra liter ria de uma l ngua para outra Landers 2001 refere algumas das caracter sticas de um bom tradutor De acordo com o autor al m de ter de possuir qualifica es lingu sticas fortes conhecimentos de cultura geral e de saber igualmente traduzir outros tipos de texto como os textos cient ficos t cnicos e comerciais o tradutor tamb m tem de ser dedicado ao seu trabalho pois s com esta caracter stica poder ser capaz de ultrapassar algumas das dificuldades e desafios que o seu trabalho lhe proporciona Ao mesmo tempo Landers 2001 afirma in addition to a thorough mastery of the source language the literary translator must possess a profound knowledge of the target language O guia da American Literary Translators Association acrescenta ainda relativamente a este aspeto que o tradutor deve ter conhecimentos ao n vel da cultura da hist ria da religi o da geografia da pol tica da literatura da arte e do quotidiano da popula o Apesar de estes conhecimentos n o necessitarem de ser muito profundos conveniente que o tradutor esteja familiarizado com est
26. bica da l ngua Por ltimo a abreviatura corresponde a uma forma convencionada de representa o gr fica de uma palavra atrav s da escrita de apenas um subconjunto das suas letras seguido de um ponto De acordo com Byrne 2006 o uso de acr nimos pode afetar a clareza e consequentemente a compreens o de um texto Embora existam muitos acr nimos sobretudo aqueles relacionados com inform tica j conhecidos dos falantes em geral como refere Mancuso 1990 apud Byrne 2006 muitos outros continuam desconhecidos da maior parte dos leitores podendo constituir um obst culo compreens o do texto Como tal como apontado por D Agenais amp Carruthers 1985 apud Byrne 2006 os acr nimos e as siglas que n o forem do entendimento comum devem ser explicados de alguma forma no texto Os mesmos autores referem que uma 124 das poss veis maneiras de ultrapassar este problema corresponde constru o de gloss rios Durante o est gio depar mo nos com diversos exemplos que ilustram a ocorr ncia de unidades como as referidas nesta sec o Apresentaremos seguidamente alguns desses exemplos bem como a estrat gia de tradu o pela qual opt mos ao longo do nosso trabalho Perante as unidades encontradas decidimos dividi las em dois tipos 1 as que precisam de uma explicita o de forma a permitir o seu reconhecimento pelo leitor 11 as que j est o integradas na l ngua n o necessitan
27. cula fem que designa um conceito equivalente Por outro lado no exemplo 67 evidencia se o fen meno contr rio isto a utiliza o de um artigo no g nero masculino Esta segundo Freitas et al 2003 uma caracter stica da primeira fase de integra o dos termos numa lingua estrangeira Aos nomes comuns provenientes do ingl s normalmente atribu do o g nero masculino afirmam os mesmos autores Assim como ORTC corresponde sigla que abrevia a denomina o Open Real time Connectivity para a qual n o existe uma tradu o atestada como j referido decidimos optar pelo g nero masculino Note se que para al m do motivo j referido apesar de esta sigla corresponder a uma express o cujo elemento central a palavra connectivity que sendo equivalente palavra 132 portuguesa conectividade naturalmente seria associada ao g nero feminino o facto de se tratar da denomina o de um sistema de mensagens por vezes referido como o sistema ORTC pareceu nos mais um fundamento para a utiliza o de um artigo no g nero masculino Ainda no exemplo 67 a palavra cloud corresponde a um termo relativamente recente relativamente ao qual estamos a assistir coexist ncia do empr stimo e do equivalente portugu s Ou seja comum tanto a utiliza o do empr stimo cloud como do seu equivalente nuvem No entanto decidimo nos pela utiliza o do emp
28. es mostrados no ecr Texto n 9 Os exemplos acima mostram algumas frases que cont m ora es relativas restritivas e explicativas em que podemos ver o pronome relativo invari vel que Brito e Duarte 2003 afirmam que o constituinte relativo que pode ser utilizado como sujeito ou como objeto direto utiliza se quer o antecedente seja humano ou n o quando precedido da preposi o a indica o objeto indireto quando precedido de em marca o locativo com a preposi o de exprime o genitivo e em alguns casos pode ser comut vel com o a qual Se atentarmos nos exemplos 12 e 13 podemos ver que nas frases originais o pronome relativo n o est presente Este apenas vis vel em 14 onde ocorre o pronome relativo that traduzido para o pronome relativo correspondente em portugu s que Esta uma das diferen as entre as duas l nguas pois em ingl s o pronome relativo that por vezes facultativo Assim tal como afirmado por Coe et al 2007 este pronome relativo pode ser omitido quando complemento ou quando complemento de um verbo com uma preposi o As ora es em que o pronome relativo omitido s o designadas por Huddleston e Pullum 2012 bare relatives enquanto as ora es em que o pronome that est presente designam se that relatives No exemplo 14 podemos ainda ver o pronome relativo onde explicado mais sucintamente no e
29. es decorrentes da presen a de unidades fraseol gicas no texto de partida que se levantam no decurso da tradu o Tratando se como afirm mos no in cio de express es com um car ter relativamente fixo uma tradu o literal n o se afigura em geral adequada Assim neste caso ap s a identifica o da fraseologia o papel do 157 tradutor centrar se na procura de uma express o de sentido equivalente na l ngua de chegada que permita manter n o s o significado mas tamb m o estilo presente no texto de partida 2 7 Termos Os textos especializados como j referimos s o ricos em terminologia especializada pelo que durante o processo de tradu o uma das quest es com as quais o tradutor ter de lidar necessariamente a da tradu o dos termos Os termos como tamb m j foi referido designam unidades lexicais que assumem significados espec ficos quando usadas em discurso especializado significados esses que lhes permitem denominar conceitos cient ficos e t cnicos Correia 2005 apud Cruz 2012 Sager 2000 apud Contente 2008 refere a exist ncia de tr s aspetos que caracterizam a natureza do termo que s o a significa o o modo de designa o e a fun o Do ponto de vista da significa o o termo faz parte da terminologia do dom nio isto a sua significa o limitada pelo sistema cognitivo ao qual pertence No que respeita designa o o termo criado d
30. foi sugerido o aumento das horas de trabalho di rio de 4h para 6h pelo que o hor rio passou a ser das 9h s 15h no meu caso sem pausa para almo o por op o pr pria Um pouco antes de completarmos as 120 horas correspondentes ao primeiro semestre o per odo de est gio do primeiro semestre foi alargado para 180 horas de modo a terminarmos a tarefa de tradu o em curso e tamb m a termos mais tempo para a elabora o do relat rio de est gio A segunda parte do est gio referente s restantes 60 horas decorreu de 4 a 18 de fevereiro com pausa de Carnaval no dia 12 de fevereiro num hor rio di rio de 6 horas De referir ainda que nos foi dada alguma liberdade para gerirmos o nosso hor rio consoante as nossas necessidades O trabalho realizado durante o primeiro semestre do est gio esteve centrado na tradu o de textos t cnicos nomeadamente na tradu o de um site sobre tecnologias de informa o Este trabalho de tradu o j tinha sido iniciado por uma pessoa da empresa de acolhimento pelo que quando cheg mos tivemos de receber informa o sobre o que estava j traduzido e o que ainda faltava bem como sobre todas as exig ncias do cliente relativamente a este trabalho Tivemos ainda de trabalhar no sentido de tentar manter ao m ximo a estrutura do texto e o tipo de linguagem utilizada para que n o fosse vis vel que o site tinha sido traduzido por v rias pessoas Tamb m no primeiro semestre e ainda no que se
31. ncia de publicidade e contribuir para a venda de um produto ou servi o al m do mercado interno de onde origin rio Caso o texto publicit rio seja traduzido incorretamente n o ir cumprir os objetivos de convencer o p blico Robinson 2006 refere alguns exemplos de textos publicit rios traduzidos erradamente criando inc modos entre algumas marcas e fazendo passar para o p blico uma imagem errada do produto Um dos exemplos que apresenta o da empresa sueca Electrolux que criou o slogan Nothing sucks like an Electrolux para vender aspiradores nos Estados Unidos Neste caso espec fico o tradutor descurou o poder da linguagem cal o que teve um maior impacto no consumidor americano contribuindo para a quebra das compras deste produto 50 2 4 3 Descri o dos textos traduzidos Seguidamente passaremos descri o dos textos inclu dos nesta categoria traduzidos durante o est gio Os textos publicit rios traduzidos dizem respeito a dois produtos diferentes O primeiro referente a uma metodologia de forma o que tem como base o fortalecimento de compet ncias atrav s da utiliza o de curtas apresenta es multim dia Os dois textos trabalhados sobre este produto texto n 18 e 19 fazem uma apresenta o das vantagens da utiliza o desta metodologia para as empresas que a utilizam Uma vez que estes textos foram retirados do site da empresa fornecedora deste m todo de forma o n o tive
32. ngua de chegada um termo equivalente o tradutor poder ser confrontado com a necessidade de cria o de um novo termo A gest o da terminologia como afirma Robinson 2006 um dos aspetos mais importantes do trabalho do tradutor que ter de ser exposto terminologia existente avaliar se apropriada em contextos espec ficos tratar do seu aprovisionamento e da sua recupera o De facto sendo a terminologia uma das quest es centrais aquando da tradu o de textos t cnicos cient ficos ou comerciais o tradutor ter de fazer as pesquisas necess rias para encontrar na l ngua de chegada o equivalente mais adequado para transmitir a informa o que consta do texto de partida Outro problema de tradu o diz respeito s palavras ou express es por vezes consideradas intraduz veis Segundo Hatim e Munday 2004 a traduzibilidade uma no o um tanto relativa e est relacionada com aquilo a que outros autores chamam sinonimia interlingu stica ou seja a possibilidade de apesar das diferen as na estrutura lingu stica um mesmo significado poder ser expresso adequadamente atrav s das l nguas Como afirma Rodr guez 2013 la sinon mia interlingii stica supone que una unidad lingii stica de una lengua A tiene equivalencia sem ntica plena en la lengua B table mesa chair silla Para tal ser poss vel o significado tem de ser compreendido 77 n o apenas em termos do conte do do texto fonte mas t
33. o vantajosa em rela o aos seus concorrentes b The company plans analyses and monitors social networks builds portals develops distance education courses and designs apps for clients leaving them in advantageous positions against competitors Texto n 4 Palavra grafada em portugu s do Brasil a pedido da empresa de acolhimento onde realiz mos o est gio 115 b Pr clise Como j foi referido atr s em portugu s europeu a pr clise ao contr rio da nclise decorre da presen a de certos elementos na frase Estes denominados desencadeadores de pr clise for am a coloca o do cl tico esquerda da forma verbal isto antes do verbo Os fatores que imp em o uso desta coloca o dos cl ticos s o os seguintes operadores de nega o fr sica e sujeitos negativos A Maria n o te cumprimentou Ningu m te cumprimentou pronomes ou adv rbios interrogativos Quem que te cumprimentou relativos Conhe o o rapaz que te cumprimentou ou exclamativos Que quantidade de gente me cumprimentou conjun es subordinativas integrantes ou completivas O Pedro disse que a Maria o cumprimentou conjun es ou locu es subordinativas que introduzem as ora es subordinativas adverbiais O Pedro saiu quando a Maria o cumprimentou conjun es coordenativas correlativas Ou me cumprimentas ou te vais embora certos adv rbios J o cumprimentei
34. os leitores da tradu o devem experimentar os mesmos efeitos psicol gicos e emocionais que foram experimentados pelos leitores da obra original Mas aqui temos de ter em aten o tal como o autor faz notar que o leitor original n o deve ser 26 entendido apenas como o leitor da l ngua fonte mas como o leitor da l ngua fonte aquando da publica o da primeira edi o da obra Por exemplo como o autor refere o tradutor de D Quixote tem de decidir se traduz num estilo antigo referente ao s c XVII ou num estilo atual contempor neo Apesar de se tratar de um livro do s c XVII e de o tradutor ter o impulso de escrever ao estilo da poca tamb m verdade que quando o original foi escrito estava adequado ao estilo quotidiano da poca e n o num estilo estranho aos seus leitores Por outro lado se uma obra escrita na vers o original de um modo antiquado ou pomposo por exemplo ent o a tradu o ter igualmente de refletir esse estilo Esta ideia est presente nas palavras de Landers 2001 First it is important to understand that by the SL reader we mean the original source language reader which eliminates many questions when dealing with other than contemporary texts In Cervantes s time 1 7 century Spanish was not quaint it was the everyday language The original readers of Quixote in no way perceived the speech of the characters as archaic or antiquated Therefore translate Don Quixo
35. realtime with xRTML b Downloads novinhos em folha para si D uma olhadela e comece a desenvolver em tempo real com o xRTML Texto n 17 Seguidamente apresentamos um excerto que cont m duas express es de natureza fraseol gica que trouxeram alguns problemas aquando da sua tradu o for Heaven s sake e you tear them to pieces 102 a Don t keep coughing so Kitty for Heaven s sake Have a little compassion on my nerves You tear them to pieces b Pare de tossir assim Kitty pelo amor de Deus Tenha alguma compaix o pelos meus nervos Est a dar cabo de mim Texto n 23 A primeira express o for Heaven s sake tem um valor exclamativo E normalmente usada para transmitir sentimentos e emo es podendo eventualmente ter uma conota o religiosa Foi por isso nossa preocupa o encontrar uma express o em portugu s que fosse id ntica quanto simbologia transmitida Neste sentido opt mos 156 pela utiliza o da express o pelo amor de Deus mais usual do que qualquer outra decorrente de uma tradu o mais literal No que diz respeito segunda unidade fraseol gica que ocorre neste excerto you tear them to pieces trata se de uma express o idiom tica que cont m uma met fora como figura de estilo Na tradu o para portugu s procur mos uma express o de significado equivalente e que tal como a que ocorre no texto de partida tamb m contivesse
36. s como na l ngua de chagada o portugu s e esclarecemos a nossa op o de tradu o 1 Problemas de sintaxe Nesta sec o ser o apresentados os problemas e dificuldades relativos sintaxe A sintaxe refere se parte da gram tica que estuda a forma como as palavras se combinam para formar unidades maiores sendo a frase a unidade m xima de an lise sint tica Ao longo desta sec o iremos apresentar problemas relacionados com o artigo as ora es relativas a ordem dos elementos na frase a constru o ativa e passiva os cl ticos e o sujeito nulo e o sujeito realizado sendo estes aspetos que se revelaram importantes em termos das diferen as que se verificaram entre as l nguas de trabalho 91 1 1 O Artigo Segundo Cunha e Cintra 1984 d se o nome de artigo s palavras que se antep em aos nomes e que indicam se se trata de uma entidade j conhecida do leitor ou ouvinte ou se se trata de uma entidade da qual ele ainda n o possui conhecimentos Os artigos definidos determinam o nome de um modo preciso e individual enquanto por outro lado os artigos indefinidos determinam os nomes de um modo impreciso geral ou vago Por sua vez Brito 2003 define as propriedades para os artigos definidos e indefinidos Os artigos definidos n o podem surgir isolados quer por elipse do nome quer por movimento do nome e do complemento ao contr rio dos indefinidos e de outras formas de quantifica o
37. A import ncia do estilo no texto t cnico 15 2 1 2 3 A gest o da terminologia especializada 16 2 1 3 As caracter sticas do tradutor t cnico 18 2 1 4 Descri o dos textos traduzidos 21 2 2 O texto liter rio 23 2 2 1 Caracter sticas gerais 24 2 2 2 A tradu o liter ria 26 2 2 3 A multiplicidade de escolhas da tradu o liter ria 28 2 2 4 As caracter sticas do tradutor liter rio 32 2 2 5 Tom estilo e registo 33 2 2 6 Estrat gias de tradu o liter ria 36 2 2 7 Descri o do texto traduzido 38 2 3 O texto cient fico 42 2 3 1 Caracter sticas gerais 43 2 3 2 A tradu o do texto cient fico 44 2 3 3 Descri o dos textos traduzidos 46 2 4 O texto publicitario 47 2 4 1 Caracteristicas gerais 48 2 4 2 A tradu o do texto publicit rio 49 2 4 3 Descri o dos textos traduzidos 51 2 5 A tipologia dos textos traduzidos 52 a Os textos expositivos 53 b Os textos instrucionais 54 c Os textos descritivos 55 d Os textos narrativos 56 e O di logo 56 f Os textos argumentativos 57 3 Constru o de Gloss rios 59 3 1 Objetivos dos Gloss rios 59 3 2 Apresenta o dos Gloss rios 59 3 2 1 Gloss rio de termos de Inform tica e Tecnologias de Informa o 60 3 2 2 Gloss rio de termos de Gest o e Marketing 66 3 2 3 Gloss rio de termos de Gest o de Empresas 68 3 2 4 Gloss rio de termos Acad micos 70 Cap tulo II Quest es gerais sobre tradu o 71 O que
38. Capacidade de adicionar pot ncia e potencialidade a um sistema sem grandes custos Voice calls Chamadas de voz eur lex White Paper Livro Branco IATE Documento oficial publicado por um governo ou uma organiza o internacional a fim de servir de informe ou guia sobre algum problema e como enfrent lo 67 3 2 3 Gloss rio bilingue de termos de Gest o de Empresas Termo em ingl s Termo portugu s em Fonte Observa es Accreditation schemes Sistemas de acredita o eur lex Sistemas que reconhecem formalmente que uma institui o atende a requisitos previamente definidos por um organismo independente Business Ethics tica Empresarial eur lex Ramo da tica diretamente ligado as empresas referente a forma moralmente correta como as empresas interagem com o seu meio envolvente Competitive advantage Vantagem competitiva eur lex Vantagem que uma empresa tem em rela o aos seus concorrentes geralmente demonstrada pelo desempenho econ mico Computer programme Programa inform tico eu europarl europa Computer security Seguran a inform tica eur lex Conceito relacionado com a prote o de um conjunto de informa es e de sistemas no sentido de preservar o valor que possuem para um indiv duo ou uma organiza o Content creation Cria o de conte do eur lex
39. Lyon Pp 13 72 REQUENA J Gonz lez amp A Ortiz de Z rate 1995 El Espot Publicit rio Madrid Ediciones C tedra 181 RIFFATERRE M 1992 Transposing Presuppositions on the Semiotics of Literary Translation Jn R Schulte amp J Biguenet eds Theories of Translation An Anthology of Essays from Dryden to Derrida Chicago amp London The University of Chicago Press Pp 204 217 ROBINS R H 1968 General Linguistics An Introductory Survey London Longmans Green and Co ROBINSON Douglas 2006 Becoming a Translator an introduction to the Theory and Practice of Translation London amp New York Routledge SAGER Juan C 2000 Pour une approche fonctionnelle de la terminologie In B joint Henri Philippe Thoiron dir In Les Sens en Terminologie Lyon Presses Universitaires de Lyon Pp 40 60 SAID Fabio M 2011 Fidus Interpres a pr tica da tradu o profissional S o Paulo edi o do autor SANTANA Vanete Dutra 2008 4 dicotomia do tradutor autor na leitura de A tarefa do tradutor de Benjamin por Derrida Dispon vel em www scielo br scielo php pid S010318132008000100015 amp script sci_arttext nt01 SAVORY Theodore H 1960 The Art of Translation Dufour Editions SCHLEIERMACHER Friedrich 2003 Sobre os Diferentes M todos de Traduzir Jn Uber die Verschiedenen Methoden des Ubersetzens Porto Porto Editora SCHULTE Rainer 2012 What is Translation In Translation
40. Recep o Fazer download Baixar Registo Registro Password Palavra passe 185
41. Relativamente aos textos trabalhados no mbito do est gio aqueles em que a terminologia foi mais significativa foram os textos sobre tecnologias da informa o Com efeito esta como afirma Cruz 2012 a rea tecnol gica que mais terminologia produz nos dias de hoje Podemos tamb m observar que nesta rea predominante a utiliza o de termos provenientes da l ngua inglesa Uma grande parte desses termos entram noutra l ngua atrav s de um processo de empr stimo como o caso de hardware software browser e download por exemplo Este assunto ser abordado mais detalhadamente no cap tulo III deste trabalho 2 1 3 As caracter sticas do tradutor t cnico A forma como se caracteriza o tradutor t cnico difere consoante os autores Segundo Zethsen 1999 67 o tradutor t cnico is a factual and objective engineer atento ao p blico alvo e cujo nico objetivo transmitir a informa o t cnica do texto em quest o Fishbach 1998 apud Byrne 2006 por outro lado afirma que o tradutor deve escrever textos id nticos aos produzidos pelos escritores t cnicos Segundo o autor escrever desadequadamente um texto t cnico pode minar a credibilidade do texto do autor e da informa o contida no texto G pferich 1993 e Amman amp Vermeer 1990 apud Byrne 2006 afirmam que o tradutor t cnico um intercultural or cross cultural technical writer Ou seja o tradutor t cnico al m d
42. Review Vol 83 Pp 1 4 SENNA L A G 2003 O texto t cnico cientifico In Projetos Acad micos de Pesquisa A o em Educa o s 1 SILVA Mois s Batista da 2006 Uma palavra s n o basta Estudo te rico sobre as unidades fraseol gicas In Revista de Letras Vol 1 2 N 28 SNELL HORNBY Mary 1995 Translation Studies An Integrated Approach Revised edition Amsterdam and Philadelphia PA John Benjamins STEINER G 1998 After Babel Aspects of Language and Translation London Oxford amp New York Oxford University Press TABER Ch R amp Eugene A Nida 1971 La Traduction th orie et m thode Londres TARUTZ J 1992 Technical Editing The Practical Guide for Editors and Writers Reading Perseus Books TOURY Gideon 1995 The Nature and Role of Norms in Translation In Descriptive Translation Studies and Beyond Amsterdam Philadelphia John Benjamins 182 TOURY Gideon 2010 Translation a Cultural Semiotic Perspective In Sebeok Thomas A et al Eds In Encyclopedic Dictionary of Semiotics Berlin New York amp Amsterdam Mouton de Gruyter TRAVAGLIA L C 1991 Um estudo textual discursivo do verbo no portugu s do Brasil Disserta o de Doutoramento em Lingu stica Universidade Estadual de Campinas VALDEZ Susana 2009 O Autor An nimo A Invisibilidade do tradutor no contexto portugu s Disserta o de mestrado Universidade de Lisboa VAN DIJK T 1983 La cie
43. Schleiermacher 2003 A utiliza o deste m todo mais usual em certos contextos por exemplo em literatura infantil ou em publicidade 80 Para Schleiermacher 2003 a melhor forma de traduzir passa por tentar preservar ao maximo a letra do autor Cabe ent o ao leitor de um texto traduzido perceber que est perante uma obra que n o sua mas que pertence a uma outra l ngua e cultura Por sua vez Yebra 1989 afirma o seguinte La regla de oro para toda traduccion es a mi juicio decir todo lo que dice el original no decir nada que el original no diga y decirlo todo con la correccion y naturalidad que permita la lengua a la que se traduce Assim para este autor as duas primeiras normas exigem a fidelidade absoluta ao conte do enquanto a terceira d ao tradutor a liberdade suficiente no que respeita ao estilo Yebra 1989 defende assim um modo de traduzir que junta no fundo a estrangeiriza o e a domestica o Afirma contudo que la dificultad reside en aplicar las tres reglas al mismo tiempo op cit 6 Tipos de tradu o e estrat gias utilizadas Referindo se exist ncia de diferentes tipos de tradu o podemos estabelecer segundo Jakobson 1959 apud Bassnett 1980 estabelece a seguinte distin o 1 Tradu o intralingu stica tamb m denominada pelo autor por reformula o 2 Tradu o interlingu stica considerada a verdadeira tradu o 3 Tradu o inter
44. a inexist ncia de termos mais apropriados opt mos por utilizar uma perifrase Com efeito a tradu o que efetu mos v rias plataformas e browsers explica ao leitor a capacidade deste produto poder funcionar em v rias plataformas e de utilizar v rios browsers O exemplo 88 mostra outro exemplo em que tivemos de recorrer per frase de modo a transmitir o significado correto da frase apresentada em a 88 a The participants tend to try to not lose sight of what the trainer is doing b Os participantes tentam n o perder de vista o t cnico de forma o observando tudo o que faz Texto n 19 O termo assinalado em a trainer pode designar treinador instrutor e formador Tendo em considera o que este excerto foi retirado dos textos publicit rios da Knowledge Pills Methodology treinador e instrutor n o s o op es vi veis de tradu o de trainer j que o primeiro est ligado ao desporto e o segundo educa o J formador designa uma pessoa que acompanha orienta e avalia outras que est o em per odo de aprendizagem e de pr tica inicial de uma atividade Apesar de este termo apresentar o significado pretendido t cnico de forma o mais usual principalmente em contexto de organiza es e empresas Assim opt mos por traduzir trainer por t cnico de forma o em vez de apenas formador 148 A express o presen
45. a specific purchase you can then get instant customer support promotions on an article you re browsing share your purchase with your friends at the same time you re viewing it b Tem uma quest o sobre uma pe a ou sobre uma compra espec fica Com a tecnologia Realtime poder receber apoio imediato ao cliente promo es num artigo que esteja a pesquisar partilhar a sua compra com os seus amigos ao mesmo tempo que a v Texto n 1 98 13 a Cloud4b is a Brazilian company specialized in consulting technology and outsourcing services enables its clients to transform and perform through technologies b A Cloud4b uma empresa brasileira especializada em consultoria tecnologias e servi os de outsourcing que permite aos seus clientes transformar e atuar utilizando tecnologia Texto n 4 14 a Realtime provided the technology that made voting for the 10 Great Ideas during the recent and massively successful Social TV Summit in NY a truly interactive experience with panellists speakers and the audience following to the millisecond the results of the votes on the screen b A Realtime forneceu a tecnologia que fez da vota o para as Dez Grandes Ideias uma experi ncia verdadeiramente interativa Esta vota o decorreu recentemente e com grande sucesso na Social TV Summit em Nova Iorque onde os membros do painel os oradores e a audi ncia puderam seguir ao milissegundo os resultados das vota
46. acharmos que n o se enquadrava t o bem na frase note se no entanto que esta foi uma op o estil stica j que esta ltima sigla seria facilmente reconhecida pelo leitor do texto Assim decidimos neste caso pela coloca o da designa o por extenso Estados Unidos No exemplo seguinte salientamos a ocorr ncia da abreviatura da palavra em ingl s million para M Tal como nos exemplos anteriores a op o de tradu o que seguimos levou em conta a facilidade da compreens o pelo que a abreviatura M foi substitu da pela palavra correspondente em portugu s nomeadamente milh o 64 a Realtime lands 100M in funding to actually make the Web real time b A Realtime consegue 100 milh es de d lares em financiamento para criar a Web em tempo real Texto n 8 128 Os exemplos apresentados permitiram ilustrar ent o a exist ncia de alguma diversidade de situa es envolvendo o uso de formas abreviadas Como foi notado ao longo desta sec o estas situa es devem ser consideradas individualmente de forma a que o tradutor utilize em cada caso a estrat gia de tradu o mais adequada com o objetivo de tornar o texto de chegada claro e de permitir a sua compreens o pelo leitor 2 2 Empr stimos e Estrangeirismos Num mundo globalizado como aquele em que vivemos hoje em dia o contacto entre as l nguas inevit vel Uma das manifesta es desse contacto vis vel atrav
47. apresentar o seu equivalente na l ngua alvo Seguidamente ir o ser apresentados os gloss rios que foram constru dos ao longo das tradu es efetuadas durante o est gio Como a sua constru o foi parte integrante do nosso trabalho e a sua utiliza o de enorme import ncia para a manuten o de uma terminologia constante decidimos apresent los no corpo do relat rio e n o em anexo O facto de no mbito do est gio termos traduzido textos de diferentes reas de especialidade conduziu nos constru o de v rios gloss rios a saber 1 Gloss rio bilingue de termos de Inform tica e Tecnologias de Informa o ii Gloss rio bilingue de termos de Gest o e Marketing 111 Gloss rio bilingue de termos de Gest o de Empresas 1v Gloss rio bilingue de termos Acad micos 3 2 1 Gloss rio bilingue de termos de Inform tica e Tecnologias de Informa o Termo em ingl s Termo em Fonte Observa es portugu s Array Array wikip dia Uma das mais simples ciberd vidas estruturas de dados BackSpace Tecla de IATE infop dia retrocesso Bandwidth Largura de banda infop dia Refere se bit rate de uma rede de transfer ncia de dados ou seja quantidade em bits que a rede suporta Bidirectional Comunica o eur lex Comunica o com dois communication bidirecional sentidos Browser browser IATE Tamb m navegador Channel Canal eur lex Channel base Acesso para eur lex leitur
48. as exig ncias do mercado 2 Objetivos e import ncia da tradu o Qual a finalidade da tradu o Qual a sua import ncia A defini o deste termo ja mostra no fundo a sua import ncia para qualquer civiliza o Grossman 2010 apud Schulte 2012 refere o qu o importante a tradu o para qualquer povo Translation expands our ability to explore through literature the thoughts and feelings of people from another society or another time It permits us to savor the transformation of the foreign into the familiar and for a brief time to live outside our own skins our own preconceptions and misconceptions 73 It expands and deepens our world our consciousness in countless indescribable ways A tradu o tem como j referido um papel fundamental num mundo globalizado como o de hoje onde na es e l nguas interagem diariamente Basta nos considerar o caso da Uni o Europeia uma institui o onde se traduz anualmente cerca de 1 270 586 p ginas A4 dados de 2004 A tradu o funciona como um ve culo que transporta a identidade de uma cultura as suas singularidades e tem como fun o mostrar as semelhan as entre culturas ao inv s das diferen as Paz 1970 A tradu o de diferentes tipos de textos desempenha um papel muito importante na forma o de pontes entre diferentes culturas e na es Assim tal como refere Hassan 2011 enquanto a tradu o comercial e a tradu o t cnica
49. assembly room designa uma sala ou sal o onde um grupo de pessoas se re ne para realizar uma determinada atividade normalmente dan ar Mais uma vez e como aconteceu no exemplo anterior a nossa escolha fundamenta se sobretudo tendo em conta a poca hist rica em que se passa a a o deste texto Assim opt mos por traduzir assembly room por sal o de baile e n o por sal o de festas Com efeito a palavra festa est conotada com um tipo de celebra o ou divertimento um pouco diferente de baile primeira festa associamos frequentemente a anivers rios e a m sica a comida a divers o e a ru do 140 celebrados num ambiente informal entre amigos e conhecidos Ja baile remete nos para outro tipo de celebra o onde tamb m existe m sica e comida mas passado num ambiente mais formal Assim e de modo a transmitir a ideia presente no original de formalidade O exemplo seguinte evid ncia um caso de sinonimia intralingu stica entre os 99 66 termos propriedade quinta e herdade equivalentes do termos ingl s estate 79 a Mr Bingley and he was looked at with great admiration for about half the evening till his manners gave a disgust which turned the tide of his popularity for he was discovered to be proud to be above his company and above being pleased and not all his large estate in Derbyshire could then save him from having a most fo
50. be impossible for her to introduce him for she will not know him herself Texto n 22 Os dados apresentados nesta sec o ilustraram ent o as diferen as entre o portugu s e o ingl s relativamente aos elementos cl ticos que se estabelecem quer no que diz respeito ao tipo de unidades que lhes correspondem quer no que se relaciona com o seu comportamento nomeadamente no que concerne ordem de palavras Dadas as diferen as registadas este um aspeto ao qual o tradutor ter de estar atento de forma a respeitar nas suas tradu es a sintaxe de cada l ngua 1 6 Sujeito Nulo e o Sujeito Realizado Como sabemos o portugu s uma l ngua de sujeito nulo o que significa que nas frases finitas nem sempre existe obrigatoriedade de o realizar Contrariamente a l ngua inglesa n o uma l ngua de sujeito nulo pelo que exige a sua realiza o lexical Nos casos em que o sujeito n o est explicitamente presente na frase Cunha e Cintra 1984 apresentam uma distin o entre tr s tipos de sujeito que vale a pena citar aqui Um deles o sujeito oculto ou determinado Segundo os autores este sujeito aquele que n o est materialmente expresso na ora o mas pode ser identificado 119 O outro tipo de sujeito o indeterminado Este segundo os mesmos autores n o se refere a uma pessoa determinada ou por se desconhecer quem executa a ac o ou por n o haver interesse no seu conheciment
51. certos quantificadores ou express es indefinidas na posi o de sujeito Algu m me cumprimentou algumas preposi es A Maria gosta de o cumprimentar e o ger ndio quando precedido da preposi o em Em te cumprimentando vou me embora Esta uma das diferen as que se verificam entre as l nguas que trabalh mos uma vez que o ingl s praticamente n o disp e de pr clise Alguns autores consideram no entanto que na forma coloquial twas resultante da contra o de if com was o primeiro elemento tem uma natureza cl tica sendo este pois um caso de pr clise Seguidamente apresentaremos alguns exemplos em que ocorrem desencadeadores de pr clise como os referidos atr s obrigando por isso a que no texto em portugu s o cl tico ocorra antes do verbo Como j vimos um dos fatores que obrigam pr clise a ocorr ncia de um elemento negativo No exemplo que se segue podemos notar a presen a da nega o atrav s do adv rbio n o Outras palavras ou express es negativas como nunca Jamais nenhum nada ningu m nem entre outras obrigariam igualmente ao uso da pr clise Em ingl s podemos constatar que n o existe nenhum cl tico na frase selecionada 44 a Este um ambiente com um servidor compartilhado embora as suas pr prias aplica es estejam sempre protegidas dos outros e voc n o possa aceder a dados qu
52. com uma vis o clara do que se est a passar em vez de continuar a leitura com sentimentos duvidosos ou de interromper a leitura para ir procurar uma explica o a um dicion rio a um livro ou internet A desvantagem da utiliza o desta estrat gia est relacionada com a quebra do ritmo da continuidade da leitura pois as notas de rodap desviam o olhar do leitor para um elemento estranho obra Esta estrat gia destr i por outro lado o efeito mim tico a tentativa por parte da maioria dos autores de fic o de criar a ilus o de que o leitor est a testemunhar a experienciar os eventos descritos A tradu o deve idealmente apresentar o m nimo poss vel de pistas que levem o leitor a ver o texto como uma tradu o Landers 2001 37 A interpola o outra das estrat gias de tradu o consiste em adicionar palavras ou frases frase em que existe o elemento problem tico entre par ntesis travess es ou v rgulas e o mais discretamente poss vel Assim este elemento explicativo fica inserido na frase do texto original e se for feito com cuidado e considera o pelo ritmo do texto pode passar despercebido aos olhos do leitor Estas adi es devem ser curtas e em caso de d vida o tradutor deve consultar o autor sobre esta altera o no texto O objetivo desta estrat gia tornar o texto igualmente acess vel e leg vel tanto na l ngua fonte como na l ngua alvo apesar das diferen as culturais e ao
53. d guivalents terminologiques entre syst mes linguistiques diff rents ne peut tre ni e tout le processus traductionnel repose sur Videntification de tels quivalents Ces quivalents peuvent exprimer exactement la m me notion mais ils peuvent galement exprimer des notions qui ne sont pas en tous points identiques dans les syst mes linguistiques Com efeito tal como observado tamb m por Contente 2008 a exist ncia de realidades extralingu sticas diferentes torna dificil a exist ncia de verdadeiros sin nimos interlingu sticos aspeto que traz ao tradutor a responsabilidade adicional de avaliar a adequa o dos termos partida considerados equivalentes selecionados para o texto de chegada Passamos apresenta o de alguns excertos dos textos trabalhados a partir dos quais referiremos as quest es concretas com que nos confront mos no decurso da tradu o O exemplo que apresentamos em seguida ilustra uma das situa es referidas aquela em que uma palavra da l ngua de partida neste caso a palavra inglesa hands on pode ter diferentes equivalentes na l ngua de chegada por estar associada a mais do que um significado instanciando aquilo a que em termos latos podemos chamar polissemia Com efeito nestes casos o tradutor deve antes de mais aperceber se dessa situa o que torna necess ria uma an lise cuidada do contexto em que ocorre a palavra no texto de partida de forma a permitir l
54. diferen as de utiliza o dos sinais de pontua o que observ mos existir entre as duas l nguas Est relacionada com a forma como s o representados os fragmentos de di logos nos textos 114 a Design Nonsense how can you talk so But it is very likely that he MAY fallin love with one of them and therefore you must visit him as soon as he comes b Des gnio Que disparate Como pode falar assim Mas muito prov vel que ele possa enamorar se por uma delas e portanto deve visit lo assim que ele chegar Palavra grafada em portugu s do Brasil a pedido da empresa de acolhimento onde realiz mos o est gio 164 Em ingl s como se pode observar em 114 a as aspas s o o sinal de pontua o por excel ncia para marcar di logos e discurso direto No entanto em portugu s o sinal que marca os di logos o travess o o que conduziu altera o que podemos observar em 114 b O ponto de exclama o outro dos sinais presentes neste exemplo Como referido por Cunha e Cintra 1984 o ponto de exclama o o sinal que se posp e a qualquer enunciado de entoa o exclamativa Mas como a melodia das exclama es apresenta muitas variedades o seu valor s pode ser depreendido do contexto Cabe pois ao leitor a tarefa extremamente delicada de interpretar a inten o do leitor Foi pois atrav s da interpreta o desta passagem que alter mos a pontua o na tradu o A express o
55. e a nossa cultura s o portanto tamb m neste sentido a nossa pris o pois podem levar nos a vermos e a aceitarmos o mundo de uma determinada maneira ignorando muitas vezes que existem muitas outras formas diferentes de olhar o mesmo mundo Paz 1970 O tradutor e a sua maneira de pensar s o for osamente um produto da l ngua e da cultura em que ele est inserido Como tal o tradutor pode n o conseguir entender por completo aquilo que est fora das suas A tradu o ajuda nos no entanto a quebrar essas barreiras e a aproximar nos das l nguas e das culturas que nos s o partida estranhas tornando nos capazes de as compreender melhor A tradu o tem assim um papel ativo na rela o entre culturas uma fun o mediadora entre diferentes povos e at mesmo entre diferentes pocas hist ricas Paz 1970 Seguindo o pensamento de Robinson 2006 ser que partilhamos a mesma cultura dos portugueses do s culo XVI Ser que l ngua cultura Partilharemos a 15 mesma cultura de brasileiros angolanos mo ambicanos e timorenses Na verdade n o apenas a l ngua que faz uma cultura mas tamb m o espa o e o tempo Ou seja para compreendermos na sua totalidade um texto do s culo XV ou XVI ou um texto brasileiro ou cabo verdiano prov vel que seja necess ria alguma forma de adapta o Tendo em conta este aspeto podemos afirmar que o facto de ser necess rio traduzir um determinado texto implica a co
56. faciais entre outros aspetos s o produtos de uma complexa din mica de tradu o Na comunica o com os outros traduzimos sons e gestos para compreendermos o conte do completo de uma conversa o Por exemplo se durante uma conversa algum dos intervenientes tossir ou piscar o olho esses gestos podem alterar por completo o sentido da mensagem que o interlocutor quis transmitir ou mesmo dar sentido a essa mesma mensagem Se o ouvinte n o reparar nesses sinais ou 71 n o os perceber a mensagem n o ter sido traduzida ou interpretada convenientemente e consequentemente poder haver problemas de comunica o Tendo isto em mente podemos afirmar tal como Schulte 2012 que existem muito poucas atividades que n o estejam de alguma forma envolvidas em algum tipo de tradu o neste sentido lato do termo Este apenas um exemplo de como a tradu o pode ser entendida parte integrante do nosso quotidiano De notar no entanto que ao longo deste trabalho o termo tradu o ser usado n o como sin nimo de interpreta o mas num sentido mais restrito do termo como veremos seguidamente Tentemos ent o definir o conceito de tradu o de uma forma mais precisa Se atentarmos na palavra tradu o podemos constatar que ela pode estar associada a dois significados distintos Por um lado a palavra pode referir se ao processo ao ato de transposi o de uma l ngua para outra e por outro lado remete nos
57. final de Mestrado em Tradu o op o escolhida por me permitir aplicar os conhecimentos e compet ncias obtidos ao longo do mestrado num ambiente profissional A oportunidade que me foi dada de fazer tradu es num contexto empresarial foi muito importante e enriquecedora pois pude ver como funciona o quotidiano de uma empresa e dar o meu contributo traduzindo os textos que a empresa me facultou a pedido de empresas externas Durante o est gio eu e o meu colega de est gio Pedro Rocha pudemos ainda experimentar diversas velocidades de trabalho No primeiro semestre de est gio traduzimos textos provenientes de um site online estando essa tarefa por vontade da empresa externa sujeita a uma calendariza o muito r gida Assim neste primeiro semestre tornou se ent o necess rio adequar a nossa velocidade de tradu o s exig ncias do cliente No segundo semestre tal j n o aconteceu pelo que pudemos trabalhar a um ritmo mais calmo e ter mais tempo dispon vel para a revis o dos textos traduzidos antes da sua entrega ao cliente O relat rio que apresentamos seguidamente est dividido em tr s cap tulos Num primeiro cap tulo ser apresentada a empresa de acolhimento na qual foi realizado o est gio e ser descrito o trabalho efetuado Seguidamente ser o apresentados os tipos de textos traduzidos Nesta sec o referiremos as caracter sticas de cada tipo de texto e o modo como o tradutor deve traduzi los
58. frequente ocorr ncia de vocabul rio de especialidade termos de uma dada rea do conhecimento embora dependendo do grau de especializa o do texto que varia em fun o dos seus objetivos e do p blico a que se destina tamb m not rio o recurso a substitutos lexicais e a vocabul rio an logo sin nimos dos termos utilizados como forma de garantir a compreens o do texto pelo leitor Por fim as caracter sticas gramaticais mais t picas destes textos s o a ocorr ncia de per frases como forma de esclarecer o significado de certos termos o recurso a estruturas de compara o a compara o com uma realidade mais comum pode ajudar o leitor compreens o do texto a utiliza o frequente do presente do indicativo com valor de verdade geral a frequ ncia de enunciados com verbos estativos verbos como haver ser ter existir entre outros a predomin ncia de frases declarativas a poss vel ocorr ncia de frases interrogativas introdutoras de um novo t pico e a utiliza o frequente de conectores que ligam os fragmentos textuais de modo a tornar mais clara a rela o que se estabelece entre eles 53 b Os textos instrucionais O texto instrucional outro tipo textual presente nos textos traduzidos Este tipo de texto conforme referem Marinello et al 2008 um g nero que orienta o leitor na realiza o de uma atividade ou na utiliza o de um produto Assim um tip
59. grama a polegada o litro o volt o minuto os graus Kelvin entre muitos outros Estes s mbolos s o identificados pela letra inicial do nome que representam ou por abreviatura Os s mbolos gr ficos por outro lado dizem respeito identifica o de aparelhos ou dispositivos s placas sinal ticas e aos s mbolos matem ticos por exemplo Estes s o puramente convencionais como refere o autor e geralmente universais Podemos afirmar que os s mbolos que se seguem nos exemplos abaixo se inserem seguindo a classifica o proposta por Maillot 1975 na categoria de s mbolos gr ficos pois s o convencionais universais no sentido em que o seu s mbolo 166 reconhecido sem que seja necess rio uma tradu o e n o constituem abreviaturas da designa o do seu nome Eis os exemplos que ocorreram nos textos traduzidos durante o est gio 116 a Realtime lands 100M in funding to actually make the Web real time b A Realtime consegue 100 milh es de d lares em financiamento para criar a Web em tempo real Texto n 8 117 a 64 million investment to help Realtime develop live web b Um investimento de 64 milhdes de libras para ajudar a Realtime a desenvolver a web viva Texto n 8 118 a How Realtime works b Como que a Realtime funciona Texto n 6 Como se pode ver nestes casos a estrat gia seguida passou pela substitui o do s mbolo pela palavra que represent
60. had expected all the while b No entanto quando o primeiro tumulto de alegria terminou ela declarou que era aquilo que esperava que o marido fizesse Texto n 22 57 a and he seemed quite struck with Jane as she was going down the dance b Ele pareceu muito impressionado com Jane medida que ela dan ava Texto n 22 Como podemos observar nos exemplos acima o ingl s uma l ngua de sujeito obrigat rio como mencionado anteriormente Em 55 they visit no newcomers necessita do pronome they realizado na segunda ora o para referir quem pratica a 122 a o J na tradu o geralmente n o visitam rec m chegados o pronome eles n o tem de estar presente Aqui o sujeito realizado poderia levar a problemas de compreens o j que o leitor poderia ficar com d vidas se eles se referiria a Sir William e Lady Lucas ou a outra entidade como podemos comprovar na frase Sir William e Lady Lucas est o decididos a ir somente por esta raz o pois como sabe geralmente eles n o visitam rec m chegados O mesmo acontece com o exemplo 56 onde podemos ver que o sujeito realizado na frase ela declarou que era aquilo que ela esperava que o marido fizesse pode levar ao mesmo problema de compreens o raz o pela qual o segundo sujeito n o deve ser realizado garantindo se desta forma uma interpreta o de correfer ncia Por outro lado no exemplo 57 acontece o opost
61. igualmente para o resultado dessa transposi o ou seja para o texto ou a obra traduzida Assim tal como tamb m referido por Yebra 1984 podemos considerar a tradu o como a o ou processo ou como resultado dessa a o ou desse processo Para explicar melhor esta ideia podemos afirmar que a primeira corresponde ao processo de transferir um texto de uma l ngua para outra da l ngua fonte para a l ngua alvo Este processo conduzido por um ou mais tradutores e realizado num contexto sociocultural espec fico Hatim e Munday 2004 Neste aspeto podemos concordar com Chesterman e Wagner 2002 e afirmar que a tradu o uma transcodifica o j que envolve a passagem de uma mensagem para outro c digo ou seja de um sistema lingu stico para outro Taber e Nida 1971 apud Yebra 1984 referem se a este processo da seguinte forma La traduction consiste reproduire dans la langue r ceptrice le message de la langue source au moyen de l quivalent le plus proche et le plus naturel d abord en ce qui concerne le sens ensuite en ce qui concerne le style Tamb m Dubois 1973 apud Yebra 1984 define o conceito de tradu o enquanto processo Traduire c est noncer dans une autre langue ou langue cible ce qui a t nounc dans une langue source en conservant les quivalences s mantiques et stylistiques 72 Por outro lado na tradu o como resultado temos o produto escrito o text
62. interrup es dos di logos s o representadas atrav s de um travess o Esta norma indicada explicitamente em v rios textos Veja se por exemplo em http grammar ccc commnet edu in writing dialogue the dash is used to show breaks in thought and shifts in tone No exemplo acima podemos ver que o di logo efetivamente interrompido por outra personagem Na tradu o para o portugu s de um texto com esta marca necess rio alterar o sinal de pontua o usando as retic ncias Com efeito Cunha e Cintra 1984 referem empregam se tamb m as retic ncias para reproduzir nos di logos n o uma suspens o do tom da voz mas o corte da frase de um personagem pela interfer ncia da fala de outro 3 2 S mbolos A ocorr ncia de s mbolos nos textos trabalhados no mbito do est gio n o foi muito significativa mas por a sua representa o resultar de conven es distintas decidimos fazer uma breve refer ncia a alguns exemplos encontrados A presen a de s mbolos num texto pode apresentar alguns problemas ao n vel da tradu o que podem ser ultrapassados seguindo algumas estrat gias Maillot 1975 indica qual na sua opini o o melhor m todo de encontrar equivalentes para os diferentes tipos de s mbolos Primeiramente o autor refere que os s mbolos se dividem em duas fam lias os s mbolos literais e os gr ficos Os primeiros dizem respeito a s mbolos de grandeza e de unidade como o metro a
63. l ngua de chegada torna frequentemente 123 necess ria a op o por estrat gias de tradu o alternativas Assim referiremos alguns casos em que se nos afigurou mais adequada uma tradu o recorrendo per frase Por outro lado existem certas sequ ncias e express es que devido sua natureza idiom tica ou quase fixa impossibilitam partida uma tradu o literal obrigando o tradutor a um trabalho de pesquisa na procura de uma express o equivalente Esta sec o termina com uma refer ncia tradu o de termos em que se apresentam algumas situa es concretas surgidas ao longo do trabalho de tradu o realizado no mbito do est gio 2 1 Acr nimos siglas e abreviaturas Um dos problemas com que nos depar mos aquando da tradu o realizada no mbito do est gio diz respeito presen a de siglas acr nimos e abreviaturas no texto de partida Antes de mais ser necess rio fazer uma distin o entre estes tr s processos de constru o de palavras A sigla segundo o Dicion rio Terminol gico uma palavra formada atrav s da redu o de um grupo de palavras s suas iniciais as quais s o pronunciadas de acordo com a designa o de cada letra De acordo com a mesma fonte o acr nimo por sua vez definido como uma palavra formada atrav s da jun o de letras ou s labas iniciais de um grupo de palavras que se pronuncia como uma palavra s respeitando na generalidade a estrutura sil
64. m dia No que diz respeito ao tempo este o elemento que indica a sucess o dos anos dos dias e das horas em que decorre a a o Podemos distinguir diversos tipos de tempo como o tempo cronol gico que diz respeito sucess o dos acontecimentos o tempo hist rico que se refere poca ou momento hist rico da a o o tempo psicol gico subjetivo e que vivido ou sentido pelas personagens e o tempo do discurso resultante do modo como o narrador escolhe contar a hist ria Este ltimo por sua vez pode ser linear anacr nico com altera o da ordem temporal isocr nico com sincronia entre o tempo narrativo e o tempo da hist ria e anisocr nico com varia o da rela o entre o tempo da hist ria e o tempo do discurso atrav s de v rias estrat gias como a pausa a elipse o resumo ou a descri o Embora o texto traduzido n o fa a refer ncias expl citas poca em que a a o decorre sabemos que esta se situa algures no s c XIX altura em que a autora escreveu a obra Podemos caracterizar ainda o tempo do discurso como linear j que o narrador segue uma ordem cronol gica dos eventos Eis o resumo das principais informa es sobre o texto liter rio traduzido durante o est gio Identifica o do texto T tulo e breve descri o N mero de p ginas Texto n 22 Orgulho e Preconceito tradu o Sete 7 p ginas de dos tr s primeiros cap tulos da obra de texto Jane Aus
65. makes shopping online a whole new experience b A Realtime Web torna as compras online numa experi ncia completamente nova Texto n 1 Podemos observar a ocorr ncia de outra coloca o no exemplo que se segue A express o in that precise moment geralmente traduzida por nesse mesmo instante como podemos ver em b Outras tradu es poss veis seriam nesse mesmo momento nesse preciso instante nesse preciso momento ou nesse exato momento Por m estas n o s o combinat rias t picas de palavras pelo que a utiliza o de uma destas express es n o seria considerada correta 92 a Interact with any website in that precise moment in real time b Interaja com qualquer site em tempo real nesse mesmo instante Texto n 1 150 Em 93 observamos outro exemplo de coloca o A tradu o de come a long way n o pode ser diferente de percorrer um longo caminho express o bastante usual na nossa l ngua e que dificilmente admite a ocorr ncia de outra combinat ria de palavras 93 a XRTML has come a long way b O xRTML percorreu um longo caminho Texto n 16 Finalmente o exemplo apresentado em seguida ilustra outra situa o onde ocorre a coloca o Em ingl s a express o sprain the ankle na grande maioria das vezes traduzida por torcer o p uma coloca o comum em portugu s Se tomarmos em considera o cada elemento desta exp
66. mesmo tempo respeitando as exig ncias da mim sis Landers 2001 lembra tamb m que se o tradutor tiver d vidas relativamente a quando se deve ou n o utilizar esta estrat gia deve perguntar se qu o importante a informa o se aparece s uma vez ou se fundamental para a compreens o da hist ria A vantagem da utiliza o desta estrat gia prende se com a desnecessidade de voltar a explicar o termo ap s ter sido explicado pela primeira vez dando a liberdade ao tradutor de utilizar o termo original eventualmente mais conciso do que a sua tradu o Por fim a omiss o uma estrat gia que diz respeito supress o do elemento explicativo e n o omiss o de uma parte do texto mais problem tica Landers 2001 Esta estrat gia deixa ao cuidado do leitor o modo como reage perante termos estranhos isto atrav s da procura de informa o desconhecida aquando da leitura ou posteriormente A utiliza o de cada uma destas estrat gias tal como refere o autor mencionado depende da decis o do tradutor Tais decis es assim como muitas outras como j vimos v o marcar definir o estilo do tradutor 2 2 7 Descri o do texto traduzido A obra liter ria trabalhada durante o est gio foi como j referimos Pride and Prejudice de Jane Austen Esta obra foi publicada pela primeira vez em 1813 mas j tinha sido terminada em 1797 Inicialmente a obra intitulava se First Impressions mas na altura da revis o
67. o a sua interpreta o do texto original Uma vez que cada tradutor pode perceber a obra de formas diferentes tamb m os produtos finais poder o apresentar algumas diferen as Neste aspeto podemos considerar o tradutor como um quase autor pois interv m ativamente no texto Cabe ainda ao tradutor como leitor atento que identificar as inten es do autor e reproduzi las no texto alvo Ao faz lo tem de utilizar a sua criatividade e originalidade para transpor a cria o do autor para outra l ngua tentando deixar presentes essas marcas criativas Contudo essa criatividade do autor os jogos de palavras os trocadilhos as refer ncias culturais entre outros aspetos pode ter de sofrer algumas altera es de modo a serem compreendidos pelo leitor do texto alvo Flor 1988 afirma a este prop sito que se o tradutor assumir a responsabilidade de ser um re criador ent o tem o direito de inventar de criar na sua pr pria l ngua desde que siga o sentido do original A tarefa do tradutor acaba ent o nesta perspetiva por ser id ntica do autor no sentido em que o autor quer manter vivo o texto original atrav s das transforma es efetuadas durante o processo de tradu o Santana 2008 ent o gra as tradu o e ao tradutor que poss vel imortalizar uma obra ajudando a a atravessar l nguas e culturas O tradutor assim um mediador de culturas quebrando as barreiras existentes entre difere
68. o tema que est a traduzir de ter uma imagina o que lhe permita visualizar os processos que est o a ser descritos de possuir a capacidade de utilizar a l ngua de um modo claro conciso e preciso O mesmo autor refere tamb m que a tradu o cient fica is supposed to be more direct and much less artistic than the other kinds of prose The language of scientific and technical language is characterized by impersonal style simpler syntax use of acronyms and clarity O estilo impessoal pode ser visto atrav s do uso frequente de constru es passivas tal como afirmado por Bakr Serex 1997 apud Al Hassnawi s d Assim al m de o tradutor necessitar de conhecer com alguma profundidade as l nguas e as culturas com que trabalha ter tamb m de ser capaz de transmitir a 45 informa o contida no texto t cnico sendo fiel ao n vel de formalidade e rigor que esse mesmo texto apresenta igualmente importante que o tradutor consiga estruturar a informa o tendo em conta o formato t pico dos textos cient ficos caso esteja perante um texto com este formato e que seja capaz de construir um texto simples claro e conciso 2 3 3 Descri o dos textos traduzidos Para finalizar esta sec o passemos descri o do texto cient fico que foi trabalhado durante o est gio O texto cient fico que traduzimos corresponde a um artigo acad mico Neste texto os autores apresentam um estudo sobre a p
69. of a clause to be an noun phrase The only other form of subject common enough to merit mention here is a subordinate clause Como podemos observar os autores n o descartam a exist ncia de outras formas de sujeito mas a sua ocorr ncia na l ngua inglesa n o suficientemente significativa para justificar a an lise de outros sujeitos De seguida veremos alguns exemplos bem como o tipo de sujeito que est presente Podemos ver que nos exemplos originais o sujeito est sempre realizado Em portugu s como j vimos tal n o obrigat rio Nos exemplos que se seguem veremos como o sujeito realizado em ingl s pode ser traduzido para portugu s de diversas formas 120 52 a We re looking forward to hear from you and what do you think about xRTML b Aguardamos com expectativa o seu contato e queremos muito saber qual a sua opini o sobre o xRTML Texto n 5 53 a This means that a user may have read only access to a channel will only receive data may read and write to a channel both send and receive data or no access at all no data from this channel will be received by the user and he she won t be able to use the channel to broadcast data b Isto significa que um utilizador pode apenas ter acesso de leitura a um canal ir apenas receber dados pode ler e escrever num canal tanto enviar como receber dados ou n o ter nenhum acesso o utilizador n o ir receber dados desse canal e n o conseg
70. only languages that vary across the globe consumers needs and the way advertising appeals to these needs also do Assim o tradutor n o poder perante um texto publicit rio fazer uma tradu o literal Esta estrat gia n o ir muito provavelmente permitir transmitir a mensagem pretendida pela ag ncia de publicidade E tal acontece porque a publicidade est repleta de elementos culturais n o universais que variam de pa s para pa s ou mesmo de regi o para regi o Como refere Mooij 2004 where a different language is spoken there is likely to be a different set of symbolic references including myths history humour and the arts A autora acrescenta ainda que os conceitos e as ideias contidos num an ncio publicit rio fazem parte da cultura de origem isto do local onde foram originalmente criados As palavras que comp em o texto publicit rio podem n o significar o mesmo quando traduzidas e inseridas numa outra cultura No entanto de acordo com os membros do International Advertising Association uma organiza o internacional de comunica o de marketing no longer will there be a different advertising campaign for each country and each language of the world Keegan et al 1992 apud Mooij 2004 No entanto tal n o se verificou Com efeito at the turn of the century practice had shown that standardized global advertising is not equally effective in all markets Mooij 2004 Ainda sobre es
71. passives as bare passives e as adjectival passives As long passives fazem uso da preposi o by para indicar o agente da passiva J was attacked by a dog in the park Por seu lado as short passives n o apresentam este elemento Como afirmam Huddlestone e Pullum 2012 short passives have an important function they enable us to leave out something that would be obligatory in the active namely a main clause subject Eis um exemplo deste tipo de passivas the house was built in 1960 No que diz respeito s prepositional passives apresentam o objeto da preposi o como sujeito da passiva ao inv s do verbo como podemos ver em the matter is being looked into As get passives fazem uso deste verbo para formar a passiva Como referem os autores get passives are a mark of informal style Podemos observar um exemplo da get passive na seguinte frase she got elected mayor in 1990 Por outro lado Huddlestone e Pullum 2012 afirmam que past participle 109 clauses also occur elsewhere with passive interpretation and we call these bare passives because they lack the be and get markers tal como podemos ver em frases como she ordered the records destroyed Finalmente as adjectival passives sao frases em que o verbo be seguido de um adjetivo her leg was broken Por outro lado Baker 1992 apresenta nos uma breve descri
72. possa produzir dada a sua natureza podem ter efeitos diretos na vida de uma pessoa O autor referido d nos o exemplo de instru es de montagem de m quinas ou cadeiras para crian as ou instru es de utiliza o de diversos aparelhos por exemplo A m tradu o destes textos pode p r em risco a vida e a seguran a dos utilizadores Como afirma Cruz A falta de inteligibilidade de um texto n o conceb vel quando p e em risco a seguran a dos utilizadores de produtos ou servi os O facto que poss vel que os utilizadores de um produto possam utiliz lo mal devido m compreens o do seu manual t cnico ou pior ainda por desistirem da sua leitura por falta de adequa o do texto sua literacia 12 Assim como podemos ver o tradutor diretamente respons vel pelo texto que produz Deve portanto produzir um texto que seja o mais claro poss vel Tendo em conta que um dos principais objetivos dos textos t cnicos transmitir informa o completa e precisa e apresent la de uma forma correta para que possa ser usada eficazmente a partir da tradu o os leitores devem ser capazes de assimilar a informa o que lhes apresentada com o menor esfor o poss vel Byrne 2006 Assim de modo a facilitar a leitura e a assimila o de informa o Cruz 2012 refere que o texto t cnico deve possuir uma estrutura e Clara e monoss mica clareza na utiliza o de palavras comuns e monoss mica no
73. precisar de saber que a Sra Long disse que Netherfield foi alugada por um jovem possuidor de grandes fortunas proveniente do norte de Inglaterra Veio na segunda feira numa charrete e acompanhado de mais quatro para ver o lugar e ficou t o enlevado que acordou com o Sr Morris na hora Vai tomar posse antes da Festa de S Miguel e alguns dos seus servi ais s o esperados na casa no final da pr xima semana Texto n 22 O termo que analisamos neste trecho servant como referido pelo dicion rio online Cambridge a person who is employed in another person s house doing jobs such as cooking and cleaning especially in the past Ao efetuarmos uma pesquisa em dicion rios bilingues deparamo nos com as seguintes tradu es empregado funcion rio servo servidor e criado Contudo nenhum destes termos nos pareceu adequado Por um lado empregado e funcion rio remetem para algu m que trabalha num determinado estabelecimento J servo e servidor apresentam uma conota o com a escravatura pelo que a escolha de qualquer uma destas palavras iria distorcer o texto traduzido Restou nos por uma exclus o de termos que consider mos inapropriados a palavra criado Uma vez que este exemplo foi retirado do texto liter rio decidimos fazer uma pesquisa de termos sin nimos mas que pudessem ser considerados mais formais e mais antiquados Depois de efetuada essa pesquisa decidimo nos pela palavra servi a
74. referido a maioria das tradu es foram realizadas no primeiro semestre tanto por termos trabalhado mais horas como pelo facto de o tipo de trabalho que nos foi dado ter exigido de n s uma maior velocidade de tradu o Assim no primeiro semestre traduzimos um total de 329 p ginas Word De referir por m que algumas destas p ginas cont m imagens e tabelas para uma melhor orienta o nos conte dos traduzidos bem como partes de texto repetido O texto repetido embora s tenha sido traduzido uma vez foi tamb m alvo de revis o e pela natureza do site n o pudemos deixar de o considerar no nosso trabalho Em rela o ao segundo semestre traduzimos um total de 20 p ginas entre o texto cient fico os textos publicit rios e o texto liter rio Como n o tivemos um calend rio de entrega das tradu es t o r gido como no primeiro semestre pudemos dar mais aten o revis o dos textos traduzidos bem como fazer pesquisas mais profundas sobre os temas que traduzimos e sobre o vocabul rio utilizado 2 Caracteriza o geral dos textos traduzidos Como j foi referido anteriormente no decurso do est gio na empresa Ayr Consulting tivemos a oportunidade de traduzir v rios g neros de textos nomeadamente textos t cnicos textos publicit rios um texto cient fico e um excerto de um texto liter rio Para traduzir estes g neros de textos tivemos de ter em aten o as caracter sticas espec ficas de cada um Nas sec
75. s 1 Pp 243 297 HURTADO ALBIR Amparo 2001 Traducci n y Traductolog a Introducci n a la Traductolog a Madrid Ediciones C tedra JOHANSSON Rolf 2003 How to write a scientific text Lecture Notes Royal Institute of Technology Stockholm JAKOBSON R 1959 On Linguistic Aspect of Translation Jn R Brower ed 1959 On Translation Cambridge MA Harvard University Press 179 KAY Martin 1980 The Proper Place of Men and Machines in Language Translation In Research Report CSL 80 11 Palo Alto California Xerox Palo Alto Research Center KEEGAN Warren Sandra Moriarty amp Tom Duncan 1992 Marketing Englewood Cliffs NJ Prentice Hall KELLY Louis 1979 The True Interpreter A History of Translation Theory and Practice in the West Oxford Basil Blackwell KINGSCOTT G 2002 Technical Translation and Related Disciplines Jn Perspectives Studies in Translatology Vol 10 4 N 2 Pp 355 356 KOCH I G V amp L L F vero 1998 Lingu stica textual introdu o s l Cortez LAMPREIA J M s d T cnicas da Comunica o Mem Martins Publica es Europa Am rica LANDERS Clifford E 2001 Literary Translation A Practical Guide Clevedon Multilingual Matters LEE JAHNKE H 1998 Training in Medical Translation with Emphasis on German In F Massadier Kenney and H Fishbach eds Translation and Medicine American Translators Association Series Vol X Pp 1 12 LERVAD
76. s da transfer ncia de unidades lexicais de uma l ngua para outra Correia 2005 As unidades lexicais integradas numa l ngua atrav s deste processo s o designadas por empr stimos ou estrangeirismos O termo estrangeirismos tal como o termo empr stimos um termo utilizado como referem Freitas et al 2003 para designar as palavras que passam do l xico de uma determinada l ngua para outra Veremos ent o o que se compreende por empr stimo e estrangeirismo bem como as diferen as que se estabelecem entre eles Segundo Freitas et al 2003 o termo estrangeirismo aplica se a todas as palavras estrangeiras que n o est o integradas no l xico do portugu s Tamb m Mattoso 1977 apud Andrade s d define estrangeirismo como os empr stimos vocabulares n o integrados na l ngua nacional revelando se estrangeiros nos fonemas na flex o e at na grafia ou os voc bulos nacionais com a significa o dos voc bulos estrangeiros de forma semelhante Por outro lado o termo empr stimo designa o fen meno que consiste na passagem de unidades lexicais morfemas ou acep es de um sistema A para um sistema B Andrade s d Podemos ent o concluir que a diferen a entre empr stimo e estrangeirismo reside no n vel de integra o na l ngua que recebe a unidade lexical Ainda acerca deste fen meno de transfer ncia de palavras de uma l ngua para outra Andrade s d afirma o seguinte 1
77. suas irm s t m ambas par e n o h outra mulher no sal o com quem dan ar n o fosse um tormento para mim Texto n 22 23 a Only think of THAT my dear he actually danced with her twice and she was the only creature in the room that he asked a second time b Veja s meu querido ele dan ou com ela duas vezes E ela foi a nica rapariga na sala a quem ele pediu uma segunda dan a Texto n 23 102 Nos exemplos 21 a 23 ocorrem diferentes pronomes relativos em ingl s nomeadamente what whom e that Tendo em conta que em todos os casos o pronome relativo est associado a um tra o humano opt mos pela sua tradu o para quem j que em portugu s este pronome s se emprega com refer ncia a pessoas ou a alguma coisa personificada Cunha e Cintra 1984 Dado que nestes casos o constituinte relativo corresponde a um complemento relacionado por um verbo dan ar e pedir respetivamente que obriga presen a de uma preposi o em ambos os casos o pronome relativo precedido da preposi o correspondente com e a respetivamente Finalmente no exemplo 24 ocorre o pronome relativo ingl s which Neste caso n o foi utilizado o pronome correspondente na tradu o mas antes uma frase gerundiva 24 a Data goes through our security layer which allows or denies access to information channels b Os dados passam pela nossa camada de
78. uma met fora est a dar cabo de mim Desta forma para al m de preservarmos o significado da express o mantivemos os recursos estil sticos usados no texto original Note se que em portugu s mais usual esta express o do que uma express o mais literal como est a faz los aos nervos em cacos que seria bastante estranha para o leitor No exemplo que se segue a tradu o da express o she times them ill teve de sofrer alguma adapta o pois de outro modo pareceria demasiado estranha ao leitor portugu s Uma tradu o mais pr xima da literal seria ela tem mau sentido de oportunidade No entanto como a ideia transmitida por esta frase a de que a altura em que a personagem tosse nunca das melhores e falta de uma unidade fraseol gica em portugu s que transmitisse ao leitor exatamente o mesmo sentido opt mos por traduzir usando uma express o que transmite de forma mais direta o significado pretendido o facto de a personagem tossir em alturas inconvenientes devido a n o ser capaz de controlar a tosse logo propusemos a tradu o ela n o consegue controlar a tosse 103 a Kitty has no discretion in her coughs said her father she times them ill b A Kitty n o sabe tossir discretamente Disse o seu pai Ela nao consegue controlar a tosse Texto n 23 Os excertos que apresent mos ao longo desta sec o permitiram nos ilustrar o tipo de quest
79. unidades l xicas formadas por m s de dos palabras gr ficas en su l mite inferior cuyo l mite superior se sit a en el n vel de la oraci n compuesta J Gurillo 1997 apud Silva 2006 denomina de unidade fraseol gica a combina o fixa de palavras que apresenta algum grau de fixa o e eventualmente de idiomaticidade Podemos ent o concluir que as unidades fraseol gicas apresentam duas ou mais palavras encontra se lexicalizada revela alguma estabilidade sint tica e sem ntica e n o pode ser decomposta j que a substitui o a omiss o ou o acr scimo de outras palavras podem p r em causa a compreens o e interpreta o dessa mesma unidade fraseol gica As unidades fraseol gicas apresentam frequentemente marcas culturais pr prias o que as torna por isso de dif cil tradu o Dado que as unidades fraseol gicas det m um significado pr prio que n o adquirido atrav s da soma dos significantes dos seus constituintes n o poss vel encontrar um equivalente atrav s da tradu o letra O problema est pois na dificuldade em encontrar um equivalente adequado Assim de modo a tentar ultrapassar este problema Baker 1992 apud Arrouyo 2009 sugere cinco estrat gias para o tradutor a Utilizar uma unidade fraseol gica com um significado e forma similar b Utilizar uma unidade fraseol gica com significado similar c Traduzir utilizando uma par frase d Omitir a unidade fra
80. viu o pai Texto n 22 O pronome cujo segundo Cunha e Cintra 1984 relativo e possessivo equivalente pelo sentido a do qual de quem de que Os autores acrescentam ainda que este pronome concorda com a coisa possu da em g nero e em n mero Podemos comprovar esta afirma o observando exemplos 19 e 20 Podemos notar em ingl s a ocorr ncia do pronome relativo whose Este utilizado para indicar a posse para pessoas animais ou objetos pelo que traduzido para portugu s para cujo ou cuja Em ingl s podemos ver que este pronome apresenta uma forma invari vel tanto para o g nero como para o n mero Na tradu o para o portugu s contudo temos de ter em aten o o g nero e o n mero do antecedente para identificar a forma adequada deste pronome Nos exemplos que se seguem podemos observar a ocorr ncia do pronome relativo invari vel quem Como veremos em ingl s n o se verifica apenas um pronome poss vel de ser traduzido pelo pronome relativo quem 21 a Instead published messages are published to topic channels without knowledge of what if any subscribers there may be b Em vez disso as mensagens publicadas s o enviadas para canais tem ticos sem conhecimento de quem ser o os subscribers Texto n 16 22 a Your sisters are engaged and there is not another woman in the room whom it would not be a punishment to me to stand up with b As
81. 29 O portugu s europeu tem alargado o seu l xico atrav s da adop o frequente de unidades lexicais estrangeiras Este facto deve se em parte ao inevit vel e saud vel contacto que se estabelece entre as l nguas inseridas num mundo cada vez mais globalizado e tamb m ao facto de Portugal ser um pa s importador de ci ncia e tecnologia De facto a grande maioria dos empr stimos observada na rea das tecnologias em grande expans o nos ltimos anos A terminologia de v rias reas cient ficas sobretudo das que t m apresentado um desenvolvimento mais recente apresenta um grande n mero de empr stimos Correia 2005 Como apontado por Vilela 1995 a utiliza o de empr stimos nesta rea d se sobretudo por duas raz es em casos onde n o poss vel uma tradu o como em bit unidade de informa o ou quando a tradu o poss vel n o satisfat ria como em hardware ferramenta Seguidamente iremos apresentar alguns exemplos ocorridos na tradu o que ilustram situa es em que opt mos pela utiliza o de empr stimos De notar que todos os termos que est o presentes nesta sec o foram retirados dos textos traduzidos do site o que mostra que esta rea realmente rica em empr stimos Estes como poderemos tamb m ver prov m da l ngua inglesa Vilela 1995 a este respeito refere o seguinte tomemos a inform tica como modelo de l xico do nosso tempo o prest gio dos USA o primado
82. 7 Grammar Spectrum for Portuguese Students Oxford Oxford University Press CONTENTE Maria Madalena Dias Marques 2008 Terminocriatividade sinon mia e equival ncia interlingu stica em medicina Lisboa Edi es Colibri CORREIA Margarita 2005 Terminologia neologia e normaliza o como tratar os empr stimos neol gicos In Termin metro n mero especial A terminologia em Portugal Pp 15 20 CUNHA Celso amp Lindley Cintra 1984 Nova Gram tica do Portugu s Contempor neo Lisboa Edi es Jo o S da Costa D AGENAIS J amp J Carruthers 1985 Creating Effective Manuals Cincinnati USA South Western Publishing Co DELABASTITA Dirk amp Lieven D Hulst 1993 European Shakespeares Translating Shakespeare in Romantic Age Amsterdam and Philadelphia John Benjamins DERRIDA J 1985 Des Tours de Babel In Difference in Translation ed Joseph F Grahan Nova Iorque Cornell University Pp 209 248 DUARTE I 2003 A fam lia das constru es inacusativas In Mateus M H A M Brito I Duarte amp I H Faria orgs Gramdtica da Lingua Portuguesa Lisboa Caminho 5 Edi o revista e aumentada pp 507 535 DUARTE I e F Oliveira 2003 Refer ncia nominal In Mateus M H A M Brito I Duarte amp I H Faria orgs Gram tica da L ngua Portuguesa Lisboa Caminho 5 Edi o revista e aumentada pp 205 242 DUBOIS Jean et al 1973 Dictionnaire de Linguistique Paris DU
83. Barcelona Editorial Ariel GON ALVES Lourdes Bernardes 1999 Avaliando a Tradu o Liter ria In Revista de Letras Vol 1 21 Pp 42 46 G PFERICH S 1993 Die Translatorische Behandlung von Textsortenkonventionen in technischen Texten In Lebenden Sprachen Vol 2 Pp 49 52 GREGOLINE Brenda Ann Contl Morcos Diane Howard Bethany Thivierge Lauren A Ransome 2002 Translating Scientific Text Practicalities and Pitfalls In Annual Meeting Reports Science Editor Vol 25 N 6 Pp 188 GRICE H P 1975 Logic and Conversation In Cole P amp J L Morgan org Syntax and Semantics 3 Speech Acts New York Academic Press Pp 41 58 GRIZE J B 1981 L argumentation explication ou seduction Jn L argumentation Linguistique et semiology Lion Publications de Universit de Lyon GROSSMAN Edith 2010 Why Translation Matters New Haven Yale University Press GUIDERE Mathieu s d The Translation of Advertisements from Adaptation to Localization Disponivel em http www translationdirectory com article60 htm GURILLO L Ruiz 1997 Aspectos de Fraseologia Te rica Espa ola Val ncia Universidade de Val ncia GUTT E A 1990 A theoretical account of translation without a translation theory In Target Vol 2 N 2 Pp 135 164 178 GUTT E A 1991 Translation and Relevance cognition and context Oxford Basil Blackwell HALLIDAY M A K amp R Hassan 1976 C
84. QUET PICARD Diane 1986 La synonymie en langues de sp cialit tude du probl me en terminologie Qu bec GIRSTERM Universit Laval DUR O Maria do Ros rio Frade 2007 Tradu o Cient fica e T cnica Proposta para a Forma o de Tradutores Pluricompetentes Especializados na Produ o de Documenta o Cient fica e T cnica do Ingl s para o Portugu s Disserta o de Doutoramento em Estudos Portugueses Universidade Aberta 177 EVEN ZOHAR Itamar 1979 Polysystem Theory In Poetics Today 1 Vol 1 2 Pp 283 305 FISHBACH H 1998 Guest Editor s Preface In Translation and Medicine American Translators Association Series Vol X Pp 1 12 FLOR Jo o Almeida 1988 Traduzir Algumas linhas para reflex o In Revista ICALP Vol 11 Pp 16 23 FREITAS Manuel de 2006 Cr tica a Poesia e Cultura de Jorge de Sena Referido em DUR O Maria do Ros rio Frade 2007 Tradu o Cient fica e T cnica Proposta para a Forma o de Tradutores Pluricompetentes Especializados na Produ o de Documenta o Cient fica e T cnica do Ingl s para o Portugu s Disserta o de Doutoramento em Estudos Portugueses Universidade Aberta FREITAS Tiago Maria Celeste Ramilo amp Elisabete Soalheiro O processo de integra o dos estrangeirismos no portugu s europeu In Freitas Tiago 2010 Estudos de Corpora Da teoria pr tica Lisboa Colibri GAMERO P REZ S 2001 La traducci n de textos t cnicos
85. TC Open Real time Connectivity um sistema de mensagens de muitos para muitos para aplica es Web e m veis em tempo real que seguro r pido e altamente escal vel e armazenado na Cloud Texto n 2 Relativamente ao exemplo 66 e 67 em que ocorrem respetivamente as express es Realtime Web e ORTC por serem denomina es de marcas registadas consider mos que n o faria sentido procurar uma tradu o pelo que mantivemos a designa o oficial Com efeito Correia 2005 refere esta situa o afirmando que os termos que correspondem a marcas registadas n o devem ser alvo de interven o isto de tradu o De notar que a transposi o para o texto portugu s destas denomina es acarreta o problema da escolha da forma do determinante que as deve preceder nomeadamente no que diz respeito s marcas de g nero Assim no exemplo 66 opt mos pela utiliza o do artigo definido feminino devido ocorr ncia da palavra Web que normalmente usada em textos em portugu s associada ao g nero feminino Este 33 termo juntamente com termos como password e homepage como referem Freitas et al 2003 s o exemplos de um processo denominado atra o sinonimica e neste caso em particular atraem o g nero feminino no que diz respeito ao artigo Este segundo referem os mesmos autores o processo pelo qual o estrangeirismo adquire o g nero feminino por estar associado a uma palavra vern
86. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS FACULDADE DE LETR UNIVE LISBOA DE LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA Relatorio de Estagio na Ayr Consulting Reflex o sobre quest es de tradu o Sofia Micaela Cal as Duarte MESTRADO EM TRADU O 2013 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS FACULDADE LETRAS DE UNIVERSIDADE LISBOA DE LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA Relat rio de Est gio na Ayr Consulting Reflex o sobre quest es de tradu o Sofia Micaela Cal as Duarte Relat rio orientado por Professora Doutora Madalena Cola o MESTRADO EM TRADU O 2013 Agradecimentos Gostaria de agradecer a todos os que me apoiaram e ajudaram na realiza o deste relat rio orientadora a Professora Doutora Madalena Cola o pelo constante apoio empenho e disponibilidade que foram fundamentais para a conclus o deste trabalho Ao Dr Nelson Pinheiro orientador na Ayr Consulting a empresa de acolhimento pela aten o e ajuda prestada Aos restantes funcion rios da empresa de acolhimento pela ajuda na calendariza o da entrega das tradu es aos clientes Ao meu amigo e colega de Mestrado e de est gio Pedro Almeida Rocha pela coopera o durante o est gio As pessoas da minha fam lia que me apoiaram e contribu ram de alguma forma para a conclus o deste trabalho Aos meus amigos pela paci ncia demonstrada Resumo Este relat rio de est gio tem como objeti
87. a es relativas livres n o apresentam um antecedente realizado lexicalmente Na l ngua inglesa Huddleston e Pullum 2012 definem as ora es relativas como subordinate clause of which the most central type functions as modifier to a noun Por sua vez the noun serves as antecedent for an element within the relative clause which may be overt or merely understood Em ingl s as ora es relativas podem ser divididas em dois tipos as defining relative clauses e as non defining relative clauses As primeiras segundo o Oxford Student s Dictionary of English 2002 define or identify which person or thing we are talking about J as non defining clauses add extra information about somebody or something The extra information could be left out and the sentence would still make sense op cit Cunha e Cintra 1984 apresentam um elenco de pronomes relativos Estes podem apresentar formas vari veis e invari veis As formas vari veis s o o qual os quais a qual as quais cujo cujos cuja cujas quanto quantos e quantas J as formas invari veis s o que quem e onde No que diz respeito l ngua inglesa os pronomes relativos que existem s o who whom that which e whose Seguidamente veremos alguns exemplos de ora es relativas retiradas dos textos trabalhados onde ocorre em portugu s o pronome invari vel que 12 a You have a question about an item or
88. a rea A sua constru o mostrou se importante pela economia de tempo na procura de tradu o de termos j anteriormente traduzidos bem como por facilitar a manuten o de uma terminologia coerente ao longo das tradu es Julgamos ainda que os gloss rios constru dos poder o ser teis para tradu es futuras constituindo por um lado um aux lio ao trabalho do tradutor e por outro lado um contributo para a uniformiza o das tradu es no que diz respeito a aspetos terminol gicos No segundo cap tulo deste trabalho desenvolvemos algumas quest es que consider mos pertinentes n o s por estarem interligadas com o trabalho apresentado neste relat rio como tamb m para melhor conhecermos o papel do tradutor e da tradu o num mundo onde as rela es internacionais s o cada vez mais importantes e onde a tradu o autom tica come a a alcan ar alguma notoriedade Finalmente no terceiro cap tulo deste relat rio apresentamos algumas das dificuldades e problemas de tradu o que nos surgiram ao longo das tradu es 173 realizadas no mbito do est gio Para ilustrar cada tipo de problema analisado apresentamos um conjunto de exemplos significativo com o original em ingl s e a respetiva tradu o em portugu s bem como a justifica o para a escolha de cada op o de tradu o Consideramos no entanto que nem sempre a nossa escolha a nica poss vel dado que o tradutor disp e de muitas for
89. a Client Aplica o do teleroute pt application cliente 60 Cloud hosted Armazenado na Cloud texto da empresa A armazenagem na Cloud baseia se nas tecnologias de computa o em nuvem permitindo que um n mero ilimitado de m quinas aja como um nico sistema Code behind Code behind portugal a T cnica de webdesign programar pt em que a p gina de internet e o back end do c digo fonte est o armazenados em ficheiros permitindo aos programadores e webdesigners trabalharem em separado Contact channels Canais de portugaltelecom pt contactos Cross platform Multiplataforma portugaltelecom pt Programa ou sistema que roda em mais de uma plataforma Data Dados infop dia Tamb m informa o Data center Centro de dados eur lex Data item Elemento de eur lex Dados que descrevem dados um determinado atributo como o nome a idade ou o endere o Database server Servidor de base eur lex de dados Desktop Desktop forum zwame pt Uma aplica o que Application Application funciona de modo aut nomo num computador Digital native Nativo digital texto da empresa Pessoa que nasceu e cresceu com as tecnologias digitais presentes em sua viv ncia Display Ecr infop dia E commerce E commerce texto da empresa Tipo de transa o comercial feita especialmente atrav s de um equipamento eletr nico 61 File Ficheiro
90. a antiga de enunciar a data colocando em primeiro lugar o nome do m s em segundo o dia do m s Como referido pelo autor os norte americanos seguem este modo de escrever datas De modo a ser mais intelig vel para o leitor portugu s o tradutor ter neste caso de adaptar a data ao modo que mais usual nesta l ngua colocando em primeiro lugar o dia seguido do m s e por fim do ano 120 a August 8 2012 b 8 de agosto de 2012 Texto 8 O exemplo que apresentamos em 120 foi retirado dos textos traduzidos do site e ocorria concretamente na parte do texto correspondente ao separador dos contactos O texto original cont m v rias express es de sauda o de formas diferentes em ingl s e uma em franc s Na tradu o para o portugu s n o faria neste caso sentido traduzir todas estas express es visto n o ser esse o objetivo Decidimos portanto traduzir para portugu s apenas uma das express es em ingl s e deixar as outras duas na l ngua 169 original alcangando o objetivo pretendido de mostrar que a Realtime esta presente em varios paises e que qualquer pessoa pode entrar em contacto com a empresa independentemente do pais em que viva ou da lingua que fale 121 a Hello Hi there Salut b Ola Hello Salut Texto 5 Podemos considerar 0 exemplo 122 como um caso daquilo que Baker 1992 chama de translation by cultural substitution 122 a Moreover the students were also res
91. a autora mudou posteriormente o t tulo O romance muitas vezes considerado como uma s tira de costumes trata da rela o amorosa entre duas personagens Elizabeth Bennett e Sr Darcy No in cio do romance as personagens t m 38 conflitos entre si mas medida que a hist ria se desenrola come am a nutrir sentimentos uma pela outra A autora Jane Austen foi uma importante escritora inglesa nascida em 1775 em Hampshire no seio de uma fam lia pertencente burguesia A situa o e o ambiente em que cresceu serviram de palco para todas as suas obras Entre as obras mais conhecidas de Jane Austen destacamos Sense and Sensibility Pride and Prejudice Mansfield Park Emma Northanger Abbey e Persuasion Estas duas ltimas obras foram publicadas j ap s a sua morte que ocorreu em 1815 Como referimos anteriormente consideramos que a leitura e a an lise pr via do texto a traduzir constitui uma condi o necess ria realiza o de uma tradu o adequada Passaremos ent o a uma breve descri o dos tr s primeiros cap tulos desta obra que correspondem parte que foi traduzida durante o est gio Primeiro que tudo podemos ver que o excerto traduzido apresenta tra os da narra o que como foi referido atr s pode ser definida como a exposi o mais ou menos pormenorizada de um universo constitu do por personagens e eventos e situados num determinado tempo e espa o Quanto s categorias ou eleme
92. a exist ncia de uma grafia adaptada l ngua na qual o empr stimo se insere A este prop sito Freitas et al 2003 referem 137 como exemplo que a palavra internet recentemente integrada no l xico portugu s deixou de significar apenas rede inform tica X para significar tamb m liga o 399 rede X servi o de acesso rede X 2 3 Sinon mia A sinon mia pode ser definida como a rela o sem ntica que se estabelece entre palavras que possuem significados equivalentes Nesta sec o partimos da distin o feita por diversos autores entre a sinon mia intralingu stica e a sinon mia interlingu stica centrando nos nesta ltima atrav s de uma reflex o acerca dos problemas que se colocaram durante o trabalho de tradu o efetuado no mbito do est gio 2 3 1 Sinon mia Intralingu stica A sinon mia intralingu stica verifica se nos casos em que numa l ngua diferentes palavras est o associadas a um mesmo significado Assim e segundo Contente 2008 designa se por sinon mia intralingu stica a sinon mia no interior de um mesmo sistema lingu stico em que a identidade conceptual das denomina es concorrentes fundamental A mesma autora acrescenta ainda que um conceito composto por caracteres distintivos podendo ser descritos e enumerados numa defini o Estes caracteres ou tra os distintivos s o intr nsecos ou inerentes mas podem ser extr nsecos ou rela
93. a o respetivo conceito Assim no exemplo 116 o s mbolo foi substitu do pela palavra d lar e no exemplo 117 o s mbolo foi substitu do pela palavra libra Tal como afirmado por Maillot 1975 os s mbolos devem ser exprimidos pelos seus nomes escritos com todas as letras segundo diversas regras que variam consoante o s mbolo Foi necess rio seguir esta estrat gia de modo a tornar o texto mais intelig vel De notar ainda que os s mbolos em quest o deve ser exprimidos pelo nome equivalente na l ngua alvo Ou seja no exemplo 116 a tradu o correta 100 milh es de d lares e n o 100 milh es de dollars Tamb m no exemplo 117 a tradu o correta 64 milh es de libras e n o 64 milh es de pounds Isto o tradutor deve respeitar a l ngua de chegada no que diz respeito escrita dos nomes de unidades o que nem sempre acontece mesmo em textos t cnicos Maillot 1975 Por outro lado no exemplo 118 o s mbolo que ocorre n o precisa de uma tradu o nem tal seria poss vel se quis ssemos manter a coer ncia do texto ou da frase O s mbolo designa uma marca registada Este igualmente um s mbolo gr fico universal usado nos diferentes pa ses pelo que n o pass vel de tradu o 167 3 3 Quest es Culturais A interfer ncia de quest es culturais na tradu o aspeto j referido no Cap tulo II uma das quest es que mai
94. a tradu o de chaise pela qual opt mos n o est errada Charrete uma palavra muito mais conhecida do p blico leitor do que cabriol Caso tiv ssemos optado por esta ltima teria provavelmente sido necess rio acrescentar uma nota de rodap para explicar o significado da palavra pois esta desconhecida da maioria das pessoas facto comprovado pelo reduzido n mero de resultados obtidos ap s efetuar uma pesquisa na internet N o cremos que a distin o entre charrete e cabriol seja fundamental para a compreens o da obra Com efeito tal como afirmado por Baker 1992 what one language regards as an important distinction in meaning another language may not perceive as relevant O exemplo seguinte apresentou igualmente alguns problemas visto que o termo servants possui v rios significados poss veis Foi ent o necess rio analisar o texto em que ocorre e optar pelo termo em portugu s que melhor se aplica ao exemplo que apresentamos 82 a Why my dear you must know Mrs Long says that Netherfield is taken by a young man of large fortune from the north of England that he came down on Monday in a chaise and four to see the place and was so much delighted with it that he agreed with Mr Morris immediately that he is to take possession before Michaelmas and some of his servants are to be in the house by the end of next week 144 b A raz o meu caro de
95. ados Efetivamente como refere Grice 1975 apud Bassols e Torrent 2003 La conversaci n es un trabajo que pide mucha cooperaci n por parte de los implicados y un cierto grado de negociaci n por eso no es raro que desde la 56 pragm tica se haya hablado de un principio cooperativo que rige este tipo de actuaci n verbal O di logo resulta de uma sucesi n jerarquizada de intercambios verbales Remi Giraud 1987 apud Bassols e Torrent 2003 Sucess o como explicam Bassols e Torrent porque existe uma esp cie de jogo de pingue pongue isto enquanto uma personagem fala a outra escuta Estas fun es alternam quando a personagem que fala passa a ouvir e a que ouvia tem ent o a palavra f Os textos argumentativos A argumenta o pode ser definida como la operaci n lingii stica mediante la cual un enunciador pretende hacer admitir una conclusi n a un destinatario o destinatarios ofreci ndole una raz n para admitir esta conclusi n Plantin 1990 apud Bassols e Torrent 2003 Bassols e Torrent 2003 afirmam tamb m que a argumenta o necess ria quando algu m n o est de acordo com uma opini o um ensaio com a sua interpreta o o seu valor ou a sua rela o com o problema em quest o As autoras acrescentam que o texto argumentativo apresenta normalmente uma opera o discursiva orientada para influenciar um determinado p blico Van Duk 1983 apud Bass
96. agens e da a o Podemos ver que na obra traduzida o narrador omnisciente pois em certos momentos conhece o estado de esp rito das personagens Como foi referido anteriormente o texto liter rio pode apresentar fragmentos pass veis de ser associados a diferentes tipos de texto Podemos ent o encontrar a narra o no relato de a es e acontecimentos a descri o na apresenta o das personagens objetos ambientes entre outros o di logo na conversa entre as personagens e ainda o mon logo quando as personagens falam consigo pr prias No excerto traduzido podemos observar v rios fragmentos dos tipos de texto referidos como a narra o a descri o e o di logo At ao final do terceiro cap tulo n o ocorrem passagens de mon logo Finalmente o tempo e o espa o da narrativa No texto liter rio o espa o n o apenas o lugar onde o evento se realiza mas pode possuir tamb m uma dimens o social 40 e psicol gica importante para a compreens o da a o O espa o f sico o espa o real onde decorrem os acontecimentos Em Pride and Prejudice o espa o f sico sobretudo a aldeia onde as personagens habitam Longbourn alternando entre a casa dos Bennett e o sal o de baile O espa o social refere se ao ambiente social vivido pelas personagens e cujas caracter sticas ilustram a atmosfera social na qual as personagens se movimentam Pelo que pudemos constatar a fam lia Bennett pertence classe
97. al translators do have styles which are as impossible for them to avoid as for the SL author Style after all can be defined as a characteristic mode of expression and consciously or unconsciously the translator displays one In this respect style is inextricably intertwined with one s idiolect the way an individual normally speaks Assim o tradutor luta constantemente para tentar n o manifestar o seu estilo mas antes o estilo do autor tentando manter se o mais poss vel fiel ao texto original No entanto uma vez que o estilo est intimamente ligado ao idioleto o modo como cada 34 pessoa usa a lingua bastante dif cil que algu m consiga evitar a sua pr pria maneira de se exprimir para adotar outra completamente estranha Seguindo esta linha e segundo Landers 2001 tamb m devido ao estilo de cada tradutor que se torna poss vel a exist ncia de tradu es diferentes para o mesmo texto Contudo e apesar desta enorme dificuldade para manter o estilo do autor Landers afirma que ideally the translator should invisibly transmit the author s style acrescentando que as translators we have no right to impose our style O registo outro dos elementos tamb m identificado por Landers 2001 a que o tradutor deve ter especial aten o Este define se como a varia o da linguagem verbal oral ou escrita em conformidade com o tipo de situa o comunicativa Isto o modo como uma pessoa com
98. am tornar o texto menos claro Os textos intrucionais utilizam frequentemente verbos operacionais e s o muitas vezes redigidos respeitando uma ordem cronol gica normalmente recorrendo numera o No que se refere a quest es de organiza o textual os autores afirmam que os textos que ocorrem em manuais de instru es apresentam um t tulo normalmente a marca do aparelho ou o nome do aparelho um subt tulo como manual de instru es ou guia de instala o por exemplo e outros subt tulos por exemplo instala o ou precau es importantes entre outros Segundo os autores referidos atr s esta organiza o facilita a procura de informa o por parte do leitor com o objetivo de lhe 54 proporcionar uma orienta o clara e segura que garanta o sucesso na execu o do processo T pica ainda dos textos instrucionais conforme afirma Travaglia 1991 apud Marinello et al 1998 a presen a de fotografias ou desenhos com legenda bem como de esquemas de montagem Os avisos ou mensagens de import ncia digna de destaque aparecem normalmente numa caixa destacada acompanhados de express es que captem a aten o do leitor como por exemplo Aten o Cuidado ou Importante c Os textos descritivos O texto descritivo tem o objetivo de apresentar pessoas objetos ambientes ou situa es referindo as suas caracter sticas ou qualidades O autor pode escolh
99. amb m conhecida por circunl quio ou circunlocu o que consiste em dizer com v rias palavras o que se poderia dizer com uma nica palavra A tradu o por per frase consiste ent o na utiliza o de v rias palavras para explicar um nico conceito Esta estrat gia pode ser utilizada por v rias raz es sendo uma delas o facto de n o existir uma palavra na l ngua de chegada que contenha o significado de determinada palavra da l ngua de partida Observemos o seguinte exemplo em que se verifica a situa o referida no texto de partida ocorre uma palavra bootstrapping que n o tem nenhum equivalente direto em portugu s pelo que tivemos de optar por uma tradu o usando uma express o mais longa 86 a After Years of Bootstrapping Realtime Backed by 100M for Realtime Web b Ap s anos de desenvolvimento por sua pr pria iniciativa a Realtime agora apoiada por 100 milh es de d lares para criar a Realtime Web Texto 8 Podemos ent o considerar o exemplo acima como um caso de uma palavra que exprime um conceito n o lexicalizado na l ngua alvo Esta situa o referida por Baker 1992 the source language word may express a concept which is known in the target culture but simply not lexicalized that is not allocated a target language word to express it Ou seja a palavra bootstrapping que significa segundo o site www thefreedictionary com to promote and develop by us
100. amb m em termos de fatores como o objetivo da comunica o o p blico alvo e o objetivo da tradu o Relativamente a esta quest o da traduzibilidade Catford 1965 apud Bassnett 1980 distingue duas situa es a n vel lingu stico e a nivel cultural A intraduzibilidade lingu stica ocorre quando n o existe um substituto lexical ou sint tico quando est o envolvidas unidades ou estruturas que n o t m correspond ncia na l ngua alvo J a intraduzibilidade cultural ocorre quando se verifica a aus ncia de uma caracter stica situacional apropriada No entanto para os dois autores referidos atr s a tradu o sempre poss vel e os fossos culturais existentes podem de uma forma ou de outra ser transpostos Assim Hatim e Munday 2004 apresentam como exemplo os conceitos Ivy League Universities Homeland Security e speed dating Como afirmam estes autores estes conceitos podem n o existir noutras l nguas mas tal n o impede que as express es sejam traduzidas de alguma forma Segundo defendem alguns autores n o existe uma equival ncia perfeita e completa entre palavras de duas l nguas pois mesmo os sin nimos mais pr ximos carregam consigo associa es e conota es que n o s o transfer veis para a outra l ngua Jakobson 1959 apud Bassnett 1980 Jakobson 1959 afirma ainda que por vezes at a forma das palavras carrega algum significado o que acontece de acordo com o autor no caso da po
101. an 2002 apud Dur o 2007 por exemplo usam o termo tradu o t cnica para referir a tarefa que envolve the translation of many kinds of specialized texts in science and technology and also in other disciplines such as economics and medicine Por outro lado e contrariando esta afirma o Byrne 2006 defende a exist ncia de uma diferen a entre a tradu o cient fica e a tradu o t cnica Este autor apresenta ent o uma distin o entre estes dois tipos de tradu o e refere primeiramente as suas semelhan as afirmando o seguinte both deal with information based to varying degrees on the work of scientists they both contain specialized terminology and on the surface deal with complicated scientific subject matter Depois de apresentadas as semelhan as entre a tradu o cient fica e a tradu o t cnica Byrne 2006 exp e as diferen as existentes entre elas que as tornam a seu ver tipos de tradu o distintos apresentando a seguinte defini o de tradu o cient fica Scientific relates to science which is defined by the Chambers Dictionary as knowledge ascertained by observation and experiment critically tested systematized and brought under general principles Thus we can 44 say that scientific translation relates to pure science in all of its theoretical esoteric and cerebral glory Gregoline et al 2002 referem a exist ncia de alguns fatore
102. ando das descobertas ou investiga es de outros cientistas Resultam geralmente de investiga es cient ficas originais ou n o de estudos de caso da an lise de novas descobertas e informa es e da defesa de uma opini o Assim os textos cient ficos permitem a difus o de conhecimento cient fico a um determinado p blico Tendo em conta o g nero de texto e a sua fun o bem como o p blico alvo ao qual o texto se dirige o texto cient fico pode apresentar v rias caracter sticas Assim um texto cient fico para um p blico especialista em determinada rea ou tem tica ser mais herm tico do que outro destinado a um p blico mais heterog neo ou menos especializado Seguidamente iremos apresentar as caracter sticas que tipicamente se associam aos textos cient ficos 42 2 3 1 Caracter sticas gerais Os textos cient ficos tal como e os textos t cnicos e liter rios caracterizados anteriormente apresentam certas caracter sticas que nos permitem distingui los de outros g neros de textos A tarefa do tradutor poder tornar se mais f cil se tiver conhecimento pr vio dessas caracter sticas Por outro lado esse conhecimento contribuir para assegurar a realiza o de tradu es mais adequadas Nas palavras de Senna 2003 o discurso cient fico ou seja a forma como se constr i o texto cient fico tem caracter sticas muito particulares e s vezes muito artificiais quando comparadas ao dis
103. as informa es relativas s l nguas fonte e alvo com as quais trabalha O tradutor deve ser criativo e inventivo sobretudo no que toca tradu o de jogos de palavras deve possuir alguma flexibilidade de modo a dar a volta a partes do texto que t m de sofrer alguma altera o de modo a serem mais bem compreendidas pelo 32 leitor deve possuir humildade visto que qualquer tradu o que produza e apesar dos seus esfor os nunca conseguir captar a grandeza e riqueza da obra original Landers 2001 Tal facto n o pode afetar o trabalho do tradutor sobretudo se provocar atrasos na entrega do seu trabalho O mesmo autor refere ainda que o tradutor deve ser capaz de captar o significado do texto original a partir de passagens amb guas Deve ainda estar atento ocorr ncia de figuras de estilo e possuir oque Landers 2001 designa de an ear for sonority Isto o tradutor deve ter em aten o se a ocorr ncia de rimas ou de alitera es por exemplo num determinado texto tem um significado mais profundo Assim o tradutor deve possuir a capacidade de reconhecer essas caracter sticas no texto e de perceber o seu sentido para que possa traduzir o melhor poss vel fazendo as altera es que achar necess rias e que melhor fa am transmitir o significado que o autor pretendia Ainda a prop sito do papel do tradutor Flor 1988 afirma ainda que o tradutor tem como tarefa prestar aten o particular diversidade d
104. as palavras quer ao n vel da frase quer ao n vel dos seus constituintes Por exemplo o portugu s uma l ngua SVO isto como ordem b sica de palavras temos o sujeito seguido do verbo que por sua vez aparece antes do complemento mas esta ordem nem sempre se verifica Por exemplo existem mesmo certas constru es relativas interrogativas etc em que a ordem SVO n o poss vel Assim o tradutor tem de ter em conta que a ordem dos elementos de uma frase numa dada l ngua poder n o corresponder com exatid o ordem dos elementos na l ngua para o qual traduz e que por outro lado a ordem de palavras pode ser diferente em diferentes constru es sint ticas Veremos seguidamente alguns exemplos retirados das tradu es efetuadas no mbito do est gio Nestes exemplos podemos constatar que a ordem dos elementos na frase original n o coincidente com a ordem que se verifica no texto traduzido No primeiro grupo de exemplos que apresentamos a altera o ordem de palavras resultou da presen a no texto ingl s de uma constru o em que ocorre uma 66199 S express o com a part cula possessiva Nestes casos para al m da altera o da ordem de palavras tornou se necess ria uma altera o da constru o uma vez que em portugu s o constituinte com valor possessivo corresponde a uma express o iniciada pela preposi o de que ocorre direita do nome com o qual est relacionada A mar
105. at their prior knowledge is important to perform a translation accordingly We also refer the textual types concerning each type of translated text since they have characteristics that must appear in the translations Finally we present several glossaries These were built from terms that we found in the translations In the second part we present several translation issues We found these important to investigate and to mention since they are related with some problems that we had to deal with during the internship Finally in the third part we present and analyze problems that we came across with during our work We show the problems that were more meaningful and that we considered worth mentioning in a master s degree final report Here we established a distinction between problems of syntactic nature and problems related with lexical problems On each case the phenomena are illustrated with some examples from the translated texts along with the justification for our choice Keywords textual typology glossaries translation issues syntax problems lexical problems Indice Introdu o Capitulo I O Est gio 3 1 Caracteriza o do Est gio 3 1 1 A empresa de acolhimento 3 1 2 Descri o do est gio 4 2 Caracteriza o geral dos textos traduzidos 9 2 1 O texto t cnico 9 2 1 1 Caracter sticas gerais 10 2 1 2 A tradu o do texto t cnico 12 2 1 2 1 Os dogmas da tradu o t cnica 13 2 1 2 2
106. ategoria de docentes universit rios normalmente professores de l nguas estrangeiras Por esta raz o opt mos por traduzir lecturer por professor termo mais usual em portugu s e que n o est for osamente associado a uma categoria espec fica No caso da 170 sequ ncia members of staff esta frequentemente traduzida genericamente para pessoal No entanto tendo em conta o contexto da frase consideramos mais adequado optar por traduzir members of staff para funcion rios auxiliares termo mais apropriado rea acad mica O seguinte exemplo apresentou nos dois tipos de problemas um relacionado com quest es culturais apresentado em seguida e outro relacionado com quest es de equival ncia que ser apresentado mais adiante O problema cultural que surgiu na tradu o do presente excerto diz respeito ao termo Michaelmas usado para referir uma festa religiosa inexistente em Portugal O significado desta palavra definido no site http www britannica com como Christian feast of St Michael the Archangel celebrated in the Western churches on September 29 and in the Eastern Orthodox Church on November 8 O termo original n o tem um equivalente direto em portugu s mas atrav s da defini o apresentada acima pudemos fazer uma pesquisa partindo da data associada Uma vez comprovado que o dia 29 de setembro corresponde ao dia de S Miguel opt mos por uma tradu o p
107. aus ncia de expressividade acontece porque o texto t cnico deve ser objetivo sem deixar espa o a ambiguidades ou segundas interpreta es Mas como afirma Zethsen 1999 apud Byrne 2006 literary texts do not hold a monopoly on expressivity and creativity algo que os tradutores necessitam de ter sempre em mente Como tal os tradutores n o devem partir da ideia pr concebida de que o texto t cnico n o apresenta marcas de estilo Devem antes analisar o texto com aten o para que esta caracter stica uma vez presente no texto original possa manter se na tradu o 2 1 2 3 A gest o da terminologia especializada A frequente ocorr ncia de termos especializados como j vimos embora n o a nica uma das caracter sticas fundamentais do texto t cnico A terminologia segundo Cruz 2012 um vocabul rio de palavras termos e frases que s o utilizados numa ind stria organiza o ou rea cient fica especificas Cruz 2012 acrescenta a este respeito que a terminologia pode ser interl ngua isto bilingue ou multilingue ou intral ngua como o nome indica dentro da mesma l ngua Por outro lado a terminologia representa ainda a ci ncia que se ocupa do estudo desses termos Lervad 1999 apud Cruz 2012 Por sua vez Correia 2005 apud Cruz 2012 define termos como unidades lexicais que assumem significados espec ficos quando utilizadas em discurso especializado Essas
108. bjeto d Os textos narrativos O texto narrativo por sua vez caracteriza se pela sua natureza din mica onde as a es se sucedem umas s outras as personagens podem ser muitas e variadas a progress o temporal pode ser muito d spar os lugares onde se sucedem as a es podem ser pr ximos ou distantes O texto narrativo pode apresentar v rias fun es tais como e Um relato de acontecimentos reais ou imagin rios e Um relato de natureza documental e Uma fun o simb lica e Uma fun o argumentativa isto o corpo da narrativa pode servir de prova para defender um determinado ponto de vista Este tipo de texto apresenta como caracter stica lexical a ocorr ncia frequente de express es que denotam rela es temporais Quanto s caracter sticas gramaticais salienta se a incid ncia de predicados verbais que denotam processos ou eventos e o presente ou o pret rito perfeito como tempos verbais dominantes e O di logo Por fim o di logo como afirmam Bassols e Torrent 2003 domina a atividade verbal nos relacionamentos com os outros elementos do grupo social As autoras acrescentam ainda que el di logo es el sistema de interrelaci n social m s extendido e permitido Nos textos liter rios os di logos dizem respeito s conversas entre as personagens De notar por m que n o basta que duas personagens conversem se necesita asimismo que los enunciados respectivos sean mutuamente determin
109. breve descri o N mero de do texto p ginas Texto n 8 Media conjunto de v rios t tulos de jornais e Tr s 3 p ginas de revistas internacionais de tecnologia com texto e imagens refer ncia Realtime e ao seu trabalho Texto n 9 xRTML projetos separador do site Tr s 3 p ginas http www xrtml org que anuncia projetos de com texto e sucesso realizados com a tecnologia Realtime imagens Separador do site http www realtime co pt em que nos foi pedido para traduzirmos determinados temos em portugu s do Brasil 22 Textos referentes a instru es de instala o Identifica o T tulo e breve descri o N mero de do texto p ginas Texto n 10 DragDrop Instru es relativas instala o e Vinte 20 p ginas configura o da demo DragDrop em diversos de texto e tabelas tipos de plataformas Texto n 11 DrawingBoard Instru es relativas Quarenta e oito 48 instala o e configura o da demo Drawing p ginas de texto e Board em diversos tipos de plataformas tabelas Texto n 12 Executar Instru es relativas instala o e Dez 10 p ginas de configura o da demo Executar em diversos texto e tabelas tipos de plataformas Texto n 13 KeyTracker Instru es relativas instala o Onze 11 p ginas e configura o da demo KeyTracker em de texto e tab
110. ca de posse na l ngua inglesa pode ser representada de duas formas atrav s da part cula s ou como referem Huddleston e Pullum 2012 atrav s de um post head of phrase complement De acordo com os autores na sua forma mais curta the s occurs at the end of the genitive noun phrase enquanto na forma mais longa the genitive is comparable to the subject of a clause It occurs before the head nominal as a 104 clause subject occurs before the head verb phrase Por exemplo the patient s condition e the condition of the patient No primeiro caso o s ocorre ap s o nome j no segundo exemplo a preposi o of que designa posse ocorre antes do nome 25 a If your website or mobile app has data that needs to be updated in the user s interface as it changes e g real time stock quotes or ever changing social news feed ORTC is the reliable easy unbelievably fast works everywhere solution b Se o seu site ou aplica o m vel possui informa o que precisa de ser atualizada no interface do utilizador medida que se vai alterando ex cota es de a es em tempo real ou feed social de not cias em constante altera o o ORTC a solu o fi vel simples e incrivelmente r pida que funciona em qualquer lugar Texto n 2 26 a Realtime launches with 100M to create Live Web The company s technology allows any Web page to go live in real time
111. cal de objecto directo ii o constituinte introduzido pela preposi o por na passiva a que chamaremos sintagma por tem na activa correspondente a rela o gramatical de sujeito iii existe na const ncia de papel tem tico entre sujeito da passiva e objecto directo da activa correspondente e entre sintagma por e sujeito da activa correspondente iv ocorre na passiva uma forma do auxiliar ser ausente da activa correspondente seguida de uma forma participial v a forma participial presente na passiva concorda em g nero e n mero com o sujeito A segunda constru o a passiva pronominal formada por um verbo transitivo e o pronome cl tico se Como exemplo da passiva pronominal ou de se temos frases como Os artigos publicaram se no ltimo n mero da revista Neste tipo de passiva o argumento interno direto apresenta tra os da terceira pessoa Segundo Duarte 2003 a passiva de se apresenta as seguintes propriedades A possibilidade de ocorr ncia de um adv rbio orientado para o Agente e de um adjunto final cujo sujeito controlado pelo argumento impl cito da passiva indicam que nas passivas de se o papel tem tico externo est presente Por outro lado o argumento Agente Causador recebe interpreta o arbitr ria Finalmente tal argumento n o pode ser expresso atrav s do sintagma por 108 Por ltimo a passiva adjetival formada com o verbo estar e outros
112. ch as economics and medicine Por sua vez Albir 2001 apud Dur o 2007 estabelece uma distin o entre tradu o t cnica e outros tipos de tradu o como a tradu o jur dica econ mica liter ria entre outras Pinchuck 1977 apud Dur o 2007 considera a tradu o cient fica como a tradu o que diz respeito s ci ncias puras e a tradu o t cnica como a tradu o relacionada com as ci ncias aplicadas nomeadamente as ci ncias naturais e as tecnologias White 1996 apud Byrne 2006 define o texto t cnico como communicating specialized information in any field particularly industry read by technicians technical managers owner operators of machines and scientific researchers to perform a certain task O autor acrescenta ainda que what makes texts technical is their utilitarian specialized focus Para Byrne 2006 o texto t cnico est relacionado com tecnologia e com a forma como o conhecimento cient fico posto em pr tica A express o textos t cnicos pois usada para os textos que utilizam linguagem t cnica e que se inscrevem numa rea do conhecimento t cnico Zethsen 1999 ou seja que est o associados a uma fun o utilit ria Por sua vez Tarutz 1992 apud Cruz 2012 afirma que Technical writing explains technical concepts describes processes defines technical terminology gives diagnostic information instructs how to use a prod
113. cializada enquanto se o texto se destinar a um p blico n o especializado como um texto de divulga o ter de ser elaborado utilizando uma linguagem menos especializada A presen a de uma estrutura espec fica tamb m uma das caracter sticas t picas destes textos dado que seguem normalmente uma estrutura relativamente r gida Esta 43 deve ser coerente e obedecer a uma sequ ncia articulada entre as partes integrantes De acordo com Johansson 2003 os textos cient ficos seguem um formato IMRAD isto apresentando a sequ ncia Introduction Methods Results and Discussion Na introdu o apresentada a quest o a estudar e a motiva o para o seu estudo na metodologia explicado como se procedeu ao estudo do problema na sec o dos resultados s o apresentados os resultados obtidos durante o estudo e finalmente na discuss o o s autor es do estudo refletem sobre os resultados obtidos Al m destas partes o texto deve ainda conter um t tulo um resumo uma conclus o e uma sec o de refer ncias nas quais o trabalho se apoiou Passemos de seguida a algumas reflex es acerca do modo como o texto cient fico dever ser traduzido 2 3 2 A tradu o do texto cient fico A defini o de tradu o cient fica n o est isenta de inconsist ncias e de incongru ncias por parte dos v rios autores que procurar apresentar uma defini o est vel e universal Williams e Chesterm
114. cionais Na sinon mia refere Vilela 1994 h a denota o e a conota o diferen as de registo diferen as provindas das reas dialectais ou popular em rela o l ngua comum diferen as diaf sicas entre outros Assim quando o tradutor se depara com um conjunto de sin nimos a escolha do mais adequado recai sobretudo tendo em conta a sua natureza estil stica e prefer ncias idiossincr ticas contextuais e textuais por exemplo refere ainda o mesmo autor 138 No decurso de uma tarefa de tradu o a exist ncia de palavras sin nimas na l ngua de chegada levanta frequentemente o problema da sele o daquela que num determinado contexto poder ser a mais adequada Em seguida apresentaremos alguns excertos dos textos trabalhados que ilustram algumas das quest es com que nos confront mos e as situa es em que foi necess rio optar por uma das palavras partida poss veis No exemplo 76 a podemos observar a presen a de uma express o inglesa traduzida para uma nica palavra portuguesa neste caso um adv rbio 76 a Despite its being small the transfer of knowledge between employees takes place on a daily basis in a chaotic and non systematised way b Apesar do seu tamanho reduzido a transfer ncia de conhecimento entre trabalhadores ocorre diariamente de um modo ca tico e n o sistematizado Texto 19 No caso ilustrado pelo exemplo 76 o significado da express o em i
115. curso cotidiano Atrav s desta afirma o podemos deduzir que o texto cient fico apresenta uma linguagem mais formal do que outros tipos de texto O mesmo autor refere ainda que o texto cient fico ter de ser escrito num registo culto J o seu vocabul rio contudo simples e claro e a linguagem coerente objetiva e precisa de modo a evitar constru es amb guas No entanto como refere Byrne 2006 estes textos podem ainda conter Greek and Latin terms and expressions as well as various affixes and compound terms Ou seja podem apresentar algum grau de complexidade ao n vel lexical Para a elabora o destes textos necess rio que o autor tenha s lidos conhecimentos do assunto que ir tratar bem como do objetivo do texto Tamb m essencial como referimos atr s conhecer o p blico o destinat rio do texto final Atrav s do conhecimento pr vio do p blico ao qual o texto se dirige o escritor poder adaptar o texto ao destinat rio O texto cient fico dirige se normalmente a um p blico espec fico Dependendo do assunto e do grau de especializa o do texto em quest o este pode ser dirigido a um p blico especializado por exemplo a investigadores a estudantes da especialidade ou a profissionais da rea ou ent o a um p blico n o especializado como acontece no caso dos textos de divulga o Assim para um p blico mais especializado o escritor poder utilizar uma linguagem tamb m mais espe
116. dade que desta forma se evitou 1 4 A constru o ativa e a constru o passiva Na constru o ativa o verbo principal determina o papel do sujeito e do complemento A diferen a entre as constru es passivas e as constru es ativas reside na di tese ou seja no modo como perspectivada a situa o descrita pela frase tal como referido por Duarte 2003 Assim de acordo com a obra referida na ativa a situa o descrita pela frase perspectivada a partir da entidade com o papel tem tico externo Por outro lado na passiva a frase perspetivada a partir da entidade com o papel tem tico interno directo 107 Segundo Duarte 2003 existem em portugu s tr s tipos de constru es passivas a passiva sint tica ou anal tica a passiva pronominal ou passiva de se e a passiva adjetival Na primeira constru o a passiva formada com o verbo auxiliar ser ou 66 29 e bd EPR ba Perea 66 37 estar e o verbo principal no partic pio Apresenta ainda a preposi o por que introduz o agente da passiva Podemos ver um exemplo desta passiva na seguinte frase O livro foi oferecido Maria pelo Lu s Como afirma Duarte 2003 As frases ativas e as passivas sint ticas relacionam se de uma forma sistem tica que se pode descrever do seguinte modo i o constituinte com a rela o gramatical de sujeito da passiva tem na activa correspondente a rela o gramati
117. de que est a ser manipulado pela imagem ou pelo texto que comp e a publicidade Como referem tamb m Ara jo e Andrade 2012 este tipo de texto utiliza tamb m estrat gias para se aproximar do leitor estabelecendo uma liga o mais pr xima mais ntima legitimando deste modo uma fun o de conselheiro Em suma o texto publicit rio faz uso de diversas estrat gias para atingir o seu objetivo de convencer o leitor a consumir um produto Serve se de adjetivos com conota o positiva da repeti o e do poder da sugest o estabelecendo uma liga o entre o produto que se quer vender e valores desejados por todos como a liberdade a beleza o prest gio o status social entre outros Botelho et al 2010 48 2 4 2 A tradu o do texto publicit rio A tradu o de textos publicit rios coloca alguns desafios interessantes ao tradutor como podemos inferir atrav s da an lise das caracter sticas deste tipo de texto referidas anteriormente Ali s segundo Bernardo 2012 apud Alves 2012 os textos publicit rios s o dos que mais desafios suscitam ao tradutor Estes textos fomentam uma tradu o mais livre e criativa aliada aos objetivos do autor e fidelidade ao texto original Uma das principais dificuldades da tradu o do texto publicit rio o facto de estes textos serem ricos em imagens e sons e por vezes at em refer ncias culturais muito espec ficas Como afirma Mooij 2004 it is not
118. defini es que encontr mos o equivalente mais indicado para esta express o seria voar de um lado para o outro de modo a manter a imagem dada pela express o original Contudo neste texto em particular n o foi poss vel optarmos por esta express o uma vez que esta transmite a ideia de desloca o por meio de um transporte a reo A utiliza o desta express o como podemos ent o inferir poderia induzir o leitor em erro ao transmitir uma ideia errada Visto que o trecho em quest o pertence a um texto do s culo XVIII n o seria poss vel para a personagem deslocar se atrav s de um transporte a reo Tendo este facto em mente tivemos de traduzir fly about utilizando uma palavra que transmitisse o significado presente na express o em causa De entre as op es dispon veis mover circular deslocar andar ou correr escolhemos deslocar se por considerarmos que esta a que melhor transmite o significado da express o em an lise Eis outro exemplo onde tivemos de optar por um dos diversos sin nimos dispon veis na l ngua portuguesa 78 a And when the party entered the assembly room it consisted of only five altogether Mr Bingley his two sisters the husband of the eldest and another young man b E quando o grupo entrou no sal o de baile eram apenas cinco o Sr Bingley as suas duas irm s o marido da mais velha e outro jovem Texto n 22 Nesse exemplo a express o a negrito
119. demos Texto n 7 96 11 a However little known the feelings or views of such a man may be on his first entering a neighbourhood this truth is so well fixed in the minds of the surrounding families that he is considered the rightful property of some one or other of their daughters b Contudo por pouco que se saiba sobre os sentimentos e opini es de tal homem ao entrar pela primeira vez numa vizinhan a esta verdade firma se de 2 tal modo no entendimento das fam lias circundantes que ele considerado propriedade leg tima das filhas de este ou daquele Texto n 22 Como dito anteriormente o artigo definido apresenta diversas formas em portugu s dependendo do g nero e do n mero Assim a forma nica inglesa do artigo the pode ser traduzida para o a os as dependendo do g nero e do n mero do nome que segue o artigo Como podemos ver em the Realtime icon traduzido para o icone Realtime icone um nome comum masculino raz o pela qual deve ser precedido pelo artigo o tamb m masculino e singular A express o the feelings cuja tradu o os sentimentos tem de incluir um artigo no plural evidenciado em ingl s pela presen a da marca de plural em feelings Uma vez que sentimentos masculino o artigo ter igualmente de ser masculino No exemplo 8 e 11 ocorrem tamb m dois exemplos de formas resultantes da contra o de uma pre
120. div duo se depara ao traduzir um fragmento de texto de uma l ngua para outra Tamb m Chesterman 2002 se refere a estrat gias de tradu o como procedimentos ou m todos que ajudam os tradutores a resolver certos tipos de problemas durante a tradu o para que possam alcan ar o objetivo desejado Estas estrat gias s o utilizadas portanto como ferramentas de tradu o S o formas de manipula o textual um conjunto de regras usadas pelo tradutor para resolver determinados problemas Chesterman 1997 Tornam se vis veis quando comparamos o texto original com a tradu o Podemos distinguir diferentes tipos de estrat gias utilizadas na tradu o consoante os diferentes tipos de problemas com os quais o tradutor se depara Chesterman e Wagner 2002 apresentam tr s tipos de estrat gias que d o ajuda aos seguintes tr s tipos de problemas a problemas de pesquisa b problemas de bloqueio c problemas textuais O primeiro tipo de estrat gias apresenta uma resposta aos problemas relacionados com a procura de um determinado termo sendo a seguinte a solu o apontada pelos autores procurar na internet nomeadamente em sites de corpora paralelos utilizar dicion rios e bases de dados ou mesmo telefonar a algu m da rea que possa ajudar Os problemas de bloqueio verificam se quando o tradutor fica preso em determinada parte do texto quando n o consegue avan ar com a tradu o Podemos 82 segu
121. do por isso desta explica o O primeiro tipo de unidades referido atr s diz respeito a um grupo de siglas ou acr nimos espec ficos de uma determinada rea que para serem compreendidos necessitam de ser acompanhados de uma breve explica o Esta explica o na maioria das vezes foi feita no texto de partida colocando o termo em quest o na sua forma por extenso Eis alguns exemplos 58 a On top of this you can use SSL Secure Socket Layer to further guarantee you user s or company privacy b Para al m disso poder utilizar o SSL Camada de Conex es Securizada para garantir a privacidade da empresa e dos seus utilizadores de uma forma mais adequada Texto n 2 59 a This working paper analyses students perceptions on issues related to Social Responsibility SR in relation to a Marketing degree in a Portuguese university b Este documento de trabalho analisa as perce es dos estudantes em assuntos relacionados com a responsabilidade social RS num curso de Marketing de uma universidade portuguesa Texto n 20 60 a In order to understand the students perceptions opinions and experience regarding SR incorporated in marketing degrees two focus groups FG were carried out with students of two different years of a marketing degree 3 year course 125 b Para melhor compreender as perce es dos estudantes opini es e experi ncias relacionadas com a RS inclu da nos cursos d
122. do econ mico e do cient fico a necessidade de com rcio e troca a imposi o da estandardiza o de produtos enfim a globaliza o aldeia global da vida das sociedades e por outro lado as palavras curtas e facilmente memoriz veis do ingl s levaram inunda o dos anglicismos e dos americanismos Podemos ainda acrescentar s palavras do autor que os Estados Unidos foram um dos pa ses impulsionadores das descobertas nestes campos cient ficos e tecnol gicos pelo que os termos criados para designar os novos conceitos e os novos objetos resultantes desta evolu o cientifica e tecnol gica s o na sua grande maioria de origem inglesa As op es pela utiliza o de empr stimos ser o explicadas caso a caso pois nem sempre a raz o que esteve na sua base foi a mesma Houve tamb m uma tentativa na 130 an lise dos exemplos que se seguem de mostrar que os empr stimos seguindo os modelos de Freitas et al 2003 apresentam n veis diferentes de adapta o l ngua que os recebe Segue se a apresenta o de alguns dados retirados dos textos trabalhados no mbito do est gio Por se tratar de dados correspondentes a diferentes situa es iremos apresent los de acordo com a seguinte organiza o i exemplos de termos especializados para os quais n o existe uma tradu o para portugu s 11 exemplos de termos especializados correspondentes a empr stimos consagrados pelo uso iii exemplos de termo
123. dominam a exposi o e a instru o Por outro lado os textos liter rios podem conter sequ ncias correspondentes a diferentes tipos textuais Entre eles encontram se a descri o a conversa o ou di logo e a narra o J os textos cient ficos apresentam frequentemente fragmentos expositivos ou explicativos e fragmentos argumentativos Finalmente nos textos publicit rios podemos encontrar uma predomin ncia de argumenta o Seguidamente ir o ser apresentadas as caracter sticas t picas de cada um dos tipos textuais referidos anteriormente que foram tidas em considera o durante as tradu es efetuadas no mbito do est gio 52 a Os textos expositivos Gamero 2001 afirma que la funci n textual expositiva consiste en el an lisis de unos conceptos dados o bien en la sintesis a partir de sus elementos constituyentes A exposi o continua o autor tem como finalidade apresentar uma informa o objetiva O texto expositivo um texto em que frequentemente o emissor tenta modificar ou alargar os conhecimentos do recetor As caracter sticas principais associadas a este tipo de texto s o ent o as seguintes e Fornecer informa es teis ou necess rias e Apresentar informa es objetivas sobre um tema e Ser escrito com clareza e Apresentar os conceitos de maneira ordenada e Utilizar um vocabul rio adequado ao tema e ao p blico Quanto s caracter sticas lexicais destaca se a
124. e possuir fortes conhecimentos das l nguas com que trabalha tem igualmente de ser um conhecedor das respetivas culturas Byrne 2006 afirma ainda que o tradutor t cnico deve certificar se de que o texto que produz est escrito de forma suficientemente 18 acess vel para que o p blico consiga perceber as suas instru es Este autor apresenta uma lista de compet ncias essenciais para os tradutores t cnicos e Conhecimentos sobre o assunto em quest o e Capacidades de escrita e Capacidades de pesquisa e Capacidades pedag gicas e Conhecimentos de g neros e tipos de textos Por sua vez Cruz 2012 afirma que os tradutores t cnicos precisam de ter fortes conhecimentos lingu sticos ao n vel da gram tica da efic cia comunicativa dos processos e vari veis da inteligibilidade e da legibilidade dos registos de l ngua e das fun es textuais Com efeito os tradutores t cnicos como j referimos t m deveres para com o p blico ao qual o texto se dirige devendo nomeadamente ser leais ao texto original ter especial preocupa o com a corre o e a qualidade desse mesmo texto Cruz 2012 apresenta as seguintes caracter sticas essenciais do tradutor t cnico e Prepara o lingu stica o tradutor deve ter uma prepara o lingu stica atenta e dominar as subtilezas estil sticas da l ngua Deve possuir um conhecimento excelente das l nguas com as quais trabalha e Curiosidade cultural e t cnica o tradutor d
125. e tanto no ingl s como no portugu s de pr clise e de mes clise Para estes dois ltimos casos partiremos de exemplos na l ngua portuguesa e analisaremos as diferen as que ocorrem ao n vel dos cl ticos entre as duas l nguas a Enclise A nclise tal como referido anteriormente consiste na coloca o do cl tico depois do seu hospedeiro sendo esta a posi o padr o para os pronomes tonos em portugu s europeu Em ingl s como refere Nevis 1994 v rias formas de verbos auxiliares apresentam variantes reduzidas que s o fonologicamente dependentes da palavra que vem imediatamente antes Vejamos de seguida alguns exemplos em ingl s e em portugu s Como podemos ver nos exemplos seguintes no texto em ingl s ocorre a 662 99 S particula que corresponde a uma forma clitica do possessivo Em portugu s n o existe um cl tico correspondente A express o developer s license por exemplo significa o mesmo que license of developer mas a primeira mais natural e usual do 113 que a segunda Uma vez que em portugu s n o temos uma constru o semelhante temos de traduzir para licen a de developer onde como se pode observar n o existe o cl tico dado que em portugu s o possessivo se realiza ou usando um pronome possessivo ou atrav s da utiliza o de uma express o preposicionada 37 a Realtime launches with 100M to create Live Web The company s technology al
126. e Marketing foram formados dois grupos alvo GA constitu dos por estudantes de anos diferentes da licenciatura em Marketing Texto n 20 Como podemos ver pelos exemplos acima muitas das siglas e acr nimos s o acompanhados pelo termo na sua forma extensa o que permite o seu reconhecimento pelo leitor No entanto existem nos textos traduzidos duas variantes distintas relacionadas com a forma de apresenta o da informa o Assim no exemplo 58 a sigla SSL ocorre antes da sua explicita o Ainda neste exemplo poder amos ter alterado a sigla usando as iniciais da tradu o em portugu s isto CCS Camada de Conex es Securizada Contudo opt mos por n o seguir esta estrat gia uma vez que mesmo em portugu s e na rea da inform tica utilizada a sigla SSL na sua forma inglesa Ao alterarmos esta sigla estar amos pois a criar interfer ncia na compreens o do texto por introduzirmos uma sigla que seria estranha para o leitor Nos exemplos 59 e 60 e contrariamente ao que aconteceu no exemplo anterior ocorre primeiramente a forma extensa e seguidamente a forma reduzida do mesmo termo Esta estrat gia frequentemente utilizada quando o autor do texto pretende dar a indica o ao leitor de que de a em diante ser usada a forma reduzida da express o caso que foi observado nos exemplos 59 e 60 Uma vez que estas siglas n o se referem a um conceito espec fico decidimos alterar a sigla para q
127. e a recebem Relacionadas com o aspeto referido est o as normas de tradu o determinadas pelas normas culturais vigentes Com efeito as normas culturais que vigoram numa determinada poca e num determinado local determinam as escolhas do tradutor No entanto h que ter em aten o que estas n o s o permanentes podem ser quebradas e substitu das por outras normas As normas culturais tal como a l ngua s o mut veis o que permite ao longo do tempo a exist ncia de v rios tipos de tradu o de um mesmo texto Toury 2010 76 Pelo que foi referido podemos ent o concluir que a an lise do texto de partida n o s em termos lingu sticos como tamb m em termos culturais filos ficos e at mesmo pol ticos fundamental para garantir a adequa o de uma tradu o 4 A quest o da intraduzibilidade e da tradu o por equival ncia Durante o processo de tradu o o tradutor depara se com diversos obst culos Uma das principais dificuldades com que o tradutor se depara diz respeito terminologia sobretudo perante certos tipos de textos nomeadamente textos t cnicos ou cient ficos Newmark 1988 especifica esta quest o afirmando que a principal dificuldade da tradu o t cnica a nova terminologia ou seja os termos de uma l ngua que n o t m ainda uma tradu o atestada que n o possuem ainda um equivalente na l ngua de chegada no momento da tradu o Com efeito quando n o existe na l
128. e m todo o texto tem de manter o que lhe estrangeiro tanto por raz es est ticas como por raz es culturais Como tal a flu ncia na l ngua alvo n o uma prioridade Este modo de tradu o tem em suma como objetivo respeitar o outro o estrangeiro deixando o vis vel na tradu o Alternativamente a tradu o pode ser realizada por domestica o Relativamente a este m todo Schleiermacher 2003 afirma que o tradutor tem como intuito aproximar o texto original dos seus leitores isto cabe ao texto original deslocar se at ao leitor da l ngua alvo da l ngua de chegada Este modo de traduzir contrariamente ao anterior segue uma vis o etnoc ntrica respeitando a l ngua e a cultura de chegada e operando por equival ncia de modo a que o leitor possa perceber o sentido da express o da l ngua de partida O tradutor respeita a l ngua de chegada adaptando as marcas do autor da l ngua de partida l ngua e cultura em que o texto traduzido se vai inserir O tradutor n o introduz elementos estranhos ao leitor mas adapta os para algo familiar naturalizando o texto Segundo Chesterman e Wagner 2002 o texto vai ser adaptado cultura alvo e portanto nada deve ser deixado que o ligue cultura fonte nem mesmo os nomes pr prios Este m todo mostra o tradutor a tentar traduzir como se o autor tivesse escrito originalmente na l ngua de chegada como se a obra estrangeira pertencesse l ngua e cultura alvo
129. e n o lhe perten am e vice versa 116 b This is a shared server environment although your own applications are always shielded from others and you cannot access data that doesn t belong to you and vice versa Texto n 2 A ocorr ncia da pr clise tamb m obrigat ria quando a frase cont m pronomes ou adv rbios relativos e interrogativos No exemplo 45 ocorre a palavra como um adv rbio interrogativo O tradutor tem de ter em mente que este elemento obriga a uma constru o espec fica no que diz respeito coloca o do cl tico J no exemplo 46 ocorre que como conjun o subordinativa que implica da mesma forma a realiza o do cl tico numa posi o pr verbal 45 a Como se chama ele b What is his name Texto n 22 46 a No entanto alguns alunos afirmaram que se sentiram muito felizes por saberem que estavam a fazer algo para ajudar outras pessoas apesar de os resultados n o terem sido aqueles que esperavam b However several students state how happy they felt to know that they were doing something to help other people despise the results not having been the ones they wanted Texto n 20 Outro dos elementos desencadeadores de pr clise s o os adv rbios No exemplo 47 ocorre o adv rbio tamb m no exemplo 48 ocorre o adv rbio pouco e no exemplo 49 o adv rbio cedo Estes tr s casos obrigam nos utiliza o da pr clise pois a
130. e o texto original seja tamb m corrigido 88 Al m do trabalho de traduzir linguas e culturas o tradutor tem tamb m a responsabilidade de melhorar um texto mal escrito e de corrigir poss veis erros detetados no texto de partida Segundo v rios autores o tradutor tende a deixar o seu texto expl cito mais expl cito do que o texto original visto que o seu trabalho passa tamb m por clarificar a mensagem torn la compreens vel Robinson 2006 Chesterman e Wagner 2002 essa a sua tarefa O tradutor tem ent o o direito de alterar significativamente o texto no processo de tradu o de modo a proporcionar ao leitor da tradu o um texto em conformidade com as normas estil sticas e idiom ticas da l ngua alvo Belloc 1931 apud Bassnett 1980 10 Tradutor versus autor Apesar do que foi referido atr s acerca da interven o do tradutor na constru o do texto de chegada v rios autores referem a exist ncia de diferen as fundamentais entre o tradutor e o autor do texto Como afirma Schulte 2012 o tradutor inicia o seu trabalho tendo como base um texto j escrito e apenas tem de recriar esse texto numa outra l ngua Assim nesta perspetiva enquanto a atividade do autor pode ser denominada criativa a do tradutor poder ser considerada re criativa tendo em conta o seu papel secund rio em rela o ao texto O autor sempre foi visto como o detentor do poder da criatividade e da originalidade
131. e of one s own initiative and work without reliance on outside help n o apresenta um equivalente fixo dependendo antes do contexto em que o termo se encontra Este facto vis vel na tradu o presente no dicion rio ingl s portugu s da Porto Editora que apresenta o significado subir a pulso como tradu o Posto isto na tradu o da express o que ocorre neste exemplo e na falta de um termo nico que abarque o significado deste termo ingl s opt mos pela constru o de uma per frase seguindo o significado apresentado no site www thefreedictionary com mais intelig vel para o leitor e adequado ao contexto 147 No exemplo seguinte ocorre igualmente um termo na lingua inglesa que nao possui equivalente em portugu s pelo que torna se necess rio utilizar uma express o mais longa de modo a transmitir um significado presente no termo original 87 a It s 100 Cross browser platform b Poder utilizar em v rias plataformas e browsers Texto n 6 Neste exemplo ocorrem dois termos distintos cross platform e cross browser Ap s efetuarmos uma pesquisa evidenciamos que cross platform apresenta multi platform como sin nimo Esta a capacidade que um determinado programa possui de funcionar em diversas plataformas De igual modo cross browser designa a habilidade de uma aplica o ou site suportar v rios browsers Tendo estas defini es em mente e uma vez verificada
132. e registos e n veis de linguagem utilizados encontrando processos que viabilizem a equival ncia de coloquialismos formas dialetais termos obsolescentes ou caracter sticos de g rias socioprofissionais Perante um fragmento de texto com m ltiplos significados o tradutor apresenta segundo Lima 2010 uma das v rias interpreta es poss veis re enfatizando certos aspetos da sua interpreta o em detrimento de outros A autora afirma ainda que essa interpreta o sempre poss vel e assente no pressuposto de que n o existe um significado fixo Lima refere ainda que a l ngua determinada por um conjunto complexo de condi es sociais pelo que marcada pela experi ncia 2 2 5 Tom estilo e registo Os elementos textuais relativos ao tom ao estilo e ao registo s o muito importantes para a tradu o liter ria pelo que consider mos necess rio desenvolver um pouco mais este assunto De acordo com v rios autores o tom diz respeito forma como as personagens ou o narrador se exprimem numa obra liter ria A sua identifica o por parte do tradutor bastante importante uma vez que este elemento pode alterar por completo a 33 compreens o de um texto O tom pode abranger o humor a ironia a sinceridade a seriedade a ingenuidade ou qualquer outro sentimento Landers 2001 Este elemento pode ainda ajudar a lidar com trocadilhos alus es indiretas solecismos e cal o Como afirma Landers
133. e uma segunda sobre problemas relacionados com o l xico Em cada uma destas sec es ser o apresentados v rios exemplos retirados dos textos trabalhados com o objetivo de ilustrar os aspetos referidos e ser o apresentadas propostas de tradu o devidamente justificadas O cap tulo finaliza com uma breve sec o em que s o mencionadas quest es relacionadas por um lado com a pontua o e por outro lado com a ocorr ncia de s mbolos nos textos traduzidos Capitulo I O Est gio 1 Caracteriza o do est gio 1 1 A Empresa de acolhimento O est gio a partir do qual este relat rio foi realizado decorreu na empresa Ayr Consulting uma Consultora de Inova o Estrat gica que trabalha na rea das Tend ncias e da Mentalidade do Consumidor A empresa analisa e valida as tend ncias emergentes atrav s de uma rede mundial de Coolhunters profissionais cujo trabalho consiste em identificar futuras tend ncias antecipando as para as empresas e especialistas em Tend ncias aplicando as depois para a cria o de insights de inova o atrav s da metodologia da empresa a innovAyr A empresa tem como objetivo criar ideias inovadoras inspiradas nas tend ncias de modo a criar projetos rent veis para as empresas tais como ideias para novos neg cios e produtos novos conceitos de comunica o estrat gias inovadoras de produtos marketing e neg cios e novas formas de relacionamento entre as empresas e os seus c
134. e variar e consequentemente ter influ ncia no modo como interpreta a obra Neste sentido a tradu o apresenta for osamente as marcas do tradutor 35 2 2 6 Estrat gias de tradu o liter ria Como dito anteriormente antes de iniciar o seu trabalho de tradu o o tradutor deve ter em aten o certos aspetos do texto pois estes poder o implicar a necessidade da utiliza o de estrat gias diferentes Do mesmo modo obras diferentes requerem abordagens diferentes que levem em linha de conta os desafios do texto fonte especialmente no que toca a quest es culturais bem como o p blico alvo Consideremos por exemplo um texto destinado a crian as em que o original est repleto de alitera es Ser que a mensagem al m alitera o importante ou o objetivo a passagem dessas mesmas alitera es Se o objetivo for a conserva o desta figura de estilo ent o o tradutor poder ter a liberdade de alterar a mensagem introduzindo refer ncias culturais conhecidas do p blico alvo de modo a que este receba a mensagem do mesmo modo que o da obra original Neste aspeto alguns textos poder o necessitar de ser adaptados A adapta o como refere Landers 2001 um processo menos fiel do que a tradu o Mas tal n o quer necessariamente dizer que n o seja uma solu o adequada em certas obras Como j referimos a adapta o pode ser uma solu o vi vel por exemplo para textos infantis Mas estes n o s
135. ecess rio perceber o significado da express o original de forma a transmiti lo na tradu o A express o to go live que significa aoe ae re pads 2i er em direto ao vivo j inclui a ideia de uma transmiss o ser emitida ou visualizada em tempo real No texto portugu s contudo foi necess rio utilizar a express o seja vista em direto de modo a que o leitor compreenda a informa o Uma tradu o mais letra como A tecnologia da empresa permite que qualquer p gina web esteja em direto em tempo real correria o risco de n o ser suficientemente clara No exemplo que apresentamos em seguida ocorre a express o em ingl s far into the future que n o possui uma correspond ncia direta em portugu s com nenhuma express o que decorra de uma tradu o literal Com efeito express es como muito para o futuro ou num futuro distante n o seriam adequadas nem transmitiriam a mensagem presente no texto de partida Opt mos ent o por traduzi la para a express o usual em portugu s durante muitos anos Deste modo foi poss vel manter o sentido do texto original sem introduzir uma express o que parecesse estranha ao leitor 98 a Watchwith is in the business of helping content owners create new licensable related content properties that will generate profits across media far into the future b A Watchwith auxilia os propriet rios do conte do a criarem novas propri
136. edades de licenci veis que ir o gerar lucros nos media durante muitos anos Texto n 4 154 O exemplo seguinte como podemos ver cont m uma express o de natureza fraseol gica que ocorre frequentemente em certo tipo de textos read more que consider mos tal como nos casos referidos anteriormente n o dever ser alvo de uma tradu o literal que daria origem express o em portugu s leia mais Com efeito frequente encontrarmos nestes textos a express o saiba mais com uma liga o para outra parte de um site com mais informa o sobre o assunto em quest o Assim foi esta a express o por que opt mos na tradu o deste excerto 99 a Fullsix is the leading digital marketing agency in Portugal We deliver a Read more b Fullsix a ag ncia de marketing digital l der em Portugal N s distribu mos Saiba mais Texto n 4 Fullsix fullsi u S X Fullsix is the leading digital marketing agency in Portugal We deliver a read more A express o breathes new life que ocorre no exemplo que apresentamos em seguida de natureza fraseol gica foi traduzida por uma express o em portugu s que consider mos equivalente Dar nova vida uma express o bastante comum em portugu s pelo que a sua utiliza o n o coloca entraves compreens o da frase J se tiv ssemos optado por uma tradu o mais literal respira uma nova vida o leitor poderia n
137. eira de traduzir esta ou aquela palavra ou esta ou aquela frase A este prop sito Kay 1980 apud Hatim e Munday 2004 refere que um dos principais obst culos da tradu o autom tica s o as palavras com duplo 84 significado e as frases com estruturas gramaticais variadas aspeto que os computadores n o conseguem por enquanto resolver convenientemente As ferramentas de apoio tradu o com mais import ncia para o tradutor s o os sistemas de tradu o autom tica e as ferramentas TAC sigla para Tradu o Assistida por Computador A tradu o autom tica tal como apontado por Cruz 2012 tem como objetivo aumentar a produtividade dos tradutores de modo a permitir s empresas de tradu o uma redu o dos custos de tradu o aliada a uma maior rapidez de trabalho No entanto e apesar dos progressos atingidos neste mbito que t m vindo a melhorar a qualidade destas ferramentas os sistemas de tradu o autom tica atuais s o efetivamente insatisfat rios Alguns mesmo muito insatisfat rios Marrafa 2006 apud Cruz 2012 Estes sistemas que funcionam com bases de dados relacion veis onde est o inseridos milh es de segmentos com correspond ncia em v rios pares lingu sticos n o distinguem a criatividade lingu stica humana Cruz 2012 Tal facto torna os fal veis e dependentes da supervis o humana de modo a corrigir os textos produzidos pela m quina Outras das fer
138. elas diversos tipos de plataformas Texto n 14 Mapa Instru es relativas instala o e Oitenta 80 configura o da demo Mapa em diversos tipos p ginas de texto e de plataformas tabelas Texto n 15 MouseLive Instru es relativas instala o Dezanove 19 e configura o da demo MouseLive em p ginas de texto e diversos tipos de plataformas tabelas Texto n 16 xRTML Documenta o Instru es Setenta e sete 77 relativas instala o e configura o de diversas p ginas de texto e tags na plataforma JavaScript imagens Texto n 17 xRTML Downloads separador do site Quatro 4 p ginas http www xrtml org que cont m informa o de texto e imagens sobre todos os documentos e aplica es dispon veis para download Os diversos textos t cnicos trabalhados durante o est gio constituem a maior quantidade de textos traduzidos perfazendo um total de 17 textos correspondentes a 316 p ginas 2 2 O Texto Liter rio Como foi j referido durante o est gio foi traduzido um excerto de um texto liter rio Como dito anteriormente traduzimos excertos de um livro de Jane Austen correspondentes aos tr s primeiros cap tulos do livro Pride and Prejudice Apesar de a 23 tradu o liter ria n o ter tido uma carga t o grande como a tradu o de textos t cnicos foi nos bastante til traduzir diversos tipos de textos pois pudemos d
139. eliberadamente e especificamente esta cria o limita se por vezes afecta o de uma significa o mais restrita por uma unidade lexical da l ngua geral por um processo de terminologiza o Quanto sua fun o os termos reenviam ao referente que designam permitindo uma transmiss o eficaz do conhecimento Nesta sec o referiremos alguns dos termos que surgiram nas nossas tradu es bem como o modo como os traduzimos procurando os seus equivalentes Estabeleceremos uma distin o entre situa es que assumiram contornos distintos Assim em primeiro lugar referiremos alguns casos que ilustram a situa o em que o termo n o foi na realidade traduzido uma vez que tom mos a op o de o usar como empr stimo dada a frequ ncia da sua ocorr ncia em textos da mesma rea escritos em portugu s Seguidamente apresentamos a t tulo ilustrativo casos em que os termos 158 constantes do texto de partida t m um equivalente atestado em portugu s Finalmente referimos ainda uma situa o em que perante a mesma unidade seguimos duas op es de tradu o distintas tendo em conta o contexto No exemplo que come amos por apresentar iremos considerar o termo e commerce Embora este termo tamb m possa ser traduzido para com rcio eletr nico devido expans o da inform tica e das tecnologias de informa o o empr stimo j est bastante disseminado na l ngua portuguesa pelo que n o ach mos
140. ento relativo utilizado unicamente como obliquo com valor de locativo No exemplo 15 al m do relativo where podemos ver tamb m o pronome relativo which utilizado para referir pessoas coisas ou animais Na tradu o para portugu s contudo opt mos por utilizar o elemento relativo a qual Podemos verificar que o seu antecedente a aldeia raz o pela qual o pronome a qual est na sua forma feminina e singular uma vez que tem de estar em concord ncia com o nome precedente Na l ngua inglesa n o se verificam estas varia es j que os pronomes apresentam uma forma neutra Brito e Duarte 2003 afirmam que este constituinte pode ter diversas fun es dependente da preposi o que precede o relativo Assim se precedido da preposi o a o constituinte pode ter a fun o de objeto indireto ou de obliquo e se precedido de outras preposi es tem sempre uma fun o de obl quo 100 Os exemplos 16 a 18 ilustram a ocorr ncia dos pronomes relativos o qual e a qual vari veis em g nero e em n mero que em ingl s este correspondem sempre ao pronome which 16 17 18 a Firstly business education is often the first stage in which students deal critically with these issues b Primeiro o ensino empresarial geralmente a primeira etapa na qual os estudantes lidam de uma forma cr tica com estes assuntos Texto n 20 a Which do yo
141. er fazer a descri o atrav s de uma enumera o exaustiva ou centrar se num conjunto m nimo de elementos mais importantes para o texto em quest o Nos textos liter rios as descri es podem contribuir para e Criar uma atmosfera particular ou uma impress o especial e Dar ind cios sobre o seguimento da narrativa e Dar um tom po tico e est tico e Explicar o valor simb lico dos objetos descritos No que se refere s caracter sticas lexicais de salientar a frequ ncia de express es de localiza o espacial e temporal o uso frequente de figuras de estilo e a grande incid ncia de verbos estativos de exist ncia indicadores de propriedades atitudes ou qualidades No que diz respeito s caracter sticas gramaticais de referir a utiliza o do presente ou o pret rito imperfeito como tempos dominantes e a expans o nominal com grande incid ncia na modifica o A descri o como afirmam Bassols e Torrent 2003 tem muitas vezes um papel secund rio pois quando est inserida num texto fundamentalmente narrativo ou argumentativo es utilizada como soporte o ilustraci n y sea cual sea su consistencia y extensi n est supeditada a la secuencialidad predominante As autoras apresentam ainda duas classes da descri o a objetiva em que se pretende reproduzir com 55 fidelidade a apar ncia do objeto em quest o ou a impressionista cujo objetivo provocar emo es antes de refletirmos sobre o o
142. era como afirma Landers o estilo do autor e Substituir algumas v rgulas por pontos e v rgulas e Introduzir um travess o ou par ntesis ou reformular a frase e Deixar como no original esperando que tenha um efeito ex tico junto dos leitores Perante estas op es vemos mais uma vez que o tradutor tem sua disposi o v rios caminhos poss veis para ultrapassar um determinado problema ou dificuldade A quest o est em analisar cada caso ao pormenor e escolher a op o que considera mais apropriada Outro problema apontado por Landers 2001 com o qual o tradutor se poder deparar relaciona se com as unidades monet rias ou de medida ou perante objetos ou estruturas culturais que n o existam na cultura alvo Quando existe uma grande diferen a entre ambas as culturas estes elementos ir o introduzir problemas dificuldades de compreens o que podem ser ou n o indispens veis para a compreens o da obra Para lidar com lacunas no conhecimento relacionadas com diferen as culturais existem segundo o autor tr s estrat gias b sicas s o elas a nota de rodap a interpola o e a omiss o Landers 2001 A primeira estrat gia consiste em introduzir no final da p gina uma explica o reduzida do termo problem tico Mas esta estrat gia como tantas outras apresenta vantagens e desvantagens A vantagem sobretudo o esclarecimento imediato do leitor perante o termo estranho O leitor pode continuar a sua leitura
143. erce o de um grupo de estudantes de Marketing em rela o responsabilidade social Este estudo tem com objetivo compreender o modo como os estudantes entendem os conceitos associados quest o referida Podemos constatar que este texto apresenta a estrutura t pica de um artigo cient fico referida anteriormente isto podemos observar a presen a de um t tulo um resumo uma introdu o o corpo do trabalho uma conclus o e uma bibliografia No corpo do trabalho os autores apresentam primeiramente uma sec o que denominam por an lise liter ria onde apresentam dados te ricos apoiados em estudos de v rios autores segue se uma apresenta o da metodologia de trabalho da descri o do estudo e finalmente dos resultados preliminares j que a an lise dos resultados consiste como referem os autores num processo moroso Assim a apresenta o dos resultados finais como fazem notar os autores remetida para trabalhos posteriores a realizar ap s uma an lise minuciosa dos resultados obtidos Na tabela que apresentamos abaixo encontra se um resumo de informa es relativas ao texto traduzido onde apresentamos o n mero de identifica o do texto o n mero de p ginas traduzidas o t tulo do documento e uma breve descri o do texto 46 Identifica o Titulo e breve descri o N mero de do texto p ginas Texto n 20 A Percecdo dos Estudantes sobre a Oito 8 p ginas de Responsabil
144. eridas 21 Textos de cariz informativo Identifica o T tulo e breve descri o N mero de do texto p ginas Texto n 1 A Realtime Web texto que informa os Duas 2 p ginas de visitantes do site sobre a tecnologia Realtime texto e imagens Texto n 2 ORTC users texto que explica aos Quatro 4 p ginas utilizadores o funcionamento deste sistema de texto e imagens Texto n 3 ORTC developers texto que explica mais Cinco 5 p ginas detalhadamente do que o anterior o sistema de texto imagens e ORTC tabelas Texto n 4 Parceiros separador do site que descreve as Onze 11 p ginas empresas parceiras da Realtime de texto e imagens Texto n 5 Contatos separador do site em que o Sete 7 p ginas de visitante do site pode contactar a empresa texto e listas Apresenta informa o sobre a localiza o da empresa e das suas sedes Apresenta ainda uma lista de pa ses e regi es do mundo Texto n 6 xRTML p gina inicial separador inicial do Sete 7 p ginas de site http www xrtml org pertencente ao site texto e imagens Realtime Texto n 7 xRTML demos separador do site Cinco 5 p ginas http www xrtml org que apresenta uma breve descri o das demos disposi o no site de texto e imagens Textos de not cias Identifica o T tulo e
145. eridas que a nclise constitui a posi o padr o de coloca o dos cl ticos em portugu s europeu ocorrendo a pr clise apenas quando ocorrem fatores que o obriguem caso que ser referido mais adiante nesta sec o 112 Para o ingl s Marantz 1988 apud Hudson s d define cliticos como an independent syntactic constituent which shows up phonologically as part of a derived word Nevis 1994 acrescenta in English various forms of auxiliary verbs have reduced variants that are phonologically dependent on the word immediately preceding them O autor apresenta o seguinte exemplo onde se pode observar o verbo to be na 3 pessoa do singular adjacente palavra Chicago 35 Your friend from Chicago s going to arrive soon Mas os cl ticos em ingl s n o s o apenas vis veis na forma contra da de alguns verbos Com efeito nesta l ngua tamb m a marca do possessivo s um elemento cl tico Eis o exemplo apresentado por Hudson s d 36 The man s name is John Como podemos ver pelos exemplos 35 e 36 o cl tico apresenta se anexado a outro elemento isto ao seu hospedeiro que nestes casos um elemento nominal Seguidamente iremos apresentar alguns exemplos retirados das tradu es efetuadas no est gio Os grupos de exemplos ser o divididos consoante o padr o de coloca o em que ocorrem os cl ticos Assim iremos apresentar alguns exemplos de nclis
146. es de um nome 94 comum com a inten o de determin lo para apresent lo isolado dos outros indiv duos ou objectos da esp cie Cunha e Cintra 1984 No caso da l ngua inglesa existe uma tend ncia para a n o ocorr ncia de artigos antes de um nome pr prio n o qualificado por um adjetivo caso evidenciado no exemplo 1 e 4 Realtimes raises e with xRTML Tamb m comum nesta l ngua omitir o artigo sempre que este ocorre antes de nomes comuns no plural que s o utilizados em sentido geral Este o caso de systems e users nos exemplos 2 e 3 Nos exemplos que apresentamos em seguida ocorrem no texto de partida nomes precedidos de um determinante que mantido na l ngua de chegada embora com adapta es que resultam de diferen as entre as l nguas 5 a Imagine this you re browsing an online store like you re in an actual physical store You have a question about an item or a specific purchase you can then get instant customer support promotions on an article you re browsing share your purchase with your friends at the same time you re viewing it It makes shopping online a whole new experience b Imagine que est a navegar numa loja online como se estivesse numa loja verdadeira Tem uma quest o sobre uma pe a ou sobre uma compra espec fica Com a tecnologia Realtime poder receber apoio imediato ao cliente promo es num artigo que esteja a pesquisar partilhar a s
147. es e complexa Simples se o texto for escrito por algu m representando uma pessoa apenas Complexo quando escrito por uma pessoa para caracterizar mais do que uma pessoa ou personagem Ou seja est relacionado com a manuten o de di logos que ocorrem num texto 6 Rela o de pap is sociais House divide este crit rio em sim trico ou assim trico O sim trico mostra um n vel de igualdade entre o emissor e o recetor O assim trico apresenta uma rela o de autoridade entre o emissor e o recetor Como refere Gon alves 1999 a escolha de palavras conotativas no discurso liter rio do texto traduzido dever refletir fielmente a rela o social entre os personagens entre si entre o narrador e os personagens e tamb m entre o narrador e o leitor 7 Atitude social este crit rio relaciona se com o grau de distanciamento ou proximidade social e pode dividir se em fr gido formal consultivo casual e ntimo dependendo do n vel de proximidade entre o emissor e o recetor 31 8 Area de comunica o diz respeito atividade ocupacional e profissional descrita e ao campo ou t pico do texto Para al m dos crit rios acima descritos House 1981 apud Gon alves 1999 diferencia ainda aspetos textuais sint ticos e lexicais presentes em cada dimens o situacional Nos aspetos textuais os mais significativos para a tradu o liter ria House defende que a tradu o deve manter entre outros as repeti es
148. es something new in it Tal como muitos outros tradutores e te ricos consideramos que a tradu o deve ser o mais compreens vel poss vel para o leitor Como afirma Landers 2001 J acknowledge the translator s duty to the author just as I recognize that same translator s accountability to the TL reader O tradutor tem um dever para com os leitores bem como para com o autor e como tal deve fazer uma tradu o adequada aos seus leitores divulgando o trabalho do autor que deseja ser conhecido al m fronteiras deseja atingir visibilidade numa cultura que n o a sua numa cultura estrangeira Savory 1960 apud Landers 2001 afirma ainda a este prop sito que tal como a obra original se l como um original tamb m a tradu o deveria ler se como um original 29 The original reads like an original hence it is only right that a translation of it should too At porque qualquer desvio do que considerado normal pode ser visto como uma falha por parte do autor um trabalho fraco por parte do tradutor ou ambos Landers 2001 Ali s a maioria dos tradutores liter rios prefere este m todo que procura fazer o leitor esquecer que est perante um produto estranho sua pr pria l ngua O tradutor tem ainda de ter mais cuidado e aten o ao discurso utilizado pelo autor aos recursos estil sticos expressividade s inten es do autor e ainda ao p blico alvo Caso seja necess rio e depende
149. esia em que o som o ritmo e a plurissignifica o das palavras t m significado e import ncia para o poema Estes contudo n o podem ser transpostos na sua totalidade para outras l nguas Neste caso estaremos ent o perante situa es de intraduzibilidade Jakobson 1959 apud Hatim e Munday 2004 Assim no caso de o tradutor se deparar com palavras poliss micas v se obrigado a escolher apenas um dos sentidos reduzindo a plurissignifica o presente no texto original Flor 1988 Tamb m Gutt 1990 apud Lima 2010 corrobora esta opini o afirmando que a tradu o apenas pode conter alguns dos elementos expl citos e impl citos presentes no texto original j que a situa o de comunica o sempre diferente para os receptores do texto de partida e para os receptores da l ngua de chegada A tradu o de express es idiom ticas constitui um outro problema para o tradutor Quando o tradutor traduz este tipo de unidades tem de procurar na l ngua alvo uma express o com significado id ntico que n o pare a estranha ao leitor A tradu o 78 realiza se assim atrav s de um processo de equival ncia n o se tornando nestes casos poss vel uma tradu o literal Para tentar ultrapassar as dificuldades mencionadas nesta sec o o tradutor tem sua disposi o v rias estrat gias que pode utilizar para tentar traduzir o sentido o significado da express o ou da palavra E como afirmam Che
150. esta forma contactar com v rios g neros de discurso e de registo De acordo com as palavras do Dr Nelson Pinheiro supervisor do est gio a tradu o de Pride and Prejudice seria relevante para a atividade da empresa Ayr No mbito de um dos nossos estudos do centro de modo a compreender uma tend ncia intitulada Beautiful People relacionada com a necessidade do indiv duo em perseguir a progress o pessoal tivemos de recuar alguns s culos para compreender como se manifestava esta tend ncia Um dos objetos de estudo a literatura e esse um dos livros selecionados para o estudo De modo a poder disseminar um conjunto de trechos de v rias obras importantes para o tema o objetivo consistia em traduzir segmentos dos mesmos disseminando os pela rede como forma de contextualiza o comunica o pessoal 2 2 1 Caracter sticas gerais O texto liter rio pode ser definido como aquele que utiliza a linguagem liter ria isto um tipo de linguagem que atende fins est ticos para provocar o interesse do leitor O escritor deste g nero de texto faz uso de formas mais cuidadas e segundo um certo estilo de modo a expressar as suas ideias A quest o da est tica que est inteiramente dependente das escolhas do autor est relacionada com diversos recursos lingu sticos e t cnicas liter rias Entre eles contam se os recursos gramaticais os sem nticos e os f nicos Nos textos liter rios o universo descrito na obra
151. eve ser um investigador Deve fazer as pesquisas necess rias sempre que estiver perante uma rea que n o domine por completo e Disciplina no sentido em que deve cumprir os prazos de entrega de um trabalho que lhe foi proposto O tradutor tem de ser bastante organizado e ser capaz de dar prioridade s tarefas mais urgentes e Utiliza o de diversos materiais o tradutor t cnico n o faz uso apenas dos dicion rios mas utiliza um conjunto de diferentes materiais consoante a sua necessidade e Integridade e tica o tradutor deve respeitar o sigilo profissional para com o cliente e a empresa de tradu o sempre que a situa o o implique 19 Os textos t cnicos por serem escritos por especialistas e por terem frequentemente uma dimens o internacional muitas vezes j s o escritos de um modo que visa a facilidade da tradu o como podemos comprovar na seguinte cita o Pym argues that highly specialized technical texts are typically embedded in an international community of scientists engineers physicians lawyers and the like who attend international conferences and read books in other languages and so have usually eliminated from their discourse the kind of contextual vagueness that is hard to translate As Pym s tomography example shows too international precision tends to be maintained in specialist groups through the use of Greek Latin French and English terms that change only slightly as they move fro
152. exto da empresa technology time Receiver Receptor IATE infop dia Refresh button Bot o atualizar texto da empresa Secure Socket Camada de IATE Menos resultados para Layer SSL Conex es Protocolo de Camada Securizada SSL de Sockets Segura Protocolos que conferem seguran a de comunica o na internet na transfer ncia de dados Security layer Camada de eur lex seguran a Sender Emissor IATE infop dia Server Servidor europa eu Server Aplica o do IATE Application servidor Server providers Fornecedor do texto da empresa servidor Session id ID da sess o support microsoft O identificador ou com usu rio da sess o Slave mode Modo escravo IATE Modelo de comunica o em que um dispositivo apresenta controlo unidirecional sobre um ou mais dispositivos SMS SMS casa telecom pt Social networks Redes sociais eur lex Streaming Streaming fluxo texto da empresa Forma de distribuir IATE informa o multimedia numa rede atrav s de pacotes Strong Elevado eur lex performance desempenho 64 Subscriber Subscritor IATE Tab Tab o que Tamb m tabula o significa blogspot pt Template Modelo de IATE Forma de refer ncia a apresenta o partir da qual s o criados objetos que apresentam caracter sticas comuns To Broadcast Transmitir infop dia To Connect Ligar eur lex To Delegate Delegar infop dia Transferir poder fun o compet
153. ez mais altas num mercado de trabalho cada vez mais exigente O est gio realizado em conjunto com um colega decorreu no Estoril na empresa Ayr Consulting A nossa fun o na empresa que at data n o possu a um departamento espec fico de tradu o era a tradu o de ingl s para portugu s de documentos a pedido dos clientes ou de textos da pr pria empresa No decorrer do est gio tivemos o apoio do nosso coordenador de est gio o Dr Nelson Pinheiro Gomes bem como do Dr Eduardo Garcia Vice Presidente S nior e do Dr Jo o Alves tamb m Vice Presidente S nior que se mostraram nossa disposi o para nos ajudarem tanto na tradu o de determinados termos dos textos traduzidos como na revis o dos mesmos antes de serem enviados para os clientes Tamb m de referir que os nossos trabalhos recebiam um constante feedback o que foi muito importante especialmente no in cio do est gio por sabermos assim se as nossas tradu es correspondiam s expectativas do cliente e em casos de tradu es incorretas por sermos confrontados com os nossos erros de modo a que estes n o se repetissem de futuro Parte do feedback foi nos dada atrav s do Dr Eduardo Garcia pois era quem estava em constantes di logos com o cliente Para os documentos internos da empresa Ayr O feedback chegava nos atrav s do Dr Nelson Gomes o nosso coordenador de est gio Durante o nosso est gio foi nos facultado o acesso internet e quand
154. final da pr xima semana Texto 23 Com efeito n o encontr mos nenhum equivalente em portugu s para o tipo de ve culo em quest o No site http www britannica com o significado de chaise definido como originally a closed two wheeled one passenger one horse carriage of French origin adapted from the sedan chair Num outro dicion rio online o http www wordreference com este termo traduzido para carruagem No entanto 143 n o nos pareceu adequada esta tradu o j que este termo n o nos remete imediatamente para um ve culo puxado por um cavalo Fazendo uma pesquisa mais alargada atrav s de imagens chaise pareceu nos equivaler a uma charrete Atrav s de uma pesquisa de significado vimos que efetivamente este termo designa um ve culo de tra o animal com quatro rodas Existem portanto diferen as ao n vel do significado Este caso ilustra a situa o referida por Baker 1992 em que a l ngua fonte e a alvo apresentam diferen as ao n vel do significado Como referido pela autora the target language may make more or fewer distinctions in meaning than the source language Na altura da realiza o deste relat rio depar mo nos com a palavra cabriol O seu significado definido no dicion rio online Priberam como carruagem leve de duas rodas para um s cavalo Apesar de na altura da realiza o da tradu o n o conhecermos este termo consideramos que
155. gumas transforma es imediatas Entre elas contam se a atribui o de um g nero a integra o numa classe de palavras a monossemia e a identidade da grafia relativamente da l ngua de origem Podemos ent o verificar que os seguintes exemplos retirados dos dados apresentados atr s se encontram nesta primeira fase developers Realtime Web ORTC cloud Cool Vendor e Load Balancer Na segunda fase de acordo com os autores evidencia se a possibilidade de forma o de novas palavras por composi o e prefixa o e certas palavras apresentam uma grafia alternativa da l ngua de origem Nesta situa o podemos integrar os seguintes casos email webdesign e webmarketing Finalmente na ltima fase est o os termos j integrados no l xico Como exemplos desta situa o podemos referir termos como internet e download Nesta ltima fase denominada por Freitas et al 2003 como de integra o no l xico os termos podem apresentar algumas das seguintes propriedades estabiliza o fonol gica isto fixa o do acento integra o morfo sint tica ou seja a fixa o do g nero e da forma de plural integra o no sistema morfol gico da l ngua quer dizer possibilidade de deriva o polissemia isto tend ncia para a extens o restri o ou modifica o do significado da forma original e atesta o lexicogr fica normativizada ou seja
156. he State of Machine Translation in the United States and Great Britain Technical Report 15 February 1959 Jerusalem Hebrew University 175 BASSNET Susan 1991 Translation Studies Revised edition London and New York Routledge BASSNETT Susan 2001 Da Literatura aos Estudos de Tradu o vers o portuguesa de Jo o Duarte In Helena Buescu Jo o Duarte Manuel Gusm o e Dionisio Soler eds A Floresta Encantada Novos Caminhos da Literatura Comparada Lisboa Publica es D Quixote Pp 289 311 BASSOLS Margarida amp Anna Maria Torrent 2003 Modelos textuales Teoria y pr ctica Barcelona Ediciones Octaedro BELHAAG A E 1997 Papers on Translation Theory and Practice Allisan Al Arabi Vol 43 Pp 3 32 BELLOC Hilaire 1931 On Translation Oxford The Clarendon Press BERGSTROM Magnus e Reis Neves 2004 Prontudrio Ortogrdfico e Guia da Lingua Portuguesa Lisboa Editorial Noticias BERNARDO Ana Maria Garcia 2012 Tipo g nero e esp cie de texto Para uma classifica o textual relevante para a tradu o Artigo nao publicado cedido pela autora BOTELHO Anette Pierrette Rapenne Estrela Pinto Ribeiro Lamas e Maria do Carmo Castelo Branco orgs 2010 Dicion rio de Metalinguagens da Did ctica Porto Porto Editora BRITO Ana Maria 2003 Categorias Sint ticas In Mateus M H A M Brito I Duarte I H Faria orgs Gram tica da Lingua Portuguesa Lisbos Caminho 5 Edi
157. he optar pelo equivalente mais adequado 80 a All this is however not limited to the web applications running in a browser since ORTC brings the same benefits to the development of native mobile applications for iOS iPhones iPads Android and Windows Phone devices providing the hands on solution for real time web and platform integrations with maximum ROI for businesses and minimum coding effort for developers b No entanto tudo isto n o limitado as aplica es Web em funcionamento num browser j que o ORTC traz as mesmas vantagens para o desenvolvimento de aplica es m veis para os iPhones iPads dispositivos Android e Windows Phone fornecendo a solu o pr tica para a Web em tempo real e a integra o de plataformas com um ROI m ximo para as empresas e um esfor o de codifica o m nimo para os respons veis pelo desenvolvimento Texto 3 142 No exemplo acima a palavra hands on apresenta efetivamente varios significados podendo por isso ter diferentes equivalentes em portugu s Segundo a Infopedia as tradu es poss veis para este adjetivo s o pr tico efetivo real e interativo Por outro lado no site http www wordreference com os resultados para o mesmo termo s o pr tico e manuse vel J no dicion rio da Porto Editora encontramos apenas pr tico como tradu o deste adjetivo Depois de analisada a frase e tendo em conta o contexto conclu m
158. ia da Porto Editora Infop dia http www infopedia pt Dicion rio Terminol gico http dt dgidc min edu pt Dicion rio online Cambridge http dictionary cambridge org Dicion rio online Merriam Webster http www merriam webster com Dicion rio online The free dictionary http www thefreedictionary com Dicion rios Oxford Student s Dictionary of English 2002 Oxford Oxford University Press Dicion rio da L ngua Portuguesa 2003 Porto Porto Editora Dicion rio Ingl s Portugu s 2005 Porto Porto Editora 184 Anexos Anexo n 1 Tabela fornecida pela empresa de acolhimento que cont m os termos em portugu s europeu e portugu s do Brasil Esta tabela foi nos facultada de modo a traduzirmos certas palavras usando os termos na coluna da direita Termos em Portugu s Portugal Termos em Portugu s Brasil Ficheiro Arquivo Armazenado armazenar Alojado alojar Sec o Se o j o acto de seccionar permanece igual Contacto Contato Empurrar conte dos Fazer o push de conte dos Aplica o Aplicativo Espetro Espectro Controlo Controle Consola Console Em directo Ao vivo Em simult neo Simultaneamente Equipa Equipe Acentos agudos e t nicos Ex Ant nio Acentos agudos e t nicos Ex Ant nio Geralmente o agudo daqui passa ao t nico ou t nico de 14 Perce o Rece o Percep o
159. ialista da rea A terminologia considerada uma das caracter sticas que mais desafios lan am aos tradutores t cnicos Hoffmann 1991 apud Zethsen 1999 A tradu o t cnica como afirma Newmark 1988 distinta de outros tipos de tradu o devido presen a de terminologia especializada apesar de esta apenas constituir em geral cerca de 5 a 10 do texto Assim a presen a de terminologia especializada por si s n o suficiente para classificar um texto como t cnico A quest o da terminologia ser abordada mais detalhadamente no ponto 2 1 2 3 deste trabalho Segundo Gamero 2001 apud Cruz 2012 os textos t cnicos s o textos em que dominam a fun o expositiva e a fun o instrutiva Os textos expositivos e os textos instrutivos apresentam algumas caracter sticas espec ficas que ser o apresentadas no ponto seguinte Como poderemos ver as caracter sticas sint ticas que estes textos apresentam variam pois consoante a sua fun o O texto poder ter tamb m v rios n veis de complexidade objetividade expressividade formalidade economia e precis o 11 2 1 2 A tradu o do texto t cnico Durante muitos anos a tradu o t cnica foi vista como o patinho feio da tradu o Byrne 2006 Tal situa o refere o mesmo autor devia se ao facto de estes textos n o serem maioritariamente particularmente atrativos nem terem a eleg ncia nem a beleza de outros tipos de textos A t
160. idade Social presente em cursos de texto Marketing artigo acad mico em que se faz uma an lise sobre o modo como os alunos entendem a responsabilidade social 2 4 O Texto Publicit rio De acordo com alguns autores o texto publicit rio historicamente tem as suas origens nos preg es e nos an ncios surgidos na Antiguidade como forma de os mercadores fazerem propaganda aos seus produtos A publicidade pode ser definida como a t cnica que tem por objetivo dar a conhecer um produto ou um servi o estimulando o interesse por ele com o fim de o vender Lampreia s d apud Botelho et al 2010 De modo a cumprir o seu objetivo de vender produtos e servi os a publicidade faz atualmente uso de v rios meios tais como a imprensa a r dio a televis o o cinema os cartazes a internet meios mais tradicionais mas tamb m camisolas canetas porta chaves entre muitos outros Este modo de fazer publicidade leva Requena 1995 apud Botelho et al 2010 a afirmar la publicidad configura en buena medida nuestro panorama urbano Y no s lo el exterior el de la calle sino tambi n y esto es despu s de todo lo decisivo el interior de nuestros espacios dom sticos Assim podemos ver a import ncia que a publicidade apresenta hoje em dia no nosso quotidiano 2 4 1 Caracter sticas gerais O texto publicit rio tal como j referido um texto que em termos gerais tem
161. ing portugal a T cnica em que o programar pt pedido do browser continua aberto at que o servidor envie informa o Low latency Baixa lat ncia IATE Permite que os atrasos entre o processamento do input e o seu output apresentem caracter sticas de tempo real Media player Leitor multim dia eur lex Message delivery Entrega de eur lex mensagem Message object Mensagem objeto help sap com Metadata Metadados europarl europa eu Dados sobre outros dados Mobile Publicidade apple com advertising m vel Mobile Aplica o m vel zetes pt application Mobile apps Aplica es texto da empresa m veis Mouse events Eventos de mouse pt wikipedia org Um evento de mouse ocorre quando um utilizador move o rato no interface do utilizador de uma aplica o Multiplatform Multiplataforma eur lex Programa ou sistema que roda em mais de uma plataforma Offset Dist ncia eur lex ORTC ORTC Texto da empresa Open Real time Connectivity um sistema de envio de mensagens para a web seguro rapido e altamente escal vel Placeholder Espa o reservado IATE Espa o destinado inser o ulterior de informa o Polling Polling portugal a Opera o de consulta programar pt constante para criar 63 uma atividade sincr nica sem interrup es Processing Capacidade de eur lex power processamento Publisher Editor IATE infop dia Real time Tecnologia real t
162. io 121 verbales Yebra continua fazendo a compara o com a l ngua inglesa Nesta lingua as desin ncias verbais s assumem duas formas diferentes pois s lo la 3 de sing se diferencia de las otras cinco Assim a realiza o lexical do sujeito obrigat ria No caso do portugu s Yebra afirma que el pronombre s lo acompanha al verbo para destacar el sujeto oponi ndolo de alg n modo a otros Cuando el pronombre no ejerce esta funci n distintiva su uso es redundante e debe evitarse Nos casos apresentados em 52 a 54 existem frases em que em portugu s o sujeito foi omitido dado que a presen a de morfemas flexionais na forma verbal suficiente para identificar a sua refer ncia Veja se por exemplo em 54 que a forma verbal levamos implica a presen a de um sujeito associado 1 pessoa do plural pelo que a sua realiza o n o se torna necess ria O mesmo se verifica em frases complexas em que em portugu s o sujeito n o precisa de ser reiterado contrariamente ao que acontece em ingl s Eis alguns exemplos 55 a Sir William and Lady Lucas are determined to go merely on that account for in general you know they visit no newcomers b Sir William e Lady Lucas est o decididos a ir somente por esta raz o pois como sabe geralmente n o visitam rec m chegados Texto n 22 56 a when the first tumult of joy was over she began to declare that it was what she
163. ja se Landers 2001 Tendo este facto em conta podemos afirmar que n o existe uma tradu o definitiva e nica mas antes uma variedade quase infinita de poss veis tradu es para a mesma obra Para ilustrar esta ideia segue se um exemplo apresentado por Landers 2001 e Isto aconteceu h 11 anos e Isto ocorreu h 11 anos e Este acontecimento teve lugar h 11 anos e J se passaram 11 anos desde que tal aconteceu Podemos observar que todas as op es acima apresentadas s o igualmente vi veis e v lidas contudo a sua escolha depende da an lise do texto por parte do tradutor em rela o ao estilo global da obra da est tica ou simplesmente da vontade do tradutor Mas de acordo com alguns autores antes de se iniciar a tradu o de uma obra liter ria necess rio seguir certos passos Landers 2001 apresenta nos a melhor maneira de traduzir um texto liter rio sugerindo os seguintes passos e Escolher uma obra a ser traduzida e Ler atentamente a obra por inteiro pelo menos uma vez e Fazer as pesquisas necess rias e Lidar com poss veis bloqueios e Negociar um prazo com o cliente ou empresa Outra das quest es referidas por Landers 2001 a prop sito da tradu o liter ria a da proximidade ao autor ou ao leitor Numa tradu o perfeita o tradutor deveria 28 manter uma proximidade igual tanto do autor ou do texto fonte como do leitor ou do texto alvo Mas na realidade esta quest o
164. l Nos exemplos 83 poderemos ver um caso em que ap s analisado o sentido da frase tivemos de utilizar um equivalente capaz de transmitir o significado da frase original ainda que as palavras assinaladas em b este n o sejam uma tradu o plena das apresentadas em a 83 a What a fine thing for our girls b Que grande oportunidade para as nossas meninas Texto n 22 Como podemos ver a express o assinalada em cima fine thing pode ser traduzida nesta frase em quest o como que coisa t o boa para as nossas meninas que coisa excelente para as nossas meninas ou ainda que coisa t o agrad vel para as nossas meninas por exemplo No entanto opt mos por traduzir para que grande oportunidade para as nossas meninas Esta frase mant m patente que um 145 acontecimento agrad vel pode vir a acontecer s personagens ideia que tamb m expressa no original O seguinte exemplo mostra um outro caso de polissemia j que a palavra em quest o apresenta v rios equivalentes poss veis Assim ap s compreendermos qual o sentido da frase temos de optar pelo melhor equivalente 84 a Is that his design in settling here b esse o seu des gnio de instalar se aqui Texto n 22 No exemplo 84 podemos ver a ocorr ncia da palavra design Esta palavra poliss mica apresenta os seguintes como significados desenho design tra ado padr o projeto plan
165. l por um ponto final criando duas frases independentes Por outro lado preferimos no final da frase trocar o ponto de exclama o por um ponto final porque achamos que a frase final traduzida n o denota em especial expressividade ou entoa o 109 a We re always open to new ideas and suggestions send us a line b Estamos sempre abertos a novas ideias e sugest es Envie nos as suas dicas Texto n 5 162 No exemplo 110 podemos ver igualmente uma altera o na pontua o entre o texto original e a tradu o No exemplo original ocorre uma v rgula a separar ora es que em portugu s foi substitu da por um ponto final Esta altera o teve como resultado a presen a de dois per odos mais curtos que tornaram o texto mais claro 110 a SIX am is the Fullsix Group online media agency specialized in communication on the various digital channels has as main goal the strategy development planning and online media buying focused on measurement and results optimization ROI innovation and creativity 2 b Six am a ag ncia de media online do Fullsix Group especializada em comunica o nos v rios canais digitais O seu principal objetivo o desenvolvimento de estrat gias o planeamento e a compra online de media estando focada na medi o e otimiza o de resultados ROD na inova o e na criatividade Texto n 4 No exemplo que apresentamos em 111 a altera o da pontua o foi introdu
166. lguns desses crit rios dizem respeito a problemas relacionados com dimens es situacionais termo que o autor utiliza para designar as v rias circunst ncias do texto Essas como iremos 30 ver podem ajudar o tradutor na tradu o de textos liter rios j que a tradu o ser tanto mais fiel quanto mais se preservarem as dimens es situacionais Gon alves 1999 Os crit rios propostos por House s o a origem geogr fica a classe social o tempo o meio a participa o a rela o de pap is sociais a atitude social e a rea de comunica o 1 Origem geogr fica este crit rio refere se a dialetos locais que devem ser de alguma forma transpostos para a tradu o 2 Classe social diz respeito como refere o autor a uma variante mas que que pr pria de cada grupo social Est relacionada com o modo como as pessoas de diferentes estratos sociais se exprimem 3 Tempo este crit rio est relacionado com a indica o de aspetos que caracterizam a defini o temporal no texto 4 Meio tamb m denominado de canal onde a autora classifica este crit rio como simples ou complexo Simples se o texto permanecer numa categoria apenas por exemplo um texto escrito que ir ser lido ou falado que ir ser ouvido e complexo se apresentar mais do que uma categoria por exemplo um texto escrito que ser lido e falado 5 Participa o este crit rio tamb m pode ser dividido em duas subcategorias simpl
167. lientes A Ayr Consulting trabalha no sentido de ajudar a construir novos modelos de neg cios de modo a acrescentar valor s estrat gias e a es dos clientes A Ayr Consulting a primeira e nica empresa em Portugal especializada em tend ncias e inova o A empresa apoiada pela sua rede internacional um grupo de mais de 400 Cool Hunters e 3 000 Observadores de Tend ncias na sua rede mundial da Science of the Time uma das primeiras e das mais reputadas empresas do mundo da rea das tend ncias e da inova o Produz ainda de dois em dois meses relat rios sobre tend ncias e inova o na Europa Am rica e sia Esta empresa tem sede em Portugal e escrit rios em S o Paulo no Brasil e em Miami nos Estados Unidos da Am rica 1 2 Descri o do Est gio Este relat rio foi realizado no mbito do est gio curricular do Mestrado em Tradu o Das v rias op es dispon veis de trabalho final de mestrado preferimos fazer o est gio para termos uma no o do trabalho do tradutor em contexto empresarial O est gio foi bastante til e elucidativo pois tivemos a oportunidade de p r em pr tica os conhecimentos que adquirimos durante as aulas do mestrado Tivemos tamb m de lidar com a press o a que os tradutores est o sujeitos especialmente em rela o ao calend rio de entrega das tradu es e portanto tivemos de treinar a velocidade de tradu o de modo a satisfazer as exig ncias dos clientes cada v
168. linomial utilizada em diversas aplica es gr ficas Business unit Unidade de cmvm pt Conceito que visa a negocio simplificar a an lise e desenvolvimento de a es de mercado Commercials An ncios infop dia Concurrent users Utilizador texto da empresa concorrente Conversion rates Taxas de convers o IATE eur lex Cost effectiv Eficaz em termos de custo europarl europa eu Eyedropper Selecionador de cor Mais resultados para conta gotas programa Paint seleccionador de cor Flyers Folhetos Infopedia Interactive retail Marketing group fullsix pt Ferramenta que interativo permite a uma empresa receber em 66 tempo real o feedback dos seus clientes E uma forma pr tica e til para se conhecer o cliente Outsourcing Outsourcing IATE Tamb m subcontrata o Designa a a o que existe por parte de uma organiza o em obter m o de obra de fora da empresa Est fortemente ligada a ideia de sub contrata o de Servi os Panelists Membros do painel europa eu Polyline Linha poligonal autocad2010 com Profit Lucro eur lex Provides Fluxo de receita europa eu Quadratic curve Par bola wikip dia pt Sales management Gest o de vendas euroscript com rea de neg cio que se foca na aplica o pr tica de t cnicas de vendas e na gest o das opera es de venda de uma empresa Scalability Escalabilidade IATE
169. lows any Web page to go live in real time b A Realtime lan a 100 milh es de d lares para criar a Web Viva A tecnologia da empresa permite que qualquer p gina web seja vista em direto em tempo real Texto n 8 38 a Apply for a developer s license here and get coding b Pe a aqui a sua licen a de developer e comece a codifica o Texto n 7 Trata se pois de casos em que a diferen a entre as l nguas obrigou a uma reestrutura o das frases O grupo seguinte apresenta dois exemplos de cl ticos em ingl s com a contra o c de certos verbos com os pronomes pessoais you e we Assim no exemplo 39 vemos a forma contra da de you will que corresponde a youll e no exemplo 40 a contra o de we are originando a forma we re Devemos mais uma vez ter em aten o que os cl ticos em ingl s n o correspondem necessariamente a cl ticos em portugu s como podemos ver pelas respetivas tradu es onde estes elementos n o est o presentes 39 a Here you ll be able to experiment with xRTML demos in action test their actions and realize their potential b Aqui poder experimentar as demos xRTML e v las em a o testar as suas a es e verificar todo o seu potencial Texto n 7 40 a We re looking forward to hear from you and what do you think about xRTML 114 b Aguardamos com expectativa o seu contato e queremos muito saber qual
170. m concorda com o nome masculino homem Outro aspeto que podemos ver nos exemplos acima a contra o da preposi o em com o artigo indefinido um resultando nas formas num numa nuns numas Em 5 podemos ver alguns exemplos destas formas contra das Navegar numa loja online e promo es num artigo por exemplo ilustram este caso Finalmente os exemplos 8 a 11 ilustram frases em que utilizado o artigo definido tanto no texto de partida como no texto de chegada 8 a You browse the web a lot and you re probably used to the refresh button by now Well with real time technology that simple action becomes obsolete that and so much more b Como navega muito na internet est provavelmente habituado ag bot o atualizar Com a tecnologia real time essa simples a o torna se obsoleta Essa e muitas mais Texto n 1 9 a Wait for the Realtime icon to turn green which means there s an active Realtime connection and you are ready to test the demo b Espere que o cone Realtime fique verde o que significa que existe uma liga o Realtime ativa e estar pronto para testar a demo Texto n 7 10 a For a better understanding we recommend that if available you watch the videos first and experiment the demos afterwards b Para compreender melhor recomendamos que caso esteja dispon vel veja primeiro os v deos e s depois experimente as
171. m adjetivos com fun o atributiva 27 a This is the default and most cost effective hosting solution b Esta a solu o de armazenagem em servidor por defeito e a mais eficaz em temos de custo Texto n 2 28 a The most respected finance online publication in Portugal is now also the most read one thanks largely to the introduction of Realtime xRTML technology b A publica o online de finan as mais respeitada em Portugal agora tamb m a mais lida gra as introdu o da tecnologia xRTML da Realtime Texto n 9 Os exemplos anteriores mostram a coloca o pr nominal t pica dos adjetivos em ingl s Nesta l ngua comum existirem v rios adjetivos a caracterizar um mesmo nome Tal como afirmado por Coe et al 2007 quando existe mais de um adjetivo h uma ordem que deve ser estabelecida esta opini o geral opini o espec fica tamanho idade forma cor nacionalidade e material J na tradu o para a l ngua portuguesa os tradutores t m de ter em aten o o facto de a ordem relativa dos adjetivos n o ser for osamente a mesma Em ingl s os adjetivos n o possuem marcas de g nero nem de n mero mas tal n o acontece no portugu s Aquando da tradu o o tradutor tem de saber qual o nome que o adjetivo modifica de modo a poder colocar as marcas de g nero e n mero correspondentes ao nome em portugu s Por exemplo na sequ ncia 28 the most respected finance online publicati
172. m one phonetic system to another Pym 1992 apud Robinson 2006 Pelos mesmos motivos tamb m usual a utiliza o de termos t cnicos que adv m do latim do grego do ingl s ou do franc s por estes apresentarem apenas ligeiras altera es quando traduzidos para outra l ngua Robinson 2006 refere ainda que para traduzir textos t cnicos n o basta como j mencion mos procurar o equivalente para os termos t cnicos O tradutor tem de ler o texto original como se fosse um especialista e escrever como se fosse tamb m um profissional da rea em quest o O tradutor tem ainda de ser capaz de compreender a informa o contida no texto isto compreender a realidade presente no texto e pass la para a tradu o Assim o tradutor n o pode apenas dar sentido lingu stico ao texto Newmark 1988 Deve antes reconstruir reinterpretar remodelar e restruturar a informa o que tem perante si de modo a que ela possa ser depois de produzido o texto compreendida pelo leitor Byrne 2006 20 2 1 4 Descri o dos textos traduzidos Passaremos em seguida a apresentar uma breve descri o dos textos t cnicos traduzidos passando depois listagem dos mesmos Os textos t cnicos trabalhados durante o est gio dizem respeito aos documentos do site Realtime com o endere o http www realtime co Este conjunto de textos pode ser dividido em v rias subcategorias os textos t cnicos de car ter mais informativ
173. mas de traduzir adequadamente um mesmo texto mantendo a sua corre o formal As quest es abordadas ao longo deste cap tulo foram divididas em duas sec es centrais uma primeira sec o em que s o referidos aspetos relacionados com a sintaxe das duas l nguas e uma segunda sec o em que s o abordados problemas que dizem respeito ao l xico Para finalizar gostar amos de acrescentar que consideramos que o est gio realizado constituiu uma experi ncia bastante interessante e enriquecedora dando nos a oportunidade de perceber como funciona neste caso um departamento de tradu o dentro de uma empresa e quais s o as exig ncias que est o associadas s tarefas de tradu o num ambiente profissional Permitiu nos ainda uma aplica o das aprendizagens resultantes dos semin rios realizados no primeiro ano de Mestrado em Tradu o 174 Bibliografia ALBIR Amparo Hurtado 2001 Traducci n y Traductologia Introducci n a la Traductologia Madrid Ediciones C tedra AL HASSNAWI Ali R A s d Aspects of Scientific Translation English into Arabic Translation as a Case Study Disserta o de Doutoramento Ibri College Of Education ALMEIDA Teresa 1998 Cr tica a F bulas de La Fontaine Referido em DUR O Maria do Ros rio Frade 2007 Tradu o Cient fica e T cnica Proposta para a Forma o de Tradutores Pluricompetentes Especializados na Produ o de Documenta o Cient fica e T cnica do Ingl s pa
174. mento Quatro 4 p ginas texto que explica as vantagens da utiliza o de texto desta metodologia de trabalho fazendo tamb m 51 refer ncia as desvantagens da n o utiliza o da metodologia em quest o Texto n 21 Um passo de gigante no Alentejo genu no Uma 1 p gina de texto que promove a compra de botas t picas texto alentejanas aliadas a um visual inovador atrav s da jun o dos materiais e cores das mantas e cobertores de Monsaraz 2 5 A tipologia dos textos traduzidos A identifica o das tipologias textuais til para a an lise dos textos e por conseguinte para a realiza o de uma tradu o adequada em conformidade com o texto original Considerando que cada tipo de texto apresenta caracter sticas que lhes s o pr prias o tradutor deve conhecer essas caracter sticas de modo a transferi las para a tradu o Os diversos tipos de texto trabalhados e traduzidos durante o est gio como j pudemos averiguar inserem se em diferentes tipos textuais Estes tipos textuais apresentam objetivos espec ficos e caracter sticas gramaticais e lexicais distintas raz o pela qual consideramos til apresent los neste trabalho Vejamos primeiramente qual o tipo textual que predomina em cada g nero de texto trabalhado Gamero 2001 apud Cruz 2012 afirma como j foi referido anteriormente que os textos t cnicos s o textos em que pre
175. mos acesso a imagens ou slogans que o produto possa ter de maneira que n o nos depar mos com alguns dos problemas t picos da tradu o deste tipo de texto referidos anteriormente J o segundo produto correspondente ao texto 21 promove a compra e a divulga o de um produto novo no mercado umas botas de estilo alentejano Neste caso o texto faz uso de diversas estrat gias de forma a convencer o leitor a adquirir o produto Entre as estrat gias utilizadas podemos notar a utiliza o de adjetivos a exposi o de uma imagem do produto a refer ncia a produtos t picos e naturais da regi o ao artesanato e s tradi es alentejanas Estes argumentos levam o leitor a estabelecer uma liga o entre este produto e o desejo de viver no campo longe da metr pole e do modo de vida r pido e stressante que est aliado vida citadina A tabela seguinte mostra um resumo dos textos publicit rios traduzidos com o n mero de identifica o do texto o t tulo e uma breve descri o do mesmo e o n mero de p ginas que cada documento trabalhado apresenta ap s efetuada a tradu o Identifica o T tulo e breve descri o N mero de do texto p ginas Texto n 18 Aplica es da Knowledge Pills Methodology Duas 2 p ginas de conjunto de v rias frases independentes que texto promovem a compra e a utiliza o desta metodologia de trabalho Texto n 19 J tomou a sua P lula do Conheci
176. mplos das situa es referidas apresentados na obra mencionada 33 Ele viu me ontem na praia 34 Os caf s entornaram se devido ao desequil brio do empregado No exemplo 33 vemos um caso dos pronomes cl ticos na forma de pronome pessoal enquanto em 34 podemos observar um caso de cl tico com fun o predicativa j que tem como fun o destransitivisar o verbo op cit Podemos ainda observar que os pronomes cl ticos apresentam diferentes padr es de coloca o Em portugu s os cl ticos podem ocorrer em tr s posi es distintas s o elas a pr clise a nclise e a mes clise A pr clise ocorre quando os pronomes cl ticos est o colocados numa posi o imediatamente antes do seu hospedeiro isto esquerda da forma verbal A Maria s lhe disse a verdade A nclise d se quando os cl ticos se encontram numa posi o ulterior ao hospedeiro portanto direita da forma verbal A Maria disse lhe a verdade Finalmente a mes clise ocorre quando os cl ticos est o no interior do seu hospedeiro Esta posi o constitui uma marca do portugu s antigo em que as formas de futuro e de condicional eram ainda analisadas como formas anal ticas constitu das pela forma infinitiva do verbo principal e pelo auxiliar haver no presente e no imperfeito do indicativo Se me fizesse essa pergunta recusar me ia a responder Brito Duarte e Matos 2003a De notar como afirmam as autoras ref
177. n ilustrados em 71 foram mantidos como empr stimos Estas situa es em particular referem Bergstr m e Reis 1975 evidenciam um caso de composi o Como referem os autores este uma das formas mais abundantes na forma o de voc bulos Por este processo re nem se duas ou mais palavras ainda que de diversas categorias a fim de formarem uma s palavra Segundo os mesmos autores nas palavras compostas nota se que cada voc bulo possui sentido distinto e a significa o de um deles principal determinada e restringida pelo sentido do outro ou dos outros determinantes Podemos ver que a palavra web se juntou respetivamente s palavras marketing e design por si s estrangeirismos j integrados no l xico criando duas novas palavras na l ngua cujo significado extrapolado pela jun o das duas palavras Para nenhum destes termos existem equivalentes em portugu s pelo que opt mos pela utiliza o do empr stimo semelhan a do que acontece em v rios outros textos da especialidade escritos em portugu s Finalmente no exemplo 73 ocorre uma outra express o muito utilizada em portugu s Esta express o pode ser vista de duas maneiras ou na l ngua comum como equivalente da express o que significa na hora certa ou mesmo a tempo ou em contextos de l ngua especializada como uma express o utilizada pelas organiza es que 135 designa um sistema de administ
178. n o auxiliar a compreens o da a o Quanto caracteriza o das personagens esta pode ser direta ou indireta direta quando fornecida ao leitor atrav s do narrador ou das falas das personagens sendo a indireta quando deduzida pelo leitor a partir do comportamento das personagens Neste aspeto todas as personagens de maior import ncia as principais e as secund rias s o caracterizadas de um modo direto umas vezes atrav s dos di logos entre personagens outras atrav s das descri es do narrador O narrador por sua vez aquele que conta a hist ria Pode ser participante quando est presente na a o como personagem principal ou secund ria ou n o participante quando est ausente e n o desempenha qualquer papel na a o Nesta obra o narrador n o desempenha qualquer papel na a o n o interfere limitando se a descrever os acontecimentos por isso um narrador n o participante Podemos dizer ainda que o narrador apresenta uma posi o subjetiva uma vez que durante a apresenta o de certos factos possui uma posi o emocional e sentimental sobretudo no que diz respeito descri o de personagens como o Sr e a Sra Bennett Finalmente o narrador pode ser omnisciente quando conhece tudo o que diz respeito s personagens e aos acontecimentos ter focaliza o interna quando adota o ponto de vista de uma personagem ou ter focaliza o externa quando apenas conhece o exterior das person
179. n o assim t o simples uma vez que o tradutor tende a dar prefer ncia por vezes inconscientemente a um dos lados aproximando se ou afastando se do autor ou do leitor Mesmo esta quest o n o consensual entre os acad micos e te ricos pois enquanto uns defendem uma tradu o virada para o texto fonte outros defendem uma tradu o virada para o texto alvo Como afirma Landers 2001 Academicians tend more toward the sourcerer approach Certos autores como Umberto Eco apud Landers 2001 por exemplo defendem uma tradu o virada para o texto alvo Os adeptos deste tipo de tradu o virada para o texto alvo consideram que os leitores devem perceber que est o perante uma tradu o resistance is the concept that a translation should patently demonstrate that it is a translation Landers 2001 Os tradutores que seguem esta via de acordo com o autor referido evitam excluir quaisquer elementos identificadores da origem do texto Para muitos destes tradutores a suavidade e a transpar ncia do texto podem ser consideradas uma marca de uma mentalidade colonizadora e o facto de a tradu o ser de dif cil compreens o uma prova da sua fidelidade cultura e l ngua alvo Inclusive Nemet Nejat 1991 apud Landers 2001 afirma a successful translation must sound somewhat alien strange not because it is awkward or unaware of the resource of the second language but because it express
180. ncia etc a outrem que passa a poder representar e agir em nome do primeiro To Disconnect Desligar eur lex To Download Descarregar IATE Tamb m fazer download To Subscribe Subscrever infop dia To Toggle Comutar infop dia Trocar permutar Toolbox Caixa de europa eu ferramentas Traffic Tr fego IATE A carga num sistema ou dispositivo de comunica o Traffic driven Tr fego orientado texto da empresa Trigger Disparador IATE Recurso de programa o executado sempre que o evento associado ocorrer Unique visitors Visitantes nicos eur lex Unsubscribe Cancelar a teleroute pt susberi o User Utilizador europa eu IATE User groups Grupos de ecb europa eu utilizadores Web application Aplica o Web eur lex Sistemas de inform tica projetados para utiliza o atrav s 65 de um navegador na internet ou em redes privadas Web marketing Web marketing ebbo pt Aplica o de t cnicas m todos e sistemas que permitem a aplica o da filosofia de Marketing internet Webdesign Web design ebbo pt Extens o da pr tica do design onde o foco do projeto a cria o de sites e documentos dispon veis na internet 3 2 2 Gloss rio bilingue de termos de Gest o e Marketing Termo em ingl s Termo em Fonte Observa es portugu s Advertising Publicidade infop dia Beziercurve Curva de B zier IATE Curva po
181. ncia del texto Barcelona Paid s VANDEPITTE Sonia 2008 Translating instructive texts In Hermes Journal of Language ans Communication Studies N 40 Pp 69 82 VILELA Mario 1994 Estudos de Lexicologia do Portugu s Coimbra Livraria Almedina VILELA M rio 1995 Ensino da Lingua Portuguesa L xico Dicion rio Gram tica Coimbra Livraria Almedina VOLLI Ugo 2003 Semi tica da publicidade a cria o do texto publicit rio Lisboa Edi es 70 WERLICH E 1982 A Text Grammar of English Heidelberg Quelle amp Meyer WHITE F D 1996 Communicating Technology Dynamic Process and Models for Writers New York amp USA HarperCollins College Publishers WILLIAMS Jenny e Andrew Chesterman 2002 The Map A Beginner s Guide to Doing Research in Translation Studies Manchester St Jerome Publishing YEBRA Valent n Garc a 1989 Teor a y Pr ctica de la Traducci n Madrid Editorial Gredos ZETHSEN Karen Korning 1999 The Dogmas of Technical Translation Are They Still Valid In Hermes Journal of Linguistics N 23 Pp 65 75 ZULUAGA Alberto 1980 Introduccion al estudio de las expresiones fijas Tiibingen Max Hueber 183 Webgrafia Empresa de acolhimento http www ayr consulting com pt Realtime http www realtime co pt Knowledge Pills Methodology http pt edupills eu IATE http iate europa eu Linguee http www linguee pt Dicion rios e Enciclop d
182. ndo sobretudo do p blico ao qual o texto se dirige o tradutor pode fazer certas altera es no texto fazendo uso de algumas estrat gias de tradu o de modo a que a mensagem seja completamente recebida pelo leitor Entre essas estrat gias contam se por exemplo a convers o de pesos e medidas a adi o de notas de rodap ou a substitui o de nomes de pessoas e lugares por outros mais familiares sobretudo para a tradu o de livros infanto juvenis Como apontado por Landers 2001 a linguagem utilizada deve corresponder ao original quer isto dizer que perante um texto do s culo XIX como o que foi traduzido no mbito do est gio o tradutor deve adequar a linguagem e as formas de tratamento s utilizadas na altura Por outro lado num texto contempor neo destinado a um p blico juvenil far mais sentido utilizar formas de tratamento e linguagem mais modernas como o uso do cal o por exemplo Gutt 1991 apud Hassan 2011 como poderemos ver pela seguinte cita o da mesma opini o acrescentando Because literature allows multiple interpretation there should be freedom in literary translation to consider a wide range of implicatures Thus rendering the equivalent effect of the original requires freedom to explore different interpretations House 1981 apud Gon alves 1999 apresenta alguns crit rios que t m como fun o avaliar a tradu o liter ria entre outros tipos de tradu o A
183. ndo os autores referidos solucionar estes problemas com uma simples pausa no trabalho perguntando a um colega ouvindo m sica relaxante ou avan ando para outra parte do texto deixando a resolu o do problema para outra altura Finalmente os problemas textuais os que mais importa esclarecer aqui referem se ao modo como um fragmento de texto processado a como se torna poss vel encontrar outras vers es para o mesmo fragmento a como traduzir met foras por exemplo a quest es ret ricas entre muitos outros aspetos As estrat gias para resolver estes problemas s o divididas em tr s categorias principais as sint ticas as sem nticas e as pragm ticas Eis a lista destes tr s tipos de estrat gias consideradas por Chesterman 1997 apud Chesterman e Wagner 2002 Estrat gias Sint ticas Estrat gias sem nticas Estrat gias pragm ticas Tradu o literal Sinon mia Filtragem cultural Empr stimo decalque Anton mia Mudan a de grau de explicita o Transposi o Mudan a de tipo de unidade Mudan a da estrutura sintagm tica Mudan a da estrutura da ora o Mudan a da estrutura fr sica Mudan a de coes o Mudan a de n vel Mudan a de esquema ret rico Hipon mia hiperon mia Opostos Mudan a de grau de abstra o Mudan a distribucional Mudan a de nfase Par frase Mudan a de tropo Outras mudan as sem nticas Mudan a de informa o Mudan a interpessoal Mudan a ilocu
184. necess rio utilizar o seu equivalente em portugu s Ali s como j referimos em sec es anteriores na rea das tecnologias bastante comum a utiliza o dos termos sob a forma de empr stimos dado que a procura de equivalentes nas diferentes l nguas poder p r em causa o seu reconhecimento e a compreens o do seu significado Neste caso concreto a nossa op o foi igualmente fundamentada no facto de atrav s de uma pesquisa de resultados constatarmos que existe um maior n mero de ocorr ncias em textos em portugu s do termo e commerce do que do seu equivalente com rcio eletr nico 104 a User engagement and support is a vital part of every e commerce website but very often hard to achieve b O envolvimento e o apoio ao cliente s o partes vitais de todos os sites de e commerce por m s o muito dif ceis de alcan ar Texto n 9 O excerto abaixo apresentou nos algumas dificuldades de tradu o do termo apresentado a negrito Ap s algumas pesquisas n o encontr mos nenhuma proposta de tradu o e que ocorresse um equivalente em portugu s para este termo Repar mos contudo que mesmo em textos portugueses ele ocorre como empr stimo com bastante frequ ncia ainda que essencialmente em sites de especialidade Como tal decidimos manter o termo original uma vez que o texto de onde o exemplo foi retirado pertence igualmente a um site dedicado s tecnologias de informa o 105 a Ho
185. ngl s on a daily basis encontra um equivalente em portugu s em palavras como quotidianamente ou diariamente Embora ambos os adv rbios apresentem o mesmo significado referente a algo que acontece ou se faz todos os dias opt mos pela palavra diariamente por esta apresentar uma maior frequ ncia de utiliza o O exemplo seguinte mostra nos a ocorr ncia de uma express o fly about A tradu o desta express o mostrou se como iremos ver problem tica devido ao texto em que ocorre 77 a She could not imagine what business he could have in town so soon after his arrival in Hertfordshire and she began to fear that he might be always flying about from one place to another and never settled at Netherfield as he ought to be b N o conseguia imaginar que neg cios podia ele ter na cidade e t o cedo ap s a sua chegada a Hertfordshire e receou que ele pudesse estar sempre a deslocar se de um lado para o outro e que nunca se instalasse definitivamente em Netherfield como era suposto Texto n 22 139 Como podemos ver a express o assinalada em a fly about pode apresentar os seguintes significados atividade ou movimento irregular informal sem prop sito Merriam Webster mudan as frequentes num curto per odo de tempo The Free Dictionary inst vel correr de um lado para o outro e andar a voar de um lado para o outro Infopedia Pelas
186. nsidera o de que esse texto pertence a uma cultura diferente daquela em que o tradutor est inserido Esta ideia est presente nas seguintes palavras de Pym 1992a apud Robinson 2006 Although questions like the definition of a culture are commonly thought to be beyond the scope of translation theory their solution could become one of translations studies main contributions to the social sciences Instead of looking for differentiated or distilled cultural essences it could be fruitful to look at translations themselves in order to see what they have to say about cultural frontiers It is enough to define the limits of a culture as the points where transferred texts have had to be intralingually or interlingually translated That is if a text can adequately be transferred moved in space and or time without translation there is cultural continuity And if a text has been translated it represents distance between at least two cultures Segundo varios te ricos como Holmes 1973 Even Zohar 1979 1992 Bassnett 1991 Snell Hornby 1995 Delabastian e d Hulst 1993 Hermans 1985 apud Robinson 2006 a tradu o portanto controlada pela cultura alvo Isto porque o p blico alvo de um determinado texto quem necessita de compreender um texto que exterior a si ou seja um texto que n o seu que n o pertence sua cultura A tradu o assim controlada moldada pela cultura e a l ngua qu
187. ntes l nguas e culturas e aproximando atrav s da divulga o das obras diferentes povos Resumindo todo o tradutor profissional um escritor mas n o autor pois n o o criador original dos livros que traduz Apenas podemos denominar o tradutor como autor no que se refere ao seu trabalho criativo j que ele quem inventa descobre formas de transmitir uma determinada mensagem mais ou menos criativa e original de uma l ngua e cultura para outra por vezes totalmente diferente tentando encontrar pontos em comum onde por vezes eles n o existem 90 Cap tulo HI Problemas e Dificuldades de Tradu o Neste cap tulo ser o apresentados alguns dos problemas e dificuldades de tradu o com que nos depar mos no decorrer do est gio Os problemas apresentados n o representam os nicos problemas encontrados mas aqueles que consider mos mais importante apresentar no relat rio e aqueles que apresentaram um maios peso Neste cap tulo iremos apresentar problemas de sintaxe problemas de l xico e outros tipos de problemas que por n o se inserem em nenhum dos pontos anteriores ser o apresentados num subcap tulo denominado Outros Problemas Como podemos ver de seguida fazemos uma apresenta o geral de cada problema e ilustramos com exemplos retirados das tradu es Para cada exemplo apresentado explicamos os problemas ou as dificuldades encontradas tanto na l ngua de partida o ingl
188. ntos da narrativa podemos ainda analisar o texto ao n vel da a o das personagens do espa o do tempo e do narrador A a o pode ser dividida em central e secund ria A central inclui o conjunto de sequ ncias narrativas de maior import ncia J a secund ria constitu da por acontecimentos menos relevantes para a hist ria mas que completam e esclarecem a a o central Neste aspeto podemos dizer que a a o central diz respeito s perip cias da fam lia Bennet enquanto a a o secund ria corresponde visita do Sr Bingley a casa dos Bennet Quanto organiza o das a es ou sequ ncia esta caracterizada como encaixada pois a a o secund ria insere se dentro da a o central No que se refere s personagens agentes da narrativa em torno dos quais gira a a o estas podem distinguir se quanto sua import ncia como principais ou protagonistas quando desempenham um papel central secund rias quando possuem um papel de menor relevo e figurantes quando t m uma posi o irrelevante no desenrolar da a o Assim podemos dizer que Elizabeth Bennet e o Sr Darcy s o as personagens principais j que a a o decorre em redor destas personagens O Sr 39 Bingley o Sr Bennet e a Sra Bennet s o personagens secund rias pois possuem pap is de menor import ncia Por fim os figurantes s o as irm s de Elizabeth Sir William e Lady Lucas a Sra Long entre outras personagens cuja nica fu
189. o Brito Duarte e Matos 2003b denominam este tipo de sujeito sujeito nulo indeterminado ou de refer ncia arbitr ria Aqui o sujeito est realizado lexicalmente mas identificado pela concord ncia verbal como uma terceira pessoa do plural As autoras afirmam ainda que o sujeito nulo de 3 pessoa do plural tem duas interpreta es distintas pode designar um conjunto contextualmente definido ou pode exprimir o chamado sujeito indeterminado ou de referencia arbitraria algu m Tamb m o pronome cl tico se uma forma de exprimir o sujeito indeterminado tal como afirmado no texto referido Por fim Cunha e Cintra 1984 fazem refer ncia ora o sem sujeito Neste caso contrariamente ao caso do sujeito indeterminado o sujeito n o pode estar presente na ora o Este tipo de sujeito ocorre em frases com verbos impessoais tais como haver chover e parecer por exemplo Em rela o a este ltimo Brito Duarte e Matos 2003b denominam no sujeito nulo expletivo Segundo estas autoras espera se que em frases com verbos que n o seleccionam um argumento externo n o seja necess rio ocupar a posi o de sujeito com um pronome suporte um sujeito expletivo lexicalmente realizado 2 Zz Em contraste o ingl s uma l ngua em que o sujeito obrigatoriamente realizado Segundo Huddleston e Pullum 2012 it is typical for the subject
190. o necess rio biblioteca da empresa Durante este per odo decidimos que os documentos a traduzir sempre que poss vel seriam divididos igualmente pelos dois e que antes de entregues as tradu es seriam revistas por ambos Esta op o teve como finalidade dois objetivos principais tentar detetar algum erro ou lapso que poderia ter passado despercebido ao tradutor e 4 tentar uniformizar os termos e a linguagem utilizada de modo a n o ser percet vel o facto de os textos terem sido traduzidos por duas pessoas O est gio curricular teve a dura o total de 240 horas dividas pelos dois semestres numa propor o de 180 horas no primeiro semestre e as restantes 60 horas no segundo semestre Inicialmente o calend rio proposto pela empresa de acolhimento estava dividido em quatro fases sendo que a primeira fase do est gio decorreria entre os dias 17 e 28 de setembro de 2012 a segunda fase entre os dias 5 e 30 de novembro de 2012 e j no segundo semestre entre os dias 4 e 22 de mar o e 8 e 26 de abril de 2013 com um hor rio de 4 horas di rias No entanto no fim da primeira fase do est gio devido s exig ncias do trabalho que estava em curso foi nos pedido que alter ssemos o calend rio proposto e que continu ssemos o trabalho at 26 de outubro de modo a trabalharmos as 120 horas relativas ao primeiro semestre sem a pausa sugerida inicialmente Durante este per odo e devido extens o das semanas de trabalho
191. o e Com m ltiplas interpreta es e Universal e intemporal e Utiliza diversos mecanismos para aumentar o efeito comunicativo e Tende a desviar se das normas lingu sticas Outras caracter sticas igualmente presentes neste g nero de texto s o o car ter est tico a escrita numa forma cuidada a criatividade o efeito emocional e a presen a frequente de figuras de estilo O autor do texto liter rio tenciona despertar no leitor sentimentos e emo es e gra as ao car ter subjetivo destes textos provocar uma variedade de interpreta es Nesta linha de pensamento Lima 2010 afirma que nos textos liter rios predomina o fator subjetivo Acrescenta ainda Os textos liter rios suscitam rea es variadas nos seus recetores visando a sua interpreta o visto que h uma componente pragm tica que tem de ser tomada em considera o Subentende se aqui a no o de que o discurso liter rio se realiza atrav s da multiplicidade de sentidos que as palavras assumem 25 A exist ncia desta plurissignifica o difere de pessoa para pessoa pois moldada pela experi ncia de vida pela sensibilidade pela bagagem afetiva e intelectual de cada leitor Cada um destes elementos influencia o leitor a entender a obra de uma certa maneira Tal como referido por Belhaag 1997 apud Hasan 2011 o texto liter rio n o um registo lingu stico ef mero uma vez que tem como objetivo a sua preserva o intempo
192. o alvo E o produto resultante do processo referido anteriormente e funciona no contexto sociocultural da l ngua alvo Hatim e Munday 2004 Tal como os autores atr s referidos podemos concluir que apesar de nesta ace o a tradu o ser um processo que envolve duas l nguas e portanto abarcando necessariamente altera es mudan as no entanto necess rio conservar a equival ncia do sentido e do estilo presente no original de forma a assegurar que o produto resultante seja um texto adequado Existem no entanto outros autores para os quais a fun o da tradu o transcende a passagem de informa o de uma l ngua para outra Assim para os autores alem es H nig e Kussmaul 1982 Reiss e Vermeer 1984 e Holz M ntt ri 1984 apud Lima 2010 a tradu o n o deve ser encarada como um processo de transcodifica o mas antes como um ato de comunica o Estes autores veem o texto como uma parte integrante do mundo e n o como uma amostra isolada da l ngua Tamb m nas palavras de Robinson 2006 a tradu o deve ser encarada como uma forma de comunica o um canal para a circula o de ideias e opini es informa o e poder No mundo globalizado em que vivemos hoje em dia e tamb m com o crescimento do com rcio internacional a tradu o com efeito uma atividade com uma expans o crescente dado que se traduz num n mero cada vez maior de l nguas e a uma cada vez maior velocidade dadas
193. o as not cias e os textos t cnicos que apresentam as instru es de instala o de determinadas aplica es Os textos informativos s o sobretudo textos de pequenas e m dias dimens es que informam os potenciais clientes sobre as vantagens de possuir a tecnologia em quest o S o textos em que ocorrem frequentemente termos especializados e que apresentam alguma complexidade sendo orientados para pessoas que t m alguma familiaridade com tecnologias A subcategoria das not cias diz respeito a um separador que cont m not cias sobre a tecnologia Realtime publicadas em diversos jornais e revistas nacionais e internacionais da especialidade Aqui os poss veis compradores podem aperceber se das refer ncias feitas em diversas partes do mundo a esta tecnologia Este conjunto de artigos corresponde geralmente a textos de reduzidas dimens es e de f cil compreens o destinando se a um p blico menos especializado Finalmente os textos de instru es de instala o s o textos de grandes dimens es que apresentam muitas listas e tabelas contendo frases complexas e grande quantidade de terminologia t cnica Estes textos s o dirigidos a t cnicos de inform tica ou outras pessoas com conhecimentos suficientemente avan ados para poderem lidar com os c digos e as instru es fornecidos como os programadores Seguidamente ser apresentada a lista de textos t cnicos traduzidos divididos nas sub reas anteriormente ref
194. o isto a obrigatoriedade de o sujeito estar presente na tradu o Como podemos na frase Ele pareceu muito impressionado com Jane medida que dan ava a omiss o do pronome ela leva a ambiguidades n o sendo expl cito quem dan ava se ele ou Jane Nestes casos e de modo a evitar problemas de compreens o necess rio realizar o sujeito na frase 2 Problemas de L xico Muitos dos problemas com que o tradutor se depara na sua atividade de tradu o est o relacionados com aspetos lexicais respeitantes s l nguas com as quais trabalha Ao longo do trabalho de tradu o realizado durante o est gio pudemos encontrar diversos problemas relacionados com aspetos lexicais Um dos problemas referidos nesta sec o a problem tica das quest es culturais abordada com base em alguns exemplos surgidos durante o est gio em que poss vel examinar a interfer ncia na tradu o de diferen as culturais entre as l nguas trabalhadas ou seja neste caso o ingl s e o portugu s Outro dos assuntos aqui referidos prende se com problemas relacionados com equival ncia de palavras ou express es entre as duas l nguas Como veremos existem muitos termos do ingl s que n o apresentam uma equival ncia com termos do portugu s Nestes casos tornou se necess rio procurar o termo mais adequado de modo a transferir para a tradu o a mensagem presente no texto original A aus ncia de equivalentes atestados na
195. o prop sito inten o e objetivo Dado que neste exemplo em particular design n o poderia ter sido traduzido por desenho tra ado design e padr o tivemos de optar por um dos outros significados Em rela o a estes efetu mos ainda uma pesquisa de sin nimos onde decidimos traduzir design para des gnio palavra mais formal e mais adequada ao estilo de escrita deste texto liter rio e sin nima de inten o e prop sito Finalmente tomemos em considera o o exemplo 85 85 a You mistake me my dear I have a high respect for your nerves They are my old friends I have heard you mention them with consideration these last twenty years at least b Est equivocada minha querida Tenho muito apre o pelos seus nervos S o meus velhos amigos Oi o a falar deles com considera o durante os ltimos vinte anos pelo menos Texto n 22 29 Neste exemplo e ap s verificarmos que os equivalente possiveis para respect s o respeito admira o e considera o opt mos por traduzir este n o pelos seus equivalentes mais imediatos e diretos mas por um dos seus sin nimos Assim apre o um sin nimo de respeito contendo ainda dentro do seu significado estima e considera o 146 2 4 Tradu o por Perifrase De acordo com o Dicion rio Terminol gico a perifrase uma figura ret rica t
196. o compreender o significado desta express o no contexto em que ela ocorre o que poderia dificultar a compreens o de toda a frase 100 a Because it breathes new life into an age old tradition that was under serious threat of disappearing b Porque d uma nova vida a uma tradi o antiga tradi o essa que esteve em s rios riscos de desaparecer Texto n 22 155 O exemplo abaixo retirado dos textos t cnicos cont m uma express o que nos pareceu um pouco criativa tendo em conta o texto em que se inseria Perante a express o inglesa fresh new num texto desta natureza deparamo nos com duas op es de tradu o novo em folha ou fresquinho Optamos pela primeira uma vez que Downloads fresquinhos para si n o nos pareceu uma tradu o adequada Assim Downloads novinhos em folha para si faz uso de uma express o corrente em portugu s novo em folha permitindo ao mesmo tempo manter o sentido presente no texto de partida O sentido desta express o tamb m mais imediato para o leitor Quanto tradu o escolhida Neves 2000 apresenta ambas as express es novo em folha e novinho em folha como v lidas mas ap s fazermos uma pesquisa de resultados entre as duas verific mos que a segunda apresenta um maior n mero de resultados raz o pela qual opt mos por esta tradu o 101 a Fresh new downloads for you just take a pick and start developing in
197. o das diferen as entre a constru o passiva e a constru o ativa em ingl s referindo que in active clauses the subject is the agent responsible for performing the action In passive clauses the subject is the affected entity and the agent may or may not be specified Seguidamente iremos observar alguns exemplos de frases em que ocorrem constru es ativas e passivas e que nos levantaram alguns problemas de tradu o Nos exemplos que come amos por apresentar ocorre uma constru o passiva no texto em ingl s que foi traduzida para portugu s utilizando uma constru o ativa Neste caso o fundamento para proceder a esta mudan a foi a obten o de uma maior clareza mas tamb m a produ o de um texto que parecesse mais natural isto com menos interfer ncia da l ngua inglesa Para al m disso a utiliza o de uma constru o ativa permitiu manter um paralelismo com os restantes elementos da enumera o em que se usam igualmente constru es ativas o que nos pareceu uma vantagem para a sua compreens o 31 a This means that a user may have read only access to a channel will only receive data may read and write to a channel both send and receive data or no access at all no data from this channel will be received by the user and he she won t be able to use the channel to broadcast data b Isto significa que um utilizador pode apenas ter acesso de leitura a um canal ir apenas receber dados
198. o de texto que est frequentemente presente nos manuais de instru es e nos livros de receitas por exemplo guiando o leitor na montagem de um aparelho ou na elabora o de um prato Segundo Werlich 1982 apud Vandepitte 2008 nestes casos the writer s aim is for the reader to be able to do something pelo que estes textos devem ser diretos e claros Vandepitte 2008 refere ainda o seguinte Although instructive texts do not need to create much desire with the reader they do need to persuade readers to do something in a certain way to do something in a certain order not to skip any steps and to do something with certain materials Este tipo de texto pode apresentar v rias caracter sticas O texto instrucional apresenta ent o tal como referem Koch e F vero 1998 apud Marinello et al 2008 instru es ordenadas sequencialmente direcionando o leitor a um determinado comportamento Marinello et al 1998 referem que estes textos utilizam normalmente verbos no imperativo no infinitivo e no futuro do presente Por outro lado o texto instrucional apresenta uma linguagem comum que se caracteriza por voc bulos express es e constru es usuais Op cit ou seja uma linguagem simples clara e em que predominam frases curtas Os mesmos autores referem ainda a linguagem objetiva como caracter stica t pica deste tipo de textos evitando se deste modo a constru o de frases extensas que poderi
199. o os nicos Para se manter certas passagens humor sticas trocadilhos ou mesmo para manter um di logo natural entre personagens isto um di logo que n o pare a for ado necess rio por vezes alterar completamente as frases sendo ent o necess rio o uso da adapta o Landers 2001 Este m todo defende o mesmo autor pode ter melhores resultados do que a tradu o convencional mas tamb m mais dif cil de alcan ar pois necess ria uma maior flexibilidade para reestruturar completamente as frases A este prop stio Landers afirma Adaptations are not inferior to translations They merely apply a different set of methods to the selfsame problem of recreating as closely as possible for the TL reader the effect experienced by the SL reader In some ways adaptations are even more challenging than more conventional translations for they demand even greater flexibility O autor mostra nos ainda que perante um determinado problema poss vel encontrarmos v rias solu es poss veis O autor d como exemplo o que poder o tradutor fazer quando perante uma frase demasiado longa em que o autor faz uso de 36 v rias v rgulas para separar v rias ora es Como resolu o deste problema o tradutor teria sua disposi o v rias escolhas e Partir a frase mais longa noutras mais curtas e pausadas ao inv s da frase longa que pretendia dar a no o de rapidez De notar que esta op o alt
200. o se se trata de ideias v lidas e corretas Relativamente ao aspeto referido em 1 certamente que um dos principais objetivos da maioria dos textos t cnicos transmitir informa o factual Contudo este n o o nico objetivo destes textos O facto de dar continuamente import ncia apenas sua fun o informativa desvia as aten es do tradutor para a presen a de outras fun es do texto o que poder prejudicar a tarefa de tradu o Zz Quanto quest o da terminologia este sem sombra de d vidas um dos grandes desafios que se colocam tradu o t cnica A terminologia um elemento da tradu o que apresenta alguma dificuldade e que implica um grande investimento em termos de tempo No entanto o tradutor n o pode perante este facto dedicar a sua aten o apenas terminologia esquecendo se assim de ter em conta outros dispositivos lingu sticos com igual import ncia para a adequa o da tradu o Com efeito como afirma Zethsen 1999 o texto t cnico n o deve ser visto como a collection of technical terms Deve antes ser visto como uma entidade escrita que serve v rios prop sitos Enquanto o tradutor estiver apenas focado na terminologia n o poder prestar aten o a esses outros aspetos igualmente relevantes Como apontado pelo autor referido o verdadeiro desafio para o tradutor de hoje em dia reside na capacidade de combinar a terminologia altamente especializada e as caracter s
201. of an Iceberg In The Translator Manchester St Jerome Publishing Vol 10 n 2 Pp 179 198 NEMET NEJAT Murat 1991 Translation and Style In Talisman a Journal of Contemporary Poetry and Poetics NEVES Orlando 2000 Dicion rio de Express es Correntes Lous C rculo de Leitores NEVIS Joel Ashmore 1994 Clitics a comprehensive bibliography Amsterdam John Benjamins NEWMARK Peter 1988 A Textbook of Translation Hemel Hempstead UK Prentice Hall OLIVEIRA Sandra 2010 Semi tica da publicidade a cria o do texto publicit rio In Rev Estud Comum Curitiba Vol 11 N 26 Pp 273 276 PASTOR Gl ria Corpas 1997 Manual de fraseologia espanola Madrid Gredos PAZ Octavio 1970 Traducci n literatura y literariedad Cambridge PINCHUCK Isadore 1977 Scientific and Technical Translation London Andr Deutsch PLANTIN Ch 1990 Essais sur l rgumentation Paris Kim PYM Anthony 1992 Translation and Text Transfer An Essay on the Principles of Intercultural Communication Frankfurt am Main Peter Lang Real Academia de la Lengua Espafiola Diccionario de la Lengua Espanola 21 ed Madrid 1992 REISS Katharina amp Hans Vermeer 1984 Grundlegung einer allgemeinen Translationstheorie T bingen Niemeyer REMI GIRAUT S 1987 Delimitation et hierarchisation des changes dans le dialogue In Cosnier J et al ed Decrire la conversation Lion Presses Universitaires de
202. ohesion in English London Longman HASSAN Bahaa eddin Abulhassan 2011 Literary Translation Aspects of Pragmatic Meaning Newcastle UK Cambridge Scholars Publishing HATIM Basil amp Ian Mason 1990 Discourse and the Translator Harlow Longman HATIM Basil amp Jeremy Munday 2004 Translation An advanced resource book New York USA Routledge HERMANS Theo 1985 The Manipulation of Literature Studies in Literary Translation London Croom Helm HOFFMANN L 1991 Texts and text types in LSP In Schr der H ed Subjectoriented Texts Walter de Gruyter Pp 158 166 HOLMES James S 1975 The Name and Nature of Translation Studies Amsterdam University of Amsterdam HOLZ MANTT RI Justa 1984 Translatorisches Handeln Theorie und Methode Helsinki Suomalainen Tiedeakatemia HONIG Hans G amp Kussmaul Paul 1982 Strategie der Ubersetzung Ein Lehr und Arbeitsbuch T bingen Narr HOORICKX RAUCQ Isabelle 2005 Mediating the Scientific Text A Cultural Approach to the Discourse o Science in some English and French Publications and TV Documentaries In The Journal of Specialized Translation N 3 Pp 97 108 HOUSE Juliane 1981 A model for translation quality assessment T bingen Gunter Naar Verlag HUDDLESTON Rodney amp Geoffrey K Pullum 2012 A Student s Introduction to English Grammar Cambridge Cambridge University Press HUDSON Richard s d Clitics in Word Grammar
203. ols e Torrent 2003 acrescenta ainda que os textos argumentativos visam convencer al oyente de la correcci n o la verdad de una aseveraci n aduciendo suposiciones que la confirmen y la hagan plausible o bien suposiciones a partir de las cuales se pueda deducir Trata se pois de um tipo de texto que tenta convencer o ouvinte de algo mudar as suas convic es ou opini es baseando se no que foi dito Os argumentos induzem refutam ou ajudam a manter as opini es e os comportamentos dos recetores Assim do ponto de vista pragm tico defendem Bassols e Torrent 2003 a argumenta o recorre a um conjunto de estrat gias discursivas orientadas para a demonstra o de uma opini o 57 O texto argumentativo caracteristico por exemplo dos textos publicitarios e dos textos cient ficos trabalhados neste relat rio apresentam como caracter sticas principais A defesa de uma tese A adequa o do texto ao destinat rio e ao objetivo A utiliza o de diversos argumentos O recurso exemplifica o cita o e analogia A utiliza o de refer ncias de conte do do conhecimento do destinat rio No que diz respeito s caracter sticas lexicais mais comuns vis vel o uso frequente de verbos declarativos e de verbos causativos J relativamente a caracter sticas gramaticais podemos observar as seguintes Utiliza o frequente de frases na negativa Ocorr ncia de frases declarativas interroga
204. on respected n o apresenta marcas de concord ncia com o nome J em portugu s o adjetivo respeitada apresenta as marcas de feminino e singular Se ao inv s de publica o estiv ssemos perante o nome jornal ou site ambos masculinos o adjetivo teria de concordar sendo traduzido para respeitado 106 Os exemplos 29 e 30 n o se inserem em nenhum dos grupos anteriores Nestes casos a ordem dos elementos foi alterada por quest es de clareza Podemos pois consider las altera es estil sticas j que n o resultam propriamente de uma obrigatoriedade devida a diferen as gramaticais entre as l nguas 29 a Computers may distract participants if other applications are available b Os computadores podem distrair os participantes caso estejam dispon veis outras aplica es Texto n 19 30 a You ll be able to experiment a few xRTML demos in action bellow b Poder experimentar em baixo algumas demos xRTML Texto n 7 No excerto 29 a express o em causa poderia ser reescrita como caso outras aplica es estejam dispon veis seguindo a ordem do texto original Contudo a ocorr ncia do sujeito no final pareceu nos tornar a interpreta o mais clara Em 30 a express o em baixo foi inserida no interior da frase entre v rgulas Ao seguirmos a ordem do original Poder experimentar algumas demos xRTML em baixo poderia haver alguma ambigui
205. or par frase Tendo em conta que a defini o encontrada na Encyclopaedia Britannica festa do arcanjo S Miguel decidimos traduzir para Festa de S Miguel e n o apenas para Dia de S Miguel Com efeito apenas a primeira express o transmite a ideia de celebra o ideia que necess rio transmitir ao leitor uma vez que este constitui um conceito cultural especifico 123 a Why my dear you must know Mrs Long says that Netherfield is taken by a young man of large fortune from the north of England that he came down on Monday in a chaise and four to see the place and was so much delighted with it that he agreed with Mr Morris immediately that he is to take possession before Michaelmas and some of his servants are to be in the house by the end of next week b A raz o meu caro de precisar de saber que a Sra Long disse que Netherfield foi alugada por um jovem possuidor de grandes fortunas proveniente do norte de Inglaterra Veio na segunda feira numa charrete e acompanhado de mais quatro para ver o lugar e ficou t o enlevado que acordou com o Sr Morris nesse mesmo momento Vai tomar posse antes da Festa de S Miguel e alguns dos seus servi ais s o esperados na casa no final da pr xima semana Texto 23 171 Em rela o a estes conceitos de natureza cultural Baker 1992 afirma o seguinte the source language word may express a concept which is totally unknown in the target cult
206. orma a tradu o apresenta inevitavelmente marcas da individualidade do tradutor pois este escreve baseando se na sua experi ncia e no seu conhecimento do mundo e interpretando um texto de uma forma individual Tamb m o estado de esp rito do tradutor pode influenciar o modo como o tradutor traduz bem como a qualidade do seu trabalho Chesterman e Wagner 2002 Neste sentido atrav s das marcas de individualidade que deixa no seu trabalho o tradutor torna se vis vel Contudo esta visibilidade s observada quando o texto original e a tradu o s o comparados Os tradutores s o mediadores da diferen a s o n o apenas bilingues mas tamb m biculturais Toury 2010 Robinson 2006 caracteriza os tradutores ideais como pessoas que gostam de ler por vezes tr s ou quatro livros ao mesmo tempo e de v rios g neros que gostam de viajar pois s assim conseguem verdadeiramente conhecer v rias l nguas e culturas e que gostam de analisar como as diferentes pessoas falam e agem n o s pessoas com diferentes idades mas tamb m pertencentes a diversos estratos sociais S o tamb m pessoas atentas l ngua e sua evolu o pois n o podem ficar parados no tempo t m de evoluir juntamente com a l ngua Robinson 2006 Os tradutores t m de ser capazes de traduzir textos sobre qualquer tema Sobre este aspeto Robinson 2006 apud Byrne 2006 afirma que translators make a living pretending to be licensed practi
207. os que o equivalente mais adequado seria neste caso o adjetivo pr tico uma vez que os outros significados n o transmitiriam a ideia contida no texto de partida A tradu o do excerto que apresentamos em seguida levantou nos um outro tipo de problema na determina o do equivalente da palavra assinalada chaise Neste caso dado tratar se de um termo que designa um objeto em desuso na atualidade situa o agravada pelo facto de se tratar de um francesismo a procura de um equivalente na l ngua de chegada foi dificultada pela inexist ncia de informa o em v rios dicion rios consultados 81 a Why my dear you must know Mrs Long says that Netherfield is taken by a young man of large fortune from the north of England that he came down on Monday in a chaise and four to see the place and was so much delighted with it that he agreed with Mr Morris immediately that he is to take possession before Michaelmas and some of his servants are to be in the house by the end of next week b A raz o meu caro de precisar de saber que a Sra Long disse que Netherfield foi alugada por um jovem possuidor de grandes fortunas proveniente do norte de Inglaterra Veio na segunda feira numa charrete e acompanhado de mais quatro para ver o lugar e ficou t o enlevado que acordou com o Sr Morris nesse mesmo momento Vai tomar posse antes da Festa de S Miguel e alguns dos seus servi ais s o esperados na casa no
208. os tem como objetivo a economia de tempo na procura da tradu o de um termo j anteriormente traduzido Com efeito a consulta de gloss rios torna desnecess ria a reitera o de pesquisas j efetuadas pelo pr prio tradutor ou por outros tradutores que trabalharam textos inscritos numa mesma rea Por outro lado a constru o de gloss rios permite evitar inconsist ncias na terminologia utilizada ao longo de um mesmo texto ou em textos da mesma rea de especialidade contribuindo desta forma para uma uniformiza o terminol gica que por tornar as tradu es mais coerentes internamente e entre si facilita a compreens o por parte do leitor 3 2 Apresenta o dos Gloss rios Os gloss rios que ser o seguidamente apresentados s o gloss rios bilingues que integram termos que foram trabalhados ao longo do est gio Apresentam uma coluna com o termo original em ingl s e outra coluna com o termo que lhe equivalente ou sin nimo na l ngua de chegada o portugu s Possuem ainda uma terceira coluna com a informa o da fonte em que foi encontrado o termo equivalente Por op o pr pria decidimos ainda acrescentar uma quarta coluna denominada Observa es na qual introduzimos informa o relativa aos termos que consider mos pertinente Tamb m por 59 op o decidimos n o colocar o significado dos termos presentes no gloss rio j que o nosso objetivo central n o era ter uma defini o do termo mas sim
209. otioners of professions that they have typically never practiced Byrne 2006 considera ainda que a ideia de fingir implica que o tradutor saiba o suficiente de uma rea para lidar com o texto ou que seja capaz de adquirir a informa o necess ria Os tradutores podem ent o ser vistos nesta perspetiva segundo afirma Robinson 2006 como impostores falsos fingidores pois simulam ser profissionais licenciados de reas que nunca praticaram Neste sentido s o como atores possuem diversas vidas encarnam personagens para convencer os clientes de que s o quase m dicos advogados ou economistas Robinson 2006 apresenta nos algumas caracter sticas que o tradutor deve possuir e que o ajudar o a ser um bom profissional Entre outras destaca se o facto de o tradutor ter de estar atento aos detalhes de ser meticuloso de ser fiel s instru es do cliente de possuir capacidades de pesquisa de ser vers til para traduzir textos fora da 86 sua rea de especializa o e de possuir conhecimentos sobre programas de tradu o assistida por computador Os clientes t m de confiar na tradu o o texto final e no tradutor Para tal o tradutor deve ser fi vel n o s em termos de exatid o do seu trabalho mas tamb m em termos do modo como conduz todo o processo isto do seu profissionalismo O tradutor deve ainda ser vers til e ser capaz de produzir resumos coment rios ou adapta es de um texto caso o cliente o pe a
210. ponsible to distribute the flyers and present the campaigns in classes selling the ideas to other students lecturers and members of staff b Para al m disso os estudantes foram tamb m respons veis pela distribui o de folhetos e pela apresenta o das campanhas na aula vendendo as ideias a outros estudantes a professores e aos funcion rios auxiliares Texto 20 Segundo a autora this strategy involves replacing a culture specific item or expression with a target language item which does not have the same propositional meaning but is likely to have a similar impact on the target reader op cit Esta estrat gia gives the reader a concept with which s he can identify something familiar and appealing idem Neste caso est em causa a tradu o de lecturer Segundo o dicion rio Oxford Student s este nome designa a person who gives talks to teach people about a subject especially as a job in a university Por outro lado no dicion rio da Porto Editora lecturer traduzido para conferencista ou professor Visto que a frase apresentada e 122 a foi retirada de um texto em que refere uma Faculdade ser natural utilizar os termos correspondentes em portugu s que sejam utilizados no mbito do ensino universit rio Leitor outra das tradu es poss veis apresentadas no site da Infop dia mas em Portugal esta designa o utilizada para referir uma determinada c
211. posi o com o MA artigo definido Como podemos ver em habituado ao bot o e entendimento das 665 99 fam lias a preposi o a e de est contra da com o artigo definido dando origem respetivamente s formas ao e das 1 2 Ora es Relativas Segundo Brito e Duarte 2003 as ora es relativas s o ora es subordinadas iniciadas pelos tradicionalmente designados pronomes adv rbios ou adjetivos relativos As mesmas autoras afirmam que as relativas podem apresentar tr s fun es distintas como modifica o de uma express o nominal antecedente como modifica o de uma outra ora o ou podem ainda ser relativas livres Brito e Duarte 2003 admitem que as relativas com antecedente nominal por sua vez podem ser de dois tipos S o eles as relativas restritivas ou determinativas e as relativas apositivas explicativas ou 97 n o restritivas As primeiras segundo as autoras contribuem para a constru o do valor referencial da express o nominal J as ora es relativas apositivas ou explicativas de sintagma nominal exprimem um coment rio do locutor acerca duma entidade denotada por um SN o antecedente da relativa Estas n o contribuem para a constru o do valor referencial da express o nominal que as antecedem As ora es relativas apositivas de frase apresentam um coment rio acerca da proposi o anterior Finalmente as or
212. presentar as datas e as diferen as que dizem respeito a denomina es de profiss es por exemplo O exemplo que apresentamos em 119 ilustra ent o as diferen as entre as l nguas decorrentes da exist ncia de diferentes sistemas monet rios 168 119 a Realtime gets 100M to create a real time overlay for the web b Realtime recebe 100 milh es de d lares para criar uma segmenta o em tempo real para a Web Texto 8 Uma vez que n o nos foi pedido pelo supervisor do est gio para procedermos ao c mbio de d lares para euros mantivemos na tradu o o valor e a refer ncia da moeda original Foi no entanto necess rio proceder a algumas altera es no texto Para al m da substitui o do s mbolo pela designa o correspondente quest o abordada na subsec o Simbolos e da abreviatura M pelo termo correspondente referida na sec o Abreviaturas foi necess rio realizar algumas adapta es de forma a que o texto resultante se tornasse mais claro facilitando a sua compreens o pelo p blico da l ngua de chegada As datas s o outro tipo de express es que podem ter de sofrer algumas altera es ao serem traduzidas sobretudo se a ordem pela qual ocorrem os elementos que as comp em for diferente de cultura para cultura Como podemos ver no exemplo que apresentamos em seguida o texto de partida segue o m todo referido por Maillot 1975 que corresponde maneir
213. que respeita utiliza o de apenas um termo para designar um mesmo conceito e Fluida e simples principalmente ao n vel da sintaxe e da constru o fr sica de modo a tornar o texto acess vel a um p blico de baixa literacia e C lere na leitura e breve na extens o de modo a facilitar a leitura de materiais t cnicos ou outros textos de cariz utilit rio As frases curtas s o mais eficazes na veicula o da informa o do que frases longas de estrutura complexa Como faz notar Cruz 2012 embora haja mais tra os dos textos t cnicos e consequentemente da tradu o t cnica estes s o os tra os mais marcantes dos textos t cnicos que formam assim uma escrita simples facilmente intelig vel e acess vel ao seu p blico alvo 2 1 2 1 Os dogmas da tradu o t cnica Zethsen 1999 refere a exist ncia daquilo que designa por dogmas da tradu o t cnica Trata se de ideias que ainda s o frequentemente aceites como verdades caracterizadoras da tradu o t cnica mas que como veremos este autor refuta Eis os principais dogmas por ele referidos 1 O objetivo da tradu o transmitir informa o factual 2 O grande desafio a terminologia 13 3 N o necess ria nenhuma estrat gia de tradu o em especial desde que o tradutor esteja familiarizado com a terminologia e a sintaxe t pica dos textos t cnicos Zethsen 1999 apresenta uma reflex o sobre estes tr s dogmas verificand
214. r stimo por este ser por enquanto bastante mais comum na rea da inform tica tal como nos foi poss vel constatar atrav s da consulta de diversos textos inscritos na mesma rea Observemos em seguida um outro exemplo 68 a Cool Vendor by Gartner b Considerado Cool Vendor pela Gartner Texto n 6 Na tradu o da express o apresentada em 68 seguimos a mesma estrat gia utilizada nas situa es referidas anteriormente pois Cool Vendor corresponde tanto quanto pudemos averiguar a uma designa o espec fica utilizada pela empresa Gartner Mais concretamente pelo que verific mos Cool Vendor uma esp cie de pr mio de carimbo de qualidade que a empresa Gartner da as empresas que produzem produtos ou servi os originais e interessantes no mbito das tecnologias Como tal consider mos que a express o em causa deveria manter se na l ngua original pois esta designa o n o possui equivalente em portugu s e n o possu mos autoridade para criar uma designa o para o portugu s j que esta estaria a cargo da empresa Gartner Note se que a pesquisa em textos paralelos nos permitiu constatar que efetivamente a express o em causa sistematicamente usada na sua forma inglesa em textos escritos em portugu s Tamb m no exemplo 69 Load Balancer o nome de um dispositivo espec fico e uma vez que n o tem nenhuma designa o atestada em portugu s opt mos por tal como nas situa es desc
215. ra o da produ o que determina que algo deve ser produzido transportado ou comprado antes da hora certa Uma vez que esta express o se refere a um nome de um sistema de controlo e gest o utilizado nas empresas este n o deve ser traduzido uma vez que n o possui um equivalente atestado na l ngua Todos os exemplos apresentados neste grupo dizem respeito a empr stimos que ocorrem sistematicamente em textos da especialidade Estes tal como afirmado por Correia 2005 correspondem a empr stimos terminol gicos j consagrados pelo uso quer seja por especialistas quer seja por n o especialistas da rea da inform tica Finalmente o ltimo grupo de exemplos que apresentamos ilustra a ocorr ncia de express es importadas de outra l ngua mas que contrariamente aos casos anteriormente referidos s o usadas na l ngua comum ou seja sem estarem associadas a uma rea do conhecimento especializada O exemplo que apresentamos em 74 cont m uma express o que significa saber fazer ou seja per cia Podemos verificar que a express o de origem inglesa know how j se encontra atestada na nossa l ngua pelo que opt mos por manter o empr stimo A tradu o para outra express o poderia n o permitir transmitir a mensagem da mesma forma podendo eventualmente causar problemas de compreens o por parte do leitor 74 a It facilitates know how b Facilita o know how Texto n 19 O exemplo 75 q
216. ra o Portugu s Disserta o de Doutoramento em Estudos Portugueses Universidade Aberta ALVES Ana Teresa Pintassilgo da Costa 2012 Transcreation Desafios e potencialidades da tradu o do texto publicit rio Disserta o de Mestrado Universidade Nova de Lisboa AMMAN M amp HJ Vermeer 1990 Entwurf eines Curriculums fiir einen Studiumgang Translatologie und Translatorik Heidelberg Institut fiir Ubersetzen und Dolmetschen ANDRADE Ana Rebello 2002 A Terminologia do empr stimo lingu stico no Portugu s Europeu uma terminologia amb gua Jn Duarte Isabel Margarida Joaquim Barbosa S rgio Matos Thomas Hiisgen org Encontro Comemorativo dos 25 Anos do Centro de Lingu stica da Universidade do Porto Porto Centro de Lingu stica da Universidade do Porto Pp 35 44 ARA JO Juliana Ge rgia Gon alves amp Lia Raquel Vieira de Andrade 2012 O olhar da an lise do discurso sobre o texto publicit rio In Eutomia Revista de Literatura e Lingu stica Pp 492 505 ARROYO Marisa Diez 2009 Phraseological Units Persuasion and Translation In Revista Alicantina de Estudios Ingleses Vol 22 Pp 45 62 BAAKES K 1994 Key issues of syntax in the special languages of science and technology s l Julius Groos Verlag BAKER Mona 1992 In other words a coursebook on translation New York Routledge BAKR SEREX M 1997 On Language Varieties and Translation Cairo BAR HILLEL Y 1959 Report on t
217. radu o t cnica muitas vezes vista como estando na base no fundo da atividade de tradu o e frequentemente considerada como sendo pouco mais do que um exerc cio de equival ncia de terminologia especializada Byrne 2006 No entanto a tradu o t cnica est ligada a uma investiga o te rica muito promissora e as suas ra zes na tradu o comercial e na comunica o t cnica tornaram na uma rea bastante rica e complexa Estima se que cerca de 90 do volume anual mundial de tradu es perten am rea da tradu o t cnica Kingscott 2002 apud Byrne 2006 N o um dado assim t o surpreendente se tivermos em conta a import ncia da disponibilidade da informa o t cnica nas v rias l nguas devido sobretudo internacionaliza o de empresas e legisla o europeia Cruz 2012 acrescenta a este respeito que a tradu o t cnica est presente na vida das empresas dos manuais escolares da publicidade dos meios de transporte entre muitos outros Com efeito a tradu o t cnica como referido anteriormente n o apenas um exerc cio de equival ncias de termos t cnicos O texto produzido pelo tradutor deve para al m de atender a todas as caracter sticas do texto original ser orientado para o leitor O tradutor do texto t cnico deve ter em conta a quem o texto alvo se dirige e adaptar a sua escrita ao seu p blico Segundo Cruz 2012 o tradutor deve ter em mente que muitos textos t cnicos que
218. ral e imut vel ou seja a sua mensagem sempre verdadeira contrariamente ao que se verifica relativamente aos textos t cnicos cujo valor de verdade pode mudar ao longo dos tempos medida que a ci ncia ou as tecnologias evoluem 2 2 2 A tradu o liter ria Como foi j referido anteriormente a tradu o uma atividade com um papel importante ao estabelecer liga es entre as diferentes culturas e na es Segundo Hassan 2001 a tradu o liter ria particularmente permite que as diferentes na es alcancem uma cultura comum O autor acrescenta ainda que a tradu o liter ria tem um papel importante no que toca a aumentar a consci ncia e compreens o entre as diversas culturas distinguindo se assim de outros tipos de tradu o A tradu o liter ria como afirma Landers 2001 tenta transportar o processo criativo do autor para outra l ngua Como tal deve manter as caracter sticas do texto liter rio Riffarterre 1992 apud Hassan 2011 acrescenta que a tradu o liter ria deve transmitir todas as caracter sticas liter rias do texto fonte tal como efeitos sonoros e as figuras de estilo entre outros Gutt 1991 apud Hassan 2011 real a ainda que o estilo do texto original deve ser mantido na tradu o Por outro lado a tradu o liter ria de acordo com Landers 2001 deve afetar os leitores do texto traduzido da mesma forma que afetou os leitores do texto original Ou seja
219. ramentas anteriormente referidas s o as ferramentas TAC Estas como refere Cruz 2012 representam um tipo de ferramenta que cont m na verdade v rios tipos de ferramentas diferentes tais como corretores ortogr ficos mem rias de tradu o e bases de dados terminol gicas entre outras A utiliza o destas ferramentas torna se bastante til para o tradutor j que incluem v rias outras que facilitam o seu trabalho tornando o mais r pido e eficaz Por exemplo as mem rias de tradu o s o bases de dados de segmentos de texto na l ngua de partida e na l ngua de chegada Esta ferramenta traz ao tradutor duas principais vantagens acelera o processo de tradu o uma vez que o tradutor n o precisa de voltar a traduzir segmentos que j foram anteriormente traduzidos e assegura que segmentos iguais s o traduzidos da mesma maneira dando estabilidade terminol gica ao texto ao evitar traduzir um mesmo termo por equivalentes diferentes As bases de dados terminol gicas por sua vez ajudam o tradutor a gerir os termos que encontra nos textos traduzidos em bases de dados que podem posteriormente ser partilhadas entre outros tradutores contribuindo assim tamb m desta forma para a referida estabilidade terminologia neste caso de um ponto de vista intertextual 85 8 As caracteristicas do tradutor Como foi referido a tradu o nasce atrav s da perspetiva interpretativa da an lise pessoal de cada tradutor Desta f
220. rase de forma a passar a mensagem de que Elizabeth estava feliz pela irm Jane De outra forma o leitor poderia n o compreender o que se pretendia 2 5 Coloca es Coloca es a designa o a sequ ncias de palavras que ocorrem em conjunto com uma frequ ncia muito elevada Nas palavras de Halliday e Hassan 1976 apud Hatim 149 e Mason 1990 in general any two lexical items having similar patterns of collocation that is tending to appear in similar contexts will generate a cohesive force if they occur in adjacent sentences Os mesmos autores afirmam ainda o seguinte in translation the colocations should in general be neither less unexpected i e more banal nor more unexpected i e demanding greater processing effort than in the ST Seguidamente apresentaremos alguns exemplos onde podemos ver a ocorr ncia deste fen meno No exemplo que se segue podemos ver a express o de l ngua inglesa whole new experience Quando o tradutor encontra esta express o esta na grande maioria das vezes sen o sempre traduzida por experi ncia completamente nova No entanto experi ncia inteiramente nova ou nova experi ncia s o tradu es igualmente poss veis mas estas op es n o podem ser consideradas coloca es Assim o tradutor deve perante express es deste g nero optar por encontrar a combinat ria de palavras que mais usual 91 a It
221. rbidding disagreeable countenance and being unworthy to be compared with his friend b Ent o descobriram que era orgulhoso presun oso dif cil de agradar e nem a sua extensa propriedade em Derbyshire o puderam salvar de ser visto como algu m de uma apar ncia intimidante e de desagrad vel semblante indigno de ser comparado ao seu amigo Texto n 22 A palavra estate designa a large area of land in the country that is owned by a family or an organization and is often used for growing crops or raising animals Cambridge Dictionary De entre as tradu es poss veis quinta propriedade e herdade opt mos por propriedade dado esta ser a palavra que melhor transmite o significado de estate e por outro lado ser de uso mais frequente na poca retratada do texto 2 3 2 Sinon mia Interlingu stica e tradu o por equival ncia A sinon mia intralingu stica como vimos verifica se nos casos em que numa l ngua diferentes palavras est o associadas a um mesmo significado Por outro lado a sinon mia interlingu stica tamb m denominada como equival ncia interlingu stica ocorre quando existem equivalentes entre dois sistemas lingu sticos diferentes neste caso entre o ingl s e o portugu s 141 A prop sito da quest o da sinonimia interlingu stica que afeta unidades terminol gicas Duquet Picard 1986 apud Contente 2008 afirma o seguinte il est bien vident que existence
222. refere ao site traduzimos uma lista de termos e pequenas frases Estes diziam respeito a um conjunto de comandos que seriam tamb m introduzidos no site por programadores Nesta primeira fase e com respeito as ferramentas utilizadas recorremos a internet e as Newsletters oficiais do cliente para efetuar todas as pesquisas de termos Em rela o aos sites da internet utiliz mos bases de dados terminol gicas como o IATE dicion rios bilingues como a Infop dia dicion rios monolingues como o The Free Dictionary e sites de corpora paralelos como o Linguee Devido inexist ncia de informa o necess ria para efetuar certas tradu es tive tamb m de recorrer a alguns sites e blogs da especialidade como o blog portugal a programar pt e O site zetes pt por exemplo medida que amos traduzindo fomos construindo um gloss rio de termos da rea das tecnologias da informa o gloss rio esse que ser apresentado mais frente no relat rio A constru o dos gloss rios ao longo de todo o est gio teve como finalidade uniformizar o l xico utilizado tanto nestes textos como em tradu es futuras e evitar perdas de tempo desnecess rias que poderiam ocorrer futuramente caso o termo em quest o ocorresse v rias vezes Foi combinado no in cio do est gio que a tradu o seria dividida entre os dois ou seja cada um faria a tradu o de um separador do site para evitar repeti es de textos traduzidos Contudo fomo no
223. relat rio de est gio na parte correspondente aos Anexos Anexo 1 Note se tamb m que pelo facto de termos de traduzir um site e de este estar inevitavelmente em constante muta o houve diversos separadores desta p gina de internet que traduzimos mas que alguns dias depois no momento da revis o dos mesmos j n o estavam online Tivemos pois nestes casos de fazer uma revis o dos documentos muito mais limitada visto que n o t nhamos como aceder aos textos originais Estes acabaram por n o ser utilizados pelo cliente que os retirou definitivamente do site J no segundo semestre o trabalho realizado foi repartido pelas duas semanas de est gio restantes Na primeira semana traduzimos textos publicit rios na rea da gest o e das tecnologias e artigos acad micos Tal como no primeiro semestre os textos a traduzir foram divididos entre os dois e posteriormente sujeitos a uma revis o conjunta Tanto os textos cient ficos como os textos publicit rios foram tradu es efetuadas a pedido de clientes da Ayr Consulting Como tal tivemos tamb m prazos a cumprir quanto data de entrega das tradu es Os textos publicit rios dizem respeito a uma metodologia de gest o do conhecimento nas empresas Knowledge Pills Methodology S o textos informativos que explicam a forma de utiliza o bem como as vantagens de uma metodologia de forma o de recursos humanos dentro das organiza es J o texto cient fico conc
224. rer num gt Palavra grafada em portugu s do Brasil a pedido da empresa de acolhimento onde realiz mos o est gio 127 contexto espec fico para serem devidamente reconhecidas uma vez que o seu uso muito generalizado n o requerendo a sua interpreta o um conhecimento especializado A tradu o de ambas estas siglas no entanto n o nos pareceu uma solu o vi vel No primeiro caso SMS traduz se para portugu s como servi o de mensagens curtas mas este nome n o na maioria das vezes reconhecido pelo leitor como referente a SMS raz o pela qual deix mos a sigla pela qual este servi o conhecido No segundo caso a sigla ATM apenas poderia ter sido traduzida para Multibanco de modo a ser compreendida pelos leitores Contudo e ap s algumas pesquisas constat mos que o nome Multibanco uma marca registada pelo que optamos por manter a sigla ATM ja que esta igualmente reconhecida pelos leitores n o causando portanto entraves compreens o do texto Por ltimo no exemplo 63 decidimos seguir uma estrat gia de tradu o diferente Uma vez que U S uma forma reduzida de United States poder amos ter optado por adotar a sigla correspondente em portugu s E U No entanto esta sigla poderia ser confundida com a sigla normalmente usada como forma reduzida de Uni o Europeia European Union E U gerando uma situa o de ambiguidade Tamb m n o opt mos pelo uso da sigla E U A por
225. resentamos e analisamos alguns problemas concretos que surgiram durante a realiza o do nosso trabalho S o ent o apresentados os problemas de tradu o que foram mais significativos e que consider mos mais importante referir num relat rio de final de Mestrado Foi nesta parte estabelecida uma distin o entre problemas de natureza sint tica e problemas relacionados com aspetos lexicais Em cada caso os fen menos referidos s o ilustrados com alguns exemplos retirados dos textos traduzidos acompanhados com a justifica o para a nossa escolha de tradu o Palavras chave tipologia textual gloss rios quest es de tradu o problemas de sintaxe problemas de l xico Abstract This internship report aims to present the translation problems that emerged during the work carried out during the internship in Ayr Consulting a consulting firm headquarted in Estoril This report is divided in three different parts At first we present the work accomplished during the internship where we describe the firm as well as the way the internship was conducted Then we present the types of texts worked during the internship With regard to each type of text we refer their general characteristics the way the translator should work on them and the description of the texts translated at the internship For those texts that had a greater work load we present some questions that were considered important These questions aimed to show th
226. respeito utiliza o da v rgula Como real ado por Bergstr m amp Neves Reis 2004 em portugu s os modificadores da frase devem ser isolados por v rgulas Assim no presente excerto o modificador adverbial provavelmente foi delimitado por v rgulas contrariamente ao que acontecia no texto de partida 112 a You browse the web a lot and you re probably used to the refresh button by now Well with real time technology that simple action becomes obsolete that and so much more b Como navega muito na internet est provavelmente habituado ao bot o atualizar Com a tecnologia real time essa simples a o torna se obsoleta Essa e muitas mais Texto n 1 No exemplo 113 tamb m tivemos de alterar um pouco a pontua o da frase substituindo uma v rgula por um ponto final pelo que o par grafo em quest o passou a ser constitu do por dois per odos e n o apenas por um Com efeito para mantermos apenas um per odo ter amos de acrescentar um conector como por isso ent o assim ou portanto que permitisse ligar as duas partes da informa o 113 a In the world of development a demonstration speaks louder than words so check our realtime demos and get in touch with us b No mundo do desenvolvimento uma demonstra o vale mais do que palavras Veja as nossas demos Realtime e entre em contato connosco Texto n 7 No exemplo 114 est ilustrada uma das maiores
227. ress o sprain pode ser traduzido como torcer ou distender J ankle geralmente traduzido por tornozelo Contudo em situa es em que uma pessoa tem uma entorse mais usual dizer torcer o p do que torcer o tornozelo e nessa mesma situa o n o dir distender o tornozelo ou distender o p Assim perante a express o assinalada em a o tradutor poder traduzi la de duas maneiras torcer o p ou torcer o tornozelo Escolhemos a primeira por considerarmos que esta na linguagem falada mais comum do que a outra 94 a Oh that he had sprained his ankle in the first place b Tomara que tivesse torcido o p logo na primeira dan a Texto n 22 Como pudemos observar a ocorr ncia de uma coloca o no texto de partida tem de ser traduzida para uma coloca o que ocorram na l ngua de chegada de modo a que o leitor n o fique perante express es que lhe sejam estranhas 151 2 6 Unidades Fraseol gicas Durante a an lise dos textos que traduzimos podemos observar a ocorr ncia de alguns elementos denominadas unidades fraseol gicas As unidades fraseol gicas o objeto de estudo da Fraseologia podem ser definidas como todas as constru es lingii sticas formadas por combina o fixa de duas ou mais palavras Zuluaga 1980 apud Silva 2006 Por sua vez Pastor 1997 apud Silva 2006 define este mesmo termo como
228. retamente um artigo acad mico relata um trabalho de investiga o sobre a responsabilidade social em cursos de Marketing Mais especificamente um relat rio de um estudo realizado com base na an lise do comportamento de alunos de uma universidade portuguesa Para a tradu o destes dois tipos de texto recorremos a dicion rios online bilingues e monolingues como a Infop dia e o The Free Dictionary a sites de corpora paralelos como o Linguee e a sites de bases de dados terminol gicos como o IATE No caso dos textos publicit rios recorremos ainda ao site oficial do projeto que desenvolveu a metodologia referida o site pt edupills eu de modo a perceber melhor de que produto se tratava Ao longo do processo de tradu o fomos tamb m construindo gloss rios tem ticos para cada tipo de texto Uma vez que estes textos eram mais pequenos do que os do primeiro semestre tamb m os gloss rios s o de menores dimens es O facto de n o serem textos t o especializados como os tratados durante o primeiro semestre foi tamb m um fator que contribuiu para a reduzida dimens o destes gloss rios Finalmente na segunda e ltima semana de est gio traduzimos um texto liter rio Para a tradu o liter ria n o dividimos os textos entre n s mas cada um traduziu um texto diferente O nosso coordenador de est gio p s nos disposi o um livro de Jane Austen e tivemos a oportunidade de escolher uma das suas obras No meu caso trad
229. ritas anteriormente utilizar o termo como um 133 empr stimo Pelas raz es j mencionadas atr s tamb m neste caso opt mos pela utiliza o de um artigo no masculino na constru o da express o nominal 69 a By using its Load Balancer ORTC distributes load between two or more servers vastly increasing the processing power and therefore the throughput of the whole ORTC system b Usando o Load Balancer o ORTC distribui a carga entre dois ou mais servidores aumentando enormemente a capacidade de processamento e portanto a produtividade de todo o sistema ORTC Texto n 3 O segundo grupo de dados que apresentamos permite nos ilustrar a ocorr ncia de alguns empr stimos j consagrados pelo uso em portugu s 70 a You browse the web a lot and you re probably used to the refresh button by now b Como navega muito na internet est provavelmente habituado ao bot o atualizar Texto n 1 71 a Display Advertising Social Media Advertising Search Engine Advertising Search Engine Optimization Mobile Advertising Email Marketing Web Marketing Consulting and Webdesign b publicidade gr fica publicidade nos media sociais publicidade em motores de busca otimiza o de motores de busca publicidade m vel marketing por e mail consultoria de webmarketing e webdesign Texto n 4 72 a Customize your Javascript download b Personalize o download do seu Javascript Texto n 6
230. rma verbal Este fen meno como anteriormente foi tamb m referido s poss vel no Condicional e no Futuro do Indicativo Este tipo de coloca o de cl ticos mais usual nos textos liter rios dado que os referidos tempos verbais por estarem associados a um registo formal ocorrem sobretudo em textos deste g nero Como tal durante a tradu o de Orgulho e Preconceito depar mo nos com uma situa o em que seria necess rio o uso da mes clise exemplo que passaremos a apresentar No exemplo 51 podemos ver o uso da mes clise em ser lhe Esta constru o mais apropriada do que ser imposs vel que ela nos apresente ou ser imposs vel para ela apresent lo exemplos de alternativas para evitar a utiliza o da mes clise Estes contudo n o nos parecem t o adequados pelo que preferimos 118 utilizar a mes clise O clitico lhe no interior da forma verbal do verbo ser no Futuro do Indicativo refere se 3 pessoa do singular neste caso ela Este pronome pode ser visto no exemplo em ingl s onde a n o ocorr ncia de cl tico obriga realiza o do pronome t nico her 51 a Sim verdade disse a sua m e e a Sra Long n o volta sen o na v spera portanto ser lhe imposs vel apresentar no lo pois ela ainda n o o ter conhecido b Aye so it is cried her mother and Mrs Long does not come back till the day before so it will
231. rmo foi alvo de diferentes op es de tradu o No exemplo 107 ocorre um termo que corresponde ao nome de uma metodologia de trabalho Knowledge Pill pelo que consider mos adequada a op o de manter a designa o na sua forma original visto n o existir nenhuma atesta o da sua tradu o para a l ngua portuguesa Contudo no exemplo 108 devido utiliza o de Knowledge Pill como um trocadilho entre a designa o do produto e a refer ncia a um comprimido ou uma p lula que tomamos em caso de doen a ou como suplemento vitam nico opt mos por uma tradu o Assim decidimos traduzir Knowledge Pill para P lula de Conhecimento pois caso mantiv ssemos a designa o original a frase j tomou o seu Knowledge Pill n o teria o impacto pretendido j que n o iria ser transposto para o texto de chegada o trocadilho presente no texto de partida 107 a This tool is the Knowledge Pill a small unit of explicit knowledge in a multimedia format to be used from the just in time training perspective 160 b Este instrumento a Knowledge Pill uma pequena unidade de conhecimento explicito em formato multim dia para ser utilizado numa perspectiva de forma o just in time Texto n 19 108 a Have you had your Knowledge Pill b J tomou a sua P lula de Conhecimento Texto n 19 A tradu o de termos como acab mos de ver tamb m n o est isenta de p
232. roblemas e dificuldades Nem sempre f cil para o tradutor saber como traduzir certos termos sobretudo nas reas em constante desenvolvimento e onde n o existe uma tradu o atestada para todos os termos Sem se poder apoiar numa regra espec fica o tradutor ter de analisar cada caso em particular e decidir fazendo as pesquisas necess rias sobre qual a melhor forma de tradu o 3 Outros Problemas Como referido no in cio do cap tulo nesta sec o ser o apresentados dois tipos de problemas que n o se inserem nem nos problemas de sintaxe nem nos problemas de l xico S o eles os sinais de pontua o e os s mbolos 3 1 Sinais de Pontua o Os sinais de pontua o t m uma fun o muito espec fica na frase Essa fun o consiste em tentar reproduzir sob forma escrita o ritmo da frase falada Maillot 1975 Como tamb m afirmado por Cunha e Cintra 1984 a l ngua falada apresenta ritmo e melodia caracter sticas de que a l ngua escrita n o disp e Os sinais de pontua o tentam reconstituir essas caracter sticas Os sinais de pontua o dividem se ent o em dois grupos um que consiste nos sinais que marcam uma pausa e outro grupo 161 que compreende sinais que marcam entoa o Al m do mais os sinais de pontua o podem ter tamb m um valor expressivo e ajudam a manter a coes o e a coer ncia num texto ajudando a leitura e a compreens o deste Note se que embora esta ideia n o e
233. rop sito Schleiermacher 1978 apud Yebra 1984 afirma que existem dois m todos dois caminhos poss veis De acordo com o primeiro o tradutor tenta passar para os seus leitores a mesma impress o que o estrangeiro teve ao ler o texto na l ngua original na sua pr pria l ngua De acordo com o segundo o tradutor tenta transmitir a obra aos seus 19 leitores como se esta tivesse sido escrita na lingua deles na lingua de chegada Dadas estas duas hip teses antes de come ar a escrever o tradutor deve ent o escolher se pretende ser fiel cultura e l ngua originais de partida ou cultura de chegada Estes dois m todos de traduzir podem ser referidos respetivamente pelos termos estrangeiriza o e domestica o Estes dois conceitos foram introduzidos por Friedrich Schleiermacher numa palestra proferida em 1813 Lima 2010 Optando pelo m todo de estrangeiriza o segundo Schleiermacher 2003 o tradutor pretende como j referimos aproximar os seus leitores do texto original ou seja da l ngua e cultura de partida o tradutor que se desloca ao que lhe estranho ao texto original um modo de traduzir que respeita a alteridade em que o tradutor traduz de forma mais literal de modo a deixar aos leitores uma sensa o de estranheza de estrangeiro O tradutor preserva algo da l ngua de partida na l ngua de chegada preserva as marcas do autor Para Chesterman e Wagner 2002 nest
234. s o muito importantes por exemplo na rea do com rcio internacional e a tradu o cient fica um ve culo fundamental para a divulga o do conhecimento cient fico a tradu o liter ria contribui para que as diferentes na es alcancem uma cultura universal comum Contudo e apesar da sua import ncia comprovada a tradu o ainda n o conseguiu alcan ar o estatuto e o m rito que lhe s o devidos Isto porque como foi notado por Schulte 2012 a tradu o ainda frequentemente vista como a enteada do mbito das humanidades A popula o no seu geral tem pouco conhecimento sobre o delicado processo de transferir textos de uma l ngua para outra 3 Tradu o e cultura Uma das raz es que contribuem para a desvaloriza o da tradu o est relacionada com o facto de a maioria das pessoas encarar a tradu o apenas como tradu o de l nguas sem considerar a tradu o de culturas Com efeito a tradu o muito mais do que a transfer ncia de equivalentes de uma l ngua para a outra Segundo Lima 2010 foi Wilhelm von Humbolt quem estabeleceu a liga o entre l ngua e cultura Para este fil sofo alem o a l ngua uma express o tanto da cultura em que se insere como da individualidade do falante que aprende o mundo 74 atrav s da sua l ngua Tamb m segundo Toury 1995 a tradu o deve ser vista como tendo significado cultural pois esta inevitavelmente ligada a duas lingua
235. s apercebendo ao longo do nosso trabalho de que alguns textos ou excertos de textos ocorriam em v rios separadores Nestes casos de modo a evitar tradu es diferentes dos mesmos textos opt mos por utilizar como modelo a primeira tradu o que j se encontrasse feita Para que tal acontecesse teve de haver uma comunica o constante entre n s De referir que o site que traduzimos pertence a uma empresa portuguesa denominada IBT Internet Business Technologies que por motivos de competitividade construiu o seu site em ingl s Tamb m por exig ncia do mercado foi necess rio traduzir todo o conte do do site para portugu s nomeadamente portugu s do Brasil O trabalho que nos foi pedido foi o de traduzir todos os conte dos dessas p ginas de internet para portugu s europeu e posteriormente o Dr Eduardo Garcia faria a revis o dos textos por n s traduzidos adaptando os para portugu s do Brasil Contudo a dado momento do nosso est gio foi nos pedido que com a ajuda de uma pequena lista de termos de portugu s europeu e brasileiro que nos foi facultada traduz ssemos utilizando alguns termos j no seu correspondente em portugu s do Brasil A raz o para tal pedido foi facilitar o trabalho do revisor devido quantidade de p ginas que traduzimos e ao tempo de que disp nhamos para entregar o nosso trabalho De referir que esta lista de termos de portugu s europeu e brasileiro ser apresentada no 6 final deste
236. s n o especializados correspondentes a termos consagrados pelo uso Comecemos ent o pela observa o de alguns dados que ilustram a ocorr ncia de termos especializados para os quais n o existe uma tradu o para portugu s 65 a for Developers b Para Developers Texto n 1 No exemplo 65 developer um termo que designa algu m com conhecimentos na rea da inform tica com capacidades ao n vel de um programador inteiramente conhecedor da linguagem inform tica Como tradu es poss veis para este termo temos programador ou desenvolvedor O primeiro termo diz respeito a um especialista encarregado de preparar um programa de computador Uma vez que n o nos pareceu que developer se referisse concretamente a um especialista decidimos n o traduzir por este termo Por sua vez desenvolvedor n o nos pareceu um termo que estivesse diretamente relacionado com a inform tica e com uma pessoa com capacidades de quase programador Assim decidimos neste caso usar esta palavra como um empr stimo no texto de chegada Observemos em seguida os dados apresentados em 66 e 67 que ilustram a ocorr ncia de express es correspondentes a denomina es 66 a The Realtime Web b A Realtime Web Texto n 1 131 67 a ORTC Open Real time Connectivity is a secure fast and highly scalable cloud hosted real time many to many messaging system for web and mobile apps b O OR
237. s possuidoras de duas tradi es culturais diferentes envolvendo n o s idiomas diferentes mas tamb m culturas distintas Na mesma linha de pensamento Lima 2010 afirma que a l ngua n o pode ser vista como um sistema isolado num v cuo mas como parte integrante de uma cultura De acordo com a autora temos de ter sempre em aten o que no cruzamento de duas l nguas diferentes existe tamb m o cruzamento de duas culturas diferentes Como tal durante o processo de tradu o o tradutor n o pode fazer passar o significado da mensagem apenas em termos lingu sticos mas tamb m em termos culturais pois essas diferen as de culturas s o tamb m bastante importantes para a adequa o do texto que o tradutor traduz Com efeito os textos tal como foram escritos originalmente apresentam marcas de uma localiza o geogr fica de um ambiente social de um determinado tempo hist rico e das idiossincrasias do autor Flor 1988 Se n o conseguir transmitir todas estas informa es o tradutor estar a alterar o texto a negligenciar a obra que est a traduzir A exist ncia de v rias l nguas e culturas faz com que existam v rios modos de encarar o mesmo mundo Schulte 2012 E neste facto reside a nosso ver uma das principais dificuldades da tradu o perceber que existem diferentes modos de pensar e de ver o mundo e que n o existem formas que possam partida ser catalogadas como corretas ou incorretas A nossa l ngua
238. s preocupa o tradutor Como foi j mencionado a cultura e a l ngua s o indissoci veis pelo que o tradutor profissional que trabalha com v rias l nguas tem obrigatoriamente de lidar com quest es relacionadas com as diferen as entre as culturas associadas s l nguas com que trabalha A este prop sito Newmark 1988 afirma o seguinte Frequently where there is cultural focus there is a translation problem due to the cultural cap or distance between the source and target languages Tamb m Robinson 2006 faz alus o a esta problem tica referindo as v rias op es que est o disposi o do tradutor quando este tipo de quest es se coloca de forma a que os problemas que surgem sejam ultrapassados Segundo o autor op cit Long debates have been held over when to paraphrase when to use the nearest local equivalent when to coin a new word by translating literally and when to transcribe Cabe no entanto ao tradutor analisar o texto e eleger a melhor op o de tradu o para cada palavra ou express o culturalmente marcada A escolha de uma das poss veis estrat gias de tradu o para um determinado problema n o deve ser generalizada a todos os problemas com que o tradutor se depara Entre os exemplos encontrados durante o est gio vamos referir as diferen as existentes no que diz respeito aos diferentes sistemas monet rios as diferen as relativamente ao modo de re
239. s que poder o influenciar a tradu o cient fica tais como a dificuldade dos textos que podem variar entre textos simples a textos bastante complexos a dificuldade lingu stica relacionada com as diferen as a n vel gramatical sem ntico e de escrita entre as l nguas envolvidas na tradu o e a dificuldade ao n vel da l ngua isto referente ao n vel de dificuldade de aprendizagem de uma l ngua Mas para realizarem tradu es cient ficas n o basta os tradutores conhecerem as l nguas com que trabalham Com efeito os tradutores t m ainda de ter conhecimentos sobre os temas que trabalham de forma a que as suas tradu es sejam corretas e adequadas mantendo o necess rio rigor Gregoline et al 2002 Hoorickx Raucq 2005 acrescenta a este respeito que algumas das dificuldades de tradu o que os tradutores de textos cient ficos enfrentam residem nas diferen as entre as culturas envolvidas no processo nomeadamente ao n vel dos equivalentes e nas diferen as de organiza o textual A mesma autora refere ainda que algumas dificuldades podem advir das diferen as textuais entre as l nguas A escassez de conectores a repeti o de palavras chave a frequ ncia de constru es passivas a frequ ncia de verbos estativos e a presen a de termos novos ainda sem equivalentes noutras l nguas podem proporcionar algumas dificuldades para o tradutor O tradutor ter ent o segundo Al Hassnawi s d de conhecer
240. seguran a permitindo ou negando acesso a canais de informa o Texto n 2 O pronome relativo which como ja referido anteriormente usado geralmente para referir entidades n o humanas Este pronome normalmente traduzido para portugu s usando o pronome invari vel que Neste exemplo contudo podemos ver que o pronome n o foi transferido para a tradu o Com efeito a l ngua portuguesa permite a constru o de diferentes frases que transportam o mesmo significado Neste caso o ger ndio do verbo permitir no exemplo 24 b torna a frase equivalente em significado a outra que possua o pronome relativo que Os dados passam pela nossa camada de seguran a que permite ou nega acesso a canais de informa o Opt mos neste caso pela constru o com o ger ndio apenas por motivos de natureza estil stica 103 1 3 Ordem de palavras Existem em todas as l nguas padr es espec ficos respeitantes ordem de palavras dentro de uma frase Yebra 1989 Como afirma Robins 1976 apud Yebra 1989 si una lengua no tuviera una ordenada sistematizaci n de sus palabras en frases nunca podr a ser aprendida por un hablante ni nativo ni extranjero ni dos personas pondr an entenderse utilizando esta lengua No entanto por maior que seja a liberdade de posicionar os elementos essa liberdade n o total uma vez que existem determinadas restri es relativas ordem d
241. semi tica tamb m referida como transmuta o A tradu o intralingu stica diz respeito tradu o que ocorre entre duas variedades de uma mesma l ngua como o portugu s europeu e o portugu s do Brasil Tamb m considerada tradu o uma vez que apresenta algumas das suas caracter sticas nomeadamente a substitui o de itens lexicais por outros equivalentes que s o considerados mais apropriados para o p blico alvo bem como eventualmente uma reestrutura o sint tica A tradu o interlingu stica de acordo com o autor a tradu o que afeta duas l nguas independentes Este o tipo de tradu o mais comum 81 Finalmente o ltimo tipo de tradu o a tradu o intersemidtica ocorre entre dois c digos diferentes sendo um verbal e o outro n o verbal Ocorre atrav s da interpreta o de signos verbais por meio de signos n o verbais Ou seja um texto que perten a a um sistema de signos por exemplo verbal visual ou sonoro traduzido para outro sistema de signos por exemplo no caso de livros que s o adaptados ao cinema 2 Como afirma Robinson 2006 a tradu o uma atividade inteligente que envolve processos complexos de aprendizagem consciente e inconsciente Esses processos dizem respeito s estrat gias utilizadas L rscher 1991 apud Lima 2010 define estrat gias de tradu o como um procedimento potencialmente consciente para a solu o de um problema com que o in
242. seol gica e Omitir a unidade fraseol gica no momento em que ocorre mas introduzi la noutro ponto do texto De seguida analisaremos alguns exemplos onde podemos observar a ocorr ncia de unidades fraseol gicas 152 Comecemos pela observa o do seguinte exemplo 95 a With Knowledge Pills a new employee can measure out in doses the information received in the amount that is necessary in this way ensuring the consolidation of the acquired knowledge b Com as KnowledgePills um novo funcion rio pode dosear a informa o recebida na quantidade necess ria assegurando assim a consolida o do conhecimento adquirido Texto 18 O exemplo acima ilustra a ocorr ncia de uma unidade fraseol gica em ingl s measure out in doses que neste caso pode ser traduzida para uma s palavra do portugu s uma vez que esta l ngua possui um verbo que abarca todo o significado contido na referida express o Assim measure out in doses que significa literalmente medir em doses pode traduzir se usando o verbo dosear Perante a utiliza o deste verbo o leitor compreende que a informa o referida vai sendo recebida na quantidade de que ele necessita estabelecendo se ainda que de forma subjacente a liga o a Pills medicamento ou comprimido que tamb m pode ter de ser tomado em diferentes doses O problema que ilustramos em seguida que ocorreu durante a tradu o do texto liter rio deve
243. specializados j passaram para o dom nio p blico Contudo tal n o quer dizer que deixem de ser especializados De facto frequente as pessoas utilizarem termos especializados na conversa o di ria Como esses termos j est o inseridos no nosso quotidiano muitas vezes esquecemo nos de que pertencem a uma rea de especialidade o l xico do quotidiano est impregnado de terminologia t cnica Cruz 2012 O mesmo autor d como exemplos os utens lios ferramentas e ve culos Por exemplo os termos alicate busca p los chaves de fendas e berbequim s o todos termos que designam ferramentas utilizadas sobretudo na constru o mas que j se tornaram de uso comum O trabalho do tradutor refere Said 2011 ao n vel da terminologia est presente nas seguintes tarefas e Cria o de gloss rios a partir de textos traduzidos e Pesquisa de termos pertencentes a uma rea espec fica Pode encontrar o documento acedendo ao seguinte endere o http www termnet org downloads english about us what is terminology 2006 05 pdf 17 e Verifica o do grau de dificuldade do texto a traduzir com base nos termos t cnicos e Organiza o de gloss rios j constru dos para reaproveitamento futuro A boa gest o terminol gica torna o trabalho dos tradutores muito importante pois ajuda a assegurar a coer ncia e a uniformidade da terminologia utilizada bem como a partilha do vocabul rio
244. spondente a um artigo A presen a do artigo tamb m importante por permitir opera es de individua o fazendo corresponder uma determinada express o a um objeto concreto Duarte e Oliveira 2003 Nos exemplos 1 a 4 podemos ver a obrigatoriedade de uso dos artigos em portugu s que contrasta com o que se verifica em ingl s Em 1 e 4 a Realtime e o xRTML temos o artigo em portugu s a preceder nomes pr prios a contrastar com a sua aus ncia em ingl s Como podemos ver em Cunha e Cintra 1984 sendo por defini o individualizante o nome pr prio deveria dispensar o artigo Mas no curso da hist ria da l ngua raz es diversas ocorreram para que esta norma l gica nem sempre fosse observada e hoje h mesmo grande n mero de nomes pr prios que exigem obrigatoriamente o acompanhamento do artigo definido Uma das raz es dadas por Cunha e Cintra a de o nome pr prio poder ser originalmente um nome comum xRTML segue esta norma raz o pela qual foi acrescentado um artigo Em rela o ao artigo indefinido no exemplo 1 um escrit rio a sua utiliza o antes de um nome comum serve principalmente para a apresenta o de um ser ou de um objecto ainda n o conhecido do ouvinte ou do leitor Cunha e Cintra 1984 este o caso que podemos evidenciar neste exemplo Nos exemplos 2 e 3 os sistemas e os utilizadores segue se a regra geral de utiliza o de um artigo ant
245. ss es J o artigo 92 definido utilizado com nomes de instrumentos musicais rios mares cordilheiras de montanhas e na es formadas por estados O artigo definido n o geralmente utilizado com nomes Existem contudo algumas exce es tais como nomes de jornais e revistas edif cios e obras de arte emblem ticas organiza es hot is e restaurantes entre outros A tradu o destas palavras n o traz ao tradutor na generalidade grandes dificuldades ou problemas de tradu o A dificuldade aparece quando o tradutor est perante uma l ngua que n o possui estes elementos Contudo esse n o o caso do ingl s Excetuando casos particulares o artigo definido e o indefinido s o traduzidos em conformidade com os seus equivalentes na l ngua alvo Veremos nos exemplos abaixo algumas frases onde podemos ver maioritariamente a transfer ncia do artigo definido e indefinido para a tradu o Isto quando no original em ingl s est presente por exemplo um artigo definido este geralmente traduzido para o artigo definido correspondente em portugu s O primeiro grupo de exemplos que apresentamos ilustra a situa o em que na tradu o do ingl s para o portugu s se torna necess ria a adi o de um artigo a preceder os nomes 1 a Realtime Raises 100M Opens Office In Santa Monica b A Realtime obt m 100 milh es de d lares e abre um escrit rio em Santa M nica Texto n 8 2 a S
246. steja presente em textos mais tradicionais a pontua o pode tamb m representar a presen a de determinadas constru es apresentando uma rela o direta com a estrutura das frases Os sinais de pontua o obedecem a um c digo convencionado e portanto est o sujeitos a regras espec ficas que condicionam a sua utiliza o regras essas que variam de uma l ngua para outra Maillot 1975 Este subcap tulo tem como objetivos demonstrar as diferen as de utiliza o de certos sinais de pontua o nas l nguas trabalhadas durante o est gio Para o portugu s partiremos das regras de pontua o apresentadas em Bergstr m amp Neves Reis 2004 No exemplo que apresentamos em 109 a pontua o da frase foi alterada A v rgula um sinal de pontua o que indica uma breve pausa na leitura Utiliza se para separar certos elementos de uma ora o para isolar modificadores apositivos ora es coordenadas ora es participiais e ora es gerundivas entre outros Neste exemplo n o seria adequado utilizar a v rgula sem modificarmos um pouco a frase de modo a que ocorresse algum tipo de conector que permitisse relacionar as sequencias justapostas Estamos sempre abertos a novas ideias e sugest es envie nos as suas dicas poderia ser alterado para Estamos sempre abertos a novas ideias e sugest es por isso envie nos as suas dicas Opt mos antes por eliminar o problema substituindo a v rgula do texto origina
247. sterman e Wagner 2002 para um determinado problema de tradu o poss vel que n o haja apenas uma solu o mas v rias A quest o das estrat gias de tradu o ser abordada mais adiante 5 Fases da tradu o e m todos de traduzir De acordo com Yebra 1984 quer o tradutor esteja ou n o consciente desse facto o processo de tradu o segue duas etapas principais A primeira das etapas diz respeito compreens o do texto original enquanto a segunda etapa se relaciona com a express o da mensagem do conte do para a l ngua alvo Durante a primeira etapa o tradutor procura o sentido o significado presente no texto fonte Aqui o tradutor diferencia se do leitor pela inten o e intensidade da sua leitura Esta mais profunda mais atenta aos detalhes de modo a permitir lhe compreender o texto o melhor poss vel sendo o seu objetivo chegar compreens o total Ainda segundo Yebra 1984 ap s fazer uma an lise exaustiva do texto o tradutor entra na segunda etapa a fase da express o Chegado a esta fase o tradutor procura na l ngua alvo as palavras e express es adequadas para reproduzir o conte do do texto original nesta altura que se realiza a verdadeira tradu o a transposi o do conte do do texto original para um novo texto na l ngua alvo Mas qual a melhor forma de chegar a uma tradu o adequada Como escolher o melhor caminho o melhor m todo para fazer uma boa tradu o A este p
248. t ria Mudan a de coer ncia Tradu o parcial Mudan a de visibilidade Transedi o Outras mudan as pragm ticas O tradutor deve encarar as estrat gias como mudan as alterando algo que esteja menos bem Ou seja se o tradutor n o estiver satisfeito com a tradu o ent o deve alterar mudar algo Como afirma Chesterman 1997 o facto de o tradutor n o estar satisfeito com a tradu o que produziu evidencia problemas com a mesma Estas estrat gias apresentadas acima auxiliam o tradutor a escolher a melhor op o poss vel de modo a ir ao de encontro das suas expectativas de tradu o Apesar de todas estas estrat gias que podem ser utilizadas ao longo de uma tradu o natural que ocorram situa es em que a tradu o possa ter ficado muito 83 aqu m do que era esperado Nestas situa es de perda em rela o ao original e quando o tradutor n o consegue melhorar o trecho do texto em quest o a nica solu o compensar essa perda introduzindo um elemento adequado numa outra parte do texto Isto numa situa o em que o tradutor n o consegue transmitir todo o significado de um trecho por exemplo devido plurissignifica o de um jogo de palavras o tradutor poder tentar ultrapassar essa perda em rela o ao original alcan ando num outro trecho um ganho compensat rio na tradu o por exemplo atrav s da introdu o de determinado elemento que valorize o texto traduzido
249. tal como afirmado por Bassnett 2001 apud Valdez 2009 enquanto ao tradutor confinado a trabalhar um texto produzido por outrem frequentemente atribu do um papel inferior em rela o ao escritor autor Com efeito um texto original a par com o seu autor uma obra nica inimit vel que espelha o esp rito a personalidade do seu autor Freitas 2006 Almeida 1998 apud Valdez 2009 At ao final do s culo XVIII vigorou a ideia de que os tradutores teriam de ser fi is ao texto ao n vel da palavra e n o ao n vel do significado como refere Kelly 1979 apud Valdez 2009 Neste sentido o tradutor era visto como um agente secund rio obrigado a seguir a letra as ordens do seu mestre o texto original ou o autor Contudo a partir do s culo XIX a fidelidade para com o texto deixou de ser encarada ao n vel da palavra mas antes tendo em conta os problemas das diferen as 89 culturais tal como apontado por Schleiermacher 2003 apud Valdez 2009 O desafio hoje em dia transmitir o significado a mensagem do autor de modo a que o texto seja compreendido pelos leitores de uma l ngua e cultura diferentes Neste aspeto o tradutor ter um papel mais importante mais relevante do que aquele que lhe foi dado at ao s culo XVIII At porque seguindo o modelo atual o tradutor ajuda a construir o sentido do texto final isto o tradutor tamb m transp e para a tradu
250. te aspeto Guidere s d denomina a tradu o de publicidade como localiza o j que esta consiste em adapting the company s communication to the specificities of the local environment of the hosting countries targeted by the campaign 49 Segundo ainda o mesmo autor o tradutor de textos publicit rios ter de prestar especial aten o aos seguintes fatores e Fatores socioculturais incluem a religi o os costumes normas ticas normas de conduta entre outros e Fatores pol ticos e legais incluem o sistema pol tico a abertura de determinado pa s ao mundo restri es impostas publicidade entre outros Tendo estes fatores em conta o tradutor ter de se certificar que o texto publicit rio cumpre as normas do pa s em quest o e sobretudo que a mensagem n o ofende o outro Guidere s d refere ainda tr s categorias de aspetos que poder o ser alvo de altera es pelo tradutor caso a cultura em que a publicidade se ir inserir assim o exigir e A adapta o de datas horas pesos medidas unidades monet rias e moradas e O significado das cores e o simbolismo de formas geom tricas e Os estere tipos culturais e os clich s atrav s do dom nio destas tr s categorias bem como dos fatores socio culturais e pol ticos das culturas que trabalha que o tradutor poder efetuar tradu es de textos publicit rios corretas e eficazes Ou seja s assim poder transmitir a mensagem da ag
251. te into a contemporary albeit not slangy or faddish English Como j vimos o texto liter rio relativamente sua exist ncia como obra mensagem que faz passar constitui um texto universal e intemporal Contrariamente Flor 1988 defende que por derivar de um processo historicamente marcado a tradu o liter ria constitui um produto provis rio e ef mero verdade que a l ngua uma entidade mut vel mas a mensagem que ela passa atrav s da escrita n o o Esta ideia apoiada por Landers 2001 ao afirmar que a tradu o tem uma vida de cerca de 30 a 40 anos Isto porque a cada 30 ou 40 anos a tradu o perde a sua capacidade de comunicar com o leitor numa voz contempor nea atual Isto acontece porque a l ngua n o est tica evolui ao longo do tempo Perante a veracidade desta afirma o considera ainda o autor as grandes obras da literatura precisam de ser retraduzidas periodicamente de modo a poderem continuar a realizar a sua fun o de ponte entre culturas e eras 27 2 2 3 A multiplicidade de escolhas da tradu o liter ria Na tradu o de uma obra liter ria o tradutor enfrenta constantemente uma infinidade de escolhas por vezes todas igualmente v lidas no que toca sele o de palavras ao n vel de fidelidade ao texto de partida nfase que deve dar a determinada frase ao uso da pontua o ao registo de l ngua a utilizar ortografia entre muitos outros aspetos ve
252. te no exemplo 89 teve igualmente de ser traduzida por per frase j que uma tradu o mais literal n o seria completamente transparente par o leitor 89 a But I hope you will get over it and live to see many young men of four thousand a year come into the neighbourhood b Mas espero que se consiga restabelecer e que viva para ver muitos jovens com lucros de quatro mil libras anuais a mudarem se para a vizinhan a Texto n 22 No exemplo apresentado acima tivemos de acrescentar a palavra lucros de modo a tornar a frase mais percet vel para o leitor Com efeito a express o vis vel em a four thousand a year traduzida mais letra n o suficiente para transmitir a mensagem contida no original pelo que foi necess rio incluir o termo lucros Deste modo a frase torna se acess vel ao leitor da tradu o Finalmente o exemplo seguinte mostra a ocorr ncia em ingl s de um verbo traduzido por uma express o composta por um verbo e um adjetivo 90 a Elizabeth felt Jane s pleasure b Elizabeth estava feliz pela alegria de Jane Texto n 22 Como pudemos ver pelo exemplo 90 ach mos necess rio de modo a transmitir o significado presente na frase apresentada em a construir uma per frase Com efeito uma tradu o mais letra Elizabeth sentiu a alegria de Jane n o transmite o significado presente no original pelo que foi essencial alterar um pouco a f
253. ten 41 2 3 O Texto Cient fico Embora no mbito do est gio apenas nos tenha sido dado para traduzir um texto cient fico consider mos importante referi lo no nosso relat rio e analis lo quanto s suas caracter sticas t picas bem como refletir sobre o modo com se procede tradu o deste g nero de textos Comecemos por definir aquilo que se entende por texto cient fico passando depois para a apresenta o das respetivas caracter sticas Os textos cient ficos s o textos que visam apresentar informa o objetiva acerca de um tema de determinada rea cient fica S o textos de car ter essencialmente expositivo argumentativo que constituem um instrumento de divulga o de informa o e de conhecimentos especializados transmitindo informa o factual no contexto de outras fun es comunicacionais Dada a sua natureza os textos cient ficos t m como finalidade comunicar resultados de pesquisas clarificar ideias e assuntos provar teorias ou confirmar hip teses contribuir para a produtividade servir de medida de decis es contribuir para o progresso cient fico favorecer o interc mbio cient fico entre outros Os textos cient ficos frequentemente apresentam uma tese ou defendem uma tese assumida por outro cientista Estes textos expressam os conhecimentos de quem o elabora apoiados em autores de renome e apresentando a sua posi o em rela o a um determinado tema concordando ou discord
254. ticas expressivas Contudo esta quest o n o est livre de disc rdia Pinchuck 1977 apud Byrne 2006 por exemplo afirma que o vocabul rio a caracter stica lingu stica mais significante dos textos t cnicos Tamb m Byrne 2006 defende que mais importante saber como escrever o texto do que saber manipular a terminologia Por ltimo no que diz respeito ao aspeto mencionado em 3 certo que o conhecimento das caracter sticas associadas aos diferentes tipos de texto e das suas conven es til para o tradutor Contudo esse conhecimento n o suficiente para efetuar uma boa tradu o As estrat gias de tradu o podem e devem ser usadas para resolver problemas em qualquer tipo de texto que o tradutor tenha dificuldades em 14 traduzir O facto de pertencer a uma ou a outra rea de especialidade n o inviabiliza o uso de estrat gias de tradu o Estas devem ser utilizadas tanto para facilitar o trabalho ao tradutor como para facilitar a compreens o ao leitor 2 1 2 2 A import ncia do estilo no texto t cnico E frequente a ideia de que devido sua fun o predominantemente utilit ria est o ausentes do texto t cnico aspetos relacionados com a dimens o do estilo No entanto esta ideia quanto a n s discut vel O estilo segundo Cunha e Cintra 1984 est relacionado com a individualidade do discurso Estes autores afirmam o seguinte Discurso a l ngua no acto na execu
255. tivas imperativas e exclamativas Predomin ncia de subordina o adverbial Abund ncia de conectores para exprimir oposi o para exemplificar para explicitar para concluir e com valor de reitera o e de certeza A considera o da exist ncia de uma tipologia textual em que diferentes tipos de textos est o associados a diferentes conjuntos de caracter sticas dominantes essencial para a tarefa de tradu o Com efeito o conhecimento textual do tradutor fundamental para lhe permitir o reconhecimento dos tipos de textos que traduz que lhe possibilitar a produ o de tradu es adequadas em que respeita as caracter sticas que lhes est o associadas mantendo as no texto de chegada 58 3 Constru o de Gloss rios 3 1 Objetivos dos gloss rios Os gloss rios s o listas ordenadas alfabeticamente de termos de um determinado dom nio do conhecimento normalmente acompanhados de uma breve defini o Os gloss rios bilingues como os que ser o apresentados nesta sec o integram os termos numa l ngua a l ngua de partida e os seus equivalentes noutra l ngua a l ngua de chegada Enquanto nos gloss rios monolingues o principal objetivo apresentar uma breve defini o ou glosa dos termos nos gloss rios bilingues ou multilingues a glosa um elemento opcional dado que a sua fun o central a de mostrar a equival ncia terminol gica entre as l nguas A cria o de gloss ri
256. tual existe uma press o cada vez maior para que o tradutor fa a um bom trabalho no menor tempo poss vel Hatim e Munday 2004 A rapidez da tradu o pode ser encarada sob dois pontos de vista Por um lado um tradutor com uma velocidade de tradu o elevada pode ter mais facilidade em conseguir arranjar trabalho e consequentemente ganhar mais Contudo e por outro lado esta rapidez pode tamb m ser inimiga do tradutor visto que com uma maior velocidade tamb m existe uma maior probabilidade de erro Robinson 2006 De acordo com Robinson 2006 se o tradutor ap s ter entregado o seu trabalho encontrar um erro na tradu o ou descobrir um equivalente melhor para uma determinada palavra ou express o tem a obriga o de telefonar para a ag ncia ou para o cliente e pedir para alterar a tradu o se tal for poss vel Relativamente aos erros ou lapsos que o tradutor encontra no texto que est a traduzir Wagner e Chesterman 2002 apresentam nos cinco hip teses de escolha para o tradutor a pode optar por n o fazer nada apenas traduzir deixando que o erro permane a na tradu o b pode traduzir literalmente mas colocar a men o sic c pode optar por traduzir com a corre o mas de modo a n o atrair aten es para o erro d pode ainda traduzir com a corre o e acrescentar uma nota de rodap com a refer ncia ao erro no texto original e ou por ltimo pode traduzir com a corre o e pedir ao autor qu
257. u mean b A qual te referes Texto n 22 a It transforms each employee into a training agent inside the organisation to which he belongs b Transforma cada trabalhador num agente de forma o dentro da organiza o qual pertence Texto n 19 Nestes exemplos podemos observar a ocorr ncia de duas situa es em que o constituinte relativo tem a fun o de obliquo nomeadamente em 16 e 17 e de uma outra em que o referido constituinte corresponde a um objeto indireto em 18 cuj a Os exemplos seguintes ilustram a ocorr ncia do pronome relativo cujo e que um pronome vari vel em g nero e em n mero Em ingl s o pronome relativo correspondente whose com uma forma invari vel 19 20 a Amongst the most violent against him was Mrs Bennet whose dislike of his general behaviour was sharpened into particular resentment by his having slighted one of her daughters b Entre os mais impetuosos que estavam contra ele contava se a Sra Bennet cujo desagrado pelo seu comportamento foi agu ado em particular ressentimento por ele ter desprezado uma das suas filhas Texto n 22 a He had entertained hopes of being admitted to a sight of the young ladies of whose beauty he had heard much but he saw only the father 101 b O Sr Bingley tinha grandes expectativas de ser presenteado pela vis o das jovens de cuja beleza ele tanto ouvira falar mas apenas
258. u se ocorr ncia de uma express o inglesa atualmente em desuso e por isso mais dif cil de reconhecer Tamb m neste caso esta express o pode ser considerada uma unidade fraseol gica 96 a Tomorrow fortnight b De amanh a quinze dias Texto 23 Com efeito esta express o corresponde a uma forma inglesa arcaica que significa two weeks from tomorrow O principal problema ao traduzir esta express o foi identificar o seu significado ausente nos dicion rios correntes Tornou se ent o necess rio alargar a nossa pesquisa No site forum wordreference com encontr mos a solu o para este problema Traduzimos ent o esta express o utilizando uma outra que tem igualmente uma natureza fraseol gica de amanh a quinze dias de modo a que o leitor n o tenha problemas de compreens o do texto 153 No exemplo seguinte embora a unidade fraseol gica em causa to go live tenha um equivalente em portugu s foi necess rio proceder a algumas altera es da frase de forma a torn la suficientemente clara para o leitor do texto em portugu s 97 a Realtime launches with 100M to create Live Web The company s technology allows any Web page to go live in real time b A Realtime lan a 100 milh es de d lares para criar a Web Viva A tecnologia da empresa permite que qualquer p gina web seja vista em direto em tempo real Texto 8 Neste caso foi naturalmente n
259. ua compra com os seus amigos ao mesmo tempo que a v A Realtime Web torna as compras online numa experi ncia completamente nova Texto n 1 6 a Econ mico Social was created to be much more than an online platform that aggregates the contents of Di rio Econ mico and Econ mico TV b O Econ mico Social foi criado com o intuito de ser muito mais que uma plataforma online que junta os conte dos do Di rio Econ mico e do Econ mico TV Texto n 9 7 a One cannot know what a man really is by the end of a fortnight b N o se pode conhecer verdadeiramente um homem ao fim de uma quinzena Texto n 22 95 Nos exemplos acima 5 a 7 podemos ver algumas frases em que utilizado o 66 99 artigo indefinido Este em ingl s a e an traduzido para portugu s como um uma uns umas dependendo do nome que o segue Como dito anteriormente a l ngua inglesa n o faz distin o no artigo do g nero e do n mero contrariamente ao que acontece em portugu s Assim o tradutor tem de utilizar os artigos em concord ncia com o nome que os segue Podemos pois ver nos exemplos acima que essa varia o foi levada em conta e passada para a tradu o Por exemplo a question foi traduzido para uma quest o utilizando se a forma feminina do artigo para concordar com o nome feminino quest o Tamb m em a man traduzido para um homem o artigo indefinido u
260. uct tells how to perform a task and provides reference information 2 1 1 Caracter sticas gerais Os textos t cnicos apresentam certas caracter sticas que permitem distingui los de outros g neros de textos O conhecimento destas caracter sticas ajuda o tradutor na realiza o da tradu o Os textos t cnicos apresentam como caracter sticas centrais uma linguagem clara rigorosa precisa objetiva e a presen a de terminologia especializada da rea a 10 que o texto pertence Segundo Zethsen 1999 em termos gramaticais estes textos apresentam frequentes nominaliza es express es nominais com modificadores e est o geralmente escritos na 3 pessoa ou utilizando formas impessoais Baakes 1994 apud Zethsen 1999 acrescenta ainda a economia a concis o e a formalidade como caracter sticas destes textos Os textos t cnicos s o tradicionalmente textos informativos cuja fun o fundamental a transmiss o objetiva de informa o de uma mat ria t cnica So according to the traditional view the purpose of a technical text is to transmit objective information on technical subject Zethsen 1999 O texto t cnico normalmente escrito por especialistas O estilo e a linguagem utilizados nos textos t cnicos variam consoante o p blico a que se destinam bem como consoante a fun o do texto A linguagem usada nos textos t cnicos ser mais herm tica se o p blico alvo for espec
261. ue apresentamos em seguida ilustra tamb m a ocorr ncia de uma express o bastante frequente em portugu s A express o status quo proveniente do latim uma abreviatura da express o mais complexa in statu quo res erant ante bellum no estado em que as coisas estavam antes da guerra significando o estado atual das coisas Como esta express o tamb m usual na l ngua portuguesa decidimos utilizar este latinismo 136 75 a This is important to both enable these future managers marketers but also to continue to question the status quo b Isto importante tanto para habilitar os futuros gestores vendedores como para continuar a questionar o status quo Texto n 20 Como podemos verificar pelos exemplos apresentados nesta sec o a maioria dos empr stimos que encontr mos nos textos que traduzimos s o anglicismos isto palavras importadas do ingl s Tal deve se ao facto j referido anteriormente de esta rea de estudo ter sido desenvolvida sobretudo nos Estados Unidos Assim e na falta de termos equivalentes em portugu s vis vel um elevado n mero de empr stimos relacionados com a inform tica provenientes da l ngua inglesa Retomando a quest o dos estrangeirismos e do processo de adapta o que conduz sua integra o no l xico de uma l ngua os autores Freitas et al 2003 afirmam que essa integra o se processa por fases A primeira fase de integra o evidencia al
262. ue esta estivesse em 7 conformidade com a tradu o em portugu s Assim traduzimos por exemplo focus groups para grupos alvo e alter mos a sigla correspondente para GA O segundo tipo de unidades que referimos atr s diz respeito s siglas que j est o integradas na l ngua isto que j fazem parte do uso sendo por isso facilmente reconhecidas pelo leitor pelo que n o precisam de qualquer explicita o no texto Eis alguns exemplos 61 a This simple application when connected to the ORTC server will subscribe the PING CHANNEL and upon reception of a message will send a new message at the PONG CHANNEL containing the timestamp it s session id and the PONG string 126 b Uma vez ligada ao servidor ORTC esta simples aplica o ir subscrever o PING CHANNEL e ap s recep o de uma mensagem enviar uma nova mensagem no PONG CHANNEL contendo o hor rio o ID da sua sess o e a PONG string Texto n 3 62 a U Near brings intelligence and personalization in the relationship between companies and their customers through a platform that works across all contact channels such as email SMS Internet ATM Call Center among others b A U Near traz intelig ncia e personaliza o ao relacionamento entre as empresas e os seus clientes atrav s de uma plataforma que atua em todos os canais de contatos como o email as SMS a Internet o ATM o Call Center entre outros Texto n
263. uir us lo para transmitir dados Texto n 2 54 a We take security very seriously and it was one of the main concerns of ORTC since day one A good communication system is only as good as its security and content injection is a real issue with internet based systems Users need to feel the information they are sending or receiving is secure b Levamos a seguran a muito a s rio sendo esta desde o in cio uma das principais preocupa es do ORTC Um bom sistema de comunica o s ben fico se a seguran a e inje o de conte do for um problema real nos Internet based Systems Os utilizadores precisam de sentir que a informa o que enviam ou recebem est segura Texto n 2 Os exemplos acima cont m frases finitas em que o sujeito em ingl s est realizado lexicalmente Na tradu o para o portugu s contudo nem sempre se torna necess rio realizar o sujeito A diferen a entre l nguas de sujeito nulo e l nguas que n o o permitem tem sido relacionada com quest es de riqueza morfol gica a interpreta o de um sujeito sem realiza o lexical pode ser em certas l nguas viabilizada pelas marcas flexionais associadas s formas verbais Yebra 1989 a este respeito refere que la frecuencia del uso de los pronombres personales es inversamente proporcional a la diferenciaci n de las formas Palavra grafada em portugu s do Brasil a pedido da empresa de acolhimento onde realiz mos o est g
264. unica tendo em conta a natureza da mensagem o interlocutor o local e as circunst ncias em que se encontra Assim de acordo com o autor referido podemos ter v rios registos de l ngua o registo liter rio o cuidado o corrente o familiar e o popular Este ltimo divide se em regionalismos g ria e cal o Outros autores consideram ainda a exist ncia da linguagem t cnica e cient fica O registo essencial para se saber como escrever pois com tantas varia es poss veis O tradutor tem de escolher a mais adequada obra que tem em m os Ser necess rio utilizar uma linguagem mais ou menos formal Com ou sem regionalismos Deve apresentar cal o ou g ria Muitas vezes o tradutor tem de ler a obra na sua totalidade para descobrir o registo de l ngua dominante pois personagens diferentes podem apresentar registos de l ngua diferentes Al m disso tem de verificar se o registo de uma personagem se mant m constante ao longo de toda a obra se vai sofrendo altera es medida que a hist ria evolui ou se moment neo Tendo em conta todas estas varia es que podem ocorrer numa obra o tradutor tem de ter em aten o qual o registo de l ngua que a obra apresenta e traduzir em conformidade S tomando especial aten o a todas estas varia es da l ngua o tradutor poder conseguir fazer uma tradu o adequada de uma obra liter ria Como vimos tamb m o estado emocional e psicol gico em que o tradutor se encontra pod
265. unidades permitem denominar conceitos cient ficos e t cnicos Como acrescenta Cruz 2012 os termos definem se pelo contexto de utiliza o no discurso especializado diferenciando se da unidade lexical do discurso corrente quando esta existe 16 Segundo uma publica o da organiza o TermNet uma rede internacional sobre terminologia a gest o terminol gica est na base da comunica o t cnica visto que torna a comunica o mais clara reduzindo a ambiguidade Dentro de uma empresa pode ainda refor ar a imagem e o desempenho de um neg cio aumentando a competitividade que poderia ser perdida atrav s de informa o inadequada ou incorreta A gest o terminol gica definida como e A tradu o de terminologia t cnica para uma linguagem orientada para o consumidor isto compreens vel para o consumidor e Nomenclatura monolingue ou multilingue dos produtos de uma empresa tamb m com o intuito de apoiar a identidade de empresa e Defini es exatas para requisitos legais de modo a evitar ambiguidades e problemas legais e Padroniza o isto a tentativa de manter uma terminologia constante uniforme Como afirma Cruz 2012 a exist ncia de um n mero cada vez maior de bases de dados terminol gicas mostra a import ncia da utiliza o de terminologias adequadas para a realiza o de boas tradu es H que levar em linha de conta que sobretudo na rea das tecnologias muitos dos termos e
266. ure The concept in question may be abstract or concrete it may relate to a religious belief a social custom or even a type of food Such concepts are often 999 referred to as cultural specific 172 Conclusao O presente relat rio teve como objetivo a apresenta o e an lise das tradu es efetuadas durante o est gio na Ayr Consulting No primeiro cap tulo deste trabalho procedemos a uma descri o e caracteriza o dos textos traduzidos Tendo em conta que traduzimos textos de diferentes g neros e integrados em diferentes reas mas que a quantidade de textos traduzidos de cada rea n o foi id ntica n o foi poss vel analis los conjuntamente raz o pela qual os textos que apresentaram maior express o foram igualmente aqueles relativamente aos quais apresent mos e desenvolvemos mais informa o Assim foi dada uma maior relev ncia ao texto t cnico dado que foi aquele que se destacou no que diz respeito quantidade de textos traduzidos Com efeito esta maior quantidade de textos t cnicos trabalhados permitiu nos refletir mais profundamente sobre as quest es que a tradu o deste tipo de textos levanta bem como sobre as estrat gias que o tradutor pode seguir para ultrapassar os problemas com que se depara Ainda no primeiro cap tulo apresent mos um conjunto de gloss rios organizados por rea de especialidade Os gloss rios mostram de igual modo a quantidade de textos traduzidos de cad
267. uto poss vel Essa impossibilidade da compreens o total do texto deve se ao facto de o tradutor e o autor n o partilharem as mesmas condi es f sicas e psicol gicas aquando da compreens o do texto que este come a a ser algo pr prio do tradutor Este segundo afirma Bassnett 1980 deve ter em aten o as fun es dos mecanismos estil sticos usados pelo autor de modo a permanecer fiel ao texto original Tem tamb m de prestar particular aten o diversidade de registos e n veis de l ngua 87 utilizados no original Flor 1988 Deve ainda procurar na lingua alvo processos que viabilizem a equival ncia de coloquialismos de formas dialetais de termos que tenham ca do em desuso de trocadilhos de prov rbios de termos em cal o etc Landers 2001 Flor 1988 Segundo Robinson 2006 para efetuar uma boa tradu o o tradutor n o deve confinar se apenas ao seu conhecimento Deve portanto utilizar dicion rios obter informa es junto de profissionais da rea e fazer as pesquisas necess rias na internet para encontrar a solu o para os problemas que a tradu o de um texto lhe coloca O objetivo e a tarefa do tradutor s o ent o produzir textos aceit veis para o p blico ao qual a tradu o dirigida Esta deve ser adaptada ao p blico segundo as exig ncias do cliente Robinson 2006 Newmark 1988 O tradutor tem de ser cada vez mais r pido nas suas tradu es No mercado de trabalho a
268. uzi os tr s primeiros cap tulos do livro Pride and Prejudice Uma vez que o texto original data de in cios do s culo XIX foi necess rio ter em aten o o tipo de linguagem utilizada Tent mos portanto traduzir utilizando uma linguagem mais formal e cuidada utilizando tamb m formas de tratamento entre as personagens mais cuidadas Este ltimo trabalho como dito anteriormente foi nos proposto pelo Dr Nelson Pinheiro Gomes tendo como objetivo termos a oportunidade de traduzir diferentes tipos de texto Para a realiza o deste trabalho utiliz mos igualmente os dicion rios online bilingues e monolingues anteriormente referidos bem como blogs ou outros recursos online como o Ciberd vidas da L ngua Portuguesa quando nos confront vamos com alguma d vida lingu stica ou de vocabul rio Ainda no que se refere s ferramentas utilizadas opt mos por n o utilizar nenhuma mem ria de tradu o Embora tenhamos conhecimento do funcionamento e das vantagens destas ferramentas nomeadamente o Wordfast e o Plus Tools decidimos n o as utilizar por n o serem compat veis com o computador com o qual trabalh mos Isto uma vez instalados os programas tornavam o computador mais lento e o mesmo desligava se repentinamente Como tal n o ajudava na rapidez da tradu o decidimos n o utilizar nenhuma destas ferramentas Relativamente ao n mero de p ginas traduzidas durante o est gio podemos afirmar que como j foi
269. verbos copulativos e pela forma participial de um adjetivo A frase seguinte mostra um exemplo deste tipo de passiva Os artigos est o publicados no ltimo n mero da revista De acordo com Duarte 2003 nas passivas adjetivais o constituinte com a rela o gramatical de sujeito corresponde ao argumento interno directo do verbo a partir do qual a forma participial formada A autora afirma ainda que neste tipo de passiva n o podem ocorrer adjetivos derivados a partir de verbos at licos psicol gicos que denotam geralmente estados permanentes Contudo podem ser utilizados adjetivos a partir de verbos at licos locativos Na l ngua inglesa por outro lado a constru o passiva normalmente formada com o verbo to be e com o past participle do verbo principal Huddlestone e Pullum 2012 referem as diferen as entre as frases ativas e passivas nesta l ngua i The subject of the active appears in the passive as complement of the preposition by in a PP functioning as complement ii The direct object of the active appears as subject of the passive iii The passive has auxiliary be carrying the tense inflection and taking as complement a subjectless non finite clause with a head in past participle form Os mesmos autores fazem no entanto refer ncia exist ncia de v rios tipos de passivas em ingl s as long passives as short passives as prepositional passives as get
270. vo apresentar os problemas de tradu o surgidos aquando do trabalho realizado no est gio profissionalizante realizado na Ayr Consulting uma empresa de consultoria sediada no Estoril Este relat rio est dividido em tr s partes distintas Num primeiro momento iremos apresentar o trabalho efetuado durante o est gio em que descrevemos a empresa de acolhimento e o modo como o est gio foi conduzido De seguida s o apresentados os tipos de textos trabalhados no mbito do est gio Em rela o a cada um s o referidas as suas caracter sticas gerais o modo com o tradutor deve trabalh los e apresentada uma descri o dos textos traduzidos durante o est gio Para os textos que tiveram uma maior carga s o apresentadas quest es que consider mos importantes referir Estas t m sobretudo como objetivo evidenciar que o seu pr vio conhecimento importante para a elabora o de uma tradu o em conformidade S o ainda referidos os tipos textuais referentes a cada texto trabalhado j que estes apresentam caracter sticas pr prias que devem constar nas tradu es Apresenta se finalmente um conjunto de gloss rios constru dos a partir dos termos encontrados nos textos traduzidos Numa segunda parte apresentamos algumas quest es gerais de tradu o que nos pareceu relevante investigar e mencionar uma vez que est o relacionados com problemas com que nos depar mos durante o est gio Finalmente na terceira parte ap
271. wever if HTML5 WebSockets are not available because the user has an old browser then ORTC will automatically fallback to the best method available to deliver and receive the real time messages e g AJAX long polling HTTP calls so the development team can code as if all users have modern browsers like Google Chrome or Safari 159 b No entanto se o HTMLS WebSockets n o estiver dispon vel por o utilizador possuir um browser antigo o ORTC ir recorrer automaticamente ao melhor m todo dispon vel para distribuir e receber as mensagens em tempo real por exemplo o m todo de liga o HTML AJAX long polling para que a equipa de desenvolvimento possa codificar como se todos os utilizadores possu ssem browsers modernos como o Google Chrome ou o Safari Texto n 2 No excerto que apresentamos em seguida ocorre o termo low latency Neste caso dada a exist ncia de um equivalente j atestado em portugu s utiliz mos o termo correspondente baixa lat ncia 106 a Taking advantage of the amazing traffic driven automatic scalability of ORTC these low latency applications will be able to scale to millions of simultaneous users b Aproveitando a escalabilidade autom tica de tr fego orientado do ORTC estas aplica es de baixa lat ncia poder o ser escaladas a milh es de utilizadores em simult neo Texto n 3 Finalmente os exemplos 107 e 108 ilustram uma situa o peculiar j que o mesmo te
272. xemplo mais adiante Em 14 a frase b sofreu algumas altera es tendo em conta o original a Uma tradu o mais pr xima do 99 original seria Esta vota o decorreu recentemente e com grande sucesso na Social TV Summit em Nova Iorque com os membros do painel os oradores e a audi ncia a seguirem ao milissegundo os resultados das vota es mostrados no ecr Contudo a utiliza o deste pronome relativo invari vel mant m a informa o contida no original al m de deixar a frase mais intelig vel O exemplo seguinte mostra o pronome relativo invari vel onde e o seu correspondente em ingl s where Neste exemplo tamb m ocorre o pronome vari vel a qual que ser referido com mais detalhe nos exemplos mais frente 15 a They returned therefore in good spirits to Longbourn the village where they lived and of which they were the principal inhabitants b Voltaram pois de bom nimo a Longbourn a aldeia onde viviam e da qual eram os principais habitantes Texto n 22 Cunha e Cintra 1984 afirmam que alguns gram ticos consideram onde como sendo um adv rbio relativo uma vez que normalmente desempenha a fun o de adjunto adverbial No exemplo 15 a tradu o mant m o elemento relativo utilizado na frase original Em ingl s where considerado um adv rbio relativo traduzido para o equivalente em portugu s onde Brito e Duarte 2003 referem que este elem
273. ystems be it a browser or a client server mobile application can subscribe to channels or publish to them b Os sistemas sejam eles um browser ou uma aplica o do cliente do servidor ou aplica o m vel podem subscrever os canais ou public los Texto n 2 3 a Users need to feel the information they are sending or receiving is secure b Os utilizadores precisam de sentir que a informa o que enviam ou recebem est segura Texto n 2 4 a Fresh new downloads for you just take a pick and start developing in realtime with xRTML 93 b Downloads novinhos em folha para si D uma olhadela e comece a desenvolver em tempo real com q xRTML Texto n 17 Estes primeiros quatro exemplos mostram uma diferen a relativamente ao uso dos artigos no ingl s e no portugu s Em portugu s o uso do artigo nem sempre obrigat rio Por exemplo antes dos nomes de certas localidades pa ses ou cidades e antes de nomes de pessoas conhecidas do p blico pode n o ocorrer o artigo Existem no entanto v rios contextos que obrigam ocorr ncia de artigos Com efeito em portugu s a ocorr ncia de artigos est relacionada com opera es de determina o sendo frequentemente os artigos necess rios para a constru o de express es com determinados valores referenciais Por exemplo as express es nominais que correspondem a descri es definidas integram necessariamente um determinante muitas vezes corre
274. zida para isolar por duas vezes uma express o iniciada por um conector que permite a particulariza o ou exemplifica o da informa o anterior Assim as express es como coment rios dos utilizadores e como jogos para v rios utilizadores foram colocadas entre v rgulas evidenciando se desta forma o seu estatuto parent tico No texto em ingl s estas v rgulas n o estavam presentes 111 a Taking advantage of the amazing traffic driven automatic scalability of ORTC these low latency applications will be able to scale to millions of simultaneous users and can range from simple real time activity streams like user comments to complex collaborative applications like multiplayer games never forgetting the increasingly important notifications of new e commerce product promotions or new content becoming available b Aproveitando a escalabilidade autom tica de tr fego orientado do ORTC estas aplica es de baixa lat ncia poder o ser escaladas a milh es de utilizadores em simult neo e podem variar entre simples atividades em tempo real como coment rios dos utilizadores e aplica es mais complexas de colabora o como jogos para v rios utilizadores sem nunca esquecer os cada vez mais importantes avisos de novas promo es de produtos e commerce ou novos conte dos dispon veis Texto n 2 163 Tamb m o exemplo 112 ilustra uma altera o da pontua o relacionada com uma diferen a no que diz

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