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Silvino Sousa ARQ MONOGRAFIA

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1. o Fatores pessoais limita es e inatividade e fatores externos barreiras contribuem para n o integra o Fatores pessoais limita o e pr atividade e fatores externos acessibilidade contribuem para a integra o Sassaki 2003 p 1236 argumenta conforme se segue A denomina o utilizada para se referir s pessoas com alguma limita o f sica mental ou sensorial assume v rias formas ao longo dos anos Utilizavam se express es como inv lidos incapazes excepcionais e pessoas deficientes at que a Constitui o de 1988 por influ ncia do Movimento Internacional de Pessoas com Defici ncia incorporou a express o pessoa portadora de defici ncia que se aplica na legisla o ordin ria Adota se hoje tamb m a express o pessoas com necessidades especiais ou pessoa especial Todas elas demonstram uma transforma o de tratamento que vai da invalidez e incapacidade tentativa de nominar a caracter stica peculiar da pessoa sem estigmatiz la A express o pessoa com necessidades especiais um g nero que cont m as pessoas com defici ncia mas tamb m acolhe os idosos as gestantes enfim qualquer situa o que implique tratamento diferenciado Igualmente se abandona a express o pessoa portadora de defici ncia com uma concord ncia em n vel internacional visto que as defici ncias n o se portam est o com a pessoa ou na pessoa o que tem sido motivo para que se use m
2. Al m disso atendendo que qualquer trabalho cient fico n o ser poss vel a sua elabora o sem consultar estudos feitos apoiar nos emos dessas investiga es realizadas para a fundamenta o te rica do nosso trabalho Para trabalhar o tema em quest o Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde privilegiamos pesquisas bibliogr ficas documenta o que versam o nosso objeto de estudo recolha de dados emp ricos entrevistas an lises dos dados recolhidos e algumas consultas na Internet As informa es recolhidas das diversas fontes ser o analisadas pormenorizadamente e de modo cr tico e estruturado depois com apoios de meios inform ticos esta metodologia de investiga o faz servo as seguintes t cnicas Entrevistas aos deficientes f sicos e visuais yY Entrevista aos representantes das associa es que representam os deficientes em Cabo Verde Y Consulta do PDM da Praia S An lise de projetos de arquitetura dos edif cios p blicos e dos espa os de lazer v An lise das normas t cnicas para melhoria da acessibilidade com seguran a e autonomia dos cidad os com mobilidade condicionada aos edif cios que recebem o p blico espa o mobili rio equipamentos urbanos e transportes p blicos yY Levantamento fotogr fico das institui es sedeadas no Plateau 6 Delimita o do campo T tulo do trabalho O presente estudo incide sobre o tema Acessibilidade das pess
3. Barreiras mobilidade no acesso aos passeios sesssssessssesssssesesseesssressres 78 Ilustra o 26 Barreiras mobilidade no acesso as pra as iiereeees 78 Ilustra o 27 Barreiras mobilidade no acesso as Institui es Publica 79 Ilustra o 28 Limite da rea de interven o esesseseeseesesresseseresressrsersstesseseresresseseresrensesee 90 Ilustra o 29 Refer ncias de projetos acess veis circula o interna e externa 91 Ilustra o 30 Circula o externa situa o atual esquerda e proposta direita 92 Ilustra o 31 Circula o externa no largo de miradouro Diogo Gomes situa o atual esquerda e proposta a direita nesar scinni iik ia pacas des att srta 93 Ilustra o 32 Circula o interna interior do restaurante subterr neo 93 Ilustra o 33 Proposta de circula o externa s smmemass pia so parinaas Sp qaaes ia quad ada pelada alada qd 94 Ilustra o 34 Proposta de circula o interna restaurante 94 10 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Tabelas Tabela 1 Rela o das vagas de estacionamento de ve culos de pessoas com defici ncia no BRAS girafa Saia ad eta a A na a 64 Tabela 2 Rela o das vagas de estacionamento de ve culos de pessoas com defici ncia em Cabo Verde
4. es em braille e corrigir pisos O melhoramento da cidade adaptando s acessibilidades s PCD deve ser mediante um projeto com a sua estrat gia pr pria para cada caso e s assim mediante propostas de financiamentos pode se introduzir inova es dentro das in meras possibilidades arquitet nicas 4 1 1 rea de interven o Conforme a planta de localiza o a referida rea de interven o ocupa uma rea aproximadamente de 1 4 hetares inicia da rua pedonal abrange toda a rea da pra a Alexandre Albuquerque passa pela rua do banco comercial do atl ntico casa presidencial e termina no largo de miradouro Diogo Gomes O espa o est coberto com algumas rvores de sombra localizados pontualmente com pavimento calcetados e bastante desnivelados Nessa rua permitido a circula o de autom veis mas a partir da casa presidencial destinado apenas para a passagem pedonal No largo de miradouro desfruta de um campo visual agrad vel para o mar ilh u de Santa Maria Porto da Praia Ch de Areia e Achada Santo Ant nio e entre outras Atualmente raras vezes as pessoas frequentam este espa o devido a falta de atratividade e seguran a Apesar de o seu estado de conserva o razo vel mas muitos entendem que o encontra no estado degradado e que precisa de interven o para que seja mais atrativo 89 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte adaptado do ortofot
5. estrutura ac stica quanto identifica o simb lica da linguagem Segundo Giuseppe 1997 a linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento traduzir o que sente registar os acontecimentos da vida e comunicar se com outros homens Ela marca o ingresso do homem na cultura construindo o como sujeito capaz de produzir transforma es nunca antes imaginadas Apesar da evidente import ncia do racioc nio l gico matem tico e dos sistemas de s mbolos a linguagem tanto na forma verbal como em outras maneiras de comunica o permanece como meio ideal para transmitir conceitos e sentimentos al m de fornecer elementos para expandir o conhecimento A linguagem respons vel pela regula o da atividade ps quica humana pois ela que permeia a estrutura o dos processos cognitivos Assim assumida como constitutiva do sujeito pois possibilita intera es fundamentais para a constru o do conhecimento Giuseppe 1997 Para o autor a linguagem adquirida na vida social e com ela que o sujeito se constitui como tal com suas caracter sticas humanas diferenciando se dos demais animais no contato com a linguagem integrando uma sociedade que faz uso dela que o sujeito a adquire J para as pessoas surdas esse contato revela se prejudicado pois a l ngua oral percebida por meio do canal auditivo alterado nestas pessoas A linguagem um fator importante para o desenvolvimento dos processos mentais da perso
6. A cidade que cresce todos os dias tem de ser trabalhada a diversas velocidades se por um lado tem de se adaptar a estes novos conceitos e estilos de vida cada vez mais flex veis e democr ticos atrav s de medidas meramente curativas como a elimina o de uma simples barreira para permitir um sistema de continuidade por outro lado tem de agilizar os mecanismos de ndole preventivo planeando e organizando a cidade para que a nova cidade que se constr i todos os dias j seja para todos 2 1 1 Passeios e vias de acesso de evitar que os passeios sejam interrompidos no seu percurso que os pe es se tenham que subordinar ao tr nsito expondo se deste modo a grandes perigos Considera se uma necessidade evidente construir vias diretas e liga las a um sistema fechado de circula es J dizia Prinz 1979 p 60 que os loucos correm a toda pressa os espertos conduzem e que os s bios andam a p N o se sabe pois n o quem anda no passeio que desenhamos e constru mos nas ruas ou nas estradas 57 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Na vis o deste autor o intuito de fomentar a circula o de pe es tem de corresponder um planeamento com medidas para que os passeios tenham de se formar um sistema cont nuo e orientado dar prioridade a seguran a e liberdade de movimento do pe o relativamente a flu ncia do tr fego e em todas as zonas em que a circula o de pe e
7. A utiliza o de um ve culo s tem significado quando existe espa o para poder estacion lo em todos os locais que se desejam atingir Isto quer dizer que para cada ve culo s o necess rios v rios lugares de estacionamento em vez de apenas um lugar Por exemplo o parque de estacionamento junto habita o e parque de estacionamentos nos locais de 61 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde destino como os locais de trabalho centros comerciais cinema casa de amigos etc Atrav s de uma localiza o vari vel ao longo do dia reduz se significativamente o total dos parques de estacionamento a prever mas numa zona populacional tem de se contar globalmente com uma rea m nima de 1 3 locais de estacionamento por ve culo O bairro de Plateau bastante movimentado pelo tr fego de autom veis tanto pelo transporte coletivo assim como os privados Naturalmente a organiza o e gest o do setor dos transportes coletivos urbanos s o da compet ncia dos Munic pios na sua rea de jurisdi o Na cidade da Praia operam duas Empresas de transporte coletivo urbano de passageiros a Moura Company e Sol atl ntico A Moura Company conta com uma frota de vinte 20 autocarros operacionais apesar de ser detentora de mais de 100 licen as enquanto o Sol atl ntico opera com tr s 3 autocarros operacionais sendo detentora de dez 10 licen as O n vel de servi o deficiente e est
8. Esses recursos servem para proporcionar maior independ ncia e autonomia ao acesso aos diferentes lugares a necessidade de cada um As tecnologias proporcionam melhorar a qualidade de vida da pessoa com defici ncia e devolver lhe suas capacidades funcionais As tecnologias assistivas propiciam aos seus usu rios inclus o social porque lhes permitem mobilidade e acesso aos ambientes ocupados pelos demais Bersch 2008 enfatiza o aspeto da independ ncia que essas tecnologias devem propiciar s pessoas com defici ncia para a realiza o de suas atividades quotidianas tornam as coisas poss veis e mais f ceis Apesar da grande quantidade de tecnologias oferecidas para as pessoas com defici ncia muitas t m pre os elevados e outras ainda n o est o dispon veis no mercado Um exemplo dessa car ncia comentado por um utente deficiente visual da associa o ADEVIC Gosto muito de forma o na rea t cnica mas as dificuldades ultrapassam as minhas ansiedades Na perspetiva de Darwin 2011 uma esp cie para ser vi vel precisa estar adaptada ao meio Acontece que o homem est acostumado a modificar o meio a mold lo s suas necessidades 37 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 38 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Cap tulo 2 Pessoas com defici ncia e inclus o social Desde o nascimento o indiv duo interage
9. S o Paulo ano I n 2 2007 Disponivel em http www nocambras org Publicado gt consultado em 21 08 2014 CLARK R E 2001 Learning from media arguments analysis and evidence Greenwich CT Information Age Pub DUGGLEBY J 2002 Como ser um tutor online Monitor FAULKNER C 1998 The essence of human computer interaction Harlow England New York Prentice Hall FAZZINO Enzo Coordena o de Plano de Salvaguarda do Centro Hist rico da Cidade da Praia Praia Comiss o das Comunidades Europeias Cabo Verde 1991 Guia Acessibilidade e Mobilidade para Todos dispon vel em lt http www inr pt gt consultado em 07 04 2012 HAZEMI R amp HAILES S 2001 The digital university building a learning community Ist ed New York Springer KEEGAN D 1996 Foundations of distance education 3rd ed London New York Routledge Marton F amp Booth S 1997 Learning and awareness Mahwah N J L Erlbaum Associates MINIST RIO DA EDUCA O E DO DESPORTO Secretaria de Educa o Fundamental Par metros curriculares nacionais Bras lia MEC 1997 MINIST RIO DA EDUCA O Saberes e pr ticas da inclus o dificuldades de comunica o e sinaliza o defici ncia f sica Bras lia MEC 2004 84 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde http jus com br revista texto 9167 acessibilidade para pessoas portadoras de deficie
10. Salvador do Mundo conta com 1 1 assim como o concelho dos Mosteiros No que tange esta dificuldade Cabo Verde apresenta um valor absoluto de 9401 pessoas que confronta com esta realidade o que corresponde 1 9 da popula o do pa s Falando na dificuldade de Mem ria ou de concentra o os concelhos que apresentam a maior percentagem s o os concelhos da Brava com 0 03 da sua popula o e o concelho da Praia com 0 02 Os que apresentam os menores percentagem s o os concelhos de Santa Catarina de Fogo com 0 01 e o concelho de Tarrafal de S o Nicolau tamb m com 0 01 das suas popula es Nesta linha Cabo Verde apresenta um valor absoluto de 8193 pessoas com esta dificuldade que tamb m corresponde a 0 02 da popula o O concelho da Praia e o concelho de S o Vicente s o os que apresentam maior valor absoluto dos deficientes em Cabo Verde tanto por incapacidade de vis o audi o mobilidade e intelectual A defici ncia por incapacidade de vis o e de mobilidade s o entre n s as com maior predomin ncia no pa s Em representa o estat stica das PCD por incapacidade de vis o audi o f sico motora e intelectual em Cabo Verde segue os gr ficos abaixo Representa o dos deficientes por incapacidade em ouvir e intelectual mais anal tica graficamente conforme se segue 25 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde E Dificuldade Intelectual E Dificuldade
11. gua e espa os similares Passeio Parte da cal ada ou da pista de rolamento neste ltimo caso separada por pintura ou elemento f sico livre de interfer ncias destinada circula o exclusiva de pedestres e excecionalmente de ciclistas Pessoa com defici ncia aquelas que t m impedimentos de longo prazo de natureza f sica mental intelectual ou sensorial os quais em intera o com diversas barreiras podem obstruir sua participa o plena e efetiva na sociedade em igualdades de condi es com as demais pessoas Pessoa com mobilidade reduzida Aquela que tempor ria ou permanentemente tem limite a sua capacidade de relacionar se com o meio e de utiliz lo Entende se por pessoa com mobilidade reduzida a pessoa com defici ncia idosa obesa crian a gr vida m es com carrinhos de beb os acidentados temporariamente ou simplesmente cada um de n s quando transporta compras Piso cromo diferenciado Piso caracterizado pela utiliza o de cor contrastante em rela o s reas adjacentes e destinado a constituir guia de balizamento ou complemento de informa o visual ou t ctil percet vel por pessoas com defici ncia visual Piso t ctil Piso caracterizado pela diferencia o de textura em rela o ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha guia percet vel por pessoas com defici ncia visual Rampa Inclina o da superf cie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento Consideram se rampas aquel
12. m elementos que diminuem o perigo de engano ou seja previsto pra minimizar os riscos e poss veis consequ ncias de a es acidentais n o intencionais 6 Sem esfor o Baixo esfor o f sico Pode ser usado eficientemente e confortavelmente com o disp ndio m nimo de energia evitando a fadiga 7 Abrangente Dimens o e espa o adequados para aproxima o alcance e manipula o e uso S o garantidos independentemente do porte do usu rio sua postura sentado ou em p ou sua mobilidade O desenho universal trouxe novas exig ncias na proje o do espa o urbano de modo a tornar se num espa o mais competitiva e acess vel para todos os utentes 44 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 2 Leis e normas sobre a acessibilidade As leis e normas de acessibilidade para as PCD remontam d cadas nalguns pa ses mais avan ados e noutros at s o centen rias Todavia tomando como refer ncia realidades mais pr ximas e parecidas com a nossa caso do Brasil e Portugal documentos importantes foram promulgados e postos em pr ticas Referimos aqui ao Guia de Acessibilidade e Mobilidade para Todos que regula as constru es em Portugal Normas T cnicas de Elimina o de Barreiras Arquitet nicas em Edif cios P blicos adotado e adaptado por v rios pa ses dos EUA entre outros Conforme o Guia de Acessibilidade e Mobilidade para Todos aprovado pelo DECRETO LEI n 16
13. nico e hist rico de elevada import ncia cultural Segundo as entrevistas feitas o Museu foi inaugurado em Novembro de 1997 para albergar o esp lio etnogr fico recolhido pelo ent o INAC durante os anos de 1992 a 1995 em algumas ilhas do Pa s tais como Santiago Santo Ant o Boavista e Brava devido a obras de beneficia o do edif cio A apresenta o do seu esp lio isto os objetos encontram se expostos por categoria cestaria panaria olaria equipamentos do moagem etc ou melhor atendendo o seu valor utilit rio O que se pretende convidar o visitante a viajar no tempo imaginar as viv ncias quotidianas particularmente no mio rural e mostrar a criatividade dos homens e mulheres cabo verdianos pela forma como se adaptaram e tiraram proveito do pouco que o meio lhes podia proporcionar O Museu Etnogr fico da Praia atrav s de objetos ligados ao quotidiano do povo cabo verdiano d a conhecer e perpetua a nossa mem ria coletiva ao mesmo tempo que contribui para aumentar a consci ncia da heran a cultural Foi nessa perspetiva que se procedeu ao seu restauro procurando ao m ximo poss vel manter os tra os originais 2 2 2 2 Acesso ao Museu Etnogr fico da Praia Hoje no caminho para uma sociedade de inclus o marcamos como objetivo a no o de patrim nio para todos Tales 2009 70 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde um aut ntico cataclismo
14. o de pedestres 98 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Faixa de travessia de pedestres Sinaliza o transversal s pistas de rolamento de ve culos destinada a ordenar e indicar os deslocamentos dos pedestres para a travessia da via Fatores de imped ncia Elementos ou condi es que possam interferir no fluxo de pedestres S o exemplos de fatores de imped ncia mobili rio urbano entradas de edifica es junto ao alinhamento vitrinas junto ao alinhamento vegeta o postes de sinaliza o entre outros Foco de pedestres Indica o luminosa de permiss o ou impedimento de locomo o na faixa apropriada Guia de balizamento Elemento edificado ou instalado junto aos limites laterais das superf cies de piso destinado a definir claramente os limites da rea de circula o de pedestres percet vel por pessoas com defici ncia visual Linha guia Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como guia de balizamento para pessoas com defici ncia visual que utilizem bengala de rastreamento Mobili rio urbano Todos os objetos elementos e pequenas constru es integrantes da paisagem urbana de natureza utilit ria ou n o implantados mediante autoriza o do poder p blico em espa os p blicos e privados Orla de prote o Elemento edificado ou instalado destinado a constituir barreira no piso para prote o de rvores reas ajardinadas espelhos d
15. Plateau neighborhood Praia the main district of the capital and the country in terms of urban planning historic and cultural aspects In conclusion following the principles of the Universal Design we propose to find solutions to eliminate the architectural barriers as inclusion measures of the PWD Keywords Accessibility Universal Design Architectural Barriers People with Disabilities Social Inclusion Lista de abreviaturas ACD Associa o Cabo verdiana de Deficientes ADEVIC Associa o dos Deficientes Visuais de Cabo Verde ATM Automated Teller Machine DMPNP PO Dire o de Mobilidade Planeamento e Novos Projetos Planeamento Operacional INAC Instituto Nacional da Cultura INE Instituto Nacional de Estat stica NBR Norma Brasileira de Regulamenta o OMS Organiza o Mundial de Sa de ONU Organiza o das Na es Unidas PDM Plano Diretor Municipal PCD Pessoas com Defici ncia QI Quociente de Intelig ncia RGPH Recenseamento Geral da Popula o e Habita o SIA S mbolo Internacional de Acesso Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Conte do oja o 6 Li e Gio REGE RR CRS aaa DER RES aa HED DEDO Ro A 12 1 Relevancia do estudos sapata na a a E E A E A ES 13 2 Problematiza o niens rana ea S e E aN E AEE regada 14 3 Explicita o das BIpOLSSES as pcusataspaeie gigas sas oeie oee aaa Ee TEE OEE ESEE 15 3 1 Hip tes esera
16. V rias pessoas t m necessidades especiais para se locomoverem nos espa os urbanos As dificuldades limita es e impedimentos v o desde o simples deslocamento at a mais complexa utiliza o do espa o Essas pessoas encontram se impedidas de acesso aos equipamentos p blicos receberem informa es entrarem nos ve culos e realizarem seu deslocamento atrav s dos meios coletivos de transporte caminharem pelas pra as utilizarem um telefone p blico e entre outros A inser o de PCD tem sido desenvolvida principalmente no continente americano e europeu e poucas pesquisas tem sido realizado no continente africano Cabo Verde por sua vez tem se alinhado aos pa ses europeus buscando a arbitragem do estado para a quest o da inser o das PCD Para entender como se ocorre a inser o das PCD necess rio partir do pressuposto de que elas s o pessoas que se diferenciam da popula o em geral que seja pela incapacidade gerada pela defici ncia quer seja pela desvantagem social decorrente da aus ncia de condi es que possibilitem a independ ncia e a autonomia delas Nesse sentido preciso verificar a quest o da inser o de uma sociedade pautada pelas diferen as Ainda na perspetiva de Tilstone 2003 a inclus o significa a oportunidade dos indiv duos com defici ncia participarem cabalmente em todas as atividades educativas laborais de consumo de divers o comunit rias e dom sticas que caracterizam a sociedade quotidia
17. a 150 anos de exist ncia as gera es arquitet nicas tiveram na origem e evolu o da paisagem urban sticas que hoje se apresenta As primeiras edifica es do Plateau talvez n o surgiram dum planeamento arquitet nico pr vio Todavia as edifica es mais modernas constru das em tempos diferentes foram pensadas e projetadas Supostamente deveriam ser pensadas planeadas e desenhadas para pessoas com limita es Se deparar um grande n mero de edif cios p blicos e de lazer com barreiras arquitet nicas de dif cil acesso s PCD a comodidade e a locomo o das PCD deve depender se da elimina o das barreiras arquitet nicas nos espa os p blicos e de lazer 3 2 Hip teses espec ficas S o axiom ticas tr s asser es hipot ticas l As PCD n o frequentam certos espa os p blicos e de lazer devido s dificuldades de acesso 2 As PCD frequentam certos espa os p blicos e de lazer mesmo havendo dificuldades de acesso 3 As PCD frequentam certos espa os p blicos e de lazer mesmo havendo dificuldades de acesso mas s se houver garantia de seguran a e quem os ajude a transpor as barreiras 15 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 4 Defini o dos objetivos Adequar s futuras constru es s pessoas com limita es f sicas e requalifica o de certos edif cios de utilidade p blica bem como os espa os p blicos de lazer pode ser uma proposta a surgir a p
18. abrang ncia e hierarquia de intensidades Nalguns pa ses como Brasil por exemplo entende se que a defici ncia a perda ou anormalidade de estrutura ou fun o psicol gica ou anat mica tempor ria ou permanente que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida di ria causada ou agravada pelo ambiente econ mico e social DECRETO FEDERAL n 3 956 01 A dimens o b sica dessa defini o a ocorr ncia de uma anomalia defeito ou perda de um membro rg o tecido ou qualquer outra estrutura do corpo inclusive das fun es mentais Representa a exterioriza o de um estado patol gico refletindo um dist rbio org nico ou uma perturba o no rg o A defini o mais comum e tamb m utilizado pela OMS toma se a defici ncia como termo usado para definir a aus ncia ou a disfun o de uma estrutura ps quica fisiol gica ou anat mica Diz respeito atividade exercida pela biologia da pessoa Outras defini es poderiam ser apontadas cuja as dimens es s o as mesmas Diversificariam apenas em tipologias de deficientes 3 1 Defici ncia F sico motora Pode ser definida como diferentes condi es motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade a coordena o motora geral e da fala em consequ ncia de les es neurol gicas neuromusculares ortop dicas ou m s forma es cong nitas ou adquiridas MEC 2004 Trata se de uma altera o completa ou parcial de uma ou mais
19. acessibilidade nos grandes centros urbanos para facilitar a mobilidade locomotiva das pessoas com defici ncia Fonte Archdaily acedido 17 04 015 Ilustra o 29 Refer ncias de projetos acess veis circula o interna e externa Ultimamente em Cabo Verde se tem debru ado muito sobre a quest o da defici ncia e sua acessibilidade na cidade da Praia Foi muito debatido pela televis o atrav s de programas de entrevista at se realizou um f rum sobre a defici ncia em Cabo Verde pela iniciativa das associa es de PCD Embora parecendo que s agora tardiamente come ou se interessar pela defici ncia n o ser madrugador pensar nas acessibilidades tomando como referencia os projetos das cidades mais desenvolvidas 91 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 4 1 4 Programa Para que a rea de interven o seja atrativo e acess vel para todos prop e se A coloca o do piso t til de alerta e direcional no pavimento A eleva o do piso nas passadeiras A elimina o de algumas vias de acesso para autom veis e transforma o das vias de dois sentidos para vias de sentido nico Melhorar as vagas de estacionamento para ve culos conduzidos ou que transportam as PCD Substitui o das portas sobretudo as de entrada regularizando as conforme as normas Introdu o do mapa informa es em braile Cria o de espa os verde rvores de sombras ban
20. autom vel que foi consequ ncia do aumento exponencial da motoriza o associado crescente urbaniza o da popula o e ao crescimento urbano difuso e fragmentado dos principais centros urbanos As reas urbanas continuaram a crescer de uma forma complexa apareceram novos espa os urbanos e as grandes cidades continuaram a crescer para as periferias ultrapassando a capacidade de cobertura pela rede de transportes p blicos Surgiu assim o dom nio do transporte individual perante a queda dos transportes p blicos e da desloca o pedonal Segundo Teles 2009 uma cidade que n o seja acess vel n o uma cidade para todos As pessoas com mobilidade condicionada viram se constrangidas a viver margem destes territ rios em suma n o lhes era permitido visitar museus ir ao cinema utilizar transportes frequentar escolas consultar m dicos ou serem recebidos nos servi os p blicos As barreiras que se interpunham entre elas e estes servi os e bens eram de tal forma condicionadores do seu estatuto de cidadania que criaram aut nticas ilhas de inacessibilidades Sistematizando ao longo do s culo XX diversos fatores provocaram a crise do espa o p blico urbano tais como a din mica da propriedade privada a ocupa o praticamente 56 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde exclusiva do espa o de circula o por parte do autom vel a oferta comercial cada vez mais inex
21. balan o sobre passeios o in cio e o t rmino de uma escada as rampas e o sentido de deslocamento n o s o identificados com o piso t ctil da dificulta a mobilidade das PCD nos espa os p blicos Pois j defendia este autor que a falta de liga o entre 59 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde passeios desvios obst culos causados por obras ou pelo mau tempo que limitam o espa o de movimento dos pe es prejudica inequivocamente a locomo o a p Nos espa os reservados a pe es nas ruas deste bairro nomeadamente nos passeios existem variados obst culos tais como elementos de mobili rio urbano vegeta o usos comerciais dist ncias de seguran a entre outros que impedem pelo menos localmente a utiliza o pelos pe es de todo o espa o dispon vel Fonte fotografias do autor 2014 Ilustra o 12 Largura perdida em passeios devido a obst culos Dos dados do INE e RGPH estabelecidos atrav s do censo de 2010 milhares de cabo verdianos n o saem de casa porque n o podem circular sem a ajuda de algum parente ou amigo devido s barreiras arquitet nicas J referia MEC 2000 que uma parcela da popula o est marginalizada quando poderia estar atuando em condi es de igualdade dentro do meio social Precisa se compreender e respeitar o direito de ir e vir que pertence quelas pessoas que n o encontram rampas em cal adas portas largas n o te
22. caso for do interesse dos legisladores nacionais para regula o das constru es urbanas atualizando as legisla es vigentes 2 Problematiza o A pergunta de partida nesse estudo seria se existe barreiras arquitet nicas na cidade da Praia em especial no Plateau que limitem os deficientes E encontraria certamente uma resposta positiva ou seja sim E tal resposta nos conduziria a uma outra Quais s o essas barreiras e o que fazer para a eliminar Nos preocupa nesses estudos responder a uma quest o fundamental e norteador sobre a condi o de acessibilidade dos deficientes aos espa os p blicos em Cabo Verde As barreiras arquitet nicas no principal bairro da capital caso existirem devem ser ou n o eliminadas para o maior conforto e mobilidade f sica das PCD 14 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 3 Explicita o das hip teses Os espa os p blicos na cidade da Praia supostamente s o espa os pensados previamente e constru dos para todos os praienses e visitantes Os mesmos espa os s o ou deviam ser frequentados por pessoas com ou sem limita es A n o frequ ncia das PCD nos espa os p blicos e de lazer sobretudo nos edif cios sede dos servi os sociais espa os onde se realizam atividades socioculturais contribui ou n o para o aumento da exclus o social 3 1 Hip tese geral Com um olhar atento para a cidade da Praia s pela vida urban stica superior
23. de possu rem ou n o uma defici ncia Nesta d cada com a dissemina o do uso da internet trouxeram s PCD novas possibilidades e expetativas em termos de estudo trabalho e lazer Come am a usar simultaneamente Acessibilidade ao termo Desenho Universal pois n o se trata apenas de eliminar obst culos e sim garantir o direito ao ingresso perman ncia e usufruto de todos os bens e servi os sociais A arquitetura na sua fun o na sociedade assume uma a o com cariz predominante na rea da satisfa o das necessidades sociais 1 1 Desenho universal e acessibilidade A ideia do Desenho Universal nasceu depois da Revolu o industrial quando come ou a ser questionada a massifica o dos processos produtivos principalmente na rea imobili ria A evolu o do Desenho Universal come ou na d cada de 1950 com uma nova aten o a projetos para as PCD Na Europa no Jap o e nos EUA foram desenvolvidos projetos livres de barreiras para remover obst culos nos ambientes constru dos Em 1961 estes pa ses se reuniram na Su cia para discutir como reestruturar e recriar o velho conceito que produz para o dito homem padr o que nem sempre o homem real Este conceito foi se ampliando ao longo dos anos A partir de 1964 foram criados nos EUA direitos civis para as ra as minorit rias e pela primeira vez o projeto arquitet nico era reconhecido com uma condi o para o alcance destes direitos com argumenta es sobr
24. e para as demais localidades sujeitas por lei a plano urban stico excetuando as obras de interven o em edifica o classificadas ou as que estiveram prevista nos instrumentos de gest o territorial salvaguardando as exig ncias de seguran a de salubridade estabelecidas no presente c digo e em regulamenta o espec fica Na ocorr ncia de situa es n o cobertas pelo presente c digo devem ser adotados por ordem de prioridade a regulamenta o Portuguesa a regulamenta o internacional ou de outros pa ses pareceres ou especifica es t cnicas especializadas mas estas situa es deve ser objeto de an lise pr vio e aprova o pelos membros do governo respons veis pelos setores de infraestruturas e habita o art 4 Ainda o referente c digo atrav s do seu anexo I d indica es sobre diversas reas como se deve proceder com as normas t cnicas para melhoria da acessibilidade com seguran a e autonomia dos cidad os com mobilidade condicionada aos edif cios que recebem o p blico mobili rio equipamentos urbanos e transportes p blicos Ao n vel do urbanismo o acesso ao edificado mobilidade nos edificados reas de interven o espec ficas mobilidade nos transportes coletivos ou particulares e o dimensionamento relativo a par metro antropom tricos deve se respeitar as exig ncias implantadas de forma que n o venha a congestionar o percurso das pessoas com mobilidade condicionada tempor ria ou permanente como i
25. lado os ex combatentes apesar de mutilados pela guerra detinham um capital social e cultural diferenciado na medida em que representavam os esfor os de luta dos pa ses e eram reconhecidos como pessoas capazes de contribuir para a sociedade Essas situa es combinadas propiciaram o in cio das mudan as em rela o s PCD exclu das at ent o sendo uma refer ncia do in cio da legaliza o do direito ao trabalho por parte desse continente No final do s culo XIX Francis Galton defende de que a ra a humana encontrava se em constante evolu o biol gica base da evolu o moral A tend ncia em rela o s PCD consiste em avali las priori como incapazes de contribuir S o diversos os termos usado para se referir a um grupo composto de pessoas portadoras de defici ncia excepcional cego paral tico aleijado mutilado inv lido surdo louco retardado debil ide d bil mental mongol ide anormal indiv duo de capacidade reduzida indiv duo de capacidade limitada etc As palavras e suas correla es s o os reflexos das imagens que fazemos destas pessoas tornando se sua maneira coisas concretas de nossa realidade 21 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde A diversidade de termos adoptados pelas diferentes culturas pode ser refor ada pela pesquisadora Lucille Mettetal Dulard Os franceses utilizam uma defini o por oposi o os v lidos em rel
26. nos meios de transportes nos locais de trabalho e nos meios de comunica o Em conformidade com o Guia de Acessibilidade em Edifica es Publica o da Comiss o de Acessibilidade da Secretaria da Habita o e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do Munic pio de S o Poulo explica que o desenho universal foi criado no ano de 1963 nos EUA que inicialmente era chamado de desenho livre sem barreiras pois tinha um enfoque voltado para a elimina o de barreiras arquitet nicos nos projetos de edif cios equipamentos e reas urbanas Devido o impato que teve passou a considerar n o s o projeto mas principalmente a diversidade humana respeitando as diferen as existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os componentes do ambiente consequentemente esse conceito evoluiu para a conce o de desenho universal Ainda de acrescentar que tem como objetivo acomodar amplamente as diferen as antropom tricos que as pessoas possam interagir sem restri es com o ambiente projetado reduzir os esfor os para a utiliza o de produtos e ambientes adequar ambientes e produtos para que sejam mais compreens veis principalmente para os deficientes visuais atrav s de cores vibrantes sinais t cteis e sonoros e integrar produtos e ambientes para que sejam concebidos como sistemas e n o como partes isoladas Segundo Carleto 2009 o Desenho Universal um conceito que tem como objetivo definir projetos de ambientes que conte
27. o acesso a edif cios p blicos desde o seu espa o circundante at ao seu interior Cinema com falta de lugares para pessoas em cadeira de rodas salas de confer ncias sem qualquer tipo de sinal ticas museus constantemente inacess veis devido s barreiras arquitet nicas Por outras palavras muito falta fazer para colocar um fim s inacessibilidades dos edif cios p blicos As dist ncias passaram a ser medidas nas unidades de tempo os estilos e modos de vida aproximaram novos territ rios novas redes sociais e empresariais iniciaram novos clusters de atividades O turismo e o patrim nio s o clusters inequivocamente relacionados com a acessibilidade e mobilidade Tales 2009 A valoriza o da mem ria e da identidade da cidade e do centro hist rico passa pela capacidade dos Museus em recolher organizar e mostrar mas tamb m em informar educar e promover o seu patrim nio material e imaterial Os museus apresentam novas formas de interpretar o mundo Eles cont m conhecimento preservam as informa es e transmitem ideias que estimulam principalmente a curiosidade evidente que o trabalho desenvolvido ao n vel dos munic pios j demostrou claramente a necessidade de serem acess veis aos equipamentos comerciais de servi os em torno das centralidades urbanas Segundo Tales 2009 o desenho da cidade acess vel ser a nica via capaz de potenciar e estimular o desenvolvimento da competitividade dos destinos que pretendem
28. org nica ou mental Assim t m problemas de viver de modo pleno Por meio da ergonomia poss vel estudar as diferen as patol gicas considerando suas necessidades humanas e especiais oferecendo uma op o de conforto e bem estar sem discrimin lo GRAVE 2004 p 79 3 1 Dimens es referenciais para desloca o de pessoas com mobilidade reduzida Normalmente as pessoas na aus ncia de qualquer defici ncia utilizam espa os em dimens es diferentes das outras com dificuldade locomotivas A figura abaixo tem como base as dimens es referentes ao espa o f sico estabelecido e delimitado de acordo com a abrang ncia de pessoas que se utilizam bengalas andadores muletas e c es guia para sua locomo o em determinado espa o 47 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde ha Ma MA 1075 07 095 _ EE 1 20 a Uma b Duas c Andador Vista frontal Vista lateral Vista frontal Vista lateral bengala bengalas com rodas d Andador r gido e Muletas 4 6 3 o 1 0 60 _ 090 _ 090 0 60 E x 090 1 20 r z e r f Muletas tipo g Apoio de Vista frontal Vista superior i C o guia j Sem rtese ii tipo h Bengala de rastreamento Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 5 Desloca o de pessoas em p Aportando produ o arquitet nica de extrema import ncia a dimens o de cada tipo de defici ncia em rela o sua habilidade de locomo o no que diz r
29. para os deficientes visuais Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 22 Barreiras mobilidade no acesso aos estabelecimentos comerciais D22 Infraestruturas sanit rias Uma PCD n o pode ser inibida de forma alguma de ter acesso s estruturas sanit rias do pa s Se assim acontece uma verdadeira nega o cidadania Partindo desse pressuposto deslocamos ao centro de Sa de de Plateau ao Hospital Agostinho Neto HAN e s Farm cias para verificar in locum as sensibilidades arquitet nicas que permitem acesso tamb m s PCD Dos nossos registos efetuados podemos demostrar tamb m com fotos fotos abaixo que o hospital central da Praia HAN foi pensado desenhado e constru do de forma 75 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde a n o obstar a circula o dos cadeirantes Pois estes podem circular externa e internamente sem quaisquer limita es Todavia um cego n o estaria t o vontade sem companhia de terceiros N o existe qualquer sinaliza o para as PCD tipo cegueira Nas farm cias e no Centro de Sa de as PCD ter o maiores dificuldades de acesso Da forma como est o ou as PCD devem ser atendidos na rua ou devem ser conduzidos por terceiros Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 23 Barreiras mobilidade no acesso as farm cias Conforme as fotos no bairro de Plateau existe quatro farm cias Farm cia Central Farm cia Mod
30. que a mesma foi inscrita no registo predial apesar de n o constam informa es que pudessem confirmar o ano que foi feita a constru o 69 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Por m apercebe se da import ncia da casa pelas refer ncias arquitet nicas que nela se podem observar deixando entender que o seu dono deve ter sido da poca uma personalidade muito influente Durante a pesquisa documental encontram se refer ncias sobre o Sr Jo o Bento Rodrigues Fernandes personalidade proeminente da poca Esse nome coincide com o da rua representada no plano da planta do porto da vila da Praia de 1840 pelo que se deduz que talvez tenha sido ele o primeiro propriet rio da casa Tendo em considera o as informa es recolhidas e as carater sticas arquitet nicas e espaciais da moradia conclui se que esse edif cio data do princ pio do s c XIX Concebida como casa senhorial esse edif cio possui um desenvolvimento espacial e tipol gico pr prio da arquitetura neocl ssica que aparece como modelo nas colonias no fim do s c XVIII e princ pio do s c XIX e serve como refer ncia para reconstruir uma boa parte da mem ria urbana e arquitet nica da cidade da Praia Nos anos noventa esse edif cio foi escolhido pelo Minist rio da cultura para albergar o museu etnogr fico da Praia Essa escolha n o foi por acaso visto que o pr prio edif cio constitui um patrim nio arquitet
31. rico da Praia 54 Ilustra o 11 Situa o do passeio no bairro do Plateau 58 Ilustra o 12 Largura perdida em passeios devido a obst culos s 60 Ilustra o 13 Parques de estacionamento no bairro de Plateau ii 62 Ilustra o 14 Vagas de estacionamento para ve culos conduzidos ou que transportam as PC Do bairo de Plated nso harengs inesse a gl Pagto gang es essas ass 63 Ilustra o 15 Acesso s m quinas da rede vinti4 no bairro de Plateau 66 Ilustra o 16 Barreiras mobilidade no acesso a rede vinti4 68 Ilustra o 17 Alcance manual frontal e lateral de uma pessoa em cadeira de rodas 69 Ilustra o 18 Barreiras mobilidade no acesso ao museu etnogr fico da Praia 12 Ilustra o 19 Barreiras mobilidade no acesso ao Pal cio da Cultura Ildo Lobo 13 Ilustra o 20 Barreiras mobilidade no acesso ao Cinema 14 Ilustra o 21 Barreiras mobilidade no acesso a Igreja Nazareno e Igreja Cat lica 74 Ilustra o 22 Barreiras mobilidade no acesso aos estabelecimentos comerciais 75 Ilustra o 23 Barreiras mobilidade no acesso as farm cias 76 Ilustra o 24 Barreiras mobilidade no acesso aos passeios e pra as ssssseseseesesseesseee 71 Ilustra o 25
32. rota o de 180 c Para rota o de 360 a Rota o de 90 b Rota o de 180 c Rota o de 360 Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 8 Manobras com cadeiras de rodas sem deslocamento 3 4 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento As figuras a baixo estabelecem as determinadas condi es para manobra da cadeira de rodas com deslocamento e o espa o exigido para que o fato ocorra E E WU 2120 MO 10 0 60 lt x lt 1 20 c Deslocamento consecutivo de 90 d Deslocamento consecutivo de 90 com percurso intermedi rio caso 1 com percurso intermedi rio caso 2 Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 9 Manobras com cadeiras de rodas com deslocamento 50 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Uma das exig ncias arquitet nicas na configura o da cidade com acessibilidade para todos sem discrimina o com respeito as normas t cnicas da edifica o a preserva o de espa os dedicados a usos especiais Assim como se preserva espa os verdes e de lazer na cidade tamb m se deve preservar espa os adequados especificamente para as PCD Cada PCD necessita de espa o deferente pois a mobilidade de cada PCD depende da adapta o locomotiva permitida pelos seus membros Al m da constru o arquitet nica dos espa os acess veis a desobstru o das vias de acesso fundamental para PCD principalmente para as cadeirantes Pensando assim uma
33. ser sensibilizadas transporte p blico excetuando a rua postes de acham que as PCD necess rio a pedonal que sinaliza o n o devem fazer nada ajuda do terceiro pouco facilita a sozinhas Nos nossa trajet ria Passeio p bicos andam em zigzag Corro riscos todos os dias de ter acidentes P6 Sensibiliza o Elimina o de Sinaliza o sonora Elimina o e Melhoramento do Melhoramento de pessoas barreiras Utiliza o do Braile sinaliza o dos pavimento arquitet nicas obst culos 95 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde ED Entrevistados Perguntas Ant nio P Melo Firmino Tavares Te filo Vaz Herculano Ant nio Barros Fernandes Tipo de F sico motora F sico motora F sico motora F sico motora F sico motora Defici ncia P1 Conhece Sim Vou Sim Estudei na Sim Vou fazer Sim Vou fazer Sim Vou fazer Plateau frequentemente UNICV no consultas consultas e consultas Plateau passear na companhia de amigos P2 Plateau N o O acesso N o Mas n o P ssimo Temos que N o Com a Em partes Apenas Acess vel com muitas existe uma outra contar sempre com cria o da rua a rua pedonal dificuldades alternativa ajuda de terceiros pedonal est a acess vel mas est a melhorar melhorar P3 Frequ ncia Frequentemente De vez em Raras vezes Frequentemente Poucas vezes de Plateau quanto P4 Dificuldade As abert
34. utilizada principalmente em locais como entradas sanit rios reas e vagas de estacionamento de ve culos sa das de emerg ncia equipamentos exclusivos para o uso de Branco sobre Branco sobre Preto sobre fundo azul fundo preto fundo branco pessoas com defici ncia fisica gema Propor es Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 2 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia f sica Alguns aspetos da defici ncia f sica podem ser levados em considera o se analisarmos as suas dimens es tais como tempor ria recuper vel definitiva e compens vel A defici ncia 28 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde f sica pode ter como causa na Heredit ria Cong nita e Adquirida Pois algumas doen as acidentes ou les es podem provocar a defici ncia f sica Dentre os quais podemos destacar como as doen as no sistema osteoarticular doen as musculares doen as do sistema nervoso les o medularem ostomia queimaduras paralisia cerebral A defici ncia f sica pode ser tempor ria recuper vel definitiva e compens vel podendo ser caracterizada por causas heredit rias cong nitas e adquiridas apresentada nos mais diferentes tipos Les o cerebral Les o medular Miopatias distrofias musculares Patologias degenerativas do sistema nervoso central Les es nervosas perif ricas MEC 2006 p 19 3 2 Defici
35. 3 06 de 08 de Agosto a promo o da acessibilidade constitui uma condi o essencial para o pleno exerc cio de direitos de cidadania como do direito qualidade de vida liberdade de express o informa o dignidade social e a capacidade civil habita o igualdade de oportunidades no acesso a educa o ao lazer tempo livre e ao trabalho Partindo do pressuposto que poss vel desenhar e equipar sem barreiras arquitet nicas contribuindo assim para maior mobilidade maior seguran a e consequentemente melhor qualidade de vida o DECRETO LEI n 163 06 de 08 de Agosto introduz inova es subst ncias designadamente atrav s das corre es das insufici ncias observadas nas Normas T cnicas de Elimina o de Barreiras Arquitet nicas em Edif cios P blicos Equipamentos Coletivos e Via P blica o imperativo da progressiva elimina o das barreiras designadamente urban sticas e arquitet nicas que permita s pessoas com mobilidade reduzida o acesso a todos os sistemas e servi os da comunidade criando condi es para o exerc cio efetivo de uma cidadania plena DECRETO LEI n 123 97 de 02 de Maio como o envolvimento das diversas entidades quer p blica quer privada envolvidas nos dom nios ligados promo o da acessibilidade universal Cabo Verde pretende seguir essa tend ncia de inova es em termos de acessibilidade para todos superando assim o quadro mental novecentista que precedera feitura d
36. ANA j 5 f G PA WO a m 5 hp M 4 Y V7 C 4 PLA B 7 SeS Sa NES 1778 1812 1840 Fonte Adaptado do Plan Detaille de Sauvegarde de la Ville de Praia 1991 Ilustra o 10 Mapa da evolu o da estrutura urbana do Centro Hist rico da Praia Com um olhar atento sobre o Centro Hist rico da Praia permite nos perceber o significado das ruas da urbe em estudo bem como a consolida o das mesmas operadas a partir dos primeiros alinhamentos com a afirma o dos edif cios nobres na cidade da Praia Pela gravura acima apresentada v se a evolu o da estrutura urbana em que os eixos urbanos do Centro Hist rico da Praia Ruas Largos Pra as e as respetivas edifica es se estruturaram numa planura ladeada de dois vales que respetivamente v o terminar nas partes sudoeste do pequeno planalto formando as praias praia Grande mais conhecida hoje por praia da Gamb a e praia Negra top nimos que provavelmente est o na base do nome do pr prio povoado Para Amaral 1964 as plantas indicadas acima refletem a estrutura o da urbe desde 1778 at 1968 e destaca elementos arquitet nicos envolventes desde as duas primeiras ruas antiga Rua do Corvo e a antiga S da Bandeira at revelam a fisionomia relativamente homog nea que tem hoje Assim sendo na sequ ncia da estrutura o dessas ruas v o surgir edif cios da tipologia de resid ncias senhoriais ao lado de constru es p blicas tamb m de valor patrimonia
37. E EEEE E 95 5 1 Ertrevistado Sejini aia a aee a a a a ea o SS 95 9 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 52 Dad s statisticOs Asma idosa E On Sposa RN caio Sb cena E ANS 97 5 3 Gloss rio e defini es de conceitos utilizados s ssesesseessessseesseesseeesstesseesseesseeesseee 98 Lista de ilustra es Ilustra o 1 Situa o Geogr fica do Bairro do Plateau sssneseeeseeeseeeesseesseessesseeeessessese 18 Ilustra o 2 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia f sica 28 Ilustra o 3 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia visual 31 Ilustra o 4 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia auditiva surdez 33 Ilustra o 5 Desloca o de pessoas em p ssssssesssesssssessseesseessresseeesseeesstessesseesseeeeseressrest 48 Ilustra o 6 Dimens es de cadeiras de rodas esseeeeeseeesesresseseresresstserssressesererressessresseessee 49 Ilustra o 7 Circula o com cadeiras de rodas seeseeseesseeeesseseresresseserssresseeererrersessresressese 49 Ilustra o 8 Manobras com cadeiras de rodas sem deslocamento ssssssesssssseseseeeeseeeessee 50 Ilustra o 9 Manobras com cadeiras de rodas com deslocamento ss ssssesssssseseseeeesseeeseee 50 Ilustra o 10 Mapa da evolu o da estrutura urbana do Centro Hist
38. Santiago mas atrav s do ataque de Cors rios e Piratas levou a decad ncia da Ribeira Grande de Santiago O povoamento da Ribeira Grande foi imposto por se situar numa ribeira com terrenos favor veis agro pecu ria bastante produtiva e principalmente por ter acesso ao mar com vista a servir prontamente o com rcio com a costa da Guin Em Cabo Verde semelhan a do que aconteceu noutros espa os ultramarinos os primeiros povoados surgiram quase sempre na boca dos portos na Praia os primeiros n cleos n o terem surgido volta dos portos 52 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Segundo Silva 1998 a forma o urbana da Praia teve o seu tra ado diferente das outras forma es Confirma que contrariamente aos casos da Ribeira Grande Mindelo ou Sal Rei forma o urbanas igualmente portu rias o burgo praiense n o se localizar beira de gua na boca do porto Desenvolver se sim numa achada enquistada no rec ncavo da baia a 30 metros acima do n vel do mar Como atr s referimos o povoamento da Praia de Santa Maria foi imposta pela necessidade de garantir a seguran a popula o e com vista servir prontamente o com rcio com a costa da Guin Segundo Silva 1998 a vila da Praia de Santa Maria surgiu em 1615 quando se deu o in cio do povoamento de um planalto situado perto de uma praia praia de Santa Maria que oferecia boas condi es para
39. Silvino Vieira de Sousa Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde O caso de Plateau Cidade da Praia Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universit rio da Cidade da Praia Caixa Postal 775 Palmarejo Grande Cidade da Praia Santiago Cabo Verde Maio 2015 Silvino Vieira de Sousa Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde O caso de Plateau Cidade da Praia Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universit rio da Cidade da Praia Caixa Postal 775 Palmarejo Grande Cidade da Praia Santiago Cabo Verde Maio 2015 Silvino Vieira de Sousa autor da monografia intitulada Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde declaro que salvo fontes devidamente citadas e referidas o presente documento fruto do meu trabalho pessoal individual e original Cidade da Praia Maio de 2015 Silvino Vieira de Sousa Mem ria Monogr fica apresentada Universidade Jean Piaget de Cabo Verde como parte dos requisitos para a obten o do grau de Licenciado em Arquitetura Dedicat ria Dedico este trabalho minha m e Rosalina Vieira de Sousa que sempre ser a fonte onde vou buscar as energias para viver e evoluir Ela simultaneamente raz o de orgulho e perseveran a D vida e certeza ansiedade e tranquilidade ser ela certamente contra todos os paradoxos da vida
40. a o aos inv lidos os ingleses adotam disabled os espanh is minusv lidos Mettetal Dulard 1994 p 8 Os gregos criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordin rio ou mau sobre o status moral de quem os apresentava Goffman 1988 p 11 Um estudo sem ntico mais aprofundado permitiria encontrar in meros outros termos pelos diferentes pa ses O importante a rela o destes termos e as imagens que eles projetam e qual o significado que eles tem para n s que sempre formamos ideias sobre pessoas e situa es Existe um debate a volta da denomina o das pessoas com defici ncia ou pessoas portadoras de defici ncia A ONU em sua Declara o dos Direitos das Pessoas Deficientes de 9 de Dezembro de 1975 aprovada em Assembleia Geral O termo pessoas deficientes refere se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma total ou parcialmente as necessidades de uma vida individual ou social normal em decorr ncia de uma defici ncia cong nita ou n o em suas capacidades f sicas sensoriais ou mentais ONU apud Ribas 1985 p 10 Considera se deficiente todo e qualquer pessoa que apresente limita es de natureza f sica intelectual ou sensorial pass veis de comprometer a sua interac o com os outros e uma plena participa o na sociedade Essas limita es podem ser de natureza permanente ou transit ri
41. a n o se excluindo ainda as de car cter degenerativo surgidas com o avan ar da idade Mas falar da defici ncia implica tamb m falar das barreiras com as quais se deparam todos aqueles que se encontram nessa condi o pois s o elas em associa o com as limita es pessoais os maiores obst culos integra o Para Pinto 1979 p 121 a cultura um produto do existir do homem Afinal existimos por uma maneira concreta contudo precisamos de condi es principalmente sociais para que essa exist ncia se desenvolva A cultura portanto est inserida no processo evolutivo do homem ela faz parte de um mesmo processo que se desenvolve do processo mais simples org nico para o mais complexo social Segundo Silva 2011 a defini o de uma PCD significa todo e qualquer pessoa que apresente limita es de natureza f sica intelectual ou sensorial pass veis de comprometer a sua intera o com os outros e uma plena participa o na sociedade Essas limita es podem 22199 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde ser de natureza permanente ou transit ria n o se excluindo ainda as de car cter degenerativo surgidas com o avan ar da idade Mas falar da defici ncia implica tamb m falar das barreiras com as quais se deparam todos aqueles que se encontram nessa condi o pois s o elas em associa o com as limita es pessoais os maiores obst culos integra
42. a Tal submiss o do constru do ao espa o p blico tem duas consequ ncias Primeiro que ela permite que haja uma solidariedade entre os edif cios mesmo quando estes perten am a pocas ou tipos diferentes e segundo que ela cria carater sticas diferenciadas no interior da parcela que ocorrem em todos os lotes edificados Essas duas qualidades asseguram o funcionamento do tecido o jogo entre perman ncia e mudan a sua capacidade de se renovar sem p r em xoque a unidade de conjunto Em nosso entender as formas de constru o no bairro do plateau s o em quarteir o ou seja zonas com estilo de constru o fechado edif cios limitados por outras constru es uni ou bilateralmente O n mero de piso e a largura das fachadas n o s o uniformes Caminhos para pe es s existe fragmentariamente n o h um sistema cont nuo e provoca inseguran a no tr nsito O grau de acabamento e estado dos caminhos n o s o seguros para pe es O esquema estrutural reticular de acesso em quase toda a sua extens o traduz pouca seguran a para a circula o pedonal Saindo em defesa do Prienz 1979 a rua pedonal 5 de Julho ao n vel do bairro tem uma estrutura reticular deslocada oferecendo boas condi es quanto seguran a no tr nsito Todavia a inexist ncia do piso t ctil em toda a extens o da zona reservada para os pe es no bairro do plateau distanciaria das suas ideias Ou seja o rebaixamento das cal adas os obst culos em
43. a arquiteta prim ria da minha vida Agradecimentos especiais Primeiramente agrade o Deus guia dos meus passos o Arquiteto do universo pelo jeito de ver e interpretar o mundo atrav s da arte A minha fam lia e amigos por me acompanharam durante toda minha vida dividindo alegrias problemas e responsabilidades sei que posso contar com voc s para tudo hoje e sempre Sem o apoio dos colegas estudantes professores e administra o da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde dificilmente teria chegado a esta fase neste momento desde logo pela dificuldade em conciliar o trabalho e os estudos Tamb m n o posso deixar de citar e agradecer meu grupo de estudos SHAMG 5 aqui representados por Adriano Horta Lamine Almeida Jorge Monteiro e M rio Gomes e muitos outros colegas em especial Egilson Silva Adilson Pereira Den lson Gomes Isabel Soares Filipe Pina Joaquim Semedo S rgio Sena Waldir Barbosa e Od lio Batalha que comigo dividiram momentos de apreens o e muito estudo Agrade o s institui es que me disponibilizaram documenta o e dados em particular a C mara Municipal da Praia as associa es que trabalham com deficientes e o Instituto Nacional de Estat sticas Os meus agradecimentos s o extensivos a todas as pessoas que me atenderam nas referidas institui es pela troca de ideias Por ltimo um especial agradecimento aos meus orientadores Doutor S rgio Hernanes e Mestre Hedviges Ferna
44. a facilitar o acesso de PCD em particular os f sico motoras As molas ou mecanismo para portas devem ser regulados de modo a permitir a sua completa abertura devem ter condi es de serem abertas com um nico movimento e as ma anetas das portas devem ser do tipo alavanca N o sendo de material transparente as portas tipo vai e vem devem ter visor vertical com largura m nima de 0 20m e altura m nima de 1 50m colocado a uma altura de 0 40m e 0 90m do piso O exerc cio do direito de ir e vir estende se tamb m facilidade de locomo o da PCD no interior de diferentes ambientes O acesso as portas t o importante para que tornem num espa o acess vel para todos Conforme o DECRETO LEI n 9 11 a altura m xima das soleiras das portas de entrada de 0 02 m devendo ser situadas em toda a largura do v o que abre em caso de impossibilidade de respeitar aquela dimens o 67 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte ortofotomapa sitgov 2010 fotografias do autor 2014 e levantamento do equipamento Ilustra o 16 Barreiras mobilidade no acesso a rede vinti4 Segundo Montenegro et al 2009 nas edifica es p blicas devem ser colocadas placas em local vis vel indicando o acesso adequado as PCD Tamb m deve ser nivelado o acesso tornando o piso inteiro da edifica o uma continuidade do piso externo A partir do levantamento feito o equipamento fo
45. abalho de arquitetura Acessibilidade das PCD aos espa os p blicos em Cabo Verde com o objetivo claro e perent rio em identificar descrever e 12 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde mapear barreiras f sicas na Cidade da Praia em particular no bairro do Plateau e apresentar as propostas para melhorar as condi es de acessibilidade Pretende se com este trabalho e atrav s da arquitetura contribuir para a inclus o social que vem sendo um dos assuntos mais pertinentes da realidade social Pois cred vel a ideia de que a arquitetura constitui um instrumento de combate contra a exclus o social Uma vez que com ela pode se evidenciar a ideia duma sociedade inclusiva atrav s de infraestruturas e equipamentos funcionais para todos Encontra se neste trabalho sumariado nos cap tulos que se seguem os seguintes temas A situa o das PCD no mundo e em Cabo Verde perante as barreiras arquitet nicas pessoas com defici ncia e inclus o social e acessibilidade e mobilidade das PCD no bairro do Plateau Praia 1 Relev ncia do estudo A acessibilidade no espa o urbano faz parte de um ambiente sem barreiras com condi es adequadas e seguras de acesso aut nomo s edifica es aos transportes aos espa os de conv vio e servi os sociais aos equipamentos e mobili rios urbanos n o apenas para jovens e pessoas sem limita es f sicas mas para todos f cil constatar q
46. ais recentemente conforme se fez ao longo de todo este texto a forma pessoa com defici ncia Tamb m o Relat rio Mundial sobre a Defici ncia publicado pela OMS 2011 adota a nomenclatura Pessoas com Defici ncia Pelo esclarecimento de Maria Isabel da Silva 2011 ficamos a saber que at a d cada de 1980 a sociedade utilizava termos como aleijado defeituoso incapacitado inv lido Passou se a utilizar o termo deficientes por influ ncia do Ano Internacional e da D cada das Pessoa Deficientes estabelecido pela ONU apenas a partir de 1981 Em meados dos anos 1980 entraram em uso as express es pessoa portadora de defici ncia e portadores de defici ncia Por volta da metade da d cada de 1990 a terminologia utilizada passou a ser pessoas com defici ncia que permanece at hoje 23 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Neste presente estudo adotamos a terminologia pessoas com defici ncia 2 A defici ncia em Cabo Verde Duma reputa o completamente pejorativa sobre a PCD depreciando e ultrajando a na sociedade o mundo acordou e defende a defici ncia como direitos humanos O mundo est a preocupar cada vez mais com a minoria no sentido de erradicar a discrimina o e exclus o social A OMS principalmente deu grande contributo e os pa ses assinam conven es em defesa dos direitos humanos hoje a PCD t o humana em direitos como qual
47. aos espa os p blicos em Cabo Verde fazer a sua aprendizagem e inserir se na sociedade como uma minoria detentora de uma identidade pr pria As pessoas afetadas pela defici ncia auditiva desenvolveram uma linguagem pr pria chamada linguagem gestual Essa linguagem produzida por movimentos das m os do corpo e por express o faciais Cada pa s possui a sua linguagem gestual com vocabul rio e gram tica pr pria 3 3 1 S mbolos Dentre os s mbolos para indica o de defici ncia h tamb m o s mbolo internacional de PCD auditiva surdez A figura deve estar sempre representada na posi o indicada pelas figuras abaixo Branco sobre Branco sobre Preto sobre fundo azul fundo preto fundo branco pessoas com defici ncia auditiva surdez q Propor es Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 4 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia auditiva surdez 3 3 2 Classifica o da Defici ncia Auditiva Na perspetiva de Giuseppe 1997 citado por Gomes 2010 existem dois tipos principais de problemas auditivos O primeiro afeta o ouvido externo ou m dio e provoca dificuldades auditivas condutivas tamb m denominadas de transmiss o quando existe uma les o n vel do ouvido externo ou m dio que impede a transmiss o das ondas sonoras Aqui h uma situa o 33 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde de audi o
48. artir deste estudo Avaliar a arquitetura de diferentes gera es pode ser uma aposta deste estudo no sentido de criticar os momentos da arquitetura na cidade da Praia 4 1 Objetivo s geral ais Fazer levantamento dos edif cios em termos da idade de constru o poca e as condi es de acessibilidade Investigar junto das PCD as condi es de comodidade quanto acessibilidade nos espa os p blicos e de lazer Conhecer a liga o das barreiras arquitet nicas exclus o social das PCD Promover a acessibilidade no ambiente constru do proporcionar condi es de mobilidade com autonomia e seguran a eliminando as barreiras arquitet nicas e urban sticas 4 2 Objetivos espec ficos Fotografar os edif cios e fazer levantamento das datas e outras informa es teis sobre cada edif cio ou arranjo exterior Recolha de informa es junto de PCD e ag ncias da sua prote o Estudar os conceitos inerentes aos deficientes An lise de dados 5 Metodologia Para realizar este trabalho baseamos em a combina o dos m todos qualitativos e quantitativos que nos serviram para analisar tanto os dados concretos provenientes do universo constru do delimitado o nosso trabalho como as opini es e exig ncias provenientes das associa es que promovem os direitos das PCD e apoiando nos finalmente no m todo l gico dedutivo 16 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde
49. as com declividade igual ou superior a 6 Reforma Interven o f sica em edifica o mobili rio equipamento urbano ou elemento que implique a modifica o de suas caracter sticas estruturais e funcionais 99 99
50. atas irae ads Da Rs Dada aU E pasa ad a e Ss ieaSa 64 Gr fico Gr fico 1 Representa o dos deficientes por incapacidade em ouvir e intelectual 26 Gr fico 2 Representa o dos deficientes por incapacidade em ver e f sico motora 26 11 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Introdu o Se tomarmos a acessibilidade como a maior ou menor facilidade em se ter acesso a um determinado espa o que est relacionada a um conjunto de aspetos como o controlo do territ rio caracter sticas f sicas do pavimento entre outros ela uma condi o b sica para a inclus o social das PCD ou que tenham necessidades especiais Em Cabo Verde existe cerca de 36059 PCD sendo 13644 com dificuldade em ver 4821 com dificuldade em ouvir 9401 com dificuldade em andar e 8193 com dificuldade intelectual e estas pessoas ter o acesso dificultado em maior ou menor grau ao espa o p blico dependendo da acessibilidade para circula o nesses espa os pois uma sociedade integradora como a Cabo verdiana tem raz es de sobra para se preocupar pela inclus o socio espacial de todos Dos avan os que Cabo Verde tem tido nos ltimos anos Cabo Verde conheceu grandes ganhos e avan os quer em termos do ndice do Desenvolvimento Humano quer em termos do desenvolvimento econ mico como a retirada de Cabo Verde no lote dos pa ses menos avan ado o melhor enquadramento econ mico na comuni
51. bairro num barreiras Construir um meio do deficiente nos lugares espa o acess vel Transporte acess vel principalmente apropriados nos p blicas com a localiza o passeios e acess veis das rampas institui es 96 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 5 2 Dados estat sticos Percentagem dos deficientes Ribiera Grande 166 Paul 99 Porto Novo 321 S Vicente 814 Reibeira Brava 89 Tarrafal de S Nicolou 46 220 27 309 Santa Catarina Santa Cruz 254 Praia S Domingos Calheta de S Miguel S Salvador do Mundo S Louren o dos rg os Reibera Grande de Santiago Mosteiros S Filipe Santa Catarina do Fogo Brava Total Percentagem dos Ribiera Grande Paul Porto Novo S Vicente Reibeira Brava Tarrafal de S Nicolou Sal Boa Vista Maio Tarrafal Santa Catarina Santa Cruz Praia S Domingos Calheta de S Miguel S Salvador do Mundo S Louren o dos rg os Reibera Grande de Santiago Mosteiros S Filipe Santa Catarina do Fogo Brava Total 97 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 5 3 Gloss rio e defini es de conceitos utilizados Para efeitos deste trabalho tomamos como refer ncia os conceitos utilizados nos contextos sist micos a n vel internacional nos estudos realizados de acordo com as defini es da OMS Acessibilidade s o as condi es e possibilida
52. canal de circula o cont nuo sem interrup es e o mais regular poss vel Embora os passeios n o s o desenhados de forma a oferecer boas condi es de acessibilidade s o estreitos com dimens es inferiores ao estipulado nos regulamentos isto dificulta o normal percurso de pedestre 58 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Na perspetiva de Tales 2009 a aus ncia de passeios a degrada o dos mesmos o excessivo abuso de elementos urbanos no espa o publico os obst culos permanentes nas ruas dificultam o dia a dia de muitos e tais obst culos s o quase imposs veis de ultrapassar Todavia verifica se interrup es ao longo dos passeios s o postes de ilumina o p blica que ora posicionada no eixo dos passeios buracos nos passeios sem a devida sinaliza o a ocupa o dos acessos De acordo com Ching 2002 as pessoas se movimentam atrav s do volume do espa o percebendo a forma visual as dimens es e escala e percecionando os limites espaciais definidos pelos elementos da forma Sem descordar com Panerai 1999 refor o que a largura das vias as dist ncias entre cruzamentos os afastamentos entre ruas paralelas caraterizam o tecido de uma cidade Incorporando suas as contribui es afirmo sem reservas que as edifica es podem estar no alinhamento do lote ou recuadas podem ser geminadas ou isoladas altas ou baixas mas t m sempre a rua como refer nci
53. com o ambiente e tenta superar in meras barreiras de acesso a algo que lhe traz satisfa o ou prazer Todavia se em regra geral adquire se habilidades de adapta o ao meio outras pessoas podem adquirir limita es ao longo da vida ou j terem nascido com elas Essa significativa parcela da popula o encontra se impedida de exercer plenamente sua cidadania na medida em que muitas dificuldades s o encontradas para se locomover nos ambientes p blicos e privados Milh es de PCD n o saem de casa porque n o podem circular sem ajuda de algum parente ou amigo Nalguns pa ses Brasil por exemplo por ter realidade mais pr xima da nossa asseguram juridicamente na Declara o dos Direitos das Pessoas Portadoras de Defici ncias art 3 que as pessoas portadoras de defici ncias assiste o direito inerente a todo e qualquer ser humano de ser respeitado sejam quais forem seus antecedentes natureza e severidade de sua defici ncia Elas t m os mesmos direitos que os outros indiv duos da mesma idade fato que implica desfrutar a vida decente t o normal quanto poss vel Contudo na sociedade como a nossa n o se ousou consagrar nem jur dica nem canonicamente tais direitos Cremos que muitos deficientes n o saem rua por motivos de liberdade H sempre algo que o oprima em casa como falta de acessibilidade nas ruas e nos edificados urbanos 39 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde
54. cos de assento cria o de elemento que ajuda as PCD visual na identifica o do espa o espa o de lazer conv vio A cria o de um restaurante subterr nea acess vel para todos 4 1 5 Projeto de melhoramento Ilustra o 30 Circula o externa situa o atual esquerda e proposta direita 92 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Ilustra o 32 Circula o interna interior do restaurante subterr neo Plano Geral TARRO TESTA COMC JMICESERG E PARTE VIS VEL MIL TO PEQ JEYA EW RELA O O QUE EST GCUITO ro 93 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Ilustra o 33 Proposta de circula o externa do miradouro Diogo Legenda osimdamente OL Circula o vertical o wal interessante la de jope 03 O4 ltmleitario 03 Corredor V6 Cozinha 07 Sala de chefe de cozinha VE Deposito 09 Sagu o 10 Casa de banho Ilustra o 34 Proposta de circula o interna restaurante 94 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 5 Anexo 5 1 Entrevistados EE Entrevistados Perguntas Helena Tavares Od lio Batalha Marciano Monteiro Arnaldo Andrade Carlos Mascarenhas Tipo de Visual Visual Visual Visual Visual Defici
55. dade internacional o respeito rigoroso pelos direitos humanos a ratifica o do protocolo africano para a d cada das pessoas com defici ncia entre outros aspetos importantes de real ar na integra o social das PCD Entrou na agenda governamental das ltimas legislatura a inclus o das PCD introduzindo no sistema educativo a educa o especial a sala de recurso e de apoio s pessoas com necessidades especiais e muitos outros ganhos tem sido registado na inclus o das PCD na sociedade cabo verdiana de registar tamb m o forte engajamento da sociedade civil na luta pela inclus o das mesmas na sociedade Destacamos as associa es existentes e funcionais como ACD ADVIC etc Todavia a integra o das PCD n o diz respeito t o somente integra o social mas tamb m a integra o econ mica a integra o no sistema educativo e mais que isto a integra o socio espacial Esta integra o tem a ver com o acesso aos espa os p blico designadamente s institui es sociais espa o de lazer desportivos e de outros conv vios publico espa os comerciais bancos centros comerciais mercados municipais feiras A constru o e ordenamento de espa os p blicos s o da inteira responsabilidade das autoridades governamentais mas de igual modo se co responsabiliza arquitetura pela sensibilidade de projetar aqui e agora o futuro da nossa cidade que seja acess vel mobilidade de todos Desta feita aparece o presente tr
56. de alcance manual frontal e lateral do homem 68 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte Guia de acesso em edifica es 2002 Ilustra o 17 Alcance manual frontal e lateral de uma pessoa em cadeira de rodas A altura de 0 96 metros facilita o alcance manual frontal mas a m quina de atendimento autom tico n o garante instru es sonoras para transmiss o das mensagens embara ando o uso do equipamento por uma PCD visual A inexist ncia do piso t ctil do SIA ou da utiliza o do Braille isso dificulta a orienta o de percursos e usos de equipamentos para uma PCD principalmente os deficientes visuais 2 22 Museu etnogr fico da Praia 2 22 Historial do Edif cio O edif cio onde funciona hoje o Museu Etnogr fico situa se no ltimo quarteir o da outrora denominada rua Direita Pelourinho posteriormente rua Dom Lu s mais tarde rua da Rep blica e atualmente rua 5 de Julho Esse edif cio encontra se referenciado no plano da planta do porto da vila da Praia de A M fontes de Melo de 1840 Segundo pesquisas feitas a primeira refer ncia documental encontrada sobre o propriet rio desta moradia aparece em nome de Ant nio Bento conforme a matriz predial urbana volume I n 243 Com base nos documento pesquisados verifica se um desfasamento entre as caracter sticas arquitet nicas da casa que apontam para as primeiras d cadas do s c XIX e o ano em
57. de pessoas com dificuldade em ver sendo o concelho do Paul com 4 9 e da Brava com 4 6 Nesta mesma linha verifica se ser o concelho de S o Miguel e do Maio que conta com menor n mero de pessoas com esta dificuldade sendo o concelho de S o Miguel com 1 0 e do Maio com 1 4 A representa o dos deficientes por incapacidade de vis o Cabo Verde apresenta um valor absoluto de 13644 pessoas com esta dificuldade atingindo uma m dia de 2 8 da popula o 24 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde No que refere relativamente a dificuldade em ouvir encontra se o concelho de Porto Novo com 1 8 da popula o do concelho e o concelho do Tarrafal com 1 7 da sua popula o S o estes concelhos que apresentam a maior percentagem de pessoas com esta dificuldade Mas o concelho do Maio com 0 4 e Calheta de S o Miguel com 0 6 da popula o do concelho com esta dificuldade verifica se que estes apresentam as menores percentagem Comparando com o Pa s que atinge um valor absoluto de 4821 pessoas que enfrenta esta dificuldade o que corresponde a 1 0 da popula o Voltando para a dificuldade em andar ou subir degraus os o concelho da Brava conta com 3 9 da popula o e o concelho do Paul com 3 7 da popula o sendo estes os que apresentam a maior percentagem O concelho do S o Salvador do Mundo e o concelho do Mosteiros com as menores percentagem a n vel nacional Contudo o concelho do S o
58. decib is Esses limites se encontram no n vel da percep o da palavra sendo necess ria uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida frequente o atraso de linguagem e as altera es articulat rias havendo em alguns casos maiores problemas lingu sticos Esse aluno tem maior dificuldade de discrimina o auditiva em ambientes ruidosos Em geral ele identifica as palavras mais significativas tendo dificuldade em compreender certos termos de rela o e ou frases gramaticais complexas Sua compreens o verbal est intimamente ligada sua aptid o para a perce o visual Surdo Portador de surdez severa aquele que apresenta perda auditiva entre setenta e noventa decib is Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns ru dos familiares e poder 34 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde perceber apenas a voz forte podendo chegar at quatro ou cinco anos sem aprender a falar A compreens o verbal vai depender em grande parte de aptid o para utilizar a percep o visual e para observar o contexto das situa es Portador de surdez profunda aquele que apresenta perda auditiva superior a noventa decib is A gravidade dessa perda que o priva das informa es auditivas necess rias para perceber e identificar a voz humana impedindo o de adquirir naturalmente a linguagem oral As perturba es da fun o auditiva est o ligadas tanto
59. des de alcance para utiliza o com seguran a e autonomia em quaisquer espa os proporcionando a maior independ ncia poss vel e dando ao cidad o deficiente ou aqueles com dificuldades o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar Locomo o mobilidade ocorre quando uma pessoa se locomove ou seja anda move se de um lugar para outro Acess vel Espa o edifica o mobili rio equipamento urbano ou elemento que possa ser alcan ado acionado utilizado e vivenciado por qualquer pessoa inclusive aquelas com mobilidade reduzida O termo acess vel implica tanto acessibilidade f sica como de comunica o Barreira arquitet nica urban stica ou ambiental Qualquer elemento natural instalado ou edificado que impe a a aproxima o transfer ncia ou circula o no espa o mobili rio ou equipamento urbano Cadeirante usu rio de cadeiras de roda Cal ada Parte da via normalmente segregada e em n vel diferente n o destinada circula o de ve culos reservada ao tr nsito de pedestres e quando poss vel implanta o de mobili rio sinaliza o vegeta o e outros fins Cal ada rebaixada Rampa constru da ou implantada na cal ada ou passeio destinada a promover a concord ncia de n vel entre estes e o leito carro vel Circula o externa Espa o coberto ou descoberto situado fora dos limites de uma edifica o destinado circula o de pedestres As reas de circula o externa incluem
60. difica es Fortaleza CE sine nomine s n Acessibilidade para pessoas portadoras de defici ncias in http jus com br revista texto 9167 Acessibilidade para pessoas portadoras de deficienciastixzz sCI45cVQ consultado em 07 10 2014 AMARAL Il dio Santiago de Cabo Verde A Terra e os Homens Lisboa Mem ria da junta de Investiga o do Ultramar 2 S rie n 48 1964 ASSOCIA O BRASILEIRA DE NORMAS T CNICAS Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Defici ncias a Edifica es Espa os Mobili rios e Equipamentos Urbanos NBR 9050 1994 BATES T 1995 Technology open learning and distance education London New York Routledge CARLETTO Ana Cl udia GAMBIAHI Silvana Desenho Universal Um conceito para todos Mara Gabrilli S o Paulo 2009 de Defici ncias F sicas Dispon vel em http www rinam com br files REFERENCIAS DesenhoUniversalumconceitoparatodos pdf Consultado em 06 06 2009 CORREIA e SILVA Ant nio Le o Praia a lenta emerg ncia de uma capital In Investiga o Cultural e Pensamento n 2 Julho 1998 Carta de Veneza sobre a conserva o e restauro dos monumentos e dos s tios 1964 n 2 CARVALHO FREITAS Maria Nivalda de et al Inclusao social de pessoas com defici ncia em Cabo Verde frica Revidta Mo ambra aconselhando a alfabetiza o nos pa ses de 83 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde l ngua portuguesa
61. dosos gestores obesos crian as e PCD f sica 3 Par metros antropom tricos Atendendo conce o de desenho universal os espa os e mobili rios devem ser criados nas cidades para atender a todos gestantes idosos crian a PCD permanente ou tempor ria etc de forma simples e segura O desenho tamb m deve ser facilmente percebido pelas pessoas vindas de outras cidades pa ses O desenho destes espa os e mobili rios tem que ser 46 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde funcional e de f cil perce o As carater sticas antropom tricas do homem sentado em p de cadeira de rodas com muleta e baixa estatura devem ser levadas em conta no ato do desenho t cnico e mormente aprovado pelas entidades competentes Pois cada projeto de constru o civil deve ser pensado pela sua utilidade p blica seus utentes e usu rios mais diretos O desenho t cnico deve ancorar se na antropometria enquanto ci ncia que se baseia no levantamento de dados das diversas dimens es corporais tamanhos propor es volumes formas movimentos e articula es MENEZES e SPAINE 2010 p 89 LIDA 2005 p 97 confirma que a antropometria refere se s medidas f sicas do corpo humano em termos de tamanho e propor es Para Silva 1987 p 381 as PCD f sicas s o aquelas que n o est o dentro dos padr es estabelecidos socialmente como normalidade seja por causa f sica sensorial
62. e a igualdade de oportunidades Na d cada de 70 tanto na Europa quanto nos EUA come aram a dar nfases s solu es especiais atrav s da normaliza o e integra o O conceito de Desenho Universal se desenvolveu entre os profissionais destes pa ses com o objetivo de definir um projeto de produtos e ambientes para serem usados por todos na sua m xima extens o poss vel sem necessidade de adapta o ou projeto especializado para as PCD Na d cada de 80 o termo Universal Design foi usado pela primeira vez por Ronald Mace arquiteto americano que locomovia em cadeiras de rodas como o aux lio de um respirador artificial Mace formado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte praticou uma 42 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde arquitetura convencional no come o da sua carreira at se envolver com a proposta de criar ambientes que fossem acess veis a maior parte poss vel das pessoas estabelecendo in meros conceitos arquitet nicos capazes de adequar os ambientes s necessidades de indiv duos com diferentes A partir deste momento que se come ou a questionar por que os produtos e servi os n o eram desenvolvidos para atender a todas as pessoas A ideia seria criar um novo padr o que pudesse atender a necessidade de todos Este conceito bastante amplo e pode ser aplicado a diferentes produtos consumidos diariamente nos espa os p blicos frequentados nas moradias e
63. e superf cies com texturas diferenciada piso t ctil o que n o tem se registado nestes equipamentos Tendo em conta este cen rio inevit vel o apoio de terceiros para que as PCD ultrapassem tais barreiras Contudo para que o acesso as maquina sejam acess vel s o necess rios a introdu o dos equipamentos eletromec nicos como alternativas para garantir a circula o a todas as pessoas visto que o dimensionamento destes equipamentos n o permitem a cria o de rampas de 66 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde acesso pois para vencer estes desn veis precisam de rampas com 6 de inclina o de acordo com o DECRETO LEI n 9 11 Diz diz Acesso s portas e circula o interna Segundo o regulamento geral de constru o e habita o urbana do DECRETO LEI n 9 11 a largura til m nima dos v os das portas de entrada nos edif cios abertos ao p blico de 0 90 m e 2 10m de altura devendo evitar se a utiliza o de ma anetas e de portas girat rias salvo se houver portas com folha de abrir cont guas Devem ter revestimento resistente a impacto na extremidade inferior com altura m nima de 0 40m do piso com o intuito de suportarem as pancadas de bengalas muletas plataformas de p s de cadeira de rodas ou de roda dessas cadeiras As portas situadas em reas confinadas ou em meio a circula o devem ter um espa o m nimo de 0 60m cont guo ao v o de abertura par
64. em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas afiguram se importantes para que cada deficiente circule sem aux lio de terceiro ou mesmo deixar de circular por inexist ncia de condi es urbanas para o seu tr nsito de suma import ncia que sejam respeitados os limites refer ncias de largura para que uma pessoa de cadeira de rodas transite num determinado lugar sem dificuldades e barreiras estabelecidas Conforme demonstra o a seguir podemos observar as diversas representa es de dimens es respetivamente de uma pessoa sozinha transitando atrav s de cadeira de rodas uma pessoa de cadeira de rodas e uma pessoa que n o a utiliza e por ltimo as dimens es necess rias para que duas pessoas de cadeira de rodas possam de deslocar sem dificuldades Vista superior Vista frontal a Uma pessoa em cadeira b Um pedestre e uma pessoa c Duas pessoas em de rodas de rodas em cadeira de rodas cadeiras de rodas Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 7 Circula o com cadeiras de rodas 49 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 3 3 rea para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento As figuras a baixo demonstram o espa o utilizado para que se realize uma manobra de cadeira de rodas sem deslocamento e com deslocamento respetivamente As medidas necess rias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento conforme mostram as figuras s o a Para rota o de 90 b Para
65. em ouvir Fonte Adaptado de INE e RGPH 2010 Gr fico 1 Representa o dos deficientes por incapacidade em ouvir e intelectual m Dificuldade em ver E Dificuldade Fisico motora 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 o o e gt no o 7 p p o A o Na gt y A Ka a so RO O O lt Fi SS s S Ri S S Ka L D o E ES y D D K ka e v SS CO Re LP Ss e gt o z X e o S S Eq Es k Ss SS ad P D gt y S S 5 e e e E a e e as se o 9 P X e Fonte Adaptado de INE e RGPH 2010 Gr fico 2 Representa o dos deficientes por incapacidade em ver e f sico motora No meio urbano e no meio rural as realidades s o contrastantes e sim tricas Talvez n o haja uma justifica o convincente ou cientificamente comprovada para essa din mica mas o fato que nas duas grandes cidades do pa s Praia e S o Vicente Mindelo concentram se maior 26 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 2 n mero de PCD Em ordem de import ncia ao presente estudo no meio urbano que a arquitetura deve ter maior cuidado Pois ai se comprova mais vezes a necessidade urbana de adapta o arquitet nica a todos os seus utentes e usu rios 3 Defini o dos tipos de defici ncia A classifica o das defici ncias pode ser aplicada a v rios aspetos da sa de e da doen a dependendo da
66. embraram de um pormenor adicional que n o existe meio de transporte adequado e convidativo para l ir N o sabem onde descer e onde apanhar os meios de transporte e pior atravessar estradas A acessibilidade interna ou dentro dos edif cios os cegos apesar de demonstrarem menos conhecedores porque precisam de um mapa mental das localiza es t m uma opini o formada duma inacessibilidade geral Nos depoimentos ressalvamos coment rios importantes de que dentro dos edif cios como um banco ou uma casa comercial n o sabem onde est o as coisas e os atendimentos J os cadeirantes queixam mais das escadarias e rampas inapropriadas das institui es Para alguns as constru es mais recentes s o mais acess veis que as mais antigas Ilustraram com as instala es do Hospital Agostinho Neto que bastante acess vel no r s do ch o mas se tiveres consultas nos pisos de cima s l chegas com ajuda de terceiros Concluem que circular no Plateau s facilitada com ajuda de terceiros Conclus o Praia Maria Bonita Cantou Cod de Dona uma tese e uma verdade Ningu m pode negar ou pelo menos algu m algum negaria a sua beleza de tal forma como as PCD afirmam com propriedade que o Plateau inacess vel e perigoso Das hip teses levantadas inicialmente agora n o dif cil de infirmar que as PCD n o frequentam certos espa os p blicos e de lazer 81 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos e
67. erna Farm cia do Estado e Farm cia Africana e em termos de acessibilidade as farm cias Central e a do Estado est o num patamar superior numa altimetria de 5 degraus 2 22 86 Espa os Abertos Passeios e Pra as A cidade da Praia est longe de ser uma cidade pomar Por n meros de esp cies vegetais que tem leg timo afirmar que carece de espa os verdes No entanto existem duas pra as no bairro de Plateau que harmonizam quanto podem a bela paisagem deste planalto Nos passeios sobretudo na rua pedonal est o distribu das rvores de sombra que em termos est ticos contribuem para tal harmoniza o Observando os espa os e a localiza o das rvores as PCD s usufruem das boas sombras Quer dizer que enquanto a localiza o das rvores constitui barreira para locomo o de certos tipos de defici ncia os deficientes visuais tem dificuldades acrescidas em situar se em fazer leitura dos espa os Estes n o est o sinalizados para os deficientes Os postes de sinais de tr nsito e de ilumina o p blica as plantas e os marcos que constituem barreiras contra entradas de carros est o implantados no meio do acesso comum Eles n o est o sinalizados para os cegos 76 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 24 Barreiras mobilidade no acesso aos passeios e pra as Esteticamente n o se pode reprovar qualquer aspeto d
68. espeito s dimens es necess rias e desobstru das nos pedonais Para uma boa organiza o urbana a situa o dos pavimentos para diferentes usos deve respeitar normas de acessibilidade Com aux lio da fic o ilustramos uma berma cujo estacionamento delimita o passeio em menos de 1 0 metro desde logo se o carro estacionar se com para choque em cima do passeio este reduz para menos cerca de 0 80 m um cego com c o guia ser acidentado ou um deficiente com apoio de trip n o passa etc O mesmo podemos falar das dimens es referenciais para cadeiras de rodas manuais ou motorizadas Em refer ncia ao espa o f sico utilizado por uma pessoa que se utiliza cadeiras de rodas para realizar sua locomo o o espa o dispon vel e livre sem qualquer obst culo fundamental para o seu trajeto nas ruas Sabendo que em termos gerais as cadeiras de rodas com acionamento manual pesam entre 12 kg a 20 kg e as motorizadas at 60 kg qualquer obst culo significa transtorno no seu percurso 48 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 040 0 30 042 0 25 a 0 46 20 40 a045 1 1 20 ai A i o q 2 S5 rm o g Ge E S o a y T f O 0602070 _ 033 _ 095a1 415 a Vista frontal aberta b Vista frontal fechada c Vista lateral Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 6 Dimens es de cadeiras de rodas 3 2 rea de circula o As dimens es referenciais para deslocamento
69. essas constru es uma vez que est o rigorosamente pintados e representativos Podemos observar os pilares expostos na rua do Banco de Cabo Verde BCV Eles s o partes viscerais do edif cio de todas as formas devem existir como colunas que suportam o peso do edif cio Por ventura tais pilares n o teriam raz es t ticas de existirem doutra forma Assim como est a fiada dos pilares em um simples acidente com um deficiente cego pode custar uma vida A fixa o dos pilares no eixo do passeio deveria ter pelo menos uma sinaliza o no pavimento De antem o o C digo T cnico de Edifica o em Cabo Verde n o faz refer ncia em nenhum dos seus artigos se o ou cap tulos apesar de nos artigos art 58 e 59 falam sobre acessos e circula es e percurso acess vel mas refere sobre a acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada e n o faz refer ncia para a acessibilidade e mobilidade das PCD visual Embora no seu anexo I que faz a narra o sobre as normas t cnicas para melhoria da acessibilidade com seguran a e autonomia dos cidad os com mobilidade condicionada aos edif cios que recebem o p blico espa o mobili rio equipamentos urbanos e transportes p blicos na sua sec o sexta no ponto 2 que alude sobre a passagem de pe es montra a preocupa o com a acessibilidade das PCD sobretudo os deficientes visuais no que tange a sinaliza o t til de alerta em obst culo suspensos nos rebaixa
70. funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da m dia oriundo do per odo de desenvolvimento concomitante com limita es associadas a duas ou mais reas da conduta adaptativa ou da capacidade do indiv duo em responder adequadamente s demandas da sociedade nos seguintes aspetos comunica o cuidados pessoais habilidades sociais desempenho da fam lia e comunidade independ ncia na locomo o sa de e seguran a desempenho escolar lazer e trabalho 3 5 Defici ncia M ltipla Conforme MEC 1999 a associa o de duas ou mais defici ncias prim rias mental visual auditiva f sica no mesmo indiv duo com comprometimentos acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa A defici ncia f sico mental e a surdo cegueira s o exemplos deste tipo de defici ncia Podem ainda admitir outros conceitos que abrangem incapacidade e desvantagem podendo ser assim admitidos na perspetiva de Amiralian 2000 a incapacidade como a restri o resultante de uma defici ncia da habilidade para desempenhar uma actividade considerada normal para o ser humano Surge como consequ ncia direta ou resposta do indiv duo a uma defici ncia psicol gica f sica sensorial ou outra Representa a objetiva o da defici ncia e reflete os dist rbios da pr pria pessoa nas atividades e comportamentos essenciais vida di ria Conceitua a desvantagem como preju zo para o indiv duo resultante de uma defici
71. i constru do carece de acessibilidade para as PCD em particular o deficiente f sico motora ou visual O acesso porta deficit ria apesar de a abertura til na horizontal s o de 0 90 metros tal como o recomendado no regulamento geral de constru o e habita o urbana mas no que refere a altura da porta contradiz o referido regulamento pois verifica se uma altura til de 1 95 metros uma vez que o regulamento recomenda uma altura til de 2 10 metros A soleira da porta que deveria ter uma altura m xima de 0 02 m Confirma se uma altura de 0 17 metros na soleira da porta de modo que impede o acesso a PCD como o caso do deficiente f sico motora As principais barreiras em termos da circula o interna no referido equipamento s o os degraus exigindo um esfor o f sico maior sobretudo para as PCD por vezes demasiado para se posicionar diante da m quina Ainda sem se levar em conta s reas para manobra de cadeiras de rodas tanto com ou sem deslocamento visto que o espa o tem uma largura de 1 0 metros por 2 48 metros de comprimento o que n o facilita a manobra de cadeira de roda pelo menos sem movimento que exigi uma dimens o livre de 1 50 metros em di metro para fazer uma rota o de 360 evidente que os usu rios de cadeiras de rodas possuem caracter sticas espec ficas de alcance manual podendo variar de acordo com a flexibilidade de cada pessoa As medidas apresentadas s o baseadas na m dia de dimensionamento
72. imo faixa de circula o nos passeios e cal ad es ligados ao leito carro vel por meio de rebaixamentos das guias com rampas nos passeios ou quaisquer outros meios de acessibilidade Rampas constru das sempre que 63 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde poss vel na dire o do fluxo de pedestres Bordas afuniladas eliminando se mudan as abruptas de n vel de superf cie da rampa em rela o ao passeio Rampas livres de mobili rio barreiras e obst culos e alinhamento entre si De acordo com a norma t cnica NBR 9050 04 nos parques at vinte e cinco 25 lugares devem ser reservados no m nimo dois 2 lugares para ve culos em que um dos ocupantes seja uma pessoa em cadeira de rodas Quando o n mero de lugares for superior dever aplicar se a tabela seguinte Lota o do parque N mero m nimo de espa os reservados acess veis Fonte Associa o Brasileira de Normas T cnicas NBR 90 50 Tabela 1 Rela o das vagas de estacionamento de ve culos de pessoas com defici ncia no Brasil Comparando com a norma t cnica de Cabo Verde verifica se uma a proximidade visto que segundo o Decreto lei n 09 11 nos parques at vinte 25 lugares devem ser reservados no m nimo tr s 3 lugares para ve culos em que um dos ocupantes seja uma pessoa em cadeira de rodas e acrescenta que se o n mero de lugares for superior dever aplicar se a tabela seguinte L
73. istente com rcio tradicional concentrada em grandes superf cies a inseguran a que cada vez mais sentida na cidade entre outros Em consequ ncia mais recentemente tem se tentado salvar e recuperar o espa o p blico principalmente nos centros hist ricos mas frequentemente esta tentativa tem tornado os centros hist ricos num espa o segregado e fragmentado Assim se v m perdendo as principais fun es do espa o p blico na continuidade urbana das quais derivam todas as suas potencialidades A seguran a e o conforto s o dois aspetos cruciais a ter em conta quando se analisa ou projeta um espa o p blico A melhor maneira de garantir a seguran a no espa o p blico a continuidade do seu uso social ou seja garantir a presen a de pessoas o que implica que esse espa o seja agrad vel movimentado acess vel a todo o tipo de pessoas e grupos tanto a n vel de idades defici ncia como etnia e que se possam realizar certas atividades Na perspetiva de Tales 2009 desenhar cidades sem barreiras livres de obst culos bom para todos introduz patamares de seguran a e conforto e permite sustentabilidade ao longo das gera es futuras evidente que uma cidade acess vel uma cidade mais competitiva Pessoalmente diremos todas estas novas reflex es sobre as cidades e as pessoas que elas cont m remetem nos para novos pensamentos e orienta es que t m obrigatoriamente de ser materializados no planeamento da cidade
74. ito significativamente nas ltimas d cadas especialmente nas cidades Fruto da dispers o urban stica e da desnucleariza o das atividades das novas formas de organiza o profissional dos novos modos e estilos de vida que a sociedade contempor nea despoletou No in cio dos anos 60 surge na rea da arquitetura tanto nos Estados Unidos da Am rica EUA como na Europa o conceito de Projetos Livres de Barreiras focado principalmente na defici ncia f sica em particular aos problemas de circula o que afetam s pessoas usu rias de cadeira de rodas No in cio dos anos 80 com o surgimento dos primeiros movimentos reivindicat rios das PCD buscava se a elimina o de barreiras arquitet nicas existentes principalmente nas edifica es tendo como referencia as necessidades espec ficas das PCD f sica Em meados desta mesma d cada foram identificadas al m das barreiras ambientais e altitudinais as barreiras de comunica o e transporte Sendo assim as outras defici ncias 41 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde foram contempladas mas as necessidades das PCD ainda eram estudadas individualmente com solu es propostas separadamente para cada tipo Ainda nos anos 90 surge o conceito do Desenho Universal ou seja um planeamento arquitet nico ambiental de comunica o e de transporte onde todas as caracter sticas das pessoas s o atendidas independentemente
75. l inestim vel Vislumbramos a vila da Praia antes os primeiros sinais da sua proje o futura como cidade e percebe uma tend ncia para a afirma o de uma estrutura urban stica baseada numa harmonia geom trica onde ficamos com a ideia de que o n cleo mais antigo do Plateau estava a 54 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde organizar se segundo a estrutura das ruas largas seguindo linhas retas ainda pouco alongadas paralelas entre si e com transversais mais estreitas De acordo com Fazzino 1991 as plantas em refer ncia permitem constatar que o alinhamento das ruas da urbe foi realizado nessa altura n o s a partir das vias principais como tamb m dos dois largos j bem identificados a partir de 1840 Segundo a Portaria n 26 13 de 17 de Maio o Centro Hist rico da Cidade da Praia obteve a classifica o de Patrim nio Cultural Nacional Plateau uma rea estrat gica com uma estrutura f sico geogr fica em pequeno planalto confinado por fal sia de alto valor hist rico da cidade mas tamb m como mem ria hist rica de toda cultura nacional PDM da Praia 2008 2020 2 Circula o de Pessoas no Bairro de Plateau Para o presente estudo tomamos como refer ncia dois espa os onde a circula o poss vel H um espa o p blico de circula o externa dos edif cios urbanos radicados no bairro do Plateau e um espa o p blico de circula o interna dos edif ci
76. l moie a Da E E A E E E E ER 15 3 2 C Hip te sesespetifiC aSo nn a a ON 15 4 Defini o dos objetyos einna e a AGA RG E RES 16 4 1 Objetivo SJ geral ais jase a a a a a a aa a a e 16 A ODICAVOSESPECILCO Ss e E Sa 16 5 Metodo lo giace e o e le eta e aa ar ESR 16 6 Delimita o do campo T tulo do trabalho rear 17 7 Sit a GeosraliC Anna a a a N a a AS 17 8 Discric o Demogr fica e sensei an e a T da 19 Cap tulo 1 Situa o das pessoas com defici ncia no Mundo e em Cabo Verde perante as barreiras arquitet nicas s snsoooosseoseoseeeseesoeseesstesestsstessesersseessesnesseessesse 20 1 Origem do termo a Defici ncia se sesssseseeseesseesseseesseesseestsseesseestesresseeseseessressesest 20 2 A deficiencisem Cab Verde zuenian e T E SE 24 3 Defini o dos tipos de defici ncia eeeeeseeeeeseeeseeesesresseserssressessrestessessresrensresresressee 27 3 1 Defici ncia F sico motora usas smaraitasasoas ineei n n e EE aa sa E a ae ii 27 3 2 Defici ncia Visualisering einn a r a a e aose atenta 29 3 3 Defici ncia Auditiva ou Surdez ssa eU 32 3 4 Defici ncia Mental ou Inteletual 0000nnsoooeeneseeeeesseeeessoseesssseessssessessereesseeesssseesssseres 36 3 5 Defici ncia M ltiplas asas ri nee ieioea s ASE E dd ad 36 4 Solu es de tecnologias assistiva ss sseniresseemnaresateissa tati qsaiasassadraneacaaaisipca den anasastatesen a 37 Cap tulo 2 Pessoas com defici ncia e i
77. lidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde diretamente ou indiretamente constituem barreiras para as PCD sobretudo para os deficientes f sico motora e visual As imagens abaixo retratam tais barreiras Legenda Fig 01 Caixa Multibanco ATM de Caixa Econ mica no Edif cio POP Fronteira Fig 02 Caixa Multibanco ATM de Caixa Econ mica no Edif cio do Banco Caixa Econ mica de Cabo Verde Fig 03 Caixa Multibanco ATM de BCN Edif cio do Banco BCN Fig 04 Caixa Multibanco ATM de BCA edif cio BCA Fonte fotografias do autor 2014 Ilustra o 15 Acesso s m quinas da rede vinti4 no bairro de Plateau Naturalmente As escadas de acesso s m quinas a inexist ncia do piso t ctil torna o espa o inacess vel ou ent o exigem um esfor o por vezes demasiado para se posicionar diante das m quinas que pretendem fazer as suas opera es Para Tales 2009 para melhorar a potencialidade do percurso acess vel designadamente para os cegos o ideal seria introduzir uma guia de orienta o comunica o tema de alta relev ncia no mundo atual e qualquer esfor o nesta rea s tem sentido se efetivamente for dirigida e acess vel a todos importante que algumas orienta es quanto as diferentes formas de comunica o sejam observados com aten o O meio de comunica o dirigido s PCD visuais a linguagem t ctil se manifesta por informa es em Braille d
78. lo Revista Nacional de Reabilita o 2003 p 1236 S E H A B Guia de acesso em edifica es Publica o da Comiss o de Acessibilidade CPA da Secretaria da Habita o e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do Munic pio de S o Poulo SEHAB Ed E L Querin Meb 16 439 SILVA Maria Isabel 2011 Por que a terminologia pessoas com defici ncia in http www prograd uff br sensibiliza por que terminologia pessoas com deficiencia acessado a 22 01 15 SILVA Priscila 2011 Un mundo pa nos tudu cartilha sobre a defici ncia Comiss o Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania Handicap International SUPLICY Marta Guia de acessibilidade em edifica es E L Querin Mtb16 439 TEARE R Davies D amp Sandelands E 1998 The virtual university an action paradigm and process for workplace learning London New York Cassell TELES Paula 2005 Os territ rios sociais da Mobilidade Um desafio para reas rea Metropolitana de Porto Lugar do Plano Aveiro 2009 Cidades de Desejo entre Desenhos de Cidade Boas Praticas de Desenho Urbano e Design Inclusivo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade 86 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 87 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 4 Ap ndice 4 1 Proposta de melhoramento O Plateau um bairro de grande concentra o de ins
79. longe de responder a demanda dos utentes Quanto preocupa o com a mobilidade dos deficientes salienta se que existe lei que define algumas diretrizes em rela o a tal mas na pr tica ainda n o se aplica Considera se preocupante a inexist ncia de autom vel que faz servi o de transporte coletivo urbano de passageiros com condi o para transportar as PCD Na cidade da Praia ainda n o existe autocarros de piso rebaixado para permitir uma viagem de ida e volta para uma pessoa com mobilidade reduzida por exemplo se se precisar de ir ao hospital ou outro lugar qual o transporte adequado que pode apanhar e que n o obriga ajuda do terceiro na sua mobilidade transparente a exclus o social no dom nio do transporte coletivo urbano de passageiros na cidade da Praia Os acessos aos parques de estacionamento no bairro do Plateau s o implantados em pisos situados acima do n vel do pavimento das ruas Fonte fotografias do autor 2014 Ilustra o 13 Parques de estacionamento no bairro de Plateau Segundo o plano da DMPNP PO 2013 o bairro de Plateau conta com 954 n meros de lugares de estacionamento a tarifar 125 n meros de lugares de estacionamento privativo para 62 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde al m das reas de estacionamento exclusivo a moradores Por m os lugares de estacionamento reservado para ve culos das PCD n o foram regularizados na propo
80. m Cabo Verde Na conce o filos fica dos greco romanos o Estado tinha o direito de n o permitir que cidad os defeituosos vivessem e assim sendo ordenava ao pai que matasse o filho que nascesse nessas condi es AMARAL 1995 Na Idade M dia o pecado era ent o associado a tais deformidades Foi na poca do Renascimento e com o despertar cient fico que a postura sobre a necessidade de se educar o aluno com defici ncia come ou a admitir novas condutas MORAES 2007 Durante a Segunda Guerra Mundial morreram acima de duzentos mil cidad os alem es com defici ncia como parte do Aktion T 4 Euthanasia Program GALLAGHER 1995 Esse programa foi sancionado por Hitler em 1939 e interrompido em 1941 devido a protestos de PCD familiares amigos e da Igreja Ainda Agostino 2004 refor a que mesmo os defensores do Nazismo foram contr rios ao programa pois envolvia a elimina o de muitos soldados que se tornaram incapacitados durante a Primeira Guerra Mundial As conce es que justificaram a morte de milhares de PCD durante a Segunda Guerra Mundial ainda se encontram presentes na atualidade na a o de pessoas que se recusam a frequentar o mesmo ambiente que uma pessoa com defici ncia GALLAGHER 1995 O per odo p s Segunda Guerra Mundial poca em que o status das pessoas com defici ncia come ou a modificar se Os pa ses europeus em situa o prec ria precisavam de homens para o mercado de trabalho Por outro
81. m Cabo Verde devido s dificuldades de acesso Com base nos depoimentos e levantamento efetuado conclu mos que as PCD frequentam certos espa os p blicos e de lazer mesmo havendo dificuldades de acesso mas s se houver garantia de seguran a e quem os ajude a transpor as barreiras O fato de as PCD n o frequentarem certos espa os p blicos e de lazer devido s dificuldades de acesso corresponde desde logo a exclus o social As barreiras arquitet nicas existentes nos espa os p blicos tal como identificados nos levantamentos efetuados e demostrados com fotos negam os direitos de certos grupos populacionais com algum tipo de defici ncia de gozar os seus direitos cidadania De todas as formas as PCD com maior grau de dificuldade de mobilidade como os cadeirantes e os cegos principalmente n o participam na vida c vica pol tica religiosa e cultural por causa da acessibilidade O presente trabalho p e a nu uma situa o de desigualdade social onde certas pessoas est o inibidas de ter acesso ao principal bairro do pa s o bairro central da cidade capital onde concentram principais institui es e acontecem eventos sociais pol ticos e culturais que marcam a vida dos cabo verdianos Estamos perante uma cidade hist rico cultural centen ria cuja constru o n o esconde marcas arquitet nicas geracionais que de certa forma n o tem respeitado normas de constru o para uma cidade inclusiva Nos projetos e planos urban sticos i
82. m acesso sala de aula n o conseguem ler livros impressos n o compreendem auditivamente a fala do interlocutor exatamente como Tales 2009 afirmou as cidades acess veis s o efetivamente cidades mais competitivas para viver e trabalhar Supostamente muitos jovens com defici ncia poderiam ir ao cinema assistir a jogos trabalhar e viajar se fossem eliminados os obst culos constru dos no meio urbano os quais impedem e dificultam a circula o das pessoas que sofrem de alguma incapacidade Desta feita a cidade n o devia ter limites de mobilidade Por m a realidade tem mostrado que a cidade em vez de reunir separa as pessoas e em vez de incluir exclui justamente porque na generalidade sem 60 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde qualquer preocupa o e cumprimento das leis realizam se passeios estreitos interrompem se os sistemas de continuidade pedonal n o se colocam passadeiras n o se fazem rebaixamentos de acesso aos passeios ou a faixa elevada que conecta duas calcadas opostas em um mesmo n vel que al m de dar prefer ncia facilita o trafego de pedestres tamb m serve para reduzir a velocidade dos ve culos aumentando assim a seguran a da travessia Naturalmente coloca se a sinal tica informativa publicit ria e de tr nsito em s tios desapropriados localizam se as rvores nos passeios em vez de se colocarem nos canteiros s o plantas que possam causa
83. m que as imagens dos dois olhos v em se incapazes de se reunirem numa nica imagem focada Catarata chamada tamb m de carne nas vistas o que faz com que se perda a vis o progressivamente assim que a catarata vai avan ando para a retina mas a vis o pode ser reposta atrav s de uma interven o cir rgica ou de outros processos cl nicos Existem v rios outros problemas que afectam os olhos e que podem comprometer a vis o e causar assim a defici ncia visual 3 3 Defici ncia Auditiva ou Surdez Consiste na perda total ou parcial cong nita ou adquirida da capacidade de compreender a fala pelo ouvido Um individuo considerado surdo quando a sua audi o n o s o de todo funcional e parcialmente surdo quando a sua capacidade de ouvir ainda que deficiente funcional com ou sem pr tese auditiva As PCD auditiva possuem como evidente profundos problemas de comunica o com claros reflexos sobre a sua vis o do mundo e integra o social Nos casos de surdez leve em que a pessoa consegue expressar se oralmente e perceber a voz humana os aparelhos ao redor ou dentro do ouvido podem ser utilizados para aumentar o volume dos sons e auxiliar a audi o J nos casos de surdez profundo em que a pessoa n o consegue perceber a voz humana essa dificuldade s super vel com o desenvolvimento de uma linguagem gestual espec fica com a qual poder o comunicar se 32 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia
84. mas n o necessariamente se limitam a reas p blicas como passeios cal adas vias de pedestres faixas de travessia de pedestres passarelas caminhos passagens cal adas verdes e pisos drenantes entre outros bem como espa os de circula o externa em edifica es e conjuntos industriais comerciais ou residenciais e centros comerciais Defici ncia toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou fun o psicol gica fisiol gica ou anat mica que gere incapacidade para o desempenho de atividade dentro do padr o considerado normal para o ser humano Desenho universal Aquele que visa atender maior gama de varia es poss veis das caracter sticas antropom tricas e sensoriais da popula o Equipamento urbano Todos os bens p blicos e privados de utilidade p blica destinados presta o de servi os necess rios ao funcionamento da cidade implantados mediante autoriza o do poder p blico em espa os p blicos e privados Espa o acess vel Espa o que pode ser percebido e utilizado em sua totalidade por todas as pessoas inclusive aquelas com mobilidade reduzida Faixa elevada Eleva o do n vel do leito carro vel composto de rea plana elevada sinalizada com faixa de travessia de pedestres e rampa de transposi o para ve culos destinada a promover a concord ncia entre os n veis das cal adas em ambos os lados da via Faixa livre Area do passeio cal ada via ou rota destinada exclusivamente circula
85. mentos das cal adas nas escadas por m n o se trata da sinaliza o t til direcional Mas j c digos internacionais trazem devidamente especificados Com alus o aos regulamentos brasileiros NBR9050 2004 faz men o a todos os tipos de constru es A sinaliza o do tr nsito e fixa o de pe es al m de outros objetos como m quinas de vendas autom ticas de bilhetes s o exuberantemente fixas no eixo do passeio Ilustramos com algumas fotos de forma a comprovar a nossa constata o 71199 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 25 Barreiras mobilidade no acesso aos passeios Tecnicamente os obst culos em objetos de utilidade p blica quando fixados nos eixos do passeio d os cegos sensa o de descontinuidade do passeio e ao mesmo tempo constitui perigo pois facilmente pode atropelar se nesses objetos 2 2 2 9 Pra as Nos dias de hoje com as mudan as clim ticas cada vez mais acentuadas onde as ondas de calor s o imprevis veis os espa os verdes e as pra as p blicas ganham cada vez mais import ncias como pontos de divers o noite e principalmente ao meio dia Tamb m os deficientes sobretudo os cegos e cadeirantes s o por direito usu rios desses espa os Pensando nisso trazemos para esta an lise as fotos das duas pra as que descritivamente portam irregularidades em termos arquitet nicos Fon
86. mplem toda a diversidade humana 1 1 1 Princ pios do desenho universal Na d cada de 90 Rom Mace criou um grupo de arquitetos e defensores destas ideias para estabelecer os sete princ pios do Desenho Universal 43 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde l Igualit rio Uso equipar vel S o espa os objetos e produtos que podem ser utilizados por PCD capacidades e habilidades evita segregar ou estigmatizar alguns usu rios e possui um desenho atraente tornando os ambientes iguais para todos 2 Adapt vel Uso flex vel Design de produtos ou espa os que atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas prefer ncias sendo adapt veis para qualquer uso Permite que canhotos e destros o utilizem facilita a acuidade e a precis o do usu rio como tamb m se adapta ao ritmo de qualquer pessoa 3 bvio Uso intuitivo e simples De f cil entendimento para que a pessoa possa compreender independente de sua experi ncia conhecimento habilidades de linguagem ou n vel de concentra o 4 Conhecido Informa o de f cil perce o Comunica eficazmente a informa o necess ria ao usu rio independente das condi es do ambiente ou das habilidades sensoriais do mesmo Desta forma as informa es s o transmitidas para atender s necessidades do recetador seja ela uma pessoa estrangeira com dificuldade de vis o ou audi o 5 Seguro Tolerante ao erro Cont
87. mplementados at ent o carecem de elementos integradores que garantem acessibilidade para todos e o bairro em si carece de informa es detalhados que permitam mobilidade de todos H uma pequena sensibilidade not ria de cria o de rampas para cadeirantes mas com uma eleva o desproporcional constituindo por si s perigo de acidente e como se n o bastasse a rampa s existe na rua acompanhada de escadarias internas de edif cios Espa os p blicos essenciais para frequ ncia das PCD n o permitem acesso com f cil mobilidade como os passeios com in meros obst culos as igrejas as pra as os bancos a C mara Municipal etc Os espa os p blicos e de lazer n o satisfazem as condi es prim rias de acessibilidade e coloquem limita es aos cidad os que deles pretendem legitimamente fruir A acessibilidade e mobilidade das PCD nos espa os p blicos de lazer t m mostrado as preocupa es na elimina o das barreiras tanto no projeto como na constru o verdade que pessoas com mobilidade condicionada esperam de todos n s que utilizem criam mecanismo e instrumentos aos servi os de constru o de uma sociedade sem barreiras que permite boas condi es para a melhoria da qualidade de vida e da plena participa o c vica e social de todos os cidad os 82 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Bibliografia AA VV 2009 Guia de Acessibilidade Espa o P blico e E
88. na Em Cabo Verde as normas jur dicas consagram o princ pio da igualdade a todos os seres humanos sem quaisquer discrimina es subsistem na pr tica social e culturalmente diversas formas de restri o e limita es que afetam particularmente as pessoas com necessidades especiais impedindo as de exercer plenamente a sua cidadania Nota se portanto que apesar de se terem evidenciados ganhos decorrentes de melhorias no ordenamento jur dico tal quest o vem ganhando dimens es e contornos cada vez mais complexos e preocupantes n o s para as PCD suas fam lias institui es publicas e ou os v rios setores que atuam nos dom nios da integra o de pessoas com necessidades especiais e de uma forma geral para o pa s enquanto um todo requerendo desta forma uma an lise global integrada da problem tica para que solu es sist micas possam ser encontradas e por via disso serem persuasivas Torna se necess rio promover condi es para o exerc cio efetivo desses direitos isto criar condi es espec ficas para que todos tenham as mesmas oportunidades e condi es em todas as esferas da vida educa o sa de trabalho emprego divers o etc Conforme P blio 2011 9 bastante comum ouvirmos frases como Nossa Mesmo cego ele usa o computador com um programa que fala Est brincando que apesar de surdo ele tem e usa um celular 40 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Ve
89. nalidade e integra o social do surdo apresentando se como elemento essencial na sua integra o Segundo Giusepp 1997 grande maioria das pessoas surdas continua demonstrando dificuldades tanto nos n veis fonol gicos e morfossint tico como nos n veis sem ntico e pragm tico 35 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 3 4 Defici ncia Mental ou Inteletual Trata se de um tipo de defici ncia que se manifesta durante a fase de desenvolvimento da pessoa ou seja dos O aos 18 anos Refere se a limita es no funcionamento intelectual sendo caracterizado por um estado particular da compreens o significativamente baixo da m dia que se associa a problemas de comportamento adaptativo Todas as pessoas que possuem um Q I abaixo de 70 s o consideradas pertencentes a este grupo O Q I uma medida criada para avaliar a capacidade de intelig ncia de uma pessoa atrav s de testes de racioc nio l gico Na classifica o adoptada o Q I m dio situa se entre 91 e 110 A defici ncia intelectual produz um atraso na aprendizagem n o conseguindo a pessoa afectada acompanhar o desenvolvimento intelectual dos indiv duos da mesma idade No entanto reconhece se em muitos deficientes mentais a capacidade art stica desportiva e mesmo intelectuais que podem e devem ser aprimoradas e desenvolvidas De acordo com MEC 1999 as necessidades educacionais Especiais caracteriza se por registrar um
90. navios Inicialmente utilizada como porto clandestino para n o pagarem as taxas aduaneiras na ent o capital Ribeira Grande a localidade foi progressivamente adquirindo carater sticas de uma vila com a gradual fuga das popula es da Ribeira Grande aquando do decl nio desta ltima A passagem oficial da capital de Ribeira Grande para Praia de Santa Maria deu se em 1770 Nessa mesma data deu se a fixa o da administra o na Praia a cidade estruturou o seu ritmo de desenvolvimento e ao n vel do planeamento urbano contou com a primeira escola prim ria oficial no ano de 1817 Com o governador Jo o da Mata Chapuzet nasceu a primeira renova o urban stica no ano de 1822 26 O bairro do Plateau contou com o alinhamento e calcetamento de arruamentos abertura de cal adas incentivo popula o para cobrir as casas com telha e caiar as paredes primeira rua alinhada da Praia Rua do Corvo Conforme o PDM da praia na sua segunda vers o 2013 Praia contava com 2300 habitantes no ano de 1858 Na mesma inst ncia foi elevado o estatuto de vila para cidade Praia ficou definitivamente a capital de Cabo Verde concentrando as fun es de centro pol tico religioso e econ mico Plateau ao contr rio de outros bairros da capital mereceu configura es planeadas ao logo dos tempos conforme a figura abaixo 53 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde de da j EVOLU O DA ESTRUTURA URB
91. ncia P1 Conhece Sim Vou s Sim Vou raras Sim S vou a Sim Vou de vez Sim Vou sempre Plateau para fazer vezes Calu amp Angela em quanto que for consultas Supermercado necess rio P2 Plateau bastante Esta a melhorar N o Tem muitas N o Maioria dos N o As ruas n o Acess vel inacess vel tem mas muito dificuldades de obst culos n o s o est o organizadas que haver muita dif cil acesso sinalizados e as para a mobilidade coragem que s o n o s o de PCD f ceis detetar atrav s de bengalas P3 Frequ ncia Raras vezes Sempre S vou a Frequentemente De vez em de Plateau Apenas para Calu amp Angela fazer quanto fazer consultas as compras no HAN P4 Dificuldade de circula o interna Sem ajuda de terceiros quase imposs vel N o f cil Tem que contar com ajuda de terceiros Sem usar uma terceira pessoas imposs vel As institui es carecem de informa es acess veis para PCD visuais N o existem refer ncias para as portas de entrada nas casas comerciais e institui es do estado P5 Dificuldade de circula o E preciso ter muita coragem Espa o sempre interrompido eu Existem 2 barreiras psicol gicas e f sicas As ruas n o s o acess veis Para Todas as ruas s o de dif ceis tempor rios de forma adequado externa mesmo j bati As pessoas precisam pegar um acessos com a cabe a nos
92. ncia Visual Caracteriza se pela perda total ou parcial da capacidade de ver Incluem se nessa classifica o a cegueira e a baixa vis o S o consideradas pessoas com baixa vis o as que mesmo utilizando culos lentes de contacto ou qualquer outro dispositivo ptico n o conseguem ter uma vis o n tida A vis o um dos sentidos que ajuda a compreender o mundo nossa volta Para compensar a falta dela as pessoas com defici ncia visual normalmente apuram muito a audi o e o tato para exagerar as coisas Essas capacidades dos invisuais conseguem ainda ser mais estimuladas com aux lios dos v rios recursos hoje dispon veis para a amplia o de sua comunica o mobilidade e desenvolvimento das aptid es pessoas O Braille uns pontinhos em alto relevo impressos no papel que podem ser lidos atrav s do tato uma forma especial de escrita e leitura dos invisuais Foi inventado em 1827 pelo Franc s Louis Braille que com tr s anos de idade havia perdido a vis o Com muita experiencia um invisual pode ler at 200 palavras por minuto O termo defici ncia visual refere se a uma situa o irrevers vel de diminui o da resposta visual em virtude de causas cong nitas ou heredit rias mesmo ap s tratamento cl nico e ou cir rgico e uso de culos convencionais A diminui o da resposta visual pode ser leve moderada severa profunda que comp em o grupo de vis o subnormal ou baixa vis o e aus ncia total da respos
93. ncia ou uma incapacidade que limita ou impede o desempenho de pap is de acordo 36 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde com a idade sexo fatores sociais e culturais Caracteriza se por uma discord ncia entre a capacidade individual de realiza o e as expetativas do indiv duo ou do seu grupo social Representa a socializa o da defici ncia e relaciona se s dificuldades nas habilidades de sobreviv ncia 4 Solu es de tecnologias assistiva Comit de Ajudas T cnicas 2007 citado por Ramos 2009 define a tecnologia assistiva enquanto uma rea do conhecimento de caracter stica interdisciplinar que engloba produtos recursos metodologias estrat gias pr ticas e servi os que objetivam promover a funcionalidade relacionada atividade e participa o de pessoas com defici ncia incapacidades ou mobilidade reduzida visando sua autonomia independ ncia qualidade de vida e inclus o social As tecnologias assistiva s o instrumentos de acessibilidade utilizados para vencer barreiras encontradas pelas PCD na execu o das suas atividades Segundo Milani 2011 recursos j existentes podem ser tecnologias complexas ou simples mas servem para melhorar a capacidade do indiv duo de aprender competir trabalhar e interagir com amigos e familiares Diversos recursos podem minimizar ou at eliminar qualquer tipo de limita o para realiza o de uma ou mais atividades
94. ncias consultado em14 10 2014 NBR 9050 2004 Normas t cnicas para melhoria da acessibilidade com seguran a e autonomia dos cidad os com mobilidade condicionada aos edif cios que recebem o p blico espa o mobili rio equipamentos urbanos e transportes p blicos in Decreto Lei n 18 2011 sobre o regime jur dico da edifica o ed IS RIE NO 9 B O DA REP BLICA DE CABO VERDE 28 DE FEVEREIRO DE 2011 Pp 526 570 ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS ONU Declara o dos Direitos das Pessoas Deficientes 1975 Organiza o das Na es Unidas ONU 1975 Declara o dos Direitos das Pessoas Portadoras de Defici ncias Resolu o n 30 84 de 9 12 75 Plano Director Municipal da Praia 2008 2020 PREECE J 2000 Online communities designing usability supporting sociability New York John Wiley PRINZ Dieter E 1979 Projeto Urbano Urbanismo I 1980 Configura o Urbana Urbanismo II REMESAR Antoni ed alt Do projeto ao objeto Manual de boas pr ticas de mobili rio urbano em centros hist ricos 2 Edi o Lisboa Centro Portugu s de Design Julho 2005 Santos A 2000 Ensino a dist ncia amp tecnologias de informa o Lisboa FCA 85 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde SASSAKI Romeu Kazumi Vida independente hist ria movimento lideran a conceito reabilita o emprego e terminologia S o Pau
95. nclus o social 00 000n000on00o000o00000000000o 39 1 Breve hist rico da acessibilidade e mobilidade urbana 00ssnnssessosseseosseseesssssssssseeee 41 1 1 Desenho universal e acessibilidade ssa Da D 42 2 Leis e normas sobre a acessibilidade 0nnnnoeesseessesesessseessseessessesseesssetssseessresseessee 45 3 Par metros antropom tricos sseessessseesseeeeseeesstessersseeesetesssetsstessessereseeessseesstesseesset 46 3 1 Dimens es referenciais para desloca o de pessoas com mobilidade reduzida 47 3 2 Area de circulacion neo a e a EE E E E REEE A 49 3 3 rea para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento 50 3 4 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento 50 Cap tulo 3 Acessibilidade e mobilidade das pessoas com defici ncia no bairro do Plateau Praia 52 1 Enquadramento hist rico e cronologia espec fica bairro do Plateau 52 2 Circula o de Pessoas no Bairro de Plateau eee 55 2 1 Circ lac o externa snien s ee e EKo UA SOR ETE EASES 55 2 2 _ Circula o nterha enia aane a A E E E A AAT 65 3 Mobilidade das pessoas com defici ncia no bairro do Plateau Praia 80 COnclUS O sta oe s an aeaa e e a a e E a a eE OSES 81 Biblogtafi s scierenusina nnn a Oda RE E EE EEE AE E EREE 83 4 Voa o NAE E E E A E 88 4 1 Proposta de melhoramento anonn a T A a dd 88 5 7840 55 00 ABRIR ARENS E EE
96. ndes pela paci ncia e s bia orienta o o que me permitiu dar um salto qualitativo A todos o meu muito obrigado Sum rio O presente trabalho sobre a Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde num estudo de caso na cidade da Praia no bairro de Plateau o principal bairro da capital e do Pa s em termos urban stico hist rico e cultural permitiu saber a partir da metodologia qualitativa da investiga o com aux lio de t cnicas de entrevistas levantamentos fotogr ficos analisar e apurar o grau de acessibilidade das PCD proporcionadas pelas constru es urban sticas e arquitet nicas conforme os c digos t cnicos da edifica o Com respeito aos princ pios do Desenho Universal propomos em jeito de conclus o e solu o eliminar as barreiras arquitet nicas como medidas de inclus o das PCD Palavras chave Acessibilidade Desenho Universal Barreiras Arquitet nicas Pessoas com Defici ncia Inclus o Social Abstract This project about the Accessibility for people with disabilities to public spaces in Cape Verde facilitated us to know from the qualitative methodology of research the photographic survey the analysis and the clearance and the degree of accessibility for People With Disabilities PWD provided by the urban and architectonics buildings according to technical codes of the building This project used the methodology of case study based on interviews made in the
97. ndo infeciosas nutricionais traum ticas e causadas por doen as como as cataratas nos pa ses em desenvolvimento enquanto nos pa ses desenvolvidos s o mais importantes as causas gen ticas e degenerativas As causas podem ser divididas tamb m em cong nitas ou adquiridas De acordo com a OMS Alguns sinais carater sticos da presen a da defici ncia visual na crian a s o desvio de um dos olhos n o seguimento visual de objetos n o reconhecimento visual de familiares baixa aproveitamento escolar atraso de desenvolvimento e ainda nos adultos podem ser o borramento s bito ou paulatino da vis o Em ambos os casos s o vermelhid o mancha branca nos olhos dor lacrimejamento flashes retra o do campo de vis o que pode provocar esbarr es e trope os em m veis mas em todos os casos recomenda uma avalia o oftalmol gica para diagn stico do processo e poss veis tratamentos em car cter de urg ncia Segundo Nielson 1999 a defici ncia visual diz respeito a diminui o da capacidade de vis o e portanto s o usados v rios termos para descrever as defici ncias visuais como por exemplo fraca vis o vis o parcial baixa vis o cegueira entre outros Ele admite ainda que a vasta maioria da sociedade entende a cegueira como escurid o total mas para ele isso n o corresponde visto que tanto o c rebro como os olhos est o envolvidos no processo de vis o e existe v rios tipos de defici ncia visual Na pers
98. ngindo 97 1 com uma popula o total de 131602 habitantes 19 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Cap tulo 1 Situa o das pessoas com defici ncia no Mundo e em Cabo Verde perante as barreiras arquitet nicas 1 Origem do termo a Defici ncia Na hist ria da humanidade a imagem que muitos deficientes carregavam era a imagem de deforma o do corpo e da mente Tal imagem denunciava a imperfei o humana H relatos segundo Gugel 2007 de pais que abandonavam as crian as dentro de cestos ou outros lugares considerados sagrados Os que sobreviviam eram explorados nas cidades ou tornavam se atra es de circo Segundo este autor o nascimento de indiv duos com defici ncia era encarado como castigo de Deus eles eram vistos como feiticeiros ou como bruxos Eram seres diab licos que deveriam ser castigados para poderem se purificar Na Gr cia Antiga a vis o compartilhada era a de defici ncia como dificultadora da sobreviv ncia subsist ncia do povo visto que um corpo disforme ou sem as fun es que garantiriam o vigor e a for a pouco contribuiria para a agricultura ou para a guerra Na Antiguidade Cl ssica havia muita segrega o e abandono de pessoas com defici ncia Na Gr cia e em Roma pessoas com defici ncia eram mortas abandonadas sorte e expostas publicamente AMARAL 1997 20 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos e
99. ns es m nimas para o acesso porta e a circula o interna 12199 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde de um deficiente f sico motora Portanto a nossa proposta que ela seja transformada numa s casa de banho e que respeitem as dimens es m nimas de acessibilidade 2 223 Pal cio de Cultura Ildo Lobo O pal cio Ildo Lobo um outro espa o cultural importante para as PCD porque permite como qualquer outro cidad o participar nos principais eventos culturais da capital Visitando o espa o observa se que embora com porta muito larga e com uma cota da soleira da porta de cerca de 0 20m O mesmo j n o acontece com as portas contiguas de acesso ao caf e ao Banco da Cultura com cota quase zero permitindo entrada facilitada de qualquer deficiente Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 19 Barreiras mobilidade no acesso ao Pal cio da Cultura Ildo Lobo Observando a parte interna do pal cio depois de hall de entrada encontra se uma escadaria de cerca de 7 degraus e tudo acontece no piso de cima Esta barreira diz e interdita acesso a cadeirantes de roda Que isto dizer que quem desloca de cadeira de roda n o pode assistir qualquer espet culo que ai se exibe 222 4 Cinema A casa do cinema j teve os seus melhores dias mas nos dias que correm hoje poucos procuram cinema como atividade de divers o muito por culpa da prolifera o dos aparatos eletr nico
100. nte acess vel para o patamar da plateia h um degrau de cerca de 0 20m e da plateia ao altar h mais degrau de tal forma que um cadeirante s la chega com ajuda de terceiros Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 21 Barreiras mobilidade no acesso a Igreja Nazareno e Igreja Cat lica Com evid ncias das fotos acima comparamos as duas igrejas em termos da sensibilidade na cria o de acesso s PCD Desde logo a Igreja Nazarena mesmo idosos teriam dificuldades de acesso quando a porta de entrada est sobre 4 degraus isto est quase h 0 70m de altura 74 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 2 2 2 6 Estabelecimentos Comerciais Ningu m nega que as PCD t m necessidades comerciais iguais a quaisquer outras pessoas Tamb m ningu m nega que as PCD tem igual poder de compra que quaisquer outras pessoas ou que n o clientes Uma PCD tem direito dever e necessidade de visitar e frequentar um estabelecimento comercial como um mercado municipal uma loja chinesa ou ir a um banco Todavia tais estabelecimentos parece que foram constru dos sem pensar nessa popula o cabo verdiana com igual direito cidadania Se formos ao mercado municipal nem deficiente visual nem cadeirantes circulante sozinho pelas crescidas dificuldades de acesso tendo como principal barreira a porta de entrada logo entrada damos com a cota da soleira sem rampa e nem sem um piso t til
101. o acesso ao p tio interno com uma diferen a de cota de 1 52 metros em rela o sala de exposi o no piso t rreo do p tio interno em rela o cave com uma diferen a de cota de 0 66 metros e para a casa de banho com uma diferen a de 0 25 metros o que torna o espa o inacess vel para as PCD nomeadamente os deficientes f sico motora e deficientes visuais devido as barreiras e car ncia de sinaliza es conformados Em nosso entender imposs vel a constru o de rampas de acesso para vencer o desn vel do piso t rreo em rela o ao passeio em rela o ao p tio interno e cave por falta de espa o dispon vel para se projetar uma rampa funcional Por ser um edif cio considerado como patrim nio constru do quer isto dizer que devem salvaguardar o tra o arquitet nico logo devem prever se o dispositivo mec nico para que o edif cio seja acess vel para todos Como vimos com a exist ncia de duas casas de banhos sendo uma destinada aos visitantes e a outra para os funcion rios naturalmente n o garantem as m nimas condi es de acessibilidade para as PCD ou melhor a cota da soleira da porta de entrada s o de 0 25 metros a largura til das portas s o de 0 66 metro no entanto a altura da mesma s o de 2 10 metros tal como referimos acima Nas casas de banho n o existem sinaliza es que orientam o percurso e o uso do equipamento de uma PCD visual Elas t m as mesmas dimens es todavia n o salvaguardam as dime
102. oas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde e tomo como estudo de caso o bairro de Plateau na Cidade da Praia 7 Situa o Geogr fica O bairro de Plateau situa se na regi o a sul da cidade da Praia entre as coordenadas 14 55 09 73 de latitude norte e 23 3027 16 de longitude oeste O bairro de Plateau encontra se delimitado no seu per metro pelos seguintes bairros Bairro de Fazenda e Paiol a Norte Gamboa e Praia Negra a Sul Praia Negra a Este e Thaiti 17 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Ch de Areia a Oeste um bairro que ocupa uma rea de 29 06 hectares de terreno e destaca se no contexto da cidade pelo seu forte potencial de localiza o pois localiza se uma rea nobre da cidade e perto do mar Fonte Adaptado do PDM e Cartografia digital da Cidade da Praia Ilustra o 1 Situa o Geogr fica do Bairro do Plateau 18 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 8 Discri o Demogr fica De acordo com os dados do INE RGPH do Censo 2010 Cabo Verde apresenta uma popula o total de 491683 habitantes sendo 62 representa a popula o urbana A maior ilha do Pa s conta com 55 7 da popula o de Cabo Verde com uma popula o urbana que atinge 60 8 Na mesma linha encontra se o concelho da Praia com a maior percentagem da popula o urbana do Pa s ati
103. omapa sitgov 2010 Ilustra o 28 Limite da rea de interven o 4 1 2 Estrat gia de interven o O espa o de interven o veio na sequ ncia de dar a continuidade da rua pedonal que termina com a estrada que contorna a pra a Alexandre Albuquerque Dado a import ncia da rua pedonal sobretudo para a acessibilidade e mobilidade das pessoas a realiza o dos eventos culturais econ micos e entre outros Na sequ ncia das v rias visitas ao bairro do plateau percebemos que necess rio a extens o dessa rua pelo menos at o largo de miradouro Diogo Gomes Melhorando o espa o para que torna poss vel a acessibilidade e mobilidade para todos As PCD enfrentam demasiados obst culos no seu dia a dia A estrat gia de interven o criar um espa o acess vel e sem barreiras para que as PCD devem participar plenamente na sociedade 90 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Ap s o primeiro contato com a rea de interven o realizou se algumas pesquisas e entrevistas da resultou alguns dados interessantes como exemplos de projetos de refer ncia esquemas de programas e a proposta de melhoramento 4 1 3 Projetos de refer ncia N o obstante Cabo Verde um pa s de rendimento m dio para tomar como refer ncia os projetos de acessibilidade aplicados em grandes cidades que ate foram consideradas as mais acess veis do mundo As fotos abaixo ilustram projetos de
104. os Comecemos pela circula o nos espa os externos circula o externa consideramos a movimenta o de pessoas em espa os p blicos livres abertos como ruas vias passeios etc e a circula o interna inclui a movimenta o de pessoas dentro dos edif cios por exemplo o interior dum banco bal es instala es sanit rias etc 2 1 Circula o externa Conforme Remesar 2005 citado por Gil 2009 o espa o p blico de uma cidade formado pelo sistema de espa os p blicos livres ruas pra as jardins parques praias rios mar e pelos elementos morfol gicos que s o vis veis a partir destes espa os Engloba por um lado aquilo a que chamamos paisagem urbana e por outro as fachadas que formam uma interface entre espa o p blico e privado De acordo com Tales 2009 a acessibilidade e mobilidade para todos envolve tantas disciplinas e saberes desde o espa o p blico aos edif cios comunica o e design aos transportes Dentro da cidade o espa o p blico surge como plataforma de excel ncia deste mosaico urbano Ele o palco de todas as mobilidades a forma de ir de um local a outro pelo que representa a mais importante estrutura de acessibilidade 55 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde De um modo geral podemos definir o espa o p blico como o espa o resultante do vazio entre os edif cios GEHL 2006 aproveitado e constitu do por elementos f
105. os diversos regulamentos gerais de edifica o urbano aprovados em 1916 1950 e 1988 e manifestar vontade de criar condi es para a codifica o das t cnicas de constru o O Regulamento Geral de Constru o e Habita o aprovado pelo DECRETO LEI n 130 88 de 31 de Dezembro a constru o de edif cio tem vindo a satisfazer uma necessidade b sica da popula o nomeadamente o direito a habita o representar as atividades econ micas de relevo com consequenciais noutros setores responder as necessidades de interesses de cada grupo dos intervenientes no processo de edifica o com uma perspetiva das atividades 45 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde desenvolvidas as exig ncias dos futuros propriet rios dos imoveis a n vel das exig ncias de garantias de qualidades da viabilidade de seguran a e de responsabilidade pelo edificado Cabo Verde atrav s do C digo T cnico de Edifica o aprovado pelo DECRETO LEI n 09 11 de 28 de Fevereiro tem como o objetivo estabelecer a disciplina as regra gerais e especificas a serem obedecidas no projeto constru o uso e manuten o de edifica o assim como os padr es de qualidade dos espa os edificados que satisfa am as condi es m nimas de seguran a conforto higiene e sa de dos usu rios e os demais cidad os A sua aplica o abrange os per metros urbanos e das zonas rurais de prote o fixadas para as sedes do concelho
106. os sensibiliza o de pessoas elimina o de barreiras arquitet nicas investir na sinaliza o sonora e a utiliza o do braille elimina o e sinaliza o dos obst culos tempor rios de forma adequada e melhoramento do pavimento Refor aram a mesma ideia os cadeirantes pensando em transformar o bairro num espa o acess vel a todos com a elimina o das barreiras com transporte p blicos acess veis e facilitar o trajeto das PCD principalmente com a localiza o das rampas isto explicam cria o de rampas nos lugares apropriados nos passeios e institui es querem referir Tecnicamente a nossa proposta para melhoramento do Plateau n o distancia em nada dos depoimentos recolhidos Apesar de tudo eles sentem na pele as verdadeiras dificuldades e necessidades de acessibilidade A sensibiliza o das pessoas um projeto cont nuo e deve ser intensificado para uma tomada de consci ncia coletiva principalmente pelos decisores 88 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde pol ticos e potenciais financiadores que nessa fase de constru o urbana do bairro pode se decidir para eventuais altera es A elimina o das barreiras s o poss veis mediante um levantamento exaustivo e apresenta o de propostas para cada caso Inovamos com a elabora o de um mapa da cidade em braille e escrever os nomes das ruas nesta l ngua no princ pio de cada rua Editar algumas informa
107. os urbanos e os acessos pedonais os percursos de entrada e de sa da de ve culos as escadas e rampas e os demais espa os de uso p blico dever o ser concebidos e executados de forma a torn los acess veis para as PCD ou com mobilidade reduzida Com o prop sito da adequa o das futuras constru es s pessoas com limita es principalmente f sicas e visuais e requalifica o de certos edif cios de utilidade p blica bem como os espa os de lazer aparece este estudo no sentido de alerta s vis es arquitet nicas para s constru es mais acess veis nos meios urbanos Para o caso de estudo escolhi o n cleo central da cidade da Praia para fazer uma an lise do ponto de vista urban sticas com ressaltos s barreiras arquitet nicas sabendo que um bairro fortemente procurado Just fico esta escolha porque nas grandes cidades do pa s Praia e Mindelo sobretudo concentram se maior n mero de PCD Pois ai se comprova mais uma vez a necessidade urbana de adapta o arquitet nica a todos os seus utentes e usu rios Relevantemente e aportando ao presente estudo a arquitetura deve ter maior cuidado necessidade urbana de adapta o construtiva a todos os seus utentes e usu rios Nesta sequ ncia atrav s do levantamento do existente eliminando s barreiras arquitet nicas e fazer uma reabilita o para a melhoria da acessibilidade que facilita a mobilidade e o bem estar de todos Outros contributos ter o o mesmo estudo
108. ota o do parque N mero m nimo de espa os reservados a acessiveis At 25 De 26 a 50 5 Acima de 100 7 mais 1 por cada 100 Fonte Regulamento geral de constru o e habita o urbana 2011 Tabela 2 Rela o das vagas de estacionamento de ve culos de pessoas com defici ncia em Cabo Verde Quer isto dizer que o bairro do Plateau n o tem dimensionado as vagas de estacionamento para ve culos conduzidos ou que transportam as PCD em fun o das vagas da lota o do parque Com alus o ao plano da DMPNP PO 2013 Plateau conta com 1079 vagas de 64 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde estacionamento onde apenas tr s 3 vagas foram reservadas para ve culos que conduzam ou conduzidos pelas PCD Confrontando com o regulamento geral de constru o e habita o urbana 2011 o bairro do Plateau carece de treze 13 vagas de estacionamento para reservas a acess veis De tal forma que os lugares reservados deveriam ser demarcados a amarelo sobre a superf cie do pavimento e assinalados com uma placa indicativa de acessibilidade atrav s de SIA As dimens es em planta de cada um dos espa os a reservar devem ser no m nimo de 5 50m 3 30m no entanto n o se verifica nos lugares de estacionamento no bairro de Plateau conforme a figura 14 O dimensionamento aplicado aos tr s lugares de 2 5m 5m 2 2 Circula o interna 2 2 1 Barreiras a n vel das infraestru
109. partes do corpo que afecta o indiv duo na sua mobilidade coordena o motora geral ou fala Este tipo de defici ncia apresenta se sob diferentes formas paraplegia amputa o ou aus ncia de membro paralisia cerebral nanismo deformidade cong nita ou adquirida dos membros A defici ncia motora dificulta os movimentos dos membros inferiores e superiores Todas as pessoas que n o conseguem locomover se com as pr prias pernas e usar os seus bra os para 27 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde as actividades da vida di ria como comer carregar objetos abrir e fechar a porta tem uma defici ncia motora Para o aux lio dos movimentos poder o utilizar cadeira de roda muletas pr teses 3 1 1 S mbolos S o representa es gr ficas que atrav s de uma figura ou de uma forma convencionada estabelecem a analogia entre o objeto ou a informa o e sua representa o Todos os s mbolos podem ser associados a uma sinaliza o direcional O SIA comumente utilizado para indicar a acessibilidade em edifica es espa os e equipamentos urbanos ou seja ele indica os espa os onde n o h barreiras arquitet nicas que possam afetar ou comprometer o deslocamento de um deficiente f sico ou pessoa com mobilidade reduzida tempor ria ou permanente em determinado ambiente importante destacar que essa sinaliza o deve estar afixada em local vis vel ao p blico devendo ser
110. pessoas com esse tipo de defici ncia 4 N N Branco sobre Branco sobre Preto sobre fundo azul fundo preto fundo branco pessoas com defici ncia visual Propor es Fonte NBR 9050 2004 Ilustra o 3 S mbolos internacionais de pessoas com defici ncia visual 31 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde 3 2 2 Tipos defici ncias visuais Hipermetropia tamb m chamada por Nielson 1999 de vis o a dist ncia visto que a vis o de objetos a dist ncia mais precisa pelo fato de a converg ncia dos raios luminosos encontrarem se atr s da retina o que faz com que os objetos pr ximos parecem deformados Este defeito corrigido atrav s de lentes convexas Miopia ou vis o de perto segundo ele em que a vis o dos objetos pr ximos poss vel mas os objetos a certa dist ncia tornam se imposs veis devido ao facto de que os raios refratados encontram se antes da retina Astigmatismo resulta da altera o da forma e posi o do cristalino o que faz com que os raios focados tanto verticais como horizontais na retina fa am que a imagem saia imprecisa Este tipo de problema pode tamb m ser corrigido pelo uso de lentes adequadas Estrabismo ou olhos desequilibrados resulta de uma falta de coordena o dos m sculos exteriores do olho o que impossibilitam que os dois olhos focam o mesmo objeto Heterofobia causada por uma les o nos m sculos oculares o que faz co
111. petiva deste autor existem in meras causas para a defici ncia visual e in mera como as principais causas a degenera o do gl bulo ocular ou do nervo ptico ou de 30 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde problemas nas conex es nervosas que ligam o olho ao c rebro Admite ainda que a cegueira resulta de uma les o ou de uma doen a e ningu m est livre de ter esse tipo de problema visto que o tempo e o imprevisto sobrev m a todos in tradu o do novo mundo das escrituras sagradas Afirma ainda que muitas das defici ncias de car cter visual s o originadas por defeitos de refra o do olho e que podem ser corrigidas recorrendo a lentes adequadas Entende que a defici ncia visual a pessoa cuja perda visual total ou parcial limita o indiv duo Em 1972 a OMS estabeleceu dois grandes grupos de defici ncia visual a baixa vis o e a cegueira O primeiro grupo formado por aqueles que ainda t m vis o residual ou seja a capacidade de enxergar com o aux lio de tecnologias assistivas que v o desde os simples culos at c maras eletr nicas que ampliam as imagens em mais de 60 vezes Os cegos s o aqueles que j n o t m essa possibilidade Para Cegueira 2010 ainda s o capazes de identificar claro e escuro 3 2 1 S mbolos O S mbolo Internacional de Pessoas com Defici ncia Visual cegueira com a finalidade de indicar equipamentos mobili rio e servi os para
112. quer outra pessoa na sociedade A OMS define a PCD conforme a Conven o da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia em 2008 Art 1 como Pessoas com defici ncia s o aquelas que t m impedimentos de longo prazo de natureza f sica mental intelectual ou sensorial os quais em intera o com diversas barreiras podem obstruir sua participa o plena e efetiva na sociedade em igualdades de condi es com as demais pessoas A defici ncia n o p e em causa a pessoa em si mas apenas nas dimens es como incapacidade e limita es de estar em igualdade de direitos e participa o como todos na sociedade A OMS estima que em todo o planeta s o aproximadamente 650 milh es de pessoas que possuem algum tipo de defici ncia ou seja 10 da popula o mundial Cabo Verde assinou a conven o internacional e realizou o Plano Nacional de A o para a D cada Africana dos Portadores de Defici ncia 2006 2009 E embora tenha uma m dia inferior a m dia mundial fixada em 7 3 da popula o cabo verdiana muito tem feito em prol da inclus o social e respeito pelos direitos e dignidade da PCD Da leitura do censo realizado em 2010 pelo INE infere se que a percentagem das PCD em Cabo Verde menor do que a m dia mundial estando no nosso caso longe de atingir os 10 da popula o Na classifica o adotada os concelhos do Paul e da Brava s o portanto os que apresentam em n meros absolutos as maiores percentagens
113. r o das vagas de estacionamento existentes e as que existem n o s o localizadas de forma a evitar a circula o de ve culos e muitas vezes n o s o vinculadas rota acess vel que as interligue aos p los de atra o nem o caminho a ser percorrido pelas PCD seja o menor poss vel e livre de obst culos Fonte fotografias do autor 2014 Ilustra o 14 Vagas de estacionamento para ve culos conduzidos ou que transportam as PCD no bairro de Plateau J no Brasil as vagas de estacionamento para ve culos conduzidos ou que transportam as PCD devem obrigatoriamente ser afastadas da faixa de travessia de pedestres conter espa o adicional para circula o de cadeiras de rodas ligadas a circula o adequadas por meio de rebaixamento de guias e rampas nos passeios ou outros meios de acessibilidade ter piso nivelado firme e est vel evitar a movimenta o entre ve culos ou em reas de circula o n o adequadas ser sinalizadas com o SIA NBR 9050 04 Para justificar a exist ncia da vaga de estacionamento de ve culos das PCD devem ter al m das dimens es m nimas um espa o adicional de circula o com 1 20m de largura m nima quando afastada da faixa de travessia de pedestres para seguran a e conforto do embarque e desembarque e ainda necess rio que haja sinaliza o e respeito O n mero de estacionamento de vagas estabelecido mediante a demanda verificada pelos ve culos dirigidos pela PCD prevendo se um m n
114. r preju zos ao movimento de cadeiras de rodas ou aos elementos de drenagem tornando o piso escorregadio plantas com ramos pendentes de forma a garantir a altura livre m nima nas reas de circula o com 2m a partir do piso deve se evitar na escolha das esp cies vegetais aquelas que causam interfer ncias com a circula o e acesso de PCD Todas estas barreiras simples nada complexas tornam o dia a dia de muitos quase imposs vel de ultrapassar sobretudo para as PCD evidente que a cidade deve propiciar aos seus habitantes as condi es necess rias para que cada pessoa melhore a sua qualidade de vida e isso passa necessariamente pela qualidade e sustentabilidade do meio urbano designadamente pela qualidade de oferta dos bens e servi os urbanos Ouvindo Teles 2005 a nossa cidade s far sentido quando todos a percorremos livremente cada um com as suas diferen as de capacidade de mobilidade 2 1 2 Parque de estacionamento e reas externa O direito ao espa o para parques de estacionamento e acessos correspondentes assumem um papel de tal forma dominante principalmente em zonas densamente povoadas e intensamente utilizadas que p e em quest o o funcionamento e a satisfa o das necessidades espec ficas do lugar O aumento enorme do tr nsito motorizado n o atua apenas no sentido da necessidade crescente das ruas Ele tamb m se faz sentir fortemente numa necessidade cada vez maior de reas para o estacionamento
115. rde Imagina s que uma pessoa sem movimento no corpo mais ativa do que muitos Nunca ia imaginar que ele tem defici ncia intelectual mas vem ao trabalho sozinho de nibus Olha que maravilha ela surdocega e trabalha para sustentar sua fam lia A integra o um processo din mico de participa o das pessoas num contexto de rela es o que determina a sua intera o com os diversos grupos sociais Assim um processo gradual e din mico que pode adoptar formas diferentes de acordo com as necessidades e habilidades Na tica de Karagiannis 1996 citado por Gomes 2010 existem um conjunto de vantagem da inclus o Permite desenvolver atitudes positivas perante a diversidade facilitam a interac o a comunica o o desenvolvimento de amizade entre grupos Facilita a aquisi o de ganhos ao n vel do desenvolvimento acad mico e social atrav s de constantes interac es com os outros possibilitando melhores compet ncias acad micas sociais e de comunica o 1 Breve hist rico da acessibilidade e mobilidade urbana A acessibilidade uma das reivindica es mais antigas dos movimentos das PCD e como todos e quaisquer fen menos sociais sofreram altera es ao longo da hist ria importante compreender como estas transforma es ocorrem para termos um maior entendimento do que a acessibilidade significa hoje Na perspetiva de Teles 2009 a mobilidade urbana cresceu de forma exponencial e alterou mu
116. reduzida mas n o de surdez Para haver surdez necess rio que o pr prio nervo auditivo esteja danificado O outro tipo envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo surdez neurossensorial quando existem les es do ouvido interno ou do nervo auditivo que transmite o impulso ao c rebro A transmiss o das vibra es sonoras feita normalmente mas a sua transforma o em percep o auditiva est perturbada Existe assim uma dificuldade na identifica o e integra o da mensagem 3 3 3 Caracter stica de pessoa com defici ncia auditiva Ainda na perspetiva do autor acima citado defici ncia auditiva pode manifestar se como Parcialmente surdo Portador de Surdez leve aquele em que a perda auditiva de 70 decib is que dificulta mais n o impede o indiv duo de se expressar oralmente bem como de perceber a voz humana com ou sem a utiliza o de um aparelho auditivo O aluno apresenta perda auditiva at quarenta decib is Essa perda impede que o aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra Al m disso a voz fraca ou distante n o ouvida Em geral essa pessoa considerada como desatento solicitando frequentemente a repeti o daquilo que lhe falam Essa perda auditiva n o impede a aquisi o normal da linguagem mas poder ser a causa de algum problema articulat rio ou dificuldade na leitura e ou escrita Portador de surdez moderada aquele que apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta
117. s que o substituem Hoje sem sair de casa temos um mundo de cinema ao nosso alcance com melhores filmes e a custo zero Todavia mesmo sem grandes utilidades testemunha uma forma segregativa da utilidade p blica Durante muito tempo nenhum tipo de defici ncia ousa frequentar ao cinema municipal dadas as dificuldade de acesso externo e interno do mesmo 73 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 20 Barreiras mobilidade no acesso ao Cinema 2 22 93 Igrejas Alem dos espa os culturais as igrejas e os cemit rios s o os espa os de frequ ncia necess ria de todas as pessoas independentemente da sua cor profiss o classe social ou do grau da defici ncia Plateau tem duas igrejas a Nazarena e Igreja Matriz da Religi o Cat lica Nossa Senhora da Gra a Supostamente os fi is n o s o escolhidos e devem ser abertas como o reino dos c us dispon vel a quem tem f Se a f o nico cart o de visita logos as PCD t m igualmente portas abertas nas igrejas Acontece que tanto na igreja cat lica como a nazarena a quest o de acessibilidade ficou ainda por resolver Observa se que na Igreja cat lica embora com uma porta de entrada das mais largas dos edif cios do bairro e a soleira principal com cerca de 0 08m de altura foge regra quando deveria ser conforme o regulamento 0 02m no entanto se entrada soleira ligeirame
118. s representa uma forma de mobilidade importante e necess rio deve ser lhe dado a prioridade Da mesma forma que os cruzamentos com as ruas onde circulam ve culos exijam uma seguran a tima e dever o estar dispostas de tal forma que n o haja possibilidade de desvio Andar a p significa n o s vencer as dist ncias mas tamb m uma viv ncia mental e espiritual sendo a nica forma de tr nsito que ao mesmo tempo torna poss vel a comunica o Desta feita o planeamento deve atender configura o apresenta o e ao enriquecimento dos valores vivenciais Comungando da ideia desses autores acima mencionados as cal adas no bairro do plateau devem ser das que oferecem as melhores condi es para o fluxo de pedestres na cidade da Praia De todo modo as ruas na sua maioria s o calcetadas em pav s e noutros casos pavimentado em massame de bet o ou em cal ada Portuguesa Fonte fotografias do autor 2014 esquerda centrada e direita 2012 Ilustra o 11 Situa o do passeio no bairro do Plateau Atendendo aos princ pios do desenho universal os espa os e mobili rios devem ser criados na cidade para atender a todos gestantes idosos crian a pessoas com defici ncia permanente ou tempor ria etc de forma simples e segura O desenho tamb m deve ser funcional e de f cil perce o pelas pessoas vindas de outras cidades pa ses No mbito do DECRETO LEI n 9 11 o percurso acess vel consiste num
119. ser potencialmente tur sticos N o s o s as PCD que est o em causa cada vez mais a acessibilidade no patrim nio e um fator importante na decis o da escolha do local da visita O turismo na verdadeira ace o do conceito celebra uma das maiores riquezas que a condi o humana possui a capacidade e sobretudo o desejo de viajar Viajar ent o encontrar os outros aqueles que s o diferentes Nos destinos diversos h empenho em entender as suas idiossincrasias A cidade enquanto patrim nio com suas ruas pra as jardins e parques ao transmitir nos deforma subtil quer a no o da cronologia temporal das constru es sem especial relevo arquitet nico exige aos seus gestores uma renovada aten o Na tica da conven o para a salvaguarda do patrim nio arquitet nico da Europa aprovada em 1990 o patrim nio arquitet nico constitui uma express o insubstitu vel da riqueza e da diversidade do patrim nio cultural um testemunho inestim vel do nosso passado e um bem comum a todos 71 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Fonte ortofotomapa sitgov 2010 fotografias do autor 2014 e levantamento do equipamento Ilustra o 18 Barreiras mobilidade no acesso ao museu etnogr fico da Praia De acordo com o levantamento verifica se uma diferen a de cota do piso t rreo em rela o ao passeio de 1 56 metros que s o vencidas com os degraus tamb m o caso d
120. sicos nomeadamente a rua a pra a avenidas jardins entre outros A acessibilidade a determinadas reas pode ser dificultada tornando se uma acessibilidade seletiva e afetando a mobilidade dos deficientes devido a obst culos f sicos como degraus e muros constru dos aleatoriamente sem considerar o acesso irrestrito ao espa o Isso pode ser verificado nos edif cios nas cotas da soleira das portas nos passeios Na Idade M dia as cidades nasceram essencialmente para usufruto do indiv duo enquanto pe o ou utilizador do espa o p blico exterior e eram caracterizadas pela sua continuidade densidade urbana elevada multifuncionalidade e diversidade de espa os e viv ncias As ruas eram moldadas aos pedestres e as pra as eram desenhadas a pensar nos v rios usos que poderiam ter tais como mercados desfiles prociss es enfim in meros tipos de atividades ao ar livre Estas tipologias eram consideradas os elementos estruturantes de espa o p blico e da identidade morfol gica do tecido urbano At ao s culo XIX as limita es dos transportes locais e regionais restringiam o crescimento natural das cidades Com o aparecimento dos novos padr es de mobilidade e com a evolu o industrial sucedendo os primeiros grandes conflitos no espa o urbano O modo de desloca o mais utilizado era sem d vida o meio pedonal mas a partir de meados do s culo XX na perspetiva de Silva 2008 a mobilidade depende cada vez mais do meio
121. stra o fotogr fica procedemos com as seguintes ilustra es das institui es Fonte fotografias do autor 2015 Ilustra o 27 Barreiras mobilidade no acesso as Institui es Publica Com aux lio das fotos evidenciamos o que aqui neste trabalho podemos chamar de erro arquitet nico que a priori contribui para exclus o social de minorias populacionais como o 79 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde caso de treze mil PCD do pa s que por necessidade alheias poder o precisar dessas institui es Na verdade uma escadaria como as do liceu Domingos Ramos desmotiva qualquer PCD de frequ ncia di ria e rotineira de aulas no seu curso liceal no centro da Cidade Pode ser o acesso dificultado do edif cio o fator de exclus o negando o direito de estudar neste liceu assim como um adolescente jovem sem defici ncia Os dois tribunais o Pal cio da Justi a e o Supremo Tribunal da Justi a deixam a perceber sobre a probabilidade de as PCD n o ou raras vezes cometerem ou serem v timas de crimes Ou seja pelo acesso muito dificultado indicia que estas institui es foram desenhadas sem pensar no acesso das PCD Ent o que institui es t o importantes a um cidad o comum como escolas c maras municipais tribunais quando constituem barreiras de circula o a PCD as PCD podem desinteressar se em criar v nculo com tais institui es at para tratar de assunto de se
122. ta visual cegueira Segundo a OMS Bangkok 1992 o indiv duo com baixa vis o ou vis o subnormal aquele que apresenta diminui o das suas respostas visuais mesmo ap s tratamento e ou correc o ptica convencional e uma acuidade visual menor que 6 18 percep o de luz ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de 29 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde fixa o mas que usa ou potencialmente capaz de usar a vis o para o panejamento e ou execu o de uma tarefa Segundo a OMS h v rios tipos de classifica o para as defici ncias visuais que variam consoante a intensidade da defici ncia temos a defici ncia visual leve moderada profunda severa e perda total da vis o De acordo com comprometimento de campo visual temos o comprometimento central perif rico e sem altera o De acordo com a idade de in cio a defici ncia pode ser cong nita ou adquirida Se est associada a outro tipo como surdez por exemplo a defici ncia pode ser m ltipla ou n o Cerca de 1 da popula o mundial apresenta algum grau de defici ncia visual Mais de 90 encontram se nos pa ses em desenvolvimento Nos pa ses desenvolvidos a popula o com defici ncia visual composta por cerca de 5 de crian as enquanto os idosos s o 75 desse contingente Dados oficiais de cada pa s n o est o dispon veis Algumas causas s o apontadas pela OMS como se
123. te fotografias do autor 2015 Ilustra o 26 Barreiras mobilidade no acesso as pra as Nas duas primeiras fotos observa se na pra a Alexandre Albuquerque duas irregularidades no que tange a acessibilidade logo entrada n o h rebaixamento do passeio na passadeira e na parte interna da pra a h descontinuidade do pavimento Pois essa descontinuidade pode 78 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde provocar quedas a um cego conduzido por c o ou por uma bengala Na Pra a Luis de Cam es ou vulgarmente Pra a Sofia o piso da pra a em si desnivelada com cota igual ao passeio mas o passeio tem cota superior a estrada que o circunda A acessibilidade para as PCD em cadeira de rodas deficit ria 2 2 2 10 Institui es P blicas Relembrando que o presente estudo parte se da hip tese de que as barreiras arquitet nicas no bairro do Plateau podem constituir se fator de exclus o social s PCD inquieta desde logo saber atrav s de um levantamento diagn stico se as institui es p blicas com sede nesse bairro n o portam barreiras s PCD O bairro de Plateau uma zona nobre onde concentra as principais institui es da rep blica e as mais antigas como a Presid ncia da Rep blica o Pal cio da Justi a o Pal cio do Supremo da Justi a a C mara Municipal do capital do pa s e o Liceu mais antigo da ilha Fazendo uso da t cnica de investiga o atrav s da demon
124. teau delimitamos a entrevista las no domic lio aleatoriamente Ver ap ndice 80 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde S o perguntados se conhecem o Plateau e todos responderam positivamente Nessa pergunta s quer amos introduzir conversa e ao tema acessibilidade Mas se conhece obviamente que estamos a conversar com pessoa certa embora pode n o ser um frequentador ass duo A j houve diversifica o tendo uns com menos sorte de que outros Uns v o l raramente salvo se tiver uma consulta outros s v o a um s tio certo e voltar como fazer compras no Cal amp Angela Enquanto uns s la frequenta por necessidade outros tiveram a sorte de estudar l frequentando o curso universit rio Na quest o da acessibilidade os cegos s o perent rios na opini o ficando na inacessibilidade devido a muitos obst culos mesmo indetet veis com apoio de uma bengala Tamb m os cadeirantes comungam a mesma opini o mas acham que est melhorando com a reabilita o da rua pedonal Em termos de dificuldades na mobilidade nos espa os livres abertos como ruas passeios e outros s o alvos de cr ticas coletivas se rasur vel para os cadeirantes para os cegos intransit vel sem ajuda de terceiros Reportam que h muitos obst culos nos passeios e correm riscos de se acidentarem constantemente Queixam falta de sinaliza o em tudo de tal forma melhor n o l ir Alguns deles l
125. titui es e de atividades fortemente geradoras de tr fego Este pequeno planalto confinado por fal sia s deixa possibilidade para tr s pontos de entrada sa da para o tr fego rodovi rio Os pontos situam se em rampa do lavadouro rampa de S o Janu rio e rampa do Hospital Agostinho Neto As tr s entradas sa das s o manifestamente insuficientes para uma fluidez normal do tr fego sobretudo nas horas de pico evidente que a rea do Plateau passou de uma fun o predominantemente residencial com fraco ndice de ocupa o para um tipo de uso do solo mais intenso e complexo sobretudo com a crescente venda de ruas invadindo passeios a capacidade de ruas insuficiente para acomodar grande concentra o de pessoas nas paragem de autocarro os ve culos invadem os espa os vi rios e esgotam a sua capacidade as ruas deixam a sua antiga fun o de vias locais para serem vias com import ncia no tr fego o movimento de pedestres e ve culos fortemente conflituante Pensando nas PCD Plateau foi constru do paulatinamente com uma larga hist ria e marcas indel veis deixadas de gera es em gera es arquitet nicas A preocupa o nas constru es com acessibilidade para todos foi se adiando para a ltima hora at que se tornou a vista dos nossos entrevistado uma cidade moderna mas inacess vel s PCD Perguntamos intencionalmente s PCD invisuais as suas opini es ao melhoramento do bairro responderam que antes devem
126. turas dos edif cios Dever se o criar e estabelecer crit rios e par metros t cnicos a serem observados aquando do projeto constru o instala o e adapta o de edifica es mobili rio espa os e equipamentos urbanos perante s condi es de acessibilidade Em Cabo Verde n o h ainda tais mecanismos reguladores a n o ser que dependesse da boa consci ncia dos aprovadores de projetos ou dos fiscais das obras Brasil muniu se desse instrumento atrav s da NBR 9050 04 Esta norma visa que quaisquer espa os edifica es mobili rio e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados constru dos montados ou implantados bem como as reformas e amplia es de edifica es e equipamentos urbanos devem atender ao disposto na norma para serem considerados acess veis excetuando as entradas e reas de servi o ou de acesso restrito tais como casas de m quinas barriletes passagem de uso t cnico 2 2 1 1 Cabines de rede vinti4 ATM Na perspetiva de Varandas et al 2002 os edif cios p blicos ou privados de uso coletivo precisam oferecer garantias de acesso a todos os usu rios com percurso acess vel que una as edifica es a via p blica rampas ou equipamentos eletromec nicas para vencer os desn veis existentes nas edifica es Com toda a certeza o bairro do Plateau est coberto com quatro cabines de rede vinti4 levantamento feito pelo autor 2014 Destacando alguns aspetos que mesmo que 65 99 Acessibi
127. ue as barreiras arquitet nicas impedem a acessibilidade aos deficientes ou pessoas com mobilidade reduzida e isto pode ter implica es na exclus o social Todavia se todas as interven es nos espa os p blicos e de lazer respeitassem as normas t cnicas para melhoria da acessibilidade certamente ter amos uma cidade mais organizada e que favorecia a locomo o de todos tantos para os deficientes visuais auditivas f sico motora mental m ltiplas idosos gr vidas e entre outros Nesse caso a elabora o de qualquer projeto de arquitetura ou plano urban stico hoje em dia deve se levar em conta a import ncia do espa o exterior pois o homem necessita de se libertar das rotinas di rias fundamental que haja um elo de liga o entre os edif cios e o arranjo exterior do espa o urbano O homem vai a rua com o intuito de se libertar do stress para a contempla o da paisagem urbana ainda para se sentir integrado numa sociedade A promo o da acessibilidade das PCD ou pessoas com mobilidade reduzida provavelmente ser alcan ada mediante a supress o de barreiras e de obst culos nas vias e espa os p blicos no mobili rio urbano na constru o e reforma de edif cios e nos meios de transporte e de comunica o De igual forma que o planeamento e a urbaniza o das vias p blicas dos 13 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde parques instala es de servi os e mobili ri
128. uras dos E muito dif cil Na maioria das As constru es Dificuldades s o de circula o v os casas de No piso t rreo institui es ou antigas s o v rias O HAN interna banho confronta se com estabelecimentos menos acess veis acess vel na maioria inadequadas os degraus comerciais o em rela o aos dos departamentos falta de sobretudo nas atendimento mais recentes Os elevadores soleiras de portas garantido na rua Por Mas no HAN o estabelecimentos degraus internos e nos pisos exemplo no HAN o novo central de comerciais s o condicionam a superiores falta novo central de consulta n o foi mesmos dif ceis mobilidade de rampa ou consulta localiza se pensado para os devido aos degraus interna outros no primeiro andar e deficientes na soleira da porta sem ajuda do terceiro imposs vel P5 Dificuldade Os degraus as facilitadora em um risco de ser Razo vel Rua facilitadora na rua de circula o rampas rela o a acidentado pedonal e pedonal mas as externa inclinadas os circula o acess vel mas as outras ruas obst culos nos interna mas a restantes complicado devido passeios que falta de complicado aos obst culos limita a rebaixamento do sobretudo as circula o passeio os vendedeiras nos obst culos nos passeios passeio dificulta a minha mobilidade P6 Transformar o Elimina o das Eliminar as barreiras Facilitar o trajeto Cria o de rampas Melhoramento
129. us interesses como pedido de apoios empregos ou outras formas assist ncias Igualmente podem desinteressar se de assistir um ato judicial e at frequ ncia s aulas para melhorar o seu curriculum devido as barreiras de circula o Apesar de nas fotos as fotos do Pal cio da Justi a e do Polo de UNICV apresentarem rampas pouco se justificam dado que essas rampas t m uma inclina o de mais 13 Essa inclina o constitui a olho nu um perigo as PCD usu rios de cadeira de roda porque com inclina o superior a 6 conforme a norma de acessibilidade na primeira tentativa de subir a rampa a cadeira de roda pode vir marcha tr s e se manualmente n o conseguir aguentar as rodas acidenta se Esta advert ncia motivo de alguns questionamentos s PCD na rua 3 Mobilidade das pessoas com defici ncia no bairro do Plateau Praia Dos depoimentos das PCD entrevistadas a partir de um simples gui o de perguntas cujas respostas nos permitem saber se as PCD fazem uso e com que frequ ncia da utilidade do bairro de Plateau este o principal bairro da cidade e do pa s onde est o servi os burocr ticos e de lazer para todos os cidad os sem discrimina o Por ventura este nobre bairro da capital e do pa s permite pela sua acessibilidade a mobilidade tamb m das PCD Foram poss veis entrevistar a pelo menos cinco PCD invisuais e pelo menos cinco f sico motoras Atendendo do grau de dificuldade e raridade da circula o das PCD no Pla
130. via de acesso sobretudo passeio deve ter pelo menos 1 50 metros de largura que permite livre circula o de cadeirantes ocupando pelo menos 0 90 metros e em caso de manobra faz uso de um espa o de rota o com raio de pelo menos 0 75 metros Com a via de acesso de 1 50 metros possibilita a circula o em simult neo de outras pessoas e o cadeirante ou dois cadeirantes em simult neo As normas t cnicas para a melhoria da acessibilidade Decreto Lei n 18 2011 art 1 2 de Cabo Verde estipula que um passeio deve ter 2 25 metros de largura 51 99 Acessibilidade das pessoas com defici ncia aos espa os p blicos em Cabo Verde Cap tulo 3 Acessibilidade e mobilidade das pessoas com defici ncia no bairro do Plateau Praia 1 Enquadramento hist rico e cronologia espec fica bairro do Plateau A evolu o hist rica do Munic pio da Praia enquadrando a com a hist ria do pa s da regi o e do mundo permite compreender o surgimento e evolu o da Praia permitindo assim um melhor enquadramento e entendimento dos fen menos A sua evolu o com um enfoque especial hist ria do urbanismo e da constru o do Munic pio conforme a segunda vers o do PDM da praia 2013 Cabo Verde foi descoberto em 1456 e teve o registo de primeiras constru es em 1515 Com a penetra o dos europeus no continente africano teve impacto no cruzamento de rotas atl nticas do com rcio de escravos permitindo o crescimento da Ribeira Grande de

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