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1. Esquema do sistema de determinantes e o campo da atividade do engenheiro de obras O engenheiro de obras centro de decis es Os quatro n veis de compet ncia i Espa o social de concep o da tarefa O lugar dos gerentes nas regula es tii Os componentes da seguran a iie rvore de a o fechada eemeememesereeseereises A o mimeom rfica representada por um fech do enaren O ERRAR PER ERRO PRN GERE CRER RAR Atender Za neen AEE R ee das Diferentes tipos de a o em cascata iii Esquema de PEIRCE usinas asa isa ras aids ini Esquema de Peirce e os elementos do signo hexadique CESTA a A aa F nil metodolo ICO as rd e a r a a Procedimento para engenheiro de obras Duto de ventila o dentro da caixa de elevador Mostrando incompatibilidade no posicionamento da viga Projetando como executar a nova situa o A maneira tradicional eeeeeseenesssssessseeeressssssssreressesssseeresse xii 11 24 24 26 27 30 31 37 40 41 48 54 55 57 66 66 67 67 71 72 13 15 83 90 94 94 95 FIGURA 30 FIGURA 31 FIGURAS 32 e 33 FIGURAS 34 e 35 FIGURA 36 FIGURA 37 FIGURA 38 FIGURA 39 FIGURA 40 FIGURA 41 FIGURA 4
2. Gerenciamento de Seguran a do Trabalho Figura 25 Procedimento para engenheiro de obras 83 Em cada um desses procedimentos do PO do Sistema de Gest o da Qualidade da construtora A destacam se com mais detalhes as tarefas a serem executadas gt An lise do Arquivo e do Planejamento da Obra analisar os documentos arquivados para conhecer as caracter sticas do empreendimento analisar o planejamento da obra Instala o do Canteiro de Obras montar o canteiro de obras seguindo as orienta es do PCMAT Programa de Condi es do Meio Ambiente do Trabalho que prev reas para almoxarifado refeit rio banheiros escrit rios centrais de produ o etc fazer o fechamento do canteiro com tapumes seguindo o padr o da empresa solicitar os materiais e a m o de obra necess ria execu o do canteiro de obras solicitar a liga o de gua e luz do canteiro executar as obras relativas ao canteiro e instalar os m veis e acess rios necess rios sua operacionaliza o Gerenciamento da produ o gerenciar as atividades de produ o de forma a compatibilizar e garantir a qualidade do produto os prazos definidos e os custos or ados gerenciar a qualidade do processo de produ o por meio dos PES Procedimentos de Execu o de Servi o e do controle da qualidade dos servi os executados por meio das FVS Ficha de Verifica o de Servi os Tomar as a es corretivas necess rias
3. 146 5 1 2 2 Problemas relacionados ao trabalho S o problemas relacionados com a situa o de trabalho com o projeto de trabalho formal ou n o para a antecipa o dos riscos pois o momento da reda o dos planos do processo de produ o e preven o de acidentes no canteiro de obras No Quadro 6 se correlacionam os casos e as origens dos problemas com os tipos de problema Quadro 6 Casos origem dos problemas e tipos de problemas Incompatibilidade entre projeto AT 4 Incompatibilidade entre projeto e uso KEA Falta de detalhamento PRODUTO Simultaneidade entre execu o e projeto Defici ncia na gest o da execu o do servi o AI 8 A9 Dificuldade na interpreta o e execu o do que foi projetado AI 3 A13 Defici ncia na gest o do trabalho TRABALHO 147 A categoriza o dos tipos de problemas permite conhecer a linha divis ria entre os problemas relacionados ao produto e ao trabalho no canteiro O conhecimento dessa linha divis ria possibilita situar as consegu ncias dos problemas segundo os tipos de problemas 5 1 3 Consequ ncias Nos Quadros 7 e 8 respectivamente apresenta se um resumo dos problemas relacionados ao produto e ao trabalho correlacionando se os casos com as consequ ncias e a origem dos problemas Quadro 7 Consequ ncias dos problemas relacionados ao produto Atraso Retrabalho Retrabalho Retrabalho Atraso Retrabalho Atraso Retrabalho Retrabalho AI 4 At
4. 3 Escritorio central 7 89 Escritorio na obra 30 70 Gr fico 3 Jornada de trabalho do engenheiro de obras A Pelos Gr ficos 1 2 e 3 pode se dizer que dif cil demarcar os tempos despendidos nos locais pelos engenheiros de obras V rios fatores contribuem para que eles executem suas tarefas caracter sticas pr prias na maneira de gerir os tempos e deslocamentos etapas das obras quantidade de obras tipos de tarefas que lhe s o atribu das composi o do quadro de gest o da obra etc 4 2 As a es prescritas para o gerenciamento da obra Em um primeiro momento quando um engenheiro de obras inserido no contexto do processo de produ o de uma edifica o o que a administra o da construtora busca delimitar o alcance das a es do engenheiro de obras No Procedimento Operacional PO do Sistema de Gest o da Qualidade da construtora A encontram se os procedimentos para engenheiro de obras Por meio desse procedimento entende se ser poss vel generalizar as principais tarefas que as construtoras repassam aos engenheiros de obras para executar durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o Figura 25 Procedimento para engenheiro de obras An lise do Arquivo e do Planejamento de obras Instala o do canteiro de obras Gerenciamento da produ o Gerenciamento da m o de obra Gerenciamento de mat rias Gerenciamento de equipamentos
5. 4 revela a continuidade da a o do engenheiro de obras AII 3 e AI 4 formam uma sequ ncia continuada inserida na sequ ncia descontinuada da atividade do engenheiro de obras pois entre as duas unidades elementares n o existe outra ou seja o signo do caso A II 4 Figura 80 resulta do signo do caso AII 3 Figura 78 U Re projeta o escoamento de gua pluvial da garagem Tubula es e ralos nas garagens n o funcionam adequadamente pois entopem facilmente com a areia proveniente dos carros Canaletas com grelhas s o mais adequadas O Melhorar a efici ncia do projeto de escoamento de gua pluvial da garagem R O projeto de escoamento de gua pluvial da garagem Figura 80 Signo tetr dico do caso AII 4 156 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o z O acontecimento o projeto de escoamento de guas pluviais da garagem um elemento concomitante ao trabalho em curso re projetando o escoamento de guas pluviais da garagem e um elemento do trabalho futuro execu o dos servi os de escoamento de guas pluviais da garagem Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o tubula es e ralos nas garagens n o funcionam adequadamente pois entopem facilmente com a areia proveniente dos carros Canaletas com grelhas s o mais adequadas tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso re projetando o
6. Ap s identificar a estrutura significativa fundamental do curso da a o poss vel compreender como os fatores da organiza o espa o temporal da a o influenciam na a o do engenheiro de obras quando gerencia o processo de produ o de uma edifica o para fazer face a eventos Os eventos que surgem durante o processo de produ o de uma edifica o gerando problemas de produ o retrabalho atrasos etc podem influenciar negativamente na situa o de trabalho e consequentemente na seguran a Ao final poss vel validar e modelizar os n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser antecipado principalmente com rela o situa o de trabalho evitando que as regula es dos atores da execu o seja a nica inst ncia de regula o das disfun es do sistema 5 1 Evidenciando o que objetiva o engenheiro de obra nos momentos de percep o dos problemas No estudo etnogr fico verifica se no item 4 3 que o engenheiro de obras A verbaliza a necessidade de perceber problemas Quando aparece um problema na obra primeiro passo perceber o problema Dessa forma antes de categorizar os tipos de 140 problemas que o engenheiro de obras busca perceber em cada momento de percep o dos problemas identifica se a origem desses problemas 5 1 1 Origem dos problemas v Incompatibilidade entre projetos No caso da caixa de inc ndio AI 1 o projeto de inc ndio n o observa a loc
7. SAURIN T A Seguran a no trabalho e desenvolvimento de produto diretrizes para integra o na constru o civil Revista Produ o v 15 n 1 p 127 141 jan abr 2005 SAURIN T A FORMOSO C T CAMBRAIA F B An analysis of construction safety best practices from a cognitive systems engineering perspective Safety Science v 46 n 8 p 1169 1183 2008 SAURIN T A FORMOSO C T CAMBRAIA F B Analysis of a safety planning and control model from the human error perspective Engineering Construction and Architectural Management v 12 n 3 2005 p 283 298 2005 SCHERMERHORN John R HUNT James G OSBORN Richard N Orgs Fundamentos de comportamento organizacional Porto Alegre Bookman 1999 SCH N D From technical rationality to reflection in action In The reflective practitioner how professionals think in action New York Basic Books 1983 p 21 69 SCHWARTZ Y Os ingredientes da compet ncia um exerc cio necess rio para uma quest o insol vel Educa o amp Sociedade S o Paulo ano XIX n 65 p 101 139 dez 1998 SEVE Carole SAURY Jacques THEUREAU Jacques DURAND Marc Activity organization and knowledge construction during competitive interaction in table tennis Cognitive Systems Research n 3 p 501 522 2002 SILVA M V M F P NOVAES Celso Carlos A coordena o de projetos de edifica es estudos de caso Gest o amp Tecnologia de Projetos v 3 n 1 p 44
8. o cont nua de perguntas inseridas no horizonte de compreens o m tua e o espa o das solu es poss veis por meio da experimenta o Organizar processo de constru o desde a fase de projeto ver que a execu o da obra deve ser tratada desde a fase de projeto quando os projetistas procuram reduzir as incertezas B GUIN e BERGAMINI 1996 Segundo esses autores dois s o os n veis do canteiro que se apresentam antes do in cio da constru o da edifica o O canteiro desenhado CD gt o projeto arquitet nico disponibilizado para O canteiro definido Cd s o os projetos executivos formalizados para a execu o da obra Por m sendo a situa o de execu o do trabalho definida pelos recursos e meios dispon veis v rias s o as outras etapas B GUIN e BERGAMINI 1996 TA eres ma trise d oeuver O Canteiro Vendido CV definido com base no pre o do empreendimento espec fico de cada obra e cont m o or amento o prazo e a qualidade da O Canteiro Objetivado CO o realizado sobre o CV aprofundando se no processo nos tempos estimados nas tecnologias construtivas etc conducteur de travaux et chef de chantier 34 O Canteiro Gerado CG consiste da defini o das horas alocadas para as tarefas e os meios a serem utilizados em conformidade com o anteriormente definido pelo CO em torno do CG que se articulam as discuss es entre o engenheiro o condutor dos trabal
9. o de sarrilho balde M O Ah isso a n o funciona n o Muito perigoso muito perigoso n O cara est debaixo o balde est descendo O buraco muito grande voc teria que fazer um trabalho de madeira para p r o sarrilho em cima A complica tudo at para a seguran a ruim A voc tem essa solu o que eu j fiz em outras obras Voc tem um buraco eu j cheguei a fazer duas faz uma faz outra mais alta uma joga no outro joga no outro e joga fora A voc muda para o outro lado Pesquisador Como que tu fizeste isso M O Com madeira Ali eu usei as estacas Pesquisador Tu podes desenhar M O Desenho Ali eu usei as estacas Pesquisador Que estacas Da funda o M O Da funda o Pus a madeira em cima delas Pesquisador Como se fosse uma laje 136 M O Porque voc v muito perigoso um buraco daquele voc colocar sarrilho ali Eu pensei de botar um guincho de torre Mas fica o buraco muito perto aqui Voc botou o guincho de torre aqui demonstra no desenho a proximidade extremidade do buraco na hora que a ca amba sobe essa terra pode quebrar Ent o muito perigoso Pesquisador E o sarrilho qual o perigo M O Tamb m porque o sarrilho voc vai ter que colocar em cima de madeira porque o buraco grande Quando o buraco pequeno de 0 80 m um neg cio qualquer Agora se um buraco igual aquele l de 3 20 m x 3 20 m a n o tem jeit
10. os trabalhadores 1996 97 2002 03 7 120 100 ft ea a 80 60 40 20 0 96 97 97 98 98 99 99 00 00 01 01 02 02 03 O numero de acidentes fatais para trabalhadores de 80 em 2001 02 caiu para 71 em 2002 03 A industria da constru o conta com 31 de todos os acidentes fatais em 2002 03 46 33 de 71 dos acidentes fatais para trabalhadores nesse setor devem se a queda de alturas 15 11 de 71 devem se por ser atingido por um objeto em movimento ou caindo Figura 1 N mero e taxas de acidentes fatais na Gr Bretanha Fonte Health and Safety Commission HSC 2003 No Brasil entre 2004 e 2006 segundo dados da DATAPREV CAT a ind stria da constru o ocupava a desconfort vel posi o de terceira colocada em n mero de acidentes de trabalho t picos ficando atr s de produtos aliment cios e bebidas e de outras ind strias de transforma o Al m disso segundo essa mesma fonte entre 2003 e 2006 o n mero de acidentes na constru o aumentou ano a ano conforme se verifica no Quadro 1 Quadro 1 Acidentes de trabalho registrados por motivo segundo o setor de atividade econ mica 2003 a 2006 Setor de Atividade Econ mica Anos T picos 2003 22686 Constru o 2004 24985 2005 25106 2006 27147 Fonte DATAPREV CAT Em 2009 durante palestra no Dia Internacional do Acidente de Trabalho na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais em Belo Ho
11. LEE S HALPIN D W Predictive tool for estimating accident risk Journal of Construction Engineering and Management v 129 n 4 p 431 436 2003 LEPLAT F Aspectos da complexidade em ergonomia In DANIELLOU F A ergonomia em busca de seus princ pios debates epistemol gicos S o Paulo Edgard Bl cher 2004 Tradu o de L ergonomie en qu te de ses principes d bats pist mologiques Fran a Oct res 1996 LIMA Francisco de Paula Antunes A forma o em ergonomia reflex es sobre algumas experi ncias de ensino da metodologia de an lise ergon mica do trabalho In KIEFER C lia FAG Iracema SAMPAIO M R Org Trabalho educa o sa de um mosaico em m ltiplos tons S o Paulo Minist rio do Trabalho e Emprego Fundacentro 2001 p 133 148 LIMA Francisco de Paula Antunes Arretons d opposer cause technique et cause humaine Belo Horizonte DEP UFMG 2006 mimeo Resenha de WISNER A Sant et Travail n 2 sept oct 1991 LIMA Francisco P A Princ pios de an lise ergon mica do trabalho Belo Horizonte DEP UFMG 1998 mimeo LIPSCOMB H J GLAZNER J E BONDY J GUARINI K LEZOTTE D Injures from slips and trips in construction Applied Ergonomics v 37 n 3 p 267 274 May 2006 LLORY M Acidentes industriais o custo do sil ncio Rio de Janeiro Multimais Editorial 1999 316p T tulo original Accidents industriels l cout du silence LORINO Philippe Concevoir l activi
12. T j s H Instituto Alberto Luiz Coimbra de U F RJ P s Gradua o e Pesquisa de Engenharia N VEIS DE ANTECIPA O E O CURSO DA EXPERI NCIA NA CONSTRU O CIVIL PROJETANDO SITUA ES DE TRABALHO SEGURAS Eduardo Diniz Fonseca Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necess rios para obten o do titulo de Doutor em Engenharia de Produ o Orientador Francisco Jos de Castro Moura Duarte Rio de Janeiro Junho de 2012 N VEIS DE ANTECIPA O E O CURSO DA EXPERI NCIA NA CONSTRU O CIVIL PROJETANDO SITUA ES DE TRABALHO SEGURAS Eduardo Diniz Fonseca TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO ALBERTO LUIZ COIMBRA DE P S GRADUA O E PESQUISA DE ENGENHARIA COPPE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESS RIOS PARA A OBTEN O DO GRAU DE DOUTOR EM CI NCIAS EM ENGENHARIA DE PRODU O Examinada por Prof Francisco Jos de Castro Moura Duarte D Sc Prof Roberto dos Santos Bartholo Junior Dr Rer Pol Prof Francisco de Paula Antunes Lima D Sc Prof Ildeberto Muniz de Almeida D Sc Prof Fabio Luiz Zamberlan D Sc RIO DE JANEIRO RJ BRASIL JUNHO DE 2012 Fonseca Eduardo Diniz N veis de antecipa o e o curso da experi ncia na constru o civil projetando situa es de trabalho seguras Edua
13. aceita pela dire o e a primeira proposta assim imposta aos atores diretamente envolvidos na execu o dos servi os A gente aqui n o manda nada vem l de cima mestre de obras A preval ncia da primeira proposta sobre a segunda para o engenheiro de obras A resultado da dist ncia entre prescri o e realidade da obra Quem est na produ o sempre procura uma solu o exequ vel Quem n o est na produ o n o pensa na execu o engenheiro de obras A Nas Figuras 52 e 53 podem se verificar a parte que seria removida e a que seria acrescida nos pilares Figura 52 Parte acrescida Figura 53 Excesso a ser removido 112 Mas os problemas nem sempre s o inicialmente percebidos pelo engenheiro de obras Essa percep o pode se dar por parte de outros atores do quadro de gest o do canteiro que em seguida repassam lhe o problema O caso da loca o da obra AH Al 6 um desses exemplos de como o problema pode ser percebido por atores do quadro de gest o do canteiro e repassado para o engenheiro de obras Nesse caso no in cio de certa manh de trabalho o mestre de obras A encontra se na obra Al atendendo ao chamado para assumir a nova obra AII No escrit rio da obra Al quando o mestre de obras A e o engenheiro de obras A abrem os projetos sobre a mesa de desenho eles desenvolvem uma conversa o sobre informa es do desenvolvimento dos projetos para a loca o da obra AI N
14. medida que o engenheiro de obra A e o mestre de obras analisam e discutem os servi os que devem ser executados antes da concretagem da laje o engenheiro de obras A percebe tamb m o problema do projeto do sistema de escoamento de guas pluviais da garagem Na construtora A o engenheiro de obras A respons vel ainda pela manuten o das obras entregues Dessa forma por experi ncias de obras anteriores ele relata saber que projetar tubula es e ralos para drenar garagens n o funciona bem pois os ralos entopem facilmente com a areia proveniente dos carros Ent o para solucionar o problema ao discutir o projeto com o mestre de obras altera o projeto o caminhamento das tubula es com capta o por meio de ralos substitu do por canaletas Figuras 32 33 34 e 35 Pesquisador Que plano esse E O A N o porque o seguinte aqui tem uma garagem A voc vai lavar a garagem Se voc puser ralo a areia dos carros entope os ralos entendeu Ent o o que a gente faz A gente evita p r esses ralos e tubula o porque a tubula o entope A o que a gente faz Voc j viu em posto de gasolina aquela seguran a se vazar gasolina Pesquisador J aquele canalzinho aquela canaleta E O A Ent o aquele canalzinho 15 A legisla o exige que durante 5 anos a construtora fa a todos os reparos provenientes de v cios de projeto e ou execu o 99 Pesquisador Mas isso n o tem no proje
15. o civil por natureza din mico riscos ocupacionais alteram conforme o andamento do projeto LIPSCOMB et al 2006 p 267 A programa o uma atividade de prescri o que consiste em criar um quadro temporal de a es futuras Mas a programa o contrariamente ao modo dominante de gest o n o pode ser vista como uma atividade anterior a o como se a a o fosse somente executar o programado para assegurar a produ o No meio industrial o modelo dominante o modelo de gest o que d lugar concep o de m todos e ferramentas de planifica o em vista da otimiza o da capacidade da empresa em produzir SIX 1999 p 149 Na constru o civil a planifica o um processo permanente ao longo da vida do canteiro SIX 1999 a partir da situa o que se tomam decis es de como agir e nesse momento os planos n o t m utilidade os planos n o determinam com exatid o o curso das a es SUCHMAN 1987 apud WISNER 1996 Entretanto a dimens o prescritiva n o pode ser negligenciada os canteiros de obras necessitam de um elemento norteador para acompanhamento do empreendimento a ser constru do 2 Contudo obrigat rio que um plano atividades prescritas sirva de refer ncia uma vez que existe material com caracter sticas definidas que os operadores devem ter uma ideia a mais clara poss vel da tarefa a ser cumprida em comum para que a dire o e a administra o possam acompanhar su
16. o do duto de ventila o se apresentem na mesma posi o No caso do raio da escada AII 5 o projetista estrutural ao n o observar que no projeto arquitet nico o patamar da escada no pavimento tipo diferente do patamar do pilotis projeta a escada com um degrau a mais reduzindo o raio m nimo necess rio para atender Norma de Combate a Inc ndio No caso da loca o da obra All 6 o projeto estrutural n o observa o projeto arquitet nico com rela o loca o do eixo dos pilares da primeira fileira O 141 calculista ao n o observar o projeto arquitet nico projeta o eixo dos pilares da primeira fileira paralelo ao meio fio de uma das ruas que limitam o terreno v Incompatibilidade entre projeto e uso No caso do escoamento de gua pluviais da garagem AI 4 o projeto para escoamento de guas nos n veis de garagem com ralos e tubula es n o atende adequadamente a realidade do uso pois a areia proveniente dos carros entope os ralos e as tubula es No caso da rampa da garagem BI 2 o fato do projeto arquitet nico n o observar a altura m nima para a circula o de determinados ve culos SUV e camionetes por exemplo geralmente recomend vel para rampas de ve culos em pr dios comerciais gera incompatibilidade entre projeto e uso Falta de detalhamento No caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos AI 2 falta detalhamento do e
17. o do incidente que eles podem colocar em pr tica mais tarde Essas hip teses levam em contraste com as abordagens tradicionais a reconhecer que o car ter dinamicamente situado da atividade n o pode ser reduzido para a ideia de se fazerem estudos cient ficos da atividade humana em situa es n o experimentais THEUREAU 2003 p 59 Uma descri o do curso de a o pode ser documentada em situa es de trabalho natural ou mais geralmente na vida pr tica quotidiana Consequentemente n o se pode descrever analisar e compreender a atividade do engenheiro de obras sem descrever analisar e compreender a situa o Portanto conveniente considerar simultaneamente os limites da situa o e as caracter sticas das atividades profissionais tendo em vista a an lise do saber agir em situa o THEUREAU 2000 O curso da a o concerne rela o entre o dom nio da experi ncia e o dom nio cognitivo o que na atividade observ vel do ator em um estado definido ativamente engajado em um ambiente f sico e social definido e pertencente a uma determinada cultura pr reflexivo ou novamente significante para o ator THEUREAU 2003 A an lise do curso da a o parte da an lise denominada modelo tri dico de rela es composto de tr s elementos S signo O objeto I interpretante Para Peirce 1995 apud SIM ES e MARTINS 2004 o signo entendido como algo que representa alguma coisa objeto que ali n
18. Como ressalta o engenheiro de obras A ele desconhece a exist ncia de alguma obra em que o projeto n o tenha sofrido algum tipo de altera o ou adapta o 90 durante a execu o pois a n o compatibiliza o desses projetos na fase de elabora o faz com que os problemas sejam resolvidos durante a fase de execu o S que hoje no Brasil n s temos um problema s rio os projetos n o s o compatibilizados os projetos precisam sofrer muitas modifica es dentro do canteiro de obra engenheiro de obra A Para o engenheiro de obras A por ser o processo de execu o de uma edifica o um processo din mico quando pega um projeto para executar v rios problemas surgem E EN 14 e o dia a dia de sua atividade passa a ser de corrigir falhas nos projetos no planejamento e no or amento esse apaga inc ndio Apagar inc ndio corrigir falhas no or amento corrigir falhas em todos os projetos corrigir especifica o errada de material engenheiro de obras A Durante as observa es constata se que muitos problemas s o percebidos realmente medida que os servi os v o sendo executados Como os problemas n o s o resolvidos na etapa de projetos destaca o engenheiro de obras A eles surgem na fase de execu o dos servi os no canteiro de obra e constantemente sua interven o se faz necess ria Muita coisa reprojetada na obra Reprojeto por falhas no pr prio projeto
19. Di logo Di rio de Situa o de Trabalho E Engajamento na situa o EPC s Equipamentos de Prote o Coletiva EPIs Equipamentos de Prote o Individual FVMs Fichas de Verifica o de Materiais FVS Ficha de Verifica o de Servi os I Interpretante O Objeto xviii OCT OHSAS PCMAT PEO PES PO PT PT PtD Organiza o Cient fica do Trabalho Occupational Health and Safety Assessment Services Programa de Condi es e Meio Ambiente do Trabalho na Ind stria da Constru o Prepara o da Execu o da Obras Procedimentos de Execu o de Servi o Procedimento Operacional Permiss o de Trabalho Permiss o de Trabalho Prevention through Design Representamen Referencial Signo Sa de e Seguran a Ocupacional Unidade elementar XiX 1 INTRODU O A problem tica proposta para a an lise o projeto para seguran a a integra o da seguran a e da produ o no projeto de situa es de trabalho seguras Por situa o de trabalho compreende se um conjunto de condi es materiais e imateriais que vai al m da no o tradicional de posto de trabalho 1 aspectos materiais ambiente instrumentos organiza o do espa o materiais e produtos etc 2 aspectos organizacionais planejamento cronograma controle equipe organiza o do trabalho e 3 aspectos intersubjetivos e subjetivos poder e hierarquia avalia o do
20. O calculista no tipo ele fez certo nesse ele n o fez Figura 42 ele n o manteve esse 1 20 m aqui Figura 43 A voc sabe o que aconteceu Isso aqui n o tangenciou Figura 43 No patamar que tem a porta contra fogo voc tem que dar um raio de 1 20 m e o giro da porta tem que tangenciar uma curva com a outra O arquiteto fez certinho o estrutural que p s errado engenheiro de obras A Figura 42 Patamar da escada do pilotis para o primeiro apartamento tipo 105 Figura 43 Projeto arquitet nico do patamar dos demais pavimentos tipo Para solucionar o problema o engenheiro de obras A determina que o preenchimento do degrau em excesso seja feito com concreto dessa forma ele iguala o tamanho do patamar e o raio para circula o passar a tangenciar o raio da porta contra inc ndio quando esta for aberta Figura 44 e PEA Figura 44 Solu o do problema no patamar O caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos da obra AI AI 2 tamb m revela como o engenheiro de obras A percebe problemas quando acompanha o in cio de um servi o Esse caso tem in cio quando ao fim do dia os engenheiros v o para o escrit rio da construtora A e geralmente se re nem com a dire o Nesse dia durante uma dessas reuni es com a dire o relata o engenheiro de obras A que eles discutem o custo do detalhamento projetado para as portas de entrada dos apartame
21. Safe by design where are we now Safety Science v 45 n 1 2 p 305 327 2007 HALPIN Daniel W WOODHEAD Ronald W Administra o da constru o civil Tradu o Orlando Celso Longo e Vicente Cust dio Moreira de Souza LTC Rio de Janeiro 2004 HASLAM R A HIDE S A GIBB A G F GYI D E PAVITT T ATKINSON S DUFF A R Contributing factors in construction accidents Applied Ergonomics v 36 p 401 415 2005 HEALTH AND SAFETY COMMISSION HSC Health and safety statistics highlights 2002 03 Sudbury Suffolk HSE Books 2003 HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach New York McGraw Hill 1959 480p HOWARD J Prevention through design introduction Journal of Safety Research v 39 p 113 2008 HUBAULT F Do que a ergonomia pode fazer a an lise In DANIELLOU F A ergonomia em busca de seus princ pios debates epistemol gicos S o Paulo Edgar Bliicher 2004 JOURDAN Marc Developpement technique dans exploitation agricole et competence de Pagriculteur 1990 164 f Tese Doutorado Conservatoire National des Arts et Metiers Paris 1990 JURAN J M GRYNA Frank M Controle da qualidade handbook conceitos pol ticas e filosofia da qualidade S o Paulo Makron Books 1991 v 1 189 KARTAM Nabil A Making effective use of construction lessons learned in project life cycle Journal of Construction Engineering and Management v 122 n 1 p 14 21 1996
22. Tendo como objetivo harmonizar as necessidades de concep o do produto e da produ o a construtibilidade incita o modo de executar o empreendimento para uma mentalidade industrial levando a um equil brio de objetivos que procura harmonizar as necessidades do produto e da produ o com reflexos diretos sobre a orienta o da etapa de projeto MELHADO 1994 Em seu estudo instigado pelo advento do movimento da qualidade na constru o civil Melhado 1994 prop e e discute a implementa o de uma nova metodologia para o desenvolvimento de projetos de edif cios Em sua proposta cita que o projeto deve ser capaz de subsidiar as atividades de produ o em canteiros de obras com informa es que possibilitem elaborar um planejamento e uma programa o eficiente E tamb m nesse contexto o projeto deve ser encarado como informa o a qual pode ser de natureza tecnol gica como no caso de indica o de detalhes construtivos ou loca o de equipamento ou de cunho puramente gerencial sendo til ao planejamento e programa o das atividades de execu o ou que a ela d o suporte como no caso de suprimentos e contrata es de servi os sendo assim de import ncia crucial MELHADO 1994 p 75 Sendo o projeto um elemento essencial para a gest o de um canteiro de obras necess rio v lo sob a tica da atividade de construir O projeto torna se assim um elemento essencial para a gest o da produ o sendo nec
23. b sica para ele Portanto no caso BI 1 e nos outros dois casos acima se verifica que os engenheiros de obras ao acompanharem e conferirem o andamento dos servi os esperam perceber problemas na fase de execu o do servi o 163 A an lise do encadeamento e agrupamento das unidades significativas possibilita estabelecer a regularidade subjacente da a o do engenheiro de obras em cada momento t da a o n veis de antecipa o Verifica se que dois s o os tipos de sequ ncia com preponder ncia da primeira a sequ ncia de solu o evidenciada apenas no caso AlI 4 e Sequ ncia de an lise dos projetos e percep o dos problemas e Sequ ncia de solu o Por conseguinte inicialmente durante os momentos de percep o dos problemas as a es do engenheiro de obras s o associadas com um intenso processo de an lise e percep o de problemas procurando antecipar problemas que possam interferir no processo de produ o da edifica o Posteriormente se s o percebidos problemas as a es passam a ser de buscar solu o seja individual ou coletivamente no canteiro ou repassando para as inst ncias superiores dire o projetistas etc Assim compreendido o car ter din mico e situado da atividade de gest o do processo de produ o de uma edifica o o pr ximo desafio passa a ser o de identificar os determinantes da rela o a es e resultados das a es 5 4 Identificando os determinantes
24. com nfase na situa o de trabalho Pesquisador Como o processo desde a tua partida at opera o em si da escava o dos blocos E O B Bom a primeira coisa a gente faz a marca o dos blocos que feita atrav s de topografia n o a gente A gente estando com o terreno devidamente preparado libera para a escava o Essa escava o tem algumas normas que t m que ser seguidas na grande maioria das vezes quando se trata de blocos Blocos n o s o em obras prediais umas pe as t o perigosas porque n o s o muito profundos Existem algumas exce es igual tivemos aqui na obra que realmente s o profundos principalmente caixa do elevador Quando a gente libera uma pessoa para escavar a gente faz uma avalia o pr via do terreno se o terreno est firme se ele aguenta aquele tipo de escava o porque se a gente vir que vai gerar algum risco de vida Risco de vida na escava o de um bloco o qu o risco de desmoronamento ou queda de alguma coisa na cabe a de algu m que est cavando Bom s o os dois riscos b sicos porque cair ele n o vai cair porque ele j est l em baixo Ent o tem que preocupar com a entrada e a sa da dele do bloco se as paredes desse bloco ou dessa escava o se elas est o firmes e preocupar se nada vai atingir essa pessoa l embaixo Ocorre que na din mica da obra algumas pessoas n o cumprem com esse aparato por mais que a gente tente cercar esse
25. depois ver onde est passando a el trica depois ver onde est passando n o Eu j tenho inclusive de deixar os nichos se um shaft se uma tubula o embutida na alvenaria tanto de el trica como de hidr ulica para ir sendo feito junto Tem certos servi os que t m que ser feitos juntos n o fazer um e depois fazer o outro engenheiro de obras A Assim no caso da caixa de inc ndio da obra AI AI 1 o engenheiro de obras A percebe o problema quando do in cio da execu o da alvenaria na marca o do pavimento tipo Quando acompanha a marca o da alvenaria ao comparar os projetos arquitet nicos e de inc ndio detecta que a loca o da caixa do hidrante est projetada exatamente no mesmo local onde o projeto arquitet nico projetou a loca o da esquadria da entrada inferior do duto de ventila o Foi ao abrir o projeto de inc ndio Eu peguei o projeto de inc ndio peguei o projeto arquitet nico A na hora de executar a alvenaria no projeto de arquitetura eu vi que estava sendo sobreposta uma caixa de inc ndio em cima de uma janela Entre o arquiteto e o projetista de inc ndio faltou uma compatibiliza o Essa incompatibiliza o foi descoberta dentro da obra engenheiro de obras A Para solucionar o problema explica que n o pode adotar uma solu o aleatoriamente Existem constraints normas que limitam o local onde a caixa de inc ndio deve ser locada Eu n o posso usar uma
26. e Dr Francisco de Paula Antunes Lima UFMG pela amizade orienta o exemplo de dedica o vida acad mica e por acreditarem na minha capacidade de desenvolver esta tese Agrade o particularmente ao professor Dr Francisco de Paula Antunes Lima UFMG pela confian a e constante incentivo desde o mestrado que certamente foram siganificantes para meu crescimento e amadurecimento assim como para a transforma o de minha vis o de mundo Agrade o ao colega de trabalho e amigo Dr Jos Mar al Jackson Filho pela orienta o e contribui o em diversos momentos durante a realiza o desta tese As empresas e aos trabalhadores que contribuiram na realiza o da pesquisa de campo Ao SECONCI MG que possibilitou a constru o dos acessos empresa A para a realiza o das pesquisas de campo Aos meus amigos da turma da p s gradua o pelo companheirismo na elabora o da tese A F tima Zui Rog rio e Diogo pelo apoio e ajuda com as quest es operacionais junto ao programa de p s gradua o Aos amigos e companheiros da FUNDACENTRO que de alguma forma contribuiram para a realiza o deste trabalho Agrade o ao governo federal especificamente FUNDACENTRO MTE por oferecer ao seu quadro de pessoal a oportunidade de crescimento acad mico profissional e pessoal Os erros n o se tornam verdadeiros por se difundirem e multiplicarem facilmente Da mesma forma a verdade n o s
27. e APR no caso da constru o civil No caso da APR por exemplo por ser uma an lise inicial qualitativa desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de qualquer processo produto ou sistema portanto a priori pouco contribui na investiga o de sistemas novos de alta inova o e ou pouco conhecidos ou seja quando a experi ncia em riscos na sua opera o carente ou deficiente Ela geralmente uma revis o superficial de problemas gerais de seguran a no est gio em que desenvolvida pouco se conhece da realidade do que ser executado DE CICCO e FANTAZZI 1988 Al m de incluir apenas o que j se sabe sobre um problema no nosso caso os fatores causadores de LER os check lists pretendem servir de instrumentos de avalia o e medida do risco de um determinado posto de trabalho LIMA 1998 Todavia no estudo da quest o da seguran a e da preven o no setor da constru o apoiando se sobre o ponto de vista dos trabalhadores com base em suas narrativas sobre o seu trabalho e o local que a seguran a ocupa pode se ressaltar que toda situa o de trabalho diferente CRU 1983 O setor possui peculiaridades que o diferenciam dos demais setores industriais e tais peculiaridades fazem com que a etapa de execu o dos servi os em compara o com os outros setores industriais esteja sujeita a maiores variabilidades SIX 2007 Por melhor que seja o planejamento em 50 situa es de trabalho sempre hav
28. encarregado de subempreiteira C qa TE Figura 74 Sem interfer ncia para o assentamento da cer mica Outro subempreiteiro S que executa servi os de acabamento emassamento chapisco contrapiso etc diz que o andaime fachadeiro melhor para executar servi os de acabamento de fachada que os servi os de fachada do pr dio t m mais rendimento que ele se sente mais seguro e trabalha menos preocupado No ja ele tem 134 mais preocupa o precisa subir e descer o ja conforme a necessidade do servi o E quando um dos trabalhadores por exemplo n o acompanha o outro no processo de subida ou descida do ja este fica inclinado Posteriormente durante a reuni o da CIPA o encarregado de carpinteiro da construtora narrou o fato de os trabalhadores estarem tirando as travessas de amarra o dos andaimes Para poderem chapar a massa na parede em alguns pontos os trabalhadores retiravam as travessas para facilitar o servi o e onde os andaimes eram colocados em sentido transversal como anteriormente citado no caso do granito eles se queixavam ainda mais da dificuldade de trabalhar No escrit rio da obra ao se confrontar a situa o com a engenheira de obras A e com o t cnico de seguran a para ver como a gest o trata o assunto constata se que alguns pontos de vista s o expostos por m sem maior preocupa o de compreender a situa o e de verificar as poss veis melhorias para as atividades de trabal
29. etc Por exemplo tendo como refer ncia a patologia geral a ideia a de que todas as doen as t m causa ou causas que age m por determinados mecanismos os quais produzem altera es morfol gicas e ou moleculares nos tecidos que resultam em altera es funcionais do organismo ou de parte dele produzindo manifesta es subjetivas sintomas ou objetivas sinais MENDES 2005 p 94 32 Mas o problema est em como agir antes do evento e resolver os problemas a priori A execu o da obra n o um processo homog neo e conduz interven o de m ltiplos atores que mant m entre eles intera es permanentes necess rias para a execu o dos servi os SIX 1999 Dessa forma os eventos que surgem durante o processo de produ o de uma edifica o gerando retrabalho atrasos etc podem influenciar negativamente na situa o de trabalho e consequentemente na seguran a Uma preocupa o fundamental do processo de concep o a quest o de prever e influenciar as condi es e os m todos de manipula o e uso do que est sendo projetado HALE et al 2007 Para esse autor um tema comum em todos os workshops e em muitos artigos a significante separa o entre a situa o de uso como considerada pelo projeto e o que realmente existe na pr tica Portanto antes do evento Os resultados de um estudo que investiga como projetistas avaliam crit rios ergon micos que s o parte do requerimento de projeto demon
30. evidenciam defici ncias na capacidade de antecipa o que funcionaria melhor com o retorno da experi ncia gerada nos canteiros Em determinados casos como do excesso no pilar do WC da obra Al embora por raz es distintas se as solu es vindas do canteiro fossem acolhidas o trabalho n o se tornaria a vari vel de regula o das disfun es perturba es e variabilidades A an lise do curso da a o do engenheiro de obras nos diversos n veis de antecipa o demonstra que diversos fatores a montante do trabalho antes do in cio do processo de produ o e durante o processo de produ o s o determinantes na gera o de problemas que impactam na seguran a do trabalho A an lise do curso da a o do engenheiro de obras constitui uma via para explicitar a parte submersa nas abordagens de An lise de Acidentes de Gest o de Projeto e de Preven o por meio de Projeto explica como as experi ncias dos atores envolvidos na fase de constru o de uma edifica o agem frente aos problemas que surgem durante o processo de produ o ampliando assim a discuss o em diversos campos do saber Os projetos os planejamentos programa o os procedimentos etc s o ferramentas importantes para o engenheiro de obras na prepara o do processo de produ o Mas a efici ncia ou n o da prepara o do processo de produ o capacidade de antecipa o ser colocada em quest o em funcionamento quando de situa es que n o for
31. exemplos a seguir servem para demonstrar como falhas relacionadas ao processo de projeto podem estar ligadas a acidentes BEHM 2005 No primeiro caso segundo relata o autor um trabalhador executava sua tarefa de remover um telhado em um equipamento de guindar pr ximo a uma parede de extremidade Quando a se o do telhado foi removida a parede da extremidade que n o fora calculada para trabalhar livre caiu sobre o equipamento de guindar e esmagou 2T o trabalhador A revis o desse acidente levou ao desenvolvimento nos projetos seguintes de recomenda es de seguran a durante o processo de constru o antes da demoli o e da renova o de qualquer estrutura certifique se de que uma pesquisa de engenharia executada por uma pessoa competente para determinar a condi o da estrutura avaliar a possibilidade de colapso n o planejado e o plano para potenciais riscos BEHM 2005 No segundo caso relata o autor dois funcion rios foram para uma constru o industrial reparar o equipamento el trico localizado no telhado do edif cio O telhado continha muitos pain is de fibra de vidro ondulado que n o suportavam a carga de pessoas trafegando sobre eles Esses pain is entretanto destaca o autor em seu relato eram indistingu veis dos pain is concebidos para suportar o tr fego de pessoas Por conseguinte segundo o autor durante a execu o do trabalho os trabalhadores ca ram atrav s dos pain is de fibra de vid
32. lises apropriam se do trabalho humano e as medidas decorrentes imp em a forma de trabalhar engessando o desenvolvimento da atividade pelo operador para alcan ar a m xima redu o da influ ncia do fator humano no desempenho global do sistema AMALBERTI 1996 Esses objetivos s o compreens veis desde que se conclui que o homem o elo fr gil dos sistemas homem m quinas LIMA 2006 Entretanto estudando o setor da constru o na Fran a Cru 1983 constata que uma profiss o n o se cria sobre um modelo dito cient fico como o caso da OCT ao contr rio isso pode levar redu o de toda tentativa de cria o dos saberes As empresas onde o trabalhador possui mais liberdade de execu o da tarefa s o sem d vida as melhores empresas para a aprendizagem Uma profiss o n o uma simples adi o de conhecimentos de modos operat rios Para cada profiss o encontra se uma rela o espec fica do trabalho uma antecipa o mais ou menos elevada da obra e das maneiras de realizar uma rela o com as ferramentas com colegas com outras profiss es CRU 1983 p 149 Duraffourg Francescon Martin e Pelegrin 1993 identificam quatro n veis de compet ncias na atividade de trabalho cf Figura 13 sugerindo como os saberes t cnicos e sociais se interpenetram N vel 4 compet ncias sociais N vel 3 compet ncias de gest o da atividade do coletivo de trabalho N vel 2 compet ncias de coope
33. ncias dos acidentes os acidentes eram vistos como oriundos da ignor ncia da resist ncia e da vulnerabilidade de alguns trabalhadores os mais jovens e as mulheres gerando com base nessa concep o a ideia de um controle maior da administra o do trabalho para reduzir os acidentes DWYER 1991 Enraizada nessa concep o enfatizando os fatores psicol gicos surge a denominada Teoria do Domin HEINRICH 1959 os acidentes seriam equivalentes a uma sequ ncia linear de pedras na qual a terceira pedra representa os atos inseguros e as condi es inseguras Segundo Almeida 2006 essa teoria que prevalece por anos como nica forma de abordar acidentes em analogia com a periodiza o hist rica pode ser demarcada como sendo a pr hist ria da an lise dos acidentes Posteriormente sob a influ ncia das id ias da OCT Organiza o Cient fica do Trabalho surgem novas formas de an lise que utilizam os termos equivalentes aos atos inseguros e condi es inseguras tais como fator t cnico e fator humano ALMEIDA 2006 O termo fator humano refere se ao ato de trabalhar com o intuito de diferenciar e contrapor fator humano e fatores t cnicos levando a uma antinomia confiabilidade t cnica e n o confiabilidade humana origin ria de todas as disfun es LIMA 2006 Surge tamb m uma nova doutrina para explicar as panes o fora de especifica es LLORY 1999 p 14 Verifica se assi
34. no canteiro de obras AII Faz 5 anos que trabalho com ele engenheiro de obras A S o cinco anos que estou nessa luta Mas agora parece que ele passou para o nosso lado As possibilidades s o maiores e estamos procurando melhorar a seguran a Antes ele s era produ o T cnico de seguran a A e Na construtora B O engenheiro de obras B formou se em engenharia civil em 1996 Segundo seu relato come ou a estagiar em 1990 e fez tr s est gios um basicamente em compras e or amentos 2 anos um em planejamento 1 ano e outro em obra 3 anos Ele come ou a trabalhar na construtora B em 05 de outubro de 2009 contratado para ser o engenheiro da obra BI portanto tinha sob sua responsabilidade somente a constru o dessa obra 79 Nessa obra o engenheiro de obras B tem como auxiliar um encarregado geral que trabalha na construtora desde mar o de 2007 O encarregado iniciou suas atividades na construtora B como pedreiro e foi promovido a encarregado geral em 01 de novembro de 2007 No que se refere s quest es de seguran a na construtora B o quadro da seguran a do canteiro n o est subordinado diretamente ao engenheiro de obras O t cnico de seguran a respons vel pelas quest es de seguran a no canteiro come ou a trabalhar na construtora em 05 de outro de 2009 como estagi rio da obra BI passando para t cnico de seguran a em 03 de abril de 2010 Nessa construtora o setor da seguran a est centrado na d
35. o pode estar signo portanto um repr sentamen algo que sob certo aspecto ou de algum modo representa alguma coisa para algu m isto cria na mente do int rprete receptor decodificador um sinal equivalente ou talvez um signo melhor desenvolvido ao qual denominou de interpretante do primeiro signo Figura 21 1L A Rede Expresso Regional a parte suburbana grande velocidade do metr parisiense 70 interpretante Figura 21 Esquema de Peirce Fonte SIM ES e MARTINS 2004 p 42 Segundo essa teoria cada a o fun o de um estado imediatamente precedente do organismo e de seu ambiente THEUREAU 2004 Sendo um sinal constitu do pela tr ade objeto reper sentamen e interpretante a capacidade de um signo produzir algo numa mente qualquer o interpretante imediato uma representa o mental da rela o entre repr sentamen e o objeto THEUREAU 2009 No mbito te rico da an lise do curso da a o o conceito de signo hexadique descreve a constru o local de uma unidade elementar do curso da a o ou constru o local do curso da a o Portanto se efetua a partir da defini o das unidades elementares e de seu encadeamento composto de seis elementos essenciais E Engajamento na situa o corresponde aos interesses do ator em fun o de sua hist ria s o preocupa es no instante t da situa o em fun o do representamen R A Atualidade potencial refere
36. os principalmente na fase de projeto pois nela que s o tomadas decis es com impactos para o desempenho do processo de produ o tanto do ponto de vista da produtividade e da qualidade como da sa de e seguran a dos trabalhadores Os resultados obtidos mediante observa es participantes e a an lise da atividade em situa es de trabalho espec ficas demonstram que na pr tica a n o percep o dos problemas nas fases de projeto planejamento programa o e execu o pode gerar diversas consequ ncias para a produ o e a seguran a durante o processo de produ o de uma edifica o retrabalho riscos de acidentes riscos sa de atrasos na produ o dificuldades de execu o do servi o etc Nesta tese prop e se que a melhoria das condi es de trabalho no canteiro de obras pode ser alcan ada por meio da troca de experi ncias em diferentes fases projeto planejamento programa o e execu o integrando se produ o e seguran a no projeto de situa es de trabalho seguras O modelo aqui proposto avan a em duas dire es 1 Prop e um modelo conceitual para integrar a preven o desde a fase de projeto at fase de execu o explicando o que se pode esperar de capacidade de preven o em cada fase 2 Permite operacionalizar a identifica o de riscos e promover o retorno da experi ncia do canteiro para alimentar o processo de projeto O essencial do modelo proposto promover a troca e o retorno
37. os a serem executados antes de passarem para o n vel de execu o dos servi os 3 O n vel 3 execu o a fase na qual atores do quadro de gest o do canteiro mestre de obras e ou encarregados fornecedores e ou prestadores 151 de servi os e atores da execu o trabalhadores e ou empreiteiros ao iniciarem a execu o dos servi os ou durante a execu o dos servi os se confrontam na an lise dos projetos e das tarefas determinadas no n vel 2 Nesse n vel no in cio da execu o dos servi os ou durante a execu o dos servi os o engenheiro de obras participa em v rios outros momentos conferindo a execu o do que foi definido no n vel 2 A diferen a entre os n veis de antecipa o baseia se na caracter stica do procedimento de abstra o No primeiro n vel o envolvimento do engenheiro de obras na fase de projeto com base em suas experi ncias traz elementos pr ticos para esse n vel de abstra o No segundo n vel com a introdu o do quadro de gest o e ou prestadores de servi os aumenta se a contribui o dos elementos pr ticos na an lise dos projetos reduzindo se o n vel de abstra o No terceiro n vel o envolvimento se baseia na associa o da an lise dos projetos com a execu o os projetos s o analisados bem pr ximos da a o ou seja no momento de materializa o do que foi projetado Entretanto se os n veis de antecipa o em cascata n o funcionam adequadamente
38. risco percep o estrat gias compet ncias individuais e coletivas experi ncia etc Assim a quest o que motiva este estudo voltada compreens o da realidade do processo de gest o no canteiro de obras e o local da seguran a e da produ o nesse processo a persist ncia da elevada taxa de acidentes no setor Apesar das a es voltadas preven o as taxas de acidentes na constru o civil s o elevadas e os canteiros de obras locais perigosos e com pouca qualidade de vida para os trabalhadores Na Gr Bretanha embora o setor da constru o tenha apresentado um modesto decl nio nas fatalidades nos ltimos anos taxa de 4 por 100 000 trabalhadores quando confrontada com os demais setores industriais a constru o foi apontada como respons vel por 31 das mortes ocorridas no trabalho no ano 2002 03 Figura 1 O n mero de acidentes fatais caiu de 80 em 2001 2002 para 71 em 2002 03 Figura 1 Mas do total de acidentes fatais 46 33 de 71 ocorreram com trabalhadores do setor da constru o devido a quedas de altura Figura 1 Somando se a isso a taxa de acidentes na Gr Bretanha na constru o subiu de 356 por 100 000empregados em 2001 2002 para 375 por 100 000 em 2002 2003 HASLAM et al 2005 Esse aumento de 5 representou um retorno s taxas de frequ ncia de cinco anos antes HASLAM et al 2005 Numero de Taxa de acidentesfatais acidentesfatais Numero e taxa de acidentes fatais para os
39. 000 high impact journals in the sciences social sciences and arts and humanities as well as international proceedings coverage for over 120 000 conferences Powerful tools include cited reference Timespan searching Citation Maps and the amp alvears updated 2010 03 06 Analyze Tool e Wantto know more C From 1945 1954 to 2010 7 default is all years e Training in multiple languages Citation Databases f E m a SEA iaaii iiid A Customize Your Experience E TIO meme Far R0 7 iciar og gt Dic Michaelis uoL 151 web of know 5 mal E tia Escolhendo a base de RU RD 19 34 Search Current Limits Hide Limits and Settings To save these permanently sign in or register 196 c dos resultados obtidos podem se saber os peri dicos de publica o e retomando se o procedimento do item a baixar o artigo Obs Pode ser que o texto j se encontre dispon vel como no exemplo abaixo Ex Resultado da pesquisa com o autor CARBALLEDA ISI Web of Knowledge v 4 8 Web of Science Results Windows Internet Explorer laj xj So v 2eproduct WOS amp SID 2CdLEMBGIe6aL4E6gjfesearch mo R 44 x Google of Arquivo Editar Exibir Favoritos Ferramentas Ajuda e http apps isiknowledge com summary do qid r f ISI Web of Knowledge v 4 8 Web of Science Results tir Signin My EndNote Web My ResearcherlD My Citation Alerts My Saved S
40. 4 1 4 1 1 4 1 1 1 4 1 1 2 4 1 2 SUMARIO INTRODU O aaa isso Ta a a a ESTUDOS SOBRE PROJETO PRODU O E TRABALHO Caracter sticas gerais e especificidades do processo produtivo do SUDSStor de EQITICa ES issu acto custas A apa ab E TRA UE eo US UA As fases e etapas do processo produtivo sesssessssssssseesserssereseressseessre Os atores nas diversas fases e etapas do processo produtivo Gest o de projeto novos temas da atividade construtiva predial Formaliza o dos projetos e improvisa o no canteiro Preven o por meio do projeto gerir situa o de trabalho Situa o de trabalho determinantes da atividade i Projeto e execu o um nico mundo ainda dividido Gest o da produ o e trabalho a sscesssmessada vristas puta acentua i hes a dualga save a has pane poama o Reconhecendo o ambiente de a o dos gestores do canteiro uma organiza o com estrutura e um processo de intera es sociais Gerente da constru o centro de decis es no canteiro entre prescri es e SITUA O cs questo prata Dsn epi og anea a EEEE E gas diodos Gerir situa o de trabalho passa pelo cerne da pr tica O modelo te rico que norteia a gest o do trabalho Engenheiro de obras elemento centr
41. 78 2008 SILVA V Z O processo de produ o de um empreendimento imobili rio uma discuss o sobre a regula o da dist ncia entre concep o e execu o 2000 Disserta o Mestrado em Engenharia de Produ o Departamento de Engenharia de Produ o Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2000 192 SIM ES Darcilia MARTINS Aira Uma an lise semi tica de Can o Exc ntrica In SIM ES Darc lia Org Estudos semi ticos Pap is avulsos Rio de Janeiro Dialogarts 2004 p 41 48 SIX F De la prescription la pr paration du travail apports de ergonomie la pr vention et l organisation du travail sur les chantiers du BTP Habilitation diriger des recherches Universit Charles de Gaulle Lille 3 1999 SIX F La pr paration du travail un enjeu pour la s curit et la valorisation des comp tences Rapport Etudes et Exp rimentations Chantier 2000 Lille GERN 1997 Dispon vel em lt http www chantier net documents beauvais pdf gt Acesso em 26 fev 2009 SIX Francis A constru o o canteiro de obras no centro do processo de concep o realiza o In FALZON Pierre Ergonomia S o Paulo Editora BLUCHER p 557 571 2007 SIX Francis DANIELLOU Fran ois Les ergonomes les prescripterurs et les prescriptions In Christian Martin et Dominique Baradat coordinateurs Des pratiques en r flexion 10 ans de d bats sur l intervention ergonomique
42. Brasil os organizadores do trabalho ao n o reconhecerem o conhecimento impl cito que os trabalhadores possuem do trabalho tendo como refer ncia a ind stria mec nica por meio da introdu o de novas tecnologias na constru o civil t m acarretado a degrada o de toda uma forma tradicional de trabalho no setor VALADARES 1983 Na Fran a as profiss es da constru o tamb m t m sido v timas de um desmantelamento progressivo pelas novas formas de organiza o do trabalho os empres rios procurando eliminar os tempos mortos do trabalho t m provocado s rias consequ ncias para a sa de dos trabalhadores ao eliminarem suas autorregula es da carga de trabalho o que permite a cada um impor seu pr prio ritmo CRU 1983 No caso das f rmas pl sticas por exemplo a decis o a montante do engenheiro de obras e fornecedores para uma maior racionaliza o do sistema produtivo com a ado o de uma nova tecnologia construtiva de escoramento para as f rmas pl sticas desmantela os conhecimentos anteriores e consequentemente gera problemas para a seguran a dos trabalhadores FONSECA e LIMA 2007 Outro estudo constata que trabalhadores mais experientes sofrem menos acidentes e que o melhor treinamento na ind stria da constru o se faz com o aprender fazendo ou ganhando experi ncias ou seja o processo de aprendizagem cont nuo podendo a forma de desenvolver uma atividade de trabalho ser alterada ou modificada com b
43. Juran e Gryna 1991 afirmam que os custos da n o qualidade s o tamb m aqueles custos que n o existiriam se o produto fosse fabricado de forma perfeita na primeira vez estando associados com as falhas na produ o que levam ao retrabalho ao desperd cio e perda de produtividade Mas para Liick 2002 o ponto de vista do zero defeito e o de fazer certo na primeira vez n o s o suficientes o autor destaca que necess rio construir conhecimento que permita visualizar o surgimento de novas perspectivas e necessidades LUCK 2002 p 4 Sabemos tamb m que a antecipa o depende de arranjos espec ficos materiais e organizacionais para que a experi ncia acumulada seja capitalizada CASTRO 2010 DUARTE 2001 Essa a quest o central da ergonomia de concep o como instruir os processos de projeto com a experi ncia dos executantes em nosso caso como levar a experi ncia do canteiro de obras aos escrit rios de engenharia e arquitetura O retorno de experi ncia uma das a es de preven o mais desenvolvidas no sentido de se reconhecer a contribui o fundamental dos executantes para melhorar a seguran a operacional No entanto na constru o civil essa pr tica esbarra em dificuldades espec ficas dadas a natureza do processo de produ o da obra sempre um projeto nico e a constitui o das equipes de trabalho em cada obra locais marcados pela alta rotatividade A temporalidade das o
44. Nivel Elabora projeto para produ o mas n o Projeto wesse C rasm gt considera situa o de trabalho XA O mestre de obras repassa os O servi os e as diretrizes elaboradas no ci n vel 2 para os trabalhadores lan ejamentolprograma o Solu o da dire o e calculista Pilar Excessono pilar existente 8 asor demolido Nivel Parede Acr scimo no pilar aser executado Gest o do trabalho Pilar existente Solu o da obra Movendo o eixo da parede em 15 cm N o obstante a an lise do curso da a o permite constatar que em cada momento n veis de antecipa o se estabelece uma rela o ntima entre ator es e 179 objeto projeto dificilmente percept vel mas que produz resultados eficientes ou n o dependendo de como as experi ncias individuais ou coletivas s o articuladas na situa o O caso AII 4 o caso do escoamento de gua pluviais da garagem da obra AII por exemplo evidencia como o engenheiro de obras n o segue fielmente o que foi projetado ele prioriza as suas experi ncias ao saber t cnico abstrato do projetista e re projeta a forma de escoamento da gua pluvial na garagem substitui as tubula es por canaletas De uma parte o agricultor n o segue necessariamente os conselho letra e prefere suas experi ncias ao saber tecnico abstrato JOURDAN 1990 p 146 Esses resultados explicitados em cada momen
45. a escada L FACE INFERIOR Figura 777 Escada com degraus na face superior e inferior 137 Dessa forma ao se construir um conjunto de estudos de casos poss vel desvelar os momentos de percep o dos problemas uni o da a o e resultado da a o procurar e encontrar problemas que possam interferir no processo de produ o pelos atores da gest o do processo de produ o de uma edifica o Os momentos de percep o dos problemas possibilitam conhecer com mais detalhe os resultados do distanciamento entre estrutura organizacional e realidade da produ o isto quando a situa o de trabalho n o levada em conta fato que pode influenciar na efici ncia do processo de produ o e na seguran a No Quadro 4 se apresenta resumidamente a correla o dos casos com os momentos de percep o dos problemas Quadro 4 Casos e momentos de percep o dos problemas IDENTIFICADOR OS CASOS MOMENTOS DE PERCEP O AN l O caso da confronta o do projeto Analisando os projetos antes do arquitet nico e de inc ndio in cio da obra Al 2 O caso do problema da viga 25 Analisando os projetos na fase de BI 1 O caso do muro de conten o execu o da obra O caso da concretagem das lajes e vigas O caso da programa o dos servi os para execu o da 1 laje Programando os servi os a serem O caso do escoamento de gua pluviais da executados garagem O caso da pagina o do granito da
46. a quest o dos n veis Durante essa an lise e discuss o dos projetos que foram repassados para loca o da obra AII engenheiro e mestre de obras n o percebem problemas No canteiro de obras All com os projetos de loca o dos pilares e o arquitet nico o mestre de obras A inicia os trabalhos de execu o do gabarito m todo do contorno Figura 54 para a marca o dos eixos dos pilares Inicialmente faz um levantamento e solicita os materiais para o engenheiro de obras A Quando o material chega ao canteiro o mestre de obras A com a equipe lotada no canteiro inicia a fixa o do gabarito Feita a fixa o do gabarito o engenheiro de obras A solicita ao top grafo contratado a marca o dos eixos Figura 54 M todo do contorno Feita a marca o dos eixos pelo top grafo no decorrer da loca o o mestre de obras A constata que existe um problema no projeto de loca o dos pilares Confere novamente e ao confirmar o problema passa para o engenheiro de obras A O engenheiro de obras A ao analisar o projeto com o mestre de obras confirma a exist ncia do problema do deslocamento do eixo dos pilares da primeira fileira paralela 114 rua C Ap s confirmar a exist ncia do problema comunica o aos calculistas e um deles n o aceita muito bem o erro mas o problema contornado pelo outro calculista Outro caso que revela como os atores do quadro de gest o do canteiro podem perceber problemas e os rep
47. a vantagem de ser mais r pida concretagem mais r pida e mais pr tica engenheiro de obras A Assim tomada a decis o de concretar utilizando a gerica o engenheiro de obras A relata ter montado todo um esquema para atender demanda de m o de obra necess ria execu o do servi o Entretanto durante a concretagem ele verifica que o 96 problema passa a ser com o fornecedor do concreto que n o consegue atender ao que havia sido contratado e assim atrasa o andamento dos servi os A n s montamos uma equipe e essa equipe foi suficiente para a rotina normal Ali s n s descobrimos que montamos uma equipe muito forte para a demanda deles Eles n o tinham uma frota suficiente Verificamos que o problema n o era s de bomba mas tamb m de frota A gente fez um contrato para descarregar um caminh o em 1h30min e montamos uma equipe para isso s que a gente descarregava o caminh o e o mesmo caminh o que sa a era o que retornava carregado engenheiro de obras A Identificado o problema com o fornecedor ou seja que ele n o disp e de caminh es para fornecer o material em tempo h bil para atender demanda da obra o engenheiro de obras A monta uma estrat gia durante a execu o dos servi os de concretagem para pressionar o fornecedor quando um caminh o est terminando de descarregar o concreto imediatamente ele liga para o fornecedor cobrando a sa da de outro caminh o A gente come ou a
48. antecipa o em cascata as inadequa es das situa es de trabalho aumentam podendo acarretar consequ ncias para a produ o e a seguran a dos trabalhadores Al m disso especificamente com rela o situa o de trabalho o fato de a seguran a n o ser um elemento no gerenciamento de projeto algo de grande efeito negativo Fala se muito em qualidade na constru o civil no entanto n o basta focar somente na qualidade do produto final A qualidade da situa o de trabalho inerente qualidade do produto e pode comprometer a produtividade a qualidade os custos os cronogramas e a pr pria seguran a e sa de dos trabalhadores N o obstante a situa o de trabalho ao n o ser considerada desde o projeto reduz a capacidade para influenciar na seguran a e faz com que os modelos de preven o nos canteiros sejam generalizados e baseados em normas NR 18 PCMAT 176 treinamentos EPIs e EPCs An lises de Riscos DDS Di logos Di rios de Seguran a etc o que resulta em preju zo para a preven o uma vez que n o se levam em considera o os problemas espec ficos da situa o real de execu o dos servi os nos canteiros de obras Resta portanto a gest o do trabalho como ltima inst ncia ou vari vel de regula o A elabora o do PCMAT elemento normativo de preven o mais pr ximo no tempo aos projetos feita por empresas institui es ou prestadores de servi o que n o se comunicam com
49. as pe as a serem cortadas s Cabo da instala o el trica improvisada Figura 66 Instala o el trica improvisada N o obstante existem caos que a situa o de trabalho a nica instancia de percep o ou seja n o s o percebidos nos momentos anteriores e nem consequ ncias dos problemas de casos anteriores 4 4 8 2 Casos cujos problemas n o foram percebidos nos momentos anteriores No caso das escava es dos blocos da obra BI BI 3 quando se acompanha a t cnica de seguran a durante a inspe o dos trabalhos no canteiro chama a aten o a plataforma constru da para a instala o do sarrilho utilizado na escava o dos blocos 124 Figura 67 Entrevistados os trabalhadores constata se que eles a constru ram com os meios e materiais dispon veis Pesquisador Em que momento aconteceu a articula o para a prepara o desse trabalho B T c Seg Nenhum cheguei aqui e isso aqui j estava desse jeito Pesquisador Quem elabora esse processo de trabalho B T c Seg Deve ser o encarregado Pesquisador Da obra ou da empreiteira A t cnica de seguran a se vira e pergunta aos trabalhadores B T c Seg Quem fez isso daqui para voc s Trabalhador Fomos n s mesmos Figura 67 Escava o de blocos plataforma para instala o do sarrilho Em busca de mais informa es de como se elabora o projeto de trabalho entrevista se o encarregado da empreiteira respo
50. canteiro de obras durante a programa o dos servi os o engenheiro de obras analisa os projetos executivos e planeja as etapas a serem executadas 4 4 3 Programando os servi os a serem executados Quando o engenheiro de obras A relata o caso da concretagem das lajes e das vigas da obra AI AI 10 conta que na etapa de programa o da execu o dos servi os o mercado da constru o estava aquecido muitas obras estavam sendo executadas E como a demanda pelas bombas para concretagem estava elevada havia dificuldade para a contrata o desse servi o pela construtora Por exemplo hoje t proibido fazer concretagem com bomba Achar uma bomba para lan ar concreto em Belo Horizonte a maior confus o A o que a gente faz Tem 6 d zias de bombas para 300 obras Voc n o consegue Por isso que se diz que proibido n s n o pensamos em usar A decretamos a proibi o da bomba a gente sabe que fria para a gente N s concretamos a obra com gerica e elevador engenheiro de obras A No planejamento para a execu o do servi o uma decis o deveria ent o ser tomada se com bomba ou com gerica A decis o final se a concretagem seria ou n o com bomba teria que partir da dire o segundo verbaliza o engenheiro de obras A Isso mais uma quest o de disponibilidade e quest o financeira Quem define o diretor Ele v o pre o da bomba a gente passa para ele A bomba bvio que tem
51. casos No caso Al 1 quando o engenheiro de obras A acompanha o in cio dos servi os de alvenaria marca o e confronta os projetos dos servi os inter relacionados sua estrat gia de luta antecipar problemas e incompatibilidades entre projetos n o detectados nos n veis anteriores 1 e 2 que possam prejudicar e ou dificultar o processo de produ o O conhecimento ligado ao horizonte espa o temporal da a o o de que analisar e confrontar projeto arquitet nico e inc ndio durante a marca o da alvenaria evita que os problemas se tornem eternos No caso BI 2 quando o engenheiro de obras B coloca em pr tica o olhar primeiro para fazer depois sua estrat gia de luta tamb m a de antecipar problemas e incompatibilidades entre projetos n o detectados nos n veis anteriores 1 e 2 que possam prejudicar e ou dificultar o processo de produ o Com base nas suas experi ncias anteriores o conhecimento validado o de que conferir in loco quando acompanha o in cio da execu o dos servi os possibilita a identifica o de problemas que podem se tornar problemas eternos como destacado anteriormente pelo engenheiro de obras A para a obra No caso BI 1 quando o engenheiro de obras B acompanha a execu o dos servi os e analisa os projetos existentes e ao abstrair projeta situa es futuras do projeto em execu o estrutural demonstra o que ele espera quando diz ser uma coisa
52. cliente s o pessoas f sicas Essa construtora j possui certifica o ISO9000 e dentro do previsto na pol tica da qualidade dirige esfor os ao atendimento dos seguintes objetivos e Buscar a satisfa o do cliente e Aumentar a produtividade e Aperfei oar constantemente o pessoal e Melhorar continuamente o seu Sistema da Qualidade e A obra Alda construtora A A obra consiste na produ o de 16 unidades habitacionais unifamiliares com 4 316 93m de rea constru da 2 apartamentos por pavimento sendo 14 apartamentos tipo e 2 coberturas 39 vagas no 1 subsolo e 11 no 2 subsolo 12 boxes no 1 subsolo e 4 boxes no 2 subsolo e 1 056 00m de rea de lote O sistema construtivo adotado a estrutura em concreto armado para vigas pilares e lajes com alvenaria em bloco cer mico na sua veda o e cobertura com laje impermeabilizada 76 Essa obra possui a peculiaridade de ser um empreendimento adquirido de outra construtora Sendo assim quando da aquisi o do terreno j existia um projeto previamente definido os servi os de funda o haviam sido iniciados pela construtora anterior e boa parte deles j estava conclu da O sistema construtivo tamb m foi alterado o projeto estrutural inicial que previa uma estrutura em concreto protendido foi alterado para uma estrutura convencional com laje nervurada As observa es nessa obra abrangem desde a etapa de conclus o da estrutura laje de cobertura e re
53. com as medidas tiradas ap s a prepara o da rea de sua aplica o mesmo assim durante a execu o dos servi os as variabilidades inerentes execu o dos servi os prumo alinhamento etc podem gerar problemas como a necessidade de algum ajuste na dimens o da pe a de granito v Defici ncia na gest o de suprimentos No caso das churrasqueiras nas coberturas AI 6 a defici ncia na gest o do fornecimento dos suprimentos solicitados pelo canteiro de obras interfere na programa o da execu o dos servi os 143 v Tecnologia construtiva inadequada O caso da concretagem das lajes e vigas AI 10 como o mercado da constru o civil em Belo Horizonte estava aquecido na poca havia elevada demanda pelas bombas de concretagem Como consequ ncia enfrentava se dificuldade de disponibiliza o da bomba nas datas previstas para concretagem e pagava se pre o elevado para a contrata o desse servi o Situa es que contribu ram para que a dire o da construtora resolvesse concretar as vigas e as lajes com gerica v Defici ncia na gest o do trabalho O gerenciamento dos trabalhos realizados no canteiro de obras de responsabilidade dos atores da gest o da produ o engenheiro mestre t cnico de seguran a encarregado etc Nos canteiros o engenheiro de obras tem como tarefa a organiza o do trabalho Para isso ele partilha com o mestre de obras a tarefa de projetar e controlar os tr
54. conversa es Por meio de depoimentos orais ou escritos se extraem as informa es referentes ao fen meno pesquisado An lise da narrativa toma como seu objeto de investiga o a pr pria hist ria RIESSMAN 2002 p 218 Para compreender as historias por meio das narrativas o fio condutor a analise 59 da atividade Em rela o ao m todo a an lise ergon mica da atividade compartilha os princ pios gerais das metodologias de observa o participante e etnogr ficas com a particularidade de ter desenvolvido as t cnicas de entrevistas em autoconfronta o LIMA 2001 p 138 139 A an lise da atividade possibilita a obten o de resultados mais pr ximos dos esperados Quando se leva em conta a situa o real de realiza o da atividade se identificam os determinantes da atividade de trabalho GU RIN et al 2001 O interesse em analisar as narrativas de uma jornada de trabalho fazer emergir as subnarrativas que s o as estruturas de a es do engenheiro de obras com todo o ambiente e com os outros atores As subnarrativas manifestam as estruturas de a o da enfermeira que s o as estruturas de intera es com todo o ambiente e em particular com os outros atores Analisar essas subnarrativas fazer aparecer as estruturas de a o portanto do menor n vel de intera es PINSKY e THEUREAU 1982 p 71 Por outro lado a natureza din mica da vida dentro de uma empresa o movimento constan
55. da a o nos n veis de antecipa o A an lise das caracter sticas da estrutura da a o concernente a um mesmo tipo de cuidado perceber e solucinar problemas objetiva identificar como fatores da organiza o espa o temporal da a o determinantes podem contribuir para a efici ncia ou n o da a o do engenheiro de obras nos diversos n veis de antecipa o A an lise das a es do engenheiro de obras nos n veis de antecipa o possibilita assim evidenciar que certos elementos necessitam compor a organiza o espa o temporal da a o como por exemplo a disponibiliza o de todos os projetos Dessa forma o resultado dessa descri o intr nseca leva a uma descri o extr nseca ou seja a uma descri o dos determinantes do curso da a o que influenciam na capacidade de antecipar perceber e responder a falhas imprevistas pela organiza o seguran a gerida Gu rin et al 2001 ensina que entre os determinantes da atividade distinguem se os fatores internos e externos ao sujeito e que os fatores externos ao sujeito s o categorizados em variabilidade da produ o e constrangimentos temporais Especificamente no caso da constru o de uma edifica o a dupla variabilidade relacionada aos fatores externos categorizada por Six 1999 como uma variabilidade 164 externa relacionada com a variabilidade do produto e do mercado e uma variabilidade interna relacionada com particularidades da r
56. de Projetos v 3 n 1 p 100 120 2008 PERROW C Normal accidents living with highrisk technologies Princeton NJ United States Princeton University Press 1984 PHELPS Andreas F HORMAN Michael J Ethnographic theory building research in construction Journal of Construction Engineering and Management v 136 n 58 p 58 65 2010 PINSKY L THEUREAU J Activit cognitive et action dans le travail Paris Cnam 1982 v 2 717 p PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE PMBokK a guide to the project management body of knowledge V 1 0 Tradu o live de PMIMG Belo Horizonte 2000 159 p Dispon vel em lt http www dfa ensino eb br peg PMBok pmbokl introducao pdf gt Acesso em 24 jan 2012 191 REASON J Human error models and management BMJ v 320 p 768 770 2000 REASON J L erreur humaine Paris Presses Universitaires de France 1993 RIESSMAN Catherine Kohler Narratives analysis In A M Huberman M B Miles Ed The qualitative researcher s companion Thousand Oaks CA 2002 p 217 270 SABBATINI F H Desenvolvimento de m todos processos e sistemas construtivos formula o e aplica o de uma metodologia S o Paulo 1989 Tese Doutorado Escola Polit cnica Universidade de S o Paulo S o Paulo 1989 SANTANA S S OLIVEIRA R P Sa de e trabalho na constru o civil em uma rea urbana do Brasil Cad Sa de P blica Rio de Janeiro v 20 n 3 p 797 811 mai jun 2004
57. de entrada e rodap dos apartamentos AI 3 O caso do excesso do pilar do WC AI 4 O caso do detalhamento do encontro entre materiais diferentes na fachada AI 5 O caso do forro de gesso do 3 andar A I AI 6 O caso da churrasqueira nas coberturas AI 7 O caso do assentamento da cer mica das cozinhas AI 8 O caso do pilar no v o de um dos elevadores AI 9 O caso da pagina o do granito da fachada AI 10 O caso da concretagem das lajes e vigas Al ll O caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento externo AN 1 O caso da confronta o do projeto arquitet nico e de inc ndio AU 2 O caso do problema da viga 25 AU 3 O caso da programa o dos servi os para execu o da 1 laje AH 4 O caso do escoamento de gua pluviais da garagem A H AH S O caso do raio da escada AI 6 O caso da loca o da obra AH 7 O caso das escava es dos blocos AI 8 O caso do detalhe do nicho sobre a bancada da pia da cozinha AI 9 O caso da escada com duas faces BI 1 O caso do muro de conten o BI 2 O caso da rampa da garagem B I BI 3 O caso da escava o dos blocos BI 4 O caso do movimento de terra 3 2 Construindo o modelo para an lise dos dados as a es em situa o Nesta tese pretende se compreender a complexidade da atividade de gest o do processo de produ o de uma edifica o Complexidade esta relacionada com o modelo 10 Um evento ent o alguma coisa que sobrev m de maneira parcialmente imprevista n o programada mas de im
58. de passos interativos que devem conceber descrever e justificar solu es para a execu o da obra Uma an lise mais ampla do processo de projeto dos edif cios permitir identificar e compreender as a es em situa o desses projetistas Assim ser poss vel desvelar uma s rie de objetivos particulares que est o embutidos nos problemas de projeto as diversas l gicas de racioc nio e as habilidades desenvolvidas pelos projetistas as percep es do objeto a ser materializado Assim como continuidade desta pesquisa sugere se analisar e compreender a atividade do engenheiro de obras quando gerencia al m dos projetos os demais elementos do processo de produ o de um edif cio material m o de obra equipamentos fornecedores etc compreender o processo de concep o de um objeto arquitet nico na fase de implementa o do projeto por meio da an lise do curso da a o dos projetistas em situa o identificar quais caracter sticas do conhecimento pr tico da execu o de cada projetista arquitetos e engenheiros envolvido no processo de projeto podem influenciar na construtibilidade do projeto analisar e identificar a possibilidade de desenvolvimento de a es institucionais que estabele am e propiciem formas de atua o e participa o de atores da execu o na fase de projeto no desenvolvimento dos projetos de situa o de trabalho 185 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABDELHAMID T
59. depois e como ele coloca em pr tica e constr i a cada instante t da situa o as compet ncias que o conduzem a dizer que o real n o seria confort vel Figura 83 159 U Acompanhando o in cio do servi o e analisando o projeto estrutural e arquitet nico Acessos e escadas geralmente s o fontes de problemas nos canteiros O Analisar os projetos inter relacionados ao servi o e verificar a exist ncia de problemas R O in cio do servi o de f rma da rampa da garagem Figura 83 Signo tetr dico do caso BI 2 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento o in cio dos servi os de f rma da rampa da garagem um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando o in cio do servi o e analisando o projeto estrutural e arquitet nico e um elemento do trabalho futuro concretagem da rampa Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o acesso e escadas geralmente s o fontes de problemas nos canteiros tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando o in cio do servi o e analisando o projeto estrutural e arquitet nico e um elemento de trabalhos passados em muitas obras os acessos apresentaram problemas A interpreta o do engenheiro de obras B confirmada quando constata o problema na altura da rampa e o problema solucionado antes da concretagem da laje O caso do mur
60. do gerenciamento da obra engenheiro j nior estagi rios t cnicos de seguran a mestre de obras encarregados etc e outras nem ao menos s o praticadas A gest o da obra isso tem coisa que a ISO manda que usado e tem coisa que n o usado engenheiro de obras A A gest o do processo de produ o de uma edifica o um processo vivo e frequentemente v rios fatores abalam o gerenciamento da obra As diversas etapas da obra s o realizadas em um ambiente evolutivo com transforma es cont nuas ao curso da execu o dos servi os onde interv m os diversos atores do quadro de gest o do canteiro engenheiro de obras mestre de obras t cnico de seguran a encarregados etc e os executores equipes de trabalhadores subempreiteiros fornecedores etc para a execu o do que foi projetado 4 3 O engenheiro de obras ator central da gest o dos problemas no canteiro No curso das observa es na construtora A obra Al observou se que a gest o do canteiro de obras uma atividade coletiva No interior do processo de produ o de uma edifica o mobiliza se um conjunto de compet ncias dos diferentes atores do quadro de gest o do canteiro de obras no entanto o engenheiro de obras o centro da coordena o do processo de produ o e das decis es tomadas Em uma das conversa es com o engenheiro de obras A quando ele fala sobre a sua atividade percebe se que embora citando uma elevada taxa
61. estabelece as unidades elementares significantes expressa continuidade de cria o transforma o e conclus o de aberturas Objetos dito de outra forma o que constitui a base da Atualidade Pontencial A isto a estrutra de antecipa o em cada instante THEUREAU 2003 No caso das enfermeiras ensinam Pisky e Theureau 1982 p 66 Uma ATIVIDADE SERIAL uma estrutura da a o a composta de comunica o concernente a um mesmo tipo de cuidado para uma s rie de pacientes submissa a prescri es escritas e ou de regras estabelecidas cuja aplica o est sob o controle da enfermeira A an lise mais precisa do conte do de cada per odo de realiza o de uma atividade serial mostra a sua complexidade e as caracter sticas dessa reuni o ligam os diferentes contraintes e as exig ncias da situa o de trabalho e a programa o pela enfermeira no desenvolvimento de sua jornada de trabalho PISKY e THEUREAU 1982 A an lise desta tese trata com conte dos e cadeias de sequ ncias de a es do engenheiro de obras durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o os procedimentos personalizados do engenheiro de obras ao agir em situa o O ator d significa o sua a o no sentido que ele interpreta os signos para elaborar sua a o JOURDAN 1990 p 59 Os elementos constituintes de cada unidade elementar U do signo tetr dico resultados das a es do engenheiro de obras ser o iden
62. execu o da alvenaria quando o engenheiro de obras A verificou que o pilar excedia em 15 cm a largura da parede Nesse caso com base na an lise das caracter sticas do espa o temporal da a o pode se dizer que o problema poderia ter sido resolvido em um dos tr s n veis de antecipa o principalmente no n vel 1 se o modelo de gest o tivesse considerado os determinantes do horizonte espa o temporal da a o A defici ncia na capacidade de antecipa o fez com que o problema fosse percebido durante o processo de produ o da edifica o e em fase adiantada dos servi os relacionados com o problema Uma solu o foi desenvolvida pelo engenheiro e o quadro de gest o do canteiro por m reconhecendo seus limites de decis o o engenheiro de obras retornou o problema e a solu o desenvolvida no canteiro para a dire o da empresa iniciar a alvenaria faceando o pilar o que resultaria na redu o de 15 cm no closet conforme preferiam os atores da execu o Essa op o n o foi aceita pela dire o que juntamente com o calculista optou pela demoli o do excesso dos pilares Por conseguinte essa decis o por n o considerar a situa o de trabalho seguran a gerenciada nos tr s n veis de antecipa o gerou consequ ncias para a seguran a durante o trabalho de demoli o do excesso no pilar Iniciados os trabalhos para a demoli o do excesso no pilar a an lise evidencia que a n o considera o da situa o
63. execu o do trabalho para escava o dos blocos ele pareceu querer demonstrar sintonia com a seguran a o que n o se observou os conflitos entre produ o e seguran a apresentam se bem fortes nessa empresa 127 Para o engenheiro de obras B o n o avaliar as situa es inseguras se deve carga de trabalho Quanto mais ele exigido menos eficientes ser o as programa es dos servi os e consequentemente os servi os poder o n o ser bem feitos Pesquisador Como esse n o avaliar E O B Passou Por que acidente acontece Pesquisador Em que momento isso passa E O B Isso passa na demanda do servi o Na rapidez do servi o Quanto mais press o quanto mais demanda voc exigido mais r pido voc executa a tarefa Na rapidez da tarefa ocorre esse tipo de Voc n o tem uma programa o definida Essa a resposta voc n o faz uma programa o Se voc n o faz uma programa o n o sai bem feito Questionado sobre a programa o que deixa de fazer ele indica que a din mica da obra n o lhe permite ver tudo no canteiro Os servi os mudam rapidamente e isso dificulta que tudo possa ser 100 cem por cento planejado Mas quando questionado sobre o se n o acontecesse ele evidencia que na sua vis o os acidentes s acontecem por falhas humanas Pesquisador Programa o como Como que tu n o fizeste essa programa o E O B Bom rapidez Faz o b
64. experi ncia pr tica SILVA 2000 p 180 Fonseca e Lima 2007 ao analisarem a introdu o de um novo tipo de escoramento para f rmas pr fabricadas durante a constru o de um edif cio na cidade de Belo Horizonte MG demonstraram que a falta de gest o no tempo da realiza o da atividade integra o entre os projetistas da inova o e a produ o levava os 44 trabalhadores a elaborar modos operat rios formas de andar formas de pisar formas de amarrar para estabilizar a f rma etc para trabalhar Os exemplos acima evidenciam como as intera es entre conhecimento cientifico e pr tico frente a situa es n o eventuais eventos s o elementos importantes para a solu o de problemas pr ticos em situa o Em um canteiro de obra os riscos est o relacionados com as situa es n o habituais particularmente durante determinadas etapas da obra execu o dos servi os As situa es n o habituais nos canteiros podem ser ditas como sendo as situa es de trabalho em que na maioria das vezes os momentos de prepara o da a o s o bem pr ximos da realiza o e cuja prepara o n o foi eficazmente antecipada Assim os riscos a considera o dos riscos a penalidade do trabalho sobre os canteiros s o mais importantes em situa o inabitual em particular ap s a realiza o das particularidades arquiteturais e t cnicas da obra SIX e DANIELLOU 2003 p 358 No estudo de Fonseca e Lima 2
65. finais as recomenda es para alcan ar a integra o da produ o e da seguran a a conclus o os limites e as sugest es de pesquisas futuras 10 2 ESTUDOS SOBRE PROJETO PRODU O E TRABALHO Neste cap tulo embora n o seja objetivo desta tese desenvolver uma an lise profunda do setor da constru o civil inicialmente relevante apresentar de forma sint tica algumas considera es sobre as caracter sticas do subsetor de edifica es e do processo produtivo Essas caracter sticas s o determinantes para a compreens o e a an lise dos conceitos fundamentais que ser o apresentados em seguida agrupados segundo duas grandes reas de conhecimento relacionadas com esta tese gest o de projetos gest o da produ o e trabalho Al m dos estudos cl ssicos sobre projetos e produ o e trabalho MELHADO 1994 MELHADO 2001 BOBROFF 1993 SIX 1999 SIX 1997 DWYER 1991 CRU 1983 CRU 1995 etc que fundamentam o marco te rico desta tese ao se fazer uma busca no Portal Capes utilizando palavras chaves Building construction accidents safety and construction industry Safety management Prevention through Design Design coordination Design process and construction industry foi poss vel encontrar as demais refer ncias bibliogr ficas utilizadas nesta tese ver procedimento adotado no Anexo A 2 1 Caracter sticas gerais e especificidades do processo produtivo do subsetor de edifica es A natureza do pr
66. ligar antes de o caminh o sair cobrando a sa da do outro caminh o A gente come ou a fazer isso para colocar uma press o Antes de o caminh o sair a gente j falava que tinha sa do e perguntava se o outro estava vindo engenheiro de obras A No entanto ele constata que ao ligar para o fornecedor solicitando a sa da do caminh o informam que o caminh o j est a caminho da obra Como o caminh o demora a chegar o engenheiro de obras A diz perceber que o caminh o o mesmo ou seja s h um caminh o atendendo a obra O cara falava que o outro j tinha sa do A gente esperava e o mesmo caminh o que tinha sa do era o que voltava Ent o quase um jogo psicol gico o neg cio engenheiro de obras A O que se pode observar no relato do caso que estando o mercado aquecido al m da quest o de disponibilidade da bomba a quest o financeira tamb m fator predominante para a determina o da concretagem com gerica pela dire o da construtora Por m durante a execu o embora os gestores da obra montem toda uma estrat gia para atender demanda do servi o o problema passa a ser com o fornecedor do concreto O atraso dos caminh es betoneiras pode comprometer seriamente a execu o dos servi os Iniciada a concretagem de uma laje a execu o tem que ir at o fim pois n o tecnicamente recomend vel parar sem os devidos cuidados e as provid ncias necess rias Outro caso que ilustra como o e
67. maneiras de olhar No caso do forro de gesso do 3 andar AI 5 por exemplo quando percorre os apartamentos do 3 andar para a checagem dos servi os executados ele verifica pend ncias que interfeririam na abertura da frente de trabalho para a empreiteira encarregada da execu o do forro de gesso a empreiteira j estava concluindo os servi os no 2 andar Procurando antecipar poss veis problemas o engenheiro de obras anota a exist ncia de algumas pend ncias para cobrar a execu o do que havia programado como por exemplo Abrir os v os para instala o dos aparelhos de ar condicionado pois como n o foram previstos em projeto estavam pendentes Concluir o acabamento das vigas curvas das varandas at um n vel acima do forro de gesso para que este pudesse se encostar No apt 302 faltava fechar os shaft s dos WC com as placas concluir o reboco da viga do lavabo acima da janela e rebocar a su te standard No apt 301 o pilar modificado do WC faltava ser rebocado O caso do assentamento da cer mica das cozinhas da obra AL AI 7 desvelado no in cio de uma jornada de trabalho quando o engenheiro de obras A e o encarregado de pedreiro O est o no escrit rio do canteiro de obras discutindo as corre es a serem feitas na pagina o das cer micas das cozinhas dos apartamentos O 116 engenheiro de obra A indica ao encarregado de pedreiro O os v rios erros que encontrou no fina
68. necessidade de se garantir o fluxo de informa o entre projeto e execu o de estudar o projeto sob um ponto de vista do construtor t m como pano de fundo em suas propostas a busca por antecipar no papel o ato de construir MELHADO 1994 p 4 A gest o de projeto com uma fun o orientada em benef cio de outras fun es tais como projetar dirigir coordenar e controlar n o d a devida aten o efici ncia e a muitas outras tarefas do trabalho BOBROFF 1993 A realidade do canteiro considerada mas aqui ainda sob a racionalidade formal do projeto que tem a pretens o de antecipar as atividades futuras e determinar procedimentos f ceis de execu o Portanto as facilidades de execu o n o incorporam a situa o de trabalho em especial os aspectos intersubjetivos por exemplo as diferentes l gicas entre os atores do processo e subjetivos por exemplo os conhecimentos habilidades etc e n o avan am com rela o seguran a Essa defici ncia destacada em pesquisas que analisam a rela o dos acidentes com problemas de projetos Com base em 210 mortes associadas com o trabalho 77 dos casos 37 definitivamente ou provavelmente envolviam quest es relacionadas com o projeto em 29 casos 14 as circunst ncias eram sugestivas de que quest es de projeto estavam envolvidas em 43 casos 20 n o foi poss vel determinar se envolviam quest es de projeto nas 61 mortes restantes 29 era impr
69. neg cio Mas a a gente tem o pessoal da seguran a que fica em cima Tem que cercar tem que melhorar isso tem que melhorar essa escada para subir at plataforma A a seguran a do trabalho vai agindo em cima disso Sai tudo 100 seguro N o sai porque se sa sse 100 seguro n o existiam acidentes Mas acredito que os ndices de acidentes em blocos s o muito baixos Acredito eu que em tubul es sejam muito mais altos porque a profundidade bem maior No extrato da entrevista acima percebe se que a nfase de sua percep o de risco est no comportamento do trabalhador em algumas normas que devem ser seguidas etc mas n o se refere elabora o do projeto de trabalho especificamente quanto a um projeto para a plataforma de trabalho com o sarrilho Para compreender melhor o que ele sublinha ser algumas pessoas n o cumprem com esse aparato continua se com a entrevista Pesquisador Como esse algumas pessoas fogem E O B Bom isso no decorrer da obra O cara deve descer com cinto de seguran a a ele n o desce A voc tem que chegar e chamar a aten o um isolamento local Toda obra voc deve sempre estar cobrando das pessoas pois n o existe essa cultura no povo brasileiro ainda Como ele estava presente quando a t cnica de seguran a foi confrontada com a situa o esta falou da necessidade de uso do cinto para descer entretanto durante as observa es nunca
70. o da obra e est o conectados a processos como planejamento programa o e projeto Figura 7 Acidentes causados pelos fatores proximais Fator proximal Inadequado planejamento da constru o 28 80 Inadequado controle da constru o 16 60 inadequada opera o da constru o 88 00 inadequada condi o local 6 00 inadequada a o operativa 29 80 Figura 77 Tipos de fatores que contribuem para acidentes Fonte SURAJ et al 2001 p 344 Tradicionalmente profissionais de projeto procuram projetar edif cios e outras instala es visando garantir a seguran a dos ocupantes procurando atender s necessidades funcionais a n veis da qualidade esperada TOOLE e GAMBATESE 2008 Entretanto os trabalhadores da constru o civil s o os primeiros inquilinos do novo projeto mas somente ir o ocup lo at que a obra seja conclu da assim sendo sua presen a no edif cio tempor ria a seguran a do trabalhador da constru o muitas vezes deixada para os executantes SZY MBERSKI 1997 Portanto pensar na preven o por meio do projeto pensar o projeto com outro aspecto de construtibilidade garantir que a obra possa ser constru da com seguran a bem como atenda aos custos ao cronograma e s metas de qualidade TOOLE e GAMBATESE 2008 Pesquisa e pr tica demonstraram como as decis es tomadas na fase de projeto podem influenciar na seguran a dos trabalhadores da constru o BEHM 2005 Os
71. o de problemas e espa o temporal da 29 63 138 145 147 148 149 150 152 XV GR FICO 1 GR FICO 2 GR FICO 3 LISTA DE GR FICOS Jornada de trabalho do engenheiro de obras B sem programa o de Concreta semna na aaa UR CR a Rio aa 82 Jornada de trabalho do engenheiro de obras B com programa o de concretageii su as ras areias ra aci E ads 82 Jornada de trabalho do engenheiro de obras A 83 xvi LISTA DE ESQUEMAS ESQUEMA 1 N veis de Antecipad o sussa ads a dada 151 ESQUEMA 2 Modelo dos n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser antecipado ar pa RS a a a e a aea 175 ESQUEMA 3 N veis de antecipa o e situa o de trabalho 179 xvii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A Atualidade potencial APR An lise Preliminar de Riscos CO Canteiro Objetivado CAT Comunica o de Acidente do Trabalho CCQPACA Club Construction Qualit Provence Alpes C te d Azur Cd Canteiro definido CD Canteiro desenhado CE Concurrent Engineering tamb m conhecida como engenharia simult nea CEMIG Companhia Energ tica de Minas Gerais CERC Concurrent Engineering Research Center CG Canteiro Gerado CNO Construtora Norberto Odebrecht CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura CV Canteiro Vendido DATAPREV Empresa de Tecnologia e Informa es da Previd ncia Social DDS Di logos Di rios de Seguran a DDST
72. o mudados e os engenheiros de obras possuem formas distintas de adequar seu dia s necessidades demandadas Entretanto para ambos os engenheiros observa se que o per odo da manh o mais significante Para o engenheiro de obras B no per odo da manh que quase sempre surge a maioria dos problemas a serem resolvidos com o consequente fluxo da produ o Verbalizou ele quando executava servi os administrativos no escrit rio da obra BI Na obra assim a obra funciona na manh se o seu dia bom o resto do dia bom se o dia n o bom dificilmente voc consegue reverter a situa o O engenheiro A no canteiro de obras AI quando programa o tempo para analisar os projetos da obra AII tamb m fala sobre a solu o dos problemas no per odo da manh Depois que a gente resolver todos os problemas da obra AI at antes do almo o a gente resolve tudo vamos compatibilizar De maneira geral para efeitos did ticos os deslocamentos dos engenheiros de obras durante o desenvolvimento de sua atividade podem ser categorizados em l Obra 2 Escrit rio na obra 3 Escrit rio central 4 Outras obras 5 Reuni es com trabalhadores geralmente onde se re nem para o DDS Nos gr ficos a seguir Gr ficos 1 2 e 3 procura se sintetizar as observa es das jornadas di rias de cada engenheiro No Gr fico 1 verifica se que 70 da jornada di ria do engenheiro de obras B s o desenvolvidos no escr
73. o para se adaptar a uma complexidade crescente 17 2 2 Gest o de projetos novos temas da atividade construtiva de uma edifica o O PMI 2000 destaca que o termo ger ncia de projetos algumas vezes usado para descrever uma abordagem organizacional para gerenciamento dos processos operacionais cont nuos Para caracterizar a natural evolu o dos modos de gerir o processo de projeto de uma edifica o a seguir apresentar se o alguns estudos com nfase naquilo que possa fundamentar o desenvolvimento do tema desta tese 2 2 1 Formaliza o dos projetos e improvisa o no canteiro A atividade construtiva desde seus prim rdios apresenta certa complexidade Na Antiguidade em obras monumentais j havia separa o entre projeto e execu o com grande concentra o de pessoas na tarefa de edificar e algumas poucas na atividade de projetar e coordenar a execu o portanto prematuramente j se apresentava a separa o entre projeto e execu o Vargas 1979 Por outro lado na produ o arquitet nica anterior ao modo de produ o capitalista a rela o direta do artes o com a atividade de construir a uni o da atividade intelectual e manual possibilitava que os artes es tivessem dom nio sobre o processo de trabalho SILVA 2000 No interior do modo capitalista de produ o a produ o arquitet nica com a ajuda da ci ncia aprofunda essa separa o construindo um conhecimento independente do saber pr tic
74. o transversal performante que permite melhor adapta o a um ambiente caracterizado pela alta tens o e incerteza uma dire o e mobiliza o eficaz de compet ncias finalmente uma organiza o do trabalho em que devem subsistir as qualidades hoje procuradas na ind stria autonomia responsabilidade BOBROFF 1998 p 12 Por conseguinte o projeto que poderia assumir o encargo de defender o interesse de todos e agregar efici ncia e qualidade ao produto e ao processo construtivo especificamente situa o de trabalho por si s n o consegue alcan ar esse objetivo As taxas de acidentes na constru o civil continuam elevadas quando comparadas com as dos demais setores N o obstante os autores citados esbarram tamb m em outro limite reconhecem a partir de casos emp ricos bastante convincentes que o projeto para seguran a um princ pio importante para a preven o no entanto n o oferecem modelos que permitam an lises conceituais de como a antecipa o funciona e como ela pode ser operacionalizada Existe assim um v cuo entre a afirma o dos conceitos e sua concretiza o e modelos anal ticos e instrumentos para a o Isso nos leva ao foco desta proposta necess rio compreender e intervir na realiza o do trabalho de gest o do processo de produ o de uma edifica o parte integrante do processo de gest o de projeto 2 3 Gest o da produ o e trabalho Nesta se o portanto a
75. obra Al para o engenheiro de obras A como n o acontecia a compatibiliza o dos projetos na fase de sua elabora o ele acabava assumindo a fun o de compatibilizador dos projetos durante a constru o do empreendimento Mas ressaltou que sendo v rias as suas atribui es em um canteiro de obras ele n o dispunha de tempo para uma an lise profunda dos projetos e n o conseguia perceber o problema com anteced ncia 167 O que acontece Cabe ao engenheiro de obra ver isso e como muita fun o nem sempre ele consegue ver isso a tempo A o que acontece Se isso chegasse m o dele certinho seria muito mais f cil de trabalhar engenheiro de obras A O per odo de lat ncia portanto o tempo que o engenheiro de obras disp e para tomar uma decis o e agir atingindo o objetivo desejado Entretanto a press o temporal pode ser mais significativa embora o per odo de lat ncia seja mais amplo para um determinado operador j que depende dos seus saberes das estrat gias e do tempo que necessita para decidir e As diferentes representa es do trabalho No caso do excesso no pilar do WC da obra Al por exemplo quando o engenheiro de obras A verbaliza que quem est na produ o sempre procura solu es exequ veis A falta de conhecimento da realidade de como o servi o ser executado por quem decide outro fator apontado pelo engenheiro de obras A como determinante para o surgimento de problemas no cante
76. os projetistas A separa o entre produ o e seguran a t o acentuada na fase de elabora o do PCMAT que ele chega a ser elaborado sem qualquer conhecimento do projeto da obra como se verifica no relato do t cnico de seguran a quando questionado se lhe foi solicitado o projeto da obra AI para a elabora o do PCMAT N o em momento nenhum ele solicitou projeto para n s Ele n o conhece os projetos ele tem as informa es e mesmo assim s o informa es muito elementares muito b sicas relativas a esse projeto A principal li o tirada das an lises que poss vel introduzir novas formas de gest o capazes de gerenciar e integrar produ o e seguran a especificamente entre projeto e situa o de trabalho seguran a gerida Nesse sentido nos casos estudados foi poss vel identificar o modelo dos n veis de antecipa o em cascata as estrat gias de luta do engenheiro de obras momentos de percep o dos problemas para antecipa o de problemas que n o foram percebidos na fase de elabora o dos projetos devido defici ncia na incapacidade de antecipa o A capacidade de antecipa o de problemas que em um primeiro momento apresenta se relacionada aos problemas diretamente ligados ao produto qualidade prazos custos etc e que geram retrabalhos atrasos etc pode ser fonte de problemas para o trabalho seguran a Para evidenciar o percurso dos problemas de projetos e compreender o funcioname
77. problema para a seguran a em termos gerenciais e culturais a profunda separa o entre projeto planejamento prepara o e constru o LORINO 2009 O trabalhador ao executar sua atividade n o pode ser a nica inst ncia de regula o dos eventos Gerir a produ o tamb m gerir a situa o de trabalho e passa pelo cerne da pr tica Portanto o que est em jogo orientar a concep o do canteiro para a prepara o do trabalho no canteiro por m este ltimo n o pode acontecer sem os trabalhadores Necessitamos nos interrogar sobre o que a prepara o do canteiro e sobre qual representa o do trabalho no canteiro ela se apoia SIX 1999 p 15 2 3 3 Gerir situa o de trabalho passa pelo cerne da pr tica Na atividade de trabalho problemas e solu es s o constru dos simultaneamente em intera o um com o outro e se efetuam na a o em uma conversa com a situa o FALZON 2007 Estudos na Fran a com o objetivo de contribuir para uma melhoria da preven o demonstram que na constru o civil durante o processo de constru o v rios problemas surgem e a interven o dos atores ligados diretamente ao processo de produ o se faz necess ria para solucion los assim como para definir a maneira como o trabalho ser realizado SIX 1999 LORINO 2009 SIX e DANIELLOU 2003 CRU 1995 Isso se d de modo geral pela impossibilidade de determinar a priori a atividade de trabalho post
78. que a altura em toda sua extens o passe a ser de 2 20 m Figura 48 e 49 Pesquisador E a E O B Hum Eles n o tiveram uma solu o imediata para a coisa n o Foi praticamente o departamento de arquitetura da empresa que resolveu Apresentou para eles e ficou tudo resolvido rrr aS ista da solu o Nivel anterior Aumento no comprimento Figura 48 Altera o no projeto para atenua o da declividade da rampa Figura 49 Vista do ponto ap s execu o 110 Em situa o semelhante o conferir antes de executar envolve tamb m o acompanhamento do andamento dos servi os no canteiro O engenheiro de obras A por exemplo relata que quando chega ao canteiro de obras a primeira coisa que faz olhar o andamento dos servi os Quando eu chego na obra a primeira coisa olhar o andamento dos servi os e se os servi os est o compat veis com os projetos T m v rias maneiras de voc olhar Um voc olhar se o que voc planejou est sendo seguido Isso uma forma de olhar eu planejei esse servi o assim assim assim engenheiro de obras A 4 4 5 Acompanhando a execu o dos servi os O caso do excesso no pilar do WC da obra AI AI 3 percebido pelo engenheiro de obras A quando percorre a obra verificando o andamento dos servi os Nesse caso ap s acompanhar o in cio e o andamento da execu o dos servi os de alvenaria ele verifica olha in l
79. se sua participa o na compatibiliza o dos projetos antes do in cio da obra esse tempo seria um per odo de lat ncia entre a entrega dos projetos e o in cio dos servi os no canteiro para que se pudesse fazer uma an lise detalhada dos projetos e a programa o dos servi os e tamb m possibilitar a antecipa o de alguns problemas nos projetos Mas segundo ele a realidade que os engenheiros n o disp em de muito tempo para a compatibiliza o dos projetos e mesmo assim sua participa o muito superficial Porque o tempo do engenheiro de obra ele muito curto para se dedicar nessa compatibiliza o A gente participa no conjunto quando re ne todos os engenheiros que est o naquele projeto A gente entra dando alguns palpites corrigindo alguns erros de compatibiliza o A gente faz uma vistoria mas muito superficial em cima dos projetos faz quando est fazendo o levantamento engenheiro de obras A No caso BI 2 fica evidente que para o engenheiro de obras B a simultaneidade entre o in cio dos servi os do muro de conten o e a elabora o dos projetos da estrutura foi determinante no surgimento das interfer ncias e da necessidade de demoli o do concreto No relato do caso pode se verificar que o engenheiro de obras B verbaliza que a situa o seria contornada se o projeto estrutural tivesse sido entregue antes do in cio dos servi os do muro de conten o No caso da caixa de inc ndio da
80. se a que o ator espera no instante t da situa o S o as expectativas estruturadas do ator relativas sua situa o din mica em um instante dado selecionadas por E no conjunto de expectativas que foram constru das no curso de a o passada S Referencial refere se aos conhecimentos mobilizados pelo ator no instante t da situa o S o os tipos a rela o entre tipos e os princ pios de interpreta o pertencentes cultura do autor que ele pode mobilizar considerando E e A em um instante dado R Representamen este que em um instante dado se refere percep o e o que torna signo na situa o para o ator Corresponde ao que considerado 71 no instante t da situa o pelo ator Ele focaliza a tr ade E A S em torno desse que se pode chamar de Objeto O e opera uma primeira transforma o de E A S e ent o de O U Unidade elementar do curso da a o fra o da atividade pr reflexiva Que faz o ator O que ele pensa O que ressente Cada unidade elementar emerge da articula o din mica entre um objeto um representamen e um interpretante I Interpretante refere se aos conhecimentos validados ou constru dos pelo ator no instante t da situa o a constru o extens o do dom nio e ou da generalidade de tipos e da rela o entre tipos atrav s da produ o de U e da conclus o da transforma o de E A S e O Essa constru o demonstra que a atividade humana sempr
81. se pisca o olho e se estende a perna se est em todos os sentidos agindo como m quina exceto na apar ncia e no valor moral COLLINS e KUSH 2010 Uma das considera es feitas por Collins e Kush 2010 de que certas a es s o diferentes de outras por causa da prefer ncia em execut las sempre com o mesmo comportamento As a es que interessam formam um subconjunto das esp cies de a es que tradicionalmente interessam aos fil sofos tipos de a es intencionais COLLINS e KUSH 2010 p 8 Dessa forma para os autores tendo se como nfase as a es intencionais evitam se problemas relativos tanto s consequ ncias n o intencionais de a es intencionais quanto s realiza es mal sucedidas de inten es de agir Assim estamos estudando e classificando tipos de a o como cumprimentar intencionalmente dar uma tacada de golfe intencionalmente ou cantar intencionalmente uma can o N o estamos estudando a es singulares como Maria cumprimentando Jo o s 7h 32 na sexta feira 29 de outubro de 1993 ou como a de Fred cantando As Time Goes By s 12h 15 no dia 5 de janeiro de 1992 a menos que elas representem e ilustrem adequadamente tipos de a o COLLINS e KUSH 2010 p 9 64 Tamb m para esses autores o que interessa s o os resultados das a es e n o as consequ ncias de uma a o O interesse est nas execu es que ressaltem o significado de tentar atingir o objet
82. servi os para demoli o por meio de marteletes s o executados simultaneamente a outros servi os de acabamento e em espa os restritos Dessa forma outros trabalhadores tamb m ficam expostos a poeira Figuras 64 e 65 Retirada do excesso nos pilares do WC 123 Portanto como visto no caso fica sob a responsabilidade exclusiva dos trabalhadores a elabora o das maneiras de trabalhar Uma situa o de execu o do trabalho n o percebida pelo quadro de gest o do canteiro destaque se o t cnico de seguran a No caso da pagina o do granito da fachada AI 9 iniciados os trabalhos de assentamento por uma das equipes cada equipe formada por um pedreiro e um servente o pedreiro J que est cortando uma pedra para assentar embaixo do peitoril da janela fala sobre a impossibilidade de completamente se anteciparem as medidas exatas das pedras que seriam assentadas e que provavelmente ele teria que fazer adequa es Embora se tente para vir em um tamanho padr o nunca d certo sempre temos que cortar duas linhas tr s linhas referindo se marca o dos cent metros na escala pedreiro J Para fazer o corte como trabalha sobre o andaime fachadeiro o pedreiro improvisa a instala o el trica Figura 66 para o local de trabalho bem como o que poderia ser uma bancada para o corte das pe as no caso utiliza o peitoril da janela o andaime ou o piso da plataforma de trabalho para apoiar
83. sobre sua pr pria atividade coletiva no momento em que gerencia o processo de produ o de uma edifica o que o engenheiro de obras coloca em a o suas compet ncias para perceber e solucionar problemas que poderiam ser resolvidos e amenizados na fase de projeto e a complexidade de sua atividade est em como gerir as intera es e inter rela es que se estabelecem durante o processo de produ o de uma edifica o Desta forma a gest o da complexidade constitui apenas um componente da gest o da atividade ao mesmo tempo em que influenciada por esta LEPLAT 2004 p 67 38 2 3 2 Gerente da constru o centro de decis es no canteiro entre prescri o e situa o Com base nos estudos de Joan Woodward 1965 Mintzberg 1995 ensina que nas empresas onde os produtos s o por pedido ou n o padronizados o trabalho na produ o n o pode ser padronizado ou formalizado por isso sua estrutura org nica Consequentemente os problemas de coordena o que n o eram resolvidos pelos operadores pelo ajustamento m tuo eram resolvidos pela supervis o direta dos gerentes de primeira linha MINTZBERSG 1995 Por sua vez essas caracter sticas significam pouca elabora o da estrutura administrativa Com a maior parte da coordena o sendo ad hoc por natureza e resolvidas pelo ajustamento m tuo entre os operadores ou por supervis o direta dos gerentes de primeira linha existia pouca necessidade para uma h
84. v rios problemas surgem durante o trabalho conforme evidenciado no cap tulo 4 podendo ou n o gerar consequ ncias para o trabalho Quadro 10 A gest o do trabalho Esquema 1 a ltima inst ncia ou vari vel de regula o de falhas do sistema de produ o que pode ser fator determinante na seguran a Quadro 10 Casos com e sem consequ ncia para o trabalho IDENTIFICADOR OS CASOS COM CONSEQU NCIAS O caso da concretagem das vigas e lajes O caso do muro de conten o O caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos O caso do excesso do pilar do WC O caso da pagina o do granito da fachada O caso da escava o dos blocos O caso do movimento de terra O caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento externo IDENTIFICADOR OS CASOS SEM CONSEQU NCIAS AH 7 O caso da escava o dos blocos AI 9 O caso da escada com duas faces 152 Ap s modelizar os n veis de antecipa o dos problemas o pr ximo desafio passa a ser o de compreender o conte do o curso da experi ncia nos diversos momentos de percep o dos problemas o car ter complexo da atividade de gest o do processo de produ o de uma edifica o cujo objetivo da a o o de adapta o a uma situa o THEUREAU 2000 Quando o engenheiro de obras age em situa o os componentes da atividade transformam os dados obtidos de acordo com o objetivo desejado e quando ele
85. varia es disfun es limita es temporais etc fatores internos ao sujeito limite de compet ncias personalidade e projetos individuais etc 3 1 2 Processo de colet nea dos dados O processo de coleta dos dados observa o participante iniciou se em mar o de 2009 no canteiro da obra da construtora A obra Al Por volta de julho de 2009 conclu das as negocia es da compra do terreno para a constru o da obra AI a engenharia de obras foi envolvida em algumas das provid ncias necess rias implementa o da obra o que teve in cio no curso da realiza o da obra Al quando esta se encontrava em fase de acabamento mais ou menos seis meses antes da previs o para a sua finaliza o Posteriormente em 25 de janeiro de 2010 ap s 1 um ano do in cio da pesquisa na construtora A quando esta ainda estava concluindo a obra Al e iniciando a All as observa es da atividade do engenheiro de obras passaram a ser feitas tamb m na construtora B Na construtora A onde houve maior empatia entre pesquisador e atores da pesquisa as observa es se desenvolveram ao longo de toda a pesquisa nas duas obras Ale AID executadas pela construtora durante o per odo Na construtora B onde se encontraram certas dificuldades para desenvolver o estudo etnogr fico as observa es da atividade do engenheiro de obras B se deram em um per odo de aproximadamente 6 meses na obra BI Nessa obra foi poss vel fazer o estud
86. 002 As demais interfaces i4 e i5 por dependerem da execu o da obra e da utiliza o do edif cio s o naturalmente sequenciais concep o do produto e devem retroalimentar o processo de projeto com o as built no caso de i4 e retroalimentar novos desenvolvimentos de produto no caso de 15 FABR CIO 2002 Verifica se que a simultaneidade entre o projeto para produ o e o detalhamento do projeto executivo destacada anteriormente no conceito de projeto para a produ o passa agora a ser simult nea entre todas as etapas de projeto Oliveira et al 2008 destacam que a integra o das atividades nas etapas iniciais de projeto implica integrar a montante as dimens es que ocorrem tradicionalmente a jusante Com base em um estudo de caso na Fran a para renova o das fachadas de um empreendimento Concurrent Engineering CE tamb m conhecida como engenharia simult nea ELDIN 1997 p 354 22 imobili rio os autores concluem que o mais conveniente adotar um desenvolvimento integrado das atividades de projeto em vez do tradicional desenvolvimento sequencial apontando como uma das vantagens a participa o do coordenador das atividades de constru o Entretanto como o foco desta tese a situa o de trabalho especificamente a integra o entre produ o e seguran a aqui se fazem algumas considera es sobre o alcance da proposta de Frab cio 2002 com o intuito de demonstrar como esta tese contribui
87. 007 por exemplo trabalhar montando f rma pr fabricada n o era novidade para os carpinteiros mas trabalhar montando f rma pr fabricada apoiada em um novo sistema de escoramento em perfis met licos n o era um trabalho habitual e sim uma novidade Eram os modos operat rios elaborados pelos trabalhadores que garantiam a continuidade da produ o frente aos problemas dificuldades originados pela introdu o de um novo processo de escoramento para f rmas pl sticas Portanto ficava unicamente na depend ncia das compet ncias dos trabalhadores a elabora o do projeto para o trabalho Assim o modelo te rico que norteia a gest o do trabalho ao manter se isolado do contexto no qual se prop e atuar por n o ser condizente com as reais condi es de realiza o da atividade n o considera os determinantes da situa o de trabalho e culpa o trabalhador ao responsabiliz lo por exemplo por comportamentos n o normatizados 2 3 4 O modelo te rico que norteia a gest o do trabalho Na constru o civil v rios s o os estudos que destacam a predomin ncia do paradigma tradicional ou cl ssico da seguran a em busca da responsabiliza o do trabalhador acidentado SURAJI et al 2001 SAURIN et al 2005 SAURIN et al 2008 LEE e HALPIN 2003 V rias s o as narrativas que possibilitam a constata o da responsabiliza o do trabalhador acidentado Quando um pedreiro por estar trabalhando em um andaime mal colocado se
88. 009 AZEREDO H O edif cio e seu acabamento S o Paulo Edgard Blucher 1998 BEDNY Gregory Z SEGLIN Mark H MEISTER David Activity theory history research and application Theor Issues in Ergon SCI v 1 n 2 p 168 206 2000 B GUIN Pascal BERGAMINI Jean Fran ois Organiser la vonception pour le chantier In CONGRES DE LA SELF 31 Bruxelles 1996 BEHM Michael Linking construction fatalities to the design for construction safety concept Safety Science v 43 p 589 611 2005 BOBROFF J The project management a new profile for the actors in the building industry In ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRU DO S o Paulo 1993 Avan os em tecnologia e gest o da produ o de edif cios Anais S o Paulo EPUSP ANTAC 1993 v 1 p 41 51 BOBROFF Jacotte Renouvellement des proncipes et pratiques de gestion la gestion de projet In CONGRESSO LATINO AMERICANO TECNOLOGIA E GEST O NA PRODU O DE EDIFICIOS 1998 S o Paulo Anais S o Paulo EPUSP 1998 186 BOGUS Susan M MOLENAAR Keith R DIEKMANN James E Concurrent engineering approach to reducing design delivery time Journal of Construction Engineering and Management v 131 n 11 p 1179 1185 2005 BUCCIARELLI L L Reflective practice in engineering design Design Studies v 5 n 3 p 185 190 1984 BUCCIARELLI Louis L Designing engineers Cambridge Massachusetts MIT Press 1996 CARAYON P ALVARADO
89. 133 134 15 Com efeito as t cnicas construtivas os projetos e a padroniza o de materiais de constru o sofrem um processo de transforma o em busca de sistemas construtivos industrializados buscando a racionaliza o por meio da utiliza o de pr fabricados uso de formas pr fabricadas pe as estruturais pr fabricadas pain is de parede pr fabricados etc e da tayloriza o VARGAS 1979 Esse esfor o tem se traduzido na busca por sistemas construtivos eficientes econ micos e produtivos sempre associados preocupa o com a qualidade e possibilidade de se melhorar a efici ncia do conjunto com a redu o de custos associada m o de obra especializada e maior produtividade Por outro lado as peculiaridades do setor da constru o fazem com que o processo de produ o execu o dos servi os em compara o com os outros setores industriais esteja sujeito ao surgimento de maiores variabilidades e inadequa es que limitam as estrat gias da racionaliza o e tayloriza o SIX 2007 VARGAS 1979 A origem de numerosos disfuncionamentos reside na insufici ncia e na dificuldade de articula o entre as fases de projeto e de execu o da obra BOBROF 1993 SILVA 2000 DUARTE e CORDEIRO 1999 MELHADO 1994 ATTAR et al 2009 Estudo realizado na Fran a destaca que n o existe uma unifica o mas uma divis o dentro do processo de projeto com duas fases distintas BOBROF 1993 e
90. 2 FIGURA 43 FIGURA 44 FIGURA 45 FIGURA 46 FIGURA 47 FIGURA 48 FIGURA 49 FIGURA 50 FIGURA 51 FIGURA 52 FIGURA 53 FIGURA 54 FIGURA 55 FIGURA 56 FIGURA 57 FIGURA 58 FIGURA 59 FIGURA 60 FIGURA 61 FIGURA 62 E O indicando o local do poste Confronta o dos dois projetos is E O projetando caminhamento da canaleta E O projetando canaletas austero a Sta Pagina o cadastramento ou mapeamento Vista da caixa de inc ndio eusesiss pesei amaaasetisasiasdadaso gasastreaga ds Nicho EM COME ad ua is isa gi aaa ada Qua nas paca a e aeni Nicho em ProjeGdO caia passos iara ar a aa aa aa Execu o local do nicho na alvenaria E O A analisando projetos ceea Patamar da escada do pilotis para o primeiro apartamento Detalhe do vazio entre a parede e o alisar Detalhe da solu o o chantro quais gos agadeaids ease aro Eneida gaga Altera o no projeto para atenua o da declividade da Vista do ponto ap s execu o ee Novo dimensionamento do pilar Nova loca o da alyenaria ss sisaadsnta dass sisraanaaaliiicdas Parteacrescida ui dolo e aaa GA as EXCESSO SET TEMOVITO a gusatsigtestiraiaada Soil Egas titg M todo do Contorno esessesseesesssssssseeressssssssesterssssssseererresss O errald
91. 2 apud GARRIGOU 1992 o espa o para se iniciarem as discuss es sobre em que aspecto o projeto ser determinante na situa o de trabalho no canteiro e No momento 2 o engenheiro de obras o quadro de gest o do canteiro e ou os empreiteiros os prestadores de servi os etc ao se confrontarem com o objeto projetos e diretrizes dos servi os com base na observa o e 180 caracteriza o das A es Caracter sticas Atuais por meio das experi ncias desses atores fazem sua transposi o para as Situa es Caracter sticas Futuras Prov veis DANIELLOU e GARRIGOU 1992 apud GARRIGOU 1992 contribuindo para a elabora o mental da prepara o do trabalho a ser executado e O momento 3 da mesma forma que o n vel 2 por m com a participa o dos atores da execu o possibilitar um maior conhecimento da realidade da situa o de trabalho para se executar o servi o propiciando a transforma o e a melhoria nas condi es de trabalho e reduzindo as possibilidades de regula es no n vel de gest o do trabalho Contudo tendo em conta que a imprevisibilidade uma das caracter sticas marcantes do processo de produ o de uma edifica o importante tamb m haver uma articula o de experi ncias entre engenheiro de obras quadro de gest o do canteiro e ou empreiteiros prestadores de servi os etc e atores da execu o ao n vel da gest o do trabalho o que possibilitar ampliar os limites de compet
92. A o que eu fiz Desloquei a para c a tubula o toda para c Continuaram as duas janelas continua a caixa continua no centro geom trico engenheiro de obras A Solu o da obra Figura 37 Vista da caixa de inc ndio Encontrada a solu o e iniciados os servi os conta o engenheiro de obras A que como a solu o sem muita agress o ao projeto altera o radical do que foi projetado com altera es nos dimensionamentos das tubula es encaminhamentos etc a decis o de altera o n o necessita passar pelo projetista Ele ent o autoriza a execu o dos servi os e liga para o projetista comunicando o fato e este apenas lhe pede que fa a o as built do novo caminhamento da tubula o Mas destaca o engenheiro de obras A 103 a a se a solu o do problema fosse mais complexa e agressiva j passaria o problema para o projetista e sob a orienta o dele trabalhariam na solu o do problema Se for uma concep o muito agressiva voc tem que procurar a origem quem fez engenheiro de obras A De maneira semelhante no caso do detalhe do nicho sobre a bancada da pia da cozinha da obra AH All 8 quando os servi os de alvenaria s o iniciados o engenheiro de obras A acompanha e confronta os projetos in loco Observa se que o engenheiro de obras A e o encarregado de pedreiro O ao acompanharem o in cio dos servi os discutem o detalhe do nicho sobre a bancada da pia da
93. A madeira em si Ela n o executou o servi o Ela quebrou Ela fez o servi o Como que voc fala L cita para ele aquela frase aquela frase tima Existe uma norma t cnica que a experi ncia da pessoa na execu o do servi o valida tamb m f cil voc falar de uma coisa depois que aguentou risos Mas como aguentaram Como a gente v as pontes velhas onde transitam carros onde passam carretas sobre elas Procura se saber do engenheiro de obra B tamb m como que ele passa os servi os a serem feitos Mas como a entrevista diz respeito situa o de trabalho sobre a plataforma para escava o dos blocos inicialmente ele j assume que isso cria situa es inseguras Entretanto se n o criasse n o seria necess rio ter um setor de seguran a no canteiro de obras Para ele criar situa o insegura ter uma vis o micro n o saber lidar com tudo o que se passa no canteiro e precisar de outros atores no canteiro para o auxiliarem na solu o dos problemas troca de experi ncias e conhecimentos Pesquisador Com o processo de passagem do servi o E O B Eu crio situa es na obra que podem ser inseguras ponto Para isso eu tenho um departamento de seguran a na obra e ele atuante ponto tamb m Se eu n o criasse situa o insegura na obra eu teria que dispensar o meu departamento de seguran a porque eu n o precisava dele risos Pesquisador Nessa sit
94. C J HUNDT A Schoofs Work design and patient safety Theoretical Issues in Ergonomics Science v 8 n 5 p 395 428 September October 2007 CARBALLEDA Gabriel Uma contribui o poss vel dos ergonomistas para a an lise e a transforma o da organiza o do trabalho In DUARTE Francisco Org Ergonomia e projeto na ind stria de processo cont nuo Rio de Janeiro COPPE RJ Lucerna 2001 p 281 297 CARVALHO Alex M MORENO Eleni BONATTO Francisco R O SILVA Ivone P Aprendendo metodologia cient fica 3 ed S o Paulo Nome da Rosa 2002 119 p CASTRO Iara Sousa A capitaliza o da experi ncia do uso do ambiente constru do contribui es da avalia o p s ocupa o e da an lise ergon mica do trabalho Estudo de caso realizado em um Hospital dia VIH 2010 376 f Tese Doutorado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Programa de P s gradua o em Arquitetura Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2010 CHAVES Marilena Ind stria da constru o no Brasil desenvolvimento estrutura e din mica 1985 Disserta o Mestrado Instituto de Economia Industrial Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 1985 CHOUDHRY Rafiq M FANG Dongping Why operatives engage in unsafe work behavior investigating factors on construction sites Safety Science v 46 p 566 584 2008 CHUA D K H GOH Y M Incident causation model for improving feedback Journal of Co
95. Constata se que essa marca o em alguns casos ficou a cargo dos trabalhadores da empreiteira e estes assim executaram conforme entenderam ser a melhor forma pois n o tinham o projeto de pagina o das cer micas O caso da churrasqueira nas coberturas da obra AI AI 6 revela em outra ocasi o da jornada de trabalho do engenheiro de obra A como ele percebe problemas 117 quando desenvolve a atividade de inspecionar o andamento dos servi os Isso ocorre quando ele sobe cobertura para falar com um dos encarregados que se encontra fazendo arremates emassando nas vigas onde seriam assentadas as placas do aquecimento solar Terminada a conversa o sobre os servi os pendentes relativos manuten o de apartamentos em obras anteriores o engenheiro de obras A desce pelas escadas e de andar em andar vai verificando os servi os executados e ou em execu o anotando o que poderia estar sendo feito como pode ser visto por exemplo no extrato da entrevista de autoconfronta o com a atividade que ele est desenvolvendo no momento Pesquisador O que est s anotando E O A A churrasqueira Para montar Pesquisador Como sabes que j chegou E O A N o sei se chegou eu j pedi mas n o sei se chegou Pesquisador A tu v s que n o come ou o servi o E O A Ou gente que n o est locada para a ou material que ainda n o chegou N o obstante outros agentes externos fornecedores e
96. E S As a es prescritas para o gerenciamento da obra sssessssssesssseeesseessre O engenheiro de obras ator central na gest o dos problemas no CantelrO seai a a a a a a E e T on Descrevendo os casos e desvelando os momentos de percep o dos problemasi nhas e RR UR RR RE ES Analisando os projetos antes do in cio da obra esseseeeseseeresseeeresrersesee Analisando os projetos na fase de execu o da obra Programando os servi os a serem executados Acompanhando o in cio dos servi os ii eeeereraeeeeea Acompanhando a execu o dos servi os Inspecionando o andamento dos servi os re Fornecedores e ou prestadores de servi os a Sit ac o de trabalho oreren GUS aG dai SOS Sa AGA E da Casos originados nos problemas de casos anteriores ou das solu es dos problemas ee neeo as RR MRE TR ERR a RR RP RO Casos cujos problemas n o foram percebidos nos momentos anteriores AN LISE DOS RESULTADOS Evidenciando o que objetiva o engenheiro de obras nos momentos de percep o dos problemas assassinatos astage cagar debs amas sine ios Origem dos problemas sossssaststeinsensananaie cssaatas autora sera ssaseseagreiaa nessas tanto Tipos de problemas senso Loo Rasa a aa Sana Problemas relacionados ao produto eee Problemas relacionados ao trabalho a CONSEQU NCIAS costas das p
97. ED 2002 Ao concluir em seu modelo de pesquisa que a rela o entre os constructos da compet ncia e o clima de seguran a significante Mohamed 2002 p 381 destaca Isto portanto prov vel que um alto n vel de compet ncia criar um clima de seguran a positivo 28 Havendo uma rela o entre compet ncia e seguran a necess rio focar as an lises tamb m nas experi ncias dos atores da execu o na realidade do trabalho durante o processo de produ o de uma edifica o Elas necessitam ser registradas e se necess rio atualizadas com base no retorno dos usu rios com as experi ncias de acidentes HALE et al 2007 p 316 Para investigar se h um entendimento comum das responsabilidades da seguran a nos locais de constru o entre arquitetos e engenheiros construtoras e subempreiteiros pesquisa por telefone e escrita foi realizada em uma amostra de empresas situadas em toda a Pensilv nia TOOLE 2002 Analisando se os resultados referentes capacidade de cada entidade afetar a causa raiz dos acidentes Quadro 2 verifica se que os subempreiteiros s o reconhecidos como os com maior capacidade para controlar a causa raiz dos acidentes pois possuem o mais elevado n vel de conhecimento da tarefa e da seguran a Dessa forma os subempreiteiros por estarem mais pr ximos da a o atividade de trabalho t m maior capacidade para gerir a situa o de trabalho e consequentemente alcan ar u
98. INS e KUSH 2010 p 48 A Figura 17 representa as a es polim rficas representadas por tri ngulos abertos onde a representa um tipo de a o que pode ser executada de maneiras indefinidas de tal forma que as maneiras de b1 a bn em que a a o a pode ser executada tenham significado para o ator e a comunidade COLLINS e KUSH 2010 Figura 17 rvore de a o fechada Fonte COLLINS e KUSH 2010 p 49 A Figura 18 representa as a es mimeom rficas representadas por tri ngulos fechados onde a representa um tipo de a o tal que os atores ou sua comunidade ou ambas n o se importam de que maneira de b1 a bn eles executam a a o desde que esteja contida dentro do espa o triangular de possibilidades rea definida como uma rea de toler ncia ou indiferen a qual o ator n o dedica aten o COLLINS e KUSH 2010 Figura 18 A o mimeom rfica representada por um tri ngulo fechado Fonte COLLINS e KUSH 2010 p 49 Ao tratar da teoria da intera o Collins e Kush 2010 fazem refer ncia a a es em cascata Figura 19 Explicam que numa a o em cascata um determinado ator b executa uma a o para outro ator a de tal forma que a a o de b passa a ser uma suba o dentro da a o de a A linha pontilhada abaixo de c pretende captar a 66 r possibilidade de que c capaz de executar a a
99. LIN e KUSH 2010 quando a busca limitar a liberdade da inst ncia comportamental Entretanto as caracter sticas do processo de produ o de uma edifica o dificultam a implementa o dos elementos prescritivos e as a es dos atores do quadro de gest o do canteiro e dos executores s o a es polim rficas em cascata COLLIN e KUSH 2010 pois ao agirem em situa o suas a es s o procedimentos personalizados Portanto se o ator ao executar um plano este passa a ser uma interpreta o dos recursos que ele disp e na situa o ent o podemos explicitar os trabalhos de Mintzberg 1995 Six 1997 Six 1999 Mascia 1994 Wisner 1996 Os dois polos atividade e situa o s o insepar veis As regras da situa o imp em uma organiza o atividade dos engenheiros de obras que ao mesmo tempo selecionam e definem as regras s quais eles respondem Esse duplo controle do sujeito ator sobre seu contexto e do contexto sobre a atividade do ator polimorfo assume diversas formas e complexo Trata se de uma intera o regulada segundo diversas modalidades das mais diretas quando o contexto provoca e controla diretamente alguns componentes da atividade de gest o do canteiro s mais indiretas quando a a o resulta de uma delibera o mental Dessa forma para compreender como as regras da situa o podem ser determinantes para a efici ncia ou n o da a o do engenheiro de obras evita
100. Primeira fase gest o de projeto com uma fun o orientada no projeto do produto e na defini o do pre o e Segunda fase gest o da produ o sem conex o com o precedente tem a responsabilidade de prepara o do canteiro e a execu o da edifica o 2 1 2 Os atores nas diversas fases e etapas do processo produtivo Os atores envolvidos nas diversas fases do processo de projeto de constru o de um edif cio no Brasil podem ser inseridos em quatro categorias principais MELHADO 1994 e Oque gerao produto o empreendedor e O que formaliza o produto o projetista e O que faz o produto o construtor e Oque utiliza o produto o usu rio Na Fran a os principais agentes envolvidos na constru o de edif cios s o tr s MELHADO 2001 e O empreendedor ma tre d ouvrage 16 e O arquiteto e os demais projetistas ma trise d oeuvre e As empresas construtoras Do ponto de vista da qualidade o empreendedor o construtor e o usu rio podem ser vistos como clientes do projeto MELHADO 1994 Em sendo assim o projeto dever levar em considera o suas necessidades para melhor satisfaz los por m o peso de cada um dos atores no processo do empreendimento pode ser considerado como a desarmonia dos interesses em comum por exemplo o empreendedor tem mais prest gio como contratante e dependendo do caso o projetista e o construtor podem ser da mesma empresa MELHADO 1994 Em out
101. Reprojeto porque o que se idealizou no projeto para executar talvez n o se tenha a m o de obra e ferramentas adequadas para aquele tipo de solicita o do projeto Voc reprojeta para adequar m o de obra material para adequar falhas no projeto Existe muito reprojeto dentro da obra engenheiro de obras A Na verbaliza o acima o engenheiro de obras A evidencia tamb m v rios fatores que o levam a ter que reprojetar durante o processo de produ o de uma edifica o e Falhas no projeto e Indisponibilidade de m o de obra adequada e Indisponibilidade de ferramenta adequada e Adequa o do material etc A fase de execu o da obra portanto outro momento para a percep o de problemas e para transforma es do que foi concebido 14 Falha Fenda falta defeito omiss o lacuna HOUAISS Antonio Dicion rio Houaiss da l ngua portuguesa Rio de Janeiro Objetiva 2009 1986p 91 4 4 2 Analisando os projetos na fase de execu o da obra No escrit rio do canteiro de obras o engenheiro de obras A pode tamb m perceber problemas quando analisa os projetos executivos Isso se verifica por exemplo na fase de execu o da estrutura da obra All quando s o executados os servi os de f rma e arma o para a concretagem da 5 laje e o engenheiro de obras A se encontra no seu escrit rio no canteiro de obras verificando os projetos Questionado sobre o que estaria fazendo ele diz Namorando os projeto
102. S EVERETT J G Identifying root causes of construction accidents Journal of Construction Engineering and Management v 126 n 1 p 52 60 2000 ABRAMAT FGV Projetos Perfil da cadeia produtiva da constru o e da ind stria de materiais setembro 2010 Elabora o Banco de Dados CBIC Dispon vel em lt http www cbicdados com br gt Acesso em 07 set 2011 ALMEIDA I M Construindo a culpa e evitando a preven o caminhos para investiga o de acidentes do trabalho em empresas de munic pio de porte m dio Botucatu S o Paulo 2001 Tese Doutorado em Sa de Ambiental Faculdade de Sa de P blica S o Paulo 2001 ALMEIDA I M Trajet ria da an lise de acidentes o paradigma tradicional e os prim rdios da amplia o da an lise Interface Comunic Sa de Educ S o Paulo v 10 n 19 p 185 202 jan jun 2006 AMALBERTI R La conduite de syst mes risques Paris Press Universitaires de France 1996 ASSUN O A A LIMA F P A A contribui o da ergonomia para a identifica o redu o e elimina o da nocividade do trabalho In MENDES R Patologia do trabalho 2 ed atualizada e ampliada S o Paulo Atheneu v 2 parte III cap 45 p 1767 1789 2003 ATTAR A BOUDJAKDJI M A BHUIYAN N GRINE K KENAL S AOUBED A Integrating numerical tools in underground construction process Engineering Construction and Architectural Management v 16 n 4 p 376 391 2
103. a o da esquadria do duto de ventila o A loca o da caixa de inc ndio no hall dos pavimentos tipos foi projetada no mesmo local onde o projeto arquitet nico previa uma esquadria para a entrada inferior do duto de ventila o No caso do excesso no pilar do WC AI 3 o projeto estrutural n o observa os limites em uma das dimens es dos pilares em um dos WC dos apartamentos tipos estabelecidos no projeto arquitet nico No caso do pilar no v o de um dos elevadores AI 8 o projeto estrutural n o observa as medidas estabelecidas no projeto arquitet nico para o v o dos elevadores No caso da confronta o do projeto arquitet nico e de inc ndio AII 1 o engenheiro de obras ao analisar os projetos executivos e complementares antes do in cio da obra encontra algumas incompatibilidades entre os projetos e as repassa para o arquiteto corrigir No caso do problema da viga 25 AII 2 o fato do projeto estrutural n o observar o projeto arquitet nico com rela o loca o da viga no extremo da laje da sacada para o engenheiro de obras gera uma situa o anormal Essa anormalidade que foge maneira mais tradicional e simples dificultar a execu o dos servi os futuros de acabamento No caso da programa o dos servi os para execu o da 1 laje da garagem AI 3 o fato do projeto telef nico n o observar o duto de ventila o faz com que as tubula es do projeto telef nico e a proje
104. a o e com o ambiente socioecon mico no qual est inclu da a sua posi o SIX 1999 p 153 AMBIENTE S CIOECON MICO Pol tica de organiza o do territ rio Regulamenta o dos mercados Regulamenta o da seguran a EMPRESA AA l Na Contrato Recursos internos Procedimentos cliente empresa servi os funcionais Regara interna Planifica o da produ o Fun es Concep o do canteiro e tarefas CAMPO DA ATIVIDADE DO ENGENHEIRO Realiza o DE OBRAS do canteiro e Obra acabada tica fam lia carreira sa de Figura 11 Esquema do sistema de determinantes e o campo da atividade do engenheiro de obras Fonte SIX 1999 p 154 A ideia principal que o sistema de produ o de uma edifica o constitu do por uma cadeia de centros de decis es Os centros de decis es possuem uma dupla dimens o SIX 1999 p 155 e Local ligada gest o da autonomia ao seio do centro que toma a decis o e Repartida ligada a intera es com os outros centros 40 A tomada de decis es ao seio de um centro se faz sobre os constraintes postos pelo centro de decis es a montante e por conseguinte provoca contraintes para os centros abaixo A capacidade de coordena o entre os centros refletir na coer ncia do sistema de produ o SIX 1999 Nesse contexto o alcance ou extens o no espa o e no tempo da a o s o caracter sticas essenciais do
105. a conversa o o engenheiro de obras A destaca alguns pontos que entende serem importantes para situar o mestre de obras quando for fazer a loca o da obra tais como n veis da obra n veis dos vizinhos n veis da rua muros de conten es a serem executados etc E O A Na poca foi feito um projeto plano altim trico MO Sim E O A A o que eu fiz Eles como sempre n o p em o piso do vizinho piso do vizinho a cota do piso MO E O A A eu pus o piso do vizinho Aqui rua rua rua A eu pus o piso do vizinho pus o piso do outro vizinho Esse piso do vizinho t na 99 61 e esse t na 102 40 MO Hum hum E O A E o piso da nossa garagem 100 40 Ent o esse piso do vizinho t mais baixo n o tem problema de conten o J um pr dio aqui Aqui como rua vai ter o passeio depois tem o jardim MO Hum hum E O A Tem o passeio e o jardim Ent o o que vai acontecer A garagem fica quase no n vel da rua Aqui com 1 00 m e pouco j d gua por isso n o jogaram as garagens mais para baixo A eu conversei com o projetista das funda es e ele falou Vamos fazer o seguinte aqui n o precisa fazer conten o Aqui se voc seguir os pontos n o vai ter problema de conten o MO E O A A gente vai ter uma conten o aqui e vai ter uma conten o aqui Come a aqui e vai dar um triangulozinho MO Hum E O A Entendeu MO Hum hum E O A Ent o v
106. a demanda do Estado para a constru o de rodovias Empresas que priorizavam a constru o pesada passaram a atuar mais significativamente no subsetor de edifica es como por exemplo a Construtora Norberto Odebrecht CNO que desde 2004 vem fazendo diversos lan amentos imobili rios Constitu da por uma diversidade expressiva de atividades a constru o civil um setor econ mico altamente pulverizado sobretudo o subsetor de edifica es no qual convivem grandes e pequenas empresas sendo as especificidades do processo produtivo fatores determinantes da pulveriza o e da conviv ncia de grandes e pequenas empresas no subsetor de edifica es Tendo como caracter stica a produ o por projeto o processo de produ o de uma edifica o n o se d em s rie na qual o produto acabado possui uma forma repetitiva no seu modo de produzir SLACK et al 2002 Cada edifica o possui um projeto diferente do outro quando n o sempre alguma particularidade ir influenciar no processo de produ o pois conclu da a obra outro projeto ser desenvolvido para a constru o de um novo edif cio em outro local terreno com altera es parciais ou totais dos atores envolvidos etc A alta rotatividade da m o de obra aparece assim como outra especificidade do processo produtivo VARGAS 1979 Ademais as edifica es normalmente s o executadas nos locais onde se dar o seu consumo e diferentemente dos demais setores in
107. a outro pavimento e fechar ele e ir fechando Mas isso quem est de fora fala D para fazer isso Mas quando voc est na execu o da obra voc v que n o tem como fazer isso engenheiro de obras A Uma parte da variabilidade normal previs vel e pelo menos parcialmente controlada GU RIN et al 2001 p 48 87 Na fase de f rma e arma o para concretagem da 10 laje e in cio dos servi os de alvenaria do apartamento tipo da obra II o engenheiro de obras A verbaliza que o normal de sua tarefa seria gerenciar material m o de obra e projetos Mas como essa normalidade n o existe grande parte do dia ele passa resolvendo problemas O normal da atividade do engenheiro de obras gerenciar material m o de obra e projetos Mas o que acontece 90 do meu dia passo resolvendo problemas engenheiro de obras A No que diz respeito a quest es de seguran a para o engenheiro de obras A essa falta de homogeneidade maior As diferentes caracter sticas das obras fazem com que constantemente adapta es sejam feitas nos elementos prescritivos PCMAT Normas Procedimentos etc Percebendo a quest o da seguran a o engenheiro de obras A verbaliza que os conceitos de seguran a n o acompanham as necessidades do processo de produ o de uma obra e quase sempre necess rio fazer alguma adapta o na obra para fazer face aos problemas que surgem O que novo infelizmente a parte de segu
108. a a execu o dos servi os de refor o e posterior retirada do excesso nos pilares do WC das su tes Para a demoli o do concreto das vigas onde passaria a ferragem do pilar em amplia o os trabalhadores t m que executar a tarefa sobre o andaime fachadeiro Ocorre que devido aos escoramentos existentes internamente eles n o disp em de espa o para trabalhar na parte interna do WC Fig 61 Ao trabalharem na parte externa sobre o andaime fachadeiro eles n o disp em de altura suficiente para uso dos marteletes nas vigas j que a plataforma de trabalho do andaime fachadeiro fica no n vel da laje Assim eles colocam duas pedras pr fabricadas usadas para fazer o piso falso do pilotis uma sobre a outra na plataforma de trabalho do andaime fachadeiro e conseguem altura para trabalhar Figuras 62 e 63 122 Figura 62 Escoras dentro do WC Figura 63 Pedras sobre a plataforma do andaime Menos inusitada mas tamb m de bastante risco sa de e de elevado desgaste f sico a situa o de trabalho para a demoli o da parte em excesso dos pilares dois serventes se revezam na execu o da tarefa Quando um trabalhador cansa o outro assume a execu o da tarefa para que o companheiro descanse Al m do ru do excessivo do martelete a demoli o do excesso do pilar gera uma imensa quantidade de poeira no apartamento onde est sendo executada a tarefa Figuras 64 e 65 Como a obra est na etapa de acabamento os
109. a forma as a es em situa o fazem com que os procedimentos sejam na realidade procedimentos personalizados Nesse percurso das a es em cascata durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o encontra se o que denominado de disponibilidade affordance LEPLAT 2004 p 65 definida como a propriedade que o objeto no caso o projeto as especifica es o planejamento etc possui e que influencia em seu modo de utiliza o A experi ncia para o autor tamb m um fator que leva aquisi o da disponibilidade affordance Os objetos ao se apresentarem em determinada situa o no caso desta tese os momentos de percep o dos problemas reivindicam determinada a o o que leva a concluir que os objetos n o possuem apenas propriedades f sicas eles s o tamb m t cnicas e sociais LEPLAT 2004 3 2 2 Analisando o curso da experi ncia no canteiro Para compreender e analisar o curso da experi ncia no canteiro como os atores da gest o do canteiro principalmente o engenheiro de obras colocam em pr tica e constroem a cada instante t da situa o as compet ncias quando deparam com um problema aqui ser adotada a constru o local do curso da a o O curso da a o se define como uma abordagem cr tica da psicologia cognitiva Se apoiando sobre o trabalho de Suchman 1987 e da a o situada analisa a cogni o em situa o O objeto de analise est centrado sobre as intera es entre c
110. a intera o no n vel da gest o do trabalho contribui na integra o da produ o e da seguran a ao integrar as diferentes representa es do trabalho Al m disso o engenheiro de obras o condutor do retorno das experi ncias vivenciadas no canteiro para o n vel 1 que possibilitaram ampliar a capacidade de antecipa o e redu o dos problemas de projeto e a incorpora o nos crit rios de construtibilidade da facilidade de construir com seguran a projeto para seguran a Amplia se a atua o da seguran a gerida para n veis precedentes realiza o do trabalho integrando produ o e seguran a ao se confrontarem seguran a 174 formalizada procedimentos projetos etc e seguran a gerida nos n veis de antecipa o Esquema 2 Modelo dos n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser antecipado Objeto de confronta o projetos N vel 1 r Dire o Projetistas Projeto N vel 2 Objeto de confronta o Planejamento programa o a Projetos e diretrizes dos servi os mf o fi ca fin mi Ja e ou Em preiteiros prestadores de mi edi Objeto de confronta o N vel di projetose tarefas 2 Ses Atores da Execu o ii execu o Gest o do trabalho 175 6 CONSIDERA ES FINAIS Uma vez analisados os dados coletados cap tulo 5 com base nos resultados da etnografia da gest o da produ o de uma edifica o cap tulo 4 considerando se a me
111. a m o Ou seja ele n o entende nada do que ele est fazendo Ele n o entende de um c lculo ele n o entende de uma execu o Voc n o v assim que o R n o vai entender daquilo profundamente mas ele sabe o que ele est fazendo Voc troca ideias com ele conversa no mesmo n vel Outro engenheiro de obra voc fala com ele alguma coisa ele n o sabe nem o que voc est falando Ele entende do que ele est fazendo entende do concreto entende da execu o Tem experi ncia sabe como fazer sabe o que vai dar certo coordena bem Sabe lidar com as pessoas para conseguir sabe aquilo que ele necessita na obra t Eu acho ele um excelente engenheiro de obras Fornecedor de Estrutura Met lica Outro exemplo citado por Silva 2000 pode ser visto quando a autora relata o caso da necessidade de um corte em uma viga met lica Durante uma entrevista com o engenheiro respons vel pela montagem da estrutura met lica de uma loja um oper rio interrompe a conversa Ele avisa que ser necess rio cortar uma viga met lica O engenheiro adverte que o corte deve ser feito na extremidade sem recorte Por m o oper rio contesta o engenheiro argumentando que o erro de medida est justamente no recorte O engenheiro concorda com o oper rio e retomando a entrevista me adverte que muito importante saber ouvir o pe o Ele explica que devido ao fato do oper rio executar o servi o det m muita
112. a que se comunicar com o calculista com o projetista de instala es etc Resumidamente nesse caso inicialmente verifica se que o problema foi percebido pelos executores encarregado e trabalhadores no n vel de gest o do trabalho Percebido o problema ao ser repassado para o engenheiro de obras atores da 172 gest o e executores quando se confrontam diante da situa o encontram solu o para o problema Posteriormente o engenheiro de obras como ator central das intera es no n vel de gest o do trabalho repassa o problema para o n vel de projeto Consequentemente a experi ncia vivenciada e repassada para o n vel do projeto contribui na melhoria do desempenho do projeto na obra AII quando o problema de vigas nos banheiros n o se apresenta Em outro caso no caso das escava es dos blocos da obra AH Al 7 observa se uma peculiaridade na elabora o do trabalho Ela foi feita de forma diferente da que foi feita no caso das escava es dos blocos da obra BI As preocupa es s o outras e as compet ncias do mestre de obras s o colocadas em a o no aux lio da elabora o do trabalho a ser executado pelos trabalhadores ao relembrar o in cio de sua carreira na constru o civil como carpinteiro ao elaborar o projeto de produ o e de trabalho juntamente com o carpinteiro que ele coloca em pr tica os 40 anos como mestre de obras Nesse caso por meio da an lise das explica es da experi nc
113. abalhos mas o mestre de obras e ou o encarregado que mant m contato direto com as equipes Entretanto nem sempre durante esse contato as intera es estabelecidas entre os atores do quadro de gest o da produ o e os executores do trabalho possibilitam projetar e controlar a maneira como este ser executado como se verifica nos seguintes casos O caso da concretagem das lajes e vigas AI 10 O caso do muro de conten o BI 1 O caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos AI 2 O caso do excesso do pilar do WC AI 3 O caso da pagina o do granito da fachada A I 9 O caso da escava o dos blocos B I 23 O caso do movimento de terra B 1 4 O caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento externo A I 11 Al m disso entre os casos acima poss vel tamb m identificar que alguns casos t m como origem dos problemas problemas originados por fatores anteriores situa o de execu o do trabalho como se verifica nos seguintes casos O caso da concretagem das lajes e vigas AI 10 O caso do muro de conten o BI 1 O caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos AI 2 144 O caso do excesso do pilar do WC AI 3 O caso da pagina o do granito da fachada A I 9 O caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento exte
114. acompanhar os servi os do in cio ao fim cacoetes M O F Porque tem que ficar aquela v lvula de E O A Iguais os eletricistas e os bombeiros dele ele solta o servi o depois d uma merda Ah p deu errado l gico ele tem ir fazendo M O F Tem que ir acompanhando E O A O cara que n o nasceu com esses cacoetes Tem alguns princ pios que n o Pesquisador Que cacoetes E O A De voc pegar um projeto de chamar seus subordinados explicar para ele ir l conferir no per odo que est fazendo Ir l conferir depois que est fazendo n o s passar n o faz isso aqui No caso Al 1 ao acompanhar o in cio do servi o o engenheiro de obras A na entrevista de autoconfronta o com sua atividade evidencia os motivos experi ncias passadas que o conduzem a acompanhar o in cio dos servi os de marca o da alvenaria e confrontar projetos Diz ele Eu n o posso simplesmente fazer o projeto de arquitetura ou marca o da alvenaria depois ver onde est passando el trica depois 158 ver onde est passando n o Eu j tenho inclusive de deixar os nichos Nesse caso os elementos dessa unidade elementar s o destacados na Figura 82 U Acompanhando o in cio da execu o do servi o e analisando os projetos inter relacionados I Analisar projetos in loco juntamente com os atores da execu o m
115. ad OSLO SI SS a E Evidenciando a organiza o do espa o temporal das a es do engenheiro AEBra e AR RR e ank e etae a aiaia a Es Modelizando e categorizando os n veis de antecipa o dos problemas Analisando as a es do engenheiro de obras nos n veis de antecipa o Evidenciando os elementos que originam a a o e resultam da a o no nivel L Projet iin i E au pe aa Evidenciando os elementos que originam a a o e resultam da a o no n vel 2 Planejamento programa o eeeeeseseseesrreresreesersreseresresreseresresse Evidenciando os elementos que originam a a o e resultam da a o no nivel 3 LEXECU OS saci S oE ir Sa NT od e Soa Validando a estrutura significativa fundamental do curso da a o Identificando os determinantes da a o nos n veis de antecipa o Fatores INLErNOS ao S JEILO sore ec sitr ite ieit a 81 83 86 89 89 92 96 102 111 116 118 120 120 124 140 140 141 146 146 147 148 150 150 153 154 155 158 162 164 165 54 2 5 4 2 1 5 4 2 2 5 5 6 1 6 2 6 3 Fatores Cxiemos dO S j ltOs isei a a a a a Variabilidade interna obra particularidades da realiza o do trabalho Variabilidade externa obra do produto e do mercado Modelizando os n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser amiecipado su osseteisntenitnteo carai S asa Adin saa ra Saia Unida aa d
116. ado para a troca de experi ncias e at o nome poderia ser alterado para DDST Di logo Di rio de Situa o de Trabalho o que daria um car ter mais especifico para esse momento A obedi ncia a normas sempre o principal foco da seguran a no entanto o projeto para a situa o de trabalho a forma e a qualidade dos treinamentos n o s o discutidas durante o processo de produ o de uma edifica o 6 2 Conclus o Este trabalho em fun o dos seus objetivos e do modelo de pesquisa gerou conhecimento em diferentes campos do saber e Metodol gico ao aplicar por meio da etnogr fica do processo de gest o da produ o de uma edifica o a an lise do curso da a o e Gest o de projeto ao fazer uso de conhecimentos j sedimentados e aprofundar a discuss o sobre a considera o da situa o de trabalho para a antecipa o de problemas de projeto e Gest o da produ o e trabalho ao agregar aspectos de gest o para integra o da produ o e da seguran a no projeto de situa o de trabalho seguro Ao final de seu artigo Saurin 2005 p 137 sugere Dentre as necessidades de pesquisas futuras cabe a proposi o e valida o de m todos de integra o a amplia o do check list de medidas de integra o proposto neste trabalho o desenvolvimento de ferramentas para disseminar o conhecimento sobre a seguran a entre os projetistas por exemplo softwares ou manuais assim como um levantamento m
117. ai ter que fazer essa conten o antes MO Ent o n o vai dar muito desaterro n o E O A Vai vai tirar um pouquinho de terra aqui Vamos pegar o projeto de arquitetura que vou te mostrar E O A O calculista estrutural o que ele fez Aqui a loca o dos pilares MO E O A Est o locados os pilares direitinho t vendo MO Hum hum E O A Aqui tem rua rua casa e pr dio A como vamos fazer conten o aqui o que aconteceu na regi o na conten o 113 MO J vamos colocar os pilares ambos se referem aos pilares que foram locados em pontos do muro de conten o E O A J vamos colocar os pilares A o que ele fez Como a conten o mixariazinha n o muito grossa porque j t a casa j t um pouco mais baixa hoje vou ter que mostrar l mais ou menos 1 00 m Ent o ele mandou bater trilho aquele T 45 S que a gente vai ter que bater o trilho Vou te mostrar tem lugar que o trilho mais profundo que justamente onde por exemplo aqui tem a junta de dilata o Ent o essa planta aqui j tem a loca o tranquila nela MO bom voc me dar uma c pia vou dar uma olhada E O A essa tem a loca o Depois o calculista vai calcular os blocos MO Por enquanto n o precisa E O A Aqui j o piso da primeira garagem Aqui j se inicia a an lise do projeto arquitet nico apenas mostra as plantas das garagens para situar melhor o mestre sobre
118. ais abrangente das percep es dos mesmos quanto ao assunto Esta tese avan a nessas duas dire es permite evidenciar que a integra o entre os diversos atores nas diversas fases e etapas do processo produtivo de uma edifica o o encontro de experi ncias fator determinante para a melhoria dos processos de produ o e a preven o de acidentes Demonstra que a reflex o sobre o que projetado e como executar o que foi projetado deve ser uma a o coletiva considerando se os 182 diferentes pontos de vista desde a fase de projeto at situa o de execu o atividade de trabalho Das hist rias e narrativas relatadas pode se concluir que o engenheiro de obras o ator central das decis es no canteiro atrav s dele que se estabelecem as intera es entre o canteiro de obras e os demais atores a montante do canteiro Seu trabalho constitu do de intera es entre os determinantes e a sua atividade consequ ncia dessas intera es A an lise do curso da a o descreve os determinantes ou os efeitos extr nsecos que pesam sobre sua experi ncia e permite construir a parte de sua atividade que lhe significativa as estrat gias de lutas para antecipar problemas Esta tese tamb m demonstra que nem todos os problemas no canteiro se devem imprevisibilidade inerente constru o civil Os resultados demonstram que os problemas n o deveriam acontecer necessariamente nem s o obras do acaso mas
119. al 2005 A preven o na constru o por meio do projeto consiste num processo no qual os projetistas engenheiros e arquitetos explicitamente consideram a seguran a do trabalhador da constru o durante a fase de projeto TOOLE e GAMBATESE 2008 De acordo com Saurin 2005 a integra o de requisitos de seguran a etapa de desenvolvimento do projeto pode eliminar ou reduzir perigos nas suas origens Segundo ele discutir assuntos de seguran a desde as etapas iniciais do empreendimento envolve antecipa o dos perigos e mais tempo para o estudo de m todos de trabalho seguro A curva tempo influ ncia na seguran a mostrada na Figura 6 ilustra que uma significante por o da capacidade para influenciar na seguran a perdida quando sua considera o permanece ainda ausente na fase de constru o SZY MBERSKI 1997 2 Conceito Projeto de engenharia detalhado N Aquisi o de bens e servi os Constru o Star up Sa g pe bo e5 N Sm O w gt Cm E a ao w ET 3 Q x Baixa Data de Datade conclus o inicio Cronograma do projeto Figura 6 Tempo influ ncia na seguran a Fonte SZYMBERSKI 1997 p 71 Prevention through Design 26 Estudo relacionado a acidentes e les es na constru o civil apresenta a por o dos fatores pr ximos a tais eventos que t m suas origens a montante da fase de execu
120. al da confronta o entre regula o tiae QUEENS ua so ssa o AE E a e a METODOLOGIA sos sa ni E O SS Um tr mite de pesquisa interativa saaasaoaca sasadaesanitnirasa coa qaasasacecadadat ea O objeto de an lise atividade do engenheiro de obras Processo de colet nea dos dados a esse dtio sa nro prensa SIGNS ppa atas Construindo o modelo para an lise dos dados as a es em situa o Compreendendo a arvore das a es no canteiro prescri o x a o Situada E ND PRB a RR ERES e RR US GER A 8 PERUS Re UE ND REA Analisando o curso da experi ncia no canteiro ETNOGRAFIA DA GEST O DA PRODU O DE UMA EDIFICA O nno sas a Contextualizando a atividade dos engenheiros de obras O ambiente as construtoras e as obras ciciiieeeereerereeetenens A construtora A e as Obras soseoeseesessssosereestssssosereesessssosesreeesessssesreeeseseo A construtora Be a Obidos aaa a E a a a O contexto do trabalho do quadro de gest o do canteiro IX 11 13 16 18 18 26 30 34 36 36 39 43 45 51 58 58 61 62 63 64 69 76 76 76 76 11 78 4 1 3 4 2 4 3 44 4 4 1 4 4 2 4 4 3 4 4 4 4 4 5 4 4 6 4 4 7 4 4 8 4 4 8 1 4 4 8 2 5 1 5 1 1 5 1 2 5 1 2 1 5 1 2 2 5 1 3 5 2 5 2 1 5 3 5 3 1 5 3 2 5 3 3 5 3 4 5 4 5 4 1 Tempos e localise a E E R ES AE
121. alhadores N Sub contratados Trabalhos estruturais Sse Acabamentos z4 funda es etc Figura 12 O engenheiro de obras centro de decis es Fonte SIX 1999 p 157 41 Se por um lado para fazer frente s variabilidades da situa o frequentemente o engenheiro de obras o primeiro ator social no canteiro a adaptar ou remanejar o plano de trabalho previamente elaborado por outro lado para gerir o canteiro a tarefa do engenheiro de obras apontada como a simples materializa o do que foi previamente definido nos projetos e aplicar eficiente e economicamente os recursos necess rios para a execu o do empreendimento dentro do que foi planejado Entre os v rios lemas da ind stria da constru o est a express o no prazo e dentro do or amento HALPIN e WOODHEAD 2004 p 9 A gest o de um canteiro um processo complexo e as regula es acontecem no curso do desenvolvimento das atividades do processo de constru o Pouco se sabe sobre a realidade do trabalho em uma constru o prioritariamente com rela o gest o da produ o e aos descompassos do processo produtivo LIPSCOMB et al 2006 O c que se sabe que a gest o de um canteiro de obras uma gest o viva pois s o elevadas as incertezas em um canteiro e seu ambiente est em constante evolu o O ambiente de trabalho na constru
122. alimenta o de desempenho Figura 4 Interfaces do processo de desenvolvimento de produto na constru o de edif cios Fonte FABRICIO 2002 p 229 Tradicionalmente o ciclo de vida de um projeto inclui as seguintes fases planejamento e estudos de viabilidade concep o e engenharia constru o e opera o e manuten o KARTAM 1996 Segundo Kartam 1996 li es aprendidas nas edifica es constru das podem ter sua g nese em qualquer fase do ciclo de vida do projeto Da mesma forma acrescenta o autor essas li es podem ser aplic veis a uma ou mais fases do ciclo de vida do projeto Na Figura 5 Kartam 1996 representa as v rias fontes e usos do conhecimento de engenharia de constru o Engenharia de custo Construtibilidade amp E Avalia o opera o p s ocupa o Figura 5 Meios de feedback em ciclo de vida de projetos Fonte KARTAM 1996 24 Entretanto o foco do retorno das informa es est no produto edifica o e n o se refere situa o de trabalho fonte de diversos problemas de preven o de acidentes durante a constru o e a manuten o predial Se as estrat gias do retorno de informa es considerassem a situa o de trabalho o conjunto de condi es materiais e imateriais que influenciam em como o trabalho ser realizado seria poss vel alcan ar uma melhoria da seguran a e da preven o de acidentes Portanto os conceitos destacados acima ao apontarem a
123. am geralmente presentes na maioria dos canteiros de obras alguns inclusive por 3 exig ncia de leis ou normas Falta ainda na constru o civil a implementa o de t cnicas ou programas de preven o mais aperfei oados Os sistemas de Seguran a e Sa de no Trabalho SST da constru o civil estariam atrasados em rela o aos da ind stria Ou dada a especificidade desse setor que ainda permanece semiartesanal a preven o seria limitada e os perigos e riscos seriam inerentes a esse tipo de produ o A persist ncia de taxas elevadas de acidentes parece colocar em quest o n o a falta de a es de preven o mas sim a adequa o das a es propostas realidade da constru o civil A seguran a parece ser ainda externa como se n o existisse de fato a integra o da seguran a e da produ o Apesar de existirem procedimentos e sistemas de preven o t o diversificados quanto no setor industrial inclusive a tentativa recente de realizar um projeto espec fico para a seguran a durante a constru o procurando controlar os riscos desde a fase de projeto os resultados obtidos est o aqu m das expectativas Uma das raz es que as situa es de trabalho se diferenciam profundamente das de outros setores 1 tendo como caracter stica a produ o por projeto o processo de produ o de uma edifica o n o se d em s rie cada obra nica 2 o canteiro de obras n o se constitui numa unidade produtiva perma
124. am juntos faz muito tempo O engenheiro de obras A trabalha na construtora desde 1997 e o mestre de obras A desde 1999 O t cnico de seguran a A o mais novo na equipe do quadro de gest o do canteiro trabalha na construtora desde 2006 O engenheiro de obras A formado em engenharia civil h aproximadamente segundo seu relato 25 anos O mestre de obras A relata que est na profiss o h uns 40 anos E o t cnico de seguran a destaca que trabalha na constru o civil desde 1976 O engenheiro de obras A respons vel pela e Manuten o dos edif cios anteriormente constru dos e Constru o do edif cio residencial AI e Constru o do edif cio AII Quando a obra Al se encontrava em fase de acabamento final para entrega das unidades o engenheiro de obras A iniciou suas atividades tamb m na obra AII Ele participou da fase de desenvolvimento e compatibiliza o dos projetos da programa o da instala o do canteiro e do in cio dos servi os de loca o terraplenagem e funda es de pend ncias de assuntos burocr ticos Prefeitura CEMIG CREA etc etc 78 O escrit rio do canteiro de obras AI servia de escrit rio central para o engenheiro de obras A era onde ele passava a maior parte do seu tempo e de onde dava partida para todas as outras as atividades do dia nos dois canteiros assim como dos servi os de manuten es em edif cios posteriormente constru dos Posteriormente a partir de 17 de novem
125. am antecipadas Dessa forma a resposta do sistema dos atores da execu o aos problemas de produ o e de seguran a vai depender dos recursos locais das equipes e da gest o dispon veis em tempo real 183 Portanto a an lise do curso da a o do engenheiro de obras demonstra que as causas dos problemas no caso acidentes n o est o na a o dos trabalhadores mas na efici ncia das a es em espa os temporais anteriores realiza o do trabalho Esse modelo de antecipa o em tr s n veis traz as seguintes contribui es para a seguran a gerida no projeto de situa es de trabalho seguras e articula o retorno de experi ncia do coletivo do canteiro para atuar desde a fase de projeto envolvendo al m do projeto do pr prio canteiro tamb m o projeto das edifica es e quando essas antecipa es n o funcionarem deve se procurar reconhecer e legitimar o ponto de vista dos executantes nas decis es de como resolver os problemas evitando que os trabalhadores do canteiro funcionem como ltima inst ncia de regula o das disfun es do sistema e finalmente reconhece que os executantes s o de fato respons veis pela sua pr pria seguran a no canteiro desde que se amplie o espa o de sua atua o de modo que o retorno de experi ncia influencie o projeto t cnico e permita a redu o de incompatibilidades e incorpore crit rios de construtibilidade com seguran a higiene e conforto 6 3 Limites desta p
126. arem diante da situa o de trabalho para a escava o de grandes blocos como eles elaboram um projeto de trabalho que aplicado na obra AII quando o mestre de obras coloca em pr tica suas compet ncias no n vel de gest o do trabalho elaborando o projeto de trabalho Por outro lado como essa pr tica n o explicitada e levada pelo engenheiro de obras para os n veis precedentes projeto planejamento programa o e execu o n o existe difus o dessa pr tica que possivelmente poderia em casos semelhantes aumentar a efici ncia dos n veis de antecipa o em outras obras da construtora Dessa forma v se a atividade do engenheiro de obras para al m da simples tica de responsabiliza o para execu o das regras de controle principalmente com refer ncia s condi es de trabalho seguran a e sa de dos trabalhadores O engenheiro de obras um elemento importante nos n veis de antecipa o projeto planejamento programa o e execu o e gest o do trabalho para a amplia o dos espa os de intera es e retornos de experi ncias evitando que somente as regula es dos atores da execu o os trabalhadores sejam a nica inst ncia de regula o das disfun es do sistema Em termos pr ticos essa modeliza o Esquema 2 ao ampliar os espa os de atua o do engenheiro de obras para o n vel da gest o do trabalho amplia tamb m o espa o de atua o dos executores dos servi os Portanto
127. as atividades operativas WISNER 1996 p 12 Em duas constru es a programa o foi seguida mas em uma terceira a chefia da obra alterou a programa o da forma de execu o dos servi os para otimizar a utiliza o dos materiais e o ganho de tempo ap s um atraso das obras SIX 1997 Para 42 o autor o interessante dessa observa o que o chefe da obra tinha prefer ncia por uma forma de execu o dos servi os e quando sa a de f rias o seu substituto tendo outro tipo de prefer ncia alterava a forma de execu o dos servi os Assim as escolhas e as prefer ncias nas formas de execu o tinham como base os conhecimentos e as experi ncias SIX 1997 Pode se se interrogar sobre o papel do chefe da obra nas escolhas de organiza o e sobre o significado de tais prefer ncias indubitavelmente devem ser em rela o estreita com sua experi ncia profissional e por conseguinte o seu saber fazer SIX 1997 p 28 A busca por uma concep o para a seguran a integra necessariamente a concep o da organiza o e a concep o da atividade realidade estreitamente imbricadas Os conhecimentos e as experi ncias dos executores n o podem deixar de ser considerados nas fases anteriores da execu o dos servi os assim como durante a prepara o do trabalho no canteiro No estudo de caso com foco sobre o processo de projeto e planejamento da constru o de um projeto o resultado aponta que o maior
128. ase nas experi ncias subsequentes CHOUDHRY e FANG 2008 49 Mas com base na concep o tradicional o saber do trabalhador negado e para gerir situa es de riscos no trabalho surgem ferramentas como Permiss o de Trabalho PT An lise Preliminar de Riscos APR Programa de Condi es e Meio Ambiente do Trabalho PCMAT na constru o civil brasileira normas etc A APR teve seu desenvolvimento na rea militar DE CICCO e FANTAZZINIL 1988 Na constru o civil a proposta para o uso da An lise Preliminar de Risco APR consiste num estudo pontual desenvolvida a priori isolada do projeto para o trabalho com a finalidade de determinar os riscos que poder o estar presentes na fase operacional do mesmo Isoladamente as medidas preventivas recomendadas nas APR s por si s n o promovem a melhoria no processo produtivo quanto redu o dos riscos de acidentes por se tratarem de a es pontuais e n o sist micas e em momento inadequado do seu uso Os autores ratificam a necessidade de desenvolvimento da APR antes da elabora o do plano de seguran a caso contr rio a fun o prevencionista de um plano n o estar sendo atendida FRAN A e TOZE 2008 Portanto o que parece que essas ferramentas servem mais como listas de verifica o ou check lists LIMA 1998 Quando colocadas em pr tica um servi o s pode ser iniciado ap s a elabora o de uma das ferramentas PT no caso de minera o
129. assar para o engenheiro de obras o caso do detalhamento do encontro entre materiais diferentes na fachada da obra AI AI 4 Durante uma das jornadas de trabalho do engenheiro de obras A no canteiro de obras Al o encarregado de pedreiros O entra no escrit rio e questiona o engenheiro de obra A sobre o revestimento da fachada Como est sendo feito o embo o externo para assentamento de granito e cer mica da fachada o encarregado de pedreiros O pede detalhes sobre o encontro da cer mica com o granito Como se trata de materiais diferentes e a espessura do granito maior do que a da cer mica o embo o do granito deve ficar 1 7 cm mais baixo do que o da cer mica para que no final ambos fiquem alinhados Para explicar o detalhe que ser adotado na execu o o engenheiro de obras A pega um papel borr o e desenha com uma caneta o detalhamento definindo o uso de uma cantoneira de alum nio No projeto arquitet nico n o consta esse detalhe Figura 55 Na hora que voc vai executar que percebe que os projetos hoje est o muito pobres em termos de detalhamento Muito escapa Ent o o engenheiro na obra ele tem que detalhar sem o detalhamento engenheiro de obras A CANTONEIRA Ami Granito Cer mica Sa J Z RT ymt 7 PAREDE Figura 55 Detalhe desenhado pelo engenheiro Verbaliza o engenheiro de obra A que ele decidira pela cantoneira por quest es est ticas e com base em v rias outra
130. ata Na fase de desenvolvimento do projeto s o definidos os projetos executivos que s o repassados para os engenheiros de obras dessa forma a engenheiro de obras ir executar uma a o para os prescritores No canteiro o ator d ator da execu o executa uma a o para outro ator b mestre e ou encarregados e estes executam a es para outro ator a engenheiro de obras de tal forma que a a o de d passa a ser uma suba o dentro da a o de b e a a o de b passa a ser uma suba o dentro da a o de a A partir disso pode se dizer tamb m que durante o processo de produ o de uma edifica o o car ter das cascatas de intera o das a es de gest o da obra muda Apresentam se em um primeiro momento como do tipo a es mimeom rficas em cascata quando os projetos o planejamento os or amentos e os programas elementos prescritivos s o repassados para serem simplesmente executados pelos engenheiros de obras Em um segundo momento essas a es se apresentam como do tipo cascata indiferente quando o engenheiro de obras ao receber os elementos prescritivos procura detectar e solucionar problemas E finalmente em um terceiro momento elas se apresentam do tipo a es polim rficas em cascata a es que podem ser executadas de 68 v rias maneiras devido dificuldade no setor da constru o de prever e determinar a priori os comportamentos dito de outr
131. atividade os elementos constituintes da unidade elementar U Figura 78 U Analisando os projetos antes do in cio da obra I Como os projetos n o s o compatibilizado os projetos sofrem muitas modifica es dentro do canteiro de obras O Fazer uma an lise cr tica dos R Entrega dos projetos projetos e verificar arquitet nico e se existem complementares inc ndio problemas incompatibilidade erros t cnicos etc Como o vivenciado na obra Al caso Al 1 Figura 78 Signo tetr dico do caso AII 1 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento entrega do projeto arquitet nico e complementar inc ndio um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando os projetos antes do in cio da obra e um elemento do trabalho futuro execu o dos servi os no canteiro Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o O resultado da a o de an lise dos projetos antes do in cio da obra um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando projetos antes do in cio da 154 obra e um elemento de trabalhos passados o caso AI 1 Remete o engenheiro de obras a uma interpreta o poss vel que ser ou n o confirmada Como os projetos n o s o compatibilizados os projetos sofrem muitas modifica es dentro do canteiro de obras Essa interpreta o se confirma quando detecta o problema do duto de ventila o que passava por den
132. atores do canteiro a sua aten o maior Por exemplo concretagem rastreabilidade de concreto marca o de concreto montagem da arma o montagem da f rma confer ncia da arma o confer ncia da f rma O pr dio ele segue uma sequ ncia normal n o tem aquelas surpresas Agora supondo agora n s vamos fazer aqui uma laje com concreto protendido como quase ningu m n o fez a voc foca mais aten o Coisas que n o s o do dia a dia deles Ah esse pr dio aqui foi criado aqui vai ser todo em estrutura met lica engenheiro de obras A Por outro lado a homogeneidade no processo de produ o de uma edifica o n o se apresenta como uma caracter stica predominante Umas das principais caracter sticas que determinam a natureza da atividade de projeto na constru o civil s o a alta variedade e o baixo volume o que contribui para o aumento das incertezas na fase de elabora o dos projetos Eu falo o seguinte porque quando voc come a a obra nem sempre voc consegue ter tudo definido Por exemplo quando voc tem um planejamento um projeto o material e a m o de obra voc tem efici ncia e tranq ilo voc tocar uma obra Mas nem sempre s vezes quando a gente est come ando uma obra nem sempre a gente est com todos os projetos detalhados e tal e tem certas mudan as por isso que n o d para chegar O ideal seria chegar em um c modo fechar em um pavimento depois ir par
133. avalia os resultados os componentes da atividade podem modificar as a es mentais e comportamentais 5 3 Analisando as a es do engenheiro de obras nos n veis de antecipa o Os resultados do item anterior descrevem a organiza o espa o temporal das a es do engenheiro de obras para antecipar problemas durante o processo de produ o de uma edifica o Nesta se o com base nesses resultados e nos resultados etnogr ficos de alguns casos procura se evidenciar e compreender a rela o org nica entre conhecimento pr tico e cient fico ou seja entre a o e pescri o Em geral cada a o do engenheiro de obras seguida de uma resposta situa o a uni o da a o e da resposta situa o denominada unidade elementar U que pode ser entendida conforme ensina Theureau 2000 como uma constru o simb lica de novos tipos ou a rela o entre tipos A an lise do curso da a o nos n veis de antecipa o consiste em distinguir sistematicamente os elementos do saber colocado em pr tica e os elementos da situa o Ao se utilizar a an lise do curso da a o nos n veis de antecipa o identificam se principalmente os racioc nios pr ticos do engenheiro de obras os signos no momento t da situa o o curso da experi ncia O objetivo ao desvelar os elementos do signo tetr dico que comp e o momento da a o quando o engenheiro de obras ao agir constr i ou valida conhecimentos durante o pro
134. balho de uma edifica o nesse ambiente de incertezas e variabilidades originadas principalmente na etapa de projeto ampliando a capacidade da seguran a gerida 5 5 Modelizando os n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser antecipado Para se obter uma melhor efici ncia da seguran a gerida nos n veis de antecipa o n o suficiente apenas reunir diversos projetistas e construtores competentes em torno de um objeto projeto planos programas etc para que eles consigam antecipar problemas N o basta reunir pessoas de compet ncias diferentes em torno de uma planta ou de um prot tipo do futuro sistema para que elas consigam identificar eventuais problemas GUERIN et al 2001 As an lises do curso da experi ncia e da caracter stica organizacional e do contexto da atividade dos gestores da produ o evidenciam que certos elementos precisam compor o espa o temporal da a o nos n veis de antecipa o Al m disso fatores internos e externos ao sujeito podem tamb m contribuir na inefici ncia dos n veis de antecipa o Por outro lado verifica se em determinados casos que certas estrat gias utilizadas isoladamente indicam como melhorar a efici ncia dos n veis de antecipa o e gerir situa es que n o s o pass veis de antecipa o A passagem dos problemas de um n vel de antecipa o para outro sup e colocar em pr tica as experi ncias vivenciadas nos canteiros de obras Inicialmen
135. balho desde a etapa de projeto O retorno de experi ncia nesse espa o est centrado mais no produto do que na situa o de trabalho dos executantes A interface i4 representa a necessidade de acompanhamento da obra e a elabora o do as built de forma a garantir a retroalimenta o de futuros projetos e a manutenibilidade do edif cio constru do FABRICIO 2002 p 227 Por ltimo na interface 15 Figura 4 indo al m da execu o ao analisar os resultados durante a fase de uso e manuten o o autor enfatiza a necessidade do retorno de informa es referentes ao desempenho a patologias e custos vida til da edifica o fornecendo para a etapa de projeto uma vis o do ciclo de vida 23 Essa interface deve trazer para o processo de desenvolvimento do produto informa es sobre o desempenho patologias e custos vida til da edifica o de forma a levar ao projeto uma vis o de ciclo de vida FABR CIO 2002 p 227 Concep o e projeto do empreendimento arquitetura o A PROGRAMA A PROJETODO 4 EE GENE PRODUTO PRODU iz engenha 3 interface com o mercado programa E prog lt gt Interface potencialmente simult nea interface entre os projetos do produto E Proj P gt Interface de retroaliment o 3 interface projeto do produto produ o projeto para produ o i4 retroalimenta o execu o projeto i interface cliente retro
136. blemas antes da execu o do servi o R Programa o dos servi os para concretagem O Analisar os projetos da 12 laje inter relacionados com a execu o do servi o para deixar tudo pronto Figura 79 Signo tetr dico do caso AII 3 155 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento programa o dos servi os para concretagem da 1 laje um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando os projetos quando passa as diretrizes dos servi os a serem executados e um elemento do trabalho futuro execu o dos servi os de concretagem da 1 laje Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o analisar os projetos inter relacionados com o servi o que ser executado possibilita encontrar e resolver problemas antes da execu o do servi o tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando projetos quando passa as diretrizes dos servi os a serem executados e um elemento de trabalhos passados como os projetos n o s o compatibilizados os projetos sofrem muitas modifica es dentro do canteiro de obras Essa interpreta o poss vel se confirma quando s o encontrados os problemas de incompatibilidade entre a loca o da caixa de telefone e de entrada do duto de ventila o e o problema do projeto de escoamento de gua pluvial da garagem O caso do problema do projeto de escamento de gua pluvial AII
137. bra 4 4 1 Analisando os projetos antes do in cio da obra Quando concretizou as negocia es da compra do terreno para a constru o da obra All a construtora A recebeu o projeto arquitet nico j aprovado na Prefeitura projeto este que atende somente s necessidades b sicas legais dos rg os municipais para que possam aprovar a constru o Nessa fase a engenheira de obras participa das reuni es dos projetistas com a dire o da construtora e auxilia nas provid ncias necess rias implementa o dos projetos O engenheiro de obra o primeiro passo ele passa a participar das reuni es da implanta o dos projetos engenheiro de obras A Essa participa o para a implementa o dos projetos verificada por exemplo quando o engenheiro de obras A auxilia o projetistas das funda es determinando pontos de sondagem Pesquisador O que que est s fazendo E O A Um mapa de sondagem Pesquisador De onde E O A L do AII Da nova obra Pesquisador Como esse mapa de sondagem E O A Pegamos o terreno e colocamos os pontos para determinar a sondagem Pesquisador Onde o cara vai fazer a sondagem Mas isso quem determina voc 89 E O A N o teve reuni o ontem com o engenheiro de funda es a ele calculou estou passando isso desenhando na planta baixa do arquitet nico para passar para o AutoCAD para pedir or amento O engenheiro da obra A participa tamb m das r
138. bras na constru o civil implica oscila es das equipes de trabalho A singularidade das obras comporta diversas outras singularidades projetos terrenos t cnicas construtivas rotatividade da m o de obra mercado etc que tornam o projeto de situa es de trabalho seguras ainda mais complexas que em situa es relativamente mais est veis da ind stria Com efeito como projetar para a seguran a se a variabilidade comum a qualquer sistema de produ o potencializada pela singularidade das obras Os sistemas de Seguran a e Sa de no Trabalho SST s o baseados em procedimentos que pressup em certa estabilidade das situa es de trabalho para serem aplicados A rigor as normas estabilizam uma situa o por for a de sua obrigatoriedade constrangem as situa es a se ajustarem s suas exig ncias Esse o efeito esperado dos procedimentos de avalia o de riscos pr vios execu o que recebem denomina es variadas em cada setor Permiss o de Trabalho PT e ou An lise Preliminar de Riscos APR enquadram as situa es de trabalho para garantir condi es de execu o seguras considerando m o de obra procedimentos organizacionais e meios materiais processo e instala es de apoio Mas dada a inconst ncia t pica da constru o civil como definir esses procedimentos de PT sen o a partir de regras gen ricas Como criar normas e procedimentos espec ficos quando essas especificidades n o se estabi
139. bro de 2009 com o in cio dos servi os das instala es provis rias do canteiro de obras da loca o e da crava o dos trilhos da conten o na obra AI o engenheiro de obras A passou a se dividir entre os dois canteiros at total conclus o dos servi os na obra AI em dezembro de 2010 No que se refere s quest es de seguran a a obra tem um t cnico de seguran a que cobra e fiscaliza a implementa o das medidas de seguran a requeridas em normas no canteiro Nessa construtora antes do in cio da obra Al existia uma engenheira tamb m engenheira de seguran a que coordenava o setor de planejamento qualidade e seguran a Com sua sa da da construtora n o houve substitui o e o t cnico de seguran a passou a tratar das quest es de seguran a com o engenheiro de obras Quando a obra Al j estava em fase de conclus o em julho de 2010 o engenheiro de obras A tamb m concluiu o curso de especializa o em engenharia de seguran a No in cio do planejamento para in cio da execu o dos servi os no canteiro de obra AII verificou se que j havia uma mudan a de ponto de vista do engenheiro de obras A com rela o s quest es de seguran a Eram mais constantes as suas preocupa es com rela o preven o havia uma maior aproxima o entre produ o e seguran a como verbalizou o t cnico de seguran a quando se referiu ao projeto do varal de seguran a no in cio dos servi os de concretagem da 2 laje
140. ca o de vidros e Pintura e Pisos e Obras complementares e Limpeza e Servi os diversos Portanto nesse contexto de singularidade que o processo de produ o de uma edifica o permanece sedimentado sobre uma base semiartesanal o que constitui um dos grandes motivos da n o racionaliza o do subsetor de edifica es Realmente n o obstante a ci ncia se fa a presente na atividade de projeto e ind cios de produtos industrializados marquem os meios de produ o o trabalho ainda sedimentado sobre uma base estrutural da manufatura A m quina ainda n o incorporou a ferramenta do oficial de forma a desvencilhar se das barreiras org nicas que o trabalho manual imp e A maioria dos equipamentos utilizados guindaste e gruas substituem a for a muscular do oper rio mas n o suas habilidades VARGAS 1979 p 90 Assim o subsetor de edifica es traz em seu perfil o retrato de um setor aparentemente ineficiente Entretanto se aparentemente esses m todos tomados isoladamente parecem ser ineficientes Vargas 1979 oferece uma vis o mais global Na constru o habitacional aparentemente os m todos parecem ser ineficientes o que n o verdade haja vista os altos lucros do subsetor Os processos de trabalho e de valoriza o est o adequados estrutura econ mica e composi o e forma o da for a de trabalho de nossa sociedade embora n o sejam os mais modernos VARGAS 1979 p
141. campo da atividade do engenheiro de obras SIX 1999 Para o engenheiro de obras o trabalho de cada equipe constitui uma vari vel que ele acompanha a evolu o de uma parte e de outra parte necess rio integrar ao conjunto dos trabalhos das outras equipes intervindo sobre o canteiro que podem estar fisicamente presentes no momento da avalia o ou n o SIX 1999 Nesse caso ele est antecipando a interven o e a extens o do campo temporal diz respeito ao mesmo tempo ao passado e ao futuro SIX 1999 Acompanhando diariamente pelo menos uma vez ao dia como est o desenvolvimento dos trabalhos em cada etapa ele busca informa o n o relativas a cada etapa mas ao desenvolvimento da obra SIX 1999 Dessa forma conforme a Figura 12 o engenheiro de obras pode ser visto como um centro de decis es Dispondo de certa autonomia ele o centro de decis es no canteiro para fazer frente aos contraintes que prov m de dois grupos de centros de decis es a montante de uma parte do cliente e do projetista de outra parte da dire o da empresa SIX 1999 CENTROS A MONTANTE O dliente EMPRESA E Comercial Arquiteto Estudos de pre os Escrit rio de L 3 oa N Supervisor do estudos t cnicos E o contrato Escrit rio de controle Dire o dos ss Coordenador de seguran a ENGENHEIRO a DE OBRAS in ei pmecedores CENTROS A JUSANTE A obeas Es Mestre de obras Empresas 3 5 Trab
142. caracter sticas as caracter sticas de uso as medidas e os ngulos as casas vizinhas os servi os p blicos as curvas de n veis etc 2 Fase Elabora o do projeto planejamento e programas Para elaborar o projeto do edif cio necess ria uma intera o entre arquiteto e construtor Antes de iniciar os projetos estudos preliminares s o feitos e algumas provid ncias devem ser tomadas limpeza do terreno levantamento plano altim trico e sondagens AZEREDO 1998 provid ncias que segundo se observou na obra All durante a pesquisa eram tomadas pelo engenheiro de obras Feitos os estudos preliminares inicia se a fase do projeto arquitet nico que por sua vez pode ser dividido em AZEREDO 1998 e ANTEPROJETO Ap s a aprova o do estudo preliminar realizado o anteprojeto Trata se da inclus o de todas as altera es discutidas na etapa anterior e da finaliza o do projeto para aprova o pelo cliente aqui que o cliente faz a aprova o final de seu projeto e PROJETOS PARA A PREFEITURA E A OBRA Ap s a aprova o do anteprojeto s o elaborados os projetos que v o para a prefeitura e para a obra Esses projetos atendem somente s necessidades b sicas legais dos rg os municipais para que possam naquele munic pio ser aprovados para constru o e PROJETOS EXECUTIVOS S o projetos destinados ao construtor muito mais detalhados que os anteriores Com base nos projetos anteriores iniciam se
143. cativa fundamental do curso da a o Os resultados da an lise da atividade do engenheiro de obras mostram que a gest o da produ o de um canteiro se desdobra em uma forma cont nua que vai al m da discreta natureza de gerir o que foi previamente determinado com base nos projetos no planejamento e no or amento moldurada por uma s rie de janelas de tempo correspondentes s diversas etapas de gest o do processo de produ o de uma edifica o A coer ncia que se estabelece entre os diversos momentos de percep o de problemas s o sequ ncias que concerne a um mesmo tipo de cuidado nos diversos momentos do processo de produ o de uma edifica o submissa a prescri oes escritas e ou de regras estabelecidas cuja aplica o est sob o controle do engenheiro de obras Nesse contexto o objetivo da constru o da estrutura significativa fundamental o de identificar em termos mais ou menos gerais suas regularidades subjacentes ou seja o que constitui a base da Atualidade Potencial A o que o engenheiro de obras espera no momento da a o e Non vell No caso All 1 a estrat gia de luta para antecipa o de problemas e de incompatibilidades entre projetos no n vel 1 colocada em pr tica quando o trabalho do engenheiro de obras A o de participar da fase de elabora o dos projetos fazendo uma an lise cr tica com base na sua experi ncia de obras passadas Dessa forma o engenheiro de obras ao participar
144. cep o dos problemas durante o processo de produ o de uma edifica o 5 2 Evidenciando a organiza o do espa o temporal das a es do engenheiro de obras Nesta se o inicialmente se apresenta o modelo dos n veis de antecipa o dos problemas Em seguida por meio do curso da a o se descrevem o curso da experi ncia e as caracter sticas da configura o organizacional do espa o temporal da a o de modo a evidenciar as rela es entre os saberes colocados em pr tica e os elementos da situa o para o ator 5 2 1 Modelizando e categorizando os n veis de antecipa o dos problemas A an lise de conte dos e cadeias de a es durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o possibilita fazer a correla o entre os momentos de percep o de problemas e o respectivo espa o temporal da a o que s o Projetos Planejamento Programa o e Execu o Quadro 9 Quadro 9 Momentos de percep o de problemas e espa o temporal da a o MOMENTOS DE PERCEP O DE PROBLEMAS ESPA O TEMPORAL DA A O Analisando os projetos antes do in cio da obra PROJETO Analisando os projetos na fase de execu o da obra Programando os servi os a serem executados ae ANN Fornecedores e ou Fornecedores elou prestadores desev os de servi os Acompanhando o in cio do servi o Acompanhando aexecugo doseni o a execu o do servi o EXECU O Jnspecionando o andamento dos servi o
145. cesso de produ o de uma edifica o compreender e evidenciar as estruturas fundamentais significativas nos n veis de antecipa o Dessa forma inicialmente passa se a evidenciar os elementos do signo tetr dico a t trade Objeto O Representamen R Interpretante I e Unidade elementar U Para compor os elementos constituintes de cada unidade elementar U com base nas observa es da atividade do engenheiro de obras s o respondidos os seguintes questionamentos e U O que faz o engenheiro de obras no momento t da a o 153 e R Qual o elemento da situa o est o engenheiro de obras considerando e O O queo engenheiro de obras espera percebe ou interpreta e Quais conhecimentos est o sendo mobilizados ou constru dos pelo engenheiro de obras 5 3 1 Evidenciando os elementos que originam e resultam da a o no n vel 1 Projeto O caso da confronta o do projeto arquitet nico e de inc ndio AII 1 permite evidenciar por meio da an lise das explica es da experi ncia do engenheiro de obras A o que faz com que ele perceba problemas quando recebe os projetos antes do in cio da obra Demonstra como o engenheiro de obras A coloca em pr tica experi ncias passadas a constru o das compet ncias que o conduzem a saber onde est o os erros no instante t da situa o O tratamento dos dados coletados em autoconfronta o possibilita construir a estrutura significativa global da sua
146. ciar Aon gt Ou Michaelis UOL Portal Peri dicos L Como fiz pesquisa bi a Passos da pesquisa n Y Capes Peri dico pala BO 19 25 b na base de dados escolhem se as op es da pesquisa topic author etc Ex Entrando com nome do autor ISI Web of Knowledge v Web of So JE hitp apps isiknowledge com Arquivo Editar Exibir Favoritos Ferramentas Ajuda nce Home Windows Internet Explorer OS GeneralSearch input do product WOS amp search mode Generalsearchi w s Web of Knowledge w 4 8 Web of Science Home tr ra Signin My EndNote Web My ResearcheriD My Citation Alerts My Saved Searches Log Out Help ISI Web of Knowledge Web of Science Search Cited Reference Search Advanced Search Search History Marked List 0 Web of Science O Looking for ISI Proceedings in SB Itis now searchable from within Example oil spill mediterranean Web of Science as the Conference Search for Proceedings Citation Index AND Tx CARBALLEDA o To Tin Author E q More information Example O Brian C OR OBrian C r en Need help finding papers by an author Use Author Finder More information JanD aA Tin Pitio Q Example Cancer OR Journal of Cancer Research and Clinical Oncology Discover Web of Science Explore the world s leading citation Add Another Field gt gt database with multidisciplinary coverage of over 10
147. cisava ser solucionado que se dirigiam os encarregados o subempreiteiro o mestre de obras etc Assim a atividade do engenheiro de obras passa a ser o fio condutor que orienta a an lise medida que ela vai se desenvolvendo e traz consigo as informa es sobre os modos de agir o trabalho real para a execu o de uma determinada tarefa e as inter rela es com outros fatores que influenciam no desenvolvimento dos trabalhos Os mecanismos atrav s dos quais o ser humano atinge os objetivos desejados est o no centro desta an lise que pretende ao final fornecer elementos para a transforma o das situa es ASSUN O e LIMA 2003 Na teoria da atividade a maior unidade de an lise s o as a es com suas caracter sticas espec ficas Bedny et al 2000 p 186 ao abordar a teoria da atividade ensina que Internaliza o tratada n o como uma transforma o de uma atividade externa dentro de um plano interno mas como um processo de opera es e a es mentais internas durante o desempenho de atividade externa e intera es sociais Dessa forma o objetivo da an lise descrever a realidade nos canteiros de obras as a es em situa o durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o principalmente do engenheiro de obras frente aos problemas de projeto que n o 61 podem ser antecipados antes da execu o devido a v rios fatores fatores externos ao sujeito incompatibilidades
148. condi es de trabalho e obedecem a diferentes l gicas de a o por exemplo na entrega e na instala o de uma pe a pr fabricada em um canteiro de obra constata se a contradi o entre duas l gicas a l gica do fornecedor e a l gica do canteiro SIX 1997 aquela do fornecedor para o qual o carregamento do caminh o deve cumprir as restri es de entrega baixo custo reduzindo assim o n mero de viagens e otimizando o enchimento do caminh o aquela do canteiro para o qual na ordem de descarregamento e portanto carregamento o caminh o deve satisfazer a requisitos da instala o diminui o de manipula o redu o de deslocamento dos operadores com a finalidade de minimizar a dura o da tarefa bem como a dificuldade e os riscos para os trabalhadores SIX 1997 p 33 Assim a falta de conhecimento por parte dos projetistas da montagem das lajes no canteiro juntamente com a falta de espa o conduz os trabalhadores a v rias situa es desfavor veis no desenvolvimento da atividade As rela es canteiro fornecedor devem ser tratadas com grande cuidado tendo em conta o impacto que podem ter sobre a atividade dos trabalhadores e o desenvolvimento do canteiro Al m dos aspectos t cnicos e comerciais essas rela es devem tamb m ser consideradas em termos de suas 52 consequ ncias sobre o trabalho elas seriam assim poss veis de precisar as exig ncias do canteiro e da empresa for
149. cozinha Figuras 38 39 e 40 O engenheiro de obras A presta alguns esclarecimentos dos servi os a serem executados especificamente com rela o aos detalhes e discute com o encarregado de pedreiro O como deve ficar o servi o para atender ao acabamento final especificado pelo projeto arquitet nico Figura 38 Nicho em corte Figura 39 Nicho em proje o Figura 40 Execu o local do nicho na alvenaria 16 Ser mais complexo agressivo significa problema que est al m da sua compet ncia e exige modifica es significativas no projeto como por exemplo no caso do excesso no pilar do WC e da loca o da obra AII cujas altera es foram efetuadas diretamente pelos projetistas 104 Na sequ ncia dessa atividade postado sobre a prancheta na 5 laje da obra AHI Figura 41 analisando os projetos o engenheiro de obras A fala sobre o problema do raio da escada AII 5 Esse problema foi detectado quando acompanhava o in cio da marca o da alvenaria no pavimento tipo ao locar o v o da porta de inc ndio constata a impossibilidade de atender as Normas de Combate a Inc ndio Figura 41 E O A analisando projetos Nesse caso o projeto estrutural ao n o observar o projeto arquitet nico no que se refere medida do patamar da escada do pilotis para o primeiro apartamento tipo fazia com que n o fossem obedecidas as exig ncias das Normas de Combate a Inc ndio raio de 1 20 m Figura 42
150. da fase de elabora o do projeto espera perceber problemas antes do in cio da obra e Non vel 2 No n vel 2 as estrat gias de luta para antecipa o dos problemas que n o foram detectados no n vel 1 podem ser representadas pelos seguintes casos Nos casos AII 3 e AII 4 quando o engenheiro de obras A e o mestre de obras trabalham coletivamente durante a programa o dos servi os analisando os projetos inter relacionados com a etapa que est sedo programada no caso concretagem da 1 laje tamb m se evidencia que a estrat gia de luta antecipar problemas de projetos que possam prejudicar e ou dificultar o processo de produ o assim como a qualidade do produto 162 No caso All 2 quando o engenheiro de obras A analisa os projetos dos servi os inter relacionados ao servi o em execu o no caso estrutura do pr dio sua estrat gia de luta antecipar problemas de projetos que possam prejudicar e ou dificultar o processo de produ o Nesse caso tamb m antes de passar para a execu o no canteiro analisa os projetos para verificar a exist ncia ou n o de problemas Portanto nos tr s casos acima se verifica que o engenheiro de obras ao interagir com os demais atores do processo de produ o espera perceber problemas no canteiro antes da fase de execu o do servi o e Non vel3 No n vel 3 as estrat gias de luta para antecipa o de problemas pode ser representada pelos seguintes
151. da obra AII 2 157 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento a proje o da viga no forro da sacada n o est condizente com a forma tradicional um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando projetos no curso da obra e um elemento do trabalho futuro execu o dos servi os do forro da sacada Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o analisar o projeto sempre que tiver disponibilidade de tempo durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o possibilita identificar e corrigir problemas tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso analisando projetos no curso da obra e um elemento de trabalhos passados vigas das sacadas s o geralmente projetadas nas extremidades da laje Essa interpreta o se confirma quando o engenheiro de obras percebe o problema de incompatibilidade entre os projetos arquitet nico e estrutural 5 3 3 Evidenciando os elementos que originam e resultam da a o no n vel 3 Execu o No caso da caixa de inc ndio AI 1 o problema da incompatibilidade entre projeto arquitet nico e de inc ndio s foi detectado quando o engenheiro de obras A acompanhava o in cio dos servi os de marca o da alvenaria O extrato da conversa abaixo entre o engenheiro de obras A e o mestre de obras A referente ao problema na instala o de g s da obra AII destaca a import ncia de
152. de experi ncia em diversos momentos que antecedem a realiza o do trabalho organizados em n veis que se articulam em forma de cascata Por meio desses momentos articulados pode se compreender a efic cia relativa da capacidade de preven o em cada fase e suas condi es de possibilidade tanto as condi es necess rias para favorecer a antecipa o pelo engenheiro de obras quanto os processos de realimenta o do processo de projeto Nesse sistema o engenheiro de obras assume um papel fundamental de media o entre as inst ncias de projeto e as realidades mut veis de um canteiro n o apenas transmitindo informa es aos projetistas mais projetando ele pr prio com sua equipe as situa es de trabalho seguras Para verificar a viabilidade dos n veis de antecipa o como espa os para articula o entre prescri es descendentes e ascendentes por meio da an lise do curso da a o do engenheiro de obras durante o processo de produ o de uma edifica o 8 evidenciam se as caracter sticas do horizonte espa o temporal da a o os acontecimentos que originam a a o e resultam da a o e os determinantes da a o nos n veis de antecipa o A an lise dessas caracter sticas possibilita conhecer o car ter din mico e situado da atividade assim como os determinantes da rela o a o e acontecimento Assim ao se evidenciarem os elementos que necessitam compor o espa o temporal da a o determinantes para q
153. de que isso n o onere a obra Fala que na obra existem improvisos mas contraditoriamente afirma que n o existem paliativos que sempre existem normas para serem seguidas Al m disso em nenhum momento fala da situa o de trabalho principalmente com rela o simultaneidade e proximidade dos trabalhos dos carpinteiros e da m quina Figura 69 Pesquisador Essa maneira de trabalhar do carpinteiro ela definida em que momento como E O B Na verdade ela feita daquela maneira ali 45 Tr s para frente tr s para cima Bom daqui para c o carpinteiro convencionou que ele tem que refor ar l mais para n o ter surpresa para n o ter perigo de abrir de escorar pouco Ent o assim como ele est trabalhando da maneira correta ele est colocando um refor o extra que n o gera custo para a empresa para mais a gente n o preocupa 2 Pesquisador Essa maneira de trabalhar dele liberdade dele ou previamente definida E O B Primeiramente ela previamente definida depois voc tem a liberdade de fazer melhor fazer melhor previamente definida Depois ele tem a liberdade para melhorar alguma coisa Pesquisador Essa maneira de trabalhar todo tempo ela previamente definida E O B 98 dela sim Pesquisador E os 2 E O B Os 2 s o um caso at pico que pode acontecer Por exemplo eu estou fazendo uma conten o contra barranco Se ali soltar uma pedra onde tinha uma escora a e
154. de repeti o no processo de produ o de uma edifica o ele assume a exist ncia de imprevistos novos que necessitam de sua interven o 86 Muitas coisas eles n o precisam da minha presen a mas eu gosto de ir fazendo junto n o s de passar o servi o e cobrar at uma hora que eu vou me desligando da pessoa Aparece alguns novos mas repete 99 Imprevistos novos por exemplo a gente faz um contrato com a concreteira empresa que fornece o concreto a a concreteira t com uma demanda no gargalo a a gente tem que se adequar engenheiro de obras A Posteriormente iniciada a execu o da obra AII no curso das observa es durante a execu o dos servi os de f rma arma o e concretagam da 2 laje quando se entrevista o engenheiro de obras A sobre o problema da caixa de reten o de gua pluvial que embora prevista no projeto arquitet nico n o foi prevista no estrutural e no hidr ulico retoma se a quest o do que novo e o que se repete Para o engenheiro de obras A o que se repete s o os servi os nos quais a repetitividade alcan a um n vel de variabilidades previs veis e as compet ncias para fazer face aos problemas rotineiros est o consolidadas S o tarefas que se repetem e n o necessitam muito de sua aten o Mas se alguma coisa muda no processo ou alguma novidade introduzida exigindo uma adequa o das experi ncias e novas compet ncias dos
155. de trabalho nos tr s n veis de antecipa o fez com que as estrat gias para execu o da tarefa acontecessem no espa o de regula o individual e ou coletiva em situa o de execu o Esquema 3 178 e No n vel 1 o projeto para altera o foi elaborado mas n o foi considerada a situa o de trabalho para executar o servi o e No n vel 2 o projeto para produ o foi informalmente desenvolvido pelo engenheiro de obras A e pelo mestre de obras A no curso da a o com a utiliza o dos materiais e das ferramentas dispon veis no canteiro de obras e No n vel 3 o mestre de obras repassou os servi os e as diretrizes elaboradas no n vel 2 para os atores da execu o Por conseguinte sem uma eficiente gest o da situa o de trabalho para a execu o dos servi os as regula es dos atores da execu o foram a ltima inst ncia nas solu es dos problemas para a execu o das tarefas Para que os trabalhadores pudessem usar o martelete por exemplo eles precisaram elaborar maneiras de trabalhar a fim de fazer frente s dificuldades e viabilizar a execu o da tarefa Esquema 3 Fica claro que essa condi o contribuiu para uma maior exposi o dos trabalhadores a riscos de acidentes Esquema 3 Esquema 3 N veis de antecipa o e situa o de trabalho Solu o da dire o e calculista Objeto de confronta o prevalece e o projeto elaborado mas projetos n o considera situa o de trabalho
156. didas especificadas no projeto executivo do elevador Caso contr rio o a 17 elevador pode n o caber no interior da caixa de corrida Nesse caso no projeto arquitet nico as medidas estavam em conformidade com as especifica es do elevador por m o calculista ao dimensionar o pilar o fez com espessura superior ao da parede diminuindo o v o previsto no projeto arquitet nico para a instala o do elevador Assim o projeto estrutural ao n o observar as dimens es previstas no projeto arquitet nico e dimensionar um dos pilares do v o do elevador com espessura superior da parede fez com que esse pilar ficasse com um excesso e n o permitisse a instala o do elevador especificado com abertura da porta centralizada Aqui teria que cortar a metade desse pilar Isso incompatibiliza o de projetos Quando foi feito o projeto arquitet nico ele respeitou as medidas e o calculista em vez de respeitar n o fez o pilar mais gordo engenheiro de obras A O engenheiro de obras A ao analisar o problema lembrou se de que numa obra anterior ele usara um tipo de elevador que talvez pudesse solucionar o problema Passada essa informa o empresa fabricante e montadora do elevador esta analisou a sugest o e considerou a vi vel alterando o projeto do elevador para o tipo proposto pelo engenheiro de obras A com a abertura da porta descentralizada Mas ressalte se que o excesso na dimens o dos pilares no v
157. distraiu e caiu a culpa atribu da ao acidentado por falta de aten o SANTANA e OLIVEIRA 2004 45 A predomin ncia da concep o de que os atos inseguros ou condi es inseguras se antep em aos acidentes conduz as an lises a uma nica causa embora nas ltimas tr s d cadas a teoria multicausal venha ampliando os horizontes e reduzindo a import ncia das causas imediatas dos acidentes ALMEIDA 2001 Em um estudo recente Vilela et al 2004 constatam que as concep es de acidentes subjacentes s an lises est o centradas na culpa da v tima o que demonstra que elas resistem e n o se alteram na atualidade embora sejam in meras as cr ticas a elas principalmente a partir das d cadas de 80 e 90 No Brasil o modelo explicativo monocausal centrado na culpa da v tima vem se mantendo intoc vel no meio t cnico industrial em meios acad micos mais conservadores e em organismos oficiais como mostraremos neste estudo mesmo ap s in meras cr ticas publicadas nas d cadas de 80 e 90 VILELA et al 2004 p 573 Tal concep o acentua as viola es de procedimentos do trabalhador na linha de frente os atos inseguros s o provenientes de processos mentais como o esquecimento a desaten o a neglig ncia etc o que transforma os acidentes em fen menos essencialmente psicol gicos Na literatura tal concep o encontra se classificada como paradigma tradicional ou cl ssico da segura
158. dustriais o estabelecimento o canteiro de obras e este n o se constitui em uma unidade produtiva permanente CHAVES 1985 A produ o de uma grande mercadoria fixa no espa o gera a condi o de mobilidade da for a de trabalho e dos insumos materiais e equipamentos dentro do espa o produtivo em torno da obra CHAVES 1985 A longa dura o do per odo de produ o das edifica es que corresponde a um m ltiplo de tempo gasto por qualquer ind stria manufatureira outra especificidade importante CHAVES 1985 Inserida nessa longa dura o do per odo de produ o 12 encontra se a que parece ser a mais importante especificidade a fragmenta o do processo de produ o envolvendo opera es absolutamente diferenciadas numa mesma obra o que implica a presen a de diversos participantes para a execu o da grande diversidade de servi os requisitados CHAVES 1985 Essa fragmenta o do processo de produ o de uma edifica o apresenta se na fase de execu o e antecedida por duas fases importantes e condicionantes do processo produtivo uma vez que ir o definir o arcabou o organizacional e tecnol gico da fase de execu o 2 1 1 As fases e etapas do processo produtivo Quatro fases apresentam um car ter universal e s o essencialmente as mesmas para a maioria dos empreendimentos de constru o de edif cios na maior parte do mundo MELHADO 2001 p 26 e A montagem etapa de realiza o dos e
159. e acompanhada por alguma aprendizagem situada A estrutura de espera do ator E A S relativa hist ria do ator Engajamento E sua cultura Referencial S e s suas esperas potenciais Atualidade potencial A na situa o herdada dos cursos de a es passadas seleciona o que faz signo para o ator na situa o Objeto 0 Figura 22 Interpretante Repesentamen Figura 22 Esquema de Peirce e os elementos do signo hexadique Os componentes do signo hexadique somente podem ser documentados empiricamente de maneira parcial dessa forma menos exigente documentar a t trade THEUREU 2000 Assim com base no signo tri dico de Peirce Theureau 2009 apresenta o modelo do signo tetr dico com seus quatro elementos Objeto como 12 poss vel O Representamen como atual R Interpretante como virtual I e a Unidade do curso da a o U Figura 22 A transforma o da estrutura E A S pela focaliza o de um repr sentamen R prefigura o signo seguinte transforma o do objeto 0 j que a base constitui uma nova estrutura aberta sobre um novo campo de possibilidades Figura 23 O conjunto do signo tetr dico descreve a atividade humana como ena o 2 e como dando lugar a uma consci ncia pr reflexiva THEUREAU 2009 p 277 Figura 23 O signo tetr dico Fonte THEUREAU 2009 p 277 Descrever e analisar o curso da a o implica construir o processo de constru
160. e apresentar o modelo dos n veis de antecipa o e compreender como os engenheiros de obras agem em situa o para antecipar problemas evidencia se que alguns determinantes que aparecem como incontrol veis e inerentes ao processo de produ o de uma edifica o podem contribuir para a desestabiliza o dos momentos de antecipa o N o que tu buscas ver n o No dia a dia na viv ncia de obra as situa es aparecem para voc Voc vai enxergando no dia a dia N o que voc busca ver as incompatibilidades elas aparecem porque n o tem como fugir delas As incompatibilidades elas aparecem se voc n o compatibilizou elas aparecem Elas aparecendo voc as vivencia Essas incompatibilidades elas aparecem no dia a dia timo quando voc consegue identificar antes mas a maioria delas infelizmente aparece na hora a voc tem que resolver na hora engenheiro de obras A Diante desse quadro gerir o processo de produ o e de trabalho na fase de execu o de uma edifica o n o um processo est vel consequentemente n o se pode esperar que as a es de preven o tradicionalmente adotadas treinamentos EPT s EPC s APR s etc sejam suficientes e adequadas para enfrentar as disfun es do sistema e integrar produ o e seguran a Dessa forma a quest o que se apresenta ampliando a discuss o dos estudos sobre gest o de projetos como gerir o processo de 169 produ o e de tra
161. e atores do quadro de gest o do canteiro para o projeto de trabalho Na construtora A o caso da escava o dos blocos AM 7 serve para evidenciar o 135 momento no qual o quadro de gest o mestre de obras e os atores da execu o se confrontam na an lise da situa o de trabalho para determinar a melhor forma de executar o servi o A gest o do trabalho conta com a participa o do mestre de obras e em vez de sarrilho como no caso BI 3 das escava es dos blocos da obra BI o projeto de trabalho elaborado pelo mestre de obras utiliza plataformas intermedi rias Figuras 75 e 76 Figura 75 Escava o de bloco sem Pesquisador Qual foi a solu o para escavar aquele bloco do elevador M O A solu o a seguinte quando voc tem um buraco que n o d para o pe o jogar para o lado de fora voc divide o buraco e faz uma plataforma de madeira p e um pe o em cima o de baixo vai jogando nela Fig 76 passo 1 e o que est nela vai jogando para fora Fig 76 passo 2 Figura 76 Projeto para escava o de bloco plataforma com sarrilho sem plataforma com sarrilho A percep o do trabalho nesse caso vai al m do simples cumprimento de normas e do comportamento do trabalhador como se v no caso da escava o dos blocos da obra BI Trabalhar com sarrilho sobre plataforma de madeira percebido pelo mestre de obras como perigoso e improdutivo Pesquisador E a utiliza
162. e de antecipa o depende de dois componentes Fig 16 seguran a regulamentada evitar todas as falhas previs veis por formalismos regras medi o automa o e equipamentos de prote o individual a forma o em comportamento seguro e por uma gest o que garantam o seu cumprimento seguran a gerida capacidade de antecipar perceber e responder a falhas imprevistas pela organiza o Ele se baseia na experi ncia humana a qualidade das iniciativas e funcionamento das organiza es e coletivos e sobre uma gest o atenta realidade das situa es e promovendo as articula es entre diferentes tipos de conhecimento necess rio para a seguran a SEGURAN A SEGURAN A INDUSTRIAL SEGURAN A SEGURAN A REGULAMENTADA GERENCIADA Figura 16 Os componentes da seguran a Fonte DANIELLOU et al 2010 p 4 Portanto o desafio passa a ser como abordar a sistematiza o de conhecimentos cient ficos e emp ricos pertinente a uma determinada situa o Qual ator deve ser observado e que posi o ele ocupa no espa o ao instante t da situa o de elabora o da seguran a gerida 57 3 METODOLOGIA A metodologia envolve as concep es te ricas e as t cnicas que ser o utilizadas na pesquisa ou seja que tipo de pressuposto ir tratar o problema a ser pesquisado e que tipo de t cnica especifica se ir utilizar entrevista question rio depoimentos etc E por ltimo deve se descrever como
163. e o trabalho oferece est o tamb m sujeitos s vibra es sem que se tenha feito 2 x i PR o Ta E uma an lise ou gest o desse tipo de exposi o pois n o se verifica nenhum tipo de acompanhamento ou elabora o de procedimentos ou articula o com os trabalhadores por parte da seguran a para controle dos riscos provenientes da vibra o do martelete durante a execu o da tarefa Figura 60 Figura 60 Quebra de concreto das sapatas para execu o das funda es No caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos AI 2 para fazer o chanfro uma esta o de trabalho improvisada no apartamento ao 8 A exposi o vibra o pode causar danos f sicos ou dist rbios no sistema nervoso 121 lado do apartamento modelo e os trabalhadores da construtora utilizam uma maquita aumentando a exposi o a riscos sa de ru do e poeiras e a possibilidade de ocorr ncia de acidentes Figura 61 Figura 61 Execu o do chanfro no marco da porta No caso do excesso do pilar do WC AI 3 alterado o projeto e iniciados os trabalhos no canteiro de obras o engenheiro de obras A passa para o mestre de obras A as diretrizes dos servi os a serem executados O mestre de obras A orienta a execu o dos servi os com a utiliza o dos materiais e das ferramentas dispon veis Durante as observa es de campo depara se com uma situa o de trabalho inusitada par
164. e torna erro pelo fato de ningu m a ver Mahatma Gandhi vi Resumo da Tese apresentada COPPE UFRJ como parte dos requisitos necess rios para a obten o do grau de Doutor em Ci ncias D Sc N VEIS DE ANTECIPA O E O CURSO DA EXPERI NCIA NA CONSTRU O CIVIL PROJETANDO SITUA ES DE TRABALHO SEGURAS Eduardo Diniz Fonseca Junho 2012 Orientador Francisco Jose de Castro Moura Duarte Programa Engenharia de Produ o A preven o na constru o civil parece ser ainda externa n o existindo de fato uma integra o entre seguran a e produ o apesar da difus o de programas de preven o de acidentes da elabora o de projetos voltados para a seguran a e de avan os na gest o da execu o dos projetos no setor Os procedimentos e sistemas de preven o s o t o diversificados e desenvolvidos quanto no setor industrial inclusive a tentativa recente de realizar um projeto espec fico para a seguran a antes mesmo de se iniciar a constru o procurando controlar os riscos desde a fase de projeto No entanto os resultados obtidos est o aqu m das expectativas O princ pio predominante dos programas e das a es de preven o que a maioria dos acidentes pode ser evitada com a devida obedi ncia s normas Mas as abordagens normativas n o consideram as caracter sticas do processo de produ o e da equipe que influenciam o comportamento no trabalho e que possibilitam a gera o de erros e aciden
165. ealiza o do trabalho no canteiro Inicialmente destacam se os fatores internos ao sujeito que s o determinantes na estrat gia de luta para a antecipa o de problemas posteriormente os fatores externos ao sujeito as variabilidades internas e externas ao canteiro 5 4 1 Fatores internos ao sujeito e Limite de vis o compet ncias Se existem problemas relativos aos projetos durante o processo de produ o de uma edifica o para o engenheiro de obras A porque existe certa dist ncia entre os projetistas e a realidade da execu o dos servi os No caso do excesso no pilar do WC da obra Al por exemplo o problema n o foi resolvido na fase de compatibiliza o A limita o dos projetistas segundo o engenheiro de obras A est na falta de experi ncia por isso eles n o conseguem enxergar os problemas que podem advir de certas determina es do projeto Ent o geralmente essa compatibiliza o dos projetos fica a cargo do departamento de arquitetura E como o departamento de arquitetura n o tem o conhecimento de causa profunda em termos de estrutura instala es etc n o ocorre esse fechamento engenheiro de obras A A constru o e a coloca o em pr tica desse conhecimento de causa profunda as experi ncias apontado pelo engenheiro de obras A como necess rio para a percep o de problemas s o demonstradas no caso da confronta o do projeto arquitet nico e de inc ndio AI 1 Os
166. earches Log Out Help ISI Web of Knowledge web of Science Search Cited Reference Search Advanced Search Search History Marked List 0 Web of Science amp Results author CARBALLEDA g Timespan All Years Databases SCIEXPANDED SSCI A amp HCI View Distinct Author Sets for CARBALLEDA g The Distinct Author Set feature is a discovery tool showing sets of papers likely written by the same person Tell me more Results 2 Refine Results Search within results for l C Search I 4 Title The role of know how in maintenance activities and reliability in a high risk process control plant Author s Garrigou A Carballeda G Daniellou F Y SubjectAreas CRefine Source APPLIED ERGONOMICS Volume 29 Issue 2 Pages 127 131 Published APR 1998 T ENGINEERING INDUSTRIAL 2 Times Cited 1 T ERGoNoMICS 2 Eull Tet more options values mj 2 Title ACTIVITY ANALYSIS IN PARTICIPATORY DESIGN AND ANALYSIS OF PARTICIPATORY DESIGN Y DocumentTypes Refine ACTIVITY Danaea UR AT Author s GARRIGOU A DANIELLOU F CARBALLEDA G et al Source INTERNATIONAL JOURNAL OF INDUSTRIAL ERGONOMICS Volume 15 Issue 5 Pages 311 327 Published MAY 1995 Times Cited 9 C Full Text gt Publication Years Ba 77 ET Iniciar og gt O Dic Michaelis UOL ist web of Knowle 3 Como fiz pesquisa bi W Passos da pesquisa n Y Web of Science en
167. egado dos servi os de pedreiro da construtora este tamb m concordou ser esse o problema AA e Figura 72 Falta de espa o para assentamento de granito Ao se instalar um andaime perpendicularmente ao outro os contraventamentos que ficam na parte oposta rea de trabalho interferem na locomo o do trabalhador sobre o andaime quando assenta o granito Figuras 72 e 73 133 Proje o da fachada Contraventamentos Contraventamentos Locomo o do trabalhador N Fig 71 rea de assentamento do granito Figura 73 Disposi o dos andaimes na rea de assentamento do granito Em suma h incompatibilidade entre a instala o do andaime fachadeiro e a atividade de assentamento das pedras de granito na fachada porque quando foi definida a maneira como seriam dispostas as pe as dos andaimes procurando acompanhar a geometria da fachada esse andaime o que o trabalhador tem que passar abaixado foi colocado no sentido transversal aos demais Entretanto com referencia aos outros servi os de revestimento externo na obra Al para o subempreiteiro C que executa os servi os de alvenaria e massa o andaime fachadeiro melhor para executar o servi o de emassamento de paredes e assentamento das cer micas Figura 74 A produ o melhor voc pode chapar uns dois panos de volta para dar o acabamento No ja eu tenho que descer o ja chapar outro pano e subir o ja para dar acabamento no de cima
168. egativamente no processo de produ o e na seguran a N o obstante na Fran a pensamento comum entre os profissionais da constru o que a falta de uma fase dedicada prepara o da execu o da obra conduz aos imprevistos de uma improvisa o SOUZA 2001 Diante disso segundo essa autora foi desenvolvida a metodologia de Prepara o da Execu o de Obras PEO hoje em dia sedimentada constituindo se numa fase obrigat ria nos empreendimentos p blicos Por meio de estudos de casos em pesquisa realizada na Fran a nos empreendimentos de Bouvesse Quireieu Montalieu Vercieu Grenoble e Le Grand Lemps desenvolvidos no Departamento de Is re regi o de Rh ne Alpes Fran a Souza 2001 apresenta a Prepara o da Execu o da Obras PEO como meio de contribuir para a melhoria da construtibilidade do projeto O clube da qualidade na constru o da regi o de Provence Alpes C te d 4zur PACA CLUB CONSTRUCTION amp QUALIT PROVENCE ALPES C TE D AZUR 1994 conceitua a fase de prepara o da execu o de obras como um per odo de antecipa o coletiva de coordena o e de identifica o das defici ncias potenciais de uma obra SOUZA 2001 p 83 A PEO apresentada como um instrumento de transi o da fase cl ssica de projeto para o in cio da fase de execu o da obra diminuindo a dist ncia entre o que foi projetado e planejado e a execu o propriamente dita A prepara o da e
169. egula o entre gerentes e trabalhadores pode se compreender e conceber uma transforma o da organiza o O desafio de uma transforma o pelo ergonomista exige portanto considerar ao mesmo tempo a mudan a da estrutura que em parte determinada pelas intera es e em parte quem as determina e a mudan a da atividade social dos atores de uma organiza o CARBALLEDA 2001 p 282 283 Pode se assim dizer que a melhoria do desempenho da preven o passa pela an lise das regula es quentes CARBALLEDA 2001 por uma reflex o na a o SCH N 1983 ou seja pelo cerne da pr tica Sabbatini 1989 ao abordar conceitos b sicos relacionados com o desenvolvimento dos meios de produ o na constru o civil especificamente para a constru o de edif cios define que Tecnologia um conjunto sistematizado de conhecimentos empregados na cria o produ o e difus o de bens e servi os SABBATINI 1989 p 47 Tecnologia construtiva um conjunto sistematizado de conhecimentos cient ficos e emp ricos pertinente a um modo espec fico de construir um edif cio ou sua parte e empregado na cria o produ o e difus o deste modo de construir SABBATINI 1989 p 48 A an lise das regula es entre os atores sociais da execu o a troca de experi ncias durante o processo de produ o no canteiro de obras importante para uma maior compreens o da realidade das situa
170. ei para o projetista O pior que a empresa para fazer a compatibiliza o que a mesma empresa de arquitetura Eu dizia que n o passava e ele dizia que sim engenheiro de obras B Como consequ ncia o engenheiro de obras B para os servi os na rampa e comunica o problema ao diretor de obras Este aciona o departamento de arquitetura que encaminha o problema para a empresa respons vel pelo projeto Pesquisador A decis o de parar foi tua E O B A decis o foi na hora olha primeiro para fazer depois Primeiro avisei o diretor de obras a ali acionou o departamento de arquitetura e n s fomos ao pessoal da compatibiliza o Conferir antes de executar para o engenheiro de obras B uma estrat gia que possibilita verificar se existem ou n o problemas quando acompanha a execu o de um servi o Essa percep o do problema antes que o servi o seja executado que aumenta a margem de manobras e possibilita altera es no projeto sem afetar muito a qualidade do produto 109 Nesse caso para solucionar o problema segundo o engenheiro de obras B j que os projetistas da empresa contratada para fazer os projetos n o t m uma solu o imediata para o problema cabe ao departamento de arquitetura da empresa solucion lo Como h espa o entre a parede da garagem e o limite do terreno do vizinho os projetistas da construtora aumentam o comprimento da rampa e criam um detalhe na laje possibilitando
171. elhora a percep o dos problemas R In cio da execu o dos 0 Verificar servi os de marca o da incompatibilidade alvenaria entre os projetos inter relacionados com o servi o Figura 82 Signo tetr dico do caso AI 1 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento in cio da execu o dos servi os de marca o da alvenaria um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando o in cio da execu o dos servi os e analisando os projetos inter relacionados e um elemento do trabalho futuro execu o dos servi os inter relacionados com a alvenaria Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o que se confirma de analisar projetos in loco juntamente com os atores da execu o melhora a percep o dos problemas tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando o in cio da execu o do servi o e analisando os projetos inter relacionados e um elemento de trabalhos passados como os projetos n o s o compatibilizados os projetos sofrem muitas modifica es dentro do canteiro de obras O caso da rampa da garagem da obra BI BI 2 outra situa o que evidencia as preocupa es do engenheiro de obras B no n vel tr s A an lise das explica es da experi ncia do engenheiro de obras B possibilita compreender como na fase de execu o olhar primeiro para fazer
172. em caso de identifica o de n o conformidade nos servi os executados garantir o atendimento aos custos or ados para a obra pelo controle da quantidades e dos custos de materiais m o de obra e equipamentos e pela tomada de a es corretivas em caso de identifica o de inadegua es entre custos realizados e custos previstos Gerenciamento da m o de obra de posse do planejamento da obra promover o dimensionamento e a contrata o ou aloca o de m o de obra administrativa e de produ o para o in cio da obra 84 dimensionar e contratar servi os especializados e empreiteiros de acordo com as necessidades do cronograma f sico de execu o da obra exercer o acompanhamento e a supervis o da m o de obra existente no canteiro Gerenciamento de materiais de posse do or amento da obra e do cronograma f sico dimensionar e solicitar ao Departamento de Suprimento os materiais necess rios exercer o controle de recebimento dos materiais conforme o procedimento espec fico registrar os resultados nas FVMs Fichas de Verifica o de Materiais e arquivar os resultados prover orienta es para estocagem dos materiais recebidos e sua correta aplica o supervisionar o almoxarifado da obra garantindo um correto gerenciamento de estoque retroalimentar a rea de suprimento com informa es sobre a qualidade dos materiais recebidos em obra de forma a possibilitar a sele o e a qualifica o de fornecedo
173. empre acontecem elas s o mais f ceis de identificar vivencia Ao narrar o caso da aranha nos banheiros da obra A I o engenheiro de obras J destaca que a incompatibilidade entre os projetos estrutural e de instala o iniciou se com o estrutural que projetou uma viga dentro do banheiro embora n o fosse mais usual projetar vigas dentro de banheiros Por outro lado diz que o projetista de instala es ao projetar deveria ter visto e compatibilizado os projetos afirmando que os projetos de instala es s o feitos depois da estrutura E ao culpar os projetistas pela n o compatibiliza o dos projetos evidencia que a n o compatibiliza o dos projetos um dos motivos de preju zo e retrabalho nos canteiros E O A dos dois O calculista n o deveria ter colocado uma viga dentro do banheiro Para come ar n o se usa isso mas ele p s na obra AI Uma vez que ele p s o projetista de instala es tinha que pegar isso e desenhar a tubula o dele compatibilizada com aquela viga que estava dentro do banheiro N o pegar a aranha e colocar bem onde a viga estava passando Ou seja o cara n o pegou o projeto de estrutura para poder fazer o projeto de instala es porque o projeto de instala es feito depois da estrutura S o coisas assim que at hoje acontecem V o continuar acontecendo Pesquisador Por qu E O A Tamb m n o entendo isso Acho que na faculdade n o se aborda isso a o povo sai despreparad
174. ente pela British Standards Institution em vigor desde 15 04 1999 a OHSAS 18001 foi desenvolvida voluntariamente por um conjunto de organismos certificadores e entidades normalizadoras com foco em uma lacuna para a qual n o existe uma norma internacional certific vel elaborada por institui es estatais e para ser compat vel com as normas do sistema de gest o ISO 9001 Qualidade e com a ISO 14001 Ambiental a fim de servir de ferramenta para a integra o dos Sistemas de Gest o da Qualidade Ambiental e da Sa de e Seguran a Ocupacional SSO Dessa forma a busca pela integra o entre produ o e seguran a passa a ser o mais novo discurso nos canteiros de obras para a melhoria do gerenciamento da seguran a e sa de no trabalho referindo se a normas imperativas ou volunt rias a exemplo dos sistemas de seguran a j implementados em outros setores especialmente na ind stria de processos cont nuos que tendem a se situarem al m das exig ncias legais Nesse sentido verifica se que os modelos de preven o nos canteiros se baseiam em treinamentos EPIs e EPC s normas NR 18 PCMAT an lises de riscos DDS Di logos Di rios de Seguran a etc procedimentos e a es comuns em setores industriais em que as a es de preven o est o mais avan adas Entretanto como explicar a persist ncia das elevadas taxas de acidentes no setor da constru o embora esses fatores treinamentos EPPs EPC s PCMAT etc estej
175. ento do trabalho futuro execu o dos servi os de funda es e estrutural da edifica o Evidenciando os acontecimentos resultantes da a o A interpreta o os afastamentos m nimos legais da edifica o s o inferiores ao do p do muro e se os projetos estruturais fossem entregues antes do in cio dos servi os as interfer ncias entre os servi os do muro de conten o e de funda es seriam contornados tamb m um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando a execu o e ao analisar o projeto arquitet nico projetando situa o futura do projeto estrutural e um elemento de trabalhos passados conhecimento dos afastamentos m nimos para atender a exig ncias legais e de possibilidades do projeto estrutural e custos relacionados Nesse caso o engenheiro de obras B ao ser remetido a uma interpreta o poss vel que confirmada verbaliza Se voc tem uma obra com uma determinada conten o que ela ocupa um bom espa o da rea til da obra voc sabe que os afastamentos v o cair em cima daquela conten o Estava na cara que isso ia acontecer Evidenciados os acontecimentos que originam a a o e que resultam da a o nos n veis de antecipa o poss vel validar o encadeamento e o agrupamento das 161 unidades significativas ou seja as coer ncias entre objetos O representamen R e interpretantes I 5 3 4 Validando a estrutura signifi
176. entos assentamento dos granitos da fachada assentamento da cer mica da cozinha assentamento da cer mica da fachada etc como no caso da pagina o do granito da fachada da obra AI AI 9 Todavia constata se que embora essa pagina o possa ser executada na fase do projeto executivo as variabilidades da execu o dos servi os anteriores como a prumada e o esquadro por exemplo podem levar a uma n o conformidade do projeto de pagina o Para que essa pagina o seja definida pelo engenheiro de obras A quando programa a execu o do servi o de assentamento ele solicita o cadastramento das medidas dos locais de aplica o do material Esse cadastramento s pode ser feito ap s a execu o dos servi os anteriores ao assentamento embo o pois problemas nas prumadas podem afetar o projeto de pagina o Assim antes do in cio dos servi os de assentamento dos granitos na fachada o engenheiro de obras A elabora um projeto denominado pagina o cadastramento ou mapeamento com as medidas e a localiza o das pedras na fachada Esse projeto serve para indicar os locais e as medidas das pedras que ser o assentadas serve como romaneio a ser enviado ao gerente de compras quando da solicita o do material Figura 36 bem como para o acompanhamento da entrega do material e das medidas Num determinado dia por exemplo verificou se que com esse projeto em m os o mestre de obras conferia e separava as pedras recebida
177. er a possibilidade de uma falha frente ocorr ncia de qualquer variabilidade mesmo onde a seguran a resulta de uma prepara o cuidadosa ela colocada em quest o diante da menor dificuldade do menor imprevisto fornecimento coordena o prazo CRU 1983 p 147 Acrescente se ainda que a concep o da seguran a na constru o civil especificamente no subsetor de edifica es fortemente marcada sobre uma prescri o exterior ao espa o e ao tempo da a o As abordagens normativas n o consideram as caracter sticas do processo de produ o que influenciam na seguran a Enquanto a abordagem normativa visa a cria o de um comportamento de trabalho seguro ela ignora como as caracter sticas do sistema de produ o e processos da equipe influenciam os comportamentos de trabalho e afetam a possibilidade de erros e acidentes MITROPOULOS et al 2009 p 882 As an lises das causas dos acidentes no setor da constru o avan am e passam a considerar aspectos da gest o organizacional SURAJI et al 2001 CHUA e GOH 2004 ABDELHAMID e EVERETT 2000 dos projetos GAMBATESE et al 2005 HASLAM et al 2005 TOOLE e GAMBATESE 2008 BEHM 2005 WULFF et al 1999 HALE et al 2007 MOHAMED 2002 e cognitivos MITROPOULOS et al 2009 SAURIN et al 2008 Esses avan os indicam que o modelo preponderante encontra se isolado do contexto no qual se prop e atuar por n o ser condizente com as reai
178. es e para a concep o de uma transforma o da preven o ao se compreender o distanciamento entre a estrutura organizacional e as regula es individuais e coletivas nos canteiros de obras Dessa forma com base no exposto pode se dizer que para a integra o da produ o e da seguran a no projeto de situa es de trabalho seguras deve se ter como base o espa o de encontro e de confronta o dos protagonistas prescritores e executores ou seja o espa o social de constru o da prescri o Por analogia defini o de tecnologia construtiva SABBATINI 1989 tecnologia construtiva preventiva pode ser definida como um conjunto sistematizado de conhecimentos cient ficos e pr ticos concernente a uma forma espec fica de executar um servi o em situa o de trabalho segura e empregada na cria o produ o e difus o deste modo de execu o do servi o Outro aspecto a destacar que os procedimentos preparam a programa o do processo de produ o com rela o s especifica es definidas na fase de projeto e desempenham um papel importante na capacidade de lidar com essas situa es Mas isso vai ocorrer em funcionamento em situa es que n o foram antecipadas A resposta 56 do sistema vai depender dos recursos locais das equipes e da gest o dispon veis em tempo real DANIELLOU et al 2010 p 4 Os mesmos autores destacam que os trabalhos sobre seguran a sist mica mostram que a capacidad
179. escoamento de guas pluviais da garagem e um elemento de trabalhos passados areias provenientes dos carros entopem o sistema de drenagem de guas pluviais projetado com tubula es e ralos Nos dois casos citados AII 3 e AH 4 verifica se que inicialmente o engenheiro de obras A ao analisar os projetos percebe o problema Posteriormente com base em suas compet ncias soluciona o problema re projetando a forma de escoamento da gua pluvial No caso do problema da viga 25 da obra AII AII 2 o problema tamb m n o foi detectado no n vel 1 mas somente percebido quando o engenheiro de obras A analisou o projeto na fase de execu o da obra A met fora do engenheiro de obras medida que a obra vai andando a gente vai dando uma namorada nos projetos ressalta que o engenheiro de obras tamb m analisa os projetos durante a execu o dos servi os no canteiro Os elementos da unidade elementar de analisar os projetos no curso da obras s o destacados na Figura 81 U Analisando projetos no curso da obra l Analisar o projeto sempre que tiver disponibilidade de tempo durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o possibilita identificar e corrigir problemas O Analisar projetos dos servi os inter relacionados ao servi o futuro no caso o forro da sacada R A proje o da viga no forro da sacada n o est condizente com a forma tradicional Figura 81 Signo tetr dico
180. escritas para o gerenciamento da obra ver cap 4 poss vel categorizar os tipos de problemas em dois grupos problemas relacionados ao produto e problemas relacionados ao trabalho Gerenciamento de Seguran a do Trabalho 5 1 2 1 Problemas relacionados ao produto S o problemas relacionados com as atividades de produ o para garantir a qualidade do produto os prazos e custos previstos cujo cerne est principalmente nos projetos executivos arquitet nico e ou complementares com base nos projetos executivos que s o estabelecidos os prazos e os custos da obra a ser executada O projeto executivo constitu do de projetos destinados ao construtor muito mais detalhados que os elaborados para aprova o pela Prefeitura do munic pio onde a obra ser constru da Com base no projeto para a Prefeitura iniciam se os detalhamentos do projeto arquitet nico e a execu o dos projetos complementares projetos estruturais el tricos hidr ulicos ar condicionado etc Junto com esses projetos tem se um conjunto vari vel de desenhos de detalhamento mostrando cada detalhe da constru o e dos diversos elementos que comp em a obra S o refer ncias fundamentais para que o construtor possa executar sua obra com precis o Portanto para a boa execu o de uma obra devem estar dispon veis os projetos executivos teoricamente ap s essa etapa n o mais aconselh vel a modifica o do projeto sob pena de preju zo econ mico
181. esquisa e sugest es de pesquisas futuras As observa es e as an lises desta tese centram se no curso da a o do engenheiro de obras na sua procura por problemas de projeto que possam afetar o processo de produ o e a qualidade do produto final o edif cio Ao se conduzir uma pesquisa qualitativa na qual a ess ncia a atividade especificamente as compet ncias e os conhecimentos que ela exprime esbarra se em certos limites Dessa forma inicialmente destacam se dois limites internos e externos desta tese e Internamente os problemas perif ricos referentes a outros elementos que necessitam ser gerenciados pelo engenheiro de obras como por exemplo materiais equipamentos contrata o de m o de obra etc n o s o alcan ados pela an lise do curso da a o Eles s aparecem em alguns casos quando o engenheiro de obras os evidencia como um elemento determinante em um problema Provavelmente uma an lise do curso da a o do engenheiro de obras quando gerencia elementos al m do projeto evidenciar outras estrat gias de luta na procura de problemas 184 Externamente esta tese n o aborda a natureza das rela es multidisciplinares que se estabelecem na fase de projeto entre os projetistas No m ximo observa um caso o da obra All em que o engenheiro de obras no n vel 1 participa desse processo O processo social de projeto de edif cios de natureza multidisciplinar e desenvolvido em uma s rie
182. ess rio expandi lo segundo a tica da atividade de construir a atividade de projeto n o cessa quando da entrega do projeto obra MELHADO 1994 DUARTE e CORDEIRO 1999 A desarticula o entre projeto e execu o e a improvisa o nas obras s o apontadas como importante obst culo ao aumento da produtividade e ao incremento da qualidade nos processos MELHADO e FABR CIO 1998 Ao se pensar que projetar uma atividade exercida apenas pelos projetistas separa se projeto de execu o entretanto cada participante do processo agrega decis es ao projeto desde a idealiza o do produto at etapa de execu o MELHADO 1994 Analisando diversos estudos sobre o assunto Melhado 1994 p 112 define que para alcan ar esse objetivo indispens vel a participa o dos executores na fase de projeto x A participa o de profissionais ligados diretamente execu o de constru es nas v rias etapas do empreendimento portanto considerada indispens vel dentro da filosofia da construtibilidade com grande reflexo sobre a etapa de projeto 19 Para efetivar essa participa o a estrutura o de um banco de informa o dispon vel aos projetistas cujo sistema de informa o possibilitar propor diretrizes de acordo com a tecnologia construtiva apresenta se como forma de alcan ar maior integra o entre projeto e produ o MELHADO 1994 p 175 para projetos que partam do processo construtivo trad
183. esu aa adia va an ada CONSIDERA ES FINAIS eeeeetieeeeeeiee Recomenda es para alcan ar a integra o da produ o e da seguran a CONCIuS O ioiaren sentesi enes EE vala das SESE AEA A SEESE Limites desta pesquisa e sugest es de pesquisas futuras REFER NCIAS aaa RU a ANEXO A res consorcio aaa a Sb aa 166 166 168 170 176 176 182 184 186 195 xi FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9 FIGURA 10 FIGURA 11 FIGURA 12 FIGURA 13 FIGURA 14 FIGURA 15 FIGURA 16 FIGURA 17 FIGURA 18 FIGURA 19 FIGURA 20 FIGURA 21 FIGURA 22 FIGURA 23 FIGURA 24 FIGURA 25 FIGURA 26 FIGURA 27 FIGURA 28 FIGURA 29 LISTA DE FIGURAS N meros e taxas de acidentes fatais na Gr Bretanha A din mica da causalidade do acidente Composi o da cadeia produtiva da constru o civil Interfaces do processo de desenvolvimento de produto na constru o de COMCIOS asas pus past prg nestas dada ipa rala Meios de feedback em ciclo de vida de projetos Tempo influ ncia na seguran a eea Tipos de fatores que contribuem para acidentes Modelo de sistema de trabalho i Hierarquia das causas que influenciam em acidentes na CONSTTU O 3 sads si cas rann ra a a lana S S aa dadas O sistema construtora e seus subsistemas
184. etc Mas destaca que para ver os problemas tem que ter experi ncia a viv ncia do dia a dia na obra que possibilita construir as compet ncias necess rias para ver os problemas Pesquisador Tu enxergas onde Que horas E O A s vezes voc est voc vai executar voc vai abrir o projeto vai fazer um levantamento ou para fazer um planejamento de como vai ser executado um servi o a enxerga Pesquisador Consegues me explicar como enxergas O que te leva a enxergar E O A O que me faz enxergar s o os meus 12 anos de obras e 5 anos de faculdade a viv ncia do dia a dia Pesquisador Por que umas tu consegues ver e outras n o E O A N o que umas se consegue ver e outras n o se consegue ver Voc n o consegue ver todas igual quando voc vai viajar por exemplo e voc esquece alguma coisa Por que voc esquece umas coisas e n o esquece outra Por que voc esqueceu o chinelo Pesquisador exatamente isso que quero saber Por que tu esqueces umas coisas e outras n o E O A Vai ser mais f cil de voc identificar aquela que voc j vivenciou s vezes acontecem incompatibilidades que voc nunca vivenciou ou porque o projeto do projetista X era melhor ele prestava aten o nisso Se voc nunca vivenciou voc vai ter uma dificuldade para identificar Agora aquela que voc est cansado de vivenciar que recorrente que sempre acontece Tem uns casos de incompatibilidades que s
185. euni es na fase de elabora o dos projetos complementares fazendo uma an lise cr tica com base na sua pr tica de obras Essa an lise segundo ele feita com base nas experi ncias vivenciadas em obras anteriores por repeti o de erros diz ele A gente j sabe onde est o os erros Como por exemplo no caso da confronta o do projeto arquitet nico e de inc ndio da obra AN AIl 1 Assim quando analisa os projetos da obra AII e mostra alguns problemas no projeto arquitet nico que foram repassados ao arquiteto para corre es como por exemplo o referente ao duto de ventila o que passava por dentro da caixa do elevador conforme a Figura 26 o engenheiro de obras A fala ao engenheiro J engenheiro j nior que o auxiliava Verifica a no projeto de inc ndio os locais das caixas e confronta com os outros projetos De repente a gente pode at encontrar uma dessas caixas em um pilar de garagem engenheiro de obras A Figura 26 Duto de ventila o dentro da caixa de elevador Nesse caso ele demonstra como saber onde est o os erros A experi ncia adquirida com os problemas das caixas de inc ndio na obra anterior a obra AT que o leva a buscar nos projetos da obra AII a exist ncia ou n o de compatibiliza o entre os projetos com refer ncia localiza o das caixas de inc ndio Entretanto esse n o o nico momento em que os problemas podem ser percebidos
186. explicar o problema o encarregado geral da obra O entra no escrit rio e a entrevista interrompida Ele tem d vidas sobre a execu o da alvenaria em uma parede que fica sob a rampa da garagem Ap s o engenheiro de obras A tirar as d vidas do encarregado geral O retoma se a entrevista O engenheiro de obras A questionado em qual momento ele namora o projeto relata que foi no dia anterior ou seja ele se engajou na an lise dos projetos e detectou o problema da viga V25 no dia anterior a essa entrevista Pesquisador Ent o em que momento esse teu namoro E O A Foi essa semana ou seja na segunda pois hoje uma ter a feira Cada prancha que voc pega voc pega o estrutural e o arquitet nico para ver se fecha as medidas 92 Mostrando o projeto vai explicando como percebe problemas ao analisar namorar os projetos Ao explicitar como verifica o problema diz que vai olhando setor por setor confrontando os dois projetos e conferindo medidas e desenhos das pe as Pesquisador Como que tu chegas a essa viga tu consegues resgatar isso E O A Vou olhando setor por setor dos dois projetos Por exemplo eu cheguei aqui Figura 27 Ele pede para voc vir com uma varanda aqui Figura 27 Joga a viga na extremidade da varanda A se voc pegar aqui o projeto estrutural onde que a viga est Figura 27 Ao ser questionado sobre o que chama sua aten o no momen
187. fachada O caso da caixa de inc ndio AI 8 O caso do detalhe do nicho sobra a bancada da pia da cozinha All 5 O caso do raio da escada Acompanhando o in cio do servi o AI 2 O caso do marco da porta principal de entrada e rodap dos apartamentos O caso da rampa da garagem O caso do excesso do pilar do WC AI 6 O caso da loca o da obra Acompanhando a execu o do AI 4 O caso do detalhamento do encontro entre SEVILO materiais diferentes na fachada O caso do forro de gesso do 3 andar AI 7 O caso do assentamento da cer mica das Inspecionando o andamento dos cozinhas servi os O caso da churrasqueira nas coberturas AI 8 O caso do pilar no v o de um dos elevadores Fornecedores e ou prestadores de servi os AI 10 O caso da concretagem das vigas e lajes O caso do muro de conten o Situa o de trabalho O caso do marco da porta principal de entrada e rodap dos apartamentos 138 IDENTIFICADOR OS CASOS MOMENTOS DE PERCEP O O caso do excesso do pilar do WC O caso da pagina o do granito da fachada O caso da escava o dos blocos E i Situa o de trabalho O caso do movimento de terra O caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento externo O caso da escava o dos blocos O caso da escada com duas faces Verifica se inicialmente que o modelo preferido pela administra o das construtoras o definido por a es mimeom rficas em cascata COL
188. for o dos pilares at entrega da obra acabamento final e limpeza e A obra All da construtora A A obra AII consiste na produ o de 36 unidades habitacionais unifamiliares com 8 650 95m de rea constru da 17 pavimentos sendo 2 pavimentos de garagem 01 pavimento de pilotis 11 pavimentos tipos 02 pavimentos de cobertura e 01 pavimento de casa de m quinas e caixa d gua e 1 956 00 m de rea de lote O sistema construtivo adotado o mesmo da obra anterior ou seja estrutura em concreto armado para vigas pilares e lajes com alvenaria em bloco cer mico na sua veda o e cobertura com laje impermeabilizada Essa obra tamb m foi adquirida de outra construtora como a Al e quando da aquisi o do terreno j existiam alguns projetos previamente definidos arquitet nico aprovado na Prefeitura e combate a inc ndio embora a obra ainda n o tivesse sido iniciada As observa es nessa obra contemplam a instala o do canteiro de obras a loca o da obra o movimento de terras terraplenagem as funda es a estrutura pilares vigas A e lajes e a alvenaria 4 1 1 2 A construtora B e a obra A construtora B uma empresa que atua na ind stria da constru o civil e na incorpora o imobili ria desde 1996 ano de sua funda o Ao longo destes anos a construtora B tem se dedicado constru o de empreendimentos comerciais e residenciais de alto padr o e industriais Para a construtora o suces
189. gm tico do enfoque sist mico nas organiza es consiste na tentativa de estabelecer congru ncia entre diferentes sistemas para identificar e eliminar disfun es potenciais MORGAN 1996 Dessa forma o canteiro de obras assim como uma organiza o passa a ser visto como um todo organizado ou complexo uma combina o de coisas ou partes formando um todo complexo ou unit rio Se as rela es entre os elementos do sistema constituem um fator capital da complexidade LEPLAT 2004 gerir a constru o de um edif cio um processo complexo pois v rios servi os executados em diversos subsistemas s o geridos simultaneamente em diversas fases da constru o As rela es entre os elementos do sistema constituem um fator capital da complexidade LEPLAT 2004 p 61 Uma organiza o n o funciona num v cuo social ela depende das pessoas colocarem em uso os recursos que se encontram sua disposi o tecnologia informa o equipamentos mat rias primas etc SCHERMERHORN et al 1999 E quando tudo funciona bem destacam os autores a organiza o atinge seus objetivos mas as coisas muitas vezes saem erradas Portanto o canteiro de obras assim como uma organiza o depende das intera es e inter rela es que se estabelecem no processo para alcan ar os objetivos almejados A configura o da gest o do processo de produ o de uma obra contingencial e definida por meio de uma busca reflexiva dos atores
190. ho geradoras das queixas Para o t cnico de seguran a por exemplo os carpinteiros preferem trabalhar com o andaime fachadeiro e para ele o uso desse andaime seria ainda melhor se fossem colocados pisos fixos assoalhamento permanente em todos os n veis de suas plataformas de trabalho Assim n o seria necess rio montar e desmontar os pisos conforme o trabalho fosse se desenvolvendo O pessoal da f rma prefere o andaime t cnico de seguran a A J para o engenheiro de obras A o nico perigo que se enfrenta durante o uso do andaime fachadeiro a retirada das travessas para facilitar o desenvolvimento da atividade pois essa retirada pode causar instabilidade na estrutura do andaime e gerar o seu colapso O nico contratempo que vejo que o cara vai trabalhar aqui e tira a travessa Pode desestabilizar a estrutura do andaime engenheiro de obras A Ambos o engenheiro de obras A e o t cnico de seguran a embora o primeiro reconhe a que os trabalhadores retiram as travessas para facilitar o trabalho n o busca acompanhar a atividade e juntamente com os oper rios encontrar alternativas para a situa o de trabalho que leva retirada das travessas O simples fato de entenderem que o equipamento mais seguro prevalece e pouca aten o dada s dificuldades encontradas durante a execu o de alguns servi os Por outro lado existem situa es em que se verifica a exist ncia de intera es entre executores
191. hos e o chefe do canteiro Nesse contexto durante a execu o dos servi os busca se integrar dois tipos de especifica es a dos Cd projetos executivos e a do CG programa o dos servi os na fase de execu o com base no CO BEGUIN e BERGAMINL 1996 Assim na medida em que o engenheiro de obras le conducteur de travaux recebe os projetos e o planejamento da produ o ele a interface entre a concep o da obra a construir e sua execu o SIX 1999 Mas sendo a execu o de uma obra um processo de a es inserido em um ambiente em constante evolu o a an lise da atividade do mestre de obras chef de chantier mostra que ele conduzido a prosseguir com a concep o e que dois s o os n veis de a o B GUIN e BERGAMINI 1996 e O primeiro n vel de a o sobre o que n o pode ser inteiramente decidido ao n vel do Cd ou do CG nesse momento que se procura antecipar o futuro do canteiro trabalhado dos servi os a serem executados buscando reduzir as incertezas e O segundo n vel de a o rever o que j foi decidido no CG e dessa forma procurar maneiras para fazer frente s situa es futuras Do exposto pode se concluir que a gest o da produ o de uma edifica o entendida como fase de execu o da obra a continua o da fase de gest o de projeto portanto um momento da gest o do processo de projeto A atividade de projeto deve estar integrada quanto aos objetivos e quanto a
192. ia adquirida individualmente ou coletivamente e colocada em pr tica no momento t da situa o poss vel compreender o curso das experi ncias como o mestre de obras coloca em pr tica as compet ncias adquiridas anteriormente que o conduzem a intervir na situa o de trabalho Compondo os elementos do signo tetr dico tem se Figura 85 U Acompanhando as atividades de trabalho no canteiro Escavar blocos grandes e profundos utilizando plataformas intermedi rias como se faz na minera o melhora o processo de produ o O Melhorar a situa o de trabalho e aumentar a produtividade R o trabalho de escava o de grandes blocos perigos e exige muito esfor o do trabalhador e profundos Figura 85 Signo tetr dico do caso AII 7 Mas ressalte se tamb m que o projeto de trabalho elaborado pelo mestre de obras para a execu o dos servi os n o desconhecido pelo engenheiro de obras 173 embora n o esteja ele presente Posteriormente quando o engenheiro de obras A foi questionado se conhecia a estrat gia elaborada pelo mestre de obras para escava o dos blocos ele verbalizou A escava o em barrancos Claro Isso vem das experi ncias muito utilizado na minera o engenheiro de obras A A an lise do caso All 7 revela como em obras anteriores no n vel de gest o do trabalho engenheiro de obras e mestre de obras constroem compet ncias ao se confront
193. icional deve se efetuar a coleta e a organiza o de informa es que compor o um banco de tecnologia construtiva para consulta e orienta o na sele o de alternativas para as especifica es e os detalhes necess rios elabora o do projeto em caso da op o por sistemas construtivos inovadores deve ser feita a estrutura o de um banco de tecnologia construtiva contendo um conjunto de informa es essenciais crit rios e restri es pr prias do sistema capazes de orientar a concep o e o detalhamento do projeto com base nos requisitos da tecnologia escolhida Portanto os objetivos de orienta o etapa de execu o por meio do projeto s o alcan ados pelas experi ncias efetivadas na etapa de execu o quando ocorrem a otimiza o das t cnicas construtivas um gerenciamento eficaz da produ o e a melhoria cont nua das atividades subcontratadas MELHADO 1994 Para atingir n veis elevados de exig ncia quanto qualidade e produtividade em um canteiro de obras por meio de um projeto direcionado etapa de execu o que forne a diretrizes para as etapas de realiza o dos trabalhos na fase de execu o do produto final surge o conceito de projeto para produ o definido como Conjunto de elementos de projeto elaborados de forma simult nea ao detalhamento do projeto executivo para utiliza o no mbito das atividades de produ o em obra contendo as defini es de disposi o e sequ
194. ienceDirect Search Results ALL accidents Login Register l Home l Browse l Search l DEST ES l Help l Live Chat l 2 890 articles found for ALL accidents Sinua dane E Koural Applied Ergonomics previous page lt results 1 100 gt next page Save Search Save as Search Alert R RSS Feed Full text available E Abstract only Font Size B 9 Search Within Results amp O Emaiarices Export Citations E Download PDFs C Open All Previews AEE ERA RREO A Identification of risk factors and countermeasures for slip trip and fall accidents during the delivery of mail Refine Results Limit Ti 1 e E ne Applied Ergonomics Volume 32 Issue 2 April 2001 Pages 127 134 Content Type T Bentley R A Haslam T Journal 2 890 E preview PDF 203 K Related Articles Journal Book Title T Applied Ergonomics 2 890 02E Industrial accidents are produced by social relations of work A sociological theory of industrial accidents Topic Applied Ergonomics Volume 22 Issue 3 June 1991 Pages 167 178 op T Dwyer A E Raftery T human factor 468 E preview Related Articles applied ergonomics 189 cam Using simulated investigations for accident investigation studies Applied Ergonomics Volume 36 Issue 1 January 2005 Pages 1 12 ergonomics society 94 Kathryn Woodcock Colin G Drury Alison Smiley Jiao Ma E preview PDF 309 K Related Ar
195. ierarquia administrativa elaborada acima deles ou para uma tecnoestrutura al m deles MINTZBERSG 1995 p 133 134 A finalidade de um plano especificar um resultado desejado um padr o em algum tempo futuro e o controle para avaliar se tal padr o foi ou n o alcan ado MINTZBERG 1995 Portanto plano e controle caminham juntos pois n o existir controle se n o existir um pr vio planejamento e os dois juntos regulam o resultado e indiretamente o comportamento MINTZBERSG 1995 Para a coordena o dos trabalhos nas estruturas funcionais a supervis o direta efetuada atrav s da superestrutura e a padroniza o dos processos de trabalho efetuada atrav s da formaliza o do comportamento emergem como mecanismo chave MINTZBERG 1995 Por m por n o ser poss vel considerar todas as interdepend ncias a organiza o retorna ao planejamento e sistemas de controle a fim de padronizar resultados especificamente para a a o MINTZBERSG 1995 Essa caracter stica de certos sistemas produtivos estarem inseridos em um contexto de maior variabilidade das decis es terem que ser criadas frente situa o a ser enfrentada tamb m identificada no estudo da atividade dos gerentes intermedi rios de uma oficina Os exemplos que n s vamos ver indicam que a oficina est num quadro de variabilidade e de imprevisibilidade devido aos riscos e disfun es As panes das m quinas a variabilidade dos materiais a diver
196. iferentes formas de abordagem da atividade 3 1 Um tr mite de pesquisa interativa Nesta tese a generaliza o que se procura alcan ar n o a de indicadores num ricos mas a compreens o das intera es complexas que conduzem a muitos problemas sociais ou t cnicos durante o processo produtivo de uma edifica o M todos tradicionais de investiga o permitiram estreitos avan os na compreens o dos fen menos da ind stria da constru o PHELPS HORMAN 2010 O uso do m todo etnogr fico prov oportunidade para ampliar os limites alcan ados pelas pesquisas tradicionais na ind stria da constru o destacando se o entendimento 58 do processo social e das intera es entre o processo social e o t cnico propiciando a liga o entre academia e ind stria PHELPS HORMAN 2010 A utiliza o de m todos qualitativos de pesquisa destina se interpreta o do comportamento de indiv duos de grupos e de organiza es tendo em vista um determinado contexto social A pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais emp ricos estudo de caso experi ncia pessoal introspec o hist ria de vida entrevistas artefatos textos e produ es culturais textos observacionais hist ricos interativos e visuais que descrevem momentos e significados rotineiros e problem ticos na vida dos indiv duos Portanto os pesquisadores dessa rea utilizam uma ampla variedade de pr
197. igura 28 93 Local da viga no estrutural Local da viga no Ps arquitet nico Figura 27 Mostrando incompatibilidade no posicionamento da viga 25 Pesquisador Quando olhas o projeto o que te leva a esse questionamento E O A Leva arquitetura pronta Eu j enxergo o servi o finalizado p s estrutura Ent o na hora que eu pego uma estrutura dessa aqui voc tem uma situa o normal Voc vem com o forro e termina aqui Figura 29 Quando est nessa situa o Figura 28 eu teria que vir com o forro teria que pegar e fazer uma pe a met lica e fazer tipo um caixote aqui dentro para fixar o forro Figura 28 Na hora que viesse com o vidro eu teria esse ponto para fixar e teria que fixar na estrutura Figura 28 A qual a maneira mais tradicional e simples isso aqui Figura 29 Voc tem que pegar a estrutura e mentalmente voc vai dando uma din mica como que seriam as etapas at o acabamento final at p r a esquadria Fig 01 ESTRUTURA MET LICA CONCRETO PARA FIXA O DO VIDRO agi B ESTRUTURA EM PERFIL E FORRO MET LICO Figura 28 Projetando como executar a nova situa o 94 Fig 02 VIDRO ESTRUTURA MET LICA PARA FIXA O DO VIDRO a CONCRETO PINOS DE FIXA O Figura 29 A maneira tradicional No caso do muro de conten es da obra BI BI 1 para o engenheiro de obras B foi uma coisa b sica perceber o prob
198. ilidade entre projetos a origem dos problemas em 8 casos ou seja 50 dos problemas de projeto t m como origem a incompatibilidade entre projetos Alem disso no Quadro 8 verifica se que mais de 82 5 dos casos sete dos oito casos com consequ ncias para a seguran a t m sua origem em problemas ou em solu es de problemas relacionados ao produto AI 10 BI 1 AI 2 AI 3 AI 9 BI 4 e AI 11 Entre esses casos 4 deles BI 1 AI 2 AI 3 e AI 9 t m sua origem em problemas de projeto ou seja 57 14 dos problemas com origem em problemas ou em solu es de problemas relacionados ao produto com consegii ncias para a seguran a s o problemas relacionados a projeto Como resultado dessa an lise pode se afirmar que uma grande maioria dos problemas no canteiro tem sua origem em fases anteriores execu o Se esses problemas geram ou n o maiores consequ ncias para o produto a produ o e ou o 149 trabalho seguran a o que se ir demonstrar que isso se deve s estrat gias de luta principalmente do engenheiro de obras para a antecipa o e a solu o dos problemas Assim os resultados e o conjunto dos pontos cr ticos consequ ncias apontam a necessidade de um estudo que possibilite conhecer a din mica das a es em situa o a configura o organizacional e o curso da experi ncia valida o e constru o de conhecimentos do engenheiro de obras nos momentos de per
199. iretoria de Recursos Humanos RH da construtora B conforme destacado pelo diretor de recursos humanos quando apresenta o setor durante uma reuni o Ent o a gente tem atividade meio e atividade fim A atividade fim est diretamente ligada ao cliente que a diretoria da engenharia e a diretoria comercial cada uma com seus setores e as obras s o os n cleos Na atividade meio temos a diretoria de recursos humanos e a diretoria administrativo financeira oferecendo recursos para que a rea fim possa executar suas atividades Na diretoria de recursos humanos n s vamos lidar com tudo que diz respeito a recursos humanos ent o a rea da seguran a veio para c Antigamente isso estava l no setor da engenharia Por que interessante estar agora no setor de RH Porque o pessoal da engenharia tem o foco na produ o e n o pode ser diferente a atividade deles e a nossa fornecer os recursos humanos e exigir que esses recursos humanos tenham qualidade de vida no trabalho A gente tem que estruturar a empresa para iniciar uma obra com toda estrutura necess ria para um in cio satisfat rio Nessa reuni o ap s evidenciar que a atividade de seguran a na construtora uma atividade meio enfatiza o diretor do RH que o engenheiro de obras o dono da obra ele o respons vel pelo processo de produ o e implementa o das medidas de seguran a solicitadas Se for solicitado a fazer alguma implementa o e n o o f
200. iro Portanto se existe fracasso nas negocia es com a hierarquia superior se os conflitos das diferentes l gicas n o s o amenizados podem surgir dificuldades durante o processo de produ o Outro caso o das escava es dos blocos na obras AII e BI A representa o do trabalho pelos gestores do processo de produ o da edifica o diferente Enquanto no caso BI 3 os servi os s o simplesmente repassados para serem executados pelos subempreiteiros no caso All 7 a participa o do mestre de obras devido sua preocupa o com a situa o de trabalho amplia a disponibiliza o de recursos para os executantes do servi o consequentemente gerando defini es de tecnologias construtivas mais adequadas 5 4 2 2 Variabilidade externa obra do produto e do mercado e Mercado aquecido Um dos casos no qual a variabilidade externa referente ao mercado marcante para a altera o da tecnologia construtiva a ser adotada quando do surgimento de problemas no n vel 3 a concretagem das lajes e vigas da obra Al Durante a concretagem das lajes o mercado da constru o de edif cios estava aquecido e muitas obras estavam sendo executadas na Regi o Metropolitana de Belo Horizonte Consequentemente a demanda pelas bombas para concretagem era elevada Assim havia dificuldade para a contrata o desse servi o pela construtora pois al m da 168 indisponibilidade das bombas os custos estavam elevados Fato q
201. istema de trabalho n o se mede mais pelos seus resultados de produ o e de aus ncia de acidentes mas pela capacidade desse sistema conceber uma prescri o e criar uma organiza o onde o desempenho se faz nas intera es entre prescritores e operadores da produ o entre prescri o descendente e prescri o remontante SIX 1999 p 114 A tarefa deve ser vista em dire o a uma prescri o cruzada como uma rela o quadripartite Figura 14 e o espa o para a constru o da prescri o um espa o de encontro e de confronta o dos protagonistas prescritores e operadores e a natureza dessa rela o social que se estabelece entre prescritores e trabalhadores deve ser discutida SIX 1999 As regula es individuais se inserem ent o em regula es sociais complexas onde se confrontam as regras de controle resultantes da estrutura e as regras aut nomas provenientes da atividade estas comumente pouco conhecidas e pouco reconhecidas TERSAC LOMPRE 1995 apud CARBALLEDA 2001 p 283 O s prescritores Prescri o descendente O trabalhador ennn i Os trabalhadores spa o social de constru o da prescri o a A Prescri o ascendente Figura 14 Espa o social de concep o da tarefa Fonte SIX 1999 p 110 Na vida real n o existem problemas bem definidos nicos e est ticos os problemas constantemente mudam e sua solu o se modifica a partir da infor
202. it rio da obra Como esse engenheiro n o gerencia outras obras ele n o apresenta a categoria 4 Outras obras 81 Reuni o com trabalhador es DDS 13 Escritorio na obra 70 Gr fico 1 Jornada de trabalho do engenheiro de obras B sem programa o de concretagem No Gr fico 2 quando h programa o de concretagem de tubul es cintas e blocos a atividade do engenheiro de obras B no per odo da tarde ocorre na obra para confer ncia de ferragem libera o dos servi os e acompanhamento da concretagem Nesse caso diferentemente do primeiro 77 de sua jornada s o desenvolvidos na obra Reuni o Escritorio com na obra trabalhador 18 es DDS 5 Gr fico 2 Jornada de trabalho do engenheiro de obras B com programa o de concretagem No caso do engenheiro de obras A ao tempo da coleta dos dados uma obra estava em fase de conclus o e a outra se iniciando portanto diferentemente do engenheiro de obras B ele dedicava parte de sua jornada gerindo outra obra No Gr fico 3 a seguir verifica se que 42 das atividades desse engenheiro s o na obra Al e 19 na obra AII quando acompanhava a execu o dos servi os portanto totalizando 62 da sua jornada desenvolvida na obra Durante as observa es da atividade do engenheiro de obras A n o se verificou a atividade de reuni es com trabalhadores nos canteiros de obras da construtora A 82 4 Outras obras 1 Obra 19 30 42 11
203. itas com os determinantes da atividade de trabalho podendo conduzir elabora o de novas regras efetivas CARBALLEDA 2001 p 283 As regula es frias se originam da inefic cia resultante das regula es quentes para a sa de e ou desempenho das pessoas seja novos eventos exteriores que levam reconsidera o das regras de controle e ou elabora o de metaregras para redefini o da estrutura CARBALLEDA 2001 p 283 Eventos Considera o das regras aut nomas Representante da estrutura t Participa o Trabalhador F Trabalhador E Trabalhador D Percep es de limites Ambient iente Atividade Intera es Gerente H Ambiente Atividade A Intera es y v ESTRUTURA Regras Aut nomas Regras Aut nomas Regras de controle Regula o Autonomia CCR quente Flexibilidade Atribu da Regras Efetivas v Sa de efici ncia custos Figura 15 O lugar dos gerentes nas regula es Fonte CARBALLEDA 2001 p 287 As regula es quentes correspondem ao confronto das regras formais com a realidade do trabalho podendo levar elabora o de novas regras efetivas e as regula es frias t m sua origem na inefic cia das regula es quentes para a sa de e ou 55 desempenho das pessoas CARBALLEDA 2001 Por interm dio do esquema da r
204. ivo pretendido De modo geral o resultado de determinada a o o estado de coisas que deve ocorrer pelo fato de uma a o ter sido executada ao passo que a 2 consequ ncia de uma a o um estado de coisas posterior que de fato ocorre ao se executar uma a o O resultado de uma a o est conceitualmente ligado inten o j as consequ ncias sup em apenas rela es de conting ncias Se Jo o abre a porta e deixa ar frio entrar dir amos que o resultado da a o seria a porta estar aberta e a consequ ncia seria o ar frio entrando no c modo a menos que Jo o tenha pretendido refrescar o c modo ao abrir a porta e nesse caso o ar fresco que entra seria tamb m um resultado COLLINS e KUSH 2010 p 9 Collins e Kush 2010 denominam de a es formativas os tipos de a es que constituem uma comunidade uma coletividade ou uma forma de vida Para eles s o a es que d o sociedade seu modo peculiar de ser e a diferenciam de outras sociedades As pessoas que integram uma mesma forma de vida compartilham de uma rede comum de conceitos e a es Em outras palavras elas dividem os mesmos conceitos porque elas compartilham de uma gama de a es poss veis e elas executam as mesmas a es porque compartilham da mesma rede de conceitos COLLINS e KUSH 2010 p 11 12 Os autores afirmam que os tipos de a es formativas s o institui es sociais e que elas constituem institui es sociai
205. izer o t cnico de seguran a deve apenas registrar e passar a quest o para o coordenador de seguran a e o assunto ser discutido em outra inst ncia conforme destaca o diretor do RH Voc s t cnicos de seguran a s o subordinados ao M coordenador de seguran a Acontece que ele o engenheiro da obra o dono da obra ele que responde por todo o processo da obra Ent o se ele fala que n o faz voc pode registrar e passar isso para o M O engenheiro tem autonomia para decidir o que faz ou n o faz na obra Depois a gente vai discutir isso em um outro n vel se ele estava certo ou errado Voc s n o est o subordinados a ele porque ele est com foco na produ o e voc s na seguran a A pessoa respons vel em conduzir esse processo na obra o engenheiro importante isso ficar claro 80 Assim pode se dizer que a atividade do engenheiro de obras B na obra BI est inserida em um contexto organizacional de maior separa o entre produ o e seguran a 4 1 3 Tempos e locais As atividades dos engenheiros de obras dependendo do contexto n mero de obras desenvolvimento da s obra s etc requerem deslocamentos dentro do canteiro de obras ou para fora deste Para desenvolver suas atividades em uma jornada di ria de trabalho pode se dizer que cada engenheiro possui caracter sticas pr prias na maneira de gerir os tempos e os deslocamentos de sua jornada di ria Os constrangimentos mudam e ou s
206. je entendeu Ent o tem que deixar pronto isso A F mestre de obras chegando aqui como a alta tens o est do lado de c o que eles v o fazer O poste est aqui Figura 30 O plano da CEMIG fazer a travessia de rua uma caixa do lado de c outra no p do poste A p e o transformador morreu Maria Certo M O F Isto E O A Agora esse o el trico esse est f cil agora o outro Figura 30 E O indicando o local do poste M O F Telefone E O A Aqui o outro esse aqui Telefonia j sai do lado de onde vai ficar aquela grelha de inc ndio Figura 31 Se o el trico vai ficar aqui ela vai ficar aqui M O F ela vai para a E denomina o dada rua referida pelo mestre de obras E O A A o que o T fez aqui T passando quase do lado dos dutos 98 M O F E quase do lado E O A Mas a M O F N o nenhum problema Pesquisador Qual o problema E O A N o porque est na mesma proje o do inc ndio Essa a famosa incompatibiliza o de projetos Cx entrada para dutos de ventila o Cx Telefone Figura 31 Confronta o dos dois projetos Na sequ ncia dessa atividade verifica se que enquanto programa os servi os a serem executados para a concretagem da 1 laje da obra o engenheiro de obras A percebe tamb m o problema do escoamento de gua pluviais da garagem da obra All AII 4
207. l do dia anterior ao percorrer o canteiro inspecionando o andamento dos servi os Narra o engenheiro de obras A que antes de iniciar os servi os de assentamento das cer micas na cozinha do apartamento modelo ele ficou v rias horas com o mestre e o encarregado elaborando a pagina o Definida essa pagina o n o havia motivo para alterar nos outros apartamentos era s seguir a disposi o feita para o assentamento das cer micas Entretanto durante seu percurso di rio pelo canteiro constatou erros na execu o dos servi os nas cozinhas de alguns apartamentos Figuras 56 e 57 Eu j sei de cabe a como deve ficar N s passamos um dia inteiro paginando os apartamentos eu o mestre e o encarregado Agora eles os subempreiteiros e o encarregado ficam querendo inventar engenheiro de obras A y Figura 56 O certo Figura 57 O errado Durante as observa es foi poss vel identificar que os erros acontecem devido falta de interlocu o entre o quadro de gest o do canteiro e os empreiteiros e n o a uma quest o de querer inventar O projeto de pagina o foi informalmente elaborado pelo engenheiro de obras A juntamente com o mestre e o encarregado na cozinha do apartamento modelo Depois que essa pagina o foi passada aos encarregados das empreiteiras n o se fez um acompanhamento da marca o em todos os apartamentos por parte do encarregado de pedreiros O nem pelo respons vel da empreiteira
208. le of design issues in work related fatal injury in Australia Journal of Safety Research v 39 n 2 p 209 214 2008 DUARTE Francisco Jos de Castro Moura CORDEIRO Cl udia Vieira Carestiato A etapa de execu o da obra um momento de decis es Produ o v 9 p 5 27 dez 1999 N mero especial DUARTE Francisco Complementaridade entre ergonomia e engenharia em projetos industriais In DUARTE Francisco Org Ergonomia e projeto na ind stria de processo cont nuo Rio de Janeiro COPPE RJ Lucerna 2001 p 11 21 DURAFFOURS J FRANCESCON J M MARTIN A SAVEREUX S Qu est ce que vous faites Nous remettons des hommes debout Education Permanente Fran a n 117 p 35 46 1993 DWYER T Life and death at work industrial accidents as a case of socially produced errors New York Plenum Press 1991 cap 1 p 13 34 ELDIN N N Concurrent engineering a schedule reduction tool Journal of Construction Engineering and Management v 123 n 3 p 354 62 1997 FABRICIO M rcio Minto Projeto simult neo na constru o de edif cio 2002 290 f Tese Doutorado Escola Polit cnica Universidade de S o Paulo S o Paulo 2002 FALZON Pierre Natureza objetivos e conhecimentos da ergonomia In FALZON Pierre Ergonomia S o Paulo Editora BLUCHER 2007 p 3 19 FLEURY A C VARGAS N Organiza o do trabalho S o Paulo Atlas 1983 FONSECA E D LIMA F P A 2007 Novas tecnologias constr
209. lema de interfer ncias entre a sapata do muro de conten o e as funda es da edifica o na fase de execu o da obra ao analisar os projetos no escrit rio do canteiro Ao relatar o caso conta que ao analisar o projeto executivo de arquitetura percebeu que as sapatas dos muros de conten es que estavam em execu o poderiam interferir na execu o das funda es da edifica o que ainda estavam sendo projetadas Pesquisador Em que momento tu percebeste essas interfer ncias E O B Antes de come ar a fazer o projeto estrutural Isso uma coisa bem b sica Se voc tem uma obra com uma determinada conten o que ela ocupa um bom espa o da rea til da obra voc sabe que os afastamentos v o cair em cima daquela conten o Estava na cara que isso ia acontecer Ao perceber o problema conta o engenheiro de obras B que imediatamente comunicou sua percep o ao projetista das funda es que afirmou que n o haveria problema Entretanto essa afirmativa n o efetiva e o problema se confirma quando o engenheiro de obras recebe os projetos das funda es e inicia os servi os O engenheiro de obras B indica as v rias interfer ncias presentes na execu o das funda es um total de 21 Para ele os problemas poderiam ser evitados se os projetos de estrutura lhe fossem repassados antes do in cio da execu o dos muros de conten es Como os projetos de funda es e o estrutural haviam sido execu
210. lizam Pode se pensar que essa singularidade da obra n o se propaga a todas as condi es e situa es de trabalho Afinal cavar tubul es montar e fixar andaimes montar f rmas s o situa es que se repetem Discutir se no entanto se essas situa es verdadeiras ilhas de estabilidades em um mar revolto que a obra s o de fato significativas e se a experi ncia a gerada quanto ao projeto de situa es seguras tamb m estabilizada e incorporada aos novos projetos Os estudos sobre gerenciamento de projeto entendem que a maioria dos problemas podem ser solucionados na etapa de projeto desde que determinadas normas e procedimentos sejam seguidos durante a elabora o do projeto Entretanto tendo em conta que a imprevisibilidade uma caracter stica marcante do processo de produ o de uma edifica o o engenheiro de obras ter que gerir problemas e adaptar o que foi projetado e planejado Neste estudo por meio da etnografia da engenharia de obras busca se entender a realidade da gest o viva de um canteiro de obras mais especificamente como o engenheiro de obras age frente aos problemas que surgem durante o processo de produ o de uma edifica o produzindo ou n o condi es mais ou menos seguras tendo em vista restri es diversas para se resolverem problemas no fogo da a o O objetivo demonstrar qu o fundamental considerar a situa o de trabalho dos executores dos servi
211. lo S o Paulo 1994 MELHADO S B FABR CIO M M Projeto da produ o e projetos para produ o na constru o de edif cios discuss o e s ntese de conceitos In ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRU DO QUALIDADE NO PROCESSO CONSTRUTIVO 7 1998 Florian polis Anais Florian polis UFSC ANTAC 1998 p 731 737 v 2 MENDES Ren Patologia do trabalho 2 ed S o Paulo Atheneu 2005 v 1 986 p MINTZBERG Henry Criando organiza es eficazes estruturas em cinco configura es Tradu o de Cyro Bernardes S o Paulo Atlas 1995 MITROPOULOS P CUPIDO G NAMBOODIRI M Cognitive approach to construction safety task demand capability model Journal of Construction Engineering and Management v 135 n 9 p 881 889 2009 MOHAMED S Safety climate in construction site environment Journal of Construction Engineering and Management v 128 n 5 p 375 384 2002 MORAES Maria T R Ind stria da constru o no Brasil a utiliza o da for a de trabalho no processo de produ o 1986 Disserta o Mestrado em Economia Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 1986 MORGAN Gareth Imagens da organiza o S o Paulo Atlas 1996 OLIVEIRA Luciana Alves MAIZIA Mindjid MELHADO S lvio Burrattino O desenvolvimento integrado de um projeto de renova o de fachadas estudo de caso franc s Gest o amp Tecnologia
212. m que as an lises de acidentes por n o compreenderem a realidade do trabalho conduzem as interpreta es por um caminho que leva inegavelmente atribui o de culpa aos trabalhadores que atuam nas proximidades da ocorr ncia VILELA et al 2004 ALMEIDA 2001 REASON 1990 Lima 2006 ensina que as interpreta es em termos de um suposto erro sempre ser o poss veis quando se analisa o acidente relacionando o com o comportamento do operador que comumente deixa de adotar em algum momento um comportamento normatizado Confronta se uma situa o real com uma situa o imaginada poss vel exterior em rela o atividade concreta de trabalho encontrando se ao final da an lise a culpa j pressuposta na no o de desvio em rela o norma de seguran a Explicar o acidente por culpa desvio ou erro do operador n o permite entender por que o operador falhou em situa o real 47 O comportamento real confrontado a uma situa o ideal supostamente poss vel sem que a atividade real do sujeito o seu trabalho concreto seja objeto de an lise a n o ser como circunst ncias atenuantes de sua culpa ou responsabilidade pressupostas LIMA 2006 p 2 Debitando as causas dos acidentes ao erro humano as estrat gias de preven o passam a ter como foco exclusivo o fator humano as medidas de preven o passam a ter por base a elimina o das variabilidades n o desejadas no comportamento humano REASON 1990 As an
213. ma o que o ator extrai de sua mem ria ou da rela o que estabelece com o ambiente A complexidade externa ao operador e reside no contexto da situa o PERROW 1984 Ao se considerar um canteiro de obras como uma organiza o e os engenheiros de obras como trabalhadores representantes da organiza o no canteiro como 54 ensina Carballeda 2001 a confronta o da atividade dos engenheiros de obras com a dos demais atores da execu o pode desvelar as regula es praticadas no canteiro Portanto a an lise das regula es torna se essencial para o conhecimento do distanciamento entre a estrutura organizacional e as regula es individuais e coletivas em situa o Do distanciamento entre a estrutura organizacional e as regula es individuais e coletivas observadas decorria grande parte das regula es quentes repetidas cotidianamente e a cada campanha anual implicando n o s custo instant neo para os trabalhadores como tamb m desmobiliza o decorrente do n o reconhecimento dos disfuncionamentos ao longo das opera es de manuten o CARBALLEDA 2001 p 291 Dessa forma Carballeda 2001 demonstra que ao confrontar a atividade dos gerentes e dos trabalhadores poss vel encontrar duas formas de regula es praticadas entre eles as regula es quentes e as regula es frias Figura 15 As regula es quentes correspondem ao confronto das regula es prescr
214. ma maior efici ncia do processo de produ o e seguran a diminuindo a probabilidade de gera o de acidentes Quadro 2 Capacidade t pica de cada entidade afetar a causa raiz Fator necess rio para Subempreiteiros GC CM A E Construtor afetar as causas raiz Habilidade na tarefa Alta Moderada Misturada Baixa Habilidade na seguran a Alta Moderada Baixa Baixa Interra Gennoio Alta Moderada Baixa Baixa trabalhado Controle local Moderada Alta Misturada Misturada Avaliar condi es locais Misturada Misturado Misturada Baixa Cap aade apte pada para Alta Moderada Misturada Baixa influenciar causas raiz Fonte TOOLE 2002 p 207 Portanto para projetar com vistas melhoria das condi es de trabalho nos canteiros n o basta ampliar o projeto da obra incluindo crit rios de construtibilidade ou especificamente de seguran a Uma abordagem orientada para envolver a equipe dos construtores se faz necess ria para que essa interven o possa ser significativa BEHM 2005 Envolver a equipe dos construtores significa considerar a situa o de trabalho e mudar os m todos de an lises de risco para que estes sejam melhores do que os apresentados at hoje mudando as suposi es e as escolhas do modelo tradicional 29 dessas an lises que apoiam os projetistas enfatizando quest es sob o ponto de vista f sico e comportamental Precisamos de m todos de an lise
215. malizar e entregar aos fornecedores um caderno de especifica es definindo as expectativas SIX 1997 p 33 34 Resumidamente tratar da atividade de trabalho particularmente das situa es de trabalho e da seguran a tratar das quest es da tarefa e da prescri o sobre a necessidade de confronta o entre o que se chama de prescri o descendente e prescri o ascendente SIX 1999 p 84 Para esse autor a diferen a que a prescri o ascendente um tipo de prescri o que n o vem dos prescritores que n o descendente que emana do real e resiste a todas as formas de formaliza o que se refere mat ria ao vivo subjetividade ao social e cujos componentes inevitavelmente introduzem as dimens es da variabilidade da conting ncia do contexto e da complexidade Embora a reflex o na a o seja um extraordin rio processo n o um raro evento para alguns profissionais o cerne da pr tica Assim quando o profissional reflete criticamente sobre o principal problema que se coloca refaz a concep o acerca dele e continua a trabalhar as consequ ncias dessa nova concep o ele faz uma reflex o na a o sobre o problema reestruturado SCH N 1983 Seguindo esse racioc nio a prescri o descendente uma condi o pr via e necess ria para a atividade mas como um ambiente aberto para acolher as singularidades de prescri o ascendente SIX 1999 Para o autor esse parece ser
216. meio do estudo da forma das a es e da teoria do curso da a o refina se a compreens o das a es em situa o ETNOGRAFIA ANALISE DA ATIVIDADE ANALISANDO AS A ES Figura 24 Fun l metodol gico 15 4 ETNOGRAFIA DA GEST O DA PRODU O DE UMA EDIFICA O Neste cap tulo apresentam se os resultados da etnografia do engenheiro de obras Ap s contextualizar a atividade dos engenheiros de obras e apresentar as a es prescritas para o gerenciamento das obras desvelam se os engenheiros de obras como atores centrais da gest o dos problemas nos canteiros Posteriormente ao se descreverem os casos descrevem se os momentos de percep o dos problemas durante o processo de produ o de uma edifica o que podem gerar ou n o consequ ncias negativas para o processo de produ o e a seguran a 4 1 Contextualizando a atividade dos engenheiros de obras As duas construtoras possuem algumas caracter sticas semelhantes s o empresas do tipo firmas familiares de porte m dio para grande cujo processo de planejamento e controle do trabalho externalizado pessoal e centralizado FLEURY e VARGAS 1983 4 1 1 O ambiente as construtoras e obras 4 1 1 1 A construtora A e as obras A empresa atua na rea de incorpora o e constru o de obras de edifica es de alto padr o de acabamento em Belo Horizonte MG desde 1983 Seu principal servi o produto a constru o e a venda de im veis e seu principal
217. n a ALMEIDA 2006 Esse paradigma tradicional tem em sua origem ra zes das primeiras compreens es do fen meno em poca anterior transposi o do trabalho agr cola e artesanal para o capitalismo industrial quando os trabalhadores pouco falavam dos acidentes de acordo com Paracelsus eles eram simplesmente devorados por dem nios DWYER 1991 Provavelmente esse sil ncio acerca dos acidentes possa ser mais bem explicado ao se olhar para a forma como ele era analisado os acidentes aconteciam porque voc pecou RICOEUR apud DWYER 1991 p 13 Assim atribu fam se as ocorr ncias s vontades sobrenaturais puni o por pecado ou outra forma de expressar o castigo merecido pela v tima conduzindo se as an lises para a conclus o de se tratar de uma fatalidade ou ent o ignorando as ALMEIDA 2006 O atribuir a ocorr ncia dos acidentes a uma vontade sobrenatural persiste at o momento em que no setor de minera o ingl s um trabalhador morre ao cair em um po o na tentativa de resgat lo utilizando se c es ou mais frequentemente velas descobre se ser o po o inadequado para entrar novas fontes de acidentes s o reveladas e ocorre uma ruptura com a no o de acidentes como sendo uma causa sobrenatural DWYER 1991 46 Embora os relat rios existentes na poca fossem ricos em relatos no que pode ser chamado de rela es de trabalho na contemporaneidade como estando relacionadas com as circunst
218. na ind stria da transforma o especificamente com rela o metodologia da Concurrent Engineering CE surge a proposta de projeto simult neo na constru o de edif cios FABRICIO 2002 Segundo Eldin 1997 o conceito de Engenharia Simult nea evoluiu na ind stria de transforma o como uma necessidade para atender aos requerimentos do mercado competitivo da atualidade que exige menor tempo para a coloca o de novos produtos no mercado O Concurrent Engineering Research Center CERC define CE como uma metodologia para desenvolver novos produtos com efici ncia atrav s da concep o de um produto tendo em conta simultaneamente os aspectos da produ o opera o e manuten o Red Book 1989 apud ELDIN 1997 p 354 Na ind stria da constru o esse conceito passa a ser utilizado como uma maneira de reduzir o tempo geral de entrega de projeto por meio da sobreposi o de atividades sequenciais BOGUS et al 2005 Ao analisar e caracterizar o processo de concep o e o projeto de edif cios Fabricio 2002 identifica que na forma tradicional as interfaces ocorrem preponderantemente de forma unidirecional conforme ilustra a Figura 4 Segundo esse autor tr s delas a serem trabalhadas de forma concorrente a fim de permitir um desenvolvimento integrado e simult neo de produtos no setor de constru o As interfaces pass veis de um tratamento simult neo na sua concep o s o il 12 e i3 FABR CIO 2
219. nalisam se os conceitos sobre gest o da produ o e trabalho as bases conceituais que norteiam como dirigir e conduzir a execu o dos servi os para a materializa o do produto o edif cio antecipadamente projetado 2 3 1 Reconhecendo o ambiente de a o dos gestores do canteiro uma organiza o com estrutura e um processo de intera es sociais Quando se considera que o canteiro de obras de uma edifica o representa uma estrutura organizacional fragmentada pode se definir o canteiro de obra como uma organiza o com intera es sociais 36 Assim o empreendimento representa uma estrutura organizacional fragmentada em fases com objetivos distintos e pode ser comparado a um conjunto de empresas independentes articuladas em torno de um fim comum a constru o do edif cio MELHADO 2001 p 85 86 Essa forma de estrutura organizacional fragmentada de v rios canteiros no ambiente da construtora demonstrada na figura abaixo Figura 10 Cada obra constitui um subsistema do sistema da construtora No subsistema da obra os gestores do processo de produ o ir o gerir v rios outros subsistemas constitu dos por organiza es que participam do processo de constru o do edif cio formados por trabalhadores da pr pria construtora subempreiteiras ou empresas especializadas contratadas para executar determinados servi os etc S o essas rela es entre os diversos elementos do sistema que constituem o fato
220. ncia das atividades de obra e frentes de servi o uso de equipamentos arranjo e evolu o do canteiro entre outros itens vinculados s caracter sticas e recursos pr prios da empresa construtora MELHADO 1994 p 196 197 O projeto para produ o ao ser norteado por diretrizes que levem em conta as caracter sticas do sistema de produ o da empresa conecta os projetos executivos com a execu o da obra tendo como objetivo a construtibilidade dos projetos e a otimiza o da obra MELHADO e FABR CIO 1998 Seu objetivo principal a racionaliza o construtiva das edifica es como mostram v rios exemplos veda o f rmas revestimentos contrapisos etc SILVA e NOVAES 2008 O projeto para produ o passa a ser visto como uma complementa o dos projetos das diversas especialidades de arquitetura e de engenharia que especificam as caracter sticas do produto a edificar atrav s de representa es gr ficas e descritivas plantas cortes memoriais descritivos especifica es t cnicas etc SILVA e NOVAES 2008 Sendo assim o projeto para produ o um elemento importante para a integra o entre os projetos executivos e a execu o da obra pois fornecer informa es cuja finalidade a de subsidiar a fase de execu o da obra MELHADO e 20 FABR CIO 1998 Entretanto essas informa es ignoram como o trabalho ser realizado e conduzem aos imprevistos de uma improvisa o podendo influenciar n
221. ncias e melhor gerir os problemas n o antecip veis que possam gerar consequ ncias negativas no projeto de situa o de trabalho seguran a gerida Na pr tica verificou se na obra BI que o DDS Di logo Di rio de Seguran a seria um espa o privilegiado para a troca de experi ncias no canteiro Entretanto esse espa o era desperdi ado pois n o havia articula o sobre quest es referentes situa o de trabalho dos servi os em execu o A maior incoer ncia se verificou na narrativa da t cnica de seguran a de que nessas ocasi es os assuntos eram os mais variados que ela sempre procurava not cias que julgava serem interessantes para os trabalhadores Como exemplo citou um determinado DDS em que o assunto abordado foi a queda de raios para o que ela recortou uma reportagem do jornal Super Not cias do dia 05 de mar o de 2010 Figura 86 Figura 86 Reportagem usada no DDS 181 Narra ela Eu n o leio esse jornal mas os meninos da guarita os vigias sempre falam de not cias interessantes eles me passam Segundo seu relato essa rela o com os vigias teve in cio quando come ou a trabalhar no canteiro Sempre que descia para o canteiro e tinha um tempo folheava o jornal na guarita e quando via algo interessante pedia lhes que o passassem a ela Assim com o tempo os vigias foram se habituando e assim fazendo sempre que viam not cias que pensavam poder interess la Esse espa o deveria ser mais explor
222. ncontro do marco em m rmore da porta da entrada social dos apartamentos com o rodap tamb m em m rmore No caso do detalhamento do encontro entre materiais diferentes na fachada AI 4 falta detalhamento do encontro de materiais diferentes cer mica e granito na fachada do pr dio Y Simultaneidade entre projeto e execu o No caso do muro de conten es BI 1 a simultaneidade entre projeto e execu o faz com que o planejamento da execu o pelo engenheiro de obras B n o seja adequado y Defici ncia na gest o da execu o dos servi os No caso da cer mica das cozinhas AI 7 embora em um primeiro momento pare a ser o problema um erro de execu o o problema na verdade resulta da falta de interlocu o entre o quadro de gest o do canteiro encarregados e os empreiteiros No caso do forro de gesso do 3 andar Al 5 a inter rela o de servi os fator determinante na gest o da execu o dos servi os nesse caso a n o observ ncia desse fato gera problemas de pend ncias de servi os para a execu o do forro de gesso 142 No caso do movimento de terra BI 4 A gest o da produ o ao n o dar a devida aten o para os conflitos referentes aos servi os realizados em um espa o restrito contribui para o surgimento de interfer ncias entre os trabalhos realizados No caso do andaime fachadeiro e os servi os de acabamento externo Al 11 a gest o da execu o dos
223. ndo que a gest o do trabalho seja a inst ncia de regula o de falhas do sistema de produ o a estrutura significativa fundamental do curso da a o passa a ser o principal foco de an lise 139 5 AN LISE DOS RESULTADOS Neste cap tulo a an lise dos resultados do estudo etnogr fico cap tulo anterior tem como objetivo apresentar o modelo dos n veis de antecipa o de problemas durante o processo de produ o de uma edifica o e validar esses n veis como espa os para troca e retorno de experi ncias assim como para integrar produ o e seguran a no projeto de situa es de trabalho seguras Visando atingir o objetivo proposto identificam se inicialmente a origem dos problemas os tipos de problemas e suas consequ ncias dito de outra forma os aspectos referentes aos momentos de percep o dos problemas estrat gias de luta do engenheiro de obras durante a gest o do processo de produ o de uma edifica o Ao se evidenciarem os aspectos referentes aos momentos de percep o dos problemas poss vel desvelar a organiza o do espa o temporal da a o e modelizar e categorizar n veis de antecipa o Na sequ ncia no mbito te rico do curso da a o procura se analisar e identificar os elementos que originam e resultam da a o nos diversos n veis de antecipa o o que possibilitar identificar a regularidade na organiza o da a o a estrutura significativa fundamental do curso da a o
224. nente cada edifica o executada em um local com tipos de atividades e problemas espec ficos 3 longa dura o do per odo de produ o dois anos em m dia 4 descontinuidade do processo construtivo 5 diferentes locais de trabalho a for a de trabalho e os insumos materiais e equipamentos que se movimentam dentro do espa o produtivo em torno da obra 6 elevada variabilidade dos materiais de constru o e das t cnicas construtivas etc Assim a no o de posto de trabalho mais ou menos est veis que sintetiza procedimentos de produ o e de seguran a pouco serve para orientar a organiza o dos canteiros Por isso se prefere utilizar a no o de situa o de trabalho Oportuno constatar portanto que na constru o civil a organiza o da produ o n o incorpora de modo imanente a seguran a n o se projetam situa es de trabalho integrando produ o sa de e seguran a como ser demonstrado no cap tulo 5 As situa es de risco na constru o civil em grande parte dos casos observados decorrem de estrat gias de regula es individuais ou coletivas para fazer face a problemas de produ o n o antecipados no momento do projeto e do planejamento Depara se aqui com a gest o geral do trabalho como ltima inst ncia ou vari vel de regula o de falhas do sistema de produ o j evidenciada pela ergonomia em v rias outras situa es HUBAULYT 2004 Sabe se que nenhuma produ o
225. ngenheiro de obras A Esses breves relatos evidenciam que os problemas nos canteiros de obras na produ o e na seguran a precedem a etapa de execu o da obra Assim o primeiro 88 passo no canteiro de obras procurar perceber os problemas para que estes n o se tornem problemas eternos como ressalta o engenheiro de obras A Quando aparece um problema na obra primeiro passo perceber o problema Tem hora que o pessoal n o percebe o problema e conclui a obra com aquele problema A vira um problema eterno engenheiro de obras A Para descrever como perceber problemas durante o processo de produ o de uma edifica o t m se como base os casos observados e as narrativas dos atores da gest o do processo de produ o de uma edifica o principalmente do engenheiro de obras no dia a dia da jornada de trabalho no canteiro 4 4 Descrevendo os casos e desvelando os momentos de percep o dos problemas Para o engenheiro de obras A o primeiro momento em que se pode perceber um problema quando da an lise dos projetos executivos quando estes s o recebidos e analisados na tentativa de constatar neles poss veis problemas incompatibilidades falta de detalhamentos erros de dimens es etc Portanto sendo o projeto o primeiro objeto de a o o primeiro momento de percep o de problemas quando o engenheiro de obras participa das reuni es na fase de elabora o dos projetos antes do in cio da o
226. ngenheiro de obras pode perceber problemas quando programa os servi os a serem executados o caso da programa o dos servi os para a concretagem da 1 laje da obra AII A II 3 Nesse caso quando o engenheiro de obras A no momento em que analisa os projetos executivos e programa os servi os 97 juntamente com o mestre de obras percebe os problemas de incompatibilidade entre os projetos arquitet nico e de telefone e de inadequa o do projeto de escoamento de guas pluviais da garagem ao uso Antes de dar partida nos servi os quando passa as diretrizes dos servi os a serem executados para o mestre de obras analisando e discutindo os projetos inter relacionados com a execu o desses servi os no caso el trico telef nico inc ndio e drenagem ele percebe incompatibilidade na loca o da tubula o de telefone e da caixa do duto de ventila o Pesquisador Quando percebeste E O A A gente acabou de discutir isso aqui na hora que pegou um certinho Isso a o projetista que tinha que ver isso M O F Mas voc acha que um olha o projeto do outro Para concretar uma laje conforme ressalta o engenheiro de obras A n o basta executar o que o projeto estrutural determina preciso analisar os projetos inter relacionados e deixar prontos todos os servi os Pesquisador Voc s est o discutindo o qu E O A Passagem da el trica no piso da 1 garagem porque vai concretar a la
227. njunto de estudos de casos de fen menos mais circunscritos que possibilitam 60 interpretar os principais assuntos e temas do processo de produ o de uma edifica o Com base no estudo de casos busca se explicar a situa o a partir da pr tica pois a ampla utiliza o do estudo de caso em organiza es favorece o entendimento e a compreens o profunda e ampla da realidade das organiza es contribuindo para as solu es de problemas pr ticos GODOY 2005 Antes da coleta de dados necess rio decidir se ser utilizado um estudo de caso nico ou de casos m ltiplos YIN 2005 Nesta pesquisa optou se pelo estudo de casos m ltiplos Para abordar a quest o proposta cada obra objeto de um estudo de caso individual mas o estudo de caso como um todo abrange v rias obras Um exemplo comum o estudo de inova es feitas em uma escola como o uso de novos curr culos hor rios de aula reorganizadas ou novas tecnologias educacionais na qual cada escola adota alguma inova o Assim cada escola o objeto de um estudo de caso individual mas o estudo como um todo abarca v rias escolas e dessa forma usa um projeto de casos m ltiplos YIN 2005 p 68 3 1 1 Objeto de an lise atividade do engenheiro de obras No in cio das observa es verificou se que o engenheiro de obras A era o centro da coordena o do processo de produ o e das decis es tomadas no canteiro de obras Era a ele quando um problema pre
228. ns vel pela escava o dos tubul es e blocos e este confirma a execu o da plataforma pelos trabalhadores da empreiteira e que n o h nenhum problema nisso principalmente por n o haver nenhuma reclama o por parte do quadro de gest o do canteiro especificamente a t cnica de seguran a e o encarregado geral Pesquisador Me explica uma coisa quando voc s come am a montar a plataforma do sarilho como que montam Como feito Enc Emp E o pr prio furador Pesquisador E o pr prio furador Tu participas Enc Emp N o a gente d s uma avaliada s o os pr prios furadores Igual ali A gente t acabando de montar um O certo a empresa fornecer os carpinteiros T m empresas que fornecem os carpinteiros que ficam disposi o para fazer isso a Pesquisador Quem arrumou esses paus para eles Enc Emp Eles mesmos Como n o t m carpinteiro eles arrumam o martelo emprestado no almoxarifado e eles mesmos fazem 125 Pesquisador Voc e o encarregado da obra participam Enc Emp fica o 0 o encarregado geral a n Analisa Tem a t cnica de seguran a que est a Do jeito que t t bem ent o est liberado para trabalhar Para se compreender o ponto de vista do quadro de gest o do canteiro de obras posteriormente entrevista se o engenheiro de obras B sobre o processo de passagem e acompanhamento do in cio dos servi os para escava o dos blocos
229. nstruction Engineering and Management v 130 n 4 p 542 551 2004 COLLINS Harry KUSH Martin A forma das a es o que os humanos e as m quinas podem fazer Tradu o de Cleusa Vieira Aguiar Brooke Belo Horizonte Fabrefactum 2010 CRU D Langue de m tier et organisation du travail In Le travail em chantiers Actes du colloque d s 16 e 17 novembre p 147 158 1983 CRU D R gles de m tier langue de m tier dimension symbolique au travail et d marche participative de pr vention le cas du b timent et d s travaux publics 1995 126 f Tese Doutorado Escole Pratique d s Hautes tudes Sciences de la Vis et de la Terre Paris 1995 187 DANIELLOU F SIMARD M et BOISSIERES I Facteurs humains et organisationnels de la s curit industrielle un tat de l art Num ro 2010 02 des Cahiers de la S curit Industrielle Institut pour une Culture de S curit Industrielle Toulouse France 2010 ISSN 2100 3874 Disponible PURL http www icsi eu org francais dev_cs cahiers DE CICCO Francesco M G A F FANTAZZINI Mario Luiz Introdu o engenharia de seguran a de sistemas 3 ed S o Paulo FUNDACENTRO 1988 109 p DENZIN Norman K LINCOLN Yvonna S Org O planejamento da pesquisa qualitativa teorias e abordagens Tradu o de Sandra Regina Netz 2 ed Porto Alegre Artmed Bookman 2006 DRISCOLL Timothy R HARRISON James E BRADLEY Clare NEWSON Rachel S The ro
230. nto dos n veis de antecipa o em cascata teremos como base no caso do excesso no pilar do WC da obra Al por ser ele problema de projeto 72 73 dos problemas que geram problemas para a produ o t m como origem problemas de projetos de incompatibilidade de projetos 50 dos problemas de projeto t m como origem a incompatibilidade entre projetos e gerador de todas as consequ ncias negativas encontradas para a produ o e a situa o de trabalho Quadros 7 e 8 Portanto embora tenha sido realizado um estudo de casos m ltiplos a dimens o coletiva e interativa das situa es no caso do excesso no pilar do WC da obra Al pode 177 ser generalizada ou seja a an lise do caso individual mas an lise desse caso como um todo abarca v rias obras A an lise desse caso permite assim evidenciar os elementos e o percurso do problema de projetos e No n vel 1 embora houvesse um arquiteto respons vel pela compatibiliza o e o engenheiro de obras participasse da an lise dos projetos o problema do excesso no pilar do WC da obra AI n o foi detectado na fase de projeto e No n vel 2 tamb m esse problema n o foi detectado pelo engenheiro de obras quando recebeu os projetos no canteiro para an lise e programa o dos Servi os e No n vel 3 o quadro de gest o do canteiro mestre de obras e ou encarregados e os atores da execu o tamb m n o detectaram o problema Consequentemente o problema foi detectado ap s a
231. ntos e o detalhamento alterado para um tipo de acabamento j utilizado em outras obras pela construtora 106 O detalhamento est caro temos que mudar para uma solu o mais barata Mas mudar para uma solu o mais barata outro projeto Ent o o que a gente faz Procura uma solu o que a gente j usou em outras obras n o d tempo de procurar o projetista o avi o est em pleno v o engenheiro de obras A Chegando obra AI na manh seguinte o engenheiro de obras A chama o mestre de obras e desenhando em uma folha de rascunho discute com o mestre de obras as altera es que dever o ser feitas e como dever o ser feitas nos v os deixados nas portas de entrada principal dos apartamentos para receber o novo detalhamento definido em reuni o com a dire o O v o previsto para o detalhamento anterior maior e ter que ser feita uma boneca de 5 cm Por m a preocupa o como fazer para dar rigidez ao acr scimo que ser dado a boneca Figura 45 E a j 4 Nod f Ng Figura 45 Desenho do acr scimo para o novo detalhamento da porta Dois dias depois em uma nova reuni o a diretoria levando em conta que a altera o no detalhamento das portas de entrada n o seria esteticamente a mais adequada resolve diminuir os custos no detalhamento por meio da redu o da quantidade de m rmore no conjunto inteiro do detalhe do hall de entrada assim como manter o detalhamento em m
232. o Voc tem que fazer um neg cio de madeira para p r o sarrilho em cima Pesquisador O perigo que tu v s nessa madeira qual M O De quebrar Tem muito perigo u Ali n o o pe o trabalha sem perigo O projeto de trabalho elaborado al m de n o expor o trabalhador ao risco de acidentes e a elevado desgaste f sico melhora a produtividade segundo o mestre de obras quando comparado com o uso de sarrilho N o maltrata o pe o por causa da altura Fiz um lugar ali onde ele colocava o material e jogava para fora sem fazer for a Furou mais r pido do que se fosse na latinha no sarrilho Outra situa o na obra AII que revela quando o mestre de obras A intercede na situa o de trabalho o caso da escada com duas faces AII 9 Segundo ele quando acompanha os servi os ao verificar que o carpinteiro da empreiteira de f rma est com dificuldade para executar a escada ele o orienta E assim verbaliza ao mostrar a escada Essa escada uma escada na frente e atr s A o cara estava com dificuldade para fazer A eu cheguei e falei faz assim e assado Veja s est perfeita mestre de obras Fazer assim e assado uma escada com degraus na face superior e inferior Figura 77 n o s falar para o carpinteiro como fazer participar da elabora o do projeto de produ o e de trabalho quando acompanha e vai refletindo juntamente com o carpinteiro sobre qual a melhor forma de executar
233. o Voc vai sair de uma faculdade e em nenhum momento vai ouvir falar de compatibiliza o de projetos uma 171 das coisas que mais d preju zo d retrabalho e dor de cabe a para engenheiro de obras Acho que a quest o come a l na faculdade no meu modo de ver Entretanto a an lise do curso da experi ncia evidencia que certos elementos necessitam compor o espa o temporal da a o e os resultados do estudo etnogr fico demonstram que nem sempre os projetistas disp em de todos os projetos A simultaneidade entre projetos e entre projetos e execu o uma realidade e elemento que configura o ambiente espa o temporal da a o O engenheiro de obras A verbaliza tamb m sobre outro determinante que pode contribuir na inefici ncia da antecipa o de problemas no n vel de projeto o limite de vis o compet ncias Mas arquiteto para compatibilizar n o tem viv ncia de obra por isso que n o perfeito a tal da viv ncia de obra Isso que eu vi da viga talvez ele nem saiba que isso exista porque ele nunca passou um ano em uma obra Pode at visitar uma obra ou outra mas ele n o fica igual a mim que estou todo dia aqui engenheiro de obras A Ao curso da entrevista sobre o caso da aranha nos banheiros da obra AI o engenheiro de obras J revela como solu es para determinados problemas pr ticos que partem do n vel da gest o do trabalho podem ajudar na antecipa o de problemas Ao vivenciarem o p
234. o do signo O curso da a o uma auto regula o din mica composta de per odos de realiza es de atividades seriais e as sequ ncias s o per odos de realiza es dessas atividades seriais PINSKY e THEUREAU 1982 Ensinam esses autores que a sequ ncia n o um plano ou programa predefinido ela emerge do dinamismo da atividade e da liga o do ator com a situa o necess rio insistir sobre o fato de que a sequ ncia n o se define por uma an lise objetiva da tarefa mas por uma an lise da a o e de seus motivos PISKY e THEUREAU 1982 p 56 Dessa forma sendo a sequ ncia per odos de realiza es de atividades seriais a constitui o das atividades seriais permite fazer surgir os aspectos das dire es dos planos que n o podem ser claros ao n vel de cada opera o Assim a constitui o das atividades seriais permite fazer surgir os aspectos da carga de trabalho e das dire es do planejamento que n o podem ser x claros ao n vel de cada opera o em particular dos aspectos ligados interpreta o e na liga o das atividades do operador ao curso da jornada PINSKY e THEUREAU 1982 p 64 12 A ena o a cogni o constitu da plenamente pela intera o entre o ator e sua situa o e n o como um fen meno interno ao ator THEUREAU 2004 13 Para existir uma atividade serial necess rio que exista coer ncia entre seus objetivos THEUREAU 2000 A coer ncia que se
235. o e escolhe faz lo quando pede ou ordena que outro ator f ou g a execute COLLINS e KUSH 2010 Figura 19 Acender a luz Fonte COLLINS e KUSH 2010 p 49 Dessa forma existindo dois tipos de a es polim rfica e mimeom rfica a serem ordenados hierarquicamente quatro arranjos s o poss veis Figura 20 1 A es polim rficas em cascata a es em cascata em que tanto imediatamente acima quanto abaixo da linha pontilhada encontramos a es polim rficas 2 A es mimeom rficas em cascata a es em cascata em que tanto imediatamente acima quanto abaixo da linha pontilhada encontramos a es mimeom rficas 3 Controle em cascata a es em cascata em que imediatamente acima da linha temos uma a o polim rfica e imediatamente abaixo da linha a es mimeom rficas 4 Cascatas indiferente a es em cascata em que imediatamente acima da linha temos uma a o mimeom rfica e imediatamente abaixo da linha a es polim rficas COLLINS e KUSH 2010 p 62 SN LN NONE APM em cascata AMM em cascata NAN ANNA Cascata indiferente Controle em cascata Figura 20 Diferentes tipos de a o em cascata Fonte COLLINS e KUSH 2010 p 63 67 Se por um lado os modelos de gest o inicialmente buscam um afastamento das a es polim rficas em cascata por outro lado posteriormente ao requererem maior efici ncia para poder lidar com as r pidas mudan as
236. o sentido da prepara o do trabalho grifo nosso que deve poder convocar de modo antecipado as experi ncias singulares para construir a representa o da situa o futura que permitir fazer frente s situa es que se apresentar o ao defender a tese de que o processo de projeto n o uma etapa distinta e desassociada da execu o N s defendemos finalmente a tese maior que a concep o a realiza o de um canteiro deve ser considerada como a condu o de um projeto com base no conhecimento dos intervenientes na atividade de trabalho do canteiro e envolvendo os trabalhadores na prepara o do trabalho por analogia com a estrutura da abordagem desenvolvida por Daniellou 1998 para a concep o nas ind strias de processo cont nuo SIX 1999 p 15 N o existe uma liga o direta de causa e efeito entre um determinante e uma consequ ncia ao n vel da efic cia da produ o da seguran a e da sa de dos trabalhadores A prescri o define os determinantes externos que s o geridos pelos trabalhadores na sua atividade Mas ao serem geridos o s o em fun o dos estados internos do trabalhador de sua forma o profissional inicial de suas experi ncias compet ncias e representa es Assim na perspectiva em que a prescri o n o 53 unidirecional ela um reencontro de conhecimentos e de representa es e uma ocasi o de aprendizagem cruzada SIX 1999 Portanto o desempenho de um s
237. o at praticamente a finaliza o da estrutura As observa es nos tr s primeiros meses foram feitas sistematicamente durante tr s vezes na semana Posteriormente ap s verificar se que na jornada da manh acontecia a resolu o dos problemas as observa es se concentraram nesse per odo Dependendo do contexto das atividades do dia se fazia a observa o de uma jornada inteira das atividades no canteiro Al m disso devido impossibilidade de acompanhar todas as atividades que eram desenvolvidas quando alguma a o era perdida posteriormente se fazia uma entrevista com os participantes uma forma de se conseguir manter a sensibilidade sobre os acontecimentos BUCCIARELLI 1996 62 10 Desse modo tendo como fundamento os relatos e ou narrativas dos eventos marcantes na vida do canteiro durante a pesquisa de campo foi poss vel identificar e destacar 24 casos significantes para o processo de produ o do empreendimento Quadro 3 Na fase das observa es os casos foram selecionados pelo pesquisador com base na import ncia que se verificou terem os eventos os casos para o quadro de gest o do processo de produ o e ou atores da execu o durante o processo de produ o das edifica es Quadro 3 Os casos IDENTIFICADOR OS CASOS CONSTRUTORA Al l O caso da caixa de inc ndio AI 2 O caso do marco da porta principal
238. o de conten o da obra BI BI 1 outra situa o que devido simultaneidade entre projeto e execu o s foi detectada no n vel 3 A an lise em autoconfronta o com a atividade do engenheiro de obras B a de inspecionar o andamento dos servi os possibilita compreender como ele coloca em pr tica durante a execu o dos servi os as experi ncias que o conduzem a dizer ser uma coisa b sica para ele Figura 84 160 U Acompanhando a execu o e ao analisar o projeto arquitet nico projetando situa o futura do projeto estrutural Os afastamentos m nimos legais da edifica o s o inferiores ao do p do muro e se os projetos estruturais fossem entregues antes do in cio dos servi os as interfer ncias entre os servi os do muro de conten o e funda es seriam contornadas O Analisar o projeto arquitet nicos e R A extens o do p do avaliar interfer ncias muro de conten o em com o projeto execu o estrutural que est em fase de execu o Espera antecipar problemas e reduzir consequ ncias para a produ o Figura 84 Signo tetr dico do caso BI 1 Evidenciando os acontecimentos que originam a a o O acontecimento a extens o do p do muro de conten o em execu o um elemento concomitante ao trabalho em curso acompanhando a execu o e ao analisar o projeto arquitet nico projetando situa o futura do projeto estrutural e um elem
239. o do artes o SILVA 2000 Essa divis o t cnica do trabalho possibilitou uma aplica o r pida dos conhecimentos cient ficos no setor acentuada a partir do s culo XVII com o surgimento das leis da est tica VARGAS 1979 Esse avan o cient fico da atividade projetual n o foi seguido com a mesma intensidade pela produ o VARGAS 1979 Caracter stica esta destacada tamb m por Melhado 1994 p 120 O conhecimento emp rico marcou a atividade de constru o desde sua origem como arte e of cio em que a associa o com conhecimentos cient ficos introduzidos mais recentemente n o conseguiu afastar totalmente as caracter sticas b sicas desta ind stria quanto organiza o dos empreendimentos e das atividades de produ o Em tempos mais recentes especificamente na d cada de 80 nos Estados Unidos e no Reino Unido v rios trabalhos foram publicados sobre os conceitos que orientam e integram a etapa de execu o dos servi os nas diversas fases do empreendimento MELHADO 1994 Nos EUA a denomina o dada constructability e no Reino Unido buildability MELHADO 1994 Em termos gerais construtibilidade pode ser definida como uma qualidade de algo f cil de ser constru do caracter stica esta que Construtibilidade Edificabilidade 18 deve ser alcan ada com o emprego de solu es simples e eficazes procurando se maior defini o e controle sobre as opera es de execu o MELHADO 1994
240. o dos elevadores gerou problema somente num dos elevadores no social No elevador de servi o como o pilar se localizava na parede da parte do fundo do elevador o excesso n o gerou o problema que obrigara a adotar a descentraliza o da porta No entanto as observa es revelam casos cujos problemas n o s o percebidos nos momentos anteriores ou que podem ser ou n o consequ ncias dos problemas de casos anteriores ou das solu es dos problemas Nesses casos a situa o de trabalho o momento de percep o dos problemas que podem ser determinantes na seguran a 1 Fonte TyssenKrupp Elevadores Reportagem de Kelly Carvalho Constru o Mercado 55 fevereiro de 2006 119 4 4 8 Situa o de trabalho 4 4 8 1 Casos originados dos problemas de casos anteriores ou das solu es dos problemas No caso da concretagem das lajes e vigas AI 10 para o engenheiro de obra A as consequ ncias da programa o da concretagem por meio de gerica est o mais relacionadas com quest es t cnicas e com a viabilidade temporal e n o com a situa o de trabalho Se a concretagem fosse maior a n o compensava ser com gerica pois ia virar o dia A altura tamb m influencia Se fosse no 20 andar por exemplo inviabilizaria o processo Tamanho maior seria acima de 80 m Por exemplo aqui a laje mais ou menos com 60 m em m dia e levava o dia todo A obra s tem oito pavimentos e medida que ia subindo ia gas
241. o que as variabilidades s o dificilmente antecip veis SCHWARTZ 1998 o projeto que define a configura o e os componentes da obra 43 a ser constru da por meio disso influencia em como ser o processo de produ o e consequentemente como ser o os riscos para a seguran a dos trabalhadores GAMBATESE 2000 Embora o envolvimento de profissionais de projeto na seguran a local da constru o tenha sido m nima a inexistente quando s o envolvidos a sua influ ncia pode ser significativa GAMBATESE 2000 p 57 Na constru o civil no Brasil por exemplo Silva 2000 ao estudar o processo de produ o de um empreendimento imobili rio a constru o de um shopping center em Belo Horizonte MG demonstra como os atores sociais elaboram estrat gias para diminuir a dist ncia entre concep o e execu o A autora aponta tamb m que a falta de experi ncia pr tica de como executar o servi o por exemplo e a intera o entre quem det m o conhecimento cient fico e quem det m o conhecimento pr tico s o fatores determinantes para a solu o de problemas nos canteiros de obras Um exemplo pode ser visto no extrato da entrevista da autora op cit p 179 com o fornecedor de estrutura met lica do shopping mas assim voc v que ele entende do que ele est fazendo N o PE simplesmente porque A maioria dos engenheiros de obra que voc v a simplesmente um capataz com um diploma n
242. oas n o cumprem com esse aparato por mais que a gente tente cercar esse neg cio Mas a a gente tem o pessoal da seguran a que fica em cima Tem que cercar tem que melhorar isso tem que melhorar essa escada para subir at plataforma A a seguran a do trabalho vai agindo em cima disso Pesquisador Esta plataforma aqui foi executada como E O B Elas foram executadas o cara colocou duas pe as e colocou a plataforma Pesquisador Sim mas como se faz essa passagem do servi o do engenheiro at ao trabalho E O B Essa plataforma est no caso das melhorias cont nuas da obra Isso foi s na caixa do elevador Isso a foi uma situa o insegura que teve na poca e eu fui notificado A gente tem o departamento de seguran a na obra justamente para identificar Posteriormente busca se uma c pia dessa notifica o com o setor de seguran a da obra mas ela n o fornecida portanto nada se pode afirmar da exist ncia ou n o dessa notifica o Cabe salientar que quando foi percebida a situa o de trabalho para execu o das escava es dos blocos com o uso do sarrilho sobre plataforma de madeira a t cnica de seguran a acompanhava as observa es e nada acrescentou quando foi entrevistado o encarregado da empreiteira sobre a execu o da plataforma extrato de entrevista acima Por m como o engenheiro de obras B presenciou a entrevista com a t cnica de seguran a sobre a situa o de
243. oco que o pilar est excedendo 15 cm a largura da parede passando a impress o de um WC de tamanho muito reduzido Ao questionar a situa o o excesso do pilar destaca que o ideal seria que esse problema tivesse sido questionado na fase de compatibiliza o dos projetos O ideal que se tivesse compatibilizado isso na poca do projeto O pilar estava obstruindo o banheiro engenheiro de obras A A dire o da construtora por entender que isso n o est em conformidade com o padr o de acabamento do pr dio n o aceita o excesso no pilar Inicia se ent o uma busca pela solu o do problema Duas s o as possibilidade discutidas a a dire o de construtora apresenta a proposta de demoli o do excesso o que implicar novo dimensionamento do pilar e retrabalho para a modifica o desde as funda es conforme se verifica no desenho feito pelo engenheiro supervisor Figura 50 Excessono pilar aser demolido Acr scimo no pilar aser executado P Parede existente F Eber Figura 50 Novo dimensionamento do pilar Sar A 111 b o engenheiro de obras A juntamente com o quadro de gest o do canteiro apresenta a proposta de iniciar a alvenaria faceando o pilar o que resultar na redu o de 15 cm no closet conforme preferiam os atores da execu o Figura 51 Movendo o eixo da parede em 15cm Figura 51 Nova loca o da alvenaria A segunda op o n o
244. oduto e do mercado possibilita segmentar o setor da constru o de v rias maneiras o que revela a sua complexidade e a grande dificuldade de mensur lo e analis lo desempenho e estrutura por exemplo Em 2009 por exemplo a composi o da cadeia produtiva da constru o civil no Brasil era assim compreendida Figura 3 Ind stria de materiais 18 0 Com rcio de materiais da constru o 9 1 Servi os 7 7 M quinas e equipamentos para a a gt Constru o Constru o 2 2 61 2 Outros fornecedores 1 7 Figura 3 Composi o da cadeia produtiva da constru o civil 2009 Fonte ABRAMAT FGV Projetos Perfil da Cadeia Produtiva da Constru o e da Ind stria de Materiais Setembro 2010 Elabora o Banco de Dados CBIC 11 Assim muito problem tica uma defini o do universo setorial e de sua forma organizacional a partir das unidades produtivas Na literatura especializada pode se encontrar uma grande diversidade de crit rios classificat rios A classifica o mais utilizada divide o setor da constru o nos seguintes subsetores edifica o constru o pesada montagem industrial e servi os especiais e auxiliares CHAVES 1985 As principais atividades das empresas que atuam no subsetor de edifica o s o de constru es de edif cios residenciais e comerciais Nos dias de hoje entretanto a mobilidade interatividades apresenta se de forma mais acentuada devido reduzid
245. ogni o o vivido e uma situa o seu ambiente THEUREAU 2004 A justificativa para utiliza o dessa forma de abordagem se d pela necessidade de utiliza o de uma abordagem que ajude a descrever o curso das experi ncias de forma que suas defini es rela es sejam explicitadas da maneira mais clara poss vel propiciando consist ncia na ado o de estrat gias para registro e ac mulo dessas experi ncias THEUREAU 2000 A atividade de trabalho constitui um todo din mico emo o aten o percep o a o comunica o e interpreta o continuamente mudando devido s experi ncias adquiridas pelos atores e as mudan as em suas situa es irredutivelmente individual e coletiva mesmo quando o ator est isolado sua atividade tem aspectos coletivos incorporada e situada a atividade se situa al m de qualquer separa o entre corpos esp rito e situa o e cultivada essa atividade pode colocar em jogo toda a experi ncia do ator e dos atores em sociedade e n o somente e n o necessariamente 69 um conhecimento da tarefa THEUREAU 2000 Como destaca Theureau 2000 quando analisa o trabalho na sala de controle da linha da R E R eles antecipam diferentes repercuss es futuras do incidente e de sua resolu o no respectivo setor em desenvolvendo essa atividade de espectador engajado s vezes espectador e ator eles tamb m adquirem novas experi ncias da resolu
246. oia nnn na atada lada aiaa Excesso no pilar do elevador ssessseseseeeesseesseessersseresessssees Assentos improvisados para trabalhos com o martelete Quebra de concreto das sapatas para execu o das t nda esi keca n aa A E aa Execu o do chanfro no marco da porta Escoras dentro do WC ererereerearaaaads 100 100 101 103 104 104 104 105 105 106 106 107 108 108 110 110 111 112 112 112 114 115 117 117 118 121 121 122 123 xiii FIGURA 63 FIGURA 64 e 65 FIGURA 66 FIGURA 67 FIGURA 68 FIGURA 69 FIGURA 70 FIGURA 71 FIGURA 72 FIGURA 73 FIGURA 74 FIGURA 75 FIGURA 76 FIGURA 77 FIGURA 78 FIGURA 79 FIGURA 80 FIGURA 81 FIGURA 82 FIGURA 83 FIGURA 84 FIGURA 85 FIGURA 86 Pedras sobre a plataforma do andaime Retirada do excesso nos pilares do WC Instala o el trica improvisada i Escava o de blocos plataforma para instala o do SALDO ias a er teca caio ora era seat aonde vas decr TE ab saite Execu o da f rma do muro de conten o Movimento de terra mecanizado Barreira executada pelos trabalhadores Interfer ncia para assentamento do granito Falta de espa o para assentamento de granito Disposi o dos andaimes na rea de as
247. os detalhamentos dos projetos complementares projetos estruturais el tricos hidr ulicos ar condicionado etc Junto com esses projetos tem se um conjunto vari vel de desenhos de detalhamento mostrando cada detalhe da constru o dos diversos elementos que comp em a obra S o refer ncias fundamentais para que o construtor possa executar sua obra com precis o Portanto para a boa execu o de uma obra devem estar dispon veis os projetos executivos importante destacar que ap s essa etapa n o mais aconselh vel a modifica o do projeto sob pena de preju zo econ mico AZEREDO 1998 3 Fase A execu o da obra Essa a etapa mais delicada cara e demorada de todo o processo Mas embora n o pare a recomend vel ap s a aprova o do projeto nos rg os competentes a 14 constru o da edifica o a denominada etapa de execu o poder ser iniciada AZEREDO 1998 Com base nas tarefas constantes nos cronogramas das obras observadas as etapas da execu o podem de maneira gen rica e em conformidade com grande parte da literatura sobre o assunto assim ser dividas e Instala o do canteiro de obras e Loca o da obra e Movimento de terras terraplenagem e Funda es e Estrutura pilares vigas e lajes e Alvenaria e Instala es el trica telefone hidrossanit rias combate a inc ndio etc e Revestimentos internos e externos e Esquadrias em geral e colo
248. os dados coletados ser o organizados e analisados CARVALHO et al 2002 Nesse sentido as op es da pesquisa n o se limitam escolha de t cnicas ou m todos qualitativos ou quantitativos desconhecendo se suas implica es te ricas e epistemol gicas As op es s o mais complexas e dizem respeito s formas de abordar o objeto e aos objetivos com rela o a este A seguir ser visto que esta tese se baseia nos resultados de uma pesquisa etnogr fica enriquecida com an lises detalhadas da atividade cotidiana do engenheiro de obras ator chave da fase de constru o e de outros membros de sua equipe encarregados e mestres de obras Ao se identificarem as hist rias utilizando se procedimentos como observa o participativa autoconfronta o entrevistas verbaliza es etc por meio das narrativas se descrevem os casos Posteriormente com base no estudo da forma das a es se compreende o car ter em cascata das a es momentos de percep o dos problemas utilizando se a teoria do curso da a o ao se compreender e analisar o curso da experi ncia no canteiro se apresenta um modelo de como gerir o que n o pode ser antecipado Destaca se que quando se usa uma abordagem que elucida a estrutura da atividade se emprega uma abordagem que possibilita que o mesmo objeto possa ser analisado por diferentes pontos de vistas BEDNY et al 2000 Portanto os mesmos resultados poder o ser alcan ados por meio de d
249. os procedimentos com o conjunto das atividades vinculadas ao empreendimento e s rela es externas da empresa sendo considerada um subsistema desse conjunto MELHADO 1994 p 164 O estudo como foco na gest o de projeto ao citar a import ncia da fase de projeto para a execu o evidencia que as defici ncias da gest o da produ o podem ser originadas pela defici ncia dos projetos O projeto deveria ser capaz de subsidiar as atividades de produ o em canteiro com informa es de alto n vel e que n o podem ser igualmente geradas no ambiente de obra a partir de um bom projeto tornar se a poss vel elaborar um planejamento e uma programa o eficiente assim como um programa efetivo de controle de qualidade para materiais e execu o MELHADO 1994 p 4 A gest o da produ o de uma edifica o um processo complexo e coletivo que tem uma finalidade e uma organiza o em um determinado tempo e espa o com 35 independentes in cios e fins um processo que ser gerido em tempo real BOBROFF 1998 Segundo a autora os empreiteiros s o admirados pela maneira como dirigem e conduzem o projeto de uma constru o Numerosos industriais s o fascinados pela ind stria da constru o pela capacidade de seus empres rios de gerenciar a variabilidade e a flexibilidade Eles v em na condu o e realiza o de um projeto de constru o certa coer ncia organizacional e instrumental uma organiza
250. ou prestadores de servi os que atuam no processo de produ o de uma edifica o tamb m podem perceber problemas ap s receber os projetos e as diretrizes dos servi os a serem executados ou quando da execu o dos servi os 4 4 7 Fornecedores e ou prestadores de servi os No caso do pilar no v o de um dos elevadores da obra AI AI 8 num determinado dia no seu percurso di rio pelo canteiro de obras o engenheiro de obras para a fim de conversar com o encarregado dos servi os da empresa que est montando os elevadores A conversa o que se desenvolve entre ambos sobre a entrega do elevador com as altera es feitas em raz o do problema do excesso em um dos pilares ou seja a incompatibilidade do projeto estrutural com o v o necess rio para a instala o do elevador Figura 58 Excesso no pilar Figura 58 Excesso no pilar do elevador 118 Conta o engenheiro de obras A que quando da execu o dos servi os a empresa que fabrica e monta o elevador solicitou o projeto estrutural para poder lan lo Nesse momento ao analisar os projetos a empresa verificou que um dos pilares do v o de um dos elevadores n o permitiria a instala o do elevador especificado Como as medidas do elevador s o padronizadas de acordo com a sua capacidade as medidas especificadas no projeto do elevador deveriam ser rigorosamente seguidas Durante a execu o a construtora deve se preocupar em seguir risca as me
251. ov vel que quest es de projetos estivessem envolvidas DRISCOLL et al 2008 Ao demonstrar como iniciativas na fase de projeto podem contribuir na melhoria da seguran a nos locais da constru o Weinstein et al 2005 destacam que nos Estados Unidos avalia es de construtibilidade tamb m oferecem uma oportunidade de integrar seguran a ao projeto desde que a seguran a se torne uma prioridade em tais avalia es e os envolvidos na avalia o de construtibilidade tenham forma o e experi ncia suficientes sobre a seguran a nos locais da constru o WEINSTEIN et al 2005 A integra o de requisitos de seguran a no trabalho etapa 25 de projeto tende a ser mais f cil nas situa es em que o projetista respons vel pela execu o da obra SAURIN 2005 p 136 A integra o tamb m tende a ser mais f cil nas situa es em que o projetista respons vel pela execu o da obra tal como ocorria com o projetista de pr moldados entrevistado neste estudo A preven o por meio do projeto avan a em rela o no o de construtibilidade ao procurar focar a situa o de trabalho especificamente em considerar a seguran a dos trabalhadores na fase de projeto 2 2 2 Preven o por meio do projeto gerir situa o de trabalho A fim de melhorar a seguran a nos locais de constru o o conceito de preven o por meio do projeto PtD vem ganhando suporte na ind stria da constru o GAMBATESE et
252. pode ser objeto de um planejamento perfeito que anteciparia todas as variabilidades e imprevistos No entanto n o necess rio que o trabalho se torne a vari vel de regula o das disfun es perturba es e variabilidades sist micas Isso acontece quando a seguran a n o um dos determinantes das solu es encontradas na lida com os problemas de produ o nos canteiros de obra Al m disso antes que esses imprevistos aconte am coloca se em quest o sua natureza de casualidade os imprevistos que levam a situa es inseguras penosas e insalubres n o poderiam de fato serem previstos e assim permitirem a execu o do projeto em situa es mais adequadas O projeto para a seguran a isto a integra o da seguran a produ o por meio do projeto de situa es de trabalho seguras uma exig ncia ainda atual que n o consegue se efetivar dada a necessidade entre outras de que se fa am a proposi o e a valida o de m todos de integra o de requisitos de seguran a etapa de desenvolvimento do projeto Demonstrar se que a integra o da seguran a e da produ o poss vel por meio de antecipa es que ocorrem em diversos n veis da elabora o dos projetos em especial sua compatibiliza o defini o de procedimentos de execu o e de instala o de apoio no canteiro de obras ver Esquema 1 p 153 Quando esses n veis de antecipa o em cascata n o funcionam adequadamen
253. port ncia para o sucesso da atividade produtiva ZARIFIAN 2001 p 41 63 que se elabora do fen meno em quest o associado a uma determinada utiliza o pois um sistema n o complexo por si s depende da forma como se elabora o modelo LEPLAT 2004 o modelo que define as formas de uso previstas e as poss veis regula es desse uso LEPLAT 2004 Dessa forma ao se utilizar o estudo sobre a forma das a es COLLINS e KUSH 2010 e a teoria do curso da a o THEUREAU 2004 THEUREAU 2000 THEUREAU 2003 THEUREAU 2009 PISKY e THEUREAU 1982 refina se a an lise da atividade N o se cria ou reformula a an lise da atividade ou seja os estudos sobre a forma da a o e a teoria do curso da a o possibilitam compreender modelizar e evidenciar as subjetividades e os determinantes dessa subjetividade quando o sujeito age em situa o 3 2 1 Compreendendo a rvore das a es no canteiro prescri o x a o situada O estudo sobre A Forma das A es COLLINS e KUSH 2010 tem como base a rela o entre a o e comportamento Segundo esses autores as a es podem ser divididas em dois grandes grupos conforme a rela o com o comportamento que as instanciam polim rficas e mimeom rficas Quando o indiv duo executa uma a o polim rfica lan a m o da compreens o que tem de sua sociedade quando executa uma a o mimeom rfica age deliberadamente como m quina por exemplo quando por reflexos
254. que insatisfat rios planos acarretam ao mestre de obras merece ser enfatizada maior tempo para a leitura e an lise menos precis o e ou mais dificuldade para prescrever os trabalhos dos trabalhadores controle mais atento e reiteradas explica es arbitragem no caso de informa es incoerentes entre os dois planos SIX 1997 p 20 A coopera o entre projetistas e executores de um empreendimento considerada por muitos como essencial para que se leve em conta todo o ciclo de vida do empreendimento entretanto grande parte dos recentes estudos realizados concentra se na entrega de solu es tecnol gicas com foco na web extranets CAD visualiza o na gest o dos conhecimentos e das tecnologias SCHELBOURN et al 2007 Segundo esses autores agora se reconhece que a boa colabora o n o resulta somente do uso da tecnologia de informa o mas de quest es organizacionais e de pessoas que n o s o facilmente resolvidas por puros sistemas t cnicos todavia tamb m precisam ser resolvidas Os resultados encontrados por esses autores no Reino Unido em sua pesquisa mostram que o foco em quest es organizacionais e de pessoas em vez de somente em tecnologia necess rio para uma melhor efic cia dos projetos Ou seja considerar a situa o de trabalho fundamental Al m disso no interior da empresa os diferentes atores implicados no ato de construir t m representa es pr prias do canteiro da seguran a e das
255. que revela como o engenheiro de obras pode perceber problemas ao acompanhar o in cio dos servi os Depois de concretada a primeira laje da garagem ao acompanhar o in cio dos servi os de f rma da segunda laje o engenheiro de obras B percebe a exist ncia do problema referente ao n vel da rampa de acesso Detectei na hora que fiz a laje de baixo Antes de executar a de cima n s fazemos um estudo n veis dist ncias etc para lan ar a f rma engenheiro de obras B Para o engenheiro de obras B preciso ter certa preocupa o com a execu o dos acessos durante a execu o dos servi os E preciso conferir antes de executar pois embora nunca tenha encontrado problemas ele conhece muitos casos de obras que tiveram problemas com a execu o dos acessos escadas rampas etc A gente tem que conferir antes de executar Conhe o muitos casos de problemas com acessos engenheiro de obras B Segundo o engenheiro de obras B ele percebe o problema quando confere o n vel no ponto da rampa que tem uma curva Ao conferir o n vel percebe que a diferen a entre os dois pontos resulta em uma altura inferior a 2 20 m o que n o permite o tr nsito de determinado tipo de ve culo camionetes SUV etc O problema repassado para o projetista contratado para compatibilizar os projetos no caso o pr prio arquiteto e este afirma que n o h problema que os servi os podem ser executados Eu verifiquei antes e fal
256. r na amplia o dos conhecimentos sobre o assunto Inicialmente como ser visto no estudo etnogr fico destacando se que a simultaneidade entre projeto e execu o uma realidade nas obras observadas O estudo de Attar et al 2009 destaca que o tempo de execu o de um projeto de constru o raramente respeitado na Arg lia por problemas organizacionais encontrados durante o processo de execu o Embora n o tendo como foco a situa o de trabalho Attar et al utilizam a abordagem de Engenharia Simult nea para demonstrar que par metros de projetos podem ser ajustados durante o processo de execu o da constru o contribuindo na redu o dos prazos e custos Portanto as interfases pass veis de um tratamento simult neo v o al m das 11 12 e 13 Na interface 13 Figura 4 verifica se que a proposta de Fabr cio 2002 apresenta se mais com uma vis o top down ou seja procura resolver antecipadamente problemas relativos aos m todos construtivos dos subsistemas da obra x A interface i3 est relacionada construtibilidade dos projetos e elabora o de projetos para produ o que resolvam antecipadamente e de forma concomitante com as especifica es do produto os m todos construtivos dos subsistemas da obra FABR CIO 2002 p 226 Na interface 14 Figura 4 o autor n o enfatiza a necessidade de articular o retorno de experi ncia do coletivo do canteiro para que se possa atuar na situa o de tra
257. r fundamental da complexidade da tarefa dos gestores do canteiro de obras Os sistemas s cio t cnicos no interior dos quais se inscreve a tarefa compreendem os homens os membros dos grupos de trabalho quanto organiza o As rela es entre eles n o s o definidas somente em fun o da tarefa mas tamb m no plano psicol gico nas rela es de poder etc A a o do agente tendo em vista a realiza o da sua tarefa portanto mediada por estas rela es que s o frequentemente dif ceis de serem tratadas LEPLAT 2004 p 61 62 Construtora Trabalhadores da Prestadores de construtora servi os Gest o da obra Fornecedores Trabalhadores da Prestadores de construtora servi os TT Gest o da obra Subempreiteiros Fornecedores Figura 10 O sistema construtora e seus subsistemas 37 Um aspecto do enfoque dos sistemas abertos que diferente dos te ricos da administra o cl ssica que tratavam a organiza o como um ambiente fechado enfatiza o ambiente dentro do qual a organiza o existe Maior aten o passa a ser dada s intera es organizacionais diretas por exemplo com clientes fornecedores concorrentes etc bem como com o ambiente em geral MORGAN 1996 Outro aspecto do enfoque dos sistemas abertos o que define uma organiza o em termos de subsistemas inter relacionados MORGAN 1996 O uso pra
258. r o conjunto de servi os inter relacionados Quando existe simultaneidade entre os servi os que s o executados quando essas compet ncias n o consideram a situa o de trabalho na inter rela o dos servi os a coatividade pode ser um dos fatores determinantes na gera o de problemas no canteiro acidentes ou exposi es a riscos sa de No caso do movimento de terra da obra BI por exemplo uma das consequ ncias dessa n o observ ncia foi a autua o sofrida pela fiscaliza o da DRT MG Evidenciam se assim dois tipos de compet ncias compet ncia de observa o e compet ncia de sincroniza o JOURDAN p 124 As compet ncias de observa o referem se aos saberes colocados em pr tica pelo engenheiro de obras na interpreta o dos signos S o esses saberes que possibilitam que o sujeito no curso da a o consiga ver ou n o os problemas As compet ncias de sincroniza o referem se aos saberes colocados em pr tica no aux lio da programa o planifica o dos servi os A programa o planifica o dos servi os a serem executados para a materializa o do que foi projetado no canteiro de obras n o depende apenas de gest o de tempo e de saberes t cnicos mas tamb m da sincroniza o do diversos servi os inter relacionados no espa o temporal da a o O limite de vis o a capacidade do engenheiro de obras individual ou coletivamente de antecipar perceber e responder a falhas imprevis
259. ra o coordena o em tempo real N vel 1 compet ncias t cnicas aplic veis Figura 13 Os quatro n veis de compet ncia Fonte Duraffourg Francescon Martin e Pelegrin 1993 48 Os autores se servem desse modelo para explicar a aquisi o de compet ncias pelos trabalhadores da constru o civil Ao contr rio de uma ideia corrente a constru o de compet ncias n o se realiza atrav s de amplia es sucessivas do centro para a periferia No entanto os programas de forma o o deixam entender como se o of cio resultasse unicamente da aplica o de compet ncias t cnicas saber fazer a massa usar o prumo Em verdade a aprendizagem come a antes mesmo de chegar ao canteiro Ela prossegue no momento da entrada atrav s da aquisi o de refer ncias espaciais e temporais necess rias aos atos de coopera o de colabora o e de trocas de experi ncias de trabalho e de vida elas mesmas indispens veis para a efic cia das a es t cnicas DURAFFOURG et al 1993 Nos canteiros de obra a transmiss o de conhecimento durante a labuta ainda a forma predominante de aprendizagem A carreira come a pelo posto de servente passando depois para ajudante e oficial VARGAS 1979 p 87 A forma o profissional o resultado de experi ncias acumuladas diretamente no processo produtivo portanto consequ ncia da sua participa o em outras obras e na obra em quest o MORAES 1986 No
260. rabalhador local e material equipamento levando a ou se op em um acidente depende por sua vez de influ ncias proximais rotuladas aqui como fatores de modela o Por exemplo as a es comportamentos recursos e comunica o da equipe de trabalho s o afetadas ou moldadas por suas atitudes motiva es conhecimentos compet ncias supervis o sa de e fadiga HASLAM et al 2005 p 406 30 Influencias origin rias requisitos do cliente clima econ mico educa o de constru o permanente projeto detrabalho gerenciamento de projetos processos de constru o cultura de seguran a gest o deriscos Ss cessa A aa A ado Uva ao Fatores que moldam constrangimentos locais conhecimento habilidades planejamento do trabalho supervis o administra o interna sa de fadiga layout espa o comportamento llumina o ru do capacidades N 4 calor frio umidade comunica o equipe de trabalho lt gt local de a dear t amp o acidente materiais gt equipamento K conformidade 2 Circunstancias usabilidade E y condi o Imediatas do acidente Fatores HE material equipamentos especifica o suprimento disponibilidade manuten o Fatores que moldam permanente projeto detrabalho gerenciamento de projetos processos de constru o cultura de seguran a gest o deriscos requisitos do cliente clima econ mico educa o de constru o Influencias origin rias Figura 9 Hiera
261. ran a novo porque os conceitos de seguran a est o bem antigos Seguran a sempre novo porque as caracter sticas de cada obra fazem com que voc tenha que adaptar as prote es coletivas individuais seguindo a legisla o engenheiro de obras A Verifica se assim que a fase de execu o n o homog nea varia es sempre acontecem nos canteiros de obras na produ o e na seguran a e que a atua o do engenheiro no processo de produ o ativa A ele se dirigem os encarregados os empreiteiros o mestre de obras etc quando determinados tipos de problemas os que se repetem ou os novos surgem e as solu es fogem das compet ncias desses atores N o obstante o grau de liberdade das decis es tomadas pelo engenheiro de obras relativo e n o se identificou um crit rio nico para a caracteriza o dos problemas sobre os quais ele teria autonomia na tomada de decis es Qualquer que seja a decis o tomada para a solu o de um problema ela tamb m poder ser questionada e ou alterada pela dire o da construtora Mas contraditoriamente a compet ncia que lhe requerida a de n o ter que levar problemas para a dire o mas solucion los no canteiro de obras Se a gente vai para uma reuni o j existe no escal o acima da gente Acham que a gente est indo com argumento de desculpa Ah voc s tinham que ter resolvido o problema voc s vieram foi com desculpa At n o adianta dialogar e
262. raso Incompatibilidade entre projeto e uso BI 2 Retrabalho Retrabalho Falta de detalhamento Atraso z Retrabalho Simultaneidade entre execu o e projeto Atraso Retrabalho Defici ncia na gest o da execu o do servi o Incompatibilidade entre projeto Dificuldade na interpreta o e execu o do que foi projetado Atraso soda ig 5 Retrabalho Imprevisibilidade da dimens o Atraso Aa 2 Retrabalho Defici ncia na gest o de suprimentos AI 10 Tecnologia construtiva inadequada 148 Quadro 8 Consequ ncias dos problemas relacionados ao trabalho A ORIGEM DOS Risco sa de Risco sa de Risco de acidente Risco sa de Dificuldade de execu o Risco de acidente Risco sa de Defici ncia na gest o do trabalho Risco de acidente BI 3 Dificuldade de execu o Risco de acidente Dificuldade de execu o Pelo exposto pode se concluir que dos 23 casos o caso AI 7 n o gerador de problemas 22 casos 96 50 s o de problemas relacionados ao produto ver Quadro 6 Entre esses 22 casos 16 deles AI 1 AI 3 AI 8 AII 1 AH 2 ATII 3 AII 5 AII 6 AII 4 BI 2 AI 2 AI 4 BI 1 AII 8 AII 9 AI 9 s o de problemas relacionados com os projetos ou seja 72 73 dos problemas que geram problemas para a produ o t m como origem problemas de projetos ver Quadro 7 Entre os problemas de projetos a incompatib
263. rdo Diniz Fonseca Rio de Janeiro UFRJ COPPE 2012 XIX 197 p Il 29 7 cm Orientador Francisco Jose de Castro Moura Duarte Tese Doutorado UFRJ Engenharia de Produ o 2012 Refer ncias Bibliobr ficas p 186 194 1 Constru o civil 2 Preven o de acidentes 3 Integra o entre seguran a e produ o 4 Organiza o do trabalho 5 Troca de experi ncias I Duarte Francisco Jose de Castro Moura II Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Programa de Engenharia de Produ o III T tulo iii Dedico este trabalho Aos meus pais Antonio Jos e Jeanne pela vida amor confian a e dedica o de corpo e alma em um ato de verdadeira sublima o na constru o do sujeito homem cidad o pai de fam lia etc que hoje sou e do que muito me orgulho s minhas filhas Cynthia e Ana Beatriz e netas Alice e Clara as fontes de energia para a realiza o deste trabalho A Maria In s minha companheira amiga e mulher pela cren a e confian a no meu trabalho e suporte nos momentos de dificuldades Aos meus irm os Roberto Hermes e J nior e cunhadas Sheila Patr cia e Andr a pela admira o Aos meus sobrinhos Felipe Guilherme Rafael e Rebeca que me alegram nos momentos de tristeza Aos meus av s in memoriam Hermes e Jesus Japhet e Ilda pelas origens iv AGRADECIMENTOS Agrade o aos professores Dr Francisco Jos de Castro Moura Duarte UFRJ
264. refere principalmente a um projeto de trabalho verificada tamb m no caso do 129 movimento de terra da obra BI BI 4 Dependendo do projeto o movimento de terra pode ser feito em grande escala e executado de forma mecanizada No caso dessa obra com dois n veis de garagem abaixo do n vel do terreno os servi os de movimento de terra se prolongam e s o executados mec nica e simultaneamente aos de funda es e muros de conten es Figuras 68 e 69 Figura 68 Execu o da f rma do muro de conten o x Figura 69 Movimento de terra mecanizado Essa simultaneidade gera coatividade Enquanto os carpinteiros executam os servi os de montagem e escoramento das f rmas das paredes de conten es a retroescavadeira trabalha livremente nas proximidades sem nenhum tipo de preocupa o preventiva Verifica se em alguns momentos que pedras rolam at onde os carpinteiros trabalham e estes necessitam atentar tanto para a execu o de suas atividades quanto para o trabalho da m quina e ou negociar com o operador a fim de que suas atividades tenham vez 130 Entrevistado sobre a forma como os carpinteiros deveriam trabalhar durante a execu o das f rmas dos muros de conten es Figura 68 o engenheiro de obras B fala que trabalhar de maneira correta fazer a coisa como determinada e ao evidenciar a impossibilidade de tudo ser antecipado diz que os carpinteiros t m liberdade para melhorar des
265. res Gerenciamento de equipamentos dimensionar e solicitar ao Departamento de Suprimentos os equipamentos pr prios ou de terceiros responsabilizar se pela manuten o dos equipamentos orientando seu uso acompanhando seu desempenho e registrando as apropria es de utiliza o dos mesmos especificar as caracter sticas dos equipamentos a serem utilizados por empreiteiros e controlar a qualidade deles ao longo da obra tomar a es corretivas e preventivas em caso de identifica o de n o conformidade em equipamentos pr prios locados ou de empreiteiros que possam colocar em risco a seguran a dos oper rios ou a qualidade dos servi os Gerenciamento de Seguran a do Trabalho seguir as recomenda es do PCMAT Programa de Condi es do Meio Ambiente de Trabalho 85 e checar a qualidade dos EPIs na obra e promover a conscientiza o e o treinamento dos oper rios e funcion rios alocados obra para a utiliza o dos EPIs e supervisionar e controlar a utiliza o dos EPIs e dispositivos de seguran a do trabalho por parte da m o de obra pr pria e de empreiteiros e tomar as a es corretivas necess rias em caso de n o conformidade Entretanto a prescri o de tarefas procedimentos que devem ser executadas n o contempla a realidade e a amplitude dos determinantes da atividade A execu o direta de todas essas tarefas pelo engenheiro impratic vel e algumas delas s o repassadas para outros atores
266. retornam com o modelo de a o polim rfica em cascata Por mais estranho que pare a os modelos preferidos para uma gest o eficaz parecem ter se afastado da a o polim rfica em cascata adequada aos empreendimentos artesanais passando por um per odo envolvendo cascatas indiferentes gerentes dando ordens bem definidas a trabalhadores habilidosos controle em cascata empreendedores criativos desenhando tarefas espec ficas de comportamento como no taylorismo e cascata de a es mimeom rficas em que gerentes iniciantes recebem tarefas bem definidas para executar e fazem com que sejam executadas por oper rios cujo comportamento eles possam controlar completamente para voltar ao modelo de a o polim rfica em cascata gerentes querendo um trabalho de equipe e empenho por parte de seus empregados para poderem lidar com as demandas de um meio tecnol gico em r pida mudan a COLLINS e KUSH 2010 p 66 No caso do processo de produ o de uma edifica o as a es de gest o do processo de produ o s o a es intencionais e formativas e as a es em cascata acontecem em diversos momentos da elabora o do projeto execu o da tarefa referente a um determinado servi o por exemplo da determina o e do c lculo do tipo de estrutura at execu o das tarefas dos servi os de f rma arma o e concretagem Portanto no processo de produ o de uma edifica o as a es s o a es em casc
267. rizonte cidade onde as observa es de campo desta pesquisa foram realizadas um especialista em seguran a do trabalho exp s a desconfort vel posi o do Brasil como quarto colocado no ranking dos pa ses de maior n mero de acidentes ocupando a ind stria da constru o civil a 2 segunda posi o no ranking dos setores que mais contribu ram para esses n meros No que se refere a acidentes fatais o destaque se deu para o Estado de Minas Gerais que contribuiu com 10 dos acidentes fatais no pa s MARINHO 2009 Na Regi o Metropolitana de Belo Horizonte segundo dados coletados na Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais DRT MG no primeiro semestre de 2007 constatou se a ocorr ncia de 23 acidentes fatais Para reverter esse quadro o princ pio predominante de programas e a es de preven o de que muitos dos acidentes podem ser evitados com a devida obedi ncia s normas que consistem no principal instrumento dos diversos programas de preven o de car ter obrigat rio entre os quais se destacam no Brasil o Programa de Condi es e Meio Ambiente do Trabalho na Ind stria da Constru o PCMAT exigido pela NR 18 e na Europa o Plano de Seguran a e Sa de na Constru o Recentemente esse quadro normativo oficial foi refor ado por normas de ado o volunt ria elaboradas por institui es n o estatais como a norma Occupational Health and Safety Assessment Services OHSAS 18001 Publicada oficialm
268. rmore nas portas de entrada dos apartamentos Portanto o retrabalho para execu o das bonecas n o ser mais necess rio Decidido como seriam os marcos das portas feito o pedido para o apartamento modelo Posteriormente logo no in cio dos trabalhos no canteiro de obras Al na parte da manh discutem in loco o marceneiro o encarregado de pedreiro e o engenheiro de 107 obras A sobre o encontro do rodap em m rmore e o marco da porta H um problema dificuldade para a execu o dos servi os e eles procuram uma solu o Inicialmente destaque se que n o h detalhe de tal encontro no projeto arquitet nico O detalhamento que fora feito pelo engenheiro de obras A e enviado ao setor de compras previa um alisar com 1 cm O rodap em m rmore ao se encontrar com o marco deveria ficar sob o alisar Entretanto como a espessura do rodap era de 2 cm e a espessura do alisar de 1 cm na parte acima do rodap ficaria um vazio entre a parede e o alisar Figura 46 AZIO DE 1cm ENTRE A PAREDE E O ALISAR Figura 46 Detalhe do vazio entre a parede e o alisar O engenheiro de obras A decide ent o fazer um chanfro com mais ou menos 3 cm de comprimento suavizando a redu o da espessura do rodap at este ficar com 1 lcm ao encontrar com o alisar Figura 47 Figura 47 Detalhe da solu o o chanfro 108 Na construtora B obra BI o caso da rampa da garagem da obra BI BI 2 outro
269. rno A I 11 No Quadro 5 se correlacionam os casos e as origens dos problemas Quadro 5 Casos e origem dos problemas CASOS ORIGEM DOS PROBLEMAS AI 3 AI 8 gt gt fd pa Incompatibilidade entre projetos gt m N Incompatibilidade entre projeto e uso BI 2 AI 2 Falta de detalhamento AI 4 Simultaneidade entre projetos execu o AI 5 Defici ncia na gest o da execu o do servi o BI 4 AI 7 AN 9 AI 10 AI 2 AI 3 Defici ncia na gest o do trabalho AI 9 BI 3 BI 4 gm ES EEE EEE Be Ba EE AE mE mA na EE EE Ea 145 Esses resultados confirmam que a organiza o cl ssica do processo de produ o de uma edifica o se caracteriza por uma marcante separa o entre projeto e execu o Por conseguinte os gestores da produ o nos diversos momentos de percep o anteriores situa o de trabalho procuram principalmente identificar problemas de projeto de forma a garantir a qualidade do produto os prazos definidos e os custos or ados A qualidade da situa o de trabalho meios e recursos disponibilizados pela empresa para a execu o dos servi os fator determinante na seguran a portanto n o objeto de an lise nesses momentos Como destacou o engenheiro de obras A o projeto o or amento e o planejamento s o suas principais ferramentas de gest o 5 1 2 Tipos de problemas Identificada a origem dos problemas e com base nas a es pr
270. rnos compreendem sexo idade tempo de servi o estado de sa de estado no momento forma o inicial etc E os fatores externos objetivos a alcan ar meios t cnicos uma organiza o do trabalho regras e normas meios humanos normas qualitativas e quantitativas de seguran a um espa o de trabalho etc 31 Assim antes de se pensar em como um trabalho pode se tornar nocivo ou perigoso importante que se d o devido destaque para os aspectos geradores No caso as disfun es podem fazer com que os objetivos pretendidos pela organiza o deixem de ser atendidos e a situa o de trabalho se torne insatisfat ria influenciando negativamente no processo de produ o e na seguran a As disfun es no processo de produ o residem basicamente no fato de que a organiza o do trabalho n o leva busca da harmonia interna bem como ao ajustamento com o ambiente o que existe fatalmente em qualquer tipo de organiza o nem se preocupa com a variabilidade humana diferen as individuais entre as pessoas que necessariamente introduz varia es no desempenho das atividades organizacionais MORGAN 1996 p 68 A empresa ao estabelecer metas de produ o define os meios t cnicos e organizacionais procurando limitar os fatores aleat rios na produ o mas sempre subsistem variabilidades importantes que podem ser percebidas em duas categorias GU RIN et al 2001 p 48 e Uma variabilidade normal que deco
271. ro Conclui o autor que o projeto n o possibilitava aos executores reconhecer o perigo e programar uma medida de seguran a tempor ria ou utilizar uma t cnica diferente para executar o trabalho Um projeto diferente teria considerado a execu o e a manuten o do telhado diferenciando uma superf cie pr pria para tais atividades BEHM 2005 Mas embora se expressem positivos incentivos para se dar aten o seguran a no processo de projeto necess rio tamb m que sejam reconhecidas suas limita es pois existem situa es que n o podem ser prognosticadas na fase de projeto HALE et al 2007 A incapacidade de prever a variedade de influ ncias no ambiente de uso a causa de um n mero significativo de problemas de seguran a que n o poderiam ser resolvidos na fase de projetos HALE et al 2007 Nesse caso o uso das experi ncias vivenciadas nas obras um elemento importante na antecipa o dos problemas Uso dos conhecimentos de constru o para planejar a seguran a de um canteiro de obras pode ser um elemento importante da construtibilidade SZYMBERSKI 1997 p 70 Estudo sobre os determinantes do clima de seguran a na ind stria da constru o ao destacar que o processo de constru o visto com sendo mal planejado em termos de projeto e constru o reconhece que a percep o e a atividade da for a de trabalho acontecem dentro de uma atmosfera organizacional em um determinado espa o de tempo MOHAM
272. ro estudo tamb m na Fran a os principais atores de um projeto de constru o de um edif cio s o inseridos em quatro categorias principais SIX 1999 e Propriet rios e Projetista e compatibilizador dos projetos ma tre d ouvrage e ma trise d oeuvre e Os organizadores Le conducteur de travaux com a fun o de planejamento e controle e construtora O papel da construtora estritamente ligado fun o de execu o foco desta tese Com base nas observa es e numa compara o com o estudo de Six 1999 categorizam se os v rios atores mobilizados pela construtora nas etapas de execu o em e Engenheiro de obras Le conducteur de travaux e Mestre de obras chefe de chantier e Encarregados les chefs d equipe e Trabalhadores les compagnons No Congresso Latino Americano Tecnologia e Gest o na Produ o de Edif cios em 1998 Bobroff 1998 aventou que correntemente se fala em gest o de projetos quando n o se sabe mais como abordar a gest o da atividade Destaca a autora que o termo utilizado em superabund ncia todas as coisas s o apresentadas como projeto e cada pessoa que conduz um plano ou um trabalho chamado de Diretor do Projeto Mas segundo ela essa tend ncia mesmo que usurpada revela novos temas e a vontade da ind stria para se posicionar na l gica de um novo modelo industrial que d especial aten o incerteza economia da variedade e da investiga
273. roblema na obra Al o repassam ao projetista do estrutural e este ao projetar a estrutura da obra AII n o utiliza vigas nos banheiros Pesquisador Essas aprendizagens de voc s s o repassadas para o projetista Como no caso de viga no banheiro por exemplo E O A Sim esse caso de viga de banheiro que um caso pontual fica f cil de entender Uma das primeiras coisas que a gente fez quando pegou o projeto estrutural dessa obra foi procurar se ele tinha lan ado viga no banheiro Porque na obra anterior ele tinha lan ado viga no banheiro beleza N o tem viga no banheiro Pesquisador o mesmo calculista E O A o mesmo calculista Pesquisador Voc s falaram para ele sobre isso E O A Falamos ele ficou at com vergonha Pesquisador Ent o antes de ele fazer o projeto desse pr dio voc s passaram essa informa o para ele E O A N o a gente passou muito antes de ele fazer o projeto desse pr dio A gente passou quando apareceu na outra obra a gente falou P L Voc p s viga a no banheiro A ele falou Ah Eu achei que n o ia ter problema e tal aquele neg cio a quem acaba sendo o respons vel pela compatibiliza o acaba sendo o engenheiro de obras Para mim tinha que ser o arquiteto O arquiteto tinha que ser o ponto central Ele tinha que ser o ponto central de comunica o com todos os outros projetistas Todos teriam que passar pelo arquiteto O arquiteto teri
274. rquia das causas que influenciam em acidentes na constru o Fonte HASLAM et al 2005 Verifica se tamb m na figura acima que a situa o de trabalho afetada por outros fatores denominados de influ ncias origin rias Demonstra se que v rios fatores bem distantes da origem dos acidentes nestes t m influ ncia destacando se entre eles a necessidade de um permanente projeto para o trabalho x Estes shaping factors est o ent o sujeitos origem de influ ncias mais distantes incluindo o permanente trabalho de projeto gerenciamento de projetos processos de constru o cultura de seguran a gerenciamento de riscos requisitos do cliente clima econ mico e fornecimento de educa o HASLAM et al 2005 p 406 Portanto como j citado a situa o de trabalho compreende aspectos materiais ambiente instrumentos organiza o do espa o materiais e produtos etc aspectos organizacionais planejamento cronograma controle equipe organiza o do trabalho e aspectos intersubjetivos e subjetivos poder e hierarquia avalia o do risco percep o estrat gias compet ncias individuais e coletivas experi ncia etc nesse contexto que a atividade de trabalho o elemento que unifica a situa o ela integra as dimens es t cnicas econ micas e sociais do trabalho e entre os determinantes da atividade distinguem se os fatores internos e externos ao sujeito GU RIN et al 2001 Os fatores inte
275. rre do pr prio tipo de trabalho efetuado como as corridas de um motorista de t xi ou os pedidos dos clientes numa loja variam a todo instante e Por outro lado existe uma variabilidade incidental como por exemplo uma pe a mal lixada que n o se encaixa uma ferramenta que quebra um dossi incompleto A variabilidade incidental tamb m categorizada como evento Um evento algo que ocorre de maneira parcialmente imprevista inesperada n o programada vindo a perturbar o desenvolvimento normal do processo de produ o mas de imanente import ncia para o sucesso da atividade produtiva ZARIFIAN 2001 Trabalhar fundamentalmente estar em expecta o atenta a esses eventos pressenti los e enfrent los quando ocorrem ZARIFIAN 2001 p 41 Para enfrentar os eventos e resolver os problemas pode se afirmar que tr s procedimentos podem ser distinguidos ZARIFIAN 2001 p 41 antes do evento quando se percebem os ind cios da imin ncia de um evento ou se sabe empregar meios de antecipar o que vai acontecer durante o evento quando se interv m de forma ativa e pertinente em situa o de evento depois do evento quando se busca compreender e analisar profundamente as causas e os motivos que conduziram ao evento para evitar que volte a ocorrer Na Medicina a disfun o definida como anomalia no funcionamento de qualquer todo organicamente estruturado de um rg o de uma gl ndula
276. rs d action m thode r fl chie Toulouse OCTAR S 2009 555 p 193 TOOLE T Michael Construction site safety roles Journal of Construction Engineering and Management v 128 n 3 p 203 210 2002 TOOLE T M GAMBATESE J The trajectories of prevention trough design im construction Journal of Safety Research v 39 p 225 230 2008 VALADARES M L Nouvelles tecnologies et politique de 1 emploi dans l industrie du b ntiment au Br sil In Le travail em chantiers Actes du colloque d s 16 e 17 novembre 1983 p 159 168 VARGAS N Organiza o do trabalho e capital um estudo da constru o habitacional 1979 Disserta o Mestrado COPPE Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 1979 VILELA Rodolfo A G IGUTI Aparecida M ALMEIDA Ildeberto Muniz Culpa da v tima um modelo para perpetuar a impunidade nos acidentes do trabalho Cad Sa de P blica Rio de Janeiro v 20 n 2 p 570 579 mar abr 2004 WEINSTEIN Marc GAMBATESE John HECKER Steven Can design improve construction safety Assessing the impact of a collaborative safety in design process Journal of Construction Engineering and Management v 131 n 10 p 1125 1134 2005 WISNER A Atividades humanas previstas atividades humanas reais nos sistemas automatizados In LIMA F P A NORMAND J E Org Qualidade da produ o produ o dos homens Belo Horizonte DEP UFMG 1996 v 1 p 1 16 WISNER A Que
277. s analisando os projetos Ele evidencia que namorar os projetos no escrit rio do canteiro de obras durante o processo de produ o da edifica o um dos momentos e uma de suas estrat gias para perceber problemas de projeto e mostra o caso do problema da viga V25 AII 2 medida que a obra vai andando a gente vai dando uma namorada nos projetos Voc come a a ver algumas incompatibilidades entre os projetos de arquitetura e de estrutura engenheiro de obras A Nesse momento o engenheiro de obras A evidencia ainda que ao namorar os projetos ele pode constatar que a configura o do projeto estrutural da viga V25 n o est compat vel com o projeto de arquitetura Neste segundo ele a posi o da viga V25 est na extremidade da varanda enquanto no projeto estrutural ao n o seguir a indica o do arquitet nico indica a posi o da viga V25 antes da extremidade da varanda o que segundo ele dificultar a execu o dos servi os de acabamento Pesquisador Qual a incompatibilidade que encontraste nessa viga na V25 E O A a configura o da laje e das vigas da varanda Elas n o est o compat veis com o projeto de arquitetura Pesquisador Como esse n o estar compat vel com esse projeto de arquitetura E O A Vou te mostrar aqui agora Vou desenhar aqui e voc vai entender Durante a entrevista no momento da autoconfronta o quando o engenheiro vai elaborar o desenho para
278. s o andamento dos servi os 150 Ao se categorizarem os respectivos espa os temporais da a o a hierarquia temporal da a o poss vel modelizar e categorizar os n veis de antecipa o Esquema 1 Esquema 1 N veis de antecipa o Objeto de confronta o projetos Nivea Projeto e Com gt e e e e e e e e Pam SS N vel Objeto de confronta o Projetos e diretrizes dos servi os Planejamento programa o Quadro de gest o do canteiro fornecedores e ou prestadores de servi os Objeto de confronta o Nive FAEERE e2 projetos e tarefas Atores da execu o Execu o A Empreiteiros e ou trabalhadores Gest o do Regula es dos Consequ ncias tra balho atores da execu o 1 O n vel 1 projeto corresponde fase na qual os projetos do empreendimento est o sendo desenvolvidos o momento no qual a dire o os projetistas e o engenheiro de obras em alguns casos como ser visto em rela o construtora A se confrontam em torno da an lise dos projetos executivos e complementares em desenvolvimento 2 O n vel 2 planejamento programa o corresponde fase na qual o engenheiro de obras recebe os projetos executivos o momento no qual o engenheiro de obras outros atores do quadro de gest o do canteiro e fornecedores e ou prestadores de servi os se confrontam na an lise dos projetos e das diretrizes dos servi
279. s Algo se torna uma institui o quando os atores agem como se ela existisse por exemplo pap is e moedas se tornam dinheiro porque a comunidade acredita que esses itens s o dinheiro se os atores agissem como se eles n o existissem como dinheiro esses itens deixariam de existir COLLINS e KUSH 2010 Portanto n o se pode ser arbitr rio quanto se julga o modo de agir em situa es novas pois n o se est fundamentado em leis ou regras Leis ou regras necessitam ser justificadas coletivamente pois seguir uma regra o reconhecimento m tuo de que erros n o foram cometidos Julgamentos quanto ao modo de agir em situa es novas n o podem ser arbitr rios pelo fato de que eles precisam ser justific veis coletivamente dentro da institui o Nesse sentido seguir uma regra n o concord ncia com uma f rmula e sim reconhecimento m tuo de que nenhum erro foi cometido COLLINS e KUSH 2010 p 15 A compreens o e a an lise das rela es entre a es ficam mais f ceis com o uso de uma representa o diagram tica de a es COLLINS e KUSH 2010 p 47 Naquilo que chamam de rvores de a es Collins e Kusch 2010 p 48 idealizam a estrutura da rvore das rela es entre tipos de a es Tri ngulos abertos e fechados representam as a es facilitando a compreens o e a an lise das a es A largura da 65 base representa o grau de liberdade da instancia o comportamental COLL
280. s Toulouse OCTAR S p 355 375 2003 SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JHONSTON Robert Administra o da produ o 2 ed Tradu o Maria Teresa Corr a de Oliveira F bio Alher Revis o t cnica Henrique Luiz Corr a S o Paulo Atlas 2002 SOUZA Ana L cia Rocha de Prepara o e coordena o da execu o de obras transposi o da experi ncia francesa para a constru o brasileira 2001 440 f Tese Doutorado Escola Polit cnica Universidade de S o Paulo S o Paulo 2001 SURAJI A DUFF A R PECKITT S J Development of causal model of construction accident causation Journal of Construction Engineering and Management n 127 v 4 p 337 344 2001 SZYMBERSKI Roman Construction project safety planning Tappi Journal v 80 n 11 November 1997 THEUREAU J Action analysis and course of action centered design In HOLLNAGEL Erik Ed Handbook of cognitive task design New Jersey Lawrence Erlbaum Ass 2003 p 55 81 THEUREAU J Anthropologie cognitive et analyse des compettences In J M Barbier Ed L analyse de la singularit de action Paris Presses Universitaires de France 2000 p 171 211 THEUREAU J L hypoth se de la cognition ou action situ e et la tradition d analyse du travail de lergonomie de langue fran aise Activit s v 1 n 2 p 11 25 2004 Dispon vel em lt http www activites org v1n2 theureau pdf gt Acesso em 22 dez 2010 THEUREAU J Le cou
281. s com resumos Escolha as mais apropriadas para sua rea de interesse Use v rias bases para obter uma cobertura completa e interdisciplinar Lista completa das bases de dados de resumos Principais Bases de Dados por reas do Conhecimento Multidisciplinares Multidisciplinar Web of Science seleconeabase J Google Acad mico Academic Search Premier DII Derwent Innovations Index Banco de Teses CAPES Ci ncias Biol gicas General Science Abstracts Full Text Selecione a base z Scopus Ci ncias da Sa de Ci ncias Ambientais Selecione a base z SA E E E a E sceconeabase A Ci ncias Biol gicas e Ci ncias da Sa de EE PES SciFinder Scholar CAS Chemical Abstracts Ci ncias Agr rias Web of Science selecione a base Google Acad mico Ci ncias Exatas e da Terra AGRICOLA Agricultural OnLine Access scleconeabase 3 pod Sciences and Fisheries Abstracts ASFA EE Banco de Teses CAPES Selecione a base 7 Biological Abstracts Ci ncias Sociais Aplicadas Biological and Agricultural Index Plus selecione a base CAB Abstracts Ci ncias Humanas CINAHL p Selecione a base CSA Environmental Engineering Abstracts SEE Dentistry and Oral Sciences Source Ling stica Letras e Artes DII Derwent Innovations Index selecione a base FSTA Food Science and Technology Abstracts publica es nacionais 7 X fhttp puw periodicos capes gov br portugues resumos jsp nac null PITT Onten Fa A0 7 Z ni
282. s condi es de realiza o da atividade Para Six 1997 p 17 O desafio partir do conhecimento da atividade de trabalho para proporcionar outro quadro do funcionamento do canteiro e da empresa lan ando bases para uma reflex o que renove conceitos e pr ticas de PREVEN O Os acidentes de trabalho decorrem de rela es e n o de um fator ou uma condi o em si ASSUN O e LIMA 2003 p 1774 Dessa forma importante que a l gica e a coer ncia das prescri es fornecidas pelos planos e ou projetos sejam apreendidas pelos gestores do canteiro e pelos trabalhadores e que sejam compat veis com as suas representa es da obra e do trabalho que ser executado SIX 1997 2 3 5 Engenheiro de obras elemento central da confronta o entre regula o fria e quente Os planos s o o principal suporte para o engenheiro de obras com vistas programa o dos servi os a serem executados no canteiro A qualidade das informa es e o momento em que elas chegam a ele s o importantes e determinantes para o seu 51 conhecimento e an lise V rios s o os fatores que aumentam a carga de trabalho do gerente do canteiro devido a defici ncias das informa es fornecidas A qualidade da informa o refere se sua exatid o completa ou incompleta e sua coer ncia como por exemplo a compatibilidade das informa es dos projetos estrutural el trico e canaliza o A carga de trabalho adicional
283. s de risco que sejam melhores dos que os existentes hoje e que apoiam os projetistas na classifica o das quest es vitais pelo ponto de vista f sico e comportamental mudando suas tradicionais suposi es e escolhas de projeto HALE et al 2007 p 323 Dessa forma considerar os determinantes da situa o de trabalho na fase de projeto essencial para orientar os projetistas na aplica o do princ pio da preven o por meio do projeto 2 2 2 1 Situa o de trabalho determinantes da atividade V rios aspectos determinam a situa o de trabalho e consequentemente a atividade de trabalho Carayon et al 2007 p 396 397 com base nos estudos de Smith e Carayon Sainfort 1989 e Carayon e Smith 2000 apresentam os cinco elementos que determinam o sistema de trabalho o indiv duo desempenhando diferentes tarefas com v rias ferramentas e tecnologias em um ambiente f sico sob certas condi es organizacionais Figura 8 Ferramentas Organiza o Ambiente Figura 8 Modelo de sistema de trabalho Fonte CARAYON et al 2007 p 396 397 No caso da constru o civil o modelo mostrado na Figura 9 destaca como as circunst ncias imediatas do acidente sofrem influ ncias de v rios fatores pr ximos denominados de fatores de modela o shaping factors que determinam a situa o de trabalho As setas duplas no centro da Fig 9 representam v rias intera es bidirecionais A opera o dos fatores t
284. s experi ncias vivenciadas em canteiros de obras que poderia ser outro tipo de material uma junta de expans o por exemplo mas ele entende ser esse o mais adequado para a solu o do problema 115 Ent o vai muito da experi ncia do engenheiro o detalhamento voc n o tem no projeto Se chega um engenheiro sem experi ncia ele fica perdido porque n o tem o detalhamento Ent o o que o engenheiro faz Ele usa a experi ncia dele para detalhar N o nem no papel ele vai na cabe a ele sabe como ele vai detalhar ele explica sem o projeto a partir de um projeto que superficial engenheiro de obras A Na sequ ncia da atividade de acompanhamento da execu o dos servi os a atividade do engenheiro de obras envolve tamb m fazer um checking inspecionar o andamento dos servi os para ver se aquele servi o est em andamento A voc vai fazer um checking para ver se aquele servi o est em andamento engenheiro de obras A 4 4 6 Inspecionando o andamento dos servi os Nos canteiros de obras observa se que os engenheiros de obras constantemente percorrem as obras inspecionando o andamento dos servi os Com base em suas experi ncias verificam a exist ncia de pend ncias que possam interferir no prosseguimento dos servi os tais como se os materiais os equipamentos e a m o de obra dispon veis s o suficientes para alcan ar os objetivos estabelecidos Para o engenheiro de obras A essa seria uma das
285. s na obra No dia seguinte os servi os foram iniciados Figura 36 Pagina o cadastramento ou mapeamento 101 Nesse caso como poder ser visto na p gina 125 observa se que as variabilidades da execu o dos servi os anteriores como a prumada e o esquadro por exemplo podem levar a uma n o conformidade do projeto de pagina o com a realidade da obra Acompanhar a execu o dos servi os portanto outro momento para a percep o e a solu o de problemas 4 4 4 Acompanhando o in cio dos servi os Durante entrevista sobre o caso da caixa de inc ndio na obra AI AI 1 o engenheiro de obras A diz que ao iniciar um servi o a maneira pela qual ele pode perceber um problema de projeto quando no local da execu o dos servi os ele juntamente com os atores da execu o mestre de obras encarregados e trabalhadores internos e ou externos confronta os v rios projetos envolvidos nos servi os Ele fala tamb m da necessidade de se ter uma vis o de todos os projetos relacionados com a execu o dos servi os que ser o iniciados para verificar as interfer ncias Eu tenho todos os projetos da obra Quando vou iniciar um servi o a que est a hist ria Se voc vai iniciar um servi o voc tem que ter uma vis o sist mica de quais os projetos se envolvem naquele ambiente f sico Eu n o posso simplesmente fazer o projeto de arquitetura ou marca o da alvenaria
286. s por meio da analise da atividade do engenheiro de obras Em um terceiro momento constroi se um conjunto de casos de fen menos mais circunscritos e finalmente um modelo para an lise dos dados as a es em situa o No quarto cap tulo apresentam se os resultados da etnografia do engenheiro de obras contextualizando se a atividade dos engenheiros de obras apresentando a es prescritas para o gerenciamento da obra desvelando o engenheiro de obras como ator central da gest o dos problemas no canteiro e descrevendo os casos e desvelando os momentos de percep o dos problemas No quinto cap tulo ao se fazer a an lise dos resultados ao se evidenciar o que objetiva o engenheiro de obras nos momentos de percep o dos problemas apresenta se o modelo dos n veis de antecipa o de problemas Por meio da an lise do curso da a o nos n veis de antecipa o valida se a estrutura significante fundamental do curso da a o e identificam se os determinantes da a o nos n veis de antecipa o Ao final apresenta se o modelo dos n veis de antecipa o para gerir o que n o pode ser antecipado principalmente com rela o integra o da produ o e da seguran a no projeto de situa es de trabalho seguras por meio do retorno das experi ncias vivenciadas nos canteiros ao se legitimar o ponto de vista dos executantes nas decis es de como resolver os problemas Por fim no sexto cap tulo apresentam se as considera es
287. se constatou o uso de cinto de seguran a para descer em blocos ou tubul es Pesquisador Como esse n o cumprir os 100 126 E O B porque a gente tem sempre que estar melhorando a seguran a Se a seguran a fosse 100 n o se tinha acidente de trabalho Ent o uma escada que o varal dela pode passar para cima ela ter um degrau mais largo alguma coisa desse tipo Pesquisador Como essa programa o da tarefa para escavar E O B Bom a programa o esta a gente avalia o local liberada para execu o da tarefa a marca o a gente j come a a escavar e verificar as condi es do terreno para ver se n o oferece nenhum risco E a pessoa vai escavando Quando se refere situa o de trabalho em quest o o engenheiro de obras B ressalta que existem riscos mas que n o est o relacionados com o projeto de trabalho com o uso de sarilhos sobre plataforma de madeira improvisada Os riscos segundo ele est o relacionados com o n o cumprimento de normas pelas pessoas como por exemplo n o execu o de guarda corpos uso do cinto de seguran a etc Inclusive percebe se que ele que recebera uma notifica o de situa o insegura feita pelo setor de seguran a Pesquisador Como tu avalias esta foto E O B Eu avalio que essa condi o de trabalho n o est boa um daqueles casos que eu te falei aqui se referindo ao momento em que falou Ocorre que na din mica da obra algumas pess
288. se de projeto n o pode ser vista como uma panaceia 33 2 2 3 Projeto e execu o um nico mundo ainda dividido A ideia frequentemente difundida pelo modelo tradicional de projeto de que o canteiro de obras seria a fase de execu o de um projeto pode ser refutada quando se considera o processo de concep o realiza o como um projeto SIX 2007 Considerar o canteiro como um projeto uma vontade relativa ao futuro nos leva a combater a representa o muito largamente generalizada que faz do canteiro uma fase da execu o Por m o canteiro n o consiste somente em executar o que est nos planos realizados pela equipe de projeto da obra Ele bem mais que isso ele um lugar e um momento onde se desenvolve uma importante atividade de concep o e de regula o por parte do engenheiro de obras e mestre de obras e das equipes de trabalhadores SIX 1999 p 15 A atividade de projetar uma cria o cont nua inserida em um ambiente de constante evolu o canteiro de obras do que foi anteriormente projetado Como destaca Lorino 2009 p 104 projetar N o uma fun o mas um processo que atravessa a totalidade do projeto N o um conjunto de prescri es nem mesmo uma troca de prescri es rec procas mas um inqu rito dial gico e uma co constru o cont nua da atividade coletiva N o um conjunto de escolhas que descansa sobre o tratamento informa o mas uma cria
289. sentamento do DROP do Se da E Sem interfer ncia para assentamento da cer mica Escada com degraus na face superior e inferior Signo tetr dico do caso AI 1 assess ssspaitesiacnLa arraasospraaneb ia Signo tetr dico do caso AI 3 ia Signo tetr dico do caso AL 4 a Signo tetr dico do caso AL 2 ia Signo tetr dico do caso Al 1 Signo tetradico do caso BLZ caserna ad usage as ao Eae Signo tetr dico do caso BI 1 Signo tetr dico do caso AIL 7 ia Reportagem usada no DDS esa rasa pn 123 123 124 125 130 130 132 133 133 134 134 136 136 137 154 155 156 157 159 160 161 173 181 xiv QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5 QUADRO 6 QUADRO 7 QUADRO 8 QUADRO 9 QUADRO 10 LISTA DE QUADROS Acidentes de trabalho registrados por motivos segundo o setor de atividade econ mica 2003 a 2006 iii Capacidade t pica de cada entidade afetar causa raiz OS CASOS A ii a a Casos e momentos de percep o dos problemas Casos e origem dos problemas ie Casos origem dos problemas e tipos de problemas Consequ ncias dos problemas relacionados ao produto Consequ ncias dos problemas relacionados ao trabalho Momentos de percep
290. servi os ao privilegiar de forma gen rica a produ o e a seguran a n o aborda situa es espec ficas do processo produtivo O projeto geral para uso do andaime fachadeiro embora com a finalidade de melhorar a produ o e a situa o de trabalho elaborado genericamente considerando somente pontos de amarra o e fechamento do contorno da obra Dessa forma a particularidade da proje o em curva da fachada gera incompatibilidade entre disposi o do andaime e situa o do trabalho para execu o dos servi os Y Dificuldade na interpreta o e execu o do que foi projetado No caso do detalhe do nicho sobre a bancada da pia da cozinha A II 8 o encarregado de pedreiro da construtora ao encontrar dificuldades para interpretar o detalhe do projeto e executar o servi o procura o engenheiro de obras que lhe explica in loco e orienta sobre como deve ficar o detalhe No caso da escada com duas faces A II 9 o carpinteiro da empreiteira de f rma ao encontrar dificuldades para interpretar e executar o projeto da escada auxiliado pelo mestre de obras da construtora que ao inspecionar o andamento dos servi os no canteiro percebe suas dificuldades v Imprevisibilidade da dimens o No caso da pagina o do granito da fachada AI 9 embora o engenheiro de obras elabore um projeto de pagina o para o granito da fachada procurando estabelecer as medidas do granito em conformidade
291. sidade inter e intra individual dos operadores s o caracter sticas dif ceis de considerar na defini o do programa da produ o Por conseguinte parece que a programa o com base em condi es est veis de produ o se choca com a realidade do sistema de produ o MASCIA 1994 p 37 Procurando acima de tudo racionalizar suas estruturas tais burocracias preferem agrupar de acordo com o processo de trabalho utilizado e ent o coordenar pela formaliza o do trabalho envolvendo a prolifera o de regras Desta maneira pelo menos no papel todos os relacionamentos s o coerentes e racionalizados MINTZBERSG 1995 p 67 39 Na ind stria da constru o o engenheiro de obras gerente do canteiro transforma conhecimento em a o para que se alcance o desempenho desejado quando enfrenta muitos aspectos locais n o previstos durante a fase de projeto Assim a defini o das atividades e os recursos necess rios para um projeto de constru o podem ser consideravelmente afetados por muitos aspectos locais n o previstos durante a fase de concep o e isso pode afetar os m todos de constru o e o cronograma das atividades ATTAR et al 2009 p 377 378 Sendo assim o engenheiro de obras um ator de multil gicas e v rios s o os determinantes e o campo de sua atividade Figura 11 Parece claro que a atividade do engenheiro de obras confrontada com muitos fatores din micos presentes na organiz
292. so dos seus empreendimentos est ligado a uma forma de atua o em sinergia com tr s pilares qualidade comprometimento com resultados e a satisfa o dos clientes Cada novo projeto para a construtora B uma oportunidade de buscar novos desafios desenvolver novas tecnologias e aprimorar ainda mais suas 71 solu es E esse formato de trabalho segundo a construtora que vem proporcionando resultados s lidos aos investidores e um alto ndice de aprova o e satisfa o entre os clientes Essa empresa ainda n o obteve a certifica o ISO 9000 embora j exista uma consultoria atuando dentro da empresa para implementa o de uma pol tica da qualidade e consequentemente para a obten o da certifica o e A obra BI da construtora B A obra com 37 596 24 m de rea constru da e 18 348 09 m de rea de lote consiste na produ o de 9 pavimentos de salas 2 subsolos de garagem total de 383 vagas e 1 pavimento t rreo de lojas cada pavimento com 46 salas totalizando 252 salas O sistema construtivo adotado o mesmo da construtora A ou seja estrutura em concreto armado para vigas pilares e lajes com alvenaria em bloco cer mico na sua veda o Nessa obra acompanhou se a execu o dos servi os desde as funda es at concretagem da pen ltima laje 4 1 2 O contexto do trabalho do quadro de gest o do canteiro e Na construtora A Na construtora A o engenheiro de obras A e o mestre de obras A trabalh
293. solu o aleat ria Se existe um erro eu n o posso usar uma solu o que remete a um erro A eu tenho que pegar os princ pios das normas do Corpo de Bombeiros Essa caixa tem que ficar onde no hall mesmo ent o tem que achar outro local dentro do hall 102 Essa caixa o que acontece Como t m dois apartamentos por andar ela tem que ficar numa situa o como se fosse geometricamente no centro de gravidade entre os dois apartamentos A mangueira que vai servir um apartamento tamb m vai servir ao outro apartamento Ent o eu n o posso tir la daquele ambiente engenheiro de obras A Dessa forma juntamente com a sua equipe mestre de obras encarregado de instala es etc ele busca uma solu o para o problema e encontra uma alternativa um espa o entre os dois v os da janela onde poderiam correr as tubula es Assim o hidrante ser deslocado para o ponto abaixo do duto superior e as tubula es passar o a descer pela parede entre os dois dutos Figura 37 Em entrevista sobre o problema o engenheiro de obras A conta como foi que encontrou a solu o A existe espa o para coloc la naquele ambiente Figura 37 O que a norma pede Ah para manter a altura de 1 70 do piso at o volante do hidr metro Cologuei a l Ah as duas janelas continuaram normais Continuaram normais Tecnicamente atrapalhou estreitou o hall N o Voc tem que projetar uma solu o certa Ela estava em cima da caixa
294. st es epistemol gicas em ergonomia e em an lise do trabalho In DANIELLOU F A ergonomia em busca de seus princ pios debates epistemol gicos S o Paulo Edgar Bliicher 2004 WULFF I A WESTGAARD R H RASMUSSEN B Ergonomic criteria in largescale engineering design II Evaluating and applying requirements in the real work of design Applied Ergonomics v 30 n 3 207 221 1999 YIN R K Estudo de caso planejamento e m todos Tradu o de Daniel Grassi 3 ed Porto Alegre Bookman 2005 ZARIFIAN P Objetivo compet ncia por uma nova l gica S o Paulo Atlas 2001 194 ANEXO A ALGUNS PASSOS DA PESQUISA BIBLIOGR FICA PORTAL CAPES 1 passo sabendo se o peri dico que se deseja fazer a busca a na pagina inicial na op o Digite uma palavra do t tulo do peri dico ou base de dados digita se e ao teclar em buscar ao aparecer o resultado escolhe se o peri dico Ex Ergonomics Applied Ergonomics Human Factors in Technology and Society b no peri dico entra se com a palavra chave ou nome do autor Entrando com a palavra chave ou nome do autor escolhem se nos resultados os artigos desejados para an lise Ex Entrando com a palavra accidents ScienceDirect Search Results ALL accidents Windows Internet Explorer ob ArticleListURL amp met amp ArticleListID 1 Arquivo Editar Exibir Favoritos Ferramentas Ajuda E 5 Sc
295. stram que os requisitos de projetos est o sujeitos a constrangimentos organizacionais e que a proposi o desses requisitos especifica es n o s o garantias de sua implementa o WULFF et al 1999 A implementa o desses requisitos um processo de negocia o frente s diversas l gicas WULFF et al 1999 A no o de processo muito presente nas atuais pesquisas e pr ticas de gest o faz refer ncia atividade coletiva conjunta como uma combina o de atividades locais que recorrem a diferentes compet ncias Certamente a palavra processo designa sempre em gest o a coopera o de atividade que n o se caracteriza pela sua similitude mas por sua complementaridade para atender a um certo tipo de resultado portador de um plano t cnico econ mico e social LORINO 2009 p 89 Portanto n o razo vel considerar que todos os problemas podem ser resolvidos com a es anteriores execu o da obra incluindo compatibiliza o de projetos crit rios de construtibilidade ou recomenda es e especifica es de seguran a importante reconhecer que a causalidade dos acidentes um problema complexo e multifacetado e n o se pode superestimar a efic cia dos princ pios da preven o por meio do projeto para reduzir acidentes fatais na ind stria da constru o BEHM 2005 A preven o por meio do projeto avan a em rela o no o de construtibilidade entretanto deslocar a preven o para a fa
296. studos preliminares e o programa do empreendimento e O desenvolvimento do projeto e a escolha das empresas construtoras e organiza o e a execu o dos servi os fase de prepara o da execu o de obras e a gest o da sua execu o t cnica administrativa e financeira e A entrega da obra fase onde se situa o uso a opera o e a manuten o do edif cio As diferen as concentram se no interior de cada uma dessas fases na passagem de uma para outra e na inter rela o entre elas O ambiente em que se insere o empreendimento do ponto de vista legal social e cultural explica algumas dessas diferen as e representa um indicador do est gio de evolu o em que a atividade de constru o se encontra em diferentes pa ses MELHADO 2001 Com base nas observa es feitas durante o estudo etnogr fico e nas hist rias narradas pelos engenheiros de obras categorizam se as tr s primeiras fases acima evidenciadas em e 1 Fase Possuir um terreno para a constru o e 2 Fase Elabora o dos projetos planejamentos e programas e 3 Fase A execu o da obra 1 Fase Possuir um terreno para a constru o As caracter sticas do lote que ir o definir as caracter sticas de uso as op es poss veis as avalia es de custos da obra e os prazos de conclus o Quando a 13 construtora vai adquirir um terreno s o analisados os aspectos sociais t cnicos e econ micos a localiza o do lote e suas
297. t collective conjointe enqu te dialogique stude de cas sru la s curit dans l industrie du b timent Activit s v 6 n 1 avril 2009 LUCK Helo sa A constru o do conhecimento no trabalho uma condi o para o desenvolvimento da qualidade organizacional e profissional Revista FAE Curitiba v 5 n 1 p 1 13 jan abr 2002 MARINHO A Comunica o ltimas not cias Assembleia Legislativa de Minas Gerais Respons vel pela informa o Assessoria de Comunica o 31 2108 7715 Dispon vel em http www almg gov br Not BancoDeNoticias Not 688904 asp Acesso em 02 set 2009 MASCIA F L O trabalho da supervis o o ponto de vista da ergonomia In FALZON Pierre Ergonomia S o Paulo Editora BLUCHER 2007 p 609 625 MASCIA Fausto Leopoldo La gestion de la produciton une approche ergonomique du travail du chef d atelier Paris Laboratoire d Ergonomie Physiologique et Cognitive Ecole Pratique des Hautes Etudes 1994 M morie de D E A 190 MELHADO S B Gest o coopera o e integra o para um novo modelo voltado qualidade do processo de projeto na constru o de edif cios 2001 Tese Livre Doc ncia Escola Polit cnica Universidade de S o Paulo S o Paulo 2001 MELHADO S B Qualidade do projeto na constru o de edif cios aplica o ao caso das empresas de incorpora o e constru o 1994 294 f Tese Doutorado Escola Polit cnica Universidade de S o Pau
298. tados simultaneamente ao in cio da execu o da obra somente foram entregues ao engenheiro de obras B ap s a conclus o de uma parcela dos servi os dos muros de conten o Consequentemente retrabalhos estavam sendo executados demoli o de concreto para resolver os problemas das interfer ncias pois para o engenheiro de obras B a programa o da execu o fora deficiente Percebe ele que os trabalhos de funda es 95 deveriam ter sido executados antes das sapatas dos muros evitando se assim problemas de interfer ncias entre os servi os a serem executados Pesquisador Tu falas que o correto ter todos os projetos Qual a import ncia de ter todos os projetos E O B Voc evita alguns retrabalhos voc evita alguma adapta o voc evita uma poss vel corre o Pesquisador Na obra isso tem acontecido E O B Aconteceu teve interfer ncias Pesquisador Podes dar exemplos E O B Por exemplo o projeto estrutural foi feito depois do projeto de conten o O projeto estrutural foi feito depois de executadas as conten es A houve interfer ncia com as conten es Ficaria perfeitamente trabalhado se tivesse feito o projeto estrutural antes Voc n o executaria a conten o faria tudo e depois entraria com a conten o engenheiro de obras B A programa o dos servi os a serem executados assim outro momento e uma estrat gia para a percep o de problemas ou seja quando no
299. tagem Ent o n o havia condi o de fazer outro tipo de servi o O restante dos terceirizados que estavam envolvidos em outros tipos de servi os como alvenaria massa etc nesse dia nem trabalhavam na obra t cnico de seguran a da obra A No caso do muro de conten o BI 1 por conseguinte a n o observa o do problema das interfer ncias entre os projetos estruturais da funda o e do muro de conten es gera problemas para a situa o de trabalho Durante as observa es quando se percorre o canteiro de obras com a t cnica de seguran a verifica se que trabalhadores quebram o concreto das funda es do muro Para executar os servi os alguns trabalhadores cortam a parede de concreto sentados em materiais que encontram no canteiro Figura 59 Pesquisador Por que est s quebrando isso a Tec Seg T quebrando porque ali passa um tubul o 120 Pesquisador Ali o p do muro Tec Seg Isso s que foi feito me parece e n o tinha o projeto Os projetos dos tubul es ainda n o estavam na obra Ent o quando fizeram o muro fizeram com esse p dele assim Agora para a pr xima etapa que dali pra l j est sabendo tamb m j tem o projeto Figura 59 Assentos improvisados para trabalhos com o martelete Al m disso para romper o concreto das sapatas com os marteletes os trabalhadores al m de usarem m scaras e protetores auriculares devido aos riscos sa de qu
300. tando mais tempo engenheiro de obras A Mas para o t cnico de seguran a da obra a decis o de concretar com a gerica elevaria a carga de trabalho e consequentemente os riscos de acidentes A programa o de concretar a laje com gerica ao precarizar a situa o de trabalho segundo o t cnico de seguran a A exigiria sua maior aten o quanto preven o O que vejo de desvantagem no concreto transportado por gerica seria o desgaste f sico do trabalhador e o tempo despendido Para voc ter uma ideia as nossas concretagens aqui elas iniciavam s 07h00 da manh transcorriam durante todo o dia mobilizando todo o efetivo da obra uns 35 trabalhadores mobilizando todo esse efetivo de 07h00 da manh s 07h00 da noite se estendendo por algumas vezes at s 21h00 Quer dizer que um custo considerado baixo mas se for analisar tem o desgaste quer dizer a obra parava e ficava toda em fun o dessa concretagem durante um dia inteirinho ultrapassando a jornada Concreto bombeado ele mobiliza uma quantidade menor de trabalhadores n o tem o desgaste excessivo desses trabalhadores a quantidade menor E paralela a essa concretagem a obra segue a rotina praticamente a normal Haja vista que muitas atividades eram suspensas porque n o havia condi o de levar material para essas outras atividades porque os dois elevadores estavam mobilizados para a concretagem todo o efetivo da obra estava mobilizado para a concre
301. tas pela organiza o portanto a seguran a gerida A capacidade dessa seguran a gerida determinada tamb m por fatores externos ao sujeito 5 4 2 Fatores externos ao sujeito 5 4 2 1 Variabilidade interna obra particularidades da realiza o do trabalho e Constrangimento temporal per odo de lat ncia A an lise dos acontecimentos que originam a a o e que resultam da a o possibilita destacar que se os projetos fossem disponibilizados em determinados casos os problemas poderiam ser percebidos no n vel 1 se houvesse mais disponibilidade de 166 tempo para o engenheiro de obras A namorar mais os projetos quando os submete sua an lise cr tica A simultaneidade uma caracter stica do processo de produ o de uma edifica o Essa simultaneidade apresenta se tanto na fase de projeto como na fase de execu o da obra Na fase de projeto se apresenta entre os projetos quando estes s o executados simultaneamente na fase de execu o quando v rios servi os inter relacionados podem ser executados simultaneamente Mas pode tamb m se apresentar em determinados momentos entre projeto e execu o Compreender e saber gerir essa caracter stica por exemplo ampliando o espa o temporal da a o do engenheiro de obras um elemento determinante na percep o e na solu o de problemas em n veis anteriores ao de gest o do trabalho Como ressalta por exemplo o engenheiro de obras A ao referir
302. te as inadegua es das situa es de trabalho STs aumentam Existe assim uma rela o entre capacidade de antecipa o ou resolu o antecipada de problemas e condi es seguras Antecipar e evitar problemas na execu o da obra joga a favor da seguran a al m de contribuir para a produ o pois certas facilidades acontecem comumente em detrimento da seguran a como ser constatado pelas an lises detalhadas de diversas situa es de trabalho observadas nas obras estudadas Al m dos preju zos materiais corrigir por exemplo erros ou incompatibilidades de projeto comumente se faz em condi es inseguras No que se refere an lise de acidentes esses n veis de antecipa o apresentam em um primeiro momento certa semelhan a com as defesas barreiras do modelo do Queijo Su o Figura 2 Nesse modelo as defesas as barreiras e as prote es ocupam uma posi o estrat gica para o bom funcionamento da seguran a em sistemas complexos REASON 1993 O modelo de defesas do Queijo Su o demonstra que as causas dos acidentes s o configura es din micas que surgem na conflu ncia dos eventuais buracos nas barreiras e prote es Figura 2 A din mica da causalidade do acidente Fonte REASON 2000 Nos estudos sobre qualidade os n veis de antecipa o tamb m em um primeiro momento podem apresentar certa semelhan a com o discurso da qualidade do fazer certo na 1 vez
303. te quando se procura compreender o curso da experi ncia o que significa ver para o engenheiro de obras J que auxiliava o engenheiro de obras A na construtora A ele relata o caso da aranha dos banheiros da instala o hidr ulica e sanit ria no forro Quando o engenheiro de obras J questionado sobre o que seria ver na obra ele indica que uma das formas de ver pelos olhos do encarregado de hidr ulica O encarregado de hidr ulica ao gerir o trabalho que est sendo executado encontra dificuldade e lhe repassa o problema estrat gia j destacada tamb m na etnogr fica da gest o da produ o Pesquisador Como o ver na obra E O A As coisas aparecem Se tiver uma incompatibilidade vai chegar um encarregado e vai falar como o encarregado de hidr ulica P Aquele tubo ali n o passa tem uma viga no caminho Ou Aquele tubo ali t dando uma interfer ncia com o tubo de el trica t passando no mesmo caminho n o d caimento aquela tubula o precisava ter um caimento Mas o cara fez uma laje com o p direito baixo Na garagem se eu der o 170 caimento vai bater no teto de um carro As coisas aparecem para voc o encarregado s vezes chama voc s vezes enxerga O engenheiro J confirma tamb m outros v rios momentos e estrat gias para a percep o de problemas que foram detectados no estudo etnogr fico da gest o da produ o executando programando fazendo levantamento
304. te de pessoas de um local para outro pode sugerir que o modelo etnogr fico inapropriado pois n o haveria viv ncia e tradi o comum cultura BUCCIARELLI 1996 Mas a despeito desse fluxo o uso da perspectiva antropol gica justificado quando se pensa que a tecnologia tem influ ncia na maneira na qual se trabalha quando por exemplo um conjunto de normas e pr ticas dividido BUCCIARELLI 1996 Quando desenvolvem suas atividades em uma empresa de projeto de engenharia no modo da narrativa os projetistas podem dramatizar o processo de projeto enquanto organizam os dados e modelam a an lise BUCCIARELLI 1984 Por meio da an lise etnogr fica dessa subcultura pode se construir um conjunto de estudos de casos de fen menos mais circunscritos que possibilitam interpretar os principais assuntos e temas do processo de projeto BUCCIARELLI 1984 Com base nesse fundamento embora no canteiro as rela es sociais n o sejam exclusivamente entre projetistas engenheiros arquitetos etc da mesma forma que Bucciarelli 1984 pode se falar que em um canteiro de obras os atores do processo de produ o tamb m s o membros de uma subcultura pois um conjunto de normas e pr ticas tecnologias construtivas dividido durante a constru o do edif cio Assim por meio da an lise etnogr fica da subcultura de um canteiro de obras de uma edifica o e da an lise da atividade do engenheiro de obras pode se construir um co
305. tes Nesta tese mostra se mais especificamente a partir do reconhecimento de que a situa o de trabalho na constru o civil din mica sujeita s varia es t picas desse setor que a melhoria das situa es de trabalho e a redu o de situa es de riscos s o poss veis via antecipa es em diversos n veis da elabora o dos projetos em especial sua compatibiliza o defini o de procedimentos de execu o e de organiza o das instala es de apoio no canteiro de obras gra as recupera o da experi ncia da equipe de execu o do engenheiro de obras s equipes de execu o vil Abstract of Thesis presented to COPPE UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Science D Sc LEVEL OF ANTECIPATION AND EXPERIENCE COURSE IN THE CIVIL CONSTRUCTION DESIGNING SAFE WORKING CONDITIONS Eduardo Diniz Fonseca June 2012 Advisor Francisco Jose de Castro Moura Duarte Department Program of Production Engineering Prevention in construction still seems to be external Actually there is no integration between safety and production despite the spread of programs for accident prevention development of projects related to safety and progress in managing the implementation of projects in the sector The procedures and prevention systems are as diverse and developed as the industrial sector including the recent attempt to perform a specific project for safety even before cons
306. ticas interpretativas interligadas na esperan a de sempre conseguirem compreender melhor o assunto que est ao seu alcance DENZIN e LINCOLN 2006 p 17 Godoy 1995 enumera um conjunto de caracter sticas essenciais capazes de identificar uma pesquisa qualitativa a saber e a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental e a pesquisa qualitativa descritiva e os significados que as pessoas d o s coisas e a sua vida s o preocupa o essencial do investigador e pesquisadores utilizam o enfoque indutivo na an lise de seus dados Analisando alguns estudos Galv o 2005 esclarece que o fen meno constitu do por hist ria s enquanto o m todo que a investiga e descreve o fen meno se efetiva por meio da narrativa Hist rias orais d o passado hist rico s pessoas nas suas pr prias palavras E ao dar lhes um passado tamb m as ajuda a criar um futuro GALV O 2005 p 330 Portanto para desenvolver conceitos e padr es que emergem da situa o dos sujeitos pesquisados o modelo qualitativo prot tipo o etnogr fico Do ponto de vista metodol gico a melhor maneira para se captar a realidade aquela que possibilita ao pesquisador colocar se no papel do outro vendo o mundo pela vis o dos pesquisados GODOY 1995 P 62 As fontes da pesquisa qualitativa especificamente a etnogr fica s o discursos textos entrevistas e
307. ticles I ergonomics 131 I cis abstract 85 view more Year D4g Designing out accidents first understand the problem Applied Ergonomics Volume 13 Issue 1 March 1982 Pages 2 6 L TT 201039 PA Mara ITT TT O meme 7a Sino 7 dy 1niciar QE Dic Michaelis UOL ScienceDirect Searc L Como fiz pesquisa biblio W Passos da pesquisa no P Rig 19 15 2 passo N o sabendo o peri dico a entra se no portal CAPES na p gina inicial clica se em RESUMOS escolhe se a base de dados Web of Science 195 Portal Per os CAPES Windows Internet Explorer E E lal x So JE http v periodicos capes gov br portugues index jsp fas le fejz Arquivo Editar Exibir Favoritos Ferramentas Ajuda ToS qr Portal Peri dicos CAPES E To Portal EE ro o ierma o Qenia AD peripdicos Vers o em Espanhol 15 475 Pe dicas com textos completos S bado 06 de mar o de 2010 Localize rapidamente uma publica o P NINN Digite uma palavra do t tulo do peri dico ou base de dados Para acessar apenas publica es nacionais clique aqui 7 34ABCDEFGHIJKLMNOPOQRSTUVWXYZ Lista completa INA INICIAL TEXTOS COMPLETOS RESUMOS REFER NCIA PATE S ESTAT STICAS NORMAS T CNICAS E OUTRAS LIVROS Para identificar artigos de peri dicos e outros documentos publicados sobre um assunto espec fico ou por um determinado autor consulte as bases de dados referenciai
308. tificados com base nos resultados da an lise etnogr fica da atividade do engenheiro de obras procurando se responder s seguintes quest es ver SEVE et al 2002 e U O que est o ator fazendo o que ele sente ou o que ele pensa na situa o e R Qual elemento da situa o est o ator considerando e O O queo ator espera percebe ou interpreta e I Quais conhecimentos est o sendo mobilizados Assim ao se identificarem os elementos constituintes de cada unidade elementar com base na an lise da atividade do engenheiro de obras ser possivel identificar a coerente cadeia de unidades elementares em torno de um tema significante para ele um mesmo tipo de cuidado e os determinantes das estrat gias de luta do engenheiro de obras os sucessivos contraintes que determinam os recursos ao seu dispor na situa o 74 O objetivo desvelar e explorar o que podemos considerar como sendo a camada subjacente cogni o WISNER 2004 p 50 Em resumo o processo metodol gico desta tese pode ser descrito como um funil metodol gico Figura 24 Inicialmente de forma mais abrangente para conhecer a cultura do canteiro de obras o estudo etnogr fico Em um segundo momento as hist rias e as narrativas s o constru das por meio da an lise da atividade do engenheiro de obras Em um terceiro momento se constr i um conjunto de casos de fen menos mais circunscritos E finalmente com base em determinados casos por
309. to E O A N o A a laje cai para c cai para c Beleza ent o M O F Beleza O A A cantoneira j est a que a gente pediu O F J O A A a cantoneira o seguinte ela assim Fig 34 A o P encarregado de carpintaria de metro em metro TZM E O F Bota um neg cio a O O E Z F E A Parafusar soldar uma na outra entendeu z Figuras 34 e 35 E O projetando canaletas Nesses dois casos os projetos executivos de instala es el trico hidr ulico sanit rio pluviais e inc ndio chegaram ao canteiro dois dias antes desse di logo quando a obra estava em fase de concretagem dos pilares da 2 laje de garagem Essa simultaneidade acontece porque a execu o da obra se inicia com a instala o do canteiro quando o projeto arquitet nico aprovado na Prefeitura e medida que os outros projetos v o chegando ao canteiro os demais servi os v o sendo executados Outro caso que evidencia a a o do engenheiro de obras A em resposta a uma dada situa o quando programa os servi os a serem executados verificado quando da execu o do acabamento externo fachada da obra AI A falta de projeto detalhando a aplica o de determinados materiais faz com que esse detalhamento seja feito pelo engenheiro de obras A quando programa a execu o dos servi os isto assentamento 100 de m rmore do piso das salas dos apartam
310. to s o pass veis de serem apreendidos e repassados durante o processo de produ o bem como serem sistematizados e registrados para utiliza o em outras obras Dessa forma como ensina Theureau 2003 para resolver a quest o do pardoxo da produ o e da seguran a durante o processo de produ o de uma edifica o necess rio aproximar muito mais as proje es da situa o futura realidade do canteiro selecionando e contruindo as proje es futuras progressivamente durante o processo de produ o da edifica o Os modelos de gest o em vez de simplesmente procurarem impor prescrever formas de agir devem estender seus esfor os em gerir os espa os temporais das a es durante o processo de produ o de uma edifica o Assim ser poss vel promover a fluidez da constru o e a valida o dos conhecimentos nos diversos momentos de atua o dos atores envolvidos no processo de produ o de uma edifica o alcan ando se portanto maior efici ncia do modelo de gest o principalmente na seguran a gerida Nesse contexto o modelo dos n veis de antecipa o pode contribuir para a constru o da tecnologia construtiva preventiva da seguinte forma ver Esquema 3 A antecipa o de riscos demanda de fato mudar de ponto de vista SIX 1999 p 198 e O momento 1 por meio do retorno de experi ncias do engenheiro de obras com a busca das Situa es de A es Caracter sticas DANIELLOU e GARRIGOU 199
311. to em que percebe o problema revela que n o simplesmente o fato de ir confrontando os projetos e conferindo medidas Ele consegue ver o problema com base nas experi ncias de obras anteriores ou seja o posicionamento da viga V25 no projeto estrutural n o estava condizente com a forma tradicional projetada em obras anteriores normalmente eram locadas nas extremidades das sacadas Mas inicialmente o fato da viga V25 ser projetada de forma diferente da tradicional n o significa necessariamente um problema O problema para o engenheiro de obras A est em como executar o que foi projetado Assim em rela o ao posicionamento da viga V25 diferente da forma tradicional no projeto estrutural diz ele que mentalmente vai projetando as futuras etapas at o acabamento final Figura 28 Vendo dificuldades na execu o se comparada com a forma tradicional Figura 29 recorre ao projeto arquitet nico e confirma que h incompatibilidade entre os projetos com refer ncia ao posicionamento da viga 25 Figura 27 Mostrando incompatibilidade no posicionamento da viga 25 Pesquisador Mas o que te chama aten o no momento E O A O que chama aten o porque voc j visualiza inclusive o acabamento Voc tem aqui um forro que pega aqui A o forro tem que passar aqui por debaixo Ent o aqui ele n o teria um lugar para ser fixado A eu teria que fazer alguma coisa met lica aqui para segurar esse forro F
312. todologia escolhida cap tulo 3 com base na fundamenta o te rica cap tulo 2 e luz dos objetivos tra ados relacionam se a seguir algumas reflex es sobre como alcan ar uma maior integra o entre produ o e seguran a assim como sobre as dificuldades e poss veis alternativas para maximizar o desempenho da preven o nos canteiro de obras durante o processo de produ o de uma edifica o Por fim ap s a conclus o apresentam se os limites desta pesquisa e as quest es de pesquisas futuras para a continuidade e o desenvolvimento dos conhecimentos alcan ados 6 1 Recomenda es para alcan ar a integra o da produ o e da seguran a Em um ambiente t cnico econ mico que rapidamente evolui e onde os atores do processo de produ o de uma edifica o quadro de gest o do canteiro e atores da execu o n o t m tempo de desenvolver as compet ncias necess rias os modelos tradicionais compreendem que essas compet ncias s o receitas de bolo Contraditoriamente para perceber os problemas esses atores t m necessidade de desenvolver conhecimentos e habilidades inerentes s condi es de realiza o do trabalho Os resultados apontaram que o engenheiro de obras pode perceber problemas em v rios momentos da confronta o dos projetos antes do in cio da obra etapa de execu o dos servi os no canteiro Por outro lado quando esses problemas n o s o percebidos e solucionados em um desses n veis de
313. tr E RI 19 43 197
314. traumas vividos na obra Al devido ao problema da incompatibilidade entre o projeto arquitet nico e o de inc ndio fazem com que no n vel 1 o engenheiro de obras procure a exist ncia de problemas de incompatibilidade entre os dois projetos No caso da rampa da garagem da obra BI tamb m fica bem evidente que o projetista do arquitet nico ao projetar a rampa da garagem n o conseguiu em sua abstra o ver que a dist ncia entre os n veis da rampa no ponto da curva era inferior a 2 20 m O caso da caixa de inc ndio da obra AI tamb m evidencia o limite de vis o pois em decorr ncia desse limite entre os projetistas n o se constatou que a caixa do hidrante do projeto contra inc ndio e a esquadria da entrada inferior do duto de ventila o foram locadas no mesmo lugar Para o engenheiro de obras A a interlocu o entre projetistas por exemplo ampliaria esse limite 165 O projeto de hidr ulica e el trica n o conversa com o arquitet nico n o conversa com o estrutural Isso muita coisa podia ser atacada no in cio engenheiro de obras A Esse limite de vis o determinante n o somente para quest es de projetos Al m de saber ver para observar problemas necess rio tamb m saber ver para planificar os trabalhos quando se analisa o espa o temporal dos servi os No caso do forro de gesso do 3 andar AI 5 o engenheiro de obras coloca em pr tica as compet ncias que o auxiliam a sincroniza
315. tro da caixa de um elevador Ao fazer a an lise cr tica dos projetos e verificar a exist ncia de problemas o duto de ventila o passando por dentro da caixa do elevador o engenheiro de obras repassa o problema para os projetistas 5 3 2 Evidenciando os elementos que originam e resultam da a o no n vel 2 Planejamento programa o Na obra AII embora haja a participa o do engenheiro de obras no n vel 1 na an lise dos projetos se evidencia tamb m que nem todos os projetos executivos foram disponibilizados antes do in cio da execu o da obra No caso da programa o dos servi os para execu o da 1 laje da obra AH A II 3 e do escoamento de gua pluviais da garagem da obra AII AI 4 os projetos executivos s foram disponibilizados aproximadamente uma semana antes da programa o dos servi os para execu o da 1 laje da obra Portanto a percep o dos problemas pelo engenheiro de obras s pode acontecer a partir do n vel 2 como foram os casos citados Inicialmente com base no primeiro caso destacam se os elementos constituintes da unidade elementar U do momento em que analisa os projetos executivos e programa os servi os a serem executados juntamente com o mestre de obras Figura 79 U Analisando os projetos quando passa as diretrizes dos servi os a serem executados I Analisar os projetos inter relacionados com o servi o que ser executado possibilita encontrare resolver pro
316. truction starts seeking to control risks from the design phase However the results are below expectations The prevailing principle of programs and prevention actions is that most accidents can be avoided through the proper obedience to the rules But the normative approaches do not consider the characteristics of the production process and the team that influence behavior at work and enable the generation of errors and accidents This thesis shows more specifically from recognition that the work situation in the civil construction is dynamic and subject to the typical variations of this sector that the improvement of work situations and reducing risk situations are possible through anticipations in various levels from the elaboration of projects specially their compatibility to the definition of procedures for implementation and organization of support facilities at the construction site All this thanks to the recovery of the experience of the execution team from the civil work engineer to the execution teams The main theorical and practical contribution of this thesis is to propose a model of three levels of anticipation of existing problems during the production process of a building project planning programming of works and execution and the importance of the project of safer work situations viii 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 1 2 2 3 2 3 2 3 1 2 3 2 2 3 3 2 3 4 2 3 3 3 1 3 1 1 3 1 2 3 2 3 2 1 3 2 2
317. u vou ter que fazer uma improvisa o no local para obter o mesmo resultado S o justamente os 2 Na verdade em obra o povo fala que existe paliativo N o existe paliativo tem fatos que v o acontecer e que voc tem normas sempre para seguir ali A gente est engatinhando no processo mas No caso dos trabalhos de escava o dos tubul es verifica se tamb m que n o existe um projeto de trabalho Os trabalhadores da empreiteira ao efetuarem as escava es nas proximidades dos barrancos improvisam conten es contra quedas de materiais provenientes dos barrancos Figura 70 131 Figura 70 Barreira executada pelos trabalhadores Posteriormente uma das consequ ncias do fato de n o se considerar a situa o de execu o do trabalho foi a notifica o da obra durante uma inspe o dos fiscais do trabalho DRT MG em fun o da proximidade entre os trabalhos da retroescavadeira e os de execu o dos blocos e pilares Al m da solicita o de paralisa o dos servi os da retroescavadeira enquanto os dos blocos e pilares n o fossem conclu dos a obra foi multada Na construtora A a necessidade de integra o para uma an lise mais aprofundada dos trabalhos que ser o desenvolvidos no canteiro verificada no caso do andaime fachadeiro e o revestimento externo da obra AI AI 11 Quando do in cio dos servi os um dos pedreiros se queixa do andaime fachadeiro Para ele o andaime atrapalha o desen
318. ua o como que tu crias a situa o insegura E O B Eu n o tive a vis o macro da coisa Macro n o micro Pesquisador Como esse n o ter a vis o E O B Algumas situa es inseguras acontecem na obra que tem todo um aparato de seguran a para ajudar a gente na solu o delas N o obstante embora afirme que tudo o que acontece na obra est sob sua responsabilidade ele percebe que existe um setor de seguran a para avaliar as quest es de seguran a Pesquisador Como isso nesse caso E O B Eu sou o respons vel pela obra Tudo que acontece na obra est debaixo da minha al ada Os caras fizeram fizeram Os caras come aram a trabalhar come aram Ficou bem feito n o ficou bem feito Cabe a quem chamar a aten o Cabe s pessoas respons veis da obra avaliar se ficou bom ou n o Eu tive a cegueira da vis o e n o avaliei isso bem Afirma ainda que n o participou da elabora o da situa o de execu o do trabalho e que a situa o s lhe chamou aten o ap s receber uma notifica o do setor de seguran a como j apontado n o se constatou a exist ncia dessa notifica o Pesquisador Tu participaste em algum momento da execu o da plataforma E O B N o Me chamou muita aten o depois que a t cnica de seguran a me notificou Isso a foi uma falha minha na obra Essa falta de articula o entre seguran a e produ o no canteiro de obras BI no que se
319. ue a percep o dos problemas aconte a em diferentes n veis pode se compreender melhor as intera es entre diferentes a es e componentes da atividade A contribui o e a originalidade deste estudo baseiam se na apresenta o de um modelo em tr s n veis de antecipa o de problemas existentes durante o processo de produ o de uma edifica o e seus efeitos para a melhoria das condi es de trabalho e a preven o de doen as ocupacionais e acidentes Para alcan ar o objetivo proposto este estudo foi organizado em seis cap tulos Na introdu o apresentam se a quest o da pesquisa sua contextualiza o e Justificativa e os objetivos desta tese No cap tulo dois inicialmente apresentam se breves considera es sobre as caracter sticas do subsetor de edifica es e do processo produtivo Na sequ ncia a revis o bibliogr fica dos aspectos relevantes dos estudos sobre gest o de projeto e gest o da produ o e trabalho Assim o segundo cap tulo refere se ao delineamento do referencial te rico com base no marco te rico Uma vez estabelecidos os fundamentos te ricos a pr xima preocupa o apresentar os procedimentos metodol gicos para dar sustenta o a este trabalho o processo de abordagem e os objetos das observa es de campo Inicialmente de forma mais abrangente para conhecer a cultura do canteiro de obras o estudo etnogr fico Em um segundo momento as hist rias e as narrativas s o construida
320. ue levou a dire o da construtora a decidir pela concretagem das lajes com gerica e elevador N s concretamos a obra com gerica e elevador Isso mais uma quest o de disponibilidade e quest o financeira engenheiro de obras A Para o t cnico de seguran a da obra a decis o de concretar com a gerica elevaria a carga de trabalho resultando em maior desgaste f sico para os trabalhadores O que vejo de desvantagem no concreto transportado por gerica seria o desgaste f sico do trabalhador e o tempo despendido Para voc ter uma ideia as nossas concretagens aqui elas iniciavam s 7h00 da manh transcorriam durante todo o dia mobilizando todo o efetivo da obra uns 35 trabalhadores mobilizando todo esse efetivo de 7h00 da manh s 7h00 da noite se estendendo por algumas vezes at s 21h00 t cnico de seguran a da obra AB e Custo do detalhamento O caso do marco da porta principal de entrada e do rodap dos apartamentos da obra AI AI 2 um exemplo marcante de como a variabilidade externa referente ao produto pode ser determinante para o surgimento de problemas no canteiro de obras nesse caso no n vel 3 Como um dos detalhamentos do produto estava caro a dire o da empresa resolveu alterar para uma solu o mais barata Entretanto como destaca o engenheiro de obras A mudar para uma solu o mais barata alterar o projeto do produto quando o avi o est em pleno v o Portanto ao s
321. uraco a quem executou foi o encarregado junto com o pessoal l A n o sei se voc recorda isso era feito em dois dias em dois dias voc tinha que mudar Ent o voc n o tinha a vis o daquele ponto ent o passei Acontece Se n o acontecesse n o tinha acidente Pesquisador Se n o acontecesse seria o qu E O B Se fosse assim tudo 100 planejado voc n o tinha essa situa o Os acidentes s o todas falhas humanas Pesquisador Mas de quem E O B De quem executa Em seguida sublinha que os nicos riscos que v s o os relativos a certas exig ncias de normas como coloca o de guarda corpo de rodap para evitar queda de material etc Posteriormente ao falar que a experi ncia do trabalhador v lida para elaborar o projeto da plataforma de trabalho tamb m diz ser f cil falar depois que a plataforma aguentou fazer o s rico Pesquisador Tu v s essa situa o como risco E O B Sim Pesquisador Por qu E O B Est sem sem guarda corpo lateral foi feito de uma maneira totalmente errada Risco de queda de material tem gente l embaixo Pesquisador E a plataforma em si E O B A plataforma em si tamb m pausa para pensar apesar de ser ela de madeira Mas da a gente questionar a resist ncia dela outra coisa Voc tem gabarito para questionar a resist ncia dela Pesquisador Tu questionas a resist ncia dessa madeira 128 E O B Eu
322. utivas e acidentes na constru o civil o caso da introdu o de um novo sistema de escoramento de f rmas de laje Revista Brasileira de Sa de Ocupacional S o Paulo n 115 No prelo FRAN A Sergio Luiz Braga TOZE Marco Antonio A gest o de pessoas como contribui o implanta o da gest o de riscos o caso da ind stria da constru o civil Revista Produ o On Line v VIII n IV 2008 188 GALV O Cec lia Narrativas em educa o Ci ncia amp Educa o v 11 n 2 p 327 345 2005 GAMBATESE J A Safety in designer s hands Civil Engineering v 70 n 6 p 56 59 Jun 2000 GAMBATESE J BEHM M HINZE J Viability of designing for construction worker safety Journal of Construction Engineering and Management v 131 n 9 p 1029 1036 2005 GODOY Arilda Schmidt Estudo de caso qualitativo In GODOI Christiane Kleiniibing BANDEIRA DE MELLO Rodrigo SILVA Alieson Barbosa da Org Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais paradigmas estrat gias e m todos S o Paulo Saraiva 2005 cap 4 p 115 146 GODOY Arilda Schmidt Introdu o pesquisa qualitativa e suas possibilidades In Revista de Administra o de Empresas v 35 n 2 p 57 63 mar abr 1995 GU RIN F LAVILLE A DANIELLOU F DURAFFOURG J KERGUELEN A Compreender o trabalho para transform lo a pr tica da ergonomia S o Paulo Edgard Blucher 2001 HALE Andrew KIRWAN Barry KJELLEN Urban
323. volvimento de suas atividades No ja eu fa o toda a fachada e n o preciso voltar No andaime fachadeiro eu tenho que voltar At para ganhar dinheiro no ja melhor porque tem mais espa o eu produzo mais e n o fica arremate para fazer depois Quando assenta cer mica j fica mais limpo A empresa ter que pagar depois para colocar as pedras que faltam pedreiro J Na Figura 71 verifica se que uma das queixas a de ter que voltar para fazer o arremate motivada no caso do granito pelo fato de que o ponto de amarra o do andaime fachadeiro na estrutura do pr dio impede a coloca o de uma pedra inteira Verifica se tamb m que para fixar o granito que fica acima do local onde est o ponto de amarra o do andaime o trabalhador ainda tem que colocar algo que possa sustentar a pedra no n vel E tal improviso gera mais trabalho pois ele precisa adaptar algum material que encontre dispon vel no momento e pr ximo para sustentar a pedra de granito no caso encontrou um sarrafo de madeira 132 AT mel Ay WA 4h a i l RATS Figura 71 Interfer ncia para o assentamento do granito A falta de espa o para locomo o outra queixa constatada acontece porque para poder executar a tarefa constantemente o trabalhador tem que passar sob as pe as que fazem a amarra o dos andaimes contraventamento conforme se verifica na Figura 72 Quando apresentada a situa o ao encarr
324. xecu o de obras pode ser entendida como uma fase que marca o fim da montagem do empreendimento e o in cio da sua efetiva gest o a transi o da fase cl ssica de projeto para o in cio da fase de execu o na qual esse projeto criticado e ajustado e marca ainda o fim de um per odo em que os custos de execu o s o apenas estimados substituindo os por desencaixes efetivos SOUZA 2001 p 83 As recomenda es indicam um per odo de dois meses para a realiza o da PEO e esta n o deve ser tratada como um processo estanque deve ser iniciada de quatro a seis semanas antes do come o dos servi os e continuar sendo desenvolvida at ocasi o de entrega da obra SOUZA 2001 Dessa forma embora n o explicitando a necessidade de considerar a situa o de trabalho e melhorar a seguran a as recomenda es reconhecem a necessidade de se diminuir a dist ncia entre as fases anteriores execu o e a execu o propriamente dita Fator este que pode ser a origem das disfun es no processo produtivo e na seguran a Em 1994 o Club Construction Qualit Provence Alpes C te d Azur CCQPACA publicou o seu guia de prepara o da execu o de obras SOUZA 2001 p 82 21 Na busca de novos m todos e processos que possam considerar precocemente a totalidade das quest es envolvidas no projeto com base nas experi ncias de projetos de outros setores industriais no que se refere ao desenvolvimento de um novo produto

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