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A CIDADE PARA O CIDADÃO O legado urbano dos Jogos Olímpicos

1. fntnp esteio sta pn aa gg points u Ata Pes om O Ia tr paroa FS Ra Mapa de localiza o das instala es dos Jogos Ol mpicos do Rio em 2016 Fonte www rio2016 com A estrat gia de dividir as instala es em complexos pretendeu distribuir os benef cios diretos e indiretos dos jogos entre todos os habitantes do Rio de Janeiro atrav s da constru o de instala es e melhorias a partir de uma rede de infraestrutura existente Enquanto o complexo de 297 Copacabana recebera principalmente a montagem de estruturas temporarias os complexos de Deodoro e Maracan ter o suas instala es existentes complementadas e a Barra concentrar a maioria das novas instala es que precisar o ser constru das ou adaptadas a o o N ta Al EB uz Mapa do Parque Olimpico com cenario no modo Jogos 2016 Fonte www rio2016 com Desta forma comecemos pelo complexo da Barra o principal projeto da candidatura que abrigara 13 modalidades esportivas O Parque Olimpico do Rio foi planejado em terreno triangular de aproximadamente 1 000 000m2 nas margens da Lagoa de Marapendi com sua base junto Av Abelardo Bueno Atualmente a rea abriga o Aut dromo de Jacarepagu al m da Arena Ol mpica o Centro Aqu tico Maria Lenk e o Vel dromo Ol mpico do Rio instala es constru das para os Jogos Pan americanos de 2007 A ideia do plano diretor tratar a implanta o como se fosse um
2. Apesar de todos os seus objetivos e valores a atual conjuntura dos JO desafia os ideais ol mpicos Coubertinianos O fim do amadorismo um dos ideais mais arduamente defendidos pelo Olimpismo ao longo do tempo e o in cio do profissionalismo no esporte conferem uma nova moral ao Olimpismo As restri es referentes ao amadorismo antigamente n o se baseavam apenas na nobreza do esporte e de seus praticantes simplesmente Cardoso aponta para a quest o latente posta na pr tica popularizada do esporte Os inventores do amadorismo queriam em primeiro lugar afastar da arena os trabalhadores O esporte estava reservado a quem pudesse se dedicar a ele em tempo integral e desinteressadamente enquanto o comum dos mortais suava para garantir o p o de cada dia Este era o motivo oculto Abertamente se temia que o dinheiro transformasse a competi o esportiva em espet culo de show business Embora associado a uma atividade n o remunerada o conceito de amadorismo se viu envolvido em ambiguidades devido s transforma es sociais ocorridas ao longo do s culo XX Uma das quest es principais dessa discuss o se deu ap s a entrada dos pa ses do bloco socialista nas disputas ol mpicas Para o mundo capitalista parecia n o haver 82 Em Estocolmo 1912 o norte americano Jim Thorpe de origem ind gena ganhou as provas do decatlo e do pentatlo mas teve as medalhas confiscadas por haver recebido dinheiro para disputar partid
3. Mas n o inteiramente O soci logo e urbanista Robert Park completa A cidade a tentativa mais bem sucedida do homem de refazer o mundo em que vive mais de acordo com os desejos do seu cora o Mas se a cidade o mundo que o homem criou tamb m o mundo onde ele est condenado a viver daqui por diante Assim indiretamente e sem ter nenhuma no o clara da natureza da sua tarefa ao fazer a cidade o homem refez a si mesmo Falar em direito a cidade nos leva a pensar o que est reservado para as novas gera es Para o ge grafo ingl s David Harvey o direito cidade muito mais que a liberdade de ter acesso aos recursos urbanos um direito de mudar a n s mesmos mudando a cidade um direito coletivo e n o individual j que essa transforma o depende do exerc cio de um poder coletivo para remodelar os processos de urbaniza o A liberdade de fazer e refazer nossas cidades e a n s mesmos um dos nossos direitos humanos mais preciosos e ao mesmo tempo mais negligenciados O ato de se relacionar e coexistir a base do ser social Intensificar essas rela es com um grau elevado de diversidade algo que a ocorr ncia das cidades favoreceu e tornou crescente por isso podemos nos Braudel F Civiliza o Material Economia e Capitalismo s culos XV XVIII 1996 p 12 3 Park R On Social Control and Collective Behavior 1967 p 3 man s most successful attempt t
4. Plano do Parque Olimpico Fonte http now here this timeout com 201 2 09 07 revealed the olympic parks post games nossa Service Area Olympic Family Vehicle Screening Parking Area Olympic Park Common Domain Circulation Area Green Spaces Servicing Areas The key to the sports icons is featured on the Pres map reproduces tom Or nmoe 253 Vista a rea do Parque Olimpico em abril de 2012 Fonte Wikipedia Commons Projeto do Parque Ol mpico p s Jogos previs o para 2014 Fonte http now here this timeout com 201 2 09 07 revealed the olympic parks post games 254 Parque Ol mpico Rainha Elizabeth Quando a Olympic Delivery Authority ODA responsavel pelo desenvolvimento e constru o dos equipamentos esportivos e tamb m pela infraestrutura dos Jogos Ol mpicos de Londres iniciou os trabalhos para a capital inglesa sediar a Olimp ada talvez n o soubesse que estava estabelecendo um novo marco na organiza o desse tipo de megaevento A candidatura de Londres prop s aproveitar a oportunidade dos Jogos Ol mpicos para regenerar uma das mais degradadas reas da Inglaterra o East End de Londres Foram necess rios dois anos de planejamento para assegurar que durante o per odo de quatro anos de obras o m nimo de imprevistos acontecesse O plano relacionava todas as atividades a serem realizadas com a defini o pr via dos riscos dos custos e ineditamente o legado O foco era na sustentabili
5. Serra fez p blico seu desejo em 31 de janeiro de 1981 durante uma festa de entrega de pr mios aos melhores atletas O prefeito fixou seu objetivo os Jogos de 1992 Samaranch estava entre os convidados A partir da deveriam dar os primeiros passos para tornar oficial aquilo que era s um sonho e em junho do mesmo ano a prefeitura de Barcelona aprovava por unanimidade oficializar a candidatura da cidade ao COI Um estudo de viabilidade foi realizado por Roma Cuyas e apresentado em junho de 1982 Durante a etapa inicial entre 1981 e 1982 houve uma grande intera o entre a municipalidade de Barcelona e o COI o que auxiliou na defini o de uma proposta de candidatura que encaixava as necessidades da cidade nos ideais do Olimpismo e tornando a s ria candidata vit ria Esta proposta tomou a forma de um livro chamado Barcelona pret n els Jocs de 1992 Neste per odo Narc s Serra foi nomeado Ministro da Defesa dando lugar Pasqual Maragall gerando incertezas relacionadas elei o efetiva de Maragall prefeitura no final de 1983 Com a efetiva o do novo prefeito no in cio de 1984 foi apresentada oficialmente a que seria a quarta candidatura de Barcelona sede das Olimp adas e foi formada a primeira equipe t cnica para redigir a proposta 190 A primeira candidatura aconteceu em 1924 tendo Paris como vencedora Depois viria a candidatura de 1936 cujos Jogos aconteceram em Berlim 1964 seria a terceira tenta
6. o Almirante Gra a Aranha futebol Universidade da For a A rea pentatlo aeron utico futebol e jud Est dio S o Janu rio futebol 285 HSBC Arena basquetebol Parque do Flamengo atletismo maratona 26 Bda Inf Pqdt esgrima e pentatlo militar Escola de Educa o F sica do Ex rcito futebol Col gio Militar do Rio de Janeiro voleibol Al m dos locais de competi o no Rio de Janeiro foram utilizados tamb m o Aeroporto de Resende e a Academia Militar das Agulhas Negras em Resende para o paraquedismo o Centro de Instru o Avelar do 32 B Mtz em Paty do Alferes para orienta o a Floresta Nacional M rio Xavier em Serop dica para o pentatlo aeron utico e orienta o e o Est dio Giulite Coutinho em Mesquita para o futebol Os atletas foram alojados em tr s Vilas militares que foram constru das em terrenos da Marinha do Ex rcito e da Aeron utica a Vila Branca em Campo Grande a Vila Verde em Deodoro e a Vila Azul no Campo dos Afonsos As instala es tiveram capacidade para receber at 8 332 atletas integrantes de comiss es t cnicas e oficiais dos 110 pa ses aguardados Ap s o t rmino das competi es os apartamentos foram destinados moradia de oficiais e pra as das tr s For as Armadas Foram utilizados aproximadamente 106 edif cios com 1 206 apartamentos de tr s quartos comuns e um revers vel Cada im vel teve aproximadamente 100m O or amento empregado para a co
7. 291 recursos publicos ilustra a natureza neoliberal do projeto pelo crit rio mercadol gico de escolha da localidade pelo empreendimento privado pelo uso de recurso p blico pela tipologia arquitet nica destinada s classes m dia e m dia alta apartamentos de 1 a 4 quartos com su te garagem etc Segundo Mascarenhas a vila foi edificada em rea pr xima s margens da Lagoa de Jacarepagu sob solo predominantemente hidrom rfico isto com caracter sticas de elevada umidade subterr nea Por este motivo as funda es da referida constru o atingem a profundidade de quase trinta metros Trata se portanto de local mais adequado a usos leves como parques dadas suas condi es naturais O uso habitacional imp s o encarecimento da interven o Uma pesquisa realizada sobre o processo de valoriza o fundi ria na Vila Ol mpica e em seu entorno considerou uma rea de Influ ncia Direta do Pan 2007 e revelou que houve uma valoriza o constante nos ltimos 10 anos dos pre os imobili rios dos apartamentos residenciais principais produtos ofertados na regi o valoriza o esta que tem se mantido constante e que se inicia muito antes do an ncio em 2004 da vit ria da candidatura do Rio de Janeiro Mesmo considerando as diversas possibilidades de varia o da rea til e dos tipos de produtos imobili rios ao longo do tempo os dados coletados apontam para uma inequ voca altera o da inser o
8. Ol mpico de Portugal Entrevista com o Presidente do Comit Internacional Pierre de Coubertin Norbert M ller por G nter Deister Deutsche Presse Agentur Ag ncia Alem de Imprensa em 31 12 2012 95 Gra as ao seu investimento no dia 6 de janeiro de 1896 finalmente a chama ol mpica p de brilhar novamente e assim foram retomados os Jogos Ol mpicos os primeiros da Era Moderna com a presen a de 311 atletas n o profissionais nas disputas representando de 13 pa ses A maior parte das competi es decorreu no antigo est dio Panathenaic Stadium que foi restaurado para a ocasi o A maioria dos esportes que compunham o programa dos jogos era derivada dos Jogos da Antiguidade Os organizadores foram um pouco al m e inventaram uma nova corrida inspirada num evento lend rio a Maratona Cerim nia de abertura dos Jogos Ol mpicos da Era Moderna em Atenas 1896 Fonte Veja na Hist ria Dispon vel em http veja abril com br historia olimpiada 1 896 especial jogos olimpicos era moderna atenas shtml 10 Esta corrida comemora o feito de um soldado que em 490 a C correu da cidade de Maratona at Atenas para anunciar que os Persas tinham sido derrotados aproximadamente 34 5 km A maratona integra o programa ol mpico desde os jogos de Atenas em 1896 O Comit Organizador dos jogos de 1908 em Londres fixou a dist ncia da maratona em 42 195 quil metros sendo os ltimos 195 metros adicionados para permitir ao
9. Ol mpicos s o avaliados e ou promovidos Desta forma preciso discutir a motiva o inerente do Olimpismo atual visto que dentre os muitos interesses que cercam o cumprimento de normas est o os interesses de empresas e meios de comunica o de massa respons veis pela divulga o e transforma o dos JO em um megaespet culo Para contornar as contradi es lan adas pela transforma o dos JO preciso assumir uma abordagem ampla que abranja as mudan as no momento hist rico e nas correspond ncias de for as ideol gicas verificadas nos tempos de inven o e reformula o de tradi es ol mpicas Considerando a muta o incontrol vel que os JO v m sofrendo Ot vio Tavares considera que talvez o pr prio conjunto de valores do fair play necessite ser repensado em fun o de um cen rio cultural bastante diverso do ambiente aristocr tico do s culo passado em que surgiu o Olimpismo incorporando novos valores sociais contempor neos ao mesmo tempo em que mantendo seus elementos essenciais numa articula o entre tradi o e mudan a Ante o universalismo desejado pelo Olimpismo acreditava se que o multiculturalismo seria contemplado em respeito aos diversos atores sociais que protagonizam os Jogos Ol mpicos Abreu destaca que 35 Ferrando M Aspectos Sociales del Deporte 1990 p 209 8 Tavares 1999 190 apud Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 p 12 82 o Olimpi
10. Quanto ao zoneamento para iniciativas privadas o plano resolveu pela conten o primeiramente em rela o expans o urbana para reas rurais e segundo pela redu o do gabarito permitido nas reas urbanas 186 para evitar problemas com congestionamento de edifica es relevante informar que os documentos regulat rios eram significantemente mais precisos que os planos normalmente eram O PGM expressava claramente a conforma o da cidade na terra e provia a regulamenta o para levar isso adiante Os novos conselhos da cidade eram conscientes do valor do projeto de planejamento que eles herdaram e n o sentiram a necessidade de revis lo apesar da desconfian a de alguns conselhos locais Al m disso entre 1974 e 1988 uma administra o metropolitana com poderes de planejamento da cidade existia a Corpora o Metropolitana de Barcelona CMB presidida pelo prefeito de Barcelona que ajudou nas primeiras fases Ent o um acordo geral foi conseguido pelas municipalidades envolvidas no escopo do PGM pois eles o viram como uma ferramenta til para o projeto urbano da democracia Atualmente participam do PGM os 36 munic pios da rea metropolitana de Barcelona bem como as diferentes administra es e os agentes econ micos e sociais do territ rio Estas a es metropolitanas t m demonstrado a possibilidade de as diferentes reas de trabalharem em conjunto e por ter espa o suficiente melhora a compreens o dos
11. clara a forma de apropria o das benfeitorias dessas realiza es pela coletividade tendo em vista o objetivo maior que o de elevar a qualidade de vida da popula o por meio de a es estruturais que v o al m da euforia promovida por uma conjuntura passageira A ideia da realiza o dos Jogos n o costuma ser universalmente aceita como uma prioridade ou op o para sua popula o e h in meras raz es para que um evento ol mpico gere conflitos urbanos Uma delas e que pode ser consideradas a mais importante o custo financeiro e humano das obras necess rias para um evento que durar poucos dias mas que ser altamente intrusivo na vida da popula o O per odo de prepara o tamb m um tema controverso j que envolve um per odo que chega a durar alguns anos e que mobiliza a aten o e trabalho de in meras equipes da cidade candidata e pode gerar um sentimento de frustra o entre a popula o e equipes organizadoras al m de quest es sobre a validade da mobiliza o dos recursos empregados e a visibilidade na condu o do processo O jogo institucional promovido pelas federa es esportivas que desejam ver satisfeitas suas reivindica es em troca de apoio mais um dos motivos de conflito Essas reivindica es referem se principalmente ao uso posterior das instala es constru das Enfim h uma dificuldade das equipes organizadoras desse tipo de evento em conduzir o processo de planejame
12. o destes equipamentos ao longo de uma avenida que atuaria como elemento de liga o Esta avenida tamb m facilitaria o acesso ao parque e estabeleceria um sistema de acessos montanha Em agosto de 1983 o Conselho Gestor convidou oito grupos de arquitetos a apresentar um plano geral de disposi o para o Anel Ol mpico de forma que o uso das instala es e espa os p blicos para os Jogos fossem compat veis com seus usos p s evento Os grupos convidados foram Ricard Bofill Josep Antoni Coderch Frederic Correa Alfons Mila Joan Margarit Carles Buixad Francisco Sainz de Oiza Rafael Moneo Vittorio Gregotti Arata Isozaki James Stirling and Richard Weidle A decis o do Conselho foi dividir os diferentes elementos do Anel Ol mpico entre a maioria dos competidores o grupo Correa Mila Buixad Margarit seria respons vel pelo desenho geral do Anel Ol mpico este mesmo grupo com Vittorio Gregotti cuidaria da restaura o do Est dio Ol mpico Arata Isozaki projetaria o gin sio esportivo e Ricard Bofill o INEFC 202 Maquete do Anel Ol mpico 2 Maquete do projeto de Arata Isozaki 3 O INEFC de Ricard Bofill 4 Projeto de reforma do Est dio Ol mpico feito por Vittorio Gregotti Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB 203 Desenho inicial feito pelo Escrit rio Ol mpico do Anel Ol mpico de Montjuic 1984 Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1
13. o 15 Ilustra o 16 Ilustra o 17 Ilustra o 18 Ilustra o 19 Ilustra o 20 Ilustra o 21 Ilustra o 22 Ilustra o 23 Ilustra o 24 Ilustra o 25 Coalbrookdale by night Dudley Street A percep o do lugar depende da posi o Charge de Miguel de Paiva Jogos Ol mpicos da Antiguidade Disc bolo de M ron Aros Ol mpicos Atletas na abertura dos Jogos de Stoke Mandeville Cerim nia de Abertura dos Jogos Paraol mpicos Charge de Amarildo Mapa com pa ses que boicotaram os Jogos Ol mpicos Mapa com pa ses que foram palco dos Jogos Ol mpicos Cartazes de cidades sede dos Jogos Ol mpicos Cerim nia abertura dos Jogos Ol mpicos da Era Moderna Cartaz Jogos Ol mpicos de Paris 1900 Cartaz Jogos Ol mpicos de Saint Louis 1904 Vila Ol mpica de Paris 1924 Vila Ol mpica de Los Angeles 1932 Acendimento da Pira em Berlim 1936 Yoyogi Nacional Gymnasion Cubo do legado Interconex o entre os perfis do legado Processo de constru o do legado planejado Custos dos Jogos Ol mpicos de ver o Arena esportiva americana 20 33 36 49 50 53 54 55 67 71 75 76 78 80 81 83 84 85 86 102 105 118 128 136 12 llustragao 26 llustragao 27 llustragao 28 llustragao 29 llustragao 30 llustragao 31 llustragao 32 llustragao 33 llustragao 34 Ilustra o 35 Ilustra o 36 Ilustra o 37 Ilustra o 38 Ilustra o 39 Ilustra o 40 Ilustra o 41 Ilustra o 42 Ilus
14. o atual mais de 93 gestores de instala es p blicas com diferentes n veis de profissionaliza o e v rias formas de gest o desde a cria o de uma sociedade an nima municipal Barcelona Promoci at a gest o por parte de diversas entidades O uso tamb m foi totalmente diversificado espa os pluridisciplinares instala es voltadas para esportes espec ficos instala es transformadas em centros de ensino universit rio Praticamente todas as instala es ol mpicas hoje em dia apresentam uso cotidiano com alto n vel de satisfa o por parte dos cidad os O investimento na reabilita o urbana continuou se concentrando no per odo de 1992 a 2004 para melhorar a acessibilidade e a mobilidade de Barcelona para assim apoiar a estrat gia de se tornar um polo de servi os de grandeza internacional A melhoria do aeroporto e do porto e grandes investimentos em projetos ferrovi rios interurbanos incluindo a liga o de alta velocidade com Madri e transportes interurbanos e de infraestrutura rodovi ria assim indicam Durante o per odo 2004 2010 continuaram as melhorias no transporte p blico desta vez com um car ter metropolitano ou seja com um enorme investimento em sistemas de transporte p blico para conectar Barcelona com as cidades ao seu redor Esse per odo tamb m conta com investimentos em instala es para a realiza o do F rum Universal e das 180 Tru o E Barcelona ciudad del deporte 19
15. o nos custos da constru o da infraestrutura e nos custos operacionais que foi pago pelos canadenses de Quebec em forma de impostos por 25 anos 107 Passados os Jogos de Moscou 1980 que apesar do boicote sofrido pelos pa ses liderados pelos EUA contaram com todo apoio e infraestrutura p blica necess ria a custos nunca divulgados era necess ria a cria o de novo modelo para os Jogos Ol mpicos Acompanhando as not cias sobre os grandes preju zos causados pelos Jogos de Montreal 1976 apenas duas cidades Los Angeles e Nova York expressaram interesse real em ser sede das Olimp adas de 1984 J que a regra do COI determina que s pode haver uma candidatura por pa s a vota o do Comit Ol mpico dos Estados Unidos acabou por eleger Los Angeles como cidade anfitri O governo bancou a candidatura e montou um Comit Organizador com o firme prop sito de obter os fundos necess rios junto iniciativa privada para sua realiza o sem preju zos para o comit ou para a comunidade Inaugurava se um novo modelo de gerenciamento e organiza o dos Jogos Ol mpicos Mas o mais importante fato destes Jogos foi o an ncio feito meses ap s seu t rmino de que havia um lucro de 200 milh es de d lares al m do lucro indireto pr pria cidade o que comprovou que bem organizados e com compet ncia organizacional parceria com a iniciativa privada e bom senso na administra o financeira os Jogos Ol mpicos poderiam se
16. trazer Nessas cidades o per odo p s Jogos n o se revela cheio de surpresas 325 Contudo nao devem ser admitidas certas formas de realiza o Ainda que exista a pr tica da consulta popular os valores impostos pelo capital sempre autorit rio privilegiam os interesses das classes mais favorecidas economicamente bem como da pol tica vigente desprezando desta forma os anseios da popula o suburbana da qual por excel ncia usufrui e se identificam nestes lugares da cidade repletos de significados e simbolismos N o basta a transformar a cidade Essa transforma o deve ser realizada tendo como premissa as necessidades da sua popula o e deve se dar prioridade planos previamente elaborados pensados com cuidado pois interven es urbanas n o se transformar o em legado se n o houver justi a social 326 327 ABAD J M Introduction in Miquel de Moragas amp Miquel Botella The Keys to Success the social sporting economic and communications impact of Barcelona 92 Barcelona Servei de Publicacions de la UAB 1995 p 11 17 ALVES F B Avalia o da Qualidade do Espa o P blico Urbano Proposta Metodol gica Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian e Funda o para a Ci ncia e Tecnologia 2003 ANSAY P SCHOONBRODT R Penser la ville choix de textes philosophiques Bruxelles AAM 1989 ARA JO C D de C NDIDO D R C LEITE M F L Espa os p blicos de lazer um olhar sobre a ace
17. 1996 MARQUES M S B PINHEIRO A A cidade e o Legado Jornal O Globo 2012 Dispon vel em http clippingmp planejamento gov br Acesso em 15 ago 2012 MASCARENHAS G Megaeventos Esportivos Desenvolvimento Urbano e Cidadania uma an lise da gest o da cidade do Rio de Janeiro Esporte e Sociedade ano 4 n 10 Nov 2008 Fev 2009 Entre o empreendedorismo e a gest o democr tica por ocasi o dos Jogos Pan Americanos 2007 IX Col quio de Geocr tica Porto Alegre 28 de Maio a 1 de junho de 2007 UFRS MASCARENHAS G SANCHEZ F BIENENSTEIN G org O jogo continua megaeventos esportivos e cidades Rio de Janeiro EdUVERJ 2011 354 p MIANA A C Adensamento e forma urbana inser o de par metros ambientais no processo de projeto Tese de Doutorado S o Paulo USP 2010 MILLET LI Las reas ol mpicas in Barcelona la ciutat i el 92 Barcelona HOLSA Olimpiada Cultural 1990 p 266 277 MOBILITY 2001 World mobility at the end of the twentieth century and its sustainability World Businesss Council of Sustainable Transport 2001 335 MORAGAS M BOTELLA M eds Barcelona la herencia de los Juegos 1992 2002 Centro de Estudios Olimpicos UAB Ayuntamiento de Barcelona Editorial Planeta 2002 MORAGAS M KENNETT C PUIG N ed The Legacy of the Olympic Games 1984 2000 Lausanne International Olympic Committee 2003 495 p MORAES A C R COSTA W M da A valoriza o do espa o S o P
18. Campus onde as diversas instala es seriam conectadas e integradas atrav s de um paisagismo intensivo da rea em todos os n veis Essa estrat gia de desnivelamento funcional separando o fluxo de p blico 298 pagante do fluxo de credenciados e opera es em geral foi tida pelos projetistas como fundamental Essa malha de circula o e pra as seria uma imensa rea reservada totalmente ao p blico pedestre uma urbaniza o suspensa tratada paisagisticamente que integraria todas as instala es livre da interfer ncia dos fluxos operacionais e dos acessos de ve culos Tem se ent o um Parque Ol mpico desenhado como se fosse uma coisa s Suas partes individuais s o interligadas em um nico sistema que se estende por toda a superf cie do parque com o paisagismo suspenso se tornando utiliz vel por baixo permitindo v rios programas com possibilidade de usos isolados ou em conjunto PETIT N ELLET r 4 Kx TLLLLLL pa LS A Tt S e Aa WY 9 X a o Dee eee e L y ce o Node Sig Ax Es L teu NA Complexo da Barra Fonte Vitruvius A Vila Ol mpica segundo a p gina oficial dos Jogos Rio 2016 um projeto residencial de alta qualidade na regi o que mais cresce na cidade a Barra da Tijuca o cora o dos Jogos Assim est descrito porque dentre as quatro reas planejadas a Barra a que possuir a maior quantidade de instala es Ime
19. Jogos Ol mpicos de Atenas 1896 a Estocolmo 1912 foi marcada pela aceita o da proposta ol mpica Tida a priori como uma aventura de nobres exc ntricos e aristocratas que requeria uma grande soma de dinheiro e de energia para convencer governos e atletas a correrem diversos pontos do planeta na difus o de uma ideia e de uma pr tica os Jogos chegaram a ser confundidos em alguns momentos com ideais alheios aos ol mpicos mas necess rios sua consolida o Neste momento o principal objetivo era a promo o da paz pois durante este per odo os conflitos ainda eram resolvidos por meio da guerra Dentro dessa l gica a competi o esportiva era uma forma racionalizada de conflito sem o uso da viol ncia Nesta fase os Jogos Ol mpicos estavam pautados em uma pr tica de tempo livre privilegiando o amadorismo e n o contavam com o apoio do poder p blico nem da iniciativa privada Em refer ncia ao legado da Antiguidade Grega a decis o do COI de realizar os Jogos em Atenas foi uma homenagem j que a Gr cia foi o ber o dos Jogos Ol mpicos da Antiguidade Sem financiamentos oficiais a organiza o da competi o a prepara o a cidade a constru o do est dio e de um hip dromo para a disputa somente se tornou poss vel gra as a uma generosa contribui o do bilion rio arquiteto eg pcio Georgios Averoff Rubio K Medalhistas Ol mpicos Brasileiros mem rias hist rias e imagin rio 2006 Comit
20. Neste mesmo ano foi criado o Minist rio de Planejamento 233 Urbano e Rural em substitui o ao Minist rio de Obras e Constru es O Plano do Condado de Londres London County Plan foi elaborado em 1943 durante a guerra com o objetivo de propor medidas para ap s o t rmino da Guerra e foi desenvolvido por uma grande equipe coordenada pelo ent o Arquiteto Chefe do Conselho J H Forshaw com a assessoria de Patrick Abercrombie Este plano teve um importante papel ao dar pela primeira vez aos l deres pol ticos uma vis o do que os urbanistas consideravam uma pol tica abrangente para Londres e teve enorme influ ncia sobre planejadores de v rios pa ses Os limites do Condado de Londres determinados pelo Plano do Condado de Londres Fonte Lucchese 2012 A preocupa o central do Plano era respeitar a estrutura e localiza o das atividades existentes em Londres ainda que sanando seus defeitos drasticamente se necess rio e manter o forte car ter da cidade representado na exist ncia de uma s rie de bairros cuja popula o tinha uma forte identidade entre si Esses bairros antigos vilarejos que foram anexados pelo espraiamento do tecido urbano da cidade e que j n o tinham limites f sicos claros O objetivo do plano era refor ar os limites desses bairros tornando mais claras suas diferentes identidades Procurava se preserv los de 234 fluxos constantes de trafego e reconstrui los caso houves
21. algumas partes desconfortaveis da cidade A area tornou se uma zona centr peta de equipamentos que estavam previamente no centro da cidade O plano sugeriu que ele cumprisse o seu papel central que era melhorar a acessibilidade As ltimas reas da cidade est o sempre consideradas como res duos marginalizadas com pequenas ind strias oficinas N o mais em Barcelona Por tr s da fachada da Diagonal h um territ rio valioso Agora ele une o tecido de Barcelona com os de L Hospitalet e Esplugues Ao redor do per metro da rea Diagonal um dos principais port es de entrada para Barcelona estavam localizadas v rias instala es esportivas Dentre as privadas est o os campos do FC Barcelona e RCD Espanyol o CE Laieta o Real Club de Polo ou o Club de Tennis del Tur J entre as p blicas est o a Zona Universit ria e reas recreacionais como o Parc de Cervantes e o Palau de Pedralbes Al m disso h um grande espa o p blico onde foram constru dos sem nenhuma ordem global Tamb m renasceu um antigo plano para constru o de uma amenidade a Pubilla Casas Complexo Esportivo em l Hospitalet de Llobregat uma cidade cont gua a Barcelona cujo desenvolvimento teve in cio um ano antes da nomea o ol mpica A inten o do plano foi conferir um padr o geral zona construir novas vias e tomar medidas complementares como a constru o de um novo parque entre o Real Club de Polo e os pr dios universit rios e desenv
22. blico a denomina o das ruas a cria o de reas verdes e parques a cria o de um cintur o verde na periferia do Condado a preserva o de pra as e largos a cria o e gest o de corpo de bombeiros cria o de um C digo de Obras e exerc cio do controle edil cio provis o de habita es sociais etc Foi somente no per odo entre as duas grandes guerras que o Conselho come ou a desenvolver a es de planejamento urbano Essas a es come aram timidamente nas reas vazias do Condado mesmo porque o Town Planning Act de 1925 n o permitia o planejamento de areas j 88 A Grande Londres que corresponde s nossas regi es metropolitanas para a qual foi desenvolvido o Greater London Plan em 1945 era uma rea maior com v rios condados 232 edificadas Somente em 1932 com a aprova o do Town and Country Planning Act o planejamento e o controle urbano puderam ser exercidos sobre todas as reas Terminada a guerra a reconstru o do Condado de Londres tornou se a grande prioridade do LCC A constru o de habita es e de novas escolas foi considerada essencial e o Plano do Condado de Londres elaborado em 1943 por J H Forshaw arquiteto do LCC e Patrick Abercrombie deram as diretrizes urban sticas para que a reconstru o fosse feita As primeiras iniciativas haviam sido realizadas no per odo que se seguiu a primeira guerra com a preocupa o de controlar o uso e a ocupa o
23. cie existente de Rio Branco para a Av Rodrigues Alves ser o realocadas para permitir o acesso ininterrupto de pedestres beira mar ao novo Museu do Amanh localizado no P er Mau e v rios novos terminais de navios de cruzeiro O plano diretor tamb m inclui uma s rie de novos parques arborizados areas de passeio e cintur es verdes em v rios locais da area do porto Ciclovias ligar o a area com S o Crist v o para o oeste e ir criar uma conex o at o Leblon na Zona Sul atrav s do Museu de Arte Um novo parque beira mar vai ligar a Pra a Mau Pra a XV Atualmente a rea do porto 306 relativamente desprovida de areas verdes e assim a expansao de parques e corredores verdes ser um refor o importante Mapa da rea de parques e corredores verdes Fonte CDURP Outro importante componente da remodela o do Porto Maravilha a cria o de Zonas de Uso Misto Residencial comercial servi os e industrial leve Estas zonas s o destinadas para acolher um amplo espectro de situa es socioecon micas e incentivar um ambiente urbano ativo 24 horas por dia A revitaliza o do Porto Maravilha vai ajudar a preparar o Rio para receber visitantes de todo o mundo que chegam para os megaeventos de 2014 e 2016 As interven es planejadas em prepara o para a Copa do Mundo de 2014 incluem a constru o de novos terminais de navios de cruzeiro no porto do Rio de Janeiro As interven es previstas para os Jo
24. e uma intera o com lugares pessoas coisas do mundo significativo do sujeito Estes espa os compreendidos como irregulares pela cidade formal em geral s o objeto de segrega o s vezes de regulariza o fundi ria e outras de conten o ou remo o Embora evidentes na paisagem urbana podem ser considerados espa os escondidos se consideradas a totalidade de todas as suas necessidades e nega es por parte da cidade Guardam entretanto forte signific ncia por aqueles que ali estabelecem seus v nculos com o lugar e a cidade Essa maneira que as pessoas t m de dar signific ncia ao lugar a territorialidade estabelece e consolida rela es entre o espa o e as outras pessoas que fazem parte dele a sua apropria o que Ostrowetsky S L imaginaire b tisseur de 1983 p 21 Tuan Y Topofilia um estudo da percep o atitudes e valores do meio ambiente 1980 Gon alves T Habita o e sustentabilidade urbana 2009 61 cria as condi es para que se estabele a com ele a rela o de lugar propriamente dito Para Carlos o lugar guarda em si e n o fora dele o seu significado e as dimens es do movimento da vida poss vel de ser apreendido pela mem ria atrav s dos sentidos e do corpo O lugar se produz na articula o contradit ria entre o mundial que se anuncia e a especificidade hist rica do particular Deste modo o lugar se apresentaria como ponto de articula o entre a mundialidade
25. m de estar inserida em uma regi o complexa cercada de canais a aproximadamente 5 km do centro de Londres Existiam problemas e os Jogos foram uma boa oportunidade para colocar a 250 cidade no ambito internacional e atrair recursos E assim que Londres foi nomeada sede dos Jogos em 2005 foi criado um organismo especial para organiza los a LOGOC London Organizing Committee for the Olympic Games O prefeito da poca Ken Livingstone disse N o participei da competi o porque queria tr s semanas de esporte participei porque a nica maneira de conseguirmos bilh es de libras do governo para desenvolvermos East End Efetivamente os Jogos Ol mpicos custaram cerca de 9 3 bilh es de libras e investiu se em um plano progressivo de tr s etapas o Plano dos Jogos o Plano de Transforma o para a transi o dos Jogos depois do encerramento destes e o Plano das Comunidades do Legado o plano de longo prazo para o desenvolvimento do local A for a da abordagem londrina foi conceber estes tr s planos em cronologia exatamente oposta ou seja o planejamento da rea come ou a partir de uma vis o voltada para a cidade futura e em seguida voltando se para as exig ncias dos Jogos O ponto de partida foi a vis o para o futuro E esta premissa b sica tem profundas implica es em tudo o que seria planejado e constru do Dentre as defini es do plano podemos destacar A cria o de um parque central com mais
26. mbito metropolitano gerado no contexto da redemocratiza o espanhola e realizou a fa anha de conjugar a natureza e exig ncias dos jogos com os objetivos fundamentais da gest o urbana 226 Sketch de Londres Stephen Wiltshire Disponivel em http www thesun co uk Artista 227 Rea o de um londrino a a killing out of the Olympics nomea o de Londres aos Jogos de 2012 I m 100 for regeneration if it s for East Enders but we have to make sure that it s not just another name for giving big business carte blanche to make 228 A cidade Londinium foi fundada pelos romanos na margem norte do rio Tamisa em 43 d C Nao ha sinais de que tenha existido uma cidade c ltica previamente povoa o romana Esta fase durou cerca de 17 anos at o saque feito pelos icenos tribo celta Acredita se que se tenha tornado a capital da prov ncia Romana Brit nica no s culo Il substituindo a antiga capital Colchester No s culo Il Londres era cercada por uma muralha onde hoje se localiza a City No s culo Ill com o come o do decl nio do Imp rio Romano a popula o de Londres que era de aproximadamente 60 mil habitantes diminuiu com o retorno das tropas ao continente pes es Mapa de Londinium a Londres romana Fonte http www vamosparalondres com br historia html 182 Este levantamento hist rico de Londres teve como fontes o s tio na internet da Greater London Authority Dispon vel em htt
27. moradia e ao acesso terra No caso em que seja realmente necess rio o reassentamento de fam lias quando n o se trata meramente de produzir um embelezamento urbano mas sim por n o haver alternativas razo veis para a instala o dos equipamentos este deve se acontecer de forma que os direitos a moradia sejam devidamente respeitados Em alguns casos os megaeventos podem tentar realizar um processo de higieniza o removendo os pobres das cidades Em pa ses onde ocorreram Jogos Ol mpicos como a China Pequim 2008 as interven es urban sticas buscaram eliminar a pobreza do entorno dos est dios e a tend ncia com essas experi ncias que a popula o pobre foi banida da viv ncia e conviv ncia nos centros urbanos A retirada de fam lias a face mais cruel do urbanismo ol mpico ao cortar drasticamente rela es sociais estabelecidas em boa parte por proximidades espaciais que t m valores insubstitu veis para a vida de muitos cidad os Nesta concep o sobre a cidade e a gest o do territ rio todas as iniciativas buscam favorecer o mercado e ocorre com a anu ncia do Estado E isso se concretiza na flexibiliza o da legisla o urban stica na parceria p blico privado na desregulamenta o dos direitos sociais na criminaliza o dos movimentos sociais e ONGs Assim cria se no mbito nas cidades um regime de exce o como aponta na revista o Professor Carlos Vainer e em nome dos grandes projeto
28. mpicos contempor neos uma tarefa t o grande e desafiadora que o foco total em vencer o processo de escolha da cidade e em seguida realizar Jogos bem sucedidos dentro do prazo estipulado Nos ltimos tempos tiveram in cio as pol ticas legados do COI como o Servi o de Conhecimento dos Jogos Ol mpicos que envolve a transfer ncia de conhecimento a partir de uma Olimp ada para outra O processo de candidatura para os Jogos Ol mpicos de 2008 que teve Pequim como cidade escolhida foi o primeiro contrato a especificar um legado de arquivo O caso contra legado repousa sobre as dimens es problem ticas da palavra Como o legado possui m ltiplos significados existe o perigo de se tornar uma palavra el stica que se estende para incluir tudo Como legado um conceito em evid ncia atualmente e geralmente considerado algo positivo os benef cios do legado s o considerados auto evidentes dificilmente tem uma defini o completa sendo ajustado para casa caso em quest o 114 Cashman R What is Olympic legacy 2008 p 35 117 No documento final de um simp sio realizado em Barcelona em 2002 sobre os legados dos Jogos Olimpicos realizados entre os anos de 1984 e 2000 ap s longos debates a respeito de legado e suas dimens es chegou se seguinte conclus o After hearing papers talking about different experiences from games and cities the idea emerged that the effects of the legacy have many aspects and
29. o matriz original de Preuss como mostrada abaixo 121 O Comit Ol mpico Internacional introduziu em 2001 seu pr prio programa de Impacto Global dos Jogos Ol mpicos para identificar uma s rie de medidas objetivando avaliar o impacto do evento Um OGGI tornou se exig ncia para a cidade sede com o estudo iniciando se dois anos antes do evento e o impacto prosseguindo durante nove anos ap s o evento Quatro est gios incorporam o estudo a concep o da candidatura a organiza o dos Jogos o pr prio evento e a fase de encerramento que se completa com a dissolu o do Comit Organizador Poynter G From Beijing to Bow Bells 2006 p 19 121 Lucros em aplica es Subs dios P blicos Taxas Transportes e alugu is amp Receitas de Uso do Vila Despesas do COJO Constru es tempor rias Novas amp Remo es Eventos de Cerim nias Seguran a Seguros Administra o amp Rela es P blicas Saad Custos M dicos Eventos de Teste Acomoda es Midia amp IT Tecnologia da Informa o Invis vel a corto praro Marco lImogem Cidode Regi o Abordagem Poder fazer e N o poder fazer Mensagem pol tica Deslocamento de recursos destinados a Deslocamento de outros recursos em deman da troca de gastos O Legado Legado Esportivo Habita es Adicionai Lazer e Instala es Esporiivas Espa os de Conven es Exibi es Escritd rios Infro estrotura de Tel
30. pela emo o pelos significados onde esses elementos s o incorporados ao viver di rio esta dimens o que indica as diferen as em rela o ao modo de vida programado dimens o em que a verdadeira disputa pode ganhar terreno Esses espa os de representa o envolvem nossa vida cotidiana da mesma forma que afeta diretamente as experi ncias e as formas como entendemos e interpretamos tais representa es Estas tr s categorias de espa o apresentadas por Lefebvre est o hierarquicamente organizadas mas elas podem ser entendidas em uma rela o dial tica j que na realidade elas ocorrem ao mesmo tempo embara ando se sobrepondo se O espa o social ent o configura se como a express o mais concreta do espa o vivido quando entendido pela soberania do homem sobre o objeto atrav s de sua apropria o pela materializa o das a es humanas z O espa o portanto um campo de possibilidades de constru o de um ambiente diferente que valoriza o humano e contempla seu uso Neste estudo inspirados pela percep o de Lefebvre analisamos a cidade sob tr s dimens es Materialidade abordando os aspectos f sicos da cidade Sociabilidade verificando os direitos do cidad o em como o urbano influencia o social e Sensibilidade entendendo o sentimento de apropria o destes cidad os cidade O intuito aqui n o penetrar em detalhes hist ricos mas verificar como a cidade trata e tratada por se
31. rences entre les Etats les peuples et les classes sociales Le choix des villes olympiques comme une tude de cas est donn e par le fait que la r alisation de m ga v nements comme les Jeux olympiques produit de nombreuses transformations dans une mesure plus ou moins grande ce qui entraine la mise a niveau des conceptions urbaines La s lection des exp riences pr sent es ici a t guid par deux crit res principaux les villes qui ont t sont ou seront sur le site des Jeux olympiques et qui aspirent tre reconnus pour la qualit de l h ritage laiss a ses citoyens Ainsi cette tude examine les effets des Jeux Olympiques sur les villes h tes Barcelone Londres et Rio de Janeiro la recherche de probl matiser la situation urbaine r sultant spectacle L objectif a terme est de comprendre le processus derri re les produits visibles dans ce cas les Jeux olympiques Plus pr cis ment la coupure de l analyse est l espace urbain Dans ce contexte nous chercherons a identifier les le ons et les inspirations provenant de passages positifs et n gatifs de ces villes avec des caract ristiques diff rentes et des d fis socio conomiques qui ont accueilli les Jeux Olympiques 11 Ilustra o 1 Ilustra o 2 Ilustra o 3 Ilustra o 4 Ilustra o 5 Ilustra o 6 Ilustra o 7 Ilustra o 8 Ilustra o 9 Ilustra o 10 Ilustra o 11 Ilustra o 12 Ilustra o 13 Ilustra o 14 Ilustra
32. ria do planejamento urbano no Brasil In DEAK C SCHIFFER S R org O processo de urbaniza o no Brasil S o Paulo EdUSP 1999 p 169 243 WEBER M Economia e Sociedade Bras lia Editora Unb volume 2 2004 P ginas eletr nicas visitadas Comit Ol mpico Internacional http www olympic org Comit Ol mpico Brasileiro http www cob org br Comit Paraol mpico Brasileiro http www cpb org br Comit Ol mpico Portugu s http www comiteolimpicoportugal com Ayuntament de Barcelona http www bcn cat Greater London Authority http www london gov uk P gina official Rio 2016 http www rio2016 com Comit Popular da Copa e Olimp adas Rio http comitepopulario wordpress com P gina oficial do Movimento Paraol mpico http www paralympic org 340
33. rias reas da cidade Barcelona exemplo mesmo ap s duas d cadas da realiza o dos Jogos porque soube utiliz los a servi o da cidade Como o pr prio Josep Abad falou as Olimp adas foram apenas uma desculpa para a regenera o da cidade Londres iniciou seu processo de constru o de legado quase que de improviso Sua inten o inicial era somente a escolha de um local apropriado para a constru o de um novo est dio ol mpico A proposta de regenera o veio ap s a escolha do s tio adequado para a constru o e a partir da tomou maiores propor es Apesar do conceito de legado ter tido in cio em meados da d cada de 1990 este era apenas a consequ ncia imprevista das decis es e a es tomadas durante a organiza o do evento e por conta disto algumas cidades hoje sofrem com os impactos negativos seja na forma de instala es subutilizadas com altos custos de manuten o seja pela fatura das constru es que demoram anos para serem pagas Neste sentido entendemos que o legado precisa ser previamente planejado mesmo que seja imposs vel prever todos os impactos que ser o causados o planejamento mitiga a probabilidade de estes virem a ser negativos e auxilia no processo de gerenciamento destes legados no p s evento Os Jogos de Barcelona e o resultado positivo de sua interven o chamaram a aten o do mundo Foi a partir da que o foco no legado urbano teve in cio e o COI passou tentar entender o pr
34. vulnerabilidade e riscos sociais que amea am a seguran a f sica e social identidade individual e coletiva de amplos segmentos da popula o Isso equivale dizer que em nossas cidades podem existir regimes pol ticos democr ticos pouco representativos nos quais apenas alguns desfrutariam da real condi o de cidadania O direito mudan a da cidade intr nseco s nossas pr ticas di rias A democracia e a produtividade est o relacionadas com mentalidades proativas E essas mentalidades precisam ser ensinadas e o exerc cio da criatividade e da proposi o de solu es fazem parte desse aprendizado Segundo Viktor Frankl o homem ao contr rio dos animais n o informado por seus impulsos e instintos sobre o que tem que fazer Mas o homem moderno ao contr rio dos homens de pocas passadas o nico que n o possui tradi es que lhe digam o que deveria fazer De modo que agora ele est perdido N o sabendo o que tem de fazer nem o que deveria acontece com frequ ncia que ele n o sabe mais o que realmente quer fazer O resultado que ele apenas deseja fazer o que os outros est o fazendo conformismo ou ele simplesmente faz o que os outros lhe dizem que fa a totalitarismo Nun J Marginalidad y exclusi n social 2001 Frankl V O Homem Procura do Significado ltimo 1982 p 57 53 A partir deste conceito de democracia podemos desenvolver o conceito de cidad o Cidad o a pess
35. xima com as transforma es pol ticas e sociais mundiais Durante seu per odo de exist ncia ele se viu envolvido em v rias situa es extraesportivas que alteraram seu rumo e determinaram novas atua es 93 a T gs y Wp Beijing 2008 ATHENS 2004 Rio de Janeiro 2016 Londres 2012 Pequim 2008 Atenas 2004 O 23 Barcelona 92 a a Atlanta 1996 Barcelona 1992 Seul 1988 Los Angeles 1984 Moscou 1980 we Montr al 1976 EUX DELA XVI OLYMPIAD OMA OQ BVI Montreal 1976 T quio 1964 Roma 1960 MELBOURNI TYMPIC GAMES URES HELSINKI FINLAND ae JUL 1948 AUGUST LONDON Melbourne 1956 Helsinque 1952 Londres 1948 Berlim 1936 Los Angeles 1932 2 MSTERDAM 8 Amsterdam 1928 Paris 1924 Antu rpia 1920 Estocolmo 1912 Londres 1908 Cartazes de cidades sede de Olimp adas de ver o 1908 2016 Fonte Comit Ol mpico Internacional 94 As novas condi es referentes ao Movimento Ol mpico levaram K tia Rubio a propor uma periodiza o hist rica para os Jogos Ol mpicos da Era Moderna de forma a articular os diferentes momentos e din micas dos Jogos a partir de fatos que marcaram uma era e possibilitaram a transforma o tanto da institui o como do fen meno ol mpico Essa periodiza o caracterizada em fases que foram denominadas fase de estabelecimento fase de afirma o fase de conflito e fase de profissionaliza o A Fase de estabelecimento per odo que compreende os
36. 1928 Ps 1908 1948 2012 N 1 ob 1936 1900 1924 1972 1982 1960 4 1896 2004 1988 1964 2020 2016 Mapa com pa ses que j foram palco de Jogos Ol mpicos de Ver o Pa ses que sediaram uma vez est o em verde enquanto pa ses que hospedaram duas ou mais est o em azul Fonte Wikip dia Commons Os Jogos t m crescido em escala a ponto de quase todas as na es serem representadas Este crescimento tem criado in meros desafios mas a exposi o dos pa ses e atletas m dia d a oportunidade de promover suas qualidades no cen rio mundial provando sua import ncia e adquirindo o respeito dos demais e o apoio necess rio para realiza o de tal evento Al m disso outro grande atrativo candidatura aos Jogos a oferta benef cios para as comunidades locais bem como uma ferramenta chave de proje o de cidade e de atra o de turistas o que leva a melhorias estruturais como rede de transporte moradia instala es esportivas e novos postos de trabalho Por m se hoje se assiste a uma acirrada disputa pela condi o de cidade sede dos Jogos Ol mpicos nem sempre isso se passou dessa maneira na hist ria do Movimento Ol mpico Ainda que o planejamento apresentado para realiza o de um megaevento abranja diversas reas nota se que os interesses econ micos prevalecem sobre os poss veis efeitos culturais e sociais Neste sentido o Movimento Ol mpico tem oferecido mostras de uma rela o pr
37. 76 mas abandonou o conceito de autoestradas urbanas adotado quando alguns setores iriam ser constru dos na d cada de 1970 Os novos an is vi rios foram projetados para facilitar a entrada e a sa da da cidade e para melhorar as conex es entre a principal rede de estradas e as v rias reas de Barcelona Os novos an is vi rios tamb m seriam fundamentais para a mobilidade entre as reas ol mpicas em 1992 DP A no pupu 3 f Ran ap ab Ad pali ALA E KA 7 a a nam ah VS Esquemas de Cerda com as diversas op es de cruzamentos e perfil da rua Fonte Brito 2010 O anel vi rio da montanha iria absorver entre 130 e 140 mil ve culos por dia enquanto o anel vi rio costeiro suportaria entre 80 e 90 mil Ambos foram projetados com uma estrutura duplicada uma se o central conectada com a rede vi ria regional e se es laterais com a rede vi ria local Eles tamb m seriam providos com sistemas de controle de tr fego especialmente nas interse es e seu impacto no meio ambiente seria minimizado Neste ltimo caso o atraso que Barcelona experimentou na retomada das obras dos an is permitiu que outros experimentos fossem estudados 1990 Mapa de tr nsito vi rio Barcelona 1970 1990 e 2005 Fonte Institut Cartogr fic Catalunya 217 Foi feita uma avalia o dos impactos que os v rios tipos de estrada tiveram no meio ambiente em outras cidades do mundo Isto levou ado o de med
38. Barracas del Somorrostro anos 1950 na fachada maritima que deu lugar a Vila Olimpica Fonte Capel 2009 F bricas Folch Poblenou antes da demoli o daVila Ic ria 1987 Fonte http www tempusfugitvisual com 20 Aniversario JJOO barcelona92 html 178 Vista a rea da Vila Icaria antes de seu desaparecimento em 1987 Nota se a concentragao de arquitetura fabril que foi substituida pela Vila Olimpica Fonte Caball 2010 POL SESAO ae SA a m Bos a da queen AGR si 5 Dy ast i oi ae a AAR ake mee a LITR Ga E na o SRE A Shee HS JE SE mm Saena ouupee 3 Si S A N hers y Transforma es urbanas Extens o das demoli es do que foram a Vila Ic ria verde o bairro de Ribeira amarelo e a aberturada rua Via Laietana no in cio do s culo XX vermelho Fonte Caball 2010 179 Este papel seria refor ado atrav s do Plan de Estabilizaci n de 1959 e da pol tica de abertura e reincorpora o da Espanha a economia internacional O municipio que tinha 1 3 milh o de habitantes em 1965 com o crescimento do bairros oper rios na periferia chegou a alcan ar em 1965 a cifra de 1 5 milh o de habitantes O crescimento posterior se deslocou para cidadelas lim trofes consolidando progressivamente o crescimento da rea metropolitana de Barcelona alcan ando tr s milh es de habitantes em 1975 Mas os d ficits urban sticos que se acumularam durante este ltimo per odo eram e
39. Coragem e for a foram as respostas que Ele deu s minhas ora es Muito obrigada Senhor Aos meus pais DALVA e ALCENOR obrigada pelos limites impostos pelas compreens es por respeitarem meu jeito Obrigada pela insist ncia em me ensinar o que certo e pelo exemplo di rio O amor de voc s por mim os tornou incans veis na minha educa o e forma o Isso fez toda a diferen a Tudo significa muito de mim em mim para mim s minhas irm s filhinhas ANDR IA e NAYARA obrigada por existirem Voc s significam a maior proximidade com o meu passado com as minhas ra zes com aquilo que eu sou Nossa hist ria me aproxima de mim e assim eu n o me perco A exist ncia de voc s grande respons vel pelo que eu sou e pelo que eu me tornei Eu amo voc s como extens o de mim minha grande fam lia que me apoiou e agora festeja mais uma etapa de vida vencida Especialmente TIA GL RIA e a VO CARMOZINA pelos caf s que fortificaram a minha alma e me estimularam a continuar s duas devo muito mais que este trabalho Foi cuidado demais carinho demais ensinamento demais E ao TIO CELIO pelos gentis empurr es que me ajudaram a ir em frente Ao meu orientador professor PAULO CASTILHO por acreditar em mim pela orienta o pela dedica o extrema paci ncia e apoio na realiza o deste trabalho Aos membros da banca professores OSCAR FERREIRA PERCI COELHO ORLANDO CARRIELLO e THAIS ZENKNER que em me
40. Guilhermina por acreditar que o Olimpismo era um reduto do paganismo que precisava ser contido nao concedeu apoio financeiro e tentou fomentar um sentimento anti olimpico na popula o local Por m os holandeses utilizaram seu entusiasmo para conseguir com que sua soberana apoiasse a iniciativa A crise da bolsa de 1929 fez o mundo duvidar do poderio econ mico dos EUA e a economia norte americana s come aria a se recuperar em 1933 No esporte por m a resposta veio j em 1932 com os Jogos Ol mpicos de Los Angeles ap s treze anos se candidatando sede A Calif rnia j abrigava ent o o principal p lo da ind stria cinematogr fica do mundo e se destacava como um grande centro de produtores de espet culos Com essa mentalidade foram preparados os Jogos Ol mpicos de 1932 A Vila Ol mpica inova o dos Jogos de 1924 foi constru da em estilo colonial com 700 casas pr fabricadas erguidas sobre um campo de golfe com vista para o Pac fico que depois foi vendida para ser remodelada por grupos hoteleiros e imobili rios Vila ol mpica dos Jogos Ol mpicos de Los Angeles 1932 Fonte Xth Olympiad Los Angeles 1932 Official Report 102 Los Angeles 1932 foram pioneiros no desenvolvimento de um projeto de marketing que nao apenas cobriu o custeio dos Jogos como acabou gerando lucro em torno de US 1 milh o para os organizadores A crise entretanto foi sentida Somada aos elevados custos da viagem para a costa oest
41. Janeiro intentando saber sobre sua coer ncia com o contexto anterior e posterior aos Jogos e buscando inferir os poss veis impactos da realiza o dos Jogos na cidade O ltimo cap tulo destinado s considera es finais consolida os principais resultados da pesquisa aponta o alcance obtido segundo o objetivo previsto e procura identificar futuros desdobramentos a partir da abordagem empreendida Conclu mos o trabalho com ideias gerais sobre os assuntos abordados e a liga o entre eles entendendo em que medida os Jogos est o a servi o da cidade ou a cidade est a servi o dos Jogos 26 Flatiron Detail Artista Nathan Walsh Dispon vel em http ny curbed com Queriamos fazer um conjunto bem Queriamos ir juntos a cidade muito bem S que medida que a gente ia caminhando quando come amos a falar dessa cidade fui percebendo que os meus amigos tinham umas ideias bem esquisitas sobre o que uma cidade Umas ideias atrapalhadas cada ilus o Neg cio de louco A cidade ideal Chico Buarque 28 Pare olhe e pense Esse conjunto de casas pr dios e vias de trafego povoado por milhares s vezes milh es de pessoas s o como voc sabe uma cidade Raquel Rolik o espa o onde o homem deixa sua marca faz sua hist ria vive seu cotidiano Sim pois claro que Mas neste lugar h pausas e ru dos distintos H por es de esquecimento E aos doming
42. Jogos as novas instala es do Parque Ol mpico ser o abertas comunidade inteira e n o apenas atletas de elite Isto levar a mais oportunidades para que todos possam participar do esporte e da atividade f sica Isto essencial para uma comunidade mais inclusiva e ativa levando a uma sociedade mais adequada e redu o das desigualdades de sa de Regenera o do Thames Gateway Os Jogos de Londres 2012 foram focados no East London e sua inten o a priori foi o programa de regenera o e renova o urbana especialmente na rea Lea Valley adjacente Stratford no condado de Newham Newham como seus condados vizinhos Hackney e Tower Hamlets tem significantes areas de car ncia social e v rios terrenos brownfield que uma vez foram cen rios industriais docas e p tios ferrovi rios A rea centro do programa regional mais ambicioso da Europa o esquema Thames Gateway pois adjacente s areas de desenvolvimento Canary Wharf e Docklands ER Poynter G From Beijing to Bow Bells 2006 244 Lower Lea Valley local de implanta o do Parque Ol mpico Fonte Revista Engenharia e Constru o Thames Gateway consiste de 81 000 hectares de terra aproximadamente 3 800 hectares destas foram designadas como brownfield Prolongam se por 60 km leste da London s Tower Bridge ao longo do estu rio do T misa e possui uma popula o de aproximadamente 3 3 milh es de pessoas Canary Wharf adj
43. London By general consent and we used 247 to say this Ken to each other in six years this accelerated the regeneration of that area by 60 years have confidence in legacy delivery Let me perhaps point to the evidence The fact that the eight venues in the Olympic Park are now let to long term legacy management is unprecedented No Olympic city has ever achieved that degree of pre planning of the legacy and this was again something that Ken and very much did together We were absolutely clear that we wanted if we won an Olympics in East London to be not just transformative of 150 hectares of degraded contaminated land but also that we would see a change in the economies of the five and then six boroughs that immediately surrounded the Park Two of those five are the most deprived boroughs in the country We saw a potential not just for physical legacy but also legacy in terms of building human capital addressing the shortage of skills addressing the shortage of jobs and the general degradation of parts of those boroughs all of which are beginning to see change as a result of the Olympics There are risks that come with that Very specifically for the Olympic Park we deliberately ensured that the residential accommodation in the Athletes Village was 50 social housing and 50 privately rented and so 50 of it is run by the Delancey consortium which is also going to have an interest in the second phase of residential d
44. Moraes Jardim e Marcelino Ramos da Silva com a finalidade de conceberem um plano de reurbaniza o e de infraestrutura para a cidade do Rio de Janeiro ERA Tra 7 TETO K at MAPPA ABCUITECTUDAL og CIDADE BO Lid DE JANEIRU Ti Parte Canmetcare E a j Mapa arquitetural do Rio de Janeiro 1875 Fonte http www educacaoemlinha com br 275 A equipe prop s al m do alargamento de antigos logradouros rasgar avenidas cruzando a antiga rea Central da cidade e outras de contorno para facilitar o tr nsito de ve culos e liga o desse n cleo com seus bairros perif ricos Para a regi o dos atuais bairros de Vila Isabel Andara e Tijuca foi proposta radical urbaniza o que favorecesse a expans o da cidade no sentido da Zona Norte e para a Zona Sul obras nos bairros do Catete Flamengo Laranjeiras Botafogo e da orla de Copacabana at o atual Leblon Foram projetados ainda um porto sobre o aterro da Ba a da Guanabara e uma esta o mar tima conectando o a estrada de ferro D Pedro Il Este Plano de Melhoramentos come ou a ser implantado mas sofreu interrup o em fun o de s rias e importantes ocorr ncias pol ticas e sociais Em 15 de novembro de 1889 foi Proclamada a Rep blica e o fim do regime imperial no Brasil Os primeiros anos dos governos republicanos foram tumultuados e foram suspensas todas as obras urbanas na cidade do Rio de Janeiro inclusive o Plano de Melhoramentos O presidente Rodrigues Al
45. Por fim Londres a exemplo de Barcelona utilizou os Jogos para criar um grande plano de regenera o urbana na rea de East London Efetivamente os jogos Ol mpicos custaram cerca de 9 3 bilh es de libras e investiu se em um plano progressivo de tr s etapas A primeira delas corresponde puramente aos Jogos onde seus espa os est o pensados para receber multid es Ap s o encerramento o processo de regenera o continuar e tem data de finaliza o prevista para 2030 Vemos que de uma forma ou de outra os Jogos Ol mpicos v m sendo utilizados para deixar marcas permanentes na cidade seja no aspecto econ mico urbano ou social O legado h algum tempo uma das justificativas utilizadas pelos pa ses para postular a hospedagem dos Jogos e alguns deles conseguem ser felizes em suas realiza es deixando um legado permanente para seus cidad os 110 Bin pa ERA Sa er RENA AKEE MEX Sami dp em rele NA NG M as A a ee uu X S ao des Como nasce uma cidade Dispon vel em http www correiobraziliense com br 111 A fun o da lembran a conservar o passado do indiv duo na forma que mais apropriada a ele O material indiferente descartado o desagrad vel alterado o pouco claro ou confuso simplifica se por uma delimita o n tida o trivial elevado hierarquia do ins lito e no fim formou se um quadro total novo sem o menor desejo consciente de falsific lo W Ster
46. a valoriza o de im veis urbanos Considerar esses princ pios fundamentais e diretrizes gerais no processo de planejamento estrat gico dos Jogos Ol mpicos pode 130 permitir maximizar os legados com foco na garantia da sustentabilidade urbana contra a desigualdade e a injusti a social A no o de sustentabilidade implica uma inter rela o necess ria entre justi a social qualidade de vida equil brio ambiental e a necessidade de desenvolvimento como tendo uma capacidade de suporte Evidentemente que o prop sito de maximizar os legados com o foco descrito pressup e a necessidade de implementar pol ticas p blicas orientadas para tornar as cidades social e ambientalmente sustent veis possibilitando com isso retornar para o cidad o os investimentos com a realiza o do evento Na dimens o do Esporte e do Lazer a exemplo de outras reas o desafio a ser perseguido o estabelecimento de Pol ticas P blicas efetivas desenvolvidas de forma abrangente e continuada para que seus resultados possam ser avaliados e mensurados quanto qualidade efic cia e efetividade de seus prop sitos Referenciar a realiza o dos Jogos Ol mpicos tem car ter estrat gico seja no processo de planejamento das a es ou na gest o e no acompanhamento da execu o das mesmas O desafio construir uma matriz de forma o esportiva com ra zes nas escolas e universidades que supere a teoria da chamada pir mide esporti
47. a escolha de uma cidade sede dos Jogos Ol mpicos gera projetos e a es quase espontaneamente Os desejos e necessidades s o constatados tempos antes da candidatura da cidade e durante o processo os planos s o desenvolvidos para posterior implanta o preciso garantir desde o princ pio uma a o urban stica cont nua e com ela adotar alguns instrumentos habituais no urbanismo moderno como o plano e o projeto urbano O plano demarca as diretrizes a estrutura e os par metros do desenvolvimento e das transforma es de maneira global e o projeto urbano define e formaliza os componentes concretos das a es com clara vontade de construir a cidade Barcelona j havia aprendido com os eventos organizados no in cio do s culo XX e o caminho para sede dos Jogos Ol mpicos de 1992 come ou uma d cada antes O atual Plano Geral Metropolitano PGM 76 aprovado no ano de 1976 serviu de marco de refer ncia para as a es contempor neas e apesar de cont nuos ajustes sempre conservou sua estrutura e par metros b sicos incorporando a cada momento novas ideias e projetos Suas diretrizes se concretizam em projetos urbanos com consci ncia do seu lugar escala e papel na constru o da cidade Nos anos anteriores indica o ol mpica se desenvolveram em Barcelona importantes interven es sobretudo no espa o p blico not veis pela vontade de reconstruir a cidade e pela qualidade dos projetos envolvidos A ideia de
48. a retirada de 30 000 t de lixo Os moradores das poucas edifica es residenciais foram realocados para outras localidades de Londres Entre as aproximadamente 200 edifica es que conforma o Parque Ol mpico destacam se Est dio ol mpico O principal equipamento esportivo do Parque Ol mpico de Londres o est dio ol mpico ocupa 16 ha Por contados rios no entorno cinco pontes foram constru das h 30 novas pontes e passagens em todo o centro ol mpico sobretudo para dar acesso ao est dio No passado existia apenas uma ponte interligando o n cleo de ind strias existentes no bairro O est dio teve capacidade de 80 mil lugares durante os Jogos reduzindo para 60 mil ap s as Olimp adas Sua arquitetura moderna foge do padr o ingl s No entanto a indefini o tem sido no uso da pista de atletismo Os clubes interessados na concess o querem transformar a pista em assento para torcedores mas pelas regras de cess o do est dio o circuito de provas de atletismo deve ser preservado inclusive para futuras competi es internacionais Est dio Ol mpico Fonte London Olympic Games Official Report vol 3 256 Parque aquatico O parque aqu tico da Olimp ada de Londres com 17 5 mil lugares foi erguido com duas arquibancadas remov veis de 42 m de altura cada em seus extremos ser reduzido para 2 5 mil lugares com possibilidade de adicionar mais mil em eventos maiores As arquibancadas remov veis ser o
49. anfitri Os Jogos Ol mpicos s o capazes de impulsionar grandes transforma es s cabe aos seus planejadores saber abra ar a oportunidade e transform la em uma grande conquista para a cidade 171 Sketch de Barcelona Artista John Mantha Disponivel em http johnmantha blogspot com br 172 EP EL E Los Juegos fueron una excusa para reinventar la ciudad y dar un salto cualitativo de m s de veinticinco anos en solo seis una transformaci n radical que consolid los cinturones el aeropuerto la capacidad hotelera la recuperaci n de la playa para la ciudad y un largo etc tera de proyectos urban sticos y arquitect nicos orientados a la b squeda del reequilibrio de la ciudad y la mejora de la calidad del entorno en definitiva la mejora de la calidad de vida de los ciudadanos Isidre Rigau Director de log stica deportiva del COOB 92 173 DE BARCINO BEN As origens da cidade de Barcelona sao confusas Possui mais de 2000 anos mas as informa es at o s culo a C s o escassas Foi col nia romana sob o nome de Barcino entre os anos 15 e 10 a C forma reduzida da oficial Colonia Faventia lulia Augusta Pia Barcino Ap s a domina o romana desenvolveu se como capital da Catalunha na poca medieval sendo chamada de Barchinona em detrimento de seu nome romano Dessa fase resta o
50. ao Plano Geral Metropolitano de Ordena o Urbana aprovada pela Comiss o Provincial de Urbanismo de Barcelona em 14 de julho de 1976 cujo objeto a ordena o urban stica do territ rio que integrava a anterior Entidade Municipal Metropolitana Barcelona e compreendia um total de 27 munic pios As normas urban sticas deste plano bem como as altera es introduzidas no mbito normativo foram editadas pela Municipis de l rea Metropolitana de Barcelona O plano lida com o ambiente urbano e foi desenhado de acordo com os regulamentos previstos na legisla o sobre o uso da terra e planejamento urbano Deve ser lembrado que quando o plano estava sendo tra ado em 1956 a primeira lei de terras da Espanha ainda estava vigente Esta foi revisada e substitu da por uma nova estrutura em 1975 passando a ser imperativo que o a vers o final do PGM fosse adaptado nova legisla o O escopo coberto pela PGM tem sua origem no plano urban stico de 1953 que foi a primeira proposta urbana de tentativa de ordena o racional da cidade em um espa o que excedeu significativamente os limites de Barcelona No entanto deve se afirmar que esta extens o de limites n o era o resultado de um estudo rigoroso das rela es entre as diferentes reas mas sim uma proposta improvisada devido a uma visita sede do plano pelo Diretor geral do urbanismo nacional O fato que a despeito de sua origem seus limites duram at hoje atrav s da e
51. as suas atividades unir os fragmentos dispersos da personalidade humana transformando homens artificialmente mutilados burocratas especialistas peritos agentes despersonalizados em seres humanos completos reparando os danos que foram causados pela divis o vocacional pela segrega o social pelo cultivo exagerado de uma fun o predileta pelos tribalismos e nacionalismos pela aus ncia de associa es org nicas e finalidades ideais A cidade assim a condi o espacial da configura o dos direitos do homem Ela produz conhecimento A intelig ncia n o se desenvolve em ambientes onde predominam os padr es e a uniformidade de pensamento E essa intelig ncia fundamental para o combate s sociedades marcadas pela segrega o j que o espa o varia de acordo com o que ser posto em quest o Desta forma a quest o de que tipo de cidade que queremos n o pode ser dissociada do tipo de la os sociais de relacionamento com a natureza estilos de vida tecnologias e valores est ticos que desejamos Para Braudel 35 Mumford L A Cidade na Hist ria suas origens transforma es e perspectivas 2004 p 48 o espa o fonte de explica o p e em causa ao mesmo tempo todas as realidades da hist ria todas as partes envolvidas da extens o os Estados as sociedades as culturas as economias E conforme escolhamos um ou outro destes conjuntos modificar se o o significado e o papel do espa o
52. atrav s das formas de apropria o dos lugares da metr pole O espa o deve ser considerado como um conjunto de rela es realizadas atrav s de fun es e de formas que se apresentam como testemunho de uma hist ria escrita por processos do passado e do presente Isto o espa o se define como um conjunto de formas representativas de rela es sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada por rela es sociais que est o acontecendo diante dos nossos olhos e que se manifestam atrav s de processos e fun es 1 Correa R O espa o urbano 2000 Santos M e Silveira M Por uma geografia nova 2002 p 153 20 Assim entende se que o espa o urbano produto de acontecimentos pol ticos hist rico culturais socioecon micos de v rias gera es desta forma n o faz sentido pensar gest o urban stica desarticulada da concretude espacial porque sociedade e espa o caminham juntos desde os prim rdios Entendemos que o esporte atualmente reflete a forma como a sociedade vem se organizando revelando as diferen as entre Estados povos e classes sociais Neste contexto um megaevento como os Jogos Ol mpicos se distingue por seu car ter temporal e por sua capacidade de atrair um grande n mero de pessoas de diversas partes do mundo As cidades aspirantes sede dos Jogos utilizam como argumento os benef cios para a popula o local e se n o existem cidades j estruturadas para receber
53. avassalador do patrim nio da cidade do Rio de Janeiro deu se quando dos preparativos do Centen rio da Independ ncia brasileira que contraditoriamente para abrir terreno destinado montagem da Exposi o Internacional de 1922 destruiu o Morro do Castelo com suas edifica es hist ricas ber o da cria o da urbe carioca Tamb m nesse ano foi resgatado o projeto dos militares republicanos de transfer ncia da capital brasileira sendo enviada comiss o t cnica para demarcar o terreno previsto na Constitui o de 1891 Os planos urban sticos realizados nas cidades voltaram se em sua grande maioria para o embelezamento e a gera o de novas reas de moradia para a classe m dia e rica para as ind strias e o com rcio Pouco se fez para beneficiar as popula es pobres que viviam nos n cleos favelados 278 em habita es prec rias em reas de risco e em loteamentos clandestinos As cidades brasileiras aprofundaram a imagem das injusti as constru das historicamente pelo descaso dos sucessivos governos e de suas discriminat rias pol ticas social econ mica e cultural postas a servi o da parcela formada pelos mais aquinhoados Os ide rios das artes e do urbanismo moderno come avam a chegar ao Brasil ap s a Semana de Arte Moderna Tendo sido nomeado prefeito da cidade do Rio de Janeiro o fazendeiro paulista Antonio da Silva Prado Junior 1926 1930 imbu do de novos conceitos convidou em julho de 1927
54. candidatura foi dada durante a transi o pol tica na poca p s franquista Em 1979 foram celebradas as primeiras elei es municipais que culminou na elei o de Narc s Serra Ao mesmo tempo em que era um momento de euforia pela mudan a na pol tica havia certo pessimismo relacionado crise econ mica e a qual se uniria o desencanto pol tica uma vez terminado o per odo de transi o Em um primeiro momento no in cio dos anos 1980 o novo poder municipal come a a pensar em novas maneiras de dinamizar a cidade que estava castigada pelo 189 menosprezo pela qualidade de vida dos cidad os da era franquista Por m esta preocupa o urbana surge em um momento de plena crise econ mica Tendo em conta seu sucesso no passado a Exposi o de 1888 deu impulso ao bairro Eixample a Exposi o de 1929 a Montjuic o Congresso Eucar stico no Bom Pastor etc o projeto que logicamente pode solucionar tais crises pedir os Jogos Ol mpicos para Barcelona Este no caso apenas um pretexto para dar in cio nova din mica t o ansiada pelo novo governo Isto se liga a outro fator favor vel dentro de uma s rie de mudan as dentro do Movimento Ol mpico houve a ascens o presid ncia do COI de Juan Samaranch Alguns dizem que sua participa o na nomina o de Barcelona foi mais por absten o que por interven o Somente sua presen a conferia Barcelona uma credibilidade que talvez n o tivesse sem ele
55. cidade eliminada anunciado Ap s o an ncio final a cidade sede eleita assina o Contrato de Cidade sede com o COI que delega as responsabilidades de organizar os Jogos ao pa s e ao seu respectivo CON Segundo o COI os crit rios de avalia o das cidades candidatas s o e Apoio pol tico e social As cidades devem fornecer garantias que mostrem o apoio e o compromisso de todas as esferas de governo O COI tamb m analisa a capacidade destas esferas do cumprimento de COI Choice of the Host City 2016 Candidature Procedure and Questionnaire 9 COI Games of the XXXI Olympiad Working Group Report 90 todas as garantias fornecidas As leis do pais e da cidade candidata tamb m s o observadas bem como o nivel de aceita o popular que a candidatura tem A nota final composta por Infraestrutura geral Este item leva em conta as infraestruturas de transportes terrestre e a reo da cidade bem como o projeto dos centros de imprensa S o analisados tamb m o tempo e o custo de constru o das novas infraestruturas e a integra o delas com o plano do legado da cidade locais de competi o e Vila Ol mpica s o analisados separadamente Locais de competi o O crit rio dividido em tr s subcrit rios Instala es existentes seu uso e projetos de reforma Instala es planejadas e tempor rias a viabilidade das novas constru es de acordo com o tempo o custo e a qualidade e Conceito e le
56. classes m dias uso que foi praticamente varrido do mapa depois dos anos 50 A constru o da Linha Amarela nos anos 90 uma autopista municipal com ped gio que por meio de t neis e elevados e atravessa antigas zonas industriais faz a sua liga o direta com o aeroporto internacional o sistema vi rio nacional e o centro da cidade deu Barra da Tijuca certo grau de conectividade em termos das redes nacionais e internacionais Deste modo ela est se transformando em um polo de neg cios servi os e resid ncias das classes de alto status na borda de uma megacidade e quase independente dela Outro ponto importante s o os novos modos de ocupa o de zonas industriais erguidas antes e durante o per odo industrial S o reas e zonas do miolo metropolitano que est o sendo recicladas e tiveram uma mudan a de uso voltada para o com rcio e servi os Um exemplo por ocasi o do Panamericanos de 2007 foi constru do um est dio ol mpico Engenh o para quarenta e cinco mil pessoas no bairro do Engenho de Dentro em terrenos das Oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil que ali foi instalada na d cada de 1870 e que um dos grandes s mbolos esquecidos do in cio da industrializa o brasileira A transforma o das antigas zonas industriais decorre do seu abandono pelo capital e pelo Estado o que permitiu o desenvolvimento de invas es e a expans o de favelas em bairros industriais e de classes m dias que foram entregue
57. com 12 a 14 metros de profundidade possibilitando a ventila o cruzada e a ilumina o natural Sales comenta Assim pertencendo a outro tempo que n o aquele do Ensanche o projeto estabelece ao mesmo tempo uma ideia de habitar diversa daquela e mais complexa As tipologias edil cias ent o ao adaptar se malha urbana do s culo XIX demonstram algumas mudan as formais e funcionais requeridas pela sociedade contempor nea O projeto exprime esta inten o de um lado liberando se e ampliando se os espa os no interior das quadras proposta inicial de Cerda para uso n o mais privado e sim coletivo conformando uma rede de espa os semi p blicos conectados entre si e de outro com um tipo de densidade controlada viabilizando melhores condi es de habitabilidade e conforto do espa o residencial que se traduz tamb m na previs o de conjuntos heterog neos de tipos edil cios e de formas de habitar 175 Sales apud Miana A Adensamento e forma urbana 2010 p 185 209 Axonometria da Vila Olimpica Fonte Barcino Bcn Arquivo hist rico da cidade de Barcelona 2010 Disponivel em www bcn cat Vila Olimpica 1988 1992 Fonte Bohigas MBM en libros y revistas 2005 Disponivel em http fama us es 210 Foto a rea da area da Vila Olimpica Fonte Google Foto a rea de parte da Vila Olimpica Fonte Caball 2010 211 A rea Diagonal A area Diagonal aquele em que eles foram para soltar
58. culo V a C Fonte Revista eletr nica Graecia Antiqva Dispon vel em http greciantiga org img index asp num 0783 Sob o dom nio do Imp rio Romano cristianizado as Olimp adas foram perdendo import ncia e em 392 a C o imperador romano Teod sio convertido ao cristianismo pro be a pr tica de qualquer manifesta o que valorizasse o polite smo Com isso os ltimos Jogos Ol mpicos ocorreram em 393 a C 68 Ap s 1500 anos da decis o de Teod sio as Olimp adas voltaram a acontecer sob o nome de Jogos Ol mpicos Modernos Por iniciativa do educador franc s Pierre de Fr dy bar o de Coubertin foi criado em 1894 o Comit Ol mpico Internacional Inspirado nos ideais dos gregos ele acreditava que a educa o f sica era um fator determinante na educa o moral Pierre de Coubertin viu na realiza o da competi o uma forma de propagar esta filosofia pelo mundo A ideia de internacionalizar os Jogos Ol mpicos inspirada no legado grego desvelado pelas escava es arqueol gicas alem s em Ol mpia Antiga 1875 1881 e dos eventos esportivos chamados Olimp adas como os Jogos Ol mpicos de Much Wenlock na Inglaterra Seu interesse convinha em promover o esporte rapidamente por toda a Fran a e sobretudo colocar em pr tica o entrosamento entre os povos e servir paz mundial Realizou um estudo sobre Os exerc cios f sicos no mundo moderno 1892 e em durante o Congresso Atl tico Internac
59. das facilidades de transporte e comunica o na quest o ambiental e na seguran a e conforto dos turistas e atletas por exemplo poss vel expandir os mapas mentais e afetivos da popula o local e dos visitantes bem como descentralizar os impactos econ micos dos projetos desde que essas metas sejam inseridas no in cio do planejamento Os projetos necess rios para a renova o da cidade devem ressaltar suas voca es e potenciais A mesma forma aplic vel aos bairros da cidade tornando vis veis as singularidades de cada espa o A priori todas 134 Rubio Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 Ribeiro Instala es Esportivas Planejamento e Desenvolvimento 2005 Morais e Euz bio Eventos internacionais Compensa investir O investimento vale a pena 2009 137 as a es concretizadas hoje tanto do ponto de vista dos valores morais quanto no que concerne ao ambiente constru do constituir o um legado para as gera es futuras Mesmo em sentido negativo os erros cometidos ser o um legado a ser administrado pelas pr ximas gera es Para o planejador deve sempre estar claro o equil brio entre o tang vel e o intang vel ao propor o uso e gest o p s evento dos equipamentos constru dos Ao planejar o legado da cidade o desafio avaliar aquilo que poder ao mesmo tempo promover crescimento econ mico e responder s necessidades mais urgentes da coletividade Por m n o
60. de Parc de Mar em Poblenou Durante a renova o poucas foram as edifica es mantidas por isso o projeto p de ser pensado com mais liberdade sem muita preocupa o com as influ ncias arquitet nicas da rea Ainda assim o projeto adota um princ pio de implanta o que referencia a 208 historia da cidade caracterizando a pela integra o que tenta estabelecer com a cidade existente A recupera o da praia do porto e do passeio mar timo foram decis es de projeto exigidas pela COOB O projeto tamb m previu uma rea de edif cios altos de maneira que estes impedissem a visibilidade e nem prejudicassem as condi es ambientais do entorno As reas t rreas das edifica es foram separadas para servi os comuns e os cinco outros pavimentos com rea total de 225 m foram destinados resid ncia dos atletas e comiss es oficiais Todos somavam 2500 apartamentos para 15 mil pessoas Os edif cios da Vila foram arranjados como compartimentos com subdivis es Ao longo da avenida que cruzava a Vila estava o Parc de Mar com dez hectares de jardins para passeio e recrea o As 2500 habita es foram distribu das em blocos perimetrais s quadras apoiados na malha ortogonal do Ensanche Cerda alinhadas no limite do lote e com gabaritos uniformizados Por m algumas modifica es em rela o ao Ensanche foram feitas como uma amplia o de escala com m dulos dois ou tr s vezes maiores e edifica es mais estreitas
61. de cada divis o Isto permitiu e 171 Abad J A summary of the activities of COOB 92 1995 p 5 172 Abad J A summary of the activities of COOB 92 1995 p 3 195 deu credibilidade a todo o processo pois existiam muitos projetos interdependentes Os objetivos tra ados e seu m todo de planejamento expressaram a vontade de ver a cidade como um todo dar um grande salto em frente A abertura da cidade para o mar exigia uma opera o de grande escala no lado oriental da costa Neste ponto a cidade ainda conservava um potencial ineg vel para a renova o urbana Neste sentido a localiza o da futura Vila Ol mpica ao longo da costa no eixo da Calle de La Marina teve uma inten o estrat gica clara para a cidade porque abriu um eixo potencial de comunica o com um espa o costeiro renovado Um dos objetivos desse escopo era suficiente para justificar o risco desta decis o em uma opera o de transforma o que teria um impacto permanente A filosofia subjacente do Projeto Ol mpico assegurou que os Jogos fossem descentralizados A ideia de concentrar todas as instala es em um Parque Ol mpico como tinha sido o caso em Seul foi imediatamente rejeitada Barcelona decidiu compartilhar os jogos com o maior n mero de cidades sede subsidi rias poss vel O programa ol mpico designou quatro reas ol mpicas dentro da cidade de Barcelona e 15 cidades sede subsidi rias das Olimp adas As instala es de jogos
62. de candidatura aos Jogos de 1992 foi feita pelo ent o prefeito Narc s Serra mas quem p s em pr tica o projeto foi seu sucessor Pasqual Maragall O resgate da frente mar tima da cidade foi muito ansiado pois por muito tempo Barcelona estava de costas para o mar A rea foi renovada transformando seu uso forma acessibilidade e equipamentos sem deixar de compatibilizar as necessidades urbanas com as obriga es ol mpicas 207 Fachada mar tima antes das interven es Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB A rea do Parc de Mar foi o local da Vila Ol mpica mas foi tamb m designado como rea dos jogos de badminton e das regatas apesar de Palma de Mallorca ter sido sugerida como local alternativo Os locais foram complementados com instala es de treinamento O eixo central da rea foi a extens o da marina com cinco quil metros de extens o incluindo o quil metro existente no distrito de Barceloneta Esta esplanada iria seguir junto beira mar e conectar as novas praias nas reas demandadas entre os seis espig es A cria o das reas do Parc de Mar e do Vall d Hebron foi a express o do desejo de adaptar as loca es para os jogos com as estruturas da cidade Desta maneira Barcelona seria beneficiada com as novas instala es esportivas e os Jogos contribuiriam para a renova o de toda a cidade A Vila Ol mpica estava localizada no novo distrito residencial
63. de debate Nem mesmo o COI apesar de ter realizado um semin rio em 2002 com o prop sito de discutir este assunto possui uma defini o clara do que legado Assim as cidades se apropriam da palavra para lan ar suas candidaturas utilizando a livremente segundo suas inten es Na d cada de 1980 o conceito de legado ainda n o era comum Barcelona foi pioneira neste sentido n o no uso da palavra mas na busca de realiza es para a cidade e para os seus cidad os Enquanto a regenera o uma expectativa realista para cidades que hospedam os Jogos Ol mpicos os planejadores n o devem esperar que isso ocorra automaticamente Evid ncias na literatura de ex cidades ol mpicas sugerem que o sucesso de um processo de regenera o impulsionada por megaeventos depende de v rios fatores cr ticos incluindo o planejamento estrat gico das interven es a integra o de atividades esportivas e infraestrutura associada economia de longo prazo e planos desenvolvimento para a regi o Como foi visto Barcelona iniciou o processo de regenera o antes mesmo de ser nomeada sede dos Jogos O foco do 321 planejamento da candidatura era conseguir os recursos para revitalizar uma cidade que estava estagnada urbanisticamente devido ao seu per odo ditatorial O projeto de interven o foi feito com base nas necessidades da cidade e seus residentes a localiza o de suas estruturas foi escolhida de modo a beneficiar e integrar v
64. de extens o e 30 esta es de nibus BRT Bus Rapid Transit o projeto da via teve por princ pio reduzir pela metade o tempo m dio estimado entre os seus extremos A obra contemplou a abertura do T nel da Grota Funda dentre os melhoramentos de infraestrutura urbana O eixo vi rio da Transol mpica perfaz a liga o entre os principais centros de competi o dos Jogos Ol mpicos a Barra e Deodoro O corredor conta com 23 quil metros de extens o sendo composto por viadutos pontes e passagens subterr neas mergulh es Dotado por quatro faixas de rolamento em ambas as dire es sendo tr s para 309 ve culos e outra para o j descrito BRT o mesmo permitir integra o com a rede de transporte p blico da cidade A Transcarioca um corredor expresso exclusivo para nibus articulados que permitir a liga o do bairro da Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim Gale o situado na Ilha do Governador O eixo cortar bairros do sub rbio carioca tais como Penha e Madureira e a estimativa dos t cnicos de que a via dever reduzir em 60 o tempo de trajeto entre os seus extremos No total o Transcarioca ter 39 quil metros de extens o 45 esta es e quatro terminais para o embarque e desembarque As obras englobam quatro passagens subterr neas dez viadutos nove pontes assim como projetos de urbaniza o de reas circunvizinhas ao corredor e duplica o de ruas preexistentes B
65. delimitavam a cidade e a Rambla que fazia a liga o ao mar Fonte Ajuntament de Barcelona 1985 Devido ao intenso aumento na densidade populacional na cidade vinculado ao seu desenvolvimento industrial Barcelona anexou em 1897 v rios munic pios vizinhos formando a rea de desenvolvimento da cidade compacta densa e diversificada de hoje Os pouco mais de 100 km delimitados pelo mar a leste e por um arco de colinas limitam uma superf cie relativamente pequena O Plano Cerda articulou o desenvolvimento b sico da cidade at os anos 1930 e foi utilizado como base em projetos urban sticos 8 Busquets apud Silva El modelo Barcelona de espacio p blico y dise o urbano 2011 176 posteriores como o projeto ol mpico e o planejamento da opera o de substitui o do tecido produtivo e revitaliza o urbana residencial do projeto 22 bcn em Poblenou distrito de Sant Mart de Proven als Outro grande acontecimento urban stico foi a celebra o da Exposi o Universal de 1888 gra as qual foi urbanizada uma rea que se estendia do Parque Ciudadela at Barceloneta melhorando a infra estrutura de toda a cidade Esta exposi o mostrou Barcelona que a organiza o de grandes eventos internacionais nao s facilitava a urbaniza o da cidade como ampliava sua proje o internacional Em meados do s culo XIX alguns de seus intelectuais imaginaram para Barcelona um grande destino no qual se refletia no in
66. e Ferrer Barcelona espai p blic 1993 p 15 182 Plano dos espa os p blicos de Barcelona at final de 1992 Fonte Caceres e Ferrer 1993 A escassez de espa o p blico organizado havia motivado um primeiro momento que os novos lugares conseguissem assumir uma intensidade muito superior quela para a qual teriam capacidade Os poucos metros quadrados urbanizados haviam de suportar todo o tipo de feiras mostras festas e manifesta es que impossibiltavam determinados tratamentos A exist ncia de um maior n mero de espa os capazes de assumir aquelas atividades permitia que alguns dos novos espa os adquirissem outro car ter Segundo C ceres amp Ferrer era importante definir um plano de espa os p blicos de Barcelona sobretudo num momento em que a constru o dos cintur es modificaria a funcionalidade vi ria de muitas vias urbanas Segundo o autor desenvolver o plano de espa os p blicos comportaria aprofundar a defini o do sistema de espa os p blicos b sicos da cidade estabelecendo 183 prioridades de acordo com o seu papel estruturador e a sua eficacia social Caceres amp Ferrer aponta algumas linhas de trabalho para a defini o de um plano de espa os p blicos para Barcelona 1 An lise da situa o atual dos espa os p blicos O seu papel local urbano ou metropolitano 2 Propostas para completar os sistemas de espa os p blicos iniciais frente mar tima e o seu papel urbano e metropol
67. es advindos de passagens positivas e negativas destas cidades com perfis socioecon micos e desafios distintos que abrigaram os Jogos Ol mpicos Key words city citizen olympics urban legacy There is only one way of thinking about the city Working the urban space is a rather complex task since each company has a space in a way that is directly linked to social and cultural conceptions It is understood that the urban space is the product of historical cultural socioeconomic political events in several generations in this way it makes sense to think disjointed urban management of spatial concreteness because society and space go together since the beginning The sport currently reflects the way society has been organizing revealing differences between states peoples and social classes The choice of Olympic cities as a case study is given by the fact that the realization of mega events like the Olympics produces numerous transformations to a greater or lesser extent resulting in upgrading urban designs The selection of the experiments presented here was guided by two main criteria cities that were are or will be the site of the Olympics and who yearn to be recognized for the quality of the legacy left to its citizens Thus this study discusses the effects of the Olympic Games on host cities Barcelona London and Rio de Janeiro seeking to verify the urban situation arising from the spectacle The aim ultimately is to understand
68. estar conscientesdos perigos de altas e baixas inerentes ao acr scimo de alojamentos para atendero esperadoaumento da demandadurante o evento isto a melhora no turismo n o permanente as Olimp adas t m a capacidade de alternarvolumesde visitantesno tempo e noespa o muitas vezes no curto prazo Mesmo porque alguns turistas preferem n o visitar a cidade sede durante o evento para evitar o grande contigente de pessoas no local Nessas condi es a viabilidade de novos investimentos em hotelaria question vel e um desafio acomodar todos os visitantes enfrentando um aumento consider vel nas demandas pelo per odo de realiza o dos Jogos Uma solu o frequente pode ser o aluguel de apartamentos ou quartos por temporada albergues ou at a utiliza o de navios de cruzeiro ancorados na localidade 155 Meio ambiente Atualmente a preocupa o com o meio ambiente constante O desenvolvimento da infraestrutura urbana com interven es nas mais diversas reas da cidade desde parques a lagos com grande produ o de res duos das obras caso n o haja cuidado pode causar grande impacto negativo na rea ambiental Por outro lado se tomadas algumas medidas forem tomadas muitas solu es sustent veis para reduzir impactos ambientais de longo prazo podem surgir Sidney 2000 o maior exemplo de sucesso quanto aos benef cios ambientais Sua Vila Ol mpica atualmente rea residencial foi projetada co
69. foram localizadas dentro de quatro reas designadas as instala es de treinamento foram designadas para v rios bairros diferentes da cidade e a rede rodovi ria que conectou estas reas e o entorno delas Tudo junto formaram uma rede que envolvia toda a cidade no projeto ol mpico As quatro reas ol mpicas foram selecionadas de acordo com crit rios como tradi o desportiva e a realidade estrutural do territ rio em quest o Por um lado havia duas reas que eram praticamente obrigat rias dadas as suas instala es desportivas hist ricos Vista de forma esquem tica as opera es ol mpicas que estruturam a cidade de Barcelona s o a Vila Ol mpica que veio ocupar uma parcela decadente do tecido urbano da cidade o Anel Ol mpico que recupera para a cidade o parque urbano da montanha de 173 Botella The Keys to Success 1995 p 12 15 196 Montjuic a zona da Diagonal que aproveita equipamentos esportivos existentes como o est dio do Futebol Club Barcelona e o Vale D Hebron que estende as opera es urban sticas aos limites de uma das reas perif ricas com mais demanda de infraestrutura As quatro reas ol mpicas 1 Diagonal 2 Montjuic 3 Vila Ol mpica 4 Vall D Hebron Fonte Silva 2011 O Parc de Mar Vila Ol mpica foi uma desculpa para abrir a cidade at o mar concretizando assim uma aspira o de longa data dos cidad os Embora no munic pio de Barcelona n o existissem muitos lotes d
70. foram realizados para Barcelona 1992 As estrat gias para os Jogos Olimpicos tiveram de positivo o reequilibrio territorial atrav s de infraestrutura e equipamentos tais como a infraestrutura das avenidas perimetrais dos des gues e dos equipamentos esportivos que foram feitos em toda a cidade A cria o das rondas an is vi rios que envolvem toda Barcelona ainda hoje facilitam os deslocamentos dos ve culos O sucesso das rondas de Barcelona e sua ampla utiliza o no entanto chegaram a ser questionadas pois no momento do investimento n o se aumentou o n mero de pistas h zonas com apenas dois e o restante tem tr s mas isso n o diminui o sucesso de seu planejamento e execu o Os Jogos Ol mpicos transformaram totalmente a fachada mar tima criando ou reestruturando praticamente um novo bairro gra as cria o da Vila Ol mpica Desde ent o a orla mar tima de Barcelona uma das principais atra es de Barcelona Carbonell Diretor da Divis o de Vilas do COOB 92 afirma que a Vila Ol mpica se tornou uma rea residencial com grande qualidade de vida um novo centro de atividades e servi os e um ponto de atra o para muitos cidad os principalmente por motivos de lazer as praias os cinemas os restaurantes os bares do Porto Ol mpico e o Cassino recebem milh es de visitas a cada ano Ele afirma que ap s as necess rias readapta es as unidades foram vendidas o ltimo apartamento da Vila Ol m
71. forneceu um forte apoio pol tico para a gera o de candidatura ol mpica de Londres O plano de Thames Gateway foi iniciado em 1990 pelo Plano de Orienta o da Pol tica Regional do Sudeste formulado durante o governo conservador e foi defendida pelo ent o Secret rio de Estado do Meio Ambiente Michael Heseltine Naquela poca a regenera o foi centrada em uma regi o que sofreu grande decl nio em reas de emprego tradicional docas estaleiros ind stria e uma redu o de habita o acess vel para sua popula o A decis o em 1991 para encaminhar a conex o Channel Tunnel Rail atrav s de Kent norte e ao centro de Londres atrav s de Stratford forneceu um importante catalisador para melhorias em estradas e infraestrutura ferrovi ria e at 1995 For a Tarefa de Thames Gateway elaborou planos para 30 000 novas casas e 50 000 novos empregos sendo criados no Corredor Thames at 2021 Desde 1997 sucessivos governos continuaram a dar apoio vigoroso para o plano de Thames Gateway atrav s do Gabinete do Vice Primeiro Ministro ODPM e uma variedade de ag ncias de parceria incluindo o Gabinete do Prefeito a GLA e a LDA e todas as autoridades locais situadas dentro da regi o As ambi es para o desenvolvimento do Thames Gateway t m correspondentemente aumentado com por exemplo a proposta de desenvolvimento de uma nova ponte sobre o rio T misa e uma expans o de planos para a constru o de casas e para o desenvolvimento de
72. fundamentais s o muitas vezes ligados a plano estrat gico de uma cidade para gerar receita por meio do turismo No entanto uma melhoria no espa o pode ser um legado menos tang vel mas n o menos importante 133 Tamb m est o inclu dos nesta dimens o aspectos relativos mobilidade urbana que est relacionada acessibilidade dos citadinos a diferentes lugares da cidade a compet ncia diz respeito disponibilidade dos meios de deslocamento e proximidade de acesso a eles Nestes termos devem se considerar tamb m itens como o pre o das passagens oferta de modais diversificados possibilidade de integra o intermodal e sobretudo as op es de mobilidade devem ser seguras e minimamente confort veis Dentro da multidimensionalidade do legado Cashman tamb m inclui uma s rie de dimens es intang veis como de grande import ncia para a cidade Dimens es informacional e educacional Nas ltimas d cadas tem havido o reconhecimento do valor da transfer ncia do conhecimento ol mpico Esta transfer ncia de uma cidade ol mpica para outra uma forma direcionada e espec fica do legado que pode ser economicamente vantajosa Legado educacional por outro lado menos tang vel e n o produz nenhum benef cio econ mico direto Isso n o significa que ele menos importante do que outras formas de legado porque ajuda no desenvolvimento e consequentemente na melhoria na qualidade de vida dos jovens
73. gest o urbana Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2002 p 59 SOUZA M A de Governo Urbano S o Paulo Nobel 1988 p 29 TAYLOR N Urban planning theory since 1945 London Sage 1998 TESKE O As Desigualdades Invis veis acessibilidade universal em debate In Sociologia Textos e Contextos Coord Ottmar Teske 2 Edi o Canoas Ed Ulbra 2005 TORRES E F MAZZONI A A ALVES J B M A acessibilidade informa o no espa o digital Ci ncia da Inform tica n 31 p 83 91 2002 TRUNO E Barcelona city of sport online Barcelona Centre d Estudis Ol mpics UAB 1995 http olympicstudies uab es pdf wp039_eng pdf Acesso em 10 abr 2013 TUAN Y F Topofilia um estudo da percep o atitudes e valores do meio ambiente Rio de Janeiro DIFEL 1980 VASCONCELOS E A Transporte Urbano espa o e equidade an lise das pol ticas p blicas Annablume S o Paulo 2001 339 VASCONCELLOS L Projeto urbano um novo termo para definir interven es na cidade In SILVA G e OLIVEIRA L A de org Simp sio A Arquitetura da Cidade nas Am ricas Di logos contempor neos entre o local e o global Florian polis PGAU Cidade UFSC 2006 VAZ J C Invertendo Prioridades nas Vias P blicas In PAULICS V Org 125 Dicas Id ias para a a o municipal Polis S o Paulo 2000 VELHO O G Org O fen meno urbano Rio de Janeiro Guanabara 1979 VILLA A F Uma contribui o para a hist
74. infantis reas esportivas e edif cios comunit rios Os espa os livres tamb m deveriam ser projetados de forma a contornar todo o bairro formando um anel entre cada um deles O sistema de parques al m de proporcionar o m nimo de espa o necess rio no interior de cada bairro tamb m era uma proposta que conectava os espa os de toda a cidade criando um cintur o verde Outra grande preocupa o do Plano era com as reas de reconstru o O Town and Country Planning Act de 1944 definiu como deveriam ser tratadas as estas reas criando as reas de reconstru o e teve importante papel na divulga o das ideias da cidade jardim na Inglaterra e no exterior e que atuante at hoje A ideia de segregar usos presente no Plano apareceu de forma t mida no ide rio cidade jardim mas foi amplamente difundida antes da guerra por Le Corbusier e pelos CIAMs Quest es como hierarquia vi ria com vias destinadas a tr fego r pido tr fego lento e a uso restrito de certa forma j faziam parte das proposi es de urbanistas desde o in cio do s culo Tamb m muito importante registrar que o plano trouxe prioridades claras de interven o definindo etapas sucessivas de obras e interven es para os cinquenta anos seguintes O plano do Condado de Londres passou a ter uma autoridade inquestion vel uma autoridade que era t cnica mas tamb m pol tica uma vez que se priorizava a reconstru o das reas ind
75. mero de pequenos rg os comunit rio Havia tamb m alguns rg os supra municipais que tinham atribui es setoriais e que atendiam toda regi o como era o caso do Comissariado Metropolitano de Esgoto Em 1855 os rg os locais foram abolidos pelo Parlamento Brit nico freguesias agrupadas em ag ncias distritais se constitu ram como administra es locais e tamb m foi criado um rg o central a Ag ncia Metropolitana de Obras Metropolitan Board of Works MBW e a rea sob sua jurisdi o foi denominada Metr pole A MBW realizou v rias obras como a repara o e expans o da infraestrutura de gua e esgoto e constru o de reservat rios de gua Tamb m abriu v rias ruas ergueu pontes sobre o rio T misa criou parques p blicos e adquiriu terrenos vagos na rea metropolitana Foram tamb m dados ag ncia alguns poderes de controle edil cio e urbano e de forma ainda incipiente o poder para derrubar corti os slum clearance Em 1889 foi criado o London County e o London County Council LCC e o que era considerado metr pole passou a ser esse condado Sua atua o administrativa se dava sobre uma grande rea edificada sem rea rural Logo ap s a sua cria o o LCC passa a gerir uma s rie de servi os como abertura de novas interliga es vi rias reforma e constru o de pontes sob o Tamisa t neis servi os de gua esgoto e drenagem Tamb m assumiu a opera o do transporte p
76. mesmo nos bairros onde as casas e apartamentos da burguesia e da elite estavam localizadas Gradualmente tais servi os foram institu dos nas cidades primeiramente nos bairros da elite e da burguesia ao longo do s culo XIX Da mesma forma a polui o se tornou um grande problema nas cidades industrializadas e tais condi es fizeram com que as taxas de mortalidade das cidades industriais tornasse muito alta 37 Dudley Street Londres Gustave Dor 1872 Retrata a situa o miser vel e insalubre vivida por parte da popula o londrina da segunda metade do s culo XVIII Fonte Ben volo 1999 A industrializa o da grande maioria das cidades ocorreu de modo totalmente desorganizado F bricas e bairros residenciais eram constru dos uns pr ximos aos outros O r pido crescimento dos problemas urbanos pobreza polui o desorganiza o durante os anos do s culo XVIII e do s culo XIX for aram pa ses e cidades a tomarem medidas para tentar minimizar estes problemas Os s rios problemas causados pela desorganiza o e pela polui o levaram eventualmente nos Estados Unidos e na Europa ado o de pol ticas de planejamento urbano tais como leis antipolui o constru o de estradas e a implementa o de um sistema de transporte p blico tais como linhas de nibus e metr e zoneamento 38 O com rcio interurbano tornara se mais forte do que nunca Grandes quantidades de produtos industrializ
77. mista conhecida como Centennial Place Glover viu o prazo para as Olimp adas como uma oportunidade para sacudir um pouco a lenta burocracia presente Como ela explicou durante uma reuni o com os moradores em abril 164 de 1995 A revitaliza o nao esta sendo feita porque as Olimp adas est o vindo Ele facilitada porque as Olimp adas est o chegando Mais tarde ela falaria Essas coisas s o fortuitas ou s vezes voc pode dizer que s o ordenadas por Deus ou como voc quiser mas com os dormit rios ol mpicos do outro lado da rua de Techwood n o poder amos apenas redecorar n o dava para pintar o suficiente ou bloquear a vista o suficiente Todas as c meras de TV do mundo estavam indo para l Voc n o podia deixar de perguntar Bem eu sei que estamos aqui nas Olimp adas mas que diabos tudo isso ali Ent o alguma coisa tinha que ser feita E algo foi feito Quando os 10 mil atletas chegaram Vila Ol mpica em Atlanta muitos foram alojados em edif cios novos que substituiram um dormit rio de 60 anos da Georgia Tech e v rios acres de casas do conjunto habitacional de Techwood A essa altura o resto de Techwood tinha sido demolido e seus moradores arremessados para fora do bairro O caso dos Jogos Ol mpicos de 1996 mostra que uma mistura fortuita de fatores pode proporcionar aos gestores de pol ticas p blicas as condi es perfeitas para apoiar um projeto de modern
78. n o pode existir sem uma dimens o f sica As cidades sede dos Jogos Ol mpicos possuem como particularidade a acelera o da implanta o de projetos urban sticos que talvez n o se concretizassem sem a realiza o das Olimp adas Estas atuam como catalisador de transforma es urbanas da modifica o de certos aspectos do espa o urbano Estas transforma es trazem consigo impactos inevit veis e para minimizar os riscos de impactos imprevistos e indesej veis deve se entender como se chega ao status de cidade sede e quais os efeitos desta nomea o 1 Alves F Avalia o da Qualidade do Espa o P blico Urbano 2003 63 wr ale as mat Ed gt soda See sar sai gu HA TKE ot tm Fic RINGS ME ST FAN RAS INTERNATIONAL TRAIN STATION ae OT y woop 2 2 Zol London St Pancras International Station Artista Don Low Dispon vel em http www urbansketchers org 64 Taney 1 T E om Va EN Para que cem se entreguem cultura f sica necess rio que cinquenta pratiquem desporto Para que cinquenta pratiquem desporto necess rio que vinte se especializem Para que vinte se especializem necess rio que cinco sejam capazes de proezas espantosas Pierre de Coubertin 1931 M moires Olympiques 65 OS JOGOS OL MPICOS Os Jogos Olimp
79. novos munic pios ao longo do corredor do Thames Estes planos t m sido incorporados para o programa do governo do Trabalho Criando Comunidades Sustent veis 2003 em que o n mero de novas casas a serem constru das aumentou para 120 000 e muitas destas localizadas em quatorze zonas de mudan a A realiza o das Olimp adas de 2012 em East London tem que ser colocada dentro do contexto destes planos de regenera o mais amplos Com efeito o sucesso da candidatura de Londres tem gerado interesse crescente no desenvolvimento do 246 plano de Thames Gateway O Gateway Portal recebeu relativamente pouco reconhecimento publico antes da candidatura olimpica em parte por causa de sua falta de identidade como uma regiao com que o publico pudesse identificar que atravessa as fronteiras das autoridades locais e nao tem a associa o hist rica com os nomes dos munic pios ou conselhos com que uma propor o significativa do p blico poderia identificar como locais que vivem e do qual eles recebem servi os Mapa de Thames Gateway Fonte Oxford Brooks University Tessa Jowell ent o secret ria de estado da cultura m dia e esporte sob o Governo Trabalhista durante uma s rie de audi ncias que a C mara dos Lordes realizou sobre o legado dos Jogos Ol mpicos e Paraol mpicos afirmou Nobody doubted that by hosting the Olympics in East London it could be transformational You would create a new quarter of
80. o da paz foi estabelecida em 2000 pelo COI a Funda o Internacional para a Tr gua Ol mpica IOTF que decidiu reavivar o conceito da Tr gua Ol mpica numa estreita parceria com as Na es Unidas O COI quer contribuir para a procura de solu es diplom ticas e pac ficas por meio do esporte como por exemplo os Jogos para a Paz iniciados pelo Comit Ol mpico Haitiano com o seu vizinho a Rep blica Dominicana Desde o in cio dos anos 90 a prote o ambiental tem constitu do uma grande preocupa o do COI passando a integrar os princ pios do Movimento Ol mpico Criada em 1995 a Comiss o Desporto e Meio Ambiente trabalha no sentido de promover o desenvolvimento sustent vel e a responsabilidade ambiental 81 Tamb m conhecida como Paz Ol mpica tem sua tradi o na Gr cia antiga foi institu da pela primeira vez por ocasi o dos Jogos de Olimpia em 776 a C e obriga a cessar temporariamente as hostilidades entre os pa ses durante os Jogos 79 Durante a constru o das instala es ol mpicas para os Jogos um conselheiro ambiental assegura que o ambiente respeitado atrav s de um exame cr tico escolha dos materiais optando por materiais recicl veis e promovendo a poupan a de energia entre outros na tentativa de assegurar que os Jogos n o ter o um impacto negativo no ambiente para que os JO sejam promotores de desenvolvimento e melhoria do ambiente na cidade anfitri e em seu entorno
81. o evento Ega adi o de novos esportes disciplinas e eventos um fator principal para o aumento no tamanho dos Jogos Ol mpicos As decis es a este respeito tiveram efeitos significativos de arrastamento para todas as reas funcionais dos Jogos A Comiss o apoia plenamente o Conselho Executivo do COI em sua determina o para conter o n mero de atletas esportes e eventos em futuras edi es dos Jogos Ol mpicos Os jogos chegaram a um tamanho cr tico que pode colocar o seu sucesso futuro em risco se o tamanho continuar a aumentar Passos devem ser realizados e s rias considera es dadas para gerir eficazmente o crescimento futuro mas ao mesmo tempo preservando a atratividade dos Jogos Se n o for controlado o crescimento atual dos Jogos poderia desencorajar muitas cidades concorr ncia para sediar os Jogos Tradu o nossa COI Olympic Games Study Commission Report to the 115th IOC Session 2008 p 9 10 148 fiquem dentro de limites razo veis Neste relat rio foi incentivado o uso do m nimo de instala es evitar duplica es e caso seja poss vel que espa os e instala es sejam compartilhados Instala es permanentes somente devem ser constru das se um legado positivo p s Jogos puder ser demonstrado e a utiliza o das instala es tempor rias deve ser encorajada Deve se otimizar o tamanho das instala es evitando o superdimensionamento promover a transfer ncia de conhecimentos entre as cidad
82. onda de turistas curiosos cerca de 4 61 milh es de visitantes em 2011 do que por sediar grandes eventos esportivos A administra o do est dio estima que no ritmo atual ser o necess rias tr s d cadas para recuperar os 3 bilh es de iuanes US 480 milh es gastos na constru o 158 O legado de Pequim 2008 Mat ria publicada pelo jornal O Globo em 10 abr 12 Em http oglobo globo com esportes olimpiadas 2012 0 legado de pequim 2008 4534736 ixzz2IUVYre5b 170 O parque olimpico de Pequim em 2012 Fonte Revista Veja abril 2012 J o Cubo D gua teve preju zo de cerca de 11 milh es de iuanes R 3 17 milh es no ano passado mesmo com cont nuo subs dio do Estado A instala o que n o mais recebe eventos esportivos foi transformada em um parque aqu tico o maior da sia com o objetivo de fazer dinheiro com a fama do local Na rea ambiental apesar das tentativas de melhorar a qualidade do ar por meio do fechamento de f bricas poluentes a cidade continua envolta em uma fuma a asfixiante Onde antes havia orgulho por ter sediado os Jogos Ol mpicos agora h cr ticas e duros questionamentos Estes s o exemplos de que o legado tem duas faces relevante lembrar a necessidade do planejamento da situa o p s evento ainda no processo de candidatura Esse planejamento poder ser a chave entre sucesso e fracasso do evento e da qualidade do legado que ser deixado para os cidad os da cidade
83. ou a se preocupar em desenvolver um modelo de reforma social por meio da educa o e do esporte em uma perspectiva internacionalista depois de obter pouco sucesso com programas de car ter educacional em seu pa s a Fran a Institu do no continente europeu ber o das diversas guerras dos s culos XIX e XX utilizou os princ pios do Movimento Ol mpico para rebater os desdobramentos desses conflitos com uma proposta pac fica As competi es esportivas rapidamente se identificaram com um grande evento competitivo e os Jogos Ol mpicos se tornaram uma nova met fora para o ganhar e o perder j que nesse cen rio n o se fazia necess ria a ru na do derrotado J o Movimento Ol mpico brasileiro surgiu como um desdobramento dessa tradi o criada em solo europeu e buscou sua pr pria identidade no decorrer do s culo XX experimentando em parte os conflitos sociais vividos na Europa e em parte as peculiaridades da organiza o social brasileira Herdado dos JO da Antiguidade o Olimpismo utiliza o esporte como instrumento para a promo o da paz da uni o e do respeito por regras e advers rios combinando esporte cultura e meio ambiente ultrapassando as barreiras das arenas esportivas e sendo uma filosofia de vida O COI promove 74 Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 p 6 Tamb m chamado de Ide rio ou Ideal Ol mpico Comit Ol mpico Internacional 75 por meio do Olimpismo
84. para sua constru o mas no valor que poderia ser direcionado sociedade em um projeto p blico priorit rio 136 Todo megaevento esportivo requer infraestrutura espec fica e todas as estruturas existentes p s evento alteram para melhor ou n o a qualidade da cidade anfitri ut pico esperar que todo o conjunto de obras estruturais necess rias para a realiza o do evento seja concretizado somente ap s a escolha da cidade uma vez que isso demanda tempo e investimento A ideia ol mpica cada vez mais desejada como algo j incorporado ao imagin rio da popula o da cidade postulante pois isso facilitaria a constru o dos equipamentos faltantes e dentro de uma perspectiva cidad de seu uso seriam prontamente incorporados ao cotidiano da cidade ap s a realiza o do evento Por sua natureza estas instala es esportivas t m grande impacto no espa o urbano cabendo ao planejador visualizar tais impactos e o alcance de suas consequ ncias tanto positivas quanto negativas O raio de influ ncia dos grandes projetos pode abranger a cidade a regi o o pa s ou o continente de sua realiza o Ao receber um megaevento o IPEA Instituto de Pesquisa Econ mica Aplicada recomenda Investir na cidade e regi o e n o no evento algo que deve ser colocado como prioridade na hora de formular uma proposta de candidatura Antes dos est dios gin sios piscinas alojamentos importante pensar na quest o
85. percurso chegar do Castelo de Windsor at ao Royal Box no Est dio de Londres Esta a dist ncia oficial desde os JO de 1924 Fonte http Awww comiteolimpicoportugal pt olimpismo jogos modernos 96 As edi es seguintes os Jogos Ol mpicos de Paris Saint Louis e Londres estiveram atreladas a megaeventos da poca denominadas Exposi es Universais Esses dois eventos no entender de Tzanoudaki tinham uma rela o direta com um projeto de modernidade que se desenrolaria em uma cidade com reconhecidas caracter sticas cosmopolitas e tradicionais contribuindo para o desenvolvimento de um modelo de cultura popular internacional Na Exposi o Universal de 1900 que entre outras coisas inaugurou um monumento que simboliza a cidade at os dias atuais conhecida como Torre Eiffel o desinteresse dos organizadores pela competi o foi t o acentuado que al m dos Il Jogos Ol mpicos n o constarem do programa oficial da exposi o foi tamb m nomeado como Encontro Internacional de Exerc cios F sicos e Esportes para indigna o dos membros do COI e do pr prio Pierre de Coubertin A imposi o de hor rios e locais por parte dos organizadores levou as provas dos Jogos de Paris a serem realizadas em v rios locais durante o per odo da Exposi o Universal 101 As exposi es internacionais condensaram o que o s culo XIX entendeu como modernidade o progresso constru do sobre a ci ncia e a ind stria a liberdade
86. reestrutura o do Barcelona com algumas adapta es exigidas pela temporalidade do projeto Obviamente n o se fala mais de centro e periferia mas sim nos n cleos do tecido urbano de uma cidade que diferente da sua concep o e que apresenta um potencial dificilmente compar vel outra cidade mediterr nea Os Projetos Ol mpicos foram dois a organiza o do evento e o projeto de uma nova cidade que o que est escrito na hist ria de Barcelona Borja salienta que a cidade um desenvolvimento de uma ideia de cidade E complementa em Barcelona est vamos cientes do fato de que qualquer atua o numa zona da Cidade teria que ser integral Geralmente come amos com espa os p blicos equipamentos sociais e culturais e com a anima o desses espa os p blicos Demo nos conta de que era uma estrat gia que tinha um grande potencial transformador em rela o ao entorno Com esta estrat gia Barcelona procurou aproveitar suas potencialidades mais reconhecidas Ach vamos que t nhamos que criar um novo eixo uma nova coluna uma nova espinha indo do Porto ao leste da cidade que era a zona industrial Isso seria prioridade para que a cidade conquistasse a gua conquistasse o mar a zona portu ria conquistasse os quil metros de praia inacess veis Borja J In Conferencia proferida no Seminario Porto Alegre Uma Vis o de Futuro 2008 219 na poca e al m
87. rios e moradores seria transformada no primeiro complexo p s Jogos Ol mpicos completo com 3 000 unidades de habita o Foi elaborado tamb m um Plano de Transporte para assegurar a efic cia do investimento do legado facilitando o acesso East London considerando utilizar os rios como meio de transporte e aumentando o uso de bicicletas Esse plano contempla o uso integrado de vias trens e canais da cidade Investiu se aproximadamente 86 milh es de libras no metr do setor para ampliar as linhas e melhorar a frequ ncia dos trens A constru o de um centro de energia central com capacidade suficiente para servir a rea inteira como legado e tamb m teria potencial para exportar energia para as comunidades do entorno E por fim uma rede subterr nea de novos esgotos utilit rios e dutos de telecomunica es foi constru da para acomodar as futuras necessidades de capacidade Para supervisionar e gerenciar este complexo entrela amento de atividades de constru o da cidade e a coreografia de investimentos e a es p blicas e privadas que precisam ser cuidadosamente encenadas a Companhia do Legado do Parque Ol mpico OPLC posteriormente renomeada de Corpora o para o Desenvolvimento do Legado de Londres LLDC recebeu poderes para garantir que a integra o de planejamento e implementa o que se mostrou tao essencial para o sucesso da entrega do projeto para os Jogos fosse levada a cabo atrav s de legado 252
88. ser um dos motores de crescimento mais importantes do Reino Unido e um contribuinte l quido para as finan as p blicas no valor de 5 4 bilh es por ano Tamb m esperado que East London acomode metade do crescimento da popula o de Londres e quase um quarto de seu crescimento em postos de trabalho para 2031 Ainda cedo para confirmar os legados urbanos de Londres mas certo que existem planos para a cidade que est o sendo colocados em pr tica e trazendo benef cios para sua popula o Alguns fatores negativos como a expropria o de alguns residentes da rea pra dar lugar ao Parque Ol mpico e a destrui o da rea industrial que era significante para sua popula o mostram que sempre h impactos negativos em uma interven o desta dimens o Mas isso n o apaga o valor do projeto realizado e realizar 267 Ensinamentos londrinos A decis o de construir o Parque Ol mpico de Londres na comunidade de Stratford em East London foi tomada no contexto mais amplo do plano para o crescimento de Londres e foi uma estrat gia deliberada para reconstruir o tecido de uma cidade que tinha sido rompido Construir uma nova e compacta pe a de urbanismo em uma rea industrial ligada a uma densa e melhorada infraestrutura de transporte com a ambi o de integr la f sica econ mica e socialmente s comunidades adjacentes pode parecer bvio mas esse n o o caso de muitas novas cidades que est o sendo constru d
89. the process behind the visible products in this case the Olympics More specifically the clipping of analysis is the urban space In this context we will seek to identify lessons and inspirations arising from positive and negative passages in these cities with different features and socioeconomic challenges which hosted the Olympic Games Palavrasclave ciudad ciudadano olimpiadas legado urbano S lo hay una manera de pensar en la ciudad Trabajar el espacio urbano es una tarea bastante compleja ya que cada empresa cuenta con un espacio de una manera que esta directamente vinculada a las concepciones sociales y culturales Se entiende que el espacio urbano es el producto de los eventos hist rico culturales socioecon micos pol ticos en varias generaciones de esta manera tiene sentido pensar que la gesti n urbana inconexa de concreci n espacial porque la sociedad y el espacio van de la mano desde el principio El deporte en la actualidad refleja la manera en la sociedad ha sido la organizaci n dejando al descubierto las diferencias entre los estados los pueblos y las clases sociales La elecci n de las ciudades ol mpicas como un caso de estudio est dado por el hecho de que la realizaci n de mega eventos como los Juegos Ol mpicos produce numerosas transformaciones en mayor o menor medida lo que resulta en la mejora de los dise os urbanos La selecci n de los casos presentados aqu se gui por dos criterios principales c
90. to 1980 Mapa mostrando os paises que boicotaram os Jogos Olimpicos de 1976 em amarelo 1980 em azul e 1984 em vermelho Em cinza est o os pa ses que participaram dos tr s eventos Fonte Wikipedia Commons Apesar de tudo os JO continuam a acontecer e diferentemente da dificuldade para defini o da sede ocorrida nas edi es iniciais na atualidade a realiza o das competi es disputada por grandes metr poles dos cinco continentes O processo de escolha da cidade sede longo e tem in cio oito anos antes do evento O potencial da cidade anfitri aferido pelo Comit Ol mpico do pa s e se mais de uma cidade do mesmo pa s apresenta uma proposta para o CON normalmente o Comit Nacional realiza uma sele o interna j que apenas uma cidade por CON pode ser apresentada ao COI para aprecia o Desde 1999 o processo composto por duas fases Na primeira que come a logo ap s o fim do prazo de inscri es as cidades postulantes respondem a um question rio que re ne temas importantes para uma organiza o bem sucedida Dessa forma os candidatos devem dar garantias de que ir o respeitar a Carta Ol mpica e outros regulamentos estabelecidos pelo Comit Executivo do COI Essas informa es permitem ao COI analisar a capacidade de organiza o das cidades bem como os pontos fortes e fracos dos seus projetos Ap s um estudo detalhado dos question rios 89 e dos projetos o Comit Executivo do COI seleciona
91. um evento deste porte fato que precisar o de adequa o aos padr es exigidos Isso representa para a cidade em um curto espa o de tempo a previs o das interven es necess rias bem como da capta o de recursos para esse fim Como os Jogos Ol mpicos em si duram apenas alguns dias preciso considerar que os recursos sejam alocados em interven es de grande relev ncia e com antevis o de seu aproveitamento no futuro Atualmente o conceito que une jogos e pol tica urbana se encontra t o absorvido que o Comit Ol mpico Internacional no cap tulo 1 da Carta Ol mpica recomenda a ado o de medidas que promovam um legado ol mpico positivo na cidade sede Neste enfoque os Jogos s o vistos como uma possibilidade mpar para discutir e alavancar o desenvolvimento das cidades onde ocorrem al m da dimens o esportiva e de congra amento entre diversos povos e culturas e da oportunidade para demonstrar a capacidade de organiza o de seus promotores Neste contexto os chamados megaeventos tornaram se indutores de pol ticas urbanas e de parcerias publico privadas aceleradores da economia impulsionadores de pr ticas de sustentabilidade melhorias ambientais e de infraestrutura de integra o social 3 Quando neste estudo usamos a denomina o Jogos Ol mpicos estamos englobando tamb m os Jogos Paraol mpicos 21 regenera o urbana acessibilidade mobilidade conectividade e outras dimens es de
92. um legado come a com a decis o de concorrer a um evento espec fico Jogos Ol mpicos s o eventos diferenciados nas estruturas de que necessitam e as cidades diferem nas estruturas que podem proporcionar A estrat gia centra se nas estruturas adicionais de um evento e cria a necessidade destas estruturas longo prazo Ap s o evento algumas estruturas s o desmontadas ou reduzem em tamanho mas outras permanecem por um longo per odo de tempo ap s o evento Portanto h uma preocupa o por parte do comit avaliador das cidades candidatas ligado ao COI que haja um aproveitamento por parte da comunidade local de todos os benef cios diretos da organiza o do evento Nesse sentido a avalia o do legado de uma cidade ol mpica oscila entre os benef cios ou preju zos materiais mensur veis pelos custos financeiros envolvidos e obras edificadas e humanos de quantifica o mais complexa por m ineg vel que vai da cria o de um novo imagin rio para espa os anteriormente constitu dos reordena o dos mecanismos de gerenciamento desses novos espa os o que lhes permitir a atribui o de novos significados Um bom legado aquele dirigido por um momentum cont nuo nascido de fatores intang veis que incluem capital social aliado a progressivas e comprometidas estruturas de governan a efici ncia na integra o das redes suporte comunit rio transpar ncia fortes elos de 123 Rubio K Os jogos ol
93. v 6 4 p 317 332 HISSA C E V Ambiente e vida na cidade In BRAND O Carlos Ant nio Leite Org As cidades da cidade Belo Horizonte UFMG 2006 HOLANDA F de O espa o de exce o Bras lia UNB 2002 333 HOLANDA M Plano Diretor Londres Ol mpico Regenera o Urbana inteligente 15 May 2013 ArchDaily Dispon vel em http www archdaily com br br 01 62864 plano diretor londres olimpico regeneracao urbana inteligente Acesso em 22 mai 2013 Jacobi Pedro Pol ticas Sociais e Amplia o da Cidadania Rio de Janeiro FGV Editora 2000 JERONIMO R N T GON ALVES T M O processo de apropria o do espa o e produ o da subjetividade Psic Teor e Pesq online 2008 vol 24 n 2 pp 195 200 ISSN 0102 3772 Jogos Ol mpicos de Londres 1908 In Infop dia online Porto Porto Editora 2003 2013 Dispon vel na www lt URL http www infopedia pt jogos olimpicos de londres 1908 gt KAPLANIDOU K KARADAKIS K Understanding the Legacies of a Host Olympic City The Case of the 2010 Vancouver Olympic Games Sport Marketing Quarterly 2010 v 19 p 110 117 KAUFMAN J JACOBS H A public planning perspective on strategic planning Journal of the American Planning Association 1987 v 53 p 23 33 LACAZE J P Os m todos do urbanismo Campinas Papirus 1993 LEFEBVRE H La production de l espace 4e d Paris Editions Anthropos 2000 A vida cotidiana no mundo moderno S o Paul
94. 14 Mumford L A Cidade na Hist ria suas origens transforma es e perspectivas 2004 p 11 35 x tempo passou explora o industrial alcan ando ainda maior engrandecimento financeiro as fun es originais da cidade perdem sentido Em meados do s culo XVIII caracter sticas como territ rio organiza o pol tico administrativa economia e ocupa o eram utilizadas para tentar classificar espa os em cidades Nesse per odo existe a necessidade de novos m todos de compreens o do espa o urbano pois ao utilizar tais m todos de classifica o podemos encontrar v rias cidades dentro da mesma cidade Existem diversos processos de transforma o do espa o a partir dos comportamentos pol tico econ mico e administrativo e a rela o entre estes que conforma uma cidade A no o de cidade evolui mas independente da tica de an lise a cidade o elemento fundamental da organiza o do espa o O s culo XIX registra o in cio de uma nova sociedade urbana t pica dos prim rdios da Revolu o Industrial que com a altera o de prop sitos na produ o do espa o urbano passaram a atender apenas aos interesses do capital em detrimento das necessidades humanas A Revolu o Industrial quase imediatamente seguida por um espantoso crescimento demogr fico das cidades primeiro na Gr Bretanha seguida pela Fran a e Alemanha Com o desenvolvimento das ind strias e a sua concentra o em grandes ofici
95. 192 193 193 195 195 196 197 199 199 13 llustragao 59 llustragao 60 Ilustra o 61 llustragao 62 llustragao 63 llustragao 64 llustragao 65 llustragao 66 llustragao 67 llustragao 68 llustragao 69 llustragao 70 llustragao 71 llustragao 72 llustragao 73 llustragao 74 llustragao 75 llustragao 76 llustragao 77 Ilustra o 78 llustragao 79 llustragao 80 llustragao 81 llustragao 82 llustragao 83 llustragao 84 llustragao 85 llustragao 86 llustragao 87 Ilustra o 88 Ilustra o 89 Ilustra o 90 Galeria de servi o subterr nea Mapa de Londinium Londres e Westminster pr 1530 Plano de John Fairbum 1801 Limites do condado de Londres Plano de espa os livres do Plano do condado de Londres Shepard s Bush 1908 Lower Lea Valley Mapa de Thames Gateway Antiga rea industrial de Stratford Demoli o de edif cios em Stratford em 2008 Plano do Parque Ol mpico Vista a rea do Parque Ol mpico Projeto do Parque Ol mpico p s Jogos Est dio Ol mpico de Londres 2012 Parque Aqu tico de Londres 2012 Vel dromo de Londres 2012 Arena de basquete de Londres 2012 Eton Manor Arena de handebol de Londres 2012 Vila Ol mpica de Londres 2012 Linhas de acesso so Parque Ol mpico de Londres 2012 Westfield Stratford City Mapa do Rio de Janeiro s culo XVIII Baia de Guanabara s culo XVIII Mapa arquitetural do Rio 1875 Vista panor mica dos pavilh es da Exposi o Nacional de 1908
96. 78 294 298 302 309 0 Em minha vis o ser no mundo significa transformar e retransformar o mundo e n o adaptar se a ele Como seres humanos n o resta d vida de que nossas principais responsabilidades consistem em intervir na realidade e manter nossa esperan a Paulo Freire 19 Nao ha um Unico modo de se pensar a cidade Trabalhar o espa o urbano uma tarefa um tanto complexa visto que cada sociedade v o espa o de uma forma que diretamente estar ligada as suas concep es sociais e culturais Segundo Corr a o espa o de uma grande cidade capitalista constitui se em um primeiro momento de sua apreens o no conjunto de diferentes usos da terra justapostos entre si Tais usos definem reas como o centro da cidade local de concentra o de atividades comerciais de servi os e de gest o reas industriais reas residenciais distintas em termos de forma e conte do social de lazer e entre outras aquelas de reserva para futura expans o Este complexo conjunto de usos da terra em realidade a organiza o espacial da cidade ou simplesmente o espa o urbano O espa o urbano est em constante muta o Segundo Carlos o espa o urbano representa um uso e desta maneira a vida se transforma com a transforma o dos lugares de realiza o de sua concretiza o Este uso deixa marcas profundas no espa o cria tra os que organizam comportamentos determinam gestos explicitando se
97. 95 223 Culturas e a recupera o do Poblenou para transforma o em distrito de neg cios conhecido como 22 Como efeitos negativos que marcam a linha de atua o futura observam se a privatiza o do espa o p blico a destrui o de bens industriais para dar lugar s novas estruturas e a pouca aten o para as necessidades de habita o social Trabalhou se muito para melhorar o espa o p blico sem levar em conta que a melhoria do ambiente urbano aumenta o pre o do solo e pode se provocar a expuls o dos antigos habitantes do lugar que j n o conseguem atender ao custo de vida nessas reas melhoradas Portanto deve se considerar que ao realizar melhorias preciso criar instrumentos para impedir que essas pessoas sejam expulsas Os habitantes diretamente afetados est o protegidos com seus direitos de habita o respeitados seja de aluguel ou im vel pr prio mas aqueles que permanecem nos limites na rea de influ ncia indireta de atua o da melhoria est o desprotegidos custa de um mercado que aproveitar os benef cios do investimento p blico Em Barcelona a aten o ao legado sempre existiu talvez at pelo fato de a cidade desenvolver o exerc cio de olhar para si mesma e identificar suas oportunidades e suas car ncias Com isso torna se n tida a necessidade de fortalecer elementos de base como educa o forma o acesso e capacidade de processar informa es bem como de desenvolver pesqui
98. 992 COOB No projeto final conclu do em 1985 foi inclu do um campo de baseball Devido complexidade do projeto foi criada uma companhia chamada Anella Ol mpica de Montjuic AOMSA que tinha como chefe executivo Josep Miquel Abad para supervisionar o progresso da interven o Em fevereiro deste ano come ou o trabalho de demoli o do antigo est dio mas ainda mantendo a fachada Os trabalhos tamb m come aram no gin sio esportivo Para isso foram removidas as creches municipais demolidos algumas cabanas que ainda existiam na rea e foi feito o nivelamento da rea Com as constru es do Est dio Ol mpico e do Palau Sant Jordi em progresso o Anel Ol mpico tomou forma A constru o de uma grande pra a que viria a ser a Pla a d Europaon no fim da Avinguda de l Anella Ol mpica tamb m foi planejada 204 SS a a SR Ale eT Ob 7 ea Fa Re MPF sits SaF es Figs HD Me EL y Plano da rea de Montju c Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB Montjuic foi o principal local de competi es para as Olimp adas de 1992 mas algumas instala es esportivas foram modificadas ap s os Jogos O parque de Montju c j possu a um grande n mero de equipamentos que haviam sido constru dos ao longo dos anos Muitos deles j haviam sido mencionados nos dossi s das candidaturas anteriores the Estadi de la Foixarda 1920 o Est dio Ol mpico 1929 o par
99. A Paris FRA e Rio de Janeiro Em 18 de maio de 2004 o n mero de postulantes foi reduzido para cinco Londres Madri Moscou Nova York e Paris Os delegados do COI enviados a essas localidades analisaram principalmente os seguintes aspectos seguran a sa de transporte servi os de hotelaria e infraestrutura Na an lise final o relat rio de Paris foi considerado o mais positivo seguido do 239 de Londres Os dois lados do Canal da Mancha se consolidavam como os principais concorrentes aos Jogos de 2012 A candidatura londrina comecou a sair na frente devido a duas advert ncias impostas pelo COI aos parisienses a primeira uma s rie de greves e manifesta es coincidindo com a visita dos delegados e a segunda foi a abertura de uma investiga o a Guy Drut um dos principais membros do comit parisiense e membro do COI que estava sendo acusado de receber propina Finalmente no dia 6 de julho de 2005 em Cingapura Londres foi escolhida pela in dita terceira vez como a sede dos Jogos de 2012 A seguran a o servi o secreto brit nico mundialmente reconhecido como um dos mais eficientes do planeta o transporte Londres foi a primeira cidade a possuir um metr e tem a maior malha metrovi ria do mundo a infraestrutura algumas das mais modernas instala es esportivas da Europa sobretudo est dios se situam no Reino Unido o fato de ter sediado com sucesso o evento nas duas vezes anteriores e claro
100. Europa nenhum pa s sofreu tanto com a Segunda Guerra Mundial quanto o Jap o atingido por duas bombas nucleares norte americanas Em 1964 T quio mostrou ao mundo que renasceu ap s a guerra e se incluiu entre as principais pot ncias mundiais do final do s culo XX realizando uma edi o dos Jogos Ol mpicos impec vel Foram investidos US 3 bilh es na constru o de complexos esportivos na infraestrutura e no sistema de transporte da cidade servi os que permaneceram para posterior uso da popula o como a constru o do monorail ligando o aeroporto ao est dio edifica o de grandes avenidas e instala es projetadas por Kenzo Tange 105 pil o E Cn TR Shas SSS i a Yoyogi National Gymnasion famoso pelo design do telhado suspenso que foi projetado por Kenzo Tange Acima durante a constru o para as Olimp adas de 1964 Abaixo foto atual Fonte http jpri kyodo co jp Os Jogos da Cidade do M xico1968 que contaram com 112 delega es causaram a revolta da popula o local que promoveu v rias passeatas contra o gasto excessivo no evento enquanto milhares de pessoas passavam fome e a desigualdade social assolava o pa s O movimento foi fortemente reprimido com cerca de cem pessoas mortas em confrontos com a pol cia Dessa forma aumentavam as preocupa es em rela o ao financiamento dos Jogos A Olimp ada de Munique 1972 imaginava ficar na hist ria por seu gigantismo mas
101. I N G Imaginarios Urbanos Editorial Universitaria Buenos Aires 2005 p 147 CAPEL H El modelo Barcelona um examen cr tico Barcelona Ediciones del Serbal 2009 De nuevo el modelo Barcelona y el debate sobre el urbanismo Barcelones Revista bibliografica de Geografia y Ciencias Sociales 25 de enero 2006 vol Vol XI no no 629 p 16 CAPELL M D T I La Formaci de la Urban stica Metropolitana de Barcelona L Urbanisme de la Diversitat Edtion ed Barcelona 1999 CARBONELL J The Olympic Village ten years on Barcelona the legacy of the Games 1992 2002 online Barcelona Centre d Estudis Olimpics UAB Dispon vel em http olympicstudies uab es pdf wp087 pdf Acesso em 03 jul 2013 330 CARLOS A F A A Re produ o do Espa o Urbano EDUSP S o Paulo 1994 O Espa o Urbano Novos Escritos sobre a Cidade S o Paulo HUCITEC 1996 O Lugar no do Mundo S o Paulo FFLCH 2007 CARVALHO J C P Imagin rio e mitodologia hermen utica dos simbolos e est rias de vida Londrina Ed da UEL 1998 CARVALHO F A L de O Conceito de representa es coletivas segundo Roger Chartier In Di logos DHI PPH UEM v 9 n 1 2005 CASTELLS M A quest o urbana Rio de Janeiro Paz e Terra 1983 CASHMAN R What is olympic legacy In Moragas M Kennett C Puig N ed The Legacy of the Olympic Games 1984 2000 Lausanne International Olympic Committee 2003 p 31 42 CHALKLE
102. Imaginadas de Benedict Anderson Carvalho J Imagin rio e mitodologia 1998 p 11 Carlos A A Re produ o do Espa o Urbano 1994 p 24 Carlos A O Lugar no do Mundo 2007 p 17 60 Enquanto o imagin rio designa a esfera da imagina o os s mbolos s o considerados como as figuras particulares relativamente fixas desta esfera gen rica Entre simb lico e imagin rio se estabelece uma cumplicidade quase perfeita pois o imagin rio definido como o solo origin rio dos s mbolos das imagens mesmo dos signos Na sua reflex o sobre cidades novas ela nos alerta sobre a imposi o mesma do objeto no sentido de diferenciar o simb lico do imagin rio Para Tuan a cidade um espa o din mico onde ocorrem as experi ncias cotidianas nessa mistura de sons vis es e odores com ritmos naturais marcados pela hora do sol do trabalho e da brincadeira que tal sentimento se constr i no sujeito Os la os com um lugar s o constru dos a partir da cultura e geografia das rela es sociais e ambientais que nele se desenvolvem esse conjunto de fatores que constitui a diferencia o entre morar e habitar evocada por Gon alves ao dizer que quando o sujeito estabelece apenas uma rela o funcional com determinado lugar configura se o morar mas ele de fato o habita quando se apropria de seus aspectos f sico simb lico emocional e cultural Habitar portanto pressup
103. Mapa do Rio 1908 Plano Agache Plano Doxiadis Mapa de instala es esportivas do Pan 2007 Estacas abandonadas na enseada da Gl ria 200 211 212 213 216 217 220 227 229 231 231 235 236 236 238 239 240 240 241 242 243 244 245 255 256 257 259 260 262 264 272 276 14 llustragao 91 llustragao 92 llustragao 93 llustragao 94 llustragao 95 llustragao 96 llustragao 97 llustragao 98 llustragao 99 llustragao 100 llustragao 101 llustragao 102 llustragao 103 llustragao 104 llustragao 105 llustragao 106 Mapa de instala es esportivas Olimp adas 2016 Mapa Parque Ol mpico modo Jogos 2016 Complexo da Barra Vila Ol mpica Complexo de Deodoro rea de aterro da zona portu ria Delimita o da rea Especial de Interesse Urban stico Setores e subsetores rea de interven o da zona portu ria Avenida Rodrigues Alves antes da demoli o do elevado Projeto de urbaniza o da Avenida Rodrigues Alves Mapa da rea de parques e corredores verdes Previs o de implanta o das Torres Trump Trajeto Transcarioca reas de legado Mapa de legados dos Jogos Ol mpicos Mapa de reassentamento comunidades 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 291 292 295 296 292 15 Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Resumo das tipologias e dimens es do legado Matriz expandida do legado Caracteriza o temporal dos Jogos Ol mpicos Alguns assentamentos removidos ou amea
104. Seul 1988 e se estende at os dias atuais Seul Barcelona Atlanta Sydney Atenas Pequim e Londres foram as cidades protagonistas das competi es dessa fase e apresentaram tanto na organiza o como na explora o dos Jogos as caracter sticas que marcam essa etapa como profissional Seul provou sua condi o de tigre asi tico construindo grandes e belas instala es para sediar as competi es apesar de grande parte delas permanecer vazia devido falta de p blico Barcelona imprimiria sua marca pela via oposta A cidade passou por uma grande reforma que incluiu desde a restaura o de in meros monumentos at a constru o de novas linhas de metr cuja realiza o contou com o apoio da popula o que envolvida com a ideia ol mpica aderiu sua realiza o como poucas vezes havia se visto Os Jogos Ol mpicos de Barcelona representaram um verdadeiro espet culo esportivo e cultural Atlanta optou por outra via Essa edi o dos Jogos Ol mpicos entrou para a hist ria pelo ef mero contrariando um preceito b sico do Movimento Ol mpico herdado da Antiguidade grega que era o legado o que se viu em Atlanta foi o imediato esquecimento dos dias de competi o Grande parte das instala es utilizadas para sua realiza o deixou de existir assim que as atividades do evento se encerraram Com isso era chegado o momento de recuperar uma das raz es de ser dos Jogos Ol mpicos o legado Mesmo tendo o patroc nio de e
105. UI pelo direito de abrigar a Olimp ada de 1944 Londres novamente saiu vitoriosa mas com o advento da Segunda Guerra Mundial foi inevit vel o cancelamento das edi es de 1940 em T quio JAP assim como a de 1944 Com o fim do conflito global os Jogos foram automaticamente transferidos para Londres em 1948 tamb m como uma forma de homenagear a cidade uma das mais devastadas na Segunda Guerra Mundial 40 anos depois Londres novamente seria anfitri do espet culo Ap s uma interrup o de 12 anos os Jogos da XIV Olimp ada seriam disputados Para esta edi o o Official Report of the Organizing Committee for the XIV Olympiad j mostra uma maior preocupa o com instala es adequadas ao evento Por m em uma Londres p s guerra para conter os custos todas as provas foram realizadas em instala es j existentes O est dio ol mpico ap s vinte anos sem uso passou apenas por pequenos reparos Neste per odo os Jogos ainda eram apenas uma celebra o esportiva e n o visava o lucro como passou a acontecer com os Jogos de Los Angeles em 1984 Desta forma a reconstru o da cidade destru da pela guerra e a organiza o do evento ol mpico foram duas a es separadas mas executadas simultaneamente But the third time s a charm Em 2008 Londres apresentou sua candidatura aos Jogos Ol mpicos de 2012 Candidataram se tamb m Havana CUB Istambul TUR Leipzig ALE Madri ESP Moscou RUS Nova York EU
106. UNIVERSIDADE DE BRASILIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROGRAMA DE POS GRADUA O EM ARQUITETURA E URBANISMO Ellayne Kelly Gama de Paiva A CIDADE PARA D CIDAD O O legado urbano dos Jogos Ol mpicos Tese de Doutorado Bras lia 2013 Ellayne Kelly Gama de Paiva A CIDADE PARA O CIDAD O O legado urbano dos Jogos Ulimpicos Tese de doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia como requisito parcial para obten o do t tulo de Doutora em Arquitetura e Urbanismo Orientador Prof Paulo Castilho de Lima Dr Bras lia 2013 Ellayne Kelly Gama de Paiva A CIDADE PARA O CIDAD O O legado urbano dos Jogos Ol mpicos Esta tese foi julgada e aprovada para obten o do grau de Doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de P s Gradua o em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia UnB Bras lia 20 de dezembro de 2013 BANCA EXAMINADORA Prof Dr Paulo Castilho de Lima Presidente FAU UnB Prof Dr Oscar Luis Ferreira Examinador FAU UnB Prof Dr Orlando Cariello Filho Examinador FAU FACIPLAC Prof Dr Percy Coelho de Souza Examinador SER UnB Prof Dra Tha s Trov o dos Santos Zenkner Examinadora FAU UEMA A Deus A minha familia AGRADE O A DEUS simplesmente por que Ele Ele sabe da sinceridade do meu cora o e do qu o imposs vel eu imaginei que fosse chegar at aqui
107. Y B ESSEX S Urban development through hosting international events a history ofthe Olympic Games Planning Perspectives 1999 14 4 369 394 CHOAY F A alegoria do patrim nio S o Paulo Esta o Liberdade UNESP 2001 O urbanismo 5 ed S o Paulo Perspectiva 2003 CORR A R L O espa o urbano 4 edi o 2 reimpress o S o Paulo Editora tica 2000 CROMPTON J L Economic impact analysis of sports facilities and events Eleven sources of misapplication Journal of Sport Management v 9 p 14 35 1995 DACOSTA L CORREA D RIZZUTI E VILLANO B e MIRAGAYA A ed Legados de Megaeventos Esportivos Brasilia Minist rio do Esporte 2008 DELGADO M La ciudad mentirosa Fraude y miseria del modelo Barcelona Madrid Los libros de la Catarata 2007 242 p DEL RIO V Introdu o ao Desenho Urbano no processo de planejamento 5 ed S o Paulo Editora Pini 1990 331 EMBRATUR Empresa Brasileira de Turismo Minist rio da Industria e do Com rcio Turismo para Portadores de Defici ncia F sica Normas para a facilidade de acesso e locomo o Rio de Janeiro 1987 ESTEBAN J El Projecte urbanistic valorar la periferia recuperar el centre Edited by A BARCELONA Edtion ed Barcelona 1999 FALCOSKI L A N Dimens es morfol gicas de desempenho instrumentos urban sticos de planejamento e desenho urbano S o Paulo USP 1997 FERNANDES N da N Capitalismo e morfologia urbana n
108. a o da cidade Considerando que s o piscinas tradicionais e n o piscinas de lazer e entretenimento improv vel que os custos de manuten o 192 Ribeiro F Legado de megaeventos esportivos sustent veis 2008 p 110 111 161 venham ser compensados pela venda de ingressos Certamente serao utilizadas como centros de treinamento das respectivas federa es por m eventos esportivos comercialmente rent veis est o limitados apenas a poucas competi es nacionais e internacionais reconhecido que uma cidade ol mpica ap s o evento devem se reinventar e buscar novos desafios para n o se tornar obsoleta Tais cidades ilustram como as Olimp adas influenciam sua preserva o e transforma o Como ex anfitri s possuem ficam a marca ol mpica a nostalgia e as mem rias coletivas entre seus cidad os mas n o h muito valor no uso dos Jogos como propaganda p s evento Vila dos Atletas Normalmente planejadas tendo em mente sua destina o como futuro conjunto habitacional Deve preferencialmente ser utilizada para reduzir as desigualdades socioespaciais e n o ser objeto de especula o imobili ria Por fim entendemos que no p s evento o uso da infraestrutura ol mpica deve ser reavaliada e integrada ao tecido da vida urbana e as necessidades dos seus cidad os nao apenas considerando os turistas que podem ou n o vir a visitar a cidade Esta infraestrutura tem como papel fundamental auxiliar a cida
109. a o sobre nossas vidas e se verificamos que n o est como gostar amos poderemos mudar de rumo pela constru o de uma cidade qualitativamente diferente Por m a crescente urbaniza o tornou dif cil a reflex o sobre este tema Se n o transformamos acabamos por ser transformados a cidade nos modifica sob situa es que n o elegemos nos deixando levar pelo nosso entorno e a maneira como vemos o mundo depende do lugar onde estamos e da posi o que tomamos Ostrowetsky S Sociologues en ville 2000 p 144 50 ID HATE TO W BE ONE OF da THOSE TINNY Ps ANTS UNCLE IT LOOKS a LOT DIFFERENT TO BE UP LOOKING PA fi o i Fp A T Sa i o J afp Ta e es b a ts af gt Quadrinho que ilustra que a percep o do lugar depende da posi o em que se encontra no espa o urbano A partir da poss vel se identificar ou n o com ele Fonte Vues sur la ville 2010 As cidades sempre foram lugares de desenvolvimento geogr fico desigual mas as diverg ncias agora s o intensificadas em sua maioria negativamente e tais desenvolvimentos urbanos desiguais desenham o cen rio para o conflito social Isso ocorre porque a cidade local de encontro de intera o e da diferen a onde a desordem tem sua utilidade e onde pontos de vista e aspira es individuais colidem e podem resultar em intoler ncia e exclus es Sendo assim o direito cidade poderia ser exerc
110. a o concebido o espa o vivido e o espa o percebido A representa o do espa o est diretamente relacionada ao espa o concebido o espa o advindo de um saber t cnico e traduzido no capitalismo pelo pensamento hierarquizado im vel e consequentemente irreal As representa es do espa o privilegiam a ideia de produto devido supremacia do valor de troca na racionalidade geral A pr tica espacial est diretamente ligada experi ncia ao dom nio da percep o f sica est relacionada realidade cotidiana e realidade urbana e portanto o espa o percebido o espa o dominante em qualquer sociedade pois tem rela o intr nseca com o dom nio dos conhecimentos t cnicos dos c digos hegem nicos e aparece como uma intermedia o da ordem distante e a ordem pr xima referentes aos desdobramentos de pr ticas espaciais oriundas de atos valores e rela es espec ficas de cada forma o social Deste modo confere s representa es mentais materializadas funcionalidades e usos diversos que correspondem a uma l gica de percep o da produ o e da reprodu o social Santos M A natureza do espa o urbano 1999 p 21 Lefebvre H La production de l espace 2000 p 39 40 31 z J o espa o de representa o o espa o diretamente vivido atrav s da subvers o de usos contextuais da associa o de imagens e s mbolos o espa o dominado pelas sensa es pela imagina o
111. a 2 13 O COI toma medidas para promover um legado positivo dos Jogos Ol mpicos para a cidade anfitri e para o pa s anfitri o incluindo um controle razo vel do tamanho e custo dos Jogos Ol mpicos e encoraja os Comit s Organizadores dos Jogos Ol mpicos autoridades p blicas no pa s anfitri o e as pessoas ou organiza es pertencentes ao Movimento Ol mpico a agir de acordo tradu o nossa 113 Cashman R What is olympic legacy 2008 p 34 35 116 Legado inclui ainda resultados imprevistos e nao planejados como fardos que podem ser d vidas o custo continuo do uso de instala es caras e sub utilizadas que se tornam elefantes brancos e ainda ex sedes ol mpicas e infraestrutura degradadas Estas s o lembran as vis veis de falta de vis o Ol mpica ou uma falha em se planejar adequadamente para o per odo p s ol mpico H tamb m uma variedade de intervenientes p s Jogos em cidades ol mpicas que inspecionam o legado direta ou indiretamente o Comit Ol mpico Nacional os administradores dos antigos locais ol mpicos v rios n veis de governo l deres empresariais e tur sticos e Centros de Estudos Ol mpicos Cidades muitas vezes se preparam bem para o seu legado p s Jogos Refer ncias ao legado n o aparecem com frequ ncia em documentos oficiais do COI n o h men o na Carta Ol mpica e a id ia n o apareceu em documentos de candidatura at recentemente A organiza o dos Jogos Ol
112. a a procura por outro lugar para um sediar o Campeonato Mundial de Atletismo de 2005 e desenvolver uma instala o espec fica para atletismo em outro lugar em Londres A decis o de localizar esta facilidade em Picketts Lock sempre foi controversa como foi um acordo quanto localiza o em rela o outros locais e ao centro da cidade Se tivesse havido um olhar estrat gico para isto visando o desenvolvimento de uma proposta Ol mpica em seguida um local mais perto de Stratford teria sido mais apropriado Um terreno no Lower Lea Valley foi considerado mas isso foi preterido para um desenvolvimento em Lee Valley Park no que logo seria o Picketts Lock O papel do BOA nessas reuni es era assegurar que as instala es planejadas poderiam ser adaptadas para o uso Ol mpico embora a prioridade neste momento fosse encontrar um local adequado para garantir o Mundial de Atletismo O Reino Unido conseguiu garantir o evento mas a decis o do Governo de n o construir um est dio de atletismo em Picketts Lock fez com que o evento foi transferido para Helsinque prejudicando a credibilidade de Londres em termos de organiza o de grandes eventos esportivos No entanto foi devido s dificuldades com Wembley e Picketts Lock que o BOA produziu um relat rio sobre os poss veis locais para a realiza o dos Jogos Ol mpicos de Londres Grande parte do trabalho estava focada na localiza o da Vila Ol mpica inicialmente atrav s do recurso d
113. a cidade de Florian polis na ilha de Santa Catarina In E SILVA G do A e OLIVEIRA L A de org Simp sio A Arquitetura da Cidade nas Am ricas Di logos contempor neos entre o local e o global Florian polis PGAU Cidade UFSC 2006 OSTROWETSKY S Sociologues en ville Paris Editions l Harmattan 2000 PANERAI P et al Elementos de Analisis Urbana Madrid Instituto de Estudios de Administracion Local 1983 PEREIRA M da S 1908 um Brasil em Exposi o Rio de Janeiro Casa Doze 2011 POL E La apropriaci n del Espacio In I iguez L amp Pol E eds Cognici n representaci n y apropriaci n del espacio Barcelona Publicacions Universitat de Barcelona 1996 45 62 PORTAS N Urbanismo e Sociedade construindo o futuro In MACHADO D amp VASCONCELLOS E orgs Cidade e Imagina o Rio de Janeiro UFRJ PROURB 1996 p 30 39 POYNTER G Regenera o urbana e legado ol mpico de Londres 2012 In DaCosta L Corr a D Rizzuti E Villano B e Miragaya A ed Legados de Megaeventos Esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2008 p 121 152 From Beijing to Bow Bells measuring the Olympics effect Londres University of East London 2006 PREUSS H Economic dimension of the Olympic Games university lecture on the Olympics Barcelona Centre d Estudis Ol mpics UAB 2002 online article http olympicstudies uab es lectures web pdf preuss pdf Acesso em 22 mai 2012 The Eco
114. a como as pessoas vivenciam o espa o urbano A rea central da cidade um cen rio que acolhe atores e identidades onde cotidianamente emergem conflitos m ltiplos decorrentes do confronto de uma popula o heterog nea que usa a cidade como espa o de sobreviv ncia de sociabilidade de trabalho de 33 Vernant apud Dosse F A hist ria do estruturalismo ll p 256 A partir de Mythe et pens e chez les Grecs Maspero 1965 vol 1 p 209 34 Freitag B Teorias da cidade 2006 p 153 47 especula o e ganhos de capital entre outros usos e apropria es A ordem social passa a ser associada emerg ncia dos direitos humanos ligados aos direitos considerados naturais como direitos liberdade propriedade seguran a e direito de resist ncia opress o Historicamente o espa o geogr fico para o qual convergiram essas demandas do homem do ser do querer e do ter foram as cidades A cidade como express o material e simb lica da sociedade j nasce como aquele lugar para o qual se projetava um ideal de civiliza o e de felicidade Para Arist teles a finalidade ltima da polis era promover a felicidade dos cidad os e estes embora desempenhassem fun es diferentes deveriam todos trabalhar para a conserva o de sua comunidade para n o apenas viver juntos mas para bem viver juntos A tarefa da cidade na vis o de Mumford colocar as maiores preocupa es do homem no centro de todas
115. a concession ria planejava construir um novo quebra mar uma passarela e uma garagem n utica desnecess ria para as competi es mas as obras foram proibidas pelo Iphan Ap s a insist ncia da EBTE e guerra de liminares as obras foram iniciadas Por m em 2006 por determina o judicial as reformas na Marina foram embargadas restando apenas rastros de abandono O Minist rio P blico tamb m anunciou que iria prosseguir com as investiga es e que os respons veis pelas constru es indevidas teriam que responder civil e criminalmente Estacas abandonadas na enseada da Gl ria pela EBTE resultado da obra embargada Fonte Mascarenhas 2008 Em 2013 a partir do recurso do Minist rio P blico Federal no Rio de Janeiro a Justi a determinou construtora EBTE a demoli o das obras j realizadas para uma garagem de barcos na Marina da Gl ria para restabelecer a paisagem e a estrutura natural da regi o tombada pela Uni o e pelo munic pio O Iphan embargara as obras mas pilares de concreto tapumes e outras constru es permanecem no local As obras que se alegavam teis 294 para os Jogos Pan Americanos 2007 nao tinham autorizagao do Iphan e a liminar permitindo a construgao perdera a validade Al m disso a area usada para as obras da garagem nao foi cedida ao municipio nem a EBTE pois nao consta nos contratos de cess o e de concess o firmados com a Uni o em 1977 e 1996 Ainda que o projeto que a EBTE e o mu
116. a dire o executiva que foi capaz de agir com grande autoridade capaz de aplicar princ pios operativos aparentemente simples sem interfer ncias que muitas vezes dadas as condi es objetivas eram dif ceis mas muito eficientes A s tima e fundamental condi o era a retid o extrema e a transpar ncia da administra o econ mica A oitava foi a paci ncia e o sangue frio para lidar com as situa es E por fim a nona e talvez a mais importante condi o a cumplicidade social Os cidad os sendo indubitavelmente aqueles mais diretamente afetados n o podiam n o queriam nem deveriam permanecer ignorantes nem distantes ao processo Na perspectiva urbana podemos ter como li es a seguir e As a es devem ser fundamentadas no projeto do espa o p blico como lugar urbano e coletivo por excel ncia e As a es devem ser previstas pelos projetos urbanos devem refletir a realidade e as necessidades de cada bairro e Devem se priorizar projetos de f cil execu o e Deve se dar prioridade reconstru o da cidade existente no lugar de uma expans o e Buscar e planejar a continuidade urbana a cidade n o para ap s o encerramento dos Jogos e Projetar eficazmente para evitar atrasos e problemas futuros Em s ntese o urbanismo ol mpico dos jogos de 1992 reflete de um modo geral a nova era articula o de interesses privados monumentalidade e proje o urbana Mas Barcelona contava com um plano diretor de
117. a do posto 6 Parque do Flamengo Est dio de Remo da Lagoa Clube dos Cai aras Maracan Est dio Jo o Havelange Est dio do Maracan Gin sio do Maracan zinho J lio Delamare Deodoro centro militar Centro Nacional de Hipismo Centro Nacional de Tiro Esportivo Centro de Tiro com Arco C rculo Militar Deodoro Centro de H quei sobre a Grama Est dio do Complexo Mi cimo da Silva Gin sio do Complexo Mi cimo da Silva 289 Aeroporto Internacional Av Brasil i i 3 Aeroporto Dom stico o 7 Os 13 oo 15 Praia de Av Das Am ricas oe Copacabana t Ne RE Country Club Complexo Esportivo Mi cimo da Silva Parque do Flamengo idade do Esporte Aut dromo E Complexo Esportivo Deodoro 9 Praia de Copacabana worro do Outeiro complexo Esportivo Jo o Havelange Lagoa Rodrigo de Freitas complexo Esportivo Riocentro IBC MPC Complexo Esportivo do Maracan Q Vila Pan americana Ocomplexo Esportivo Cidade do Rock Samb dromo centro de Boliche Barra Marina da Gloria Mapa de localiza o das instala es do Pan americano do Rio de Janeiro onde se nota que a maior concentra o de estruturas est no complexo da Barra da Tijuca Fonte Vitruvius Os projetos de constru o das instala es permanentes e tempor rias e de reforma foram feitos por arquitetos brasileiros Estas atenderam s especifica es das confedera es internacionais com o intuit
118. a implantar todas as instala es necess rias para o melhor aproveitamento do seu potencial da cidade melhorando a mobilidade de atletas e espectadores e reduzindo o impacto no tr nsito local O mais eficaz seria que um espa o contivesse a maioria das instala es esportiva para que n o fosse necess ria a utiliza o de meios de transporte mas caso n o seja poss vel e os espa os estejam espalhados pela cidade essencial que a infraestrutura de transporte seja eficiente Se uma rea da cidade que estava abandonada ou contaminada for escolhida como local de interven o os Jogos ser o uma justificativa para sua regenera o e caso a infraestrutura esteja inserida em uma estrat gia de desenvolvimento de longo prazo pode estimular melhorias e recupera es duradouras de extrema import ncia que os locais recuperados sejam bem administrados integrados cidade e que as novas instala es e pr dios esportivos n o se transformem em elefantes brancos subutilizados r O investimento em infraestrutura o que pode gerar maior resultado duradouro Com esse objetivo fundamental investir em projetos de aeroportos transporte urbano e hot is dimensionados com base em premissas de planejamento de desenvolvimento de longo prazo Enquanto os benef cios diretos incluem capital e constru o da infraestrutura relacionada ao evento os de longo prazo incluem a redu o dos custos de transporte gra as melhoria da ma
119. a longa dura o Rio de Janeiro s culo XVIII XXI Diez a os de cambios en el Mundo en la Geografia y en las Ciencias Sociales 1999 2008 Actas del X Coloquio Internacional de Geocr tica Universidad de Barcelona 26 30 de mayo de 2008 Dispon vel em lt http www ub es geocrit xcol 144 htm gt Acesso em 12 dez 2012 FERRANDO M G Aspectos Sociales del Deporte Madrid Alianza Editorial 1990 FILGUEIRA J C M Import ncia dos legados de megaeventos esportivos para a Pol tica Nacional do Esporte cidade cidadania e direitos do cidad o In DaCosta L Corr a D Rizzuti E Villano B e Miragaya A ed Legados de Megaeventos Esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2008 FRAMPTON K Historia cr tica da Arquitetura Moderna S o Paulo Martins Fontes 1997 FRANCE A ROCHE M Sport mega events urban policy and youth identity sigues of citizenship and exclusi n in Sheffield In Roche M ed Sport popular culture and identity Aachen Meyer amp Meyer 1998 FRANKL V E O Homem Procura do Significado Ultimo In No Caminho do Autoconhecimento S o Paulo Livraria Pioneira Editora 1982 FREITAG B Teorias da cidade Campinas Papirus 2006 GODOY L Os Jogos Ol mpicos na Gr cia Antiga S o Paulo Nova Alexandria 2001 332 GON ALVES T M Habita o e sustentabilidade urbana Revista INVI Santiago v 24 n 65 maio 2009 Dispon vel em http www scielo cl scielo php script
120. acente City e representou um ambicioso regime institu do em 1980 para expandir o centro financeiro da cidade em dire o ao leste emulando o sucesso do desenvolvimento Manhattan em Nova lorque realizada nos anos 1960 O plano supervisionado pela London Docklands Development Corporation LDDC contornou as autoridades locais e estabeleceu quadros de planejamento para pagar oportunidades para investir em amplos empreendimentos de escrit rio de alto padr o e habita o de luxo Esta iniciativa de mercado impulsionado pr neg cios eventualmente conseguiu atrair grande empresas a se mudar para Canary Wharf mas n o at que v rias crises financeiras fossem superadas Enquanto Canary Wharf estava em fase de desenvolvimento nos anos 1990 o governo conservador respondeu as press es principalmente da comunidade empresarial para estabelecer uma autoridade em toda a Londres ou regi o metropolitana Os conservadores criaram um Gabinete de Governo e um subcomit do gabinete para Londres em reconhecimento necessidade de estabelecer uma mais planejada e integrada abordagem para administrar a capital No retorno dos trabalhadores ao governo em 1997 esta abordagem foi levada al m atrav s da cria o da 245 Grande Londres Authority GLA que institui a cargos eletivos do prefeito de Londres e introduziu uma Ag ncia de Desenvolvimento de Londres LDA Foi o prefeito Ken Livingstone em conjunto com as ag ncias rec m criadas que
121. ada e os elementos ser o usados em outros eventos no Reino Unido e Exterior ou revendidos O equipamento foi erguido em apenas tr s meses Instala o tempor ria de basquete Fonte www abril com br 258 Eton Manor Local de nado sincronizado dentre outras atividades aqu ticas dos Jogos o Eton Manor erguido em local de antigo clube de mesmo nome teve assento tempor rio para 10 5 mil espectadores durante a Paraolimp ada com a utiliza o do espa o para a modalidade de t nis em cadeira de rodas Depois da Olimp ada ser transformado em um centro de t nis e um centro de h quei com duas quadras 5 aD LNN ame Eton Manor Fonte www dezeem com Handebol arena Com 6 5 mil assentos a arena de handebol coberta por 3 mil m de pain is de cobre O local tem luz natural alimentada durante o dia atrav s de 88 tubos distribu dos na cobertura que permite a entrada de ilumina o natural economizando mais de 40 de energia do espa o O equipamento ser mantido ap s os Jogos como uma arena multiuso 259 Arena de handebol Fonte www dezeem com Complexo de m dia O complexo de m dia dividido pelo International Broadcast Centre IBC com 56 mil m a maior edifica o do parque e o Main Press Centre MPC com 30 mil m Cerca de 20 mil profissionais de imprensa utilizar o o local durante o megaevento Subesta o de energia Uma subesta o foi ampliada e moderniza
122. ades de acesso ao complexo ol mpico Ado o de pr ticas ambientalmente sustent veis com resultados concretos para a cidade na prepara o durante e depois dos Jogos 269 Formata o de um calend rio e programas de visita o ao complexo ol mpico para que moradores e turistas participem ativamente com canal de atendimento dispon vel 24 horas exclusivo para aqueles que residam em bairros pr ximos as futuras instala es ol mpicas Legado ol mpico deve ser incorporado ao dia a dia e vivenciado por todos os envolvidos tornando se o mantra dos Jogos Compreens o que os Jogos e seus desdobramentos s o um emaranhado de decis es arquitet nicas sociol gicas legislativas e financeiras que exige coordena o e avalia o eficazes de uma infinidade de detalhes complexos e interdependentes Desta experi ncia fica como maior li o a import ncia de olhar al m dos per odos preparat rio e de realiza o dos jogos Um dos maiores resultados de sediar os jogos deve ser um legado duradouro expl cito ou n o que fica para os participantes os visitantes e especialmente os residentes Muito do sucesso dos jogos de Londres ser medido pelo grau em que novas ideias foram geradas novas infraestruturas sido criadas e antigas reas regeneradas 270 Artista Wilson Santos Sketch do Rio de Janeiro Disponivel em http wilsonsketchblog blogspot com br 271 O planejamento do Rio o pl
123. ades de suas candidaturas Para tanto foram acurados os Projetos Ol mpicos e os Planos de Legado das cidades para que pudessem ser constatadas as inten es pr vias aos eventos Para a constata o dos resultados e benef cios foram utilizados relat rios oficiais dos comit s organizadores al m de estudos de legados j realizados e mat rias em jornais para averigua o da opini o p blica 24 Apesar do marketing desenvolvido e da campanha de forma o de consensos politicos a recep o dos Jogos Ol mpicos em 2016 suscita muitas d vidas quanto aos reais benef cios decorrentes da realiza o destes eventos em uma rede de metr poles marcada por elevados n veis de desigualdade social As manifesta es ocorridas contra as candidaturas de pa ses a sedes destes eventos especialmente em pa ses que j passaram pela experi ncia de sediar os Jogos Ol mpicos em oportunidades anteriores refor am as incertezas mencionadas Foram abordados especificamente os processos referentes altera o da infraestrutura urbana nas cidades onde se realizaram ou realizar o os eventos A maior parte dos novos equipamentos urbanos previstos voltada s reas de esporte e lazer enquanto os demais se direcionam complementa o de infraestrutura b sica principalmente transporte que permita o deslocamento de atletas e turistas A popula o de uma cidade sede diretamente impactada pelas decis es tomadas e transforma es pr
124. ado por 80 quil metros de linhas de metr 281 Plano diretor para o ano 2000 Plano Doxiadis 1965 Fonte Leme 1999 Embora o plano jamais tenha sido implementado em sua totalidade nos anos seguintes diversos governos implementaram partes importantes como a a abertura de t neis a constru o de viadutos a abertura da Linha Lil s e implementa o de parte da Linha Verde e d cadas mais tarde a Linha Vermelha e posteriormente ainda a Linha Amarela No Rio de Janeiro as transforma es urbanas p s modernas foram menos intensas Uma das mais notadas veio com a ocupa o da Barra da Tijuca a partir do final dos anos 70 Em menos de duas d cadas na fachada costeira de uma baixada de praias restingas e lagoas foram constru dos grandes condom nios de edif cios e de casas para as classes m dias e altas bem como v rios shopping centers A partir de 1970 esta perspectiva e realidade come aram a mudar Inicia se um lento projeto de revitaliza o cheio de conflitos contradi es e descontinuidades atrav s de tombamentos como o do Morro da Concei o a cria o de grandes reas de preserva o como o Corredor Cultural e mais recentemente com os projetos de revitaliza o do Bairro da Lapa e da zona do porto Na esteira desta valoriza o observa se tamb m a implanta o de alguns empreendimentos residenciais e hoteis indicando que 282 h um movimento de recupera o desta fun o na area central para as
125. ados fabricados em uma cidade eram transportados em trens e navios a vapor at outras cidades O imenso custo da constru o e manuten o das f bricas e da obten o de mat ria prima foram um dos motivos da ascens o do capitalismo onde bancos e investidores por meio de empr stimos e parcerias econ mica ajudavam a cobrir os custos da constru o e manuten o destas f bricas Algumas cidades em especial destacam se pelo seu grande crescimento Manchester tinha apenas quatro mil habitantes em 1790 Seis d cadas depois a cidade alcan aria os 350 mil habitantes Chicago tinha 4 5 mil habitantes em 1840 Em duas d cadas em 1860 a popula o saltou para 112 mil habitantes Em 1880 a popula o da cidade alcan ou 500 mil habitantes dobrando na d cada seguinte A maior cidade durante 1825 at o fim do s culo XIX foi Londres a primeira rea urbanizada a superar os cinco milh es de habitantes do mundo T quio era anteriormente a cidade mais populosa do mundo Essa transforma o espacial modificou as rela es sociais e territoriais e permitiu a propaga o da cultura e da t cnica promovendo tanto o processo concorrente como a concentra o da popula o nas cidades provocando a exist ncia improvisadamente de novas cidades e acelerando desmedidamente o crescimento de muitas das cidades antigas O crescimento incomensur vel leva a uma transforma o estrutural das cidades Isso se traduz na abertura de grand
126. ados de remo o 16 103 104 129 300 1 1 1 2 1 3 2 1 2 2 2 3 3 1 3 2 3 3 Agradecimentos Resumo Abstract Resumen R sum Lista de Ilustra es Lista de Quadros Introdu o Cidades cidad os e cidadania Materialidade Sociabilidade Sensibilidade Cidades Olimpicas Os Jogos Ol mpicos Olimpismo e Movimento Ol mpico As cidades Ol mpicas Planejando legados Rumo defini o de legado A multidimensionalidade do legado A import ncia do planejamento na cria o de impactos posteriores vii viii VX xi xiv 15 26 38 4 48 57 69 d4 95 109 118 3 4 4 1 4 2 4 3 4 4 4 5 5 1 5 2 5 3 5 4 5 5 6 1 6 2 6 3 6 4 6 5 As Olimpiadas como oportunidade urbana O exemplo Barcelona De Barcino BCN PGM 76 Um instrumento de transforma o urbana Ponto de partida da ideia ao projeto la ville de Barcelona A Barcelona p s Jogos os legados urbanos 20 anos depois Londres Breve contextualiza o hist rica Third time s a charme O in cio Olympic Regeneration in East London o foco no legado O encerramento O futuro nos Jogos Rio de Janeiro E o Rio de Janeiro continua lindo A pr tica leva perfei o O grande teste as XXXI Olimp adas Plano de legados urbanos e ambientais O que est em jogo Concluindo Refer ncias 126 150 156 167 171 175 201 210 211 219 223 226 246 204 255 266 2
127. ais escolhidas ap s as desist ncias de C rdoba na Argentina e Bogot na Col mbia Apesar da dimens o do evento como o Rio de Janeiro ficou respons vel por acolher apenas as competi es de esgrima futsal jud taekwondo remo tiro triatlo e vela instala es j existentes como o Gin sio do Botafogo o Gin sio Algod o e o Tijuca T nis Clube atendiam as exig ncias e foram utilizadas sem a necessidade da constru o de novas estruturas O desafio de viabilizar os Jogos em apenas 90 dias foi vencido com sobras O sucesso da empreitada contou valiosos pontos para a vit ria da candidatura do Brasil a sede dos Jogos Pan americanos de 2007 obtida apenas 17 dias ap s o fim dos Jogos Sul americanos A defini o do Rio de Janeiro como sede dos XV Jogos Pan americanos foi feita em 2002 Nos primeiros anos ap s a escolha o momento era de otimismo com a conquista no caso das m dias localizadas na cidade sede O tema ganhou impulso concretamente a partir dos Jogos Ol mpicos de Atenas Com o crescente acompanhamento das Olimp adas 2004 na m dia come am a surgir pautas que defendem que o projeto proposto 284 estava se distanciando da realidade da organiza o do evento Fora isso com o encarecimento do projeto uma parte das a es sociais foram revistas e algumas adiadas como o caso das obras do metr e os projetos ambientais Seu desenvolvimento ser analisado mais detalhadamente adiante A escolha do Br
128. ando com a etapa de candidatura da cidade e terminando dois anos ap s o encerramento dos Jogos Os principais objetivos do OGGI s o medir o impacto global dos Jogos Ol mpicos ajudar cidades candidatas e futuros organizadores dos Jogos Ol mpicos atrav s da transfer ncia de dire o estrat gica obtida a partir dos Jogos Ol mpicos passados e presentes para identificar poss veis legados e assim maximizar os benef cios de seus Jogos Ol mpicos e para criar um ponto de refer ncia compar vel em todos os Jogos Ol mpicos de futuros Devido ter sido criado em 2001 n o existem relat rios of ciais relacionados prepara o e realiza o dos Jogos de Barcelona e o OGGI de Londres somente ser conclu do em 2014 N o existe uma metodologia correta ou absoluta para medir o impacto de uma Olimp ada Muitas abordagens e ferramentas diferentes existem A riqueza de informa es provenientes dos estudos de impacto Ol mpicos anteriores e conduzida por pessoas que n o o COI organiza es atesta esse fato A metodologia OGGI foi criada com base em normas internacionais existentes nas tr s reas de desenvolvimento sustent vel e as normas evoluem de forma din mica ao longo do tempo assim 23 tamb m devem ser as metodologias de an lise de impactos urbanos A metodologia OGGI n o foi utilizada pois trata das esferas econ mica social e ambiental as quais n o s o objeto de estudo deste trabalho Desta forma o pre
129. aneiro foi nomeado sede dos Jogos Ol mpicos de 2016 Estes ainda s o um sonho em constru o mas representam o pice de um gigantesco projeto iniciado com os Jogos Pan americanos de 2007 e que teve continuidade com os Jogos Militares de 2011 Mas euforia segue se um necess rio questionamento como podemos colocar os Jogos Ol mpicos a servi o da cidade Marques e Pinheiro A cidade e o Legado Jornal O Globo 2012 22 O COI ja reconheceu que para que uma cidade possa realmente utilizar os Jogos Ol mpicos como propulsor de renova o sustent vel o legado deve ser planejado desde o come o No caso do Brasil a realiza o de um evento de tamanha propor o implica ou deveria implicar a necessidade de uma reflex o cr tica sobre os reais ganhos de tais eventos longo prazo e n o somente utilizar o valor do legado ol mpico para justificar o gasto de cifras estratosf ricas Para atender as necessidades de an lise dos legados das cidades sede dos Comit s Organizadores dos Jogos Ol mpicos o Comit Ol mpico Internacional lan ou em 2001 o Estudo Global de Impacto dos Jogos Ol mpicos Olympic Games Global Impact OGGI Trabalhando em conjunto com o trabalho do COI devido ao tamanho custo e complexidade dos JO o OGGI foi lan ado para que o COI pudesse avaliar gerenciar monitorar e orientar as partes envolvidas e afetadas pela prepara o e realiza o de JO Este estudo dura onze anos come
130. anejamento dos Jogos Ol mpicos e o planejamento dos Jogos Ol mpicos o planejamento da cidade Eduardo Paes prefeito do Rio de Janeiro 2013 272 EO RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO Foi em 1 de janeiro do ano de 1502 que um navegante europeu adentrou pela primeira vez a enseada da Ba a de Guanabara Deparando se com o exuberante visual das densas matas e dos pared es rochosos cariocas pensou que a ba a era na verdade um rio que desembocava no mar Esta foi nomeada de Rio de Janeiro Cerca de um ano depois em expedi o de Gon alo Coelho alguns de seus tripulantes situaram se pr ximos a foz do rio e constru ram a primeira feitoria do Rio de Janeiro Desde este pequeno epis dio a hist ria da cidade do Rio de Janeiro come a marcada pela geografia natural de seus rios e seus caminhos determinados pelas suas guas Mapa do Rio de Janeiro s culo XVII Fonte http gaiasustentavel net 191 As fontes deste estudo s o Fernandes N Capitalismo e morfologia urbana na longa dura o Rio de Janeiro s culo XVIII XXI 2008 Leme M A forma o do pensamento urban stico no Brasil 1895 1965 1999 e Villa a F Uma contribui o para a hist ria do planejamento urbano no Brasil 1999 273 Em 1646 o pedreiro Andr Tavares foi contratado para construir um cano levando as guas da lagoa de Santo Ant nio at a Pra a XV Mas essa medida n o foi de todo suficiente para abastecer com gua os padres e marinhei
131. ara satisfazer as suas pr prias necessidades mas as cidades que est o utilizando os Jogos Ol mpicos para apoiar as suas pr prias agendas urbanas A nica diferen a que enquanto o COI sabe o que quer de cidades sede enquanto as cidades sede muitas vezes est o confusas quanto ao que querem e o que v o receber 159 Adapta o da infraestrutura ol mpica p s dogos Equipamentos de lazer mobilidade comunica o e cultura que fazem diferen a em todos os momentos do cotidiano da popula o e da gest o p blica Mas neste sentido algumas situa es devem ser consideradas para evitar o mau aproveitamento das instala es primeiro muitos consumidores internos t m or amentos para lazer relativamente fixos deve se entender os padr es de atividade econ mica dos residentes permanentes que n o assistiram ao evento e ignorar o fato de que turistas normais evitam pontos tur sticos j muito frequentados Al m disso como j visto em Olimp adas no passado os enormes investimentos necess rios para sedi las com sucesso nem sempre proporcionam os retornos econ micos esperados ou o est mulo de longo prazo O Parque Ol mpico constru do em Sydney para os Jogos de 2000 n o foi totalmente utilizado Como parte da conta da Copa do Mundo de 2002 o Jap o precisou construir sete novos est dios e reformar outros tr s ao custo de US 4 5 bilh es enquanto a Coreia do Sul gastou US 2 bilh es na constru o de dez est d
132. arcelona de Porciones Alibes amp outros 1975 e a obra Tots els barris de Barcelona Jaume Fabres e Huertas Claveria 1976 180 A falta de planejamento e o aumento da popula o acirraram os problemas de massifica o e a escassez de servi os e infraestruturas p blicas de todo tipo no contexto de um forte desenvolvimento econ mico enquanto o espa o p blico se degradava e era atendido por uma administra o p blica infradotada inoperante e altamente burocratizada Em 1979 ocorreram na Espanha as primeiras elei es democr ticas para os Governos municipais Narcis Serra tornou se prefeito de Barcelona Ele e sua equipe deram um impulso aquisi o de terrenos para novas infraestruturas e equipamentos p blicos pra as e jardins Esta aquisi o de terrenos privados para cobrir o imenso d ficit de equipamentos de uso coletivo e espa os p blicos heran a de d cadas de ditadura franquista e crise econ mica estava prevista no PGM 76 Os recursos p blicos todavia n o eram suficientes para a dimens o e alcance das interven es previstas no plano de forma que a cidade recorreu mais uma vez ao velho expediente de capta o de recursos atrav s de grandes eventos a exemplo do que ocorrera nas grandes exposi es de 1888 e 1929 Assim nasceu o projeto ol mpico em Barcelona At meados dos anos oitenta a gest o urbana seguiu o referido plano em detalhes realizando interven es locais diversas com nfase na rec
133. arenhas tamb m ressalta que o uso de terrenos p blicos ociosos reduziria o custo total do evento e evitaria desapropria es onerosas necess rio salientar que qualquer projeto de desenvolvimento que vise realmente produzir uma melhor qualidade de vida para os cidad os deve n o se restringir ao local nacional ou global precisamos pensar nas intera es espaciais s poss vel haver desenvolvimento na escala local se houver nas outras escalas 7 Mascarenhas S nchez e Bienenstein O jogo continua megaeventos esportivos e cidades 2011 p 41 56 20 Mascarenhas e Borges Entre o empreendedorismo e a gest o democr tica 2008 p 10 296 Como ja mencionado o projeto utilizado para os Jogos Pan americanos foi a base para o projeto ol mpico Novamente apresentada a proposta dos quatro an is ol mpicos Barra Barra da Tijuca e Jacarepagu Deodoro centro militar Maracan Maracan Engenho de Dentro Cidade Nova e Zona Portu ria e Copacabana Copacabana Flamengo Gl ria e Lagoa O Plano Geral Urban stico do Parque Ol mpico Rio 2016 coordenado pela Empresa Ol mpica Municipal em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil IAB Desenvolvido pela consultoria inglesa AECOM o projeto define como ser o ocupados os espa os p blicos pra as e parques al m da disposi o das instala es permanentes e tempor rias e dos futuros empreendimentos imobili rios a serem constru dos na rea
134. as e reconstru das em um mundo em r pida urbaniza o O Plano Diretor resultado de uma s rie de a es que foram iniciadas no ano de 1998 e que ser o conclu das at 2030 o que s o 18 anos ou quatro mandatos de prefeitos ou primeiros ministros Ou seja a soma de uma s rie de iniciativas que foram potencializadas com o tempo e com a consci ncia de que os resultados n o ser o realiza es pessoais de algu m Outro fator a cria o de uma estrutura institucional adaptada para as diferentes necessidades e desafios que ser o enfrentados para a regenera o em grande escala onde cada institui o em separado exige que a outra funcione bem Isto nos leva a ter um plano integral que inclui o transporte a cria o de escolas hospitais centros comunit rios e comerciais redes de transporte e habita o Desde o in cio a candidatura de Londres focou o legado Embora exista a quest o de quanto deste plano de legado ser de fato cumprido indiscut vel que esse foco ajudou a alavancar e a garantir consider veis recursos financeiros e humanos para transformar a cidade Houve n o s na zona leste de Londres mas no Reino Unido de modo geral um comprometimento em garantir que os benef cios de 2012 durem 268 A nfase pol tica no legado foi um incentivo para que diversas organiza es refletissem em como contribuir no presente para impactos que ocorrer o no futuro Para as ag ncias de financiamento
135. as cidades classificadas para a fase seguinte as candidatas oficiais Na segunda fase as cidades candidatas respondem a outro question rio mais detalhado Esses documentos s o cuidadosamente estudados pela Comiss o Avaliadora um grupo composto por membros do COI representantes de Federa es Esportivas Internacionais CON atletas e membros do Comit Paraol mpico Internacional al m de especialistas em diversas reas A Comiss o Avaliadora faz ent o inspe es de quatro dias em cada uma das cidades candidatas nas quais verifica os locais de competi o planejados e conhece detalhes dos projetos O grupo comunica os resultados de suas inspe es aos membros do COI cerca de um m s antes da sess o em que vai ocorrer a vota o A sess o do COI que vai escolher uma cidade sede ocorre num pa s que n o postulou candidatura durante o processo atual A vota o feita por membros ativos do COI excluindo membros honor rios cada um com direito a um voto Membros de pa ses com cidades candidatas n o podem votar enquanto a cidade n o for eliminada O processo final repetido quantas vezes for preciso at que uma cidade atinja a maioria absoluta dos votos Se isso n o acontece na primeira rodada a cidade com menos votos eliminada e uma nova rodada come a Em caso de empate no ltimo lugar uma rodada extra ocorre para desfaz lo com a vencedora se classificando para a rodada seguinte A cada rodada o nome da
136. as de beisebol numa liga semiprofissional dois anos antes Em 1950 foi eleito o maior atleta da primeira metade do s culo pelos feitos realizados inclusive como dolo profissional do beisebol e do futebol americano Apenas em 1982 o COI reconheceu o erro reabilitou o como verdadeiro campe o ol mpico e devolveu aos filhos as medalhas de ouro 83 Cardoso 1996 p 7 80 dificuldades em identificar amadores e profissionais Amador era todo aquele atleta que n o recebia qualquer bem ou valor em troca de sua atua o esportiva Profissional por sua vez tinha a sua for a de trabalho a performance paga pelos clubes que negociavam passes e sal rios gerando a raz o de ser do capitalismo o lucro J para os participantes do chamado bloco do leste o argumento da socializa o dos meios de produ o era utilizado para negar a exist ncia de profissionais do esporte afirmando a condi o amadora de todos seus atletas cidad os A profissionaliza o acabou por causar uma grande altera o na organiza o esportiva tanto do ponto de vista institucional como na atividade competitiva em si levando o esporte a se tornar uma carreira profissional bastante almejada por jovens talentosos Muitos foram os valores implicados nessa mudan a A transforma o do espet culo esportivo em um dos neg cios mais rent veis do planeta foi talvez a principal motiva o para a reconsidera o sobre o que era e qual a finalidade do amadori
137. as definidas da cidade podem ser analisados desde o ponto de vista material onde se assinalam as atitudes das gera es e onde o processo de apropria o se Carlos A O lugar no do mundo 2007 p 67 R Magalh es M Paisagem Urbana e Interface Urbano Rural 1994 p 102 56 realiza no e atrav s da utiliza o dos espa os que surgem como uma condi o necess ria vida N o somente como dimens o material o lugar significa muito mais do que a sua localiza o pois encerra significados culturais que sintetizam e representam o meio que o envolve bem como a situa o existencial em geral z A percep o da cidade algo instigante e ao mesmo tempo extremamente agrad vel ainda que a paisagem possa nos parecer vulgar em excesso como nos diz Lynch Uma cidade uma organiza o mut vel com fins variados um conjunto com muitas fun es criado por muitos de um modo relativamente r pido Uma especializa o total uma engrenagem perfeita improv vel e indesej vel A forma tem de certo modo que ser n o comprometedora mas mold vel aos prop sitos e s percep es dos cidad os Existem contudo fun es fundamentais que podem ser expressas pelas formas de uma cidade circula o aproveitamento dos espa os mais importantes pontos chave focais As esperan as e satisfa es comuns podem ser humanizadas Sobretudo se o ambiente est visivelmente organizado e nitidamente identificado
138. as falhas na candidatura francesa foram alguns dos fatores principais para a escolha brit nica Desta vez inspirados pelo forte exemplo espanhol com os legados dos Jogos Ol mpicos de Barcelona em 1992 Londres aproveitou a oportunidade de hospedar as Olimp adas como catalisador de desenvolvimento urbano O ponto chave da candidatura foi apresentar um projeto de regenera o urbana para a rea de East London transformando esta rea carente e abandonada no Parque Ol mpico para 2012 Apesar de n o um projeto t o ambicioso quanto o de Barcelona este era um grande desafio para Londres Desafio que deveria vencer anos de neglig ncia e sub investimento na regi o 8 Londres sede ol mpica Mat ria dispon vel em http Awww lancenet com br londres 2012 Londres sede Olimpiada O 683331 866 html ixzz2Is6CSUxt 240 O IN CIO Ap s as decep es das candidaturas fracassadas de Manchester e Birmingham e conselhos recebidos de v rios membros do COI a British Olympic Association BOA decidiu estabelecer Londres como a nica cidade vi vel para realizar os Jogos Ol mpicos Os trabalhos no projeto da candidatura de Londres come aram em fevereiro de 1997 com uma revis o do processo de candidatura e dos documentos das cidades candidatas para os Jogos de 2004 Nos est gios iniciais esta an lise examinou se poderia haver uma proposta cred vel para 2008 Isto foi seguido por quatro grupos de trabalho criados para desenvolver te
139. asil para sediar os V Jogos Mundiais Militares aconteceu em maio de 2007 O Brasil disputou com a Turquia o direito de sediar os jogos No julgamento final a infraestrutura esportiva j estabelecida no Rio de Janeiro para os Jogos Pan Americanos de 2007 a experi ncia na realiza o de grandes eventos e o apoio demonstrado pelas autoridades locais ao projeto foram decisivos para a vit ria do Brasil No Brasil o organismo respons vel pelo esporte militar a Comiss o Desportiva Militar do Brasil CDMB criada em 1956 e vinculada ao Minist rio da Defesa Utilizando se da mesma estrututra do Jogos Pan americanos de 2007 muitos dos locais de competi es dos jogos foram usados neste evento como o Est dio Ol mpico Jo o Havelange e o Complexo Esportivo Deodoro por exemplo onde abrigaram boa parte das competi es al m de locais de competi es em centro militares das tr s for as Instala es utilizadas Est dio Ol mpico Jo o Havelange atletismo e futebol Centro Esportivo Mi cimo da Silva futebol e jud Complexo Esportivo Deodoro hipismo tiro pentatlo moderno pentatlo militar e pentatlo aeron utico Parque Aqu tico Maria Lenk nata o Maracan zinho voleibol Praia de Copacabana voleibol de praia e triatlo Centro de Instru o Almirante Milc ades Portela Alves boxe Centro de Educa o F sica Almirante Adalberto Nunes pentatlo naval e taekwondo Escola Naval vela Centro de Instru
140. at rio sobretudo pelos momentos de crise econ mica anteriormente vividos com o desaparecimento de ind strias e servi os Contudo isto vai permitir a recupera o de espa os p blicos importantes como o Escorxador a Espanha Industrial Renfe Meridiana a P gaso o Clot etc Este modelo de planejamento continuou a dominar at aos anos de 1990 sendo que a partir de 1992 a escala de interven o mudou para as grandes interven es Segundo C ceres amp Ferrer Des de 1982 fins a 1992 s hauran recuperat m s de dues centes hectarees de parcs de les quals cent deu corresponen a l operaci ol mpica Desde o in cio dos anos oitenta at 1992 ano em que se realizaram os jogos ol mpicos tr s fatores condicionaram a rela o com o espa o p blico A lideran a p blica aparecia projetada de forma clara no espa o p blico O objetivo destes era t o claro como as compet ncias necess rias Os programas eram comparticipados e aceites socialmente e padeciam de uma boa intera o com o capital privado que aceitava a lideran a p blica Contudo ap s os Jogos Ol mpicos estas condi es mudaram pois a escala de interven o na l gica da cidade capitalista tinha que aumentar para conseguir dar resposta ao processo p s Jogos Ol mpicos 162 Desde 1982 at fins de 1992 ser o recuperados mais de duzentos hectares de parques dos quais dez por cento correspondem opera o ol mpica Tradu o nossa C ceres
141. atletas em particular uma forma delegado que tem uma prioridade relativamente baixa para os comit s de organiza o que se concentram mais em quest es relacionadas diretamente coma organiza o de uma Olimp ada Dimens es pol tica e de vida p blica Esta forma de legado refere se a inova es na maneira que uma cidade conduz sua vida p blica e pol tica Tamb m inclui novas formas de coopera o e parcerias que foram desenvolvidas durante o processo de organiza o dos Jogos bem como a melhoria das compet ncias humanas e as 132 Cashman R What is Olympic legacy 2008 p 36 134 aplica es de novas tecnologias Esta forma de legado tamb m menos tang vel e menos discutida A melhoria das compet ncias humanas em uma cidade ol mpica particularmente o recrutamento e a forma o de volunt rios outra rea de potencial benef cio legado Existe a possibilidade de uma cidade em desenvolvimento um legado de volunt rios aproveitando as habilidades e o compromisso de seu corpo de volunt rios Dimens o simb lica memorial e hist rica Esta categoria de legado inclui s mbolos produzidos por uma Olimp ada eventos de anivers rio e da marca o dos Jogos Ol mpicos na hist ria de uma cidade Esta forma de legado foi menos discutido porque nenhum benef cio econ mico direto flui de sua promo o e porque sua import ncia menos compreendida de forma mais geral H duas raz es para a promo o des
142. aulo Hucitec 1984 MORAES J G V de Hist ria geral e Brasil S o Paulo Atual 2003 MORAIS M de EUZ BIO G L Eventos internacionais Compensa investir O investimento vale a pena Revista Desafios do Desenvolvimento Ano 7 Ed 56 10 dez 2009 MORRIS A E J Hist ria de la forma urbana desde sus or genes hasta la Revolucion Industrial Barcelona Gustavo Gili 1995 MUMFORD L A cidade na hist ria suas origens transforma es e perspectivas S o Paulo Martins Fontes 2004 NEL LO O The Olympic Games as a tool for urban renewal the experience of Barcelona 92 Olympic Village In Moragas M Llin s M amp Kidd B eds Olympic Villages A Hundred Years of Urban Planning and Shared Experiences International Symposium on Olympic Villages Lausanna 1996 Lausanne International Olympic Committee 1997 p 91 96 NUN J Marginalidad y exclusion social M xico Fond de Cultura Econ mica 2001 NUNES B F Uma soci loga na cidade Sylvia Ostrowetsky em Brasilia Soc estado online 2004 vol 19 n 2 pp 401 408 ISSN 0102 6992 ODALIA N A liberdade como meta coletiva In PINSKY J PINSKY C B Historia da cidadania 4 ed 1 reimpr Sao Paulo Contexto 2008 p 159 169 OLIVA J T CARLOS A F A LEMOS G INES A Dilemas Urbanos Novas abordagens sobre a cidade Sao Paulo Contexto 2003 336 OLIVEIRA L A de Padr es espaciais globais e locais na morfologia urbana O caso d
143. blico Federal MPF RJ consegue demoli o de obras na Marina da Gl ria Not cia divulgada na p gina eletr nica do MPF lt http noticias pgr mpf mp br gt em 06 06 13 Mascarenhas e Borges Entre o empreendedorismo e a gest o democr tica 2008 p 21 22 295 O GRANDE TESTE AS XXXI OLIMP ADAS Valendo se dos eventos realizados nos ultimos anos o Rio de Janeiro entrou novamente na disputa para sediar os Jogos Olimpicos As candidaturas anteriores para os Jogos de 1936 2004 e 2012 nao o deixaram sequer entre os tr s primeiros na disputa Desta vez tomando os Jogos de Barcelona como exemplo foi apresentado um projeto mais completo colocando as chances seu favor O projeto de candidatura aos Jogos Ol mpicos de 2004 apresentava uma concep o de cidade muito diferente da que foi implementada em 2007 para os Jogos Pan americanos e mais ainda da que est sendo implementada para os Jogos de 2016 Mascarenhas afirma que as perspectivas de interven o urban stica estavam pautadas na redistribui o espacial dos equipamentos no aproveitamento racional dos recursos e da infraestrutura existente e na revitaliza o de reas em obsolesc ncia O projeto original para 2004 previa como s tio principal de implanta o das instala es esportivas e da Vila Ol mpica a Ilha do Fund o Este local habitado principalmente por popula es de baixa renda e carente de espa os p blicos esportivos e de recrea o Masc
144. ca o do contetido Ou seja a cidade n o feita somente da palpabilidade do seu espa o f sico mas tamb m da exist ncia de vida Como condi o meio e produto da realiza o do trabalho humano o espa o urbano n o existe em si s um elemento din mico g nese de um processo Por isso necess rio compreender os processos muta o das cidades o que implica conhecimento das sucessivas etapas de desenvolvimento urbano em que as atividades humanas evoluem alterando a rela o homem espa o Santos M A natureza do espa o urbano 1999 p 86 Lefebvre H A revolu o urbana 2004 p 156 30 O espaco depende das pessoas e das atividades que nele exercem e deve ser compreendido por sua forma conteudo como afirma Santos como uma forma que n o tem exist ncia emp rica e filos fica se a considerarmos separadamente do conte do e um conte do que n o poderia existir sem a forma que o abrigou Embora o homem seja um ser que usa o espa o para viver segundo as condi es naturais e hist ricas espec ficas neste caso o valor de troca n o reflete da mesma forma em diferentes espa os Conforme Lefebvre poss vel seguir dois procedimentos tanto do geral para o espec fico quanto partindo do singular e constr i o geral utilizando os elementos e significa es do observ vel nas singularidades A partir desta percep o Lefebvre define tr s momentos na produ o social do espa o o esp
145. cias anteriores limitado devido grande import ncia das condi es locais Apesar da disposi o de Seul em repassar seu conhecimento diferen as na organiza o no financiamento no contexto pol tico e na cultura eram t o grandes que qualquer transfer ncia de conhecimento era muito complexa Por esta raz o o planejamento e a organiza o do evento eram dif ceis de enfrentar especialmente seis anos antes dos Jogos quando o comit foi iniciado o que gerou incerteza sobre os processos e muita press o sobre os gestores A formaliza o das primeiras ideias do projeto ol mpico teve in cio em 1982 com a candidatura aos Jogos A escala da cidade como um contexto global reapareceu e novas a es para a transforma o da cidade foram concebidas O trabalho foi feito com base em um modelo pr existente e as interven es foram feitas para acelerar a realiza o dos objetivos que poderiam ser considerados bvios abrir a cidade para o mar prov la de 18 Botella The Keys to Success 1995 p 26 170 Botella The Keys to Success 1995 p 12 194 infraestruturas b sicas de transporte transformar o porto velho em um lugar para uso p blico modernizar o porto comercial e o aeroporto Conceitualmente nada era novo tudo foi previamente planejado Em qualquer caso a resolu o era para concluir se que a ideia de conclus o aceit vel em planejamento urbano a moderniza o de Barcelona com base e
146. cionada aos Jogos devem ser corrigidas e redirecionadas em novos projetos de desenvolvimento urbano Em tese o legado desej vel seria o que resultasse positivo nos aspectos esportivo econ mico social e ambiental Com cuidadoso planejamento poss vel contemplar a todos de forma satisfat ria Fatores como localiza o renda m dia grau de instru o e cultura dos futuros usu rios aliados a uma pol tica de esportes e lazer consistente e amparada por adequado suporte de legisla o influenciam nas op es e decis es t cnicas a serem propostas para os projetos O legado dos Jogos Ol mpicos pode ser mais facilmente assegurado atrav s da integra o de planejamento e gest o p s ol mpica na fase de candidatura e da garantia da continuidade de todas as etapas subsequentes O planejamento do legado pode no entanto introduzir objetivos contradit rios nessas outras etapas tal como conflitos com a prioridade de entregados Jogos em tempo dentro do or amento e com instala es que atendam aos requisitos especiais dos atletas de elite 1 13 Ribeiro F Instala es Esportivas Planejamento e Desenvolvimento 2005 126 A MULTIDIMENSIONALIDADE DO LEGADO Ao interpretar o conceito de legado em rela o a perspectiva e prospectiva das cidades sede poss vel identificar algumas proposi es e paradoxos Primeiro o conceito de legado decorrente de importantes megaeventos esportivos est agora firmemente focado em
147. co entre as pessoas A amizade refere se constru o de um mundo melhor e mais pac fico atrav s da solidariedade esp rito de equipe divers o e otimismo no desporto como na vida Os Jogos Ol mpicos inspiram as pessoas a ultrapassar diferen as pol ticas econ micas religiosas raciais ou de g nero e a forjar amizades com base nessas diferen as Para os atletas isto significa formar la os para toda a vida n o s com os seus companheiros mas sobretudo com os seus advers rios O respeito representa um princ pio que deve inspirar todos os que integram o Programa Ol mpico Respeito por si mesmo e pelo seu corpo respeito pelo pr ximo pelas regras e pelo Meio Ambiente Refere se atitude de fair play que os atletas devem ter e o seu compromisso para evitar a batota e o doping Estes valores encontram especial eco durante os Jogos Ol mpicos Todavia mesmo entre as edi es dos Jogos o Movimento Ol mpico continua a difundi los atrav s do trabalho rduo dos membros da Familia Ol mpica Pr organizar disputa com advers rio de forma que a vit ria de um dos times j fosse certa 77 Para garantir que estes valores sejam empregados e difundidos em todo o mundo o Movimento Ol mpico conduzido pela chamada Fam lia Ol mpica Comandada pelo COI composta por diversos grupos e organiza es que carregam a filosofia do Olimpismo em todas as suas atividades S o eles as Federa es I
148. como uma dicotomia entre centro e periferia mas entre a cidade e sua regi o e n o entre a cidade e sub rbios imediatos por isso que a leitura das quatro reas ol mpicas tem um duplo significado Estas reas est o localizadas na periferia da cidade nos quatro cantos da cidade e est o localizadas no centro de uma rea metropolitana no centro de um sistema de cidades que pretende ter uma presen a marcante no Mediterr neo e na Europa Uma dimens o completamente diferente do que se podia pensar durante os anos de Borja J In Conferencia proferida no Semin rio Porto Alegre Uma Vis o de Futuro 2008 Idem 220 crescimento na d cada de 1970 Isto implica uma mudanga qualitativa na cidade de grande importancia As obras de quatro areas olimpicas nao sao estritamente locais elas fazem sentido para toda a cidade um sistema dentro de um sistema de cidades dentro de uma estrutura mais ampla Portanto as quatro reas ol mpicas t m um sentido perif rico de uma leitura de Barcelona e t m um sentido central de uma leitura mais ampla Quase vinte anos depois Barcelona constitui um exemplo potencialmente aplic vel a outras cidades prestes a organizar algum evento do mesmo porte Hoje poss vel analisar n o somente os resultados das transforma es urban sticas ocorridas naquele momento mas de muitas a es posteriores observando nesse encadeamento em que medida estas foram causadas por aquela
149. conselho da cidade que representava os interesses dos cidad os l deres e consequentemente para aumentar o n vel de respeito entre os cidad os como um grupo fazendo cada regi o se sensibilizar com as necessidades de melhoria do espa o urbano O PERI desenvolvido em v rios lugares n o foi originalmente previsto pelo PGM Algumas vezes veio a pedido de associa es de moradores que sentiram que o bairro sem o PERI seria esquecido uma vez que o PGM era visto como muito amplo Numa primeira fase das opera es pontuais prevaleceram Interven es foram feitas em algumas pra as selecionadas como setores de est mulo de reabilita o com a inten o de afetar o entorno do espa o urbano Um total de 150 opera es de recupera o do espa o p blico foram feitas na d cada de 1980 8 At agora um tipo espec fico de PERI era mencionado aqueles que lidam com setores significantes dos bairros da cidade Outros tipos com escopo limitado e alcance puramente instrumental Estes s o mais comuns tendo como objetivo remodelar reas em claro estado de obsolesc ncia Com a oficializa o da candidatura de Barcelona sede das Olimp adas em 1982 uma nova ordem de a es teve que ser considerada 18 Esteban J El Projecte urbanistic valorar la periferia recuperar el centre 1999 16 Capel H El modelo Barcelona um examen cr tico 2009 188 PUNTO DE PARTIDA DA IDEIA AD PROJETO ut pico crer que
150. constru o de novas instala es para a realiza o de uma 99 competi o que come ava a ostentar uma dimens o n o vista anteriormente exigindo uma log stica pouco usual para os padr es da poca Est dios gin sios e outros locais de provas encontraram se lotados o que fez render ao COI a quantia de 106 000 coroas fato in dito at ent o As Olimp adas de 1912 tornaram se tamb m a primeira a contar com representantes de todos os cinco continentes e a boa impress o deixada por Estocolmo vista por alguns especialistas como a grande respons vel por manter aceso o movimento ol mpico mesmo ap s a Primeira Guerra Mundial Na fase de afirma o os Jogos Ol mpicos j se firmam como um importante acontecimento internacional J eram palco de exposi o das tens es internacionais e como poucos eventos de sua envergadura sobreviveram ao per odo entre guerras O n mero de na es participantes do Comit Ol mpico Internacional chegou a ser maior do que a Liga das Na es Esta fase compreende o per odo entre 1920 a 1936 e se inicia com os Jogos de Antu rpia logo ap s a Guerra Mundial Apesar da disposi o e boa vontade da fam lia real belga em sediar os VII Jogos Olimpicos a Antu rpia vivia em um cen rio de destrui o e teve que improvisar para abrigar o evento Com pouco dinheiro para organizar o evento os belgas constru ram instala es prec rias A pista de atletismo por exemplo apresentava v r
151. cos na agropecu ria e pela diversifica o da economia urbana Souza M Governo Urbano 1988 p 29 Brunn Williams amp Zeigler Cities of the World 2003 p 28 41 Assistimos a prolifera o de forma r pida e intensa da urbaniza o em todo o mundo resultando na imensa concentra o de pessoas nas reas urbanas O Brasil que at metade do s culo passado era um pa s eminentemente rural passou por um acelerado processo de urbaniza o na ltima metade do s culo XX A urbaniza o que acompanhou a industrializa o do pa s reuniu enormes grupos de pessoas por m o crescimento em n mero e tamanho das cidades foi mais veloz do que sua capacidade de prover infraestrutura equipamentos e servi os que proporcionassem uma m nima condi o de vida a seus habitantes O grande crescimento populacional das cidades culminou no surgimento das regi es metropolitanas isto cidades diferentes que est o divididas entre si por meio de fronteiras pol tico administrativas mas que economicamente demograficamente socialmente e culturalmente formam uma nica rea urbana Todas as grandes reas urbanizadas do mundo atualmente s o metr poles formadas por diversas cidades diferentes Este processo de urbaniza o continuar nas pr ximas d cadas em todo o mundo embora mais acelerada entre nos pa ses em desenvolvimento Estima se que a taxa de crescimento populacional em reas urbanas at 2030 seja
152. criada durante a gest o de Pereira Passos Fonte CDURP 302 Desde os anos 1970 varios prefeitos do Rio de Janeiro viram a situa o de degrada o da area e fizeram tentativas de revitaliza o por m esbarravam em barreiras como o t tulo de terra dividido entre p blico e privado a falta de alinhamento pol tico entre as tr s esferas do governo e o financiamento Em 2006 foi solicitado pela prefeitura do Rio um estudo de viabilidade de interven es da rea do Porto Em novembro de 2009 a prefeitura tinha aprovado a legisla o que acatava o Plano Diretor do Porto Maravilha e autorizado a venda de CEPAC para financiar as melhorias de infraestrutura A rea de aproximadamente 5 milh es de m na zona portu ria limitada pelas Avenidas Presidente Vargas Rodrigues Alves Rio Branco e Francisco Bicalho possui um grande potencial de revitaliza o Esta parte dos bairros da Sa de da Gamboa e do Santo Cristo poder atender as crescentes demandas por constru o de pr dios corporativos comerciais e habitacionais A Lei Municipal n 101 2009 criou a Opera o Urbana Consorciada da rea de Especial Interesse Urban stico da Regi o Portu ria do Rio de Janeiro cuja finalidade promover a reestrutura o local por meio da amplia o articula o e requalifica o dos espa os p blicos da regi o visando a melhoria da qualidade de vida de seus atuais e futuros moradores e a sustentabilidade ambiental e socioecon m
153. da j existia uma pequena e antiga usina para gerar energia e calor quando necess rio para todos os equipamentos do parque A energia vem da matriz biomassa a partir da queima de madeira e g s natural O complexo da m dia respons vel por80 do consumo de energia dentro do Parque Ol mpico Depois dos Jogos a energia gerada ser distribu da a mais de 10 mil resid ncias da regi o 260 Vila olimpica A vila olimpica dos Jogos de Londres com 24 ha possui 11 blocos residenciais com 2 818 apartamentos A vila fica dentro do Parque Olimpico e recebera 23 mil atletas olimpicos e paraolimpicos al m de comiss es t cnicas Sao 6 km de ruas no local Ap s a Olimp ada os apartamentos ser o ocupados por residentes permanentes Cerca de 90 dos apartamentos j est o vendidos Novos pr dios residenciais est o previstos de serem constru dos em algumas das imensas pra as localizadas entre os equipamentos esportivos Vila Ol mpica dos Atletas Fonte www esporteessencial com br Transporte e centro de compras Foram investidos 6 5 bilh es para melhorar o transporte na rea do Parque Ol mpico A previs o que 50 dos visitantes ir o se dirigir ao local pela esta o de trem e metr de Stratford localizada anexa ao Parque Ol mpico Assim foram feitas melhorias na esta o de Stratford al m da extens o da linha Docklands Light Railway DLR de Stratford International 261 para Canning Town cons
154. da rea de influ ncia do Pan 2007 na divis o econ mica e social do espa o carioca que se reflete na altera o dos pre os relativos apresentados N o poss vel contudo relacionar diretamente a evolu o dos pre os no per odo de 2004 a 2006 vit ria da candidatura do Rio ao PAN 2007 Embora a Vila Ol mpica possa vir a colaborar para o deslocamento da din mica de expans o da Barra para as reas ainda vazias do setor sul do bairro de Jacarepagu a quantidade de vetores que contribuem para conforma o da din mica da rea tornam dif cil determinar 19 Mascarenhas G Megaeventos Esportivos Desenvolvimento Urbano e Cidadania 2007 0 Bienenstein e Sanchez Estudo de caso Jogos Pan americanos 2007 Rio de Janeiro 2006 292 com exatid o em que medida a Vila contribui para a transforma o do uso do solo na regi o Dentro de uma premissa multidimensional que considera as dimens es pol tica institucional simb lica arquitet nico urban stica fundi ria socioambiental e econ mico financeira as interven es realizadas para o Pan Americano de 2007 mostraram se pontuais e fragment rias sem apresentar uma vis o global do espa o urbano nem a pretens o de reestrutur lo com algum objetivo Se considerarmos o plano urban stico original apresentado para os Jogos mostrava a distribui o das obras em quatro reas ou an is conectados por grandes estruturas vi rias e modalidades ma
155. da paz ol mpica viria garantir seguran a para os atletas que tinham que se deslocar de suas cidades estado at Ol mpia Os atletas disputavam v rias modalidades na antiguidade como por exemplo arremesso de disco corrida nata o pentatlo boxe luta salto em dist ncia entre outros Comit Ol mpico Internacional dispon vel em www olympic org Comit Ol mpico Brasileiro dispon vel em www cob org br 66 Jogos Olimpicos da Antiguidade Fonte Hype Science Dispon vel em http nypescience com 15 fascinantes fatos sobre as olimpiadas antigas Os atletas vencedores eram recebidos como her is e passavam a ter muitos privil gios na sociedade grega como a isen o no pagamento de impostos e o direito de ocupar o primeiro lugar nas festas e jogos Em Esparta os vencedores recebiam a maior recompensa que a cidade oferecia a um filho seu o privil gio de combater na guerra na primeira linha ao lado do rei Com o tempo outras provas foram incorporadas e o car ter das olimp adas tamb m foi mudando Homens ricos da poca come aram a manter atletas profissionais e o aspecto religioso foi sendo esquecido Mas a grande mudan a ocorreu depois que os romanos conquistaram a Gr cia no s culo II a C Na poca do Imperador Nero no lugar de cidad os livres escravos passaram a competir por suas vidas contra animais selvagens 67 Disc bolo a imagem de um desportista em a o de Miron s
156. dad os Bras lia CONFEA 2008 Minist rio do Esporte Legados de megaeventos esportivos Editores Lamartine DaCosta Dirce Corr a Elaine Rizzuti Bernardo Villano e Ana Miragaya Brasilia Minist rio do Esporte 2008 608 p BRAUDEL F A Din mica do Capitalismo Lisboa Editorial Teorema 1986 329 Civiliza o Material Economia e Capitalismo s culos XV XVIII Volume 3 O Tempo do Mundo S o Paulo Martins Fontes 1996 BRITO J P C Modelo e mobilidade em Barcelona a prolonga o da Diagonal e o VLT La planificaci n territorial y el urbanismo desde el di logo y la participaci n Actas del XI Coloquio Internacional de Geocr tica Universidad de Buenos Aires 2 7 de mayo de 2010 Dispon vel em http www filo uba ar Acesso em 15 jun 2012 BRUNN S D ZEIGLER D J WILLIAMS J F Cities of the world Maryland EUA Rowman amp Littlefield Pub Inc 2003 548 p BRYSON J Strategic planning for public and nonprofit organizations a guide to strengthening and sustaining organizational achievement San Francisco Jossey Bass 2004 CABALLE F Desaparece el barrio de Icaria nace la Vila Ol mpica Biblio 3W Revista Bibliogr fica de Geografia y Ciencias Sociales Universidad de Barcelona Vol XV n 895 9 5 nov 2010 lt http www ub es geocrit b3w 895 b3w 895 9 htm gt Acesso em 09 set 2013 C CERES R de FERRER M Barcelona espai public Barcelona Ajuntament de Barcelona 1993 CANCLIN
157. dade importante refor ar a identidade hist rica dos espa os urbanos Pol E La apropriaci n del Espacio 1996 p 15 Maldonado apud Jer nimo e Gon alves O processo de apropria o do espa o e produ o da subjetividade 2008 58 para que os moradores possam sentir mais afinidade com o lugar e os visitantes percebam suas caracter sticas espec ficas A possibilidade de vivenci lo democraticamente cria v nculos de pertencimento dos atores com a cidade que consequentemente se sentem estimulados a conservar o meio em que vivem quando pela afinidade desenvolvida com o lugar A utiliza o do conceito de gozo percebido como o prazer do conhecimento consubstanciado numa rela o estreita entre o investigador e a realidade concreta remete para a poss vel defini o e fixa o de paisagens sensoriais O gozo desencadeado no contato com a paisagem transcende tanto o observ vel como as perspectivas mais racionalistas do conhecimento e atinge a dimens o emocional avivada por novas experi ncias que conferem espessura ao elemento sensorial A par disto Hoffmann declarou que o cat logo das possibilidades de gozar a vida quase sem limita o Podemos pertencer multid o dos an nimos ou brilhar na ribalta da fama N o h nada que n o possa ser oferecido no grande mercado A constru o de uma cotidianidade partilhada sustentada A tamb m por uma simbologia que represente fie
158. dade no benef cio p blico e no dinheiro do contribuinte evitando criar algo que n o pudesse ser usado depois dos Jogos Legado n o era uma palavra comum associada aos Jogos Ol mpicos Quando transportamos esse conceito para a Olimp ada de Londres o compromisso tornou se gigantesco Com ele transforma se n o somente o ambiente f sico local mas tamb m o ambiente econ mico e social explica Jerome Frost Para dar suporte opera o a ODA contratou logo no come o dos estudos o cons rcio CLM CH2M Hill Laing O Rourke e Mace para gerenciar todos os projetos voltados s constru es para os Jogos uma forma segura de garantir que o que estava sendo proposto seria entregue dentro do prazo e do or amento pelos contratados O Parque Ol mpico de Londres foi constru do em uma rea de 246 hectares com oito equipamentos esportivos que receber o diversas modalidades ol mpicas Na rea quatro mil rvores foram plantadas Haver 45 hectares de rea verde inclusive com a reposi o da fauna existente Mais de 90 do material da demoli o foi reaproveitado ou reciclado 189 Parque Ol mpico de Londres exemplo de planejamento e legado Mat ria resultante de visita ao Parque Ol mpico pela Revista O Empreiteiro dez 2011 255 e apenas 2 da terra contaminada foram descartados devido ao elevado grau de subst ncias nocivas Os tr s rios que cortam a rea do Parque Ol mpico foram despolu dos com
159. das obriga es dos Comit s Organizadores agora se foca nele Como resultado do aumento do uso e da formaliza o do legado tem ocorrido a inclus o de v rios novos temas como meio ambiente informa o educa o Mudan as na nfase sobre os tipos de legado incluindo o elo mais forte para a cidade e as iniciativas de planejamento regional a sua sustentabilidade a sua crescente complexidade e da interconex o encontrada dentro da tipologia dos legados e sua governan a global Cost JA EA Spatial impact Planning Timeframe Z Structure N Tangibility Infrastructure Urban regeneration Social capital Interconex o entre os perfis do legado Fonte Palestra do professor Dr Keith Gilbert University of East London 2012 Poynter G From Beijing to Bow Bells 2006 p 19 20 123 Vale ressaltar que os Comit s na tentativa de fortalecer os processos de candidatura focam nos legados positivos e ignoram as potenciais consequ ncias negativas que seus planos podem ter Cada cidade tem fatores diferentes de qualidade que tornam a cidade mais ou menos atraente Hoje as cidades est o em concorr ncia global para atrair atividade econ mica Quando o legado significativo a cidade sede est em uma posi o melhor para enfrentar esta competi o A possibilidade de isso acontecer refor ada por estrategicamente incorporar o evento nos processos mais amplos de desenvolvimento A estrat gia de construir
160. das tanto quanto o esporte ou seja sua transforma o deixou de ser efeito residual e passou a ser objetivo simult neo Neste sentido podemos notar nos ltimos anos que existe uma preocupa o do COI a respeito da magnitude dos JO que v m chegando a n veis estratosf ricos nas ltimas d cadas A Comiss o de Estudos dos Jogos Ol mpicos do COI reconheceu recentemente a necessidade de rever a escala do evento The addition of new sports disciplines and events is a principal driver for the increase in size of the Olympic Games Decisions in this regard have had significant knock on effects for all Games functional areas The Commission fully supports the IOC Executive Board in its resolve to contain the number of athletes sports and events in future editions of the Olympic Games The Games have reached a critical size which may put their future success at risk if the size continues to increase Steps must be undertaken and serious consideration given to effectively manage future growth while at the same time preserving the attractiveness of the Games If unchecked the current growth of the Games could discourage many cities from bidding to host the Games Esta foi a conclusao da Comissao de Estudos dos Jogos Ol mpicos em Relat rio da 115 sess o do COI em Praga 2003 Sua principal recomenda o foi desenvolver um modelo de Jogos que especifique os requisitos para realizar o evento para assegurar que os custos com
161. de 1 8 o ano em contraste com o crescimento anual estimado de 1 da popula o mundial Nos pa ses em desenvolvimento ser de 2 4 em contraste com 0 2 nas reas urbanas 2 importante observarmos no caso brasileiro a profunda articula o entre teoria e pr tica geradora de novas vias para o urbano articula o que fornece caminhos Recorremos ao pensamento de Milton Santos que alerta para uma distin o entre a hist ria da cidade e a hist ria urbana O urbano teria como refer ncias o abstrato o externo j a cidade ater se ia ao concreto ao particular O Movimento Moderno no Urbanismo pregava que a atividade de planejar as cidades era mat ria de ordem eminentemente t cnica e que portanto possu a a neutralidade pol tica inerente ao trabalho cient fico Tal pensamento se formalizou especialmente com o trabalho dos CIAM e especialmente com a Carta de Atenas Reflexos deste pensamento urban stico podem ser observados em projetos de novas reas de expans o urbana totalmente desvinculados das necessidades efetivas das comunidades que a morariam 3 Brunn Williams amp Zeigler Cities of the World 2003 p 9 11 42 alternativos para repensar e visualizar as cidades Uma das preocupa es na atualidade entender corretamente a cidade o modo de sua re produ o a fim de procurar mecanismos para a supera o dos problemas que se manifestam no espa o urbano pois reconstruir a urbanidade es
162. de 200 acres ao longo do rio Lea ap s a remo o dos postes de eletricidade que formaram a espinha dorsal do local e criaram uma armadura em torno da qual cinco futuros bairros ser o constru dos de forma bastante semelhante ao que se fazia em Londres integrando parques urbanos e reas edificadas tais como Victoria Park e Regents Park Al m disso ao Parque Ol mpico foi dada n o s a propriedade de suas terras como tamb m a autoridade do planejamento do Parque Ol mpico e das reas pr ximas sob a jurisdi o das subprefeituras locais Esta consolida o excepcional de posse de terra e de poder de planejamento foi un nime em todos os n veis de governo nacional e local que tinham um objetivo comum de manter o mpeto de regenera o alavancado pelos Jogos Ol mpicos 251 A construgao apenas de locais necessarios em uma base permanente e que teriam futuros grupos e utiliza es Todos os outros locais seriam instala es provis rias que seriam removidas para criar locais para uma futura rea de uso misto com casas escolas lojas e locais de trabalho A dispers o dos locais por toda a rea em localiza es estrat gicas ao inv s de agrupar todas as edifica es na usual zona desportiva Desta forma os locais de esporte poderiam se tornar ncoras de atividade e cones f sicos integrados com os novos bairros A Vila Ol mpica dos Atletas que durante os Jogos Ol mpicos hospedaria 17 000 atletas funcion
163. de se tornar local de lazer como marca da vida urbana 162 Alguns legados emblem ticos Trinta edi es das Olimp adas j aconteceram mas algumas tiveram mais destaque que outras em decorr ncia do legado que deixaram para sua cidade anfitri e seus cidad os Atlanta 1996 Os Jogos Coca Cola ie Enquanto Atlanta come ava a se planejar para receber o megaevento internacional meio s culo de tens es raciais e de desenvolvimento urbano come ou a transbordar A hist ria remonta a 1935 com a abertura da Techwood Homes o primeiro conjunto habitacional p blico dos Estados Unidos Localizado a noroeste do centro de Atlanta ao lado da sede da Coca Cola do campus do Instituto de Tecnologia da Ge rgia Georgia Tech e constru do na regi o de uma favela de maioria negra conhecida como Tech Flats as casas de tijolo vermelho e com jardins de Techwood foram restritas aos residentes brancos Na d cada de 1960 os complexos foram integrados e logo 50 da popula o era constitu da por negros Nesse momento os executivos da Coca Cola se manifestaram em um not rio memorando de 1971 o CEO da Coca Cola Paul Austin expressou temores de um aumento vertiginoso na criminalidade na regi o Paul Austin foi a favor de uma a o preventiva propondo um plano para dispersar os moradores para a periferia da cidade demolir a habita o p blica e construir um complexo ultramoderno de apartamentos para a classe m dia com o s
164. de um ciclo de sete anos 5 Os impactos se diferem dos legados pela temporalidade Enquanto os impactos sao registrados somente durante o per odo dos eventos os legados podem surgir a partir de um impacto anterior 108 Crompton Economic impact analysis of sports facilities and events Eleven sources of misapplication 1995 107 Traduzido do original The Olympic Games are the most prestigious sports event that a city can organise They are thedream and fulfilment of young athletes They also represent an extraordinary sporting social cultural and environmental legacy for the host city the region and the country The IOC is dedicated and committed to ensuring that its legacy is the best possible 113 Neste contexto a cidade anfitri n o s deseja mas convidada pelo COI a produzir um evento que celebre os mais elevados n veis de realiza es que v o al m das conquistas esportivas incluindo benef cios sociais culturais pol ticos econ micos e ambientais Mas tais poss veis realiza es devem ser contextualizadas Recentemente tem se utilizado as Olimp adas para atingir uma combina o de metas locais como regenera o urbana e desenvolvimento econ mico Esta estrat gia de regenera o urbana tem sido legitimada pela demanda decorrente de reestrutura o econ mica local e de mudan as de modelos de consumo al m de refletir as mudan as na economia internacional e em particular em setores como ind
165. denciada na ltima edi o organizada Por estas e por outras os pr ximos organizadores das Olimp adas de 1908 tinham sobre os ombros a enorme responsabilidade de n o falhar sob pena de passar hist ria como a cidade onde os jogos acabaram Nesta edi o a Olimp ada caiu no colo de Londres ap s Roma a cidade escolhida originalmente ter de abrir m o do direito de sediar os Jogos Uma erup o do vulc o Ves vio obrigou as autoridades italianas a direcionar todos os recursos econ micos do pa s para ajudar a popula o que sofreu com a cat strofe A capital do Reino Unido foi escolhida depois de uma edi o n o oficial realizada em Atenas no ano de 1906 para reavivar o interesse ol mpico que estava em baixa devido a eventos mal organizados e com pouco apelo popular Londres aceitou organizar a IV edi o dos Jogos Ol mpicos apoiada na fam lia real e na experi ncia que possu a pelos j 30 anos do torneio de t nis de Wimbledon Os ingleses tiveram apenas dois anos para deixar Londres pronta para receber a Olimp ada A organiza o foi acelerada porque at 1906 a sede oficial era a Italia Desta vez os Jogos Ol mpicos foram palco altura dos acontecimentos 185 Jogos Ol mpicos de Londres 1908 Em lt URL http Awww infopedia pt jogos olimpicos de londres 1908 gt A mensagem olimpica teve origem nestes Jogos de Londres Pouco antes de se iniciarem o bispo Ethelbert Taylor da Pensilv nia cel
166. desporto A Solidariedade Ol mpica atribui bolsas de estudo aos atletas para que estes possam aderir a instala es desportivas de alto n vel J a Comiss o das Mulheres e do Desporto tem como objetivo tornar o acesso ao desporto em geral e aos Jogos Ol mpicos mais f cil para as mulheres 78 O Movimento Olimpico tamb m tem como sua a responsabilidade de proteger os direitos sa de e bem estar dos atletas A miss o educacional da Comiss o M dica inclui o esfor o de preven o feito para informar os atletas sejam eles amadores ou profissionais das consequ ncias do doping para a sa de e apoiar a medicina desportiva a biomec nica a psicologia desportiva e a investiga o no campo da nutri o que s o concebidos para proteger a sa de do atleta Coubertin acreditava no desporto como meio privilegiado para um desenvolvimento harmonioso e equilibrado do corpo do car ter e da mente Como tal a intera o entre desporto educa o e cultura encorajada pela Comiss o para a Cultura e Educa o Os seus objetivos s o promover o Olimpismo e os ideais ol mpicos por todo o mundo e refor ar a coopera o com as institui es de ensino e os CON com projetos especialmente destinados aos jovens organizando diversas atividades para promover o interc mbio entre o mundo do desporto e diferentes reas de criatividade art stica como a literatura a pintura a escultura e o teatro Para trabalhar em prol da promo
167. diatamente ao lado da Vila os N cleos do 299 Parque Ol mpico do Rio e do Riocentro poder o ser alcan ados p Esta rea tamb m ter uma rea de conviv ncia e apoio dos atletas da Vila Ol mpica OLV Haver ainda uma rea de treinamento muito pr xima da Vila com infraestrutura para 11 esportes Ol mpicos e 8 esportes Paraol mpicos O terreno da Vila Ol mpica de propriedade da Carvalho Hosken a construtora que assumiu a responsabilidade pela constru o da Vila Ap s a realiza o dos Jogos a Vila Ol mpica ser transformada em um empreendimento residencial privado Vila Ol mpica com projetos de alto padr o a despeito de habita es para posterior uso social Fonte www rio2016 com Para o complexo de Deodoro foram projetados o X Parque um Parque de Esportes Radicais que inclui o Centro Ol mpico de Ciclismo o Centro Ol mpico de Canoagem Caiaque Slalom e o Centro Ol mpico de Mountain Bike O Complexo Esportivo da Vila Militar de Deodoro foi projetado para os Jogos Pan Americanos de 2007 e considerando a possibilidade dos Jogos de 2016 j tinham sua amplia o planejada e necessitam apenas de alguns ajustes Como complementos apenas o projeto 300 de uma nova instala o para a Esgrima Arena de Deodoro e algumas instala es tempor rias ese CITT Complexo Deodoro Mapa do X Parque Fonte Vitruvius J o complexo de Copacabana ter principalmente estruturas tem
168. dimensions ranging from the more commonly recognized aspects architecture urban planning city marketing sports infrastructures economic and tourist development to others that are just as if not more important but that are less recognized In particular it is necessary to point out the importance of so called intangible legacies such as production of ideas and cultural values intercultural and non exclusionary experiences based on gender ethnicity or physical abilities popular memory education archives collective effort and voluntarism new sport practioners notoriety on a global scale experience and know how etc These intangible legacies also act as a motor for the tangible ones to develop a long term legacy Para Keith Gilbert legado s pode ser deixado por pessoas para pessoas ou gera es mais velhas para gera es mais jovens Legado em minha perspectiva n o uma lei da natureza mas trata se de uma caracter stica puramente humana e intergeracional em que as gera es mais velhas deixam legados para as mais jovens Gratton e Preuss definem legado como estruturas planejadas e n o planejadas positivas e negativas intang veis e tang veis criadas mediante um evento esportivo que permanecem ap s o evento Podemos afirmar somente que o conceito de legado est ligado aos impactos positivos ou negativos de longo prazo associados aos jogos Esses impactos 115 O docu
169. disso n o podiam ser utilizados porque a gua l era de p ssima qualidade O discurso de Borja marcado pela import ncia dada qualidade do projeto urbano como vinculada intrinsecamente responsabilidade da fun o p blica colocando o urbanismo como eixo principal das pol ticas p blicas urbanas Para o planejador catal o o urbanismo chave tanto para atrair investimentos como para gerar a autoestima dos cidad os para que gostem e sintam orgulho de viver em suas cidades Nos Jogos Ol mpicos os assessores de Maragall procuraram identificar em Barcelona reas urbanas em decl nio por duas raz es a primeira porque se tratava de reas em desuso flagrante e a segunda porque seria uma forma de agregando valor atrair o investimento do capital privado e financiar a infraestrutura faltante De certa forma Barcelona a exemplo de outras cidades foi reinventada Nao foi por acaso que as quatro areas olimpicas foram localizadas em quatro zonas diferentes da cidade com posi es estrategicamente escolhidas A inten o era colocar essas reas como priorit rias para o desenvolvimento Esta abordagem produz uma revers o no discurso urbano Se na d cada de1970 a discuss o b sica da cidade eram a diferen a entre o centro e a periferia e a contradi o entre a periferia desorganizada e o centro o discurso de hoje completamente diferente Falamos de uma estrutura que s pode ser entendida n o
170. distintas Se compararmos as primeiras Olimp adas da era moderna com as realizadas um s culo depois notamos que houve um aumento admir vel no n mero de modalidades competidores pa ses e p blico presencial e via transmiss o televisiva uma evolu o das t cnicas de treinamento da tecnologia dos equipamentos dos ndices de desempenho atl tico al m da amplia o significativa da participa o feminina e da diversidade de ra as e etnias Isso acontece porque os Jogos atuais possuem uma enorme estrutura organizacional e incompar vel import ncia econ mica Os JO s o organizados por gestores profissionais especializados em planejamento e marketing a maioria dos atletas de alto n vel tem o esporte como um trabalho relativamente bem remunerado as Comit Ol mpico Internacional 87 imagens do espetaculo sao produzidas e transmitidas simultaneamente para todos os continentes e os custos operacionais do megaevento sao bancados por empresas multinacionais Com todos estes atributos a concorr ncia entre as cidades para disputar o direito de sediar severa Mas o que para os gregos representava um momento de tr gua nas guerras e conflitos de qualquer ordem os Jogos Ol mpicos da Era Moderna n o foram t o tranquilos mostrando que a paz ol mpica n o prevaleceu como desejava Coubertin Indicando que o Movimento Ol mpico n o est alheio s quest es sociais e pol ticas do mundo contempor neo houv
171. do solo e disciplinar a constru o de habita es sociais As propostas eram concebidas como projetos urbanos localizados onde seriam constru dos empreendimentos habitacionais p blicos e privados Essa lei permitiu que se come asse a agir sobre a crescente suburbaniza o de Londres ao longo das linhas de transporte ferrovi rio Em 1934 o LCC havia preparado v rios planos planning schemes para reas desocupadas do Condado que passaram a se tornar os instrumentos de controle do uso do solo Empreendedores privados que constru ssem em desacordo com estes planos ou aqueles que desenvolvessem projetos para reas sem propostas espaciais e sem consentimento do Conselho poderiam ver seus empreendimentos demolidos Cullingworth e Nadin 1997 enfatizam a inefici ncia dessa forma de controle pela forma burocr tica como era conduzida Se antes da segunda guerra o planejamento urbano abrangente era um instrumento defendido somente por associa es profissionais reformistas e pelo Partido Trabalhista durante a guerra ele tornou se consenso pol tico assim como o entendimento de que eram necess rias profundas reformas sociais e econ micas Em 1941 teve iniciou a discuss o pela reconstru o f sica das cidades ainda que o primeiro ministro Winston Churchill desconsiderasse a quest o por ach la precipitada antes que houvesse o fim da guerra Mesmo assim foi em 1943 que a reconstru o se tornou uma agenda pol tica
172. dos os Jogos futuros ser julgado primeiramente de acordo com o conceito de sustentabilidade que na ess ncia um legado por delimita o do projeto ol mpico e adicionalmente em face coopera o com as Organiza es N o Governamentais de meio ambiente compartilhando informa es de planejamento e execu o assim como o estabelecimento dos princ pios de constru o obten o de materiais naturais etc O projeto da Vila dos Atletas incorporou o desenho urbanode alta qualidade com abordagens inovadoras com base nos princ pios de design da vila Greenpeace A caracter stica mais marcante a utiliza o de c lulas fotovolt icas e sistemas solares de gua quente impulsionadas g s em todas as 665 casas permanentes constru das para os Jogos Estas c lulas e outras iniciativas como a ventila o cruzada e a orienta o predominantemente norte das salas de estar reduziram o uso de energia n o renov vel em 60 em compara o com as casas convencionais Newington foi reivindicada a ser o maior sub rbio movido a energia solar do mundo 154 Mat ria publicada no Jornal O Globo em 02 out 12 Em http oglobo globo com pais licoes olimpicas sydney criou paradigma ambiental 62645284ixzz2IU4UXSc2 166 A despolui o da Baia de Homebush no entorno de Sydney estava entre as promessas olimpicas Ainda que com algum atraso o processo so terminou depois das Olimpiadas a baia hoje tem aguas limpas Os Jog
173. e Melson Certeee Mapa do trajeto da Transcarioca e suas esta es de BRT Fonte Jornal O Globo 310 Com isso poss vel ter no o da dimens o deste projeto e imaginar as consequ ncias que provocar e embora controverso e irrevers vel o desenvolvimento urbano uma realidade e se mal planejado pode ter um custo muito alto para a popula o 311 PLANO DE LEGADO URBANO E AMBIENTAL RIO 2016 O Plano de Legado Urbano e Ambiental Rio 2016 um documento produzido pelo Comit Especial do Legado Urbano CELU constitu do por decreto n 29 398 08 sob coordena o da Ger ncia de Macro planejamento GMP da Coordenadoria Geral de Planejamento Urbano CGPU Al m da SMU outros rg os municipais integram o Comit A elabora o do Plano de Legado Urbano e Ambiental Rio 2016 refere se demanda por parte do COI de coordenar a proposta do legado urbano no mbito da candidatura do Rio de Janeiro sede dos Jogos Ol mpicos em 2016 A op o foi aportar os projetos previstos ao processo de planejamento da Cidade expresso no Plano Diretor em vigor e pol tica de ordenamento territorial prevista em sua revis o e sistematiz los em um Plano A inten o com a escolha feita foi de tornar a candidatura do Rio aos Jogos Ol mpicos de 2016 um efetivo legado para a Cidade O Plano n o se prop e a esgotar todas as a es necess rias ao pleno desenvolvimento urbano e ambiental do Munic pio Sua abrang ncia territ
174. e cancelamento de tr s edi es dos JO por causa da guerra os Jogos de 1916 foram cancelados devido Guerra Mundial e os jogos de ver o e inverno de 1940 e 1944 foram cancelados devido Il Guerra Mundial Houve ainda boicotes em alguns jogos durante as d cadas de 1970 e 1980 Em 1972 e 1976 um grande n mero de pa ses africanos amea ou o COI com um boicote na tentativa de proibir a participa o da frica do Sul e da Rod sia por causa de seu regime segregacionista e da Nova Zel ndia porque a Sele o Neozelandesa de Rugby excursionou na frica do Sul de regime declaradamente apartheid O COI cedeu nos dois primeiros casos mas se recusou a proibi o de Nova Zel ndia Cumprindo a amea a vinte pa ses africanos juntaram se ao Iraque e a Guiana liderada pela Tanz nia na retirada a partir dos Jogos de Montreal depois que alguns de seus atletas j haviam competido Em 1980 e 1984 os advers rios da Guerra Fria boicotaram cada um dos Jogos do outro Sessenta e cinco na es se recusaram a competir nos JO de Moscou em 1980 devido invas o sovi tica do Afeganist o A Uni o Sovi tica e catorze dos seus parceiros do Bloco do Leste com exce o da Rom nia revidaram boicotando os Jogos de Los Angeles de 1984 alegando garantia de que eles n o poderiam garantir a seguran a dos seus atletas Comit Ol mpico Internacional 88 Boycotts E 1976 EB 1980 By 1984 EB Participates trom 1976
175. e dos EUA tiveram a menor participa o de atletas desde 1908 Ap s ver uma guerra cancelar seu desejo de sediar os Jogos Berlim ganhou novamente a responsabilidade de organizar tal evento em 1936 Depois de visitarem as instala es de Los Angeles os organizadores voltaram a Berlim e produziram outra maior e mais luxuosa Vila Ol mpica que depois viria a ser utilizada como Vila Militar ARA i Na cerim nia de acendimento da pira a su stica teve destaque que o s mbolo das Olimp adas Fonte http olimpiadas uol com br 2008 historia 1936 historia jntm 103 30 milh es de d lares foram destinados a constru o de est dios gin sios piscinas e demais instala es Pela primeira vez os Jogos foram televisionados Como poucos tinham TV na poca foram montadas 25 salas de exibi o pela cidade em grandes teatros para que o p blico acompanhasse os Jogos Ao fim dos Jogos os cofres dos organizadores tinham um saldo de cerca de tr s milh es de d lares ratificando o que j se percebera em Los Angeles 1932 os Jogos Ol mpicos podiam ser altamente rent veis A fase posterior guerra colocaria o Movimento Ol mpico frente s dificuldades de um mundo dividido em dois grandes blocos os pa ses capitalistas e os pa ses socialistas As tens es geradas levaram o mundo a viver a guerra fria momento em que o conflito armado foi substitu do por um forte jogo de espionagem e de corrida pelo desenvolvimento de tecno
176. e os Jogos tenham sido considerados bem sucedidos muitas das etapas do processo foram feitas as pressas Os atrasos nas constru es e no processo de libera o de verbas geraram um efeito cascata sobre outras etapas do projeto Com menos tempo para realiza o de algumas etapas os custos aumentaram Outro fator que provocou aumento nos custos previstos foi a modifica o do projeto inicial O pa s vem se preparando para receber os Jogos Ol mpicos desde o in cio dos anos 1990 E desde a realiza o dos Jogos Sul Americanos do in cio da d cada de 2000 j se discutia a possibilidade do pa s sediar os Jogos Ol mpicos de 2016 Assim o CO RIO juntamente com os governos federal estadual e municipal optou por modificar o projeto original ajustando o ao padr o ol mpico de modo que pudesse ser utilizado na candidatura da cidade do Rio de Janeiro aos Jogos Ol mpicos de 2016 Ainda assim a maior parte das instala es precisaria ser modificada antes das Olimp adas para eventuais ajustes Al m de instala es esportivas adequadas foi constru da a Vila Pan Americana Projetada para abrigar dois mil apartamentos teve problemas para captar a receita necess ria para as obras e teve apenas 1 480 resid ncias Ap s o Pan a Vila foi transformada em um centro residencial tendo a maioria dos apartamentos sido vendida antes mesmo da realiza o do evento A loca o da Vila Pan americana na Barra da Tijuca e financiada com
177. e poss vel instala es tempor rias sempre que necess rio e novas constru es quando necess rio ades o aos requisitos da Federa o Internacional Dimens o da rea Os tempos de viagem para os locais estes realisticamente precisavam estar a menos de 30 minutos da Vila Ol mpica As instala es de forma o nfase no legado esportivo para a comunidade local todos localizados dentro de at 45 minutos da Vila Ol mpica Evitar a necessidade de Vilas adicionais se for poss vel O BOA apresentou o relat rio ao prefeito rec m eleito e Greater London Authority em maio de 2001 e recebeu uma resposta positiva O prefeito declarou sua vis o para a op o em East London que fornecia mais possibilidades de regenera o do que a alternativa que West London A partir dai o projeto iria buscar a regenera o da localidade de Stratford East London 243 OLYMPIC REGENERATION IN EAST LONDON O FOCO NO LEGADO O Parque Ol mpico foi desenvolvido no Lower Lea Valley 13 km a leste do centro de Londres Esta era uma rea que demandava uma reconstru o Ao realizar os Jogos nesta parte da cidade o legado mais duradouro dos Jogos ser ser a regenera o de toda uma comunidade para o benef cio direto de todos que mora l O Parque Ol mpico se tornou um ponto central para o leste de Londres unindo as comunidades e agindo como um catalisador para profundas sociais e mudan a econ mica Ap s os
178. ebrou uma missa dirigida aos atletas proferindo o seguinte serm o o importante dos Jogos Ol mpicos n o ganhar mas sim participar ideal adotado por Coubertin para constituir a mensagem ol mpica 237 Londres foi a primeira cidade a construir um est dio ol mpico especificamente para o evento Mais que um monumento ao esp rito empreendedor brit nico o est dio Shepard s Bush era um s mbolo de revitaliza o do esp rito ol mpico Em dez meses foi constru do o est dio que conhecido tamb m como White City com capacidade para 70 mil espectadores MPR PS ART mr ENTE Pri ye RA n EARTE we Shepard s Bush durante os Jogos Olimpicos de Londres 1908 Fonte The Official Report of the Organizing Committee for the IV Olympiad Originalmente denominado Great Stadium foi o primeiro est dio moderno para m ltiplos eventos e o primeiro gin sio ol mpico da Gra Bretanha Mais tarde abrigou corridas de c es e carro e um jogo da Copa do Mundo de 1966 Foi demolido em 1985 e em seu lugar mais tarde foi constru do um grande est dio da BBC Devido pequena escala do evento melhorias na estrutura urbana da cidade sequer eram consideradas No Official Report of the Organizing Committee for the IV Olympiad as instala es esportivas s o apenas brevemente mencionadas 238 Em 1939 realizou se a vota o para a escolha da sede dos Jogos Na ocasi o Londres concorreu com Roma Detroit EUA e Lausanne S
179. ecomunica es Infra estrutura de Transporte Meio Ambiente parques esporos gua ar ecologia Turismo Servi os P blicos educa o sa de Mercado de Trabalho especialidades conhe cimento Aumento do Custo de Vide varia o percen tual do indice na cidode sede em comparo o com outros cidodes Invis vel a longo prazo Desaparecimento de empregos relacionados nos Jogos Conhecimentos e habilidodes retidas Ethos valores de volunt rios mantidos Orgulho Nacional Imagem Marca Efeitos de deslocamento estruturais Matriz expandida do legado Fonte Poynter 2006 122 Os diversos componentes do legado assumem maior significado para cidades que se candidataram a sediar os Jogos a partir do evento de Barcelona em 1992 Os Jogos de 1992 foram os primeiros a ocorrer na poca do p s guerra fria e vieram para simbolizar os valores p s ideol gicos que tipicamente orientam a realiza o do evento Ol mpico Enquanto os Jogos de Los Angeles representaram o triunfo do espetacular e do pragmatismo da comercializa o desenfreada Barcelona antecipou a volta da cultura nos neg cios econ micos apresentando em retrospecto uma vers o suave e menos espetacular de regenera o urbana e renova o Sidney e Londres seguiram essa tend ncia com a candidatura de Londres cristalizando esses aspectos chave A import ncia do legado aumentou tanto nos ltimos anos que uma grande percentagem
180. edif cio Les Drassanes maior edif cio g tico da Europa onde se localizaram os estaleiros reais junto ao porto antigo A cidade estava delimitada por um recinto de muralhas derrubadas a partir de 1858 ry LIN Ll Th L E E 5 Porta Principalis Cardo Daxt ern Decumanus Maximus J E sanii E Porta Decumana Plano de Barcino Barcelona romana sobreposto ao plano atual do bairro G tico Fonte Barcino Bcn Arquivo hist rico da cidade de Barcelona 2010 Durante o per odo visig tico o nome da cidade tomou varias formas poss veis decorrentes da Barcino Latina seguindo as declina e slatinas s o encontrados textos com as grafias Barcinone Barcinonem Barcinonam Barcinona As vezes aparece com um h intercalado como no italiano atual para representar o som k seguindo a antiga pron ncia latina Assim ele aparece como Barchinona Barchinonam Barchinone Ao longo do tempo as quedas foram desaparecendo mas estas formas s o mantidas em detrimento ao romano Barcino como o nome original da cidade Atualmente para se referir a esse per odo da cidade muitas vezes refere se pelo gen rico Barchinona 174 Sua rica tradi o econ mica e empresarial a transformou h v rios anos em uma grande cidade e com prazer em s lo Foi uma cidade de grande dinamismo econ mico na idade m dia dando in cio a uma pol tica comercial expansiva no M
181. editerr neo integrada Corona de Arag n Desenvolveu se fortemente no s culo XVIII e liderou a revolu o industrial na Espanha conectando seu porto ao desenvolvimento industrial de toda a regi o Durante a poca contempor nea foi em muitos aspectos como na economia nas ideias e no urbanismo adiantada em rela o ao resto da Espanha Considerando a conten o pelos antigos limites da cidade o aumento demogr fico e os problemas de comunica o com o exterior um plano de extens o foi considerado necess rio Em 1859 Ildefons Cerda desenhou a sua ideia de como a extens o deveria ser propondo o Ensanche Sua proposta foi aprovada configurando a caracter stica reticular ortogonal da cidade e orientando o crescimento urbano da cidade O projeto abra ou o Plano Barcelona inteiro incorporando as municipalidades fronteiri as onde Barcelona n o tinha jurisdi o mas na opini o de Cerda era necess rio organiza las como parte da montagem Ensanche de Barcelona Plano de Cerda para melhoria e amplia o da cidade 1859 Fonte Barcino Bcn Arquivo hist rico da cidade de Barcelona 175 E relevante mencionar que o espaco fora das muralhas estava vazio devido as restri es militares no setor Barcelona era uma cidade sob controle militar e nada poderia ser constru do num raio de 1 25 km das muralhas a dist ncia de um tiro de canh o Mapa de Barcelona Medieval s culo XVI Vis veis as muralhas que
182. efacio de Jacques Rogge presidente do COl para o livro The Economics of staging the Olympics a comparison of the Games 1972 2008 de Holger Preuss 108 Poynter G Regenera o urbana e legado ol mpico de Londres 2012 2008 p 127 128 114 da sua esperada utiliza o pds Jogos Segundo Mcintosh Antes do uso da palavra legado no processo de candidatura os exemplos de benef cios propositais para a rea local atrav s da realiza o dos Jogos s pode ser descrito como vague and fleeting in their pattern of inclusion Instead the early potential candidate city hopefuls largely wrote of how suitable and capable they were of what an honor it would be to serve the Olympic Movement in this capacity or what of their promises would include in order to ensure that the celebration of the Games would be a success J o conceito de legado de megaeventos esportivos apareceu primeiramente durante a d cada de 1990 em meio a uma discuss o sobre custos e benef cios da organiza o dos mesmos n o somente relativos aos aspectos econ micos mas tamb m sobre os aspectos social e ambiental O Grupo de Trabalho Internacional de Esporte para o Desenvolvimento e Paz da ONU afirma que a prioridade de um megaevento o bom desenvolvimento e planejamento do evento que permite n o s um melhor controle das atividades bem como torn las inclusivas tarefa complexa em se tratando de esportes de alto rendimento Baseado n
183. eio da garantia de cobrir todos os aspectos necess rios sua realiza o da seguran a ao significado hist rico com desenvolvimento urbano comprometimento com os valores ol mpicos e viabilidade financeira A reda o 167A origem da institui o da Generalitat nas cortes da Coroa de Arag o celebradas em Monz n em Arag o em 1289 quando designada uma Diputaci del General Deputa o do Geral comiss o temporal para recaptar o servi o ou tributo que os bra os concediam ao rei por peti o sua Este imposto conhecia se popularmente como Drets de General Direitos do Geral ou generalitat nome este que se exportou Fran a onde se criaram as G n ralit s distritos fiscais Com o tempo o nome oficioso de Generalitat acabaria por substituir o nome oficial de Diputaci del General Atualmente Generalitat o nome em catal o de diversos governos hist ricos e atuais de auton micos na Espanha 191 do dossi foi conclu da no inicio de 1986 e submetida em 1 de mar o do mesmo ano em Lausanne na Su a pelo ent o prefeito Pasqual Maragall Dentro da perspectiva urbana devemos lembrar que no dossi de candidatura as quest es de infraestrutura foram as mais discutidas buscando o renascimento da cidade No documento apresentado constavam a distribui o das reas ol mpicas da cidade o desenvolvimento das reas costeiras e de montanha a constru o das infraestruturas os cintur es vi ri
184. eiro em 1922 se inclui neste caso Fonte http cpdoc fgv br 102 Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades os custos sociais de um megaevento 2005 97 Cartaz anunciando os Jogos Ol mpicos de 1900 como parte da Exposi o de Paris Na imagem destaque para a Torre Eiffel marca da Exposi o Cultural de 1889 Fonte Comit Ol mpico Internacional Nas edi es de 1904 e de 1908 apesar da disputa entre algumas cidades para sediar os Jogos estes ainda n o haviam se firmado como um evento tradicional e eram tidos como parte das atividades das Exposi es Universais junto com outras atividades culturais de diversas partes do mundo Ou seja as cidades eleitas se valeram da infraestrutura existente sem incorporar novas estruturas para receber os Jogos 98 A capa do programa e cartazes da Feira Mundial de St Louis foram usados para os Jogos Olimpicos de 1904 O cartaz representa uma vista do desenvolvimento da cidade Fonte Comit Olimpico Internacional Os Jogos de Estocolmo em 1912 ap s dezesseis anos como parte das Exposi es Culturais seriam realizados como uma atra o em si nica candidata sede a cidade sueca correspondeu s expectativas promoveu uma competi o organizada e realizou a mais brilhante edi o at ent o pois contava com a simpatia da popula o e com o apoio do governo sueco Por ser um evento nico houve a necessidade de infraestrutura espec fica com a
185. ejado positivo ou tang vel Muitos dos estudos de viabilidade pr evento e estudos de impacto que contemplam legados s o potencialmente tendenciosos porque a ambi o daqueles que conduzem os estudos favorecer a realiza o do evento e portanto eles enfatizam somente um subcubo em especial 8 Rubio Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 9 Gratton e Preuss Maximizing Olympic Impacts by Building Up Legacies 2008 p 1924 119 planned unplanned intangible tangible negative positive Cubo do legado Fonte Gratton e Preuss 2008 O legado dos Jogos Ol mpicos afeta a cidade anfitri em diversos aspectos e podem ser definidos como tangiveis e intangiveis As estruturas tang veis s o aspectos mais facilmente mensur veis e s o divididas em estruturas prim rias ligadas s pr ticas esportivas durante o evento secund rias participam no apoio da realiza o do evento como a vila dos atletas e terci rias ligadas ao entorno do evento e infraestrutura urbana necess ria para sua realiza o Pela classifica o de Preuss as estruturas intang veis s o compostas pelo conhecimento pelas redes e pelos bens culturais Kaplanidou e Karadakis citam como exemplos de legados intang veis a regenera o urbana o aumento da reputa o internacional a produ o de valores culturais as experi ncias emocionais e o aumento de conhecimento Estes autores apontam que tais as
186. em especial esse um mecanismo importante por meio do qual o recurso pode ser postergado ao mesmo tempo em que se mant m vinculado aos jogos Os Jogos de Londres 2012 trouxeram de volta ao topo das discuss es o conceito de legado alertando para o potencial de um impacto urbano sustent vel O foco no legado possibilitou criar uma plataforma de programas de desenvolvimento de longo prazo usando o evento como uma l gica para o desenvolvimento de programas de apoio e investimento no futuro Resumidamente podemos tomar como ensinamento Regenera o econ mica de reas degradadas em bairros oper rios ou regi es de alto risco social Adi o de novas edifica es com planejamento de uso e integra o a estrutura urbana atual evitando espa os subutilizados ou reas desertas Cria o de novas pra as reas verdes e locais de lazer que tragam vitalidade e preencham lacunas cr ticas da melhor maneira poss vel Priorizagao da melhoria e expans o do sistema de transporte p blico em vez de criar grandes reas de estacionamento que ir o trazer uma quantidade imensa de autom veis e demandar o constante manuten o das vias Implementa o de uma rede de neg cios que valorize e desenvolva pequenas e m dias empresas locais gerando trabalho e renda Prepara o para eventuais riscos ambientais como alagamentos enchentes deslizamentos de encostas que gerem interrup o no tr nsito ou dificuld
187. em constitui o e o local enquanto especificidade concreta enquanto momento O lugar guarda uma dimens o pr tico sens vel real e concreta que a an lise ao poucos vai revelando Em sua an lise Ostrowetsky vai utilizar sucessivamente a abordagem antropol gica a psicanal tica e a filos fica Ela analisa a tomada de partido do simb lico como elemento constitutivo do fato social que se apresenta segundo uma dupla caracter stica universalismo de um lado e particularismo de outro numa permanente tentativa de re territorializa o e de fincar ra zes em face do nomadismo do capitalismo Neste sentido a globaliza o efetua se concretamente no lugar por meio do qual o mundo pode ser percebido e interpretado nas suas diversas dimens es Isto equivale a dizer que o lugar por excel ncia o l cus da vida O processo de produ o do espa o concomitantemente o processo de reprodu o da sociedade e da vida humana condi o que faz do lugar o cen rio de realiza o do cotidiano atrav s do qual o mundial se expressa Neste sentido pode se afirmar que a dimens o do mundial que o lugar encerra altera e redefine seu conte do s cioespacial o que n o significa necessariamente a ocorr ncia da supress o das suas particularidades A apropria o efetua se pela e na forma dos espa os p blicos conduzida pelas suas componentes Cada pessoa encontra entre os diferentes objetos e a es uma configura o que
188. entendida como livre mercado o cosmopolitismo baseado na ideia de que o conhecimento humano e a produ o seriam transnacionais objetivos e sem limites Organizadas como express o do progresso supranacional as exposi es estiveram conectadas com festas e calend rios nacionais programadas como momento de reconcilia o entre na es acabaram fornecendo material simb lico para o culto da na o e para a constru o dos nacionalismos que cresceram ap s a Primeira Guerra Mundial As cidades onde as exposi es foram montadas Londres Paris Chicago entre outras foram os epicentros da modernidade A se chegou ao est gio mais avan ado da civiliza o ocidental que convivia com os problemas advindos da desigualdade e da marginaliza o de grande parcela da popula o As exposi es universais queriam ser um retrato em miniatura desse mundo moderno avan ado composto de espet culos nos campos da ci ncia das artes da arquitetura dos costumes e da tecnologia A ideia era mostrar e ensinar as virtudes do tempo presente A torre Eiffel o pal cio de cristal e a roda gigante eram os s mbolos vis veis do avan o tecnol gico exibido nas feiras mundiais As na es mais pobres do Ocidente tamb m hospedaram j no s culo XX exposi es internacionais Estas eram vistas como uma oportunidade mpar de fazer parte ainda que por um breve espa o de tempo do concerto internacional das na es A Exposi o Universal do Rio de Jan
189. entidades Isso porque o produto esporte 8 Proni M A Reinven o dos Jogos Ol mpicos 2008 84 n o existe sem esse protagonismo Esta transforma o desvirtuou tamb m o entendimento dos JO pela sociedade que passou de um patrim nio cultural a um bem de consumo QRO APOIO DO A PATROC NIO Ao Charge publicada em 2008 Olimpiadas de Pequim Charge republicada em 2012 Olimpiadas de Londres 2016 Charge Charge criada por Amarildo inspirada na atual conjuntura dos Jogos Ol mpicos e o tratamento aos principais atores deste espet culo os atletas Fonte www amarildo com br Com tudo isto o Olimpismo pode ter um papel de fundamental import ncia ao contestar esta marca das sociedades modernas que o da dificuldade do estado gerir o fen meno esportivo por um lado atrav s da institucionaliza o das regras e por outro atrav s pela defesa do interesse p blico como o direito sa de habita o ao trabalho educa o e ao desporto A humanidade desde o in cio do s culo XXI enfrenta uma enorme crise caracterizada pelo aumento da pobreza e pela degrada o do ambiente crise essa que se agrava devido falta de vis o dos pa ses desenvolvidos Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 p 15 16 85 O processo de candidatura organiza o de Jogos ol mpicos implica em procedimentos garantias e decis es q
190. er de como o processo 129 for conduzido isso pode representar transforma es positivas e estruturantes da cidade Dimens o social Uma refer ncia estrat gica para o debate acerca da cidade que queremos o Estatuto da Cidade que estabelece dezesseis diretrizes gerais com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das fun es sociais da cidade e da propriedade urbana dentre as quais destacamos os itens selecionados garantia do direito a cidades sustent veis entendido como o direito terra urbana moradia ao saneamento ambiental infraestrutura urbana ao transporte e aos servi os p blicos ao trabalho e ao lazer para as presentes e futuras gera es Il gest o democr tica por meio da participa o da popula o e de associa es representativas dos v rios segmentos da comunidade na formula o execu o e acompanhamento de planos programas e projetos de desenvolvimento urbano IIl coopera o entre os governos a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbaniza o em atendimento ao interesse social V oferta de equipamentos urbanos e comunit rios transporte e servi os p blicos adequados aos interesses e necessidades da popula o e as caracter sticas locais IX justa distribui o dos benef cios e nus decorrentes do processo de urbaniza o XI recupera o dos investimentos do Poder P blico de que tenha resultado
191. ermanentes est o sendo instalados no Centro Aqu tico para a sua reabertura juntamente com o resto do Parque Sul em 2014 O West Ham United FC est confirmado como inquilino ncora para o est dio quando reabre permanentemente em 2016 com o Campeonato Mundial de Atletismo e Campeonato Paraol mpicos Mundial de Atletismo no ano seguinte assim como a realiza o da Copa do Mundo de Rugby em 2015 1 Inspired by 2012 The legacy from the London 2012 Olympic and Paralympic Games A joint UK Government and Mayor of London report jul 2013 264 Em 2013 a East Village antiga Vila Olimpica recebeu seus primeiros residentes Mais de 700 dos 2800 apartamentos foram disponibilizados pelo site Mayor s First Steps com custo de aluguel abaixo do mercado propriedade compartilhada e equidade de op es Outros 68 apartamentos foram reservados para inquilinos sociais Tamb m na East Village novas instala es foram abertas beneficiando antigos e novos residentes uma nova escola Chobham Academy e uma cl nica m dica Sir Ludwig Guttmann Health Centre nomeada em homenagem ao fundador dos Jogos Paraol mpicos Nos pr ximos anos est o previstas as constru es de mais cinco bairros no entorno do Parque Ol mpico com mais de 7000 moradias 800 dos quais os primeiros residentes devem mudar em 2015 iCity assinou um longo contrato de arrendamento para o Centro de Imprensa e Difus o A BT Sport j utiliza o espa o d
192. es art rias na constru o de grandes esta es ferrovi rias na especializa o dos setores urbanos nas condi es prec rias de habita o entre outras transforma es As cidades cresceram mais do que nunca no s culo XX mesmo com crises tais como a Grande Depress o da d cada de 1930 onde as cidades foram fortemente atingidas pelo desemprego especialmente naquelas dependentes primariamente da ind stria pesada Surge o chamado fen meno urbano Primeiro podemos t lo como concentra o espacial de Brunn Williams amp Zeigler Cities of the World 2003 p 176 178 18 Brunn Williams amp Zeigler Cities of the World 2003 p 176 178 39 uma popula o a partir de certos limites de dimens o e de densidade mas tamb m a difus o do sistema de valores atitudes e comportamentos denominados cultura urbana O mundo experimentou esse fen meno atrav s do crescimento em ritmo acelerado das cidades no per odo entre 1920 e 1980 O organismo funcional desempenhado pela cidade passa a ser entendido como trabalho materializado enquanto elemento de uma totalidade espacial Portanto a forma o das cidades marcada por momentos especiais e ao mesmo tempo corriqueiros que agem sob a imensa in rcia dos edif cios e das tradi es constituindo num movimento de m ltiplas formas A explos o populacional da d cada de 1950 e da d cada de 1960 criou problemas como congestionamentos aparecime
193. es sede e otimizar envolvimento do governo e da cidade durante todo o processo de planejamento Como cada caso um caso tais recomenda es devem se adequar s necessidades de cada cidade anfitri Al m disso a abordagem cultural e a percep o local de cada pa s sede s o diferentes e devem ser levados em considera o O COI e as Comiss es de Avalia o em particular t m a responsabilidade para aplicar essas diretrizes em sua sele o e monitoramento das cidades sede no futuro Poss veis redu es nas expectativas o n mero de esportes e n vel de investimentos para Jogos futuros podem aumentar as chances de na es menos desenvolvidas serem capazes de arcar com a realiza o do evento O COI teria de ser convencido de que as instala es para os atletas seriam boas o suficiente para permitir que eles atinjam seu melhor desempenho e que as medidas de seguran a n o seriam comprometidas No entanto importante que a Comiss o destacar que o COI ao passo que tenta tornar a Jogos menores e mais gerenci veis tamb m quer garantir que os Jogos Ol mpicos deixem um legado positivo para a cidade sede e seus cidad os col Olympic Games Study Commission Report to the 115th IOC Session 2003 p 15 16 149 Infraestrutura l mpica Para realizar um evento do porte dos Jogos Ol mpicos necess rio que se tenha uma boa percep o do espa o urbano para identificar qual a melhor rea ou melhores reas par
194. estrutur lo a partir dos direitos do cidad o Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a pr tica de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres crian as minorias nacionais tnicas sexuais et rias O auge da Revolu o Francesa foi a Declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o Esse documento consiste em um passo significativo no processo de transformar o homem comum em cidad o cujos direitos civis lhes s o garantidos por lei ela n o deixa de ser uma obra de circunst ncia Esse car ter lhe adv m pelo fato de n o ser t o abrangente ao definir os direitos civis do cidad o ou em alguns casos em dar com uma m o e retirar com a outra ou assegurar o direito de alguns propriedade por exemplo sem que nada seja dito em rela o aos miser veis sem propriedade O circunstancial e mesmo o caus stico na Declara o suas dubiedades e contradi es suas restri es aus ncias e precau es foram apontadas desde logo por jornalistas e pensadores Ser cidad o hoje implica em exercer seu direito vida liberdade ao trabalho moradia educa o sa de cobran a de tica por parte dos governantes Exercer plenamente a cidadania consiste em participar ativamente das decis es da comunidade da cidade do Estado e do pa s propondo solu es para os problemas em todos os mbitos do conv vio social Quanto mai
195. estrutura O tenso clima pol tico marcou os Jogos de Melbourne 1956 Na primeira Olimp ada do Hemisf rio Sul fora do eixo Europa Am rica do Norte o Comit Ol mpico internacional violou pela primeira vez a carta ol mpica A lei australiana imp s uma quarentena de seis meses a todo cavalo procedente de outro pa s O COI decidiu ent o mandou para Estocolmo na Su cia as provas de hipismo Os problemas dos Jogos por m n o pararam ai O contexto pol tico internacional da poca era preocupante A interven o franco brit nica no canal de Suez Egito o segundo conflito rabe israelense a viol ncia na frica do Norte motivada pelas lutas pela independ ncia e a interven o dos tanques sovi ticos em Budapeste criaram d vidas sobre a disputa dos Jogos Outro fator que contribui para a grandeza dos Jogos desse per odo foi o advento da TV a partir de Roma 1960 com transmiss es ao vivo telespectadores em 18 pa ses da Europa puderam assistir as principais competi es em tempo real nos EUA Canad e Jap o a transmiss o chegava com algumas horas de atraso Os direitos de transmiss o renderam cerca de US 1 milh o Ao mesmo tempo a lista de fornecedores e patrocinadores contava j com 46 empresas incluindo o provimento de suporte t cnico e operacional Embora a expans o da tecnologia predomine nos Jogos desse per odo a disputa pela condi o de sede e espetaculariza o dos Jogos n o diminuiu Fora da
196. et ncias t cnicas e profissionais das for as respons veis pela seguran a o investimento feito e a tecnologia empregada na rea e a complexidade das a es propostas e Experi ncias anteriores O COI analisa os eventos multiesportivos sediados no pa s nos dez anos anteriores como forma de conhecer a capacidade de organiza o da cidade e Finan as S o avaliados as contribui es dos governos e o plano financeiro em rela o capacidade do pa s de colocar o projeto em pr tica risco pa s e a viabilidade dos valores disponibilizados z e Projeto geral e Legado O ltimo crit rio um resumo global dos anteriores e usado pelo COI para confirmar a sua opini o sobre a capacidade de cada cidade realizar os Jogos At 2020 os Jogos Ol mpicos ter o sido disputados em 44 cidades em 23 pa ses em sua grande maioria em cidades da Europa e Am rica do Norte como podemos verificar no mapa abaixo Os primeiros Jogos Ol mpicos sediados fora dessas regi es foram em Melbourne 1956 e os primeiros em solo latino americano foram as Olimp adas da Cidade do M xico Desde os Jogos Ol mpicos de Seul Coreia do Sul os jogos foram realizados na sia ou na Oceania quatro vezes um forte aumento em rela o aos anteriores 92 anos de hist ria ol mpica moderna Os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro ser o os primeiros em um pa s sul americano e at o momento nenhuma candidatura da frica foi eleita 92 1920
197. eu pr prio shopping center teatro rea de recrea o e parque Ap s um longo per odo de conflito o comit organizador dos Jogos ganhou aprova o dos moradores para demolir 114 unidades de Techwood e vender 4 5 acres da propriedade para uso como Vila Ol mpica e e Vale amp Gray O decatlo das remo es 2013 Em http places designobserver com feature o decatlo das remocoes 37921 163 em uma repeti o da hist ria para posterior utiliza o como dormit rio para estudantes da Georgia Tech O comit tranquilizou os inquilinos indicando que todos aqueles que foram deslocados seriam reassentados em Techwood Clark Howell ou outro alojamento adequado Um editorial do Journal Constitution exultou Finalmente uma rea conhecida como uma mancha em meio ao progresso pode come ar a se sentir parte do progresso da Georgia Tech e da Coca Cola O Centennial Place rodeado pela Coca Cola Parque Ol mpico do Centennial Georgia Tech e centro financeiro da cidade As press es dos empreendimentos ol mpicos que resultaram na demoli o da Techwood Fonte http places designobserver com feature o decatlo das remocoes 37921 Em 1994 a pol tica federal de habita o come ou a favorecer iniciativas do setor privado o comit se reinventou sob a dire o do CEO Ren e Lewis Glover e rapidamente foram desenvolvidos planos para demolir os projetos de baixa renda e substitu los por uma comunidade de renda
198. evelopment up by the press and broadcast centre We also have the Triathlon housing association owning 1 320 flats in the Village which ensures that there will be social tenants alongside privately renting tenants in order to maintain the diversity of what will be a new neighborhood in that area Many people will basically be living and going to work in the Olympic Park which is something have to get my head round It seems miraculous even now that people will live in what was the Olympic Village and go to work in what was the press and broadcast centre The structures for the Park are there and there are three elements to the legacy commercial sporting and cultural 188 Olympics accelerated regeneration of east London in 60 years Entrevista com Tessa Jowel 248 Antiga area industrial de Stratford local de instala o do Estadio Ol mpico em 2007 Fonte Arquivo Folha de Sao Paulo Demoli o de alguns edif cios em 2008 Fonte Arquivo Folha de S o Paulo para o Landscape Institute Em http Avww landscapeinstitute org news index php 249 Plano Diretor Londres Ulimpico No ano de 1997 Londres tinha varios problemas como a qualidade da educa o d ficit de investimento na infraestrutura do transporte desemprego e um grande desequil brio entre as distintas zonas da cidade Mas em 1998 o primeiro ministro da poca encomendou ao arquiteto Sir Richard Rogers do Urban Task Force a tarefa de ident
199. existe cidade j estruturada para realizar os Jogos Ol mpicos h que se admitir que todas as candidatas cidade sede dever o passar por obras em maior ou menor propor o para poder se adequar s necessidades para sua realiza o O desenvolvimento sustent vel significa precisamente a intelig ncia do di logo entre aqueles que transmitiram um legado aqueles que momentaneamente o det m e aqueles que no futuro o v o receber O que temos observado a realiza o dos Jogos Ol mpicos como uma estrat gia para a regenera o ou reinven o das cidades pela constru o de um imagin rio urbano 4 France e Roche afirmam que os principais instrumentos e ve culos de pol ticas de transforma o das cidades cuja imagem se encontra degradada s o a cria o de atra es tur sticas ou eventos esportivos que permitam a forma o de uma massa cr tica Esta estrat gia se resume necessidade de performances de longo prazo como a constru o ou reforma de obras de infraestrutura e no obrigat rio envolvimento da popula o tanto no que se refere compreens o dessas obras que geram transtorno e desconforto mas que sendo sua finalidade devidamente esclarecida pode gerar um forte sentimento de cidadania e de pertencimento cidade restaurada 144 A ideia central do imagin rio a fabrica o de uma imagem vis vel e a abstra o de um s mbolo de atores urbanos que est o em um determinado espa o N stor Cancli
200. fen menos culturais complexos e diversos ser mais f cil buscar nas pol ticas culturais as respostas para a renova o das cidades O legado cultural em sediar os Jogos n o pode facilmente ser aferido por um conjunto de resultados numa determinada data ap s os Jogos Obter esse Momentum uma tarefa dif cil e provavelmente mais bem ilustrada pelas realiza es nas fases de regenera o p s ol mpica experimentadas em Barcelona Atlanta revelou a natureza fragmentada de tal legado que surgiu de diferentes e competitivas vis es das elites que organizaram o evento Sydney e Atenas encontraram um per odo dif cil p s Jogos embora um novo mpeto pare a estar se desenvolvendo nesta ltima Dimens o ambiental Durante a d cada de 1990 o COI refor ou formalmente sua posi o ambiental sobretudo por influ ncias originadas da Confer ncia sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente das Na es Unidas de 1992 no Rio de Janeiro Neste per odo foi criada a Agenda 21 ent o redigida com base na concep o do desenvolvimento sustent vel que se tornou parte da agenda global das Na es Unidas O COI atendeu ao requisito de responsabilidade ambiental acrescentado Agenda 21 adotando o conceito de sustentabilidade 131 Leme A Revis o descritiva do Modelo East London para legados de Jogos Ol mpicos e Paraol mpicos 2008 p 213 132 para regular os Jogos e mais tarde em 1994 o meio ambiente se tornou o terceir
201. ficou marcada pelo assassinato de 18 pessoas entre atletas israelenses terroristas palestinos e policiais Pela primeira vez o maior evento esportivo do mundo foi paralisado As competi es tiveram que ser suspensas enquanto seguiam as negocia es entre os palestinos e as autoridades alem s A Vila Ol mpica foi cercada por 4000 policiais O incidente paralisou os Jogos por 34 horas e o presidente do Comit Organizador dos Jogos o alem o Willi Daume chegou a pedir o cancelamento definitivo do evento mas o COI decidiu continuar a Olimp ada Em homenagem aos mortos foi realizada uma cerim nia no est dio de Munique A competi o prosseguiu mas sem o mesmo brilho Com a experi ncia recente do atentado de Munique o Comit Ol mpico Internacional indicou a cidade canadense de Montreal confiante no renascimento dos Jogos Cerca de 16 mil soldados protegeram a competi o mas nenhuma ocorr ncia grave foi registrada Nos Jogos de 1976 a centraliza o dos gastos ficou na prov ncia de Quebec uma vez que o governo nacional n o teve grande entusiasmo na organiza o do evento Na Olimp ada de Montreal um total de 628 patrocinadores ou fornecedores participou do programa de marketing ol mpico o que acabou desfigurando e desvalorizando o programa Embora tivesse gerado cerca de US 7 milh es para seus cofres o Comit Organizador acabou tendo um d ficit de 1 bilh o de d lares com a realiza o dos Jogos em raz o da infla
202. focam as areas de influ ncia direta dos principais equipamentos previstos para abrigar os Jogos Olimpicos articulando a es locais nos temas mencionados acima Prop em ainda projetos de estrutura o do espa o urbano envolvendo na maioria das vezes reestrutura o da malha vi ria reurbaniza o de reas do espa o p blico e valoriza o do ambiente cultural Os Planos Locais foram desenvolvidos para as reas de Barra da Tijuca Deodoro Engenho de Dentro Maracan Quinta de Boa Vista Cidade Nova Samb dromo e Portu ria Na Barra da Tijuca as maiores preocupa es s o a mobilidade e a qualidade ambiental S o propostas a es complementares s previstas no Plano Macro privilegiando se o sistema vi rio No Engenho de Dentro al m das melhorias no sistema vi rio e na urbaniza o no entorno do Est dio Jo o Havelange prop e se redesenhar a malha vi ria ao longo da linha f rrea associada organiza o das ocupa es e do com rcio informal e a oferta e urbaniza o de reas no espa o p blico que passam a se constituir refer ncias para a regi o f a N i GS q D e l Mapa do legado dos Jogos Ol mpicos de 2016 Fonte www rio2016 com 314 O foco das a es em Deodoro a ocupa o ordenada e sustent vel de reas da Uni o sob jurisdi o do Ex rcito nas vizinhan as das instala es esportivas quando disponibilizadas para ocupa o urbana A melhoria dos acessos a
203. forma de crescimento da cidade Esta foi uma situa o que Barcelona n o havia enfrentado por meio s culo Apesar dos recursos dispon veis limitados alguns projetos de infraestrutura foram retomados como o segundo anel vi rio que estava suspenso por mais de treze anos a conex o entre o primeiro e o segundo an is viarios pelo t nel Rovira a rea do t nel Vallvidrera por Tibidabo e o eixo Valldaura Llucmajor Via Julia Estes projetos foram acompanhados por melhorias no uso do sistema vi rio existente Um n mero espec fico de planos tamb m foi tra ado para as transforma es de sistemas gerais de infraestrutura urbana transporte ilumina o esgotamento que foram colocados imediatamente em opera o para que n o afetassem projetos mais ambiciosos Os novos projetos foram situados principalmente na cidade antiga e nos sub rbios as reas mais afetadas pelas ondas de imigra o A inten o foi dar aos projetos um estilo espec fico e suas pr prias formas est ticas Alguns exemplos s o p Parc de la Creueta e o Parc de Espanya Industrial Projetos de restaura o em v rias reas do centro de Barcelona trouxeram vida a Pla a Reial a Plaga de la Merc e a Placa de Sant Augusti Vell na cidade antiga e Places de Rovira i Trias e Trilla no distrito de Gracia 216 Em 1988 com o mpeto dos Jogos Ol mpicos a constru o dos an is vi rios acelerou Este trabalho seguiu as disposi es do PGM
204. gado esportivo como os locais de competi o est o distribu dos pela cidade e que tipo de legado eles proporcionar o Vila Ol mpica Assim como o anterior este item tamb m dividido em tr s subcrit rios Localiza o dist ncias at os locais de competi o Conceito tipo de acomoda o viabilidade do projeto arboriza o entre outros fatores e Legado uso ap s os Jogos e financiamento Meio ambiente O COI analisa os fatores ambientais atuais da cidade candidata e o impacto que os Jogos causar o Acomoda es A avalia o deste crit rio feita com base no Manual T cnico de Acomoda es fornecido pelo COI s cidades candidatas O valor de refer ncia de 40 000 quartos de hotel com tr s ou mais estrelas O crit rio dividido em N mero de quartos em que s o avaliados por exemplo as ofertas existentes e planejadas de leitos num raio de 50 km do centro dos Jogos e as vilas para a imprensa e Conceito tipos de acomoda o e opera o Transporte A avalia o baseada no desempenho esperada do sistema de transporte proposto sob um ponto de vista operacional e 91 levando em conta experi ncias anteriores Sao observadas as distancias e o tempo de deslocamento dentro da cidade e a organiza o do tr fego e do transporte p blico durante os Jogos e Seguran a Entre os fatores avaliados est o a incid ncia e o risco de terrorismo os n veis de criminalidade as comp
205. gicas acerca dos diversos objetos que comp em a realidade dos grupos sociais Ao analisar o espa o urbano devemos consider lo como produto condi o e meio do processo de reprodu o das rela es sociais Portanto conforme Carlos se de um lado o espa o condi o tanto da reprodu o do capital quanto da vida humana de outro ele produto e nesse sentido trabalho materializado Ao produzir suas condi es de vida a partir das rela es capital trabalho a sociedade como um todo produz o espa o e com ele um modo de vida de pensar de sentir Carlos ressalta que o lugar a base da reprodu o da vida e pode ser analisado pela tr ade habitante identidade lugar sendo este a por o do espa o apropri vel para a vida gt interessante chamar a aten o para o fato de que n s habitantes de um lugar nos habituamos paisagem e fazemos dela algo corriqueiro por isso que visitar nossa cidade na companhia de um estrangeiro tendo que detalhar aspectos que para n s s o parte constitutiva da paisagem do dia a dia como encarar de outra maneira algo que nos parece absolutamente banal Um espa o racional adquire sentido atrav s das pr ticas de uso e n s moradores constru mos mentalmente o lugar medida que o percorremos Fazendo refer ncia frequente confus o que se faz entre s mbolo imagem e signo Ostrowetsky diz L dia Moritz Schwarcz na introdu o do livro Comunidades
206. gos Ol mpicos de 2016 incluem a constru o da Vila de M dia da Vila dos ju zes do Centro de M dia n o oficial e do Centro Operacional de Tecnologia Enfim os principais impactos esperados pela equipe de planejamento s o Aumento da popula o de 22 mil para 100 mil habitantes em 10 anos Aumento da rea verde de 2 46 para 10 96 Aumento de 50 na capacidade de fluxo de tr fego na regi o 307 Redu o da polui o do ar e sonora com a retirada da Perimetral e a redu o do transporte pesado na regi o Aumento da permeabilidade do solo Aumento e melhoria da qualidade da oferta de servi os p blicos Transforma o da regi o em refer ncia para a cidade Em resumo este o maior projeto de regenera o em curso no Rio de Janeiro nas ltimas d cadas O caso do Porto Maravilha j est com um adiantado grau de desenvolvimento de planos projetos e obras em curso tem todo o potencial para se configurar como um dos maiores casos de requalifica o urbana no Brasil e se levado a cabo o que se pretende colocar se ao lado do caso pioneiro de Barcelona 92 como escala de abrang ncia e integralidade referenciais Por m surgem os receios de elitiza o do territ rio pela sua inequ voca valoriza o cuja solu o pode ser a cria o de medidas mitigadoras que assegurem graus de inclus o social e o medo da destrui o dos enormes patrim nios hist rico cultural e arqueol gico al
207. h es d lares Uma combina o de fatores que incluiu uma recess o econ mica problemas nas constru es disputas trabalhistas e custos associados conspirou para acentuar o nus financeiro da realiza o dos Jogos e do n vel de endividamento de longo prazo A promo o do desenvolvimento ol mpico pode ocasionar perturba o das comunidades existentes causando problemas significativos Renova o da cidade induzida pela Olimp ada pode acarretar reassentamento de moradores para constru o de novas estruturas ou sua substitui o por meio de inser o de moradores de classe m dia como forma de melhorar a imagem da cidade Com isso moradores reassentados podem sofrer com deslocamento para os locais de trabalho e ter preju zo em suas redes sociais levando os moradores a ter sentimentos de priva o e exclus o em uma rea cujos servi os e instala es agora atendem a um grupo social diferente Contudo estes efeitos parecem ser altamente vari veis 158 As quest es ambientais sao outra area de preocupa o Se bem planejados podem haver grandes benef cios para a cidade atrav s de medidas como o reaproveitamento de recursos renov veis transportes menos poluentes melhoram a qualidade do ar e a limpeza de bacias pode torn las centro de lazer Mas muitas vezes as quest es ambientais n o s o consideradas e al m de n o haver benf cios a produ o de novas estruturas para os Jogos pode resultar em impactos negati
208. holas que n o voltou a se repetir Era a oportunidade n o s para Barcelona como para todo o pa s de aparecer para o mundo depois de ter vivido anos sob as sombras da ditadura Outubro de 1988 foi a data oficial da entrada de Barcelona no per odo ol mpico Os Jogos de Seul haviam acabado e come ava o turno barcelon s Foi organizado um ato relevante na cerim nia de encerramento das Olimp adas de Seul Agora os olhos do Movimento Ol mpico e da opini o mundial estavam voltados para Barcelona e o pa s adquire mais consci ncia de que tudo o que fizesse seria cr tico para a imagem da cidade e do pa s A fase entre 1988 1989 foi marcada pela demiss o do diretor geral da Comiss o de Organiza o das Olimp adas de Barcelona COOB criado em 1987 e pela inaugura o do est dio Apesar do ato de inaugura o n o ter sido organizado pelo COOB os problemas ocorridos durante o evento foram a ele atribu dos Tamb m nesta poca foram firmadas as vendas dos direitos de transmiss o do evento com ofertas superiores ao previsto Passada alegria da nomea o era chegada a hora de colocar em marcha um conjunto de projetos de interven o urbana previamente elaborados e que resultariam em uma reestrutura o f sica econ mica e cultural da cidade O projeto de candidatura ol mpica e sua execu o definiram um programa de profunda transforma o urbana Parte foi planejada para ser realizada para as Olimp adas e outra parte pa
209. i presentes Mais uma amostra da grandeza de investimentos na rea do porto a constru o das torres Trump O megaprojeto que promete erguer cinco torres de 38 andares e 150 metros de altura cada deve mudar radicalmente a paisagem e o com rcio da at ent o decadente avenida Francisco Bicalho em frente esta o ferrovi ria Bar o de Mau Apesar de n o ter o valor dos investimentos revelado estima se que o valor geral de vendas VGV caso as cinco torres sejam de fato constru das fique entre R 5 e 6 bilh es Este empreendimento ratificar o comercialismo e corporativismo atra dos pela realiza o dos Jogos No lugar onde poderiam ser desenvolvidas moradias sociais e outros investimentos em prol da comunidade h o imenso investimento em uma rea que ser revitalizada para que possua cada vez mais potencial para gera o de lucro 308 Previs o de implanta o das Torres Trump na rea do Porto Maravilha not vel o impacto do empreendimento sobre a paisagem da regi o Fonte http economia ig com br 2012 12 18 Outras interven es de grande impacto na estrutura urbana da cidade e de grande impacto social uma vez que afeta o as comunidades da rea s o os tr s principais ramais de transporte vi rio previstos no pacote de obras O corredor Transoeste que uma via expressa que une os bairros da Barra da Tijuca at Santa Cruz todos situados na Zona Oeste da cidade Com 32 quil metros
210. ias falhas e ficava impratic vel em dias de chuva Al m disso muitos atletas foram hospedados por fam lias belgas A competi o s acabou sendo realizada gra as ajuda financeira de uma comiss o de armadores navais e de vendedores de diamantes Apesar da tens o p s guerra os Jogos deveriam ser realizados para regularizar o calend rio ol mpico Em 1924 os parisienses decidiram n o repetir o que aconteceu na Antu rpia e assumiam a responsabilidade de restabelecer as condi es ideais para a continuidade dos Jogos Estabelecidos como grande evento mundial os Jogos exigiam uma grande infraestrutura e maior dedica o por parte dos governantes mas ainda assim os organizadores n o agiram com 103 Como as Olimp adas s o o per odo de quatro anos entre os Jogos Ol mpicos e n o os jogos em si elas s o computadas mesmo que por qualquer motivo os Jogos n o sejam realizados 100 afinco Sob a amea a do COI de transferir as competi es para outra cidade o Comit Ol mpico Franc s tomou as provid ncias indispens veis para a realiza o dos Jogos Foi nesta edi o que os franceses descobriram a capacidade comercial do evento dando in cio a um mercado altamente rent vel que se desenvolveria ao longo do restante do s culo Vila Ol mpica de Paris a primeira da hist ria dos Jogos Ol mpicos Fonte http olimpiadas uol com br 2008 historia album 1924 album jhtm 101 Em Amsterdam 1928 a rainha
211. ica da rea i fSanto Cristo Delimita o da rea Especial de Interesse Urban stico Fonte CDURP 303 A area de interven o foi dividida em setores e sub setores conforme mapa abaixo com a finalidade de estabelecer par metros urban sticos conforme determinado na LM 101 2009 Setores e sub setores da rea de interven o Fonte CDURP A zona portu ria possui v rios armaz ns industriais que est o vagos ou subutilizados e em v rios estados de degrada o bem como vastas extens es de p tios ferrovi rios abandonados Ao tornar esta rea mais segura fornecendo servi os b sicos e introdu o de instala es de qualidade a prefeitura do Rio estar tomando partido de uma tremenda oportunidade de renova o urbana O plano diretor do Porto Maravilha inclui rezoneamento para uso misto habita o e comercial Quase a metade da rea do Porto Maravilha foi designada para o desenvolvimento residencial No final oeste do Porto Maravilha em uma rea de p tios ferrovi rios existem 8 000 unidades de habita o de classe m dia planejadas As moradias ser o pr vendidas aos ocupantes mas ser o primeiramente utilizadas para a vila de m dia para as Olimp adas de 2016 H tamb m um novo hotel de luxo planejado A maioria das incorporadoras imobili rias que estudam a rea do porto neste ponto est 304 interessada principalmente no desenvolvimento de edif cios de escrit rios comercia
212. icanos n o terem promovido mudan as espetaculares o evento esportivo foi capaz de chamar a aten o quanto s necessidades da cidade o que nos parece um retorno nfimo para tamanho investimento Constata ainda o secret rio numa avalia o bem mais honesta que aquelas enunciadas efusivamente por seus pares que houve poucas mudan as estruturais necess rias para o desenvolvimento mas de qualquer forma o evento favoreceu o setor imobili rio Por setor imobili rio sabemos trata se do capital imobili rio de seus interesses lucrativos sobre a cidade amplamente beneficiado direta ou indiretamente pela valoriza o dos terrenos no entorno do futuro est dio ol mpico ou de reas onde foram removidas popula es 324 carentes Em s ntese a cidade tratada como neg cio e n o como espa o coletivo destinado ao bem estar de seus habitantes Desta maneira a cidade que emergir deste evento tende a consolidar um modelo excludente e segregador Do ponto de vista urban stico o principal aspecto desta pol tica urbana a concentra o espacial dos investimentos em reas socialmente privilegiadas A Barra da Tijuca efetivamente se beneficia com a realiza o deste evento que muito onera o poder p blico Do ponto de vista da cidadania vemos o acirramento de um modelo de gest o da coisa p blica que n o considera os interesses sociais e coletivos Um governo urbano explicitamente articulado aos in
213. icio do s culo XX a vontade de configurar uma Gran Barcelona imagem da Grande Berlim e se convertesse em capital do Mediterraneo Ocidental Outra Exposi o Universal aconteceu em Barcelona em 1929 De novo a exposi o originou uma remodela o de uma parte da cidade neste caso a montanha de Montjuic bem como as suas zonas adjacentes especialmente a Pra a da Espanha A Exposi o implicou um grande desenvolvimento urban stico para Barcelona bem como um banco de provas para os novos estilos arquitet nicos gestados a princ pios do s culo XX A Exposi o deixou numerosos edif cios e instala es alguns dos quais tornaram se emblemas da cidade como o Pal cio Nacional a Fonte M gica o Teatre Grec o Pople Espanyol e o Est dio Ol mpico Se por um lado os anos do franquismo 1939 1975 significaram a perda das liberdades democr ticas por outro devido ao isolamento internacional e pol tica de autarquia do regime durante os dec nios de 1940 e 50 permitiram afiar o papel industrial da cidade e seu entorno imediato Isto resultou em um forte desenvolvimento industrial em toda a cidade com a implanta o de in meras f bricas en Sant Andreu Poblenou Zona Franca Les Corts Bon Pastor e outras reas 159 A denomina o 220 tem origem na convers o dos solos que no PGM de 1974 estavam qualificados como industriais 22a e que agora se convertem em uma ampla mescla de usos Capel 2009 177
214. ico htm 168 Quem pagou a conta foram os cofres p blicos o gasto bateu em US 12 bilh es mais que o dobro do inicialmente previsto Est claro que perdemos nossa chance afirma Spyros Kapralos presidente do Comit Ol mpico grego Sem um plano para o p s Jogos o sucesso das Olimp adas de 2004 acabou quando as luzes da cerim nia de encerramento se apagaram Tentativas frustradas de alugar algumas das instala es ol mpicas apenas aumentaram os holofotes sobre a inabilidade grega em gerar um legado do maior evento multiesportivo do planeta O estado de abandono do Parque Aqu tico de Atenas 2004 Fonte http ferramula3 blogspot com br 2013 08 legado dos jogos olimpicos d atenas html Sete anos depois a heran a ol mpica e o esporte na Gr cia est o em ru nas Os cortes no or amento do governo por conta de sua crise econ mica mais s ria j vivida pelo pa s e a recess o est o levando a um desmonte de tudo o que havia sido constru do para os Jogos Ol mpicos Para muitos o legado do evento hoje apenas um acumulado de d vidas que poder acabar contribuindo para um calote do pa s A grande maioria das 22 instala es usadas para os Jogos de 2004 est hoje abandonada Apesar de 169 toda a infraestrutura deixada pelo COI em 2004 o pa s hoje n o tem recursos nem mesmo para pagar o uso das instala es Pequim 2008 Buscando uma nova imagem Pequim 2008 foi o evento mais caro de todos os tempos A
215. icos t m sido considerados grandes propulsores de mudan as sociais pol ticas urbanas A sua recente transforma o em espet culo mundial garante grandes investimentos e visualidade mas n o foram rejcriados com tal pretens o De acordo com registros analisados por historiadores as Olimp adas nasceram na Gr cia Antiga por volta de 2500 a C Os jogos pan hel nicos as Olimp adas Antigas foram uma s rie de competi es atl ticas disputadas por atletas das cidades estado que formavam a Gr cia Antiga realizado na cidade de Ol mpia localizada ao norte do Peloponeso Esses jogos ocorriam de quatro em quatro anos e passaram a ser registrados a partir de 776 a C As Olimp adas possu am uma grande import ncia para os gregos pois possu am car ter religioso pol tico e esportivo Primeiramente era uma forma de homenagem aos deuses principalmente Zeus Era tamb m um momento importante na busca pela harmonia entre as cidades estados e valoriza o da sa de e do corpo saud vel em que os jovens atletas mostravam suas qualidades f sicas Cerca de um m s antes do in cio dos Jogos os competidores come avam a chegar Ol mpia onde passavam por um treinamento f sico moral e espiritual sob a supervis o dos ju zes As Olimp adas na Gr cia Antiga duravam uma semana tinham um car ter amador stico e os atletas competiam nus Na poca da realiza o do evento esportivo ocorria uma tr gua nas guerras e conflitos A chama
216. idas para diminuir o efeito barreira que an is vi rios tinham em outras reas Os an is vi rios de Barcelona foram projetados portanto para grandes densidades e rotas de alta velocidade mas com a capacidade de atender ao tr fego local Tamb m foi essencial tirar vantagem do investimento nas constru es dos an is vi rios para instalar galerias de servi o criando acesso independente para instala es subterr neas de g s gua eletricidade e redes de telefone que iriam interromper o funcionamento normal nas rodovias desnecessariamente As companhias de servi o a maioria j estava passando por moderniza es em suas redes contribu ram para o financiamento das galerias e se envolveram no planejamento que sua constru o implicava As galerias tamb m t m espa o para expans o dos servi os no futuro Galeria de servi o subterr nea Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB 218 A BARCELONA POS JOGOS OS LEGADOS URBANOS Os Jogos Olimpicos representaram um compromisso com o legado urbano em Barcelona Isso resulta do retorno de um per odo de estagna o devido ao per odo franquista Barcelona uma cidade que sabe utilizar bem suas oportunidades e tentou prover ao m ximo o que estava faltando para a cidade Foi um desafio como o que n o foi alcan ado nos ltimos cinquenta anos vamos faz lo em cinco Houve uma grande influ ncia da vis o da cidade Cerda na
217. ido pela mudan a na vida urbana atrav s da mobiliza o social O homem concreto quer determinar se de alguma forma o que significa tamb m 51 determinar seu espa o na cidade n o aceitado ser marginalizado f sica e geograficamente de sua cidade Nesse sentido salienta Lefebvre No seio dos efeitos sociais devidos press o das massas o individual n o morre e se afirma Surgem direitos direitos das idades e dos sexos a mulher a crian a o velho direitos das condi es o prolet rio o campon s direitos instru o e a educa o direito ao trabalho cultura ao repouso sa de a habita o Apesar ou atrav s das gigantescas destrui es das guerras mundiais das amea as do terror nuclear A press o da classe oper ria foi e continua a ser necess ria mas n o suficiente para o reconhecimento desses direitos para a sua entrada para os costumes para a sua inscri o nos c digos ainda bem incompletos As a es e reivindica es dos grupos sociais marginalizados que vivem nas cidades envolvem a busca de uma identidade constru da na no o do direito cidade que compreende o direito de exercitar plenamente a cidadania na garantia do exerc cio dos direitos fundamentais como condi o de respeito dignidade da pessoa humana N o aceitar a responsabilidade pela realidade em que vivemos ao mesmo tempo nos desobrigarmos da tarefa de transform la colocando na m o do outro a
218. iente de fontes renov veis O projeto do Vel dromo por exemplo conta com ventila o natural e ilumina o estrategicamente localizada Estima se que apenas em 14 de todas as constru es necessitaram de ar condicionado General Eletric GE o s cio sustent vel eleito pelos organizadores que visa promover mudan as que v o al m das Olimp adas na comunidade local 266 Cerca de mil arvores foram trazidas de todo o pais e transplantadas para formar espa os verdes no parque e mais de 300 000 plantas foram levadas para converter as zonas midas do maior rio da Gra Bretanha Al m disso 5 km de vias fluviais foram reabilitados 15 000 m de telhados verdes foram instalados na Vila Ol mpica no Centro Aqu tico Eaton Manor e o Centro de Imprensa Na cidade foi criada uma frota de t xis h bridos e imposs vel chegar zona ol mpica de autom vel uma vez que n o existem estacionamentos p blicos fomentando o uso de transporte p blico e bicicleta O significativo investimento e desenvolvimento de infraestrutura e entorno do Parque Ol mpico em prepara o para os Jogos acelerou um processo de regenera o no leste de Londres que come ou cerca de 30 anos atr s com o desenvolvimento das Docklands em Londres East London tornou se o novo centro de Londres e cada vez mais import ncia estrat gica para a competitividade e crescimento longo prazo da capital A Oxford Economics previu que at 2030 a rea
219. ificar quais eram as causas do decl nio urbano local e com base nesse plano recomendar solu es sustent veis Deste estudo foi desenvolvido o Plano Estrat gico de Londres 1998 2004 com uma proje o para 2020 que abrange estrat gias de crescimento infraestrutura habita o desenvolvimento econ mico seguran a cultura e meio ambiente Para isto foram identificadas as zonas de regenera o urbana de oportunidade os diferentes centros as zonas culturais estrat gias e regi es Este estudo foi feito por uma estrutura de organismos com fun es e objetivos espec ficos que v o desde o prefeito os subprefeitos dos 33 distritos a GLA Greater London Authority LDA London Development Agency e a LTGDC London Thames Gateway Development Corporation entre outras diretamente envolvidas no planejamento implementa o financiamento e manuten o A LTGDC especificamente a ag ncia envolvida na regenera o do leste de Londres a East End que onde est concentrada a popula o de menos recursos na cidade A regenera o foi buscada atrav s da gera o de novos empregos e da cria o de pol ticas habitacionais Dentro da zona leste est a Lower Lea Valley LLV que foi descrita como a maior oportunidade de regenera o dentro de Londres rea mais beneficiada com o Plano de Londres para as Olimp adas de 2012 A LLV uma zona p s industrial com habita es prec rias e espa os subutilizados al
220. il m de rea de trabalho O bairro Strand East ao sul do Parque vai oferecer mais de 1 200 casas e 60 mil m de rea de trabalho E University Square Stratford um campus conjunto estabelecido por Birkbeck University of London e pela University of East London vai admitiu seus primeiros alunos no outono de 2013 A Legacy Corporation tamb m est trabalhando com a popula o local sobre o Plano Local que ir definir a pol tica de uso do solo para o Parque e arredores Com rela o sustentabilidade muitas das estruturas constru das s o tempor rias o que permite economia de recursos e que seus componentes possam ser reutilizados ao fim das atividades Por exemplo parte do teto do Est dio Ol mpico foi constru da com tubos de g s reciclados assim como em outras obras reciclou se concreto e cimento permitindo reduzir em 30 as emiss es de carbono com a reutiliza o de materiais O Centro Aquaticoconta com reutiliza o da agua que sobra da limpeza dos filtros da piscina para limpeza dos banheiros Os sanit rios em todos os edif cios n o requerem gua e as duchas e lavat rios t m fluxo reduzido de gua Al m disso removeram se 1 milh o e 300 mil toneladas de lixo no localonde o Parque Ol mpico foi erguido uma das zonas mais degradadas da cidade 95 do que foi removido utilizou se para constru o de novos edif cios Foi estabelecido um plano ambicioso de economia de energia em que 20 dela deva ser proven
221. ilh es US Fonte The Economist Group Dispon vel em www legacy2012research com Certamente os planejadores veem os Jogos como uma oportunidade para financiar e acelerar planos de longo prazo que caso contr rio permaneceriam arquivados para posterior implementa o Desta forma os Jogos Ol mpicos podem acelerar a mudan a em vez de inici la Esses pontos ilustram o cl ssico problema de n o poder provar o que teria ou n o acontecido se n o o evento n o tivesse ocorrido Fatores econ micos bem como as motiva es pol ticas influenciam diretamente o n vel de interven o urbana que a cidade ir receber As interven es nas cidades candidatas v o do transporte p blico passando pela estrutura de moradia para abrigar delega es e turistas at uma sofisticada rede de telecomunica es para proporcionar a circula o das imagens e not cias das competi es Isso representa para a cidade al m de uma infraestrutura m nima a necessidade de um projeto detalhado de edifica o das instala es ainda inexistentes bem como da capta o de recursos para esse fim e o aproveitamento dos equipamentos para uso posterior O certo que existe uma escala crescente no n vel dessas interven es transformando estas cidades em verdadeiros canteiros de obra e aumentando o n vel de qualidade desafiando o pr ximo anfitri o dos Jogos a serem ainda melhores Chalkley e Essex verificaram o crescimento na escala dos impac
222. implementa o do projeto de forma acr tica As cidades est o em localidades diferentes com economias culturas ideologias e necessidades diferentes ent o se deve entender que cada caso um caso e cada interven o nica Esta a grande vantagem do planejamento pr vio destas interven es a possibilidade de verificar as voca es das cidades e nortear seu desenvolvimento a partir da pois como diz Jane Jacobs tolice planejar uma cidade sem saber que tipo de ordem inata e funcional ela possui Neste contexto de planejamento o direito do cidad o cidade deve ser o foco j que a cidade n o existe sem ele O que podemos ver atualmente uma onda de deslocamentos involunt rios de residentes de determinadas reas da cidade para abrir espa o para a implanta o dos interesses de uma minoria que possui o controle do capital Comunidades est o sendo deslocadas para pontos da cidade fora do alcance da vis o em um processo de embelezamento da cidade o que injustific vel Este seria o momento n o de remo o mas de prover estas comunidades com a estrutura que elas precisam e inseri las oficialmente no contexto urbano No caso do Brasil segundo o Plano de Legados desenvolvido pela prefeitura impressiona a afirmativa de tornar a candidatura do Rio aos Jogos Ol mpicos de 2016 um efetivo legado para a Cidade Neste 323 plano verificamos uma rela o de a es priorit rias anterio
223. infraestrutura no Pan 2007 pode se deduzir que de uma forma geral as instala es promoveram um est mulo aos investimentos do setor de servi os e o da constru o civil significativo que as instala es esportivas foram repassadas ao dom nio da iniciativa privada Desta forma os gastos estatais n o somente criaram condi es de infraestrutura para a reprodu o do capital como tamb m oportunizaram a transfer ncia direta de recursos e patrim nios p blicos para a rbita privada E com este olhar que encontramos o seu maior e pior legado pois ficou provado que poss vel transferir recursos p blicos para a esfera privada privilegiar as maiores empreiteiras do pa s alargar as fronteiras de atua o do capital diminuir os direitos sociais agravar os conflitos urbanos reduzir o grau de informa o sobre as atividades p blicas e aumentar a desigualdade social Os Jogos Pan americanos de 2007 como ensaio para as Olimp adas de 2016 nos concedem uma ideia do que est em jogo e o que esperar como resultado Os mesmos deslizes que foram t o criticados pelos atuais dirigentes em suas campanhas est o sendo repetidos nesta nova oportunidade de transforma o recebida pelo Rio poss vel e prov vel que as Olimp adas do Rio sigam pelo mesmo caminho e que como legado fique um rombo bilion rio que ser cobrado no p s 2016 junto com a vergonha de termos perdido uma oportunidade nica de nos reinventarmos por t
224. io a tantos compromissos da vida acad mica se dispuseram a leitura cuidadosa convertida em contribui es relevantes ao trabalho Aos PROFESSORES da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB por ensinarem cada um sua maneira grandes li es Aos AMIGOS que estiveram ao meu lado a me dar for a sempre que precisei Em especial aos AMIGOS DA GIDUR SL pelo incentivo pela propaganda e por entenderem a minha aus ncia em nossas reuni es Aos FUNCION RIOS DA SECRETARIA DA P S DA FAU que apesar da dist ncia foram sempre t o atenciosos e prestativos Agrade o ainda a L CIA e ao ROBERTO MOURA do Minist rio dos Esportes pela gentileza e disposi o em ajudar A CAPES pelo aux lio ainda que por um breve per odo Agrade o a T DIS os que direta ou indiretamente colaboraram para a concretiza o deste sonho mesmo escapando minha mente por um momento estar o sempre em meu cora o Consegui E a todos voc s MUITO OBRIGADA De tudo ficaram tr s coisas a certeza de que estava sempre come ando a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar Fazer da interrup o um caminho novo Fazer da queda um passo de dan a da procura um encontro Fernando Sabino O Encontro Marcado Palavras chave cidade cidadao jogos olimpicos legado urbano N o ha um nico modo de se pensar a cidade Trabalhar o espa o urbano uma tarefa um
225. io dos Jogos Ol mpicos de 1992 e recebeu o nome de Lluis Companys em homenagem ao presidente da Catalunha fuzilado pelos franquistas em 1940 em suas proximidades A Vila Ol mpica dos jogos de 1992 foi constru da numa rea abandonada especula o pela ind stria mas tamb m no lugar da antiga pris o do Campo de la Bota utilizada pelas tropas franquistas para o fuzilamento de 1 717 republicanos entre 1939 e 1952 Josep Abad enumerou uma s rie de condi es para que os projetos tivessem o sucesso esperado A primeira foi acreditar que o sonho poss vel e ter a convic o para torn lo realidade A segunda foi ter objetivos territoriais e organizacionais muito precisos que foram consequ ncia do cont nuo processo de elabora o e refino de propostas entre 1980 e o momento definitivo em 1986 Estes objetivos foram baseados em tr s crit rios fundamentais saber o que fazer sabe onde faz lo estar convencido de ser capaz de explicar as raz es para as coisas Em terceiro ter estrat gias b sicas 8 Abad J Introduction in Miquel de Moragas amp Miquel Botella The Keys to Success the social sporting economic and communications impact of Barcelona 92 1995 225 muito claras para orientar todo o processo A quarta foi o consenso institucional n o s indispens vel como imposs vel de substituir Em quinto ter uma lideran a forte consistente e carism tica A sexta condi o era que o projeto tinha um
226. ional em Paris em 1894 defendeu a cria o de um rg o internacional que unificasse as diferentes disciplinas esportivas e promovesse a realiza o de uma competi o internacional entre atletas amadores a cada em quatro anos Sua inten o era ampliar para o mundo o que havia acontecido na Gr cia Antiga A id ia foi aceita pelos 13 delegados de pa ses presentes no congresso e naquele mesmo dia foi criado o Comit Ol mpico Internacional t Segundo a Carta Ol mpica o termo Olimp ada designa o per odo de quatro anos consecutivos A Olimp ada come a com a abertura dos Jogos Ol mpicos e termina com a abertura dos pr ximos Jogos Ol mpicos Willian Brooks morador da cidade inglesa Much Wenlock fundou em 1841 uma escola onde p s em pr tica a ideia de que a educa o e a atividade f sica melhorariam a vida da classe trabalhadora Em 1866 Brooks organizou uma Olimp ada nacional mas sonhava com uma disputa internacional Foi quando o Bar o de Coubertin se interessou pelas suas ideias e decidiu ir at Wenlock para conhec las melhor Coubertin voltou Fran a bastante inspirado com as conversas e fundou o COI que organizou os primeiros JO modernos O franc s ficou conhecido como o idealizador dos Jogos Ol mpicos e Brooks ficou esquecido Nas Olimp adas de Londres o Comit Ol mpico Ingl s homenageou Brooks e a cidade nomeando uma das mascotes dessa edi o de Wenloc Dispon vel em http esportes discoverybrasi
227. ios Hoje eles s o considerados elefantes brancos A constru o do maior est dio do Jap o com 64 mil lugares custou US 667 milh es Ap s o evento a cidade pagou US 6 milh es por ano para manter as instala es para um time local que mal atrai 20 mil torcedores Com a manuten o constante para continuar atendendo aos padr es internacionais e a correta administra o as instala es esportivas especializadas podem continuar servindo sua finalidade Em longo prazo o destino destas instala es deve se voltar novamente ao esporte auxiliando na manuten o de excel ncia esportiva e atletas de alto rendimento Pelo lado tur stico o custo do aluguel ou com ingressos para visita o pode ser alto dificultando o acesso p blico s instala es Neste ponto a comunidade pode ter vantagem ao fornecer servi os essenciais no entorno garantindo aos 160 turistas o apoio necess rio em uma curta dist ncia Como exemplos de adapta es podemos citar Est dio Ol mpico Grandes est dios s o projetados basicamente para utiliza o comercial destinando se a mega eventos nacionais e internacionais esportivos pol ticos e culturais Arena Ol mpica A maioria das cidades sede j possui uma grande arena para esportes cultura eventos de entretenimento conven es ou feiras de neg cios question vel que uma cidade tenha condi es de lotar outra grande arena al m daquela existente Definitivamen
228. is Os primeiros componentes da reurbaniza o Porto Maravilha s o a extensa reestrutura o do subsolo e embelezamento geral de ruas e espa os p blicos em toda a rea urbana As obras p blicas programadas para Porto Maravilha incluem a melhoria de aproximadamente 70 quil metros de estradas e ruas incluindo pavimenta o drenagem cal adas sinaliza o vi ria ilumina o p blica rvores e floreiras novos espa os p blicos abertos e ciclovias A constru o de v rios novos t neis e realoca o de grandes vias de tr fego permitiu a remo o da estrutura de via expressa elevada existente ao longo da orla entre o Arsenal da Marinha e Morro da Sa de o elevado da Perimetral Isto ir facilitar a cria o de parques p blicos e passeios pedestres transformando a paisagem f sica da beira mar de forma dram tica especialmente na rea da Pra a Mau Avenida Rodrigues Alves antes da demoli o do elevado Fonte CDURP 305 ER ti uu E Dez mm a q HI Projeto de reurbaniza o da Avenida Rodrigues Alves Fonte CDURP A remo o da estrutura de via expressa ao longo da Av Rodrigues Alves ir permitir a recupera o significativa da paisagem natural melhoria das condi es ambientais e da cria o de parques p blicos atraentes passeios p blicos e ciclovias sobre o t nel A pe a central desses esfor os ser o embelezamento da Pra a Mau Adjacente Pra a Mau a conex o rua superf
229. is da cidade 12 Seguran a Considera desde a possibilidade de ataques terroristas at ndices de crimes urbanos 13 Acomoda es O COI exige pelo menos 40 mil quartos 3 4 ou 5 estrelas 14 Transporte A sede recebe em m dia 25 mil pessoas o que sobrecarrega a estrutura de transportes 15 Tecnologia A infraestrutura de telecomunica es deve estar atualizada com as inova es tecnol gicas 16 M dia A cidade deve garantir a constru o de um centro de imprensa bem equipado al m de um plano para o uso depois dos Jogos 17 Cultura O COI quer garantir planos de educa o e cultura que expressem a verdadeira natureza dos Jogos 142 As cidades escolhidas s o monitoradas durante o per odo de planejamento e prepara o para os Jogos por uma Comiss o de Coordena o do COI e podem ser assistidas pelo Programa de Transfer ncia Conhecimento e pelo Servi o de Conhecimento dos Jogos Ol mpicos Este procedimento permite que mesmo que a cidade n o tenha passado por um processo de avalia o bem sucedido por meio da estimula o do interesse e demonstra o das oportunidades pode intensificar uma regenera o urbana 143 COI IOC Activity Report 2002 143 AS OLIMP ADAS COMO OPORTUNIDADE URBANA A expectativa veiculada pelo marketing urbano apresenta os Jogos Ol mpicos como uma ferramenta de renova o urbana e um catalisador de transforma o urbana substancial Se n o
230. ispon veis com capacidade suficiente para alocar 3 500 moradias a voca o metropolitana dos Jogos refletida na distribui o de instala es desportivas em v rios municipalidades ajudou a encontrar um local para a vila que n o iria comprometer as estruturas j existentes e n o afetaria a infraestrutura geral trens anel vi rio e esgotos Nos casos das reas Diagonal Montjuic e Vall D Hebron embora o seu alcance fosse irregular e sem as dimens es da Vila Ol mpica suas localiza es foram propostas tendo em conta os efeitos regenerativos que poderiam ocorrer em cada rea significativa da cidade Em Montjuic o objetivo era completar a urbaniza o da montanha o mais importante parque urbano da cidade As novas instala es refor ariam o seu papel funcional na cidade e a celebra o dos Jogos Ol mpicos refor aria seu significado no imagin rio coletivo dos cidad os 197 Se em Montjuic a proposta levou forma o de espa os urbanos na montanha em Vall d Hebron a ideia recuar o processo de forma o de um tecido urbano que era relativamente perif rico da cidade que estava tomando conta da rea Por um lado as a es iriam re equipar a rea enquanto a situa o estrat gica em rela o s necessidades comunica o vi ria previa a constru o do anel vi rio Ronda de D Alt e do t nel Horta que permitiriam que as novas instala es esportivas estivessem mais facilmente ao alcance Assim o planejament
231. itano os espa os de Sant Mart a PobleNou e o seu papel de liga o com Sant Adria de Besos a Diagonal 3 Propostas para os espa os limite entre bairros ou distritos a Sagrera Sant Andreu Sant Mart a Ciutadella Ciutat Vella Sant Mart 4 Propostas para os espa os limite intermunicipais Barcelona Sant Adria Barcelona Ciutat Meridiana Vallbona Montcada i Reixac Barcelona eix del Besos Montacada Santa Coloma de Gramenet Sant Adria 5 Acessibilidade urbana aos parques na montanha Montjuic Tr s Turons Collserola 6 Continua o da politica de reurbaniza o de pol gonos 7 Redefini o de novas sec es de ruas e avenidas com a capacidade de estruturar o sistema de espa os p blicos o de aumentar o seu papel de passeio p blico e rela o urbana 8 Defini o te rica do conceito de corredores verdes como o elemento estruturante da pol tica de espa os p blicos Plano de propostas 9 Defini o de alguns crit rios de desenho dos espa os p blicos escala da cidade e de determinadas reas Havia uma inten o de continuidade demonstrada nas inten es de interven o A ideia de cont nuo urbano esteve presente em muitas propostas urban sticas de escala interm dia como nos planos especiais de reforma interior 163 C ceres e Ferrer Barcelona espai p blic 1993 184 PGM 76 UM INSTRUMENTO DE TRANSFORMA O URBANA O que se conhece como PGM 76 corresponde
232. ituem simultaneamente motores e indicadores provocam e assinalam a mudan a E s o tamb m uma consequ ncia da mudan a Braudel F A Din mica do Capitalismo 1986 p 22 33 Segundo Carlos de organismo funcional a cidade passa a ser entendida a partir da ideia de trabalho materializado enquanto elemento de uma totalidade espacial Ao inserir o papel do humano ao conceito observa a cidade como o local de produ o de reprodu o da for a de trabalho e o relacionamento que existe o espa o e a reprodu o destas rela es Beaujeu Garnier considera que a cidade ao mesmo tempo sujeito e objeto formada a partir da concentra o de pessoas de necessidades de in meras possibilidades e da capacidade de organiza o e transmiss o Ela argumenta que enquanto objeto a cidade existe de fato e pode ser observada materialmente atrai e acolhe habitantes aos quais fornece a maior parte de tudo o que eles necessitam Por m afirma que a real fun o objeto ocorre atrav s da fun o sujeito que proporciona a interven o no espa o urbano e exerce influ ncia nos seus habitantes se o homem utiliza e molda a cidade a rec proca tamb m igualmente verdadeira Jacques Levy corrobora com a vis o de Beaujeu Garnier afirmando que a cidade n o ser somente o produto de um movimento geral mas tamb m um dos atores desta muta o A produ o do espa o urbano se d a partir e s
233. iudades que fueron son o ser n la sede de los Juegos Ol mpicos y que anhelan ser reconocidos por la calidad de la herencia dejada a sus ciudadanos As este estudio analiza los efectos de los Juegos Ol mpicos en las sedes de Barcelona Londres y R o de Janeiro en busca entender la situaci n urbana que surge del espect culo El objetivo en ltima instancia es entender el proceso detr s de los productos visibles en este caso los Juegos Ol mpicos M s espec ficamente el recorte de an lisis es el espacio urbano En este contexto vamos a tratar de identificar lecciones e inspiraciones que surgen de pasajes positivos y negativos en estas ciudades con diferentes caracter sticas y desaf os socioecon micos que acogi los Juegos Ol mpicos 10 Mots cl ville citoyen jeux olympiques I h ritage urbain Il n ya qu une seule fa on de penser la ville Travailler l espace urbain est une tache assez complexe puisque chaque entreprise dispose d un espace d une mani re qui est directement li e a des conceptions sociales et culturelles Il est entendu que l espace urbain est le produit d v nements politiques socio conomiques historiques et culturelles dans plusieurs g n rations de cette mani re il est logique de penser la gestion urbaine d cousue du concret spatiale parce que la soci t et l espace vont de pair depuis le d but Le sport refl te actuellement la fa on dont la soci t organise r v lant des diff
234. iza o ousado planejado h muito Purgado de seus moradores mais pobres os antigos conjuntos habitacionais foram um campo de jogo para lucrativos empreendimentos imobili rios na divisa nobre com centro da cidade A imagem deixada pelos Jogos de 1996 n o foi das melhores A pr pria escolha da cidade atraiu antipatia dizia se que a vit ria americana sobre a candidatura de Atenas justamente na Olimp ada que marcou os 100 anos dos Jogos modernos tinha sido decidida pelo patroc nio da Coca Cola cuja sede fica em Atlanta O atentado a bomba que matou uma pessoa no Parque Ol mpico e o caos nos transportes durante os Jogos os nibus e metr s falharam tanto que o evento quase foi interrompido ajudaram 165 x a deixar uma marca negativa Apesar de tudo gra as a t o criticada participa o da Coca Cola e de outros grandes patrocinadores os Jogos n o deram preju zo Sydney 2000 The Green Games Os Jogos de Sydney receberam a marca de Jogos verdes por terem buscado a colabora o de ONGs ambientalistas para o desenvolvimento dos Jogos Esta edi o foi a primeira a ser examinada pelo Greenpeace que emitiu um relat rio detalhado e razoavelmente positivo Em Sydney foi revelada a capacidade de o evento demonstrar boa pr tica em desenvolvimento sustent vel incluindo a conserva o de esp cies recursos tecnol gicos e controle da polui o Os exemplos de Sydney pressup em que o impacto ambiental de to
235. l metros do centro hist rico da cidade Uma das decis es tomadas durante a fase embrion ria da candidatura era localizar as instala es para os eventos l deres do programa ol mpico em Montju c Tanto a sua proximidade com o mar e com o centro da cidade e sua longa tradi o esportiva v rias instala es j haviam sido constru das la tiveram peso decisivo durante a escolha Montju c j tinha um 174 Esteban J El Projecte urbanistic valorar la periferia recuperar el centre 1999 p 16 201 Olimpico Estadio que tinha sido inaugurado em 1929 mas tinha se deteriorado pela falta de uso e manuten o Parte do Projeto Ol mpico de Barcelona era recuperar o Est dio para completar o desenvolvimento do Parque de Montjuic e para integr lo para a cidade como um espa o p blico que pode ser explorado ao m ximo O natureza emblem tica do Est dio e o desejo de restaur lo para a fun o para a que tinha sido constru do foram os argumentos apresentados em apoio implementa o deste plano O Plano Diretor do Anel Ol mpico de Montjuic elaborado pelo Escrit rio Ol mpico em abril de 1983 foi aprovado pelo Conselho da Cidade em julho do mesmo ano Este plano estabelecia exatamente quais instala es seriam constru das nesta localiza o o Est dio Ol mpico o Palau Sant Jordi o parque aqu tico Bernat Picornell e o Instituto Nacional de Educa o F sica da Catalunha INEFC Al m disso sugeriu a disposi
236. l mpica criada por Coubertin em 1913 representa a uni o dos povos e tem os cinco aros ol mpicos como s mbolo de solidariedade pac fica por meio do esporte entre todos os continentes cada aro representado por uma cor azul Europa amarelo sia preto frica verde Oceania e vermelho Am rica A paz a amizade e o bom relacionamento entre os povos s o os princ pios do Olimpismo 8 Entrevista com o Presidente do Comit Internacional Pierre de Coubertin Norbert M ller por G nter Deister Deutsche Presse Agentur Ag ncia Alem de Imprensa em 31 12 2012 Entrevista com o Presidente do Comit Internacional Pierre de Coubertin Norbert M ller por G nter Deister Deutsche Presse Agentur Ag ncia Alem de Imprensa em 31 12 2012 70 O COI estabeleceu em 1949 em sua Carta Ol mpica que os aros n o poderiam ser utilizados com fins comerciais Meio s culo depois a entidade dos aros registra um volume de neg cios recorde bastante superior aos 14 bilh es de reais durante o per odo da Olimp ada comercial de 2009 a 2012 Os aros ocupam desde algum tempo um posto destacado na lista das marcas mais conhecidas em n vel mundial Aros ol mpicos Fonte Comit Ol mpico Internacional O processo de constru o do movimento ol mpico n o parou de crescer desde ent o A cada quatro anos a entidade organiza os JO de ver o Em 1924 foram criados tamb m os JO de Inverno realizados a cada quatro a
237. l de praia na Olimp ada Sidney 2000 foram constru dos para uso tempor rio Nos contextos pol ticos econ micos e sociais eles devem tomar decis es sobre a escolha dos tipos de infraestrutura requeridas para o evento As infraestruturas permanentes requeridas para eventos de grande magnitude est o se tornando cada vez mais complexas n o s como resultado de inova es tecnol gicas demandadas pelos esportes mas tamb m devido ao incremento de custos decorrentes das severas exig ncias de seguran a dos pr dios Ao inv s destas imponentes e dispendiosas instala es a tend ncia a ado o de estruturas tempor rias que atendam s demandas esportivas de forma apropriada relevante lembrar que no contexto de megaeventos esportivos internacionais h in meros exemplos de elefantes brancos que drenam recursos municipais de manuten o muito tempo ap s o termino do evento resultando em inevit veis desgastes pol ticos econ micos e de imagem da cidade sede Com base neste conhecimento dever e responsabilidade de todo comit organizador de megaeventos esportivos privilegiar sempre que poss vel o uso estrat gico de estruturas total ou parcialmente tempor rias Infraestrutura de transporte Para receber atletas e comiss es oficiais de forma eficiente garantir que os jogos ocorram sem problemas e que o p blico possa apreciar o evento sem grandes transtornos necess ria uma aten o especial mobilidade
238. l uol com br http www cob org br jogos_olimpicos home asp http www dec ufcg edu br biografias BCoubert htm 69 Na tentativa de fortalecer a ideia da realiza o dos Jogos e j certo o aceite dos gregos como anfitri es o bar o passou a pregar a realiza o dos novos jogos passando pelos Estados Unidos Inglaterra e Pr ssia Assim os Jogos Ol mpicos renasceram ap s quase 16 s culos depois da proibi o de sua realiza o cuja primeira edi o foi marcada para a cidade de Atenas em 1896 resgatando o objetivo de incentivar o maior desenvolvimento poss vel das aptid es f sicas e intelectuais do ser humano A partir da o direito de organizar uma Olimp ada concedido a uma cidade diferente a cada quatro anos Ficou estabelecido que n o poderia haver qualquer tipo de discrimina o racial pol tica ou religiosa pois todos deveriam competir em igualdade de condi es Apesar desta posi o foi mantida a regra adotada da Gr cia antiga de que as mulheres deviam permanecer fora dos recintos ol mpicos s p de ser imposto por Coubertin durante o per odo inicial de restaura o dos Jogos Ol mpicos Norbert Miller presidente do Comit Internacional Pierre de Coubertin chama este per odo de a loucura machista coubertiniana Tal situa o mudou nos jogos nazistas de Berlim 1936 nos quais houve a participa o de 328 mulheres de um total de 4218 participantes A pr pria bandeira o
239. lguns membros do CO RIO Comit Organizador do Pan participaram de programas com as mesmas caracter sticas do Programa de Observadores Rio 2007 facilitando a implementa o do evento significativo destacar que apesar do planejamento dessas reas estar centralizado no CO RIO sua operacionaliza o dependeu na maior parte de empresas que realizaram esses servi os em eventos similares As instala es foram divididas em complexos para facilitar a respectiva gest o e para um pretenso equil brio espacial dos investimentos mas apesar de distribu dos em quatro reas os investimentos foram pontuais desconsiderando uma vis o global do espa o urbano ne Gurgel A O papel da m dia na constru o do legado dos Jogos Pan americanos Rio 2007 2008 287 Os investimentos foram alocados em maior quantidade nas areas mais privilegiadas da cidade ou seja na Barra da Tijuca e no seu entorno O projeto do Pan ocorreu com v rias a es autorit rias por parte da gest o municipal como verificado em uma declara o encontrada na p gina oficial do evento na internet o prefeito do Rio C sar Maia e o presidente do COB Carlos Arthur Nuzman definiram a concentra o do evento na Barra da Tijuca por tratar se de uma rea plana com ocupa o qualificada espa os livres e boa malha vi ria para o tr fego A capacidade de reunir todas as competi es num mesmo per metro urbano e a possibilidade de concentrar ap
240. lha rodovi ria ou ferrovi ria e os gastos de turistas que saem da cidade para assistir aos jogos Entre os indiretos podem figurar os efeitos da promo o da cidade ou pa s sede como poss vel destino tur stico ou local de neg cios no futuro podendo haver ainda uma intensifica o do orgulho c vico do senso local de comunidade e da estatura percebida da cidade ou pa s sede Obviamente existem tamb m potenciais desvantagens resultantes de poss veis estouros do or amento mau uso do solo planejamento inadequado 150 e instala es subutilizadas Contudo a experi ncia de algumas cidades sede ressalta que o investimento na infraestrutura f sica para um grande evento o benef cio fundamental e duradouro em termos do desenvolvimento econ mico futuro principalmente relacionado a instala es esportivas transporte espa o p blico e hospedagem Por fim as melhorias em ambientes e infraestruturas locais e regionais devem ser implementadas de maneira a apoiar a qualidade de vida local importante priorizar os projetos de infraestrutura que fa am parte de planos mais amplos de desenvolvimento da cidade ou da regi o e que beneficiem uma ampla parcela da popula o n o apenas turistas e representantes de neg cios internacionais e que as comodidades n o se restrinjam a universidades prestigiosas ou times esportivos de elite Instala es esportivas A preocupa o n mero um do COI e das cidades anfitria
241. lhe confere uma identidade Carlos A O lugar no do mundo 2007 p 14 Ostrowetsky S L imaginaire b tisseur de 1983 p 21 62 um gosto particular que vai fazer com que se aproprie do espaco E nesse momento que o espa o se torna num lugar nico e intranspon vel porque t m um valor identit rio tem uma estrutura organizacional e social Considerando o espa o p blico o lugar por excel ncia da cidadania do encontro e tamb m como pontos estruturantes da malha urbana definidos por uma tipologia pr pria a forma aparece como a determina o do que e representa o espa o p blico e como a sua viv ncia o transforma num lugar espec fico Diante do exposto compreendemos a cidade como o espa o f sico formado e transformado pelo homem para atender as necessidades de cada gera o deixando marcas permanentes na hist ria e servindo de base para transforma es futuras O espa o urbano concentra oferta de servi os culturais religiosos de infraestrutura e consumo e re ne os mais diversos fluxos e atividades humanas Assim a despeito de sua nega o a cidade produz uma vida dotada de finalidade que em muitos pontos de maneira magn fica supera os objetivos originais que a tinham feito existir Em resumo a rela o entre materialidade sociabilidade e sensibilidade indissoci vel pois n o h cidadania sem democracia n o pode haver cidadania sem espa os p blicos e o espa o p blico
242. lmente o grupo frente sociedade emerge do trabalho de elabora o de um imagin rio que envolve a mobiliza o afetiva das pessoas e a sele o manuten o e transmiss o dos elementos relevantes para o grupo Schwarcz reflete sobre os processos envolvidos na forma o de uma identidade associada a determinado objeto social Na es s o imaginadas mas n o f cil imaginar N o se imagina no vazio e com base em nada Os s mbolos s o eficientes quando se afirmam no interior de uma l gica comunit ria afetiva de sentidos e quando fazem da l ngua e da hist ria dados naturais e essenciais pouco pass veis de d vida e de questionamento O uso do n s presente nos hinos nacionais nos d sticos e nas falas oficiais faz com que o x sentimento de perten a se sobreponha a ideia de 51 In Nova Antropologia o homem em sua exist ncia biol gica social e cultural org por H G GADAMER P VOGLER S o Paulo EPU UDSP 1977 p 235 59 individualidade e apague o que existe de eles e de diferen a em qualquer sociedade atrav s da cria o de imagens que as diferentes gera es tentam encontrar numa realidade em r pida evolu o entre o imaginado e o vivido no imagin rio que as sociedades definem suas identidades e objetivos organizam seu passado presente e futuro O imagin rio social constitu do e se expressa por ideologias e utopias o ber o de representa es estrat
243. logia b lica para o enfrentamento de uma poss vel nova guerra Em meio a esse quadro d se a Fase de Conflito em que os Jogos Ol mpicos foram utilizados como mais uma forma de demonstra o de poder pol tico e for a social As medalhas passaram a ser contadas como pontos a favor de seus respectivos regimes afirmando um tipo de superioridade n o pretendida pelo Movimento Ol mpico Esse per odo compreendeu os Jogos de Londres 1948 at os Jogos de Los Angeles 1984 Nesta fase notamos a crescente magnitude dos Jogos levando a necessidade de constru es cada vez maiores e tornando mais dif cil seu uso posterior As Olimp adas de Londres em 1948 foram a resposta do Movimento Ol mpico para a Segunda Guerra Mundial Com a Guerra as edi es dos Jogos marcadas para T quio e Londres foram canceladas Em 1948 T quio ainda n o tinha condi es de organizar os Jogos e Londres ganhou o direito de organizar os Jogos ap s vencer vota o pelo correio Ap s um intervalo de 12 anos um conflito mundial que deixou um saldo de 20 milh es de mortos e com a morte de Coubertin em 1937 os Jogos Ol mpicos s renasceram gra as ao entusiasmo de alguns membros do COI Nos Jogos 104 Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades os custos sociais de um megaevento 2005 104 de Londres em 1948 viu se repetir a situa o p s guerra da Antu rpia na precariedade das instala es e na car ncia de infra
244. lvimento humano Neste sentido o Olimpismo pode ser um instrumento de combate s mis rias Em resumo foi preciso mudar o Olimpismo de Coubertin j n o mais o mesmo e ao que parece a reinven o dos Jogos Ol mpicos continuar nas pr ximas d cadas Proni M A Reinven o dos Jogos Ol mpicos 2008 86 AS CIDADES OL MPICAS As Olimp adas modernas se dividem em Jogos de Inverno e de Ver o e s o realizadas a cada quatro anos como na Antiguidade por m alternando se a cada dois anos Desde a sua reinven o os Jogos cresceram em tamanho e import ncia ganharam s mbolos e rituais pr prios e se tornaram o maior espet culo da Terra Tal crescimento corresponde realiza o da semente plantada por Coubertin quase todas as modalidades que hoje comp em o universo esportivo est o representadas pelos seus principais representantes os atletas mais bem preparados s o reunidos para mostrarem ao mundo suas proezas O crescimento da import ncia do evento pode ser observado nos n meros entre Atenas em 1896 e Londres em 2012 As modalidades saltaram de 9 para 29 Os pa ses participantes passaram de 13 para 204 De 250 atletas homens em Atenas o total entre mulheres e homens 2 Os n meros s o bons indicadores em Londres ficou em torno de 10 500 mi de que na atualidade os Jogos Ol mpicos adquiriram a import ncia e o prest gio de que desfrutavam na Gr cia Hel nica mesmo que por raz es
245. m eixos estruturais que j acatados fortalecendo o espa o urbano conselheiro do COOB 92 Para Josep Abad delegado The Games were conceived from the beginning as a great pretext All those involved at that time in the decision making process knew that the Games were clearly a sporting event confess without shame however that this did not concern us since what mattered eleven years ahead of time was to determine the dominating idea that would allow us do in five or six years what had not been done in fifty with the risk of taking another fifty if the opportunity was not taken And in the end it was taken both in tangible and intangible areas transforming spaces and more importantly changing mental attitudes as well 7 Com isso em mente um modelo de planejamento flex vel foi escolhido o Pla Director que era revisado a cada semestre e cada edi o continha a melhor previs o dispon vel do conjunto de tarefas que o COOB teve de enfrentar antes do prazo final de opera es e da publica o do relat rio A estrutura do Plano Diretor continha projetos mais de trezentos e datas em que determinados eventos deveriam acontecer A forma com que as plantas foram elaboradas foi t o importante quanto o modelo N o havia um grupo de especialistas dedicado especificamente s tarefas de planejamento A elabora o dos planos foi realizada pela Comiss o de Planejamento formada por pessoas respons veis pelo planejamento
246. ma H uma s rie de exemplos bem documentados sobre os impactos negativos da realiza o dos Jogos Ol mpicos As reas comuns de preocupa o com infraestrutura ol mpica geralmente se relacionam com os custos e os impactos sobre as comunidades locais As despesas com a 151 Boyle apud Charkley e Essex Urban transformation from hosting the Olympic Games 1999 p 10 157 infraestrutura podem chegar a ser extravagantes a fim de garantir que o evento seja um sucesso pois os organizadores querem ter certeza de que o evento sera do mais alto padr o o que desencadeia o desenvolvimento do consumo da cidade e produz uma imagem positiva Estes prioridades as vezes se dao as custas dos interesses das comunidades locais como a realoca o de investimentos do governo local que seriam destinados a programas sociais e educacionais para o financiamento de infraestrutura ol mpica Um not vel exemplo foram os Jogos do M xico de 1968 cujos custos foram contestados por alguns cidad os que questionaram se o dinheiro n o poderia ter sido melhor gasto em reduzir a pobreza da cidade e os problemas sociais Protestos violentos em que as for aspolicial e do ex rcito foram usadas para reprimir a oposi o terminaramcom aproximadamente 250 estudantes mortos O aumento de impostos locais para pagar infraestrutura ol mpica outra quest o central A maior d vida ol mpica divulgada a dos Jogos de Ver o de 1976 em Montreal 1 5 mil
247. ma o urbana das cidades ol mpicas identificando a heran a deixada pela passagem dos Jogos Ol mpicos Trata se desta forma de uma constru o cont nua vari vel e adapt vel que reflete as decis es tomadas desde antes da candidatura as Olimp adas at a fase p s Jogos impactando a materialidade da cidade o modo de vida urbano e suas formas de sociabilidade Tudo isso constitui o legado urbano de uma cidade ol mpica um legado particular nico imprevis vel e mut vel O dizemos imprevis vel porque entendemos que externalidades podem mudar o rumo dos planos Por isso o processo de 124 Ribeiro F Instala es Esportivas Planejamento e Desenvolvimento 2005 125 z planejamento essencial para mitigar os riscos de impactos urbanos negativos tendo sempre como foco a legitima o das necessidades e desejos de sua popula o Neste sentido o legado n o o estado m ximo a ser alcan ado ao contr rio o produto que descreve a expans o progressiva de diversas realiza es e de abordagens multidisciplinares Os planejadores dos Jogos devem se concentrar nos benef cios indiretos objetivando maximizar o legado dos Jogos Al m de tudo o conhecimento adquirido com a prepara o e a realiza o dos Jogos n o deve ser ignorado ao t rmino do evento mas utilizado para promover novas a es ulteriores na cidade e na regi o Finalmente as consequ ncias negativas e falhas detectadas na fase rela
248. mas espec ficos esportes e instala es transporte localiza o da Vila Ol mpica e meio ambiente Estes grupos trabalharam sem or amento usando o tempo e a boa vontade das pessoas e organiza es envolvidas nos trabalhos preliminares Um breve resumo do potencial de Londres foi apresentado ao BOA em maio de 1997 e uma decis o de n o se candidatar aos Jogos de 2008 foi tomada mas tamb m foi decidido manter os trabalhos para uma posterior candidatura Os quatro grupos de trabalho se reuniram regularmente entre 1998 e 2000 j com o foco em 2012 Estava claro que para que a candidatura tivesse credibilidade ou esperan a realista de sucesso era necess rio o apoio do Governo Central para fornecer subscri o financeira e vontade pol tica do Governo local para assinar o Contrato de cidade sede e fornecer transporte e local e a British Olympic Association para submeter a proposta ao COI As quest es chave neste per odo foram a falta de coes o no governo de Londres e a incerteza em torno do projeto do novo Est dio de Wembley A falta de um governo local coordenado foi em parte a raz o pela qual Londres tinha falhado anteriormente para garantir a nomea o com a BOA preferindo Birmingham e Manchester A elei o do Prefeito e a cria o da Greater London Authority em 2000 permitiram uma abordagem mais estrategicamente coesa na capital 241 As quest es em torno do projeto de Wembley Stadium tornaram necess ri
249. mento The legacy of the Olympic Games 1984 2000 est Dispon vel em http olympicstudies uab es olympiclegacy 8 Keith Gilbert durante palestra no Simp sio Londres Rio 2012 YGratton e Preuss Maximizing Olympic Impacts by Building Up Legacies 2008 p 1924 118 podem ser econ micos socioculturais ambientais f sicos pol ticos e psicol gicos assim como relacionados ao turismo o legado um fen meno multidimensional pois est relacionado a diversas fases da proposta para a realiza o do evento at o plano para a utiliza o ap s o evento A concep o de legado transcende a heran a concreta dos Jogos e se estende a uma concep o mais ampla que abrange a apropria o subjetiva dos custos e benef cios pela comunidade participante dessa organiza o Essa condi o leva a posterior apropria o dos equipamentos urbanos incorporando os s atividades da comunidade facilitando seu uso Tr s dimens es do legado podem foram identificadas por Gratton e Preuss primeiro o grau de estrutura planejada em segundo lugar o grau de estrutura positiva e em terceiro o grau de estrutura quantific vel As tr s dimens es do legado formam um cubo do legado figura abaixo O cubo tem oito cubos menores Seria necess ria uma avalia o hol stica de um megaevento para identificar todos os legados Na realidade a maioria dos estudos pr eventos e de comiss es de candidatura tem em foco apenas um subcubo plan
250. mo modelo de ecoedifica o contando com energia solar reuso de gua e resfriamento e aquecimento passivo Como parte de sua prepara o para os Jogos Ol mpicos de 2008 Pequim realizou atividades significativas de limpeza ambiental Estas ofereceram significativos benef cios auxiliares para melhorias na rea da sa de resultado de um ar urbano menos polu do Neste caso o efeito ol mpico substancial com um valor m dio com melhorias de sa de superior a US 29 bilh es durante o per odo 1999 2008 U impacto da infraestrutura ol mpica na cidade A dimens o e o impacto das transforma es na cidade independentemente do car ter irrevers vel e irrepar vel que possam adquirir ser o tanto mais significativas quanto mais evidentes forem o bramido da contesta o o grau de envolvimento social ou o regulamento dos intervenientes Um primeiro efeito em sediar uma Olimp ada manifesta se na forma de press o sobre os planos existentes Um evento desta magnitude BRAJER V MEAD R Beijing looking at the Olympic effect 2000 156 acaba por influenciar a acelera o da execu o de projetos previamente elaborados Os Jogos criam um ambiente adequado para o desenvolvimento de projetos de regenera o urbana uma vez que as condi es pol ticas econ micas e sociais est o bastante favor veis Atualmente os resultados dos Jogos Ol mpicos v o al m do esporte e podem ter mais impacto do que o esperado A inter
251. mpicos e a transforma o das cidades 2005 124 comunica o confian a c vica e motivacdo Neste sentido o momentum do legado a capacidade da cidade anfitri de continuar a crescer ap s o abrandamento econ mico p s Jogos Este o mais importante fator de determina o da medida em que os jogos podem conduzir a transforma o de sua cidade sede Para que seja poss vel atingir momentum primeiramente deve se entender que os Jogos Ol mpicos devem ser parte de um plano pr existente de regenera o que envolve novas fases a serem implementadas ap s o encerramento do evento Nesta tese o legado n o adv m da morte de um indiv duo deixando de heran a para seus legat rios apenas benef cios O legado urbano dos Jogos Ol mpicos para a cidade que os sedia um misto de direitos e obriga es benef cios e fardos que dependem de qu o bem planejado foi e do interesse dos que t m nas m os o poder para fazer acontecer um evento desta magnitude e converter um evento de 17 dias em catalisador de opera es duradouras Todo legado a nosso ver tem impactos positivos e negativos dependendo da posi o em que se est Abordamos o legado como aquilo que se transmite quando h uma muta o na maneira de intervir na cidade catalisada por um evento temporal espec fico transformando a imagem da cidade A partir disto poss vel perceber quais os aspectos mais relevantes positivos ou negativos para a trans for
252. mpresas transnacionais foi o governo do estado de Nova Gales do Sul quem garantiu a constru o de todas as instala es f sicas para os Jogos de Sydney Apesar das preocupa es ecol gicas passado o evento percebeu se que as 109 instala es com ares futuristas projetadas para milhares de espectadores eram demasiadamente grandiosas para o n mero de habitantes da cidade e da regi o iniciando uma discuss o sobre a utiliza o dos equipamentos constru dos exclusivamente para esse fim Atenas aproveitou a ocasi o dos Jogos e a ajuda da Comunidade Europeia para realizar v rias obras de infraestrutura para a cidade e seu viu at os dias que antecederam as competi es envolvidas com os problemas de atraso no calend rio o que obrigou os organizadores a alterar projetos concebidos anteriormente A popula o local apesar de desejar o evento na cidade avaliou de maneira negativa todos os transtornos causados pelas obras vida cotidiana O governo chin s n o mediu esfor os para tentar realizar os maiores Jogos Ol mpicos da hist ria e investiu bastante na infra estrutura que acercou o evento mais de US 42 bilh es Um total de 37 locais foram usados para abrigar as competi es sendo doze deles inteiramente constru dos especialmente para o evento A escolha da China como pa s anfitri o gerou alguns protestos de pol ticos e organiza es n o governamentais pelo fato do pa s n o respeitar os direitos humanos
253. n 112 RUMO DEFINI O DE LEGADO Hospedar um megaevento implica em uma oportunidade nica ou pelo menos rara no cen rio pol tico nacional e internacional As justificativas para o esfor o candidatura cidade sede dos Jogos Ol mpicos normalmente incluem benef cios econ micos adquiridos atrav s dos investimentos p blicos e privados conquistas sociais como gera o de emprego e inclus o social das camadas mais vulner veis da popula o entre outros impactos e legados que um megaevento esportivo pode proporcionar a uma localidade A palavra legado comumente utilizada para descrever o foco no impacto p s evento Muito embora na vis o de Crompton em muitos casos a proje o dos impactos de megaeventos esportivos tem sido usada para enganar deliberadamente o p blico em geral e tomadores de decis es e gerar suporte para candidaturas Os Jogos Ol mpicos s o os eventos esportivos de maior prest gio que uma cidade pode realizar Eles s o o sonho e a realiza o de jovens atletas Eles tamb m representam um extraordin rio legado esportivo social cultural e ambiental para a cidade sede sua regi o e pa s O COI est dedicado e comprometido em assegurar que seu legado seja o melhor poss vel Atualmente a realiza o dos Jogos Ol mpicos pode agir como catalisador para o desenvolvimento urbano permitindo que mudan as que normalmente levariam d cadas para ocorrer serem conclu das dentro
254. nais para a pr tica esportiva em faculdades e universidades e como centros de treinamento de uma federa o de nata o entre outros Instala es de uso alternativo Pavilh o de feiras de neg cios e centros de conven es s o frequentemente convertidos temporariamente em instala es esportivas Formas mistas de p s uso S o grandes arenas multifuncionais Essas instala es podem ser transformadas de acordo com as necessidades futuras para outros eventos No intervalo entre eventos podem oferecer espa o para atividades de natureza recreativa Podem tamb m incluir hotel salas de conven es etc muito dif cil harmonizar ou compatibilizar as estruturas necess rias para os megaeventos com a constru o de uma instala o economicamente sustent vel para utiliza o ap s os Jogos Assim a instala o deve ser suficientemente flex vel para cobrir ao menos seus custos de manuten o por meio de eventos culturais pol ticos religiosos e esportivos ap s os Jogos Instala es Tempor rias No caso de uma instala o n o ser necess ria no futuro a moderna tecnologia permite construir grandes instala es tempor rias Por exemplo o vel dromo e a piscina de p lo aqu tico na Olimp ada de Atlanta 147 Ribeiro F Legado de megaeventos esportivos sustent veis 2008 p 111 148 Ribeiro F Legado de megaeventos esportivos sustent veis 2008 p 112 152 1996 bem como o est dio de voleibo
255. nas muitas fam lias foram atra das dos distritos agr colas para os distritos mineiros Segundo Charles Dickens o industrialismo a principal for a criadora do s culo XIX produziu o mais degradado ambiente urbano que o mundo jamais vira na verdade at mesmo os bairros das classes dominantes eram imundos e congestionados denominando ainda a nova imagem da cidade capitalista de Coketown 15 Come a na Inglaterra em meados do s culo XVIII Caracteriza se pela passagem da manufatura ind stria mec nica A introdu o de m quinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produ o global A Inglaterra adianta sua industrializa o em 50 anos em rela o ao continente europeu e sai na frente na expans o colonial 18 Apud Mumford L A Cidade na Hist ria suas origens transforma es e perspectivas 2004 p 484 Coketown o nome da cidade vitoriana industrial fict cia encontrada em uma obra de Dickens Hard Times publicada em 1854 36 Coalbrookdale by night Philip James de Loutherbour 1801 Retrata a Madeley Wood Furnaces que pertenceram a Coalbrookdale Company A pintura simboliza o nascimento da Revolu o Industrial na cidade brit nica de Ironbridge Fonte Science Museum Dispon vel em http blog sciencemuseum org uk As condi es sanit rias da cidade industrial t pica da d cada de 1830 eram p ssimas Elas geralmente n o dispunham de abastecimento de gua e esgoto nem
256. naugurada em 1988 e tem um or amento anual de US 1 milh o para gastar em sua biblioteca e website A instala o Poynter G From Beijing to Bow Bells 2006 p 8 127 esportiva para luta e levantamento de peso utilizada nos Jogos Olimpicos de Barcelona em 1992 projetada pelo arquiteto de Barcelona Bofill mais tarde tornou se o Instituto Nacional Catal o de Educa o F sica da Catalunha depois dos Jogos Quando o esporte tomado como uma centralidade n o s nos discursos para a promo o de eventos mas tamb m como elemento fundamental para o desenvolvimento social os equipamentos podem ter usos sociais intensos O esporte tem efeitos ben ficos para a sociabilidade urbana seja no mbito da sa de seja na forma o de valores culturais sendo a sua dissemina o uma contribui o para a melhoria das condi es de vida de muitos cidad os Dimens o econ mica Nas ltimas d cadas o legado chegou a uma propor o que n o era imaginada Sabendo da import ncia do legado ol mpico tanto para o COI como para as cidades sede Holger Preuss desenvolveu uma periodiza o dos legados econ micos dos Jogos O per odo 1896 1968 representa uma fase em que os impactos econ micos n o recebiam muita aten o possivelmente pela m dica escala dos Jogos Este per odo caracterizado pelos problemas financeiros dos comit s organizadores que desenvolviam novas formas de financiamento sempre que o governo ten
257. ndimento comercial foi de 1 5 bilh o Estima se que ser uma das principais fontes de emprego na localidade Westfield Stratford City Fonte www kentonline co uk 263 ENCERRAMENTO Assim que os Jogos de Londres foram encerrados iniciou se a fase de conversao Londres j est pondo em a o os planos de legado o futuro de oito instala es esportivas do Parque Ol mpico est assegurado a primeira vez que uma cidade consegue realizar tal fato em um ano A Legacy Corporation j fez progressos significativos no sentido de estabelecer oportunidades de investimento sustent vel longo prazo utilizando uma ampla gama de alavancas incluindo poderes de planejamento para promover a regenera o atrav s do Parque Ol mpico Rainha Elizabeth e dos bairros adjacentes Programas da Legacy Corporation visam assegurar que o Parque e locais sejam um sucesso assim como us los como a pe a central de um distrito urbano que renasceu para a popula o local e visitantes Entre as a es realizadas ou a realizar em um futuro pr ximo est o A reabertura do parque com a Cooper Box e da rea central do Parque Norte O est dio reabriu temporariamente para a Diamond League Athletics no primeiro anivers rio dos Jogos O est dio tamb m possui alguns outros eventos j planejados para 2013 No Parque Sul o trabalho de cria o de um parque linear entre o Centro Aqu tico e o est dio est avan ado Vidros p
258. nfraestrutura urbana de transportes e nas instala es esportivas t m ocorrido v rios epis dios lament veis de viola es de direitos b sicos e de desrespeito condi o humana Caracterizado por Souza como um espa o de auto segrega o por excel ncia em virtude dos in meros condom nios exclusivos protegidos do espa o circundante por um not vel aparato de prote o a Barra da Tijuca reafirma sua potencialidade segregadora no mbito de uma estrat gia territorial elitista excludente e segregadora Nota se isso pelas remo es que est o sendo realizadas para dar lugar aos projetos elaborados Um dos casos o da Vila Aut dromo cuja remo o uma das a es priorit rias do plano de legado Vale ressaltar que sua remo o contraria o Projeto Ol mpico elaborado que a mant m tanto no projeto de realiza o dos jogos quanto no projeto de legado Realoca o a solu o dada para essa parcela da popula o que n o serve cidade ol mpica que deve ficar bem longe nos sub rbios fora do alcance da vis o Mas o marketing n o consegue sustentar uma imagem constru da sobre base t o fr gil e aos poucos a cidade real se comina necess rio mudar a realidade do Rio de Janeiro n o maquiar sua imagem Para construir uma nova realidade social h muito trabalho pela frente e este o momento em que h recursos dispon veis para de fato se iniciar uma mudan a profunda na cidade eles s
259. ni 2005 47 diz que muitos pressupostos que guiam a a o e as omiss es resultam da forma como os cidad os percebem aplica es urbanas espa o quest es de consumo de tr nsito e de comunica o e tamb m como eles imaginam as explica es para as perguntas Para a constru o da imagina o contemplado tudo o que estruturado a partir das pr ticas reais e sociais O imagin rio requer uma imagem mental pois a sua mat ria prima Essa mat ria prima que um produto imagin rio torna se social quando comunicada Vale ressaltar que o imagin rio n o tem nada a ver com a mem ria mas a partir de seu estudo ou an lise pode estabelecer representa es sociais cuja fun o dar um sentido realidade definir e orientar os comportamentos ou pr ticas urbanas 144 Apesar do principal interesse do COI com os Jogos Ol mpicos seja promover os objetivos do esporte competitivo para fornecer um legado de instala es para estimular o desenvolvimento atl tico e elevar o perfil do esporte muitas vezes n o coincidem com as motiva es da cidade anfitri para sediar os Jogos Estes s o utilizados para justificar o est mulo para o desenvolvimento econ mico e regenera o urbana Com o crescente aumento do n mero de atletas e esportes envolvidos nos JO cresce tamb m o interesse comercial com patroc nios A Olimp ada tem a capacidade de capturar o apoio do p blico em geral e dos pol ticos da mesma forma
260. nic pio querem executar se localizasse na rea cedida ao munic pio ele n o poderia conter qualquer amplia o das instala es denominadas Complexo Marina Rio especificadas na planta apresentada no requerimento de cess o z Este um exemplo de interven o que apesar de desrespeitar as legisla es ambiental e urbana contava com o respaldo do governo urbano Desta forma a organiza o do Pan 2007 expressa a natureza empreendedorista do modelo de gest o urbana em curso ao articular em torno de si um conjunto de interesses privados com amplo apoio do poder p blico conformando um projeto de interven o urban stica que muito mais que se preocupar com a viabilidade do evento voltou se para a realiza o de grandes negocios Os Jogos Pan americanos de 2007 dentro do conceito de megaeventos possuem uma escala reduzida em rela o sua dimens o f sica gerencial e aos impactos na cidade Deste modo o projeto ol mpico de 2016 utiliza como alicerce a estrutura utilizada durante Pan 2007 por m com adapta es aos projetos e ampliando de sobremaneira a sua escala Deve se atentar para que interven es como as da Marina n o se repitam com o planejamento das Olimp adas Deve se cobrar do poder p blico o cumprimento de a es que estejam dentro da lei e beneficiem a popula o deixando de lado os interesses particulares de uma minoria pois os Jogos acabam mas a cidade fica 204 Minist rio P
261. nio Eventos subsequentes a esta fase envolveram uma mistura de financiamento p blico privado que tendeu a refor ar a comercializa o dos Jogos e em algumas inst ncias casos de corrup o financeira A quarta e mais recente fase teve in cio em 2004 e tem testemunhado uma modifica o de tend ncias evidentes num per odo de r pida comercializa o Por quase 25 anos a comercializa o tem tido papel decisivo no sucesso do Movimento Ol mpico e esta depend ncia poderia levar a uma mudan a radical caso os ideais ol mpicos perdessem seu poder Preocupado com poss veis impactos o COI desenvolveu um plano para proteger a Olimp ada contra o excesso de comercializa o identificando parceiros corporativos cujas pr prias marcas s o solicitadas a refletir tais valores Al m disso o COI requereu prote o legal dos valores ol mpicos por parte das cidades sede atrav s dessa tentativa para modificar a dimens o comercial dos Jogos que o legado assumiu um papel de tema central A crescente significa o atribu da a legados n o esportivos tem gerado muito debate relativo aos impactos social e cultural das Olimp adas A reflex o acerca dos legados dos Jogos Ol mpicos neste caso volta se para o espa o urbano e para o significado deste para a comunidade local A pr pria caracteriza o de um evento desta magnitude gera uma altera o for osa do espa o urbano para que seja poss vel a realiza o do mesmo E a depend
262. nio do porto de Antu rpia Londres passa a ter um papel financeiro importante Ap s a derrota da invenc vel armada espanhola em 1588 certa estabilidade pol tica na Inglaterra permitiu Londres se desenvolver Jaime fez o primeiro projeto de urbaniza o da cidade e sob o reinado de Charles surgiu o Hyde Park o primeiro parque aberto ao p blico de Londres Entre 1665 e 1666 Londres sofreu a grande epidemia da peste bub nica que matou 20 da popula o Em setembro do mesmo ano o Grande Inc ndio de Londres que durou tr s dias destruiu boa parte da cidade A reconstru o durou dez anos e obra do grande arquiteto Christopher Wren que reedificou muitas igrejas destru das entre elas a Catedral de S o Paulo Em 1800 Londres era considerada a maior cidade do mundo mas sem infraestrutura ou saneamento b sico decentes Plano de John Fairburn de Westminster e Londres 1801 Fonte http urbanidadeslondres blogspot com br O crescimento de Londres no s culo XIX trouxe consigo um consideravel aumento nos problemas urbanos A extensa area urbanizada n o tinha uma administra o central e era formada por setenta e oito freguesias ao redor da antiga Londres a City Parte destas estava sob jurisdi o de cidades localizadas longe deste aglomerado urbano como Middlesex Kent e Surrey e desta forma estavam submetidas a diferentes leis 231 e servi os urbanos e de infraestrutura que tinham sido outorgados a um grande n
263. niversidad de Barcelona 1 de agosto de 2005 vol IX n m 194 85 http www ub es geocrit sn sn 194 85 htm Medalhistas Ol mpicos Brasileiros mem rias hist rias e imagin rio Sao Paulo Casa do Psic logo FAPESP 2006 SABOYA R O surgimento do planejamento urbano Dispon vel em http urbanidades com br Acesso em 15 jul 2010 SANTOS M A natureza do espa o t cnica e tempo raz o e emo o S o Paulo Hucitec 1999 SANTOS M e SILVEIRA M L O Brasil territ rio e sociedade no in cio do s culo XXI 6 ed Rio de Janeiro Record 2004 338 Por uma geografia nova da critica da geografia a uma geografia cr tica S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2002 SEGURA X SERRA A e PALLEJ R El uso de las instalaciones ol mpicas en Moragas M Botella M eds 2002 Barcelona la herencia de los Juegos 1992 2002 Centro de Estudios Ol mpicos UAB Ayuntamiento de Barcelona Editorial Planeta 2002 SENNETT R Carne e Pedra O Corpo e a Cidade na Civiliza o Ocidental Rio de Janeiro Record 2008 SIEGFRIED J e ZIMBALIST A The economics of sports facilities and their communities Nashville Journal of Economic Perspectives 2000 V 14 3 p 95 114 SILVA M M El modelo Barcelona de espacio p blico y dise o urbano public space and flod manangement Barcelona Facultat de Belles Arts 2011 SOUZA M Mudar a cidade uma introdu o cr tica ao planejamento e
264. nol gicos outros sofriam os flagelos sociais que cresciam mais r pido que as pr prias estruturas urbanas Compreendemos que o espa o n o neutraliza mas revela e reproduz desigualdades Ele parte integrante da din mica de funcionamento do capitalismo pondera Botelho Desde a crise da d cada de 1970 o capitalismo n o foi mais capaz de apresentar um novo ciclo de expans o Mesmo a descri o da din mica capitalista em termos de ciclos n o mais v lida a n o ser que estejamos nos referindo aos ciclos de bolhas especulativas Dizer isso significa dizer que um ou outro pa s n o possa crescer ou mesmo gerar empregos mas 2 Chartier apud Carvalho F Conceito de representa es coletivas segundo Roger Chartier 2005 p 158 Moraes amp Costa A valoriza o do espa o 1984 p 123 140 45 esse crescimento pontual individualizado e deve ter explica es espec ficas o que significa tamb m que em geral mesmo essa gera o de emprego pode ocorrer atrav s da substitui o de for a de trabalho em outras regi es pois o caso chin s muito expl cito quanto a isso Ao passo que o fen meno urbano surpreendia pelas r pidas altera es que sofria a energia das ideias liberais estabelecidas como continuidade ao iluminismo alimentava a no o de que o indiv duo livre deveria preceder o Estado e que este deveria apenas guardar esta ordem pactuada por meio das leis intervindo o m nimo p
265. nomics of Staging the Olympics A Comparison of the Games 1972 2008 Cheltenham Glos Edward Elgar 2004 PRONI M W A Reinven o dos Jogos Ol mpicos um projeto de marketing Revista Esporte e Sociedade Ano 3 n9 Jul Out 2008 337 RAEDER S Jogos e cidades ordenamento territorial urbano em grandes eventos esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2010 REIS A C org Cidades Criativas o papel da copa das olimp adas e dos museus internacionais S o Paulo Garimpo de Solu es 2010 RIBEIRO F T Instala es Esportivas Planejamento e Desenvolvimento In Atlas do Esporte no Brasil Rio de Janeiro Sharpe 2005 Legado de megaeventos esportivos sustent veis a import ncia das instala es esportivas In DaCosta L Corr a D Rizzuti E Villano B e Miragaya A ed Legados de Megaeventos Esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2008 p 107 116 RIBEIRO G A valoriza o total do espa o capitalismo e geografia em Civilisation Mat rielle Economie et capitalisme XV XVIII Estud hist Rio J online 2011 vol 24 n 47 pp 05 27 ISSN 0103 2186 ROBERTS B R A dimens o social da cidadania Dispon vel em http www anpocs org br portal publicacoes rbcs_00_33 rbcs33_01 htm Acesso em 15 jun 2012 RUBIO K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades os custos sociais de um megaevento Scripta Nova Revista electr nica de geografia y ciencias sociales Barcelona U
266. normes com graves problemas em habita es e realizados nos anos finais do equipamentos urbanos Diversos estudos franquismo permitem ter uma ideia clara destes d ficits e do desenvolvimento de um urbanismo n o democr tico ao mesmo tempo s o um reflexo da exist ncia de um movimento cr tico que se deixava sentir claramente naqueles anos Nesse contexto hist rico entre 1975 ano da morte do ditador Franco e o referendo de 1978 no qual foi aprovada a Constitui o Espanhola a cidade disp s de instrumentos de planejamento escassos e de um baixo n vel de investimentos p blicos A orla mar tima da cidade estava polu da e uma barreira de ind strias de armaz ns de todo tipo separavam a cidade do mar N o havia um sistema de vias r pidas de car ter perif rico gerando enormes problemas de mobilidade no transporte em ve culo privado O transporte p blico era insuficiente e a cidade se asfixiava em sua mobilidade limitada Os bondes tinham sido progressivamente eliminados da cidade Em 1971 foram fechadas as ltimas linhas em favor do uso do ve culo privado que parecia ser a solu o para uma demanda crescente de mobilidade de uma popula o que n o parava de crescer As linhas subterr neas de metr e a rede de nibus n o foram suficientes para absorver o incremento da demanda de mobilidade Entre eles a publica o coletiva La Gran Barcelona cujo um dos diretores foi Jordi Borja 1972 o livro La B
267. nos no mesmo ano dos JO tradicionais A partir de 1994 passaram a acontecer de forma alternada Outra importante inova o de extrema import ncia quando se refere inclus o das diversidades f sicas foi a cria o 7 Conjunto de regras adotado pelo Comit Ol mpico Internacional COI para a organiza o dos Jogos e para o comando do Movimento Ol mpico Com cinco cap tulos e 61 artigos regula a organiza o as a es e as opera es do Movimento Ol mpico MO e estabelece as condi es para a celebra o dos Jogos Ol mpicos 71 dos Jogos Paraol mpicos em que competem atletas com defici ncia Tiveram in cio em 1960 coincidindo quase sempre com a cidade e pa s organizadores dos Jogos Ol mpicos e com um intervalo de pelo menos duas semanas Mas a ideia que preside sua realiza o tinha j alguns anos Em 1948 Sir Ludwig Guttmann organizou uma competi o esportiva para veteranos da Segunda Guerra Mundial com les es na espinal medula no hospital Stoke Mandeville na cidade de Aylesbury na Inglaterra Quatro anos depois atletas com limita es f sicas provenientes dos pa ses baixos juntaram se ao grupo ingl s dando in cio ao movimento internacional conhecido como Jogos Paraol mpicos Foto de atletas na abertura dos Jogos de Stoke Mandeville na Inglaterra Fonte http weblogs clarin com el otro el mismo 2012 08 Os primeiros Jogos com car ter organizado em n vel de federa es e env
268. nstru o das tr s vilas foi de 400 milh es de reais Os impactos dos JMM legitimaram a cria o de legados que contribu ram para as futuras candidaturas do Brasil para sediar megaeventos esportivos O Brasil com base nestes megaeventos consolidados em legados poder ser inclu do na elite dos pa ses de elevada capacidade de gest o esportiva quer de natureza militar como civil 286 XV Jogos Pan americanos do Rio de Janeiro 2007 Em um artigo voltado para a an lise da cobertura do Rio 2007 seis meses antes do in cio da competi o na Folha de S o Paulo um dos temas abordados no per odo vale ser citado Em 14 de janeiro O testamento do Pan Legado dos Jogos coloca Rio em xeque abordando a falta de dedica o s reformas estruturais Um projeto para instala es esportivas de um evento do porte dos Jogos Pan Americanos exige antes de tudo o atendimento a uma s rie de pr requisitos regulamentos e orienta es de dezenas de institui es nacionais e internacionais Uma das particularidades desse tipo de projeto ter que atender a todas essas exig ncias e demandas para a instala o de grandes eventos tempor rios internacionais de curta dura o e ao mesmo tempo permanecer como um legado capaz de ser vi vel em termos de manuten o e de gerenciamento Sobre as instala es podemos dizer que a complexidade envolvida no planejamento de um megaevento como o PAN 2007 exige aten o priorit ria A
269. nternacionais Fl os Comit s Ol mpicos Nacionais CON os Comit s Organizadores dos Jogos Ol mpicos como o Rio 2016 as Associa es e Clubes esportivos e os Profissionais do esporte como oficiais t cnicos e claro os atletas Segundo a Carta Ol mpica todos estes grupos devem trabalhar juntos para promover o Movimento Nesta estrutura o COI tem o papel de tomador de decis es uma organiza o n o governamental e sem fins lucrativos que al m de realizar os Jogos Ol mpicos de Ver o e Inverno e os Jogos Ol mpicos da Juventude de Ver o e Inverno apoia as organiza es esportivas de modo a promover a filosofia do Olimpismo em todos os pa ses As Federa es Internacionais comandam o seu respectivo esporte em n vel global promovem e desenvolvem o esporte e seus atletas em todos os pa ses Os Comit s Ol mpicos Nacionais por sua vez s o os representantes do Movimento Ol mpico em seu pa s de origem e tem como incumb ncia desenvolver todos os esportes ol mpicos em n vel nacional incluindo programas educacionais e o treinamento de seus atletas Nos Jogos Ol mpicos desempenham a fun o de enviar a sua delega o para as competi es Outros ideais tamb m s o defendidos e difundidos pelo Movimento Ol mpico como a igualdade de condi es entre os atletas A Comiss o de Solidariedade Ol mpica e a Comiss o das Mulheres e o Desporto trabalham em conjunto procurando uma cada vez maior igualdade no
270. nto e organiza o de maneira participativa O senso de urg ncia que move o trabalho nessas condi es leva a um tipo de organiza o 137 Hiller Towards a Science of Olympic outcomes 2008 p 103 138 centralizadora e arbitr ria que pode levar a mobiliza es populares no sentido de protestar contra essa forma de administrar a gest o do neg cio como aconteceu no M xico 1968 Naquela ocasi o foi realizada uma manifesta o popular contra os gastos excessivos e a corrup o no gerenciamento das verbas para a realiza o dos Jogos O protesto foi duramente reprimido resultando em um n mero n o confirmado de mortes que passava de uma centena Com o intuito de superar os impactos urbanos causados pelos Jogos Ol mpicos Hiller prop e ent o quatro alternativas Constru es e novas estruturas As novas estruturas devem ser planejadas considerando a infraestrutura existente na cidade para que n o sejam tidas como alheias ao projeto urbano como um todo x Desenvolvimento econdmico Diz respeito a compreensao dos Jogos Ol mpicos como um evento gerador de desenvolvimento econ mico por meio do incremento do turismo e pela promo o de uma imagem positiva da cidade O impacto psicossocial O desenvolvimento de uma imagem positiva a partir da infraestrutura realizada e do envolvimento da popula o nessa realiza o pode levar a um sentimento de pertencimento ao processo cuja resposta pode ser positiva aos a
271. nto ou crescimento de favelas e falta de moradia Para vencer os novos desafios destas cidades em crescimento ag ncias de planejamento urbano precisaram expandir seus programas incluindo novas resid ncias reas recreacionais e melhores distritos comerciais e industriais Tem se uma cidade em peda os onde as fun es est o esparramadas na mancha urbana agregando se umas as outras num aparente caos de estilos e atividades Harvey explica que imposs vel comandar a metr pole exceto aos peda os o projeto urbano e observe que os p s modernistas antes projetam do que planejam deseja somente ser sens vel s tradi es vern culas s hist rias locais aos desejos necessidades e fantasias particulares gerando formas arquitet nicas especializadas e at altamente sob medida que podem variar dos espa os ntimos e personalizados ao esplendor do espet culo passado pela monumentalidade tradicional A apar ncia de uma cidade e o modo como os seus espa os se organizam formam uma base material a partir da qual poss vel pensar avaliar e realizar uma gama de poss veis sensa es e pr ticas sociais 19 Harvey D Condi o p s moderna 2000 p 69 70 40 A atividade urbana produto de um inter relacionamento constante entre os homens tendo em vista a produ o daquilo que necess rio vida exige por outro lado um planejamento urbano estabelecido sob a tica do homem respons vel pelo processo pr
272. o Ed tica 1991 O direito cidade S o Paulo Moraes 2001 revolu o urbana Belo Horizonte ed UFMG 2004 LEITE C Projetos urbanos operando nas bordas Portal Vitruvius 2004 Dispon vel em http www vitruvius com br arquitextos arq044 arq044 01 asp gt Acesso em 28 jun 2010 LEME A F P Revis o descritiva do Modelo East London para legados de Jogos Ol mpicos e Paraol mpicos In DaCosta L Corr a D Rizzuti E Villano B e Miragaya A ed Legados de Megaeventos Esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2008 p 211 216 334 LEME M C da S A forma o do pensamento urban stico no Brasil 1895 1965 In LEME M C da S FERNANDES A GOMES M A F org Urbanismo no Brasil 1895 1965 S o Paulo Studio Nobel FAU USP FUPAM 1999 LEOPKEY B The Historical Evolution of Olympic Games Legacy IOC Final Report 2009 L VY J L espace legitime sur la dimension spatiale de La fonction politique Paris Presses de la Fondation Nationale des Sciences Politiques 1994 442 p LUCCHESE M C O planejamento urbano de Londres 1943 1947 In Revista de pesquisa em arquitetura e urbanismo IAU USP vol 15 2012 LYNCH K A imagem da cidade S o Paulo Martins Fontes 2006 MAGALH ES M R Paisagem Urbana e Interface Urbano Rural Lisboa DGOTDU 1994 MARICATO H A Metr pole na Periferia do Capitalismo ilegalidade desigualdade e viol ncia S o Paulo Hucitec
273. o de garantir sua utiliza o n o s nos XV Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro como tamb m em outras competi es de grande porte Tamb m foram pretensamente atendidos os crit rios de acessibilidade Todas as instala es foram entregues em tempo para os Jogos mas algumas n o receberam eventos teste como previa o projeto Ressalta se que o atraso nas obras causado pela depend ncia no poder p blico impossibilitava a resolu o imediata de problemas observados pelo CO RIO como a modifica o do projeto para atender regras oficiais Neste contexto o projeto inicial foi modificado buscando aproximar as instala es aos padr es ol mpicos extrapolando o gasto inicialmente previsto 290 Outro ponto quanto as instala es consiste na respectiva gest o delas como legados com o fim dos Jogos Segundo os organizadores algumas das instala es seriam concedidas iniciativa privada como o Riocentro outras seriam de responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro como o Parque Aqu tico Maria Lenk e outros ainda seriam cedidos as confedera es vel dromo Entretanto n o se relatou sobre garantias de tais responsabilidades por parte de seus receptores Em suma o resultado dos Jogos foi considerado um sucesso pelo presidente da Organiza o Desportiva Pan Americana ODEPA Mario V squez Rana apesar de problemas ent o classificados como menores como danos nas instala es causados pelo vento forte Mas ainda qu
274. o Comit Consultivo de Planejamento de Londres e 50 locais poss veis foram identificados e em termos esportivos tr s poss veis cen rios foram desenvolvidos West London A op o pelo oeste de Londres tinha sido a principal fonte de trabalho a partir de 1998 1999 Isto foi baseado na possibilidade do Wembley Stadium de ser a pe a central da candidatura e quando este saiu de cena a pr xima melhor op o era projetar um Parque Ol mpico no Aer dromo de Northolt ou Southall Gas Works Mas havia quest es envolvendo a disponibilidade de ambos os locais North east Londres Picketts Lock Esta op o n o foi favorecida devido problemas de acesso e dist ncia das instala es j existentes e do centro da 242 cidade A op o foi inclu da no entanto devido ao pensamento contempor neo sobre a localiza o do est dio de atletismo East London Stratford Trabalhou se como uma conting ncia seguindo as quest es Wembley est sempre parecia a melhor op o quanto ao espa o disponibilidade e acesso Os dois melhores locais para a Vila foram Hackney Wick Eastway e Stratford Rail A base para a tomada de decis o neste momento estava voltada para a disponibilidade de infraestrutura f sica No entanto os componentes chave para a tomada de decis o sobre instala es esportivas foram Facilidade de acesso dos atletas e espectadores ao local Legado utilizar instala es j existentes sempre qu
275. o Porto a reurbaniza o e a revitaliza o do Cais da Gamboa e das reas vizinhas em conjunto com a implanta o de uma retro rea para atividades portu rias e a urbaniza o de reas de uso p blico no Caju s o as prioridades na rea Portu ria Na regi o onde est localizado o Samb dromo s o propostas a abertura o prolongamento e a urbaniza o de v rias vias e a urbaniza o das ruas Frei Caneca e Est cio de S viabilizando a ocupa o com habita es com rcio e servi os O documento final do Plano de Legado Urbano e Ambiental Rio 2016 foi conclu do no in cio de outubro de 2008 Como desdobramento do Plano priorizaram se projetos e reas para investimentos em conjunto com o governo federal Destacaram se Centros Integrados Profissionalizantes e Esportivos como legado social e as reas localizadas entre o Porto e o Maracan incluindo a Cidade Nova cujos projetos receberam um maior detalhamento pela Ger ncia de Macroplanejamento Al m da oportunidade de ampliar a articula o intersetorial com a execu o do Plano a SMU teve a chance de avaliar os projetos e as a es que viabilizam a implementa o de diretrizes da pol tica urbana previstas no Plano Diretor Contudo apesar deste projeto de grande porte com voca o de agente de transforma o que resultaria em um inquestion vel legado de desenvolvimento social esportivo urbano e econ mico para a cidade as obras de transforma o urbana em fun
276. o arquiteto franc s Alfred Agache secret rio geral da Soci t Fran aise des Urbanistes para formular um plano de remodela o e embelezamento da cidade O Plano de Agache marca uma transi o dos planos de embelezamentos para os superplanos que viriam a ser desenvolvidos nas d cadas de 60 e 70 Ele traz tamb m a ideia de cientificismo elabora o de planos urbanos como se os problemas da cidade s pudessem ser realizados com o aux lio da ci ncia e da t cnica Com efeito uma das caracter sticas desse plano o extenso diagn stico realizado Entre os temas tratados no plano est o a remodela o imobili ria o abastecimento de gua a coleta de esgoto o combate a inunda es e a limpeza p blica evidenciada a sua inten o de ordenamento da cidade usando para isso especialmente o zoneamento e tamb m a legisla o urban stica O principal instrumento de interven o adotado o zoneamento muito utilizado poca Segundo Leme o plano dividido em tr s partes a primeira traz um estudo sobre os componentes antropogeogr ficos do Rio de Janeiro e os grandes problemas sanit rios a segunda pode ser considerada a ess ncia do plano e define o modelo de cidade ideal e as proposi es para alcan la a terceira dedica se ao saneamento 19 Leme M A forma o do pensamento urban stico no Brasil 1895 1965 1999 p 362 279 Perspectiva a rea do Plano de Agache Fonte ht
277. o desta rea foi caracterizado por um modelo de vanguarda que prop s novas regulamenta es e ainda testou novos materiais para o tratamento do espa o urbano A inclus o de novas instala es p blicas como a reconstru o do pavilh o Republica del Grup d Artistes i Tecnics catal es pel Progr s de l Arquitectura Contempor nia GATCPAC e a implanta o de v rias esculturas nesses novos espa os urbanos foi um claro exemplo da integra o na periferia por meio de a es que podem ser entendidas como uma monumentaliza o O projeto de desenvolvimento da rea de Diagonal n o tomou grandes propor es e como um bom crit rio tentou incorporar numerosas instala es esportivas existentes nesta rea no programa dos Jogos Foram levadas normas urban sticas para um espa o confuso em pontos de encontro das municipalidades de Barcelona Esplugues e L Hospitalet 198 A Ea Situaci n de las instalaciones de competici n lo ro reas idae aaa pE Cuestionario dei COL S 1 Mapa de situa o das reas de competi o dos Jogos Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB A escolha das cidades subsidi rias foi baseada na tradi o esportiva catal na qual uma rede de cidades m dias tinham sido pioneiras em v rias modalidades esportivas diferentes Desta forma era importante reconhecer as contribui es feitas ao esporte popular por Granollers handebol Badalona ba
278. o do mundo que re ne os melhores atletas de cada esporte S o igualmente um evento cultural e social de primeiro plano que suscita cada vez mais interesse junto s diversas cidades que se candidatam a organiz los Organizar os Jogos Ol mpicos permite cidade sede desenvolver suas infraestruturas promover o esporte em todos os pa ses e oferecer ao mundo uma imagem e uma identidade cultural pr prias Por outro lado gra as aos rendimentos provenientes dos programas de marketing e da venda dos direitos de televisionamento as cidades financiam com sobras a organiza o dos Jogos Os Jogos Ol mpicos e Paraol mpicos do Rio ser o os primeiros a serem celebrados na Am rica do Sul e desde j agitam a cabe a e os sentimentos de todos os brasileiros Comit Paraol mpico Brasileiro 73 Palavras de Juan Samaranch ex presidente do COI em entrevista publicada na Folha de Sao Paulo 15 de julho de 1996 74 OLIMPISMO E MOVIMENTO OL MPICO Esporte cultura e educa o como bases fundamentais para atingir o equil brio entre corpo mente e vontade Criada por Pierre de Coubertin em 1894 esta filosofia deu origem ao que se conhece hoje como o Movimento Ol mpico conjunto de ideais e a es sociais baseados no Olimpismo O Movimento Ol mpico moderno pautado no modelo grego renasceu com a preocupa o de universalizar a institui o esportiva na busca de a es internacionalistas e de paz Coubertin come
279. o dos Jogos Ol mpicos na cidade do Rio de Janeiro s o controversas uma vez que apesar de serem apresentados como sustent veis e cheios de benef cios sociais os planos de interven o elaborados modificam legisla es e utilizam estes mesmos argumentos para justificar os impactos negativos dessas interven es nas comunidades e no meio ambiente Desta forma os legados devem ser cuidadosamente avaliados pois o que positivo para o poder p blico pode ser extremamente negativo para a popula o diretamente impactada 315 0 QUE ESTA EM JOGO A proposta de legados dos Jogos do Rio de Janeiro baseia se muito na imagem da cidade e suas belezas naturais e est bastante atrelada ao posterior impacto tur stico do evento A proposta parece ser a cria o de novos cart es postais para a cidade e ainda que consigam gerar lucro este ser limitado H uma abund ncia de desafios As preocupa es j est o sendo levantadas sobre a capacidade de transporte com cr ticos dizendo que as estradas congestionadas da cidade nunca ser o capazes de lidar com os visitantes extras Alguns tamb m est o preocupados com o impacto que a mudan a ter sobre os moradores de favelas como algumas delas s o limpas para dar lugar a nova infraestrutura Menos surpreendente dada a experi ncia de cidades sede anteriores muitos tamb m acham que os custos foram subestimados O ambicioso legado prometido que por meio de instala es esp
280. o drenados para obras de prioridade question vel ou para destruir a infraestrutura j existente como no caso da Perimetral sem qualquer debate p blico 208 Mascarenhas S nchez e Bienenstein O jogo continua megaeventos esportivos e cidades 2011 317 tempode n de familias n de familias Es E e assentamentos F total de familias justificativa ocupacao removidas ameacadas per 1980 Favela do Samb dromo 985 estacionamento parao est dio do Maracan alargamento do Samb dromo ENE P i Novo acesso ao Bel m Bel m Pilares 1972 E Engenh o 626 846 Transolimpica e preserva o ambiental Parque Vila Aut dromo 1 Olimpico Totais Alguns assentamentos removidos ou amea ados de remo o Fonte Dossi do Comit Popular da Copa e Olimp adas do Rio de Janeiro 2013 Mapa de reassentamentos de comunidades para o sub rbio do Rio Fonte Lucas Falhaber UFF Dispon vel em http comitepopulario wordpress com 2013 05 17 As manifesta es populares que ocorreram em junho de 2013 mostram que ser preciso mais que uma maquiagem dos problemas para fazer com que a popula o os esque a Os Jogos Ol mpicos est o sendo utilizados como prova do desenvolvimento do pa s como alavanca para sua imagem quando deveria juntar todas as suas for as para realmente alavancar seu desenvolvimento e sanar as necessidades mais urgentes das comunidades 318 Pela tipicidade dos investimentos em
281. o esporte paraol mpico de inverno tamb m est relacionada a recupera o social e f sica de veteranos da Segunda Guerra Mundial Ex combatentes com alguma defici ncia f sica sonhavam em voltar a esquiar A primeira edi o da Paraolimp ada de Inverno ocorreu em 1976 na cidade de msk ldsvik Su cia Cerca de 250 cadeirantes amputados e cegos de 14 pa ses participaram das competi es Atualmente os Paraol mpicos constituem um grupo de atletas pertencentes a cinco 73 diferentes categorias de incapacidades Amputados e outros ALA Paralisia cerebral CP Defici ncia intelectual ID Defici ncias visuais VI e Cadeira de rodas WC Apesar disto as conquistas atletas t m mais destaque do que a defici ncia que possuem ou o esfor o de supera o da mesma H alguma pol mica relativa a certos atletas e suas respectivas defici ncias consideradas nesses casos pouco ou nada limitadoras numa percentagem que os exclui das categorias paraol mpicas No entanto o n mero de atletas em Jogos Paraol mpicos de ver o tem aumentado de 400 em Roma em 1960 atingiram se os 3195 em Atlanta tendo sido superada a cifra de 4000 em Sidney Os Jogos Ol mpicos e Paraol mpicos hoje representam o maior evento esportivo do planeta com um misto de competi o entre os melhores atletas do mundo e confraterniza o entre os povos mobilizando popula es de centenas de pa ses Os Jogos s o o maior festival esportiv
282. o est dio no pr dio e come ou a transmitir dois novos canais em agosto de 2013 Outros inquilinos confirmados incluem Infinity Loughborough University que ir estabelecer uma nova pesquisa e ensino de p s gradua o do campus e Hackney Community College cuja regenera o vai ajudar as pessoas e empresas locais Com cerca de 6 5 bilh es investidos em infraestrutura de transporte para os Jogos o legado transporte f sico no leste de Londres tem sido significativo Stratford agora um dos centros de transporte mais bem conectados no pa s Melhorias na infraestrutura do metr de Docklands Light Railway e London Overground foram feitos para aumentar a capacidade frequ ncia e confiabilidade e 75 quil metros de ciclovias foram criadas dentro eao redor do Parque Ol mpico Bem como a preocupa o com a acessibilidade Os Jogos de Londres 2012 produziram locais mais acess veis com mais esta es sem degraus sinaliza o mais clara paradas de nibus acess veis e uma oportunidade para os operadores de transportes continuarem a construir uma cidade mais acess vel 265 Enquanto os holofotes estao inevitavelmente sobre o Parque e instala es a regenera o das reas circundantes est acelerada Westfield Stratford atraiu cerca de 50 milh es de visitas em seu primeiro ano de abertura fornecendo mais de 10 000 postos de trabalho permanentes Ao lado de Westfield The International Quarter planeja 350 casas e 370 m
283. o pilar dos objetivos Ol mpicos juntamente com o esporte e a cultura Neste prop sito a pr pria Carta Ol mpica foi emendada para integrar a dimens o ambiental Apesar de tais recomenda es s passarem a existir na metade dos anos de 1990 algumas cidades sede de Jogos anteriores j mostravam melhoras ambientais intencionais ou por consequ ncia da pr pria regenera o urbana Os Jogos de T quio 1964 foram planejados buscando este legado e os Jogos de Seul 1988 usaram os Jogos como uma oportunidade de fazer melhorias no transporte p blico diminu do a quantidade de carros e indiretamente melhorando a qualidade do ar Dimens o urbana Embora o COl estabele a em seus manuais de candidatura que de modo algum a infraestrutura deva ser desenvolvida especificamente para os Jogos as cidades sede n o podem se abster de garantir a infraestrutura de transporte adequada estradas ferrovias acesso aeroporto e outras instala es hot is hospitais esta es de esgoto etc necess rias para o bom usufruto da cidade durante e ap s os Jogos Ol mpicos A dimens o urbana do legado extensa e complexa Refere se primeiramente ao destino que a cidade d aos seus equipamentos e estruturas ol mpicas depois dos Jogos Est relacionada mudan as significativas no ambiente f sico e constru do de uma cidade como resultado da Jogos O legado do espa o urbano coincide com o legado econ mico porque os projetos urbanos
284. o que pode canalizar energia e investimento para o projeto e acelerar o planejamento para atender os Jogos Ol mpicos dentro do prazo Esta amplitude de investimentos tamb m colabora para a cria o de uma imagem global para a cidade sede o que pode encorajar o investimento estrangeiro e do turismo longo prazo Desta forma a demanda da cidade tamb m cresce influenciando cada vez mais transforma es urbanas Tais investimentos demonstram que a cidade mais que nunca express o da sua mercantiliza o que caminha para um modelo de cidade geradora de lucro Mas os resultados prometidos pelos organizadores dos JO n o est o sob seu total controle estando sujeitos a externalidades trazidas pelas diversas partes interessadas e envolvidas na execu o das obras e atividades implicadas no desenvolvimento dos Jogos Al m disso os or amentos inicialmente divulgados invariavelmente subestimam o custo total de montagem de grandes eventos Entre o momento de candidatura e a poca da realiza o do evento os custos de constru o e o valor dos terrenos podem aumentar significativamente Or amentos previstos nunca s o suficientes para cobrir os custos reais 145 Olympic hosts tend to underestimate the costs US at 2011 prices Final estimated cost budget US at 2011 prices Initial budget estimate om PD Ma 0 10 20 30 40 50 o 10 20 30 40 50 Custos dos Jogos Ol mpicos de Ver o b
285. o relat rio da Comiss o de Estudos dos Jogos Ol mpicos em 2002 durante uma sess o do COI no M xico tornou se obrigat ria a previs o dos legados positivos que beneficiem a qualidade de vida dos pa ses j durante o processo de candidatura aos Jogos Ol mpicos Enquanto a no o de desenvolvimento sustent vel era previamente limitada em considera es ambientais foi acrescentada refer ncia ideia de legado Ol mpico 109 Leopkey B The Historical Evolution of Olympic Games Legacy 2009 p 8 110 McIntosh apud Leopkey The Historical Evolution of Olympic Games Legacy 2009 p 8 Vaga e fugaz em seu padr o de inclus o Em vez disso as primeiras potenciais cidades candidatas escreveram em grande parte de como adequado e capaz que eles eram que seria uma honra servir ao Movimento Ol mpico nesta capacidade ou que entre suas promessas incluiria a garantia de que a celebra o dos Jogos seria um sucesso tradu o nossa 111 Sport for Development and Peace International Working Group 2008 115 The IOC takes measures to promote a positive legacy from the Olympic Games to the host city and the host country including a reasonable control of the size and cost of the Olympic Games and encourages the Organizing Committees of the Olympic Games OCOGs public authorities in the host country and the persons or organizations belonging to the Olympic Movement to act accordingly Neste documento o COI se c
286. o remake the world he lives in more after his heart s desire But if the city is the world which man created it is the world in which he is henceforth condemned to live Thus indirectly and without any clear sense of the nature of his task in making the city man has remade himself 38 Harvey D The right to the city 2008 p 23 49 referir a cidade como ator social A coexist ncia permite a cidade ser o lugar do encontro da diferen a o que da uma chance para que se supere ao menos em parte as segrega es sociais e econ micas culturais e tnicas Para Ostrowetsky a cidade escapa a l gica de exce o Por causa de seu peso f sico o espa o constru do suporte Ya por causa de suas formas de acolhimento ele a moldura cultural por causa de seus jogos de linguagem pr prios ele o agente de troca e de organiza o interna Dito de outra forma se o espa o constru do um dos objetos dos mais controlados pelo Estado porque ele pesa com toda for a argumentativa ou seja estrat gica na vida social Compreendemos ent o que o direito cidade significa o direito que todos n s temos de viver no espa o que satisfa a as nossas necessidades N o simplesmente o direito ao que j existe na cidade mas o direito de transformar a cidade no lugar que confira sentido vida Ao transformarmos a cidade transformamos a n s mesmos Diante disso preciso constante avali
287. oa capaz de criar ou transformar com outros a ordem social e a quem cabe cumprir e proteger as leis que ele mesmo ajudou a criar Isso exige que ele conhe a a sociedade seus valores significados e prioridades Cidadania a demonstra o concreta do exerc cio da democracia AGORA L AQUELE TOO BRASILEIRO TEM PEDA O BONITO QUE DIREITO AMORADA FALA De COMA 3 SAUDE o Charge de Miguel Paiva sobre direito a cidadania no Brasil Fonte O Estado de S o Paulo 05 out 88 Ed Hist rica p 3 Dispon vel em http nudiufsm wordpress com O conceito de cidadania tem origem na Gr cia antiga onde significava viv ncia pol tica ativa na comunidade na cidade Durante muito tempo a ideia de cidadania esteve ligada aos privil gios pois os direitos dos cidad os eram restritos a determinadas classes e grupos de pessoas Ao longo da hist ria o conceito de cidadania foi se aprimorando e na Idade Moderna uniu os direitos universais com o conceito de na o introduzindo os princ pios de liberdade e igualdade perante a lei e contra os privil gios Mas ainda era uma cidadania restrita s elites porque dependia dos direitos pol ticos vetados para a maioria 54 A cidadania se instaurou a partir dos processos de lutas que culminaram na Independ ncia dos Estados Unidos e na Revolu o Francesa Esses dois eventos romperam o princ pio de legitimidade que vigorava at ent o baseado nos deveres dos s ditos e passaram a
288. obre um ambiente pr existente e h um choque entre o que foi socialmente produzido e o natural visto que a urbaniza o n o encontra limites para sua expans o a pr pria forma do espa o natural se altera pela a o humana no espa o produzido Entendemos que a cidade o espa o onde as contradi es emergem e as necessidades se revelam por meio do conhecimento sobre o cidad o A produ o do espa o urbano um fen meno cont nuo e a cidade se modifica ao passo que a sociedade se transforma Para Castells o espa o urbano se caracteriza por ser um espa o estruturado que n o est organizado ao acaso e os processos sociais que se ligam a ele exprimem ao especific los o determinismo de cada tipo e de cada per odo de Carlos A A re produ o do espa o urbano 1994 p 160 Beaujeu Garnier J Geografia Urbana 1997 p 11 a Levy J L espace legitime 1994 p 329 34 organiza o social 2 Deste modo temos a cidade como resultado da produ o social do espa o por meio das realiza es humanas Uma abordagem da cidade a partir da produ o espacial nos leva a uma melhor compreens o da realidade pois procura explicar os padr es e eventos espaciais como produtos e processos estruturais da sociedade O historiador Lewis Mumford acrescenta Se quisermos lan ar novos alicerces para a vida urbana cumpre nos compreender a natureza hist rica da cidade e distinguir entre as suas fun es originai
289. ocesso de produ o deste legado Ao compreender seu sentido mesmo sem uma defini o exata e sua import ncia para as cidades tornou obrigat rio o seu planejamento Londres foi a cidade pioneira nesta a o Apesar de n o estar em primeiro lugar durante o processo de candidatura a apresenta o de um bom planejamento do legado contribuiu enormemente para sua nomea o O Projeto Ol mpico passa ent o a determinar n o apenas como estar a cidade durante os Jogos mas tamb m como se 322 conformar permanentemente ap s seu encerramento Deste modo as cidades est o aproveitando esta oportunidade nica ou pelo menos rara de conquista de investimentos para concretizar a es h muito planejadas como fez Barcelona originalmente Para alguns uma das maiores imprud ncias urban sticas que poderia acontecer seria a utiliza o das Olimp adas para grandes interven es urbanas Por m a utiliza o do momento ol mpico para a execu o de planos importantes para a cidade e para os quais n o havia recursos o bom aproveitamento da oportunidade N o estamos defendendo interven es sem prop sito definido e sem o planejamento pr vio adequado mas interven es necess rias e esperadas pela popula o com vistas a melhorar a qualidade de vida destas Cabe ressaltar que os acertos de sedes anteriores n o podem servir como ret rica da organiza o atual de forma a conduzir as an lises em geral sobre a
290. odutivo o homem social Nesse sentido argumenta Maria Ad lia de Souza O desafio urbano inegavelmente est presente na vida do cidad o da sociedade do Governo enfim das Institui es sejam elas p blicas ou privadas Sua dimens o sua conota o seus males e benef cios interferem na vida de todos Governantes e governados necessariamente ter o de viver enfrentar discutir e manipular o desafio urbano Ele passa a ser motor reitor de qualquer plataforma ou diretriz de governo em qualquer n vel e em qualquer lugar pautado pela satura o ou pela escassez do seu fato nobre o crescimento urbano Em 2000 aproximadamente 2 900 cidades dispunham de mais de cem mil habitantes e destas cerca de 225 dispunham de mais de um milh o de habitantes estimativas variam entre 180 a 300 Hoje estima se que 45 da popula o mundial vivam em cidades S o duas as principais raz es deste grande crescimento populacional A primeira foi a queda nas taxas de mortalidade gerada ap s inova es na rea da medicina e de leis contra ind strias poluentes bem como maior reorganiza o da cidade por meio da implementa o de leis de zoneamento e de planejamento urbano Atualmente com exce o da frica sub sahariana e do Sul da sia reas urbanas concentram mais da metade da popula o na maioria dos pa ses do mundo A segunda raz o foi a grande migra o da popula o rural para as cidades provocada por avan os tecnol gi
291. oduzidas ent o iniciamos no cap tulo com a apresenta o da cidade suas dimens es espacial social e sensorial e como o cidad o se insere em cada uma delas Neste cap tulo ponderamos como as pessoas se transformam em cidad os passam a ter o direito cidade e se sentem parte dela Para compreendermos o cen rio atual fizemos no cap tulo Il um retrospecto hist rico dos Jogos Ol mpicos indagando como o ide rio do esporte se transformou em um espet culo e observando como ocorre a disputa entre as cidades candidatas para demonstrar qual oferece a melhor proposta para receber o evento Tendo em vista que ao sediar um megaevento o pa s sede se compromete a realizar algumas transforma es para melhorar a qualidade de sua infraestrutura urbana no cap tulo III indagamos sobre o processo de constru o do legado discutindo em que medida o prometido corresponde ao necess rio e como a cidade se reinventa para o espet culo 25 O cap tulo IV analisou o caso bem sucedido de Barcelona em 1992 com a inten o de verificar as particularidades da sua candidatura ao seu legado e se equivalem s propostas durante a candidatura Da mesma forma no cap tulo V analisaremos o caso recente de Londres 2012 Este se conforma no caso nico de cidade que sediou os Jogos tr s vezes em fases distintas da sua hist ria Ap s essa verifica o no cap tulo VI discutimos as caracter sticas da nomea o do Rio de
292. of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB 214 Barcelona n o possu a instala es de alto n vel para competi es de ciclismo algo indispens vel para os eventos ol mpicos A id ia de construir um vel dromo foi colocada para frente quando a ideia da candidatura de Barcelona ainda estava sendo lan ada Em julho de 1981 os estudos preliminares foram feitos com a ideia de sediar o Campeonato Mundial de Ciclismo em 1984 Desta maneira a candidatura de Barcelona podia mostrar Familia Ol mpica uma das mais modernas instala es do seu g nero que podia estar pronta para os Jogos de 1992 O novo vel dromo projetado pelos arquitetos Esteve Bonell and Francesc Rius uma edifica o confort vel localizada ao norte do distrito de Horta e se tornou o local de eventos central da rea ol mpica de Vell d Hebron Vel dromo de Vall d Hebron Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB 215 Uutras interven es urbanas O fim do regime franquista a introdu o da democracia nos conselhos locais tornaram necess rio resolver quest es urbanas criadas pela falta de uma pol tica de planejamento urbano massifica o e encurtamento de solo para infraestruturas e atividades de lazer na cidade Os Jogos foram catalisadores de melhorias na infraestrutura geral da rea metropolitana e para projetos urbanos de larga escala que por causa de suas localiza es e suas dimens es alteraram a
293. olvendo modalidades diversas foram realizados em Roma 1960 Acompanham desde ent o o Ciclo Ol mpico tendo apenas n o sido A palavra paraolimpico resultou da jun o do prefixo de origem grega para de paraplegia com o adjetivo ol mpico semelhantemente a tantas outras palavras que compartilham nosso cotidiano lingu stico Para o CPB Comit Paraol mpico Brasileiro fundado desde 1995 a nova mudan a operou se no intuito de o Brasil se igualar mundialmente aos demais pa ses Ao menos por enquanto prevalece o termo paraol mpico mesmo porque at para os atletas paraol mpicos trata se das Paraolimp adas Jogos Paraol mpicos enfim justamente porque s o realizados de forma paralela aos Jogos Ol mpicos V nia Duarte Equipe Escola Brasil 72 realizados no M xico 1968 e Moscou 1980 por circunstancias relacionadas com log stica boicotes pol ticos e aus ncia de inten es concretas de organiza o por parte dos pa ses que organizavam as respectivas Olimp adas Cerim nia de abertura dos Jogos Paraol mpicos em Roma 1960 Fonte http orenobarros com 2012 08 conheca a historia dos jogos paralimpicos Desde Seul 1988 os Jogos Olimpicos e Paraolimpicos s o realizados na mesma cidade O Comit Ol mpico Internacional COI e o Comit Paraol mpico Internacional CPI decidiram que esta correspond ncia de cidades entre ambos os Jogos facilitaria quest es de tecnologia e log stica A hist ria d
294. olver espa os vazios entre as faculdades Esta rea sediou os eventos de esportes equestres futebol jud e pentatlo moderno A Diagonal foi a segunda rea mais importante em termos de concentra o de atividades ol mpicas depois de Montjuic Al m de tudo esta rea ainda possui espa os que foram utilizados para congressos e sess es das organiza es ol mpicas durante o per odo dos Jogos 212 Plano da area Diagonal Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB Vista a rea da Zona Universitaria na area Diagonal 1992 Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB 213 O Vall d Hebron No Vall d Hebron a area olimpica foi concluida muito antes de sua candidatura aos Jogos o vel dromo havia sido inaugurado para a ocasi o do Campeonato Mundial de Ciclismo de 1984 A rea que ocupa 160 hectares possui outras instala es como o Llars Anna Gironella de Mundet the Club Esportiu Hispano Frances and the Uni Esportiva d Horta O Llars Mundet que se localiza entre o vel dromo e a Ciutat Sanit ria um complexo residencial com uma variedade de espa os designados pratica esportiva que sediou os eventos de arco e flecha ciclismo e alguns dos jogos de handebol m gt wee o se ns it A EA v a s A A y Pe ry E r a F lt Q sa R Plano da rea de Vall d Hebron Fonte Official Report of the Games
295. omo comunidade fundamental E isso n o se consegue sem planejamento Por se tratar de evento de abrang ncia mundial necess rio considerar ainda na etapa de candidatura os poss veis impactos de longo prazo que ser o causados tendo em mente ainda a import ncia do custo de oportunidade E Construction and Idea and Candidature i ai 5 ac Organisation of the Event Event Legacy Feasibility process s z Event Pre Event Compulsory Structure Site for Measu es infrastructure living Decision knowledge tourists to bid 3 image 3 trade fairs for an emotions industry Event Optional measures networks congresses culture events Processo de constru o dos legados planejados Fonte Gratton e Preuss 2008 133 Os recursos financeiros destinados aos Jogos Ol mpicos somente podem ser utilizados para este fim e n o estariam dispon veis se n o fossem por ele O custo de algo equivalente ao custo do que se renuncia para obt lo assim temos o Custo de Oportunidade como o pre o da renuncia de um bem de modo a se obter outro bem Siegfried e Zimbalist 2000 comentam que a decis o por destinar parte do or amento p blico na realiza o de megaeventos esportivos exclui a oportunidade de se priorizar esse or amento em outras reas notadamente em reas de demanda social Portanto a constru o de um est dio n o est relacionada apenas aos recursos financeiros
296. ompromete a assegurar que a cidade anfitri e seus residentes terminem os Jogos com melhores infraestruturas expertise e experi ncia O interesse do COI em tentar maximizar as oportunidades e diminuir suas consequ ncias negativas se d porque legados positivos fundamentam a teoria de que os JO s o bons para a cidade anfitri al m de justificar o uso de recursos p blicos na constru o da infraestrutura necess ria para a realiza o do evento N o existe uma defini o clara de legado do que ele representa e porque sua preserva o t o desej vel e essas s o quest es de debate e controv rsia Legado uma palavra que se refere a uma ampla variedade de quest es p s Jogos pol ticas e pr ticas Cada cidade ol mpica tem algum tipo de legado pr dios monumentos arte p blica exposi es museus reposit rios arquivos selos lembran as recorda es placas e nomes de ruas Para o COI legado cobre quest es pr ticas tais como os restos dos Jogos e o destino de instala es ol mpicas Inclui tamb m o res duo emocional de uma Olimp ada como as mem rias orais hist rias e recorda es de Jogos que s o valorizadas por cidad os individuais a depress o p s Jogos e at mesmo o sentimento de luto pela perda dos Jogos H cerim nias para comemorar os anivers rios dos Jogos que s o em parte uma tentativa de marcar as Olimp adas na hist ria de uma cidade 112 Carta Ol mpica Regr
297. opula o ali s pressuposto da constitui o das cidades Ansay amp Schoonbrodt Penser la ville 1989 p 40 43 SUCIABILIDADE A gente n o quer s comida A gente quer comida divers o e arte A gente n o quer s comida A gente quer sa da para qualquer parte Tit s As cidades somos n s Esse o conceito de cidade dado por uma ONG que estuda mobilidade urbana sustent vel um conceito interessante que sintetiza v rias ideias de cidade e que nos leva a analisar a cidade pela tica social a dimens o humana e pensar a cidade como o lugar que concentra os mais diversos fluxos e atividades A Nova Carta de Atenas define a cidade como um estabelecimento humano com certo grau de coer ncia e coes o Na perspectiva da soci loga Silvia Ostrowetsky n o podemos mais considerar como uma coisa em si as pedras da mat ria as quais eram tomadas pela realidade objetiva ltima A divis o convencional do mundo em sujeito e objeto em mundo interior e em mundo exterior em corpo e alma n o pode mais ser utilizada o sujeito da pesquisa n o ent o mais a natureza em si mas a natureza dada interroga o humana e neste sentido o homem de novo vai se reencontrar Assim podemos colocar a cidade como a intencionalidade humana projetada O ambiente prop cio cria o e ao desenvolvimento humano aonde os direitos dos cidad os se materializam O pavilh o israelen
298. orial restringe se s reas que sofrer o o impacto da realiza o das Olimp adas e o alcance de suas a es atende prioritariamente exig ncia de criar condi es favor veis escolha da Cidade como sede do evento Um Plano Macro e Planos Locais integram o documento No Plano Macro est o englobadas as interven es p blicas que ultrapassam os limites de uma determinada rea de entorno de equipamento ou instala o esportiva Apesar de limitar se ao per metro formado pelas diversas instala es a serem utilizadas por ocasi o dos Jogos trata do conjunto da rea em a es estruturantes para a Cidade abordando os seguintes temas transportes e sistema vi rio meio ambiente saneamento ambiental e habita o e desenvolvimento social 312 Infraestrutura Urbana Novo sistema intermodal implantado com Regi o portu ria revitalizada integra o entre os corredores expressos ERTS trens barcas e mates Requalifica o das 4 regides ol mpicas Aumento do uso de transportes de alta com total acessibilidade 2 Milh es de capacidade de 16 para 50 moradores beneficiados Sistemas lagunares recuperados Todas as favelas da cidade urbanizadas 24 milh es de rvores Estado at 2020 Mais 700 mil pessoas com acesso a 100 mil novas unidades constru das e legalizadas saneamento APS Ensino de ingl s universalizado na rede municipal Rede ciclovi ria da cidade duplicada 150 KM Universali
299. ornalistas e demais profissionais da m dia tenderam a reproduzir o discurso do COI um misto de idealismo positivismo e pragmatismo Foi nesse contexto que a metamorfose dos Jogos se processou e um dos principais desafios do COI neste in cio do s culo XXI controlar a dimens o dos Jogos que est chegando a n veis estratosf ricos Essa metamorfose dos Jogos Ol mpicos n o ocorreu de uma hora para outra Nos anos 1960 j surgiam sinais do avan o de novas tend ncias mas as resist ncias contr rias eram muito fortes No final dos anos 1970 come am a aparecer os discursos preocupados com a crise do Olimpismo e antevendo um progressivo desvirtuamento do esp rito ol mpico Nos anos 1980 os conservadores foram paulatinamente perdendo a disputa no interior do Comit Ol mpico Internacional e nos f runs adjacentes Finalmente nos anos 1990 aquelas resist ncias mostraram se marginais predominando o entendimento de que as Olimp adas haviam se libertado de velhas amarras e incorporado por completo certos valores da modernidade A transforma o dos JO em um dos produtos mais rent veis do planeta induziu a rela o do atleta com a pr tica esportiva do amadorismo para o profissionalismo extremo Interesses econ micos pol ticos e ideol gicos e o desenvolvimento de equipamentos e das teorias do treinamento levaram os atletas a observarem profundas transforma es em sua atividade e em suas pr prias id
300. ortivas e melhorias no espa o urbano promoveria a redu o das desigualdades sociais e est mulo pr tica de atividades esportivas Por m o plano ol mpico da cidade do Rio de Janeiro tem revelado uma forte ambiguidade na qualidade de grande projeto de desenvolvimento urbano Podemos observar uma ntima rela o entre os investimentos na rea e os interesses dos agentes imobili rios Os Jogos Ol mpicos de 2016 no Rio de Janeiro objetivam mobilizar empresariados e cidad os em torno de projetos que se autojustificam pelo an ncio de futuros legados para a cidade e sociedade que os abrigam Na constru o da imagem da cidade enquanto espet culo nota se a crescente desconsidera o com a identidade do lugar em detrimento das a es do Poder P blico Mudan as na legisla o consagram a paisagem como bem mais valioso da cidade e mant m o macrozoneamento que cristaliza as vis es ideol gicas excludentes aumentando consideravelmente o potencial construtivo de bairros de baixa densidade como os localizados na 316 area de Jacarepagu tendo como justificativa a arrecada o via pagamento de outorga onerosa para instala o de equipamentos ol mpicos na regi o Estas reas social e ambientalmente fr geis e que por tradi o s o arraigadas de significados para a coletividade est o sofrendo mudan as significativas em seu conte do socioespacial No mesmo ritmo em que s o feitos os investimentos p blicos em i
301. os e a rela o com o porto O documento tamb m refletiu o que seria aplicado em rela o ao sistema de transporte e alojamento Para o financiamento do projeto foi seguido um modelo misto com a interven o de empresas privadas patrocinadores e direitos de venda de transmiss o em televis o Estes bancariam a organiza o dos Jogos sob o controle e administra o institucional das organiza es previamente determinadas a prefeitura a Generalitat o governo central e o Comit Ol mpico Espanhol COE Em 17 de outubro de 1986 Lausanne estava inundada de nervosismo e incertezas por parte dos comit s ol mpicos de todas as cidades que haviam postulado suas candidaturas sede das XXV Olimp adas da Era Moderna em 1992 Circulava pelos corredores o rumor de que Barcelona havia conseguido para a Espanha pela primeira vez na hist ria a organiza o dos jogos mas o veredito s foi oficial quando o presidente do Comit Ol mpico Internacional Juan Samaranch anunciou Le Comit International Olympique a attribu Vorganizaci n des jeux de la vinght cinqui me olimpiade 1992 a la ville de Barcelona 168 ville de Barcelona a la cuarta fue la vencida Mat ria do jornal A La Carta Em http www rtve es deportes 20090928 ville barcelona cuarta fue vencida 294254 shtml 192 A LA VILLE DE BARCELONA Com o recebimento da not cia positiva houve um nexo de uni o entre as institui es espan
302. os sil ncios infinitos mesmo quando chega o circo Casas fazem uma cidade mas cidad os fazem uma civilidade Rousseau 29 As cidades possuem um protagonismo inegavel no que se refere a vida cotidiana dos cidad os Como uma constru o coletiva vai sendo modificada como reflexo da sociedade corrente resultando da evolu o desta no tempo Devemos vencer o entendimento do espa o urbano somente enquanto extens o localiza o palco de fen menos sociais e naturais Para Milton Santos o espa o a s ntese sempre provis ria entre o conte do social e as formas espaciais a sociedade isto o homem que anima as formas espaciais atribuindo lhes conte do Entendemos ent o que espa o e sociedade s o indissoci veis para a forma o e transforma o da cidade Henri Lefebvre mostra que partilha desta opini o ao responder indaga o seria o fen meno social total t o procurado pelos soci logos Sim no sentido em que o urbano caminha para uma totalidade sem jamais atingi la em que ele se revela o totalizador por ess ncia a centralidade sem que esta totalidade se efetue jamais Sim no sentido de que nenhum saber parcelar o esgota ele ao mesmo tempo hist rico demogr fico geogr fico econ mico sociol gico psicol gico semiol gico etc Ele isso e ainda outra coisa ou coisa n o coisa por exemplo forma Isto vazio que exige por m um conte do evo
303. os de 2000 coincidiram com o aumento da discuss o sobre sustentabilidade e foram os primeiros a adotar pol ticas de reaproveitamento de gua lixo e energia tornando se paradigma para o COI que passou a exigir o mesmo de todas as sedes Homebush Bay foto a rea do Parque Ol mpico de Sydney 2000 Fonte http www bvn com au projects sydney 2000 olympic games olympics masterplan Pelo lado negativo a aus ncia ou erros no planejamento do p s Olimp adas permitem a conclus o de que o legado poderia ser maior nos anos seguintes a cidade n o conseguiu manter os n veis de est mulo econ mico e tur stico impulsionados pelos Jogos e o aproveitamento dos equipamentos constru dos para a competi o ficou muito abaixo das expectativas O fato de o Parque Ol mpico regi o que concentra a maioria dos 167 equipamentos esportivos ter sido construido na cidade de Parramata no entorno metropolitano de Sydney e a concorr ncia com os est dios preexistentes em Sydney e que foram reformados na ultima d cada influenciam a sua subutiliza o Mais de uma d cada depois h escassos sinais de qualquer influ ncia positiva dos Jogos sobre o cotidiano dos moradores da cidade Talvez por j ser uma cidade desenvolvida e de excepcional padr o de vida Sydney pouco mudou e na regi o onde sofreu sua maior transforma o o saldo negativo Hoje a cidade tenta arrumar alguma forma de estimular o fluxo de pessoas e neg cios na
304. os valores olimpicos a amizade a compreensao m tua a igualdade a solidariedade e o fair play A Carta Ol mpica apresenta o conceito de Olimpismo enquanto uma filosofia de vida que exalta e combina em equil brio as qualidades do corpo esp rito e mente combinando esporte com cultura e educa o O Olimpismo visa criar um estilo de vida baseado no prazer encontrado no esfor o no valor educacional do bom exemplo e no respeito aos princ pios ticos fundamentais universais E apresenta como seus objetivos Colocar em toda parte o esporte a servi o do desenvolvimento harmonioso do homem na perspectiva de encorajar o estabelecimento de uma sociedade pac fica preocupada com a preserva o da dignidade humana Neste sentido o Movimento Ol mpico se engaja em coopera o com outras organiza es e dentro do limite dos seus meios em a es para promover a paz Contribuir para a constru o de um mundo melhor e pac fico pela educa o da juventude atrav s do esporte praticado sem discrimina o de qualquer tipo e no esp rito ol mpico o qual requer entendimento m tuo com um esp rito de amizade solidariedade e fair play Significa esp rito esportivo jogo limpo tica esportiva Considerado uma das bases do movimento ol mpico o termo fair play foi utilizado pela primeira vez por Shakespeare em 1595 sem qualquer rela o com a pr tica esportiva A partir de 1880 foi incorporado ao espo
305. oss vel na vida dos cidad os Os cidad os urbanos usurparam o direito de dissolver os la os da domina o senhorial e esta foi a grande inova o de fato a inova o revolucion ria das cidades medievais do Ocidente em face de todas as outras a quebra do direito senhorial Nas cidades centro e norte europeias originou se o conhecido dito o ar da cidade liberta Jean Pierre Vernant em seu estudo sobre a organiza o pol tica a partir das reformas de Cl stenes em Atenas quando a organiza o gent lica substitu da pelo princ pio territorial na nova organiza o da cidade afirma O centro traduz no espa o os aspectos de homogeneidade e de igualdade n o mais de diferencia o e de hierarquia A esse novo espa o que a polis instaura corresponde uma outra rela o com a temporalidade e a cria o de um tempo c vico Esse duplo trabalho de homogeneiza o para se contrapor s divis es fac es e clientelas rivais que enfraquecem a cidade Botelho M Desenvolvimento espa o e crise estrutural 2013 p 31 Moraes J Hist ria Geral e Brasil 2003 p 233 32 Weber M Economia e Sociedade 2004 46 esta sem duvida na base de uma transformagao completa das categorias mentais do homem grego O acelerado processo de urbaniza o mundial levou em 2006 supera o da popula o rural pela popula o urbana Esse ritmo de migra o em dire o s cidades majora a concent
306. otal soberba administrativa 319 Qualquer leitura da historia Olimpica revela os verdadeiros motivos de cada cidade hospedeira E a necessidade de chocar para acelerar a desapropria o dos pobres e marginalizados como parte das maiores maquina es de acumula o de capital Os arquitetos deste plano precisam de um show espetacular um dispositivo hegem nico para reconfigurar os direitos as rela es espaciais e autodetermina o da classe trabalhadora da cidade para reconstituir para quem e para que finalidade a cidade existe Ao contr rio de qualquer outro evento s as Olimp adas fornecem esse tipo de oportunidade Ashok Kumar 320 Enfim os Jogos servi o da cidade ou a cidade servi o dos Jogos Este estudo tentou melhorar a compreens o do conceito de legado especialmente o legado urbano advindo de sediar um grande evento esportivo O verdadeiro legado de um evento como os Jogos Ol mpicos demora de 15 a 20 anos para ser medido At o momento ningu m se comprometeu com os recursos de investiga o necess rios para realizar um estudo cient fico real benef cios legados Para esta pesquisa oficial existem tamb m entraves como o fato de que os governos anfitri es podem n o acolher uma avalia o verdadeiramente cient fica dos benef cios verdadeiros legados longo prazo sucedidos de sediar os Jogos Ol mpicos Neste breve estudo pudemos verificar que o conceito de legado ainda motivo
307. p Awww london gov uk Acesso em 15 ago 2013 e Lucchese M O planejamento urbano de Londres 1943 1947 2012 229 Ap s a queda do Imp rio Romano a cidade romana foi praticamente abandonada e uma cidade anglo sax nica com o nome de Lundenwic foi estabelecida a cerca de 1 km da velha Londinium romana na rea que hoje se cnama Covent Garden Lundenwic prosperou at 851 quando as invas es dos vikings destru ram a cidade Em 880 Alfredo expulsa os vikings transfere o povoado de Lundenwic para dentro das antigas muralhas romanas que passa a se chamar Ealdwic old city A partir do ano 1000 Londres se firma definitivamente como a capital do reino inclusive nos per odos do dom nio dos vikings 1016 a 1043 do retorno da Inglaterra ao dom nio sax o 1043 a 1066 e da dinastia normanda 1066 em diante Ap s a batalha de Hastings em 1066 Guilherme coroado rei ingl s na rec m acabada Abadia de Westminster Este per odo viu tr s grandes acontecimentos a guerra das rosas a reforma religiosa inglesa e o per odo Elisabetano At a reforma boa parte de Londres era ocupada por monast rios e outros estabelecimentos religiosos Com a reforma de Henrique VIII os monast rios passaram a ter outras fun es 1530 Foi elaborado na d cada de 1850 Fonte http urbanidadeslondres blogspot com br 230 Sob o reinado de Elizabeth a popula o de Londres duplicou chegando a 200 mil habitantes E com o decl
308. pectos s o mais dif ceis de serem medidos e identificados 120 Kaplanidou e Karadakis Understanding the Legacies of a Host Olympic City 2010 120 Tipo de legado Vangi ied i 4 Positivo Negativo Intangivel Nao Planejado Esportivo Intangivel Planejado ou nao Positivo ou negativo Econ mico Tangivel Planejado ou nao Positivo ou negativo Estrutura Equipamentos Tangivel Planejado Positivo ou negativo Informa o Educa o Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Cultura Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Simb lico Hist rico Intang vel N o planejado Positivo ou negativo Urbano Tang vel Planejado Positivo ou negativo Psicol gico Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Social Tangivel Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Ambiental Sustentabilidade Tangivel Planejado ou n o Positivo ou negativo Pol tico Governan a Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Sa de Intang vel Planejado ou n o Positivo ou negativo Resumo das tipologias e dimens es do legado Fonte Compilado de Gratton e Preuss 2008 Poynter corrobora com este sentimento afirmando que a mensura o dos impactos prim rio e secund rio por sediar os Jogos Ol mpicos complexa O legado pode ser de curto ou longo prazo tang vel ou intang vel Com base nesta vis o Poynter elaborou uma matriz modificada expandida em rela
309. pelos pr evento na ajuda realiza o e no p s evento dando finalidade s instala es constru das ocupando as com atividades Os efeitos comunit rios Refere se ao resultado do embate pol tico travado entre as for as dos v rios grupos sociais envolvidos na realiza o do evento que resultar no refor o de velhos dirigentes ou na emerg ncia de novas lideran as Em se tratando de impactos f sicos a regenera o urbana n o garantida quando uma cidade sedia um megaevento Se os interesses econ micos prevalecerem durante o processo de planejamento o que se ver no futuro das cidades sede ser o constru es desproporcionais para seu uso 138 Rubio Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 139 Hiller Towards a Science of Olympic outcomes 2008 p 105 139 cotidiano deixando apenas d vidas advindas da constru o de equipamentos que n o ser o utilizados futuramente Podem se considerar tamb m como impactos negativos os altos custos de oportunidade infraestrutura desnecess ria lota o tempor ria perda de turistas permanentes aumento do aluguel de im veis e realoca o de residentes Ampliando o olhar sobre os impactos sociais e urban sticos as interven es em raz o da constru o das novas estruturas e do reordenamento urbano no entorno das cidades milhares de fam lias podem ser removidas dos locais de interven o o que significa a viola o do direito
310. pica foi vendido em 1996 e que nesta nova rea de Barcelona residem 5 783 pessoas A transforma o de Barcelona n o se limitou cria o de instala es habita o e infraestruturas Foram criados novos parques estruturas vi rias foram modificadas a rede de transportes urbanos foi incrementada e a estrutura de telecomunica es foi melhorada n o s em Barcelona como tamb m nas subsedes Segura Serra e Pallej analisam o uso das instala es desportivas de Barcelona avaliando o bom n vel de gest o com taxas globais de autofinanciamento de 95 com qualidade de 179 Carbonell J The Olympic village tem years later 2002 222 servi o e uma boa resposta dos cidad os Segundo Truh das 43 instala es utilizadas durante os Jogos apenas 15 foram novas instala es 8 na cidade de Barcelona e 7 nas subsedes e dos outros 28 10 eram remodela es e 18 instala es existentes que exigiam apenas uma a o tempor ria para adequa las ao uso ol mpico 8 O ano p s ol mpico 1993 foi muito complicado devido crise que afetou muitos pa ses especialmente a Espanha Isso provocou uma diminui o dos investimentos justamente no momento de propor a reutiliza o das instala es ol mpicas a servi o da sociedade A prefeitura de Barcelona apostou em uma f rmula de gest o baseada na colabora o dos setores p blico e privado que ficou conhecida como modelo Barcelona que resultou na situa
311. planejamento e financiamento dos Jogos 3 Legisla o Avalia se as candidatas respeitam todas as regras do Movimento Ol mpico e as propostas de leis para garantir os Jogos 4 Fronteira Todas as cidades se comprometeram com facilidades aduaneiras 5 Meio ambiente preciso bastante cuidado com impactos ambientais por exemplo o COI determina emiss o neutra de g s carb nico 141 M rcia Alves Coordenadora do Programa Direito Cidade CENDHEC Integrante da rede do F rum de Reforma Urbana em artigo dispon vel em http www portalpopulardacopa org br 142 COI Games of the XXXI Olympiad Working Group Report 2008 141 6 Finan as Avalia a capacidade or ament ria para prover toda a estrutura necess ria realiza o do evento 7 Marketing Avalia as a es que podem ajudar a promover uma imagem positiva dos Jogos junto aos visitantes 8 Locais de provas Avalia as propostas de uso durante e depois dos Jogos O ideal usar o menor n mero de locais e evitar a constru o de elefantes brancos 9 Paraolimp adas As cidades adaptam a estrutura usada nos Jogos e os planos s o avaliados com rigor 10 Vila Ol mpica Deve ter capacidade para cerca de 17 mil atletas O COI avalia a dist ncia at os locais de competi o o uso depois dos Jogos e o ambiente ao redor 11 Sa de O atendimento m dico durante os Jogos n o deve atrapalhar as opera es norma
312. poder ent o o habitante d lo a conhecer por meio dos seus pr prios significados e rela es Nesse momento tornar se um verdadeiro lugar not vel e inconfund vel Nesta concep o a forma do espa o denota de momento a sua apropria o pois existe uma rela o rec proca que determina o espa o Isto porque se houver uma apropriacion continua y din mica del espacio da al sujeto una proyecci n en el tempo y garantiza la estabilidad de su pr pria identidad Para Pol esse sentimento deve ser tomado como o sentido de posse que um habitante tem sobre um espa o particular e a associa o que se estabelece entre a posse do espa o e a autoimagem e identidade social i Magalh es M Paisagem Urbana e Interface Urbano Rural 1994 p 100 Lynch K A imagem da cidade 2006 p 103 48 Pol E La apropriaci n del Espacio 1996 p 14 57 daquele que ali habita Dessa forma o sentimento esta ligado a apropria o em dois sentidos prote o e identifica o Assim os espa os os objetos e as coisas ganham um significado atrav s dos usos e do tempo O mesmo autor segue aludindo que a forma dos espa os tem forte influ ncia na sua apropria o mesmo que esta seja un proceso espont neo natural aunque intencional en alguna medida las caracter sticas del espacio su rigidez o flexibilidad su contraposicion o sintonizacion com el colectivo usufructuario pueden ser factores facilitadore
313. por rias arquibancadas tendas containeres e decks para os esportes ao ar livre que Foram elaboradas apenas a apresenta o geral e algumas instala es tempor rias especiais E por fim o complexo do Maracan que tem principalmente instala es existentes que precisam ser complementadas ou melhoradas o ic nico e hist rico Est dio Maracan Futebol MAR e seu Gin sio Maracan zinho V lei MNZ o Samb dromo Tiro com Arco e final da Maratona de Oscar Niemeyer e o recente Est dio Ol mpico Jo o Havelange Atletismo Uma das interven es ligadas aos Jogos e que ter o maior impacto no espa o urbano do Rio de Janeiro o Porto Maravilha um projeto de regenera o da zona portu ria que deve ser mais bem analisado 301 Upera o Urbana Porto Maravilha Zz A Opera o Urbana Porto Maravilha uma das mais ambiciosas interven es realizadas no Rio de Janeiro A rea do Porto Maravilha como conhecida hoje foi criada como porto de carga em uma rea de aterro na ba a de Guanabara feito durante a gest o de Pereira Passos em 1906 Por m com a moderniza o da ind stria naval a extens o do porto da Pra a Mau Av Francisco Bicalho se tornou obsoleta Devido isso durante a segunda metade do s culo XX deteriorou se progressivamente sem receber melhorias em mais de 30 anos O estado de abandono da rea merecia aten o especial e um processo de revitaliza o era urgente rea de aterro
314. possibilidade de agir n o assumirmos o nosso destino n o nos sentimos respons veis por ele porque n o nos sentimos capazes de alter lo A atitude decorrente dessas vis es sempre de fatalismo ou de subservi ncia nunca uma atitude transformadora A forma o de uma nova mentalidade na sociedade civil que se perceba a si mesma como fonte criadora da ordem social pressup e compreender que os males da sociedade s o o resultado da ordem social que n s mesmos criamos e que por isso mesmo podemos modificar A conviv ncia social por n o ser natural requer aprendizagens b sicas que devem ser ensinadas aprendidas e desenvolvidas todos os dias Esta uma tarefa de toda a vida de uma pessoa e de uma sociedade Lefebvre H O direito cidade 2001 p 114 116 52 Neste sentido a democracia uma decis o tomada por toda uma sociedade de construir e viver uma ordem social onde os Direitos Humanos e a vida digna sejam poss veis para todos Ela exige a participa o de pessoas dotadas de autonomia moral sem o que n o s o poss veis nem as delibera es nem as escolhas conscientes e respons veis Por sua vez essa autonomia moral demanda um grau razo vel de independ ncia e seguran a econ micas Jos Nun opina sobre as possibilidades de a consolida o de uma democracia representativa excludente como consequ ncia da preval ncia de extremas desigualdades nas cidades gerar situa es de
315. prepara o dos Jogos Ol mpicos exigiu investimentos de mais de US 34 bilh es n mero extraoficial em infraestrutura o que ajudou a transformar a cidade e a regi o Esse investimento foi mais importante do que aquele destinado a formar novos campe es nas modalidades em que a China n o tinha tradi o O evento grandioso trouxe para a cidade de Pequim uma s rie de benef cios econ micos e deu impulso preserva o do meio ambiente confirmando o legado que os Jogos Ol mpicos t m deixado em suas ltimas edi es A inten o de Pequim com o evento era ser uma influ ncia positiva no desenvolvimento econ mico chin s em especial em setores como m dia televis o internet telefonia m vel energia limpa e material esportivo A excita o pela realiza o dos Jogos Ol mpicos propiciou a entrada de muitos desses setores numa esp cie de revolu o internacional Contudo o aspecto decisivo do ponto de vista do governo chin s n o parece ser o impacto econ mico dos Jogos mas a demonstra o do que a China capaz de oferecer ao mundo Descritos pelo presidente do Comit Ol mpico Internacional COI Jacques Rogge como arenas lindas e sem precedentes o Ninho de P ssaro sede de futebol e atletismo e o Cubo D gua esportes aqu ticos s o exemplos claros dos famigerados elefantes brancos em que se tornaram os locais de competi o Consideradas as joias da coroa s o hoje mais conhecidas por atrair uma
316. preta o de quais impactos s o positivos e quais s o negativos complexa e confusa e depende do ponto de vista daqueles que s o diretamente influenciados pela interven o Por exemplo um impacto positivo que pode ser considerado um legado a constru o de instala es esportivas para treinamento dos atletas no per odo p s evento Por m para as pessoas que foram desalojadas para dar lugar s novas instala es o impacto negativo mesmo que a inten o n o tenha sido deixar estas pessoas desabrigadas Como a decis o de se candidata sede dos Jogos normalmente feita pela lideran a pol tica urbana e ou outra elite urbana e embora o COI pe a provas de apoio das comunidades locais nos dossi de candidatura a principal tomada de decis o relativa aos acontecimentos pode ser considerada antidemocr tica e acr tica Dependendo das circunst ncias as pesquisas econ micas sociais e ambientais relativas ao evento podem ser incompletas e tendenciosas e o processo pode ter continuidade sem uma discuss o p blica suficiente Qualquer oposi o s propostas Ol mpicas podem ser deliberadamente silenciada e o sentimento de orgulho demonstrada por 1 Na realidade os reais alguns pode ser interpretado como consenso benef cios diretos experimentados pelos cidad os de uma cidade sede podem ser relativamente insignificantes e em alguns casos o que se pensava ser benef cio se desenvolve como preju zo de alguma for
317. problemas urbanos N o obstante o plano deveria ser estudado sabiamente pois apesar de seus princ pios b sicos poderem ser aplicados existe liberdade de buscas alternativas mais apropriadas dependendo da especificidade da situa o por m sem afetar o n vel geral de coes o do PGM A natureza deste plano como instrumento para planejamento da cidade estabelecida pela legisla o urbana juntamente com a precis o de suas decis es significa que o desenvolvimento de projetos urbanos parciais frequentemente requereu a modifica o do PGM em v rias ocasi es desde a sua concep o Esta capacidade de modifica o seguramente uma das raz es da sua exist ncia prolongada 187 Plano Especial de Reformas Interiores O PGM foi o ponto de partida para projetos que estavam sendo desenvolvidos ajustados ou modificados Primeiramente podemos considerar os projetos baseados em uma vis o mais pr xima do espa o e portanto cobririam reas limitadas setores mas ao mesmo tempo permitiam considera es de aspectos percept veis em uma escala global Dentro destes projetos os Planos Especiais para Reformas Interiores PERI s o de especial interesse O per odo em que o PERI teve seu papel mais importante na pol tica municipal especialmente no processo de projeta o com debates p blicos foi entre 1980 e 1986 Esta democratiza o municipal consistente com a preocupa o em melhorar a cidade a recupera o de um
318. que aqu tico de Montjuic 1929 and o parque aqu tico Bernat Picornell 1969 Logicamente alguns destes equipamentos tiveram que passar por renova es para os Jogos 205 Vista a rea do Anel Ol mpico de Montjuic 1992 Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB Alguns dos pavilh es da Exposi o Universal de Barcelona foram adaptados para utiliza o como Centro de M dia uma vez que eles eram adjacentes ao Anel Ol mpico com dist ncias entre cem e mil metros dos locais de competi o Conex es com a cidade e as outras reas ol mpicas eram providas por duas linhas de metr e seis rotas de nibus pr ximas Pla a d Espanya um estacionamento e acesso direto ao anel vi rio costeiro 206 rea Ol mpica do Pare de Mar Localizada no distrito de San Mart de Proven als bairro do Poble Nou a rea de Parc de Mar faz parte do programa Areas de nova centralidade potencializado pelo programa ol mpico de 1992 devido sua localiza o como porta de sa da leste da cidade O local do projeto da Vila Ol mpica est situado ao longo da Av Ic ria em uma rea de 130 hectares na antiga rea industrial deteriorada de Vila Ic ria que era separada do mar pela linha f rrea Plano da fachada mar tima de Barcelona Fonte Official Report of the Games of the XXV Olympiad Barcelona 1992 COOB A proposta do novo bairro mar timo como Vila Ol mpica durante a fase
319. r aos Jogos Nao foram feitos planejamentos de longo prazo mas sim colocados em pr tica projetos anteriores sem a previs o ou planejamento de impactos futuros Podemos considerar o caso da cidade servi o dos Jogos Eventualmente algumas das interven es realizadas se transformar o em legados mas falta vis o de futuro no caso desta organiza o A princ pio a associa o entre a necessidade da interven o a exist ncia de um planejamento pr vio e a oportunidade criada pelo evento sinalizam uma boa li o Mas efetivamente trata se de quest o de dif cil analise neste momento quando a realiza o concreta das obras de requalifica o urbana ainda n o ocorreu em sua completude Pode se apenas sinalizar o potencial com base no descritivo do projeto de bom aproveitamento do evento para al m das obras esportivas especificas e aproveitamento da oportunidade para otimizar e ampliar um projeto urbano importante de grande extens o O Rio de Janeiro teria como desafio central para a fase de implementa o de seu projeto aprovado pelo COI ter a capacidade de coordena o entre o Estado e o mercado exemplo de Londres e Barcelona evitando o risco privilegiar o interesse privado em detrimento do p blico Tomando como base o Pan 2007 vimos que muitas promessas foram divulgadas muito poucas foram cumpridas Em entrevista recente o secret rio estadual de Habita o Noel de Carvalho afirmou que apesar de os Jogos Pan Amer
320. r economicamente vi veis afastando a sombra de uma extin oprovocada pela impossibilidade econ mica que pairava sobre eles O processo de escolha da sede para os Jogos Ol mpicos tamb m ganhou novas formas quando as cidades candidatas come aram desenvolver um projeto pol tico e comercial Contudo o que marcaria definitivamente a supera o da fase de conflito seria a libera o da profissionaliza o Chega se Fase do Profissionalismo Durante muitos anos o tema amadorismo frequentou as preocupa es e as sess es do COI Ser acusado de profissional principalmente em caso de vit ria significava para o atleta ter os t tulos cassados e o banimento do mundo ol mpico Gradualmente essa quest o foi perdendo for a na medida em que os interesses econ micos envolvidos com os Jogos Ol mpicos tornaram se insepar veis deles 108 Diante das propor es grandiosas que o espet culo esportivo adquiriu j n o era poss vel para o poder p blico assumir todo o seu nus Fora isso havia a inten o real de veicula o da imagem de empresas competi o ol mpica cujos produtos estavam ligados diretamente pr tica esportiva um mercado consumidor em crescente expans o Para as companhias convidadas a entrar no universo ol mpico n o bastava competir era preciso ganhar O profissionalismo come ou pela organiza o dos Jogos e chegou ao atleta como uma condi o h muito esperada Essa fase teve in cio nos Jogos de
321. ra o de pessoas em espa os urbanos s vezes j carregados aumentando o n mero de problemas sociais Essa sistem tica de ocupa o urbana n o recente pois alguns estudiosos alertavam para a quest o j na d cada de 60 Esses problemas s o infligidos em grande parte ao r pido e intenso processo de urbaniza o de pa ses perif ricos caracterizado pelo aumento da desigualdade social e do crescente desamparo de grupos sociais cada vez mais significativos Algumas cidades do hemisf rio sul s o citadas como exemplos de transforma o de metr pole em megal pole como S o Paulo O crit rio basilar para essa caracteriza o o crescimento descontrolado desregrado da popula o urbana que faz transbordar os limites naturais e administrativos da cidade tornando a insustent vel Esse crescimento acompanhado de um decr scimo da qualidade de vida e de um alto comprometimento ambiental Esse empobrecimento se apresenta como face vis vel do ajuste estrutural em n vel mundial trazendo como consequ ncia o agu amento da vulnerabilidade social de alguns grupos As cidades e a maneira como as pessoas vivenciam seus espa os continuam se transformando algumas muito rapidamente As novas formas de produ o transformaram o trabalho e implicaram novos padr es de rela es sociais transformando inclusive o ambiente constru do das cidades E esta nova configura o s cioespacial influencia diretamente a form
322. ra ser gerida m dio prazo O desenvolvimento posterior da cidade e alguns dos projetos urbanos de escala local e regional mais importantes est o vinculados ambi o transformadora relacionada ao desafio de 1992 Estes projetos foram sem d vida a principal fonte de inspira o para tal disputa Assim tiveram in cio seis anos de intensos trabalhos que afetaram muito diretamente o pulso da cidade De repente parecia que toda a cidade estava em obras 193 A cidade fez um investimento consideravel na realizagao das Olimp adas US 8 1 milh es foram gastos em novas estradas um aeroporto hot is telecomunica es e um novo resort beira mar O Director Geral do Esporte para a Generalitat de Catalunya comentou que o plano de Barcelona para usar os Jogos Ol mpicos para o benef cio da cidade era uma expl cita um The Olympic Games permitted the transformation of the city providing it with those services it so much needed and the heavy investment that would otherwise have taken so many years to have come Barcelona once again turning its face to the sea the Olympic village the airport the roadways and communications the hotel network all of which were essential to its becoming a competitive city in the scenario of to day s Europe O pessoal que integra as comiss es organizadoras normalmente n o possui experi ncia ol mpica anterior Com Barcelona n o foi diferente O que pode ser aprendido a partir de experi n
323. regi o do Parque Ol mpico que segue praticamente vazia Mais surpreendente que a falha do projeto s mesmo a confiss o p blica de Sue Holliday que chefiou o planejamento dos Jogos N o t nhamos uma pol tica clara para a administra o do parque depois da Olimp ada reconheceu ela Agora Sydney est pagando o pre o completou sobre a dificuldade em arrumar uma utilidade para a regi o Atenas 2004 D antiexemplo Durante os Jogos Olimpicos a Gr cia emanava otimismo e orgulho e os organizadores do evento multibilion rio esperavam espalhar aos olhos do mundo o crescimento do pa s e sua imagem de modernidade E os Jogos de 2004 que serviriam para a Gr cia rumar para um futuro melhor tornaram se um estorvo medida que os bilh es de d lares que custaram s serviram para tornar mais grave a crise econ mica pelo qual iria passar Tendo desprezado seus tr s primeiros anos de prepara o os organizadores tiveram de em 2000 acelerar drasticamente os trabalhos para n o correr o risco de perder a Olimp ada Como resultado a Gr cia embarcou num ritmo fren tico de constru o por quatro anos com opera es divididas em tr s turnos di rios que perduraram at poucos dias antes da cerim nia de abertura 1 Do c u ao inferno mat ria publicada pelo UOL olimp adas em 07 fev 12 Em http olimpiadas uol com br noticias redacao 201 2 02 07 do ceu ao inferno em oito anos grecia vira antiexemplo de legado olimp
324. resultados n o esportivos como importante fonte de legitimidade para receber os Jogos Segundo as cidades proponentes t m aliado suas propostas a estrat gias de desenvolvimento econ mico e regenera o que tendem refletir a natureza relativamente din mica de suas economias regionais e nacionais ou a relativa falta de dinamismo de suas E por fim desde os Jogos Ol mpicos de 1992 em Barcelona as cidades t m usado os Jogos como catalisadores de regenera o e confiado fortemente em diferentes formas de interven es estatais para se promoverem como cidades globais Dimens o esportiva Tem havido muito pouca discuss o sobre o legado do esportivo que a primeira vertente do Olimpismo e o cerne do espet culo Ol mpico Enquanto os Jogos Ol mpicos deixam melhorias das instala es desportivas para uma variedade de esportes de elite existe tamb m a quest o de saber se existe um legado em termos de presta o de esportes e da cultura esportiva de uma cidade Apesar de um legado de esporte parece valer menos que o legado econ mico existem alguns exemplos de legados esportivos positivos O grande excedente dos Jogos Ol mpicos de Los Angeles 1984 resultou em uma doa o de US 93 5 milh es para o Amateur Athletic Foundation Desde 1985 a Funda o investiu mais de US 100 milh es em esportes da juventude no sul da Calif rnia promovendo a educa o de treinamento e participa o esportiva A Foundation Library foi i
325. ro era o palco prop cio para firmar essa nova imagem de modernidade e industrializa o 9 A Porta Monumental idealizada pelo arquiteto franc s Ren Barba marcava a entrada principal de acesso do p blico exposi o Dando sequ ncia Porta Monumental a pequena cidade criada para esse evento apresentava a import ncia de cada estado A arquitetura dos edif cios era a vitrine e o reflexo da grandiosidade econ mica e social de cada local A exposi o n o se restringia apenas em demonstrar diferenciadas formas arquitet nicas em seus edif cios O intuito era manter uma aproxima o do progresso com a sociedade e do Brasil com a modernidade N o apenas na delimita o f sica da rea do evento mas tamb m na mudan a de valores sociais e econ micos como readequa es de espa os urbanos Uma nova infraestrutura era criada em torno do local da exposi o com cria o de avenidas planejamento de transportes servi os p blicos al m de uma acelera o nos processos industriais e comerciais Vista panor mica dos pavilh es da Exposi o Nacional de 1908 Fonte Arquivo Hist rico do Museu da Rep blica 192 pereira 1908 um Brasil em Exposi o 2011 p 31 3 Pereira 1908 um Brasil em Exposi o 2011 p 37 e 38 277 Paata de Gelsieays Pees da cats om hee ea a te ee ae qe ae Be came Mapa do Rio de Janeiro 1908 Fonte http arquitetandoblog wordpress com O pice desse urbanismo
326. ros que aportavam na Ba a de Guanabara Ainda no final do s culo XVII se iniciaria uma das principais obras de abastecimento do centro da cidade e que seria respons vel pelo desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro A constru o de um aqueduto vindo desde a nascente do rio Carioca passando por cima do morro do Desterro atual bairro de Santa Tereza e descendo sobre os Arcos da Lapa trouxe gua at o Largo da Carioca O aqueduto ficou pronto em 1723 e trouxe vida e transforma o para o espa o da cidade As lagoas do centro da cidade lagoa de Santo Ant nio que abrangia o terreno do Largo da Carioca at onde hoje o teatro municipal e lagoa do Boqueir o localizada onde hoje o Passeio P blico foram aterradas por quest es de sa de A cidade atravessava um surto de gripe e as lagoas que perderam sua fun o de abastecedoras fluviais se tornaram apenas focos de reprodu o de mosquitos J r a Vista da ba a de Guanabara s culo XVIII Fonte http gaiasustentavel net 274 A cidade continua a crescer no entorno das margens dos rios ao longo das praias e na beira da Baia de Guanabara Paisagens da onde o Rio de Janeiro vai tomando suas formas Por aviso do Minist rio do Imp rio de 17 de maio de 1874 foi nomeada uma equipe de engenheiros formada por conceituado s e experientes profissionais como Francisco Pereira Passos que depois chegou a prefeito da cidade do Rio de Janeiro Jer nimo Rodrigues de
327. roximadamente 60 das instala es esportivas e a Vila Pan americana num raio de apenas 10 km da regi o nobre da Barra da Tijuca foram alguns dos pontos altos do projeto Esta escolha dirigida por apenas duas pessoas mostra um certo vi s elitista pode ser encontrado tamb m na declara o acima a partir dos dizeres que afirmam ocupa o qualificada e nobre ao se referirem Barra da Tijuca e indica que o projeto n o procurou uma abordagem integradora que buscasse enfrentar os problemas da cidade e que vislumbrasse a possibilidade de um desenvolvimento socioespacial como ocorreu em Barcelona O Pan foi muito mais um projeto de marketing pois n o teve como proposta o desenvolvimento do esporte na cidade no seu sentido comunit rio socioeducativo de forma o do cidad o mas basicamente foi utilizado como poderoso discurso a justificar as lucrativas opera es urban stico empresariais Assim ficou a distribui o por complexos Barra Riocentro Morro do Outeiro Raeder S Jogos e cidades ordenamento territorial urbano em grandes eventos esportivos 2010 p 81 197 Idem 198 Mascarenhas G Megaeventos Esportivos Desenvolvimento Urbano e Cidadania 2007 288 Arena Multiuso Parque Aqu tico Vel dromo Cidade do Rock S o Conrado Clube Marapendi Barra Bowling Centro de Futebol do Zico P o de A car Marina da Gl ria Arena de Copacabana Aren
328. rte para designar um tipo de conduta Pode ser definido como um conjunto de princ pios ticos que orientam a pr tica esportiva e presume uma forma o tica e moral daquele que pratica e se relaciona com os demais atletas na competi o e que este atleta n o far uso de outros meios que n o a pr pria capacidade para superar os oponentes Carta Ol mpica 2001 p 8 Princ pio Fundamental n 2 78 Carta Ol mpica 2001 p 8 Princ pio Fundamental n 3 79 Carta Ol mpica 2001 p 9 Princ pio Fundamental n 6 76 importante propagarmos o teor educacional do esporte seu poder de integrar incluir e mobilizar as pessoas a partir da pr tica e dos valores do esporte O ideal Ol mpico est diretamente ligado aos valores ticos do homem em prol de uma sociedade mais justa e solid ria afirma o presidente do Rio 2016 Carlos Arthur Nuzman Atualmente o Olimpismo se constr i envolta de tr s valores essenciais excel ncia amizade e respeito No ideal ol mpico a excel ncia significa dar o melhor de si tanto dentro do campo quanto na vida focado nos objetivos pessoais sem a preocupa o com a compara o de desempenhos Mais do que ganhar o que importa participar lutando para ser e para fazer cada vez melhor pois somos t o fortes quanto a combina o de corpo e mente determinados Homens e mulheres est o no centro do Movimento Ol mpico que encoraja a cria o de la os e o entendimento rec pro
329. s Antes disso cabe chamar a aten o para o perigo de se crer que tais eventos geram projetos e a es quase espontaneamente preciso garantir desde o princ pio uma a o urban stica cont nua e com ela adotar alguns instrumentos habituais no urbanismo moderno como o plano e o projeto urbano O plano demarca as diretrizes a estrutura e os par metros do desenvolvimento e das transforma es de maneira global e o projeto urbano define e formaliza os componentes concretos das a es com clara vontade de construir a cidade No caso de Barcelona evidente que os planos da Expan s o de Ildefonso Cerda 1860 e mais tarde dos Enlaces de Leon Jaussely 1903 levaram a quase um s culo de desenvolvimento urbano integrado Sem eles a cidade n o seria hoje o que nem teria suportado o planejamento As transforma es urbanas devidas aos Jogos Ol mpicos produziram um novo mapa do solo urbano na cidade Antes deste evento o zoneamento do valor do solo urbano estava claramente definido com o eixo marcado pelo Paseo Sant Joan definindo duas reas A partir de 1995 este eixo n o mais o limite e aparecem valores de renda urbana m dia e alta em reas que at o momento tinham valores de solo baixo como acontece com o bairro da Vila Ol mpica Moragas e Botella argumentam que no planejamento do evento ol mpico foi tra ado um modelo de cidade gra as previs o dos 221 efeitos a longo prazo de todos os investimentos que
330. s relativa s instala es esportivas apropriadas para receber atletas e paratletas de forma c moda segura e eficiente As instala es devem assegurar que os requisitos funcionais e t cnicos pr definidos sejam respeitados e adequados realiza o dos Jogos As solu es de projeto devem propiciar manuten o e opera o eficientes longo prazo Deve se estar atento tamb m para que o desenvolvimento das novas instala es esportivas estabele a novos padr es nas reas de sustentabilidade econ mica social ambiental e comercial garantindo o respeito ao meio ambiente e buscando novos meios de torn las sustent veis Pelo lado urbano o planejamento das instala es deve prever sua integra o com o seu entorno e futuro crescimento urbano Sua relev ncia deve ser duradoura de modo a evitar que se torne um elefante branco Estas instala es podem ser utilizadas no p s evento como refer ncia para 151 esportes de alto rendimento e ou para o uso da comunidade como ferramenta de transforma o e promo o social Instala es Potencialmente Dispon veis Conceitos extra dos de Preuss referem se aos tipos de instala es havendo em geral tr s tipos potencialmente dispon veis para uso durante as Olimp adas Instala es de uso padr o S o as instala es esportivas existentes para esportes escolares esporte para todos clubes esportivos piscinas p blicas etc para times profissio
331. s viol ncia do narcotr fico de mil cias privadas e de policiais corruptos cujas imagens s o conhecidas mundialmente e reproduzem as paisagens p s industriais da ferrugem Se antes estes grandes reservat rios de for a de trabalho que s o as favelas atraiam as ind strias depois de 1980 tal rela o se tornou negativa as empresas se afastam por causa da viol ncia e os empregos diminuindo aumentam os fatores de deteriora o destes lugares Na paisagem nada mais significativo deste processo que a convers o de pr dios e terrenos industriais em novas favelas como pode se pode ver em Benfica e na Avenida Brasil 283 A PR TICA LEVA PERFEI O Em outubro de 2009 o Brasil recebeu com festa a not cia de que era oficialmente a sede das XXXI Olimp adas em 2016 Mas esta n o a primeira vez que o Rio de Janeiro escolhido para organizar um megaevento esportivo na cidade Suas pr vias experi ncias munem o Comit Organizador com uma base de conhecimento de extrema relev ncia para o grande teste os Jogos Ol mpicos de 2016 A s tima edi o dos Jogos Sul americanos ficou marcada como a primeira experi ncia da cidade na organiza o de eventos multiesportivo Esta experi ncia foi partilhada com S o Paulo Curitiba e Bel m e entrou para a Hist ria como o maior evento multiesportivo j realizado no continente Em apenas tr s meses o Comit Ol mpico Brasileiro COB organizou a competi o nas quatro capit
332. s aquelas que dela emergiram e aquelas que podem ser ainda invocadas Se quisermos identificar a cidade devemos seguir a trilha para tr s partindo das mais completas estruturas e fun es urbanas conhecidas para os seus componentes origin rios por mais remotos que se apresentem no tempo no espa o e na cultura em rela o aos primeiros tells sic que j foram abertos Antes da cidade houve a pequena povoa o o santu rio e a aldeia antes da aldeia o acampamento o esconderijo a caverna o mont o de pedras e antes de tudo isso houve certa predisposi o para a vida social que o homem compartilha evidentemente com diversas outras esp cies animais Entre os s culos XV e XVII com o advento do capitalismo a forma e o conte do da vida urbana se modificaram Essa transforma o come ou a desfazer a ordem medieval corrompida interiormente e ent o houve a separa o entre a religi o o com rcio e a pol tica As cidades capitalistas perdem progressivamente a fun o de prote o que exerciam enquanto cidades medievais e se tornam aglomerados comerciais O crescimento de fortunas individuais dos mercadores e banqueiros que gerou condi es para a acumula o inicial do capitalismo mercantil torna o espa o urbano muito limitado e preciso organizar o Estado nacional Com o industrialismo a especula o que antes era basicamente comercial em pouco 13 Castells M A quest o urbana 1983 p 182
333. s consolidada estiver a cidadania no Brasil mais chance teremos de ter um pa s justo e igualit rio para todos os brasileiros 8 Odalia N A liberdade como meta coletiva 2008 p 166 55 SENSIBILIDADE Escuta se a cidade como se fosse uma musica tanto quanto se a l como se fosse um texto Henry Lefebvre A forma como o homem se apropriou do espa o e como conduziu a sua viv ncia transformou o lugar determinado pelas caracteristicas em espa os identit rios pois como refere Carlos lugares s o dotados de uma realidade fisico sensivel que corresponde a um uso do espa o logo a uma pr tica s cioespacial na medida em que permite a es ora sugerindo ora impedindo e na sua realiza o produzem diferencia es Esta afirma o eleva se ao esp rito do lugar pois o respeito por este assumido na constru o da cidade que transp e para esta elementos exteriores resultantes da sua interpreta o Magalh es refere se constru o do lugar partindo das diferentes tipologias que integram uma estrutura em determinado contexto como sendo a combina o destes elementos ou conjuntos em totalidades complexas que d origem imagem de um Lugar permitindo que as pessoas se orientem no espa o e ajudando a constru o do sentimento de identifica o com esse Lugar o que pressup e a exist ncia dum sentimento de perten a em rela o ao mesmo Desta forma os lugares enquanto re
334. s e volumosos investimentos s o 140 Kaplanidou e Karadakis Understanding the Legacies of a Host Olympic City 2010 140 definidas as obras que redesenham o modelo de cidade em nome dos interesses do capital e de um planejamento urbano excludente Segundo ele a realiza o do megaevento aprofunda essa ideia de cidade de exce o as regras todas v o para o espa o 4 O processo de renova o urbana tem in cio anos antes do evento Algumas cidades utilizam as Olimp adas como catalisador de desenvolvimento urbano com mais intensidade que outras visto que as necessidades urbanas para deixar a cidade dentro de n vel de aceita o internacional s o as mais diversas variando o foco de interven o de cidade para cidade Por m algumas destas transforma es s o influenciadas por rg os externos ao pa s anfitri o e devem ser previstas no dossi de candidatura O COI como rg o respons vel pela condu o do esporte ol mpico para a sele o de cidades sede especifica os requisitos m nimos para assegurar o bom funcionamento e o sucesso dos Jogos para atletas e espectadores Dentro do processo de sele o das cidades s o previstos crit rios de avalia o em um manual detalhado Dentre eles est o 1 Legado Avalia o impacto na cidade depois dos Jogos e como valores ol mpicos ser o promovidos 2 Apoio pol tico Avalia o envolvimento dos governos municipal estadual e nacional no
335. s o dificultadores O conceito de apropria o surge nessa rea como a diferencia o e matiza o cr tica de outros como privacidade apego personaliza o Para Sansot a apropria o toda a pr tica pela qual o homem deixa sua marca Tal conceito est relacionado identidade de lugar e sempre abrange a produ o da subjetividade processo no qual a autoestima tem lugar relevante A partir do sentimento de autoestima o ser humano aprende a colocar em pr tica os valores fundamentais do conv vio gentileza respeito considera o coopera o e solidariedade Genericamente apropria o o ato segundo o qual um sujeito toma posse de algo que n o lhe pertencia e o torna pr prio A cidade precisa ser percebida conhecida e ocupada O primeiro passo para que isso aconte a que exista um sentimento de pertencimento ao lugar uma vez que a cidade vive dos seus espa os em permanente intera o com os habitantes O conhecimento gerador de valora o e valora o apropria o e pela experi ncia uma pessoa conhece e constr i a realidade As experi ncias variam desde os sentidos mais diretos e passivos como o olfato paladar e tato at a percep o visual ativa e a maneira indireta de simboliza o Ela constitu da de sentimento e pensamento O espa o p blico urbano deve ser tratado como um lugar inteiramente vivenciado pessoal e comunit rio para a experi ncia real da socie
336. sas promover conhecimento e reconhecer talentos O foco no legado possibilitou cidade criar uma plataforma de programas de desenvolvimento de longo prazo tendo nas Olimp adas a l gica para a realiza o de programas de apoio e investimento no futuro dando for a a projetos estruturantes voltados melhoria da qualidade de vida cria o de espa o p blico amplia o da mobilidade e incorpora o de reas isoladas por meio de processos de regenera o urbana e reativa o econ mica 224 Ensinamentos barceloneses As realiza es para a Barcelona 1992 devem ser entendidas enquanto parte de uma estrat gia de constru o de Pa s e como uma pr tica herdada pela realiza o de grandes eventos como a Expo Universal 1888 a Expo Universal 1929 os Jogos Obreros de 1936 o Congresso Eucar stico Internacional de 1952 as Olimp adas de 92 o Congresso da Uni o Internacional de Arquitetos em 1996 e o F rum Universal das Culturas de 2004 para citar os mais importantes A Expo 1888 foi realizada onde no in cio do s culo XVIII Filipe V de Borb n rei da Espanha havia constru do uma fortaleza para manter a cidade sob seu controle Era um odiado s mbolo do poder central sobre a Catalunha O est dio ol mpico de Montjuic constru do para a exposi o universal de 1929 e onde seriam realizados os jogos republicanos de 1936 era uma refer ncia triste da Guerra Civil Espanhola O est dio foi o principal cen r
337. sci arttext amp pid S0718 835820090001000048 gt Acesso em 19 agosto 2013 GOTTDIENER M A produ o social do espa o urbano S o Paulo EDUSP 1993 GRATTON C amp PREUSS H Maximizing Olympic Impacts by Building Up Legacies The International Journal of the History of Sport 2008 25 14 1922 1938 GUELL J M F Planificaci n estrat gica de ciudades Barcelona Editorial Gustavo Gili 1997 GURGEL A O papel da m dia na constru o do legado dos Jogos Pan americanos Rio 2007 In DaCosta L Corr a D Rizzuti E Villano B e Miragaya A ed Legados de Megaeventos Esportivos Bras lia Minist rio do Esporte 2008 HALL P Urban and regional planning 4 ed New York Routledge 2002 Cidades do amanh uma hist ria intelectual do planejamento e do projeto urbanos do s culo XX S o Paulo Perspectiva 1995 HARVEY D The right to the city In New Left Review n 53 pp 23 40 set out 2008 Condi o p s moderna uma pesquisa sobre as origens da mudan a cultural 9 ed Tradu o de Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gon alves S o Paulo Loyola 2000 HILLER H Toward A Science Of Olympic Outcomes The Urban Legacy Pp 102 109 in Moragas M Kennett C Puig N eds The Legacy of The Olympic Games 1984 2000 Lausanne International Olympic Committee 2003 Post Event Outcomes and the Post Modern Turn The Olympics and Urban Transformations European Sport Management Quarterly 2006
338. se areas destruidas pela guerra ou deterioradas Com essa preocupa o central foi proposto um planejamento abrangente que determinou a localiza o de novas moradias a altera o do tecido urbano quando necess rio e criou um sistema de espa os livres reas verdes de recrea o pra as e parques em todo o Condado A vis o dos planejadores sobre os pap is que a cidade de Londres desempenhava e como a cidade deveria ser projetada para atender de forma adequada a cada um deles articulou as pol ticas setoriais territorialmente no plano Em rela o s reas residenciais o Plano reconhecia tr s principais agrupamentos o West Central Group o East Central Group e o Suburban Group No West Central Group recomendava se um zoneamento para usos residenciais e com predomin ncia de apartamentos No East End Group estavam localizadas a maioria das reas a serem reconstru das pois era a rea mais bombardeada na guerra e que continha o maior n mero de corti os No Suburban Group era necess rio um maior controle p blico sobre futuros empreendimentos garantindo se uma boa quantidade de espa os livres e o predom nio de implanta o de empreendimentos residenciais COUNTY OF LONDON PLAN OPEN SPACE PLAN moses M Plano de espa os livre do Plano do Condado de Londres Fonte Lucchese 2012 235 Os espa os livres de uma unidade de vizinhan a seriam destinados a pra as semi privadas jardins comunit rios playgrounds
339. se na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2000 definiu como Nova Carta de Atenas adotada pelo Conselho Europeu de Urbanistas CEU em Maio 1998 6 Ostrowetsky S Sociologues en ville 2000 2 Oliva J A cidade como ator social 2003 44 cidade um habitat humano que permite com que pessoas formem rela es umas com as outras em diferentes niveis de intimidade enquanto permanecem inteiramente an nimos Essa diferen a de intimidade com a cidade acontece pela pluralidade de atores sociais no espa o urbano e pela diverg ncia social e esse movimento de contr rios gera tens o uma vez que a ideia de tens o sempre a ideia de demonstrar que n o h possibilidade de ler qualquer fen meno de maneira unit ria de uma maneira que n o englobe as contradi es porque se reconhecem essas tens es que n s como cidad os temos um espa o de interven o Moraes e Costa tamb m veem a cidade desta forma como uma forma o social t pica sendo que seu espa o constitui se como condi o universal e preexistente da vida humana e a produ o deste espa o reflete a soma das a es de v rias gera es Compreender o urbano do presente passa obrigatoriamente pela an lise do passado O espa o urbano excessivamente expandido e adensado durante a Revolu o Industrial notava a severa desigualdade das condi es de vida que na cidade enquanto uns usufruiam dos benef cios advindos dos avan os tec
340. sencialmente estabelecer ou restabelecer um poder urbano capaz de produzir e de gerir com maior autonomia poss vel as formas de cidade e suas fun es sociais culturais econ micas a fim de que seus habitantes desfrutem da liberdade que a cidade d Sabemos entretanto com precis o que a produ o da cidade se inscreve num complexo de rela es externas de alcance cultural financeiro pol tico t cnico O desejo de autonomia da cidade a coloca face a todos os seus condicionamentos externos E preciso lembrar a ordena o atual da cidade responde as exig ncias que impregnam a orienta o de toda a hist ria da cidade enquanto lugar produzido Todos os mecanismos est o simultaneamente presentes mas alguns t m mais peso do que outros A cidade s mbolo da civiliza o moderna reproduz o avan ado est gio de artificializa o das rela es entre o homem e a natureza A degrada o do meio natural um dos produtos deste distanciamento revela a forma de apropria o e de domina o da natureza desenvolvida pela sociedade Assim nas rela es sociais e na possibilidade de transforma o das mesmas que repousam as alternativas para a resolu o deste impasse contempor neo Se pensarmos a cidade como o palco onde os direitos do cidad o de materializam o que se deseja s o o planejamento e a organiza o do espa o que ordene as fun es sociais da cidade de modo a garantir a qualidade de vida de toda a p
341. sente estudo apresenta os efeitos da realiza o dos Jogos Ol mpicos nas cidades sede Barcelona Londres e Rio de Janeiro buscando apurar a situa o urbana que adv m o espet culo 0 que se pretende em ltima inst ncia compreender o processo por tr s dos produtos vis veis neste caso as Olimp adas Mais especificamente sob o vi s do urbanismo Neste contexto buscaremos identificar os ensinamentos e inspira es advindos de passagens positivas e negativas destas cidades com perfis socioecon micos e desafios distintos que abrigaram os Jogos Ol mpicos Para tanto tentamos responder s quest es At que ponto os Jogos Ol mpicos impactam no espa o urbano Com que resultados E com que benef cios A sele o das experi ncias aqui apresentadas se pautou por dois crit rios essenciais cidades que foram s o ou vir o a ser sede de Olimp adas e que almejam ser reconhecidas pela qualidade do legado deixado aos seus cidad os Para efeito de operacionaliza o da pesquisa verificamos a experi ncia das cidades ol mpicas contextualizando suas nomea es sede dos Jogos e examinando as experi ncias de cada uma Por serem cidades distintas que sediaram as Olimp adas em per odos hist ricos diferentes n o se prop e aqui comparar seus legados mas sim constatar e apresentar como se deu o processo de nomea o a prepara o para os Jogos e que li es podemos tirar de seus resultados considerando as particularid
342. seus hor rios de in cio a fim de evitar os congestionamentos em hor rio de pico Estes tipos de restri es no entanto tamb m ilustram as perturba es que os Jogos Ol mpicos podem causar para a rotina di ria dos cidad os da cidade sede 14 Charkley e Essex Urban transformation from hosting the Olympic Games 1999 p 10 154 Acomoda es Normalmente durante o periodo das Olimpiadas para facilitar a mobilidades dos atletas entre treinamentos e jogos estes ficam alojados em uma Vila Ol mpica que muitas vezes est o pr ximas das instala es esportivas A fim de acomodar os milhares de atletas e as comiss es a exist ncia desta estrutura imprescind vel e portanto o planejamento do seu uso p s ol mpico essencial e deve levar em considera o sua especificidade Na maioria dos casos Vilas Ol mpicas se tornam centros residenciais para a popula o local ou resid ncias para uma universidade ou faculdade local Por exemplo a Vila Ol mpica constru da para os Jogos de Munique em 1972 acomodou 10 mil atletas durante o evento e se tornou um conjunto para fam lias de renda m dia e baixa ap s o evento Apesar dos incentivos melhoria das estruturas urbanas interven es como constru o reforma e amplia o de hot is t m que ser consideradas com parcim nia Como osJogos t m curta dura o existe um incentivolimitado paranovos investimentoscom acomoda o Hoteleirose planejadoresdevem
343. smo e consequentemente suas bases multiculturais guardam conceitos tradicionalmente transmitidos pela cultura universal e posi es contestadoras referentes a problemas atuais Portanto conforme a experi ncia hist rica a atividade esportiva ensinada e vivida de forma diferente em cada sociedade sendo interpretada segundo valores da cultura local O idealismo ut pico de Coubertin que imaginava o esporte como um momento de celebra o quase religiosa entre os povos j n o existe mais e partindo do princ pio em que os Jogos Modernos n o s o uma continuidade dos Jogos da Gr cia cl ssica n o podemos esperar que permane am exatamente como haviam sido concebidos por Coubertin A ruptura da estrutura do esporte atual com os valores propostos originalmente impede que o Olimpismo de ent o seja entendido e praticado na atualidade da mesma maneira Podemos perceber o Movimento Ol mpico como uma institui o t pica da modernidade que expressa os tra os caracter sticos do esporte moderno sua neutralidade e influ ncia geopol tica idealismo e comercializa o Mas poss vel tamb m pensar a Olimp ada atual como uma manifesta o t pica da sociedade do espet culo ha qual s o relativizados os princ pios ticos r gidos que norteavam a conduta humana e exclu das certas normas que impediam a penetra o de uma racionalidade capitalista no interior da esfera cultural A introdu o desta nova men
344. smo na participa o do atleta em Jogos Ol mpicos Garcia Ferrando argumenta que evidente que a ideologia ol mpica primordial de manter os Jogos afastados de interesses comerciais n o tem nada que ver com as linhas de conduta econ mica que t m seguido as ltimas edi es dos Jogos Ol mpicos A rede de interesses comerciais que tem envolvido o esporte em geral e o Olimpismo em particular tem se tornado muito densa em poucos anos A publicidade de produtos comerciais o patroc nio dos esportistas que atuam como aut nticos agentes das empresas que representam os contratos comerciais que realizam as federa es nacionais e internacionais com as mais variadas empresas o crescimento espetacular da ind stria de equipamentos esportivos tudo isso em suma faz o movimento ol mpico cada dia mais dependente dos interesses do grande capital Nesse sentido o Olimpismo tem se convertido em um instrumento da pol tica internacional sendo tamb m em um 84 Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 p 14 81 instrumento dos grandes interesses comerciais A questao dos diversos tipos de legados a serem deixados pela organiza o das Olimp adas dialoga diretamente com amea a acerca dos Jogos enquanto evento capaz de gerar repercuss es positivas ou apenas reproduzir interesses comerciais A m dia em especial repercute de forma decisiva nessa tens o contempor nea atrav s da qual os envolvidos nos Jogos
345. squete Terrassa h quei ou Viladecans baseball por exemplo Mas tudo tinha que ser organizado de forma racional Um local de alta capacidade para handebol por exemplo era desnecess rio em Barcelona mas havia a necessidade de um em Granollers o que exigiu uma instala o de alta qualidade para completar a infraestrutura esportiva O modelo destas quatro reas Ol mpicas gerou outro projeto na mesma linha as reas de nova centralidade ANC O conceito das reas de nova centralidade pode ser considerado uma evolu o da ideia de centros direcionais que o PGM propunha Mas este deu mais import ncia nos termos da implanta o e impacto da estrutura de centralidades tentando ao mesmo tempo redistribuir os usos centrais da rea metropolitana 199 Mapa de Barcelona com as areas de nova centralidade de 1986 Fonte Esteban 1999 O que este projeto tem dado a constru o de id ias de distribui o para os novos centros por toda a cidade o que sem d vida aumentou o significado de qualquer uma dessas a es Mas isso n o tudo Tamb m importante reconhecer o projeto ANC pelo seu valor pedag gico emtermos de espa o da cidade como uma op o para a implanta o de atividades Esta tem sido uma ferramenta muito til para a compreens o da estrutura urbana de Barcelona Uma rea de nova centralidade que merece uma men o especial devido sua natureza espec fica Port Vell Ele tem tido um s
346. ssibilidade para portadores de necessidades especiais Licere Online v 12 n 4 dez 2009 BEAUJEU GARNIER J Geografia Urbana 2 Ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1997 BELGIOJOSO A B Qualit della citt e projettazione urbana Mazzota Mil o 1990 In VARGAS H C Qualidade Ambiental Urbana em busca de uma Nova tica USP S o Paulo 2000 BEN VOLO L Hist ria da Cidade S o Paulo Perspectiva 1999 s origens da urban stica moderna S o Paulo Lisboa 1981 BERNARDI J A organiza o municipal e pol tica urbana 2 Ed Curitiba IBPEX 2007 424p BIASOLI V O Mundo Grego S o Paulo FTD 1995 BIENENSTEIN G S NCHEZ F Estudo de caso Jogos Panamericanos 2007 Rio de Janeiro Relat rio de Pesquisa Grandes Projetos de Desenvolvimento Urbano o que se pode aprender com a experi ncia brasileira apresentado ao Lincoln Institute of Land Policy maio 2006 Rio de Janeiro IPPUR 2006 BORJA J In Conferencia proferida no Semin rio Porto Alegre Uma Vis o de Futuro C mara Municipal de Porto Alegre Porto Alegre 2008 BORJA J MUXI Z El espacio p blico ciudad y ciudadania Barcelona Diputaci d Barcelona 2008 328 BOSCH A La historia del proyecto olimpico online Barcelona Centre d Estudis Olimpics UAB http olympicstudies uab es docs wp001 spa pdf BOTELLA M The Keys to success online article Barcelona Centre d Estudis Ol mpics UAB 1995 h
347. ssivas de transporte pode se afirmar que o projeto do Pan 2007 foi reduzido A concentra o da maior parte dos equipamentos destinados ao evento na Barra da Tijuca e a ado o das parcerias com o setor privado notadamente por meio das concess es de uso de equipamentos p blicos do munic pio al m de refor ar a tend ncia de um tipo de urbanismo calcado nos grandes projetos p e por terra o argumento da justi a distributiva oriunda da iniciativa Um caso emblem tico de legado negativo dos Jogos Pan americanos para a cidade o processo de privatiza o do Parque do Flamengo consolidado atrav s do projeto de amplia o da Marina da Gl ria O local que sediou as provas de canoagem no evento utilizou instala es provis rias parte delas herdadas de um evento de moda A Marina que era gerenciada pela prefeitura do Rio de Janeiro passou para o controle da Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia EBTE em 1995 para uso das instala es da explora o dos servi os com finalidade comercial da gest o administrativa e da revitaliza o do complexo Marina da Gl ria 201 Bienenstein e Sanchez Estudo de caso Jogos Pan americanos 2007 Rio de Janeiro 2006 202 Mascarenhas S nchez e Bienenstein O jogo continua megaeventos esportivos e cidades 2011 p 119 Bienenstein e Sanchez Estudo de caso Jogos Pan americanos 2007 Rio de Janeiro 2006 293 A poca de prepara o para os Jogos
348. ste universo cada vez mais complexo das metr poles contempor neas A escolha de cidades ol mpicas como estudo de caso d se pelo fato de que a realiza o de megaeventos como os Jogos Ol mpicos produz in meras transforma es em maior ou menor escala resultando na atualiza o de desenhos urbanos O impacto sofrido pelas sedes ol mpicas aumenta medida que o evento torna se maior e mais complexo Em mbito global os Jogos Ol mpicos adquiriram nas edi es mais recentes magnitude antes inconceb vel fruto de extraordin rio crescimento no volume de investimentos que atraem Desde 1896 os Jogos da era moderna j passaram por 23 cidades incluindo ricas e modernas como Londres metr poles ca ticas como Pequim e modestas como Montreal Os Jogos Ol mpicos de Barcelona se destacaram e se tornaram refer ncia mundial porquanto catalisaram diversas interven es urbanas como a frente mar tima que foi redesenhada e revitalizada e o sistema vi rio pela constru o da Avenida Diagonal que foi prolongada at o mar constituindo se um novo centro de feiras exposi es e congressos e traduziram nas em legado urbano Duas d cadas separam as olimp adas de Barcelona 1992 e de Londres 2012 caso mais recente dos Jogos Inspirados pelo exemplo de Barcelona buscam a regenera o da rea de East London introduzindo a ideia de planejamento do legado com planos de interven o at 2030 Em 2009 o Rio de J
349. strias de m dia telecomunica es lazer viagens e turismo De modo a enaltecer sua imagem como uma metr pole adiantada uma cidade globalizada e um centro internacional para com rcio e neg cios Notamos isso no caso de Barcelona 1992 buscou revitalizar sua cidade como centro de turismo internacional Atlanta 1996 tornou se um grande centro de neg cios Para a emergente China Pequim 2008 estava em busca do reconhecimento internacional de seu crescimento econ mico e industrial Estas abordagens de regenera o envolvem novas formas de financiamento acelera o de desenvolvimento e renova o urbana enquanto combina elementos de mudan a pol tica e regenera o social com o objetivo de reduzir as tens es internas no mago das cidades e seu potencial latente de inquieta o social 8 A primeira vez que a palavra legado foi encontrada em documentos de candidatura remonta Melbourne 1956 Embora a palavra legado n o tenha aparecido at o meio do s culo passado as primeiras refer ncias ao legado eram comumente tidas como benef cios ou motiva es para sediar os jogos enfatizando o xito da organiza o dos Jogos atrav s da disponibiliza o de locais de competi o necess rios com a eventual inclus o one Nowadays hosting the Olympic Games can act as a catalyst for urban redevelopment enabling changes which might normally take several decades to be completed over a seven year cycle Retirado do pr
350. talidade provocou o rompimento com princ pios que haviam orientado o Movimento Ol mpico na fase rom ntica de cria o de seu ide rio e tradi es A reapropria o de elementos simb licos e sua ressignifica o assumiram um car ter diferente do 87 Abreu 1999 p 75 apud Rubio K Os jogos ol mpicos e a transforma o das cidades 2005 38 Para Guy Debord toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condi es de produ o se apresenta como uma imensa acumula o de espet culos Tudo o que era vivido diretamente tornou se uma representa o o espet culo n o um conjunto de imagens mas uma rela o social entre pessoas midiatizada por imagens Debord 1997 81 e citando Ludwig Feuerbach completa o nosso tempo prefere a imagem coisa a c pia ao original a representa o realidade Feuerbach apud Debord 1997 81 83 original Na atualidade os JO s o o principal evento esportivo competitivo al m de ser um evento com forte apelo tur stico e comercial Nesta conjuntura a sociedade de consumo dinamizou os aspectos necess rios para que o espet culo esportivo se convertesse em ve culo de propaganda de produtos destinados a mercados de massa ampliando as possibilidades de comercializa o do esporte e induzindo intensas mudan as no mundo esportivo Devemos lembrar que os meios de comunica o tamb m tiveram um papel central na reinven o das Olimp adas Em geral os j
351. tanto complexa visto que cada sociedade v o espa o de uma forma que diretamente estar ligada as suas concep es sociais e culturais Entende se que o espa o urbano produto de acontecimentos pol ticos hist rico culturais socioecon micos de v rias gera es desta forma n o faz sentido pensar gest o urban stica desarticulada da concretude espacial porque sociedade e espa o caminham juntos desde os prim rdios O esporte atualmente reflete a forma como a sociedade vem se organizando revelando as diferen as entre Estados povos e classes sociais A escolha das cidades ol mpicas d se pelo fato de que a realiza o de megaeventos como os Jogos Ol mpicos produz in meras transforma es em maior ou menor escala resultando na atualiza o de desenhos urbanos A sele o das experi ncias aqui apresentadas se pautou por dois crit rios essenciais cidades que foram s o ou vir o a ser sede de Olimp adas e que almejam ser reconhecidas pela qualidade do legado deixado aos seus cidad os Desta forma o presente estudo apresenta os efeitos da realiza o dos Jogos Ol mpicos nas cidades sede Barcelona Londres e Rio de Janeiro buscando apurar a situa o urbana que adv m o espet culo O que se pretende em ltima inst ncia compreender o processo por tr s dos produtos vis veis neste caso as Olimp adas Mais especificamente sob o vi s do urbanismo Neste contexto buscamos identificar os ensinamentos e inspira
352. tava evitar obriga es financeiras O per odo Il 1969 1980 refletiu uma importante fase de mudan as quanto ao financiamento Com o crescente gigantismo dos Jogos tornou se urgente a obten o de novas fontes de financiamento e com isso a venda dos direitos de transmiss o e patroc nios se tornou muito importante e a depend ncia desta fonte de recursos cresce progressivamente at hoje Apesar disto a realiza o dos Jogos ainda necessitava de apoio e recursos governamentais a exemplo do que a Olimp ada de Munique de 1972 bem demonstrou e na grande falha de financiamento p blico da cidade revelada 127 Cashman R What is Olympic legacy 2008 p 36 128 Preuss H The economics of staging the Olympics 2004 p 7 8 128 pelos deficitarios Jogos Olimpicos de Montreal em 1976 Os Jogos Olimpicos de Moscou em 1980 forneceram pouca informa o quanto aos legados econ micos do evento A terceira fase 1981 2003 teve in cio com os Jogos de Los Angeles em 1984 que pela falta de outros candidatos teve a oportunidade de fazer exig ncias que em outra situa o n o poderia fazer Assim foi permitido cidade de Los Angeles declinar qualquer obriga o financeira e como resultado Neste per odo com a libera o do profissionalismo ficou garantida a independ ncia financeira do Movimento Ol mpico transformando o evento em um neg cio comercial basicamente atrav s da explora o de direitos de patroc
353. te tais instala es n o s o economicamente vi veis caso sejam usadas apenas para esportes Pavilh o Multiuso Centro de Feiras Centro de Conven es uma op o para as cidades sede utilizarem temporariamente um pavilh o ou centro de conven es existente como instala o esportiva A constru o ou a moderniza o de um pavilh o de feiras pode promover a localiza o da cidade como feira de neg cios Um centro de conven es atraente agregado imagem de uma cidade Ol mpica pode faz la uma Cidade de Conven es Pequenos Est dios e Gin sios S o pequenos est dios e gin sios desprovidos de grandes arquibancadas Durante os jogos s o utilizados para treinamento Se a capacidade dos gin sios na cidade sede n o for suficiente os novos gin sios a construir ser o usados principalmente em esporte para todos Devem estar dispon veis em n mero suficiente antes dos Jogos Instala es Especiais Vel dromos e Piscinas Instala es especiais t m a desvantagem do uso limitado apenas a um determinado esporte Podem ser usadas como centros de treinamento ou esporte para todos e frequentemente experimentam d ficits Vel dromos cobertos somente podem ser utilizados como centro de treinamento ou provas de ciclismo Por esta raz o a maioria das cidades n o possui tais instala es antes dos Jogos A maioria das piscinas aberta ao p blico o que enseja o aumento da oferta de esporte e recre
354. te tipo de legado As Olimp adas produzem muitos s mbolos e logotipos criativos alguns dos quais t m o potencial de reutiliza o comunidade criativa como o caso de Sydney Tem havido muito pouca considera o dada ao legado emocional dos Jogos a respeito de como uma comunidade lida com as consequ ncias do que para muitos foi o evento mais memor vel de suas vidas H muitas maneiras em que uma cidade pode marcar simbolicamente um local particular Como por exemplo em Sidney foi estabelecido na entrada do Centro Aqu tico o chamado Path of Champions Este caminho inclui mais de cem placas que homenageiam campe es ol mpicos da Austr lia fornecendo detalhes b sicos biogr ficos de cada campe o e um breve resumo de suas realiza es Neste breve resumo das principais dimens es verificamos que o caminho para o legado longo e complexo 135 A IMPORT NCIA DO PLANEJAMENTO NA CRIA O DE IMPACTOS POSTERIORES Atualmente vemos o esp rito dos JO penetrando os cora es e mentes dos brasileiros seja porque a oportunidade de assistir no Brasil um evento mundial seja porque para alguns uma possibilidade de ampliar a renda ou porque os investimentos em infraestrutura podem melhorar a mobilidade urbana nas cidades sedes Mas sabemos que a organiza o de eventos tais quais os Jogos Ol mpicos est cada dia mais complexa Os governos falam de legado econ mico e de infraestrutura mas a participa o de todos c
355. teresses empresariais revestidos de uma bem concatenada estrat gia discursiva na qual o interesse do capital se confunde com o interesse de toda a cidade Aos que n o compartilham desta ideologia resta seguir denunciando e propondo alternativas destrui o do patrim nio hist rico paisag stico ambiental vide Marina da Gl ria e remo o de popula es em favor dos grandes interesses imobili rios Estes jogos s o exemplos para desenvolver a consci ncia de que tipo de projetos e investimentos queremos ver em 2016 no Rio de Janeiro Esperamos que o grande evento seja um catalisador de mudan as e que a cidade receba os investimentos necess rios para a cria o de uma infraestrutura urbana duradoura e que a vis o integradora das diferentes camadas que comp em a cidade como o transporte as vias de transporte os servi os os usu rios a cultura e principalmente o desejo dos usu rios de melhorar sua qualidade de vida t m de viver melhor sejam consideradas e planejadas responsavelmente Finalmente um investimento n o um fim em si mesmo um meio para que os cidad os efetivamente vivam melhor As olimp adas passam a cidade fica Cada hist ria cada vis o e cada motiva o para querer sediar os Jogos Ol mpicos diferente mas os verdadeiros vencedores s o as cidades sede que decidem sobre o legado que eles querem desde o in cio e s o razo veis em suas expectativas sobre os benef cios que o evento pode
356. tiva de Barcelona mas o presidente do Comit Ol mpico Espanhol Jos Antonio Elola relegou a cidade a ser simplesmente a sede n utica deixando o pesa da candidatura Madri em sua primeira tentativa que foi perdida para Munique O per odo de candidatura para as Olimp adas de 1992 coincidiu com os Jogos de Los Angeles Esta coincid ncia foi fortuita para Barcelona que apresentou sua candidatura antes e n o depois dos Jogos que foram os primeiros produzir um super vit cuja candidatura foi considerada um ato heroico ap s o fiasco econ mico de Montreal em 1976 De qualquer forma ap s a defini o da equipe de candidatura tem in cio uma s rie de acordos institucionais que mostram o consenso no projeto Foram considerados os mbitos institucionais pol ticos sociais e urbanos do momento Em um Primeiro momento realizado o conv nio com a 167 Generalitat por meio do qual criado o Conselho Reitor da candidatura e oficializada a equipe de candidatura chamada de Escrit rio Ol mpico O Escrit rio foi o corpo executivo do Comit de Candidatura Ol mpica em dois aspectos a coordena o da prepara o da cidade e dos projetos urban sticos como os especificamente focados na organiza o dos Jogos Ol mpicos e consequentemente a reda o do Dossi de Candidatura O dossi era o documento que confirmava a firme inten o da cidade e seu comprometimento em sediar os Jogos Ol mpicos de 1992 por m
357. tos na infraestrutura das cidades como mostra o quadro abaixo 146 Table 1 The changing infrastructural impact of the Summer and Winter Games 1896 2002 Summer Olympic Games Winter Olympic Games PHASE ONE 1896 1904 Small scale poorly organised and not necessarily involving any new development PHASE ONE 1924 1932 Minimal infrastructural transformation apart from sports facilities PHASE TWO 1908 1932 Small scale better organised and involving construction of purpose built sports facilities PHASE THREE 1936 1956 Large scale well organised and involving construction of purpose built sport facilities with some impact on urban infrastructure PHASE TWO 1936 1960 Emerging infrastructural demands especially transportation PHASE THREE 1964 1980 Tool of regional development especially transportation and Olympic Villages PHASE FOUR 1960 1996 Large scale well organised and involving construction of purpose built sports facilities with significant impacts on PHASE FOUR 1984 2002 Large scale urban transformations including multiple Olympic Villages urban infrastructure Caracteriza o temporal dos Jogos Ol mpicos 1896 2002 e sua escala de crescimento Fonte Chalkley and Essex 1999 Como visto as primeiras Olimp adas que tinham como objetivo a celebra o e propaga o do esporte e dependiam das oportunidades pol ticas e financeiras dispon veis na poca at mesmo porq
358. tp www educacaoemlinha com br A contrata o de um arquiteto de prest gio na Fran a vinha ao encontro das aspira es da burguesia e a inspira o em um modelo europeu de cidade desenvolvida Este trabalho considerado pelos estudiosos como o primeiro Plano Diretor completo e dentro dos par metros do moderno urbanismo internacional O plano foi pouco aplicado em decorr ncia da pr tica pol tica marcada pela descontinuidade O Rio de Janeiro foi profundamente marcado nos 1940 e 1950 pelos conjuntos habitacionais produzidos pelo Estado n o s pela rea constru da pelos bairros e zonas ocupadas mas sobretudo pelos seus programas inovadores onde se associavam edif cios de moradia com equipamentos sociais e recreativos reas verdes e de lazer integrados em sistemas vi rios e de transportes novos e remodelados como a eletrifica o de parte do sistema ferrovi rio suburbanos em 1937 ou a constru o de modernas rodovias como as avenidas Brasil e as estradas Rio S o Paulo e 280 Rio Belo Horizonte nos anos 40 E surpreendente do ponto de vista dos conceitos de cidade subdesenvolvida constatar que o rodoviarismo no Brasil come ou aproximadamente menos de duas d cadas depois dos EUA e tenha se antecipado Inglaterra em mais de uma d cada Primeiro conjunto edificado pelo IAPI Instituto de Aposentadoria e Pens es dos Industri rios Realengo foi inaugurado em 1943 com dois mil e trezentos e trinta e qua
359. tra o 43 Ilustra o 44 Ilustra o 45 Ilustra o 46 Ilustra o 47 Ilustra o 48 Ilustra o 49 Ilustra o 50 Ilustra o 51 Ilustra o 52 Ilustra o 53 Ilustra o 54 Ilustra o 55 Ilustra o 56 Ilustra o 57 Ilustra o 58 rea do Centennial Place Homebush Bay Parque Aqu tico de Atenas Parque Ol mpico de Pequim Plano de Barcino Ensanche de Barcelona Mapa da Barcelona Medieval Fachada mar tima de Barcelona em 1950 Fabr cas Folch Poblenou 1987 Vista a re da Vila Ic ria Extens o das demoli es na Vila Ic ria Plano de espa os urbanos at 1992 Plano Geral Metropolitano de Ordena o Urbana As quatro reas ol mpicas Mapa das reas de competi o dos Jogos de 1992 reas de nova centralidade 1986 Port Vell Maquete do Anel Ol mpico de Montjuic Desenho do Anel Ol mpico de Montjuic Plano da rea de Montjuic Vista a rea do Anel Ol mpico de Montjuic 1992 Plano da fachada mar tima de Barcelona Fachada mar tima antes das interven es Axonometria da Vila Ol mpica Desenho da Vila Ol mpica Foto a rea da rea da Vila Ol mpica Foto de parte da Vila Ol mpica Plano da rea Diagonal Zona universit ria da Diagonal Plano da rea de Vall d Hebron Vel dromo de Vall d Hebron Esquemas de Cerda Mapa de tr nsito vi rio de Barcelona 146 149 151 153 156 157 158 160 160 161 161 164 168 179 181 182 183 185 186 187 188 189 190 192
360. tro unidades residenciais entre casas e apartamentos Foi dotado de toda infraestrutura inclusive uma esta o de tratamento de esgotos escola prim ria para mil e quinhentos alunos creche ambulat rio m dico e dent rio quadra de esportes Os apartamentos de 30 metros quadrados com quarto sala e balc o dispostos em quatro blocos de quatro andares exprimem com muita clareza o ideal do modo de vida do oper rio moderno e de massa Durante o governo de Juscelino Kubitschek 1956 1961 em 1960 a capital do Brasil foi transferida para Bras lia tendo a cidade do Rio de Janeiro perdido muitas das suas principais fun es ligadas administra o p blica Neste per odo o Rio de Janeiro viu as suas vias saturadas n o s pelo aumento do n mero de ve culos em circula o como tamb m pela concentra o de uma popula o que passava cada vez mais a morar em pr dios de apartamentos e a trabalhar em edif cios comerciais Para planejar o crescimento da cidade neste novo cen rio foi encomendado o Plano Doxiadis cujo urbanismo procurava projetar as necessidades futuras da popula o em termos de circula o habita o trabalho e lazer Admitindo a utiliza o do autom vel como meio de transporte individual e o do nibus como meio de transporte de massa de modo crescente e irrevers vel esse sistema previa 403 quil metros de vias expressas e mais 517 de vias principais no munic pio do Rio de Janeiro a ser complement
361. trugao de novas plataformas e reformas de outras esta es pr ximas de metr e trem Um trem de alta velocidade chamado Javelin conectar a regi o central de Londres esta o de King s Cross St Pancras esta o de Stratford No total 10 linhas de metr e tr s esta es servir o o Parque Ol mpico Stratford Stratford International e West Ham ilee Line orth London s eg ag a lee L D A v th amp City Line Fa District Line ic as c2c Line a Linhas de acesso ao Parque Ol mpico Fonte AECOM 262 O transporte ao longo do rio Tamisa que corta o lado leste de Londres e passa relativamente perto do centro olimpico tamb m esta sendo melhorado para criar mais op es de transporte na regi o A proposta fazer com que todos os visitantes se dirijam ao Parque Ol mpico utilizando transporte p blico Al m disso oito rotas de caminhos a p e de bicicleta foram criadas para atender o Parque Ol mpico e outros locais de competi o na cidade Seis mil estacionamentos de bicicletas ser o especialmente criados para atender aos Jogos Um enorme complexo comercial ao lado do Parque Ol mpico chamado Westfield Stratfort City foi criado para impulsionar ainda mais o desenvolvimento da regi o Trata se do maior shopping center da Europa com 300 lojas bares restaurantes dois hot is cinema escrit rios e apartamentos J com boa parte das instala es em opera o o investimento no empree
362. ttp ceo uab cat 2010 docs wp029_eng pdf Acesso em 12 ago 2013 BOTELHO M Desenvolvimento espa o e crise estrutural Espa o e Economia Revista Brasileira de Geografia Econ mica ano n 2 2013 BRAJER V MEAD R W Beijing looking at the Olympic effect In Journal of Environment amp Development vol 12 n 2 jun 2000 p 239 263 BRAND O Z O papel do desenho urbano no planejamento estrat gico a nova postura do BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL arquiteto no plano urbano contempor neo Dispon vel em http www cintec com br upload pdfs Acesso em 05 mai 2013 Decreto Federal n 5 296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis n 10 048 de 8 de novembro de 2000 que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica e 10 098 de 19 de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e crit rios b sicos para a promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de defici ncia ou com mobilidade reduzida e d outras provid ncias Lei n 10 098 de 19 de dezembro de 2000 Estabelece normas gerais e crit rios b sicos para a promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de defici ncia ou com mobilidade reduzida Distrito Federal C mara dos Deputados Estatuto da Cidade Guia para implementa o pelos munic pios e cidad os 2 ed Bras lia 2002 Minist rio das Cidades CONFEA Plano Diretor Participativo guia para elabora o pelos munic pios e ci
363. ucesso espetacular entre os cidad os com uma atitude cr tica para os setores e profissionais qualificados em urbanismo e tamb m de muitas pessoas socialmente relevantes Essa cr tica tem sido por vezes demag gica e irrealista os edif cios n o nos deixam ver o mar mas em outros casos a cr tica foi mais conceitual e grave um porto por sua ess ncia um espa o vazio espa os cheios s o a cidade e isso deve ser cercado pelo vazio com o seu 200 papel importante a introdu o de certos usos banaliza um espa o t o singular os edif cios do cais afetam a imagem da fachada mar tima de Barcelona Vista panor mica de Port Vell Fonte Wikipedia Commons At certo ponto dif cil n o concordar com essas cr ticas e portanto elas devem ser aceitas No entanto em uma avalia o global dessas a es n o deve se esquecer tudo o que a opera o de Port Vell tem representado Foi realizado por um corpo que n o foi a C mara Municipal e foi um fator de melhoria e revitaliza o de todos os seus arredores onde espa os urbanos de interesse extraordin rio tomaram forma 0 Anel Ol mpico de Montju c z Come amos por Montju c Esta uma rea que estava praticamente esquecida at 1904 Metade da montanha era completamente desconhecida para a maioria dos habitantes de Barcelona e totalmente inacess vel O Parque Montju c possui 500 hectares e o maior parque equipado da Europa a poucos qui
364. ue afastem candidaturas aventureiras sem a m nima consist ncia e ainda menos viabilidade em que a nica coisa que procuram o efeito de an ncio em benef cio de dirigentes desportivos ou pol ticos de moralidade duvidosa Nas mais diversas reas e setores da pol tica esportiva o Olimpismo direta ou indiretamente deve ser o defensor das diferentes necessidades das mais diversas camadas sociais e propor solu es em fun o das respectivas necessidades e anseios da popula o Ainda que diferentes discursos tenham sido produzidos sobre o desvirtuamento dos Jogos Ol mpicos prevaleceu a proposta daqueles que viram esse desvirtuamento como um mal menor diante da amea a de interrup o dos Jogos em raz o da inviabilidade de manter seu formato tradicional e suas antigas formas de financiamento E para legitimar essa metamorfose necess rio colocar em pr tica um ambicioso projeto de redefini o das diretrizes que norteavam as a es do Movimento Ol mpico Esperamos que neste s culo XXI se olhe para as pessoas e os seus direitos Numa estrat gia global imperativo ligar o crescimento econ mico justi a social considerando tamb m o esporte onde o neg cio dos megaeventos esportivos promovidos pelos pa ses ricos tem sido suportado pelos pa ses de mais baixo n vel de desenvolvimento humano O Estado n o pode esperar que o mercado resolva todos os problemas relativos ao esporte enquanto instrumento de desenvo
365. ue eram organizadas como parte de outros eventos as Exposi es Mundiais eram mal estruturadas com m dicas instala es esportivas nas cidades renovando apenas o m nimo essencial para a realiza o do evento Numa segunda fase pr guerra apesar de ainda terem uma pequena escala por j ser reconhecidas como um evento em si e tendo o apoio das esferas p blicas a organiza o foi aprimorada e um pouco mais de aten o foi dispensada aos equipamentos esportivos mas sem grande impacto na infraestrutura da cidade A partir dos Jogos de Berlim 1936 os Jogos come aram a ganhar maior dimens o e notoriedade elevando a o n vel de organiza o e estrutura o Nesta fase instala es esportivas especializadas para os diferentes foram constru das dependendo da cidade eram constru das em diversas partes da cidade ou agrupados em um mesmo local e outras estruturas como a Vila Ol mpica cresceram em dimens o e status Nesta fase raras exce es como Londres 1948 utilizaram estruturas existentes e prec rias pois a severidade p s guerra n o permitia excessos Por fim numa fase que teve in cio nos anos 1960 intensificou se nos anos 1980 e se estende at os dias atuais a escala tem crescido de modo exponencial O impacto dos JO estimulou mudan as de 147 grande porte no espa o urbano A variedade de infraestrutura necess ria para realizar os Jogos superada a cada edi o A cidade se tornou foco das Olimp a
366. upera o do centro hist rico A d cada de 1980 de grandes projetos para Barcelona Neste per odo a prefeitura desenvolve diversos projetos de interven o urbana pois tem como grande objetivo a promo o da cidade para o mundo Durante los anos 1980 y 90 los gestores municipales de Barcelona han pensado ante todo em la globalizaci n y en la compet ncia entre las ciudades a escala internacional tratando de preparar la ciudad para ello El objetivo vuelve a ser de nuevo convertir a Barcelona em la capital del Mediterr neo occidental Esta nova fase de planejamento da cidade democr tica de 1980 tal como refere Juli Esteban tomou forma numa s rie de ideias e projetos parciais com a participa o de v rios atores e com diferentes 161 Capel H El modelo Barcelona um examen cr tico 2009 p 29 181 refer ncias contextuais e objetivos especificos durante todo o periodo Estes projetos com inser o principal na interven o de espa o p blicos foram a base de construir a cidade A requalifica o urbana que tinha como principal indutor a melhoria dos espa os p blicos foi um princ pio extensivo a toda a cidade especialmente cidade perif rica Uma s rie de atua es concretas que pretendiam ser o foco regenerador do seu entorno com a certeza que este processo teria resultados mais imediatos e radicais que o planejamento sistem tico a grande escala Um certo urbanismo de oportunidade era obrig
367. urbana preciso garantir os meios de transporte necess rios para que os espectadores cheguem ao aos locais das competi es sem grandes problemas Isso significa a necessidade no aumento da capacidade dos aeroportos rodovias em bom estado e melhorias no transporte p blico da cidade O maior projeto est relacionadoaos Jogosde T quio1964 Foram constru das vinte e duasnovas rodoviaseduas novas linhasde metro o que 153 permitiu a cidade lidar com as demandasde curto prazodo evento bem como as perspectivasde longo prazorelacionados com apopula o localeintensifica o do tr fego Arena esportiva americana com estacionamento de gigantesca dimens o Atualmente esta situa o n o mais aceit vel nos contextos urbano ambiental e econ mico Fonte Relat rio do Simp sio Internacional de Lausane 2004 A antecipa o do congestionamento do tr fego na cidade sede durante a realiza o dos Jogos muitas vezes leva introdu o de medidas inovadoras de controle de tr fego Durante os Jogos de Seul de 1988 o uso de ve culos particulares foi restrito Os moradores s foram autorizados a conduzir o seu carro todos os dias de acordo com n meros de placas pares e mpares Para os Jogos de Inverno de Oslo em 1952 foram introduzidas faixas especiais para atletas enquanto que em Nagano em 1998 o p blico em geral foi convidado a n o dirigir para o trabalho ou escola e as empresas foram convidadas a fechar ou escalonar
368. us cidad os 32 MATERIALIDADE Em se tratando de cidade falar em materialidade parece bvio j que traduz a dimens o espacial a dimens o visivel do urbano A compreens o da cidade enquanto realidade material se revela atrav s do conte do das rela es sociais que lhe d o forma ou seja ao nos aprofundarmos nesta dimens o observamos que a cidade requer uma an lise das modalidades do espa o transformado por a es humanas especificada por suas caracter sticas de extens o f sica e tamb m do contexto hist rico e dos tra os anal ticos Quando trabalhamos o espa o a primeira ideia que temos que ele uma constru o Constru o esta que requer primordialmente a participa o humana o espa o urbano como constru o social produto de v rias gera es Fernand Braudel se refere cidade como incentivadora de rela es sociais e receptora das altera es resultantes da evolu o destas rela es cidades existem desde a Pr Hist ria S o estruturas multisseculares que fazem parte da vida comum Mas s o tamb m multiplicadores capazes n o s de se adaptarem mudan a como de contribu rem poderosamente para ela Poder amos dizer que as cidades e a moeda fabricaram a modernidade mas tamb m que a modernidade a massa em movimento da vida dos homens conforme a regra da reciprocidade Impulsionou a expans o da moeda construiu a tirania crescente das cidades Cidades e moedas const
369. usadas em outro local ainda n o definido Assim no parque aqu tico ser mantida somente a se o central O projeto do local da arquiteta iraquiana Zaha Hadid em 2004 Trata seda mais complexa constru o feita no centro ol mpico londrino com duas piscinas de 50 m Ao lado do parque aqu tico foi montada arena tempor ria para a modalidade de polo aqu tico nos Jogos com cinco mil assentos Parque Aqu tico Fonte London Olympic Games Official Report vol 3 Vel dromo Com seis mil assentos o vel dromo tem 250 m de pista e 35 m de altura O vel dromo um dos cinco maiores equipamentos do Parque Ol mpico de Londres foi um dos ltimos a iniciar as obras e o primeiro a terminar Foram 118 semanas de trabalho incluindo a pr constru o Depois da Olimp ada o espa o ser um centro de ciclismo que tamb m inclui trilhas de mountain bike do lado externo 257 Vel dromo Fonte London Olympic Games Official Report vol 3 Arena basquete A arena de basquete um dos maiores equipamentos esportivos tempor rios usados em uma Olimp ada Possui assentos para 12 mil espectadores suportados por uma estrutura de a o de 1 000 t Durante os Jogos noite a membrana pode ser usada como um painel art stico com o uso de luzes projetadas internamente Durante o dia capaz de refletir a luz natural A arena lembra o famoso cubo d gua dos Jogos Ol mpicos de Pequim Depois dos Jogos a arena ser desmont
370. ustriais e de moradias de popula o de menor renda as mais destru das pela Guerra Essa autoridade sendo institucionalizada atrav s de leis urban sticas e de interven es de fato ajudou a dotar o planejamento de uma aura de ci ncia m todo inquestion vel para trazer solu es aos problemas urbanos que se difundiu amplamente por outros pa ses 184 A TCPA foi fundada como Garden City Association em 1899 por Ebenezer Howard e foi respons vel pela implanta o da primeira cidade jardim inglesa a Letchworth Teve uma grande influ ncia na Inglaterra com a atua o de Frederic James Osborn colega de Howard e seu sucessor na dire o da institui o influ ncia que pode ser sentida nas normas contidas nas Leis de Planejamento Urbano e Rural na elabora o do Plano do Condado de Londres e no Plano da Grande Londres e na atua o de v rios profissionais no interior e fora do governo brit nico 236 THIRD TIMES A CHARM Muito se falou nos ultimos anos sobre os Jogos Olimpicos de Londres 2012 Mas o que poucos sabem que esta n o a primeira vez que Londres serve de cen rio para este espet culo Depois das inova es para esquecer em Paris dos experimentos de Saint Louis e do excelente modelo que Atenas ofereceu ao mundo na organiza o dos Jogos Pan Hel nicos o esp rito ol mpico andava sem d vida em baixo de forma O pr prio bar o de Coubertin j indagava se valia a pena prolongar a agonia bem evi
371. va que tem como base o treinamento esportivo e a busca do alto rendimento de car ter excludente O projeto de uma sociedade socialmente justa democr tica que assegure o pleno desenvolvimento humano e a garantia dos direitos fundamentais dos cidad os deve ser a refer ncia para o debate acerca da import ncia dos legados das Olimp adas Neste sentido o processo de planejamento e gest o dos legados deve considerar os direitos cidade e cidadania como princ pios norteadores 129 Jacobi P Cidade e meio ambiente 2000 p 60 R Filgueira J Import ncia dos legados de megaeventos esportivos para a Pol tica Nacional do Esporte 2008 p 70 71 131 Dimens o cultural O legado cultural positivo emerge quando os mencionados fatores est o suficientemente evidenciados na cidade sede Entre os desafios no campo cultural est o dar escala e qualificar a gest o das a es de programas levando os cidad os das cidades ol mpicas a sentir a presen a das pol ticas culturais em sua vida cotidiana e materializando a a o do Estado em direitos culturais Neste contexto encontramos os aspectos ligados s quest es da mem ria Todas as pol ticas culturais potentes tiveram nas a es de mem ria uma marca importante de governo Dentro do contexto urbano a reconquista dos espa os p blicos e a garantia do direito ao encontro levam consolida o da cultura como direito Se passarmos a entender as cidades como
372. ves estabeleceu como compromisso de campanha a reforma radical da cidade do Rio de Janeiro para torn la higi nica e adequ la ao mundo moderno Para realiza o desse compromisso nomeou o engenheiro Lauro Muller como ministro de Via o e Obras P blicas e o engenheiro Francisco Pereira Passos como prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos na fun o de prefeito p de ent o aplicar o seu projeto de Melhoramentos A cidade do Rio de Janeiro no per odo 1902 a 1906 transformou se num gigantesco canteiro de obras e no final do governo Rodrigues Alves e de sua equipe tinha se transformado completamente sendo comparada a uma nova Paris Com essas obras ficou consagrada a perman ncia do Rio como capital do Brasil A primeira metade do s culo XX pode ser caracterizada como o da demoli o de grande parte do patrim nio arquitet nico urban stico hist rico e cultural oriundos do per odo colonial e do s culo XIX Em 1908 a 72 Exposi o Nacional teve como cen rio a cidade do Rio de Janeiro tendo sido realizada na Praia da Saudade no Bairro da Urca Para Pereira a Exposi o Nacional de 1908 ao comemorar o 276 Centen rio da Abertura dos Portos teve a inten o de refor ar a imagem do pa s no mercado internacional e apresentar essa imagem tamb m para os pr prios brasileiros O Brasil pretendia nessa poca apresentar se como um pa s pr ximo do capitalismo e desvincular se de sua imagem colonial O Rio de Janei
373. vos no meio ambiente como maior polui o das guas devido libera o de dejetos As cidades n o podem mais ser vistas como cont ineres para os Jogos Ol mpicos Enquanto o COI tem os seus objetivos as cidades t m seus pr prios desejos e necessidades a desenvolver com as Olimp adas O simples custo de sediar os Jogos Ol mpicos envolve t o grandes somas de dinheiro e mobiliza uma vasta gama de recursos humanos e urbanos que as cidades n o podem mais ver os Jogos Ol mpicos puramente como um evento esportivo de curto prazo Por essa raz o as Olimp adas devem ser mais firmemente enraizadas em processos urbanos normais de tomada de decis o e particularmente intimamente ligada aos urbanistas locais pois os impactos decorrentes de suas decis es podem tomar propor es n o imaginadas De certa forma apropriado para o COI dizer que muitos dos resultados alcan ados s o assuntos de interesse local Como uma cidade decide financiar o seu papel de hospedagem e que decis es a cidade faz no processo e os resultados que t m de fato podem estar al m do alcance do COI Por outro lado cada cidade sabe que est abra ando as oportunidades e os riscos inerentes realiza o dos Jogos e que o cumprimento das obriga es ol mpicas que s o objetivos de curto prazo deve ser contrabalan ado com as necessidades mais longo prazo dos cidad os locais Assim entendemos que n o apenas o COI que est procura de cidades p
374. xist ncia prolongada da PGM O processo entre 1974 e 1976 com dois relat rios p blicos foi interessante e essencial para o futuro do Plano Assim como ocorreu naquele momento e ainda ocorre frequentemente hoje como qualquer plano de um determinado tamanho e apresentado publicamente o PGM 164 ayuntament de Barcelona Em www bcn cat 185 recebeu uma forte critica tanto dos setores populares quanto dos donos de propriedade Apenas alguns setores profissionais cientes dos problemas urbanos valorizaram o plano positivamente Entretanto pelas particularidades da sua reda o o PGM era em sua maioria uma proposta tecnocrata e nas suas a es e desejos expressava uma clara desconfian a no poder pol tico O Plano imp s na rea uma nova ordem de planejamento urbano e para este fim prop s uma organiza o clara dos espa os ou sistemas p blicos Isso se refletiu principalmente nas redes vi rias e que afetaram numerosos peda os e terra e alguns edif cios Quanto ao impacto das estruturas vi rias nas reas urbanas o PGM manteve o impacto dos planos anteriores que era coerente com o objetivo de redu o das constru es e melhoria da estrutura urbana existente Al m disso o plano determinou a reserva de uma consider vel rea para zonas verdes e equipamentos p blicos que implicaram na remo o de v rios lotes de propriedades de mercado Plano Geral Metropolitano de Ordena o Urbana Fonte Capell 1999
375. zar a pratica do esporte no contexto da Redu o de 16 da emiss o de GEE at 2016 educa o f sica na rede p blica Meio Ambiente Desenvolvimento Social reas do legado Fonte CDURP Orientando se pelas condicionantes ambientais do Munic pio pelas caracter sticas particulares da Cidade e pelas diretrizes da pol tica de ordenamento territorial o Plano Macro privilegia a es que visam contribuir para os seguintes aspectos integra o das reas ao norte e ao sul dos maci os da Cidade promovendo maior permeabilidade do tecido urbano fortalecimento das liga es leste oeste para melhorar o acesso entre as reas consolidadas e de expans o da Cidade prioriza o do adensamento construtivo e do incremento na capacidade do sistema de transportes segundo os vetores de crescimento da Cidade proposto pelo Plano Diretor aproveitamento de vazios urbanos para produ o de moradias seja em reas remanescentes da abertura de eixos vi rios ou em outras que tiveram seu uso original desativado despolui o do ar e dos corpos h dricos prote o do patrim nio natural prote o do patrim nio cultural com aproveitamento para habita o saneamento ambiental nas reas densamente ocupadas e em vias de ocupa o e moderniza o do suporte s atividades portu rias e reaproveitamento das instala es subutilizadas As a es previstas ganham sentido conjugadas com medidas para inclus o social 313 Os Planos Locais

A CIDADE PARA O CIDADÃO O legado urbano dos Jogos Olímpicos

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