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Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído

1. Atividades ruidosas permanentes E Autoridades municipais que fiscalizam ru do depois de deferida licen a E Autoridades municipais que n o fiscalizam ru do depois de deferida licen a E N o respondem 108 nos dado concluir que em apenas 38 dos munic pios que responderam ao inqu rito na globalidade cumprida a determina o inscrita nas normas sob escrut nio neles se incluindo os de Lisboa e Porto 3 Opera es urban sticas obras de urbaniza o de edifica o e de demoli o A verifica o da conformidade de uma obra com as disposi es do Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Regulamento dos Requisitos Ac sticos das Edifica es deve ser efetuada com base em ensaios ac sticos artigo 3 n 6 nos termos do disposto no RGR artigo 12 n 5 e artigos 33 e 34 de acordo com os crit rios de amostragem a definir pelo Laborat rio Nacional de Engenharia Civil artigo 3 n 6 e n 7 do Regulamento dos Requisitos Ac sticos das Edifica es e em rela o aos requisitos ac sticos pr prios de cada categoria de utiliza o habita o com rcio ou outros artigos 5 e segs Precisamente sob a ep grafe controlo pr vio das opera es urban sticas o artigo 12 n 5 do RGR determina que a utiliza o ou altera o da utiliza o de edif cios e suas fra es est sujeita
2. PROVEDOR DE JUSTI A algo que faz com demasiada parcim nia apesar do disposto no artigo 18 e no artigo 24 do Regulamento Geral do Ru do 17 Em face da precariedade dos recursos dispon veis devem ser estabelecidas prioridades na atua o municipal mas sem privar a necessidade coletiva de pol cia do ru do dos seus m nimos essenciais A vida em sociedade comporta uma margem toler vel de incomodidade e sobretudo em aglomerados densamente povoados expect vel algum ru do Todavia sempre que desnecess rio excessivo em volume ou dura o ou ocorre em per odos mais sens veis n o deve ser tolerado privilegiando se o exerc cio dos poderes de autoridade p blica 18 Considerando que a maioria das perturba es da tranquilidade ocorre ao entardecer e no per odo noturno julga se necess rio assegurar a disponibilidade de um servi o noturno por concerta o entre a autoridade municipal e as for as de seguran a agentes policiais e municipais e eventualmente t cnicos de ru do sem o que se mostra comprometida a celeridade a efic cia e a objetividade na resposta s les es 19 No mbito da fiscaliza o do ru do cabe s c maras municipais assegurar a recria o das condi es t picas do exerc cio da atividade inc moda com incid ncia no per odo de maior incomodidade pelo que se torna necess rio obter informa o pr via e esclarecedora da parte dos queixosos 20 Se estes objetam que a
3. Atividades ruidosas tempor rias 31 A licen a especial de ru do artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do n o pode ser considerada como a aliena o municipal da tranquilidade p blica mediante a liquida o de uma taxa O facto de a licen a conferir licitude a uma atividade que de outro modo representaria uma infra o contraordenacional n o permite perder de vista o seu car ter excecional 14 32 De outro modo corre se o risco de a taxa a liquidar por conta da licen a especial de ru do estimular o seu deferimento multiplicado a fim de angariar receitas p blicas mas sem contrapartidas para os lesados 33 0 deferimento de licen as especiais de ru do ainda que em estrita conformidade com a lei n o isenta os munic pios da eventual responsabilidade civil por preju zos imputados a sacrif cios especial e anormalmente impostos Logo que um tribunal condene um munic pio com fundamento no artigo 16 da Lei n 67 2007 de 31 de dezembro seguir se provavelmente um aumento exponencial de a es administrativas comuns propostas com pedido e causa de pedir semelhantes Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 34 As licen as especiais de ru do que se abstenham de estipular condi es individuais e concretas mostram se inv lidas pois constituem uma forma de ren ncia ao exerc cio de uma compet ncia a aplica o de norma geral e abstrata por mei
4. Note se que um conceito semelhante dano substancial usado no C digo Penal o que fala por si Parece exigir se uma les o ou perigo de les o de n vel criminal para justificar medidas correntes de pol cia administrativa Talvez contribu sse para o incremento da efic cia na aplica o do regime a expressa consigna o do poder de determinar a suspens o da atividade nas situa es em que a atividade permanente n o se conforme com os pertinentes requisitos ac sticos Isto abstraindo da pondera o da gravidade do dano para a sa de humana e o bem estar da popula o Deveria bastar o preju zo para a tranquilidade p blica sustentado no desrespeito dos par metros estabelecidos na lei Administra o P blica seria concedido o poder de determinar o encerramento do estabelecimento a interdi o da atividade ou a restri o do hor rio Cr se por fim ser ponderar o aditamento de uma norma que fizesse depender o rein cio da atividade de autoriza o expressa da entidade com poderes de superintend ncia t cnica n o podendo esta ser concedida enquanto n o fosse feita prova bastante da conformidade com o Regulamento Geral do Ru do Esta solu o compagina se com o carater provis rio das medidas de pol cia e com o princ pio da corre o na fonte dos danos ao ambiente que imp e o dever do poluidor enquanto fonte subjetiva ou causador da polui o modificar a sua conduta expurgando a de a es lesivas do
5. PROVEDOR DE JUSTI A 56 Neste sentido o Provedor de Justi a teve oportunidade de sugerir o exerc cio do poder regulamentar na fixa o dos hor rios artigo 3 al nea a do Decreto Lei n 48 96 de 15 de maio Posta em causa a qualidade de vida dos moradores disp e a lei que a redu o dos hor rios se converte num dever depois de algumas consultas que apesar de obrigat rias n o vinculam as c maras municipais 57 Opor se que antecipar o encerramento dos bares n o impede que os consumidores continuem na via p blica a causar dist rbios e ru do Todavia encerrados mais cedo mais cedo tamb m deixar o de dispensar bebidas e m sica o que de algum modo contribui para que a dispers o seja antecipada 58 Por outro lado o ru do na via p blica ser mais justificadamente controlado pela Pol cia de Seguran a P blica ap s o encerramento dos estabelecimentos 59 E importa n o esquecer o funcionamento ruidoso com portas e janelas abertas para o exterior fazendo da via p blica plateia de espet culos ao vivo com m sica em som elevado Esta continuidade entre o interior e a via p blica permite subverter as regras sobre a lota o pois muitos n o se abst m de continuar a vender bebidas mesmo depois de excedida a taxa de ocupa o Alguns disponibilizam copos em pl stico o que ben fico do ponto de vista da seguran a mas fomenta o consumo no exterior A identifica o do estabelecimento nos copo
6. desrespeitados os condicionalismos hor rios ou outras condi es Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A estabelecidas para debela o do ru do ou que as emiss es sonoras se propaguem em volume anormal elevado para que o evento possa causar incomodidade significativa afetando o bem estar e a tranquilidade dos que residem nas imedia es A fiscaliza o urge em particular quando seja apresentada queixa por ru do excessivo Nem sempre f cil providenciar pelo exerc cio de fiscaliza o em concomit ncia com o decorrer de atividades tempor rias N o raro os eventos assumem uma express o pontual n o se prolongando para al m de algumas horas A escassez de meios e o hor rio noturno em que decorrem as atividades de divers o colocam dificuldades acrescidas s c maras municipais que se v m impedidas de providenciar por uma pronta fiscaliza o Por este motivo de incentivar a iniciativa de requerer a colabora o das autoridades policiais facultando lhes conhecimento do teor de todos os alvar s de licen as especiais de ru do concedidas O legislador atribui expressamente autoridade policial a faculdade de determinar a suspens o das atividades ruidosas tempor rias n o licenciadas devendo lavrar auto de ocorr ncia a remeter ao presidente da c mara municipal para instaura o de procedimento contraordenacional cfr artigo 18 A fisca
7. es De outro modo estar se ia a admitir a reabertura do estabelecimento ilegal por absurdo que seja nas mesmas exatas condi es ao cabo de dois anos Ao inv s uma medida de pol cia administrativa como ser o caso da suspens o da atividade o encerramento preventivo do estabelecimento a apreens o de equipamento por determinado per odo de tempo ou a redu o do hor rio de labora o tem por fun o fazer prevalecer a lei os direitos e interesses que esta protege E na medida em que visa remover os riscos imputados ao exerc cio de uma atividade cessam os pressupostos se e quando o respons vel pela atividade providenciar pela elimina o dos fatores de risco Neste caso a compet ncia foi atribu da s entidades fiscalizadoras e a sua aplica o depender conforme parece depreender se da reda o do artigo 27 de duas condi es cumulativas a Ocorr ncia de atividades que violem o disposto no presente Regulamento b Produ o de danos graves para a sa de humana e para o bem estar das popula es J o disposto no artigo 18 ou seja a suspens o da atividade ruidosa aplica se apenas quando est o em causa atividades ruidosas tempor rias e obras no interior de edif cios sendo da compet ncia das autoridades policiais que remeter o auto de not cia para o presidente da c mara municipal para instaura o do respetivo procedimento de contraordena o Boas Pr ticas no Controlo M
8. ou o nosso sistema inform tico de processos de obras n o elabora relat rios discriminativos sobre as quest es solicitadas pelo que a resposta s mesmas obrigaria verifica o dos processos um a um o que n o vi vel de momento ou sem dados ou n o se encontra monitorizado o respetivo n mero ou n o nos foi poss vel aferir em tempo til os dados necess rios para dar resposta quest o dado que a maioria dos processos em tramita o no per odo indicado s o anteriores implementa o do programa de gest o documental que atualmente acompanha todos os processos o que implicaria a consulta f sica de todos os processos ou n o foi poss vel o apuramento em tempo til ou n o foi poss vel determinar ou n o dispomos de elementos Feita esta ressalva e porque a maioria das respostas recebidas o foram em moldes que entendemos nos permitem realizar a an lise a que nos hav amos proposto iremos expor os resultados obtidos no que respeita ao question rio apresentado Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 106 dl PROVEDOR DE JUSTI A 2 Cumprimento dos requisitos a que devem obedecer as atividades ruidosas permanentes Foram os munic pios instados a informar se os servi os respons veis pelo licenciamento de atividades ruidosas permanentes verificam ou n o o cumprimento do crit rio de incomodidade sonora nos termos que
9. 3 Artigo 6 Planos municipais de ordenamento do territ rio 1 Os planos municipais de ordenamento do territ rio asseguram a qualidade do ambiente sonoro promovendo a distribui o adequada dos usos do territ rio tendo em considera o as fontes de ru do existentes e previstas 2 Compete aos munic pios estabelecer nos planos municipais de ordenamento do territ rio a classifica o a delimita o e a disciplina das zonas sens veis e das zonas mistas 3 A classifica o de zonas sens veis e de zonas mistas realizada na elabora o de novos planos e implica a revis o ou altera o dos planos municipais de ordenamento do territ rio em vigor 4 Os munic pios devem acautelar no mbito das suas atribui es de ordenamento do territ rio a ocupa o dos solos com usos suscet veis de vir a determinar a classifica o da rea como zona sens vel verificada a proximidade de infraestruturas de transporte existentes ou programadas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 143 PROVEDOR DE JUSTI A Mais se determina a classifica o e a delimita o de zonas sens veis Estas s o reas definidas em plano municipal de ordenamento do territ rio como vocacionadas para uso habitacional ou para escolas hospitais ou similares ou espa os de lazer existentes ou previstos podendo conter pequenas unidades de com rcio e de servi os destinadas a servir a popula o local tais
10. BOAS PR TICAS NO CONTROLO vaii DO er CONCLUS ES DO INQU RITO DO PROVEDOR DE JUSTI A AOS MUNIC PIOS 2012 PROVEDOR DE JUSTI A NDICE SUGEST ES DE BOAS PR TICAS NO CONTROLO MUNICIPAL 3 Preliminares 3 Considera es gerais 5 II Afeta o de recursos 8 III Atividades ruidosas tempor rias1 4 IV Atividades permanentes 20 A Controlo da utiliza o das edifica es suas fra es e outros locais 20 B Concentra o de estabelecimentos de divers o em reas com infraestruturas vetustas ou insuficientes 22 C Espa os culturais e recreativos de usos m ltiplos 27 V Atividades ruidosas sazonais 28 VI Ru dos de vizinhan a 30 VII Sinos e amplificadores sonoros 32 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 SUGEST ES AO GOVERNO DE NATUREZA ADMINISTRATIVA E LEGISLATIVA A RESPEITO DO CONTROLO MUNICIPAL DO RU DO 35 1 Equipamentos e pessoal especializado na fiscaliza o dos n veis de ru do 37 2 Encargos com ensaios e servi o p blico 38 3 Licen as especiais de ru do 40 4 Fiscaliza o 41 5 Regula o de atividades ruidosas 42 6 Medidas de pol cia administrativa do ru do 44 7 Instrumentos de gest o territorial mapas de ru do e planos de a o 47 INQU RITO AOS MUNIC PIOS SOBRE PREVEN O E CONTROLO DO RU DO 48 SEC O 1 Justifica o e considera es preliminares 48 SEC O 2 Recursos humanos e equipamentos 56 SEC O 3
11. No mais e tendo em conta que nos termos do RGR a desobedi ncia a uma intima o policial apenas poder motivar a instaura o de um procedimento contraordenacional a quest o ter de ser resolvida judicialmente ou por recurso aos julgados de paz entre o lesado e o propriet rio Na verdade apenas estas inst ncias podem ponderar a incomodidade em termos subjetivos e promover solu es de concilia o entre direitos em conflito artigo 335 do C digo Civil Os controlos policiais do ru do dom stico s o por natureza incidentais e contingentes pelo que o recurso aos tribunais ou a julgados de paz se revela o meio mais adequado de prote o dos direitos dos vizinhos N o podem as autoridades municipais arbitrar conflitos entre os vizinhos ainda que os agentes da Pol cia de Seguran a P blica e da Guarda Nacional Republicana acabem muitas vezes por executar e bem esta tarefa de media o N o podem contudo estipular o hor rio da m quina de lavar roupa nem condicionar sistematicamente o volume de televisores ou trans stores Uma das dificuldades que por vezes obsta ao eficaz exerc cio dos poderes de fiscaliza o dos agentes policiais consiste na recusa da entrada dos agentes policiais no domic lio do respons vel pela produ o do ru do Os agentes perturbadores n o raro impedem a sua pr pria notifica o opondo a garantia constitucional da inviolabilidade do Boas Pr ticas no Controlo Municipal do
12. campanha fotogr fica El Corte Ingl s comemora o Passagem de Ano montagem de lona com recurso a grua no estabelecimento El Corte Ingl s constru o de um hotel 5 Boas pr ticas administrativas em mat ria de licen as especiais de ru do Assinalam se algumas pr ticas que nos parecem positivas podendo servir de paradigma ao contribuir para o melhor controlo das atividades ruidosas tempor rias Algumas licen as preveem a obriga o de o promotor dar conhecimento da pr pria emiss o de licen a s autoridades policiais 17 E ans y Assim no item outras condi es da licen a de montagem de lona autoriza se o funcionamento de equipamentos mec nicos e el tricos e a montagem de lona com recurso a grua sem imposi o de condi es O mesmo se aplica a licen a emitida a favor de Alutel Explora o de Hot is e Restaura o Lda que autoriza a constru o de um hotel na Avenida da Rep blica entre 17 12 2010 e 30 06 2011 entre as 20h00 e as 22h00 aos dias teis e entre as 8 hoo e as 18h00 aos s bados expressamente permitido o funcionamento de equipamentos mec nicos e el tricos e a utiliza o de grua e equipamento motorizado sem afixa o de condi es de preven o do ru do Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 94 PROVEDOR DE JUSTI A Outras preveem o procedimento a adotar em caso de reclama o tal como diminuir imediatamente o
13. sujeita verifica o do cumprimento do projeto ac stico a efetuar pela c mara municipal no mbito do respetivo procedimento de licen a ou autoriza o da utiliza o por outro lado o mesmo refere de seguida podendo a c mara para o efeito exigir a realiza o de ensaios ac sticos O facto de o diploma referir podendo parece n o tornar obrigat ria a realiza o de ensaios ac sticos devendo no entanto a c mara municipal verificar o cumprimento do projeto ac stico Se n o exigir a realiza o de ensaios ac sticos ou executar esses ensaios dever a c mara providenciar uma fiscaliza o in loco para verifica o da execu o do projetado Uma coisa certa o cumprimento do Regulamento dos Requisitos Ac sticos dos Edif cios obrigat rio por parte de quem promotor de opera es urban sticas materiais exigindo a c mara municipal ou n o a sua verifica o Quando perguntadas pela articula o entre o controlo urban stico de autoriza o da utiliza o e o controlo do isolamento ac stico responderam 206 c maras municipais o que leva a presumir que as demais 38 que colaboraram no inqu rito ignoram esta articula o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 111 PROVEDOR DE JUSTI A Destas 206 c maras municipais resultou apurado um total de 29 737 autoriza es municipais de utiliza o deferidas num ano compreendendo controlo do cumprim
14. Agra o T bua Tondela Trancoso Trofa Vagos Vale de Cambra Tendo o inqu rito sido enviado por of cio no decurso do m s de junho de 2011 estimou se adequado o prazo de seis meses para a pron ncia solicitada Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 54 PROVEDOR DE JUSTI A Valen a Velas Vendas Novas Viana do Alentejo Vila do Bispo Vila Franca de Xira Vila Real de Santo Ant nio Vila Verde Vila Vi osa Viseu De entre estes responderam ap s 31 de dezembro os munic pios de Abrantes Barcelos Cabeceiras de Basto Caminha Entroncamento Lagoa A ores Pombal e T bua Insolitamente a C mara Municipal de Caminha retorquiu nos n o dispor de Regulamento Geral do Ru do abstendo se de facultar quaisquer outros elementos ou dados o que indicia ignorar simplesmente as atribui es municipais neste dom nio Ao inv s de louvar a colabora o facultada ao Provedor de Justi a pelos demais munic pios que em n mero expressivo cerca de 75 do total dos 308 munic pios aderiram tarefa que lhes foi proposta recenseando os dados solicitados e providenciando pela sua remessa em tempo til Sem o seu empenho n o seria poss vel a elabora o deste estudo que culmina na formula o de conclus es sustentadas na pr tica quase generalizada dos rg os executivos representativos do poder local nas boas e m s pr ticas recenseadas Do anexo consta
15. do ambiente destinadas maioritariamente a t cnicos municipais tendo sido formados de acordo com as informa es prestadas cento e quarenta t cnicos Este guia tem por objetivo principal contribuir para harmonizar os procedimentos de edi o e de tratamento de resultados tendo em vista a boa aplica o da NP ISSO 1996 na verifica o do cumprimento dos requisitos ac sticos estabelecidos no RGR 7 A lista dos munic pios com os quais foram formalizados protocolos de cofinanciamento pode ser consultada no s tio eletr nico da APA http www apambiente pt zdata DAR Ruido Situacao Nacional MapasApoioFinanceiro pdf Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Ainda assim as respostas mostram que a grande maioria dos munic pios 86 5 carecem de meios humanos e t cnicos para medi es de ru do Inquiridos sobre se receberam apoios da Administra o Central para a forma o de recursos humanos e ou para a aquisi o de meios t cnicos destinados avalia o da incomodidade sonora s 52 munic pios responderam afirmativamente n mero consideravelmente inferior aquele que seria de esperar tendo em conta aqueles que receberam apoio do Estado 188 de acordo com os dados da APA I P de assinalar ainda que embora tendo beneficiado de apoios alguns munic pios afirmam continuar a n o dispor dos meios necess rios para realiza o de medi es
16. licenciadas e de controlar os eventos ruidosos de iniciativa municipal A realiza o de ensaios ac sticos para aferir dos n veis de incomodidade das atividades ruidosas tempor rias salvo raras exce es descurada pelos munic pios Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A certo que n o se encontram as atividades ruidosas tempor rias a desenvolver por per odo inferior a um m s dependentes da observ ncia de quaisquer limites de ru do como se infere a contrario sensu do disposto no artigo 15 n 5 do Regulamento Geral do Ru do aprovado pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro Esta circunst ncia n o pode isentar uma c mara municipal do dever de fixar condicionalismos concretos na licen a de ru do em observ ncia do disposto no artigo 15 n 2 do citado Regulamento de modo a precaver eficazmente o eventual preju zo para a tranquilidade p blica Tratando se de normas destinadas a proteger o direito ao ambiente e qualidade de vida das popula es eventualmente afetadas pelo ru do produzido ao abrigo de licen a administrativa especial o n o cumprimento dos citados comandos legais no que tange s medidas de preven o e de conten o para prover preserva o da tranquilidade das popula es especialmente durante o per odo noturno suscet vel de originar responsabilidade civil extracontratual do munic pio pelos preju
17. maras municipais que ao mencionarem o evento autorizado referem apenas Feira da Solidariedade m sica ao vivo baile de 16 Vem a C M de Manteigas no mbito da divulga o do relat rio preliminar apresentar c pia de um alvar de uma ler datado de 25 10 2012 alegando que o mesmo indica a localiza o hora de in cio e termo da atividade bem como a atividade a realizar Pretende n o corresponder verdade que o executivo municipal defira licen as de divertimentos p blicos sem identificar os eventos Analisado o teor do alvar cuja reprodu o nos facultada em suporte desta pretens o constata se que ali se disp e ser o Grupo Popular Cultural e Recreativo da Pra a da Lou a autorizado a realizar a 8 2 Festa da Castanha que decorrer entre as 16h00 e as 22h00 de 28 10 2012 na Rua do Triunfo Pra a da Lou a Contudo nada referido quanto s atividades em concreto promovidas no mbito da iniciativa 8 2 Festa da Castanha 2012 e ao seu impacto sonoro parecendo excessiva a margem de liberdade concedida ao promotor Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 89 PROVEDOR DE JUSTI A estudantes bandas arraial de Cristo Rei fogo de artif cio ou exerc cio de atividade ruidosa S o numerosas as licen as especiais de ru do sem imposi o de nenhuma medida de preven o ou redu o Por vezes consta do pr prio alvar o item medida
18. rea envolvente Por vezes a informa o t cnica respetiva diz n o ser poss vel impor medidas de preven o eficazes De todo o modo os condicionalismos impostos parecem parcos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 91 PROVEDOR DE JUSTI A Em regra as c maras municipais n o se abst m de fixar limites hor rios Todavia nem sempre os mesmos permitem precaver a incomodidade para terceiros seja por permitirem o funcionamento demasiado alargado seja porque sempre se imporia a ado o de medidas complementares Sa da se no entanto a imposi o de limites mais restritos como sucede com a C M de Loures que nos informa de que no caso de o evento se realizar ao domingo ou v speras de dias normais de trabalho a licen a especial de ru do n o autorizar a atividade ruidosa para al m das 23h00 Algumas c maras imp em hor rios contidos n o excedendo em regra as 24 horas por ex C M de Melga o o que naturalmente restringe o per odo da incomodidade salvaguardando a tranquilidade dos moradores A C M de Macedo de Cavaleiros afirma que as condi es impostas mais frequentemente se reportam fixa o de um hor rio m ximo n o autorizando o prolongamento al m da 1 hora da madrugada Outras c maras municipais condicionam a autoriza o de eventos redu o dos n veis de ru do ou do volume de som ou anula o do ru do a partir de certa hora Refira se que no
19. ria mas sim o pagamento de um servi o privado empresa que realiza as medi es com a transfer ncia dos respetivos custos para o queixoso Fica em causa o car ter bilateral da taxa que sup e a presta o de um servi o frequente que a taxa tenha uma componente fixa e outra vari vel a ltima dependente do custo do servi o prestado pela entidade que faz a medi o e ainda que o sujeito passivo denunciante ou denunciado seja determinado Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A em fun o dos resultados isto se houve ou n o incumprimento do Regulamento Geral do Ru do Exig ncia de pagamento de taxa dep sito de cau o E C maras Municipais que exigem E C maras Municipais que n o exigem E N o respondem 68 2 Tempo de rea o a queixas Questionados sobre o tempo m dio entre a rece o de uma queixa por ru do e a realiza o dos ensaios de caracteriza o da incomodidade cerca de metade dos munic pios n o respondeu a esta quest o o que indicia falta de capacidade na pronta resposta dos servi os quando confrontados com queixas por incomodidade ruidosa Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A O intervalo de tempo entre a rece o de uma queixa por ru do e a realiza o de ensaios de caracteriza o da incomodidade sonora situa se em 53 munic pi
20. verifica o do cumprimento do projeto ac stico a efetuar pela c mara municipal no mbito do respetivo procedimento de licen a ou autoriza o de utiliza o podendo a c mara municipal para o efeito exigir a realiza o de ensaios ac sticos Do teor do disposto na norma citada n o restariam d vidas quanto ilegalidade das licen as ou autoriza es de utiliza o dos edif cios ou suas fra es sem estar verificado o cumprimento do projeto ac stico Mediante um ju zo de aprecia o do projeto ac stico e eventualmente a realiza o de ensaios ac sticos no mbito do procedimento da autoriza o de utiliza o a executar pelas autoridades municipais ou por servi os acreditados ou a apresentar pelo requerente da autoriza o se as autoridades municipais o determinarem ns Aprovado pelo Decreto Lei n 129 2002 de 11 de maio Alterado pelo Decreto Lei n 96 2008 de 09 de junho Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 109 PROVEDOR DE JUSTI A De acordo com instrumentos t cnicos sujeitos a controlo metrol gico segundo os crit rios de amostragem do Laborat rio Nacional de Engenharia Civil e de forma diferenciada segundo as categorias de utiliza o do edif cio Os ensaios permitem verificar a capacidade de isolamento ao ru do havendo de testar os pavimentos as fachadas e as paredes dos v rios compartimentos N o basta apresentar o projeto ac
21. zos decorrentes desse ato de gest o p blica com os inerentes encargos para a autarquia artigo 8 n 1 e 2 da Lei n 67 2007 de 31 de dezembro Parece esquecido que o exerc cio de atividades ruidosas tempor rias promovidas pelos munic pios se encontra sujeito aos valores limite fixados no n 5 do artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do nos termos do n 7 al nea a do mesmo preceito legal Devem assim os munic pios acautelar o cumprimento dos valores limite constantes do disposto no n 5 do artigo 15 do Regulamento Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 103 PROVEDOR DE JUSTI A Geral do Ru do aquando da realiza o do evento de iniciativa municipal cabendo lhes adotar os meios e procedimentos t cnicos para o efeito ajustados N o raro as c maras municipais condicionam festas e divertimentos promovidos por particulares ao rigoroso cumprimento dos limites de ru do definidos no Decreto Lei n 9 2007 Mais se disp e em caso de reclama o fundada dever ser de imediato cessada a actividade E bem se compreende esta imposi o na aus ncia de outros condicionalismos que acautelem o sossego e o descanso dos moradores Na verdade a entender se que o evento apenas condicionado em termos de per odo de dura o deve inferir se ao menos nos casos em que autorizado um limite hor rio dilatado que o licenciamento n o prossegue adequad
22. Alto e Cais do Sodr em Lisboa Quarteira em Loul Praia da Rocha em Portim o n o se colocaria se a autoridade municipal atuasse de forma preventiva impedindo a abertura de portas ao p blico sem licen a nem autoriza o de esp cie alguma 52 Uma pronta atua o perante obras ilegais ou o in cio do funcionamento em condi es irregulares consolidada numa pr tica reiterada produziria efeitos na dissuas o de comportamentos an logos O facto de o pedido de licen a ou de legaliza o se encontrar em aprecia o deve fazer presumir que a atividade n o satisfaz aos requisitos de seguran a e salubridade Se as autoriza es licen as e comunica es pr vias n o servirem para inverter esta presun o de questionar para que servem 53 Nas atuais circunst ncias assiste se por vezes a uma pr tica baseada num sentimento difuso de impunidade a explora o inicia se relegando se a legaliza o para um momento posterior ou protelando se indefinidamente no tempo a regulariza o Criou se a convic o de que uma vez abertas as portas do estabelecimento este se mant m em funcionamento A in rcia ou a morosidade na ado o de medidas de pol cia reveste se de particular Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A gravidade perante as reclama es de numerosos moradores Ao omitir as provid ncias necess rias reposi o da ordem p blica os poder
23. Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A tarefa de procurar em colabora o com os rg os e servi os competentes as solu es mais adequadas tutela dos interesses leg timos dos cidad os e ao aperfei oamento da a o administrativa artigo 21 n 1 al nea c O reconhecimento da polui o sonora n o apenas como fator de perturba o da ordem p blica mas tamb m como agress o a direitos liberdades e garantias pessoais justifica uma interven o p blica preventiva e reativa cujo grau de efic cia nessa justa medida um indicador da prioridade atribu da defesa e promo o dos direitos do homem nas pol ticas p blicas A descentraliza o administrativa nos munic pios satisfaz a objetivos constitucionais de pluralismo democr tico subsidiariedade e efici ncia A posi o institucional do Provedor de Justi a como rg o nacional permite lhe um olhar privilegiado sobre a atividade de todos os munic pios de norte a sul do interior ao litoral do continente aos arquip lagos e que se julga dever ser um elemento de cr tica construtiva As sugest es de boas pr ticas expostas de modo algum retiram interesse s conclus es sobre muitos outros aspetos enunciadas no Relat rio do Inqu rito o caso dos mapas de ru do e sua articula o com os instrumentos de gest o territorial Ali se encontram por outro lado dados estat sticos
24. Castro Daire Porto Sernancelhe Tavira Viana do Castelo e Vila Nova de Foz C a e 2 5 afirmaram possuir plano municipal de redu o de ru do Contabilizam se 232 respostas negativas 95 sem que as restantes 6 2 5 autarquia esclarecessem a quest o Neste ponto real a se a resposta negativa da C mara Municipal de Lisboa Do disposto no artigo 10 do RGR resulta a incumb ncia municipal de apresentar relat rios sobre o ambiente ac stico 38 Cfr Manual T cnico para a Elabora o de Planos Municipais de Redu o de Ru do da APA 41 e 3 viana do Castelo especificou que o plano municipal de redu o de ru do se encontrava em elabora o Artigo 10 Relat rio sobre o ambiente ac stico As c maras municipais apresentam assembleia municipal de dois em dois anos um relat rio sobre o estado do ambiente ac stico municipal exceto quando esta mat ria integre o relat rio sobre o estado do ambiente municipal Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 149 PROVEDOR DE JUSTI A Munic pios que apresentam relat rio sobre ambiente ac stico 4 E Sim E Nem um N o sabe E n SETE 150 Uma das provid ncias a adotar pelas c maras municipais em sede da preven o e do controlo do ru do ambiental a apresenta o assembleia municipal de um relat rio bienal sobre o estado do ambiente ac stico no munic pio Tal decorre da Diretiva 2002 49 C
25. DAS EXECU O POR MEIOS MEDI ES A TERCEIROS PR PRIOS gueda 90 dias Amares 90 dias Celorico da Beira 150 dias Lous 120 dias Mirandela 180 dias Piel l Nisa 150 dias Paredes de Coura 180 dias Santa Maria da Feira 90 dias S o Br s de Alportel 90 dias Seixal entre seis meses a um ano Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 71 PROVEDOR DE JUSTI A Sec o 4 Licen as especiais de ru do 1 Considera es gerais No 2 do question rio foram as c maras municipais inquiridas acerca das pr ticas adotadas no exerc cio dos poderes de fiscaliza o e controlo das atividades ruidosas tempor rias cuja promo o o legislador sujeita ao pr vio licenciamento municipal ou quando de iniciativa municipal a um controlo por parte do executivo municipal Com este desiderato foram os munic pios questionados sobre o n mero de licen as especiais de ru do emitidas no per odo de um ano as circunst ncias determinantes do seu deferimento excecionais ocorr ncia devidamente justificada a fixa o de condi es para preven o e redu o do ru do o n mero de licen as cujas condi es foram fiscalizadas a realiza o de ensaios ac sticos e o exerc cio de poderes de controlo das atividades de iniciativa municipal Como melhor se explicitar nem sempre os elementos c
26. Geral do Ru do na parte em que a sua aplica o depende de um despacho conjunto do Governo Como se assinalou a simplifica o dos procedimentos administrativos de controlo pr vio pressup e o refor o da fiscaliza o sucessiva e da responsabiliza o dos agentes econ micos A atual conjuntura econ mica e a manifesta incapacidade dos munic pios para enfrentarem os elevados encargos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 38 PROVEDOR DE JUSTI A com ensaios e medi es de ru do podem aconselhar a exig ncia de uma cau o aos agentes que tiram proveito patrimonial da atividade presumidamente ruidosa Em alternativa poder se ia obrigar o respons vel pela atividade ruidosa a suportar a primeira medi o subsequente ao in cio da atividade logo que apresentada a primeira reclama o ou queixa ubi commoda ibi incomoda Tais medidas encontram fundamento no princ pio do poluidor pagador e beneficiaram a justi a na redistribui o dos custos decorrentes das medidas p blicas de luta contra a degrada o do ambiente No dom nio da acredita o dos prestadores de servi os de medi o s o conhecidas as dificuldades que os munic pios enfrentam tratando se de um procedimento complexo moroso e oneroso Justifica se simplificar o procedimento de acredita o dos pr prios servi os municipais ou intermunicipais promovendo se necess rio a es de forma o de n cleos as
27. Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 80 Ip PROVEDOR DE JUSTI A estabelecimento de bebidas e declara ter registado 70 outros eventos na Esplanada Rio Clube 51 eventos numa pastelaria e 42 eventos num restaurante J a C M do Porto emitiu 570 licen as especiais de ru do autorizando na mesma rua ou local ora 10 ora 14 ora 17 eventos em tr s localiza es distintas A elevada concentra o de eventos num mesmo local propicia o agravamento da incomodidade para os moradores que frequentemente se dirigem ao Provedor de Justi a reclamando a deslocaliza o da atividade inc moda 3 Circunst ncias excecionais devidamente justificadas No artigo 14 do Regulamento Geral do Ru do profbem se atividades ruidosas tempor rias nas proximidades de edif cios de habita o aos s bados domingos e feriados e nos dias teis entre as 20h00 e as 8h00 de escolas durante o seu hor rio de funcionamento e de hospitais e estabelecimentos similares No artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do condicionam se as atividades ruidosas tempor rias a autoriza o em casos excecionais e devidamente justificados mediante emiss o de licen a especial de ru do licen as especiais de ru do No requerimento da licen a deve o interessado indicar a localiza o exata ou o percurso definido para o exerc cio da atividade as datas de in cio e termo da atividade o hor rio Boas Pr ticas no Controlo
28. Queixas s autoridades municipais por incomodidade Sonora 62 SEC O 4 Licen as especiais de ru do 72 SEC O 5 Fiscaliza o 96 SEC O 6 Regula o de atividades ruidosas permanentes 105 SEC O 7 Medidas de pol cia administrativa 126 SEC O 8 Planeamento municipal e ru do 136 SEC O 9 Ru do de vizinhan a 153 SEC O 10 Avalia o e linhas de aperfei oamento administrativo e legislativo 161 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A SUGEST ES DE BOAS PR TICAS NO CONTROLO MUNICIPAL DO RU DO CONCLUS ES DO INQU RITO DO PROVEDOR DE JUSTI A AOS MUNIC PIOS Preliminares Analisados os contributos apresentados na consulta p blica da vers o preliminar do Relat rio sobre o Inqu rito ao Controlo Municipal do Ru do que teve lugar entre 27 11 e 15 12 2012 e considerando o prop sito determinante desta iniciativa que contou com a participa o de cerca de 250 munic pios estamos em condi es de apresentar um conjunto de boas pr ticas administrativas algumas observadas na atividade de algumas c maras municipais outras sugeridas por este rg o do Estado a respeito de situa es concretas que constituem objeto de queixa A Lei n 9 91 de 9 de abril recentemente revista pela Lei n 17 2013 de 18 de fevereiro incumbe o Provedor de Justi a no exerc cio de uma inestim vel 1 http Awww provedor jus pt idc 83 amp idi 15075
29. a restri o do hor rio Mereceria ainda ser estudada a oportunidade de uma norma que fizesse depender o rein cio da atividade de autoriza o expressa da entidade com poderes de superintend ncia t cnica n o podendo esta ser concedida enquanto n o fosse feita prova bastante da conformidade com o RGR Esta solu o compagina se com o carater provis rio das medidas de pol cia e com o princ pio da corre o na fonte dos danos ao ambiente que imp e o dever do poluidor enquanto fonte subjetiva ou causador da polui o modificar a sua conduta expurgando a de a es lesivas do ambiente ou retificando a de modo a reduzir ao m nimo a agress o ambiental Do mesmo passo importaria definir pressupostos de aplica o de medidas suspensivas das atividades geradoras de ru do il citos sem preced ncia de ensaios de medi o ac stica quanto a ru dos comumente reconhecidos como lesivos do ambiente Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 164 Is PROVEDOR DE JUSTI A 2 Equipamentos e pessoal especializado na fiscaliza o dos n veis de ru do A larga maioria dos munic pios declarou que n o disp e dos meios necess rios para realiza o de medi es e ensaios ac sticos recursos humanos e ou meios t cnicos A forma o de pessoal e a aquisi o de um son metro s o da m xima utilidade para a regular prossecu o das atribui es municipais no dom nio da fi
30. ambiente ou retificando a de modo a reduzir ao m nimo a agress o ambiental Do mesmo passo importaria definir pressupostos de aplica o de medidas suspensivas das atividades geradoras de ru do il cito sem preced ncia de Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 46 PROVEDOR DE JUSTI A ensaios de medi o ac stica quanto a ru dos comumente reconhecidos como lesivos do ambiente 7 Instrumentos de gest o territorial mapas de ru do e planos de a o Parece mostrar se algo inconsequente o incumprimento das obriga es cometidas aos munic pios em sede de preven o do ru do por meio do planeamento territorial Deixam muito a desejar a delimita o de zonas sens veis e mistas por ocasi o da altera o ou revis o dos planos municipais a elabora o de planos de redu o do ru do o cumprimento da obriga o de apresentar relat rios sobre o ambiente ac stico e a elabora o de mapas estrat gicos de ru do e de planos de a o relativos a grandes aglomera es Importaria que a Administra o Central estabelecesse mecanismos de colabora o com os munic pios providenciando a es de forma o e outros incentivos ao planeamento tomando em devida conta as preocupa es de qualidade do ambiente sonoro na defini o das regras de utiliza o do solo e de distribui o de atividades Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 4
31. como caf s e outros estabelecimentos de restaura o papelarias e outros estabelecimentos de com rcio tradicional sem funcionamento no per odo noturno Os planos devem por outro lado representar zonas mistas a reas definidas em plano municipal de ordenamento do territ rio cuja ocupa o seja afeta a outros usos existentes ou previstos para al m dos referidos na defini o de zona sens vel Questionados sobre a circunst ncia de o PDM refletir as exig ncias estabelecidas no citado artigo 6 198 munic pios 81 1 pronunciaram se negativamente e 4 1 6 n o se manifestaram sobre o assunto Analisados os Regulamentos dos Planos Diretores Municipais em vigor nos 42 17 2 concelhos que responderam afirmativamente a esta quest o verifica se que apenas estabelecem a divis o entre zonas sens veis e zonas mistas os instrumentos de gest o territorial de 11 onze Arcos de Valdevez Lisboa Mes o Frio Maia Ponte de Lima Porto Resende Santa Marta de Penagui o Santo Tirso Valpa os e Vila Nova de Gaia Nos PDM dos restantes munic pios n o se observam as prescri es do citado artigo 6 do RGR apesar da resposta transmitida indicar o contr rio Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 144 PROVEDOR DE JUSTI A Vale a pena referir que nos termos do novo PDM de Lisboa toda a rea do territ rio municipal passa a ser classificada como zona mista deixando de ex
32. considerada uma tradi o ancestral enraizada na cultura madeirense e da popula o da Ponta do Sol em particular A C M do Porto estabeleceu crit rios v rios para deferir A proximidade de unidades hospitalares e escolares influencia negativamente A licen a diz se justificada com base no valor cultural ou hist rico do evento ou no seu interesse para a cidade A C M de Lisboa considera justificadas obras constru o civil bem como festas tradicionais culturais e acad micas sempre que sejam consideradas pelo munic pio de interesse para a cidade de Lisboa A C M de Faro informa nos de que as licen as s o emitidas por se entender ben fica a anima o noturna por meio das festas tradicionais e espet culos musicais n o s para o turismo e popula o local como para o desenvolvimento econ mico e cultural do concelho A C M de Viana do Castelo emitiu 163 licen as especiais de ru do no per odo de um ano 76 para eventos e 87 para arraiais sufragando que o requisito da justifica o se basta com a invoca o das raz es que justificam a realiza o da atividade ruidosa naquele local e hora Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 85 PROVEDOR DE JUSTI A A C M de Vila Nova de Barquinha concedeu 146 licen as especiais de ru do invocando como circunst ncias especiais e justificadas a realiza o de espet culos com m sica ao vivo e karaoke que se encontra
33. de funcionamento hospitalares ou similares bem como estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento permitida quando circunst ncias excecionais o justifiquem contanto seja emitida pelo presidente da Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 82 PROVEDOR DE JUSTI A c mara municipal licen a especial de ru do Por ocasi o dos festejos tradicionais das localidades admite se o funcionamento ou exerc cio cont nuo de espet culos festividades e divertimentos ruidosos na via p blica salvo nas proximidades de edif cios hospitalares ou similares artigo 33 extremamente reduzido o n mero de c maras municipais que demonstra ter emitido licen as em circunst ncias excecionais devidamente justificadas 5 9 do universo das 222 que declaram ter emitido licen as Foram poucas as que nos enviaram elementos que revelem ter analisado a natureza do evento tempor rio a licenciar e condicionado o licenciamento ao seu carater excecional Na verdade apenas em situa es residuais o texto das licen as que nos foi facultado cont m uma justifica o para o seu deferimento Assim do teor das licen as especiais de ru do exibidas pela C M de Castelo de Paiva consta um item Justifica o onde se estipula tratar se de uma atividade recreativa pontual que contribui para a dinamiza o do concelho ou trata se de uma festa tradicional realizada h j longa
34. de incomodidade grave o ru do recorrente e intenso Afigura se leg timo que na falta de ind cios de ru do significativo por observa o no local e em face da natureza de algumas atividades as c maras municipais se abstenham de empreender ensaios ac sticos 23 0 dep sito de uma cau o cuja norma do Regulamento Geral do Ru do artigo 25 continua por regulamentar pelo Governo ou o pagamento de uma taxa ou de um pre o por parte do mun cipe que reclama do exerc cio de uma atividade ruidosa pode constituir um impedimento carateriza o da incomodidade melhor se compreendendo que tais medi es constituam um Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A nus de quem aufere o proveito econ mico da explora o supostamente ruidosa H que rever as taxas fixadas em alguns munic pios seja por representarem um encargo demasiado oneroso para os queixosos seja por porem em crise o car ter bilateral da taxa por n o se traduzirem numa contrapartida pela presta o de um servi o artigo 4 n 2 da Lei Geral Tribut ria aprovada pelo Decreto Lei n 398 98 de 17 de dezembro 24 Recorde se que a Portaria n 326 95 2 s rie de 4 de outubro que habilitava sem mais a estipula o de encargos sobre os reclamantes ou queixosos encontra se expressamente revogada sob recomenda o do Provedor de Justi a Recomenda o n 18 B 99 de 2 de
35. dep sito de cau o ou pior por lhe ser exigido o pagamento dos honor rios suportando integralmente os custos da medi o ac stica Finalmente tendo a taxa por base uma rela o jur dica tribut ria artigo 1 2 do Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais aprovado pela Lei n 53 E 2006 de 29 de dezembro e na medida em que resulta diretamente Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 58 PROVEDOR DE JUSTI A de uma norma legal e ou regulamentar pareceu nos de todo o interesse questionar os munic pios que afirmaram aplicar uma taxa s medi es de ru do realizadas acerca da sua fundamenta o jur dica 2 Forma o de pessoal e equipamentos O Guia pr tico para medi es de ru do ambiente no contexto do Regulamento Geral do Ru do tendo em conta a NP ISO 1996 da Ag ncia Portuguesa do Ambiente I P de outubro 2011 prev que para medi es de ru do ambiente deve ser utilizado um son metro de modelo homologado pelo Instituto Portugu s da Qualidade Foram comparticipados pelo ex Instituto do Ambiente os custos suportados 59 pelos Munic pios e Associa es de Munic pios no total 188 munic pios na aquisi o de equipamento de medi o de ru do apoio este concedido ap s avalia o s entidades que se candidataram at junho de 2004 A APA I P realizou ainda diversas a es de forma o em mat ria de medi es para avalia o de ru
36. dispondo de meios pr prios para a realiza o de avalia es e ensaios ac sticos declarou n o recorrer sequer aos servi os de entidades acreditadas Munic pios Equipamento e Pessoal Apto a Executar Medi es de Ru do 61 E Disp em E N o responde E N o Disp em E Por m adjudicam a entidades exteriores j Organismo nacional de acredita o nos termos previstos no Decreto Lei n 23 2011 de 11 de fevereiro 1 s o eles Alcanena Alcochete Alenquer Alfandega da F Alvai zere Arraiolos Arruda dos Vinhos Calheta Cinf es Funchal Fund o Gr ndola Guarda Idanha a Nova Lagos Madalena Mafra Manteigas Melga o Moimenta da Beira Mon o Mondim de Basto Mour o Nordeste Oliveira do Bairro Oliveira do Hospital Pampilhosa da Serra Paredes de Coura Penalva do Castelo Penela Ponte da Barca Povoa o Praia da Vit ria Proen a a Nova Ribeira Grande Santana Sernancelhe Vila do Porto Vila Nova de Paiva Vila Velha de R d o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Uma vez que 52 c maras municipais declaram ter beneficiado de apoios da Administra o Central ou Regional para a aquisi o de son metros e ou para forma o de pessoal apto a executar ensaios de medi o ac stica leg timo formular duas perguntas Por que motivo s um n mero t o reduzido de munic pios 21 3 dos 244 que responderam ao inqu rito bene
37. e 2 7 envolveram uma aprecia o mais linear Cuidou se apenas de registar o sentido das declara es dos servi os camar rios j que n o foram solicitados outros elementos complementares que possam influir na an lise Apesar das imprecis es e incongru ncias registadas nas respostas a algumas das quest es suscitadas a partir do confronto do question rio preenchido com os elementos complementares prestados cfr observa es tecidas e c pias de alvar s de licen a anexos poss vel efetuar uma an lise quantitativa da informa o prestada pelos 244 munic pios como melhor se ilustra no gr fico seguinte licen as especiais de ru do deferidas entre 01 12 2009 e 01 12 2010 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 74 PROVEDOR DE JUSTI A Licen as especiais de ru do por munic pio ano BO E Entre 1e 10 E Entre 11e 20 E Entre 21 e 100 E Entre 101 e 200 E Entre 200 e 400 E Acima de 400 E Sem dados dispon veis 15 2 Volume de licen as especiais de ru do A an lise dos dados permite concluir que 22 munic pios de entre os 244 que colaboraram na resposta ao inqu rito n o emitiram uma nica licen a especial de ru do adiante designada por licen as especiais de ru do entre 01 12 2009 e 01 12 2010 Est o nestas condi es as C maras Municipais de Aljezur Castro Verde Campo Maior Carrazeda de Ansi es Chamusca Figueira de Castelo Rodrigo Fornos
38. e ensaios ac sticos Inabilitados para exercerem diretamente as avalia es ac sticas os munic pios recorrem em alternativa aos servi os de entidades acreditadas conforme foi reconhecido por 169 munic pios Neste universo incluem se munic pios que afirmaram dispor de recursos humanos e meios t cnicos pr prios para o efeito Alter do Ch o Cantanhede Elvas Gondomar e Set bal admitindo se que a justifica o resida no facto de n o estar conclu do o processo de acredita o dos servi os municipais competentes 3 S o eles Amarante Arouca Batalha Campo Maior Castelo de Vide Gavi o Esposende Lagos Loul Mafra Maia Matosinhos Moita Mur a Oliveira do hospital Ourem Penacova Peniche Portalegre P voa do Varzim Reguengos de Monsaraz Ribeira Grande Sabugal S o Br s de Alportel S o Jo o da Pesqueira Sever do Vouga Soure Torres Novas Valongo Vila do Conde Vale do Porto Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Note se que de acordo com informa o facultada pelo Instituto Portugu s de Acredita o IPAC em 2012 apenas os servi os das c maras municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia se encontrariam acreditados para a realiza o de ensaios e medi es ac sticas necess rias verifica o do cumprimento do disposto no RGR Por fim n o podemos deixar de real ar o n mero ainda consider vel de munic pios 40 que n o
39. entanto foram encontradas situa es em que se licenciam v rios eventos musicais com funcionamento cont nuo no per odo noturno prolongando se pelo diurno ou sem imposi o de qualquer hor rio algumas prolongando se por alguns dias sem que sejam estabelecidas medidas preventivas e de conten o v g Anadia Monchique Mondim de Basto Entre as condi es manifestamente inadequadas contam se designadamente a estipula o numa licen a de lan amento de foguetes Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 92 PROVEDOR DE JUSTI A de que ser o lan ados apenas os foguetes necess rios realiza o do evento Angra do Hero smo a requerente compromete se a atenuar os efeitos provocados pelo ru do decorrente da realiza o do evento manter a atividade ruidosa afastada de edif cios hospitalares e escolares observ ncia dos limites do artigo 4 do RGR dever de adotar medidas de preven o Outra condicionante que se encontra no texto de algumas a de que devem ser respeitados os limites e requisitos ac sticos fixados no art 15 do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro Esta cl usula n o deixa de ser despropositada se atendermos a que a norma em quest o apenas estabelece limites realiza o de atividades ruidosas tempor rias por per odo superior a um m s e a que as atividades autorizadas s o de curta dura o algumas horas envolvendo
40. estabelecimentos manterem as portas fechadas de modo a obstar que uma vez perfeita a lota o a presta o de servi os se prolongue para o exterior do estabelecimento a via p blica A administra o do dom nio p blico municipal encontra se confiada ao rg o executivo do munic pio artigo 64 n 7 al nea b da Lei n 169 99 de 18 de setembro e n o deve haver receio em exercer a autoridade fundada na legalidade democr tica desde que sem autoritarismo A ocupa o da via p blica com car cter regular para o exerc cio de determinadas atividades n o est nem pode estar isenta de restri es H uma a o persuasiva a levar a cabo de modo a criar a consci ncia de que a via p blica n o terra de ningu m antes constituindo um espa o de socializa o para todos 67 A presta o de servi os de restaura o ou bebidas em espa o demarcado na via p blica adjacente ao estabelecimento depende de pr vio licenciamento municipal A via p blica destina se por natureza circula o dos transeuntes pelo que dever o ser devidamente avaliados os Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A inconvenientes que para a liberdade e a seguran a da circula o advenham da ocupa o de uma parcela da rua para consumo de bebidas alco licas 68 Ser de equacionar a estipula o de meios de responsabilidade solid ria dos propriet rios dos estabe
41. exceder 5 dB A no per odo diurno 4 dB A no per odo do entardecer e 3 dB A no per odo noturno nos termos do anexo do mesmo Regulamento do qual faz parte integrante Quando a atividade n o esteja sujeita avalia o de impacte ambiental compete s c maras municipais sempre que rg os coordenadores do licenciamento verificar o cumprimento dos citados par metros artigo 13 n 8 do RGR Para este efeito dever o interessado apresentar entidade coordenadora do licenciamento uma avalia o ac stica artigo 13 n 9 do RGR sem o que n o deve ser deferido o licenciamento ou a autoriza o da utiliza o de edif cios ou suas fra es para atividades que se presume serem permanentemente ruidosas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A O prop sito deste controlo o de quantificar os ndices de ru do que ser o de imputar atividade cuja instala o se pretende venha a ter lugar em determinado edif cio ou fra o aut noma Logo o modus operandi diferente daquele que usado para controlar os requisitos ac sticos dos edif cios artigo 12 n 5 Efetivamente se neste se afere a qualidade construtiva o mbito de aplica o da norma do artigo 13 nas diversas prescri es a que ora nos atemos ser a do ju zo de prognose acerca da incomodidade que a atividade a instalar vir a produzir sobre terceiros Com esta av
42. forma antecipativa reduzindo ou eliminando as causas prioritariamente corre o dos efeitos dessas a es ou atividades suscet veis de alterarem a qualidade do ambiente sendo o poluidor obrigado a corrigir ou recuperar o ambiente suportando os encargos da resultantes n o lhe sendo permitido continuar a a o poluente A aplica o do regime do Licenciamento Zero suscita especiais obje es considerando a escassez de recursos humanos que impede os servi os municipais na maioria de refor ar o exerc cio dos poderes de fiscaliza o sobre as atividades de presta o de servi os Ora o d fice no exerc cio da fiscaliza o compromete a reintegra o da legalidade e a responsabiliza o dos infratores Outra das obje es prende se com as restri es or amentais dos munic pios que n o se compadecem com investimentos avultados em face da necessidade de dotar cada um dos fiscais com o acesso no decurso da fiscaliza o informa o disponibilizada no balc o eletr nico Por outro lado questiona se se a cria o do balc o eletr nico Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 125 Ip PROVEDOR DE JUSTI A implicar o desenvolvimento de uma aplica o inform tica compat vel com os programas adotados pelas c maras municipais H ainda a referir quest es operacionais que podem frustrar a boa aplica o do regime de licenciamento do RGR semelhan
43. jusante o Provedor de Justi a e os cidad os confrontam se com as consequ ncias que n o se retiram ao menos no imediato da verifica o ou confirma o de n veis excessivos de ru do Hesita se Concede se demasiado Usa se de excessiva indulg ncia permitindo se que estabelecimentos ruidosos prossigam em ostensiva incolumidade com o preju zo de terceiros sob a condi o de execu o deferida no tempo de incrementarem o isolamento Os exemplos est o vista em m ltiplas interven es do Provedor de Justi a que adquiriam express o na comunica o social Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 162 PROVEDOR DE JUSTI A a Provedor adverte C mara de Braga sobre excesso de ru do durante as festas do Enterro da Gata b Bairro Alto Ru do estabelecimentos comerciais e qualidade de vida dos moradores da zona c Provedor sugere C mara de Lisboa que crie regulamento para complexos como a LX Factory d Provedor fixa prazo C mara Municipal do Porto para dar resposta sobre problemas de ru do na zona do Queim dromo e do Edif cio Transparente e Provedor alerta para ru do dos bares no centro hist rico de Vila Real f Provedor escreve a Rui Rio sobre funcionamento dos estabelecimentos noturnos no Porto Todavia importa n o esquecer a atividade que discretamente desenvolvida de modo continuado O con
44. m ami de lugar no mbito de um procedimento administrativo de controlo pr vio seja porque as c maras n o verificam o cumprimento daqueles par metros seja porque a lei parece bastar se com a emiss o de declara es de conformidade e de termos de responsabilidade Ficou j demonstrada a escassez dos meios humanos e t cnicos afetos fiscaliza o da legisla o do ru do n o se encontrando a larga maioria dos munic pios providos de recursos id neos ao exerc cio de uma pronta fiscaliza o Em face do exposto sugere se que seja ponderada uma solu o legal que estabele a que em caso de queixa por incomodidade ruidosa o respons vel pelo equipamento atividade ou estabelecimento reclamado seja onerado com o dever de fazer prova bastante dos requisitos previstos no regulamento geral do ru do num prazo razo vel Expirado o prazo sem que a prova seja exibida ficaria a c mara municipal vinculada a adotar medida provis ria que ponha termo incomodidade cujos efeitos perdurariam at que fosse demonstrada a improced ncia do preju zo para a tranquilidade A notifica o da necessidade de ser feita a pertinente prova em prazo determinado 55 A MaR e no que concerne ao artigo 11 2 se abst m de delimitar em sede de planeamento zonas sens veis e mistas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 177 PROVEDOR DE JUSTI A conteria desde logo a advert ncia de que o
45. mas tamb m a de ordenar o imediato encerramento do estabelecimento sob comina o de incorrer o infrator em crime de desobedi ncia Julga se que sobretudo nos casos de reiterada viola o do hor rio tal regime legal surtiria mais efeito do que a simples abertura de processos de contraordena o Ali s deveria prever se a comina o do crime de desobedi ncia para o incumprimento das decis es administrativas que nesta rea imp em restri es de funcionamento designadamente de hor rio Julga se at e paralelamente que nos casos mais graves de reiterado incumprimento deveria a administra o municipal poder lan ar m o de recursos mais capazes de assegurar o cumprimento da decis o proferida designadamente a solicita o s entidades competentes para cortes de fornecimento de gua gaz ou energia el trica Julgamos que o regime da imputa o do crime de desobedi ncia deveria adotar se tamb m para os Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 135 PROVEDOR DE JUSTI A Sec o 8 Planeamento municipal e ru do 1 A gest o territorial e o ru do O Cap tulo 5 do question rio destina se a verificar o cumprimento das obriga es de avalia o e gest o do ru do ambiente dos munic pios em sede de planeamento territorial O enquadramento jur dico do ru do ambiente dado pelo Decreto Lei n 146 2006 de 31 de julho Decreto Lei n 146 2006 que procedeu transposi
46. medi o do som n o cred vel por n o terem sido recriadas as usuais condi es de funcionamento deve procurar aferir se da razoabilidade de tal obje o Na d vida devem procurar se evid ncias junto de Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 10 PROVEDOR DE JUSTI A terceiros v g GNR e PSP garantindo a imparcialidade no procedimento Cumpre aos servi os municipais providenciar por que o autor da incomodidade n o tenha conhecimento pr vio das datas em que as medi es ac sticas t m lugar a fim de prevenir que sejam adulteradas as condi es habitualmente observadas tendo em vista obter emiss es sonoras de menor intensidade 21 Quando as medi es ac sticas sejam realizadas por prestadores de servi os adjudicados pelos munic pios aconselh vel o acompanhamento por t cnicos municipais para aferir da credibilidade do procedimento A medi o do ru do efetivo pressup e que todas as fontes sonoras objeto da queixa estejam em funcionamento Com base nas declara es do queixoso e na natureza da atividade dever o ser reconstitu dos os fatores t picos da incomodidade v g divulga o de m sica explora o de pista de dan a equipamento ruidoso clientela e lota o do estabelecimento 22 Atenta a exiguidade dos equipamentos dispon veis e do pessoal com forma o o exerc cio dos poderes de fiscaliza o e controlo do ru do deve privilegiar as situa es
47. modo a intimar o respons vel para fazer cessar o ru do entre as 23h00 e as 7h00 artigo 24 n 1 ou fixar lhe um prazo al m deste arco temporal para lhe p r termo O agente policial ter de usar a sua experi ncia e prud ncia para discernir sem mais o ru do verdadeiramente perturbador ou o exerc cio f til e abusivo do direito ao sossego O crit rio deve passar pela impraticabilidade do sono para o homem comum n o podendo prestar se a especiais sensibilidades ac sticas nem simples incomodidade A resolu o destas quest es encontra como meio especialmente id neo o direito civil seja por via das rela es de vizinhan a da propriedade horizontal seja pela interven o do senhorio junto dos inquilinos seja pela salvaguarda concedida aos direitos de personalidade artigo 70 do C digo Civil Raramente est em causa a ordem p blica ambiental justificando medidas de pol cia No limite os conflitos emergentes destes factos ruidosos devem ser dirimidos nos julgados de paz ou nos tribunais Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 155 PROVEDOR DE JUSTI A mas o lesado resiste tenazmente a este meio persuadido erroneamente de que os agentes policiais ou os servi os municipais h o de poder fazer mais e melhor impondo se necess rio a lei do sil ncio que em momento algum a ordem jur dica consagrou As queixas apresentadas ao Provedor de Justi a baseadas por
48. munic pios 5 Fiscaliza o Apreciadas as dificuldades em providenciar uma pronta fiscaliza o das atividades ruidosas tempor rias v g escassez de meios versus curta dura o do evento importaria agilizar procedimentos em particular Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A fomentar a colabora o das for as policiais Sa da se a pr tica de dar a conhecer autoridade policial o teor de todas as licen as especiais de ru do emitidas alertando para a ocorr ncia do evento ruidoso e as condi es impostas A identifica o do respons vel pelo evento e do seu contacto telef nico parece nos tamb m ben fica por permitir o melhor controlo da incomodidade em caso de reclama o Seria de ponderar a atribui o de poderes pol cia municipal e eventualmente policia de seguran a p blica secundada de a es de forma o em ordem a que possam ordenar a imediata diminui o ou a cessa o da incomodidade em especial no per odo noturno semelhan a do que sucede no dom nio do ru do de vizinhan a N o s o ru do produzido pelas atividades tempor rias assume maior express o e notoriedade do que o habitual ru do de vizinhan a pelo que ser mais facilmente identific vel como mais amplo o leque dos potenciais afetados em especial quando as atividades ruidosas se desenvolvam em espa os abertos ao ar livre Seria do mesmo m
49. munic pios sob a coordena o da APA O que passaria por instituir tr mites simplificados que imprimam maior celeridade e efici ncia ao processo de acredita o com dispensa de formalidades n o essenciais redu o de prazos e revis o dos custos Tamb m para os munic pios que ainda n o disp em de meios e recursos humanos e t cnicos se afigura proveitosa a promo o pela Administra o Central de a es de forma o conjunta na perspetiva do alargamento dos benefici rios da sua eventual associa o na aquisi o e partilha de recursos e da redu o dos encargos Assim sucede com os munic pios agregados na Comunidade Intermunicipal da Lez ria do Tejo que disp e de um laborat rio de ru do acreditado 169 Principalmente numa altura de crise econ mica que afeta grandemente os or amentos municipais parece pouco sustent vel do ponto de vista financeiro a obrigatoriedade de ades o a um sistema que para as c maras municipais se consubstancia apenas em gastos anuais com auditorias internas e externas em ensaios de intercompara o laboratorial em forma o profissional e de tr s em tr s anos na revalida o da acredita o sem que ocorra retorno do investimento contrariamente ao que sucede com a s empresas privadas Mais uma vez se refor a a ideia de que existem sem d vida mais valias que adv m da implementa o de um sistema de gest o que inclua as vertentes de qualidade t cnica e administr
50. o ac stica adequada nomeadamente a obtida por t cnicas de modela o apropriadas ou por recolha de dados ac sticos realizada de acordo com t cnicas de medi o normalizadas 5 Os mapas de ru do s o elaborados para os indicadores Lden e Ln reportados a uma altura de 4 m acima do solo Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Munic pios que disp em de mapas de ru do 0 1 E Sim E N o E N o responde Estes instrumentos indicam a localiza o das fontes de ru do tr fego eixos rodovi rios a reos ferrovi rios e fontes fixas tais como unidades industriais e apresentam uma classifica o das reas do munic pio de acordo com os n veis de exposi o ao ru do no exterior Graficamente os mapas de ru do traduzem se na representa o da distribui o geogr fica de um indicador de ru do de acordo com os n veis de ru do ambiental definidos segundo os indicadores legais expressos em dB A As t cnicas de elabora o de um mapa de ru do compreendem a recolha de amostras mediante a realiza o de medi es ac sticas em 33 A Ag ncia Portuguesa do Ambiente elaborou o documento Directrizes para Elabora o de Mapas de Ru do cuja terceira vers o atualizada foi disponibilizada em dezembro de 2011 www apambiente pt politicasambiente Ruido NotasTecnicaseEstudosRefer C3 AAncia Docu ments Boas Pr ticas no Control
51. ou de autoriza o que contemplam a imposi o de condicionalismos destinados a minorar ou a debelar os efeitos indesej veis para terceiros Atente se a que ao regular a instala o simplificada de estabelecimentos e atividades ruidosas Decreto Lei n 48 2011 o legislador abre portas dispensa dos requisitos previstos no Regulamento Geral do Ru do Este aspeto suscita particular apreens o pondo em causa a prote o dos terceiros lesados por uma concreta explora o ruidosa cujo respons vel beneficie da dispensa da aplica o dos requisitos ac sticos Nestes casos resultar exclu da a ado o de provid ncias administrativas para controlo do ru do apenas podendo os lesados recorrer aos meios judiciais de prote o de direitos privados Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 175 ap PROVEDOR DE JUSTI A 7 Medidas de pol cia administrativa do ru do da prote o dos direitos moradores que h de cuidar o Provedor de Justi a e pela prote o do interesse p blico na tranquilidade e sossego que o munic pio deve tomar partido sem embargo do interesse legalmente protegido dos agentes econ micos a desenvolverem a sua atividade nos quadros definidos pela lei e a bem do interesse geral artigo 61 n 1 da Constitui o da Rep blica Portuguesa Um problema recorrente no tratamento das queixas submetidas ao Provedor de Justi a prende se com a circ
52. perturbador em caso de reclama o por les o do descanso 28 Afigura se vantajosa a concerta o de v rios munic pios na fiscaliza o do cumprimento do Regulamento Geral do Ru do Encontraram se casos de associa es de munic pios que partilham entre si um conjunto de meios t cnicos e humanos necess rios prossecu o dos ensaios de incomodidade com vantagem assinal vel para a conten o de custos 29 Importa ainda estabelecer mecanismos que confiram credibilidade aos exames de medi o ac stica realizados a pedido do promotor da atividade inc moda por imposi o administrativa designadamente mediante o acompanhamento dos servi os municipais o que permite em alguns casos desonerar as c maras municipais dos encargos nada despiciendos com as medi es 30 Em particular justifica se assegurar a medi o dos n veis habituais de ru do o que sup e que os mesmos n o sejam distorcidos por ocasi o da sua quantifica o por exame ac stico de forma a obter registos de menor intensidade A recria o das condi es usuais ou do exerc cio t pico do uso inc modo postula a obten o de informa o pr via e clara da parte do queixoso Importa conhecer o per odo de especial incomodidade e os fatores Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 Sd PROVEDOR DE JUSTI A que s o apontados na sua origem algo que o reclamante ou queixoso deve especificar por escrito
53. procedimentos de licen as autoriza es declarado N o esquecendo ainda os 38 munic pios que instados sobre a quest o relativa ao n mero de procedimento de utiliza o altera o de utiliza o nada sabe ou nada responde Parece nos que do quadro que antecede leg timo concluir de acordo com os par metros expostos que t o s 39 munic pios cumprem com Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 114 gt PROVEDOR DE JUSTI A rigor o que a este prop sito determinado no RGR ao exigir a presenta o de relat rio de ensaios ac sticos entre 91 a 100 dos procedimentos em que foi verificado o cumprimento do projeto ac stico 4 Avalia o ac stica espec fica para atividades ruidosas permanentes em zonas determinadas Recorde se que permitida pelo disposto no artigo 13 n 1 al nea b do RGR a instala o e o exerc cio de atividades ruidosas permanentes em zonas mistas nas envolventes das zonas sens veis ou mistas ou na proximidade dos recetores sens veis isolados desde que entre outros artigo 13 n 1 al nea a do RGR se revele cumprido o crit rio de incomodidade considerado como a diferen a entre o valor do indicador L ndice Aeq do ru do ambiente determinado durante a 115 ocorr ncia do ru do particular da atividade ou atividades em avalia o e o valor do indicador L ndice Aeg do ru do residual diferen a que n o pode
54. reclame do ru do produzido dever adotar as medidas adequadas para reduzir na fonte do ru do e se as autoridades policiais o entenderem dever cessar a festa de imediato Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 16 PROVEDOR DE JUSTI A excesso a partir das 3 00 h ou limitar no futuro a licen a de ru do at s 2 horas d A C mara Municipal de Odivelas afirma estipular a redu o da emiss o sonora ou a cessa o da atividade quando seja reclamada determinando a publicita o do alvar no exterior divulgando os condicionantes e a possibilidade de suspens o a pedido e A C mara Municipal de Portim o afirma adotar uma posi o que se mostra bastante adequada excecionalidade das licen as especiais de ru do em caso de reclama es em regra n o emite outra licen a para a mesma atividade no mesmo local f Por seu turno a C mara Municipal de S o Br s de Alportel exibe um aditamento a uma licen a especial de ru do dando conta de que por motivo de reclama es apresentadas na primeira noite do evento por incumprimento do hor rio autorizado veio a ser reduzido o hor rio autorizado nas duas noites subsequentes g A C mara Municipal de S o Jo o da Madeira faz saber no alvar que deve ser assegurado o contacto permanente com os respons veis pelo evento para que em caso de incomodidade seja de imediato tomada conta da ocorr ncia e restabelecido o bem esta
55. residem ou circulam nessas reas Reuni es entre os t cnicos e dirigentes desses servi os como dos departamentos jur dicos e das pol cias municipais podem certamente contribuir para uma a o mais eficiente 63 A restri o do hor rio uma medida apta a estimular a dispers o de tais concentra es com maior anteced ncia Todavia poder perder a sua Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A efic cia se aplicada apenas a um ou outro estabelecimento mais problem tico em lugar de revestir um alcance gen rico estendendo se ao conjunto de estabelecimentos de divers o situados numa dada rea geogr fica que encerrado apenas um ou dois dos espa os os seus clientes tender o a pernoitar em outro concorrente que situando se na mesma art ria ou na art ria cont gua pratica um hor rio mais dilatado N o seria de excluir porventura a pondera o de um regulamento municipal aplic vel a reas geogr ficas com elevada concentra o de estabelecimentos de divers o determinando uma rota o dos hor rios de encerramento e com a estipula o de meios de responsabilidade solid ria dos propriet rios pelo ru do causado na via p blica 64 Na verdade a concentra o de um elevado n mero de estabelecimentos de restaura o e bebidas no mesmo espa o geogr fico designadamente em zonas habitacionais parece n o se compadecer com a aplica o de me
56. ru do ambiente 30 r 4 Dispon vel em http www apambiente pt zdata DAR Ruido ApresentacaoNovoQuadroLegal pdf Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 138 PROVEDOR DE JUSTI A 2 Estado das medidas de coordena o entre planeamento e preven o do ru do Os mapas de ru do 3 de acordo com o disposto no artigo 7 do RGR t m como objetivo apoiar a elabora o altera o e revis o dos planos diretores municipais e dos planos de urbaniza o 139 ai Mapa de ru do o descritor do ru do ambiente exterior expresso pelos indicadores Lden e Ln tra ado em documento onde se representam as is fonas e as reas por elas delimitadas s quais corresponde uma determinada classe de valores expressos em dB A artigo 3 2 al nea o do RGR Artigo 7 2 Mapas de ru do 1 As c maras municipais elaboram mapas de ru do para apoiar a elabora o altera o e revis o dos planos diretores municipais e dos planos de urbaniza o 2 As c maras municipais elaboram relat rios sobre recolha de dados ac sticos para apoiar a elabora o altera o e revis o dos planos de pormenor sem preju zo de poderem elaborar mapas de ru do sempre que tal se justifique 3 Excetuam se do disposto nos n meros anteriores os planos de urbaniza o e os planos de pormenor referentes a zonas exclusivamente industriais 4 A elabora o dos mapas de ru do tem em conta a informa
57. ruidosa 6 Regula o de atividades ruidosas 174 Merece ainda reflex o a regula o aut noma das divers es e funcionamento de equipamentos sonoros nas vias e lugares p blicos tendo em conta que a exist ncia de dois regimes que sempre ter o que ser articulados na sua aplica o suscita dificuldades e n o parece concorrer para a seguran a e a certeza jur dica Considera se que seria vantajoso que o licenciamento das atividades ruidosas tempor rias fosse regulado num nico diploma uniformizando se limites hor rios circunst ncias determinantes do consentimento da atividade e aspetos procedimentais 54 Cfr observa es tecidas supra a p 25 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A A tendencial elimina o de atos permissivos de opera es urban sticas atividades econ micas e da abertura de estabelecimentos aliada precariedade dos recursos humanos e materiais dos munic pios em poca de maior rigor or amental pode implicar na pr tica a liberaliza o de atividades econ micas por se revelar a Administra o incapaz de reprimir atividades desenvolvidas revelia dos requisitos legais e regulamentares Estima se um aumento das queixas por incomodidade tendo em conta que os inconvenientes imputados presta o de servi os e explora o de estabelecimentos s o de algum modo sopesados no mbito dos procedimentos de licenciamento
58. stico A lei n o dispensou o controlo do seu cumprimento por servi os oficialmente acreditados certo que nem sempre fora assim na nossa ordem jur dica mas o sistema pret rito ao presumir a conformidade das obras com o projeto ac stico n o provara obstar s m ltiplas situa es de incumprimento de facto consumado revelia da preven o que beneficia da prefer ncia do direito ambiental e urban stico por a repara o se mostrar sempre especialmente onerosa O regime jur dico institu do em 2007 Decreto Lei n 9 2007 optou pelo controlo a priori em nome de raz es de efici ncia e justi a Efici ncia por prevenir e conter custos agravados de corre o a posteriori como j se assinalou justo fazer recair no promotor da opera o os encargos com os ensaios ubi commoda ibi incommoda Exigir das autoridades municipais que fa am cumprir estes requisitos n o simplesmente uma formalidade a satisfazer sem um interesse p blico imediatamente vista antes um sinal de racionalidade cuja Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 110 PROVEDOR DE JUSTI A import ncia ressalta quando somos confrontados com quest es de ru do nos centros hist ricos ou em edifica es urbanas sem qualidade de isolamento Mas se por um lado como se viu no artigo 12 n 5 do RGR disp e se que a utiliza o ou altera o de utiliza o de edif cios e suas fra es est
59. um ou dois dias J se estimam condi es adequadas por prosseguirem o objetivo da preven o do ru do divulga o de m sica em sentido contr rio ao aglomerado a limita o da pot ncia das fontes sonoras localiza o e orienta o das sa das de som utilizar apenas colunas de pequena pot ncia espalhadas pela zona de modo a que o evento aud vel por todos os que se encontram no local As licen as especiais de ru do de obras cont m em norma condi es concretas v g cumprimento de medidas de minimiza o e planos de monitoriza o previstos na DIA informa o aos moradores proibi o de uso de certos equipamentos limita o de atividades mais ruidosas ao per odo diurno A C M de Lisboa imp e frequentemente como condi es as restri es de hor rio limita es de campo sonoro orienta o de fontes sonoras Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 93 PROVEDOR DE JUSTI A restri o utiliza o de determinado equipamento e maquinaria informa o da popula o sensibiliza o condicionamento nas obras a efectuar Exibe licen as de obras incidindo no IC17 CRIL obra no Metro espet culo dan a Passagem de Ano montagem de lona com recurso a grua estipulando hor rios diversos 14h00 20h00 24h00 3h30m 4h00 A maior parte das licen as facultadas estipulam condi es adequadas encontrando se todavia quatro licen as sem condi es bastantes
60. volume do som A C M de Caldas da Rainha estipula que a licen a pode ser considerada sem efeito no caso de rece o de reclama o por excesso de ru do no interior e no exterior da instala o A C M de Nelas disp e na licen as especiais de ru do que caso algu m da vizinhan a reclame do ru do produzido dever adotar as medidas adequadas para reduzir na fonte do ru do e se as autoridades policiais o entenderem dever cessar a festa de imediato Consta numa licen a concedida pela C M de Marv o a popula o manifesta o seu desagrado com o excesso de ru do Dever V Exa controlar o excesso a partir das 3 00 h ou limitar no futuro a licen a de ru do at s 2 horas A C M de Odivelas estipula a redu o da emiss o sonora ou a cessa o da atividade quando seja reclamada determinando a publicita o do alvar no exterior divulgando os condicionantes e a possibilidade de suspens o a pedido A C M de Portim o esclarece que em caso de reclama es em regra n o emite outra licen a para a mesma atividade no mesmo local A C M de S o Br s de Alportel exibe um aditamento a uma licen a especial de ru do dando conta de que por motivo de reclama es apresentadas na primeira noite do evento por incumprimento do hor rio autorizado veio a ser reduzido o hor rio autorizado nas duas noites subsequentes A C M de S o Jo o da Madeira faz saber no alvar que deve ser assegurado o contacto
61. 13 69 PROVEDOR DE JUSTI A Tempo m dio de rea o E lt 30 dias E lt 60 dias E lt 90 dias E lt 120 dias E muito vari vel E n o respondem 70 Vejamos seguidamente como se compagina a disponibilidade entre os meios necess rios e o tempo m dio de rea o s queixas ou den ncias de infra o aos limites m ximos de ru do legalmente admitidos lt 30 DIAS ADJUDICA O DAS EXECU O POR MEIOS MEDI ES A TERCEIROS PR PRIOS Alandroal Aljezur Almada Alpiar a Alter do Ch o Amarante Benavente C mara de Lobos Campo Maior Cantanhede Carrazeda de Ansi es Castro Daire Castro Verde Mel l L Li Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Cinf es Coruche Elvas Estremoz Fafe Faro ele i Figueira de Castelo Rodrigo Freixo de Espada Cinta Goleg Gondomar Maia Marv o Moita Odivelas Oliveira de Frades Oliveira do Hospital Peniche Porto Moniz Reguengos de Monsaraz Santa Comba D o Santa Marta de Penagui o Set bal Valongo Mel l Viana do Castelo Vieira do Minho Vila Franca do Campo Vizela gt 60 dias ADJUDICA O
62. 2010 em todos foi exigida a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos N o podemos deixar de assinalar o n mero insolitamente reduzido de pedidos que nos foi facultado pelo munic pio de Lisboa quando comparado com outros munic pios com menor densidade populacional express o edificat ria vg Braga com 987 processos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 113 PROVEDOR DE JUSTI A tendo em todos eles exigido a apresenta o de relat rios de ensaios ac sticos Cascais com 1119 processos tendo exigido a apresenta o de relat rio de medi o ac stica em 97 deles Guimar es com 1027 processos tendo em todos eles exigido a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos Sintra com 884 processos tendo em todos eles exigido a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos Vila Nova de Famalic o com 877 processos tendo em 20 deles exigido a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos Vila Nova de Gaia com 947 processos tendo em 51 deles exigido a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos igualmente de assinalar o facto de 23 munic pios terem declarado zero procedimentos de licenciamento autoriza o de utiliza o no mbito dos quais a c mara municipal verificou o cumprimento do projeto ac stico A estes juntam se os 34 munic pios que n o exigem a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos por refer ncia ao total de
63. 3 como equipamentos para espantar aves ou alarmes sonoros de passagens de n veis Volvidos 25 anos sobre a publica o do primeiro Regulamento Geral do Ru do aprovado pelo Decreto Lei n 251 87 de 24 de junho determinou Sua Excel ncia o Provedor de Justi a a organiza o de um processo de iniciativa oficiosa com base em ind cios observados com demasiada frequ ncia nas averigua es sobre queixas por ru do de as autoridades municipais se furtarem ao exerc cio dos poderes de pol cia administrativa do ru do apesar da incumb ncia legal que lhes assiste e dos meios t cnicos e financeiros que a Administra o Central e a Comiss o Europeia investiram para o efeito A acrescer indisponibilidade assumida de alguns munic pios para levarem a cabo ensaios de medi o ac stica remetendo os particulares para o mercado das empresas especializadas junta se a impossibilidade confessada das comiss es de coordena o e desenvolvimento regional Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 51 PROVEDOR DE JUSTI A para desempenhar esta incumb ncia em termos que permitam suprir a in rcia municipal Compreende se que muitos servi os municipais procurem desagravar as suas despesas na execu o de medi es f teis ou por repetidamente solicitadas ou por obterem resultados absolutamente improcedentes Contudo o dep sito de uma cau o que desincentive as medi es parece cons
64. 7 PROVEDOR DE JUSTI A INQU RITO AOS MUNIC PIOS SOBRE PREVEN O E CONTROLO DO RU DO SEC O 1 Justifica o e considera es preliminares 48 Na ltima d cada a defesa do ambiente e a prote o dos recursos naturais assumiram uma express o crescente no volume das queixas apresentadas por cidad os individual ou coletivamente ao Provedor de Justi a As atividades ruidosas e um insuficiente exerc cio dos poderes p blicos de fiscaliza o encontram se no topo deste setor fortemente descentralizado nos munic pios De entre as queixas contra a Administra o P blica em mat ria ambiental o ru do ultrapassa quase sempre 50 muito acima das quest es relativas qualidade do ar e da gua defesa da floresta ou de outros recursos naturais Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Queixas ao Provedor de Justi a sobre ru do 2001 2011 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ao apreciar queixas relativas s 308 c maras municipais do territ rio nacional o Provedor de Justi a disp e de um campo de observa o privilegiado Este permite lhe encontrar situa es completamente diferentes na pol cia do ru do desde a falta de equipamentos de medi o falta de pessoal qualificado para usar o son metro desde pr ticas permissivas na preven o do ru do quando da instala o de estabelecimentos at considera o da
65. E do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de junho de 2002 relativa avalia o e gest o do ru do ambiente transposta pelo Decreto Lei n 146 2006 e do RGR A este quesito 210 86 autarquias responderam negativamente 25 10 3 afirmativamente e 9 3 7 n o prestaram esclarecimento Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Em resumo na esmagadora maioria dos munic pios portugueses n o cumprida esta obriga o Importa fazer a distin o entre mapas de ru do artigo 7 n 1 do RGR e mapas estrat gicos de ru do artigo 1 2 e 6 do Decreto Lei n 146 2006 e artigo 7 n 6 do RGR Os mapas de ru do constituem instrumentos fundamentais para informa o do ambiente sonoro existente ou previsto com o principal objetivo de contextualizar a prepara o dos instrumentos de ordenamento do territ rio J os mapas estrat gicos de ru do previstos no Decreto Lei n 146 2006 consubstanciam a obrigatoriedade de recolha e de disponibiliza o de informa o ao p blico relativa aos n veis sonoros do ru do ambiente de acordo com m todos de avalia o harmonizados ao n vel da Uni o Europeia e fundamentam os planos de a o Esta obrigatoriedade incide sobre as grandes aglomera es populacionais e sobre as grandes infraestruturas de transporte rodovi rio ferrovi rio e a reo competindo aos munic pios e s
66. Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 81 PROVEDOR DE JUSTI A as raz es que justificam a realiza o da atividade naquele local e hora as medidas de preven o e redu o do ru do quando aplic vel e outras informa es consideradas relevantes Os espet culos e divertimentos nas vias e lugares p blicos regem se pelo Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dezembro na reda o do Decreto Lei n 204 2012 de 29 de agosto em articula o com o disposto no Regulamento Geral do Ru do O artigo 30 do Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dezembro disp e que as bandas de m sica grupos filarm nicos tunas e outros agrupamentos musicais n o podem atuar nas vias e demais lugares p blicos dos aglomerados urbanos desde as 0h00 s 9h00 O funcionamento de emissores amplificadores e outros aparelhos sonoros que projetem sons para as vias e demais lugares p blicos incluindo sinais hor rios s poder ocorrer entre as 9h00 e as 22h00 por ocasi o de festas tradicionais espet culos ao ar livre ou em outros casos devidamente justificados mediante licen a especial de ru do Estranha se a n o coincid ncia do per odo hor rio autorizado para agrupamentos musicais 9h00 0h00 e equipamentos sonoros 9h00 22h00 A ocorr ncia de festividades divertimentos p blicos e espet culos ruidosos nas vias p blicas e demais lugares p blicos nas proximidades de edif cios de habita o escolares durante o hor rio
67. R S Aprovado pelo Decreto Lei n 2 292 2000 de 14 de novembro que o RGR revogou Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 137 PROVEDOR DE JUSTI A No entanto com a entrada em vigor do atual RGR os mapas de ru do elaborados ao abrigo do anterior regime legal sobre polui o sonora tiveram de sofrer adapta es s novas regras em mat ria de ru do ambiente dando origem segunda gera o de mapas de ruido De acordo com a informa o contida em documento elaborado pelo ex Instituto do Ambiente em abril de 2007 cerca de 200 munic pios do continente possu am mapas de ru do da primeira gera o Junto da Ag ncia Portuguesa do Ambiente IP APA que sucedeu ao Instituto do Ambiente na gest o das pol ticas de ambiente e de desenvolvimento sustent vel apurou se que 180 munic pios beneficiaram de apoio financeiro na prepara o de mapas de ru do da 1 gera o num total de 1 580 000 00 Tamb m foi concedido apoio financeiro a 188 munic pios do continente na aquisi o de son metros custeando se um ter o do seu valor Contudo apenas 67 munic pios remeteram APA mapas de ru do da 2 2 gera o elaborados em conformidade com os atuais requisitos do RGR Mostra se fundamental assim conhecer a forma como a atividade de planeamento municipal tem refletido o exerc cio das compet ncias dos rg os das autarquias em mat ria de avalia o e de gest o do
68. Repercuss es do licenciamento zero na gest o urban stica municipal de que a elimina o de qualquer atua o permissiva da Administra o relativamente ao hor rio de funcionamento dos estabelecimentos merc do aditamento do artigo 4 A ao Decreto Lei n 48 96 de 15 de maio introduzido pelo Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril exclui a faculdade de redu o do hor rio de um determinado de estabelecimento com base em queixas por incomodidade Pretende a autora que os munic pios devem como j antes deviam passar a gerir problemas relacionados por exemplo com o ru do com os mecanismos dispostos no Regulamento Geral do Ru do deixando de usar aqueles munic pios que antes o faziam a redu o do hor rio como forma ad hoc de sancionar atividades que eram desenvolvidas de forma ruidosa ou alegadamente ruidosa por privados cfr pp 24 e 25 28 x E P3 r Passamos a transcrever parte das observa es tecidas pela C mara Municipal de Guimar es ao pronunciar se sobre a vers o do relat rio preliminar oportunamente divulgado no s tio eletr nico do Provedor de Justi a No que se refere s fontes de ru do resultantes sobretudo da explora o de estabelecimentos de restaura o e bebidas seria de todo conveniente nos casos de funcionamento fora do hor rio estipulado atribuir s for as de seguran a ou pol cias municipais a compet ncia para n o s elaborar auto por verifica o da infra o
69. Ru do Provedor de Justi a 2013 157 PROVEDOR DE JUSTI A domic lio sem autoriza o judicial artigo 34 n 2 da Constitui o Em casos extremos todavia o agente de autoridade dever procurar obter mandado judicial Invocando se numa das queixas recebidas que o disposto no artigo 9 do RGR n o concederia prote o adequada frustrando se a sua aplica o quando a notifica o pessoal dos infratores fosse inviabilizada procurou se persuadir a que fossem ponderadas outras formas de notificar o participado na origem do ru do reclamado Assim viria a ser nos transmitido pela PSP de Carnaxide concelho de Oeiras que fora revisto o procedimento adotado para aplica o daquela norma regulamentar Foram instru dos os agentes para lavrarem auto de not cia e para notificarem por escrito os infratores Isto na hip tese de o ru do n o cessar prontamente Uma outra queixa foi dirigida a este rg o do Estado por um cidad o por entender deverem ser refor ados os poderes que o RGR atribui s autoridades policiais Isto de modo a que os mesmos pudessem decretar a imediata cessa o da incomodidade durante as 24 horas do dia em lugar da atual previs o legal que circunscreve tal faculdade ao ru do produzido entre as 23h00 e as 7h00 de acordo com o artigo 24 n 1 do RGR Foi o queixoso informado de que n o poderia o Provedor de Justi a acompanhar a queixa na medida em que os pressupostos que ju
70. TI A Para esse efeito e com vista ao cabal recenseamento da pr tica administrativa dos munic pios no exerc cio dos poderes de pol cia ambiental do ru do foi elaborado um question rio o qual foi submetido aos 308 munic pios de Portugal Apesar de o inqu rito ter sido dirigido totalidade dos munic pios devido dificuldade de estabelecer crit rios de uma amostragem suficientemente representativa o estudo baseia se nos elementos facultados pelos 244 munic pios que nos prestaram resposta at 31 de dezembro de 2011 Divulgado o relat rio preliminar no s tio eletr nico deste rg o do Estado permaneceu aberto para consulta p blica entre 2711 e 15 12 2012 refletindo o relat rio final o teor das escassas contribui es prestadas N o tomaram parte neste inqu rito ou por n o se terem pronunciado ou por n o o terem feito atempadamente 64 munic pios S o eles Abrantes Albufeira Alc cer do Sal Alij Aljustrel Amadora Ansi o Avis Azambuja Barcelos Barrancos Beja Cabeceiras de Baixo Cadaval Calheta A ores Caminha Castro Marim Celorico de Bastos Coimbra Crato Entroncamento Espinho vora Lagoa A ores Lajes das Flores Lages do Pico Leiria Mangualde Meda Miranda do Douro Monforte Montijo Nazar Odemira Ovar Pa os de Ferreira Palmela Paredes Penamacor Peso da R gua Pombal Porto Santo Ribeira de Pena Santa Cruz Santa Cruz das Flores S o Vicente Sert Sobral de Monte
71. TI A responsabiliza o a posteriori Ent o por m importa incentivar a aplica o de medidas de pol cia administrativa do ru do como sejam as redu es de hor rio de labora o ou abertura ao p blico a suspens o de atividades ruidosas il citas a intima o para obras de conten o do ru do ou de isolamento nos recetores O il cito contraordenacional e a aplica o de coimas por seu turno desempenham um papel importante mas muito importante ter presente que por si n o permitem restabelecer n veis de ru do inferiores 1 Equipamentos e pessoal especializado na fiscaliza o dos n veis de ru do A larga maioria dos munic pios declarou n o dispor dos meios necess rios para realiza o de medi es e ensaios ac sticos recursos humanos e ou meios t cnicos A forma o de pessoal e a aquisi o de um son metro devem constituir uma prioridade absoluta na regular prossecu o das atribui es municipais no dom nio da fiscaliza o e do controlo das atividades ruidosas De outro modo ocorre a verdadeira ren ncia a uma atribui o p blica satisfa o de uma necessidade coletiva visto que muitas das provid ncias a adotar com fundamento na lei pressup em a aferi o de n veis de ru do superiores aos limites m ximos fixados e segundo um procedimento t cnico moroso e complexo Seria desej vel por conseguinte que a Administra o Central pudesse encorajar a es de forma o e
72. a o Assim a C M de S o Jo o da Pesqueira declara ter emitido 44 licen as especiais de ru do mas faculta t o s c pia de alvar s de licen a de recinto improvisado nos termos constantes do pr prio alvar sem fixa o de quaisquer medidas de preven o ou redu o do ru do A C M de Ponta Delgada declara 208 licen as especiais de ru do e contudo exibe a t tulo ilustrativo guias e documentos com lan amentos contabil sticos Do mesmo modo a C M de Vieira do Minho apenas apresenta documentos de ordem contabil stica ainda que reportados ao funcionamento de aparelhos sonoros As c maras municipais de Carrazeda de Ansi es e de Campo Maior declaram uma licen a especial de ru do A de Campo Maior envia c pia do texto do pr prio requerimento com despacho exarado de deferimento sem aposi o de condi es A C M de Carrazeda de Ansi es n o enviou documento ilustrativo esclarecendo posteriormente os servi os camar rios no mbito de um Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 78 PROVEDOR DE JUSTI A contacto informal que a licen a n o foi emitida mas t o s deferida Estes elementos revelam um equ voco preocupante em termos de compreens o da lei e sua aplica o A C M de Chamusca declara a emiss o de 10 licen as especiais de ru do por preenchimento do ponto 2 1 do quadro do question rio Todavia no campo das observa es afirma n o ter emit
73. a do que se tem observado na aplica o da legisla o que disciplina o exerc cio da atividade industrial a qual sujeita a declara o pr via ao exerc cio da atividade os estabelecimentos industriais do tipo 2 formul rio eletr nico de declara o pr via e a registo os estabelecimentos industriais de tipo 3 Por maioria de raz o fica comprometida a execu o do disposto no Regulamento Geral do Ru do 126 Sec o 7 Medidas de pol cia administrativa 1 Considera es preliminares No 84 do question rio foram as c maras municipais inquiridas quanto as medidas administrativas aplicadas ou seja as previstas nos artigos 18 2 27 e 29 do Regulamento Geral do Ru do a suspens o da atividade ruidosa o encerramento preventivo do estabelecimento a apreens o do equipamento por determinado per odo de tempo apreens es cautelares e san es acess rias aplicadas em sede de procedimento contraordenacional Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Por for a do princ pio da proporcionalidade as decis es administrativas que colidam com direitos ou interesses legalmente protegidos dos particulares n o podem traduzir se na imposi o de um encargo desproporcionado e inadequado tendo em conta os objetivos que presidem atua o administrativa Tais decis es h o de revelar se adequadas e necess rias prossecu o do interesse p blico visado artig
74. ais desconcentra a realiza o de eventos tempor rios sendo assaz diversificada a sua localiza o e o benefici rio requerente da licen a Assim a C M de Lisboa declara autorizar eventos em cerca de 500 locais diferentes alguns com v rias licen as por ano n o excedendo por m o n mero de cinco eventos Vemos contudo com apreens o os indicadores transmitidos pelas seguintes c maras municipais de Alpiar a 6 licen as especiais de ru do autorizando 12 eventos festivos no Largo da Feira de G is por conceder v rias licen as reportadas a festa anual com arraial e bailes no decurso do m s de agosto concedendo tr s licen as especiais de ru do a uma mesma pessoa a de Caldas da Rainha autoriza no espa o de um m s 10 eventos numa pastelaria e oito num restaurante quanto de lhavo a localiza o de diversos eventos promovidos por comiss es de festas n o identificada no texto das respetivas licen as especiais de ru do a de Moita autoriza 71 eventos requeridos pela Associa o de Moradores do Carvalhinho 102 a pedido da Associa o Naval Sarilhense 58 promovidos pela Comiss o de Festas da popula o de Baixa da Banheira e outros 37 pelo Grupo Desportivo e Recreativo de Portugal a de Oliveira de Frades outorga 195 licen as especiais de ru do concedendo 95 a um nico estabelecimento de bebidas a de Vila Nova da Barquinha autorizou 120 eventos no espa o de um nico Boas Pr ticas no Controlo
75. algo equ voco no 153 Regulamento Geral do Ru do Equ voco porque a lei distingue tamb m atividades ruidosas permanentes e atividades ruidosas tempor rias O ru do de vizinhan a apresenta se como um tertium genus quando na verdade pode ser tempor rio ou prolongado no tempo que o conceito de vizinhan a usado n o corresponde ace o tradicional do direito privado usada por exemplo no artigo 1346 do C digo Civil quando cuida das emiss es de fumo ru do e factos semelhantes provenientes de pr dio vizinho n o necessariamente cont guo mas sito nas imedia es Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Ora o RGR pretende cingir se a uma categoria de ru do cuja preven o e fiscaliza o se mostram particularmente fora do alcance dos modelos tradicionais de licenciamento ou autoriza o de atividades O que est em causa o ru do dom stico o ru do associado ao uso habitacional e s atividades que lhe s o inerentes produzido diretamente por algu m ou por interm dio de outrem por coisa sua guarda ou animal colocado sob sua responsabilidade que pela sua dura o repeti o e intensidade seja suscet vel de afetar a sa de p blica ou a tranquilidade da vizinhan a artigo 3 al nea r O legislador quis certamente cuidar de m ltiplos factos ruidosos inc modos mas demasiado fortuitos e resguardados pela reserva da in
76. alia o ainda poss vel preventivamente introduzir ajustamentos introduzir condi es na licen a e desta sorte obstar a um mal maior o de posteriormente serem causados danos a terceiros e de se mostrar inevit vel o encerramento da atividade estabelecida Os moradores vizinhos ser o neste contexto a parte mais vulner vel As atividades ruidosas s o por regra lucrativas O lucro em boa parte obtido pelo sacrif cio n o ressarcido dos direitos de terceiros Expostas estas considera es debrucemo nos agora sobre os dados que nos foram facultados pelos munic pios quando instados a este prop sito Comecemos por observar que a larga maioria das c maras municipais que responderam n o controlam previamente as atividades ruidosas permanentes mas em caso de resposta afirmativa s o em maior n mero as que exigem a avalia o espec fica que a lei determina para as zonas mistas para as envolventes das zonas sens veis ou mistas ou ainda na proximidade de recetores sens veis isolados artigo 13 n 9 do RGR Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 116 PROVEDOR DE JUSTI A Controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes Controlam 20 Controlam mas n o avaliam 2 Em seguida podemos observar o volume de procedimentos de im controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes e dentro deste o que se afirma ter cumprido as espec ficas exig ncia
77. alizadas embora n o cumpram integralmente as prescri es legais e regulamentares de ordem ambiental e urban stica justificam um enquadramento regulamentar pr prio 70 Como se adiantou a import ncia deste tipo de complexos o significado que possuem para as ind strias culturais e para a vida recreativa da cidade com a vantagem de requalificar espa os antigos e obsoletos n o deve ser ignorada justificando que da parte do direito urban stico se encontrem solu es pr prias como a aprova o de um regulamento ou postura que permita disciplinar a sua instala o e garantir a satisfa o de requisitos de seguran a salubridade e prote o ambiental V 28 Atividades ruidosas sazonais 71 As autoridades municipais n o devem descurar a vigil ncia das atividades ruidosas sazonais em especial quando tenha sido comprovada a proced ncia do preju zo para a tranquilidade p blica por mais conveniente que a atra o tur stica possa parecer para o desenvolvimento local 72 certo que as conclus es de medi es ac sticas relativas a estabelecimentos de abertura estival entretanto encerrados t m por objeto as suas particulares condi es de funcionamento pelo que n o podem ser opostas a um terceiro que pretenda explorar o mesmo espa o de divers o noturna Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 73 Contudo encontram se os rg os municipais incumbi
78. amente o objetivo de preserva o da tranquilidade constituindo uma permiss o para produ o de todo e qualquer ru do no per odo noturno A licen a configurar um cheque em branco frustrando inteiramente as finalidades e raz o de ser do pr prio procedimento Nesta perspetiva poder arguir se que o ato de concess o da licen a esteja ferido de v cio de desvio do poder por atender a interesses particulares do requerente que a Administra o P blica sobrep s aos interesses dos terceiros potencialmente afetados nos seus direitos de personalidade pelo exerc cio da atividade ruidosa Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 104 Sep PROVEDOR DE JUSTI A Sec o 6 Regula o de atividades ruidosas permanentes 1 Atividades ruidosas permanentes O reconhecimento de que a polui o sonora constitui nos nossos dias um dos principais fatores de les o da qualidade de vida e das principais causas de conflitualidade ambiental tem levado os Estados em especial da Uni o Europeia a criarem mecanismos refor ados de controlo preventivo das atividades tipicamente ruidosas Nesta linha se insere a regra de a instala o e o exerc cio de atividades ruidosas permanentes ser condicionada pelo cumprimento dos valores limite de exposi o admitindo se a fiscaliza o preventiva e sucessiva em moldes que 105 garantam a salvaguarda de um ambiente urbano sadio e equilibrado Com tal
79. ar o recinto os grupos musicais e a pot ncia dos equipamentos de amplifica o Nunca demais ter em conta o especial dever de vigil ncia contra os mais variados riscos e que recai sobre as autoridades municipais ao licenciarem um recinto pois se presume terem vistoriado as suas condi es Decreto Lei n 309 2002 de 16 de dezembro na reda o do Decreto Lei n 202 2012 de 29 de agosto 43 Seria desej vel fixar um contingente para a atribui o de licen as especiais de ru do estabelecendo se um limite por eventual refer ncia localiza o do evento e sua natureza e ao seu promotor Isto de modo a n o sacrificar sistematicamente os moradores vizinhos de locais privilegiados para grandes concentra es ruidosas Neste mbito ponderar se ia a densidade populacional Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A e os ndices de ru do da zona e a viabilidade de serem executadas medidas mitigadoras da incomodidade 44 No dom nio da fiscaliza o das atividades ruidosas tempor rias de incentivar a iniciativa dos servi os municipais em requerer a colabora o das autoridades policiais facultando lhes conhecimento do teor de todos os alvar s de licen as especiais de ru do concedidas 45 Essa notifica o por m n o pode eximir totalmente os servi os municipais dos deveres de fiscaliza o em melhor posi o de ajuizar do respeito por condi es
80. as o que equivale a 14 8 Destes quase nenhuns 32 promovem ensaios ac sticos para verifica o da observ ncia daqueles limiares Apenas afirmam realizar estes ensaios as autoridades municipais de Borba Felgueiras Lisboa e Ponte Lima Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 101 ap PROVEDOR DE JUSTI A Nos remanescentes 208 munic pios declara se n o ser exercido controlo nenhum sob as atividades municipais ou n o sequer prestada resposta a esta quest o 3 Conclus es A larga maioria das c maras municipais que responderam ao inqu rito v m exercendo um deficiente controlo das atividades ruidosas tempor rias o que n o permite precaver eficazmente a potencial incomodidade para terceiros A fiscaliza o tamb m incipiente o que compromete a debela o do ru do na sequ ncia de queixa dos lesados Verifica se que muito avultado o n mero de c maras municipais que a N o justificam convenientemente a emiss o de licen as especiais de d ru do concedendo licen as de forma indiscriminada abstraindo da natureza da dura o e da localiza o do evento b N o fixam medidas adequadas preven o e redu o do ru do ou limitam se a estabelecer condi es demasiado gen ricas que n o refletem as carater sticas da atividade a sua localiza o e o potencial impacto c Se abst m sistematicamente de fiscalizar as atividades ruidosas
81. as mistas nas envolventes das zonas sens veis ou mistas ou na proximidade de recetores sens veis isolados depende do cumprimento dos valores limite fixados no artigo 11 2 para al m do cumprimento do crit rio de incomodidade Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 179 ap PROVEDOR DE JUSTI A Dever ponderar se recomenda o ou sugest es sobre estas quest es com o prop sito de que as c maras municipais mediante a altera o dos planos de ordenamento existentes ou a elabora o de novos planos venham a cumprir as obriga es que a legisla o nacional e europeia lhes imp e no sentido de garantir e desenvolver os padr es de qualidade em mat ria de ru do ambiente 9 Ru do de vizinhan a Julgamos que sem preju zo da atividade de media o levada a cabo nos julgados de paz a cria o de gabinetes municipais de media o entre vizinhos n o contenderia com a reserva da fun o jurisdicional O gabinete procura mediar o conflito persuadindo a uma solu o sem contudo decretar ou impor medidas N o decide nem condena Seria 180 prof cuo conhecer o desempenho deste gabinete na perspetiva de ponderar a sua eventual extens o a outros munic pios Seria igualmente de incrementar o encaminhamento dos que se dizem lesados por ru do proveniente de atividades dom sticas levadas a cabo por vizinhos ou por ru do com origem em animal ou coisa guarda dos vizinhos
82. as municipais 2 Os planos municipais de redu o de ru do devem ser executados num prazo m ximo de dois anos contados a partir da data de entrada em vigor do presente Regulamento podendo contemplar o faseamento de medidas considerando priorit rias as referentes a zonas sens veis ou mistas expostas a ru do ambiente exterior que exceda em mais de 5 dB A os valores limite fixados no artigo 11 3 Os planos municipais de redu o do ru do vinculam as entidades p blicas e os particulares sendo aprovados pela assembleia municipal sob proposta da c mara municipal 4 A gest o dos problemas e efeitos do ru do incluindo a redu o de ru do em munic pios que constituam aglomera es com uma popula o residente superior a 100 000 habitantes e uma densidade populacional superior a 2500 habitantes km2 assegurada atrav s de planos de a o nos termos do Decreto Lei n 146 2006 de 31 de julho 5 Na elabora o dos planos municipais de redu o de ru do s o consultadas as entidades p blicas e privadas que possam vir a ser indicadas como respons veis pela execu o dos planos municipais de redu o de ru do Artigo 9 Conte do dos planos municipais de redu o de ru do Dos planos municipais de redu o de ru do constam necessariamente os seguintes elementos a Identifica o das reas onde necess rio reduzir o ru do ambiente exterior Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de J
83. ativa de acordo com uma refer ncia normativa Esta tend ncia contribuir para uma melhoria da qualidade de servi o prestado ao mun cipe nomeadamente ao n vel da compet ncia t cnica Salienta se tamb m a import ncia que a harmoniza o de procedimentos intermunicipais assume no que se refere aplica o de forma clara coerente e justa do disposto no RGR em todo o territ rio nacional Cabe ao organismo da tutela a APA promover esta harmoniza o e fomentar a melhoria do desempenho dos munic pios designadamente atrav s da cria o de um sistema que assegure os benef cios que o processo de acredita o acarreta sem implicar os elevados custos envolvidos Por exemplo n o poderia a APA promover a realiza o dos ensaios inter laboratoriais cobrando aos munic pios o pre o de custo OF 292 GVSF 10 de 10 11 2010 51 A Comunidade Intermunicipal da Lez ria do Tejo atualmente constitu da por Onze Munic pios Abrantes Alcanena Const ncia Entroncamento Ferreira do Z zere Ma o Our m Sardoal Tomar Torres Novas e Vila Nova da Barquinha Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 ap PROVEDOR DE JUSTI A O Provedor de Justi a recomendou ao presidente do Governo Regional da Madeira a tomada das provid ncias necess rias para o estabelecimento de um laborat rio p blico acreditado suscet vel de executar atividades de medi o de ru do ou seja avalia o da c
84. bem assim a facultar meios que propiciem a dota o dos necess rios recursos eventualmente por conjuntos de munic pios j associados ou apenas para esse efeito Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 37 PROVEDOR DE JUSTI A 2 Encargos com ensaios e servi o p blico urgente refletir sobre a conveni ncia em fazer recair sobre o agente econ mico que mant m uma atividade ruidosa os encargos com os ensaios ac sticos em termos que propiciem a sua realiza o pelos servi os municipais O que reconheceremos todos como injusto que seja aquele se queixa do ru do il cito ter de ser ele a suportar os custos com a medi o ou pelo menos de depositar uma cau o apenas restitu da na hip tese de confirma o dos ind cios Muitos cidad os n o se encontram em condi es patrimoniais de o fazer e em todo o caso a verdade que nos encontramos perante uma necessidade coletiva apesar de o lesado ou os lesados diretamente serem em n mero diminuto certo por outro lado que h quem abuse do direto de reclama o ou de queixa insistindo por medi es sucessivas que confirmam sistematicamente a inocuidade do ru do observado Estes casos poderiam ser objeto da aten o do legislador instituindo um mecanismo aproximado ao da litig ncia de m f consagrada no direito processual A verdade que permanece por regulamentar o disposto no artigo 25 do Regulamento
85. berdade religiosa artigo 41 da Constitui o 86 A interven o do Provedor de Justi a tem procurado fomentar o di logo dos lesados com as autoridades eclesi sticas Embora alheias jurisdi o deste Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A rg o do Estado t m sido sens veis necessidade de conciliar h bitos e tradi es seculares com a preserva o do descanso 87 Salvaguardando o direito e o dever que assiste s igrejas e demais comunidades religiosas na fidelidade sua miss o onde o uso dos sinos assume um cariz especial de convoca o e an ncio pastoral n o menos deve ser salvaguardado o respeito pela qualidade do ambiente e vida das popula es 88 Dentro destes pressupostos este rg o do Estado tem procurado advertir as autoridades p blicas e indiretamente as autoridades eclesi sticas para a necessidade de suspenderem o toque de sinos no per odo noturno e sobretudo porem termo a emiss es excessivas de especial intensidade mesmo durante o dia por recurso a amplificadores Na verdade o ru do produzido por uma instala o sonora associada aos sinos de uma Igreja tem de respeitar os limites definidos pelo Regulamento Geral do Ru do quer no que respeita ao n vel sonoro quer no que toca suspens o durante o per odo noturno 89 Por seu turno de acordo com o artigo 30 do Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dez
86. blemas locais Ou porque o c o est sempre a ladrar ou porque a m sica est demasiado alta muitas vezes qualquer coisa serve para gerar disc rdia e conflitos entre os vizinhos salienta Guilherme Pinto presidente da autarquia Situa es a que na maior parte das vezes a justi a n o capaz de dar resposta Guilherme Pinto n o tem d vidas que o objetivo ser atingido at porque em Matosinhos o exerc cio do voluntariado uma pr tica sedimentada na sua popula o Ser constitu da uma equipa multidisciplinar de t cnicos com forma o em Direito Psicologia Sociologia e Servi o Social e Gest o nas casas da juventude de voluntariado e cidadania de Santa Cruz do Bispo de S Mamede de Infesta e Matosinhos Os volunt rios que forem surgindo ter o forma o acreditada pelo Minist rio da Justi a para serem mediadores dos julgados de paz O Gabinete Municipal de Media o de Conflitos entre Vizinhos e Comunidade traduz diz a c mara mais uma aposta na qualifica o e especializa o dos servi os numa rea pioneira no Pa s Tratando se Matosinhos de um concelho com alguma dimens o tem 160 mil habitantes a modernidade urbana espelha uma sociedade por vezes complexa constitu da por uma multiplicidade de mundos e cidadanias A o conflito est latente no dia a dia das pessoas O presidente da autarquia garante que a forma o ser exigente e s ser o aceites candidatos que demonstrem grande profissionali
87. ceito de dano grave para a sa de humana e para o bem estar das popula es comporta uma larga margem de discricionariedade e n o de simples discricionariedade t cnica contribuindo a sua menor densidade conceptual para a n o operacionalidade do poder cometido s entidades fiscalizadoras Contribuiria para o incremento da efic cia na aplica o do regime a expressa consigna o do poder de determinar a suspens o da http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 693 http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 559 http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 472 1 http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 429 8 http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 321 http www provedor jus pt Imprensa noticiadetalhe php ID noticias 347 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 163 PROVEDOR DE JUSTI A atividade nas situa es em que a atividade permanente n o se conforme com os pertinentes requisitos ac sticos Isto abstraindo da pondera o da gravidade do dano para a sa de humana e o bem estar da popula o Deveria bastar o preju zo para a tranquilidade p blica sustentado no desrespeito dos par metros estabelecidos no RGR Administra o P blica seria concedido o poder de determinar o encerramento do estabelecimento a interdi o da atividade ou
88. cimento ou iii na apreens o de equipamento por determinado per odo de tempo As medidas cautelares naturalmente provis rias presumem se decis es urgentes devendo a entidade competente sempre que poss vel proceder audi ncia do interessado concedendo lhe prazo n o inferior a tr s dias para se pronunciar Uma vez mais se regista que o n mero de c maras municipais que aplicou esta medida muito baixo 12 3 Se ao inv s de tomarmos como base o n mero de munic pios que respondeu considerarmos o n mero de munic pios que declarou ter adotado qualquer medida em apre o no presente cap tulo a percentagem sobe ligeiramente 18 5 Apenas nove munic pios declaram ter adotado entre 4 a 10 medidas cautelares o caso de Aveiro Faro Ferreira do Z zere lhavo Loul Odivelas Portalegre Portim o e Santar m Cascais foi o munic pio que mais aplicou medidas cautelares 70 seguido de Lisboa 30 e do munic pio de Cantanhede 22 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 132 PROVEDOR DE JUSTI A 4 Apreens o cautelar e san es acess rias San es contraordenacionais acess rias s coimas E n o aplicaram E aplicaram entre 1 a 10 E aplicaram entre 22 a 30 E aplicou 70 Por fim no artigo 29 do RGR prev se que a autoridade 133 competente para aplica o da coima pode proceder a apreens es cautelares e aplicar as san es acess rias q
89. cipais que responderam positivamente pergunta anterior tamb m prestam resposta afirmativa presente quest o Tal indicia estarem em curso procedimentos de adapta o dos mapas de ru do da 1 gera o de modo a conform los com os requisitos do RGR Tamb m n o estranho a este resultado o facto de em alguns munic pios estarem em revis o os PDM ou estarem a ser preparados planos de urbaniza o os quais s o precedidos da realiza o de mapas de ru do Passando an lise quantitativa registam se 96 39 3 respostas afirmativas escusando se 7 2 9 autarquias a prestar esclarecimento sobre este aspeto As 141 respostas negativas representam uma percentagem de 57 7 que dever ser tomada em conta a par da circunst ncia de que cerca de Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 142 PROVEDOR DE JUSTI A 72 9 das c maras municipais afirmarem j possuir este instrumento conforme resulta da an lise anterior Plano Diretor Municipal em conformidade com exig ncias do Regulamento Geral do Ru do 2 E Sim E N o N o sabe Vejamos seguidamente o estado de articula o entre as pol ticas de ru do e o plano diretor municipal O artigo 6 do RGR obriga a que os planos municipais de ordenamento do territ rio assegurem a qualidade do ambiente sonoro atrav s da distribui o adequada dos usos em face das fontes de ru do existentes e previstas
90. concelho possa ser comum noutro Admite se que nos concelhos menos populosos e com menor infraestruturas de divers o salas de cinema teatro equipamento desportivo e cultural as iniciativas que envolvem entretenimento da popula o possam ser parcas por confronto com concelhos mais povoados o que pode determinar o maior empenho na sua promo o Sempre caber aos munic pios apreciar o maior ou menor interesse do evento para a popula o local e para o desenvolvimento do concelho Ao abster se de estabelecer medidas mais concretas em ordem preven o da incomodidade v g limites hor rios restritivos condi es de insonoriza o do equipamento e do recinto a entidade licenciadora estabelece em termos abstratos a exig ncia da observ ncia dos valores limite regulamentares deixando ao crit rio do promotor as condi es t cnicas que assegurem o respeito de tais par metros A fiscaliza o do cumprimento destes condicionalismos ac sticos pressup e a realiza o de ensaios de monitoriza o do ru do A avalia o dos ndices de ru do permitir discernir se a incomodidade atinge limiares que ponham significativamente em causa o leg timo descanso dos moradores Sem esta an lise n o est a c mara municipal quando confrontada com reclama es em condi es de apreciar se as mesmas procedem e de ponderar a oportunidade de estabelecer outros condicionantes no mbito de ulterior licen a de ru do concedi
91. condi es de funcionamento da atividade inc moda foram desvirtuadas no per odo de realiza o de exames de ru do promovidos pelo respons vel pela atividade a pedido das c maras municipais Alegam os interessados invariavelmente serem intencionalmente diminu dos os n veis de ru do habitualmente emitidos suspeitando da isen o do procedimento A desconfian a dos queixosos na realiza o de medi es nestas circunst ncias determina por vezes a recusa de acesso sua habita o para execu o das a es de fiscaliza o Ora a fiabilidade dos dados recolhidos essencial para a tomada de decis es municipais 11 A C M da P voa do Varzim ao pronunciar se sobre o teor do relat rio divulgado no mbito do procedimento de consulta p blica informou que um ensaio realizado pela autarquia a pedido do reclamante poder ser entendido pelo reclamado como parcial tal como a situa o inversa parecendo como tal mais adequado que o ensaio seja realizado por uma entidade externa que mere a a confian a de ambas as partes desempenhando a autarquia um papel de media o e promo o da avalia o Assinala ainda que a realiza o de medi es ac sticas por laborat rio acreditado importa encargos enlevados com a instala o e a manuten o e a forma o cont nua de pessoal qualificado Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Quanto aos custos a
92. cos condicionado ao cumprimento dos limites estabelecidos no n 5 do artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do quando a licen a for concedida por per odo superior a um m s Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 88 PROVEDOR DE JUSTI A do dia e da hora e da obriga o da organiza o adotar medidas e precau es necess rias ao cumprimento das normas que respeitem a preserva o da natureza o ambiente e a seguran a dos intervenientes e do p blico S o fixados limites hor rios que alternam entre as 2h00 as 4h00 as 7h00 e as 7h30 da manh Id nticas pr ticas s o adotadas pela C M de Manteigas que defere licen as para divertimentos p blicos sem identificar o evento com hor rios de encerramento que oscilam entre as 24h00 e as 8h00 s 24h00 2h00 3h00 4h00 5h00 6h00 ou 8h00 A C M da Guarda transmite o teor de uma licen a emitida em nome de Associa o Acad mica da Guarda autorizando a realiza o da Semana Acad mica da Guarda sem especificar o per odo autorizado nem datas nem horas Apenas se menciona que a utiliza o de fogo artif cio ter lugar em dia e hora determinados sem especifica o de outras atividades Uma outra autoriza a realiza o da Ill Feira Social de S o Miguel da Guarda em dias e horas estabelecidos sem conter refer ncia a qualquer atividade concreta Est o nestas condi es numerosas licen as emitidas por outras c
93. da Cinta Manteigas Mondim de Bastos Montalegre Montemor o Novo Mora Porto Moniz Santa Marta de Penagui o S o Br s de Alportel Tabua o Tarouca Vila Flor De entre as c maras municipais que declaram ter emitido uma ou mais licen as especiais de ru do 49 afirmam ter deferido entre 20 a 100 ao passo que 24 3 afirmam ter deferido entre 100 e 200 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 76 PROVEDOR DE JUSTI A Entre as c maras municipais que licenciaram um maior n mero de atividades ruidosas tempor rias contam se as que concederam entre 200 a 400 licen as especiais de ru do 5 gueda Braga Caldas da Rainha Covilh Madalena Ponta Delgada Ponte de Lima Santa Cruz da Graciosa Santiago de Cac m Sintra Vila do Conde e as que concederam entre 400 a 733 licen as especiais de ru do 2 7 Guimar es 406 Vila Nova de Gaia 449 Loul 497 Porto 570 Tavira 643 Lisboa 733 Merece acentuada preocupa o a emiss o de nenhuma licen a especial de ru do por parte de 22 das c maras inquiridas O mesmo se diga quanto ao reduzido n mero de licen as declarado por algumas que parece indiciar um escasso n mero de atividades ruidosas tempor rias sujeitas a controlo pr vio Isto no pressuposto de que no per odo de um ano em qualquer munic pio decorrem necessariamente algumas festividades e outros eventos ruidosos no per odo noturno ou em s ba
94. da a pedido do promotor do evento reclamado Por m atenta a escassez de Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 171 PROVEDOR DE JUSTI A recursos que viabilizem a execu o de medi es e a curta dura o dos eventos de divers o devem os servi os providenciar a rigorosa avalia o do impacto sonoro do evento no mbito do processo de licenciamento sem a qual n o pode avaliar se da oportunidade das condi es a impor Urge promover o aperfei oamento da a o administrativa mediante a corre o e aperfei oamento das medidas de preven o e redu o do ru do consignadas nas licen as especiais de ru do emitidas A n o ser assim a perder de vista o motivo por que a lei determina a necessidade de licen as e autoriza es para certas atividades o controlo exercido pelo licenciamento pode converter se numa mera formalidade desprovido de um concreto interesse p blico sendo a concess o da licen a automaticamente deferida nos termos requeridos 172 H not cia no direito comparado v g direito municipal holand s de serem distribu das pelas autoridades municipais quotas anuais para conceder licen as especiais de ru do Importaria refletir sobre a pertin ncia em estabelecer uma solu o id ntica em lugar de fazer depender o licenciamento de circunst ncias justificadas e excecionais conceito que envolve uma ampla margem de discricionariedade na sua aplica o por 308
95. data Numa das licen as al m da justifica o expressa por alus o a atividade recreativa diz se que a autoriza o de funcionamento at s 4 00 h enquadra se no prolongamento excecional concedido para a poca de Natal e passagem do ano por despacho de 30 11 2010 do Presidente de C mara nos dias e nas condi es nele previstas A C M de Ferreira do Z zere concedeu licen as reportadas a festas tradicionais e passagem de ano de cujo teor consta tendo em aten o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 83 PROVEDOR DE JUSTI A o car cter tempor rio da atividade o seu simbolismo e tradi o para a localidade emite se a licen as especiais de ru do Atendendo a que o legislador expressamente se reporta s festas tradicionais e realiza o de obras como motivos determinantes da concess o de licen as especiais de ru do t m se necessariamente por justificados os licenciamentos de obras em especial quando se trate de obras de reconhecido interesse p blico J quanto s festas tradicionais s o numerosas as licen as concedidas reportando se a festividades locais sem se discernir quais as pr ticas tradicionais implicadas Sob a invoca o de festa religiosa ou popular cobrem se numerosas atividades de entretenimento v g m sica ao vivo baile Karaoke espet culo fogo de artif cio funcionamento de emissores e equipamento sonoro Um n mero avultado d
96. de Algodres Fronteira Lagos M rtola Pedr g o Grande Ponta Delgada Proen a A Nova Redondo S o Roque do Pico Sabugal Sat o Vieira do Minho Vila de Rei Vila Nova de Paiva Vimioso e Vinhais A C M de Set bal n o respondeu a este ponto Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Belmonte Corvo Ferreira do Alentejo Ma o Mes o Frio e Penacova afirmam ter emitido uma nica licen a no per odo de um ano As c maras municipais de Arouca e de Mour o declaram a emiss o de duas As de Alvito Castelo Branco e Torre de Moncorvo assinalam a emiss o de tr s licen as especiais de ru do A estas acresce Torres de Bouro que n o tendo precisado o n mero de licen as emitidas viria a informar verbalmente em contacto posterior ter concedido tr s licen as especiais de ru do A C M de Pinhel declara quatro licen as especiais de ru do Gr ndola e Sousel declaram cinco licen as especiais de ru do Alpiar a Barreiro P voa de Lanhoso e Sever do Vouga assinalam seis licen as especiais de ru do Const ncia Sines e Monchique emitiram oito licen as especiais de ru do As c maras municipais de Olh o e de S Jo o da Madeira assinalam dez licen as especiais de ru do Declaram ter concedido um n mero de licen as especiais de ru do compreendido entre 11 e 20 as c maras municipais de Alter do Ch o Armamar Arronches Freixo de Espa
97. de e a sua exata localiza o As condi es fixadas na larga maioria dos casos n o refletem a aprecia o das caracter sticas da atividade circunst ncias em que se desenrola nem sequer do potencial grau de incomodidade para terceiros Observa se a inser o sistem tica de id nticas condi es nas licen as especiais de ru do concedidas ainda que para eventos diferenciados quanto sua natureza e localiza o As licen as especiais de ru do pecam por demasiado sucintas nem sempre permitindo aferir das atividades que o evento autorizado integra e muito menos do seu impacto sonoro Assim por exemplo todas as licen as especiais de ru do que a C M de Gouveia apresenta cont m a ep grafe realiza o de espet culos desportivos e divertimentos p blicos nas vias jardins e demais lugares p blicos ao ar livre e n o especificam a atividade autorizada O local t o pouco identificado constando da licen a a mera indica o do requerente seja associa o ou comiss o de festas seja um particular 15 Na sua anterior reda o dispunha o artigo 30 n 3 al nea b do Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dezembro s o proibidas as emiss es desproporcionalmente ruidosas que n o cumpram os limites estabelecidos no Regulamento Geral do Ru do Na reda o introduzida pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro o funcionamento de aparelhos sonoros que projetem sons para a via e outros lugares p bli
98. denominado Licenciamento Zero Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril t m por efeito reduzir a densidade do controlo preventivo de opera es urban sticas instala o de estabelecimentos ou in cio de atividades mas estas altera es n o devem redundar em preju zo do interesse p blico na conten o do ru do Perante estes regimes jur dicos o Regulamento Geral do Ru do aprovado pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro apresenta se como lei especial por conseguinte n o revogado nem derrogado sen o onde expressamente se determine artigo 7 n 3 do C digo Civil Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 8 PROVEDOR DE JUSTI A N veis menos empenhados de combate e preven o do ru do em alguns munic pios n o podem mais ser justificados pela necessidade de adaptar meios a novas incumb ncias As atribui es municipais na preven o e combate polui o sonora remontam pelos de forma sistematizada ao Decreto Lei n 251 87 de 24 de junho Ao cabo de 25 anos o exerc cio efetivo dos poderes de pol cia administrativa do ru do os meios t cnicos e a forma o de pessoal devem ser avaliados em cada organiza o municipal Mostra se essencial prestar informa o oportuna clara e completa sobre os procedimentos a adotar perante uma situa o de incomodidade ruidosa Os lesados devem dispor de f cil acesso s c maras municipais e s autoridades policiais s
99. desiderato no mbito do ponto 3 do question rio foram as c maras municipais inquiridas a respeito do exerc cio dos poderes de fiscaliza o e controlo das atividades ruidosas permanentes cuja promo o o legislador sujeitou ao seu controlo Foram assim instadas a responder quer singelamente quanto verifica o do cumprimento dos crit rios de incomodidade sonora no mbito da previs o contida na norma do artigo 13 n 1 al nea b e n 8 do RGR bastando nos para este efeito respostas sim e n o quer especificadamente quanto ao n mero de procedimentos em curso e efetiva confirma o do cumprimento dos par metros limite quer em sede de projeto ac stico quer em sede de aferi o dos limites de incomodidade Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Da an lise das respostas que nos foram prestadas por 244 munic pios n o poss vel asseverar que os dados que v m refletidos nos quadros que se seguem sejam a imagem rigorosa da realidade existente N o raro em resposta a melhor especifica o dos dados fornecidos os valores apresentam se incongruentes ou pouco exatos Embora n o tenha de todo constitu do a regra n o podemos deixar de deixar aqui apontamento da exist ncia de respostas do tipo aproximadamente ou n o poss vel quantificar ou n o poss vel desagregar informaticamente a informa o solicitada
100. didas de pol cia por natureza pontuais e provis rias por parte da autoridade policial Em zonas habitacionais com elevada concentra o de estabelecimentos a medida de limita o do hor rio deve ser equacionada por refer ncia a estabelecimentos de bebidas e quando assim se justifique a estabelecimentos de venda a retalho com funcionamento no per odo noturno Esta medida concorrer para debelar os inconvenientes inerentes ind stria de divers o e venda de bebidas alco licas para consumo fora de portas 65 A prefer ncia por antigas zonas industriais pode ser fomentada pelas autoridades municipais para localizar a concentra o de estabelecimentos noturnos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 66 Considera se oportuna a aprova o de regulamenta o municipal que interdite o consumo de bebidas alco licas na via p blica fora de esplanadas e outros recintos autorizados O consumo avulso de bebidas alco licas na via p blica suscita especiais preocupa es no que concerne aos aspetos de seguran a salubridade e ordem p blica De par com os desacatos e dist rbios frequentemente levados a cabo pelos jovens na via p blica acarreta les o intoler vel para a qualidade de vida o abandono de res duos pela clientela que pela noite dentro se v o acumulando no espa o pedonal em detrimento da higiene e salubridade Pondera se ainda que deva impor se aos
101. do lhe a declara o pr via instru da com termos de responsabilidade do diretor t cnico da obra do autor do projeto de seguran a contra inc ndios e pelos autores dos projetos de especialidade Caso disponha de licen a de utiliza o ou autoriza o de utiliza o para estabelecimento de restaura o ou de bebidas deve o propriet rio antes do in cio da atividade apresentar uma declara o na qual se responsabiliza por que o estabelecimento cumpra os requisitos aplic veis ao exerc cio da atividade Ao mesmo tempo que se eliminam controlos e constrangimentos considerados desnecess rios ou desproporcionados desenvolve se o princ pio da confian a e da responsabiliza o dos operadores deste tipo de estabelecimentos Esta declara o al m de constituir t tulo v lido de instala o modifica o e encerramento tamb m serve de base para o registo de todos os estabelecimentos de restaura o e bebidas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 121 PROVEDOR DE JUSTI A sujeitos apenas a um regime de declara o pr via Aos estabelecimentos de tipo 3 no qual se incluem as empresas com 15 ou menos trabalhadores e limitada pot ncia t rmica e pot ncia el trica contratada passou a aplicar se um regime de simples registo Analisemos agora as altera es que o Decreto Lei n 26 2010 de 30 de mar o veio introduzir no Regime Jur dico da Urbaniza o e Edifica o com reflex
102. dos domingos e feriados sujeitos ao mbito de aplica o do artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do Parece indiciado o n o exerc cio do poder de licenciamento das atividades ruidosas tempor rias em termos que justificaram uma nova interpela o das c maras municipais em quest o A eventual aus ncia de pedidos n o bastar para justificar a ina o municipal cabendo aos servi os camar rios sancionar as infra es e advertir para a necessidade de obter o pr vio licenciamento dos eventos suscet veis de gerar incomodidade A C M de Vila Nova de Paiva esclarece n o existirem queixas de eventos ruidosos assinalando que os protestos esmorecem perante a Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 77 PROVEDOR DE JUSTI A natureza pouco duradoura da atividade Sem preju zo de um reduzido n mero de queixas ser um bom indicador do modo como s o exercidos os poderes de controlo das atividades ruidosas certo que o procedimento de licenciamento se destina a precaver a incomodidade e que ao n o licenciar um nico evento a c mara municipal pode estar a fazer letra morta da lei renunciando ao exerc cio de uma compet ncia legal de assinalar ainda que algumas c maras declaram ter emitido alguns exemplares de licen as especiais de ru do enviando nos contudo c pia de alvar s de outras licen as ou de documentos que n o consubstanciam nenhum alvar de licen a ou autoriz
103. dos de verificar o cumprimento dos requisitos fixados ao exerc cio de atividades ruidosas A eventual autoriza o da presta o do servi o de bebidas com ou sem pistas de dan a n o pode ser deferida sem uma pr via avalia o do impacto sonoro da abertura de um novo estabelecimento 74 Em face da preced ncia de queixas dos moradores por fundamentado preju zo para a tranquilidade p blica que sazonalmente se renovam num mesmo edif cio ou local imp e se em nome de princ pios de boa administra o que seja fiscalizado o local na poca estival ou de retoma da atividade v g entrudo fim de ano a fim de apurar em tempo oportuno da eventual presta o ilicitamente de servi os de bebidas ou outras atividades ruidosas Bem assim justificar se porventura um rigor especial na confirma o dos ndices de isolamento no caso de vir a ser comunicada ou declarada a abertura de novo estabelecimento de divers o no mesmo local 75 Na verdade n o parece justo que os mesmos moradores ou h spedes sejam incomodados ano ap s ano pelo exerc cio de atividades ruidosas nos edif cios onde habitam ou que usam para vilegiatura Cedo ou tarde a procura dos empreendimentos tur sticos decrescer no local por efeito do ru do verificado em pocas balneares anteriores Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 A PROVEDOR DE JUSTI A VI Ru do de vizinhan a 76 S o limitados
104. e ao funcionamento de atividades econ micas contanto n o se reportem seguran a contra inc ndios sa de p blica ou a opera es de gest o de res duos nem de requisitos ou pareceres A n o apresenta o para efeitos de autoriza o de utiliza o da certifica o da execu o dos projetos de especialidades e do termo de responsabilidade h de determinar a rejei o do pedido Este regime viria contudo a ser revogado quanto aos projetos das especialidades de g s e eletricidade mantendo se quanto aos demais Lei n 28 2010 de 2 de setembro Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 123 PROVEDOR DE JUSTI A de higiene dos g neros aliment cios previstos em regulamenta o comunit ria Os fundamentos para dispensar o cumprimento de requisitos comportam uma larga margem de aplica o bastando que se invoque nomeadamente o contributo para a requalifica o ou revitaliza o da rea circundante do edif cio ou fra o aut noma onde se instala o estabelecimento o mero contributo para a conserva o do edif cio ou fra o aut noma ou a iniciativa de elabora o revis o altera o retifica o ou suspens o de instrumento de gest o territorial entre outros partida n o se v que fique exclu da a dispensa dos requisitos previstos no RGR Ainda que o Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril estabele a que a mera comunica o pr via integra
105. e c maras municipais sustenta ter emitido licen as especiais de ru do justificadas pela natureza do evento Verifica se contudo que os eventos licenciados se reconduzem a atividades d spares bailes festas espet culos atividades de iniciativa de associa es de natureza cultural recreativa desportiva acad mica sem que se mostre justificado ou t o pouco indiciado o carater excecional do evento Entre as licen as cujo teor nos foi remetido contam se tamb m ainda que em n mero bastante inferior licen as de obras em especial incidindo em estradas as quais temos por justificadas considerando a expressa previs o legal artigo 15 n 8 e 9 do RGR Na interpreta o dos dados considerou se n o justificada a pr tica municipal de emiss o das licen as especiais de ru do nas circunst ncias em que a c mara municipal nos faculta a par de um escasso n mero de licen as especiais Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 84 PROVEDOR DE JUSTI A de ru do incidindo sobre obras de interesse coletivo um n mero mais significativo de licen as especiais de ru do reportadas a outros eventos de divers o A C M de Ponta do Sol faculta nos seis licen as especiais de ru do autorizando missa de parto e natal em sucessivos dias com expressa justifica o de que a licen a est autorizada uma vez que se trata de um evento pontual realizada num curto espa o de tempo sendo
106. em receio de cuidarem de uma quest o de somenos import ncia Os prazos de resposta as opera es preparat rias de eventual procedimento de carateriza o do ru do perturbador devem ser divulgados e bem assim quaisquer desenvolvimentos significativos na investiga o Devem ainda ser advertidos das limita es da atua o administrativa e da necessidade de prestarem a colabora o necess ria correta carateriza o da incomodidade 10 Julga se de incentivar sempre que poss vel o di logo entre o queixoso e o respons vel pela propaga o do ru do privilegiando se numa primeira fase a tentativa de resolu o amig vel do conflito por conten o das emiss es sonoras Os sistemas p blicos de media o recentemente firmados na Lei n 29 2013 de 19 de abril podem vir a revelar se um instrumento muito id neo artigos 30 e seguintes a este prop sito 11 As autoridades municipais n o devem por m alhear se e relegar para essa esfera o que lhes compete determinar no exerc cio do poder p blico Para o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 ap PROVEDOR DE JUSTI A efeito deve ser fixado um prazo ajustado s circunst ncias concretas Expirado este prazo sem que se obtenham desenvolvimentos significativos na perspetiva da debela o da incomodidade a Administra o P blica deve atuar com firmeza e prontid o 12 Sempre que poss vel de proteger a
107. embro na reda o do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro os emissores amplificadores e outros aparelhos sonoros que projetem sons para as vias e outros lugares p blicos sem excluir os locais de culto devem confinar se ao per odo compreendido entre as 9h00 e as 22h00 90 Se o toque dos sinos n o se verifica de modo continuado pelo que n o se subsume no regime das atividades permanentes tamb m n o consubstanciar Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A um evento tempor rio o que suscita d vidas sobre o regime aplic vel Considera se em todo o caso que os equipamentos sonoros que projetem sons para a via p blica devem observar os limites de volume sonoro previstos no artigo 15 n 5 do Regulamento Geral sobre o Ru do ex vi do disposto no artigo 30 al nea b do Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dezembro na reda o introduzida pelo artigo 2 do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 34 SUGEST ES AO GOVERNO DE NATUREZA ADMINISTRATIVA E LEGISLATIVA A RESPEITO DO CONTROLO MUNICIPAL DO RU DO No termo da an lise ao Inqu rito sobre o Controlo Municipal do Ru do relevam considera es v rias que se julgou oportuno transmitir ao Governo Muito embora se observe no dom nio da pol cia administrativa do ru do uma ampla descentraliza o em favor dos mu
108. entidades gestoras ou concession rias das referidas infraestruturas elaborar e rever os mapas estrat gicos de ru do e os planos de a o aplic veis O mapa estrat gico de ru do constitui uma cartografia que permite a avalia o global da exposi o ao ru do numa zona sujeita a diferentes 1 Artigo 7 Mapas de ru do 6 Os munic pios que constituam aglomera es com uma popula o residente superior a 100 000 habitantes e uma densidade populacional superior a 2500 habitantes km2 est o sujeitos elabora o de mapas estrat gicos de ru do nos termos do disposto no Decreto Lei n 146 2006 de 31 de julho Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 151 PROVEDOR DE JUSTI A fontes de ru do assim como o estabelecimento de previs es gerais para essa zona composto por uma recolha de dados sobre o ru do existente ou previsto evidenciando o incumprimento de valores limites e o n mero de pessoas afetadas e conjuga a caracteriza o da distribui o espacial dos campos sonoros mapa de ru do com a distribui o espacial da popula o Cabe aos munic pios a realiza o de mapas estrat gicos de ru do e de planos de a o referentes a aglomera es com uma popula o residente superior a 100 000 habitantes e uma densidade populacional superior a 2500 habitantes km2 art igo7 n 6 no RGR Mais concretamente a elabora o dos mapas estrat gicos de r
109. ento do projeto ac stico Contudo apenas 191 responderam pergunta sobre se cumulativamente exigem a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos o que leva a presumir que as demais 15 ignoram a necessidade deste expediente Em 15 495 autoriza es de utiliza o fora exigida a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos 52 Vejamos pois como foi a quest o respondida pelos munic pios instados Autoriza o de utiliza o projeto ac stico relat rio de ensaios ac sticos 112 E n o controlam relat rios posteriores 14 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Passemos propor o entre o volume de autoriza es de utiliza o deferidas e a exig ncia de apresentar relat rio de ensaios ac sticos Ratio autoriza es de utiliza o relat rio de ensaio ac stico nos 134 munic pios onde se controla o projeto ac stico E At 20 E 21 a 50 E 51 a 80 E gt 80 A C M do Porto habilitou nos com 851 pedidos de licen a ou de autoriza o de utiliza o incluindo simples altera es de uso apreciados entre 01 12 2009 e 01 12 2010 tendo em 95 dos casos exigido a apresenta o de relat rio de ensaios ac sticos Respondeu nos por seu turno o munic pio de Lisboa que quanto aos 38 pedidos de licen a ou de autoriza o de utiliza o incluindo altera es de uso apreciados entre 01 12 2009 e 01 12
110. entros de decis o o controlo do ru do n o dever ficar fora do n cleo essencial das atribui es municipais Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A O RGR atribui especial protagonismo aos munic pios que s o incumbidos de tomarem todas as medidas adequadas para o controlo e minimiza o dos inc modos causados pelo ru do resultante de quaisquer atividades artigo 4 n 3 do Decreto Lei n 9 2007 de 27 de janeiro A fiscaliza o do ru do consta das atribui es municipais artigo 26 al neas b e d do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro o que implica necessariamente a promo o da realiza o dos ensaios t cnicos necess rios a apurar do cumprimento dos par metros ali fixados Por outro lado mesmo nos casos em que o cumprimento do RGR tenha sido apreciado no mbito de um processo de licenciamento tal facto n o dispensa a fiscaliza o camar ria posterior em caso de queixa O Provedor de Justi a procurou inteirar se acerca dos meios t cnicos essencialmente son metros e recursos humanos de que os munic pios disp em para a realiza o de medi es e ensaios ac sticos bem como sobre os apoios obtidos junto da Administra o Central At porque no decurso da aprecia o de queixas apresentadas ao Provedor de Justi a recorrente a alus o dos munic pios falta de meios E n o raro queixam se os mun cipes da n o prom
111. erceiros a avaliar os n veis de ru do nos termos fixados pela autoridade com poderes de superintend ncia t cnica e sem que se verifique circunst ncia justificativa dessa omiss o muito frequente subsistir por um per odo demasiado prolongado ou por tempo indefinido o preju zo para os moradores que reclamem a reposi o do descanso no per odo noturno Por seu turno a certifica o por entidade devidamente acreditada dos requisitos ac sticos dos edif cios e bem assim dos limites ac sticos aplic veis por for a dos artigos 11 e 13 do Regulamento Geral do Ru do limites de exposi o e crit rio de incomodidade n o t m lugar no seu devido mbito o procedimento administrativo de licen a autoriza o ou admiss o de comunica o pr via seja porque as c maras municipal simplesmente n o verificam o cumprimento daqueles par metros seja porque a lei parece bastar Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 44 PROVEDOR DE JUSTI A se com a emiss o de declara es de conformidade e de termos de responsabilidade Ficou j demonstrada a escassez dos meios humanos e t cnicos afetos fiscaliza o da legisla o do ru do n o se encontrando a larga maioria dos munic pios providos de recursos id neos ao exerc cio de uma pronta fiscaliza o Em face do exposto sugere se que seja ponderada uma solu o legal que estabele a que em caso de queixa por
112. es p blicos s o c mplices na perturba o do bem estar dos mun cipes o que fundamenta eventual pretens o de ressarcimento dos preju zos causados a terceiros Nestas circunst ncias o dever de atuar decorre da constata o da ilegalidade no funcionamento e bem assim da obriga o de prestar uma resposta s queixas dos moradores Nestes casos as limita es que obstam pronta realiza o de medi es parecem aconselhar o vigoroso exerc cio dos poderes de pol cia administrativa 54 E equ voco considerar que a ordem de cessa o de utiliza o e mesmo o despejo administrativo transitem para o munic pio a responsabilidade civil pela guarda dos bens encontrados no interior dos estabelecimentos algo que invocado por vezes como raz o para n o adotar essas medidas A ilicitude da atividade inverte o risco al m de que as autoridades municipais n o s o investidas como deposit rias desde que notificados os possuidores para em tempo removerem os seus equipamentos B Concentra o de estabelecimentos de divers o em reas com infraestruturas vetustas ou insuficientes 55 Os poderes p blicos disp em de compet ncias para de algum modo introduzir maior justi a na distribui o dos encargos e benef cios com a concentra o de bares nos centros hist ricos cada vez mais procurados por este ramo da atividade econ mica Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 22
113. fica o para cada fonte de ru do da redu o necess ria relativa aos indicadores Lden e Ln e identifica o das entidades respons veis pela execu o de medidas de redu o de ru do d Indica o das medidas de redu o de ru do e respetiva efic cia quando a entidade respons vel pela sua execu o o munic pio Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 147 PROVEDOR DE JUSTI A expresso pelo indicador Lden e superior a 55 dB A expresso pelo indicador Ln Os planos municipais de redu o de ru do em articula o com os mapas de ru do e com as cartas de classifica o de zonas possibilitam o reconhecimento das reas em que os n veis sonoros excedem os valores legalmente definindo as necessidades de redu o e apresentam as medidas de redu o do impacto sonoro Estes planos vinculam as entidades p blicas e os particulares sendo aprovados pela assembleia municipal sob proposta da c mara municipal T m por objetivo o estabelecimento e a concretiza o de uma estrat gia de redu o de ru do ambiente nas situa es identificadas como problem ticas servindo de apoio estrat gia de corre o do n vel sonoro de ru do ambiente exterior e de preven o da polui o sonora O plano municipal de redu o ru do assim o instrumento que serve de apoio estrat gia de corre o do n vel sonoro de ru do ambiente exterior e de preven o da polui o so
114. ficiou de apoios da Administra o Central e Regional alguns com suporte em fundos europeus Por que motivo alguns munic pios 20 apesar de terem beneficiado de apoios p blicos n o disp em atualmente de son metro nem de t cnicos qualificados Sec o 3 Queixas s autoridades municipais por incomodidade sonora 1 Encargos Os dados recolhidos apresentam vari veis significativas no tratamento das queixas relativas a incomodidade sonora de munic pio para munic pio Desde logo as despesas com as medi es de ru do podem ser suportadas pelos munic pios ou pelos administrados reclamante ou reclamado Com efeito se nalguns munic pios exigido entidade reclamada que apresente um relat rio de avalia o do ru do 57 noutros dever ser o queixoso a recorrer diretamente aos servi os de uma empresa prestadora do servi o e a suportar as despesas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Al m do mais alguns munic pios articulam o pagamento da taxa com a im proced ncia da queixa imputando os custos ao autor de reclama o que vier a revelar se infundada Trata se de uma medida que o Provedor de Justi a reprovou na Recomenda o n 18 B 1999 e que foi acatada pelo legislador com a revoga o da Portaria n 326 95 de 4 de outubro A experi ncia do Provedor de Justi a demonstra que n o raramente os queixosos afirmam que as normais
115. hos anunciou a cria o em meados de 2011 de um Gabinete de Media o de Conflitos entre Vizinhos iniciativa pioneira em Portugal A cria o do novo gabinete visa fazer face ao Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 159 PROVEDOR DE JUSTI A aumento dos conflitos e morosidade dos processos de contraordena o alguns dos quais sem dignidade para serem levados a tribunal Julgamos que esta solu o n o contende com a reserva da fun o jurisdicional porque o gabinete procura mediar o conflito persuadindo a uma solu o sem contudo decretar ou impor medidas N o decide nem condena Seria prof cuo conhecer o desempenho deste gabinete na perspetiva de ponderar a sua eventual extens o a outros munic pios ou associa es de munic pios no caso de munic pios menos povoados com maiores limita es a n vel de recursos humanos fia Popula o chamada a mediar conflitos entre vizinhos A Autarquia de Matosinhos criou um gabinete que vai gerir um conjunto de volunt rios que ir o resolver pequenos problemas da comunidade evitando se o recurso ao sistema judicial A autarquia lan ou ontem o repto popula o depois de receber muitas queixas quer de particulares quer das for as de seguran a Situa es que na generalidade dos casos n o t m enquadramento legal e por isso nem chegam a julgamento Ter de ser a popula o a encontrar uma solu o para os pequenos pro
116. icas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A pequena pot ncia espalhadas pela zona de modo a que o evento aud vel por todos os que se encontram no local 38 Entre as licen as de obras regista se como positivo o cumprimento de medidas de minimiza o e planos de monotoriza o previstos na DIA informa o aos moradores proibi o de uso de certos equipamentos limita o de atividades mais ruidosas ao per odo diurno orienta o de fontes sonoras limita es de campo sonoro 39 Assinalam se algumas outras pr ticas que parecem positivas podendo servir de paradigma ao contribuir para o melhor controlo das atividades ruidosas tempor rias a Algumas licen as preveem a obriga o de o promotor dar conhecimento da pr pria emiss o de licen a s autoridades policiais b Outras preveem o procedimento a adotar em caso de reclama o tal como diminuir imediatamente o volume do som ou cessa o do uso c Uma determinada licen a da C mara Municipal de Marv o d conta das obje es coletivas a popula o manifesta o seu desagrado com o excesso de ru do Dever V Exa controlar o 3 A C M de Caldas da Rainha estipula que a licen a pode ser considerada sem efeito no caso de rece o de reclama o por excesso de ru do no interior e no exterior da instala o A C M de Nelas disp e na licen as especiais de ru do que caso algu m da vizinhan a
117. idas atrav s de medidas que permitem obter mais rapidamente licen as e autoriza es e cumprir outras formalidades de que necessitam para exercer a sua atividade este regime caracteriza se essencialmente pelo facto daqueles estabelecimentos terem passado a ficar dispensados de licen a para o exerc cio da atividade a qual foi substitu da por uma declara o pr via obrigat ria O regime de exerc cio da atividade industrial REAI aprovado pelo Decreto Lei n 209 2008 de 29 de outubro iniciou vig ncia em 27 de janeiro de 2009 Este diploma revogou o Decreto Lei n 69 2003 de 10 de abril introduzindo algumas inova es no sentido de simplificar o processo de licenciamento industrial reduzindo o tempo para obten o da licen a A tipologia de estabelecimentos industriais foi reduzida de quatro para tr s Aos estabelecimentos do tipo 1 que envolvem um risco mais elevado aplica se um regime de autoriza o pr via que culmina na atribui o de uma licen a de explora o Os estabelecimentos do tipo 2 de menor grau de risco ambiental e m dia dimens o passam a ficar Decorridos os prazos de 30 dias para concess o da licen a ou de 20 dias para autoriza o de utiliza o previstos respetivamente na al nea d do n 1 do artigo 23 ou na al nea b do n 1 do artigo 30 do RJUE sem que tenha sido concedida o interessado pode comunicar C mara Municipal a sua decis o de abrir ao p blico remeten
118. identidade e a confidencialidade dos queixosos e dos reclamados 13 No dom nio do planeamento territorial devem os munic pios suprir o atual d fice na classifica o de zonas sens veis e mistas na elabora o de planos de redu o do ru do na apresenta o de relat rio sobre ambiente ac stico 14 Imp e se ainda no que respeita elabora o de mapas estrat gicos de ru do e de planos de a o relativos a grandes aglomera es dar cumprimento s obriga es previstas no Decreto Lei n 146 2006 de 31 de julho Afeta o de recursos 15 Em cada organiza o municipal deve ser refor ada a coordena o de meios e sobretudo de informa o entre os departamentos urban sticos e os departamentos ambientais e por seu turno entre estes e as pol cias municipais quando tenham sido institu das no concelho Frequentes disfun es observadas neste dom nio devem come ar por ser supridas ao n vel Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A das autoriza es de utiliza o de edif cios ou suas fra es aut nomas principalmente quando se trate de autoriza es requeridas para alterar a anterior utiliza o artigo 62 do Regime Jur dico da Urbaniza o e da Edifica o aprovado pelo Decreto Lei n 555 99 de 16 de dezembro na reda o republicada com o Decreto Lei n 26 2010 de 30 de mar o 16 Merece ser ponderada a conveni ncia em at
119. ido alvar s de licen a j que n o existe regulamento municipal de ru do e o regulamento das taxas encontra se suspenso N o obstante afirma ter viabilizado 10 eventos festivos num mesmo local impondo a diminui o do volume ap s as 0h00 Ao inv s um n mero demasiado elevado de licen as pode indiciar uma pr tica de permiss o generalizada de atividades ruidosas tempor rias face ao car ter excecional e devidamente justificado das circunst ncias de que a lei faz depender o deferimento No entanto os n meros podem equivocar nos se abstrairmos da pondera o da densidade populacional do n mero de freguesias do munic pio e de outros fatores v g considera o das festividades que por tradi o t m lugar anualmente na circunscri o concelhia e de obras de fomento ou requalifica o que por raz es imperiosas se prolongaram no per odo noturno Mais revelador do que o n mero de licen as concedidas 50 100 ou 250 parece ser a natureza dos eventos autorizados e os condicionalismos em concreto fixados para precaver a incomodidade para terceiros Estes indicadores melhor permitir o aferir do regular Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 19 PROVEDOR DE JUSTI A exerc cio dos poderes de controlo do ru do no dom nio das atividades tempor rias Tamb m h que considerar o n mero de eventos autorizados por local A quase generalidade das autoridades municip
120. incomodidade ruidosa o respons vel pelo equipamento atividade ou estabelecimento reclamado seja onerado com o dever de fazer prova bastante dos requisitos previstos no regulamento geral do ru do num prazo razo vel Expirado o prazo sem que a prova fosse apresentada ficaria o rg o municipal vinculado a adotar uma medida cautelar que poria termo incomodidade e cujos efeitos perdurariam at que fosse demonstrada a improced ncia do preju zo para a tranquilidade A notifica o da necessidade de ser feita a pertinente prova em prazo determinado conteria desde logo a advert ncia de que o incumprimento implicaria a suspens o do funcionamento do equipamento da atividade ou do estabelecimento De outro modo a in rcia do promotor do inc modo secundada pela in rcia municipal beneficiar os interesses daquele em manifesto detrimento do que se declara lesado O conceito de dano grave para a sa de humana e para o bem estar das popula es enunciado no artigo 27 do Regulamento Geral do Ru do como pressuposto de aplica o de medidas cautelares a atividades que violem as suas disposi es comporta uma margem de extrema discricionariedade e n o de simples discricionariedade t cnica contribuindo a sua menor Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 45 PROVEDOR DE JUSTI A densidade conceptual para a n o operacionalidade do poder cometido s entidades fiscalizadoras
121. incumprimento implicaria a suspens o do funcionamento do equipamento da atividade ou do estabelecimento De outro modo a in rcia do promotor do inc modo secundada pela in rcia municipal beneficiar os interesses daquele em manifesto detrimento do que se declara lesado 8 Instrumentos de gest o territorial mapas de ru do e planos de a o Em termos gerais deficiente o cumprimento das exig ncias que o RGR imp e s c maras municipais em sede do planeamento territorial apenas sendo de referir como aspeto positivo o facto de pouco menos de 3 4 dos munic pios disporem de mapas de ru do 178 No restante constata se que os planos municipais n o t m vindo a tomar em devida conta as preocupa es de qualidade do ambiente sonoro ao definirem as regras de utiliza o do solo e de distribui o de atividades Por um lado os planos abst m se de proceder determina o de zonas sens veis prioritariamente dirigidas para a fun o habitacional e nas quais intensificada a prote o contra o ru do ambiente cnegando at o munic pio de Lisboa novo PDM a p r de lado tal categoria De sublinhar que o d fice na classifica o de zonas sens veis e mistas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A compromete o exerc cio da fiscaliza o preventiva prevista no RGR designadamente no artigo 12 n 6 e no artigo 13 2 Ora a experi ncia na ins
122. ios vizinhos ou associa es municipais uma solu o ajustada aos tempos de conten o e que evita o recurso sistem tico aquisi o de servi os junto das empresas acreditadas no sector Outra solu o passaria por estabelecer mecanismos que confiram credibilidade aos exames de medi o ac stica realizados a pedido do promotor da atividade inc moda designadamente mediante o acompanhamento dos servi os camar rios o que permitiria desonerar as c maras municipais ao menos em parte dos custos com os encargos das medi es destinadas a aferir da proced ncia de reclama es Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 166 ap PROVEDOR DE JUSTI A 3 Encargos com ensaios e servi o p blico Uma vez que os munic pios com exce o do Porto e Vila Nova de Gaia e mais recentemente Lisboa e Vila Franca de Xira n o se encontram acreditados para realizar as medi es e ensaios ac sticos necessariamente t m que recorrer a entidades externas Isto significar em muitos casos que os custos de tais servi os sejam imputados aos particulares muito discrepante de munic pio para munic pio o valor das taxas respeitantes s avalia es ac sticas O mesmo se diga relativamente aos casos pontuais em que foi exigido o dep sito de cau es imperativo rever as taxas cobradas pelos munic pios quer por ne representarem um encargo demasiado onerosos para os queix
123. ira da Foz e de Lisboa se declara terem sido comunicadas pelos elementos policiais mais de 65 ordens de suspens o ou seja uns escassos 1 2 relativamente ao n mero de munic pios que declararam ter adotado alguma das medidas analisadas neste cap tulo Cerca de 13 2 dos munic pios d o not cia de 1 a 10 suspens es da atividade por ordem policial como seja Anadia Chaves Elvas Gondomar lhavo Loul Mealhada Mira Mogadouro Peniche Portim o Santar m S o Roque do Pico Seia Seixal Sesimbra Vila Pouca de Aguiar sendo 4 5 o n mero de munic pios que informaram terem sido emitidas entre 11 a 30 ordens como seja Cascais Faro Lagos Oeiras Porto P voa do Varzim Silves Vila Nova de Gaia 2 As atividades ruidosas tempor rias e obras no interior de edif cios realizadas em viola o do disposto nos artigos 14 a 16 do presente Regulamento s o suspensas por ordem das autoridades policiais oficiosamente ou a pedido do interessado devendo ser lavrado auto da ocorr ncia a remeter ao presidente da c mara municipal para instaura o do respetivo procedimento de contraordena o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 130 PROVEDOR DE JUSTI A Medidas cautelares Quanto aplica o das medidas cautelares prev o artigo 27 do RGR que as entidades fiscalizadoras podem ordenar a ado o das medidas imprescind veis para evitar a produ o de danos gra
124. is atualmente extintos na lei Perguntamo nos se n o seria vantajoso que o licenciamento das atividades ruidosas tempor rias fosse regulado num nico ato legislativo uniformizando Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 42 PROVEDOR DE JUSTI A se limites hor rios circunst ncias determinantes do consentimento da atividade e aspetos de procedimento A tendencial elimina o de licen as e autoriza es das opera es urban sticas atividades econ micas e da abertura de estabelecimentos aliada precariedade dos recursos humanos e materiais dos munic pios em poca de maior rigor or amental pode implicar na pr tica a liberaliza o de atividades ruidosas por se revelar a Administra o P blica incapaz de reprimir atividades desenvolvidas revelia dos requisitos legais e regulamentares Tem se assistido a um aumento das queixas por ru do excessivo tendo em conta que os inconvenientes imputados presta o de servi os e explora o de estabelecimentos s o de algum modo avaliados no mbito dos procedimentos de licenciamento ou de autoriza o que contemplam a imposi o de condicionalismos destinados a minorar ou a debelar os efeitos indesej veis para terceiros Ao fomentar a instala o simplificada de estabelecimentos e atividades ruidosas Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril o legislador abre portas dispensa dos requisitos previstos no Regulame
125. is de ru do o munic pio fixa as condi es de exerc cio da atividade relativamente sua localiza o data e hor rio raz es determinantes medidas de preven o e redu o do ru do A fixa o de medidas de preven o e redu o do ru do um instrumento crucial para o bom desempenho das atribui es municipais no dom nio do controlo do ru do A pr tica de emiss o de licen as especiais de ru do que n o envolve a discrimina o de condicionalismos para preserva o da tranquilidade p blica desvirtua o fim do licenciamento Os n meros j apresentados ilustram a afirma o de que tamb m neste ponto insatisfat ria a pr tica reiterada dos munic pios Na verdade apenas cerca de 10 8 das c maras municipais que afirmam ter emitido licen as especiais de ru do estabelecem no teor do alvar medidas adequadas a precaver ou a debelar a incomodidade para terceiros Verifica se que as c maras municipais ou se abst m pura e simplesmente de fixar condi es ou apenas advertem para a necessidade de n o emitir emiss es desproporcionadas ou de respeitar os limites Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 87 PROVEDOR DE JUSTI A ac sticos previstos no Regulamento Geral do Ru do reproduzindo no teor dos alvar s o preceituado na lei Acresce que n o raro as c maras municipais deferem licen as para eventos sem especificarem devidamente a natureza da ativida
126. istir zonas sens veis especialmente vocacionadas para uso habitacional ou para escolas hospitais ou similares ou espa os de lazer existentes ou previstos podendo conter pequenas unidades de com rcio e de servi os destinadas a servir a popula o local sem funcionamento no per odo noturno cfr artigo 3 al nea x do RGR Esta classifica o de todo o concelho como zona mista pode suscitar reservas quanto sua legalidade j que n o parece que o RGR deixe aos munic pios a faculdade de n o estabelecer zonas sens veis nos planos de ordenamento Conclui se assim serem muito deficientes a distribui o e o zonamento que o artigo 6 do RGR estabelece deverem constar dos PDM apesar de esta incumb ncia remontar ao anterior regulamento geral do ru do Decreto Lei n 292 2000 de 14 de novembro Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 145 PROVEDOR DE JUSTI A Munic pios que disp em de plano municipal de redu o do ru do 1 2 E Sim E N o o N o sabe N o se mostram animadores os dados apurados sobre planos municipais de redu o do ru do Artigo 8 Planos municipais de redu o de ru do 1 As zonas sens veis ou mistas com ocupa o expostas a ru do ambiente exterior que exceda os valores limite fixados no artigo 11 2 devem ser objeto de planos municipais de redu o de ru do cuja elabora o da responsabilidade das c mar
127. junho citada de resto no seu pre mbulo pelo Decreto Lei n 292 2000 de 14 de novembro 25 Importa considerar que o ru do n o raro um efeito pr prio ou colateral de uma atividade lucrativa mas cujos custos s o suportados por terceiros alheios s receitas 26 A Pol cia de Seguran a P blica e a Guarda Nacional Republicana de modo a exercerem com maior efic cia os poderes dos seus agentes na preven o e repress o da polui o sonora beneficiam certamente com iniciativas municipais de forma o sobre o ru do e de sensibiliza o para a gravidade das perturba es resultantes da exposi o ao ru do excessivo O conhecimento rec proco entre os agentes das for as de seguran a e os agentes municipais propiciado por este tipo de a es contribui decerto para uma melhor coordena o 2 http www provedor jus pt idc 67 amp idi 2206 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 27 A elimina o tendencial dos procedimentos de controlo pr vio das atividades ruidosas permanentes a benef cio da simplifica o administrativa como o j citado Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril pode frustrar em larga medida o cumprimento do disposto nos artigos 12 e 13 do Regulamento Geral do Ru do Imp e se incrementar o exerc cio do controlo sucessivo conferindo s autoridades municipais policiais meios que agilizem a carateriza o do ru do
128. larga maioria dos munic pios 86 8 afirma n o exigir ao queixoso o pagamento de nenhuma taxa nem cau o pelas medi es de ru do Contudo tais dados n o permitem concluir por si s que o queixoso ficar isento do pagamento de despesas considerando que poder ser lhe exigido que apresente ele pr prio um relat rio de ensaios ac sticos comprovando o preju zo para a tranquilidade p blica ou poder lhe ser apresentada para cobran a a pr pria nota de honor rios da entidade que prestou o servi o ao munic pio Dos munic pios que afirmam exigir ao queixoso o pagamento de uma taxa ou cau o 32 apenas quatro responderam dispor de recursos humanos e meios t cnicos para as medi es S o eles Ponta Delgada 88 10 Torres Vedras entre 75 00 a 100 00 C mara de Lobos 100 00 Oeiras 200 00 Em S Jo o da Madeira e Valongo a medi o ac stica condicionada ao pagamento pelo queixoso de uma cau o de 500 00 e de 50 00 respetivamente conforme se encontre previsto na regulamenta o municipal aplic vel A C M de Valongo informou cobrar 50 00 pela reclama o a t tulo de cau o sujeita a devolu o em caso de proced ncia a que acrescem os K Artigo 48 2 do Regulamento Municipal de Edifica o e Urbaniza o de S Jo o da Madeira e quadro XVIII do Regulamento de Liquida o e Cobran a das Taxas e Outras Receitas Municipais e Tabela Anexa de Valongo Boa
129. lecimentos cuja explora o propicie o consumo na via p blica Neste mbito devem ser refor ados os mecanismos de coopera o entre as autoridades municipais e a as for as de seguran a C Espa os culturais e recreativos de usos m ltiplos 69 Um novo fen meno que importa fomentar mas tamb m enquadrar o da utiliza o para m ltiplas atividades culturais e recreativas de amplas edifica es ou conjuntos de edifica es outrora usadas como armaz ns ou para atividades industriais As cidades ganham com a reabilita o destes espa os e promove se a cria o art stica e liter ria Estas qualidades por m n o servem de t tulo para dispensa ou isen o ao cumprimento das normas sobre polui o sonora Nesta linha Provedor de Justi a sugeriu C mara Municipal de Lisboa que ponderasse a necessidade de publicar um regulamento espec fico para a instala o de espa os de usos variados em que recintos de espet culos espa os comerciais e estabelecimentos de restaura o e bebidas se concentram em torno de reas comuns como o caso do denominado LX FACTORY Concluiu se no termo das averigua es levadas a cabo sobre uma queixa contra o ru do causado pela movimenta o de pessoas e autom veis no acesso e sa da do referido conjunto em Alc ntara Lisboa que as atividades ali estabelecidas ou Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A eventualmente re
130. lex o a regula o aut noma das divers es e funcionamento de equipamentos sonoros nas vias e lugares p blicos tendo em conta que a exist ncia de dois regimes que sempre ter o que ser articulados na sua aplica o suscita dificuldades e n o parece concorrer para a seguran a e a certeza jur dica Trata se por um lado do disposto nos arts 14 e 15 do Regulamento Geral do Ru do ao proibir atividades ruidosas tempor rias nas proximidades de edif cios de habita o aos s bados domingos e feriados e nos dias teis entre as 20h00 e as 8h00 de escolas durante o seu hor rio de funcionamento e de hospitais e estabelecimentos similares salvo licen a especial de ru do em casos excecionais devidamente justificados Por outro lado o regime dos espet culos e divertimentos nas vias e lugares p blicos estabelece que as bandas de m sica grupos filarm nicos tunas e outros agrupamentos musicais n o podem atuar nas vias e demais lugares p blicos dos aglomerados urbanos entre as 0h00 e as 9h00 O funcionamento de aparelhos sonoros que projetem sons para a via p blica s pode ocorrer entre as 9h00 e as 22h00 por ocasi o de festas tradicionais espet culos ao ar livre ou em outros casos devidamente justificados mediante licen a especial de ru do Decreto Lei n 310 2002 de 18 de dezembro na reda o do Decreto Lei n 204 2012 de 29 de agosto Este regime jur dico respeitava em parte aos governadores civ
131. lidade tem consequ ncias s rias e gravosas no desempenho profissional no rendimento escolar e na sa de ps quica e f sica O repouso dos trabalhadores ali s objeto de um direito fundamental artigo 59 n 1 al nea d da Constitui o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 5 PROVEDOR DE JUSTI A Insiste se pois em que a prote o contra o ru do excessivo deve ser tratada como uma quest o de interesse p blico e n o simplesmente como circunscrita a conflitos entre particulares Algo que avisadamente a Lei de Bases do Ambiente Lei n 11 87 de 7 de abril gravou no artigo 22 n 1 usando a express o luta contra ao ru do para obrigar a uma pol tica p blica ambiental espec fica que salvaguarde a sa de e o bem estar das popula es seja por corre es na fonte ruidosa seja atrav s de um prudente ordenamento da localiza o de atividades presumidamente ruidosas Isto sem preju zo de a aplica o de normas civis pelos tribunais e julgados de paz quer para defesa dos direitos de personalidade artigo 70 do C digo Civil como tamb m no quadro das rela es jur dicas entre propriet rios artigos 1346 e seguinte do C digo Civil dever ser explicada e encorajada considerando a especial adequa o destes meios a atividades ruidosas de natureza dom stica Algumas medidas legislativas de simplifica o administrativa designadamente o
132. liza o do cumprimento das normas relativas a atividades ruidosas tempor rias cometida s autoridades policiais e pol cia municipal no mbito das respetivas atribui es e compet ncias artigo 26 al nea e do Regulamento Geral do Ru do A interven o dos agentes policiais permitir controlar a titularidade de licen a e o cumprimento de alguns condicionalismos fixados Mas n o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 97 PROVEDOR DE JUSTI A dispensa o acompanhamento pelos servi os municipais em melhor posi o de ajuizar do respeito por condi es t cnicas porventura fixadas e do impacto ambiental do evento Compreende se que os servi os n o possam exercer uma fiscaliza o sistem tica no terreno Todavia for oso que n o renunciem aos poderes de fiscaliza o cabendo lhes exercer maior vigil ncia perante atividades suscet veis de causar maior incomodidade em fun o da pot ncia do equipamento das especiais condi es de propaga o do ru do quanto a eventos na via p blica e demais lugares p blicos ou em espa os abertos do historial de reclama es e de outras circunst ncias de que tenham conhecimento no exerc cio das suas fun es Para o efeito contam com a disponibilidade das pol cias municipais e dos agentes da Pol cia de Seguran a P blica e da Guarda Nacional Republicana Assim parece nos manifestamente escasso o n mero de a
133. maras municipais encaminhem os que se dizem lesados por ru do proveniente de atividades dom sticas levadas a cabo por vizinhos ou por ru do com origem em animal ou coisa guarda dos vizinhos para os julgados de paz privilegiando se nestas situa es o exerc cio da media o 81 Seria ainda de ponderar o acompanhamento das situa es mais problem ticas pelos servi os sociais em particular quando na origem da produ o do ru do estejam perturba es do foro psicol gico ou psiqui trico dist rbios e comportamentos antissociais 82 Julga se prof cuo conhecer o desempenho do gabinete de media o de conflitos entre vizinhos criado pela C mara Municipal de Matosinhos na perspetiva da sua eventual extens o a outros munic pios Os comportamentos antissociais perturbam o bem estar e a qualidade de vida da vizinhan a e poder o ser melhor geridos a uma escala local com uma estrat gia baseada na natureza do problema tendo em conta o local e os envolvidos O contacto com membros da comunidade local propicia a tomada de conhecimento do problema e das suas particularidades Estes gabinetes funcionariam como inst ncias de preven o esclarecimento e media o integrando uma equipe de volunt rios representativos da comunidade local e privilegiando a resolu o de situa es problem ticas por uma via informal Este servi o poderia ainda concorrer para discernir da razoabilidade das queixas por ru do despistando queixas i
134. menos infraestruturas de divers o salas de cinema teatro equipamento desportivo e cultural as iniciativas que envolvem anima o ruidosa possam ser parcas por confronto com concelhos mais povoados o que pode determinar o maior empenho na sua promo o Sempre caber aos munic pios apreciar o maior ou menor interesse do evento para a popula o local e para o desenvolvimento local Todavia o teor do artigo 15 do Regulamento Geral do Ru do concede uma margem de discricionariedade que ultrapassa o comum Com efeito permite se ao rg o individualizar os pr prios fins o que reduz significativamente a margem de controlo do desvio de poder H registo no direito comparado v g direito municipal holand s de as autoridades municipais disporem de quotas anuais para conceder licen as especiais de ru do e em diferentes locais do seu territ rio Importaria refletir sobre a pertin ncia em estabelecer uma solu o deste tipo em lugar de fazer depender o licenciamento de circunst ncias justificadas e excecionais conceito Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 40 PROVEDOR DE JUSTI A que envolve uma excessiva margem de discricionariedade na sua aplica o pelos 308 munic pios 4 Fiscaliza o Seria de ponderar a atribui o de poderes s pol cias municipais municipal e eventualmente Policia de Seguran a P blica e Guarda Nacional Republicana depois de formados
135. n as pudessem estimar o impacto da atividade e ponderar a sufici ncia e a adequa o das medidas impostas Cuidar se ia de conferir Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 100 PROVEDOR DE JUSTI A forma o especializada a pessoal da pol cia municipal e ou eventualmente aos agentes da Guarda Nacional Republicana que integrem o Servi o de Prote o da Natureza e Ambiente em termos que lhe permitisse avaliar sumariamente a eventual incomodidade A ser observado um ru do especialmente perturbador n o se v porque n o possa a autoridade policial determinar desde logo a suspens o do uso Controlo das atividades de iniciativa municipal As atividades ruidosas tempor rias promovidas pelos munic pios encontram se isentas de licenciamento ficando contudo sujeitas aos limiares previstos no n 5 respeito nos recetores sens veis do valor limite do indicador LAeg do ru do ambiente exterior de 60 dB A no per odo do entardecer e de 55 dB A no per odo noturno Este condicionalismo pressup e naturalmente uma postura ativa do munic pio no controlo da incomodidade imputada a eventos ruidosos da sua iniciativa Ao munic pio incumbe fiscalizar as atividades que promove com o mesmo rigor e isen o com que fiscaliza as atividades de terceiros De entre os 244 munic pios que colaboram na resposta ao inqu rito s 36 afirmam exercer o controlo das iniciativas municipais ruidos
136. na base de todas as autoriza es concedidas J a CM de Mour o considera circunst ncias excecionais simplesmente as festas de casamento A C M de Madalena explicita como justifica o circunst ncias e motivos v rios dinamiza o da localidade Dia de Amigas festa de Nossa Senhora das Candeias anivers rio do estabelecimento poca tradicional do Carnaval comemora o do Dia do Pai inaugura o de esplanada poca tradicional P scoa angaria o de fundos festas do Esp rito Santo desfile Por vezes a justifica o da emiss o da licen a especial de ru do basta se com a invoca o do evento autorizado A C M da Lous estipula no articulado do alvar raz es que justificam a realiza o da atividade naquele local e hora o qual por m se apresenta em branco nas c pias que nos envia A C M de Portim o informa nos de que faz preceder a emiss o da ler da an lise dos objetivos pretendidos e do impacte negativo da atividade tendo em conta a sua localiza o e o hor rio Sustenta o executivo municipal que o cumprimento rigoroso da exig ncia de fundamenta o conduziria ao indeferimento de quase todos os pedidos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 86 ap PROVEDOR DE JUSTI A 4 Condi es de conten o do ru do nas licen as especiais Nos termos do artigo 15 do RGR ao emitir a licen a especial de ru do licen as especia
137. ndo existam as colunas de som altifalantes n o devem estar voltadas para as habita es Contudo os alvar s cujas c pias nos s o dadas a conhecer por esta C mara Municipal ilustram a concess o de um n mero menor de licen as especiais de ru do que se afiguram justificadas e com condi es bastantes reportando se a trabalhos de constru o do Hospital de Loures e acessos e outras obras dever de afixar a licen as especiais de ru do no estaleiro da obra aferi o da efic cia das medidas de prote o ac stica implementadas e introdu o caso se justifique de medidas complementares justificadas com base no programa de monitoriza o A C M de Olh o emitiu uma licen a especial de ru do para m sica ao vivo por nove dias entre as 22h00 e as 4h00 sem fixar qualquer medida de preven o ou redu o do ru do A C M do Porto enviou nos v rias licen as especiais de ru do com condi es insuficientes ou inexistentes Verifica se que no item medidas preven o redu o do ru do consta apenas no caso de reclama es deve reduzir se o volume de som sempre que solicitado pelos moradores No item outras medidas a adotar consta informar a popula o residente na rea envolvente da realiza o do evento e do seu hor rio Das licen as de obras consta apenas a obriga o de os equipamentos cumprirem o disposto no Decreto Lei n 221 2006 de 8 de novembro e de informa o da popula o residente na
138. nfundadas e desempenhar um papel decisivo no esclarecimento e acompanhamento dos lesados 83 Como se assinalou a Lei n 29 2013 de 19 de abril abre as portas a um incremento da media o de conflitos O designado ru do de vizinhan a que Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A melhor seria de qualificar na lei como ru do dom stico porque justamente na charneira entre a esfera p blica e a esfera privada constitui um campo privilegiado para os servi os p blicos de media o cuja atividade em caso algum pode impedir o recurso aos tribunais VII Sinos e amplificadores sonoros 84 Se bem que assumindo uma express o pouco significativa no universo das queixas por ru do n o devem ser menosprezadas as reclama es por incomodidade imputada ao toque de sinos em igrejas ou torres pr prias com efeitos sens veis em zonas habitacionais As queixas apresentadas t m por 32 objeto quase sempre o per odo noturno e est o associadas instala o de emissores e amplificadores sonoros nas torres sineiras 85 N o se pode ignorar a import ncia que a balada dos sinos assume para a comunidade local religiosa ou simplesmente civil ao transmitir uma mensagem que se faz representar por meio de algum som ou toque especial Os sinos assinalam o passar das horas convocam ora o invocam momentos festivos ou f nebres e s o uma express o do exerc cio da li
139. nic pios h aspetos a ter em conta ao n vel da Administra o Central designadamente da Ag ncia Portuguesa de Ambiente IP e das comiss es de coordena o e desenvolvimento regional assim como das for as de seguran a e outros que podem com vantagem ser objeto de aperfei oamentos legislativos e regulamentares A conclus o que mais ressalta da an lise levada a cabo a de que o exerc cio das atribui es p blicas em mat ria de ru do deixa muito a desejar mostrando se pouco expressiva na pr tica administrativa de numerosos munic pios a preven o e o controlo das atividades ruidosas Muito se fez na luta contra o ru do a que se refere o artigo 22 da Lei n 11 87 de 7 de abril Lei de Bases do Ambiente mas persiste uma convic o generalizada de que a polui o sonora se encontra numa segunda linha das tarefas p blicas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 35 PROVEDOR DE JUSTI A ambientais e que em muitos casos simplesmente express o de conflitos privados a dirimir pelos tribunais comuns Uma boa parte dos 244 munic pios que responderam ao inqu rito abst m se de aplicar as disposi es constantes do Regulamento Geral do Ru do aprovado pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro furtando se ao cumprimento das incumb ncias que o legislador lhes atribui Assinalam se defici ncias no dom nio da fiscaliza o no da preven o e sobret
140. nora de ter em conta que os munic pios que constituam aglomera es com uma popula o residente superior a 100 000 habitantes e uma densidade populacional superior a 2500 habitantes km2 para al m da elabora o dos planos municipais de redu o de ru do est o ainda a Ag ncia Portuguesa do Ambiente editou o Manual T cnico para a Elabora o de Planos Municipais de Redu o de Ru do de A P Oliveira e Cec lia Rocha com a participa o da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o apoio do Programa Operacional Ambiente do FEDER dispon vel gratuitamente online em http www apambiente pt zdata DAR Ruido NotasTecnicas EstudosReferencia PMRR pdf Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 148 PROVEDOR DE JUSTI A sujeitos elabora o de planos de a o disciplinados pelo Decreto Lei n 146 2006 Os planos de a o s o instrumentos mais desenvolvidos do que os planos de redu o de ru do j que se prop em definir medidas de car cter preventivo para a preserva o da qualidade do ambiente ac stico e est o integrados numa estrat gia a longo prazo de redu o global do ru do ambiente pressupondo a participa o do p blico atrav s da realiza o de consulta p blica Considerando que devem estar conclu dos at 31 de mar o de 2013 artigo 10 n 6 o presente question rio n o contemplou a sua elabora o Apenas os munic pios de
141. nte e do Ordenamento do Territ rio e do Senhor Ministro da Administra o Interna Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013
142. nto Geral do Ru do Este aspeto suscita particular apreens o pondo em causa a prote o dos terceiros lesados por uma concreta explora o ruidosa cujo respons vel beneficie da dispensa da aplica o dos requisitos ac sticos Nestes casos resultar exclu da a ado o de provid ncias administrativas para controlo do ru do apenas podendo os lesados recorrer aos meios judiciais de prote o de direitos privados Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 43 PROVEDOR DE JUSTI A 6 Medidas de pol cia administrativa do ru do Um problema recorrente no tratamento das queixas apresentadas ao Provedor de Justi a prende se com a circunst ncia de os mun cipes promotores de atividade ruidosa quando confrontados com notifica o para apresenta o de relat rio demonstrativo do cumprimento do crit rio da incomodidade sonora se absterem frequentemente de dar cumprimento ao determinado no prazo fixado beneficiando da indulg ncia traduzida em sucessivas dila es Ora nestas situa es persistindo a explora o reclamada sem que se mostre devidamente fundamentado mediante a realiza o de ensaios de ru do de acordo com os procedimentos e a normaliza o aprovada o preju zo para o interesse p blico frequente encontrar as c maras municipais a postergarem adiarem ou relegarem provid ncias restritivas N o se dispondo o promotor da atividade que fonte de incomodidade para t
143. o o de exames de carateriza o do ru do perturbador da demora na sua efetiva o ou da exig ncia de uma cau o ou taxa como condi o pr via sua realiza o seja pelos servi os municipais seja a rogo destes servi os por terceiros Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A A acredita o no mbito do Sistema Nacional de Qualidade para a realiza o de ensaios ac sticos obrigat ria vd artigo 34 do RGR n o s para as entidades privadas como tamb m para as entidades fiscalizadoras que realizem ensaios e medi es ac sticos necess rios verifica o do cumprimento do RGR Antecipando as dificuldades enfrentadas por algumas c maras municipais no mbito do processo de acredita o designadamente por falta de recursos financeiros e t cnicos foram inquiridos os munic pios sobre o recurso alternativo a entidades acreditadas para a realiza o de medi es e ensaios ac sticos No contexto das queixas por incomodidade sonora question mos as c maras municipais sobre a exig ncia s entidades exploradoras de um relat rio de ensaios ac sticos elaborado por entidade acreditada e ainda quanto ao tempo de espera m dio entre a rece o de uma queixa por ru do e a realiza o dos ensaios Procur mos apurar ainda a medida em que o queixoso suporta os custos das medi es de ru do seja atrav s do pagamento de uma taxa o
144. o 5 n 2 do C digo do Procedimento Administrativo Quanto ao mbito de aplica o de cada uma daquelas disposi es dir se que a aplica o das medidas previstas no mbito do artigo 29 apreens es cautelares e san es acess rias est dependente da instaura o e pend ncia de um procedimento de contraordena o raz o pela qual este poder exercido pela entidade competente para aplica o da coima de notar que san es e medidas de pol cia administrativa ou de tutela da legalidade n o se confundem nem se substituem Ac rd os SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO Ac rd o da 2 Sub de 03 6 2008 proc 865 03 Ac rd o da 3 Sub de 18 2 2004 proc 1804 03 Ac rd o da 2 Sub de 29 11 2005 proc 1413 04 Ac rd o da 1 Sub de 8 11 2007 proc 160 07 Ac rd o da 2 Sub de 21 6 2011 proc 339 09 Por isso a ordem de encerramento do estabelecimento por exemplo como san o acess ria n o foi pensada para estabelecimentos ou atividades de labora o n o autorizada ou licenciada mas para aqueles que apesar de munidos de licen a ou autoriza o vieram a infringir prescri es pr prias da labora o Bem se compreende pois que a Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 127 PROVEDOR DE JUSTI A san o acess ria de encerramento tenha a dura o m xima de dois anos artigo 21 n 2 do Regime Geral das Contraordena
145. o Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 140 PROVEDOR DE JUSTI A pontos estrat gicos ou a simula o baseada em modelos de c lculo Neste ltimo caso recorre se posteriormente a campanhas de medi o no exterior por forma a validar os valores simulados A sua an lise permite identificar as principais fontes de ru do ambiental e as zonas cr ticas do ponto de vista da incomodidade sonora nas quais se mostram necess rias interven es tendentes sua diminui o Dos 244 munic pios que at 31 12 2011 responderam ao inqu rito 178 72 9 afirmaram possuir mapas de ru do Apenas um munic pio omitiu a resposta a este ponto respondendo os restantes 65 26 6 n o disporem de mapas de ru do O elevado peso das respostas fica a dever se provavelmente ao facto de muitos munic pios terem revisto recentemente os seus planos diretores municipais ou estarem a proceder sua revis o altera o A Lei de Bases do Ordenamento do Territ rio Lei n 48 98 de 11 de agosto e o Regime Jur dico dos Instrumentos de Planeamento Territorial Decreto Lei n 380 99 de 22 de setembro est o na origem da denominada segunda gera o de PDM Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 141 PROVEDOR DE JUSTI A Munic pios com mapas de ru do em prepara o revis o E Sim E N o N o sabe Antes de mais note se que algumas das c maras muni
146. o da Diretiva 2002 49 CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de junho e pelo Regulamento Geral do Ru do aprovado pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro RGR 136 O regime aprovado pelo Decreto Lei n 146 2006 introduziu a necess ria elabora o de mapas estrat gicos de ru do que determinam a exposi o ao ru do ambiente exterior e a aprova o de planos de a o que estabelecem estrat gias de diminui o a longo prazo Cabe aos munic pios dispor de mapas estrat gicos de ru do e de planos de a o relativos s grandes aglomera es urbanas A elabora o dos mapas casos em que o volume das aparelhagens sonoras causa ru do fortemente perturbador com queixas que determinam a desloca o das Pol cias aos estabelecimentos Nos casos em que poss vel atribuir com seguran a a fonte de ru do a um estabelecimento determinado o incumprimento da ordem para baixar o volume sonoro determinado por for as de seguran a deveria constituir crime de desobedi ncia O que sup e que as for as de seguran a e pol cias municipais possam estar munidas de aparelhos que de algum modo garantam uma medi o capaz em tempo real inequivocamente traduzam elementos que objetivamente corporizem a infra o nico modo de validamente sustentar uma acusa o qualquer que seja o desenho jur dico que se adote Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A estrat gic
147. o de ato administrativo artigo 29 n 2 do C digo do Procedimento Administrativo O ato t o mais lesivo dos direitos e interesses legalmente protegidos quanto deixe por circunscrever os termos e condi es da atividade ruidosa excecionalmente permitida 35 H o de fixar se condi es concretas e adequadas debela o da incomodidade Para tanto imp e se que seja devidamente identificado o evento as atividades que o mesmo comporta e ponderado o seu impacto sonoro 36 Estimam se como inadequadas condi es observadas no Inqu rito e que estipulam observ ncia dos limites previstos no RGR dever de adotar medidas de preven o ou debela o As atividades ruidosas tempor rias n o conhecem uma limita o quantitativa espec fica art 15 n 5 a contrario sensu nem h condi es para proceder a medi es de ru do quando ele se circunscreve a um per odo reduzido Por conseguinte nessa medida a remiss o mostra se vazia de sentido til As condi es a prescrever nos termos do artigo 25 n 2 devem ser concretas e especificadas evitando f rmulas gen ricas rotineiras 37 Entre as condi es expressas e tidas por adequadas ao objetivo de preserva o da tranquilidade contam se a partir do Inqu rito divulga o da m sica em sentido contr rio ao aglomerado a limita o das fontes sonoras localiza o e orienta o das sa das de som utilizar apenas colunas de Boas Pr t
148. o modelo do question rio submetido s autoridades municipais e do anexo Il a indica o dos 244 munic pios que constituem o universo da an lise efetuada Passamos a analisar as quest es tratadas no inqu rito apresentando e sistematizando as informa es e os dados coligidos e enunciando conclus es por observa o das respostas prestadas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 55 PROVEDOR DE JUSTI A Sec o 2 Recursos humanos e Equipamentos 1 Enquadramento A Lei n 159 99 de 14 de setembro que estabeleceu o novo quadro de transfer ncia de atribui es e compet ncias para as autarquias locais previa em mat ria de ambiente a compet ncia dos rg os municipais para participar na fiscaliza o do RGR artigo 26 n 2 al nea a Um dos princ pios orientadores do citado diploma o princ pio da subsidiariedade ao abrigo do qual as atribui es e compet ncias dever o ser E exercidas pelo n vel mais bem colocado para as prosseguir com racionalidade efic cia e proximidade dos cidad os artigo 2 n 2 da Lei n 159 99 de 14 de setembro Trata se de uma op o do legislador que muito provavelmente se apresenta como uma exig ncia dos princ pios constitucionais da subsidiariedade e da descentraliza o administrativa de tarefas p blicas Se a raz o de ser do poder local encontra a raiz na proximidade territorial e populacional dos c
149. o pr vio de atividade ruidosas permanentes As altera es legislativas tendentes simplifica o e agiliza o dos procedimentos de licenciamento e de autoriza o de opera es urban sticas e de atividades econ micas v m dispensar os servi os municipais de no mbito daqueles procedimentos administrativos procederem a uma rigorosa verifica o do cumprimento do projeto ac stico e bem assim do crit rio da incomodidade o que sempre obrigaria realiza o de ensaios e medi es t cnicas Nesta medida representam um recuo assinal vel no exerc cio dos poderes de controlo pr vio dos requisitos ac sticos aplic veis a edifica es e bem assim a atividades ruidosas permanentes Est o em causa designadamente as altera es introduzidas pelo Decreto Lei n 26 2010 de 30 de mar o pelo Decreto Lei n 234 2007 de 19 de junho pelo Decreto Lei n 209 2008 de 29 de outubro e sobretudo pelo Licenciamento Zero Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril diplomas que prosseguem o escopo da simplifica o e da desburocratiza o O regime de instala o e funcionamento dos estabelecimentos de restaura o e bebidas aprovado pelo Decreto Lei n 234 2007 de 19 de junho entrou em vigor em 19 de julho de 2007 Visando a simplifica o e Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 120 desburocratiza o da abertura e funcionamento dos estabelecimentos de restaura o e beb
150. odo de fomentar a aplica o da medida de suspens o da atividade ruidosa pela autoridade policial quando se verifique que a atividade tempor ria n o foi licenciada ou realizada em desrespeito dos condicionalismos estabelecidos na licen a especial de 53 sobretudo nas situa es em que os eventos ruidosos se desenrolam ao ar livre que o preju zo para a tranquilidade p blica assume maior gravidade por ser mais dif cil a imposi o de condicionantes propaga o do som na aus ncia de barreiras ac sticas Assim a C mara de Arraiolos informa n o prever medidas de preven o do ru do por a atividade se realizar ao ar livre Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 173 PROVEDOR DE JUSTI A ru do cfr artigo 18 do RGR A pr tica de transmiss o sistem tica do teor das licen as especiais de ru do emitidas autoridade policial melhor alertar os agentes para a ocorr ncia de atividades n o licenciadas ou revelia de um eventual licenciamento dispensando a realiza o de averigua es para aferir da exist ncia de licen as especiais de ru do e do seu teor que a natureza pouco duradoura do evento n o deixa de comprometer Os danos para o ambiente s o n o raro irrevers veis pelo que mais que reparar importa precaver a sua produ o ou quando tal n o se mostre poss vel suster com prontid o e efic cia a causa do dano o que passa pela suspens o da fonte
151. oligidos s o suscet veis de rigorosa quantifica o Na verdade as respostas pecam n o raro pela falta de objetividade e completude Constata se que os servi os camar rios referem ami de que as licen as deferidas se limitam a circunst ncias excecionais e justificadas sem que por m a an lise do teor das c pias das licen as que nos enviam permita suportar tal afirma o O mesmo se diga quanto sufici ncia e a adequa o das medidas fixadas na licen a frequente que o item 3 3 seja respondido pela positiva verificando se todavia que as c pias dos alvar s Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A respetivos demonstram sem margem para equ voco ou d vida a inadequa o ou insufici ncia das medidas fixadas para a preven o e redu o do ru do Tais medidas reconduzem se ami de a advert ncias deixadas ao respons vel contra as emiss es ruidosas desproporcionadas ou lesivas do descanso dos moradores Usam se f rmulas gen ricas reiteradamente reproduzidas independentemente da natureza e dura o do evento Falta a especifica o de condi es concretas com o objetivo de precaver ou controlar a incomodidade imputada atividade ruidosa ponderadas as suas carater sticas e as circunst ncias em que ocorre N o deixa de nos surpreender pela negativa o registo de numerosas licen as que n o especificam suficientemente a pr pria atividade o
152. onformidade de calibra o ensaios inspe es e certifica es Face ao panorama de forte contingenta o or amental aplicado regi o foi sugerida a pondera o de um procedimento conjunto dos diversos munic pios da Madeira com a consequente reparti o equitativa de custos associados ao funcionamento e manuten o de um laborat rio acreditado Na sequ ncia do recomendado foi iniciado o procedimento de acredita o do Laborat rio Regional de Engenharia Civil assegurando a Dire o Regional do Ordenamento do Territ rio e Ambiente os respetivos equipamentos e a componente de forma o Estima se que este processo seja conclu do no ano de 2018 170 4 Licen as especiais de ru do Conclui se que pouco significativo o n mero de c maras municipais que condicionam a emiss o de licen a especial de ru do ocorr ncia de circunst ncias excecionais e muito reduzido as que cumprem o disposto na lei justificando os motivos determinantes do licenciamento Em face da pr tica administrativa observada questiona se a conveni ncia de condicionar o deferimento de licen as especiais de ru do a natureza excecional do evento Isto porquanto a aplica o deste 2 Recomenda o n 7 A 2012 de 20 de julho de2012 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A conceito comporta larga margem de discricionariedade compreendendo se que aquilo que excecional num
153. or as fazem a medi o do grau de alcool mia tamb m deveriam fazer a medi o do volume de ru do A aus ncia deste elemento probat rio leva a que todas as queixas efetuadas por particulares estejam condenadas ao arquivo pois n o h prova da viola o dos limites por lei Julgamos tratar se de uma observa o bastante pertinente A C M da Guarda afirma que o acompanhamento dos servi os de fiscaliza o efetuado com alguma regularidade para verifica o do cumprimento do hor rio e de todas as situa es que possam ser contr rias sob pena de suspens o da atividade ruidosa Merece ser ponderada a conveni ncia em atribuir Pol cia de Seguran a P blica Guarda Nacional Republicana e s pol cias municipais onde existam meios que lhes permitissem uma simples constata o registo da intensidade do ru do propagado pelo evento para melhor permitir aferir da proced ncia de queixas Na verdade revela se impratic vel na maioria das situa es proceder verifica o do crit rio da incomodidade sonora que obriga a ensaios v rios em diferentes ocasi es N o se encontrando estas atividades tempor rias sujeitas a limites ac sticos exceto quando assumam dura o superior a um m s n o se cuidaria de medir de forma exata e normalizada o ru do Tratar se ia apenas de registar de imediato a maior ou menor intensidade das emiss es sonoras a fim de que os servi os camar rios que emitem as lice
154. orados por entidades credenciadas que s o apresentados pelos mun cipes requerentes A C M de Lisboa respondeu nos por seu turno que apresentados 475 procedimentos de controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes entre 1 12 2009 e 1 12 2010 em 90 dos casos exigiu a apresenta o de avalia o ac stica Declararam zero procedimentos de controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes em zonas mistas nas envolventes das zonas sens veis ou mista ou na proximidade dos recetores sens veis isolados 104 c maras municipais Haver que atentar tamb m nas 6 c maras municipais que n o exigem a apresenta o de avalia o ac stica N o esquecendo ainda as 70 c maras municipais que instadas sobre o n mero total de procedimentos de controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes nada sabem ou nada respondem Este valor sobe para 85 c maras municipais que nada sabe ou nada responde quanto quest o relativa ao n mero de procedimentos em que exigiu a apresenta o de avalia o ac stica Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 119 ap PROVEDOR DE JUSTI A Parece nos que do quadro que antecede leg timo concluir de acordo com os par metros expostos que apenas 37 munic pios cumprem com rigor o que a este prop sito determinado no RGR ao exigirem a apresenta o de avalia o ac stica em 91 a 100 dos procedimentos de control
155. os entre os 30 e os 60 dias Para 10 dos munic pios inquiridos o tempo igual ou superior a 90 dias Apenas 29 munic pios indicaram que este mesmo per odo inferior a 15 dias Refira se que o intervalo entre a rece o de uma queixa por ru do e a realiza o de ensaios de caracteriza o de incomodidade na maioria dos casos longo situando se entre os 30 e os 60 dias partida n o poss vel estabelecer uma rela o entre o tempo de espera e a origem dos meios j que tanto nos casos de menor tempo de resposta como nas situa es inversas a maioria dos munic pios recorre a entidades acreditadas s o eles gueda 90 Amares 90 Celorico da Beira 150 Lous 120 Mirandela 180 Nisa 150 Paredes de Coura 180 Santa Maria da Feira 90 S o Br s de Alportel 90 Seixal 180 a 365 s o eles Aljezur 10 Almada 5 a 15 Alpiar a 10 Alter do Ch o 10 Benavente 7 C mara de Lobos 5 Campo Maior 15 Cantanhede 15 Carrazeda de Ansi es 10 Castro D Aire 15 Castro Verde 10 Cinf es 10 Elvas 15 Fafe 15 Faro 2 a 10 Freixo de Espada Cinta 15 Gondomar 7 a 15 Maia 15 Marv o 15 Odivelas 10 Oliveira de Frades 5 Oliveira do Hospital 15 Porto Moniz 3 Santa Comba D o 15 Set bal 10 Valongo 1 Viana do Castelo 1 Vieira do Minho 15 Vila Franca do Campo 5 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 20
156. os de ru do e os planos de a o das grandes infraestruturas de transporte rodovi rio ferrovi rio e a reo confiada s entidades gestoras ou concession rias destas infraestruturas REDE FERROVI RIA NACIONAL REFER E P E ANA AEROPORTOS DE PORTUGAL S A ESTRADAS DE PORTUGAL S A Por seu turno o RGR harmonizou a legisla o nacional com os novos indicadores de ru do ambiente estabelecidos na Diretiva 2002 49 CE transposta pelo Decreto Lei n 146 2006 Refere se a t tulo exemplificativo a altera o de dois per odos de refer ncia diurno noturno para tr s diurno entardecer noturno a fixa o de valores limite de ru do ambiente exterior referenciados aos novos indicadores e a adapta o t cnica do crit rio de incomodidade traduzida na fixa o de valores limite para cada um dos per odos de refer ncia O RGR mant m a l gica da atua o preventiva dos munic pios a respeito do ru do ambiente na linha do anterior regime legal sobre polui o sonora e intensifica a sua liga o com o planeamento municipal Neste sentido determina que as c maras municipais elaborem mapas de ru do os quais devem ser instrumentos de apoio ao planeamento e identifica o de zonas cr ticas que se pretende sejam objeto de planos municipais de redu o de ru do e procedem classifica o de zonas sens veis e mistas delimitando as nos planos municipais de ordenamento artigos 6 7 8 9 e 10 do RG
157. os na aplica o do disposto nos artigos 12 e 13 do Regulamento Geral do Ru do Resulta hoje do disposto no artigo 13 n 8 do RJUE a dispensa de apresenta o no mbito do procedimento de controlo preventivo de licenciamento ou de comunica o pr via da obra das consultas ou das certifica es dos projetos de especialidades sempre que seja exibido termo de responsabilidade do t cnico autor do projeto que ateste a sua conformidade com as normas aplic veis Estipula o artigo 13 2 n 9 que o pedido de autoriza o da utiliza o tem que ser instru do com termo de responsabilidade emitido pelo diretor da obra ou pelo diretor de fiscaliza o da obra atestando a conformidade da obra executada com o projeto de arquitetura e de arranjos exteriores aprovado 2 Os estabelecimentos dos tipos 2 e 3 deixam de ficar sujeitos a vistoria pr via Os estabelecimentos de Tipo 3 est o obrigados a registo devendo o respons vel apresentar entidade coordenadora termo de Responsabilidade no qual declara ter conhecimento e cumprir as exig ncias legais aplic veis sua atividade em mat ria de seguran a e sa de no trabalho e ambiente artigo 40 Isto porque a autoriza o da utiliza o se destina a verificar a conformidade da obra com o projeto de arquitetura e arranjos exteriores artigo 62 do RJUE Nos casos em que o requerimento seja instru do com termo de responsabilidade de t cnico para o efeito habilitado q
158. os poderes de interven o da autoridade policial e administrativa em conflitos originados por ru do dom stico O controlo policial deste tipo de incomodidade por natureza incidental e contingente A autoridade policial exerce os poderes que em mat ria de ru do de vizinhan a e de preserva o da ordem p blica a lei lhe confere constata a produ o do ru do incomodativo e em caso afirmativo intima o respons vel a cessar a atividade 77 Depara se com limita es muito relevantes que se prendem com a dificuldade em quantificar o ru do e com a garantia constitucional de inviolabilidade do domic lio artigo 34 n 2 da Constitui o na falta de mandado judicial 78 Nos termos do disposto no Regulamento Geral do Ru do artigo 24 a desobedi ncia a uma intima o policial apenas pode determinar a instaura o de um procedimento sancionat rio o que pressup e que o procedimento seja desencadeado pelos servi os municipais mediante um auto de ocorr ncia da autoridade policial 79 No mais a quest o tem de ser resolvida judicialmente ou por recurso aos julgados de paz entre o lesado e o autor da les o Apenas estas inst ncias podem ponderar a incomodidade em termos subjetivos e promover solu es de concilia o entre direitos em conflito artigo 335 do C digo Civil Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 30 PROVEDOR DE JUSTI A 80 Sugere se que as c
159. os seus agentes de modo a poderem ordenar a imediata diminui o ou a cessa o da incomodidade em especial no per odo noturno semelhan a do que sucede no dom nio do ru do de vizinhan a artigo 24 N o s o ru do produzido pelas atividades tempor rias assume maior express o e notoriedade do que o habitual ru do de vizinhan a pelo que ser mais facilmente identific vel como mais amplo o leque dos potenciais afetados em especial quando as atividades ruidosas se desenvolvam pela noite fora e em espa os abertos ao ar livre Seria do mesmo modo de fomentar a aplica o da medida de suspens o da atividade ruidosa pela autoridade policial quando se verificasse que a atividade tempor ria n o fora licenciada ou estivesse a ser praticada em desrespeito aos condicionalismos estabelecidos na licen a especial de ru do artigo 18 A pr tica de transmiss o sistem tica do teor das licen as especiais de ru do emitidas autoridade policial alertaria os agentes para a ocorr ncia de atividades n o licenciadas ou revelia de um eventual licenciamento dispensando a realiza o de averigua es para aferir da exist ncia de licen as especiais de ru do e do seu teor que a natureza pouco duradoura do evento n o deixa de comprometer Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 41 PROVEDOR DE JUSTI A 5 Regula o de atividades ruidosas Deve ainda ser objeto de ref
160. osos quer por porem em crise o carater bilateral da taxa ao n o consubstanciarem a contrapartida pela presta o de um servi o Admite se que para custear os encargos dos munic pios possa ser cobrada uma taxa de valor reduzido pr fixada em regulamento municipal que corresponda efetiva presta o de um servi o Todavia urgente refletir sobre a conveni ncia em fazer recair sobre o agente econ mico que mant m uma atividade ruidosa os encargos com os ensaios ac sticos em termos que propiciem a sua realiza o pelos servi os municipais Permanece por regulamentar o disposto no artigo 25 do Regulamento Geral do Ru do A simplifica o dos procedimentos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A administrativos de controlo pr vio pressup e o refor o da fiscaliza o sucessiva e da responsabiliza o dos agentes econ micos A atual conjuntura econ mica e a manifesta incapacidade dos munic pios fazerem face aos elevados encargos com a realiza o de ensaios e medi es de ru do sustentam a exig ncia de uma cau o aos que se prop em desenvolver uma atividade potencialmente ruidosa De outro modo seria de obrigar o respons vel pela atividade ruidosa a suportar a primeira medi o subsequente ao in cio da atividade logo que apresentada a primeira reclama o ubi commoda ibi incomoda Tais medidas encontram fundamento no princ pio do poluidor
161. ou eliminando as suas causas O regime institu do pelo atual Regulamento Geral do Ru do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro garantiu as vantagens reconhecidas fiscaliza o a priori designadamente maior efic cia do regime realiza o dos ensaios por conta do promotor da atividade preven o da incomodidade e redu o das situa es de incomodidade sonora corre es no isolamento do recetor dispensando se ainda a realiza o a posteriori de muitas dilig ncias de fiscaliza o cujos custos impendiam em larga medida sobre o particular lesado Este desiderato nas atuais Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A circunst ncias desconsiderado pelo legislador que veio a infletir a sua pol tica de controlo das atividades econ micas e estabelecimentos potencialmente inc modos privilegiando o controlo sucessivo em detrimento da preven o alcan ada por licen as e autoriza es A descarateriza o dos tradicionais procedimentos de licenciamento e autoriza o de atividades e a tendencial elimina o das exig ncias em sede de controlo pr vio implicam a desaplica o de boa parte dos preceitos do Regulamento Geral do Ru do que prosseguem o controlo preventivo e apelam a um incremento do rigor e da efic cia na aplica o dos mecanismos de fiscaliza o sucessiva e a uma menor discricionariedade na aplica o de medidas de pol cia A
162. pagador e beneficiaram a justi a na redistribui o dos custos decorrentes das medidas p blicas de luta contra a degrada o do ambiente Um expediente para obstar a reclama es f teis passaria por estabelecer uma san o pecuni ria para os queixosos que manifestamente abusem do direito a requerer a fiscaliza o do ru do aferido a partir de resultados claramente inferiores aos dos par metros fixados no Regulamento Geral do Ru do No dom nio da acredita o s o conhecidas as dificuldades que os munic pios enfrentam tratando se de um procedimento complexo moroso e oneroso 5 passa se a citar o teor de uma exposi o que nos foi dirigida em 10 12 2010 por vereador da C mara Municipal de Lisboa Ao contr rio de outras entidades nomeadamente as empresas privadas a atividade da CML n o encerra um carater comercial e economicista mas antes procura desenvolver todas as medidas para o controlo e minimiza o dos inc modos causados pelo ru do tendo em vista a prossecu o do bem estar das popula es O processo de acredita o caro e envolve gastos de manuten o o que torna a sua aplica o s entidades fiscalizadoras question vel Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 168 PROVEDOR DE JUSTI A Mereceria a pena promover a agiliza o do procedimento de acredita o para os munic pios promovendo porventura a es de forma o de n cleos associados de
163. para os julgados de paz privilegiando se nestas situa es o exerc cio da media o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 10 Boas pr ticas e modifica es normativas No termo da an lise dos elementos recolhidos e tratados estatisticamente no Relat rio sobre o Inqu rito que vem apresentado pudemos identificar exemplos de boas pr ticas administrativas desenvolvidas em algumas c maras municipais Por outro lado muitas das anteriores interven es do Provedor de Justi a seja atrav s das recomenda es formuladas seja por meio de sugest es observa es e chamadas de aten o permitem sem d vida discernir outras tantas contribui es para o aperfei oamento da aplica o das normas e legais e regulamentares sobre o ru do Houve oportunidade bem assim de refletir criticamente acerca de aspetos desse mesmo direito aplic vel e que ao longo do Relat rio foram recenseados Considerou se que em face das especiais incumb ncias do Provedor de Justi a quer no aperfei oamento 14 da atividade administrativa quer no incremento da qualidade das leis e regulamentos seria til apresentar um Caderno de Boas Pr ticas Administrativas a enviar a todos os munic pios e Associa o Nacional de Munic pios Portugueses de par com um conjunto de sugest es de natureza legislativa a apresentar ao Governo atrav s da Senhora Ministra da Agricultura do Mar do Ambie
164. permanente com os respons veis pelo evento para que em caso de incomodidade seja de imediato tomada conta da Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 95 PROVEDOR DE JUSTI A ocorr ncia e restabelecido o bem estar da popula o identificado na licen a especial de ru do o respons vel e o seu telefone m vel A C M de Gondomar exibe licen as especiais de ru do das quais consta o seguinte se a atividade ruidosa provocar ru do na vizinhan a dever o as autoridades policiais caso sejam chamadas ordenar a redu o do volume de som do sistema sonoro por forma a cessar de imediato a incomodidade e comunicar autarquia A C M de Estarreja disp e que as reclama es s o tratadas com atendimento r pido mediante o contacto pessoal do respons vel Do teor de outras licen as especiais de ru do depreende se que a C M de Faro se reserva o direito de revogar a licen a por reclama es fundamentadas por incomodidade Em locais com anteriores reclama es podem ser impostas condi es mais r gidas ou ser indeferido um novo requerimento Sec o 5 Fiscaliza o 1 Fiscaliza o dos eventos ruidosos Importa em todo o caso considerar que o deferimento de licen as especiais de ru do com fixa o de medidas de preven o e redu o da incomodidade n o basta para assegurar o regular controlo do ru do imputado a estas atividades Na verdade basta que sejam
165. produ o de ru do licitamente apesar de muito superior aos n veis definidos na lei Por outro lado nada impede que a licen a especial seja usada como um instrumento comum sacrificando reiteradamente os mesmos moradores com o ru do de espet culos festas civis e religiosas acad micas ou desportivas Por ltimo justificou se uma an lise espec fica do conjunto das normas tratadas na lei como ru do de vizinhan a delimitando com maior precis o o ru do privado cujos conflitos s podem ser dirimidos judicialmente limitando a interven o das autoridades policiais para que esta seja eficaz aos casos de perturba o da ordem p blica ainda que no interior das edifica es Pretende se refletir sobre as quest es conexas com a aplica o do Regulamento Geral do Ru do na perspetiva de propor medidas que contribuam para o suprimento das defici ncias que obstam ao regular exerc cio dos poderes de fiscaliza o e controlo do ru do quer a t tulo preventivo no mbito de procedimentos de licenciamento autoriza o ou permiss o de opera es urban sticas ou de instala o de estabelecimentos e exerc cio de atividades quer a t tulo sucessivo na sequ ncia das queixas dos mun cipes Do mesmo passo cuidou se de inquirir os munic pios sobre o exerc cio das suas atribui es no dom nio do planeamento Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 53 PROVEDOR DE JUS
166. r a declara o do titular da explora o do estabelecimento de que tomou conhecimento das obriga es decorrentes da legisla o identificada no anexo Ill onde se inclui o Regulamento Geral do Ru do e as respeita integralmente o novo regime implica a derroga o deste regulamento no que toca s exig ncias que ali se estabelecem em sede de controlo pr vio das opera es urban sticas em especial artigos 12 e 13 Estas exig ncias encontram fundamento no princ pio da preven o por for a do qual 2 A n o pron ncia no prazo de 20 dias contado do pagamento das taxas devidas permite a abertura do estabelecimento ou a explora o da atividade revelia dos requisitos em quest o A consulta de outras entidades no mbito do procedimento de comunica o pr via pode ser promovida pelo presidente da c mara e n o suspende o prazo de pron ncia de 20 dias cfr artigo 5 n 4 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 124 PROVEDOR DE JUSTI A todas as a es com um efeito lesivo no ambiente devem ser consideradas de forma antecipada A aus ncia de um procedimento de controlo pr vio de atividades poluentes designadamente de atividades ruidosas suscet vel de comprometer o princ pio da preven o consagrado no artigo 3 da Lei de Bases do Ambiente onde se estipula que as atua es com efeitos imediatos ou a prazo no ambiente devem ser consideradas de
167. r da popula o identificado na licen a especial de ru do o respons vel e o seu telefone m vel 40 certo que as festas tradicionais justificam algumas perturba es e ningu m pode invocar um direito ao absoluto sil ncio alheio mas n o menos verdade que os moradores n o ficam desincumbidos de cumprir os seus deveres Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A laborais ou escolares depois de n o terem dormido sobretudo na v spera de dias teis desej vel que generalidade das festas tradicionais sobretudo aquelas que se prolongam por v rios dias e noites sejam fixadas localiza es rotativas em cada ano para os recintos improvisados de modo a distribuir de modo mais diversificado o sacrif cio com a incomodidade imputada ao ru do Sempre que a localiza o exata seja absolutamente necess ria ao cumprimento da tradi o religiosa ou secular popular ou erudita acad mica ou corporativa a conten o deve ser estipulada com maior rigor 41 Por outro lado as grandes concentra es devidas a espet culos com m sica ao vivo principalmente quando a produ o seja de natureza comercial devem garantir aos moradores nas imedia es dos recintos o alojamento dos seus agregados familiares em local afastado e em instala es dignas e apropriadas 42 As licen as para espet culos devem especificar rigorosamente o local ou os percursos caracteriz
168. relevantes cuja consulta se sugere Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 1 ap PROVEDOR DE JUSTI A Considera es gerais Apesar de a ordem jur dica n o poder garantir um direito ao sil ncio a preserva o do sono e de um m nimo de tranquilidade no interior das habita es integra o conte do essencial do direito fundamental a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado artigo 66 n 1 da Constitui o A exposi o a n veis excessivos de ru do n o uma quest o puramente privada e compromete n o s direitos econ micos sociais e culturais como tamb m alguns direitos liberdades e garantias designadamente a integridade moral e f sica das pessoas artigo 25 n 1 e reserva da intimidade da vida privada e familiar artigo 26 n 1 A les o continuada por ru do excessivo pode revelar se um trato desumano contra a integridade e a sa de f sica e mental cuja proibi o artigo 25 n 2 n o deve simplesmente opor se ao emprego da for a p blica antes cumprindo alargar a respetiva for a jur dica s entidades privadas artigo 18 n 1 Assim se justifica a criminaliza o por danos substanciais imputados polui o sonora artigo 279 n 1 do C digo Penal O ru do hoje comumente reconhecido como um dos fatores dominantes na degrada o do ambiente urbano A les o reiterada ou prolongada do sono e tranqui
169. ribuir Pol cia de Seguran a P blica Guarda Nacional Republicana e s pol cias municipais onde existam meios que lhes permitam uma simples constata o registo da intensidade do ru do propagado pelo evento para melhor permitir aferir da proced ncia de queixas Na verdade impratic vel na maioria das perturba es imputadas a atividades tempor rias proceder verifica o do crit rio da incomodidade sonora que obriga a ensaios v rios em diferentes ocasi es N o se encontrando as atividades tempor rias sujeitas a limites ac sticos exceto quando assumam dura o superior a um m s n o se cuidaria de medir de forma exata e normalizada o ru do Tratar se ia apenas de registar de imediato a maior ou menor intensidade das emiss es sonoras a fim de que os servi os municipais que deferem as licen as possam estimar o impacto da atividade e ponderar a sufici ncia e a adequa o das medidas impostas Cuidar se ia de conferir forma o especializada a pessoal da pol cia municipal e ou eventualmente aos agentes da Guarda Nacional Republicana em especial aqueles que incorporam o Servi o de Prote o da Natureza e Ambiente em termos que lhe permitam avaliar sumariamente a gravidade A ser observado um ru do especialmente perturbador n o se v porque n o possa a autoridade policial determinar desde logo a suspens o da atividade Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013
170. ru do de vizinhan a t m conhecido um incremento expressivo em termos que justificam o seu tratamento na presente investiga o not ria a dificuldade no controlo eficaz do ru do proveniente de atividades dom sticas associadas ao uso habitacional e vida privada por parte dos agentes policiais E da a frustra o do queixoso que se dirige ao Provedor de Justi a Conferindo o legislador s autoridades policiais os poderes de interven o no dom nio da fiscaliza o e controlo do ru do de vizinhan a cingindo se a atua o municipal ao processamento das contraordena es e tomada de decis o artigo 30 n 2 do RGR exclu mos a formula o de quest es relativas aplica o do regime do ru do de vizinhan a do mbito do question rio submetido s autoridades municipais Por norma o queixoso que se dirige ao Provedor de Justi a advertido contra falsas expetativas as averigua es do Provedor de Justi a limitar se o a conferir se a autoridade policial exerceu os poderes que em mat ria de ru do de vizinhan a e de preserva o da ordem p blica a lei lhe confere se constatou a produ o do ru do suscet vel de afetar a Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 156 PROVEDOR DE JUSTI A sa de p blica ou a tranquilidade da vizinhan a e em caso afirmativo se intimou o respons vel a cessar a atividade artigos 24 e 26 9 al nea f
171. s o previstos nas normas do artigo 13 n 1 al nea b e n 8 do RGR Recorde se a prop sito que sob a ep grafe Atividades ruidosas permanentes disp e o artigo 13 n 1 al nea b do RGR que a instala o e o exerc cio de atividades ruidosas permanentes em zonas mistas nas envolventes das zonas sens veis ou mistas ou na proximidade dos recetores sens veis isolados est o sujeitos entre outros ao aa cumprimento do crit rio de incomodidade considerado como a diferen a entre o valor do indicador L ndice Aeq do ru do ambiente determinado durante a ocorr ncia do ru do particular da atividade ou atividades em avalia o e o valor do indicador L ndice Aeg do ru do residual diferen a que n o pode exceder 5 dB A no per odo diurno 4 dB A no per odo do entardecer e 3 dB A no per odo noturno nos termos do anexo ao citado Regulamento do qual faz parte E prev no seu n 8 que quando a atividade n o estiver sujeita a avalia o de impacte ambiental a verifica o do cumprimento do disposto no n 1 da compet ncia da entidade coordenadora do licenciamento e efetuada no mbito do respetivo procedimento de licenciamento autoriza o de instala o ou de altera o de atividades ruidosas permanentes Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Vir amos a este prop sito a obter os dados elencados no gr fico que se segue
172. s Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A custos com a medi o a desloca o e a remunera o dos peritos e outras despesas com materiais equipamentos e despesas administrativas A C mara Municipal de Miranda do Corvo declara cobrar 30 00 e ainda as despesas com a empresa que presta o servi o Em alguns casos a taxa engloba uma componente fixa e uma componente vari vel O Provedor de Justi a j tomou posi o sobre a exig ncia do dep sito de uma cau o nestas situa es na Recomenda o n 13 A 2010 dirigida C mara Municipal de S o Jo o da Madeira argumentando n o poderem os munic pios restaurar por regulamento uma condi o abolida por regulamento de n vel superior artigo 241 da Constitui o e por maioria de raz o atrav s de ato legislativo do art iai 65 Entende o Provedor de Justi a que n o de admitir que um munic pio pretenda transferir para os particulares queixosos os custos de uma tarefa p blica que lhe compete A quest o de ordem p blica e n o apenas privada Al m do mais fazer recair sobre os interessados o nus da prova do il cito seria introduzir um fator de injusti a social extremamente penoso Com efeito s os reclamantes que dispusessem de recursos financeiros para custear as despesas com o ensaio ac stico poderiam ver atendidas as suas interpela es aos munic pios Ao inv s os mais desfavorecido
173. s de preven o e redu o do ru do a observar mas o campo fica por preencher Em id nticas condi es est uma licen a concedida Parque Escolar EPE por um ano pela C M da Figueira da Foz apenas condicionada ao cumprimento do Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro A C M da Horta insere no teor da licen a que autoriza a realiza o de festa ou baile a seguinte men o mbito todos os acontecimentos relacionados com o evento descrito A C M de Loures emitiu 195 licen as para atividades muito diversificadas v g comboio infantil pista autom veis adulto homenagem ora o prova de atletismo cicloturismo 24 horas futebol 7 festival de folclore baile karaoke garraiada noturna festas arraial romaria e bailes desfile infantil de Carnaval conv vio motard noite de m sica portuguesa 4 encontro de tradi es Festa da Flor Feira de Sabores passeio de BTT Santos Populares recria o hist rica concerto 22 semana do Alentejo magusto grava o Morangos com A car partida de t nis de mesa festas anuais circo exposi o Volta ao Mundo em 63 minutos abstendo se de melhor identificar e caraterizar o evento autorizado Al m de n o se encontrar nenhuma justifica o as condi es impostas s o gen ricas e manifestamente insuficientes refer ncia aos limites do RGR Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 90 PROVEDOR DE JUSTI A qua
174. s do artigo 13 n 9 do RGR Procedimentos de controlo pr vio Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 Contudo a frequ ncia no cumprimento desta exig ncia n o absoluta como se pode verificar Frequ ncia da avalia o ac stica nos 49 munic pios que a exigem E Raramente lt 10 E Por vezes gt 10 e lt 80 E Quase sempre gt 80 118 A C M do Porto habilitou nos com n mero total de procedimentos de controlo pr vio de atividades ruidosas permanentes entre 01 12 2009 e 1 12 2010 de 308 n o nos habilitando por m com o n mero de casos em que exigiu a apresenta o de avalia o ac stica Esclareceu a tal prop sito o seguinte Os servi os da Dire o de Ambiente definiram os requisitos e conte do dos relat rios que devem atestar a conformidade com o RGR ver Anexo 2 Todavia mais recentemente a instru o dos pedidos de licen a de obras de edifica o opera es de loteamento obras de urbaniza o dos pedidos de Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A autoriza o de utiliza o altera o de utiliza o feito maioritariamente com base nas declara es prestadas pelos t cnicos autores dos projetos em termo de responsabilidade procedimento que encontra suporte no artigo 13 do RJUE n 8 e 9 e ainda com base nos relat rios de ensaios ac sticos elab
175. s quest es de perturba o ruidosa como alheias s atribui es municipais Das m ltiplas recomenda es e dos relat rios anuais apresentados Assembleia da Rep blica pelo Provedor de Justi a fica claro que o ru do n o levado a s rio por muitos rg os e servi os p blicos que n o raro contemporizam com o interesse econ mico das atividades ruidosas ou simplesmente consideram que na ordem p blica ambiental a incomodidade ruidosa tem um lugar muito modesto Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 49 PROVEDOR DE JUSTI A A posi o de observador privilegiado do Provedor de Justi a de par com a sua miss o de contribuir para o aperfei oamento da atividade administrativa obriga o a refletir de forma sistem tica e continuadamente sobre a aplica o do direito p blico nas situa es que lhe s o expostas pelos administrados Ao mesmo tempo situa o numa posi o mpar dentro do sistema institucional para formular recomenda es sugest es observa es e chamadas de aten o com vista a aperfei oar e a dotar de maior efic cia a atua o administrativa Os cidad os individual ou coletivamente podem e devem contar com a institui o do Provedor de Justi a individual ou coletivamente para fazer valer o seu direito a um ambiente de vida humana sadio e ecologicamente equilibrado O Provedor de Justi a n o tem apenas uma fun o corretiva de ilegalidades e inj
176. s seriam privados de um direito que a todos assiste por igual Por outro lado confiar entidade exploradora a realiza o de medi es oferece menores garantias de imparcialidade abre portas a que venha o Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A reclamado a alterar as condi es de funcionamento na data dos ensaios a fim de ser registado ru do inferior ao habitualmente produzido Importa ver que em tempos o dep sito de cau o chegou a ser objeto de regulamento nacional a Portaria n 326 95 de 4 de outubro 2 s rie contudo o Decreto Lei n 292 2000 de 14 de novembro expressa e inequivocamente revogou dos seus preceitos esta condi o para levar a cabo medi es De resto no pre mbulo do citado decreto o legislador refere se expressamente recomenda o do Provedor de Justi a no sentido de a presta o de cau o dever caber aos agentes econ micos que desenvolvam atividades potencialmente ruidosas a devolver na eventualidade de n o surgirem queixas ou de estas se mostrarem improcedentes No artigo 25 do 2 RGR aprovado pelo Decreto Lei n 9 2007 de 17 de janeiro mant m se id ntica estatui o Aquela revoga o significa sem d vida que desde ent o o dep sito de cau o constitui uma condi o ilegal para todos os aplicadores do RGR ainda que possa vir a admitir se a estipula o de san es para den ncias ab
177. s usados pode contribuir para uma maior responsabiliza o dos agentes econ micos Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 23 PROVEDOR DE JUSTI A 60 N o podem as c maras municipais ficar se pela limita o do hor rio de estabelecimentos que mant m funcionamento irregular sob pena de ignorarem o perigo que o funcionamento desordenado destes estabelecimentos comporta para a urbaniza o a est tica a salubridade a seguran a e a tranquilidade p blicas Vale a pena insistir em que na falta de licenciamento municipal h de presumir se o incumprimento dos requisitos fixados instala o e ao funcionamento destes espa os de divers o 61 N o devem as c maras municipais abster se de cessar a utiliza o de edif cios ou suas fra es por estabelecimentos urban stica e ambientalmente clandestinos sob pena de favorecer os seus propriet rios em face dos agentes econ micos que prestam os mesmos servi os em cumprimento dos requisitos legais e regulamentares com os encargos que isso representa Limitar o hor rio de estabelecimentos irregulares legitimar o seu funcionamento admitir a sua exist ncia ao arrepio da ordem jur dica 62 Um esfor o de maior coordena o entre os servi os municipais de urbanismo ambiente turismo e atividades econ micas algo que muito provavelmente aproveitar a todos garantindo o direito ao descanso e seguran a dos cidad os que
178. scaliza o e do controlo das atividades ruidosas Em caso de queixa a promo o dos ensaios de carateriza o do ru do pelos munic pios refor a a credibilidade das medi es perante os 7 ni 165 reclamantes j que a c mara municipal uma entidade externa ao conflito Dispuseram os munic pios atrav s da Administra o Central da possibilidade de obterem apoios financeiros e de forma o para dotarem os seus servi os de meios e recursos humanos aptos a procederem a medi es Todavia s um n mero reduzido de munic pios beneficiou proveitosamente desses apoios para o exerc cio das compet ncias que o RGR confere s autarquias em sede de fiscaliza o de ru do Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A S o muitos os munic pios que recorrem ao servi o de entidades acreditadas seja por falta de meios seja por n o estarem acreditados no mbito do Sistema Nacional de Qualidade conforme exigido no artigo 34 do RGR Admite se que a fiscaliza o do ru do seja mais dif cil em munic pios com menos meios nos quais se encontra dispon vel um n mero reduzido de funcion rios e pessoal t cnico ainda que tais circunst ncias n o possam implicar a recusa do exerc cio das compet ncias previstas no RGR quanto s atividades ruidosas Ter o pois que ser encontradas solu es alternativas que passar o pela coopera o com os munic p
179. smo cabendo equipa multidisciplinar trabalhar em rede interligando v rias reas de interven o da c mara e institui es do concelho p blicas e privadas O volunt rio uma vez no terreno ter de ser um mediador neutro e imparcial para encontrar uma solu o satisfat ria Com esta iniciativa a C mara pretende responder s necessidades dos cidad os em mat ria de seguran a e prote o refor ar o tecido social na comunidade e sensibilizar os cidad os para um modo alternativo de gest o de conflitos evitando o recurso ao sistema judicial ALFREDO TEIXEIRA Di rio de Not cias 05 12 2010 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 160 Sec o 10 Avalia o e linhas de aperfei oamento administrativo e legislativo 1 Incremento das boas pr ticas administrativa e da qualidade do direito aplic vel pol cia do ru do Importa refletir sobre a oportunidade de modifica es legislativas que permitam maior efic cia da atua o administrativa na preven o e controlo do ru do urbano e confiram maiores garantias aos administrados O aperfei oamento da pol cia do ru do passa ainda por medidas administrativas e de fomento que atenuem os efeitos da manifesta escassez de recursos A Lei de Bases do Ambiente Lei n 11 87 de 7 de abril exige a E considera o de forma antecipada das atua es com efeitos a prazo e suscet veis de alterar a qualidade do ambiente reduzindo
180. sociados de munic pios sob a coordena o da APA Julga se haver muito por onde dispensar formalidades n o essenciais reduzir prazos e rever custos Ainda para os munic pios que ainda n o disponham de meios e recursos humanos e t cnicos seria de instituir a es de forma o conjunta na perspetiva do alargamento dos benefici rios da sua eventual associa o na aquisi o e partilha de recursos e da redu o dos encargos Com efeito a exiguidade territorial e populacional de muitos munic pios pode aconselhar a partilha de meios num dom nio onde a autonomia de cada munic pio tem pouca express o pois tratase de opera es materiais de medi o criteriosamente disciplinadas por normas t cnicas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 39 PROVEDOR DE JUSTI A 3 Licen as especiais de ru do P de verificar se como pouco significativo o n mero de autoridades municipais que condicionam a licen a especial de ru do ocorr ncia de circunst ncias excecionais e muito reduzido o volume das que cumprem o disposto na lei justificando os motivos determinantes do licenciamento Em face da pr tica administrativa observada questiona se a conveni ncia de condicionar o deferimento de licen as especiais de ru do natureza excecional do evento Compreende se que aquilo que excecional num munic pio possa ser comum noutro Admite se que nos concelhos menos populosos e com
181. stificam a interven o das for as policiais s o alheios a meros conflitos de vizinhan a sem express o no dom nio da ordem p blica e por isso Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 158 PROVEDOR DE JUSTI A mesmo insuficientes para legitimar o exerc cio do poder coativo do Estado A altera o legislativa desejada pelo queixoso traduzir se ia numa legitima o desproporcionada da interven o policial no seio da esfera da reserva da vida privada e bem assim na eventual viola o da reserva de jurisdi o dos tribunais Pelo contr rio a interven o do poder judicial mostra se necess ria para garantir a justa composi o do lit gio em presen a na medida em que mais do que o interesse p blico que s autoridades administrativas incumbe exclusivamente prosseguir o ru do de vizinhan a contende com direitos subjetivos com express o individual Sempre que poss vel dever recorrer se aos servi os do julgado de paz considerando a menor onerosidade e a maior celeridade do procedimento por confronto com o processo jurisdicional Os interessados t m ao seu dispor o servi o de media o competente para mediar quaisquer lit gios ainda que exclu dos da compet ncia do julgado de paz com exce o dos que tenham por objeto direitos indispon veis sabido por m que ainda nem todos os concelhos disp em de julgados de paz instalados A C mara Municipal de Matosin
182. t cnicas fixadas e do impacto ambiental do evento Cabe lhes exercer maior vigil ncia perante atividades suscet veis de causar maior incomodidade em fun o da pot ncia do equipamento das especiais condi es de propaga o do ru do quanto a eventos na via p blica e demais lugares p blicos ou em espa os abertos do historial de reclama es e outras circunst ncias de que tenham conhecimento 46 Devem as autoridades municipais acautelar o cumprimento dos valores limite constantes do disposto no artigo 15 n 5 do Regulamento Geral do Ru do quando da realiza o de um evento de iniciativa municipal cabendo lhes adotar os meios e procedimentos t cnicos para o efeito ajustados 4 A pr tica de transmiss o sistem tica do teor das licen as especiais de ru do autoridade policial melhor alertar os agentes para a ocorr ncia de atividades il cita por falta de ler ou desrespeito dos seus condicionantes Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 19 ap PROVEDOR DE JUSTI A 47 Os munic pios n o podem dispensar se de executar ensaios ac sticos para aferir dos n veis de incomodidade das atividades ruidosas tempor rias em especial quando os ndices de ru do assumam particular express o 48 Cuidar se ia ainda de fiscalizar o exerc cio de atividades ruidosas tempor rias e de incentivar o poder de suspender o uso conferido s autoridades policiais nas sit
183. tica como tem vindo a ser dado conta nos relat rios de atividade do Provedor de Justi a O Provedor de Justi a no mbito das queixas apresentadas tem vindo a insistir junto das entidades visadas pela import ncia de aplica o destas medidas fazendo notar que a omiss o das medidas necess rias potencia naturalmente a perpetua o da infra o criando um pernicioso sentimento de impunidade que favorece a reincid ncia destes comportamentos revelia do legalmente prescrito E a sua aplica o tanto mais importante em mat ria de incomodidade sonora quanto est em causa o princ pio da preven o do dano Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A ambiental tendo presente que muitos deste danos provocados s o irrevers veis A simplifica o dos procedimentos de controlo pr vio das atividades econ micas postula a maior confian a nos agentes econ micas e por maioria de raz o a sua maior responsabiliza o Ao menor rigor no controlo preventivo h de corresponder o incremento da fiscaliza o sucessiva e a maior efic cia na ado o de medidas de pol cia ambiental Julga se conveniente incrementar o exerc cio dos poderes de pol cia administrativa para adequada preserva o da tranquilidade p blica Cabe nos aqui referir o entendimento expresso por DULCE LOPES in Direito Regional e Local n 17 janeiro mar o 2012 CEJUR
184. tica sem ensaios e no caso de Chaves por colabora o da PSP A C M de Oliveira de Azem is declara que apenas a PSP fiscaliza A C M de Const ncia por seu turno n o nos d conhecimento de uma nica a o de fiscaliza o mas informa que sempre que emite uma licen a d conhecimento GNR A C M de Torres Vedras considera 18 5 adia 4 As respostas prestadas apontam nomeadamente para 7 licen as especiais de ru do fiscalizadas entre 497 ler com promo o de 7 ensaios 7 licen as especiais de ru do fiscalizadas em 123 emitidas sem ensaios 53 licen as especiais de ru do fiscalizadas em 60 com promo o de um nico ensaio 40 das licen as especiais de ru do fiscalizadas com promo o de ensaios em 20 dos casos 5 licen as especiais de ru do fiscalizadas sem ensaios 10 licen as especiais de ru do fiscalizadas em 74 uma licen as especiais de ru do fiscalizada em 279 sem promo o de ensaios 10 licen as especiais de ru do fiscalizadas sem ensaios 5 licen as especiais de ru do fiscalizadas sem ensaios 2 licen as especiais de ru do fiscalizadas em 82 sem ensaios 30 licen as especiais de ru do fiscalizadas em 61 concedidas Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 99 PROVEDOR DE JUSTI A inexplic vel que os agentes de autoridade PSP e ou GNR n o estejam munidos de aparelhos que possam fazer a medi o imposta do ru do existente Se estas f
185. timidade da vida privada e familiar para poderem ser sujeitos a um regime semelhante ao das atividades econ micas ruidosas F lo por m numa express o desastrada n o apenas por deixar escapar ao nomen juris o seu mbito caracter stico tratar se de ru do dom stico Na verdade a pr pria defini o deixa ainda escapar aquilo que como vimos tamb m lhe pr prio ser fortuito avulso imprevis vel Este ru do de vizinhan a perturba certamente mas n o tanto por ser duradouro continuado e demasiado intenso o ladrar de um c o na varanda o conv vio familiar os gritos e vozearias de uma alterca o familiar o funcionamento de eletrodom sticos na calada da noite ou o ensaio musical A partir daqui ingressa se na zona nebulosa do que sejam atividades inerentes ao uso habitacional a pequena ind stria caseira as mudan as do recheio a celebra o de um anivers rio pela Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 154 PROVEDOR DE JUSTI A noite dentro As obras interiores dessas cuida especificamente o artigo 16 Parece not rio que a prote o contra estes factos ruidosos n o se compadece com a marca o de um ensaio de medi o com a chegada do son metro e dos seus operadores qualificados Por isso o legislador confiou s autoridades policiais o poder de qualificar certo ru do como suscet vel de afetar a sa de p blica ou a tranquilidade da vizinhan a de
186. tituir um s rio impedimento a muitos mun cipes os de menores recursos e por esse motivo este rg o do Estado recomendou em tempo a supress o deste meio de modera o e veio a ser expressamente revogada a Portaria n 326 95 de 4 de outubro Em 2000 surgiu a licen a especial de ru do como medida de pol cia que se pretendia vir a trazer algum compromisso na pondera o entre a liberaliza o completa do ru do ou as interdi es absolutas Cedo se revelou contudo um expediente demasiado exposto a um exerc cio deficit rio primeiro a falta de contingentes para o deferimento de licen as em zonas permanentemente fustigadas por espet culos ruidosos festividades competi es desportivas segundo a recorrente falta de condi es impostas com a licen a como se este ato se revelasse uma esp cie de credencial para suspender a lei e os direitos de personalidade que reflexamente protege terceiro o interesse n o despiciendo nas receitas arrecadadas pelas taxas a liquidar pelo deferimento mas n o pela recusa um pouco como se o sil ncio fosse um bem jur dico alienado parcelarmente Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 52 PROVEDOR DE JUSTI A Do mesmo passo cuidou se de tratar a quest o dos limites das licen as especiais de ru do O seu deferimento sem condicionantes vinculados nem fiscaliza o do cumprimento acaba por mostrar se um expediente perverso de facultar a
187. tru o dos processos abertos com base em queixas dirigidas a este rg o do Estado com fundamento em incomodidade ruidosa revela uma incipiente aplica o das disposi es que se cont m nos artigos 12 n 6 e 13 n 1 do RGR em termos que nos induzem a concluir pela sistem tica desaplica o destes preceitos em desconsidera o dos fins que os norteiam Por outro lado impressivo verificar i que apenas seis munic pios disp em de plano de redu o de ru do cujo objetivo a melhoria das situa es de excesso de ru do ambiente e ii que a apresenta o de relat rio sobre ambiente ac stico apenas ocorreu em 25 munic pios Tamb m no que respeita elabora o de mapas estrat gicos de ru do e de planos de a o relativos a grandes aglomera es se conclui pelo n o cumprimento por parte dos munic pios das obriga es calendarizadas no Decreto Lei n 146 2006 de 31 de julho O RGR interdita o licenciamento ou a autoriza o de novos edif cios destinados a habita o escolas hospitais ou similares e a espa os de lazer nas situa es em que ocorra a viola o dos valores limite de exposi o ao ru do fixados no artigo 11 2 do RGR Ora neste artigo 11 2 estabelecem se diferentes valores em fun o da classifica o de uma zona como mista ou sens vel e consoante o per odo refer ncia diurno entardecer noturno Tamb m a instala o e o exerc cio de atividades ruidosas permanentes em zon
188. u do e dos planos de a o para as aglomera es compete aos servi os municipais e as respetivas aprova o e altera o competem assembleia municipal 152 sob proposta da c mara municipal artigo 4 n 2 do Decreto Lei n 146 2006 O Decreto Lei n 146 2006 estabeleceu uma primeira fase na qual apenas os munic pios com mais de 250 000 residentes providenciam pela elabora o de mapas estrat gicos de ru do e planos de a o que devem ser transmitidos APA Por tal motivo a quest o sobre a elabora o de mapa estrat gico de ru do foi unicamente colocada s autarquias de Lisboa e Porto tendo ambas respondido afirmativamente Todavia informou a APA no ano de 2012 n o lhe ter sido ainda enviado o mapa estrat gico de ru do do Porto A n o rece o do mapa foi confirmada informalmente no ano de 2013 Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 Os mapas estrat gicos de ru do relativos s restantes as aglomera es com mais de 100 000 habitantes e densidade populacional superior a 2500 habitantes km2 deveriam ter sido comunicados APA at 31 de mar o de 2012 artigo 9 n 4 do Decreto Lei n 146 2006 o que n o sucedeu Esta ag ncia esclareceu estar em curso a elabora o de mapas estrat gicos de ru do nos concelhos da Amadora Matosinhos Odivelas e Oeiras Sec o 9 Ru do de vizinhan a Ru do de vizinhan a express o que surge de modo
189. u evento ruidoso Observou se ainda um n mero restrito de c maras municipais que afirmam ter deferido licen as especiais pese embora nos enviem c pias de alvar s de licen a de recinto ou meras guias contabil sticas ou outros documentos que n o reproduzem nem a licen a nem o alvar de licen a especial de ru do ex despacho de deferimento exarado sobre o pr prio requerimento da licen a O n mero de c maras municipais que declara ter promovido a es de fiscaliza o do cumprimento das condi es licenciadas muito reduzido Note se que algumas de entre estas t o pouco fixam verdadeiras medidas de preven o e redu o do ru do como se depreende da aprecia o dos alvar s cujas c pias exibem Na aprecia o deste item ponto 2 4 estimou se a totalidade das c maras municipais que afirma ter levado a cabo a es de fiscaliza o abstraindo se da natureza das Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 13 PROVEDOR DE JUSTI A condi es fixadas nos alvar s Admite se que podem ser objeto de fiscaliza o o cumprimento do hor rio autorizado que isoladamente n o equivale a uma medida de preven o e redu o do ru do mas pode concorrer para a preserva o da tranquilidade e outros aspetos tais como a natureza das atividades de divers o levadas a cabo que poder o extrapolar as atividades ou eventos autorizados e o modo como se desenrolam Os 82 5 2 6
190. ua es em que n o seja exibida licen a especial de ru do ou n o se mostrem observadas as suas condicionantes IV Atividades permanentes A Controlo da utiliza o das edifica es suas fra es e outros locais 49 A designa o gen rica de com rcio no conte do das autoriza es de utiliza o e sobretudo em antigas licen as n o deve considerar se como suficiente para instalar estabelecimentos ou praticar atividades que se encontrem subordinadas a normas espec ficas como o caso da atividade de restaura o O conceito urban stico de com rcio n o pode ser delimitado a partir das normas privadas de direito comercial designadamente por apelo no o jur dica de ato de com rcio artigo 2 do C digo Comercial antes deve circunscrever se a atividades econ micas limitadas compra e venda de bens j produzidos ou confecionados Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 50 indispens vel n o confundir a verifica o dos requisitos ac sticos dos edif cios prevista no artigo 12 n 5 do RGR e cujo objeto a constru o e suas qualidades de isolamento com a verifica o dos n veis de ru do imputados a uma determinada atividade 51 Decerto que uma boa parte dos problemas causados pela explora o de atividades ruidosas no per odo noturno em particular quando se registam elevadas aglomera es v g Santos O Velho Bairro
191. udo no controlo das atividades ruidosas quer se trate de eventos de natureza tempor ria quer de atividades continuadas ou permanentes seja no do planeamento territorial As limita es de recursos humanos e t cnicos a par das restri es or amentais prejudicam a regular fiscaliza o dos par metros fixados na lei a qual pressup e a realiza o de medi es ac sticas executadas por recurso a son metros e a t cnicos devidamente qualificados Alguns instrumentos legislativos contribuem para a desconsidera o daqueles preceitos regulamentares o legislador descarateriza os procedimentos de licenciamento e autoriza o de atividades institui regimes de mera declara o ou comunica o pr via abolindo progressivamente as exig ncias em sede de controlo pr vio Os prop sitos muito louv veis de simplifica o administrativa n o devem perder de vista que a preven o ambiental em larga medida conseguida atrav s das licen as e autoriza es administrativas n o s pela verifica o dos pressupostos e requisitos legais e regulamentares como tamb m na estipula o de condi es acess rias certo que se pretende incrementar o controlo sucessivo a uma maior confian a depositada nos agentes econ micos no momento em que se prop e iniciar uma atividade ou prestar um servi o h de corresponder uma maior Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 36 PROVEDOR DE JUS
192. ue ateste a conformidade da execu o dos projetos de especialidade com os aprovados ou apresentados o legislador prescinde da exig ncia de apresenta o de certifica es aprova es Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 122 PROVEDOR DE JUSTI A O Decreto Lei n 48 2011 de 1 de abril veio estabelecer um regime simplificado para a instala o e a modifica o de estabelecimentos de restaura o e bebidas de com rcio de bens de presta o de servi os ou de armazenagem o denominado licenciamento zero A permiss o administrativa licen a ou autoriza o de utiliza o d lugar a uma mera comunica o pr via num balc o nico eletr nico da informa o que indicia o cumprimento dos requisitos legais aplic veis A declara o pr via que habilita a imediata explora o sujeita apenas ao pagamento das taxas devidas instru da com declara o do titular da explora o do estabelecimento de que tomou conhecimento das obriga es legais e de que as respeita integralmente artigo 4 O hor rio de funcionamento deixa do mesmo modo de depender de autoriza o ou de qualquer ato permissivo devendo o titular da explora o proceder comunica o pr via no balc o do empreendedor De referir ainda a faculdade de ser requerida a dispensa pr via do cumprimento de alguns requisitos legais ou regulamentares aplic veis s instala es aos equipamentos
193. ue se mostrem adequadas nos termos do disposto na Lei n 50 2006 de 29 de agosto contraordena es ambientais Como se v a aplica o de san es acess rias ou de apreens es cautelares muito pouco expressiva ou seja apenas 12 7 dos munic pios as aplicaram ou seja o munic pio de Aveiro 3 Cartaxo 1 Cascais Lisboa 8 Loul 3 Matosinhos 3 Portim o 1 A entidade competente para aplica o da coima pode proceder a apreens es cautelares e aplicar as san es acess rias que se mostrem adequadas nos termos do disposto na Lei n 50 2006 de 29 de Agosto Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A 5 Observa es sobre a aplica o de medidas de pol cia administrativa e san es acess rias preocupante parece nos a escassa ado o de medidas de pol cia administrativa considerando que se trata do principal instrumento para fazer repor a legalidade ambiental Sup e se que estes n meros estejam relacionados com a falta de a es de fiscaliza o ou com a falta de meios para comprovar as infra es T m se ainda verificado alguns casos de resist ncia aplica o mesmo quando comprovado o incumprimento do Regulamento Geral do Ru do 134 A in rcia na ado o de medidas de pol cia administrativa e san es acess rias ali s transversal a v rios setores da atividade administrativa ambiental e urban s
194. unicipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 128 PROVEDOR DE JUSTI A Apesar da fulcral import ncia da aplica o destas medidas veremos que a sua aplica o muito reduzida como melhor se ilustra no quadro e gr ficos infra A an lise dos dados que nos foram facultados permite desde logo concluir que 162 munic pios de entre os 244 que colaboraram na resposta ao inqu rito ou seja 66 3 informaram que n o foram adotadas quaisquer medidas administrativas Aplica o de medidas de pol cia administrativa do ru do 129 E n o aplicaram medidas E aplicaram entre 1 a 10 E aplicaram entre 11 a 30 E aplicaram entre 68 a 80 2 Suspens o de atividades ruidosas De entre os 33 munic pios que afirmaram terem sido adotadas medidas apenas 27 7 declara ter recebido autos de suspens o da Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A atividade ruidosa lavrados pela autoridade policial ao abrigo do artigo 18 2 do Regulamento Geral do Ru do Ou seja de entre aqueles munic pios 72 3 declararam n o terem conhecimento da aplica o de qualquer suspens o pela autoridade policial Se ao inv s de considerarmos o n mero de munic pios em que foi adotada alguma das medidas analisadas neste cap tulo considerarmos o n mero de munic pios que colaborou no inqu rito a percentagem diminui para 18 4 Apenas em dois munic pios o da Figue
195. unst ncia de os mun cipes promotores de atividade ruidosa alvo de uma queixa quando confrontados com notifica o para apresenta o de relat rio demonstrativo do cumprimento do crit rio da incomodidade sonora se di absterem frequentemente de dar cumprimento ao determinado no prazo fixado beneficiando de sucessivas dila es Ora nestas situa es persistindo a explora o reclamada sem que se mostre devidamente fundamentado mediante a realiza o de ensaios de ru do de acordo com os procedimentos e a normaliza o aprovada o preju zo para o interesse p blico v m as c maras municipais postergando a tomada de provid ncias restritivas N o se dispondo o promotor da atividade que fonte de incomodidade para terceiros a avaliar os n veis de ru do produzidos nos termos determinados pela entidade com poderes de superintend ncia t cnica sem que se verifique circunst ncia justificativa dessa omiss o poder subsistir por um per odo demasiado prolongado Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A ou por tempo indefinido o preju zo para os moradores que reclamem a reposi o do descanso no per odo noturno A certifica o por entidade devidamente acreditada dos requisitos ac sticos dos edif cios e bem assim dos limites ac sticos aplic veis por for a dos artigos 11 e 13 do RGR limites de exposi o e crit rio de incomodidade n o t
196. usivas caluniosas ou por qualquer outro modo contr rias ao princ pio da boa f tendo presente que este vincula tamb m os administrados nas suas rela es jur dicas administrativas artigo 6 do C digo do Procedimento Administrativo Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 PROVEDOR DE JUSTI A Outros munic pios condicionam a realiza o da medi o ac stica ao pagamento de uma taxa prevista em regulamentos municipais divulgados no s tio eletr nico do munic pio e por vezes publicados no Di rio da Rep blica conforme foi verificado O valor das taxas respeitantes s medi es ac sticas varia de munic pio para munic pio Nalguns casos chega a ser superior a 500 00 Almeirim Arcos de Valdevez Bragan a Estarreja Montemor o Velho P voa do Varzim e Condeixa a Nova noutros inferior a 100 00 M rtola Mour o Vila do Porto Vila Franca do Campo Santa Maria da Feira Vari veis s o tamb m os crit rios utilizados para determina o do valor da taxa ainda que seja recorrente o agravamento do valor quando o servi o prestado no per odo noturno fins de semana ou feriados Dos 32 munic pios 87 que responderam exigir ao queixoso o pagamento de uma taxa ou cau o quando h medi es de ru do apenas quatro n o indicaram a fundamenta o jur dica Em tais casos Lourinh Moura Mur a e Viana do castelo n o existir uma rela o jur dico tribut
197. usti a 2013 146 PROVEDOR DE JUSTI A No artigo 8 n 1 do RGR estabelece se que os munic pios t m a obriga o de corrigir as situa es em que se verifiquem que s o ultrapassados os n veis sonoros m ximos permitidos relativamente a ru do ambiente atrav s de planos municipais de redu o de ru do O prazo determinado para o estabelecimento de medidas tendentes a alcan ar este objetivo foi de dois anos desde a entrada em vigor do RGR No entanto as informa es coligidas permitem concluir pelo insuficiente cumprimento desta obriga o legal Os limites m ximos de exposi o ao ru do ambiente exterior de acordo com a classifica o da zona s o os seguintes Zonas mistas n o devem ficar expostas a ru do ambiente exterior superior a 65 dB A expresso pelo indicador de ru do diurno entardecer noturno Lden e superior a 55 dB A expresso pelo indicador de ru do noturno Ln Zonas sens veis n o devem ficar expostas a ru do ambiente exterior superior a 55 dB A expresso pelo indicador de ru do Lden e superior a 45 dB A expresso pelo indicador de ru do Ln quando exista nas proximidades a explora o de uma grande infraestrutura de transporte n o devem ficar expostas a ru do ambiente exterior superior a 65 dB A b Quantifica o para as zonas referidas no n 1 do artigo anterior da redu o global de ru do ambiente exterior relativa aos indicadores Lden e Ln c Quanti
198. usti as Tem tamb m uma importante fun o preventiva na tutela dos direitos fundamentais dos cidad os e na preven o da les o da sua esfera jur dica Este escopo preventivo assume particular express o no que concerne ao direito fundamental a um ambiente tranquilo onde dada a natureza dos bens protegidos o dano dif cil de quantificar e o preju zo para os cidad os dificilmente revers vel Os custos sociais e econ micos da passividade e permissividade da Administra o perante o exerc cio das atividades poluente s o imensos Basta representar o preju zo para a qualidade do ar para a tranquilidade p blica a contamina o dos solos ou dos recursos h dricos a desfloresta o e as suas repercuss es no dom nio Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 50 PROVEDOR DE JUSTI A da sa de da popula o absorvendo uma quota n o despicienda dos recursos humanos e financeiros do sistema nacional de sa de A t tulo ilustrativo assinala se que no ano de 2011 foram recebidas 80 queixas por ru do ambiental que se distribuem entre restaurantes bares e discotecas 38 por vezes instalados em edif cios multifamiliares sem isolamento tr fego 10 sobretudo rodovi rio ru do de vizinhan a dom stica 10 com rcio e servi os 9 designadamente cabeleireiros gin sios e oficinas de autom veis espet culos noturnos na via p blica 6 atividades industriais 4 e outros
199. utoridades municipais que de entre as inquiridas declaram ter levado a cabo a es de fiscaliza o das atividades licenciadas 28 entre as 222 i e perfazendo 12 7 Assinala se que cerca de 84 187 em 222 n o fiscalizaram tanto quanto nos dado constatar a observ ncia de uma nica licen a de entre as emitidas no per odo de um ano Sete n o prestaram resposta a este item 3 2 O controlo parece esgotar se na pr pria atribui o da licen a Entre as 28 c maras municipais que declaram ter promovido uma ou mais fiscaliza es 10 declaram ter feito um ou mais ensaios ac sticos o que equivale a 35 7 do universo que declara ter fiscalizado A escassez Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 98 PROVEDOR DE JUSTI A de meios t cnicos e humanos que viabilizem a realiza o de ensaios ac sticos permite explicar o n mero extremamente reduzido de medi es t cnicas Lisboa parece ser a c mara municipal que mais a es de fiscaliza o levou a cabo declarando ter emitido 733 licen as especiais de ru do cujo cumprimento das condi es fiscalizou cerca de 40 e realizou ensaios em 20 dos casos J a C M do Porto declara ter fiscalizado sem promo o de ensaios 12 em 570 licen as especiais de ru do Algumas c maras municipais afirmam exercer uma fiscaliza o sistem tica Assim a C M de Chaves e a C M do Barreiro declaram fiscaliza o sistem
200. ves para a sa de humana e para o bem estar das popula es em resultado de atividades que violem o disposto no Regulamento Como referimos a aplica o desta disposi o est dependente n o s da verifica o do incumprimento do RGR como tamb m da realiza o de um ju zo de valor de tal forma subjetivo que pode dificultar ou levar hesita o na sua aplica o por parte das entidades competentes Medidas cautelares E n o aplicaram medidas E aplicaram entre 1 a 10 E aplicaram entre 22 a 30 E aplicou 70 3 1 As entidades fiscalizadoras podem ordenar a ado o das medidas imprescind veis para evitar a produ o de danos graves para a sa de humana e para o bem estar das popula es em resultado de atividades que violem o disposto no presente Regulamento 2 As medidas referidas no n mero anterior podem consistir na suspens o da atividade no encerramento preventivo do estabelecimento ou na apreens o de equipamento por determinado per odo de tempo 3 As medidas cautelares presumem se decis es urgentes devendo a entidade competente sempre que poss vel proceder audi ncia do interessado concedendo lhe prazo n o inferior a tr s dias para se pronunciar Boas Pr ticas no Controlo Municipal do Ru do Provedor de Justi a 2013 131 PROVEDOR DE JUSTI A As medidas referidas no n mero anterior podem consistir i na suspens o da atividade ii no encerramento preventivo do estabele

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído

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