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CAPÍTULO 2 O Modelo de Planeamento de Segurança do IPO

1. O quadro em baixo ilustra como em cada uma das tr s principais categorias de planos complementares interno externo e se que pessoas precisam ser protegidas onde devem ser protegidas e como podem ser protegidas No curso normal da concep o de um plano de seguran a imperativo reconhecer a import ncia de desenvolver um grande leque de medidas proactivas e preventivas que possam e devam ser usadas em conjunto com medidas de seguran a f sica Esle leque deve considerar a natureza de qualquer amea a potencial para que possa ser identificada antecipada e neutralizada antes de atingir o s alvo s potencial is Produto Quem proteger O que proteger Como proteger INTERNO Participantes Locais do evento Garantir a seguran a e Espectadores refor ar a zona do Pessoal de per metro de seguran a seguran a e Busca e vigil ncia outros Controlo do per metro de seguran a Vetting Controlo de acessos Seguran a de altas entidades EXTERNO Comunidade Pontos deentradano Gest o do tr nsito Participantes pa s terra mar e ar Controlo de fronteiras Espectadores Vias de acesso de e Policiamento baseado Pessoal de para os locais do no intelligence Seguran a e evento Intelligence led policing outros Locais relacionados Protec o de locais com o evento relacionados e n o Infra estruturas cr ticas relacionados com o Outros alvos fracos
2. 43 53 59 20 30 40 50 60 70 Foi assim proposta pelo projecto EU SEC uma defini o comum de grande evento Um Grande Evento pode ser definido como um evento previs vel que deve ter pelo menos uma das seguintes caracter sticas 1 Significado hist rico pol tico ou popularidade 2 Grande cobertura internacionais medi tica e ou presen a dos media 3 Participa o de cidad os de diversos pa ses e ou poss vel grupo alvo 4 Participa o de VIP s e ou altas entidades 5 Grande n mero de pessoas estando sujeito a potenciais amea as e portanto podendo requerer coopera o internacional e assist ncia t cnica Levando em conta outros factores por exemplo o custo e o impacto econ mico de um grande evento o que resulta do trabalho que tem sido desenvolvido que planear a seguran a de um grande evento um exerc cio muito complexo que requer um conjunto de medidas e actividades que v o para al m das que se encontram normalmente 2 2 Os principais elementos do Planeamento de Seguran a de um grande evento Devido sua complexidade os grandes eventos s o suscept veis de exigir uma resposta extraordin ria e possivelmente tempor ria As estruturas e procedimentos existentes podem n o ser suficientes e podem mesmo exigir a cria o de um novo quadro organizacional o planeamento de um grande conjunto de op es t cticas para resolver os problemaas que podem afectar
3. as gt Vulnerabilidades gt Riscos Sistema 15 2 Os Produtos Os Produtos s o a segunda componente do modelo do IPO S o os planos e respostas complementares que o sistema concebe e disponibiliza para Proteger pessoas e bens e prevenir o crime dentro do per metro de seguran a interno Proteger pessoas e bens e prevenir o crime fora do per metro de seguran a externo Estar preparado em termos de planeamento de conting ncia se Interior Os planos dentro do per metro de seguran a devem sobretudo visar a protec o de o Participantes pessoas que tomam parte no evento podendo incluir atletas celebridades pol ticos etc o Espectadores pessoas que assistem ao evento o Pessoal de seguran a e outros pessoas que trabalham no evento incluindo representantes de organiza es p blicas e privadas e entidades envolvidas na prepara o e realiza o do grande evento Esta categoria inclui patrocinadores jornalistas e volunt rios por exemplo Exterior Os planos fora do per metro de seguran a devem sobretudo visar a protec o de o Comunidade o Os j referidos participantes espectadores e funcion rios quando fora do per metro de seguran a Se Os planos de conting ncia devem ao mesmo tempo contrariar as amea as emergentes e ter uma resposta preparada para situa es inesperadas Planos de seguran a internos EXTERIOR Planos de seguran a externos Planos de Conting ncia PRODU
4. es t cticas anotando as raz es para seleccionar estas op es e para rejeitar outras o introduzir mecanismos eficazes para uma revis o regular O Selec o das melhores op es t cticas Ac o Intelligence e Informa o Identifica o e avalia o das op es t cticas Avalia o da Amea a 2 5 Assimila o Uma vez desdobradas e examinadas as partes deste componente Sistema Produtos e Riscos e apresentado o conceito de revis o cont nua agora poss vel tal como ilustra o esquema em baixo assimilar o Modelo do IPO Ele pode agora funcionar como um guia para os planeadores que tendo por base o intelligence e a informa o dispon veis e trabalhando sob constrangimentos quantific veis e de acordo com a capacidade dispon vel queiram desenvolver um plano ou um conjunto de planos complementares para garantir uma seguran a eficaz de um grande evento 18 Capacidade Constrangimentos gt Humana gt Financeiros gt F sica gt Temporais gt Tecnol gica gt Legais etc Governan a Lideran a Estrutura Coordena o Comunica o Legado Intelligence gt Amea as gt Vulnerabilidades gt Riscos Sistema Planos de seguran a internos EXTERIOR Planos de seguran a externos Planos de conting ncia pE Terrorismo Altera es da Ordem P blica Crime Perturba o Acidentes Emerg ncias e Desastres 2 6 Conclus o A realiza o
5. ncia do seu sistema de TI danos jardinagem de guerrilha uso de explosivos como dispositivos incendi rios ou bombas de fumo ass dio incurs es infiltra o bloqueios e marchas Todas as op es policiais t cticas s o legais H estrat gias de interven o precoce para prevenir desordens H planos de conting ncia para lidar com aspectos rotineiros da criminalidade Valida o do vetting e acredita o o objectivo prevenir a infiltra o no local do evento por pessoas n o autorizadas O pessoal atletas delegados e outras pessoas sem bilhete devem ser adequadamente identificadas e acreditadas para o local a que est o autorizadas a aceder A extens o da valida o de vetting e o processo de acredita o assim como quem conduz o processo ou partes do processo variam de forma significativa de evento para evento A bilh tica uma pol tica que abrange a venda e recolha de bilhetes o reconhecimento da identidade de titulares de bilhetes e a preven o de potenciais perpetradores de adquirirem bilhetes 45 Exemplos de quest es do checklist Que procedimentos adoptar quando s o descobertas acredita es fraudulentas As bases de dados de acredita o s o aptas a gerir o volume de trabalho O pessoal treinado para trabalhar com a base de dados A tecnologia foi eficaz quando usada em eventos anteriores Qual o procedimento para acredita o perdida ou roubada Os
6. pa s ou infra estruturas que sejam particularmente vulner veis penetra o e ataques de terroristas Pode incluir centros comerciais zonas tur sticas monumentos hist ricos etc H um conjunto de passos b sicos a considerar pelos planeadores de seguran a o Avalia o Identifica o das infra estruturas e patrim nio relacionados e n o relacionados com o evento que possam tornar se vulner veis durante o evento em termos de seguran a e sa de p blicas a n vel nacional governan a economia e seguran a nacional o Sensibiliza o Promo o de ac es de sensibiliza o junto de todas as partes interessadas sobre o potencial para e o impacto de um ataque contra as infra estruturas cr ticas importante estabelecer um ambiente proactivo atrav s do qual as autoridades p blicas o sector privado e os cidad os possam cooperar atrav s de uma abordagem multi institucional Os planeadores de seguran a devem estar aptos a explicar comunidade que qualquer disrup o dos locais relacionados e n o relacionados com o evento pode afectar o Estado de forma adversa o Protec o Afecta o de um mecanismo de alerta precoce para ataques contra locais relacionados e n o relacionados com o evento e melhoria das capacidades policiais de contra ataque Exemplos de quest es do checklist Que crit rios s o usados para identificar locais relacionados e n o relacionados com o evento que possam ser vulner veis a
7. s de reuni es restritas constitui um aspecto central do Observat rio e envolve peritos com vasta experi ncia na organiza o de diferentes tipos de grandes eventos que partilham os seus saberes Ao abordarem aspectos espec ficos da seguran a estas reuni es ajudaram o IPO a reunir um manancial de saberes e de boas pr ticas em mat ria de seguran a de grandes eventos Paralelamente a estas reuni es o IPO desenvolveu um Centro de Documenta o Restrito Restricted Documentation Centre RDC que armazena um grande acervo de informa o importante sobre seguran a de grandes eventos sob a forma de planos de seguran a relat rios operacionais relat rios t cnicos avalia es de amea a e outra documenta o Igualmente importante a an lise atrav s da qual o IPO identifica os principais elementos que os planeadores de seguran a devem ter em conta ao planearem a seguran a de um grande evento Juntamente com o Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO o IPO elaborou um Manual para Defini o de Pol ticas P blicas e Planeamento de Seguran a e desenvolve regularmente Guias Ad Hoc de Planeamento de Seguran a de Grandes Eventos Ser um extenso documento de refer ncia sobre planeamento execu o operacional e actua o p s evento Finalmente o IPO disponibiliza aos planeadores de seguran a de grandes eventos a pedido um conjunto de servi os de assist ncia e de avalia o da qualidade recorrendo ao saber de um
8. significa obter intelligence sobre os recursos que indiv duos ou grupos t m sua disposi o Inten o Expectativa Amea a Capacidade Recurso Conhecimento o A identifica o de vulnerabilidades em termos de pontos fracos num sistema de defesa Tais avalia es devem incluir uma avalia o de todas as medidas de protec o e de precau o tomadas As avalia es de vulnerabilidade devem levar em conta os planos de todas as partes envolvidas A avalia o de vulnerabilidade de locais pode ser mais f cil do que a de aspectos que podem ser vulner veis a ataques Os locais s o fixos o seu n mero limitado pelo que a sua concep o e esbo o podem ser revistos em paralelo com os planos de seguran a Para grupos ou pessoas vulner veis a situa o diferente pois implica a avalia o de grupos e pessoas muito diversificados e com necessidades distintas Al m disso as amea as podem mudar com o tempo e o n vel de protec o e a efic cia de tais medidas varia de grupo para grupo o A identifica o de riscos atrav s do processo de avalia o de amea as e vulnerabilidades A avalia o do risco pode ser usada para testar os 39 planos de gest o das consequ ncias das crises atrav s do desenvolvimento de diversos cen rios de impacto dos danos Vulnerabilidade A Cen rio As actividades de intelligence desempenham um papel fundamental tanto no processo
9. H planos de emerg ncia espec ficos relacionados com o evento Todo o pessoal est treinado para os procedimentos em caso de emerg ncia Os planos e procedimentos de evacua o est o actualizados testados e treinados para controlar as multid es ap s a ocorr ncia de incidentes Est definido um itiner rio de evacua o de emerg ncia Os servi os de emerg ncia e os bombeiros praticaram com a equipa organizadora do evento em caso de emerg ncia Que incidentes de seguran a est o planeados ao n vel do local do evento O local um alvo potencial de ataques terroristas e g devido sua localiza o hist ria significado simb lico etc Olocal do evento disp e dos seus pr prios recursos para responder a emerg ncias H recursos para lidar com amea as extraordin rias como o NBQR stock de drogas para contrariar agentes qu micos e biol gicos em pequenas quantidades para equipas de primeira interven o no local novas tecnologias e novo equipamento usado para detectar poss veis ataques com armas qu micas radiol gicas ou biol gicas etc 53 CAP TULO 5 Os Riscos A componente Risco indica a presen a de eventos adversos que podem expor a comunidade as infra estruturas cr ticas e outros alvos fracos possibilidade de serem danificados ou atacados durante um grande evento Os riscos podem ser os seguintes Terrorismo ataques terroristas em grande eventos ocorridos no pass
10. Homem Aranha O interesse dos media durante estas ocorr ncias tende a ser significativo devendo ser considerada a prepara o de planos de conting ncia e de respostas adequadas Acidentes Emerg ncias e Desastres esta categoria explica se por si mesma e inclui inc ndios acidentes de tr nsito sismos furac es acidentes em centrais nucleares e falhas de represas Podem ser ainda inclu das nesta categoria as doen as infecciosas o envenamento de alimentos ou incidentes com materiais perigosos antes ou durante um grande evento Todas estas categorias de riscos podem desdobrar se em diferentes tipos de incidentes tal como mostra o quadro em baixo Cada categoria pode ser refinada ou sub dividida conforme o n vel de an lise que se escolha Al m disso os riscos podem inter relacionar se As consequ ncias de um acidente natural humano or tecnol gico podem ser ampliadas pela presen a de grandes multid es e dos media internacionais Os riscos podem ser interdependentes podem ocorrer efeitos de domin e caso n o sejam adequadamente geridos incidentes aparentemente pequenos podem ficar fora de controlo 55 Terrorismo NBQR Ataques suicidas Atentados com bombas Altera o da Ordem P blica Hooliganismo Vandalismo Crime Crime Organizado Crime Comum Cibercrime Imagem Falhas nas TI Greves Fluxo de seguran a Desastre Emerg ncia Desastre natural Emerg ncias de origem huma
11. a de um grande evento Para mais informa es consulte o s tio Internet do IPO www unicri ipo org 4 CAP TULO 2 O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO Quando os planeadores de seguran a tentam listar tudo aquilo de que uma autoridade necessita fazer para preparar um evento seguro cedo se aperceber o de que a lista de quest es longa e heterog nea Por exemplo importante compreender quem ser respons vel por que aspectos da seguran a em diferentes locais como ser estruturado o esfor o de planeamento como ser gerida a diversos n veis de chefia a coopera o entre os organismos de seguran a p blica qual o papel das empresas de seguran a privada e como ser gerida a pol tica de comunica o social A lista continua mas em resumo planear um grande evento em grande medida lidar com a complexidade Este cap tulo apresenta o Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO que articula e torna mais transparentes os principais componentes do processo de planeamento e os princ pios orientadores duma estrat gia de seguran a de grandes eventos 2 1 Defini o de Grandes Eventos Dada a aus ncia de uma defini o universalmente aceite o IPO recorreu assist ncia de peritos e participantes internacionais no projecto Coordena o de Programas Nacionais de Investiga o sobre Seguran a de Grandes Eventos na Europa EU SEC tendo em vista encontrar uma defini o de grande evento Para explorar o
12. c es a preven o do envenenamento da alimenta o o carregamento de milhares de baterias de r dios e telem veis o armazenamento seguro das armas de fogo e at a disponibilidade de repelentes de insectos s o apenas alguns dos desafios relacionados com o pessoal que surgir o e ter o de ser previstos pelos planeadores A necessidade de prover recursos eficazes para o plano de seguran a do grande evento deve tamb m conjugar se com a realidade normal de os meios policiais tamb m deverem ser aplicados em reas que n o t m a ver com o dispositivo especial do grande evento Este factor s por si tem um impacto significativo na disponibilidade de pessoal e equipamento e os planeadores do grande evento devem trabalhar estreitamente com os colegas operacionais que planeiam as actividades do dia a dia para conseguir a melhor utiliza o poss vel dos recursos O principal aspecto do planeamento dos Recursos Humanos e Apoio Log stico determinar se o conceito inicial do plano ating vel em termos do n mero de pessoal treinado qualificado e devidamente equipado no vasto espectro de mat rias de seguran a necess rio para que o plano seja implementado O mesmo dizer n o adianta continuar um plano conceptual se os recursos requeridos para o implementar n o est o dispon veis ou faltam as compet ncias ou o equipamento necess rios ou se h insuficiente apoio financeiro para o pagar Tal pode ser feito atrav s de um proc
13. de comunica o devem visar o Criar uma imagem p blica positiva para o evento o Alertar o p blico para a extens o da opera o e prestar informa o til sobre restri es de circula o bilh tica op es de viagem itiner rios recomendados localiza o de facilidades entre outros o Manter os media devidamente informados Monitorizar as not cias dos media internacionais nacionais e locais o Desenvolver estrat gias para que as not cias dos media sejam justas e rigorosas o Desenvolver pol ticas e procedimentos para gerir todas as respostas oficiais aos coment rios dos media sobre a seguran a do grande evento o Coordenar e facilitar confer ncias de imprensa sobre seguran a O 24 Legado A governan a tamb m significa ter a capacidade de criar e articular uma vis o realista cred vel e atraente sobre o futuro da organiza o Ao incluir o legado no planeamento do grande evento desde o in cio ao criar uma cultura e um clima de planeamento que vise obter benef cios de longo prazo tang veis e significativos ao introduzir um elemento de criatividade e engenho ao reconhecer e at recompesar as boas ideias e sobretudo ser objectivo profissional e pragm tico em todo o processo poder se reduzir os custos totais e poder o ser alcan ados benef cios substanciais de logo prazo e sustent veis Os benef cios e recompensas do legado podem ser contabilizados mais do que simplesmente em termos fin
14. de planeamento como durante o grande evento e podem o Ajudar os planeadores comandantes e parceiros cnhave a melhor decidirem onde os recursos devem ser alocados o Prover os comandantes estrat gicos e t cticos com avalia es regulares da amea a e vulnerabilidade com vista a identificar poss veis riscos relacionados com a protec o de grupos como o p blico altas entidades e atletas assim como a protec o de locais do evento e outros locais infra estruturas cr ticas transportes e cerim nias espec ficas como as de abertura e encerramento ou entregas da tocha durante os Jogos Ol mpicos o Prover relat rios de intelligence de alta qualidade actuais e avaliados para orientar os comandantes estrat gicos e t cticos na afecta o atempada dos recursos policiais o Prover os comandantes operacionais com intelligence actual e de qualidade que lhes permita lidar proactivamente com as situa es antes que elas ocorram E Cuesta J H amp Jarvis N IPO Closed Door Meeting Madrid 2004 40 CAP TULO 4 Os Produtos A componente Produtos pode ser definida como o conjunto de planos de seguran a complementares que o Sistema concebe e produz visando o Proteger a vida a propriedade e prevenir o crime dentro da rea de seguran a do evento interno o Proteger a vida a propriedade e prevenir o crime fora da rea de seguran a do evento externo e o Estar preparado em termos de planeamento de conting ncia se
15. de um grande evento pode requerer uma estrutura de resposta extraordin ria concebida e executada atrav s de uma configura o da gest o superior que ir na maioria dos casos tendo por base o intelligence e a informa o dispon veis e trabalhando sob constrangimentos quantific veis e de acordo com a capacidade dispon vel desenvolver um plano ou um conjunto de planos complementares destinados a proteger pessoas e bens tanto no mbito do evento como no contexto da comunidade mais alargada com conting ncias preparadas para contrariar as amea as emergentes e responder a situa es inesperadas Este cap tulo apresentou um conjunto de elementos que se forem tidos em conta pelos planeadores poder o ajud los nas complexas fases iniciais do planeamento Tamb m foi proposto um modelo que incorpora e conceptualiza estes elementos Nos pr ximos tr s cap tulos analisaremos as principais componentes do modelo 20 CAP TULO 3 O Sistema Depois da apresenta o do Modelo do IPO este cap tulo explorar com mais detalhe a sua primeira componente o Sistema destacando os conceitos de governan a capacidade constrangimentos e intelligence 3 1 Governan a A governan a o acto forma e pr tica de gerir coordenar e seleccionar as melhores op es dispon veis para elaborar produtos em tempo til e eficazmente A governan a o centro da organiza o que lidera planeia e implementa medidas de seguran a de gra
16. e evento vulner veis SE Comunidade Dentro e fora dos Ter planos e respostas para Participantes Espectadores Pessoal de Seguran a e outros locais do evento Conting ncias de Grandes Incidentes Conting ncias de Seguran a P blica Procedimentos de Deten o e Judiciais Conting ncias dos 41 Aeroportos Conting ncias da Criminalidade Conting ncias dos Transportes Conting ncias de Comunica es 42 o Per metro externe Pd P 0 0 0 e 8 L 8 8 o of 4 1 Planos de seguran a internos O objectivo destes planos preparar um conjunto de medidas estrat gicas que identifiquem problemas e amea as antes que atinjam os participantes espectadores bem como o pessoal da seguran a e outras pessoas dentro da rea segura Habitualmente a rea de seguran a em torno dos recintos dos eventos compreende diferentes camadas de seguran a ou ilhas Os per metros internos s o usados para controlar os acessos s zonas imediatas do recinto O acesso rea controlada por um cord o interior deve ser restringido a um n mero limitado de pessoas As zonas tamp o buffer zones e os per metros externos s o criados de modo a prevenir um ataque na rea dentro do cord o interior do recinto A natureza do evento e os factores de risco vulnerabilidade amea a significam que ser o empregues diferentes estrat gias na medida do necess rio par
17. fogo materiais NBQR ou outras armas de ataque possivelmente escondidas 9 no local do evento fazer a busca esterilizar e manter o local seguro Identificar um conjunto de estrat gias t cticas e planos policiais operacionais complementares visando proteger a vida e a propriedade proporcionar um evento seguro e ininterrupto e se necess rio facilitar a realiza o de manifesta es legais manuten o da seguran a p blica Conceber sistemas para prevenir a infiltra o de pessoas n o autorizadas a entrar no local do evento atrav s de um processo de escrut nio valida o e acredita o vettinglbilh tica Identificar os pontos de entrada e sa da do local do evento para diferentes categorias de pessoas incluindo os delegados media participantes atletas espectadores etc para controlar as entradas e recusar o acesso a pessoas n o autorizadas pessoas com objectos proibidos como drogas armas etc e outras pessoas proibidas de entrar por qualquer outra raz o controlo de acessos Conceber mecanismos adicionais de seguran a para determinadas categorias de participantes como altas entidades e VIP s etc seguran a pessoal altas entidades Elemento 6 Controlo de fronteiras Durante o per odo de realiza o de um grande evento pode haver necessidade de refor ar as actividades rotineiras de controlo de fronteiras tendo em vista O Prover o mais rapidamente poss vel uma resposta efi
18. manifestantes ou qualquer outro incidente Elemento 8 Seguran a Relacionada com o Evento e Exterior ao Evento Nesta fase os planeadores de seguran a devem considerar a extens o do manto da seguran a para al m dos per metros de seguran a dos locais do evento e conceber um conjunto de op es estrat gicas e t cticas para aumentar a probabilidade de atingir os objectivos chave da opera o de seguran a Em particular tais planos devem incluir medidas adequadas a prevenir o crime e proteger as pessoas e a propriedade Entre os alvos poss veis incluem se os locais relacionados com o evento como hot is aldeias de patrocinadores centros de imprensa etc e infra estruturas cr ticas como a ind stria e instala es nucleares e qu micas edif cios p blicos redes de comunica es e gares principais de transportes A protec o de alvos fracos soft targets como centros comerciais zonas tur sticas e monumentos hist ricos deve tamb m ser considerada Os planeadores devem considerar o Identificar os elementos vulner veis exteriores ao local do evento e os relacionados com o evento que se fossem atacados teriam um impacto significativo na seguran a p blica sa de governan a economia e ou seguran a nacional o Promover a sensibiliza o das partes interessadas para o real potencial de um ataque e procurar o apoio e a partilha de responsabilidades na implementa o de medidas eficazes de preven o criminal
19. nio e juntar peritos de autoridades p blicas nacionais que lidam com a seguran a A rede IPO compreende peritos reconhecidos a n vel internacional com forma es e percursos distintos nas reas da seguran a e prov um f rum com informa o til para estes peritos O IPO foi formalmente reconhecido pelos seus esfor os atrav s da Resolu o do ECOSOC E 2006 28 de Julho de 2006 Estimular a coopera o internacional antes durante e depois da realiza o de um grande evento proporcionar mais e melhor seguran a onde julgamos que ela mais necess ria O programa IPO apresenta o seu Modelo de Planeamento da Seguran a tendo em vista melhorar a identifica o e o interc mbio de boas pr ticas a n vel internacional Trata se de uma estrutura comum para a harmoniza o de abordagens nacionais ao planeamento da seguran a de grandes eventos Este modelo visa cobrir as reas que o programa IPO e os seus peritos consideram mais relevantes e prementes nos nossos dias Para al m de uma pl iade de preocupa es universais os respons veis pelas pol ticas p blicas e pelo planeamento t m tamb m que se defrontar com quest es espec ficas do pa s anfitri o e do evento a organizar tudo aspectos que este Modelo de Planeamento da Seguran a pretende abordar Para tal ele levanta quest es que devem ser respondidas por aqueles respons veis quando s o chamados a elaborar desenvolver e implementar programas de seguran
20. o impacto de uma opera o de seguran a no ambiente n o pode e n o deve ser ignorado H muitas ideias que podem ajudar a garantir que o plano de seguran a adequado do ponto de vista ecol gico e ambiental O O Se o tempo e a localiza o o permitirem plantar arbustos defens veis adequados arbustos e rvores para criar cord es e linhas na areia em alternativa s constru es tempor rias muito mais dispendiosas e que poderiam ser classificadas como inimigas do ambiente Para a vigil ncia do espa o a reo recorrer a bal es de ar presos em vez de helic pteros e avionetas Distribuir bebidas ao pessoal em recipientes e garrafas recicl veis Fazer a gest o do lixo detritos e gua de forma eficaz Contratar profissionais para a recolha do lixo 26 Considerar a aquisi o de ve culos constru dos ou adaptados para o uso de combust veis alternativos Evitar construir estruturas tempor rias em terrenos de interesse cient fico e sempre que poss vel evitar conduzir em zonas verdes ou protegidas Conhecer e aplicar a legisla o nacional e internacional sobre protec o do ambiente no subsolo superf cie ou a reo Evitar actividades que possam libertar ou derramar subst ncias contaminantes como petr leo e leo gua contaminada ou qualquer outro l quido perigoso Monitorizar cuidadosamente a sa de do pessoal e espectadores para prevenir a propaga o de doen as 27 3 2 Capac
21. qualifica es adequadas As c maras de CCTV est o adequadamente localizadas Os sistemas anti intrus o s o suscept veis de resistir a factores ambientais H alguns constrangimentos em rela o aos cord es a montar tais como autoriza es de propriet rio quest es est ticas impacto ambiental etc Busca e vigil ncia o objectivo buscar selar securizar e manter segura a rea realizando uma busca sistem tica de engenhos explosivos improvisados armas de fogo ou outros dispositivos de ataque possivelmente escondidos por cima dentro ou por baixo do local do evento Exemplos de quest es do checklist H pessoal suficiente treinado para realizar buscas em todos os locais do evento O pessoal suficientemente qualificado e experiente Foi dedicado tempo suficiente para a busca minuciosa do local Qual o procedimento no caso de detec o Foi decidida a ordem de exclus o do espa o a reo S o claros os planos para neutralizar as amea as seguran a nos cord es e pontos de acesso H medidas para bloquear as linhas de vista dos atiradores furtivos snipers Controlo do per metro de seguran a o objectivo aplicar estrat gias de policiamento adequadas a garantir um evento seguro e sem interrup es facilitar as manifesta es legais e quando necess rio organizar um envolvimento activo com indiv duos ou grupos que desafiam as medidas de seg
22. s o as amea as espec ficas contra as pessoas que requerem protec o Quais os procedimentos para a evacua o de altas entidades H itiner rios de conting ncia rotas e hor rios de viagem A composi o dos comboio de ve culos de seguran a adequada Os agentes de seguran a estrangeiros podem transportar armas de fogo 47 4 2 Planos de seguran a externos O objectivo destes planos preparar um conjunto de medidas estrat gicas desenhadas para identificar problemas antes que atinjam a rea de seguran a do local do evento e proteger a comunidade em geral Tal como mostra a figura em baixo o IPO teve em considera o e discutiu um conjunto de ferramentas que ser o desenvolvidas a seguir Per metro externo on PVENPOSONENENER e es Protec o de locais a mo eras relacionados ou n o com o a gt evento e e e Per metro interno Controlo de fronteiras terrestre mar tima e a rea o objectivo O Prover com a rapidez necess ria uma eficaz resposta baseada nas informa es intelligence led Detectar e se poss vel prevenir a entrada de indiv duos que procuram por qualquer forma prejudicar o evento Detectar e se poss vel prevenir uma variedade de actividades ilegais relacionadas com o evento Criar oportunidades para melhorar a troca e a recolha de informa es relacionadas com o evento 48 Exemplos de quest es do checklist O pessoal dos ser
23. TOS 3 Os Riscos O terceiro componente do Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO o Risco O risco a presen a de qualquer elemento que possa desafiar de forma adversa o s plano s de seguran a O risco pode derivar de a Actos de Terrorismo b Incidentes de Altera o da Ordem P blica c Ocorr ncia de Crimes d Actos visando causar Perturba o como algumas not cias dos media manifesta es em favor de uma causa e greves e Acidentes Emerg ncias e Desastres 17 2 4 O Ciclo de Resposta do Planeamento Planear e garantir a seguran a de um grande evento um exerc cio din mico no qual uma lideran a forte e uma gest o eficaz s o essenciais para uma efic cia ptima O processo de planeamento e implementa o da seguran a tem uma natureza evolutiva e c clica caracterizada constantemente pela formula o de planos detalhados a apresenta o de solu es eficientes a monitoriza o de opera es rotineiras e uma revis o cont nua Tal como mostra o quadro em baixo em cada fase do processo de seguran a os comandantes devem ter em considera o o seguinte o analisar toda a informa o e intelligence sua disposi o para avaliar o a sua capacidade dispon vel e constrangimentos quantific veis identificar as op es t cticas para diminuir o risco avaliado o avaliar cada op o t ctica para determinar tanto as suas vantagens como os inconvenientes o seleccionar a s melhores op
24. a proteger a vida e a propriedade dentro da rea de seguran a Tal como mostra a fugura em baixo o IPO tem levado em considera o e discutido v rias dessas estrat gias que ser o desenvolvidas adiante oo e se oa ce o Controlo de Acessos ceu eu Per metro interno e n e ad e LOCAL DO EVENTO Garantir e refor ar a seguran a do local do evento quando adequado as reas de seguran a podem ser protegidas por meios f sicos e t cnicos como por exemplo veda es barreiras anti ve culo barreiras anti terrorismo e port es etc H tamb m outras medidas que podem ajudar a refor ar as reas seguras como sensores de movimentos barragens suplementares ilumina o em ngulos mortos e fontes de ilumina o da rea segura torres de vigia postos de sentinela patrulhas apeadas e a cavalo agentes paisana sistemas de alarme sistemas de 43 CCTV com capacidade de infra vermelhos dispositivos de comunica es sem fios etc Exemplos de quest es do checklist H suficientes n veis per metros e zonas de seguran a para proteger o local do evento As barreiras f sicas e n o f sicas impedem ataques atrav s da identifica o de amea as A rea da zona tamp o buffer zone suficiente para proteger a rea interna dos efeitos de ataques bombistas etc no per metro exterior O pessoal da rea de Inspec o de Ve culos Vehicle Screening Area VSA tem as
25. a com vista a realizar um grande evento seguro O UNICRI contribui deste modo com um recurso valioso e til para qualquer Estado Membro que o solicite ajudando a comunidade internacional a trilhar o caminho rumo a um Mundo mais seguro Sandro Calvani Director do UNICRI Indice INMOQUC O Seriei o ar E O ED 2 CAP TULO 1 O Observat rio Permanente Internacional IPO 3 CAP TULO 2 O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO 5 2 1 Defini o de Grandes Eventos eee 5 2 2 Os principais elementos do Planeamento de Seguran a de um grande evento aeieea eaaa teaa es rrea Eae a Ee EARRA asian a ini 7 2 3 O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO 14 2 4 O Ciclo de Resposta do Planeamento i o 18 2 0 ASSIMNA O e e aa aan Da SR o dia 18 2 CONCIUS O ke ade EO a a Dra 19 2 60 CONCLUS O ara eee a AE aaa E E SAL en ng 20 CAPITULOS O Siloeman Ca pd a a 21 Sa GOVEINAN A EE E T S 21 3 2 Cap ciddd E e e rae ea raae eaa e a Aaaa aD bias son ei 28 3 3 C nstrangiMEntoS merie a E Ee 34 gAdntelligent arrene a aa E UR 39 CAP TULO 4 Os Produtos s ssssseieseiseieisiersrersrerersrererireririrrerrrererere 41 4 1 Planos de seguran a internos eee 43 4 2 Planos de seguran a externos rare 48 4 3 Planos de Conting ncia ais eeeisaas saia cn iai eia 52 CAPITULO SOS RISCOS users tas negao SEE Gato N 54 CAP TULO 6 Assis
26. a tarefa insignificante assim como os procedimentos necess rios para garantir um n mero t o elevado de ve culos para o efeito sendo que poder ser necess rio contratar cerca de 200 autocarros e 600 condutores por dia a um pre o razo vel As mesmas quest es tendem a aplicar se tamb m no planeamento log stico e h uma diferente probabilidade de que em diversas reas deste planeamento a procura exceda a oferta dispon vel a n vel nacional situando se para al m das necessidades di rias normais sendo que determinados aspectos do evento n o ligados seguran a suscitar o iguais desequil brios entre procura e oferta Os grandes eventos por exemplo podem atrair v rios milhares de jornalistas que pretender o ser transportados por autocarro Os organizadores do evento tamb m ir o contratar autocarros para transportar alguns milhares de delegados e ou atletas e claro aumentando a procura sobem os pre os 31 Harmoniza o H v rias ferramentas e pr ticas que podem ajudar os planeadores a conjugar o que esperado planeado e praticado 1 Planos pr ticas para ajudar integra o A primeira ferramenta concebida para apoiar a integra o Os Dias de Integra o implicam que os representantes do planeamento reflictam em conjunto sobre as interdepend ncias conhecidas com o objectivo de confirmar que a quest o foi efectivamente abordada no processo de planeamento Assumindo que as coi
27. acilitar as investiga es e as inquiri es 13 2 3 O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO Uma vez identificados os principais elementos que os planeadores de seguran a devem ter em considera o quando planeiam a seguran a de um grande evento o IPO gostaria de propor um modelo pragm tico que incopore todos estes elementos O objectivo do modelo n o ensinar os planeadores a planear Este modelo do IPO oferece uma estrutura amiga do utilizador que ajuda a identificar os principais componentes do processo de planeamento e capta os conceitos que lhes servem de base Come ando com uma representa o esquem tica muito b sica o modelo inclui tr s componentes principais um sistema que gera produtos para enfrentar riscos existentes e potenciais 1 Sistema 2 Produtos 3 Riscos OOo s 1 O Sistema O Sistema uma entidade organiza o envolvendo um grupo de pessoas que trabalham para um objectivo comum O sistema compreende quatro elementos principais capacidades constrangimentos intelligence e governan a Tal como se ilustra no quadro em baixo os primeiros tr s s o aqui analisados s Capacidades podem definir se como a componente que os planeadores de seguran a t m sua disposi o em termos de recursos humanos f sicos e tecnol gicos Os Constrangimentos podem ser definidos como os factores quantific veis que limitam e regulam o mbito de aplica o das capacidades Os constrangim
28. ado alteraram a actual concep o da seguran a do grande evento Os ataques do Setembro Negro em 1972 nos Jogos Ol mpicos de Ver o de Munique foram a linha divis ria que mudou permanentemente a conceptualiza o de risco e a gest o da seguran a de grandes eventos O ataque bomba durante os Jogos Ol mpicos de Ver o de Atlanta em 1996 tamb m demonstrou a natureza fr gil da seguran a em manifesta es p blicas de grande escala com m ltiplas avenidas de acesso milhares de espectadores e participantes e claro a comunidade mais alargada O facto de a bomba ter explodido no Centennial Park demonstrou que as vulnerabilidades n o estavam apenas ligadas ao local do evento mas tamb m a locais relacionados ou n o com o evento Recentemente os planeadores de seguran a t m se preocupado com novas formas de redes terroristas transnacionais que como foi demonstrado pelos recentes ataques terroristas internacionais est o a tornar se mais internacionais no seu alcance e menos previs veis no seu uso da viol ncia As actuais preocupa es em rela o a actos terroristas incluem o uso de armas NBQR dispositivos de dispers o radiol gica nuclear biol gica e qu mica e ataques suicidas Neste dom nio os planeadores de seguran a t m refor ado os planos de conting ncia para preservar e proteger a vida minimizar o impacto do incidente apoiar o processo de descontamina o informar o p blico e manter a sua confian a Os evento
29. advancing security serving justice building peace IPO Modelo de Planeamento da Seguran a Tradu o em Portugu s editada pelo Instituto Superior de Ci ncias Policiais e Seguran a Interna de Portugal Agradecimentos A prepara o do Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO contou com o apoio de muitas pessoas institui es e organiza es que deram preciosos contributos desde o lan amento do Observat rio Permanente Internacional sobre Medidas de Seguran a durante Grandes Eventos ocorrido em 2008 O UNICRI est agradecido a todos os peritos que partilharam o seu conhecimento sobre quest es de seguran a durante as sete Reuni es Restritas organizadas no mbito do IPO bem como s suas institui es por garantirem a sua participa o O UNICRI est particularmente agradecido aos investigadores principais e ao pessoal do UNICRI Sr Francesco Marelli e Sr Brian Powrie por terem elaborado este documento Um obrigado especial tamb m devido Sr Doris Buddenberg que encorajou constantemente o IPO enquanto foi Directora em Exerc cio do UNICRI Um agradecimento especial tamb m para o Sr Francesco Capp que coordena as actividades do UNICRI na rea da Governan a da Seguran a e Contra Terrorismo e ao pessoal do IPO Sr Massimiliano Montanari coordinador do Programa Sr Alberto Pietro Contaretti coordinador do Programa EU SEC e Sr Duccio Mazarese os quais se desempenharam com dedica o no
30. amea as como ataques terroristas Quando e como ir o os planeadores de seguran a envolver as partes interessadas externas especialmente os propriet rios de infra estruturas que requerem protec o Em que reas de seguran a deve procurar se a coopera o com partes interessadas externas Como podem as sinergias e os planos ser harmonizados 50 Que medidas de seguran a podem ser empregues para proteger locais relacionados e n o relacionados com o evento i e patrulhas m quinas de raio x e detectores de metais Que medidas podem ser empregues para evitar a disrup o da comunidade quando se protegem locais relacionados e n o relacionados com o evento 51 4 3 Planos de Conting ncia O objectivo estrat gico deste produto ao mesmo tempo contrariar amea as emergentes e responder quando surgem situa es inesperadas As reas onde s o necess rios os planos de conting ncia incluem poss veis inc ndios explos es terrorismo ataques NBQR ataques suicidas falhas estruturais tumultos falhas de energia falhas de equipamentos de seguran a perigos fora do local do evento etc importante notar que mesmo um pequeno incidente pode escalar e tornar se grave caso n o seja adequadamente gerido Os planos de conting ncia devem prover respostas de emerg ncia sempre que necess rio H alguns princ pios b sicos que podem ser incorporados no planeamento de conting ncia Gest o combinada e co
31. anceiros H muitas formas de aumentar o legado Confian a e respeito da comunidade Os grandes eventos s o uma excelente oportunidade para a Pol cia ganhar e aumentar a confian a e respeito da comunidade que serve importante desde o primeiro dia envolver as pessoas que a Pol cia tem de proteger e servir e com as quais tem de trabalhar em conjunto particularmente os idosos os jovens e outros grupos vulner veis Sempre que poss vel as pessoas devem ser de forma honesta informadas e actualizadas As autoridades devem objectivamente chamar a aten o para os riscos e problemas mas tamb m promover as contra medidas Devem tamb m explicar em termos simples por que ser necess rio impor certas restri es mas salientando o seu car cter tempor rio Tamb m recomend vel informar a comunidade sobre os encargos financeiros adicionais que o grande evento implica para a economia local e em que termos a comunidade beneficiar no longo prazo das melhorias nas infra estruturas que os planeadores de seguran a pretendem introduzir para apoiar a opera o policial Um evento bem sucedido pode promover um pa s ou uma regi o de forma muito positiva e nos anos seguintes atrair o turismo o com rcio e as empresas melhorando assim a economia e criando oportunidades para continuar a desenvolver comunidades mais seguras e reduzir o crime e a delinqu ncia Forma o Concursos P blicos e Pr tica H tamb m benef cios tang ve
32. aneadores devem prestar aten o particular aos procedimentos que s o habitualmente usados pelo pessoal envolvido e resistir tenta o de fazer algo demasiado inovador Uma ferramenta simples de apoio introdu o de novos procedimentos destacar graficamente aqueles que se desviam dos procedimentos operacionais padronizados Outra ferramenta de apoio dispor de livros de 32 bolso ou algo semelhante que contenha a informa o crucial procedimentos actualizados e outros dados essenciais Pode se tamb m elaborar e difundir manuais Por exemplo nos Jogos Ol mpicos de Inverno de 2000 em Salt Lake foi publicado um manual sobre Procedimentos Operacionais de Seguran a P blica Public Safety Standard Operating Procedures Este manual continha os n meros de telefone importantes checklists para lidar com diversas situa es de emerg ncia Inclu a tamb m mapas flowcharts hor rios gr ficos de dist ncias formul rios de ataques bombistas e de diversos relat rios 3 Locais pr ticas para testar a seguran a do local do evento Os melhores planos podem n o sobreviver ao primeiro dia do evento se n o foram realizadas as verifica es em tempo real antes do in cio do evento Os procedimentos de seguran a e protec o tamb m devem ser considerados nestas verifica es H diferentes formas de testar os planos atrav s de exerc cios forma o e treino Os eventos teste permitem s autoridades avaliar p
33. ar os aspectos humanos aspectos da resposta com equipamento fi vel e solu es tecnol gicas como CCTV sensores detectores e meios de comunica o A natureza e dimens o do evento determinar o os n veis de apoio t cnico necess rios para melhorar a seguran a mas dada a grande variedade de equipamentos de comunica es e de TI dispon veis os elevados custos envolvidos a r pida muta o do mercado e o n vel de compet ncias exig veis para implementar adequadamente as solu es mais aplic veis recomend vel que cada evento seja considerado individualmente e com apoio profissional apenas se opte pela solu o mais apropriada Recursos humanos A escala de planeamento do grande evento quase sempre excede consideravelmente o inicialmente previsto A complexidade em torno da determina o dos recursos humanos f sicos e tecnol gicos necess rios para dar corpo aos planos de seguran a raramente reconhecida Nem sequer frequentemente compreendido desde o in cio que um grande evento quase pode esgotar as reservas dos recursos nacionais em alguns aspectos da actividade operacional da seguran a f sica e das necessidades de transportes 28 Da ser importante que os planeadores determinem e seleccionem o correcto n mero de pessoal treinado qualificado e devidamente equipado em todas as reas de compet ncia da seguran a Uma escala de servi o adequada casas de banho para o pessoal abrigos para cavalos e
34. as As respostas devem ser flex veis e variar de acordo com a natureza e efeitos da crise Contudo h alguns objectivos comuns que caracterizam todas as respostas de emerg ncia Estes objectivos devem incluir o Salvar e proteger a vida e a propriedade o Tratar resgatar e transportar as v timas o Conter a emerg ncia e as v timas incluindo a paragem do evento e a evacua o do local Gerir a evacua o Salvaguardar o ambiente Manter os servi os cr ticos Prover informa o aos media Repor a normalidade logo que poss vel O 0 0 0 O 52 o Facilitar as investiga es e inqu ritos garantindo a preserva o dos vest gios no local e outras provas Forma o e treino importante testar a efic cia dos planos e a compet ncia de todos os indiv duos ou grupos envolvidos Uma t ctica poss vel seria a realiza o de reuni es frequentes com pessoal relevante para a troca de informa o criar esp rito de equipa e encorajar o trabalho em rede Tamb m importante planear exerc cios de treino usar o treino progressivo de sess es de sala de aula a exerc cios pr ticos de sala e dividir os programas de treino em subcategorias como o treino especializado exerc cios de campo forma o no uso de produtos equipamentos etc Exemplos de quest es do checklist Foram planeados todos os tipos de acidentes inc ndios desastres naturais colapso de constru es falhas de energia el ctrica etc
35. banco global de peritos todos eles com uma experi ncia de gest o da seguran a de grandes eventos passados O capital de conhecimento destes altos funcion rios disponibilizado por institui es policiais e de seguran a de diversos Estados Membros das Na es Unidas como uma contribui o em esp cie para o programa O UNICRI tamb m beneficia do apoio individual de peritos de seguran a que integram a rede IPO Reconhecendo a import ncia e a valia do Programa do IPO o Conselho Econ mico e Social das Na es Unidas ECOSOC aprovou em Julho de 2006 a Resolu o E 2006 28 sobre o IPO Nesta Resolu o o ECOSOC encoraja os Estados Membros que planeiem grandes eventos a beneficiarem do IPO com vista a receberem informa o sobre as boas pr ticas de seguran a de grandes eventos e convida o UNICRI a continuar e a expandir o trabalho do Observat rio incluindo a disponibiliza o a pedido dos Estados Membros de assist ncia t cnica e servi os de consultoria sobre seguran a de grandes eventos Al m disso o Manual de Preven o e Resposta a Crises em Grandes Eventos Especiais elaborado pelo Grupo G8 Lyon Roma Anti Criminalidade e Terrorismo e o Subgrupo de Projectos de Pol cia Law Enforcement Projects Subgroup LEPSG encoraja expressamente a utiliza o da plataforma do IPO O acesso ao Centro de Documenta o pode ser autorizado mediante pedido s autoridades respons veis ou envolvidas no Planeamento de Seguran
36. ca A pesquisa pode incluir por exemplo a identifica o de boas pr ticas de policiamento de grandes eventos e uma an lise das t cticas usadas pelos manifestantes Depois disso o director de planeamento pode querer identificar e nomear um n mero muito limitado de quadros superiores para a equipa de planeamento para conduzirem um exerc cio explorat rio mas preciso para determinar o melhor poss vel a extens o da opera o Este exerc cio deve ajudar a estabelecer um conceito geral de opera es para come ar a transformar uma vis o numa estrutura de planeamento significativa e eficaz A equipa procurar identificar os principais ramos como o intelligence a seguran a do local do evento a gest o do tr fego autom vel a ordem p blica a log stica os recursos humanos o comando e controlo etc Estes ramos constituir o a estrutura do Plano Global Master Plan O trabalho em cada ramo pode ser apoiado por um grupo de trabalho O desafio da lideran a garantir que estes ramos bem como as deriva es que deles emergem s o adequadamente providos formados e alimentados de modo a garantir que o seu crescimento controlado para produzir uma rvore com o tamanho forma apar ncia e for a adequados Pesquisa Roteiro da Plano Global Grupos de Seguran a Trabalho Elemento 3 Intelligence Inevitavelmente a estrutura integrar representantes de um vasto n mero de organismos relevantes aos n veis local na
37. casi o de eventos com dimens o internacional 3 A Resolu o do Conselho de 6 de Dezembro de 2001 adoptou uma primeira vers o do Manual 2002 C22 01 entretanto actualizada atrav s da Resolu o de 12 de Junho de 2007 8 Elemento 4 Estrat gia de Comunica o Social e Rela es P blicas A disponibiliza o para o exterior de informa o coordenada precisa e actualizada um elemento muito importante em qualquer estrat gia de preven o ou redu o do crime essencial fornecer informa o relacionada com a seguran a e o sentimento de seguran a das pessoas assim como manter os media informados O acompanhamento dos media um elemento chave tal como o planeamento de conting ncia das respostas dos media em caso de ocorr ncia de um incidente grave Com este objectivo importante o Conceber uma estrat gia de informa o p blica que preste comunidade aos participantes e espectadores um conjunto de conselhos e informa o de seguran a sobre assuntos como os itiner rios recomendados percursos cortados e restri es de acesso etc o Refor ar o sentimento de seguran a explicando comunidade de forma simples por que algumas restri es tempor rias podem ser necess rias para garantir a todas as partes envolvidas um evento seguro V rios instrumentos podem ser usados nesta campanha de sensibiliza o como os programas televisivos folhetos informativos placards etc o Durante o evento u
38. caz baseada no intelligence Detectar e possivelmente prevenir a entrada de indiv duos que procurem perturbar o evento por qualquer forma Detectar e se poss vel prevenir um conjunto de actividades ilegais associadas ao evento Gerar oportunidades para melhorar a troca de informa o e a recolha de informa o e intelligence relacionados com o evento Elemento 7 Gest o do Tr nsito Os principais objectivos deste elemento s o O Manter em funcionamento e garantir a seguran a dos itiner rios de acesso de e para os locais do evento e outros locais assinalados para os delegados media recursos policiais e outros o que inclui a gest o de itiner rios fechados e outras t cticas implicando por exemplo a satura o e garantia da seguran a de itiner rios cr ticos e alternativos Manter em funcionamento e garantir a seguran a de uma rede rodovi ria vi vel ao longo das reas de seguran a e zonas adjacentes Tal pode implicar a suspens o de trabalhos vi rios a garantia da seguran a de pontes e t neis a revis o dos limites de velocidade e outras formas de controlo do tr fego rodovi rio 10 o Conceber um sistema de transportes p blicos com capacidade para de forma segura escoar o volume previs vel de passageiros em determinados tempos e espa os o Preparar planos de conting ncia para gerir incidentes na rede rodovi ria nacional ou local como perturba es ou cortes de estradas provocados por acidentes
39. cedimentos devem comprovadamente poder funcionar em tempo real e ser eficazes no local Por isso deve ser dada especial aten o forma como a coordena o funcionar durante o pr prio evento Os seguintes factores podem constituir um obst culo coordena o o Quest es dos parceiros locais nacionais e internacionais Quem paga o qu Disputas jurisdicionais Cultura e conflitos organizacionais Ac o independente do plano acordado oooOoOo Duplica o sobreposi o redund ncia falta de comunica o e mal entendidos s o problemas que podem surgir E preciso coordena o para interligtar os planos e a pr tica Comunica o Outro importante aspecto da governan a a comunica o interna e externa Uma eficaz comunica o interna dentro e atrav s das organiza es e ag ncias envolvidas na seguran a do grande evento decisiva e um elemento chave da coordena o Tal permite s autoridades dispersar informa o manter toda a gente actualizada e ajudar no sentido de fazer compreender o que esperado em termos operacionais A comunica o externa tamb m muito importante Os grandes eventos atraem uma grande aten o dos media alguns dos quais n o inteiramente complementares Uma estrat gia eficaz de comunica o externa tem o potencial de melhorar a confian a p blica e minimizar o dano potencial para a reputa o dos organizadores de seguran a do evento Os elementos de uma estrat gia
40. ceiros envolvidos aos mais diversos n veis Muitos deles n o est o habituados a trabalhar em conjunto para um fim comum A coordena o envolve tr s princ pios O primeiro que todos os membros das organiza es envolvidas devem compreender o seu papel espec fico na organiza o mais vasta do grande evento e devem ser capazes de agir em conformidade Os membros do sistema organizativo mais alargado o steward do local do evento o agente policial de rua o pessoal de apoio ao parque de estacionamento dos media devem ser instru dos sobre o que necess rio saberem O princ pio a seguir keep it simple ou seja quanto mais simples for o plano melhor Em segundo lugar durante os preparativos deve se ter o especial cuidado de planear o plano As diversas institui es devem desenvolver os seus pr prios planos para poderem desempenhar a sua miss o durante o grande evento A maioria dos grandes eventos s o como grandes puzzles onde 4 Este foi um dos principais temas da reuni o restrita de peritos do IPO em Svalbaard Noruega em 2004 23 muitas institui es t m diferentes pap is Deve haver cuidado com problemas que possam surgir em resultado de um planeamento concorrente e paralelo Quando os planos n o encaixam entre si os mal entendidos da resultantes podem prejudicar seriamente toda a opera o Em terceiro lugar o melhor teste aos procedimentos e ao planeamento a pr tica Os pro
41. cional e internacional todos eles contribuindo de forma significativa para um sistema alargado de intelligence que permita a recolha an lise e dissemina o do intelligence e informa o para ajudar os planeadores de seguran a e outros como as autoridades de controlo de fronteiras a responder s amea as vulnerabilidades e riscos O sistema compreende o A probabilidade de potenciais amea as como grupos terroristas criminosos ou indiv duos com perturba es mentais tentarem atacar um alvo particular como uma pessoa ou um edif cio num determinado momento avalia o da amea a o As poss veis vulnerabilidades de um alvo que podem ser exploradas num ataque avalia o da vulnerabilidade o A probabilidade de potenciais amea as tentarem um ataque explorando as vulnerabilidades do alvo avalia o do risco H diversos sistemas baseados na informa o para apoio s opera es policiais Um deles o Nacional Intelligence Model NIM do Reino Unido que identifica padr es do crime e promove uma abordagem cooperativa na resolu o de problemas O Manual com recomenda es para a coopera o policial internacional e medidas de preven o e luta contra a viol ncia e os dist rbios associados aos jogos de futebol com dimens o internacional em que pelo menos um Estado Membro se encontre envolvido da Uni o Europeia promove um modelo de coopera o baseado no intelligence e na partilha de informa es por o
42. conceito os pa ses participantes disponibilizaram um conjunto de informa o detalhada sobre medidas de seguran a que conceberam e implementaram aquando da organiza o de grandes eventos passados No total foram analisados 30 grandes eventos Tal como ilustra o quadro em baixo os pa ses participantes referiram um conjunto de caracter sticas que identificam um grande evento a saber 2 O EU SEC uma iniciativa que o UNICRI lan ou em 2004 em parceria com a Europol e dez Estados Membros da Uni o Europeia UE ustria Finl ndia Fran a Alemanha Irlanda It lia Portugal Espanha Pa ses Baixos e Reino Unido Financiado pela Comiss o Europeia o Projecto EU SEC visa coordenar os programas nacionais de investiga o sobre seguran a de grandes eventos da UE na Europa 5 Raz es para considerar um evento como Grande Evento Risco de terrorismo Novo contexto Internacional Amea a terrorista tempo Outros riscos lcool drogas falsifica es carteiristas etc Coopera o policial internadonal Grande n mero de cidad os estrangeiros Grande n mero de agentes policiais envolvidos Significado hist rico ou pol tico e popularidade Risco dos adeptos manifestantes motins Dispers o concentra o ou outros eventos durante o grande evento Grande n mero de pessoas Grande cobertura medi tica Grande presen a de VIP s pol ticos atletas artistas etc 20 22 27 35 39 39
43. cordos ou memorandos de entendimento expl citos Os protocolos ou contratos de comando articulam exactamente quem tem a reponsabilidade de planeamento e de apresenta o de que produtos onde e quando Um comando eficaz tamb m assenta no princ pio da flexibilidade N o existe um formato universal de estrutura de planeamento Os grandes eventos variam significativamente com o tempo e lugar medida que o programa do evento muda emergem diferentes amea as que exigem diferentes respostas os contratos de pessoal e as condi es de emprego variam surgem no mercado novas ou melhoradas solu es tecnol gicas aplicam se condi es legislativas locais e aspira es pol ticas e diferentes locais inevitavelmente apresentam diferentes desafios em termos dos requisitos da sua seguran a f sica O Planeamento de Seguran a para o grande evento numa cidade por exemplo ser em grande medida diferente de outro evento a realizar num ambiente rural e tal ir reflectir se na eventual composi o da equipa de planeamento na estrutura que aplicada No processo normal de desenvolvimento de um conceito de seguran a de opera es para um grande evento imperativo que todos os comandantes reconhe am a import ncia da flexibilidade na afecta o de recursos para identificar antecipar e eliminar potenciais amea as Coordena o A coordena o e o desenvolvimento de procedimentos uma tarefa importante devido ao grande n mero de par
44. dade e prestam contas relativamente opera o Eles formulam a estrat gia global de policiamento do grande evento Eles devem ser capazes de comunicar de forma eficaz e en rgica a vis o e a estrat gia a todo o pessoal Eles devem encorajar o pessoal a ser persistente motivado coordenado e preparado para ultrapassar positivamente os obst culos que surjam Os comandantes estrat gicos devem manter uma supervis o estrat gica e n o devem envolver se demasiado na tomada de decis o ao 21 n vel t ctico Eles devem tamb m garantir que a estrat gia est documentada de forma a permitir uma inspec o adequada Os comandantes t cticos por outro lado s o respons veis pela avalia o de toda a informa o e intelligence dispon veis pela aplica o de crit rios de an lise profissionais pela coordena o e orienta o dos recursos dispon veis pelo desenvolvimento de planos e pela revis o e correc o do percurso para alcan ar os objectivos estrat gicos definidos no mbito das op es t cticas aprovadas Os comandantes operacionais por fim s o respons veis pela gest o da implementa o das tarefas identificadas no n vel t ctico no mbito da sua rea de responsabilidade material e ou territorial Eles devem ter conhecimento dos planos t cticos e do seu papel nesses planos e manter os comandantes t cticos actualizados sobre quaisquer desenvolvimentos Os comandantes a todos os n veis devem estar adequadame
45. de ser necess rio adoptar nova legisla o Podemos distinguir entre os seguintes tipos de legisla o Em primeiro lugar pode ser necess ria legisla o especial tempor ria ou permanente para apoiar a organiza o do grande evento Por exemplo o Estado do Utah EUA introduziu legisla o para criar uma nova institui o com um papel espec fico nos Jogos Ol mpicos de Inverno de Salt Lake em 2002 Entre outros aspectos esta legisla o definiu o mandato das autoridades p blicas e especificou a divis o de tarefas e responsabilidades entre os parceiros p blicos e privados Nos Jogos Ol mpicos de Inverno de 36 Lillehammer Noruega em 1994 adoptaram se normas tempor rias para apoiar as medidas de seguran a e restringir o acesso cidade em certas circunst ncias Em segundo lugar pode ser necess rio implementar disposi es especiais na rea do funcionamento dos tribunais em mat rias como o O n vel de san es para diferentes tipos de infrac es cometidas durante o evento o a op o de usar procedimentos sum rios para acelerar o processo legal o a organiza o e funcionamento dos tribunais incluindo a capacidade melhorada a organiza o e os processos para a realiza o de sess es e a atribui o de poderes de deten o suplementares o Criar normas para proibir o acesso a locais relacionados com o evento o as normas de expuls o de cidad os estrangeiros o controlo de entrada de fronteiras a
46. desenvolvimento do IPO A gratid o do UNICRI estende se tamb m a Marc Otten consultor do UNICRI que redigiu o Manual para Pol ticas e Planeamento de Seguran a O UNICRI agradece tamb m Ag ncia Europeia de Pol cia EUROPOL pelo apoio t cnico que prestou desde o lan amento do IPO e pelos coment rios e contributos enriquecedores dos seus funcion rios durante a prepara o do Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO Um reconhecimento especial deve ser dirigido tamb m ao Presidente do Conselho Consultivo do IPO General Ma Zhen Chuan Director Geral da Pol cia de Seguran a P blica de Pequim Rep blica Popular da China bem como aos membros do Conselho Consultivo do IPO Sr Sergey Girko Director do Instituto de Investiga o do Minist rio do Interior da Federa o Russa Sr Domenico Paterna Coronel do Corpo Italiano dos Carabinieri Sr Ame Huuse Director de Pol cia da Direc o Nacional de Pol cia da Noruega Sr Ann Brooks ex Directora do Gabinete de Eventos Especiais do Departamento de Defesa dos EUA e o Sr Juan Hidalgo Cuesta ex Assessor do Secret rio de Estado Minist rio do Interior de Espanha Secretariado da Seguran a O UNICRI deseja tamb m sublinhar o trabalho desenvolvido pelo restante pessoal do IPO Sr Duccio Mazarese Sr Houyam Boudiaf Sr Pavel Maximov Sr Laura Mitta Sr Annaclara Pochettino Sr Diane Raineri Sr Pimpernel Sieders e Sr Shaoying Zhang pelo apoio s actividad
47. e as quest es que se podem colocar tanto de fontes internas como externas sobre o tema do controlo or amental incluem se as seguintes e nesse sentido o pessoal do planeamento deve ter conhecimentos suficientes para lhes dar resposta o Qual o or amento da seguran a o Que or amento paga o qu o Quais os custos prov veis com o pessoal o Quais os outros custos o Do or amento total qual a percentagem para a seguran a e protec o o Como se comparam os custos com eventos similares no passado o Quais os custos de seguran a por bilhete vendido e como se pode comparar com eventos anteriores poss vel identificar outras boas pr ticas em mat ria de custos de seguran a e protec o Em primeiro lugar os principais factores dos custos de seguran a s o os n meros de efectivos policiais pessoal m dico e outro pessoal de emerg ncia que est o em servi o permanente durante o evento Assim os or amentos podem ser previstos com maior precis o atrav s do c lculo do n mero esperado de pessoal necess rio o tempo da miss o e o custo por hora Estas despesas podem diferir entre os pa ses anfitri es devido as diferen as nacionais nas tabelas de pre os A identifica o de alguns factores como os custos de pessoal e equipamento podem ajudar a simplificar o processo e controlo or amental Al m disso o controlo dos or amentos de seguran a e protec o depende de v rios factores cr ticos de sucess
48. eguran a pessoal e da log stica ao planeamento de conting ncia do contra terrorismo Os servi os de tutoria e de gest o da qualidade do IPO s o prestados em fun o das prioridades identificadas pelos Estados Membros que organizam o grande evento e depois afinados durante uma miss o do IPO de levantamento de necessidades Por raz es bvias o mandato do IPO n o se estende ao envolvimento em actividades operacionais em curso ou ao fornecimento de intelligence avaliado mas o UNICRI pode promover o interc mbio de conhecimentos e oferecer as boas pr ticas sobre mecanismos de recolha e processamento de informa o Com o apoio da Autoridade Nacional relevante os Comit s organizadores podem tamb m solicitar o apoio dos servi os de tutoria e de gest o de qualidade do IPO Informa o sobre como obter a assist ncia do IPO bem como detalhes sobre a recolha an lise e dissemina o de boas pr ticas sobre a seguran a de grandes eventos pode ser encontrada no s tio Internet do IPO www unicri ipo org 57
49. em atingir o quadro seguinte destaca em termos gerais os custos da seguran a da Cimeira do G8 de 2005 realizada em Gleneagles na Esc cia Tal como tende a ser o caso em assuntos de pol cia e seguran a uma grande percentagem dos custos foram consumidos nas despesas com pessoal CUSTOS da Cimeira do G8 de 2005 Custos com Planeamento 12 251 Custos com Pessoal 44 660 Equipamento de Tl e de Escrit rio 1 151 Alojamento de Pessoal 3 008 Transportes e Desloca es 3 369 Alimenta o 1 219 Apoio A reo 0 437 Seguros 0 499 Per metro de Seguran a de Gleneagles 0 882 Estruturas Tempor rias 0 755 Seguran a Privada 0 477 Pontos de Abastecimento 0 168 Equipamento 1 197 Comunica es 0 367 Seguran a F sica do Aeroporto 0 411 Diversos 1 125 TOTAL 71 976m Um or amento ineficaz pode obviamente afectar de forma negativa o processo de planeamento mas uma pr tica de gest o sadia pode implicar o uso de diversas abordagens de modo a definir com mais precis o os custos 34 benef cios Essas abordagens envolvem a elabora o de or amentos de seguran a a compara o com anteriores grandes eventos an lise de risco dos custos de seguran a e m todos de an lise custo benef cio A gest o financeira de or amentos t o importantes sem d vida uma mat ria complexa e por isso as pessoas com responsabilidades devem ser adequadamente qualificadas De entr
50. entos podem ser de natureza financeira temporal legal pol tica etc O Intelligence descreve o processo de recolha e an lise de informa o atrav s do qual os planeadores de seguran a podem estabelecer e depois conceber medidas para diminuir as amea as as vulnerabilidades e os riscos identificados 14 Capacidades Constrangimentos gt Humanas Financeiros gt F sicas Temporais gt Tecnol gicas Legais etc Intelligence gt Amea as gt Vulnerabilidades gt Riscos Sistema As capacidades os constrangimentos e o Intelligence constituem os ingredientes da receita que o sistema pode reunir para criar um produto O sistema contudo precisa de um chefe e por isso o quarto componente essencial para estabelecer esta orienta o estrat gica e disponibilizar o produto isto o plano de seguran a a Governan a A Governan a pode definir se como a ac o o modo ou a pr tica de gerir coordenar e seleccionar as melhores op es dispon veis para elaborar produtos em tempo til e de forma eficaz A governan a o cora o da organiza o que lidera planeia e implementa medidas de seguran a eficazes significativas e pragm ticas para grandes eventos Capacidades Constrangimentos gt Humanas Financeiros gt F sicas gt Temporais gt Tecnol gicas gt Legais gt etc Governan a gt Lideran a Estrutura Coordena o Comunica o Legado Intelligence gt Amea
51. es do IPO O UNICRI est profundamente grato Compagnia San Paolo cujo contributo financeiro para as actividades do IPO tornaram poss vel desenvolver este Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO Por ltimo o UNICRI agradece ao Sr Intendente Paulo Gomes Director do Instituto Superior de Ci ncias Policiais e Seguran a Interna de Portugal por se ter disponibilizado a fazer tradu o gratuita deste livro para a l ngua portuguesa Pref cio A realiza o de grandes eventos internacionais tem j uma longa tradi o mas muito mudou no decurso dos anos O que foram outrora as grandes exposi es sobre os avan os tecnol gicos s o hoje uma faceta normal da vida internacional criando uma plataforma para todos os tipos de realiza es globais sejam elas desportivas religiosas tecnol gicas culturais ou pol ticas Eventos como os Jogos Ol mpicos os vibrantes festivais nacionais ou as influentes cimeiras do G8 ou da Organiza o Mundial de Com rcio envolvem n o s a organiza o anfitri a na o ou o governo e os participantes mas tamb m a comunidade vizinha e os espectadores em todo o mundo O impacto dos eventos globais aumentou indubitavelmente pelo que a nossa aten o a este fen meno deve desenvolver se ao mesmo ritmo O conhecimento as pr ticas e orienta es dos organismos internacionais visando ajudar os Estados a organizarem grandes eventos n o se desenvolveram de forma suficientemente r pida Ba
52. esso de An lise de Recursos Estrat gicos que implica olhar de forma isolada para cada local do evento ou parte desse local ou outra rea identific vel que fa a parte da opera o do grande evento Cada rea isolada depois subdividida em zonas e cada zona ent o examinada para determinar o n mero de pessoal especializado e n o epecializado necess rio Este processo demorado mas muito importante precisa ser conduzido por pessoal muito objectivo pragm tico e conhecedor com um vasto leque de compet ncias e experi ncia na rea da seguran a Os totais para cada rea s o adicionados e conjugados com o n mero de pessoal que o levantamento inicial previu como dispon vel para a opera o Deve haver o cuidado de assegurar que esse levantamento rigoroso e que os agentes com v rias especialidades n o foram contados duas vezes O resultado determinar se o plano conceito exequ vel Em caso afirmativo o planeamento pode continuar nos termos previstos Caso contr rio ter de ser revisto ou concebido um novo conceito A An lise de Recursos Estrat gicos deve contudo ter em conta que o dispositivo de seguran a deve estar robusto 24 horas por dia e durante v rios dias O dispositivo de seguran a deve estar montado alguns dias antes da cerim nia inaugural do evento e pode ter de se manter at depois do seu termo para a fase de desmontagem de toda a opera o do evento A legisla o pode determinar
53. icazes dos recursos depende do envolvimento de mais do que uma institui o e pode por exemplo incluir diferentes institui es policiais como a pol cia de seguran a p blica ou a pol cia criminal os servi os de intelligence os servi os de imigra o e fronteiras os servi os de bombeiros e protec o civil as autoridades de avia o civil as autoridades de pol cia mar tima os institutos de emerg ncia m dica as autoridades de sa de p blica e outros tamb m recomend vel que se desenvolva desde o in cio uma interac o e coopera o com todas as outras partes interessadas n o apenas durante a fase de implementa o mas tamb m durante a fase de planeamento Tal deve incluir a comunidade cuja protec o deve ser um dos principais objectivos do plano de seguran a do grande evento importante informar a comunidade sobre o que esperar especialmente em termos de altera o da 22 rotina di ria Se se conseguir estabelecer um di logo franco e honesto com a comunidade muito prov vel que esta apoie e compreenda melhor especialmente quando surgirem problemas Outra categoria importante de parceiros o sector empresarial Este sector pode precisar de apoio em termos de desenvolvimento de planos de conting ncia para proteger as suas actividades comerciais de qualquer tipo de ataque ou perturba o Dado o alcance do envolvimento dos parceiros internos e externos pode ser necess rio recorrer ao uso de a
54. idade A capacidade o elemento constituinte que os planeadores de seguran a t m sua disposi o em termos de recursos humanos f sicos e tecnol gicos Pra poderem planear eficazmente os planeadores de seguran a devem ser experientes e profissionais e em termos dos recursos relacionados com o evento operacionalmente afectados o pessoal deve ser adequadamente treinado equipado e instru do S o necess rias diferentes compet ncias que v o da capacidade para lidar com as t cticas dos grupos de protesto respostas a amea as NBQR e apoio dos media Obviamente a capacidade requer uma gest o cuidadosa Dependendo da escala do evento algum do pessoal pode ter uma fun o secund ria a desempenhar que pode distra lo das suas fun es relacionadas com o evento A este respeito n o deve haver mal entendidos sobre as fun es e responsabilidades que os agentes policiais devem desempenhar Algumas autoridades consideram como boa pr tica emitir uma directiva que restrinja as folgas e dispensas de servi o para garantir em primeiro lugar a disponibilidade do n mero de agentes necess rios para o evento e em segundo lugar que ainda est dispon vel um n mero suficiente de agentes para desempenharem actividades rotineiras de patrulha de bairro Os planeadores de seguran a tamb m precisam de considerar a provis o de apoio log stico adequado em reas como o catering alojamento e transportes Tamb m importante melhor
55. ios que os planeadores de seguran a devem ter em considera o O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO fica disposi o dos organismos p blicos respons veis ou de qualquer forma envolvidos no planeamento do servi o de seguran a de um grande evento Este documento baseia se na experi ncia internacional e nas boas pr ticas reunidas e estudadas pelo UNICRI O Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO divide se em seis cap tulos O primeiro apresenta o Programa do Observat rio Permanente Internacional IPO do UNICRI e a sua miss o de partilhar boas pr ticas e refor ar a coopera o internacional nas quest es da seguran a de grandes eventos O segundo cap tulo procura encontrar uma defini o de grande evento e apresenta uma lista de passos que os decisores de pol ticas p blicas e planeadores de seguran a devem ter em conta nas complexas etapas iniciais do planeamento Este cap tulo conclui com a apresenta o de um modelo que conceptualize esses passos O terceiro quarto e quinto cap tulos por sua vez descrevem as grandes componentes deste modelo O cap tulo seis discorre sobre como os Estados Membros podem envolver o UNICRI e obter de forma gratuita os servi os de assist ncia t cnica do IPO a partir de uma extensa lista de op es CAP TULO 1 O Observat rio Permanente Internacional IPO Em 2003 O Instituto Inter regional das Na es Unidas para o Estudo do Crime e da Justi a UNICRI lan ou o Obse
56. is do legado que decorrem da forma o do pessoal da aquisi o de equipamento e do desenvolvimento de pr ticas para solu es e situa es de seguran a quer existentes quer contingenciais quer sejam novas ou n o tenham sido experimentadas ou abordadas h algum tempo da resultando que a resposta normal incompleta ou redundante O legado neste dom nio inclui o Renovar os alojamentos para ter uma perspectiva de longo prazo em vez de aumentar as despesas com o arrendamento tempor rio de instala es sem vantagens sustent veis o Abandonar o conceito de formar cada funcion rio em m ltiplas compet ncias e produzir uma base de compet ncias mais abrangente e resiliente para fazer face no contexto de uma estrat gia de longo prazo s necessidades do grande evento aos 25 O desvios da forma o s lacunas decorrentes da passagem reforma ou da demiss o e disponibilidade de pessoal numa base 24 7 Melhorar as infra estruturas LAN WAN de inform tica e telefonia de tal modo que satisfazendo ao mesmo tempo os requisitos do grande evento se consigam obter benef cios de longo prazo para as necessidades operacionais do dia a dia em termos de velocidade capacidade compatibilidade e funcionalidade Evitar produtos e sistemas com cl usulas contratuais danosas pacotes de assist ncia t cnica dispendiosos e licen as caras que comprometam a oportunidade de melhorar ou adaptar os sistemas para no futuro co
57. ma estrat gia robusta de comunica o social e rela es p blicas implementada de forma eficaz abre um conjunto de capacidades e de oportunidades para influenciar audi ncias alvo e partes interessadas atrav s da projec o de mensagens espec ficas e mitiga o de not cias parciais ou imprecisas Capacitar as organiza es associadas a grandes eventos actividades para melhorarem ou ajustarem os perfis das partes interessadas ou das audi ncias alvo atrav s de not cias deliberadas e planeadas produzidas por fontes reconhecidas treinadas e equipadas orientar audi ncias alvo para responderem de certa forma ou adoptarem uma postura espec fica caso se verifique uma situa o que exija ac o restringir not cias alarmistas rumores ou boatos ou limitar o seu impacto e conter ou ajudar a conter uma situa o atrav s de um comunicado ou mensagem pontuais em resposta a um determinado desenvolvimento Elemento 5 Seguran a do Local do Evento O pr ximo passo conceber o plano interno de seguran a para a rea controlada do local do evento e os objectivos deste passo s o o Identificar o per metro de seguran a do local do evento e refor ar essa rea com op es de resposta em termos de recursos humanos f sicos e t cnicos refor ar o per metro de seguran a o Levar a cabo uma busca sistem tica para eliminar os riscos causados por objectos como engenhos explosivos improvisados armas de
58. na 56 CAP TULO 6 Assist ncia do IPO Este Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO foi concebido para tentar simplificar a complexa tarefa de Planeamento de Seguran a de grande eventos e pretende fornecer um modelo compreens vel e pragm tico que identifique as principais componentes do processo de planeamento e as principais quest es em torno de cada componente Ele pretende demonstrar que os planeadores de seguran a enfrentam desafios significativos em termos de desenvolvimento de dispositivos abrangentes com recursos intensivos e dispendiosos visando proteger os locais do grande evento as pessoas que neles v o participar e os residentes Ainda que os grandes eventos muitas vezes suportem os princ pios de liberdade e justi a h muitas amea as potenciais que podem afectar a sua seguran a e protec o que v o desde o hooliganismo a ataques terroristas Al m disso os planeadores t m de lidar com um apoio financeiro limitado uma press o pol tica significativa o interesse massivo dos media a preocupa o da comunidade e possivelmente pouca experi ncia Por esta raz o o Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO concebido para preencher uma s rie de lacunas identificadas e o IPO oferece agora um conjunto de servi os nelas baseados num espectro muito vasto de temas de seguran a que v o desde por exemplo o comando e controlo seguran a do local do evento e de outros locais da gest o de projectos s
59. na o O pr ximo passo implica um processo cont nuo para confirmar que todos os ramos do planeamento est o integrados complementares e coordenados Os objectivos s o o Testar a integra o complementaridade e flexibilidade dos planos e a sua efic cia quando e onde se harmonizam o Testar a compet ncia das pessoas e das equipas quem faz o qu quando e como o Testar os procedimentos de seguran a e socorro para garantir que est o alinhados com os procedimentos operacionais padronizados 12 o Testar se o equipamento corresponde aos objectivos independentemente das condi es existentes Elemento 12 Planeamento de Conting ncia e Gest o de Crises As consequ ncias de um incidente causado por um atentado terrorista uma altera o da ordem p blica um desastre natural acidente emerg ncias de origem humana ou qualquer outro factor podem ser catastr ficas e por isso necess rio desenvolver um plano de conting ncia para essas ocorr ncias Os planos de conting ncia s o concebidos para apoiar as seguintes actividades O O QrO O OO O O VOO Salvar e proteger pessoas e bens Tratar recuperar e transportar os sinistrados Conter a emerg ncia e os sinistrados Gerir a evacua o Cancelar ou suspender o evento Proteger o ambiente Manter os servi os cr ticos Prestar informa o aos media Restaurar a normalidade o mais r pido poss vel Garantir a preserva o do local e das provas F
60. ndes eventos eficazes significativas e pragm ticas Ela compreende cinco conceitos chave lideran a estrutura coordena o comunica o interna e externa e legado Lideran a Planear e implementar a seguran a de grandes eventos requer uma lideran a robusta Trabalhar com prazos limitados num ambiente inter institucional e muitas vezes politicamente sens vel com recursos escassos frequentes interfer ncias com um or amento limitado e um intenso escrut nio n o tarefa f cil Por isso e antes de se iniciar qualquer trabalho de planeamento vale a pena dispor de tempo para negociar bilateralmente chegar a acordo e formalizar a escolha de uma pessoa com as qualidades de lideran a compet ncias e experi ncia exigidas para uma realiza o t o importante Os l deres ter o de pensar demorada intensa e objectivamente sobre cada elemento e avaliar cada um deles ao levarem em conta os riscos amea as e vulnerabilidades do evento Os grandes eventos requerem lideran a e gest o A lideran a significa definir a direc o e desenvolver uma vis o que alinhe e inspire um grupo de pessoas A gest o traduz se em implementar a vis o e a estrat gia definidas pelos l deres coordenar e atribuir tarefas resolver os problemas do dia a dia e monitorizar os resultados por isso importante que a governan a associe os comandantes dos n veis estrat gico t ctico e operacional Os comandantes estrat gicos t m a responsibili
61. neamento desaparecer rapidamente e os observadores interessados rapidamente chamar o a aten o para as lacunas Por isso muito importante tentar manter a confidencialidade manter as coisas em perspectiva e fazer bem primeira vez get it right first time Quanto mais pessoas estiverem envolvidas nas primeiras fases do planeamento mais dif cil ser consegui lo O quadro em baixo apresenta a data de in cio de planeamento em rela o com a data do in cio dos diversos Jogos Ol mpicos Jogos Ol mpicos In cio do Planeamento In cio dos Jogos Barcelona 01 01 1988 10 07 1992 Lillehammer 01 02 1989 12 02 1994 Atlanta 10 09 1991 19 07 1996 Salt Lake City 01 03 1998 08 02 2002 Atenas 01 08 2000 13 08 2004 Turim 11 10 2001 10 02 2006 Factores legais Todas as actividades de seguran a devem ser conduzidas nos termos da lei Para al m dos par metros legais vigentes a n vel interno a actua o de todos os membros das institui es de seguran a envolvidos deve respeitar os princ pios e normas internacionais previstos designadamente no C digo de Conduta das Na es Unidas para os Funcion rios Respons veis pela Aplica o da Lei e os Princ pios B sicos sobre o Uso da For a e Armas de Fogo pelos Funcion rios Respons veis pela Aplica o da Lei Al m disso e dado que os grande eventos podem envolver decis es extraordin rias n o suportadas pela legisla o vigente po
62. nistrativo Elemento 10 Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC Este passo visa estabelecer estrat gias de comunica o aptas a satisfazer as necessidades da opera o policial Os objectivos s o o Concep o das TIC estabelecer comunica es r dio telefone e outras eficazes e desejavelmente seguras a todas as organiza es e ag ncias envolvidas na seguran a do grande evento bem como outras solu es tecnol gicas e TIC que melhorem ou apoiem os elementos humano e f sico do plano o Controlos das TIC garantir que as fontes de alimenta o podem manter se os centros de comando e salas de gest o de incidentes est o adequadamente localizados e que as solu es de seguran a dos sistemas e TIC foram intensamente testadas antes do evento de modo a garantir que tudo est alinhado com os objectivos o Procedimentos das TIC estabelecer uma estrutura clara de procedimentos de fluxo de informa o para que todos os actores envolvidos saibam quem deve informar quem sobre qu e quando Deve prestar se aten o gest o dos dados produzidos pelos sistemas incluindo elementos como o CCTV o Protec o das TIC conceber e implementar planos para proteger as infra estruturas principais de comunica es e ter preparados planos de manuten o das comunica es em situa es de emerg ncia como atentados terroristas ou ataques de manifestantes acidentes e desastres naturais Elemento 11 Integra o e Coorde
63. nte localizados de modo a assegurarem um comando eficaz na sua rea de responsabilidade Estrutura Os comandantes das reas estrat gica t ctica e operacional precisam de uma estrutura adequada de apoio s suas actividades pouco prov vel que a seguran a dos grandes eventos possa ser garantida atrav s de uma estrutura organizativa existente A escala e complexidade do evento requer o envolvimento e integra o de diversas institui es aos n veis local e nacional para constitu rem uma entidade unificada No passado as opera es de seguran a de um grande evento foram organizadas e estruturadas de acordo com um modelo descentralizado A sua filosofia baseava se na aus ncia de um sistema de comando e controlo central ou unificado Cada institui o policial cumpria as suas miss es autonomamente com uma coordena o m nima com outras institui es Foi por exemplo o caso do modelo de Atlanta para os Jogos Ol mpicos de Ver o de 1996 Contudo mais recentemente por exemplo nos Jogos Ol mpicos de Inverno de 2002 em Salt Lake City no Utah EUA foi adoptado um modelo diferente Ele baseava se na cria o de uma coliga o de institui es de seguran a p blica directamente envolvidas no grande evento Nesse caso enquanto uma institui o assume a lideran a em termos de coordena o outras desempenham as suas tarefas de acordo com o enquadramento acordado A inclus o importante Uma gest o e coordena o ef
64. o A falta de controlo suficiente destes factores pode gerar riscos de derrapagem or amental Estes riscos devem ser explicitamente reconhecidos por exemplo realizando an lises de sensibilidade dos or amentos Exemplos deste tipo de an lise podem encontrar se em estudos sobre a exequibilidade econ mica de grandes eventos desportivos Factores temporais Uma das chaves para organizar um evento com sucesso come ar a plane lo cedo talvez mesmo v rios anos antes da data agendada para a sua realiza o Ainda que esta posi o seja amplamente reconhecida como um factor cr tico de sucesso revela se frequentemente dif cil iniciar uma verdadeira opera o de planeamento quando a data do evento ainda est t o 5 Kurscheidt M Strategic Management and Cost Benefit Analysis of Major Sporting Events Universidade de Paderborn 2000 35 long nqua As autoridades por exemplo talvez considerem dif cil afectar pessoal ao planeamento devido a outras solicita es Se for acordada a realiza o de uma confer ncia de seguran a para a qual ser o convidadas a participar autoridades policiais e de seguran a privada dos pa ses participantes numa fase relativamente precoce do calend rio do processo de planeamento a necessidade de ter planos e medidas preparados pelo menos numa fase conceptual e prontos para serem apresentados pode ajudar a concentrar a aten o de forma mais significativa O tempo dispon vel para pla
65. o Conceber mecanismos de alerta precoce de ataques contra locais exteriores ou relacionados com o evento e al m disso op es de resposta gradativas Elemento 9 Recursos Humanos e Apoio Log stico Uma vez identificados os requisitos operacionais os planeadores de seguran a devem enriquecer os planos de seguran a com recursos humanos f sicos e tecnol gicos De entre os objectivos incluem se o Apoiar os objectivos estrat gicos do plano com pessoal apropriado que esteja devidamente treinado equipado e experiente em termos do papel que deve desempenhar e intensamente instru do sobre a sua miss o antes da sua afecta o o Prover apoio log stico adequado em reas como a alimenta o alojamento e transportes o Melhorar os aspectos humanos da resposta com equipamento fi vel e solu es tecnol gicas como CCTV sensores detectores e meios de comunica o 11 Tamb m devem merecer aten o os planos p s evento visando atingir o A retirada planeada do pessoal equipamento e medidas de seguran a o O regresso normalidade Claramente a complexidade global do planeamento significa que deve ser considerado um apoio robusto e profissional em mat rias como a gest o financeira gest o de projectos selec o de pessoal atribui o de tarefas e coordena o gest o de reuni es e de expediente calendariza o pesquisa de legisla o sa de e seguran a no trabalho administra o de projectos e apoio admi
66. o decurso do evento o envolvimento de pessoal e meios log sticos adicionais a coordena o e a combina o de diferentes for as e outros esfor os extraordin rios O IPO identificou 12 elementos principais que podem ajudar os planeadores de seguran a a desenvolver uma estrat gia eficaz de seguran a de um grande evento Este Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO n o pretende ser um manual t cnico mas antes um documento valioso de orienta o e apoio gest o do Planeamento de Seguran a de um grande evento Elemento 1 Lideran a Leadership A nomea o de um director de planeamento com qualidades de lideran a compet ncias e experi ncia exigidas para o planeamento e implementa o da seguran a de um grande evento um factor extremamente importante Os protocolos de comando ou os contratos podem definir exactamente quem tem responsabilidades pela rea de planeamento e produto onde e quando A forma como as responsabilidades de seguran a s o partilhadas deve ser formalizado em detalhe e acordado pela autoridade de seguran a de grande utilidade que todos os organismos de seguran a envolvidos compreendam adequadamente a cadeia de comando e as suas responsabilidades espec ficas Elemento 2 Estrutura e Gest o do Planeamento A concep o da estrutura de planeamento tamb m importante Este exerc cio pode come ar com a pesquisa sobre o policiamento de anteriores grandes eventos numa perspectiva cr ti
67. ordenada os planos de conting ncia devem basear se numa abordagem multi institucional que inclua os organizadores do evento a Pol cia as autoridades de sa de os bombeiros os governantes locais as organiza es do sector privado transportes facilidades etc stewards e emerg ncia m dica importante definir deveres e responsabilidades espec ficos durante a fase de planeamento As estruturas de gest o de crises devem definir claramente os pap is e responsabilidades a todos os n veis Os procedimentos devem ser escritos e estar dispon veis para todas as institui es participantes As instru es devem ser espec ficas e facilmente compreens veis Os planos de conting ncia devem considerar e sempre que poss vel integrar os procedimentos de trabalho existentes e os planos de emerg ncia das autoridades locais Avalia o Os factores que devem ser considerados no desenho de planos de conting ncia incluem as caracter sticas do evento tipo de evento perfil da audi ncia localiza o do recinto do evento identifica o de itiner rios de emerg ncia identifica o de pontos de paragem de ambul ncias localiza o de hospitais disponibilidade e localiza o de equipamento de emerg ncia consequ ncias de um determinado ataque etc Resposta Os planos de conting ncia devem preparar um conjunto de op es e cen rios para lidar com quest es espec ficas N o h nenhum modelo de resposta a todas as emerg nci
68. procedimentos de acredita o de ltima hora s o eficazes H sistemas de detec o de falsifica es Controlo de acessos o objectivo controlar os diferentes pontos de entrada e sa da do local do evento para diferentes categorias de pessoas como delegados media participantes atletas etc para prevenir entradas n o autorizadas e e em pontos de inspec o identificar amea as ao evento atrav s do uso de detectores de metais revistas de malas etc Em alguns tipos de eventos a separa o de pontos de entrada e sa da pode ser um meio til para gerir o fluxo de pessoas Exemplos de quest es do checklist H opera es t cticas eficazes para conduzir inspec es de ve culos bagagens malas equipamento e material As medidas implementadas permitem descobrir e negar o acesso a indiv duos portadores de acredita es falsas O pessoal que faz as revistas e palpa es em pontos de acesso ao local do evento experiente H planos de conting ncia para lidar com a detec o de explosivos e outras amea as H planos de conting ncia para lidar com bombistas suicidas Protec o de altas entidades trata se de medidas de precau o preparat rias e proactivas que garantem a seguran a de indiv duos em risco O grande objectivo proteger grupos ou indiv duos espec ficos por exemplo altas entidades VIPs e atletas 46 Exemplos de quest es do checklist Quais
69. que os agentes policiais apenas podem trabalhar 29 em certos per odos antes de lhes serem dados per odos de descanso Eles podem ter de ser alojados a alguma dist ncia do seu local de trabalho e deve ser previsto na escala o tempo necess rio para a sua desloca o assim como para que possa equipar se receber instru es e deslocar se para o seu posto de trabalho Deve tamb m considerar se outras possibilidades como o cancelamento da forma o dias de descanso e em alguns casos licen a de longa dura o O efeito indesejado de tais decis es significativo em termos de efic cia operacional de longo prazo e as mesmas podem n o ser populares ou bem recebidas pelo pessoal Uma boa rela o de trabalho com as associa es sindicais durante toda a fase de planeamento e de realiza o do evento pode ser particularmente ben fica em termos de negocia o dos melhores procedimentos de gest o do pessoal As complexidades em torno do planeamento de pessoal e das quest es log sticas s o significativas e extremamente importante que se possa dispor de tempo para seleccionar pessoal inteligente empenhado sensibilizado e profissional para desempenhar estas fun es Log stica Uma vez determinado de forma t o rigorosa quanto poss vel o n mero de pessoal policial e de seguran a necess rio para preencher o previsto no plano os locais onde v o ser colocados e as respectivas miss es pode se iniciar o trabalho cuidado
70. r acidentes grupos de protesto ou outros incidentes Exemplos de quest es do checklist S o eficazes os planos desenvolvidos para eventos perigosos relacionados com os transportes como o congestionamento de tr fego acidentes e ataques terroristas Foram devidamente acautelados a sinaliza o de tr nsito a temporiza o o fluxo de tr fego ordens de restri o de tr fego limites de velocidade etc Os planos de transportes s o suficientemente flex veis para permitir altera es e emerg ncias O plano de transportes foi devidamente testado antes do evento e funcionou 49 Protec o de locais relacionados ou n o com o evento os planeadores de seguran a devem desenhar op es t cticas para proteger os participantes o pessoal e a comunidade fora da rea segura do evento Em particular a Locais relacionados com o evento hot is de alojamento dos participantes e pessoal aldeias dos patrocinadores centros de media ou locais de lazer como os fan parks b Locais n o relacionados com o evento incluem i Infra estruturas cr ticas infra estruturas que o pa s organizador do grande evento considera como cr ticas para fins de seguran a nacional As infra estruturas cr ticas podem incluir a ind stria nuclear e qu mica e instala es edif cios p blicos redes fundamentais de comunica es e transportes ii Outros alvos fracos locais no seio da popula o civil de um
71. ran a de longo prazo Por outras palavras uma gest o eficaz da seguran a de grandes eventos representa n o s um factor crucial para o sucesso global de um evento de dimens o mundial como gera oportunidades para um legado de governan a da seguran a inovador significativo e duradouro A terceira considera o foi que o conhecimento e a especializa o necess rios para gerir com sucesso a seguran a de um grande evento n o s o facilmente acess veis e n o existe nem um documento nem um manual de seguran a internacional aplic veis a qualquer tipo de grande evento As pol ticas p blicas as estrat gias e as opera es t cticas devem ser adaptadas aos n veis de amea a do momento capacidade dos recursos humanos e s solu es tecnol gicas dispon veis ao quadro legal nacional s aspira es pol ticas e a um conjunto de outros factores cruciais Os planos devem ser desenvolvidos de forma suficientemente flex vel para corresponder s altera es inevit veis que quase certamente ocorrer o antes durante e depois do evento Partindo destas tr s considera es o UNICRI concebeu o IPO como um organismo de peritos cuja prop sito espec fico recolher os saberes e conhecimentos t cnicos sobre grandes eventos passados absorver e incorporar li es aprendidas e disponibiliz los atrav s de formatos e ferramentas amig veis s autoridades nacionais que solicitem assist ncia t cnica A recolha de saberes atrav
72. rande evento como ve culo para publicitar as suas causas Em particular os grandes eventos pol ticos como as cimeiras do G8 podem atrair grupos de protesto pac ficos mas tamb m violentos Neste contexto a quest o central para al m da garantia dos direitos fundamentais gerir as multid es tanto em termos de gest o proactiva como reactiva da multid o As prioridades dos planeadores de seguran a s o facilitar os protestos pac ficos minimizar uma s rie de riscos e sempre que necess rio intervir para evitar desordens Importa sublinhar que uma fraca gest o e controlo da multid o pode prejudicar significativamente a seguran a da comunidade Crime esta categoria inclui o crime organizado e o crime comum Grandes eventos recentes demonstraram que os crimes mais comuns s o a falsifica o de bilhetes o furto de carteiras em locais de grande aglomera o de pessoas esta es de Metro pra as p blicas centros comerciais etc furtos de malas etc Perturba o da imagem p blica esta categoria integra qualquer tipo de comportamento individual ou grupal orientado n o para representar uma amea a seguran a mas sim para desacreditar ou causar embara os ao evento ou aos organismos envolvidos na sua organiza o Tal conduta pode assumir diversas formas que incluem a mediatiza o sensacionalista de falhas de seguran a greves e terroristas c micos que se apresentam como Batman or
73. rocedimentos num vasto espectro de quest es de seguran a e protec o Eles podem tamb m gerar uma oportunidade de validar o n mero de efectivos e o tipo de equipamento identificado atrav s da j referida An lise de Recursos Estrat gicos Eles tamb m revelam contratempos aspectos omitidos e potenciais problemas que nem sempre se prev em no papel 33 3 3 Constrangimentos Os recursos humanos f sicos e tecnol gicos est o sujeitos a diferentes constrangimentos que limitam e regulam a sua aplica o Assim importante que os planeadores de seguran a e gestores identifiquem e compreendam estes constrangimentos antes de afectarem recursos a qualquer aspecto do planeamento ou actividade operacional durante o grande evento Os constrangimentos podem incluir factores financeiros temporais legais bem como de imagem e pol ticos Factores financeiros Os custos e as fontes de financiamento podem suscitar grandes desafios Os or amentos de grandes eventos podem variar em fun o das caracter sticas dos eventos como a sua dimens o localiza o e objectivo dura o e diferentes requisitos de seguran a e protec o Os custos t m de ser realisticalmente limitados para se conformarem com o or amento dispon vel Em qualquer caso prov vel que o custo da seguran a de um grande evento seja muito elevado podendo ascender a dezenas ou mesmo milhares de milh es de d lares A t tulo de exemplo do volume que os custos pod
74. rresponder s novas necessidades Obter o melhor custo benef cio atrav s do outsourcing de algumas reas do planeamento que possam ser t o bem se n o melhor realizadas por pessoal de seguran a menos dispendioso e talvez melhor qualificado libertando assim pessoal da seguran a para assuntos de governan a da seguran a Testar o pessoal antes da sua nomea o como planeadores de seguran a relativamente sua capacidade de adapta o fun o e de produzir benef cios de governan a da seguran a numa cultura e clima de legado Considerar a localiza o das ac es de planeamento ou levar a cabo exerc cios de treino em reas do crime organizado onde a presen a acrescida de agentes policiais reduza inevitavelmente o crime e melhore a seguran a p blica Alargar a experi ncia e oportunidade de estar envolvido no planeamento e na produ o de seguran a para o grande evento a uma audi ncia mais vasta convidando contra partes nacionais e internacionais a participarem de prefer ncia de forma produtiva mas pelo menos como observadores Tirar partido das ac es de forma o para o grande evento mais orientadas para a comunidade para introduzir conceitos de mais longo prazo menos focalizados no evento e mais gerais de preven o criminal redu o do crime envolvimento da comunidade e seguran a p blica Evitar o termo maior dando mais import ncia palavra melhor Quest es Ambientais
75. rt 2 2 da Conven o de Aplica o do Acordo de Schengen da Uni o Europeia e o O uso de equipamento de seguran a em espa os p blicos Em terceiro lugar os locais e o equipamento s o habitualmente licenciados pelas autoridades competentes antes do evento O objectivo do licenciamento garantir o cumprimento das normas de seguran a e protec o O licenciamento e a certifica o de seguran a s o frequentemente realizados por diferentes institui es actuando como autoridades competentes A necess ria finalidade e detalhe da legisla o depende em grande medida das normas legais que j existem no pa s anfitri o No entanto preciso ter presente que a introdu o de nova legisla o pode ser controversa pois pode ser percebida como violadora dos direitos fundamentais das pessoas Factores de imagem e pol ticos Os grandes eventos podem gerar uma perturba o da actividade comercial normal e da vida da comunidade em geral Os locais do grande evento os locais de celebra o as aldeias ol mpicas etc t m normalmente um elevado n vel de seguran a incluindo systemas de veda es zonas tamp o buffer zones bem como uma variedade de equipamentos de busca e detec o que talvez pare am restringir os movimentos da vida normal O escrut nio e a cr tica de organismos internos e externos bem como a press o para satisfazer o maior n mero poss vel de partes interessadas podem ser significativos Al m dis
76. rvat rio Permanente Internacional IPO um programa global de seguran a e contra terrorismo concebido em torno de tr s grandes considera es A primeira considera o foi que o planeamento e a implementa o de uma estrat gia de seguran a de grandes eventos um grande desafio que n o deve ser subestimado A escala e complexidade do planeamento de uma resposta adequada a diminuir os riscos potenciais constitui um grande desafio O custo tanto financeiro como em recursos humanos extremamente elevado O evento pode envolver diversos locais em uma ou v rias cidades com grande densidade populacional elevados n veis de tr fego e um conjunto de alvos vulner veis O grande evento tamb m provocar uma altera o da vida normal a avalia o e a cr tica dos organismos nacionais e internacionais e uma enorme press o para satisfazer um vasto leque de partes interessadas Um grande n mero de pessoas e infra estruturas ficar o expostas a diferentes amea as que v o do terrorismo aos desastres naturais passando pelo hooliganismo A segunda considera o foi que um grande evento muitas vezes oferece os meios financeiros e os recursos necess rios para expandir as infra estruturas introduzir sistemas e pr ticas adquirir equipamento e especializa o desenvolver a forma o e aumentar a capacidade t cnica Todos estes elementos ajudam a sedimentar pr ticas mais sustent veis formas de pensar e uma governan a da segu
77. s internacionais e a pol tica externa dos pa ses organizadores tamb m devem ser tidos em considera o como mat rias que podem influenciar o comportamento dos terroristas Por exemplo a presen a de militares nacionais em miss es no estrangeiro ou a participa o no grande evento de pa ses que est o directamente envolvidos na luta internacional contra o terrorismo t m recentemente levado os planeadores de seguran a a refor ar as medidas de seguran a para prevenir ataques terroristas da Al Qaida ou grupos similares Altera es da ordem p blica esta categoria integra diferentes tipos de perturba es includindo a viol ncia associada ao desporto hooliganismo tumultos molesta o ou vandalismo concentra es ou manifesta es ilegais disrup o de infra estruturas de transportes danos intencionais e occupa o de edif cios No passado a desordem p blica espont nea mais grave estava associada ao hooliganismo em grandes eventos desportivos em geral e a jogos de futebol em particular como ficou demonstrado pelo caso dram tico da Liga dos Campe es da UEFA em 1985 no Est dio Heysel em Bruxelas B lgica quando o comportamento dos hooligans provocou o 54 colapso de um muro e a morte de 39 pessoas Actualmente os planeadores de seguran a dedicam muita aten o seguran a de eventos que atraem grupos de protesto locais ou estrangeiros tas como os grupos anti globaliza o ou outros grupos que visam usar um g
78. sas claras s o frequentemente confusas pode se colocar nessas sess es algumas quest es chave para garantir que nada assumido ou dado como adquirido o Quem faz o qu quando e como Est o todos trabalhar com o mesmo calend rio de planeamento Onde e quando se conjugam os planos Onde est o as lacunas Quem preenche essas lacunas H alguma duplica o OO O O O Os dias de integra o s o eficazes quando se colocam quest es abertas e os participantes s o solicitados a responder de forma abrangente Pode se recorrer a cartas e cronogramas para apoiar o processo As sess es devem ser interactivas e devem ser envolvidas todas as organiza es chave Frases conhecidas de planeadores de seguran a reflectem a necessidade de interac o O plano n o nada o planeamento tudo quando o plano est pronto tempo para planear Se falha no planeamento planeia para falhar ou o planeamento que nos leva ao sucesso n o o plano 2 Pessoas pr ticas para promover o cumprimento das normas Espera se que as pessoas envolvidas na seguran a do grande evento s venham a incluir um n mero limitado de novos procedimentos Muitas vezes o comportamento das pessoas n o mudar muito em grande medida comportam se tal como est o habituados a comportar se Seguindo esta regra geral os planeadores dever o ter o cuidado de n o introduzir demasiados procedimentos novos ou complicados Os pl
79. so numa perspectiva nacional e dado o significado da organiza o de um grande evento haver inevitavelmente um grande interesse pol tico em todos os aspectos da opera o por parte de todos os sectores da governa o Da ser importante que a seguran a seja planeada e garantida encontrando o devido equil brio entre a protec o do evento e a preserva o tanto quanto poss vel de um ambiente pac fico na rea do evento Os factores de imagem 37 e pol ticos devem por isso ser tidos em considera o aquando do planeamento 38 3 4 Intelligence Os riscos raramente podem ser totalmente eliminados mas podem ser significativamente minimizados e contidos Por isso importante desenvolver uma abordagem de avalia o do risco para identificar os riscos mais significativos e determinar as medidas adequadas sua gest o Idealmente o intelligence deve prover o A identifica o de amea as em termos do seu potencial para causar danos incluindo por exemplo amea as decorrentes de actos de hooliganismo terrorismo ou outros crimes Tal como ilustra o quadro em baixo no caso de grupos de potenciais infractores as avalia es da amea a incluem a an lise do desejo e expectativa de criar uma inten o e os recursos e conhecimento para definir a capacidade Avaliar a inten o significa obter intelligence sobre os planos e preparativos de pessoas ou grupos de infractores Avaliar a capacidade
80. so para organizar os meios log sticos de apoio ao pessoal no terreno Tal pode constituir a segunda fase da An lise de Recursos Estrat gicos devendo revisitar se as zonas previamente identificadas ou outras reas de actividade mas desta vez com o pessoal e as respectivas fun es j definidas Os planeadores da log stica depois identificam o que deve ser necess rio primeiramente o que necess rio quando o pessoal colocado no terreno em termos de equipamento pessoal adicional viaturas alimenta o e alojamento por exemplo Em segundo lugar eles devem prever alimenta o e alojamento para o pessoal quando n o est no terreno mas vai ser deslocado do alojamento para o local de trabalho bem como o alojamento adicional possivelmente tempor rio necess rio para apoiar o plano log stico Tal como anteriormente e uma vez feito este exerc cio os resultados s o apurados e deve fazer se um levantamento adicional para confirmar se a oferta pode corresponder procura Uma vez mais se a procura exceder a oferta pode suceder que o plano de pessoal e ou log stico precise de ser revisto numa rea ou mais para garantir o necess rio equil brio Uma vez mais deve ser sublinhado que se for realizada adequadamente esta uma tarefa particularmente complexa e demorada Transportar por exemplo 10 000 pessoas por dia do local de alojamento para os locais do 30 evento e da para as instala es policiais n o um
81. sta recordarmo nos das trag dias ocorridas nos Jogos Ol mpicos de Munique 1972 ou Atlanta 1996 para percebermos que os grandes eventos aumentam drasticamente o risco de ataques terroristas Os grandes eventos infelizmente proporcionam uma grande visibilidade a aten o do p blico uma elevada concentra o de pessoas a presen a de VIPs e uma cobertura medi tica que os membros do crime organizado criminosos comuns e activistas radicais podem explorar A amea a que o terrorismo constitui para a seguran a quotidiana j substancial como vimos nos ataques de Setembro de 2001 nos atentados de Madrid de Mar o de 2004 e nos ataques suicidas de Julho de 2005 Dada a crescente vulnerabilidade dos grandes eventos maior do que as j significativas amea as do dia a dia o planeamento da seguran a e o interc mbio internacional de boas pr ticas na organiza o de grandes eventos devem ser mais avan ados que nunca Por esta raz o o Instituto Inter regional das Na es Unidas para o Estudo do Crime e da Justi a UNICRI concentrou se nas quest es associadas seguran a de grandes eventos lan ando em 2003 o Observat rio Permanente Internacional IPO sobre Medidas de Seguran a durante Grandes Eventos O IPO o primeiro servi o de assist ncia a n vel mundial criado especificamente para refor ar a capacidade das autoridades nacionais em termos de seguran a de grandes eventos promover a coopera o internacional neste dom
82. t ncia do IPO 57 Introdu o A realiza o de um grande evento requer uma resposta extraordin ria planeada e executada atrav s de um modelo de gest o que muitas vezes com base na intelig ncia e na informa o dispon veis e trabalhando com limita es quantific veis e uma capacidade dispon vel desenvolve um plano ou conjunto de planos complementares visando proteger a vida e a propriedade tanto no local do evento como na comunidade envolvente com planos de conting ncia preparados para contrariar amea as emergentes e responder a situa es inopinadas Esta introdu o concisa n o retrata a complexidade e a escala do planeamento de seguran a necess rios para um grande evento mas este Modelo de Planeamento de Seguran a do IPO tamb m n o pretende complicar esta mat ria mais do que o necess rio Concebida como um instrumento de apoio s autoridades nacionais esta publica o oferece uma estrutura de planeamento pragm tica e sensata que identifica descreve e simplifica as principais ferramentas que os decisores de pol ticas p blicas e os planeadores de seguran a usaram no passado para planear e implementar a estrat gia de seguran a de grandes eventos Ela faz uma introdu o s grandes quest es do planeamento e explica por que o planeamento de seguran a se tornar um empreendimento excepcional Al m disso tamb m destaca de forma desenvolvida as estrat gias quest es interliga es e outros desaf
83. uran a Para prevenir e responder eficazmente a desordens e 44 manifesta es violentas importante compreender o comportamento das multid es A gest o das multid es inclui op es como uma reuni o pr via com os l deres do grupo a sensibiliza o da comunidade a afecta o de um n mero suficiente de efectivos policiais a separa o de fac es antagonistas a manuten o do contacto com a multid o e o estabelecimento de regras de conduta As t cticas dos grupos de protesto s o din micas e requerem uma resposta flex vel As for as de seguran a devem estar preparadas para considerar um vasto leque de op es t cticas tais como prever reas espec ficas para a dispers o o uso de barreiras para isolamento e conten o identifica o e controlo deten o e procedimentos a seguir em caso de resist ncia o uso de cavalos e c es ou o uso de op es menos letais como agentes qu micos canh es de gua armas el ctricas tipo taser e bast es Exemplos de quest es do checklist H op es t cticas policiais para lidar com as t cticas dos grupos de protesto tais como o uso de bal es de ar para voar sobre as reas com uma mensagem o uso de faixas para transmitir mensagens o uso de parapentes para atrair a publicidade barragens descarga de areia obstru o de acessos uso de ve culos como marcha lenta desinforma o uso de e mail ou fax para bloquear um alvo atrav s do aumento da resist
84. vi os de fronteiras tem acesso informa o necess ria para uma actua o eficaz Os planos desses servi os est o alinhados com outras respostas de seguran a Os procedimentos de expuls o extradi o est o apoiados em legisla o relevante e eficaz A partilha de informa o ao longo das fronteiras robusta e eficaz S o disponibilizados agentes policiais e aduaneiros estrangeiros para apoiar as autoridades locais no controlo das fronteiras do pa s anfitri o Opera es de tr nsito compreendem todas as medidas necess rias a o Manter e securizar as vias de acesso para e dos locais do evento e outros locais para delegados media recursos policiais e outros o que inclui a gest o de cortes de itiner rios e outras t cticas envolvendo por exemplo a satura o e securiza o de itiner rios cr ticos e alternativos o Manter e securizar uma rede de itiner rios vi vel atrav s das reas de seguran a e no seu exterior Tal pode envolver a suspens o dos trabalhos nas estradas securizar pontes e t neis rever os limites de velocidade e outras formas de controlo de tr fego o Conceber um sistema de transportes p blicos capaz de gerir de forma segura volumes previs veis de passageiros em determinados per odos e locais o Preparar planos de conting ncia para lidar com incidentes que possam ocorrer na rede rodovi ria nacional e local tais como a disrup o ou corte de estradas causados po

CAPÍTULO 2 O Modelo de Planeamento de Segurança do IPO

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