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Orientação vocacional de jovens surdos no 3º ciclo

1. mas era preciso que os alunos estivessem mais fora visitassem mais 47 A orienta o vocacional dos alunos surdos deve recorrer a mais sa das de campo coisas e n o sempre as mesma coisas porque eu acho que para os surdos s o sempre oferecidas as pinturas de azulejos as coisas que acham que s para surdos e eu acho que os surdos podiam fazer mais Depois preciso a reflex o e s ntese na escola Independentemente eu acho que sempre preciso fazer uma reflex o uma s ntese 48 necess rio reflectir sobre o trabalho de orienta o vocacional desenvolvido Esta escola ainda tem uma situa o que n o a mais favor vel portanto a nossa psic loga tem feito a orienta o vocacional de todos os alunos E uma pessoa que n o sabe l ngua gestual tem sempre int rprete e quando eu digo que a nossa psic loga n o uma pessoa muito especializada ou nada especializada em surdos 49 A psic loga da escola que faz a orienta o dos surdos n o sabe LGP Por isso que n s temos agora uma parceria com uma associa o e temos uma psic loga c doze horas s s o doze horas mas tamb m s o 63 alunos mas com este n mero de alunos d vamos para a termos a tempo inteiro mas n o podemos Uma psic loga que trabalha com surdos que fala l ngua gestual que tem uma grande experi ncia com surdos Essa psic loga est a come ar
2. mas eu comecei a notar que fazer isso s no nono ano era muito apertado Portanto senti que alguns dos nossos alunos chegavam ao final do ano muito baralhados e uma das coisas que vou estar tamb m muito atenta o trabalho de orienta o e de forma o vocacional no pr prio oitavo ano porque n o temos turma de surdos no nono ano neste ano n o h Temos dois surdos que s o surdos severos moderados temos um moderado e outro severo portanto n o tenho surdos profundos no nono ano este ano portanto o trabalho a ser feito ao n vel do oitavo ano Apesar de n o ser eu a professora directamente com eles o facto de ser coordenadora comecei a contactar com eles todos com pais com colegas e isso come ou a preocupar me Ent o no segundo ano fiz uma proposta para que fosse alargada essa situa o rea de projecto logo no oitavo ano Foi o que ela come ou a fazer e a psic loga achou tamb m isso interessante falou com os colegas da rea projecto que tinham a turma de surdos e come aram a fazer o trabalho logo no oitavo ano de exactamente n o propriamente de orienta o vocacional mas de forma o vocacional que foi orientar a rea de projecto para as profiss es para o conhecimento das profiss es e para visitas de estudo nessa rea e eu penso que foi muito mais interessante do que algumas sess es no nono ano S o sess es sema
3. Em rela o s quest es que colocamos inicialmente em rela o ao facto de dever existir um programa para todos os alunos somos da opini o que dever existir um programa de base igual para todos com sess es individuais para atender diversidade de cada aluno dada a heterogeneidade do grupo Em rela o s escolas cada uma deve ajustar o programa sua realidade escolar Perante as conclus es ela es deste cap tulo consideramos importante referir novamente o estudo de Punch 2005 em rela o aos alunos surdos da Austr lia a quem foi dado um acompanhamento diferenciado no seu percurso escolar embora n o seja referido no estudo em que moldes que levou a que os alunos pontuassem nos testes de desenvolvimento da carreira ao mesmo n vel dos seus pares ouvintes havendo itens em que at pontuaram acima Assim somos da opini o que uma interven o programada impreterivelmente sistem tica e prolongada no tempo poder trazer a estes alunos ganhos substanciais nas reas em que pontuam abaixo dos seus pares supra citadas contribuindo para a sua capacita o e indo ao encontro das suas expectativas Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 114 A partir dos resultados obtidos neste estudo poder amos delinear linhas orientadoras para um programa de orienta o vocacional diferenciado para alunos surdos no 3 ciclo que resolvesse minimizasse as dificuldades referidas neste estudo Propom
4. H uma m dica em Evora surda profunda Claro que optou pela especialidade de radiologia portanto faz os diagn sticos faz as cartas n o tem grande contacto com o p blico Era a especialidade que era mais f cil tamb m para a situa o dela Depois vais ter que perceber qual ser a melhor especialidade para ti se de facto seguires essa rea vais ver que depois h algumas especialidades que preciso muito contacto com as pessoas o Estado n o te vai ter um int rprete entre ti e o doente E preciso dizer isto aos alunos Mas eu acho que perfeitamente poss vel Agora por exemplo n o podem ser pilotos de avi o porque isso j n o podem ser Tamb m lhes digo que n o poss vel ser piloto de avi o portanto h coisas que n o podem ser mas h outras que podem 39 H algumas limita es que os leva a terem dificuldades ao aceder a determinadas profiss es ou reas profissionais perfeitamente que eu acho que seria poss vel se ele n o tivesse outras limita es mas estou a pensar que ele possa ir em frente um trabalho em que tem de haver muita conversa eu tenho que estar atenta ao que o meu colega me diz e a trabalhar ou posso olhar para o meu colega quando ele me fala Quer dizer basta isto isso uma coisa t o simples que um surdo n o pode fazer n o Os surdos n o podem continuar a trabalhar e a receber ordens ou instru es portanto isto mu
5. preciso dizer isto aos alunos Mas eu acho que perfeitamente poss vel Agora por exemplo n o podem ser pilotos de avi o porque isso j n o podem ser Tamb m lhes digo que n o poss vel ser piloto de avi o portanto h coisas que n o podem ser mas h outras que podem perfeitamente JM Considera que existem aspectos particulares digamos aqui dificuldades mesmo na rea espec ficos na rea da forma o vocacional dos surdos h coisas que temos que ter mais cuidado porque surdo porque n o ouve porque n o t m interac es com os pais como os outros t m a n vel de audi o conversas paralelas conversas no autocarro conversas pronto entre os familiares ou at entre os amigos da fam lia H determinadas especificidades que na forma o vocacional temos que tomar em considera o P1B Sim totalmente Da por isso que temos que come ar mais cedo com os alunos surdos e proporcionar lhes mais visitas mais sa das mais contacto com as diferentes profiss es Porque falta essa mem ria auditiva esse escutar situa es que qualquer crian a que brinca vai ouvindo e percebe detalhes que o pai conta da sua profiss o ou o tio ou que fala de algu m que tem essa profiss o e que s crian as surdas passam ao lado Portanto isso como em tudo eu penso que uma rea como nas outras reas Temos que esmiu ar explicar tudo proporcionar ao aluno o contacto de mais viv ncias Enq
6. JM E diz me uma coisa lembras te quantas vezes tu foste psic loga para falar sobre isso A1 la sempre s segundas feiras JM las sempre s segundas feiras no 8 A1 No 8 e no 9 JM No 8 e no 9 A1 2 anos Foi durante 2 anos JM E falaram sobre isso falaram sobre a tua profiss o A1 Sim JM Tu tamb m disseste que a professora da Educa o Especial tamb m falou contigo sobre isso Isso em que ano que foi A1 E tamb m com a psic loga fomos os 3 JM Foram juntos Isso quantos anos que foi A1 Foi no 8 e no 9 foi nos 2 anos Porque porque a psic loga tinha algumas d vidas por que eu sou surdo ent o como que eu ia trabalhar Ent o a psic loga pediu apoio professora do ensino especial e as 2 falaram para me ajudar na minha profiss o por eu ser surdo E a professora do ensino especial ent o em privado explicou me como que podia fazer para ter uma profiss o e ajudou me e acompanhou me para eu fazer essas visitas Ent o veio comigo aqui e eu fiquei muito satisfeito por conhecer a escola de Carnide Fiquei muito satisfeito por conhecer os amigos que tenho aqui e a professora do Ensino Especial a A e a Y as minhas colegas da minha turma que tamb m s o surdas quando eu tenho d vidas a A ajuda me toda a gente me ajuda aqui tou muito contente sinto me muito bem JM Mas uma coisa tu tens agora 20 anos fizeste o 9 ano no ano passado N o foi A1 Sim
7. P1B Posso vir muito frustrada do est gio estar muito aqu m ou n o Quem sabe Porque eu acho tamb m que h muito boa vontade da parte das pessoas de fazerem o melhor que podem e pesquisam imenso e quando eu digo que a nossa psic loga n o uma pessoa muito especializada ou nada especializada em surdos n o quer dizer que ela n o se esforce por fazer o melhor poss vel Portanto essa liga o que ela tem que faz a APS todos os anos que portanto em conjunto programam algumas 53 cont A sess es quer dizer o esfor o n o de uma pessoa que est alheia problem tica das pessoas surdas portanto faz o que pode numa popula o imensa JM Exactamente J agora na sua opini o sente que os surdos t m v rias necessidades de forma o em geral em rela o aos ouvintes e j agora se quiser fazer j uma avalia o sum ria da efic cia do que tem sido at agora a interven o com estes alunos e talvez com opini es que tenha dos alunos que sa ram o que que acha MMC Relativamente aos alunos que n o t m fam lias que os acompanhem e lhes proporcionem tamb m viv ncias mais diferenciadas eu penso que a avalia o ainda muito insuficiente JM Precisamos de parcerias P1B Precisamos de fazer mais precisamos de consciencializar n s professores de educa o especial tamb m nosso o papel nesta forma o desde muito pequenos e como em tudo eu aqui n o retiro ap
8. Devo brincar ao baloi o com a Carolina ou jogar futebol com o Jo o e o Ant nio A escola a altura apropriada para constru o de compet ncias e auto explora o assim como a melhor altura para definirem e redefinirem o seu papel Jacoby 2005 Nas aulas de geometria os alunos usam suas habilidades cognitivas cr ticas desenvolvem a perseveran a e v m a aplica o no dia a dia das compet ncias em matem tica Nas aulas de Portugu s os alunos analisam as emo es e o comportamento dos personagens de uma hist ria e como que isso influencia as ac es destes e o enredo da hist ria Nas aulas de teatro os alunos aprendem a comunicar com efici ncia usando a linguagem a express o facial e o movimento Em cada uma destas actividades se a auto consci ncia e as compet ncias de transi o s o explicitadas os alunos podem ganhar discernimento sobre si e sobre o valor das compet ncias que est o a desenvolver Com o intuito de consciencializar para as compet ncias de transi o os professores devem colocar nfase nessas compet ncias em toda a sua actividade docente para tal n o necessitam mudar os seus planos para faz lo Quando os professores desenvolvem uma unidade de ensino sobre electricidade selecciona o jogo da mola ou faz planos para a pr tica de futebol podem ajudar os alunos a descobrir e compreender as compet ncias de transi o relacionadas que est o envolvidas em cada tarefa Para tal
9. INSTITUTO POLIT CNICO DE LISBOA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCA O DE LISBOA Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo Disserta o apresentada Escola Superior de Educa o de Lisboa para obten o de grau de mestre em Ci ncias da Educa o Especialidade Educa o Especial Joaquim de Ascens o Noia Marote 2011 ESCOLA SUPERIOR k ED O LISBOA INSTITUTO POLIT CNICO DE LISBOA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCA O DE LISBOA Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo Disserta o apresentada Escola Superior de Educa o de Lisboa para obten o de grau de mestre em Ci ncias da Educa o Especialidade Educa o Especial JOAQUIM DE ASCENS O NOIA MAROTE Sob a orienta o dos Professores Doutores Francisco Vaz da Silva e Teresa Maria Santos Leite 2011 AGRADECIMENTOS Este estudo o resultado do contributo de todos os que nele participaram A todos e a cada um dirijo o meu agradecimento pelos contributos prestados de v ria ordem para que fosse poss vel a conclus o da presente disserta o Professora Doutora Teresa Leite e ao Professor Doutor Francisco Vaz da Silva meus orientadores pelo apoio incans vel disponibilidade orienta o e supervis o cient fica A todos os profissionais que participaram neste estudo pois sem eles este estudo n o teria sido poss vel pela sua disponibilidade e por vezes sugest es incentivos para este tr
10. Masc G nero Masculino UR Unidades de registo Tempo serv Tempo de servi o Tempo serv Ed Esp Tempo de servi o na Educa o Especial Total UR Total unidades de registo Total UR p Cat Total de unidades de registo por categoria 3 CEB Terceiro Ciclo do Ensino B sico Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina vii INTRODU O O ensino das crian as e jovens surdos visa garantir a igualdade de oportunidades no acesso e sucesso educativo e de transi o para a vida activa O ambiente escolar deve ser equacionado de forma a dinamizar o m ximo desenvolvimento cognitivo lingu stico emocional e social Sabemos de antem o que a comunica o assume fulcral import ncia no desenvolvimento da linguagem na obten o de informa o mas tamb m na participa o em geral de um indiv duo na comunidade onde se insere consensual que a surdez acarreta limita es na aquisi o de conhecimentos que sejam veiculados oralmente e restri es na interac o na comunidade escolar ou em sociedade Essas limita es podem comprometer o desenvolvimento almejado para estes alunos e coloc los em desvantagem num sistema de ensino que se quer equitativo A import ncia da actividade laboral na vida de um indiv duo a forma como se adequa s suas prefer ncias s suas capacidades e sua vida em geral toma contornos que consideramos de elevada relev ncia A esco
11. Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 34 Uma vez que pretendemos conhecer a percep o e viv ncia dos actores o estudo enquadra se no paradigma interpretativo e desenvolve se atrav s de uma metodologia qualitativa concretizada pela realiza o de entrevistas a oito profissionais que trabalham directamente com os alunos surdos quatro professores e quatro psic logos e a seis alunos surdos O paradigma interpretativo reveste se do ponto de vista ontol gico de uma posi o relativista h m ltiplas realidades que existem sob a forma de constru es mental e socialmente localizadas inspira se numa epistemologia subjectivista que valoriza o papel do investigador construtor do conhecimento Coutinho 2008 7 ou seja pretende se compreender o mundo pessoal dos indiv duos tentando saber como interpretam as diversas situa es e que significado t m para eles Latorre 1996 citado em Coutinho 2008 7 com o intuito de apreender a complexidade do contexto em estudo na perspectiva dos sujeitos Bogdan e Biklen 1994 consideram que a investiga o qualitativa deve ter em considera o algumas particularidades A primeira remete para a recolha de dados em ambiente natural sendo o investigador o instrumento principal dessa recolha A recolha dos dados deve ser feita de forma descritiva recorrendo a cita es dos intervenientes para ilustrar e substanciar o fen meno a observar Para tal na i
12. es se pode fazer nos programas e que respostas diversificadas podemos continuar a oferecer aos alunos surdos Eu este ano por exemplo pedi autoriza o para enquadrar um aluno nosso surdo que tem 17 anos e est no 8 ano tamb m veio da Guin com 12 anos no CEF um curso de educa o e forma o n o est previsto para crian as com necessidades educativas especiais mas o surdo uma necessidade educativa especial diferente das outras e disseram que sendo nosso de uma escola de refer ncia pod amos experimentar e pod amos deslocar um dos nossos int rpretes para esse curso por acaso o aluno depois n o quis Esse n o quer porque tem a expectativa de ser futebolista e agora quer ser basquetebolista portanto ele s quer ir pela via do desporto e acha que muito bom muito bom junto dos outros eu j lhe disse que n o suficientemente bom para fazer carreira mas ele ainda n o acreditou em mim portanto com esse estou com grandes dificuldades porque tem expectativas completamente fora do mbito dele e eu duvido que ele as venha conseguir realizar Primeiro queria o futebol entretanto percebeu que pelo futebol n o foi contratado por nenhum clubezito mesmo de bairro e agora virou se para o basquete e acha que tamb m muito bom Olha para os americanos e como v que at h muitos americanos que s o negros como ele e joga melhor que os outros coleguitas e acha que pode ser a carreira dele esse estou
13. o e seguidamente por reagrupamento segundo o g nero analogia com os crit rios previamente definidos As categorias s o rubricas ou classes as quais re nem um grupo elementos unidades de registo no caso da an lise de conte do sob um t tulo gen rico agrupamento esse efectuado em raz o dos caracteres comuns desses elementos Bardin 2008 145 e tendo por base um processo inferencial Bardin 2008 Neste estudo seguimos de perto a metodologia de Bardin 2008 descrita anteriormente Desta forma o corpus documental deste estudo constitu do por oito Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 45 entrevistas efectuadas aos profissionais e seis entrevistas efectuadas aos alunos surdos do ensino secund rio Efectuou se uma primeira leitura uma leitura flutuante e procedeu se ao recorte em unidades de registo as quais tiveram por base o tema Bardin 2008 ou seja foram consideradas unidades de registo os enunciados com uma significa o completa quer correspondessem a uma frase quer a uma parte de frase ou mesmo a um conjunto de frases que se intercompletavam Consider mos como unidade de contexto todo o protocolo da entrevista A unidade de registo foi usada como unidade de enumera o o que significa que um mesmo indicador pode surgir mais do que uma vez no discurso de um mesmo entrevistado O tipo de enumera o usado foi portanto a frequ ncia considerando se que a impo
14. o em ambiente de sala de aula S desta forma que os surdos n o ser o marginalizados de toda e qualquer viv ncia escolar seja ela acad mica ou de interac o social Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 15 Ricou 2006 por sua vez refere outro aspecto importante em rela o barreira da comunica o que se prende com a rela o terap utica psic logo cliente surdo Na sua esmagadora maioria os psic logos s o ouvintes e como n o partilham a mesma l ngua que o cliente sobretudo se for uma crian a a desconfian a acrescida Sendo a confian a a base da rela o terap utica percebe se logo que as dificuldades s o acrescidas levando a uma discrepante avalia o dos surdos Ainda sobre a barreira da comunica o em contexto terap utico Lane 1992 refere os testes psicol gicos aplicados aos surdos descrevendo assim a interac o entre psic logo e cliente surdo a crian a surda senta se no seu lugar e o psic logo ou professor distribui uma brochura que constitui o enunciado do teste e uma folha para as respostas A crian a deve ler o primeiro item do question rio seleccionar uma resposta entre as v rias possibilidades plaus veis a maior parte delas falsas codificar a resposta escolhida com o n mero ou letra correspondente marcar o lugar correspondente na folha de respostas e avan ar imediatamente para a segunda quest o Alguns clientes surdos t m feito muitos
15. Os principais objectivos deste programa s o aumentar o acesso e a participa o em todas as reas do conhecimento de pessoas com surdez ou problemas auditivos focalizar a forma o nos objectivos profissionais promover a aprendizagem ao longo da vida Capacitar as pessoas com necessidades especiais para contribu rem mais eficientemente para a sociedade em termos da sua participa o econ mica e social A forma o vai desde o ensino de artes visuais ao cattering Pode ter uma dura o de seis meses a quatro anos Todos os alunos t m dispon vel um gabinete que se responsabiliza pela coloca o dos alunos em oportunidades de emprego assim como a dinamiza o de f runs de emprego para elucid los disponibilizado aos alunos surdos servi os de suporte que podem incluir Int rpretes para a tradu o em l ngua gestual apoios governamentais para programas de estudo nos casos de dificuldades em literacia e numeracia aulas de l ngua gestual conselheiros para orienta o pessoal acad mica ou integracional servi os individualizados para alunos que necessitem de apoio em trabalhos escolares Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 26 As estruturas dos cursos ajustam se s necessidades individuais de cada aluno atrav s da dinamiza o de um curr culo que tem como objectivos o seu sucesso escolar social e profissional Estes programas no entanto n o re
16. amp Mootilal A amp MacKay S 1996 The social adjustment of deaf adolecents in segregated partially intergrated and mainstreamed settings Oxford Journal of Deaf Studies and Deaf Education Nascimento 2006 Projecto de vida de adolescentes do ensino m dio um estudo psicossocial sobre suas representa es S o Paulo Imagin rio 6 12 55 80 Kleinig C 2002 Integrating deaf students mainstream vocational training and education programmers adjust to specific needs in Australia Adelaide Institute of Technical and Further Education acedido em 9 06 2009 em www tafesa edu au Pinto H 2004 Construir o futuro manual t cnico Lisboa CEGOC Punch R amp Peter A amp Hyde M 2005 Predicting career development in hard of hearing adolescents in Australia Oxford Journal of Deaf Studies and Deaf Education Santos P 2007 Dificuldades de escolha vocacional Coimbra Edi es Almedina Savickas M 2002 Carrer constrution a developmental theory of vocational behavior In Brown D amp Associates 2002 Carrer choice and development 4 Edition San Fancisco Jossey Bass edition Serafim M 2001 Fundamenta o te rica das interven es de orienta o em contexto educativo Lisboa DREL policopiado Transition Skills Guidelines Laurent Clerc Center National Deaf Education Center K 12 Program acedido em 28 11 2008 em Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P
17. desconto ou enumera o em fun o de regras previamente formuladas Assim a codifica o uma transforma o dos dados em bruto do texto por recorte agrega o e enumera o que permite atingir uma representa o do conte do ou da sua express o suscept vel e esclarecer o analista acerca das caracter sticas do texto Bardin 2008 129 O recorte consiste na escolha das unidades de registo a qual pode ser definida como a unidade se significa o a codificar e corresponde ao segmento de conte do a considerar como unidade de base visando a categoriza o e a contagem frequencial Bardin 2008 130 Para al m da unidade de registo Bardin 2008 considera ainda a unidade de contexto que a parte do texto necess ria para garantir a interpreta o da unidade de registo O modo de quantifica o das unidades de registo por seu lado segue regras de enumera o que devem estar definidas partida e que podem relacionar se com a presen a aus ncia a frequ ncia a frequ ncia ponderada a intensidade a co ocorr ncia Bardin 2008 O recurso a opera es estat sticas simples percentagens ou mais complexas an lise factorial permitem estabelecer quadros de resultados que condensam e p em em relevo as informa es fornecidas pela an lise Bardin 2008 Ap s a codifica o procede se categoriza o a qual consiste em classificar os elementos constitutivos de um conjunto por diferencia
18. isso era um aluno j com 19 anos que n o queria ir o que que acontecia e tudo isso A m e estava quase a ceder porque via o seu filho infeliz e estava preocupada ent o o director de turma tamb m quis ceder e ent o reuni com eles e reuni com o aluno 2E fiz um compromisso com ele em que ele iria experimentar um ano iria para o curso que ele deveria ir experimentava um ano Se de facto ele sentisse que era uma grande infelicidade para ele que n o era aquele curso que ele queria seria eu a fazer todos os poss veis para ele ter entrada na Ant nio Arroio no pr ximo ano lectivo Felizmente acho que as coisas est o a correr bem porque eu tive uma conversa a s s com o aluno porque o aluno j dizia que era o director de turma que era aos encarregados de educa o que n o que tinha jeito e que era artes que ele queria portanto j se defendia com essa situa o eu tive uma conversa sabia que eu que o conhecia h j muitos anos e portanto sabia que n o era aquilo tive uma conversa com ele percebi o que que tu tens medo tens medo de estar sozinho entre ouvintes tens medo de perder os teus amigos ZE pronto o que eu fiz foi v rios contratos com ele contratos de que a fam lia n o iria lhe deixar que ele tivesse contactos continuaria a permitir que ele aos fins de semana fins de tarde mantivesse os contactos com os seus pares surdos Por outro lado ele iria encontrar tamb m colegas surdos na Verg lio
19. m tem forma o na rea da psicologia embora n o exer a essas fun es Todos os docentes entrevistados s o especializados na rea da surdez Quanto aos psic logos os quatro t m forma o na rea da orienta o escolar mas somente uma com especializa o em surdez Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 39 Procedeu se tamb m recolha de dados s cio demogr ficos e escolares dos alunos entrevistados obtendo se o quadro que se segue Quadro 2 Caracteriza o dos alunos Aluno Idade G nero Ano de Curso escolhido no ensino secund rio escolaridade A1 Profissional de Inform tica A2 Fem 10 ano Profissional de Inform tica A3 Tecnol gico de Arquitectura e Desenho A4 Masc 10 ano Tecnol gico de Arquitectura e Desenho A5 Tecnol gico de Multim dia A6 20 Masc 11 ano Tecnol gico de Cer mica No que concerne aos alunos entrevistados como se pode verificar no quadro 2 s o todos maiores de idade com idades compreendidas entre os 18 e os 20 anos S o todos do g nero masculino excep o de uma aluna A2 quatro frequentam o 10 ano de escolaridade e dois frequentam o 11 ano de escolaridade Em rela o aos cursos os alunos escolheram ou cursos tecnol gicos ou profissionais 5 Metodologia de Recolha e An lise de Dados Dada a metodologia qualitativa pela qual se optou para este estudo explorat rio recorremos como j referimos ao inqu
20. meu nome gestual e Informar sobre o tema e os objectivos do trabalho a realizar e Explicar ao entrevistado a import ncia da sua colabora o para o estudo Assegurar o anonimato das opini es e das informa es recolhidas fora do mbito acad mico Pedir autoriza o para a grava o udio e v deo da entrevista 2 Bloco Forma o vocacional no 3 Ciclo e a raz o da escolha realizada pelo aluno e Conhecer os motivos da escolha feita para a progress o de estudos no secund rio e Indagar sobre a rea escolhida e Saber a forma como o aluno fez essa escolha e Auscultar os conhecimentos do aluno no 3 Ciclo sobre profiss es e Perceber se o aluno teve forma o vocacional na escola Perguntar qual o agrupamento que escolheu no 10 ano Indagar se o aluno j tinha efectuado a escolha no 9 ano Perguntar se j tinha uma escolha profissional associada ao agrupamento do secund rio escolhido Inquirir sobre a forma como o aluno a fez essa escolha Questionar sobre quais os conhecimentos do aluno sobre profiss es no 3 Ciclo Indagar se considera que estava bem informado naquela altura sobre as op es profissionais que dispunha Perguntar se teve forma o sobre as v rias profiss es na escola 3 Bloco Apoio dos profissionais aos alunos no 3 ciclo e a e Saber se houve apoio por parte dos t cnicos no processo de esco
21. muito pouco para os surdos P1B Destes excertos podemos perceber que h uma preocupa o nos profissionais para que o investimento seja maior sendo bem claro que ainda n o o Os profissionais inquiridos consideram ainda que h aspectos a melhorar na orienta o vocacional n o especificando por m exactamente o que h a melhorar Uma docente refere que necess rio melhorar muito melhorar muita coisa P1B e mas eu refor o que para os surdos estas coisas t m de ser ainda mais pensadas P1B e uma psic loga afirma pois eu tenho a ideia que n o h muito investimento nessa rea Compreendo porque eu pr pria n o fa o muito investimento aqui portanto eu acho que uma rea que anda o bocadinho abandonada P3S Uma outra docente refere a prop sito de v rias repeti es de uma aluna para j uma aluna que perde estes anos todos uma p ssima orienta o vocacional provavelmente n o existiu eu pessoalmente acho que ela nem sequer teve essa orienta o P4S Nesta sequ ncia os profissionais consideram que os alunos surdos t m mais necessidades de apoio que um ouvinte sendo necess rio investir mais tempo na sua orienta o vocacional reiterando a opini o de que a orienta o vocacional feita aos alunos surdos escassa A este prop sito refere uma psic loga eu acho que precisam sobretudo mais apoio precisam de mais de ser mais orientados mais trabalho e de mais sess e
22. n o foi verificada Uma poss vel explica o para estes resultados poder ter a ver com a abordagem curricular feita no que concerne educa o e ao desenvolvimento para a carreira Seria importante referir a possibilidade de o contributo dos professores e psic logos envolvidos no ensino dos alunos por saberem de antem o das dificuldades deste grupo tivessem providenciado assist ncia extra Tamb m podemos considerar a possibilidade dos seus pais tendo consci ncia das necessidades acrescidas dos seus educandos nesta rea tivessem enveredado por uma aproxima o mais atenta e cuidada sobre assuntos relacionados com o desenvolvimento da carreira dos seus filhos do que os pais dos alunos ouvintes Investiga o adicional necess ria para indagar sobre estas possibilidades Punch 2005 O autor conclui que dos resultados obtidos nesta investiga o algumas implica es pr ticas devem ser tomados em considera o no que concerne ao facto de ser importante encorajar os alunos surdos e com dificuldades de audi o a terem confian a em explorar planear e tomar decis es sobre o seu futuro ocupacional e no desenvolvimento e manuten o de um optimismo sobre os resultados destas explora es da mesma forma que os seus pares adolescentes ouvintes Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 13 Depreende se assim perante estas evid ncias da necessidade de nortear uma abordagem educativa diferenciada pa
23. o para o secund rio e se v m que escolhem o seu curso sozinhos come am a perceber que o in cio de alguma solid o comunicativa e por isso temos que os apoiar muito para n o desistirem daquilo que t m jeito para fazerem daquilo que podem fazer muito bem daquilo que podem realizar se como indiv duos dar esse proveito sociedade tamb m mas sem perder a sua felicidade pessoal 24 necess rio que os alunos surdos percebam que a escolha profissional pessoal Felizmente acho que as coisas est o a correr bem porque eu tive uma conversa a s s com o aluno porque o aluno j dizia que era o director de turma que era aos encarregados de educa o que n o que tinha jeito e que era artes que ele queria portanto j se defendia com essa situa o eu tive uma conversa sabia que eu o conhecia h j muitos anos e portanto sabia que n o era aquilo E pronto o que eu fiz foi v rios contratos com ele contratos de que a fam lia n o iria lhe deixar que ele n o tivesse contactos continuaria que ele aos fins de semana fins de tarde mantivesse os contactos com os seus pares surdos Por outro lado ele iria encontrar tamb m colegas surdos na Verg lio Ferreira n o era na sua turma mas que iria estabelecer de certeza 25 necess rio promover contratos com os alunos surdos para que eles sigam o seu percurso vocacional rela es com eles e depois esta situa o de e
24. o t m a certeza do que querem ser e experimentam Se s o arrojados se t m uma boa estrutura uma boa auto estima eles v o procurar nem que seja por uma turma de integra o o curso que eles querem Se s o mais t midos se t m medo de perder os pares ent o a continuam ainda no secund rio v o para o secund rio junto com os outros mesmo que n o seja aquilo que eles prev em que gostam muito de fazer Temos casos de sucesso temos outros casos de insucesso sabemos de alunos que est o desempregados Temos outra situa o que n o a da sua base de estudo que s o outras quest es que os nossos que a nossa educa o especial previa que era que os alunos praticamente passassem sempre e que chegassem ao fim do 12 ano quase analfabetos E esse um problema que tamb m se passa em Portugal JM Chegaram ao 12 ano quase analfabetos P1B Sim h alguns h muitos alunos JM Foram fazendo P1B Foram fazendo porque o 319 previa um curr culo escolar pr prio em que se reduzia os objectivos at que o aluno pudesse passar portanto era muito d bio O 319 era muito d bio a esse n vel que deu origem a muitas leituras eu ainda hoje n o percebo porqu mas at pessoas que eu considero muito tinham essa leitura de que o aluno se o objectivo era fazer o A se ele chegasse ao fim do ano a fazer o A ele transitava do 3 para o 4 ano E aqui reduziam se imenso tamb m os programas a
25. o ter a ver com os interesses dele tem a ver com a oferta das escolas de refer ncia do ensino secund rio para alunos surdos P1S uma outra professora refere ainda os alunos que v m da Quinta de Marrocos s t m duas op es ou v o para artes ou v o para matem tica n o h grandes op es para os surdos P4S Reiterando o que atr s foi dito os inquiridos consideram que s o oferecidas poucas estruturas de apoio aos alunos surdos o que leva a que os alunos acabem por escolher uma das duas escolas de refer ncia que t m uma estrutura de apoio surdez A este prop sito refere uma psic loga acabam por ir mais para as escolas de refer ncia e isso uma barreira P2B Por outro lado segundo os entrevistados s o poucos os alunos surdos que seguem cursos superiores relacionados com a escolha feita no secund rio Na verdade natural que os surdos optem por uma das duas escolas de refer ncia que lhes garantem pelo menos estruturas de apoio pelo que de esperar que essa escolha n o ser na maioria dos casos resultado da explora o efectuada sobre aquilo que considera ser a sua prefer ncia Savickas 2002 A este prop sito Punch 2005 refere estudos emp ricos que relacionam as boas capacidades de decis o da carreira com menores ndices de desist ncia de cursos superiores dos alunos surdos A maturidade vocacional pode tamb m estar comprometida uma vez que este constructo comummente tomado em co
26. o vocacional passou a ser da responsabilidade do SPO e do docente da educa o especial sabemos de alunos que est o desempregados esses est o sobretudo desempregados ou est o com trabalhos para os quais n o tinham expectativas portanto com trabalhos que 65 A discrep ncia entre a certifica o e as expectativas dos alunos surdos podem ser a causa do desemprego socialmente se calhar menos considerados Outros continuam a n o aceitar e est o desempregados O professor de educa o especial era e uma pessoa acho eu uma pessoa de refer ncia para os pais e os alunos e por isso tinha muita influ ncia depois nas escolhas dos alunos mais do que a pr pria orienta o 66 No passado o professor da Educa o Especial da escola era uma refer ncia para os pais e para os alunos Se s o arrojados se t m uma boa estrutura uma boa auto estima eles v o procurar nem que seja por uma turma de integra o o curso que eles querem Se s o mais t midos se t m medo de perderem os pares ent o a continuam ainda no secund rio v o para o secund rio junto com os outros mesmo que n o seja aquilo que eles prev em que gostam muito de fazer 67 A progress o de estudos no curso que o aluno gosta vai depender da sua determina o e capacidade de adapta o ao novo grupo de pares no secund rio Acho que a consciencializa o tamb m das escolas
27. rito atrav s de entrevista que consider mos o processo mais adequado para obter as informa es que d em resposta s nossas quest es de investiga o e atingir os objectivos Os dados recolhidos atrav s das entrevistas foram posteriormente tratados por an lise de conte do Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 40 5 1 As Entrevistas O inqu rito na sua forma oral isto por recurso a entrevistas semi directivas aos profissionais e aos alunos um meio nico que permite a explora o de um campo de estudo novo que vai permitir referenciar e classificar os problemas os sistemas de valores os comportamentos os estados emocionais etc das pessoas Portois e Desmet 1988 citado em Lessard H rbert 1994 O recurso s entrevistas deve se tamb m necessidade de perante o entrevistado termos a possibilidade de aprofundar determinada informa o que se considere pertinente para o nosso estudo Para Quivy e Campenhoudt 2003 192 a entrevista caracteriza se por um contacto directo entre o investigador e os seus interlocutores que proporcionam uma verdadeira troca durante a qual o interlocutor do investigador exprime as suas percep es de um acontecimento ou de uma situa o as suas interpreta es ou as suas experi ncias O investigador deve ser um facilitador do di logo garantindo que n o haja afastamentos dos objectivos da investiga o e permite que o interl
28. s o ainda trabalhados os direitos e responsabilidades argumenta o e auto capacita o empowerment e interpreta o que como as compet ncias anteriores t m uma escala de evolu o para os v rios n veis de ensino No n vel dois deste programa o t pico geral o aluno demonstra conhecimento na explora o prepara o e planeamento educacional e da carreira trabalhado a explora o e planeamento da carreira preenchimento de formul rios planeamento educacional estudo aprendizagem de compet ncias e o planeamento dos v rios pap is a desempenhar na vida life role planing No n vel tr s tem como t pico o aluno desenvolve h bitos de trabalho pr ticos e positivos capacidades e atitudes num ambiente de trabalho S o desenvolvidas a compet ncias referentes ao pragmatismo e cortesia social resolu o de conflitos trabalho de equipa h bitos e atitudes face ao trabalho gest o de tempo e de recursos comunica o em ambiente de trabalho resposta feedback desempenho e auto avalia o auto gest o e tecnologia e equipamento No quarto n vel exige se que o aluno demonstre o conhecimento e as capacidades necess rias para viver com sucesso de forma independente Para tal s o desenvolvidas compet ncias referentes seguran a pessoal e ambiental emerg ncia gest o do dinheiro e poupan a compra e negocia o nutri o vestu rio e higiene No ltimo n vel o t pico o aluno demonstra conhecim
29. s fic mos admirados JM Portanto tu ias todas as segundas feiras ter apoio com a psic loga e ela na altura ajudava te fazia te testes para saber se tu tinhas as capacidade e as aptid es para inform tica A1 Depende s vezes ela s me avalia desculpe a psic loga s vezes dava testes individuais a cada um de avalia o com cruzes explicar o porqu era s isso JM E depois n o falaste sobre a profiss o de inform tica o que que tinhas de fazer para seguir essa profiss o A1 Eu adoro mesmo de inform tica E ela perguntava Gostas mesmo desse curso N o queres escolher outro curso N o N o quero mudar O meu objectivo mesmo inform tica Quero inform tica para sempre isto que eu gosto E a eu achava que estava bem E Ela corrigia os meus testes JM Portanto tu hoje est s contente porque sentiste que foste apoiado tanto pela psic loga como pela professora da educa o especial Sentes que foste apoiado E que isso foi importante para ti A1 Sim Sim isso foi importante JM Lembraste de mais alguma informa o em rela o tua profiss o em rela o escolha lembras te algu m que te ajudasse A1 Sim o meu director de turma a professora da educa o especial a minha fam lia e a psic loga Ela ajudou me porque conversava comigo ligado a isso e a A tamb m me ajudou Desculpa h porque a psic loga tamb m disse algumas informa es mal e ela ajudou
30. stica que um indiv duo procede estrutura o e interpreta o do ambiente que o rodeia infere sobre a sua interac o com este e eventualmente intenta sobre o lugar de destaque ou n o que ocupa nesse ambiente Daqui se pode inferir que se um Surdo n o tem acesso a uma l ngua estruturada para a organiza o do seu pensamento apresentar inevitavelmente comprometimentos que ir o reflectir se na aquisi o de uma pan plia de informa es no que se refere ao auto conhecimento isto saber quais s o as suas aptid es e interesses compreens o de como se organiza a sociedade os costumes e tradi es inerentes sua cultura assim como a vis o hol stica sobre o mundo em geral Para Duarte e Almeida 2006 o acesso informa o dos Surdos limitado pela barreira da comunica o que vai desde a comunica o do dia a dia at rela o interpessoal porque as pessoas surdas v em frequentemente cerceados os seus direitos de acesso informa o nos meios de comunica o de massa onde a informa o prioritariamente sonora Duarte amp Almeida 2006 p 223 Estes autores sugerem ainda que em ambiente escolar devem ser disponibilizados meios de acesso informa o aos alunos e restante comunidade surda tais como pain is informativos digitais tradu o e interpreta o em l ngua gestual de todas as actividades da escola tradu o e interpreta o em l ngua gestual de toda a informa
31. A Socializa o dos Surdos A barreira da comunica o tamb m evidente na socializa o dos Surdos A este prop sito e com o intuito de perceber os efeitos inerentes ao grau de integra o dos alunos surdos em escolas regulares em rela o aos que se encontram em escolas especiais Musselman Mootilal e MacKay 1996 referem numa breve revis o bibliogr fica v rios estudos em que os alunos integrados apesar de apresentarem maior n vel de aquisi es acad micas apresentam se socialmente mais isolados Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 17 sentem maior solid o e uma auto estima mais baixa resultando num menor enquadramento social que os alunos que se encontram em escolas especiais Segundo estas autoras estes estudos referem que o ajustamento social dos alunos surdos varia com o grau de integra o dos mesmos Ou seja com o aumento do grau de integra o os alunos demonstram ter menos habilidades na rea das compet ncias sociais embora interagissem com maior n mero de alunos ouvintes do que os alunos surdos em escolas especiais Para al m disso e independentemente do grau de integra o dos alunos surdos estes escolhem preferencialmente interagir com os seus pares surdos em detrimento dos pares ouvintes Esta situa o e segundo os referidos estudos est intrinsecamente relacionada com a capacidade destes alunos surdos integrados em escolas regulares comunicar oralmente Ou s
32. Ferreira n o era na sua turma mas que iria estabelecer de certeza rela es com eles e depois esta situa o de ele poder portanto se as coisas n o corressem de todo bem ent o eu o ajudaria a fazer a transfer ncia para a Ant nio Arroio E o aluno acabou por perceber que sim que era isto que ele queria ouvir o que ele n o queria era perder os amigos porque eu acho que uma situa o os alunos quando v o para o secund rio e se v m que escolhem o seu curso sozinhos come am a perceber que o in cio de alguma solid o comunicativa e por isso temos que os apoiar muito para n o desistirem daquilo que t m jeito para fazerem daquilo que podem fazer muito bem daquilo que podem realizar se como indiv duos dar esse proveito sociedade tamb m mas sem perder a sua felicidade pessoal JM Na sua opini o quando um aluno chega ali ao fim do nono ano e refere me a um exemplo com 19 anos e que quer seguir os colegas P1B Este aluno com 19 anos s para dizer que n o um aluno que teve in meras repet ncias um aluno que veio de Angola aos 9 anos sem nada sem linguagem sem escolaridade nenhuma por isso esse atraso JM Retardou P1B Retardou porque ele n o retardou nada ele agarrou se estudou foi aplicad ssimo JM N o foi reten es mas sim o atraso na entrada P1B Sim foi o atraso na entrada na escola JM Mas como eu estava a referir portanto ele querer continuar a ficar com
33. Pronto Mas no 9 ano o que que tu sabias sobre isto sobre inform tica A1 Quando eu tava no 8 no 8 e no 9 eu pensei e comecei a me preparar sobre quais os cursos que eu podia escolher Eu n o sabia nada e ent o Pronto tamb m eu n o queria saber muito sobre esse assunto eu n o tinha nenhum interesse na escola Eu s pensava era no futebol E pronto o meu objectivo era o futebol o futebol e ent o a minha professora n o me dava orienta o nenhuma eu s queria era falar com os meus colegas e n o queria saber das aulas Mas a professora do Ensino Especial deu me algum apoio falou comigo e disse calma O que que tu gostas E eu disse n o sei n o sei o que que quero fazer E ela falou comigo e perguntou me mas ent o o que que tu gostas E eu disse gosto mesmo de futebol E ent o mas o que que tu queres fazer E eu disse eu gosto tamb m de inform tica Olha boa ideia Inform tica isso uma profiss o do futuro tamb m ganham bem podem trabalhar noutros pa ses Ok Ok Vou pensar Fui para casa falei com a minha fam lia com o meu pai com a minha m e e pedi qual era a opini o deles Eles disseram que sim que era uma profiss o do futuro E que alguns amigos deles tamb m t m essa profiss o e contaram me como que era e que em Angola tamb m h muitos engenheiros e que ganham bem engenheiros inform ticos e que ganham bem E eu pensei e fiquei muito interessado E os meus amigos que
34. a fazer um trabalho n o ainda de orienta o vocacional porque ela s esteve o ano passado connosco est este ano e este ano nem temos uma turma de nono ano mas est a come ar a fazer j alguma orienta o de desenvolvimento pessoal e social nestes adolescentes nos alunos adolescentes 50 H uma parceria com uma psic loga que sabe LGP atrav s da APS para trabalhar com os surdos nas reas pessoal e social mas ainda n o come ou a fazer orienta o vocacional N o sei se de futuro ela poder tamb m ficar com a orienta o vocacional dos surdos n o sei n o prevejo at porque estas parcerias podem continuar ou acabar Eu tenho medo de apostar muito numa coisa que n o seja de continuidade por isso eu n o sei 51 H receios incertezas em rela o continuidade da psic loga da APS na escola no futuro dado que a parceria pode acabar N o acompanhei directamente tamb m passo a passo semana a semana esses alunos que terminaram o nono ano Como digo foi no meu papel de Coordenadora de conhecer alguns alunos desde pequenitos e as sua fam lias que entrevi e s agora este ano e para o ano que eu vou 52 Necessidade de acompanhar mais de perto o processo de evolu o dos alunos acompanhar propriamente uma turma Para a outra semana vou estar em Inglaterra numa escola profissional para surdos vou l estar uma semana e acho que vou aprender alguma coisa
35. adapta es se pode fazer nos programas e que respostas diversificadas podemos continuar a oferecer aos alunos surdos Eu este ano por exemplo pedi autoriza o para enquadrar um aluno nosso surdo que tem 17 anos e est no 8 ano tamb m veio da Guin com 12 anos no CEF um curso de educa o e forma o n o est previsto para crian as com necessidades educativas especiais mas o surdo uma necessidade educativa especial diferente das outras e disseram que sendo nosso de uma escola de refer ncia pod amos experimentar e pod amos deslocar um dos nossos int rpretes para esse curso por acaso o aluno depois n o quis 62 Os professores perante a nova legisla o est o a repensar a adequa es curriculares e as propostas de forma o educativa a oferecer aos surdos Mas h alguma consci ncia de profiss es que podem n o ter 63 Desconhecimento dos alunos surdos sobre profiss es Era Por isso que eu n o concordei muito com essa forma e portanto comecei a alterar e a juntar me com a psic loga Eu preciso dela e acho que ela tamb m precisa de mim H algum treino mas que a psic loga faz mas f lo ela s O professor de educa o especial n o estava a trabalhar muito ligado psic loga at aqui no entanto como acompanhava muito os alunos ajudava os depois nas suas horas de apoio a encontrar a discutir com eles um bocadinho s que fizeram at h dois
36. aprender a tar confort veis tamb m nessas situa es 42 Os alunos surdos devem ser preparados para interagir numa sociedade ouvinte Temos uma aluna que saiu no ano passado daqui do nono ano que quer ser m dica E quando algumas pessoas me diziam que eu devia falar com ela que se calhar n o era muito bom pensar em ser m dica eu dei lhe todo o apoio eu dizia n o senhor ela pode ser m dica 43 Devemos incentivar os alunos surdos a prosseguir as suas aspira es E pode Pode lutar porque uma aluna que quer mostrar que os surdos 44 H necessidade por parte dos alunos surdos em s o capazes de vencer tamb m mostrar que s o capazes Foi a melhor aluna ela estava integrada Surda profunda uma voz horr vel n o se percebe nada do que ela diz oralmente a melhor aluna da turma numa turma normal portanto numa turma de 20 alunos ouvintes dois surdos profundos naquela turma ela foi a melhor aluna em todas as disciplinas 45 Os alunos surdos s o por vezes os melhores da turma faz uma excelente leitura labial fala l ngua gestual desde beb porque os pais assim o quiseram ouvintes e eles optaram a m e cantora l rica portanto t a ver que o destino tem destas contrariedades Mas uma aluna com capacidades extraordin rias de facto a quem eu disse sempre Mariana dou te os parab ns acho que sim que podes ser m dica 46 As capacidades de co
37. ar mais 95 Os alunos devem ser motivados para investirem na orienta o vocacional 33 importante utilizar depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos na orienta o vocacional para sensibilizar os alunos 47 A orienta o vocacional dos alunos surdos deve recorrer a mais sa das de campo 13 E necess rio que a orienta o vocacional dos 10 alunos surdos seja mais enriquecida em termos de Na conte dos 178 O programa de orienta o vocacional deve ser mais baseado em est gios profissionais execu o de actividades seguido de uma an lise reflectida 177 O programa de orienta o vocacional dos ouvintes deve ter ajustamentos para os surdos 60 A orienta o vocacional dos alunos surdos deve 11 basear se em materiais mais visuais e audiovisuais a para dar a conhecer um maior leque de contextos profissionais a dae loan ane E 150 A orienta o vocacional deve levar os alunos a se questionarem sobre as profiss es mais adequadas aos surdos 125 Os alunos surdos t m mais necessidades de 4 forma o que os ouvintes e deve ser trabalhada a quest o da identidade 107 Para que um surdo atinja o mesmo n vel de conhecimento de um ouvinte tem de haver um maior investimento por parte dos profissionais na orienta o vocacional 56 E necess rio que os profissionais proporcionem aos alunos surdos o tipo de viv ncias e informa es que os alunos ouvintes desenvolvem _ E
38. basta os professores referirem a relev ncia das actividades que envolvem tomada de decis o o trabalho de equipa a comunica o ou descoberta dos factos aos estudantes Assim podem ajuda los a ver como estas compet ncias s o necess rias para terminar com sucesso muitas actividades escolares s o as mesmas compet ncias que necessitar o quando forem para a faculdade ou para o mercado do trabalho Quanto mais os estudantes virem que as Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 23 suas actividades na escola s o oportunidades para praticar as compet ncias que ir o necessitar na faculdade ou nas suas carreiras profissionais mais provavelmente querer o melhor las Jacoby 2005 Cada professor pode apoiar as compet ncias de transi o fazendo um compromisso para identificar e direccionar as compet ncias de transi o na aula ou nas actividades da escola 4 Programas de Interven o no Ensino dos Surdos 4 1 Programa de Interven o do Centro Laurent Clerc da Universidade Gallaudet O programa proposto para a educa o dos alunos surdos do centro Laurent Clerc da Universidade de Gallaudet constitu do por cinco n veis que s o transversais aos n veis de ensino desde o jardim de inf ncia at ao 12 ano Em cada um dos n veis s o trabalhadas compet ncias que conforme o n vel de ensino revestem se de outro grau de exig ncia para essa compet ncia Assim por exemplo uma das co
39. caso uma docente sublinha ainda que a orienta o vocacional deve levar os alunos a questionarem se sobre as profiss es mais adequadas aos surdos pelo que considera importante que estes procurem profiss es que se adeg em condi o de ser surdo Eu acho que passa por isso e serem eles pr prios a questionarem se se faz sentido ou poss vel aquela profiss o para eles enquanto surdos Ou se n o faz quais s o as limita es como que isso se pode ultrapassar ou n o pode de todo ultrapassar e portanto encontrar outros caminhos como este exemplo do actor Se calhar actor n o d mas ent o dentro do teatro h outras coisas que ele pode fazer e quem sabe at puder um bocado descoberta deles e p los a pensar que o que eles n o fazem muito P1S Este excerto ilustra bem o facto de que nem todas as profiss es se adequarem diferen a destes alunos e vai ao encontro do que refere Punch 2005 quando afirma que para os adolescentes surdos as dificuldades de comunica o associadas s barreiras ambientais e atitudinais podem constituir potenciais obst culos em atingir os resultados pretendidos tanto ao n vel educacional como ao n vel profissional Por isso o autor defende que importante que estes alunos enveredem na explora o e planeamento de uma carreira de forma ponderada e consciente de forma a minimizar estas potenciais desvantagens e evitar o ciclo de desemprego e ou emprego menos qual
40. cima que tu j tens 20 anos e tens uma experi ncia enorme n o achas que h alguma coisa que falta e que podemos ajudar os professores de 3 Ciclo a mudar e poder ajudar os teus colegas que ainda s o novinhos e que est o perdidos A1 Desculpa pode repetir a pergunta JM Eu sei foi grande Desculpa Eu vou reformular a pergunta No 3 Ciclo o que que n s podemos fazer no 7 8 e 9 n s professores N s professores e psic logos o que que n s podemos fazer para que os teus colegas que s o novos para que n o haja esse tipo de falhas O que que falta A pergunta t o simples quanto isto O que que falta A1 preciso mais informa o se calhar para saberem o que v o fazer no futuro e o que que gostam Isso uma quest o de pedirem psic loga e dizerem o que que querem fazer no futuro ela faz algumas perguntas por exemplo na cozinha H ok Ent o eu vou procurar como que se trabalhar numa cozinha Traz informa o d mostra e depois podem ir procurar uma escola de cozinha nalgum s tio e ver como que trabalham os cozinheiros Ou ent o podem ir com a m e conversar com a m e e ver quais s o as profiss es ou artes por exemplo pronto ter esse tipo de apoio e ver como que fazem no futuro para poderem decidir JM E achas que isso importante porque ajuda a decidir n o A1 Sim acho que sim JM Porque se uma pessoa tem informa o tem o conhecimento m
41. de cada aluno A este prop sito refere uma psic loga h dois alunos que querem ir para a Ant nio Arroio h 2 alunos que querem ir para a Verg lio Ferreira h 2 alunos mas quer dizer 2 alunos n o fazem uma turma Por exemplo prefer vel que eles v o 4 e j fazem uma turma mas eles podem n o querer ir todos para a mesma escola n o porque n o t m de gostar todos de artes ou inform tica portanto acabam por ser um bocadinho quase que os estamos a formatar se n o temos cuidado quase que os estamos a formatar para eles irem para aquele s tio P2B referido ainda a este prop sito que a orienta o vocacional feita exclusivamente pela psic loga o que centraliza a decis o numa s pessoa como refere uma professora havia o tal projecto de orienta o vocacional que era feito pela psic loga P4B e confirmado por uma psic loga sim o programa feito por mim estou sozinha com o grupo todoY P2B A subcategoria perspectiva dos profissionais face ao processo de orienta o vocacional com 25 unidades de registo apresenta 6 indicadores e s foi referida por psic logos As dificuldades dos profissionais na orienta o dos surdos o indicador mais referido nesta subcategoria Estas dificuldades reportam se ao facto de que uma pessoa que est a trabalhar com orienta o de alunos surdos no 9 ano est ali limitada com as op es que eles t m P3S sendo referido por
42. de processos entre os SPO s e entre os professores dos dois n veis de ensino demonstrando provavelmente insufici ncia no n mero de reuni es ou de informa es transferidas para um cabal encaminhamento A categoria necessidades emergentes da orienta o vocacional apresenta se com 54 unidades de registo organizadas em 3 subcategorias necessidade de operacionalizar um programa de orienta o vocacional co responsabiliza o interprofissional e reflex o sobre a oferta educativa da escola Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 70 A subcategoria necessidade de operacionalizar um programa de orienta o vocacional evidenciou se com 5 indicadores sendo o mais referido aquele que enuncia a necessidade de um programa de orienta o vocacional estruturado no 3 CEB Refere uma professora esse aprofundamento relativamente s profiss es que existem e que eles poder o abra ar uma coisa relativamente pontual n o existe como projecto que uma coisa fundamental P4B uma psic loga adita acho que se calhar um programa desses que viesse desde o 7 ano vamos supor com um programa das actividades de visitas em que todos os anos tivessem que fazer um est gio uma semana que fosse uma empresa numa determinada actividade podia ajud los a perceber melhor ter uma vis o mais correcta da realidade e a perceberem onde que eles se identificam mais P3S Acresce ainda que a psic loga usa
43. de registo com quest es que consideramos pertinentes Em rela o ao primeiro objectivo conhecer a percep o dos profissionais e dos alunos surdos sobre a orienta o vocacional desenvolvida no 3 CEB e sobre a transi o destes alunos para o ensino secund rio os dados recolhidos mostram que os profissionais inquiridos neste estudo consideram a orienta o importante e reconhecem ser necess rio um de maior investimento nesta rea Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 104 Os psic logos e professores inquiridos referem que o desenvolvimento da orienta o vocacional com alunos surdos requer condi es espec ficas este assunto ser explanado mais em profundidade no terceiro objectivo admitindo as suas necessidades de forma o na rea da LGP Para al m disso consideram tamb m que estes alunos t m mais necessidades de forma o do que os seus pares ouvintes uma vez que os surdos t m menos oportunidades de acesso a informa o por conseguinte t m menos informa o sobre as profiss es e sobre o mundo em geral Estes alunos s o muitas vezes mais protegidos pelas fam lias e pelo pr prio sistema escolar o que leva a que apresentem frequentemente n veis inferiores de maturidade e autonomia comparativamente com pares ouvintes Reconhecem por isso a necessidade de iniciar este trabalho o mais precocemente poss vel para minimizar as lacunas encontradas aquando da escolha vocacional no
44. dos alunos surdos 67 A progress o de estudos no curso que o aluno gosta vai depender da sua determina o e capacidade de adapta o ao novo grupo de pares no secund rio realistas educativa no secund rio expectativas profissionais suas limita es dificuldades devem ser realistas 2 28 36 Os alunos devem ser consciencializados das suas limita es assim como das suas potencialidades profissionais Perspectiva o Aus ncia de planeamento de 58 Nem todos os alunos surdos atingem o sucesso 3 43 de um projecto de um projecto de vida por vezes h falta de planeamento no seu percurso de vida vida quando acedem ao secund rio trabalhar onde encontram emprego 2 no secund rio 162 Quando o aluno surdo sai do 3 CEB n o faz uma escolha de uma forma o relacionada com a rea profissional pretendida 169 Os alunos surdos muitas vezes est o n o s 7 alienados em rela o quest o vocacional mas tamb m a todas as outras quest es relacionadas com um o projecto de vida 148 A orienta o vocacional deve ser feita a par com Aus ncia de motiva o e investimento nos estudos Preocupa es dos profissionais em rela o ao projecto de vida a constru o do projecto de vida dos alunos surdos e DS 59 Os alunos transitam para o secund rio sem terem feito qualquer escolha em rela o ao seu futuro 41 H necessidade de motivar os alunos para o 13 futuro levando a
45. es de informa o escolar e profissional sob modalidades diversas garantindo a participa o activa dos alunos na explora o e t cnicas utilizadas Dec Lei 190 91 art 6 n 5 c p 2667 e tamb m colaborar no planeamento e acompanhamento de vistas de estudo experi ncias de trabalho est gios e outras formas de contacto dos alunos como meio e mundo das actividades profissionais Dec Lei 190 91 art 6 n 5 d p 2667 Reiteradamente em toda a legisla o consultada n o h qualquer refer ncia espec fica a orienta o vocacional diferenciada da dos ouvintes assim a orienta o vocacional dos alunos surdos englobada na orienta o dos restantes alunos da escola inclusive os que n o apresentam necessidades especiais n o havendo obrigatoriedade legal para proceder a uma orienta o diferenciada Consideramos importante indagar portanto como est a ser conduzida a orienta o vocacional deste grupo de alunos dada a sua especificidade e a barreira da comunica o que da decorre Na nossa opini o consensual o facto de que a comunica o assume fulcral import ncia no desenvolvimento da linguagem na obten o de informa o mas tamb m na participa o em geral de um indiv duo na comunidade onde se insere Indubitavelmente a surdez severa profunda acarreta limita es na aquisi o de conhecimentos que sejam veiculados oralmente e restringe consideravelmente a interac o em c
46. escola de refer ncia e depois a escola secund ria encadeamento P1B Tem de haver continuidade de orienta o vocacional no 10 ano JM Portanto exactamente mas de antem o h algu m do 3 Ciclo do aluno quase que passar O processo P1B Mas isso passa isso n o est referido JM H H passagem P1B Mas isso passado h sempre o encontro do professor de educa o especial desta escola com o que vai acompanhar a seguir JM N o h da parte da psicologia do SPO P1B Tamb m h o SPO tamb m faz assim JM s estruturar ao fim e ao cabo P1B assim formalmente as coisas est o a acontecer muito bem eu penso 15 na articula o na escola que t m de ser enriquecidas em termos de conte dos entre o psic logo e os v rios professores dos alunos entre o conselho de turma os professores que fazem parte do conselho de turma preciso mais articula o tamb m relativamente a esta rea e isso come ou a haver no ano passado com os professores dos surdos e depois tamb m mais o enriquecimento dos conte dos mais viv ncias mais sa das os alunos presenciarem perceberem o que que um trabalho as voltas que um iogurte d preciso perceber quem faz quem est quem est na linha de montagem quem est nas caixas dos leites Quer dizer onde que eu gostaria de estar Ou l dentro na contabilidade na pr pria empresa do iogu
47. escolas de refer ncia a falta de informa o sobre as profiss es e sobre a organiza o escolar e a influ ncia dos pares surdos Acresce em cada um dos grupos barreiras percepcionadas separadamente Por um lado os profissionais referem a barreira da comunica o por outro os alunos referem barreiras no acesso a alguns cursos do ensino secund rio e o condicionamento decorrente da orienta o vocacional oferecida no 3 CEB Na verdade parece poss vel afirmar que no c mputo geral os alunos se encontram insatisfeitos com a escolha efectuada Seria importante referir que os alunos entrevistados n o consideraram a barreira da comunica o como entrave sua escolha mas sim no acesso a algumas profiss es Digno de refer ncia ainda que os alunos considerem a orienta o vocacional do 3 CEB como uma condicionante quando deveria ser considerado por eles na nossa opini o um apoio indispens vel Tendo este aspecto sido referido por v rios alunos parece nos que ele apela a uma s ria reflex o sobre o modo como tem vindo a decorrer esta orienta o b Prepara o para a Vida em Sociedade Neste tema os profissionais foram mais abrangentes que os alunos abordando aspectos que consideraram necess rios para o desenvolvimento hol stico integral dos alunos tais como a autonomia a socializa o a maturidade o desenvolvimento emocional e o conhecimento da sua cultura e identidade Ambos os grupos entrevistados abordar
48. especial Eg orienta o vocacional 43 Apoio do director de turma a Apoio por parte dos colegas 14 Entreajuda de colegas surdos Pe surdos 3 2 35 Apoio do grupo de pares para superar as dificuldades Perspectiva o do mundo do Barreiras percepcionadas no 39 Percep o de dificuldades para surdos 3 trabalho acesso a determinadas em rela o a algumas profiss es profiss es 58 Obst culos face surdez na realiza o do sonho profissional Necessidade de adquirir 2 Necessidade de aprender conhecer mais sobre uma rea profissional 7 Aus ncia de orienta o vocacional 59 Adiamento para o final do secund rio conhecimentos nas reas profissionais de prefer ncia Perspectiva o do projecto de Adiamento da decis o sobre o para tomadas de decis o sobre o projecto vida projecto de vida de vida 60 Necessidade de decidir sobre o futuro 82 Recusa em reflectir sobre o futuro 63 Consciencializa o de que h colegas 2 que acabam o secund rio sem um projecto de vida 3 7 Aus ncia de apoio na formula o 28 Reflex o individual sobre a escolha de um projecto de vida vocacional 25 Necessidade dos profissionais indagarem no 3 CEB quais as prefer ncias objectivos dos alunos 23 Necessidade do psic logo ajudar a projectar o futuro Necessidades de apoio para a 27 Necessidade de ajuda de significativ
49. estavam a situados relativamente problem tica vocacional eles estavam a situados em tudo P2S Perante isto f cil perceber porque que os profissionais afirmam que existe desconforto insatisfa o face escolha efectuada no Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 81 secund rio e que nem todos os alunos surdos atingem o sucesso Como resultado desta situa o quando saem da escola os alunos surdos v o trabalhar onde encontram emprego sendo bem claro neste excerto de uma professora no qual faz de certa forma um apanhado de toda esta subcategoria Eles v m para aqui em grupo e uma minoria que de facto segue cursos que est o relacionados com as nossas reas outros at n o v o estudar mais Pura e simplesmente acabam o 12 ano e pronto V o trabalhar noutras coisas onde encontram emprego P1S A subcategoria preocupa es dos profissionais em rela o ao projecto de vida com 16 unidades de registo remete nos para 3 indicadores O primeiro indicador refere se necessidade de os alunos projectarem o seu futuro como uma psic loga refere p los a olhar para a frente para o futuro e perceberem o que v o escolher agora seja irem trabalhar seja escolher um curso profissional prosseguir os estudos e ir para um curso superior tem implica o depois na vida P2B Outro indicador relaciona se com a necessidade de esclarecer os alunos a import ncia de pensarem no seu fut
50. existem desde o que que faz um astronauta um engenheiro electrot cnico engenharia aeroespacial achas que est s bem informado em rela o a todas estas profiss es A1 Ligado inform tica Sim sei JM Repara eu gostava de saber se falaram contigo destas profiss es na escola A1 N o n o falaram JM Por exemplo nunca explicaram o que fazia um m dico naquelas aulas de rea projecto A1 N o n o Fui eu que foi procurando algumas coisas como que a inform tica JM N o consideras importante que os professores e a psic loga falassem contigo sobre isso em vez de teres que ir procura e podias obter alguma informa o errada A1 Sim eu procurei sozinho e foi procurar JM Sozinho A1 Sozinho JM E n o achas que era importante que os professores da educa o especial e a psic loga dar essa informa o a voc s A1 Sim acho que sim JM E nunca tiveste esse tipo de informa o A1 Sim tive Na rea projecto mas houve coisas que tiveste de pesquisar na rea projecto e tamb m no apoio com a professora do ensino especial JM H A1 Aqui em Carnide tamb m tem muitas regras ligadas inform tica a professora do ensino especial foi buscar mostrou nos leu e explicou me Por isso que eu vim para aqui JM H mais alguma coisa que tu te lembres e que seja importante e que n s passamos fazer em rela o aos alunos que est o no 3 Ciclo ainda por
51. falam de aus ncia de apoio Os alunos preferem adiar a decis o sobre o seu projecto de vida e os profissionais falam em aus ncia de motiva o e investimento nos estudos por parte dos alunos o que para visto pelos primeiros com uma preocupa o em rela o ao futuro dos alunos Sobre este assunto no culminar das nossas ela es apraz nos referir que por todos os aspectos negativos referidos anteriormente em rela o ao futuro dos alunos surdos n o nos surpreende que desmotivem e n o queiram ou n o saibam como projectar o futuro Cabe a n s profissionais que trabalhamos com eles no dia a dia contrariar este sentimento e apontar baterias para um futuro mais risonho para estes alunos Consideramos que o esp rito criativo que tanto caracteriza os profissionais do ensino ser abonat rio formula o de sugest es a maioria referidas anteriormente neste trabalho para p r m os obra nesta tarefa de cariz educacional Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 103 CAP TULO IV CONCLUS ES O presente estudo visou explorar a forma como a orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB estava a ser levada a cabo nas Escolas de Refer ncia para o ensino bilingue da rea de Lisboa Dado que na legisla o consultada como referido no cap tulo Il n o h qualquer refer ncia espec fica para que a orienta o vocacional destes alunos seja diferenciada da dos ouvintes consideramos
52. final do 3 CEB Para este efeito deveriam ser criadas equipas pluridisciplinares para o efeito de referir que os alunos comungam da mesma opini o isto que deve iniciar se mais cedo a orienta o vocacional e falar sobre profiss es Nesta sequ ncia os profissionais salientam pela negativa o facto de que a orienta o vocacional s se fazer no 9 ano e em grande grupo s havendo esporadicamente sess es individuais n o fazendo refer ncia frequ ncia que estas sess es deveriam ter Os alunos consideram por sua vez que as sess es deveriam ser sempre individuais para que o psic logo ajude na projec o do futuro e para minimizar a influ ncia m tua entre os colegas Por outro lado os profissionais admitem que a necessidade de agrupar os alunos na transi o para uma escola secund ria na qual exista apoio espec fico para os alunos surdos cria situa es que nem sempre respeitam a escolha vocacional do aluno Esta necessidade de agrupar os alunos quanto a n s um tema que se pode transferir para o estudo de outras realidades Com efeito foi um dos profissionais que levantou esta quest o referindo a necessidade de agrupar os alunos na mesma escola para formar uma turma N o avan ou com sugest es para contrariar esta situa o referindo somente que os alunos surdos s o em pequeno n mero o que dificulta a forma o de turmas Este aspecto foi tamb m referido pelos alunos isto que a psic loga insi
53. gina 121 http library gallaudet edu documents clerc T SG pdf Sprinthall N amp Sprinthall R 1993 Psicologia educacional uma abordagem desenvolvimentista Lisboa McGraw Hill Super D 1991 Models of career development Actas da confer ncia internacional de Lisboa Servi os de orienta o para os anos 90 Lisboa 1995 pp 47 66 REFER NCIAS LEGISLATIVAS Decreto Lei n 319 91 de 23 de Agosto Di rio da Rep blica 1 s rie A N 193 Decreto Lei n 190 91 de 17 de Maio Di rio da Rep blica 1 s rie A N 113 Despacho n 5720 98 de 6 de Maio Di rio da Rep blica 2 s rie N 104 Decreto Lei n 3 2008 de 7 de Janeiro Di rio da Rep blica 1 s rie N 4 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 122 NDICE DOS ANEXOS Anexo Autoriza o do aluno e do encarregado de educa o para grava o da entrevista Anexo II Gui o da entrevista aos profissionais Anexo III Gui o da entrevista aos alunos Anexo IV Protocolo de uma entrevista aos profissionais exemplo Anexo V Protocolo de uma entrevista aos alunos exemplo Anexo VI Recorte das unidades de registo e transforma o em indicadores da entrevista P1B Anexo VII Quadros de an lise de conte do das entrevistas aos profissionais Anexo VIII Quadros de an lise de conte do das entrevistas aos alunos ANEXO I AUTORIZA O DO ALUNO E DO ENCAR
54. hol stico do aluno surdo apresenta 6 subcategorias das quais a mais referida a que corresponde s necessidades na autonomia e socializa o Nesta subcategoria os inquiridos salientam a necessidade de trabalhar a autonomia dos alunos surdos Uma professora considera que v o crescendo fisicamente mas por dentro s o sempre umas criancinhas grandes com falta de autonomia responsabilidade e por a fora P1S outra professora refere esta quest o da autonomia passa por tamb m por irem a um banco fazer um dep sito ir a um restaurante e escolher a ementa preencher bilhetes de identidade preencher Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 74 essas pequenas coisas que nos tornam aut nomos P4B Para al m disso os inquiridos consideram que a par com a orienta o vocacional deve ser trabalhada a socializa o e frisam a import ncia de preparar os surdos para interagir numa sociedade ouvinte Assim segundo uma professora h situa es em que n o t m int rprete e eu acho que tem de lhes ser proporcionadas tamb m s vezes essas situa es para eles se esfor arem vai ser na vida profissional vai ser na vida familiar na vida social eles v o encontrar muitas situa es dessas t m que aprender a estar confort veis tamb m nessas situa es P1B Neste sentido alguns dos entrevistados reconhecem que a terapia da fala pode ser usada como ferram
55. influenciados e acharam que isso era bom E depois v o bater no fundo e eu n o quero isso A2 Esta quest o da influ ncia por parte dos colegas pode evidenciar a n o cristaliza o da escolha vocacional na fase da explora o porque os adolescentes n o exploraram ou n o lhes foi facultada a possibilidade de explorar v rias reas profissionais atrav s de experi ncias reais em campo formando prefer ncias sobre um determinado grupo de ocupa es profiss es o que pode levar indecis o vocacional Savickas 2002 Por outro lado ela pode decorrer tamb m da normal press o dos pares caracter stica desta idade Sprinthall e Sprinthall 1993 press o que nos surdos ainda mais forte uma vez que os pares s o os que falam a mesma l ngua e com quem h possibilidades de comunica o No que se refere subcategoria escolha condicionada pela falta de informa o sobre a estrutura e organiza o escolar um dos alunos entrevistados afirma desconhecer a organiza o curricular do ensino secund rio explicando se assim ent o ela a professora disse que o objectivo era ter notas positivas que eu n o podia ter notas negativas um amigo meu contou me aqui n o havia testes eram 50 fichas que n s faz amos Ele estava a provocar me estava a querer me assustar E ent o eu fui perguntar minha directora de turma professora verdade que n o h testes N o Ai Que al vio A1 Nesta subcategori
56. jardim de inf ncia A outra subcategoria estrat gias de remedia o dos profissionais no secund rio incide sobre o trabalho de orienta o vocacional que feito no secund rio e sobre as estrat gias para que os alunos ganhem autonomia Estes indicadores remetem nos para uma interven o numa perspectiva de colmata o de lacunas existentes na rea da orienta o vocacional numa altura em que seria importante consolidar a sua explora o vocacional A este prop sito Jacoby 2005 refere que alguns alunos do ensino secund rio assistem a aulas para a explora o da carreira encontram se com os seus conselheiros de orienta o vocacional ou participam em Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 69 experi ncias pr profissionais Neste sentido de todo evidente que a orienta o deve continuar no ensino secund rio especialmente para aqueles alunos em que ainda n o est bem cristalizada a sua escolha vocacional A subcategoria falta de articula o entre os n veis de ensino foi referida os profissionais porque consideram que necess rio que haja articula o na orienta o vocacional do 3 CEB e o secund rio para que assim haja continuidade no secund rio da orienta o vocacional que feita no 3 CEB porque segundo os profissionais inquiridos h desconhecimento sobre o que feito ao n vel da orienta o vocacional no outro n vel de ensino A outra subcategoria vem de cert
57. limita es assim como as suas potencialidades A sensibiliza o da sociedade para a problem tica da surdez tamb m foi referida como sendo um aspecto a ser equacionado Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 80 No que concerne a barreiras para aceder a determinadas profiss es por parte dos alunos os entrevistados consideram que estas s o superiores s encontradas pelos ouvintes Para al m do acesso a dificuldade em encontrar emprego agrava se para este grupo espec fico de indiv duos dada a sua diferen a Esta situa o agudiza se ainda mais pelo facto dos alunos terem expectativas irrealistas face ao mercado do trabalho que que segundo os profissionais devem se a uma sobrevaloriza o das compet ncias dos alunos ou a uma certifica o discrepante dos conhecimentos adquiridos Entendem ent o que necess rio capacitar os alunos na rea profissional como estrat gia para minimizar a situa o A ltima categoria perspectiva o de um projecto de vida com 72 unidades de registo apresentou 3 subcategorias das quais a mais referida a aus ncia de planeamento de um projecto de vida Os profissionais salientam que quando o aluno surdo sai do 3 CEB n o faz uma escolha de uma forma o relacionada com a rea profissional pretendida Uma professora relata o discurso dos alunos vou para a Ant nio Arroio porque uma escola de arte ou porque eu quero ir para arquitectura ou para pin
58. m uma estrutura de apoio 138 S o poucos os alunos surdos que seguem cursos superiores relacionados com a escolha feita no secund rio 117 S o oferecidas poucas estruturas de apoio aos Do Jatmossudos S O Escolha por influ ncia do 21 H tend ncia para os alunos surdos optarem pela grupo de pares surdos mesma escola em vez de optarem conscientemente por uma rea vocacional 22 E necess rio trabalhar com os alunos surdos e as fam lias para que eles n o se limitem a ir para escolas secund rias onde h outros surdos 23 E necess rio conversar com os alunos surdos para 10 que percebam que a escolha profissional n o pode ter por base o 25 E necess rio promover contratos com os alunos 3 30 surdos para que eles sigam o seu percurso vocacional 31 H tend ncia para os alunos surdos fazerem a 2 mesma escolha que o l der do seu grupo 24 E necess rio que os alunos surdos percebam que 3 a escolha profissional pessoal 63 Desconhecimento dos alunos surdos sobre profiss es 175 Os alunos t m falta de informa o 142 Desconhecimento por parte dos alunos surdos da oferta formativa da escola 34 Os alunos surdos escolhem profiss es com as quais tiveram contacto ou acesso a alguma informa o sobre elas Problemas dos Necessidade de cria o de 50 H uma parceria com uma psic loga que sabe profissionais na parcerias LGP atrav s da APS para trabalhar com os surdos orien
59. mas zangas mal tratadas P2S Noutros alunos surge uma aceita o passiva da op o vocacional oferecida Uma psic loga refere a este prop sito julgo que se tratava muito de uma op o digamos assim pela negativa portanto em que eram afastadas outras op es e portanto eles acabavam por se conformar com uma orienta o que enfim que vinha neste sentido P2S De uma perspectiva do desenvolvimento vocacional a baixa auto estima destes alunos pode ser atribu da a uma escolha que n o a preferida dadas as limita es formativas de referir novamente Punch 2005 que os alunos surdos devem enveredar na explora o e planeamento de uma carreira de forma ponderada e consciente Um pouco na sequ ncia da subcategoria anterior os profissionais tamb m referem as particularidades inerentes realiza o pessoal salientando que os alunos t m baixas expectativas mas que h necessidade de mostrar que s o capazes e que por vezes s o casos de sucesso As necessidades na transmiss o da cultura e identidade tamb m foram identificadas pelos profissionais porque consideram que os alunos surdos necessitam do seu grupo de perten a o qual essencial para o seu bem estar uma vez que eles crescem t m crescido num ambiente felizmente neste ambiente onde podem ter a sua l ngua onde t m pares onde desenvolvem a sua l ngua onde comunicam onde s o jovens como outros quaisquer t m pares para partilhar e comu
60. me a esclarecer as minhas d vidas JM Mas porque que a A n o pertenceu tamb m a essas aulas da psicologia A1 Porque a eu ia com a um amigo ouvinte risos coment rio da int rprete eu pe o desculpa como que tu queres que eu traduza isso Desculpe posso fazer intervalo JM Sim podemos risos Int rprete Porque eles puseram me aqui como que queres que eu traduza isso eu n o posso dizer JM O qu Asneira pode Se palavr o diz palavr o Int rprete N o palavr o Mas uma ofensa posso dizer parvo JM Mas diz Int rprete Isso nem sei como que se diz em portugu s isto horr vel a A Nota de transcri o aluna que estava assistir entrevista que tamb m surda diz que eu posso dizer parva JM Agora assim tu gostaste da psic loga tu achas que ela te ajudou mas o que que achas que falhou com a A porque que ela n o seguiu Qual a tua opini o A1 Porque a psic loga ela s vezes n s come vamos a falar no tema da inform tica e ela desviava muito a conversa E a psic loga e directora de turma e a professora da Educa o Especial falavam bem com a minha m e e depois quando nos encontr vamos todos falavam bem Mas a psic loga desviava muito os temas da conversa JM Eu vou ter de pegar naquilo que para mim importante voc s disseram que ela era parva o termo que estou a usar exactame
61. o programa de orienta o da carreira dos ouvintes mas com adapta es para os surdos e que o programa de orienta o vocacional volunt rio para os alunos surdos Ora segundo Punch 2005 importante encorajar os alunos surdos e com dificuldades de audi o a terem confian a em explorar planear e tomar decis es sobre o seu futuro ocupacional por isso n o nos parece ser desej vel um programa de orienta o vocacional volunt rio A subcategoria co responsabiliza o interprofissional cont m 5 indicadores O primeiro refere se mudan a da responsabilidade da orienta o vocacional que era unicamente dos SPO e que segundo as novas orienta es normativas passou a ser destes servi os e do professor de EE Uma das professoras entrevistadas discorre sobre este assunto afirmando a certa altura eu sei que iniciei a coordena o e dei me conta de coisas que achava estranho ent o vai ai n o isso da responsabilidade de ent o aqui n o h responsabilidades conjuntas P1B Por outro lado alguns dos psic logos entrevistados salientam a necessidade de envolver os professores no processo de orienta o vocacional na mesma linha j expressa antes de integrar a quest o das profiss es nos conte dos curriculares pelo menos na rea de projecto No entanto outra psic loga refere que j existe colabora o entre os profissionais da escola Este panorama remete nos novamente para a necessidade de haver u
62. o 12 Orienta o feita com poucas sess es vocacional diferenciada e mais no 9 ano eficiente 13 D vidas da psic loga na orienta o para uma voca o devido surdez 57 Orienta o vocacional deve come ar antes do 9 ano 68 Necessidade de individualizar as 10 sess es de orienta o 6 69 Orienta o vocacional igual a surdos e a ouvintes Necessidade de apoio da fam lia 8 Di logo com os familiares e amigos na escolha vocacional 42 Di logo com os amigos 77 Apoio das fam lias Necessidade de maior 46 Indecis o vocacional acompanhamento na escolha do ESA 34 Sentimento de receio medo curso profiss o generalizado Necessidade de maior motiva o 5 Falta de interesse pela escola 4 dos alunos i i 2 1 4 Desinteresse sobre a escolha vocacional EM 65 Dificuldades no acesso informa o 1 pelos alunos surdos 50 Op o por uma forma o perto de casa 4 dos pais 49 Falta de int rpretes apoios 80 N o aceita o de alunos surdos pela Dificuldades inerentes Escolha condicionada pelas escolha vocacional dos estruturas de apoio a alunos alunos surdos surdos no ensino secund rio escola secund ria 83 Escolha limitada s escolas de refer ncia escolhas de cursos Escolha condicionada pelo apoio 86 Influ ncia da psic loga para a escolha na orienta o vocacional de um agrupament
63. o do agregado familiar aparecem referidas em ltimo lugar desta categoria Os alunos entrevistados sugerem a necessidade de ajuda para cuidar dos futuros filhos Por Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 96 exemplo um dos jovens responde da forma seguinte quest o sobre este t pico isso n o sei isso n o sei mesmo Mas isso a minha m e pode me ajudar e a minha namorada pode me ajudar se ela souber A1 No entanto os alunos referem ter gosto por crian as poss vel tamb m que este desconhecimento seja comum a todos os alunos desta idade n vel de ensino e n o seja portanto espec fico deste grupo de jovens ou da sua condi o de surdos Nesta categoria os alunos demonstram ter necessidade de no 3 CEB os profissionais perscrutarem sobre as suas prefer ncias objectivos e darem suporte sobre elas Acresce o facto de considerarem importante que o SPO ajude a projectar o futuro Provavelmente devido ao desconhecimento sobre assuntos de v ria ordem inerentes ao projecto de vida estes alunos adiam para o fim do secund rio ou nalguns casos recusam se mesmo a reflectir sobre o seu futuro Em s ntese do tema da prepara o para a vida em sociedade emergem do di logo dos alunos alguns t picos dignos de registo Primeiramente a forma como os alunos v m o mundo do trabalho incerta devido ao desconhecimento sobre as profiss es da sua prefer ncia aliadas a uma orienta o vocacion
64. o vocacional 17 H aspectos a melhorar na orienta o vocacional E possam desistir e trocar de curso no 10 ano que isso n o mal nenhum na vida n o se perde um ano ganha se a experi ncia de um ano mas para isso tem que haver mais tempo Mais tempo mais dedica o a esta rea Por isso assim uma hora por semana de orienta o vocacional muito pouco para os surdos 18 necess rio mais tempo e trabalho na rea da orienta o vocacional porque acho que tem que se tratar as coisas com realismo criando 19 necess rio que os alunos surdos criem neles suficientes expectativas para se desenvolverem expectativas profissionais mas n o expectativas que venham esmorecer depois uns anos mais tarde por n o poderem fazer esta ou aquela profiss o 20 As expectativas profissionais dos alunos surdos devem ser realistas E vou falar especificamente dos alunos surdos Por um lado h duas escolas de refer ncia duas escolas secund rias de refer ncia para os surdos uma virada para as artes e a outra virada para outras compet ncias cient fico pedag gica ou mesmo humanidades ou mesmo cursos profissionais O que acontece a popula o surda muito reduzida e eles t m muita tend ncia a defenderem se querendo estar juntos e muitas vezes eu sinto e uma luta que os alunos n o v o uns atr s dos outros e sim que sigam os seus impulso
65. orienta o dos ouvintes dada a especificidade deste grupo Referem a necessidade de haver mais sa das de campo sess es de depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos uso de materiais visuais para dar a conhecer um leque abrangente de contextos profissionais e o enriquecimento dos conte dos ao n vel das profiss es Referem tamb m a necessidade de trabalhar a identidade do surdo para que os alunos se consciencialzem da sua diferen a assim como de um acompanhamento mais pr ximo da sua evolu o percurso escolar por parte de toda a equipa pluridisciplinar onde deve ser inclu da a fam lia que por vezes n o colabora e outras vezes dadas as suas expectativas elevadas e irrealistas dificultam a orienta o Os profissionais sentem que h aspectos a repensar na orienta o dos alunos nomeadamente a articula o entre profissionais para veicular os conte dos referentes as profiss es os aspectos relacionados com a simplifica o irreflectida do processo de avalia o as respostas educativas profissionais propostas aos alunos a rentabiliza o dos apoios e evitar o facilitismo e o paternalismo patente na interven o de alguns profissionais Nesta sequ ncia referem ainda o facto de que a orienta o vocacional s se fazer no 9 ano e em grande grupo s havendo esporadicamente sess es individuais assim como a necessidade de agrupar os alunos na transi o para uma escola secund ria n o respeitando a esc
66. os colegas que ideia que lhe d em rela o sua autonomia compet ncias sociais desse surdo e que ser P1B Quer desde e de outros Desde e de outros Aplica se a outros JM Exactamente se se aplica a outros P1B ZAplica se aos outros porque um exemplo os outros foram todos para portanto foram dois alunos para a Verg lio Ferreira mas t o em cursos diferentes e foram tr s para a Ant nio Arroio Bom eu penso que isto acontece com todos eles medo de perder os pares Eles crescem t m crescido num ambiente felizmente neste ambiente onde podem ter a sua l ngua onde t m pares onde desenvolvem a sua l ngua onde comunicam onde s o jovens como outros quaisquer t m pares para partilhar e comunicar tudo o que faz parte da vida o seu crescimento os seus afectos tudo isso Entretanto eles apesar de isto ser uma escola com um projecto bilingue bilingue para eles portanto o curr culo deles bilingue em termos de estarem c alunos ouvintes e serem a maioria a escola proporciona lhes muitas actividades em que eles participam em conjunto Mas claro que mesmo quando t m que estar em turmas de integra o eles nos intervalos na hora do almo o na hora da sa da nos fins de semana recorrem aos seus pares surdos Porque a que comunicam a que est o e a que fazem as suas partilhas Ora bem quando isto est em causa h receio H um receio da parte deles e da eles que
67. os objectivos do estudo iv a exclus o m tua porque um mesmo indicador s podia pertencer a uma categoria ou subcategoria Bardin 2008 Para as entrevistas dos profissionais a codifica o e categoriza o deu origem a dois temas orienta o vocacional no 3 CEB e prepara o para a vida em Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 46 sociedade O primeiro tema decorreu do segundo e terceiro blocos do gui o da entrevista a estes profissionais forma o e orienta o vocacional que veiculada aos alunos surdos no final do 3 ciclo que necessidades dos alunos e dos profissionais Na forma o e orienta o vocacional consider mos todos os indicadores relacionados com forma o para orienta o vocacional percep o dos profissionais sobre os processos de orienta o vocacional dificuldades especificidades inerentes escolha vocacional dos alunos surdos problemas e necessidades dos profissionais na orienta o vocacional O segundo tema prepara o para a vida em sociedade emergiu do quarto bloco do gui o da entrevista a estes profissionais perceber qual prepara o para a transi o para a vida activa dos alunos surdos Consider mos como prepara o para a transi o para a vida activa todos os indicadores que dizem respeito ao desenvolvimento integral hol stico do aluno surdo perspectiva o do mundo do trabalho e perspectiva o de um projecto de vida No
68. por muito simp ticos que os meus colegas fossem comigo eu teria com certeza dificuldades e sentir me ia um bocadinho parte 27 Os alunos surdos necessitam do seu grupo de perten a que essencial para o seu bem estar desenvolvimento integral Entretanto eles apesar de isto ser uma escola com um projecto bilingue bilingue para eles portanto o curr culo deles bilingue em termos de estarem c alunos ouvintes e serem a maioria a escola proporciona lhes muitas actividades em que eles participam em conjunto 28 Os alunos surdos t m um curr culo bilingue onde s o proporcionadas actividades de interac o com os ouvintes Agora por isso mesmo a par da orienta o vocacional temos de ir trabalhando muitas outras coisas como a autonomia e tamb m o estar em qualquer local Quer desde e de outros Desde e de outros Aplica se a outros falta de 29 par com a orienta o vocacional deve ser trabalhada a autonomia e a socializa o autonomia Aplica se aos outros porque um exemplo os outros foram todos para portanto foram dois alunos para a Verg lio Ferreira mas t o em cursos diferentes e foram tr s para a Ant nio Arroio Por isso quase que os obrigo a ter terapia da fala at ao final do nono ano mas porqu Por causa de continuarem a falar por causa de continuarem a fazer uma boa leitura de fala que eles n o t m condi es para vocalizar para fazer
69. possam incutir nos alunos motiva o para a sua pr pria explora o e desenvolvimento vocacional acrescendo ainda desses testemunhos a consolida o da uma identidade surda Apraz referir que h a preocupa o destes profissionais em veicular a informa o que aos alunos surdos n o lhes chega ou chega deturpada devido barreira da comunica o e de consciencializar os alunos para as suas limita es mas Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 72 tamb m das suas potencialidades canalizando as para uma explora o vocacional consciente e reflectida passando pela experimenta o em forma de est gios para consolidar compet ncias e ou limar desajustes procedendo depois a uma an lise reflectida sobre todo o processo de prefer ncia em conjunto com as fam lias O facto de envolverem as fam lias sugere a preocupa o evidente de que estas s o um elemento essencial na equipa A sua participa o pode ajudar primeiramente a que estas n o criem falsas expectativas e sejam um elemento aglutinador no processo de orienta o vocacional dos seus educandos servindo de suporte dinamizador em todo o processo Preocupam se tamb m com o facto de que como refere uma psic loga entrevistada estes alunos no secund rio e ap s a escolha vocacional se sintam a situados talvez porque a op o foi condicionada pela falta de informa o sobre as profiss es e agravada pela pouca explora o vocacional ali
70. program for vocational guidance that meets the needs of this specific group of students is needed The interviewed students corroborate in most issues the professionals point of view but are more direct in their statements So they consider that vocational guidance is inefficient with gaps in training about professional area with the same support that their hearing peers with no individual counseling that vocational guidance starting only in the 9 grade and with an insufficient time of special needs class support The interviewed students are not satisfied with their vocational choice specially due to the barriers to success in some courses of high school settings and access to some professional areas that enables them to reach their professional s goal of the most of students interviewed Keywords Deafness vocational guidance vocational training life project programs of vocational guidance Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina iii NDICE INTRODU O a tniind da Sd 1 CAP TULO ENQUADRAMENTO TE RICO ssssssie 4 1 Orienta o Vocacional e Projecto de Vida Da Interven o para Alunos Ouvintes Interven o com Alunos Surdos serie 4 2 A Comunica o e a Socializa o dos Surdos iiiiii 14 2 1 A Barreira da Comunica o e o Acesso Informa o dos Surdos 14 2 2 A Socializa o dos Surdos czenranosars
71. que concerne s entrevistas aos alunos o processo de codifica o e categoriza o deu origem aos mesmos temas orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB e prepara o para a vida em sociedade No que concerne ao primeiro tema este decorreu do segundo e terceiro blocos do gui o da entrevista aos alunos recolher informa o sobre a exist ncia de forma o vocacional no 3 ciclo e a raz o da escolha realizada pelo aluno apoio dos profissionais aos alunos no 3 ciclo e a opini o dos alunos sobre o mesmo Inclu mos na orienta o vocacional todos os indicadores relacionados com crit rios de escolha dos cursos do ensino secund rio ou escolha de profiss es e dificuldades inerentes escolha vocacional dos alunos Consider mos apoio dos profissionais aos alunos no 3 ciclo e a opini o dos alunos sobre esse apoio todos os indicadores referentes s percep es sobre o processo de orienta o vocacional no 3 CEB e aspectos positivos da orienta o vocacional O segundo tema prepara o para a vida em sociedade emergiu do quarto bloco do gui o da entrevista aos alunos prepara o para a transi o para a vida activa Na prepara o para a vida a vida activa inclu mos todos os indicadores relacionados com perspectiva o do mundo do trabalho e perspectiva o do projecto de vida Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 47 CAP TULO III APRESENTA O E DISCUSS O DOS R
72. que eles estudem mais 154 Os alunos por vezes desistem da escola 128 Os alunos por vezes desistem de projectar o EL futuro 88 necess rio que os alunos projectem o seu futuro 9 89 E necess rio esclarecer os alunos a import ncia de pensarem no seu futuro 101 H incertezas em rela o ao futuro dos alunos 3 surdos ANEXO VIII QUADROS DE AN LISE DE CONTE DO DAS ENTREVISTAS AOS ALUNOS QUADRO DE AN LISE DE CONTE DO DAS ENTREVISTAS AOS ALUNOS UR SC Temas Categorias Subcategorias Indicadores Orienta o Crit rios de escolha dos Escolha por prefer ncia pessoal 1 Escolha com base nos interesses Vocacional cursos do ES profiss es pessoais dos alunos 5 71 Escolha com base nos objectivos surdos no 3 CEB pessoais Escolha pelo estatuto da 9 Escolha da profiss o com base na profiss o renumera o 26 Escolha com base nas 2 regalias contrapartidas dessa profiss o Percep o sobre o processo Necessidade de forma o sobre 10 Visitas de estudo s escolas de orienta o vocacional no profiss es no 3 CEB secund rias de refer ncia para indagar 3 CEB sobre os agrupamentos 61 Visitas de estudo 18 Contacto directo com profissionais 36 Aus ncia de forma o sobre as 20 profiss es no 3 CEB 16 Uso da rea projecto para trabalhar as profiss es Necessidade de uma orienta
73. que queres fazer at para haver motiva o para o estudo e tem de ser um trabalho mais multidisciplinar e feito com outros professores que n o s a psic loga do SPO e n o s o professor de educa o especial apesar de que o professor de educa o especial nestes ltimos anos j pode dedicar se mais a esse tipo de situa es mas tem que ser abrangente tem que ser mais multidisciplinar esta preocupa o na articula o na escola entre o psic logo e os v rios professores dos alunos entre o conselho de turma os professores que fazem parte do conselho de turma preciso mais articula o tamb m relativamente a esta rea e isso come ou a haver no ano passado com os professores dos surdos Agora estamos a fazer eu tenho a hip tese de estando a coordenar este processo de dar o meu carisma risos E de querer trabalhar com a psic loga neste sentido n o 15 A orienta o vocacional deve ser um trabalho conjunto de equipa multidisciplinar Na gest o da escola fa o parte da direc o este ano tenho tamb m tenho o spo na minha nas minhas compet ncias de trabalho 16 A orienta o profissional uma preocupa o que tenho tamb m como elemento da direc o Melhorar muito melhorar muita coisa mas eu refor o que para os surdos estas coisas t m de ser ainda mais pensadas Precisamos de fazer mais em rela o orienta
74. se tinham dado justifica o para tal respondeu porque eu tinha um problema de audi o A5 Tamb m foi referido por um aluno que a escolha de forma o no secund rio foi condicionada por ter de sair da casa dos pais explicando eu n o queria sair de casa porque n o queria me afastar da minha fam lia e o curso era fora de Lisboa era para Coimbra ou para o Porto A2 Destes resultados poss vel concluir que v rios aspectos t m de ser tomados em considera o em rela o escolha do curso do ES profiss o e que os alunos surdos inquiridos t m consci ncia deles Em primeiro lugar a quest o do acesso informa o como referem Duarte e Almeida 2006 que limitada pela barreira da comunica o com a agravante de no est dio da explora o entre os catorze aos vinte e quatro anos ser necess rio que os jovens procurem informa o e se munam de conhecimentos para lidar com as tr s tarefas do desenvolvimento vocacional Savickas 2002 Al m disso este condicionamento traduzir se na falta de informa o relevante sobre as profiss es e sobre o mundo do trabalho no que concerne avalia o consciente e realista das suas capacidades e interesses levando a que a formula o de uma escolha vocacional destes alunos seja menos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 91 informada Outro aspecto referido por alguns alunos foi a incapacidade de sair da casa dos pais para enver
75. sobre a oferta formativa das escolas e sobre a estrutura o do secund rio Por outro lado a oferta formativa proposta pelas escolas a par com os apoios recursos necess rios para este grupo s o aspectos considerados dif ceis de contornar da as limita es referidas na orienta o destes alunos A estas dificuldades acresce segundo os entrevistados a inadequa o de algumas reas profissionais para os surdos sendo referido por alguns a impossibilidade por parte deste grupo em exercer determinadas profiss es factor agravado ainda pelo desconhecimento por parte dos alunos das suas limita es Outras dificuldades na orienta o dos alunos prendem se com a articula o entre os n veis de ensino e entre profissionais para veicular os conte dos referentes as profiss es embora refiram a exist ncia de tais reuni es leva nos a inferir que sejam insuficientes ou pouco rentabilizadas Acresce ainda a falta de tempo para investir na orienta o e d vidas sobre que cursos os alunos podem seguir Em rela o forma o dos profissionais para a interac o com este grupo embora alguns profissionais entrevistados refiram que usam a LGP para comunicar com os alunos estes referem posteriormente a aus ncia de uso ou uso rudimentar da LGP Assim podemos concluir que a necessidade de forma o em LGP para comunicar com os alunos significativa Acresce a este facto que os pr prios profissionais consideram que necessitam
76. tidas as consequ ncias da barreira da comunica o a falta de vocabul rio de conhecimentos sobre as profiss es e sobre o mundo em geral N o ser demais remeter para Duarte e Almeida 2006 quando afirmam que o acesso informa o dos Surdos limitado pela barreira da comunica o que vai desde a comunica o do dia a dia at rela o interpessoal O que podemos fazer Os mesmos autores referem que em ambiente escolar devem ser disponibilizados meios de acesso informa o aos alunos tais como pain is informativos digitais tradu o e interpreta o em l ngua gestual de todas as actividades da escola tradu o e interpreta o em l ngua gestual de toda a informa o em ambiente de sala de aula Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 66 Os restantes indicadores desta subcategoria podem ser considerados consequ ncia da barreira da comunica o j que incidem sobre o desconhecimento e ou falta de informa o dos alunos surdos sobre profiss es o desconhecimento por parte dos alunos surdos da oferta formativa da escola a escolha da profiss o pelos alunos surdos de entre um leque muito restrito uma vez que tendem a optar pelas poucas profiss es que conhecem ou com as quais j contactaram Em todo o caso estes indicadores p em em evid ncia a falta de informa o dos alunos surdos sobre assuntos fulcrais tais como as profiss es evidenciando a aus ncia de transmiss o de infor
77. uma psic loga que eu em rela o orienta o dos surdos tenho sempre esta dificuldade uma coisa que me custa P2B Acresce o facto de haver falta de tempo para investir na orienta o vocacional dos alunos surdos e subsistirem d vidas em rela o aos cursos que os alunos podem seguir Estes problemas est o associados s dificuldades decorrentes dos surdos serem uma minoria o que exige por parte dos profissionais do SPO inquiridos compreens o em rela o ao des nimo dos alunos surdos face a reduzida oferta educativa Estas declara es dos profissionais devem ser alvo de uma reflex o ser que n o poss vel um maior investimento por parte dos profissionais na orienta o vocacional destes alunos Ou esta situa o deriva simplesmente de uma conjuntura educacional inerente a pol ticas educativas desfavor vel a estes alunos Por aquilo que j foi referido anteriormente em rela o fase de crescimento Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 62 e explora o defendido por Savickas 2002 parecem existir argumentos para uma reflex o sobre esta mat ria Em s ntese nesta categoria os profissionais referem a import ncia da orienta o vocacional e a necessidade de iniciar precocemente com a interven o de uma equipa pluridisciplinar para um maior investimento nessa orienta o Est bem patente nas suas preocupa es a diferencia o que necess ria fazer face
78. vez que se trata de um estudo explorat rio e pretend amos recolher dados sobre o tema com alguma profundidade optou se pela realiza o de entrevistas O desenho de uma investiga o qualitativa deve prever ainda processos de triangula o De Ketelle 1999 A triangula o consiste em combinar dois ou mais pontos de vista fontes de dados abordagens te ricas ou m todos de recolha de dados numa mesma pesquisa para que possamos obter como resultado final um retrato mais fidedigno da realidade ou uma compreens o mais completa do fen menos a analisar Coutinho 2008 9 No que concerne e este t pico o nosso estudo prev a triangula o das fontes tanto do mesmo estatuto diferentes grupos profissionais como de estatuto diferente entre profissionais e alunos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 37 4 Caracteriza o dos Participantes Participaram neste estudo oito profissionais quatro professores e quatro psic logos que trabalham com alunos surdos em Escolas de Refer ncia para a Educa o Bilingue de Alunos Surdos do 2 e 3 ciclos e do ensino secund rio da rea de Lisboa Participaram ainda no estudo seis alunos do ensino secund rio destas escolas institui es os quais passaram pelo processo de orienta o Assim trata se de uma amostra de conveni ncia uma vez que se utiliza um grupo de indiv duos que esteja dispon vel e n o probabil stica porque os inquiridos fo
79. 161 No 3 CEB a diferencia o que feita aos alunos surdos aligeirar a avalia o 184 H necessidade de introduzir nos conte dos program ticos dos alunos surdos a tem tica das profiss es 165 O apoio oferecido no 3 CEB resume se a um maior n mero de horas de apoio aos alunos surdos 98 H necessidade de articular com os professores para que se trabalhe as profiss es a par com os conte dos program ticos das disciplinas 99 A orienta o vocacional feita exclusivamente pela psic loga 5 132 Esporadicamente a psic loga faz sess es individuais com os alunos surdos para trabalhar quest es mais espec ficas 119 Dificuldade em respeitar a escolha de cada aluno 4 devido necessidade de agrup los na mesma escola para formar uma turma 151 Os professores s o paternalistas em rela o aos 11 alunos surdos esa uma cultura de facilitismo face ao processo de ao sucesso dos alunos surdos profissional dos surdos minoria vocacional dos alunos surdos 91 D vidas em rela o aos cursos que os alunos podem seguir 120 Compreens o por parte dos profissionais em rela o ao des nimo dos alunos surdos face a reduzida oferta educativa Limita es Escolha limitada pela oferta 61 escolha formativa e de estruturas de no secund rio vocacional dos apoio no secund rio 113 Os alunos acabam por escolher uma das duas alunos surdos escolas de refer ncia que t
80. CEB dos alunos surdos 85 b Prepara o para a vida em sociedade iiiiiiisiiiia 94 3 Compara o entre os Resultados das Entrevistas aos Profissionais e aos AUNO S Sn ie aiseee RPI PRN RR Rr Ri RE OR RR OR PE 99 a Orienta o Vocacional no 3 CEB ssaessamasscenanerrmmasenecus amas rianntnaas 99 b Prepara o para a Vida em Sociedade iciii is 102 CAP TULO IV CONCLUS ES eis 104 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 120 ndice dos anexos NDICE DE QUADROS Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina v Quadro 1 Caracteriza o dos profissionais Quadro 2 Caracteriza o dos alunos Quadro 3 Totais das Unidades de Registo por temas profissionais Quadro 4 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 1 tema Quadro 5 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 2 tema Quadro 6 Totais das Unidades de Registo por temas alunos Quadro 7 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 1 tema Quadro 8 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 2 tema Quadro 9 Quadro dos objectivos do programa de orienta o vocacional SIGLAS E ACR NIMOS 39 40 48 49 74 84 85 95 117 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina vi ES Ensino Secund rio Fem G nero feminino LG L ngua gestual LGP L ngua gestual Portuguesa
81. ESULTADOS Neste cap tulo procede se apresenta o dos resultados das entrevistas procurando interpret los com base no enquadramento te rico delineado no primeiro cap tulo Apresenta se primeiramente a an lise das entrevistas feitas aos profissionais professores e psic logos uma vez que os temas das entrevistas eram os mesmos nos dois grupos Numa segunda fase apresentam se os resultados referentes s entrevistas realizadas aos alunos surdos que frequentam o ensino secund rio tendo passado pelo processo de transi o do 3 Ciclo para o Secund rio e consequente escolha vocacional Por ltimo procede se compara o dos resultados dos dois grupos 1 Resultados das Entrevistas aos Profissionais A an lise de conte do completa das 8 entrevistas efectuadas aos profissionais professores e psic logos encontra se em anexo IV No quadro seguinte apresentamos os resultados globais distribu dos por 2 temas orienta o vocacional no 3 CEB e prepara o para a vida em sociedade Quadro 3 Totais das Unidades de Registo por temas Temas Total UR UR Orienta o vocacional no 3 CEB 68 1 Prepara o para a vida em sociedade 31 9 Total das unidades de registo das entrevistas aos profissionais 1152 100 Por an lise do quadro 3 verifica se que de todas as entrevistas resultou um total de 1152 unidades de registo A orienta o vocacional no 3 CEB o tema mais focado pelos pr
82. EVISTA P1B RECORTE DAS UNIDADES DE REGISTO E TRANSFORMA O EM INDICADORES DA ENTREVISTA P1B UNIDADES DE REGISTO INDICADORES Freq Tamb m tamb m uso a l ngua gestual 1 Uso a LGP 3 mas uso muito a l ngua gestual mas uso muito como apoio como comunica o n o de uma forma muito eficiente 2 N o sou fluente em LGP 2 n o tenho uma grande efici ncia em termos de l ngua O que que acontece depois n o sei muito bem S sabemos depois com 3 Desconhecimento sobre a continuidade da orienta o 2 o feedback quando eles nos chegam j adultos temos o feedback por eles vocacional no secund rio e percebemos se eles t m sucesso ou insucesso na vida Depois no secund rio n o sei se eles continuam a fazer essas visitas como que continuam a orienta o vocacional Isso de todo n o sei V rios tipos v rios cursos fui fazendo v rios cursos ao longo da minha 4 V rios cursos de LGP 2 vida de l ngua gestual Fiz v rios fiz alguns cursos na Casa Pia depois fiz na escola com o programa Focus com elementos da Associa o Portuguesa de Surdos com formadores mas n o propriamente na associa o Sim o professor que acompanha os nonos anos normalmente sabe como 5 No passado a orienta o vocacional era da 3 apesar de que at agora tem sido muito muito da responsabilidade da responsabilidade do SPO psic l
83. JM N o Isso obviamente j deves ter aprendido Como se educa uma crian a ela nasce e depois preciso levar ao m dico A1 Sim sei JM Sabes quantas vacinas como que se faz onde que se vai A1 Isso n o sei isso n o sei mesmo Mas isso a minha m e pode me ajudar e a minha namorada pode me ajudar e se ela souber eu vou com ela Mesmo antes a psic loga se calhar pode me dizer como que vai ser no futuro e explicar como que eu vou educar uma crian a por exemplo se ela tem febre vou ao m dico e depois digo o qu JM J viste isso importante n o Consideras isso importante Nem que seja agora no 10 at o 12 Era isso que eu estava a perguntar s vezes importante como voc s s o surdos o acesso informa o importante e se ningu m vos disser voc s n o sabem e isso que o projecto de vida voc s saberem N o h problema em ter 10 filhos importante programarem a vida para ser um pap com 10 filhos Alguma vez falaste com algum professor ou psic logo sobre isso A1 As vezes mas pouco JM N o que era importante A1 Sim claro que importante JM Alguma coisa que te lembres que consideres importante em rela o aos teus colegas quando eles estavam a te convencer a ir para a Ant nio Arroio A1 Sim JM Como que achas que n s podemos ajudar os alunos surdos que est o no 8 9 ano e at no 10 mesmo para a que voc s estejam mais pre
84. P V rios autores s o da opini o que os profissionais que trabalham com os alunos surdos devem dominar LG Ricou 2006 bastante claro ao referir a barreira da comunica o na rela o terap utica psic logo cliente surdo mas j Lane 1992 referia a problem tica dos testes psicol gicos aplicados aos surdos Acresce problem tica descrita no par grafo anterior o facto de haver necessidade de aprofundar conhecimentos no ensino dos surdos Nesta subcategoria refere se a falta de interesse por parte da psic loga do SPO da escola pela rea da surdez Segundo uma professora a psic loga da escola tamb m n o uma pessoa que se tenha ainda dedicado aos surdos P1B porque no seu entender h que trabalhar com a psic loga neste sentido n o Pronto faz la gostar desta componente da surdez eu gostaria que ela se dedicasse tamb m P1B Neste sentido os profissionais afirmam que h necessidade de pesquisar mais sobre o ensino dos alunos surdos e que importante que quem trabalha com os surdos conhe a a sua cultura tamb m apontada a necessidade de na forma o especializada serem veiculadas mais estrat gias para o ensino dos surdos Em s ntese os professores consideram um obst culo na orienta o vocacional dos alunos surdos a falta de profici ncia em LGP dos psic logos No entanto os professores tamb m admitem n o usarem ou usarem a LGP de forma pouco eficiente Est tamb m patente na opi
85. P gina 41 Para Carmo e Ferreira 2008 142 o objectivo de uma entrevista abrir uma rea livre entre os dois interlocutores no que respeita mat ria da entrevista Essa rea livre conseguida atrav s da apresenta o do investigador apresenta o do problema e a explica o do papel do entrevistado Desta forma permitimos ao entrevistado entender a sua import ncia como fornecedor de informa o e por consequ ncia a sua utilidade para a investiga o em curso Quando este entendimento conseguido o entrevistado tende a colaborar por perceber o patamar onde se vai decorrer o di logo havendo partilha volunt ria de informa o No que concerne estrutura o da entrevista optou se por uma entrevista semi estruturada Bogdan e Biklen 1994 ou semi directiva Quivy e Campenhoudt 2003 uma vez que com este tipo de entrevista fica se com a certeza de se obter dados compar veis entre os v rios sujeitos Bogdan e Biklen 1994 135 e porque com este tipo de entrevista geralmente o entrevistador disp e de uma s rie de perguntas guias relativamente abertas a prop sito das quais imperativo receber a informa o da parte do entrevistado deixando tanto quanto poss vel o entrevistado falar abertamente com as palavras que desejar e pela ordem que lhe convier Quivy e Campenhoudt 2003 192 193 Assim os gui es de entrevista elaborados para este estudo Anexos Il e III s o consti
86. PO s do 3 Ciclo e do Secund rio n o uma pessoa que se tenha ainda dedicado aos surdos e como 71 A psic loga do SPO da escola n o mostra interesse um agrupamento com tantas pessoas eu percebo que apesar de tudo ela pela rea da surdez e necessita de especializar se mais d muitas outras respostas Pronto faz la gostar desta componente da surdez eu gostaria que ela se dedicasse tamb m a esta isto uma escola de refer ncia portanto temos de ter uma psic loga no SPO que goste de trabalhar nesta rea E eu penso que ela uma pessoa dedicada portanto que tem todas as condi es para isso portanto eu espero Aqui se n o for pela psic loga do SPO se calhar com a psic loga com quem temos parceria mas vamos ter que fazer isto ANEXO VII QUADROS DE AN LISE DE CONTE DO DAS ENTREVISTAS AOS PROFISSIONAIS QUADROS DE AN LISE DE CONTE DO DAS ENTREVISTAS AOS PROFISSIONAIS SC Uso da LGP nas interac es 1 Uso da LGP 6 115 com surdos 75 Uso a int rprete para comunicar com os alunos 4 Forma o para 76 Aus ncia de uso da LGP E orienta o Forma o em LGP 4 V rios cursos de LGP Orienta o vocacional de vocacional no alunos surdos 3 CEB 6 Sem forma o na rea vocacional vocacional 86 Com forma o na rea vocacional 6 vocacional preocupa o ouvintes 2 10 Percep o dos Necessidade de inicia o 11 E impo
87. REGADO DE EDUCA O PARA GRAVA O DA ENTREVISTA DECLARA O Eu abaixo assinado aluno a da escola declaro que autorizo que seja efectuada a grava o udio e v deo da entrevista no mbito da disserta o cujo tema A Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo A realiza o deste estudo pretende saber a forma como o processo de selec o e escolha vocacional foi efectuado pelos alunos surdos no final do 3 Ciclo para posteriormente ajudar a formar e orientar outros alunos surdos nesta situa o Declaro tamb m saber que o conte do destas grava es confidencial e que s ser utilizado para fins deste estudo Data O A Aluno a conforme B I O Encarregado de Educa o conforme B I ANEXO II GUI O DA ENTREVISTA AOS PROFISSIONAIS Gui o de Entrevista aos Profissionais Tema A Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P blico alvo Profissionais que trabalham na rea da surdez no 3 ciclo Objectivos Indagar sobre a experi ncia dos t cnicos na rea da surdez e tempo de lecciona o Recolher informa o sobre que forma o feita na rea vocacional no 3 Ciclo sobre as v rias escolhas profissionais Inquirir sobre que compet ncias vocacionais s o abordadas Perceber os moldes da orienta o vocacional para alunos surdos no 3 ciclo Perceber quais as necessidades identificadas pelos
88. Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 97 A este prop sito parece nos importante relembrar na sequ ncia do que defende Nascimento 2006 que a constru o do projecto de vida reveste se de mor import ncia para um indiv duo desde saber qual a profiss o pretendida se quer casar ter filhos ter uma casa etc o que induz uma reflex o sobre o futuro Nascimento 2006 considera no entanto que projecto de vida de um indiv duo fruto da complexidade de interac es sociais que levam aquisi o de compet ncias assim como do conhecimento sobre si e sobre o ambiente que o rodeia pelo que se pode inferir que existir o compet ncias que ainda n o foram adquiridas pelos alunos Este mesmo autor considera que a escola n o est assumir o seu papel de preparar os adolescentes para a vida uma vez que deveria por um lado desenvolver capacidades para lidar com o quotidiano e as suas adversidades assim como desenvolver capacidades acad micas que d em suporte s transforma es necess rias para aceder ao bem estar pessoal e social e profissional Possivelmente para al m das necessidades referentes escolha vocacional parece nos evidente que se p e a descoberto o facto de que existem compet ncias n o adquiridas na rea da puericultura e ou forma o de um agregado familiar Nascimento refere ainda que a supera o das dificuldades vai depender em grande parte da forma como os interlocutores significativos s
89. a o na rea ou mais treino espec fico nas actividades dessa ocupa o tendo mesmo acesso a experi ncias reais A ltima fase a actualiza o envolve a realiza o de experi ncias profissionais dentro de uma ocupa o espec fica e denominada de fase de transi o da escola para uma profiss o Durante esta fase de transi o para um emprego est vel e atrav s de v rias experi ncias eliminat rias o indiv duo atinge um n vel de profici ncia em que as suas compet ncias se adequam a uma profiss o e se sente realizado Savickas 2002 Tomando a ptica da perspectiva desenvolvimentista a carreira ent o considerada uma multiplicidade de tarefas que levam ao desenvolvimento pessoal ao longo da vida que culminar na medida do poss vel com o indiv duo social e profissionalmente idealizado Para Pinto 2004 o modelo de desenvolvimento vocacional levaram cria o de programas organizados de forma sequencial que se destinavam aos diferentes est dios e tarefas de um indiv duo tendo em considera o diversos pap is de vida desempenhados nos diferentes cen rios assim como a respectiva interac o entre eles A sua aplica o em contexto escolar organiza e implementa o projecto vocacional de cada aluno planeando o seu papel futuro como trabalhador Nascimento 2006 considera que o projecto de vida se define como as ambi es e desejos de realiza o em rela o ao futuro que t m por base a forma
90. a e ela desviava muito a conversa A1 Um aluno afirma mesmo que a orienta o vocacional foi confusa nas suas palavras foi uma grande confus o A2 Acresce ainda segundo outro aluno que havia influ ncia da psic loga para a escolha de um agrupamento escola explicitando eu acho que o acompanhamento que ela fez h porque eu acho que a ideia dela p r nos na Ant nio Arroio e ela insistiu imenso para n s irmos para l mas eu n o queria essa escolha isso era um problema dela eu n o tenho interesse nenhum ir para l A1 Os alunos sugerem ainda que a insist ncia da psic loga para a escolha da mesma escola visava a forma o de uma turma de surdos referindo sim para fazer um grupo para fazer uma turma de surdos A1 Perante esta situa o afirmam conhecer colegas que se arrependeram de ceder press o da psic loga Na minha turma por exemplo o D um colega meu ele escolheu ir para l mas ele n o tinha interesse nenhum e ent o ele foi para a Ant nio Arroio continua na Ant nio Arroio e agora N o tem interesse nenhum as notas s o muito m s A1 Gostar amos de referir que quando um dos alunos foi questionado sobre o que poderiam os profissionais fazer no 3 CEB para ajudar os alunos surdos a fazer bem a sua escolha profissional este respondeu ter uma boa Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 90 psic loga e uma boa orie
91. a falhando a escola em os preparar para a vida em sociedade Em s ntese os profissionais nesta categoria referem que os alunos n o t m perspectivado um projecto de vida A proposta avan ada para a colmata o desta situa o refere se possibilidade de trabalhar conjuntamente a orienta o vocacional e o projecto de vida nas sess es para este fim superando a aliena o dos alunos ao planeamento do seu futuro assim como minimizando a possibilidade de insatisfa o com a profiss o futura Os profissionais mostraram se preocupados com o facto de os alunos n o projectarem o seu futuro considerando importante esclarec los para tal situa o de forma a dissipar as incertezas sentidas e motiv los para o investimento nos estudos para que consigam a prossecu o dos seus objectivos escolares e profissionais No c mputo geral deste tema de prepara o para a vida em sociedade os profissionais entrevistados demonstram preocupa es referentes ao desenvolvimento hol stico dos alunos Referem novamente necessidades inerentes ao percurso escolar destes alunos no que concerne aquisi o de vocabul rio e compet ncias de leitura e escrita assim como uma boa capacidade de comunica o oral para superar os desafios que lhe ser o colocados ao longo do seu percurso escolar mas tamb m no decorrer do seu life space na g ria vocacional Para singrarem com sucesso os profissionais tamb m apontam para a aquisi o de
92. a est a come ar a fazer um trabalho n o ainda de orienta o vocacional porque ela s esteve o ano passado connosco est este ano e este ano nem temos uma turma de nono ano mas est a come ar a fazer j alguma orienta o de desenvolvimento pessoal e social nestes adolescentes nos alunos adolescentes N o sei se de futuro ela poder tamb m ficar com a orienta o vocacional dos surdos n o sei n o prevejo at porque estas parcerias podem continuar ou acabar Eu tenho medo de apostar muito numa coisa que n o seja de continuidade por isso eu n o sei N o acompanhei directamente tamb m passo a passo semana a semana esses alunos que terminaram o nono ano Como digo foi no meu papel de Coordenadora de conhecer alguns alunos desde pequenitos e as suas fam lias que entrevi e s agora este ano e para o ano que eu vou acompanhar propriamente uma turma Para a outra semana vou estar em Inglaterra numa escola profissional para surdos vou l estar uma semana e acho que vou aprender alguma coisa e tamb m trazer not cias para c nem que seja para sonhar com alguma coisa para Portugal risos Vamos sete pessoas daqui da escola e durante uma semana JM Tenho pena que a entrevista fosse depois para depois fazermos um paralelismo P1B Pois eu estive para lhe dizer mas n o quis atrasar o seu trabalho mas tamb m experi ncia Inglesa n o a nossa JM Pois exactamente n o faz parte do meu
93. a forma contradizer a categoria anterior porque h reuni es entre os profissionais para encaminhamento dos alunos que transitam de escola Na verdade um dos indicadores refere que feita a passagem de processos dos alunos entre o docente do 3 CEB e o do secund rio e o outro indicador refere que feita a passagem de processos dos alunos entre os SPO s do 3 CEB e do secund rio e que os profissionais do secund rio referem as necessidades dificuldades encontradas com os alunos surdos mas o que est a funcionar menos bem Se s o feitas reuni es porque referido que n o h articula o entre o 3 CEB e o Secund rio Em s ntese os profissionais entrevistados s o un nimes em considerar que os alunos chegam ao secund rio mal orientados vocacionalmente no que concerne ao conhecimento sobre as profiss es o que leva a que fa am uma escolha pouco informada e tamb m que tenham uma fraca bagagem de compet ncias para lidar com o secund rio nomeadamente ao n vel da socializa o Prop em por isso para o 3 CEB uma orienta o vocacional mais sistem tica e mais prolongada no tempo Como estrat gias de remedia o os profissionais do secund rio referem uma interven o que vise a consolida o da explora o vocacional e o ganho de autonomia Apontam a falta de articula o entre os n veis de ensino para a continuidade da orienta o vocacional dos alunos embora referindo a exist ncia de reuni es de passagem
94. a n vel social Outros indicadores desta subcategoria apontam que a orienta o vocacional no 3 CEB deve ser mais sistem tica mais prolongada no tempo Em rela o ao primeiro indicador n o podemos deixar de transcrever a declara o de uma professora eu acho que n o feito na realidade que eu conhe o de Lisboa n o feito verdadeiramente um trabalho de facto s rio s rio no sentido sistem tico e cuidadoso relativamente informa o sobre as diferentes profiss es P1S Por sua vez uma outra professora refere a orienta o vocacional n o pode ser feita apenas com alguns encontros espor dicos e com algumas conversas a orienta o vocacional tem que ser feita com um programa montado com n o sei quantas sess es em que se sabe que se vai observar aqueles alunos e ver quais s o as suas compet ncias as suas inclina es o que faz de melhor P4S Os resultados desta subcategoria v m de certa forma corroborar que os alunos chegam ao ensino secund rio com uma prepara o aqu m das expectativas e que a escolha de uma forma o foi feita sem conhecimento de causa devido falta de informa o essencialmente na rea da orienta o vocacional Na nossa opini o estas sugest es dever o ser tidas em considera o aquando da planifica o de uma interven o na rea da orienta o vocacional deste grupo espec fico de alunos aliando ao que defende Jacoby 2005 que a interven o ser iniciada no
95. a oferta educativa no secund rio de modo a que estes criem expectativas profissionais A subcategoria sensibiliza o da sociedade foi referida somente por uma professora a qual no entanto se espraiou sobre este assunto A professora considera necess rio sensibilizar a sociedade para a problem tica da surdez preciso come ar a chamar a aten o dos media fa am reportagens sobre a comunidade surda falem o que que a comunidade surda despertar os ouvintes para tirar cursos de LGP P4S e refere mais frente portanto n o s despertar a comunidade ouvinte para o que um surdo mas acima de tudo ajudar o surdo a funcionar na comunidade em geral P4S Na subcategoria barreiras percepcionadas pelos profissionais em rela o aos alunos surdos surgem indicadores relacionados com as limita es dos alunos para aceder a determinadas profiss es reas profissionais Uma professora refere por exemplo n o podem ser pilotos de avi o porque isso j n o podem ser Tamb m lhes digo que n o poss vel ser piloto de avi o uma outra refere um advogado por exemplo h bem um advogado n o era poss vel eles por enquanto ainda precisam de mas h profiss es em eles pr prios surdos poderiam desenvolver compet ncias nessa rea P4B Outro aspecto referido os alunos surdos encontram mais barreiras que os ouvintes para encontrar emprego complementa a primeira ideia sendo de destacar Os su
96. a para fazer infer ncias por identifica o sistem tica e objectiva das caracter sticas espec ficas de uma mensagem Para este autor a an lise de conte do mais do que simplesmente descritiva e atenta ao conte do manifesto visa a produ o de infer ncias a interpreta o e a explica o dos fen menos tanto patentes como latentes na comunica o p 108 Como explica Bardin 2008 as categorias que agrupam os dados considerados pertinentes podem ser criadas segundo dois tipos fundamentais de procedimentos procedimentos dedutivos ou fechados e procedimentos indutivos ou abertos No primeiro caso o investigador cria uma grade pr via de categorias elaborada a partir do referencial te rico ou dos resultados de outros estudos emp ricos No segundo caso mais adequado a estudos explorat rios as categorias emergem do pr prio material em an lise Como o nome indica este um processo essencialmente indutivo no qual os dados recolhidos criam a grade categorial Segundo Esteves 2006 no caso das entrevistas uma primeira formula o das categorias pode ser inspirada pelos objectivos ou pelos t picos de questionamento que foram estabelecidos no gui o de prepara o das mesmas p 110 Bardin 2008 considera que a t cnica de organiza o da an lise de conte do deve pautar se pelas fases de pr an lise seguida da explora o do material e por ltimo o tratamento dos resultados a inf
97. a querer assim O acompanhamento P1B Sim eu acho que importante n s n o podemos nos dispersar muito temos um b sico pela frente e com o pr escolar portanto temos imensas n o nos podemos dispersar mas n o pronto acabou aqui a nossa tarefa H que continuar a articular pelo menos que os colegas do secund rio nos percebam e saibam qual foi o nosso trabalho at o nono ano para poderem dar continuidade N s passamos o aluno passamos o processo passamos a sua problem tica as suas expectativas passamo las O que que acontece depois n o sei muito bem S sabemos depois com o feedback quando eles nos chegam j adultos temos o feedback por eles e percebemos se eles t m sucesso ou insucesso na vida JM Ok mais alguma situa o que queira assim referir P1B N o tenho imensa pena acho que n o fui a pessoa mais indicada para porque n o acompanhei nesta escola n o acompanhei nenhum grupo de nono ano mesmo de trabalho n o Que diferente diferente ser a professora eu tenho os meus alunos de oitavo ano venho com eles desde o quinto ano e vou se Deus quiser acabarei com eles no nono ano e portanto sei quais s o as preocupa es que tenho neste percurso mas n o tenho alunos meus JM Pois mas com isso j est a sentir portanto j est o no oitavo e j est a sentir que h ali um trabalho que est a fazer P1B Desde o princ pio As profiss es uma coisa qu
98. a responder eficazmente a esta quest o se o planeamento da carreira for parte integrante de qualquer curr culo escolar sendo o poder de auto avalia o e a auto determina o as primeiras capacidades a serem trabalhadas no planeamento da carreira Danek amp Busby 1999 citados em Jacoby 2005 Jacoby 2005 considera que o planeamento da carreira deve ser para cada aluno o foco de qualquer programa curricular Assim se um aluno identifica no seu plano um objectivo do ensino secund rio que pode ser atingido com base naquilo que sabe ou naquilo que valoriza em si mesmo ent o este aluno torna se num participante activo na cria o do seu futuro Acrescenta ainda que para serem auto determinados os alunos surdos ou com problemas de audi o t m que primeiro ser auto conscientes ou seja t m de entender os seus pr prios interesses habilidades necessidades e os seus pr prios processos de aprendizagem Os alunos surdos ou com problemas de audi o como Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 21 quaisquer outras crian as necessitam de oportunidades para a auto explora o do que gostam de fazer do que que valorizam e em que que acreditam de que forma trabalham melhor do que necessitam para se sentirem bem sucedidos e de qual o papel que querem desempenhar na sociedade Cada um destes aspectos da auto consci ncia importante para o sucesso do planeamento da carreira Assim estes alun
99. a surge ainda a refer ncia ao desconhecimento dos conte dos dos cursos do ensino secund rio afirmando um aluno por exemplo ele pensava que as artes eram mais f ceis era fazer desenhos e descansar A1 e o desconhecimento sobre os exames a realizar para aceder ao curso superior n o sei quais os exames que tenho de fazer A1 Estas evid ncias corroboram o facto de os alunos estarem pouco informados em rela o s escolhas poss veis no ensino secund rio a sua organiza o e menos abonat rio a poss veis sa das profissionais Em s ntese os resultados obtidos nesta categoria permitem perceber que os alunos t m no o dos condicionamentos que subsistem na escolha profissional condicionamentos que n o se limitam falta de informa o Com efeito os estudantes entrevistados afirmam que a escolha dos cursos do ES profiss es influenciada pelos servi os de psicologia que na maior parte das vezes sugerem cursos de acordo com a defici ncia e sem ter em conta as caracter sticas e gostos pessoais Por outro lado apenas algumas escolas secund rias s o consideradas de refer ncia para alunos surdos o que tamb m condiciona as escolhas uma vez que se quiserem frequentar Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 93 cursos que apenas existem noutras escolas poder o n o ter o apoio de que necessitam A falta de informa o sobre o funcionamento do ES e a previs o de insucesso em alguns cur
100. abalho Para a Ana Leon sea Laura Rodrigues e Maria Jos Camacho pelo apoio incondicional prestado nos momentos em que o estudo parecia n o avan ar Para a minha fam lia em especial para a In s Marote que esteve sempre presente em todo o percurso da realiza o desta tese para me ouvir e dar apoio Direc o Regional de Administra o e Gest o Educativa DRAE pelo ano sab tico concedido Ao Centro de Ci ncia e Tecnologia da Madeira CITMA pela bolsa de estudo concedida Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina i RESUMO O presente estudo de natureza qualitativa visou explorar a forma como a orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB estava a ser levada a cabo nas escolas de refer ncia para o ensino bilingue da rea de Lisboa Utiliz mos entrevistas semi directivas de forma a conhecer a percep o dos profissionais sobre o processo de orienta o referido anteriormente Posteriormente entrevist mos os alunos do ensino secund rio que j passaram ou est o a passar pelo processo de escolha vocacional Foram entrevistados 8 profissionais 4 professores e 4 psic logos e 6 alunos No presente estudo a partir do cruzamento dos resultados das entrevistas foi poss vel obter a percep o dos dois grupos sobre o tema em estudo e compar las Assim pudemos concluir que os profissionais identificam as suas necessidades de forma o na rea da LGP e sobre o trab
101. ada ainda a uma restrita oferta educativa das escolas de refer ncia A articula o entre professores e psic logos para que as profiss es sejam abordadas em contexto de sala de aula em simult neo com o trabalho que feito nas sess es de orienta o vocacional como forma de concerta o de sinergias entre a equipa uma preocupa o tamb m referida pelos entrevistados Emerge dos depoimentos de forma inequ voca a necessidade de implementar um programa de orienta o vocacional no 3 CEB que seja sistem tico e mais prolongado no tempo talvez come ando no primeiro ciclo ou como refere Jacoby 2006 no jardim de inf ncia Acresce ainda a estes profissionais especialmente aos psic logos a necessidade de haver testes adaptados popula o surda portuguesa referem minimizar esta situa o dando mais tempo para a resolu o dos testes mas referem que alguns deles n o serem pass veis de serem aplicados a esta popula o o que est bem patente no que referido na literatura sobre este assunto por Lane 1992 e Amaral 2009 b Prepara o para a Vida em Sociedade O segundo tema decorrente da an lise de conte do das 8 entrevistas efectuadas aos profissionais o da prepara o para a vida em sociedade com 368 unidades de registo o que corresponde a 31 9 da frequ ncia total das unidades de Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 73 registo de todas as entrevistas Foram estru
102. ada devem aos alunos surdos ser facultadas experi ncias profissionais ou pr profissionais in loco para que estes tenham contacto directo com o mercado do trabalho para como j referimos anteriormente consolidar compet ncias previamente treinadas e ou corrigir ensinar aspectos que ainda necessitem de ser aprimorados curioso salientar que os alunos nunca focaram este aspecto da pr profissionaliza o talvez porque nunca lhes foi proposto logo n o t m conhecimento dessa possibilidade A corroborar a necessidade de uma orienta o vocacional diferenciada referido por uma psic loga que tem de haver mais investimento por parte dos profissionais para que os alunos atinjam o mesmo n vel de conhecimento que um ouvinte Aqui apraz recordar um aspecto referido por outra psic loga que se refere ao apoio se traduzir apenas no aumento de horas Consideramos importante salvaguardar esta situa o referindo a necessidade de planear a m dio e longo prazo o apoio a proporcionar a estes alunos no que se refere forma o sobre as profiss es entre outros de igual import ncia promovendo a forma o integral do aluno S o tamb m os psic logos que referem a necessidade de fazer adapta es no programa de orienta o vocacional dos alunos surdos residindo o bus lis da quest o nas baterias de testes que por n o estarem adaptadas popula o surda causa grandes dificuldades na avalia o psicol gica deste grupo o que ref
103. adiologia portanto faz os diagn sticos faz as cartas n o tem grande contacto com o p blico Era a especialidade que era mais f cil tamb m para a situa o dela Temos uma aluna que saiu no ano passado daqui do nono ano que quer ser m dica E quando algumas pessoas me diziam que eu devia falar com ela que se calhar n o era muito bom pensar em ser m dica eu dei lhe todo o apoio eu dizia n o senhor ela pode ser m dica E pode Pode lutar porque uma aluna que quer mostrar que os surdos s o capazes de vencer tamb m Foi a melhor aluna ela estava integrada Surda profunda uma voz horr vel n o se percebe nada do que ela diz oralmente a melhor aluna da turma numa turma normal portanto numa turma de 20 alunos ouvintes dois surdos profundos naquela turma ela foi a melhor aluna em todas as disciplinas faz uma excelente leitura labial fala l ngua gestual desde beb porque os pais assim o quiseram ouvintes e eles optaram a m e cantora l rica portanto est a ver que o destino tem destas contrariedades risos Mas uma aluna com capacidades extraordin rias de facto a quem eu disse sempre Mariana dou te os parab ns acho que sim que podes ser m dica Depois vais ter que perceber qual ser a melhor especialidade para ti se de facto seguires essa rea vais ver que depois h algumas especialidades que preciso muito contacto com as pessoas o Estado n o te vai ter um int rprete entre tie o doente
104. ados foram atribu dos c digos Para caracterizar dos professores e psic logos procedeu se recolha de dados s cio demogr ficos e profissionais obtendo se o quadro que se segue Quadro 1 Caracteriza o dos profissionais Profissional Idade G nero Tempo serv Tempo serv Experi ncia N de alunos Forma o Forma o Ensino Ed Esp com alunos surdos que apoia doc ncia Psicologia surdos presentemente P1B Fem 30 anos 28 anos 28 anos 7 alunos N o P2B Fem 19 anos 19 anos 10 anos 2 alunos Lo Sim P3B 29 anos 23 anos 23 anos 60 alunos Me Sim P2S 30 anos 30 anos 10 anos 2 alunos LE Sim P4s 43 Fem 20 anos 14 anos 10 anos 6 alunos Sim Sim Por observa o do quadro 1 verifica se que os anos de servi o variam entre 16 anos uma psic loga e os 30 anos una professora e uma psic loga J no que concerne aos anos de servi o em educa o especial estes variam entre os 14 e os 30 anos Relativamente experi ncia com alunos surdos esta varia entre dois profissionais que t m aproximadamente 10 anos de experi ncia P2S e P4S e um profissional P1B com 28 anos de experi ncia Em rela o ao n mero de alunos surdos apoiados pelos SPO no presente ano lectivo os n meros s o t o d spares quanto 60 e 2 alunos Quanto aos professores o n mero varia entre 6 e 26 alunos surdos apoiados No que se refere forma o de base quatro professores t m forma o na rea do ensino sendo que uma tamb
105. ais facilmente pode escolher a profiss o Concordas A1 Sim concordo claro que concordo JM H mais alguma coisa que tu te lembres em rela o a todo o teu processo de escolha como que tu fizeste e que seja importante tu dizeres aos professores o que que devem fazer para que seja mais f cil para voc s surdos A1 N o acho que n o Algumas coisas s o dif ceis para os surdos mas depende do que gostam de fazer dif cil sim mas quando gostam escolhem o curso que gostam e pedem ajuda psic loga e dizem ou gosto disto e quero trabalhar isto no futuro mas n o sei como Ent o no 9 quando n o sabem procuram bem para fazer uma escolha h por exemplo se for futebol v m onde que h um curso de desporto pedem ajuda psic loga e chamam a professora do ensino especial por exemplo a professora M M explicou muito bem que ela professora de l ngua gestual e explicam como que vai ser no futuro essa profiss o Se precisam de dinheiro se v o ser pobres quanto que v o ganhar n o podem ficar aflitos t m que ver o que que querem fazer no futuro e s isso JM Tens mais alguma coisa a dizer e que achas que importante para orientar os surdos no fim do 3 Ciclo Alguma coisa que eu n o perguntei A1 N o n o quero dizer mais nada JM Ent o muito obrigado pela tua participa o ANEXO VI RECORTE DAS UNIDADES DE REGISTO E TRANSFORMA O EM INDICADORES DA ENTR
106. al deve ser diferenciada da dos ouvintes este assunto ser explanado mais em profundidade no terceiro objectivo e mais eficiente Assim poss vel concluir que os profissionais e os alunos surdos consideram em termos gerais que a orienta o vocacional realizada com estes ltimos no 3 CEB n o suficiente para gerar uma escolha informada e consciente precisando de ser melhorada como explanaremos no terceiro objectivo Em rela o ao segundo objectivo identificar as dificuldades no processo de orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB na perspectiva dos profissionais e na perspectiva dos alunos surdos os dados recolhido indicam que os profissionais consideram que a escolha limitada pela oferta formativa e escassez de estruturas de apoio no secund rio o que leva a que os alunos acabem por ser encaminhados para os cursos que existem numa das duas escolas de refer ncia da regi o de Lisboa Essa escolha segundo estes profissionais tamb m condicionada pela influ ncia do grupo de pares surdos que consideram negativa por levar os alunos a escolher o grupo em detrimento de uma escolha vocacional consciente Esta importante quest o reflecte o permanente dilema relativo coloca o educativa de crian as e jovens surdos que op e op es inclusivas em turmas com pares ouvintes a op es que agrupam alunos surdos facilitando as possibilidades de ensino em l ngua gestual Op es que como vimos anteriormente a
107. al que segundo eles era ausente agravada pelo facto de j ter sido feita a escolha do curso do secund rio A aceita o passiva de alguns alunos contrasta com a for a de vontade de outros em prosseguir o seu sonho ap s a conclus o dos estudos secund rios No entanto sentimos alguma reserva pois persistem nos algumas d vidas em rela o prepara o que deve ser feita para a prossecu o destes objectivos nomeadamente quais s o os exames nacionais necess rios para ingressar nesse curso e por conseguinte que disciplinas dever o frequentar e que m dias dever o alcan ar para o ingresso na universidade licenciatura pretendida As d vidas explanadas anteriormente baseiam se no facto dos alunos entrevistados n o estarem conscientes de que necess rio planear perspectivar estas situa es atempadamente o que acontece com o planeamento do projecto de vida que ou por recusa at por vezes desconhecimento em reflectir sobre ele ou por adiamento para uma fase posterior ap s a conclus o do secund rio Os alunos no entanto justificam se no facto de que segundo eles n o h por parte dos profissionais do 3 CEB uma reflex o sobre as suas prefer ncias e objectivos para depois ajudarem na escolha e entrada no munda do trabalho Essa ajuda quanto a n s poderia estender se projec o perspectiva o da forma como constituir um agregado familiar incluindo indubitavelmente a puericultura Orienta o
108. alho com esta popula o Consideram a orienta o importante mas necessitando de mais investimento por parte de uma equipa pluridisciplinar devendo ser iniciada o mais precocemente poss vel Identificam a barreira da comunica o como o principal entrave dos alunos no acesso informa o da a necessidade de diferenciar a orienta o vocacional da dos ouvintes para fazer frente a uma oferta formativa das escolas de refer ncia escassa e com apoios limitados Em suma defendem a implementa o de um programa de orienta o vocacional sistem tico e mais prolongado no tempo que v ao encontro das necessidades deste grupo espec fico de alunos Os alunos entrevistados por sua vez corroboram na maioria das vezes as afirma es dos profissionais sendo mais directos nas suas afirma es Assim consideram que a orienta o vocacional ineficiente com lacunas formativas na rea das profiss es sendo o apoio escasso e iniciado tardiamente sem individualiza o e ou diferencia o em rela o aos alunos ouvintes Acresce a insatisfa o com a escolha devido em grande parte s barreiras relativas ao sucesso em alguns cursos do secund rio e no acesso a algumas profiss es que p em em causa a realiza o do sonho profissional referido pela maioria dos alunos entrevistados Palavras chave Surdez Orienta o vocacional forma o vocacional projecto de vida programas de orienta o vocacional Orienta
109. alhos divididos isto era dela faziam algumas visitas de estudo em conjunto mas era um trabalho que ela deixava para a psic loga JM Portanto se eu lhe perguntar se h um treino de compet ncias funcionais a esses alunos nesse programa de voca o P1B Sim h JM T m no o do que s o mas n o sabe me especificar exactamente o qu P1B H algum treino mas que a psic loga faz mas f lo ela s JM Tamb m n o tem no o da efic cia de toda esta orienta o P1B Tem havido h situa es de sucesso e outras menos de sucesso at porque como s o muito poucos os alunos a sair todos os anos consegue se controlar o que que eu lhe posso dizer O professor de educa o especial n o estava a trabalhar muito ligado psic loga at aqui no entanto como acompanhava muito os alunos ajudava os depois nas suas horas de apoio a encontrar a discutir com eles um bocadinho s que fizeram at h dois anos atr s trilhavam esse caminho muito em paralelo O professor de educa o especial era e uma pessoa acho eu uma pessoa de refer ncia para os pais e os alunos e por isso tinha muita influ ncia depois nas escolhas dos alunos mais do que a pr pria orienta o JM Qual a sua opini o em rela o a esse procedimento de ensino no passado a trabalharem sem ser em conjunto P1B N o pode ser N o pode ser tem de ser o mesmo caminho JM Portanto pena que n o tenha s
110. am a perspectiva o do mundo do trabalho sendo un nimes em expor as barreiras no acesso a algumas profiss es reas profissionais No que toca aos outros itens enveredaram por perspectivas diferentes Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 102 Os alunos referiram a necessidade de adquirir conhecimentos sobre as profiss es da sua prefer ncia enquanto os profissionais referiram as expectativas irrealistas dos alunos face ao mercado do trabalho a capacita o para os mesmos e a sensibiliza o da sociedade Consideramos digno de registo a necessidade de sensibilizar a sociedade para a problem tica da surdez O profissional entrevistado referia se ao facto de os meios de comunica o fazerem reportagens sobre a surdez Somos da opini o que a iniciativa deve partir da escola promovendo actividades para o exterior sobre este tema ou de actividades em que participem os alunos surdos e a convidarem os meios de comunica o para fazerem a cobertura do evento Desta forma dando o pontap de sa da poder surtir o efeito desejado por aumento da curiosidade da popula o em geral Outra forma que nos parece plaus vel e que ao mesmo tempo beneficia os alunos s o as experi ncias profissionais dos alunos surdos promove se a inser o em sociedade destes e sensibiliza os seus pares em contexto de trabalho No que concerne ao projecto de vida os profissionais referem aus ncia de planeamento enquanto os alunos
111. anos atr s trilhavam esse caminho muito em paralelo Sim pronto foram condi es que foram criadas nessa situa o n o sei se calhar n o foi por culpa de ningu m foi porque assim a escola n o sei que n o sei mesmo como come ou nem porqu eu sei que iniciei a coordena o e dei me conta de coisas que achava estranho ent o vai ai n o isso da responsabilidade de ent o aqui n o h responsabilidades conjuntas Esta escola tem trinta anos e tem tido percursos diferenciados ao longo do processo Portanto n o tem sido um percurso linear agora essa colega dizia me do trabalho de forma o vocacional e orienta o vocacional extraordin rio com o psic logo com quem ela se articulava muito bem e que foi poss vel fazer daquela maneira Com esta psic loga funcionou de outra forma e isto um per odo Portanto ao longo dos trinta anos que esta escola foi unidade de surdos e agora escola de refer ncia portanto mas a sua hist ria fundamental como unidade teve percursos diferenciais Funcionou assim sei que h dois anos a esta parte sim mas n o quer dizer que se calhar h cinco anos ou seis anos atr s fosse assim porque lembro me desta colega que entretanto se reformou dizer que fazia um trabalho muito articulado com o psic logo anterior Portanto s vezes tamb m isso s o situa es N o pode ser N o pode ser tem de ser o mesmo caminho 64 Recentemente a orienta
112. arreiras aos surdos No programa de orienta o vocacional propriamente dito deve ser tido em conta Savickas 2002 e os est dios do desenvolvimento da carreira o crescimento a explora o e a actualiza o a teoria do arco ris da carreira de Super 1991 e as considera es de Punch 2005 assim como utilizar baterias testes de avalia o vocacional adaptados popula o surda portuguesa Lane 1992 Neste programa dever o ser equacionadas experi ncias pr profissionais in loco nas reas de prefer ncia dos alunos como sugere Punch 2005 seguida de reflex o conjunta sobre todo o envolvente da experi ncia Estas experi ncias pr profissionais n o devem ser nicas para que o aluno possa ter um termo de compara o e decidir sobre a que mais se adequa sua realiza o pessoal profissional e social Super 1991 Savickas 2002 Punch 2005 Consideramos importante a replica o do presente estudo em outros contextos eventualmente envolvendo uma amostra de maiores dimens es e incluindo tamb m as perspectivas de outros intervenientes designadamente fam lias e empregadores Apresenta se de seguida um quadro resumo do programa proposto para 3 anos sugerindo os objectivos que se pretende atingir nas v rias reas na matriz delineada superiormente Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 116 Ano Dim Auto conceito ens o Identifica objectivos pessoais acad mi
113. as 2002 refere que com a procura de informa o que s o providenciadas experi ncias e conhecimentos para lidar com as tr s tarefas do desenvolvimento vocacional da explora o Com efeito providenciar experi ncias hist rias de vida podem incentivar a explora o por parte dos alunos Para assegurar uma boa compreens o por parte dos alunos surdos referido que a sua orienta o vocacional deve basear se em materiais visuais para dar a conhecer um maior leque de contextos profissionais Por exemplo os profissionais referem que podemos usar imagens vivenciadas quer dizer com filmes n s podemos quase estar l e ver e h s tios onde imposs vel ir P1B ou eles t m que ter materiais mais visuais coisas mais visuais P2B ou ainda trazer uns v deos ilustrativos daquilo que fazem imagem imagem daquilo que fazem para eles contextualizarem a profiss o P4S Os profissionais inquiridos referem ainda que ser necess rio que a orienta o vocacional dos alunos surdos seja mais enriquecida em termos de conte dos Sobre este assunto os profissionais referem eu penso que t m de ser enriquecidas em termos de conte dos P1B e depois tamb m mais o enriquecimento dos conte dos P1B mais informa o sobre o mundo do trabalho sobre as profiss es sobre Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 54 regras de funcionamento do trabalho P3B eu a
114. as efectuadas aos alunos surdos surgiram 2 temas orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB e prepara o para a vida em sociedade Quadro 6 Totais das Unidades de Registo por temas Total UR Orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB Prepara o para a vida em sociedade Total das unidades de registo das entrevistas aos profissionais 83 6 16 4 100 Por an lise do quadro 4 verifica se que de todas as entrevistas resultou um total de 347 unidades de registo A orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB o tema mais focado pelos pr prios nas entrevistas com cerca de 83 6 da frequ ncia total de unidades de registo A grelha completa de an lise de conte do encontra se em anexo III Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 84 a Orienta o Vocacional no 3 CEB dos alunos surdos O tema da orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB apresenta 290 unidades de registo o que corresponde a 83 6 da frequ ncia total das unidades de registo de todas as entrevistas e foi organizado em quatro categorias Quadro 7 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 1 tema Tema Categorias Subcategorias Total UR p Cat Orienta o Crit rios de escolha dos Escolha por Escolha por prefer ncia pessoal pessoal vocacional cursos do ES profiss es o pelo estatuto da profiss o dos alun
115. avam um consentimento como concordavam P3B acrescentando que as fam lias estejam muito envolvidas porque eu acho que as fam lias s o sempre importantes mas quando se trata de jovens com necessidades espec ficas eu acho que ainda s o mais importantes P3B Os entrevistados referem ainda que solicitada a colabora o dos pais Um aspecto importante que como sublinha uma psic loga os alunos mais empenhados na orienta o vocacional t m uma fam lia que tamb m se envolve Como refere Punch 2005 poss vel que os pais de jovens surdos tendo consci ncia das necessidades extra dos seus educandos enveredem por uma aproxima o mais atenta e cuidada sobre assuntos relacionados com o desenvolvimento da carreira dos seus filhos do que os pais dos alunos ouvintes No entanto por vezes o papel das fam lias pode n o ser abonat rio ao sucesso dos seus educandos Assim alguns dos entrevistados salientam que as fam lias n o d o apoio orienta o vocacional e que t m dificuldades em comunicar com os seus filhos surdos Para al m disso consideram ainda que h fam lias Encarregados de Educa o com expectativas muito elevadas as quais pressionam o seu educando surdo para que siga o mesmo percurso que um ouvinte Outras fam lias por excesso de protec o dificultam a orienta o vocacional dos alunos surdos O que pode ser elucidativo de uma participa o das fam lias ao aqu m daquilo que defende Savi
116. avas bem informado quando acabaste o 9 ano sobre todas as profiss es que existem em geral A1 Sim claro que sim tinha toda a informa o JM E achas que te ajudou A1 Sim acho que sim muito ajudou muito JM E achas que se devia fazer ainda mais o qu para que os alunos quando est o no 7 8 e 9 possam fazer boas escolhas Em rela o a ensinar vos sobre profiss es A1 No 7 8 e no 9 JM Sim A1 No 7 n o No 8 e no 9 s Acho que quer dizer eu acho que deviam ver o que que gostam por exemplo eu gostava da bola e n o gostava de fazer mais nada E eu vi que o meu interesse tamb m era com os computadores Eu gosto de jogar bola h eu queria ser rico ser rico para ter uma casa e n o fazer nada e viajar Isso era o meu sonho Mas claro eu era parvo isso era quando eu era pequeno E a professora do ensino especial no 8 ano finalmente explicou me como que eu devia fazer a minha escolha E ent o eu escolhi inform tica JM Algu m alguma vez falou no teu futuro o que querias fazer quando fores grande se queres casar trabalhar onde e o qu alguma v s falaste sobre isso at o 9 ano A1 No 9 ano risos diziam algumas coisas mas eu primeiro queria saber no 10 ano o que que eu queria fazer at o 12 Quero ir para a universidade acabar o 12 e ir para a universidade depois quero ir trabalhar para Angola e depois quero casar e ter 10 filhos E quero ter uma
117. bs dios para o estudo da hist ria da educa o dos surdos em Portugal In Bispo M amp Clara M amp Couto A Coord O gesto e a palavra I pp 57 82 Lisboa Caminho Esteves M 2006 A An lise de Conte do In Lima J A Pacheco J A 2006 Fazer Investiga o Contributos para a elabora o de disserta es e teses Porto Porto Editora Gregorry S 1998 Deaf young people aspects of family and social life In Marschark M Psycological perspectives on deafness 2 volume London Lawrence Erlbaum Associates Publichers Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 120 Jacoby S 2005 Transition throughout the school day Washington DC Gallaudet University Laurent Clerc National Deaf Education Center acedido em 28 11 2008 em http clerccenter2 gallaudet edu Transition Training html Jokinen M 2006 Os utilizadores da l ngua gestual e a comunidade surda In Bispo M amp Clara M amp Couto A Coord O gesto e a palavra pp 83 108 Lisboa Caminho Lane H 1992 A M scara da benevol ncia Lisboa Horizontes Pedag gicos L ssard Herbert M amp Goyette G amp Boutin G 1994 Investiga o qualitativa Fundamentos e pr ticas Lisboa Instituto Piaget Marcelino M Cat o M 2009 Representa es sociais do projecto de vida entre adolescentes no ensino m dio S o Paulo Psicologia Ci ncia e Profiss o 29 3 544 557 Musselman C
118. casa grande e ter uma vida boa JM E quando que come aste a pensar nisso H quanto tempo No 8 9 ano E falaste isso com algu m Com a psic loga com a professora do ensino especial A1 Falei sozinho primeiro falei comigo pr prio depois falei com a minha fam lia depois com a professora de apoio de educa o especial JM E n o achas que isso era importante que os professores e que os psic logos te ajudassem a pensar e a construir um projecto de vida a isto cnhama me um projecto de vida A1 N o N o acho importante JM Mas porque n o achas importante achas que um assunto s teu n o achas que os professores n o t m conhecimento que te possam dar sobre como que funciona a sociedade como que as pessoas interagem entre si como que funciona a inform tica ou por exemplo casar para ter filhos que responsabilidades que se deve ter n o achas que era importante os professores explicarem te isso Achas que j saber tudo sobre isso A1 Pode ser O psic logo se calhar pode ajudar em qualquer coisa ligado a isso Como que eu vou fazer quando entrar no mundo do trabalho como que vou criar uma crian a como posso procurar uma associa o tamb m para me ajudar para tentar ajudar a resolver os meus problemas para tratar da minha fam lia JM N o achas que os professores deviam falar contigo no 9 e tal e tamb m agora claro mas eu estou a falar no 9 ano n o ac
119. ccionais Ser neste sentido que o ensino dos alunos surdos dever evoluir 3 Forma o Vocacional no Ensino dos Alunos Surdos Jacoby 2005 refere que a escola deve ter um papel preponderante no processo de facultar aos alunos surdos ou com problemas de audi o conhecimentos na rea das profiss es Esta autora come a por referir que se olharmos para uma classe de um jardim de inf ncia observamos que as crian as nas suas interac es fingem ser chefes professores m es pais artistas desenvolvendo opini es sobre tudo desde o que querem para o lanche que nome a dar ao animal de estima o ou o que pensam fazer quando a escola acabar nesse dia Nesta sequ ncia a autora considera que no decorrer do processo de ensino aprendizagem h que colocar aos alunos desde muito cedo a seguinte quest o O que eu quero fazer quando crescer A quest o mant m se por vezes at a adolesc ncia ou at mesmo nos alunos j adultos que j frequentam o ensino secund rio quando reflectem o que v o fazer ap s terminarem os estudos enveredando assim na constru o do seu projecto de vida Na procura de respostas alguns alunos do ensino secund rio assistem a aulas para a explora o da carreira Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 20 encontram se com os seus conselheiros de orienta o vocacional ou participam em experi ncias pr profissionais Para Jacoby 2005 os estudantes necessi
120. cesso e depois fico desempregada A2 Para al m disso outro aluno refere que havia d vidas por parte da psic loga na orienta o para uma voca o devido surdez a psic loga tinha algumas d vidas por que eu sou surdo ent o como que eu ia trabalhar A1 A par das necessidades referidas nas subcategorias anteriores os discentes tamb m sentem necessidade de maior acompanhamento na escolha do curso profiss o Um dos indicadores que surgiu com maior frequ ncia refere se indecis o vocacional A este prop sito os estudantes referem a psic loga deu me v rias op es mas se escolhi certo ou n o n o sei eu estava indeciso entre fotografia e cer mica dependia das cadeiras A6 Outro refere eu gosto de fisioterapia sim mas tamb m fiquei indecisa com este curso eu sempre estive indecisa tamb m n o sabia se era mesmo fisioterapia que queria sabia que gostava Mas eu n o sabia se queria isso por isso que eu mudei porque estava indecisa A2 Acresce indecis o o sentimento de medo generalizado relativamente escolha da profiss o o qual expresso por um dos alunos deste modo N o sei responder da minha cabe a eu acho que n o bem f cil mas olhando para a vida real pior ainda A5 A prop sito da indecis o destes alunos Savickas 2002 refere que na primeira fase na fase da explora o que deve ser feita a cristaliza o de uma escolha Orienta o Vocaci
121. cho que os surdos t m pouca prepara o nesta rea P4S Esta ideia de que os alunos devem ser munidos de mais informa o especialmente na rea vocacional vai ao encontro da j referida proposta de Savickas 2002 sobre este assunto Os entrevistados salientam tamb m a necessidade de trabalhar a quest o da identidade A este prop sito os profissionais referem tamb m temos que ir identidade do Surdo e eu acho que um ponto chave na orienta o dos surdos P2B que cada vez mais os mi dos em termos de identidade t o pouco trabalhados P2B porque t m muito de trabalhar estas coisas da identidade que os ouvintes tamb m t m mas eles por t m uma defici ncia n o T m que olhar para dentro e ser capaz de conviver com isto e isso exige um trabalho extra P2B depois podia trabalhar as quest es da identidade as express es da comunidade surda portanto era uma boa ponte com a comunidade surda em termos da escola P3B Estas declara es v o ao encontro do que Jokinen 2006 defende uma vez que o falante nativo de l ngua gestual adquire n o s a sua l ngua mas tamb m a forma de pensar as normas de comportamento os valores e outros elementos caracter sticos da sua cultura dos quais depende a forma o da sua identidade lingu stica e social Jokinen 2006 84 A necessidade de acompanhar mais de perto o processo de evolu o dos alu
122. cialmente interagir com os seus pares surdos em detrimento dos pares ouvintes Gregory 1998 acrescenta que os v rios estudos sobre o impacto na vida social dos alunos surdos que optam pelo ensino integrado relatam dificuldades na socializa o Assim somos da opini o que perante estes factos n o ser de esperar que os alunos surdos optem por escolher uma escola ou uma forma o em fun o das escolhas dos seus pares Acrescendo ainda o facto de que o seu conhecimento sobre profiss es ser diminuto e a sua socializa o limitada pela barreira da comunica o n o ser leg tima esta posi o dos alunos surdos No que respeita subcategoria escolha condicionada pela falta de informa o os entrevistados consideram que o acesso informa o dos alunos surdos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 65 condicionado pela barreira da comunica o A este respeito uma professora refere a dificuldade que os surdos t m de acesso informa o que muito superior aos outros como n s sabemos P1S e uma das psic logas salienta porque eles t m a barreira da comunica o ao longo da sua vida e portanto normalmente chegou lhes menos informa o ou mesmo que lhes tenha chegado essa informa o n o est arrumada n o est organizada e s vezes at nem muito verdadeira S o coisas que eles v em nos filmes ou que leram na revista P2B Esta ltima profissional acrescenta
123. ciencializar n s professores de educa o especial tamb m nosso o papel nesta forma o desde muito pequenos e como em tudo eu aqui n o retiro apesar de o seu trabalho ser muito na forma o profissional como esta vertente todas as outras vertentes na educa o dos surdos n s precisamos dizendo na palavra da moda esmiu ar desde muito cedo tudo todo o tipo de viv ncias que nas outras crian as s o naturais Portanto tudo aquilo que nos entra em n s e isso temos de nos consciencializar tamb m e os cursos de forma o dos professores de educa o especial t m que proporcionar isto s pessoas que especializam que termos a consci ncia n s que estamos a educar daquilo que nos entra pelos ouvidos e daquilo que nos entra pelos olhos e tudo o que nos entra pelos ouvidos e que a maioria das coisas n s 56 Os professores da Educa o Especial devem veicular aos alunos surdos o mais precocemente poss vel toda a informa o e viv ncias que s o adquiridas atrav s da audi o num ouvinte temos que ensinar os nossos alunos de uma maneira formal mas permitindo a eles viv las da forma mais natural poss vel e na forma o profissional a mesma coisa porque os outros sabem que querem ser advogados porque ouviram falar na advocacia E ouviram falar que no estudo de leis e que o advogado defende e que um advogado defende um criminoso e defende um inocente e porqu
124. ckas 2002 quando ao desenvolvimento das preocupa es interesses do desenvolvimento vocacional que t m por base a rela o parental que segundo este autor quando as crian as estabelecem uma rela o de confian a com os seus progenitores aprendem a confiar em si e nos outros tornando as mais capazes e mais seguras quando exploram o mundo do trabalho na adolesc ncia e tendem a demonstrar um maior comprometimento com as suas ocupa es profissionais na idade adulta A subcategoria que se apresenta em segundo lugar no que se refere ao z n mero de unidades de registo necessidade de repensar a interven o com os alunos surdos com 70 unidades de registo organizadas em 11 indicadores Destes onze indicadores o que apresenta maior n mero de unidades de A registo refere se necessidade de articular psic logos e professores de modo a Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 59 trabalhar as profiss es integrando as nos conte dos program ticos das disciplinas Uma psic loga refere envolver os professores no processo de orienta o vocacional cada professor na sua disciplina teria que identificar de alguma forma identificar objectivos que pudessem fazer uma ponte com a orienta o vocacional e trabalhar esses objectivos em articula o P3B E acrescenta que deve ser feita uma infus o curricular porque o objectivo era infundir objectivos no programa regular de orienta o v
125. com Defici ncia na qual se refere que a pessoa surda se enquadra no conceito de pessoa com defici ncia e desta forma goza do direito reabilita o No ano seguinte o Decreto Lei 35 90 define a escolaridade b sica obrigat ria para alunos com necessidades especiais No ano seguinte publicado o Decreto Lei 319 91 de 23 de Agosto No pre mbulo deste decreto evidente a mudan a do paradigma m dico para o paradigma educativo fazendo refer ncia aos alunos com necessidades educativas especiais e co responsabilizando as escolas regulares pelo ensino destes alunos na perspectiva do ensino para todos No entanto n o faz refer ncia espec fica ao ensino dos alunos surdos sendo estes englobados na totalidade das necessidades educativas especiais Em 1994 Portugal assina a Declara o de Salamanca a qual no seu ponto 21 refere que os surdos devem ter acesso a l ngua gestual do seu pa s para o acesso educa o devendo cada pa s reconhecer a sua l ngua gestual Esta mesma Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 29 declara o no ponto 56 refere tamb m a necessidade de acompanhar a transi o para a vida activa de todos os jovens com necessidades educativas especiais tendo a escola para o efeito proporcionar aprendizagens de compet ncias para a vida di ria forma o na rea da comunica o e socializa o experi ncias em situa es reais fora da escola entre outros Ref
126. como um determinado indiv duo v o mundo e se idealiza nele Segundo este autor o projecto de vida de um indiv duo fruto da complexidade de interac es sociais que levam aquisi o de compet ncias assim como do conhecimento sobre si e sobre o ambiente que o rodeia Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 8 Nascimento refere que o projecto de vida e a identidade caminham juntos e constroem se mutuamente Esses projectos s o organizados desde a inf ncia e evidenciam se na adolesc ncia em virtude de novas demandas biopsicossociais do sujeito por m n o se exaurem com ela nem apresentam todos os seus significados partilhados pelo grupo Significa que ao longo da vida estes projectos s o redimensionados e ou modificados consoante a hist ria individual de cada um e as novas rela es grupais p 7 As quest es Quem sou eu O que eu posso ser O que fazer para ser o que eu quero O que eu quero para o meu futuro Como posso me preparar para realizar meu projecto de vida dentre outras espelham uma din mica plena de quest es que os adolescentes fazem para si e para o mundo p 5 O autor refor a ainda que se pode constatar que as brincadeiras de inf ncia onde s o representados pap is de pais m es e filhos entre outros com toda a vivacidade levam aquisi o de compet ncias e aptid es de socializa o que mais tarde poder o fazer parte do repert rio do adulto desta f
127. compet ncias na rea da autonomia e da socializa o pois um indiv duo socialmente integrado interage com os seus colegas de trabalho com os seus vizinhos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 83 al m do seu grupo de perten a S assim ir o sentir se profissional social e emocionalmente realizados Dada a sua diferen a a necessidade de se sentirem integrados n o pode ser dissociada do seu sentido de perten a a uma cultura e identidade surda e se sentirem bem com a sua diferen a Para tal h que consolidar a seu auto conceito e elevar a sua auto estima mesmo perante a consciencializa o das limita es inerentes sua surdez e ter uma perfeita aceita o porque tamb m t m potencialidades que podem maximizar Estes profissionais sentem se confrontados com as limita es ao n vel vocacional com as reduzidas ofertas educativas oferecidas com as poucas escolas de refer ncia com as limita es de algumas reas profissionais que aflige quem trabalha no dia a dia com estes alunos Por vezes sentem se incomodados e incapazes de inverter o estado das coisas sentem que h um imenso trabalho a fazer e uma luta constante com a falta de tempo e por vezes de estrat gias para faz lo Sentem ainda uma sociedade que est alienada da problem tica da surdez pelo que muito h a fazer nesta rea 2 Resultados das Entrevistas aos Jovens Surdos Da an lise de conte do das 6 entrevist
128. cos sociais e profissionais Identifica e associa compet ncias pessoais e acad micas para o seu sucesso pessoal social educacional e profissional Quadro 9 Quadro dos objectivos do programa de orienta o vocacional Informa o sobre profiss es Identifica o mundo do trabalho Conhece as diferentes reas profissionais Conhece uma profiss o pela designa o Relaciona as profiss es com os produtos que s o produzidos servi os oferecidos Conhece as v rias reas profissionais e respectiva forma o necess ria para exerc la Explora o de compet ncias para o exerc cio profissional Preenche formul rios com todos os dados pessoais Identifica e usa adequadamente compet ncias pessoais Consciencializa o das compet ncias necess rias para cada profiss o Identifica aplica sempre que poss vel compet ncias espec ficas de diferentes profiss es Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo Compet ncias sociais Participa numa entrevista relacionada com trabalhos escolares e avalia a sua performance Adquire compet ncias sociais de interac o inter pares Participa em actividades de role play sobre interac o entre colegas de trabalho e empregadores Adquire compet ncias sociais relacionadas com a interac o em sociedade em geral Descreve termos de cortesia em ambiente profissional Participa em role play de resolu o de confl
129. cos e objectivos de descri o do conte do das mensagens levando infer ncia de conhecimentos relativos s condi es de produ o ou eventualmente de recep o infer ncia este que recorre a indicadores quantitativos ou n o Para Berelson 1952 1968 citado em Carmo e Correia 2008 269 a an lise de conte do uma t cnica de investiga o que permite fazer uma descri o objectiva sistem tica e quantitativa do conte do manifesto das comunica es tendo por objectivo a sua interpreta o Este autor aditam que a objectividade pretende que a an lise seja feita de acordo com determinadas regras e pautar se por instru es claras e precisas para que um outro investigador abordando o mesmo conte do obtenha os mesmos resultados Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 43 A defini o de an lise de conte do de Berelson elucidativa das preocupa es metodol gicas das Ci ncias humanas e Sociais na d cada de 50 do s culo passado Em oposi o perspectiva de Berelson na d cada de 60 surge uma nova concep o de an lise de conte do Stone 1966 cit in Carmo e Ferreira 1998 define an lise de conte do como uma t cnica que permite fazer infer ncias identificando objectiva e sistematicamente as caracter sticas espec ficas da mensagem Na mesma linha Holsti 1968 cit In Esteves 2006 108 refere que a an lise de conte do uma t cnic
130. da n o s o necessariamente alunos com repet ncias 135 E necess rio que os alunos surdos adquiram 11 compet ncias de leitura e escrita 164 Os alunos surdos t m mais dificuldades do que 11 os ouvintes na adapta o ao secund rio 181 E necess rio que os alunos surdos desenvolvam 5 a l ngua gestual muito precocemente 105 E necess rio que os alunos surdos adquiram mais vocabul rio 28 Necessidade de no curr culo bilingue serem proporcionadas actividades de interac o com os ouvintes trabalhada a socializa o de promo o da autonomia 109 E necess rio trabalhar a autonomia dos alunos surdos 44 H necessidade por Rc dos alunos surdos em mostrar Rc s o capazes 100 Os alunos t m baixas expectativas P2B 45 Fa alunos surdos s o por vezes casos 121 importante que os alunos surdos saiam do 3 i CEB com o m ximo de compet ncias para os preparar para o secund rio futuro o grupo e mo netadi numa sociedade ouvinte sceponan de sueesso D S SS de sucesso maturidade imaturos interagir com o mundo que os rodeia aos adultos a melhor op o nm superar os desafios inerentes surdez 72 Os alunos surdos t m pouca de maturidade vocacional que deve ser trabalhada mais precocemente a deve ser trabalhada mais precocemente geraram alunos surdos 111 E necess rio RR a maturidade dos alunos RR Necessidades na 27 Os alunos surdos necessitam do seu g
131. dade a refer ncia aos surdos variava conforme a civiliza o se para os Eg pcios eram considerados seres superiores para os Gregos eram vistos como n o humanos por n o possu rem linguagem J na idade m dia ter um filho surdo era um castigo divino dos seus progenitores Carvalho 2007 Pedro Ponce de L on foi considerado o primeiro professor de surdos iniciando a educa o dos surdos primog nitos de fam lias abastadas de Espanha e fundando uma escola para surdos em Madrid onde o ensino era individualizado Teve v rios seguidores do seu trabalho como Juan Pablo Bonet que depois Jacob Rodrigues Pereira utilizaria como refer ncia Em Fran a Charles Michel L p e cria a considerada primeira l ngua gestual que sistematizou e cujo uso dinamizou como base comunicativa para e com a popula o surda Carvalho 2007 Na mesma altura em Fran a Jacob Rodrigues Pereira foi professor de surdos com base na oraliza o Utilizava os gestos para o ensino da fala para dar instru es ou explica es lexicais Modificou o alfabeto manual de Bonet fazendo corresponder a cada configura o da m o a posi o e o movimento dos rg os da fala adequado para a produ o de um som Manteve o seu m todo em segredo nunca publicando os seus estudos sendo aquilo que se sabe na sua maioria referido atrav s de testemunhos dos seus alunos Carvalho 2007 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 28 Resulta
132. dade de preparar cabalmente os alunos para o mercado de trabalho e para a sociedade em geral Para tal prop em maior capacita o profissional e social com recurso a compet ncias transversais que viabilizem esses objectivos mais conhecimento sobre o mundo do trabalho e maior autonomia em sociedade gra as co responsabiliza o dos alunos no processo No entanto como referimos anteriormente h alguns aspectos que consideramos que devem ser repensados Os alunos por sua vez tamb m conscientes dos entraves no acesso a algumas profiss es v o ao encontro do que referem os profissionais acrescentando que esses assuntos j deveriam ter sido abordados No que concerne ao ltimo objectivo conhecer os projectos de vida equacionados pelos alunos surdos e a forma como os profissionais os ajudam a perspectivar esses projectos os alunos consideram que n o t m um projecto de vida formulado devido a aus ncia de apoio na sua formula o Todos os entrevistados referem a necessidade dos profissionais indagarem sobre as suas prefer ncias objectivos e alguns acrescentam a necessidade do psic logo ajudar a projectar o futuro que como j referimos anteriormente este aspecto pode ser abonat rio de uma individualiza o das sess es de orienta o vocacional Por outro lado alguns alunos referem adiar a projec o do seu futuro preferindo n o pensar sobre o assunto tendo no entanto est o conscientes da import ncia de decidir pensar
133. de teve percursos diferenciais JM Pronto como eu estou neste momento a fazer o trabalho que abrange portanto os alunos que est o agora no 12 ano interessa me ter a hist ria de como foi feito para depois sentir P1B Esta a hist ria recente e estes alunos foram abrangidos pela Dra T e pela professora O que se reformou este o segundo ano que est reformada portanto n o est c JM H mais algum assunto que acha pertinente para que queira aqui referir em rela o forma o e orienta o vocacional que n o tenha sido solicitado mas que ache que seria til a esta entrevista nesta rea P1B Acho que a consciencializa o tamb m das escolas secund rias portanto deste trabalho ainda nas escolas secund rias Portanto para al m deste trabalho que preciso fazer aqui preciso tamb m o apoio logo no primeiro ano no 10 ano aos alunos Perceberem se eles est o bem se ser de continuar se ser de mudar N o sei como que eles fazem sei que h alguns alunos que voltam atr s e que desistem dos cursos mas muitas vezes mais pelo insucesso escolar do que pelo sucesso educativo JM E o que que aconselharia P1B um trabalho de continuidade como para qualquer outra crian a Eu diria isto para um surdo ou para um ouvinte mas eu refor o que para os surdos estas coisas t m de ser ainda mais pensadas JM Mas o que que tem em mente comunica o entre a
134. de aprofundar conhecimentos relativos ao ensino dos surdos e de criar parcerias embora n o refiram com quem somos da opini o que as associa es de surdos s o uma possibilidade vi vel por poder dinamizar forma o na rea da LGP e sobre a cultura e identidade surda Outra possibilidade seria com as institui es universit rias como a Escola Superior de Educa o de Lisboa Das entrevistas dos alunos as dificuldades apontadas relacionam se com a falta de apoio na orienta o vocacional porque insuficiente o n mero de horas de orienta o e porque a orienta o vocacional come a tardiamente s no 9 ano A escassez de estruturas de apoio no ensino secund rio e das poucas escolas de refer ncia tamb m apontada como factor que vai influenciar a escolha aliada influ ncia do grupo de pares surdos que os alunos referem ser negativa no que concerne escolha vocacional e falta de informa o sobre a estrutura e organiza o escolar Relatam tamb m a necessidade de maior apoio na escolha dos cursos do ES profiss es por parte dos profissionais que com eles trabalham Todos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 108 estes aspectos reflectem se no seu estado emocional levando os desmotiva o e falta de investimento nos estudos e na orienta o Os alunos deram nfase ao facto da escolha dos cursos do ES profiss es ser influenciada pelos servi os de psicologia considerando co
135. de auto estima Pois eu n o posso fazer isto eu n o posso fazer aquilo mas pronto a estamos n s para conversar e ir rebatendo Mas h alguma consci ncia de profiss es que podem n o ter Por exemplo eu j lhes disse na pol cia agora at no programa Fox existe l uma s rie acho que o Fox Crime n o tenho a certeza foi a minha filha que descobriu e que me indicou m e nesta s rie h uma surda Eu j vi duas ou tr s vezes com ela e interessante Agora o que eu disse aos meus alunos que uma surda muito culta que faz uma leitura labial t o extraordin ria que pode fazer interrogat rio aos presos porque pol cia de investiga o e chefe de equipa Ent o t m que ser muito bons No nosso pa s penso que ainda n o h essa possibilidade mas quem sabe se voc s demonstrarem que s o muito bons e que s o capazes um dia podem vir a ser Eu penso que preciso dizer que assim n o qualquer um Esta pol cia muito boa uma pessoa culta que tem um vocabul rio extraordin rio Eu j os mandei todos irem ver aquela s rie risos para eles perceberem que poderia ser poss vel Poderia ser poss vel porque quando ela est com amigos fala em l ngua gestual que a sua l ngua natural no servi o utiliza a oralidade com uma voz depois eles disseram se calhar a fingir que surda uma artista a fingir que surda Eu j lhes disse poss ve
136. de l ngua mas uso muito como apoio como comunica o mas uso muito a l ngua gestual JM Chegou a ter forma o P1B V rios tipos v rios cursos fui fazendo v rios cursos ao longo da minha vida de l ngua gestual JM Na associa o aqui na escola P1B Fiz v rios fiz alguns cursos na Casa Pia depois fiz com a escola com o programa Focus com elementos da Associa o Portuguesa de Surdos com formadores mas n o propriamente na associa o JM E na rea da orienta o vocacional tem forma o espec fica P1B N o JM Vamos entrar agora nas quest es dirigidas forma o vocacional portanto a forma o vocacional pretende ajudar os alunos a fazer as escolhas em rela o s reas profissionais e consequentemente ao seu futuro Como que esta escola fazitrata esta rea da forma o e que import ncia lhe conferida P1B Vou come ar por dizer que estou nesta escola o quarto ano que estou nesta escola e isso foi um assunto que me preocupou logo no primeiro ano Eu vim para c como uma professora como uma das v rias professoras que entrou tamb m para os surdos no grupo 920 e nesse ano n o tinha eu dei apoio a alunos do quinto ano No entanto como fiquei Coordenadora do Departamento de Educa o Especial portanto surgiu me essa preocupa o porque a psic loga veio ter comigo a mostrar me o programa de orienta o vocacional que estava a fazer na escola como faz
137. demos ent o perguntar onde est a liga o entre as compet ncias para a transi o e o curr culo acad mico Pura e simplesmente em qualquer oportunidade para aprender num dia escolar normal desde o pr escolar at o secund rio numa grande variedade de objectivos educacionais Jacoby 2005 Segundo Jacoby 2005 os professores os profissionais da rea vocacional e os pais reconhecem que a planifica o para a transi o deve ser compreens vel e deve come ar logo no in cio da escolaridade da crian a surda No pr escolar e no jardim de inf ncia os alunos criam as bases para a aprendizagem sobre si e sobre o 1 Do Ingl s Transition skills Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 22 mundo que os rodeia Desta forma e desde muito cedo as crian as em qualquer contexto de sala de aula ou at mesmo no recreio aprendem a se relacionar com os outros aprendem a planear no calend rio ou no rel gio aprendem a assumir a responsabilidade pelos seus actos durante o lanche ou na aula de desenho ou a seguir instru es ao cuidar de um animal de estima o da sua sala Esta aprendizagem centrada nas compet ncias para a transi o deve continuar durante todo o primeiro Ciclo Por exemplo durante o recreio as crian as desenvolvem as suas compet ncias de socializa o e de resolu o de problemas neste ambiente que tem iniciar a tomada de decis es neste caso ainda muito b sicas
138. derado de desenvolvimento da maturidade profissional Savickas 2002 refere que no primeiro est dio do desenvolvimento da carreira o est dio do crescimento que vai dos quatro aos treze anos envolve a forma o do auto conceito vocacional Define se assim quatro linhas orientadoras do desenvolvimento que far o com que na adolesc ncia o indiv duo tenha atitudes cren as e compet ncias que ser o fundamentais para a escolha de uma profiss o e a constru o da sua carreira Esses t picos constituem os recursos para lidar com prontid o s quatro tarefas do desenvolvimento vocacional que a sociedade imp e s crian as A primeira tarefa est relacionada com a consciencializa o do seu futuro como trabalhador Para Savickas 2002 as preocupa es interesses na carreira a base do desenvolvimento vocacional t m por base a sua rela o com os pais e com as rela es interpessoais Ficou demonstrado que quando as crian as estabelecem uma rela o de confian a com os pais aprendem a confiar em si e nos outros tornando as capazes e seguras quando exploram o mundo do trabalho quando Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 6 adolescentes e mais tarde comprometem se com as suas ocupa es e relacionam se positivamente com os superiores e colegas de trabalho quando adultos z A segunda tarefa refere se ao controlo da carreira e baseada na independ ncia dos pais e aumentada pela autonom
139. descritivo na medida em que pretende estudar compreender e explicar a situa o actual do objecto de investiga o Carmo e Ferreira 2008 231 Estes autores referem que uma investiga o descritiva implica uma recolha de dados atrav s de entrevistas question rios ou observa es incidindo sobre atitudes opini es comportamentos procedimentos etc Tendo em conta que um estudo deste tipo se debru a sobre quest es que ainda n o tinham sido formuladas os autores sugerem que na maior parte dos casos necess rio criar um instrumento de recolha pr prio eventualmente baseado noutros j existentes Carmo e Ferreira 2008 Os estudos descritivos podem ser levados a efeito sob diferentes formatos dos quais salientamos os estudos de inqu rito Em Ci ncias Sociais e Humanas o inqu rito uma designa o gen rica de processos de recolha sistematizada no terreno de dados suscept veis de poderem ser comparados Carmo e Ferreira 2008 139 processos que se distinguem entre si pelo grau de directividade das quest es e pela presen a ou aus ncia do investigador no acto de questionamento Assim o inqu rito pode ser levado a efeito atrav s de processos pouco directivos e com a presen a do investigador como o caso das entrevistas ou atrav s de processos mais directivos e sem a interven o directa do investigador no acto de inquiri o como sucede com a aplica o de question rios No presente estudo uma
140. do se na base da constru o da careira Savickas 2002 O segundo est dio da careira a explora o entre os catorze aos vinte e quatro anos referido por Savickas 2002 com sendo a adequa o do mundo pessoal ao mundo do trabalho A explora o envolve o ajuste do indiv duo na sociedade de forma a unificar o mundo interior e exterior Nesta fase a sociedade espera que os jovens aprendam quem e o que querem ser Ao longo do tempo esperado que o autoconceito vocacional se transforme numa escolha vocacional A procura de informa o providencia experi ncias e conhecimentos para lidar com as tr s tarefas do desenvolvimento vocacional da explora o para sair das teoriza es individuais sobre uma ocupa o para um emprego numa determinada profiss o Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 7 A primeira fase da explora o a cristaliza o de uma escolha vocacional para tal os adolescentes devem explorar amplamente as v rias reas profissionais atrav s de experi ncias reais em campo formando as primeiras prefer ncias sobre um determinado grupo de ocupa es V rias compet ncias s o postas prova nesta fase tais como planeamento resolu o de problemas e de decis o Savickas 2002 A especifica o a segunda fase da explora o consiste na escolha de uma profiss o propriamente dita para que possa explor la mais em pormenor Esta explora o pode tamb m consistir em mais form
141. dos e tem de ser um trabalho mais multidisciplinar e feito com outros professores que n o s a psic loga do SPO e n o s o professor de educa o especial P1B A mesma docente afirma ainda que aproveita os apoios para fazer tamb m orienta o vocacional contribuindo com a sua parte para a forma o dos alunos no que concerne s profiss es como excerto seguinte ilustra como professora de educa o especial nos apoios converso muito com os alunos e uma das coisas que tenho sempre a preocupa o de lhes falar de profiss es P1B Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 51 A subcategoria necessidade de maior investimento dos profissionais na orienta o vocacional com 64 unidades de registo apresenta 7 indicadores sendo maioritariamente referido por psic logos Destes 7 indicadores o que apresenta maior n mero de unidades de registo relaciona se com a necessidade de mais tempo e dedica o na rea da orienta o vocacional no 3 CEB A este prop sito uma docente afirma acho que uma rea que se devia investir mais P3S e uma psic loga considera acho que tem de haver um trabalho mais aprofundado em termos de orienta o P2B Outra docente refere que nunca ningu m de facto perde perde entre aspas muito tempo com eles para discutir essas quest es P1S e por ltimo refere outra docente por isso assim uma hora por semana de orienta o vocacional
142. dos professores em rela o aos alunos surdos sendo referido que outro factor que tem a ver tamb m agora mais nas caracter sticas do ensino dos surdos n o bem o ensino tem a ver com a forma como os profissionais ainda encaram o ensino dos surdos Que ainda lamentavelmente na minha perspectiva muito nalguns casos paternalista E h muito boa gente a trabalhar com surdos inclusive professores na perspectiva do coitadinho deixa l a gente faz e tal P1S Outra professora afirma por sua vez eu acho que h pouca exig ncia em rela o aos surdos P4S Os profissionais consideram assim que o paternalismo dos professores cria nos alunos uma cultura de facilitismo Neste indicador refere se que isso vai criando uma pr pria cultura que interiorizada por eles de algum facilitismo P1S inferindo se que os professores incutem nos alunos h bitos que podem por em jogo a aquisi o de autonomia nas suas actividades escolares Ainda em rela o subcategoria necessidade de repensar a interven o com os alunos surdos abordada equitativamente pelos dois grupos de entrevistados referido que s feita orienta o vocacional de alunos surdos no 9 ano Uma docente refere que logo no in cio do ano em Setembro do ano terminal necess rio come arem a fazer testes com os alunos e a trabalhar com eles a suas compet ncias relativamente profiss o no 9 ano eles tinham esta or
143. e P3S Esta sugest o vai ao encontro do que defende Savickas 2002 na fase de explora o quando refere que os alunos devem realizar experi ncias concretas nas v rias reas profissionais para ent o proceder cristaliza o de uma rea de prefer ncia Na subcategoria programa de orienta o vocacional aplicado no 3 CEB h a real ar o facto de que esta subcategoria s ser referida praticamente por uma psic loga Esta refere que a teoria de Super a teoria subjacente orienta o vocacional dos alunos surdos e que teoria de Super acrescentada a teoria dos sociocognitivistas de Savikas Esta constata o vai ao encontro do que referido na revis o bibliogr fica por Savickas 2002 e Serafim 2001 de que a teoria arco ris da carreira ao longo da vida The Life Carrer Rainbow Super 1991 s o os pressupostos te ricos subjacentes orienta o vocacional e Punch 2005 afirma que esta teoria est na base da orienta o vocacional dos surdos com as devidas adequa es No entanto a mesma psic loga refere que a orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB se baseia neste programa de orienta o da carreira mas com algumas adapta es nomeadamente os testes de aptid o que s o os mesmos que os ouvintes mas com mais tempo de resolu o para os alunos surdos De real ar que Lane 1998 considera inapropriado o uso deste procedimento por haver necessidade de ter em aten o a especi
144. e que defende o criminoso um aluno surdo n o sabe isto N o ouviu n o ouviu conversas E o facto de ver ali um advogado a debater n o d para perceber Portanto estas coisas t m que ser ensinadas mas desde muito pequenos assim formalmente as coisas est o a acontecer muito bem ao n vel da articula o formal as coisas acontecem bem Est o perfeitamente integradas e a nossa psic loga passa e faz uma visita normalmente com o professor de educa o especial escola para onde o aluno vai v o as duas contactam com o SPO de l com a educa o especial de l marcam um dia e levam os meninos a visitar a escola Isso acontece sempre 57 No plano te rico o procedimento est estruturado Mas temos alunos de sucesso neste momento temos aqui a trabalhar connosco tr s alunas tr s ex alunas desta escola duas que s o educadoras de inf ncia e uma que monitora da componente de apoio fam lia portanto essa ficou s pelo 12 ano casou e entretanto teve uma crian a e etc e acabou por n o seguir a universidade e as outras duas que s o casos de sucesso e s o excelentes educadoras Temos casos de sucesso temos outros casos de insucesso Tem havido h situa es de sucesso e outras menos de sucesso at porque como s o muito poucos os alunos a sair todos os anos consegue se controlar o que que eu lhe posso dizer 58 Nem todos os a
145. e est dio em compara o com os seus pares da mesma faixa et ria Esta capacidade tem vindo a ser empiricamente relacionada com a satisfa o ocupacional aos vinte e cinco anos e com uma transi o mais satisfat ria nove meses ap s a conclus o dos estudos secund rios pelo que particularmente crucial que os alunos com surdez sejam capazes de ultrapassar com sucesso os obst culos vocacionais inerentes sua diferen a Punch 2005 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 11 importante aqui real ar que a indecis o um dos seis itens avaliados na maturidade vocacional e conv m referir que a indecis o vocacional uma fase do desenvolvimento vocacional por onde os indiv duos passam em geral para chegar a uma decis o Osipow 1999 citado em Punch 2005 p 147 A avalia o da indecis o vocacional envolve a identifica o de dificuldades que impedem a realiza o da tomada de decis o pelo que os estudos demonstram que quanto menor for a indecis o vocacional maior a maturidade vocacional de um indiv duo Punch 2005 Santos 2007 faz refer ncia a estudos que analisaram a rela o entre a ansiedade e o grau de certeza vocacional que concluem que a ansiedade era mais elevada em indiv duos com elevado grau de incerteza vocacional sendo bastante evidente que os estudantes que se consideravam completamente indecisos evidenciavam os n veis mais elevados de ansiedade O autor al
146. e tamb m trazer not cias para c nem que seja para sonhar com alguma coisa para Portugal risos Vamos sete pessoas daqui da escola e durante uma semana Porque eu acho tamb m que h muito boa vontade da parte das pessoas de fazerem o melhor que podem e pesquisam imenso n o quer dizer que ela n o se esforce por fazer o melhor poss vel quer dizer o esfor o n o de uma pessoa que est alheia problem tica das pessoas surdas portanto faz o que pode numa popula o imensa 53 H necessidade de pesquisar mais sobre o ensino dos alunos surdos e os cursos de forma o dos professores de educa o especial t m que proporcionar isto as pessoas que especializam que termos a consci ncia n s que estamos a educar daquilo que nos entra pelos ouvidos e daquilo que nos entra pelos olhos e tudo o que nos entra pelos ouvidos e que a maioria das coisas n s temos que ensinar os nossos alunos de uma maneira formal 54 H necessidade de na forma o especializada serem veiculadas mais estrat gias para o ensino dos surdos Relativamente aos alunos que n o t m fam lias que os acompanhem e lhes proporcionem tamb m viv ncias mais diferenciadas eu penso que a avalia o ainda muito insuficiente 55 H insufici ncias na orienta o vocacional dos alunos surdos com agregados familiares pouco estimulantes Precisamos de fazer mais precisamos de cons
147. e Inf ncia e 1 CEB se agrupavam em turmas de surdos de forma a desenvolver a l ngua gestual e a promover o acesso ao curr culo e nos 2 e 3 CEB e no ensino secund rio frequentavam turmas de ouvintes com int rprete de LG ou turmas s para surdos Despacho 7520 98 A l ngua gestual passa a ser considerada a primeira l ngua para a comunica o e transmiss o de conte dos promovendo se tamb m o dom nio do portugu s escrito Fomenta se a terapia da fala para os alunos que dela eventualmente beneficiem No que concerne aos meios a escola deveria constituir uma equipa onde inclu sse professores especializados em educa o especial na rea da surdez ou da linguagem preferencialmente com forma o em LGP formadores de LGP int rpretes de LGP e terapeutas da fala Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 30 parte integrante deste diploma no seu ponto 7 al nea g promover e apoiar o processo de encaminhamento profissional dos alunos Despacho 7520 98 Seria importante aqui referir que embora o documento n o explicite a orienta o vocacional n o ser poss vel no nosso entender proceder a um encaminhamento profissional sem primeiro indagar das suas prefer ncias e capacidades formando no aluno o seu auto conceito vocacional para que posteriormente possa cristaliz lo atrav s de experiencias profissionais ou pr profissionais Assim este despacho determina pela primeira vez em Por
148. e tem por base a interven o com os alunos e segundo uma das psic logas entrevistadas este baseia se na teoria de Super teoria de Super acrescentada a teoria dos sociocognitivistas de Savikas Esta constata o vai ao encontro do que referido por Savickas 2002 e Serafim 2001 de que a teoria arco ris da carreira ao longo da vida The Life Carrer Rainbow Super 1991 desenvolve os pressupostos te ricos subjacentes orienta o vocacional em geral Punch 2005 afirma que esta teoria est na base da orienta o vocacional dos surdos com as devidas adequa es n o referindo no entanto quais as adequa es a serem implementadas Destarte a mesma psic loga refere que a orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB baseia se neste programa de orienta o da carreira mas com algumas adapta es nomeadamente nos testes de aptid o que s o os mesmos que os ouvintes mas com mais tempo de resolu o para os alunos surdos De real ar que Lane 1998 considera inapropriado o uso deste procedimento por haver necessidade de ter em aten o a especificidade desta popula o Por parte dos alunos no que respeita orienta o vocacional sobressai das entrevistas a necessidade de maior apoio e de mais forma o sobre as profiss es no 3 CEB para al m da que dada na rea projecto Consideram tamb m que a Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 106 orienta o vocacion
149. e ter uma int rprete pelo menos em alguns dos momentos e tem que ter alguns ajustamentos introduzindo mais coisas da ordem do concreto e mais da ordem experiencial P3S Outro dos ajustamentos referidos tem a ver com as baterias de testes que se usam para os surdos que podemos usar as mesmas normas referindo se a baterias de testes mas n o bem a mesma coisa n o temos testes pr prios para surdos mas enfim acho que precisava de ajustamentos pelo trabalho que se faz aqui com alunos surdos P3S ilustra bem a este prop sito a necessidade dos ajustamentos tanto nos programas de orienta o como nas baterias de avalia o Lane 1992 refere sobre esta tem tica que nos testes de personalidade aplicados aos surdos usando a l ngua oral e depois a l ngua gestual se obtinham resultados t o diferentes que os investigadores chegaram conclus o que era como se tratasse de dois testes diferentes Por isso que para Lane 1992 um psic logo ouvinte que n o sabe l ngua Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 56 gestual necessita de ter um int rprete para que o cliente surdo n o seja prejudicado Ainda sobre este assunto Amaral 2009 considera que a aplica o de testes que n o est o aferidos popula o surda levou a que alguns resultados se tornassem descontextualizados destitu dos de valor cient fico e extremamente limitativos Amaral 2009 124 Um profissional neste
150. e vem muito baila o que que queres fazer porque que queres fazer at para haver motiva o para o estudo JM E tem a no o que os que sa ram como nunca trabalhou com eles pronto sa ram P1B Sa ram mas que tamb m foram trabalhados por colegas que JM Sim mas agora h uma articula o muito maior P1B Agora estamos a fazer eu tenho a hip tese de estando a coordenar este processo de dar o meu carisma risos E de querer trabalhar com a psic loga neste sentido n o Pronto faz la gostar desta componente da surdez eu gostaria que ela se dedicasse tamb m a esta isto uma escola de refer ncia portanto temos de ter uma psic loga no SPO que goste de trabalhar nesta rea E eu penso que ela uma pessoa dedicada portanto que tem todas as condi es para isso portanto eu espero E sei que h grandes projectos e trabalhos muito muito bem feitos H anos atr s portanto isto o relato de experi ncias de colegas que j est o reformadas coisas muito muito interessantes em rela o aos alunos exactamente uma das coisas que referiu eram muitas sa das come avam muito cedo a sair com os alunos Muito cedo n o no princ pio do nono ano muito antes de sair com os alunos de proporcionar com um programa de visitas E com muita articula o com muitas entrevistas a diferentes profiss es Eu penso que era um trabalho que eu gostava de ver Aqui se n o for pela psic lo
151. edar por uma forma o espec fica o que pode revelar falta de autonomia interpessoal Savickas 2002 A insatisfa o com a escolha vocacional efectuada foi tamb m referida pelos alunos Com efeito alguns estudantes mostram desagrado perante a escolha afirmando por exemplo N o me sinto bem sinto grandes dificuldades neste agrupamento A3 Outros tiveram necessidade de optar pelo curso em segunda op o como explica este aluno Eu queria ir para desporto Mas eu tentei entrar na escola mas n o havia condi es para eu poder entrar E foi preciso escolher outra escola A5 Esta necessidade relaciona se pelo menos num caso com quest es financeiras No entanto na maior parte dos casos n o se consegue perceber bem os motivos da insatisfa o com a escolha vocacional efectuada a qual poder ter v rios motivos Ser que tem a ver com a falta de pr requisitos conhecimentos que os leve a sentir desconforto Ou ter a ver com uma escolha n o cristalizada Ou ainda porque for ados a uma segunda op o n o se sentem confort veis com essa situa o As barreiras relativas possibilidade de sucesso em alguns cursos do secund rio levou a que os alunos mudassem para um curso menos complicado como nos sugerido neste excerto eu vi que essa rea era muito complicada e achei melhor trocar para este curso que era mais leve e n o era preciso tanta preocupa o como com as ci ncias em que tenho de es
152. eja a sua capacidade de se relacionar com os seus pares ouvintes em maior n mero do que os alunos surdos em escolas regulares tanto maior quanto maior for o dom nio da oralidade Esta situa o n o se verificava com os alunos surdos das escolas especiais uma vez que estes est o rodeados de pares surdos que comunicavam atrav s da l ngua gestual logo em ambiente escolar afiguravam se socialmente mais enquadrados N o obstante as autoras referem que alguns estudos revelam que uma abordagem curricular diferenciada para os alunos surdos integrados em escolas regulares melhora as suas compet ncias relacionais com os seus pares ouvintes Musselman Mootilal e MacKay 1996 Das conclus es do estudo de Musselman Mootilal e MacKay 1996 emergem v rias evid ncias que conv m aqui ressalvar Assim os alunos surdos em escolas especiais diferiam sistematicamente do grupo dos alunos surdos integrados em v rias caracter sticas Os primeiros apresentavam uma acuidade auditiva muito menor e uma menor compet ncia comunicativa no que concerne ao dom nio da l ngua oral levando a resultados mais baixos nas provas de QI verbal com um dom nio da l ngua gestual relativamente bom os alunos integrados que apresentavam uma maior acuidade auditiva apresentavam maior compet ncia comunicativa no que concerne ao dom nio da l ngua oral apresentando melhores resultados nas provas de QI verbal tendo menor dom nio da l ngua gestual do que os a
153. ejam eles pais e ou educadores interv m junto desses adolescentes Levanta se assim a quest o ter o os profissionais que trabalham com estes alunos proporcionado momentos educacionais de partilha para que os alunos superassem essas dificuldades O estudo feito por este autor com alunos no ensino secund rio e superior segundo os adolescentes inquiridos o papel da escola no estudo feito por Nascimento 2006 A escola importante e fundamental pois possibilita conhecer compreender saber e sobretudo oferecer a oportunidade de uma vida melhor mas tamb m pode ser um obst culo pelas condi es de ensino pela aus ncia de projectos s cioeducacionais que contribuam para a constru o e a realiza o de projectos actuais e futuros de vida desses adolescentes citado em Nascimento 2006 14 No c mputo geral consideramos importante concluir que n o dever ser poss vel falar em maturidade vocacional e em capacidade de ultrapassar com sucesso os obst culos vocacionais inerentes surdez Punch 2005 se n o s o proporcionados momentos de aprendizagem aos alunos surdos sobre as profiss es Este mesmo autor refere que a baixa audi o associada a uma menor experi ncia em trabalho de part time durante o ensino secund rio poder o comprometer o desenvolvimento da carreira Nas entrevistas aos alunos n o foi referida qualquer Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 98 experi ncia pro
154. em leitura de fala e perceberem os outros e poderem estar em qualquer lado 30 A terapia da fala pode ser usada como ferramenta de promo o da autonomia E sobretudo aquele que o l der o l der do grupo leva consigo tenta levar consigo os outros colegas 31 O l der tenta induzir induz os colegas para que fa am a mesma escolha que ele que eles n o querem essa disciplina no oitavo ano e n o querem ter terapia da fala mas nesta fase da juventude eu acho que deve ser um grande desconforto ter terapia da fala 32 Desconforto dos alunos perante a verbaliza o que normalmente lhes v m falar da forma o profissional e tamb m do sucesso laboral dos surdos Eu acho que isso tamb m representativo para eles Este ano j falamos aqui tamb m numa turma que est ao n vel do s timo ano e tamb m na do oitavo em termos um semin rio com os profissionais surdos que temos no agrupamento que j s o muitos temos uma pessoa formada em contabilidade com o curso superior de contabilidade temos professores de EVT educadores de inf ncia professores de l ngua gestual portanto tamb m j com cursos superiores Mas temos as auxiliares de ac o educativa Temos mais o qu a n vel de surdos n o temos mais nada Mas pronto j come a a ser abrangente temos um professor de 1 ciclo tamb m que uma pessoa surda Portanto criar expectativas das profiss
155. enta o vocacional Indagar sobre a flu ncia em LGP 3 Bloco Forma o e orienta o vocacional proporcionada aos alunos surdos no 3 ciclo e Saber se h programas de forma o vocacional e Se h programas de apoio orienta o vocacional e Apurar se h sess es de esclarecimento sobre as v rias reas profissionais e Perceber como feita a orienta o dos alunos surdos e Perceber o grau de planifica o do processo de acompanhamento vocacional e Perceber quais as necessidades identificadas pelos profissionais nos alunos e Indagar sobre as pr ticas dos profissionais e Perscrutar quais as necessidades dos profissionais Perguntar se facultada informa o sobre as profiss es nas aulas de apoio Indagar se h programas de orienta o vocacional sess es de esclarecimento sobre as v rias reas profissionais Pedir para referir como feita caso haja a orienta o dos alunos para a progress o de estudos cursos profissionais mercado de trabalho Perguntar se feita uma planifica o para a orienta o vocacional dos alunos surdos Perguntar quais as necessidades identificadas pelos profissionais nos alunos Inquirir sobre o tipo de acompanhamento que feito aos alunos surdos para orienta o vocacional Perguntar quais as necessidades dos profissionais 4 Bloco Prepara o para a transi o para a vida activa dos alunos surdos e Au
156. enta de promo o da autonomia desta forma que os profissionais v em a prepara o dos alunos surdos porque consideram importante que estes saiam do 3 CEB com o m ximo de compet ncias para os preparar para o secund rio futuro Segundo uma professora muito importante preparar os surdos para aquilo que se v o deparar quando acabarem o 12 ano e ao longo da sua vida toda importante eles aprenderem eles se relacionarem com os ouvintes P4S Da subcategoria necessidades na autonomia e socializa o pode real ar se a import ncia da socializa o Musselman Mootilal e MacKay 1996 mencionam v rios estudos em que os alunos integrados se apresentam socialmente mais isolados sentem maior solid o e uma auto estima mais baixa que resulta num menor enquadramento social O factor determinante encontrado que minimiza esta situa o foi a capacidade destes alunos surdos comunicarem oralmente Gregory 1998 sobre este assunto tamb m refere que os alunos surdos que optam pelo ensino integrado relatam dificuldades na socializa o tendo a maioria deles sentimentos de solid o isolamento e de rejei o social A autora adita que a grande dificuldade sentida reside na incapacidade de seguir os conte dos de uma conversa o em grupo perdendo se grande parte da informa o importante real ar que se forem feitas interven es educativas diferenciadas atrav s de um programa de interven o vocacional esta sit
157. ente a psic loga Lembro me de ter feito um ou outro reparo na situa o do programa mas em termos de programa o n o em termos do programa detalhado Eu gostaria Eu acho que importante haver um programa de orienta o vocacional espec fico para alunos surdos Eu acho que sim e isso n o existe Isso n o existe n o sei se a APS tem alguma proposta nesse aspecto ou se existem em Portugal alguma proposta eu aqui acho que o programa adaptado mas n o feito para surdos 35 H necessidade de um programa de orienta o vocacional estruturado Como professora eu sou sempre muito realista digo lhe sempre muito abertamente com toda a frontalidade esse curso muito dif cil ou essa profiss o n o poss vel para pessoas surdas e explico porqu Assim como h profiss es que s o muito favor veis aos surdos porque permitem uma concentra o visual na acuidade visual portanto numa perspectiva sem complexos porque n o os tenho da minha parte Eu fa o essa abordagem Penso que os alunos come am a ter no o sobre as profiss es mais adequadas 36 Os alunos devem ser consciencializados das suas limita es assim como das suas potencialidades profissionais Por exemplo eu j lhes disse na pol cia agora at no programa Fox existe l uma s rie acho que o Fox Crime n o tenho a certeza foi a minha filha que descobriu e que me indicou m e nesta s
158. ente que se deve organizar e apoiar os processos de transi o para a vida p s escolar Dec Lei n 3 2008 art 23 n 25 e p 161 sendo mais uma vez vago na nossa opini o no que concerne orienta o vocacional que deve ser proporcionada a este grupo espec fico de crian as com necessidades educativas Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 31 especiais de car cter permanente pois n o refere quais s o os conte dos a ser transmitidos e quem os deve transmitir Por consulta do Decreto Lei n 190 91 de 17 de Maio que cria os Servi os de Psicologia e Orienta o SPO e define as suas linhas orientadoras podemos observar que uma das compet ncias atribu das a este servi o refere se ao apoio aos alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu projecto de vida Dec Lei 190 91 art 6 n 5 a p 2667 Acrescenta no ponto seguinte que deve tamb m planear e executar actividades de orienta o escolar e profissional e de apoio individual ao seu processo de escolha Dec Lei 190 91 art 6 n 5 b p 2667 Embora estas orienta es s o para todos aos alunos da escola um SPO de uma escola de refer ncia para educa o bilingue de alunos surdos dever na nossa opini o proporcionar uma orienta o vocacional diferenciada a estes alunos Acresce que no referido decreto tamb m da compet ncia do SPO realizar ac
159. entos sobre a sua comunidade o seu papel nela e nos recursos dispon veis sendo trabalhadas as compet ncias referentes a viajar pap is em comunidade e responsabilidades laser e servi os e recursos comunit rios 4 2 Programa de Interven o no Instituto Adelaide na Austr lia O programa proposto para a educa o dos alunos surdos do Instituto Adelaide na Austr lia foi inclu do nos programas de orienta o vocacional das escolas de ensino regular devido s dificuldades encontradas pelos alunos surdos ou problemas auditivos uma vez que embora na escola possam usar a l ngua gestual nas universidades o sistema de ensino usa o ingl s como l ngua para comunicar Esta situa o pode colocar os alunos surdos em desvantagem significativa quando procuram educa o superior ou emprego Para tal este programa visa promover os Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 25 servi os necess rios para apoiar os alunos com surdez ou problemas auditivos no ensino regular a tra ar percursos de vida Este programa baseia se no ensino de compet ncias conceitos te ricos e capacidades necess rias para um determinada profiss o Est estratificado em seis n veis desde o b sico at os mais avan ados oferecido aos estudantes treino em variados ramos industriais incluindo mec nica constru o horticultura e electr nica As reas mais solicitadas s o administra o economia servi os e transportes
160. er ncia e a interpreta o A autora considera que a pr an lise um processo de algum modo intuitivo mas tendo como objectivo operacionalizar e sistematizar as ideias iniciais de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das opera es sucessivas num plano de an lise Bardin 2008 121 Desta forma o investigador estabelece uma estrutura que podendo ser flex vel para que se possa proceder introdu o de novas informa es no decurso da an lise A primeira leitura deve ser uma leitura flutuante que consiste no primeiro contacto com a documenta o a analisar onde o investigador deve se deixar invadir pelas impress es sendo que a leitura vai se tornando mais precisa em fun o das Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 44 hip teses emergentes da projec o das teorias adaptadas sobre o material Bardin 2008 122 Esta autora refere que uma vez estando o universo de documentos demarcado necess rio constituir o corpus de an lise isto um conjunto dos documentos tidos em conta para serem submetidos aos procedimentos anal ticos Bardin 2008 122 no entanto o processo de selec o do corpus de an lise n o necess rio quando este produzido especificamente para uma dada investiga o como o caso das entrevistas A explora o do material segundo Bardin 2008 127 baseia se essencialmente em opera es de codifica o
161. er a percep o dos profissionais e dos alunos surdos sobre a orienta o vocacional desenvolvida no 3 CEB e sobre a transi o destes alunos para o ensino secund rio identificar as dificuldades no processo de orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB na perspectiva dos profissionais e na perspectiva dos alunos surdos identificar as propostas dos profissionais e dos alunos surdos para melhoria desse processo conhecer as perspectivas dos alunos surdos sobre o mundo do trabalho e a forma como os profissionais equacionam a entrada destes alunos nesse mundo conhecer os projectos de vida equacionados pelos alunos surdos e a forma como os profissionais os ajudam a perspectivar esses projectos No que concerne aos aspectos estruturais organiz mos o trabalho em quatro cap tulos O primeiro cap tulo contempla os pressupostos te ricos que serviram de base a este estudo come ando por uma abordagem aos conceitos de orienta o vocacional e projecto de vida para a sociedade em geral e depois particulariz mos para a popula o surda Posteriormente explan mos os aspectos referentes comunica o e socializa o dos surdos assim como a forma o vocacional deste grupo Por ltimo abord mos alguns programas de interven o de institui es de refer ncia mundial ao ensino dos surdos nomeadamente o Centro Laurent Clerc da Universidade Gallaudet nos Estados Unidos da Am rica e o Instituto Adelaide na Austr lia No seg
162. er notas negativas H que eu podia experimentar no primeiro per odo estar aqui e que no 2 per odo mudar para a Ant nio Arroio Ent o eu fiquei mais descansado E disse vou experimentar vir para aqui Estava com muita vergonha porque era a primeira vez na escola nova entretanto encontrei a A ela ficou comigo e and vamos sempre os dois amos sempre para as aulas juntos convers vamos e eu comecei me a habituar A minha directora de turma aqui na escola perguntou me pelos testes e eu disse h perguntou me pelos testes e n o eram testes eram fichas e fiquei um bocado h e um amigo meu contou me aqui n o haviam testes eram 50 fichas que n s faz amos Ele estava a me provocar tava a me querer assustar E ent o eu fui perguntar minha directora de turma professora verdade que n o h testes N o Ai Que al vio E ent o depois fiquei mais descansado e fiquei muito contente de estar aqui ele eram um brincalh o entretanto eu fiquei aliviado j comecei a conviver com alguns colegas ouvintes que s o muito simp ticos e ajudam me e tiraram me as d vidas conversamos muito e agora sinto como meus irm os JM O que que achas que podia existir no 9 ano na escola de 3 Ciclo que ainda vos podia ajudar mais a terem uma escolha muito boa Achas que falta alguma coisa A1 Eu sinto que n o falta nada JM Por exemplo em rela o s profiss es achas que percebes perfeitamente todas as profiss es que
163. eraliza o de forma o de conceitos vedado a grande parte das crian as surdas sem linguagem todos os seus conceitos est o ao mesmo n vel referindo se directamente a objectos que s o delimitados entre si tal como os pr prios objectos s o delimitados Amaral 2006 110 Jokinen 2006 acrescenta que atrav s de uma estrutura lingu stica que um indiv duo procede estrutura o do seu pensamento da a import ncia da aprendizagem de um l ngua que estruture o pensamento Os profissionais tamb m referiram em quarto lugar as necessidades dos alunos surdos ao n vel emocional salientando que a consciencializa o das limita es ao n vel da escolha profissional leva a que tenham uma baixa auto estima A t tulo de Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 76 exemplo transcrevemos a conclus o de uma psic loga complicado s vezes a orienta o mexe um bocado com eles por vai confront los com a realidade P2B pelo que h des nimo por parte dos alunos surdos devido reduzida oferta educativa no secund rio um bocadinho frustrante mostrar tantas coisas abrir abrir abrir mas depois dizer mas para ti com apoios s A e B P2B Assim h assuntos mal resolvidos emocionalmente que necess rio trabalhar nos alunos surdos como relata uma outra psic loga havia uma zanga muito grande com a pr pria sociedade uma zanga muito grande com a escola
164. eram mais complicados ou dif ceis mostrando assim preocupa es mais pragm ticas Este pragmatismo est presente ainda quando explicam que outro dos motivos da sua op o o elevado estatuto remunerat rio e ou social que antev em para a profiss o escolhida A categoria percep o dos alunos surdos sobre o processo de orienta o vocacional no 3 CEB foi organizada em 5 subcategorias como o quadro anterior mostra Uma dessas 5 subcategorias refere a necessidade de forma o sobre profiss es no 3 CEB Dentro desta subcategoria o indicador com mais unidades de registo relaciona se com a aus ncia de forma o sobre profiss es no 3 CEB A este prop sito um aluno refere ningu m me disse nada relacionado com o curso de cabeleireiro programas do curso eu gostava de ter mais informa o n o me disseram dada A3 Outro aluno refere a necessidade e saber mais sobre um determinado curso que queria seguir afirmando foi uma grande confus o os objectivos da fisioterapia mas eu n o sei explicar muito bem O jovem mostra que embora j frequente o secund rio n o clarificou os objectivos do curso com que sonhara acabando por optar pela inform tica Tamb m ser importante aqui referir que quando um dos alunos foi questionado sobre o que poderiam os profissionais fazer no 3 CEB para ajudar os alunos surdos a fazer bem a sua escolha profissional curso do ES este responde falar lhes sobre profiss
165. ere que os curr culos destes alunos em anos terminais devem incluir programas espec ficos de transi o e treino vocacional para os preparar para a sua inclus o em comunidade como membros independentes Salamanca 1994 com a publica o do Despacho 7520 98 de 6 de Maio que a educa o para os alunos surdos em Portugal passa a ter suporte ao n vel legislativo Com efeito a publica o deste documento reitera a Declara o de Salamanca no que concerne aos princ pios da educa o dos surdos dos quais Portugal ao consagrar na al nea h do artigo 74 da Constitui o Rep blica Portuguesa desde 1976 Carvalho 2007 tornou p blico as suas inten es consolidando posteriormente com o disposto no referido despacho Assim foram constitu das as unidades de apoio educa o de crian as e jovens surdos a funcionar nos estabelecimentos p blicos do ensino b sico e secund rio Estas unidades de apoio concentravam grupos de alunos surdos de uma dada regi o e tinham como principal objectivo aplicar metodologias e estrat gias de interven o interdisciplinares adequadas a crian as e jovens surdos com ou sem problemas associados visando o seu desenvolvimento educativo e a sua integra o social e escolar Despacho 7520 98 n 2 1 p 6084 Estas unidades criadas pelos directores regionais de educa o tinham como linhas orientadoras promover o ensino dos alunos surdos em ambiente bilingue os quais no Jardim d
166. erido na revis o da literatura por Amaral 2009 Lane 1992 e Punch 2005 Nesta situa o importante referir que noutros pa ses existem j adapta es espec ficas para a popula o surda Um dos assuntos em que os profissionais e os alunos t m opini es diametralmente opostas no apoio das fam lias Se por um lado os profissionais referem que as fam lias n o d o apoio na esmagadora maioria dos casos e por vezes at dificultam os alunos por sua vez contam que dialogam com as fam lias em Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 100 rela o escolha e sentem o apoio que necessitam Perante esta situa o somos da opini o que provavelmente ambos t m raz o isto para os alunos os seus familiares d o o apoio que eles consideram necess rio o que pode n o ser suficiente para os professores H no entanto a ressalvar o facto de os alunos poderem n o perceber se os pais t m expectativas irrealistas em rela o ao seu futuro porque eles pr prios podem incorrer do mesmo problema Os alunos foram muito espec ficos ao referir que necessitam de maior acompanhamento na escolha do curso profiss o Por seu lado os profissionais referem de forma mais abrangente que necessitam de repensar a interven o com estes alunos abrindo assim mais o leque de necessidades as quest es da avalia o no que respeita ao aligeiramento da mesma o paternalismo e facilitismo de alguns profissio
167. erminantes para negociar a transi o da escola para o mercado do trabalho com sucesso e atingir bons resultados no que se refere ao acesso e sucesso profissional particularmente num mundo do trabalho em r pida mudan a que se verifica actualmente no mundo ocidental Punch 2005 Segundo Punch 2005 os adolescentes surdos ou com dificuldades auditivas as dificuldades de comunica o associadas a barreiras ambientais e atitudinais podem constituir potenciais obst culos em atingir os resultados pretendidos tanto ao n vel educacional como ao n vel profissional O autor considera importante que estes alunos enveredem na explora o e planeamento de uma carreira de forma ponderada e consciente minimizando estas potenciais desvantagens e evitando o ciclo de desemprego e emprego menos qualificado que caracteriza os percursos vocacionais de muitos destes indiv duos Estudos demonstram que boas capacidades de decis o da carreira est o associados a menores ndices de desist ncia de cursos superiores dos alunos surdos e por conseguinte maior sucesso profissional Considerando o desenvolvimento da carreira a maturidade vocacional comummente tomada em considera o como uma boa refer ncia do grau de prepara o de um indiv duo Este conceito deriva da teoria do desenvolvimento da carreira de Super e refere se habilidade individual para executar com sucesso determinadas tarefas relacionadas com a tomada de decis o consciente para ess
168. ersa eu tenho que estar atenta ao que o meu colega me diz e a trabalhar ou posso olhar para o meu colega quando ele me fala Quer dizer basta isto isso uma coisa t o simples que um surdo n o pode fazer n o Os surdos n o podem continuar a trabalhar e a receber ordens ou instru es portanto isto muito simples h trabalhos que assim Portanto ao n vel dos conte dos preciso enriquecer ao n vel da articula o formal as coisas acontecem bem Est o perfeitamente integradas e a nossa psic loga passa e faz uma visita normalmente com o professor de educa o especial escola para onde o aluno vai v o as duas contactam com o SPO de l com a educa o especial de l marcam um dia e levam os meninos a visitar a escola Isso acontece sempre Faltam mais visitas a locais de trabalho Depois no secund rio n o sei se eles continuam a fazer essas visitas como que continuam a orienta o vocacional Isso de todo n o sei JM Portanto aqui j prop e quase que uma estrutura o de 3 ciclo e secund rio de forma que se complementem porque realmente as crian as est o sempre a aprender e claro que a capacidade de reten o e de compreens o de um aluno de 16 17 18 anos j est ali no 12 j ser bem diferente e talvez se consegue enriquecer mais com uma visita de estudo at mesma empresa que foi dois anos atr s consegue v la de forma totalmente diferente Era isso que estava
169. es A4 Daqui se pode inferir que os alunos consideram que n o tiveram suficiente informa o sobre Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 86 profiss es e que essa informa o era crucial para uma escolha consciente e informada Outro aspecto que os alunos enunciam como ajuda poss vel escolha da profiss o a realiza o de visitas de estudo especialmente s escolas secund rias de refer ncia para indagar sobre os cursos do secund rio A este respeito os alunos afirmam viemos fazer uma visita de estudo conheci a escola e fiquei muito admirado vi quais s o os cursos que h os v rios cursos disseram que tamb m havia inform tica e eu fiquei muito espantado A1 Outro aluno refere a psic loga decidiu juntar nos e fomos numa visita de estudo para tentar ver como que era a forma dos cursos como que era o ensino como que eram as escolas e depois juntarmos essas informa es A2 S um aluno referiu que era importante o contacto directo com profissionais explicando que a professora de Franc s ligou para alguma pessoa para vir c falar e explicar como era essa profiss o foi uma entrevista como esta que eu estou a fazer agora E ent o os surdos e os ouvintes foram todos a essa entrevista e ent o fizeram assim um grupo A1 O mesmo aluno refere que usavam a rea projecto para trabalhar as profiss es 4 unidades de registo a professora de Franc s num
170. es e da realiza o pessoal destas pessoas e depois partir para outras n o Eu j os mandei todos irem ver aquela s rie para eles perceberem que poderia ser poss vel Poderia ser poss vel porque quando ela est com 33 importante utilizar depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos na orienta o vocacional para sensibilizar os alunos amigos fala em l ngua gestual que a sua l ngua natural o servi o utiliza a oralidade com uma voz depois eles disseram se calhar a fingir que surda uma artista a fingir que surda Eu j lhes disse poss vel mas ela tem alguma coisa de surdez porque nota se na voz que ligeiramente diferente dos ouvintes Eles sabem Sabem alguns sabem alguns sim Eles t m alguns porque quando s o pequenitos querem ser pol cias tenhOo um aluno do oitavo ano que quer ser veterin rio Eu penso que eles t m Quando s o muito pequeninos h coisas que v m nos filmes e que querem ser depois come am a tomar alguma realidade J falei com a m e poss vel procurarmos um curso profissional nesta rea porque ele gosta de animais fala em ser veterin rio desde pequenino 34 Os alunos surdos escolhem profiss es com as quais tiveram contacto ou acesso a alguma informa o sobre elas N o me lembro assim porque de facto nesta escola eu n o tive mesmo o nono ano portanto n o acompanhei directam
171. esar de o seu trabalho ser muito na forma o profissional como esta vertente todas as outras vertentes na educa o dos surdos n s precisamos dizendo na palavra da moda esmiu ar desde muito cedo tudo todo o tipo de viv ncias que nas outras crian as s o naturais Portanto tudo aquilo que nos entra em n s e isso temos de nos consciencializar tamb m e os cursos de forma o dos professores de educa o especial t m que proporcionar isto s pessoas que se especializam que termos a consci ncia n s que estamos a educar daquilo que nos entra pelos ouvidos e daquilo que nos entra pelos olhos e tudo o que nos entra pelos ouvidos e que a maioria das coisas n s temos que ensinar os nossos alunos de uma maneira formal tmas permitindo a eles viv las da forma mais natural poss vel e na forma o profissional a mesma coisa porque os outros sabem que querem ser advogados porque ouviram falar na advocacia E ouviram falar que no estudo de leis e que o advogado defende e que um advogado defende um criminoso e defende um inocente e porque que defende o criminoso um aluno surdo n o sabe isto N o ouviu n o ouviu conversas E o facto de ver ali um advogado a debater n o d para perceber Portanto estas coisas t m que ser ensinadas mas desde muito pequenos JM da opini o ent o que tem que haver um programa de forma o e orienta o vocacional muito espec fico at para os surdos Na sua opin
172. eu n o quero eu n o quero vir para aqui Eu quero eu n o quero ser professor de artes Ent o isto n o tinha mesmo nada a ver com a minha a escolha JM Achas que tens mais alguma coisa a dizer sobre orienta o o que que podia ser que podia te ajudar ainda mais A1 Em rela o orienta o a primeira vez com a professora do ensino especial a a directora de turma e a psic loga n s viemos aqui a Carnide visitar a escola fic mos muito admirados mas a psic loga n o me explicou quase nada falou pouco comigo ajudou me muito pouco ela acho que estava muito nervosa de eu vir para aqui mas eu queria mesmo este curso No 8 foi muito mal no 9 foi muito melhor Mas ajudou me muito pouco JM Neste momento tas a ter boas notas no 10 ano A1 Mais ou menos JM Mas gostas do que est s a fazer A1 Sim sim tou muito contente e no 3 per odo vou trabalhar muito mais Agora a professora de ensino especial Ana Paula ajuda muito e espero que continue assim JM Sentes que se n o tivesses for as de vontade para vir para aqui s tantas tamb m estavas na Ant nio Arroio se te deixasses influenciar A1 N o n o tinha ido para a Ant nio Arroio eu vinha para aqui Porque eu gosto muito de estar aqui nesta escola e se eu tivesse na Ant nio Arroio eu n o sei ligado a artes eu n o sei nada daquilo eu n o tenho interesse nenhum JM Mas foste tu que persististe sempre a quereres vir para aqui
173. falado de profiss es lembras te se falaram de profiss es nas aulas os professores das disciplinas ou a professora da educa o Especial A1 Sim no 8 eu falei com uma professora de Franc s num trabalho de grupo da rea projecto e ela teve algumas ideias e ajudou me a escolher uma profiss o e fizemos um trabalho sobre esse tema E eu escolhi inform tica Ent o eu fui procurar na internet as reas e o programa fui biblioteca como que era essa profiss o no futuro e fiquei muito espantado com toda a informa o que encontrei Que s o 3 anos o curso na universidade e muito interessante e isso que eu quero E ent o fizemos uma exposi o e eu vi que era mesmo isso que eu queria fazer isso para sempre e por isso que eu estou aqui JM Foi s nesse trabalho portanto isso foi no 8 n o foi o que tu disseste A1 Foi no 8 JM E na altura falaste com a professora da Educa o Especial sobre isso quando disseste Fiz este trabalho e gostei A1 Sim gostei muito E tamb m a professora de Franc s ligou para alguma pessoa para vir c falar e explicar como era essa profiss o foi um entrevista como esta que eu estou a fazer agora E ent o os surdos e os ouvintes foram todos a essa entrevista e ent o fizeram assim um grupo e um professor que vinha de fora e explicava a todos como isso funcionava N s pod amos fazer perguntas e ele respondia H Ele tamb m contou algumas hist rias da sua profiss o e n
174. ferem como se processa a sua implementa o Supomos que seja toda a equipa de profissionais ou seja professores psic logos terapeutas da fala e outros t cnicos que se considere necess rios Tamb m n o h refer ncia aos resultados obtidos com a implementa o destes programas mas consideramos que por serem os programas ventilados por estas institui es de renome internacional dever o apresentar os ganhos esperados nos alunos surdos nas reas de interven o a que s o destinados Desta feita consideramos que estes programas dever o constituir um guia para uma abordagem educativa estruturada e diferenciada no ensino dos alunos surdos do nosso pa s Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 27 CAP TULO II METEDOLOGIA DE ESTUDO Este cap tulo apresenta as orienta es e o plano do estudo realizado Come a se por delinear a problem tica de investiga o assim como as quest es e objectivos que nortearam toda a ac o Seguidamente apresenta se a metodologia no que concerne escolha dos participantes a recolha de dados e a an lise de conte do realizada que visaram a indaga o por respostas s quest es da investiga o 1 Contextualiza o Hist rica da Problem tica A educa o dos Surdos tem sido ao longo dos tempos pouco consensual Desde os prim rdios o processo de ensino aprendizagem foi sempre rodeado de controv rsia e por vezes de algum secretismo Na antigui
175. ficidade desta popula o como j foi referido em par grafos anteriores aquando da an lise da subcategoria necessidade de uma orienta o vocacional diferenciada da dos ouvintes Neste sentido referido por outra psic loga nesta subcategoria a necessidade de instrumentos de avalia o adaptados aos surdos Assim refere tamb m o aspecto dos instrumentos n s temos um problema relativamente grave em rela o aos instrumentos usados na psicologia que n o est o adaptados popula o surda os question rios n o podemos usar da forma como deveriam ser usados por exemplo o da avalia o dos interesses n o utilizamos referindo mais frente N o h Os question rios est o aferidos popula o portuguesa n o est o adaptados aos surdos P3B o que tamb m se enquadra no que foi referido por Lane 1998 no que concerne necessidade de rever a interven o psicol gica nos surdos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 58 A subcategoria papel das fam lias na orienta o vocacional com 49 unidades de registo apresenta 7 indicadores Em termos gerais os profissionais maioritariamente psic logos consideram que importante a participa o da fam lia na orienta o vocacional dos alunos surdos Sobre esta participa o refere uma psic loga as fam lias eram envolvidas desde o in cio portanto n s explic vamos qual era o objectivo desta interven o assin
176. ficuldades que encontram na transi o para o ES e na escolha de um curso profiss o dificuldades que v o desde a falta de informa o s estruturas de apoio passando pelas suas pr prias dificuldades acad micas Parece interessante sublinhar que nas condicionantes identificadas os jovens n o referem a surdez como limita o dessa escolha embora mencionem a necessidade de apoio e a press o de alguns profissionais para que frequentem escolas de refer ncia para ensino bilingue de surdos cf DL n 3 2008 b Prepara o para a vida em sociedade Observando o quadro 7 verifica se que este tema apresenta 57 unidades de registo o que corresponde a 16 4 da frequ ncia total das unidades de registo de todas as entrevistas e foi organizado em duas categorias perspectiva o do mundo do trabalho e perspectiva o do projecto de vida Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 94 Quadro 8 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 2 tema Tema Categorias Subcategorias Total UR p Cat Prepara o Perspectiva o do Barreiras percepcionadas no acesso a para a vida mundo do trabalho determinadas profiss es em sociedade Necessidade de adquirir conhecimentos nas 15 reas profissionais de prefer ncia Adiamento da decis o sobre o projecto de vida Aus ncia de apoio na formula o de um 17 projecto de vida Necessidades de apoio para a constitui o de 7 fam lia na for
177. fissional ou pr profissional pelo que se pode deduzir que n o lhes foram proporcionadas experi ncias profissionais o que pode ter dificultado ainda mais o processo de escolha vocacional Por ltimo consideramos importante referir que no estudo feito por Punch 2005 em rela o aos alunos surdos da Austr lia a quem foi dado um acompanhamento diferenciado no seu percurso escolar levou a que os alunos pontuassem nos testes de desenvolvimento da carreira ao mesmo n vel dos seus pares ouvintes havendo itens em que at pontuaram acima Assim somos da opini o que uma interven o programada impreterivelmente sistem tica e prolongada no tempo poder trazer a estes alunos ganhos subst ncias nas reas em que pontuam abaixo dos seus pares supra citadas contribuindo inexoravelmente para um futuro mais acolhedor adequado s expectativas destes alunos que dignifiquem a sua condi o de Surdo 3 Compara o entre os Resultados das Entrevistas aos Profissionais e aos Alunos Procede se seguidamente compara o entre os t picos mais referidos pelos profissionais e pelos alunos tendo por base a an lise de conte do efectuada anteriormente a Orienta o Vocacional no 3 CEB Da an lise conjunta das entrevistas aos dois grupos sobre este tema podemos observar que os profissionais e os alunos t m percep es convergentes no que concerne necessidade de maior apoio na ptica dos alunos e investimento na ptica d
178. foi o ano passado O 9 ano o ano passado JM Portanto h quantos anos portanto foi no ano 2004 2005 que tu come aste a fazer essa prepara o com a psic loga e com a professora A1 Foi em 2005 mais ou menos JM Foi em 2005 j foi a algum tempo A1 N o me lembro do nome da psic loga JM N o importante A1 T Professora T J4 JM Sim mas n o importante S importante perceber como tu tens agora 20 anos e est s no 10 ano o que que te aconteceu no teu percurso escolar Porque que s agora entraste no 10 A1 Eu escolhi o curso de inform tica agora e espero continuar JM Mas come aste na escola com 6 anos no 1 ano do 1 Ciclo A1 Sim com 6 anos Mas em qual escola Na Quinta de Marrocos JM N o n o A primeira vez que entraste para a escola A1 Com 9 Eu entrei para a escola com 9 anos JM H Entraste com 9 j A1 Porque eu nasci em Angola e eu comecei a estudar mais tarde Em Angola n o aprendi nada E ent o atrasei me s vim para Portugal aos 9 anos e fui para as laranjeiras foi nas laranjeiras que eu comecei a estudar Depois passei para o 5 e fui para a quinta de Marrocos continuei at ao 9 e agora estou aqui em Carnide Eu tou um bocadinho atrasado nas aulas e na mat ria eu sei mas aconteceu a vida JM Mas nunca repetiste nenhum ano A1 Nunca chumbei JM Diz me uma coisa na altura em que tu come aste a pensar me inform tica j te tinham
179. formada e criteriosa Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 119 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Bardin L 2008 A an lise de conte do Lisboa Edi es Presen a Bogdan R Biklen S 1994 Investiga o Qualitativa em Educa o Porto Porto Editora Brown D amp Associates 2002 Carrer choice and development 4 Edition San Fancisco Jossey Bass edition Brown D Brooks L amp Associates 1990 Carrer choice and development 2 Edition San Fancisco Jossey Bass edition Carmo H Ferreira M 2008 Metodologia da investiga o guia para auto aprendizagem 2 Edi o Lisboa Universidade Aberta Coutinho C 2008 A qualidade da investiga o educativa de natureza qualitativa quest es relativas fidelidade e validade Educa o Unisinos Vol 12 1 5 15 UNESCO 1994 Declara o de Salamanca e Enquadramento da Ac o Confer ncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais Acesso e Qualidade Lisboa Instituto de Inova o Educacional Duarte H amp Almeida M 2006 Derrubar as barreiras da comunica o e do acesso informa o In Bispo M amp Clara M amp Couto A Coord O gesto e a palavra I pp 221 256 Lisboa Caminho Estanqueiro P 2006 O meio menos restritivo na educa o de Surdos In Bispo M amp Clara M amp Couto A Coord O gesto e a palavra I pp 191 220 Lisboa Caminho Ferreira A 2006 Su
180. frimento tamb m n o h essa capacidade de adapta o P2S e uma professora reconhece que preciso ter muita coragem surda profunda e ir trabalhar para uma loja que est ali em contacto com o p blico P4S No que se refere s necessidades especificidades no percurso escolar dos alunos surdos os professores referem essencialmente a aquisi o de compet ncias de leitura e escrita e de mais vocabul rio Referem que necess rio que os alunos surdos adquiram compet ncias de leitura e escrita porque se eles trabalharem muito as compet ncias de comunica o de escrita isso important ssimo por exemplo para poderem ir a uma qualquer reparti o p blica N o s a quest o da profiss o como que eles v o conviver com a sua vida di ria P2B Por isso os profissionais tamb m defendem que necess rio que os alunos surdos desenvolvam a l ngua gestual muito precocemente reconhecendo que at h bem pouco tempo atr s eles chegavam com 5 6 anos e n o tinham nenhuma l ngua estruturada estavam a come ar tudo aos 5 6 anos no in cio da escola quando j deviam ter uma l ngua estruturada para poder aprender se iniciar uma leitura e uma escrita P3B Segundo Amaral 2009 as crian as surdas que n o possuem um sistema comunicativo apresentam limita es na forma o de pensamentos complexos e por consequ ncia no seu desenvolvimento intelectual global o processo de gen
181. ga do SPO se calhar com a psic loga com quem temos parceria mas vamos ter que fazer isto JM Ok resta me agradecer muito obrigado pela sua colabora o e foi muito til tenho muito assunto aqui muito obrigado ANEXO V PROTOCOLO DE UMA ENTREVISTA AOS ALUNOS EXEMPLO JM Quando chegaste ao 10 ano qual foi o agrupamento que escolheste A1 Curso profissional de gest o JM H uma coisa que tenho de te perguntar antes qual que a tua idade A1 Tenho 20 anos JM E qual o ano em que tu est s A1 Tou no 10 JM Est s no 10 ok Quando que decidiste que era inform tica que querias em que ano ou com que idade A1 Eu escolhi o curso de inform tica porque tava ligado porque eu tenho muito o v cio de estar no computador risos eu gosto muito disso e isso t ligado ao meu interesse e eu sabia quais eram os objectivos e como que se faz os problemas e eu queria aprender tudo o ligado aos computadores Por exemplo se um computador avaria como que eu fa o Tenho de pagar a um t cnico isso muito caro n o Ent o eu quero aprender a fazer eu E assim n o tenho de pagar a minguem Ent o no 12 quero ir mesmo para a universidade e quero trabalhar nisso JM Mas est s no curso profissional A1 Sim JM E j te informaram quais eram os exames que tens e tudo o que tens de fazer para depois seguires a universidade A1 N o Sei quais s o os exames que tenho de fazer JM
182. grupos de ouvintes devido grande probabilidade de serem exclu dos mesmo com a melhor das inten es dos colegas da os surdos preferirem fazer os seus contactos informais atrav s de organiza es de surdos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 19 Gregory 1998 refere que mesmo quando os amigos de trabalho ou de escola se encontram fora desse ambiente s o em ocasi es mais formais do que informais As festas de noivados ou casamentos para as raparigas e jogos de futebol ou de dardos para os rapazes eram mais usuais serem convidados Ajuntamentos mais desestruturados tornavam se menos frequentes uma vez que os procedimentos eram menos previs veis e envolveriam mais negocia o verbal Um casamento ou uma actividade desportiva tem as suas pr prias regras ou protocolos mais f ceis de serem seguidas pelos surdos Num encontro menos formal n o t o f cil seguir o grupo ou basear se numa rotina pr estabelecida A socializa o pelo que anteriormente foi dito poder ser tamb m um factor limitativo do seu sucesso pessoal e profissional pois de extrema import ncia o relacionamento dos surdos com os seus pares de profiss o assim como com os demais indiv duos surdos e ouvintes do seu ambiente social Apraz referir que Musselman Mootilal e MacKay 1996 referem que uma interven o educativa diferenciada nestes alunos ser uma mais valia para maximizar as compet ncias sociais intera
183. has que eles deviam te ajudar por exemplo vou te dar um exemplo tu disseste que querias ter 10 filhos para ter 10 filhos tens de ter um bom ordenado n o Para alimentar 10 filhos e dar educa o a dez filhos tens de ter um bom ordenado Se eu fosse o teu professor da educa o especial eu ia come ar a falar contigo sobre isso A1 Eu adoro crian as adoro brincar queria muito ter filhos JM Eu tamb m A1 Queria muito ter filhos JM Mas percebes ter 10 filhos tens de ter um ordenado Que possas alimentar 10 filhos percebes A1 Sim percebo JM Que para tu depois quando tu tiveres os 10 filhos n o dizeres p Mas eu n o sabia que isto ia dar tanta despesa tenho de pagar tanta coisa tanta escola e isso programar a vida percebes E os professores devem ajudar os alunos a perceber que determinadas escolhas que se faz que t m determinadas consequ ncias que s vezes a gente n o sabe E que se agente souber de antem o muito importante N o achas que importante os professores falarem isso contigo A1 Acho que sim a psic loga devia de explicar e eu devia fazer algumas perguntas sobre o meu futuro a mulher e esclarecer me algumas d vidas dif cil ter filhos ou n o JM Mas o que que tu sabes sobre a educa o de crian as ter um beb como que se faz alguma vez aprendeste alguma coisa sobre isso A1 Como que se faz o qu A rela o sexual
184. i o o que que acha P1B Eu gostaria Eu acho que importante JM E o que devemos trabalhar para neste momento Eu tamb m incluo me P1B Eu acho que sim e isso n o existe Isso n o existe n o sei se a APS tem alguma proposta nesse aspecto ou se existe em Portugal alguma proposta eu aqui acho que o programa adaptado mas n o feito para surdos JM E talvez seja uma boa ideia entrar em parceria porque realmente uma pessoa surda talvez tenha a no o daquilo que lhe falta e que n s ao conversarmos com eles acertarmos um corpo de um programa que at deve ser interessante faz lo porque realmente tamb m sou dessa opini o embora n o queira estar aqui a me expressar Risos H algum caso que quisesse referir de algum aluno que se lembra no percurso de orienta o que acha P1B Eu s estou a ver aqui na escola n o tenho grande hist ria porque o meu quarto ano n o Mas temos alunos de sucesso neste momento temos aqui a trabalhar connosco tr s alunas tr s ex alunas desta escola duas que s o educadoras de inf ncia e uma que monitora da componente de apoio fam lia portanto essa ficou s pelo 12 ano casou e entretanto teve uma crian a e etc e acabou por n o seguir a universidade e as outras duas que s o casos de sucesso e s o excelentes educadoras temos depois outros alunos que andaram procura j no secund rio Eu penso que quando saem daqui muitos deles ainda n
185. ia para os surdos Pronto O primeiro ano foi um ano de adapta o e de leitura do que se passava na escola No segundo ano fiz uma proposta muito concreta psic loga Ela tem um modelo que interessante relativamente aos surdos j de alguns anos h um convite Associa o Portuguesa de Surdos para trabalharem portanto estes m dulos de orienta o vocacional tamb m conjuntamente e articuladamente mas eu comecei a notar que fazer isso s no nono ano era muito apertado Portanto senti que alguns dos nossos alunos chegavam ao final do ano muito baralhados Apesar de n o ser eu a professora directamente com eles o facto de ser Coordenadora comecei a contactar com eles todos com pais com colegas e isso come ou a preocupar me Ent o num segundo ano fiz uma proposta para que fosse alargada essa situa o rea de projecto logo no oitavo ano Foi o que ela come ou a fazer e a psic loga achou tamb m isso interessante falou com os colegas da rea Projecto que tinham a turma de surdos e come aram a fazer o trabalho logo no oitavo ano de exactamente n o propriamente de orienta o vocacional mas de forma o vocacional que foi orientar a rea de projecto para as profiss es para o conhecimento das profiss es e para visitas de estudo nessa rea e eu penso que foi muito mais interessante do que algumas sess es no nono ano S o sess es semanais que j t m uma orienta o e que t m pronto e que s o
186. ia interpessoal e pela for a de vontade intrapessoal Esta tarefa considerada como sendo de extrema import ncia pois considera que o indiv duo dinamizador do seu pr prio desenvolvimento Na inf ncia comportamentos proactivos tais como tomada de decis o atraso da recompensa negocia o e defesa dos seus direitos aumentam a sua autonomia interpessoal Estes comportamentos s o preditivos de um adolescente decidido e competente na sua escolha por uma carreira Savickas 2002 A tarefa seguinte concep o da carreira baseada na interdepend ncia com outras pessoas e aumentada pela iniciativa interpessoal Esta tarefa desenvolvimental tem in cio quando a curiosidade das crian as promove a explora o de quem s o o que querem ser e como querem viver A conceptualiza o de como deve ser a vida inclui a forma o de ideais sobre como as escolhas da carreira devem ser feitas Savickas 2002 A confian a na carreira constitui a quarta tarefa e baseia se nos sentimentos de igualdade para com os outros e aumentada pela sua capacidade de realiza o e autoconfian a Ser autoconfiante significa antecipar o sucesso nos desafios encontrados e ultrapassar obst culos Posteriormente o indiv duo adquire a consci ncia da sua utilidade e produtividade levando a que na adolesc ncia sejam capazes de construir a sua carreira e adquiram compet ncias de resolu o de problemas No fim da inf ncia as quatro tarefas convergem tornan
187. ialmente se calhar menos considerados e por isso n o tinham ao fazer o 12 ano tinham expectativas de outros tipos de trabalhos P1B Finalmente a subcategoria capacita o dos alunos surdos na rea profissional a solu o que os profissionais referiram para no seu entender minimizar esta situa o a import ncia da consciencializa o por parte dos alunos de que quanto mais capacidades conhecimentos tiverem maior poder ser o sucesso profissional relembrando que as capacidades de comunica o s o fundamentais para o sucesso dos alunos surdos e que os alunos surdos devem ser preparados para o mercado de trabalho Estas tr s ltimas subcategorias v o no sentido do que refere Punch 2005 e j referido anteriormente que os alunos surdos devem enveredar na explora o e planeamento de uma carreira de forma ponderada e consciente de forma a minimizar as potenciais desvantagens e o ciclo de desemprego ou emprego menos qualificado que caracteriza esta popula o Tamb m Jacoby 2005 da opini o da responsabilidade da escola trabalhar as compet ncias necess rias para que aos alunos surdos ou com problemas de audi o adquiram conhecimentos na rea das profiss es para que a transi o para o mercado de trabalho seja feita com sucesso Desta categoria sobressai o facto de que para uma boa perspectiva o do mundo do trabalho os alunos t m que desenvolver expectativas realistas e devem conhecer as suas
188. idade de n o aquisi o do saber compet ncia ser minimizada Esta articula o pautar se por reuni es encontros de afinamento de sinergias estrat gias com uma periodicidade tal que fosse poss vel manter o planeamento das actividades com avan o nunca inferior a duas semanas Os conte dos compet ncias a serem trabalhados na orienta o vocacional dever o ser sempre que o programa das diferentes disciplinas o permitam abordados tamb m em contexto de sala de aula devendo o professor do regular dar nfase ao t pico vocacional ou mundo do trabalho ou ainda CTSA ci ncia tecnologia sociedade e ambiente que est a ser abordado Os restantes temas t picos que manifestamente os alunos n o dominam ou n o tenham conhecimento dever o ser ministrados abordados nos encontros semanais de grupo n o omitindo as quest es da cultura e identidade surda Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 115 Os conte dos dessas sess es semanais dever o ter em conta os aspectos aqui referidos reas profissionais profiss es todo o conjunto de compet ncias relativas referentes ao mundo do trabalho e de vida em sociedade tendo em aten o utilizar estrat gias adequadas a este grupo tais como uso de materiais visuais visitas de estudo aos locais de trabalho sa das de campo uso do depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos seguida de uma an lise reflectida sobre o tema e eventuais entraves b
189. ido talvez P1B Sim pronto foram condi es que foram criadas nessa situa o n o sei se calhar n o foi por culpa de ningu m foi porque assim a escola n o sei que n o sei mesmo como come ou nem porqu eu sei que iniciei a coordena o e dei me conta de coisas que achava estranho ent o vai ai n o isso da responsabilidade de ent o aqui n o h responsabilidades conjuntas JM Isso at h dois anos a esta parte portanto at h dois anos funcionava em separado MC Funcionou assim sei que h dois anos a esta parte sim mas n o quer dizer que se calhar h cinco anos ou seis anos atr s fosse assim porque lembro me desta colega que entretanto se reformou dizer que fazia um trabalho muito articulado com o psic logo anterior Portanto s vezes tamb m isso s o situa es JM Portanto h cinco anos mudou de psic logo a escola P1B Esta escola tem trinta anos e tem tido percursos diferenciados ao longo do processo Portanto n o tem sido um percurso linear agora essa colega dizia me do trabalho de forma o vocacional e orienta o vocacional extraordin rio com o psic logo com quem ela se articulava muito bem e que foi poss vel fazer daquela maneira Com esta psic loga funcionou de outra forma e isto um per odo Portanto ao longo dos trinta anos que esta escola foi unidade de surdos e agora escola de refer ncia portanto mas a sua hist ria fundamental como unida
190. ienta o P4B acrescentando que v o acompanhando percurso escolar do aluno e depois v o acompanhando seja 9 seja 12 ano passam a fazer ent o uma interven o mas directa e mais espec fica de orienta o vocacional propriamente dita P4B Estas declara es s o elucidativas do facto de a orienta o vocacional s ocorrer nos anos terminais de ciclo 9 ou no 12 ano Acrescenta se ainda interven o tardia o facto de a orienta o dos surdos ser feita em grande grupo como referido por esta psic loga portanto o ano passado foi um apoio em grupo a maior parte deles que estavam nesse grupo do ano passado eram surdos profundos P2S Uma outra profissional tamb m psic loga refere que os alunos surdos est o integrados numa turma de orienta o vocacional P2B Desta forma poss vel concluir os alunos surdos t m a sua orienta o vocacional em conjunto sendo espor dicas as sess es individuais com a psic loga para trabalhar quest es mais espec ficas o que Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 61 ilustrado pelo excerto seguinte ent o se h um aluno com mais d vidas sobre o que quer a fazer outro tipo de sess es mais individuais espec ficas s para esse aluno que esteja mais perdido P1S Por outro lado a necessidade de agrupar os alunos surdos na mesma escola agudiza as dificuldades em respeitar a escolha vocacional
191. ificado que caracteriza os percursos vocacionais de muitos destes indiv duos Uma das professoras entrevistadas refere tamb m a necessidade de os profissionais proporcionarem aos alunos surdos o tipo de viv ncias e informa es que os alunos ouvintes desenvolvem afirmando que tudo aquilo que nos entra pelos ouvidos que a maioria das coisas n s temos que ensinar os nossos alunos de uma maneira formal P1B Acrescentando mais frente que todas as outras vertentes na educa o dos surdos n s precisamos dizendo na palavra da moda esmiu ar desde muito cedo tudo todo o tipo de viv ncias que nas outras crian as s o naturais P1B Por ltimo uma psic loga sublinha que o programa de orienta o vocacional deve ser mais baseado em est gios profissionais execu o de actividades seguido de uma an lise reflectida Na opini o desta profissional os alunos devem passar por Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 57 v rias experi ncias e depois escolher o que mais se adequa s suas prefer ncias Refere que na disciplina de projecto eles v o desenvolver projectos e trabalhos e em sequ ncia ao longo do ano v o passando por uma esp cie de workshops Cer mica design gr fico fotografia v o mesmo experimentar e portanto esta uma oportunidade de experimenta o que a escola d aos alunos em geral e que para estes alunos em particular acho que muito interessant
192. imento dos alunos surdos na orienta o vocacional segundo os psic logos entrevistados os alunos surdos t m de se esfor ar mais e devem ser motivados para investirem na orienta o vocacional Das dez subcategorias aquela a que apresenta a frequ ncia de indicadores mais elevada 91 unidades de registo a necessidade de uma orienta o vocacional diferenciada da dos ouvintes tendo um total de 12 indicadores referida equitativamente pelos dois grupos de profissionais Dentro desta subcategoria os entrevistados salientam a necessidade de a orienta o vocacional dos alunos surdos deve recorrer a mais sa das de campo provavelmente porque consideram que esta popula o tem pouco contacto com o mundo do trabalho e a realidade social Os excertos que se seguem s o exemplos dessa preocupa o necess rio proporcionar lhes mais visitas mais sa das mais contacto com as diferentes profiss es os alunos presenciarem perceberem o que que um trabalho as voltas que um iogurte d preciso perceber quem faz P1B Faltam mais visitas a locais de trabalho P1B necess rio fazer visitas a locais de trabalho sobretudo de profiss es mais menos conhecidas P1S acho que era extremamente importante lev los a visitar n o ficar apenas pela conversa irem visitar espa os profissionais que vejam as pessoas a trabalhar P4S Tanto os professores como os psic logos referem a imp
193. importante indagar como que esta est a ser conduzida neste grupo de alunos dada a sua especificidade e a barreira da comunica o que da decorre Com efeito a n o obrigatoriedade da legisla o a uma orienta o vocacional diferenciada para os alunos surdos d liberdade s escolas e respectivas equipas pluridisciplinares para implementarem os programas de orienta o vocacional de acordo com aquilo que entendem ser mais adequado popula o que atendem Daqui ressaltam algumas quest es quais as perspectivas dos participantes profissionais e alunos sobre os programas de orienta o vocacional implementados Que tipo de adapta es s o feitas ou deveriam ser na opini o dos profissionais para responder as necessidades particulares dos alunos surdos A inexist ncia ou exist ncia de poucos estudos sobre este tema faz com que o presente se revista de um car cter explorat rio pelo que apesar de os resultados n o poderem ser generalizados a an lise e interpreta o das situa es estudadas poder levar formula o de problemas mais precisos ou hip teses que podem ser transferidos para o estudo de outras situa es Seguidamente iremos tendo em considera o os objectivos e as quest es de partida apresentar as conclus es a que os dados recolhidos e analisados nos conduziram sugerindo em primeiro lugar as propostas dadas pelos entrevistados e colocando em evid ncia determinados t picos considerados dignos
194. inform tica ou um curso ligado a ci ncias A2 Este mesmo aluno refere mais frente Eu falei com a minha m e com a minha prima com outra prima pedi a opini o delas A2 Por outro lado o di logo com os amigos tamb m referido como suporte na escolha como sugere um dos entrevistados os meus amigos que t m essa profiss o contaram me como que e que gostam muito A1 Na subcategoria necessidade de maior motiva o dos alunos referida a falta de interesse pela escola Um aluno menciona eu n o tinha nenhum interesse na escola eu n o queria saber das aulas A1 No entanto esta falta de motiva o estende se tamb m ao desinteresse pela escolha vocacional como nos diz este aluno eu sei que muitos deles nem sequer t m interesse n o ligam acabam a escola e nem sequer sabem o que que v o fazer A2 Para Jacoby 2005 se os professores focarem explicitamente as compet ncias para a transi o podem fazer com que os alunos se consciencializem de que a escola importante para eles a liga o entre a escola o trabalho e a comunidade ficar clarificada Os alunos podem desenvolver um sentido cr tico em rela o quilo que est o aprendendo e como que isso se ajusta sua vida motivando os para a escola e levando os a projectar o seu futuro Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 89 Em s ntese poss vel concluir que os alunos surdos inquirid
195. is LI processo de evolu o dos alunos Programa de orienta o 112 No in cio do ano a psic loga vai sala explicar 28 vocacional aplicado no 3 aos alunos surdos o programa de orienta o CEB vocacional orienta o vocacional dos alunos surdos T ii Adapiados aos surdos 129 A teoria de Super acrescentada a teoria dos sociocognitivistas de Savikas no programa de orienta o vocacional 130 A orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB baseia se no programa de orienta o da carreira com algumas adapta es 131 O programa de orienta o da carreira 2 constitu do por 5 partes vocacional articulado com a APS 81 Os testes de aptid o s o os mesmos que os ouvintes mas com mais tempo para os alunos surdos Papel das fam lias na 9 As fam lias n o d o apoio orienta o vocacional 49 orienta o vocacional 97 solicitada a colabora o dos pais 0 os seus filhos surdos se ocasional t m uma fam lia que tamb m se envolve 168 As fam lias Encarregados de Educa o t m expectativas elevadas e pressionam para que o seu educando surdo siga o mesmo percurso que um ouvinte a aiienia o vocacional dos alunos surdos temas dri ni c o vocacional dos alunos surdos Necessidade de repensar a 84 A orienta o dos surdos feita em grande grupo 5 7 interven o com os alunos 87 S feita orienta o vocacional de alunos surdos E surdos no 9 ano
196. is se adequem s suas capacidades seguida de uma an lise conjunta somos da opini o que deve ser dada nfase a muitos aspectos na referida an lise A come ar pelas aptid es de cada um passando pelas prefer ncias mas nunca descurando das suas limita es versus capacidades que devem ser Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 112 cabalmente equacionadas para cada indiv duo pois a sua heterogeneidade inerente a grau de surdez ganhos auditivos maior menor capacidade de oralizar se implantado que ganhos o seu grau de resili ncia perante adversidades grau de socializa o com ouvintes surdos autonomia entre outros aspectos que t m de ser levados em conta Os alunos entrevistados por sua vez v em barreiras no acesso a algumas profiss es pelo que necessitam de mais conhecimentos sobre as reas profissionais de prefer ncia e sobre o mundo do trabalho Esta situa o segundo eles impossibilita os de concretizar o seu sonho profissional e deve se ao facto de n o existirem momentos onde estes assuntos s o abordados clarificados Na sequ ncia do que referimos no par grafo anterior as constata es dos alunos corrobora a nossa posi o pois tamb m consideram necessitar de ser mais bem preparados para os desafios que os esperam na rea profissional e social para levantar barreiras que antev em nestas reas Em s ntese podemos concluir que os profissionais est o conscientes da necessi
197. issionais em rela o aos cursos que os alunos podem enveredar Acresce aqui existir por parte dos profissionais baixas expectativas em rela o ao sucesso dos alunos Perante as ila es j referidas anteriormente somente queremos acrescentar que na nossa opini o este aspecto pode n o ser abonat rio para o processo de orienta o dos alunos uma vez que partindo de um pressuposto de insucesso o investimento dos profissionais pode ficar aqu m das expectativas Consideramos ser importante reflectir sobre as profiss es que mais se adequem a cada um dos alunos e Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 101 que essa reflex o na nossa opini o deve ser conjunta para levar a cabo com sucesso o encaminhamento profissional dos mesmos Consideramos tamb m digno de refer ncia que os profissionais n o fizeram men o a um nico aspecto positivo em todas as entrevistas em rela o ao tema da orienta o vocacional dos alunos no entanto os pr prios alunos referem o apoio por parte dos colegas e dos professores da educa o especial e do director de turma da EB23 para a prossecu o desse objectivo Parece nos que este facto vem corroborar as baixas expectativas em rela o ao sucesso dos alunos referido anteriormente H tamb m unanimidade nos dois grupos de entrevistados no que se refere aos condicionamentos da escolha dos alunos Referem a falta de estruturas de apoio a fraca oferta formativa das
198. item tem mais a ver com aspectos da organiza o escolar proveniente das orienta es ministeriais s quais os profissionais pouco ou nada podem fazer Relativamente ao quarto objectivo deste estudo conhecer as perspectivas dos alunos surdos sobre o mundo do trabalho e a forma como os profissionais equacionam a entrada destes alunos nesse mundo os profissionais consideram importante a cria o de expectativas realistas nos alunos face ao mercado do trabalho A cria o dessas expectativas deve passar pela capacita o na rea profissional e pelo recurso terapia da fala para o ganho de autonomia que vai facilitar a interac o dos alunos em sociedade Este trabalho de capacita o reverter se na responsabiliza o no que concerne s actividades de vida di ria e em comunidade assim como ser capaz de oralizar em situa es do quotidiano onde n o h int rprete situa o que ser muito frequente numa sociedade maioritariamente ouvinte Gostar amos de salientar que este trabalho de prepara o para o mundo do trabalho quanto a n s parece nos ainda estar nos seus prim rdios face ao que esperado exigido para este grupo de alunos na rea profissional e social Estar apto ao mundo do trabalho e sociedade em geral deve passar tamb m pela consciencializa o das suas capacidades mas tamb m pelas suas limita es Um dos entrevistados refere a necessidade de que os alunos fa am pesquisa sobre as profiss es que ma
199. ito simples h trabalhos que assim Ali s eles depois fazem porque depois andam na vida procura acabam por encontrar uma diversifica o muito maior de coisas de situa es profissionais depois s vezes s custas deles 40 S o os alunos surdos que j no mercado do trabalho fazem pesquisa de novas oportunidades N o eles percebem isso A esse aluno eu s lhe disse tu s n o podes ser veterin rio porque n o estudas e um veterin rio tem que estudar muito Porque de resto poderia ser perfeitamente E um aluno que poderia ser se tivesse uma capacidade de estudo se n o fosse t o indolente que ele nem tem muitas dificuldades de aprendizagem acho que uma pregui a cr nica da parte dele mas que ele ainda pode superar muito novo tem 13 anos e se tiver muita motiva o Mas pronto H que abrir horizontes h que lhes dar perspectivas de que eles podem lutar mas t m que ser bons e ent o t m que estudar t m que ler t m que ser cultos como os outros 41 H necessidade de motivar os alunos para o futuro levando a que eles estudem mais H situa es em que n o t m int rprete e eu acho que tem de lhes ser proporcionadas tamb m s vezes essas situa es para eles se esfor arem porque a vida no futuro vai ser assim para eles Vai ser na vida profissional vai ser na vida familiar na vida social eles v o encontrar muitas situa es dessas t m que
200. itos Compet ncias pr profissionais Faz refer ncia s profiss es dos familiares e perceber quais as t cnicas instru mentos de trabalho Fazer refer ncia s outras reas profissionais e perceber quais as t cnicas instru mentos de trabalho Reconhece materiais uten s lios Explora o da carreira Identifica ambientes de trabalho e respectivas tarefas de v rias ocupa es profissionais Refere reas profissionais da sua prefer ncia e capaz de elucidar os v rios ambientes de trabalho Elabora um invent rio de interesses e faz corresponder com futuras carreiras profissionais poss veis pretendidas Relaciona capacidades profissionais requeridas para uma dada profiss o e com as suas capacidades e interesses Projecto de vida Faz corresponder uma profiss o do seu interesse ao seu estilo de vida Elabora um portf lio com um projecto de vida que inclui a conclus o dos estudos e o curso necess rio para a profiss o desejada Elabora um curr culo vitae elementar Identifica se com uma profiss o e estrutura o seu projecto de vida em conformidade Elabora uma carta de apresenta o e uma resposta a uma oferta de trabalho em moldes pr definidos P gina 117 Desenvolve e implementa um plano para potenciar um conjunto de compet ncias necess rias para o seu sucesso pessoal social educacional e profissional Relaciona as profiss es com outras a q
201. ivos Nesta sequ ncia Nascimento 2006 refere que a escola n o est a assumir o seu papel de preparar os adolescentes para a vida uma vez que deveria por um lado desenvolver capacidades para lidar com o quotidiano e suas adversidades assim como desenvolver capacidades acad micas que d suporte s transforma es necess rias para aceder ao bem estar pessoal e social e profissional Um estudo feito por este autor revela que a escola por um lado representada no discurso dos adolescentes inquiridos como importante e fundamental pois possibilita conhecer compreender saber e sobretudo oferecer a oportunidade de uma vida melhor Nascimento 2006 p 14 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 10 Mas por outro essa mesma escola para esses mesmos adolescentes devido forma como ela se encontra representa um obst culo pelas condi es de ensino pela aus ncia de projectos socioeducacionais que contribuam para a constru o e a realiza o de projectos actuais e futuros de vida desses adolescentes Nascimento 2006 p 14 Os estudos feitos sobre orienta o vocacional de surdos n o s o muito extensos no entanto os investigadores real am na mesma linha de racioc nio que para os ouvintes a import ncia do desenvolvimento da maturidade vocacional e o desenvolvimento de compet ncias e atitudes para a explora o da carreira dos adolescentes Essas compet ncias ser o det
202. l Mas ela tem alguma coisa de surdez porque nota se na voz que ligeiramente diferente dos ouvintes Mas pronto H que abrir horizontes h que lhes dar perspectivas de que eles podem lutar mas t m que ser bons e ent o t m que estudar t m que ler t m que ser cultos como os outros JM Porque quando tenta depois interagir com eles para por exemplo o aluno quer ser veterin rio perceber quais s o as compet ncias e as aptid es que ele tem de ter e depois quais s o as qualidades exigidas para essa profiss o normalmente a como que eles est o T o bem P1B N o eles percebem isso Eles percebem isso A esse aluno eu s lhe disse tu s n o podes ser veterin rio porque n o estudas e um veterin rio tem que estudar muito Porque de resto poderia ser perfeitamente um aluno que poderia ser se tivesse uma capacidade de estudo se n o fosse t o indolente e se n o tivesse ali tamb m alguma limita o n o bem uma limita o que ele nem tem muitas dificuldades de aprendizagem acho que uma pregui a cr nica da parte dele mas que ele ainda pode superar muito novo tem 13 anos e se tiver muita motiva o se mantiver com alguma limita o pode fazer um curso profissional pode ser sei l um assistente de um veterin rio pode vir a desempenhar um trabalho desses n o vejo porque n o H uma m dica em vora surda profunda Claro que optou pela especialidade de r
203. la deve ter um papel preponderante na prossecu o dessas prefer ncias e na adequa o das capacidades de cada um s compet ncias exigidas por cada profiss o rea profissional escolhida n o olvidando toda uma pan plia de compet ncias transversais que devem ser ensinadas a todos os futuros profissionais e em particular a este grupo espec fico de futuros profissionais Da nossa experi ncia profissional a orienta o vocacional dos alunos surdos tem vindo a ser levada a cabo juntamente com os ouvintes nos mesmos moldes de orienta o destes sem qualquer diferencia o ao n vel da abordagem que se pretende ser dirigida para as necessidades espec ficas deste grupo Como refere Estanqueiro 2006 a efic cia de um sistema educativo deve ser comprovada pelo sucesso da maioria dos alunos p 193 Perante esta constata o e tendo em conta o n mero de alunos surdos que atingem um desenvolvimento lingu stico cognitivo emocional e social adequado idade aquando da conclus o de estudos teremos certamente a percep o que para os surdos este sistema n o se tem mostrado adequado ao prop sito para que foi criado o acesso e sucesso educativo dos alunos surdos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 1 Com este estudo pretende se conhecer a orienta o vocacional de jovens surdos no 3 CEB nas escolas de refer ncia para o ensino bilingue da rea de Lisboa e para tal procur mos conhec
204. le poder portanto se as coisas n o corressem de todo bem ent o eu o ajudaria a fazer a transfer ncia para a Ant nio Arroio Este aluno com 19 anos s para dizer que n o um aluno que teve in meras repet ncias um aluno que veio de Angola aos 9 anos sem nada sem linguagem sem escolaridade nenhuma por isso esse atraso Retardou porque ele n o retardou nada ele agarrou se estudou foi aplicad ssimo Sim foi o atraso na entrada na escola 26 Os alunos surdos que concluem o 3 Ciclo com idade avan ada n o s o necessariamente alunos com repet ncias Eles crescem t m crescido num ambiente felizmente neste ambiente onde podem ter a sua l ngua onde t m pares onde desenvolvem a sua l ngua onde comunicam onde s o jovens como outros quaisquer t m pares para partilhar e comunicar tudo o que faz parte da vida o seu crescimento os seus afectos tudo isso Mas claro que mesmo quando t m que estar em turmas de integra o eles nos intervalos na hora do almo o na hora da sa da nos fins de semana recorrem aos seus pares surdos Porque a que comunicam a que est o e a que fazem as suas partilhas Porqu Eu penso que isto faz parte qualquer jovem gosta de ser pretensa de um grupo gosta de se sentir bem eu penso que se eu fosse viver para a China eu tava sempre a procurar a comunidade portuguesa porque iria ter muita dificuldade em comunicar
205. lha limitada pela oferta formativa e de 6 surdos Escolha por influ ncia do grupo de pares 30 Renee o i 65 7 Escolha condicionada pela falta de informa o 65 8 Problemas dos profissionais Necessidade de cria o de parcerias na orienta o vocacional Necessidade de dom nio da LGP Necessidade de aprofundar conhecimentos no 21 ensino dos surdos Perspectiva dos Perspectiva dos profissionais do secund rio profissionais do secund rio sobre a orienta o vocacional do 3 CEB surdos do 3 CEB no secund rio Falta de articula o entre n veis de ensino Reuni o entre os profissionais para o encaminhamento dos alunos que transitam de escola de orienta o vocacional 9 Reflex o sobre a oferta educativa da escola Necessidades emergentes de orienta o vocacional Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 49 Por observa o do quadro 4 verifica se que a categoria necessidades de forma o para orienta o vocacional de alunos surdos apresenta duas subcategorias tendo no total 24 unidades de registo A subcategoria uso da LGP nas interac es com surdos tem associada tr s indicadores os indicadores encontram se em Anexos Il os quais incidem sobre uso da LGP para comunicar com os alunos aus ncia de uso da LGP recurso a int rprete para comunicar com os alunos Desta subcategoria podemos concluir que o uso da LGP para comunicar com os alun
206. lha vocacional e Perceber qual a opini o dos alunos em rela o ao apoio fornecido pela escola de 3 Perguntar se na escola algu m o ajudou a fazer a sua escolha vocacional na escola de 3 Ciclo opini o dos alunos sobre o mesmo Ciclo e Indagar sobre os factores que condicionaram a escolha efectuada e Pedir a sua opini o sobre o apoio fornecido pela escola de 3 Ciclo Inquirir se houve alguma condicionante em rela o escolha efectuada 4 Bloco Prepara o para a transi o para a vida activa e Saber se houve prepara o por parte dos t cnicos na projec o do futuro dos alunos em sociedade e Conhecer as expectativas dos alunos em rela o ao futuro Indagar sobre o processo de prepara o na transi o dos alunos da escola para o mercado de trabalho Questionar os alunos sobre o que prev em para o seu futuro ANEXO IV PROTOCOLO DE UMA ENTREVISTA AOS PROFISSIONAIS EXEMPLO JM Boa tarde Quantos alunos surdos com surdez severa e profunda apoia neste ano lectivo P1B Sete JM H quanto tempo que trabalha com alunos surdos P1B Desde 81 h 28 anos JM E nesta escola h quanto tempo trabalha com surdos P1B o quarto ano JM Usa a l ngua gestual para comunicar com os alunos P1B Tamb m tamb m uso a l ngua gestual n o de uma forma muito eficiente n o tenho uma grande efici ncia em termos
207. lhe sempre a dizer desculpa mas n o s suficientemente bom para poderes fazer disso uma via profissional Podes fazer sempre isso ao fim da tarde ao fim de semana muito bom fazer desporto mas tens que estudar porque temos de pensar noutra coisa E n o entrou no CEF este CEF de inform tica era uma boa possibilidade para ele JM Agora vamos entrar na orienta o vocacional Como que aqui a escola faz em geral a orienta o profissional tem alguma informa o em rela o aos surdos P1B Sim o professor que acompanha os nonos anos normalmente sabe como apesar de que at agora tem sido muito muito da responsabilidade da psic loga Tem sido at ao ano passado JM E ent o nessa orienta o procedem avalia o diagn stico tem assim alguma no o P1B Lembro me que quando o professor de educa o especial que estava na altura at h dois anos atr s n o se intrometia JM Portanto era exclusivamente do psic logo P1B Era Por isso que eu n o concordei muito com essa forma e portanto comecei a alterar e a juntar me com a psic loga Eu preciso dela e acho que ela tamb m precisa de mim JM Portanto s h dois anos a esta parte que talvez h um trabalho mais conjunto P1B Sim n o era muito em conjunto mas depois pode confirmar com ela eu tamb m n o posso falar pelos anos em que n o estive c poder falar mas tinha uma colega que trabalhavam bem mas tinham trab
208. lunos surdos atingem o sucesso por vezes h falta de planeamento no seu percurso de vida temos depois outros alunos que andaram procura j no secund rio Eu penso que quando saem daqui muitos deles ainda n o t m a certeza do que querem ser e experimentam 59 Os alunos transitam para o secund rio sem terem feito qualquer escolha em rela o ao seu percurso Sim imagens vivenciadas e hoje em dia com a tecnologia at pode se 60 A orienta o vocacional dos alunos surdos deve sair um bocadinho menos quer dizer com filmes n s podemos quase estar l e ver e h s tios onde imposs vel ir n o N o podemos ir a todos os lados mas portanto proporcionar muitas situa es destas eu acho que fundamental Eles verem verem como se faz porque que se faz e o que que preciso basear se em visionamento de filmes quando os contextos profissionais n o est o acess veis Temos outra situa o que n o a da sua base de estudo que s o outras quest es que os nossos que a nossa educa o especial previa que era que os alunos praticamente passassem sempre e que chegavam ao fim do 12 ano quase analfabetos E esse um problema que tamb m se passa em Portugal Sim h muitos alunos quase analfabetos Foram fazendo porque o 319 previa um curr culo escolar pr prio em que se reduzia os objectivos at que o aluno pudesse passar portanto era m
209. lunos surdos das escolas especiais por n o necessitarem ou n o terem tantas oportunidades para gestualizar Emergiu tamb m deste estudo a evid ncia de que os alunos surdos em escolas especiais evidenciavam um menor n vel de ajustamento tanto com os pares ouvintes como com os pares surdos no que se refere a compet ncias sociais As pobres compet ncias sociais destes alunos com os seus pares ouvintes devem se s Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 18 baixas capacidades no dom nio da l ngua oral no entanto n o ficou claro neste estudo a raz o para o desajuste com os seus pares surdos uma vez que nenhum dos indiv duos dos dois grupos demonstrava resultados de QI que sugerisse um deficit cognitivo Uma possibilidade avan ada pelas autoras para estes resultados reside no facto do isolamento dos alunos per se levasse a uma esfera comunicativa mais restrita Ainda em rela o socializa o dos alunos surdos Gregory 1998 refere que os v rios estudos sobre o impacto na vida social dos alunos surdos que optam pelo ensino integrado relatam dificuldades na socializa o Exceptuando alguns estudos onde s o feitas interven es educativas diferenciadas a maioria dos alunos surdos inquiridos que est o integrados em escolas regulares referem sentimentos de solid o isolamento e de rejei o social A autora adita que a grande dificuldade sentida por estes alunos reside na incapacidade de seguir
210. ma o do agregado familiar Perspectiva o do projecto de vida Por observa o do quadro 8 verifica se que a categoria perspectiva o do mundo do trabalho com 24 unidades de registo apresentou duas subcategorias Em rela o necessidade de adquirir conhecimentos nas reas profissionais de prefer ncia os alunos referem ter necessidade de aprender conhecer mais sobre uma rea profissional explicando eu fui procurar na internet as reas e o programa fui biblioteca ver como que era essa profiss o no futuro e fiquei muito espantado com toda a informa o que encontrei A1 A aus ncia de orienta o vocacional foi o outro aspecto referido pelos alunos que expressam assim as suas d vidas perguntava me qual era o meu objectivo se eu gostava de fisioterapia e eu dizia que sim que gostava de fisioterapia ent o acabava se a conversa ali N o me dizia quais eram as caracter sticas dessa profiss o nem nada s dizia boa ideia boa ideia A2 x Quanto subcategoria relativa a barreiras percepcionadas no acesso a determinadas profiss es a an lise dos dados mostra que no entender deste jovens estas se devem a obst culos na realiza o do sonho profissional assim o meu sonho era fisioterapia mas isso est ligado com ci ncias mas disseram me que era muito complicado A2 e outro aluno refere o meu objectivo sempre o mesmo quando acabar o 12 eu
211. ma o sobre este assunto aus ncia tamb m de informa o sobre a oferta formativa das escolas o que os leva a escolher uma profiss o sobre a qual t m alguma informa o que poder n o ser a mais adequada para si mas ser provavelmente de entre a magra escolha a que se apresenta dispon vel Sintetizando os resultados nesta categoria p em a descoberto os entraves considerados pelos entrevistados escolha vocacional dos alunos surdos Referem a limitada oferta das escolas de refer ncia assim como a facto de s existirem duas escolas na regi o de Lisboa impossibilitando um maior leque de op es por n o haver noutras escolas estruturas de apoio surdez Outra limita o presente no di logo dos entrevistados prende se com a influ ncia do grupo de pares surdos Com o intuito de minimizar esta situa o os profissionais dialogam com os alunos consciencializando os da import ncia da sua escolha e propondo contratos que envolvem os alunos e as fam lias No entanto a nfase dos profissionais no que concerne a barreiras recai sobre a comunica o esta barreira que segundo eles vai ditar o desconhecimento dos alunos sobre as profiss es sobre o vocabul rio nomeadamente da rea profissional sobre a oferta formativa das escolas o que leva a uma restri o significativa na escolha de uma profiss o que geralmente recai sobre as que j conhecem ou que j tiveram contacto Podemos inferir que se os alunos ti
212. ma equipa pluridisciplinar na interven o com os alunos surdos na orienta o vocacional Por ltimo a subcategoria reflex o sobre a oferta educativa da escola com 9 unidades de registo tem 3 indicadores no entanto revela alguns factos interessantes Com efeito os entrevistados consideram que h dificuldades dos professores do ensino regular em diferenciar estrat gias para os alunos surdos A este respeito uma psic loga relata de facto os professores queixam se que dif cil diferenciar Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 71 estrat gias quando se tem 20 alunos na turma e depois n o basta dizer diferencie se H todo um apoio ao trabalho da diferencia o dentro da sala de aula que eu n o sei se tem sido suficientemente induzido especificado P2S enquanto outra salienta por outro lado a adapta o curricular haver mais op es de adapta es curriculares de acordo com grandes reas vocacionais P4B referido tamb m que os professores perante a nova legisla o est o a repensar as adequa es curriculares e as propostas de forma o educativa a oferecer aos surdos Este aspecto referido por uma nica docente que diz o decreto lei 3 n o permite tanto estas situa es mas agora temos que pensar que tipo de adequa es curriculares que tipo de adapta es se pode fazer nos programas e que respostas diversificadas podemos continuar a oferecer aos aluno
213. mais frente Eu acho que eles t m a barreira da comunica o e essa barreira eu acho que eu acho n o tenho a certeza E os professores tamb m constatam isso por exemplo em termos de vocabul rio o oleiro trabalho com a argila se calhar eles n o sabem o que a argila e um ouvinte sabe P2B Ainda relativamente mesma quest o outra psic loga afirma uma coisa que senso comum qualquer pessoa pode chegar a essa conclus o que eles n o ouvindo n o t m acesso a informa o que veiculada por uma s rie de meios auditivos Que o acesso informa o muito menor mas que depois se observa em situa es pr ticas P3S enquanto outra salienta enquanto um aluno ouvinte vai ouvindo ao longo da sua vida muito sobre profiss es sobre o trabalho dos pais sobre informa o que passa nos m dia enfim um aluno surdo essa informa o n o chega durante o seu percurso de vida e portanto h lacunas ao n vel da informa o P3B Por sua vez uma professora explica n s ouvintes nascemos e toda a informa o seja de v ria ordem n s naturalmente recebemos essa informa o e os surdos n o t m esse tipo de informa o Portanto eu acho que temos de ter essa preocupa o de lhes explicar tudo tudo tudo O que funciona na nossa sociedade nomeadamente as profiss es que ser o ganha p o deles para o futuro n o E a sua inser o na sociedade P4B Nestas afirma es est o bem n
214. mesmo para os ouvintes Eu j duvido que s vezes para alguns que tamb m que em casa a fam lia n o consiga tamb m orientar que cheguem e sejam suficientes para os surdos seriam menos Portanto tenho esta preocupa o este ano estou a apoiar o oitavo ano e a psic loga ainda n o veio falar sobre a orienta o relativamente ao trabalho com esta turma mas eu acho que tem que ser Como professora de educa o especial os apoios Que converso muito com os alunos e uma das coisas que tenho sempre a preocupa o de lhes falar de profiss es relativas e das expectativas deles e quando falo em expectativas normalmente pretendo fa o a seguir uma conversa sobre o que isso como que se faz o que que preciso que compet ncias que preciso ter que condi es f sicas preciso ter porque acho que tem que se tratar as coisas com realismo criando neles suficientes expectativas para se desenvolverem mas n o expectativas que venham esmorecer depois uns anos mais tarde por n o poderem fazer esta ou aquela profiss o Portanto s o estas as minhas preocupa es como professora Na gest o da escola fa o parte da direc o este ano tenho tamb m tenho o SPO na minha nas minhas compet ncias de trabalho e uma das coisas que vou estar tamb m muito atenta o trabalho de orienta o e de forma o vocacional no pr prio oitavo ano porque n o temos turma de surdos no nono ano neste ano n o h Temo
215. minhas preocupa es como professora Je portanto sei quais s o as preocupa es que tenho neste percurso fo e que s o mesmo para os ouvintes 8 A orienta o vocacional necess ria a surdos e 2 Eu diria isto para um surdo ou para um ouvinte ouvintes Eu j duvido que s vezes para alguns que tamb m que em casa a 9 As fam lias n o d o apoio para a orienta o vocacional 1 fam lia n o consiga tamb m orientar que cheguem e sejam suficientes para os surdos seriam menos Ela tem um modelo que interessante relativamente aos surdos j de 10 A Psic loga tinha um modelo de orienta o vocacional 4 alguns anos articulado com a APS h um convite Associa o Portuguesa de Surdos para trabalharem portanto estes modos de orienta o vocacional tamb m conjuntamente e articuladamente i N o a orienta o vocacional que faz isso E a n vel da psicologia que tem um programa que normalmente mostram no in cio do ano e com semanas onde est o l detalhadas visitas de estudo a vinda de formadores da APS Portanto essa liga o que ela tem que faz a APS todos os anos que portanto em conjunto programam algumas sess es i O primeiro ano foi um ano de adapta o e de leitura do que se passava na 11 E importante que a orienta o vocacional comece no 4 escola No segundo ano fiz uma proposta muito concreta psic loga 3 CEB o mais precocemente poss vel
216. mpet ncias a trabalhar o auto conceito self awareness que no jardim de inf ncia solicitado ao aluno que seja capaz de identificar caracter sticas em si No primeiro ao terceiro ano do ensino b sico j dever de ser capaz de exprimir atributos e capacidades suas Do quarto ao quinto ano dever ser capaz de identificar pequenos objectivos pessoais acad micos sociais e profissionais Nos n veis de ensino quarto ao s timo dever ser capaz de identificar capacidades pessoais e atributos necess rios para o sucesso em fam lia na escola e comunit rio J no nono dever ser capaz de ligar as capacidades pessoais e acad micas para atingir objectivos ao n vel pessoal social educacional e profissional assim como as compet ncias necess rias para o seu sucesso profissional No d cimo n vel de ensino deve desenvolver e implementar um plano de compet ncias necess rias para objectivos futuros e rever os objectivos p s escolares e os planos tra ados e garantir que reflectem as suas capacidades e compet ncias No d cimo primeiro n vel de ensino dever ser capaz de reflectir sobre os seus progressos e actualizar o plano de compet ncias desenhado no n vel anterior Para no d cimo segundo n vel de ensino ser capaz de actualizar e implementar o seu plano de compet ncias tra ado Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 24 Para este n vel transversal para al m do auto conceito self awareness
217. munica o s o fundamentais para o sucesso dos alunos surdos Sim totalmente Da por isso que temos que come ar mais cedo com os alunos surdos e proporcionar lhes mais visitas mais sa das mais contacto com as diferentes profiss es Porque falta essa mem ria auditiva esse escutar situa es que qualquer crian a que brinca vai ouvindo e percebe detalhes que o pai conta da sua profiss o ou o tio ou que fala de algu m que tem essa profiss o e que s crian as surdas passam ao lado proporcionar ao aluno o contacto de mais viv ncias Muito cedo n o no princ pio do nono ano muito antes de sair com os alunos de proporcionar com um programa de visitas E com muita articula o com muitas entrevistas a diferentes profiss es Eu penso que era um trabalho que eu gostava de ver Isto tudo o que preciso fazer Eu penso que preciso mais sa das na forma o profissional dos surdos Faltam mais visitas a locais de trabalho mas eu acho que eles ganhariam se a orienta o fosse quase toda exterior escola mais viv ncias mais sa das os alunos presenciarem perceberem o que que um trabalho as voltas que um iogurte d preciso perceber quem faz quem est quem t na linha de montagem quem t nas caixas dos leites Quer dizer onde que eu gostaria de estar Ou l dentro na contabilidade na pr pria empresa do iogurte pronto n o
218. nais referindo novamente o facto de a orienta o ser feita somente no 9 ano e em grupo havendo s esporadicamente sess es individualizadas e a necessidade de adicionar mais conte dos orienta o vocacional Parece nos que este aspecto do facilitismo e paternalismo por parte de alguns professores poder ter a ver com a necessidade intr nseca dos mesmos em ajudar os alunos Provavelmente de forma inconsciente sobre as consequ ncias futuras no que se refere a lacunas de conhecimentos e compet ncias que devem ser adquiridas pelos alunos em cada n vel de ensino e porque n o tinham outros meios para poder proporcionar aos alunos decidiram baseando se na natureza pouco clara da legisla o em vigor nessa altura cf DL n 319 91 adequar o curr culo atrav s da redu o e elimina o de objectivos e compet ncias Consequ ncia desta situa o a discrep ncia entre a certifica o dos alunos e os conhecimentos que efectivamente possuem o que os levou a criar expectativas para determinadas profiss es quando na verdade n o tinham as qualifica es exigidas ficando se por empregos menos qualificados ou at mesmo no desemprego Os efeitos desta situa o ao n vel emocional n o poder o ser descurados assim como o impacto social na vida destes surdos que da pode decorrer Esta situa o tamb m abordada na revis o da literatura por Punch 2005 Os dois grupos de entrevistados relatam haver d vidas por parte dos prof
219. nais que j t m uma orienta o e que t m pronto 12 A orienta o vocacional passou a iniciar se no 8 ano atrav s da rea de projecto eu penso que t m de ser enriquecidas em termos de conte dos Portanto isso como em tudo eu penso que uma rea como nas outras reas Temos que esmiu ar explicar tudo Enquanto que nas outras crian as s o viv ncias naturais surgem com naturalidade aquelas s o mesmo direccionadas portanto s o preparadas n o acontecem naturalmente e temos que pensar neles Portanto ao n vel dos conte dos preciso enriquecer e depois tamb m mais o enriquecimento dos conte dos 13 necess rio que a orienta o vocacional dos alunos surdos seja mais enriquecida em termos de conte dos Como professora de educa o especial os apoios que converso muito com os alunos e uma das coisas que tenho sempre a preocupa o de lhes falar de profiss es relativas e das expectativas deles e quando falo em expectativas normalmente pretendo 14 Aproveito os apoios para fazer tamb m orienta o vocacional fa o a seguir uma conversa sobre o que isso como que se faz o que preciso que compet ncias que preciso ter que condi es f sicas preciso ter Desde o princ pio As profiss es uma coisa que vem muito baila o que que queres fazer porque
220. nal e por isso ao fazer o 12 ano tinham expectativas de outros tipos de trabalhos e que acabaram por como adultos por terem que aceitar Esse n o quer porque tem a expectativa de ser futebolista e agora quer ser basquetebolista portanto ele s quer ir pela via do desporto e acha que muito bom muito bom junto dos outros eu j lhe disse que n o suficientemente bom para fazer carreira mas ele ainda n o acreditou em mim portanto com esse estou com grandes dificuldades porque tem expectativas completamente fora do mbito dele e eu duvido que ele as venha conseguir realizar Primeiro queria o futebol entretanto percebeu que pelo futebol n o foi contratado por nenhum clubezito mesmo de bairro e agora virou se para o basquete e acha que tamb m muito bom Olha para os americanos e como v que at h muitos americanos que s o negros como ele e joga melhor que os outros coleguitas e acha que pode ser a carreira dele E esse estou lhe sempre a dizer desculpa mas n o s suficientemente bom para poderes fazer disso uma via profissional Podes fazer sempre isso ao fim da tarde ao fim de semana muito bom fazer desporto mas tens que estudar porque temos de pensar noutra coisa E n o entrou no CEF este CEF de inform tica era uma boa possibilidade para ele E o decreto lei 3 n o permite tanto estas situa es mas agora temos que pensar que tipo de adequa es curriculares que tipo de
221. nal e Projecto de Vida Da Interven o para Alunos Ouvintes Interven o com Alunos Surdos Brown 2002 refere que os conceitos que est o na base das teorias do desenvolvimento da carreira na actualidade s o os trabalhos pioneiros de Franck Parsons Este considerava que os indiv duos que se envolvessem activamente na escolha da sua voca o em vez de deixar a escolha de um emprego ao acaso estavam mais satisfeitos com as suas carreiras Assim a teoria de Parsons 1909 citado em Brown 2002 considerava que numa escolha vocacional consciente tr s factores importantes tinham de ser tomados em considera o 1 Compreens o clara de si pr prio das aptid es capacidades interesses ambi es recursos e limita es e conhecimento das suas causas 2 um conhecimento dos requisitos condi es de sucesso vantagens e desvantagens compensa o oportunidades e perspectivas em diferentes reas profissionais 3 reflex o consciente sobre as rela es entre os dois itens anteriores p 3 Parsons 1909 citado em Brown 2002 acrescentava que havia vantagens na aplica o da sua teoria tanto para o empregado como para o empregador porque se a escolha vocacional fosse feita de forma consciente os empregados eram mais produtivos os custos dos empregadores com os empregados diminufam e as perspectivas de sucesso profissional eram maiores Posteriormente esta teoria foi sendo aperfei oada e modificada passa
222. ndo a ser centrada no cliente com os trabalhos de Rogers 1942 1951 citado em Brown 2002 e Ginzberg 1972 citado em Brown 2002 desta forma o desenvolvimento da carreira passa a ser considerado um processo desenvolvimental que se desenrola ao longo de toda a carreira No entanto estes modelos explicativos n o tiveram grande impacto na pr tica Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 4 S com a publica o por Super 1953 citado em Brown 2002 da sua teoria do desenvolvimento e escolha da carreira que esta perspectiva centrada no cliente teve maior impacto no pensamento e investiga o neste campo Esta teoria foi sendo aperfei oada por Super durante toda a sua carreira O contributo principal da teoria do desenvolvimento da carreira ao longo da vida foi o de aliar perspectiva desenvolvimental do estudo das carreiras a das escolhas profissionais Ou seja considera que os indiv duos desempenham v rios pap is que seguem uma ordem cronol gica que ao longo da vida pode ser o papel de filhos estudantes fruidores de actividades de lazer cidad os trabalhadores empregados ou desempregados cuidadores de casa Esta teoria considera que estes pap is est o inter relacionados em cada momento da vida da interac o destes pap is que emerge a carreira de um indiv duo Considera ainda que em geral a casa a comunidade a escola o local de trabalho s o os quatro principais espa os ou cen
223. nfusa a forma como a orienta o se desenvolve Neste sentido salientam que os pr prios servi os mostravam d vidas sobre os poss veis cursos que poderiam seguir orientando os para sa das profissionais sem ter em conta as caracter sticas e gostos pessoais Os alunos referem ainda barreiras relativas ao acesso a alguns cursos escolas do ensino secund rio mencionando mesmo a n o aceita o de alunos com problemas de surdez em escolas secund rias que n o as de refer ncia Perante estes factos resulta que os alunos excep o de um mostram se insatisfeitos com a escolha vocacional efectuada por terem de optar por uma segunda op o e anseiam por seguir o seu sonho profissional ap s conclus o do secund rio Em s ntese de salientar que perante o exposto dificuldade em ter apoios fora das escolas de refer ncia percep o de que alguns cursos s o demasiado exigentes para as compet ncias actuais dos alunos que est comprometida a garantia de acessibilidade destes alunos isto os dados recolhidos d o a entender que em muitos casos os alunos surdos n o t m um aproveitamento acad mico satisfat rio e a escola n o est tamb m a contribuir como deveria para a sua forma o como pessoas como cidad os Assim estes jovens chegam ao final do 3 ciclo com grandes lacunas quer em rela o informa o sobre profiss es e o mundo do trabalho quer a n vel pessoal relativamente capacidade de compreender pr
224. nguagem e consequentemente o acesso informa o sobre o mundo em geral ir condicionar a tomada de decis o do aluno surdo sobre o seu futuro no que se refere ao seu percurso vocacional e ao seu projecto de vida Como consequ ncia a realiza o de uma escolha consciente e informada tomando em linha de conta as suas capacidades habilidades e limita es assim como a um conjunto consideravelmente amplo de especificidades no que concerne s diferentes profiss es estar comprometida condicionando assim uma escolha vocacional consciente e bem formulada Tendo como ponto de partida o problema atr s exposto e tomando em linha de conta o quadro referencial fornecido pela revis o da literatura no primeiro cap tulo consider mos que o estudo deveria ser organizado em dois grandes eixos orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 Ciclo prepara o dos alunos surdos para a vida em sociedade Tendo em conta estes dois eixos formul mos as seguintes quest es Que percep o t m os profissionais psic logos professores e os alunos surdos sobre o processo de orienta o vocacional levado a efeito no 3 CEB Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 33 Que problemas dificuldades ou limita es percepcionam os profissionais e os alunos surdos no processo de orienta o profissional e na transi o para o ensino secund rio Que propostas fazem os profissionais e os alunos surdos para melh
225. ni o dos profissionais o facto de ser necess rio aprofundar os conhecimentos no ensino dos surdos tanto por parte dos profissionais do SPO como dos pr prios A necessidade de cria o de parcerias com associa es de surdos que deu origem a uma subcategoria tamb m foi apontada como forma de colmatar minimizar esta situa o A categoria perspectiva dos profissionais do secund rio sobre a transi o dos alunos surdos do 3 CEB com um total de 96 unidades de registo apresenta 4 subcategorias Na subcategoria perspectiva dos profissionais do secund rio sobre a Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 68 orienta o vocacional do 3 CEB emergiram 7 indicadores de entre os quais se salienta a ideia de que os alunos v m mal orientados vocacionalmente quando chegam ao secund rio n o tendo o mesmo grau de desenvolvimento que os ouvintes A este prop sito refere uma psic loga estes meninos n o chegam ao final do 3 Ciclo com o mesmo n vel de desenvolvimento que os outros colegas t m P2S uma outra psic loga refere os alunos v m bastante mal preparados do 3 Ciclo para o secund rio P3S Um dos aspectos em que se reflecte esta falta de prepara o o desconhecimento dos alunos surdos sobre profiss es o que leva a uma escolha muito pouco informada do curso secund rio Para al m disso os alunos surdos acabam o 3 CEB com poucas compet ncias para lidar com o secund rio sobretudo
226. nicar tudo o que faz parte da vida o seu crescimento os seus afectos P1B Os entrevistados reconhecem tamb m a necessidade de veicular informa o sobre a cultura e identidade surda Como salienta um dos profissionais os surdos necessitam de saber que identidade que eu tenho onde que eu perten o o que que isto da comunidade surda portanto achamos que estas quest es eram importantes serem trabalhadas dentro da orienta o vocacional P3B O que vai ao encontro do que em par grafos anteriores foi referido em rela o socializa o e contacto com os seus pares por Musselman Mootilal e MacKay 1996 e Gregory 1998 para que como refere Jokinen 2006 atrav s dessa interac o haja assimila o dos valores e outros Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 77 elementos caracter sticos da sua cultura dos quais depende a forma o da sua identidade Em s ntese os entrevistados referem que para o desenvolvimento integral dos alunos surdos deve ser trabalhada a autonomia e responsabiliza o no que concerne as actividades de vida di ria e em comunidade como ter capacidade de aceder a reparti o p blica e outras institui es cong neres para tratar de assuntos do seu interesse Para tal necess rio munir os alunos das compet ncias necess rias para a prossecu o deste objectivo tais como capacidades no que concerne leitura e escrita que consideram ser ainda in
227. no E fiz um compromisso com ele em que ele iria experimentar um ano iria para o curso que ele deveria ir experimentava um ano Se de facto ele 22 necess rio trabalhar com os alunos surdos e as fam lias para que eles n o se limitem a ir para escolas secund rias em que h outros surdos sentisse que era uma grande infelicidade para ele que n o era aquele curso que ele queria seria eu a fazer todos os poss veis para ele ter entrada na Ant nio Arroio no pr ximo ano lectivo tive uma conversa com ele percebi o que tu tens medo tens medo de tar sozinho entre ouvintes tens medo de perder os teus amigos E o aluno acabou por perceber que sim que era isto que ele queria ouvir O que ele n o queria era perder os amigos Aplica se aos outros porque um exemplo os outros foram todos para portanto foram dois alunos para a Verg lio Ferreira mas t o em cursos diferentes e foram tr s para a Ant nio Arroio Bom eu penso que isto acontece com todos eles medo de perder os pares Ora bem quando isto est em causa h receio h um receio da parte deles e da eles quererem saber o que que vais fazer onde que vais que para onde eu tamb m quero ir 23 necess rio trabalhar com os alunos surdos para que percebam que a escolha profissional n o pode ter por base o grupo de pares porque eu acho que uma situa o os alunos quando v
228. nodi dada spa dora Ho pet anca idas Ens nanno deus dd 17 3 Forma o Vocacional no Ensino dos Alunos Surdos 20 4 Programas de Interven o no Ensino dos Surdos 24 4 1 Programa de Interven o do Centro Laurent Clerc da Universidade Gala det assassinas ARTS Dea ON Pod nanda ada Lda SI d Sd E ca ada 24 4 2 Programa de Interven o no Instituto Adelaide na Austr lia 25 CAP TULO Il METODOLOGIA DO ESTUDO ie 28 1 Contextualiza o Hist rica da Problem tica iiiisii sister 28 2 Defini o da Problem tica e Quest es de Investiga o 31 3 Objectivos e Natureza do Estudo iii rrenan 34 4 Caracteriza o dos Participantes eterna raras 38 5 Metodologia de Recolha e An lise de Dados iiii 40 DAS CMIEVIS S Aaa ni dna ie e EE sa as 6 ade pb as gana 41 5 2 An lise de Conte do reias errar 43 Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina iv CAP TULO Ill APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 48 1 Resultados das Entrevistas aos Profissionais iiii ii 48 a Orienta o Vocacional no 3 CEB erre 49 b Prepara o para a Vida em Sociedade sitter 73 2 Resultados das Entrevistas aos Jovens Surdos ssssssseerrsrerrrrsrrsree 84 a Orienta o Vocacional no 3
229. nos ainda sublinhada pelos profissionais como forma de obter feed back do percurso dos alunos surdos A este prop sito referem os profissionais eu acho que tem que ser este trabalho feito naturalmente com mais acuidade eventualmente num registo de apoio individualizado e n o em grupo P2S a equipa ia assistir s reuni es de avalia o para registarmos a avalia o dos alunos e viam quais eram as reas que eles estava mais seguros com mais dificuldades e isso servia lhes de base para trabalhar com eles as suas compet ncias relativamente profiss o P4B n s aproveit vamos os momentos de avalia o para devolver tamb m ao conselho de turma o ponto da situa o e tamb m como que os alunos qual era o sentir dos alunos naquele momento como que est vamos em termos do processo e isso levava tamb m os professores a envolverem se P3B Estas express es demonstram a aten o dos profissionais para que haja o envolvimento de toda a equipa no acompanhar da evolu o do percurso dos alunos e at eventualmente fazer Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 55 as devidas correc es achegas de forma a atingir a prossecu o dos objectivos tra ados para os alunos S uma psic loga abordou expressamente a ideia de que necess rio maior investimento dos profissionais para que os surdos tenham o mesmo n vel de conhecimento dos ouvintes no que concerne
230. nsidera o como uma boa refer ncia do grau de prepara o de um indiv duo Esse grau de prepara o por sua vez reflecte a satisfa o ocupacional aos vinte e cinco anos e tamb m uma transi o mais satisfat ria nove meses ap s a conclus o dos estudos secund rios A subcategoria escolha por influ ncia do grupo de pares surdos apresenta 6 indicadores do qual o mais referido enuncia uma das estrat gias que os profissionais usam para consciencializar os alunos surdos da import ncia de uma escolha consciente a saber a necessidade de conversar com os alunos surdos para que percebam que a escolha profissional n o pode ter por base o grupo de pares A este Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 64 prop sito uma professora refere tive uma conversa com ele percebi o que que tu tens medo tens medo de estar sozinho entre ouvintes tens medo de perder os teus amigos P1B e mais frente acrescenta bom eu penso que isto acontece com todos eles medo de perder os pares P1B Por sua vez uma psic loga afirma a influ ncia social s vezes como n o sabem muito bem est o um bocado perdidos encostam se a um colega que j tem uma ideia um bocadinho mais definida P3S Nesta linha de racioc nio os inquiridos consideram que h tend ncia para os alunos surdos optarem pela mesma escola em vez de optarem conscientemente por uma rea vocacional porque os alunos n
231. nta o vocacional A2 o que expressa bem a no o que os alunos t m da necessidade de uma orienta o vocacional direccionada s suas caracter sticas individuais Outra das subcategorias mais referidas relaciona se com a escolha condicionada pelas estruturas de apoio a alunos surdos no ensino secund rio Os alunos referem que sentem dificuldades de acesso informa o sugerindo preciso mais informa o se calhar para saberem o que v o fazer no futuro e o que que gostam ent o podem ir com a m e conversar com a m e e ver quais s o as profiss es ou artes por exemplo pronto ter esse tipo de apoio e ver como que fazem no futuro para poderem decidir A1 Tamb m consideram que a escolha dos cursos limitada pelas escolas de refer ncia existentes A este prop sito menciona um aluno eu queria escolher cer mica ou professor tinha tantas op es mas depois s tinha a escola Ant nio Arroio s p de escolher aquela portanto e depois acabei por ficar s com cer mica ou fotografia As outras n o tinham esses cursos portanto acabei por ficar um bocadinho mais limitado A6 Outra condicionante encontrada foi a falta de int rpretes apoios para o prosseguimento de estudos Acresce a estes condicionamentos a n o aceita o de alunos surdos por algumas escolas secund rias Com efeito um dos estudantes afirma n o aceitavam alunos com problemas auditivos A5 e quando lhe pergunt mos
232. nte aquele que voc s usaram onde que acham que ela tava a falhar Porque isso importante A1 Porque JM Mas interessa me a vossa opini o onde que acham que ela falhou Tu escolheste bem mas por exemplo a A n o e isso que importante onde que voc s acham que devia ser corrigido A1 Porque eu acho que o acompanhamento que ela fez H porque eu acho que na ideia dela p r nos na Ant nio Arroio porque isso muita influ ncia porque h muitos surdos e ela insistiu imenso para n s irmos para l Porque tem muitos surdos e ela queria fazer um grupo de surdos Mas eu n o queria essa escolha isso era um problema dela eu n o tenho interesse nenhum ir para l Na minha turma por exemplo o D um colega meu ele escolheu ir para l mas ele n o tinha interesse nenhum A professora s dizia Aceita Aceita JM A professora ou a psic loga A1 Sim a psic loga E ent o ele foi para a Ant nio Arroio continua na Ant nio Arroio e agora N o tem interesse nenhum as notas s o muito m s h ele pensava que as artes eram mais f ceis era fazer desenhos e descansar Ouvia m sica mas t muito enganado t muito enganado porque ele tem muito trabalho e agora anda aflito e as notas t o muito m s Pronto ele saiu prejudicado mas a decis o foi dele disseram para ele decidir sozinho Mas ele n o queria saber ele n o tinha interesse nenhum e ent o chumbou JM Ou seja o q
233. nte da constante disputa entre o oralismo e o gestualismo o congresso de Mil o em 1880 delibera o uso do oralismo como nico meio de comunica o proibindo a l ngua gestual na educa o dos surdos No entanto Laurent Clerc e Thomas Gallaudet nos Estados Unidos n o seguem esta directiva mantendo o ensino dos surdos com o apoio da l ngua gestual e no mesmo sentido seguiu a Su cia Nos Estados Unidos da Am rica os seguidores de Thomas Gallaudet prosseguem a divulga o do m todo gestual no ensino doas alunos surdos introduzindo algumas iniva es que se enquadram na filosofia da comunica o total e do bilinguismo Ferreira 2006 No que concerne ao ensino dos surdos em Portugal este iniciou se com Per Arong Borg professor sueco mandado chamar por D Jo o VI para fundar o primeiro instituto de surdos mudos que com efeito inicia a sua actividade em 1823 em Lisboa inicialmente a expensas do rei passando mais tarde da tutela da Casa Pia de Lisboa O trajecto do ensino atribulado entre mudan as de tutela e extin es e entre oralismo e gestualismo estas ltimas ao sabor das mudan as internacionais S em 1992 que se adapta o modelo bilingue para o ensino de surdos no instituto Jacob Rodrigues Pereira sob a direc o de Maria Augusta Amaral Carvalho 2007 Segundo Cabral 2000 citado em Carvalho 2007 publicada a Lei 9 89 Lei de Bases de Preven o e de Reabilita o e Integra o das Pessoas
234. ntes prepararem para depois escolherem A6 e Se os professores souberem o que os alunos querem podiam ajudar A5 e ainda ver qual a opini o dos alunos para poder ajud los a escolher A2 Consideram tamb m que h necessidade do psic logo ajudar a projectar o futuro isto para al m dos professores o psic logo se calhar pode ajudar em qualquer coisa ligado a isso Como que eu vou fazer quando entrar no mundo do trabalho A1 Para al m disso referem tamb m a necessidade de uma reflex o individual sobre a escolha vocacional afirmando primeiro queria saber no 10 ano o que que eu queria fazer at o 12 Quero ir para a universidade acabar o 12 e ir para a universidade depois quero ir trabalhar A 1 O adiamento da decis o sobre o projecto de vida aparece em segundo lugar e corresponde de algum modo recusa dos alunos em reflectir sobre o futuro Um dos jovens assume mesmo que os meus pais tentaram sempre dizer para pensar no futuro para escolher melhor os meus caminhos mas eu nunca pensei nisso A5 Ou ent o adiam para o final do secund rio a tomada de decis o sobre o seu projecto de vida como sugere um dos entrevistados quando eu acabar o 12 ano logo vejo vou decidir at l vou pensando A6 Neste sentido alguns dos entrevistados assumem a necessidade de decidir sobre o futuro As necessidades de apoio para a constitui o de fam lia na forma
235. nvestiga o qualitativa o investigador n o deve reduzir as narrativas mas sim tentar analisar os dados em toda a sua riqueza respeitando o mais poss vel a forma original Este aspecto importante dado que a palavra escrita assume particular import ncia na abordagem qualitativa tanto no registo dos dados como na apresenta o dos resultados Os autores acrescentam ainda que uma abordagem qualitativa exige que o mundo seja examinado com a ideia de que nada trivial que tudo tem potencial para constituir uma pista que nos permita estabelecer uma compreens o mais esclarecedora do nosso objecto de estudo Bogdan e Biklen 1994 49 O terceiro ponto considerado por estes autores que os investigadores qualitativos interessam se mais pelo processo propriamente dito do que pelos resultados obtidos Daqui a import ncia em descrever de forma clara e ordenada um determinado procedimento que poder ser esclarecedor dos resultados obtidos nesse estudo Em quarto lugar nesta metodologia segundo estes autores a an lise dos dados deve ser feita de forma indutiva Ou seja a recolha dos dados n o tem como Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 35 objectivo a confirma o de hip teses pr definidas mas sim chegar s abstrac es atrav s do agrupamento dos dados que foram recolhidos com base na sua inter rela o Isto a constru o de um quadro te rico faz se gradualmente medida que se
236. o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina ii ABSTRACT The main goal of this study qualitative in nature is to explore how vocational guidance of deaf students of the middle school is taken course in mainstream schools for de deaf in Lisbon area We decided to use semi direct interviews in order to Know understand professionals perception about vocational guidance that is taking course Later we interviewed high school students who have gone or are going through the process of vocational choice Eight professionals were interviewed four teachers and four psychologists and 6 students In this study from the cross analysis of the interviews of these two groups it was possible to have the insight of the two groups on the subject under study and compare them Thus we concluded that professionals identify their training needs in the area of Portuguese Sign Language LGP and the teaching of this specific group The professionals see vocational guidance as an important subject but requiring more investment by a multidisciplinary team and should be initiated as earlier as possible Professionals identify the communication barrier as the main obstacle in students access to information therefore the need to differentiate the vocational guidance of the hearing pairs to face limited support and the low offer of cures of the high schools for the deaf Thus this professionals agree that the implementation of a scheduled
237. o escola 20 Insist ncia da psic loga para a escolha da mesma escola para formar uma turma de surdos 54 Orienta o vocacional confusa 44 Arrependimento dos alunos que cederam face press o da psic loga 19 Descontentamento com a orienta o da psic loga Escolha condicionada pela falta 3 Desconhecimento sobre os exames a de informa o sobre a estrutura realizar para aceder ao curso superior e organiza o escolar 33 Desconhecimento sobre a organiza o curricular do ensino secund rio 21 Desconhecimento sobre os conte dos dos cursos do secund rio Barreiras relativas possibilidade 56 Mudan a para um curso menos de sucesso em alguns cursos do complicado secund rio 48 Mudan a de curso por sugest o da escola 11 Influ ncia dos colegas surdos Es 64 Influ ncia da escolha de outros alunos 3 Dificuldades de escolha devida influ ncia do grupo de pares surdos surdos Prepara o para a vida em sociedade Insatisfa o com a escolha 70 Desagrado perante a escolha vocacional efectuada 72 Selec o do curso com base nas capacidades financeiras 73 Necessidade de optar pelo curso em 2 op o 76 Desejo de seguir ainda o curso pretendido ap s terminar o 12 ano Aspectos positivos da Apoio por parte da EB23 6 Apoio do professor educa o
238. o querem perder os seus pares Assim segundo uma professora muitas vezes eu sinto e uma luta que os alunos n o v o uns atr s dos outros e sim que sigam os seus impulsos aquilo para que de facto t m apet ncias P1B Para que eles n o se limitem a ir para escolas secund rias onde h outros surdos os profissionais consideram necess rio trabalhar com os alunos surdos e as fam lias como referido por esta professora a m e estava quase a ceder porque via o seu filho infeliz e estava preocupada e ent o reuni com eles e reuni com o aluno P1B Outra estrat gia utilizada pelos profissionais a promo o de contratos com os alunos surdos para que eles sigam o seu percurso vocacional como explica esta professora o que eu fiz foi v rios contratos com ele contratos de que a fam lia iria deixar que ele tivesse contactos continuaria a permitir que ele aos fins de semana fins de tarde mantivesse os contactos com os seus pares surdos P1B Na opini o dos entrevistados estas estrat gias justificam se porque h tend ncia para os alunos surdos fazerem a mesma escolha que o l der do seu grupo e ainda porque necess rio que os alunos surdos percebam que a escolha profissional pessoal Este comportamento dos alunos surdos est bem documentado na literatura Com efeito j Musselman Mootilal e MacKay 1996 referem que independentemente do grau de integra o dos alunos surdos estes escolhem preferen
239. oblemas e tomar decis es Por outro lado porque os surdos s o um grupo pequeno e porque a sociedade n o tem tamb m uma no o das suas potencialidades mantendo perspectivas negativas e paternalistas as oportunidades que efectivamente s o disponibilizadas para os surdos s o em menor n mero e muitas vezes de menor qualidade Identificar as propostas dos profissionais e dos alunos surdos para melhoria do processo de orienta o vocacional foi o terceiro objectivo proposto para este trabalho Os psic logos e professores entrevistados apontam algumas especificidades para o desenvolvimento da orienta o vocacional com alunos surdos tais como iniciar mais precocemente para trabalhar o tema das profiss es porque por vezes s o os alunos que j no mercado de trabalho fazem pesquisa sobre novas oportunidades de Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 109 emprego Referem ainda que necessitam de mais sa das de campo isto visitarem os locais de trabalho para se inteirarem in loco o exercer dessa profiss o O recurso a experi ncias profissionais ou pr profissionais para que os alunos tenham contacto directo com o mercado do trabalho para consolidar compet ncias previamente treinadas e ou corrigir ensinar aspectos que ainda necessitem de ser tratados O uso de depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos foi tamb m avan ado como forma de sensibilizar os alunos para os desafios profissi
240. ocacional e haver aqui um entrosamento porque isto tornava mais consistente o processo de orienta o P3B uma outra psic loga tamb m refere cada vez mais se falava das estrat gias efusivas o que que s o as estrat gias etusivas no fundo o psic logo como se fosse um polvo com v rios tent culos e depois cada tent culo vai fazer a sua actividade E n s podemos fazer isso com a orienta o pedir ajuda ao professor de rea Projecto pedir ajuda ao professor de Forma o C vica P2B Torna se patente nestas declara es a necessidade dos profissionais envolvidos na forma o dos alunos surdos articularem entre si para que as compet ncias possam ser trabalhadas de forma integrada Ainda neste sentido uma outra psic loga refere o aluno ser capaz de pensar num projecto e depois saber os passos para dar talvez fosse uma perspectiva de trabalho trabalhar com os professores tornando os mais conscientes que trabalhar essas coisas ajuda a melhorar o sucesso do futuro deles em termos profissionais P3S Estas declara es v o no mesmo sentido do que refere Jacoby 2005 que considera que o planeamento da carreira deve ser parte integrante de qualquer curr culo escolar porque deve constituir o foco de qualquer programa curricular Esta quest o tamb m abordada pelos docentes os quais salientam a necessidade de introduzir nos conte dos program ticos dos alunos surdos a tem tica das profiss es Como
241. ocutor aceda a um grau m ximo de autenticidade e de profundidade Por sua vez Werner e Schoepfle 1987 citados em Lessard H rbert 1994 consideram que a entrevista permite recolher dados v lidos sobre as cren as as opini es e as ideias dos sujeitos que visa a recolha de informa o sobre a percep o ou o ponto de vista do nosso interlocutor ou de um grupo de interlocutores t m sobre uma dada situa o Bogdan e Biklen 1994 134 definem a entrevista como sendo uma conversa intencional geralmente entre duas pessoas com o objectivo de obter informa o ou dados descritivos na linguagem do pr prio sujeito permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira como os sujeitos interpretam aspectos do mundo Assim podemos afirmar que uma entrevista uma t cnica de recolha de dados onde o investigador em contacto directo com o entrevistado ir recolher informa o sobre um determinado tema que o seu objecto de estudo retendo o ponto de vista do entrevistado abarcando as suas cren as e formas de ver o tema proposto para a entrevista no prisma da sua experi ncia de vida A interven o do investigador deve se resumir recondu o do di logo para os objectivos da entrevista que n o foram abordadas pelo entrevistado colocando perguntas no momento mais apropriado e de forma t o natural quanto poss vel Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo
242. ofissionais nas entrevistas com cerca de 68 1 da frequ ncia total de unidades de registo Podemos inferir destes resultados que os profissionais deram mais nfase orienta o vocacional dos alunos do que a prepara o para a vida em sociedade Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 48 Estas quantifica es no entanto t m um valor meramente indicativo uma vez que poss vel que decorram do pr prio gui o da entrevista a Orienta o Vocacional no 3 CEB O tema da orienta o vocacional no 3 CEB foi organizado em sete categorias como se pode verificar no quadro 4 Quadro 4 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 1 tema Total UR p Cat 24 Tema Categorias Subcategorias Total UR Orienta o Necessidades de forma o Uso da LGP nas interac es com surdos 15 vocacional no para orienta o vocacional E a SA vocacional Percep o dos profissionais Import ncia da orienta o vocacional 8 orienta o vocacional orienta o vocacional Necessidade de equipa multidisciplinar para E E Necessidade de maior investimento dos 64 protesioeis na ora o vocacional O enem 5 alunos surdos na orienta o vocacional diferenciada da dos ouvintes Programa de orienta o vocacional aplicado 28 no 3 CEB Papel das fam lias na orienta o vocacional J os alunos surdos processo de orienta o vocacional Limita es escolha Esco
243. oga Tem sido at ao ano passado Lembro me que quando o professor de educa o especial que estava na altura at h dois anos atr s n o se intrometia Sim n o era muito em conjunto mas depois pode confirmar com ela eu tamb m n o posso falar pelos anos em que n o estive c poder falar mas tinha uma colega que trabalhavam bem mas tinham trabalhos divididos isto era dela faziam algumas visitas de estudo em conjunto mas era um trabalho que ela deixava para a psic loga N o tenho forma o na rea vocacional 6 Sem forma o na rea vocacional 1 Vou come ar por dizer que t nesta escola o quarto ano que t nesta 7 A orienta o vocacional foi sempre uma preocupa o 5 escola e isso foi um assunto que me preocupou logo no primeiro ano Eu vim pra c como uma professora como uma das v rias professoras que entrou tamb m para os surdos no grupo 920 e nesse ano n o tinha eu dei apoio a alunos do quinto ano No entanto como fiquei Coordenadora do Departamento de Educa o Especial portanto surgiume essa preocupa o porque a psic loga veio ter comigo a mostrar me o programa de orienta o vocacional que estava a fazer na escola como fazia para os surdos Pronto Portanto tenho esta preocupa o este ano tou a apoiar o oitavo ano e a psic loga ainda n o veio falar sobre a orienta o relativamente ao trabalho com esta turma mas eu acho que tem que ser Portanto s o estas as
244. olha vocacional do aluno Os psic logos entrevistados fazem refer ncia ao modelo de orienta o vocacional de Super e Savickas que tem por base a interven o com os alunos as limita es de aplica o de alguns testes por n o terem as devidas adequa es dado n o estarem aferidos popula o surda portuguesa A categoria limita es escolha vocacional dos alunos surdos aparece em segundo lugar no que concerne ao n mero de unidades de registo 157 e apresenta 3 subcategorias escolha condicionada pela falta de informa o escolha limitada pela oferta formativa e de estruturas de apoio no secund rio e escolha por influ ncia do grupo de pares surdos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 63 A subcategoria escolha limitada pela oferta formativa e de estruturas de apoio no secund rio apresenta 4 indicadores A este prop sito refere uma psic loga para fazer a forma o profissional encontram mais barreiras h surdos que sem um int rprete se calhar n o v o conseguir acompanhar e portanto n o t m tanto acesso n o h um grau t o grande de liberdade na escolha P2B e refere mais adiante as nicas escolas com apoio s o estas duas para ti com apoios s A e B P2B Por sua vez uma professora relata por exemplo em Lisboa existem duas escolas de refer ncia no secund rio E portanto logo a 1 selec o que n o tem a ver com os interesses dele pode n
245. omunidade seja ela escolar ou n o Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 32 Foi essa incapacidade de acesso informa o veiculada oralmente que uma crian a ou um jovem surdo experiencia que nos levou ao tema proposto para disserta o Pois para eles o acesso informa o referente a uma conversa entre os pares ouvintes num recreio ou outro local lhes praticamente inacess vel Todavia se atrav s da leitura labial alguma informa o percepcionada ela ser incompleta ou deturpada Esse conte do s poderia ser devidamente assimilado se fosse veiculado atrav s da l ngua gestual podendo ser seguida ou n o de eventuais esclarecimentos sobre alguns conceitos que n o fossem do seu conhecimento Na nossa opini o este condicionamento poder traduzir se na falta de informa o relevante sobre as profiss es e sobre o mundo do trabalho Por outro lado os t cnicos dos servi os de orienta o das escolas n o t m no geral forma o em surdez n o dominam a l ngua gestual portuguesa e conhecem pouco sobre a cultura da popula o surda Neste sentido o trabalho de orienta o que desenvolvem com alunos surdos pode n o ser eficaz no que respeita a uma avalia o consciente e realista das suas capacidades e interesses levando a que a formula o de uma escolha vocacional seja menos informada como foi referido por alguns autores no cap tulo anterior Desta forma o acesso li
246. onais e elucidar para a necessidade de os alunos formularem a sua escolha dentro de um leque poss vel trabalhando simultaneamente a identidade e cultura surda Dada a especificidade deste grupo os profissionais tamb m consideram importante utilizar materiais visuais para dar a conhecer um maior leque de contextos profissionais enriquecendo assim a interven o em termos de conte dos Este facto torna se relevante porque os profissionais consideram que estes alunos t m mais necessidades de forma o do que os seus pares ouvintes para atingirem o mesmo n vel de informa o e consciencializa o na rea vocacional Os profissionais entrevistados consideram que o desenvolvimento hol stico do aluno surdo deve passar por aumentar a sua autonomia socializa o e a sua maturidade Referem ainda especificidades do percurso escolar na realiza o pessoal de transmiss o da cultura e identidade e emocionais a serem abordadas Os profissionais do secund rio referem que recorrem a estrat gias de remedia o tais como consolida o da explora o vocacional para cristalizar a escolha vocacional dos alunos No que se refere periodicidade um programa de orienta o vocacional a ser implementado deve ser sistem tico e mais prolongado no tempo com base em sess es de grupo e individuais conforme se considere necess rio a cada aluno e utilizar testes da rea vocacional adaptados popula o surda portuguesa No que toca ao
247. onal de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 88 vocacional Caso essa tarefa ainda n o tenha sido superada os alunos n o avan am para as tarefas seguintes uma vez que envolve a experimenta o em campo da escolha cristalizada Savickas avan a com a sugest o de que para superar esta tarefa s o necess rias compet ncias de planeamento resolu o de problemas e de decis o podemos inferir que deve ser por falta destas compet ncias que os alunos mant m se indecisos Punch 2006 refere que atrav s da maturidade vocacional que se avalia o grau de prepara o de um indiv duo para a tomada de decis o pelo que se pode concluir que os alunos surdos entrevistados dada a sua indecis o ainda n o superaram a fase de explora o da carreira Por outro lado Santos 2007 refere estudos que relacionam a ansiedade com o grau de certeza vocacional e concluem que a ansiedade mais elevada em indiv duos com elevado grau de incerteza vocacional Nesta categoria surge ainda a necessidade de apoio da fam lia e amigos na escolha vocacional Os alunos a este prop sito mencionam que dialogam com os familiares para que estes os apoiem na escolha vocacional Um dos entrevistados considera que Os pais falam mais no futuro na vida no futuro A4 Outros alunos quando questionados sobre quem os apoiou na escolha do curso profiss o mencionam a minha fam lia apoiou me A3 ou a minha m e aconselhou me a escolher entre 2 ou
248. onal foi sempre uma preocupa o afirmando tenho esta preocupa o este ano estou a apoiar o oitavo ano e a psic loga ainda n o veio falar sobre a orienta o relativamente ao trabalho com esta turma mas eu acho que tem que ser P1B A mesma docente refere ainda que a orienta o vocacional necess ria para surdos e para ouvintes A subcategoria necessidade de inicia o precoce da orienta o vocacional com 38 unidades de registo apresenta 4 indicadores Nesta subcategoria inclu mos os enunciados em que os entrevistados real am a import ncia de come ar a orienta o vocacional no 3 CEB e a possibilidade de esta Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 50 ser trabalhada nesse ciclo na rea projecto Em rela o ao primeiro indicador uma psic loga sublinha que no caso dos alunos surdos o que temos verificado que temos de come ar mais cedo P2B e uma docente refere mas eu comecei a notar que fazer isso s no nono ano era muito apertado P1B Uma outra psic loga clarifica bem a quest o nos ltimos anos percebemos que se calhar era importante come ar mais cedo e pelo menos 2 anos seria importante para os alunos surdos e mesmo para os ouvintes Porque quando cheg vamos ao ltimo momento da tomada de decis o ainda havia muitas indecis es e as decis es eram muitas vezes questionadas no ltimo momento e sentimos que ainda havia pouca consis
249. orar a orienta o profissional no 3 CEB Que perspectivas t m os profissionais e os alunos surdos sobre a inser o destes ltimos no mundo do trabalho Como que os profissionais ajudam os alunos surdos a formular um projecto de vida e como que esses alunos o perspectivam 3 Objectivos e Natureza do Estudo Tendo em conta as quest es anteriormente formuladas o presente estudo tem como objectivos Conhecer a percep o dos profissionais e dos alunos surdos sobre a orienta o vocacional desenvolvida no 3 CEB e sobre a transi o destes alunos para o ensino secund rio Identificar as dificuldades no processo de orienta o vocacional dos alunos surdos no 3 CEB na perspectiva dos profissionais e na perspectiva dos alunos surdos Identificar as propostas dos profissionais e dos alunos surdos para melhoria desse processo Conhecer as perspectivas dos alunos surdos sobre o mundo do trabalho e a forma como os profissionais equacionam a entrada destes alunos nesse mundo Conhecer os projectos de vida equacionados pelos alunos surdos e a forma como os profissionais os ajudam a perspectivar esses projectos Para a consecu o destes objectivos ser necess rio auscultar os profissionais que trabalham directamente com os alunos surdos do 3 ciclo na rea da orienta o vocacional psic logos e professores e ainda os pr prios alunos que vivenciaram ou est o a vivenciar esse processo
250. orienta o profissional referindo que n o se pode fazer da mesma maneira que se faz para os ouvintes a pr pria maneira deles captarem diferente tem que se ir repetindo em espiral para eles irem apanhando e integrando os ouvintes podemos ir mais em linha recta n o Portanto isso demora mais tempo no caso dos surdos diferente P2B Esta entrevistada acrescenta ainda que talvez demore mais tempo com os alunos surdos talvez tenha que ter uma trabalho extra talvez alguma explica o mais algum refor o algum complemento de aprendizagens P2B dando bem nfase ao facto de que na orienta o vocacional dos surdos devemos investir mais para atingir o mesmo n vel de que um ouvinte Nesta sequ ncia 3 profissionais salientam que os alunos surdos t m mais necessidades de forma o que os ouvintes Um deles considera que como eles t m uma defici ncia n o T m que olhar para dentro e ser capaz de conviver com isto e isso exige um trabalho extra uma necessidade de forma o maior eu acho que P2B outro profissional refere Sim os surdos t m algumas necessidades de forma o P3B o que corrobora o que atr s foi dito Tamb m um elemento do SPO entrevistado refere que o programa de orienta o vocacional dos ouvintes deve ter ajustamentos para os surdos Segundo o entrevistado um programa de orienta o vocacional a fazer para surdos deve ter ajustamentos tem qu
251. orma que j na inf ncia s o delineados projectos de vida que com o crescimento e amadurecimento e a aquisi o de novos saberes por parte do indiv duo s o remodelados ajustados a novas realidades ou por vezes postos completamente de parte perante uma evid ncia que inviabiliza tal projecto de vida Nascimento 2006 Para Nascimento 2006 as concep es sobre a adolesc ncia embora com algumas diferen as entre si evidenciam que este um momento de crise de transforma es que culminam com um processo de constru o da identidade diferenciado do processo anterior ocorrido na inf ncia Novas buscas pap is escolhas e rela es estruturam se o que provoca em grande parte dos adolescentes ansiedade medo e inseguran a p 4 Destarte o autor refere que a supera o desses conflitos vai depender grandemente da forma como os significativos sejam eles pais e ou educadores interv m junto desses adolescentes Por outro lado Marcelino 2009 considera que a adolesc ncia um momento em que s o feitas escolhas e d o se in cio constru o de projectos n o havendo for osamente um momento de crise Dos projectos elaborados pelos adolescentes Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 9 emerge a perspectiva que cada adolescente tem de si dos seus talentos e do que deseja almejar Nesta perspectiva Marcelino ainda refere que o desenvolvimento pessoal e social de um indiv d
252. ort ncia de utilizar depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos na orienta o vocacional para sensibilizar os alunos De referir que os profissionais consideram importante Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 53 consciencializar os alunos sobre as viv ncias de profissionais surdos atrav s do relato presencial do seu percurso de vida o facto de verem adultos surdos que j est o a trabalhar que fizeram a sua vida familiar etc d lhes uma esperan a muito maior e d lhes essa cren a afinal eu posso eu sou capaz se puserem os meios e se eu lutar por isso eu sou capaz P2B atrav s do testemunho de adultos surdos que n s temos aqui na escola a trabalhar P2B surdos que tem a sua profiss o que encontraram barreiras e imensas dificuldades mas que foram lutando P2B trazer os profissionais escola para falar sobre as suas profiss es acho que extremamente importante sei l um m dico um advogado um mec nico portanto trazer se um profissional escola que fale o que ser se naquela rea porque se ficarmos s no plano das palavras para um surdo tudo muito abstracto e importante um surdo contactar com as profiss es P4S acho que talvez houvesse vantagem em acentuar estas dimens es experienciais acho que se calhar apostava mais a P3S Como vimos no primeiro cap tulo a este respeito Savick
253. os constitui o de fam lia na forma o do agregado familiar para o cuidado com os filhos 30 Desconhecimento sobre puericultura 81 Gosto por crian as 2
254. os surdos no Percep o sobre o processo Necessidade de forma o sobre profiss es no a 3 CEB de orienta o vocacional no 3 CEB diferenciada e mais eficiente Necessidade de apoio da fam lia e amigos na 22 escola vocaciora o Meme escolha do curso profiss o Necessidade de maior motiva o dos alunos 6 Dificuldades inerentes Escolha condicionada pelas estruturas de apoio 25 vocacional sobre a estrutura e organiza o escolar em alguns cursos do secund rio Dificuldades de escolha devida influ ncia do 12 pode pres surdos o nosna Insatisfa o com a escolha vocacional Apoio por parte da EB23 Apoio por parte dos colegas surdos 130 Aspectos positivos da orienta o vocacional Por observa o do quadro 7 verifica se que a categoria crit rios de escolha dos cursos do ES profiss es com 19 unidades de registo apresenta 2 subcategorias Na primeira subcategoria os alunos referem que a sua escolha teve por base os seus interesses pessoais em rela o escolha do curso agrupamento afirmando por exemplo Eu escolhi o curso de inform tica porque estava ligado porque eu tenho muito o v cio de estar no computador risos eu gosto muito disso e isso est ligado ao meu interesse A1 Outro aluno refere simples n o muito de complicado Na minha opini o eu gosto muito de inform tica e de computadores e a minha escolha est ligada com isso Eu podia ter e
255. os assim um programa que se iniciasse pelo menos no 7 ano com a dura o m nima de 3 anos com um n mero de sess es semanais que se considere suficiente e que pode ser ajustado face evolu o do aluno No entanto parece nos plaus vel que dos anos iniciais de orienta o vocacional para os terminais este n mero tenda a aumentar As sess es individuais poderiam ter lugar em determinados per odos mas com objectivos concretos de interven o podendo para cada caso ser avaliado a necessidade das mesmas A continuidade desta orienta o no secund rio parece nos pertinente pois neste n vel de ensino que a tomada de decis o mais consolidada ou poder haver a necessidade de altera es caso a equipa assim o entendesse a equipa idealmente dever ser constitu da por aluno fam lia professores do ensino regular e do ensino especial docentes de LGP int rpretes psic logos e terapeutas da fala A articula o entre professores e psic logos e demais equipa dever ser levada a cabo para que as reas curriculares disciplinares os apoios especializados e as sess es de orienta o funcionassem em un ssono isto sempre que um assunto fosse abordado em contexto de sala de aula era tamb m refor ado no apoio especializado de educa o especial e trabalhado na orienta o vocacional numa perspectiva contextualizada contextualizadora do tema no mundo do trabalho e na sociedade em geral Desta forma a probabil
256. os conte dos de uma conversa o em grupo perdendo se grande parte da informa o No que concerne inicia o e manuten o de amizades ou de um grupo de amigos Gregory 1998 alude que h surdos que usufruem de uma vida social variada e rica mas alguns t m de viajar consider veis dist ncias para se encontrarem com os seus amigos surdos No entanto h relatos de solid o extrema e sentimentos de isolamento havendo dificuldades em fazer amizades e mant las Referem ainda terem grandes per odos de solid o e sentimentos de n o perten a a um grupo ou de n o saberem como fazer amigos ou serem exclu dos das brincadeiras do grupo Estas evid ncias revestem se de maior import ncia quando se tem em conta que convencionalmente na escola nas actividades de lazer no trabalho ou em contactos sociais casuais que se fazem amizades No entanto no estudo realizado por esta autora h relatos de situa es onde os inquiridos surdos referem n o ter amigos na escola ou no trabalho Os que referem terem feito amigos nestes locais sensivelmente metade destas amizades est o confinadas s rela es na escola ou no trabalho n o se encontrando foram dos referidos ambientes Uma das explica es avan adas para esta situa o reside no facto de ser dif cil para os surdos manterem uma conversa o em simult neo com as actividades laborais Outra explica o avan ada refere se relut ncia sentida pelos surdos em se juntar a
257. os n o significativo Por exemplo uma das psic logas refere em rela o ao uso da LGP n o uso muito a LGP porque quando eles est o integrados normalmente conseguimos comunicar sem utilizar a LGP quando est o numa turma de surdos t m int rprete eu pe o int rprete para a orienta o P2B Outra psic loga refere eu n o sei l ngua gestual portanto n o a posso usar P3S e ainda uma docente refere Eu uso portugu s gestual n o uso LGP P4S No que se refere subcategoria necessidade de forma o em orienta o vocacional h a real ar o facto de uma das docentes especializadas tamb m ter forma o na rea da psicologia pelo que existem 3 unidades de registo para o indicador sem forma o na rea vocacional e 5 unidades de registo para o indicador com forma o na rea vocacional Podemos assim inferir que prevalecem os inquiridos os com forma o nesta rea da orienta o vocacional A categoria percep o dos profissionais sobre os processos de orienta o vocacional apresenta 10 subcategorias tendo um total de 388 unidades de registo e sendo a que apresenta o maior n mero de unidades de registo deste tema assim como de todos os temas da an lise de conte do das entrevistas A subcategoria import ncia da orienta o vocacional referida somente por professores apresenta 8 unidades de registo organizadas em 2 indicadores Segundo uma das docentes a orienta o vocaci
258. os profissionais na orienta o vocacional no 3 CEB Nesse apoio investimento s o un nimes na diferencia o que deve ser feita da orienta o dos ouvintes na individualiza o dessa orienta o e na precocidade come ar no 8 ano Referem conjuntamente tamb m que a abordagem do tema das profiss es na disciplina da rea projecto ao que os alunos acrescentaram que deve ser mais eficiente Por seu lado os profissionais aditam a import ncia da mesma e a necessidade de ser trabalhada por uma equipa pluridisciplinar Assim podemos inferir que a orienta o vocacional no 3 CEB segundo os entrevistados dever ser diferenciada da dos ouvintes prolongada no tempo abordar mais em profundidade as Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 99 profiss es e ser trabalhada por uma equipa pluridisciplinar Acresce a necessidade de investir na forma o em LGP A necessidade de mais forma o sobre profiss es para al m do abordado na disciplina de rea projecto tamb m uma preocupa o de ambos os grupos Com efeito focam a necessidade de mais sa das de campo e a utiliza o de depoimentos hist rias de vida de profissionais surdos Neste t pico os profissionais acrescentam a necessidade de usar materiais visuais e enriquecimento de conte dos elucidativos das profiss es assim como trabalhar as quest es da cultura e identidade surda Quanto a n s e sendo s referido por uma profissional entrevist
259. os t m uma perspectiva cr tica sobre o processo de orienta o vocacional no 3 CEB e uma ideia clara sobre o que seria necess rio para melhorar essa orienta o Assim sugerem que a orienta o vocacional seja desenvolvida durante o 3 ciclo e n o apenas no 9 ano que seja levada a efeito individualmente para al m das reuni es de grupo e que haja uma maior diferencia o para os alunos surdos uma vez que os problemas desta popula o lhes conferem alguma especificidade no que respeita escolha do curso carreira A categoria dificuldades inerentes escolha vocacional dos alunos surdos apresenta 6 subcategorias sendo a que apresenta o maior n mero de unidades de registo deste tema assim como de todos os temas da an lise de conte do das entrevistas aos alunos A subcategoria mais referida pelos alunos a escolha condicionada pelo apoio na orienta o vocacional Desta subcategoria o indicador relativo ao descontentamento com a orienta o da psic loga foi o mais referido A este prop sito os alunos referem por exemplo A orienta o da psic loga n o foi boa Porque ela dizia um curso e outro curso e outro curso e quais as disciplinas que tinha mas ela n o me disse ao certo quais eram os objectivos e ent o eu n o percebia nada a psic loga parecia que tinha pressa n o deu toda a informa o necess ria A2 porque a psic loga ela s vezes n s come vamos a falar no tema da inform tic
260. os tamb m v o necessitar de definir metas e planos de concretiza o para poderem atingir cada uma das habilidades relacionadas com a auto consci ncia Jacoby 2005 refere que h mais uma quest o que tem muita pertin ncia como que os professores v o encontrar o tempo necess rio para a realiza o destas tarefas A autora responde dizendo que os professores devem utilizar de forma vantajosa o decorrer das suas aulas e dos seus curr culos disciplinares assim como em todas as actividades da escola para que possam abarcar as aprendizagens acad micas e o desenvolvimento das compet ncias para a transi o Basta fazer com que a aprendizagem e aplica o das compet ncias para a transi o sejam intencionais e explicit las aquando da explora o dos programas existentes para cada n vel de educa o demonstrando aos alunos que as capacidades que eles usam na escola para serem bem sucedidos s o as mesmas que eles v o necessitar para serem bem sucedidos na sua vida futura Os professores ao focarem explicitamente as compet ncias para a transi o podem fazer com que os alunos se consciencializem de que a escola importante para eles Com que frequ ncia os alunos perguntam por que que t m que aprender algo Quando a liga o entre a escola o trabalho e a comunidade est clarificada os alunos podem desenvolver um sentido cr tico em rela o a aquilo que est o aprendendo e como que isso se ajusta sua vida Po
261. outros apriorismos do investigador Van der Maren 1987 citado em Lessard H rbert 1994 67 Em suma estes autores consideram que a objectividade deve ser vista em fun o da fidelidade a capacidade de um procedimento de medida obter a mesma resposta independentemente do como e do quando da sua produ o e da validade definida em fun o da capacidade de um procedimento produzir a resposta correcta das suas observa es Este ltimo crit rio a validade prende se com a necessidade de fazer com que os dados correspondam quilo que pretendem representar de um modo verdadeiro e aut ntico Gauthier 1987 citado em Lessard H rbert 1994 68 ou seja a validade est intrinsecamente relacionada com o processo de codifica o e selec o da informa o A Fidelidade por sua vez conseguida atrav s da explicita o descritiva dos procedimentos da investiga o ou seja a fidelidade n o incide directamente sobre os Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 36 dados mas sim sobre as t cnicas e os instrumentos de medida Lessard H rbert 1994 O presente estudo tem um car cter explorat rio e descritivo Entende se como explorat rio na medida em que n o existem muitos estudos sobre esta problem tica pelo que a an lise e interpreta o de uma dada situa o poder o levar formula o de problemas mais precisos ou hip teses pesquis veis em estudos posteriores Entende se como
262. parados para fazer uma boa escolha da profiss o que realmente gostam A1 Bom eu queria dizer que os meus amigos eles influenciaram me Queriam que eu fosse para o mesmo grupo deles e para o mesmo urso deles que era artes E quando eu passasse para o 11 n o eu tava no 9 e aquela era a minha turma Desculpe enganei me Os meus amigos passaram para o 10 mas ele eram meus colegas do 9 e prepararam a matr cula e tavam a pensar se iam para a Ant nio Arroio ou para Carnide Encontramos todos e eles come aram a influenciar me a dizer que a Ant nio Arroio era muito boa que tudo era muito f cil mas s um amigo que anda aqui em Carnide que contou me que l era muito dif cil que aqui em Carnide os computadores era muito f cil e ele deu me h Ele disse que l o meu pensamento n o podia ser negativo Ent o eu fiquei muito aflito muito aflito n o me estava a sentir bem estava a ficar muito preocupado porque n o sabia para onde que havia de ir E os meus amigos enganaram me Eles disseram que as disciplinas eram muito dif ceis E fiquei aflito falei com a minha m e convers mos os dois a minha m e telefonou para a Quinta de Marrocos para falar com a Carmo que a professora coordenadora do ensino especial Tivemos uma reuni o convers mos e ela contou que as notas se calhar ia ser complicado ter notas positivas E ent o ela disse que o objectivo era ter notas positivas Ent o que eu n o podia t
263. percep es dos profissionais e dos alunos em rela o orienta o vocacional no 3 CEB as suas dificuldades encontradas e as propostas dos mesmos para a melhoria desse processo De seguida apresent mos as perspectivas dos alunos surdos sobre o mundo do trabalho e a forma como os profissionais equacionam a entrada destes alunos nesse mundo assim como os projectos de vida equacionados pelos alunos surdos e a forma como os profissionais os ajudaram a perspectiv los Considerou se importante nas conclus es estruturar um modelo de orienta o vocacional com o enfoque na forma o sobre as profiss es reas profissionais que fosse ao encontro do que foi alvitrado pelos profissionais e pelos alunos assim como alguns aspectos que emergiram a nossa pesquisa bibliogr fica Este modelo est delineado em tra os gerais e dever ser aprofundado para a realidade educacional de cada contexto educativo de acordo com as necessidades encontradas nos alunos surdos pelos profissionais que trabalham na rea Por ltimo sugerimos algumas propostas para posteriores estudos uma vez que o presente estudo se reveste de um car cter explorat rio e descritivo pelo que a an lise e interpreta o efectuada levou formula o de alguns problemas suscept veis de ser pesquisados em estudos posteriores Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 3 CAPT TULO I ENQUADRAMENTO TE RICO 1 Orienta o Vocacio
264. porque o que a psic loga dizia que devias ir para a Ant nio Arroio n o A1 Mas os meus amigos tamb m influenciavam a Ant nio Arroio melhor a Ant nio Arroio melhor Mas isso n o foram ideias boas JM Tu disseste que na disciplina de Franc s tu tiveste que fazer trabalhos sobre inform tica Mas lembraste de outras disciplinas A1 N o o trabalho da rea projecto era para decidir o tema era as profiss es H JM Qualquer trabalho Tu escolheste inform tica Mas eles fizeram isso era uma turma de surdos n o era A1 Sim uma turma de surdos JM Portanto cada aluno fazia um trabalho sobre uma profiss o A1 Sim JM Isso foi durante o ano todo na rea projecto A1 At ao 9 tamb m JM Tu fizeste s sobre uma profiss o n o fizeste mais A1 Sim s uma profiss o JM Durante 2 anos s fizeste sobre uma profiss o A1 Sim JM E durante esses 2 anos lembras te de outras coisas que falassem na rea Projecto sobre profiss es O que que falaram mais A1 Pode repetir se faz favor JM Que outras coisas falaram sobre profiss es na rea Projecto Lembras te A1 Lembro me A professora dava uma ficha a cada um da turma n s l amos e aquilo falava sobre as profiss es cozinheiro inform tica gest o de inform tica e n s escolh amos e v amos se era verdadeiro ou falso Tinha respostas adequadas s profiss es e n s faz amos assim os trabalhos JM Achas que est
265. presentam vantagens e desvantagens Neste caso a op o de coloca o em escolas de refer ncia onde se agrupam alunos surdos justificada com a possibilidade de apoio e presen a de falantes de l ngua gestual tem como condicionante negativa a significativa menor variedade de oferta de op es profissionais consequentemente acomoda o das diferentes voca es dos alunos Em rela o s fam lias os profissionais entrevistados salientam que estas n o d o apoio orienta o vocacional e que t m dificuldades em comunicar com os seus educandos Para al m disso consideram ainda que h fam lias Encarregados de Educa o com expectativas muito elevadas os quais pressionam o seu educando para que siga o mesmo percurso que um ouvinte Outras fam lias por excesso de protec o dificultam tamb m a orienta o vocacional Contrariamente os alunos referem que t m apoio de familiares e amigos no processo de escolha vocacional mas que necessitam de se sentir mais motivados por parte dos profissionais Os profissionais elegem a barreira da comunica o como o principal entrave dos alunos surdos no acesso informa o Se por um lado vai ditar o desconhecimento dos alunos sobre as profiss es sobre o vocabul rio Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 107 nomeadamente da rea profissional o que leva a uma restri o significativa na escolha de uma profiss o por outro leva ao desconhecimento
266. presentou 28 unidades de registo e 5 indicadores Destes destaca se a necessidade de os profissionais desenvolverem expectativas real sticas para os alunos surdos Uma professora a este respeito refere tem que se tratar as coisas com realismo criando neles suficientes expectativas para se desenvolverem mas n o expectativas que venham esmorecer depois uns anos mais tarde por n o poderem fazer esta ou Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 78 aquela profiss o P1B Uma psic loga relata que a maioria deles tinham expectativas muito irrealistas e depois havia um confronto com a realidade que geravam situa es muito complicadas para alguns deles e a t tulo de exemplo refere lembro me de um jovem surdo que queria ser cantor e achava que podia ser cantor era um aluno surdo profundo sem nenhuma oralidade e queria ser cantor P3B Por isso os profissionais consideram que os alunos surdos desconhecem as suas limita es dificuldades e que necess rio que se consciencialzem das suas limita es assim como das suas potencialidades profissionais Como sugere um dos entrevistados portanto a quest o profissional n o est logo ali ao virar da esquina n o Importa ir percebendo a rela o com as profiss es mas como n s formos percebendo forma o um X e pode dar acesso a N profiss es e N empregos P2S Por isso importante dar conhecimento aos alunos surdos d
267. profissionais nos alunos Indagar sobre as pr ticas dos profissionais Perscrutar quais as necessidades dos profissionais Indagar sobre o processo de transi o para a vida activa Designa o dos Blocos Objectivos Espec ficos Para um formul rio de Quest es 1 Bloco Legitima o da entrevista e motiva o da entrevistada e Identifica o do entrevistador e Informar dos objectivos da entrevista e Informar como se vai efectuar a recolha da informa o e Garantir a confidencialidade dos dados recolhidos e Motivar o entrevistado e Informar sobre o tema e os objectivos do trabalho a realizar e Explicar ao entrevistado a import ncia da sua colabora o para o estudo e Assegurar o anonimato das opini es e das informa es recolhidas fora do mbito acad mico e Pedir autoriza o para a grava o udio da entrevista 2 Bloco Experi ncia dos profissionais na rea da e Saber o n mero de alunos que apoia e Conhecer a experi ncia dos profissionais na rea da surdez e Indagar sobre a forma o na e Perguntar qual o n mero de alunos que apoia presentemente e Perguntar qual a experi ncia profissional na rea da surdez surdez rea vocacional e Auscultar sobre a forma o em L ngua Gestual Portuguesa LGP Perguntar o n mero de anos de servi o na escola Perguntar sobre a forma o espec fica na rea da ori
268. quero ir na mesma atr s do meu sonho vou para a faculdade de desporto vou tentar na mesma A5 Os alunos tamb m t m a percep o de dificuldades para os surdos em rela o a algumas profiss es Algumas coisas s o dif ceis para os surdos mas depende do que gostam de fazer A1 Em s ntese nesta categoria os alunos exprimem a necessidade de ter mais conhecimento sobre as profiss es da sua prefer ncia Esta necessidade Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 95 consequ ncia da inexist ncia de uma orienta o vocacional onde estes assuntos sejam abordados clarificados O des nimo destes alunos na prossecu o do seu sonho profissional claro no seu discurso os entraves apresentados v o desde a complexidade do curso do ensino secund rio s limita es dada a sua surdez ao exerc cio de uma determinada profiss o A categoria perspectiva o do projecto de vida a mais referida e inclui tr s subcategorias A aus ncia de apoio na formula o de um projecto de vida a subcategoria x que aparece em primeiro lugar Nesta o indicador relativo necessidade dos profissionais indagarem no 3 CEB quais as prefer ncias objectivos dos alunos referido por todos os alunos entrevistados A este prop sito os alunos referem podiam apoiar a pensar na decis o do aluno e depois encaminh los para ver qual o caminho que eles deviam seguir Eu acho que isso era a
269. r a tar confort veis tamb m nessas situa es mas nesta fase da juventude eu acho que deve ser um grande desconforto JM Em rela o portanto ao plano estrat gico ou forma como tem actuado com as turmas fizeram o mesmo programa esquematizaram datas para implementar transmitir determinados conte dos N o tem sido um trabalho mais da psicologia como que tem corrido P1B N o a orienta o vocacional que faz isso a n vel da psicologia que tem um programa que normalmente mostram no in cio do ano e com semanas onde est o l detalhadas visitas de estudo a vinda de formadores da APS que normalmente lhes v m falar da forma o profissional e tamb m do sucesso laboral dos surdos Eu acho que isso tamb m representativo para eles Este ano j falamos aqui tamb m numa turma que est ao n vel do s timo ano e tamb m na do oitavo em termos um semin rio com os profissionais surdos que temos no agrupamento que j s o muitos temos uma pessoa formada em contabilidade com o curso superior de contabilidade temos professores de EVT educadores de inf ncia professores de l ngua gestual portanto tamb m j com cursos superiores Mas temos as auxiliares de ac o educativa Temos mais o qu a n vel de surdos n o temos mais nada Mas pronto j come a a ser abrangente temos um professor de 1 Ciclo tamb m que uma pessoa surda Portanto criar expectativas das profiss es e da reali
270. ra os alunos surdos integrados em escolas regulares a fim de proporcionar lhes oportunidades de crescimento para a concretiza o dos objectivos delineados para as suas vidas Consideramos digno de registo que para o tema em estudo os resultados do estudo de Punch 2005 revestem se de mor import ncia uma vez que ficou demonstrado que uma interven o diferenciada nestes alunos minimizam e at corrigem os usuais atrasos que alguns estudos referem Desta forma os alunos surdos deste estudo estavam ao n vel dos seus pares ouvintes e em alguns itens at superaram nos itens do desenvolvimento da carreira 2 A Comunica o e a Socializa o dos Surdos 2 1 A Barreira da Comunica o e o Acesso Informa o dos Surdos Amaral 2009 refere a prop sito dos estudos de Vygotsky sobre o desenvolvimento cognitivo que as crian as surdas que n o possuem um sistema comunicativo apresentam limita es na forma o de pensamentos complexos e por consequ ncia no seu desenvolvimento intelectual global A t tulo de exemplo ainda em rela o aos estudos de Vygotsky a autora refere que as crian as surdas aprenderam sem muita dificuldade as palavras mesa cadeira sof etc mas o termo mob lia tornou se de grande dificuldade para ser assimilado Descobrimos que num certo n vel de desenvolvimento a crian a incapaz de passar verticalmente do significado de uma palavra para o de outra isto de entender as
271. ra representa os pap is inerentes situa o social vivida pelo indiv duo A segunda a dimens o temporal faz com que coincidam os est dios de crescimento explora o estabelecimento manuten o e decl nio com as fases da vida da inf ncia adolesc ncia idade adulta meia idade e velhice real ando as altera es e transi es que caracterizam geralmente o percurso da carreira de um indiv duo Desta forma pode haver concomitantemente os pap is de filho estudante sujeito de lazer cidad o trabalhador pai de fam lia As caracter sticas pessoais biol gicas e psicol gicas e as situacionais s cio econ micas e hist ricas s o factores determinantes Serafim 2001 Segundo Serafim 2001 a dimens o espacial tem por base o contexto isto uma mesma fun o ou tarefa pode ter significados diferentes para indiv duos que vivem em situa es diferentes uma vez que nem todos os papeis que cada indiv duo desempenha tem a mesma import ncia para este no entanto a estrutura total dessas fun es que constitui o padr o de carreira de cada um Esta autora acrescenta ainda que a dimens o temporal por sua vez faz com que essa configura o n o seja est tica uma vez que na fase do crescimento se ganham h bitos e atitudes que ser o teis no futuro Na fase de explora o o indiv duo confrontado com as tarefas de clarificar especificar implementar uma escolha profissional este o per odo consi
272. ram seleccionados tendo por base crit rios de escolha intencional sistematicamente utilizados com a finalidade de determinar as unidades da popula o que fazem parte da amostra Carmo e Ferreira 2008 215 Desta forma a nossa amostra n o representativa da popula o em estudo porque nem todos os indiv duos que a constituem t m a mesma probabilidade de serem inclu dos na amostra Carmo e Ferreira 2008 pelo que os dados e as conclus es deste estudo n o podem ser generalizados a outras situa es para al m do contexto em estudo Bogdan e Biklen 1994 Como em todas as amostras de conveni ncia foi necess rio definir crit rios de selec o dos participantes Para a selec o dos profissionais tivemos em conta os crit rios seguintes trabalhar em Escolas de Refer ncia para a Educa o Bilingue de Alunos Surdos na regi o de Lisboa trabalhar com alunos do 3 CEB ou do ES estar directamente ligado orienta o vocacional destes alunos Para seleccionar os alunos surdos consider mos como crit rio ser portador de surdez severa ou profunda e usar predominantemente a LGP frequentar o Ensino Secund rio em Escolas de Refer ncia para a Educa o Bilingue de Alunos Surdos na regi o de Lisboa tendo passado por um processo de orienta o vocacional no 3 CEB Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 38 Para preservar o anonimato aos profissionais e aos alunos entrevist
273. rdos encontram no meio ambiente mais barreiras que os ouvintes por exemplo em encontrar emprego n o t m tanto acesso n o h um grau t o grande de liberdade na escolha P2B uma outra professora refere um aluno que era muito inteligente surdo e que gostava imenso de ter seguido gest o hoteleira e depois n o conseguiu precisamente pela quest o da comunica o P4B Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 79 As expectativas irrealistas face ao mercado do trabalho v m no sentido das subcategorias anteriores mas p em a descoberto uma informa o relevante as falsas expectativas face s oportunidades laborais devem se a uma sobrevaloriza o das compet ncias dos alunos surdos ou a uma certifica o discrepante dos conhecimentos adquiridos A este prop sito a nica professora que despoletou esta subcategoria refere reduziam se imenso tamb m os programas as adapta es curriculares eram uma coisa extraordin ria e o aluno passava porque tinha correspondido quelas adapta es O que era preciso era adaptar at o aluno conseguir passar E portanto tivemos alunos que nunca deviam ter feito um 12 ano P1B Por isso a discrep ncia entre a certifica o e as expectativas dos alunos surdos pode ser a causa do desemprego como esta docente refere esses est o sobretudo desempregados ou est o com trabalhos para os quais n o tinham expectativas portanto com trabalhos que soc
274. recolhem e examinam as partes Desta forma um investigador que planeia elaborar uma teoria sobre o seu objecto de estudo a direc o desta s se come a a estabelecer ap s a recolha dos dados e o passar do tempo com os sujeitos Bogdan e Biklen 1994 50 Por ltimo estes autores consideram que o significado que os sujeitos atribuem a sua realidade de extrema relev ncia Deste modo o interesse dos investigadores recai essencialmente sobre a forma como cada indiv duo d significado s suas experi ncias quotidianas nas suas vidas pois ao apreender as perspectivas dos participantes a investiga o qualitativa faz luz sobre a din mica interna das situa es din mica esta que frequentemente invis vel para um observador exterior Bogdan e Biklen 1994 51 Segundo Lessard H rbert 1994 uma investiga o qualitativa deve obedecer a v rios crit rios de cientificidade Este autor define a objectividade segundo v rias perspectivas por um lado pode ser considerada como a constru o de um objecto cient fico que passa pelo confronto dos conhecimentos ou das ideias com o mundo emp rico e pelo consenso social Kirk e Miller 1986 citado em Lessard H rbert 1994 66 por outro lado a objectividade definida como a independ ncia do processo desde a determina o da problem tica at verifica o ou ac o equacionada no mbito dos pressupostos ideologias postulados orienta es te ricas e
275. refere uma docente esta uma abordagem necess ria especialmente com os surdos porque vivem num mundo de ouvintes e fundamental todo o tipo de informa o seja em rela o s profiss es seja em rela o a v rios comportamentos sociais sei l tudo isso fundamental que se tenha em mente que isso tem de ser veiculado aos surdos Sempre P4B No entanto um outro indicador remete nos para uma outra realidade escolar o apoio oferecido no 3 CEB resume se a um maior n mero de horas de apoio aos alunos surdos Esta quest o abordada por uma das entrevistadas psic loga a qual refere que aquilo que eu tenho consci ncia que a diferencia o se traduz em mais apoio horas de trabalho mais horas de apoio mais mais e mais tamb m n o sei se o caminho esse P2S ficando bem patente que a interven o n o deve resumir se ao aumento do n mero de horas de apoio Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 60 Reiterando esta posi o de necessidade de mudan a na interven o com os alunos surdos alguns dos inquiridos afirmam que a diferencia o que feita aos alunos surdos no 3 CEB consiste essencialmente no aligeiramento da avalia o Neste sentido uma psic loga refere o que eu sinto que muitas vezes o tipo de apoio que feito no 3 ciclo aligeirar os procedimentos de avalia o P2S Uma professora considera que h uma atitude paternalista
276. rem a import ncia da formula o de um projecto de vida Nascimento 2006 afirma que j na inf ncia s o delineados projectos de vida que com o crescimento e amadurecimento s o remodelados ajustados a novas realidades ou por Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 82 vezes postos completamente de parte perante uma evid ncia que inviabiliza tal projecto Para al m disso atrav s do projecto de vida que um indiv duo d a conhecer os seus planos os seus objectivos para ao futuro que profiss o deseja se quer casar ter filhos com a constru o do projecto de vida que os alunos surdos podem visualizar o seu futuro projectar as suas aspira es profissionais e pessoais sem ele de esperar que a motiva o e investimento na explora o de uma poss vel profiss o n o seja aliciante o que leva a um ciclo vicioso em que menos investimento leve a menos explora o e consequentemente a menores possibilidades de uma estrutura o consciente do seu futuro Por sua vez Marcelino 2009 considera que na adolesc ncia que s o feitas escolhas e se d in cio constru o de projectos onde o adolescente se projecta a si mesmo atrav s das suas qualidades e daquilo que deseja alcan ar Apraz referir que na aus ncia de tal projecto e como refere uma psic loga os alunos ficar o alienados a situados n o s vocacionalmente como tamb m a situados em rela o sociedade e ao mundo que os rodei
277. rerem saber o que que vais fazer onde que vais que para onde eu tamb m quero ir E sobretudo aquele que o l der o l der do grupo leva consigo tenta levar consigo os outros colegas Porqu Eu penso que isto faz parte qualquer jovem gosta de ser pretensa de um grupo gosta de se sentir bem eu penso que se eu fosse viver para a China eu tava sempre a procurar a comunidade portuguesa porque iria ter muita dificuldade em comunicar por muito simp ticos que os meus colegas fossem comigo eu teria com certeza dificuldades e sentir me ia um bocadinho parte Agora por isso mesmo a par da orienta o vocacional temos de ir trabalhando muitas outras coisas como a autonomia e tamb m o estar em qualquer local Por isso quase que os obrigo a ter terapia da fala at ao final do nono ano que eles n o querem essa disciplina no oitavo ano e n o querem mas porqu Por causa de continuem a falar por causa de continuarem a fazer uma boa leitura de fala que eles n o t m condi es para vocalizar para fazerem leitura de fala e perceberem os outros e poderem estar em qualquer lado H situa es em que n o t m int rprete e eu acho que tem de lhes ser proporcionadas tamb m s vezes essas situa es para eles se esfor arem porque a vida no futuro vai ser assim para eles Nai ser na vida profissional vai ser na vida familiar na vida social eles v o encontrar muitas situa es dessas t m que aprende
278. rie h uma surda Eu j vi duas os tr s vezes com ela e interessante s vezes e nestas alturas da adolesc ncia come am ali com problemas de auto estima Pois eu n o posso fazer isto eu n o posso fazer aquilo mas pronto a estamos n s para conversar e ir rebatendo 37 consciencializa o das limita es ao n vel da escolha profissional leva a que tenham uma baixa auto estima que deve ser trabalhada pelos t cnicos Agora o que eu disse aos meus alunos que uma surda muito culta que faz uma leitura labial t o extraordin ria que pode fazer interrogat rio aos presos porque pol cia de investiga o e chefe de equipa Ent o t m que ser muito bons No nosso pa s penso que ainda n o h essa possibilidade mas quem sabe se voc s demonstrarem que s o muito bons e que s o capazes um dia podem vir a ser Eu penso que preciso dizer que assim n o qualquer um Esta pol cia muito boa uma pessoa culta que tem um vocabul rio extraordin rio 38 A import ncia da consciencializa o por parte dos alunos de que quanto mais capacidades conhecimentos tiverem maior poder ser o sucesso profissional e se n o tivesse ali tamb m alguma limita o se mantiver com alguma limita o pode fazer um curso profissional pode ser sei l um assistente de um veterin rio pode vir a desempenhar um trabalho desses n o vejo porque n o
279. rios onde se desenrolam estes pap is Super Savickas amp Super 1996 citados em Serafim 2001 Super 1991 Segundo Serafim 2001 os principais pressupostos da teoria dos estilos de vida ao longo dos ciclos de vida Life Span Life Space s o as pessoas s o distintas no que concerne s suas capacidades necessidades e valores as prefer ncias profissionais de cada indiv duo evoluem ao longo do tempo de acordo com os est dios de crescimento explora o estabelecimento manuten o e desprendimento ou decl nio podendo o mesmo ciclo verificar se durante transi es de carreira ou de est dio a maturidade profissional indica o grau de desenvolvimento vocacional de um indiv duo que por sua vez depende das capacidades pessoais afectivas e cognitivos e das exig ncias da tarefa a desempenhar o desenvolvimento dos est gios faz se atrav s da matura o dos interesses capacidades compet ncias que deve ser feita da forma mais realista poss vel a par com o desenvolvimento do auto conceito J4 a ocupa o profissional a dimens o fundamental na organiza o da personalidade da maioria dos indiv duos Mais recentemente a teoria de Super denominada de teoria arco ris da carreira ao longo da vida The Life Carrer Rainbow Super 1991 p 51 porque Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 5 considera duas dimens es a do espa o e a do tempo A primei
280. rofissionais do secund rio referem as necessidades dificuldades encontradas com os alunos surdos 70 E feita a passagem de processos dos alunos entre os SPO s do 3 CEB e do secund rio 35 H necessidade de um programa de orienta o vocacional estruturado no 3 CEB 76 A psic loga que trabalha na escola em parceria ainda n o come ou a fazer orienta o vocacional 80 O programa de orienta o vocacional volunt rio para os alunos surdos 79 Usa o programa de orienta o da carreira dos ouvintes mas com adapta es para os surdos 57 No plano te rico o procedimento est estruturado 64 Recentemente a orienta o vocacional passou a ser da responsabilidade do SPO e do docente da educa o especial Reflex o sobre a oferta educativa da escola Necessidades especificidades no percurso escolar Desenvolvimento integral hol stico do aluno surdo Prepara o para a vida em sociedade Necessidades na autonomia e socializa o processo de orienta o vocacional responsabilidade do SPO 118 Necessidade de agrupar os alunos na mesma escola para formar uma turma 167 H dificuldades dos professores do regular em diferenciar estrat gias para os alunos surdos 62 Os professores perante a nova legisla o est o a repensar as adequa es curriculares e as propostas de forma o educativa a oferecer aos surdos 26 Os alunos surdos que concluem o 3 Ciclo com idade avan a
281. rso tecnologia dispon vel para esse Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 12 fim De referir que s uma pequena minoria 16 que frequenta unidades de educa o especial em escolas de ensino regular onde predomina a l ngua gestual Os alunos destas unidades assistem a aulas do ensino regular com um grau que se adequa necessidade de cada um As conclus es do estudo revelaram que a nica diferen a significativa encontrada entre o grupo de estudo e o grupo de ouvintes foi o conhecimento sobre o desenvolvimento da carreira em que os alunos surdos pontuaram acima do grupo dos ouvintes Na atitude sobre o desenvolvimento da carreira outro dos seis itens avaliados ao n vel da maturidade vocacional n o foram encontradas diferen as significativas Assim no grau de reflex o e planeamento sobre actividades do desenvolvimento da carreira o seu conhecimento e habilidade para encontrar e usar bons recursos para o planeamento da carreira deste grupo de alunos surdos est ao mesmo n vel dos seus pares ouvintes Desta forma o grau de conhecimento destes alunos surdos sobre o mundo do trabalho e a sua habilidade para aplicar princ pios e m todos de tomada de decis o na escolha da sua carreira excedeu a dos seus pares ouvintes desta amostra Punch 2005 Com os resultados desta investiga o a expectativa de que os alunos surdos pontuam abaixo dos seus pares ouvintes nos testes de maturidade vocacional
282. rt ncia de uma unidade de registo aumenta com a frequ ncia da apari o Bardin 2008 134 Para a categoriza o utilizaram se procedimentos indutivos ou abertos Bardin 1977 2008 Esteves 2006 pelo que as categorias emergiram do discurso dos entrevistados mas tendo como refer ncia os blocos tem ticos e os objectivos espec ficos do gui o Assim as unidades de registo foram transformadas em indicadores os quais sintetizavam a ideia chave da unidade de registo permitindo agrupar distinguir e comparar o discurso dos v rios entrevistados e ainda o discurso intra entrevistado Os indicadores foram depois agrupados em subcategorias e estas em categorias as quais foram inseridas nos temas que constavam no gui o das entrevistas Este processo foi seguido para a primeira entrevista e as categorias e subcategorias foram reformuladas pela introdu o dos indicadores decorrentes da an lise das entrevistas seguintes Esta reformula o foi realizada tantas vezes quantas as necess rias at se obter um quadro classificat rio que nos pareceu coerente com categorias homog neas e pertinente face aos objectivos do estudo Neste processo tivemos em conta os princ pios enunciados por Bardin 2008 para a categoriza o i a exaustividade porque foi tratado todo o corpus de an lise ii a homogeneidade porque procur mos criar categorias com a mesma dimens o de an lise iii a pertin ncia porque tivemos sempre como refer ncia
283. rtante que a orienta o vocacional comece 20 profissionais precoce da orienta o no 3 CEB o mais precocemente poss vel sobre os vocacional 12 A orienta o vocacional deve ser feita durante o 3 20 processos de CEB na rea projecto orienta o 83 As profiss es j est o a ser trabalhadas no 8 ano vocacional 124 A interven o que feita no 8 ano de 2 prepara o da orienta o vis vel na orienta o de 9 2 0 ano multidisciplinar para vocacional equipa multidisciplinar Necessidade de maior 17 H aspectos a melhorar na orienta o vocacional investimento dos 108 Os alunos surdos t m mais necessidades de 1 profissionais na orienta o apoio que um ouvinte sendo necess rio investir mais vocacional tempo na sua orienta o vocacional Necessidade de maior investimento dos alunos surdos na orienta o vocacional Necessidade de uma orienta o vocacional diferenciada da dos ouvintes 85 N mero de alunos surdos reduzido na orienta o vocacional comparado com os que s o eleg veis 40 S o os alunos surdos que j no mercado do trabalho fazem pesquisa de novas oportunidades de emprego hora semanal em grupo 55 H insufici ncias na orienta o vocacional dos 2 alunos surdos com agregados familiares pouco estimulantes 18 E necess rio mais tempo e dedica o na rea da 28 orienta o vocacional no 3 CEB 114 Os alunos surdos t m de se esfor
284. rte pronto n o Isto tudo o que preciso fazer Eu penso que preciso mais sa das na forma o profissional dos surdos Depois preciso a reflex o e s ntese na escola mas eu acho que eles ganhariam se a orienta o fosse quase toda exterior escola Independentemente que eu acho que sempre preciso fazer uma reflex o uma s ntese mas era preciso que os alunos estivessem mais fora visitassem mais coisas e n o sempre as mesma coisas porque eu acho que para os surdos s o sempre oferecidas as pinturas de azulejos as coisas que acham que s para surdos e eu acho que os surdos podiam fazer mais Ali s eles depois fazem porque depois andam na vida procura acabam por encontrar uma diversifica o muito maior de coisas de situa es profissionais depois s vezes s custas deles JM Voltando quase ao princ pio da entrevista que na forma o sobre as profiss es eles terem ainda talvez um leque mais abrangente talvez com mais imagens P1B Sim imagens vivenciadas e hoje em dia com a tecnologia at pode se sair um bocadinho menos quer dizer com filmes n s podemos quase estar l e ver e h s tios onde imposs vel ir n o N o podemos ir a todos os lados mas portanto proporcionar muitas situa es destas eu acho que fundamental Eles verem verem como se faz porque que se faz e o que que preciso um trabalho em que tem de haver muita conv
285. rupo de transmiss o da cultura e perten a que essencial para o seu bem estar identidade desenvolvimento integral cultura e identidade surda surdos ao n vel emocional a reduzida oferta educativa no secund rio necess rio trabalhar nos alunos surdos 37 consciencializa o das limita es ao n vel da escolha profissional leva a que tenham uma baixa auto estima que deve ser trabalhada pelos t cnicos Perspectiva o Expectativas irrealistas face 61 As falsas expectativas face s oportunidades 11 do mundo do ao mercado do trabalho laborais devem se a uma sobrevaloriza o das trabalho compet ncias dos alunos surdos ou a uma certifica o discrepante dos conhecimentos adquiridos 65 A discrep ncia entre a certifica o e as 3 expectativas dos alunos surdos pode ser a causa do desemprego Sensibiliza o da sociedade 187 Necessidade de sensibilizar a sociedade para a problem tica da surdez Barreiras percepcionadas 39 H algumas limita es que os leva a terem 12 pelos profissionais em dificuldades ao aceder a determinadas rela o aos alunos surdos profiss es reas profissionais FR in os ouvintes a encontrar emprego Capacita o dos alunos 38 A import ncia da consciencializa o por parte dos surdos na rea profissional alunos de que quanto mais capacidades conhecimentos tiverem maior poder ser O sucesso profissional 46 As capacidades de comunica o s o fundamentais para o sucesso
286. s adapta es curriculares eram uma coisa extraordin ria e o aluno passava porque tinha correspondido quelas adapta es O que era preciso era adaptar at o aluno conseguir passar E portanto tivemos alunos que nunca deviam ter feito um 12 pelo menos certificados com o 12 ano a esse n vel esses est o sobretudo desempregados ou est o com trabalhos para os quais n o tinham expectativas portanto com trabalhos que socialmente se calhar menos considerados e por isso n o tinham ao fazer o 12 ano tinham expectativas de outros tipos de trabalhos e que acabaram por como adultos por terem que aceitar Outros continuam a n o aceitar e est o desempregados E essa uma outra situa o que temos que lutar para acabar com ela porque eu recebi uma associa o que uma organiza o n o governamental que ajuda deficientes a entrar no mercado de trabalho e o que eles me diziam que com um surdo temos imensa dificuldade porque eles s o demasiado certificados para as compet ncias que t m Certificados quer dizer nonos anos certificado de 9 ano certificado de 12 ano e depois n o sabem responder ao inqu rito Pronto Claro que isto s o pequenas situa es mas isso tamb m tem a ver com a forma o vocacional JM Pois a falta de P1B Pronto O decreto lei 3 n o permite tanto estas situa es mas agora temos que pensar que tipo de adequa es curriculares que tipo de adapta
287. s aquilo que de facto t m apet ncias E eu acho que isso tem de ser mais trabalhado a n vel da forma o pessoal e social de cada aluno isso tem de ser ainda mais trabalhado para que eles se sintam bem se sintam estruturados para poderem escolher qualquer curso ou queiram experimentar porque o secund rio tamb m ainda uma base de experi ncia para alguns n o 21 H tend ncia para os alunos surdos optarem pela mesma escola secund ria em vez de optarem conscientemente por uma forma o Eu penso que por exemplo posso dar um exemplo que no ano passado um dos alunos que foi para a Verg lio Ferreira chorava que n o queria ir a m e veio falar comigo duas vezes porque ele queria ir com os colegas para Ant nio Arroio Era um aluno que n o tinha jeito nenhum nem sequer para o desenho quer dizer n o se via ali uma situa o que fosse positiva para ele ele faria um curso profissional faria alguma coisa mas de uma forma muito pobre quando ele poderia ir para um curso profissional de inform tica que era aquilo que ele de facto tinha jeito O que acontecia tinha que ir sozinho E ele chegou ao final do ano e chorava em casa andava mal disposto isso era um aluno j com 19 anos que n o queria ir o que que acontecia e tudo isso A m e estava quase a ceder porque via o seu filho infeliz e estava preocupada ent o o director de turma tamb m quis ceder e ent o reuni com eles e reuni com o alu
288. s alunos estes referem necessidade de mais forma o sobre profiss es no 3 CEB realiza o de visitas de estudo especialmente s escolas secund rias que a orienta o vocacional seja diferenciada da dos ouvintes mais eficiente e desenvolvida ao longo do 3 ciclo e individualmente A individualiza o pode ser abonat ria a este grupo devido sua heterogeneidade os alunos referem a necessidade dos profissionais no 3 CEB indagarem sobre as suas prefer ncias objectivos para depois poderem encaminh los Pelo que os profissionais Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 110 devem de ir ao encontro da especificidade de cada um tendo em conta que os problemas desta popula o no que respeita escolha do curso carreira Face s dificuldades sentidas pelos profissionais referidas na sec o anterior parece nos importante real ar algumas das propostas de melhoria dos profissionais Primeiramente quanto a n s consensual o facto de a orienta o vocacional iniciar se o mais precocemente poss vel pois haver mais tempo para trabalhar e consolidar o tema das profiss es assim como todas as restantes dimens es pessoais sociais e profissionais evitando o ciclo de desemprego ou emprego menos qualificado citado anteriormente assim como o facto de se utilizar testes da rea vocacional adaptados popula o surda portuguesa J no que toca s experi ncias profissionais ou pr profissionai
289. s dois surdos que s o surdos severos moderados temos um moderado e outro severo portanto n o tenho surdos profundos no nono ano este ano portanto o trabalho a ser feito ao n vel do oitavo ano JM Na sua opini o a forma o que dada aqui na escola o que que se pode portanto disse que j h e isso excelente diz que t o a trabalhar e o que que acha que isso pode fazer portanto no feedback que depois tem dos alunos que est o no nono ano e depois com as compet ncias que eles j priori adquiriram o que que se pode melhorar ainda P1B Melhorar muito melhorar muita coisa E vou falar especificamente dos alunos surdos Por um lado h duas escolas de refer ncia duas escolas secund rias de refer ncia para os surdos uma virada para as artes e a outra virada para outras compet ncias cient fico pedag gica ou mesmo humanidades ou mesmo cursos profissionais O que que acontece A popula o surda muito reduzida e eles t m muita tend ncia a defenderem se querendo estar juntos E muitas vezes eu sinto e uma luta que os alunos n o v o uns atr s dos outros e sim que sigam os seus impulsos aquilo para que de facto t m apet ncias E eu acho que isso tem de ser mais trabalhado a n vel da forma o pessoal e social de cada aluno isso tem de ser ainda mais trabalhado para que eles se sintam bem se sintam estruturados para poderem escolher qualquer curso Ou queiram experimentar porque o
290. s e de mais trabalho sist mico P3B Acresce ainda o facto salientado por alguns dos inquiridos de a orienta o vocacional dos alunos surdos corresponder a 1 hora semanal em grupo Por outro lado estas insufici ncias na orienta o vocacional agudizam se quando os agregados familiares dos alunos surdos s o pouco estimulantes Este indicador associado ao anterior refor a o facto de o apoio ser insuficiente sobretudo para os alunos de agregados familiares que n o estimulam os seus educandos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 52 Um outro indicador refere que s o os pr prios surdos que j no mercado do trabalho fazem pesquisa sobre novas oportunidades de emprego o que nos remete para a constata o de Punch 2005 relativa necessidade de estes alunos enveredarem de forma consciente na explora o e planeamento de uma carreira de forma a minimizar as suas desvantagens e evitar o ciclo de desemprego e emprego menos qualificado que caracteriza os seus percursos vocacionais Ainda a este prop sito as fases de crescimento e explora o referidas por Savickas 2002 poder o n o ter sido indagadas visto que os alunos surdos j no mercado do trabalho que fazem eles pr prios as suas explora es Teriam eles necessidade de fazer essa pesquisa se a escolha vocacional j estivesse cristalizada na fase da explora o vocacional A subcategoria menos referida foi a necessidade de maior invest
291. s estas revestem se de extrema import ncia uma vez que mesmo que os alunos fa am visitas de estudo aos locais de trabalho na nossa opini o s com a experimenta o que se pode consolidar toda uma pan plia de compet ncias necess rias para singrar no mundo do trabalho Aspectos t o simples como o cumprimento dos hor rios estabelecidos a realiza o das tarefas inerentes profiss o a rela o com os colegas de trabalho e com os superiores hier rquicos que dever o ser na sua esmagadora maioria ouvintes entre outros poder o ser reas problem ticas inesperadas Para tal propomos a cria o de parcerias com entidades laborais que viabilizem estas experi ncias de mor import ncia para a capacita o dos alunos No que concerne influ ncia do grupo de pares surdos somente uma professora referiu recorrer a contratos pedag gicos com os alunos para que eles compreendam a import ncia de uma escolha com base na sua prefer ncia e n o com base na escolha do grupo Parece nos uma boa estrat gia embora haja sempre a necessidade destes alunos de estarem com os seus pares como referimos um dilema multidimensional dif cil de contornar Reflectindo sobre estrat gias sugeridas pelos profissionais para contornar a barreira da comunica o estas fazem apelo experi ncia concreta procuram usar informa o visual testemunhos directos de adultos surdos o que se adequa a estes alunos porque invoca as capacidades que os
292. s surdos P1B Desta categoria sobressai do di logo dos entrevistados excep o de um a necessidade de operacionalizar um programa de orienta o vocacional no 3 CEB aos alunos surdos que seja da responsabilidade conjunta de uma equipa pluridisciplinar Evidencia se novamente a preocupa o dos profissionais no que se refere pouca oferta educativa aos alunos que na opini o deles deve ser repensada a par com as adequa es no processo de ensino aprendizagem luz da nova legisla o DL n 3 2008 No c mputo geral o tema da orienta o vocacional no 3 CEB traz luz dos factos v rios aspectos que consideramos dignos de refer ncia Primeiramente o dom nio compet ncia em LGP referido pelos entrevistados professores e psic logos e considerado uma necessidade de forma o para trabalhar com este grupo espec fico de alunos mas tamb m uma necessidade das fam lias N o obstante os profissionais entrevistados t m uma vis o clara de que os alunos necessitam de interlocutores significativos que dominem a LG para ter acesso informa o Est o conscientes da necessidade de mais sa das de campo para que os alunos observem in loco o exerc cio dessa profiss o No caso de impossibilidade prop em o recurso a v deos alusivos a essas profiss es ou ainda recorrer narrativa por parte de profissionais surdos do seu percurso escolar e profissional onde os obst culos encontrados e a sua supera o
293. scolhido outro curso mas vi que s o muito complicados A2 e outro ainda elucida Porque eu gosto Eu amo este curso h muitos anos que eu gostava disto N o bem a arquitectura eu gosto mais do desenho A4 Importante real ar que embora os alunos refiram que a escolha Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 85 vai ao encontro dos seus interesses existe alguma contradi o no seu discurso uma vez que em simult neo admitem que essa op o foi tamb m devida ao grau de dificuldade de outros cursos que os levou a optar por uma segunda op o Na subcategoria escolha pelo estatuto da profiss o com 2 indicadores os alunos referem que escolheram a profiss o com base na remunera o e ou nas regalias contrapartidas dessa profiss o que antev em Inform tica isso uma profiss o do futuro tamb m ganham bem h muitos engenheiros e que ganham bem engenheiros inform ticos e que ganham bem E eu pensei e fiquei muito interessado O mesmo aluno explica mais frente eu vi que o meu interesse tamb m era com os computadores h eu queria ser rico ser rico para ter uma casa e n o fazer nada e viajar A1 Outro aluno refere Por exemplo um t cnico de inform tica ganha bem A2 Em s ntese a maioria dos jovens surdos entrevistados afirma ter escolhido o curso do ES profiss o por gosto pessoal No entanto admitem que os outros cursos lhes parec
294. scultar sobre a prepara o para a transi o para a vida activa dos alunos surdos Perguntar qual a prepara o que feita para a transi o para a vida activa dos alunos surdos ANEXO III GUI O DA ENTREVISTA AOS ALUNOS Gui o de Entrevista aos Alunos Tema Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P blico alvo Alunos Surdos a frequentar o ensino secund rio Objectivos Recolher informa o sobre as escolhas realizadas pelo a aluno a no final do 3 Ciclo Inquirir sobre a forma como o a aluno a fez essa escolha Saber que informa o teve acesso sobre profiss es Perceber se o aluno a teve forma o vocacional no 3 Ciclo Indagar sobre a exist ncia de apoio por parte dos profissionais da escola de 3 Ciclo no processo de op o Conhecer a opini o dos alunos em rela o ao apoio fornecido pela escola de 3 Ciclo Identificar os principais factores que condicionaram as op es tomadas Conhecer as expectativas dos alunos em rela o ao futuro Designa o dos Blocos Objectivos Espec ficos Para um formul rio de Quest es 1 Bloco e Identifica o do entrevistador As quest es ser o e Informar dos objectivos da efectuadas por um entrevista int rprete e gravadas n E e Informar como se vai efectuar e motiva o do e Garantir a confidencialidade entrevistado dos dados recolhidos e Em LGP dizer o e Motivar o entrevistado
295. secund rias portanto deste trabalho ainda nas escolas secund rias Portanto para al m deste trabalho que preciso fazer aqui preciso tamb m o apoio logo no primeiro ano no 10 ano aos alunos Perceberem se eles est o bem se ser de continuar se ser de mudar N o sei como que eles fazem sei que h alguns alunos que voltam atr s e que desistem dos cursos Sim eu acho que importante n s n o podemos nos dispersar muito temos um b sico pela frente e com o pr escolar portanto temos imensas n o nos podemos dispersar mas n o pronto acabou aqui a nossa tarefa H que continuar a articular pelo menos que os colegas do secund rio nos percebam e saibam qual foi o nosso trabalho at o nono ano para poderem dar continuidade Tem de haver continuidade de orienta o vocacional no 10 ano 68 necess rio que haja continuidade no Secund rio da orienta o vocacional que feita no 3 Ciclo Mas isso passa isso n o est referido passagem de caso Mas isso passado h sempre o encontro do professor de educa o especial desta escola com o que vai acompanhar a seguir 69 feita a passagem de caso entre o docente do 3 Ciclo e o do Secund rio Tamb m h o SPO tamb m faz assim N s passamos o aluno passamos o processo passamos a sua problem tica as suas expectativas passamo las 70 feita passagem de caso entre S
296. secund rio tamb m ainda uma base de experi ncia para alguns n o E possam desistir e trocar de curso no 10 ano que isso n o mal nenhum na vida N o se perde um ano ganha se ganha se a experi ncia de um ano mas para isso tem que haver mais tempo Mais tempo mais dedica o a esta rea Por isso assim uma hora por semana de orienta o vocacional muito pouco para os surdos e tem de ser um trabalho mais multidisciplinar e feito com outros professores que n o s a psic loga do SPO e n o s o professor de educa o especial Apesar de que o professor de educa o especial nestes ltimos anos j pode dedicar se mais a esse tipo de situa es mas tem que ser abrangente tem que ser mais multidisciplinar esta preocupa o Eu penso que por exemplo posso dar um exemplo que no ano passado um dos alunos que foi para a Verg lio Ferreira chorava que n o queria ir a m e veio falar comigo duas vezes porque ele queria ir com os colegas para Ant nio Arroio Era um aluno que n o tinha jeito nenhum Jeito nenhum Nem sequer para o desenho quer dizer n o se via ali uma situa o que fosse positiva para ele ele faria um curso profissional faria alguma coisa mas de uma forma muito pobre quando ele poderia ir para um curso profissional de inform tica que era aquilo que ele de facto tinha jeito O que que acontecia tinha que ir sozinho ZE ele chegou ao final do ano e chorava em casa andava maldisposto
297. sobre o mesmo Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 113 No que respeita ao projecto de vida os profissionais consideram que este por vezes inexistente devido a n o haver planeamento do mesmo por parte dos alunos por falta de motiva o e investimento o que preocupa os profissionais Consideram que o projecto de vida deve ser feito a par com a orienta o vocacional para que os alunos percebam a necessidade de pensar no futuro Perante este quadro somos da opini o que o desenvolvimento da autonomia e capacidade para fazer escolhas e tomar decis es dos alunos est aqu m daquilo que ser desej vel Se comparamos os alunos surdos com os seus pares ouvintes ser o os primeiros t o diferentes dos seus pares ouvintes da mesma idade Ou ser o id nticas Estas quest es surgem ap s a an lise de conte do das entrevistas pelo que n o temos a percep o dos profissionais entrevistados Em rela o ao projecto de vida da an lise de conte do das entrevistas n o avan adas propostas para a minimiza o desta situa o ou seja o que que a escola est a fazer ou pode fazer para alterar esta situa o S o propostas actividades que visem experi ncias profissionais ou pr profissionais ou s o dinamizadas sess es que individuais em grupo que se aborde o planeamento de um projecto de vida e a import ncia deste Consideramos ser necess ria mais investiga o nesta rea em estudos posteriores
298. sos limitam tamb m as escolhas destes alunos Por sua vez a press o dos pares faz se sentir com alguma acuidade agravada pelo facto de os pares surdos serem os interlocutores sociais de prefer ncia devido l ngua comum Neste sentido a escolha de um curso que seja leccionado numa escola em que n o existam outros surdos implicar for osamente o surgimento de barreiras comunicativas e em consequ ncia alguma solid o Mas os estudantes n o identificam apenas problemas referindo tamb m aspectos positivos da orienta o vocacional Nesta categoria surge nos assim o apoio por parte da EB23 subcategoria na qual o apoio do professor da educa o especial especialmente mencionado A este prop sito refere um aluno E mais importante foi que a professora do ensino especial a professora M M ajudou me imenso ela salvou me ela ajudou me a procurar e agora estou muito satisfeito A1 Alguns alunos mencionam ainda o apoio do director de turma Para al m destes apoios os estudantes referem tamb m o apoio por parte dos colegas surdos salientando a entreajuda entre colegas surdos e o apoio do grupo de pares surdos para superar as dificuldades A este prop sito um dos alunos refere quando eu tenho d vidas a A ajuda me toda a gente me ajuda aqui estou muito contente sinto me muito bem A1 Concluindo a apresenta o deste tema parece nos importante sublinhar a consci ncia que os jovens surdos t m das di
299. ssos de evolu o dentro da profiss o escolhida Estrutura um projecto de vida cabal e congruente com o seu estilo de vida e objectivos com a profiss o escolhida revendo se nele Compara o estilo de vida pretendido com o sal rio m dio auferido e faz os ajustes apropriados Actualiza o seu curr culo vitae Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 118 Em estudos posteriores consideramos que seria tamb m importante indagar sobre algumas hip teses que surgiram deste estudo tais como o facto de se iniciar mais cedo a orienta o vocacional resultar numa melhor prepara o e maturidade dos alunos para realizarem op es vocacionais no final do 3 ciclo Embora n o sendo uma hip tese levantada neste estudo as limita es das ofertas educativas do ensino secund rio s o um tema que poderia integrar futuros estudos sobre orienta o vocacional a realizar no futuro Consideramos tamb m importante um estudo comparativo em ao desenvolvimento da autonomia e capacidade para fazer escolhas e tomada de decis o dos alunos surdos e dos seus pares ouvintes da mesma idade pois n o foi poss vel neste estudo fazer qualquer compara o sobre esta mat ria assim como propostas para a minimiza o desta situa o ou seja o que que a escola est a fazer para promover o desenvolvimento da autonomia e capacidade de realiza o de escolhas seria outro tema para futuros estudos Um outro e
300. stia na escolha da mesma escola para a forma o de uma turma de surdos Quanto a n s v rias quest es se levantam se depois de todo o investimento nesta rea da orienta o Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 105 vocacional n o respeitada a escolha vocacional do aluno n o haver necessidade de reflectir urgentemente esta quest o Como poderemos contrariar esta situa o Estes profissionais aditaram ainda que o apoio que oferecido no 3 CEB aos alunos surdos se resume a mais horas de apoio e que a diferencia o curricular consiste essencialmente em aligeirar a avalia o da considerarem que os professores t m uma atitude paternalista o que cria nos alunos uma cultura de facilitismo Em s ntese na perspectiva dos profissionais inquiridos a orienta o vocacional importante deve iniciar se precocemente com maior investimento da sua parte mas h que ter em conta algumas condi es espec ficas A aprecia o que fazem das condi es e dos resultados do seu trabalho transmite uma imagem algo pessimista de insatisfa o Face ao exposto a imagem menos positiva sobre os resultados da orienta o vocacional no 3 ciclo que os profissionais respons veis d o a entender corroborada pelos seus colegas do ensino secund rio que consideram que os alunos chegam mal orientados vocacionalmente a este n vel de ensino No que concerne ao modelo de orienta o vocacional qu
301. studo de extrema relev ncia mas que provavelmente ser tema para uma tese de doutoramento na rea da psicologia educacional prende se com o facto de aferir as baterias de testes vocacionais popula o surda portuguesa Somos da opini o face ao exposto que a forma como a orienta o vocacional dos alunos surdos est a ser levada a cabo nas Escolas Refer ncia da regi o de Lisboa carece de alguns ajustes O presente estudo sendo de caris explorat rio trouxe luz da raz o alguns factos no que concerne a algumas estrat gias sugeridas pelos profissionais e os pr prios alunos entrevistados assim como alguns adiantamentos consideradas por n s relevantes Explor mos os objectivos deste estudo tentando encontrar poss veis solu es para algumas situa es mas como qualquer investiga o levantando algumas hip teses para futuros estudos O programa proposto visa dar o mote de sa da para um poss vel programa de orienta o vocacional para este grupo espec fico de alunos n o tendo a inten o de ser exaustivo Pretendemos sim sugerir aos profissionais que trabalham na rea que com a sua experiencia e em equipa multidisciplinar que modelem um programa que mais se adeque s dimens es consideradas deficit rias do grupo de alunos que frequentam o seu estabelecimento de ensino para que num futuro pr ximo possa contribuir para uma maior aproxima o destes jovens ao mundo do trabalho e para uma escolha vocacional mais in
302. suas rela es de generalidade Amaral 2006 p 110 Consequentemente o processo de generaliza o de forma o de conceitos n o assimilado por grande parte das crian as surdas a palavra n o um s mbolo directo de um conceito mas sim uma imagem uma figura um p lido esbo o de um conceito trata se portanto de um est dio primitivo anterior ao desenvolvimento do significado das palavras no caso da crian a surda sem linguagem todos os seus conceitos est o ao mesmo n vel referindo se directamente a objectos Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 14 que s o delimitados entre si tal como os pr prios objectos s o delimitados Amaral 2006 p 110 A autora no desenvolvimento deste tema conclui que quando os surdos n o t m acesso linguagem o seu desenvolvimento cognitivo apresenta se a um n vel que n o ultrapassa o das opera es mentais mais elementares No entanto quando os surdos t m acesso l ngua gestual os resultados obtidos s o superiores s expectativas muitas vezes tidas em rela o a estas crian as e que o meio ambiente desempenha um papel muito importante na estimula o para aquisi o de compet ncias importante aqui referir que para os Surdos e segundo Jokinen 2006 atrav s da estrutura de uma l ngua que um indiv duo adquire a cultura assim como o respectivo sistema de s mbolos a ela inerentes na ptica de uma estrutura lingu
303. suficientes A capacidade de oralizar em situa es do quotidiano onde n o h int rprete foi tamb m referida para o sucesso da integra o destes alunos numa sociedade ouvinte Para tal consideram importante recorrer terapia da fala para a capacita o dos alunos A maturidade dos alunos segundo estes profissionais tamb m est aqu m daquilo que exigido no secund rio e futuramente em sociedade Apontam um auto conceito pouco consolidado n o sendo abonat rio por considerarem que estes alunos t m de ser resilientes para superar os desafios inerentes surdez Em rela o auto estima referem ser baixa essencialmente devido consciencializa o de que a sua escolha profissional limitada pela sua surdez levando os a reagir exteriorizando em forma de zanga ou aceitando passivamente No entanto os mesmos profissionais t m uma concep o clara dos problemas que os alunos t m de enfrentar e mostram admira o pela forma como alguns deles lidam com a sua diferen a e enfrentam o mundo ouvinte Por ltimo a cultura e a identidade surda referida como sendo importante para o desenvolvimento hol stico do aluno surdo no que concerne descoberta e compreens o do seu lugar em sociedade Dentro do tema prepara o para a vida em sociedade emerge tamb m a categoria perspectiva o do mundo do trabalho com 95 unidades de registo e 5 subcategorias A mais referida cria o de expectativas realistas a
304. surdo sempre prejudicado Conclui se que uma vez que n o tendo a certeza de que os surdos compreendem as instru es dif cil tirar ela es com base nos resultados obtidos reiterando a necessidade de um examinador fluente em l ngua gestual e conhecedor dos aspectos comunicativo cultural e social da comunidade surda uma condi o que raramente satisfeita Transpondo para o objecto de estudo desta tese estes condicionamentos traduzir se o na falta de informa o relevante sobre as profiss es e sobre o mundo do trabalho no que concerne avalia o consciente e realista das suas capacidades e interesses levando a que a formula o de uma escolha vocacional seja menos informada e consequentemente a um desempenho profissional futuro condicionado e aqu m daquilo que noutro cen rio iria ao encontro das expectativas profissionais do aluno Podemos concluir que o acesso linguagem e consequentemente o acesso informa o sobre o mundo em geral ir condicionar a tomada de decis o sobre o seu futuro no que se refere ao percurso vocacional do Surdo assim como ao seu projecto de vida Como consequ ncia a realiza o de uma escolha consciente e informada tomando em linha de conta as suas capacidades habilidades e limita es assim como a um conjunto consideravelmente amplo de especificidades no que concerne s diferentes profiss es ir o condicionar uma escolha vocacional consciente e bem formulada 2 2
305. surdos dominam s o formas de transmitir informa o que lhes mais acess vel e trata se de informa o mais concreta opera es concretas n o opera es formais adequa o em termos desenvolvimentais No entanto em rela o ao programa de orienta o vocacional sugerido s referem que deve ser sistem tico e mais prolongado no tempo n o referindo que temas t picos deveriam ser abordados Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 111 Concordamos em absoluto com os profissionais quando referem que a autonomia a socializa o e a maturidade devem ser aumentadas destes alunos pois sem estas dimens es trabalhadas n o ser poss vel implementar eficazmente quaisquer experiencias profissionalizantes nem prepar los para a vida em sociedade Quanto a n s o papel das fam lias em todo o processo de orienta o vocacional determinante Das entrevistas a estes profissionais est patente o facto de os familiares n o serem colaborativos Afigura se nos importante que haja a par da interven o nos alunos uma abordagem aos respectivos familiares de forma e elucid los e co responsabiliz los uma vez que estes devem ser um aliado incondicional no processo de orienta o vocacional dos seus educandos Apraz referir que no que toca s limita es inerentes oferta formativa e escassez de estruturas de apoio do ES nenhuma sugest o foi avan ada No entanto estamos conscientes que este
306. surdos n o t m conhecimentos sobre profiss es 137 A escolha do curso secund rio dos alunos surdos pouco informada 185 Os alunos surdos necessitam ter mais compet ncias sociais 160 Os alunos surdos acabam o 3 CEB com poucas compet ncias para lidar com o secund rio 139 A orienta o vocacional no 3 CEB deve ser mais sistem tica 140 A orienta o vocacional no 3 CEB deve ser mais Necessidades emergentes de orienta o vocacional Estrat gias de remedia o dos profissionais no secund rio Falta de articula o entre n veis de ensino Reuni o entre os profissionais para encaminhamento dos alunos que transitam de escola Necessidade de operacionalizar um programa de orienta o vocacional Co responsabiliza o interprofissional prolongada no tempo 141 E feito um trabalho de orienta o vocacional no secund rio 153 S o utilizadas estrat gias para que os alunos ganhem autonomia 68 E necess rio que a continuidade no secund rio da orienta o vocacional que feita no 3 CEB 3 Desconhecimento sobre o que feito ao n vel da orienta o vocacional no outro n vel de ensino 143 Tem de haver mais articula o entre o 3 CEB e o secund rio 144 E necess rio que haja articula o na orienta o vocacional do 3 CEB e do secund rio 69 E feita a passagem de processos dos alunos entre o docente do 3 CEB e o do secund rio 115 Os p
307. t m essa profiss o contaram me como que e que gostam muito E ent o a minha decis o foi um dia fiquei com a minha professora do ensino especial foi Escola Ant nio Arroio fazer uma visita de estudo aquilo uma escola de artes mas quer dizer eu n o gosto nada de artes eu n o gosto de fazer desenhos n o gosto disso E ent o os meus colegas tentaram influenciar me a Ant nio Arroio bom A Ant nio Arroio bom Porque eu tenho colegas l E para os surdos f cil s desenhar E n o t m que desenhar muito Mas eu pensei eu n o quero ser influenciado O que eu quero mesmo decidir sozinho e ver quais s o mesmo os meus objectivos Quero fazer a minha escolha Ent o se eu conseguisse entrar para um curso de inform tica eu gostava mas artes n o bom Ent o n o quero mesmo Vou seguir os meus objectivos e vou para inform tica Falei com os meus colegas falei com o meu director de turma agora com a minha professora do ensino especial vieram aqui escola vieram aqui a Carnide viemos fazer uma visita de estudo conheci a escola e fiquei muito admirado vi quais s o os cursos que h os v rios cursos disseram que tamb m havia inform tica e eu fiquei muito espantado Tamb m tinha matem tica mas eu tamb m tenho interesse fui para casa pensar e prepara a minha escolha e escolhi mesmo inform tica JM Isso em que ano que foi A1 Foi no ano passado JM Foi s no 9 ano A1 Sim no 9
308. t ncia havia ainda muito trabalho a fazer e que se calhar deveria ser feito com maior anteced ncia P3B No que se refere ao segundo indicador relativo possibilidade de trabalhar a orienta o vocacional durante o 3 CEB na rea projecto importante aqui relembrar Jacoby 2005 que refere que se deve come ar no jardim de inf ncia a trabalhar estas quest es sempre de forma transversal uma vez que os alunos surdos t m de entender os seus pr prios interesses habilidades necessidades para mais tarde atrav s de oportunidades de auto explora o perceberem qual o papel que querem desempenhar na sociedade Neste sentido o indicador que refere que as profiss es devem ser trabalhadas na rea projecto torna se redutor J no que se refere s profiss es serem trabalhadas no 8 ano de forma que essa interven o de prepara o da orienta o seja vis vel na orienta o de 9 ano referido pela mesma psic loga levanta se uma quest o e se as profiss es fossem trabalhadas no jardim de inf ncia como defende Jacoby Qual era a visibilidade desta interven o no 9 ano A necessidade de equipa multidisciplinar para orienta o vocacional uma subcategoria pouco referida na qual h a real ar a constata o por 3 dos entrevistados que a orienta o vocacional deve ser um trabalho de equipa multidisciplinar Como sublinha uma professora o tempo de orienta o vocacional muito pouco para os sur
309. ta o nas reas pessoal e social vocacional 96 H parcerias na rea da orienta o vocacional 3 que terminaram a 51 H receios incertezas em rela o continuidade 2 8 11 6 ns Escolha condicionada pela 82 O acesso informa o dos alunos surdos 2 falta de informa o condicionado pela barreira da comunica o E E 7 EE Po Transi o dos alunos surdos para o secund rio Necessidade de dom nio da LGP Aprofundar conhecimentos no ensino dos surdos Perspectiva dos profissionais do secund rio sobre a orienta o vocacional do 3 CEB da psic loga da APS na escola dado que a parceria pode acabar 49 N o forma o dos psic logos que fazem orienta o vocacional dos alunos surdos em LGP 77 Dificuldades no dom nio da LGP 78 E importante saber LGP 106 Uso da int rprete para explicar conceitos 2 N o sou fluente em LGP 71 Falta de interesse por parte da psic loga do SPO da escola pela rea da surdez necessitando de especializar se mais 53 H necessidade de pesquisar mais sobre o ensino dos alunos surdos 184 E importante que quem trabalha com os surdos conhe a a sua cultura 54 H necessidade de na forma o especializada serem veiculadas mais estrat gias para o ensino dos surdos 149 Os alunos v m mal orientados vocacionalmente quando chegam ao secund rio n o tendo o mesmo grau de desenvolvimento que um ouvinte 136 Os alunos
310. tam antes de mais de boas bases acad micas Necessitam de desenvolver t cnicas de aprendizagem para usar durante toda a sua vida para aceder e usar novos conhecimentos que chegam at n s num mundo sempre em mudan a Nestas t cnicas est o inclu das capacidades de comunicar de pensar de resolu o de problemas de interac o interpessoal e de auto determina o Por ltimo mas n o menos importante proporcionar oportunidades para aprender e praticar estas capacidades e ver como os outros as aplicam Uma outra quest o colocada pela autora como que eu aprendo o que eu necessito saber Ou seja onde posso obter essa informa o Aqui podemos levantar uma outra quest o como que as escolas preparam os alunos surdos ou com problemas de audi o para a transi o que vai depender da capacidade de pensar e na habilidade em aplicar o que eles aprenderam na escola em novos ambientes e em constante evolu o A autora considera que as escolas devem ter aqui um papel dianteiro em assegurar que os alunos desenvolvam o seu auto conhecimento e a sua auto determina o uma vez que os alunos necessitam de explorar definir e planear o seu pr prio futuro para tal eles necessitam conhecer as suas capacidades habilidades e desejos que a base do seu projecto de vida e do seu desenvolvimento futuro Jacoby 2005 A quest o como que os professores poder o preparar os alunos A autora considera que s poss vel a escol
311. testes outros n o mas em geral por mais que sejam sofisticados os testes os surdos n o conseguem saber o que lhes exigido atrav s do teste especial a que s o submetidos normalmente est o perplexos e o examinador de certa forma obrigado a exprimir aquilo que tem de ser feito sem insinuar nada sobre a forma de o conseguir p 58 O cerne da quest o aqui reside no facto de que este procedimento confuso para os surdos e a esmagadora maioria das vezes eles n o compreendem o que pedido levando a que os resultados sejam enviesados sem qualquer significado Como tamb m refere Amaral 2009 esta situa o levou a que alguns resultados se tornassem descontextualizados destitu dos de valor cient fico e extremamente limitativos p 124 Acresce ainda segundo Lane 1992 que alguns especialistas acham que o dif cil grupo de clientes surdos exclu do devido ao duplo problema do desconhecimento dos testes e da incapacidade do examinador em comunicar as instru es para a realiza o do teste Sentindo se encurralado o examinador que normalmente n o conhece a l ngua gestual recorre a uma pantomima Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 16 ad hoc para exprimir o que a crian a ou adulto surdo tem de fazer com o teste que tem sua frente p 58 Este autor da opini o que face a um psic logo ouvinte que n o sabe l ngua gestual sem ter um int rprete o cliente
312. trabalho de grupo da rea projecto ela teve algumas ideias e ajudou me a escolher uma profiss o e fizemos um trabalho sobre esse tema e eu escolhi inform tica A1 A este prop sito como vimos antes Punch 2005 alerta para a import ncia do desenvolvimento da maturidade vocacional e o desenvolvimento de compet ncias e atitudes para a explora o da carreira dos adolescentes surdos uma vez que as dificuldades de comunica o associadas a barreiras ambientais e atitudinais podem constituir potenciais obst culos em atingir os resultados pretendidos tanto ao n vel educacional como ao n vel profissional O autor considera importante que estes alunos enveredem na explora o e planeamento de uma carreira de forma ponderada e consciente minimizando estas potenciais desvantagens e evitando o ciclo de desemprego e emprego menos qualificado que caracteriza os percursos vocacionais de muitos destes indiv duos A subcategoria necessidade de uma orienta o vocacional diferenciada e mais eficiente refere outros aspectos que os alunos consideram que devem ser repensados O indicador relativo necessidade de individualizar as sess es de orienta o um exemplo disso sendo o mais referido pelos jovens Um dos alunos refere por exemplo a psic loga tamb m faz entrevistas de grupo e influencia todos E ent o devia fazer tamb m algumas entrevistas individuais normalmente a psic loga faz entrevistas de grupo por exemplo a 4 al
313. tu dos por diferentes blocos No que concerne ao primeiro bloco este id ntico nos dois gui es constitu do pela legitima o da entrevista e a motiva o do entrevistado Para a entrevista aos profissionais o segundo bloco constitu do pela indaga o sobre a sua experi ncia na rea da surdez o terceiro bloco incide sobre a forma o e orienta o vocacional que veiculada aos alunos surdos no final do 3 ciclo e as necessidades dos alunos e dos profissionais Por ltimo um quarto bloco debru a se sobre a prepara o para a transi o para a vida activa dos alunos surdos No que concerne ao gui o dos alunos surdos o segundo bloco constitu do pela recolha de informa o sobre a forma o vocacional no 3 ciclo e a raz o da escolha vocacional do aluno e no terceiro bloco sobre o apoio dos profissionais aos alunos no 3 ciclo e a opini o dos alunos sobre o mesmo O quarto bloco incide sobre a prepara o para a vida em sociedade Estas entrevistas foram efectuadas na presen a de um int rprete de l ngua gestual portuguesa que fez a tradu o e interpreta o em simult neo As entrevistas foram gravadas em v deo ap s autoriza o dos alunos e encarregados de educa o Anexo e posteriormente transcritas Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 42 As entrevistas foram realizadas durante o ano lectivo de 2009 10 aos profissionais e aos alunos nas escolas onde os professores e
314. tudar todos os dias e tenho exames Ent o eu mudei para este curso e decidi experimentar A2 Noutras situa es a mudan a de curso ocorreu por sugest o da escola como explica este estudante quando a minha m e foi fazer a matr cula entregou e escolheu o curso de ci ncias Mas a senhora da escola telefonou minha m e e disse que n o era muito boa escolha porque viram as minhas notas ligadas m dia das ci ncias e s matem ticas e aconselhou que era melhor um curso profissional A 1 A escolha por influ ncia do grupo de pares surdos aparece tamb m como factor condicionante escolha vocacional Os alunos referem que h a tentativa de influ ncia dos colegas surdos para que a escolha recaia num determinado sentido afirmando os meus colegas tentaram influenciar me a Ant nio Arroio bom A Ant nio Arroio bom Porque eu tenho colegas l E para os surdos f cil s desenhar E n o t m que desenhar muito Mas eu pensei eu n o quero ser influenciado A1 Noutros casos essa influ ncia n o se fica pela tentativa efectivamente exercida como sugere este estudante surdo alguns colegas tamb m Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 92 tem influ ncia dos outros tamb m s o influenciados por outros a v o olhar em volta e v o ver que foram todos influenciados E que n o tomaram a decis o sozinhos e que n o escolheram o que queriam mesmo Foram
315. tugal a necessidade de fazer a transi o para a vida activa dos alunos surdos Embora s fazendo refer ncia que compete s escolas com unidades de surdos promover e apoiar os processos de transi o n o referindo especificamente quem deve fazer o qu e em que moldes deve se proceder podemos considerar que o processo de orienta o vocacional dos alunos surdos ganha legitimidade com este despacho Volvidos dez anos o Decreto Lei n 3 2008 de 7 de Janeiro veio reafirmar a posi o do anterior despacho No ponto 2 do art 1 refere que todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser preparados para uma adequada prepara o para a vida profissional e para uma transi o da escola para o emprego Embora esta refer ncia n o seja espec fica para os alunos surdos estes tamb m est o inclu dos Este decreto lei cria por despacho ministerial as escolas de refer ncia para educa o bilingue de alunos surdos e reitera o disposto no despacho 7520 98 acrescentando algumas especificidades que consideramos dignas de registo Clarifica o conceito de primeira l ngua L1 a l ngua gestual portuguesa e o de segunda l ngua L2 o portugu s segunda l ngua que devem ser veiculadas do pr escolar ao ensino secund rio Dec Lei n 3 2008 art 18 n 3 p 158 2 Defini o da Problem tica e Quest es de Investiga o No que concerne transi o para a vida activa o Dec Lei n 3 2008 refere som
316. tura ou para escultura eu n o penso que seja assim sinceramente eu acho que seja uma quest o de compet ncias eu n o tenho compet ncias nenhumas para a matem tica para que que eu vou para a Verg lio Ferreira a percep o que eu tenho P4S enquanto uma psic loga refere h alunos que v m com projectos mais seguros e outros que v m sem saber o que que pretendem P3S Por isso os profissionais concluem que os alunos surdos n o t m um projecto de vida quando acedem ao secund rio como refere uma professora est tudo ligado n o podemos falar na aus ncia de orienta o vocacional n o E depois dizer que eles t m um projecto de vida est tudo ligado ou deveria estar a constru o do projecto de vida com a orienta o P1S Neste sentido tamb m referido que a orienta o vocacional deve ser feita a par com a constru o de do projecto de vida dos alunos surdos No entanto os entrevistados reconhecem que os alunos surdos muitas vezes est o n o s alienados em rela o quest o vocacional mas tamb m a todas as outras quest es relacionadas com um o projecto de vida como se pode depreender desta declara o de uma psic loga A express o que eu senti foi estes meninos est o a situados na vida A tracinho situados n o situados na vida O sentimento que eu tive que eles eram seres que planavam na vida portanto que n o tinham ch o por baixo percebe portanto eles n o
317. turadas tr s categorias em fun o dos assuntos referidos desenvolvimento integral hol stico do aluno surdo perspectiva o do mundo do trabalho perspectiva o de um projecto de vida Quadro 5 Totais das Unidades de Registo por subcategoria 2 tema Total UR p Cat 201 Tema Categorias Subcategorias UR 8 Prepara o Desenvolvimento integral para a vida hol stico do aluno surdo percurso escolar socializa o pessoal Necessidades ao n vel da maturidade j 1 Necessidades na transmiss o da cultura e 14 identidade Necessidades dos alunos surdos ao n vel 7 emocional i 1 0 1 Perspectiva o do mundo Expectativas irrealistas face ao mercado 4 do trabalho do trabalho Sensibiliza o da sociedade Barreiras percepcionadas pelos 20 profissionais em rela o aos alunos surdos Capacita o dos alunos surdos na rea 13 profissional Cria o de expectativas realistas de vida estudos 16 Preocupa es dos profissionais em rela o ao projecto de vida Perspectiva o de um projecto de vida Por observa o do quadro 5 podemos verificar que no c mputo geral deste tema os entrevistados se pronunciam mais sobre o desenvolvimento integral hol stico dos alunos surdos seguindo se as quest es inerentes ao mundo do trabalho para por ltimo se referirem ao projecto de vida dos alunos Assim a categoria desenvolvimento integral
318. ua o minimizada Na subcategoria necessidades ao n vel da maturidade um dos aspectos referidos pelos profissionais foi que os alunos surdos chegam ao secund rio imaturos e pouco preparados para se relacionarem com o mundo que os rodeia Os entrevistados consideram que esta falta de maturidade se revela no facto de os alunos surdos seguirem para cursos que parecem aos adultos a melhor op o Consideram ainda que necess rio trabalhar o auto conceito dos alunos surdos A este respeito uma psic loga declara dif cil trabalhar as quest es do auto conceito porque n s chegamos ao final do ano e eles continuam a usar express es do tipo o teste Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 75 deu me n o sei qu O teste disse que eu era assim Quando efectivamente todo o nosso trabalho ao longo do programa propor actividades entre as quais os testes para que eles organizem a imagem que t m de si pr prios para que eles fa am o seu auto retrato psicol gico P2S importante real ar que estes profissionais consideram ainda que devido ao anteriormente exposto os alunos surdos t m de ser resilientes para superar os desafios inerentes surdez Com efeito uma psic loga refere naturalmente que estas pessoas t m de ganhar uma for a e uma resist ncia diferente mas h um sofrimento que inultrapass vel n o E se n o h esse sofrimento se n o h essa aprendizagem no so
319. uanto que nas outras crian as s o viv ncias naturais surgem com naturalidade aquelas s o mesmo direccionadas portanto s o preparadas n o acontecem naturalmente e temos que pensar neles JM Portanto no programa que t m lembra se de alguma tem tica espec fica algum tema abordado que tivessem que colocar porque realmente era um surdo e que num ouvinte n o teria l gica qualquer ter essa compet ncia l P1B N o me lembro assim porque de facto nesta escola eu n o tive mesmo o nono ano portanto n o acompanhei directamente a psic loga Lembro me de ter feito um ou outro reparo na situa o do programa mas em termos de programa o n o em termos do programa detalhado Esta escola ainda tem uma situa o que n o a mais favor vel portanto a nossa psic loga tem feito a orienta o vocacional de todos os alunos uma pessoa que n o sabe l ngua gestual tem sempre int rprete n o uma pessoa que se tenha ainda dedicado aos surdos e como um agrupamento com tantas pessoas eu percebo que apesar de tudo ela d muitas outras respostas Por isso que n s temos agora uma parceria com uma associa o e temos uma psic loga c doze horas s s o doze horas mas tamb m s o 63 alunos mas com este n mero de alunos dava nos para a termos a tempo inteiro mas n o podemos Uma psic loga que trabalha com surdos que fala l ngua gestual que tem uma grande experi ncia com surdos Essa psic log
320. ue est o ligadas ex padeiro precisa de farinha fornos para trabalhar m dico trabalha com enfermeiros precisa da ind stria farmac utica Aprofunda conhecimentos da rea profissional de prefer ncia do aluno Treina compet ncias na rea profissional de prefer ncia Treina compet ncias na rea social n o adquiridas Usa termos de cortesia em ambiente profissional proactivo em trabalho de equipa relacionado com tarefas profissionais Adapta se aos h bitos laborais de uma experiencia pr profissional adequadamente indo ao encontro dos seus objectivos e dos seus pares envolvidos Participa em actividades de simula o de entrevistas de trabalho e avalia a sua efic cia perante uma cheklist proposta utilizados em diferentes profiss es Aprofunda t cnicas instru mentos da rea profissional de prefer ncia do aluno experi ncias pr profissionais Refere as restantes reas profissionais e identifica correctamente os v rios ambientes de trabalho Explora actividades profissionais tempor rias de ver o pr profissionais que levam ao seu crescimento pessoal e profissional Explora o impacto de alguns estere tipos ex g nero incapacidade na escolha da carreira Faz os ajustes necess rios na sua performance educacional para atingir os seus objectivos profissionais Identifica uma op o profissional vi vel ap s conclus o dos estudos Identifica proce
321. ue me est s a dizer que tu que gostavas de inform tica e que a psic loga tentou que tu no entanto fosses para inform tica ou que fosses para a Ant nio Arroio como que A1 Sim ela preferia que eu fosse para a Ant nio Arroio JM Ou seja ela achas que tu estavas a ser influenciado por ela para mudares de opini o A1 Sim sim para fazer um grupo para fazer uma turma de surdos JM E o que que tu pensas sobre isso Achas que isso correcto A1 Acho que t mal Acho que t mal Ningu m pode influenciar ningu m Cada um tem que ver quais que s o os seus objectivos principais E mais importante foi que a professora do ensino especial a professora M M ajudou me imenso ela salvou me ela ajudou me a procurar e agora tou muito satisfeito JM Professora M que era professora na Quinta de Marrocos A1 Professora na Quinta de Marrocos JM Portanto se tu fores agora pensar sobre isso o que que devia ter sido mudado no vosso trabalho com a psic loga em vez de vos influenciar tou a dizer aquilo que voc s disseram A1 Pois ela influenciou nos muito E ela falava muito de assuntos que n o tinha nada a ver ela eu explicava que eu gostava muito de futebol mas ele dizia h sim sim futebol Mas melhor ires para a Ant nio Arroio Duas vezes que n s fomos Ant nio Arroio duas vezes primeiro fomos com a psic loga e depois com a professora do ensino especial tamb m E eu disse
322. uito duro e o 319 era muito duro a esse n vel que deu origem a muitas leituras eu ainda hoje n o percebo porqu mas at pessoas que eu considero muito tinham essa leitura de que o aluno se o objectivo era fazer o se ele chegasse ao fim do ano a fazer o A ele transitava do 3 para o 4 ano E aqui reduziam se imenso tamb m os programas as adapta es curriculares eram uma coisa extraordin ria e o aluno passava porque tinha correspondido quelas adapta es E portanto tivemos alunos que nunca deviam ter feito um 12 pelo menos certificados com o 12 ano a esse n vel O que era preciso era adaptar at o aluno conseguir passar E essa uma outra situa o que temos que lutar por acabar com ela porque eu recebi uma associa o que uma organiza o n o governamental que ajuda deficientes a entrar no mercado de trabalho e o que eles me diziam que com um surdo temos imensa dificuldade porque eles s o demasiado certificados para as compet ncias que t m Certificados quer dizer n o nos anos certificado de 9 ano certificado de 12 ano e depois n o sabem responder ao inqu rito Pronto Claro que isto s o pequenas situa es mas isso tamb m tem a ver com a 61 As falsas expectativas face s oportunidades laborais devem se a uma sobrevaloriza o das compet ncias ou a uma certifica o discrepante dos conhecimentos adquiridos 11 forma o vocacio
323. undo cap tulo apresent mos as orienta es metodol gicas e o plano de estudo come ando por delinear uma contextualiza o hist rica da problem tica seguido da defini o do problema e das quest es de investiga o Abord mos depois a natureza e os objectivos do estudo que nortearam toda a ac o Em seguida descrevemos a metodologia utilizada em rela o escolha dos participantes recolha dos dados e respectiva an lise a qual foi desenhada em fun o da procura de respostas para as quest es de investiga o Por ltimo procur mos justificar a credibilidade da an lise dos dados de acordo com os crit rios utilizados num estudo de natureza qualitativa No terceiro cap tulo apresent mos os resultados obtidos neste estudo interpretando os luz do enquadramento te rico descrito no primeiro cap tulo Come mos por apresentar os dois temas resultantes das entrevistas dos profissionais ou seja a orienta o vocacional no 3 CEB e a prepara o para a vida Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 2 em sociedade para posteriormente apresentar os mesmos temas mas resultantes das entrevistas aos alunos Finalmente procedemos compara o entre os t picos mais referidos pelos profissionais e pelos alunos No ltimo cap tulo apresent mos as conclus es a que cheg mos tendo por base as quest es orientadoras e os objectivos delineados Deste modo come mos por apresentar as
324. unos o que que queres o que que Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 87 queres fazer E depois cada um influencia o outro e ent o a psic loga tamb m pode influenciar e cada um acaba por ser influenciado e isso n o pode ser A2 Outra cr tica que os alunos fazem relaciona se com o insuficiente n mero de sess es de orienta o durante o 3 ciclo Quando pergunt mos a um aluno quantas vezes por semana e durante quantos anos este respondeu uma vez acho por semana durante um ano A6 explicitando depois que essa orienta o ocorreu durante o 9 ano Quando se perguntou quando devia come ar a orienta o um aluno respondeu Com a psic loga No 8 Porque 2 anos j bom 2 anos j tempo suficiente para acompanhar um aluno e esclarecer todas as d vidas e quando ele chagar ao 10 ano j sabe qual a rea que quer escolher A2 Neste sentido poss vel concluir que os estudantes s o de opini o que a orienta o vocacional deve come ar antes do 9 ano Outro dos aspectos referidos pelos alunos nesta subcategoria diz respeito ao facto de a orienta o vocacional ser igual a surdos e a ouvintes Afirma um aluno a psic loga deu a mesma orienta o que deu aos ouvintes mas isso n o pode ser assim Quer dizer n s somos diferentes eu tenho a dificuldade que eu n o oi o Ela devia me procurar uma sa da profissional especial quer dizer n o tenho a
325. uo est intimamente ligado com a constru o do projecto de vida sendo importante que um adolescente se sinta preparado para essa constru o a par com a constru o da sua identidade e a d a conhecer aos outros Desta forma o projecto de vida est associado a um conjunto de caracter sticas que est o inerentes ao indiv duo atrav s dessas caracter sticas que o sujeito se define perante os outros pelo que a estrutura o de um projecto de vida apresenta as marcas pessoais das pessoas que o rodeiam e que lhe s o significativas e do contexto social onde est inserido De salientar que o projecto de vida de um indiv duo representa de certa forma a sua carta de apresenta o sociedade atrav s dela que d a conhecer os seus planos os seus objectivos para ao futuro que profiss o deseja se quer casar ter filhos ter vivenda ou apartamento etc Constatar que o projecto de vida assenta na interac o entre o indiv duo e o mundo que o rodeia Segundo Marcelino 2009 a escola um ambiente de constru o da subjectividade por isso deve ser tamb m um lugar relevante para a constru o do projecto de vida especialmente nos n veis de ensino que compreendem a fase da vida em que os adolescentes sentem a press o emergente para que se realize uma escolha profissional Assim a escola deve estar consciente desta indig ncia e proporcionar os meios necess rios a estes adolescentes para a prossecu o dos seus object
326. uro uma psic loga refere mas agora o momento decisivo e portanto t m de pensar nisso e conv m que se preparem para isso P2B Por ltimo surge um indicador que frisa as incertezas em rela o ao futuro dos alunos surdos Neste sentido uma psic loga reconhece n s nunca sabemos em rela o ao futuro dos surdos o que que os espera n o As coisas tamb m d o muitas voltas e portanto o que eu tento trabalhar neles que eles pr prios n o se afunilem quer dizer o nosso pa s j os afunila um bocado o nosso sistema educativo tamb m os afunila se eles tamb m se afunilam mais P2B Por ltimo a subcategoria aus ncia de motiva o e investimento nos estudos relaciona se com a necessidade de motivar os alunos para o futuro levando a que estudem mais porque como refere uma professora h que abrir horizontes h que lhes dar perspectivas de que eles podem lutar mas t m que ser bons e ent o t m que estudar t m que ler t m que ser cultos como os outros P1B Os entrevistados reconhecem que sem motiva o de esperar que os alunos por vezes desistam de projectar o futuro e consequentemente desistam da escola A categoria perspectiva o do projecto de vida que temos vindo a analisar refere se portanto aus ncia de motiva o para o planeamento do mesmo e as afirma es dos profissionais s o bem elucidativas desse facto A este respeito v rios autores refe
327. vessem contacto com maior leque de profiss es poderia lev los a uma cristaliza o da escolha da profiss o mais atempadamente A categoria problemas dos profissionais na orienta o vocacional com 56 unidades de registo apresentou 3 subcategorias como quadro 4 mostrava necessidade de dom nio da LGP necessidade de cria o de parcerias necessidade de aprofundar conhecimentos no ensino dos surdos A primeira subcategoria foi a mais focada sendo evidente a falta de dom nio da LGP dos psic logos que fazem orienta o vocacional dos alunos surdos em LGP Por exemplo uma professora afirma portanto a nossa psic loga tem feito a orienta o vocacional de todos os Orienta o Vocacional de Jovens Surdos no 3 Ciclo P gina 67 alunos uma pessoa que n o sabe l ngua gestual tem sempre int rprete P1B enquanto uma psic loga refere que sim tive Tive uma forma o de LGP de 3 meses ou assim aprendi os rudimentos P3S Os professores tamb m consideram que necessitam de ter maior profici ncia na LGP admitindo que n o dominam ou dominam pouco Uma professora refere Eu uso portugu s gestual n o uso LGP pronto n o tenho dom nio da LG para respeitar as regras da gram tica e tudo P4S outra refere tamb m uso a l ngua gestual n o de uma forma muito eficiente n o tenho uma grande efici ncia em termos de l ngua P1B no entanto alguns professores referem ter dom nio da LG
328. vitra uma interven o que reduza a ansiedade com o objectivo de aumentar a capacidade de decis o vocacional dos indiv duos como estrat gia de facilita o do processo de decis o vocacional Punch 2005 refere que factores como a baixa audi o associados a uma menor experi ncia em trabalho de part time durante o ensino secund rio poder o comprometer o desenvolvimento da carreira pelo que de esperar que estes indiv duos tenham menores n veis de maturidade vocacional do que os seus pares ouvintes Os estudos feitos neste sentido sugerem que os adolescentes com problemas auditivos apresentam resultados mais baixos do que os seus pares ouvintes na maturidade vocacional tendo menor conhecimento sobre os percursos vocacionais e menores compet ncias de tomada de decis o sobre a sua carreira No entanto estes estudos baseiam se em alunos surdos parcialmente integrados em escolas regulares n o havendo estudos sobre os alunos que est o completamente integrados em turmas do ensino regular Punch 2005 realizou assim um estudo com o intuito de avaliar o n vel de desenvolvimento da carreira dos alunos completamente integrados em compara o com os seus pares ouvintes Esses alunos como na maioria dos pa ses de l ngua oficial inglesa s o acompanhados por um professor itinerante cerca de 84 dos alunos surdos da Austr lia sendo a comunica o predominantemente oral tendo por base os seus ganhos auditivos atrav s do recu
329. xerciam que os alunos frequentavam em data e hora previamente combinada de acordo com a disponibilidade dos mesmos No in cio das entrevistas informou se do prop sito do estudo da import ncia da sua participa o para a persecu o do estudo informou se da confidencialidade das informa es prestadas e do anonimato do entrevistado Para garantir o anonimato as entrevistas foram codificadas Assim os profissionais do 3 ciclo com as siglas PB profissional ensino b sico intercalado com um algarismo que diferencia cada um deles P1B P2B P3B e P4B da mesma forma para os profissionais do secund rio P1S P2S P3S e P4S Para os alunos a codifica o foi feita da seguinte forma A1 A2 A3 A4 A5 e A6 A transcri o do conte do das entrevistas foi realizada logo ap s a sua recolha e foram facultadas aos entrevistados para a sua verifica o e para corrigirem o que considerassem pertinente Foram propostas por alguns dos entrevistados pequenas altera es que se prendem com a facto das entrevistas terem sido transcritas ipsis verbis do conte do udio pelo que alguns termos de uso oral foram corrigidos para uma linguagem menos coloquial 5 2 An lise de Conte do Ap s a realiza o das entrevistas os dados recolhidos foram tratados atrav s da an lise de conte do Segundo Bardin 2008 40 a an lise de conte do um conjunto de t cnicas de an lise das comunica es que utiliza procedimentos sistem ti
330. za o pessoal destas pessoas e depois partir para outras n o JM Em rela o ao seu contacto no de apoio directo com os alunos quando lhes pergunta sobre determinadas profiss es o que que fazem em geral que conhecimento que eles t m P1B Eles sabem JM Sabem alguns P1B Sabem alguns sabem alguns sim Eles t m alguns porque quando s o pequenitos querem ser pol cias tenhOo um aluno do oitavo ano que quer ser veterin rio que eu acho que seria poss vel se ele n o tivesse outras limita es mas estou a pensar que ele possa ir em frente J falei com a m e poss vel procurarmos um curso profissional nesta rea porque ele gosta de animais fala em ser veterin rio desde pequenino Eu penso que eles t m Quando s o muito pequeninos h coisas que v m nos filmes e que querem ser depois come am a tomar alguma realidade Como professora eu sou sempre muito realista digo lhes sempre muito abertamente com toda a frontalidade esse curso muito dif cil ou essa profiss o n o poss vel para pessoas surdas e explico porqu Assim como h profiss es que s o muito favor veis aos surdos porque permitem uma concentra o visual na acuidade visual portanto numa perspectiva sem complexos porque n o os tenho da minha parte Eu fa o essa abordagem Penso que os alunos come am a ter no o s vezes e nestas alturas da adolesc ncia come am ali com problemas

Orientação vocacional de jovens surdos no 3º ciclo

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