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Elizandra Jackiw - Programa de Pós

1. memo o 53 ESCOLA ESTADUAL REP BLICA ORIENTAL DO CAJURU 58 20 URUGUAI 5 z T coco ESTADUAL SANTOAGOSTINHO soome z 63 COL GIO ESTADUAL YVONE PIMENTEL 4 N 55 44 4 55 43 74 9 47 44 3 Al n N 74 QUADRO 1 ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICIPIO DE CURITIBA EM QUE FORAM APLICADOS OS QUESTION RIOS SOBRE A TV MULTIM DIA FONTE a autora 2010 Desta maneira os question rios fechados elaborados e pr testados na fase do estudo explorat rio foram aperfei oados e encaminhados s escolas via N cleo Regional de Educa o de Curitiba no m s de Mar o do ano de 2010 Ap s o retorno dos question rios em meados de Maio a Julho de 2010 somou se um total de 627 question rios respondidos Os dados computados tabulados e analisados subsidiaram as pr ximas etapas da pesquisa 75 5 O QUE DIZEM OS SUJEITOS ENVOLVIDOS Ap s percorrido o caminho descrito acima conv m apresentar os resultados da aplica o de cada um dos instrumentos descritos Assim neste cap tulo apresentada a sistematiza o dos dados produzidos a partir dos instrumentos descritos no cap tulo 4 De acordo com Miles e Huberman apud LESSARD H RBERT 2005 p 109 a redu o dos dados da investiga o definida como processo de sele o de centra o de abstra o e de transforma o do material compilado em outras palavras se pode dizer
2. N COL GIO ESTADUAL HILDEBRANDO DE ARAUJO JD BOTANICO vo N COL GIO ESTADUAL PROF IARA BERGM ANN V OSTERNACK N COL GIO ESTADUAL IVO LE O CIC 5 5 6 7 8 9 0 1 VILA HAUER A q CA COMPRIDO COL GIO ESTADUAL PAPA JO O PAULO I BOA VISTA COL GIO ESTADUAL JOS BUSNARDO COL GIO ESTADUAL JOS FRESSATO VILA FANNY m VILA AUGUSTA w COL GIO ESTADUAL JULIA WANDERLEY BATEL N uf y oo 2 COL GIO ESTADUAL PROF JULIO MESQUITA JD AM RICAS COL GIO ESTADUAL LA SALLE PINHEIRINHO COL GIO ESTADUAL LEONCIO CORREIA 44 4 COL GIO ESTADUAL LOUREIRO FERNANDES AHU DE BAIXO Do e COL GIO ESTADUAL LUCIA BASTOS AL BOQUEIR O COL GIO ESTADUAL PROF LYSIMACO F DA COSTA GUA VERDE corEaro ESTADUAL RO NARn ONDE Gemma o TO corar ESTADUAL NATNAREONATO mo o TO ESCORES NOSSA SORA DAS mc o TO e msm 7 53 21 46 COL GIO ESTADUAL DEP OLIVIO BELICH VILA CAMARGO mi tm va JE p gt gt mi tm JE gt gt Ele gt gt eu 92 slg 215 GI E E 6 zi N Z 5 N Continua 13 Conclus o 47 COL GIO ESTADUAL PAULA GOMES SANTA QUITERIA 45 corar comomm foro mma om E o TO ESCORE DOMmmROT E o mo
3. a imagem da escola viu se mudada ela deixou de ser uma ilhota de justi a formal no meio de uma sociedade inigualit ria ela gera as suas pr prias desigualdades e as suas pr prias exclus es Evidentemente a massifica o escolar quebrou o velho ajustamento do ensino e dos v rios p blicos escolares DUBET 1994 p 175 Assim a escola se massificou e a relativa homogeneidade dos modelos educativos e das finalidades da escola foi transformada Isso justificaria os debates e as pol ticas escolares que veem suceder v rios modelos educativos sem que nunca um deles se imponha totalmente Ali s a dispers o dos modelos educativos conduziu o sistema escolar para ajustamentos parciais muitas vezes ao n vel do estabelecimento e por vezes mesmo da classe Dubet 1994 afirma n o se tratar todavia de uma crise da escola mas do fim de um modelo de organiza o concebido como um aparelho de institucionalizar valores Para ele O modelo serial ou mec nico no qual a coer ncia do conjunto provinha da conformidade dos atores e da sua ades o pessoal aos valores da institui o d lugar a um modelo mais pol tico em que a coordena o das a es prov m de um ajustamento aos constrangimentos do meio da capacidade propriamente pol tica de coordenar as a es apesar da heterogeneidade dos atores e dos objetivos que eles tem em vista DUBET 1994 p 177 Sobre isso Braga e Calazans 2001 observam que a partir do s cu
4. Isso significa que o contato com o campo de pesquisa na fase inicial do planejamento se torna essencial para uma primeira avalia o da pertin ncia do estudo e para fazer com que o pesquisador avance no processo de focaliza o do tema No caso desta pesquisa foram eleitos dois instrumentos para a realiza o do estudo explorat rio o primeiro foi a entrevista com os respons veis da Secretaria Estadual de Educa o pela implanta o do projeto TV Multim dia O segundo foi o teste do question rio piloto destinados aos professores da rede estadual de educa o A partir da entrevista semi estruturada com os respons veis da Secretaria Estadual de Educa o buscou se coletar informa es a respeito do processo de implanta o das TVs Multim dias nas escolas estaduais e dados t cnicos deste recurso Para isso foi elaborado um pr roteiro com dez quest es abertas ver AP NDICE 1 Com a an lise destas informa es obtidas que se delimitou o universo da pesquisa das demais entrevistas e dos sujeitos envolvidos Esta entrevista com os respons veis da Secretaria Estadual de Educa o foi realizada no m s de julho do ano de 2009 A primeira parte da entrevista realizou se com o assistente da Diretoria de Tecnologias Educacionais DITEC rg o da Secretaria de Estado da Educa o do Paran respons vel pelo planejamento desenvolvimento e avalia o dos processos de tecnologias de informa o e comunica o na educ
5. JPEG MPEG1 DIVX al m de entrada para dispositivos USB leitor de cart o de mem ria DVD e CD A integra o da televis o com pen drive possibilita a acessibilidade aos objetos de aprendizagem produzidos em diversas plataformas por diferentes ferramentas e m dias Al m disso recebe o sinal dos canais abertos de televis o e por meio de um receptor de sinal recebe a programa o da TV Paulo Freire um canal que produz e veicula conte dos digitais educacionais produzido e mantido pelo governo do Estado Tem uma tela inicial que identifica o aparelho como patrim nio do Estado e vem acompanhada de dois controles remotos e um suporte especial Desde o ano de 2007 o governo do Paran vem equipando salas de aula da rede p blica de ensino total de 2121 escolas p blicas estaduais e 22 mil salas de aula com esse novo recurso tecnol gico e um pen drive com capacidade de 2 Gigas de mem ria para cada professor A TV Multim dia faz parte do processo de inclus o digital nas escolas e tem como objetivo segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Educa o estimular a produ o de conte dos educacionais e o contato de professores e alunos com diferentes linguagens midi ticas A coordena o fica a cargo da rea de Formato que permite armazenar m sicas e arquivos em um espa o relativamente pequeno mantendo a qualidade do som altamente comprimido permite um timo som com baixas t
6. ao papel de simples objeto e exigir ser o que por voca o sujeito FREIRE 1999 p 39 Como se percebe os meios de comunica o merecem ser ensinados porque suas leituras n o s o passivas D lugar a uma atividade ps quica intensa feita de sele es de rela es Entretanto se de um lado estes fen menos 57 midi ticos merecem ser ensinados de outro merecem ser utilizados para construir saberes Neste contexto sua utiliza o deve prever fins educativos e pedag gicos que evitem reproduzir o modelo da media o pedag gica cl ssica linear e verbal mas que implique numa reciprocidade numa mudan a da a o pedag gica Para isso Paulo Freire 1999 relata que precisar amos de uma pedagogia da comunica o com a qual pud ssemos vencer o desamor do antidi logo 1999 p 40 Como faz lo As respostas a que nos indicam suas obras parecem trilhar por estes caminhos a um m todo ativo dial gico cr tico e criticista b a modifica o do conte do program tico da educa o Este dois caminhos n o s o paralelos mas se entrela am conforme evidencia Paulo Freire nesta passagem Mas quem dialoga dialoga com algu m sobre alguma coisa Esta alguma coisa deveria ser o novo conte do program tico da educa o que defend amos FREIRE 1999 p 40 Fantin 2006 relata que desde o in cio da d cada de 60 Paulo Freire j enfatizava a rela o entre a educa o e comunica o quan
7. es veiculadas por livros did ticos anacr nicos mas tamb m tem que se conscientizar que na contemporaneidade educar inclui necessariamente educar para assistir criticamente a televis o Fischer 2006 segue dizendo que introduzir nas escolas um processo de aprendizagem de leitura e an lise de comerciais programas de TV e outros expande a capacidade de compreender e distinguir os conte dos e as formas de tais programas Al m disso apura a percep o visual e auditiva permitindo identificar a composi o imagem som texto que a ess ncia da linguagem audiovisual Sobre isso Orofino 2005 afirma que o exerc cio da leitura cr tica precisa dar conta tanto da dimens o formal da obra quanto da dimens o de seu conte do pois a an lise ideol gica nas representa es de classe g nero sexo e tantos outros precisa ser articulada forma como s o produzidas Neste sentido a atividade de cr tica ideol gica precisa estar articulada compreens o dos elementos que comp em e definem a imagem a trilha sonora e o texto verbal Para compreender cada um destes elementos Orofino 2005 faz uma breve explica o sobre cada um deles A imagem tamb m conhecida como c digo ic nico diz respeito a todas as dimens es de composi o do quadro como planos de enquadramento efeitos gr ficos cen rios figurinos e assim por diante e A trilha sonora s o elementos coadjuvantes na constru o das emo es As trilhas sono
8. sendo trabalhado em sala de aula preciso tamb m que a exibi o do v deo seja enriquecida com atividades orientadas definidas previamente complementadas com conversas e discuss es amplas sobre o tema do programa ap s sua apresenta o KENSKI 1996 p 136 A autora tamb m salienta que a utiliza o da TV e do v deo na sala de aula n o pode ser a de ganhar tempo ou a de preencher espa os vazios em virtude da aus ncia do professor ou sem um objetivo pedag gico definido previamente O que os dados da pesquisa tamb m indicam em rela o s maneiras de uso da TV Multim dia que poucos professores a utilizam para algum tipo de trabalho na perspectiva de educar na televis o FERR S 1996 ou seja transformar o meio em objeto de estudo para uma aprendizagem de leitura cr tica dos programas pois apenas 6 dos professores entrevistados assinalaram a resposta a influ ncia da m dia no pensamento das pessoas como forma de utiliza o do meio como pode ser visto no GR FICO 2 Formas de utiliza o deste recurso nas aulas Esta constata o indica como afirma Orofino 2005 que a escola subestima sua condi o de mediadora relegando ao espontaneismo do dia a dia a produ o dos sentidos sobre os produtos midi ticos que os estudantes consomem diariamente Para Orofino 2005 o conv vio di rio dentro do espa o escolar contribui para interferir no debate social sobre a m dia e por isso a escola n o pode f
9. 2 entrevistados assinalaram a op o outros Um deles afirma que trata se de uma proposta futurista enquanto o outro define a Educomunica o como a mistura da Educa o com a Comunica o 350 E Sabe do que se trata 50 E Nunca ouviu dizer E J ouviu dizer mas n o sabe ao certo do que tra ta E Tem um vasto conhe cimento a respeito 300 250 200 150 100 50 0 GR FICO 8 CONHECIMENTO DOS PROFESSORES SOBRE A PROPOSTA DE EDUCOMUNICA O FONTE a autora 2010 90 As pr ximas quest es que compunham o question rio estavam relacionadas ao processo de forma o continuada para o uso da TV Multim dia ofertada pela Secretaria de Estado da Educa o Todas elas deveriam ser respondidas assinalando somente uma das op es apresentadas A primeira quest o relacionada a forma o continuada buscava coletar informa es a respeito da opini o dos professores sobre suas capacidades para utilizar a TV Multim dia em suas pr ticas di rias de sala de aula Conforme se pode verificar no GR FICO 9 61 382 dos professores pesquisados se consideram razoavelmente capacitados para utilizar este recurso seguidos por 23 144 que se consideram totalmente capacitados Apenas 16 100 julgam n o estarem capacitados para o uso desta tecnologia Um professor n o respondeu a quest o 450 E Se sentem totalmente 400 61 capacitados E Se sentem razoavelmente 350 capacitado
10. Escola e cultura as bases sociais e epistemol gicas do conhecimento escolar Porto Alegre Artmed 1993 FREIRE Paulo Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 1999 GAMBOA Silvio Sanchez Quantidade qualidade para al m de um dualismo t cnico e de uma dicotomia epistemol gica In SANTOS FILHO Jos Camilo GAMBOA Silvio Sanchez orgs Pesquisa educacional quantidade qualidade S o Paulo Cortez 2000 p 84 100 IANNI Octaviano A sociedade global Rio de Janeiro Civiliza es brasileiras 1999 JACQUINOT Genevi ve La escuela frente a las pantallas Buenos Aires Aique 1985 O que um educomunicador O papel da comunica o na forma o dos professores Congresso Internacional de Comunica o e Educa o N cleo de Comunica o e Educa o da Universidade de S o Paulo S o Paulo maio 1998 Dispon vel em lt www usp br nce aeducomunicacao saibamais textos gt Acessado em 23 08 2007 JACQUINOT DELAUNAY Genevi ve Novas tecnologias novas compet ncias Educar em Revista Curitiba n 31 2008 p 267 284 KENSKI Vani Moreira O ensino e os recursos did ticos em uma sociedade cheia de tecnologias In VEIGA Illma Passos org Did tica o ensino e suas rela es Campinas Papirus 1996 LAVILLE Christian DIONNE Jean A constru o do saber manual de metodologia da pesquisa em Ci ncias Humanas Porto Alegre Artes M dicas Sul Belo Horizonte Editora UFMG 1999 LESSARD H B
11. dias e constru o do conhecimento Por isso suas impress es sobre o uso da TV Multim dia na pr tica di ria de sala de aula muito importante Obrigada pela colabora o Identifica o Nome n o obrigat rio idade escolaridade tempo que exerce a profiss o n vel de escolaridade em que atua disciplina s em que atua nesta escola CONSIDERANDO O ANO LETIVO DE 2009 RESPONDA AS QUEST ES ABAIXO Uso da TV Multim dia 1 Com que frequ ncia voc utiliza a TV Multim dia em sua pr tica docente frequentemente com pouca frequ ncia depende do tema da aula raramente n o usa Outro Qual 2 Com rela o ao uso deste recurso em suas aulas como voc mais a utiliza Enumere de 1 86 onde 6 o mais usado e 1 o menos usado Caso n o a utilize apenas marque X na op o que contempla esta escolha v deos ilustrativos sobre o tema da aula acontecimentos que passaram nos telejornais a influ ncia da m dia sobre o pensamento das pessoas como premia o ap s bom desenvolvimento da turma em alguma atividade como por exemplo filmes aleat rios trazidos por voc ou pelos alunos com esquemas e outras representa es para refor ar os conte dos e conceitos apresentados na aula constru o de conceitos e esquemas com o uso dos recursos audiovisuais pelos alunos n o usa Outro Qual 3 Enumere de 1 a 6 onde 6 o mais significativo e 1 o menos sign
12. es formativas complementam se pois quanto mais se educar com o meio mais se educar no meio ou seja n o basta atender a dimens o do educar com mas indispens vel que seja reservado um espa o e um tempo para a outra dimens o j que h aspectos da televis o que devem ser atendidos de maneira espec fica Napolitano 2003 tamb m corrobora com esta ideia pois afirma que as duas formas de abordagem n o s o excludentes O ideal que o professor trabalhe com elas de maneira integrada NAPOLITANO 20083 p 56 Tomando primeiramente a perspectiva de educar na televis o Fischer 2006 exp e a import ncia de se aprender a linguagem da TV dizendo que ao se tornar objeto de estudo a televis o adentra se no mundo da produ o de significa es e que o dom nio de tal linguagem e dos processos comunicacionais que ocorrem por parte dos diversos p blicos um dos elementos mais importantes 47 no aprendizado de uma cidadania cultural Em outras palavras Fischer 2006 quer dizer que ao se investigar a complexidade dos textos das imagens das cores das sonoridades e movimentos que nos chegam diariamente atrav s da televis o tamb m se aprende a lidar com o jogo de for as pol ticas e sociais que ali encontram espa o privilegiado de express o Para Brito e Purifica o 2003 os professores podem utilizar o que j existe de qualidade nos programas de televis o para atualizar as informa
13. falados imagens desenhos al m de seus significados imediatos percebidos a partir de uma decodifica o superficial Neste processo de an lise L dke e Andr 1986 consideram que primordial a supera o daquilo que est evidente no material buscando aprofundamento e revelando mensagens impl citas dimens es contradit rias e temas propositadamente ocultados Para estas autoras no processo de decodifica o das mensagens o receptor utiliza n o s o conhecimento formal l gico mas tamb m um conhecimento experiencial onde est o envolvidas sensa es percep es impress es e intui es O reconhecimento desse car ter subjetivo da an lise fundamental para que possam ser tomadas medidas espec ficas e utilizados procedimentos adequados ao seu controle LUDKE ANDRE 1986 p 41 Partindo destes pressupostos a sistematiza o dos dados foi realizada da seguinte maneira primeiramente as respostas dadas quest o denominada Outras Informa es foram transcritas para o editor de texto Word e posteriormente se realizou uma leitura flutuante sobre todo o conte do Para Bardin 2002 a leitura flutuante consiste em estabelecer um primeiro contato com os documentos que ser o analisados se deixando invadir por impress es e orienta es A partir da as 50 respostas foram lidas individualmente e agrupadas pelos principais temas encontrados S o eles aspectos positivos e negativos do uso da TV Mult
14. inova o pedag gica como pode ser visto no GR FICO 4 Aspectos que mais influenciaram o uso da TV Multim dia nas aulas em que 27 dos professores entrevistados afirmam ter inovado os modos de planejar e executar suas aulas com a inser o deste meio Este dado num rico tamb m foi representado no espa o Outras Informa es do question rio Eu aprovei amei e uso muito de v rias formas Com a TV Multim dia posso trazer novidades para a sala de aula PROF23 Acredito ser muito importante o uso da tecnologia como um recurso a mais no aprendizado pois com ela podemos preparar aulas diferenciadas PROF33 Acredito ser muito importante o uso da tecnologia em sala de aula porque proporciona momentos mais pr ximos entre alunos e professores PROF35 De acordo com Brito e Purifica o 2003 as tecnologias audiovisuais 103 possibilitam a inova o da pr tica pedag gica uma vez que favorecem a sele o a articula o e a troca de informa es Al m disso estas m dias est o mais pr ximas das linguagens dos jovens e isto aproxima o mundo da escola e o mundo fora da escola Soares 1999 p 37 explica que as novas tecnologias e em nosso caso a TV Multim dia abrem ao educador um novo universo de possibilidades Para ele o conceito de novo reside na possibilidade de constante renova o que certas tecnologias engendram unidas grande capacidade de armazenamento de dados e
15. ncias espaciais E destas novas ci ncias e as nossas habilidades de manipula o radicalmente aumentadas surgiram as novas ind strias computadores e processamento de dados aeroespa o petroqu mica sofisticada semicondutores comunica es avan adas e vintenas de outras TOFFLER 1993 p 146 Estas caracter sticas da revolu o eletr nica sugerem para Toffler 1993 novas formas de produ o e exigem outro perfil do trabalhador remodelando o formato industrial da Segunda Onda Para ele o trabalho torna se menos repetitivo 27 menos fragmentado com cada pessoa fazendo cada vez mais tarefas O tempo se torna flex vel e o ritmo individualizado substituindo a velha necessidade do comportamento da sincroniza o em massa Frequentemente os trabalhadores s o for ados a enfrentar mudan as em suas tarefas e se deparam com sucess es de transfer ncias de pessoal mudan as de produtos e reorganiza es Al m disso Toffler 1993 afirma que a produ o na Terceira Onda torna poss vel a descentraliza o da ind stria ou seja as unidades de trabalho se tornam menores e mais pessoais Cada vez mais companhias constroem moral e senso de perten a contratando diretamente grupos de trabalhadores que se organizam em m ni companhias ou cooperativas para conseguir trabalhos espec ficos Com a presen a cada vez mais comum destas tecnologias da informa o e da comunica o em nosso cotidiano Toffler 1993 p 182
16. nosso dia a dia e suas mensagens vem carregadas de significados simb licos Portanto tratar das m dias e nos aproximarmos da complexidade que cerca a produ o e circula o do conjunto de bens culturais que ela produz se torna fundamental para a emancipa o e para o desenvolvimento pleno da cidadania Nisto Baccega 1999 enfatiza que a constru o do campo Comunica o Educa o como novo espa o te rico tarefa complexa pois trata se 60 de um campo capaz de fundamentar pr ticas de forma o de sujeitos conscientes Isto exige o reconhecimento dos meios de comunica o como um outro lugar do saber atuando juntamente com a escola Esta autora relata que para avan ar nessa elabora o preciso buscar conhecer a sociedade com seus comportamentos culturais e a pluralidade dos sujeitos Para Baccega 2001 o outro ponto importante no processo de reflex o sobre o campo Comunica o Educa o que n o se trata mais de discutir se devemos ou n o usar os meios no processo educacional ou de procurar estrat gias de educa o mas preciso procurar entend los bem saber ler criticamente os meios de comunica o para conseguir percorrer o trajeto que vai do mundo que nos entregam pronto editado constru o do mundo que permite o exerc cio da cidadania BACCEGA 2001 p 8 Segundo ela a est a base da constru o do campo Comunica o Educa o como novo espa o te rico capaz de fundame
17. o existem pelo menos mais dois bons motivos para o professor incorporar os audiovisuais na sala de aula S o eles a sua capacidade de motiva o e a sua capacidade de possibilitar uma aprendizagem significativa em sala de aula pois ao relacionar os conte dos com o que assistiram na televis o os estudantes ter o a oportunidade de refor ar a aprendizagem ancorando os novos conte dos a conte dos j enraizados em suas psiques Esta incorpora o do material audiovisual em sala de aula pode ser feita a partir de tr s formas de utiliza o conforme nos mostra Ferr s 1996 videoli o 51 programa motivador e videoapoio A videoli o a denomina o dada aos programas no qual s o desenvolvidos alguns conte dos curriculares de forma sistem tica equivalente a uma aula normal mas dada por interm dio do v deo Tamb m poder o servir de videoli o imagens provenientes das televis es educativas document rios reportagens ou outros programas did ticos ou culturais De acordo com Fischer 2006 estes tipos de v deo cresceram em n mero e diversidade na d cada de 90 desempenhando fun es de instruir informar explicar e mostrar exemplos Quase sempre vinculam se a determinada rea do conhecimento Al m disso seu v cio de origem a ado o de uma estrutura em geral embasada em textos did ticos tradicionais tornando os frequentemente cansativos pelo excesso de texto verbal Todavia podem prestar bons
18. o dos processos de tecnologias de informa o e comunica o na educa o b sica Um question rio fechado tamb m foi aplicado aos professores do Ensino Fundamental 5 a 8 s ries de 64 escolas da rede estadual de ensino situadas na cidade de Curitiba Tal instrumento teve o intuito de verificar as impress es dos professores sobre o uso da TV Multim dia na pr tica di ria de sala de aula e sobre a forma o profissional espec fica para o uso deste recurso midi tico ofertada pela mantenedora Os dados foram tratados e sistematizados a partir dos princ pios da pesquisa qualitativa com base em autores como Lessard Hebert et al 1990 e Alves Mazzotti amp Gewandsznaider 2004 A discuss o sinaliza que a integra o das tecnologias da informa o e da comunica o nas escolas suas potencialidades comunicacionais e pedag gicas podem oferecer melhorias na constru o do conhecimento e efici ncia no processo ensino aprendizagem Palavras chave TV Multim dia M dia Educa o Educa o Comunica o ABSTRACT A qualitative research that investigates the use of Multimedia TV in the classrooms of the public school system in the state of Parana specifically in the city of Curitiba lts main objective is to investigate the use of these new tools in the Teacher s practice as an alternative in the integration process between media and knowledge building The importance of this research is justified by the necessity of involve
19. possibilidade de manipula o imediata Assim estas tecnologias re nem instrumentos de apresenta o visual e sonora que promovem novas rela es com as fontes do saber Todavia Brito e Purifica o 2003 afirmam que o simples uso das tecnologias educacionais n o assegura uma inova o ou renova o do processo educativo tampouco a efici ncia do processo ensino aprendizagem principalmente se a forma deste uso se limitar a tentativas de introdu o da novidade sem um compromisso do professor que a utiliza Com esta afirma o Brito e Purifica o 2003 alertam para o fato de que quando uma inova o surge no horizonte dos educadores observa se em alguns deslumbramento em fun o das possibilidades aventadas por essas inova es e em outros ceticismo cr nico provocado quer pela decep o que professores diretores e t cnicos em educa o v m acumulando com as pol ticas e propostas de inova es educacionais mal implementadas ou descontinuadas pelos sucessivos governos quer pela acomoda o natural que temos a nossas fun es e pelo inc modo que inova es podem provocar na medida em que estas exigem altera es de comportamentos e uso de espa os e tempos j bem cristalizados GATTI 1993 apud BRITO E PURIFICA O 2008 p 14 Assim os educadores ao incorporem esta m dia em sua pr tica precisam olh la no sentido de melhoria no processo ensino aprendizagem e de aproxima o entre as m dia
20. 57 receberam somente capacita o inicial oferecida em um nico momento Tal capacita o abrangeu mais o car ter t cnico do uso do meio e a carga hor ria destinada para ela foi considerada insuficiente por 48 dos professores pesquisados como pode ser visto no GR FICO 11 Opini o dos professores sobre a carga hor ria da capacita o recebida As respostas agrupadas nos temas aspectos negativos e carga hor ria que comp e a categoria Capacita o Profissional expressam estas opini es A capacita o poderia ter sido melhor pois houve uma palestra muito r pida para os professores e n o houve tempo de entender e tirar as d vidas PROF 13 Participei apenas de uma aula para a capacita o mas n o valeu a pena PROF 3 A import ncia da capacita o em hor rio contr rio das atividades da escola e de forma aprofundada at que as d vidas as dificuldades sejam sanadas porque meu nico aprendizado inicial foi traum tico PROF 20 N o recebi sequer a capacita o inicial fui me aperfei oando atrav s de um manual PROF 2 Muitas vezes s o enviados t cnicos s escolas para nosso treinamento mas no mesmo per odo em que estamos em aula dificultando nossa participa o PROF 12 A capacita o inicial n o foi suficiente fui autodidata para aprender a utilizar a TV PROF 39 O que se verifica que apesar deste recurso tecnol gico ser utili
21. DA TV MULTIM DIA 81 5 2 1 Os dizeres dos professores seara reann eneee 94 6 A TV MULTIM DIA NAS ESCOLAS P BLICAS DO ESTADO DO PARAN REFLEX ES NECESS RIAS sn eerereseeeeeeeerenenerenereneaa 97 7 GUISA DAS CONSIDERA ES eee 114 REFERENCIAS Sn asse A E A a 117 APENDICE So SR 121 12 1 INTRODU O H algum tempo profissionais da educa o se deparam com as diferen as entre o que chamam de mundo fechado e enciclop dico das escolas e o mundo din mico e sem fronteiras dos meios de comunica o Nos dias atuais em que as informa es nos chegam a velocidades espantosas e somos envolvidos por novos recursos midi ticos cada vez mais sofisticados surge a necessidade destes dois mundos aparentemente distantes se aproximarem e se imbricarem em uma proposta educativa pautada pela comunica o e pelo trabalho efetivo com os meios de comunica o dentro dos ambientes escolares suas linguagens mensagens recep o Nas escolas os alunos e alunas chegam com uma carga di ria de informa o a partir destes recursos tecnol gicos que imp em aos professores novas posturas e novas pr ticas pedag gicas Ali s os professores j perceberam esta necessidade de aproximar os meios de comunica o s suas aulas pois v em as sociabilidades marcadas por outros modos de ver sentir e compreender sobretudo res
22. FICO 2 FORMA DE UTILIZA O DESTE RECURSO NAS AULAS FONTE a autora 2010 A terceira pergunta do question rio buscava compreender qual a percep o dos professores sobre o impacto da inser o deste recurso tecnol gico no processo de ensino aprendizagem Para responder a quest o os professores deveriam enumerar de 1 a 6 as alternativas apresentadas onde 6 seria a op o mais significativa e 1 a menos significativa Neste caso todas as alternativas deveriam ser enumeradas 85 Como pode ser visto no GR FICO 3 os professores pesquisados consideram que a inser o deste meio tornou as aulas mais atrativas elencado por 26 163 dos professores Para 19 119 dos pesquisados o uso desta tecnologia despertou o interesse dos alunos para os conte dos trabalhados nas aulas enquanto que 16 100 dos docentes consideraram que a inser o da TV Multim dia facilitou a aprendizagem 14 87 dos professores apontam ter mudado sua maneira de trabalhar com os conte dos escolares ap s a inser o deste meio dentro de sala de aula Em contrapartida 20 125 responderam que a TV Multim dia apenas mais um recurso dispon vel dentro da sala de aula e outros 5 31 dizem que a presen a deste meio n o fez diferen a em sua pr tica Outros 2 professores assinalaram a alternativa n o uso 180 Tornou suas aulas mais atra tivas E N o fez diferen a em sua pr tica E Facilitou a aprendizagem E Despertou o interesse
23. FICO 6 mostra que 40 250 dos professores n o sabem informar se h acompanhamento pedag gico tecnol gico por parte da SEED sobre o uso deste equipamento nas escolas Outros 24 150 afirmam que h um acompanhamento espor dico enquanto 19 119 acreditam que n o h qualquer tipo de acompanhamento por parte da mantenedora Em contrapartida 14 87 dizem que a Secretaria de Estado da Educa o disponibiliza projetos a serem 88 desenvolvidos com o uso da TV Multim dia nas escolas e 3 18 apontam que s o enviados relat rios regulares informando a utiliza o deste recurso pelos professores Para esta quest o 2 professores assinalaram a op o outro e dizem n o usar este recurso tecnol gico Outro professor n o respondeu a quest o 300 Sim pois a SEED disponibili za projetos a serem desenv o Ividos com o uso da TV Mul tim dia nas escolas E Sim s o enviados relat rios regulares informando a utili za o deste recurso pelos professores Sim esporadicamente C N o h qualquer acompa nhamento por parte da SEED E N o sei informar 40 250 200 150 100 50 0 GR FICO 6 PERCEP O DOS PROFESSORES SOBRE O ACOMPANHAMENTO POR PARTE DA SEED DO USO DESTE EQUIPAMENTO NAS ESCOLAS FONTE a autora 2010 Com a s tima quest o que compunha o question rio se pretendeu verificar a opini o dos professores sobre a import ncia ou n o da escola interagir c
24. MATTELART 2001 p 13 Neste sentido surgiu em todas as sociedades industriais canais de comunica o atrav s dos quais podiam ser distribu das mensagens individuais e em massa t o eficiente como mercadorias ou mat rias primas Nos ve culos de comunica o em massa de jornais e r dio a cinema e televis o encontramos mais uma vez a encarna o do princ pio b sico da f brica Todos eles estampam mensagens id nticas em milh es de c rebros assim como a f brica estampa produtos id nticos para usos em milh es de casas Fatos padronizados manufaturados para a massa duplicatas de produtos padronizados fluem de umas poucas f bricas de imagens concentradas para milh es de consumidores Sem este vasto e poderoso sistema para canalizar informa o a civiliza o industrial n o poderia tomar forma ou funcionar com seguran a TOFFLER 1993 p 48 Este sistema social interdependente conceituado por Mattelart amp Mattelart 2001 como sociedade org nica ou seja uma sociedade organismo cada vez mais integrada onde as fun es s o mais definidas e as partes cada vez mais interdependentes Nesse sistema estes autores explicam que a comunica o um componente b sico que exerce a fun o de distribui o e regula o A fun o de 24 distribui o assegura que os produtos das f bricas e as mensagens das m dias cheguem a todos os cantos enquanto a fun o de regula o torna poss vel a g
25. Maurice Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universit rios Revista Brasileira da Educa o ANPED S o Paulo n 13 jan fev mar abr 2000 p 5 24 Dispon vel em www andreapenteado com files tardif saberes profissionais dos professores pdaf Acessado em 20 04 2011 TOFFLER Alvin A terceira onda Rio de Janeiro Record 1993 121 AP NDICE AP NDICE A ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCA O T o Co a E a 122 AP NDICE B QUESTION RIO PILOTO DESTINADO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE 123 AP NDICE C QUESTION RIO ENVIADO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO sussa ai a aid nd ni nossa sad 126 AP NDICE D GR FICOS SOBRE O PERFIL DOS PROFESSORES PESQUISADOS sra tara baLa aan aaa SS ANTA Nico EA Tas PECA Ria oa 129 133 AP NDICE ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCA O Nome Fun o 1 O que a Tv Multim dia Qual sua especificidade em rela o a televis o comum 2 De onde veio a tecnologia da Tv Multim dia 3 Qual o objetivo da Secretaria Estadual de Educa o ao inserir este recurso nas escolas 4 Houve algum idealizador deste projeto Como foi o processo de idealiza o do projeto 5 Como foi o processo de implanta o da Tv Multim dia nas escolas da rede estadual de ensino 6 Houve um projeto piloto para a implanta o des
26. SOBRE O ACOMPANHAMENTO POR PARTE DA SEED DO USO DESTE EQUIPAMENTO NAS ESCOLAS 88 GR FICO 7 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A IMPORT CIA DA ESCOLA INTERAGIR COM A LINGUAGEM AUDIOVISUAL 89 GR FICO 8 CONHECIMENTO DOS PROFESSORES SOBRE A PROPOSTA DE EDUCOMUNICA O asia square ie 89 GR FICO 9 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE SUAS COMPET NCIAS PARA UTILIZAR A TV MULTIM DIA 90 GR FICO 10 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A CAPACITA O PROFISSIONAL OFERTADA PARA O USO ESPEC FICO DA TV de iaa aaan 91 GR FICO 11 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A CARGA HOR RIA DA CAPACITA O RECEBIDA sr Aa ans sis 92 GR FICO 12 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE OS ASPECTOS QUE ABRANGIAM A CAPACITA O OFERECIDA PELA SEED PARA O USO DA TV IMIBLTIM DIAS 92 GR FICO 13 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A NECESSIDADE DE RECEBER OUTRAS CAPACITA ES PARA O USO DESTE RECURSO EM SALA DE AULA 93 QUADRO 3 CATEGORIZA O TEM TICA DAS RESPOSTAS APRESENTADAS NO ESPA O DESTINADO A MANIFESTA ES VOLUNT RIAS DOS PROFESSORES SOBRE A TV 95 CAUTEC CRTE DITEC PROINFO SEED TIC LISTA DE SIGLAS Coordena o de Apoio ao Uso de Tecnologias Coordena o Regional de Tecnologia na Educa o Diretoria d
27. TV Multim dia em sala de aula se constatou que boa parte dos professores pesquisados 42 a utilizam para passar filmes ilustrativos sobre o tema assunto da aula conforme demostra o GR FICO 2 Forma de utiliza o deste recurso nas aulas Estes dados revelam que dependendo do tema da aula que o professor planejou e dos filmes ilustrativos dispon veis sobre tal assunto o professor utilizar a TV Multim dia para ilustrar e ou refor ar os conte dos trabalhados Conforme indica Sancho 2006 a incorpora o de novos recursos midi ticos no fazer di rio do professor um tanto complexa e articulada com diversas vari veis como falta de est mulos para sua utiliza o falta de dom nios t cnicos e metodol gicos e mesmo a maneira como estes recursos adentram as salas de aula Todavia a autora afirma que seria um tanto mais f cil se sua utiliza o estivesse vinculada a um projeto coletivo da escola integrando se em todos os aspectos do curr culo Assim cada docente poderia compartilhar suas experi ncias e ang stias explorando e criando novas maneiras de utiliz la De acordo com Brito e Purifica o 2003 quando o professor trabalha com filmes pode planejar a aula de duas maneiras aula em fun o do filme na qual se utiliza um filme j preparado que consequentemente n o teve sua realiza o voltada para o alcance dos objetivos espec ficos da aula em que ser utilizado ou filme em fun o da aula na qual o filme r
28. americanos mas foi pouco a pouco reduzindo a depend ncia externa Nas duas ltimas d cadas do s culo XX passou condi o de exportadora A Rede Globo empresa l der no setor exporta regularmente telenovelas musicais e programas esportivos para mais de uma 13 Estat stica apresentada na S ntese dos Indicadores Sociais uma an lise das condi es de vida da popula o brasileira publicado pelo IBGE no ano de 2010 com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lio para ano de 2009 Dispon vel em lt www ibge gov br home estatistica condicaodevida indicadoresminimos sinteseindisociais2010 SIS 2010 pdf gt Acesso em 30 08 2010 44 centena de pa ses Recentemente outras empresas ingressaram no mercado audiovisual inclusive a Rede Record cujas telenovelas come aram a fazer sucesso nos pa ses latino americanos vizinhos Moran 1993 afirma que os estudantes s o telespectadores di rios que se somadas ao longo dos anos indicar o maior tempo de exposi o TV do que aqueles envolvidos em atividades escolares Assim cnegam escola carregados de comportamentos informa es modos de falar e de se expressar oriundos da linguagem audiovisual Estes aspectos j seriam suficientes para levar a televis o e seus processos s considera es da escola mas deve se acrescentar a o fato dos alunos gostarem de assistir TV e aprenderem com ela De acordo com Brito e Purifica o 2003 os alunos est o mais
29. consci ncia que precisa liberta se FREIRE apud MELO 1998 p 274 Sobre isso Paulo Freire 1999 nos mostra a necessidade de se praticar ensinar a leitura cr tica dos textos veiculados na m dia ali s n o somente sua leitura mas sua elabora o seus modos de transmiss o e recep o Ou seja ao se propor a leitura cr tica n o se deve deixar de lado a an lise e a compreens o de seu contexto total possibilitando outro trabalho fundamental a separa o do contexto em suas partes constitutivas Para ele esta separa o do contexto total em suas partes nos permitir retornar de onde partimos ou seja da pr pria a o de espectador alcan ando desta maneira uma compreens o mais vertical e tamb m din mica de sua significa o Isso significa dizer que a realidade em que estamos inseridos e que contribu mos para produzir modificar e reproduzir sempre uma realidade que passa por v rios filtros por v rios intermedi rios Retomando Paulo Freire dir amos que o estar no mundo e com o mundo inclui obrigatoriamente hoje a leitura do mundo que nos oferecida pelos meios de comunica o Nas palavras do autor Se isto acontece estar amos levando o a substituir a capta o m gica por uma capta o cada vez mais cr tica e assim ajudando os a assumir formas de a o tamb m cr ticas respondendo s exig ncias de democratiza o fundamental Inserindo se no processo hist rico ele renunciar
30. dia educa o come aram a ser objeto de reflex o te rica aproximando a universidade de movimentos sociais atrav s de diversas pesquisas e projetos Fantin 2006 ainda ressalta que embora haja experi ncias de m dia educa o em rela o ao contexto escolar tais experi ncias na maioria das vezes ainda s o consideradas pr ticas isoladas que dependem mais do trabalho de profissionais do que de pol ticas p blicas a este respeito De qualquer maneira para Moran 1993 ao rejeitar os meios a escola est reconhecendo sua incapacidade de entender o homem de hoje E vai al m 40 Os meios de comunica o s o espa os altamente significativos de educa o porque est o pr ximos da sensibilidade do homem de hoje e porque s o volunt rios Ent o reconhecemos que os meios educam n o s sobre conte dos e valores mas tamb m educam para sensibilidade e educam para expressar se plasticamente com imagens com rapidez de forma sint tica A escola tem que educar para os meios e n o tentar domestic los incorpor los como complemento de seu projeto pedag gico A escola precisa mais dos meios do que estes da escola MORAN 1993 p 190 Orofino 2005 tamb m critica a cegueira da escola atual para as m dias dizendo que al m de fugir de sua responsabilidade e de seu papel social subestima e inibe o potencial de media o cultural que a constitui pois ali na escola dependendo do que se assistiu na T
31. dos alunos 26 160 140 120 E Mudou sua meneira de traba lhar com os conte dos esco lares LI mais um recurso dispon vel 100 80 60 40 20 0 GR FICO 3 IMPACTO DA INSER O DESTE MEIO DENTRO DA SALA DE AULA FONTE a autora 2010 A quarta quest o objetivava pesquisar os aspectos que mais influenciaram o uso da TV Multim dia nas aulas Para isso os professores deveriam enumerar as alternativas apresentadas de 1 a 8 onde o n mero 8 era o aspecto mais significativo e 1 o menos significativo Assim todas as alternativas deveriam ser preenchidas de acordo com o grau de import ncia atribu do pelo professor s alternativas 6 Conforme pode ser observado no GR FICO 4 os aspectos que mais influenciaram o uso da TV Multim dia nas aulas de acordo com os professores pesquisados foi a possibilidade de inova o da pr tica educativa escolhido por 27 169 dos docentes Em seguida o aspecto novo recurso did tico dispon vel aparece como 25 156 das escolhas e a op o inser o de tecnologia no ambiente escolar foi eleita por 19 119 dos entrevistados A necessidade de inserir o meio audiovisual na rotina escolar foi assinalado por 11 68 dos docentes 8 50 evidenciaram que o aspecto mais significativo desenvolvimento de projetos educativos que evidenciam o uso da TV Multim dia O aspecto curiosidade em usar o meio aparece em 7 43 das respostas Antago
32. exemplo PROF1 PROF2 PROF3 e assim sucessivamente CATEGORIAS TEMAS AGRUPADOS RECORR NCIA Aspectos positivos do uso Uso do equipamento em Aspectos negativos do uso sala de aula Manuten o dos equipamentos Aspectos positivos Aspectos negativos Capacita o profissional Carga hor ria destinada Expectativas de capacita o Dificuldades encontradas Interface entre a TV Multim dia e outras Facilidades encontradas m dias formatos Expectativas quanto a interface QUADRO 3 CATEGORIZA O TEM TICA DAS RESPOSTAS APRESENTADAS NO ESPA O DESTINADO A MANIFESTA ES VOLUNT RIAS DOS PROFESSORES SOBRE A TV MULTIM DIA FONTE a autora 2010 Como pode ser visto no quadro acima os temas agrupados deram origem 96 tr s categorias que tem em seus temas agrupados as manifesta es e opini es tecidas pelos professores seguido do n mero de recorr ncias que apareceram nas respostas A partir destas categoriza es que o conte do de tais respostas foram analisados como pode ser visto no cap tulo a seguir 97 6 ATV MULTIM DIA NAS ESCOLAS P BLICAS DO ESTADO DO PARAN REFLEX ES NECESS RIAS Neste capitulo ser o tecidas algumas reflex es a partir das respostas extra das dos question rios sobre a inser o da TV Multim dia nas escolas p blicas do estado do Paran Na realidade este cap tulo apresentar a interpreta o dos dados outrora sistematizados j que a interpreta o con
33. expostos aos conhecimentos que a televis o proporciona que aqueles oriundos da escolaridade ou das rela es familiares Para elas Assistindo televis o os alunos entram em contato com novos e diferentes conte dos e encontram est mulos para criar novas rela es entre temas j conhecidos Sucumbem luminosidade animada da tela e aprendem sobre o mundo em que vivem informam sobre as ltimas conquistas das ci ncias as guerras os gestos pol ticos do mundo todo entre tantas outras coisas aprendem com a fic o dos filmes e das novelas com os telejornais e com os document rios BRITO E PURIFICA O 2003 p 33 De acordo com Ferr s 1996 na atual sociedade em que vivemos a comunica o audiovisual se tornou hegem nica e n o haver compet ncia comunicativa se os c digos da express o audiovisual n o forem dominados Para isso O ideal seria que os estudantes fossem capazes de compreend los em profundidade e expressar se por interm dio deles Caso contr rio estariam condenados a ser simples receptores passivos e n o cr ticos Complementarmente Brito e Purifica o 2003 explicam que o professor n o pode ignorar aquilo que os alunos trazem da cultura das m dias mas devem reconhec los e integr los em suas aulas questionando se por exemplo qual a qualidade dos conte dos midi ticos a que os alunos t m acesso e atrav s de quais programa es eles se instrumentam para o espa o social em que est o i
34. fechado cujo resultado se mostra numericamente De acordo com Gamboa 2000 p 106 na 21 Entrevista fornecida para a pesquisadora pela assessora pedag gica do Portal Dia a Dia Educa o em julho de 2009 2 Entrevista fornecida para a pesquisadora por J K M assessora pedag gica do Portal Dia a Dia Educa o em julho de 2009 82 pesquisa em ci ncias sociais frequentemente s o utilizados resultados e dados expressos em n meros Por m se interpretados e contextualizados luz da din mica social mais ampla a an lise torna se qualitativa Al m disso para Alves Mazzotti amp Gewandsznajder 2004 p 163 as pesquisas qualitativas s o caracteristicamente multimetodol gicas ou seja usa se diferentes maneiras e t cnicas para investigar um mesmo objeto Neste sentido este instrumento possibilitou a constru o de um panorama geral sobre a opini o dos professores acerca da TV Multim dia e quando analisado junto com os demais dados permite uma compreens o mais ampla do objeto de estudo O question rio aplicado como pode ser visto no AP NDICE 3 era composto por quest es de m ltipla escolha em que os professores deveriam assinalar a alternativa que mais se aproximava de sua pr tica opini o acerca do uso da TV Multim dia em suas aulas e forma o continuada oferecida pela SEED para o uso deste recurso tecnol gico Conv m evidenciar que em quatro das quest es que compunham o question rio o p
35. feita apenas oralmente Aqueles que dominavam a escrita conhecidos como escribas tinham acesso cultura e ao exerc cio da cidadania e tamb m passaram a desfrutar de privil gios que variavam de acordo com as caracter sticas sociais e culturais de cada povo Ou seja o fato de dominar estes c digos permitia ao indiv duo ingressar ativamente na vida em sociedade Assim na Primeira Onda os meios de comunica o e as trocas de informa es estavam essencialmente fechados elite e eram usados exclusivamente para fins de controle social ou pol tico Os meios escritos prevaleciam e os acontecimentos da aldeia ou da regi o eram divulgados pela troca de informa es boca a boca De acordo com Toffler 1993 a Primeira Onda ainda n o tinha se extinguido pelo fim do s culo XVII quando a revolu o industrial desencadeou a segunda grande onda de mudan as A industrializa o come ou a atingir rapidamente os continentes e assim dois processos de mudan as separados e distintos ocorriam simultaneamente a velocidades diferentes A Segunda Onda surgida a partir do advento da Revolu o Industrial estimulou o desenvolvimento de tecnologias at um n vel totalmente novo Produziu grande n mero de gigantescas m quinas eletromec nicas pe as m veis correias de transmiss o mangueiras correias e parafusos de porcas tudo matraqueando e catracando em marchas E estas novas m quinas fizeram mais do que aumentar o m sculo brut
36. frequente na pr tica do entrevistado Outra maneira de utiliza o da TV Multim dia que se destacou foi esquemas e outras 4 representa es para refor ar os conte dos e conceitos apresentados em aula elencados por 25 156 dos professores Em seguida aparece a constru o de conceitos e esquemas pelos alunos para 14 87 dos professores e acontecimentos que passaram nos telejornais em 7 43 das respostas Dos professores pesquisados 6 37 dizem utilizar a TV Multim dia para algum tipo de trabalho sobre a influ ncia da m dia sobre o pensamento das pessoas Tamb m constatou se que a TV Multim dia menos utilizada como premia o ap s bom desempenho da turma em alguma atividade conforme escolhido por 5 31 dos professores Vale acrescentar que para esta quest o 6 dos entrevistados assinalaram a alternativa n o uso e 4 professores assinalaram a alternativa outros salientando que utilizam a TV Multim dia como monitor de notebook 300 V deos ilustrativos sobre o tema da aula 43 E Acontecimentos que passa ram nos telejornais HA influ nia da m dia sobre o pensamento das pessoas E como premia o ap s bom desempenho da turma em alguma atividade LI Como esquemas e outras re presenta es para refor ar os conte dos e conceitos are sentados em aula E Constru o pelos alunos de conceitos e esquemas 250 200 150 100 50 0 GR
37. n o precisa obedecer uma sequ ncia em sua exibi o Por exemplo A Grande Fam lia A Miniss rie um tipo de teledramaturgia que segue os padr es da novela geralmente resultante de adapta es de obras liter rias com uma estrutura fechada Tem a particularidade de manter se dentro de um eixo narrativo e desenvolver um tema central concentrados em poucos cap tulos Por fim a Telenovela uma obra de fic o aberta e que apesar de ter agenda para terminar a trama vai sofrendo mudan as em sua constru o a partir dos ndices de audi ncias e prefer ncias do p blico Caracteriza se pelo desenvolvimento de uma f bula b sica que se subdivide em v rias est rias paralelas e n cleos dram ticos que se articulam entre si Assim ap s reconhecer os elementos que comp em a constru o dos programas audiovisuais o educador ao trabalhar a produ o de uma textualidade na escola deve levar em considera o todas as possibilidades de formas g neros e c digos dispon veis nestas diferentes dimens es Genevi ve Jacquinot 1985 afirma que a imagem e a linguagem s o dois modos de significar que tem cada um seu car ter espec fico Neste sentido torna se necess rio os alunos tomarem consci ncia de suas diferen as e desenvolver a capacidade de leitura e an lise cr tica das mensagens al m da express o e comunica o nas modalidades de significa o Assim a imagem o som e o documento audiovisual passam a ser obje
38. na forma como foi compreendida e colocando os temas em discuss o Juntos professores e alunos sistematizam o aprendido posicionam se criticamente diante dos fatos organizam se conferem dialogam e produzem conhecimentos personalizados KENSKI 1996 p 143 Portanto como enfatiza Melo amp Tosta 2008 uma reflex o sobre as m dias que implique sua inser o nos projetos pol ticos pedag gicos dos estabelecimentos escolares introduzindo no cotidiano da escola as linguagens midi ticas e temas por elas abordados como objetos de estudo e reflex o por parte dos gestores alunos e professores torna se fundamental para a integra o da escola e da m dia duas institui es que at ent o vem caminhando paralelamente 3 3 1 A Televis o na escola Se os fen menos midi ticos est o cada vez mais presentes em nosso cotidiano ineg vel a presen a maci a da televis o nos lares brasileiros Atingindo cerca de 97 296 3 dos domic lios a televis o constitui o principal elo de liga o dos cidad os com o mundo Seu impacto sobre a sociedade nacional incomensur vel Dela se apoderam os vendedores de bens e servi os bem como os mercadores da f e da pol tica MELO amp TOSTA 2008 p 43 Uma levantamento realizado por Melo amp Tosta 2008 mostra que a ind stria brasileira de televis o caracterizou se inicialmente d cadas de 1950 e 1960 como importadora de programas estrangeiros sobretudo norte
39. o recebida ou foi suficiente insuficiente razo vel Outro Qual 4 A capacita o oferecida pela SEED ou feita em outras institui es abrangiam mais car ter t cnico do uso do meio como usar car ter metodol gico do uso do meio maneiras pedag gico metodol gicas de 125 sua utiliza o mesclaram o car ter t cnico e metodol gico Outro Quais 5 Voc sente a necessidade de receber outras capacita es para o uso adequado deste recurso em sala de aula Sim principalmente abrangendo o car ter t cnico do uso do meio como usar Sim principalmente abrangendo o car ter metodol gico do uso do meio Sim abrangendo o car ter t cnico e metodol gico N o necessito de mais capacita es Outras informa es que julga interessante 126 AP NDICE C QUESTION RIO ENVIADO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN SETOR DE EDUCA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O LINHA DE PESQUISA CULTURA ENSINO E ESCOLA MESTRANDA ELIZANDRA JACKIW Univeasmoaoe roma ORIENTADORA PROF DR ROSA MARIA CARDOSO DALLA COSTA QUESTION RIO DESTINADO AOS PROFESSORES O question rio abaixo faz parte de uma pesquisa de Mestrado da UFPR que tem por objetivo geral investigar a utiliza o da TV Multim dia na pr tica docente dos professores da rede estadual de ensino como alternativa de trabalho de integra o entre m
40. para se utilizar a TV Multim dia O material traz passo a passo como o professor faz para gravar um arquivo em seu pen drive e utiliz lo na TV Os professores t m total autonomia para preparar a aula com o uso da TV Multim dia O interesse por essa nova tecnologia em sala deve partir do professor Ele deve pesquisar os materiais digitais que pretende utilizar grav los no pen drive e manusear a TV Multim dia da forma como achar melhor Por isso a afirma o 9 Dados oficiais retirados de lt http Awww diadia pr gov br tvprendrive search php gt Acesso em 24 06 2009 18 dessa nova m dia na sala de aula depender de como professor far uso desta tecnologia e sua posi o frente utiliza o das m dias no cotidiano escolar Trata se de uma experi ncia in dita no Brasil considerando as caracter sticas diferenciadas da TV Multim dia A experi ncia do Paran j chamou a aten o de outras Secretarias de Educa o em conhecer o projeto De acordo com a Secretaria Estadual de Educa o Bahia e Bras lia j est o com projetos semelhantes O Minist rio da Educa o tamb m prepara para lan ar o projetor digital A ideia segue os mesmos princ pios da TV Multim dia 19 3 CULTURA EDUCA O E COMUNICA O NA ERA DIGITAL Vive se em um per odo de intensas e surpreendentes transforma es A complexidade e a difus o de informa es nos dias atuais permitem cada vez mais compartilhar dados imagens
41. pelo fato de que Na entrevista a rela o que se cria de intera o havendo uma atmosfera de influ ncia rec proca entre quem pergunta e quem responde Especialmente nas entrevistas n o totalmente estruturadas onde n o h uma imposi o de uma ordem r gida de quest es o entrevistado discorre sobre o tema proposto com base nas informa es que ele det m e que no fundo s o a verdadeira raz o da entrevista L DKE e ANDR 1986 p 33 A partir de tais entrevistas verificou se que o objetivo da presen a das TVs Multim dias nas escolas por parte desta Secretaria levar para a sala de aula imagens v deos anima es e udios PARAN SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCA O 2008 p 12 Isso se confirma na fala de um dos entrevistados quando diz que O objetivo principal trazer a tecnologia os recursos que est o dispon veis nos laborat rios de inform tica para dentro da sala de aula O professor pode ir ao laborat rio do Paran Digital com acesso a internet selecionar os recursos que ele quer usar e trazer para a sala de aula que l tem um aparelho dispon vel Ele salva em seu pen drive no hor rio atividade e traz para a sala de aula uma maneira que a Secretaria encontrou para deixar a tecnologia ainda mais pr xima do aluno e do professor sic Informa o verbal Originalmente de acordo com este entrevistado a ideia da Secretaria de Educa o era equipar cada sala de aula com
42. pelos novos meios disponibilizados pela inform tica pelos sistemas digitais e pela rede de computadores vem desenhando uma nova configura o nos conceitos de ensino aprendizagem de conhecimento de educa o de cultura Assim a cultura oriunda do interior das fam lias ou de determinados grupos sociais dos bairros em que os sujeitos est o inseridos ou dos meios de comunica o chega escola e se reflete nas a es dos sujeitos nas suas rela es com o conhecimento e na maneira como lidam com os acontecimentos di rios Dentre os autores que trabalham com a quest o da cultura na escola Fran ois Dubet 1994 analisa a escola como institui o social encarregada de transmitir uma cultura e de distribuir qualifica es Para ele a escola tem por fun o transformar valores em normas e em pap is que por sua vez estruturam a personalidade dos indiv duos DUBET 1994 p 170 Assim a educa o escolar distingue se da educa o que dada na fam lia pelo fato de ser planejada organizada Ela n o tem em vista somente reproduzir uma cultura ela identificada com um modelo cultural que procura produzir um tipo de sociedade e um tipo de indiv duo DUBET 1994 p 170 Para ele a escola relaciona um projeto educativo e hierarquias sociais pela via indireta de uma organiza o cujas regras formas de regula o e distribui o de pap is garantem uma fun o de integra o das crian as ou dos jovens
43. professor colocou no seu projeto o trabalho com a TV Multim dia s o escolas que est o se sobressaindo sic Informa o verbal Questionadas mais uma vez sobre a possibilidade de utilizar a TV Multim dia para o desenvolvimento de projetos que integrem a m dia educa o a assessora respondeu 18 Entrevista fornecida para a pesquisadora pela assessora pedag gica da Coordena o de apoio ao uso de tecnologias da Secretaria de Estado da Educa o em julho de 2009 Paran Digital um projeto de inclus o digital das escolas p blicas do Estado do Paran que inclui dentre os meios educacionais o portal dia a dia educa o a TV Paulo Freire a TV Multim dia e os laborat rios de inform tica Programa de Desenvolvimento Educacional estabelecido pela Secretaria de Estado da Educa o do Paran cujo objetivo proporcionar aos professores da rede p blica estadual subs dios te rico metodol gicos para o desenvolvimento de a es educacionais sistematizadas e que resultem em redimensionamento de sua pr tica 19 20 80 Nosso objetivo agora formar todos os professores e agora nesse segundo semestre vamos come ar a pensar em outras linhas de a o Mas n s temos experi ncia de professores que j utilizam a TV como monitor A escola tem internet wireless e ele utiliza o notebook na TV Mas ainda n s vamos iniciar uma coisa mais avan ada sic Informa o Verbal Da mesma maneira n o souberam indi
44. recurso em sala de aula Vale salientar que 3 professores n o responderam a quest o 300 sim principalmente abrangendo o car ter t cnico do uso do meio E sim principalmente abrangendo o car ter me todol gico do uso do meio Sim abrangendo o car ter t cnico e metodol gico O N o necessito de mais capacita es 250 Ea 200 150 100 50 0 GR FICO 13 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A NECESSIDADE DE RECEBER OUTRAS CAPACITA ES PARA O UDO DESTE RECURSO EM SALA DE AULA FONTE a autora 20100 O conte do expresso na quest o aberta do question rio aplicado aos professores e o tratamento dado a estas manifesta es ser o descritos em subitem espec fico a seguir 94 5 2 1 Os dizeres dos professores A quest o destinada a Outras informa es que compunha o question rio tinha como intuito garantir um espa o para as manifesta es opini es informa es volunt rias dos professores acerca do objeto de estudo Responderam a esta quest o 50 professores que se manifestaram sobre diferentes aspectos Para tratar estes dados se optou pela an lise de conte do que pode ser descrita como um conjunto de t cnicas de an lises das comunica es que utiliza procedimentos sistem ticos e objetivos de descri o dos conte dos das mensagens BARDIN 2002 p 38 Em outras palavras se pode dizer que uma forma de compreender textos sejam eles escritos
45. reproduzir s o os fundamentos da did tica de sala de aula SANCHO 2006 A discuss o do tema proposto envolve a an lise do uso da TV Multim dia como media o pedag gica e isto pressup e a considera o das impress es que os professores tem deste meio e os modos de emprego e uso deste recurso na pr tica pedag gica Por este motivo que se privilegiou os profissionais docentes como sujeitos pesquisados Para dirigir a investiga o algumas quest es como as apresentadas a seguir se fizeram fundamentais Os professores est o utilizando este novo recurso midi tico em suas pr ticas docentes Quais as possibilidades de uso da TV Multim dia no processo de aprendizagem Os professores receberam por parte da mantenedora capacita o profissional adequada para o uso deste novo recurso tecnol gico midi tico O uso da TV Multim dia pode ser a interface necess ria para a aproxima o dos campos da Comunica o Educa o em sala de aula 14 Para responder a estas quest es objeto de estudo foi analisado a partir dos seguintes instrumentos entrevista semi estruturada com os respons veis da Secretaria de Estado da Educa o pelo planejamento implanta o e avalia o do Projeto TV Multim dia para coletar informa es a respeito do processo de implanta o das TVs Multim dias nas escolas estaduais e dados t cnicos deste recurso question rio com 13 quest es fechadas e uma quest o aberta aplicado aos professores do
46. se chama precisamente de conte dos da educa o FORQUIN 1993 p 10 Partindo deste pressuposto Mart n Barbero 2008 tamb m chama a aten o para o des ordenamento cultural observ vel especialmente a partir da defasagem da escola em rela o ao modelo social de comunica o que foi introduzido pelos meios audiovisuais e das novas tecnologias e da emerg ncia de novas sensibilidades De acordo com este autor estamos diante de juventudes cujas sensibilidades respondem n o s mas basicamente as alternativas de socialidade que permeiam tanto as atitudes pol ticas quanto as pautas morais pr ticas culturais e gostos est ticos MART N BARBERO 2008 p 13 Ou seja estamos diante de uma juventude que age imita e se comporta a partir do que v em na televis o na publicidade na moda na m sica Tal desordem se introduz na fam lia e na escola como explica Mart n Barbero 2008 na fam lia porque enquanto o texto escrito se tornou espa o de comunica o entre os mais velhos a televis o por exemplo cria um curto circuito nos filtros de autoridade dos pais transformando os modos de circula o das informa es no lar Isso porque a televis o por n o depender de complexo c digo de acesso oferece atrav s do olhar o mundo anteriormente velado dos adultos Da mesma maneira como explica Dalla Costa 2005 se os meios de comunica o de massa ditam opini es costumes necessidade de consumo e
47. v deos muito boa bem did ticos de 10 15 minutos no m ximo O professor pode come ar a aula ou terminar a aula com o v deo essa facilidade Antes levava o v deo cassete depois o DVD e disposi o s tinha o filme na ntegra com cerca de duas horas de dura o ou seja come a numa aula e ia terminar uma semana depois Quando chegava na ltima parte do filme o aluno j nem lembrava qual que era a primeira sic Informa o verbal Partindo do ponto de vista dos entrevistados que apontavam os benef cios que o processo de ensino aprendizagem poderia apresentar com o uso deste recurso tecnol gico o pr ximo aspecto pesquisado foi a quest o do uso da TV Multim dia Quando questionados sobre o acompanhamento por parte da SEED sobre o uso deste recurso pelos professores em suas pr ticas docentes os assessores n o souberam informar com precis o Apenas indicaram que havia sido 9 como um todo feito um question rio no ano de 2008 sobre Projeto Paran Digita mas que n o tiveram acesso aos dados Ou seja a Secretaria de Estado de Educa o n o faz at o momento o acompanhamento de seu uso ou promove situa es e projetos espec ficos que estimulem seu uso para potencializar a aprendizagem Isso fica muito evidente na fala de uma da entrevistada quando afirma que N o temos um projeto espec fico para a TV Mas muitos trabalhos dos professores dos PDEs tem envolvido a TV Multim dia Ent o onde o
48. ERT Michelle GOYETTE Gabriel BOUTIN G rald Investiga o qualitativa fundamentos e pr ticas Lisboa Instituto Piaget 1990 L DKE Menga ANDR Marli Pesquisas em Educa o abordagens qualitativas S o Paulo EPU 1986 119 MART N BARBERO Jes s Dos meios s media es comunica o cultura e hegemonia Rio de Janeiro Editora UFRJ 1997 Novos regimes de visualidade e descentraliza es culturais In SECRETARIA DA EDUCA O A DIST NCIA Mediatamente Televis o cultura e educa o Bras lia Minist rio da Educa o SEED 1999 Globaliza o educacional e transforma o cultural In MORAES Denis de org Por uma outra comunica o m dia mundializa o cultural e poder Rio de Janeiro Recorde 2005 mudan a na percep o da juventude sociabilidade tecnicidade e subjetividade entre os jovens In BORELLI Silvia FREIRE FILHO Jo o org Culturas juvenis no s culo XXI S o Paulo Educ 2008 MATTELART Armand MATTELART Mich le Hist ria das teorias da comunica o S o Paulo Loyola 2001 MELO Jos Marques de Teoria da Comunica o paradigmas latino americano Petr polis Vozes 1998 MELO Jos Marques de TOSTA Sandra Pereira M dia e educa o Belo Horizonte Aut ntica 2008 MORAN Jos Manoel Leitura dos meios de comunica o S o Paulo Pancast 1993 Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telem ticas In MORAN J
49. Ensino Fundamental 5 a 8 s ries de 63 escolas da rede estadual de ensino situadas na cidade de Curitiba Tal instrumento tinha o intuito de verificar as impress es dos professores sobre o uso da TV Multim dia na pr tica di ria de sala de aula e sobre a forma o profissional espec fica para o uso deste recurso midi tico ofertada pela Secretaria de Estado da Educa o Os dados num ricos coletados foram transformados em gr ficos e analisados quantitativamente A entrevista com os respons veis da Secretaria de Educa o do Estado e as manifesta es opini es escritas dos professores pesquisados acerca do objeto de estudo foram tratados qualitativamente e a partir da an lise do conte do Bardin 2002 Para subsidiar o caminho da investiga o procurou se o embasamento te rico em autores como Citelli 2002 2006 Baccega 1999 2001 Jos Marques de Melo 1998 Monica Fantin 2006 Joan Ferr s 1996 Ismar de Oliveira Soares 1999 2002 e outros que fazem em seus estudos a aproxima o entre os campos da Comunica o Educa o Tamb m buscou se embasamento te rico em autores como Laville amp Dione 1999 Lessard H bert et al 1990 e Alves Mazzotti amp Gewandsznaider 2004 que auxiliaram a trajet ria metodol gica da pesquisa Como resultado de todo processo de investiga o apresenta se esta Disserta o organizada em seis cap tulos o primeiro A TV Multim dia contextualizando o objeto de estud
50. Multim dia como meio de tornar as aulas mais atrativas e mais pr ximas da realidade dos alunos Para isso apontaram a necessidade de receber outros momentos de forma o continuada por parte da Secretaria de Estado da Educa o abrangendo o car ter t cnico e metodol gico do uso do meio pois apresentam d vidas em rela o ao seu potencial tecnol gico e de interfaces com outras m dias bem como das maneiras pedag gico metodol gicas de sua utiliza o Os professores pesquisados apontam tamb m necessidade de acompanhamento de projetos educativos por parte da Secretaria de Estado da Educa o utilizando a TV Multim dia como meio de incentivo ao uso e suporte did tico pedag gico Percebeu se tamb m que as experi ncias e os saberes desenvolvidos no campo da m dia educa o podem trazer contribui es significativas para a melhoria dos sistemas de ensino no sentido de formar estudantes aut nomos e conectados com a atual sociedade com resultados significativos para o aperfei oamento do processo de ensino e aprendizagem e forma o do cidad o dessa gera o 116 conhecida como sociedade da informa o Por m n o se trata simplesmente da implanta o de novos projetos trata se de entender que se criam novas formas de comunica o novos estilos de trabalho novas maneiras de ter acesso e de produzir conhecimento Em s ntese a quantidade e a qualidade das aprendizagens desenvolvidas a partir da intera o co
51. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ELIZANDRA JACKIW A TV MULTIM DIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO PARAN OS DESAFIOS PEDAG GICOS NA PR TICA DOCENTE CURITIBA 2011 ELIZANDRA JACKIW ATV MULTIM DIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO PARAN OS DESAFIOS PEDAG GICOS NA PR TICA DOCENTE Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Educa o na linha de pesquisa Cultura Escola e Ensino Setor de Educa o da Universidade Federal do Paran como parte das exig ncias para a obten o do t tulo de Mestre em Educa o Orientadora Prof Dr Rosa Maria Cardoso Dalla Costa CURITIBA 2011 Cataloga o na publica o Sirlei do Rocio Gdulla CRB 9 985 Biblioteca de Ci ncias Humanas e Educa o UFPR Jackiw Elizandra A TV multim dia nas escolas estaduais do Paran os desafios pedag gicos na pr tica docente Elizandra Jackiw Curitiba 2011 129 1 Orientadora Prof Dr Rosa Maria CardosoDalla Costa Disserta o Mestrado em Educa o Setor de Educa o Universidade Federal do Paran 1 Televis o na educa o Escolas P blicas Curitiba PR 2 Comunica o na educa o 3 Ensino Aprendizagem Tecnologia educacional Titulo CDD 371 335 MINIST RIO DA EDUCA O JL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN e SETOR DE EDUCA O LURPR PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O aeee UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA PARECER D
52. V o assunto cai na roda Pode ser um atentado uma trag dia um com cio ou um ltimo cap tulo da novela das oito Todos comentam interferem dialogam e trocam saberes e opini es negociando ressemantizando aquilo que a m dia coloca na agenda do debate social OROFINO 2005 p 65 Assim percebe se que as m dias n o s asseguram formas de socializa o mas tamb m participam como elementos importantes da pr tica s cio cultural e na constru o de significados de mundo Al m do mais de acordo com Moran 1993 a escola pode e deve estabelecer uma rela o saud vel com os meios de comunica o Para ele os meios eletr nicos e midi ticos correspondem sensibilidade dos jovens s o din micos r pidos tocam primeiro o sentimento a afetividade depois raz o Da a import ncia de os envolvidos com a educa o particularmente os professores conhecerem melhor os meios de comunica o para integr los ao processo educacional explorando assim seus potenciais Com enorme fluxo de informa es e as tecnologias disposi o a escola e as pr ticas escolares tornam se antag nicas sociedade que se apresenta pois a presen a maci a das m dias faz com que sejamos educados por imagens sons e muitos outros meios provindos da cultura midi tica Sobre isso Moran 2001 explica A crian a tamb m educada pela m dia principalmente pela televis o Aprende a informar se a conhecer os outros o mundo
53. a o b sica Na ocasi o ele apresentou o aparelho da TV Multim dia suas funcionalidades e respondeu s quest es pertinentes a sua fun o As quest es espec ficas sobre o uso deste recurso e a capacita o dos professores para tal uso foram respondidas pela CAUTEC Coordena o de Apoio ao uso de Tecnologias da Secretaria de Estado da Educa o Outras quest es que contemplavam a compatibilidade entre linguagens multim dia e a disponibiliza o de materiais did ticos pedag gicos j convertidos para o uso na TV Multim dia foram respondidas por pessoas respons veis pela Assessoria Pedag gica do Portal Dia a Dia Educa o web site da Secretaria de Estado da Educa o Vale salientar que toda a entrevista foi gravada em fita K7 e transcrita posteriormente para a an lise das informa es O segundo instrumento utilizado na etapa do estudo explorat rio foi um question rio piloto destinado aos professores da rede estadual de ensino que tinha 71 por objetivo verificar a aceitabilidade da TV Multim dia por parte destes profissionais o uso que fazem deste recurso em sua pr tica de sala de aula e a forma o profissional para o uso desta tecnologia ofertada pela Secretaria de Estado da Educa o Com o question rio piloto destinado aos professores pretendeu se fazer um teste para verificar se as quest es elaboradas contemplavam os dados referentes a aceitabilidade da TV Multim dia por parte destes profissionais da r
54. a o do mundo donde a necessidade de analisar e de comparar visando retificar as ditas representa es est convencido que uma emiss o n o um ato passivo mas mobiliza uma quantidade de micro saberes acumulados que o professor pode ajudar o aluno a colocar em rela o construir seu conhecimento e lhe dar sentido JACQUINOT 1998 p 3 De maneira mais sint tica Ismar de Oliveira Soares define o Educomunicador como 63 facilitador que aplica intencionalidade educativa ao uso dos processos recursos e tecnologias da informa o a partir da perspectiva de uma media o participativa e democr tica da comunica o Isto inclui tanto o desenvolvimento e o emprego das tecnologias para a otimiza o das pr ticas educativas quanto a capacita o dos educandos para o seu manejo assim como a recep o organizada ativa e cr tica das mensagens massivas SOARES 1999 p 41 O que se percebe ao analisar a defini o deste novo profissional que n o se trata de um professor t cnico em ferramentas tecnol gicas ou encarregado de ofertar cursos de educa o para os meios ou leitura cr tica dos meios de comunica o de massa mas se trata de um profissional que integra os diferentes meios nas suas pr ticas pedag gicas Sobre o campo de atua o deste novo profissional Soares 1999 indica que o campo pr prio do educomunicador aquele que se estabelece com a busca da gest o democr tic
55. a o que o homem conhece a natureza e age sobre ela transformando a Ao comunicar este conhecimento que o homem faz educa o FREIRE apud MELO 1998 p 258 Portanto para Paulo Freire a educa o em seu sentido mais amplo torna se uma pr xis comunicativa MELO 1998 p 267 pois agindo e pensando sobre o mundo com os outros homens que se vislumbram caminhos para sua transforma o Para Freire 1999 p 14 o homem n o uma ilha comunica o E sob esta perspectiva ele leva em considera o o papel dos meios de comunica o De acordo com este autor esses meios tanto podem contribuir para alienar o cidad o e para promover a ado o de postura acr tica diante das situa es e da vida quanto se configuram portadores de influ ncias renovadoras que se irradiam dos grandes e m dios centros para os centros menores e mais atrasados 56 Por esta raz o Paulo Freire afirma que o uso das mensagens divulgadas pelas m dias podem ser utilizadas como recursos auxiliares no processo de educa o Parece nos indispens vel a an lise do conte do dos editoriais a prop sito de um mesmo acontecimento Por que raz o os jornais se manifestam de maneira diferente sobre um mesmo fato Que o povo ent o desenvolva o seu esp rito cr tico para que ao ler jornais ou ao ouvir o notici rio das emissoras de r dio o fa a n o como mero paciente como objeto dos comunicados que lhes prescrevem mas como uma
56. a de uma conex o real Curitiba Protexto 2003 CANCLINI Nestor Garcia Culturas h bridas S o Paulo Edusp 1998 CASTELLS Manuel A sociedade em rede S o Paulo Paz e Terra 1999 CITELLI Adilson Comunica o e educa o a linguagem em movimento S o Paulo SENAC 2002 linguagem entre a comunica o e a educa o Revista Comunica o amp Educa o S o Paulo Ano n 1 jan abri 2006 p 7 11 DALLA COSTA Rosa Maria Cardoso O paradoxo da Comunica o na hist ria da tecnologia In FREITAS Roseane Correia de org Inclus o digital pressupostos te ricos Curitiba Comit para a democratiza o da inform tica no Paran 2005 p 11 20 DUBET Fran ois Sociologia da experi ncia Lisboa Instituto Piaget 1994 MARTUCELLI Danilo En la escuela Buenos Aires Losada 1998 O que uma escola justa Cadernos de Pesquisa S o Paulo v 34 n 123 set dez 2004 O problema central da sociedade a quest o das injusti as sociais 118 Revista Instituto Humanistas Unisinos S o Leopoldo ed 283 nov 2008 Dispon vel em lt www unisinos br ihu gt Acessado em 14 09 2009 FANTIN M nica M dia educa o conceitos experi ncias di logos Florian polis Cidade Futura 2006 FERR S Joan Televis o e educa o Porto Alegre Artes M dicas 1996 FISCHER Rosa Maria Bueno Televis o e educa o fruir e pensar a TV Belo Horizonte Aut ntica 2006 FORQUIN Jean Claude
57. a deva fornecer os instrumentos para utilizar a m dia e as novas tecnologias a fim de que os alunos saibam utiliz los sem serem seduzidos j que as diferentes m dias est o cada vez mais presentes em nosso cotidiano alterando a rotina e a vida das pessoas Martin Barbero 2008 afirma que a cultura das crian as foi modificada na fam lia na escola na comunidade e na rela o entre seus grupos e pares Os meios de comunica o n o s o estranhos a todas estas mudan as ao contr rio participam delas Os adolescentes e as crian as j nasceram neste contexto e possuem intimidade com suas caracter sticas No entanto nem sempre encontram respaldo das suas descobertas na escola que nem sempre capaz de compreender que os alunos encontram nos meios de comunica o e na tecnologia as informa es e conceitos que antes eram passados pela escola Diante deste contexto Raymond Willians 1969 apud Forquin 1993 p 35 considera que uma nova pr tica da comunica o social poss vel a qual consiste em multiplicar as possibilidades de express o no seio da comunidade fazendo com que todas as fontes de express o poss veis tenham acesso s redes comuns constitu das pelos meios de comunica o modernos pois se toda educa o 36 sempre realizada de algu m por algu m ela sup e tamb m necessariamente a comunica o de alguma coisa conhecimentos compet ncias cren as h bitos valores que constituem o que
58. a e criativa da a o comunicativa o que inclui as j conhecidas reas dos estudos da recep o e da educa o para a comunica o assim como as reas das media es tecnol gicas em fun o da produ o e do manejo do saber levando as comunidades envolvidas a transformarem seus espa os educativos em ecossistemas educacionais expressivos Em outras palavras a Gest o da Comunica o no Espa o Educativo o que garante o processo de constitui o do novo campo SOARES 1999 p 41 Esse novo campo pressup e assim que os recursos midi ticos devam ser colocados a servi o de um projeto educativo de modifica o de rela o pedag gica eles n o servem apenas para transmitir um saber de algu m que sabe a algu m que n o sabe mas representam um ponto de trocas intera es aprendizagens Neste sentido Soares 1999 afirma que o perfil do Educomunicador deve levar em considera o cinco aspectos o primeiro diz respeito necessidade deste profissional se inserir em um momento pluricultural pleno de negocia es e de sentidos o segundo aspecto refere se necessidade de conhecer os mecanismos que regem a recep o e o consumo de mat rias e bens simb licos o terceiro diz respeito precis o de ser capaz de expressar saberes pr vios e mobilizar se em negocia es com novos saberes o quarto aspecto referente necessidade de se adotar a dialogicidade e a escuta do outro como atitude pol tica b sica e o ltim
59. a e o que o seu sistema educacional seleciona e prop e Dubet 1994 explica que atualmente devido s transforma es sociais e crise de valores que estamos passando a escola perdeu seu papel de institui o Para ele a escola perdeu seu papel organizador pois n o det m mais o monop lio das refer ncias identit rias Ela v o avan o de outras institui es de outras formas de comunica o e sobretudo de outros tipos de autoridade DUBET 2008 p 17 Braga e Calazans 2001 reafirmam isso quando colocam que em uma situa o anterior as rela es escola sociedade diziam respeito ao espa o local e circunscrito de viv ncia do estudante Era f cil para a escola neste cotejo se colocar como espa o mais amplo mais v lido mais relevante que aquele localmente vivenciado pelo estudante A escola era facilmente mais aceita e valorizada mesmo se houvesse conflito entre atitudes cren as prefer ncias Nesta circunst ncia entre a escola e os grupos prim rios de viv ncia aquela prevalecia como espa o mais aberto para o mundo de maior profundidade e mais relacionada a grandes tradi es e ainda preparadora do futuro BRAGA e CALAZANS 2001 p 61 Isso deve se ao fato de que a medida em que a escola se abriu colocou sobre si uma l gica interna de discrimina o de sele o A escola que era representada como possibilidade de ascens o social passa ent o a ser analisada como uma institui o con
60. a qualitativa que investiga a implanta o da TV Multim dia na sala de aula das escolas da rede p blica estadual do Paran especificamente na cidade de Curitiba Tem como objetivo principal investigar a utiliza o dessa nova ferramenta na pr tica docente como alternativa de trabalho de integra o entre m dia e constru o do conhecimento A relev ncia desta pesquisa justifica se pela necessidade de envolvimento da escola e das pol ticas educativas para garantir um acesso democr tico s novas tecnologias da informa o e da comunica o O embasamento te rico est fundamentado nos estudos de Comunica o e Educa o e M dia Educa o Tem como principais autores consultados Citelli 2002 2006 Baccega 1999 2001 Jos Marques de Melo 1998 Monica Fantin 2006 Joan Ferr s 1996 e Ismar de Oliveira Soares 1999 2002 A pesquisa emp rica realizada analisa a proposta da Secretaria de Estado da Educa o para a implanta o desse novo recurso did tico tecnol gico nas escolas e a impress o dos professores acerca do uso desta m dia em suas pr ticas docentes Com o intuito de coletar informa es a respeito do processo de implanta o das TVs Multim dias nas escolas estaduais e dados t cnicos desse recurso foi realizada uma entrevista semi estruturada com a Diretoria de Tecnologias Educacionais DITEC rg o da Secretaria de Estado da Educa o do Paran respons vel pelo planejamento desenvolvimento e avalia
61. a que fossem aceitas outras extens es para imagens e v deos PROF 18 Mais uma vez recai se na necessidade de forma o dos profissionais tanto tecnica para o uso adequado dos recursos midi ticos quanto metodologica Sobre isso Citelli 2002 explana que o grande desafio nas redes p blicas de ensino est na amplia o e aprofundamento dos cursos de forma o continuada para os professores em servi o Para ele n o falamos apenas em uma qualifica o para operar as videotecnologias mas da realiza o de objetivos mais amplos que visem ao entendimento dos sentidos hist ricos que envolvem as grandes transforma es tecnol gicas e o crescente papel dos meios de comunica o Trata se portanto em nosso entendimento de repensar a pr pria forma o para o magist rio e nas licenciaturas inst ncias ltimas respons veis pela qualifica o espec fica dos profissionais educadores CITELLI 2002 p 230 Certamente al m da ineg vel import ncia da forma o profissional para o uso dos recursos tecnol gicos midi ticos na pr tica educativa os aspectos culturais 111 que acompanham o professor tamb m o influenciam e refletem nos modos como ele lida com os recursos midi ticos na sala de aula Isso porque O professor em primeiro lugar um ser humano e como tal construtor de si mesmo e de sua hist ria Essa constru o ocorre pelas a es num processo interativo permeado pelas condi e
62. a que o problema da aprendizagem reside na expressividade e na diversifica o dos c digos utilizados para representar a informa o nos meios de ensino a facilidade de integrar textos gr ficos e linguagem audiovisual e pict ria proporcionada pelos sistemas multim dia vem a ser a resposta para os problemas de motiva o e rendimento dos alunos e inclusive dos professores SANCHO 2006 p 21 Conforme destacado pela autora sabido que os estudantes crescem cercados de recursos tecnol gicos cada vez mais sofisticados Quando tais recursos adentram a sala de aula em uma proposta pedag gica cr tica e criativa poder o proporcionar aprendizagens relacionadas s experi ncias vividas e de apreens o do mundo social e natural em que vivemos A prop sito Braga e Calazans 2001 explicam que provavelmente o grande entusiasmo com a interatividade midi tica se justifica pela rela o que pode ser feita desta em modo de simula o com as experi ncias da realidade uma vez que ativa processos correlatos de operatividade ensaio e erro constru o experimenta o e portanto apreens o BRAGA E CALAZANS 2001 p 105 Efetivamente uma nova porta parece se abrir aprendizagem uma vez que a hiperm dia permite simular e disponibilizar uma grande variedade de situa es Complementarmente as respostas indicam que os aspectos que mais influenciaram o uso da TV Multim dia na pr tica educativa foi a possibilidade de
63. a si mesma a sentir a fantasiar a relaxar vendo ouvindo tocando as pessoas na tela pessoas estas que lhe mostram como viver ser feliz e infeliz amar e odiar Mesmo durante o per odo escolar a m dia mostra o mundo de outra forma mais f cil agrad vel compacta sem precisar fazer esfor o Ela fala do cotidiano dos sentimentos das novidades A m dia continua educando como contraponto educa o convencional educa enquanto estamos entretidos MORAN 2001 p 33 41 Kenski 1996 corrobora com esta ideia quando afirma que as pessoas interagem com as atra es da tela realizando vivencias imagin rias e assumindo comportamentos adquiridos virtualmente atrav s da televis o O que se aprende uma altera o comportamental global e n o apenas racional A apreens o globalizante da informa o veiculada incorporada em um processo din mico de mudan as que se d o n o apenas no n vel discursivo Gestos express es faciais movimentos gerais do corpo sons m sicas unem se palavras para comunicar o novo aprendizado KENSKI 1996 p 139 De acordo com Kenski 1996 a utiliza o mais frequente dos meios eletr nicos e das tecnologias da informa o e da comunica o audiovisual transformou de maneira profunda as pr ticas de leitura e escrita na atualidade Se observarmos pelo vi s hist rico perceberemos que na escola o livro did tico foi eleito durante muito tempo como nico o
64. ap is para que a pr tica educativa se estabele a a partir do ato comunicativo entre os diferentes atores do processo Eis a a interrela o entre Comunica o e Educa o Para finalizar afirma se que o tema ora investigado n o se esgota com esta Disserta o ao contr rio novas quest es e hip teses surgem a medida que cada dado coletado analisado e a medida que se olha o objeto de estudo por vieses diferentes 17 REFER NCIAS ALVES MAZZOTTI Alda Judith GEWANDSZNAIDER Fernando O m todo nas ci ncias naturais e sociais pesquisas quantitativas e qualitativas S o Paulo Pioneira 2004 BACCEGA Maria Aparecida A constru o do campo Comunica o Educa o Revista Comunica o amp Educa o S o Paulo n 14 jan abri 1999 p 7 16 Da comunica o Comunica o Educa o Revista Comunica o amp Educa o S o Paulo n 21 mai ago 2001 p 7 16 Comunica o educa o e tecnologia intera o Revista Comunica o amp Educa o S o Paulo n 1 jan abr 2005 p 7 14 BARDIN Laurence An lise de conte do Lisboa Edi es 70 2002 BARZOTTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s org M dia educa o e leitura S o Paulo Anhembi Morumbi 1999 BRAGA Jos Luis CALAZANS Regina Comunica o e educa o quest es delicadas na interface S o Paulo Hacker 2001 BRITO Gl ucia da Silva PURIFICA O lIvon lia da Educa o professores e novas tecnologias em busc
65. ara este autor os imigrantes digitais podem e devem usufruir dos recursos que estes meios oferecem principalmente em se tratando do processo de ensino aprendizagem Ainda de acordo com Prensky 2001 os professores imigrantes digitais n o podem supor que seus alunos sejam os mesmos das d cadas anteriores e que os m todos que funcionaram no processo de escolariza o quando eles eram alunos poder o satisfazer as necessidades educacionais atuais Neste caso os professores precisam se tornar aliados dos alunos aprendendo a se comunicar na linguagem e estilo dos estudantes atuais chamados de nativos digitais PRENSKY 2001 j que nasceram e cresceram rodeados pela linguagem digital dos computadores videogames e da Internet Talvez esta seja uma caracter stica que dificulte o trabalho com as diferentes linguagens midi ticas que a TV Multim dia pode proporcionar conforme evidenciado em outros momentos da an lise Apesar de n o se tratar de um dado expl cito v rias manifesta es dos professores evidenciaram tal dificuldade principalmente em se tratando da interface entre a TV Multim dia e outras m dias formatos As possibilidades pedag gicas e educomunicativas com o uso da TV Multim dia s o diversificadas Uma vez bem compreendidas as necessidades da educa o um bom profissional garantir atrav s deste recurso midi tico a amplia o do campo da comunica o entre professores e estudantes Conv m estabel
66. as ali merecem e necessitam ser pautadas pela comunica o pelo di logo e aqui coloca se n o apenas o di logo entre os atores do processo mas o di logo entre os conte dos as disciplinas as teorias com as pr ticas Sancho 2006 chama a aten o para a necessidade das salas de aula se tornarem lugares em que estudantes e professores se comuniquem de forma interativa entre si pois O ambiente de ensino que a maioria das pessoas experimentou na educa o formal reflete uma situa o comunicativa em que o professor junto com o livro tem uma informa o que comunica de maneira unidirecional aos alunos Se houver intera o estar centrada nas perguntas dos professores para se assegurar que os estudantes podem responder o que eles esperam ou nas quest es dos alunos para entender melhor algo explicado pelo docente ou pelo livro Deste modo toda pergunta formulada pelos alunos que o professor considere pouco relacionada com o tema costuma merecer algo como isso n o tem nada a ver com o que estamos falando ou isso veremos depois em lugar de se abrir como um poss vel foco de interesse e curiosidade SANCHO 2006 p 32 Paulo Freire 1999 relacionava muito a educa o com o ato comunicativo e afirmava que o pr prio conceito de educa o est muito ligado ao que ele cnamava de mundo de comunica o Para Freire n o h educa o sem comunica o pois o homem um ser de rela es atrav s da comunic
67. axas de compress o para que o download de arquivos seja feito na metade do tempo e ocupe a metade do espa o O formato um tipo de arquivo para armazenamento de imagens que pode trabalhar com esquema de cores em 24 bits um padr o para a compress o de v deos e os canais udio associados numa qualidade pr xima dos cassetes VHS sobre um apoio CD chamado VCD V deo CD um padr o dedicado originalmente televis o num rica HDTV que oferece uma qualidade elevada e 5 canais udio surround O MPEG 2 permite mais de uma identifica o e uma prote o contra a pirataria Trata se do formato utilizado pelos DVD v deos Foi produzido para ser usado em compacta o de v deo digital deixando os v deos com qualidade apesar da alta compacta o Um tipo de tecnologia que permite a conex o de aparelhos perif ricos sem a necessidade de desligar o computador Dispositivo port til para armazenar dados 17 Multimeios da Diretoria de Tecnologias Educacionais departamento vinculado Secretaria Estadual de Educa o composto por profissionais de Pedagogia e especialistas na rea de tecnologia educacional Para dar suporte t cnico ao uso das TVs Multim dias a Secretaria de Educa o do Paran criou a Coordena o Regional de Tecnologia na Educa o CRTE que mant m assessores pedag gicos presentes nos 32 N cleos Regionais de Educa o pelos munic pios chaves do Estado Cada coordenador fica respons vel em
68. bjeto de leitura Para Barzotto e Ghilardi 1999 em decorr ncia desta sociedade midi tica at mesmo o conceito de leitura ampliado pois passamos a ler n o apenas palavras mas tamb m imagens muitas vezes associadas a sons Os pr prios livros deixam de ser apenas palp veis e chegam ao leitor via computador e book possibilitando transforma es profundas na materialidade do escrito Moran 2001 explica que atualmente a leitura cada vez menos sequencial juntando peda os de textos de v rias linguagens superpostas simultaneamente As conex es s o tantas que propiciam uma leitura r pida em flash criando significa es provis rias e interpreta es r pidas sobre o todo e que vai se completando com as pr ximas telas atrav s das narrativas subjetivas dos interesses de cada um das suas formas de perceber sentir e se relacionar Neste sentido o trabalho com a m dia educa o deve prever a leitura cr tica e educativa das m dias pois Ler a m dia ler jornais revistas ouvir r dio assistir televis o comunicar se pelo computador e compreender os textos que produzem e as imagens que refletem A depender dos diferentes objetivos em que os textos se apoiam preciso saber puxar o fio que levar ao trabalho interpretativo revelador de como o discurso foi tecido para perceber as inten es que est o por tr s de cada palavra de cada representa o enfim de cada ato discursivo bem como compreender a i
69. btida em ci ncias naturais LAVILLE amp DIONNE 1999 p 35 Desta maneira percebe se que em uma pesquisa qualitativa sujeito e objeto s o considerados em suas rela es din micas hist rica social cultural influenciando e exercendo influ ncia um sobre o outro N o h portanto possibilidade de se estabelecer uma separa o n tida e ass ptica entre o pesquisador e o que ele estuda Ele n o se abriga como se queria anteriormente numa posi o de neutralidade cient fica pois est implicado necessariamente nos fen menos que conhece e nas consequ ncias desse conhecimento que ajudou a estabelecer LUDKE e ANDR 1986 p 05 Nesta abordagem de pesquisa Gamboa 2000 afirma que o conhecimento acontece quando se consegue captar o significado dos fen menos desvendando seu verdadeiro sentido a partir de suas manifesta es emp ricas Para ele em uma abordagem qualitativa o conhecimento se faz a partir do ato de compreender os fen menos em suas diversas manifesta es e contextos Para tanto o sujeito tem que intervir interpretando procurando seu sentido e utilizando t cnicas abertas que permitam a manifesta o profunda dos fen menos GAMBOA 2000 p 95 Assim como o objeto de estudo se insere no interior das escolas vista aqui 67 como um mundo social cheio de significados a TV Multim dia foi analisada e interpretada a partir das condutas dos sujeitos envolvidos do significado dos saberes e da
70. ca o 2003 e Napolitano 2003 o planejamento um per odo fundamental para os professores que queiram trabalhar com os audiovisuais dentro de sala de aula Tanto para a sele o e a prepara o das atividades em si quanto para a prepara o do pr prio professor com leituras espec ficas sobre o uso destes meios dentro de sala de aula Reduzindo seu tempo de preparo das aulas reduz se tamb m a qualidade de suas aulas j que o professor acaba repetindo somente aquilo que aprendeu seja em sua pr pria pr tica seja nos diferentes cursos realizados mas muitas vezes ter medo de inovar Outro relevante ponto de vista sobre esta quest o o fato de que talvez o uso desta tecnologia demande do professor atividades de planejamento das aulas diferente das que ele estava acostumado pois agora precisar pesquisar em outros bancos de dados lidar com diferentes linguagens midi ticas e organizar o trabalho did tico de maneira diferenciada Soares 1999 explica que h fatores sociais e culturais a serem pensados ajustes psicol gicos a serem feitos senso de auto respeito e responsabilidade e serem desenvolvidos Isso possivelmente passa a permear o modo como as disciplinas s o exploradas e ensinadas e consequentemente planejadas demandando mais tempo do professor Apesar do tempo de preparo das aulas ter sido o fator que mais se 105 evidenciou nas respostas das quest es fechadas do question rio n o se pode ignorar outro
71. car professores e ou escolas que estivessem se destacando com o uso deste recurso Com rela o a capacita o espec fica para o uso da TV Multim dia as assessoras pedag gicas da coordena o de apoio ao uso de tecnologias afirmam que a partir da instala o das TVs os assessores come aram a trabalhar com os professores primeiramente em um nico momento e posteriormente em momentos mais curtos nas escolas atrav s das visitas dos professores assessores de cada n cleo regional de educa o Teve capacita o na entrega do pen drive Os assessores fizeram essa capacita o geral mas o que chamamos s o assessorias que na hora atividade do professor ou durante o curso do Proinfo um curso de 40 horas Infelizmente n o se consegue atingir todos os professores porque depende da disponibilidade de hor rio do professor tamb m n Ent o um processo cont nuo de muitos anos Al m disso cada N cleo de Educa o tem uma CRTE Cada assessor tem uma m dia de 10 escolas que ele atende E ele tr s vezes por semana vai fazer atendimento na escola N o quer dizer que ele vai tr s vezes por semana na mesma escola mas ele tem o atendimento pelo menos uma vez por m s ele vai passar na escola que de responsabilidade dele pra fazer esse trabalho com o professor E ele vai em hor rios alternados de manh de tarde pra tentar pegar o maior n mero de professores nem sempre no mesmo dia da semana Essa nossa metodo
72. cas pedag gicas e espec fica dos meios e tecnologias conforme detalhado no corpus desta disserta o Neste sentido o que se verifica que enquanto n o houver uma pol tica espec fica por parte da mantenedora para formar os professores para o uso efetivo 110 deste meio audiovisual caber a cada profissional arcar com as responsabilidades sucessos e fracassos de suas tentativas Em rela o categoria Interface entre a TV Multimidia e outras m dias formatos o que se verifica que a Secretaria Estadual de Educa o tem um bom acervo de materiais que ficam dispon veis no site oficial da SEED Inclusive h um setor dentro da Diretoria de Tecnologias Educacionais para sua atualiza o e manuten o Todavia os professores manifestaram suas dificuldades em acessar os arquivos salv los no pendrive e utiliz los na TV Multim dia Isso ficou muito evidente nas express es dos professores A SEED cria programas muito complicados deveria descomplicar os acessos e grava es PROF6 Tenho dificuldade em converter os v deos utilizando os laborat rios de inform tica das escolas pois s o sistema Linux Tenho sempre que fazer as convers es em casa pois n o poss vel fazer na escola PROF 8 A SEED poderia disponibilizar mais diversidade do material pois nem todo material disponibilizado pode ser utilizado na TV pois tem arquivos que n o podem ser convertidos PROF 15 Gostari
73. cativo CITELLI 2006 p 8 Ou seja todos os setores da sociedade inclusive a escola s o absorvidos e absorvem redes e fluxos de comunica o Nesse sentido o conceito de ecossistema comunicativo tecido por este autor abriga os seguintes aspectos a experi ncias culturais entendidas quer no sentido amplo quer no particular pois dizem respeito tamb m capacidade de os media produzirem bens simb licos valores formas de representa o etc b um conjunto de possibilidades t cnicas e tecnol gicas que incluem mediadores como a internet a televis o o r dio etc c um espa o educativo deslocalizado em que s o produzidos conhecimentos e informa es CITELLI 2006 p 8 Assim o espa o da sala de aula deve privilegiar a constru o de experi ncias comunicativas para a efetiva o de uma pr tica educacional libertadora em oposi o a uma pr tica educativa pautada no que Paulo Freire 1999 p 58 chamava de educa o banc ria Para isso Citelli 2002 afirma que os reajustes pelos quais as institui es educativas ter o de passar n o poder o prescindir de uma an lise sobre os envolvimentos dos sistemas e processos comunicativos na vida dos estudantes professores diretores pedagogos Segundo ele neste processo de abertura a escola continuar sendo locus de sistematiza o e produ o do saber J a leitura dos sistemas de comunica o incluindo sua produ o circula
74. ceiro sentido pois s o utilizados e se desenvolvem no mbito de uma carreira isto em um processo de vida profissional de longa dura o do qual fazem parte dimens es identit rias e dimens es de socializa o profissional bem como fases e mudan as TARDIF 2000 p 14 Como se verifica o autor considera a temporalidade como um aspecto que determina a pr tica pedag gica do professor Assim como boa parte dos professores pesquisados encontram se em seus anos iniciais de profiss o a maneira como ele vai construir e utilizar os conhecimentos compet ncias e habilidades adquiridas em seu processo de forma o depender de aspectos subjetivos como a pr pria hist ria pessoal e suas experi ncias culturais incluindo se a as rela es estabelecidas com os avan os tecnol gicos e midi ticos Sobre as rela es entre professores e avan os tecnol gicos e midi ticos a 112 pesquisa revela que parte significativa dos professores envolvidos com a investiga o tem entre 32 e 36 anos de idade Isso significa que nasceram e cresceram em uma outra poca que n o a era digital A diversidade de recursos tecnol gicos a pluralidade de textos e escrituras que circulam na atualidade ainda torna se novidade para boa parte destes profissionais Prensky 2001 denomina de imigrantes digitais aqueles que n o nasceram no mundo digital mas torna se usu rio em algum momento da vida dos recursos tecnol gicos digitais atuais P
75. cial da SEED N o recebi nenhum tipo de capacita o Procurei por conta pr pria cursos que me subsidiassem Outro Qual 3 A carga hor ria da capacita o recebida ou foi suficiente insuficiente razo vel Outro Qual 4 A capacita o oferecida pela SEED ou feita em outras institui es abrangiam mais o car ter t cnico do uso do meio como usar e como converter os arquivos para linguagens compat veis TV o car ter metodol gico do uso do meio maneiras pedag gico metodol gicas de sua utiliza o mesclaram o car ter t cnico e metodol gico Outro Quais 5 Voc sente a necessidade de receber outras capacita es para o uso adequado deste recurso em sala de aula Sim principalmente abrangendo o car ter t cnico do uso do meio como usar e como converter os arquivos para linguagens compat veis TV Sim principalmente abrangendo o car ter metodol gico do uso do meio maneiras pedag gico metodol gicas de sua utiliza o Sim abrangendo o car ter t cnico e metodol gico N o necessito de mais capacita es Outras informa es que julga interessante Utilize o verso da folha 129 AP NDICE D GR FICOS SOBRE O PERFIL DOS PROFESSORES PESQUISADOS 120 O Entre 22 a 26 anos E Entre 27 a 31 anos 100 Entre 32 a 36 anos E Entre 37 a 41 anos 80 E Entre 42 a 46 anos E Entre 47 8 51 anos E Entre 52 a 56 anos 60 E E
76. constru o Neste sentido Fantin 2006 afirma que isso requer uma reflex o sobre a rela o entre as m dias a escola e as pol ticas s cio econ micas mais amplas Por isso discutir o papel das m dias neste contexto implica pensar a necessidade de transpar ncia informativa a representatividade social e cultural de alguns setores da sociedade e o estabelecimento de pol ticas culturais que possam impulsionar outros tipos de produ o midi tica No Brasil embora os Par metros Curriculares Nacionais contemple a educa o para as m dias junto proposta que se refere rea de linguagens e tecnologias sua inser o curricular deixa a desejar De acordo com Fantin 2006 apesar das diversas experi ncias realizadas por Organiza es n o governamentais nas perspectivas da educa o para a m dia poucas s o as escolas que desenvolvem algum tipo de trabalho mais sistem tico em raz o da quase aus ncia de apoio governamental por meio de pol ticas que a incluam na grade curricular Fantin 2006 explica que no contexto brasileiro a hist ria da m dia educa o revela o forte tra o pol tico que tem marcado sua atua o nos movimentos sociais desde a poca da ditadura militar nos anos 60 Neste per odo a pr tica social do que hoje chama se m dia educa o era considerada uma importante forma de resist ncia No entanto em decorr ncia do processo de abertura pol tica em meados da d cada de 80 as pr ticas sociais de m
77. contradas o processo de capacita o profissional Para isso instrumentos de coletas de dados foram elaborados e aplicados em 63 escolas da rede p blica estadual de ensino da cidade de Curitiba Paralelamente pesquisa emp rica buscou se leituras que subsidiassem teoricamente a trajet ria da investiga o Assim conceitos foram constru dos e teias foram estabelecidas com os pressupostos que alicer aram a constru o e a an lise do objeto de estudo Neste momento foram explorados conceitos como Educomunica o Educomunicador m dia educa o e as aproxima es entre as reas da Comunica o e Educa o a partir de autores que se debru am sobre esta tem tica Com a an lise dos dados o que se verifica que os professores percebem a necessidade de inserir os meios audiovisuais em suas pr ticas escolares pois observam que os jovens crescem em ambientes altamente mediados pela tecnologia da informa o e da comunica o sobretudo a audiovisual Ali s tanto alunos quanto professores se identificam como usu rios consumidores destes meios j que fora do ambiente escolar est o imersos nos mesmos efeitos da sociedade tecnol gica pois ouvem m sica veem televis o assistem a filmes e recebem diversas informa es a partir de diferentes m dias SANCHO 2006 Contudo o que se verifica que ao adentrarem a escola professores e estudantes esquecem aquilo que viram e ouviram nas m dias para seguir a cultura escolar inst
78. d no momento em que a Educa o se entende enquanto processo comunicativo e a Comunica o se descobre como processo de media o social Todavia ao que tudo indica o crescimento deste novo campo necessita de vontade pol tica epistemol gica e investimentos financeiros na rea favorecendo trabalhos que apresentem maior diversidade de atua o e com melhores resultados sociais 66 4 TRAJET RIA DA PESQUISA A partir dos estudos e reflex es acerca das diferentes abordagens te rico metodol gicas que uma pesquisa pode ter este texto constitui a s ntese do pensar o caminho percorrido na pr tica de investiga o do tema TV Multim dia Com base em leituras feitas a partir de diferentes autores que tem se dedicado discuss o metodol gica de pesquisas cient ficas na rea da Educa o e Ci ncias Humanas se percebe que a investiga o realizada se insere em uma abordagem qualitativa A pesquisa qualitativa se op e ao princ pio positivista de neutralidade pois entende que o pesquisador assume um posicionamento diante realidade estudada e neste sentido se preocupa com o aprofundamento da compreens o do objeto estudado Como afirma Laville amp Dionne O fato de o pesquisador em ci ncias humanas ser um ator que influencia seu objeto de pesquisa e do objeto de pesquisa por sua vez ser capaz de um comportamento volunt rio e consciente conduz a uma constru o do saber cuja medida do verdadeiro difere da o
79. de aula pertencente a rede p blica de educa o do Estado do Paran fosse equipada com uma TV Multim dia O entrevistado tamb m explicou que para atingir tal objetivo foi necess rio superar obst culos de toda ordem respeitando as especificidades de cada regi o que comp em o estado Como exemplo citou a dificuldade encontrada para a fixa o do aparelho televisor nas paredes da escola que se localiza na Ilha do Mel pois o estabelecimento foi constru do utilizando se areia do mar como mat ria prima e por isso as paredes n o suportariam o peso do equipamento A solu o encontrada foi projetar outro tipo de mob lia para acomodar a televis o Quando questionado sobre a estrutura organizacional da Secretaria de Educa o para efetivar a implanta o da TV Multim dia nas escolas e nas pr ticas docentes o entrevistado informou que dentro da SEED h todo um projeto coordenado pela Diretoria de Tecnologias Educacionais DITEC com o intuito de subsidiar a pr tica do professor no uso deste e de outros recursos tecnol gicos Dentro desta diretoria h v rias coordena es cada uma com atribui es diferentes h a coordena o de apoio ao uso das tecnologias educacionais CAUTEC cujo objetivo dar atendimento ao professor nas escolas Isso feito de maneira descentralizada Para isso cada N cleo Regional de Educa o tem uma coordena o regional de tecnologia educacional CRTE Nestas coordena es regionais h prof
80. deologia a ele subjacente BARZOTTO e GHILARDI 1999 p 106 Estas palavras indicam que diante do processos midi tico imagem som 42 argumenta o atualiza o informativa exacerbada com que vivemos a escola deve elaborar perspectivas pedag gicas que trabalhem com estes diferentes g neros discursivos Isso n o significa que o livro perdeu seu espa o mas sua leitura pode ganhar nova dimens o Ou seja cria se situa es para a reflex o e a participa o do aluno possibilitando lhes tornar interlocutores nos atos de comunica o independente do meio utilizado Como afirma Barzotto e Ghilardi 1999 os diferentes g neros discursivos a que os alunos est o acostumados exigem um leitor competente e neste sentido torna se fundamental que ele saiba ler desde um an ncio publicit rio uma charge jornal stica uma novela at um livro cient fico ou uma obra liter ria Sobre isso Kenski 1996 afirma que o meio n o a mensagem A mensagem est no efeito do meio ou do que ele veicula sobre a pessoas KENSKI 1996 p 143 E esta mensagem apreendida e retrabalhada na interioridade dos sujeitos que a escola precisa recuperar nos alunos para com base nela realizar completar ampliar conduzir a aprendizagem Assim o trabalho com as m dias no ambiente escolar deve prever a elabora o cr tica e criativa de crit rios de leitura das formas simb licas ofertadas pelos meios de comunica o N
81. diversidade de aprenderes que se acantonava no profissional hoje valorada tamb m para o gosto as prefer ncias est ticas os modos de rela es humanas grupais sexuais os estilos de vida a inser o nas diversas tribos em que a sociedade se dispersa e em que as pessoas v o buscar acolhimento identidade transa es afetivas apoio energia drama a o conflito e diferen a BRAGA e CALAZANS 2001 p 54 Para Dubet 1998 a escola precisa realizar a tarefa de socializar os indiv duos para favorecer sua integra o em uma sociedade nacional tnica local Os atores sociais para concretizar seus projetos numa sociedade concebida como mercado devem definir expectativas vi veis e caminhos para enfrentar a concorr ncia e obter qualifica es no sistema de ensino Para ele uma das solu es seria uma escola justa que preservasse melhor a dignidade e a auto estima dos que n o fossem t o bem sucedidos como se esperava Isso sup e dois grandes tipos de a o A primeira exige uma verdadeira revaloriza o do ensino e um interesse maior pelos gostos dos alunos e por seus talentos O segundo tipo de a o a afirma o do papel educativo da escola Uma escola de massas 35 confrontada com escolaridades longas e com o acolhimento de toda uma juventude n o pode mais apoiar se na fic o segundo a qual a instru o suficiente para educar os alunos Isso s foi poss vel numa escola reservada aos bons alun
82. do propunha a dialogicidade como ess ncia da educa o para pr tica de liberdade e a leitura de mundo e da palavra como pr xis Para tanto o professor deve fazer a escolha do melhor canal de comunica o para trabalhar o tema e sua representa o utilizando o visual o pict rico o gr fico o t til o auditivo ou uma multiplicidade de canais Como se v a comunica o est no centro de muitas ideias de educa o da pedagogia freireana desde o estilo e presen a do educador cujo pensamento est em comunica o com a realidade ou como espa o em que acontece o di logo educativo ou como materiais fotografia filme cartazes etc atrav s dos quais acontece a interven o educativa que propicia a reflex o at como instrumento de liberta o do sujeito na medida em que as t cnicas de comunica o da leitura e escrita propiciam novo acesso ao mundo FANTIN 2006 Com base na posi o de Freire e partindo do pressuposto que uma das principais fun es da educa o formar a consci ncia cr tica do sujeito que se faz necess rio pensar a pr tica educativa em uma perspectiva comunicativa Adilson Citelli 2006 tamb m corrobora com as ideias de Freire sobre esta indissociabilidade entre comunica o e educa o e sobre a necessidade de aproximar os recursos midi ticos nas pr ticas escolares Para ele as salas de aula 58 est o integradas sob diferentes formas din micas e extens es num ecossistema comuni
83. duca o escolar A fam lia e os estudantes buscam a educa o como processo de crescimento pessoal para desenvolver suas potencialidades para melhor preparo no enfrentamento da vida para construir um caminho pessoal A sociedade solicita pessoas qualificadas conforme suas expectativas direciona a forma o conforme suas necessidades coletivas imp em princ pios e processos culturalmente legitimados BRAGA e CALAZANS 2001 p 51 Com as mudan as ocorridas a partir do s culo XX em que se garantiu a perman ncia da crian a e do jovem dentro da escola novas demandas surgiram medida que todos os alunos come am a ter acesso escolariza o a massifica o escolar transforma de maneira profunda as modalidades de distribui o das qualifica es Neste sentido a escolaridade aparenta se a uma longa prova de sele o durante a qual o talento as ambi es os recursos e as capacidades estrat gicas dos alunos e de suas fam lias constituem instrumentos indispens veis 32 DUBET 1994 p 175 Mesmo que as desigualdades escolares reproduzam uma grande parte das desigualdades sociais a maneira como as hierarquias escolares s o produzidas se transformou profundamente Isso porque de acordo com Dubet 1994 instalou se uma esp cie de mercado escolar no qual os diversos estabelecimentos adquirem valores diferentes refor ando atrav s de suas m ltiplas a es as desigualdades que recebe Sob este aspecto
84. e Tecnologias Educacionais Programa Nacional de Tecnologia Educacional Secretaria de Estado da Educa o Tecnologias da Informa o e Comunica o SUM RIO 1 INTRODU O ad 12 2 A TV MULTIM DIA CONTEXTUALIZANDO O OBJETO DE ESTUDO 16 3 CULTURA EDUCA O E COMUNICA O NA ERA DIGITAL 19 3 1 CULTURA E SOCIEDADE 19 3 2 OS MEIOS DE COMUNICA O E A CULTURA NA 29 3 3 O FEN MENO MIDI TICO 37 SS 1A Televis o NA ESCOlA 43 3 4 A EDUCOMUNICA O COMO PROPOSTA DE 54 3 4 1 Por uma Pedagogia da 54 3 4 2 Educa o e Comunica o intersec es entre as duas reas 59 4 66 5 O QUE DIZEM OS SUJEITOS 75 5 1 O QUE DIZ A SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCA O A RESPEITO DA TV MULTIMIDIA sos ans tass 75 5 2 AS PERCEP ES DOS PROFESSORES A RESPEITO
85. e Tecnologias Educacionais da Secretaria de Estado da Educa o pela aten o e disponibilidade s meninas da tutoria e s Prof Sonia Chaves Haracemiv e Veronica Branco coordenadoras do curso de Gradua o em Pedagogia Magist rio da Educa o Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Universidade Federal do Paran pela ajuda e compreens o nos momentos de sobrecarga A todos os professores e professoras das redes p blicas de ensino que apesar das dificuldades encontradas no exerc cio da fun o ainda acreditam na educa o para a forma o de um pa s mais justo e igualit rio Em especial Nelice Aparecida da Cruz Janete Nunes Bach Ana Paula Rodrigues e Eliseu Ribeiro dos Santos por evidenciarem meu potencial Meu agradecimento tamb m a todos que direta ou indiretamente participaram e torceram por mim nestes anos dedicados ao crescimento intelectual H escolas que s o gaiolas H escolas que s o asas Escolas que s o gaiolas existem para que os p ssaros desaprendam a arte do v o P ssaros engaiolados s o p ssaros sob controle Deixaram de ser p ssaros Porque a ess ncia dos p ssaros o v o Escolas que s o asas n o amam p ssaros engaiolados Existem para dar ao p ssaro coragem para voar Ensinar o v o isso elas n o podem fazer porque o v o j nasce dentro dos p ssaros O v o n o pode ser ensinado S pode ser encorajado Rubem Alves RESUMO Pesquis
86. e da mesti agem Para Canclini 1998 a transnacionaliza o da cultura efetuada pelas tecnologias comunicacionais seu alcance e efic cia s o bem mais apreciados como parte da recomposi o das culturas urbanas ao lado das migra es e do turismo de massa que enfraquecem as fronteiras nacionais e redefinem os conceitos de na o povo e identidade por exemplo Assim o posicionamento dos jornais das revistas dos livros da televis o e do r dio s o tomados como parte integrante da vida da sociedade Neste sentido as hibrida es levam a concluir que hoje todas as culturas s o de fronteira CANCLINI 1998 p 348 e assim as culturas perdem a rela o exclusiva com seu territ rio mas ganham em comunica o e conhecimento Diante deste panorama os meios de comunica o de massa tem papel importante para a compreens o de cultura no in cio do s culo XXI Tal assunto ser aprofundado a seguir 29 3 2 OS MEIOS DE COMUNICA O E A CULTURA NA ESCOLA A mediatiza o da sociedade como visto na sec o anterior n o tr s apenas amplia o de consumo dos meios tecnol gicos mas diversifica o e complexidade das intera es sociais atrav s dos meios de comunica o As pessoas se socialzam tamb m atrav s destas intera es e desenvolvem compet ncias para interagir no campo social mediatizado CITELLI 2002 A crescente presen a da imprensa escrita do cinema do r dio da televis o e ultimamente
87. e estes conhecimentos se adquirem em sua maioria pela experi ncia E por ltimo a dimens o espec fica dos meios e tecnologias em que a autora afirma que necess rio introduzir os princ pios b sicos da educa o para os meios na forma o inicial e continuada dos docentes n o sob uma forma oportunista mas como ensino t o obrigat rio como a forma o did tica Convergindo com esta ideia Soares 1999 diz que no caso da prepara o destes profissionais o caminho a amplia o da oferta de cursos regulares primeiro em n vel de Especializa o e depois em n vel de Gradua o Todavia dada a complexidade deste campo urgente um trabalho integrado entre as Faculdades de Comunica o e de Educa o Como se v h que se ofertar para os professores condi es para sua forma o atualiza o N o apenas conte dos e metodologias mas compreens o dos aspectos te ricos que envolvem a pr tica pedag gica Assim pautada pelas possibilidades midi ticas que cada meio oferece a constru o do conhecimento deve se efetivar de maneira a tornar a educa o uma pr tica libertadora em que o processo comunicativo predomine e onde busque se realizar uma atitude humanista que rejeite toda a forma de manipula o e atitudes anti dial gicas 65 Para finalizar reconhecemos pois que as inter rela es estabelecidas entre o campo da Educa o Comunica o um lugar que precisa ser ocupado E esta ocupa o se
88. ealizado tendo em vista os objetivos espec ficos da aula O que se observa nas respostas dadas ao question rio que os professores planejam a utiliza o de tais filmes em fun o da aula alternando suas formas de utiliza o entre videoli o programa motivador e videoapoio conforme explicitado por Ferr s 1996 Um dos aspectos ressaltados por Brito e Purifica o 2003 a necessidade do professor escolher e assistir antecipadamente ao filme que ir utilizar com seus alunos planejando as estrat gias de desenvolvimento da aula de motiva o e principalmente deixar os alunos assistirem ao filme sem preocupa es em anotar partes e passagens para serem cobradas depois em forma de relat rios Kenski 1996 tamb m chama a aten o para a necessidade de planejamento quando afirma que com o mesmo cuidado que o professor planeja 23 A distin o entre estas tr s maneiras de uso s o explicitadas na sec o 3 4 1 A televis o na escola desta disserta o 100 sua aula e seleciona os textos e autores mais adequados para serem lidos tamb m devem selecionar previamente os programas e os v deos apropriados para explor los didaticamente em sala de aula De acordo com esta autora como ferramentas auxiliares do professor estes recursos n o funcionam por si s s preciso que o professor ao utiliz los informe aos seus alunos alguns aspectos que situem o que vai ser visto no contexto do que est
89. ecer que a TV Multim dia uma realidade nas salas de aula do Estado do Paran Cada docente pode encontrar a maneira mais adequada de integrar as v rias m dias e os muitos procedimentos metodol gicos que tal meio permite Mas tamb m importante que amplie que aprenda a dominar as formas de comunica o interpessoal e as de comunica o audiovisual para aproximar o mundo da escola e o mundo fora dela 13 Eis a o grande desafio da pr tica docente privilegiar e ampliar a constru o de experi ncias comunicativas com o uso da TV Multim dia para a efetiva o de uma pr tica educacional emancipadora 114 7 GUISA DAS CONSIDERA ES Neste momento conv m retomar algumas das inquieta es que foram propulsoras para o andamento da pesquisa Quais as possibilidades e limites do uso da TV Multim dia no processo de aprendizagem Os professores receberam por parte da mantenedora capacita o profissional adequada para o uso deste novo recurso tecnol gico midi tico O uso da TV Multim dia pode ser a interface necess ria para a aproxima o dos campos da Comunica o Educa o em sala de aula Para tentar responder a estas quest es se buscou conhecer a proposta da Secretaria de Estado da Educa o para a inser o da TV Multim dia nas salas de aula e investigar o uso deste recurso pelos professores seus modos de uso impacto do uso desta tecnologia para a aprendizagem as principais dificuldades en
90. edag gicas deste novo recurso midi tico antes dele adentrar as escolas Para Sancho 2006 se por um lado a iniciativa de se pensar e proporcionar um ambiente de aprendizagem rico em tecnologias midi ticas uma tend ncia necess ria nos dias de hoje por outro lado a inser o destas tecnologias merecem planejamento quanto s necessidades de forma o e condi es de 05 trabalho Sancho 2006 afirma que a inser o de recursos midi ticos no interior das institui es escolares requer o envolvimento de todas as pessoas que fazem parte do processo pedag gico professores pedagogos diretores alunos e funcion rios em geral Para ela n o faz sentido disponibilizar um recurso midi tico sem o intuito de provocar mudan as no processo de ensino aprendizagem necess rio um trabalho coletivo entre todos os agentes envolvidos Por isso a proposta de implanta o n o deve ser feita sem a participa o da comunidade escolar para que n o corra o risco de se tornar apenas um recurso a mais ou favore a situa es que desestimulem seu uso Sancho 2006 ainda alerta que a utiliza o de novos meios na escola deve ser resultado de um sistema de ajudas que respondam s iniciativas dos professores e n o de uma imposi o administrativa Nas palavras da autora os docentes costumam implementar com dificuldade as ideias alheias a n o ser que as fa am suas Deste modo no caso da utiliza o das TIC como em qualquer
91. ede estadual de ensino e seu impacto no cotidiano escolar Para isto 10 professores de diferentes escolas diferentes disciplinas diferentes idades e que atuam em diferentes n veis de educa o foram convidados a responder o question rio piloto que continha 12 quest es fechadas de m ltipla escolha ver AP NDICE 2 Tais profissionais foram escolhidos aleatoriamente por j serem conhecidos da pesquisadora Por isso responderam o question rio em dias alternados e fora do espa o escolar em que trabalham Estes question rios foram aplicados no m s de Agosto do ano de 2009 Ap s a aplica o destes question rios e ao se tabular e confrontar seus resultados obteve se os dados necess rios para a efetiva o ou n o do uso de tal instrumento no momento de coleta de dados para a pesquisa A an lise dos resultados obtidos a partir da aplica o dos instrumentos de coletas de dados para o estudo explorat rio fez perceber que as quest es do question rio destinado aos professores deveriam ser aprimoradas antes de aplicados amostra da pesquisa com indica es nos enunciados de como devem ser preenchidas cada uma das quest es pois v rios foram os casos dos professores marcarem como resposta mais de uma alternativa dificultando a precis o dos dados Algumas destas quest es tiveram o enunciado melhorado para que o professor pudesse escolher mais de uma alternativa elencando a por ordem de prioridade A partir destes passos e to
92. efesa de Disserta o de ELIZANDRA JACKIW para obten o do T tulo de MESTRE EM EDUCA O Os abaixo assinados DR ROSA MARIA CARDOSO DALLA COSTA DR ADILSON ODAIR CITELLI DR RICARDO ANTUNES DE S e DR JO O SOMMA NETO arguiram nesta data a candidata acima citada a qual apresentou a seguinte Disserta o A TV MULTIM DIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO PARAN OS DESAFIOS PEDAG GICOS NA PR TICA DOCENTE Procedida a argiii o segundo o Protocolo aprovado pelo Colegiado a Banca de Parecer que a candidata est apta ao T tulo de MESTRE EM EDUCA O tendo merecido as aprecia es abaixo Curitiba d de 7 2011 23 n PE Tai M ca VAR Prof Dr Paulo Vin cius Baptista da Silva Coordenador do Programa de P s Gradua o em Educa o Proi Dr Paulo Vin cius Baptista da Silva Coordenador do Programa de P s Gradua o em Educa o Matr 135429 AGRADECIMENTOS Agrade o primeiramente a Deus pai todo poderoso pela ben o de ter me permitido chegar at aqui minha fam lia pelo apoio incondicional Ao meu marido e companheiro S rgio pelo carinho e dedica o com quem tem cuidado de mim nestes momentos de produ o Pelo seu jeito compreensivo que nunca me cobrou os tantos momentos de aus ncia Ao meu pai Hino Wilson que com seu jeito inquieto e curioso olha para as coisas do mundo com olhos de aprendiz despertando em mim a vontade de c
93. elevis o capaz de ler e interagir com diferentes ferramentas e formatos de arquivos midi ticos e que permite buscar recursos visuais materiais did ticos e de pesquisa em diferentes bases de dados A partir do segundo semestre do ano de 2007 os professores se viram surpreendidos com a presen a deste novo recurso tecnol gico midi tico em todas as salas de aula do estado Ou seja o professor tem a sua disposi o na sala de aula um recurso midi tico para dialogar de maneira integrada s aulas e s pr ticas escolares O que se fez necess rio ent o analisar a utiliza o desta nova ferramenta por parte dos professores e as contribui es da TV Multim dia para favorecer e incrementar a pr tica pedag gica no sentido de integra o entre m dias e constru o do conhecimento A escolha por esta problem tica justifica se pelo fato de que a introdu o das tecnologias de informa o e da comunica o em ambientes educativos p blicos ou n o j uma realidade inquestion vel no cotidiano de nossa sociedade mas se por um lado os seus efeitos ainda n o s o t o vis veis em termos de altera o de modelos tradicionais de ensino por outro se permite vislumbrar poss veis altera es e melhorias no processo do ensino e da aprendizagem por m preciso que o professor saiba aproveit lo em suas aulas para que n o sejam utilizados de maneira a florear velhas pr ticas pedag gicas em que o decorar o copiar e
94. em uma sociedade mais larga do que a fam lia Neste sentido se percebe que este autor entende a escola como um espa o de experi ncia social com o conhecimento Tal rela o posta pela an lise do mundo social ou seja a cultura que a sociedade produziu e a partir das rela es dos indiv duos com esta cultura 11 Soci logo docente da Universidade de Bordeaux e investigador conhecido sobre suas pesquisas sobre a juventude marginalizada na Fran a 30 Braga e Calazans 2001 tamb m enfatizam que a educa o se desenvolve na tens o entre o indiv duo e a sociedade a partir do fato de que educa se para a inser o em uma determinada sociedade e determinada cultura Para Dubet 1994 a institui o escolar garante tr s fun es uma fun o de educa o uma fun o de sele o e uma fun o de socializa o Estas tr s fun es hierarquizadas remetem para a imagem da transforma o dos valores em normas e das normas em pap is Todavia ele atenta que estas tr s fun es n o est o integradas n o formam o todo mas est o em rela o de tens o muito forte Nas palavras do autor a institui o surge n o j como um bloco de fun es integradas mas como uma constru o relativamente inst vel como um arranjo DUBET 1994 p 171 Para explicar melhor a rela o de tens o entre estas tr s fun es Dubet retoma historicamente o perfil da escola na Fran a Para ele at as grande
95. endo as aprendizagens necess rias para exerc cio da cidadania Outro aspecto evidenciado pela pesquisa diz respeito ao impacto da inser o deste meio nas pr ticas de sala de aula Os professores indicam que a utiliza o deste meio tornou as aulas mais atrativas como se pode verificar no GR FICO 3 Impacto da inser o deste meio dentro da sala de aula em que se obt m que para 26 dos professores entrevistados este recurso fez com que a pr tica de sala de aula fosse incrementada com o audiovisual Isso tamb m fica muito transparente nas opini es escritas dos professores Achei timo este recurso para enriquecer as aulas e tentar despertar o interesse dos alunos aumentando a aprendizagem PROF 14 Como professora de Ci ncias e Biologia a TV Pendrive auxilia muito afinal s o disciplinas que exigem ilustra es e esquemas PROF 17 A TV Multim dia ajudou muito em minhas aulas pois as aulas ganharam outra din mica e ficaram muito mais atrativas PROF 19 Foi um avan o muito importante para a educa o pois proporciona aulas mais interessantes PROF 31 Estas cita es revelam que quando h o estudo a experimenta o direta ou indireta e a explora o da informa o em qualquer das reas do curr culo escolar a tend ncia que se melhore a motiva o o rendimento e as capacidades cognitivas dos estudantes Sobre isso Sancho 2006 afirma que 102 Para quem consider
96. entemente independente do tema da aula Dos professores pesquisados 17 106 indicaram que usam a TV Multim dia com pouca frequ ncia enquanto 10 62 dizem utilizar raramente este recurso em suas aulas Apenas 6 37 indicaram n o usar esta tecnologia em suas pr ticas docentes 3 professores deixaram esta quest o em branco 300 E Frequentemente 39 E Com pouca frequ ncia Depende do tema da aula E Raramente O N o usa E Outro 250 200 150 100 50 0 GR FICO 1 FREQU NCIA DE UTILIZA O DA TV MULTIM DIA NA PR TICA DOCENTE FONTE a autora 2010 A segunda quest o que compunha o question rio tratava das maneiras de utiliza o da TV Multim dia na pr tica docente Para responder os professores deveriam enumerar de 1 a 6 as alternativas apresentadas onde 6 seria a op o mais utilizada e 1 a menos usada Neste caso todas as alternativas deveriam ser enumeradas evidenciando a signific ncia do tipo de uso que o professor fazia deste recurso em suas aulas Observadas as respostas se chega a ideia de que este novo recurso disponibilizado mais utilizado pelos docentes para passar v deos ilustrativos sobre o tema da aula como pode ser verificado no GR FICO 2 Isso esteve presente em 43 263 das respostas dadas aos question rios ou seja esta foi a quantidade de professores que enumeraram a alternativa v deos ilustrativos sobre o tema da aula com o n mero 6 tipo de uso mais
97. es da comunica o mediatizada Nas palavras do autor este campo constitu do pelos estudos da recep o e volta se para as reflex es em torno das rela es entre os polos vivos do processo de comunica o rela o entre produtores processos produtivos recep o assim como no campo pedag gico para os programas de forma o de receptores aut nomos e cr ticos frente aos meios SOARES 2002 p 21 Referente rea da media o tecnol gica na educa o Soares 1999 diz que aqui se compreende os procedimentos e as reflex es em torno da presen a e dos diversos usos das tecnologias da informa o e da comunica o na educa o O intuito deste campo pensar analisar e avaliar a introdu o das novas tecnologias na educa o perguntando se permanentemente pelo modelo de educa o que subjaz ao sistema comunicativo espec fico do meio SOARES 1999 p 23 aqui que se encontra a pesquisa sobre a TV Multim dia objeto de estudo desta disserta o Ou seja se pensamos na aprendizagem apenas pela perspectiva educativa geralmente pensa se que as novas tecnologias inseridas neste processo seria respons vel por si s por mudan as significativas no campo da educa o Todavia quando se traz a discuss o da inser o destas tecnologias para o processo de aprendizagem h que se pensar o seguinte A aprendizagem se d na medida em que o indiv duo sente se tocado envolvido conectad
98. esenvolvimento e avalia o dos processos de tecnologias de informa o e comunica o na educa o b sica Para descentralizar as atividades desta diretoria foram criadas algumas coordena es cada uma com responsabilidades diferentes Algumas est o mais inclinadas a atividades como a produ o de materiais em suportes de v deos udio ou inform ticos outras coordena es est o envolvidas a processos que abrangem aspectos pedag gicos de mediatiza o de utiliza o e de aceita o destes recursos Sobre a aceita o da TV Multim dia por parte dos professores e estudantesos o assessor da SEED informou que este recurso tecnol gico foi muito bem aceito dentro da pr tica pedag gica da sala de aula e acredita que isso se deva pelo fato da televis o fazer parte do cotidiano das pessoas De acordo com o entrevistado at mesmo aqueles profissionais que apresentam mais dificuldades em utilizar a tecnologia em seu dia a dia est o se adequando para fazer uso pois recorrem aos assessores das coordena es regionais de tecnologia educacional e recebem as informa es necess rias 79 O mesmo foi dito por uma das assessoras pedag gicas da CAUTEC Eles os professores dizem que a partir da televis o ampliou muito mais horizonte de oportunidades que eles t m pra levar o conte do ao aluno Porque ficando especificamente com o livro did tico se tem poucas imagens e est ticas E no Portal a gente tem uma cole o de
99. essores assessores que recebem forma o para trabalhar com os professores das escolas H tamb m a coordena o de Multimeios cuja atribui o produzir udios imagens anima es m dias e diagrama es H a coordena o do Portal Dia a Dia Educa o cuja tarefa alimentar este web site que inclui uma p gina espec fica da TV Multim dia selecionar materiais na Internet deix los dispon veis para download e configurar para os formatos compat veis a serem salvos no pen drive e utilizados na TV Multim dia Tamb m h a coordena o da Educa o a Dist ncia e a coordena o da TV Paulo Freire que um canal transmitido para todas as escolas via antena parab lica De maneira ilustrativa se pode compreender a estrutura organizacional da 17 A Ilha do Mel uma das trinta ilhas que comp em o litoral do Paran Pertence ao munic pio de Paranagu e administrada pelo Instituto Ambiental do Paran 78 Secretaria de Educa o para o uso dos recursos tecnol gicos da seguinte forma SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCA O DIRETORIA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL oordena o regional de Tecnologia Educacional Escolas QUADRO 2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCA O PARA A IMPLEMENTA O DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS FONTE a autora 2010 Como se verifica no quadro acima a Secretaria de Estado da Educa o criou uma diretoria espec fica que trabalha com o planejamento d
100. est o das rela es entre um centro dominante e sua periferia atrav s das informa es e dos meios de comunica o que os centros podem propagar sua influencia Apesar da Segunda Onda ainda n o ter esgotado o mpeto da industrializa o para Toffler 1993 uma Terceira Onda come a a surgir a partir das d cadas posteriores Segunda Guerra Mundial e continua a se espalhar at os dias atuais lanni 1999 explica que ao longo do s culo XX o mundo mudou muito pois j n o mais visto como uma cole o de pa ses agr rios ou industrializados ricos ou pobres colonizados ou dominantes mas desenvolve se um amplo processo de mundializa o de rela es processos e estruturas de domina o e apropria o antagonismo e integra o IANNI 1999 p 36 Com isso as esferas da vida social coletiva e individual se v em alcan adas pela globaliza o Para este autor a globaliza o que se acha em curso nesta altura da hist ria apresenta caracter sticas muito especiais De maneira clara e objetiva lanni 1999 elenca sete caracter sticas do mundo globalizado primeiro a energia nuclear tornou se a mais poderosa t cnica de guerra segundo a revolu o da inform tica colocou nas m os do dono do poder uma enorme capacidade de formar e informar terceiro organizou se um sistema financeiro internacional em conformidade com as exig ncias da economia capitalista mundial quarto as rela es econ micas mundia
101. este sentido corroboramos com a perspectiva de Fantin 2006 quando diz que educar para as m dias implica a ado o de uma postura cr tica e criadora de capacidades comunicativas expressivas e relacionais para avaliar tica e esteticamente o que est sendo oferecido pelas m dias para interagir significativamente com suas produ es e para produzir m dias tamb m FANTIN 2006 p 31 Isso significa dizer que a escola pode auxiliar os estudantes a analisar e refletir sobre suas intera es com as m dias e criar condi es para a participa o na medida do poss vel em decis es que dizem respeito a este contexto E isso deve estar claro nas media es escolares visto que a educa o para as m dias n o se reduz aos meios e a seus aspectos instrumentais pois elas situam se num espa o de produ o de significados Para Kenski 1996 independente da presen a dos recursos midi ticos dentro da sala de aula eles se fazem presentes virtualmente atrav s das imagens e dos sons incorporados s mem rias dos sujeitos que frequentam a sala de aula Por 43 isso as viv ncias dos alunos e professores em suas intera es com as m dias a televis o sobretudo est o repletas de imagens sons e informa es que precisam ser recuperadas apresentadas e trabalhadas sistematicamente em classe Para que isto se efetive esta autora afirma que o professor deve atuar como l der de opini o recuperando a mensagem
102. ex o quando enfatiza que muitas vezes na tentativa de inser o de alguma tecnologia da informa o e da comunica o no ambiente escolar o que se v o medo do professor e da administra o escolar em quebrar um destes equipamentos devido ao seu alto custo e por isso acabam deixando a de lado a dificuldade de manuten o e o alto valor destas m quinas fazem com que sejam consideradas preciosidades dentro do ambiente escolar Manuseadas por poucos guardadas em locais de acesso restrito e impossibilitadas em muitos casos de serem removidas para a sala de aula KENSKI 1996 p 135 Especificamente no caso da TV Multim dia ela se encontra dispon vel dentro das salas de aula ou seja j est o fisicamente pr ximas ao professor e classe Talvez essa facilidade de acesso tenha proporcionado maior proximidade e vontade do professor em querer test la utiliz la conforme evidenciado pela pesquisa Outro aspecto levantado na pesquisa foi o fato de que 40 dos professores n o souberam informar sobre o acompanhamento da Secretaria de Estado da Educa o para o uso deste equipamento como mostra o GR FICO 6 Percep o dos professores sobre o acompanhamento por parte da SEED do uso deste equipamento nas escolas Sobre isso Sancho 2006 chama a aten o para o fato de que o projeto de inser o de qualquer tecnologia midi tica e neste caso da TV Multim dia deve ser concebido como um projeto coletivo com
103. ia somente a partir destas pr ticas transversas que se direcionaria a pr tica educomunicativa para a promo o de uma educa o cidad emancipat ria capaz de romper com o discurso dominante que associa cidadania ao consumismo Para isso o grande desafio segundo este autor a ressignifica o do discurso educacional que leve em conta sua rela o dial gica com a Comunica o Trata se ent o de uma re fundamenta o te rico pr tica tanto do agir pedag gico quanto do agir comunicativo pois ambos est o entremeados pela linguagem que al m do valor de conhecimento agrega tamb m um valor de a o social que pode unir separar influir integrar persuadir modificar ou fundamentar os comportamentos dos indiv duos SOARES 1999 p 56 Nesta perspectiva os profissionais que trabalham nesta intersec o entre as reas Educa o Comunica o denominado Educomunicador Para Jacquinot 1998 o Educomunicador algu m que tem dupla fun o te rica em ci ncias da educa o e em ci ncias da comunica o consciente que uma educa o de massa e multicultural se situa al m da simples aquisi o de conhecimentos escolares procura n o desvalorizar a cultura medi tica principalmente televisiva mas apoia se nela nos cursos de educa o para os meios v nos meios uma riqueza pelos seus conte dos informativos certos mas tamb m pela maneira em que eles fornecem uma represent
104. icar alheia sua responsabilidade de media o Nas palavras da autora O que precisamos enquanto educadores cr ticos assumir a responsabilidade institucional da escola nestas media es isto intensificando as possibilidades de ressemantiza o di logo debate e resposta sobre o que os alunos e alunas recebem na m dia nossa de todo dia E ao propor modos de resposta estar assumindo tamb m o seu papel na produ o de conhecimento sobre a media o tecnol gica OROFINO 2005 p 66 Baccega 2001 reitera a necessidade de a escola introduzir um processo de 101 leitura e an lise cr tica dos meios pois a partir deste trabalho os estudantes seriam capazes de entend los bem e percorrer adequadamente o caminho que vai do mundo que nos entregam pronto editado ao pleno exerc cio da cidadania Para ela Se o mundo a que temos acesso este o editado nele com ele e para ele que se imp e construir a cidadania O desafio ent o como trabalhar este mundo editado presente no cotidiano que penetra ardilosamente em nossas decis es e que pela persuas o que o caracteriza assume o lugar de verdade nica BACCEGA 2001 p 10 Como salientado pelas autoras acima citadas a escola enquanto espa o de forma o e de media o tem um grande desafio em rela o m dia pois se ela produtora de discursos diversos cabe a escola problematiz los e revel los em suas m ltiplas discursividades favorec
105. icas Ao contr rio professores e alunos devem aprender a utiliz las pois introduzi las na escola um s mbolo de modernidade mas tamb m necess rio prepar los para sua integra o social necess rio conhecer o meio tecnol gico e suas caracter sticas para n o declarar inadequado um instrumento que n o se soube utilizar Jacquinot 1985 segue dizendo que utilizar um novo meio para refor ar a rela o tradicional entre educando educador saber ou utiliz lo para dar respaldo s exig ncias espec ficas de uma tica educativa s o duas posi es inadequadas sobre as possibilidades que oferece a televis o para aprender Neste sentido para que a televis o seja colocada a servi o de uma atividade educativa h que se pressupor uma concep o de aprendizagem como lugar de encontro de diversos pontos de vista ou saberes sobre uma problem tica em comum uma possibilidade t cnica de comunica o em que todos podem se transformar em emissor e receptor promover a dura o e a qualidade de di logo com cada teleator Isso requer especialmente uma reflex o disciplinar e interdisciplinar ao mesmo tempo que a utiliza o de outros materiais pedag gicos a inser o de um livro did tico de um objeto de experi ncia de um dispositivo l dico de um material cient fico ou seja uma quest o did tica Sem esta reflex o pr via sem uma capacita o e uma consci ncia dos docentes o material pode ser inutilmente pos
106. ificativo Para voc a inser o deste meio dentro da sala de aula tornou suas aulas mais atrativas n o fez diferen a em sua pr tica facilitou a aprendizagem 127 despertou o interesse dos alunos mudou sua maneira de trabalhar com os conte dos escolares mais um recurso dispon vel Outro Qual 4 Para voc qual dos itens abaixo mais influenciaram o uso da TV Multim dia nas aulas Enumere de 1 a 8 onde 8 o aspecto mais significativo e 1 o menos significativo Caso n o a utilize apenas marque X na op o que contempla esta escolha novo recurso did tico dispon vel inser o de tecnologias no ambiente escolar possibilidade de inova o da pr tica educativa curiosidade necessidade de inserir o meio audiovisual na rotina escolar obrigatoriedade desenvolvimento de projetos educativos que evidenciavam seu uso influ ncia dos colegas de trabalho n o uso Outro Qual 5 Para voc qual dos itens abaixo que mais dificultaram o uso da TV Multim dia nas aulas Enumere de 1 a 4 onde 4 o aspecto mais significativo e 1 o menos significativo falta de dom nio t cnico para o uso desta tecnologia n o sei fazer funcionar direito tenho dificuldade em converter os arquivos para as linguagens aceitas pela TV falta de material dispon vel no banco de dados do site oficial da Secretaria de Estado da Educa o sobre a disciplina co
107. im dia em sala de aula manuten o dos equipamentos aspectos que faltaram na capacita o profissional ofertada pela SEED carga hor ria destinada 95 capacita o profissional facilidades e dificuldades encontradas na interface entre a Multim dia e outras m dias formatos expectativas quanto a interface TV Multim dia e outras m dias ferramentas Por meio das recorr ncias tais temas foram agrupados constituindo dessa forma as categorias para a an lise Para Bardin 2002 p 117 a categoriza o uma opera o de classifica o de elementos constitutivos de um conjunto por diferencia o e seguidamente por reagrupamento segundo o g nero analogia com os crit rios previamente definidos De acordo com esta autora a categoriza o pode ser feita a partir de quatro crit rios a saber sem ntico ou tem tico classificados por temas afins sint tico classificados por verbos e adjetivos l xico classificados por classifica o das palavras segundo o seu sentido e expressivo por exemplo categorias que classificam as diversas perturba es da linguagem Especificamente nesta pesquisa a categoriza o foi feita a partir de tem ticas como pode ser visto no QUADRO 3 Vale salientar que para preservar a identidade dos professores que se manifestaram seus nomes foram ocultados sendo colocados em seu lugar as letras PROF Professor e cada resposta foi catalogada numericamente em ordem sequencial por
108. incentivos para seu uso e com acompanhamento dos assessores pedag gicos Baccega 2005 exp e que n o h d vidas da necessidade dos aparelhos tecnol gicos midi ticos adentrarem as escolas Todavia mais importante que a presen a de tais recursos que sejam dadas ao professor condi es para que ele 107 trabalhe de maneira efetiva com estes meios Para isto faz se fundamental a constru o de um trabalho coletivo e de parceria com todos os envolvidos no processo e a inclui se a mantenedora com vistas a objetivar o acesso cr tico ao conhecimento Um aspecto apontado pelos dados coletados que 95 dos professores percebem a necessidade da escola interagir com a linguagem audiovisual conforme apresenta o GR FICO 7 Opini o dos professores sobre a import ncia da escola interagir com a linguagem audiovisual Todavia ficou evidente que desconhecem a proposta de Educomunica o como alternativa de a o conforme aponta o GR FICO 8 Conhecimento dos professores sobre a proposta de educomunica o em que 50 dos professores pesquisados afirmam nunca terem ouvido dizer sobre esta denomina o e por isso n o sabem do que se trata Isso mostra que os professores sentem a necessidade de trazer o meio audiovisual para a sala de aula e que n o sabem ao certo como faz lo Por isso a proposta educomunicativa seria uma alternativa plaus vel e interessante Como aponta Soares 1999 a proposta de Educomunica o pressu
109. inova o que queira ultrapassar a superf cie das pr ticas pedag gicas parece mais efetivo fomentar e apoiar as iniciativas dos professores do que impor as vis es da dire o ou da administra o SANCHO 2006 p 29 Da mesma maneira importante o estabelecimento de um sistema articulado entre a dire o os professores e os alunos para uso e acesso a esta nova ferramenta para que a comunidade educativa como um todo se beneficie da TV Multim dia e a use paulatinamente nos processos de ensino e aprendizagem e n o se configure como preciosidade intoc vel dentro do ambiente escolar Comentado sobre o processo de inser o desta m dia nas salas de aula conv m refletir sobre a frequ ncia e as maneiras de sua utiliza o por parte dos professores configurando a categoria Uso do equipamento em sala de aula Ap s a inser o da TV Multim dia nas salas de aula o que os dados coletados apontam que sua utiliza o depende do tema da aula que o professor planejou conforme pode ser visto no GR FICO 1 Frequ ncia de utiliza o da TV Multim dia em sala de aula Isso mostra que apesar da boa aceita o deste recurso midi tico por grande parte dos professores os docentes n o a inclu ram de maneira significativa em sua pr tica pois n o se sentem seguros para utiliz la frequentemente salvo quando o tema assunto da aula seja convidativo 99 Ali s ao investigar o tipo de uso que os professores fazem da
110. is entendendo a din mica dos meios de produ o das for as produtivas da tecnologia e da divis o do trabalho s o amplamente influenciadas pelas exig ncias das empresas quinto a reprodu o ampliada do capital recria novas rela es internacionais influenciando bloqueando ou rompendo sistemas econ micos sexto o ingl s se transforma na l ngua universal s timo o neoliberalismo adquire predom nio mundial como ideologia e pr tica Todas estas caracter sticas configuram uma sociedade civil mundial pautada pela desterritorializa o das coisas ou seja tudo tende a deslocar se al m das fronteiras l nguas nacionais hinos bandeiras tradi es her is santos monumentos ru nas Aos poucos predomina o espa o global IANNI 1999 p 94 Mattelart amp Mattelart 2001 afirmam que o global ingressa na representa o de mundo pelo vi s da comunica o eletr nica pois os avan os nos 25 meios de comunica o permitem que as pessoas conhe am o que se passa nos quatro cantos do mundo ditando comportamentos normas modas O imperativo t cnico comanda a transforma o social Sobre isso lanni 1999 explica que a m dia impressa como as outras visuais e eletr nica criam mundos imagin rios no sentido de que propiciam a cria o de uma pluralidade de concep es de globo IANNI 1999 p 101 Entretanto a televis o se torna a m dia central ela quem determi
111. ita o abrangia o car ter metodol gico do uso do meio Para 30 188 8 s capacita o es mesclava o car ter t cnico e metodol gico Para esta quest o 2 professores assinalaram a op o outro afirmando que n o receberam capacita o profissional 400 Es E Abrangiam o car ter t cnico do uso do meio 350 E Abrangiam o car ter me todol gico do uso do meio Mesclava o car ter t c nico e metodol gico 300 250 200 150 100 50 0 GR FICO 12 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE OS ASPECTOS QUE ABRANGIAM A CAPACITA O OFERECIDA PELA SEED PARA O USO DA TV MULTIM DIA FONTE a autora 2010 93 A ltima quest o fechada que fazia parte do question rio tinha o intuito de coletar a opini o dos professores sobre a necessidade de receber outras capacita es por parte da SEED para o uso da TV Multim dia em sala de aula Conforme pode ser verificado no GR FICO 13 29 181 dos professores afirmam necessitar de outros momentos de capacita o profissional para o uso da TV Multim dia principalmente abrangendo o car ter t cnico do uso do meio J 22 137 dos entrevistados gostariam de receber capacita es profissionais que abrangesse o car ter metodol gico do uso Outros 39 244 sentem necessidade de momentos de capacita o que mesclem o car ter t cnico e metodol gico Apenas 10 62 dizem que n o necessitam de mais momentos de capacita o para o uso deste
112. ite oficial da Secretaria de Estado da Educa o lt www diaadia pr gov br seedemnumeros gt Acesso em 25 11 2009 NOME DA ESCOLA BAIRRO DE N DE N DE LOCALIZA O QUESTION RIOS QUESTION RIOS DA ESCOLA ENVIADOS RESPONDIDOS a COL GIO ESTADUAL ALFREDO PARODI 51 COL GIO ESTADUAL PROF ALGACYR MAEDER BAIRRO ALTO 50 COL GIO ESTADUAL D ATTICO EUSEBIO DA ROCHA 39 4 COL GIO ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA 5 COL GIO ESTADUAL BENTO M DA ROCHA NETO PILARZINHO COL GIO ESTADUAL D BRANCA DO NASCIMENTO VILA TINGUI MIRANDA N vf wvf o w w a N infin 5 to oaf 8 5 vo w E COL GIO ESTADUAL PROF BRAND O A DAGL RIA S O FRANCISCO UMBAR m COL GIO ESTADUAL PE CLAUDIO MORELLI m gt COL GIO ESTADUAL DOMINGOS ZANLORENZI JD GABINETO r m 12 VILA PAROLIN 10 COL GIO ESTADUAL PE COBALCCHINI 8 E 94 N 8 8 e e gt gt gt gt E E gt gt 6 S 8 5 Z gt gt Q o ES gt 8 5 5 gt 2 9 o COL GIO ESTADUAL PROF ELIAS ABRAH O CRISTO REI CONEGIOESTADUA ENIO DENENEZES CaRORO estorno Dorm Amon mo 5 e ECOrAESTADUALERNANVIDA SomeNo TO Ae E DO EO S foros vas TUURA E 1 COL GIO ESTADUAL HASDRUAL BELLEGARD SITIO CERCADO 2 ESCOLA ESTADUAL HELENA DIONYSIO MOSSUNGUE 3 4 o
113. itucionalizada secularmente 115 Com a inser o da TV Multim dia dentro das salas de aula do Estado do Paran o que se verifica a possibilidade de inova o da pr tica pedag gica a partir da aproxima o dos meios audiovisuais com os conte dos escolares O que ficou evidente que apesar de boa parte dos professores ainda apresentarem se inseguros para incorporar esta m dia de maneira efetiva no processo de ensino aprendizagem o ato pedag gico ap s sua inser o est mais cheio de cores sons movimentos e informa es usufru dos a partir da intera o com a TV Multim dia e outras tecnologias eletr nicas de comunica o e informa o Um aspecto muito evidente da pesquisa que os professores reconhecem a for a dos meios e das novas tecnologias no ambiente escolar pois percebem que o desenvolvimento da tecnologia e dos media atinge de tal modo os modos de vida da sociedade que a escola n o pode ficar margem Isso justifica o fato de que conforme a pesquisa mostrou boa parte dos professores utilizam frequentemente a TV Multim dia em suas pr ticas principalmente para passar v deos ilustrativos sobre o tema das aulas planejadas Todavia ainda n o demonstram utilizar este recurso midi tico para pr ticas educomunicativas e ou voltadas para a leitura cr tica dos meios Em suas pr ticas escolares os professores pesquisados exprimem vontade em compreender os processos t cnicos e metodol gicos do uso da TV
114. la Portanto neste cen rio a escola enquanto espa o de forma o e os professores enquanto agentes desta transforma o tem um grande desafio em rela o m dia na escola e para a escola pois se n o h mais como desconsiderar que a m dia em grande escala produtora e conformadora de discursos de todas as ordens social pol tico educativo econ mico religioso dentre outros institui o de ensino cabe estar atenta a esta dissemina o de ideias que dizem respeito a valores comportamentos atitudes etc no sentido de problematiz las nos tempos e espa os escolares favorecendo as aprendizagens do mundo e sobre o mundo MELO amp TOSTA 2008 Isso pode se justificar pelo fato de que os meios de comunica o fazem um papel de media o entre a realidade e as pessoas ou seja a informa o divulgada n o a realidade mas a constru o da realidade Como diz Bordenave 1983 apud BARZOTTO e GHILARDI 1999 da enorme quantidade de fatos que a realidade cont m os meios selecionam s alguns decodificam sua maneira estruturam 39 nos formando mensagens e propagandas e difundem nos carregados agora de ideologia dos estilos e das inten es que os meios lhe atribuem Desta maneira se a necessidade de construir significados o que nos permite situar e organizar o mundo a nossa volta a vis o desarticulada dos acontecimentos nas m dias unidas fragmenta o dos saberes escolares dificulta tal
115. la o do saber e constituem um espa o de socializa o de pautas de comportamentos estilos de vida e padr es de gosto Segundo ele somente atrav s da assun o da tecnicidade midi tica como dimens o estrat gica da cultura que a escola poder inserir se nos processos de mudan a que nossa sociedade atravessa Para isso a escola deve interagir com os campos de experi ncias nos quais se processam hoje as mudan as hibrida es das ci ncias com a arte das literaturas escritas e audiovisuais reorganiza o dos saberes a partir dos fluxos e redes pelos quais se move n o somente a informa o mas o trabalho e a criatividade o interc mbio e a disponibiliza o de projetos pesquisas e experimenta es est ticas MART N BARBERO 2005 p 67 Kenski 1996 tamb m compartilha destas ideias quando afirma que a apreens o de temas em suas m ltiplas intera es midi ticas n o discutida questionada confrontada na escola As diferentes linguagens resultantes das intera es com as mensagens que s o transmitidas e veiculadas nos meios de comunica o eletr nicos n o s o pedagogicamente aceitas e provocam uma ruptura na comunica o escolar Os jovens n o s o chamados para se expressar sobre 55 suas aprendizagens espont neas adquiridas em suas intera es com as novas tecnologias eletr nicas de comunica o e outras situa es informais Isso significa que o espa o escolar e todas as pr ticas realizad
116. lo XX houve um processo de individualiza o da educa o Citando Bernard Charlot 1999 estes autores explicam que o indiv duo menos definido que antes por seu pertencimento a uma comunidade cultural ou a uma classe social e mais por sua hist ria singular BRAGA e CALAZANS 2001 p 51 E isto ocorre porque a sociedade atual valoriza o direito diversidade e as escolhas com maior autonomia Estas quest es envolvendo solicita es diferenciadas da sociedade p e em 33 quest o a complexidade das sele es que s o feitas na escola e para a escola no que se refere aos seus objetivos seus programas e seus procedimentos Braga e Calazans 2001 explicam que neste contexto a escola seleciona uma amostragem das informa es e processos socialmente relevantes para que a partir de tal amostragem as pessoas desenvolvam compet ncias para tratar do que subsequentemente lhes apare a como relevante BRAGA e CALAZANS 2001 p 52 Forquin 1993 tamb m compartilha desta vis o quando prop e que os conte dos de ensino s o o produto de uma sele o efetuada pela escola no seio da cultura FORQUIN 1993 p 37 Ou seja os conte dos selecionados tamb m fazem parte de sele es na cultura e sele es da cultura Diante disto Braga e Calazans 2001 afirmam que h uma negocia o constante entre a escola e os mais diversos agentes sociais em busca de equil brios entre o que a sociedade solicit
117. logia de trabalho N s aqui nossa equipe que somos em seis assessoras pedag gicas n s fazemos visitas frequentes nas escolas conversamos com os professores sic Informa o Verbal Al m disso estas assessoras informaram que cada escola recebeu um manual de utiliza o da TV Multim dia e quando os professores necessitam de algum aux lio para converter arquivos ou salv los no pen drive podem recorrer a este material pois foi escrito de maneira clara e objetiva com ilustra es e indica es passo a passo dos procedimentos necess rios A entrevista realizada com os assessores pedag gicos do portal Dia a Dia Educa o respons veis em alimentar o web site com materiais convertidos para a TV Multim dia possibilitou compreender de que maneira tais materiais s o selecionados Um deste assessores explica A gente tem uma equipe disciplinar tem um professor de cada disciplina 81 que faz a sele o do material Ent o o que a gente leva em considera o Se est o de acordo com as diretrizes curriculares se s o relevantes pra sala de aula se v o ser teis l Na verdade os crit rios s o sempre esses Se uma material que ta livre porque a gente n o disponibiliza material que tem o copyright que det m direitos autorais A gente seleciona material que seja de uso livre sic Informa o verbal Detectou se ainda que os materiais dispon veis j convertidos em linguagem apropriada para a TV Multim dia
118. m a TV Multim dia dependem de aspectos institucionais e profissionais mas tamb m das condi es de prontid o e envolvimento dos atores envolvidos no processo educativo Neste sentido corrobora se com Moran 2001 p 29 quando enfatiza que Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espa o temporal pessoal e de grupo menos conte dos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunica o Uma das dificuldades atuais conciliar a extens o da informa o a variedade das formas de acesso com o aprofundamento de sua compreens o em espa os menos r gidos menos engessados Temos informa es demais e dificuldade em escolher quais s o significativas para n s e em conseguir integr las dentro de nossa mente e da nossa vida Para isso fundamental que professores e estudantes entendam se como parceiros que mutuamente se ajudam para explorar as possibilidades pedag gicas da TV Multim dia transformando a sala de aula em um espa o dial gico e com converg ncias de interesses entre estudantes e professores Ali s sob esta perspectiva Freire 1999 p 43 diz que ser dial gico vivenciar o di logo n o invadir n o manipular n o sloganizar O di logo o encontro amoroso dos homens que mediatizados pelo mundo o pronunciam isto o transforma e transformando o humanizam Parafraseando Citelli 2002 que a escola seja espa o de novos patamares discursivos e de redefini o de p
119. m a qual trabalho falta de conhecimentos metodol gicos para o uso sei fazer funcionar mas n o sei como melhor utiliz la para transformar minhas aulas Tempo insuficiente de preparo das aulas Outro Qual 6 H um acompanhamento por parte da SEED do uso deste equipamento nas escolas sim pois a SEED disponibiliza projetos a serem desenvolvidos com o uso da TV Multim dia nas escolas sim s o enviados relat rios regulares informando a utiliza o deste recurso pelos professores sim esporadicamente n o h qualquer acompanhamento por parte da SEED N o sei informar Outro Qual 7 Voc acredita ser importante a escola interagir com a linguagem audiovisual sim n o indiferente n o tenho opini o formada 8 este respeito outro Qual 8 Voc j ouviu falar em Educomunica o Sim e sei do que se trata sim mas n o sei ao certo do que se trata n o nunca ouvi dizer Jtenho um vasto conhecimento a este respeito Outro Qual Forma o para o uso da TV Multim dia 1 Voc se sente capacitado para utilizar a TV Multim dia em sua pr tica docente sim totalmente sim razoavelmente n o me sinto capacitado 2 Voc recebe ou recebeu algum tipo de capacita o profissional espec fica para o uso da TV Multim dia em sua pr tica docente 128 Sim recebo capacita o frequente da SEED Recebi somente capacita o ini
120. ma o de uma obra liter ria em roteiro de televis o Para este autor os laborat rios de v deos podem ser utilizados como recurso para educar no meio mas tamb m como recurso para educar com o meio FERR S 1996 p 95 Tomando para an lise a outra perspectiva de trabalho com o meio audiovisual na escola ou seja educar com a televis o Ferr s 1996 p 95 indica que esta dimens o do trabalho significa aproveitar de forma did tica os materiais que o meio oferece integrando a de maneira adequada s diversas reas do ensino Para tanto podem ser diferenciados dois tipos de materiais aquele que vem das televis es educativas e o material da televis o restante De acordo com Ferres 1996 os materiais que vem de programas educativos podem ser facilmente integrados sala de aula por satisfazerem as necessidades curriculares e porque geralmente s o realizados com muito profissionalismo e riqueza de materiais Em rela o aos demais programas televisivos alguns aspectos devem ser levados em considera o quanto s suas escolhas como a dura o o conte do e a concep o da programa o Estes outros programas tamb m podem oferecer algumas vantagens em rela o sua incorpora o ao ensino como a sua proximidade com o interesse dos alunos e a sua capacidade de impacto e sedu o De qualquer maneira Ferr s 1996 afirma que al m do f cil acesso a estes materiais e as suas qualidades de produ
121. ma o deve poder circular A sociedade da informa o s pode existir sob a condi o de troca sem barreiras MATTELART amp MATTELART 2001 p 66 Dalla Costa 2005 afirma que com o advento da Internet mais uma vez revoluciona se os sistemas de comunica o at ent o existentes e se torna um dos marcos de uma nova era denominada p s industrial Para ela a Internet coloca a humanidade diante de um patamar totalmente novo de acesso informa o e ao conhecimento Para Castells 1999 as tecnologias da informa o n o s o apenas ferramenta a serem aplicadas mas processos a serem desenvolvidos Usu rios e criadores podem se converter na mesma coisa como no caso das ferramentas 26 colaborativas wikis e redes sociais Facebook Ttwitter Orkut H uma rela o muito pr xima entre os processos sociais de cria o e manipula o de s mbolos a cultura da sociedade por exemplo e a capacidade de produzir e distribuir bens e servi os Assim computadores sistemas de comunica o decodifica o e programa o gen tica s o todos amplificadores e extens es da mente humana O que pensamos e como pensamos expresso em bens servi os produ o material e intelectual sejam alimentos moradia sistemas de transporte e comunica o m sseis sa de educa o ou imagens A integra o crescente entre mentes e m quinas inclusive a m quina de DNA est anulando o que Bruce Mazlish chama de a quar
122. mando por base os dados resultantes dos passos citados acima percebeu se a necessidade e a urg ncia em ouvir os docentes em rela o ao uso da TV Multim dia e sobre o processo de capacita o forma o para o uso deste recurso tecnol gico ofertado pela Secretaria de Estado da Educa o Nas etapas de focaliza o do tema da pesquisa Alves Mazzotti 8 Gewandsznajder 2004 apontam que as quest es iniciais selecionadas e que constitu ram o estudo explorat rio foram testadas o que n o significam que n o possam ser reformuladas abandonadas ou acrescidas de outras no decorrer do 72 estudo num processo de focaliza o progressiva Al m disso esta etapa atende a v rios objetivos Dentre eles destaca se os que foram atingidos pelo per odo explorat rio desta pesquisa e estabelecer as fronteiras da investiga o e orientar os crit rios de inclus o exclus o auxiliando a pesquisadora a selecionar as informa es relevantes orientar decis es sobre atores e cen rios Nesse contexto como pr xima etapa da pesquisa o objeto de estudo foi analisado e interpretado a partir das condutas dos sujeitos envolvidos no processo professores da rede p blica estadual do Ensino Fundamental de 5 a 8 s ries de diferentes institui es escolares e suas diferentes interpreta es a respeito do significado dos saberes e das pr ticas que s o organizadas e institucionalizadas no cotidiano escolar com a introdu o des
123. ment of schools and the education s political system to guarantee a democratic access to new information and communication technologies The bibliographical reference is based in the studies of Communication and Education and Media Education The main authors researched are Citelli 2002 2006 Baccega 1999 2001 Jose Marques de Melo 1998 Monica Fantin 2009 Joan Ferres 1996 and Ismas de Oliveira Soares 1999 2002 The field research executed analyses the proposal of the State s Secretary of Education to implement these new didactic technological resources in the schools and the teacher s opinion regarding the use of these medias in their practices In order to collect information about the process of implementing Multimedia TVs in the State s public schools and technical data aboutthis we performed a semi structured interview with the Directorate of Educational Technologies DITEC an agency of the State s Secretary of Education responsible for the planning development and evaluation of processes regarding communication and information technologies in the basic education system A questionnaire was also applied to Elementary School teachers 5 to 8th grades of 64 schools in the state schools located in Curitiba This instrument was intended to verify the opinion of teachers regarding the use of Multimedia TV in their daily practice in the classroom and on the training of specific professional to use this feature offered by the media
124. modelos de comportamento a escola n o pode cumprir seu papel se n o inserir a discuss o destes meios em seu cotidiano porque ele tamb m caracterizado pela maneira como os professores e os alunos recebem e interpretam as mensagens que vem da m dia Para uma reflex o mais aprofundada sobre o papel e a utiliza o das m dias no interior das salas de aula avancemos para a sec o a seguir 37 3 3 O FEN MENO MIDI TICO NA ESCOLA Vivencia se hoje a era da midiabilidade e neste cen rio social nada simplista express es como sistemas midi ticos midiatiza o recursos midi ticos come am a fazer parte do nosso dia a dia Conv m ent o definir o que m dia De acordo com Melo amp Tosta 2008 p 30 m dia Do ponto de vista etimol gico trata se de uma express o latina Media o plural de medium No singular significa meio ve culo canal O voc bulo foi inclu do na L ngua Portuguesa por interm dio do Tio Sam importado diretamente dos Estados Unidos Chegando ao Brasil fizemos seu imediato aportuguesamento Na verdade n s o abrasileiramos Os norte americanos escrevem a palavra tal qual foi assimilada do latim media mas alteram a pron ncia m dia o e tem o som de Aqui n s efetivamente a nacionalizamos substituindo o e por i tanto ao falar quanto ao escrever A palavra m dia hoje popular ssima com direito a verbete no dicion rio Ainda
125. modo de vida Surge a a Primeira Onda de mudan as Nestas civiliza es a terra era a base da economia da vida da cultura da estrutura da fam lia e da pol tica Em todas elas a vida era organizada ao redor da aldeia Em todas elas prevalecia a divis o simples do trabalho Em todas elas o poder era rigidamente autorit rio Em todas elas o nascimento determinava a posi o da pessoa na vida E em todas elas a economia era descentralizada de modo que cada comunidade produzia a maioria de todas as suas necessidades TOFFLER 1993 p 35 Neste per odo a posse de terras era o que determinava e regia a vida em sociedade Nas sociedades da Primeira Onda as mercadorias eram feitas manualmente e os produtos eram criados um a um sob encomenda A maioria deles chegava aos consumidores atrav s de min sculos armaz ns ou das costas ou carro as de 19 Para esta disserta o foram privilegiados os aspectos relativos evolu o tecnol gica e dos meios de comunica o por se tratar do tema de interesse 2 mascates que se espalhavam pelas zonas rurais Durante este per odo Dalla Costa 2005 afirma que houve uma evolu o dos meios de comunica o que marcaria para sempre a hist ria da humanidade a apari o da escrita e principalmente a inven o do alfabeto A partir da a hist ria da humanidade poderia ser registrada e repassada de gera o a gera o com muito mais objetividade do que quando era
126. na a import ncia das novidades e dita os temas da atualidade Ela dita a ordem imp em sua ordem e obriga as outras m dias a segu la O que n o vis vel e n o tem imagem n o televis vel e portanto n o existe IANNI 1999 p 116 Castells 1999 reafirma isso quando diz que estamos vivendo um momento de transforma o social devido aos mecanismos de um novo paradigma tecnol gico que se organiza em torno da tecnologia da informa o Para ele Ao redor deste n cleo de tecnologias da informa o definido em um sentido mais amplo uma constela o de grandes avan os tecnol gicos vem ocorrendo nas duas ltimas d cadas do s culo XX no que se refere a materiais avan ados fontes de energia aplica es na medicina t cnicas de produ o j existentes ou potenciais tais como a nanotecnologia e tecnologia de transportes entre outros Al m disso o processo atual de transforma o tecnol gica expande se exponencialmente em raz o de sua capacidade de criar uma interface entre campos tecnol gicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informa o gerada armazenada recuperada processada e transmitida Vivemos em um mundo que segundo Nicholas Negroponte se tornou digital CASTELLS 1999 p 49 Como se v diferentemente de qualquer outro momento hist rico a transforma o que se vive hoje refere se s tecnologias da informa o processamento e comunica o Nesta sociedade a infor
127. nas diferentes terminologias e dizem respeito forma o de um usu rio ativo cr tico e criativo das tecnologias da informa o e da comunica o Para esta autora a educa o midi tica uma condi o de educa o para a cidadania um instrumento para a democratiza o de oportunidades educacionais e de acesso ao saber o que contribui para a redu o das desigualdades sociais Isto se justifica porque na contemporaneidade muitas crian as e jovens crescem em ambientes altamente mediados pelos meios de comunica o sobretudo o audiovisual e o digital Sancho 2006 chama a aten o para este fato e afirma que atualmente os cen rios de socializa o das crian as e dos jovens s o muito diferentes dos vividos pelos pais e professores pois o computador assim como o cinema a televis o e os videogames atrai de forma especial a aten o dos mais jovens que desenvolvem uma grande habilidade para captar suas mensagens SANCHO 2006 p 19 Complementando esta ideia Orofino 2005 p 60 afirma que ao se identificar a escola n o apenas como espa o de leitura e recep o cr tica dos meios mas tamb m como local de produ o e endere amento de respostas s m dias a escola passa a contribuir tamb m com um debate mais amplo que alimenta uma reflex o social junto organiza o da sociedade civil frente aos conte dos apelativos aos exageros do mercado e abusos ideol gicos que a m dia veicu
128. ncia da m dia sobre o pensamento das pessoas como premia o ap s bom desenvolvimento da turma em alguma atividade como por exemplo filmes aleat rios trazidos por voc ou pelos alunos com esquemas e outras representa es para refor ar os conte dos e conceitos apresentados na aula constru o de conceitos e esquemas com o uso dos recursos audiovisuais pelos alunos n o usa Outro Qual 3 Para voc a inser o deste meio dentro da sala de aula tornou suas aulas mais atrativas n o fez diferen a em sua pr tica facilitou a aprendizagem despertou o interesse dos alunos mudou sua maneira de trabalhar com os conte dos escolares mais um recurso dispon vel Outro Qual 4 Para voc qual dos itens abaixo mais influenciaram o uso da TV Multim dia nas aulas novo recurso did tico dispon vel inser o de tecnologias no ambiente escolar possibilidade de inova o da pr tica educativa curiosidade necessidade de inserir o meio audiovisual na rotina escolar obrigatoriedade desenvolvimento de projetos educativos que evidenciavam seu uso influ ncia dos colegas de trabalho 124 n o uso Outro Qual 5 Para voc qual dos itens abaixo que mais dificultaram o uso da TV Multim dia nas aulas falta de dom nio t cnico para o uso desta tecnologia n o sei fazer funcionar direito falta de material para esta
129. nicamente o aspecto que menos influenciou seu uso foi a obrigatoriedade por parte de algum setor hier rquico assinalado por 1 6 dos professores seguido da influ ncia dos colegas de trabalho escolhido por 2 12 dos docentes Cumpre ressaltar que 4 professores assinalaram a op o n o uso e que n o houve frequ ncia da op o outro para esta quest o 180 Novo recurso did tico dispon vel 27 E inser o de tecnologia no ambiente escolar Possibilidade de inova o da pr tica pedag gica E Curiosidade 160 140 visual na rotina escolar E Obrigatoriedade E Desenvolvimento de projetos educati vos que evidenciavam seu uso LI Influ ncia dos colegas de trabalho 120 100 E Necessidade de inserir o meio audio 80 60 40 20 0 GR FICO 4 ASPECTOS QUE MAIS INFLUENCIARAM O USO DA TV MULTIM DIA NAS AULAS FONTE a autora 2010 Com a quest o de n mero cinco do question rio buscou se coletar dados sobre os aspectos que mais dificultaram o uso da TV Multim dia nas aulas Para tanto os professores deveriam enumerar as alternativas apresentadas de 1 a 4 onde 4 era o aspecto mais significativo e 1 era o menos significativo Computados os dados observa se no GR FICO 5 que a maior dificuldade 87 enfrentada pelos professores para o uso da TV Multim dia nas aulas o tempo insuficiente de preparo das aulas escolhido por 43 269 dos professores pes
130. ns virtuais e books pages s o algumas das m dias que nos acompanham e t m revolucionado de maneira expressiva os modos de se comunicar 20 Para se entender a constitui o deste cen rio t o midi tico e que sugere novas estruturas sociais conv m resgatar historicamente a evolu o das sociedades bem como das tecnologias da informa o e da comunica o ao longo dos tempos pois o Homem medida que foi evoluindo foi tamb m criando novas formas de se comunicar ao mesmo tempo que fez da comunica o uma aliada na constru o e organiza o da sociedade em que vive DALLA COSTA 2005 p 11 Alvin Toffler 1993 visualiza a hist ria da humanidade como uma sucess o de ondas de mudan as Para ele cada uma destas ondas representa diferentes fases pelas quais a humanidade passou e passa cada qual com caracter sticas distintas de organiza es sociais sistemas de produ o tecnologias desenvolvimento social humano e outros Segundo ele estas ondas n o devem ser olhadas de maneiras estanques mas nas suas continuidades hist ricas suas inova es e interrup es Assim ele separa a hist ria da humanidade em tr s grandes ondas a saber Antes da primeira onda de mudan as a maioria dos seres humanos vivia em pequenos grupos e alimentavam se pescando ca ando ou pastoreando Depois h aproximadamente dez mil anos come ou a revolu o agr cola espalhando aldeias terras cultivadas e um novo
131. ntar pr ticas de forma o de sujeitos cr ticos conscientes de seus direitos e deveres enquanto cidad os A este novo campo te rico Ismar de Oliveira Soares 2002 d o nome de Educomunica o Para ele a Educomunica o o conjunto das a es inerentes ao planejamento implementa o e avalia o de processos programas e produtos destinados a criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos em espa os educativos presenciais ou virtuais assim como a melhorar o coeficiente comunicativo das a es educativas incluindo as relacionadas ao uso dos recursos da informa o no processo de aprendizagem SOARES 2002 p 24 Como se percebe esta defini o pressup e uma a o comunicativa dial gica nos espa os educativos formais e n o formais com os meios tecnol gicos e midi ticos para promover a autonomia De acordo com Soares 1999 a Educomunica o pressup e quatro reas concretas de interven o social rea da educa o para a comunica o rea da media o tecnol gica na educa o rea da gest o comunicativa e rea da reflex o epistemol gica No que concerne rea da educa o para a comunica o Soares 1999 explica que ela tamb m conhecida como Educa o para os Meios Esta rea 61 tomada como o desenvolvimento de a es voltadas para o estudo e a compreens o do lugar que os meios de comunica o ocupam na sociedade seu impacto social as implica
132. ntegrados Por isso um dos grandes desafios para o educador ajudar a tornar a informa o significativa a escolher as informa es verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades a compreend las de forma cada vez mais abrangente e 45 profunda MORAN 2001 p 23 Pretender entretanto que os alunos fa am abordagens exclusivamente racionais anal ticas sem levar em conta a magia desta m dia e sua capacidade de impacto de sensibiliza o e de emo o levar as experi ncias escolares com os audiovisuais a uma atividade meramente intelectualizada e restritiva Fischer 2006 converge com esta vis o quando afirma que o trabalho pedag gico com os meios audiovisuais inclui desde uma abertura frui o at um trabalho detalhado e generoso sobre a constru o da linguagem do meio sobre a ampla gama de informa es reunidas nestes produtos e tamb m sobre as emo es e os sentimentos que cada uma das narrativas provoca no espectador Sobre isso Fischer 2006 afirma que tentar apreender uma mensagem audiovisual de sa da atrav s de uma abordagem intelectual um equ voco Primeiramente preciso senti la para depois poder compreend la pensar sobre ela e analis la Para Ferr s 1996 uma abordagem cr tica da televis o deveria ser feita sempre a partir da intera o A experi ncia televisiva o resultado do encontro de um espectador com sua ideologia sua sensibilidade os seu
133. ntre 57 a 61 anos E Entre 62 a 66 anos 40 20 0 FAIXA ET RIA DOS PROFESSORES PESQUISADOS FONTE a autora 2010 350 LI Gradua o 300 E Especializa o Mestrado 250 E Doutorado 200 150 100 50 0 0 N VEL DE ESCOLARIDADE DOS PROFESSORES PESQUISADOS FONTE a autora 2010 159 L Entre 01 a 05 anos 160 E Entre 06 a 10 anos E Entre 11 8 15 anos 140 E Entre 16 a 20 anos 120 E Entre 21 a 25 anos E Entre 26 8 30 anos 100 E Entre 31 a 35 anos 80 60 40 20 o TEMPO DE EXERC CIO NO MAGIST RIO DOS PROFESSORES PESQUISADOS FONTE a autora 2010
134. o apresenta a tecnologia o objeto de estudo em seus aspectos t cnicos e possibilidades de interface com outras m dias e formatos O segundo cap tulo Cultura Educa o e Comunica o na era digital analisa e reflete a sociedade atual e a influ ncia da presen a dos recursos midi ticos nas transforma es nos campos da cultura da escola e at mesmo nos modos de comunicar O terceiro cap tulo Trajet ria da Pesquisa descreve o caminho 15 metodol gico percorrido na investiga o do objeto de estudo para se alcan ar os objetivos propostos Apresenta o local a popula o e amostra de sujeitos envolvidos Em seguida detalha cada um dos instrumentos de pesquisa desenvolvidos entrevistas individuais com os respons veis da Secretaria de Estado da Educa o do Paran pela implanta o acompanhamento e avalia o das TV s Multim dias nas escolas e question rio com quest es fechadas e uma quest o aberta destinado aos professores da rede p blica estadual de ensino O quarto cap tulo O que dizem os sujeitos envolvidos cont m tratamento e a sistematiza o dos dados coletados Apresenta a entrevista realizada com os respons veis da mantenedora pelo projeto TV Multim dia e quantitativamente em forma de gr ficos as respostas das quest es fechadas dos question rios respondidos pelos professores apresentada tamb m a elabora o das categorias para a an lise das respostas da quest o aber
135. o A civiliza o deu tecnologia rg os sensores criando m quinas que podiam ouvir ver e tocar com mais cuidado e precis o do que os seres humanos Deu tecnologia um tero inventando m quinas destinadas a darem nascimento a novas m quinas em progress o infinita TOFFLER 1993 p 39 Com todo este salto tecnol gico as sociedades da Segunda Onda come aram a se deparar com outros modos de produ o Nesta fase tecnol gica surgiram infind veis ind strias De acordo com Toffler 1993 p 40 22 No princ pio houve carv o de pedra t xteis e estradas de ferro depois a o fabrica o de autom veis alum nio produtos qu micos artefatos De repente surgiram enormes cidades industriais Destes centros industriais sa ram milh es e intermin veis milh es de produtos id nticos camisas sapatos autom veis rel gios brinquedos sab o xampu c maras fotogr ficas metralhadoras e motores el tricos A nova tecnologia acionada pelo novo sistema de energia abriu a porta para a produ o em massa Isso significava que os sistemas de distribui o destes produtos tamb m deveriam ser ampliados j que a venda por mascates ou pequenos armaz ns n o comportava mais tamanha produ o Com isso estradas de ferro rodovias e canais abriram os interiores fazendo com que a distribui o em massa e a comercializa o tamb m em massa se tornasse um s mbolo de todas as sociedades industriais Mattelart am
136. o Desta maneira o ambiente mediado por tecnologias pode ajudar a produzir sentidos convertendo se em media o o sentido que provoca a aprendizagem n o a tecnologia e por isso que o campo compete comunica o ou educomunica o SOARES 2002 p 20 Relacionado ao campo da gest o comunicativa Soares 1999 p 24 mostra que esta rea designada Ja todo processo articulado e voltado a partir de dada intencionalidade educativa para o planejamento execu o e avalia o de atividades destinadas a criar e manter ecossistemas comunicativos entendidos como ambientes regidos pelo princ pio da a o e do di logo A quarta rea da reflex o epistemol gica diz respeito sobre o qu no campo acad mico corresponde ao conjunto de estudos sobre a inter rela o 62 Comunica o Educa o como fen meno cultural emergente Soares 1999 entretanto chama a aten o sobre o car ter transdisciplinar deste campo enfatizando que n o se est propondo a inven o de uma nova disciplina mas um trabalho pautado num discurso transverso Para ele a inter rela o Comunica o Educa o n o deve se restringir a uma nova disciplina para n o se cair no risco do imperialismo quer pedag gico quer comunicativo ou seja do olhar unilateral sobre a pr tica mas em posturas te ricas e pr ticas que se situem para al m das paredes paradigm ticas SOARES 1999 p 57 Ser
137. o aspecto refere se manter se dispon vel para a constru o de um novo espa o p blico Para tanto a forma o deste profissional na vis o de Jacquinot 1998 n o 64 algo simples e deve tornar se um componente de toda educa o e forma o e concerne a todos os docentes independente da disciplina com que trabalham Essa forma o de dupla dimens o te rica Educa o Comunica o deve organizar se de forma a atender necessidade de atualiza o em tr s grandes dimens es a dimens o t cnica a dimens o pedag gica e a dimens o espec fica dos meios e tecnologias como tecnologias intelectuais e n o apenas como informa o Sobre a dimens o tecnol gica que abrange as rela es entre tecnologia Jacquinot 1998 coloca que necess rio aprofundar os conhecimentos ao menos para as aprendizagens b sicas gest o de arquivos tratamentos de textos tabelas banco de dados Da mesma maneira poss vel confiar nos alunos que frequentemente sabem faz lo melhor que os educadores Sobre a dimens o pedag gica que se refere ao dom nio de conhecimentos relativos ao campo espec fico da pedagogia ou seja aos processos de aprendizagem oriundos das diversas ci ncias humanas psicologia sociologia antropologia etc Jacquinot 1998 diz que necess rio novos modos de forma o ao inv s de contar somente com os est gios ou outras modalidades formais que mostram bem seus limites principalmente porqu
138. o e recep o deve estar integrada aos fluxos cr tico dial gicos dos demais discursos com os quais a escola trabalha CITELLI 2002 p 16 Kenski 1996 tamb m afirma que a pr tica educativa precisa ser vista como um ato comunicativo Para ser eficaz como ato comunicativo preciso que ocorra na atividade did tica uma rela o interativa uma uni o entre as partes no nosso caso entre professores e alunos Para acontecer esta intera o necess rio que o conte do desta comunica o seja algo significativo que provoque a vontade e o interesse de ambas as partes em discutir refletir aprofundar aprender sobre o tema preciso reconhecer que quero me comunicar que quero trocar informa es com algu m e que nesta troca vou me transformar vou aprender O ato comunicativo sobretudo um ato de aprendizagem KENSKI 1996 p 135 Neste novo desenho educativo formal compromisso com o ensino um di logo cr tico com as realidades comunicacionais e tecnol gicas levando o aluno 59 aprender a aprender Trata se pois de trabalhar o conhecimento n o apenas como reposit rio do j sabido ou de um conjunto de informa es sen o como algo socialmente constru do e em constru o CITELLI 1999 Neste contexto muda tamb m o papel do professor que passa a ser um comunicador mediador MART N BARBERO 2005 p 69 Ou seja deixa se de lado a postura verticalizada e detentora do saber para uma post
139. oderno o culto o popular e o massivo Mas o que se v a hibrida o 1998 p 19 entre estes tr s pavimentos Para ele uma das transforma es que a interven o tecnol gica torna mais patente a reorganiza o dos v nculos entre grupos e sistemas simb licos 28 os descolecionamentos e as hibrida es j n o permitem vincular rigidamente as classes sociais com os estratos culturais Ainda que muitas obras permane am dentro dos circuitos minorit rios ou populares para que foram feitas a tend ncia predominante que todos os setores misturem em seus gostos objetos de proced ncias antes separadas N o quero dizer que essa circula o mais fluida e complexa tenha dissolvido as diferen as entre as classes Apenas afirmo que a reorganiza o dos cen rios culturais e os cruzamentos constantes das identidades exigem investigar de outro modo as ordens que sistematizam as rela es materiais e simb licas entre os grupos CANCLINI 1998 p 309 Sobre isso Forquin 1993 explica que todas as sociedades do mundo est o em intera o umas com as outras todas reconhecem conflitos internos s o atravessadas por correntes contradit rias divididas entre s mbolos diversos condenadas instabilidade ambiguidade desordem O pluralismo cultural n o existe somente entre as na es mas no interior das comunidades que as comp e e os pr prios indiv duos n o escapam lei geral de diferencia o interna
140. olitano 2003 sugere que sejam propostas classe atividades paralelas dirigidas como pesquisas em grupos ou individuais cruzando o conte do veiculado pelo material televisual com outras fontes de aprendizagem Para este autor a pesquisa posterior atividade principal com o material fonte deve dar conta dos desdobramentos e temas derivados surgidos na an lise al m de ajudar na articula o com outros conte dos discutidos no curso como um todo NAPOLITANO 2008 p 61 Contudo Napolitano 2003 salienta que mesmo com estas atividades dirigidas n o se deve ter a pretens o de esgotar a discuss o sobre o tema da fonte importante que o professor esteja preparado para fornecer mais subs dios para que os alunos se mobilizados e motivados ap s uma atividade continuem a pesquisar e a se informar por conta pr pria Se pensarmos na realidade das escolas estaduais do Paran poder amos dizer que com a inser o da TV Multim dia em cada uma das salas de aula do estado se potencializaria o trabalho com os audiovisuais nas salas de aula Todavia Jacquinot 1985 ressalta que tanto para a televis o comum como qualquer outro 53 recurso audiovisual e em nosso caso nos reportaremos a TV Multim dia n o h que se esperar que estas tecnologias em si facilitem alguma inova o pedag gica N o h que se esperar destas m quinas nada mais que a possibilidade de armazenar e difundir imagens e sons palavras ru dos m s
141. om a linguagem audiovisual Os professores deveriam assinalar a alternativa que representava sua opini o sobre o assunto A partir do GR FICO 7 constata se que 95 595 dos pesquisados consideram importante esta intera o enquanto 3 18 afirmam n o ter opini o formada a este respeito 2 12 dos professores se dizem indiferentes a este assunto Nenhum professor assinalou a alternativa n o considero importante Para esta quest o dois professores escolheram a op o outro e dizem n o usar a TV Multim dia 89 700 E Sim importante 95 E N o considero importante 600 EH sou indiferente E N o tenho opini o for 500 mada a este respeito 400 300 200 100 2 3 0 GR FICO 7 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A IMPORT NCIA DA ESCOLA INTERAGIR COM A LINGUAGEM AUDIOVISUAL FONTE a autora 2010 A quest o de n mero oito do question rio objetivava coletar informa es sobre o conhecimento dos professores acerca da proposta da Educomunica o Nesta pergunta os entrevistados deveriam escolher a alternativa que melhor representava o n vel de conhecimento sobre o assunto Como se observa no GR FICO 8 50 313 dos professores nunca ouviram dizer sobre a proposta de Educomunica o 34 213 afirmam que j ouviram dizer mas n o sabem ao certo do que se trata Em contrapartida 14 87 dizem saber do que se trata e 2 12 apontam ter um vasto conhecimento a respeito Para esta quest o
142. onhecer novas coisas sempre minha m e Lucila esp rito de luz que me ensina a viver a beleza de cada momento e a distinguir o que de fato tem valor nesta vida Ao meu irm o Thiago pelos momentos de descontra o necess rios nas ltimas etapas de elabora o acad mica e pelo seu jeito firme e objetivo com que encara os desafios da vida isto me ensina muito companhia de minha cachorrinha Darinha pelas infinitas horas ao meu lado enquanto escrevia esta Disserta o querida Professora Doutora Rosa Maria Cardoso Dalla Costa pelas orienta es e preciosas contribui es te ricas em todos os momentos de constru o da pesquisa Sem d vida estes momentos me fizeram vislumbrar novos horizontes Aos professores Doutores Ricardo Antunes de S e Jo o Somma Neto pelos direcionamentos nas bancas de qualifica o e de defesa Ao professor Doutor Adilson Citelli pela participa o na banca de defesa e por suas consagradas contribui es discuss o das interfaces Comunica o Educa o Aos amigos queridos Edna Viviane Paula Luis Ot vio e Leandro pelos momentos compartilhados risadas desabafos lam rias troca de ideias Ao amigo Fabiano Casagrande pelo valoroso aux lio inform tico Aos 627 professores da rede p blica estadual de educa o que gentilmente responderam aos question rios Ao N cleo Regional Estadual de Educa o de Curitiba em especial Merina pela disponibilidade e aten o Diretoria d
143. os Manoel MASETTO Marcos BEHRENS Marilda Aparecida Novas tecnologias e media o pedag gica Campinas Papirus 2001 p 11 66 MORIN Edgard Culturas de massa no s culo XX o esp rito do tempo S o Paulo Forense 1969 NAPOLITANO Marcos Como usar a televis o na sala de aula S o Paulo Contexto 2003 OROFINO Maria Isabel M dia e media o escolar pedagogia dos meios participa o e visibilidade S o Paulo Cortez 2005 PARAN SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCA O SUPERINTEND NCIA DA EDUCA O DIRETORIA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS TV Multim dia pesquisando e gravando conte dos no pen drive Curitiba SEED Paran 2008 PRENSKY Marc Digital natives digital immigrants On the Horizon MCB University Press vol 9 n 5 out 2000 Dispon vel em Www marcprensky com writing Prensky DigitalNatives Digitallmmigrants Part1 pdf Acessado em 20 04 2011 120 SANCHO Juana Maria De tecnologia da informa o e comunica o a recursos educativos In SANCHO Juana Maria HERNANDEZ Fernando orgs Tecnologias para transformar a educa o Porto Alegre Artmed 2006 SOARES Ismar de Oliveira Comunica o Educa o a emerg ncia de um novo campo e o perfil de seus profissionais Revista Contato Bras lia Ano n 2 jan mar 1999 p 19 74 Gest o Comunicativa e educa o caminhos da Educomunica o Revista Comunica o amp Educa o S o Paulo n 23 jan abri 2002 p 16 25 TARDIF
144. os aos alunos bem nascidos e aos adeptos dos valores da escola preciso ent o perguntar se em que a escola pode ser um espa o de educa o e de cultura na instru o e mais al m nas atividades culturais e esportivas na organiza o da pr pria vida escolar no atendimento aos alunos fora da classe Mas do mesmo modo que a cultura escolar leva frequentemente desvaloriza o do ensino ela considera muitas vezes que essa atividade educativa indigna reduzida anima o sociocultural pronta para ser confiada a professores mal pagos e militantes Os vencidos ser o mais bem tratados quando se pensar que a escola deve educar todos os alunos independentemente de seu desempenho escolar quando os alunos e suas fam lias se associarem vida da escola quando os alunos forem tratados como sujeitos em evolu o e n o apenas como alunos engajados em uma competi o DUBET 2004 p 543 Neste sentido Dubet 2009 p 13 afirma que a boa escola aquela que permite a cada aluno se formar como sujeito como indiv duo capaz de construir e de controlar a sua experi ncia e de dar um sentido aos seus aprendizados Para ele nos dias atuais torna se ineg vel a influ ncia da cultura de massa para a forma o da identidade distribuindo aos indiv duos c digos de maturidade vestimenta gostos musicais e outros Dubet 2008 n o cr que a escola deva renunciar ao seu papel e sua especificidade mas que talvez el
145. os culturais onde se processa a permanente constru o do objeto cient fico e a limita o dos problemas de investiga o Em outras palavras quais s o as cren as e valores do investigador o caminho escolhido por ele e que orienta todo o processo de investiga o Sobre isso Gamboa 2000 explica que a escolha de uma t cnica de coleta registro e tratamento de dados sobre um determinado fen meno implica n o somente pressupostos com rela o s concep es de m todo e de ci ncia mas tamb m as concep es de sujeito e de objeto e as vis es de mundo impl citas em todo processo cognitivo No caso desta pesquisa pode se observar as epistemologias que alicer aram todo o processo de investiga o no pr prio corpus desta disserta o uma vez que est o impl citas na escolha do referencial te rico na escolha da 68 abordagem da pesquisa nos instrumentos de coletas de dados e no tratamento que os dados coletados receberam Para Lessard H bert et al 2005 o polo t cnico de um processo de investiga o corresponde inst ncia metodol gica segundo a qual o investigador recolhe dados sobre o mundo real assumindo que este suscet vel de ser observado pelos sentidos Para eles selecionar modos de pesquisa ou t cnicas de recolha de dados tarefa do investigador e para isso ele deve fazer uma op o te rica respeitando aquilo que ser observado pois nenhuma observa o neutra ela implica uma media o por
146. os dados Por fim o polo te rico consiste na an lise e interpreta o dos dados coletados A an lise e a interpreta o dos dados coletados em campo tamb m muito importante pois de acordo com Erickson O conjunto do material compilado no campo n o em si mesmo um conjunto de dados mas sim uma fonte de dados As notas de trabalho 14 Bardin 2002 69 as grava es em v deo e os documentos respeitantes ao local do estudo n o s o dados Mesmo as transcri es das entrevistas n o o s o Tudo isso constitui material documental a partir do qual os dados ser o constru dos gra as aos meios formais que a an lise proporciona ERICKSON 1986 apud LESSARD H BERT 2005 p 107 Assim a interpreta o e a verifica o das conclus es consiste na atribui o de significado aos dados reduzidos e organizados atrav s da formula o de rela es Estabelecida a natureza da pesquisa o pr ximo passo foi realizar o levantamento bibliogr fico que comporia o referencial te rico da pesquisa Para isso foram escolhidos livros artigos e textos segundo crit rios como autor e conte do tem tico Sobre a an lise do referencial te rico compartilha se com Alves Mazzotti amp Gewandsznajder 2004 p 182 a ideia de que esse esfor o de elabora o te rica essencial pois o quadro referencial clarifica a l gica de constru o do objeto da pesquisa orienta a defini o de categorias e construct
147. os relevantes e d suporte s rela es antecipadas nas hip teses al m de constituir o principal instrumento para a interpreta o dos resultados da pesquisa Esta etapa teve como principio conceitual apresentar as intersec es entre os campos da Educa o e da Comunica o a fim de subsidiar a an lise do objeto de estudo Assim autores como Soares 1999 2002 Baccega 1999 2001 Moran 1993 Citelli 2002 2006 Mart n Barbero 1997 1999 Freire 1999 Ferr s 1996 entre outros foram fundamentais para a constru o do arcabou o te rico Sem d vida outro avan o neste caminho foi a constru o do projeto do estudo explorat rio pois come ou se a pensar propriamente nos instrumentos que seriam utilizados para a realiza o da pesquisa emp rica e na delimita o do tema escolhido Com o objetivo de situar o objeto de investiga o em seu contexto e coletar informa es a respeito do processo de implanta o deste novo recurso tecnol gico e seus dados t cnicos que a proposta para o estudo explorat rio foi pensado Este per odo explorat rio fundamental para o planejamento de pesquisas qualitativas pois o principal objetivo proporcionar atrav s da imers o do pesquisador no contexto uma vis o geral do problema considerado contribuindo para a focaliza o das quest es e a identifica o de informantes e outras fontes de 70 dados ALVES MAZZOTTI amp GEWANDSZNAJDER 2008 p 161
148. p Matellart 2001 explicam que neste per odo a comunica o contribuiu para a organiza o do trabalho coletivo no interior das f bricas e na estrutura o dos espa os econ micos Para eles a divis o do trabalho e os meios de comunica o vias fluviais mar timas e terrestres se unem ao crescimento de distribui o e circula o dos produtos fabris e de informa o transformando a sociedade da poca Castells 1999 p 53 corrobora com esta ideia quando relata que foram estas revolu es no sentido de um grande aumento repentino e inesperado de aplica es tecnol gicas que transformou o processo de produ o e distribui o neste per odo Para ele a partir disso se criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localiza o das riquezas e do poder no mundo Da mesma maneira a Segunda Onda acabou com o monop lio das comunica es escritas pois a tecnologia e a produ o em massa das f bricas exigiram movimentos de informa o tamb m em massa j que as necessidades de troca de informa es n o podiam ser satisfeitas apenas por meios escritos feitos unitariamente Para Dalla Costa 2005 neste momento que Gutemberg cria a imprensa mec nica permitindo o processo industrial de produ o dos textos escritos Segundo ela mais do que representar a possibilidade de se reproduzir in meras c pias de um mesmo texto a imprensa de Gutemberg representa um avan o da h
149. p em uma a o comunicativa dentro dos espa os escolares com os meios tecnol gicos e midi ticos a fim de promover a autonomia do estudante Seria interessante neste sentido um trabalho efetivo com o uso da TV Multim dia a partir das seguintes reas de interven o da educomunica o como mostra Soares 1999 educa o para a comunica o gest o comunicativa e media o tecnol gica na educa o Kenski 1996 afirma que seria necess rio uma pol tica de forma o continuada para que os professores pudessem compreender e experimentar pr ticas diferenciadas com a devida seguran a te rico pr tica Sobre isso a autora explica que atualmente formam se professores sem um conhecimento mais aprofundado sobre a manipula o e a utiliza o de tecnologias educacionais e sentem se inseguros para utiliz las em suas aulas Inseguros para manipular estes recursos quando as escolas os t m inseguros para saber se ter o tempos dispon veis para dar a mat ria se gastarem o tempo dispon vel com o v deo o filme o slide KENSKI 1996 p 136 Ali s em rela o capacita o profissional espec fica para o uso da TV Multim dia oferecida pela SEED o que se v que a maioria dos professores 3 A distin o entre os campo de atua o da Educomunica o s o explicitadas na sec o 3 5 2 Educa o e Comunica o intersec es entre as duas reas desta disserta o 108 pesquisados
150. parte do investigador Alguns modos de recolha de dados utilizados nas Ci ncias Sociais s o inqu rito entrevista e question rio observa o pode ser de forma direta e sistem tica ou de forma participante e a an lise documental Para analisar o objeto de estudo proposto no caso a TV Multim dia foram selecionados como instrumento de investiga o a entrevista e o question rio descritos mais detalhadamente na continua o deste texto De acordo com Lessard H bert et al 2005 o polo morfol gico diz respeito a organiza o e a apresenta o dos dados que est o conceitualmente relacionadas fase de tratamento dos dados e estruturam um conjunto de informa es que permitir o tirar conclus es e tomar decis es Para estes autores a organiza o dos dados uma fase muito importante de an lise porque permite ao investigador uma representa o dos dados num espa o visual reduzido facilita a compara o entre diferentes conjuntos de dados e garante a utiliza o destes dados no relat rio final Neste sentido a redu o e a estrutura o dos dados permite o confronto das informa es a percep o das regularidades padr es e rela es pertinentes No contexto da pesquisa proposta os dados quantitativos foram organizados em gr ficos e as falas dos entrevistados foram separadas por categorias de an lise para posterior an lise de seus conte dos conforme apresentados na sec o 5 Sistematiza o d
151. pectiva de educar com a televis o eleger um conjunto de temas pesquisar e selecionar o material fonte que vai constituir o corpo principal 52 de atividades com o grupo de alunos NAPOLITANO 2003 p 47 Concomitante esta fase de separa o e sele o do material este autor tamb m reafirma a necessidade de preparar a classe para participar de atividades envolvendo os recursos audiovisuais Para ele a prepara o dos alunos pode se pautar por duas estrat gias paralelas vencer a resist ncia da classe quando for detectada por meio de atividades preparat rias que a fa am tomar contato com materiais estimulantes e examinar a cultura geral midi tica e televisual da classe para prop r atividades iniciais pr ximo de sua realidade valores e sensibilidade Ap s as fases de sele o do material e prepara o dos alunos hora de trabalhar com o material audiovisual Entretanto Napolitano 2003 chama a aten o para o fato de que a escola n o deve simplesmente reproduzir a forma pela qual assistimos TV no dia a dia Naturalmente a tend ncia inicial dos alunos vislumbrar nesta nova fonte de aprendizagem uma continuidade do ato cotidiano de ver TV Caber ao professor se apropriar desta expectativa para transform la numa atividade pedag gica ainda que conserve o tom l dico NAPOLITANO 2003 p 55 Assim ap s assistirem ao material audiovisual e discutirem sobre os temas assuntos tratados Nap
152. prestar a assessoria t cnica para 10 escolas Na pr tica trata se de um profissional com conhecimentos t cnicos que auxilia os professores no manuseio da TV e ensina como lidar com as fun es de captura de arquivos digitais da internet caso o professor se interesse por algum material que n o esteja dispon vel no banco de dados da Secretaria O banco de dados composto por milhares de arquivos digitais de imagens anima es sons e v deos j convertidos nas extens es compat veis com a TV Multim dia e ficam disponibilizados em uma home page que leva o nome da televis o www diaadiaeducacao tvpendrive php A equipe t cnica atualiza frequentemente o banco de dados sempre alterando o n mero de arquivos Os arquivos est o divididos por reas de interesse No cone Pesquisa por disciplina por exemplo o professor encontra material de L ngua Portuguesa Artes Geografia Ensino Religioso Hist ria Qu mica entre outras disciplinas Nesta rea do portal poss vel ter acesso a mais de 9 mil arquivos digitais No cone sons e v deos tamb m divididos por categorias o n mero de arquivos chega a 6 380 O professor ainda pode selecionar trechos de filmes brasileiros geralmente relacionados Hist ria ou de car ter did tico pedag gico S o 39 filmes prontos para serem acessados Cada escola tamb m recebeu um manual preparado pela Secretaria de Educa o que concentra o m ximo de informa es t cnicas
153. que este momento da pesquisa refere se fase de tratamento dos dados para posterior interpreta o e an lise Para tanto o cap tulo est organizado da seguinte forma o item 5 1 apresenta as entrevistas individuais realizadas com os diferentes departamentos da Secretaria Estadual de Educa o SEED que tem envolvimento com a implanta o da TV Multim dia nas escolas p blicas de Ensino Fundamental O item 5 2 apresenta os resultados da avalia o dos question rios destinados aos professores para investigar a utiliza o da TV Multim dia na pr tica docente bem como a impress o que estes profissionais tiveram sobre a capacita o oferecida pela SEED para o uso deste recurso O item 5 2 1 apresenta a sistematiza o dos dados da quest o aberta que compunha o question rio aplicado aos professores 5 1 O QUE DIZ A SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCA O A RESPEITO DA TV MULTIM DIA As entrevistas individuais realizadas no m s de julho de 2009 com os respons veis dos diferentes departamentos da Secretaria de Estado da Educa o que tem envolvimento com a implanta o uso e forma o para o uso da TV Multim dia foi o passo inicial para conhecer a proposta do governo de Estado acerca deste recurso did tico tecnol gico A inten o era verificar quais os prop sitos desta Secretaria de Estado para a inser o da TV Multim dia nas salas de aula do Ensino Fundamental 76 A escolha por este instrumento de pesquisa justifica se
154. quisados A falta de dom nio t cnico para o uso desta tecnologia foi selecionado por 28 175 dos professores seguido da falta de material dispon vel no banco de dados do site oficial da SEED para a disciplina com a qual trabalha com 18 112 das escolhas Como se pode verificar o aspecto que menos dificultou o uso deste recurso foi a falta de conhecimento metodol gico por parte dos professores pois apenas 11 68 destacaram este aspecto como o mais significativo Nesta quest o 3 professores assinalaram a alternativa outros e apontaram dificuldade em baixar os v deos mais rapidamente mau funcionamento da televis o e desinteresse dos alunos Um professor informou n o ter dificuldades em utilizar a TV Multim dia 300 Falta de dom nio t cnico para 43 o uso desta tecnologia E Falta de material dispon vel no banco de dado do site oficial da SEED sobre a dis ciplina com a qual trabalha Falta de conhecimentos me todol gicos sobre o uso L Tempo insuficiente de preparo das aulas 250 200 150 100 50 0 GR FICO 5 ASPECTOS QUE MAIS DIFICULTARAM O USO DA TV MULTIM DIA NAS AULAS FONTE a autora 2010 A quest o de n mero seis procurou verificar se a Secretaria de Estado da Educa o faz algum tipo de acompanhamento do uso destes equipamentos nas escolas Para isso os professores deveriam escolher a alternativa Unica que expressasse seu ponto de vista sobre o assunto O GR
155. ras de exten o jpg ou funciona tamb m como visor de power point Ser que poderia funcionar como uma tela de computador Como poderia utiliz la para aulas mais interativas PROF22 Considerando ineg vel a necessidade de forma o e de interven o educativa corrobora se com Fantin 2006 a ideia de que tal forma o pode ser pensada a partir de diversos n veis curso de capacita o para educadores tendo como objetivo as m dias e as novas tecnologias curso de gradua o e de p s gradua o nas reas de comunica o e educa o acompanhamento de experi ncias de movimento e anima o cultural e do tipo curricular sobre aspectos dos meios de comunica o Neste sentido a urg ncia de forma o diz respeito a um plano pol tico e organizativo por parte da mantenedora e poderia relacionar se a partir de uma coordena o de sucessivas atitudes envolvendo a universidade a escola e o mundo da forma o como bem salienta Soares 1999 p 43 trata se na verdade de uma preocupa o com a forma o de profissionais em condi o de articular as v rias reas em que se apresenta a inter rela o Comunica o Educa o Considerando a complexidade do fen meno produzido pelo desenvolvimento e uso das tecnologias em conte do e pr ticas do sistema educativo compartilha se com Jacquinot 1998 a ideia de que a forma o profissional na perspectiva da Educa o Comunica o deve preconizar as dimens es t cni
156. ras podem ser descritivas quando falam do personagem ou incidental quando apenas instrumental e O texto verbal tamb m conhecido como c digo lingu stico Na linguagem audiovisual o c digo lingu stico pode assumir a forma oral e escrita No caso do texto oral este pode ser ao vivo ou em off quando se utiliza somente o som fala do narrador e a imagem coberta por outras imagens O texto escrito na tela 48 chama se caracteres e s o usados sobre as imagens Sobre a quest o do formato Napolitano 2003 diz que os mais comuns na televis o brasileira s o os programas nos seguintes formatos Unit rio Seriado Miniss rie Telenovela e Telejornalismo Mas tamb m n o se pode deixar de citar os programas de audit rio as vinhetas comerciais e os cnamados reality shows Segundo Napolitano 2003 o telejornal um g nero televisual geralmente di rio que apresenta os fatos considerados mais significativos do mundo do pa s da regi o ou cidade organizados por meio de uma pauta articulando as interven es do apresentador rep rteres e comentaristas Os programas de formato unit rio s o aqueles levados ao ar somente uma vez com dura o aproximada de uma hora e cuja unidade dram tica esgota se em um nico epis dio seja no formato de um teleteatro ou no formato dos programas interativos como exemplo o programa Voc Decide da Rede Globo O Seriado uma produ o em epis dios independentes que
157. relata que estamos prestes a pular para um est gio inteiramente novo da mem ria social Para ele A inven o de novos meios de comunica o em massa o mapeamento da Terra por sat lite a monitoragem de pacientes de hospital por sensores eletr nicos a computadoriza o dos arquivos das companhias tudo isso significa que estamos registrando as atividades da civiliza o em detalhes de fina granula o A civiliza o da Terceira Onda ter sua disposi o mais informa o e informa o mais minuciosamente organizada a respeito de si mesma do que se podia imaginar a um quarto de s culo Assim poss vel dizer que o final do s culo XX e in cio do XXI uma fase de mudan as um intervalo hist rico entre uma sociedade e a configura o de uma outra um intervalo cuja caracter stica a transforma o de nossa cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnol gico que se organiza em torno da tecnologia da informa o CASTELLS 1999 p 67 Como se v a repercuss o que estas tecnologias est o provocando no interior da sociedade n o se limita a mudar apenas a forma de se conceber o sistema de produ o ou a informa o mas se estende a outras facetas da sociedade Uma delas a quest o da cultura na sociedade atual Canclini 1998 aponta que atualmente n o se vive mais em uma sociedade que concebe o mundo em camadas de cultura ou seja a oposi o abrupta entre o tradicional e o m
158. rofessor pesquisado deveria enumerar as alternativas apresentadas em ordem de signific ncia Apresenta se abaixo o resultado dos question rios aplicados Responderam ao question rio 627 professores da rede p blica estadual de ensino que trabalham com as s ries finais do Ensino Fundamental 5 a 8 s ries independente das disciplinas que lecionavam O perfil dos professores pesquisados foi tra ado a partir das respostas dadas ao campo Identifica o que compunha o question rio A partir de tais respostas obteve se os seguintes dados para visualiza o detalhada ver AP NDICE 4 Os professores pesquisados tem entre 22 e 66 anos de idade predominando a faixa et ria que compreende entre 32 a 36 anos Boa parte dos professores 40 possuem como ltimo n vel de escolaridade a p s gradua o Latu Sensu em n vel de Especializa o 4 conclu ram a p s gradua o Stricto Sensu em n vel de Mestrado Em rela o ao tempo dedicado ao Magist rio a pesquisa indica que os profissionais variam entre 1 a 35 anos de doc ncia prevalecendo a faixa que compreende entre 1 a 5 anos de atividade profissional Especificamente sobre a TV Multim dia o primeiro aspecto pesquisado foi a 83 frequ ncia de utiliza o deste recurso nas pr ticas escolares Conforme se verifica no GR FICO 1 39 244 dos professores dizem utilizar a TV Multim dia dependendo do tema da aula 28 175 afirmam utilizar esta tecnologia frequ
159. s L N o se sentem capaci 300 tados 250 200 150 100 50 0 GR FICO 9 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE SUAS COMPET NCIAS PARA UTILIZAR A TV MULTIM DIA FONTE a autora 2010 A segunda quest o referente ao processo de forma o continuada investigava se os professores haviam recebido algum tipo de capacita o profissional espec fica para o uso da TV Multim dia por parte da Secretaria de Estado da Educa o Como pode ser visto no GR FICO 10 57 357 dos professores pesquisados afirmam ter recebido somente capacita o inicial da SEED no momento da implanta o deste recurso nas escolas 6 37 dizem receber capacita es frequentes da mantenedora Antagonicamente 26 163 dos professores dizem n o ter recebido nenhum tipo de capacita o espec fica para o uso da TV Multim dia e 11 68 afirmam ter procurado por conta pr pria cursos que subsidiassem a pr tica educativa 91 Para esta quest o 2 professores marcaram a alternativa outros Destes um relatou que procuraram aprender por conta pr pria e que os colegas de trabalho ajudaram ensinaram a trabalhar com a TV Multim dia O outro indicou que leu apenas o manual oferecido pela SEED e que achou informa es sobre seu uso no site da Secretaria de Estado da Educa o 400 350 300 250 200 150 100 50 0 57 E Recebo capacita es frequentes da SEED Recebi somente capaci
160. s e suas linguagens mensagens imagens discursividades e a pr tica escolar Se por um lado os professores viram suas pr ticas pedag gicas se inovarem com a inser o da TV Multim dia nas salas de aula por outro lado v rias foram as dificuldades encontradas pelo professor para seu uso Conforme se evidenciou na pesquisa o aspecto que mais dificultou o uso da TV Multim dia foi o fato do tempo de preparo das aulas ser considerado insuficiente para 43 dos 104 professores entrevistados como pode ser visto GR FICO 5 Aspectos que mais dificultaram o uso da TV Multim dia nas aulas Isto tamb m ficou muito evidente nas opini es escritas pelos professores Nossa hora atividade insuficiente para preparar aulas com o uso da TV Multim dia PROF 34 Necessidade de mais tempo para preparar aulas com o uso da TV Multim dia PROF 36 A prepara o das aulas utilizando este recurso demanda muito tempo e conhecimento tecnol gico PROF9 Minha maior dificuldade para usar a TV Multim dia est na falta de tempo para preparar as aulas pois temos que procurar os materiais e convert los PROF40 Como visto os dados apontam que a carga hor ria foi considerada insuficiente pelos professores para a prepara o das aulas dificultando o uso da TV Multim dia Apesar de ser uma quest o institucional e administrativa merece aten o por refletir em seu n o uso Como explicam Brito e Purifi
161. s o os mesmos que j est o em outros bancos de dados para os professores ou seja se produz poucos materiais pr prios ou espec ficos para esta tecnologia conforme indica um dos entrevistados A grande maioria dos materiais vem da pr pria internet Na verdade a gente faz uma sele o usando alguns crit rios e disponibiliza Se o professor for no Youtube vai ach lo mas n o est convertido sic Informa o verbal A cria o e a produ o de recursos gr ficos para serem veiculados em m dia impressa televisiva web e TV Multim dia fica a cargo da coordena o de multimeios Esta coordena o juntamente com a TV Paulo Freire oportuniza o desenvolvimento a produ o e a distribui o de conte dos pedag gicos via sat lite web e multim dia por meios de recursos midi ticos que possibilitem a veicula o da informa o com finalidade educacional e pedag gica Especificamente para a TV Multim dia est o disponibilizados acervos fotogr ficos ilustra es algumas anima es e algumas produ es da TV Paulo Freire 5 2 AS PERCEP ES DOS PROFESSORES A RESPEITO DA TV MULTIM DIA Para aprofundar o estudo acerca deste recurso tecnol gico dentro das salas de aula e para investigar a utiliza o da TV Multim dia na pr tica docente da rede estadual de ensino foi enviado aos professores um question rio com 13 quest es fechadas e uma aberta O question rio aplicado aos professores se trata de um instrumento
162. s altera es dos ltimos vinte anos a escola podia ser vista como uma institui o propriamente dita na medida em que articulava as diferentes fun es sem grandes tens es Dubet 1994 explica que na Fran a a fun o de sele o foi gerida de maneira relativamente harmoniosa enquanto o sistema escolar foi formado pela justaposi o de escolas diferentes e separadas escola prim ria liceus escolas preparat rias correspondendo s grandes divis es sociais Esta escola tinha por voca o o acolhimento de um p blico burgu s onde era unicamente o nascimento que decidia sobre o acesso escola prim ria A escola republicana durante muito tempo limitada escola prim ria era a escola do povo constituindo a totalidade da escolaridade para a maioria dos alunos Assim o conjunto desse sistema era caracterizado por uma sele o escolar gerando uma competi o de que resultavam raras qualifica es elevadas Por vezes a escola poderia favorecer os melhores alunos por meio de concursos e bolsas de estudos fazendo com que ela surgisse como um mundo de justi a perante uma sociedade que distribu a de modo muito desigual as oportunidades de aceder a este ou quele sistema DUBET 1994 p 172 Assim a institui o escolar tradicional confrontada com p blicos escolares homog neos afirmava ambi es educativas O liceu mantinha e defendia a grande cultura e as humanidades e as suas preocupa es culturais volta
163. s e circunst ncias que o envolvem Ele sofre a influ ncia do meio em que vive e com as quais deveria se auto construir BRITO e PURIFICA O 2008 p 21 Isso significa que aspectos como a idade o tempo de profiss o a escolaridade e o meio social em que est inserido exercer influ ncias na constru o de uma identidade profissional De acordo com os dados levantados na pesquisa boa parte dos professores pesquisados encontra se entre o per odo de um a cinco anos de profiss o Para Tardif 2000 os primeiros anos de pr tica profissional s o decisivos na aquisi o do sentimento de compet ncia e no estabelecimento das rotinas de trabalho Na medida em que o professor vai adquirindo maior experi ncia profissional suas posturas v o mudando e ele vai adquirindo maior dom nio sobre sua profiss o Conforme o autor postula Os saberes profissionais s o temporais ou seja s o adquiridos atrav s do tempo Em primeiro lugar uma parte sobre o que os professores sabem sobre o ensino sobre os pap is do professor e sobre como ensinar prov m de sua pr pria hist ria de vida e sobretudo de sua hist ria de vida escolar Os saberes profissionais tamb m s o temporais no sentido de que os primeiros anos de pr tica profissional s o decisivos na aquisi o do sentimento de compet ncia e no estabelecimento das rotinas de trabalho ou seja na estrutura o da pr tica profissional Finalmente os saberes profissionais em um ter
164. s fatores que tamb m apareceram significativamente nas manifesta es escritas Tais respostas compuseram os indicadores Aspectos negativos do uso e Manuten o do equipamento e constitu ram a categoria Uso do equipamento em sala de aula S o elas Como a maioria das turmas s o compostas por mais de trinta alunos a visualiza o fica deficiente pois muitas vezes o tamanho da tela n o comporta a imagem em um tamanho ideal para o aprendizado PROF7 A TV Multim dia fica distante dos alunos e quando preparamos slides os alunos tem dificuldades para ler Al m disso nosso preparo t cnico insuficiente para us la PROF 11 Dificuldades em encontrar v deos significativos relacionados aos conte dos PROF 26 As dificuldades s o criadas pelos gestores do col gio pois n o h salas adequadas para o uso desta tecnologia PROF 27 Minha maior dificuldade fazer com que os alunos visualizem aquilo que planejei e projetei para passar na TV Multim dia PROF 42 Em rela o ao indicador Manuten o do equipamento temos as seguintes opini es e que se traduzem em dificuldades para o uso da TV Multim dia em sala de aula H falta de manuten o frequente da TV Multim dia PROF 1 Sinto que ap s serem instalados os equipamentos nas escolas falta a devida atualiza o e manuten o por parte da SEED PROF10 Um dos problemas a respeito do u
165. s pr ticas que s o organizadas e institucionalizadas no cotidiano escolar a partir da introdu o deste novo recurso tecnol gico disponibilizado Isso porque uma vez que os objetos de estudo pensam agem e reagem que s o atores podendo orientar a situa o de diversas maneiras igualmente o caso do pesquisador tamb m um ator agindo e exercendo sua influencia LAVILLE amp DIONNE 1999 p 33 Um aspecto central para pensar a pesquisa qualitativa no espa o escolar que cada escola produto de uma constru o social ou seja a escola gerada pela intera o de diferentes processos sociais Posta a escolha da natureza da pesquisa outra preocupa o foi com o pr prio processo de investiga o ou seja quais os caminhos a serem percorridos para se chegar a um bom resultado Em outras palavras como sistematizar organizadamente a produ o cient fica ora arquitetada mentalmente Para isso buscou se fundamenta o te rica em autores como Lessard H bert et al 2005 que sugerem os diversos polos que constituem uma investiga o De acordo com Lessard H bert et al 2005 tais polos constituem um modelo topol gico de pr tica metodol gica Elaborado por De Bruyne em 1975 s o eles polo epistemol gico polo te rico polo morfol gico e polo t cnico De maneira sint tica se pode descrever o polo epistemol gico como a inst ncia inserida no aparato te rico e institucional ou seja os ideais pol ticos ideol gic
166. s sentimentos as suas emo es e valores e um emissor com sua ideologia seus interesses impl citos e expl citos os seus valores e o seu sentido de est tica E tanto o espectador como o emissor est o condicionados por um contexto social e cultural N o se devia prescindir nenhuma dessas dimens es FERR S 1996 p 81 Isso significa dizer que na experi ncia da televis o os educadores deveriam auxiliar os alunos a compreender o que significa ser telespectador e a interpretar com profundidade o sentido dos programas Trata se de enriquecer a experi ncia possibilitando uma leitura reflexiva e cr tica sem eliminar o prazer sensorial e emocional Observada deste ponto de vista qualquer informa o poder ser inserida em um contexto e o espectador poder dar sentido quilo que num primeiro momento fazia sentido somente sensibilidade reconstruindo a realidade fragmentada pelo meio Da mesma forma As respostas afetivas ser o confrontadas com as racionais e vice versa O sentido do imediato provocado pelas imagens ser confrontado pelo sentido da reflex o propiciado pelo di logo Ser o delimitadas as fronteiras entre imagem e realidade estabelecendo se uma dial tica entre ambas Ser superada a tirania do culto s apar ncias Ser o transformados em 46 conscientes muitos est mulos que numa primeira fase eram percebidos de maneira inconsciente A comunica o ativa permitir que a manipula o uma infl
167. segundo estes autores a m dia tem a ver com a ind stria dos bens simb licos e corresponde a um sistema complexo de produ o circula o e consumo de bens culturais Seu foco produzir artefatos que se materializam em palavras sons imagens seja no plano real seja no plano imagin rio Para Fantin 2006 o termo m dia compreende os mais diversos meios de comunica o jornal cinema r dio televis o computador e instrumentos multimeios multim dia No contexto brasileiro o termo Media Education foi traduzido por M dia Educa o ou Educa o para os meios Assim quando falamos de m dia podemos estar nos referindo a esse campo de interesse que compreende todos estes meios em geral e tamb m estar considerando a rela o de poder constru da e exercida pela M dia FANTIN 2006 p 30 O conceito de m dia cunhado por estes autores tem a ver com os meios de comunica o Logo pode se entender que o termo m dia educa o se refere presen a destes meios de comunica o no interior das escolas somado ao uso que se faz deles no processo educativo Para Fantin 2006 p 27 embora ainda n o haja um consenso quanto ao uso do termo mi dia educa o os objetivos da educa o para as m dias se aproximam 12 Termo utilizado por Napolitano 2003 para denominar o per odo em que vivemos pautado pelas m dias sobretudo a m dia eletr nica catalisando um conjunto de experi ncias e identidades sociais 38
168. servadora e legitimadora da manuten o das 34 desigualdades sociais O consenso em torno dela enfraquecido E neste sentido a escola fracassa la escula no est solamente desestabilzada por las mutaciones econ micas lo est tambi n por el alza de nuevas demandas educativas Antes eramos la instrucci n cuando los chicos no eran instruidos los cambi bamos Ahora se los conserva Los ni os e los adolescentes ya que hay que tomarlos a cargo como tales desestabelizam las funciones de la escuela Tienen un mundo propio el de la adolescencia amigos y medios de comunicaci n masivos que les aportam informaciones que los adultos tienen la impresi n de ya no compreender La informaci n de los medios es percebida como un flujo no jerarquizado no organizado pero que abri ndose al mundo obligaria a la escuela a salir de un nivel puramente escolar DUBET 1998 p 287 288 Braga e Calazans 2001 complementam afirmando que com a sociedade mediatizada os espa os de intera o social parecem mais amplos que a escola mais sedutores diversificados e neste aspecto a escola encontra dificuldades para se colocar como um espa o de maior relev ncia para a vida do estudante Concomitante a isto estes autores colocam a quest o da diversidade cultural valorada ou seja na sociedade contempor nea n o h mais padr es universais de conduta cren a a o conhecimento de base Encontramos uma forte valora o do diverso A
169. servi os se forem bem feitos e utilizados adequadamente O programa motivador h somente exposi o expl cita de conte dos Sua nica fun o chamar a aten o despertar o interesse por determinado assunto Como programa motivador podem ser usadas a maioria das imagens da televis o mas o professor deve saber integr las numa unidade did tica a partir da motiva o despertada Pode ser um filme ou um cap tulo de uma s rie uma not cia um an ncio publicit rio e tantos outros Fischer 2006 chama estes v deos de n o tem ticos e afirma que realizadas sem nenhuma inten o de educar estes v deos enriquecem o curr culo e s o timos para desenvolver a sensibilidade o imagin rio e a criatividade Sem contar algumas narrativas ficcionais que suscitam a observa o e a discuss o O v deoapoio por sua vez consiste na utiliza o de algumas imagens para acompanhar o discurso verbal do professor ou dos alunos enquanto exp e conte dos ou resolvem exerc cios Aqui tamb m pode servir qualquer imagem de televis o desde que o professor a integre em seus objetivos did ticos Para Fischer 2006 estes v deos podem desempenhar fun es pedag gicas relevantes para auxiliar a compreens o de processos e conceitos e cumprem estas tarefas boa parte das vezes mostrando e exemplificando e n o apenas verbalizando Napolitano 2003 explica que uma provid ncia inicial para trabalhar com a TV em sala de aula na pers
170. siste na atribui o de significado aos dados reduzidos e organizados atrav s da formula o de rela es LESSARD H RBERT 2005 p 98 Para Miles e Huberman citados por Lessard H rbert et al 2005 p 197 este momento trata de extrair significados a partir de uma apresenta o si ntese dos dados pondo em evid ncia ocorr ncias regulares esquemas explica es configura es poss veis tend ncias causais e proposi es Assim os dados produzidos e tratados ser o analisados luz do arcabou o te rico que comp e todo o cap tulo 2 desta disserta o Para iniciar conv m refletir sobre o modo de inser o da TV Multim dia no ambiente escolar Conforme dito pelo assessor da DITEC em entrevista pesquisadora descrita na sec o 5 1 este recurso foi pensado com o objetivo de levar sala de aula sons imagens v deos anima es e udios Esta iniciativa muito interessante partindo do ponto de vista que atualmente as tecnologias midi ticas se inscrevem na maioria das atividades humanas e sociais e os alunos chegam escola carregados de informa es oriundas destes meios O que pode ser percebido com os dados coletados no entanto que o processo de inser o deste equipamento nas escolas se deu de maneira verticalizada ou seja sem a participa o dos professores ou dos envolvidos nos processos educativos como os pedagogos e diretores escolares para discutir e entender as potencialidades p
171. so est na falta de manuten o dos equipamentos PROF 16 Em algumas salas a TV Multim dia n o funciona e n o h t cnicos para concert la PROF 21 Em algumas salas o aparelho est quebrado PROF 24 Funcionamento e disponibilidade do aparelho diferente de escola para escola PROF30 necess rio que haja um interesse maior por parte da SEED na manuten o e reparo dos equipamentos PROF 37 Pouca praticidade de convers o de arquivos e a manuten o prec ria por parte da SEED em rela o aos equipamentos e cart es ou seja O problema n o de formata o de arquivos mas de mecanismo mesmo de estrutura dos aparelhos que ap s alguns poucos anos de uso come am a apresentar defeitos PROF 32 106 O que se observa ao analisar tais respostas que apesar dos professores tentarem incorporar este novo recurso midi tico em suas aulas h dificuldades de ordem administrativa que acabam desestimulando e ou dificultando seu uso Sobre estes aspectos Sancho 2006 chama a aten o enfatizando que um dos fatores para transformar as tecnologias da informa o e da comunica o em motor de inova o pedag gica estabelecer infra estrutura tecnol gica adequada Para ela essencial que haja um importante investimento econ mico n o apenas para adquirir os equipamentos mas para a manuten o e atualiza o destes equipamentos Kenski 1996 tamb m auxilia nesta refl
172. sor fornecendo elementos m nimos de linguagem televisual fazendo o aluno articular mensagem percebida inicialmente com o c digo e a sintaxe usados pelo ve culo NAPOLITANO 2003 p 58 Ficha relat rio uma ficha que permitir refletir sobre o processo de uma produ o audiovisual Com esta ficha os estudantes ter o a oportunidade de perceber que todo material televisual sofre um processo de cria o sele o e edi o final e que somente o resultado deste ltimo aquilo que o telespectador v e decodifica A ficha relat rio quando bem organizada e preenchida permite ao aluno perceber este processo de produ o e interagir com ele Talvez mais importante do que reagir ao conte do da televis o seja interagir criticamente em rela o sua linguagem Normalmente por meio de sua linguagem cuja m gica repousa na opacidade dos c digos e processos de produ o que ela nos seduz e influencia NAPOLITANO 2003 p 60 50 Ferr s 1996 p 95 tamb m contribui com algumas sugest es de interven es escolares Dentre elas pode se citar os wokshops de v deo que seria a pr tica de propor aos alunos que filmem e gravem determinadas situa es Com isso O professor estaria permitindo lhes compreender melhor a mec nica interna da televis o a sua din mica expressiva e seus sistemas de produ o de sentido Outras sugest es seriam a montagem de um notici rio em sala de aula ou a transfor
173. sponsor The data was processed and analysed using the principles of qualitative research based on authors such as Lessard Hebert et al 1990 and Alves Mazzotti amp Gewandsznaider 2004 The discussion indicates that the integration of information technology and communication in schools their communication and pedagogical capabilities can offer improvements in knowledge building and efficiency in the teaching learning process Keywords TV Multimedia Media Education Education Communication LISTA DE ILUSTRA ES QUADRO 1 ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNIC PIO DE CURITIBA EM QUE FORAM APLICADOS OS QUESTION RIOS SOBRE A TV a a 73 QUADRO 2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCA O PARAA IMPLEMENTA O DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ricos tacar 78 GR FICO 1 FREQU NCIA DE UTILIZA O DA TV MULTIM DIA NA PR TICA DOCENTE nepr as a SS 83 GR FICO 2 FORMA DE UTILIZA O DESTE RECURSO NAS AULAS 84 GR FICO 3 IMPACTO DA INSER O DESTE MEIO DENTRO DA SALA DE GR FICO 4 ASPECTOS QUE MAIS INFLUENCIARAM O USO DA TV 86 GR FICO 5 ASPECTOS QUE MAIS DIFICULTARAM O USO DA TV MULTIM DIA NAS AULAS a 87 GR FICO 6 PERCEP O DOS PROFESSORES
174. ta o inicial da SEED E N o recebi nenhum tipo de capacita o E Procurei por conta pr pria cursos que me subsidiassem GR FICO 10 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A CAPACITA O PROFISSIONAL OFERTADA PARA O USO ESPEC FICO DA TV MULTIM DIA FONTE a autora 2010 Quando questionados sobre a carga hor ria da capacita o ofertada pela SEED se verifica no GR FICO 11 que para 48 300 dos professores a carga hor ria foi considerada insuficiente Para 41 257 dos pesquisados a carga hor ria destinada a capacita o profissional foi considerada razo vel e 11 68 consideraram a carga hor ria ofertada suficiente n o receberam qualquer tipo de capacita o Nesta quest o 2 professores optaram pela alternativa outro e dizem que 92 SD Suficiente 48 E insuficiente 300 Razo vel 250 200 150 100 50 0 GR FICO 11 OPINI O DOS PROFESSORES SOBRE A CARGA HOR RIA DA CAPACITA O RECEBIDA FONTE a autora 2010 A pen ltima quest o fechada do question rio tinha por objetivo verificar os aspectos que abrangiam a capacita o profissional oferecida pela SEED para o uso da TV Multim dia Como verificado no GR FICO 12 59 369 dos professores afirmam que a s capacita o es profissional oferecida pela Secretaria de Estado da Educa o abrangia o car ter t cnico do uso do meio Para 11 68 dos docentes este s momento s de capac
175. ta descontinuidade aquela entre ser numanos e m quinas alterando fundamentalmente o modo pelo qual nascemos vivemos aprendemos trabalhamos produzimos consumimos sonhamos lutamos ou morremos Com certeza os contextos culturais institucionais e a a o social intencional interagem de forma decisiva com novo sistema tecnol gico mas este sistema tem sua pr pria l gica embutida caracterizada pela capacidade de transformar todas as informa es em um sistema comum de informa o processando as em velocidade e capacidade cada vez maiores e com custo cada vez mais reduzido em uma rede de recupera o e distribui o potencialmente ub qua CASTELLS 1999 p 51 Para Toflfler 1993 atualmente vive se beira de um salto tecnol gico hist rico e o novo sistema de produ o que emerge agora exige uma re estrutura o radical de todo o sistema de informa o de distribui o das mercadorias de comportamento de valores Isso porque para ele uma das caracter sticas mais marcantes da Terceira Onda vem do avan o tecnol gico pois estas novas ind strias n o s o mais essencialmente eletromec nicas e n o se baseiam na ci ncia cl ssica da Segunda Onda mas surgiram de avan os aceleradores numa mistura de disciplina cient fica que ainda t o recentemente como 25 anos antes eram rudimentares ou mesmo inexistentes eletr nica do quantum inform tica biologia molecular oce nica nucle nica ecologia e as ci
176. ta que compunha o question rio enviado aos professores O quinto cap tulo A TV Multim dia nas escolas p blicas do estado do Paran reflex es necess rias faz uma an lise a partir do resultado do tratamento dos dados coletados sobre o uso deste novo recurso midi tico por parte dos professores e alguns aspectos do processo de implanta o desse recurso nas escolas Por ltimo guisa das considera es se retoma os objetivos do trabalho respondendo as quest es propostas inicialmente a partir dos resultados da pesquisa emp rica e das rela es com a literatura Ao mesmo tempo s o levantadas algumas sinaliza es para a continuidade da pesquisa Assim a realiza o deste trabalho est assentada no reconhecimento da exist ncia de dois espa os que tem papel fundamental nos processos educativos a sala de aula como local formal de sistematiza o e produ o do saber e os meios de comunica o com seus ritmos e velocidade que encantam atraem e informam Estes dois espa os mediados pelas rela es comunicacionais devem e precisam dialogar para colaborar na transforma o da escola que temos e da sociedade em que vivemos CITELLI 2002 16 2 A TV MULTIM DIA CONTEXTUALIZANDO O OBJETO DE ESTUDO A TV Multim dia tamb m conhecida como TV pen drive um aparelho televisor de 29 polegadas possui cor alaranjada e possibilidade de ler arquivos de udio v deo imagens e diversos formatos MP3 WMA
177. ta tecnologia nas escolas Se sim onde foi 7 Quantas escolas est o equipadas com a Tv Multim dia atualmente Em todas elas o projeto j est implantado 8 Como os professores tomaram conhecimento deste projeto 9 Houve algum tipo de capacita o profissional para os professores da rede estadual no intuito de instrumentaliz los para o uso adequado da Tv Multim dia em sua pr tica docente Se sim como se deu esta capacita o Qual foi sua carga hor ria Se n o por qu 10 H um acompanhamento por parte da SEED do uso deste equipamento nas escolas 11 H alguma escola na cidade de Curitiba que vem se destacando no trabalho com o uso deste recurso na sala de aula 12 Como a SEED pretende avaliar a implanta o deste projeto H alguns indicadores de resultados 123 AP NDICE B QUESTION RIO PILOTO DESTINADO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO Identifica o idade escolaridade tempo que exerce a profiss o n vel de escolaridade em que atua disciplina s em que atua nesta escola Uso da TV Multim dia 1 Com que frequ ncia voc utiliza a TV Multim dia em sua pr tica docente frequentemente com pouca frequ ncia depende do tema da aula raramente n o usa Outro Qual 2 Com rela o ao uso deste recurso em suas aulas como voc mais a utiliza v deos ilustrativos sobre o tema da aula acontecimentos que passaram nos telejornais a influ
178. te novo recurso tecnol gico disponibilizado Precisava se aferir se os professores estavam conseguindo se adaptar s novas potencialidades pedag gicas com o uso da TV Multim dia em sala de aula Assim a pr xima etapa foi entrar em contato com o N cleo de Educa o do Estado do Paran para obter dados relativos quantidade de professores que atuam na cidade de Curitiba no Ensino Fundamental etapa final correspondente 5 8 8 s ries Constatou se um total de 150 escolas e aproximadamente 5000 15 profissionais do ensino das disciplinas de L ngua Portuguesa Matem tica Hist ria Geografia Ci ncias Educa o F sica Educa o Art stica e Ingl s L ngua Estrangeira Moderna Todavia este n mero representa professores que atuam com estas disciplinas no Ensino Fundamental etapa final e Ensino M dio N o h por parte deste portal a especifica o do n vel de ensino em que atuam estes professores pois muitos lecionam para os dois n veis concomitantemente Devido a este amplo universo optou se em coletar dados a partir de uma amostra que representa 63 escolas e os profissionais envolvidos nelas num total de 2672 professores A escolha destas escolas que fazem parte da amostra se deu a partir do crit rio de localiza o pois foram selecionadas pelo menos uma escola da rede estadual de ensino de cada bairro que comp e da cidade de Curitiba como pode ser visto no quadro a seguir 15 Dado retirado do s
179. tecnologia sobre a disciplina com a qual trabalho falta de conhecimentos metodol gicos para o uso sei fazer funcionar mas n o sei como melhor utiliz la para transformar minhas aulas Tempo insuficiente de preparo das aulas Outro Qual 6 H um acompanhamento por parte da SEED do uso deste equipamento nas escolas sim pois a SEED disponibiliza projetos a serem desenvolvidos com o uso da TV Multim dia nas escolas sim s o enviados relat rios regulares informando a utiliza o deste recurso pelos professores sim esporadicamente n o h qualquer acompanhamento por parte da SEED N o sei informar Outro Qual 7 Voc j ouviu falar em Educomunica o Sim e sei do que se trata sim mas n o sei ao certo do que se trata n o nunca ouvi dizer Jtenho um vasto conhecimento a este respeito Outro Qual Forma o para o uso da TV Multim dia 1 Voc se sente capacitado para utilizar a TV Multim dia em sua pr tica docente sim totalmente sim razoavelmente n o me sinto capacitado 2 Voc recebe ou recebeu algum tipo de capacita o profissional espec fica para o uso da TV Multim dia em sua pr tica docente Sim recebo capacita o da SEED Somente capacita o inicial da SEED N o recebi nenhum tipo de capacita o Procurei por conta pr pria cursos que me subsidiassem Outro Qual 3 A carga hor ria da capacita
180. textos mensagens v deos A miniaturiza o dos equipamentos e a hibridiza o de linguagens e suportes mudaram profundamente a maneira de se comunicar gerando novas formas de produzir receber e circular mensagens Todo este contexto sugere uma nova forma de express o cultural pr pria deste novo tempo e modos de aprender e de ensinar certamente alterados pela exist ncia destes meios de comunica o e de informa o pois os meios de comunica o e as tecnologias de informa o significam para a escola sobretudo um desafio cultural que deixa vis vel a cada dia a brecha cada vez maior entre a cultura a partir da qual os professores ensinam e aquela outra a partir da qual os alunos aprendem MART N BARBERO 1998 p 67 Diante disto conv m fazer uma reflex o aprofundada sobre o campo Comunica o Educa o verificando como os fen menos midi ticos especificamente a TV Multim dia se fazem presentes no interior das escolas Para isso se partir da an lise macro a sociedade e suas organiza es nos dias atuais bem como o papel da cultura nesta sociedade midi tica at chegar escola cen rio em que os protagonistas ser o analisados em suas rela es com a constru o do conhecimento e as m dias 3 1 CULTURA E SOCIEDADE DA INFORMA O No contexto social contempor neo vive se um verdadeiro bombardeio de informa es di rias R dio televis o Internet telefones celulares mensage
181. to a servi o de uma pr tica pedag gica que n o tenha sentido ou que n o aponte nada de novo ou em ltimo caso que seja utilizado em virtude das mesmas regras de funcionamento do documento escrito sem levar em conta que imagem e linguagem s o dois modos de significa o complementares e suas diferen as fundamentais podem ser negadas 54 3 4 A EDUCOMUNICA O COMO PROPOSTA DE DI LOGO 3 4 1 Por uma Pedagogia da Comunica o O mundo fora da escola e o mundo dentro da escola t m poucos elementos em comum No espa o escolar os alunos em geral n o s o preparados para lidar com os meios de comunica o que no entanto fazem parte de seu cotidiano Paralelamente estes estudantes continuam a receber todos os dias uma s rie de informa es conceitos significados por meio das imagens e dos sons da televis o da internet do r dio dos jornais das revistas das m sicas e outros Sobre isso Martin Barbero 2005 informa que os jovens de hoje vivem a emerg ncia de novas sensibilidades devido a facilidade com que lidam com as tecnologias audiovisuais e inform ticas Assim este autor afirma que os meios de comunica o e as tecnologias de informa o significam para a escola um desafio cultural que deixa vis vel o espa o cada vez maior entre a pr tica a partir da qual os professores ensinam e os estudantes aprendem Isso deve se ao fato de que os meios de comunica o descentralizam as formas de transmiss o e de circu
182. to de aprendizagem Nas palavras da 49 autora Para una educaci n para los medios de comunicaci n especialmente audiovisuales muchos sefialan que no debe limitarse ao an lisis de los mensajes sino que debe implicar tambi n un conocimiento de las estructuras y de las redes de funcionamiento de los medios JACQUINOT 1985 p 82 Como sugest o de trabalho Orofino 2005 relata que um bom exerc cio para se fazer em sala de aula sobre esta pluralidade de formas e linguagens dos meios audiovisuais explorar uma grade de programa o geralmente publicadas no jornal e identificar o n mero de formas ali trazidas Napolitano 2003 prop em a an lise do material televisual a partir das seguintes etapas Primeira assist ncia seria o levantamento inicial dos temas e problemas Neste momento poss vel solicitar somente um rol de temas e problemas sugeridos pelo material que dever ser colocado em classe e discutido Segunda assist ncia seria a sistematiza o dos temas e problemas levantados conforme o desdobramento da discuss o feita a partir da primeira assist ncia do material Conforme explica o autor a diferen a entre estas duas maneiras de assistir ao material audiovisual que Se a primeira assist ncia tem o objetivo de estimular o contato e a livre reflex o em torno em torno do material televisual escolhido a segunda assist ncia deve apontar para uma educa o do olhar com o profes
183. uencia inadvertida seja evitada N o h manipula o quando se tem consci ncia dos objetivos e dos m todos que o manipulador utiliza Pela comunica o ativa ser o ativados mecanismos de defesa diante de est mulos agressivos do ponto de vista ideol gicos tico ou est tico As imagens ser o transformadas em meios de sensibiliza o e de envolvimento FERR S 1996 p 88 Segundo Ferr s 1996 para uma introdu o adequada da televis o sala de aula h que se considerar duas dimens es educar na televis o e educar com a televis o Nesta perspectiva educar na televis o significa transformar o meio em objeto de estudo ensinar os mecanismos t cnicos do meio oferecer orienta o e recurso para a an lise cr tica dos programas Educar com a televis o significa incorpor la sala de aula para otimizar o processo de ensino aprendizagem Napolitano 2003 tamb m compartilha desta ideia e afirma que Aceitando o princ pio de que o conte do da televis o se desenvolve a partir de um conjunto de linguagens b sicas subdivididas em g neros espec ficos de programas propomos uma esp cie de alfabetiza o que cumpra dois objetivos a estimular uma reflex o cr tica acerca dos conte dos transmitidos pela TV e b incorporar parte dos seus conte dos e programas como fonte de aprendizado articulando conte dos e habilidades NAPOLITANO 2008 p 13 Para Ferr s 1996 p 93 entretanto estas duas dimens
184. ultante das linguagens audiovisuais e das aberturas surgidas com a inform tica Ao mesmo tempo tamb m reconhecem que existem distintas maneiras de ensinar que n o precisam obrigatoriamente exercer l gicas t o sequenciais lineares ou baseadas em sistemas demasiadamente fechados CITELLI 2002 para que a pr tica educativa se efetive O que se observa ent o s o tentativas de responder a essas necessidades adequando a pr tica escolar a esta nova situa o ou incorporando os meios de comunica o no processo educativo As pol ticas p blicas de modo geral t m garantido a presen a de alguns recursos midi ticos nas escolas Especificamente no Estado do Paran a partir do Projeto BRA 03 036 Educa o B sica e Inclus o Digital no Estado do PR que prev o acesso s tecnologias da informa o e da comunica o em todas as escolas do ensino b sico a Secretaria de Estado da Educa o tem desenvolvido projetos que visam integra o de m dias na realidade escolar E neste sentido o Governo do Estado desenvolve o projeto TV Multim dia equipando todas as salas de aula da rede estadual de educa o com um televisor bem como um dispositivo pen drive para cada professor A TV Multim dia tamb m conhecida como TV pen drive um aparelho televisor de 29 polegadas com entradas para VHS DVD cart o de mem ria e 13 pen drive e sa das para caixa de som e projetor multim dia Basicamente trata se de uma t
185. uma televis o e um DVD A partir da surgiu a ideia de que gostariam que tivesse uma TV diferencial na sala de aula com capacidade de leitura de DVD esse tipo de coisa Na verdade esta tecnologia utilizada na TV Multim dia j existe h muito tempo Esse tipo de programa j existe em aparelhos de DVD Antigamente eu mesmo j usava quando faltava um projetor e ia dar aula Eu salvava meus slides como imagem num CD e usava no DVD Os DVDs j v m com esse software h algum tempo N o uma tecnologia que foi encomendada pela Secretaria Essa quest o tamb m de ter uma televis o com USB e entrada de cart o de mem ria tamb m n o uma coisa que n o existia Ela j existia em aparelhos mais caros como os de plasma os LCDs que s o aparelhos maiores e mais caros Nesse tipo de TV pelo pre o que foi pago n o existia E a a gente solicitou essa tecnologia via licita o pra ver quem conseguiria estar entregando pelo menor pre o sic Informa o Verbal Atualmente a respons vel pela produ o destas televis es ganhadora da licita o a empresa CCE que j entregou 22 mil destes equipamentos por todo o 1 Entrevista fornecida para a pesquisadora pelo assistente da diretoria de tecnologia educacional da Secretaria de Estado da Educa o em julho de 2009 77 estado Com este n mero de TVs entregues o entrevistado afirmou que a Secretaria de Educa o atingiu seu objetivo pois a meta era que cada sala
186. umanidade em prol da objetiva o do texto escrito n o mais sujeitos s interpreta es desse ou daquele copista DALLA COSTA 2005 p 14 23 Com este feito e a impress o de livros em larga escala sua divulga o nas cidades e nas universidades aumentaram abrindo novas possibilidades de acesso ao conhecimento Como salienta esta autora foram necess rios quase dois s culos at que a inven o da imprensa fosse verdadeiramente apropriada pela sociedade somente no s culo XIX que se verifica a necessidade da imprensa como representa o de uma possibilidade de democratiza o da informa o e do conhecimento Aqui capitalismo e imprensa se tornam indissoci veis e os avan os tecnol gicos fazem surgir dois outros meios de comunica o o telefone e o tel grafo inventados para transportarem sua parte de carga sempre crescente de informa es Mais tarde foi a vez do r dio do cinema e da televis o Mattelart amp Mattelart 2001 explicam que o s culo XIX foi um per odo de inven o dos sistemas t cnicos b sicos da comunica o e do livre com rcio A partir da viu se nascer no es fundadoras de uma vis o da comunica o como fator de integra o das sociedades Na palavra dos autores centrada de in cio na quest o das redes f sicas e projetadas no n cleo da ideologia do progresso a no o de comunica o englobou no final do s culo XIX a gest o das multid es humanas MATTELART amp
187. ura mediatizadora de experi ncias reconhecedora das diferen as e aberta para o outro Em outras palavras como explica o autor O comunicador deixa portanto de figurar como intermedi rio aquele que se instala na divis o social e em vez de trabalhar para abolir as barreiras que refor am a exclus o defende seu of cio uma comunica o na qual os emissores criadores continuem sendo uma pequena elite e as maiorias continuam sendo meros receptores e expectadores resignados para assumir papel de mediador aquele que torna expl cita a rela o entre diferen a cultural e desigualdade social entre diferen a e ocasi o de dom nio e a partir da trabalha para fazer poss vel uma comunica o que diminua o espa o das exclus es ao aumentar mais o n mero de emissores e criadores do que o dos meros consumidores MART N BARBERO 2005 p 69 Assim para fazer aprender de outra maneira que se torna fundamental uma pr tica que aproxime a escola dos meios e que tenha como pedra basilar a comunica o A partir disso alguns estudiosos como Ismar de Oliveira Soares 1999 2002 e Maria Aparecida Baccega 1999 2001 estudam e anunciam a proposta de educomunica o para aproximar a escola dos meios Para um estudo mais aprofundado sobre isso avencemos para a sec o a seguir 3 4 2 Educa o e Comunica o intersec es entre as duas reas Como visto anteriormente os meios de comunica o est o presentes em
188. vam as costas economia e t cnica A escola prim ria al m do objetivo de ensinar a ler e a 31 escrever tinha em primeiro lugar a inten o de criar uma Fran a efetivamente republicana Era uma escola fechada nas suas pr prias regras e valores N o se interessava nem pela crian a nem pelo adolescente apenas se dirigia ao que neles h de adulto e de racional Era uma escola que separava os sexos Alli no entraba la sociedad y los ni os eram antes que nada alumnos presos de la mariana al atardecer em un ballet disciplinario de secuencias de trabajo extremadamente formalizadas de ejercicios rituales infinitamente repetidos de disciplina rigurosa y de castigos a menudo f sico DUBET 1998 p 104 Deste modo Se constituiu uma institui o regulada de maneira muito forte amplamente fechada competi o da mobilidade social que acolhia p blicos homog neos em torno de projetos educativos claramente definidos realizados por professores tamb m eles homog neos e firmemente controlados pela institui o A cultura escolar a distribui o das qualifica es e a educa o formavam um todo DUBET 1994 173 Neste sentido Dubet 1994 caracterizava a escola como um santu rio da raz o ci ncia e do civismo moral Braga e Calazans 2001 explicam que conforme o per odo e as caracter sticas de uma determinada cultura as fam lias e os estudantes buscavam diferentes perspectivas com a e
189. zado por grande parte dos professores ainda sentida a necessidade de novos momentos de capacita o profissional que abranjam o car ter t cnico e metodol gico do meio como pode ser visto no GR FICO 13 Opini o dos professores sobre 8 necessidade de receber outras capacita es para o uso deste recurso em sala de aula e nas falas apresentadas pelos professores no tema expectativas para a capacita o profissional que compunha a categoria Capacita o Profissional A capacita o para este recurso deveria abranger todos os professores com nfase na convers o de arquivos baixados via PC para linguagens compat veis com a TV Multim dia PROF 4 Gostaria de receber mais capacita o para me sentir segura no uso da TV PROF5 Gostaria que fossem criados cursos para professores e alunos aprenderem 109 a trabalhar com programas de edi o de v deo imagens e ou vetoriza o PROF 29 Gostaria que fosse oferecida capacita o com carga hor ria maior para a utiliza o da TV Multim dia PROF 38 Como se observa nas cita es acima o profissional se v diante do desafio de usar a TV Multim dia em suas pr ticas de sala de aula e percebe que o caminho seguro para isso seria a capacita o profissional Isso tamb m se mostra nos questionamentos de um dos professores Tenho d vida quanto ao seu potencial tecnol gico pois n o sei se o equipamento s funciona com figu

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