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os amados intelectuais de sergipe e suas contribuições para a

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2. Nesse sentido o que a Diretoria do Ensino Secund rio buscou foi aproveitando que a lei n o explicitava a obrigatoriedade do exame oral torn lo efetivamente facultativo Assim sendo as institui es de ensino tinham como op o n o realiz los ou promov los somente para algumas disciplinas ou ainda mant los integralmente Al m disso ele poderia assumir a mesma caracteriza o do ponto de vista dos alunos para os quais o exame oral poderia ser mantido integralmente parcialmente dispensando por exemplo aqueles que j estivessem aprovador Destaco que a medida de tonar o exame oral facultativo previa ainda que o aluno que quisesse prestar os exames poderia faz lo Gild sio afirma ent o que a iniciativa alinhava se na orienta o em que nos empenh vamos de a escola participar ativamente na solu o de seus problemas viver suas dificuldades e tomar decis es de acordo com a sua pr pria vis o e experi ncia AMADO 1973 p 29 poss vel perceber aqui os tra os do intelectual criador conforme define Sirinelli 1996 Al m disso relevante destacar aqui os deslocamentos no espa o social de Gild sio que foram primordiais para que ele tivesse essa percep o especialmente o de professor catedr tico e diretor do Externato do Col gio Pedro II A viv ncia pr tica de como os exames eram realizados e a constru o de sua percep o acerca do papel desses no processo avaliativo da forma o dos a
3. de educar uma grande massa de cidad os exclu dos do ensino formal a utiliza o de uma tecnologia a servi o da educa o em um formato de dramaturgia e o pr mio in dito concedido pela televis o Japonesa fez deste curso supletivo um paradigma para a poca importante ressaltar ainda que o projeto permitia que o aluno que assistisse s aulas em casa ou atrav s dos telepostos tirasse suas d vidas com monitores bem como disponibilizava material impresso de acompanhamento e apoio para cada t pico abordado apresentando explica es exerc cios prontos e a serem resolvidos al m de algumas curiosidades A estrutura do curso Jo o da Silva foi pensada pedagogicamente para garantir que o aluno estivesse apto a responder as provas finais do curso que foram aplicadas ao final do primeiro ciclo de transmiss o dos 125 cap tulos em junho de 1974 pelas Secretarias de Educa o da Guanabara e do estado do Rio de Janeiro O esfor o pedag gico apreendido na produ o dos roteiros de cada cap tulo bem como a orienta o aos monitores e a prepara o dos cinco volumes impressos de apoio ao aluno conta com dois nomes de destaque Manoel Jairo Bezerra e Alfredina de Paiva e Souza Eles juntamente com Gilson segundo Franci O projeto era organizado de duas formas nos chamados Telepostos os telespectadores assistiam o Curso no pr prio Teleposto e recebiam orienta o de monitores e semipresencial com a recep o da
4. 85 de Filosofia 1950 1953 e da Faculdade de Filosofia Ci ncias e Letras da Universidade do Distrito Federal de 1951 a 1953 Contudo sua experi ncia educacional nao se ateve a sua atua o como docente Em 1947 assumiu o cargo de diretor do Col gio Pedro II Externato permanecendo no mesmo at 1956 Gild sio passou assim nove anos na dire o da mais importante Escola da na o poca onde j havia lecionado dentre outros intelectuais seu conterr neo Silvio Romero 1851 1914 Isso posto poss vel afirmar que de maneira consciente ou inconsciente Gild sio muito embora tenha cumprido os planos dos pais ao ingressar na Faculdade de Medicina manteria o diploma guardado Fa o tal prele o apoiada no fato de que em momento nenhum durante a coleta de dados encontrei registros de que em algum momento da vida Gild sio tenha exercido a medicina Contudo isto n o significa que a gradua o como m dico n o tenha relev ncia em sua trajet ria profissional Ao contr rio o diploma como Bacharel em Medicina conferiu lhe a possibilidade de se firmar como professor e exercer o magist rio com tranquilidade Ou seja o diploma deu lhe o status necess rio para que fosse considerado apto a lecionar Isto se deve ao fato de que somente a partir de meados da d cada de 1930 do s culo passado os cursos superiores para forma o de professores come aram a ganhar contornos definidos Sobre este fato Couto Pinto 2002
5. Canta Conto e I Love You no qual eram ensinadas li es de ingl s atrav s de m sicas Some se a esses o Sem Censura um programa de entrevistas e debates iniciado por Lucia Leme e que perdura at hoje a cargo da jornalista Leda Nagle Na trajet ria da TVE no Brasil existem mais dois ocorridos na d cada de 1970 que s o relevantes de serem relatados Em 1972 o Governo federal cria vinculado ao Minist rio da Educa o e Cultura o Programa Nacional de Teleduca o Prontel O objetivo desse novo rg o era integrar em mbito nacional as atividades desenvolvidas pelas emissoras educativas de r dio e televis o Em assim o sendo em meados dos anos 1970 o Prontel se reuniu com as emissoras educativas e representantes das secretarias de educa o dos Estados onde essas emissoras estavam instaladas para assinar um protocolo de inten o para a forma o de um sistema nacional de TVs Educativas Contudo segundo Lobo Neto 2002 as emissoras do Norte e Nordeste insatisfeitas com o funcionamento pr tico do que previa o protocolo re nem se com o Prontel e a FCBTVE O encontro teve como resultado a redefini o dos termos de colabora o m tua e o detalhamento do papel da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa naquele processo A partir dessa reuni o de 1979 a FCBTVE passou a atuar como respons vel pela Coordena o Operacional do Sistema que reunia as emissoras educativas no Brasil Seu papel inclu
6. Noma clvllza o o 4 collua Hume us Du es qmo vim qo Mes de Jb rdude cla o Eros proce Canto de imareivn enmo agucz qanda JA traga el aeu seid gt tutn y mundo combate males aa yas remaseenies da press o de Que couyeohum em proart var 55 conquistas desllen rcid du Lhecnste Faclareerde Lrfociaar n i4eGteodo pense a v gllareta agul Naucludn cs ementas para MR Shor vas deyetigeuhacdes corto ngeia mick Ww incl vou est re Brat oo late colil n O olmutsutiatoo Que Arn sumangi as Tels altas Guugniias go erialane e de flint E de dign a al le e das Wadies da lps blastic iiir e ra excuiala 035 gman flaurga celatu Tudo pisa cultura tudo veia veidade pelo disviga pola liberdade 6 polo Patria DIARIO OFICIAL Sog o 1 ITA iesma cols ver mala cala A 198 Maio da 1948 BECRETARIAS DE ESTADO MINISTERIO DA JUSTIGA E NEG CIOS INTERIORES SABIRETE DO MINISTRO CMSPACIIOS DO NTNIRTRO CN 7 20049 Matas ra Curar Fada da sto at Jagelte E ND 10 25743 Ac cio Dlas De Curia Pos Prdlin do lu ayitn Ap D 3 J 75 12 ON 10 8724 Mello Clo De Stu Pao Pedide da Lidultu AP TJ 3 R i NY 20 38044 Lautival Arz S P ds Thoulu hg tach oe ralius umy Rig gt e gi Et s per custa Y esde J dida de culviizho A preas gt ae ph 7 854 40 Jud Merai BULK o 33 43 Dlstriza Poders Peodico d gt L
7. o que pretendiam deflagrar outros movimentos desse per odo que compartilhavam o mesmo esp rito n o podem ser ignorados A Conjura o dos Alfaiates foi um deles Sobre este movimento Del Priore e Ven ncio 2001 asseveram Na Bahia por sua vez os mesmos ideais eram discutidos numa loja ma nica os Cavaleiros da Luz sediada nos arrabaldes da Barra O fato de ter num franc s Larcher seu fundador e de o porto de Salvador receber constantemente a visita de navios que descarregavam em segredo gazetas e livros provenientes do velho Continente acentuava entre os ma ons o interesse pelas ideais da revolu o Francesa Tal clima favor vel s ideias libert rias assim como a not cia da participa o dos sans culotte na derrubada da Monarquia acabou por inspirar em Salvador outra conjura o a dos Alfaiates Distintamente do que houve em Minas na Bahia levantaram se representantes dos grupos humildes art fices soldados mestres escolas assalariados na maioria mulatos gente exasperada contra a domina o portuguesa e a riqueza dos brasileiros DEL PRIORI VEN NCIO 2001 p 185 A Conjura o dos Alfaiates apresentava como ideal a constru o de uma sociedade sob os princ pios da igualdade e da democracia sem que a diferen a de ra as determinassem as oportunidades profissionais e de ascens o social DEL PRIORI VEN NCIO 2001 Apesar de o movimento ter sido debelado pelo governo da prov ncia que
8. ties Pe Data e Irawo O peeevote contrato g culos cc papel para E mesm Ky S Crp 0367 0 US GG sou Bawas do Almas Vigarara me primeiro de janelhy clo E U A E A E Zrry arte ni Auxilio Tn Jul pevecentos r ne ea Ee ER ae nr d Doasil Rusarentos de estecas rno Zee q Escola Muciunel 0 1 de fea wheo da iena ms Ra A 35 ji E F TA de Ln peiitial le Oryan s Uuli pestursuniaa La Pust Ata ah Nin A Anam Cia cmt ara cie nyecha Theallade ele Araxi para il magi yola e Odete ae oe we se Ky 92 Crt 7 200 568 ISS wan LULA E U A mae im Te AS BR len Mn 11376 a CAS PUGA 1148 T HAA HO Cas l on 1 Ky 255 5 lb 3 Ko rA DST SIG LIS K 157 583 A Cw Swit arakar Ky N 25 ob A Ci abrir Ieee Ky ge Urb oy No 462 550 A Ga e Ke EF Cr 2 E We LR A Ke 44452 i ameno By 15 Of 1 2040 Tas 3811 gt E Ud ee BTL A 5 Wa Law 31865321 A Cin Seat da Brea mal 3 E tres 150 Cd KR UL a Teen A fa Swe des Dal SA Cives de ago pum Pac Odete Darien de sous a OS 24a Ub 14330 E Ch Am bo Cry 7603 a USS 400 o LESS 300 BK U A ensino di Cateha do Restidindia Diver aruducos quialess selo de EU A oF Te do ze Real 4 12 Brasi SiN Mairia paru Rlt
9. torna se fator preponderante para entender como se formaram as gera es de intelectuais que os sucederam na forma o da elite cultural brasileira das quais fizeram parte Gilberto e posteriormente Genolino Gild sio e Gilson Amado Assim compreender como esses homens configuram se enquanto intelectuais perpassa conforme coloca Sirinelli 1996 1997 por atrav s de uma abordagem s cio politico cultural localizar estes indiv duos dentro de um contexto social de forma a poder analisar como as suas ideias s o produzidas propagam se e encontram eco nos espa os que comp e e tamb m para al m deles partindo dessa proposi o que buscarei compor Genolino Gild sio e Gilson Amado enquanto part cipes da vida intelectual brasileira 2 1 Um menino sergipano que se formou advogado atuou no jornalismo e comp s se professor foi assim o percurso de Genolino Amado Oitavo filho do casal Melchisedech e Ana de Lima Genolino Amado nasceu em 03 de agosto de 1902 na cidade de Itaporanga D Ajuda no Estado de Sergipe Come ou seus 69 estudos ainda na cidade natal Sobre este per odo Genolino narra em sua autobiografia Um menino Sergipano 1977 que iniciou sua vida escolar na mesma escola que o irm o mais velho Giuseppe Amado com quem formou um dos sete pares nos quais os quatorze filhos de Ana e Melk agruparam se Segundo ele a professora chamava se Mariana e era gorducha e simp tica e tinha por h bito bater
10. 137 tronco comum de disciplinas que encerrasse assim o dualismo existente entre a forma o secund ria acad mica e profissional Assim sendo a preocupa o de Gild sio era a reforma do ensino secund rio como um todo Em busca desse objetivo ele ampliou suas a es promovendo iniciativas como a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio Cades as classes experimentais e os Gin sios Orientados para o Trabalho GOT Essas iniciativas por si s n o mudariam por completo a realidade pois n o tinham como intervir ou modificar a legisla o vigente Diante disso a Lei de Diretrizes de Bases que continuava parada na C mara dos Deputados a espera de ser posta para a aprova o era uma esperan a de muitos educadores inclusive de Gild sio que viam na nova legisla o um rompimento com o modelo centralizador um movimento no sentido de garantir certa flexibilidade e autonomia ao ensino secund rio brasileiro J em 1956 faz amos estes coment rios alguns dos quais inclu dos em exposi es ao Ministro e que delineavam a orienta o que pretend amos seguir e algumas provid ncias que pens vamos p r em pr tica com o objetivo de contribuir para uma nova estrutura o do ensino secund rio e uma concep o de ensino m dio nico isto n o diferenciado em ramos acad micos e profissionais Lembr vamos duas tend ncias universais que estavam marcando a evolu o da educa o secund ria
11. Sobre a posi o social ocupada pelos bachar is na sociedade brasileira Ilka Miglio de Mesquita 2012 em seu estudo sobre a defesa de teses pelos bachar is na faculdade de Direito de S o Paulo no per odo imperial afirma que esses doutores em Ci ncias Jur dicas e Sociais ocuparam um importante papel no campo pol tico do Brasil dos oitocentos Segundo ela enquanto doutores eles traziam para o espa o p blico o discurso sedimentado na racionalidade e na cultura de pol tica p blica Ao final do trabalho ela afirma ent o que O formar se doutor o fazer se intelectual e o tornar se pol tico do Imp rio do Brasil eram atividades que n o se separaram tendo em vista a notabilidade intelectual e pol tica que os bachar is doutores em Ci ncias Sociais e Jur dicas tiveram durante o regime mon rquico MESQUITA 2012 p 10 Embora Gilberto n o tenha defendido tese tal qual os doutores do Imp rio aliou o Direito pol tica e imprensa Melk e Ana n o poderiam estar mais felizes com os passos de Gilberto Amado conforme afian a Genolino em seu Um menino sergipano 1977 O orgulho dos pais pela posi o que Gilberto passo a passo conquistava fica patente Ecoava inclusive em Est ncia onde a fam lia passava tempos fora denomina o dada por Genolino Amado 1977 para indicar as temporadas em que a fam lia sa a de Itaporanga para passar f rias em outros munic pios dentre os quais a cidade natal de
12. educar multid es atrav s da televis o era assim cada vez mais palp vel 159 Ainda na d cada de 1970 outro acontecimento marcou a hist ria da FCBTVE Refiro me a instala o do primeiro Telecentro da Funda o em 1972 O processo que resultou neste ocorrido teve in cio em 1970 De acordo com Milanez 2007 ele se deu atrav s de um acordo entre os governos brasileiro e alem o em outubro do desse ano no qual o primeiro responsabilizava se pela estrutura f sica e o segundo pela doa o dos equipamentos do Telecentro o que seria feito atrav s da Funda o Konrad Adenauer como j revelado no cap tulo anterior Independentemente de qual foi o processo de acordo que resultou na constru o do Telecentro os registros em que encontrei no arquivo de Camilla d o a perceber que todo o di logo para acordo de prazos revis o dos mesmos e para qualquer coisa a mais que fosse necess ria dava se entre Gilson Amado e a Funda o Konrad Adenauer Ao menos isso que evidencia o relat rio de atividades da FCBTVE que Gilson elaborou em 1971 Al m disso segundo Franci da Silveira Borges 2008 apud MACIEL 2009 p 120 foram os alem es que vieram at Gilson e n o o contr rio O aspecto relevante entretanto que ap s tr s anos de exist ncia a Funda o Centro Brasileira tinha data para ganhar seu primeiro Telecentro e assim conseguir expandir as suas a es Mas at l Gilson ainda teria outro desafio pela frente o
13. es sociais diversificadas e essa diversidade lhe permite tamb m desenvolver seu jogo No caso dos intelectuais estes ambientes de troca s o apontados por Sirinelli 1996 como parte fundamental do estudo desses homens uma vez que atrav s deles que muitas vezes poss vel conhecer as bases das redes constitu das Dessa forma se por um lado necess rio reconstruir as arqueologias dos intelectuais inventariando as solidariedades de origem e as genealogias de influ ncia por outro lado Sirinelli 1996 afirma ainda que a sociabilidades entendida como microclima tamb m deve ser pensada no contexto dos estudos sobre os intelectuais Isto se deve ao fato de que envolto nesse microclima que o intelectual desenvolve o seu itiner rio e a si A partir desse microclima este indiv duo influ ncia e influenciado pelo contexto no qual est inserido Aqui destaco que para considerar estas duas possibilidades de compreens o da sociabilidade SIRINELLI 1996 importante perceber o intelectual como um homem no e do tempo ou seja como indiv duo fruto de um contexto e que atuou em uma conjuntura espec fica Nesse sentido evoco Faria Filho Chamon e In cio 2009 quando interpretam a no o de sociabilidade colocada por Sirinelli 1996 Para o historiador franc s todo grupo de intelectuais se organiza a partir de uma sensibilidade ideol gica ou cultural comum de afinidades que alimentam o
14. hist rias de um professor de Hist ria publicado em 1971 rendeu lhe a candidatura e consequente elei o para a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras ABL em substitui o ao jornalista cronista professor e dramaturgo Joracy Camargo Contudo al m o t tulo de imortal na trajet ria de Genolino faz se necess rio relacionar ainda o fato de o seu programa Biblioteca no Ar ter sido ganhador por duas vezes do pr mio de melhor programa cultural do r dio brasileiro Eis as filia es lugares e a es que constitu ram um 82 intelectual afinal entre a esfera intelectual e o mundo que a circunda existe uma forte osmose SIRINELLI 1997 p 281 2 2 Gild sio Amado o juramento de Hip crates e a Educa o brasileira Gild sio Amado assim como Genolino veio ao mundo na casa da fam lia Amado na pequena cidade de Itaporanga d Ajuda Sergipe em 30 de agosto de 1906 Foi o nono filho de Ana de Lima e Melchisedech sucedendo a Genolino com quem compartilhou al m da irmandade o m s de nascimento Mais um em uma prole numerosa este no entanto teve sua parcela da aten o dos pais garantida n o pelo medo da perda que deu a Genolino privil gios mas pelo g nio agitado e travesso Em suas mem rias Genolino 1977 refere se Gild sio como revoltoso e o descreve como aquele que dentre os irm o seria dado o direito de traquinar o quanto quisesse e fosse poss vel sem que qualquer queixa recla
15. o da intui o do Direito e da pol tica tudo ent o se agitou e o brado de alarme partiu da Escola do Recife Tobias foi o mais esfor ado combatente com o senso de vis o r pida de que era dotado BARRETO 2006 A forma o intelectual de Gilberto pode se dar assim para al m dos ensinamentos do Direito envolta em uma atmosfera prop cia ao debate Talvez por isso tenha sido ainda em Recife que o primog nito de Melk e Ana come ou a construir as bases que o levaram a ser eleito para os cargos de deputado federal e posteriormente senador Mas devo ressaltar que mesmo antes de Gilberto acender na vida p blica como pol tico o orgulho de Melchisedech como afirmou o pr prio Gilberto 1954 j transbordava e o mais velho era apresentado aos irm os como exemplo a ser seguido Segundo Genolino 1977 alguns deles mesmo sem lembrar se da fisionomia ou mesmo de ter conhecido pessoalmente Gilberto reconheciam no entanto o nome que era reverberado na casa dos Amados e fora dela todas 37 as vezes que chegava a Itaporanga uma nova edi o do Di rio de Pernambuco Nele Gilberto havia conquistado posi o de redator pouco depois de chegar a Recife Numa poca em que a profiss o de jornalista n o era regulamentada e para a qual n o existia forma o espec fica os bachar is desde o imp rio a exerciam dividindo seu tempo entre o Direito e a imprensa ambos espa os de notoriedade e prest gio social
16. o destitua o m rito de outros intelectuais tais quais Roquette Pinto Tude de Souza Albertina Paiva Manoel Jairo Bezerra mas imposs vel negar a Gilson o lugar de baluarte 105 enquanto intelectual criador dessa hist ria bem sucedida que a da TV Educativa no Brasil Isto porque ao atentar para a trajet ria da institui o educativa TVE percebe se o qu o atrelada ela esteve ao itiner rio de seu fundador Ao reinterpretar as hist rias e mem rias e perceber os acertos e mesmo as falhas deixadas ao longo do seu processo de implementa o funcionamento e posterior encerramento e substitui o poss vel perceber o qu o exitoso foi o projeto da FCBTVE TVE M rito dos atores sociais envolvidos e do seu intelectual criador mediador e engajador o educador Gilson Amado 2 Diante do narrado at aqui importante perceber ainda o quanto a no o de sociabilidade faz se importante de ser observada no contexto dos tr s irm os aqui estudados enquanto intelectuais Ela apresenta se como fundamental uma vez que considera a participa o do intelectual em grupos e a circula o deste nos espa os sociais Assim as trocas as experi ncias vivenciadas as afinidades estabelecidas constituem se como parte do constante movimento de escambo entre o indiv duo e o meio no qual est inserido Nesse sentido Le Goff 1999 apud CHAMON 2008 p 280 aponta que o indiv duo n o existe a n o ser numa rede de rela
17. pavrin Manges dr Olveira Collzaio 4317 12 Dorm Ramal Aint Comr ia JaB 19 Vogeing da Eile va Pet E Curtrilo 448 213 Joka Perminto Jus Sin va Coulesio 44613 Malde Doces de Casta Cuulimo Ait Ana Ladri ilgues lidera Canale 442 05 T elensn Plana Contest 467 J Laura Aroixaut Faria E Tra Vuienla de As rmaliza Vrar Arve ly Autacizp Caoran 47 18 Sea sle ampola da Ayn Cermak 4 98 ae Just meros Arag o Cunsata 479 50 Jos Sesurrinn de Mnn Contrato MR Jude de Maurm Orrin 4 18 Rivers Duntns 471 15 lt Aue Ivana Vieira Crm 15 60 Fu alva de Carvalho Jreletedido em face das informnetaa Teulozolo 45 1 48 Adermal Col m cule de 15 pos Sormacies 242 Nunes wad raph Tas so APM Je Mn Expedia Darti curta ane Edlibera Araye Riem Cw Ta etevkla qu fave rz la Prejizo do ecol mensa fa MINA imerodol ExpoTsaina Lida Lnpde Awn ans varices Go um du vhele de DO Aiden n ae Pa tn zizu ACD 33 Ag ne s de NISIN dwan minuta de re a ts 13 o l5 Ge uzrie cum u ur ia da CT Esotcenir 3 7134 amp Aage Jy do re Preng Ancovae n Time H Dz Proposta f Mnriz Ar Ai Da 3 Mirqu es prbro A UE IDE e r cula ca EATA de peixe ku amo Y parecer du O Din 2a 4 de emo de 194P Vrucesess Predlain
18. 133 Esse pensamento de Gild sio foi orientador tamb m da medida tomada acerca dos programas do ensino secund rio Em 1951 ap s uma solicita o da Congrega o do Col gio Pedro II para que ficasse ao seu encargo a elabora o dos programas das disciplinas ensinadas no Col gio os programas passaram a ser divididos em dois tipos m nimo e desenvolvido ou anal tico O que resultou em tal configura o foi a decis o de Sim es Filho ministro da Educa o na poca ter n o s acatado a solicita o da Congrega o do Pedro II como tamb m ter determinado que os programas do referido col gio passassem a ser oficiais para todas as escolas de ensino secund rio no Brasil Diante dessa determina o a Congrega o encaminhou ao ministro programas que segundo Gild sio o presidente da mesma descreveu como portadores de mat rias m nimas de maneira que fosse poss vel ao professor ter liberdade na apresenta o do assunto podendo seguir sua pr pria metodologia e did tica Os programas funcionavam assim como uma esp cie de roteiro disciplinador e eram portanto m nimos No ato em que os aprovou o Ministro da Educa o facultava s administra es estaduais a elabora o de planos de desenvolvimento pr prios que podiam ser adotados nos estabelecimentos da respectiva unidade da federa o Criavam se assim dois tipos de programas m nimos e desenvolvidos ou anal ticos AMADO 1973 p 27 No
19. 14 Ubrelcace Anbagh Eus rt Laudo de Ves du sz de Arae Bererides goa Warts Famnet 431 1d frau Cruu asver de Parr aa 19 Ermsao Maciel oc vas non dO Eure fuga 373 3 Eran r Mat dos Sunt 2 a Fibu Crarlus am E Phalo Guimorhss Surigo uo 24 Playa Pies do Men 25 Ub Gabris Fericia ans 6 Charylao Bisecn 7 27 a Zi da give o apt de G ier Corta blo 8 Ilia da Citas Sahn ABA Mi Reto Sale Gimarica vir Y Hertz Cdermnan o mi Tine Mala P ul rt An2 Rents be A AE 155 u Jsi de Ti Tilo Lalan THA e ea Beg s bis su Fuera Syin o wd Auguste te Al mido m3 Pollo Blanco DES dust sereen da ERLA tus Jerpo Monteiro Senerpel Has Sue Almeida Hurto de des 40 Jot Debriies Danes Far iN Jem Danatun Lias da Orar wr e t Finita Melts or Jye lomo Fin 22 desi MIRI 565 J Martta A Jesu san 60 doch Tarr ur Qa Fara TT Ej Jrelan de user bzuelu ALT 2 Jura Anrida Tinten su 2 Tino Bremer o 207 w tue Caner ha 55 Lu Edyamio Resgr sul GM Line Geesoza Graves sa Gilles te 41 Maito uudar es aun G8 Marit Runes da Pilea via fn Mada Lco dos Buntus ats f 60 Markia Carlin gny Ci Mourkic Darhosa Aer 19 j 82 Mile ZNAN aR G3 Wistar Cruiser Pues Rema aa um Gt Nic Palacio sam am ana ci Nilson da Fousxo certas sen Gi MLEten M drigoes Ribeiro res EM ot WT Once de Bar Remo CATE ron e Te GE Osvaldo RAMIS ironico rra nro
20. 2006 Dispon vel em http www infonet com br luisantoniobarreto ler asp id 50181 amp titulo Luis_Antonio_Barret o Acesso em 23 abr 2012 178 BRASIL Decreto Lei n 910 de 03 de novembro de 1938 BRASIL Decreto Lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 BRASIL Decreto Lei n 22 245 de 06 de Dezembro de 1946 BRASIL Decreto Lei n 24 719 de 29 de mar o de 1948 BRASIL Decreto Lei n 26 493 de 19 de mar o de 1949 BRASIL Decreto Lei n 28 923 de 1 de dezembro de 1950 BRASIL Decreto n 34 638 de 17 de novembro de 1953 BRASIL Discurso do Ministro da Educa o e Cultura Clemente Mariani Bittencourt na solenidade de instala o do Curso de Jornalismo Di rio Oficial da Uni o Bras lia 04 maio 1948 Se o 1 p 6865 BURKE Peter A revolu o Francesa da historiografia a Escola dos Annales 1929 1989 Trad Nilo Od lia S o Paulo Editora Universidade Estadual Paulista 1991 CERTEAU Michael de A inven o do catidiano a artes de fazer Tradu o Ephraim Ferreira Alves Petr polis RJ Vozes 1994 CHAMON Carla Simone Educa o modernidade e protestantismo In VAGO Tarc sio Mauro OLIVEIRA Bernardo Jefferson de Org Hist rias de pr ticas educativas Belo Horizonte UFMG 2008 p 279 300 COORDENADORIA DE COMUNICA O DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CACO 90 anos de hist ria Rio de Janeiro UFRJ 2007 COUTO N dia Regia Almeida FRITZEN Celdon Rela es entre a hist r
21. Ana ole Quim Parte e Ministerio nist rio d Tihega A Nrg rica Inte Cerri P BLICO Pree Bet lA at painot inrer P at ee neo a Ear Matter Ranens u Distrito Peceral Luis Marlins que Ine m rio com o arpo 1 do De epsa 24 ANOS Cr meUvigo Frete 24 694 i de juiho Me Teele Ch yita o Que cuida do ERA bende com o artigo 1 Miere o 24 506 de IIA dO IR arg do Meevte vm 31 208 de puema aty ge Ain sing de Ml W deniega 17 1942 H sym E revris rint cio da Juxilen 4 Righean Tor riv An ga de papada m Polea Mar do Donrite Peat Maz Ramon gio corte 23 tx Gy Devi porte 1 22 351 al tie do artis 23 do Deaucio le nari erro BR de a e Ano te ag tu do De eo mm soso NE O IPA Crile da Marinha prerkca s bado ng tas a te Ele Dire U Chete Lo Gove rl Ryl Fes Hnis n dal sdnile AM mileh Cor M tra ly Vo cla Noval pelo Divetor de ezpa ale Mar e fiura Art slo Je de Mey Nogueira ce Taubes wanunwan de ereimontal cestndas por uma comarca de igailekes miva cer Ir du Menublica percorreu todos os licor do lugra e ha Ca pave tual ape ths Dusit ematieng em ia OCZATALACAN Apie a a ne Tai efarseido um eavk tai on kabutele de lacrior e O Pre a ru drereho alterar 32 Tabelas N M rida de ist s de Masinta Mercante O Diouf Ma E Dian Presidente de Univeccdnria mwte nnes A de oly tm tl tu
22. Costa abra ou o desafio de mostrar popula o da ent o Vila Ip a import ncia da forma o educacional para o desenvolvimento da comunidade principalmente considerando que na d cada de 1950 a regi o de Vila Ip s contava com ensino prim rio mais especificamente at a 4 s rie ESCOLA FREI CASIMIRO 2008 A partir disso a grande maioria das crian as abandonavam seus estudos Frei Casimiro juntamente com Frei Rov lio Costa procuravam mostrar ao povo de Vila Ip pensando numa futura emancipa o a necessidade de formar quadros o que s seria poss vel elevando o padr o de ensino e educa o Explicaram que seria um gin sio orientado para o trabalho G O T Gin sio com Orienta o para o Trabalho segundo orienta es da Secretaria de Educa o e Cultura Se fosse constru do um gin sio com estas orienta es facilmente conseguiriam a aprova o do Conselho Estadual de Educa o para ser um Gin sio Estadual j que a pol tica educacional da poca voltava se profissionaliza o a n vel de 1 e 2 graus ESCOLA FREI CASIMIRO 2008 Destaco aqui que em agosto de 1963 em meio ao processo de defini o das concep es dos Gin sios Orientados ao Trabalho Gild sio Amado foi afastado da diretoria da Dese qual retornou em abril de 1964 Sobre este per odo de afastamento n o encontrei documenta o que me evidenciasse os motivos do acorrido As entrevistas com Lu s e Camilla Amado
23. Lingua portugu sa e literatura da lingua portugu sa 6 Geografia humana 1 Tecnica de Jornal 2 Publicidade 3 Lingua portugu sa e literatura da lingua portugu sa 4 Historia do Brasil 5 Historia Contepor nea were rendabiity comiresd uri hito 3A eww2 camara eg bregin edi decret 1950 1959 decreto ws 191 www2 camara leg br Decreto n 34 638 de 17 de Novembro de 1953 Institui a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio O PRESIDENTE DA REP BLICA usando das atribui es que lhe confere o art 87 da Constitui o DECRETA Art 1 Fica institu da na Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o e Cultura a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio C A D E S Art 2 Caber Campanha promover por todos os meios a seu alcance as medidas necess rias eleva o do n vel e difus o do ensino secund rio no pa s tendo por finalidade a tornar a educa o secund ria mais ajustada aos inter sses e possibilidades dos estudantes bem como s reais condi es e necessidades do meio a que a escola serve conferindo assim ao ensino secund rio maior efic cia e sentido social b possibilitar a maior n mero de jovens brasileiros acesso escola in Art 3 Para a consecucao dos objetivos previstos no artigo anterior a Campanha devera a promover a realiza o de cursos e est gios de especializa o e aperfei oame
24. Para que o acordo fosse cumprido no tocante ao que cabia ao Brasil Gilson pessoalmente tratou de buscar por um espa o e negoci lo Assim o Telecentro foi montado na Av Gomes Freire 474 no Centro da cidade do Rio de Janeiro 101 Sobre a doa o dos equipamentos pela Funda o Adenauer preciso registrar ainda que muito embora a bibliografia dedicada a contar a hist ria da TV Educativa registre os acontecimentos da maneira como expus acima na entrevista que fiz com Camilla Amado 2011 ela me apresenta outra vers o que me fez aprofundar as reflex es sobre Gilson e o quanto a hist ria dele se confunde com a da FCBTVE Na narrativa sobre este per odo Camilla Amado relata que a rela o de seu pai com a Funda o Konrad Adenauer foi iniciada a partir de uma entrevista que Gilson fez com o diretor da Funda o poca em uma de suas mesas redondas Depois da entrevista com meu pai na qual ele falou do projeto da universidade sem paredes que ele tinha esse diretor da Funda o Adenauer ficou t o impressionado com o projeto que doou para ele no nome dele pessoal Gilson Amado todo o material que uma televis o melhor ou t o boa quanto a TV Globo AMADO 2011 Com os equipamentos em m os segundo Camilla Gilson Amado ent o necessitava de um espa o onde pudesse mont los e coloc los em funcionamento Para viabilizar a estrutura necess ria Camilla Amado 2011 conta que seu pai foi at o ent o president
25. Peasocts RRR HR Jost Esleves ONE G 28 lucia Ferelra de Sou Ue n t Piovveeos Hipot citios fad 101 43 Dayacd de iui PTE AIONO Poy yorla 91 58 dm Amave n lacie auw s escrizuta de ze parecer da COJ Frugosta STM Carian Anin Jus xilas Junior Aprova a da curser tagio mimita de tota 70 das los 2d de sc rca enc s porer ta CTN do 0 49 n Pertadas No brings Ap ero a dueusentagio Praaessay do Ringe ml west Carsula 470 20 4lrides Banca Jantar Unakula 4 06 Alit Sliva Tavs Piers Bier dul is Arreda Marias iru 44 12 Jodr Garcia gt wala ay is5 wert to 404 35 Moree Pintlao Fritas alien 14806 Mora Wan ios te doleta Cvulrato 44316 Hitan Quotas Perea Dui a 5 1 Nemir de gli Tera RAMO Contto 41 26 Josaylm Dinvte Go Sa loza Vior Adulto Zontruto 499 29 Pira te HEA Wacin Alor Ea a is Manmi Teba a ula du4 23 Akai da Cuca Dociosno Mbizi Mane Nunes Rims Aulatev Pruveeca Comin Piers 1B 429 49 vinledus Tie Jako n natas Autti O meekan das pripa os coque IESTITUTA DE APOSENTADORIA E PENSDES DOS MAR TIMOS Departamento de Arrecada o DNISIS L2 DO CONSTTEO FISCAL Ac noios NA 6 765 Peo Er 279 025 3U olen pss Tausn ds ivelzn Tinie etme 4 Elvira Keo actegcide de jures is rie A mM Jue
26. RIO DE JANEIRO Funda o Casa de Rui Barbosa Cap tulos inacabados do terceiro livro de mem ria de Genolino Rio de Janeiro 19 87 datilografado Arquivo de Genolino Amado RIO DE JANEIRO Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro Correspond ncia mar o de 1956 Rio de Janeiro 1956 datilografada Arquivo de Gild sio Amado RIO DE JANEIRO Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro Correspond ncia abril de 1964 Rio de Janeiro 1964 datilografada Arquivo de Gild sio Amado RIO DE JANEIRO Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro Correspond ncia agosto de 1964 Rio de Janeiro 1964 manuescrita Arquivo de Gild sio Amado ANEXO 01 LEIS 183 184 el r 0108 30 de Novembro de 1938 wwa2 camara leg br Readability pm wwwz camara leg br Decreto Lei n 910 de 30 de Novembro de 1938 Disp e sobre a dura o e condi es do trabalho em empresas jornal sticas OPRESIDENTE DA REP BLICA Considerando que as medidas de prote o ao trabalhador no que dizem respeito ao hor rio e s condi es de trabalho j atingiram a maioria dos empregados por meio de legisla o especial Considerando que entretanto esse regime de prote o ainda n o s
27. Tal aproxima o com professora Raylane permitiu que nossos di logos se estendessem para outros horizontes Um deles me conduziu at os Amados de Sergipe Sabendo da minha forma o em Comunica o Social nas habilita es de Jornalismo e Publicidade e Propaganda professora Raylane certa vez indagou me acerca do meu conhecimento sobre Genolino Amado Confessei a ela minha completa ignor ncia sobre o propriet rio daquele nome At aquele momento o nico nome associado ao sobrenome Amado do qual conseguia lembrar era Jorge que logo em seguida eu viria saber que era primo de Genolino Raylane fez me ent o um breve relato sobre este sergipano Na oportunidade ela me explicou que ele foi jornalista e tinha integrado o grupo de professores que iniciaram o curso de Jornalismo na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil iniciativa que deu origem a atual Escola de Comunica o da Universidade Federal do Rio de Janeiro ECO UFRJ As informa es passadas por Raylane chamaram me aten o Destaco entre elas a que sem sombra de d vida foi o grande motivador da minha busca por mais informa es acerca de Genolino Amado a liga o clara que sua trajet ria de vida estabelecia entre a Comunica o Social e a Educa o Esta era uma ponte que h muito me provocava reflex es As diversas intercess es entre as reas que na pr tica dos comunicadores parece me desconsiderada deixavam me inquieta e vi na figura de
28. ai uy Biri Tar Mir 0 puna Li s no Solin de Biohwea im Cal cio Imamatati mar ag ve Pee pura o Ttcrcimbir cultura an e Quanta q miatibuinic lenushel me em auna para vt MO ou ie l un pum oro pao de mesana riz fal ae galt de seu es selo eus uv Inp ciao d er aula th o deseri jater o cambie gie e celirir teu tad de da raro ams qual presos Bn eA AI a de is do Fira ame prie polea ser es riplar et qu o e Errar e sabre n agqunda xiraves vim a vaje ts Years ar dom Ar i gt waves A Vie LIGAR pach tha yl A subt px rio s cate e ate tmas imac Agea comei al lamber men eerie mpulto n coltura criti s ea Mimiadas ata Cho seen Iph Testado er LIA e My komas ean A premiado melis por beetnte E baswwre awo AW nbl 248 r Jwi om er IHE m 1046 u Brad wala Leo aa LK ae o dr sar aeaea Te ah ul o q o Tenda en visa que consta doido Quiiio I Pere gle En bet kn ih NATO Pet ser condenado napilia o uns vaugidata ta cubjudo de provas da eaaa Tats Pacibuvatio wl 412 uses inttru es repulore tora puxicudus no D C de numas DIA do DA S P me i de mon de 290 Jas Sic ire Ne Divis o de Sele o t _Aperfeignamente Proves 21 9 P di bD lela O A mem PA resterer rastro To inter se de Ml Nesra o da Dees riwwe P randss Drvle ds Dir Perm prono Apronio Berne seen Callens He Tol
29. blico do Distrito Federal Al m disso foi colaborador no gabinete do Ministro da Educa o Gustavo Capanema e assessor no Minist rio do Trabalho Essa incurs o de Gilson no campo da pol tica governamental juntamente com as redes de sociabilidade que ele constituiu desde os tempos do curso de Direito durante a faculdade Gilson fundou o Centro 96 Acad mico Jur dico Universit rio CAJU no qual se relacionou com Vin cius de Moraes San Thiago Dantas Ant nio Galloti Am rico Jacobina Lacombe Thiers Martins Moreira dentre outros foram importantes mais tarde para a concretiza o do projeto da TV Educativa CURRICULUM VITAE DE GILSON AMADO CACO 90 ANOS 2007 Com isso n o quero assegurar que os tempos em que colaborou com Genolino tenham sido menos decisivos para que Gilson se configurasse como um dos expoentes da Educa o a Dist ncia no Brasil Ao contr rio segundo sua filha Camilla o trabalho de ir s sess es da C mara dos Deputados anotar falas e informa es para Genolino foi o estopim para que Gilson tomasse gosto pela comunica o e come asse a se dedicar a ela Naquele momento surgiram as primeiras centelhas de uma carreira que dividida entre r dio e televis o durou mais de 25 anos Sobre como o pai deu seus primeiros passos para se tornar o comunicador que a hist ria revela Camilla rememora Aos poucos ele come ou a fazer coment rios para al m das anota es E esses coment
30. cirandando ou sofridas chorosas meninas com as bonecas meninas atropeladas meninas do Rio em compara o com as de Itaporanga de Aracaju de Itabuna meninas AMADO 1977 p 20 Mas ele pr prio constata que n o foi apenas nas cr nicas que a influ ncia de Genoline se fez Fui professor na Faculdade de Filosofia e Letras Curso de Jornalismo de 1948 a 1954 Os alunos mo as e mo os j f sica e intelectualmente desenvolvidos A rapazes e mo as feitas lecionei tamb m na Escola Amaro Cavalcante turno da noite de 1954 at a jubila o em 1962 Nesses dois longos per odos o da Faculdade e o da Escola ensinei a gente que j era adulta s vezes gente em que percebia valor digno de ser ressaltado E ao que me recordo n o o ressaltei em qualquer das cr nicas habituais E um livro todo O Reino Perdido devotei s meninotas em flor de que fui mestre apenas um ano e meio Por que Como n o sou creio um narcisista e por se tratar de coisas sem import ncia liter ria nunca me preocupou a raz o dessa prefer ncia Vejo agora afinal que busquei a irm nas meninas olhadas e imaginadas AMADO 1977 p 20 Contudo a presen a de Genoline na obra de Genolino n o a nica raz o para que eu evoque aqui o epis dio do falecimento da irm Assim por outro lado o exposto fundamental para compreender como as li es na casa da madrinha marcaram Genolino para al m das aulas em si tendo significado ainda um mo
31. conforme colocado anteriormente era um dos fatores que dentro da ABI acreditava se ser uma das principais fun es dos cursos de 115 forma o de jornalistas O Decreto Lei n 22 245 de 6 de Dezembro de 1946 deu assim corpo ao curso de Jornalismo da Universidade do Brasil mas um corpo que anteriormente j havia sido moldado na mbito da ABI ao longo de mais de 30 anos de discuss es e proposi es Evoco assim Dionysio Silveira 1932 apud LOPES 2011 p 06 quando afirma que a comiss o do I Congresso de Jornalistas respons vel por discutir identidade profissional e escola de jornalismo defendeu que esta devia ser um meio de aproximar os jornalistas e registrou as conclus es I A funda o da Escola de Jornalismo uma necessidade urgente Della sic advir o para os futuros profissionais e qui para os de hoje benef cios seguros Realizada Ella sic alguns pontos do programma sic do Primeiro Congresso Brasileiro de Jornalistas ser o opportunamente atendidos o que se p de prever sem precipita o consideradas as culturas e experi ncias necess rias adquiridas em cinco anos de Escola e de jornal de applica o Para elevar o n vel moral da profiss o para manter rigorosa ethica jornal stica para aproximar os jornalistas entre si e para cuidar esclarecidamente dos problemas de imprensa ser bastante os profissionaes que inteiramente preparados sahirem da Escola depois de seu qui
32. da proclama o da rep blica e da liberdade Tobias foi conforme afirma Luiz Antonio Barreto seu maior estudioso mentor intelectual da mocidade acad mica renovando conceitos filos ficos e jur dicos a partir da cultura e da ci ncia alem 63 coroando o seu persistente e consciente germanismo como ferramenta revolucion ria BARRETO 1989 p 05 Tobias Barreto deixou ainda como legado al m de sua biblioteca pessoal adquirida pelo Governo e incorporada Faculdade de Direito do Recife mais de 40 obras publicadas entre poesias reflex es e an lises sobre a filosofia alem pareceres jur dicos cr tica social proposi es para a educa o e para a constru o de um Brasil pautado na constru o de indiv duos instru dos e capazes de pensar sua realidade Silvio Romero tamb m se destacou como um dos expoentes da Faculdade de Direito do Recife Contudo construiu uma trajet ria intelectual menos linear que a de Tobias Dedicado constru o de uma cr tica cient fica e objetiva baseada no esp rito que proporcionou a expans o das ci ncias da natureza no s culo XIX Silvio apresentou como poucos o retrato social do Brasil de seu tempo Contudo sua obra foi criticada por pensadores de sua poca que apontavam nela diversas contradi es e o acusavam de ser inconstante uma vez que n o se furtava ao direito de mudar de opini o tal qual o fez com o positivismo que marcou o in cio de sua produ o
33. efetivamente para a eleva o do Brasil ao n vel de pa ses como a Alemanha e a Fran a por exemplo O ide rio que permeava o pensamento de Tobias Barreto S lvio Romero Ant nio de Arruda Carneiro Le o Manoel Jos do Bonfim Alceu Amoroso de Lima e de Edgar Roquette Pinto mais do que evidenciar as personalidades e as constru es desses intelectuais revela marcas de um Brasil vivido no final do s culo XIX e in cio do s culo XX Estas s o importantes de serem percebidas uma vez que deixaram lastros que foram fundamentais no destino dos Amados de Sergipe Dentre estas marcas est o papel desempenhado pela Faculdade de Direito do Recife na forma o e propaga o de uma nova mentalidade social brasileira no in cio do s culo passado Ant nio de Arruda Carneiro Le o S lvio Romero e especialmente Tobias Barreto fizeram parte deste momento iniciado no final do s culo XIX e que marcaria fortemente o pensamento brasileiro at o final da d cada de 20 do s culo passado Sobre o papel cumprido pela Faculdade de Direito do Recife na constru o do pensamento moderno brasileiro Ara jo 2002 coloca que suas ideias sobre o predom nio do positivismo trouxeram como consequ ncia um novo modo de abordar os problemas e outra vis o da sociedade do Direito das Ci ncias Humanas e Sociais enaltecendo a mentalidade cient fica 2002 p 115 O autor acrescenta ainda que a tradicional Faculdade de Direito ia al m
34. es Unidas ONU membro da Comiss o de Direito Internacional do mesmo organismo imortal da Academia Brasileira de Letras ABL Gilberto atrav s de seus feitos e realiza es acabou n o apenas recuperando o destaque dos Amados mais do que isso tornou se exemplo para os irm os que em dada medida tiveram o sucesso do mais velho como aporte para os primeiros passos em suas carreiras O tronco familiar assim o ponto de partida a base s lida sobre as quais se sedimentaram os entendimentos sobre o que era Educa o de Genolino Gild sio e Gilson Amado Conforme ind cios e evid ncias encontrados nas autobiografias de Gilberto e Genolino Amado Hist ria de minha inf ncia e Um menino sergipano respectivamente nas entrevistas de Camilla Amado filha de Gilson e Lu s Amado filho de Gild sio al m de em escritos do Amado entusiasta da TVE a figura de Ana de Lima foi central nessa constitui o A disciplina a busca pela melhor Educa o formal para os filhos bem como o senso de justi a as boas rela es pol ticas e da necessidade do envolvimento dos pais no 169 processo educativo como os principais respons veis pela forma o do car ter dos filhos marcaram os tr s irm os Amados aqui estudados e deixaram lastros em suas trajet rias servindo de funda o para suas percep es educacionais Ana de Lima deixou marcas fundamentais no desenvolvimento dos filhos mas n o foi a nica Al m de Gi
35. escolares entremeadas por textos como Os tr s Mosqueteiros Visconde de Bragelonne Rocambole Os mist rios de Paris O judeu errante SANTANA 2000 p 20 As atividades culturais elencadas n o eram apenas incentivadas por Melk Havia um envolvimento pr tico em sua realiza o da qual toda a fam lia tomava parte a exce o de 28 09 Gilberto gago e sem aptid o confessa para as artes da m sica e interpretac o e de sua m e AMADO 1954 As encena es envolviam toda a cidade Na falta de atores profissionais as personagens das diversas hist rias eram interpretadas pelas mo as e mo os pelas crian as e quem mais quisesse e se adequasse ao papel dispon vel O pr prio Melk por vezes tomava os pap is do gal vil o sedutor O sucesso da empreitada foi tamanho que segundo relata Gilberto 1954 as pessoas deslocavam se de Aracaju para Itaporanga com o intento de assistir s encena es Baltasar G is professor e poeta Manuel dos Passos de Oliveira Teles juiz e poeta que tinha sido disc pulo de Tobias Barreto vinham a Itaporanga para as representa es Com les muita gente de Aracaju AMADO 1954 p 193 Considerando tais fatos n o de se estranhar que Genolino Gild sio e Gilson Amado tenham demonstrado gosto pelas letras e pelos elementos ligados educa o e cultura A ntima rela o que os tr s Amados nutriram com elementos culturais pode ser notada mesmo que apenas
36. m encontre neste curso o mero processo da obten o de um diploma mas que esse diploma quando concedido corresponda de direito e de fato ao atestado de um grau de cultura Para alcan ar sse objetivo fomos buscar nas vossas pr prias fileiras entre os jornalistas que mais se t m destacado pelo brilho das suas penas e pela tica irrepreens vel do seu procedimento os titulares das primeiras c tedras a serem preenchidas Jos Eduardo de Macedo Soares M cio Le o Genolino Amado Celso Kelly Danton Jobim s o nomes que estabelecem o n vel das li es a serem aqui professadas BITTENCOURT 1948 apud D O U 04 de maio de 1948 O curso de Jornalismo que em 04 de maio de 1948 iniciava suas atividades sob a gide de ser o instrumento para a inaugura o de um novo tempo no jornalismo brasileiro Novo no sentido de se poder ter a partir daquele momento profissionais que receberam uma forma o para desempenharem a fun o n o ficando mais a cargo da pr tica e do acaso o 119 aprendizado do Jornalismo No mais naquilo que tangia ao car ter dessa forma o o curso continuava a reproduzir o perfil de jornalista que se consagrou atrav s dos grandes nomes da imprensa que para al m dos mestres elencados posso destacar os m dicos Fernando Tude de Souza e Edgard Roquette Pinto e o soci logo Josu de Castro Buscava se assim formar mais do que profissionais novos intelectuais novos homens preparados para atuarem e inter
37. mero de brasileiros poss vel Gilson Amado foi um entusiasta da Educa o a Dist ncia Nascido em 1908 come ou sua carreira de bacharel na cidade do Rio de Janeiro onde exerceu a Curadoria de Menores do Minist rio P blico do Distrito Federal mas n o demoraria a enveredar pelo mundo da comunica o Ao longo de mais de 25 anos Gilson atuou em emissoras de r dio e de televis o como apresentador e coordenador de mesas redondas e de debates sobre assuntos de interesse p blico Da intera o entre sua viv ncia nos ve culos de comunica o e seus ideais sociais nasceu o ide rio da constru o de sua colabora o mais significativa para a Educa o no Brasil a Televis o Educativa TVE Gilson conservava uma vis o otimista e entusiasta das possibilidades da radiodifus o para a tarefa educativa tanto que costumeiramente referia se a TVE como o educand rio da multid o brasileira denotando sua credulidade no alcance e potencial da televis o para educar jovens e adultos fora da idade escolar Ao longo desse processo de pesquisa e defini es acerca do objeto em meio aos diversos fluxos de ideias que me vinham cabe a e se abriam como possibilidades de estudo foram se definindo em linhas mais claras minhas inten es ou seja o que eu pretendia com essa busca por informa es acerca dos Amados de Sergipe e como eu lidaria com as descobertas feitas at ent o e aquelas que certamente ainda viriam Assim meu intuit
38. o pice da carreira ocorre no ano de 1949 quando integrou vitaliciamente a primeira turma de membros da rec m criada Comiss o de Direito Internacional da Organiza o das Na es Unidas ONU Foram ao todo 20 anos dedicados s discuss es proposi es e regulamenta o do Direito Internacional Dos integrantes da primeira turma Gilberto inclusive foi o que permaneceu mais tempo como membro da Comiss o que em algumas oportunidades chegou a presidir Nesse per odo foi tamb m delegado do Brasil nas sess es ordin rias da Assembleia Geral da ONU ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS s d Se a carreira de sucesso fez com que Gilberto perdesse de vista a vida do menino nascido em Est ncia e criado em Itaporanga o garoto que um dia avaliou que sua inf ncia havia sido roubada pelas adversidades vividas pela fam lia e pelos planos tra ados para ele pelos pais de alguma forma manteve se vivo no proeminente Gilberto Amado ainda guardado na hist ria do Brasil como homem do Direito e diplomata respeitado Esse ressoar de um tempo passado que n o voltaria permaneceu presente atrav s da paix o pela leitura 40 adquirida nos tempos em que o menino teve que deixar os estudos em fun o do decl nio econ mico da fam lia O que Gilberto n o poderia prever naquele tempo de crian a era que o amor pelos livros transcenderia o ato de l los e chegaria vontade de cri los Essa segunda vertente de sua paix o adquirida j nos
39. o de Jean Fran ois Sirinelli para este trabalho n o se encerra no conceito de intelectual tamb m dele que tomo um segundo conceito relevante para a defini o do olhar sobre o objeto dessa pesquisa o de gera o Talvez a compreens o das raz es pelas quais me aproprio desse conceito seja razoavelmente bvia no entanto a necessidade de buscar uma defini o para al m do senso comum do termo gera o foi premente na medida em que para al m de tratar os tr s irm os Amado aqui estudados como indiv duos a percep o deles enquanto fam lia n o podia ser ignorada Nesse sentido como tantos outros meninos e meninas nascidos no in cio do s culo XX Genolino Gild sio e Gilson dividiram para al m de parentes quartos e brinquedos uma conjuntura pol tica social e econ mica em meio a qual iniciaram seus processos de educa o e instru o Contudo pertencer mesma fam lia tem papel fundamental tamb m neste 51 compartilhar uma vez que as leituras que eles podiam fazer daquele per odo apresentavam influ ncia direta da percep o e das a es de seus pais e mesmo de seus irm os mais velhos em especial Gilberto Sobre a transmiss o da heran a familiar Duby em seu livro Hist ria da vida privada 2 afirma que o poder de regalia torna se bem de fam lia transmitido por c pula gera o pelo sangue e partilhado a cada sucess o entre os consangu neos ou ent o mantido indiviso por irm
40. o de quais documenta es do arquivo me seriam teis ou n o Mas se por um lado a aus ncia de um invent rio e o ineditismo do arquivo demandaram um olhar mais atento e um tempo de pesquisa maiores por outro me garantiram acesso irrestrito a toda a documenta o dispon vel o que me permitiu constituir um rico rol de fontes documentais acerca do trabalho de Gild sio Amado frente da Diretoria de Ensino Secund rio que v o desde manuscritos de projetos da Diretoria e de relat rios de viagens destinados ao Ministro da Educa o da poca como tamb m despacho correspond ncias oficiais publica es realizadas pela Dese com o intuito de manter professores e inspetores atualizados acerca da educa o e das diretrizes indicadas pela Diretoria acerca das suas atribui es Al m de leis sobre o ensino brasileiro da poca em algumas das quais Gild sio colaborou na formula o e recortes de jornais documentando a es da Diretoria de Ensino Secund rio e orienta es do Governo Federal atrav s do Minist rio da Educa o para o ensino do pa s Na Funda o Casa de Rui Barbosa pude encontrar al m de recortes de jornais principalmente de cr nicas de Genolino cartas deste e de Gilberto algumas fotografia bem como alguns cap tulos do terceiro livro de mem rias que Genolino escrevia quando de seu falecimento Esclare o em tempo que n o pude fotografar esta documenta o Como a Funda o tem apenas a guarda eu pre
41. o e meu eterno carinho Espero t los sempre por perto E por falar em companheiros de jornada h alguns mais a quem devo agradecer Aos queridos colegas do Mestrado em Educa o da Unit em especial L via Keyne e Augusto o meu muito obrigada Cumprir esta etapa da minha forma o n o teria tido o mesmo sabor sem a companhia de voc s Obrigada pelos debates conversas e por compartilharem comigo o sonho de ser mestre Pela companhia nesse caminho para me tornar pesquisadora tenho ainda que agradecer queles que al m dos desafios da vida acad mica compartilharam comigo a orientadora Joaquim e C ssia obrigada pelo carinho pela aten o pelo incentivo pela preocupa o e pela torcida voc s s o os melhores irm os acad micos que eu podia ter Rony La sa Rosane Maria V via obrigada pelo carinho pelos abra os pela companhia por me fazerem acreditar no futuro e na carreira de docente Espero que o dia de manh reserve me alunos e orientandos como voc s Raylane a orientadora mas compartilho com ela o orgulho de ver voc s crescendo Obrigada por me permitirem participar da vida e da forma o de voc s Antes de terminar este agradecimento h ainda mais algumas pessoas a quem preciso agradecer Aos avaliadores das minhas bancas de qualifica o e defesa professores Ilka Miglio e Luciano Mendes de Faria Filho N o h palavras para expressar a minha gratid o pela valorosa contribui o de voc
42. p 414 esclarece que Vale lembrar que a discrep ncia entre forma o medicina e atua o profissional magist rio encontra explica o no fato de n o existir naquela poca curso espec fico para a forma o de professor de ensino secund rio Assim o recrutamento se fazia entre advogados m dicos engenheiros padres e ex seminaristas Assim se no campo da Medicina n o poss vel observar as contribui es de Gild sio para o mesmo na Educa o o cen rio bem diferente Sua atua o nas institui es escolares fosse como docente fosse como diretor permitiu a Gild sio Amado um ac mulo de experi ncia e entendimento sobre as quest es educacionais que o levaram a assumir altos postos na administra o da Educa o brasileira Nesse sentido foi membro e posteriormente presidente da Comiss o Nacional do Livro Did tico entre 1947 e 1955 e em seguida exerceu fun es ligadas Diretoria de Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o Dese MEC tendo sido diretor do rg o entre 1956 e 1968 e integrado sua equipe de Planejamento do Ensino M dio em 1968 Mas as contribui es de Gild sio para a Educa o brasileira n o se encerraram a muito embora sua atua o nos anos seguintes nas diversas inst ncias educacionais do pa s tenham se dado em per odos mais curtos 86 Ap s deixar a Dese j nos primeiros anos de 1970 Gild sio Amado foi membro dos dois grupos de trabalho da Reforma do Ensi
43. titulares dda primciras o cedras a comem presuclidus Just Edunido de Meceko Fonris Malo Le o Geuolina Arandn Gelso Kelly Duot n Jenlm sAn Toces yur estabele a 0 119 daz Loles o mrem aqui prefagesdas N o termino G tidus sober a Gupnetincia exc guioral de que aa 1 Fita o instala o Meia ces para o blec ria Susa de jeuomento Masi Agul entrarels cun comtnto telde esurel a com e cura team essu cure Sorel cue cenit o propria chirlo Gas Puesldades de Pucsattr uki wel A preda o das arialra dow esantrres dak jorvallelae d intsteciais co a que cosalllumo cn tote TRS 0 Quadrn ini pensarel Gis seedy brota de dumnetnela Bend ne instromen Gi due lerpenetric n de emlruza do ua cujus palalto es peprenso mpre ende tia euvetyio dos ccemtemimntas quottulacus Ela vo ceynegn s ent o de eecteugn em qua ap comaubatassia o lema RA Yoo Iolivie O Juroalissa d yin s2vgnd cia N o vas sagqnecrss ds frusk d gt Ri Envooza Cade juroolssa para cots do pop ay M s trapa um mestec fie Yilewlas lems 6 um ewch de Serauciacia EM a o Wu e liaundo e am eerie 1 Talolliat e um mas welexau Debidua enc n primate s o do d a as mor ligos penetraud at su fulio des cone orlas tprsqperios ctuls v o elsbrrar A moral un es entirmentas e uo Lapus de que dencode a sora dos pvers mos 6 ds c es brolgr axsprneatiliade pits pi o pode aque um Tem raro calg para com o pr riao para com Dous
44. 39 ministro do Planejamento aos 42 foi professor de grandes universidades na Europa e nos Estados Unidos embaixador e ministro da Cultura D AGUIAR Rosa Freire 2006 Dispon vel em http www centrocelsofurtado org br interna php ID_S 46 Acesso em 10 nov 2012 151 populares pudessem aprender tamb m novos termos Retomo aqui a cita o feita no cap tulo anterior quando Camila Amado 2011 declara que Um dos maiores orgulhos dele era quando algu m voltava l do norte e dizia Gilson eu estou muito impressionado Eu passei por um povoado pobre e me perguntaram Deputado como vai a estrutura Ent o eles sabiam de certos termos o vocabul rio era muito rico O sucesso da empreitada de Gilson era uma realidade palp vel Entretanto isso n o foi um facilitador para o processo de constru o do ideal de Educa o do ent o futuro presidente da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa Na poca segundo o testemunho de Camilla Amado 2011 seu pai pagava com seus pr prios recursos os operadores de c mera do programa Al m disso ele n o recebia pelas apresenta es e contava com a gentileza de seus convidados em tamb m n o fazerem exig ncias nesse sentido Essa realidade perdurou mesmo ap s o in cio da Universidade de Cultura Popular que passou a ofertar cursos para a popula o O primeiro deles foi o programa Artigo gg que tinha como objetivo oferecer aulas de prepara o para aqueles que tivessem mais d
45. A voc meu muito obrigada e o meu amor Aos amigos irm os Sheila Matheus Ely Afonso Jana na Juliana Daniele Tain e Edson reservo tamb m um espa o nesse agradecimento A exist ncia de voc s na minha vida a torna mais f cil e feliz Ter voc s ao meu lado ao longo de mais essa jornada sem d vida a fez menos dif cil de ser conclu da Obrigada pelas palavras de incentivo pelos risos pelas distra es pela confian a e pelo amor Ah Nesse grupo falta ainda agradecer a Ben Hur Ca ula do grupo a quem al m de todas as coisas ditas deixo o meu muito obrigada pelos debates acad micos pelas discuss es filos ficas pelos resmungos de todas as horas por compartilhar a paix o pelo Chico Ben as nossas conversas s o fundamentais para minha sanidade mental A voc s amigos irm o meu amor eterno e incondicional Voc s s o parte de mim Na seara dos amigos n o posso esquecer me de mais alguns nomes Tavares Karine Priscila Jo o Dantas Kalyne Andr a Karla Alexandre Andr a Versuti Rosana Matheus Batalha muito obrigada pela torcida pelo carinho pela confian a pelo incentivo por terem acreditado e por compartilharem comigo a alegria de ver este trabalho terminado Cada um de voc s sua maneira foi de suma import ncia para a concretiza o dessa disserta o Obrigada por terem me acompanhado nessa caminhada pelos abra os pelos sorrisos pelas conversas pela amizade A voc s minha gratid
46. Escola de Jornalistas coube ao deputado e jornalista Dunshee de Abranches presidente da Associa o em 1911 Contudo o projeto n o saiu do campo das ideias O mesmo ocorreu com as iniciativas dos presidentes que sucederam Abranches at 1931 quando assume a presid ncia da ABI Herbert Moses Destaco aqui que muito embora durante os 20 anos transcorridos entre a elabora o do primeiro plano e a acess o de Moses dire o da institui o nenhuma medida tenha viabilizado a materializa o do curso para a forma o de jornalistas a ideia jamais foi abandonada Um acontecimento que evidencia tal afirma o o I Congresso de Jornalistas Brasileiros realizado pela ABI em 1918 que teve entre seus objetivos discutir propostas para a implementa o do curso t o almejado Diversas teses sujeitas ao exame do Congresso mereceram demorada aprecia o de figuras eminentes Duas sobressa ram a primeira de autoria de Paulo Eleut rio publicista amazonense versando o ensino t cnico profissional do jornalismo a segunda de Manuel Duarte que assim concluiu suas observa es N o visa a escola inventar jornalistas mas dar queles que nascem com essa tend ncia maior efici ncia profissional pelo seu melhor aparelhamento t cnico e cultural SEGISMUNDO 1995 p 102 Apesar das discuss es as iniciativas continuaram restritas ao papel e dele s come aram a sair em 1938 quando Herbert Moses obteve de Get lio Varga
47. Genolino 1977 poss vel observar que as percep es dos irm os Amados encontram lastro no entendimento de educa o da m e que ao que se evidencia tinha por princ pio deix la muito clara n o s para os filhos como para todos aqueles envolvidos com o processo de instruir e educar os Amados quando crian a Os anos se seguiram Meninos estudando Melchisedech trabalhando e mais um Amado por nascer Era Gennyson o ca ula que viria ao mundo ao fim do ano de 1912 Foi este um dos motivos que trouxe casa dos pais Gileno H muito vivendo fora de Sergipe Nesse per odo em que esteve fora formou se bacharel em Direito e foi eleito Deputado Estadual na Bahia onde residia e para onde convidou os pais a se estabelecerem tamb m Ap s alguns dias Gileno retornou ao estado vizinho Sergipe mas a ideia ficou e ganhou for a quando Melchisedech viu se novamente desempregado em fun o da conclus o da estrada de ferro entre Maruim e Ros rio do Catete Al m disso naquele momento Melk considerava que o ambiente criado pelo governo opositor era hostil para uma eventual retomada da sua carreira pol tica Assim em 1913 Ana e Melk decidem fixar resid ncia na Bahia onde o prestigio alcan ado pelo filho Gileno poderia contribuir para que o pai conquistasse posi o que lhe permitisse voltar a prover o sustento dos irm os mais novos Sobre o per odo na Bahia n o encontrei informa es mais detalhadas Apesar de ter tomado
48. Genolino um poss vel meio de apazigu las Vi no aprofundamento do meu conhecimento acerca deste Amado e de sua trajet ria de vida a possibilidade de materializar essa ponte que para mim era clara mas que para as pessoas em geral aparentemente n o se apresentava t o n tida assim A trajet ria de Genolino abriu se como uma porta rumo a uma dire o que eu estava determinada a seguir compreender o potencial educador dos comunicadores Contudo outras indaga es surgidas durante o relato da professora Raylane tamb m serviram como combust vel para que eu desse in cio a pesquisa sobre Genolino Amado Dentre elas estavam como depois de ter cursado duas habilita es em Comunica o Social eu nunca havia ouvido falar desse sergipano que para al m das atividades j citadas descobri mais tarde ter ocupado diversos cargos ligados a Comunica o no Brasil dentre eles o de diretor da Ag ncia Nacional no segundo governo de Get lio Vargas Outra pergunta que pairava em minha mente era como depois de 14 anos morando em Sergipe eu nunca tinha ouvido falar no sobrenome Amado relacionado a uma fam lia sergipana Esses 14 questionamentos me inquietaram agu aram o que no jarg o popular do Jornalismo chamamos de faro jornal stico Parti ent o em busca de informa es acerca de Genolino Amado Na internet logo se apresentou como refer ncia o site da Academia Brasileira de Letras ABL Genolino ltimo sergipan
49. Gilberto Em seu livro de mem rias Genolino 1977 deixa claro o que representava a figura do irm o no seio familiar Com os Golpes de Vista recitados por Melk s pessoas de Est ncia tal qual fazia s pessoas itaporanguenses aumentou me a suspeita de que eu tinha um irm o importante o ausente Por ele cada vez mais crescia o orgulho paterno AMADO 1977 p 59 Golpes de Vista era o nome da coluna de Gilberto que sa a cotidianamente no prestigioso Di rio de Pernambuco E apesar do primog nito de Melk e Donana escrev la sob o pseud nimo de ureo isso n o se tornou um problema para que em terras sergipanas se soubesse a identidade original de seu autor Melchisedech do seu lugar de pai orgulhoso do filho que ascendia socialmente garantia a devida divulga o do trabalho do filho aventando aos quatro cantos o seu prestigio Mas se para alguns a rea o de Melk e Ana ao sucesso do primeiro filho era vista como simples orgulho no seio da fam lia os 38 contornos das falas sobre Gilberto ganharam formas mais complexas Gilberto Amado mais que irm o virou exemplo Marcou os demais da prole n o pela conviv ncia cotidiana ou pelos atos afeitos aos irm os mais velhos tal qual o de proteger os mais novos das primeiras intemp ries da vida mas sim pelo prest gio alcan ado primeiro em terras pernambucanas e posteriormente cariocas Foi com a ascens o intelectual e pol tica do primog
50. Ly Lao Asar s Ikatitaper EE TA Paulo Czar de tee TELA A T Pawa Merda Fedjh s srririries Pour Purwo Puulo das Sant Pod s Rhifail Ltus rlo Cure RTOS n Raw Monteiro Costa Th Ender Leste do pean T Genin Jott Sulo Preis Betupi o Deadopes Yours Single Rime de Mirada Susana V tor BOHANEC Ay u s mrina Rendon 03 Te ta Vio Feria da Siva s Vulor Virtnte Wiana Tabu Calxuo Pomplea Pl Wale Lamiya Mure Fevereiro da 1948 2499 6A Wiikon Morse Ur 49 Zolrn uarn Puslirizy Als nv Ziltor Trimke dr Aw Tal BL Zulelda de Custom Tal CUSO be ESTA Wiere N de vurma Wune ae Ir engis I Fabo Mello FRUTA sa OOO aua ary e Kron Pom Frled w Ks G55 a dudin de Diltera Cerda 71s 4 dee da Conta Ferran nt 5 lennon MTart tg de O qua amp lcdu Zsu da Silves di 7 Loe Pio TD B duicgorda EA GAS 9 BLOOD leune 216 1h Pesaro Ant nio Tie da Curl TOR 21 Vel lrema damn Sanrelro Ena te Wian BIac rio TIA soul us CURES ThDUSTRIAL basico Korres KI de wim co Bie de Juey nOA Fermana de Tiun ERLI Mir Sanres Corel Fi dee 55h E Alie du Siva basses ant 4 Adada Cravelre da Dicta vos fi Arer Menem de tim im G Ad to Rikina A de Bra de Pros Tu 4 Adena Carran Pean a ax 8 Aver Marques curdo RTE F Ayulcala liwio Coe Day Wo Ajam r Corm
51. Schmidt Judith Paiva e Souza e Jairo Bezerra s o falecidos Sobre Carlos Cavalcanti Renato Azevedo n o foi poss vel encontrar dados em fun o de serem nomes comuns cujas buscas na internet retornam uma quantidade imensur vel de informa o 152 destacar que nenhum deles recebia dividendos pela contribui o com a Universidade BEZERRA 1977 A respeito do trabalho volunt rio dos professores da Universidade de Cultura Popular no arquivo pessoal de Camilla Amado acerca do pai encontrei um grupo de quatro pequenos textos que pelos ind cios que se apresentam acredito terem sido escritos por Jairo Bezerra em ano posterior a segunda metade da d cada de 1960 Em um dos textos intitulado Teleloucos Bezerra relata o lan amento do Artigo 99 e a rea o do ministro San Tiago Dantas ao saber do trabalho volunt rio dos professores Quando do lan amento do 1 curso do Artigo 99 pela TV da Universidade da Cultura Popular em 1963 o Dr Gilson Amado convidou me para a solenidade inaugural noite na antiga TV Continental Fui com roupa bem simples Afinal era apenas o in cio de um curso para adultos Para meu espanto e surpresa a Continental estava repleta de autoridades Sete Ministros de Estado Senadores Deputados Secret rio de Educa o diretores de departamentos do MEC etc Antes do in cio da solenidade o Ministro Santiago Dantas conversava com os professores do Curso que falavam sobre a imp
52. Teixeira outros prop sitos AMADO 1973 p 07 Gild sio entendia ent o que a unidade pregoada pelos defensores significava uniformidade e na vis o dele esta acabava por exigir centraliza o E esta assegurava aos promulgadores dessa linha o que realmente queriam o controle das escolas para que possam fazer delas instrumentos de idiossincrasias ou de planos preconcebidos AMADO 1973 p 08 As preocupa es de Gild sio em torno da conjuntura educacional que se apresentava nos anos de 1950 tinham como ponto central a necessidade de se estruturar o ensino m dio brasileiro de maneira a favorecer uma educa o de qualidade que respeitasse as especificidades das diferentes regi es brasileiras e tamb m das escolas Gild sio acreditava que era preciso estabelecer um regime de ensino que valorizasse o professor e os diretores dos estabelecimentos de ensino estimulando os a pensar a educa o e a elaborar planos que atendessem s necessidades que suas realidades impunham O que ele percebia entretanto que na contram o dessa sua vis o os respons veis por legislar acerca da Educa o buscavam na unidade nacional um escudo para cobrir uma simples atitude conservadora em face de certas mudan as que bem ou mal v o abrindo caminho AMADO 1973 p 08 N o se pode assim deixar de lembrar que especialmente no campo social o in cio da d cada de 50 trouxe mudan as para o pa s Em 1951 Get lio
53. a promover a gera o da programa o aprovada pelo Colegiado de Coordena o geral que era composto por representantes de todas as entidades oficiais e da Secretaria de Amplia es Tecnol gicas do MEC Assim a TVE passar a coordenar uma rede de emissoras educativas 166 que passou a ser denominada de Sistema Nacional de Televis o Educativa Sinted e que tinha como afiliadas a Televis o Educativa do Amazonas a Televis o Educativa do Cear a Televis o Educativa do Maranh o a Televis o Educativa do Esp rito Santo a Televis o Educativa do Rio Grande do Sul a Televis o Universit ria de Pernambuco a Televis o Universit ria de Natal a Televis o Nacional de Bras lia a Televis o Rond nia a Televis o Acre a Televis o Roraima a Televis o Amap e a Televis o Amazonas LOBO NETO 2002 Como j anunciado o segundo fato que marca a TVE ainda nos anos 1970 o falecimento de seu presidente Gilson Amado Sua morte foi noticiada em um flash ao vivo s 22h47 Em homenagem foi reprisado o seu ltimo programa Li es de Vida Terminava no dia 26 de novembro de 1979 uma gest o de 12 anos durante a qual Gilson buscou n o perder de vista os ideais e o seu entendimento sobre o que era Educa o propagados desde os tempos das mesas redondas que se traduziu em um bem sucedido projeto educacional Em vida quando perguntado a quem ele devia a sua forma o sobressaem se na fala a pedagogia instintiva da m e Ana
54. a morte do deputado Fausto Cardoso Atingido na escadaria do Pal cio o republicano arrasta se cambaleante pela pra a at tombar pedindo um copo d gua e proferindo as palavras Bebo a alma de Sergipe gt Arreio s m 1 Arreamento 2 Aparelho dos cavalos de tiro ou sela 3 Adorno enfeite DICION RIO MELHORAMENTOS 1988 p 101 27 Morro mas a vit ria nossa sergipanos BARRETO 2004 Contudo a disputa n o terminaria ali Anos depois parentes de Fausto Cardoso mataram o Padre Ol mpio Campos como vingan a Sobre as tens es vividas em Itaporanga provenientes dos acontecimentos da capital Genolino 1977 p 24 25 rememora Melk voc n o pode ficar aqui em Itaporanga Por que Est com medo Eu n o tenho Os advers rios me respeitam E Firmino inimigo mas n o vai fazer anda N o se inquiete N o por voc por mim pelos filhos pelo que vai nascer Estou gr vida de nove meses Quer ent o que fuja Que d prova de covardia diante dos meus amigos e correligion rios N o quero que fuja Quero que v para o centro da revolta para Aracaju onde est o Monsenhor Ol mpio e o Presidente Campos L voc tem advers rios pol ticos por m nenhum inimigo pessoal Permanecer aqui n o prestar solidariedade aos dois chefes prisioneiros E arriscar a sua fam lia N o tem direito de ficar Convenceu o De noite com Joao Bento Melk seguiu para a capital S na volta con
55. alunos exercitarem as li es de escrita e artes gr ficas Ao analisar tal proposta e em seguida observar o Decreto Lei n 22 245 de 06 de Dezembro de 1946 cuja fun o foi dar organicidade ao curso de Jornalismo conforme previa o Decreto Lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 poss vel observar o quanto a ABI efetivamente participou e influenciou o processo de composi o do Curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil O referido Decreto Lei de 1946 estruturou o curso de Jornalismo em tr s se es de Forma o de Aperfei oamento e de Extens o Cultural cada uma devendo cumprir um papel no processo de forma o do aluno Al m disso conforme o texto do decreto citado a seguir o curso seria de tr s anos e obedeceria a uma divis o das disciplinas em tr s s ries 1 S rie 1 Portugu s e Literatura 2 Franc s ou Ingl s 3 Geografia Humana 4 Hist ria da Civiliza o 5 tica e legisla o de imprensa 6 T cnica de jornalismo 2 S rie 1 Portugu s e Literatura 2 Sociologia 3 Pol tica 4 Hist ria do Brasil 5 Hist ria da Imprensa 6 T cnica de jornalismo 3 S rie 1 Portugu s e Literatura 2 Psicologia social 3 Economia pol tica 4 No es de Direito 5 Organiza o e administra o de jornal 6 T cnica de jornalismo BRASIL 1946 Par grafo nico Cada uma das s ries ser completada com duas disciplinas
56. as de aptid es e capacidades dos alunos espalhados no territ rio nacional Na nova normatiza o apresentou se assim Por portaria do Ministro deixava se a crit rio da dire o do estabelecimento fixar o tipo de provas escritas ou escritas e orais os programas os crit rios de julgamento as condi es eliminat rias Transferia se para o diretor toda a responsabilidade no processamento dos exames ficando a cargo do inspetor apenas o estudo da documenta o apresentada e uma aprecia o geral da forma de realiza o dos exames AMADO 1973 p 26 importante destacar que a iniciativa n o foi vista por todos como positiva Nunes 2000 p 45 afirma que a dificuldade para ingresso no ensino secund rio era agravada por esse exame pois cada escola secund ria organizava seus programas e n o os divulgava de modo que os candidatos e suas fam lias n o sabiam se o n vel de exig ncia das provas acompanharia o n vel do conte do da quarta s rie das escolas prim rias Contudo o objetivo maior de Gild sio era de que a possibilidade de cada escola fixar seus pr prios par metros para os exames de admiss o significasse em ltima inst ncia que estes estariam adequados realidade local ao perfil dos alunos e respeitasse as diferen as e especificidades individuais Ou seja o que ele pretendia que a aprova o nos exames estivesse mais perto dos alunos por estarem de alguma forma adequados aos seus contextos
57. como a primeira rede de sociabilidade de Genolino Gild sio e Gilson Amado Foi em meio a ela que se delinearam os contornos dos entendimentos sobre o que era Educa o dos tr s irm os Amados Assim nela que reside a possibilidade de justificar as interse es encontradas nos entendimentos de Educa o que Genolino Gild sio e Gilson Amado Nos projetos educacionais e nas a es desses tr s irm os poss vel perceber a busca pela promo o de uma Educa o que primasse pela qualidade do ensino aprendizagem que fosse emancipadora e que alcan asse o maior n mero de pessoas poss vel As evidencias e vest gios que revelam tais caracter sticas podem ser observados por exemplo no caso de Genolino na promo o de cursos de extens o sobre Literatura Contempor nea Muito embora seja poss vel fazer a ressalva de que a primeira oferta do curso tenha vindo como solu o demora de sua nomea o como professor da disciplina Literatura Contempor nea do Curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia sua nomea o saiu apenas em meados de 1949 meses depois do in cio do per odo letivo poss vel inferir que seu interesse pela iniciativa extencionista n o se deu apenas por isso O Di rio Oficial da Uni o de 14 de agosto de 1950 traz em sua sec o 1 p gina 12 003 a convocat ria ao p blico interessado para matricula em nova turma do curso de extens o em Literatura Contempor nea lecionado
58. conhecimento de um segundo livro de mem rias de Genolino onde o mesmo abordava esta fase da vida bem como sua partida para o Rio de Janeiro a publica o nunca foi posta para o grande p blico Ficou inacabada diante do seu falecimento No arquivo sob a guarda da Funda o Casa de Rui Barbosa encontrei alguns cap tulos datilografados a maior parte ainda em vers o n o finalizada O que foi poss vel escrever do livro antes do falecimento n o revela a estada da fam lia na Bahia Mas se da vida no Estado para onde seguiram ap s deixar Aracaju pouco se sabe uma coisa tornou se not ria a partir daquele Estado um a um dos Amados seguiu para o Rio de Janeiro com exce o de Gileno que casado permaneceu residindo na cidade de Itabuna O primeiro a se instalar em terras cariocas foi Gilberto primog nito do casal Ana e Melk cujas mem rias de inf ncia 33 auxiliaram na compreens o da fam lia O irm o mais velho de Genolino Gild sio e Gilson destaca se aqui pela perspectiva dos Amados mais novos que consideravam o primog nito Gilberto com admira o e rever ncia pelas conquistas alcan adas mas tamb m pelo orgulho claro que Melk fazia quest o de demonstrar a quem quer que fosse 1 2 A heran a do primog nito Se por um lado Gilberto em suas mem rias deixa transparecer certa satisfa o pela posi o que tinha ante aos pais e irm os por outro reconhece que as expectativas das quais era deposit rio nem
59. conta o estilo do texto que deveria ser informal e dial gico al m de aspectos formais da produ o textual tais como coer ncia coes o objetividade clareza etc Ao final desta etapa de trabalho o material com os apontamentos feitos era encaminhado aos professores respons veis para que os ajustes necess rios fossem realizados Durante o per odo em que estive colaborando com a Supervis o de Conte dos Midi ticos do Nead Unit em fun o do processo de ida e vinda dos materiais entre os professores e o setor acabei por conhecer e interagir com diversos docentes da Universidade Tiradentes em especial aqueles que atuavam no Nead Dentre eles estava a professora Doutora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto Apesar de nunca ter revisado livros produzidos por ela acabei me aproximando pois algumas vezes foi me indicado pela chefia da Supervis o procur la para tirar d vidas sobre a compreens o de algumas tem ticas tratadas em certos materiais principalmente quando os mesmos abordavam aspectos relacionados Hist ria da Educa o rea de pesquisa da professora Raylane Esse processo de consultoria que por vezes acontecia tinha o intuito de esclarecer qualquer dubiedade na minha compreens o de certos conceitos para que ent o partindo do pressuposto correto eu 13 pudesse indicar ao professor respons vel pelo material como clarificar aquela ideia de maneira que os alunos n o vivenciassem a mesma d vida que eu
60. contava com o aumento exponencial do n mero de alunos que de acordo com o texto anteriormente citado somavam dois meses depois do seu 153 lan amento mais de seis mil alunos inscritos segundo documento encontrado no arquivo pessoal de Camilla Amado e datado de 1963 Tal informa o pode ser observada em outro texto dentre os quatro que acredito terem sido produzidos por Jairo Bezerra Sob o t tulo de Apostilas do Artigo 99 o texto traz ainda o perfil engajado de Gilson na medida em que o apresenta como homem de a o que ganhava as ruas se isso significasse a realiza o de seus objetivos Sobre a problem tica das apostilas do Artigo 99 Bezerra faz o seguinte relato Para editar as apostilas do antigo curso do Artigo 99 pela Televis o no antigo Canal 9 Dr Gilson sem recurso para essa tarefa apelou certa vez para Adolpho Bloch que assumiu a responsabilidade de editar nas oficinas da Manchete alguns milhares destas apostilas Aconteceu que o n mero de alunos do Artigo 99 pela TV aumentou de tal forma que come ou a prejudicar os trabalhos de edi o da Manchete Adolpho Bloch falou ent o com Dr Gilson sobre o problema e mostrou o encarecimento da m o de obra al m do sacrif cio do hor rio dos oper rios Dr Gilson foi at as oficinas da Manchete em Parada de Lucas dirigiu a palavra aos oper rios e com o seu mini com cio entusiasmou de tal modo os empregados de Manchete que o l der dele
61. da sua fun o formadora de bachar is constituindo se um centro de difus o e est mulo de cultura geral e produzindo mais do que profissionais humanistas que enriqueciam o ambiente intelectual do Brasil ARA JO 2002 p 115 Nesse sentido o que os part cipes dessa Escola buscavam era a constru o de uma identidade nacional brasileira tendo como suporte para tanto a educa o e a cultura pois era atrav s 62 delas que se seria possivel construir novos valores que conduziriam a sociedade brasileira a um novo est gio de desenvolvimento social Muitos foram os expoentes da Faculdade de Direito do Recife que compuseram o cen rio de mudan a que a Escola viveu na segunda metade do s culo XIX e na primeira do s culo XX Tobias Barreto e Silvio Romero fizeram parte da vanguarda desse movimento Alunos e posteriormente professores da Faculdade constitu ram o n cleo de pensamento da institui o A passagem dos dois pela Escola marcou profundamente suas obras e produ es intelectuais Tobias e S lvio lutaram pela constru o de uma educa o pautada no cientificismo e distanciada da religi o Defendiam a necessidade de o Governo brasileiro assumir a responsabilidade pela educa o de base no pa s e compartilharam o interesse pela produ o de intelectuais alem es que muito influenciou suas percep es de mundo e de forma o social e educacional Mas se a viv ncia na Faculdade de Direito do Recife em finais do
62. de estrat gia o c lculo das rela es de for as que se torna poss vel a partir do momento em que um sujeito de querer e poder isol vel de um ambiente Ela postula um lugar capaz de ser circunscrito com um pr prio e portanto capaz de servir de base a uma gest o de suas rela es com uma exterioridade distinta A nacionalidade pol tica econ mica ou cient fica foi constru da segundo esse modelo estrat gico Denomino ao contr rio t tica um c lculo que n o pode contar com um pr prio nem portanto com uma fronteira que distingue o outro como totalidade vis vel A t tica s tem por lugar o do outro Ela a se insinua fragmentariamente sem apreend lo por inteiro sem poder ret lo dist ncia Ela n o disp e de base onde capitalizar os seus proveitos preparar suas expans es e assegurar uma independ ncia em face das circunst ncias a t tica depende do tempo vigiando para captar no v o possibilidades de ganho CERTEAU 1994 p 46 47 A t tica est ent o atrelada ao momento Para sua implementa o preciso perceber se a conjuntura favorece a interven o pretendida A t tica ao contr rio da estrat gia 53 que se encontra institucionalizada como coloca o pr prio Certeau 1994 tem que estar atento aos fatos de maneira que eles possam ser transformados em ocasi es ou seja oportunidades Dessa acep o descende o fato de Michel de Certeau 1994 referir se t tica
63. de Lima e a for a preceptora do irm o mais velho Gilberto Amado CONCEITOS USUALMENTE REPETIDOS POR GILSON AMADO s d Ao recorrer para a trajet ria de Gilson Amado em especial para os 12 anos em que esteve frente da Funda o Centro Brasileiro de Educa o e nos ltimos anos de vida da TVE poss vel perceber com clareza o quanto os destinos dessas institui es estiveram pautados e ligados ao itiner rio de Gilson Amado Assim ao analisar esse entrela amento entre institui o e gestor e avaliar a dimens o e a cobertura que o projeto educacional de Gilson alcan ou transparece de forma clara o seu potencial engajador para al m do criador e do mediador Conforme concebido por Sirinelli os intelectuais podem ser reunidos em torno de uma segunda defini o mais estreita e baseada na no o de engajamento na vida da cidade como ator mas segundo modalidades diferentes como por exemplo a assinatura de manifestos testemunha ou consci ncia SIRINELLI 1996 p 243 Diante dos lugares e dos processos de institucionaliza o a que esteve frente Gilson Amado se constituiu intelectual Envolveu se foi a campo valeu se das estrat gias que o lugar circunscrito no espa o ocupado lhe permitia CERTEAU 1994 tudo no sentido de ver seu projeto educacional do educand rio das multid es concretizado Nesse sentido o que deixa como lastro de sua a o tamb m de suma import ncia na medida
64. de Sergipe Em Itaporanga o clima da disputa pol tica tem uma reviravolta com os Caba assustados e os Peba esperan osos pelo sucesso da revolta insurgida na capital Para os Amados as tens es que pairavam no ar revelavam se concretamente atrav s de um recado entregue por um empregado de Firmino Barreto lideran a dos Peba cobrando uma d vida relacionada a arreios que Melk teria comprado O bilhete deveria ser entregue diretamente ao Coronel Melchisedech mas foi interceptado por Bernarda ama e amiga de Ana de Lima que ajudou na criag o dos filhos e afazeres da casa durante anos Sabendo quem era o remetente da encomenda ao inv s de apresentar o recado a quem ele era endere ado Bernarda o entrega a Donana Esta por sua vez sabendo que se o marido tomasse conhecimento do conte do do bilhete fincaria p em Itaporanga e aguardaria o momento do confronto omite a mensagem e sob o argumento de que ele deveria prestar apoio e solidariedade aos correligion rios pol ticos depostos em Aracaju convence o a partir para a capital Coronel Melk convencido pela mulher foi e permaneceu em Aracaju at a resolu o final da disputa pelo governo em 28 de agosto de 1906 Nessa data os revolucion rios entram em confronto com as for as militares enviadas pelo Presidente da Rep blica Rodrigues Alves para restaurar a ordem e devolver ao poder os depostos Guilherme Campos e Pelino Nobre O embate findou com
65. de encontrar um local adequado e com um custo que coubesse no or amento de que dispunha a FCBTVE Sobre este ocorrido Nordi 2006 apud MILANEZ 2007 relata que Vimos v rias sedes Um dos im veis era chamado Teatro Novo antigo Teatro Rep blica Esse teatro era de Paulo Ferraz um dos maiores armadores brasileiros que o tinha comprado para abrigar a companhia da esposa que era bailarina Lamentavelmente ele estava convalescendo de problema de sa de e com os neg cios um pouco enrolados Ele queria em torno de cinco milh es de cruzeiros O Gilson Amado fez a contraproposta N s s temos um milh o Gilson ainda conseguiu barganhar mais O pr dio estava pela Caixa Econ mica Federal em torno de 400 e poucos mil cruzeiros Na realidade o Paulo Ferraz s recebeu a diferen a 600 e poucos mil O resto foi financiado com a C E F Com os CR 400 mil come amos a obra Era absolutamente insuficiente para fazer a TVE NORDI 2006 apud MILANEZ 2007 p 43 Com a negocia o obtida por Gilson o futuro pr dio da TV Educativa estava garantido mas as devidas adequa es para a instala o do Telecentro n o A Funda o Konrad Adenauer havia estabelecidos prazos bem determinados para o cumprimento das etapas visando instala o do Telecentro e para cumpri los era preciso mais recursos de forma que a reforma do pr dio pudesse ser conclu da a contento Gilson quando da compra do teatro autorizou o in cio das obras mesmo
66. de narr los e propag los ou ainda como consci ncia sendo aquele que compreende as problem ticas sociais econ micas culturais e pol ticas que se desenrolam no seio da sociedade e por isso capaz de ter clareza sobre as mesmas o que lhe permite diversas possibilidades no sentido de uma interven o que busque solu o para tais campos Sirinelli 1996 entretanto alerta para o fato de que as acep es n o s o excludentes entre si Z Uma tal acep o n o no fundo aut noma da anterior j que s o dois elementos de natureza sociocultural sua notoriedade eventual ou sua especializa o reconhecida pela sociedade em que ele vive especializa o esta que legitima e mesmo privilegia sua interven o no debate da cidade que o intelectual coloca a servi o da causa que defende Exatamente por esta raz o o debate entre as duas defini es em grande medida um falso problema e o historiador do pol tico deve partir da defini o ampla sob a condi o de em determinados momentos fechar a lente no sentido fotogr fico do termo SIRINELLI 1996 p 243 Assim nesse momento de escrita afirmo apenas que o conceito de intelectual apresentado por Sirinelli 1996 permite estudar as trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado com um olhar mais focado direcionado o que garante ganhos significativos para este trabalho como se poder comprovar nos pr ximos cap tulos Mas a contribui
67. dios Finalmente a FCBTVE chegava pr ximo do ideal Agora havia boa condi o t cnica de trabalho e uma 161 equipe ampliada de colaboradores dedicados a educar atrav s da televis o A previs o de Gilson de que O Brasil tem condi es de realizar a primeira experi ncia em larga escala de utiliza o da televis o para ensinar e habilitar com t tulos formais grandes parcelas da coletividade brasileira adolescentes e adultos AMADO apud MILANEZ 2007 p 31 Em meio a esses processos de mudan a um projeto de um programa focado no ensino prim rio em especial vinha sendo discutido e daria origem a um dos mais destacados da TV Educativa n o s no Brasil mas no mundo Refiro me novela supletivo Jo o da Silva A proposta come ou a ser elaborada em 1969 pelos educadores Jairo Bezerra Marion Villas Boas S Rego Mauricio Cardoso Faria Roberto Zaremba Bezerra e Jamil El Jaick e pela escritora Helena Ferraz Gilson gostou do projeto e ap s estud lo resolveu que o seu conte do seria apresentado no formato de uma novela pois de acordo com o seu racioc nio se as emissoras comerciais tinham as suas pr prias produ es desse g nero a TV Educativa tamb m poderia ter Sua ideia era ent o a de ser o mais did tico poss vel e ao mesmo tempo despertar a aten o dos alunos espectadores e nada melhor do que uma novela para conseguir associar as duas coisas Ficou ao encargo de Geraldo Cas Wilson Rocha e Jac
68. do cotidiano das escolas atrav s de medidas objetivas e realistas Assim Gild sio e o espa o social que ocupava naquele momento constitu am um todo que a partir da intera o de suas partes criou e recriou novas configura es para a educa o secund ria no Brasil Evidencia disso foi a atua o da Cades que alcan ou todo o territ rio nacional e de acordo com o que registra o diretor da Dese despertou grande interesse em professores e diretores que lotavam os eventos promovidos pela Campanha O interesse a curiosidade dos que fregiientavam significava tamb m a preocupa o de renova o e aperfei oamento relacionada com a de consolida o da situa o profissional AMADO 1973 Saliento aqui que uma das grandes preocupa es da Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio foi a qualifica o dos professores A forma o de docentes qualificados n o acompanhava o r pido crescimento do ensino m dio Segundo os dados apresentados por Gild sio em 1955 no Rio de Janeiro em um universo de 1400 professores de ensino secund rio somente 09 era diplomada por Faculdade Sete anos depois em 1962 a realidade brasileira apontava que dentre os docentes da educa o m dia brasileira menos de 20 possu a diploma de ensino superior Sobre esta realidade a Cades procurou tamb m intervir A ela coube a realiza o de cursos de orienta o para os professores que iriam fazer os exames de sufici nc
69. du 203 bua 133 q dig am em aag 635 196 Discurso do Ministro da Educa o a rgd AD Murdetts dn Guerre meyi arip em glita de noch du m geere Viio Majo carlo de Rstaus Motor do Babreto de Repatiira Argentino gra nesta enti forendo pure en ciui do Ministio dan Relagoes Meberiored duqu le bet qua su tanta a omnenhur do gedena Lidro RAINS aiio mie Hra F do tencasesromvuc Poise Chaves oficial bradteizo porto 03 le pus o Apr sacluu s orem RO Ministrc e mereral Awstiluja Trihente por ter Sida Vorececlo mitenmsndarte de 2 Dlris o Ge Infnoturlo e elos ent trancltu Esso dicia censal quo arata fie tetas us Duo Je ATCT Rie rel de Mowmecaniaogds e conmeduuc do Nico da Divisho Eboozdu do Exercito yni seguir geula de policias dins pan a cuplis prasale fls de ussudit 2 Ela Eva corsa Esteva oiei tanir no M nlct rio Ja Guercio cols Lo reshio prin cespe so Mieze a gahbuete suwal Gepa Vassamnulos o rcamogr Recwlo Pula Alix me as a Saria ise NO Trema Ma Gala ucreeitle Jue s edleTidadcs cos mares do 584 ariveruarlo Go QReclu ahidzar da Wa de Janaza O coromel Jarre Labla Minsi comandante do Estubeleaitato orate imo programa Bas centrjos que se o brillar pela poses do Eredcenty da Hsp blica e de outras amaa putrratames miris o aulas O LUATA dor ipna o pera as oficuudu do Ex rcito 6 0 de 1 7 3 armado E ars Pob sint
70. e acima de tudo n o subordinar em favor de interesses pessoais o direito do cidad o informa o Juramento do Jornalista RESUMO Esta disserta o tem como objeto de estudo as trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado objetivando atrav s de suas atua es compreender de que maneira esses irm os contribu ram respectivamente para o Ensino Superior de Jornalismo para o Ensino Secund rio e para a Educa o a Dist ncia no Brasil no per odo de 1950 a 1970 Assim referenciando se na Hist ria Cultural Francesa elegeram se as seguintes categorias de an lise intelectual SIRINELLI 1996 1997 gera o SIRINELLI 1998 t tica e estrat gia CERTEAU 1994 Estas permitiram o entendimento dos irm os Amados enquanto indiv duos pertencentes a uma mesma poca bem como a compreens o desses homens a partir da an lise de suas a es de maneira que ao final da pesquisa foi poss vel afirmar que os tr s constitu ram se enquanto intelectuais Sendo assim para a constru o da pesquisa e realiza o das an lises necess rias ao cumprimento do objetivo recorri pesquisa bibliogr fica a pesquisa documental e metodologia da hist ria oral segundo Alberti 2005 Esta teve como papel constituir fontes que permitissem a compreens o de Genolino Gild sio e Gilson Amado enquanto indiv duos frutos de uma mesma fam lia e que optaram pela Educa o em um per odo de suas trajet rias Nesse sentido a
71. e pol tica do pa s Assim sendo evoco uma vez mais Sirinelli quando este afirma que a gera o existe portanto no territ rio do historiador ao mesmo tempo como objeto de hist ria e como instrumento de an lise SIRINELLI 1998 p 137 Consolidando o referencial te rico com o qual trabalho ao longo desta disserta o h ainda dois conceitos com as quais opero no sentido de analisar as a es de Genolino Gild sio e Gilson Amado no campo da Educa o Trata se dos conceitos de estrat gia e t tica de Michel de Certeau 1994 A tomada dos mesmos dentro deste estudo significativa considerando o fato de que os tr s irm os Amado constru ram suas carreiras na Educa o a partir da rela o com espa os formais ou seja em institui es educativas e ou rg os governamentais Al m disso as fun es exercidas nesses espa os na maior parte do tempo estiveram ligadas a cargos de chefia ou ao menos a posi es de lideran a Nessa conjuntura o uso de estrat gias e t ticas na acep o de Michel de Certeau 1994 esteve presente nas carreiras dos irm os Amado que em cada momento de tomada de decis o precisaram avaliar o contexto e as possibilidades que se apresentavam optando assim pela utiliza o ou n o da t tica em paralelo estrat gia No sentido de clarificar tal afirma o tomo o pr prio Certeau quando na obra A inven o do cotidiano Artes de fazer coloca Chamo
72. ein cl mor Ww presi da araile ow Jlovccl da tul NAS RAS senave Tinta dos placing dis Paasi uu pate ja vinda Trsgdentacem estam ual hrs wiigustas e Wals ag o Goammibem Daz de urusla Clica Thi n wide de Calu lita C Bererino Wises 4 MEAS queta co que se amechia o 000 ta prasgan Nils aeee do samelno Leal e Aa Wro Peresn de suu vive Raiyew de Tari Rincon de Medeina Noto p de lxoles culo Arizada Irpreser luneu du Lilebyaacta lave tame Bera ca ibad au egu de cum pace ede Majo horom n Na o 1113 uas cuivs Cn Coumrerse Neelom o on putes jxetos uba lives q penfissan ce T nue 2t0vis e tudes GoterrlterLes mas de din ar tido doka ma cundaci uo p sta dy quel Ine gia abet mean n trestali o d iz cum patas q iniomiiiveooy Jurjus Lurisvules dv o sporfMegramenta tecnico moral e luelesloal Ja impremia IWomicico Wasel n tee T rpa de vivissilucee ccoo Hipolite cm pih qsbraugele o signe de ivmependencis polilica qua al se eullivo potere pieellr dese my nwigrs ay sea destino attona coal asyeclce aapurmlnia da Prepanieriniiu ds iovapiv o de O euedecirio aa deelquilivcio ven end gia tastaliiiiada nho yor re tucneu ceu onetseal per fvanasnas ginda dim qu juwis Gu preprlo Sal que onimu voud Nrerts vonku e quests nas ce exist ncia que cul de viloriag j ae cde a a entretan carumierit ca zea voten amponda dd lis uvama ules petebgpradas 01 telveamcanca a pr
73. em dois grupos um daqueles a quem ele julgou serem possuidores de um gosto e g nio intelectual mais apurado e o outro de apreciadores de literatura mas cuja aproxima o se dava atrav s de poemas sentimentais e terr veis romances E era de oito a oitenta no que diz respeito categoria intelectual Alguns preparad ssimos e desejando li es de n vel universit rio O resto pessoas gentis atenciosas com o professor decoradoras de sonetos sentimentais leitoras de terr veis romances em terr veis tradu es Enfrentei o problema de conciliar a maioria f de E o Vento Levou e de versos bem rimadinhos com a minoria cultuadora de Proust Kafka Joyce Sofri AMADO 1971 p 95 Ainda sobre a disciplina Literatura Contempor nea importante dizer que em 1949 e posteriormente em 1950 ela sofreu altera es no tocante ao seu lugar na estrutura curricular do curso de Jornalismo Isto se deve ao fato de nesses dois anos o curso ter passado por reestrutura es Assim no Decreto Lei n 26 493 de 19 de mar o de 1949 previa se que a disciplina Literatura Contempor nea passasse a integrar a se o de aperfei oamento em cultura geral na qual passava a ser subdividida a se o de aperfei oamento que teria ainda como uma segunda vertente a de aperfei oamento em t cnica J as novas diretrizes de 1950 foram determinadas pelo Decreto Lei n 28 923 de 1 de dezembro de 1950 O instrumento legal assinado pelo presidente Ern
74. ensino secund rio at aquele momento Ela Constitu a uma v lvula de escape aos intermin veis e mi dos controles administrativos AMADO 1973 p 36 Al m disso a Cades n o tinha por objetivo fiscalizar ou controlar o ensino secund rio mas sim prover solu es para os problemas que vinham surgindo em fun o do grande crescimento em n mero de aluno que essa etapa da educa o formal no pa s vinha sofrendo A Campanha ent o somava se aos esfor os de descentralizar o poder de decis o do 140 Minist rio da Educa o sobre todos os aspectos relacionados ao ensino m dio nas escolas Segundo Gild sio Inspirava se a a o da CADES na id ia de que o Minist rio n o deve ser executor direto de programas mas operar atrav s de ag ncias e mecanismos regionais aos quais cumpria lhe oferecer recursos financeiros e t cnicos para o desenvolvimento da educa o esquivando se o rg o central o mais poss vel do papel de agente imediato AMADO 1973 A Cades atuava em v rias frentes Nesse sentido promoveu semin rios congressos passou a contar com uma publica o peri dica na qual eram publicados artigos escritos por professores que eram refer ncias nas mat rias de ensino que formavam o curr culo do ensino m dio e financiou cursos de orienta o e de aperfei oamento Gild sio conduziu o projeto de seu antecessor buscando aproveitar ao m ximo suas potencialidades no sentido de resolver os problemas pr ticos
75. entanto segundo Gild sio o que se sucedeu foi uma falta de interesse por parte dos governos estaduais em promover seus pr prios programas anal ticos problema para o qual ele prop s a seguinte solu o transferir para as escolas a responsabilidade de elabora o de tais planos propusemos ao Ministro fosse transferida a responsabilidade do desenvolvimento dos programas diretamente para os professores dos gin sios e col gios devendo sua aprova o ser feita pelo respectivo corpo docente congregado AMADO 1973 p 27 A medida passou a valer em 1958 Sobre os benef cios da mudan a Gild sio Amado 1973 p 27 aponta que al m de possibilitar a varia o do ensino de acordo com as condi es regionais e mesmo escolares a medida significava ainda assim como no caso da nova normativa de revis o de prova uma demonstra o de confian a do poder p blico nos professores e o refor o da tend ncia administrativa de reconhecimento autonomia da escola A busca de proporcionar maior autonomia para os estabelecimento de ensino ganhou for a com outra medida administrativa da Diretoria do Ensino Secund rio Esta tratou das inspetorias federais que segundo Gild sio 1973 n o diferenciavam nem no que se refere aos padr es ticos nem nos pedag gicos as institui es de ensino secund rio 134 Confundia os todos no mesmo processo quase exclusivamente burocr tico AMADO 1973 p 27 A responsabilidade de
76. es dos jornais dentre as quais a dos Di rios Associados no turno da noite A volta de Genolino sala de aula foi t o inesperada quanto o primeiro convite de An sio Teixeira Se o jornalismo o salvou de lecionar ingl s foi ele tamb m o respons vel pelo seu retorno s li es colegiais O que precipitou sua volta foi uma cr nica publicada nos primeiros meses de 1944 em sua coluna Cr nica do Rio no O Jornal A mesma intitulada Melanc lica Profecia reproduzia um trecho de Esa e Jac de Machado de Assis em meio a coment rios ainda que sem citar nomes e elementos materiais sobre uma obra inacabada da Prefeitura no bairro de Botafogo Saiu o artigo de manh e antes das dez uma voz s ca me avisou que devia comparecer urgentemente ao gabinete do Secret rio de Educa o AMADO 1971 p 19 Genolino atendendo ao pedido compareceu para ter com 79 AM o secret rio Nas mem rias de Geno sobre aquele tempo consta que se sucedeu o seguinte di logo N o professor da Prefeitura Sou Fiquei admirado que o homem soubesse Mas n o ensina Nem por isso deixo de trabalhar Poderia ser designado para alguma escola Sem d vida Se perten o ao magist rio Ent o por que escreve contra obras municipais Quem escreve o cronista n o o professor mesma pessoa Se continuar transfiro Como quiser Continuarei quando achar que devo O Doutor Dodsworth
77. est ciente da sua iniciativa O Prefeito leu e autorizou me a cham lo Entendido E como seu tempo deve ser precioso creio que posso me retirar Passe bem AMADO 1971 p 19 Genolino n o tardaria a continuar Na verdade o fez na manh seguinte apoiado pelos colegas de reda o e por Assis Chateaubriand dono dos Di rios Associados a quem pertencia O Jornal Quando a noite Genolino colocou os colegas e o chefe a par da conversa com o secret rio mais cedo a indigna o foi geral Julgaram que a melhor forma de responder seria com nova cr nica que dessa vez denunciaria a press o sofrida naquela manh Com a autoriza o expressa de Chateaubriand de M ta o pau tanto no secret rio quanto no prefeito Genolino produziu sua coluna e na manh seguinte ela estava publicada O resultado ele conta A transfer ncia n o tardou Para que f sse lotado numa escola tiveram que passar para a cadeira de Geografia o Professor Adelino Magalh es A de Historia Geral que lhe pertencera ficou para mim AMADO 1971 p 20 A escola seria a Amaro Cavalcanti o turno por castigo uma vez que Genolino trabalhava no turno da noite no O Jornal seria o da manh Na Amaro Cavalcante o agora professor de Hist ria Geral descobriria a doc ncia e come aria a desenvolver seus pr prios m todos de lecionar Naquela escola de ensino secund rio ele daria aula a meninas s quais lhe despertariam certo encant
78. estes estava o grupo do Movimento da Escola Nova que na d cada de 1920 levantou a bandeira de uma educa o baseada no cientificismo voltada para a forma o do homem como um todo constru da sob a responsabilidade do Estado e fiscalizada pelo mesmo Em meio a tal cen rio a capital do pa s na poca o Rio de Janeiro tamb m apresentou ao Brasil seus expoentes Dentre eles estava Manuel Jos do Bomfim Aracajuano nascido em 1868 Bomfim mudou se para o Rio de Janeiro em 1888 com o objetivo de concluir a faculdade de Medicina o que alcan ou em 1890 Apesar de ter se graduado m dico Manuel dedicou se Educa o Foi Diretor do instituto de pesquisa em Educa o Pedagogium de 1896 a 1905 e de 1911 a 1919 fundou e dirigiu a revista oficial da Instru o P blica intitulada Educa o e Ensino em 1897 na Instru o P blica exerceu ainda a fun o de Diretor nos per odos de 1898 a 1900 e de 1905 a 1907 al m de ter integrado o conselho da institui o Manuel Jos do Bomfim foi tamb m professor de Moral e C vica Pedagogia e Portugu s da Escola Normal do Rio de Janeiro que brevemente chegou a dirigir apoiou a cria o da Universidade Popular de Ensino Livre Upel e publicou 22 obras nas quais trata de tem ticas como a Educa o a Psicologia e Psican lise e do retrato social do Brasil e da Am rica Latina FRANCO e GONTIJO 2002 2 Sendo assim relevante apontar ainda que apesar de sua produ
79. expoente da terceira gera o dos Annales quando o mesmo estabelece a rela o entre mem ria e hist ria Esta evoca o faz se necess ria uma vez que em sendo hist rico e assim tratando de fatos passados este trabalho constru do a partir da mem ria seja aquela contida nos documentos oficiais ou n o ou aquela resguardada na mente de homens e mulheres que conviveram com os irm os Amados Sobre a rela o mem ria hist ria Le Goff 1990 afirma que a mem ria onde cresce a hist ria que por sua vez a alimenta procura salvar o passado para servir o presente e o futuro Devemos trabalhar de forma a que a mem ria coletiva sirva para a liberta o e n o para a servid o dos homens LE GOFF 1990 p 478 A partir desta perspectiva o historiador defende que deve ser promovida uma luta pela democratiza o da mem ria social e que esta deve ser capitaneada pelos profissionais que a usam como fonte de suas pesquisas e trabalhos antrop logos historiadores jornalistas e soci logos Inspirando se em Ranger 1977 que denunciou a subordina o da antropologia africana tradicional s Triulzi convidou pesquisa da mem ria do homem comum africano Desejou o recurso na frica como na Europa s recorda es familiares s hist rias locais de cl de fam lias de aldeias s recorda es pessoais a todo aquele vasto complexo de conhecimentos n o oficiais n o institucionalizados que ainda n o se
80. fosse na mem ria de Genolino ao lembrar a contrariedade da m e quando Gentil deixou o col gio e levado pelas m os de Melk iniciou atividade no emp rio de Otoniel Amado Montalv o parente distante daqueles Amados Neste aspecto ent o 30 Aracaju apresentava se mais como solu o do que como problema revelia da desist ncia de Gentil em continuar os estudos Vale dizer que Gentil foi o nico dos irm os a quem foi dada a alternativa e n o por falta de insist ncia mas pela percep o de que o problema do menino n o era pouca intelig ncia mas um gosto muito mais apurado pelo fazer pela pr tica pela t cnica do que para as li es de portugu s e matem tica que o col gio podia lhe oferecer naquele momento Os demais foram assim distribu dos Gildo ingressou no gin sio Atheneu Sergipense e mais tarde foi enviado ao internato do col gio Alfredo Gomes no Rio de Janeiro Este foi o rem dio encontrado por Donana para que o apego de Gildo por Gentil n o resultasse tamb m na suspens o dos estudos do primeiro Gillette passou a ser educada pelas freiras das Merc s na Bahia e Gild sio e Giuseppe tinham aulas com professora Zuzu em Aracaju em escola cujo nome n o encontrei registrado em nenhuma das fontes pesquisadas Isto talvez deva se ao fato de pouco terem ali permanecido Preocupada em sempre oferecer a melhor educa o aos filhos Donana t o logo soube da inaugura o do Col gio Salesiano
81. lei e estando devidamente adaptadas a tais modelos assim preferiram permanecer A relativa limita o num rica era natural ainda por outros motivos entre os quais o de que a manuten o de classes experimentais envolvia problemas de custo reduzido n mero de alunos por classe perman ncia prolongada na escola equipamento did tico servi os especializados multiplicidade de 144 atividades e de disponibilidade de professores identificados com as novas id ias AMADO 1973 p 45 No balan o do projeto Gild sio aponta ainda que a ele aderiram tanto escolas p blicas quanto privadas tendo estas representado a grande maioria numa propor o de cinco para um E destaca que a maior contribui o das classes experimentais n o se deu efetivamente com rela o ao curr culo mas sim no tocante ao m todo de ensino Sobre esse aspecto ele lembra que em primeiro lugar as classes eram antecipadamente planejadas e enquanto experimentais deveriam guardar alguma originalidade Os atores do processo educativo em vez de aut matos a copiarem modelos oficiais teriam que afirmar sua capacidade de iniciativa e de cria o Funcionariam como ag ncias ativas de renova o do processo educativo AMADO 1973 p 47 O projeto das classes experimentais n o devia representar ent o uma soma de partes Antes disso tratava se de um conjunto sistematizado a partir de uma constru o coletiva As classes experimentais
82. m dia no pa s nos idos de 1956 As estrat gias que de acordo com Certeau 1994 p 46 configura se como um c lculo das rela es de for as que se torna poss vel a partir do momento em que um sujeito de querer e poder isol vel de um ambiente das quais Gild sio fez valer demonstram o quanto atento ele era s oportunidades que eventualmente apareciam para fugir das amarras centralizadoras que a lei determinava Posso afirmar que esse Amado soube fazer uso da estrutura governamental a seu favor e a favor do projeto de educa o em que acreditava Mas conforme j demonstrados as a es inicialmente propostas e ou implementadas por Gild sio tratavam se de tentativas pontuais de solucionar problemas Partindo do que Sirinelli 1994 assevera acerca dos intelectuais criadores quando afirma que este grupo comp e se por aqueles que participam da cria o art stica e liter ria ou no progresso do saber Gild sio Amado pode ser configurado como um homem de cultura que se revelou essencialmente criador na medida em que suas a es produziram solu es que viabilizaram mudan as concretas nas configura es da educa o secund ria brasileira nas d cadas de 1950 e 1960 preciso destacar que tais mudan as visaram estabelecer uma nova forma de pensar o ensino de segundo grau bem como estabelecer uma nova cultura de forma o de n vel m dio no Brasil pautada em um curr culo unificado em um
83. mata din ano ca mall mngacendas Slave seus Pebxtusie misi n Gi mismo Mintat rl mikate Ww el E pel A fuacenl culo 104 mesmes 20 C dosuir T rocira O Mutstalamo o yri e ejas Ueslcicublna atea Bol di cs ubi Go meri Gabiocte do Mlrislra s Mecca dal s Fduca o e Rawle ve viriyw nbulxc BIO E sa Ediea o e SA de amp vespociso t j a u providers p pagomera du Rio de Jarre de mato ge Gain e dima ho O cantrnto Era muor Lente errado Misti impona da duixentea end espa 1850 Clemente Horiext Prr 09 mm a de quase da error tn Lol Ph Aiert e e Renbae Pornardo dele C 200 098007 2a Termro Na Rzudo de gire Eetiota fosd Lurus ce d Ce mals de 1315 s di de Bilya Perote representante dz c nmzl Fuse de Melo Leceribro de meede And Prot e ta Chan 43 Memicirtta de Volen o 3 3 preetar AWANE exe zo Welmeri n Brua Mela 1 165 UA gt Ra Ead do Dubiu vondui n te dos abrus n os a Sesti Perra Teatemuntas Carlos bits de ait gencinis que exipin delibsrargm ar ina fir soc itada s draje Neves Jus de Rovbo Lops JURISPRUD NCIA ADMINISTRATIVA Vol I Fusc I DIVULGA O N 513 Pre o Cr 12 00 Yel I Fue I DIVULGA O N 546 Pre o Crs 15 00 VENDA Se o de Vendas Av Rodrigues Alves 1 Agtucia 1 Pal cio du Kasen Ag ncia II Pret rio ATENDE SE A PEDIDOS PELO SERVI O DE REEMBOLSO POSTAL 194 Nomea o 1949 41560 Q
84. necessidades de forma o respeitando as especificidades de suas realidades Para discutir essa perspectiva Gild sio evocou An sio Teixeira quando este defende que Minha tese dizia a de que a diversifica o a condi o de florescimento das culturas e a uniformidade a condi o de sua morte e petrifica o Nossos cuidados com a unidade da cultura brasileira s o mais no sentido de manter diversidades naturais e vindouras do que de aumentar a unidade por ilus rias imposi es preconcebidas pois sabemos que uma cultura somente floresce custa dos atritos e intera es entre as suas diferentes modalidades e variedades O entrechoque consciente das diferen as e aposi es que cria a unidade din mica que esta sim todos devemos promover TEIXEIRA 1956 apud AMADO 1973 p 07 A partir dessa tese de An sio Gild sio teceu duros coment rios s legisla es vigentes relacionadas Educa o em meados do s culo passado Argumentou que a unidade nacional que elas alegavam buscar e garantir na verdade n o passava do receio da perda do controle de um instrumento t o importante para o futuro de um pa s como o a Educa o por parte da elite pol tica brasileira Em suas palavras A preocupa o com a unidade 129 nacional por parte dos unitaristas e naquele estilo pomposo grandiloqiiente e por isso mesmo nem sempre sincero dissimulava e isto tamb m percebia An sio
85. nesse sentido que foi a jun o do gosto pela Literatura do vasto conhecimento que ele possu a sobre a rea e o entendimento de que o conhecimento acerca da Literatura era uma parte importante da forma o do jornalista levou Genolino a se fixar nessa cadeira at pelo menos meados de 1950 Aqui fa o uma inflex o para justificar a minha coloca o acerca do per odo em que Genolino Amado esteve lecionando Literatura Contempor nea Apesar de vasta busca entre os anos de 1951 e 1954 n o encontrei registro das nomea es dos professores do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia e Letras no Di rio Oficial da Uni o Assim sendo apesar de n o poder afirmar categoricamente que Genolino continuou ocupando a mesma cadeira at 1954 quando se afastou do curso acredito que isso ocorreu tendo como ind cio um trecho da narrativa de Genolino em O reino perdido 12 Como forma de suprir esta lacuna poderia ter buscado informa es nos arquivos do curso atrav s de atas e cadernetas Contudo n o consegui localizar estes documentos Ap s busca no Arquivo Geral da Universidade do Rio de Janeiro fui informada pela diretora do mesmo que os documentos referentes aos cursos ficam abrigados junto s pr prias escolas No entanto ao buscar esses arquivos junto Escola de Comunica o ECO o diretor em consulta ao respons vel pelo protocolo e arquivo informou me que n o h na Escola arquivos que datem da poca sobre
86. niveis muito baixos sem esgotar inclusive a utiliza o de toda sua capacidade de matr cula Jayme Abreu justificava a prefer ncia da demanda escolar do nivel m dio pelo ensino secund rio atrav s de quatro motivos b sicos era o ramo que desfrutava de maior prest gio como ag ncia de ascens o social pois conforme dispunham as Leis Org nicas era destinado s individualidades condutoras enquanto os demais destinavam se s massas era a mais acreditada ag ncia de preparo para uma s rie de atividades em empregos e servi os semiqualificados era o melhor caminho de acesso ao ensino superior era ao lado do ensino comercial o menos exigente em custos Abreu 1961 NUNES 2000 p 45 Dessa forma Gild sio n o via como solu o o simples para o descongestionamento do ensino secund rio aumento de vagas para a educa o profissionalizantes o que ele defendia era uma renova o em todo o sistema de maneira a permitir que ele condissesse com a realidade vigente Parte fundamental disso era a Lei de Diretrizes e Bases que tramitava no Congresso desde 1954 e que por quest es pol ticas continuava no aguardo de vota o Assim at a aprova o da referida lei Gild sio afirma que tentou atuar na Diretoria do Ensino Secund rio buscando principalmente duas linhas de a o descentraliza o e assist ncia t cnico pedag gica A primeira foi subdividida em duas frentes a descentraliza o essencial e a formal Est
87. nome Edgar Roquete Pinto subscreveu ainda o Manifesto da Escola Nova e idealizou em parceria com Tude de Souza a primeira televis o educativa do pa s que por quest es pol ticas s sairia do papel em 1962 pelas m os de Gilson Amado Diante das trajet rias profissionais dos seis intelectuais apresentados poss vel perceber o car ter engajador criador e mediador de suas obras a partir do que prop e Sirinelli 1996 Tobias Barreto S lvio Romero Ant nio de Arruda Carneiro Le o Manoel Jos do Bonfim Alceu Amoroso de Lima e Edgar Roquette Pinto foram homens envolvidos e preocupados com suas realidades cr ticos do Brasil de seus tempos e propositores de ideias para a constru o de um pa s mais igualit rio e para uma Educa o capaz de formar indiv duos que pudessem atuar sobre sua realidade social Compuseram assim a elite cultural do Brasil e a partir de seus microclimas influenciaram o pensamento em suas pocas deixando como lastro uma obra e um pensamento fundamentado na perspectiva de que somente atrav s da Educa o seria poss vel elevar o Brasil a posi o de pot ncia mundial Dessa forma enquanto intelectuais que deram forma e for a a elite cultural brasileira compreender as localiza es de Tobias Barreto S lvio Romero Ant nio de Arruda Carneiro Le o Manoel Jos do Bonfim Alceu Amoroso de Lima e Edgar Roquette Pinto enquanto intelectuais e seus deslocamentos no espa o social
88. o da escola de entraves burocr ticos insignificativos e est reis AMADO 1973 p 28 No sentido de referendar o pensamento de Gild sio acerca das configura es que o ensino secund rio no Brasil devia assumir h mais duas a es que merecem ser destacadas A primeira delas refere se aos exames orais Estes eram realizados ao final do ano letivo e eram obrigat rios para todos os alunos e todas as mat rias O teste era aplicado por uma banca composta por tr s examinadores dos quais ao menos dois deveriam arguir o aluno Vale destacar que os exames orais tinham peso menor que a provas escritas que eram aplicadas duas vezes por ano o que s vezes tinha como resultado o aluno mesmo sem ter feito os exames orais j se encontrar aprovado na disciplina Nesse sentido muitos educadores questionavam a verdadeira fun o dos exames orais no processo de avalia o do aluno Gild sio Amado via esses testes como deseducativos Mas n o era somente ele quem desaprovava esse m todo de avalia o Em espa os como congressos e encontros v rios eram os educadores que se manifestavam contr rios aos exames orais AMADO 1973 Na avalia o de Gild sio Amado Na forma em que se efetuavam visavam verifica o de soma de informa es e conhecimentos memorizados e n o dos atributos de 135 uma verdadeira forma o racioc nio l gico claro o ju zo l gico a vis o consciente o tipo de aptid o 1973 p 29
89. o e das contribui es deixadas para a Educa o brasileira Manuel visto com um ilustre 66 desconhecido no meio acad mico FRANCO e GONTIJO 2002 A origem deste fato segundo as autoras pode ser buscada por meio da an lise de seu discurso no qual a met fora ocupa lugar central FRANCO e GONTIJO 2002 p 756 Em tempos em que o uso de conceitos havia se consagrado como base das formula es cient ficas a utiliza o da met fora enquanto ferramenta de explicag o da ci ncia gerou pol mica e rendeu uma s rie de cr ticas s proposi es de Manuel Jos do Bomfim chegando a promover a desvaloriza o da sua obra em in cios do s culo XX Contudo extrapolando esta vis o pr pria de um tempo e analisando a obra de Bomfim a luz de seus ideais o que se pode perceber que ele a partir da tradig o hist rica buscou compreender a origem dos problemas sociais do pa s ao passo que prop s que o melhor instrumento para a supera o das problem ticas brasileiras era a Educa o FRANCO e GONTIJO 2002 Contudo importante dizer que Bomfim n o foi o nico a se destacar na sede da antiga corte brasileira Nas terras da capital do pa s at meados do s culo passado sobressa ram se outros nomes dentre eles do de Alceu Amoroso Lima e Edgar Roquette Pinto O primeiro formou se em direito em 1914 profiss o que exerceu durante seis anos per odo em que dividiu sua aten o entre as profiss es d
90. o encontrei nenhum registro de que o per odo como docente do Curso de Jornalismo tenha lhe marcado com menos apre o do que o dos tempos da Amaro Cavalcante em meados dos anos de 1940 Claro que h de se guardar sobre o ano e meio que ensinou s meninas as quest es emotivas que envolveram aquele per odo muito embora Genolino confesse s ter se dado conta disso anos depois Refiro me a evoca o de Genoline a irm falecida e de quem Genolino foi herdeiro afetivo Como ele mesmo coloca acerca do tempo em que lecionou Hist ria para as jovens da Amaro Cavalcante Vejo agora afinal que busquei a irm nas meninas olhadas ou imaginadas AMADO 1977 p 20 Afora este relato n o h nada que me leve a crer que Genolino adotou postura diferente ou exerceu a doc ncia com menos dedica o quando professor de futuros jornalistas A dedica o de Genolino com rela o s atividades que desenvolvia entendo que era uma marca pr pria e que se estendeu a todos os campos nos quais atuou Isso demonstrado no cap tulo anterior quando foco em sua prepara o para iniciar suas atividades em sala de aula fosse nas duas semanas que em se esfor ou em lecionar ingl s fosse na prepara o das aulas de Hist ria da E T C Amaro Cavalcante Ali s a pr pria atitude de Genolino em reconhecer suas limita es como docente da l ngua estrangeira qual An sio Teixeira o designou a ensinar e como meio de buscar evitar n o s
91. os como uma casa DUBY 2009 p 30 O conceito de gera o assim permitiu me compreender qual papel a proximidade do nascimento dos irm os Amados conforme j colocado Genolino nasceu em 1902 Gild sio em 1906 e Gilson em 1908 e a diferen a de idade entre eles e o Amado primog nito Gilberto nascido em 1887 e que se constituiu para o restante dos irm os como exemplo maior a ser seguido cumpriram na escolha dos caminhos que levaram os tr s ao status homens bem sucedidos e reconhecidos socialmente por suas atua es Aqui trago cena o contexto da primeira Rep blica brasileira e tudo que ela representa em termos pol ticos culturais e especialmente educacionais Dentro dessa perspectiva o conceito de gera o trazido por Sirinelli 1998 contribui com o presente trabalho na medida em que se remete n o s ao marco temporal mas tamb m aos fatores culturais e a sensa o de pertencimento Conforme Sirinelli 1998 Certamente a gera o no sentido biol gico aparentemente um fato natural mas tamb m um fato cultural por um lado modelado pelo acontecimento e por outro derivado s vezes da auto representa o e da auto proclama o o sentido de pertencer ou de ter pertencido a uma faixa et ria com forte identidade diferencial SIRINELLI 1998 p 133 Afora as diversas cr ticas feitas por historiadores ao uso do conceito de gera o enquanto categoria de an lise muitas vezes por consi
92. ou portugu s Assim n o foi por acaso que integraram a equipe de professores respons veis pelos projetos e materiais did ticos da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa e posteriormente da TVE nomes como o de Jairo Bezerra e Alfredina Paiva refer ncias em suas reas de ensino daquele per odo al m de diversos professores do Col gio Pedro II institui o de ensino federal que ainda hoje reconhecido pela qualidade do ensino Mas as pretens es educacionais de Gilson para o projeto da FCBTVE e a TVE n o se encerravam na garantia da qualidade do ensino ou na oportunidade de atrav s da televis o poder educar um grande n mero de pessoas Mais do que isso ele buscava formar cidad os conscientes de seus direitos e deveres e em condi es de serem part cipes da vida social econ mica e pol tica do pa s Os debates sobre cultura turismo e economia al m de programas que ensinavam li es de ingl s e da novela Jo o da Silva evidenciam as inten es de Gilson nesse sentido Acerca da qualidade e da forma o emancipadora em Genolino pode se senti las ao observar sua trajet ria e perceber sua preocupa o com a prepara o das aulas e com a busca da melhor maneira de passar os conte dos aos alunos que para as meninas da escola de ensino m dio Amaro Cavalcante onde lecionou entre 1944 e 1945 acabou por transformar a Hist ria em verdadeiras narrativas dignas dos melhores romances Al m diss
93. por Genolino Esse Amado j era professor da cadeira com sua nomea o para o per odo letivo de ano de 1950 devidamente publicada desde fevereiro do mesmo ano A oferta da segunda turma do curso de extens o foi ent o uma iniciativa pessoal de Genolino que nesse contexto de ensino aprendizagem reunia os mais diversos perfis de pessoas de diferentes graus de instru o e gostos liter rios Nos casos de Gild sio e Gilson Amado a percep o desse entendimento da necessidade de ampliar o alcance da Educa o fica ainda mais patente Gild sio conduziu sua a o na Dese buscando desburocratizar o processo educacional Dentre as medidas tomadas estavam mudan as nos m todos avaliativos do ensino secund rio brasileiro inclusive no exame de madureza necess rio para o ingresso nessa etapa da Educa o formal por aqueles que j passavam da idade curricular padr o Al m disso pensou o projeto dos GOT que 171 al m de atender as aptid es individuais dos alunos permitia que a escola atraisse tanto os estudantes voltados para um ensino acad mico quanto aqueles que buscavam uma qualifica o educacional que viabilizasse a entrada no mercado de trabalho Em se tratando de Gilson a obra fala pelo criador O educandario das multid es como ele mesmo chamava a TV Educativa buscava levar aos lugares mais remotos do pa s uma Educa o de qualidade que proporcionasse n o apenas aos alunos conhecimentos sobre matem tica
94. por Gilson para integrar os quadros da Funda o ficou respons vel pela pelos estudos e provid ncias para a 1 Gilson Amado era aposentado como Curador do Minist rio P blico da Uni o CURRICULUM VITAE DE GILSON AMADO 158 estrutura o da programa o que a partir daquele momento a Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa passaria a produzir Considerando as condi es materiais o n mero reduzido de colaboradores e o curto espa o de tempo de que disp s a FCBTVE para a realiza o dos programas pode se considerar vitoriosa a iniciativa mesmo que naquele momento a Funda o tenha conseguiu atender 45 da demanda total Em relat rio da poca Gilson aponta que Para dar uma id ia da produtividade do trabalho realizado em car ter de urg ncia para atender a tal objetivo parece bastante assinalar que em um est dio de 14 metros quadrados a FCBTVE produziu mais de duas centenas de quil metros de programa o gravada em fita de videoteipe GILSON 197 apud MILANEZ 2007 p 40 Em geral 30 emissoras espalhadas pelo Brasil transmitiram o conte do preparado pela Funda o Segundo balan o apontado por Milanez 2008 naquele ano de 1970 foram escritos e estudados 426 roteiros Destes 317 foram gravados Dentre eles estava a s rie Flashes Did ticos cujos programas tratavam das mais variadas tem ticas como utilidade p blica inicia o art stica e educa o familiar Esses novos programas somavam
95. por isso certos aspectos acerca de suas trajet rias alguns espa os de descolamento social percorridos e certas redes de sociabilidade constitu das n o foram abordados ou aprofundados Nesse sentido relevante esclarecer ainda o trato dispensado s autobiografias e produ es dos Amados aqui usadas Tomadas enquanto fontes para a compreens o da origem dos irm os Amados e das bases nas quais seus entendimentos sobre o que era Educa o forjaram se sobre o conjunto delas de maneira geral n o s o tecidas an lises uma vez que conforme anunciado este trabalho n o pretende ser biogr fico As considera es aqui feitas debru am se ent o sobre os pontos que foram primordiais para o objetivo proposto a saber aquelas informa es que permitiram perceber como as bases familiares foram importantes para a constru o dos entendimentos de educa o de Genolino Gild sio e Gilson Amado 174 Sobre este aspecto vale observar tamb m que tal op o para o trato do material produzido c pelos pr prios Amados n o significa trata los como verdades absolutas ou fontes infal veis Isto se deve a compreens o de que a mem ria pass vel de esquecimento e de que a constru o do homem por ele mesmo produz lacunas acerca daquilo que deliberadamente ele quer deixar no passado ou seja quer que permane a no campo do esquecimento Assim sendo importante compreender ainda que considerando os sujeitos a
96. px cio Jat Greta 17 Epa stilo du desta em y RE e BD ES E Loose 28 220 e 20 731 fe IUK Task Pedro Gn Ti AER e Mango 3 Ablor Divlio 1 Caboede o aszomerto co dl 24 ratnih a afin s ree gt 6 Uu 48 Pros wise E i ona a IRR Mar a THE o Fume Iza da Ceslu loode a auto alar a Alte sem piety ee ra alul da aut de jure de mora ae 1 vito sem arenis a HMA da MUA MUTULC GA de mera NA Bat Pree b 21 27443 Aucuzlo Clves Riu Comede q jozumenta da tol 16 pit sora nls Lotte j N cogi Prees x 29 937 1967 Edy ai 493 TT EGOR RE Par Fo s Image a Luta 10 hoe ELO sem prej zo aarbimerclo du uso senal acs fares CL IMITA N GSM 27 3 e 2b JIC 4k Sadi m Img a mito ty sbire O GEW stu pteral enke ra mema neres 25 gk MITA G 32 598 4 i 9 Mancia I 1 33 Le o mulin d site o Ghbeta ann yeni dt q ily te D nu Punt 300 e 2 530 30413 14 RILAB C la Lomece a osr Abe em mena is t OMe D metidos wea Ince taralts de we D diano prejuloo e ect w we TACEMO BVE Pros 53 114 gt 99 3 ae 1015 Jou Munis te trad v Tupige a ciue de 197 zeae n niti o prene do ecolicimenlo us a NA 4 771 Prenn AS SAS 95 99 HE Motul ce Lisa se de MEX E ws s rooulh
97. que nao lembrariamos essas iniciativas que hoje podem parecer triviais n o fosse o contraste que naquele tempo representavam como tend ncia no sentido de certa liberta o de um estreito centralismo AMADO 1973 p 24 Nesse sentido embora aparentemente simples as medidas pontuais tomadas pelo diretor da Dese deixavam transparecer de forma clara os seus objetivos no tocante ao ensino m dio no Brasil No caso das revis es de prova a problem tica colocada era o procedimento de solicita o e atendimento da mesma que se dava da seguinte forma pelo professor que a tivesse corrigido pela primeira vez que deveria apresentar ao inspetor federal na escola uma fundamenta o por escrito do resultado da revis o ou por pedido do respons vel pelo aluno atrav s de requerimento fundamentado e enviado inspetoria federal No caso do aluno e seu respons vel optarem pela segunda alternativa a solicita o seria encaminhada ao Minist rio da Educa o e Cultura que procederia revis o Para tanto estabelecia se uma banca indicada pelo diretor da Dese e formada por dois professores de estabelecimentos oficiais de ensino e de um representante da Diretoria O regulamento da revis o de prova indicava ainda que caso houvesse discord ncia na nova avalia o atrav s de recurso outra revis o poderia solicitada e desta vez seria realizada pelo pr prio diretor da Dese Na avalia o de Gild sio esse processo evidenciava falta de co
98. que a Faculdade de Direito do Recife desde a poca de Tobias Barreto era um espa o de forma o marcado e caracterizado pela presen a dos debates pol ticos e efervesc ncia intelectual A heran a que o mulato sergipano por quem Melchisedech nutria grande admira o e de tantos outros sergipanos dentre eles Silvio Romero teve lastro nos anos subsequente sua partida Gilberto Amado mas do que estudar na Faculdade de Direito do Recife acabou por beber na fonte do movimento da Escola de Direito do Recife encabe ado por Tobias De maneira a descrever este movimento lan o m o das palavras de Luiz Antonio Barreto 2006 quando assim analisou No Recife Tobias Barreto liderou um grupo de jovens muitos seus conterr neos alguns de outras Prov ncias todos engajados na elabora o de um programa intelectual que n o apenas passasse a limpo a vida brasileira mas que pudesse debater os temas que ent o interessavam o mundo civilizado Pequenos jornais passaram a publicar textos em prosa e em verso atualizando a est tica liter ria ao tempo em que come aram a tratar de temas e sistemas filos ficos Silvio Romero personagem e autor disse com nfase apaixonada que Um bando de id ias novas esvoa ou sobre n s de todos os pontos do horizonte Positivismo Evolucionismo Darwinismo cr tica religiosa naturalismo cientificismo na poesia e no romance folclore novos processos de cr tica e de hist ria liter ria transforma
99. realidade s cio pol tica de sua poca mas mais que isso significava se envolver com as mudan as sociais necess rias para O desenvolvimento do povo e de sua na o justamente essa rela o com as problem ticas sociais ou seja esse engajamento nos problemas das cidades que Jean Fran ois Sirinelli 1996 destacar como uma das duas acep es que ele aponta como poss veis para a caracteriza o dos intelectuais Com freqii ncia se destacou o car ter poliss mico da no o de intelectual o aspecto polimorfo do meio dos intelectuais e a imprecis o da decorrente para se estabelecer crit rios de defini o da palavra de tanto que esta no o e esta palavra evolu ram com as muta es da sociedade francesa Por esta ltima raz o preciso a nosso ver defender uma defini o geom trica vari vel mas baseada em invariantes Estas podem desembocar em duas acep es do intelectual uma ampla e sociocultural englobando os criadores e os mediadores culturais a outra mais estreita baseada na no o de engajamento SIRINELLI 1996 p 242 Na primeira acep o Sirinelli 1996 abrange profiss es como a de jornalistas de escritores e de professores secund rios cujas a es possam caracteriz los como criadores ou mediadores em potencial e de outras categorias de receptores da cultura que segundo o autor est o em uma posi o de ascens o para integrar o primeiro grupo ao qual poss vel entend
100. retornavam ent o Bahia terra deixada outrora nos oitocentos em fun o da luta entre portugueses e brasileiros Em Salvador instalaram se mais uma vez era hora de buscar escola para os filhos Genolino foi estudar no Col gio Egydio dirigido por norte americanos sobre o qual se expressa Fui estudar no Egydio de uns americanos antip ticos n o me lembro se metodistas ou batistas enfim puritanada N o agiientei e consegui matr cula no Col gio Carneiro do gram tico que se renomou pelas discuss es com Rui Barbosa em torno do portugu s certo ou errado nos artigos do c digo civil AMADO 1977 p 122 Depois de conclu dos os estudos no col gio Carneiro Genolino deu in cio aos preparat rios e a cursos particulares para ingresso na Faculdade de Direito da Bahia onde iniciou seus estudos aos 17 anos Integrou a turma do curso Direito de 1919 com outros calouros que renderiam orgulho ao Brasil De sua turma sa ram escritores e mestres do Direito a exemplo de Hermes Lima Pedro Calmon Nestor Duarte e Adal cio Nogueira Contudo permaneceu na Faculdade de Direito da Bahia apenas at o terceiro ano Por chamado do irm o Gildo instalado assim como Gilberto no Rio de Janeiro mudou se para a capital do pa s onde se diplomou Bacharel no ano de 1924 Na ida para o Rio de Janeiro fica evidente que a reverencia prestada ao primog nito persistia Gilberto havia consentido vinda de Genolino Provavelmente n o teria
101. rios viraram o programa de r dio Panorama Pol tico de Gilson Amado lidos por C sar Ladeira que era um grande locutor da poca A partir dessa experi ncia ele come ou a fazer na r dio Mayrink Veiga um programa de mesas redondas em que entrevistava pessoas sobre o Brasil E ele como era muito culto e tinha muita informa o o povo tamb m ficava extremamente informado Um dos maiores orgulhos dele era quando algu m voltava l do norte e dizia Gilson eu estou muito impressionado Eu passei por um povoado pobre e me perguntaram Deputado como vai a estrutura Ent o eles sabiam de certos termos o vocabul rio era muito rico AMADO 2011 Assim o trabalho para o irm o acabou por se tornar o seu pr prio Gilson a exemplo de Genolino destacou se no campo da comunica o Tanto no r dio quanto na televis o apresentou programas em formato de mesas redondas e debates que buscavam discutir diversos assuntos de interesse p blico como pol tica cultura turismo e economia Seu objetivo maior era manter o povo informado ciente dos acontecimentos e l cido sobre sua realidade Da fus o entre a viv ncia nos ve culos de comunica o e seus ideais sociais nasceu o projeto que Gilson a priori chamou de universidade sem paredes e que depois ficou conhecido como Universidade de Cultura Popular Um dos primeiros passos na dire o da concretiza o da iniciativa foi dado em 1962 quando Gilson conquistou o hor rio das 22h30
102. s culo XIX permite encontrar pontos em comum no pensamento de Tobias Barreto e S lvio Romero preciso destacar que suas trajet rias a partir da tomaram rumos distintos BARRETO 1989 NASCIMENTO 2007 Principal nome da Escola de Direito do Recife Tobias Barreto foi nomeado professor da Faculdade de Direito do Recife em 1882 Contudo desde os tempos de estudante ja dava mostra de seu talento como orador escritor e cr tico social Formado bacharel em Direito e j consagrado como poeta colaborou com diversos jornais pernambucanos tendo chegado a dirigir e a fundar alguns deles No munic pio de Escada no interior de Pernambuco exerceu a profiss o de advogado e referendou sua qualidade de grande orador Tobias foi ainda pol tico Eleito deputado por Pernambuco defendeu a educa o das mulheres e prop s a cria o do Partenog gio do Recife escola superior profissionalizante para mo as num pioneirismo que causou forte rea o dentro e fora da Assembl ia BARRETO 1989 p 05 Tobias Barreto apesar das in meras fun es que desempenhou e de sua import ncia para o pensamento brasileiro n o constituiu fortuna Nasceu pobre e assim tamb m morreu A sa de debilitada n o lhe permitiu permanecer por muitos anos como docente da Faculdade de Direito do Recife Contudo os anos em que ali esteve foram suficiente para inspirar e estabelecer um novo modo de pensar o Brasil Veemente defensor da aboli o da escravatura
103. se constitui em tarefa f cil e por vezes o mapeamento fica incompleto Nesta pesquisa o motivo para tanto se deve ao fato de que alguns momentos da trajet ria dos Amados aqui estudados principalmente no tocante a suas forma es no ambiente da escola e na faculdade n o terem sido poss vel conhecer em profundidade A aus ncia de documenta o de registros e as lacunas que as entrevistas n o puderam preencher demandaram a interpreta o dos ind cios e evid ncias que foi poss vel encontrar Conforme coloca Sirinelli tal desafio configura se como uma parte do estudo dos intelectuais Ora as trajet rias pedem naturalmente esclarecimento e balizamento mas tamb m e sobretudo interpreta o O estudo dos itiner rios s pode ser um instrumento de investiga o hist rica se pagar esse pre o SIRINELLI 1996 p 247 H de se destacar ainda que muito embora o presente trabalho de pesquisa possa fazer parte daqueles que se enquadram nos estudos da hist ria dos intelectuais o objetivo aqui n o estudar as trajet rias de vida dos tr s irm os Amados no sentido nico de compreend los enquanto intelectuais mas sim de tendo como ponto de partida suas hist rias compreender e interpretar suas a es no campo da Educa o entre os anos de 1950 e 1970 no tocante ao ensino superior de Jornalismo o ensino secund rio e a Educa o a Dist ncia no Brasil Sendo assim este trabalho n o visa ser biogr fico e tamb m
104. segunda gera o da Escola que a dirigiu de 1956 a 1962 Quando Braudel afastou se formalmente da escola n o deixou de continuar tendo voz ativa nas decis es da Revista O surgimento da terceira gera o dos Annales tornou se mais evidente a partir de 1968 e em diversos aspectos diferenciou se das anteriores Dois aspectos podem ser destacados como exemplo a aus ncia de uma lideran a de destaque como tinham sido Febvre e Bloch para a primeira e Braudel para a segunda al m da inclus o de mulheres dentre os pesquisadores do grupo Al m disso a terceira gera o conforme coloca Burke 1992 eram mais receptivas as ideias vindas de outros pa ses at mesmo por muitos deles terem morado durante certo per odo em Estados norte americanos 46 O encontro dos historiadores dessa gera o dos Annales com as tend ncia intelectuais dos Estados Unidos favoreceu uma virada no foco tem tico dos estudos da Escola entre as d cadas de 1960 e 1970 Tal mudan a importante para este trabalho uma vez que trouxe novamente centralidade do debate a hist ria cultural cujas diversas vari veis tinham deixado o foco dos estudos da segunda gera o O itiner rio intelectual de alguns historiadores dos Annales transferiu se da base econ mica para a superestrutura cultural do por o ao s t o BURKE 1992 p 82 Um importante aspecto destes novos rumos que a Escola dos Annales tomou a aproxima o com a Antropologia Ape
105. sem o conhecimento do ministro da Educa o Jarbas Passarinho E foi justamente nesse fato que ele percebeu uma oportunidade de resolver 160 o problema da falta de recursos Estrategista que era Gilson de surpresa levou o ministro at o teatro em obras e lhe anunciou que ali seriam as futuras instala es da TV Educativa Vendo o pr dio em obras e empolgado com as perspectivas futuras para o espa o Jarbas Passarinho acabou por liberar os recursos de que Gilson necessitava Francis da Silveira narra o epis dio em entrevistas a Maciel no ano de 2008 A TVE comprou com a nica verba de que dispunha e o Dr Gilson mandou que as obras come assem sem a autoriza o do Ministro Jarbas Passarinho ele ia usar o mesmo carro do Ministro eles iam conversando ali s sobre a cria o da TV Educativa e Dr Gilson teve a ideia de pedir para o motorista do Ministro que ele mudasse o caminho e passasse pela Avenida Gomes Freire E quando passou ele disse Gilson voc maluco Ministro n o podemos mais deter Est nascendo a TV Educativa BORGES 2008 apud MACIEL 2009 p 121 Os recursos liberados por Jarbas Passarinho foram de suma import ncia para que as reformas pudessem ser conclu das No relat rio de 1971 Gilson indicava que As perspectivas portanto demonstram que existe uma probabilidade muito grande de que os compromissos assumidos pelo Governo brasileiro atrav s da FCBTVE com o Governo alem o poder o s
106. sempre lhe colocaram em posi o que gostaria de estar Duas passagens de Hist ria da minha inf ncia ilustram minhas afirma es Meu pai como todo pai de prov ncia tinha a id ia de que filho inteligente filho que faz discurso Ora eu estava no col gio era estudante Eu devia dizer duas palavras beira do t mulo Recusei Trespassado de dor ali diante de seu Alexandre deitado c r de c ra com a b ca fechada demais trist ssimo no caix o as m os cruzadas roxas no peito recusei Meu pai fuzilou com o olhar a minha recusa J anunciei a Felisberto e aos outros Voc fala Na capelinha onde tantas v zes t nhamos ido em romaria ao som das gaitas e onde se ia enterrar aqu le que tinha sido t o bom e que tanto am vamos li com morte na alma as linhas que fui for ado a juntar naquela turbamulta e sofrendo como estava Meu pai mandou logo o que eu disse para o jornal de Aracaju O Estado de Sergipe Naquela idade que teria eu podido dizer O que n o estar l nesta metade de coluna do rg o oficial do Estado Lembro me que s quando acabei uma voz arrastada enevoada de l grimas exclamou Oh pap bonito Minha amizade por seu Alexandre era grande de mais para discursos AMADO 1954 p 145 146 Na segunda passagem Gilberto faz uma an lise de que no seio familiar de tudo se fez para que ele se sentisse bem capaz importante Criado numa atmosfera em que n o me viam os de
107. sentido a Funda o ampliou as contribui es do I Semin rio Internacional de Televis o Educativa desenvolvendo a partir de tr s cursos ministrados por professores da Unesco um programa de forma o de pessoal O objetivo era qualificar os profissionais tanto para acionar os equipamentos como para desenvolver habilidades no dom nio daquela linguagem espec fica E isso em n vel nacional MILANEZ 2007 p 39 No ano seguinte mais quatro cursos foram realizados no intuito de preparar profissionais em diversos Estados brasileiros Os cursos juntos formaram cerca de 150 pessoas Segundo Lobo Neto 2002 naquele momento o circuito fechado instalado na sede da Funda o cumpriu o papel de atender ao programa de forma o bem como serviu como laborat rio para a produ o de programas de curta dura o Assim a TV Educativa do Brasil iniciava sua hist ria que seria marcada pela ousadia e determina o de Gilson durante os anos que este esteve em sua dire o E ao longo deste trajeto o ano de 1972 teve destaque especial Neste ano come ou a funcionar o Telecentro da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa A conquista foi fruto de um acordo celebrado entre os Governos brasileiro e alem o que previa que o primeiro entrasse com a estrutura f sica ou seja o espa o onde seria montado o Telecentro enquanto o segundo atrav s da Funda o Konrad Adenauer cederia os equipamento e os t cnicos para a montagem dos mesmos
108. sob o ausp cio de quais fatores foram feitas as escolhas que os conduziram a relevantes cargos e fun es na Educa o no Brasil Naquele cen rio n o se pode perder de vista a figura de Gilberto Amado bem como o contexto maior no qual as escolhas feitas por Melchisedech e Ana de Lima para a educa o dos filhos estavam inseridas Assim se por um lado Gilberto configurou se como a matriz de um projeto que aos olhos de Ana e Melk havia dado certo e por esta raz o era pass vel de ser aplicado para o restante da prole por outro preciso reconhecer que tal projeto era desprovido de qualquer ineditismo Considerando o contexto s cio econ mico cultural do in cio do s culo XX era natural que em havendo condi es os pais almejassem para seus filhos carreiras de sucesso nas profiss es que desde a col nia haviam ganhando destaque Medicina Direito e Engenharia Desta forma o plano pr tra ado por Ana e Melk para os filhos trazia em seu bojo os caminhos percorridos por outros nomes que entraram para a hist ria do Brasil Sergipanos e n o sergipanos que indicaram a possibilidade do plano ser bem sucedido mas que deixaram claro que para tal era preciso uma certa ousadia por parte daqueles que eram designados a cumpri lo Como exemplo poderia citar in meros nomes N o foram poucos os homens e tamb m algumas mulheres que marcaram a vida pol tica social e cultural do Brasil ao longo dos anos por sua atua o eng
109. uma nova configura o ao ensino secund rio Nesse sentido o GOT previa a exist ncia de um tronco comum no primeiro ciclo de ensino com a presen a de algumas mat rias que longe de especializar o aluno em uma atividade pr tica permitia apenas que se pudesse avaliar a aptid o do mesmo para o desenvolvimento de determinadas tarefas J no segundo ciclo o aluno poderia optar por pr tica de trabalho ou apenas por disciplinas de cultura geral A inten o com isso era evitar a segrega o existente at ent o e ao mesmo tempo continuar preparando os jovens com os mais diversos perfis de forma que ao deixarem a escola pudessem se encaminhar para a faculdade ou para o mercado de trabalho Vale salientar que este era um dos pontos norteadores do projeto As matr culas no ensino profissional estavam caindo a necessidade de uma m o de obra semiespecializada aumentava face industrializa o do pa s Nesse sentido tamb m o projeto do GOT significava um avan o AMADO 1973 De acordo com Gild sio Amado 1973 p 172 o Gin sio Orientado para o Trabalho significava um novo tipo de ensino essencialmente de educa o geral mas uma educa o geral que n o repudiava a educa o para o trabalho inclusive com seu fim concreto de encaminhar para uma profiss o Assim sendo o GOT cumpria duas fun es por um lado atendia s aptid es individuais e por outro permitia que a escola atra sse dois perfis de alunos ou
110. 1 4 11 wee rH Tak hoje Culto te Jbsibcim da Pd zhas Leurnuido pel Dr lyolivv ce ee Y alrala nho wie Terus de gunz Perera o Beady poo Profesor Dr Blu kio de Mede Gek Tele aligi Wut est Mut eci Jay ser alarming curs wiper we dv sxleneho univera queime bn y a Peza te Lives Je D Pras ns Leslin a dak a o de emn e pirliltus LO capo du Tu q SAFE Mala de efira a iuvato de Kurian cujo primero Bemet Deg do negii agperta graca aprecia um testa Mareo da Iiun ale tim fees iskis e ebiiionoz do pruleme amem Irunllulto sob epus mp AE A aalten 200 ANEXO 03 DOCUMENTOS DO ARQUIVO PESSOAL DE CAMILLA AMADO Curricullum Vitae de Gilson Amado 201 202 203 Conceitos usualmente repetidos por Gilson Amado 204 Documento 01 205 206 207 208 Textos de Jairo Bezerra 209 210 Carta de Gilson 211 212 213 214 215 Documento datado de 1963 216 217 ANEXO 04 DOCUMENTOS DO PROEDES 218 219 Correspond ncia agosto de 1964 220 Corrempond ncia abril de 1964 Correspond ncia mar o de 1956 221
111. 2 ANEXO 03 DOCUMENTOS DO ARQUIVO PESSOAL DE CAMILLA AMADO 1 A DESCOBERTA DOS AMADOS EDUCADORES DE SERGIPE ENCONTRO COM O OBJETO DE PESQUISA Para toda hist ria que se estuda e se conta estabelece se marcos temporais Eles se referem aos momentos mais marcante significativos daquela trajet ria narrada O relato sobre o meu encontro com os Amados de Sergipe n o foge regra Evoco ent o o ano de 2010 quando no m s de fevereiro iniciei minhas atividades como colaboradora da Supervis o de Conte dos Midi ticos do N cleo de Educa o a Dist ncia da Universidade Tiradentes Nead Unit Ali minhas atribui es estavam relacionadas revis o dos conte dos dos livros impressos e materiais para internet produzidos pelos professores especificamente para os cursos de gradua o dist ncia da institui o Meu trabalho come ava pela verifica o da formata o do material ou seja avaliava se ele estava de acordo com o manual t cnico de produ o distribu do pela referida Supervis o Eram observados n meros de p ginas e de conte dos exist ncia de indica o de imagens e leituras dentre outros itens definidos como obrigat rios para todos os materiais produzidos para os cursos dist ncia da Universidade Tiradentes Mas o trabalho n o se encerrava a Conclu da essa primeira etapa era momento de iniciar a segunda e mais importante a meu ver a revis o do conte do Nesta fase a an lise do material levava em
112. 22 Ainda na cidade de Salvador Gild sio cursou e concluiu os preparat rios e em seguida partiu para o Rio de Janeiro onde j residiam outros irm os a exemplo de Gilberto Gildo e Genolino Na capital federal iniciou o curso de Medicina na Universidade do Rio de Janeiro concluindo o em 1928 Mas mesmo antes de formar se m dico Gild sio dava sinais de sua inclina o por atuar no campo da Educa o As primeiras evid ncias de que sua trajet ria profissional n o perpassaria pelos plant es em hospitais e pelas preocupa es que envolvessem a sa de deram se como j anunciado em 1926 Neste ano ainda estudante da Faculdade de Medicina passou a compor o quadro de docentes do Col gio Pedro II Externato como Professor Regente de Ingl s de turma suplementar No ano seguinte em 1927 no mesmo estabelecimento de ensino passou a lecionar a disciplina Hist ria Universal N o tardou a ensinar tamb m no Internato do Col gio Nesta nova empreitada assumiu a cadeira de Qu mica na qual permaneceu de 1928 a 1956 Tais experi ncias enquanto docente foram apenas algumas das quais Gild sio Amado acumulou ao longo de tr s d cadas de vida dedicadas Educa o Como professor atuou ainda na rede p blica de ensino do Distrito Federal posteriormente Estado da Guanabara 1953 1964 lecionando Qu mica Esta disciplina o levou ainda a compor o quadro docente da Escola de Farm cia entre os anos de 1930 e 1931 da Faculdade Nacional
113. A O E O8RAS PUBLICAS Departamento Nacional de i Obras de Saneamento ARTIFICAG AD la pera etnias poza na bacia co Estado ta Esplile Sac to que D N O S fas com a tir we H D Cordero puolicadu Lo to Oficial Je de wyrdeld parir 12 994 cm virludo de tez sita publle rada sora Imaarirgans substitui s a ciu Ob tritiia o tas Seria nei gulu i 09 Llermuniacio des Seriyi poa servi o obs almatados pimvarha Ga impera Ga yin Soren S ca da ex tens o de MUUN acuiguena chit mo tras liuwe sado ana pir na irre che yampreadiia mire Ve mg Elm 7a e a Lagoa Sacunen ep r s Cela linguas par sonante MIKIST RIO DA EDHCA O E SA DE Universidade do Brasil REAM DO T RMO ADICTIVO Reema du t rmo adiive dy qem tous Criado entre x Teborin de Tiviretsigade fa Zmsal e r Sr UE Kelly Repeeser ania da Rotava da Dude voredade dn Brovaz no ole Brute iwar Peire Cotta Moniz de Bile nester Contratado Celsa Kelly Fun o O ecacraindo ponsa a de semaentar vo Pocul ade Naciusal de Piura o Jun o de Professor do Mlacipiina Hist rin dn Are a Corsa de Jurualisuto de retevida Totenicihus MEA Traja de Aste Adin VCR e Olete Cardeso de uia Procenso 4 011 14 T R RESUMO DO TERMO ADITIVO Resumo de teri dllira ain nao tonto trmara rowe o Pelea de Uriversicadu do Dati a o Br Ge Jing Amada Bepret da Reltorin do Ual vis o do Bei oo ale Tin f
114. ADO 1971 1977 Gild sio Amado dentre os irm os aqui estudados foi o nico a n o seguir o caminho do Direito mas isso n o significou romper com os des gnios familiares Nascido em 1906 cerca de 15 anos ap s a proclama o da Rep blica mas num tempo em que as profiss es do imp rio continuavam a ter grande valor Gild sio optou pela Medicina mas ainda durante o curso seu foco se revelaria outro O t tulo de m dico foi conquistado em 1928 mas O ano que marcaria a vida profissional de Gild sio Amado seria outro 1926 Ainda na d cada de 1920 assumiu o cargo de professor regente de uma turma suplementar do Col gio Pedro II Externato para a qual lecionou Ingl s Come ou a sua longa carreira no magist rio que se estendeu pelos 30 anos seguintes Contudo os caminhos de Gild sio Amado pela Educa o conduziram no para lugares al m da doc ncia Dentre eles destaco a chefia da 43 Diretoria de Ensino Secund rio Dese do Minist rio da Educa o MEC cargo que ocupou no per odo de 1956 a 1968 Foi sob sua batuta neste cargo que foram elaboradas e implementadas v rias medidas que mudaram paradigmas da Educa o brasileira a exemplo dos Gin sios Orientados para o Trabalho GOT Fechando a tr ade temos Gilson Amado O ca ula dos tr s irm os formou se em Direito mas apesar de ter atuado como Advogado dedicou se mesmo aos seus ideais educacionais Acreditando na necessidade de levar a Educa o ao maior n
115. Antropologia dentre outros Definindo a metodologia da hist ria oral Verena Alberti assim se expressa Mas o que vem a ser afinal esse m todo fonte t cnica t o espec fico Se podemos arriscar uma r pida defini o dir amos que a hist ria oral um m todo de pesquisa hist rica antropol gica sociol gica etc que privilegia a realiza o de entrevistas com pessoas que participaram de ou testemunharam acontecimentos conjunturas vis es de mundo como forma de se aproximar do objeto de estudo ALBERTI 2005 p 16 Diante de tal pressuposto a metodologia da hist ria oral foi utilizada como orienta o na constitui o das fontes documentais orais com as quais dialogo na busca da concretiza o do objetivo maior deste trabalho Estas me permitiram lan ar outro olhar sobre as trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson ainda que boa parte das informa es e fatos revelados a partir delas n o pudessem se configurar como novidades ou in ditos Este fato ao contr rio do que a primeira vista possa parecer n o deslegitima o uso da metodologia da hist ria oral nem t o pouco as fontes produzidas por meio dela Ao contr rio isso a legitima na medida em que sua prioridade n o a busca por informa es in ditas mas sim a compreens o de fatos ou momentos da hist ria a partir da vis o de quem os protagonizou ou testemunhou Recorro novamente a Alberti quando afirma que acreditamos que a principa
116. Big Ragu de termy de enTavA O dC asosa suitor Clones wenu d Aimbr so e Verw O vie rundo le ni bo 4 na Esila Naganel ue Rey Sula Cora Ky 490 E Fr i so de leU a UA HBL A Theprevaulente du Relin du Uii o Gia a ae Po Ty Smet S A Miarntm awede tyecgiade du Brasil ov aly Teor Munrerrmade enc TLENSAE rh dsa URS 250100 tor Pedro Canon Manie de Alle ide C79 2 540 Idols quinhentas sensors Repr e aba ed mel K de Vota 7 Tin Paap Dar a o Tra Ang aUos gata Inylaterem Tulmik Aparilho pata cacda de ISS ARGOS Elvira Biy apurar oa Cevtrataie Pana Martina Comes pesa Kxsruccda rlo Subtone aliada Ze seje ieron aum War Tneiar Finny eek Ragos Na Kugas vecs O Rosalia CO egoal de M sico do Orgamectn ae ral cle Kui Wed eae de rul peon mil oe E i mei Vene C ceuma Aprovado pelo 5 119558 ce Mo Gh Swift oo Brull SA Gut n ur vIrsDque venhara va Tuleeralihute sly Renh x a aha ve Ter contro Er Od Crh 24 1 RO a ds Morias erm a calada menage aemet h Ruli a Lulvbini Ne 539 A e Ca Swift au Brasil SA Contgle eletica pera ia S IWR arde mil r yanheatue ders ma Erast n meim krila de vin motor Xa 13 GS 2 4520 143 12800 EU Po U A oruader a maa ca Veron Um 7 Be meo w s e ano i Ne em A Cs Sm do Brasil Sih Yal irira reir chaor Pwa Lermgua o
117. C pias desses relat rios encontram se hoje no arquivo do Proedes FE UFRJ onde tive acesso tamb m ao relato de uma viagem que Gild sio fez nos mesmos moldes Alemanha Aqui preciso evidenciar que se se pode observar que Gild sio Amado inspirou se nos modelos franc s e ingl s na elabora o dos projetos das classes experimentais e do GOT tamb m certo que ele n o transplantou simplesmente os modelos dos pa ses europeus para o Brasil Mais do que isso Gild sio a partir das ideias vistas l fora desenvolveu projetos ajustados aos seus ideais e a realidade do pa s Sendo assim as classes experimentais inspiradas nas classes nouvelles criadas na Fran a por Charles Brunold Diretor Geral do Ensino de 2 Grau franc s diferenciavam se destas por exemplo por poderem ser implementadas tanto nas escolas da rede p blica como nas da rede privada e por serem 90 planejadas pelas pr prias escolas de forma a permitir que os objetivos da renova o curricular fossem aliados a preocupa o com a liberdade da escola Segundo o pr prio Gild sio N o se tratava portanto da atividade dirigida de fora por qualquer autoridade da administra o oficial mas de empreendimento que deveria nascer dentro da escola planejada pelo conjunto de seus respons veis diretores professores orientadores AMADO 1973 p 43 Se as classes experimentais tiveram como fonte de inspira o s classes nouvelles francesas o proje
118. Campos meio de chegar a Faculdade de Direito do Recife em 1905 Sabendo que podia contar com as benesses da nova posi o de Guilherme Campos Melk pediu ao ent o presidente que ajudasse na Educa o do primog nito de maneira que ele pudesse seguir o caminho do Direito Gilberto foi assim abrigado no Pal cio na companhia do Presidente e de sua esposa enquanto terminava os preparat rios para que pudesse seguir para a Faculdade de Direito do Recife A essa poca a fam lia ainda residia em Itaporanga e o trabalho pol tico do pai foi assim determinante para os destinos de Gilberto que enfim realizaria o planejado por Melk e Ana Sobre o favorecimento pela classe dominante que as rela es pessoais e pol ticas eram capazes de proporcionar para as fam lias menos abastadas ou em decl nio de seu status quo Miceli 2001 esclarece Para aquelas fam lias em decl nio que ocupam uma posi o em falso em virtude do desequil brio entre o capital material dilapidado e o capital social dispon vel a nica possibilidade de reconvers o depende das possibilidades de fazer valer o capital de rela es sociais em especial em conjunturas estrat gicas com a educa o dos filhos a escolha dos cursos superiores o casamento a nomea o para cargos p blicos etc por ser o nico com que ainda podem contar para escapar a um rebaixamento social ainda maior MICELI 2001 p 23 Para os Amados naquele momento o ingress
119. D rio Olavo Bilac Alexandre Dumas Charles Dickens Castelo Branco Kroptine e Bakounine eram apenas algumas das leituras que antes dos 20 anos Genolino j fizera Genolino entretanto n o foi apenas um leitor vido de livros Com o passar dos anos e a maturidade intelectual alcan ada tornou se um estudioso do tema Os primeiros estudos sistem ticos que preparou sobre a tem tica foi na poca em que colaborou com Roquette Pinto na R dio Escola Municipal PRD 5 Conforme ele mesmo conta Foi na R dio Escola que fiz uma s rie de estudos sobre escritores estrangeiros da poca nos trabalhos que depois reuni em Vozes do Mundo meu primeiro livro SILVEIRA 1987 p 218 Assim olhando para a referida obra cuja primeira edi o foi lan ada em 1937 os escritores estudados foram Bernard Shaw D Annunzio Knut Hanrsun Selma Lagerlof Andr Gide H G Wells Noel Coward Emil Ludwig Pindarello James Barrie Stefan Zweig Andr Mourois Sinclair Lewis e Santo Chocano Nesse sentido posso entender que conhecimento de Genolino sobre literatura era vasto o que lhe permitiu lecionar a disciplina com tranquilidade Outro aspecto a se destacar com rela o disciplina Literatura Contempor nea que Genolino conforme evidenciado anteriormente e observado na sua obra percebia uma 123 clara rela o entre Jornalismo e Literatura Para ele o conhecimento liter rio era fundamental para aqueles que se dispunham a exercer a pr
120. DO Camilla Entrevista concedida a Alice Angela Thomaz Rio de Janeiro Aracaju 07 nov 2011 AMADO Gilberto Hist ria da minha inf ncia Rio de Janeiro Livraria Jos Olympio Editora 1954 AMADO Genolino O reino perdido hist rias de um professor de Hist ria Mem rias Rio de Janeiro Livraria Jos Olympio Editora 1971 AMADO Genolino Um menino sergipano Mem rias Rio de Janeiro civiliza o brasileira Bras lia INEP 1977 AMADO Gild sio Educa o m dia e fundamental Rio de Janeiro Livraria Jos Olympio Editora 1973 AMADO Lu s Entrevista concedida a Alice Angela Thomaz Rio de Janeiro 20 fev 2012 ARA JO Maria Cristina Albuquerque de Ant nio de Arruda Carneiro Le o In FAVERO Maria de Lourdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros org Dicion rio de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 114 122 BARRETO Lu s Antonio Tobias Barreto Uma bio bibliografia 1989 In Tobias Barreto 1839 1889 Centro de Documenta o do Pensamento Brasileiro Salvador Centro de Documenta o do Pensamento Brasileiro s d p 3 9 Dispon vel em http www cdpb org br tobias_barreto pdf Acesso em 30 maio 2012 BARRETO Luiz Antonio 28 de agosto uma data tr gica 2004 Dispon vel em http www infonet com br luisantoniobarreto ler asp id 26864 amp titulo Luis_Antonio_Barret o Acesso em 23 abr 2012 BARRETO Luiz Antonio Fausto Cardoso A Escola do Recife e a Pol tica
121. Documento 01 196 p 01 a seguir O teste da Universidade sem paredes atrav s da TV Continental realmente um fen meno s bre o qual devem se debru ar os observadores e soci logos da nossa vida social e pol tica Em apenas 8 meses de atua o com a maioria dos fatores negativos a experi ncia universit ria na TV traduziu esta aflitiva aspira o do povo pelos aspectos sociol gicos a nossa conjuntura Emissora sem alto ndice de popularidade a hora tardia do programa a improvisa o de um homem feio e estranho aos padr es normais da TV os temas altos e considerados complexos tudo faria prover o fracasso da iniciativa O resultado entretanto a est proporcionalmente hoje Mesas Redondas o programa de maior audi ncia em todas as camadas sociais Esse era o come o da consolida o da ideia que pouco depois resultou na Universidade de Cultura Popular As mesas redondas que iam ao ar das 22h30 s 01h30 eram assistidas da zona sul norte da cidade do Rio de Janeiro O n vel das conversas n o era alterado em fun o da audi ncia A linguagem culta e o alto n vel das discuss es eram uma marca do programa e tinham como prop sito permitir que os espectadores das classes Celso Furtado foi jornalista aos 19 anos funcion rio p blico aos 23 advogado aos 24 doutor em economia aos 28 foi segundo tenente da FEB aos 24 pioneiro da Cepal aos 29 criador e superintendente da Sudene aos
122. Geno aportado no Rio de Janeiro se o contr rio tivesse se sucedido CAP TULO INACABADO DO TERCEIRO LIVRO DE MEM RIAS DE GENOLINO s d A chegada ao Rio narrada em um dos cap tulos do inacabado terceiro livro de mem ria de Genolino Nele ele conta que ao desembarcar em terras cariocas foi recebido por Gildo que logo o levou at Gilberto Sobre o reencontro com o mais velho Genolino conta que durante certo tempo procurou assunto coment rio inteligente para proferir a Gilberto na tentativa de causar a melhor impress o e n o lhe decepcionar e de fazer parte do seu grupo e de suas rela es No entanto segundo conta tudo o que conseguiu dizer que aprenderia grego ao passo que o mais velho sem perceber prop sito em tal empreitada desaconselhou o a prosseguir Genolino conta que foi tomado brevemente pelo constrangimento Ficam evidentes no epis dio a rever ncia e a admira o de Genolino para com Gilberto A 76 preocupa o em agradar o mais velho fez se presente na vida de Genolino at o falecimento do primog nito Em cartas trocadas entre eles nos anos de 1950 e 1960 quando Gilberto Amado residia no exterior a forma como Genolino refere se ao irm o continua a revelar que o passar dos anos praticamente em nada alterou a maneira como Gen reverenciava Gilberto mesmo ap s o sucesso alcan ado com suas cr nicas CARTA DE GENOLINO A GILBERTO EM 05 12 1940 poss vel que o trato de Genolino para co
123. Nossa Senhora Auxiliadora tratou de para l transferir os dois meninos No livro de mem rias de Genolino h uma passagem que ilustra a compreens o que Ana de Lima tinha sobre Educa o e que vale ser reproduzida Em tempo fa o a ressalva de que em se tratando de mem ria n o tomo o relato como uma descri o fiel dos fatos mesmo porque n o em sua precis o que sua import ncia se constitui mas na sua representa o O relato abaixo colocado de suma relev ncia para a an lise pois demonstra a marca deixada por Donana em Genolino no tocante ao seu entendimento do que era Educa o A mem ria de Genolino evoca assim a seguinte lembran a Ao nos matricular Donana teve conversa minuciosa com o diretor Padre Lu s Era mo o esbelto e sua brancura se real ava pela cor da batina Uma simpatia o sacerdote Assistimos Giuseppe e eu ao entendimento de mam e com ele Mais ou menos assim Padre Diretor aqui os meninos aprendem L em casa eu educo N o a mesma coisa minha senhora Parece E reconhe o que sabe mais do que eu Mas sou franca estabeleci um sistema e n o desejo mudar Instru o com os professores Forma o do car ter com os pais Portanto se um ou outro cometer um malfeito pode repreender mas n o castigue Do castigo eu me encarrego Basta um bilhete contando o que houve e tomarei as provid ncias Mande pelo que fizer m cria o o que for O bilhete me ser entregue S
124. Priore e Renato Ven ncio 2001 afirmam que nas regi es do Norte e Nordeste do Brasil a ruptura com Portugal n o se deu de forma pac fica Entre mar o e maio de 1823 Bel m registra levantes pr Lisboa O mesmo ocorre no Maranh o no Piau e no Cear onde os conflitos armados estendem se de outubro de 1822 a janeiro de 1823 Na Bahia as lutas desdobraram se por quase um ano DEL PRIORI VEN NCIO 2001 p 203 Sobre a disputa em solo baiano Souza Filho explica que Na expectativa de renegociar um novo pacto pol tico que lhes assegurasse fun es mais proeminentes no interior do Imp rio a Bahia instalara o seu processo revolucion rio em 10 de fevereiro de 1821 Naquele momento a prov ncia optou pela ruptura pol tica e financeira com a corte joanina sediada no Rio de Janeiro e simultaneamente comunicou as autoridades de Portugal a sua disposi o para adotar os mesmos princ pios que fossem acordados no Soberano Congresso Em conformidade com o movimento liberal portugu s uma Junta Provis ria de Governo composta por sete representantes do clero da mil cia do com rcio da agricultura e da cidade fora escolhida pelos membros da C mara Municipal e em seguida aprovada pelo povo e pela tropa reunidos na Pra a Municipal em frente do pr dio camar rio e Pal cio do Governo SOUZA FILHO 2008 O que se pode observar ent o que a partir da eclos o dos processos de disputa nas terras do Brasil os nimos entre portugues
125. Prof Dr Miguel Andr Berger Membro Suplente da Banca Aos meus pais Ao meu irm o e A minha orientadora AGRADECIMENTOS chegado o momento de agradecer E ao contr rio do que se possa imaginar este momento parece mais dif cil do que o da escrita desta disserta o H tanto a agradecer e paira sempre o receio de deixar algu m importante de fora ou de n o conseguir traduzir em palavras o tamanho da gratid o que se sente Este o caso quando se trata de agradecer minha orientadora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto Pe o licen a aos meus pais para dirigir a ela o primeiro obrigado desse trabalho Ray n o h d vidas de que se n o fosse por voc essa disserta o n o teria sido conclu da no prazo Ali s n o fosse por voc eu n o teria chegado at aqui Desde que nos conhecemos h dois anos voc tem cumprido in meros pap is na minha vida Voc foi minha amiga minha irm minha orientadora meu exemplo minha refer ncia N o h palavras que possam traduzir a gratid o que sinto Uma vida pouco para poder retribuir o que voc fez por mim at aqui Obrigada por acreditar por confiar pelo carinho pelo incentivo pelas broncas pela sinceridade pela amizade Eu n o poderia ter tido orientadora melhor para me guiar ao longo deste curto mais complexo caminho para me tornar pesquisadora A voc o meu respeito a minha admira o e o meu amor Voc parte fundamental da minha trajet ria de vid
126. UNIVERSIDADE TIRADENTES ALICE ANGELA THOMAZ OS AMADOS INTELECTUAIS DE SERGIPE E SUAS CONTRIBUICOES PARA A EDUCACAO BRASILEIRA 1950 1970 Aracaju 2012 ALICE ANGELA THOMAZ OS AMADOS INTELECTUAIS DE SERGIPE E SUAS CONTRIBUICOES PARA A EDUCACAO BRASILEIRA 1950 1970 Disserta o submetida ao Programa de P s gradua o em Educa o da Universidade Tiradentes como parte dos requisitos necess rios para a obten o do grau de mestre em Educa o RAYLANE ANDREZA DIAS NAVARRO BARRETO Aracaju 2012 FICHA CATALOGRAFICA T454a Thomaz Alice ngela Os Amados intelectuais de Sergipe e suas contribui es para a educa o brasileira Alice Angela Thomaz orientadora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto 2012 230 p 30 cm Inclui bibliografia Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Tiradentes Programa de P s Gradua o em Educa o Aracaju 2012 1 Hist ria da Educa o 2 Genolino Amado 3 Gild sio Amado 4 Gilson Amado 5 Intelectuais I Barreto Raylane Andreza Dias Navarro orient II Universidade Tiradentes HI T tulo CDU 37 93 ALICE ANGELA THOMAZ OS AMADOS INTELECTUAIS DE SERGIPE E SUAS CONTRIBUI ES PARA A EDUCA O BRASILEIRA 1950 1970 Disserta o submetida ao Programa de P s gradua o em Educa o da Universidade Tiradentes como parte dos requisitos necess rios para a obten o do grau de mestre em Educa o Aprovada em
127. USO ti E U A MO ON gt A Wiga amp Cii Kg gi Orb 17 165 00 gt GS A3 Ne acid cu Cla Ste Kg 9H C 3 ay UR To EQ Ne HE50 A o Jena Dunas eH Oh 13 ny LIS 3510 1 W amp Ca Sul al Thue mba lisis ig HD 4 41 A E U A Com CI PAZOS tts 1 6550 A U a FE 1 vo Brasil SA Gevletas pora poetas wiwara de pein oe ETALK ngiri iJ A Ca Ail du Tens r 1 5730 Uso 0 bO E Cd t UA LAO Dire Pres O p zne coutar cie yla Mi ower wool A Plesnav sedeada con birra qo E pertinserbri uia MA Y U A veteranas Dia Prati de Azee Navata Eg 15 Cos 13 150 da gt Ossie Cordero de sous uia Press W LITE U BL Ca ig em p Kg 23 dk a No daria A a Soft do Bam ELA Rofictometes fapanin VESMO NE TAMO DE ARNOVA emitan Ky 2 C CRB USE ak E GAG DR CONTRATO n Tora fund r ice l nicoa empacar lnson mie a Hetero da Uiureanoade dr Brat e o tine SA Cans ir A fi do Bal q sans A store Side Mortos Ciusasa due E LURK DO T Gao 713 Ponsho n A TA8 49 U B o Di RENOVA CONTRATO Rogie do Ut An tenorago alo enasrata Lrmaca cotet Ln Veio niwan lia q Ambito il Rearoria Kepressntonte da Heltorlz de Url vesa due de Brasil ce ale Preesur e Dysser Pr ro Qolma Moniz de
128. Vargas ascendeu novamente ao poder mas desta vez atrav s de um processo democr tico Sua elei o deixava transparecer a esperan a que a classe trabalhadora em especial nutria de que as legisla o trabalhista que ele havia implementado em seu primeiro governo 1930 1945 fossem ampliadas Al m disso o retorno de Vargas ao poder inaugurou um novo momento para o movimento sindical no pa s que desde o Estado Novo passando pelo governo de Eurico Gaspar Dutra 1946 1951 sofriam com a forte fiscaliza o e interven o do Estado brasileiro sendo portanto cerceado de suas liberdades de express o e organiza o Essa nova conjuntura que se apresentava no pa s inaugurava um momento em que a classe trabalhadora come ava a ganhar voz e a reivindicar direitos CPDOC s d Essa situa o s come ou a se alterar nos anos 1950 com a volta do Estado de Direito e do pr prio Vargas ao poder Foi ent o que o movimento sindical se rearticulou e passou a atuar como um ator pol tico valendo se de sua for a eleitoral das leis de prote o ao trabalho da possibilidade de fazer greves e da pr pria Justi a do Trabalho para lutar pela amplia o de todos os seus direitos sociais pol ticos e civis Essa uma das raz es que tornam a Rep blica de 1945 1964 e nela o segundo governo Vargas um momento especial do processo de expans o da cidadania no Brasil CPDOC s d 130 Diante desse contexto para Gild sio O n da que
129. a Licen a terminada hora de agradecer aos meus pais Gerson e Regina sem os quais eu n o seria algu m Obrigada por todos os sacrif cios para que eu pudesse ter a chance de chegar at aqui para que pudesse ter uma vida mais f cil que a de voc s sem grandes priva es e sacrif cios Obrigada por terem me criado para o mundo terem me ensinado a ser independente e a lutar pelas coisas que quero Obrigada ainda por terem me ensinado valores como honestidade respeito ao pr ximo humildade e gratid o Assim como a fam lia foi a grande base sobre as quais Genolino Gild sio e Gilson Amado constru ram seus entendimentos e estruturaram suas trajet rias voc s s o a pedra fundamental do meu car ter e da minha maneira de ver e viver o mundo Na constitui o dessa base que me sustenta preciso lembrar e agradecer ainda ao meu amado irm o Jonatan Ninho sem voc n o sou completa Obrigada pelo amor pela aten o por ter se disposto a ouvir leituras intermin veis de trechos dessa disserta o pelos beijos de boa noite e de bom dia ao longo do per odo em que foi preciso superar o sono e o cansa o para terminar este trabalho Pai m e ninho amo voc s No processo de constru o dessa disserta o preciso agradecer tamb m minha tia Ana que no ltimo ano acompanhou de perto a correria as dificuldades e as alegrias buscando sempre facilitar o meu dia Tia obrigada pelo carinho e pela aten o
130. a o geral ou humanista de prepara o do homem para a totalidade da vida As bases curriculares aqui discutidas pode se dizer eram reflexos das discuss es realizadas no mbito da ABI mas tamb m estavam na ess ncia dos profissionais que assumiram a tarefa de educadores no curso Os curr culos de Celso Kelly e M cio Le o por exemplo n o se distanciavam do de Genolino Amado no que diz respeito a forma o O primeiro foi o advogado jornalista escritor autor teatral pintor e cr tico de arte enquanto o segundo al m de bacharel em Direito foi jornalista poeta contista cr tico romancista ensa sta e orador Pode se perceber a partir desta observa o que os primeiros mestres do 118 curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia compartilhavam da forma o ampla e humanista que agora se dispunham a ensinar aos futuros profissionais Foram forjados assim no que diz respeito a suas pr prias forma es em um modelo do qual n o tinham raz es para negar haja vista a bem sucedida carreira que tiveram e o alto valor que seus nomes alcan aram Ressalto aqui que a posi o de destaque da qual Celso Kelly M cio Le o Jos Eduardo de Macedo Soares e Genolino Amado dentre outros usufru am foi inclusive um dos aspectos que os conduziram fun o de docentes do curso para o qual seus prest gios constitu ram chancela de qualidade Tal entendimento fica patente no discurso de inaugura o do cu
131. a Amado Aqui relevante ressaltar que em se tratando de mem rias e tendo sido escritas j na fase adulta de seus autores foi preciso lan ar sobre as obras um olhar cr tico pautado na compreens o de que al m de a mem ria ser pass vel de esquecimento no processo da escrita a sele o dos acontecimentos tende a favorecer algumas lembran as e deixar de fora tantas outras Nesse momento da pesquisa contei ainda com outra fonte que me foi importante Trata se de um blog criado por descendentes da fam lia onde eles publicam informa es em especial a respeito dos Amados que se destacaram nacionalmente de alguma maneira ao longo de suas vidas Sobre as informa es do blog tamb m foi preciso dispensar certa aten o afinal trata se da fam lia buscando preservar sua hist ria e mem ria e assim sendo a sele o dos relatos mais uma vez sofre a influ ncia da mem ria e da a o deliberadas dos respons veis pela atualiza o na sele o dos conte dos que ser o apresentados Em tal ponto do caminho mais uma descoberta Gild sio Amado Foi justamente atrav s do blog dedicado fam lia que tomei conhecimento acerca desse outro irm o de Genolino que tamb m se dedicou a Educa o Apesar de n o ter uma liga o com a rea da Comunica o Gild sio chamou minha aten o pelo papel estrat gico que cumpriu para mudan as ocorridas do ensino secund rio brasileiro entre os anos de 1950 e 1960 Respons vel pela Dire
132. a a contar com um maior n mero de participantes J no momento de discuss o e elabora o da proposta para uma televis o educativa Gilson Amado estava presente Al m dele outro expoente do uso da televis o com fins educativos compunha a comiss o Tratava se de Alfredina Paiva que transmitia atrav s de parceria com a Funda o Jo o Baptista do Amaral cursos educativos atrav s da TV e que mais tarde tornar se ia uma das mais importantes colaboradoras de Gilson na FCBTVE Dos trabalhos da comiss o surgiu a proposig o da Lei 5 198 de 1967 que finalmente criava a Fundag o Centro Brasileiro de TV Educativa Tr s meses depois da publicag o da Lei foi aprovado o estatuto da Fundag o e em seguida eleito o seu presidente em 03 de abril de 1967 Contudo a institucionalizac o pelo governo federal de um rg o ligado a ele por meio de seus minist rios n o significou que as dificuldades n o existiriam Assim se nos tempos da Universidade de Cultura Popular Gilson Amado teve que contar com a ajuda colabora o e voluntariado de muitos dos atores envolvidos no projeto agora com a FCBTVE n o seria muito diferente Segundo Milanez 2007 p 36 As dificuldades financeiras eram enormes apenas 0 002 do orcamento do Minist rio da Educag o eram destinados a FCBTVE Mais uma vez Gilson mais que investimento intelectual colocaria no projeto recursos pr prios para que fosse poss vel v lo concretizado Assim sem e
133. a composi o do anteprojeto que resultou na Lei n 5 692 de 1971 as modifica es propostas pelo CFE a proposta enviada ao Congresso e as principais contribui es dos deputados federais e senadores Sobre a obra Geraldo Bastos Silva afirmou tratar se de um livro duplamente importante como an lise de problemas e como depoimento de um participante ativo de um turning poin t de nossa evolu o pedag gica SILVA 1973 apud COUTO PINTO 2002 p 415 Diante da trajet ria desvelada pode se perceber que Gild sio n o tinha como intento ser um te rico da Educa o sua preocupa o era com a pr tica cotidiana da realidade do ensino brasileiro Neste sentido foi um administrador inquieto estrategista na concep o de Certeau em A inven o do cotidiano 1994 Gild sio Amado em sua atua o aliou posi o poder e intelig ncia em prol do ensino secund rio Ele n o se conformou com a realidade posta de um ensino r gido burocr tico centralizado e verticalizado Foi justamente na busca por alterar tal contexto que Gild sio pautou sua atua o e sua colabora o para a Educa o no Brasil Assim como coloca Couto Pinto 2002 a hist ria do ensino secund rio brasileiro n o pode ser contada sem que se leve em considera o a figura de Gild sio Amado cujas estrat gias em prol de um ensino qualificado e que atendesse s necessidades do pa s s chegou ao fim em 1983 quando do seu falecimento N
134. a desta Paclidads A Ivavra S RM RASA RA apatite LA tura de o pura q exame vearlhalaz do Curso vinsori ao a far DA de domalan Pegao de Forma o Ka eunticroldnde do que dispde 2 Q exame entecido np Item 1 de 1 Porfiro de do alt 4 gn hiz acordo num rawah de Cursos au E a na E de dezembre eonstur de portugues Llol rlo Nous Wes ser n Glnpensn oo NO qulredtu c s ua aglis estando Ga respective NUCL ANO do exato vestibmdar pregeamas 2 Gypa eira CNOI re pres rega ns iesaritas a moMia ie ew Gecsvtarin da Familinde Arico Ye Plst e etetidento Antdcio Curl a u 49 4 senerara E Prealdade Encina de Sloanin ca Umraeidade up Brest Bho of snaitintes ce docimantea gt de Irvezklro de 1448 fear iwo eronda da exunsel anro Coreis Eecrsf rio ye O ar Antica Corsepro 14v Lit Escala T silica Racional O cometa E v erre pewvicnig me iane Oir CTREO TeCNIC ry r a 1540 wars Th Mower Ge cieta bane inercia Marnm 2 Amam Abs Dwuwukipl n TI BIZ 2 Agl nica Morquia Gitu an fal O gra a Pareto Penllgdo TEL 4 Ajax Mychoiin yz D America Teleniza Guvetten Ua t Artama Carlo Aca Blaryl it To Astana Cedo Burge Inen es B Arado Marista pulsuto em 3 Aronloo de Poa LIDA 4 3 Uccusun MECO sprs 11 11 Cares Allen dy rionn Uni Aly y 14 Cari Le On JJ Curice Pas ie E iv niig
135. a englobava as a es que visaram transferir para os rg os federais regionais ao menos parte do poder de rg o federal central enquanto que aquela congregou as medidas que tinham por objetivo permitir que as escolas ficassem mais livres dos n s que as instru es oficiais lhe garantiam Para Gild sio A primeira ainda que n o fosse a verdadeira descentraliza o n o deixou de produzis efeitos positivos n o s porque a m quina administrativa p de estabelecer contato mais direto com as diferentes realidades regionais sentindo lhe as necessidades e aspira es como e principalmente porque havia o empenho de que esse processo se fizesse acompanhar por uma atitude de inspe o federal mais de orienta o que de policiamento De maior alcance entretanto era a inten o de atribuir certo grau de autonomia s pr prias escolas de lhe oferecer direto a uma participa o ativa na regula o dos processos e atos internos Antecip vamo nos assim o quanto poss vel abertura que nesse sentido iria oferecer a lei de diretrizes e bases AMADO 1973 p 35 No bojo da concretiza o da descentraliza o essencial estava al m das medidas ja apontadas a intensifica o da Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio Cades preciso esclarecer que tal iniciativa anterior presen a de Gild sio Amado na Diretoria de Ensino Secund rio tendo ele a herdado de seu antecessor Armand Hildebrand qu
136. a formada a partir da Educa o humanista que receberam nos cursos superiores O que se via nos ltimos anos era o ingresso para ocupar a fun o de rep rteres de indiv duos com forma o m dia ou mesmo daqueles que j trabalhando no jornal em outras fun es como nas prensas acabavam na exist ncia de uma vaga ocupando a fun o de jornalista LOPES 2011 Nesse sentido o lastro que a atua o que Genolino Amado n o s como professor do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia mas tamb m como jornalista deixa marca em toda uma gera o de profissionais da imprensa brasileira nos anos de 1950 e 1960 O perfil de jornalista que ele comp s e que ajudou a perpetuar enquanto professor configurava se como um entendimento do que era e do significava ser jornalista em um momento da hist ria em que esse profissional tinha papel ativo e fundamental na vida pol tica cultural e social brasileira Assim a figura de Genolino junto com as de M cio Le o Celso Kelly dentre outros foi o que conferiu ao curso de Jornalismo um perfil de ensino e determinou um modelo de forma o principalmente na cidade do Rio de Janeiro naquele momento o maior polo de produ o jornal stica do pa s n o por outro motivo sen o a cidade ser a capital federal 127 Assim sendo foi na encruzilhada do cultural e do politico que o grupo de pertencimento de Genolino comp s se enquanto uma rede de intelectuais N o
137. a qual me debru o De acordo com ele na ltima mudan a de sede muitos documentos foram Jogados fora permanecendo apenas aqueles da d cada de 1980 em diante 124 Lembro me agora de que tamb m conheci uma estr la vespertina Foi na Faculdade Nacional de Filosofia quando se criou o Curso de Jornalismo e figurei de 1948 a 1954 entre os profess res contratados Primeiro ensinando Hist ria da Civiliza o Depois entendi que me seria conveniente Literatura Contempor nea que se cogitava de acrescentar ao curr culo Veio a nova designa o por m demorou a vir a disciplina encalhada na burocracia Desagradando me ganhar sem lecionar falei com o Diretor Resolvemos um curso de extens o universit ria com a mat ria que me competia AMADO 1971 p 94 O relato de Genolino d conta ainda do sucesso do curso Aberta a quem quisesse frequentar conforme previa a regulamenta o do Curso de Jornalismo para os cursos ministrados dentro da sess o de Extens o Cultural a iniciativa extensionista duraria alguns meses com tr s aulas semanais das 15 s 16 horas AMADO 1977 p 95 O grande n mero de inscritos Genolino atribuiu a popular voz de C sar Ladeira que diariamente lia no r dio as suas Cr nicas da Cidade A turma s coube no Sal o Nobre Era de uns oitenta AMADO 1971 p 95 Sobre o curso Genolino tece coment rio ainda sobre os perfis dos inscritos que em sua percep o acabaram por se dividir
138. a transfer ncia da capital do Rio de Janeiro para o novo Distrito Federal constru do no centro do Brasil CPDOC FGV s d A tarefa de Juscelino Kubitschek de concretizar o prometido n o foi f cil Seus cinco anos de governo n o precisaram apenas implementar as ideias e propostas do novo presidente mas antes disso precisavam administrar a heran a deixada pelos governos de Get lio Vargas e Caf Filho A superprodu o do caf os d ficits do Tesouro e perda do poder de compra das exporta es formavam na poca segundo analisou o economista Carlos Lessa um quadro impressionante de desequil brios econ micos CPDOC FGV s d Contudo n o foi apenas nos campos pol tico econ mico que a heran a dos governos anteriores geraram impactos Na Educa o a estrutura burocratizada e engessada configurou se como um desafio para aqueles que estavam frente da tomada de decis o deste campo Couto Pinto 2002 coloca que Na d cada de 50 a educa o brasileira se regia ainda pela legisla o do Estado Novo marcada pela centraliza o rigidez uniformiza o e excessiva 88 regulamenta o o que tolhia a liberdade a iniciativa e a criatividade dos educadores brasileiros COUTO PINTO 2002 p 415 Outro aspecto da d cada de 1950 relacionado Educa o brasileira e que importante ressaltar diz respeito ao projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB que era deposit rio da
139. acitar e qualificar docentes e pessoal administrativo Para a concretiza o de seu plano de a o Gild sio contou com dois instrumentos um servi o de inspe o federal aperfei oado e a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio Cades ambos herdados de seu antecessor na Dese Armando Hildebrand como anunciado no cap tulo primeiro Com rela o s inspetorias Gild sio Amado conferiu lhes fun o de orientadoras pedag gicas na medida em que estabeleceu para elas um novo regulamento A cria o das inspetorias seccionais foi assim o primeiro passo para a descentraliza o de alguns servi os da Dese J a respeito da Cades se Hildebrand ao cri la pensava em elevar o n vel e difundir o ensino secund rio brasileiro a Gild sio coube a concretiza o de seu projeto em quase todos os aspectos propostos COUTO PINTO 2002 Vendo na Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio um instrumento gil menos engessado e 89 amarrado aos processos burocr ticos que permeavam a educa o da poca Gild sio percebeu que atrav s dela existia a possibilidade de desenvolver a es que acompanhassem sua percep o de moderniza o do ensino secund rio O trabalho da Cades atingiu diversos Estados brasileiros estendendo se a quase todo o ensino secund rio capacitando inspetores diretores professores enfim os diversos atores do processo educacional na busca por aperfei oamento Contud
140. ajada por seu potencial criador e por sua capacidade de propagar ideias pelo extenso territ rio brasileiro SIRINELLI 1996 1997 Indiv duos que por suas obras e vidas s o conhecidos como intelectuais Dentre esses nomes que ecoaram e continuam a ecoar na hist ria brasileira est o os de Edgar Roquette Pinto Ant nio de Arruda Carneiro Le o Alceu Amoroso de Lima e os dos bachar is sergipanos Tobias Barreto e S lvio Romero e do m dico sergipano Manoel Jos do Bonfim Cada um destes homens sua maneira desempenhou fun es ou promoveu a es que marcaram a vida s cio pol tica cultural do Brasil em especial o cen rio educacional brasileiro 61 A Educa o configura se assim como o elo que une esses seis intelectuais Mas para al m dela h outros aspectos que podemos destacar como comum a todos eles Homens de seus tempos tiveram forte participa o na vida pol tica e cultural do Brasil Compartilharam o gosto pelas letras foram cr ticos das suas realidades sociais e acreditaram que era poss vel construir um Brasil mais justo e igualit rio mas que para isso era preciso investir em um projeto de Educa o Isso n o significa que todos partiram dos mesmos pressupostos ou que defenderam exatamente os mesmos ideais Frutos de origens e processos de forma o distintos defenderam e propagaram ideias algumas vezes opostas Contudo visaram o mesmo objetivo a constru o de um sistema educacional que pudesse contribuir
141. ajet ria a ser percorrida Para as hist rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado esse ponto de origem encontra se na fam lia em especial em Ana de Lima Ela era uma menina do interior de Sergipe descendente de portugueses quando ao fazer uma promessa a Nossa Senhora marcou em definitivo a vida dos filhos Ana tinha apenas quatorze anos Prometeu ent o Santa Maria que todos os seus filhos formar se iam E cumpriu sua promessa Em 1936 o filho ca ula Gennyson Amado formou se Do primeiro filho nascido em 1887 pouco mais de dois anos ap s a promessa e a formatura do ltimo passou se quase meio s culo Contudo nesse per odo Ana de Lima e seu marido Melchisedech Amado viram mais do que os filhos se formarem O lastro da promessa e do esfor o para o seu cumprimento foi al m Os filhos acabaram por assumir posi es de destaque nas profiss es que escolheram Nesse cen rio o nome de Gilberto Amado sobressai O primog nito de Ana e Melk carregou a responsabilidade de elevar novamente o nome da fam lia a um lugar de destaque depois da fal ncia financeira e das derrotas pol ticas E cumpriu a incumb ncia de uma maneira que talvez os pais n o esperassem Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife professor de Direito Penal na mesma jornalista mais jovem do Di rio de Pernambuco escritor pol tico estudioso de Direito Internacional embaixador representante do Brasil em reuni es da Organiza o das Na
142. altos e baixos sua fisionomia inconfund vel AMADO 1954 p 15 ainda no 2 Ao todo o casal teve cinco filhos sobre os quais poss vel encontrar registro nas fontes pesquisadas Al m de Melchisedech puderam ser identificados aqueles a quem se se destina a alcunha de Sinh Augusto Jos e Jo o O velho Faria acrescentaria prole mais um nome lvaro Filho do segundo casamento de Jos Amado realizado ap s o falecimento de Dona Ana 23 capitulo dedicado aos Azevedo em suas mem rias de inf ncia que Gilberto 1954 evoca o desagrado de Manuel Lu s e Umbelina com o casamento da neta Ana de Lima com Melchisedech Amado Ele pr prio relata o afastamento que a uni o dos pais promoveu com rela o aos seus bisav s garantindo que s o tempo tratou de dar jeito peleja Nos primeiros meses meu pai n o queria neg cio com a gente da rua da Baixa Fui levado com Iai nascida depois de mim ainda nos cueiros para Mangue Seco praia de banhos onde tive o primeiro contacto com as surpresas desagrad veis da vida A casa era tamb m esta constru da numa ladeira escorregando para baixo Tinha uma escada de pedra dando para o quintal Distra da a ama me deixou engatinhando por ali e bumba l me fui escada abaixo da altura de v rios metros Sangueira muita e cicatriz bem pronunciada comprida que me vinca a testa do lado esquerdo Ao voltarmos do Mangue Seco meu pai que resistira aos ava
143. amento que mais tarde conforme j apresentado ele atribuiria mem ria da irm Genoline Para as primeiras li es Genolino cumpriu mais uma vez um ritual de prepara o Teria j no primeiro dia tr s aula a ministrar Ali s sua rotina na escola previa oito li es por semana duas em cada turma divididas da seguinte maneira tr s na ter a feira tr s na quarta feira e duas na sexta feira Assim no ltimo dia til da semana Genolino tinha uma hora livre entre uma aula e outra O intervalo das 09 s 10 horas constituiu se ent o em espa o de di logo 80 com os colegas Professor Feitosa e Professor Adelino Guimar es Sobre a chegada Amaro e o primeiro contato com as alunas Genolino narra que y Cumprimentei as um tanto confuso sentei me contra do e em um esbo o de gesto pedi que se sentassem Houve sil ncio E no sil ncio aquelas fisionomias que n o tiravam os olhos de mim olhos interrogativos inquisitivos Por um segundo quase tonteei Eu que tinha ido ensinar agora me via diante de trinta examinadoras Tomei coragem finalmente e fiz prova oral Dei a primeira lig o A lig o eu trouxera de casa preparadinha na cabega prontinha na ponta da l ngua At a trouxera cronometrada porque duas ou tr s v zes a ensalara na v spera no apartamento falando a imagin rias alunas Bem medida bem certa Cinqiienta e cinco minutos de Hist ria num recuo de quatro mil anos Alto e Baixo Egito os
144. and Jairo Bezerra Alfredina Paiva e outros Ainda acerca da relev ncia da sociabilidade importante destacar que os espa os onde ela ocorre s o vastos e vari veis de acordo com o per odo no qual os intelectuais se encontram inseridos Ao tratar sobre esses espa os de sociabilidade Morel 2005 no terceiro cap tulo de sua obra As transforma es dos espa os p blicos Imprensa atores pol ticos e sociabilidades na cidade imperial 1820 1840 subdivide os mesmos em formais e informais Para a poca estudada o autor caracteriza como formais os espa os das associa es estabelecidas e institucionalizadas as confrarias e as irmandades religiosas ou leigas as lojas ma nicas os gr mios e as academias bem como os espa os e lugares de divulga o e circula o de id ias e projetos de civiliza o e educa o MOREL 2005 apud SCHUELER 2008 p 04 J como informais ele classifica os espa os p blicos e 173 privados tais como as redes de rela es familiares e sociais com seus ritos cerim nias e comemora es as festas eventos e prociss es religiosas e profanas os espa os p blicos como as ruas as pra as os mercados os largos MOREL 2005 apud SCHUELER 2008 p 04 Dessa forma o que se pode perceber independente do per odo no qual o intelectual est inserido que os espa os nos quais o mesmo se forma s o m ltiplos Em assim sendo mape los n o
145. ares Coltleuisockaes uo Tera ast Jemisiuers ja rers ekda Jess valdade com o sal rio mensa de Ore ADO Wei ail e metida aruzrimmas A eenn da Your Mu Tegal enot a Reint Covwigsogdo gusten Verteact Siew rl a Desuo muari TERMOS DE CONTRATO sr Dewar Pein Calne Bondy de Contratados Tbe Dato E MANHA no MINIST RIO DA EDUCACAU E SAUDE gt Universidade do Brasil RESUMO DD VERIO DE UENOYA GAL DE COMIRATO Teuma slo t rny de venaywsip de a Saemte Siomagiy cain a Datorie cu Crverntiade de Brasil e o Er aug Celso Lemiers da Cunha Renrueniente da Katade d Uni Vosilenc du Epil tw arn Profe a gel Fargo a Varat O enntesiada athe Curia mpeni pelo ee tas Empeobor Do FawJcade Necicra 1 toate pegina a Dr Covsllo Ane de Malighrs da Univawciiade de Bra Keus de Livers al a tangan de Ponle iets qo ixipLon Anttomlo Tunagr lica mia Fus o e Verla O contrataca de u calxriy wewa de OF ISA tol semula ma Paridade asina wacenentes G cimolenla trietircs Je Piucutia do Uciverdnado Co E corla ca Verba Um Pussnal Can I R mgs de Drofessor Un Gadia ds Cros eval ica de Purturgu s e items de Cursa ms Subteectonatiu Zero see ta Jorilisma de Ide Pema Anac Inet Treis rwn O esl rio inveeal de Crs R BG Part lll Nacional de Medici am mii amp oilchla crows o conta Creymyente da Colvershdide u du Wrba Um Proa al Cry ril paca mol newest e y Plo Qui
146. aria a guardar pelo resto da vida Largado de m o sem poder voltar para o col gio por falta de recursos comecei a me perder em Itaporanga Numa rede armada no quintal horas e horas deixado s lancei me ao prazer que iria constituir se o maior da minha vida sem compara o com nenhum outro prazer que s e s teria bastado para em fazer amar a vida e agradecer o fato de ter nascido o prazer de ler AMADO 1954 p 251 252 A retomada dos estudos do primog nito deu se quase dois anos depois e teve em uma reforma educacional a ajuda necess ria AMADO 1954 Esta seria conforme conta Gilberto 1954 a promulga o de uma lei de ensino que reduzia para seis o n mero de preparat rios para ingresso no curso de Farm cia Apesar de o intento primeiro ser enviar o filho mais velho para a faculdade de Direito Ana e Melk diante da situa o financeiramente restrita da fam lia e sem saber quando melhoraria mandaram Gilberto para a Bahia Cursaria Farm cia na Faculdade de Medicina daquele Estado ainda que a m e n o se agradasse em ver o filho botic rio AMADO 1954 Foram dois anos de gradua o mas que garantiria ao primog nito um diploma e a manuten o do prestigio na fam lia e fora dela Nesse per odo Gilberto deu aulas de preparat rio e para os colegas de curso Era uma forma de complementar a modesta mesada que lhe era enviada para que pudesse se manter Mas para Melchisedech e Ana de Lima
147. as que 84 se tornou famoso onde o Padre Cabral fazia prele es filos ficas onde foi aluno interino aquele que seria o maior educador do Brasil An sio Teixeira Ainda segundo os relatos de Genolino 1977 Gild sio era um dos destaques do col gio Aluno aplicado tirava notas boas e para orgulho de Ana de Lima era um dos mais premiados do col gio Brotava ent o o Gild sio Amado que mais tarde mesmo formado em medicina enveredaria pela educa o e a ela dedicaria boa parte de sua vida Apesar de admitir que em fun o da diferen a de idade pouco acompanhou a educa o do irm o Genolino destaca que o xito conquistado por aquele que o sucedera na prole chegou aos seus ouvidos no Rio de Janeiro Aquela poca terceiranista do curso de Direito na capital do pa s Gen guardou na mem ria a not cia do sucesso do mais novo e do orgulho da m e em ver seu projeto educativo para os filhos sendo realizado sem contratempos Quatro anos mais velho que um e seis que outro n o segui atentamente a educa o de Gild sio e de Gilson no Ant nio Vieira Quando vim para o Rio terceirista os dois conclu am as humanidades Soube por m que ambos se destacavam pelas notas espl ndidas E ao fim do ano escolar o col gio distribu a em cerim nia festiva medalhas e medalhas aos primeiros alunos nas diversas classes Mam e comparecia E do col gio vinha orgulhosa Gild sio e Gilson os mais medalhados AMADO 1977 p 2
148. atribui o que lhe confere o artigo 87 inciso I da Constitui o e nos t rmos do art 5 do Decreto lei n mero 5 480 de 13 de maio de 1948 DECRETA Art 1 O Curso de Jornalismo institu do pelo Decreto lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 compreender tr s se es 190 n 251828 aE 1 de Dezembro de 1950 wew2 camars ieg br Readability www2 camara leg br Decreto n 28 923 de 1 de Dezembro de 1950 Reestrutura o Curso de jornalismo da Faculdade de Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil O Presidente da Rep blica usando das atribui es que lhe confere o artigo 87 item I da Constitui o e nos t rmos do art 5 do Decreto lei numero 5 480 de 13 de maio de 1943 Decreta Art 1 O curso de Jornalismo institu do pelo Decreto lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 tem por fim ministrar conhecimentos que habilitem de modo geral para a profiss o de jornalista e ser dividido em duas partes uma de duas series e outra de uma serie Par grafo nico A primeira parte compreende a primeira e a segunda serie do Curso as quais s o comuns a todos alunos a outra parte se constitu da terceira s rie e apresenta tr s modalidades a escolha do aluno Art 2 A primeira parte do Curso de Jornalismo passa a ter a seguinte seria o 11 s rie 1 Tecnica de Jornal 2 tica historia e lesgisla o da imprensa 3 Administra o de Jornal 4 Historia da Civiliza o 5
149. bom relacionamento constitu do e preservado por esses Amados com o poder vigente mesmo durante os per odos dos regimes totalit rios brasileiros Sobre esse aspecto vale frisar que este tr nsito pol tico de Genolino Gild sio e Gilson foram fundamentais para a consolida o de seus projetos educacionais Fosse ao contr rio provavelmente os irm os n o teriam alcan ado os espa os que ocuparam o que comprometeria suas a es da maneira como se deram Sobre este aspecto h mais uma pondera o a ser feita Muito embora as rela es pol ticas de Genolino Gild sio e Gilson Amado sejam claras e tenham tido papel fundamental na concretiza o de seus projetos educacionais a elas n o dado destaque uma vez que em ess ncia elas n o constituem papel fundamental nos entendimentos educacionais dos tr s irm os Amados Assim uma vez que o que se objetiva atrav s das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado interpretar as a es desses homens no campo da 170 Educa o brasileira no qual atuaram Assim acabou ficando em segundo plano uma cr tica s posi es pol ticas dos Amados preteridas face ao fato de elas n o terem a priori interferido diretamente nos entendimentos sobre o que era Educa o dos irm os Amados que em primeira inst ncia o que deu a t nica de seus projetos e de suas atua es no campo educacional brasileiro Dessa forma percebe se que o ambiente familiar comp s se
150. brepuja a hist ria dos eventos e a hist ria das elites defendendo a necessidade de se trabalhar a partir da perspectiva de uma hist ria problema que busca a compreens o dos modos de vida e dos impactos das decis es pol tica dos fatos sociais n o s da nobreza como tamb m do homem comum O oper rio o agricultor o professor e tantas outras personagens deslocam se do lugar de espectadores e passam a protagonistas da pesquisa hist rica ou seja passam a ser objeto e fonte dos estudos historiogr ficos para os integrantes da Escola dos Annales Assim Pouco a pouco os Annales converteram se no centro de uma escola hist rica Foi entre 1930 e 1940 que Febvre escreveu a maioria de seus ataques aos especialistas canhestros e empiricistas al m de seus manifestos e programas em defesa de um novo tipo de hist ria associado aos Annales postulando por pesquisa interdisciplinar por uma hist ria voltada para problemas por uma hist ria da sensibilidade etc FEBVRE 1953 pp 3 43 55 60 207 238 apud BURKE 1992 p 39 O paradigma estabelecido por seus fundadores representantes maiores da primeira gera o dos Annales permaneceu vinculado ess ncia da Escola ao longo de sua hist ria Contudo a cada gera o novas tem ticas e metodologias relacionadas pesquisa hist rica foram sendo trazidas para o seio do grupo Neste processo destacou se a gera o que sucedeu Fernand Braudel herdeiro de Febvre integrante da
151. ca do per odo que me proponho a estudar natural que minha incurs o pelas contribui es dos Amados para a Educa o brasileira inicie se por Genolino O mais velho dos tr s irm os aqui estudado n o por outra raz o formou se mais cedo e acabou galgando posi es em um tempo anterior aos de Gild sio e Gilson Muito embora conforme consta no cap tulo anterior Gild sio tenha come ado a dar passos no campo da Educa o j nos idos de 1926 antes mesmo de se formar o que me interessa aqui s o as a es 109 desempenhadas por esses tr s Amados quando os mesmos j haviam alcan ado certa maturidade no desempenho de suas fun es e que maiores lastros deixaram no contexto educacional brasileiro Haja vista ser o deslocamento no espa o social o elemento central para chegar a localiza o do sujeito intelectual justifica se assim o in cio do marco temporal delimitado 1950 e o ponto de partida ser Genolino Amado 3 1 As marcas deixadas por Genolino Amado na origem da forma o de ensino superior do jornalista Apesar de estar envolvido com a Educa o desde 1933 quando passou a compor o quadro de professores da Prefeitura do Distrito Federal ent o o Rio de Janeiro Genolino Amado deixou sua mais significante contribui o para o campo educacional ao compor junto com outros jornalistas da poca o quadro de docentes que deu in cio ao curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil Pa
152. camentos pelos espa os sociais nos quais trafegou e atuou Gild sio Amado provocou mudan as que caminhavam ao encontro de seu entendimento sobre o que era Educa o Mas para al m disso esses espa os na medida em que se constitu ram enquanto lugares tamb m o marcaram permitindo a reflex o sobre suas a es de maneira a perceber os pontos negativos e positivos que delas resultaram Gild sio Amado pode ser compreendido como um intelectual eminentemente criador que ao pensar a educa o secund ria brasileira por mais de uma d cada comp s o quadro da elite cultural brasileira de uma d cada e ao mesmo tempo propunha estrat gias para garantir a forma o da gera o que estava por vir 3 3 Gilson Amado e o educand rio das multid es Um ano antes de Gild sio Amado deixar a Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o e Cultura outro Amado assumia outro desafio no campo da Educa o Desta feita dar materialidade ao sonho de Roquette Pinto e Fernando Tude de Souza Em 1967 Gilson Amado participou da cria o e assumiu a presid ncia da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa FCBTVE dando in cio a uma gest o que se estendeu por 12 anos at o seu falecimento em 1979 Para Gilson a cria o da Funda o significou a institucionaliza o do seu projeto de educar atrav s dos meios de comunica o de massa que desde os anos19 40 ele j vinha realizando Primeiro atrav s de suas mesas re
153. centro da FCBTVE Isso ocorreu no dia 30 de novembro de 1975 no hor rio das 19h22 a 22h35 para toda a cidade do Rio de Janeiro O curso Jo o da Silva preciso registrar teve papel de destaque nesta primeira transmiss o em fun o a import ncia que tem para a hist ria da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa e posteriormente da pr pria TVE O curso na verdade tratou se de uma esp cie de telenovela e curso supletivo de 1 grau que tinha como objetivo maior formar pessoas que haviam perdido o tempo escolar aliando para tanto recursos did ticos teledramaturgia A novela foi ao ar pela primeira vez em 26 de novembro de 1973 pela TV Rio e de imediato tornou se um sucesso tendo sido retransmitida por outras emissoras do pa s at outubro de 1981 Em seu enredo Jo o da Silva trazia a hist ria de um retirante nordestino interpretado pelo ator Nelson Xavier que chegava ao Rio de Janeiro para tentar a vida Assim atrav s de situa es do cotidiano transmitiam se li es de portugu s matem tica e mesmo de vida em sociedade Princ pios de higiene tamb m eram transmitidos ao p blico alvo formado por adultos e adolescentes das s ries iniciais A ideia de Gilson era ser o mais did tico poss vel e isso s aconteceria se ele conseguisse despertar a aten o e o interesse dos poss veis alunos E a novela foi considerada o melhor caminho para isso dada a sua 103 audi ncia Conforme K
154. cisaria da autoriza o do propriet rio dos documentos Contudo nos registros da Casa de Rui Barbosa o respons vel legal pelo material dispon vel no arquivo de Genolino e Gilberto consta como sendo Genne Amado Considerando que esta ja falecida houve um impasse que at o meu retorno para Aracaju o jur dico da Funda o n o resolveu Por fim na Biblioteca Nacional e no arquivo pessoal de Camilla Amado filha de Gilson encontrei recortes de jornais sobre os Amados Mas al m disso no arquivo de Gilson guardado pela filha pude encontrar relat rios produzidos por ele para a TVE cartas telegramas e projetos que me permitiram constituir uma vis o acerca de como Gilson encarava a educa o atrav s dos meios de comunica o de massa e de como esta passou a ser sua bandeira mais ativamente durante os ltimos 12 anos de sua vida per odo em que ajudou a fundar e dirigiu a Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa e posteriormente a TVE Ressalto em tempo todas as fontes documentais encontradas sem exce o foram de suma 55 import ncia para que pudesse tomar conhecimentos das a es de Genolino Gild sio e Gilson nas reas da Educa o s quais se dedicaram E assim o sendo tais fontes cumpriram papel fundamental na concretiza o do meu objetivo geral Sobre a import ncia das fontes documentais para a pesquisa hist rica Alves e Silva 2004 afirmam que Fontes hist ricas documentais a exemplo de atas
155. classes n o tinha como objetivo ser uma imposi o mas sim um projeto constru do dentro das escolas pelos seus atores O que coube ao Minist rio por meio da Diretoria do Ensino Secund rio foi propor diretrizes gerais que deveriam ser seguidas no sentido de garantir a legalidade e a forma o adequada dos alunos Estas diretrizes indicavam que a escola deveria ter idoneidade e recursos pedag gicos que garantissem a implementa o das classes os pais dos alunos tinham que ter conhecimento pr vio da iniciativa a institui o precisava contar com professores especialmente credenciados a organiza o do projeto deveria focar o primeiro ciclo podendo posteriormente estende se para o segundo a experi ncia inicial precisava ser restrita a uma turma por s rie come ando pela primeira e o projeto de classes experimentais de cada escola deveria ser autorizado pela Dese depois de ouvido o Conselho Nacional de Educa o De acordo com Gild sio 1973 os projetos poderiam contemplar totalmente ou parcialmente os seguintes aspectos mat rias seria o hor rio m todos de ensino processo de sele o dos alunos avalia o verifica o do rendimento e condi o de aprova o atividades complementares orienta o educacional adapta o de alunos transferidos orienta o de alunos excepcionais Havia ainda a exig ncia de que nos planos apresentados pelas escolas constassem os detalhamentos do seu desenvolvime
156. como a arte do fraco O fraco aqui n o entendido como aquele a quem falta for as f sicas ou que nada pode por falta de condi es sociais ou econ micas O fraco para Certeau 1994 aquele que n o det m o poder institucionalizado e por isso se encontra aqu m das pr ticas estrat gicas Nesse sentido ao longo das trajet rias que lhes conduziram s posi es destaque no campo de Educa o Genolino Gild sio e Gilson Amado oscilaram entre o estabelecimento de estrat gias e a elabora o de t ticas para que suas acep es de Educa o pudessem ganhar materialidade no cotidiano da sociedade brasileira No tocante a metodologia utilizada neste trabalho relevante dizer que para a an lise das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado e consequentemente de suas contribui es para a Educa o no Brasil parti da pesquisa documental e bibliogr fica e da metodologia da hist ria oral para a defini o e constitui o das minhas fontes A pesquisa documental revelou um vasto material a ser devidamente analisado As fontes documentais com as quais meu trabalho dialoga est o arquivadas na Academia Brasileira de Letras ABL no Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro Proedes FE UFRJ na Funda o Casa de Rui Barbosa na Biblioteca Municipal e no arquivo pessoal de Camilla Amado Meu acesso a tais fontes de seu atrav s
157. contro resultou a redefini o dos termos de colabora o m tua e o detalhamento do papel da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa que a partir daquele momento passaria a atuar como respons vel pela Coordena o Operacional do Sistema que reunia as emissoras educativas no Brasil promovendo a gera o da programa o aprovada pelo Colegiado de Coordena o Geral LOBO NETO 2002 Este por sua vez era composto por representantes de todas as entidades oficiais e da Secretaria de Amplia es Tecnol gicas do Minist rio da Educa o Contudo a al ada da FCBTVE ao papel de coordenadora da rede de que reunia as TVs educativas do pa s e passou a se chamar Sistema Nacional de Televis o Educativa Sinted O outro fato marcante do ano de 1979 foi a perda de Gilson Amado Em novembro daquele ano apagaram se os holofotes e desligaram se as c meras e os microfones que por cerca de quarenta anos propagaram a voz a imagem e os ideais desse itaporanguense que marcou o campo da Educa o brasileira por sua atitude eminentemente engajada mas tamb m por seu potencial criador e mediador Assim analisando para os 12 anos em que Gilson esteve frente da FCBTVE e posteriormente da TVE o que posso interpretar que a ideia de Gilson e seus programas educativos com m todos pr prios fizeram da TV Educativa um educand rio uma escola uma universidade popular precursora do que hoje o Ensino Dist ncia no Brasil N o que tal afirma
158. cristalizaram em tradi es formais que de algum modo representam a consci ncia coletiva de grupos inteiros fam lias aldeias ou de indiv duos recorda es e experi ncias pessoais contrapondo se a um conhecimento privatizado e monopolizado por grupos precisos em defesa de interesses constitu dos RANGER 1977 p 477 LE GOFF 1990 p 478 Sobre o tratamento dispensado mem ria neste trabalho ressalto ainda que conforme apresentado anteriormente mantive me alerta durante ao processo de pesquisas as implica es que ter a mem ria enquanto fonte pode trazer a um trabalho de pesquisa em Hist ria Nesse sentido o senso cr tico n o foi esquecido ao longo das leituras e estudos Contudo ao longo do texto optei por n o produzir an lises ou cr ticas aos relatos que as mem rias evocadas aqui Tal op o foi escolhida pois considerando o objetivo proposto de 48 buscar interpretar atrav s das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado a es desses homens na para Educa o brasileira no tocante ao ensino superior de Jornalismo ao ensino secund rio e Educa o a dist ncia no Brasil entre os anos de 1950 e 1970 e o caminho tra ado para concretiz lo para o mim o relevante era trabalhar considerando as representa es as percep es dos Amados sobre os fatos narrados Considerando ent o que parte primordial deste trabalho debru a se a compreender esses homens e seus enten
159. da c mara municipal atos administrativos de governos fotografias peri dicos jornais revistas e boletins e documentos de origem oral constituem se como elementos metodol gicos fundamentais para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o trabalho e a educa o A compreens o desta afirmativa parte do princ pio de que n o existe um s discurso poss vel sobre os acontecimentos passados e deste modo as diferentes fontes documentais proporcionam uma no o de interrela o entre as diversas faces da hist ria do trabalho e a da educa o expressa em cada uma das fontes necess ria reconstru o hist rica focalizada pelo pesquisador ALVES e SILVA 2004 p 01 Al m das fontes documentais a pesquisa bibliogr fica me permitiu ainda constituir um segundo leque de fontes impressas composto por artigos e livros Aqui se misturam autobiografias e obras cuja tem tica envolve as a es dos Amados no campo da Educa o Dentre esse rol de fontes est o Hist ria de minha inf ncia e Um menino sergipano autobiografias de Gilberto e Genolino respectivamente O reino perdido hist rias de um professor de Hist ria autobiografia de Genolino Amado que narra o per odo em que foi professor secund rio da Escola Amaro Cavalcanti entre 1944 e 1945 Educa o m dia e fundamental de Gild sio Amado obra na qual ele faz uma an lise retrospectiva sobre a educa o basicamente ao longo do per odo em que esteve fren
160. daga es De onde descendia a compreens o de Educa o dos irm os Amados Ela advinha ou fora composta no meio familiar ou fora forjada a revelia das rela es familiares e das marcas deixadas por essas na constru o das personalidades e entendimentos acerca das coisas do universo de Genolino Gild sio e Gilson Amado Minha hip tese ent o a de que os entendimentos sobre o que era Educa o dos irm os Amados supracitados orientadores de suas a es nesse campo foram forjados no seio da fam lia Fazer parte do mesmo tronco familiar compartilhando os mesmos valores exemplos e sendo educados a partir dos mesmos princ pios foi o fator primordial para que o entendimento sobre Educa o de Genolino Gild sio e Gilson Amado compartilhassem pontos centrais tais como a necessidade de um projeto de ensino que contemplasse o maior 16 n mero poss vel de brasileiros o zelo pela qualidade da Educa o e o entendimento da import ncia desta na forma o do cidad o O que n o quer dizer que os percursos distintos de cada um contribu ssem para sua vis o de mundo e atua o Diante disso estava claro para mim que para al m dos la os com os meios de comunica o atrav s do estudo das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado eu poderia entender n o s essa fam lia e seu potencial comunicador mas tamb m um per odo da hist ria da Educa o brasileira Pesquisar tais hist rias de vida n o se res
161. das letras e escritor consagrado professor de n vel superior e pol tico esses lugares comp em o percurso de alguns deslocamentos sociais de Gilberto no espa o com os quais ao longo de sua trajet ria ele interagiu recriando a si e a esses lugares de pertencimento Como resultado o que se apresenta a figura do intelectual que junto a sua rede de sociabilidade constitu da passa a integrar a elite cultural brasileira desde a d cada de 1920 at o seu falecimento em 1969 Nesse sentido Gilberto considerando o que coloca Sirinelli 1997 pode ser visto como um intelectual que ao mesmo tempo contribuiu para dar forma e for a elite cultural qual seus irm os passaram tamb m a compor O microclima intelectual composto pelo primog nito de Ana de Lima e Melchisedech Amado e a influ ncia que a partir dele Gilberto exerceu no mbito da intelectualidade brasileira por mais de 40 anos est na raiz das solidariedades de origem e da genealogia de influ ncia da forma o intelectual de Genolino Gild sio e Gilson Amado 41 A partir de tal assertiva posso compreender que a trajet ria de Gilberto o al ou elite cultural mesmo que suas origens n o o apontassem como tal Contudo as a es do primog nito de Ana e Melk acabam por lhe render o que necess rio para que ele possa ser reconhecido como parte dessa elite o que somado a sua rede de sociabilidade consolidam seu nome e permite que ele s
162. de duas visitas que realizei ao Rio de Janeiro a primeira em fevereiro durou 26 dias e a segunda em julho com dura o de 20 dias Durante estes per odos analisei e fotografei a documenta o dispon vel acerca dos Amados aqui pesquisados Na ABL pude colher informa es acerca de Gilberto e Genolino Amado Dentre as fontes documentais encontradas no arquivo da Academia pareceres de Genolino acerca de processos que tramitavam na ABL e do qual ele foi relator al m de muitos recortes de jornais sobre a posse as a es de Genolino e Gilberto como imortais e o falecimento de ambos Nos arquivos do Proedes os documentos encontrados d o conta da atua o de Gild sio Amado frente Diretoria de Ensino Secund rio do MEC Destaco aqui que a pesquisa nesse espa o demandou um tempo e esfor o superior quele empenhado na busca dos documentos na ABL uma vez que o arquivo de Gild sio no Proedes ainda est sendo inventariado sendo assim n o houve um ndice de documenta o ao qual eu pudesse recorrer o que me obrigou a olhar todas as pastas constantes no arquivo Somado a isso consta ainda o fato de que tendo sido eu a primeira pesquisadora a visitar e analisar a documenta o referente Gild sio existente 54 no arquivo do Programa de Estudos da Faculdade de Educa o da UFRJ nem mesmo os funcion rio conheciam a totalidade das fontes dispon veis o que impossibilitou que eles pudessem me auxiliar minimamente na delimita
163. de livre escolha dentre as que se seguem 1 Introdu o a Filosofia 2 Hist ria contempor nea 3 Hist ria da Am rica 4 Hist ria das Artes 5 Hist ria da M sica 6 Direito constitucional 114 7 Direito administrativo 8 Educa o comparada 9 Estat stica Art 3 A disciplina de T cnica de Jornalismo compreende tamb m est gio obrigat rio em uma das organiza es jornal sticas conforme entendimento a ser estabelecido com uma das entidades de classe mediante aprova o do Ministro de Estado da Educa o e Sa de BRASIL 1946 Assim se se o de forma o cabia constituir as bases do conhecimento necess rio ao desempenho da profiss o de jornalista a de aperfei oamento e a de extens o eram tratadas como uma complementa o do processo formativo Nesse sentido o mesmo Decreto Lei dispunha que Art 5 Consiste a Se o de aperfei oamento em confer ncias e trabalhos pr ticos que o curso possa manter dentro de suas cadeiras fundamentais para os profissionais da imprensa Par grafo nico Dois meses antes de cada ano letivo o Ministro de Estado da Educa o e Sa de baixar portarias fixando o programa da Se o de aperfei oamento Art 6 A matr cula na Se o de Aperfei oamento franqueada a qualquer profissional de imprensa e a matr cula nos cursos de extens o franqueada a qualquer interessado independentemente de prova de habilita o A freqii nc
164. der lo um elemento mais apropriado descri o do que an lise em si acredito em sua relev ncia para esta pesquisa tendo como base o que evidencia o pr prio Sirinelli 1998 quando afirma que embora a gera o deva ser concebida como uma escala m vel do tempo o que limita o potencial periodizante da mesma ela cumpre um papel importante na an lise de determinados per odos e fatos sociais em alguns campos da hist ria a exemplo da hist ria das ideias da hist ria das culturas pol ticas e destacadamente a hist ria social no mbito da qual Sirinelli 1998 afirma que a gera o enquanto unidade de medida ainda mais operat ria tanto para a demografia quanto para a pesquisa sobre mobilidade social De maneira a exemplificar e clarificar sua afirma o Sirinelli 1998 p 136 explica que A hist ria social da Terceira rep blica francesa ali s dificilmente pode 52 dispensar essa unidade de medida e o papel ent o desempenhado pela Escola nos mecanismos de capilaridade social notadamente deve ser analisado pelo prisma da gera o Sob essa percep o o conceito de gera o tamb m serve a esse trabalho que apesar de n o ter como objetivo o estudo da conjuntura socioecon mica do per odo aludido tem como objeto a trajet ria de vida de tr s irm os nascidos em fam lia desprovida de grandes posses mas que ainda assim ascenderam socialmente assumindo pap is de destaque na vida cultural social
165. deriam escolher entre outros dois grupos de disciplinas dos quais ela n o fazia parte A segunda que apesar da reestrutura o do curr culo o mesmo n o perdeu seu car ter humanista O acr scimo de disciplinas como R dio Jornalismo indicava uma busca por aproximar o curso dos campos pr ticos de atua o do jornalista mas n o alteraram a ess ncia do perfil de profissional que o curso visava formar Hei de colocar ainda que esse novo Decreto Lei trouxe outra determina o de import ncia Trata se da concess o do diploma queles que conclu ssem o curso de Jornalismo Na reda o do seu Artigo 6 o Decreto Lei determinava que Aos alunos que conclu rem o Curso de Jornalismo a partir de 1950 ser conferido o diploma de bacharel em jornalismo BRASIL 1950 Diante das configura es e da trajet ria expostos e das fontes s quais pude ter acesso ao longo do processo de pesquisa posso aferir que a presen a de Genolino Amado como integrante da primeira turma de docentes do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil foi de suma import ncia para a caracteriza o do projeto O ensino de jornalismo vinha ganhando cada vez mais espa os nas rodas de discuss o em fun o do crescente n mero de profissionais que ingressavam na rea sem uma forma o espec fica Estava passando o tempo do Jornalismo feito pelos bachar is literatos poetas m dicos enfim pela intelectualidade brasileir
166. desejo e o gosto de conviver Esse encontro com um tipo de estrutura organizacional uma esp cie de rede de sociabilidade que varia 106 conforme as pocas e os subgrupos de intelectuais alimenta microclimas em meio aos quais as atividades e os comportamentos dos intelectuais se desenvolvem constituindo microcosmos particulares No mbito dessas formula es a proposta dar especial import ncia a todos os elementos que possam influenciar no funcionamento desse microcosmo tais como demandas sociais afetos e tradi o Segundo esse autor as rela es entre esses sujeitos se estruturam em redes as quais s o lugares mais ou menos formais de aprendizagem e de troca de la os que se atam de contatos e articula es fundamentais Ao mesmo tempo essa no o de rede remete ao microcosmo particular de um grupo no qual se estabelece v nculos afetivos e se produz uma sensibilidade que se constitui em marca desse grupo FARIA FILHO CHAMON IN CIO 2009 p 09 10 Assim as redes de sociabilidade e os microclimas em meio aos quais Genolino Gild sio e Gilson Amado forjaram se enquanto criadores mediadores e homens engajados em projetos de Educa o s o parte fundamental para compreend los enquanto intelectuais Neste trabalho considerando as acep es colocadas por Sirinelli 1996 dei especial destaque aos aspectos relacionas a fam lia a forma o acad mica e aos espa os formais nos quais esse
167. deuses e as pir mides Os ris e Rams s nem sei o que mais AMADO 1971 p 24 Ao final da aula na primeira turma Genolino confessa que se sentia mais confiante e satisfeito consigo inclusive ao ponto de estimular perguntas por parte das alunas Sucederam os dias e o que se pode perceber na narrativa que Genolino Amado tece em seu livro O reino perdido a respeito do per odo em que passou na Amaro Cavalcante lecionando para as meninas que aquele um ano e meio passados no col gio foram primordiais para a definig o do perfil de professor de Genolino A percepg o de Educag o que ele j guardava foi tomando forma atrav s da conviv ncia com as meninas com os colegas e com o pr prio exerc cio di rio de lecionar O tempo lhe permitiu conhecer as turmas e cada uma das alunas Conforme ele mesmo coloca at na escolha entre o presente o eu e o pronto na hora da resposta da chamada passou a perceber diferen as na natureza e educa o familiar das alunas como que reconhecendo os v nculos afetivos e a marca de cada fam lia ali representada Assim no correr das p ginas de o reino perdido pode se perceber que Genolino n o sustentou sua pr tica educativa no autoritarismo Ao inv s disso preferiu desenvolver t ticas para garantir a aten o das alunas e o bom aprendizado das li es imposs vel negar que esses meios adotados por ele tiveram grande influ ncia e colabora o do Genolino jornalista e cronista rad
168. dimentos sobre o que era Educa o consolidados j em suas fases adultas muito embora eu n o tenha deixado de lado os sil ncios que fazem parte da mem ria e as sele es deliberadas que s o feitas do que ser narrado tomei as narrativas como me foram apresentadas uma vez que foram as vis es dos Amados sobre os acontecimentos narrados as representa es que eles constru ram acerca deles as marcas que eles deixaram que me foram importantes para compor esses homens Assim o trato das fontes enquanto mem ria que algumas vezes pode parecer despretensioso n o o tendo sido efetivamente uma op o de condu o da pesquisa diante dos objetivos definidos Devidamente delimitadas as ra zes da pesquisa tornou se premente definir os conceitos que contribuiriam para concretiza o do objetivo maior aqui apresentado Assim foram operacionalizados no processo de compreens o das a es dos irm os Amado a no o de intelectual A origem do termo n o remota Ela remonta ao ano de 1844 na Grande Pol nia parte do antigo Imp rio Prussiano quando foi publicada a obra Em amor a p tria do fil sofo Karol Libelt respons vel pela populariza o da palavra inteligencia e pela atribui o de significados ao qual ela permaneceria ligada ao longo dos s culos XIX e XX VIEIRA 2008 Ainda de acordo com Vieira 2008 no livro de Libelt o termo foi usado para representar os membros da sociedade que eram tidos como bem educad
169. do ensino mas de quem n o criticou os m todos propostos de 67 ensino aprendizagem Homem de seu tempo e fruto de sua origem e de sua forma o Alceu exerceu diversos cargos importantes no Brasil e no exterior tendo inclusive lecionado cursos nos EUA e na Fran a Al m disso teve uma atua o ativa como jornalista e como membro da Igreja Cat lica contribuindo para a abertura da Igreja para o mundo moderno Segundo Cury 2002 p 49 Sob essa perspectiva ele foi um dos maiores intelectuais do seu tempo que sem deixar a dimens o do homem de a o fez da Educa o e da cultura um dos momentos de reflex o contra toda e qualquer modalidade inclusive religiosa que viesse a erigir em absoluto o que fosse relativo Por fim para compor a gama dos intelectuais aqui abordados temos Edgar Roquete Pinto Natural do Rio de Janeiro formou se em Medicina em 1905 tendo ainda colado o grau de Doutor defendendo a tese O exerc cio da medicina entre ind genas da Am rica Edgar iniciou sua atua o no magist rio logo ap s sua formatura j em 1906 foi nomeado professor assistente de Antropologia do Museu Nacional Foi ainda professor de Hist ria Natural da Escola Normal do Distrito Federal e docente visitante de Fisiologia na Universidade Nacional do Paraguai em 1920 Ao longo de sua trajet ria profissional Roquette Pinto atuou como legista e fez parte em 1912 da comiss o dirigida por Marechal Rondon para a constru o das linhas
170. do filho mais velho de Ana de Lima e Melchisedech Este pessoalmente assegurava que assim o fosse Ao trazer o correio novo pacote de jornais reunia a fam lia desde a sogra a velha M equinha at Gilson de meses E lia em voz alta os Golpes de Vista Entender eu n o entendia Mas escutava atento feliz Na voz de meu pai era m sica AMADO 1977 p 49 E foi atrav s da demonstra o de orgulho do pai para com o mais velho que Gilberto teceu suas primeiras influ ncias sobre Genolino Mesmo sem saber os escritos do irm o despertariam em Gen o gosto pelas palavras escritas Foi quando pressenti que papel impresso tamb m podia ser um m gico instrumento de sons embaladores como o bandolim de Tai O bandolim mudo at que a palheta da minha irm viesse despertar as cordas adormecidas No papel impresso o sil ncio das linhas tipogr ficas Mas na recita o do pai gozoso os Golpes de Vista eram gorjeios As palavras cantam que descobrimento o meu naqueles dias infantis Nos jornais ou nos livros elas est o como can rios e os sabi s nas gaiolas Exagero do inexperiente demasiado otimismo do que ainda n o sabia julgar Nem todas as palavras impressas cantam Poucas bem poucas s as da 73 verdadeira poesia l rica t m modula es e afina es de rouxinol AMADO 1977 p 49 Na descoberta e na apura o dos sentidos Genolino crescia e se formava Se a Gilberto no Recife havia se juntado o ir
171. dondas na 149 radio Mayrink Veiga e posteriormente a partir de 1962 na TV Continental O know how constitu do por ele no r dio e na TV e principalmente o alcance que esses projetos tiveram foram de fundamental import ncia para que ele se tornasse o primeiro presidente da FCBTVE O projeto das mesas redondas pode ser considerado o in cio do sonho que Gilson perseguiria a partir daquele momento por toda a sua vida Falar sobre esse projeto aqui faz se relevante pois foi atrav s dele que Gilson Amado iniciou a divulga o da sua percep o sobre Educa o que marcou profundamente sua administra o frente da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa Per odo ao qual dedicarei an lises com o intuito compreender a presen a de Gilson na Funda o e quais as bases de sua atua o nos 12 anos que a presidiu fundamental entender o que significou o projeto das mesas redondas em especial o momento em que elas passaram para a TV De acordo com Camilla Amado 2011 o grande objetivo de seu pai era educar as pessoas atrav s dos meios de comunica o de massa Apesar de advogado atuante Gilson fez da Educa o seu projeto de vida A dedica o a este come ou ainda na d cada de 1930 quando come ou a atuar na R dio Mayrink Veiga apresentando coment rios pol ticos que eram lidos por C sar Ladeira Naquele momento Gilson come ou a compreender o potencial dos meios de comunica o de massa n o s pa
172. dos ao Trabalho em 31 de janeiro de 1962 o ent o presidente Jo o Goulart juntamente com o primeiro ministro Tancredo Neves e o ministro da Educa o Ant nio de Oliveira Brito assinou um decreto que nomeava os membros do Conselho Federal de Educa o CFE que acabara de ser criado permitindo que o mesmo iniciasse efetivamente suas atividades Uma das primeiras medidas tomadas pelo rg o foi a regulamenta o do ensino m dio no sistema federal de ensino O texto da medida foi publicado no primeiro volume da Documenta peri dico que divulgava pareceres relat rios e delibera es do Conselho Federal de Educa o A Indica o n 1 do CFE homologada pelo Minist rio da Educa o em abril de 1962 visando a valoriza o da autonomia das escolas de todas as partes do Brasil na constru o de seus curr culos e 91 atendendo ao que determinava a LDB sancionada em dezembro de 1961 propde nova estrutura para o curr culo do ensino secund rio De acordo com o CFE o curr culo proposto estruturava se da seguinte forma disciplinas obrigat rias a saber Portugu s Hist ria Geografia Matem tica e Ci ncias disciplinas obrigat rias complementares Organiza o Social e Pol tica brasileira duas l nguas estrangeiras modernas l ngua cl ssica e desenho e disciplinas optativas l nguas estrangeiras modernas m sica canto orfe nico artes industriais t cnicas comerciais t cnicas agr colas Sobre o plano apro
173. doso pelo governo de Sergipe no in cio do per odo republicano Aquele momento de disputa entre os Peba e Caba fez se t o presente na vida da fam lia Amado que ficou marcado nas mem rias de Genolino conforme evidenciarei adiante Mas antes importante destacar que a segunda metade da d cada de 1910 foi marcante n o s para os Amados como tamb m para a hist ria de Sergipe Isto porque os acontecimentos que se desenrolaram a partir do dia 10 de agosto de 1906 com a expuls o de 26 Guilherme Campos e seu vice Pelino Nobre do Palacio do Governo terminariam com baixas importantes de ambos os lados da disputa Naquele 10 de agosto Guilherme Campos e seu vice foram expulsos do Palacio do Governo por um grupo de pra as da for a p blica que comandados por Otaviano de Oliveira Mesquita alferes reformado do Ex rcito brasileiro aquartelam se na Ponte do Imperador disparando contra o Pal cio Sem condi es de reagir o presidente Guilherme Campos e o vice Pelino Nobre procuraram o Capit o dos Portos Amintas Jorge As tropas revoltadas tomaram o Pal cio BARRETO 2004 Na tarde daquele mesmo dia Fausto Cardoso bacharel jornalista deputado federal l der do movimento dep s Guilherme de Campos vindo do interior chegou a Aracaju e exigiu a ren ncia do presidente da prov ncia Assumiu ent o o Governo o desembargador Loureiro Tavares BARRETO 2004 A mudan a de conjuntura na capital ecoa pelo interior
174. duca o e Desenvolvimento Econ mico e Social na Am rica Latina realizada no Chile um documento no qual indicava o comprometimento do governo brasileiro no sentido de lutar pelo fim do dualismo no ensino secund rio do pa s justamente pautado nesse pensamento que no ano seguinte em 1963 o governo atrav s do Plano Trienal 1963 1965 abra a a ideia do Gin sio Moderno j ent o denominado de Gin sio Orientado para o Trabalho o qual deveria ofertar cursos comuns com op o para a pr tica de com rcio ind stria e agricultura mas sempre adaptados s realidades Esta nota consta no original do texto citado com a seguinte reda o A indica o da disciplina Organiza o Social e Pol tica Brasileira partiu do pr prio Conselho Federal por proposta de An sio Teixeira AMADO 1973 p 144 92 locais As primeiras turmas do GOT entraram em funcionamento em 1965 COUTO PINTO 2002 Como experi ncia pr tica tem se o Gin sio Bar o de Parima instalado na Cidade de Boa Vista Roraima e fundado em 15 de junho de 1966 atrav s do Decreto Governamental n 14 e o Gin sio Estadual de Vila Ip situado no atual munic pio de Ip Rio Grande do Sul Fundada em 24 de agosto de 1968 atrav s do Decreto de Cria o n 19 543 a institui o de ensino come ou suas atividades em 1 de mar o de 1969 tendo como grande incentivador de sua cria o Frei Casimiro que h poca em parceria com Frei Rov lio
175. e 16 SrvaLa es jpru ls vs no 1 7 series 1 000 cenae Tonrersdnde da Brel ememers o com a tonisl rio du Eek e dota D 62 iando de mil om ites aledrcents O pregruma aya e Se Css dvir uu o e Ga de sie curagrimenta iaejvecentus e quac ria e erie LAT ids pelo Sibive Treaicl nie s Re Reqresnrants du Urizersiuzde do equcl de muri o es assumidus nos Ares dae humila ms sp se piblos por despurdo de amp de cuts Boot py alc Profesor Testor Iras Minesoia Siimu Batt ec rdo tee musm yo Guia c gt Mapoleic de Moli li Manuel asevede do amaral Lts TH poro vigor at S1 Corinto e unl Pumara Ciduews Q biniv ctaj r EN re 3 de morgen do soe corta nz Onivrridade do Brasil de desemtoo de wil bupatina ejde Bdccegds e Eu dr ecuccibuic culcuteo Jo Minist rio da Dezemia ecrrtretodo Go Helly ontente Feriicis cum e fimars n ie a matez 0235 o BAZO 47 DE ura y veria O eeabratndo Ezer elo s dizes mil cruzels Cr3 qe ak curso mera o 20 aemusle tera no ar mrle pro Bac ie ul pe bi earth lecnto Go yaaaTeDle 200 00000 a Timm go am aplicada shj Cicssniy Quinta i A Senta Ca sa a o can ge Polus d S ae por trulaces de nerunta de dncer ve fo regiuie i gt cdupera DM BAYER Bh dle Weecits riia de Valenea SC qi Por s Liters ad a Cod sees an oxetuniva 4 ft da Dha minata Goal de soye vir IM compre ia jeer ie pr Ho ng Eae auarmtda clto 19 on regio pelo alli de
176. e 16 anos e fossem prestar os Exames de Madureza Os cursos seriam reconhecidos pelo Minist rio da Educa o que em parceria com a administra o estadual promoveria os exames finais DOCUMENTO 01 196 1 Outras iniciativas vieram em seguida a exemplo do Curso de Artes e Of cios que pretendia tirar da informalidade aqueles trabalhadores que atuavam fazendo pequenos reparos em domic lios a exemplo de consertos de encanamento ou el tricos Assim o intuito do programa era formar eletricistas encanadores mec nicos e para tanto ap s o final das aulas a Universidade de Cultura Popular expediria Cartas de Of cio para os seus alunos dando lhes assim o status de profissionais Hist ria da Liberdade no Brasil Educa o Familiar e os Mist rios da Pintura Moderna foram outros programas transmitidos pela Universidade que inclusive tinha sua programa o divulgada em jornais Para conseguir realizar o projeto e oferecer os cursos Gilson recrutou professores do Col gio Pedro II e de escolas da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro Dentre eles estivam Carlos Cavalcanti Maria Junqueira Schmidt Renato Azevedo Judith Paiva e Souza e Jairo Bezerra Vale 16 O nome do programa fazia alus o ao Artigo 99 da Lei n 4 024 de 20 de dezembro de 1961 que permitia aos maiores de dezesseis anos a obten o de certificados de conclus o do curso ginasial mediante a presta o de exames de madureza 17 Maria Junqueira
177. e Federal de Minas Gerais 2012 MICELI S rgio Intelectuais brasileira S o Paulo Companhia das Letras 2001 MILANEZ Liana TVE cenas de uma hist ria Rio de Janeiro ACERP 2007 NASCIMENTO Jorge Carvalho do Intelectuais da Educa o S lvio Romero Jos Calasans e outros professores Macei EDUFAL 2007 NUNES Clarice O velho e bom ensino secund rio momentos decisivos Revista Brasileira de Educa o n 14 p 35 60 maio ago 2000 Dispon vel em http www anped org br rbe rbedigital rbde14 rbde 14 05 clarice nunes pdf Acesso em 09 nov 2012 ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS Comiss o de Direito Internacional Dispon vel em http www un org law ilc Acesso em 25 mar 2012 RORAIMA Secretaria de Educa o Cultura e Desporto Hist rico da Escola Estadual Bar o de Parima Dispon vel em http www educacao rr gov br index php option com content amp task view amp id 767 amp Item id 33 Acesso em 08 ago 2011 SANTANA J S A cr tica cultural no ensaio e na cr nica de Genolino Amado 2001 234 f Disserta o Mestrado em Teoria e Historia Literaria Programa de P s Gradua o em Teoria e Hist ria Liter ria Universidade Estadual de Campinas S o Paulo 2001 SEGISMUNDO Fernando Comunica o do tijolo ao l iser Rio de Janeiro Unigraf 1995 SILVEIRA Joel O general ssimo e outros incidentes Rio de Janeiro Espa o e Tempo 1987 SIRINELLI Jean Francois Os intelec
178. e a lan ara com objetivo de promover atrav s de todos os meios poss veis a eleva o do n vel e a difus o do ensino secund rio no pa s buscando ajust lo s 139 necessidades dos estudantes e s condi es reais do pa s Assim de acordo com o Decreto n 34 638 de 17 de novembro de 1953 Cades caberia a promover a realiza o de cursos e est gios de especializa o e aperfei oamento para profess res t cnicos e administradores de estabelecimentos de ensino secund rio b conceder e incentivar a concess o de b lsas de estudo a profess res secund rios a fim de realizarem cursos ou est gios de especializa o e aperfei oamento promovidos por outras entidades no pa s ou no estrangeiro c colaborar com os estabelecimentos de ensino secund rio em fase de implanta o ou reorganiza o proporcionando lhes a assist ncia de t cnicos remunerados pela Campanha d promover estudos dos programas do curso secund rio e dos m todos de ensino das v rias disciplinas a fim de melhor ajustar o ensino aos inter sses dos alunos e s condi es e exig ncias do meio e elaborar e promover e elabora o de material did tico especialmente udio visual para as escolas secund rias f estudar e adotar provid ncias destinadas melhoria e ao barateamento do livro did tico organizar miss es culturais t cnicas e pedag gicas para dar assist ncia a estabelecimentos distantes dos grandes centro
179. e bacharel e de educador qual posteriormente passou a se dedicar integralmente Seu interesse pelo campo da Educa o inclusive come ou antes mesmo de sua formatura Em 1911 j tinha iniciado sua habilita o no magist rio participando de concursos na Faculdade Nacional de Direito e no Instituto de Educa o Em 1932 come ou a lecionar Sociologia rea do conhecimento sobre a qual aprofundou seu saber entre os anos de 1930 e 1934 juntamente com a Economia Em 1937 Alceu assumiu a fun o de reitor da Universidade do Distrito Federal permanecendo no cargo por oito meses Al m disso foi membro do Conselho Nacional de Educa o posteriormente chamado de Conselho Federal de Educa o por 35 anos bem como professor da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro de 1941 a 1963 quando de sua aposentadoria Alceu Amoroso Lima fez da sua a o pedag gica um exerc cio de cr tica liter ria CURY 2002 p 45 Imortal da Academia de Letras um dos pontos que se sobressaem em Alceu que ao contr rio do que propunha os intelectuais tratados at aqui ele defendia a liga o entre ensino e religi o Contudo n o foi radical em suas concep es tendo ap s os anos 30 assumindo uma postura mais liberal sem no entanto abandonar o catolicismo Nesse sentido dialogou com o Movimento da Escola Nova de quem discordava com rela o a laicidade
180. e da Rep blica e prop s doar os equipamentos recebidos da Funda o Adenauer para o Governo Federal e em troca o Governo disponibilizaria o espa o para a montagem do equipamento Ele tinha que conseguir o pr dio para colocar todo esse material Ent o ele falou com Jango e com San Tiago Dantas e doou os equipamentos para o Governo e o Governo deu ent o o pr dio para colocar o material e ent o nasceu a TVE AMADO 2011 Sobre a narrativa feita de Camilla destaco que em minhas pesquisas n o encontrei documentos ou relatos que me indicassem que a doa o dos equipamentos foi feita em nome de Gilson Amado Embora os registros a exemplo de a primeira sede da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa ter sido instalada em duas salas do edif cio Odilon de sua propriedade denotarem a dedica o de Gilson com o projeto da TV Educativa no Brasil os documentos e impressos sobre a rela o de Gilson e a Funda o Adenauer at ent o encontrados apenas citam que a referida Funda o foi a respons vel pela doa o do primeiro Telecentro da FCBTVE mas colocando a iniciativa em um contexto governamental tendo sido a Funda o Konrad Adenauer uma instrumentalizadora do processo Refor o entretanto que independentemente da maneira como a doa o ocorreu a instala o do Telecentro foi um marco para a FCBTV que a partir daquele momento sedimentou seus objetivos tendo em Gilson Amado seu mentor intelectual 102 O sonho de Gi
181. e est exposto e analisado nesse trabalho fiz a op o de deixar de fora aspectos das trajet rias de Genolino Gild sio e Gilson Amado tais quais seus envolvimentos e associa es pol ticas suas atua es em outras fun es e cargos para al m daqueles relacionados com o campo educacional dentre outros Assim as escolhas que fiz com rela o o que seria abordado na disserta o tiveram como norte o objetivo geral e os objetivos espec ficos tra ados e n o poderia ter sido diferente se se levar em considera o o que pretende esse trabalho o fato de ele n o possuir car ter biogr fico e as pr prias caracter sticas da composi o de uma disserta es Diante disso os dados aqui trabalhados focam na trajet ria dos tr s irm os Amados no campo da Educa o debru ando se sobre os acontecimentos que efetivamente contribu ram e tiveram papel relevante na constru o e atua o de Genolino Gild sio e Gilson enquanto atores da Hist ria da Educa o brasileira Tais defini es se revelaram quase que naturalmente a partir da delimita o das outras premissas apresentadas at aqui As atividades profissionais ligadas Educa o desenvolvidas pelos tr s Amados aqui estudados desenvolveram se em terras cariocas naquela poca capital do pa s Ademais a cronologia se estabeleceu partindo do que considero a principal contribui o de Genolino Amado para a Educa o Brasileira refiro me funda o do curso de Jorna
182. e extende de um modo geral aos que dedicam suas atividades s empresas li ti a Considerando que esses trabalhadores intelectuais sio merecedores do amparo do Estado tanto mais quando este deve Imprensa valiosa colabora o na obra de progresso nacional e no engrandecimento do Brasil e finalmente Usando da faculdade que lhe confere o art 180 da Constitui o DECRETA CAPITULO I DOS ESTABELECIMENTOS E PESSOAS Art 1 Os dispositivos do presente decreto lei se aplicam aos que nas empresas jornal sticas prestem servi os como jornalistas revisores fot grafos ou na ilustra o com as exce es nele previstas 1 Entende se como jornalista o trabalhador intelectual cuja fun o se extende desde a busca de informa es at reda o de not cias e artigos e organiza o orienta o e dire o desse trabalho 2 Consideram se empresas jornal sticas para os fins deste decreto lei aquelas que t m a seu cargo a edi o de jornais revistas boletins e peri dicos ou a distribui o de notici rio e ainda as de radiodifus o em suas sec es destinadas transmiss o de not cias e coment rios wea readability com read url hitp 3A hewal camara leg briegint edideciel 1930 1939 decreto 185 LemarisiaR20 de 13 de Malo de 1543 wwa2 camara leg br Readabilty Em wwwz camara leg br Decreto Lei n 5 480 de 13 de Maio de 1943 Institue o curso de jornalismo no sistema de ens
183. e fam lia tradicional e culta de Pernambuco formou se bacharel pela Faculdade de Direito do Recife em 1911 mas desde a poca de estudante j se dedicava a pensar a Educa o brasileira Desta forma al m de homem do Direito foi ainda jornalista poeta e educador Como tal foi Diretor Geral da Instru o P blica de 1922 a 1926 elaborou a Reforma da Educa o de Pernambuco oficializada pelo Ato n 1 237 de 27 de dezembro de 1928 exerceu o cargo de Secret rio de Justi a e neg cios Interiores de Pernambuco a encardo de quem ficava a Educa o do Estado foi Diretor da Escola Normal de Artes e Of cios Wenceslau Braz de 1931 a 1933 criou e dirigiu do Centro de Pesquisas Pedag gicas da Faculdade Nacional de Filosofia em 1951 assumiu de 1945 a 1957 a Dire o da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil al m de ter sido professor chefe de Franc s do Col gio Pedro II de 1932 a 1937 e de ter lecionado as disciplinas Sociologia Educa o Comparada e Administra o Escolar Vale destacar que ao longo dos 80 anos que dedicou Educa o Carneiro Le o exerceu in meros outros cargos e desempenhou diversas outras fun es no Brasil e no exterior Defendeu junto com os escola novistas que da Educa o dependia a valoriza o do homem a realiza o do ideal de desenvolvimento pleno do indiv duo em harmonia com a fam lia o meio e a nacionalidade ARAUJ O 2002 p 117 Ant nio de Arruda Ca
184. e jornais reunia a fam lia desde a sogra a velha M equinha at Gilson de meses E lia em voz alta os Golpes de Vista Entender eu n o entendia Mas escutava atento feliz Na voz de meu pai era m sica Foi quando pressenti que papel impresso tamb m podia ser um m gico instrumento de sons embaladores como o bandolim de lai O bandolim mudo at que a palheta de minha irm viesse despertar as cordas adormecidas No papel impresso o sil ncio das linhas tipogr ficas Mas na recita o do pai gozoso os Golpes de Vista eram gorjeios Itaporanga era pequena demais para conter a euforia propagand stica de Melk Est ncia tamb m precisava saber Aracaju naturalmente j tivera not cias pois de quando em quando meu pai ia por pol tica ou neg cio capitalzinha imatura AMADO 1977 p 51 50 Este era s o in cio da carreira que Gilberto Amado construiu Enquanto os irm os mais novos cresciam o mais velho al ava voos cada vez mais altos Com o t tulo de bacharel nas m os conquistado em 1909 em 1910 mudou se para o Rio de Janeiro Foi na capital brasileira de outrora que Gilberto continuou a carreira como jornalista colaborando com o Jornal do Commercio no qual assinou a coluna O Pa s Cinco anos mais tarde iniciou 39 sua carreira pol tica assumindo o mandato de Deputado Federal por Sergipe Tamb m por sua terra natal que se elegeu Senador em 1926 cargo que ocupou at 1930 Este foi o ltimo
185. economia direito pol tica literatura e jornalismo LIMA 2007 p 67 As mesas redondas fizeram sucesso mas Gilson n o estava completamente satisfeito Seu intuito de utilizar o potencial dos meios de comunica o de massa para educar 98 levou o a aperfei oar o projeto at que instituiu a Universidade de Cultura Popular que atrav s de programas como Artigo 99 Admiss o ao Gin sio e Educa o Familiar passou a produzir conte do educativo e de cultura geral Para tanto Gilson Amado firmou um conv nio com a Secretaria de Educa o do Estado da Guanabara Vale destacar aqui que foi em meio os projetos da Universidade sem paredes e posteriormente da Universidade de Cultura Popular que teve in cio a parceria entre Gilson e o professor de matem tica Manoel Jairo Bezerra que se estenderia na FCBTVE perdurando at a morte de Gilson Amado em 1979 Sobre a Universidade de Cultura Popular Yacyra Peixoto Valentim Meira assessora de Planejamento e membro do Conselho de Administra o da Associa o de Comunica o Educativa Roquette Pinto ACERP que trabalhou com Gilson nos tempos da TVE Esse foi um projeto que o Gilson tinha um carinho muito especial ele alugava um hor rio antes de ter o canal TV Educativa na TV Excelsior se n o me falha a mem ria Ele tinha um trabalho com encartes e as pessoas estudavam por aquilo ali ele passava li es eram gravados pequenos trechos apontando esse o
186. edabbuc da romtnde cysta iM dos Mbordodes Lecaridusia timia og alrma da poder A Triler d wi Aipha e T de a tbcica o Krers o Da diore Piemind2v gt a yerdpde ciitarel o comecticio Rub Rarbata w annd o eea T Nobuvo e Parecis n Fedorsgtin ainda rmi Hult a Dep blica com Qu lino a Efsa do Causthuigdn quebra e wupu Ryt Borbass sempre i z daj pal diante Tarccotencita cam verbo alada cousepuo par da impriaoa sujas miernes cel o amwe shertaa AMA Kex die a u repen mecess sia para Lramelormsr en es no an stiates cle picos yue ipiru amp nina niig major a verdade o gotginm smio cunsiatocluuss u coman cla nentralidede colre y ditella e 0 str a wite fo Tend e cem wsplrilo Jomp gua als bal iu a qe ening cm eran mataziliasa cintondo ma quee Rmn reuniu iL ps rut Ws 10045 maje sis do tenia caro de wh ineLrWwoeuizTe w destacado tgds 05 quam sndnimamente pornot mn kigne qrepleia nara a mwvilta anr gu cartra a corruayio e A iraud prio adak Mt eead mafio do mienia pera Iestangeci u fidelidude em 41 aus jenis ee enl que 28 emitem Hras qa engi mreoto em 48 cu elevo bo Irell Mo o ebale politfes arresto facetas inamesivcis A lusts ccm de di nue nc eect q enc o m diino en chatta inwrven ebriaco emu l de uz estero da alividada privada espeomamia OAC R woutlanes cont que qa taala mocbt rins iuter ezes nja em prmacom amperios seisictmen de quer i a q comando preleiusc
187. eja parte da sociedade em que vive e ao mesmo tempo dela seja reflexo caracter stica esta que a elite cultural traz no cerne de sua estrutura o Conforme Sirinelli 1997 certo que as elites culturais se definem como noutros meios pela sua pr pria imagem que reflete a sociedade que as rodeia SIRINELLI 1997 p 275 Diante disso torna se ainda mais forte a figura de Gilberto Amado como exemplo para os irm os Estes a partir do status alcan ado pelo mais velho passam a ter materialmente um caminho bem sucedido a seguir A trajet ria de Gilberto constituiu se assim como refer ncia para tra ar a carreira dos demais irm os Foi assim que eles consideravam conforme poss vel observar no documento intitulado Conceitos usualmente repetidos por Gilson Amado s d encontrado no arquivo pessoal de Camilla Amado De acordo com o documento Perguntado s bre quais foram as principais fontes em que hauriu os ensinamentos de que hoje disp e Gilson enumerou a pedagogia instintiva da velha D Ana a permanente f r a preceptora de Gilberto Amado cuja filosofia de vida inspirou a sua cujo vocabul rio elementar e o seu instrumental de comunica o escrita ou falada as interven es em v rios lances de sua vida de cada um dos irm os nesses legados permanentes de experi ncia que s s o absorvidos quando transmitidos com amor Diante do que foi posto at aqui ao compreender a origem familiar e o
188. elfim Salva o reino de Fran a Acendiam se os olhos de Vilma Terezinha torceu a ponta da orelha Suely mordiscou o l pis Nas outras diferentes sinais de emo o Joana j triunfava na escola do Rio antes mesmo de vencer na Fran a De repente acabou se a alegria da li o Joana prisioneira A 22 angustiada Foi numa atmosfera de agonia que narrei o interrogat rio os supl cios da masmorra por fim a condena o A turma indignada com os ingl ses AMADO 1971 p 128 129 Assim Genolino constitu a se pouco a pouco professor A trajet ria docente interrompida em 1945 seria retomada de 1952 a 1954 dessa vez como um dos mestres do primeiro corpo docente do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia Ali al m de professor de disciplinas regulares ministrou ainda um curso de extens o universit ria com o programa focado em literatura contempor nea N o me estenderei aqui sobre este per odo uma vez que ele parte do pr ximo cap tulo deste trabalho Ap s deixar o curso de jornalismo voltou a Amaro Cavalcante agora no turno da noite para lecionar a jovens e adultos Na escola permaneceu de 1954 a 1962 quando do seu jubilamento O magist rio marcou a vida de Genolino n o s pelos momentos em sala de aula Foi atrav s do relato de sua experi ncia como docente da Amaro Cavalcante de 1944 a 1945 que ele alcan ou a mais alta honraria concedida a um escritor brasileiro O Reino Perdido
189. em que abre caminho para o desenvolvimento da Educa o a Dist ncia no Brasil O legado deixado por Gilson Amado atrav s da sua principal obra que muito embora hoje j tenha passado por 167 v rias mudan as n o s de nome como tamb m de concep o permite que hoje professores e alunos Brasil afora continuem a aprender a se qualificar a descobrir novos horizontes atrav s da educa o mediada pela televis o tal qual se pode perceber tamb m nos projetos de Genolino e Gild sio Amado Assim muito embora ap s os seus afastamentos das fun es que exerceram in meras tenham sido as mudan as que cada rea de atua o sofreu recebendo novas regulamenta es mudando seus perfis de forma o sendo influenciadas por novas Tecnologias da Informa o e da Educa o a import ncia dos pap is cumprindo por Genolino Gild sio e Gilson Amado traduzem se no pioneirismo de suas a es nos seus pap is enquanto criadores no contextos de seus respectivos projetos mediadores no papel de comunicadores e educadores e engajados na medida que se valeram de t ticas de estrat gias CERTEAU 1994 para a concretiza o de seus projetos para a Educa o brasileira Genolino Gild sio e Gilson Amado s o dessa forma dignos de serem colocados na hierarquia dos grandes intelectuais brasileiros 168 CONSIDERACOES FINAIS Toda hist ria tem um come o Um ponto de partida que muitas vezes se torna fundamental ao longo da tr
190. em um breve olhar sobre suas obras e a es Se verdade que eles ao longo da vida estreitaram la os com a Educa o e a este campo dedicaram boa parte de suas trajet rias a presen a das artes em suas vidas pode ser vista como parte constitutiva e essencial de suas forma es e pensamentos Todos foram afeitos a leitura por exemplo Genolino desde cedo conheceu os cl ssicos e j na adolesc ncia descobriu Lord Byron e Voltaire no come o de sua forma o intelectual O gosto pela leitura foi parte fundamental do que o constituiu um homem de letras atuando no jornalismo impresso e radiof nico bem como na literatura Mas mais do que isso o vasto conhecimento adquirido pelas leituras foram primordiais para o desenvolvimento do curso de extens o que lecionou aos alunos do curso de Jornalismo da antiga Universidade do Brasil Cap tulo de sua hist ria que ser revelado mais adiante Com Gild sio e Gilson n o foi diferente O primeiro para onde ia carregava junto a si um livro conforme relata seu filho Lu s Amado Era apaixonado pela l ngua portuguesa gostava de palavras cruzadas e a cultura adquirida de seus companheiros de todas as horas permitiram lhe constituir parte do arcabou o intelectual que o conduziu a altos cargos da Educa o brasileira J o segundo transformou o gosto pela leitura em aliado na sua fun o de comunicador Seu vasto conhecimento sobre poesia literatura m sica teatro lhe permitiu ent
191. eno al m de Giuseppe que carregado no ventre da m e em tempos em que a fam lia j residia em Itaporanga veio ao mundo na cidade que guardaria como um de seus filhos ilustres o mais velho dos irm os Amados por ocasi o das temporadas que a fam lia passava em Est ncia O restante da prole nasceu em Itaporanga d juda a exce o de Gennyson ca ula gerado ap s a efetiva o da mudan a da fam lia para a capital Aracaju AMADO 1977 A migra o de Est ncia para Itaporanga foi providencial para os cap tulos seguintes da hist ria dos Amados Foi na pequena cidade localizada a cerca de 30 quil metros da capital que a situa o socioecon mica dos Amados ascendeu Em Itaporanga Melchisedech Amado passou atividade de comerciante que desenvolveu em paralelo ainda de empreiteiro e comiss rio de venda de a car Logo prosperou Os Amados ent o se mudaram para uma das melhores casas da vila ampla capaz de abrigar a numerosa fam lia mais os h spedes ocasionais que aportavam AMADO 1954 Nesse per odo Coronel Melk figurou como uma das principais pessoas da cidade Isto n o se deveu apenas a seu sucesso comercial mas tamb m ao seu envolvimento com a pol tica local Em seguida ocupa o cargo de intendente municipal Al m disso atua como principal defensor dos interesses do partido denominado Caba uma fac o civilista e prudentista que se opunha aos partid rios da corrente Peba liberal e f
192. enolino Gild sio e Gilson Amado perseguiram atrav s de seus projetos Assim sendo educavam e pensavam a Educa o do ponto de vista do car ter da forma o a partir do que apreenderam em seus pr prios processos formativos Pode se afirmar ent o que atrav s das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado foi poss vel interpretar as a es desses homens na para Educa o brasileira no tocante ao ensino superior de Jornalismo ao ensino secund rio e Educa o a dist ncia no Brasil entre os anos de 1950 e 1970 Tal interpreta o permite concluir que os projetos educacionais de Genolino Gild sio e Gilson Amado deixaram sim marcas na Educa o brasileira n o s no per odo indicado Ainda hoje poss vel perceber que o que eles projetaram h meio s culo encontra se na base do pensamento de outras iniciativas vide os Institutos Federais de Ensino a Educa o a Dist ncia e os Cursos superiores de Jornalismo obrigat rios para aqueles que querem ser jornalistas Genolino Gild sio e Gilson Amado comp em se assim enquanto homens que frutos de seus tempos dos seus deslocamentos nos espa os sociais e das redes de sociabilidade que constitu ram constru ram microclimas em meio aos quais se desenvolveram e desenvolveram seus projetos estabelecendo consequentemente microcosmos nos quais orbitaram as influ ncias familiares individuais sociais ideol gicas pol ticas dentre o
193. entados para o Trabalho que em ess ncia segue a mesma filosofia que as classes experimentais Contudo vale destacar que os GOT nascem ap s a aprova o da Lei de Diretrizes e Bases de 1961 o que lhes d outra conjuntura sobre a qual ser o instalados 145 O projeto dos Gin sios Orientados para o Trabalho nasceu de outro os Gin sios Modernos cujas primeiras inspira es come am a surgir em 1962 e visavam se n o acabar ao menos minimizar a dicotomia entre ensino secund rio acad mico e ensino t cnico que a LDB de 1961 n o tinha eliminado de vez Nesse sentido Gild sio prop e uma estrutura dividida em duas fases Na primeira que comportaria a primeira e segunda s rie seria lecionada inicia o a pr ticas de trabalho dever se ia identificar se o aluno tem voca o direcionada para estudos te ricos ou opera es t cnicas Isto deveria ser feito de acordo com o interesse que cada aluno demonstrasse pelas reas J a segunda compreenderia a terceira e a quarta s rie nas quais efetivamente iniciaram se nas reas de trabalho O projeto previa ainda que as reas de trabalhos escolhidas para serem ofertadas aos alunos tivessem rela o com a realidade local bem como a oferta de classes da terceira e quarta s rie com mat rias apenas de cultura geral para aqueles que tivessem inclina o para estudos te ricos Os Gin sios Orientados para o Trabalho ganharam campo apenas dois anos ap s o projeto dos Gi
194. ento do filho Maria Rosa consentiu a ado o afinal com a morte do marido perdeu seu meio de sustento M equinha como viriam a cham la os netos rf de pai e m e desde menina criada por uma prima dona de terras e escravos ao deixar a filha junto aos av s paternos 1 Em alguns documentos sobre os Amados indicam que o n mero de filhos de filhos do casal Melchisedech e Ana Amado era 18 Contudo como alguns faleceram ainda muito pequenos acredito ser este o motivo para que Gilberto e Genolino citem apenas 15 em suas autobiografias 22 abrigou se junto Quintanilha uma amiga de inf ncia detentora de propriedade rural nos gt arredores de Est ncia AMADO 1977 Apesar da separa o da filha Maria Rosa alegrava se da decis o quando em visitas via a pequena Ana aprendendo franc s e tudo o mais quanto desejasse AMADO 1977 Os av s zelosos e de quem a neta era muito querida a ela nada negaram Motivos de desaven a s viriam a separ los anos mais tarde quando Ana j dava sinais de maturidade Donana apaixonou se e o casamento da neta com Melchisedech Amado em nada agradou aos av s Ana por m n o recuou do intento e por isso foi conviver com a m e at selar a uni o com o filho de Jos Amado de Faria e Dona Ana mulher com fama de bondosa e descendente da fam lia Sousa Tavares da Borda da Mata Apesar das desavengas com os av s da esposa com a sogra Melchisedech mantinha boa re
195. ento indicado continuava a diagnosticar erroneamente a doen a Quando esta por fim foi identificada por Dr Bragan a m dico renomado que residia na cidade de Laranjeiras como tuberculose trouxe consigo o desengano N o havia nada que se pudesse fazer para salvar a menina O Dr Aur lio foi o terr vel mal de que morreu Genoline Pelo que ouvi dizer morreu sofrendo penando sem uma queixa Foi imensa a desola o da fam lia Numa terra de tanta mortalidade infantil falecesse Genoline de outra forma doen a r pida fim s bito haveria talvez resigna o Mas quando poderia ser facilmente salva sem o erro do diagn stico e sem a medica o prejudicial falecer assim ap s meses e meses de afli o Era de se desesperar AMADO 1977 p 18 Contudo n o foi apenas na lembran a que a morte de Genoline marcou Genolino Da irm falecida ele foi o herdeiro como ele mesmo coloca A morta foi minha doadora Quando ela se foi a m e e o pai a av os irm o e irm s todos perderam E eu ia ganhar 70 Ganhar desmedidamente al m do que pudesse merecer AMADO 1977 p 18 Seu ganho come ou pelo nome O e trocado pelo o deu conta da masculinizac o do nome para que este pudesse ser dado a um menino Al m disso o trauma vivido em fam lia pela perda precoce de Genoline fez do amor fraterno da irm mais velha Iai amor de m e Esta com quatorze anos passou a dividir com Ana de Lima os cuidados re
196. entre elas a matem tica nas quais os meninos aprendiam a tabuada contando patacas Pataca moeda antiga j inteiramente sem uso com que n o se poderia comprar ou vender o que fosse e Zuzu teimosa ensinando nos a tabuada Donana percebeu logo que Zuzu n o nos servia AMADO 1977 p 126 Como que desenhando o espa o social que ocupariam os filhos Donana favoreceu os deslocamentos Genolino e Giuseppe seguiram ent o para o Col gio Nossa Senhora Auxiliadora dirigido pelos salesianos Rec m inaugurado Donana apressou se em matricular os filhos A mudan a de col gio marcou Genolino n o s pela qualidade do ensino na escola mas tamb m pela maneira como a m e compreendia o ato de educar Nas mem rias ele narra cena de Ana de Lima a conversar com o diretor do col gio poca Padre Lu s Na lembran a evocada pelo homem quase setenta anos mais velho que o menino a frase da m e Padre Diretor aqui os meninos aprendem L em casa eu educo AMADO 1977 p 126 Na d vida do diretor sobre a distin o entre os dois atos a explica o da m e que permaneceu viva na mem ria do menino de ent o reconhe o que sabe mais do que eu Mas sou franca estabeleci um sistema e n o desejo mudar Instru o com os professores Forma o de car ter com os pais AMADO 1997 p 126 Sob a gide de Ana de Lima Genolino e os irm o foram criados instru dos e educados Os castigos por eventuai
197. er como intelectuais Contudo apesar de buscar delimitar quem seriam os intelectuais criadores e mediadores Sirinelli 1996 problematiza que esta uma tarefa dif cil e que requer cautela uma vez que em cada momento da historia o termo intelectual ganhou nuances diferentes sendo sua defini o influenciada n o apenas por muta es sociol gicas mas principalmente por uma compreens o diferente do voc bulo intelectual Da resulta o fato de em um espa o de 40 anos na Fran a ser poss vel encontrar levantamentos que apontam n meros radicalmente distintos quanto contagem de intelectuais franceses Se no final do s culo XIX Madeleine Reb rioux estimava que houvesse na Fran a cerca de 30 000 intelectuais cerca de 40 anos depois Claude Willard analisando o censo de 1936 apontava a exist ncia de uma intelectualidade de cerca de 450 000 pessoas SIRINELLI 1996 50 Apesar da verifica o de tais imprecis es Sirinelli 1996 p 243 chama aten o para a abordagem extensiva do feudo intelectual de qualquer modo constitui apenas uma faceta do estudo dos intelectuais uma vez que estes podem ser agrupados em torno da no o de engajamento Este envolvimento na vida na cidade de acordo com Sirinelli 1996 pode se dar de tr s maneiras como ator social dentro de modalidades espec ficas de a o tal qual a assinatura de manifestos como testemunha ou seja aquele que presencia os acontecimentos e assim capaz
198. er cumpridos apesar de todas as dificuldades AMADO 1971 p 03 Assim em 17 de fevereiro de 1972 com as reformas j conclu das foram entregues os equipamentos Vale destacar que o acordo com a Funda o Konrad Adenauer n o se resumia a doa o dos equipamentos Al m disso ela daria todo o suporte t cnico para instala o al m de treinamento para os funcion rios da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa que fiariam por operar os equipamentos que no total somavam o valor de U 2 5 milh es Gilson 1972 apud MILANEZ p 45 relata que A doa o alem constava de equipamentos e instala es para um est dio de 480 metros quadrados compreendendo inclusive um teto met lico de ilumina o dotado de 150 projetores de 5kw cada um apoiado por dez salas t cnicas com equipamentos eletr nicos de complementa o do est dio material de alto n vel tecnol gico em condi es similares aos melhores existentes no mundo O Telecentro come ou a funcionar j no m s seguinte ao da sua inaugura o com a grava o de programas apresentados por Dulce Monteiro com produ o de Eldo Peracchi Filho e supervis o de Alfredina de Paiva e Souza Contudo a mudan a definitiva da Funda o Centro Brasileira de TV Educativa para o novo endere o da Gomes Freire s aconteceria sete meses depois O circuito fechado seria transferido para um dos dois est dios que se encontravam vazios ao todo o Telecentro contava com tr s est
199. era a casa dos Azevedo O mesmo ocorreu como se ver adiante com o meu sobrenome paterno o Amado por ser brasileiro de velha data florescente no Brasil eclipsou o Faria AMADO 1954 p 14 A uni o entre Ana de Lima e Melchisedech como era comum poca resultou numa prole extensa Ao todo 14 filhos chegaram idade adulta Contudo sempre que me referir quantidade de filhos de Ana ou ao numero de irm os de Genolino Gild sio e Gilson o farei considerando quinze Nesta conta somo uma irm falecida quando crian a mas que 24 ainda assim teve um papel fundamental em especial na trajet ria de Genolino ou simplesmente Geno Os irm os Amados eram Gilberto Gildete Iai Gileno Petina Gentil Gildo Maria Zulmira Mimi Genoline falecida antes de completar 07 anos Giuseppe Pepino Genolino Gild sio Gilson Gennyson Genne e Gilete todos j falecidos A poca do casamento Coronel Melk ou apenas Melk maneira como comumente familiares amigos correligion rios e at os advers rios politicos se referiam ao marido de Ana de Lima era cacheiro de uma loja em Est ncia Era atrav s desta atividade que sustentava a fam lia Esses tempos perduraram at os quatro ou cinco anos de Gilberto filho mais velho do casal Boa parte daquilo que deles se sabe o que se encontra narrado pelo primog nito de Ana e Melk em seu primeiro livro de mem rias Em Est ncia nasceram Gilberto Gildete Petina e Gil
200. erca das fontes e do trato que o pesquisador deve dispensar a elas ressalto que o olhar lan ado sobre as mesmas n o foi o de t las como verdades institu das Assim a an lise das fontes foi feita buscando perceber em seu conjunto como os irm os Amado compreendiam a Educa o e de que maneira as decis es tomadas por eles nos cargos e fun es ocupados contribu ram para a Educa o no Brasil e para a concretiza o de seus ideais educacionais Nesse sentido busquei atender observa o feita por Galv o e Lopes 2010 p 70 no sentido de que os pesquisadores t m insistido na necessidade de problematizar as fontes evitando fetichiz las ou seja acreditar que elas possam falar toda a verdade Assim as fontes documentais foram tabuladas por per odo e assunto permitindo um estudo mais sistematizado das mesmas No intuito de referendar a posi o de lan ar sobre as fontes relatadas at aqui um olhar cr tico e contextualizado considerando o per odo em que foram produzidas e por quem recorro a Le Goff 1993 quando afirma que o documento n o deve ser entendido como uma fonte inocente uma vez que ele n o apenas uma consequ ncia da escolha do historiador o documento produzido consciente ou inconscientemente pelas sociedades do passado tanto para impor uma imagem desse passado quanto para dizer a verdade LE GOFF 1993 p 54 Se as pesquisas documental e bibliogr fica fora
201. es para a implementa o do curso de Jornalismo almejado pela ABI Sobre a publica o do Decreto Lei Segismundo afirma que Transitava Moses com facilidade junto a Vargas e seus colaboradores imediatos Dif cil n o lhe foi obter o mencionado Dec Lei referendado pelo ministro Valdemar Falc o Pela primeira vez estabelecia o Governo escolas de jornalismo e a exig ncia do diploma para o exerc cio da profiss o SEGISMUNDO 1995 p 103 O Decreto Lei n 910 de 03 de novembro de 1938 foi um avan o no sentido de prever a implementa o de cursos para forma o de jornalistas Contudo a concretiza o do que determinava a lei ainda estava longe de ser efetivada A promo o das escolas indicada no Art 17 do referido Decreto Lei n o ganhou o campo pr tico e aqueles que quisessem se tornar jornalistas continuavam a depender somente do registro profissional cuja obten o se dava de acordo com o Art 13 do mesmo Decreto Lei atrav s de prova de nacionalidade brasileira prova de que n o respondia a processo ou n o tinha sofrido condena o por crime contra a seguran a nacional bem como da apresenta o da carteira profissional Passaram se 112 cinco anos at que o pr ximo passo para a cria o do curso para jornalistas viessem a existir Foi em 13 de maio de 1943 que Get lio Vargas referendado naquela oportunidade pelo ent o Ministro Gustavo Capanema fez publicar o Decreto Lei n 5 480 que institui
202. es e brasileiros se acirraram cada vez mais A conjuntura pol tica favorecia um clima de conflito que se tornou cada vez mais evidente principalmente ap s a divulga o das decis es tomadas no Soberano Congresso realizado em Portugal como consequ ncia da Revolu o do Porto e as decorrentes limita es do poder do rei D Jo o VI Dentre as delibera es do Congresso estava o retorno imediato de D Pedro a Portugal a cria o das juntas provis rias independentes entre si e sujeitas s Cortes e ao governo de Lisboa al m do estabelecimento de governadores das armas de nomea o e subordina o exclusivas s Cortes e ao rei Souza Filho 2008 relata que a divulga o de tais decis es na col nia aglutinaram for as em torno de D Pedro e em terras baianas acirrou ainda mais os nimos entre portugueses e brasileiros Na Bahia os conflitos se intensificavam nas ruas indiv duos acusados de liga o com a conspira o constitucionalista ou seja de se opor ao poder da corte e lutar a favor do 20 estabelecimento de um governo e uma constitui o brasileira independente de Portugal foram presos Com os conflitos se intensificando em Salvador muitos civis deslocaram se em dire o ao Rec ncavo Baiano o alarma tomou conta da cidade contribuindo para que diversas fam lias deixassem suas ocupa es e casas para darem in cio a primeira de uma s rie de emigrac es que nos meses subseqiientes iria deslocar cada ve
203. esse sentido a intera o de Gild sio Amado e o seu espa o social permitiu n o s uma nova configura o deste mas como em uma rela o de simbiose produziu mudan as tamb m nesse intelectual que essencialmente criador buscou f rmulas para sanar os problemas cr nicos da Educa o secund ria brasileira no per odo em que esteve frente desta Tal infer ncia revela o qu o importantes s o as experi ncias vividas e o tempo s cio hist rico do intelectual 7 Esta express o pode ser traduzida como ponto de mudan a de virada 94 2 3 Gilson Amado o educador comunicador e o educand rio das multid es Se na prole de Ana de Lima e Melchisedech Amado poss vel encontrar alguns nomes que de destacaram no campo da Educa o n o o h de se fazer sem dentre eles elencar o nome de Gilson Amado Um dos mais novos na extensa prole de 15 irm os depois dele nasceram apenas Gennyson e Genne Amado Gilson tamb m veio ao mundo na cidade de Itaporanga d Ajuda um ano e meio depois de Gild sio em mar o de 1908 e com este formaria mais uma ilha a compor o arquip lago dos Amados No momento em que veio ao mundo e experimentou as primeiras sensa es que este lhe proporcionava Gilson Amado n o podia imaginar que as escolhas que faria ao longo da vida lhe conduziriam por caminhos diversos uns que podem ser considerados quase previs veis a exemplo da op o pelo curso de Direito rea tamb m e
204. essor Doulor Pejro Salman Meuls de Ritrenceurt Relor Cantzaa s Ceuorino Arando Fanga O ceatmludo paria ensemgennor o Jun o de Pintessny Ea doscipliom Sitera Ciao casca de Curro de Jomalicioo da Familiace Kacisuul ge Figsatia de Universidade du w asil Tentenciodess Pio Plas de Ant veta e Odet Cardeos de Sousa Tuocesso 811 49 7 Y Nomea o 1950 pero S bado 25 DIARIO OFICIAL Be o IF 195 n Fevereiro de 1950 N mero Cetegurao lt Lepr tein Merseduria P s Biqundy Org Torio Tereno um Fruili Nae ro Leica de vine da muma m s o Feios om meaty eslraugs a r Preis hs Origem Pala de pracedgacio eu0l de Karolis ga no da ARO E Daw e Prom O quente com Ne 431385 E Cha Bwile da Hast Sy gt Valvula e Te Cons lar pa lea viguari da dsa de aut epi porn pa o Kg 5 Cr 1550 Ufi S O A A a a z gt de psp si lar inte dum de comeca de mel Ne 22550 A Aldalla Nader Sodu sfuskeo A 3 3E reece Bilel ae tk ida uoveceolen e AIIN IS E A Pl Et a rt qe f A Gh G dr fa Hrach 3y imh de vas esleimuriui Otis Pua A Ase He 43 552 a Arara de Cla Leda Soda causecu lt CU uenta m s ano alo Oks Cars de Snus ROO NO IF A Cia Sw Ry I Cr 1 8L 2 A Cadaval Cii 2 3330 Suecia e Sue Ns Bela Crd FSC USS
205. estas defendeu a liberdade de ensino relacionada possibilidade irrestrita dos professores lecionarem doutrinas e escolherem os m todos que considerassem mais apropriados para tanto Nelas tamb m condenou o ensino que buscasse apenas o sustento do indiv duo pois acreditava que 64 este tipo de instru o ia de encontro a um ensino capaz de formar o homem como um todo NASCIMENTO 2007 Diante do que foi exposto at aqui torna se dif cil negar a import ncia que Silvio Romero e Tobias Barreto tiveram para a intelectualidade brasileira do final dos oitocentos e in cio dos novecentos Contudo se a apresenta o dos fatos n o fosse suficiente a significa o das obras de Silvio e de Tobias para o pensamento e a Educa o no Brasil pode ser ainda percebida atrav s dos homens que ajudaram a formar Ant nio de Arruda Carneiro Le o faz parte do rol de intelectuais que a Faculdade de Direito do Recife produziu no final do s culo XIX e in cio do s culo XX sob a influ ncia do pensamento de Tobias Barreto e Silvio Romero Conforme afirma Celso Kelly s d apud ARA JO 2002 p 115 Le o foi um aut ntico fruto da Escola do Recife tendo sua passagem pela Faculdade marcado sua forma o intelectual Assim o pensamento de Ant nio de Arruda Carneiro Le o teve significativa influ ncia do positivismo do evolucionismo e das teorias raciais Ao contr rio de Tobias e Silvio Carneiro Le o n o possuiu origem pobre Filho d
206. esto Gaspar Dutra e com previs o de entrada em vigor a partir de 1 de janeiro de 1951 definia que 13 O decreto que reestrutura o curso de Jornalismo publicado em mar o de 1949 contudo a nomea o de Genolino com professor da disciplina Literatura Contempor nea s foi publicada em agosto do mesmo ano 125 Art 1 O curso de Jornalismo instituido pelo Decreto lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 tem por fim ministrar conhecimentos que habilitem de modo geral para a profiss o de jornalista e ser dividido em duas partes uma de duas series e outra de uma serie Par grafo nico A primeira parte compreende a primeira e a segunda serie do Curso as quais s o comuns a todos alunos a outra parte se constitui da terceira s rie e apresenta tr s modalidades a escolha do aluno Art 2 A primeira parte do Curso de Jornalismo passa a ter a seguinte seria o 1 s rie 1 T cnica de Jornal 2 tica historia e legisla o da imprensa 3 Administra o de Jornal 4 Historia da Civiliza o 5 L ngua portugu sa e literatura da l ngua portugu sa 6 Geografia humana 2 s rie 1 T cnica de Jornal 2 Publicidade 3 L ngua portugu sa e literatura da l ngua portugu sa 4 Historia do Brasil 5 Historia Contempor nea 6 Geografia do Brasil Art 3 A segunda parte que se constitui da segunda s rie do Curso constitui em um dos tr s seguintes grupos de disciplinas a 1 R dio Jor
207. feitos s me dei conta de que era gago em Aracaju em casa do padrinho L Em Itaporanga nunca o assinalaram de maneira a me embara ar AMADO 1954 p 223 Foi sob os ausp cios dos pais e vendo a prole crescer que Gilberto viu a fam lia passar pelos altos e baixos j revelados tendo ele inclusive sofrido as consequ ncias dos fatos Em fun o do decl nio econ mico da fam lia ele deixou o col gio n o concluindo assim todos os cursos preparat rios para o ingresso na faculdade de Direito Quando as dificuldades come aram Gilberto estudava na capital para onde havia sido enviado pelos pais para que completasse o Gin sio uma vez que na cidade de Itaporanga foi poss vel instruir o menino apenas at o prim rio 34 Em Aracaju ingressou no col gio interno Col gio Oliveira paralelo ao qual tomava aulas particulares de Matematica e Ingl s com Alfredo Montes e Teixeira de Faria respectivamente Um mal entendido conforme Gilberto classifica e narra o ocorrido o fez deixar o col gio mas n o abandonar os estudos Fez ent o os exames de admiss o para o Atheneu Sergipense Mas de toda sorte a falta de condi es financeiras dos pais de manter o filho mais velho estudando longe de casa fez com que Gilberto retornasse casa de Melchisedech e Ana em Itaporanga A suspens o tempor ria dos estudos de Gilberto teve ao menos uma consequ ncia positiva nesse per odo ele adquiriria a paix o pela leitura que continu
208. fessora Alfredina Paiva e Souza transmitiu em dois anos 262 horas aulas atingindo mais de 5 mil alunos em 105 n cleos de recep o Um ano depois a Universidade de Cultura Popular idealizada por Gilson Amado passou a transmitir cursos experimentais do Art 99 inicialmente pela TV Continental no Rio de Janeiro e depois pela Rede de Emissoras Associadas para todo o territ rio nacional 99 Experi ncias similares espalhavam se pelo pais como efeito multiplicador MILANEZ 2007 p 34 O pr ximo passo em dire o cria o da TVE foi dado em 1964 com a forma o de uma comiss o que s se tornaria oficial um ano mais tarde composta por educadores funcion rios do Minist rio da Educa o e do Conselho Nacional de Telecomunica es Contel e respons vel pela elabora o do projeto do Centro Brasileiro de TV Educativa Naquele momento A Educa o era o ponto chave insistia Gilson Amado O fen meno mais representativo da realidade brasileira nos ltimos anos foi sem d vida o relevo que assumiu no elenco de problemas priorit rios do Pa s a Educa o MILANEZ 2007 p 34 35 Os trabalhos da comiss o da qual participaram ativamente Alfredina Paiva e Gilson resultaram na Lei 5 198 promulgada em 03 de janeiro de 1967 Esta autorizava a cria o nos mondes de uma funda o do Centro Brasileiro de TV Educativa Nascia assim a FCBTVE que de acordo com a reda o do Art 3 da lei tinha por finalidade a pr
209. forte na mesa com a r gua Ali no entanto n o permaneceu por muito tempo Sucedeu por m que Iaiazinha Melo minha madrinha nos visitou numa hora em que Iai ia me apontando com a agulha de croch as letras do abeced rio E ent o a gentil senhora Iai nada tenho que fazer Poderia ensinar meu afilhado Seria uma distra o e um gosto AMADO 1977 p 40 Com o consentimento dos pais Genolino ou simplesmente Geno passou a ser ensinado pela madrinha Com ela aprendeu as letras e as primeiras li es Julgou a boa professora conforme afirma ao final do cap tulo V de suas mem rias Estava assim constitu da a base n o s da educa o formal de Genolino como tamb m as bases do futuro homem que do menino brotariam Ante a tal reflex o torna se necess rio retomar um fato que antecedeu o nascimento de Genolino Amado mas que o marcou profundamente por toda uma vida Trata se da morte de Genoline Antecessora de Genolino na prole de Ana e Melchisedech a menina faleceu antes de completar sete anos Conforme as mem rias de Geno 1977 foi um choque para toda fam lia especialmente porque sua morte poderia ter sido evitada caso a doen a que a vitimou tivesse sido diagnosticada corretamente a tempo A fatalidade que levara Genoline foi atribu da pela fam lia ao Dr Aur lio m dico da cidade de Itaporanga no in cio do s culo XX que ap s algumas visitas e a piora gradativa da menina que n o reagia ao tratam
210. fosse a atua o de seu grupo as liga es desse Amado que entrela aram hist ria pol tica jornalismo e educa o n o desembocaria em sua atua o frente ao referido curso da Faculdade Nacional de Filosofia que acabou por tornar se um campo de atra o e forma o de n vel superior respons vel por formar v rias outras elites culturais Aqui fica claro ent o o poder de influ ncia do intelectual mediador do qual trata Sirinelli 1997 ao afirmar que as elites de media o cultural t m como caracter stica a capacidade de propagar ecoar enfim amplificar suas ideias e valores No caso de Genolino e de seu grupo de pertencimento esse poder manifestou se a partir do espa o do curso de Jornalismo que na constru o cotidiana constituiu se como um lugar no qual as estrat gias CERTEAU 1994 individuais compuseram um plano maior ou seja a constru o de uma cultura jornal stica que conforme ja colocado primava pelo conhecimento amplo senso cr tico e postura tica 3 2 Gild sio Amado e a Diretoria de Ensino Secund rio Quando Genolino deixou o curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil outro Amado j ocupava posi o de destaque no campo da Educa o Tratava se de Gild sio que desde 1947 exercia o cargo de Diretor do Externato do Col gio Pedro II institui o federal de educa o de renome no pa s pela qualidade de ensino Nessa fun o Gild sio Amado per
211. ha senhora h um engano seu filho n o fez nada Ent o por que ficou l no col gio Ficou a classe inteira Houve um malfeito ser ssimo De quem n o se descobriu O Padre desconfia que foi Giuseppe Absolutamente De conduta exemplar Mas se ningu m confessou e ningu m denunciou Ah padre S o quantos os da turma Trinta Quer dizer vinte e nove inocentes Eu sei Mas se n o se conhece o culpado e a disciplina do col gio tem que prevalecer A senhora compreende Compreendo n o Diretor Natural a senhora m e Sou De treze filhos Alguns at adultos J podem saber as injusti as do mundo Os pequenos ainda n o Quanto mais tarde melhor Giuseppe com onze anos cedo bem cedo conhecer e sofrer o injusto Tem raz o Vou j soltar a classe E lhe agrade o minha senhora Eu que ensino hoje aprendi AMADO 1977 p 127 128 32 O trecho de Um menino sergipano apresenta me as bases educacionais nas quais os irm os Amados foram criados e que levaram para a vida Aqui a mem ria de Genolino me revela ind cios relevantes para o teste de minha hip tese Fa o tal infer ncia considerando que muito embora a cita o traga a mem ria de Genolino ela me revela tra os do entendimento que Ana de Lima aparentava ter sobre Educa o que at onde me foi poss vel perceber estendia se sem distin o para todos os filhos Assim sendo observando a cena descrita por
212. hamento e di logo com os respons veis pela educa o formal dos filhos claramente notado na passagem das mem rias de Genolino Assim muito embora a cita o de que trato tenha sido narrada pelo irm o mais velho de Gild sio poss vel estender a compreens o do irm o para ele na medida em que o projeto de Educa o de Ana de Lima e Melchisedech Amado era nico para todos os filhos Sendo regido sem distin es para qualquer um dos 15 integrantes da prole Ainda sobre o projeto das classes experimentais relevante ressaltar que uma vez o plano apresentado pelas escolas era aprovado pelo Conselho Nacional de Educa o a Diretoria do Ensino Secund rio limitava se a indicar um assistente que tinha como fun o apenas acompanhar a implanta o do projeto Diante dessas prerrogativas Gild sio aponta que as primeiras classes experimentais foram implantadas em 1959 e cresceram progressivamente de forma que em 1960 somavam 76 e em 1961 133 Destaco que comparado ao total das institui es de ensino secund rio do pa s a quantidade de classes experimentais implantadas era pequeno Avalia o da qual o pr prio Gild sio compartilhava Contudo ele argumenta que assim o deveria ser uma vez que se tratava de conforme j indica o pr prio nome do projeto uma experi ncia que em o sendo deveria evoluir gradativamente Al m disso muitas escolas ainda estavam imersas no modelo de Educa o secund ria determinada pela
213. heceria por que Donana lhe impusera a partida AMADO 1977 p 25 Contudo n o foi apenas no campo da pol tica que a disputa entre Guilherme Campos e Fausto Cardoso marcou os Amados de Sergipe Entre os altos e baixos de Melk e seus correligion rios e de sua dedica o cada vez maior pol tica a loja em Itaporanga come ou a passar um per odo de decl nio Sobre aquele momento vivido pela fam lia Gilberto narra em seu livro de mem rias Meu pai ora por baixo ora por cima passou a viver a vida que iria arruin lo no com rcio a de pol tico local AMADO 1954 p 151 152 O decl nio econ mico um dos fatores determinantes para a mudan a da fam lia de Itaporanga para a capital Mas n o o nico A educa o dos filhos tamb m foi um dos motivos pelos quais Aracaju foi escolhida como destino Entretanto antes de seguir com a hist ria da mudan a da fam lia h um tra o da personalidade de Coronel Melk que relevante destacar sua paix o pela cultura Conforme relata Santana Naquele cen rio Melchisedech Amado fica acima da m dia ao iluminar o pobre cen rio local com duas contribui es art sticas a cria o de um teatro e da primeira filarm nica de Itaporanga cujos instrumentos foram comprados no Rio de Janeiro Al m disso junto com a mulher passa para os filhos o gosto pela leitura As lembran as de Gilberto Amado registram tal rela o que inclu a os cocorotes e puxavantes na hora das pr ticas
214. ho foram implantados em 1965 Tr s anos depois em 1968 segundo Gild sio 1973 600 estabelecimentos entre p blico e privados j adotavam o modelo do GOT O expressivo n mero no entanto n o significava que em todas as escolas o projeto havia sido executado de acordo com o que previu a Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o Gild sio explica que nessa primeira etapa do projeto foi caracterizada apenas pela inclus o de pr ticas de trabalho nos curr culos e as consequentes montagens e in cio do funcionamento das oficinas ou sala ambientes destinadas a essas pr ticas O que se via ent o era um ensino por assim dizer aposto ao curr culo geral Na avalia o de Gild sio Amado 1973 p 174 175 os gin sios que existiam no final da d cada de 1960 e in cio da de 1970 e se designavam como orientados para o trabalho contavam com setores destinados ao ensino de t cnicas industriais comerciais e agr colas se isso j uma novidade em rela o ao modelo antigo significa ainda somente uma porta de entrada para o novo O diretor da Dese via ent o falhas na implanta o pr tica do projeto argumentava que as escolas por vezes dispunham apenas de uma ou duas pr ticas reduzindo assim as possibilidades de escolha do aluno e a dedica o do mesmo sua verdadeira aptid o Al m disso entendia que as pr ticas estavam sendo apenas ap ndices dos curr culos uma vez que estava
215. hos Rio de Janeiro Ediouro 2007 LOBO NETO Francisco Jos da Silveira Gilson Amado In FAVERO Maria de Lourdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros ORG Dicion rio de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 420 424 LOPES Fernanda Lima O ensino de jornalismo antes do curso superior In I Congresso Mundial de Comunica o Ibero Americana 2011 Universidade de S o Paulo ECA USP Anais do I Congresso Mundial de Comunica o Ibero Americana 2011 p 1 15 Dispon vel em http confibercom org anais201 1 pdf 121 pdf Acesso em 10 out 2012 180 MACIEL Leandro Silvio Katzer Rezende Projeto Jo o da Silva pioneirismo em teleduca o matem tica Dispon vel em http limc ufrj br htem4 papers 6 pdf Acesso em 20 jan 2011 MACIEL Leandro Silvio Katzer Rezende A conquista uma Hist ria da educa o dist ncia pela televis o e o movimento da matem tica moderna no Brasil 2009 179 f Disserta o Mestrado Acad mico em educa o Matem tica Programa de P s Gradua o em educa o Matem tica Universidade Bandeirantes S o Paulo 2009 MAGALH ES Justino Pereira Tecendo nexos historia das institui es educativas Bragan a Paulista Editora Universit ria S o Francisco 2004 MESQUITA Ilka Miglio de Do bacharel ao doutor fazer se intelectual tornar se elite pol tica do Imp rio do Brasil 1827 1889 Relat rio Final de P s doutoramento Universidad
216. ia da imprensa e a forma o do jornalista VI Congresso Luso Brasileiro de Hist ria da Educa o 2006 Uberl ndia MG Anais do VI Congresso Luso Brasileiro de Hist ria da Educa o 2006 p 3485 3495 Dispon vel em http www faced ufu br colubhe06 anais arquivos 312NadiaAlmeidaCouto e CeldonFritzen pdf Acesso em 10 out 2012 COUTO PINTO Diana Gild sio Amado In FAVERO Maria de Lourdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros Org Dicion rio de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 414 419 CPDOC Cidadania nos anos 1950 sindicatos e legisla o trabalhista s d Dispon vel em http cpdoc fgv br producao dossies AEraVargas2 artigos Ele Voltou Cidadania Anos 1950 Acesso em 10 de out 2012 CPDOC Juscelino Kubitschek s d Disponivel em http cpdoc fgv br producao dossies AEra Vargas2 biografias juscelino_kubitschek Acesso em 10 de out 2012 179 CURY Carlos Roberto Jamil Alceu Amoroso Lima In FAVERO Maria de Lourdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros ORG Dicionario de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 45 50 DEL PRIORE Mary VEN NCIO Renato Pinto O livro de ouro da hist ria do Brasil do descobrimento globaliza o Rio de Janeiro Ediouro 2001 DUBY Georges Abertura Poder provado poder p blico In DUBY Georges Org Hist ria da vida privada 2 da Europa feudal Renascen a Trad MACHADO Maria L cia S o Paulo C
217. ia de certas horas n o mais tristeza das horas todas AMADO 1977 p 35 83 Sobre os tempos da inf ncia de Gild sio bem menos foi poss vel conhecer se comparado s informa es acerca de Genolino s quais tive acesso Contudo se fato que n o tive detalhes t o precisos acerca da inf ncia daquele que teria papel fundamental para o ensino secund rio brasileiro entre os anos de 1956 e 1968 esclare o que isto n o impede que eu consiga vislumbrar seu processo educativo na inf ncia Isto porque a partir do que coloca Genolino e Gilberto em suas mem rias 1977 e 1954 poss vel compreender que o trato no tocante a educa o dos filhos n o foi um privil gio direcionado ao herdeiro de Genoline ou ao primog nito mas sim uma regra que Ana de Lima estabeleceu e aplicou para todos os filhos inclusive as mulheres que muito embora n o tenham se formado na faculdade foram alfabetizadas e possu ram forma o cultural tal qual os irm os AMADO 2011 Isso posto importante ressaltar ainda que as informa es sobre a inf ncia de Gild sio s o poucas mas n o inexistentes Posso assegurar que aquelas que me s o primordiais foram obtidas atrav s da pesquisa Como primordiais refiro me quelas que t m liga o com a forma o escolar de Gild sio e a ele enquanto aluno De antem o afirmo que pelo que me revelam as evid ncias o menino travesso de outrora deu lugar a um aluno aplicado ou ao menos que guardo
218. ia de n o se ignorar as primeiras em prol das segundas uma vez que Se o emprego da hist ria oral significa voltar a aten o para as vers es dos entrevistados isso n o quer dizer que se possa prescindir de consultar as fontes j existentes sobre o tema escolhido ALBERTI 2004 p 30 Devidamente caracterizada a metodologia falta ainda apresentar de que maneira se estrutura este trabalho Assim este primeiro cap tulo A descoberta dos Amados educadores de Sergipe encontro com o objeto de pesquisa al m de cumprir a fun o de introdu o traz ainda em seu bojo a trajet ria da fam lia Amado de Sergipe no sentido de situar o objeto desta disserta o dentro de seu contexto de origem focando na forma o educativa que receberam e que mais tarde aparecem como base de seus pr prios entendimentos sobre o que Educa o No segundo capitulo Genolino Gild sio e Gilson Amado filia o e lugares de sociabilidade refleti sobre Genolino Gild sio e Gilson Amado enquanto part cipes da vida intelectual brasileira buscando perceber o car ter criador 59 mediador e engajado de suas atua es Para tanto parto das trajet rias de intelectuais de renome no campo educacional brasileiro como forma de compor o campo de atua o desses indiv duos e estabelecer quais a es permitiu que eles fossem reconhecidos enquanto intelectuais A partir da tra o as trajet rias de Genolino Gild sio e Gilson Amado de mane
219. ia nos cursos entretanto obrigat ria aos matriculados Par grafo nico Ao t rmino do curso os alunos com fregii ncia ter o direito ao respectivo certificado Art 7 Consiste a Se o de extens o cultural em curso de n vel superior s bre os principais aspectos da cultura nos seguintes ramos fundamentais filosofia geografia humana psicologia e sociologia teoria do Estado e administra o p blica direito constitucional internacional civil comercial e criminal hist ria da civiliza o hist ria da cultura literatura belas artes teatro m sica ci ncias religi es esportes ind stria e com rcio economia pol tica e finan as educa o organiza o do trabalho e estat stica Art 8 As Se es de aperfei oamento e as de extens o ser o montadas progressivamente e se poder o desdobrar BRASIL 1946 Colocando lado a lado a proposta defendida por Jo o Melo em 1918 e o Decreto Lei de 1946 f cil perceber os pontos de encontro entre os dois projetos A forma o de base humanista e a necessidade da pr tica para o aperfei oamento do fazer jornal stico s o aspectos fundamentais sobre os quais poss vel estabelecer uma percep o clara do papel cumprido pela Associa o Brasileira de Imprensa na organiza o do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia Soma se ainda a tais aspectos a presen a de uma disciplina espec fica que visava forma o tica dos profissionais que
220. ia para obten o do diploma das faculdades de Filosofia Posteriormente a essa orienta es somou se os programas de aperfei oamento que eram destinados a todos os docentes diplomados ou n o Era impl cita a id ia de que o processo de prepara o necessariamente cont nuo e deve ser permanente Depois de um ano de orienta o prolongava se a prepara o do professor na atividade em servi o em 141 comunica o com CADES que lhe respondia a consultas e enviava publica es muitas das quais por ela pr pria editada AMADO 1973 p 38 A Cades significou um ponto essencial da gest o de Gild sio frente da Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o e Cultura Isso pois conforme j deixei transparecer anteriormente Gild sio Amado percebeu na Campanha um instrumento menos burocr tico e engessado pela legisla o vigente Por meio da Cades tornava se mais f cil e gil chegar at s escolas dialogar com seus atores e sugerir e promover a es que visassem contornar erros e resolver problemas Nesse sentido a Campanha enquanto instrumento proporcionava Diretoria realizar a es que somente seriam poss veis de serem realizadas atrav s da estrutura convencional do Minist rio a partir da aprova o da Lei de Diretrizes e Bases em 1961 A Cades muito embora n o tenha sido criada por Gild sio deixa transparecer claramente a partir do momento em que ele a manteve e a intensificou o q
221. ick Ma 7 Rh amit dy Gilvetey Qu 12 Alteo Marine F Bos td Arco Beken Lcd tH da Alzira dde Bonza Neves tin 1 Alre Hon custa Me lu Alnis u M syuer Jore Lau T Altu Paria Arian Yh 5a 4 alo Fiat des Partes SEL ul Alar Crile de bien Rad 27 Atherle Onta puro hal 23 Adcuyuitn harinas Cuu 94 Aledio aa Siquelru Cupos 2 Alalde Pansera R ntos sts 26 Alun barla Diaa Doma E 77 iberto Dullsta Starrs tee ee ATS 3A Alema Biota de Mesqutio Nelo oe mu or Aldor d Consti o Goro ce map W Alina Croqietta rer it YL Altia dn Punsree Ha chno FE Sf Atlin Payer Dian on 53 Artero dos curte Hitu a 121 ig Aubudu Pinto ce Barros ay us Aut o Avis de Campa mi nn Actinote Dias ca Coty tas Anino Tleutto de Mi 1 RA Awa de Aretjo Sivu TIA w Andalo Chulilercas dor E ay 40 Art nto Ferrara Pina js 41 Artixua Kusler de Slltn eo 42 Ant nlo Curios Lent 42 Andersen Tirdrn um 44 Arl nla Alascartokas Lim 0 45 Anbo CLT se int 40 Anio Cobrgu Falay 294 47 Antiala Mur a da E r 4 Amide Celica de Qia uN tp Antdntn Pawn Gh Atl us Elive sees cesses eres sees jis 5 Ara Frunceliza de Burn shee h Sy Artur Muntuso 16 ez An A s am BJ Atl do Alsea T rics n td Araripe OUa de Jesup don Shutos 5 3 Armondo Josgnin MamePdte src 401 ona se Numri de procesor cos aa pue wun Nime de procena 334 Ia Rua
222. ighi Aana na Eseel de Edau ar Fizlar a Drenoctns dr Sha Poua on Ercoln de Educa o Aica e Despuczw do Pre Eua Da Curso Pwt de aureas Maea de Marnie ola C turma o mote ou Escola de Ladino Piscu de P rlu Alegre no Ria Marias du E 5 a fa demi mute lor athe pratas gisrlamonte ane lobo escodce Ta aces da Dicas de Edera o Price do Deyaruis ca Nacwuual de BHUA yau que lwien Do 12 angar 69 edificio by Afina fria n Uewsayin r Aude E Tor via wyro segue arar cot cells aee Fslarlon Wide o yi stnten ente do Servi Esprelal Ay Bote P blica do Miulzserlo da Keucc v o Mereiino Cuduu pars Daer pare Ju eega do Braal A Cen trvfiicela Jotera boia de Deroy ia Feanloats e Malaria que se Weme puede ce 12 de maig va sidade dg Washiagtos ono as auepicics do Depurtu morte yr Estudo r de sijas estidades vien jiras Oe oubice L a m dicea qa GEST Atte delews az no Br Slo mi Sckuabtes H rriqur Penda ele verme a Pongoos 63 Yule do Ris Doce Tegtnilay Diarr do Programa AR corsa e Fanani Braga audo ductor da Prurre ma de Rin Doce e atan AP Tigi uma espec tirar as MMivyersigede e Culombly cin Nova a da SEEP Jeza won teresa culto yuru a Cernit reac clr al de FLA nie tem aldo UMA gaa MIS A PAT Aca PHAIMITEACAES a Nica corre a molite Ma vul s do Anima e do bur Dice o Berrvicu cul de bude 1 vlici um dudes voueto dus guvern dus Ritza Tnidos e dh Bengil tem Jrvado n eko uma vast
223. imo A ga im RY 3 92 Tims 24 479 e H 4 de 17 Gregor make e de 46459 ent kucao Gengnizs Mwale e capota o dish 3083 mensae e corx nias NY GH Pong 99 7 dd ke sairin Wat Jako Lia Cunec r O Lal Reco OF ae e of yt q es mensala o ie ibi 41 xs Subicu cas Santes Tapia a la ec JAR siya v d bito sem prejuizo o Enolinarcta dr mene Sin SA Foc 36 s t du bus 0047 Munne Alex Perret imp e a TUNA ie Mee vibre a oe ZA vela pre uis do col ima Ge ULTON iP ERTA Dro 99 614 44 Qo sinl Tiruucisco Rola Frpw de o peguracazo du xo em 18 arestas Bits seeietis e couecullras Ke b ise Pree 16 754 a ATA i2G dao Mo gt Priaate Pinto amp Cla LI mawehe O yagements a L 20 puesib es mnresig e corea us Tine JA 080 45 e 38 108 de ini Marvin Amel Foig Ir etere arotrqt o da eat imp n ella ve C tbrr n te d Uva sem prepare lt gt recolb meto da mama 1 oS 6 278 Froe 47 161 37 852 Mk e 20 16 45 Totem r Asia Parad 9 A Trypan A Trike Le do g bre e Wal Ea divida a y lo de stoslumena da Das Apr Pr 3 0 3 4R Co Mr 6942 a SnAg No 53 156 Proc 22 15 49 Cua Souse Mato Lita Tipi n tantly r 1b sAbee o debl a sem preciso Cu reus kiticnw do mitate TERMOS DE CONTRATO MINISTERIO DA VI
224. ino superior do pais e da outras provid ncias O PRESIDENTE DA REP BLICA usando da atribui o que lhe confere o art 180 da Constitui o DECRETA Art 1 Fica institu do no sistema de ensino superior do pais o curso de jornalismo Art 2 O curso de jornalismo tem por finalidade ministrar conhecimentos que habilitem de um modo geral para a profiss o de jornalista Art 3 O curso de jornalismo ser ministrado pela Faculdade Nacional de Filosofia com a coopera o da Associa o Brasileira de Imprensa e dos sindicatos representativos das categorias de empregados e de empregadores das empresas jornal sticas Art 4 Para a organiza o e funcionamento do curso de jornalismo nos estabelecimentos de ensino n o federais observar se o disposto no decreto lei n 421 de 11 de maio de 1938 Art 5 A estrutura do curso de jornalismo e bem assim as condi es de matr cula e o regime escolar regular se o por decreto Art 6 O Ministro da Educa o baixar instru es inclusive sobre as mat rias referidas no artigo anterior e dar provid ncias que possibilitem desde logo o in cio do curso de jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia Art 7 Este decreto lei entrar em vigor na data de sua publica o ficando revogadas as disposi es em contr rio were readability comiresdTuri hito 3A eww2 camara eg bregin esideciei 1340 134Srdecreto 12 186 18 11 12 pm wwwz camara leg b
225. intelectual e de quem mais tarde foi cr tico Sobre este tra o da personalidade de Silvio Jorge Carvalho do Nascimento 2007 analisa Do ponto de vista pol tico tinha uma percep o segundo a qual n o seria poss vel estabelecer limites a um princ pio que se identificava com a sua maneira de ser a sua cede de justi a social a sua faculdade de opinar sem restri es a sua incontin ncia verbal E iria neste campo at o limite das possibilidades de sua vis o pol tica ao considerar leg timo o direito de subleva o das massas NASCIMENTO 2007 p 40 Mas se a pol mica marcou a trajet ria de Silvio Romero seguro dizer que ela n o foi maior que sua contribui o para o pensamento brasileiro em especial nas reflex es acerca da Cultura e da Educa o Estudioso da Psicologia Social e da Sociologia S lvio n o acreditava no determinismo do meio como fator primordial que justificasse a configura o social do Brasil Entendia que o pa s de hoje era reflexo de escolhas e medidas feitas ontem e por isso a melhor maneira de construir um futuro promissor para o Brasil seria atrav s da Educa o Nesse sentido lutou contra o que dizia ser a mentalidade que chamava de reacion ria e retr grada do ensino brasileiro NASCIMENTO 2007 p 43 Dedicado a pensar a Educa o Silvio Romero colaborou ainda com diversos jornais e a partir de forte influ ncia da filosofia alem produziu obras sobre a Educa o no Brasil N
226. iof nico uma vez que em grande parte ele buscava fazer das aulas de Hist ria verdadeiras narrativas que prendessem a aten o das alunas que s palavras do professor muitas vezes reagiam como se estivessem ouvindo as mais empolgantes hist rias sa das dos romances Tal t tica de Genolino devia se ao fato de ele admitir e compreender as caracter sticas pr prias da idade das alunas para as quais lecionava Sa das da inf ncia e entrando na adolesc ncia com a conviv ncia com as meninas passou a compreender e a 81 considerar natural certa inquieta o A metodologia de Genolino em sala poss vel perceber na seguinte passagem A guerra assunto dos melhores reclamava professor de experi ncia e compet ncia J vaidoso entendi que me daria ocasi o de parecer um mestre de primeira dos que brilham perante as alunas dos que at comovem No empenho de me preparar recorri ao Seignobos e outros sabich es da mat ria Caprichei em Joana d Arc E na certeza do triunfo que o ponto me oferecia fui escola O come o bem que me animou Assim que em tom proficiente principiei a falar percebi que despertava a aten o da turma E Joana era ainda a camponesa sem gl ria a humilde m a da Lorena que de tardinha ao passear pelos prados em flor ouvia ou pensava que ouvia a voz do Arcanjo S o Miguel e a de Santa Catarina e a de Santa Margarida vozes celestes lhe dizendo Deixa Donremy e vai combater Salva o d
227. ios amplos de modernos com sua nova emissora em cores com atualizada unidade m vel com suas novelas did ticas e pedag gicas seus programas educacionais art sticos e culturais para uma competi o construtiva e saud vel com a TV comercial Viver recome ar todos os dias pois mal estamos encerrando a etapa do Telecentro e j temos que subir ao Sumar para implantar as torres da nossa emissora Disse o presidente M dici aos ministros Jarbas Passarinho e Hygino 164 Corsetti que a TVE ainda daria muitas alegrias ao Governo e ao povo brasileiro Creio que agora posso assegurar o cumprimento da programa o em termos mais positivos Que Deus nos ajude Mensagem de Gilson Amado publicada em O Globo em 01 06 1973 Com o canal 2 concedido algumas provid ncias foram tomadas Em 1974 executou se a segunda etapa de amplia o do Telecentro e em 1975 o diretor do Dentel do Rio de Janeiro autorizou aos quinze dias de outubro a Funda o come ar a realizar transmiss es em car ter experimental Mas antes mesmo dos testes come arem mais uma boa not cia chegava sede da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa o presidente da Rep blica atrav s do Decreto n 72 996 de 1973 concedia a FCBTVE o direito de utilizar o terreno do Sumar gratuitamente Este espa o era vital para o projeto da TVE pois nele foi instalada a antena de transmiss o da emissora Cerca de dez dias depois do decreto presidencial a TVE fazia seus pri
228. ip crates no ato de sua formatura A entrega de Gild sio Educa o pode ser facilmente percebida e frequentemente destacada por aqueles que conviveram com ele a exemplo do filho Lu s Amado 2012b da sobrinha Camilla Amado 20124 e de colaboradores do MEC e professores da poca em que esteve frente da Dese A admira o e o reconhecimento destes ltimos acerca da atua o de Gild sio na Educa o s o verificados nas diversas correspond ncias que o mesmo recebia Muitas delas trazendo elogios a sua atua o frente da Diretoria O destaque que se d ao per odo em que Gild sio Amado foi diretor da Dese n o desproposital Ao longo dos doze anos em que exerceu o papel de diretor deste rg o n o foram poucas as a es de Gild sio que provocaram mudan as profundas na estrutura do Ensino Secund rio no Brasil Conforme a breve apresenta o de Gild sio que a editora Livraria Jos Olympio imprimiu na orelha do livro Educa o M dia e Fundamental de autoria do pr prio Gild sio e publicado atrav s de conv nio com o Instituto Nacional do Livro INL em 1973 O Professor Gild sio Amado assinalou sua passagem pela Diretoria 87 do Ensino Secund rio com uma s rie de incitavas pioneiras AMADO 1973 A import ncia deste per odo dentro da trajet ria de Gild sio pode ser percebida ainda na fala de Couto Pinto quando a mesma afirma que Em termo administrativo a passagem pela Dese provavel
229. ira a refletir sobre suas a es e considerando o campo j tra ado configur los tamb m enquanto intelectuais Sendo assim no terceiro cap tulo intitulado As trajet rias intelectuais como ponto de partida para compreens o do tempo s ciohist rico da educa o analiso e interpreto as contribui es dos tr s irm os Amados aqui estudados para a Educa o brasileira Para tanto tenho como recorte os anos de 1950 a 1960 Dentro desse marco temporal busco analisar as contribui es espec ficas de Genolino Gild sio e Gilson Amado que maior lastro deixaram na Educa o no Brasil de maneira a perceber como cada um deles a partir de suas bases de forma o tomaram decis es fizeram uso de t ticas e ou estrat gias enfim atuaram no sentido de concretizar seus planos educativos Terminado este terceiro e ltimo cap tulo apresento minhas conclus es acerca das compreens es que se pode produzir acerca das contribui es dos Amados de Sergipe para a Educa o brasileira tendo como ponto de partida suas trajet rias 60 2 GENOLINO GILDASIO E GILSON AMADO FILIACAO E LUGARES DE SOCIABILIDADE A origem dos Amados de Sergipe contemplada no cap tulo anterior primordial para o presente trabalho uma vez que ela revela as bases em que foram forjadas as personalidades de Genolino Gild sio e Gilson Amado suas vis es de mundo e seus entendimentos acerca do campo da Educa o As origens dos Amados revelam tamb m
230. iretoria do Ensino Secund rio come ou a receber sugest es de v rias partes do Brasil indicando a necessidade de se instituir um instrumento que permitisse a aplica o de novas metodologias pedag gicas e de processos escolares O projeto das classes experimentais foi ent o constru do com a ajuda do t cnico em educa o Cleantho Rodrigues de Cerqueira durante o primeiro semestre de 1958 e em seguida entregue ao 142 Conselho Nacional de Educa o para aprecia o O parecer redigido na poca por Celso Kelly apontava que a iniciativa apresentada atendia aos interesses do ensino secund rio brasileiro sem se opor legisla o vigente Persistindo algumas d vidas sobre a legalidade do projeto foi solicitado ainda o parecer da Consultoria Jur dica do Minist rio que por sua vez apontou na mesma dire o que o Conselho Nacional Em 04 de julho eram publicadas as instru es sobre a natureza e a organiza o das classes experimentais Um dos primeiros aspectos a ser observado no projeto brasileiro que ele ao contr rio do franc s era extensivo tanto rede p blica quanto a rede privada de ensino e estavam ligadas iniciativa da pr pria escola Assim a iniciativa brasileira associava o prop sito de renova o de curr culos processos e m todos preocupa o com a liberdade da escola estimulando lhe a capacidade criadora animando lhe as tend ncias inovadoras AMADO 1973 p 43 A iniciativa das
231. isto da evolu o nee posidoc e Juntas who gorong a Via daa suecocios IANTO na CULO 05 dnde etulwuae do puiet e rilentidrs pelo Losiculo de CONMTRITACIO SEuwwote rin se ermipe VITA ck scm acra IOMA Peters e demnugm Geile Mein wo era woguillen ede vibre O tivro Jaial e a TH poses no Braz dusain c o se comperoiralo Ge wou nava della alelrado e ur culos col compila Tor amar A establliquede aa teacighy Toni pera Eecervest mo pic ela cinco se bate y s Lace sls Jemocratiza o co Wals teava Ubrttnde e ittutucria Bem Pal OO EROLivU kuulo Ke estorgnm pa trawe por sugdin la naa meu que Dberdode de passe ou mesno de pmzamanlo Beim En Candi na povos as Aldie wreanr vela Aqui sendan dor nameru laces sam ca ju sis poreternan Jesas a Piintrs Fui t nd s esto Famem gye ewonan perortendo nesa mach f Peru eent 79a Iau dura dra ewa nowe buru que Buck a na Hist ria A Mulstecro oascntendo Wia verdade db e gual haje es buseia wy abvidndt pamfisla da UNESCO constem par ul sa bastante j InGertea lave suber ag msiquctenyas emite 05 WCE dd Cuuxus vira dun das guerras sececsilu impec Madeo u n apenas de apare Jbar se MUGeTLUDEntA Incweltr pele wp do novo e prdiniaso spu mea que Isdivel vwedo sico 90 ae dager mas Leonimerce evitar O desqudircio ente 05 Ilr our Cll Que cuore y AS intel ws emencregados de utii sd lod ASG orara Q jerpaliala tem seo e produ de aecca lidades augu
232. l caracter stica do documento de hist ria oral n o consiste no ineditismo de alguma informa o tampouco no preenchimento de lacunas de que se ressentem os arquivos de documentos escritos ou iconogr ficos por exemplo neste sentido que n o se pode pensar em hist ria oral sem pensar em biografia e mem ria ALBERTI 2005 p 23 A metodologia da hist ria oral cumpre ent o um papel primordial para esta disserta o uma vez que atrav s da t cnica de entrevista foi poss vel recolher os depoimentos de pessoas ligadas a Genolino Gild sio e Gilson Amado que se constitu ram como fontes documentais orais que se por um lado n o tiveram como ponto forte a revela o de fatos in ditos ligados s a es dos irm os Amado no campo da Educa o por outro cumpriram um papel fundamental na humaniza o das figuras de Genolino Gild sio e Gilson Amado A partir das entrevistas realizadas com Camilla Amado filha de Gilson e com Lu s Amado filho de Gild sio foi poss vel perceber nuances dos homens que os Amados foram para al m de suas fun es e cargos p blicos Ao todo foram tr s entrevistas realizadas com os 58 descendentes dos Amados A primeira aconteceu em novembro de 2011 com Camilla Amado via skype As outras duas ocorreram em fevereiro de 2012 no Rio de Janeiro Na ocasi o Camilla e Luis Amado receberam me em seus apartamentos Os dados coletados nestes tr s momentos revelaram me informa es sob
233. l e da Associa o Brasileira de Imprensa pela aten o ajuda e presteza que tornaram o meu processo de pesquisa t o mais f cil permitindo assim que as minhas duas viagens ao Rio de Janeiro pudessem ser as mais produtivas poss veis Por fim mas n o menos importante fa o meu agradecimento a Deus pela vida e por me dar a oportunidade de conviver e aprender com todas as pessoas citadas acima e com tantas outras que passaram e passar o pelo meu caminho Como acredito que nada ocorre por acaso e que tudo o que passamos tem uma raz o de ser deixo registrada a minha gratid o pela generosidade e pelas oportunidades de errar de aprender de crescer e buscar ser um ser humano melhor a cada dia Quando o desespero amea ou tomar conta quando as coisas pareciam que n o iam dar certo foi a minha f em Ti e na Sua sabedoria divina que me fizeram superar as adversidades e continuar a seguir em frente Obrigada por tudo o que me deste e pelo que me tiraste Em cada ganho e em cada perda o Senhor me deu a chance de aprender uma li o que me fez mais forte Juro no exerc cio das fun es de meu grau assumir meu compromisso com a verdade e com a informa o Juro empenhar todos os meus atos e palavras meus esfor os e meus conhecimentos para a constru o de uma na o consciente de sua hist ria e de sua capacidade Juro no exerc cio do meu dever profissional n o omitir n o mentir e n o distorcer informa es n o manipular dados
234. lacionados ao pequeno Genolino Queria garantir que o ocorrido com Genoline n o mais sucedesse Assim todos os cuidados da fam lia voltaram se para o mais novo rebento da prole Genolino conta que com a exce o do primog nito Gilberto Melchisedech tinha por costume repartir igualitariamente a aten o entre os filhos Isto mudou por m com a chegada de Genolino apenas tr s meses ap s a perda de Genoline O espantoso ainda agora n o entendi que a irmandade n o se ressentiu Talvez o injusto da prefer ncia lhe parecesse um voto constante de saudade a saudade de Genoline AMADO 1977 p 19 Entretanto n o foram somente privil gios e aten o o que a morte de Genoline trouxe para Genolino A dor da perda da filha transformou se em excesso de cuidados para com aquele que acabara de nascer O amor que rendeu a Genolino regalias individuais trouxe consigo um temor que por sua vez tirou lhe individualmente a liberdade dada aos demais irm os O medo de perder outro da prole fez com que Ana Melchisedech e mesmo Iai cercassem Genolino de cuidados N o podia sair para brincar na rua nem no quintal com os demais irm os n o podia pegar sereno Ao primeiro sinal de doen a todos em alerta A comida examinada e checada para que nada pudesse fazer mal ao menino Os passos controlados e vigiados por olhos atentos Nada de p descal o t o pouco de andar sem camisa O cuidado deveria ser absoluto pois a perda de ou
235. lag o e por ela nutria grande carinho Enquanto viveu M equinha morou com o casal acompanhando a familia em cada mudanga e tendo sempre um lugar sob o teto e mesa da fam lia que se mostraria cada vez mais numerosa com o passar dos anos Nas mem rias de Gilberto Amado 1954 acerca dos Azevedo pouco h sobre o av materno falecido muito cedo mas se avivam as lembran as acerca do bisav Manuel Lu s Ele narra que apesar da vida no Brasil seu bisav materno nunca esqueceu as origens e as terras portuguesas At seu falecimento conservou h bitos da cultura lusitana tal qual o consumo di rio de vinho s refei es A ida a igreja quotidianamente foi outro gesto frequente de Manuel Lu s que apesar do avan ar da idade n o abdicava de cumprir seu papel junto par quia de Est ncia motivo pelo qual ganhou a alcunha de Manuel Lu s Zelador AMADO 1954 As lembran as das terras al m mar eram reavivadas tamb m por um quadro com representa es da cidade do Porto em Portugal que o bisav de Gilberto mantinha pendurado na parede da casa em Est ncia A pintura de t o significativa para Manuel Lu s ficou marcada nas lembran as de Gilberto sobre os dias passados na casa do bisav Mas o objeto que avulta entre todos dominando me a mem ria uma vista da cidade do P rto quadro igual ao que se via sempre em casa de portugu s em Pernambuco na Bahia e mesmo no Rio a cidade do P rto com seus
236. lamados pelo governo ocupam o pal cio e consideram eleitos apenas os candidatos do seu partido O presidente Calazans e os deputados que o seu governo havia considerado eleitos sa ram de Aracaju para Ros rio do Catete procurando de l administrar o Estado SOUZA 1991 p 141 Importante figura dos Caba Coronel Melk atingiu sucesso econ mico que proporcionou fam lia uma vida confort vel conforme lembra Gilberto A nessa casa nossa exist ncia era de gente rica At o fim dos preparat rios fui criado sem restri es na abund ncia A loja desenvolvera se a tal ponto que em Aracaju n o havia maior AMADO 1954 p 150 Mas n o foi somente a prosperidade financeira que marcou a prole O envolvimento de Melchisedech na pol tica teve papel determinante no destino dos filhos O armaz m de Coronel Melk era ent o n o s espa o de com rcio mas tamb m palco onde se desenrolavam as discuss es sobre a pol tica local Isto se deveu a embora os membros do Caba tivessem como chefe o Padre Ol mpio Campos e como representante local Felisbelo Freire m dico e propriet rio do Engenho Bel m com o consentimento dos demais quem dirigia a politica em Itaporanga d Ajuda era Melchisedech Amado A participa o de Melk na pol tica era t o org nica que o levou a se envolver na disputa travada entre os irm os Padre Ol mpio Campos e Guilherme Campos presidente da prov ncia e o Deputado Fausto Car
237. lberto conforme citado anteriormente nesse contexto familiar preciso destacar tamb m o papel de Melchisedech Amado enquanto entusiasta das artes em suas mais variadas vertentes em especial do teatro da m sica e da literatura O contato desde muito cedo com autores consagrados e com as grandes obras como Os tr s mosqueteiros Visconde de Bragelonne Os mist rios de Paris O judeu errante n o podem ser ignorados como parte importante da forma o cultural dos irm os Amados O gosto pela leitura compartilhado por Genolino Gild sio e Gilson e o vasto repert rio que isto permitiu a eles constitu rem favoreceu ao menos o transito desses Amados entre os espa os de deslocamentos que percorreram H ainda mais um aspecto sobre o pertencimento ao grupo familiar que deve ser destacado e que tamb m se deve em grande parte a Melchisedech Trata se dos Amados estarem sempre ligados ao poder institucionalizado Observando o tr nsito pol tico de Genolino Gild sio e Gilson Amado ao longo de suas trajet rias e a perman ncia desses Amados em cargos governamentais superando inclusive a troca de governos n o se pode desconsiderar a carreira e a lideran a pol tica exercida pelo pai Amado e a consequente presen a do assunto no seio familiar A conviv ncia cotidiana deu aos tr s irm os Amados a oportunidade de aprender sobre o complexo mundo da pol tica N o inusitado ent o perceber o
238. lementadas por Gild sio no tocante ao exame de admiss o ao curso secund rio Segundo esse Amado 1973 esses exames eram normatizados por diretrizes r gidas e era nico para todo o pa s Sendo assim em qualquer Estado da na o nas capitais ou nos interiores os alunos eram submetidos mesma prova Assim sendo na vis o de Gild sio Amado 1973 o exame era uma das tantas manifesta es da unidade de ensino defendida na lei e refletida nas subsequentes regulamenta es que privilegiava o conte do em detrimento do aluno Devido import ncia do exame que conforme coloca Nunes 2000 p 45 mobilizava os estudantes seus pais e irm os Obter a aprova o nas provas tinha uma import ncia equivalente aprova o nos exames vestibulares ao ensino superior Era uma esp cie de senha para a ascens o social Gild sio entendia que ele deveria ser flex vel ajustando se as diferentes realidades das institui es de ensino Muito embora entendesse que a iniciativa de modificar a normatiza o para a aplica o do exame n o se configurava como um processo de constitui o da autonomia das institui es de ensino Gild sio acreditava que ela era um avan o no sentido de estimular novos comportamentos pedag gicos menos formais e mais participativos Al m disso era um relevante passo no sentido daquilo que o diretor da Dese intendia ou seja promover uma flexibiliza o que permitisse levar em considera o as diferen
239. les que assistissem novela em casa para as orienta es estava dispon vel a assist ncia atrav s de em n cleos de atendimento chamados de Centros Controladores Nesse sentido Milanez 2007 p 57 58 afirma que Esse programa inovou ao n o se restringir a um conjunto de aulas confer ncias e semin rios como era o comum Foi uma novela did tica em 163 que as personagens viviam situa es existenciais que visavam a despertar emo es similares s de qualquer novela A FCBTVE implementou um conceito novo no campo da educa o de adultos a teatraliza o ou teledramaturgia como se denomina hoje Entre os objetivos estavam melhorar a capacidade de comunica o e express o dos alunos pelo acesso progressivo ao dom nio conveniente da linguagem mostrar a import ncia da matem tica e da ci ncias f sicas aplicando as mesmas vida cotidiana e ao mesmo tempo informar sobre a vida em sociedade introduzindo princ pios de higiene e os fundamentos de cidadania Jo o da Silva esteve no ar de novembro de 1973 a outubro de 1981 Ao todo foram oito anos de transmiss es e retransmiss es Isso se deveu em parte ao fato de a Funda o Centro Brasileira de TV Educativa ainda n o contar com um canal pr prio de transmiss o em outra ao grande sucesso que a iniciativa teve chegando inclusive a ganhar o Pr mio Jap o em 1973 A novela contou com 125 cap tulos com dura o de 40 minutos cada ao final dos quai
240. li es que precisavam ser aprendidas O texto nesse sentido n o poderia parecer desconexo as li es tinham que ser articuladas nas falas de maneira que parecessem naturais e parte do contexto e do cotidiano dos personagens de Jo o da Silva Para perceber esse esfor o em articular enredo e li es pode se observar ainda o seguinte trecho da novela Voc compreendeu bem a brincadeira que a professora apresentou no bar do Sr Artur Ela mandou fazer uma adi o de quatro parcelas e garantiu que o resultado era sempre 3 944 Lembra se de quais eram essas parcelas la parcela Ano em que voc nasceu 2a parcela Ano em que nasceu uma pessoa de que voc goste 3a parcela Sua idade em 1 972 4a parcela idade dessa pessoa de que voc gosta em 1972 Experimente e se fizer a adi o corretamente achar a soma 3 944 Observa o Se a adi o for feita com as idades em 1973 o resultado ser sempre 3 946 KURY ca 1973 apud MACIEL s d p 05 06 Destaco ainda que considerando que o foco principal de Jo o da Silva n o era o de ser entretenimento mas sim o de educar a maneira como a novela chegou ao p blico um ponto relevante a ser considerado Nesse sentido existiram duas maneiras de o aluno assistir s aulas A primeira era em casa e a segunda atrav s dos Telepostos que eram espa os onde os alunos podiam acompanhar as aulas e tamb m receber orienta o de monitores previamente treinados Para aque
241. lino Gild sio e Gilson Amado permitem me perceb los inseridos na categoria de intelectual a partir do conceito de Jean Fran ois Sirinelli 1996 uma vez que a analise das atua es desses tr s irm os bem como da dimens o e da cobertura de seus 107 projetos evidenciam me seus potenciais criadores e mediadores bem como seus engajamentos que n o se encerram em Genolino Gild sio e Gilson Amado mas perpetuam se em seus projetos A defini o de Sirinelli 1996 legitima assim a a o desses tr s irm os Amados como eminentemente intelectual pois frutos do seu tempo e de sua forma o deram honra a pequena cidade de Itaporanga d Ajuda interior do Estado de Sergipe ao contribu rem de forma t o emp rica cada um a seu modo para o progresso da educa o e da cultura brasileira 108 3 AS TRAJET RIAS INTELECTUAIS COMO MODO DE COMPREENDER O TEMPO SOCIOHIST RICO DA EDUCA O A hist ria feita por homem que no seu cotidiano realizam obras lan am ideias encampam lutas O que diferencia aqueles que alcan am proemin ncia nos relatos do passado daqueles que ficam marcados no mbito restrito de seus c rculos familiares e de amizade a extens o da representa o que passam a ter na mem ria e na historia social do contexto no qual estavam inseridos justamente em fun o da repercuss o de suas a es ou mesmo da resson ncia amplia o e influ ncia de suas ideologias que os Amados Genolino Gild
242. lismo da antiga Faculdade de Filosofia e Letras que entrou em funcionamento no ano de 1948 e findando com o afastamento de Gilson Amado da dire o da TV Educativa em 1979 por for a de seu falecimento Ressalto que apesar das mortes de Genolino e Gild sio serem posteriores de Gilson suas liga es com a Educa o j n o eram mais t o diretas n o sendo portanto o foco desta disserta o Paralelamente a este processo de tomada de decis es defini ainda que as bases mais adequadas para fundamentar minhas an lises encontravam se na hist ria cultural francesa mais especificamente na Escola dos Annales Fundada em 1929 pelos historiadores Lucien Febvre e Marc Bloch os Annales surgem como uma revista mas uma revista que tinha pretens es maiores do que ser mais uma 45 publica o de Hist ria J em seu processo de concep o Febvre e Bloch a idealizaram para que pudesse ser uma lideran a intelectual nos campos da hist ria social e econ mica Seria a porta voz o auto falante de difus o dos apelos dos editores em favor de uma abordagem nova e interdisciplinar da hist ria BURKE 1992 p 33 Em seu conselho editorial a revista reuniu n o apenas historiadores mas tamb m o soci logo Maurice Halbwachs o economista Charles Rist o ge grafo Albert Damangeon e o cientista pol tico Andr Siegried concretizando na pr tica o ideal de seus fundadores A partir dessas concep es a Escola dos Annales so
243. lorianista SANTANA 2000 p 19 Por um momento interrompo a narrativa referente fam lia Amado no intuito de colocar algumas informa es acerca dos dois partidos pol ticos da poca Isso se faz necess rio uma vez que as disputas entre ambos teve papel fundamental nos rumos da 499 hist ria dos Amados de Sergipe Assim deve se ter em mente que o Caba era formado pelos tradicionais pol ticos de Sergipe Em sua maioria se tratavam de senhores de engenho 25 499 4 aspecto do qual adveio o nome dados aos integrantes do partido uma vez que Caba o nome de um mel produzido a partir da cana de a car O maior representante desse partido foi o Monsenhor Senador Ol mpio Campos Com rela o ao Peba importante saber que este reunia os pol ticos sergipanos que se posicionavam a favor da instaura o da Rep blica Partilhando de uma ideologia liberal foram assim denominados em fun o do nome de um tipo de tatu existente na regi o amaz nica brasileira Essas denomina es apareceram em 1894 quando o grupo composto principalmente por militares e republicanos hist ricos inconformados pela vit ria dos pol ticos adesistas nas elei es para a Assembl ia Legislativa resolveu tomar o governo atrav s de golpe Isto ocorreu durante o mandato do primeiro presidente eleito do Estado o General Jos Calazans Os republicanos liderados por S lvio Romero ignorando os resultados eleitorais proc
244. lson Amado e que outrora havia sido sonhado tamb m por Roquette Pinto e Tude de Souza estava assim cada vez mais perto de se tornar realidade A TV Educativa n o tardaria a surgir atrav s da concess o do Canal 2 do Rio de Janeiro da antiga TV Excelsior d cada de 1960 outorgada atrav s do Decreto n 72 634 de 16 de agosto de 1973 assinado pelo ent o presidente M dici Destaco que a concess o de uso do canal foi outro ponto no qual a a o estrategista de Gilson Amado associada ao espa o social que este ocupava e s suas redes de sociabilidade foram fundamentais uma vez que o Governo do Rio de Janeiro tamb m pleiteava a concess o do mesmo canal para uso como instrumento da pol tica de Educa o Ci ncia e Tecnologia Segundo Lobo Neto 2002 Gilson lutou verdadeiramente para conseguir a outorga do canal para a Funda o Contudo se o canal estava garantido ainda havia muito trabalho pela frente at que a TVE entrasse no ar em definitivo Testes instala o das antenas de transmiss o eram algumas das provid ncias que precisavam ser tomadas o que fez com que TVE somente entrasse no ar em definitivo transmitida atrav s do canal 2 em 04 de fevereiro de 1977 No per odo de pouco mais de tr s anos transcorrido entre a outorga e o in cio das transmiss es regulares a TVE funcionou em car ter experimental A primeira programa o transmitida com esse car ter foi um compacto com alguns programas produzidos no Tele
245. lunos poss vel inferir influenciou a solu o tra ada por Gild sio acerca da aplica o dos exames orais no ensino secund rio V se aqui ent o que conforme coloca Sirinelli 1997 a forma o dos intelectuais influencia e influenciada pelos lugares que ocupam num constante processo de recria o de si e dos espa os Foi tamb m aproveitando uma oportunidade deixada pela lei que Gild sio implementou a segunda a o apontada anteriormente Esta estava relacionada aos exames de madureza Segundo Gild sio em 1957 houve uma mudan a na reda o do artigo 91 da Lei Org nica do Ensino Secund ria estabelecida por meio do Decreto lei n 4 244 de 9 de abril de 1942 Esta passou a prever tamb m para o n vel colegial a realiza es dos referidos exames que at aquele momento estavam restritos ao n vel ginasial Na regulamenta o do novo texto legal o diretor da Dese viu a oportunidade de implantar certa flexibilidade em outra parte do processo referente ao ensino secund rio N o havendo bases legais para promover um regime flex vel no regime escolar e t o pouco para o exame de madureza ginasial que j se encontrava regulamentado Gild sio focou sua aten o no que poderia ser feito com rela o aos exames de madureza do ciclo colegial 136 quanto 4 madureza colegial valemo nos da dicotomia que a pr pria Lei Org nica estabelecia de curso cl ssico e curso cient fico Esta divis o era concebida e
246. m o Gileno os demais continuavam reais ao menino que agora j era parte das brincadeiras Com os cuidados diminu dos e tendo o irm o Giuseppe como guia a lhe apresentar o mundo as brincadeiras e as travessuras Genolino come aria a partilhar a irmandade que antes apenas podia observar Assim se Gilberto era o exemplo a figura a quem todos admiravam o orgulho dos pais Pepino apelido de Giuseppe seria seu companheiro de vida At mesmo quando j adultos com Giuseppe Major aposentado do Ex rcito brasileiro e morador de Friburgo a parceria da inf ncia permaneceu tendo Genolino recorrido ao irm o no momento da escrita de suas mem rias Naquilo que n o podia lembrar o irm o lhe servia de testemunha a relatar os fatos Dos tempos da inf ncia em Itaporanga foram muitas as mem rias que ficaram As ltimas relacionada disputa entre o partido dos Caba e dos Peba e a fal ncia da fam lia datam do final de 1909 Em 1910 as mem rias de Genolino passaram a evocar outro cen rio Aracaju para onde a fam lia se deslocou como j anunciado no cap tulo anterior Na nova cidade novas experi ncias e lembran as mas tamb m recorda es antigas continuavam a se fazerem presentes Na chegada a Aracaju Maria Zulmira uma das irm s adoeceu Mas a doen a da menina n o evocou apenas os temores da morte de Genoline Para Genolino esta lembran a vinha agregada a outra Gilberto A ele coube a miss o de pedir a Felisbelo Frei
247. m Vonmgcra Bul ko aprovado pelo Conselh de Gay Henao Deis Ilonuc rica nor soros elti br s de je ls Ine ART MONA PA ou sin Al noa MIP esi ny Ayemenly ae Dois i ey ty tres de Jeronimo tit de Tintvnesidode da Br sl niwt Bar ANAIA O on ensina Ali fei Zero albo Custa de Jesnelicne Tarta Lue Mueniriode Muzinnat da VMilesafla do Owam da Limo Yer vw e vi elu de Curing enl ori ds ranet 2 Ub wesc ans uubil ado TW sum piemin mo Dolel gu Drrershi lis Cu Brust rimess iMa de victe ce Hoenn m s t Rar al porn Li Buyereti Tmt Peas neaeh contrera vivarens s gel dy de jairo de oot Laverne IO al trifle e nm de eter lew 20 ures ann Telainig bos D iu Piru de Amsa vedo q Ofw Cardoso de Bousn Praires n 51 01 U D kt aptuvado pela Owm Concurso para ingressar no Curso de Jornalismo e a 1 1 Finiversidade do Brasil l O erriicicane da ponclecia di sitas Faguldada Naclanal de Filosofia gt prora ge Fearing RA ema ang Mibercull sale CURSO DE JORNALIEMO sk Th CeIn do a a T P Ra prove de twsorldade moni Segunda feira 23 DI RIO OFICIAL Se o iy De omer do Er Diretot Profereue ei prove ale quile o vem n Iny Aut rio aire Trobe devo saca fours ambito eate dus MATEO mie de 2 dz marge pr ximo estar bora po A cetildio de decir e Be estnri
248. m conta pelo ent o presidente para a assinatura da Legisla o que regulamentava a profiss o de jornalista a seguinte reda o Considerando que esses trabalhadores intelectuais s o merecedores do amparo do Estado tanto mais quando este deve Imprensa valiosa colabora o na obra de progresso nacional e no engrandecimento do Brasil BRASIL 1938 A figura do jornalista admitia Get lio Vargas estava diretamente ligada aos acontecimentos relevantes da hist ria do pa s Sobre ela os jornalistas at a primeira metade do s culo XX n o se debru aram apenas no sentido de cont la mas tamb m de opinar criticar intervir O labor jornal stico naquele per odo estava diretamente ligado pol tica e s disputas travadas no seio da sociedade Passava longe das reda es os preceitos atuais de imparcialidade e objetividade Os artigos e editoriais eram o foco dos ve culos e s anos depois viriam a perder terreno para outro g nero jornal stico as not cias Lopes 2011 descreve e pontua com bastante clareza as bases do jornalismo antes da institui o dos cursos de ensino superior para a forma o espec fica dos profissionais que desejassem atuar na rea O papel combativo e ideol gico do jornalismo destacado por ela como uma caracter stica que estava na ess ncia do exerc cio profissional N o se pensava um fazer jornal stico por outro v eis Al m disso Lopes 2011 destaca ainda a presen a dos intelectuais
249. m fundamentais para a composi o do rol de fontes dessa disserta o n o foram as nicas Algumas fontes com as quais dialogo na constru o desse trabalho foram produzidas atrav s da metodologia da hist ria oral No sentido de referendar o uso dessa metodologia e ao mesmo tempo apresentar os aspectos que a torna relevante para a presente pesquisa preciso retroceder no tempo at o momento em que seu uso passa a ser legitimado na pesquisa hist rica Assim apesar de os primeiros registros do uso de relatos orais como fonte para compreender fatos e conjunturas remontarem Gr cia Antiga com Her doto e Tuc dides a hist ria oral somente se estabeleceu como metodologia para os estudos hist ricos do passado recente na segunda metade do s culo XX ALBERTI 2005 Dois fatores importantes podem ser apontados imersos em tal conjuntura o advento do gravador a fita que passa a permitir o registro das entrevistas e depoimentos um dos aspectos exigidos pela referida metodologia e a insatisfa o de alguns pesquisadores com 57 os m todos quantitativos levando os ap s a segunda grande guerra a recorrer a m todos qualitativos de investiga o ALBERTI 2005 Desta forma ao longo dos ltimos 60 anos a hist ria oral consolidou se enquanto metodologia de pesquisa e de constitui o de fontes para o estudo da hist ria contempor nea sendo aplicada n o s no campo da Hist ria como tamb m da Sociologia da Psicologia da
250. m o primog nito de Ana e Melchisedech trouxesse algo mais al m da admira o gratid o talvez afinal do prest gio e da rede de rela es concretas do mais velho os demais irm os acabaram de alguma forma beneficiando se como uma solidariedade de origem No caso de Genolino isso se deu logo depois de sua formatura Estava ele na casa de Gilberto quando conheceu J lio Prestes ent o l der da bancada paulista na C mara Federal e futuro Governador do Estado Prestes na oportunidade prometeu a Genolino uma promotoria no interior Animado com a oportunidade Gen muda se para S o Paulo Contudo a nomea o n o saiu O cargo fica com um paulista rec m formado e redator do Correio Paulistano A tristeza de Genolino n o tardaria a passar Ele mal podia saber mas o preenchimento da vaga prometida por outro lhe faria mais bem que mal J lio Prestes n o consegue a nomea o de Genolino mas nem por isso o deixa sem emprego Ele consegue para que Gen assuma o lugar do redator no jornal Come ava assim a longa e bem sucedida carreira jornal stica de Genolino Amado a partir da qual ele estabeleceria seu pr prio microclima Dentro do jornal n o tardou a ganhar destaque Menotti del Picchia cansado de fazer a cr nica liter ria do jornal indica Genolino para substitu lo SILVEIRA 1987 p 217 Come ou sua produ o jornal stica assinando o pseud nimo Geno As quatro letras ao final das cr nicas gera cu
251. m sendo lecionadas de maneira t cnica isolada sem que fossem feitas as devidas articula es com a economia e com as configura es sociais nas quais o aluno estava inserido 148 Assim o que se pode perceber que se por um lado o projeto dos Gin sios Orientados para o Trabalho representavam avan os no sentido de por fim a dualidade existente no ensino secund rio por outro encontrava dificuldades em se concretizar de maneira absoluta na pr tica Nos anos seguintes especialmente no in cio da d cada de 1970 o que ocorreu foi uma mudan a no projeto Este deixa de ser orientado para o trabalho e passa a se chamar Gin sio Polivalente A proposi o fruto dos trabalhos da Equipe de Planejamento do Ensino M dio que foi criada pelo ministro da Educa o em 1965 como fruto do acordo do MEC com a Ag ncia Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional USAID Brasil AMADO 1973 Em 1968 Gild sio Amado deixa a Diretoria do Ensino Secund rio do MEC em definitivo Contudo continua a atuar no campo da Educa o participando de comiss es e reuni es internacionais bem como do Conselho Estadual de Educa o do Rio de Janeiro Em cada um desses espa os assim como fez em seus 12 anos de gest o frente da Dese buscou reafirmar as suas convic es em busca de um novo modelo de educa o que alcan asse o maior n mero de pessoas poss veis e que atendesse as suas especificidades Nesse sentido ao longo de seus deslo
252. m termos muito gerais e sempre condicionada finalidade do ensino secund rio de prepara o para a universidade Os cursos cl ssico e cient fico dizia a exposi o de motivos da Lei Org nica n o constituem dois rumos diferentes de vida escolar n o s o cursos especializados cada qual com uma finalidade adequada a determinado setor dos estudos superiores A diferen a que h entre eles que no primeiro a forma o intelectual dos alunos marcada por um acentuado estudo das letras antigas ao passo que no segundo a maior acentua o proveniente do estudo das ci ncias De qualquer modo foi com fundamento nessa dicotomia e considerando tamb m a n o exist ncia de legisla o r gida que propusemos a nova regulamenta o dos exames de madureza de n vel colegial distinguindo mat rias obrigat rias e mat rias optativas Ao mesmo tempo reduz amos o n mero de mat rias De 14 no curso cient fico e 15 no cl ssico exig amos apenas 8 AMADO 1973 p 31 O que se pode ent o observar que mais uma vez Gild sio buscava flexibiliza o descentraliza o e favorecimento da autonomia que nesse caso perpassava pelo aluno que poderia encolher dentre as disciplinas obrigat rias e optativas para quais delas realizaria o exame Nesse sentido as primeiras medidas tomadas por Gild sio enquanto diretor de ensino secund rio mostraram se coerentes com as suas an lises e cr ticas sobre o a educa o
253. ma o tivesse efeito pr tico sobre a op o de Ana de Lima de deixar o filho solto livre para fazer aquilo que quisesse Mam e dirigia me os seus olhos de profundo amor e essa profundeza eu j apreedia j intufa dentro de mim mas Donana tinha muito o que fazer e algu m viera absorve lhe as aten es maternais Gild sio o revoltoso o que depois gozaria tamb m de um privil gio o de traquinar o quanto lhe fosse poss vel e desde mi do foi um raio em forma de gente Uma queixa que houvesse da av dos irm os e irm s de qualquer pessoa e Donana que preferia os levados aos sonsos os afoitos aos molengas Deixem o filho da revolta AMADO 1977 p 35 preciso destacar contudo que a divis o das aten es n o gerou animosidade entre os irm os que at a fase adulta mantiveram os la os fraternos estreitos Como consequ ncia dessa proximidade eram realizadas reuni es aos domingos sempre na casa de Ana de Lima at o falecimento desta em sete de fevereiro de 1955 conforme narram Camilla Amado e Lu s Amado nas entrevistas que me concederam em fevereiro de 2012 na cidade do Rio de Janeiro A aus ncia de disputa na prole com o nascimento de mais um rebento tamb m evidenciada por Genolino 1977 N o perdi com o concorrente ganhei Com ele aumentou a alegria da casa atenuou se a tristeza da que partira A dor primeira t o aguda e pertinaz assumiu o tom sedativo da saudade Melancol
254. magina o que mais tarde contribuiu para que Gen se tornasse cronista popular tanto nos jornais quanto no r dio na d cada de 50 no Rio de Janeiro j lhe era pr pria desde a inf ncia Ensaio assim uma resposta para a pergunta como as ideias vem aos intelectuais O menino crescia mas os mist rios que o cercavam n o desapareceram Se por um lado o mundo n o era mais apenas fruto que sua imagina o podia criar ainda restava para Genolino uma indaga o que n o havia sido respondida quem era Gilberto Deste o que sabia era o nome e que se tratava do irm o mais velho do primog nito da prole mais nada 1908 Eu com seis anos completados nenhum sinal de Gilberto O nome sim eu ouvia agora com frequ ncia AMADO 1977 p 49 Contudo a aus ncia da imagem n o fez com que Gilberto marcasse menos o menino Gen Ficou na mem ria o orgulho latente de Melchisedech pelo sucesso alcan ado pelo filho mais velho distin es no curso de Direito orador estudantil o mais jovem e o mais brilhante redator do prestigioso Di rio de Pernambuco em que sa am cotidianamente os seus Golpes de Vista com o pseud nimo de ureo AMADO 1977 p 49 A presen a de Gilberto embora n o fosse f sica era garantida pelo pai orgulhoso das conquistas do primog nito Bem como pequena popula o de Itaporanga e de Est ncia terra natal de Gilberto aos irm os n o era permitido desconhecer os feitos e apreciar o talento
255. mandato exercido por Gilberto Amado Contudo o mais velho dos irm os Amados n o se retirou da cena da vida p blica tendo apenas mudado de posi o no amplo palco que ela oferece aqueles que a vivem Saiu de cena o pol tico retornou o educador Gilberto que j havia sido professor catedr tico de Direito Penal na Faculdade de Direito do Recife volta s salas de aula mas agora lecionando na Faculdade Nacional de Direito do Distrito Federal Mas isto n o significa dizer que Gilberto Amado afastou se da pol tica entendida aqui na acep o cl ssica do termo ou seja como a arte de bem governar Assim em 1934 no governo de Get lio Vargas substituiu Cl vis Bevil qua no cargo de consultor jur dico do Minist rio das Rela es Exteriores Da para a concretiza o da carreira como diplomata n o demorou Sua primeira miss o no cargo de embaixador foi no Chile j em 1936 Exerceu ainda a fun o junto aos governos da Finl ndia It lia e Su a Na carreira diplom tica foi ainda representante do Brasil na VII Confer ncia Internacional Americana em 1923 em Montevid u e na Confer ncia Pan americana de Buenos Aires no ano de 1935 al m de delegado do Brasil na Organiza o das Na es Unidas ONU representando o pa s em diversas sess es ordin rias e extraordin rias da entidade ABREU E LAMAR O 2007 Apesar da posi o de destaque conquistada e de todo o prest gio do qual Gilberto desfrutava nessa poca
256. maneceu at o ano de 1956 quando saiu para assumir o cargo de diretor da Diretoria do Ensino Secund rio Dese do Minist rio da Educa o e Cultura Sobre o per odo passado no comando do Externato do Col gio Pedro II Gild sio afirmou que A maior li o que me ficou e que iria influir em iniciativas na Diretoria do Ensino Secund rio foi a uniformidade do ensino para um grande corpo de alunos das mais diversas possibilidades intelectuais e aptid es vocacionais AMADO 1973 p 23 frente da Dese Gild sio permaneceu por 12 anos ao longo dos quais buscou descentralizar o ensino secund rio e favorecer a constru o de um projeto de Educa o que visasse n o a uniformidade mas sim o respeito s caracter sticas regionais e de cada escola Para compreender o princ pio norteador das a es tomadas por Gild sio preciso antes conhecer algumas percep es desse Amado acerca do ensino secund rio brasileiro no momento em que ele assumiu a Diretoria Na apresenta o de seu livro 128 Educa o m dia e fundamental no qual relata e faz um balan o do per odo em que esteve a frente da Dese e sobre o processo que resultou na Lei n 5 692 de 1971 que passou a reger os ensinos de 1 e 2 grau no Brasil Gild sio faz uma s ntese da configura o do ensino secund rio brasileiro nos idos de 1950 Assim ele expressa que Era este portanto o quadro geral do ensino m dio na d cada de 1950 diferencia o to
257. meiros testes de funcionamento A primeira transmiss o foi ao ar no final do m s de novembro das 19h22 s 22h35 levando casa dos telespectadores um compacto de Jo o da Silva um especial dobre o Pr mio Jap o e flashes de outros programas j produzidos pela Funda o Segundo Milanez 2007 p 50 Nessa fase de transmiss o provis ria a TVE foi ao ar aos domingos com duas horas de programa o aumentando gradativamente at entrar em car ter definitivo A partir da segunda transmiss o veiculada no dia 07 de dezembro de 1975 a programa o passou a ser divulgada no Jornal do Brasil aos domingos As transmiss es em car ter definitivo s iriam ocorrer tr s anos depois quando expirou o prazo em 4 de fevereiro de 1977 para o funcionamento em fase experimental Foi o momento em que a TVE se assumiu como uma televis o com opera es normais A partir da a TVE passou a veicular programa o di ria com dura o de seis horas Sobre a concess o do canal 2 pertinente destacar ainda que a concess o de uso do canal foi outro ponto no qual o poder estrat gico de Gilson Amado foi fundamental uma vez que o Governo do Rio de Janeiro tamb m pleiteava a concess o do mesmo canal para uso como instrumento da pol tica de Educa o Ci ncia e Tecnologia Segundo Lobo Neto 2002 Gilson usou todas as estrat gias para conseguir a outorga do canal para a Funda o demonstrando a import ncia daquela medida para o
258. mentando assim o seu engajamento As mesas redondas e a Universidade de Cultura Popular continuaram no ar e cumpriram um papel fundamental n o s para a forma o do povo brasileiro O terceiro texto A gota D gua de Jairo Bezerra que localizei traz evidencias a esse respeito Dr Gilson em fins de 1966 e in cio de 1967 sempre me dizia que as duas colunas de o PERISC PIO do Diario de Not cias escritos pelo brilhante jornalista S rgio Figueiredo eram as mais lidas pelo presidente Costa e Silva que lhes dedicava especial aten o Em mar o de 1967 de Paris onde representava o Brasil no 3 Congresso Mundial de R dio e Televis o Educativos escrevi a S rgio Figueiredo dando lhe not cias sobre a cria o de um Instituto de Telecomunica es com a ajuda da Funda o Ford e da aten o e admira o que mereceu o trabalho de Gilson Amado na sua Universidade sem Paredes No dia 24 03 67 S rgio publicou em seu Perisc pio boa parte de minha carta e dias depois o presidente Costa e Silva nomeava o Dr Gilson Amado presidente da atual TV Educativa Dr Gilson falou me ap s a posse Devo sua carta para S rgio Figueiredo a minha nomea o Ela foi a gota d gua que faltava BEZERRA 1972 p 01 Saliento a import ncia de olhar para as palavras de Jairo Bezerra e enxerg las dentro do contexto no qual foram escritas Conforme dados expostos no cap tulo anterior a Funda
259. mente tenha sido a sua experi ncia mais marcante tanto pelo desafio que representou como por suas realiza es A import ncia do cargo pode ser avaliada pela finalidade que Gustavo Capanema atribu a ao ensino secund rio formador de individualidades condutoras isto dos homens que dever o assumir as responsabilidades maiores dentro da sociedade e da na o COUTO PINTO 2002 p 415 Desta maneira poss vel perceber que a import ncia do papel exercido por Gild sio Amado na Dire o de Ensino Secund rio do MEC n o se deu apenas pelo longo per odo no qual ali permaneceu mais do que isso a marca deixada por ele reflete sua preocupa o com uma Educa o de qualidade que pudesse formar indiv duos que contribu ssem para o desenvolvimento do pa s Assim sendo importante lembrar que o momento em que Gild sio Amado assumiu a Dese foi um per odo de grande efervesc ncia para o Brasil 1956 um marco na hist ria econ mica e pol tica brasileira Neste ano assume a presid ncia da rep blica o mineiro Juscelino Kubitschek Buscando o estabelecimento de um governo democr tico e conciliador nos primeiros dias de governo ele solicitou ao Congresso brasileiro o fim do estado de s tio e aboliu a censura imprensa no pa s Estas seriam apenas as primeiras iniciativas do presidente que apresentou um plano econ mico que prometia um desenvolvimento de 50 anos em cinco e foi respons vel pela constru o de Bras lia e
260. mento de despertar do menino que a partir daquele dali come aria a aventurava se por um mundo que em grande parte conhecia apenas pela janela de casa As amarras constitu da pelo excesso de zelo resultante da morte de Genoline davam sinal de afrouxamento e o menino podia finalmente por os p s na rua sem os olhos atentos dos pais da irm e da ama Conforme relata o pr prio Genolino em suas mem rias Ir Rua Grande s li es da madrinha me forneceu o primeiro conhecimento de um mundo al m do que via o menino preso em casa AMADO 1977 p 43 A descoberta do mundo que as li es na casa da madrinha lai zinha permitiram a Genolino foram t o significativas para o homem que quase 70 anos depois decidiu escrever suas mem rias do tempo de menino que a este tempo foi dedicado um cap tulo inteiro da obra intitulado O mundo al m Nele Geno conta as impress es que tinha do mundo a partir daquilo que via pela janela e da movimenta o dentro de casa A feira a igreja O Engenho Bel m foram imagens constru das pelo vai e vem dos irm os dos transeuntes que cruzavam a porta da casa de seus pais e mesmo pela observa o da recusa da mula de 72 estima o da fam lia que j velha hesitava quando solicitada para uma viagem ou o transporte de carga Neste sexto cap tulo do livro Um menino sergipano Genolino narra ainda suas primeiras aventuras ao desbravar este mundo e permite ao leitor perceber que a i
261. n o social ou seja de tratar dos assuntos de grande import ncia para o pa s e para o mundo Era na vis o dele inadmiss vel que a intelectualidade que possu a al m da voz meios de propag la calasse sobre os temas verdadeiramente relevantes para tratar de amenidades do dia a dia Esta postura inclusive o levou a entrar em conflito com alguns de seus pares na d cada de 1940 Com o mundo vivendo um significante momento de tens o em fun o da Segunda Grande Guerra iniciada em 1942 Genolino teceu cr ticas aos intelectuais da poca que em sua opini o pareciam ignorar os dramas e as consequ ncias da guerra para o mundo e para o Brasil dedicando se a discutir assuntos que ele considerava de import ncia menor naquele momento como por exemplo futebol Sobre o referido conflito Santana 2000 p 94 95 coloca que Em suas colunas Genolino costumava centrar considera es em torno de dois assuntos a posi o do intelectual diante da guerra e as rela es de confraria compadrio e bajula o entre escritores Na sua opini o havia espa o tanto para debates populares quanto culturais Mas naquele momento as quest es da guerra no cen rio europeu e suas consequ ncias para o mundo inteiro deveriam ser o centro das aten es N o aceitava portanto que escritores e jornalistas ocupassem seu tempo com as miudezas do cotidiano Esse quadro faz com que Genolino desfie algumas cr ticas em suas colunas Primeiro co
262. n os da rua da Baixa abrandou se e a paz se fez AMADO 1954 p 14 Embora a paz estivesse selada entre as fam lias houve ainda certa disputa na perpetua o dos sobrenomes Amado versus Faria e Azevedo versus Sousa Ferreira Sobrenomes que por tradi o deveriam constar como complemento aos prenomes escolhidos Um fato por m merece aten o Os sobrenomes Amado e Azevedo que eram maternos prevaleceram sobre Faria e Sousa Ferreira que eram paternos Fa o uma pausa aqui para chamar aten o para o porqu da aparente contradi o uma vez que sendo de origem materna n o era de se esperar que se perpetuassem como principal na prole Contudo o foram Conforme se pode observar na composi o dos nomes dos filhos de Jo o Francisco de Faria com Emerenciana o Amado prevalece pois muito embora Mer nciana adotasse o sobrenome do marido assina o antes do seu pr prio tendo sido assim o seu sobrenome o que foi herdado nas gera es seguintes da fam lia O mesmo aconteceu com o sobrenome pelo lado materno de Genolino Gild sio e Gilson Tendo se perpetuado o Azevedo de Umbelina ao inv s do Sousa Ferreira de Manuel Lu s O pr prio Gilberto Amado comenta o fato na obra Hist ria da minha inf ncia Os filhos de Felicidade e de Tur bia tornaram se conhecidos pelos nomes dos pais os do velho Manuel Lu s jamais o foram como Sousa Ferreira Em tempo de nativismo exacerbado prevaleceu o nome brasileiro A casa da rua da Baixa
263. n sios Modernos Em 1963 Gild sio Amado se afasta da Dese retornando mesmas em 1964 oito meses ap s a ter deixado Seu retorno que foi t o comemorado quando a sua nomea o em 1956 CORRESPOND NCIAS MAR O DE 1956 ABRIL DE 1964 AGOSTO DE 1964 Em sua volta deu in cio a concretiza o do projeto que ia tentar a conjuga o de estudos e objetivos dos ensinos secund rios e profissional AMADO 1973 p 165 A mudan a de nome deveu se a maneira como o projeto foi caracterizado no Plano Trienal de Educa o 1963 1965 atrav s da express o gin sio moderno orientado para a educa o para o trabalho que acabou por tornar se apenas Gin sio Orientado para o Trabalho Gild sio Amado 1973 destaca que o projeto encontrou algumas resist ncias Parte delas devia se ao nome sugerir mudan as no car ter do ensino secund rio que at aquele momento guardava caracter sticas acad micas e era em absoluto voltada para o ingresso na faculdade Esta designa o que teve penetra o em reas voltadas para problemas concretos de educa o e mesmo em certa parte da opini o leiga que viam no plano a preocupa o de tornar o gin sio secund rio menos pretensioso menos presos velha armadura intelectualista e portanto mais pr tico mais diretamente ligado vida e pela primeira vez entrosando se com os problemas e as atividades da produ o n o deixou de arrepiar a sensibilidade de alguns pedagogos e at de algu
264. na TV Continental para apresentar mesas redondas de car ter eminentemente instrutivo Foi neste espa o que ele lan ou a ideia da Universidade de Cultura Popular uma universidade sem paredes capaz de atender aos milh es de brasileiros maiores de 16 anos que perderam na poca pr pria a oportunidade de acesso escola BEZERRA 1988 apud LOBO NETO 2002 p 421 97 As mesas redondas eram apresentadas de segunda feira a sexta feira e tinham dura o de cerca de tr s horas A iniciativa segundo Camilla 2011 era inspirada no programa que Gilson apresentou durante 25 anos na R dio Mayrink Veiga da qual foi tamb m diretor A cada programa Gilson trazia convidados para discutir como poetas pol ticos intelectuais enfim homens e estudiosos renomados a exemplo de Jorge Amado Carlos Drummond de Andrade e San Thiago Dantas Esses eram convidados para falar ao vivo sobre temas de interesse social mas sempre com uma abordagem educativa Afinal o objetivo maior de Gilson Amado era informar e formar o povo atrav s da televis o tal qual ele j vinha buscando fazer atrav s do r dio Sobre o transplantar do projeto radiof nico para a TV Camilla 2011 relembra que Ele queria conseguir educar atrav s do r dio e da televis o Com rela o televis o ele conseguiu formular mesmo o projeto que era a Universidade sem paredes que as pessoas come assem a estudar atrav s da televis o O projeto chamou a aten o por
265. nalismo ou T cnica de Peri dico 2 Sociologia 3 Economia 4 Pol tica e administra o p blica 5 T cnica de Jornal b 1 R dio Jornalismo ou T cnica de Peri dico 2 Historia das Artes 3 Literatura da l ngua portugu sa 4 Literatura Contempor nea 5 T cnica de Jornal c 1 R dio Jornalismo 2 Introdu o Educa o 3 Psicologia Social 4 Criminologia 5 T cnica de Jornal 1 Os alunos da 3 s rie dos grupos A e B optaram entre R dio Jornalismo e T cnica de Peri dico 2 Al m dessas disciplinas poder o aluno da 3 s rie cursar por livre escolha qualquer outra disciplina constante dos curr culos da Faculdade Nacional de Filosofia Art 4 As disciplinas de T cnica de Jornal T cnica Peri dica e de Radio Jornalismo compreender o atividades praticas em reda o oficinas e est dios est gio em organiza o jornal stica ou radiof nicas segundo entendimentos estabelecidos em entidades de classe mediante aprova o das autoridades universit rias BRASIL 1950 Assim a disciplina Literatura Contempor nea que at ent o compunha a se o de Extens o Cultural passa a fazer parte do grupo b da terceira s rie do curso Sobre a nova estrutura curricular vale fazer ainda duas observa es A primeira de que muito embora a 126 disciplina Literatura Contempor nea tenha se deslocado no curr culo ela continuou a ser optativa uma vez que os alunos po
266. nfian a no julgamento do professor bem como ignorava prontamente a figura do diretor da escola muito embora aponta ele a lei declarasse expressamente que a administra o de cada estabelecimento estar enfeixada na autoridade do diretor AMADO 1973 p 25 Assim n o s buscando cumprir o que determinava a Lei como tamb m iniciando seu plano de descentraliza o do ensino m dio Gild sio apresentou uma nova proposta para as revis es de prova O erro e mais que isso o contra senso foi corrigido em agosto de 1957 estabelecendo se novo regime de revis o de provas seria requerida ao diretor e em primeira inst ncia feita pelo professor que tivesse julgado a prova O aluno podia ainda recorrer da decis o do professor ao diretor que poderia designar uma comiss o dentro da pr pria escola para proceder a nova revis o cujo resultado aprovado pelo diretor encerraria o assunto e seria levado ao inspetor apenas para ci ncia AMADO 1973 p 25 A medida representava ent o de maneira clara a transfer ncia da decis o acerca das revis es de prova para a escola de maneira que esta passasse a ser agente na solu o de seus problemas internos Al m disso estabelecia uma nova perspectiva na rela o entre a Diretoria do Ensino Secund rio e professores e diretores que passavam a contar com a confian a do rg o federal em seus trabalhos e julgamento Nessa mesma dire o viriam 132 tamb m as mudan as imp
267. nito que a fam lia voltou a ascender O sobrenome Amado a passos largos passou a ecoar na capital federal Paulatinamente o nome de Gilberto foi ganhando horizontes al m da casa paterna o regozijo do pai e da m e orgulhosos era f cil de entender Gilberto cumpriu seu prop sito e o fez com excel ncia Os Amados estavam de volta pol tica mas n o s a ela o sobrenome se restringia Gilberto Amado come ava a figurar como um dos integrantes da intelectualidade brasileira Mas se o primog nito era cada vez mais conhecido pelo pa s para os irm os Gilberto era ainda apenas um nome Exemplo disso que da figura do irm o mais velho Genolino 1977 at os seis anos n o guardava lembran as mas das hist rias das fa anhas deste irm o j havia e muito ouvido Deixo aqui o pr prio Genolino falar 1908 Eu com seis anos completados nenhum sinal de Gilberto O nome sim eu ouvia agora com fregii ncia Meu pai o rumorejava por Itaporanga inteira no gosto de contar aos compadres amigos e correligion rios o sucesso do primog nito no Recife distin es no curso de Direito orador estudantil o mais jovem e brilhante redator do prestigioso Di rio de Pernambuco em que sa am cotidianamente os seus Golpes de Vista com o pseud nimo de ureo Os recortes na m o Melk menos para informa o pois todos j sabiam do que pelo prazer de reitera o gratuita ureo Gilberto Ao trazer 0 correio novo pacote d
268. no cotidiano da profiss o Em rela o s caracter sticas da atividade jornal stica no Brasil desde as primeiras experi ncias de imprensa uma brev ssima retomada hist rica d conta de que nos contextos da independ ncia do Brasil 1822 aboli o da escravatura 1888 e proclama o da Rep blica 1889 ela imprensa se caracterizou principalmente por ser combativa de vi s sobretudo pol tico panflet rio opinativo Embora certamente abrigassem conte do informativo 117 era o teor pol tico que fazia com que tais peri dicos pudessem ser taxados segundo segmenta es republicanos monarquistas abolicionistas O uso social dos jornais era prioritariamente a propaga o expressamente ideol gica SODR 1977 ABREU 2002 RIBEIRO 2000 BARBOSA 2007 Sem padroniza o os textos traziam influ ncia do direito e da literatura al m de estarem carregados do estilo pr prio do autor O formato textual mais importante para os peri dicos daquele momento era o artigo de fundo uma esp cie de editorial isto um texto em clara conson ncia com a vis o pol tica do jornal mas geralmente escrito de forma empolada rebuscada usando linguajar complexo e buscando parecer erudito Seu objetivo n o era nem de longe narrar fatos de modo claro objetivo e conciso metas almejadas pela not cia g nero que mais tarde vai ocupar lugar central no jornalismo n o apenas como pr tica mas como lugar simb lico de lutas
269. no de 1 e 2 Graus deste per odo bem como da Assessoria T cnica do Departamento de Ensino Fundamental do MEC Nesta mesma poca mais precisamente em 1972 junto com outros educadores apresentou ao Ministro da Educa o e da Cultura Jarbas Gon alves Passarinho um projeto de pol tica de Ensino Supletivo Vale salientar que sobre esta mat ria Gild sio produziu diversos estudos conforme evidenciam os documentos que encontrei no arquivo do Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da UFRJ s contribui es descritas somam se ainda sua atua o como chefe da Coordena o de Programas Especiais do Departamento de Ensino Fundamental do MEC 1973 sua participa o no Conselho Estadual de Educa o do Rio de Janeiro 1975 1979 tendo presidido a C mara de Ensino Supletivo e a fun o de assistente da Secretaria de Educa o do Rio de Janeiro 1977 1980 COUTO PINTO 2002 As a es e contribui es de Gild sio Amado aqui relatadas n o explicitam em sua totalidade as fun es exercidas por ele ao longo dos mais de 50 anos dedicados Educa o Nos par grafos anteriores o que busquei foi a partir do destaque de pontos marcantes da carreira de Gild sio construir um mosaico deste homem que muito embora tenha cursado Medicina escolheu a Educa o como campo de atua o e a ela se dedicou da mesma maneira que o m dico jura se dedicar vida ao proferir o Juramento de H
270. ns pensadores da educa o AMADO 1973 p 165 Se por um lado o projeto do GOT encontrou cr ticos por outro encontrou tamb m apoiadores Contudo em meio ao debate levantado Gild sio salienta que os nomes destacados do pensamento novo em educa o preferiram o sil ncio Nem opini o contr ria 146 nem favor vel com exce o que ele aponta de Durmeval Trigueiro que apensar de reconhecer valor na iniciativa ainda via nela a conserva o do dualismo no ensino secund rio t o combatido por Gild sio e outros educadores pautados no pensamento moderno Sobre a percep o de Durmeval esse Amado acreditava que ela estava muito mais influenciada pelo nome do que pela estrat gia do projeto pois assegurou Gild sio esta caminhava sim na dire o da constitui o de um gin sio nico Gild sio sintetizou assim a proposta do GOT Ora o que em primeira an lise caracterizava o dualismo no ensino m dio era a segrega o entre o ensino acad mico e os chamados ensinos t cnico profissionais E o que se ambicionava com o gin sio orientado para o trabalho era justamente come ar a promover a fus o subtraindo claro nesta fus o a especialidade dos ltimos para apenas adicionar uma inicia o que abrisse caminho ao mundo do trabalho AMADO 1973 p 169 O que se pode perceber acerca do projeto dos Gin sios Orientados para o Trabalho que ele representava mais um esfor o de Gild sio no sentido de dar
271. nt o capital do pa s levava outro para tamb m fixar resid ncia nas terras cariocas Foi justamente seguindo este ciclo que Gilson chegou ao Rio Camilla 2011 relatou que o respons vel pela mudan a de Estado do pai foi Genolino Amado Em seu depoimento sobre a trajet ria paterna ela contou que uma das primeiras atividades desempenhadas pelo pai em solo carioca foi auxiliando o irm o na coleta de dados para a composi o das cr nicas que Genolino escrevia poca para diversos jornais Conforme relatou Camilla Amado Genolino solicitava que Gilson fosse C mara dos Deputados e anotasse o que os representantes do povo no legislativo falavam e o que mais ele julgasse interessante para ser usado na composi o das cr nicas Sobre este relato Camilla revelou que seu pai contava que nervoso e preocupado em n o deixar o irm o sem as informa es de que tanto precisava fez ponta em uns vinte e tantos l pis com medo da ponta de um quebrar e ele perder alguma coisa AMADO 2011 A trajet ria de Gilson no Rio de Janeiro come a ent o envolta nas atividades dos irm os mais velhos e que j gozavam na capital federal de certo reconhecimento e prest gio dada as suas redes de sociabilidade Contudo formado bacharel em Direito Gilson Amado come aria a compor suas pr prias trajet rias Segundo carta de Genolino para Gilberto datada de 22 de maio de 1940 neste ano Gilson foi nomeado Promotor passando a atuar no Minist rio P
272. nto anno II Que sem preju zo da Escola de Jornalismo que f r adoptada aconselhamos a crea o de aulas livres sob a fiscaliza o e aquiesc ncia da Associa o Brasileira de Imprensa das mat rias que mais de perto dizem respeito com a pr tica da profiss o de jornalista SILVEIRA 1932 apud LOPES 2011 p 06 Se a Associa o Brasileira de Imprensa cumpriu entretanto papel preponderante no processo de formaliza o legal do curso n o foi s neste aspecto que ela atuou diretamente Segundo Segismundo 1995 p 104 o primeiro curso oficial de Jornalismo no Rio de Janeiro Funcionou na Escola Nacional de Filosofia com professores indicados pela ABI e recursos financeiros obtidos junto Cia de Cigarros Souza Cruz da qual Moses era diretor Aqui ent o come a o segundo caminho que indiquei como necess rio percorrer para compreender a contribui o de Genolino Amado para o ensino superior de Jornalismo no pa s Os nomes selecionados para compor o quadro docente do referido cursos foram escolhidos dentre os jornalistas atuantes na pr pria imprensa da poca N o havia como ser de outra forma uma vez que at aquele momento iniciava se na carreira de jornalista aqueles que assim o desejasse e contassem com habilidade de escrita O contexto profissional do Jornalismo no Brasil em metade do s culo XX Segismundo 1995 p 95 descreve da seguinte maneira N o se ignora que h menos de 50 anos de modo geral o jornali
273. nto e os meios para avalia o final dos resultados do plano Al m disso a Dese indicava em car ter sugestivo que os curr culos fossem organizados levando em considera o a prepara o geral sem privilegiar uma dire o espec fica mas sim garantindo ao aluno uma forma o humana e que fosse capaz de atender e potencializar as aptid es individuais Havia ainda a indica o de que fosse 143 proporcionada articula o entre as mat rias do curr culo que o n mero maximo de alunos por classe n o ultrapassassem 30 que houvesse reuni es peri dicas dos professores oferta de atividades que permitissem maior perman ncia dos alunos na escola bem como uma estreita articula o entre professores e pais necess ria para a harmonia que deve existir entre a obra educativa da escola e a da fam lia AMADO 1973 p 44 Observando esse ltimo aspecto poss vel perceber a presen a do processo de forma o pelo qual Gild sio passou na inf ncia Ao analisar esse pensamento do diretor da Dese poss vel perceber uma rela o clara com o princ pio de Educa o que sua m e Ana de Lima tinha e passou para os filhos Para evidenciar esta percep o basta relembrar o di logo narrado por Genolino entre Ana e Padre Luis quando da matr cula deste e de seu irm o Giuseppe no Col gio Salesiano no in cio da d cada de 1910 A divis o clara do papel da escola e da fam lia na forma o intelectual e moral al m do acompan
274. nto para profess res t cnicos e administradores de estabelecimentos de ensino secund rio b conceder e incentivar a concess o de b lsas de estudo a profess res secund rios a fim de realizarem cursos ou est gios de especializa o e aperfei oamento promovidos por outras entidades no pa s ou no estrangeiro c colaborar com os estabelecimentos de ensino secund rio em fase de implanta o ou reorganiza o proporcionando lhes a assist ncia de 192 ANEXO 02 PUBLICACAO DO DIARIO OFICIAL DA UNIAO 193 Nomea o 1948 S bado 15 DIARIO OFICIAL Se o 1 Malo da 1948 7345 FT o Ci vsolo Serta O tnadimpkemen nar o geuento ac rda perp sob c a cpilnor qu abenar s big na 1 o ds ocean poor Cun Ja magia de coopera o Chenctavem eapecition sors mhis m equipa UNVERSIDADE DO BRASIL da o c Specs ee do Ersj tal de fas oheana mercicnatsa va Censlgru moroto ruersa rlo sg tanclanamunty u Caridnt ein Jos de qualquer ds g30 VIII Obras um Ocoperog o ia Sanka Cara ESTO De TERMO DE posi o de preeenta ac rdo sem wn do arero nimero fisensets TI Wu Cidxax a Quurt2 A Impar a CONTRATO Giro jussirissds dimples na doahikta ba quuiro 4 Gurus Deliypamon cla ous Jugucluisia dus cl usula gho pm foma nuse seuta Lach itas g Agidai hy da m m dz p ese d ser para cem guss 184 Tesamo do L smo Ge cortrato fra escutu de obTad sob Teamr de n meza cect e cesseotu e rei
275. ntra os intelectuais E por isso tamb m que n o tenho vacilado em chamar a aten o para inoc ncia do Leblon para as guerras microsc picas das vaidadezinhas contrariadas para os romancistas que tanto cuidam de futebol para soci logos que fazem evoca es recreativas quando n o organizam refeitas de doces e discutem a qualidade dos charutos Ao despertar esta pol mica Genolino passa uma impress o elitista Essa imagem contudo desfeita diante de textos que trazem considera es sobre o homem comum e sua viv ncia com o futebol a radionovela o best seller o circo etc Mas o registro dessas miudezas n o o impede de atingir outras inst ncias Naquele ambiente talvez a fun o do cronista fosse mesmo a de mostrar que o intelectual deveria saber diferenciar assuntos t o distintos ou seja a guerra e o dia a dia Apontar o desvio dessa perspectiva inclusive no meio jornal stico demonstra uma atitude coerente Al m disso o choque de opini o era oportuno pois havia a necessidade de se apresentar certas posturas ticas diante de um momento t o grave Assim o que concluo que esses tra os de Genolino tanto no campo pessoal como no profissional foram fundamentais para que ele compusesse o primeiro corpo docente do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia e que foi a partir dessa t nica que ele pautou sua atua o como professor do curso passando aos seus alunos esses val
276. o na justificativa do seu programa de extens o conforme apresentei no cap tulo anterior evidencia se a sua preocupa o com a qualidade da aprendizagem dos alunos bem como a necessidade de eles aprenderem conte dos que os permitisse compreender o mundo a sua volta e serem capazes de refletir sobre ele e critic lo Preocupa o que se volta em especial para os futuros jornalista para os quais na percep o de Genolino era fundamental adquirir conhecimentos interdisciplinares no desempenho da sua pr pria profiss o No que tange Gild sio evid ncias de que seu entendimento sobre o que era Educa o assim como o dos irm os perpassava pelos aspectos qualitativos do ensino e pela perspectiva de um processo educacional que promovesse a emancipa o dos alunos podem ser encontradas em diversas de suas iniciativas enquanto diretor da Diretoria do Ensino 172 Secund rio do Minist rio da Educa o Dentre elas poss vel destacar a preocupa o com os sistemas de avalia o e a busca por qualificar os gestores e professores das escolas papel que a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio cumpriu em grande parte Al m dos projetos das classes experimentais que permitiam ao mesmo tempo a renova o de curr culos processos e m todos do ensino m dico e conservavam a preocupa o com a liberdade da escola e dos Gin sios Orientados para o Trabalho que tinham em seu cerne ser um passo para
277. o de especialistas da Unesco e de representantes brasileiros que de acordo com Milanez 2007 constituiu se como marco inicial para a cria o de um modelo de trabalho para a TV Educativa brasileira Quatro anos depois em 1971 poss vel perceber essa preocupa o com a qualifica o dos envolvidos com a educa o atrav s da televis o continua presente atrav s dos relat rios de atividades da FCBTVE elaborado por Gilson Amado e que se encontra junto com outros documentos no arquivo pessoal do Camilla Amado O relat rio aponta a realiza o de cursos de introdu o produ o de T V de reciclagem para produ o em TV de produ o em Teleduca o e at mesmo de Alem o Este ltimo visava o melhor aproveitamento dos t cnicos que iriam participar de cursos na Funda o Adenauer na Alemanha RELAT RIO 1971 Nesse sentido mesmo com recursos escassos e m o de obra reduzida Gilson Amado continuou a comandar o projeto da Funda o Centro Brasileira de TV Educativa Em 1968 ele mais uma vez demonstrou sua capacidade de engajamento e suas redes de rela es concretas quando travou uma luta para conseguir liberar o or amento destinado Funda o Paralelo s quest es de ordem financeira o trabalho da FCBTVE ia se desenvolvendo Logo ap s o semin rio foram ministrados em locais de indica o de Gilson tr s cursos ministrados por professores da Unesco Dois anos depois em 1969 foram promovidos pela Funda
278. o do MT y hma ome Drele Gem m lia uiars atm Tilt malar do que tralia toda e n mesm Ite v1 que 4 da Escenba ende Arya Mr van dos ren ita dos xpi Ca Os TOLON MTOS erlang se bownd a lar artis grandes capas da contribute subsranculerni pih caring bala O Wins Je Ageioulisyp tixva mau J2 quilonute a pot ncia do spre Teba mima s aer cesado do Crecive Oacdtinsia sxietenie mo ro Fhe uy 1G CELA SY e weenie nip doy Arcos a eula ocima Tol mylorgada eleita Moa de Ty ata em ditas Guala Mini tin Agri ura Tal solicito wordo em do e uv do Brads go Pont com y opjetive de ac ict de tomes da modunda vregelul Fed de to a AR e paleas rra do Oi 18 ine Hdd peeve sciala assist ncia mos ayitculluics per ngedgrs mi TacgaTala des Mais aro ei A ARO Viv gre reuliuados 44 servi os groli tolma ves Ge mincainn icac e dis estadas gt Ge sete neiss du Cro Karin AT Ge Insan Peste Agri aie cem me Quicucnecro 47 de odio ibursau Paulo e pis oe mem Jie Ha Eixos palroas Para p anete deas mes fo horta ecascors reho pve wate han edil saldo 20 Didria dial de A do crouse mi s tne de Rivara do Milia da Tier eur n t 25D An Inscri es para mi Seguir Anh ce beras me Le Aidacie cy Binstl Aveia P ura ie bensie UE years N Litegtita Contam puing Lecimaco pen Er Geraliro Annie ya Focu asi Ruemacl de l lreulLa de sey uk B quartas feiras dus
279. o kire 6366 T roa feira 4 dar co as ems mnt tico um connscunento de nalur zu universal mos mente cumpar vel quelo que se nda di anymodas ascii vella ordenagho Trancas of a ANON etque RUANDA remem elena NOs Ionut dos ramon A revolnricn ria timica dus magerines prnl nos conseguiu teoser cos reouaticios de patic ijnfonrisaro p OPRIRI vas ettoclda do cobrados especiailzado A propia imprebss diera anto a norealuad de AGNES CFPS entregas resporsonldnda Aya cwu clei Mat pusisiuu e o wdaurnuzcrogda quer ber qusze Suda na parte edltncial Ou mayia dea Oliva m a rura experimentam Ipjushees Aemcdtautes das aprecia es 2preerarias om Ccradilleres de conbemmenta Panico seguro n exato de Rainn Ue a Alguma caws entortomta cecin ploy do nite lim dela tivemce a exocd ncia rocha dulciess Du Lalas us Lbercades castrvin Ari e da Ebene trols ranen a mas ICA sobrancea e reina entro Ag distinto Cale he por zum otura 5 diguisdcde dual lar 89 popteucotar tias as cums Blur se wytione cue Lilereude senti pum emular p aus ncia dRe dinale e entubelscer rom thon des governs TNS crag scua fivreaysl ermanitude des Uranus Tolurenise as ecu pipes demjan Memo entre mds de mimes mUIIMACIUL amp Que tovdadog de quen os prntieh Spas estejenas vizlomtes 40 nio sol calor de defender e Lberdare nia sede em lima melisa u po pea duerdade qu ae 713 emsrrulr Mag u h
280. o narra em o O reino perdido 1971 A raz o logo compreendi Sem meu telefone e ender o no Rio sem meios de me consultar s bre a mat ria de minha predile o An sio recordara se de Cain que me via traduzir com a maior flu ncia diante dos colegas Nem lhe passou pela cabe a que eu me engasgasse ao falar uma l ngua que desde calouro vertia t o facilmente AMADO 1971 p 16 As aulas como professor de Ingl s duraram cerca de duas semanas Antes do in cio do ano letivo Genolino se preparou para as aulas estudou a gram tica inglesa preparou as li es Contudo qual n o foi a sua surpresa ao chegar a escola e se deparar com o seguinte programa M todo direto o m nimo de teoria puxar conversa em ingl s para come o de conversa AMADO 1971 p 17 A seguran a adquirida com o estudo da gram tica desapareceu Constrangido ap s algumas tentativas de ensinar aos alunos julgou 78 que o melhor seria pedir demiss o O dinheiro n o lhe faria falta Pouco depois de Genolino C sar Ladeira tamb m embarcou para o Rio de Janeiro As cr nicas de Gen lidas por ele ja faziam sucesso na cidade maravilhosa Al m disso de alguma maneira Genolino sabia que n o lhe faltaria trabalho como de fato n o ocorreu No Rio de Janeiro trabalhou ainda como redator editorialista de O Jornal e colaborou com a R dio Mayrink Veiga e com a R dio Nacional al m de em outros ve culos de comunica o da poca Convencid
281. o o projeto da Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio n o se encerrava na capacita o dos elementos humanos preocupava se tamb m com equipamentos publica es de artigos e monografias voltados s tem ticas ligadas ao ensino secund rio dentre outros Sobre a Cades Gild sio afirmou que armada como um instrumento menos preso m quina burocr tica que frustrava toda a tentativa de a o pronta e inovadora Constitu a uma v lvula de escape aos intermin veis e mi dos controles administrativos AMADO 1973 p 36 As convic es de Gild sio levaram ainda implementa o em 1957 do conv nio entre Dese e certos estabelecimento de ensino permitindo que alguns diretores cumprissem tamb m a fun o de inspetor conquista de autoriza o do MEC para que a responsabilidade de desenvolvimento de projetos e programas passasse a ser dos professores bem como implanta o da orienta o educacional das classes experimentais e do Gin sio Orientado para o Trabalho GOT Estes dois ltimos projetos tiveram como inspira o as viagens que Gild sio fez enquanto representante do MEC Fran a e Inglaterra respectivamente Em ambas as oportunidades ele conheceu a estrutura de ensino desses pa ses e observou seus m todos e projeto de ensino As viagens resultaram em relat rios enviados ao Ministro da Educa o e da Cultura nos quais Gild sio apresentou uma avalia o acerca do que viu
282. o quatro cursos de forma o b sica em TVE qualificando segundo Milanez 2007 mais de 150 profissionais em v rios estados brasileiros Tanto os cursos ministrado pelos professores da Unesco quanto o de 1969 tinham como ponto principal formar profissionais nos aspectos t cnicos ou seja para opera o dos equipamentos e para compreender e dominar a linguagem espec fica do meio televis o 157 A situa o at o inicio da d cada de 1970 estava longe da ideal A FCBTVE ainda n o contava com um Telecentro todo o material era produzido no circuito fechado e por profissionais que resolveram junto com Gilson Amado dedicar se ao projeto da TV Educativa no Brasil At aquele momento o presidente da Funda o n o recebia sal rio para desempenhar sua fun o Segundo Franci Silveira Borges 2008 apud MACIEL 2009 p 119 Gilson recebeu o primeiro sal rio que era quase um pr labore por insist ncia do Ministro Jarbas Passarinho Na ocasi o o Ministro ressaltou que era a primeira vez na administra o p blica que um presidente n o recebia sal rios Ele respondeu que o sal rio moral era o mais importante Essa informa o tamb m me foi confirmada por Camilla Amado 2011 segundo a qual os recursos de que vivia Gilson advinham de seu ree Ti od cargo no funcionalismo p blico A revelia das condi es materiais a d cada de 1970 seria marcante para a Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa e conseq
283. o A Gispasivan da Ciz Murio de Alcala por anism jorer va mental a sejur Aliceda Biting Goma Marias da Arara de Aciibarts de duada de Termos ss A O Mukim de Diveachy receten sacro rm ooc rclo enpae t 08 dzpelaia Manu Moras Parad Cineur J Couto ASA Peia Ar sta Mesa y govcronder de ParwYa ceerslarty da Rineag o dn Buliiu u metar do Depucisnisieto BACON Ga i3rlungn e Retha Muy as M Semr go do Binaria idic ml Larg de Corrente auc 162 10 irs voce de saulo pan apueemia ento toada revisao ES Ledas E Proges 2 exames pats tink de lom toute sila vunlidas 38 Os scracs de Juberaticl yerticeram y blu de 492 p 45 rgdlol gieoa 268 O aba Were Je exaritados atendidos pats fing de canes sumpleausitures foi do An end enadidatee de DAG pora txanka de sebldade e cau cidade risien foi de 12 Ds ar a gran e perlada ru a pio Disc ral Jo PENArg mena Hacri ta de Pluvtci uta 23 de gevrexce serbo recetodas nte dl de julha du marnie y dle Tey serene Japa aque Deter as inaci gics paza rex ivar o ila pines de d mridada t rmica na protueshrea de taue pAn sien registuccos pi ovledrlo mare que prsleudaun olle revislo delmi lve poda AGR a ces partaro a restido prova que dar chor euineto so tico erra realzan Ta Fazna do Edien o Piden e Deeper DS ylity Pres gt Cae Espuelal de Edueuc n Fi ica Exu na lewo de L cun o ria R
284. o Centro Brasileiro de TV Educativa contava com uma Assembleia Geral a quem a Lei 5 198 de 03 de janeiro de 1967 respons vel pela cria o da FCBTVE assegurava a elei o do presidente da Funda o Contudo em 1967 o Brasil vivia sob um regime militar que exercia pleno controle de fiscaliza o e censura dos meios de comunica o Sendo assim de se acreditar que sem a anu ncia do presidente do Brasil por mais que a Assembleia Geral elegesse o presidente da FCBTVE n o seria empossado t o facilmente Nesse sentido n o s a publica o da carta de Jairo Bezerra na coluna Perisc pio ajudou como tamb m a 155 indica o do nome de Gilson para o cargo de presidente da Funda o ter sido feita pelo ent o Ministro da Educa o e Cultura Tarso Dutra 1967 Assim sendo depois de transcorridos 20 anos desde que Roquette Pinto e Tude de Souza pensaram o projeto para implanta o de uma TV Educativa no pa s passava s m os de Gilson Amado a miss o de coloc lo em pr tica Ao nascer em 03 de janeiro de 1967 atrav s da Lei 5 198 a Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa era fruto de um longo processo de discuss es iniciado em 1964 a partir das discuss es de uma comiss o formada por educadores e funcion rios do MEC e do Conselho Nacional de Telecomunica es Contel Nesse momento a comiss o surge com car ter n o oficial o que alterado um ano depois 1965 juntamente com a sua composi o que pass
285. o a ser eleito imortal ocupou a cadeira de n mero 32 desta institui o na qual deixou marcas tamb m em fun o de seu sobrenome Os Amados s o a nica fam lia a ter tr s imortais dentre os integrantes da ABL Gilberto Amado irm o mais velho de Genolino Jorge Amado seu primo al m do pr prio Genolino As informa es garimpadas nesse primeiro momento de pesquisa n o eram vastas mas por outro lado eram significativas Isto porque elas me apresentaram dados que revelaram marcas deixadas por este sergipano na hist ria do Brasil e para al m dele desvelaram tamb m a fam lia Amado e na medida em que o faziam apresentavam me outras inter rela es entre minha rea de forma o e a Educa o a exemplo de Gilson Amado irm o de Genolino que foi um dos respons veis por fundar a TV Educativa no Brasil As descobertas que fiz nesse primeiro momento ainda que escassas motivaram me a continuar buscando informa es mas agora n o mais apenas sobre Genolino e sim sobre sua fam lia Recorri ent o mais uma vez professora Raylane Ela para al m de narrar mais alguns ocorridos acerca dos Amados de Sergipe indicou me duas leituras Tratavam se das autobiografias de Gilberto Amado e Genolino Amado Hist ria de minha inf ncia e Um menino sergipano respectivamente Ambas as obras s o constitu das pelas mem rias de seus autores no per odo da inf ncia o que me permitiu conhecer alguns detalhes sobre a origem da fam li
286. o apostilas uma para cada rea de estudo Um exemplo de como as li es de matem ticas eram ensinadas bem apresentada por Maciel 162 Voc viu na TV o Sr Edson dizer que ele precisava construir uma caixa d gua na forma de um paralelep pedo de 4 m por 3 m por 2 m isto 4 m de comprimento 3 m de largura e 2 m de altura O Sr Edson mostrou primeiro que na parte inferior ou na base do paralelep pedo poderia construir 4 X 3 quadrados de 1 m de lado E a seguir mostrou que sobre cada um desses quadrados poderia construir tantos cubos de 1 m de aresta quantos fossem os metros de aresta 2 nesse caso Ent o poderia construir 4X 3 X 2 cubos de 1 m de aresta e o volume da caixa d gua seria 24 m3 ou 24 000 1 O volume de uma caixa d gua que tenha a forma de um paralelep pedo obtido calculando o produto dos n meros que indicam as medidas do comprimento da largura e da altura do paralelep pedo e acrescentando a unidade de volume m3 ou dm3 ou cm3 conforme a unidade de comprimento m ou dm ou cm das dimens es do paralelep pedo KURY ca 1973 apud MACIEL s d p 06 Ao observar o trecho da novela poss vel perceber que conceitos relativamente complexos como o calculo de volume de um recipiente considerando que o curso era de primeiro grau eram transmitidos da maneira mais did tica e compreens vel poss vel Al m disso poss vel notas a preocupa o em articular o enredo da novela com as
287. o constrangimento mas tamb m um mal aos alunos que precisavam aprender colocar a fun o a disposi o j um forte vest gio do rigor com o qual buscava desenvolver suas atividades Rigor esse que pode ser evocado como uma marca de sua inf ncia encontrada na figura da m e que conforme relatos feitos nos primeiros cap tulos tratava com absoluta seriedade a forma o moral e educacional dos filhos O destaque a esse tra o da personalidade de Genolino Amado que pode ser interpretado tamb m como pr prio de algu m que traz consigo padr es ticos e morais bem definidos e que busca agir de maneira coerente com aquilo em que acredita d se por eu acreditar que este foi um dos fatores que influenciou na escolha de seu nome para compor o quadro docente do curso de Jornalismo Afinal o que se queria era a forma o em n vel superior dos alunos que iriam levar o campo do Jornalismo ao futuro da na o A necessidade de coer ncia entre o discurso e a pr tica aqui fala mais alto Para formar os alunos com o perfil desejado era preciso antes de qualquer coisa ter a frente do curso professores que refletissem esse perfil E at onde me foi poss vel ver e perceber Genolino atendia a ele n o 121 s no que dizia respeito postura profissional mas tamb m com rela o s suas cren as sobre o papel social do jornalista Para Genolino Amado esse profissional juntamente com os literatos n o podia se eximir da sua fu
288. o de Faria conhecido como Padim Amado ou Jos Amado Taporanga av de Genolino Gild sio Gilson e Jorge Amado AMADO 1954 p 16 A escassez de fontes que deem por conhecer esses primeiros anos dos Amados em terras sergipanas n o me permite ser precisa com rela o s datas Contudo isso n o invalida as informa es encontradas Um dos acontecimentos sobre os quais n o posso precisar quando ocorreu a migra o dos Amados para a cidade de Est ncia que em meados do s culo XIX florescia como principal entreposto comercial com a Bahia Mas se n o me consta a data o acontecido not rio em Est ncia que se encontram as origens maternas de Genolino Gild sio e Gilson Amado mais especificamente na fam lia de sobrenome Azevedo que segundo Gilberto Amado 1954 era antiga na prov ncia de Sergipe Del Rey Pertenciam fam lia tr s irm s e um irm o que viviam na cidade de Est ncia Dentre elas estava Umbelina que se casou com Manuel Lu s de Souza Ferreira e com ele teve Ant nio Azevedo ou simplesmente Tot nho av materno dos irm os Amado AMADO 1954 p 30 De acordo com Gilberto Amado 1954 Tot nho casou se com Maria Rosa de Lima com quem teve a filha Ana de Lima Azevedo Souza Faria Amado ou simplesmente Donana m e de 15 Amados dentre eles Genolino Gild sio e Gilson Ana foi criada pelos av s De situa o econ mica abastada assumiram a cria o da neta logo ap s o falecim
289. o de que lecionar Ingl s n o seria bom nem para si nem para os alunos Genolino buscou por An sio no intuito de agradecer o cargo e deix lo Ao adentrar o gabinete de An sio Teixeira percebeu que o mesmo estava acompanhado e antes que pudesse dizer qualquer coisa foi apresentado a Edgar Roquette Pinto De pronto o pioneiro do r dio no Brasil reconheceu o cronista e ao saber que compunha o quadro funcional da Prefeitura do Rio de Janeiro pede autoriza o a Teixeira para que Genolino passe a colaborar com a PRD 5 a emissora de r dio educativo do Distrito Federal No consentimento de An sio para que a troca fosse feita al vio de Geno e alegria de Roquette Pinto Aquele encontro por certo delineou ainda mais a trajet ria de Genolino Aqui importante notar como come a a brotar o professor Genolino A honestidade sobre os seus limites ser o uma marca na carreira bem como a dedica o Desistir s depois de ter tentando Pouco a pouco o jornalista come a a dividir espa o com o educador O processo no entanto seria longo Nos 11 anos seguintes Genolino ficaria a servi o da PRD 5 para a qual produziu uma s rie de estudos sobre escritores estrangeiros que depois viria a reunir em seu livro Vozes do Mundo Apesar de requisitado por Roquette Pinto o hor rio e o volume de trabalho lhe convinham H poca ocupava se al m da r dio educativa do Distrito Federal de tradu es dos programas radiof nicos das reda
290. o do primog nito no curso de Direito era o recurso vi vel para que a fam lia pudesse nutrir ao menos a esperan a de novamente ascender social e economicamente Justamente em fun o disso o diploma em Farm cia n o foi suficiente uma vez que a profiss o de botic rio estava longe de ter no meio social do in cio do s culo XX o mesmo prestigio que a de bacharel em Direito preciso lembrar que o Imp rio tinha findado a pouco menos de duas d cadas e as tradi es constru das ao longo dele ainda perduravam no contexto social brasileiro Isso justifica a resist ncia de Ana de Lima em enviar o filho mais velho para a Bahia tendo assim que na melhor das hip teses adiar os planos de o ver bacharel em Direito A Gilberto tinha sido designada a miss o de resgatar o 36 prestigio familiar diante disso Melchisedech nao hesitou em pedir a Guilherme Campos que abrigasse seu filho at o final dos preparat rios que lhe permitiriam o ingresso na Faculdade de Direito do Recife O trabalho pol tico de Melk e a consequente proximidade que ele havia criado com os Campos foram de fundamental import ncia para que Gilberto pudesse finalmente concretizar o sonho dos pais e honrar o nome da fam lia Gilberto mudou se ent o para o Recife L al m do t tulo de bacharel em Direito conquistou outros espa os tais como o do jornalismo e o pol tico Seguindo os passos do pai o primog nito entraria para pol tica Vale lembrar aqui
291. o esfor o e a decis o valiam o sacrif cio Gilberto 1954 retornou da Bahia formado com canudo e anel Ainda faltava meio ano para que completasse 15 de vida Aqui uma curiosidade Gilberto ingressa na Faculdade mesmo n o tendo idade para tanto De acordo com ele a pouca idade foi a ltima esperan a de Donana de que o filho n o entrasse na Faculdade de Farm cia De alguma forma apesar das dificuldades Ana de Lima tinha planos de ver o filho Bacharel em Direito N o tardou a esperan a a esvair se Com a ajuda dos colegas Gilberto Amado consegue se matricular Na narrativa que ele faz em Hist ria de minha inf ncia a sua explica o do ocorrido em Salvador Bahia 35 estudante era s de medicina o resto n o tinha import ncia Com seis preparat rios por que n o me matricular ent o na Faculdade de Medicina e seguir o curso de Farm cia Na rep blica os rapazes arranjaram facilmente a matr cula aumentando minha idade AMADO 1954 p 254 Segundo o pr prio Gilberto a pequena cidade de Itaporanga orgulhava se de ter em seu seio um formado Ele por outro lado sentia que a inf ncia lhe fora roubada Achava se muito menino para ocupar aquela posi o para ter canudo e anel Mas se por um minuto que fosse ele pensou que aquele seria seu caminho exercer a profiss o de botic rio em Itaporanga ou mesmo na capital Aracaju ele teve na presid ncia do desembargador Guilherme
292. o fim da dicotomia que permeava o ensino secund rio e o dividia em acad mico e t cnico Na elabora o desses projetos poss vel perceber ainda a preocupa o de que ao flexibilizar curr culos e diminuir as dicotomias do ensino secund rio as escolas refletissem as realidades nos quais estavam inseridas preparando o aluno para elas Diante do exposto se a fam lia constituiu se como a base sobre as quais Genolino Gild sio e Gilson Amado elaboraram seus projetos educacionais para al m dela o deslocamento por outros espa os sociais tamb m influenciaram os irm os Amados Assim n o se pode negar a import ncia das redes de sociabilidade constitu das ao longo da trajet ria de cada um dos Amados aqui estudados Tais grupos em meio aos quais Genolino Gild sio e Gilson desenvolveram se desde os tempos da faculdade foram importantes na constitui o intelectual desses Amados e para a concretiza o de seus projetos Nesse sentido pertinente tomar Sirinelli 1996 p 248 quando ele afirma que Todo grupo intelectual organiza se tamb m em torno de uma sensibilidade ideol gica ou cultural e de afinidades mais difusas mas igualmente determinantes que fundam uma vontade e um gosto de conviver Partindo desse pressuposto como parte constitutiva dessas redes de sociabilidades dos irm os Amados poss vel encontrar nomes como o An sio Teixeira Menotti Del Picchia M cio Le o Celso Kelly Armando Hildebr
293. o intuito de concluir a discuss o proposta ao longo deste trabalho preciso perceber que paralelo ao pertencimento a uma mesma fam lia integrarem uma mesma gera o SIRINELLI 1998 tamb m foi importante para a composi o do pensamento e do entendimento sobre o que era Educa o de Genolino Gild sio e Gilson Amado A proximidade das datas de nascimentos permitiu que os tr s irm os Amados fossem criados em contextos sociais similares e recebessem uma forma o pautada nos mesmos preceitos morais e ticos N o por acaso eles optaram por profiss es j consagradas e que guardavam o prestigio que tinham no Imp rio Al m disso o pertencimento a mesma gera o revela ainda ind cios de onde se origina a presen a da forma o humanista que se encontra no bojo de seus entendimentos sobre o que era Educa o 175 poss vel perceber nos projetos de Educa o dos tr s irm os Amados a compreens o de que a forma o do indiv duo n o deveria caminhar no sentido do tecnicismo Ou seja a educa o nas escolas faculdades e demais espa os de forma o n o deveriam focar a aprendizagem no saber fazer Antes disso o importante era dar ao aluno o instrumental e o est mulo necess rio para que ele aprendesse a pensar A reflex o sobre a realidade do indiv duo e a compreens o do espa o que ele ocupa na mesma al m da capacidade de agir de maneira ativa seja para transform la ou para mant la era o que importava e o que G
294. o lado do rio os Amados encontram Sergipe eeeeceeesceeesseeeesteeeennees 20 1 2 A heran a do progenitor faia nad NUS a Ui nda Ta anes 33 1 3 Genolino Gild sio e Gilson Amado reflexo que o espelho familiar reflete 42 2 GENOLINO GILD SIO E GILSON AMADO FILIA O E LUGARES DE SOCIABILIDADE cs cidesebssdecsesdenctteveddosdessstsscvedecdeutsisttevsddsdsteadectesteteddeveddescassuisecerssiosce 60 2 1 Um menino sergipano que se formou advogado atuou no jornalismo e comp s se professor foi assim o percurso de Genolino Amado 68 2 2 Gild sio Amado o juramento de Hip crates e a Educa o brasileira 82 2 3 Gilson Amado o educador comunicador e o educand rio das multid es 94 3 AS TRAJET RIAS INTELECTUAIS COMO MODO DE COMPREENDER O TEMPO SOCIOHIST RICO DA EDUCAC O isssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssess 108 3 1 As marcas deixadas por Genolino Amado na origem da forma o de ensino Superior do Jornalista asus as a eee ee A A ee 109 3 2 Gild sio Amado e a Diretoria de Ensino Secund rio 127 3 3 Gilson Amado e o educand rio das multid es oooconccnicnnccnoccnnccononanonancnnncnnoo 148 CONSIDERA ES FINAIS sis ali nada 168 REFER NCIAS 2 177 DOCUMENTOS autista suchas saghieacheevohcceoseskosavencbeusn guscccbasvetanwcunl ro sn caseras 182 ANEXO OI ERES scans 183 ANEXO 02 PUBLICA O DO DI RIO OFICIAL DA UNI O ecees 19
295. o neste trabalho de atrav s do impacto e dos avan os promovidos pelas atua es de Genolino Gild sio e Gilson Amado no campo educacional estabelecer uma ponte para retratar um cen rio maior apresentando elementos que tornem poss vel a compreens o de algumas mudan as pelas quais passou a Educa o no Brasil entre os anos de 1950 a 1970 per odo em que se concentram as a es dos referidos Amados no campo da Educa o Defini ent o o objetivo geral deste trabalho interpretar atrav s das trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson Amado a es desses homens na para Educa o brasileira no tocante ao ensino superior de Jornalismo ao ensino secund rio e Educa o a dist ncia no Brasil entre os anos de 1950 e 1970 Estabeleci ainda como objetivos espec ficos desvelar a 44 origem dos Amados de Sergipe com foco na Educa o disseminada em suas a es refletir sobre os Amados de Sergipe como part cipes da vida intelectual brasileira no que tange a cria o media o e engajamento e analisar as contribui es dos Amados de Sergipe para a Educa o brasileira Como recorte espacial determinei a cidade do Rio de Janeiro e o per odo temporal de 1950 a 1970 Tais defini es foram de fundamental import ncia para a condu o do trabalho pois foi a partir delas que tracei o fio condutor da pesquisa Nesse sentido saliento que muito embora os dados levantados sobre os Amados revelem muito mais do qu
296. o nos r dios jornais cinemas e revistas da poca bem como de promover nestes mesmos ve culos propaganda positiva e elogiosa do governo federal Assim sendo h de se evocar o questionamento sobre o porqu de Get lio ter publicado um Decreto Lei que visava qualificar os profissionais de imprensa do pa s Os motivos foram dois O primeiro segundo Segismundo 1995 p 102 diz respeito ao fato de Vargas ter sido jornalista no Rio Grande do Sul e de manter bom relacionamento com a imprensa a despeito da censura e outras restri es que lhe imp s ao longo dos 15 primeiros anos de seu governo O segundo ponto ao qual est relacionada publica o do Decreto Lei a figura de Herbert Moses O presidente da ABI de 1931 a 1966 possu a uma rela o pr xima com Get lio Vargas prov vel que tal rela o fosse proveniente ou ao menos favorecida pelo status do qual Moses usufru a antes mesmo de presidir a ABI De acordo com Segismundo 1995 p 100 Herbert Moses quando foi eleito presidente da Associa o Brasileira de Imprensa j era rico e poderoso ao nela entrar Advogava dirigia a Cia Souza Cruz e cuidava da tesouraria de O Globo Assim n o de se estranhar que o ent o presidente da ABI contasse com tr nsito livre com o presidente Vargas e que por consequ ncia tenha conseguido obter a promulga o do Decreto Lei n 910 de 03 de novembro de 1938 que significou o primeiro passo material ap s anos de discuss
297. o saren de sousa qua nesinulu suc lisestnenio o valo fos eua t cnicos Prat 1942 que p SHIP teabelha man regis nade on ieceddcuden de guerra dudosa suais progr vis a explulocdn de puutos estisiiptecs MA O myntets da SHEP devicamente auring pelo Miulstzo Clo mete Marani Imiclava es entendimentos RIA Tenevoco das amarnos qn te o Garder Go Brin e O institute of IntereAmerlexo Ain de Wadia DI RIO OFICIAL tSeg o Y Es pisata alud Quva ye ache c ca trios vo SEST lernpaec eo Ambr he WG 197 Maia d 1948 635 Varlsa mordades e Legena o tim euileitado a iulerierin a de Muiist rio da Eouck o park que e Rerig Fapecini de nado P blica amp as mia ahidura em gatrus Lerric nios cul rob O Miniatim d Edara o eovica aus yor truuliros de lodos s Exialos e Lerrit rios v seguindo Uegrnensy a Vos Baearcin que reuniiv de dsleaiya ur Exlurngda de Adultos decurren sm ombtente cio mwa ba Seb TTo Gs todas pa unidades da Fo da e sr imprima a mnler eficiaon nos teubalhan 2 w u o vuorerporc ncia ull e com AB duta es de cesar Wa puro Gewane Federal PunMuserte 14 204 clases s uT meo nce quads ssrin desdulss A matien Geren ane shore em atentas ue da G da socio mis vrir sach da Campania ctra perto dr 3 previdenelis ae sm GALTIADEO UML UUM vesectacas pelo Esepados Pp aE Han deu vio au FAM nO fren vulto a eles saril pura ddoleveva lee e u utca
298. o y peito 2 otclatega se Para jam revlg do ennal stasio da Se Prescdente tas anteling 91 dule Crg er de pus de Rop blisa 94 08 gt Lieidads c rm ease atiynciro oe Th DE 98247 M rio Ca Rive me TOS e sedes due dies au Tespone Dr Stu Paulo Penido de Salyral covels A gagau Peso Cetercmento Sublncco E upreseno prova de Warer allo pedxio cirkoerb in do SL Pres a722M5 a mareo do rego des ide da Eop blica 43 48 Statutes a Teanitiengao du urt 40 m 17 419 DESPAUUUS DO UHEFE DO o 988 38 Unia Moeirimann GABINETE Lleneticonto e Dustetos com sede na _ Seere de Barretos Erindo de S o No 6 6048 rulojo Blapna de Pontes Zasa Bfacdoars Atari Pouk dclictacdo registo nos 15 10 Deteri nag Olsuvatiy ory paides od do Detto ra JaJa o do mo 16 4 45 malsustratira econ mica do Ch w H G pora arquivar docas DREPACIO LDO LLRETOR GERAL tds ia Empa q Procesa 1 19 34 42 Gutledade mio trenc uro pura o P o de Son Deneficeote dos Iiracaias Poloneser lo Ando B A para sgradace ada S o Pawb tom pedo na Cop tal do tamunl zyln de lnstaln es Ja mentus Falado de B o Pack s llelts do re dy rio toy verao p desejar fell trite estro mos termina de Dempetncles sh 1 40 mera 5043 Awrat relucio En WY 19 232 48 Ju n BI Meg Lies vival cixclcr s tonl aster mache de Bartis Wo Purlo Pedo de do e nabira nce J ne e estado cle judi
299. obre isto n o h d vida conhe o de sobra os pequenos AMADO 1977 p 126 31 Padre Luis n o fez obje es mas talvez n o esperasse que Donana seguisse t o seriamente o seu princ pio sobre a educa o dos filhos Na sequ ncia da narrativa Genolino conta que Certa vez de tardinha voltei s Donana estranhou Cad Giuseppe Vem depois mam e Daqui a uma hora Por que menino classe dele ficou de castigo Castigo A classe toda mam e Parece que um deles foi al m da conta O padre zangou se achou ruim Mas se foi um s que fez Quem fez n o confessou E os outros n o disseram Hum Gen v depressa Diga a Padre Lu s que venha falar comigo Imediatamente Mam e dizer isso ao diretor Estou mandando N o volte do col gio sem o padre Mam e V logo N o fique a como um bobo v AMADO 1977 p 127 Cumprindo a ordem da qual foi incumbido Genolino voltou ao col gio transmitindo ao padre o recado da m e Retornou em seguida casa da fam lia acompanhado de padre Lu s Padre Lu s subiu a escadaria galgando os degraus com a maior rapidez L em cima Boa tarde minha senhora Boa noite Padre Lu s J escureceu Desculpe me o inc modo mas preciso saber Por que Giuseppe n o veio na hora de sempre Fez alguma coisa Se fez podia me contar num bilhete e Giuseppe me entregava Por maior a acusa o Min
300. odu o aquisi o e distribui o de material audio visual destinado radiodifus o educativa BRASIL 1967 Tr s meses ap s a cria o da Funda o Gilson assumiu a presid ncia atrav s de vota o da Assembleia Geral rg o integrante da FCBTVE de acordo com a lei e ao qual cabia eleger o presidente da Funda o O nome de Gilson Amado que naquele momento j contava com experi ncia em aliar educa o e comunica o para assumir a frente dos trabalhos de educar dist ncia via televis o foi uma indica o do ministro da Educa o Tarso Dutra A nova fun o foi fruto dos ideais de Gilson que ao que posso afirmar tinha por meta alfabetizar o maior n mero de pessoas do pa s Vale ressaltar que naquele momento colocar em funcionamento a FCBTVE era um grande desafio pois para al m de se ter que come ar a institui o do zero contando com uma dota o or ament ria de apenas 0 002 do or amento do MEC MILANEZ 2007 o contexto hist rico era de igual complexidade no cen rio pol tico social Desde 1964 o Brasil vivia sob o regime militar e no ano de 1967 foi eleito indiretamente para assumir a presid ncia da Rep blica no lugar de Castelo Branco o general Arthur da Costa e Silva Nesse ano tamb m uma nova Constitui o foi promulgada o ndice de analfabetismo chegou a 32 05 e foi criado atrav s da Lei 5 370 o Movimento Brasileiro de Alfabetiza o Mobral que sofreu v rias cr ticas p
301. ofiss o de jornalistas A confirma o desse meu entendimento veio de uma das pastas que fazem parte do acervo de Genolino Amado que se encontra sob a guarda da Funda o Casa de Rui Barbosa Nessa encontrei o programa do curso de extens o de Literatura Contempor nea lecionado por ele O texto estruturado por Genolino aponta os assuntos a serem ministrados dentre eles Literatura Brasileira e Estrangeira e Hist ria da Literatura bem como traz uma justificativa da import ncia do curso para a forma o do jornalista Nas palavras de Genolino expostas no programa Concomitantemente com as partes te ricas destinada a ampliar o campo cultural dos jornalistas e lhes oferecer conhecimentos interdisciplinares ao desempenho da sua pr pria profiss o numa vis o panor mica de toda a literatura da idade contempor nea ser ministrada uma parte pr tica em que se promover o trabalhos de cria o e de an lise de obras liter rias a fim de desenvolver nos alunos o g sto pelo cultivo da literatura e o interesse pelas obras e autores mais da atualidade O que conjecturo ao observar tal argumenta o que Genolino n o concebia que a forma o do jornalista deveria enveredar pelo tecnicismo ao contr rio ele referendava o ideal do curso de uma forma o humanista que permitisse e preparasse o jornalista n o apenas para informar mas tamb m e principalmente para ser capaz de analisar e compreender o mundo a sua volta Acredito
302. ois foi institu do como extens o das campanhas de alfabetiza o de adultos iniciada por Louren o Filho Alguns educadores Al m dos projetos apontados anteriormente neste texto Gilson Amado havia ainda trabalhado na TV Tupi no Curso de Prepara o para Exames de Madureza pela TV 100 entretanto consideravam no apenas um espaco criado para ensinar a ler escrever e contar sem necessariamente formar o indiv duo e prepar lo para a vida Foi em meio a esses acontecimentos que a FCBTVE come ou seus trabalhos funcionando em circuito fechado em duas salas de propriedade de Gilson no edif cio Odilon no centro do Rio de Janeiro onde ele e mais sete colaboradores passaram a trabalhar Sobre o in cio da Funda o Milanez ressalta que Nem bem surgiu em 1967 a Funda o j decolava com um projeto de Recupera o do Ensino Prim rio No ano seguinte esse projeto foi revisto e acrescido de mais um curso para professores leigos idealizado por Manoel Jairo Bezerra Tamb m nesse mesmo ano realizou se o I Semin rio Internacional de Televis o Educativa que contou com a participa o de especialistas internacionais da UNESCO e representantes brasileiros Foi o ponto de partida para a cria o de uma sistem tica de trabalho voltada para a Televis o Educativa no Brasil MILANEZ 2007 p 37 39 Posteriormente em 1968 a FCBTVE estendeu suas atividades para al m do planejamento de produ o de programas educativos Nesse
303. om 6 300 inscritos ou seja depois de S o Paulo e Guanabara a terceira unidade educacional em oportunidades de ensino m dio cobrindo 4 Estados com 1 620 trabalhadores inscritos com seus cursos de Cultura Geral de Educa o familiar de Arte de Orienta o educacional se o programa 154 MESAS REDONDAS um amplo ciclo de estudos confer ncias ou debates mobilizando cerca de dois mil especialistas de todas as reas do conhecimento com um audit rio sem paredes de milh es de assistantes em 4 Estados se obtivemos pr mios de audi ncia distin es especiais em desfiles de sucessos da TV se o interesse pela nossa experi ncia despertou a aten o de outros pa ses do mundo se fomos indicados para pr mio internacional destinados a servi os prestados comunidade se sabemos tudo isso meu caro Carlos Alberto porqu n o encontramos apoio e ajuda participando mesmo que em percentagens m nimas das verbas ditas institucionais das grandes empresas que existem mas n o chegam at n s ou de alguns centavos da formid vel cifra dos recursos destinados aos demais campos de atua o da T V AMADO 1964 p 02 03 A carta de Gilson na qual o texto toma um tom de desabafo demonstra o quanto foi naquele momento dif cil manter o ideal de educar atrav s da televis o a popula o brasileira Contudo se as dificuldades em algum momento fizeram Gilson pensar em desistir n o foram suficientes para que ele o fizesse sedi
304. ompanhia das Letras 2009 ESCOLA FREI CASIMIRO Hist rico da Escola Dispon vel em http escolafreicasimiro blogspot com 2008 08 histrico da escola html Acesso em 08 ago 2011 FAM LIA AMADO Genealogia Dispon vel em http famlia amado genealogia blogspot com 2009 01 gilson amado html Acesso em 20 dez 2010 FARIA FILHO Luciano Mendes de CHAMON Carla Simone IN CIO Marcilaine Soares Apresenta o In FARIA FILHO Luciano Mendes de IN CIO Marcilaine Soares Org Pol ticos literatos professoras intelectuais o debate p blico sobre educa o em Minas Gerais Belo Horizonte Mazza Edi es 2009 p 07 20 Cole o Pensar a Educa o Pensar o Brasil S rie Estudos Hist ricos FRANCO Maria Ciavatta GONTIJO Rebeca Manoel Jos do Bonfim In FAVERO Maria de Lourdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros ORG Dicion rio de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 755 763 GALV O Ana Maria de Oliveira LOPES Elaine Marta Teixeira Territ rio plural a pesquisa em hist ria da educa o S o Paulo tica 2010 KRAMER Sonia Leitura e escrita de professores da pr tica de pesquisa pr tica de forma o Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro n 7 p 19 41 jan abr 1998 LE GOFF Jacques Mem ria In Mem ria e Hist ria Trad Bernardo Leit o et al Campinas SP Editora da UNICAMP 1990 p 366 419 LIMA Fernando Barbosa Nossas c meras s o seus ol
305. or Sendo assim minha disserta o al m de se estabelecer no mbito da hist ria cultural dentro dela caracteriza se como micro hist ria uma vez que o que busco neste trabalho a partir das trajet rias de vidas compreender um cen rio muito maior que o de alguns aspectos da Educa o brasileira entre os anos de 1950 e 1970 Devidamente situada reafirmo a relev ncia deste tipo de pesquisa a partir do que Burke 1992 coloca sobre a retomada da narrativa pelos integrantes dos Annales que sucederam a gera o de Fernand Braudel 47 A preocupa o com a liberdade humana juntamente com o interesse pela micro hist ria fundamenta tamb m o recente renascimento da biografia hist rica fora e dentro dos quadros dos Annales Georges Duby publicou uma biografia de um cavaleiro medieval ingl s William The Marshal enquanto Jacques Le Goff est trabalhando sobre a vida de um rei da Fran a S Lu s A biografia hist rica praticada por diferentes raz es e assume formas diferentes Pode ser um meio de entender a mentalidade de um grupo Uma dessas formas a vida de indiv duos mais ou menos comuns como o burgu s Joseph Sec sobre quem Vovelle escreveu em raz o de sua irresist vel ascens o ou do artes o parisiense Jean Louis M n tra estudado por Daniel Roche Le Goff 1989 Vovelle 1976 Roche 1982 BURKE 1992 p 104 105 Ainda no contexto da Escola dos Annales evoco Jaques Le Goff 1990 outro
306. or Gilberto Amado o irm o mais velho Para desvelar a hist ria dos Amados de Sergipe volto segunda d cada do s culo XIX Foi nesse per odo que os primeiros Amados cruzaram as fronteiras da antiga prov ncia de Sergipe Del Rei como consequ ncia da conspira o constitucionalista que eclodiu em Salvador em fevereiro de 1821 Para entender esse movimento preciso voltar um pouco mais no tempo mais especificamente ao ano de 1798 quando eclodiu na Bahia a Conjura o dos Alfaiates Nesse per odo os ideais da Revolu o Francesa iniciada em 1789 eram discutidos no interior de diversos grupos espalhados pelas prov ncias brasileiras Os anseios representados atrav s do lema Liberdade igualdade e fraternidade propagado na Fran a ecoaram nas terras brasilis servindo como inspira o para movimentos sociais e pol ticos que visavam independ ncia do Brasil do dom nio de Portugal As caracter sticas de tais movimentos permitem afirmar que o precursor dos mesmos tenha sido a Inconfid ncia Mineira evocada na mem ria brasileira atrav s da figura de Joaquim Jos da Silva Xavier o Tiradentes Ocorrida entre os anos de 1788 e 1789 a Inconfid ncia nutriu se prioritariamente das ideias iluministas e teve como inspira o a Independ ncia Norte americana ocorrida naquela poca h pouco mais de uma d cada Mas se no mbito do senso comum os inconfidentes mineiros s o mais comumente lembrados por meio do m rtir da revolu
307. ores 122 Fica claro ent o que o itiner rio do Genolino professor de Jornalismo estava intimamente relacionado ao do Genolino jornalistas cronista ensa sta literato que desde a d cada de 1920 tinha por m ritos pr prios seu nome fulgurando entre os mais destacados da imprensa brasileira Esse entendimento reafirmado ao olharmos as disciplinas que ele lecionou no curso de Jornalismo De acordo com as nomea es publicadas no Di rio Oficial da Uni o pude aferir que no primeiro ano do curso 1948 Genolino Amado assumiu a cadeira de Hist ria da Civiliza o j nos anos seguintes ficou ao seu encargo a disciplina Literatura Contempor nea que compunha a se o de Extens o Cultural do curso Sobre a primeira disciplina n o encontrei informa es Contudo levando em considera o a experi ncia de Genolino como professor de Hist ria ainda que no ensino secund rio entendo que sua nomea o para Hist ria da Civiliza o n o estranha ou inesperada Genolino j possu a familiaridade com o tema e n o lhe seria dif cil cumprir a tarefa de passar os conhecimentos necess rios da disciplina para os alunos Sobre a segunda h mais a ser dito e os fatores para tanto s o diversos O primeiro que o gosto pela literatura acompanhava Genolino desde muito cedo Conforme j relatei em cap tulos anteriores sua adolesc ncia foi marcada pela descoberta de autores dos mais diversos Victor Hugo Blasco Iban z Rubem
308. ormatizada Decreto n 24 719 de 29 de Marco de 1948 Publicacao Original Veja tamb m Dados da Norma Decreto n 24 719 de 29 de Mar o de 1948 Altera o Decreto n 22 245 de 6 de Dezembro de 1946 que deu organiza o ao Curso de Jornalismo O PRESIDENTE DA REP BLICA usando da atribui o que lhe confere o artigo 87 inciso I da Constitui o decreta Art 1 O Decreto n 22 245 de 6 de dezembro de 1946 que deu organiza o ao Curso de Jornalismo passa a vigorar com as seguintes altera es I A reda o do art 2 mantido o atual par grafo nico fica substitu da pela seguinte 11 s rie 1 Portugu s e Literatura 2 Franc s 3 Ingl s 4 Geografia Humana 5 Hist ria da Civiliza o 6 Etica Hist ria e Legisla o de Imprensa 7 T cnica de Jornalismo 24 s rie 1 Portugu s e Literatura 2 Franc s 3 Ingl s 4 Sociologia 5 Hist ria do Brasil 6 T cnica do Jornalismo 32 s rie 1 Portugu s e Literatura 2 Psicologia Social 3 No es de Direito e Economia 4 Publicidade Organiza o e Administra o de Jornal 5 T cnica do Jornalismo 6 R diofusio waw2 camara jeg brlegen decreto 24719 29 maico 1948 45408 1 pubiicacaconginal t pe h mi 12 189 Sto rPEISHWSa de 15 de Mar o de 1949 mal camara leg br Readability pm wwwz camara leg br Decreto n 26 493 de 19 de Marco de 1949 O PRESIDENTE DA REP BLICA usando da
309. ort ncia da Televis o e contavam hist rias sobre os Televisinhos express o muito conhecida aquela poca Na ocasi o o ilustre ministro Santiago Dantas perguntou aos professores Quanto voc s v o ganhar para dar essas aulas Nada responderam os professores Nada disse Santiago Dantas e acrescentou ent o voc s s o os Teleloucos BEZERRA 1972 p 01 Em tempo esclarego que ao que me indicam os vest gios a aus ncia de remunerag o para os professores tinham uma raz o central a falta de recursos da Universidade de Cultura Popular Assim o que revelam as fontes que n o havia verba para pagamento de pessoal nem de material Tudo era feito atrav s da colaborag o de pessoas que acreditavam no projeto de Gilson e por isso se dispunham voluntariamente a auxiliar da maneira que podiam Foi tendo como base esse princ pio que as apostilas dos cursos do Artigo 99 foram produzidas Reconhecendo o valor da iniciativa de Gilson Amado Adolfo Bloch dono da editora Manchete poca assumiu o compromisso de imprimir o material did tico do curso Em texto sem indicac o de autoria arquivado dentre os documentos referentes ao pai que est o sob a guarda de Camilla Amado h a seguinte afirma o Adolpho Bloch compreendendo o alcance da iniciativa ofereceu as apostilas dos cursos uma das maiores edi es de textos did ticos j realizada no pais 1963 p 01 Ao que parece Bloch n o
310. os e que chamaram para si a responsabilidade de defender os interesses da p tria e do povo Em outras palavras pressupunha a sensibilidade e a responsabilidade dos cultos no tocante educa o do povo e afirma o da na o VIEIRA 2008 p 01 O alcance do termo entretanto que hoje tratamos como intelectual foi extenso Sem a pretens o de realizar aqui um relato hist rico sobre a origem e desenvolvimento do termo retomo mais um momento importante na consolida o do significado do mesmo e relevante para a presente pesquisa na medida em que se n o justifica ao menos referenda o pressuposto do qual parto ao trabalhar com tal no o Volto ent o a meados do s culo XIX Vieira 2008 ao fazer uma incurs o pelas obras liter rias publicadas em territ rio russo percebeu que a palavra intelligentsia estava em plena circula o Contudo segundo ele ela 49 ganha notoriedade atrav s das obras de Ivan Turgenev Dmitry personagem da novela Rudin 1856 encarnou o prot tipo da intelligentsia homem culto orador elogiiente nacionalista e defensor apaixonado de mudan as sociais VIEIRA 2008 p 01 O destaque ao uso do voc bulo intelectual na obra de Libelt e de Turgenev denota sua import ncia na medida em que estabelece desde o seu in cio o desenvolvimento do termo atrelado ao engajamento social Sendo assim ser intelectual n o significava apenas ter boa educa o ser instru do e deter a compreens o da
311. ou um processo que resultaria na Independ ncia brasileira em 1822 e ao mesmo tempo revoltas em diversas partes do territ rio brasileiro As revoltas decorrentes desse per odo deveram se a D Jo o apesar de ter retornado a Portugal em 1821 deixar no Brasil como regente D Pedro al m de uma parte da corte que havia se estabelecido no pa s em 1808 Dessa maneira foi mantida uma dualidade nas esferas do poder a partir daquele momento dividido entre D Jo o em Portugal e Pedro I no Brasil Tal configurag o da distribuig o do poder portugu s manteve o clima de tens o entre os membros da elite econ mica fazendo com que D Joao fosse pressionado a determinar o retorno de D Pedro a Portugal medida que o rei tomou a partir de um decreto emitido no dia 21 de setembro de 1821 Contudo contrariando a ordem do pai D Pedro declarou sua posi o em permanecer no Brasil o que resulta em uma s rie de ocorridos que 19 denotam uma clara disputa de poder entre a col nia e Portugal at a proclama o da independ ncia brasileira por D Pedro em 07 de setembro de 1822 Como consequ ncia de tal disputa no per odo que compreende a deflagra o da Revolu o do Porto e o os primeiros meses ap s o estabelecimento do Brasil enquanto pa s independente de Portugal em v rias prov ncias foram deflagradas lutas entre aqueles que se colocavam a favor da metr pole e aqueles que defendiam a nova posi o da ex col nia Mary Del
312. partir dos depoimentos de Camilla Amado filha de Gilson e o de Lu s Amado filho de Gild sio dos documentos encontrados em arquivos da cidade do Rio de Janeiro e das obras escritas pelos irm os Amados e sobre os seus projetos foi poss vel mapear as a es mais significativas desses homens no campo da Educa o brasileira Nas trajet rias de Genolino Gild sio e Gilson Amado elas foram respectivamente a funda o do curso de Jornalismo na Faculdade Nacional de Filosofia e Letras em 1948 a gest o da Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o entre as d cadas de 1950 e 1960 e a funda o da TV Educativa do Brasil em 1962 Isto posto foi poss vel concluir que as atua es de Genolino Gild sio e Gilson Amado contribu ram para a Educa o brasileira na medida em que motivaram a tomada de decis es que visassem al m do saber fazer o saber pensar Buscaram assim atuar de maneira a promover uma Educa o ampla que pudesse alcan ar o maior n mero de pessoas poss veis e form las para que elas compreendessem e atuassem sobre suas realidades corroborando assim com a ideia de Sirinelli no que tange a atua o de intelectuais criadores mediadores e engajadores Palavras chaves Fam lia Amado Educa o intelectual SUMARIO 1 A DESCOBERTA DOS AMADOS EDUCADORES DE SERGIPE ENCONTRO COM O OBJETO DE PESQUISA eesessesseseesossesossossesoosoesessossesossossesoosossoesossossesossse 12 1 1 Do outr
313. pine cha er emitiu da arate a batten e XR MC ng m San X aii untae 3 DAN N RAL 5 DE y Dz to do Deparlecenle de Adudalera Tela Baada a Delle c ha Doa pelo Tri de Cry pib SO ane ae gio do pam retas EA Ja ac Adio as nE stark manto de lei ela tai SIN a A Ttvauit nTa Smita Cagrlinre gt n na dg mtes y ag Ame P v gt Alo de Janeiro de sede lea Micerle reia Qe Valeu u campos i T sde extiwzicy do Gover da UId o Ee pa dn eme de nontenta Cr LE Cinmente Marinel Carelmn e ser nas mis da crt Ta da Regui oar Ch AmO Abad d jon Tritr MEA Digu LAME PO m os aplicar ua tewe que e orerlo Gerl iu Conlsiilidade Pi Pequena da Crdveraldace cla Life E refere u ul enterior na rons ala TRL be Elor Pretcas Dac HA Tosieiminhns Weiliagox Frase farmida o da tespecttya eubuica orja Ci wsule Otam A desean Tre ETEL ac ator Profasar Doctor M div Jimer Seiusito Perrera entra e do vakta do Fresvawileeme amp seiuui o ds Lulst MO Marvel Astpedo AC Amaral Ride Tesco 2 ranches da Wisi Inta e deca RI o Cale 23 le tle du Edx o e Su de ou epar juesmobr de suil eyreveudlos qua tinta da trenntea mil Cusine menta po ate id Comalgnatan CCr 100 001 00 arrer cont du VET Obras ect Crozer Acapo menciona de na c ivuls pi a Belts temo sido eridomente eme de Suan as cin da na om tee do Urtyerd
314. po intelectual dotado de maior autonomia relativa De outro lado tal estudo permite captar alguns dos determinantes sociais da atividade intelectual que muitas vezes passam despercebidos num campo intelectual mais aut nomo dispondo de aparelhos de celebra o cuja fun o b sica consiste em encobrir as condi es sociais que presidem produ o e recep o das obras MICELI 2001 p 17 O ponto de partida de Miceli 2001 refere se h um tempo e um objeto distintos dos meus mas permite estabelecer a relev ncia do estudo das trajet rias de vida no intuito de se compreender outras nuances do per odo sobre o qual a pesquisa se debru a Ou seja a hist ria de um homem em seu devido tempo revela muito acerca deste ltimo permitindo um entendimento que se estende para um contexto muito mais amplo do que aquele homem 17 enquanto indiv duo Essa compreens o me permitiu afirmar a relev ncia de se realizar este trabalho mesmo sendo not rio que o contexto educacional brasileiro entre os anos de 1950 e 1970 n o desconhecido Dentro desse processo de reflex o a delimita o do meu objeto foi sem d vida um dos pontos cruciais do projeto e admito que para faz lo ampliar minhas pesquisas para a fam lia como um todo foi de fundamental import ncia Neste ponto dois aspectos sobre os quais discorrerei a seguir mostraram se relevantes a hist ria da fam lia em si e dentro dela a carreira de sucesso constru da p
315. poder de resson ncia emitido pelo primog nito foi poss vel entender como se configurou suas redes de sociabilidades que recai em suas redes de relacionamentos e principalmente em suas pr ticas sociais Em outras palavras consegui capturar como alguns acontecimentos contribu ram para as escolhas realizadas por Genolino Gild sio e Gilson Amado Al m disso percorrer a trajet ria dos Amados tornou mais clara a necessidade de estabelecer contornos bem definidos para o meu objeto Estes foram feitos tomando como crit rio o campo magn tico em que os Amados incidiram qual seja a Educa o brasileira Foi assim que escolhi Genolino Gild sio e Gilson Amado A delimita o do objeto contudo n o esvaiu dele sua singularidade Afinal eu continuei a olhar para os irm os Amados n o apenas enquanto indiv duos mas tamb m enquanto membros de uma fam lia Assim sendo meu objeto de an lise no presente trabalho s o as trajet rias de vida de Genolino Gild sio e Gilson tr s irm os pertencentes a uma mesma gera o e que mais do que o DNA e os la os familiares compartilharam ainda o fato de terem deixado contribui es para a Educa o brasileira 42 1 3 Genolino Gild sio e Gilson Amado reflexo que o espelho familiar reflete O mais velho dos tr s irm os Genolino nasceu em 1902 e a exemplo do primog nito dos Amados Gilberto escolheu o Direito como carreira Contudo n o foi no campo das leis que al ou seus voo
316. por diferencia o identit ria Outro aspecto que vale lembrar a presen a de outros intelectuais como sacerdotes entre aqueles que produziam conte do para os jornais Os bachar is em direito contribufam para conferir uma linguagem rebuscada cheia de jarg es por isso pouco acess vel aos textos algo que s foi efetivamente banido das not cias com as reformas dos anos 1950 principalmente com a ado o dos manuais de reda o e estilo pelas empresas jornal sticas LOPES 2011 p 03 Envoltos em tal contexto foram forjados os nomes de Danton Jobim Celso Kelly Jos Eduardo de Macedo Soares M cio Le o e Genolino Amado alguns dos mestres que foram convidados a compor o quadro docente do curso que surgia e que aceitaram o desafio de lecionar o que aprenderam na pr tica para os futuros profissionais que a partir daquele momento teriam no diploma a garantia de uma forma o que atendesse ao ensinamento de princ pios ticos e morais da pr tica profissional mas tamb m de conhecimentos que permitissem a esses novos jornalistas uma compreens o de mundo Dessa maneira aos mestres jornalistas de renome no cen rio brasileiro couberam dar materialidade a um curr culo que abrigava caracter sticas claramente humanistas Sobre o car ter do curr culo do curso de Jornalismo daquele per odo Couto e Fritzen 2006 p 3 492 afirmam que A g nese do ensino na rea esteva vinculada ao ideal iluminista voltado para a form
317. por meio de den ncias prendeu e acusou formalmente os envolvidos na produ o de pasquins os quais traziam os ideais da Conjura o e convocavam o povo a se juntar aos revolucion rios o sentimento despertado no povo pelo movimento n o desapareceu por completo permanecendo como brasa acesa apenas a espera de combust vel para voltar a ser fogo A conjuntura que se apresentou como alimentador dessa brasa foi constru da ao longo das d cadas seguintes at incendiar em fevereiro de 1821 Um fator determinante na constru o do contexto evocado foi a Revolu o do Porto deflagrada em 1820 em Portugal Nas duas primeiras d cadas do s culo XIX a fam lia Real permanecia residindo no Brasil e a tens o era cada vez maior entre as elites econ micas portuguesas que permaneceram em Portugal ap s a ocupa o francesa e aquelas que haviam vindo com a fam lia Real para o Brasil em 1808 e que desde ent o continuavam a ascender fossem como produtores de caf ou atrav s de casamentos e sociedades O resultado desse clima vivenciado por Brasil e Portugal foi a Revolu o do Porto que tratava se de um movimento liberal voltado para a convoca o de uma assembleia constituinte mas que exigia o retorno imediato do rei metr pole Um ano ap s sua eclos o D Jo o e uma parcela significativa de sua corte retornavam DEL PRIORI VEN NCIO 2001 p 203 Como consequ ncia direta para o Brasil a Revolug o do Porto deflagr
318. portugueses e brasileiros para al m da capital baiana foi o principal motivo para a migra o de parte dos Amados para a prov ncia de Sergipe Del Rei Conforme os relatos da av Mariana os Amados como eram portugueses e outros de origem lusa passaram a ser perseguidos e dirigem se tomando o rumo do Norte em dire o a Sergipe Ap s uma longa viagem que deve ter durado semanas aonde nem todos chegaram ao destino o grupo atravessa o Rio Real j na Prov ncia de Sergipe d El Rey E assim continua os Amados chegaram a Sergipe por Campos atual munic pio de Tobias Barreto Da a fam lia tomou rumos diversos especialmente para 21 Estancia Entre as familias que foram para Sergipe estava a de Barnab Amado BLOG DOS AMADOS 2011 Em terras sergipanas Barnab Amado deu inicio a uma nova etapa da familia Na freguesia de Nossa Senhora de Campos do Sert o do Rio Real hoje cidade de Tobias Barreto estabeleceu se como dono de terras e criador de gado e viu sua filha Emerenciana casar se com Joao Francisco de Faria filho de portugueses e dar lhe os netos Boaventura de Faria Amado Jovianiano de Faria Amado Ant nio de Faria Amado Maria Francisca de Faria Amado conhecida como tia Sinharinha Maria da Anuncia o de Faria Amado conhecida como Donana Francisco de Faria Amado Jo o de Faria Amado Ana Joaquina de Faria Amado conhecida como tia Pombinha Pac fico de Faria Amado e Jos Amad
319. qui pesquisados e as representa es que suas trajet rias deixaram na mem ria e na hist ria do Brasil o conceito de intelectual serve para caracterizar esses homens protagonistas das a es sobre as quais este trabalho de pesquisa se debru a Tal caracteriza o serve para que seja poss vel compreender sobre quais bases essas iniciativas foram constitu das o car ter que tiveram uma vez que est o diretamente ligadas ao itiner rio de seus atores principais Assim o esfor o empreendido em apresentar Genolino Gild sio e Gilson Amado enquanto intelectuais deve se ao fato de que apesar de suas import ncias para o contexto social brasileiro especialmente no tocante a Educa o num dado per odo da hist ria do pa s n o h um debate acerca dos mesmos j estabelecido Nesse sentido este trabalho n o trata de grandes intelectuais Ao contr rio ele faz o movimento indicado por Sirinelli 1996 p 246 de descermos at o estrato intermedi rio dos intelectuais de menor notoriedade mas que tiveram import ncia enquanto viveram Diante disso e da import ncia que o conceito de intelectual tem para este trabalho n o sedimentar em bases s lidas a caracteriza o dos tr s irm os Amados enquanto intelectuais poderia comprometer o ponto de partida de suas a es uma vez que elas est o estritamente ligadas figura de Genolino Gild sio e Gilson enquanto intelectuais criadores mediadores e engajados N
320. qunsts he a auras j tedy y pai Fm slata di Eseia timings 4 a incluo 95 gia 40 ame ell aatenta des artviers odiitnistest vog c ut caia as sota Naal d Bluca e csl pemetenta ans d Trpmia ti yous ow USAR arena cos antn dordislu saca do plara e Hindrpende ma cizoistaro due rnea de artrde o ter tile ulids Cena de breed Ging E hh e i guiou por vnem ro Kabare do wtuler de b ela a Eirapia a Bande presos uuurrue arica i Din la la Comanda Neuial da Crista N E Dur 4 tembia RICH 9 Nirelar Gran do Deguraoitu a Mand da Colas F ATA CICL N AD ayna jetleyins Fuse iA BAN as Pal a seguince a disat Tiempeinds pon Miristea da Edoc io mA teula bs tras a o do Cores ge Jurcuilewu os Pacullude de Palena Ma da Uadeveruorim ey lisas e fa wiles dicil de Untperiico a Ural da Arsecdugte Uraxilejes de Dipecu a Vivuliade Nacional Ne loca tas Preferseres Sve sxlucamees Meus Seuhens Tamb m eu divs Cacus lombini co fui joruwlisto do fre Best Li as rio O Ranvere sua gis que Lis cumulo politico Na mihn idoviiia Jiuer Ca o rlo Cr Dwie Jitko E impire nar bs eal fna us gicas aladas de cujos ere es fel Reds ser cur n b agina es ondpor Leisis de rul e cial prin conser o e pela abullg e ca dt Ledo aa Jacarta venjal Veluss Pod ammel wlleclao e Conat rrio Alem que au u piwan gurdo a est reo de Nabuco 2b
321. r Decreto n 22 245 de 6 de Dezembro de 1946 O PRESIDENTE DA REP BLICA usando da atribui o que lhe confere o artigo 87 n I da Constitui o e nos t mos do art 5 do Decreto lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 DECRETA Art 1 O Curso de Jornalismo institu do pelo Decreto lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 compreender tr s se es 187 reto tWILUB7 de 19 de Malo de 1347 www2 camara leg br Resdabiity pm wwwz camara leg br Decreto n 23 087 de 19 de Maio de 1947 Autoriza o funcionamento do curso de jornalismo da Faculdade de Filosofia Ci ncias e Letras de S o Bento da Universidade Cat lica de S o Paulo O PRESIDENTE DA REP BLICA usando da atribui o que lhe confere o artigo 87 item I da Constitui o e nos t rmos do artigo 23 do Decreto lei n mero 421 de 11 de maio de 1938 decreta Artigo nico concedida autoriza o para o funcionamento do curso de jornalismo da Faculdade de Filosofia Ci ncias e Letras de S o Bento da Universidade Cat lica de S o Paulo com sede em S o Paulo Capital do Estado de S o Paulo Rio de Janeiro 19 de maio de 1947 126 da Independ ncia e 59 da Rep blica EURICO G DUTRA Clemente Mariani Original URL wwwz camara leg br in fed decret 1940 1 decreto 23087 19 ps lie ur coa ea her t 1940 1949 3087 19 188 de Manj ids 1948 Publica o Original Portal Camara dos Deputados Legislacao Legisla o Inf
322. r responsabilidade pois n o pode assumir um homem para consigo para com o pr ximo para com Deus BITTENCOURT 1948 apud D O U 04 de maio de 1948 O curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil nascia assim e em seu bojo Genolino Amado ao longo dos sete anos em que ali permaneceu atuou no sentido de se fazer cumprir a ess ncia da forma o proposta outrora pela ABI e reafirmada no discurso do Ministro Clemente Mariani Bittencourt Apesar de n o ter encontrado nenhum ex aluno ou mesmo companheiro de doc ncia de Genolino naquele per odo me pass vel crer que o perfil docente que Genolino come ou a construir em 1933 quando ingressou como professor da Prefeitura do Distrito Federal e que foi intensificado no ano e meio em que lecionou s meninas da Escola T C Amaro Cavalcante do in cio de 1944 a meados de 1945 permaneceu no mesmo rumo Ou seja o professor que n o se impunha como autoridade absoluta que buscava meios de tornar as li es interessantes que para al m dos m todos postos para o ensino procurava reconhecer o perfil de seus alunos e a partir disso desenvolvia estrat gias de intera o com eles de forma que a aprendizagem fosse favorecida 120 Tal perfil profissional parte do entendimento de que a aus ncia capaz de dizer tanto quanto a presen a das informa es Nos materiais de Genolino aos quais tive acesso na Funda o Casa de Rui Barbosa n
323. r a tusk qo Neui ne riures O LY yapni de Puya de pam heroa dio tle Pederal Armia Ku abu Siva que culta SH slaw 1 M z Clas ele enga BA AGRICULTURA DECHETO DE 1 br AGO IG PR Fit De arbr a mm urtipo 1 Jetro ag 2 Prsigenie Un Resctisa cessive du Herria n 31 204 de 26 Qe tyar o de 10 Fombraans Tenda am vira o que cuy ik Tenda em sida e ue ponta de ue SU 22 03 d9 de TAM gevieso n 24 361 de 1650 du De y PO ey Aran o ea da tim patenta de adentra de Mt Ge de Tutor ele Path r Bewn amie ia do Juvaga e Negonr Dite Temario ZE da E bet Mummers Je a gt Mensulialas ie Encitga de Cavs ce O tombeiva se L clase do Corpo Pou de Deparramema Moral dia de Romte fe Drie Feetern Prodilcus Acura de Minint r he sis Gornro Memi QUE pens 4 usb 2 Artium her bit Lil Tera carga pablo PRESID NCIA DA Pistori dls Jeinti a y Pepios Tite pln pees gt Teoma em LIR A QUE dn de An AS sagrado fa Putin MIU ry Peon EE O fe 1950 ek De REP UB LICA a Detrilo Fegeisl Jook Bariu que pertamento de Armmeuarie de JA erra 20 anos le serva Regeln an Julia e Rap tite Tide Teh vou vizs ue ecra dy o calm do ebgliadiz Cy Pola DEl DEPARTAMENTO ee paw aro de nad rear na proeerar Y 24 123 el idl do De l gt we Disbito Tenval Guthenne ADMINISTRATIVO DO SERVICO husTrclta de Eent dos mane panail de Suniardcareas da Bi Ant mic Shaves ase condo 12
324. r decreto e que O Ministro da Educa o baixar instru es inclusive sobre as mat rias referidas no artigo anterior e dar provid ncias que possibilitem desde logo o in cio do curso de jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia BRASIL 1943 Tais provid ncias foram tomadas cinco anos mais tarde em 1946 contudo somente em 1948 o curso foi finalmente instalado junto Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil Essa conjuntura sobretudo burocr tica foi importante pois a partir dele que poss vel compreender como foi estruturado o curso e seu corpo docente Para tanto faz se necess rio retomar os ideais da Associa o Brasileira de Imprensa para o curso desde os idos de 1918 O presidente da ABI poca o jornalista Jo o Guedes de Melo defendia que o 1 A primeira iniciativa nesse sentido aparece no Rio de Janeiro juntamente com a cria o em 1935 da Universidade do Distrito Federal UDF Contudo esse curso n o tinha car ter de ensino superior LOPES 2011 113 curso para a forma o de jornalista teria segundo sua estimativa at cinco anos de dura o ao longo dos quais o estudante dedicar se ia entre outras s disciplinas de Portugu s Franc s Geografia Hist ria da Am rica e do Brasil Hist ria Parlamentar Psicologia Direito Moral Literatura e Datilografia SEGISMUNDO 1995 p 102 Al m disso o curso deveria ter um jornal pr prio que permitisse aos
325. ra compreender o processo que o levou a este lugar preciso antes de tudo percorrer outros dois caminhos O primeiro o de como o curso foi pensado institu do atrav s do Decreto Lei 5 480 de 13 de maio de 1943 e finalmente posto em funcionamento em 1948 O segundo diz respeito a como Genolino Amado acabou por se tornar um dos mestres escolhidos para compor o primeiro corpo docente do curso O princ pio do primeiro caminho tem como marco o in cio do s culo XX quando em 1908 foi fundada a Associa o Brasileira de Imprensa ABI Segundo Segismundo 1995 dentre as atribui es da institui o estava a cria o de uma escola ou curso de Jornalismo que tivesse como objetivo preparar os futuros profissionais da rea A raz o para tanto o pr prio autor explica Desde o surgimento da imprensa entre n s era jornalista quem o quisesse bastando o ato expresso da escrita e os meios de transmiti la multiplicada a determinado p blico SEGISMUNDO 1995 p 98 No momento da cria o da ABI havia o entendimento de que o fazer jornal stico n o se tratava apenas de voca o mas sim envolvia um conjunto de t cnicas que os profissionais da rea deveriam empregar para garantir o bom exerc cio da profiss o Al m disso os dirigentes da ABI acreditavam que uma escola ou curso seria capaz de garantir uma forma o tica e moral queles que desempenhassem a fun o de jornalistas 110 O primeiro plano de implementa o da
326. ra informar como tamb m para educar O grande alcance desses meios permitia no entendimento de Gilson suprir a demanda crescente especialmente das classes populares por Educa o Segundo um documento que encontrei no arquivo pessoal de Camilla Na Mayrink Veiga compreendeu que somente o livro a Universidade e as Revistas n o podiam atender ao crescente reclamo da multid o brasileira por esclarecimento e participa o DOCUMENTO 01 196 p 01 Em anexo Embora o documento n o apresente data ou assinatura indicando o autor a nica indica o existente no mesmo o nome Jornal do Brasil datilografado na parte superior da primeira p gina ele produz um hist rico de Gilson at o momento do lan amento da Universidade de Cultura Popular passando necessariamente pelas mesas redondas Quando em 1962 Gilson conseguiu o hor rio das 22h30 na TV Continental para transmitir suas mesas redondas ele deu in cio a divulga o do seu projeto da universidade sem paredes 14 Gilson Amado teve larga participa o na vida administrativa do pa s nestes ltimos 30 anos tendo sido autor de v rios projetos de import ncia tais como a Lei de Emerg ncia de Menores A Revista Arquivos do Minist rio da Justi a e Neg cios Interiores a Assist ncia T cnico do Minist rio da Educa o e Cultura ATEC e a Funda o R dio Mau Exerceu a chefia do gabinete e assessoria t cnica em cinco Minist rios Via o Jus
327. ra s chegar o tempo E assim como se n o quisesse nada id ia v Donana disse um dia Meu filho quer brincar com umas coisas bonitas Olhe estas medalhas de tantas cores que Gild sio e Gilson receberam no col gio o col gio que tamb m ser seu E l todo bom aluno ganha medalhas assim Lindas n o Pois v brincando com elas 95 Como classificar atualmente a sugest o donanesca Um publicit rio bem moderninho com as pretens es muito em voga de promover por meios ps quicos a venda de liquidificadores desodorantes e sabonetes diria que minha m e fez propaganda subliminar AMADO 1977 p 222 Assim mesmo tendo nascido em Itaporanga d Ajuda e vivido parte da inf ncia em Aracaju na Bahia para onde a fam lia se mudou em 1913 que Gilson d os primeiros passos de sua forma o Conforme poss vel perceber no relato de Genolino da mesma maneira que Gild sio Gilson destaca se nos estudos desde cedo Aluno aplicado no col gio orgulho dos pais em casa Ainda em Salvador cursa os preparat rios mas a exemplo de Gilberto Gildo Genolino e Gild sio segue para o Rio de Janeiro onde ingressou na Faculdade de Direito situada poca na rua do Catete A ida para a capital federal segundo Camilla Amado 2011 seguiu o fluxo de migra o que a fam lia havia iniciado com Gilberto Segundo a filha de Gilson em entrevista concedida a mim em novembro de 2011 na medida em que um irm o se estabelecia na e
328. rac sin pera Liss Er EGA E U A enn ones e Bro Ea cotar o Tela e Pron O premia tao solo aio e publerda 2 u nee Mih 6 Tr e en sie novuzrutog e woniena olt lrinia e isvis i as A Farsa de age pura ina de deve duce do esos am ae Tica Pleja a Ayeye Luces 10 16 49643 U Y de Reasi 5 2 Tera Eli peru A E O HUAG De tae DE COD TRATO Caress be oe raa ar R do l lato fi S A ASN dy kbs ge ukran Titti i ao Caner P cmo dn eutze n Reltaca da Orlversidtacte A aren cletrica para Representante Ey Reil ciu de Doi vumidade de Brac nai wn Distr z Dowor Perro Coloca Bords de Bi e nna ra de ja 20 aublicade no irquruta at trinta Prass unt 16 28743 Ti D do Brel n mero tenth de vintg da RESUMO DE TREMO DR RREQYA O DE CONTRA IL wal Une ae peered re Ay ys Hiera de prime de jancom de ewl Ranma sh ang o dA we 1 Si LEA Y Su Er 2 14100 e Sut corteab facada ata a stud dn Uswenisctn on Brad no Ar uv G mn Amado Renresente tile de Tetris de tui yersidnar da dirazi oo ata Pr Dunluc Pedzu ems o Rel Tuntuade Cenalina Amon Tuoyio Verba O canleuneda des son dar Da Pasie Hucional o Puesta UR Universidade ma Bie Cla Swift do danl SA fae Euro cate mao de Bi eo Senor Humburta ail a lurgju de Prufensor 43 abeuplt Ry Cop 233 Us 1200 E UA Ti l Barolo joa sh
329. re m dico e advers rio pol tico de Melchisedech e que viria a ser o primeiro Presidente do Estado de Sergipe que viesse olhar Maria Zulmira j tratada por outro m dico mas sem resultado Gilberto pronto para sair observei o atentamente E o que me impressionou foi o chap u coco de feltro duro a copa arredondada abas estreitas e lateralmente um pouquinho reviradas Chap u assim n o havia em Itaporanga Descobri depois que j era de uso em Aracaju valendo como distintivo de profiss o liberal ou de pretens o intelectual Os coron is os usineiros os negociantes abastados ou seja a aristocracia rural e a burguesia urbana de chap u chile ou panam Bachar is literatos jornalistas influ ntes de chap u coco AMADO 1977 p 86 87 Tais lembran as seriam apenas as primeiras a evocar Aracaju Com Melchisedech trabalhando as aten es voltaram se integralmente educa o dos filhos Ana tratou de buscar col gio para aqueles em idade escolar Mais uma vez tendo Giuseppe por companhia Genolino foi ter aulas com Dona Zuzu em escola que segundo sua avalia o anos depois s tinha de bom os ara azeiros do quintal AMADO 1977 p 122 Em suas lembran as 74 2 Geno descreve a primeira professora que teve em Aracaju como uma sergipana fervorosa Aos meninos era obrigat rio cantar o hino de Sergipe todas as manh s antes de iniciarem as aulas que inclu am li es das diversas disciplinas d
330. re a inf ncia sobre a rela o dos irm os em fam lia al m de tra os da personalidade de cada um dos tr s a exemplo da quietude de Genolino a companhia que Gild sio encontrava nos livros ele estava sempre com um debaixo do bra o e o jeito despojado e bem humorado de Gilson para lidar com as mais diversas situa es Em tempo esclare o que o n mero de entrevistados n o foi previamente definido tendo sido realizado o n mero de entrevistas necess rias para a reuni o das informa es necess rias a este trabalho nos termos em que preconiza Verena Alberti para quem a decis o sobre quando encerrar a realiza o de entrevistas s se configura medida que a investiga o avan a Como forma de operacionaliz la pode ser til recorrer ao conceito de satura o formulado por Daniel Bertraux De acordo com esse autor h momentos em que as entrevistas acabam por se repetir seja em seu conte do seja na forma pela qual se constr i a narrativa ALBERTI 2005 p 36 Assim sendo para este trabalho as fontes definidas pelas pesquisas documental e bibliogr fica e aquelas constitu das a partir da metodologia da hist ria oral foram fundamentais para a compreens o das trajet rias de vidas de Genolino Gild sio e Gilson Amado lan ando luz sobre o caminho que percorri ao longo das an lises aqui apresentadas Sobre a rela o entre as fontes impressas e orais Verena Alberti destaca a import nc
331. revistar os mais diversos artistas mas n o s eles em suas mesas redondas sempre com Lord Byron 23 de janeiro 1788 19 de abril de 1824 George Gordon Byron o 6 Bar o de Byron nasceu na Inglaterra e foi escrito e poeta ingl s 5 Voltaire Paris 21 de Novembro de 1694 30 de Maio de 1778 Fran ois Marie Arouet foi poeta ensa sta dramaturgo fil sofo e historiador iluminista franc s 29 o didatismo necess rio para que a informa o atingisse todos os p blicos Al m disso tal tra o da sua forma o intelectual lhe permitiu trafegar nos meios pol ticos incluindo o governo federal o que colaborou para que o sonho da TV Educativa no Brasil se tornasse realidade Findo este breve mas importante par ntese sobre os Amados de Sergipe e sua rela o com a Cultura tempo de retomar a trajet ria da fam lia nos idos de 1909 Em Itaporanga os tempos de fartura para os Amados tinham findado Melchisedech vendeu a loja e foi a capital em busca de trabalho A transfer ncia para capital principiou se como passeio em novembro de 1909 a fim de distrair a fam lia Contudo atendendo os planos iniciais de Melk findou se por ser definitiva Apesar da casa posta disposi o por um conhecido a quem Genolino 1977 se refere como Seu Franca alugaram resid ncia um pouco maior na rua Maruim Melk em busca de emprego e Donana cuidando de economizar em tudo quanto pudesse Os primeiros meses foram a
332. riosidade at que em certo dia Agripino Grieco cr tico liter rio publica um artigo com o t tulo Quem Geno Genolino coloca que Acostumado a denegrir os velhos o terr vel cr tico ent o no auge de sua irrever ncia e mordacidade exaltava algu m que ele desconhecia mas imaginava ser mo o SILVEIRA 1987 p 218 Genolino come ava a construir assim a sua pr pria rede Ainda em S o Paulo assumiu a chefia da Censura Teatral e Cinematogr fica de S o Paulo em 1928 mas acabou perdendo o cargo com a Revolu o de 1930 Nesta poca passou a trabalhar nos Di rios Associados dirigindo o Suplemento Liter rio do Di rio de S o Paulo e publicando cr nicas no Di rio da Noite Na reda o deste ltimo conheceu C sar Ladeira que iniciando como locutor na R dio Record convidou Genolino a escrever cr nicas radiof nicas 77 Apesar de bem instalado em S o Paulo Genolino n o demoraria a retornar para terras da capital federal O respons vel por sua mudan a foi um antigo colega dos tempos da Bahia An sio Teixeira poca Diretor da Instru o P blica no Distrito Federal Segundo o relato de Genolino em encontro casual na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro em 1933 An sio que naquele momento pautado nos ideais do Movimento da Escola Nova realizava uma grande reforma na instru o p blica convidou Genolino a compor o quadro docente do Distrito Federal A princ pio por falta de experi ncia Geno rec
333. rneiro Le o produziu ainda diversas obras e texto onde travava o debate em defesa de uma Educa o que fundamentada em bases cient ficas pudesse garantir a constru o do Estado 65 Moderno t o almejado por ele e seus pares dentre os quais destaco An sio Teixeira para quem Carneiro Le o foi um marco na hist ria da educa o brasileira pois foi com ele que se iniciou a carreira do educador profissional do administrador escolar com forma o filos fica e t cnica apropriada ARA JO 2002 p 121 Imortal da Academia Brasileira de Letras Ant nio de Arruda Carneiro Le o dedicou se a Educa o no Brasil de muitas formas como pensador escritor conferencista administrador e professor Os fatos at aqui apresentados acerca de Tobias Barreto S lvio Romero e Ant nio de Arruda Carneiro Le o me permitem afirmar que a Faculdade de Direito do Recife em meados dos s culos XIX e XX foi um marco na hist ria da intelectualidade brasileira Contudo se ela configurou se como um grande centro propagador de ideias nesse per odo produzir pensadores n o foi uma exclusividade que lhe coube Ao apagar das luzes do s culo XIX e ao florescer do s culo XX havia no Brasil uma efervesc ncia de ideias Isso se deveu em muito proclama o da Rep blica e influ ncia de pensadores franceses alem es e norte americanos que serviram de base para as reflex es de diversos intelectuais brasileiros sobre a Educa o Em meio a
334. rso proferido pelo Ministro da Educa o em 1948 Clemente Mariani Bittencourt na presen a dos mestres e futuros alunos do curso que haviam passado pela sele o em mar o daquele mesmo ano No discurso Bittencourt afirma que At agora o jornalista tem sido produto de necessidades angustiantes ou de voca es irreprim veis cumpridas umas e outras custa de incertezas aflitivas de improvisa es e das desordenadas experi ncias da forma o emp rica Admitamos que esse autodidatismo seja uma imposi o da pr pria natureza da atividade jornal stica que exige acima de tudo a ndole e a voca o Melhor ser contudo que essas predisposi es inatas encontrem caminho mais f cil aprimorando se no estudo das t cnicas e dos conhecimentos b sicos pr pria fun o de divulgar discutir e orientar os complexos e graves problemas do nosso tempo A instala o deste curso corresponde ao reconhecimento dessa manifesta vantagem Bem o compreendeu a Associa o Brasileira de Imprensa que por le de h longa data se interessava prestigiou a sua cria o e prontificou se a colaborar para a sua maior efici ncia Bem o perceberam os jornalistas profissionais que a le acorreram em massa duplicando o corpo discente da Faculdade de Filosofia e dando exemplo eloqiiente da curiosidade intelectual que os anima Constitui empenho do governo Senhores estudantes e da Universidade a cuja sombra dadivosa vos abrigais que ningu
335. s poca presidente da Rep blica a publica o do Decreto Lei n 910 de 03 de novembro de 1938 O mesmo dispunha sobre a dura o e condi es do trabalho em empresas jornal sticas BRASIL 1938 Nesse sentido foi atrav s do referido Decreto Lei que se regulamentou a profiss o e que legalmente previu se a cria o de cursos preparat rios para jornalistas aos quais depois de criados estaria vinculada a emiss o do registro profissional que o Decreto Lei em quest o passou a indicar como obrigat rio para exercer a profiss o Assim o Art 17 da referida legisla o determinava que Art 17 O Governo Federal de acordo com os Governos Estaduais promover a cria o de escolas de prepara o ao jornalismo destinadas forma o dos profissionais da imprensa Par grafo nico Criadas as escolas de que trata este artigo a inscri o no Registro da Profiss o Jornal stica s se far para os novos profissionais em face dos diplomas do curso feito ou exames prestados em tais escolas BRASIL 1938 Sobre a promulga o do Decreto Lei por Get lio Vargas em 1938 preciso tecer algumas observa es Naquele momento o pa s vivia em um regime ditatorial comandado por Vargas desde 1930 quando instituiu o Estado Novo N o havia liberdade de imprensa e as 111 publica es eram fiscalizadas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda DIP ao qual coube a fun o de regulamentar o material publicad
336. s h elaborar e aplicar provas objetivas para avalia o do rendimento escolar 1 incentivar a cria o e o desenvolvimento de servi os de orienta o educacional nas escolas de ensino secund rio j organizar e administrar plano de concess o de b lsas de estudo a alunos bem dotados e de poucos recursos k cooperar com os estabelecimentos de ensino secund rio no estudo de projetos de pr dios instala es oficinas escolares e laborat rios adaptados s diversas regi es do pa s bem como de novos tipos de mobili rio escolar 1 realizar diretamente e em coopera o com os rg os t cnicos federais estaduais e municipais levantamentos das necessidades e possibilidades das diversas regi es do pa s quanto localiza o da escola secund ria m divulgar atos experi ncias e iniciativas julgadas de inter sse ao ensino secund rio bem como promover o interc mbio entre escolas e educadores nacionais e estrangeiros n promover o esclarecimento da opini o p blica quanto s vantagens asseguradas pela boa educa o secund ria BRASIL 1953 O campo de atua o da Cades era ent o bastante amplo e tinha potencial para iniciar um caminho que privilegiasse as a es tomadas pelo Minist rio da Educa o no sentido de promover assist ncia e orienta o mais do que uma simples fiscaliza o Gild sio via ent o na Campanha um instrumento menos sujeito s burocracias legais que envolviam os mecanismos regulares do
337. s Amados atuaram No pr ximo cap tulo ao tratar das contribui es individuais de cada um dos tr s irm os Amados mais uma vez retomarei aspectos relacionados sociabilidade dentro desses espectros trazidos Por hora o que fica evidenciado que partilhar a fam lia bem como a escolha por carreiras que ainda salvo guardavam o prest gio social permitiu a Genolino Gild sio e Gilson Amado a viv ncia de experi ncias o estabelecimento de liga es afetivas e de afinidades ideol gicas que permitiram a consolida o de seus entendimentos sobre o que era Educa o e a concretiza o de seus projetos educacionais Assim em meio aos espa os de deslocamento social os lugares que esses Amados ocuparam seus processos de produ o propaga o e a repercuss o das ideias pode se encontrar na g nese de suas constitui es como intelectuais o compartilhamento do mesmo tronco familiar Isto por certo favoreceu certos deslocamentos e a consolida o de uma base de forma o cultural e social comum al m do pertencimento mesma gera o fundamental para que fossem forjados no mesmo contexto sociocultural sendo inclusive influenciados pelos mesmo paradigmas e valores coletivos As redes de sociabilidade tamb m constitu ram suas trajet rias e os permitiu influenciar e serem influenciados em um processo de simbiose Nesse sentido as trajet rias de vida e em especial as a es no campo da Educa o de Geno
338. s sua propaga o cada vez maior s classes m dia e oper ria e sua transforma o para adaptar se variedade de aptid es individuais e s exig ncias da sociedade industrial AMADO 1973 p 33 Gild sio via assim a escola secund ria que se apresentava naquela d cada de 1950 distinta da que se podia encontrar no Brasil no in cio do s culo XX A que se apresentava tinha um car ter geral e popular contudo enfrentava ainda as dificuldades postas por um sistema constru do sob outra mentalidade qual Gild sio 1973 chamou de arcaica uma vez que ela ainda privilegiava a dicotomia entre o ensino voltado para o ingresso nas universidades e aquele voltado para o aprendizado de uma profiss o ou seja um ensino t cnico Ele entendia que a realidade que se impunha na segunda metade do s culo XX exigia uma forma o diferenciada da que existia at ent o pois a maioria dos alunos que ingressavam no ensino secund rio destinavam se s carreiras semit cnicas que dia a dia se multiplicavam AMADO 1973 p 34 Sobre o panorama da poca e esse aumento exponencial de alunos no ensino m dio em especial daqueles provindos das classes mais populares Nunes 2000 explica que Se a procura pelo curso secund rio ou gin sio acad mico se intensificou no pa s desde os anos 19 30 o mesmo n o ocorria com rela o ao ensino 138 profissional particularmente o ensino industrial e o agricola cujas matriculas aconteciam em
339. s aulas em domic lio e assist ncia aos alunos telespectadores em n cleos de atendimento denominados Centros Controladores Havia ainda a recep o em domic lio sem qualquer v nculo com os Telepostos ou Centros Controladores MACIEL s d p 4 104 Silveira Borges ex secret ria de Gilson formavam a santissima trindade da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa Nas exatas palavras dela Era uma equipe muito unida Jairo Gilson Alfredina era como se fosse a Sant ssima Trindade PAIVA 2008 apud MACIEL 2009 p 124 Dessa forma a relev ncia da FCBTVE e da TVE foi tamb m resultado das experi ncias de Gilson Manoel Jairo e Alfredina que na medida em que compunham uma rede de rela es concretas influenciaram se mutuamente reinventando e recriando n o apenas a si mesmo como tamb m o resultado de suas escolhas e a es Vale destacar que apesar da proemin ncia que Jo o da Silva alcan ou esse n o foi a nica produ o da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa Programas de entrevistas voltados para o p blico infantil de cultura al m daqueles com fins educacionais foram produzidos ao longo de todo o per odo em que Gilson Amado este frente da Funda o e da TVE Na trajet ria da TV Educativa no Brasil acredito ser importante ainda destacar o ano de 1979 Nesse per odo as emissoras do Norte e Nordeste reuniram se com o Programa Nacional de Teleduca o Prontel e a FCBTVE e deste en
340. s dirigiu se ao Dr Gilson na frente de todos e disse Pode ficar descansado Dr Gilson n s por nossa conta vamos fazer suas apostilas E fizeram sem Bloch saber BEZERRA 1977 p 01 Eis uma amostra do poder de influ ncia de Gilson Amado que nesse momento valia se de t ticas CERTEAU 1994 para manter seu projeto de educar atrav s da televis o A falta de recursos era um problema consider vel na medida em que j naquela poca o hor rio das 22 horas j era considerado nobre e por isso um dos mais caros da televis o brasileira Mesmo com o voluntariado dos professores o projeto crescia os cursos diversificavam se novos alunos se matriculavam e isso demandava cada vez mais a produ o de novos materiais em maiores quantidades Apesar do sucesso alcan ado em t o pouco tempo vide o n mero de inscritos nos cursos do Artigo 99 que segundo o documento datado de 1963 encontrado no arquivo de Camilla tivesse dura o de um ano ao final dele estariam potencialmente preparados para o ensino m dio mais indiv duos do que alunos matriculados nos Estados no ensino regular com exce o da Guanabara e de S o Paulo 1963 Sobre a falta de recursos Gilson Amado queixou se em carta destinada a Carlos Alberto Assim se os problemas de interesse coletivo e de cultura geral j sensibilizam amplas reas de audi ncia para um trabalho como realiza a T V Universidade da Continental com seus cursos do Artigo 99 c
341. s esperan as de mudan as no sistema educacional do pa s estava paralisado no Congresso Nacional aguardando vota o O panorama geral indicava assim que havia um descompasso entre as necessidades do ensino brasileiro e a legisla o que o geria at ent o A Educa o no Brasil no momento em que Gild sio assume a Dese em 1956 configurava se como um grande desafio diante do qual ele n o hesitou J no seu discurso de posse ele deu os primeiros indicativos do entendimento que tinha da atual conjuntura educacional e evidenciava a partir de propostas o qu o significativa seria sua gest o frente da referida Diretoria Segundo Couto Pinto 2002 Em seu discurso de posse ressaltava o desajuste existente entre a estrutura do ensino e a nova realidade social e apresentava uma proposta de solu o diferencia o deste ensino por desdobramento em v rios tipos ou ao menos pela flexibilidade dos curr culos Di rio de Not cias 12 4 56 COUTO PINTO 2002 p 415 Essa realidade o motivou a mud la e assim Gild sio Amado de acordo com Couto Pinto 2002 dividiu sua atua o na Dese em duas frentes descentraliza o que se dividia em formal referente transfer ncia do poder do rg o central para os regionais e informal relacionada a iniciativas com objetivo de libertar as escolas do esquema de instru es oficiais ao qual estavam subordinadas e assist ncia t cnico pedag gica Esta por sua vez visava cap
342. s mais altos Menino de vastas leituras Genolino deu cedo ind cios de suas habilidades para a escrita que seriam evidenciadas e aprimoradas t o logo conclu sse o curso de Direito no Rio de Janeiro Formado seguiu para S o Paulo onde indicado por Menotti del Picchia atuou no jornal Correio Paulistano figurando entre os seus principais redatores Foi ainda chefe da Censura Teatral e Cinematogr fica de S o Paulo entre 1928 e 1930 ano em que foi destitu do do cargo pela Revolu o de 1930 Retomou ent o a atividade jornal stica dessa vez n o apenas no jornal impresso como tamb m no r dio ve culo no qual se destacou ao retornar para o Rio de Janeiro em 1933 Na cidade maravilhosa foi nomeado por An sio Teixeira professor do curso secund rio da ent o Prefeitura do Distrito Federal onde al m de lecionar trabalhou na R dio escola ao lado de Roquette Pinto Atuou tamb m na R dio Mayrink Veiga escrevendo cr nicas sobre a cidade maravilhosa e apresentando o programa Biblioteca no Ar ganhador por duas vezes do pr mio de melhor programa cultural do r dio brasileiro Em meio escrita de livros e tradu es Genolino laureou sua carreira no magist rio como um dos mestres a compor o primeiro corpo docente do Curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia e Letras da Universidade do Brasil e na literatura ao ser eleito bem como o irm o mais velho imortal da Academia Brasileira de Letras AM
343. s mal feitos n o caberiam a outros sen o a Donana ou Melk A percep o da m e sobre o ato de educar deu ao pequeno Geno a oportunidade de compreender ainda o senso de justi a que guiava as a es da m e Isto revelado nas mem rias de Genolino quando o mesmo relata o di logo da m e com o Padre Lu s sobre o castigo imputado a turma de Giuseppe em fun o de um malfeito serfssimo cometido por um dos alunos que ao certo n o se pode identificar quem era Como j anunciado no cap tulo anterior ao questionar o diretor do col gio acerca da culpabilidade de Giuseppe no ocorrido Ana teve como resposta que o menino com certeza nada fez mas que como o culpado n o se revelou todos foram castigados O que Padre Luis ouviu em resposta ainda ecoava na lembran a de Genolino quase setenta anos depois Sou m e De treze filhos Alguns at adultos J podem saber as injusti as do mundo Os pequenos ainda n o Quanto mais tarde melhor Giuseppe com onze anos cedo bem cedo para conhecer e sofrer o injusto AMADO 1977 p 128 75 No Col gio Nossa Senhora Auxiliadora Genolino permaneceu estudando at a mudan a da fam lia para Salvador na Bahia nos idos de 1913 Sobre o escola em Aracaju Genolino 1977 p 186 rememora que o timo ensino do col gio salesiano me alargou a compreens o das coisas Mas terminado 1912 por sugest o de Gileno a fam lia deixou de vez as terras sergipanas Os Amados
344. s para este trabalho Obrigada por n o terem poupado esfor os para fazerem parte das bancas dando me assim a chance de concluir o Mestrado em Educa o Ilka a voc minha gratid o pela amizade pelo carinho pelos debates pelas contribui es e pela confian a Luciano a voc muito obrigada por ter refor ado em mim o valor das amizades e por ter aceitado mesmo com o prazo diminuto contribuir para o aprimoramento desse trabalho de pesquisa para outra filha de Minas Gerais que segue meu pen ltimo agradecimento Rita muito muito obrigada pela disposi o de mesmo sem me conhecer aceitar o pedido de imprimir as c pias dessa disserta o endere adas ao Luciano e a ele entreg las Talvez voc n o saiba o quanto a sua prestatividade contribuiu para a reta final desta disserta o N o posso deixar de agradecer ainda aos descendentes dos Amados de Sergipe nas pessoas de Camilla e Lu s Amado A voc s meu agradecimento por terem preservado a hist ria e a mem ria da fam lia Camilla e Lu s obrigada ainda por terem me recebido em suas casas e disponibilizado seus tempos e aten es para a realiza o das entrevistas sem as quais este trabalho n o estaria completo Bem como aos funcion rios dos arquivos da Funda o Casa de Rui Barbosa do Programa de Estudos e Documenta o Educa o e Sociedade da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro da Academia Brasileira de Letras da Biblioteca Naciona
345. s se realizavam as provas finais As primeiras provas com esse car ter foram aplicadas em junho de 1974 e organizadas pela secretaria de Educa o da Guanabara e do estado do Rio de Janeiro N o fui capaz de encontrar dados que me indicassem quantos alunos que estudaram atrav s da novela fizeram as provas tampouco consegui saber o ndice de aprova o Contudo isso n o me ter sido poss vel n o invalida a import ncia que o projeto Jo o da Silva teve e o quanto ele revela sobre Gilson Amado que engajado em seu projeto buscava n o controlar mas participar e acompanhar as a es e ideias que eram desenvolvidas dentro FCBTVE O quadro geral da Funda o Centro Brasileiro no in cio da d cada de 1970 era dos melhores mas para estar completo faltava ainda a concess o de um canal pr prio para a Funda o passasse a existir como um ve culo televisivo Contudo o t o aguardado canal n o tardaria a chegar Em 16 de agosto de 1973 o presidente M dici assinava o Decreto n 72 634 concedendo a FCBTVE o uso do canal 02 do Rio de Janeiro anteriormente pertencente TV Excelsior A not cia concretizava anos depois o sonho de Roquette Pinto e Tude de Souza e ampliava o campo de atua o de Gilson Amado A not cia era t o valorosa que antes mesmo de o decreto ser assinado ele j tinha mandado nota imprensa informando o feito Segundo reprodu o de Milanez 2007 p 47 o texto dizia A TVE do MEC vem a com seus est d
346. s trabalhos futuros da Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa importante dizer tamb m que al m da novela Jo o da Silva a FCBTVE e a TVE a partir das engrenagens do grupo constitu do por Gilson produziram e veicularam outros programas que marcaram a hist ria da educa o televisiva no Brasil Assim importante lembrar de Recupera o do Ensino Prim rio do curso para 165 professores leigos idealizado por Manoel Jairo Bezerra e de Preciso Cantar e Pequena Antologia da MPB apresentado por Grande Otelo e com o objetivo de preservar a mem ria nacional Al m desses programas houve uma programa o toda pensada e projetada para o p blico infantil O processo de elabora o desses programas foi minuciosamente planejado tendo inclusive a TVE em comum acordo com o Programa Nacional de Teleduca o realizado uma pesquisa com crian as entre 03 e 15 anos como forma de orientar suas cria es para esse p blico Destacam se aqui os programas Pluft o Fantasminha 1975 e S tio do Pica Pau Amarelo 1977 esp cies de teledramaturgia infantil que foram financiadas pela TV Globo e produzidas pela TVE e a s rie Patati Patat premiada no Jap o como melhor programa de conte do pedag gico do mundo em 1981 Sobressa ram ainda Vamos gostar de matem tica As aventuras do Tio Maneco Plim Plim o M gico do Papel Janela da Fantasia A Turma do Lambe Lambe
347. sar de integrantes das gera es anteriores j dialogarem com este campo o que alguns historiadores da Escola nos anos 1960 e 1970 buscavam era uma rela o mais estreita distinta das visitas espor dicas em busca de novos conceitos praticadas pela primeira e segunda gera o dos Annales Nesse contexto o que Burke 1992 chama de antropologia simb lica sobressaiu se na aten o dos historiadores que sucederam Fernand Braudel Le Roy Ladurie foi um dos historiadores integrante desse terceiro momento da Escola dos Annales que direcionou suas pesquisas no sentido de uma hist ria mais antropol gica O estudo mais proeminente de Le Roy Ladurie Montaillou publicado em 1975 um primeiro exemplo do que viria a se chamar de micro hist ria Seu autor estudou o mundo atrav s de um gr o de areia ou em sua pr pria met fora o oceano atrav s de uma gota de gua BURKE 1992 p 98 O trabalho foi dividido em duas partes e tem como fonte o depoimento de 25 moradores da aldeia de Ari ge na Fran a interrogados pela Igreja Cat lica sob a acusa o de heresia Nele Le Roy analisa a cultura material da aldeia na primeira parte e busca compreender as mentalidades dos alde es na segunda parte Tra ando um paralelo com Montaillou e outros estudos subsequentes que partem da mesma premissa poss vel perceber que a partir de objetos de estudo pontuais poss vel compreender um cen rio sociocultural mai
348. scolhida pelo Amado primog nito Gilberto e na qual o mesmo tornou se proeminente outros que o conduziram a empreitadas menos planejadas no seio familiar e mais forjadas pelas experi ncias vividas como o projeto da Funda o Centro Brasileiro de Televis o Educativa FCBTVE Sobre a inf ncia de Gilson n o encontrei muitas informa es al m daquelas comuns aos outros irm os Assim como Gild sio o que me foi permitido saber sobre seu tempo de menino consta nas mem rias de Genolino 1977 Contudo se os dados materiais n o s o vastos o que eles me apresentam suficiente para algumas infer ncias O primeiro relato referente educa o formal de Gilson ao qual tive acesso feito no pen ltimo cap tulo de Um menino sergipano no qual Genolino faz refer ncia conforme cita o no in cio da narrativa sobre a trajet ria de Gild sio matr cula dos irm os mais novo no Col gio Ant nio Vieira Considerando tal informa o a idade de Gilson e em especial os ind cios de que Ana de Lima tinha por h bito planejar a educa o dos filhos de maneira criteriosa posso inferir que a aus ncia de registros anteriores indica que foi no col gio dos jesu tas que Gilson iniciou seus estudos A evid ncia da preocupa o de Donana com rela o ao planejamento da educa o dos filhos pode ser notada na sequ ncia do relato de Genolino sobre os estudos dos irm os Gennyson deveria tamb m frequentar o Ant nio Vieira E
349. se ao seu primeiro produzido ainda em 1967 e chamado Recupera o do Ensino Prim rio Nos anos seguintes a rotina de produ o se manteve e entre mar o e agosto de 1971 a Funda o distribuiu 40 programas da s rie Conhecimentos Gerais 1 n vel Estes eram apoiados nos Cadernos do MEC Foi um per odo rico em produ o S nesse ano sa ram do sistema de circuito fechado da FCBTVE 360 aulas 46 adapta es de filmes 43 entrevistas de interesse comunit rio 404 flashes de pedagogia social um curso de pintura e 54 programas diversos MILANEZ 2007 p 41 O importante de se notar diante desse quadro que a revelia de todas as dificuldades a Funda o Centro Brasileiro de TV Educativa desempenhava um trabalho consistente A equipe era reduzida em 1971 ela tornou se maior com a chegada de novos profissionais mas isso n o significava falta de qualidade Nas informa es colocadas acima poss vel perceber que apesar da demanda e da urg ncia que essa trazia consigo foi reservado um tempo para estudo e revis o dos materiais que seriam produzidos e posteriormente gravados Al m disso teve se a preocupa o tamb m de montar uma log stica que permitisse que as fitas chegassem as emissoras espalhadas pelo Brasil A Funda o ainda n o completara cinco anos de vida mas demonstrava a for a de seu trabalho e a relev ncia do seu papel para a educa o televisiva no Brasil MILANEZ 2007 O projeto de Gilson de
350. seja tanto aqueles voltados para um ensino acad mico com vias de entrar na faculdade quanto quele que buscava por uma qualifica o educacional que lhe proporcionasse o engesso no mercado de trabalho A coexist ncia de alunos de diferentes 147 classes era vista por Gild sio como algo positivo que poderia favorecer a agrega o social AMADO 1973 Acerca dos Gin sios Orientados para Trabalho h de se destacar ainda que o ensino das Pr ticas Profissionais n o tinha qualquer rela o com o ensino t cnico profissional que se via at ent o Na proposta o GOT n o visava especializar o aluno em uma profiss o ao contr rio disso o que se buscava era colocar o aluno em contato com instrumentos operacionais e tamb m com fundamentos culturais no sentido de despertar lhe a voca o de permitir a ele descobrir sua aptid o e assim poder orientar seus passos futuros Gild sio Amado 1973 esclarece ent o que o ensino das pr ticas profissionais no GOT n o deveria ser monot cnico mas sim polit cnico Ele ent o exemplifica que o ensino de artes industriais compreendia basicamente trabalhos de madeira metal eletricidade artes gr ficas cer mica o de t cnicas comerciais as principais pr ticas exigidas pelo trabalho no escrit rio e na loja o de t cnicas agr colas opera es de oficina rural e v rias pr ticas de campo AMADO 1973 p 174 Os primeiros Gin sios Orientados para o Trabal
351. seus objetivos e pela dedica o de Gilson para com ele Esta era tamanha que o programa era feito com recursos financeiros pr prios daquele que seria o primeiro presidente da Funda o Centro Brasileira de TV Educativa FCBTVE Esta informa o revelada por Franci Silveira Borges secret ria de Gilson Amado por 13 anos apud MACIEL 2008 e confirmada por Camilla 2011 que em entrevista esclareceu que como a TV Continental encontrava se em dificuldade financeira Gilson pagava a remunera o dos operadores de c mera do seu pr prio bolso Sobre a origem dos recursos para tanto uma vez que Gilson tamb m n o recebia sal rio como apresentador Camilla 2012 relembra que o pai continuou a exercer a advocacia fun o que garantia o seu soldo e a possibilidade de implementar seus projetos Sobre esse per odo na TV Continental o programa e Gilson Fernando Barbosa Lima conta em seu livro Nossas c meras s o seus olhos que Conheci Gilson Amado na TV Continental fazendo longas e brilhantes entrevistas que varavam a madrugada sempre com pessoas de alta qualidade intelectual como San Tiago Dantas Jorge Amado Evandro Lins e Silva cada uma mais inteligente que a outra Contou nesses programas com a participa o de Mauro Salles que fez muitas entrevistas importantes Era um programa di rio de segunda a sexta feira que come ava s 23 horas e que ele chamava de Universidade sem Paredes E na verdade eram grandes aulas de
352. significaram assim O primeiro passo registrado na dire o de quebra da rigidez curricular pela hist ria da educa o brasileira NUNES 2000 p 52 Tendo sido instaladas em S o Paulo Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Minas Gerais no Cear Esp rito Santo Pernambuco e Guanabara o projeto foi um marco na educa o secund ria no Brasil inclusive contribuindo para a Lei de Diretrizes e Bases de 1961 que em sua reda o final incorporou a possibilidades de implanta o de curso e escolas experimentais no territ rio brasileiro Assim para Jayme Abreu 1960 apud PINTO 2002 p 418 com classes experimentais implantadas pela Diretoria do Ensino Secund rio se instaura o per odo pelo qual se pode quebrar o r gido estere tipo da falsa uniformidade pedag gica num arquip lago cultural diversificado como o do Brasil procurando reintegrar a escola no papel que lhe indeclin vel que lhe cabe de respons vel pelo processo educativo Muito embora o projeto seja pass vel de receber cr ticas das mais variadas o que me importa aqui que pioneira a iniciativa de Gild sio Amado configurou se como um possibilidade real de altera o do modelo de ensino secund rio vigente na poca no sentido de se estabelecer uma educa o m dia menos centralizada mais democr tica e adaptada s realidades das escolas e s necessidades e perfis dos alunos em seu tempo e lugar Diante disso destaco aqui o projeto dos Gin sios Ori
353. sio e Gilson figuram hoje como indiv duos que se destacaram no campo da Educa o brasileira As percep es apresentadas no cap tulo anterior no sentido de compor estes indiv duos e compreender como suas carreiras enveredaram pela Educa o e a ela permaneceram atreladas j permite vislumbrar a signific ncia que as atua es desses tr s irm os Amados tiveram para a rea As representa es deixadas pelas contribui es de Genolino Gild sio e Gilson Amado precisam no entanto de uma an lise mais profunda para que seja poss vel compreender como elas foram importantes para a Educa o em uma determinada poca e em um determinado contexto Al m disso apenas atrav s de um olhar mais apurado sobre os acontecimentos dos quais esses Amados foram protagonistas que poss vel perceber seus entendimentos sobre o que era Educa o e como elas se forjam atrav s de suas a es Assim o que busco neste ltimo cap tulo referendar esses tr s indiv duos como intelectuais SIRINELLI 1996 a partir de uma abordagem sistem tica e de uma an lise de suas atua es para o campo da Educa o de maneira que a partir de suas trajet rias de vida me seja poss vel analisar e interpretar as contribui es que eles deixaram para o ensino superior de Jornalismo o ensino secund rio e a Educa o a Dist ncia no Brasil A partir de tal entendimento e considerando que tenho um marco temporal como delimitador do meu recorte acer
354. smo era exercido por indiv duos sem curr culo apropriado sa dos de escolas de grau 11 Antes do curso entrar em funcionamento foi promulgado o Decreto Lei n 24 719 de 29 de mar o de 1948 que reestruturava o curso As altera es n o foram pontuais mantendo se assim as caracter sticas gerais do curr culo 116 secund rio as vezes superior sem amplos conhecimentos mas que na pr tica em correndo o tempo acabavam por tornar se h beis profissionais alguns at de renome Se recuarmos um pouco mais tamb m situaremos m dicos advogados engenheiros que n o tiveram instru o espec fica para os misteres a que se entregaram os quais todavia levaram a termo com xito e fama A observa o a disciplina e a pr tica fizeram nos profissionais seguros O passar dos anos levou especializa o ao trato acurado das mat rias constitutivas das m ltiplas profiss es Diante de tal quadro coube ao segundo grupo apresentado na fala de Segismundo 1995 doar seus nomes para lecionar no curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia Destaco ainda que esses profissionais aos quais somo ainda literatos e poetas que est o na origem do fazer Jornalismo fizeram desta profiss o sin nimo de intelectualidade Isto f cil de ser observado inclusive na percep o do primeiro governo de Get lio Vargas O texto do Decreto Lei n 910 de 03 de novembro de 1938 traz no seu in cio ao apontar os aspectos levados e
355. so n o d o conta de encerrarem o debate acerca dos Amados de Sergipe A trajet ria desses homens aqui estudados que nascidos no interior do estado de Sergipe na pequena cidade de Itaporanga d Ajuda alcan aram espa os t o relevantes para a hist ria da Educa o brasileira abre um leque de possibilidades que se encontram a espera daqueles que se dispuserem a sobre elas debru arem se Abre se assim um novo desafio Inicia se assim um novo caminho a ser percorrido Nascem assim novos objetivos a serem percorridos Mas em meio a tantas novidades persiste a certeza de que a pesquisa para al m do papel acad mico e social que cumpre promove naqueles que a ela abra am mudan as permanentes na forma de ver e viver o no mundo 177 REFERENCIAS ABREU Alzira Alves de LAMARAO S rgio Org Gilberto Amado In ABREU Alzira Alves de LAMARAO S rgio Personalidades da politica externa brasileira Brasilia Funda o Alexandre de Gusm o 2007 p 15 18 Dispon vel em http www funag gov br biblioteca dmdocuments 0364 pdf Acesso em 25 out 2012 ALBERTI Verena Manual de hist ria oral 3 ed Rio de Janeiro Editora FGV 2005 ALVES Ana Elizabeth S e SILVA L M P Fontes Hist ricas Documentais e os Estudos Sobre o Trabalho e a Educa o In Revista HISTEDBR on line v 14 jun de 2004 p 01 11 Dispon vel em http www histedbr fae unicamp br revista revis revis14 art1_14 pdf Acesso em 23 de maio de 2012 AMA
356. spa o f sico para iniciar os trabalhos da Funda o e ainda sem verba destinada pelo Minist rio da Educa o Gilson assume e instala a FCBTVE em duas salas de sua propriedade localizadas no centro do Rio de Janeiro Ali ele e mais sete colaboradores come aram a desenvolver as atividades da Funda o Dentre eles encontrava se Jairo Bezerra aay Funda o Jo o Baptista Amaral foi uma institui o criada em 18 de abril de 1961 no Rio de Janeiro dirigida pela professora Alfredina de Paiva e Souza que tinha como objetivo alfabetizar adultos atrav s da televis o 156 colaborador e amigo de Gilson desde o in cio das mesas redondas na TV Continental No ano seguinte em 1968 esse Amado foi pessoalmente negociar com o ministro do Planejamento Delfim Neto conseguindo liberar a primeira verba destinada a Funda o Diante disso a sede da FCBTVE mudou para um apartamento pequeno na Avenida Nossa Senhora de Copacabana onde foi montado o primeiro est dio de circuito fechado Na fase inicial o espa o foi utilizado tanto para a produ o de programas como para o treinamento de pessoal dos docentes aos t cnicos e especialistas em produ o MILANEZ 2007 p 36 Destaco aqui que a forma o capacita o e atualiza o dos envolvidos com a TV Educativa no Brasil sempre foi uma preocupa o de Gilson e de seus colaboradores Ainda em 1967 realizou se o I Semin rio Internacional de Televis o Educativa com a participa
357. spectos Era um modelo de casu smo centralizador AMADO 1973 p 21 A partir de sua posse foram v rias as a es tomadas por Gild sio Amado no intuito de recompor a realidade do ensino secund rio da poca De in cio tomou medidas relativamente pontuais mas que buscaram corrigir alguns aspectos que ele via como problem ticos no ensino de 2 grau no pa s Estas iniciativas tiveram como objetivo descentralizar o processo de tomada de decis o dando s escolas maior grau de autonomia e reconhecendo o direito que elas e seus atores tinham de participar ativamente da regula o de seus processos revis o de provas processamento dos exames de admiss o elabora o de programas de ensino anal ticos a transfer ncia dos cargos de inspe o federal para os diretores das escolas a flexibilidade de realiza o dos exames orais e os exames de madureza A essas a es somo a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio Cades as classes experimentais e os Gin sios Orientados para o Trabalho GOT experi ncias mais abrangentes que constitu ram novos modelos para a Educa o da poca AMADO 1973 Nesse sentido uma das primeiras iniciativas tomadas por Gild sio Amado frente da Dese foi acerca da revis o de notas Essa assim como outras das quais tratarei buscava dar novas orienta es para um problema espec fico Sobre a relev ncia dessas medidas para 131 aquele momento Gild sio coloca
358. sriondtes e de vuca e LrepsLnireds cum podas umas e oulees pastu e Incortezas tinttas dra Leproriss es e alas d sordenadns experi ncia du formacku eones AGmitnna Que suse enroditaci ns seda Link impocicho sa propria cualurmsu ae UtIinAdO IOL mulas que CES acima de tudo u meo e a riacho Melhur ser ecutuda que esus peredisanelci s Irate Caecum comino ynalg Tac eprieman c 2e no estudo dos t endeos p ia cusdecimentos b rieos A pr scla fuogie de oiriant isir e culentur ns complizos E PTATCE Parolranas dO Demo Ldu A iretuln o diste cacan correst ias oo r cuubeclormtn farsa ma miesta vantngem Fem O coibbmeetides o ssada o Prision de Iw prew quo phr Se de ra igs alo ze ineremavo pIem is Suu 6 d y primlillenu a caluborur na A Jus teslor eliou cuis Hom q pereebemm oe jomalstos pirfiaminala que a lg 2rorIruL mm prada d ugiraudo y tua dioccto ca Eeemdade de Pligvolla e dacdo exrmplo noquente de eqiingidads wilecoclin que us anima Oonssitu empenho da goy rro Sonora estudanier e dn Dniveesthade 9 mly smita dadivosa POE alucig ir qar Ningu m Mone Nese curso o Me7o Piocess du ninten o de nm Kipy bee que ar diploma nuando concedido covmepouds de diran a Es tato ao aaglado de um gray de cultura Pure Rkon ar Use eletiva foda bent Tra VORS pr prios En sclens POE ce Juruulias qua miala so 14m dettaerda pelo bprilan das Bums penas e pola ition Irtepseguelrel cn sen peocelineito c
359. ssa conjuntura era de um lado da regulamenta o classificada por Gild sio 1973 como minuciosa e artificial e de outro pela falta de inspetores ou a percep o de parte deles de que a inspe o era desnecess ria Nesse sentido a atividade das inspetorias federais era essencialmente burocr tica ou seja tratava se de assinar documentos conferir assinaturas relatar formalidades dentre outros Ao compreender que esta configura o das inspetorias federais n o cumpria uma fun o pedag gica junto s institui es de ensino secund rio Gild sio prop e o estabelecimento de um sistema de conv nio entre a Dese e os estabelecimentos de ensino a partir do qual o diretor do col gio assumia as fun es do inspetor A medida implantada em fins de 1957 segundo Gild sio j contava com mais de 300 gin sios e col gios em 1960 demonstrando que o primeiro momento de inseguran a foi superado e que as institui es de ensino aos poucos foram sentindo na medida algo ben fico Na vis o de Amado N o se fazia diferen a claro entre ensino p blico e ensino particular Era mais uma prova de confian a do poder p blico no educador A provid ncia prestigiava a autoridade pr pria do diretor e encarnava em sua pessoa o fiscal do governo Dava lhe margem inclusive a interpretar a lei em face de problemas da administra o escolar e considerando a variedade de condi es e circunst ncias locais Desembara ava a dire
360. ssim conforme narra Genolino Um m s ou dois sem tristeza aparente mas sem alegria que pudesse se notar AMADO 1977 p 92 N o tardou Melchisedech a encontrar trabalho Voltaria a exercer a fun o de empreiteiro na constru o da estrada entre as cidades de Maruim e Ros rio do Catete Anteriormente a tinha exercido depois da venda da loja em Itaporanga Naquele tempo Melchisedech j havia trabalhado na constru o da estrada de Quindong com o mesmo empreiteiro que agora lhe oferecia novo emprego A fam lia comemorou o soldo era bom um dinheir o de fazer a independ ncia da fam lia AMADO 1977 p 93 Contudo a boa not cia tinha certo dissabor As fun es de Melk eram incompat veis com a sua presen a di ria no seio familiar A estrada agora a ser constru da em Jacuruna ficava distante da capital e Melchisedech passou a ver a fam lia quinzenalmente O segundo grande prop sito que levou a fam lia para a capital sergipana tamb m se consolidou Com Gilberto e Gileno estudando fora era preciso ainda garantir a educa o dos que ficaram Ali s as preocupa es de Donana e Melk com a forma o dos filhos ficam patentes em diversas passagens das mem rias de inf ncia de Gilberto e Genolino seja na narrativa das lembran as que justificassem o desgosto do mais velho pelo gesto de cozer ao rememorar a firmeza da m e que mantinha um olho na m quina de costura e o outro no filho a fazer as li es
361. st o parecia ser realmente esse o temor de uma redistribui o de privil gios que estavam nas m os atentas de uma minoria A centraliza o garantiria mais facilmente a perman ncia do status quo que convinha quela minoria AMADO 1973 p 08 Partindo dessa percep o Gild sio se somou s vozes dentre as quais estava desde o in cio da d cada de 30 a de An sio Teixeira no sentido de defender uma nova realidade para a educa o m dia no pa s essa a miss o que ele aceita quando em 1956 convidado a assumir a Diretoria do Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o e Cultura sendo nomeado por Juscelino Kubitschek em abril do mesmo ano Em seu discurso de posse conforme coloca Pinto 2002 p 415 Gild sio apontava o desajuste existente entre a estrutura do ensino e a nova realidade social Essa configura o do ensino secund rio em 1956 Gild sio retomou no primeiro cap tulo de Educa o m dia e fundamental Ele assevera Quando iniciamos nossa atividade na Diretoria de Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o em abril de 1956 a Diretoria era o rg o controlador de todo o ensino secund rio O processo escolar estava sob o imp rio da famosa Portaria Ministerial reposit rio do complexo de instru es a que se deviam obedecer as escolas secund rias do pa s oficiais e particulares Tudo ali estava previsto No tecido mi do de sua rede pretendia se prender a vida escolar em todos os seus a
362. t ndo padeci functenas Nal zo ltacgho pon deleridinc epale de Tepito me E on 7 a gt inal Reo ex duzecd Clube com 00 na 1 NS 13 54 97 Oscar Benita N rega 4 acerto alial do Fsledo da Bio Poko nom Retzda do Ria do ducelro w vedido de natanto regs A entidude p i NauyiNangan Pelo deleckueuto r funcionar vugaie nacional SE e E ii en daft rg arm ER E e pi eS neste Dinlst s igo 17 80 3 ma Kn 24 41 44 nd ei eT TE O00AT Cash de Gabiele eae eee o Eiga sete nn Distrito Pedeca nallels f FIBIGRIAS Se moa pegistea yas rme du Decree mbar Bate ie tecnica 534 Si as 363 10 Indeferido RM 224 28 MA WG 737 37 bnm Millar Do Dieta Paley Polio 42 Fs usn tagio Hela A biel fica m petilo cond ca o do Er TM po 3 53548 e Asnoglacio dw Lone Mideute do Rep blica 5 59 llas Poloo ses eo S o Paula cord N 25 00L 47 Jo o Exbiv n Wed feide ns Dag ilal 4o Estado de She Pale ner Detlbeboocis Diateits Fed i mianta ast uns t cmos de Tedide de Natnradsatia Pein G0 Deoretolel 10 24 18 ferimento Subaica y medico k oub SAprezantos algera o s Ar Preuldeule du RepG m Rein ho Gn atual direlocia com blitu 3 5 48 i noie tueloraidode nateral tada BS 4 47 Eiius Mewar a D idads eslido olrl e prura de p m A o Patla Bodido de Nututaliza o n ncin gnl rio Tales a Pelp deleriuinto Subnwit
363. tal entre os ramos secund rio e t cnicos o primeiro inflex vel acad mico ornamental e os outros utilit rios e predomin ncia absoluta da rede de escolas particulares A isso se acrescentava uma rigorosa centraliza o administrativa e pedag gica Tudo era prefixado no plano federal Curr culo programas instru es metodol gicas previstos na lei ou ditados pelo detalhe seria o das mat rias hor rios servi os t cnicos e administrativos exames e provas instala es equipamento etc Havia modelos nacionais de aprova o em s rie de conclus o de curso de atas de exames de fichas individuais etc AMADO 1973 p 05 Um aspecto relevante a ser destacado a respeito do quadro que Gild sio apresenta que ele foi consequ ncia do crescente processo de centraliza o que as leis desde o Estado Novo impunham a administra o da Educa o no pa s e contra o qual os pioneiros do Movimento da Escola Nova j tinham se colocado contra Nesse sentido ainda na apresenta o do referido livro fica clara a afinidade do pensamento de Gild sio com a tese defendida pelos integrantes desse Movimento em especial com a vis o de An sio Teixeira cuja obra ele cita por v rias vezes no sentido de referendar a necessidade e a import ncia da descentraliza o do ensino brasileiro como forma de preservar as identidades culturais brasileiras e oportunizar a todas as crian as e adolescentes uma educa o que atendesse as suas
364. tamb m n o foram suficientes para clarificar este acontecimento Contudo alguns telegramas e cartas recebidos por Gild sio quando do seu retorno d o ind cios de que quest es relacionadas s disputas pol ticas tiveram papel fundamental em sua sa da Saliento entretanto que os oito meses longe da Dese em nada comprometeram a vis o e os objetivos de Gild sio para o ensino secund rio Isso fica evidenciado ao se observar que t o logo reassumiu a Diretoria esse Amado reafirmou seu compromisso com o GOT empenhando esfor os para viabilizar a sua implementa o dentre eles estavam a capacita o de professores atrav s de cursos espec ficos e a concess o de aux lio para a aquisi o de equipamento COUTO PINTO 2002 93 H ainda outras contribui es de Gild sio Amado para a Educa o no Brasil que podem ser ressaltadas Preocupado com o ensino das ci ncias naturais e visando a capacita o dos professores ligados a esta rea de ensino Gild sio estrategicamente criou centros de treinamento de professores de F sica Qu mica e Biologia nas cidades de S o Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Recife Porto Alegre e Salvador Al m disso formulou e publicou uma s rie de livros did ticos de Qu mica artigos em revistas e o livro Educa o m dia e fundamental no qual analisou a evolu o do ensino no per odo em que esteve frente da Dese incluindo a contribui o dos grupos de trabalho respons veis pel
365. te da Dese de 1956 a 1968 e Cenas de uma hist ria livro escrito por Liana Milanez e lan ado pela Associa o de Comunica o Educativa Roquette Pinto Arcep que conta a hist ria da TV Educativa brasileira desde a forma o do primeiro projeto idealizado por Tude de Souza e Roquette Pinto passando por sua funda o e chegando at o in cio dos anos 2000 Assim as fontes constitu das a partir da pesquisa bibliogr fica permitem uma compreens o n o s do objeto de an lise deste trabalho mas tamb m do contexto no qual eles se desenvolveram e atuaram ao longo de suas carreiras Sobre a rela o entre a pesquisa documental e bibliogr fica relevante destacar que em sendo as duas muito pr ximas o fator diferenciador entre elas reside na natureza das fontes Sobre o processo de sele o das fontes no trabalho de pesquisa Galv o e Lopes 2010 p 66 afirmam que s o O problema e o tema que o pesquisador se coloca que norteiam em grande medida a escolha das mesmas Trata se de identificar no conjunto dos materiais produzidos numa poca por um grupo social e ou por uma pessoa aqueles que poder o dar sentido pergunta proposta inicialmente Os materiais a serem trabalhados 56 isto recortados e reagrupados poder o servir de base opera o historiogr fica em si ou seja a interpreta o e a escrita GALV O LOPES 2012 p 66 Ainda considerando o que as autoras colocam ac
366. telegr ficas expedi o que resultou no seu estudo antropol gico denominado Rond nia Estas experi ncias demonstram que de alguma maneira a forma o em medicina sempre esteve presente na atua o de Edgar tendo produzido estudos sobre antropologia fisiologia e biologia tendo inclusive lecionado esta ltima As contribui es de Edgar Roquette Pinto para a Educa o entretanto extrapolaram sua atua o como docente Acreditando na necessidade de ampliar sua atua o como educador Roquette Pinto buscou nos meios de comunica o um caminho para cumprir tal intento Assim uma de suas maiores contribui es no campo Educacional brasileiro foi a funda o em 1923 da R dio Sociedade do Rio de Janeiro R dio de car ter exclusivamente cultural proibia a propaganda comercia e dedicava se eleva o cultural do povo VEN NCIO FILHO 2002 p 283 Seu lema era Pela cultura dos que vivem em nossa terra pelo progresso do Brasil Por 13 anos Edgar consegui manter o projeto de acordo com seus moldes iniciais mas devido as dificuldades financeiras em 1936 prop s doar a r dio ao Minist rio da Educa o com a condi o da manuten o de seu car ter exclusivamente cultural Nascia ent o a R dio Minist rio da Educa o PRA2 A experi ncia bem sucedida da R dio Sociedade do Rio de Janeiro rendeu o convite de An sio Teixeira para que em 1931 68 dirigisse a R dio Escola Municipal que em 1945 recebeu seu
367. tempos de adulto n o se perdeu na movimentada vida do pol tico e diplomata Ao longo de toda a sua vida a produ o escrita de Gilberto Amado foi extensa Em meio a discursos e livros est o obras sobre Direito e sociedade tais como A chave de Salom o e outros escritos ensaios 1914 Gr o de areia ensaio 1919 Apar ncias e realidades ensaio 1922 Elei o e representa o confer ncias 1932 colet neas de poemas e algumas mem rias dentre elas Hist ria da minha inf ncia 1954 Minha forma o no Recife 1955 Depois da pol tica 1960 Ali s foi a atua o como escritor que o conduziu a outro lugar de destaque a Academia Brasileira de Letras Na casa de Machado de Assis Gilberto ocupou a cadeira de n mero 26 sucedendo o paulista Ribeiro Couto diplomata poeta contista romancista magistrado e jornalista Eleito em 03 de outubro de 1963 foi recebido pelo acad mico Alceu Amoroso Lima em 29 de agosto de 1964 Cinco anos mais tarde em 1969 Gilberto deixou o palco da vida mas n o da hist ria brasileira qual ainda hoje evoca o nome do est nciano de pouco mais de um metro e cinquenta de altura que deixou marcas no Direito e na Literatura do pa s O que se pode perceber diante da observa o e an lise da trajet ria de Gilberto Amado que a entrada na Faculdade de Direito do Recife o lan a a um novo status do qual ir desfrutar at o fim da vida Estudioso do campo do Direito amante
368. ti a Trabalho Educa o Ind stria e Com rcio 150 Al m disso Gilson fazia quest o de diferenciar o seu programa dos demais transmitidos pela TV brasileira Argumentava que n o fazia entrevistas pois estas eram uma t cnica pr pria do jornalismo e como tal tinha o mesmo foco que ele ou seja o factual a imediatez dos acontecimentos o agora Assim explicava que O nosso m todo a conversa e a rea de nfase a motiva o dos acontecimentos DOCUMENTO 01 196 p 03 Gilson Amado al m das conversas realizava f runs sobre as mais diversas tem ticas economia pol tica externa educa o incluindo debates sobre os atos governamentais a exemplo do Plano Trienal de Celso Furtado No sentido de perceber o alcance do trabalho de Gilson mais uma vez retomo o Documento 01 segundo o qual em oito meses de programa Gilson realizou conversas com 830 especialistas dos quais metade n o era de conhecimento do grande p blico O documento informa ainda que dentre os temas de maior repercuss o junto ao p blico estavam Educa o e Economia Nesse sentido Gilson iniciava o seu projeto de educar atrav s dos meios de comunica o de massa ou nas palavras dele Julgamos que era chegado o momento de usar os ve culos populares para transmiss o de educa o e cultura DOCUMENTO 01 196 p 02 Contudo as mesas redondas em seu in cio contaram com certo ceticismo conforme poss vel observar no trecho do
369. to Ao DIT aa wit En 21 442 Exproiente de J de abril de 1945 Prsotters Metropolitano vom asde n Cian regi ne Curso de extens o Sevunda feirn 14 Be econ az cio Y otra A E ETT bic hcieta A UN de Lee RE cms Trang om a o Kus Mal 0 hs rabo o asun da biki t pus u ALPS Gu 1960 on De al Pr m FM 2h sum de tam ra no Adidas de gt en ta e Mogclos Inte vigo lamen amar di de rines AA eviiga IT 20 3 phtgento da a Pe nnen e A e ariiereso y rr da Jregkivonna eprrendo prin Dervera nv 1 299 de dE tie acutally de 15 Fa THin irenml Zo 4 Level tite conta IL ras dy i men Ten y em cella G nue consta de Tenda em yira a que ova de ewes 21 O de Iubi do Cee prsverso Jat 2 07 1050 de De aKa Go Mi panamano de Acimaisxliz cia do Mi Tristuvio de Ju ica e Neg cica Tote Tari Ber o loca de ACI meno Cu Sidi E Nepdcle nle vinires Au enho de esquadra du Policia Mi M r do Perthe Tedeual Ir n Bean Diria Jrdecmi eww Cums gue agonia 25 akas dey l wae otia aT br bs 20 erner to de Pollera luues Har cio Meer wows ile vo De emo maa n aruga M do Reyr Ludo em vinn n que vonela 48 Maig toreo pelo Perera an preso 1 JE NAA de UEM do Te A pee livistulu de Administeacas gt 4u a TAR adie de 25 de m bre to memo e dize Ge Hervier 199 prenda ae ATIS qeda 4 newe
370. to do Gin sio Orientado para o Trabalho foi constru do a partir do exemplo do ensino secund rio moderno da Inglaterra A proposta do GOT apareceu na cena educacional brasileira como uma das propostas apresentadas pela comiss o da qual Gild sio foi relator nomeada pelo ministro da Educa o Cl vis Salgado para estudar a situa o de todos os ramos do ensino m dio A proposta surgiu com o nome de gin sio moderno e visava um curso ginasial com um tronco comum de dois anos e ensino diversificado na 3 e 4 s ries que inclu a disciplinas de inicia o t cnica COUTO PINTO 2002 p 418 O GOT apresentava se como uma solu o poss vel para a criticada dualidade do ensino m dio Contudo naquele primeiro momento o projeto n o saiu efetivamente do papel e somente em 1961 as autoridades da Educa o brasileira come aram a apontar para a implementa o de uma pol tica de integra o dos diversos ramos do ensino m dio o que em primeira an lise caracterizava o dualismo no ensino m dio era a segmenta o entre o ensino acad mico e os chamados ensinos t cnico profissionais E o que se ambicionava com o gin sio orientado para o trabalho era justamente come ar a promover a fus o subtraindo claro nesta fus o a especificidade dos ltimos para apenas adicionar uma inicia o que abrisse caminho ao mundo do trabalho AMADO 1973 p 169 Em meio ao contexto de discuss es sobre os Gin sios Orienta
371. toria de Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o por mais de 10 anos Gild sio foi protagonista da elabora o e implementa o de projetos como o Gin sio Orientado para o Trabalho GOT e a Campanha de Aperfei oamento e Difus o do Ensino Secund rio Cades Minhas incurs es pelo universo digital em busca de dados sobre os Amados de Sergipe continuaram bem como meus di logos com professora Raylane Foi em meio a este clima de descoberta e encantamento pelo processo da pesquisa que optei pelo Mestrado em Educa o Meu entendimento ao fazer tal op o foi de que conhecer melhor o campo da Educa o era fundamental para que eu pudesse exercer de maneira mais consciente a carreira que hoje exer o enquanto professora substituta do curso de Comunica o Social Habilita o em Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Sergipe N o foi surpresa ent o quando resolvi que meu projeto trataria dos Amados sergipanos mas especificamente de Genolino Gild sio e Gilson Amado Ao faz lo entendi que para compreender os entendimentos sobre o que era Educa o que eles possu am e que a meu ver constitu ram se como ponto fundamental das escolhas profissionais que eles fizeram ao longo de suas trajet rias e por conseguinte foram base para as marcas deixadas por eles na hist ria da Educa o no Brasil era importante entender antes alguns aspectos ligados forma o desses entendimentos Assim couberam as in
372. tro filho n o era algo poss vel de se aceitar naquele momento AMADO 1977 E assim fui crescendo de beb a pequerrucho de pequerrucho a menino Vivia enrolado em flanelas e sem direito a p no ch o Meu mundo terminava na porta de entrada e na porta da cozinha Deram me brinquedos Recusaram me brincadeiras com os irm os Recolhido ouvia l fora a algazarra dos outros com as petecas as cabras cegas as apostas de quem corria mais E eu mimado no enj o de tantos mimos AMADO 1977 p 19 Diante do exposto aqui sobre a morte de Genoline pode ser que paire a d vida sobre a fun o deste par ntese Em tempo explico que a relev ncia do relato sustenta se por um lado pela marca que a morte da menina deixou em Genolino e que reverberou por toda a sua vida muito embora ele s tenha se apercebido do fato ao debru ar se sobre a escrita de Um menino sergipano Sobre este fato Gen registra que at iniciar a escrita da obra a influ ncia de Genoline sobre ele lhe era de alguma forma desconhecida e que somente 71 depois de mergulhar em suas mem rias pode compreender a marca deixada pela irm em sua trajet ria A lembran a daquela de quem fora herdeiro mas a quem n o conhecera havia lhe acompanhado por toda a vida ainda que n o se desse conta A partir da chegada a essa conclus o Genolino apercebeu se do motivo pelo qual em suas cr nicas de jornal e de r dio predominou um tema o das meninas brincando
373. tuais In REMOND Ren Org Por uma hist ria pol tica Tradu o Dora Rocha Rio de Janeiro Editora UFRJ Funda o Getulio Vargas 1996 181 Elites culturais In RIOUX Jean Pierre Org Por uma hist ria cultural Lisboa Editora Estampa 1997 A gera o In AMADO Jana na FERREIRA Marieta de Moraes Org Usos amp Abusos da Hist ria Oral Rio de Janeiro Editora da Funda o Get lio Vargas 1998 pp 131 137 SOUZA FILHO Argemiro Ribeiro de Projetos politicos na revolu o constitucionalista na Bahia 1821 1822 Alm braz online 2008 n 7 pp 102 118 Dispon vel em http www revistasusp sibi usp br scielo php script sci arttext amp pid S1808 81392008000100006 Acesso em 12 jun 2012 SOUZA Terezinha Oliva de Partidos Sergipanos na Pol tica Republicana In DINIZ Diana M Textos para a hist ria de Sergipe Aracaju Universidade Federal de Sergipe Banese 1991 SCHUELER Alessandra Frota Martinez de Pr ticas de escrita e sociabilidades intelectuais professores autores na Corte Imperial 1860 1890 In 5 Congresso Brasileiro de Hist ria da Educa o 2008 S o Crist v o Universidade Federal de Sergipe Aracaju Universidade Tiradentes Livro de resumos O ensino e a pesquisa em hist ria da educa o 2008 p 01 18 Dispon vel em http www sbhe org br novo congressos cbhe5 pdf 111 pdf Acesso em 04 dez 2012 VEN NCIO FILHO Alberto Edgar Roquette Pinto In FAVERO Maria de Lo
374. u o curso de Jornalismo no sistema de ensino superior do pa s Por si s este Decreto Lei representava um avan o com rela o ao anterior uma vez que elevava o Jornalismo profiss o de n vel superior Mas para al m deste ocorrido a legisla o de 1943 tinha outro ponto a ser destacado Em seu Artigo 3 ela determinava que o curso de Jornalismo fosse ministrado pela Faculdade Nacional de Filosofia com a coopera o da Associa o Brasileira de Imprensa e dos sindicatos representativos das categorias de empregados e de empregadores das empresas jornal sticas BRASIL 1943 Isto dava a ABI aos donos de ve culos e a categoria de jornalista a possibilidade de participar e influenciar diretamente a constru o do curso que segundo o Artigo 2 do Decreto Lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 tinha por finalidade ministrar conhecimentos que habilitem de um modo geral para a profiss o de jornalista BRASIL 1943 O Decreto Lei n 5 480 de 13 de maio de 1943 vinha renovar as esperan as e os nimos na empreitada de concretizar o projeto cuja ideia de realiza o surgiu junto com a ABI em 1908 ainda que o mesmo desse indica es de que havia outros passos a serem dados at a implementa o efetiva do curso de Jornalismo Nesse sentido os Artigos 5 e 6 do referido Decreto Lei respectivamente versavam que A estrutura do curso de jornalismo e bem assim as condi es de matr cula e o regime escolar regular se o po
375. u aquele exerc cio Ent o eu acho que isso foi o in cio da teleduca o dist ncia que hoje est se usando nas Universidades MEIRA 2008 apud MACIEL 2008 p 137 preciso ressaltar aqui no entanto que a iniciativa de Gilson em educar a popula o atrav s dos meios de comunica o n o se deu de forma isolada Durante a d cada de 1960 outros projetos com o mesmo objetivo foram postos em pr tica Assim se os esp ritos idealistas e empreendedores de Roquette Pinto e Tude de Souza tinham em 1952 esbarrado em quest es pol ticas que levaram o segundo a ser demitido da dire o da R dio Roquette Pinto rg o que capitaneava naquele momento o projeto da TV Educativa e consequentemente ao abandono do projeto pelo governo os novos nomes que surgiam na cena brasileira visando aliar a educa o e a comunica o mesmo em meio a uma conjuntura pol tica complexa como foram os anos de 1960 para o Brasil conseguiram implementar projetos que deixava o pa s cada vez mais perto de contar com uma TV Educativa Conforme analisa Milanez A id ia de cria o de emissoras educativas que ficou hibernando desde 1952 com a interrup o do projeto de Roquette Pinto Tude de Souza ganhou substitutos t o idealistas quanto os precursores A primeira tentativa nesse sentido data de 1961 quando a Funda o Jo o Batista do Amaral desenvolveu um curso de alfabetiza o para adultos veiculado pela TV Rio Esse curso coordenado pela pro
376. u as traquinagens para o ambiente familiar No Gild sio Amado respons vel pela Diretoria de Ensino Secund rio do Minist rio da Educa o e contribuidor valoroso da educa o brasileira restou apenas ao que me poss vel aferir a sombra do g nio do menino criado em Itaporanga at os tr s anos de idade Em sua fase adulta Gild sio descrito por Lu s Amado 2012 seu filho como um homem tranquilo e caseiro devotado a educa o fiel aos seus princ pios que contava sempre com a companhia de um livro e que cultivava um gosto especial pela l ngua portuguesa Os primeiros passos da forma o do pai descrito por Lu s Amado 2012 foram dados em Aracaju Assim como Genolino e Giuseppe Gild sio quando atingiu a idade apropriada foi matriculado por Ana de Lima no col gio Nossa Senhora Auxiliadora A qualidade do ensino no estabelecimento agradava a Donana o que a motivou a enviar mais um filho para ser instru do na escola dirigida pelos salesianos Assim como os irm os mais velhos Gild sio permaneceu estudando no local at a partida da fam lia para a Bahia em 1913 Na capital baiana Salvador Gild sio Amado foi matriculado pela m e no Col gio Ant nio Vieira dirigido pelo Padre Cabral Tratava se de um col gio administrado e gerido pelos jesu tas e que se tornou proeminente na poca pela qualidade de seu ensino Conforme descreve Genolino 1977 p 222 Ant nio Vieira o admir vel col gio dos jesu t
377. uade de Bons te on execular as voces de wcdi run ntratudu Cenu 2 him o meta y eopeif gates gpre I CAMARA A Panir anta Genvlnn Amer zmo a acta erlehocos enter Glee tados a de dusriy meuvivuads La en Fungo e vera O etcbratide exes Mdisititr s da Fiiicarie s Sande cj cs oa prestur cs esclarecbrectes milo primelta erie siio Govidas ect a3 Pretildade Maciocial s Flo n gens Casa de bugerlc rdl d testados slee o auGa MPL apebada eb o p memiestus tuto o Picfravor dz caudal Valence na Fatado da Botta rinsa e uan wd tu de Hisr ria da Chiteacse de Cn zs exten o de abran sea a regue 0 a gamuuless a con us o do N por eera acordes lavemesel e Tamaiswa Ca mezda Pappina du Devia o de Beke Lie are A E E tampe ia Este t nta aus val o aniar cam n snora mmni on Ors 4 3019 Roar entes a Tipin Biinist rin da FAqese s e Ent wares retomadas por Dm Justirquery 2 mus ms yeris Verlo Obras Fewpesutcs he e vehigrov o du kunanti Eu Ses Seite ndamisru a sal A aera e Anuscio de Im veis tia we Aaf du Quad o Di al E Perural re Lolfea otrigecho da que tala 3 finca UE 162 de 2 de demny Ge 1947 y ela Cl veula o bene da Moanin Co Bdoca o e So lotili e e destinar a rova mmstrigha datac cm swere na Dirie 40 ent tlh 7 Aus obuo 45 due du ma dejas mremas Cinalldacze estalelecidas Orgatieiu du Depzicsonc de Au So 52 JUR aprcvara pon Coveeihe
378. uanto era importante para ele a descentraliza o e a promo o de autonomia no ensino secund rio Outro projeto que veio ao encontro do entendimento do diretor da Dese de que era preciso flexibilizar o ensino secund rio e estrutur lo sem divis es entre acad mico e t cnico foram as classes experimentais Inspiradas nas classes nouvelles francesas no Brasil elas tomaram corpo e significado pr prios O projeto franc s foi implementado pelo diretor do ensino de segundo grau da Fran a M Charles Brunold a partir de 1945 PINTO 2002 Seu curr culo estruturava se a partir de um n cleo de disciplinas comuns franc s hist ria e geografia uma l ngua viva ensino cient fico e de atividades pr ticas e art sticas al m de educa o f sica e esportiva e o projeto era envolvia todo o primeiro ciclo do ensino secund rio Contudo na vis o de Gild sio que pode conhecer de perto a iniciativa em 1953 n o era o curr culo o ponto chave das classes nouvelle Este na verdade estava focado nas normas pedag gicas que regiam o projeto 25 alunos por turma redu o do n mero de professores nas primeira e segunda s ries realiza o semanal do conselho de classe coordena o das diversas mat rias e atividades m todos ativos certa individualiza o do ensino est mulo a trabalho em equipe dentre outros AMADO 1973 No Brasil a ideia de implantar um projeto nos moldes das classes nouvelles surge em 1957 quando a D
379. uarta feira 10 DIARIO OFICIAL Sr o 1 Agista do 1949 108 Peas H G e 24 441 a muita de 14 s boe a d vida som sa Dns fineer prejuizo Ga teenibizmrrto Gn mema Prucercas Castuns 1 NOS Proposta 1 B25 36 Proposes Te 3 12 45 Angella 16 de I Kiunezes blar Proge ta 2 APS Ai Saree se Alu Propus 519 45 Neytoy ener Darsuss Teuposa 1 49 Nadua Cav in Darsaca rezpusla 2 A 20 Galiitoc Au gamn Tima ae Sii Lzupu 2 012 15 518e43 Algeria Robs Ritten ura Oliveira ETE Gauan ICCI HK Lit Homard ICCT pi WNhawhcsay Carojale Amarr aran Proporta ivn Muu Howa a areia Ou Ol dy st ta tem o pareve da Let opnar 29049 Allo Aiek da Em dona ris rushes ere da Coy plete dy CIW 0 Did Ferrans Des APCIYO U SELIU de ac v g entr y parecer Braman 1242 Luis Aldo Gril Anma n quegmen a Jon 32 beca cha e ninth de eat tua u purecer ca CIF wa be u rue Pintora 325 39 Teruel Brida ey Ga Woes My gt wl OTRO n ENITAN Lo de stanly cul e paveser do Pinas 12 68 Are Vies tes Jlimairza a mtie de OX de aside culn y parecer da DO Praposio ZUk 4 Aleta Vilas Pida Tlumologa 2 decis o do D fs oerda eam n parrat Gn ACT wpe B Luis Klnn Apres la o ouceta de escritura a Z de aeto oom u uxlo Pes adn Proceso Ge Dingbtsicuu Conlento 453 0
380. uentemente para a TV Educativa no Brasil Um dos motivos para tanto foi a Portaria Interministerial n 408 de 27 de julho de 1970 assinada pelos ministros da Educa o e das Comunica es Jarbas Passarinho e Higyno Vorsetti respectivamente Esta determinava normas relativas ao tempo obrigat rio de gratuito que as emissoras comerciais deveriam destinar transmiss o de programas educativos MILANEZ 2007 p 40 Assim a partir daquele momento as emissoras comerciais de r dio e televis o passaram a ser obrigadas a transmitir conte do educativo FCBTVE coube a miss o de produzir 300 horas semanais de programa o de cunho educacional para todo o pa s Um levantamento realizado na poca constatou que a grande maioria das emissoras comerciais n o tinham condi es de suprir com uma programa o pr pria as determina es da Portaria n 408 Uma nica apresentava possibilidades a Rede Globo que com curso de Madureza produzido pela Funda o Padre Anchieta complementando o hor rio com aulas de franc s ingl s e alem o al m de outras programa es culturais MILANEZ 2007 p 40 A demanda de produ o de um material t o extenso fez com que o circuito interno fosse transformado em um est dio de produ o com dimens es modestas mas o suficiente para que a FCBTVE desse conta da tarefa que lhe fora destinada Segundo Milanez 2007 Alfredina de Paiva e Souza que nessa poca j havia sido convidada
381. uly 09733 T lty R gia doa Naz Teeinentocir Korige am Petes de direc o de rento por carta d 5 46 wi Ac DA Yeh t N TEIA Jace Leste as DMCA de Pussies ladera Polac de NERO Tio Parvani Natbique es u aotar per intu Jou Wa TRAN David Hrpltr Hs la Ped datid suda Ter cesto 304 NE 7 952 49 Luis ae p dare Mi od JEPARTAMERNTO DO INTERIOR E DA JUSTI A Divis o de Assuntos Polftisos Pejug de Titulo D gt Matitiqus sy q ferros s Joureo e Mrallo Ferfiral Pildo de Titulo Dedsrabviv Natillgae er p inte TRESECO Par carit B o tH No 7 81 40 Pan Pisen Ter Mile Coristeubercen Dislcitr Fodera Peldu ts Twa Deeinratarke Nu Mile a iul vrciado pur carta me did N 0 100 40 Estwig deter De 550 Erula Pedido ce Haludra I23c An Nettigus u interessado por cad Pirnacia do Deus Jisus tao Se o de Assuntos Politicos da cxlg ciuo combl ute do Faulo Mugiario A cotidave pi Txpedieote de 2 de sorl de 1948 DIBPACKOS DO MINISTRO Piveessos a Ne to 12 48 geodo te Morar O Peli AR E err funtionar codepeadecwimeule s A 3 150 40 Manam dcha Cour aeg peste Ministro Ria 33 4 48 Te 4 Pona Pedi n a gt gt Er ugedag Arcia o Brasile Se o otite se o brans oy dis Ciel Lo rLaos Com fee em Lts da mr ZO ln ap o Rr so Ela Umode Jo Sul Prida de d cc
382. umiu a conhecer uma fam lia seus descendentes e as heran as deixadas No caso dos Amados de Sergipe compreender essas trajet rias significou tamb m compreender uma parte da hist ria da Educa o brasileira uma vez que cada um deles ao longo de suas carreiras teve estreita rela o com o campo da Educa o Isto porque n o se pode falar da hist ria do ensino superior de Jornalismo no Brasil sem citar o curso fundado em 1948 na Universidade do Brasil bem como n o se pode deixar de lado na hist ria do ensino secund rio brasileiro o impacto de projetos como o Gin sio Orientado para o Trabalho por exemplo ou mesmo estudar a Educa o a Dist ncia no pa s sem voltar o olhar para a TV Educativa do Brasil Tal pressuposto insere este trabalho no grupo dos estudos relacionados s trajet rias de vida e trabalho intelectual Isto poss vel de ser notado especialmente se tomarmos como par metro outros estudos com o mesmo car ter Um bom exemplo dentre eles e que inclusive trata em suas p ginas de Gilberto Amado o realizado por Sergio Miceli na obra Intelectuais Brasileira publicada no ano de 2001 Nela Miceli 2001 coloca que O estudo da vida intelectual brasileira em seu per odo de forma o constitui uma ocasi o privilegiada de compreender as modalidades com que a produ o liter ria contribui para o trabalho de domina o contribui o que assume formas mais complexas e dissimuladas num cam
383. urdes Albuquerque BRITTO Jader Medeiros Org Dicion rio de educadores no Brasil Rio de Janeiro Ed UFRJ MEC Inep 2002 p 182 184 VIEIRA C E Intelligentsia e intelectuais sentidos conceitos e possibilidades para a Hist ria Intelectual Revista Brasileira de Hist ria da Educa o v 1 p 63 85 2008 182 DOCUMENTOS ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Documento 01 Rio de Janeiro 19 __ datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Documento datado de 1963 Rio de Janeiro 1963 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Curricullum Vitae de Gilson Amado Rio de Janeiro 19 6 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Manoel Jairo Bezerra Gota d Agua Rio de Janeiro 19 7 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Manoel Jairo Bezerra Teleloucos Rio de Janeiro 19 7 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Manoel Jairo Bezerra As apostilas do Artigo 99 Rio de Janeiro 19 7 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Conceitos usualmente repetidos por Gilson Amado Rio de Janeiro 19 __ datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Carta de Gilson Amado Rio de Janeiro 19 63 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO Relat rio da FCBTVE Rio de Janeiro 1971 datilografado ARQUIVO DE CAMILLA AMADO 1963 Rio de Janeiro 1973 datilografado RIO DE JANEIRO Funda o Casa de Rui Barbosa Carta de Genolino a Gilberto Rio de Janeiro 1940 datilografada Arquivo de Genolino Amado
384. ury 1973 apud MACIEL s d p 06 nessa novela no es de matem tica eram tratadas como sendo usuais e como parte do cotidiano dos personagens que representavam os v rios tipos sociais que compunham a sociedade Voc viu na TV o Sr Edson dizer que ele precisava construir uma caixa d gua na forma de um paralelep pedo de 4 m por 3 m por 2 m isto 4 m de comprimento 3 m de largura e 2 m de altura O Sr Edson mostrou primeiro que na parte inferior ou na base do paralelep pedo poderia construir 4 X 3 quadrados de 1 m de lado E a seguir mostrou que sobre cada um desses quadrados poderia construir tantos cubos de 1 m de aresta quantos fossem os metros de aresta 2 nesse caso Ent o poderia construir 4X 3 X 2 cubos de 1 m de aresta e o volume da caixa d gua seria 24 m ou 24 0001 O volume de uma caixa d gua que tenha a forma de um paralelep pedo obtido calculando o produto dos n meros que indicam as medidas do comprimento da largura e da altura do paralelep pedo e acrescentando a unidade de volume m3 ou dm ou cm conforme a unidade de comprimento m ou dm ou cm das dimens es do paralelep pedo KURY 1973 apud MACIEL s d p 6 Assim Jo o da Silva foi um marco para a Televis o Educativa brasileira tendo sido pioneira na empreitada de utilizar os formatos da teledramaturgia para educar jovens e adultos Nas palavras de Maciel s d p 06 Jo o da Silva foi uma iniciativa pioneira
385. usou mas diante da explica o de An sio Teixeira de sobre o porqu de essa falta ser positiva resolveu aceitar Nas palavras de Genolino a explica o de An sio foi esta Professor N o tenho pr tica nunca ensinei Melhor Os experientes n o me conv m Lecionam de maneira antiquada e resistem moderniza o dos m todos Resolvi escolher gente nova capaz de se ajustar a uma nova did tica Estou aproveitando pessoal do nosso tempo na Bahia O Sodr Viana o lvaro Kilkerry e outros daqui que deve conhecer O Armando Fontes o Barbosa Sobrinho Tamb m nunca ensinaram Se voc quiser nomeio AMADO 1971 p 14 E assim o foi Genolino voltou ao Rio com a nomea o j assinada por An sio At a nenhuma surpresa mas esta n o tardaria a chegar Quando foi tomar conhecimento da disciplina que deveria lecionar o susto Ingl s A l ngua Genolino n o dominava em toda a sua extens o sou seja fala e escrita O problema conta Genolino foi causado por Lord Byron poeta ingl s que conheceu na adolesc ncia por interm dio do diretor da Biblioteca P blica de Salvador que certa feita emprestou lhe tanto no original quando em espanhol o livro intitulado Cain O castelhano ajudou no desvendar das express es desconhecidas contudo Genolino apenas levava Faculdade de Direito o volume na l ngua original Diante disso n o tardou a compreender porque An sio o destinou a disciplina Conforme o pr prio Gen
386. utras que os marcaram bem como a seu tempo Al m disso a partir desses microcosmos eles exerceram influ ncias nos campos em que atuaram nos grupos dos quais fizeram parte e nos espa os que ocuparam Destaca se entretanto que ao pesquisador em especial aqueles que enveredam pelo campo da Hist ria n o cabe fazer ju zo de valor sobre o objeto de pesquisa assim n o coube a este trabalho proceder a an lises que visem constituir um Pante o ou cavar uma fossa comum para Genolino Gild sio e Gilson Contudo preciso fazer a ressalva de que muito embora essa compreens o acompanhe o pesquisador ao longo da constru o da sua pesquisa a imparcialidade algo que se persegue sem nunca ser poss vel alcan a la 176 O que se conclui por fim que toda a trajet ria de pesquisa percorrida at esse momento que por vezes demonstrou se exaustiva noutras desafiadora n o se encerra nas palavras que foi poss vel escrever aqui H muito ainda a ser feito Este apenas o primeiro passo na dire o de um trabalho que diante das descobertas feitas e daquelas que se abriram durante a pesquisa podem seguir por uma vida inteira Por hora as conclus es a que chega esse trabalho visam cumprir o objetivo a que ele se prop e Contudo certo que elas s o limitadas pelo tempo pelas circunst ncias da carreira de pesquisador pela pr pria estrutura de uma disserta o de mestrado e por tantos outros fatores e por is
387. vado pelo CEF Vieira 2009 analisa que conforme testemunhou Gild sio Amado ent o diretor da Diretoria do Ensino Secund rio rg o do MEC ao qual coube a tarefa de apresentar a proposta o intuito da proposta foi suprir provisoriamente o que determinava a rec m sancionada LDB j para o ano letivo de 1962 at que os Conselhos Estaduais de Educa o fossem implementados e iniciassem suas atividades Nosso plano foi aceito pelo Conselho Federal de Educa o sem maior altera o Com efeito nas primeiras Normas para o ensino m dio parecer aprovado em 14 de mar o de 1962 dizia o Conselho atrav s de sua Comiss o de Ensino M dio entre outros pontos Considerando o que o sentido da Lei de Diretrizes e Bases sua melhor conquista a descentraliza o e a falta de uniformidade Considerando que essa conquista se manifesta n o s pela compet ncia dos Estados mas ainda pela livre op o dos col gios e atrav s deles dos pr prios alunos na formula o dos curr culos a Comiss o julgou acertado aceitando estudos da Diretoria de Ensino Secund rio ampliar a margem de op o admitindo pluralidade de curr culos no sistema federal AMADO 1973 p 144 O ano de 1962 foi ainda importante para a Hist ria da Educa o Brasileira pois na busca pela efetiva o das pol ticas relacionadas ao ensino secund rio especialmente sua integra o o Brasil apresentou na Confer ncia sobre E
388. virem no contexto social Que fossem cr ticos e ciente da responsabilidade que carregavam enquanto vozes que al m de informar acabariam por tamb m formar os indiv duos Nesse sentido Bittencourt 1948 continuou a afirmar em seu discurso que N o tenho d vidas s bre a import ncia excepcional de que se reveste a instala o deste curso para a hist ria futura do pensamento brasileiro Aqui entrareis em contato mais estreito com a cultura com essa cultura geral que constitui o pr prio objeto das Faculdades de Filosofia necess ria produ o dos artistas dos escritores dos jornalistas dos intelectuais enfim que constituem em todo pa s o quadro indispens vel dos seus homens de intelig ncia Sereis os instrumentos da interpenetra o da cultura e da vida cujas palpita es a imprensa surpreende na sucess o dos acontecimentos quotidianos N o vos esque ais ent o da senten a em que se consubstancia o lema da vossa profiss o O jornalismo um sacerd cio N o vos esque ais da frase de Rui Barbosa Cada jornalista para o comum do povo ao mesmo tempo um mestre de primeiras letras e um catedr tico de democracia em a o um advogado e um censor um familiar e um magistrado Bebidas com o primeiro p o do dia as suas li es penetram at ao fundo das consci ncias inexpertas onde v o elaborar a moral usual os sentimentos e os impulsos de que depende a sorte dos governos e das na es Maio
389. y Campos pensar como didaticamente falando criar uma novela com conte do escolar Com eles o desafio de inovar um roteiro teatralizado em estilo de novela O produto final alcan ou ampla aceita o pelo p blico alvo adolescentes ou adultos exclu dos do ensino formal Esse universo era imenso Pelos c lculos de Gilson Amado a meta objeto do projeto estava avaliada em cerca de 15 milh es de brasileiros maiores de 18 anos que n o foram escola na poca pr pria De acordo com o senso de 1970 existiam no pa s cerca de 21 milh es de analfabetos com mais de 10 anos de idade MILANEZ 2007 p 56 Jo o da Silva ganhou ent o um formato e uma identidade Era a primeira novela educativa feita no pa s Misturava telenovela e curso supletivo com o intuito de formar o p blico alvo para prestar os exames referentes ao 1 grau ao final dos cap tulos da novela Assim em Jo o da Silva que tinha esse nome pois era assim que Gilson Amado referia se aos homens e mulheres das classes mais populares do Brasil que pouca ou nenhuma oportunidade tiveram de crescer na vida eram ensinadas no es de matem tica comunica o e express o estudos sociais ci ncias e educa o moral e c vica atrav s de situa es do cotidiano vividas pelo personagem principal de nome Jo o da Silva e interpretado pelo ator Nelson Xavier Al m disso o programa que tinha coordena o pedag gica de Jairo Bezerra contava com cinc
390. z mais dissidentes para o Rec ncavo baiano SOUZA FILHO 2008 Em meio aos conflitos entre portugueses e brasileiros a crise pol tica na Bahia vivencia mais um momento crucial Em fevereiro de 1822 conforme previsto nas delibera es do Soberano Conselho as cortes e o Rei nomeiam para o governo das armas da Bahia o brigadeiro Lu s In cio Madeira de Mello que at aquele momento exercia a fun o de comandante do Batalh o de Infantaria n 12 e configurava se como um dos grandes defensores dos portugueses Sua nomea o acirrou os nimos Os brasileiros tentaram impedir sua ascens o ao cargo e nos dias seguintes de 18 a 21 de fevereiro de 1822 Salvador foi palco de diversos conflitos armados envolvendo civis e militares Desse cen rio de guerra os portugueses saem vitoriosos e os soldados brasileiros derrotados junto com mais um n mero significante de fam lias promovem um novo movimento de migra o para o Rec ncavo Baiano Contudo as graves diverg ncias e os enfrentamentos continuados deram origem guerra de independ ncia e por fim expuls o definitiva das tropas lusitanas da prov ncia em 2 de julho de 1823 SOUZA FILHO 2008 preciso lembrar no entanto que tal fato n o se deu antes dos conflitos atravessarem as fronteiras da cidade de Salvador e chegarem ao interior da Bahia em 1 de julho de 1822 1 1 Do outro lado do rio os Amados encontram Sergipe A expans o dos enfrentamentos entre

os amados intelectuais de sergipe e suas contribuições para a

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