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revista juridica 20151.indb - Ministério Público do Estado do

1. Trata se de interesses patrimoniais supraindividuais dos quais a sociedade titular No er rio ou patrim nio p blico em uma concep o ampla coincidente com o conjunto de bens patrimoniais necess rios ou teis realiza o dos fins p blicos as viola es s obriga es fiscais atentam contra o patrim nio p blico Nessa linha a infra o fiscal concebida como crime de dano cuja consuma o exige a exist ncia de um preju zo patrimonial ao fisco SOUSA 2006 p 279 280 Pensamos estar com a raz o Aires de Souza Realmente n o haveria porque se falar em inviabilidade da fun o dogm tica segundo a acep o em comento ainda que como de natureza macrossocial Ora ainda que nesse caso seja na verdade n o apenas o Estado em sentido privat stico mas toda a coletividade a titular do bem ofendido este continua sendo o pr prio patrim nio que n o se pode negar possui a concretude como caractere RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o de modo a fornecer par metros t cnicos para averigua o de dano perigo de dano bem como a respectiva extens o Verificada a presen a da fun o dogm tica do bem jur dico patrimonialisticamente concebido passa se teoria bifrontal nesse contexto 4 3 Teoria bifrontal e a t cnica do bem jur dico imediato e mediato Como exposto o bem jur dico penal tribut rio atinge a qualidade de ser digno na medida em que concebido
2. 2 Lein 12 305 2010 art 33 inc I l mpadas fluorescentes de vapor de s dio e merc rio e de luz mista Lei n 12 305 2010 art 33 inc V produtos eletr nicos e seus componentes Lei n 12 305 2010 art 33 inc VI A obriga o origin ria para estruturar e implementar sistemas de log stica reversa dos fabricantes importadores distribuidores e comerciantes Lei n 12 305 2010 art 33 Atrav s de audi ncias p blicas e reuni es com o setor comercial do munic pio essa obriga o ser remarcada mas 7 As pilhas alcalinas atendem s normas de seguran a e podem ser jogadas normalmente no lixo comum COSTA et al 8 As l mpadas fluorescentes de vapor de s dio e merc rio e de luz mista possuem metal pesado l quido altamente t xico para os seres humanos e vida silvestre O merc rio se volatiliza facilmente a temperatura ambiente e tem elevada capacidade de dispers o persistente nos ambientes e por meio do metabolismo microbiano pode mudar de forma transformando se em metilmerc rio O metilmerc rio tem a capacidade de acumular se nos organismos e concentrar se nas cadeias alimentares principalmente a aqu tica contaminando os peixes e tornando os a principal via de exposi o e contamina o lt http www cimm com br portal noticia exibir _ noticia 7973 logstica reversa ser implantada em 2012 no brasil gt RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues subsidiariamente
3. o ato administrativo que agride os princ pios constitucionais art 11 da Lei n 8429 92 dever ser imoral configurado por uma desonestidade intencional desatrelada de peculiaridades pessoais negativas como a inabilidade e o despreparo cultural do agente p blico que n o d o azo a o de improbidade O ato de improbidade administrativa transcende a ilegalidade do ato para penetrar se houve ou n o boa f quando da atua o p blica pois ela se presume sendo certo que a m f ter que ser provada Assim a pr tica de ato administrativo s adquire o status de improbo quando a conduta antijur dica ofende os princ pios constitucionais que s o direcionados para a Administra o P blica coadjuvados pela m f do agente p blico atrav s de um ato desonesto Em contrapartida Benedicto de Tolosa Filho preconiza que Os chamados atos falhos ou seja aqueles que embora colidam com os princ pios da Administra o P blica foram praticados com boa f e n o lesionaram o patrim nio p blico ou ainda as falhas formais de pequeno significado podem ser relevados sob pena de invalidar a Administra o nem sempre confiada a agentes capazes e efetivamente treinados 2 31 MATTOS op cit p 378 379 32 TOLOSA FILHO Benedicto Coment rios a lei de improbidade administrativa Rio de Janeiro Forense 2004 p 148 149 98 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel Considera se o artigo 1
4. MENDES COELHO BRANCO 2008 p 366 Pelo princ pio da proporcionalidade em sentido estrito o meio escolhido para a persecu o de determinada finalidade dever ser orientado pelo senso do razo vel o qual corresponde ao senso de um homem m dio A partir desse entendimento faz se necess rio que ap s as an lises sobre a adequa o e a necessidade o operador da pondera o verifique se os benef cios obtidos atrav s da opera o s o maiores que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 273 274 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 a limita o imposta Caso positivo ter se obedecido a proporcionalidade em sentido estrito e caso contr rio n o Nessa esteira os benef cios de um determinado fim dever o ser superiores ao nus imposto pela norma Quando se chegar conclus o da necessidade e adequa o da medida coactiva do poder p blico para alcan ar determinado fim mesmo neste caso deve perguntar se se o resultado obtido com a interven o proporcional carga coativa da mesma Est aqui em causa o princ pio da proporcionalidade em sentido estrito entendido como principio da justa medida CANOTILHO 2003 p 270 Ambos os princ pios componentes do campo de tens o s o postos em uma balan a ou seja s o medidos e valorados a fim de concluir de acordo com o caso espec fic
5. RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro significar supress o ou exclus o de tal direito que no caso espec fico teve aplica o preteria em nome de outro Tratando se do elemento adequa o ou conformidade Geeignetheit qualquer medida adotada com o prop sito de restringir direitos fundamentais ter que possuir idoneidade de maneira que haja correspond ncia entre o fim almejado e os meios adotados para tal finalidade ou seja o subprinc pio da adequa o Geeignetheit exige que as medidas interventivas adotadas se mostrem aptas a atingir os objetivos pretendidos MENDES COELHO BRANCO 2008 p 366 A este respeito cabe atentar seguinte explica o O princ pio da conformidade ou adequa o imp e que a medida adoptada para a realiza o do interesse p blico deve ser apropriada persecu o do fim ou fins a eles subjacentes CANOTILHO 2003 grifos nossos No que se refere ao elemento da necessidade tamb m chamado de exigibilidade Erforderlichkeit caso haja ado o de medida que venha restringir direitos esta dever ser estritamente necess ria de modo a ser eficaz no salvaguardar direito fundamental Isso quer dizer que tal medida n o poder ser preterida por outra ainda que menos gravosa Em outros termos o meio n o ser necess rio se o objetivo almejado puder ser alcan ado com a ado o de medida que se revele a um s tempo adequada e menos onerosa
6. fundamental pois como consta da PNRS art 7 inc VII o gerenciamento desses res duos deve ser integrado ou seja deve englobar etapas articuladas entre si desde a n o gera o at a disposi o final com atividades compat veis com as dos demais sistemas do saneamento ambiental sendo essencial a participa o ativa e cooperativa do primeiro segundo e terceiro setor respectivamente governo iniciativa privada e sociedade civil organizada ZANTA et al 4 Sobre o tema vide tamb m Marilda Aparecida Behrens A pr tica pedag gica e o desafio do paradigma emergente R Bras Est Pedag Bras lia v 80 n 196 p 383 403 1999 156 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues 5 Passo a passo do projeto 5 1 Coleta seletiva servi os de coleta e reciclagem Os res duos s lidos oriundos dos setores comercial residencial de varri o e de servi os limpeza de logradouros e vias p blicas depois de recolhidos seletivamente conforme sua constitui o ou composi o devem passar por um sistema de gerenciamento centro de triagem desmontagem e tritura o a partir do qual ser o destinados para a reutiliza o para a reciclagem para a compostagem ou para um aterro sanit rio A coleta seletiva ser de todos os materiais comercializ veis recicl veis ou que possam ser reutilizados e deve estabelecer de in cio a separa o dos res duos secos e midos Essa forma inicial
7. o Os princ pios no entanto s o normas que ordenam que se realize algo na maior medida poss vel de acordo com as possibilidades jur dicas e f ticas Os princ pios s o por conseguinte mandatos de otimiza o que se caracterizam porque podem ser cumpridos em diversos graus ATIENZA 2000 p 204 5 Antinomias entre regras e princ pios 5 1 Conflito de regras No conflito entre regras a resolu o costuma se dar atrav s de uma sistem tica mais simples j que a exclus o de uma das regras ou mesmo a inser o de uma cl usula de exce o em uma das duas suficiente para sanar o problema Imagine se que determinada regra enuncie um comportamento enquanto que uma segunda regra assinale comportamento em sentido completamente antag nico Em tal situa o a exclus o de uma das regras atrav s das formas de interpreta o ou mesmo legislativamente solucionar o caso ou sendo poss vel a inser o de uma exce o no conte do de uma das regras afastar a necessidade de exclus o de uma delas j que tal mecanismo estabilizar a incompatibilidade Assim sendo n o se mostra dificultosa a resolu o da problem tica referente ao conflito entre regras pois os m todos apresentados s o eficazes no que diz respeito ao contorno de tais problemas 5 2 Colis o de princ pios Se a resolu o de conflito de regras facilitada pelos m todos apresentados anteriormente o mesmo n o se d quando se est diante
8. o de novos espa os de conhecimentos 14 NOBRE JUNIOR op cit p 72 15 CURY Carlos Roberto Jamil Direito educa o direito igualdade direito diferen a In VEIGA Cynthia Greive Org Carlos Roberto Jamil Cury intelectual e educador Belo Horizonte Aut ntica 2010 p 117 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 85 86 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa Da a necessidade de o Estado garantir pela educa o essas dimens es estruturais coexistentes na pr pria consist ncia do ser humano que o humaniza A educa o consiste em direito fundamental social inclu da no rol do art 6 e consagrada no artigo 205 da Constitui o Federal de 1988 como direito de todos e dever do Estado e da fam lia promovida e incentivada com colabora o da sociedade visando o pleno desenvolvimento de uma pessoa preparo para o exerc cio da cidadania e qualifica o para o trabalho Por direito fundamental social deve se entender direito inerente ao homem inserido na Constitui o como norma constitucional O direito educa o portanto n o foi positivado na Constitui o para ser formalmente reconhecido mas para ser concretamente efetivado que os preceitos constitucionais relativos ao direito educa o n o s o normas program ticas mas normas definidoras de direitos Nesse sentido disp e expressamente o artigo
9. o do Conselho Municipal de Saneamento Ambiental Como mecanismo para engendrar a participa o da comunidade local no gerenciamento e na gest o do saneamento ambiental em especial dos res duos s lidos o projeto contempla a cria o por meio de lei de um Conselho Municipal de Saneamento Ambiental 5 3 2 Central de atendimento e informa es Como j dissemos canais de comunica o entre a popula o e os rg os respons veis pelos servi os de limpeza urbana devem ser criados e ficar permanentemente abertos Neste sentido a cria o de uma central de atendimento e informa es pela prefeitura pode viabilizar um sistema de comunica o gil e eficiente entre o cidad o e o poder p blico permitindo o atendimento da demanda de informa es e solicita es da popula o a participa o social nos processos decis rios a divulga o dos servi os prestados e o 5 O conceito de saneamento b sico por ser demasiado restrito foi substitu do recentemente por saneamento ambiental que lida de forma integrada com os diversos componentes gua esgoto res duos s lidos drenagem e controle de vetores Paula Pinto 1999 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 163 164 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o esclarecimento de eventuais d vidas A Central de Atendimento pode oferecer o servi o popula o por meio de telefone e internet Atrav s dessa fe
10. o fiscal para a consecu o dos fins sociais da Carta Magna o bem jur dico penal tribut rio encontra substrato materialmente constitucional Nesse sentido Alencar 2008 p 70 reconhece que Compreendem se inseridos dentro dos valores ou interesses contemplados no bem jur dico tribut rio todos aqueles relacionados com o papel do Estado e que somente s o realiz veis se o Estado tiver meios financeiros para sua concretiza o 2008 p 70 Sendo assim a verifica o da dignidade penal RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 193 194 Dignidade do bem juridico penal tributario do bem jur dico tribut rio passaria por uma an lise da imprescindibilidade da fun o dos tributos no contexto do Estado Social Democr tico de Direito s necessidades b sicas dos seres humanos a serem satisfeitas pelo Estado como meio de atingimento do pleno desenvolvimento das necessidades humanas Para Alencar 2008 p 109 a fun o do tributo como bem jur dico supraindividual envolve a realiza o das presta es p blicas essenciais a que o bem jur dico penal tribut rio ganha legitima o sob o enfoque moderno de bem jur dico que p e em relevo a import ncia que os direitos supraindividuais possuem tanto para a sociedade quanto para o indiv duo dada a import ncia da fun o do tributo como meio a possibilitar a realiza o das presta es p blicas de ineg vel relev ncia para a vida humana na sociedade con
11. processo justo n o aquele desempenhado segundo um nico e dominante princ pio mas sim aquele que permite a conviv ncia harmoniosa de todos os princ pios e garantias constitucionais pertinentes ao acesso justi a e presta o efetiva da adequada tutela aos direitos subjetivos materiais JUNIOR 2009 p 4 A ado o destes requisitos garantidores m nimos uma das facetas do respeito ao ser humano No sentido de associar RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes processo justo e observancia de garantias faz se refer ncia a garantias individuais e garantias estruturais como elementos minimos de um processo justo COMOGLIO 1998 p 95 150 Como garantias individuais o autor enumera a acesso amplo justi a para todos em condi es de igualdade e de correla o e adequa o da tutela correspondente situa o jur dica substancial concreta b ampla defesa como direito inviol vel em todas as fases e graus do procedimento jurisdicional c assist ncia judici ria gratuita aos necessitados d juiz natural pr constitu do pela lei As garantias estruturais seriam a justi a administrada em nome do povo e ju zes sujeitos apenas lei b fun o jurisdicional confiada a magistrados institu dos e disciplinados com base nas normas de organiza o judici ria c veda o dos ju zes extraordin rios ou de exce o d atribui o jurisdi o
12. 3 BACIGALUPO Enrique Direito penal parte geral p 87 Indica o autor como consequ ncia pr tica do princ pio da legalidade nenhuma senten a condenat ria pode ser elaborada aplicando uma pena que n o est fundada em lei pr via ou seja uma lei na qual o fato imputado ao autor seja amea ado com pena Em outras palavras o arrazoado judicial deve come ar com a lei pois somente desta maneira a condena o poder se fundar em uma lei penal p 88 4 Ibid p 109 122 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira que possa ser interpretado sem precis o do que proibido sua pena e consequ ncias A proibi o da analogia in malam partem encontra respaldo no princ pio da legalidade na express o lex stricta Pro be se tamb m a puni o baseada no direito consuetudin rio ou seja para a previs o penal de reprimenda se observa a lex scripta A lei formal e positivada a nica forma contempor nea de penaliza o Contudo como no caso anterior poss vel argumentar e fazer uso do costume quando este se p e in bonam partem O princ pio da legalidade dotado de uma expressiva natureza pol tica conforme esclarece Reale sendo pedra angular do pensamento liberal protegendo o cidad o do poder arbitr rio do Estado e especificamente dos ju zes Por isso deve a lei penal ser pr via clara precisa geral e abstrata para submeter todos ao seu manto Antolisei atri
13. 77 78 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa desonestidade por violar o direito fundamental educa o e portanto ato de improbidade administrativa com presum vel dolo administrativo Palavras chave Improbidade administrativa Educa o 1 Introdu o Conta se que na Gr cia Antiga havia um fil sofo de atitudes incomuns que morava num tonel tinha como pertences apenas uma t nica e um cajado e andava pelas ruas de Atenas em plena luz do dia com uma lanterna acesa procura de um homem honesto A Lanterna de Di genes que contestou as normas e conven es da sociedade cl ssica convida todos no s culo XXI a fazer o mesmo enxergar a realidade tal como sem mistifica es ou enganos e refletir a respeito da falta de homens comprometidos com a moralidade Afinal n o s o poucas as revela es rotineiras das manhas e artimanhas de agentes pol ticos corruptos que sabotam preceitos constitucionais reveladores de direitos fundamentais ofendem o patrim nio p blico numa atitude conden vel que n o pode mais prosperar De acordo com a moralidade administrativa os gestores p blicos no exerc cio de suas atividades administrativas devem agir com honestidade de prop sitos honradez probidade retid o justi a car ter boa f seguindo regras de boa conduta de zelo coisa p blica sem aproveitar se das facilidades dec
14. A educa o ambiental surge como um esfor o pedag gico de articular conhecimentos metodologias e pr ticas ditadas pelo paradigma da sustentabilidade atrav s do qual as pessoas n o s se qualificam mas se sensibilizam para reencontrar suas pertin ncias e afinidades com a natureza e o Universo HOLLANDA 2009 Antes da elabora o do projeto executivo e at mesmo paralelamente a este como forma de revis o e consolida o de decis es ser o realizadas audi ncias p blicas com a popula o local Esse controle social deve garantir sociedade informa es representa es t cnicas e participa es nos processos de formula o de pol ticas de planejamento e de avalia o relacionados aos servi os p blicos de limpeza urbana princ pio b sico de educa o ambiental que seja cont nua e permanente arts 4 V e 10 caput da Lei n 9 795 1999 apresentando enfoque humanista hol stico democr tico e participativo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues Quando h solu o de continuidade num programa de educa o ambiental algumas consequ ncias indesej veis se verificam parte da popula o esquece os conceitos e pr ticas assimiladas a segrega o dom stica dos materiais diminui aumentando a carga de trabalho para a equipe de trabalhadores do Centro de Triagem a vida til do aterro sanit rio reduzida por conta da maior quantidade de res duos s lidos etc 5 3 1 Cria
15. aparece o ensaio de Diirig no Arquivo de Direito P blico em que defende a inclus o do princ pio da proporcionalidade no plano constitucional apto a ser usado em qualquer medida estatal como prote o dignidade da pessoa humana Ainda no plano doutrin rio Guerra Filho 2003 p 72 73 menciona a import ncia de Peter Lerche que em sua obra Excesso e Direito Constitucional sobre a vincula o do legislador pelos princ pios da proporcionalidade e exigibilidade consagra a distin o entre esses dois aspectos do princ pio bem como cita os estudos de Manfred Gentz Peter Wittig e Eberhard Grabitz como autores relevantes para o problema do controle da proporcionalidade de leis atos administrativos e decis es judiciais Chegando ao plano jurisprudencial Barros 2003 p 48 ressalta a import ncia do Tribunal Constitucional alem o Bundesverfassungsgericht para a afirma o do princ pio da proporcionalidade especialmente como instrumento de controle sobre a atua o estatal em preju zo dos direitos fundamentais assegurados no artigo 19 da Lei Fundamental de Bonn Wesensgehaltsgarantie O referido artigo n 2 da Lei Fundamental instituia verdadeira cl usula de prote o ao n cleo essencial dos direitos fundamentais Schawabe 2003 p 420 apresenta compila o do art 19 n 2 En ning n caso se podr afectar al contenido essencial de un derecho fundamental Neste sentido Suzana de T
16. o da garantia do due process of law do antigo direito anglo sax o Sob o fundamento da cl usula law of the land constante no artigo 39 da Magna Charta de 1215 foi aberto o caminho para o desenvolvimento desta garantia culminando na sua constitucionaliza o formal atrav s das emendas 5 e 14 Constitui o norte americana BARROSO 2003 p 218 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 30 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais A jurisprud ncia norte americana cuidou desenvolver o princ pio do devido processo legal notabilizando se esta evolu o em duas grandes fases Assim afirma Lu s Roberto Barroso 2003 p 219 O princ pio do devido processo legal nos Estados Unidos marcado por duas grandes fases a primeira onde se revestiu de car ter estritamente processual procedural due process e uma segunda de cunho substantivo substantive due process que se tornou fundamento de um criativo exerc cio de jurisdi o constitucional Em aten o aos limites delineados para esta pesquisa cumpre analisar que embora a referida primeira fase da garantia ainda perdure circunscreve se ao mbito estritamente processual a exemplo de garantias como contradit rio e ampla defesa Com esteio nesta fase n o se vislumbra qualquer possibilidade de ativismo judicial a permitir ao Judici rio ingerir no controle do arb trio de atos do legislativo
17. o de depend ncia e causalidade mesmo que formalmente perfeitas n o ser o admiss veis no processo Consoante li o de Fernando da Costa Tourinho Filho 2012 p 80 n o somente as provas obtidas ilicitamente s o proibidas mas tamb m as denominadas provas il citas por deriva o tendo em vista que ao lado das provas il citas existe a doutrina do fruit of the poisonouns tree fruto da rvore envenenada adotada nos Estados Unidos desde 1914 para os Tribunais Federais e nos Estados por imperativo constitucional desde 1961 No caso em voga conforme narra o autor a Corte decidiu que o Estado n o podia intimar uma pessoa a entregar documentos cuja exist ncia fora descoberta pela pol cia por meio de uma pris o ilegal A obten o il cita daquela informa o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 63 64 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 se projeta sobre a dilig ncia aparentemente legal mareando a nela transfundindo o estigma da ilicitude penal Nisso consiste a doutrina do fruto da rvore envenenada O n cleo central da referida teoria foi positivado no C digo Penal Brasileiro a partir da reforma introduzida pela Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 in verbis Art 157 S o inadmiss veis devendo ser desentranhadas do processo as provas il citas assim entendidas as obtidas em viola o a norma
18. o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o condicionadas ou influenciadas por fatores externos Tais possibilidades sob circunst ncias de n o coer o s o sempre escolhidas voluntariamente Assim mantendo o exemplo de 4 e sua quantia monet ria a no o de liberdade ora defendida significa que 4 deve poder escolher sem coer o exercida por terceiros o destino que dar a seu bem Se B constrange 4 seja por meio de viol ncia grave amea a ou outro meio sub rept cio a dar certa destina o aos cem mil reais B lesiona a liberdade de disposi o de A Rela es a seu turno s o entes cujo ser diferente do ser dos objetos f sicos das mentes e do ser dos dados dos sentidos pr prio do ser da rela o comportar se de algum modo para com algo No sentido que importa para este artigo o crime sempre importa na les o de uma rela o que a vitima estabelece com determinadas condi es substanciais individuais de sua exist ncia O autor do crime interfere na rela o descrita violando a Mas que tipo de rela o essa O primeiro atributo desta rela o o fato dela ser universal O que se quer dizer com isso A filosofia costuma distinguir a totalidade dos entes ou objetos em duas categorias os universais e os particulares 30 No exemplo dado a rela o que A estabelece com seu patrim nio cem mil reais 31 Seja retirando a poss
19. o do aterro sanit rio A rea RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues arrecadada cont gua ao antigo lix o O trecho de acesso asfaltado rodovia AM 352 apresentando perfeitas condi es para o tr fego dos ve culos de coleta A rea disp e de rede el trica e possibilidade de f cil acesso a gua 3 Obten o de licen a pr via n 114 11 junto ao Instituto de Prote o Ambiental do Amazonas IPAAM 4 Estudo pedol gico feito pela CPRM no per odo de 22 a 25 de agosto de 2011 Aqui foi feita uma caracteriza o preliminar da rea como tipo de solo an lise granulom trica condutividade hidr ulica limite de consist ncia permeabilidade etc tipo de cobertura vegetal ventos predominantes e relevo Neste estudo realizado tamb m um levantamento da hidrologia da rea delimitada para o posicionamento do aterro pois os lixiviados l quidos altamente poluentes gerados nos sistemas de aterramento representam um perigo de polui o dos recursos h dricos 4 Trabalho intersetorial Da concep o implementa o do projeto foram desenvolvidos um engajamento e um trabalho intersetorial cf item 3 com o envolvimento e a articula o de diversos rg os p blicos institui es e setores da sociedade civil integrando interesses necessidades conhecimentos experi ncias e poderes com o fim de moldar as melhores alternativas e decis es para a cidade Tentou se agregar t
20. o dos objetos dados Tal se materializa nas partes especiais dos c digos penais classificadas conforme a esp cie de bem jur dico tutelado pela norma ou amea ado pela conduta criminosa Numa vis o metodol gico interpretativa o bem jur dico serve de ponto de refer ncia interpreta o de um tipo penal Como relembra Noronha A classifica o sistem tica dos delitos um dos mais s lidos elementos que pode contar a hermen utica Sem ela o int rprete mover se ia com indecis o e incerteza na busca do bem tutelado 1991 p 6 Ainda inserido neste vi s Nilo Batista faz refer ncia s fun es sistem tico classificat ria o bem jur dico como princ pio fundamentador do sistema penal e crit rio de agrupamento de crimes na parte especial do c digo exeg tica o bem jur dico como instrumento metodol gico na interpreta o 8 Dos crit rios aventados para a classifica o dos crimes o do bem interesse tutelado o melhor NORONHA E Magalh es Direito penal v 2 25 ed S o Paulo Saraiva 1991 p 6 grifos do original RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana de normas penais e dogmatica no que tange a teoria do delito em si como por exemplo na defini o de resultado tentativa dano e perigo do bem jur dico 2007 p 96 Por outro lado o ponto de vista pol tico criminal do conceito de bem jur dico encerra um modelo ou m todo a ser seguido para que u
21. o ilegal j 7 Fiona Macaulay 2005 p 20 atribui esse problema estrutura do Minist rio P blico com as suas unidades especializadas e de alto grau de autonomia resultando em c lulas ativistas relativamente isoladas de seus colegas e superiores e de outras institui es de justi a E tamb m ao sistema federal de governo respons vel pelas diferen as marcantes na orienta o de Estado para Estado RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 295 296 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil declarada pelo STJ recurso especial n 1 365 910 a rela o gladiatorial para utilizar um termo hobbesiano entre a institui o controlada e a controladora J a Lei Federal n 8 625 1993 Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico n o traz absolutamente nada sobre o referido controle Por conta desse desleixo toda a institui o e pior ainda toda a sociedade brasileira est obrigada a confiar em impress es intuitivas pessoais sem um marco normativo denso e s rio que possa ser o norte magn tico na rdua tarefa de controlar os abusos policiais A normatividade ulterior dos Estados na forma do art 128 da CF al m de ser fragment ria e assistem tica rende se com facilidade aos reclamos do poder pol tico local Perante tal quadro soa ris vel pelo simplismo e um tanto quanto esquizofr nica a afirma o de que em termos legislativos n o h o que se acrescentar As norma
22. possibilidade de livre disposi o de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 351 352 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o uma rela o universal que seja abstratamente autossubsistente e independente mas que necessariamente seja exemplific vel ou predic vel na realidade e pessoal intranstitiva que se dirija a uma pessoa humana de modo direto entre um sujeito e suas condi es substanciais e individuais de exist ncia What is the Function of Criminal Law Crime as injury to the possibility of free disposal of a relationship Abstract This paper discusses the role that should be assigned to the Criminal Law Along this line it problematizes the subject with the following question the functions normally assigned to the Criminal Law by the doctrine are sufficient to demarcate the boundaries between individual liberty and criminal legal intervention by the State After conducting a preliminary analysis of the functions traditionally assigned by the doctrine to Criminal Law the paper introduces a discussion on the topic pointing out the need to understand the Criminal Law as a way to firstly declaring the limits of the exercise of several coexisting freedoms and in case of conflict declaring the existence of a breach of those freedoms and assign appropriate responsibility to those who acted in violation of the freedom of others In addition the article
23. respons vel por implantar as bases de redemocratiza o do Brasil caracterizada por um lado pela absten o estatal de intromiss o na rea de liberdade individual que entra em direta concord ncia v g com os princ pios da dignidade da pessoa humana da liberdade da igualdade da universalidade e da toler ncia caracterizando em suma a ideia de liberdade negativa o liberty from formulado por Isaiah Berlin 1998 p 220 231 significando que deve atribuir se s pessoas o direito de estar livre de intromiss es estatais Por outro lado nossa Constitui o tamb m avan a sobre a previs o de direitos sociais aqueles que dependem das presta es estatais e v o conformar a ideia de liberdade positiva ou segundo a formula o de Berlin 1998 p 231 236 liberty to ou seja a liberdade para a autorrealiza o A ideia constitucional de liberdade complexa Implica na concess o de autonomia para o homem que se realiza pela n o interven o do Estado na esfera da individualidade mas tamb m pela atividade estatal naquelas reas fundamentais para o aperfei oamento educa o sa de previd ncia seguran a acesso Justi a etc Os valores integrantes dessa inten o pol tico jur dica de realiza o do homem ou de seu aperfei oamento como ser humano n o cabem portanto em regras nem num rigoroso esquema program tico Por isso RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes a
24. BARROSO 2003 p 219 Assim somente a fase substantiva do devido processo legal que realmente impulsionou a ascens o de um maior espa o de aprecia o do Poder Judici rio sob o m rito dos atos do Poder P blico principalmente em defesa das liberdades individuais e coletivas contribuindo significativamente para a forma o da ideia de razoabilidade como par metro de valora o dos atos estatais que devem coadunar se com o ideal de justi a sob uma rela o razo vel entre meios e fins e de legitimidade dos fins O princ pio da razoabilidade retirando suas ra zes do devido processo legal substantivo como visto logrou consolidar se na jurisprud ncia da Suprema Corte norte americana concomitantemente ao desenvolvimento obtido pelo princ pio da proporcionalidade nos cen rios doutrin rio e jurisprudencial da Europa continental RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos Significativa parcela da doutrina atual utiliza as express es proporcionalidade e razoabilidade como integrantes de um mesmo conte do principiol gico baseado na id ia de controle dos atos do Poder P blico O exemplo de Lu s Roberto Barroso 2003 p 224 De logo conveniente ressaltar que a doutrina e a jurisprud ncia assim na Europa continental como no Brasil costumam fazer refer ncia igualmente ao princ pio da proporcionalidade conceito que em linhas gerais mant m uma rela o de fungibilidade com o
25. Beriba Reinaldo Alberto Nery de Lima Renata Cintr o Sim es de Oliveira Roberto Nogueira Rodrigo Miranda Le o J nior Romina Carmem Brito Carvalho R mulo de Souza Barbosa Sarah Clarissa Cruz Le o Simone Martins Lima T nia Maria de Azevedo Feitosa V lber Diniz da Silva Vitor Moreira da Fons ca Vivaldo Castro de Souza Yara Rebeca Albuquerque Marinho Ynna Breves Maia PROMOTORES DE JUSTI A SUBSTITUTOS Marcelle Cristine de Figueiredo Arruda S rgio Roberto Martins Ver osa PROMOTORES DE JUSTI A INATIVOS Aguinaldo Concy de Souza Alfredo da Silva Santana Alo sio Rodrigues de Oliveira Alu sio Pereira de Lima Ant nio Alves Santana Ant nio Raimundo Barros de Carvalho Bernardo Jos Antunes C ndido Hon rio Ferreira Filho Carlos Alberto de Moraes Ramos Carlos Alberto Loureiro Pinag Clodualdo de Souza Pinheiro Colmar Rabelo de Medeiros D rio Alves da Cruz Edilson Freire Elias de Oliveira Chaves Felipe Ant nio de Carvalho Fernando Ant nio Ferreira Lopes Fl vio Queiroz de Paula Francisco Gomes da Silva Francisco Jos de Menezes Jo o Flor ncio de Menezes Jo o Valente de Azevedo Jonas Neto Cam lo Jones Karrer de Castro Monteiro Joquebede de Oliveira Souza Jos Bento Cosme Jos Herivelto Pereira de Oliveira L a Regina Pereira Mattos Lorena de Ver osa Oliva Luiz Tadeu Calderoni Manuel Edmundo Mariano da Silva Maria Nazareth da Penha Va
26. Ivana Mussi Gabriel 7 Conclus o No ordenamento jur dico nacional a educa o constitui direito fundamental social consagrada no artigo 205 da Constitui o Federal de 1988 como direito de todos e dever do Estado e da fam lia promovida e incentivada com colabora o da sociedade visando ao pleno desenvolvimento de uma pessoa seu preparo para o exerc cio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho N o se trata de uma promessa constitucional O Estado tem o dever pol tico jur dico imposterg vel de promover facilitar e oferecer educa o a todos indistintamente Inclusive possui dota o or ament ria para tanto pois o ordenamento constitucional estabelece expressamente a vincula o de receitas or ament rias para gastos espec ficos com a educa o Por ser direito fundamental a omiss o governamental na vincula o de percentual m nimo de receitas de impostos na manuten o e desenvolvimento do ensino como previsto na norma do artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 implica num comportamento proibido e desonesto do gestor p blico que descumpre um dever pol tico jur dico solapa as regras internas de boa administra o cabendo portanto responsabiliz lo por ato de improbidade administrativa nos termos do artigo 11 da Lei 8 429 92 porque viola princ pios b sicos da Administra o P blica Diante da apura o minuciosa e detalhada da conduta il cita do agente p blico que deixa de ap
27. Joaquim Jos Gomes Canotilho 2002 p 1145 1146 Os princ pios interessar nos o aqui sobretudo na sua qualidade de verdadeiras normas qualitativamente distintas das outras categorias de normas ou seja das regras jur dicas As diferen as qualitativas traduzir se o fundamentalmente nos seguintes aspectos Os princ pios RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos s o normas jur dicas impositivas de uma optimiza o compat veis com v rios graus de concretiza o consoante os condicionalismos f cticos e jur dicos as regras s o normas que prescrevem imperativamente uma exig ncia imp em permitem ou pro bem que ou n o cumprida nos termos de Dworkin applicable in all or nothing fashion a conviv ncia dos princ pios conflitual Zagrebelsky a conviv ncia de regras antin mica os princ pios coexistem as regras antin micas excluem se Consequentemente os princ pios ao constitu rem exig ncias de optimiza o permitem o balanceamento de valores e interesses n o obedecem como regras l gica do tudo ou nada consoante o seu peso e a pondera o de outros princ pios eventualmente conflituantes as regras n o deixam espa o para qualquer outra solu o pois se uma regra vale tem validade deve cumprir se na exacta medida das suas prescri es nem mais nem menos Como se ver mais adiante em caso de conflito entre princ pios estes podem ser objecto
28. Madrid Civitas 1997 p 49 et seq DIAS Jorge de Figueiredo Quest es do direito penal revisitadas S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 p 61 et seq MIR PUIG Santiago El derecho penal en el Estado social y democr tico de derecho Barcelona Ariel 1994 p 159 et seg Para maior exposi o da teoria cf VIANNA Felipe Augusto Fonseca Princ pio da irrelev ncia penal do fato princ pio da insignific ncia e crimes bagatelares distin o necess ria ou cria o inoportuna Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas Manaus v 14 p 214 259 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 321 322 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o interesses A teoria do bem jur dico encerra um conjunto de proposi es de relev ncia dogm tica no que diz respeito a aspectos metodol gico interpretativos e sistem tico classificat rios e de relev ncia pol tico criminal ao saber do Direito Penal Assim sob a perspectiva dogm tica o bem jur dico representa a exist ncia de um interesse ou de um estado de coisas reconhecido como valoroso pela norma Ent o toda norma penal se refere a um interesse valoroso e digno de prote o a norma penal que pro be o homic dio quer proteger a vida a que pro be o furto quer proteger o patrim nio etc Sob uma perspectiva sistem tica o bem jur dico representa uma cole o e ordena
29. P rez 1999 p 56 apud ALENCAR 2008 p 122 assevera que as normas penais tribut rias defendem de forma imediata o patrim nio da Fazenda P blica consubstanciado na arrecada o tribut ria enquanto as fun es do tributo fazem as vezes do bem jur dico mediato ou imaterial daquelas normas Alencar 2008 p 92 93 conclui no sentido de que a concep o que se deve levar em considera o como bem jur dico aquela que considera a arrecada o tribut ria ou seja o patrim nio p blico imbu da de sua fun o de garantir a satisfa o das necessidades p blicas Vieira 2008 p 181 indica a exist ncia de bem jur dico mediato de relevante dignidade ao lado da arrecada o tribut ria qual seja a solidariedade social que se revelaria pela inferi o a partir da capacidade contributiva Rios 1988 p 50 tamb m entende como pluriofensivo o delito tribut rio sendo que os respectivos bens jur dicos imediato e mediato seriam respectivamente a arrecada o tribut ria e a fun o tribut ria Desta forma a justifica o do crime fiscal encontra se no fato de que a conduta delituosa al m de causar um preju zo imediato integridade patrimonial do Er rio P blico lesando a fun o p blica da arrecada o 8 P REZ Carlos Martinez Buj n Derecho penal econ mico parte especial Val ncia Tirant lo Blach 1999 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o acaba por a
30. Sob o pretexto de lograr uma prote o mais perfeita e plena pode se antecipar a tutela penal at o ponto em que seja conveniente Isto por um lado p e em xeque uma determina o das esferas do proibido e do permitido e por outro lado expunge a natureza fragment ria e subsidi ria do Direito Penal E a isso se liga tamb m um problema existente no n vel da teoria da pena uma fun o de prote o dirige se necessariamente ao futuro na esperan a de evitar les es a bens preven o geral negativa e como condi o de subsist ncia da pr pria norma penal como instrumento da busca por m xima efetividade na prote o ela deve sempre reafirmar o seu poder ou efic cia no cumprimento deste objetivo fun o de preven o geral positiva o que geraria aumento das san es sempre que se verificasse empiricamente que a pena ent o existente n o atenderia a contento a miss o de proteger o bem O quinto problema que a teoria do bem jur dico oferece t o s um argumento consequencialista incrimina se ou n o uma determinada conduta porque ela n o gera les o a um bem jur dico Ao dizermos que n o podemos punir um comportamento porque ele n o afeta qualquer bem jur dico estamos 21 Sobre o tema ponto de partida a leitura do bastante conhecido estudo de GRECO Lu s Moderniza o do direito penal bens jur dicos coletivos e crimes de perigo abstrato Rio de Janeiro Lumen Juris 2011 Cf tamb m a origin
31. bem jur dicos por ela protegidos como tamb m poss vel que a lei antecipe a les o de tais bens Por fim resta analisar se a teoria da prote o de bens jur dicos Tal teoria parece viver um momento de euforia na academia penal N o obstante as duras cr ticas que setor consider vel da doutrina estrangeira tem lhe feito ainda ela que goza de maior aceita o doutrin ria Tecer todas as cr ticas que podem ser feitas a teoria do bem jur dico de forma minuciosa em muito superaria os limites deste estudo em verdade tal empreitada mereceria obra pr pria Assim n o se pretende agora esgotar a mat ria mas sim apontar de forma resumida as principais obje es 16 Tradu o livre A vig ncia das normas pode ser prejudicada pelo an ncio de sua futura viola o 17 Tradu o livre a vig ncia da norma pode ser danificada n o s pelas viola es da norma entendida no seu sentido habitual mas tamb m por qualquer preju zo da confian a dos afetados RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana que podem ser feitas a esta teoria e demonstrar porque ela n o possibilita limitar o poder punitivo estatal Como diz Luis Greco Esta solu o tem uma s rie de vantagens mas ao mesmo tempo insufici ncias incur veis 2010 p 174 O primeiro grande problema da capacidade de rendimento da teoria do bem jur dico que ela at agora e h d vidas se
32. busque uma aproxima o cada vez maior com a destinat ria primeira de seus servi os a Sociedade Os principais resultados dessa sintonia ser o indubitavelmente a legitima o institucional e consequentemente a legitima o dos princ pios institucionais que regem este indispens vel rg o de defesa dos interesses sociais e do ordenamento jur dico vigente Nesse contexto somados valoriza o do conhecimento e busca pelo aprimoramento profissional de todo o corpo t cnico tanto Membros quanto Servidores os peri dicos institucionais t m papel fundamental na busca de tais objetivos Essa busca pode ser traduzida no esfor o institucional de incentivo produ o e divulga o de conhecimento t cnico cient fico por meio da publica o de trabalhos cient ficos jur dicos sejam artigos doutrin rios pareceres jur dicos ou jurisprud ncias na Revista Jur dica do Minist rio P blico do Amazonas que ora vos apresento Desejo que a materializa o desse peri dico mais do que um espa o privilegiado para o estabelecimento da reflex o multidisciplinar possa contribuir com o aprimoramento dos 13 14 debates engrandecedores no campo juridico com reflexos na luta di ria que travamos por uma sociedade ison mica justa e fraterna Carlos F bio Braga Monteiro Procurador Geral de Justi a do Amazonas A aplica o do principio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentai
33. de 8 de novembro de 2000 Esta por sua vez d prioridade de atendimento s pessoas portadoras de defici ncia aos idosos s gestantes s lactantes e s pessoas acompanhadas por crian as de colo Por outro lado a Lein 10 098 de 19 de dezembro de 2000 que pode ser considerada o Estatuto de Acessibilidade estabelece normas gerais e crit rios b sicos para a promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de defici ncia ou com mobilidade reduzida O conceito de acessibilidade adotado pela referida lei amplo e envolve um macrossistema desde via de acesso cal ada terminal ve culo at capacita o de pessoal A Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT deu mais um passo em atendimento ao disposto no Decreto n 5 296 de 2 de dezembro de 2004 que trata da promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de defici ncia ou com mobilidade reduzida Atrav s da publica o da norma ABNT NBR 15570 2009 que possui especifica es t cnicas para fabrica o de ve culos de caracter sticas urbanas destinados para o transporte coletivo de passageiros foram estabelecidos os requisitos b sicos para que a ind stria possa construir os novos ve culos destinados ao transporte p blico coletivo urbano de passageiros com atributos de seguran a conforto e acessibilidade A norma ABNT NBR 15570 2009 passa a abranger ve culos como os mini nibus nibus articulados e biarticulados que s o uma realidade em muito
34. dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues res duos pos consumo de m dia ou alta complexidade al m dos produzidos pela interven o do homem no meio ambiente como poda de rvores serragem de madeira capina etc O ac mulo e o descarte irracionais geram graves danos sa de com a prolifera o de vetores de doen as seguran a e ao meio ambiente artificial e natural afetando decisivamente a qualidade de vida da comunidade local A decomposi o natural do lixo a c u aberto em aterros comuns ou lix es produz metano CH4 g s carb nico CO2 e outros gases poluentes O chorume por exemplo com o seu alto teor cido e bacteriano se infiltra no solo e contamina o len ol fre tico al m de cursos d gua contaminando os peixes e se a gua for usada na irriga o agr cola a contamina o pode alcan ar os alimentos frutas verduras legumes etc O direito sa de al m de qualificar se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas representa consequ ncia constitucional indissoci vel do direito vida O poder p blico n o pode mostrar se indiferente ao problema da sa de p blica sob pena de incidir ainda que por censur vel omiss o em grave comportamento institucional STF RE 271 286 AgR Rel Min Celso de Mello j 12 09 2000 DJ de 24 11 2000 O objetivo do PROJETO LIXO AMIGO transformar um problema numa solu o um inimigo num amigo e num parceiro de coisa
35. do bem apropriado ou subtra do pelo particular O sujeito ativo do peculato ao se apropriar ou subtrair do bem do particular retira deste a possibilidade de estabelecer qualquer tipo de rela o com a coisa Uma vez aceita tal constru o a criminaliza o de condutas passa a ter um car ter n o consequencialista como no caso da prote o a bens jur dicos mas deontol gico 36 Cf NUCCI op cit 2007 p 1 010 COSTA J NIOR op cit 2002 p 1 095 DELMANTO op cit 2007 p 872 NORONHA op cit 1981 p 378 37Mister deixar claro que entendido o termo bem jur dico nos moldes propostos por Marco Ant nio Santos Reis tal car ter consequencialista tamb m deixa de existir conforme demonstrado Quando o texto doravante se referir a bem jur dico f lo no sentido que o empresta a doutrina tradicional elencada no t pico 2 3 deste estudo salvo expressa refer ncia em contr rio RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana pois o motivo pelo qual se pro be um dado comportamento alterado uma conduta considerada crime porque per se um desrespeito a uma rela o em termos jur dico penais Ela n o lesiva porque gera consequ ncias ruins imediatas ou n o mas porque por si s constitui um desrespeito Diante disso defendo que o Direito Penal possui a fun o de declarar os limites do exerc cio das diversas liberdades coexistentes e em caso
36. ferimentos graves ou afectem a sa de mental ou f sica item seguinte o Estatuto do Tribunal Penal Internacional traz a interpreta o aut ntica do item n 1 numa tentativa de uniformizar o entendimento do que vem a ser crimes contra a humanidade 2 Para efeitos do n 1 a Por ataque contra uma popula o civil entende se qualquer conduta que envolva a pr tica m ltipla de actos referidos no n 1 contra uma popula o civil de acordo com a pol tica de um Estado ou de uma organiza o de praticar esses actos ou tendo em vista a prossecu o dessa pol tica b O exterm nio compreende a sujei o intencional a condi es de vida tais como a priva o do acesso a alimentos ou medicamentos com vista a causar a destrui o de uma parte da popula o c Por escravid o entende se o exerc cio relativamente a uma pessoa de um poder ou de um conjunto de poderes que traduzam um direito de propriedade sobre uma pessoa incluindo o exerc cio desse poder no mbito do tr fico de pessoas em particular mulheres e crian as d Por deporta o ou transfer ncia for a de uma popula o entende se a desloca o coactiva de pessoas atrav s da expuls o ou de outro acto coercivo da zona em que se encontram legalmente sem qualquer motivo reconhecido em direito internacional e Por tortura entende se o acto por meio do qual uma dor ou sofrimentos graves f sicos ou mentais s o intenc
37. ncia de dolo por parte do agente n o ilide a contamina o posto que imprescind vel n o s a boa f subjetiva mas tamb m a objetiva que o respeito Lei na produ o do manancial probat rio T VORA 2014 p 400 Com o advento da Lei n 11 690 08 a diverg ncia doutrin ria teve fim uma vez que positivou a teoria dos frutos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes da rvore envenenada ou da prova il cita por deriva o e algumas das teorias decorrentes limitantes como a teoria da prova absolutamente independente e a teoria da descoberta inevit vel que tinham assento apenas jurisprudencial Contudo tamb m restou positivada no C digo de Processo Penal na primeira parte do 1 do art 157 a teoria limitante da prova absolutamente independente ou da fonte independente independente source limitation m verbis salvo quando n o evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras e a teoria da descoberta inevit vel inevitable discovery limitation na segunda parte do 1 do art 157 cuja reda o a seguinte ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras Nesses termos pode se notar claramente a inten o do legislador em ao positivar a Teoria dos Frutos da rvore Envenenada n o o fez de forma absoluta eis que tamb m expressamente limitou seu alcance Essa mitiga o ao tempo em que
38. nicos e articular com os agentes econ micos e sociais formas de utiliza o do composto produzido Em geral a reciclagem exige um processo transformador com emprego de recursos naturais e possibilidade de gera o de res duos ZANTA et al p 9 o que n o se passa com a compostagem Pelo projeto lixo amigo a compostagem em Novo Air o vista como uma parte importante da estrat gia integrada de gest o dos RSU s Deve ser constru do um p tio de compostagem consistente numa rea pavimentada capaz de processar tantas leiras quanto seja a produ o de material compost vel pela cidade RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues 5 5 2 Biog s O reaproveitamento energ tico dos res duos org nicos atrav s da produ o de g s metano e di xido de carbono CASTILHOS JR et al p 26 uma alternativa que pode ser implementada em Novo Air o O biog s pode ser utilizado diretamente como combust vel t rmico como fonte de produ o de energia mec nica ou ainda na fabrica o de outro produto energ tico como vapor ou eletricidade A solu o mais simples adicionar o biog s de aterro sanit rio a um outro g s j distribu do g s natural por exemplo CASTILHOS JR et al p 41 Todavia existem algumas circunst ncias locais que podem inviabilizar a alternativa ou no m nimo sugerir mais estudos e an lises Um par metro importante a dist ncia entre o local de produ o
39. o de liberdade ou a prestar qualquer informa o sobre a situa o ou localiza o dessas pessoas com o prop sito de lhes negar a protec o da lei por um longo per odo de tempo Para se alcan ar estas defini es foi necess rio superar graves controv rsias Japiass indica quatro caracter sticas fundamentais que podem ser destacadas neste diploma a aus ncia do requisito da conex o com um conflito armado o car ter generalizado ou sistem tico do ataque contra uma popula o civil a aus ncia do requisito da exist ncia de motivos discriminat rios o elemento subjetivo do conhecimento do referido ataque 27 JAPIASSU op cit p 41 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 223 224 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional 4 3 Os crimes de guerra Ao observar o Estatuto de Londres de 1945 verifica se a defini o de que os crimes de guerra s o viola es das leis e dos costumes de guerra Incluem se assassinatos maus tratos deporta o para trabalho for ado ou qualquer outro fim tanto da popula o civil ou de prisioneiros militares execu o de ref ns despojamento de propriedade privada ou p blica injustificada destrui o de cidades povoados e aldeias devasta o n o justificada por necessidades militares A previs o dos crimes de guerra ou crimes contra as leis e costumes aplic veis em conflitos armados se caracteriza como ava
40. o poder exceder os limites do indispens vel para a obten o dos fins almejados n o podendo assim provocar gravame maior do que o estritamente necess rio para o implemento do fim leg timo que se busca Lu s Roberto Barroso 2003 p 228 assim leciona o subprinc pio da necessidade ou exigibilidade Conhecido tamb m como princ pio da menor inger ncia poss vel consiste ele no imperativo de que os meios utilizados para o atingimento dos fins visados sejam os menos onerosos para o cidad o a chamada proibi o do excesso Uma lei ser inconstitucional por infring ncia ao princ pio da proporcionalidade se se puder constatar inequivocamente a exist ncia de outras medidas menos lesivas A ideia da necessidade ou exigibilidade como subprinc pio da proporcionalidade est fulcrada no imperativo de que no momento da elei o de uma medida no caso concreto deve recorrer se medida mais suave ou menos gravosa de sorte a alcan ar o fim almejado provocando o m nimo de prejuizo e restri es poss veis RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos Analisando o subprincipio da necessidade sob plano diverso ou em sentido negativo Suzana Toledo de Barros 2003 p 82 leciona Na considera o de que uma medida inexig vel ou desnecess ria e que por isso fere o princ pio da proporcionalidade importante se possa indicar outra medida menos gravosa menor restri o e c
41. partilham desta forma de vaca que s o vacas individuais Entretanto enquanto as vacas particulares podem ser transformadas em bifes a qualquer momento a forma pura RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 345 346 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o de vaca eterna e indestrut vel Mesmo que todas as vacas do mundo desaparecessem a forma de vaca continuaria a existir como uma esp cie de ideia pura como ainda hoje existem a ideia dinossauro por exemplo Os universais s o comumente descritos como contrapartes extralingu sticas ou os valores sem nticos de atributos os valores sem nticos dos sujeitos de senten as como a intelig ncia uma virtude propriedades os valores sem nticos dos predicados mon dicos em senten as simples como Carlos inteligente e de rela es cujos valores sem nticos dos predicados podem ser diadicos Cameron ama John tri dicos O Rio de Janeiro est entre o Esp rito Santo e S o Paulo e etc Agora se tem uma melhor condi o de esclarecer o que se deseja dizer por rela o universal A rela o entre o sujeito no caso a v tima e o conjunto de condi es mencionado universal no sentido de que tais condi es que podem consistir num atributo numa propriedade ou numa rela o s o objetos completamente autossubsistentes cuja natureza e exist ncia s o indepe
42. potencialmente no princ pio da proporcionalidade aquela que o faz instrumento de interpreta o toda vez que ocorre antagonismo entre direitos fundamentais e se busca desde a solu o conciliat ria para a qual o princ pio indubitavelmente apropriado As cortes constitucionais europ ias nomeadamente o Tribunal de Justi a da Comunidade Europ ia j fizeram uso frequente do princ pio para diminuir ou eliminar a colis o de tais direitos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos Abordando a aplica o do princ pio da proporcionalidade como t cnica utilizada no mbito jurisprudencial para a solu o de conflitos envolvendo direitos fundamentais Mendes 1999 p 91 96 re ne dois casos c lebres na Corte Constitucional alem O primeiro a decis o de 24 02 1971 relativa a conflito entre o direito liberdade art stica e o direito da personalidade honra e imagem enquanto deriva es do princ pio da dignidade humana Mendes 1999 p 91 93 relata o caso em que o filho adotivo do falecido ator de teatro Gustaf Grtindgens postulava a proibi o da publica o do romance Mephisto sob a alega o de que se cuidava de biografia injuriosa mem ria do ator falecido Ap s sucessivas decis es em inst ncias inferiores O Tribunal Constitucional procedeu pondera o dos valores liberdade art stica versus direito honra e imagem em conflito no caso concreto com base na t cn
43. revista 1235066670174218181901 pdf gt Acesso em 19 fev 2014 Neoconstitucionalismo e constitucionaliza o do Direito o triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil Revista de Direito Constitucional e Internacional Doutrinas Essenciais de Direito Constitucional v 1 maio 2011 BRASIL Lei 4 657 de 4 de setembro de 1942 Lei de Introdu o s normas do direito brasileiro Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 decreto lei Del4657 htm gt Acesso em 18 mar 2014 Supremo Tribunal de Justi a HC 72726 Dispon vel em lt http stj jusbrasil com br jurisprudencia 6275 habeas corpus hc 72726 gt Acesso em 10 abr 2014 Supremo Tribunal Federal HC 95 009 4 SP Rel Min Eros Grau Dispon vel em lt http www stf jus br arquivo cms noticiaNoticiaStf anexo hc95009EG pdf gt Acesso em 08 abr 2014 CORREIA Eduardo Direito criminal v 1 Colabora o Figueiredo Dias Coimbra Livraria Almedina 1996 p 8 COUTINHO Felipe Juiz considera maconha recreativa e absolve traficante Disponivel em lt http www1 folha uol com br cotidiano 2014 01 1404517 juiz considera maconha recreativa e absolve traficante confesso shtml gt Acesso em 16 mar 2014 DIAS Jorge de Figueiredo Direito penal Parte geral Tomo I S o Paulo Revista dos Tribunais Coimbra Coimbra 2007 FRANCO Alberto Silva Do princ pio da interven o m nima ao princ pio da m xima interven o Revis
44. ter metaindividual igualmente explicitadas na se o anterior necess rio maior cautela Pode parecer que seria digno de tutela penal o Patrim nio P blico levando em considera o a coletividade como sua titular tendo em vista a maior amplitude da prote o criminal conferida pelo modelo de Estado Democr tico de Direito RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o Por outro lado a partir de uma an lise mais profunda verifica se que o fundamento fulcral da tutela dos bens jur dicos metaindividuais reside na plena possibilidade do desenvolvimento das potencialidades humanas dentro de um determinado contexto social Contudo de acordo com a doutrina especializada que da natureza do bem jur dico supraindividual poder ser gozado pela coletividade sem exclus o de modo que referida no o apenas se justifica se efetivamente se tomar o corpo social como par metro de an lise Desse modo n o se pode afirmar cumprir o Er rio P blico concebido em acep o pura o requisito da dignidade 3 2 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio concebido funcionalisticamente O Sistema Tribut rio Nacional direcionado a arrecadar riquezas para que o Estado cumpra suas finalidades as quais est o previstas como fundamentos e objetivos fundamentais da Rep blica e incluem na verdade todo o conjunto de valores reconhecidos constitucionalmente Assim tendo em vista a imprescindibilidade da arrecada
45. 2008 p 414 467 CERNICCHIARO Luiz Vicente Direito Penal Tribut rio observa es de aspectos da teoria geral do Direito Penal Revista Brasileira de Ci ncias Criminais S o Paulo v 3 n 11 p 175 183 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 203 204 Dignidade do bem juridico penal tributario jul set 1995 GUIRAO Rafael Alc cer La protecci n del futuro y los da os cumulativos Revista Electr nica de Ci ncia Penal y Criminologia n 04 08 p 9 2002 Dispon vel em lt http criminet ugr es recpc recpc 04 08 pdf gt Acesso em 24 nov 2010 MACHADO Hugo de Brito Crimes contra a ordem tribut ria S o Paulo Atlas 2008 p 201 213 MARTIN Lu s Gracia Bien jur dico resultado y acci n t pica en el delito de defraudaci n tribut ria del art 349 del c digo penal espa ol Zaragoza Secretariado de Publicaciones Universidad de Zaragoza 1986 p 44 et seq MARTINS Ives Gandra Silva Da san o tribut ria S o Paulo Saraiva 1980 p 17 22 P REZ Carlos Martinez Buj n Derecho penal econ mico parte especial Val ncia Tirant lo Blach 1999 p 329 PIRES Leandro Ant nio Aspectos do bem jur dico ofendido nos crimes tribut rios Curitiba 2010 Dispon vel em lt http dspace c3sl ufpr br dspace bitstream 1884 23004 1 Leandro 20A 20 Aires Aspectos 20d0 20bem o20juridicopenal o20o0fendido 20 nos 20crimesY20tributarios mestrado2010 UFPR pdf gt Acesso em 17 nov 2010 RAM
46. A ideia de enfrentar o problema tomou corpo em 2010 sob o influxo da PNRS e a partir da foram tra ados os seguintes passos 1 Identifica o e diagn stico do problema 2 An lise de solu es alternativas 3 Proposta de uma solu o espec fica 4 Decis o sobre a ado o da solu o espec fica 5 Integra o e compartilhamento do projeto com a comunidade 6 Formula o de um plano de implementa o 7 Implementa o e execu o do plano Na busca da neutraliza o ou da minimiza o dos riscos ao meio ambiente e sa de p blica todos os mecanismos de gest o de res duos foram submetidos a uma an lise luz da realidade apresentada pela cidade de Novo Air o Adotou se claramente a pr tica dos 3Rs reduzir evitando a produ o 2 Para Backer 1995 p 238 a elabora o de uma estrat gia ecol gica deve contemplar a fase de identifica o das prioridades fase de diagn stico fase de planos e a fase de s ntese ou seja a estrat gia ecol gica RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues de res duos mediante a mudan a de h bitos de consumo atrav s de um massivo programa de educa o ambiental reutilizar reaproveitando o material em outra fun o numa contraofensiva cultura do descart vel e reciclar transformando materiais j usados por meio de processo artesanal ou industrial em novos produtos O projeto comporta a constru o de um aterro sa
47. Assis Nogueira Frederico Monteiro Barroso Jaime Tourinho Fernandez Jos Maria Lopes Luiz F lix Concei o Santos Lupercino de S Nogueira Filho Maria Helena Antonio Monassa Abinader Merita Azulay Cardoso Soares Mithridates Corr a Filho Orlando dos Santos Santiago Pedro da Silva Costa Salvador Conte Telma Martins Maciel Vicente Augusto Cruz Oliveira Yano Ren Pinheiro Monteiro PROMOTORES DE JUSTI A DE ENTRANCIA FINAL Adelton Albuquerque Matos Aguinelo Balbi Junior Alberto Rodrigues do Nascimento J nior Ana Claudia Abboud Daou Anabel Vit ria Pereira Mendon a de Souza Ant nio Jos Mancilha Carlos F bio Braga Monteiro Carlos Jos Alves de Ara jo Cl udia Maria Raposo da C mara Coelho Cleucy Maria de Souza Cley Barbosa Martins Darlan Benevides de Queiroz Davi Santana da C mara David Evandro Costa Carramanho Delisa Ol via Vieiralves Ferreira Edgard Maia de Albuquerque Rocha Edilson Queiroz Martins Edinaldo Aquino Medeiros Edna Lima de Souza Elvys de Paula Freitas Evandro da Silva Isolino Francilene Barroso da Silva Francisco de Assis Aires Argtielles Francisco L zaro de Morais Campos G ber Mafra Rocha Guiomar Fel cia dos Santos Castro Izabel Christina Chris stomo Jefferson Neves de Carvalho Jo o de Holanda Farias Jo o Gaspar Rodrigues Jorge Alberto Gomes Damasceno Jorge Alberto Veloso Pereira Jorge Michel Ayres Martins Jorge Wilson Lo
48. Collision Pondering of values Principle of the proportionality RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro Refer ncias ALEXY Robert Teoria dos Direitos Fundamentais Tradu o Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 ARIST TELES tica a nic maco 4 ed Tradu o de Torrieri Guimar es S o Paulo Martin Claret Ltda 2010 Cole o a obra prima de cada autor ATIENZA Manuel As raz es do direito teorias da argumenta o jur dica Tradu o Maria Cristina Guimar es Cupertino S o Paulo Landy 2000 Tradu o de Teor as de la Argumentaci n Jur dica BONAVIDES Paulo Curso de Direito Constitucional S o Paulo Malheiros 1996 BRASIL Supremo Tribunal Federal ADI 3510DF Rel Ministro Ayres Brito Plen rio julgado em 29 maio 2008 Dispon vel em lt http redir stf jus br paginadorpub paginador jsp docTP AC amp docID 611723 gt Acesso em 6 dez 2013 Supremo Tribunal Federal ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 abr 2012 Dispon vel em lt http redir stf jus br paginadorpub paginador jsp gt docTP TP amp docID 3707334 gt Acesso em 6 dez 2013 CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional e a teoria da constitui o Almedina Coimbra 2003 ESCUELA LIBRE DE DERECHO La crisis de la ley Memoria del II encuentro de claustros docentes Pisa Escuela Libre de Derecho 2006 FERRAJOLI Luigi Derechos y garantias Mad
49. Federal Ac rd o no HC 84679 ED Relator MENDES Marco Aur lio Publicado no DJ de 16 dez 2005 Supremo Tribunal Federal Ac rd o no HC 91 867 Relator MENDES Gilmar Publicado no DJe de 20 set 2012 Supremo Tribunal Federal HC 93050 RJ Relator Min CELSO DE MELLO Data de Julgamento 10 jun 2008 Segunda Turma Data de Publica o DJe 142 DIVULG 31 jul 2008 PUBLIC 1 ago 2008 EMENT VOL 02326 04 PP 00700 COMOGLIO Luigi Paolo Garanzie costituzionali e giusto processo modelli a confronto Revista de Processo S o Paulo Revista dos Tribunais v 23 n 90 p 95 150 abr jun 1998 CONSELHO DA EUROPA Conven o europeia de direitos humanos 7 ed S o Paulo RIdeel 2012 CONVEN O interamericana de direitos humanos Pacto de San Jos da Costa Rica 7 ed S o Paulo Rideel 2012 GRECO Leonardo Garantias fundamentais do processo o processo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 75 76 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 justo Novos Estudos Jur dicos v VII n 14 p 9 68 abr 2002 KERMIT Hall Oxford guide to united states supreme court Oxford USA Trade 2012 MAZZUOLI Val rio de Oliveira Teoria geral do controle de convencionalidade no direito brasileiro In Revista de Informa o Legislativa Bras lia n 46 n 181 jan mar 2009 MOREIRA Jos Carlos Barbosa e GRINOVER Ada Pellegr
50. GUIMAR ES op cit 2007 p 58 Tal autor contudo entende que essa obrigatoriedade de coexist ncia fundamento do poder dever de punir Entende se aqui que tal estado funda a necessidade da declara o dos limites do exerc cio da liberdade o que a tarefa prim ria do direito criminal como se demonstrar mas n o o poder dever de punir per se RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 335 336 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o sujeitos conscientes e dotados de autonomia afirma a necessidade de se preservar uma esfera imponder vel de liberdade individual ou seja uma barreira ou limite intranspon vel ao Estado REIS 2011 p 184 187 Esta esfera constitui um imperativo de respeito e sua viola o por parte do Estado ou por particulares nega a no o de sujeito raz o ltima da pr pria exist ncia do Direito incorporando uma instrumentaliza o ou coisifica o deste Como lembra Lu s Greco Em certas esferas ainda que bem reduzidas o cidad o soberano absoluto Principalmente no que diz respeito a quest es referentes a chamada boa vida qualquer interven o estatal significar um desrespeito a essa autonomia a entendida aqui grosseiramente como o direito de viver segundo seu pr prio plano de vida e sua pr pria ideia de uma boa vida Respeitar a autonomia do indiv duo significa reconhecer lhe uma
51. In this context can be analyzed in this paper by using descriptive and exploratory methodology as the rolling sum of the historical philosophical and legal foundations of the principle of proportionality led it to the current technical level to solve conflicts between fundamental rights Keywords Proportionality Conflicts between fundamental rights Refer ncias ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Tradu o de Ernesto Garz n Vald s Madrid Centro de Estudios Pol ticos Y Constitucionales 2002 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos BARROS Suzana de Toledo O principio da proporcionalidade e o controle de constitucionalidade das leis restritivas de direitos fundamentais 3 ed Bras lia Bras lia Jur dica 2003 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da Constitui o 5 ed rev atual e aum S o Paulo Saraiva 2003 O Direito Constitucional e a efetividade de suas normas 4 ed Rio de Janeiro Renovar 2003 BOBBIO Norberto 4 Era dos Direitos Tradu o de Carlos Nelson Coutinho Rio de Janeiro Campus 1992 BRAGA Valeschka e Silva Princ pio da Proporcionalidade amp da Razoabilidade Curitiba Juru 2004 BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado 1988 Lei 10 406 02 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil brasileiro Bras lia DF Senado 2002 BONAVIDES Paulo Curso de Direito Consti
52. J Gomes Canotilho ob cit p 27 o princ pio considerado significa no mbito das leis interventivas na esfera de liberdades dos cidad os que qualquer limita o a direitos feita pela lei deve ser apropriada exig vel e na justa medida atributos que permitem identificar o conte do jur dico do c none de proporcionalidade em sentido amplo exig ncia de adequa o da medida restritiva ao fim ditado pela pr pria lei necessidade da restri o para garantir a efetividade do direito e a proporcionalidade em sentido estrito pela qual se pondera a rela o entre a carga da restri o e o resultado Portanto para aferi o do mencionado princ pio deve se seguir um procedimento met dico dividido em etapas pr prias que nos levar o a inferir qual o direito que deve prevalecer esp cie em concreto Assim resume o professor Paulo Gustavo Gonet Branco in Princ pio da proporcionalidade no controle da constitucionalidade das leis e a Constitui o de 1988 site IDP quanto aos referidos obst culos Como sabido uma norma passar no teste do princ pio da proporcionalidade se vencer os desafios dos subprincipios constitutivos deste Esses subprinc pios s o o princ pio da adequa o dos meios o da necessidade RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos eo da proporcionalidade em sentido estrito O princ pio da adequa o dos meios pode ser traduzido como a exig ncia de que a medida e
53. Mussi Gabriel est pidas Contudo nem toda jurisprud ncia de Tribunais Superiores corrobora desse mesmo entendimento Para o Superior Tribunal de Justi a a n o vincula o de receitas na educa o s ser considerada ato de improbidade capitulada no artigo 11 da Lei 8429 92 se configurada com prova irrefut vel a conduta do agente e o dolo gen rico sob pena de descaracteriz lo como se depreende do seguinte ement rio ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL AGRAVO REGIMENTAL A O CIVIL P BLICA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA LEIN 8 429 92 LES O A PRINC PIOS ADMINISTRATIVOS AUS NCIA DE DANO AO ER RIO N O CARACTERIZA O DO ELEMENTO SUBJETIVO ATO DE IMPROBIDADE N O CONFIGURADO REEXAME DE MAT RIA F TICO PROBAT RIA S MULA 07 STJ 1 Em rela o alegada viola o do princ pio da legalidade a tese constru da pelo recorrente de que a aplica o de recursos na educa o em n veis inferiores ao constitucionalmente determinado fl 369 configurou por si s ato de improbidade administrativa demandaria na forma com apresentada o revolvimento f tico probat rio dos autos procedimento vedado pelo enunciado sumular 7 STJ 2 0 Tribunal a quo fundamentou seu entendimento ao concluir que n o existem dolo ou culpa na conduta do agente m f e muito menos preju zo ao er rio e deduziu que o ato n o se amoldaria ao art 11 da Lei de Improbidade Administrativa 3 E indispens vel p
54. Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Sr Elias Sim o Assayag Departamento de Hidr ulica e Saneamento da UFAM Sr Rui Moura Bananeira Assoc Amazonense dos Munic pios Sr Jos de Castro Correia Diretor da Faculd de Tecnologia da UFAM Sr Paulo Ricardo Rocha Farias Assoc Amazonense dos Munic pios Sr Jabes Pinto da Silva Representante da SDS Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secretario de Org Fundi ria de Novo Air o Sr Ernesto Oliveira Serra Pinto Centro de Ci ncias do Ambiente da UFAM 12 reuni o 16 09 2011 152 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues 13 reuni o 04 10 2011 Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr Paulo Ricardo Rocha Farias Assoc Amazonense dos Munic pios Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Professora Lilyanne Rocha Garcez Departamento de Hidr ulica e Saneamento da UFAM 14 reuni o 28 11 2011 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Andr Mour o Secret rio de Finan as de Novo Air o Sr Jos Robson Gomes da Silva Assessor de Novo Air o Sra Rute Ferreira Lima Assoc Amazonense dos Munic pios 15 reuni o 05 12 2011 Promotor de Ju
55. REZ Juan Bustos Los delitos contra la hacienda p blica bien jur dico y tipos legales Madrid Tecnos 1987 p 14 ROSA JR Luiz Emygdio F da Manual de Direito Tribut rio Rio de Janeiro Renovar 2009 RIOS Rodrigo S nchez O crime fiscal Porto Alegre S A Fabris 1998 SOUSA Susana Aires de Os Crimes Fiscais an lise dogm tica e reflex o sobre a legitimidade do discurso criminalizador Coimbra RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o Coimbra 2006 TIEDEMANN Klaus Lecciones de derecho penal econ mico comunit rio espa ol alem n Barcelona PPU 1993 p 162 VIEIRA Jos Roberto Apropria o Ind bita Tribut ria no IPI e no ICMS Vislumbres de um Estado Shylock In Congresso Nacional de Estudos Tribut rios 5 BARRETO Aires F et al Org Direito tribut rio linguagem e m todo as grandes disputas entre jurisprud ncia e dogm tica na experi ncia brasileira atual S o Paulo Noeses 2008 p 510 511 WENDY Lilian N Gurfinkel de RUSSO Eduardo Angel Il citos tribut rios em las leyes 11 683 y 23 771 3 ed Buenos Aires Depalma 1993 p 8 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 205 206 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional Arlindo Severino Teixeira de Oliveira Sum rio 1 Introdu o 2 Princ pio da legalidade e a internacionaliza o do Direito Penal
56. Rodrigues bodes expiatorios a cada crime um culpado sob o lema da luta contra o crime ou combate ao crime de ranco nitidamente militar a qualquer pre o mesmo usurpando terreno a liberdade e esbulhando os direitos fundamentais de cidad os inocentes Chega a ser uma politica institucionalizada de viol ncia policial 5 com pol ticos defendendo um arrevesado princ pio de autoridade ou pregando a m xima de que bandido bom bandido morto Domina uma l gica utilitarista que v m todos violentos como um mal necess rio na luta contra a crescente onda de crime viol ncia e tr fico de drogas o chamado policiamento de resultados MACAULAY 2005 p 23 que opera fora dos limites da legalidade e exerce uma forte atra o sobre os pol ticos que t m pavor de parecerem suaves com o crime embora exista forte evid ncia de que essa forma de policiamento extralegal frequentemente acaba contribuindo com a atividade criminosa em vez de combat la N o se pode compreender e foge mesmo simples l gica dos fatos como institui es criadas por n s n o representam seguran a e prote o Naturalmente por conta disso passamos a ver em toda parte m s inten es culpados crimes e des gnios criminosos O poder policial em especial passa a ser visto com desconfian a e ao inv s de sugerir coopera o acaba por engendrar repulsa e antipatia Mas acima de tudo h um custo muito alt
57. a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o vida Pot ncia tudo aquilo que j pertence ao sujeito mas existe de modo potencial isto dependente da exist ncia de uma predispon ncia A aptid o como pot ncia intencional constitutiva justamente a doa o de sentidos Sinngebung Ela pertence ao sujeito ao Ego como estrutura de constitui o na qual se revela o ato doador de sentido Esta pot ncia constitutiva n o outra coisa sen o o que ativa a apropria o do objeto pelo sujeito atividade pela qual a possibilidade de uma viv ncia se torna efetivamente viv ncia actualiza se e dada para o sujeito com um sentido 2011 p 185 187 J quanto a no o de esfera imponder vel de autonomia o autor defende que ela junto ao subcrit rio da responsabilidade interrelacional deve lidar com tr s crit rios a o grau de imediatidade entre a conduta e as consequ ncias lesivas ou arriscadas desta conduta para bens jur dicos alheios b o grau de comprometimento que a conduta pode gerar para os bens jur dicos de terceiros c o grau de imprescindibilidade do bem jur dico protegido de terceiros e d o limite da relev ncia do consentimento 2010 p 23 grifos do original Trata se de fundamentos e crit rios que Luis Greco n o adota em nenhum momento de sua defesa do conceito de autonomia realizada no artigo citado Al m do mais Greco tam
58. admiss o dos princ pios que colmatam a vida pol tico juridica do Estado num nivel em que se acham presentes valores tico sociais Esta situa o modela o novo Estado no qual observamos uma verdadeira viragem de paradigmas por sairmos da democracia formal essencialmente marcada pelo direito de eleger e ser eleito rumo a democracia material onde se estruturam condi es para o aperfei oamento do indiv duo e da sociedade de maneira que o Estado j n o ser apenas democr tico de direito mas um Estado adjetivado por valores de relevo humano e social Essas caracter sticas do novo constitucionalismo autorizam nos a reconhecer maior dinamismo ao sistema jur dico constitucional N o exatamente em sua estrutura interna pois que a Constitui o r gida e o processo para sua altera o apresenta redobrados mecanismos de seguran a de modo que se torne dif cil imprimirem se reformas ditadas v g pelo programa pol tico de um governo Mas pela possibilidade de constitucionalizarem se mat rias regradas no mbito 10 AVILA Neoconstitucionalismo entre a ci ncia do Direito e o Direito da ci ncia confirma a inser o da Constitui o brasileira no neoconstitucionalismo destacando as distintas fun es das regras e princ pios constitucionais sendo que estes auxiliam na interpreta o e integra o das regras infraconstitucionais 11 BARROSO Judicializa o ativismo judicial e legiti
59. aplicada em Manaus obst culos pelos quais as pessoas portadoras de defici ncia f sica passam diariamente j que todo o cidad o teoricamente deveria usufruir do direito de locomo o 2 Aspectos gerais De acordo com Fl via Piva Almeida Leite A Declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o de 1789 foi o primeiro documento a formalizar a id ia jur dica de igualdade e posteriormente elevada a preceito constitucional quando da sua incorpora o Constitui o Francesa de 1791 Depois disso o princ pio da igualdade foi positivado nas Constitui es modernas LEITE 2003 p 2319 2339 Para Jorge Miranda Pensar em igualdade pensar em justi a na linha da an lise aristot lica retomada pela escol stica e todas as correntes posteriores de Hobbes e Rousseau a Marx e Rawls redefinir as rela es entre pessoas e entre normas jur dicas indagar da lei e da generalidade da lei MIRANDA 2000 p 40 42 Com a Constitui o de 1988 houve uma transi o democr ticaemnosso pa s comaredefini o einstitucionaliza o dos direitos humanos banindo do nosso ordenamento jur dico o regime militar que perdurou de 1964 a 1985 LEITE 2003 p 2319 2339 A Constitui o Federal de 1988 assegura o direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel atrav s de alguns dispositivos como observa Jos Afonso da Silva que disserta RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas sobre o novo
60. aqui os crimes de guerra prote o dos direitos humanos fundamentais genoc dio crimes contra a humanidade apartheid escravid o e tortura prote o contra terror viol ncia prote o de interesses sociais prote o de interesses culturais prote o ao meio ambiente prote o aos meios de comunica o e prote o dos interesses econ micos Em seu artigo 5 o Estatuto de Roma elenca os crimes que s o de sua compet ncia Crimes da compet ncia do Tribunal 1 A compet ncia do Tribunal restringir se aos crimes mais graves que afectam a comunidade internacional no seu conjunto Nos termos do presente Estatuto o Tribunal ter compet ncia para julgar os seguintes 17 BAZELAIRE Jean Paul A justi a penal internacional sua evolu o seu futuro de Nuremberg a Haia p 68 18 AMBOS Kai A constru o de uma parte geral do direito penal Internacional In Tribunal Penal Internacional possibilidades e desafios AMBOS Kai e JAPIASSU Carlos Eduardo Adriano Org Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 p 7 et seq 19 CANTARELLI op cit 2000 p 222 223 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 217 218 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional crimes a O crime de genoc dio b Os crimes contra a Humanidade c Os crimes de guerra d O crime de agress o 2 O Tribunal poder exercer a sua compet ncia em rela o ao crime de agress o des
61. b sica de segrega o visou facilidade de execu o buscando uma solu o com menos impacto na rotina dom stica e que facilitasse a compostagem e a reciclagem Lange et al 2002 p 188 Posteriormente com a consolida o e o aperfei oamento do programa de educa o ambiental pode ser estendida separa o dos res duos secos em suas parcelas espec ficas papel pl stico metal vidro etc A a o de segregar os res duos com base em suas caracter sticas possibilita a sua valoriza o e maior efici ncia das demais etapas subsequentes de gerenciamento por evitar a contamina o de quantidades significativas de materiais reaproveit veis em decorr ncia da mistura de res duos ZANTA et al 2002 p 12 A coleta seletiva de lixo constitui parte integrante e importante de um projeto de reciclagem e quando bem gerenciada contribui para aumentar a efic cia na reciclagem N o uma atividade lucrativa capaz de gerar um retorno econ mico imediato Todavia por outro lado gera ganhos ambientais e sociais bastante expressivos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 157 158 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Existem dois modelos de coleta dos materiais segregados pode ser realizada de porta em porta com ve culos coletores apropriados caminh es compactadores basculantes com carroceria de madeira aberta caminh es ba etc ou por meio de Postos de Entrega Vol
62. blicos de limpeza urbana coleta seletiva e log stica reversa sendo proibida por lei Lei n 11 445 2007 art 10 caput a elabora o de conv nios termos de parceria ou outros instrumentos jur dicos de natureza prec ria RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues 5 3 Educa o ambiental e participa o ativa da comunidade Entendem se por educa o ambiental os processos por meio dos quais o indiv duo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e compet ncias voltadas para a conserva o do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Lei n 9 795 de 27 04 1999 art 1 De acordo com o princ pio n 10 da Declara o do Rio de Janeiro de 1992 a melhor maneira de tratar quest es ambientais assegurar a participa o no n vel apropriado de todos os cidad os interessados A participa o da comunidade de cada localidade nos processos de planejamento elabora o dos projetos viabiliza o do financiamento execu o defini o da presta o dos servi os e avalia o condi o fundamental para a implementa o e o xito do projeto local sustent vel de saneamento ambiental MORAES et al 1998 p 27 O Projeto Lixo Amigo foi idealizado concebido e conduzido com base em metodologias e princ pios participativos Foi acolhido no projeto um programa municipal de educa o am
63. certa rebeldia interpreta o e aplica o de normas legais como se v entre os que advogam o alternativismo jur dico e os ju zes para a democracia ou claramente postulam a passagem do nosso modelo de Direito para o common law num entendimento algo naif sobre o car ter da S mula vinculante tudo claro em nome de uma atividade judicial que contribua para o progresso social da sociedade sic fazendo avan ar o Direito no rumo da liberdade igualdade e fraternidade Para uma tentativa de dissolu o do problema metodol gico impende inicialmente sublinhar que a liberdade ou como Castanheira Neves prefere desvincula o NEVES 1995 p 534 n o quer simplesmente significar uma atua o judicial despegada de qualquer limite ou referencial de inerente juridicidade Ou seja queremos dizer que a Discricionariedade deriva de uma liberdade relativa na medida em que se devem aferir os contornos de juridicidade da decis o judicial Parece nos neste sentido fugir completamente dos limites de Discricionariedade a decis o na qual o Juiz estabelece uma solu o que conflitue com Leis princ pios e costumes sedimentados numa cultura jur dica O problema que aqui surge ent o o de saber qual a medida de liberdade concedida ao Juiz de modo que suas decis es convirjam para a realiza o do Direito Castanheira Neves especula um arranjo metodol gico 7T MARQUES Luiz Guilherme Boca da lei Dispon v
64. como visto o operador do Direito abster se da utiliza o de tal princ pio posto que somente por sua utiliza o ser poss vel garantir a coexist ncia das aludidas normas em casos de aparentes conflitos entre as mesmas cabendo reiterar que o princ pio da proporcionalidade mostra se como importante ferramenta utilizada pelo Judici rio com o prop sito de controle s restri es de direitos fundamentais bem como para sua efetiva o em casos de colis o entre esses Por derradeiro o presente estudo se voltou a oferecer resposta a tais casos bem como primando por demonstrar o embasamento te rico pr tico da aplicabilidade no princ pio da proporcionalidade como efetivo solucionador das controv rsias entre normas de direitos fundamentais na Constitui o brasileira de 1988 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 281 282 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 Principle of the proportionality as an essential and effective solution of existent controversies between norms of fundamental rights Abstract The study focused on analysis ofthe controversies between norms of fundamental rights and aimed to resolve the referred conflicts using of specific methods both for cases contradiction between rules and for cases or controversies between principles In this context the utilization of the proportionality principle was pointed out
65. constitui um seri ssimo risco para quem o exerce LASKI 1932 p 31 e quaisquer que sejam as raz es que se aduzam no sentido de sua extens o existem tamb m outras raz es convincentes que exigem a cria o de uma defesa e de um controle como conten o e corre o de seus abusos O poder incontrolado e incondicional tem resultado sempre em suas ltimas consegu ncias pelo menos verdadeiramente funesto para todos aqueles sobre os quais se exerce A exig ncia de um controle do poder em quaisquer de suas manifesta es pr ticas ou fenomenol gicas como condi o de liberdade tema recorrente na hist ria do pensamento pol tico e pedra de toque da ci ncia pol tica RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues moderna A teoria da delimita o e controle do poder em nome dos direitos universais da pessoa inspirou as maiores constru es doutrin rias da tradi o liberal do jusnaturalismo de John Locke 1632 1704 ao utilitarismo de Bentham 1748 1832 James Mill 1773 1836 Benjamim Constant 1767 1830 e John Stuart Mill 1806 1873 Sempre atentos necessidade de criar mecanismos eficientes dentro do universo jur dico que contivessem o uso indevido do poder impedindo abusos Pois como diz Dromi 1976 p 13 la autoridad sin limites es muerte de la libertad La libertad sin limites es muerte de la autoridad y de la propria liberdad All surge precisamente la funci n del derecho para fij
66. costas de uma institui o e fica na expectativa da inefici ncia na sua execu o Com esse controle descontrolado o Minist rio P blico para usar uma imagem de Veblen 1998 p 118 assemelha se a um novilho mocho jogado no meio de rebanho de gado bem provido de chifres Na folha de papel da Constitui o o controle externo da atividade policial est inscrito em letras garrafais mas nas rela es objetivas de poder tudo continua como sempre foi desde os tempos de Tobias Barreto que dizia Do meu pa s s conhe o duas coisas o exator que me cobra os impostos e o soldado que me mete medo na rua estou satisfeito Perante esse controle descontrolado perde sentido a discuss o travada na doutrina se o controle externo anterior Constitui o de 1988 ou surge com ela uma discuss o bizantina pura perda de tempo Na verdade efetivamente esse controle nunca existiu nem antes nem com a Constitui o atual O rg o controlador resigna se a fingir que fiscaliza ou controla quando muito exerce uma fiscaliza o reativa fragment ria e assistem tica CORSINI 2012 p 63 em tudo e por tudo insuficiente Como j dissemos na linha do pensamento de Ferdinand Lassale os fatores reais do poder podem ser inscritos numa Constitui o e incorporados no 12 Sobre o fracasso do police oversight no Brasil vide Macaulay 2005 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 303 304 Panorama sob
67. da proporcionalidade tenha se dado nos s culos XVIII e XIX contudo no plano filos fico principalmente na vis o Aristot lica o mencionado princ pio j adentrava na seara da justi a constituindo no S culo IV a C o grande norte para a constru o da vis o aut noma de justi a do povo grego Foi na obra tica a Nic maco que Arist teles pontuou a ocorr ncia do fator proporcionalidade aplicado na justi a distributiva e corretiva A ess ncia da proporcionalidade portanto traduz se no conceito real de justi a tendo influenciado tamb m a Europa Ocidental Crist seguindo como filosofia essencial da Igreja Cat lica Segundo Arist teles 2010 p 105 106 o justo consistia sobretudo em uma esp cie de termo proporcional e o injusto o que viola a propor o sendo exatamente por esta raz o a busca da justi a ou do meio termo que na ocorr ncia de disputas as pessoas recorrem ao juiz O acolhimento generalizado do princ pio da proporcionalidade nos ordenamentos jur dicos resultado de um ambiente preparado pelas discuss es jusfilos ficas ap s a 2 Guerra na Alemanha Os horrores praticados em obedi ncia RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 271 212 O princ pio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 a determina es da lei conduziram a um pensamento de que se pusesse em evid ncia uma dimens o valorativa do Direit
68. das reclama es As ouvidorias de pol cia s o rg os civis mas n o completamente aut nomos que recebem den ncias sobre abusos policiais monitoram os inqu ritos internos e sindic ncias disciplinares conduzidos pelas corregedorias Tamb m iniciaram um processo de an lise dos defeitos operacionais e estruturais do atual modelo de policiamento no Brasil O sucesso das ouvidorias depende em grande medida dos recursos institucionais da autonomia e do apoio pol tico que recebem O grau de transpar ncia alto o de fiscaliza o m dio e o de responsabilidade baixo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 293 294 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil O Minist rio P blico tem as mais amplas atribui es em teoria de controle e monitoramento da pol cia Por m n o se exercem completamente estes poderes por causa de conflitos institucionais e falta de regulamenta o desta rea de atua o Mesmo assim para a autora referida os n veis de fiscaliza o e responsabilidade s o altos embora a transpar ncia seja tida como m dia 4 A efici ncia do controle externo pelo Minist rio P blico A efic cia na conten o dos abusos e das ilegalidades cometidas pelas pol cias proporcional exist ncia de mecanismos de controle e intensidade de sua vigil ncia Inp e se naturalmente s institui es democr ticas controladoras o dever de dar novas possibilidades de desenvolvimen
69. de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei 9394 96 disciplina tal vincula o de forma mais detalhada Art 69 A Uni o aplicar anualmente nunca menos de dezoito e os Estados o Distrito Federal e os Munic pios vinte e cinco por cento ou o que consta nas respectivas Constitui es ou Leis Org nicas da receita 19 FERREIRA FILHO Manoel Gon alves Coment rios constitui o brasileira de 1988 v 4 Arts 170 245 S o Paulo Saraiva 1995 p 78 79 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 89 90 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa resultante de impostos compreendidas as transfer ncias constitucionais na manuten o e desenvolvimento do ensino p blico Vale dizer que os Estados do Rio Grande do Sul artigo 202 e do Rio de Janeiro artigo 314 ampliaram nas suas Constitui es estaduais a al quota para vincula o de recursos para educa o para 35 e os Estados do Piau e de S o Paulo artigo 255 para 30 A vincula o de recursos para educa o na Lei Org nica do Munic pio de S o Paulo por exemplo de no m nimo 31 artigo 208 Qual o teor da express o manuten o e desenvolvimento do ensino Diferente do artigo 156 da Constitui o de 1934 que se valia da denomina o manuten o e desenvolvimento dos sistemas educativos a atual express o manuten o e desenvolvimento do ensino apare
70. de Estado este princ pio migrou para o direito alem o sendo al ado ao patamar de princ pio constitucional BARROS 2003 p 47 Paulo Bonavides 2006 p 407 destaca a import ncia alem parao desenvolvimento do princ pio daproporcionalidade A Alemanha o pa s onde o princ pio da proporcionalidade deitou ra zes mais profundas tanto na doutrina como na jurisprud ncia Talvez seja aquele que primeiro guardou consci ncia da import ncia de sua natureza de princ pio constitucional nessa segunda metade do s culo XX embora a respectiva introdu o do Direito Constitucional haja ocorrido primeiro na Su a Como resultado da experi ncia nacional socialista alem derrotada na Segunda Guerra Mundial baseada no totalitarismo do Fiirher Adolf Hitler que rompeu a evolu o do Estado Social ensaiada na Constitui o de Weimar de 1919 promulgada a nova Carta alem em 23 de maio de 1949 a Lei Fundamental promovendo significativas mudan as no sistema de prote o dos direitos fundamentais Guerra Filho 2003 p 72 aponta como os primeiros estudos te ricos dedicados ao tema na Alemanha a monografia de Rupprecht V Krauss em 1955 Der Grundsatz RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos der VerhdltnsmdPigkeit in seiner Bedeutung fiir die Notwendigkeit des Mittels im Verwaltungsrecht sendo o primeiro a utilizar a express o princ pio da proporcionalidade No ano seguinte
71. de sua microrregi o e dentre os 62 munic pios do Estado do Amazonas ocupa a 49 posi o em termos populacionais Integra tamb m a regi o metropolitana de Manaus Dado o cr nico problema com a falta de gest o dos res duos s lidos na cidade jogados em aterro comum lix o a c u aberto a poucos quil metros do per metro urbano a Promotoria de Justi a local com o total apoio da Coordenadoria do Meio Ambiente de Manaus lan ou o Projeto Lixo Amigo em novembro de 2010 buscando uma solu o negociada e articulando em torno da iniciativa diversos rg os como Prefeitura de Novo Air o prefeito e assessores Secretarias de Meio Ambiente de Finan as RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues e de Organiza o Fundi ria de Novo Air o Secretaria de Infraestrutura de Manaus SEMINF Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade SEMMAS Manaus Associa o Amazonense de Munic pios AAM Instituto de Prote o Ambiental do Amazonas IPAAM Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel SDS Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Universidade Federal do Amazonas UFAM Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis IBAMA Funda o Nacional de Sa de FUNASA Instituto Chico Mendes de Conserva o da Biodiversidade ICMBio Instituto de Desenvolvimento Agropecu rio e Florestal Sustent vel
72. de uma colis o entre princ pios A contar RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 269 270 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 pela nomenclatura diferenciada prefere se falar em colis o entre princ pios em vez de conflito entre princ pios poss vel notar que o tratamento a ser dado s colis es entre tais esp cies normativas realmente distinto Os princ pios se distinguem das regras essencialmente em raz o de seu car ter qualitativo ou seja poss vel que se atribua diferenciados valores ou pesos aos princ pios e tais pesos valores depender o de cada circunst ncia em que eles estejam inseridos Nesse contexto sempre que um princ pio estiver se contrapondo a outro num mesmo ordenamento jur dico fala se em colis o ou antinomia simplesmente aparente j que o fato de tais esp cies normativas serem constitu das em diferentes pesos de import ncia podendo ser aplicados em diferentes graus n o correto afirmar que haja uma contrariedade real instalada mas t o s aparente Em determinada situa o um princ pio poder ter peso X e sobrepor se a outro princ pio de menor peso Em outra situa o o mesmo princ pio poder ter peso X 1 cedendo espa o preval ncia de outro princ pio que no caso em concreto possui peso superior valendo ressaltar que a atribui o de valores nu
73. dez 2014 141 142 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Da concep o implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Jo o Gaspar Rodrigues Sum rio 1 Introdu o 2 Objetivo do projeto 3 Reuni es discuss es e amadurecimento do projeto 4 Trabalho intersetorial 5 Passo a passo do projeto 5 1 Coleta seletiva servi os de coleta e reciclagem 5 2 Associativismo e organiza o comunit ria 5 3 Educa o ambiental e participa o ativa da comunidade 5 3 1 Cria o do Conselho Municipal de Saneamento Ambiental 5 3 2 Central de atendimento e informa es 5 4 Centro de triagem desmontagem prensagem e tritura o 5 5 Tratamento da fra o org nica por processos biol gicos 5 5 1 Compostagem 5 5 2 Biog s 5 6 Reciclagem do pl stico para aplica o como elemento estrutural 5 7 Gest o dos res duos sujeitos log stica reversa cria o de posto ou centro de recolhimento 5 8 Aterro sanit rio e recupera o do lix o 5 9 Monitoramento e treinamento de m o de obra local 6 An lise do mercado local para absor o dos res duos recicl veis 7 Conclus o Refer ncias Resumo O projeto em sua estrutura global guiada pela ideia de desenvolvimento sustent vel e aproveitamento econ mico contempla algumas diretivas b sicas que representam uma verdadeira hierarquia na pol tica dos res duos s lidos preven o e redu o educa o ambiental prepara o para a reutiliza o recic
74. direito do pensamento jur dico da sua metodologia e outros v 1 Coimbra Coimbra 1995 p 531 596 NOVAIS Jorge Reis Direitos fundamentais trunfos contra a maioria Coimbra Coimbra 2006 RAMOS Carlos Henrique Muta o constitucional constitui o e identidade constitucional evolutiva Curitiba Juru 2013 ROSA Alexandre Morais da Garantismo jur dico e controle de constitucionalidade material aportes hermen uticos 2 ed Rio de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes Janeiro Lumen Juris 2011 SOUZA Marcelo Ferreira de Seguran a p blica e pris o preventiva no estado democr tico de direito Rio de Janeiro Lumen J ris 2008 STRECK L nio O ativismo judicial existe ou imagina o de alguns Dispon vel em lt http www conjur com br 2013 jun 13 senso incomum ativismo existe ou imagina o alguns gt Acesso em 19 fev 2014 UNITED Nations Office on Drugs and Crime UNODC International homicide count and rate per 100 000 population Dispon vel em lt http www unodc org documents data and analysis statistics Homicide Globa study on homicide 2011 web pdf gt Acesso em 13 abr 2014 VIDAL Isabel Lifante Dos conceptos de discrecionalidad jur dica Doxa Cuadernos de Filosofia del Derecho n 25 p 413 419 2002 WITTGENSTEIN Ludwig Tratado l gico filos fico investiga es filos ficas Lisboa Calouste Gulbenkian 2002 RJMPAM v 15 n 1 2 jan
75. direitos no interior dos nibus atrav s de placas e adesivos 5 Resultados e discuss es 5 1 An lise dos dados Especificamente no que se refere s pessoas com defici ncia de acordo com dados da Organiza o Mundial de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas Sa de OMS em todo o planeta s o aproximadamente 650 milh es de pessoas que possuem algum tipo de defici ncia S no Brasil segundo o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE essa parcela representa 14 5 dos brasileiros ou quase 30 milh es de habitantes Em reuni o no dia 18 de maio de 2011 o Conselho Estadual do Amazonas e o Conselho Municipal de Manaus encontraram se com o Conede para discutir a vers o preliminar do Plano Diretor da Campanha da Acessibilidade O encontro do Conede AM realizado em parceria com o CMPDP Manaus teve como principal reivindica o a melhoria do transporte aquavi rio no Estado De acordo com os participantes da Reuni o Ampliada as propostas da Copa do Mundo de 2014 n o contemplaram adequadamente o conceito de transporte aquavi rio que necessita de adapta o urgente de suas embarca es observando o layout interno e da estrutura dos portos de embarque e desembarque utilizando se inclusive de mecanismos de elevadores de rampa Em reportagem feita pelo jornal A Critica no dia 1 de Abril de 2010 foi esclarecido que apenas 4 7 62 ve culos dos nibus de
76. e aplica o nos meios doutrin rio e jurisprudencial Neste sentido Paulo Bonavides 2006 p 434 ressalta No Brasil a proporcionalidade pode n o existir enquanto norma geral de direito escrito mas existe como norma esparsa no texto constitucional O Direito Constitucional brasileiro acolhe j de maneira copiosaexpress6es nitidaseespeciais deproporcionalidade isto regras de aplica o particularizada ou espec fica do princ pio a que se refere a Constitui o sem todavia explicit lo como s i ocorrer por exemplo com alguns direitos sociais ou no campo do Direito Tribut rio 1 do art 149 ou ainda no Direito Eleitoral relativamente representa o proporcional como regra constitucional de composi o de uma das Casas do Poder Legislativo caput do 1 do art 45 Desse modo permeando a gradativa evolu o hist rica do princ pio em tela em diversos pa ses como Fran a Alemanha Su a Espanha e Portugal at se chegar ao Brasil contempla RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 21 22 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais se o atual momento de consolida o deste princ pio no cen rio jur dico revelando se como verdadeiro axioma constitucional de controle da a o do Estado de Direito principalmente em suas investidas contra os direitos fundamentais 2 1 2 Fundamento e finalidade O princ pio da proporcionalid
77. el Estado social y democr tico de derecho Barcelona Ariel 1994 Introduccion a las bases del derecho penal 2 ed Montevideo Buenos Aires B de F 2003 REIS Marco Ant nio Santos 4 teoria de prote o a bens jur dicos e o direito penal uma aproxima o fenomenol gica luz do valor da pessoa humana 2011 243 f Disserta o Mestrado em Direito Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2011 Considera es sobre a doutrina do dolus generalis e dos desvios causais Jus Navigandi Teresina ano 19 n 3901 7 mar 2014 O injusto penal e os elementos subjetivos de justifica o Discursos Sediciosos Crime Direito e Sociedade Rio de Janeiro n 17 18 p 47 77 20lla Uma contribui o dogm tica dos delitos de perigo abstrato Revista da Faculdade de Direito da UERJ Rio de Janeiro v 1 n 18 2010 Dispon vel em lt http www e publicacoes uerj br index php rfduerj article view 1361 1149 gt Acesso em 28 Abr 2014 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana ROXIN Claus Derecho penal parte general fundamentos la estructura de la teoria del delito Tomo I Trad Diego Manuel Luz n Pe a Miguel Dias y Garcia Colledo e Javier de Vicente Remesal Madrid Civitas 1997 RUSSELL Bertrand The problems of philosophy Los Angeles Indo European Publishing 2010 S NCHEZ Jesus Maria Silva A expans o do direito penal aspectos da pol tica criminal nas soci
78. em reas que a rigor competiriam ao Congresso mas sob os pretextos da emerg ncia e da discricionariedade que nsita judicatura Para preencherem os espa os vazios deixados nas Leis ou pela falta delas os Ju zes servem se do instrument rio principiol gico abrigado na Constitui o n o apenas para decretarem a inconstitucionalidade de normas infraconstitucionais mas tamb m para criarem normas positivadas em suas decis es um Direito ex novo e paradigm tico para novas decis es as quais avan am sobre a pol tica criminal cada vez mais localiz vel nos tribunais do que no Congresso RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes Pretendendo dar maior for a argumentativa a sua politica criminal os tribunais e penalistas muitos do quais tamb m pertencentes ao mundo da pr xis jur dico jurisdicional denunciam o Direito Penal simb lico a exist ncia de alarmismo da m dia quanto criminalidade e um ambiente de democracia material que n o admite medidas restritivas de liberdade a menos que de forma excepcional ssima mas ao inv s propicia uma viragem liberal rumo s garantias individuais da liberdade ROSA 2005 p 5 et seq quando n o uma mais agressiva pol tica de descriminaliza o KARAM 2007 p 128 144 Isto tudo tem algum cabimento se levarmos em conta a simplifica o da pol tica criminal levada a efeito pelo legislador que atua sem o arrimo de uma bem fundamentada criminologia p
79. em escrit rio cont bil por agentes fazend rios e policiais federais sem mandado judicial Revelam se inadmiss veis desse modo em decorr ncia da ilicitude por deriva o os elementos probat rios a que os rg os estatais somente tiveram acesso em raz o da prova originariamente il cita obtida como resultado da transgress o por agentes p blicos de direitos e garantias constitucionais e legais cuja efic cia condicionante no plano do ordenamento positivo brasileiro traduz significativa limita o de ordem jur dica ao poder do Estado em face dos cidad os STF Segunda Turma HC 93050 RJ Relator Min CELSO DE MELLO Data de Publica o 01 08 2008 Impende ressaltar todavia estar havendo uma involu o no que diz respeito aplica o da Teoria dos Frutos da rvore Envenenada inclusive de lege ferenda criando se exce es inadmissibilidade de provas il citas e delas derivadas numa tentativa incorreta de pondera o entre valores a justificar o afastamento das garantias do processo justo para satisfazer a vontade estatal de punir A observ ncia de direitos fundamentais n o se confunde com fomento impunidade mister essencial do Judici rio garantir que o jus puniendi estatal n o seja levado a efeito com m culas ao devido processo legal para que a observ ncia das garantias individuais tenha efic cia irradiante no seio de toda a sociedade seja nas rela es entre o Estado e cidad os ou e
80. em nega o possibilidade de os tipos penais tribut rio protegerem valores mais elevados que o simples patrim nio p blico como se l a san o visa muito mais a garantir ao Er rio a receita pela lei estipulada com sua carga desmedida e n o indevida do que preservar valores maiores da ordem social como o direito vida liberdade ao trabalho etc que em contraposi o suscitam normas de aceita o social Wendy e Russo 1993 p 8 apud ALENCAR 2008 p 67 afirmam que a faculdade de arrecadar impostos constitui um derecho pecuni rio del Estado destinado a integrar el patrim nio social por lo cual las infracciones fiscales constituyen lesiones patriamoniales de an logas a las del derecho penal comum 4 WENDY Lilian N Gurfinkel de RUSSO Eduardo Angel Il citos tribut rios em las leyes 11 683 y 23 771 3 ed Buenos Aires Depalma 1993 p 8 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 185 186 Dignidade do bem juridico penal tributario A principio essa visio possui carater microssocial se se considerar a Fazenda P blica numa acep o individualista como o ente ofendido o que significaria dizer que o patrim nio tratado como bem de teor igual propriedade privada dos particulares ALENCAR 2008 p 67 raz o por que afirmar se existir influ ncia da ideologia liberalista insita nessas teorias Por outro lado concebe se tamb m tratar se na verdade de tutela de interes
81. em primeiro lugar a norma criminal materializa um determinado valor apreendido intencionalmente pela consci ncia ou um conjunto de consci ncias Esta apreens o e percep o de valores levada a cabo por um centro consciente de um sujeito o que funda a liberdade entendida como a condi o necess ria para a realiza o de todos os demais valores Este primeiro aspecto o fundamento ltimo do Direito Criminal Violar portanto uma esfera m nima na qual os sujeitos dotados de consci ncia exercem sua autonomia torn los objetos negar lhes a condi o de sujeitos e por via de consequ ncia abandonar a pr pria ideia de Direito Eis o fundamento prim rio da norma jur dico criminal o reconhecimento de sujeitos conscientes e livres O fundamento secund rio refere se ao estado inescap vel a que tais sujeitos fal veis est o submetidos Deste estado surge a possibilidade de conflitos entre as esferas de liberdade dos respectivos sujeitos Logo surge tamb m a necessidade de um regramento ou de declara o dos limites do uso dessas liberdades coexistentes REIS 2011 p 195 196 A finalidade do Direito Criminal advoga o autor n o outra coisa sen o a de declarar primeiramente os limites do exerc cio dessas liberdades coexistentes e em caso de conflito declarar a exist ncia de um desrespeito e atribuir a responsabilidade cab vel a quem agiu sem viola o hberdade alheia REIS 2011 p 195 196 Compreen
82. em raz o do exerc cio da fun o p blica O qualificativo patrimonial para Edilson Nobre J nior imp e que se cuide de vantagem de cunho econ mico n o se vislumbrando como ato de improbidade administrativa aquele do qual resultou vantagem n o econ mica E indevida por sua vez a vantagem que n o encontra motivo h bil a justific la A les o ao er rio p blico conforme disposto no artigo 10 da Lei 8 429 92 consiste em causar dolosa ou culposamente dano ao er rio p blico em raz o do exerc cio da fun o p blica Er rio p blico significa tesouro p blico ou seja dinheiro arrecadado pelo Estado no exerc cio de sua compet ncia tribut ria ou outros bens ou valores de valor econ mico do Estado No tocante configura o da les o ao er rio Edilson Nobre Junior descreve condutas de que decorram perda patrimonial desvio apropria o malbaratamento ou dilapida o dos bens e entidades mencionadas no artigo 1 da Lei 8 429 92 A hip tese de dano moral somente poder ser cogitada quando dos atos enumerados no artigo 11 da Lei 8429 92 Por fim a ofensa aos princ pios da Administra o 11 GABRIEL Ivana Mussi Direito administrativo S o Paulo Verbatim 2010 p 35 12 NOBRE J NIOR Edilson Pereira Improbidade Administrativa alguns aspectos controvertidos Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro v 235 p 70 jan mar 2004 13 Ibid p 70 71 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 201
83. encerra com a coleta separa o e armazenamento dos res duos preciso identificar compradores para o material O alum nio um dos principais produtos reciclados no Amazonas tendo farto mercado no polo industrial Depois de processado e beneficiado vendido principalmente para fabricantes de motocicletas instalados na regi o que o utilizam como mat ria prima na fabrica o de tanques de combust vel al m de outros componentes 7 Conclus o O ac mulo e o descarte irracionais dos res duos s lidos geram graves danos sa de seguran a e ao meio ambiente afetando a qualidade de vida da comunidade local E no caso de Novo Air o por ser uma cidade com uma clara voca o tur stica a m gest o dos res duos s lidos pode gerar sens veis preju zos a essa atividade A imagem da cidade visitada pelo turista ser mais positiva quanto mais limpo o espa o urbano estiver e quanto mais preparados estiverem a comunidade e o poder p blico para gerenciar os RSU O projeto Lixo Amigo surgiu em 2010 sob o p lio da PNRS e de cr nicos problemas ambientais enfrentados pela cidade de Novo Air o sendo distribu do em diversas fases 1 Identifica o e diagn stico do problema 2 An lise de solu es alternativas 3 Proposta de uma solu o espec fica RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues 4 Decis o sobre a ado o da solu o especifica 5 Integra o e compartilhamento do proj
84. esfera dentro de cujos limites s ele pode tomar decis es 2010 p 178 179 Marco Reis ao buscar os fundamentos de valor e dignidade da pessoa humana na filosofia de Max Scheler e concaten los ao fundamento fenomenol gico de autonomia em Edmund Husserl assim define seu conceito de autonomia conceito mais pertinente para os fins ora propostos 19 A no o de pessoa e de valor absoluto e positivo da pessoa foi buscada na filosofia de Scheler Esta postura se coaduna com a ideia personalista do Direito isto a de que o Direito existe para servir pessoa enquanto unidade o que constitui freio decisivo s posturas coletivistas 20 A partir da absolutidade do valor intr nseco da pessoa humana uma s rie de corol rios foi proposta 21 Se a Pessoa consiste em uma unidade essencial e concreta de execu o de atos de diversas ess ncias isto RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana significa que a Pessoa algo din mico pois embora n o se confunda com o ato ela se manifesta por meio deste aberto pois age por meio da consci ncia intencional voltada sempre para alguma coisa evidenciando o seu transcender concreto e n o abstrato pois unidade de execu o de atos no mundo da vida 22 Se a nota da pessoalidade consubstancia um poder fazer como fato fenomenal por meio do corpo isto significa que a autonomia tal como visto a aptid o pertencente pessoa e
85. estranho no o de Discricionariedade Judicial Declaram se Ativistas de um regime jur dico mais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes democr tico e preocupado com a promo o social sem que no entanto se apercebam do paradoxo a emergente Em nome da democracia colocam em causa o princ pio democr tico ao tratarem dos in meros flagelos sociais pela via penal criam desassossego e insatisfa o da comunidade Desprezam a circunst ncia da criminalidade grave que em 2012 causou a morte de 50 108 pessoas ou quase a metade das v timas da guerra civil na S ria entre 2011 e 2013 uma das mais cruentas que j se tem visto no Oriente M dio Isso representa um ndice de 25 8 mortes por cada cem mil habitantes que bastante significativo se comparado com os ndices do Peru Chile Uruguai e Argentina menos de 10 homic dios por cada 100 mil habitantes com o Paraguai e o M xico menos de 20 homic dios por cada 100 mil habitantes N o por outro motivo not cias de linchamento de criminosos a realiza o da Justi a com as pr prias m os tornaram se frequentes nos grandes centros urbanos brasileiros o que certamente s ser refreado com uma mudan a de discurso pol tico criminal talvez mais consent neo com a dura realidade criminal brasileira Judicial Activism and the methodological problem of judicial discretionary for the formation of a criminal policy Abstract This pap
86. evidente ela possui a capacidade para ser determinada isto de sofrer determina es Neste sentido o bem jur dico nada mais do que uma manifesta o que se reporta ao valor base da hberdade A afeta o do bem jur dico na condi o de uma les o ou de um perigo concreto n o deixa de ser uma priva o da liberdade e portanto uma priva o de uma condi o indispens vel pessoa humana O desvalor indica RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 341 342 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o que uma conduta torna a liberdade menos perfeita torna menos perfeita a possibilidade de a pessoa atualizar uma rela o com um determinado bem ou objeto que lhe de valor REIS 201la p 58 Assim resumidamente pode se dizer que para Marco Reis ao direito penal de in cio cabe t o somente a declara o dos limites do exerc cio da liberdade por meio da autonomia de modo que norma compete t o s a delimita o dessas esferas Uma vez configurado o choque de esferas com a superveni ncia da figura do crime respeitados seus pressupostos cabe ao direito penal a atribui o de responsabilidades que n o se confunde com a retribui o Se a cabe ao direito penal uma fun o regulat ria consistente na perfectibiliza o da liberdade por meio da declara o das esferas do proibido e do permitido e b a atribui o de responsabil
87. ex post delictum ou seja atua quando o patrim nio j foi subtra do quando o corpo j foi lesionado ou quando a vida j foi ceifada Como diz Welzel es all na prote o do bem jur dico precisamente adonde por regla general llega su acci n demasiado tarde 1956 p 3 O quarto grande problema decorre justamente de tal atraso a nsia por proteger e evitar a les o de bens jur dicos pode levar como de fato o tem a uma antecipa o cada vez maior da interven o do Direito Penal O aumento nos chamados 19 Apontando o sujeito passivo do crime como o Estado mas o particular como sujeito passivo secund rio cf COSTA J NIOR Paulo Jos da Coment rios ao c digo penal 7 ed atual S o Paulo Saraiva 2002 p 992 NUCCI Guilherme de Souza Manual de direito penal parte geral parte especial 3 ed rev atual e amp S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 p 943 DELMANTO Celso et al C digo penal comentado 7 ed rev atual e amp Rio de Janeiro Renovar 2007 p 778 20 Tradu o livre ali precisamente onde via de regra a sua a o chega tarde demais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana crimes de perigo abstrato onde sequer existe les o e a pr pria refer ncia a perigo relevante question vel prova disso Percebe se pois que n o h nenhum crit rio nsito teoria capaz de impor limites a este comando de efetividade
88. fundamentos devido processo legal e Estado de Direito respectivamente o terceiro seria a autonomia de conte dos o quarto seria a atribui o de subprinc pios apenas ao princ pio da proporcionalidade o quinto par metro seria o n vel de objetividade sendo a proporcionalidade formada por crit rios predefinidos enquanto a razoabilidade possui conte do mais subjetivo o sexto e ltimo ponto seria a diversidade nas fun es dos princ pios RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 33 34 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais 4 Os subprinc pios do princ pio da proporcionalidade O desenvolvimento doutrin rio dado ao princ pio da proporcionalidade identificou tr s elementos parciais ou subprincipios componentes de sua estrutura quais sejam adequa o necessidade e proporcionalidade em sentido estrito De modo que mediante a an lise sucessiva de cada um desses elementos parciais no caso concreto que se poder averiguar se a medida examinada observou o princ pio da proporcionalidade 4 1 Adequa o O primeiro dos subprinc pios imaginado como parte do princ pio da proporcionalidade a adequa o pertin ncia ou aptid o Geeignetheit entendido pelo dever de escolha do meio apropriado para a consecu o de determinado fim representando a aptid o que os meios utilizados devem possuir para produzir os objetivos almejados no caso concreto P
89. il citas por deriva o n o h direito individual de igual ou maior preval ncia que justifique a sua retirada Conforme se observou das decis es judiciais comentadas ao longo do texto a tentativa de concatenar argumentos para justificar a utiliza o de provas il citas por deriva o objetiva simplesmente viabilizar a marcha processual e possibilitar a condena o de acusados mesmo que para isso tenha que se relativizar direitos fundamentais sem justificativa plaus vel na perspectiva da evolu o hist rica dos direitos humanos Bem aplicada a Teoria dos Frutos da rvore Envenenada possui ela mesma os requisitos para sua aplica o N o se defende a aplica o irrestrita do n cleo central da teoria N o s o todos os atos probat rios posteriores prova il cita que devem ser declarados ineficazes mas somente aqueles dependentes e posteriores Se o rg o acusador demonstrar que obteve outros elementos decorrentes de uma fonte aut noma de prova que n o guarde rela o de depend ncia nem causal com a prova originalmente il cita n o deve a mesma ser maculada simplesmente porque n o tem origem il cita Todavia o que se tem constatado que a tese doutrin ria tem sido desvirtuada para legitimar viola es s garantias do processo justo Pode se dizer inclusive que na maioria das vezes tem se mitigado a proibi o da utiliza o de provas il citas por deriva o para tentar salvar inves
90. inadequados paradas de nibus sem a estrutura necess ria nos entornos de hospitais e postos de sa de detectaram se muitas barreiras arquitet nicas como lixeiras nas cal adas escadas desnecess rias e falta de estacionamento adequado Logo a estrutura da cidade deveria na pr tica facilitar o acesso dos cadeirantes aos ambientes p blicos no entanto esses impedimentos frequentes est o presentes tanto em pr dios hist ricos que s o fontes culturais e tur sticas na cidade como tamb m tal erro se estende at constru es atuais que n o seguem o modelo de acessibilidade Apontamos tamb m que em alguns lugares como o centro da cidade a estrutura para receber cadeirantes est mais bem amparada por pol ticas governamentais mas todos devem usufruir do direito de locomo o Logo tais medidas precisam atender a cidade de maneira uniforme tanto em reas privilegiadas quanto em regi es mais afastadas e de dif cil acesso Buscando promover a acessibilidade para todos s o imprescind veis investimentos em obras concretas que sejam destinadas para esse fim assim como necess ria a RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas conscientiza o de todos com o intuito de serem preservadas constru es e evitadas deteriora es futuras Como sugest es para a melhoria da condi o de vida dos deficientes f sicos podemos elencar alguns t picos espa os adequados reservados por exemplo em sal
91. julgou RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 277 278 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 procedente a a o para declarar a inconstitucionalidade da interpreta o segundo a qual a interrup o da gravidez de feto anenc falo conduta tipificada nos artigos 124 126 e 128 incisos I e II do C digo Penal STF ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 abr 2012 p 1 Dessa forma o caso apresentado expressou o car ter distinto pelo qual se resolve os conflitos de direitos fundamentais notadamente aqueles previstos atrav s de norma princ pio Diante da exist ncia de normas jur dicas com consequ ncias pr ticas antag nicas fez se necess ria a pondera o dos interesses envolvidos por m a preval ncia de um dos interesses no caso os direitos fundamentais da mulher sa de liberdade autodetermina o etc n o implicou em nenhum momento a invalida o da norma ou a sua exclus o do ordenamento jur dico Outro importante julgado em que a pondera o de valores referida como fundamental resolu o de controv rsias entre normas princ pios tamb m se deu perante o STF no ano de 2008 ocasi o em que foi apreciado o pedido feito pelo Procurador geral da Rep blica na A o Direta de Inconstitucionalidade STF ADI 3510DF Rel Ministro Ayres Brito Plen rio julgado em 29
92. la base de una determinaci n precisa del bien jur dico esto es de lo que se est protegiendo 4 1 A fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio funcionalisticamente concebido apontada pela doutrina a incapacidade de a fun o desempenhada pelo tributo como aspecto do bem jur dico penal tribut rio realizar a fun o dogm tica Como causa disso argumenta se possuir a fun o do tributo car ter demasiadamente abstrato de modo a impossibilitar a aplica o pr tica Da Pires 2010 p 149 afirmar ter como bem jur dico a fun o tribut ria dificulta por falta de concretude o exerc cio da fun o dogm tica do bem jur dico Assim P rez 1999 p 329 apud ALENCAR 2008 p 72 aduz que essa fun o como dimens o do bem jur dico por seu grau de generalidade insuscet vel de ser lesionado concretamente por qualquer conduta individualmente considerada Nesse sentido transcreve se o seguinte trecho un bien que por su grado de generalidad no puede ser lesionado por el comportamiento t pico defraudat rio individual sino que en su caso tan solo podr ser abstractamente puesto em peligro a trav s de la reteraci n y generalizaci n de las conductas defraudat rias individuales P REZ 1999 p 329 apud Alencar 2008 p 72 Disso resulta que a acep o de bem jur dico penal tribut rio em quest o n o serve para o exerc cio da respectiva fun o dogm tica Segundo Alenc
93. mais insist ncia pede se a sua extens o Instala se uma esp cie de estatolatria a refletir dois sentimentos ou estados atitudinais medo diante da poderosa m quina estatal e seus agentes arrogantes e depend ncia das solu es oficiais Para Ortega y Gasset 1987 p 131 o Estado de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues nosso tempo uma m quina formid vel que funciona prodigiosamente de uma maravilhosa efici ncia pela qualidade e precis o de seus meios Colocada no meio da sociedade basta tocar numa mola para que suas enormes alavancas se ponham em a o e operem fulminantemente sobre qualquer parte do corpo social Posto diante do Estado continua o fil sofo espanhol o homem massa usufrutu rio privilegiado e passivo da democracia e da civiliza o tende a ver no Estado uma coisa sua uma esp cie de faz tudo e diante de qualquer dificuldade conflito ou problema na vida p blica de um pa s passa a exigir que o Estado o assuma imediatamente que se encarregue diretamente de resolv lo com seus meios gigantescos e incompar veis Este o maior perigo que hoje amea a a civiliza o a estatiza o da vida o intervencionismo do Estado a absor o de toda espontaneidade social pelo Estado isto a anula o da espontaneidade hist rica que definitivamente sustenta nutre e impulsiona os destinos humanos Quando a massa se sente insatisfeita ou simplesmente tem algum forte dese
94. mesma conforme dito alhures a produ o de uma prova ilicitamente tem a possibilidade de tornar as que forem obtidas em sua decorr ncia em il citas por deriva o frutos A doutrina brasileira discutia acerca da possibilidade das provas il citas por deriva o tendo em vista a reda o do art 5 LVI da Constitui o Federal considerar apenas as provas il citas O entendimento majorit rio defendido por ilustres doutrinadores como Ada Pellegrini Grinover Scarance Fernandes e Magalh es Gomes Filho fundamentava se na veda o tamb m das provas il citas por deriva o enquanto que a corrente minorit ria defendida por Paulo Rangel acreditava que em virtude da aus ncia de distin o pelo constituinte origin rio n o havia veda o sua admiss o no processo Enfrentando a quest o o Supremo Tribunal Federal no julgamento do Habeas Corpus 69 912 0 Rio Grande do Sul posicionou se nos seguintes termos O STF por maioria de votos assentou entendimento no sentido de que sem a edi o de lei definidora das hip teses e da forma indicada no art 5 XII da Constitui o n o pode o juiz autorizar a intercepta o de comunica o telef nica para fins de investiga o criminal Assentou ainda que a ilicitude da intercepta o telef nica falta da lei que nos termos do referido dispositivo venha a disciplin la e viabiliz la contamina outros elementos probat rios eventualmente coligidos ori
95. mulheres STF ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 04 2012 p 65 grifos nossos A corte ressaltou a caracter stica dos princ pios como normas diferenciadas j que estas ao apresentarem valores a serem observados n o comportam um estabelecimento de preced ncia entre uns e outros ou de estabelecimento de pesos ou import ncias taxativas afastando se a ideia de que poss vel estabelecer uma escala de valor predeterminada para cada um deles uma vez que somente o caso concreto ser capaz de delinear os limites e alcance de cumprimento da referida esp cie normativa O princ pio da proporcionalidade e a pondera o de valores que lhe inerente comportam reflex o Os sistemas ocidentais n o admitem valores absolutos N o h como estabelecer a priori qual o que se reveste de maior peso diante do reconhecimento de que s o relativos e de que a sociedade plural 41 41 Se os valores s o relativos n o h como fundamentar um como superior ao outro STF ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 04 2012 p 124 grifos nossos Ojulgamento privilegiou os direitos fundamentais em favor da gestante por n o considerar razo vel decis o que impusesse a esta manter a gravidez at as ltimas consequ ncias mesmos nos casos em que comprovadamente o feto fosse invi vel ou seja sem qualquer chance de vida fora do tero e por esta raz o o Tribunal
96. not cias dos pronunciamentos anteriormente dispostos Trata se inicialmente de conflitos de normas principios RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais que a contr rio do conflito entre normas regras s o aclarados com as regras do princ pio da proporcionalidade ou seja basicamente com a pondera o de valores mantendo sempre n cleo essencial da norma verificando se sempre no caso concreto seu mbito de prote o Portanto a hip tese vertente exige antes de tudo a pondera o dos interesses em conflito requerendo do int rprete a concord ncia pr tica entre os direitos em jogo impedindo assim o sacrif cio de um em rela o ao outro Nesse procedimento funciona o princ pio da proporcionalidade no dizer de Suzana de Toledo Barros in Princ pio da proporcionalidade e o Controle de Constitucionalidade das Leis Restritivas de Direitos Fundamentais Editora Bras lia Jur dica 1 edi o p 26 como par metro t cnico por meio dele verificam se se os fatos de restri o tomados em considera o s o adequados realiza o tima dos direitos colidentes ou concorrentes Afinal o que se busca a garantia aos individuos de uma esfera composta por alguns direitos tidos por fundamentais que n o possam ser menosprezados a qualquer titulo Assim como bem anota a mencionada professora citando J
97. o acerca da dignidade do bem jur dico penal tribut rio e sob quais circunst ncias tal atributo viabilizado de acordo com a an lise ampla da doutrina especializada Desvendaram se os diversos entendimentos do que se protege por meio dos crimes tribut rios Constatou se que a fun o do tributo que melhor se adequa ao requisito da dignidade penal com a ressalva de que n o logra cumprir por outro lado a fun o dogm tica do bem problem tica que fora superada com a admiss o da teoria bifrontal do bem jur dico penal tribut rio que considera o patrim nio da Fazenda P blica como dimens o t cnica ou imediata Agente T cnico Jur dico do Minist rio P blico do Estado do Amazonas com atribui es junto 40 Promotoria de Justi a Bacharel em Direito formado pela Universidade Federal do Amazonas Especialista em Direito Tribut rio pela Universidade Anhanguera RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 181 182 Dignidade do bem juridico penal tributario Palavras chave Legitimidade da tutela penal Delitos tributarios Tese patrimonialista Tese funcionalista Tese bifrontal ou mista 1 Introdu o Para al m do il cito puramente tribut rio existe o que se denomina por il cito penal tribut rio Ocorre que certos comportamentos perante o fisco se mostram de tal ofensividade para o er rio p blico que os referidos meios de cobran a se mostram ineficazes Nesse ponto surgem os crimes tribut rios
98. o de bens ou servi os vinculados ao ensino IV levantamentos estat sticos estudos e pesquisas visando aperfei oamento da qualidade e expans o do ensino V realiza o de atividades meio necess rias ao funcionamento dos sistemas de ensino VI concess o de bolsas de estudos a alunos de escolas p blicas e privadas VII amortiza o e custeio de opera es de cr dito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo VIII aquisi o de material did tico escolar e manuten o de programas de transporte escolar O artigo 212 4 da Constitui o de 1988 exclui expressamente da vincula o constitucional de recursos para manuten o e desenvolvimento do ensino as despesas como os programas suplementares de alimenta o e a assist ncia sa de sendo pois financiados por contribui es sociais ou outros recursos or ament rios O artigo 71 da LDB de forma exemplificativa tamb m exclui desse percentual algumas situa es como as despesas realizadas com escolas de governo inciso IIT asfaltamento de rua onde se situa escola inciso V 21 Os programas suplementares de alimenta o e assist ncia sa de previstos no art 208 VII ser o financiados com recursos provenientes de contribui es sociais e outros recursos or ament rios RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 91 92 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrat
99. o princ pio da proporcionalidade em sentido restrito entendido como principio da justa medida Meios e fins s o colocados em equa o mediante um ju zo de pondera o com o objectivo de se avaliar se o meio utilizado ou n o desproporcionado em rela o ao fim Trata se pois de uma quest o de medidas ou desmedidas para se alcan ar um fim pesar as desvantagens dos meios em rela o s vantagens do fim Muito importante ainda apresentar a conceitua o de Willis Santiago Guerra Filho 2003 p 70 71 definindo a relev ncia do subprinc pio da proporcionalidade em sentido estrito para a prote o do n cleo essencial dos direitos fundamentais O princ pio da proporcionalidade em sentido estrito determina que se estabele a uma correspond ncia entre o fim a ser alcan ado por uma disposi o normativa e o meio empregado que seja juridicamente a melhor poss vel Isso significa acima de tudo que n o se fira o conte do essencial Wesensgehalt de direito fundamental com o desrespeito intoler vel da dignidade humana bem como que mesmo em havendo desvantagens para digamos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos o interesse de pessoas individual ou coletivamente consideradas acarretadas pela disposi o normativa em apre o as vantagens que traz para interesses de outra ordem superam aquelas desvantagens Em suma somente com a associa o do subprin
100. o qual leva ao entendimento de que n o haveria direitos absolutos o Juiz que se socorre desse postulado normativo para interpretar o Direito dir que ele existe mas nem sempre aplic vel enquanto que exal a em suas decis es a atividade persecut ria do Estado e a supremacia do interesse p blico sobre o privado Em arremate de seu racioc nio Grau afirmava que o correto dar preval ncia ao direito liberdade em detrimento do direito de acusar Nesta suma contudo 24 AJD Decis es Dispon vel em lt http www ajd org br decisoes_ ver php idConteudo 29 gt Acesso em 28 nov 2013 25 STF HC 95 009 4 SP Rel Min Eros Grau Dispon vel em lt http www stf jus br arquivo cms noticiaNoticiaStf anexo hc95009EG pdf gt Acesso em 08 abr 2014 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 133 134 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal n o invectivava contra a constitucionaliza o vulgarizada dos problemas penais mas desenvolvia tout court a absolutiza o da esfera de individualidade sem considerar os interesses da coletividade pois que em caso de conflito entre estes dois mbitos dever prevalecer o preceito garantidor da liberdade sobre o que fundamenta sua supressdo A posi o de quase completo consenso dos magistrados das Cortes Superiores sobre esta linha argumentativa parte da sacr
101. ordenamento inaugurado com a Constitui o atual onde foi introduzido um novo conceito de igualdade As Constitui es s tem reconhecido a igualdade no seu sentido jur dico formal igualdade perante a lei A Constitui o de 1988 abre o cap tulo de direitos individuais com o princ pio de que todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza art 5 caput Refor a o princ pio com muitas outras normas sobre a igualdade ou buscando a igualiza o dos desiguais pela outorga de direitos sociais substanciais Assim que j no mesmo art 5 1 declara que homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es Depois no artigo 7 XXX e XXXI v m regras de igualdade material regras que pro bem distin es fundamentais em certos fatores ao vedarem diferen as de sal rios de exerc cio de fun es e crit rios de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil e qualquer discrimina o no tocante a sal rios e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia A previs o ainda que program tica de que a Rep blica Federativa do Brasil tem como um de seus objetivos fundamentais reduzir as desigualdades sociais e regionais artigo 3 III veemente repulsa a qualquer forma de discrimina o art 3 IV a universaliza o da seguridade social a garantia ao direito sa de a educa o baseada em princ pios democr ticos e de igualda
102. ou centro de recolhimento A log stica reversa ou revers vel o fluxo f sico de produtos embalagens e outros materiais do ponto de consumo at o local de origem fabricante importador etc para reaproveitamento no ciclo produtivo ou outra destina o ambientalmente adequada A Lei 12 305 2010 apresenta a seguinte defini o Instrumento de desenvolvimento econ mico e social caracterizado por um conjunto de a es procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restitui o dos res duos s lidos ao setor empresarial para RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 171 172 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos ou outra destina o final ambientalmente adequada art 3 XID As empresas t m uma clara tend ncia de tornarem se cada vez mais respons veis por todo o ciclo de vida de seus produtos Isso significa ser legalmente respons vel pelo seu destino ap s a entrega aos clientes e pelo seu impacto no meio ambiente COSTA et al Est o sujeitos log stica reversa os seguintes res duos pilhas e baterias Resolu o Conama n 401 de 4 nov 2008 pneus Resolu o Conama 416 de 30 set 2009 leos lubrificantes seus res duos e embalagens Res Conama n 362 de 23 jun 2005 Res Conama n 450 de 6 mar 2012 embalagens de produtos agrot xicos Lei n 7 802 de 11 jul 1989 art 6
103. para executar qualquer das referidas a es 5 Conclus o As condutas delitivas previstas no Estatuto de Roma apesar de toda a discuss o quanto viola o ou flexibiliza o do princ pio da legalidade mesmo considerando que a dogm tica penal inserida em todos os C digos Penais ocidentais est intimamente ligada com o Princ pio da Legalidade por dois motivos a saber al m de a dogm tica ter se desenvolvido concomitante com o mencionado princ pio ainda traz em sua estrutura tripartida tipicidade antijuridicidade e culpabilidade como integrante do conceito de crime o elemento tipicidade que deriva sem sombra de d vidas da Legalidade por demais alvissareira a exist ncia no mbito internacional de um tribunal permanente que venha otimizar os mecanismos de repress o aos atentados aos direitos humanos cometidos pelos indiv duos surgindo a o princ pio da responsabilidade penal individual Constata se no rol das previs es do Tribunal Penal Internacional a imprecis o dos tipos e mesmo no caso dos crimes de agress o a inexist ncia do que vem a ser na prescri o do Estatuto Compreende se contudo que este diploma Estatuto de Roma possa vir a ser o in cio da consolida o de um c digo internacional balizador do Direito Penal Internacional Estamos de fato diante de algo a ser constru do nesta dif cil e complexa seara das rela es internacionais Internationalization of Criminal Law and c
104. pode ser decodificado como toda e qualquer conduta atent ria legalidade lealdade imparcialidade etc Como se fosse poss vel de uma penada equiparar coisas valores e conceitos distintos O resultado o arb trio Em s ntese n o pode o legislador dizer que tudo improbidade N o correto portanto reduzir a improbidade administrativa mera viola o do princ pio da legalidade administrativa Para alcan ar a esfera de ato improbo enquadrado no artigo 11 da Lei 8 429 92 a conduta do agente p blico deve extrapolar o campo da mera ilegalidade administrativa Exige se um plus um desvio de car ter a m f que constitui ess ncia da imoralidade qualificada Marino Pazzaglini Filho ressalta que a ilegalidade n o sin nima de improbidade e a ocorr ncia daquela por si s 29 FIGUEIREDO op cit p 117 30 PAZZAGLINI FILHO Marino Lei de improbidade administrativa comentada S o Paulo Atlas 2002 p 102 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 97 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa n o configura ato de improbidade administrativa Ent o os atos ilegais que n o se revestem de inequ voca gravidade que n o ostentam ind cios de desonestidade ou m f que decorrem da inabilita o ou despreparo escus veis do agente p blico n o configuram improbidade administrativa Para Mauro Roberto Gomes de Mattos
105. princ pio da razoabilidade No mbito da jurisprud ncia nacional o Supremo Tribunal Federal STF em v rios de seus julgados tem utilizado indistintamente os dois princ pios consolidando seu posicionamento pela fungibilidade dos princ pios Neste sentido conclui Suzana Toledo de Barros 2003 p 76 Observa se que o Supremo Tribunal Federal mesmo aludindo ao termo proporcionalidade n o deixou de fazer refer ncia razoabilidade deixando assente a possibilidade de utiliza o de ambas as express es Guerra Filho 2003 p 69 ensaia uma aproxima o dos conte dos da racionalidade e proporcionalidade com base na significa o sin nima dos voc bulos de semelhante origem na matem tica raz o latim ratio e propor o do latim proportio Contudo Guerra Filho 2003 p 69 alerta para a necess ria distin o entre os princ pios sob pena do esvaziamento de ambos Entende o autor que enquanto o princ pio da razoabilidade se restringe concep o negativista capaz somente de definir determinado ato administrativo como RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 31 32 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais desviado de sua finalidade quando absurdo ou arbitr rio a proporcionalidade teria fun o positiva de definir os limites da adequa o do ato ao principio Wilson Ant nio Steinmetz 2001 p 183 192 faz um levantament
106. prova il cita por deriva o ou seja da prova n o il cita por si mesma mas conseguida por interm dio de informa es obtidas por provas ilicitamente colhidas Em outros termos a veda o da prova il cita inerente ao Estado Democr tico de Direito que n o admite a prova do fato e consequentemente puni o do indiv duo a qualquer pre o custe o que custar RANGEL 2014 p 73 Consoante classifica o adotada pela doutrina a prova il cita esp cie do g nero prova proibida ou vedada aquela obtida em desrespeito s disposi es de direito material ou dos princ pios informadores do direito penal enquanto que a prova ileg tima a que viola as normas de direito processual ou os seus princ pios RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes Imperioso ressaltar que essa diferencia o n o foi adotada pela Constitui o da Rep blica tampouco o foi pelo C digo de Processo Penal nem mesmo com as altera es no sistema probat rio advindas com a Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 Dessa forma reputam se como il citas a teor da norma esculpida no caput do art 157 do C digo de Processo Penal todas aquelas obtidas em viola o s normas constitucionais ou legais A ilicitude de uma prova carreada ao processo penal n o fica sempre limitada quela prova obtida em viola o a normas constitucionais e legais podendo transcender e alcan ar outras provas de
107. provas cautelares n o repet veis e antecipadas Par grafo nico Somente quanto ao estado das pessoas ser o observadas as restri es estabelecidas na lei civil RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 59 60 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 que ao comentar escolhas feitas pela Comiss o de Reforma do C digo de Processo Penal entendeu que a Constitui o Federal de 1988 em seu inciso LVI do art 5 consolidou a posi o internacional no sentido da inadmissibilidade processual das provas obtidas por meios il citos entendidas pela doutrina como aquelas colhidas infringindo normas ou princ pios estabelecidos pela Constitui o para a prote o das liberdades p blicas e dos direitos da personalidade GRINOVER 2010 Constituindo dessa maneira provas il citas as obtidas com viola o do domic lio art 5 XI da CF ou das comunica es art 5 XII da CF as conseguidas mediante torturas ou maus tratos art 5 III CF as colhidas com infring ncia intimidade art 5 X da CF dentre outras disposi es Ressalta tamb m em seu posicionamento que se mostra oportuno a fixa o de balizas pela lei processual da regra constitucional de exclus o das provas il citas em qualquer situa o bem como sua conceitua o e posi o quanto a sua admissibilidade e proibi o de utiliza o mesmo quando se trate da denominada
108. quer dizer tamb m cidade formando o urbanismo ci ncia da cidade O texto Constitucional no art 29 XII estatui como um dos preceitos que integram a Lei Org nica do Munic pio a coopera o das associa es representativas no planejamento municipal Coopera o principio de participa o e participa o solidariedade e integra o Participar fazer com e integrar fazer com todos Ao planejador municipal incumbe plantar o p na realidade da cidade e do mercado de modo a tornar a moradia poss vel para o maior n mero de familias E a moradia um direito social art 5 XI 6 7 IV 23 IX e 183 da CR Ao planejador municipal lhe incube igualmente disponibilizar trabalho conviv ncia harm nica entre atividade e o local dispor sobre a circula o urbana art 5 XV da CR e Lei n 9 503 de 23 09 1997 C digo de Tr nsito Brasileiro e sobre as reas de lazer RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas e de recrea o art 6 da CR e tais fun es sociais da cidade t m seus desdobramentos em todas as pol ticas p blicas municipais Imp e se continuar neste processo de transforma o e de renova o urbana Continuidade vida Extrai se aqui a presen a do novo princ pio do Estado Democr tico de Direito art 1 CR O principio da coopera o da participa o e da solidariedade O plano diretor qualifica se como ancoradouro instrumental da participa o e da solid
109. recursos na educa o ofende a legalidade e sobretudo a moralidade administrativa que constituem princ pios basilares da Administra o P blica com previs o no artigo 37 caput da Constitui o Federal de 1988 Consabido a inobserv ncia desses princ pios constitucionais constitui ato de improbidade administrativa tipificado no artigo 11 da Lei 8 429 92 Partindo se do pressuposto de que a desonestidade funcional que importa num comportamento devasso do administrador constitui conduta dolosa sem a qual n o h improbidade administrativa para o presente trabalho est presumido o dolo do chefe do Poder Executivo que com o desvio das receitas destinadas para educa o fere norma constitucional mandamental do artigo 212 e despreza direito inerente ao homem fundamental por se tratar de dolo administrativo submetendo o inconteste s san es severas do artigo 12 da Lei 8 429 92 35 MORAES Alexandre de Constitui o do Brasil interpretada e legisla o constitucional S o Paulo Atlas 2002 p 2611 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 101 102 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa N o demais afirmar sempre que h viola o aos direitos fundamentais tem se configurado ato de improbidade administrativa Nesse sentido F bio Medina Os rio infirma que toda improbidade pressup e agress o aos direitos fundamentais tanto se v
110. resultado pretendido Vale destacar que a perquiri o acerca de se os meios utilizados s o adequados para a produ o dos resultados almejados se restringe a um questionamento pr vio da probabilidade de se obter com as medidas que ser o empregadas os fins objetivados rela o esta de meio e fim de viabilidade que n o dever ser confundida com a quest o da efic cia dos meios face aos fins Assim Suzana Toledo de Barros 2003 p 78 explana Isto quer dizer que sob a perspectiva da adequa o resta exclu da qualquer considera o no tocante ao grau de efic cia dos meios tidos como aptos a alcan ar o fim desejado A quest o sobre a escolha do meio melhor menos gravoso ao cidad o j entra na rbita do princ pio da necessidade Desse modo seja no campo de atua o legislativa ou administrativa as medidas tomadas devem guardar rela o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 35 36 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais de adequa o aos fins almejados de sorte que os meios empregados se mostrem vi veis para a produ o dos efeitos esperados no caso concreto sendo assim atendido o primeiro subprinc pio do princ pio da proporcionalidade 4 2 Exigibilidade necessidade O segundo subprinc pio visualizado no princ pio da proporcionalidade a exigibilidade ou necessidade Erforderlichkeit por este elemento parcial a medida adotada n
111. sanit rias as a es necess rias correspondem movimenta o e conforma o da massa de lixo contaminada delimita o da rea identifica o dos locais onde houve ou n o a disposi o de lixo e por fim a limpeza da rea de dominio Os aspectos ambientais s o tratados atrav s das seguintes a es drenagem das guas superficiais drenagem coleta e tratamento de gases e chorume cuidados para evitar minimizar a contamina o do len ol fre tico e arboriza o do entorno da rea ALBERTE CARNEIRO KAN 2005 Todo o processo de recupera o ou reabilita o da rea degradada ou contaminada pela deposi o ambientalmente inadequada dos res duos s lidos urbanos dever ter um monitoramento ambiental com o objetivo de avaliar a efici ncia RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues das a es restauradoras e de inertiza o do maci o de lixo A requalifica o e a recupera o do aterro comum devem ser realizadas com a participa o efetiva da comunidade local atrav s de consultas audi ncias p blicas e cursos cont nuos de educa o ambiental 5 9 Monitoramento e treinamento de m o de obra local Um aterro para disposi o final de res duos s lidos urbanos deve ser considerado como uma obra de engenharia e para tal passar por todas as etapas necess rias incluindo um planejamento que leve a um projeto adequado facilitando a implanta o e otimizando a opera o do mesmo Por
112. se pois que a mulher estuprada ao andar em uma rua escura noite n o se contentar apenas em ser mais precavida no futuro ela certamente insistir em seu direito a n o ser estuprada 4 Tradu o livre ningu m pode querer com seriedade come ar a constru o de uma casa pelo o primeiro andar mas claro que se pode desejar e at mesmo fazer uma constru o em um lugar proibido pelo direito urban stico RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 319 320 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o identificar o estuprador como causa de viola o da norma e exigir que ele seja punido dito de outro modo exigir que se confirme sua expectativa normativa a n o ser v tima de estupro Neste diapas o levando se em conta que o delito sempre uma quebra da expectativa normativa um conflito em torno da configura o de sociedade rectius conflito com a norma a pena tamb m deve ser algo al m de coa o de dor deve ser uma resposta com o conte do de que o ataque do autor contra a estrutura normativa da sociedade n o determinante e que tal estrutura mant m suas configura es sem qualquer altera o Dicho de otro modo el autor afirma que el contenido comunicativo de su comportamiento es v lido para ulteriores comunicaciones pero la punici n pone en claro que eso no es as En un ejemplo el homicida declara a trav s d
113. se tamb m a Su a um dos primeiros pa ses a inserir tal princ pio no texto constitucional Austria It lia e Espanha esta desde a Lei de Procedimento Administrativo de 17 de junho de 1958 prev expressamente a necessidade dos atos administrativos serem adequados aos fins que os justifiquem Na Constitui o espanhola de 1978 p s queda do regime franquista restou fixado no artigo 53 1 o car ter vinculante dos direitos fundamentais e o necess rio respeito de seu conte do essencial pela legisla o regulamentadora BARROS 2003 p 53 54 Segundo afirma Bonavides RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos 2006 p 418 a Espanha pode ser considerada exemplo de valoriza o doutrin ria e jurisprudencial ado o do princ pio da proporcionalidade como categoria de princ pio geral de direito apto ao controle judicial do ato estatal desproporcional inadequado ou desnecess rio A Constitui o portuguesa de 1976 no art 18 1 destacou o princ pio da proporcionalidade como par metro de controle s restri es estatais aos direitos fundamentais demarcando a constitucionaliza o formal do princ pio BARROS 2003 p 55 56 Encerrando a forma o hist rica do princ pio da proporcionalidade observa se que o Brasil em sua atual realidade jur dico constitucional ainda n o cuidou de inseri lo em texto normativo contudo tal lacuna n o tem obstado seu reconhecimento
114. ser criado pelo poder p blico um posto de recolhimento desses res duos atrav s de um acordo setorial art 15 do Decreto 7 404 2010 ou termo de compromisso dos comerciantes locais para futuro repasse aos comerciantes fabricantes ou importadores para que estes adotem direta ou indiretamente os procedimentos de reutiliza o reciclagem tratamento ou disposi o final ambientalmente adequada O objetivo facilitar o acesso do consumidor a um sistema de coleta fornencendo lhe por interm dio do programa de educa o ambiental informa es sobre os mecanismos e res duos sujeitos log stica reversa Os benef cios ambientais s o extremamente relevantes e justificam por qualquer ngulo tal iniciativa 5 8 Aterro sanit rio e recupera o do lix o De acordo com a literatura especializada tema os aterros sanit rios quando operados corretamente comportam se de forma an loga a um filtro biol gico capaz de degradar grandes quantidades de mat ria org nica PESSIN et al p 115 Em Novo Air o h um passivo ambiental imenso pois o lix o recebeu por anos a fio precisamente h 11 anos segundo consta do estudo da CPRM uma quantidade enorme de res duos De acordo com especialistas PESSIN et al p 123 a remedia o de lix es pode ser executada in situ implementando se medidas mitigadoras no pr prio local da disposi o inadequada ou ex situ removendo se os res duos para serem tratados ou dispo
115. seus interesses Por fim podemos real ar a import ncia do projeto uma vez executado em escala real num munic pio de pequeno porte que reproduz a realidade de in meros outros pela possibilidade de usar os dados os m todos e as demandas gerados nesse trabalho como base para o desenvolvimento de projetos semelhantes em outros munic pios e comunidades respeitando obviamente suas caracter sticas e peculiaridades RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 177 178 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Al m disso acreditamos que as dificuldades enfrentadas e as solu es encontradas podem servir de subs dio aos rg os de controle ambiental para rever ou forjar novos conceitos no que diz respeito aprova o de projetos dessa natureza Conception to implementation Friend Trash Project in city Novo Air o Abstract The project in its overall structure guided by the idea of sustainable development and economic exploitation includes some basic policies that represent a real hierarchy in politics from the solid waste prevention and reduction environmental education preparation for reuse recycling treatment and disposal In general the study is inspired by the idea of sustainable development and economic use combining social and environmental concerns with a market logic contemplating systemically the political economic environmental cultural technological and so
116. tenha tido contato com uma prova il cita origin ria ou por deriva o uma confiss o obtida mediante tortura ou documentos cont beis que demonstram evas o fiscal mas que foram obtidos em uma busca e apreens o se o respectivo mandado judicial por mais que posteriormente essas evid ncias sejam consideradas il citas e portanto inserv veis ao processo o magistrado ser influenciado por aqueles dados A melhor op o que permite uma solu o constitucionalmente adequada contr ria RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 71 72 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 influ ncia das provas il citas aquela que determinasse a substitui o do magistrado por outro que n o tivesse tido contato com as provas il citas porque as chances de este ltimo ser influenciado por provas il citas bem menor Todavia a proposi o normativa aprovada por ambas as Casas do Congresso Nacional foi vetada ao argumento de que esta garantia de decis o mais justa traria preju zos celeridade processual Mais uma vez o direito processual penal brasileiro parece optar por meios quaisquer que sejam violadores ou n o de garantias fundamentais que justifiquem a penaliza o do acusado O processo justo todavia exige meios e resultados igualmente justos 4 Considera es finais A prova il cita origin ria ou derivada prova inid nea e c
117. um dia poder n o logrou limitar a a o dos legisladores penais A prerrogativa do Parlamento art 22 I da CRFB lhe concede o poder de criar e imaginar bens jur dicos diversos e atribuir lhes tutela penal Como diz Jesus Maria Silva Sanchez n o poss vel controlar lei penal alguma sob a perspectiva de uma hipot tica vulnera o do princ pio de exclusiva prote o de bens jur dicos 2002 p 106 8 O segundo entrave que a teoria do bem jur dico possui forte tend ncia objetifica o no sentido de que o titular do bem n o raro fica em segundo plano Assim quando se diz que o crime de furto serve prote o do bem jur dico patrim nio como se o Direito Penal estivesse protegendo o patrim nio por ele mesmo e n o em raz o da import ncia que ele possui para seu possuidor propriet rio que muitas vezes sequer faz parte da equa o Pense se nos casos de apropria o por funcion rio p blico de bem particular de que tem a posse em raz o do cargo peculato art 312 caput do CP onde a doutrina aponta como sujeito passivo o Estado e bem jur dico ofendido a moralidade administrativa Nessa linha de pensamento excluindo por completo a pessoa do campo de atua o do Direito Penal protegendo o bem jur dico por si mesmo veja 18 Isto porque criado certo preceito penal em geral n o custa muito para se definir qual o bem jur dico protegido por ele A intensa atividade
118. uma sua realiza o poss vel surgindo assim perante elas por parte da norma como que uma situa o de indiferen a jur dica a implicar que qualquer das decis es fosse v lida que se oferecessem todas como juridicamente v lidas NEVES 1995 p 537 BRASIL Lei 4 657 42 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 decreto lei Del4657 htm gt Acesso em 18 mar 2014 120 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes Se assim ent o teremos de convir que o poder Discricion rio Judicial concede uma liberdade para fazer se uma op o entre as v rias alternativas poss veis Porfim estaliberdade para a escolha de uma decis o dentre v rias poss veis n o se confunde com um puro arb trio O Juiz antes de escolher aleatoriamente a solu o para o problema jur dico far sua op o sobre aquela que equacionada segundo os estal es de juridicidade ou de Direito tenha aceitabilidade e efetividade n o apenas no mundo jur dico mas na comunidade Por este motivo ser l cito afirmar com Castanheira Neves que a liberdade discricion ria implica uma desvincula o do Juiz a uma solu o nica alcan vel pela subsun o mas n o uma desvincula o perante o direito ou do jur dico em geral assim pode dizer se que a Discricionariedade Judicial ser uma liberdade para o cumprimento do dever o que significa dizer que a atua o judicial estar vinculada ao cumprimento
119. uso ou exercicio das liberdades coexistentes N o pode ele nesta etapa pretender ultrapassar isto pois o que existe como dado fundamental a liberdade dos indiv duos e t o s a possibilidade de choques Em segundo lugar em caso de efetivo conflito justifica se a fun o do Direito Criminal de declarar a exist ncia concreta de um desrespeito ao s sujeito s REIS 190 192 Desta forma tem se que a a norma jur dico penal s pode pretender reger conflitos potenciais situados a partir da esfera imponder vel de liberdade ou autonomia que seu limite intranspon vel b a submiss o de sujeitos fal veis a um estado inescap vel de coexist ncia sugere a possibilidade de conflitos para os quais o direito criminal n o exerce uma fun o de prote o mas t o somente uma fun o declarativa dos limites do uso da liberdade e no caso de efetivo conflito a declara o da exist ncia de um desrespeito REIS 2011 190 192 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 339 340 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o 5 A fun o declarativa do Direito Penal e a no o de bem jur dico de Marco Ant nio Santos Reis Com base em tais premissas Marco Ant nio Santos Reis defende que o fundamento do Direito Criminal repousa no reconhecimento de sujeitos fal veis dotados de consci ncia e autonomia e submetidos a um estado inescap vel de coexist ncia Pois
120. utiliza o de c lulas tronco embrion rias para a realiza o de pesquisas cient ficas ap s entender que o referido dispositivo n o incorreria em viola o do direito vida como se pode observar na passagem a seguir Como se sabe a supera o dos antagonismos existentes entre princ pios constitucionais como aqueles concernentes inviolabilidade do direito vida plenitude da liberdade de pesquisa cient fica cujo desenvolvimento propicie a cura e a recupera o de pessoas afetadas por patologias graves e irrevers veis e ao respeito dignidade da pessoa humana h de resultar da utiliza o pelo Poder Judici rio de crit rios que lhe permitam ponderar e avaliar hic et nunc em fun o de determinado contexto e sob uma perspectiva axiol gica concreta qual deva ser o direito a preponderar no caso considerada a situa o de conflito ocorrente desde que no entanto a utiliza o do m todo da pondera o de bens e interesses n o importe em esvaziamento do conte do essencial dos direitos fundamentais tal como adverte o magist rio da doutrina STF ADI 3510DF Rel Ministro Ayres Brito Plen rio julgado em 29 05 2008 p 452 453 grifos nossos A pondera o de valores em face da contradi o aparente entre princ pios conforme os exemplos apontados se faz necess ria considerando que n o existe princ pio absoluto e a RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 279 280 O principio da p
121. v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues Minist rio P blico com o processo criminal sendo o dono da a o penal p blica leva o a uma rela o conflituosa com as pol cias o que dificulta a supervis o imparcial As ouvidorias s o independentes mas falta o poder de fazer melhorias em processos de avalia o interna e h muito pouca supervis o n o governamental da pol cia Fiona Macaulay 2005 desenvolve criteriosa cr tica sobre esses quatro mecanismos de controle A justi a militar representa um enclave de impunidade que protege a pol cia militar das disciplinas civis Os tribunais militares s o fechados ao escrut nio p blico e a cultura militar enfatiza a responsabilidade dos militares para com a pr pria instituic o n o em rela o popula o em geral Por isso os n veis de transpar ncia fiscaliza o e responsabilidade s o baixos As corregedorias da pol cia funcionam como um filtro para antecipar e prevenir investiga es mais completas de abusos policiais Elas operam de uma maneira atomizada e defensiva e colaboram pouco com outras entidades investigadoras Os n veis de transpar ncia fiscaliza o e responsabilidade s o baixos A a o disciplinar s se faz efetiva quando h esmagadoras evid ncias combinadas com insistente cobertura da m dia Os oficiais superiores s o geralmente isentos de investiga o ou puni o apesar do fato de serem sobrerrepresentados no universo
122. vel propor o com o fim perseguido A id ia de equil brio entre valores e bem exaltada Na an lise concreta far se necess rio um sopesamento entre os valores que est o em jogo de sorte RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos a se aferir se os valores privilegiados pelos subprincipios da adequa o e necessidade se justificam diante dos valores preteridos Assim Alexy 2002 p 112 113 sustenta que enquanto os subprinc pios da adequa o e necessidade se circunscrevem esfera da an lise do faticamente poss vel a proporcionalidade em sentido estrito envolve a quest o da otimiza o das possibilidades jur dicas O Judici rio quando da an lise de situa es que contemplem conflitos entre princ pios ou direitos constitucionais deve exercer um ju zo de pondera o entre o direito efetivado pela decis o e o por ela restringido a fim de ponderar acerca da proporcionalidade da situa o amparada Deve o juiz valorar segundo as circunst ncias e peculiaridades do caso concreto se a decis o obteve um resultado satisfat rio e se o direito limitado deveria ser restringido frente ao efetivado em uma rela o de preced ncia condicionada Fica conferido ao Judici rio assim o dever de examinar a situa o concreta e decidir se o direito efetivado n o afrontou um direito que deveria prevalecer naquele caso precedendo ao direito respaldado dever do juiz ana
123. 014 41 42 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais Na maioria das situa es em que est em causa um direito do homem ao contr rio ocorre que dois direitos igualmente fundamentais se enfrentem e n o se pode proteger incondicionalmente um deles sem tornar o outro inoperante Basta pensar para ficarmos num exemplo no direito liberdade de express o por um lado e no direito de n o ser enganado excitado escandalizado injuriado difamado vilipendiado por outro Nesses casos que s o a maioria deve se falar de direitos fundamentais n o absolutos mas relativos no sentido de que a tutela deles encontra em certo ponto um limite insuper vel na tutela de um direito igualmente fundamental mas concorrente E dado que sempre uma quest o de opini o estabelecer qual o ponto em que um termina e o outro come a a delimita o do mbito de um direito fundamental do homem extremamente vari vel e n o pode ser estabelecida de uma vez por todas Desse modo resta investigar os moldes em que vem ocorrendo a aplica o jurisprudencial do princ pio da proporcionalidade nos conflitos envolvendo direitos fundamentais Paulo Bonavides 2006 p 425 destaca a utiliza o do princ pio da proporcionalidade na solu o de conflitos entre direitos fundamentais no mbito jurisprudencial das Cortes europ ias Uma das aplica es mais proveitosas contidas
124. 05 2008 requerendo a declara o de inconstitucionalidade do art 5 da Lei n 11 105 2005 Lei de Biosseguran a que permitia a pesquisa cient fica utilizando c lulas tronco embrion rias O argumento utilizado no intuito de impedir as pesquisas com c lulas troncos embrion rias se fundamentou na prote o do direito vida assinalando que a permiss o de pesquisas dessa natureza configuraria o crime de aborto Contudo 3 As c lulas tronco s o c lulas com capacidade de renova o atrav s da mitose e podem originar tipos especializados de c lulas que formam os diferentes tecidos do corpo humano InfoEscola C lulas tronco Dispon vel em lt http www infoescola com citologia celulas tronco gt Acesso em 6 dez 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro entendeu se que muito embora o direito a vida fosse um dos mais importantes do ordenamento jur dico este n o absoluto tampouco podendo se falar em preced ncia deste em rela o aos demais raz o pela qual considerou a exist ncia de outros direitos fundamentais em jogo bem como ressaltou a import ncia do constitucionalismo fraternal atrav s do qual se fundamentada a busca pela cura de doen as e dos direitos fundamentais da autonomia da vontade do planejamento familiar maternidade O Tribunal decidiu pela improced ncia do pedido de inconstitucionalidade e consequente manuten o do dispositivo legal que permitia a
125. 1 pois preciso neste passo avaliar as infra es luz da Lei de Improbidade Administrativa considerando inclusive o elemento subjetivo indispens vel s san es E nesse exame al m da aus ncia de desvio ou apropria o de verba p blica de vantagem patrimonial pr pria e de preju zo ao er rio imp e se reconhecer a falta de espec fica comprova o de dolo ou m f nus probat rio do Minist rio P blico para a qualifica o dos atos como de improbidade lembrando se que a orienta o anterior que dispensava a m f na hip tese do art 11 da Lei n 8 429 92 STJ REsp 880662 MG rel Min Castro Meira j 15 02 2007 DJ 01 03 2007 p 255 est superada Equivocos or ament rios d vidas de interpreta o falhas de gest o administrativa falta de detalhamento ou da melhor op o decis ria na Administra o P blica enfim podem de fato no maximo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel indicar irregularidades mas da afirmar ocorr ncia de ato improbo marcado pela m f vai uma boa dist ncia Logo sem m f reveladora de desonestidade n o h ato de improbidade TJ SP 1 C mara de Direito P blico Ap n 0168404 39 2008 8 26 0000 rel Des Vicente de Abreu Amadei j 4 out 2011 Em contrapartida decis o do mesmo Tribunal de Justi a de S o Paulo na Ap n 388 141 5 2 00 que diante do desvio de percentual m nimo reservado ao ensino para outras despe
126. 1 da Lei 8 429 92 como tipo subsidi rio ou de reserva sendo aplicado somente quando n o configurada as hip teses de enriquecimento il cito ou de les o ao er rio Al m disso o referido dispositivo legal deve ser informado pela conduta desonesta e pelo elemento subjetivo consubstanciado para maioria da doutrina no dolo gen rico do agente p blico que requer vontade manifesta de realizar conduta contr ria aos deveres de honestidade imparcialidade legalidade e lealdade Vale lembrar que a responsabilidade por ato de improbidade administrativa sempre subjetiva dependendo portanto da presen a do dolo na conduta do agente p blico Nas observa es de Eurico Bitencourt Neto pode inexistir resultado material danoso enriquecimento il cito ou preju zo ao er rio e ainda assim estar configurado ato de improbidade administrativa Neste caso tamb m fundamental tenha havido dolo j que a norma tem em vista a desonestidade a deslealdade a m f do agente p blico para com os valores essenciais do sistema jur dico A viola o dos deveres fundamentais para que cause dano ao patrim nio moral do Estado deve ter consigo o comportamento desonesto do administrador p blico Desonestidade pressup e inten o A respeito do dolo gen rico na conduta do agente p blico o Superior Tribunal de Justi a disp e que Ainda que se admita a necessidade de comprova o desse elemento subjetivo for oso reco
127. 114 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal pol tico ideologicamente engajada Nosso intuito aqui n o estabelecer uma cr tica contra o engajamento pol tico ideol gico de Ju zes e tribunais at porque isso pressuporia nossa ades o a alguma ideologia mas antes tentar descobrir os pontos de contato entre Ativismo Judicial e Discricionariedade estabelecendo marcos epistemol gicos para as duas categorias Os pontos cr ticos de desacerto metodol gico ser o descobertos por meio da dial tica entre Ativismo e o sistema jur dico vigente e a pol tica criminal debuxada pela experi ncia juridico jurisdicional moderna A investiga o o tratamento dos dados e a elabora o do relato sob a forma de artigo s o realizados com base no m todo indutivo e as t cnicas utilizadas s o a do referente a de categorias e de conceitos operacionais As categorias utilizadas ter o seus conceitos operacionais descritos ao longo do trabalho 2 Aspectos epistemol gicos acerca da Discricionariedade Judicial A antiga compreens o do Juiz como la bouche de la Lot pr pria do sistema jur dico preconizado pela Ecole de l ex g se quando o Positivismo reduzia a concretiza o do Direito interpreta o da Lei levada a efeito pela subsun o do fato regra legal e portanto a realiza o do Direito processava se por meio de silogismos n
128. 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o Em suma a dimens o mediata que cumpre o requisito da dignidade em conjuga o com a dimens o imediata que possibilita a fun o dogm tica representam a melhor proposta de concep o a ser adotada como bem jur dico penal tribut rio The legitimacy of criminal tax protection Abstract This research is about the legitimacy of criminal tax protection and under what circumstances such attribute is possible according to a comprehensive analysis of the specialized doctrine Uncovered are the different understandings of what is protected by means of tax crimes It was found that the conception of the function of the tribute is the one that best suits the requirement of the criminal offense with the exception that fails to comply on the other hand the dogmatic function well problem that was overcome with the admission of bifrontal theory of criminal law and taxation which considers the patrimony of the Treasury as technical or immediate dimension Keywords Legitimacy of penal law Tax offenses Patrimonialist thesis Functionalist thesis Bifrontal or mixed thesis Refer ncias ALENCAR Romero Auto de Crimes contra Ordem Tribut ria legitimidade da tutela penal e inadequa o pol tico criminal da extin o da punibilidade pelo pagamento do tributo S o Paulo Impactus 2008 BALTAZAR JUNIOR Jos Paulo Crimes Federais 3 ed rev atual Porto Alegre Livraria do Advogado
129. 2 1 Princ pio da legalidade como conquista libert ria e o Tribunal Penal Internacional 2 2 Internacionaliza o do Direito Penal 3 Crimes no mbito do Tribunal Penal Internacional 4 Crimes em esp cie 4 1 O crime de Genocidio 4 2 Os crimes contra a humanidade 4 3 Os crimes de guerra 4 4 O crime de agress o 5 Conclus o Refer ncias Resumo O presente trabalho versa sobre os crimes alcan ados pelo Tribunal Penal Internacional e seu esfor o como trincheira de garantias dos Direitos Humanos Aborda o Direito Penal Internacional como fen meno cultural e seu comportamento perante o consagrado princ pio da legalidade tecendo observa es quanto ao surgimento deste princ pio Trata o fen meno da internacionaliza o do Direito Penal bem como contextualiza o surgimento do Direito Penal Internacional Comenta por fim os crimes em esp cie elencados no Estatuto de Roma ou seja genoc dio crimes contra a humanidade crimes de guerra e crimes de agress o Palavras chave Estatuto de Roma Genoc dio Guerra Humanidade Agress o 1 Introdu o O Direito como fen meno cultural sofre constante Professor da Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de Pernambuco da Faculdade Joaquim Nabuco e da Academia Integrada de Defesa Social de Pernambuco Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Recife Delegado da Pol cia Civil de Pernambuco RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 207 208 Internacion
130. 2014 315 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o 2 1 A fun o de prote o de valores tico sociais de Hans Welzel Es misi n del derecho penal amparar los valores elementales de la vida de la comunidad WELZEL 1956 p 1 com esta frase que o Mestre de Bonn resume sua ideia de fun o do Direito Penal Para Hans Welzel a miss o do Direito Penal a prote o dos valores tico sociais elementares do sentir da a o Para Welzel tanto os valores da a o como os do resultado s o relevantes para o Direito Penal Entretanto a origem das determina es ou proibi es da norma penal encontrada num axiom tico dever incondicional transcendente e vinculado ao sentido que se deve dar a o humana Ambas clases de valores tienen significaci n para el derecho penal El derecho penal persigue en primer lugar amparar determinados bienes de la vida de la comunidad tales como la existencia del Estado la vida la salud la libertad la propiedad etc los llamados bienes jur dicos determinando para su lesi n consecuencias jur dicas el disvalor del resultado Esa tutela de los bienes jur dicos la obtiene prohibiendo y castigando las acciones que tienden a lesionarlos es decir evitando o tratando de evitar el disvalor del resultado con la punici n del disvalor del acto Con ello asegura la vigencia de los valores positivos tico soc
131. 205 A educa o direito de todos e dever do Estado e da familia ser promovida e incentivada com a colabora o da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerc cio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho c c 1 do artigo 208 da Constitui o Federal de 1988 O acesso ao ensino obrigat rio e gratuito direito p blico subjetivo Para Andreas J Krell Os Direitos Fundamentais Sociais Educa o n o s o normas program ticas mas foram regulamentados atrav s do estabelecimento expresso de deveres do Estado e correspondentemente de direitos subjetivos dos indiv duos O Direito Educa o definido como dever do Estado e da fam lia art 205 O art 208 especifica que este dever do Estado ser efetivado mediante a garantia de enumerando em seguida uma s rie de metas ou objetivos a serem alcan ados O seu 1 diz RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel que o acesso ao ensino obrigat rio gratuito e um direito p blico subjetivo Em defesa do direito educa o como norma definidora de direitos assevera Vidal Serrano Nunes J nior a Constitui o delimita em tintas fortes o prop sito de gerar aos indiv duos uma prerrogativa subjetiva imediatamente usufru vel Por isso a pr pria Carta desde logo se d pressa e literalmente atribui ao Estado o correlato dever de prestar a atividade necess ria conc
132. 4 Ivana Mussi Gabriel P blica com previs o no artigo 11 da Lei 8 429 92 trata de tipo subsidi rio ou de reserva que incide apenas se n o ocorrer enriquecimento il cito ou les o ao patrim nio p blico Consiste em dolosamente violar os princ pios da Administra o P blica A respeito do artigo 11 da Lei 8 429 92 arremata Edilson Nobre J nior relaciona como de improbidade administrativa atos atent rios aos princ pios retores da Administra o P blica Consistem em a o ou omiss o capazes de violar os deveres de honestidade imparcialidade legalidade e lealdade das institui es medida que colidam com os postulados balizadores da Administra o P blica cuja enuncia o consta do art 37 caput da Lei Maxima Imperioso advertir que a mera inobserv ncia do princ pio da legalidade n o tem o cond o de configurar ato de improbidade administrativa previsto no artigo 11 da Lei 8 429 92 se n o estiver acompanhado de desonestidade para com o aparato administrativo Afinal como visto alhures a improbidade administrativa uma imoralidade administrativa qualificada por punir o agente p blico desonesto 2 Educa o norma definidora de direitos A racionalidade qualidade intr nseca da pessoa humana express o da a o consciente do homem sobre as coisas e sobre si Segundo Carlos Roberto Jamil Cury constitui a marca registrada do homem que n o se cristaliza no tempo pois implica na produ
133. 4 2 Os crimes contra a humanidade S os atentados voltados elimina o total ou parcial de coletividades humanas por quaisquer raz es A formula o da express o crimes contra a humanidade foi utilizada originariamente para caracterizar as atrocidades cometidas pelos turcos contra os arm nios na 1 Grande Guerra sendo referenciado como crime contra a humanidade e a civiliza o na Declara o do Imp rio Otomano composta pelos russos franceses e brit nicos em 1915 conforme 22 AMBOS op cit 2008 p 139 23 Ibid p 153 154 24 LUISI op cit p 235 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira descrito anteriormente Este conceito tamb m lastreou os Tribunais de Nuremberg e de T quio que julgou os derrotados da 2 Guerra Mundial Com o Tribunal Penal Internacional os crimes contra a humanidade tomaram maior amplitude O conceito de crimes contra a humanidade levou a discuss es intensas durante a Confer ncia de Roma que lastreou o estatuto Isto se deu pela falta de uma discuss o pr via e mesmo devido aus ncia de documentos anteriores que trouxessem com precis o o tema Sendo seu resultado final uma delicada composi o entre os diversos Estados O Estatuto de Roma prev no seu artigo 7 Crimes contra a Humanidade 1 Para os efeitos do presente Estatuto entende se por crime contra a Humanidade qualquer um dos actos seguintes quando com
134. 7 0 fam Ro N 1 2 2014 ISSN 1982 6982 Revista Jur dica Minist rio P blico do Estado do Amazonas Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional CEAF Revista Juridica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas ISSN 1982 6982 Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas RJMPAM Manaus v 15 n 1 2 2014 jan dez p 1a355 2015 Minist rio Publico do Estado do Amazonas Coordenadora Geral Wandete de Oliveira Netto Comiss o Editorial Aguinelo Balbi J nior Anabel Vit ria Pereira Mendon a de Souza Francisco de Assis Aires Argiielles e Jo o Gaspar Rodrigues Secret ria Fernanda Priscilla Pereira da Silva Revis o e normaliza o Lourin ia Reis de Sant Anna Silvia Vasconcelos dos Santos Alvarenga e Wanderl ia Lima da Silva Diagrama o Hirailton Gomes do Nascimento Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas Publica o do Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional CEAF v 15 n 1 2 jan dez 2014 Manaus PGJ CEAF 2015 355p Semestral ISSN 1982 6982 Continua o de Revista do Minist rio P blico do Estado do Amazonas 2000 2005 ISSN 1697 6233 O novo t tulo mant m a sequ ncia num rica do t tulo anterior 1 Direito Peri dicos 2 Minist rio P blico I T tulo CDU 34 05 CDDir 340 05 A responsabilidade dos trabalhos publicados exclusivamente de seus autores 2015 Procuradoria Geral de
135. A infra o tribut ria e penal al m de contrariar a norma fiscal incide em tipo penal de modo a ensejar n o apenas a repreens o daquela primeira por meio do procedimento administrativo fiscal e eventual execu o fiscal mas tamb m a consequ ncia jur dica da norma penal a ser infligida pelo processo judicial penal Pois bem os crimes tribut rios como esp cies do g nero crimes submetem se a todo o arcabou o cient fico do Direito Penal sendo certo que as respectivas criminaliza es h o de cumprir todos os princ pios garantistas daquele O escopo do presente trabalho verificar da viabilidade da dignidade desse bem jur dico penal tribut rio bem como sob que enfoques te ricos possibilitada importante observar que cada um dos delitos tribut rios apresenta caracter sticas pr prias Observa se v g que os crimes tribut rios aduaneiros tutelam entre outros a pr pria economia nacional o que n o se pode dizer dos outros tipos penais tribut rios O Imposto Extraordin rio de Guerra por sua vez visa a defender primordialmente a pr pria Rep blica Federativa do Brasil em sua soberania Por outro lado poss vel a fixa o da no o de bem jur dico penal tribut rio tendo em vista a prote o dos respectivos tipos de modo amplo Em outras palavras vi vel RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o identificar se um ns objeto s compreendido s por todos os crimes fisc
136. A pol tica criminal ditada pelo Ativismo Judicial Apesar de muito difundida uma ideia de pol tica criminal estruturada a partir dos tribunais v g ao se falar da aplica o do princ pio da insignific ncia e do perd o judicial o fato que esta n o apenas uma rea pr tico forense Nem se pode dizer que tenha ali seu locus priorit rio j que as realiza es pol tico criminais devem ingressar no discurso juscriminal sobre s lidas bases Na li o de Correia a pol tica criminal recolhe e valora os resultados da criminologia CORREIA 1996 p 8 Ou seja os processos de criminaliza o e de descriminaliza o a defini o das finalidades das penas e de seu car ter preventivo e do modelo de execu o penal em suma a defini o das estrat gias de controlo social do fen meno da criminalidade DIAS 2007 p 19 s o dependentes dos elementos integrantes do fen meno criminal estudados pela criminologia Mas n o s Essa defini o das estrat gias levada a RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes efeito num Estado democr tico de direito n o pode contrastar com os valores e diretrizes constitucionais De forma que as op es pol tico criminais partem das fontes criminol gicas mas n o cruzam os limites impostos pela Constitui o DIAS 2007 p 35 A pol tica criminal tem seu lugar como se v nas decis es formuladas pelo legislador penal No entanto ao pers
137. Ana Paula Teixeira GRANDI Adriana Maria de Composi o gravim trica dos res duos s lidos gerados no bairro Bragantina e centro do munic pio de Braganey PR Dispon vel em lt www fag edu br tcc 2007 Ciencias Biologicas Bacharelado gt Acesso em 20 fev 2012 FOUGEYROLLAS Pierre A filosofia em quest o 2 ed Trad bras Rio de Janeiro Paz e Terra 1960 HENRIQUES Rachel Martins Aproveitamento energ tico dos res duos s lidos urbanos uma abordagem tecnol gica Tese de Mestrado Rio de Janeiro 2004 Dispon vel em lt http pt scribd com doc 2363836 Aproveitamento energetico lixo urbano gt Acesso em 21 fev 2012 HOLLANDA Camilo Leite de Projeto de educa o ambiental Urubici res duo zero UFSC Departamento de Engenharia Sanit ria e Ambiental 2009 Dispon vel em http www gthidro ufsc br arquivos apendice a Projeto de Educa C3 A7 C3 A30 Ambiental Urubici Res C3 ADduo Zero pdf gt Acesso em 1 abr 2012 JARDIM Niza Silva et al Lixo municipal manual de gerenciamento integrado S o Paulo IPT CEMPRE 1995 LANGE Lis te Celina SIM ES Gustavo Ferreira FERREIRA Cyinthia Fantoni Alves Aterro sustent vel um estudo para a cidade de Catas Altas MG Rede de Pesquisa em Saneamento B sico PROSAB 2002 Universidade Federal de Minas Gerais Dispon vel em lt etg ufmg br gustavo arquivos livroprosab pdf gt Acesso em 1 jan 2012 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 179 180 Da c
138. BATISTA Nilo Introdu o critica ao direito penal brasileiro 10 ed Rio de Janeiro Revan 1990 BAZELAIRE Jean Paul A justi a penal internacional sua evolu o seu futuro de Nuremberg a Haia Barueri Manole 2004 BRAND O Cl udio Teoria jur dica do crime 2 ed Rio de Janeiro Forense 2007 CANTARELLI Margarida de Oliveira Da territorialidade a transnacionalidade a desterritorializa o da jurisdi o penal 2000 Tese Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira Pernambuco Pernambuco 2000 O principio da legalidade e o tribunal penal internacional In BRAND O Cl udio CAVALCANTI Francisco e ADEODATO Jo o Maur cio Coord Princ pio da Legalidade Da dogm tica jur dica teoria do Direito Rio de Janeiro Forense 2009 DIAS Jorge de Figueiredo Direito penal parte geral tomo I Coimbra Coimbra 2007 FERREIRA Sandra Cristina da Silva Moreira e O estatuto do tribunal penal internacional In Semin rio de Direito Internacional P blico 2001 Lisboa Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa 2001 JAPIASSU Carlos Eduardo Adriano O Direito penal internacional Belo Horizonte Del Rey 2009 LUISI Luiz Os Princ pios constitucionais penais 2 ed rev e aum S o Paulo S rgio Antonio Fabris 2003 MAZZUOLI Valerio de Oliveira O Tribunal penal internacional e o direito brasile
139. CIS O Conhecido e desprovido Un nime Arrematando esta abordagem p de se observar que a aplica o do princ pio da proporcionalidade como t cnica para a solu o de conflitos entre direitos fundamentais est gradativamente se difundindo na jurisprud ncia europeia como na jurisprud ncia p tria Dessa sorte atrav s da utiliza o dos subprinc pios e da t cnica da pondera o de interesses buscar se garantir a m xima efetividade aos direitos da personalidade em disputa com o m nimo de preju zo 6 Conclus o O princ pio da proporcionalidade pode ser apontado como um dos temas de mais destaque no cen rio doutrin rio e jurisprudencial atual N o obstante tal princ pio ainda n o haver sido inserido expressamente na maioria das ordens constitucionais vem sendo introduzido nos respectivos ordenamentos jur dicos como princ pio impl cito ou deduzido com base na abertura material das Constitui es aos princ pios e direitos conformes aos valores adotados Neste contexto a evolu o do principio da RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos proporcionalidade do mbito estrito do Direito Administrativo para o plano constitucional potencializou sua aplica o para al m da sua voca o inicial de par metro para o controle do exerc cio do poder de pol cia do Estado Sob o patamar de princ pio constitucional o princ pio da proporcionalidade ganhou a aten o como
140. Dutra Pedro da Silva Costa Gebes de Mello Medeiros Aguinelo Balbi Orlando dos Santos Santiago Luiz Felipe Cordeiro de Ver osa Aristarcho de Ara jo Jorge de Mello Evandro Paes de Farias Mauro Luiz Campbell Marques Maria do Perp tuo Socorro Guedes Moura Crist v o de Albuquerque Alencar Filho Vicente Augusto Cruz Oliveira Ot vio de Souza Gomes Francisco das Chagas Santiago da Cruz Carlos F bio Braga Monteiro PROCURADORES DE JUSTI A Alberto Nunes Lopes Antonina Maria de Castro do Couto Valle Carlos Ant nio Ferreira Coelho Carlos L lio Lauria Ferreira Evandro Paes de Farias Fl vio Ferreira Lopes Francisco das Chagas Santiago da Cruz Jos Hamilton Saraiva dos Santos Jos Roque Nunes Marques Jussara Maria Pordeus e Silva Maria Jos da Silva Nazar Maria Jos Silva de Aquino Mauro Roberto Veras Bezerra Nicolau Lib rio dos Santos Filho Noeme Tobias de Souza Pedro Bezerra Filho P blio Caio Bessa Cyrino Rita Augusta de Vasconcellos Dias Sandra Cal Oliveira Silvana Maria Mendon a Pinto dos Santos Suzete Maria dos Santos PROCURADORES DE JUSTI A INATIVOS Aguinelo Balbi Ana Maria Duarte Esteves Antonio Guedes da Silva Aristarcho de Ara jo Jorge de Mello urea M rcia Bittencourt Karan Carlos Alberto Barbosa da Silva Crist v o de Albuquerque Alencar Filho Edilson dos Santos Oliveira Fernando Flor ncio da Silva Fl vio de Azevedo Tribuzy Francisco
141. Estado democr tico como a da descriminaliza o do tr fico de drogas KARAM 2007 p 128 144 sem considerar qualquer estudo criminol gico sobre a mat ria nem muito menos que a quest o pol tico criminalmente definida na Constitui o art 5 XLIII e na Conven o de Viena contra o tr fico il cito de entorpecentes e de subst ncias psicotr picas de 21 ADJ Estatuto da AFD Dispon vel em lt http ajd org br quem somos estatuto php gt Acesso em 6 abr 2014 22 Tbid art 2 6 23 Manifesto de rep dio s propostas de tipifica o do crime de Terrorismo Dispon vel em lt http ajd org br documentos ver php idConteudo 140 gt Acesso em 29 nov 2013 de frisar se que os projetos n o atentam contra os grupos de press o e as manifesta es de rua mas pro bem a provoca o de terror e p nico generalizado mediante ofensa vida integridade f sica ou sa de ou priva o de liberdade de pessoa por motivo ideol gico religioso pol tico ou de preconceito racial ou tnico Projeto Romero Juc incendiar depredar saquear destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem p blico ou privado Projeto Miro Teixeira Ambos visam a tutela de bens com dignidade penal e arrimam se nos princ pios constitucionais da liberdade de express o art 5 IX CR e da liberdade de reuni o desde que seja pac fica art 5 XVI CR Portanto ditos projetos n o colocam em c
142. IDES 1996 p 248 Na dimens o subjetiva os direitos fundamentais normatizam a intera o entre os indiv duos e o Estado bem como entre si mesmos significando prote o da autonomia e seguran a da pessoa frente ao Poder P blico e quanto aos demais integrantes da estrutura social Componentes de um sistema unit rio os direitos fundamentais configuram partes constitutivas de todo o conjunto constitucional e est o relacionados de maneira condicionada com outros bens jur dico constitucionais deduzindo se que eles ter o seu conte do e limites delimitados em homenagem a outros bens jur dico constitucionais reconhecidos conjuntamente HABERLE 2003 p 33 Sob uma tica tipicamente formal podemos assinalar que os direitos fundamentais s o todos aqueles direitos subjetivos que correspondem a todos os seres humanos dotados de personalidade e capacidade de realiza o FERRAJOLI 2003 p 37 Ao serem inseridas normas iusfundamentais na CF 88 o legislador brasileiro decerto pretendeu disp las de maneira a construir um sistema eficaz e harm nico de normas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro concord ncia pr tica Todavia em determinadas situa es as normas de direitos fundamentais poder o protagonizar um aparente cen rio de conflito entre elas ou seja no plano concreto uma determinada norma de tal natureza poder ensejar a permiss o de determinado ato enquanto outra norma de mesma
143. JUNIOR Aury Sistemas de investiga o preliminar no processo penal Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 LUMIA Giuseppe Elementos de teoria e ideologia do Direito Tradu o de Denise Agostinetti S o Paulo Martins Fontes 2003 MACAULAY Fiona Problems of police oversight in Brazil University of Oxford Centre for Brazilian Studies Working Paper CBS 33 02 2005 MANNHEIM Karl Libertad poder y plamificaci n democr tica Tradu o de Manuel Dur n Gili M xico Fondo de Cultura Econ mica 1960 MAZZILLI Hugo Nigro O controle externo da atividade policial Justina S o Paulo v 53 n 154 p 18 25 1991 ORTEGA Y GASSET Jos 4 rebeli o das massas Tradu o de Marylene Pinto Michael S o Paulo Martins Fontes 1987 PRELOT Marcel A ci ncia pol tica actual Tradu o de Jonas Negalha Amadora Portugal Livraria Bertrand 1974 SABELLA Walter Paulo Atividade policial controle externo pelo Minist rio P blico Justitia S o Paulo v 53 n 154 p 09 17 1991 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 311 312 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil SARABANDO Jos Fernandes Marreiros O controle externo da atividade policial pelo Minist rio P blico Justitia S o Paulo v 59 n 177 p 46 65 1997 SIMON Yves Filosofia do governo democr tico Tradu o de Edgard God i da Mata Machado Rio de Janeiro Agir 1955 SOUZA Jo o Ricardo Carvalho de Souza Controle ext
144. Justi a Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional CEAF Avenida Coronel Teixeira n 7995 Nova Esperan a CEP 69037 473 Manaus AM Fone 92 3655 0753 3655 0754 3655 0755 www mpam mp br ceaf mpam mp br Minist rio Publico do Estado do Amazonas Procuradoria Geral de Justi a PROCURADOR GERAL DE JUSTICA Carlos Fabio Braga Monteiro SUBPROCURADOR GERAL DE JUSTICA PARA ASSUNTOS JURIDICOS E INSTITUCIONAIS Pedro Bezerra Filho SUBPROCURADOR GERAL DE JUSTICA PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS Jefferson Neves de Carvalho CORREGEDOR GERAL DO MINISTERIO PUBLICO Jos Roque Nunes Marques OUVIDOR GERAL DO MINISTERIO PUBLICO Flavio Ferreira Lopes SECRETARIA GERAL DO MINISTERIO PUBLICO Leda Mara Nascimento Albuquerque CHEFE DO CENTRO DE ESTUDOS E APERFEICOAMENTO FUNCIONAL Wandete de Oliveira Netto MEMBROS DO MINISTERIO PUBLICO PROCURADORES GERAIS DE JUSTICA Jos Jorge Souza de Carvalho Le ncio Salignac e Souza Amadeu Soares Botelho Elphego Jorge de Souza Jos Augusto Teles de Borborema Adriano Alves de Queiroz Domingos Alves Pereira de Queiroz Vicente de Mendon a J nior Geraldo de Macedo Pinheiro Jo o Ricardo de Ara jo Lima Newton de Menezes Vieiralves Jos Catanhede de Mattos Filho David Alves de Mello M rio Jorge do Couto Lopes Carlos Alberto Bandeira de Ara jo Jo o dos Santos Pereira Braga Moacir de Souza Alves Adalberto Andrade de Menezes Aderson Pereira
145. MA Sr Edson Ribeiro Gomes IPAAM Sr Marcos Ant nio de Souza Lima IBAMA 6 reuni o 18 04 2011 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sra Gabrielle C Mour o Secret ria da Secretaria de Organiza o Fundi ria do Munic pio de Novo Air o Professor Robson Gomes Novo Air o Sr Jhames Rocha Medeiros Engenheiro de Novo Air o Sr Edson Pinheiro Gomes IPAAM Sr Ismael Robson Campos Pereira IPAAM 7 reuni o 10 05 2011 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secret rio de Org Fundi ria de Novo Air o 8 reuni o 17 06 2011 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Dr Andr Luiz Farias de Oliveira Advogado Pref de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secret rio de Org Fundi ria de Novo Air o Sr Edson Pinheiro Gomes IPAAM Sr Marcelo Parise Analista Ambiental Instituto Chico Mendes de Conserva o da Biodiversidade RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 151 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodri
146. RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 215 216 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional fria entre as at ent o grandes pot ncias EUA e URSS foi poss vel pensar num tribunal penal internacional de car ter permanente Para Kai Ambos o Direito Penal Internacional uma jun o entre direito penal e direito internacional este de consequ ncia jur dico penal Lembra Margarida Cantarelli que a pr pria denomina o Direito Penal Internacional e Direito Internacional Penal encontra especula es e cr ticas entre os doutrinadores Surgiram v rias outras express es por exemplo direito penal interestatal direito penal supranacional direito penal internacional p blico direito penal internacional privado Apesar das refer ncias hist ricas trazidas pela doutrina certo afirmar que o reconhecimento de um ramo do Direito que supranacionalmente pune viola es no mbito penal algo novo para as na es contempor neas e que mesmo com a institui o de um tribunal permanente Tribunal Penal Internacional institu do pelo Estatuto de Roma dever sofrer resist ncia Tanto verdade esta afirma o que podemos numa investiga o do perfil dos que foram ou est o em julgamento perante aquela Corte com poucas exce es verificar que apenas os l deres de pa ses menos robustos no cen rio internacional t m sido alcan ados quando do cometime
147. a o porque evidente nesse caso o dolo administrativo 1 A respeito do dever de tica p blica Roberto Dromi relaciona o com a dignidade em atuar de seus empregados e funcion rios p blicos principalmente no que concerne ao emprego dos fundos do patrim nio e dos procedimentos de atua o e decis o governativos DROMI Roberto Derecho Administrativo 5 ed B Aires Ciudad Argentina 1996 p 384 2 HAURIOU Maurice Pr cis de droit administratif et de droit public 10 ed Paris Sirey 1921 p 424 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 79 80 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa 2 Improbidade como imoralidade administrativa qualificada Diferente dos textos constitucionais anteriores com a promulga o da Constitui o Federal de 1988 o princ pio da moralidade administrativa foi inclu do expressamente no artigo 37 caput e o 4 estabeleceu de forma mais severa as san es constitucionais m nimas para o ato de improbidade administrativa sendo posteriormente regulamentado pela Lei 8 429 92 denominada Lei de Improbidade Administrativa Art 37 A administra o p blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios obedecer aos princ pios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia e tamb m ao seguinte 4 Os atos de improbidade adm
148. a s um impeditivo evidente de acesso justi a autorizando por um lado o exerc cio livre da vingan a desmedida e por outro desacreditando a pr pria estrutura penal do Estado Todavia em alguns momentos hist ricos fez se parecer que a remo o de obst culos formais de acesso justi a seria suficiente para garantir um pleno acesso justi a de maneira que se ao acusado fosse possibilitado um julgamento perante o Poder Judici rio estar se ia satisfeito o direito de acesso jurisdi o o que legitimaria toda decis o que fosse proferida independentemente do procedimento que se adotasse e das consequ ncias que a decis o desencadeasse Entretanto a hist ria mostrou que o fato de o r u ter acesso estrutura formal n o garante por si s que o mesmo seja adequadamente julgado submetido a um processo justo O processo penal n o pode ser utilizado para respaldar ilegitimas decis es n o sendo poss vel diante das disposi es contidas na Constitui o brasileira contentar se com um contradit rio aparente meramente formal que n o garanta aos acusados os meios e recursos inerentes defesa J se chamou aten o para os riscos da ado o de solu es meramente formais para os problemas relativos ao acesso adequado justi a preciso ent o buscar uma f rmula m nima de processo composta de garantias fundamentais indispon veis cuja inobserv ncia impediria a exist ncia de um provimento justo
149. a Cidade uma Lei Federal 10 257 01 que regulamentou e desenvolveu o cap tulo Da Pol tica Urbana na Constitui o Federal artigos 182 e183 estabelecendo como dever ser elaborada a pol tica urbana em todo o pa s e os instrumentos para sua concretiza o conforme art 4 da lei mencionada Art 4 Para os fins desta Lei ser o utilizados entre outros instrumentos I planos nacionais regionais e estaduais de ordena o do territ rio e de desenvolvimento econ mico e social II planejamento dasregi es metropolitanas aglomera es urbanas e microrregi es HI planejamento municipal em especial a plano diretor O cap tulo III Do Plano Diretor da Lei 10 257 2001 traz especificamente normas que regulamentam a gest o dessa atividade tendo abrang ncia e aplicabilidade nacional j que tal lei tem natureza federal compreendidos nos artigos 39 ao 42 A lei que institui o Plano Diretor foi essencial para cria o de uma estrutura no n vel nacional que possibilitasse as cidades expressivas com mais de 20 000 habitantes a adotarem posteriormente essa pol tica social Portanto o Plano Diretor deve estar em conformidade obrigatoriamente com a Constitui o Federal que a Lei m xima no ordenamento jur dico e com a Lei 10 257 2001 tamb m conhecida Estatuto da Cidade pois foi esta quem autorizou desde sua entrada em vigor as cidades a possu rem RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Lar
150. a Constitui o pela Emenda Constitucional n 45 de 2004 os quais transcrevemos a seguir porque representam um salto qualitativo no nosso instrument rio jur dico de prote o aos direitos humanos em geral e dignidade da pessoa em particular Art 5 e 3 Os tratados e conven es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos por tr s quintos dos votos dos respectivos membros ser o equivalentes s emendas constitucionais 4 O Brasil se submete jurisdi o do Tribunal Penal Internacional a cuja cria o tenha manifestado ades o MENDES COELHO BRANCO 2009 p 172 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas 3 4 A importancia da acessibilidade para a vida dos cadeirantes Nos Estados Democr ticos Modernos as pessoas portadoras de defici ncia t m prote o garantida por lei que visa inclus o nos mais variados segmentos sociais seja na acessibilidade na educa o seja no mercado de trabalho dentre outros Pode se afirmar que o objetivo da acessibilidade permitir um ganho de autonomia e de mobilidade a um n mero maior de pessoas at mesmo aquelas que tenham reduzida a sua mobilidade ou dificuldade em se comunicar para que usufruam dos espa os com mais seguran a confian a e comodidade Para muitos arquitetos oferecer condi o de acesso eliminar qualquer desn vel que possa existir no decorrer no perc
151. a da fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio Por outro lado ainda que esta acep o do bem jur dico penal tribut rio logre cumprir o requisito da dignidade a doutrina aponta uma problem tica decorrente daquela qual seja a inaptid o ao exerc cio da fun o dogm tica O princ pio da ofensividade basilar do Direito Penal sendo certa a ilegitimidade de dada criminaliza o sem o cumprimento daquele que consiste na capacidade de a conduta ferir ou provocar grande risco a certo bem jur dico Na verdade a verifica o do cumprimento desse requisito perpassa pela fun o dogm tica do bem jur dico Em explica o para o exerc cio da fun o dogm tica tem se que a operacionaliza o do bem jur dico penal requer a identifica o precisa do seu conte do no sentido de que h o de se verificar presentes elementos de tecnicidade para que se constate a exist ncia de aspectos b sicos da dogm tica penal como os pertinentes ao presente ponto o dano ou perigo de dano ao bem jur dico tutelado Ramirez 1987 p 14 apud ALENCAR 2008 p 72 compartilha desse entendimento ao sustentar que la eficacia pr ctica de un tipo legal depiende de la claridad con que est determinado el injusto y l solo 9 RAMIREZ Juan Los delitos contra la hacienda p blica bien jur dico y tipos legales Madrid Tecnos 1987 p 14 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o puede surgir sobre
152. a rigor n o reclamam sua conforma o Constitui o Por outras palavras essa postura judicial visa tornar constitucional mat ria que em sua ess ncia n o reclama uma leitura interpretativa atrav s das lupas da Constitui o O excessivo manejo de princ pios fundamentais que excessivo por se os empregarem corriqueira e indistintamente para a generalidade dos problemas jur dicos ao inv s de se os reservar para os casos em que se requeira a otimiza o das regras do Direito infraconstitucional para que se as integre ao sistema jur dico constitucional vai para al m portanto do exame de constitucionalidade das regras legais por um lado uma forma de aplacar algumas das defici ncias dos legisladores regrando aquilo que n o chegou a ser contemplado pela atividade legislativa e que evid ncia carecia de regramento por outro o Ativismo assumir se como fator de catalisa o da forma o de uma pol tica criminal ditada pelos Tribunais ou seja diretamente pelos aplicadores do Direito Mas essa propens o n o isenta de uma extensa teia problem tica s percept vel quando inclu mos no Ativismo Judicial as decis es que transbordam o mbito de controle de constitucionalidade A constitucionaliza o de mat rias as quais a toda 14 Ali s STRECK O ativismo judicial existe ou imagina o de alguns ao fazer aproxima es conceituais do Ativismo refere necess rio dizer que a si
153. a rua quer seguran a e nesta expectativa exige atua o eficiente dos rg os policiais mesmo que o pre o por isso seja fazer vistas grossas aos abusos praticados Em situa es limites como a que vivemos num meio social atomizado pela desintegra o das redes de la os sociais e amedrontado o desejo de liberdade cede o passo nsia desesperada por seguran a O medo vence a dignidade e supera 13 Mas esse paradoxalmente um panorama t pico de sociedades exauridas pela anarquia como diz Ruy Barbosa 1931 p 15 que se refugiam na ditadura de um bra o armado capaz de esmagar a desordem restabelecer a seguran a proteger as vidas e abrir lugar ao trabalho RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 307 308 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil a prud ncia e condutas violentas truculentas arbitr rias acabam sendo banalizadas e aceitas passivamente por cidad os temerosos de serem a pr xima v tima Isso nos leva a aceitar como verdade irrefut vel a grave acusa o de que o combate ao crime no Brasil n o sin nimo de aplica o da lei um custo pol tico e social cruel Percorre se uma estrada que leva a um beco sem sa da Tudo parece se resumir numa imagem criada por Ray Surette 1992 p 55 um rebanho de cidad os cordeiros protegidos dos delinquentes lobos por pol cias caes pastor Num cen rio de medo coletivo a invoca o de direitos e liberdades fundam
154. a social como tal para estabelecimento das suas finalidades e das suas proposi es Exacto antes que as finalidades e as proposi es pol tico criminais devem elas tamb m ser procuradas e estabelecidas no interior do quadro de valores e de interesses que integram o consenso comunit rio mediado e positivado pela Constitui o DIAS 2007 p 35 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 131 132 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal independ ncia do judici rio tanto no plano estatal como em rela o a grupos internos ou externos Magistratura Em tom notadamente marxista os adeptos desse grupo preconizam a defesa dos direitos dos menores dos pobres e das minorias na perspectiva de emancipa o social dos desfavorecidos 2 um compromisso arriscado que conota parcialidade quando sabidamente os Ju zes devem promover a Justi a para todos Seu ativismo vai a ponto de criticar pol ticas de criminaliza o como se v no Manifesto de rep dio s propostas de tipifica o do crime de terrorismo que segundo lhes parece s o pr prias de um Estado penal segregacionista que constituiria um mecanismo de conten o das lutas sociais democr ticas e elimina o seletiva de uma classe da popula o brasileira H quem como Karam apregoe ideias libert rias em nome claro da emancipa o pessoal e do modelo de
155. ade tem despontado no cen rio jur dico atual como um dos mais expressivos para atuar como instrumento de controle da atua o dos rg os estatais sendo relevante mecanismo para a prote o dos direitos fundamentais bem como m todo de resolu o de conflitos entre princ pios e direitos constitucionais Suzana Toledo de Barros 2003 p 37 pontua o contexto que fomentou a fundamenta o normativa para o surgimento do princ pio da proporcionalidade O germe do princ pio da proporcionalidade pois foi a id ia de dar garantia liberdade individual em face dos interesses da administra o E essa consci ncia de que existem direitos opon veis ao pr prio Estado e que este por sua vez deveria propiciar fossem tais direitos respeitados decorreu das teorias jusnaturalistas formuladas na Inglaterra dos s culos XVII e XVIII Steinmetz 2001 p 159 172 faz um levantamento doutrin rio dos fundamentos normativos mais comumente atribu dos para o princ pio da proporcionalidade citando entre eles o Estado de Direito o conte do essencial dos direitos fundamentais o princ pio da dignidade da pessoa humana a cl usula do due process of law a fundamenta o jusfundamental e a corrente que adota a pluralidade de fundamentos normativos que em aten o aos limites desta pesquisa n o ser o explanados individualmente RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos Sendo a estrutura normativa de uma C
156. ado na mais moderna doutrina do Direito Penal segue as diretrizes do m todo dedutivo e como t cnica de coleta de dados utiliza a pesquisa bibliogr fica E um artigo de revis o Palavras chave Fun o Direito Penal Crime Bem jur dico Livre disposi o de uma rela o 1 Introdu o O estudo do Direito Penal geralmente come a pelo primeiro artigo do C digo Penal ou quando muito por uma sucinta exposi o acerca da natureza e tipos de norma penal Este entretanto deve ser considerado um itiner rio ruim pois j parte de uma s rie de premissas que de forma alguma est o bem consolidadas mas que s o cruciais para todo e qualquer aspecto do Direito Penal em si Quando se fala em Direito Penal n o se fala t o s dos artigos do C digo Penal das leis extravagantes penais e tampouco de pena Fala se em verdade do conjunto de teorias ou saber que tem por escopo decidir se determinado fato ou conduta pode ser atribu da a determinada pessoa a t tulo de responsabilidade penal Noutras palavras quando se fala em Direito Penal deve se ter em mente um saber jur dico pol tico que define sob quais pressupostos atribui se a uma pessoa a pr tica de um delito e como o Estado Juiz deve responder a esta atribui o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana Por esta raz o todo estudo do Direito Penal deve come ar com uma pergunta aparentemente simples qual a fun o que o Direito Penal d
157. ais ainda que secundariamente em desconsidera o das peculiaridades que cada um possa apresentar Isso se d pelo fato de que ainda que o fundamento da parafiscalidade de dado tributo consista em alguma interven o n o coincidente com a promovida pelos outros tributos certo que a inten o de arrecada o pelo Estado n o desaparece ficando apenas relegada a um segundo plano ROSA JR 2009 p 59 Desse modo o bem jur dico penal tribut rio a ser investigado neste trabalho o que pretende ser o objeto comum de todos os tipos penais tribut rios sendo em primeiro plano ou n o Nessa esteira pretende se desvendar os diversos entendimentos doutrin rios do que se protege por meio da tipifica o dos delitos de natureza tribut ria bem como investigar sua correta fixa o como meio de limita o do jus puniendi e pressupondo se a possibilidade da leg tima prote o de bens jur dicos supraindividuais como concep o t pica de um verdadeiro Estado Democr tico de Direito Alencar 2008 p 109 entende que a fun o do tributo como bem jur dico supraindividual envolve a realiza o das presta es p blicas essenciais a que o bem jur dico penal tribut rio ganha legitima o sob o enfoque moderno de bem jur dico que p e em relevo a import ncia que os direitos supraindividuais dada a import ncia da fun o do tributo como meio a possibilitar a realiza o das presta es p blica
158. al contribui o feita por REIS Marco Ant nio Santos Uma contribui o dogm tica dos delitos de perigo abstrato Revista da Faculdade de Direito da UER Rio de Janeiro v 1 n 18 2010 Dispon vel em lt http www e publicacoes uerj br index php rfduerj article view 1361 1149 gt Acesso em 28 Abr 2014 22 Sobre a import ncia do princ pio da subsidiariedade para o Direito Penal cf VIANNA op cit 2013 p 216 220 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 331 332 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o afirmando que a puni o desse comportamento in til n o nos traz qualquer benef cio A puni o n o produziria consequ ncias positivas ou seja ela seria segundo a perspectiva consequencialista incorreta de modo que n o a devemos impor GRECO 2010 p 175 176 Este racioc nio contudo esconde o desrespeito moral autonomia da pessoa humana O defensor da teoria do bem jur dico assim dir que pr ticas homossexuais n o s o punidas em raz o de n o gerarem qualquer les o a um determinado bem jur dico mas em verdade esta n o puni o de pr ticas homossexuais se deve ao fato de que as pessoas disp em de um n cleo privado de autonomia o qual n o pode sofrer inger ncia estatal n cleo este que independe de qualquer tergiversa o acerca da in exist ncia de les o a bem jur dico O decisivo por m aqu
159. al das concep es patrimoniais o de que faltaria dignidade constitucional ao bem jur dico considerado nessa acep o Afinal de contas sacrificar bens jur dicos como a liberdade e a dignidade da pessoa humana em fun o de um mero direito de propriedade e que tem o agravante de n o estar afetado a nenhuma pessoa humana significaria n o aplicar o princ pio da proporcionalidade entre a pena e o injusto cometido Al m disso comente se que igualmente vislumbrada a ilegitimidade da normal penal tribut ria se tomada dessa perspectiva em face do princ pio da interven o m nima bem como da necessidade do Direito Penal tendo em vista que os mecanismos do direito privado seriam suficientes para garantir os interesses do credor Desse modo a interven o penal na rea tribut ria poderia ser tida como pris o por d vida Da Alencar 2008 p 68 afirmar que Dessa forma para os cr ticos da criminaliza o das infra es tribut rias careceria de m rito a tutela penal desses interesses posto que j se encontraria presente no ordenamento jur dico penal as figuras t picas necess rias para produzir a prote o desejada Qualquer tipifica o penal diferenciada configuraria uma concess o ileg tima vez que estaria consubstanciada a a odiosa possibilidade de pris o por d vidas n o permitida no modelo constitucional vigente nos pa ses de nossa tradi o jur dica Quanto asteses patrimonialistas decar
160. al ou p blico Que o poder conferido pelo controle externo deve ser em si neutro n o h d vida Mas n o pode ser conivente amb guo ou temeroso sob pena de ser malsucedido e desfigurar se como controle Desde quando um controle que se quer efetivo exercido na defensiva e com mesuras verbais O poder numa democracia constitucional n o uma quest o de negocia o e barganha mas de exerc cio efetivo desde que encontre respaldo nas normas legais e constitucionais N o podemos esquecer que lei viol ncia e mesmo a toler ncia mais el stica acaba na imposi o da lei pois do contr rio n o ter amos um Estado de Direito Mas tamb m fato irretoc vel que nem todo controle se faz pela simples for a ou imposi o podendo esmagar o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues rel gio do que consert lo provocando antes antagonismo e contrafor a A persuas o a coopera o e a estrat gia tamb m t m seu valor nesse mercado Os mecanismos da institui o controladora devem ser aptos tanto a sustentar eventual conflito e discord ncia como para sustentarem a legitimidade e o consenso Diante dessas vari veis parkinsonianas o que era para ser um controle passa a ser um descontrole da atividade policial um paradoxal controle descontrolado por conta tamb m de uma esperteza tradicional da classe pol tica brasileira define os fins mas n o fornece os meios P e um fardo nas
161. aliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional muta o ora garantindo direitos ora limitando os O Direito Penal como ramo mais humanizado da ci ncia jur dica n o foge a isto Neste contexto est o que se convencionou chamar de Direito Penal Internacional Neste trabalho investigamos uma fra o dessa disciplina que apesar das refer ncias hist ricas long nquas guarda em sua ess ncia o germe da contemporaneidade At porque no nosso tempo que se consolidam as pol ticas entre na es a forma o de blocos econ micos com afinidades regionais econ micas e financeiras o combate conjunto da polui o das cat strofes e sobremaneira da criminalidade que extrapola as fronteiras locais Como forma de avan o e para garantir minimamente a garantia dos Direitos Humanos ou Direito Humanit rio Internacional foi institu do a partir do Estatuto de Roma o Tribunal Penal Internacional Apesar de se encontrar em tenra idade vem sinalizar pela intoler ncia as atrocidades que indiv duos falaciosamente em nome do Estado e de grupos venham a praticar Demonstra um grau de amadurecimento que deve ser levado a efeito para podermos delimitar diretrizes de conviv ncia pac fica entre os povos garantindo mecanismos de repress o internacional criminalidade atentat ria aos direitos humanit rios em tempos de paz ou de guerra Aqui tra aremos em largas linhas a rela o entre o pri
162. amentaliza o da esfera de individualidade ora em nome do princ pio da presun o da inoc ncia ora invocando se o princ pio da dignidade da pessoa humana que s o aplicados como instrumentos resolutivos de problemas jur dicos nos quais nem sempre se evidenciam colis es de princ pios O caso Pimenta Neves paradigm tico o jornalista confessou ter matado a namorada Sandra Gomide em 20 de agosto de 2000 nunca apresentou tese de exclus o de antijuridicidade de forma que o julgamento de dezembro de 2006 com veredicto condenat rio n o teria hip tese de reforma n o quanto ao m rito mesmo assim Pimenta Neves obteve o writ de habeas corpus HC 72726 ST com base na aplica o do princ pio da presun o da inoc ncia art 5 LVII CR mesmo que a verdade material j estivesse concretizada e que diante do princ pio da soberania do j ri popular n o se pudesse alterar a condena o Ao que parece os Ju zes tornaram se insens veis 26 Id 2013 27 Em muitos julgados o mesmo Min Eros Grau considerou inconstitucional a pris o preventiva ex lege prevista no art 44 da Lei 11 343 06 alicer ando se na aplica o dos princ pios da presun o da inoc ncia do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana sem sequer se ocupar do enunciado contido no art 5 XLIII da CR v g HC 100 872 MC MG Este julgado serviu de paradigma para muitos outros daquela Casa Excelsa v g HC 100 959 TO r
163. animados O mais importante que os particulares ocupam uma nica regi o no espa o em um tempo determinado e por isso eles n o podem ser repet veis J os universais s o concebidos como entidades repet veis ou seja s o atemporais Isto significa que em qualquer tempo dado um e o mesmo universal pode ser exemplificado por diferentes particulares dispersos espacialmente Um exemplo tornar tudo mais claro objetos considerados abstratos tamb m denominados qualidades propriedades ou atributos como a brancura a vermelhid o e a sabedoria s o t picos exemplos de universais por outro lado objetos concretos como a folha branca de papel destinada a imprimir este texto uma camisa vermelha e o s bio fil sofo grego Arist teles s o t picos exemplos de particulares V se assim que uma folha n o pode ocupar mais de uma regi o no espa o ao mesmo tempo sendo pois um particular J a brancura pode estar presente em v rias folhas de papel ao mesmo tempo de forma que um universal Os universais ent o contrastam com os particulares Em outro exemplo veja se que existem muitas vacas particulares mas h tamb m um universal vaca que n o nenhuma vaca particular Mas o que vaca uma esp cie de conceito ou ideia que existe independentemente de qualquer vaca particular H uma natureza ou ess ncia comum que todas as vacas particulares partilham todas as vacas de uma maneira ou de outra
164. ar 2008 p 120 aquele 10 P REZ Carlos Martinez Buj n Derecho penal econ mico parte especial Val ncia Tirant lo Blach 1999 p 329 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 197 198 Dignidade do bem juridico penal tributario n o tem fun o nenhuma no plano da dogm tica jur dica pois n o sofre a a o direta da a o delituosa e dessa forma n o serve como instrumento para determinar seu grau de ofensividade Observa se que a problem tica reside na dificuldade em se demonstrar rela o de causalidade entre a conduta delituosa e o dano eventualmente causado ao bem jur dico protegido Esse vislumbre seria fundamental para a observ ncia do princ pio da ofensividade para se certificar da exist ncia de qualquer dano e para avaliar o grau de ofensividade Alencar 2008 p 74 ilustra bem essa ideia O que n o se v claramente numa situa o normal entretanto a rela o de causalidade entre a conduta do infrator com a ina o do estado decorrente dessa conduta N o podendo se estabelecer tal identidade entre causa e efeito imposs vel ser a imputa o da san o penal a algu m Bens jur dicos dessa natureza portanto n o atenderiam os requisitos t cnicos m nimos para a constata o do il cito assim entendido como a realiza o de um dano ou amea a a um bem jur dico Ocorre que com a diretriz funcionalista haver se ia de demonstrar para efeitos de cumprimento do requisito em quest
165. ar cter de princ pio entra em colisi n com um principio opuesto entonces la posssibilidad jur dica de la realizaci n de la norma de derecho fundamental depende del principio opuesto Para llegar a uma decisi n es necess ria uma ponderacti n en el sentido de la ley de colisi n Como la aplicaci n de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 23 24 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais princ pios v lidos cuando son aplicables est ordenada y como para la aplicaci n en el caso de colisi n se requiere uma ponderaci n el car cter de principio de las normas iusfundamentales implica que cuando entran em colisi n con principios opuestos est ordenada uma ponderaci n Pero esto significa que la m xima de la proporcionalidad em sentido estricto es dedecible del car cter de principio de las normas de derecho fundamental Desse modo a despeito de o principio da proporcionalidade carecer de expressa previs o na maioria das ordens constitucionais a abertura material destas Cartas Pol ticas aos princ pios compat veis com a ordem jur dica adotada a exemplo do disposto no art 5 2 da Constitui o brasileira Os direitos e garantias expressos nesta Constitui o n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte Garante assento normati
166. ar com razonabilidad y prudencia las riberas de ese rio eterno llamado poder A chamada crise do Direito tem gerado nos ltimos anos formas neoabsolutistas de poder p blico carentes de limites inibit rios e controles que s podem encontrar um razo vel equacionamento dentro do pr prio Direito que passa a ser enfocado como limite da atua o humana e ao mesmo tempo garantia A divis o do poder e seus controles constituem a base do governo civilizado o que se entende numa perspectiva ampla como constitucionalismo O homem um ser imperfeito Em sua luta di ria para abolir o mal e alcan ar o bem ao lado de cada boa inclina o acompanha uma m que segue de perto a primeira e lhe disputa o passo o desejo de justi a junto com o de vingan a o esp rito de liberdade e o esp rito de tirania a vontade de elevar se e a tend ncia a rebaixar o que superior Analisada a natureza humana profundamente por toda parte se encontrar a mesma mistura o mesmo perigo a guerra incessante entre as boas e as m s inclina es a raz o e o capricho o dever e a paix o o bem e o mal Para todos esses instintos paralelos e contr rios para RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 289 290 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil todos indistintamente tanto para os maus como para os bons a palavra poder tem perspectivas e promessas infinitas GUIZOT 1981 p 94 Fala a todas as paix es do cora o huma
167. ara a caracteriza o do ato de improbidade administrativa descrito nos arts 9 e 11 da Lei n 8429 92 a exist ncia de dolo gen rico consubstanciado na vontade de realizar fato descrito na norma incriminadora REsp 765 212 AC Rel 37 Ibid p 249 250 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 103 104 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa Min Herman Benjamin Segunda Turma julgado em 2 3 2010 ac rd o pendente de publica o Agravo regimental improvido AgRg no recurso especial n 752 272 GO rel Min Humberto Martins DJ 25 maio 2010 O Tribunal de Justi a de S o Paulo na Ap n 0168404 39 2008 8 26 0000 a respeito da aplica o de percentual inferior ao m nimo constitucional destinado ao ensino 25 por um ex prefeito do Munic pio de S o Jos da Bela Vista reconheceu que n o h ato de improbidade administrativa sem m f reveladora da desonestidade e que a falta de espec fica comprova o de dolo ou m f para a qualifica o do ato como de improbidade est superada Nesses termos segue trecho da decis o Repita se em resumo para todas as infra es atribu das nestes autos ao apelante que nem toda ilegalidade configura improbidade afinal improbidade administrativa pressup e um ato improbo desonesto eivado de m f Ap n 0018692 23 2008 8 26 0566 rel Des Franklin Nogueira j 22 02 201
168. ara criar solu es emergenciais o sensacionalismo da imprensa que vive de not cias e fatos capazes de aumentar o n mero de leitores e a audi ncia dos telespectadores e as bases de nossa Constitui o em princ pios de cariz axiol gico que adv m de incontest veis valores humanos Mas esta apenas uma das perspectivas de se entender a complexa teia fenom nica que ao fim e ao cabo desaguada num complexo sistema social a todas as luzes 1 No Brasil o desembargador Alberto Silva Franco amparado em Antonio Garcia Pablos op e se ao recurso de Leis penais pelos legisladores que pretendem mais produzir uma impress o tranquilizadora para o p blico do que criar mecanismos efetivos de resolu o do problema criminal FRANCO Alberto Silva Do princ pio da interven o m nima ao princ pio da m xima interven o Revista Portuguesa de Ci ncia Criminal v 2 p 182 183 abr jun 1996 Tamb m GUIMAR ES Dogm tica penal e poder punitivo p 60 et seq 2 SOUZA Seguran a p blica e pris o preventiva no Estado Democr tico de Direito p 22 amparado no Juiz Alexandre Morais da Rosa diminui o impacto da viol ncia sobre as medidas de seguran a p blica creditando o ao alarde da m dia 3 Ali s reconhecido por ROSA Alexandre Morais da Garantismo jur dico e controle de constitucionalidade material aportes hermen uticos 2 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2011 p 5 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 113
169. ara dissentirem da pol tica criminal formulada por processos legislativos formal e materialmente sustent veis Atraem para sua esfera de realiza o pol tico criminal por meio da constitucionaliza o mat rias estranhas ao controle constitucional ou que n o reivindicam a aferi o de sua conformidade com a Constitui o A postura de nosso judici rio que trilha caminhos distintos para a concretiza o do Direito Penal n o se podendo falar por isso de uma pol tica criminal consolidada pelas decis es judiciais mas de experimenta o de solu es que a todas as luzes quebram o desenvolvimento met dico de entendimentos jur dicos dizendo se proativo democr tico preocupado com a Justi a social garantista enfeixando portanto o movimento denominado de Ativismo Judicial est longe de configurar uma jurisdi o constitucional dedicada a interpretar a Constitui o expandindo o seu sentido e alcance como refere Barroso 2014 N o trata propriamente de estabelecer marcos definidores de normas constitucionais ou de fazer RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 125 126 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal o exame de constitucionalidade de regras legais quando para isso provocado mas atua como eufemisticamente podemos referir proativamente intervindo de maneira difusa em quest es penais ou processuais penais que
170. ariedade Judicial n o significa um espa o vazio de Direito ou que as decis es emanadas pelo recurso a essa prerrogativa n o se projetam para al m do dom nio coberto pelo direito pois a decis o discricion ria surge no seio da ordem jur dica e como modo jur dico de ju zo ou de conduta s que com conte do em si n o jur dico por n o ter sido ele obtido administrativo que restringe direitos carecendo de qualquer motiva o por parte do Estado e n o justifica os motivos pelos quais incluem a restri o de uso e com rcio de v rias subst ncias em especial algumas contidas na lista F como o THC o que de plano demonstra a ilegalidade do ato administrativo Numa palavra n o concorda que a Portaria do rg o do Minist rio da Sa de inclua a maconha entre as drogas proibidas apesar de pela sistem tica penal aquele regramento preencher a norma penal em branco contida no art 33 da Lei 11 343 06 COUTINHO Felipe Juiz considera maconha recreativa e absolve traficante Dispon vel em lt http wwwl folha uol com br cotidiano 2014 01 1404517 juiz considera maconha recreativa e absolve traficante confesso shtml gt Acesso em 16 mar 2014 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 119 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal pela imediata aplica o de crit rios jur dicos NEVES 1995 p 535 Por outras
171. ariedade no espa o urbano Prestigia se normativamente a colabora o com os particulares a grande mensagem da atual Constitui o que por v rias vezes se refere participa o arts 1 23 par grafo nico 29 XII 174 194 195 e 198 IID sendo que na legisla o infraconstitucional destaca se este princ pio art 3 da lei n 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 e o Decreto lei n 200 67 art 10 1 b CASTRO 2010 p 377 403 Segundo a Organiza o das Na es Unidas ONU o mundo abriga perto de 650 milh es de portadores de defici ncias a maioria deles vivendo em pa ses em desenvolvimento Observa se diante do exposto que a Constitui o Brasileira assegura o direito de todo cidad o de ir e vir livremente no entanto todo dia o portador de defici ncia f sica tem que superar in meros obst culos como cal adas em p ssimas condi es falta de guias rebaixadas inadequa o de lojas e restaurantes transporte deficiente ensino profissional prec rio preconceito diversas barreiras em pr dios comerciais e p blicos Por isso na pr tica essa condi o n o t o simples para pessoas com mobilidade reduzida como os portadores de defici ncia RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 245 246 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus 4 1 Estatuto da Cidade Lei 10 257 2001 e Lein 10 257 de 10 de julho de 2001 O Estatuto d
172. as an essential tool for the resolution of the collisions between fundamental rights especially of those expressed through principles which occur with greater frequency The study was motivated by the need to deepen the discussion related to the problem of the conflicts of laws not only by confronting the normative texts which express such rights but also by discussing on such phenomena with the complexity demanded by the issues To do so doctrinaire legal and jurisprudential research was undertaken making the analysis of practical demands possible and inserting the object of the investigation inside a macro context in order to compare minimally organized legal systems Principles enunciate values which deserve to be fulfilled to the greater possible measure according to judicial and real world possibilities considering the limits of the applied case since they are in essence relative For this reason the conflict between fundamental rights generally foreseen through principles is solved through a judgment of balancing that is to say of balancing between the judicially conflicted rights so that such balancing does not involve unnecessary restrictions in the detrimented right and neither the invalidation or exclusion of any fundamental rights In conclusion the principle of the proportionality was deemed as an essential and effective solution of existent controversies between norms of fundamental rights Keywords Fundamental Rights
173. as de cinema e est dios assim tais espa os garantir o lugares pr ximos para o deficiente e seu acompanhante os telefones dever o atender os requisitos de acessibilidade permitindo a sua utiliza o por pessoas com defici ncia f sica e sensorial auditiva parcial Sempre que houver um conjunto de telefones de uso p blico urge que pelo menos um deles atenda s condi es dessas pessoas os sanit rios precisam de bacia adaptada na lateral e no fundo com barras com apoio e transfer ncia o assento estando a uma altura de 0 46 m do piso O boxe tem de permitir ao deficiente a transfer ncia frontal e lateral para a bacia sanit ria e a porta do boxe para o conforto dele ser aberta para fora Levando em considera o a obriga o de adotar tais atitudes pelo governo e por outro lado o gasto que ocasionar aos cofres p blicos recomenda se que se d prefer ncia aos lugares em que essas medidas provoquem maiores preju zos e afetem diretamente a vida dos moradores e pessoas que geralmente circulam nesses espa os urbanos Apesar de se dar nfase aos trabalhos do governo que agem justamente na urbaniza o e estrutura da cidade n o retirada a responsabilidade e o dever de toda pessoa f sica e jur dica propriet ria de im veis da adequa o desses lugares com as normas que tratam da acessibilidade e o Plano Diretor da Cidade Ent o a proposta como alternativa para as barreiras quanto aplicabilidade das normas de acessi
174. aulo Bonavides 2006 p 396 397 analisando este subprinc pio tece compara o com o princ pio da veda o de arb trio Examina se a a adequa o a conformidade ou a validade do fim Logo se percebe que esse princ pio confina ou at mesmo se confunde com o da veda o de arb trio Ubermassverbot que alguns com o mesmo significado de princ pio geral da proporcionalidade Com o des gnio de adequar o meio ao fim que se intenta alcan ar faz se mister portanto que a medida seja suscet vel de atingir o objetivo escolhido ou segundo Hans Huber que mediante seu aux lio se possa alcan ar o fim desejado RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos Verifica se ent o que o subprinc pio da adequa o sedimenta se basicamente na avalia o da rela o meio fim de sorte que os meios empregados ser o examinados quanto sua aptid o para atingir os objetivos buscados no caso concreto Segundo Suzana Toledo de Barros 2003 p 78 a adequa o dever ser a primeira an lise verificada em rela o ao princ pio da proporcionalidade Um ju zo de adequa o da medida adotada para alcan ar o fim proposto deve ser o primeiro a ser considerado na verifica o da observ ncia do princ pio da proporcionalidade O controle intr nseco da legifera o no que respeita congru ncia na rela o meio fim restringe se seguinte indaga o o meio escolhido contribui para a obten o do
175. ausa o princ pio democr tico do poder pol tico RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes 1988 da qual somos signatarios e que foi formalmente incluida em nosso corpus iuris Decreto n 154 91 Esses discursos desenvolvidos precariamente com base em lugares comuns n o atestados metodologicamente t m repercutido em decis es que afrontam regras legais e a Constitui o como no caso em que a absolvi o de traficante fulcra se no convencimento pessoal e n o do Juiz a partir do conte do probat rio de que o com rcio da cannabis sativa n o deve ser proibido Ou quando o Juiz catarinense Jo o Marcos Buch relaxa a pris o de um autor de furto n o em raz o de abuso de autoridade ou de ilegalidade do ato coercitivo mas porque aquele foi detido por populares que se mostravam pessoas nutridas por sentimento paran ico coletivo sic e passaram a agredi lo O magistrado observa que Os novos padr es de civilidade e os fundamentos do Estado democr tico de direito n o permitem em absoluto a medieval justi a pelas pr prias m os Noutro polo est o as decis es do STF tendentes a constitucionalizar mat rias ordin rias que em geral n o requerem o controle de constitucionalidade nem a rigor podem ser categorizadas como casos dificeis Diga se ali s que no julgado do HC 95 009 4 SP o ent o Ministro Eros Grau repelia terminantemente a aplica o do princ pio da proporcionalidade
176. b m n o faz refer ncia ao estado inescap vel de coexist ncia entre sujeitos dotados de consci ncia ou mesmo consci ncia intencional doadora de sentidos ambos pe as fundamentais teoria criada e defendida por Marco Ant nio Santos Reis Como se v o pensamento de Marco Reis ora defendido tamb m por este autor neste particular baseia se na consci ncia intencional husserliana a qual difere substancialmente do conceito de autonomia utilizado por Luis Greco fundado t o somente ao menos no artigo citado na RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana dignidade da pessoa humana e no crit rio de boa vida sem embargo repita se de eventuais concord ncias em certos aspectos Em segundo lugar o estado inescap vel a que est o submetidos tais sujeitos sugere a possibilidade de conflitos decorrentes do uso fal vel da liberdade REIS 2011 p 187 189 E t o somente no caso de um conflito real do exerc cio dessas liberdades coexistentes que surge a necessidade do aparecimento concreto da norma penal Desta forma a aplica o concreta da norma criminal n o se justifica de modo aprior stico mas t o s na medida em que os referidos choques ou conflitos se apresentem no mundo REIS 2011 p 190 192 E isto repercute no papel que incumbe ao Direito Criminal Destarte em primeiro lugar compete ao direito criminal apenas a declara o dos limites jur dicos n o ofensivos do
177. biental nas escolas E partindo desse ponto o programa foi estendido popula o pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente desde o diagn stico discuss o elabora o e execu o de a es com o fim muito claro de incorporar as quest es ambientais cultura local Dentro do programa de educa o ambiental algumas estrat gias s o adotadas como 1 Capacita o de agentes de educa o ambiental para funcionarem como vetores de multiplica o visando atingir um maior n mero de pessoas 2 A es educativas voltadas conscientiza o dos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 161 162 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o consumidores com rela o ao consumo sustent vel e s suas responsabilidades no mbito da responsabilidade compartilhada 3 Elabora o e implementa o de planos de consumo sustent vel 4 Divulga o dos conceitos relacionados coleta seletiva log stica reversa ao consumo consciente e com a minimiza o da gera o de res duos s lidos 5 Incentivo ao consumo de produtos mais apropriados ambientalmente 6 Palestras feiras de ci ncia e panfletagem 7 Instala o de espa o de educa o ambiental no Centro de Triagem aberto visita o pelos alunos das escolas locais e para a capacita o dos agentes de educa o ambiental 8 Cria o de um slogan suficientemente atraente para envolver os moradores e os turistas
178. bilidade se insere no pr prio conceito de igualdade que seria tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade assim no que se refere ao transporte coletivo seriam contratados empresas privadas que atenderiam RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 253 254 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus exclusivamente a demanda de cadeirantes na cidade de Manaus em paralelo com o sistema de nibus para toda a popula o Por conseguinte o deficiente f sico teria uma segunda op o al m do transporte coletivo que seria especializado com toda a estrutura necess ria para receb los Pois por mais que os nibus tenham os equipamentos para os portadores de necessidades especiais mesmo assim eles s o destratados por causa da arrog ncia e impaci ncia daqueles que utilizam do mesmo transporte Conforme exp e acerca do plano Diretor o autor Jos Nilo de Castro afirma que Papel important ssimo dentro desse contexto desempenha o Munic pio Prescreve o art 182 da CF que a pol tica de desenvolvimento urbano executada pelo Poder P blico Municipal conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das fun es da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes No 1 do precitado artigo 182 da CR se prescreve que o plano diretor aprovado pela C mara Municipal obrigat rio para cidade
179. bui ao princ pio da legalidade ou estrita legalidade o papel de dom nio quanto s fontes do Direito Destaca tamb m a m xima nullum crimen nulla poena sine lege enumera que um fato n o pode considerar se crime nem a ele atribu da uma pena se uma lei no sentido material n o o preveja como tal o fato previsto pela lei como crime deve ser sancionado nos limites da previs o o fato que d ensejo aplica o da lei penal deve ter previs o expressa n o podendo ser presumido de normas que regem fatos diversos Ao vedar a analogia pro be a aplica o de pena al m do previsto pelo legislador imp e a obrigatoriedade da taxatividade acabando assim por demonstrar que a nica fonte do Direito Penal o direito positivo constituindo se num ordenamento fechado 5 REALE JR Miguel Teoria do delito S o Paulo Revista dos Tribunais 1998 p 164 6 ANTOLISEI Francesco Manuale di diritto penale Milano Giuffr 1952 p 30 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 211 212 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional Outra denomina o atribu da ao princ pio da legalidade o da reserva legal Surge com as revolu es burguesas que caracterizaram a contemporaneidade respondendo aos abusos do Absolutismo e fundando uma nova ordem Apresenta duas fun es a fun o de garantia excluindo penas ilegais e a fun o constitutiva isto consti
180. c pio da proporcionalidade em sentido estrito ao da adequa o e necessidade cada um agregando seu valor de acordo com seu conte do que se tornar poss vel o completo diagn stico de se a medida adotada em um caso concreto observou ou n o o princ pio da proporcionalidade 5 Exemplos jurisprudenciais de utiliza o do princ pio da proporcionalidade para a solu o de conflitos envolvendo os Direitos Fundamentais Para o encerramento deste estudo uma vez reunidos elementos para melhor compreens o do principio da proporcionalidade proceder se an lise da aplica o deste princ pio como m todo de solu o de conflitos envolvendo direitos fundamentais pontuando tal possibilidade de aplica o luz de exemplos jurisprudenciais colhidos nos tribunais p trios e internacionais A profus o legislativa criando in meras previs es normativas a tutelar os direitos fundamentais a intensifica o das rela es sociais promovida pelo desenvolvimento tecnol gico dos meios de comunica o transporte etc s o fatores cogitados como causa dos conflitos entre direitos fundamentais em casos concretos t o recorrentes nos dias atuais a demandarem solu o dos rg os jurisdicionais O jurista italiano Noberto Bobbio 1992 p 42 bem demonstrava o dilema posto aos rg os jurisdicionais quando reclamados a entregar provimento jurisdicional diante de conflitos entre direitos fundamentais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2
181. c pios fundamentais Os princ pios da Constitui o segundo se depreende da dogm tica e de uma consolidada doutrina ALEXY 1997 p 83 et seq s o normas jur dicas com alto grau de generalidade e por isso antes de fundarem se exclusivamente como mandados de nticos neles vemos hip teses de concre o somente dentro das possibilidades jur dicas e reais existentes ALEXY 1997 p 83 et seq N o se aplicam ordinariamente como determina es de dever ser mas prioritariamente quando houver a necessidade de interpretarem se regras infraconstitucionais e integr las ao telos constitucional S o como denomina Alexy mandados de otimiza o VILA 16 A ressalva deve se hip tese de que como orienta es jusumanistas vemos poss vel a hip tese de o legislador orientar se pelos princ pios 17 AVILA op cit ao tratar da fun o dos princ pios fundamentais refere que servem para interpretar bloquear e integrar as regras infraconstitucionais existentes Os princ pios constitucionais no entanto s exercem a sua fun o de bloqueio destinada a afastar a regra legal quando ela for efetivamente incompat vel com o estado ideal cuja promo o por eles determinada RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 127 128 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal 2009 J por isso seu manejo n o deve ser ordin r
182. carreado aos autos do processo judicial poderia ser obtido seguindo os tr mites t picos e de praxe pr prios da investiga o ou instru o criminal por que ent o essas provas foram produzidas ao arrepio do direito Mais por que ent o as mesmas s o admitidas se poderiam ser produzidas por meios l citos A permissibilidade danosa porque desestimula a observ ncia dos par metros delineadores de um processo justo Passa a ser mais vantajoso descumprir as normas obter provas por meios il citos mesmo quando poss vel obt las licitamente preciso materializar a constru o te rica e normativa dos direitos fundamentais e para isso preciso que a efic cia dos mesmos seja pedra de toque em todos os n veis das rela es entre particulares e entre estes e o Estado Desta forma a exist ncia de san es civis penais e administrativas aos agentes p blicos violadores n o suficiente e nem freio atua o ilegal dos rg os de investiga o j que a maioria dos abusos sabe se s o cometidos contra pessoas das classes menos favorecidas Al m da san o pessoal indispens vel que estes atos de viola o a direitos fundamentais sejam negativados pelo ordenamento jur dico com vistas m xima efic cia destes direitos H de se fazer refer ncia ainda ao veto presidencial proferido sobre o pretenso 4 do art 157 do C digo de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menez
183. ce pela primeira vez no artigo 169 da Constitui o de 1946 Anualmente a Uni o aplicar nunca menos de dez por cento e os Estados e o Distrito Federal e os Munic pios nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos na manuten o e desenvolvimento do ensino mantendo se no artigo 212 do texto constitucional vigente No conceito doutrin rio de manuten o e desenvolvimento do ensino como explica Motauri Cioccheti de Souza por manuten o deve se compreender a continuidade a preserva o custeio da estrutura material e humana necess ria ao funcionamento do sistema educativo e por desenvolvimento o significado de evolu o amplia o aprimoramento da estrutura de oferta continua de novas t cnicas e metodologias destinadas efetiva democratiza o do ensino e constante melhoria H contudo um conceito legal de despesas em manuten o e desenvolvimento do ensino trazido pelo 20 SOUZA op cit p 140 141 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel artigo 70 da LDB considerando as de modo geral como as realizadas para satisfa o dos objetivos b sicos das institui es educacionais incluindo num rol meramente taxativo v rias situa es I remunera o e aperfei oamento do pessoal docente e demais profissionais da educa o II aquisi o manuten o constru es e conserva o das instala es e equipamentos necess rios ao ensino II uso e manuten
184. cesso mediante o qual o sistema geral da sociedade como o meio f sico e cultural moradia e transporte servi os sociais e de sa de oportunidade de educa o e de trabalho vida cultural e social inclusive instala es desportivas e de lazer se torna acess vel a todos CUNHA 1996 Deste modo constata se que o impedimento est no ambiente e nas barreiras criadas nele que impedem o deficiente f sico de deter isonomia de possibilidades e igualdade de direitos 4 Legisla o pertinente ao direito de locomo o dos cadeirantes A Constitui o Federal de 1988 atrav s dos artigos 227 e 244 garante a acessibilidade s cidades s edifica es e aos transportes O 2 do art 227 da Constitui o federal assim disp e A lei dispor sobre normas de constru o dos logradouros e dos edif cios de uso p blico e de fabrica o de ve culos de transporte coletivo a fim de garantir acesso adequado s pessoas portadoras de defici ncia O art 244 da Carta Pol tica de 1988 complementa afirmando que 242 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas A lei dispor sobre a adapta o dos logradouros dos edif cios de uso p blico e dos ve culos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado s pessoas portadoras de defici ncia conforme o disposto no Art 227 2 Em dezembro de 2004 foi publicado o Decreto n 5 296 que regulamenta a Lei n 10 048
185. cial Keywords Environment Solid waste management Sustainability Reuse Recycling Treatment Refer ncias ALBERTE Elaine Pinto Varela CARNEIRO Alex Pires KAN Lin Recupera o de reas degradadas por disposi o de res duos s lidos urbanos Di logos amp Ci ncia Revista Eletr nica da Faculdade de Tecnologia e Ci ncias de Feira de Santana Bahia ano 3 n 5 jun 2005 Dispon vel em lt http www bvsde paho org bvsacd cd48 areas pdf gt Acesso em 1 abr 2012 BACKER Paul de Gest o ambiental a administra o do verde Tradu o de Heloisa Martins Costa Rio de Janeiro Qualitymark 1995 BEHRENS Marilda Aparecida A pr tica pedag gica e o desafio do paradigma emergente R Bras Est Pedag Bras lia v 80 n 196 p 383 403 1999 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues CASTILHOS JR Armando Borges de MEDEIROS P ricles Alves FIRTA Ioana Nicoleta et al Principais processos de degrada o de res duos s lidos urbanos Rede de Pesquisa em Saneamento B sico PROSAB Universidade Federal de Minas Gerais Dispon vel em lt etg ufmg br gustavo arquivos livroprosab pdf gt Acesso em 1 jan 2012 COSTA Sirlei Martins BRITO Osvaldo Paes Log stica reversa gera o de emprego e renda com a coleta seletiva do lixo na cidade de Londrina PR Dispon vel em lt www inesul edu br coordenadorias arquivos ine 1173735828 pdf gt Acesso em 22 fev 2012 DELUCA
186. ciety v 49 n 1 p 141 164 2007 AZAMBUJA Darcy Introdu o ci ncia politica 10 ed S o Paulo Globo 1996 BARBOSA Ruy Ruinas de um governo Rio de Janeiro Guanabara 1931 CATLIN George E Gordon Tratado de pol tica Tradu o de Waltensir Dutra Rio de Janeiro Zahar 1964 CORSINI Jos Eduardo Coelho A atividade de intelig ncia e seu controle externo como princ pio de legitima o democr tica Revista do Minist rio P blico do Rio Grande do Sul Porto Alegre n 71 p 53 68 2012 DAHL Robert A La democracia una gu a para los ciudadanos Tradu o de Fernando Vallesp n Madrid Taurus 1998 DROMI Jos Roberto Derecho subjectivo y responsabilidad p blica Madrid Gronz 1976 DUVERGER Maurice As modernas tecnodemocracias poder RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues econ mico e poder pol tico Tradu o de Max da Costa Santos Rio de Janeiro Paz e Terra 1975 FRIEDRICH Carl J Uma introdu o teoria pol tica Tradu o de Le nidas Xausa e Luiz Cor o Rio de Janeiro Zahar 1970 GINSBERG Morris Ensayos de sociologia y filosofia social Tradu o de Adolfo Maillo Madrid Aguilar 1961 GUIZOT Fran ois De la democracia en Francia Tradu o de Dalmacio Negro Pavon Madrid Centro de Estudios Constitucionales 1981 LASKI Harold J El Estado moderno Tomo I Tradu o de Teodoro Gonz lez Garcia Barcelona Bosch 1932 LOPES
187. cionados ao processo justo n o exaustivo no ordenamento jur dico brasileiro de forma que as previs es RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes contidas em Conven es e Tratados Internacionais que disponham de forma mais abrangente sobre o processo justo se aplicam imediatamente aos processos judiciais e administrativos em tr mite no Brasil A Declara o Universal dos Direitos do Homem de 1948 na mesma linha tamb m demonstrou preocupa o em garantir processo justo a todas as pessoas de forma que prev disposi es expressas a este respeito que podem assim ser exemplificadas in verbis Artigo VIII Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes rem dio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constitui o ou pela lei Artigo IX Ningu m ser arbitrariamente preso detido ou exilado Artigo X Toda pessoa tem direito em plena igualdade a uma audi ncia justa e p blica por parte de um tribunal independente e imparcial para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusa o criminal contra ele Tamb m a Conven o Interamericana de Direitos Humanos contempla expressamente diretrizes acerca do processo justo identificadas como garantias judicias que envolvem o direito ao contradit rio pleno razo vel dura o do processo ju zo independente imparcial e pr con
188. como a fun o desempenhada pelos tributos consistente na realiza o das necessidades p blicas mesmo que para isso haja que se admitir a tutela de bem jur dico metaindividual Contudo essa acep o n o obstante possibilitar o cumprimento do requisito da dignidade deixa a fun o dogm tica do bem jur dico um tanto esvaziada sobretudo no que tange constata o da ofensividade da conduta e da respectiva medida de culpabilidade do autor Aqui exsurge relevante a no o anteriormente abordada de considerar o bem jur dico penal tribut rio em dupla dimens o A dimens o mediata ou seja a fun o do tributo e a dimens o imediata isto a arrecada o tribut ria A fun o dogm tica que como explanado restara prejudicada pela defini o do bem jur dico tribut rio como fun o do tributo restabelecida a partir da considera o do bem jur dico penal tribut rio imediato novamente a arrecada o tribut ria Isso se d porque foi viabilizada apura o da lesividade do dano causado bem como a culpabilidade do agente Por outro lado se como constatado a dimens o t cnica do bem jur dico penal tribut rio qual seja a arrecada o tribut ria n o logra por si s cumprir o requisito da dignidade RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 201 202 Dignidade do bem juridico penal tributario penal a sua conjun o com a fun o do tributo como outro aspecto daquele bem juridico soluciona
189. considerados direitos fundamentais isto s o tidos como direitos fundamentais aqueles regulamentados por estes dispositivos determinados bem como por disposi es esparsas encontradas ao longo do texto constitucional estas ltimas se assemelhando s disposi es perif ricas associadas da Constitui o alem 3 Regras e princ pios como esp cies normativas As normas jur dicas de um modo geral expressam comandos positivos ou negativos autorizadoras ou proibitivas Tais normas podem ser enunciadas por esp cies normativas denominadas regras ou princ pios sendo de extrema import ncia que se tenha uma clara distin o entre ambas j que a partir da que se compreender a estrutura dos direitos fundamentais dentro de um sistema jur dico Sem a correta distin o entre regras e princ pios n o se tem uma teoria adequada sobre restri es a direitos fundamentais e tampouco doutrina satisfat ria acerca das colis es ALEXY 2008 p 85 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 265 266 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 3 1 Distin o entre regras e princ pios As regras s o esp cies normativas que exigem o pleno cumprimento dos comandos nelas delineados somente existindo dois caminhos ao int rprete que com ela se depara ou ela cumprida nos exatos termos de seu enunciado nem para mais e nem para m
190. cos quando a sua transmiss o em cadeia bloqueada Por exemplo a rela o de paternidade intransitiva pois se A pai de B e B pai de C ent o A n o pode ser pai de C RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 347 348 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o homic dio retira a possibilidade primeira e fundamental de um sujeito B vitima estabelecer qualquer tipo de rela o no mundo Se este mesmo sujeito 4 subtrai um determinado patrim nio de C lesiona a possibilidade de C estabelecer uma rela o de disponibilidade com um determinado objeto que se situa nos limites f tico l gicos do mundo Em outra hip tese se 4 comete estupro contra D retira deste a possibilidade de estabelecer uma livre rela o de disponibilidade no sentido de uma orienta o sexual com o pr prio corpo Percebe se pois que a rela o protegida no crime de falso testemunho n o seria a moralidade da administra o p blica ou a confian a da sociedade nesta como quer a doutrina tradicional mas a possibilidade de a parte contr ria participar de um processo judicial justo e transparente O falso testemunho ao subverter o conjunto probat rio diminui a possibilidade de o sujeito estabelecer uma rela o postulat ria justa A rela o protegida pelo peculato do mesmo modo n o moralidade da administra o da justi a mas a possibilidade de livre disposi o
191. cret rio de Meio Ambiente de Novo Air o eet Andr Luiz Farias de Oliveira Advogado da Prefeitura de Novo Air o Gerald Edgard Gessner comunit rio Jo o Carlos Leite comunit rio comunit rio Jos Fernando Barbosa comunit rio M rio Jorge Ferreira comunit rio Como etapas do projeto foram realizadas as seguintes atividades 1 Estudo gravim trico A determina o da composi o gravim trica dos res duos constitui se num dado essencial para qualquer esquema de gerenciamento Al m dos aspectos qualitativos o estudo levantou a quantidade de res duos produzidos por dia ton dia e a produ o per capita ton hab dia S o dados importantes para serem empregados nas fases de diagn stico e de planejamento Consta do referido estudo que a cidade de Novo Air o produz entre res duos dom sticos podas e entulho uma m dia de 6 199 75 kg dia Produ o estimada por habitante de 0 590 kg hab dia Dos res duos recicl veis a composi o a seguinte Pl stico r gido 3 pl stico filme 21 PET 2 papel o 14 papel jornal 5 ferro 5 alum nio 2 mat ria org nica 48 2 Arrecada o e regulariza o de terreno adequado para a implanta o f sica do projeto A prefeitura de Novo Air o depositava os res duos numa rea afastada 13 km do n cleo urbano dentro da margem de 5 a 20 km recomendada pela literatura Lange et al 2002 p 151 como ideal para a constru
192. cula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa Vale ressaltar o posicionamento do Supremo Tribunal Federal no RE 594 018 AgR a respeito da educa o a saber A educa o um direito fundamental e indispon vel dos indiv duos dever do Estado propiciar meios que viabilizem o seu exerc cio Dever a ele imposto pelo preceito veiculado pelo artigo 205 da Constitui o do Brasil A omiss o da administra o importa afronta Constitui o RE 594 018 AgR Rel Min Eros Grau DJE 7 8 2009 Nesse sentido pode se afirmar que o Estado tem dever pol tico jur dico imposterg vel de promover facilitar e oferecer educa o a todos indistintamente Inclusive possui dota o or ament ria para tanto pois o ordenamento constitucional estabelece expressamente a vincula o de receitas or ament rias para gastos espec ficos com a educa o o que disp e a norma impositiva do artigo 212 da Constitui o de 1988 que ser abordada em seguida 4 Vincula o de receitas p blicas para educa o Em mat ria de educa o a vincula o de receitas or ament rias de acordo com Romualdo Portela Oliveira consiste na previs o no texto constitucional de uma al quota minima da receita de impostos a ser aplicada em educa o Essa vincula o constitucional de receitas or ament rias prioriza aprimora e fortalece a educa o escolar no contexto das po
193. da doutrina espanhola com rela o aos mais de quinhentos tipos existentes no C digo Penal de 1995 daquele pa s constitui um exemplo bem claro disso como alerta o pr prio Jesus Maria Silva Sanchez A expans o do direito penal aspectos da pol tica criminal nas sociedades p s industriais Trad Luiz Ot vio de Oliveira Rocha S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 106 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 329 330 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o se o que ensina Magalh es Noronha primeiramente acerca da objetividade jur dica do crime de peculato e segundamente acerca do sujeito passivo de tal delito A lei cuida da tutela na administra o p blica Tem se em vista a probidade administrativa ao mesmo tempo que se protegem o patrim nio p blico e privado O interesse prevalente n o obstante o da moralidade administrativa Sujeito passivo ou ofendido o Estado pois o crime contra a administra o p blica Tal acontece ainda quando o bem apropriado de particular j porque o delito n o deixa de assim ser classificado j porque ineg vel que o fato ofende aos interesses estatais referentes ao desenvolvimento normal eficiente e probo de sua atividade 1981 p 219 e 223 A terceira dificuldade que frequentemente o Direito Penal n o protege bem jur dico algum O Direito Penal tem sempre uma atua o
194. da liberdade um dos elementos centrais para a pr pria ideia de sujeito A consci ncia o centro que permite ao sujeito intuir valores os quais vistos como um reino aut nomo de possibilidades s o por meio da intencionalidade essencial consci ncia percebidos pelo sujeito Uma vez percebidos pelo sujeito tais valores materializam se em concreto no mundo dos fatos da vida enquanto possibilidades f ticas de rela es que este sujeito estabelece no mundo Sobre esta no o de consci ncia cf GUIMAR ES Aquiles C rtes Cinco li es de filosofia do direito 4 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2007 p 43 et seq 27 A autonomia aqui entendida grosso modo como a possibilidade universal pertence a todos os sujeitos igual n o constitui um privil gio e gradu vel de o sujeito dotado de consci ncia estabelecer rela es no mundo por meio de uma doa o de sentidos 28 N o se trata de teorizar a respeito da natureza boa ou m dos homens mas t o s de reconhecer que todos em maior ou menor grau podem fazer uso fal vel da liberdade entendendo se uso fal vel como desrespeito s esferas de liberdade alheias 29 Por estado inescap vel de coexist ncia reconhece se que o sujeito sempre um ser com Mit sein Isto implica o reconhecimento constante e inescap vel do outro e do mundo ou meio que cerca esses sujeitos Tamb m neste sentido embora se utilizando da express o obrigatoriedade da coexist ncia cf
195. dal Serrano Org Manual de direitos difusos S o Paulo Verbatim 2009 p 87 144 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal Isaac Sabb Guimar es Sum rio 1 Introdu o 2 Aspectos epistemol gicos acerca da Discricionariedade judicial 3 Constitucionaliza o dos problemas jur dicos e Ativismo Judicial 4 A pol tica criminal ditada pelo Ativismo Judicial 5 Considera es finais Refer ncias Resumo Este artigo pretende demonstrar as ra zes do Ativismo Judicial brasileiro como fen meno proporcionado pela deturpada compreens o da aplica o dos princ pios jusfundamentais colocando em destaque por um lado sua incongru ncia com a ideia de Discricionariedade Judicial por outro a produ o de uma irreal pol tica criminal Palavras chave Ativismo Judicial Discricionariedade Pol tica Criminal 1 Introdu o A ltima onda vague de constitucionaliza o moderna a quarta segundo Hauriou ter ocorrido ap s a Segunda Guerra Mundial sendo consequ ncia do movimento de Doutor pela Universita Degli Studi di Perugia Doutor em Ci ncias Jur dicas pela UNIVALI Mestre em Direito pela Universidade de Coimbra Especialista em Ci ncias Jur dico Criminais pela Universidade de Coimbra Promotor de Justi a em Santa Catarina RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 111 112 Ativismo Jud
196. damental uma vez que este n o se enquadraria na estrutura de um direito de liberdade do Estado de Direito liberal Um conceito puramente estrutural aponta que s as normas que expressassem direitos subjetivos seriam consideradas de direito fundamental Todavia esta alternativa vacilante mormente porque assim procedendo as normas que eventualmente se encontrassem em ntima rela o com aquelas tidas como de direitos fundamentais n o poderiam ser abarcadas pelo conceito que melhor utiliza essa conex o ALEXY 2008 p 66 68 Uma maneira exitosa para a identifica o de normas de direitos fundamentais a qual se encontra relacionada forma RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro de positiva o onde s o considerados direitos fundamentais independente de seu conte do aqueles inseridos entre os artigos 1 a 19 da Constitui o alem bem como as chamadas disposi es perif ricas associadas que muito embora n o estejam dentro dos artigos mencionados autorizam o recurso reclama o constitucional ou seja disposi es de direitos fundamentais s o as normas expressadas diretamente por estes dispositivos ALEXY 2008 p 68 69 A referida linha de entendimento n o carrega as desvantagens de associa o dos crit rios substanciais e estruturais tampouco desconsidera assertivas mais generalizadas A Constitui o brasileira de 1988 possui dispositivos espec ficos sobre o que s o
197. das a es policiais no Brasil da opress o mil cias da ditadura para lembrar apodos recentes as pol cias E de olho nesse passado autorit rio violento abusivo e truculento os constituintes numa tentativa de criarem m ltiplos mecanismos de fortalecimento da democracia atribu ram ao Minist rio P blico o controle externo das a es policiais police oversight O Estado a nica associa o communitas communitatum a desfrutar o direito de usar diretamente a vis coactiva a coa o f sica ou viol ncia ou finalmente autorizar a sua utiliza o E a atividade policial o espectro mais vis vel do poder superior do Estado podendo facilmente incorrer em viola es aos direitos fundamentais dos indiv duos Esses abusos de poder constituem desordem t o frequente e s ria que a prote o contra eles em toda sociedade problema da maior import ncia As institui es livres e embebidas nas melhores inspira es republicanas dentre as quais se destaca o Minist rio P blico por sua estrutura jur dica t m o desafio de reduzir ao m nimo ou neutralizar os abusos que nascem das desigualdades no poder principalmente da rela o tremendamente desigual e assim trica travada entre o indiv duo e o Estado pol cia A rela o Estado individuo e Estado sociedade ou o equil brio adequado o juste milieu entre o princ pio da autoridade e a liberdade um dos problemas mais agudos da democracia moderna e d
198. de Mobilidade em Manaus II Programa de Melhoria da Circula o e Acessibilidade Urbana para a qualifica o dos logradouros p blicos e o ordenamento dos sistemas operacionais de tr fego mediante e amplia o da acessibilidade de pessoas portadoras de defici ncias com a implanta o de rampas nas travessias de pedestres e comunica o visual e sonora reportando se s exig ncias das normas t cnicas brasileiras espec ficas Art 122 S o componentes do Plano Integrado de Transporte 053 VII normas para qualifica o dos espa os p blicos que incluam as demandas dos portadores de necessidades especiais Pode se observar que a referida Lei traz no cap tulo IV Da Mobilidade em Manaus nos artigos 19 a 23 normas que protegem e asseguram o direito dos deficientes f sicos em geral a um ambiente acess vel Um t pico que n o poderia faltar j que essa lei foi elaborada com o objetivo de organizar a estrutura urbana por meio da coopera o da sociedade com o Estado O artigo 19 da lei trata dos objetivos gerais e espec ficos da estrat gia da mobilidade em Manaus O objetivo geral melhorar tal estrutura de forma a atender s necessidades da popula o em todo territ rio nacional e os objetivos espec ficos s o otimizar as redes de circula o vi ria e capacit las ampliar os servi os de transporte e proporcionar a integra o entre os diferentes locais O artigo 20 apresenta as dir
199. de parte dessas pessoas t m uma vida ativa trabalham e estudam e por isso precisam se movimentar pelas cidades Logo os deficientes anseiam pela igualdade querem ser considerados integrantes teis da comunidade em que vivem sem serem estigmatizados pela sua diferen a A falta de acesso dificulta a participa o dos cadeirantes e consequentemente reduz a condi o de cidadania de cada um limitando a possibilidade de uma maior conviv ncia social Assim num ciclo vicioso as pessoas com necessidades especiais se isolam e a sociedade n o convive com as diferen as no dia dia fazendo com que tenha uma separa o n tida de grupos sociais Muitas empresas e estabelecimentos do Pa s ainda n o se adaptaram aos par metros e crit rios de acessibilidade estabelecidos pela Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Frequentemente alegam dificuldades financeiras ou mesmo falta de demanda do p blico com defici ncia Mas lei para ser cumprida E o fato que nos ltimos anos a legisla o brasileira evoluiu muito quanto quest o com quase todos os pontos cruciais para a garantia da acessibilidade contemplados pelos poderes Executivo e Legislativo Algumas leis s o mais conhecidas como a de Cotas que determina a contrata o por empresas com mais de 100 funcion rios de 2 a 5 de pessoas com defici ncia Escadas elevadores inadequados e portas estreitas s o obst culos di rios principalmente em constru e
200. de pondera o e de harmoniza o pois eles cont m apenas exig ncias ou standards que em primeira linha prima facie devem ser realizados as regras cont m fixa es normativas definitivas sendo insustent vel a validade simult nea de regras contradit rias Real a se tamb m que os princ pios suscitam problemas de validade e peso import ncia pondera o valia as regras colocam quest es de validade se elas n o s o correctas devem ser alteradas grifos do autor Desse modo na resolu o da colis o entre princ pios constitucionais devem ser levadas em considera o as particularidades que cercam o caso concreto para que pesados os aspectos espec ficos da situa o prepondere o preceito mais adequado A tens o se resolve mediante uma pondera o de interesses opostos determinando qual destes interesses abstratamente possui maior peso no caso concreto ver Alexy 2002 p 112 Bonavides 2006 p 425 426 aproveitando os ensinamentos de Konrad Hesse explica esse processo de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 27 28 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais pondera o de interesses no caso concreto para a solu o de princ pios em colis o com o denominado princ pio da concord ncia pr tica entendido como uma proje o do princ pio da proporcionalidade Outra finalidade que se pode atribuir ao princ pio da proporcio
201. de conflito atribuir a algu m a responsabilidade por uma les o qualificada volunt ria e consciente possibilidade de livre disposi o de uma rela o universal que seja abstratamente autossubsistente e independente mas que necessariamente seja exemplific vel ou predic vel na realidade e pessoal intranstitiva que se dirija a uma pessoa humana de modo direto entre um sujeito e suas condi es substanciais e individuais de exist ncia Tal proposta parece significar dentro de um Direito Penal democr tico e fundado na dignidade da pessoa humana um ganho Em primeiro lugar imp e limites bem menos vagos ao legislador que as diversas teorias mencionadas De fato a fun o de prote o ao bem jur dico padece de anemia significativa ou seja uma express o vaga que n o possui significado preciso Boa demonstra o disso que o BVerfG ao declarar a constitucionalidade do crime de incesto 173 do StGB em 2008 afirmou categoricamente que da teoria do bem jur dico n o se pode deduzir qualquer crit rio constitucional de limita o do legislador GRECO 2010 p 167 j que ela n o fornece qualquer par metro substancial que tenha necessariamente de ser acolhido pelo direito constitucional principalmente em raz o de que sobre o conceito de bem jur dico n o h ainda qualquer consenso GRECO 2010 p 169 Tamb m demonstra a inexist ncia de limites impostos ao legislador o fato de que mesmo os defensore
202. de de condi es para o acesso e perman ncia na escola enfim a preocupa o com a justi a social com objetivo das ordens econ mica e social art 170 193 196 e 205 constituem reais promessa da igualdade material SILVA 2006 p 211 212 Conforme o pensamento de Fl via Piva Almeida A quest o da acessibilidade fundamental pois sem ela a pessoa privada de usufruir dos demais direitos fundamentais que lhe s o conferidos como cidad o direito educa o sa de ao trabalho ao lazer e outros A acessibilidade funciona como instrumento meio para RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 235 236 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus utiliza o desses outros direitos ALMEIDA 2003 p 2319 2339 Afirma ainda a autora quanto s consequ ncias da priva o do direito acessibilidade Essa garantia de acesso deve ser total e atingir a todos os cidad os Se ela negada s pessoas portadoras de defici ncia criam se obst culos para a vida social desse grupo dando espa o para sua marginaliza o e segrega o espacial ALMEIDA 2003 p 2319 2339 3 Princ pios e direitos consagrados na Constitui o Federal de 1988 3 1 Princ pio da igualdade isonomia Consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade Taligualdade se subdivide em formal e material a primeira aquela expressa
203. de drogas n o impede a individualiza o da pena que levada a efeito por ocasi o de sua dosagem Al m do mais o enunciado do princ pio mencionado no sentido de que a lei regular a individualiza o da pena ou seja a Constitui o defere a discricionariedade ao Juiz mas dentro das balizas da Lei penal Sobre a quest o ver GUIMAR ES op cit 2013 p 120 125 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 129 130 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal concreto pelo fato de os interessados n o poderem prever a met dica constru o da norma jur dica quebrando se ent o a ideia de seguran a jur dica enquanto que na rea jur dico penal os riscos decorrem da poss vel colis o entre a pol tica criminal orientadora dos fins de um sistema jur dico penal e a pol tica criminal individualizada pelo Juiz ou Tribunal Os reflexos dessa postura ser o mais dr sticos na rea da Justi a criminal uma vez que as decis es emanadas da liberalidade judicial destinar se o em ltima an lise coletividade que carecedora da atividade estatal que promova paz e seguran a por meio da tutela de bens jur dicos de relevo social A zona compromiss ria e de incertezas do Ativismo Judicial torna se mais percept vel quando passamos a analisar algumas das posi es sustentadas pelos tribunais superiores que a seguir encetaremos 4
204. de grande latitude para operacionalizar as suas pr prias interpreta es de crime e castigo MACAULAY 2005 p 23 Nesse v cuo amplia se a subjetividade e a informalidade policiais inserindo se a segunda cunha no controle O controle das pol cias alavancado sobre tr s pilares transpar ncia fiscaliza o e responsabilidade A transpar ncia refere se exist ncia de regras claras e crit rios de desempenho colocando a atividade funcional s claras para o p blico Se n o h um marco regulador sobre regras e crit rios de desempenho policial os outros dois pilares do controle externo s o claramente afetados Querer portanto criar um controle efetivo sem esses marcos reguladores transpar ncia versus roteiro do controle construir sobre o absurdo Na jurisprud ncia a terceira cunha o cen rio n o muito diferente H in meras a es casu sticas sobre a mat ria sempre sob um vi s corporativo e a maioria n o chega sequer a apreciar o m rito Neste ponto tamb m a jurisprud ncia nacional pouco contribui ao esclarecimento dos rumos do controle externo com a fixa o de marcos balizadores O que parece necess rio nesse ambiente alegadamente maniqueista que a determina o para o mal seja enfrentada por uma determina o igualmente organizada e ativa para o bem e que seja a tradicional voca o policiaca para o abuso contida por for as especialmente organizadas para a conten o Mas
205. de que nos termos dos artigos 121 e 123 seja aprovada uma disposi o em que se defina o crime e se enunciem as condi es em que o Tribunal ter compet ncia relativamente a este crime Tal disposi o deve ser compat vel com as disposi es pertinentes da Carta das Na es Unidas O genoc dio os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra ou viola es graves s Conven es de Genebra s o encontrados nos estatutos dos Tribunais Penais Internacionais para a ex Iugoslavia e para Ruanda que j encontravam refer ncia nos Tribunais de Nuremberg e de T quio Assim as quatro refer ncias descritas nas al neas do item 1 do artigo acima conformam condutas j por demais sublinhadas em diplomas internacionais O Estatuto de Roma traz a institucionaliza o do princ pio da responsabilidade penal individual ou seja o Tribunal Penal Internacional julgar apenas as condutas das pessoas singulares conforme a previs o do seu artigo 25 Isto se deu devido aos precedentes abertos pelo julgamento do Tribunal de Nuremberg tomando como fundamenta o que a pessoa natural que atua em nome ou n o do Estado devendo aquela ser punida Agora comentaremos trazendo elementos da doutrina e da legisla o internacional as condutas trazidas para melhor compreens o 20 FERREIRA Sandra C da S Moreira e O estatuto do tribunal penal internacional In Semin rio de Direito Internacional P blico 2001 Lisb
206. dem ser realizados por uma determinada estrutura de meios Por outro lado o sistema jur dico um sistema l gico Logo se uma norma constitucional delega determinada atribui o a um rg o estatal pressup e a realizabilidade de tal tarefa adequando se l gica do sistema e integrando o validamente Enfim um dever objetivo implica evidentemente o poder de cumpri lo dever poder quando a norma faculta ou prescreve um fim presumem se autorizados os meios necess rios para o conseguir contanto que sejam justos honestos e razo veis RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues Nao devemos esquecer tamb m que a vontade do legislador ou do constituinte n o uma vontade desvinculada incondicionada um mero arb trio Os comandos do Direito t m as suas ra zes nas chamadas normas de valora o eles fundamentam seemvalora es emaprova esedesaprova es Todo comando jur dico j pressup e necessariamente o ju zo de que aquilo exigido tem um valor pr prio particular e por isso mesmo pode ser executado Assim quem exige e determina alguma coisa f lo na pressuposi o da capacidade do ente de se desincumbir da tarefa detendo os poderes para tanto ou estando em condi es de faz lo Isso implica que o Direito o produto de pondera es racionais As constitui es dirigentes contempor neas trazem uma vasta estrutura de normas diretivas e program ticas que al m de instrumentos de li
207. didas essas linhas a no o de objeto do delito RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana est quase perfeita O objeto do delito justamente a diminui o ou les o empiricamente constat vel das rela es intencionais estabelecida por um sujeito Consoante se defende tamb m nesta sede o bem jur dico n o um objeto mas a possibilidade empiricamente vulner vel e reconhecida pelo direito de um sujeito submetido a um estado inescap vel de coexist ncia estabelecer uma rela o respeitosa no mundo isto com os objetos a este inerente REIS 2010 p 24 Este conceito foi posteriormente refinado pelo autor 13 Baseado nessas pondera es o estudo conceituou bem jur dico da seguinte forma bem jur dico a possibilidade de o sujeito atualizar viv ncias no mundo da vida por meio do exerc cio de sua autonomia sob a forma esquem tica de uma rela o intencional que aquele sujeito estabelece com um objeto ou ente que lhe de valor 14 Al m disto a no o de les o ao bem jur dico est vinculada ideia do ser com tomando por base a referida rela o intencional Com isto quer se preservar o princ pio da lesividade o qual encerra um referir se ao outro enquanto conflito real Noutras palavras a priva o da possibilidade de outro sujeito atualizar uma viv ncia no mundo REIS 2011 p 226 A liberdade como fator pertencente aos sujeitos como pot ncia passiva
208. disposi es do presente Estatuto Artigo 24 N o retroactividade ratione personae 1 Nenhuma pessoa ser considerada criminalmente respons vel de acordo com o presente Estatuto por uma conduta anterior entrada em vigor do presente Estatuto 11 CANTARELLI Margarida O O princ pio da legalidade e o tribunal pe nal internacional In Princ pio da Legalidade Da Dogm tica Jur dica Teoria do Direito BRAND O Cl udio CAVALCANTI Francisco e ADEODA TO Jo o Maur cio Coord Rio de Janeiro Forense 2009 p 354 e et seq RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 213 214 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional 2 Se o direito aplic vel a um caso for modificado antes de proferida senten a definitiva aplicar se o direito mais favor vel pessoa objecto de inqu rito acusada ou condenada 2 2 Internacionaliza o do Direito Penal Jorge Figueiredo Dias constata que o Direito Penal essencialmente direito intraestadual encontrando sua fonte formal e org nica na produ o legislativa estadual sendo aplicado pelos rg os nacionais Contudo destaca o professor lusitano que a relev ncia do direito internacional em mat ria penal se deu significativamente a partir da ltima d cada do s c XX Momento em que come aram a surgir diplomas nesta seara notadamente a Conven o para a preven o e a san o do delito de genoc dio a C
209. do dever um dever que encontraria o seu fundamento numa intencionalidade ordem jur dica ou mesmo ao direito o qual a decis o discricion ria a seu modo tamb m haveria de realizar NEVES 1995 p 540 Assim em raz o do car ter preventivo especial da pena seria um completo absurdo para os padr es do sistema jur dico penal em vigor que v g O Juiz usando de seu poder discricion rio aplicasse menor carga de res socializa o condena o do r u agente de pr tica delituosa flagrantemente abjeta e contrastante com os valores de uma comunidade 3 Constitucionaliza o dos problemas jur dicos e Ativismo Judicial A ltima onda de constitucionaliza o iniciada ap s a Segunda Guerra Mundial consolida o modelo de Constitui o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 121 122 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal que n o apenas encarta os direitos fundamentais individuais e sociais mas tamb m princ pios fundamentais com fortes tra os ontol gicos e axiol gicos As Constitui es alem s imbu das do humanismo jur dico reconhecido pela Declara o dos Direitos do Homem inscrevem a dignidade da pessoa humana a portuguesa de 1976 abre o cap tulo da fundamenta o do Estado com princ pios o que de forma parecida veremos na Constitui o espanhola de 1978 N o diferente o que se v na Constitui o Cidad
210. do Estado do Amazonas ADAM e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM O desafio de implementa o do projeto revelou se desde o in cio muito rduo por algumas raz es b sicas a exist ncia de um padr o insustent vel de consumo apatia e despreparo do poder p blico e da comunidade limita o financeira devido a or amentos inadequados descontinuidade pol tico administrativa a inser o de 75 do territ rio do munic pio em Unidades de Conserva o e a falta de par metros comparativos regionais Este ltimo aspecto confere certo pioneirismo ao projeto como destacado pela Professora Ana L cia Soares Machado ao realizar o estudo gravim trico dos RSU res duos s lidos urbanos No que se refere ao munic pio de Novo Air o enfrentar este desafio e realizar uma gest o integrada dos res duos bem como o gerenciamento dos mesmos despontar entre os 62 munic pios incluindo Manaus como um munic pio que enfrenta esta problem tica e desenvolve uma proposta para tratar 100 dos seus res duos oportunizando mobiliza o e participa o social 2011 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 145 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Como refere a doutrina especializada Jardim et al 1995 os sistemas de limpeza urbana de compet ncia municipal devem afastar o lixo das popula es e dar um destino ambiental sanitariamente adequado por m afast lo
211. do a doutrina de Mauro Roberto Gomes de Mattos na improbidade administrativa 5 FIGUEIREDO Marcelo Probidade administrativa coment rios lei 8 429 92 e legisla o complementar 6 ed S o Paulo Malheiros 2009 p 46 6 SILVA Jos Afonso da Curso de direito constitucional positivo 27 ed S o Paulo Malheiros 2006 p 669 T Vide AP 409 rel Min Ayres Britto DJE 1 jul 2010 8 MATTOS Mauro Roberto Gomes de O limite da improbidade administrativa coment rios lei n 8429 92 5 ed Rio de Janeiro Forense 2010 p 31 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel o agente p blico pratica ato comissivo ou omissivo com devassid o imoralidade por meio de uma conduta consciente e dolosa a pr tica de ato lesivo ao er rio ou que demonstre uma imoralidade qualificada F bio Medina Os rio relaciona a improbidade administrativa com a dimens o subjetiva da imoralidade qual seja de censura tica e de valoriza o de comportamentos proibidos Pode se dizer ent o que improbo o agente p blico que se comporta em desacordo com a moralidade administrativa Improbidade por sua vez a imoralidade administrativa qualificada em raz o do comportamento proibido desonesto e devasso do agente p blico Aristides Junqueira Alvarenga explica que essa qualifica o da imoralidade administrativa aproxima a improbidade do conceito de crime n o tanto pelo resultado mas
212. do fim institucional de realizar a tutela dos direitos subjetivos substanciais e independ ncia e autonomia da magistratura Poder Judici rio f independ ncia dos ju zes e do Minist rio P blico g exerc cio da jurisdi o segundo o justo processo regulado pela lei h garantia em qualquer tipo de processo do contradit rio entre as partes em condi es de igualdade diante de um juiz neutro e imparcial assegurada a razo vel dura o do processo 1 motiva o de todas as decis es judiciais j direito sempre ao recurso de cassa o por viola o da lei O processo justo pressup e que tenha havido respeito material s garantias individuais e estruturais no tr mite processual E a observ ncia dessas garantias seria uma das condi es para um provimento leg timo O processo se formaria a partir da observ ncia de garantias e seria ele pr prio uma garantia O acesso justi a penal portanto exige meios e resultados igualmente justos A conscientiza o de uma pl iade m nima RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 55 56 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 de garantias para a consecu o de um processo justo quer significar num primeiro momento que as garantias n o s o exaustivas e est o sempre se ampliando e por outro lado demonstra um novo olhar sobre o processo para permanentemente confront lo com as exig nc
213. do pela observ ncia dos direitos fundamentais em todo o seu iter procedimental No processo penal a busca pela verdade real ou pela penaliza o de acusados n o pode ser usada como par metro para uma pondera o de interesses que afaste a observ ncia de garantias processuais dentre elas a veda o utiliza o de provas il citas por deriva o O processo justo exige meios e resultados igualmente justos O compromisso de um Estado com os direitos fundamentais demonstrado por um lado pela puni o daqueles que violam direitos e tamb m pelo grau de negatividade que se empresta aos atos violadores Palavras chave Processo penal Processo justo Provas il citas 1 Introdu o Impossibilitar que as pessoas sejam julgadas em raz o da suposta pr tica de il cito criminal perante o Poder Assessor Jur dico de Procurador de Justi a do Minist rio P blico do Estado do Amazonas Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Amazonas UFAM Discente do Programa de Doutorado em Direito da UFMG Especialista em Direito Processual Civil UFAM Analista Jur dica do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas Aluna Especial do Programa de Mestrado em Direito Ambiental da UEA Especialista em Direito P blico Uniderp Anhanguera RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 53 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 Judici rio de seu p
214. do totalmente pelos princ pios da teoria e do pensamento democr tico moderno E essa heran a exige uma reestrutura o de raiz e ramo do aparelho policial brasileiro talvez um primeiro passo seja a unifica o das pol cias mat ria controversa prevista na PEC 102 2011 em tramita o no Congresso Nacional A impunidade dos agentes do Estado que cometeram graves viola es de direitos humanos durante o regime militar foi consagrada na lei de anistia Muitos infratores permaneceram nas pol cias for as armadas ou outros rg os p blicos Essas institui es nunca passaram por uma reestrutura o 3 Em brilhante ensaio diz o prof Dadiv Spitz 1957 p 225 Every community even one that is democratic in form dwells always in the shadow of injustice for men who are free are still men and if they do not act always as beasts it is still true that they do not act always as gods Tradu o livre Cada comunidade mesmo aquela que democr tica na forma habita sempre na sombra de injusti a pois os homens que s o livres ainda s o homens e se eles n o agem sempre como animais ainda verdade que eles n o agem sempre como deuses 4 Durante os dois per odos autorit rios no Brasil Era Vargas e Ditadura Militar o policiamento foi centralizado predominando no es de seguran a nacional e excepcionalismo com exclus o de toda no o de responsabilidade Nos per odos democr ticos o policiamento fo
215. dos da constru o urbana S o Paulo 1999 Tese de doutorado PINHEIRO R S BRANCO O D GARCIA J B et al Projeto Solar uma experi ncia de sucesso na gest o de res duos s lidos Dispon vel em lt www cnpma embrapa br boaspraticas download Projeto Solar pdf gt Acesso em 1 fev 2012 ZANTA Viviana Maria FERREIRA Cynthia Fantoni Alves Gerenciamento integrado de res duos s lidos urbanos Rede de Pesquisa em Saneamento B sico PROSAB 2002 Universidade Federal de Minas Gerais Dispon vel em lt etg ufmg br gustavo arquivos livroprosab pdf gt Acesso em 1 fev 2012 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Dignidade do bem juridico penal tributario Yuri de Barros Louren o Sum rio 1 Introdu o 2 Teses explicativas do bem jur dico penal tribut rio 2 1 Teses patrimonialistas 2 2 Teorias funcionais ou funcionalistas 2 3 Teses bifrontais 3 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio 3 1 Dignidade do bem jur dico penal concebido patrimonialisticamente 3 2 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio concebido funcionalisticamente 4 O problema da fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio 4 1 A fun o dogm tica do bem jur dico penal funcionalisticamente concebido 4 2 A fun o dogm tica do bem jur dico penal patrimonialisticamente concebido 4 3 A teoria bifrontal e a t cnica do bem jur dico imediato e mediato 5 Conclus o Refer ncias Resumo Cuida se da investiga
216. drigues Sum rio 1 Introdu o 2 O controle do poder em qualquer de suas manifesta es 3 Mecanismos de controle das pol cias 4 A efici ncia do controle externo pelo Minist rio P blico 5 Conclus o Refer ncias Resumo O Brasil apresenta quatro mecanismos de controle ou supervis o das pol cias tribunais militares corregedorias ouvidorias e Minist rio P blico O sistema constitui uma cadeia em que as rela es inter institucionais s o conflitantes e descoordenadas contribuindo para um fracasso geral de responsabiliza o das pol cias Neste contexto o Minist rio P blico tem as mais amplas atribui es em teoria de controle e monitoramento da pol cia Por m n o se exercem completamente estes poderes por causa de conflitos institucionais e falta de regulamenta o desta rea de atua o Palavras chave Pol cia Minist rio P blico Controle externo 1 Introdu o Muitas das conquistas inscritas na Constitui o de 1988 se deram como rea o ao ent o passado autorit rio recente e tamb m como uma forma de prevenir abusos futuros Entre as mem rias sens veis e dolorosas da sociedade brasileira estavam os abusos cometidos pelo bra o armado do Estado ou for as Promotor de Justi a Mestre em Direito pela Universidade de Coimbra Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade C ndido Mendes RJ RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 285 286 Panorama sobre o controle
217. dro Paulo Org Improbidade administrativa quest es pol micas e atuais S o Paulo Malheiros 2001 BITENCOURT NETO Eurico Improbidade administrativa e viola o de princ pios Belo Horizonte Del Rey 2005 CARVALHO Andr Castro Vincula o de receitas p blicas S o Paulo Quartier Latin 2010 CURY Carlos Roberto Jamil Direito educa o direito igualdade direito diferen a In VEIGA Cynthia Greive Org Carlos Roberto Jamil Cury Intelectual e Educador Belo Horizonte Aut ntica 2010 p 103 118 DECOMAIN Pedro Roberto Improbidade Administrativa S o Paulo Dial tica 2007 DROMI Roberto Derecho Administrativo 5 ed B Aires Ciudad Argentina 1996 FERREIRA FILHO Manoel Gon alves Coment rios constitui o brasileira de 1988 4 v Arts 170 245 S o Paulo Saraiva 1995 FIGUEIREDO Marcelo Probidade administrativa coment rios lei 8 429 92 e legisla o complementar 6 ed S o Paulo Malheiros 2009 GABRIEL Ivana Mussi Direito administrativo S o Paulo Verbatim 2010 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 109 110 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa HAURIOU Maurice Pr cis de droit administratif et de droit public 10 ed Paris Sirey 1921 KRELL Andreas J Controle judicial dos servi os p blicos b sicos na base dos direitos fundamentais sociais In SARLET Ingo Wolfgang O
218. e minimalista ao fazer uso RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 299 300 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil dela fun o dentro de suas prerrogativas constitucionais e legais n o ofende e nem injuria a ningu m A aplica o do Direito isenta de conveni ncias e respeitos subalternos deve elevar se pela independ ncia e pela franqueza altura das responsabilidades impostas pela Constitui o A lei n o um aspecto contingente da vida social que possa sofrer nuan as em sua aplica o dependendo a quem se aplica Que agravo h em fazer cumprir a lei usando de suas f rmulas verbais Que ofensa pode existir em dirigir a autoridades p blicas o que vai lan ado no corpo da lei Ningu m se lembra de qualificar um juiz de arrogante ou de prepotente quando no exerc cio silog stico de cumprimento da lei determina ou requisita qualquer provid ncia Essa atitude de estigmatizar o cumprimento da lei como arrog ncia institucional configura um preconceito n o criticado ou inadequadamente analisado N o nos parece seja esse o prop sito do constituinte origin rio ou do Minist rio P blico atrav s de seus agentes Ao contr rio o sentimento foi de fortalecer a democracia e garantir os direitos fundamentais do cidad o Se o estofo mental de alguns constitu do por disposi es corporativas ou de puro antagonismo como a querer conservar ou alargar uma bomba de prest
219. e modo que s se possa aplic lo mediante um exame da adequa o exigibilidade e proporcionalidade de faz lo Com isso pode se reservar a utiliza o dele para o momento oportuno e necess rio quando for essa a provid ncia mais de acordo com a finalidade ltima do ordenamento jur dico o maior benef cio poss vel da comunidade com o m nimo sacrif cio necess rio de seus membros individualmente Retomando a discuss o sobre as finalidades do princ pio iniciar se pelo papel que tal princ pio desempenha na limita o das restri es impostas pelo Legislativo ou pela Administra o P blica aos direitos fundamentais Vale dizer com a eleva o dos direitos fundamentais ao centro de prote o das ordens constitucionais o princ pio da proporcionalidade ganhou destaque como um dos mais eficientes instrumentos de prote o face s excessivas inger ncias legislativas e executivas Toledo de Barros 2003 p 95 leciona sobre a finalidade do princ pio da proporcionalidade como limite protetivo s inger ncias estatais sobre os direitos fundamentais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 25 26 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais O princ pio da proporcionalidade como uma das v rias id ias jur dicas fundantes da Constitui o tem assento a nesse contexto normativo no qual est o introduzidos os direitos fundamentais e os m
220. e o de utiliza o que deve ser a mais pr xima poss vel a fim de evitar custos importantes de implanta o de canaliza es Em Novo Air o o aterro sanit rio projetado ficar a mais ou menos 13 quil metros da massa urbana o que indica a necessidade de log stica custosa para a distribui o do g s A pequena quantidade de res duos org nicos produzidos pela cidade aliada aos custos de convers o energ tica um sistema de capta o de g s metano ou biodigestores anaer bicos armazenamento e distribui o canaliza o inviabiliza economicamente a ideia para o microcosmo do munic pio embora possa ser posta em pr tica num eventual cons rcio na gest o dos res duos entre os munic pios da regi o metropolitana de Manaus ou at mesmo em car ter experimental na cidade de Novo Air o a depender da capta o de recursos Vale ainda ressaltar que a gera o do biog s depende da RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 167 168 Da concep o implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o idade do aterro e acontece na ltima fase de decomposi o do res duo a qual chamada de metanog nica Na plenitude dessa fase que pode demorar alguns anos para acontecer quando ser mais intensa a gera o do biog s LANGE et al 2002 p 169 Tendo em vista esses aspectos no in cio do funcionamento do aterro a produ o de biog s ser insignificante do ponto de vista econ mico e
221. e su hecho sit venia verbo que matar es aceptable en sociedad pero la pena significa que eso no es as JAKOBS 2003 p 51 grifos do original Como se v para Jakobs o Direito Penal teria a fun o de garantir a vig ncia da norma Quando ocorre a infra o de uma norma necess rio demonstrar sociedade que aquela norma continua a existir mantendo a sua vig ncia apesar da infra o caso contr rio abalada estaria a confian a na norma e sua fun o orientadora A pena pois serve para demonstrar que a conduta do infrator n o impede a manuten o da norma enquanto o delito negativo fraudando a expectativa normativa a pena positiva afirmando a vig ncia da norma ao negar sua infra o Jakobs assim resume seu pensamento 5 Tradu o livre Em outras palavras o autor afirma que o conte do comunicativo do seu comportamento v lido para comunica es posteriores mas a puni o deixa claro que isso n o assim Em um exemplo o assassino afirma atrav s do seu fato sit venia verbo que matar aceit vel na sociedade mas a pena significa que isso n o assim RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana El significado puramente jur dico de la pena es la contradicci n contra la infracci n de la norma El bien estar de las personas se ve lesionado por el hecho en la medida en que el autor pone en riesgo el aseguramiento cognitivo que tambi n en
222. ecanismos de prote o Sua apari o se d a t tulo de garantia especial traduzida na exig ncia de que toda interven o estatal nessa esfera se d por necessidade de forma adequada e na justa medida objetivando a m xima efic cia e otimiza o dos v rios direitos fundamentais concorrentes Destarte sem mais delongas no assunto em face dos limites desta pesquisa cumpre avan ar para a an lise da aplica o do princ pio da proporcionalidade como m todo de resolu o de colis es entre princ pios constitucionais A colis o entre princ pios constitucionais n o se resolve no campo da validade mas no campo do valor BONAVIDES 2006 p 279 280 Se uma determinada situa o proibida por um princ pio mas permitida por outro n o h que se falar em nulidade de um princ pio pela aplica o do outro Assim no caso concreto em uma rela o de preced ncia condicionada determinado princ pio ter maior relev ncia que o outro preponderando N o se pode aceitar que um princ pio reconhecido pelo ordenamento constitucional possa ser declarado inv lido porque n o aplic vel a uma situa o espec fica Ele apenas retrocede frente ao maior peso naquele caso de outro princ pio tamb m reconhecido pela Constitui o A solu o do conflito entre regras em s ntese d se no plano da validade enquanto a colis o de princ pios constitucionais no mbito do valor Neste sentido veja se tamb m o que diz
223. edades p s industriais Trad Luiz Ot vio de Oliveira Rocha S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 TAVARES Juarez Teoria do injusto penal 3 ed Belo Horizonte Del Rey 2003 VIANNA Felipe Augusto Fonseca O direito fundamental liberdade de consci ncia e a impossibilidade de imposi o de valores morais pelo estado atrav s de normas penais Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas v 12 p 157 179 2011 Princ pio da irrelev ncia penal do fato princ pio da insignific ncia e crimes bagatelares distin o necess ria ou cria o inoportuna Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas Manaus v 14 p 214 259 2013 WELZEL Hans Derecho penal alem n Trad Carlos Font n Balestra Buenos Aires Roque Depalma Editor 1956 ZAFFARONI Eugenio Ra l BATISTA Nilo ALAGIA Alejandro SLOKAR Alejandro Direito penal brasileiro v 1 Rio de Janeiro Revan 2003 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 355
224. eja todos os cidad os t m direito de tratamento id ntico pela lei em conson ncia com os crit rios albergados pelo ordenamento jur dico Dessa forma o que se veda s o as diferencia es arbitr rias as discrimina es absurdas pois o tratamento desigual dos casos desiguais na medida em que se desigualam exig ncia tradicional do pr prio conceito de Justi a pois o que realmente protege s o certas finalidades somente se tendo pro lesado o princ pio constitucional quando o elemento discriminador n o se encontra a servi o de uma finalidade acolhida pelo Direito sem que se esque a por m como ressalvado por F bio Konder Comparato que as chamadas liberdades materiais t m por objetivo a igualdade de condi es sociais meta a ser alcan ada n o s por meio de leis mas tamb m pela aplica o de pol ticas ou programas de a o estatal Importante igualmente apontar a tr plice finalidade limitadora do princ pio da igualdade limita o ao legislador ao int rprete e ao particular O legislador no exerc cio de sua fun o constitucional de edi o normativa n o poder afastar se do princ pio da igualdade sob pena de flagrante inconstitucionalidade Assim normas que criem diferencia es abusivas arbitr rias sem qualquer finalidade l cita ser o incompat veis com a Constitui o Federal RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 237 238 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel pre
225. el mbito de las expectativas normativas siempre resulta necesario Para resarcir ese dafio al autor se le impone un dolor de modo que el hecho se entiende de modo generalizado como alternativa de conducta que no merece ser tomada en consideraci n prevenci n general positiva 2003 p 71 72 2 3 A Fun o de Prote o de Bens Jur dicos A doutrina majorit ria v como miss o do direito penal a prote o de bens jur dicos Pode se conceituar o bem jur dico como sendo a express o de um interesse da pessoa ou comunidade na manuten o ou integridade de certo estado objeto ou bem em si mesmo socialmente relevante e por isso juridicamente reconhecido como valioso DIAS 1999 p 63 A fun o do Direito Penal seria pois atrav s da amea a de pena a prote o de tais Tradu o livre O significado puramente jur dico da pena a contradi o contra a viola o da norma O bem estar das pessoas violado pelo ato na medida em que o autor p e em risco a certeza cognitiva que tamb m no campo das expectativas normativas sempre necess ria Para compensar o dano ao autor se imp e uma dor de forma que o fato seja amplamente entendido como um modo alternativo de conduta que n o merece ser levado em considera o preven o geral positiva 7 Cf ROXIN Claus Derecho penal parte general fundamentos la estructura de la teoria del delito Tomo I Trad Diego Manuel Luz n Pe a
226. el Min Celso de Mello 28 STJ HC 72726 Dispon vel em lt http stj jusbrasil com br jurisprudencia 6275 habeas corpus hc 72726 gt Acesso em 10 abr 2014 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes as trag dias que assolam inumeraveis pessoas sujeitas a criminalidade grave assumindo posi es pol tico criminais baseadas em antigos postulados da sociologia marxista que atribuem sociedade a responsabilidade pelos criminosos que nela habitam Arcar com a situa o criminal portanto o nus que se lhe atribui em nome de falaciosos fundamentos jusumanistas como a j t o desgastada dignidade da pessoa humana Assim em momento algum ponderam os interesses da coletividade relativamente paz seguran a Justi a ao fim e ao cabo com o mesmo peso constitucional que os direitos individuais Esquecem se em suma de que a Constitui o deve ser interpretada segundo o princ pio da unidade de que nos fala Hesse de acordo com o qual necess rio evitarem se colis es entre normas constitucionais HESSE 1992 p 45 fazendo equacionamentos de concord ncia pr tica dos quais se possam deduzir realiza es do Direito poss vel aquele que se compagina com uma realidade hist rico social 5 Considera es finais E interessante notar que a viragem constitucional brasileira n o ficou historicamente limitada aos fatos pol ticos e 29 Em algumas situa es o balanceamento entre as
227. el em lt http www amb com br secao artigo detalhe amp art id 105 gt Acesso em 10 mar 2014 8 No in cio de 2014 causou justificada celeuma a decis o de um Juiz de Bras lia que considerando ser a cannabis sativa uma droga recreativa absolveu o r u acusado de tr fico il cito de drogas O magistrado faz expressa men o Portaria 344 98 da ANVISA que estabelece o controle sobre medicamentos e subst ncias considerando tratar se de um ato RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes para o problema da liberdade na discricionariedade a partir da contraposi o de desvincula o a ideia de vincula o do Juiz norma regrada em Lei Ora por este crit rio o Juiz estaria irremediavelmente preso ao processo l gico subsuntivo de aplica o da Lei Ent o Decis o juridicamente vinculada a decis o a proferir mediante a aplica o subsuntiva de uma norma legal e juridicamente desvinculada a decis o que houver de reconhecer se como v lida juridicamente v lida embora n o tenha sido subsuntivamente deduzida directa ou indirectamente de uma norma legal ou em termos mais amplos de uma norma jur dica NEVES 1995 p 534 Este ser portanto um crit rio negativo de Discricionariedade Ou de outra forma o contr rio de Discricionariedade Mas ao indicar esta refer ncia conceitual para a categoria o jurisfil sofo conimbricense adverte nos que a falta de vincula o da Discricion
228. em jur dico penal tribut rio 181 Yuri de Barros Louren o Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional cics 207 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira O direito dos cadeirantes a um ambiente acessivel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus s cc0ecee es 231 Larissa Cristina Alves Rojas O princ pio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 css iene ais a ETs as bacia css Oo las 261 Andr Luiz Rocha Pinheiro Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil 285 Jo o Gaspar Rodrigues Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o 313 Felipe Augusto Fonseca Viana Apresenta o com imensa satisfa o e sobretudo compromisso institucional que tenho a honra de apresentar a 15 edi o da Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas sociedade em geral e especialmente s comunidades jur dica e acad mica Como leg timo defensor da ordem jur dica do regime democr tico dos direitos individuais indispon veis e dos interesses sociais em tempos em que a autonomia e a independ ncia do Minist rio P blico s o postas prova de maneira reiterada imprescind vel que a Institui o Ministerial
229. enal puna unicamente ataques a bens jur dicos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 323 324 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o atribu das ao Direito Penal inclusive por doutrinadores de escol O rec m falecido Winfried Hassemer professor da Universidade de Frankfurte membro do Bundesverfassungsgericht BVerfG o Tribunal Constitucional Alem o via como fun o do Direito Penal a formaliza o do controle social eis que ele anuncia de forma escrita p blica e a mais justa poss vel antes que a diverg ncia singular da norma seja praticada qual o comportamento ser tido por criminoso e como ser a rea o a tal comportamento 2007 p 212 et seq Eugenio Ra l Zaffaroni Ministro da Corte Suprema de Justicia de la Naci n Argentina e professor da Universidade de Buenos Aires a seu turno entende ser fun o do Direito Penal a redu o do poder punitivo do Estado eis que ele serve conten o do Estado de Pol cia que sempre existe dentro dos Estados de Direito pelo refor o do poder de decis o das ag ncias jur dicas 2003 p 94 et seq Entretanto em que pese a autoridade de tais doutrinadores e de tantos outros como ja se disse n o ser aqui poss vel se debrucar sobre todas essas teorias de forma que se optou por escolher aquelas que possuem maior relev ncia hist rica e difus o na academia Assim expostas as principais fu
230. ende s exig ncias do principio da proporcionalidade apresenta se razo vel e racional RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos todavia nem sempre um ato razoavel racionalmente aceitavel atende aos deveres impostos pelo principio constitucional da proporcionalidade Portanto enquanto a razoabilidade exige que as medidas estatais sejam racionalmente aceit veis e n o arbitr rias o princ pio da proporcionalidade determina que as mesmas al m de preencherem tal requisito constituam instrumentos de maximiza o dos comandos constitucionais mediante a menor limita o poss vel aos bens juridicamente protegidos Desse modo cumpre considerar a exist ncia de pontos de contato entre os substratos axiol gicos dos princ pios assentados na ideia de controle dos atos estatais em fun o da prote o de valores constitucionais bem como observar o posicionamento de parte da doutrina e at do Supremo Tribunal Federal em trat los como express es sin nimas de um mesmo princ pio Contudo conv m registrar o acerto de Braga 2004 p 123 127 ao sintetizar tal distin o com os seguintes pontos o primeiro par metro para a diferencia o entre os princ pios da razoabilidade e proporcionalidade seria a diversidade na origem respectivamente oriundos do substantive due process of law da jurisprud ncia norte americana e do Tribunal Constitucional Alem o o segundo seria a diversidade de
231. enos ou n o cumprida n o havendo espa o para que a satisfa o de uma regra seja realizada em distintos graus porquanto se determinada regra existe v lida eficaz e aplic vel ao caso concreto a que se destina pressupondo se total viabilidade f tica e jur dica em rela o s mesmas ou seja possuem car ter definitivo A aplica o das regras uma quest o de tudo ou nada porque dever ser feito exatamente o que ela determina j que elas necessitam de subsun o e n o de pondera o VIGO 2006 p 306 Os princ pios pelo contr rio s o tidos como normas de car ter prima facie ou seja s o esp cies normativas cujos comandos devem ser realizados de acordo com as limita es apresentadas no caso concreto Noutras palavras o car ter prima facie dos princ pios indica que os enunciados trazidos por eles ser o cumpridos a depender das possibilidades f ticas e jur dicas encontradas no campo pr tico sendo tais limita es representadas pelas pr prias colis es entre esp cies normativas O crit rio mais conhecido para a diferencia o entre regras e princ pios o que se baseia no grau de generalidade segundo o qual uma norma com baixo grau de generalidade seria uma regra enquanto que uma norma com elevado grau de generalidade seria um princ pio ALEXY 2008 p 87 o que faz com que o referido m todo possua impropriedades s rias capazes de incorrer em contradi es Parece conveniente di
232. entais no combate ao crime soa como ingenuidade e teimosia de te ricos ao passo que o vocabul rio conservador timbrado pela rea o demais e imediata e reflex o de menos adapta se perfeitamente ao tema em tais circunst ncias As comunidades transformam se em multid es irracionais e reivindicativas Perde terreno o aspecto mais profundo do eu predominam as rea es superficiais e entra em cena o propagandista para aproveitar se habilmente da situa o MANNHEIM 1960 p 79 O estado mental produzido por essas condi es d origem a suscetibilidades que conduzem ao p nico desespero e atrocidades De outro lado as institui es e os rg os de seguran a p blica carregam o fardo inc modo de um passado autorit rio e arbitr rio que se converte numa heran a maldita a impregnar as novas estruturas inseridas num contexto pol tico e social distinto Obrigados a lidar com esse peso at vico e outros atuais como mal aparelhamento deficiente e inadequada instru o profissional etc e ainda preocupados em construir uma imagem compat vel com as expectativas de efici ncia e moralidade democr ticas os aparelhos policiais buscam 14 Obvio que a constru o dessa imagem n o se prende a um ideal democr tico mas principalmente corporativo e institucional com finalidades mais triviais como pleitear mais recursos ou verbas or ament rias RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar
233. entam como verdadeiros legitimadores das formas constitucionais do Estado de Direito haja vista serem corol rio do acordo das variadas for as sociais Os direitos fundamentais est o relacionados reciprocamente e de maneira condicionada com outros bens jur dico constitucionais deduzindo se que eles haver o de ter seu conte do e seus limites definidos em homenagem a outros bens jur dico constitucionais reconhecidos juntos a eles Por m em determinadas situa es as normas de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro direitos fundamentais protagonizam um aparente cenario de conflito entre elas pr prias ou seja no plano concreto uma determinada norma iusfundamental poder ensejar a permiss o de determinado ato e outra norma da mesma natureza em aparente descompasso poder negar o exerc cio do mesmo ato por exemplo Uma vez configurado esse painel faz se necess rio solucion lo atrav s da pondera o de valores o que constituiu o principal foco da presente pesquisa levando se em considera o que tais normas n o s o absolutas ou ilimitadas considerando se tamb m o fato de estas n o poderem ser suprimidas nesse contexto que emerge a relev ncia do princ pio da proporcionalidade vez que a partir da operacionaliza o deste que se pode dar a correta resolu o s aparentes antinomias existentes de forma a garantir a efetividade das normas de direitos fundamentais N o pode
234. er aims to demonstrate the roots of the 30 Anu rio Brasileiro de Seguran a P blica Ano 7 2013 Dispon vel em lt http www2 forumseguranca org br novo produtos anuario brasileiro de seguranca publica 7a edicao gt Acesso em 21 nov 2013 Conv m destacar que o Anu rio publica o organizada conjuntamente com a Secretaria Nacional de Seguran a P blica SENASP sendo disponibilizada tamb m pelo Minist rio da Justi a 31 United Nations Office on Drugs and Crime UNODC International homicide count and rate per 100 000 population Dispon vel em lt http www unodc org documents data and analysis statistics Homicide Globa_ study on homicide 2011 web pdf gt Acesso em 13 abr 2014 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 137 138 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal Brazilian Judicial Activism as a phenomenon provided by distorted understanding of the application of the constitutional principles placing emphasis firstly on its incongruity idea of Judicial Discretionary secondly the production of an unrealistic criminal policy Keywords Judicial activism Discretionary Criminal policy Refer ncias ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Trad ao espanhol de Ernesto Garz n Vald s Madri Centro de Estudios Constitucionales 1997 Tradu o de Theorie der Grundrechte AJD Decis es Dispon vel em lt h
235. er humano qual seja o direito fundamental vida em contrapartida queles direitos fundamentais j mencionados que no caso se colocavam a favor da gestante poss vel verificar deveras que os casos que chagaram at a corte se referem a um campo de tens o instalado entre o direito fundamental vida do feto em contraposi o aos direitos fundamentais da gestante dignidade da pessoa humana liberdade autodetermina o sa de etc sendo todos eles expressados atrav s de princ pios Por esta raz o o Tribunal em diversas passagens ressaltou a import ncia da proporcionalidade aplica o da pondera o dos bens jur dicos envolvidos de modo a permitir a correta resolu o da controv rsia N o se coaduna com o princ pio da proporcionalidade proteger apenas um dos seres da rela o privilegiar aquele RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro que no caso da anencefalia n o tem sequer expectativa de vida extrauterina aniquilando em contrapartida os direitos da mulher impingindo lhe sacrif cio desarrazoado A imposi o estatal da manuten o de gravidez cujo resultado final ser irremediavelmente a morte do feto vai de encontro aos princ pios basilares do sistema constitucional mais precisamente dignidade da pessoa humana liberdade autodetermina o sa de ao direito de privacidade ao reconhecimento pleno dos direitos sexuais e reprodutivos de milhares de
236. erno da atividade policial C mara dos Deputados 2001 Dispon vel em lt http bd camara leg br bd bitstream handle bdcamara 2488 controle policial souza pdf sequence 1 gt Acesso em 1 jan 2014 SPITZ David On the abuses of power in democratic states Midwest Journal of Political Science v 1 n 3 4 p 225 232 1957 SURETTE Ray Media crime and criminal justice Florence KY Brooks Cole 1992 VEBLEN Thorstein A Teoria da classe ociosa Tradu o de Olivia Krahenbuhl S o Paulo Nova Cultura 1988 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o Felipe Augusto Fonseca Viana Sum rio 1 Introdu o 2 Fun es atribu das ao Direito Penal 2 1 A fun o de prote o de valores tico sociais de Hans Welzel 2 2 A fun o de estabiliza o das expectativas normativas e prote o da vig ncia das normas de Giinther Jakobs 2 3 A fun o de prote o de bens jur dicos 3 A insufici ncia das teorias das fun es atribu das ao Direito Penal para demarcar os limites entre a liberdade individual e a interven o jur dico penal do Estado 4 Premissas pol ticas e jusfilos ficas para o trato da fun o do Direito Penal 5 A fun o declarativa do Direito Penal e a no o de bem jur dico de Marco Ant nio Santos Reis 6 O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o 7 Conclus o Refe
237. es Cristine Cavalcanti Gomes Processo Penal que seria introduzido pela Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 cuja reda o era a seguinte 4 O juiz que conhecer do conte do da prova declarada inadmiss vel n o poder proferir a senten a ou ac rd o O veto presidencial consubstanciou se no fato de que o objetivo da reforma processual era o de imprimir celeridade e simplicidade ao desfecho do processo assegurando a presta o jurisdicional em condi es adequadas e o referido dispositivo ia de encontro a tal movimento uma vez que podia causar transtornos razo veis ao andamento processual ao obrigar que o juiz da instru o processual deva ser eventualmente substitu do por um outro que nem sequer conhece o caso Al m disso quando o processo n o mais se encontrava em primeira inst ncia a sua redistribui o n o atendia necessariamente ao que propunha o dispositivo eis que mesmo que o magistrado conhecedor da prova inadmiss vel fosse afastado da relatoria da mat ria poderia ter que proferir seu voto em raz o da obrigatoriedade da decis o coligada A atividade de conhecimento dos elementos de convic o carreados ao processo forma o livre convencimento racional do magistrado que ter conhecimento de tudo aquilo que foi produzido durante as investiga es e durante a instru o probat ria Todos os elementos de prova influenciam o convencimento do magistrado Considere a situa o em que um magistrado
238. essor agradece ao argumento elaborado por este autor para desenvolvimento de um dos pontos da tese que sustenta em seu artigo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 333 334 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o de extensa troca de mensagens e arquivos eletr nicos ainda nos idos de 2009 Ap s esse debate este autor utilizou tais ideias como base para seu pr prio entendimento da quest o com conclus es que chegaram a lugar sensivelmente diverso daquele a que chegou o Professor Marco Reis ainda que bastante pr ximas e com o mesmo resultado pr tico Grande parte do segue assim foi retirada das mensagens e arquivos trocados entre ambos e contaram com expressa autoriza o por parte do Professor Marco Ant nio Santos Reis para agora serem utilizadas Pois bem A fun o de um Direito Penal deve estar ancorada em certas premissas pol ticas e jusfilos ficas principais Como premissa pol tica deve se partir da concep o de um Estado democr tico de Direito o qual deve existir enquanto instrumento para servir aos sujeitos viventes e n o o contr rio como parece querer Gunther Jakobs Um Estado de Direito n o pode ter outro fim sen o ordenar a conviv ncia do povo de modo que cada membro em si possa defender e promover o exerc cio e utiliza o mais livre e pleno de suas energias O Estado democr tico no contexto do Direito Penal contudo n
239. etido no quadro de um ataque generalizado ou sistem tico contra qualquer popula o civil havendo conhecimento desse ataque a Homic dio b Exterm nio c Escravid o d Deporta o ou transfer ncia for a de uma popula o e Pris o ou outra forma de priva o da liberdade f sica grave em viola o das normas fundamentais do direito internacional S Tortura g Viola o escravatura sexual prostitui o for ada gravidez for a esteriliza o for a ou qualquer outra forma de viol ncia no campo sexual de gravidade compar vel h Persegui o de um grupo ou colectividade que possa ser identificado por motivos pol ticos raciais nacionais tnicos culturais religiosos ou de sexo tal como definido 235 MAZZUOLI Valerio de Oliveira O Tribunal penal internacional e o direito brasileiro S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 p 58 59 26 JAPIASSU op cit p 36 38 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 221 222 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional no n 3 ou em fun o de outros crit rios universalmente reconhecidos como inaceit veis em direito internacional relacionados com qualquer acto referido neste n mero ou com qualquer crime da compet ncia do Tribunal 1 Desaparecimento for ado de pessoas j Crime de apartheid k Outros actos desumanos de car cter semelhante que causem intencionalmente grande sofrimento
240. eto com a comunidade 6 Formula o de um plano de implementa o 7 Implementa o e execu o do plano 8 Monitoramento O aterro sanit rio a ser constru do como parte do projeto receber apenas o passivo ambiental existente e os res duos inserv veis reutiliza o ou reciclagem porque embora seja uma tecnologia bastante usada pelos seus baixos custos propicia uma intensa degrada o de grandes extens es de rea causando desvaloriza o das mesmas bem como problemas de vizinhan a emiss o de odores produzidos por mercaptanas e compostos com enxofre CASTILHOS JR et al p 36 ru dos pelo incremento do tr fego e opera o do aterro poeira e inc modo visual seguido de problemas de sa de p blica A implementa o do projeto ser acompanhada de perto em todas as suas fases e decis es pela comunidade local sendo criado para tanto um Conselho de Saneamento Ambiental que ter amplo acesso s informa es relativas ao sistema de limpeza urbana Por se tratar de um projeto aberto presta se a aperfei oamentos ao longo da execu o e at mesmo ap s a sua concretiza o Outras tecnologias limpas ser o estudadas e analisadas luz da realidade e das peculiaridades do munic pio sendo incorporadas ao projeto na medida em que se revelarem adequadas do ponto de vista socioambiental operacionais sem grande nus em termos de gastos materiais e humanos e tiverem a ades o da comunidade por atender
241. etrizes de estrat gia de mobilidade em Manaus informando que as vias devem ser acess veis aos pedestres No artigo 21 dado um prazo de 5 anos para recupera o dos espa os p blicos de mobilidade que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas estejam indevidamente ocupados por equipamentos de empresas prestadoras de servi os de energia el trica abastecimento de gua e tratamento de esgoto telefonia e outros No artigo 22 s o enumerados os programas de estrat gia de Mobilidade em Manaus No artigo 23 determinado que o Poder Executivo Municipal providencie medidas complementares s a es do governo federal e estadual com rela o s rodovias BR 174 e AM 10 e Lei Municipal n 673 de 04 de novembro de 2002 Institui o C digo de Obras e Edifica es do Municipio de Manaus no Estado do Amazonas Dispositivos pertinentes in verbis Art 3 Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes gerais que norteiam a reda o e a aplica o deste C digo HI garantia de boas condi es de acessibilidade circula o e utiliza o das edifica es de uso p blico principalmente por cidad os com necessidades especiais Art 48 Toda edifica o de uso p blico dever assegurar condi es de acesso circula o e uso por pessoas portadoras de necessidades especiais conforme disposi es estabelecidas neste C digo e na Norma T cnica Brasileira espec fica e Lei n 674 de 04 de nove
242. eve exercer Qual a raz o de ser do Direito Penal Ao se explicar as fun es tradicionalmente atribu das pela doutrina ao Direito Penal e demonstrar sua insufici ncia para demarcar os limites entre a liberdade individual e a interven o jur dico penaldo Estado justificar se a imprescindibilidade de se entender o Direito Penal como tendo a finalidade de declarar os limites de exerc cio das diversas liberdades coexistentes declara o das esferas do proibido e do permitido e em caso de conflito declarar a exist ncia de desrespeito a uma dessas liberdades e atribuir a algu m a responsabilidade por uma les o qualificada volunt ria e consciente da possibilidade de livre disposi o de uma rela o universal e pessoal intranstitiva entre um sujeito e suas condi es substanciais e individuais de exist ncia Ao final cumpre dizer que o presente artigo faz uma revis o de literatura com base no m todo de abordagem dedutivo utiliza como t cnica de coleta de dados a pesquisa bibliogr fica a partir de documentos como livros manuais c digos e peri dicos que proporcionando um novo enfoque sobre o tema serviram de base para as conclus es do autor 2 Fun es atribu das ao Direito Penal O Direito Penal tem uma fun o Qual a sua raz o de ser Muitos j fizeram esta pergunta e em raz o dos limites impostos a este estudo ver se apenas algumas das respostas mais correntes RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez
243. f sica de ambientes para se locomover sob pena de serem privados do exerc cio dos seus direitos como cidad o Al m dessas barreiras h igualmente a barreira de rejei o social que impede os deficientes do exerc cio dos seus direito por meio de constrangimento e preconceito sofridos constantemente impedindo os de se desenvolver dentre de seus limites Sob esse prisma a acessibilidade de grande import ncia para toda a sociedade e est relacionada com as adequadas condi es de mobilidade e a oportunidade de acesso oferecida aos indiv duos abrangendo tanto pessoas com defici ncia quanto a popula o em geral O Princ pio da Dignidade da Pessoa Humana assim como o Princ pio da Isonomia que diz serem todos iguais perante lei sem distin o de qualquer natureza somente ratificam o direito dos cadeirantes a se locomoverem sem restri es nos espa os urbanos Em raz o da car ncia de ambientes acess veis algumas cidades como Manaus precisam de um tratamento mais cauteloso para adequ las acessibilidade Al m disso o tema torna se ainda mais relevante tendo em vista que se trata da capital do Estado do Amazonas e uma das sedes para a Copa do Mundo de 2014 Logo a socializa o dessa parcela da popula o urgente sendo imprescind vel o confronto do tema com os reais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 233 234 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor
244. fato n o o conhecerem ou estiverem impossibilitados de faz lo Significa assim que o direito penal n o mais um monop lio da legisla o e da jurisdi o dos Estados Conforme as li es de Luiz Luisi quase pac fico que a introdu o do Direito Penal na seara internacional ou seja o in cio do que se chama de Direito Penal Internacional deu se com o acordo de Londres de 08 de agosto de 1945 Este acordo foi firmado entre as grandes pot ncias para julgamento dos nazistas e seus colaboradores logo ap s a 2 Guerra Mundial instituindo o Tribunal de Nuremberg e o Tribunal de T quio Em seu artigo 60 est o previstos os crimes contra a paz os crimes de guerra e crimes contra a humanidade Japiassu conceitua o Direito Penal Internacional como sendo o ramo do direito que define os crimes internacionais e prev suas penas Acrescenta que desde a antiguidade se verifica este fen meno Atribui se sua primeira ocorr ncia na cl usula de extradi o de um tratado de paz celebrado em 1280 aC entre Hatussilli rei dos Hititas e Rams s II do Egito Mas de fato como frisado ganha impulso a partir das duas Grandes Guerras e os tribunais que se seguiram Sendo sua estrutura influenciada pelo sistema do common law S ap s a queda do muro de Berlim flexibiliza assim a guerra 13 LUISI op cit p 234 235 14 JAPIASSU Carlos E A O Direito penal internacional Belo Horizonte Del Rey 2009 p 01 04
245. fesa ambos constitucionalmente previstos O C digo de Processo Penal n o elenca exaustivamente todos os meios de provas admiss veis sendo permitido utilizar as provas nominadas previstas nos arts 158 a 250 do C digo de Processo Penal e as que n o est o normatizadas segundo exegese extra da da norma do par grafo nico do art 155 do mesmo Codex desde que moralmente leg timas e que se coadunem com o ordenamento jur dico Sabe se n o haver no ordenamento p trio direitos absolutos Da porque h limites constitucionais e legais ao exerc cio do direito probat rio A Constitui o Federal de 1988 conforme visto alhures pro be expressamente em qualquer processo a utiliza o de provas obtidas por meio il cito e tal direito representa uma limita o ao poder investigat rio e ao punitivo de forma a desestimular que os rg os policiais quando da realiza o de dilig ncias investigativas violem direitos fundamentais porque por mais cristalinas que forem as evid ncias o desrespeito a direitos fundamentais as torna in teis no processo Recorde se que o processo justo exige resultados e meios igualmente justos Acerca do tema tome se a li o de Ada Pelegrini Grinover Art 155 O juiz formar sua convic o pela livre aprecia o da prova produzida em contradit rio judicial n o podendo fundamentar sua decis o exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investiga o ressalvadas as
246. foi positiva pois criou limites veda o da utiliza o das provas derivadas das il citas possibilitando o aproveitamento das referidas provas eis que n o maculadas pela ilicitude das primeiras deu uma ampla margem de interpreta o do que de fato seria fonte independente a despeito do conceito previsto no 2 do art 157 do C digo de Processo Penal ou se a prova inevitavelmente seria descoberta A mencionada altera o legislativa trouxe a incumb ncia ao Magistrado de que dever analisar no caso concreto a ocorr ncia ou n o das situa es mitigadoras causando inseguran a jur dica sobre o v nculo de contamina o das provas dos autos Outro aspecto que deve ser levado em considera o s o as poss veis viola es a garantias constitucionais que poder o ocorrer na descoberta das provas At que ponto RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 69 70 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 ser o respeitadas ou n o At que ponto a busca pela verdade real pode fazer com que as mesmas sejam desconsideradas ou levadas em considera o num menor grau Simplesmente n o pode Considerando as garantias do processo justo e da constru o democr tica da decis o judicial a previs o contida no 2 do art 157 do C digo de Processo Penal mostra se de todo descabida e inconstitucional Ora se um elemento de convic o probat rio
247. g the results it was observed that increasingly society and government have sought cooperation to meet the fundamental right of movement enshrined in CF 1988 but there are many constraints on the effectiveness of these standards which should be corrected since all buildings in the city of Manaus should be in accordance with the Master Plan which sets forth guidelines to guide the works that emerge Therefore it is urgent to take effective measures to resolve the issue of accessibility then it can work as a tool for development of society where all alike RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 257 258 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus enjoy their inherent rights Keywords Wheelchair Accessibility Plan Refer ncias ABNT Pela acessibilidade no transporte urbano Apresenta normas t cnicas de acessibilidade aos cadeirantes Dispon vel em lt www abnt org br m5 asp cod noticia 192 gt Acesso em 20 jan 2011 BRASIL Estatuto da cidade Lei 10 257 2001 Estabelece diretrizes gerais da pol tica urbana Bras lia C mara dos Deputados 2001 Programa de a o mundial para as pessoas com defici ncia Tradu o de Edilson Alkmin da Cunha Bras lia Corde 1996 CASTRO Jos Nilo de Direito municipal positivo 6 ed Minas Gerais Del Rey 2006 p 377 403 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Metodologia do trabalho cient fico procedime
248. ge meios justos Se os meios de prova s o obtidos ilicitamente o resultado do processo n o ser constitucionalmente adequado em especial porque a Lei Maior n o prev exce es ao direito fundamental de proibi o de provas obtidas por meios il citos inclusive as il citas por deriva o 3 Mitiga o da proibi o de provas il citas por deriva o introduzida pela Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 A aplica o da Teoria dos Frutos da rvore Envenenada sofreu mitiga es pela teoria da prova absolutamente independente ou da fonte independente independente source limitation teoria da descoberta inevit vel inevitable discovery limitation a limita o da contamina o expurgada punged taint limitation sendo conhecida tamb m como limita o da conex o atenuada attenuad conection limitation e a boa f A teoria da prova absolutamente independente independente source limitation conhecida a partir do caso Bynum v s U S 1960 segundo a qual n o havendo vinculo de depend ncia entre as provas il citas e as l citas n o existiria a contamina o das provas licitas absolutamente independentes foi aplicada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do HC 84679 ED no qual restou decidido que A quest o da prova il cita decorrente da n o observ ncia RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 67 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junh
249. gio isso n o pode ser atribu do ao esquema institucional ou estrutura normativa do ordenamento jur dico A literatura emocional existente sobre a mat ria grande mas a an lise objetiva e l gica guiada pelos verdadeiros interesses muito reduzida Sobre tais bases essa produ o doutrin ria pseudocient fica decomp e e atomiza e somente as rvores e n o a floresta s o percebidas Diferente seria pelo menos em tese se todos os direitos e deveres dos rg os controlador e controlado estivessem claramente definidos num marco regulador federal 11 Essa doutrina se expressa grandemente atrav s de clich s emocionalmente fixos Esses estudiosos normalmente filiados a uma das duas institui es s o como cavaleiros atados aos cavalos N o compreendem objetivamente a situa o Deixam se arrastar por preconceitos corporativos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues Essa lacuna regulamentadora estende se pr pria atividade policial pois segundo o art 144 7 da CF a lei disciplinar a organiza o e o funcionamento dos rg os respons veis pela seguran a p blica de maneira a garantir a efici ncia de suas atividades Sem se saber exatamente como devem funcionar os rg os de seguran a p blica quais procedimentos devem respeitar no exerc cio di rio de suas fun es fica dif cil exercer um controle efetivo E por conta disso os policiais continuam a desfrutar
250. gues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra 9 reuni o CAO PRODEMAPH Sr Ant nio Stroski 22 07 2011 IPAAM Professora Ana L cia Soares Machado UFAM Sr Rodrigo Ribeiro de Fran a Serravalle Representante da Assoc Amazonense dos Munic pios Sr Melvin Juan Almeida Revilla Assoc Amazonense dos Munic pios Sra Rute Ferreira Lima Assoc Amazonense dos Munic pios Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra 10 reuni o CAO PRODEMAPH 29 07 2011 Sr Jos Adaiton Alves Secret rio Executivo Adjunto da SDS Sr Luiz Mour o Filho Secretario de Org Fundi ria de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Dr Andr Luiz Farias de Oliveira Advogado Pref de Novo Air o Sr Jair Couto Presid da Assoc Amazonense de Munic pios Sr Rodrigo Ribeiro de Fran a Serravalle Assoc Amazonense dos Munic pios Sra Rute Pereira Lima Assoc Amazonense dos Munic pios Sr Rafael Pereira Pinto Analista Ambiental ICMBio Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Sr Leosvaldo Roque Migu is Prefeito de Novo 11 reuni o Air o Sr Valdecir Santana Vice Prefeito 19 08 2011 de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Rodrigo Ribeiro de Fran a Serravalle Assoc Amazonense dos Munic pios Sr Rui Moura Bananeira Assoc Amazonense dos Munic pios
251. http www rionegro pr gov br downloads documentos pgrsmunvol01 pdf gt Acesso em 24 mar 2012 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues ser constru do um pavilh o contendo v rios equipamentos como prensa enfardadeira para enfardar os materiais recicl veis de menor peso papel pl stico a fim de facilitar a estocagem e o transporte picotadeira de papel balan a empilhadeira hidr ulica container para separa o de res duos e mesa inox para triagem Nessa unidade ser feita a separa o mais criteriosa dos materiais com viso comercializa o O material recicl vel proveniente da coleta seletiva disposto junto mesa separado pelos funcion rios associados e em seguida armazenado nos locais conforme o tipo O tamanho do centro ou da unidade de triagem ser proporcional quantidade de res duos gerados e o tempo necess rio de estocagem para encher um caminh o que transportar os res duos com o fim de comercializa o O centro de triagem ter uma casa de apoio com cozinha refeit rio e banheiros Como parte integrante do centro ser constru do ao lado um p tio de compostagem consistente numa rea pavimentada capaz de processar tantas leiras considerando no dimensionamento a necessidade de reviramento quanto seja a produ o de material compost vel pela cidade 5 5 Tratamento da fra o org nica por processos biol gicos 5 5 1 Compostagem A compostagem um co
252. i descentralizado e fragmentado tornando se muitas vezes comprometido com os interesses criminosos de elites pol ticas e econ micas locais MACAULAY 2005 p 23 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 287 288 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil ou processo de higieniza o institucional no per odo de transi o Isso deixou o Brasil com um pesado passivo de uma cultura institucional de impunidade na pol cia E essa cultura que responde em parte pela resist ncia policial em se submeter a qualquer tipo de controle externo expondo suas a es ao escrut nio p blico Todo poder perigoso por sua pr pria natureza pois seu titular est sempre propenso a dele fazer abuso E o fato de o Estado deter o monop lio da coer o f sica tende a converter seus agentes em promotores de seus pr prios interesses abusando fatalmente de suas atribui es DUVERGER 1975 p 62 FRIEDRICH 1970 p 30 DAHL 1998 p 98 CATLIN 1964 p 97 No s culo XIX Lorde Acton um cat lico liberal de grande estatura intelectual escreveu numa carta de 1887 ao bispo de Londres Mandell Creighton a frase famosa Todo o poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente Esta proposi o deixa claro que o abuso do poder algo a se levar em conta sempre que se atribua poder a algum ser humano sem a presen a de eficientes mecanismos de controle interno e externo O poder essencialmente
253. ia Ieira Silva 4 reuni o SEMMADS Sec de Meio Ambiente de 22 02 2011 Novo Air o Sra Clarisse Bassi EMMADS Sra Elba Calvalcante dos Santos SEMEC Secretaria Municipal de Educa o de Novo Air o Sr Jander de Jesus F Silva IDAM Instituto de Desenvolvimento Agropecu rio e Florestal Sustent vel do Estado do Amazonas Sra Roseli Vales Arantes Chefe de Gabinete de Novo Air o Sra Elzilene Barbosa da Silva FVA Funda o Vit ria Amaz nia Sr Fl vio Farias de Oliveira Neto CT Sr Adilson Moura Vereador de Novo Air o Sr Elias Ara jo Chaves Estudante 150 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues 5 reuni o 11 03 2011 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr Leosvaldo Roque Migu is Prefeito de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sra Clarisse Bassi SEMMAS Sra Vanderl ia Ieira Silva SEMMAS Sra Gabrielle C Mour o Secret ria da Sec de Organiza o Fundi ria de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secret rio de Org Fundi ria de Novo Air o Sra Roseli Vales Arantes Chefe de Gabinete de Novo Air o Professor Robson Gomes Novo Air o Sr Adriano A C R Silva SEMINF Secretaria Mun de Infraestrutura Professor Agenor Vicente da Silva IBAMA Sr Hamilton Casara IBAMA Professora Anete Barroso Am ncio IBA
254. iales de actos tales como el respeto por la vida ajena la salud la libertad la propiedad etc WELZEL 1956 p 2 grifos 1 Tradu o livre E miss o do Direito Penal proteger os valores elementares da vida da comunidade 316 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana do original A filosofia de Welzel bem mais complexa e foge ao escopo deste trabalho de forma que para os fins agora propostos basta dizer que para ele tais valores tico sociais elementares tinham como pressupostos elementos relativos pessoa ao patrim nio fam lia e ao Estado Esses valores que radicam no pensamento jur dico permanentemente uma ideia de agir conforme o Direito constituem o substrato tico social das normas de Direito Penal e o Direito Penal assegura a observ ncia desse substrato cominando a pena para aqueles que se apartarem delas atrav s de a es infi is indisciplinadas desonestas desleais Por isso diz Welzel la misi n central del derecho penal reside entonces en asegurar la validez inviolable de esos valores mediante la amenaza y la aplicaci n de pena para las acciones que se apartan de modo realmente ostensible de esos valores fundamentales en el actuar humano 1956 p 3 No essencial essas s o as ideias de Hans Welzel acerca da 2 Tradu o livre Ambos os tipos de valores t m significa o para o direito penal O direito penal visa em primeiro lugar pro
255. iam da express o improbidade administrativa Ademais nenhuma delas fazia refer ncia a perda do cargo ou suspens o de direitos pol ticos como san es poss veis de incid ncia em rela o a quantos causassem deliberado dano ao Erario N o demais ressaltar que dispositivos da Constitui o Federal de 1988 como artigo 37 caput e 4 fazem alus o moralidade administrativa e probidade administrativa Existe contudo diferen a nessas express es Entende se que a moralidade administrativa constitui g nero da qual a probidade esp cie Na Lei 8 429 92 h uma ofensa moralidade administrativa na sua forma qualificada por revelar uma postura desonesta do agente p blico perante o aparato administrativo Afinal o prop sito da lei de improbidade administrativa voltar se contra a conduta do agente p blico desonesto No sentido de que a probidade est exclusivamente ligada ao aspecto da conduta do administrador esclarece Marcelo Figueiredo o princ pio da moralidade administrativa de alcance maior conceito mais gen rico a determinar a todos os poderes e fun es do Estado atua o conforme o padr o jur dico da moral da boa f da lealdade da honestidade J a probidade que alhures denominamos de moralidade administrativa qualificada volta se a particular aspecto da moralidade administrativa Parece nos que a probidade est exclusivamente vinculada ao aspecto da co
256. ias 5 MART N Lu s Gracia Bien jur dico resultado y acci n t pica en el delito de defraudaci n tribut ria del art 349 del C digo Penal Espa ol Zaragoza Secretariado de Publicaciones Universidad de Zaragoza 1986 p 44 e et seq RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 187 188 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio Ora de acordo com a tridimensionalidade da tese funcionalista exposta a solidariedade social apenas um dos componentes da fun o do tributo qual seja a axiol gica De fato os fundamentos do reconhecimento da solidariedade como bem jur dico penal em muito se assemelham aos da fun o tribut ria stricto sensu como tal quais sejam em suma um conceito material de bem jur dico e um Estado Social e Democr tico de Direito A tese funcionalista tridimensional se mostra razo vel no que tange a fundir a solidariedade social fun o do tributo uma vez que n o se deve dissociar os dois conceitos no mbito de um Estado Democr tico vez que neste est patente a justi a social pela redistribui o de renda por meio do sistema tribut rio 2 3 Teorias bifrontais Existem acep es que n o se conformam com a diretriz funcionalista mas incorporam a esta aspectos das outras m xime os da patrimonialista Claro disso resulta que em vez de admitir um bem jur dico penal tribut rio homog neo admite se lo como multifacetado resultante da combina o das duas acep es Dian
257. ias funcionais de efetividade dos seus resultados e com as imposi es de imposterg veis valores humanit rios que dele fazem o instrumento apropriado de tutela de todos os demais direitos GRECO 2002 p 60 O processo justo tal como delineado representa importante exemplo de direito fundamental Ali s a Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil possui v rios enunciados normativos acerca do tema que podem ser exemplificados a seguir Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes LV aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral s o assegurados o contradit rio e ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes LVI s o inadmiss veis no processo as provas obtidas por meios il citos LXXVIII a todos no mbito judicial e administrativo s o assegurados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o Considerando que nos termos do art 5 2 da Constitui o Federal os direitos e garantias expressos na Carta Magna n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte o rol de direitos rela
258. ibilidade de disposi o de tal rela o como no caso do furto da quantia seja diminuindo ou retirando a liberdade de tal disposi o como no caso de constrangimento ilegal para que a quantia seja aplicada de forma n o querida livremente por 4 32 O leitor poder intuir uma contradi o no racioc nio pois anteriormente afirmou se ser um problema na teoria de Hans Welzel a cren a em valores universais enquanto agora se diz que a rela o deve ser universal Contudo o sentido da palavra universal diferente nos dois casos Criticou se Welzel por acreditar em valores universais i e valores acolhidos de forma igual pelas pessoas e sociedades do globo Sobre o tema dos valores universais cf HARRIS Sam the moral landscape how science can determine humans values New York Free Press 2010 A no o de rela o universal por outro lado de natureza diversa e n o guarda qualquer rela o com a aceita o geral do conceito 33 Cf RUSSELL Bertrand The problems of philosophy Los Angeles Indo European Publishing 2010 p 66 et seq RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana Enquanto os universais s o objetos em ess ncia repet veis exemplific veis ou predic veis de algo os particulares s o objetos essencialmente n o repet veis n o exemplific veis ou n o predic veis de qualquer coisa Os particulares s o os objetos concretos como seres humanos animais plantas e corpos in
259. ica da proporcionalidade visando assegurar a m xima efetividade aos direitos em disputa impondo restri es liberdade art stica com base na dignidade da pessoa humana N 16 1 Art 5 III 1 Per odo da Lei Fundamental representa uma norma b sica da rela o entre o Estado e o meio art stico Ele assegura igualmente um direito individual 2 A garantia da liberdade art stica abrange n o s a atividade art stica como a apresenta o e a divulga o das obras de arte 3 O direito de liberdade art stica protege tamb m o editor 4 liberdade art stica n o se aplicam nem a restri o do art 5 II nem aquela contida no art 2 I 2 Per odo 5 Um conflito entre a liberdade art stica e o mbito do direito de personalidade garantido constitucionalmente deve ser resolvido com fulcro na ordem de valores estabelecida pela Lei Fundamental a garantia da RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 43 44 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais inviolabilidade do princ pio da dignidade humana consagrada no art 1 I Decis o da Corte Constitucional v 30 p 173 O segundo caso c lebre citado por Mendes 1999 p 94 envolvendo aplica o da t cnica da pondera o de interesses do princ pio da proporcionalidade ficou conhecido como o caso Lebach de 05 06 1973 em que um homicida requisitava impedir a divulga o de fil
260. icial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal descoloniza o HAURRIOU 1968 p 79 Depois disso parece haver um decl nio do constitucionalismo que coincide por um lado com o processo de transforma es econ micas do s culo XX que d o os contornos da Globaliza o por outro quem sabe como fator amalgamado a este o fen meno associa se crise do Estado que agigantado em suas fun es de satisfa o do bem estar social j n o atua somente por meio do poder pol tico mas cede espa o s interven es de pol ticas n o governamentais Sob este aspecto o Estado ser um ente pol tico bem mais complexo do que definiu Kelsen ao preconizar a teoria da intera o segundo a qual o Estado seria resultante da unidade social e da unidade jur dica KELSEN 2005 p 265 a abertura circunstancial e necess ria aos espa os transnacionais de pol tica Direito e economia enfraquecem algumas das bases estabelecidas na Constitui o como a ideia de soberania e claro as pr prias institui es como o legislativo Diante de um legislativo cooptado pela circunst ncia pol tica que ali s atinge inclusive a ideia de democracia em raz o de n o se verem quadros ideol gicos e program ticos bem definidos entre os partidos pol ticos que desemboca na apatia sen o no imobilismo os Ju zes nacionais t m engrossado as fileiras contramajorit rias atuando
261. idades em virtude do desrespeito pessoa humana observando se os requisitos da lesividade e da interven o m nima ent o c para realizar o valor da pessoa humana e de todas as pessoas o direito n o pode tamb m atuar com desrespeito a essas pessoas 2011 p 226 229 6 O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o Postas estas considera es tomando como ponto de partida a teoria criada e desenvolvida por Marco Ant nio Santo Reis embora chegando a locus apenas razoavelmente diferente entendo que o crime deve ser compreendido como a les o qualificada volunt ria e consciente possibilidade de livre disposi o de uma rela o universal pessoal intransitiva e direta entre um sujeito pessoa humana e as condi es substanciais individuais de sua exist ncia Uma vez enunciado de modo geral RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana e abstrato necessario decompor o conceito a fim de lograr sua melhor compreens o Les o qualificada todo ataque considerado mais grave e que em ltima an lise com base no princ pio da subsidiariedade difere o il cito penal do civil De modo mais espec fico les o qualificada toda viola o que se d diretamente por viol ncia amea a ou meios sub repticios Deve ser ainda volunt ria no sentido de significar o m nimo esfor o autodeterminado em rela o a uma atividade por mais que n o seja intenciona
262. identidade poder negar o exerc cio do mesmo ato por exemplo e uma vez configurado esse painel alguma solu o haver de ser dada ao conflito instalado mas como faz lo De que forma dever o int rprete aplicar a norma Deve se levar em considera o que tais normas n o s o absolutas ou ilimitadas contudo considerar se tamb m o fato de estas n o poderem ser suprimidas Portanto concebendo tal situa o que emerge a relev ncia do Princ pio da Proporcionalidade pois a partir de sua operacionaliza o que poder ser dada a correta resolu o s aparentes antinomias existentes de forma a garantir a efetividade das normas de direitos fundamentais n o sendo poss vel ao operador do direito abster se da utiliza o de tal princ pio j que somente por sua utiliza o ser poss vel garantir a coexist ncia das aludidas normas 2 As normas de direitos fundamentais necess rio estabelecer par metros para identificar as normas de direitos fundamentais seja considerando um ordenamento jur dico espec fico hip tese abstrata ou levando em conta um ordenamento espec fico com normas conhecidas hip tese concreta Robert Alexy naobra Teoriados Direitos Fundamentais adota como ponto de partida sistemas juridicos minimamente desenvolvidos assim como no es de metodologia jur dica que possam ser aceitas por positivistas e n o positivistas Por esta raz o o referido autor n o adentra em ques
263. ier a expressar se pela m gest o p blica em modalidades de corrup o grave desonestidade funcional ou grave influ ncia funcional n o importa O denominado dolo administrativo resta configurado sempre que o agente p blico vulnera de modo intoler vel as normas constitucionais veiculadoras de prote o aos direitos fundamentais Esse elemento subjetivo se perfaz acabado nas hip teses de transgress o funcional como aquela em que o chefe do Poder Executivo deixa de aplicar ou aplica insuficientemente percentual de receitas de impostos na manuten o e desenvolvimento do ensino A respeito de dolo administrativo disp e F bio Medina Os rio Um administrador atua ou pode atuar dolosamente quando de modo deliberado vulnera porque quer vulnerar normas legais para satisfazer fins il citos sejam p blicos ou privados O estilo autorit rio do administrador que atropela o Estado de Direito eis a algo que pode marcar o dolo administrativo Quando se percebem sinais de m f ou de ignor ncia inescus vel e grosseira emergem sinais de atua o dolosa N o se trata de dolo tradicional uma inten o necessariamente ostensiva ou vinculada persegui o de objetivos de enriquecimento il cito O dolo de que se cogita aqui mais sutil sofisticado delineando posturas autorit rias prepotentes vingativas rancorosas ou simplesmente 36 OSORIO op cit p 264 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana
264. ilo que o argumento n o enxerga seu ponto cego a saber que pessoas adultas t m o direito de praticar tais atividades ainda que isso n o nos agrade e que tenhamos de suportar eventuais desvantagens Noutras palavras a teoria do bem jur dico enquanto teoria consequencialista enxerga apenas as vantagens e desvantagens que podem decorrer de proibi es penalmente sancionadas O homossexualismo n o um delito porque um direito do homossexual ser como ele O mesmo se diga do incesto Ainda que o reproche social dessa pratica seja ainda mais decidido que o dirigido ao homossexualismo pessoas adultas t m 23 Neste sentido a opini o de Claus Roxin Derecho penal op cit 1997 p 56 57 e de Santiago Mir Puig Introducci n a las bases del derecho penal 2 ed Montevideo Buenos Aires B de F 2003 p 135 embora este aluda mais ao fato de que a homossexualidade n o abala a subsist ncia ou o m nimo funcionamento da sociedade 24 Neste diapas o combatendo a criminaliza o de condutas morais n o em raz o delas n o lesionarem qualquer bem jur dico e sim pela inconstitucionalidade de tal criminaliza o frente ao direito fundamental liberdade de consci ncia cf VIANNA op cit 2011 p 157 179 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana o direito de praticar rela es sexuais com pessoas adultas de pr ximo parentesco ou n o GRECO 2010 p 176 178 Verifica se poi
265. importante ferramenta para a prote o dos direitos fundamentais Observa se certo consenso doutrin rio e jurisprudencial na composi o dos elementos parciais ou subprinc pios da proporcionalidade precisamente a adegua o meio utilizado apto produ o do resultado objetivado necessidade utiliza o do meio mais suave para o fim visado e a proporcionalidade em sentido estrito pondera o dos interesses em conflito visando a m xima otimiza o que compor o em um procedimento trif sico a aplica o do princ pio da proporcionalidade em um caso concreto Embora boa parte da doutrina principalmente a administrativista entenda pela fungibilidade entre os princ pios da proporcionalidade e razoabilidade sustenta se a autonomia destes uma vez respeitados os diferentes processos evolutivos razoabilidade no Direito norte americano sob a base do devido processo legal substantivo e proporcionalidade no Direito europeu continental sob a necessidade de controle do poder de pol cia e prote o dos direitos fundamentais bem como consideradas as diferen as de conte do dos princ pios No que pese a investiga o da aplica o jurisprudencial do princ pio da proporcionalidade como t cnica para a solu o de conflitos envolvendo direitos fundamentais constata se que a tend ncia de utiliza o do princ pio para a resolu o de colis es entre princ pios e direitos fundamentais consolidou se com sucesso n
266. includes a theoretical doctrine founded on the most modern criminal law follows the guidelines of the deductive method and uses the literature search as data collection technique Keywords Function Criminal law Crime Legal good Free disposal of a relationship Refer ncias BATISTA Nilo Introdu o critica ao direito penal brasileiro 11 ed Rio de Janeiro Revan 2007 COSTA J NIOR Paulo Jos da Coment rios ao c digo penal 7 ed RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana atual S o Paulo Saraiva 2002 DELMANTO Celso et al C digo penal comentado 7 ed rev atual e amp Rio de Janeiro Renovar 2007 DIAS Jorge de Figueiredo Quest es do direito penal revisitadas S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 GRECO Lu s Breves reflex es sobre os princ pios da prote o de bens jur dicos e da subsidiariedade no direito penal In BRITO Alexis Augusto Couto de VANZOLINI Maria Patr cia Direito penal aspectos jur dicos controvertidos S o Paulo Quartier Latin 2006 p 150 181 Moderniza o do direito penal bens jur dicos coletivos e crimes de perigo abstrato Rio de Janeiro Lumen Juris 2011 Tem futuro a teoria do bem jur dico Reflex es a partir da decis o do Tribunal Constitucional Alem o a respeito do crime de incesto 173 Strafgesetzbuch Revista Brasileira de Ci ncias Criminais S o Paulo n 82 p 165 185 jan 2010 GUIMAR ES Aquiles C
267. ini Exposi o de motivos do projeto de c digo processual penal Tipo para Ibero Am rica Revista de Processo S o Paulo v 16 n 61 p 111 jan mar 1991 NUCCI Guilherme de Souza Provas no processo penal 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2013 OLIVEIRA Eug nio Pacelli de Curso de processo penal 18 ed S o Paulo Atlas 2014 PINTO Felipe Martins Introdu o Critica ao processo penal Belo Horizonte Del Rey 2012 RANGEL Paulo Direito processual penal 22 ed Rio de Janeiro Atlas 2014 T VORA Nestor ALENCAR Rosmar Rodrigues Curso de direito processual penal Salvador Juspodivm 2013 p 400 THEODORO JUNIOR Humberto Direito processual constitucional Revista Esta o Cient fica Juiz de Fora v 1 n 4 out nov 2009 Dispon vel em lt http portal estacio br media 2654365 artigo 202 20revisado pdf gt Acesso em 20 set 2013 TOURINHO FILHO Fernando da Costa C digo de processo penal comentado v 1 14 ed S o Paulo Saraiva 2012 Manual de processo penal 16 ed S o Paulo Saraiva 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa Ivana Mussi Gabriel Sum rio 1 Introdu o 2 Improbidade como imoralidade administrativa qualificada 3 Educa o norma definidora de direitos 4 Vincula o de receitas p blicas para educa o 5 Ato de improbidade admin
268. inistrativa importar o a suspens o dos direitos pol ticos a perda da fun o p blica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er rio na forma e grada o previstas em lei sem preju zo da a o penal cab vel A respeito da import ncia da Constitui o da Rep blica vigente assevera Pedro Decomain 3 A Lei 8429 92 originou se de um anteprojeto elaborado pelo ex ministro da Justi a Jarbas Passarinho ao Presidente da Rep blica Fernando Collor 90 92 em raz o dos discursos presidenciais pr eleitorais de combate aos maraj s A referida lei nos artigos 2 e 3 faz alus o a agentes p blicos ou seja s pessoas que podem incorrer na pr tica de ato de improbidade administrativa considerando em s ntese todas as pessoas f sicas que exercem ainda que transitoriamente ou sem remunera o fun o p blica e os extraneus particulares que concorrem induzem ou se beneficiam do ato de improbidade administrativa Como se verifica n o preciso ser servidor p blico com v nculo empregat cio para enquadrar se como sujeito ativo de improbidade administrativa RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel Sem embargo a diferen a entre as Constitui es de 1946 e 1967 Emenda Constitucional n 1 de 1969 inclusa e a Constitui o Federal de 1988 bastante significativa As de 1946 e 1967 cuidavam de sequestro e perda de bens al m de ressarcimento de danos ao Er rio mas n o se serv
269. ino que nos termos do artigo 212 estabelece para Uni o o dever de aplicar no m nimo 18 e para os Estados Distrito Federal e aos Munic pios 25 A respeito do crit rio diferenciador entre vincula o de receitas e despesas obrigat rias Andr Castro Carvalho assevera h em nossa opini o um crit rio diferencial que separa vincula o de receita de despesas obrigat rias O fator preponderante justamente a obrigatoriedade no gasto A despesa obrigat ria conforme o pr prio nome diz obriga ao gasto no exerc cio financeiro diferentemente da vincula o Esta por outro lado apenas estabelece um elo normativo ente uma fonte e destino Embora a regra do artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 trate de despesas obrigat rias m nimas para educa o e n o propriamente de vincula o porque h na verdade obrigatoriedade no gasto o presente trabalho tratar como sin nimas j que existe um prop sito maior nessa regra que precisa ser revelado a n o vincula o ou destina o constitucional de recursos para educa o ou desvio destes para outras reas da administra o implica em m gest o p blica desonestidade funcional imoralidade qualificada que solapa o direito fundamental educa o incorrendo em ato de improbidade administrativa 26 CARVALHO op cit p 120 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel 5 Ato de improbidade administrativa ofensivo aos
270. intra Isaac Marcus Pinto Jo o Batista dos Santos Jo o L cio de Almeida Ferreira Jess Soares Ferreira Jos de Ara jo Mendes Jos L cio Paiva Juarez Tavares Bandeira Lauro Barbosa da Costa L cia Cistina C Barros Luiz Cartas C ffaro Rafhael Barbosa Amorim Raimundo Carlos Sampaio Raimundo Andrade Bentes Renato Ribeiro da Rocha Roger Oliveira Gama da Silva Sebasti o Jos M de Paiva Sebasti o Nor es Te filo Narciso de Mesquita Neto Nasser Abrahim Nasser Netto Sumario Apresenta o vi cisswnaciiciseasdeuieevanes ETE ESE rE Sven ceeeebveseeersae 13 DOUTRINA A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais 0ccseceeeene ees 15 Tib rio Celso Gomes dos Santos A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o a luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 cse 53 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa TI Ivana Mussi Gabriel Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica E a E A N A E E A 111 Isaac Sabb Guimar es Da concep o implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidadede Novo Aira ss sscasesia asa sene r n ESE SI EINES 143 Jo o Gaspar Rodrigues Dignidade do b
271. io mas extraordin rio naquelas situa es em que a aplica o de uma regra legal problem tica reivindicando a atesta o de sua constitucionalidade Contudo o que temos assistido sob a roupagem de Ativismo Judicial a invers o dessa l gica de maneira que o Juiz n o concordando com os resultados poss veis em raz o da aplica o de regra legal substitu la pela argumenta o alcan ada a partir da defini o de um princ pio S As re defini es desenvolvidas ao longo da argumenta o jur dica das decis es t m no entanto outras consequ ncias para al m da j citada invers o nomeadamente quando o Juiz pretere a aplica o da regra legal para constitucionalizar a situa o problem tica Diz se ent o que a nova postura judicial p e em risco o princ pio democr tico uma vez que os Ju zes passam a ocupar o locus caracteristicamente reservado ao legislador que o agente pol tico constitu do pelo mandato outorgado pelos cidad os A situa o sensivelmente percebida na rea do Direito que estamos a tratar onde observamos um choque frontal entre a pol tica criminal legislada e aquela estruturada pelos Ju zes exemplo disso o novo conte do dado pelo STF ao princ pio da individualiza o da pena que conferiria irreprimivel discricionariedade ao Juiz sentenciante inclusive para ao aplicar a san o escolher aquela que lhe pare a mais adequada mesmo que n o prevista em Lei Observe
272. ionalmente causados a uma pessoa que esteja RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira sob a cust dia ou o controlo do arguido este termo n o compreende a dor ou os sofrimentos resultantes unicamente de san es legais inerentes a essas san es ou por elas ocasionadas acidentalmente f Por gravidez for a entende se a priva o de liberdade ilegal de uma mulher que foi engravidada for a com o prop sito de alterar a composi o tnica de uma popula o ou de cometer outras viola es graves do direito internacional Esta defini o n o pode de modo algum ser interpretada como afectando as disposi es de direito interno relativas gravidez g Por persegui o entende se a priva o intencional e grave de direitos fundamentais em viola o do direito internacional por motivos relacionados com a identidade do grupo ou da colectividade em causa h Por crime de apartheid entende se qualquer acto desumano an logo aos referidos no n 1 praticado no contexto de um regime institucionalizado de opress o e dom nio sistem tico de um grupo r cico sobre um ou outros e com a inten o de manter esse regime 1 Por desaparecimento for ado de pessoas entende se a deten o a pris o ou o sequestro de pessoas por um Estado ou uma organiza o pol tica ou com a autoriza o o apoio ou a concord ncia destes seguidos de recusa em reconhecer tal estado de priva
273. ir o Reuni o Participantes 1 reuni o Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues 29 11 2010 Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Professora Ana L cia Soares Machado UFAM Professora Anete Barroso Am ncio IBAMA Sr Ant nio Stroski IPAAM Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues 2 reuni o Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra 13 12 2010 CAO PRODEMAPH Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Professora Ana L cia Soares Machado UFAM Professor Agenor Vicente da Silva IBAMA Professora Anete Barroso Am ncio IBAMA Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra 32 reuni o CAO PRODEMAPH Sr Leosvaldo Roque 20 12 2010 Migu is Prefeito de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Edmar Passos da Costa Assessor T cnico de Novo Air o Professora Ana L cia Soares Machado UFAM Professor Agenor Vicente IBAMA Professora Anete Barroso Am ncio IBAMA Sr Ant nio Stroski IPAAM Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Professora Ana L cia Soares Machado UFAM Sr Luis Mour o Filho Secret rio de Org Fundi ria de Novo Air o Professor Agenor Vicente IBAMA Sr Marcos Ant nio de Souza Lima IBAMA Sr Jos Adailton Albas SEMMAS Sra Vanderl
274. iro S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 PALAZZO Francesco C Valores constitucionais e direito penal Trad de G rson Pereira dos Santos Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 REALE Jr Miguel Teoria do delito S o Paulo Revista dos Tribunais 1998 REB LO Jos Henrique Guaracy Princ pio da insignific ncia interpreta o jurisprudencial Belo Horizonte Del Rey 2000 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 229 230 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus Larissa Cristina Alves Rojas Sum rio 1 Introdu o 2 Aspectos gerais 3 Princ pios e direitos consagrados na Constitui o Federal de 1988 3 1 Princ pio da igualdade isonomia 3 2 Liberdade de locomo o 3 3 Princ pio da dignidade da pessoa humana 3 4 Import ncia da acessibilidade para a vida dos cadeirantes 4 Legisla o pertinente ao direito de locomo o dos cadeirantes 4 1 Estatuto da Cidade Lei 10 257 2001 4 2 Leis municipais 5 Resultados e discuss es 5 1 An lise dos dados 5 2 Resultados finais 6 Conclus o Refer ncias Resumo Vivemos um problema social em Manaus a dificuldade de deslocamento dos cadeirantes Comparou se a compatibilidade do direito dos deficientes f sicos previsto na legisla o em vigor com as medidas governamentais tomadas na cidade de Manaus A acessibilidade o direito do cidad o incluindo as pe
275. issa Cristina Alves Rojas leis municipais que determinam a estrutura urbana de cada regi o 4 2 Leis municipais e Lein 552 de 10 de julho de 2000 Torna obrigat ria a instala o de rampas ou elevadores para acesso de deficientes f sicos s escolas municipais pelo Munic pio de Manaus e Lei n 671 de 4 de novembro de 2002 A Lei n 671 2002 regulamenta o Plano Diretor Urbano e Ambiental estabelece diretrizes para o desenvolvimento da Cidade de Manaus e d outras provid ncias relativas ao planejamento e gest o do territ rio do Munic pio Trata se de uma lei municipal que estabelece diretrizes para a adequada ocupa o do munic pio Nela determinado o que pode e o que n o pode ser feito na nossa cidade em se tratando de atividades e empreendimentos a serem realizados est em conformidade com o 1 do art 182 da Constitui o Federal e no Estatuto da cidade O artigo 182 1 da CF 1988 estabelece que Art 182 1 O plano diretor aprovado pela C mara Municipal obrigat rio para cidades com mais de vinte mil habitantes o instrumento b sico da pol tica de desenvolvimento e expans o urbana Alguns artigos da lei supramencionada que est o inseridos no mbito da discuss o do tema s o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 247 248 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus Art 22 Constituem se programas da Estrat gia
276. istrativa ofensivo aos princ pios da Administra o P blica 6 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa 7 Conclus o Refer ncias Resumo A n o vincula o constitucional de receitas na manuten o e desenvolvimento do ensino nos termos do artigo 212 da Constitui o de 1988 lesiona o direito fundamental educa o exigindo responsabiliza o do chefe do Poder Executivo pela m gest o da coisa p blica Trata se de comportamento proibido desonesto de imoralidade qualificada que configura ato de improbidade administrativa previsto no artigo 11 da Lei 8 429 92 por ofender os princ pios da legalidade e moralidade da Administra o P blica Embora a maioria da doutrina e jurisprud ncia exija para fins de penaliza o comprova o da conduta devassa do agente p blico e do elemento subjetivo entende se que a falta de emprego de recursos no ensino ou aplica o de forma inferior aos percentuais impostos pela norma constitucional de forma inconteste conduta relacionada Formada na Universidade Estadual Paulista UNESP ex t cnica de controle externo do Tribunal de Contas de Minas Gerais professora universit ria advogada especialista em Direito Tribut rio pelo IBET mestre em Direito Constitucional pela ITE Bauru e autora dos livros Direito Financeiro e Direito Administrativo para Concursos P blicos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014
277. it rio extremista parecia estar empenhado em acusar falsamente o Negro RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 325 326 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o de modo a n o permitir que o Estado por si s ou por suas rela es de controle constitua estados de coisas dignos de uma suposta prote o por meio do Direito Penal Dito isto passa se agora a an lise das teorias explanadas Hans Welzel dizia ser a fun o do Direito Penal a prote o dos valores tico sociais Os problemas de o Direito Penal desempenhar tal fun o s o v rios mas se pode neste momento concentrar se em alguns a filosoficamente question vel a exist ncia de valores universais e imut veis bem como a possibilidade de o homem acess los 2 b em segundo lugar no caso particular de Hans Welzel tais valores correspondem aos valores da comunidade o que transportado para o mbito do Direito Penal pode representar a incrimina o de condutas simplesmente por sua antissociabilidade e ainda esmagar os direitos das minorias ao punir condutas contr rias moral dominante c em terceiro lugar tais valores elementares abrangem o Estado o que significa que ele em si um valor Isso culmina com a incrimina o de condutas que n o s o lesivas em si mas t o somente representam um perigo s ordens estatais Se o Estado serve para proporcionar liberdade e gara
278. itador do Direito VILA 2009 Ora a amplia o do decisionismo judicial por meio da aplica o direta de princ pios constitucionais essencialmente abertos ao variado desenvolvimento argumentativo no lugar de regras legais causa ineg veis riscos No mbito jur dico c vel relativamente aos diretos receptores de uma decis o que ser a norma jur dico positiva casu stica para um caso regra ent o contida no 4 do art 33 da Lei 11343 06 que n o permitia a convers o da pena de reclus o por restritivas de direito Em seu entender a Lei comum n o poderia subtrair ao Juiz o poder dever de atribuir ao r u pena que lhe parecer como express o de um concreto balanceamento ou de uma emp rica pondera o implicando essa pondera o em concreto a op o jur dico positiva pela preval ncia do razo vel sobre o racional Mais adiante o antigo Ministro do STF estabelece um grau de equival ncia entre discricionariedade e liberdade de decis o referindo o Juiz sentenciante se movimentaria com irreprim vel discricionariedade entre aplicar a pena de priva o ou de restri o de liberdade e outra que j n o tivesse por objeto esse bem jur dico maior da liberdade f sica do sentenciado sem preju zo de que a proposi o da lei pudesse ser endurecedora nos crimes enunciados na Constitui o Federal Ocorre que a bem da verdade o impedimento de convers o da pena para os casos de tr fico
279. ito de Manaus sancione o Plano Diretor que deve valer para os pr ximos 10 anos 6 Conclus o A Constitui o Federal de 1988 como visto atrav s de alguns dispositivos assegura a prote o de direitos n o somente dos cadeirantes como tamb m de outros grupos que porventura sejam exclu dos da sociedade Sabe se que as Constitui es anteriores enfatizavam apenas a igualdade formal deixando um grande vazio para a efetiva o desses direitos todavia a CFRB 1988 inovou no ordenamento jur dico consagrando por meio da letra da norma a igualdade material o que representou um grande avan o democr tico Ocorre que a acessibilidade somente ser alcan ada atrav s da coopera o da sociedade juntamente com o governo Portanto para garantir a igualdade s pessoas portadoras de defici ncia e aplicar o princ pio da n o discrimina o n o basta criar leis que venham garantir uma situa o ison mica frente s demais pessoas Deve se implantar pol ticas compensat rias RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 255 256 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus capazes de inserir e incluir essas pessoas dentro do cen rio mundial Tomar medidas quanto quest o da acessibilidade um dever coletivo e de cidadania visto que existem cerca de 24 5 milh es de portadores de defici ncia no Brasil um n mero bastante expressivo que n o pode ser ignorado pois gran
280. iva I pesquisa quando n o vinculada s institui es de ensino ou quando efetivada fora dos sistemas de ensino que n o vise precipuamente ao aprimoramento de sua qualidade ou a sua expans o Il subven o a institui es p blicas ou privadas de car ter assistencial desportivo ou cultural HI forma o de quadros especiais para administra o p bica sejam militares ou civis inclusive diplom ticos IV programas suplementares de alimenta o assist ncia m dico odontol gica farmac utica e psicol gica e outras de assist ncia social V obras de infra estrutura ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar VI pessoal docente e demais trabalhadores da educa o quando em desvio de fun o ou em atividade alheia manuten o e desenvolvimento do ensino Importante destacar a impropriedade do uso da express o vincula o no artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 O termo vincula o do latim vinculum quer dizer la o liame liga o ou elo No sentido jur dico significa tamb m alian a conex o entre duas ou mais coisas ou pessoas tornando as relacionadas Dentro do sistema or ament rio e financeiro vincula o de receitas refere se s receitas que possuem uma destina o especificada Para que haja vincula o importante estabelecer na express o de Andr Castro Carvalho um elo normativo entre fonte e destino Na vincula o
281. jo para ela uma grande tenta o essa possibilidade permanente e segura de conseguir tudo sem esfor o luta d vida ou risco sem precisar fazer nada al m de apertar a mola e ligar a portentosa m quina Todavia essa portentosa m quina numa democracia n o det m poderes ilimitados e absolutamente livres de controle ou insindic veis O arbitr rio est reduzido ao m nimo compat vel com as imposi es pr ticas O poder exercido num ambiente democr tico carrega uma necessidade 5 O Estado alfa e mega de si mesmo existente por si pr prio e a si pr prio suficiente superior a todos os valores humanos fen meno incompat vel e inaceit vel em ambiente democr tico RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 291 292 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil constante de autojustifica o e se apoia na consci ncia jur dica institucional n o sendo absolutamente um fiat arbitr rio O exerc cio do poder em qualquer espa o que se manifeste precisa vir acompanhado de um sentido teleol gico de modo a recomend lo aceita o dos homens N o se prende uma pessoa pela pris o em si um indiv duo n o revistado por um policial para satisfazer um desejo doentio do agente do Estado Em qualquer situa o o exerc cio do poder estatal precisa ter um fundo substancial ou teleol gico que o justifique esse fundo n o simplemente a vontade do indiv duo agente estatal co
282. l bem como consciente do que representa ou pode representar sua atividade enquanto dirigida possibilidade de livre disposi o de uma rela o alheia O objeto desta les o a chamada possibilidade de livre disposi o de uma rela o Por enquanto para se por aqui e depois se especificar as qualidades dessa rela o O termo possibilidade aqui utilizado sob a perspectiva de agir ou de sofrer uma determinada a o A pessoa humana livre para estabelecer uma s rie de rela es com o mundo Tais rela es desde o momento em que a pessoa existe at o momento em que cessa a sua exist ncia existem em maior ou menor n mero de modo potencial Se A disp e de cem mil reais ele pode escolher guardar esta quantia investi la do la gast la parcial ou totalmente etc Noutras palavras existem v rias possibilidades de livre disposi o de uma rela o entre A e a quantia em dinheiro Se B subtrai esta quantia de 4 B lesiona tais possibilidades de disposi o de uma rela o entre A e a quantia subtraida j que agora A n o mais ter a quantia a sua disposi o ou seja B retirou de 4 uma possibilidade de dispor do bem Sem pretender adentrar o infind vel debate filos fico acerca da liberdade para os fins ora propostos deve ela compreender a liberdade de agir ou de dispor de determinada rela o como um universo de possibilidades mais ou menos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 343 344 Qual a Fun
283. l ncia A proposta da abordagem em raz o da natureza do presente trabalho analisar a mitiga o do direito a n o admissibilidade de provas il citas por deriva o especificamente quanto s principais altera es promovidas pela Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 no C digo de Processo Penal Brasileiro 2 Instru o probat ria e provas il citas por deriva o O processo deveria ideologicamente reconstruir os fatos exatamente na forma e modo como aconteceram a fim de possibilitar a mais correta aplica o das consequ ncias jur dicas tomando se como base o que realmente foi praticado pelo agente Todavia h uma impossibilidade real de que o processo judicial seja um espelho perfeito da situa o que exigiu a instaura o do processo penal O que poss vel retratar a impress o das partes sobre o que aconteceu e estabelecer um quadro de poss veis e prov veis acontecimentos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes A partir do exercicio do direito 4 prova os sujeitos processuais colacionam aos autos do processo elementos capazes de demonstram a higidez de suas alega es com vistas a construir em conjunto com o Estado juiz a decis o mais justa com a garantia de igualdade de influ ncia sobre a convic o do magistrado Assim a utiliza o probat ria a fim de demonstrar a verdade dos fatos intrinsecamente ligada ao direito de a o e ao de de
284. l ticas p blicas garantindo a sua efetiva o na medida 18 OLIVEIRA Romualdo Portela de O financiamento da educa o In OLIVEIRA Romualdo Portela de ADRI O Theresa Org Gest o financiamento e direito educa o an lise da Constitui o Federal e da LDB 3 ed S o Paulo Xam 2007 p 89 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel em que exige dos governantes a aplica o de um m nimo de recursos na educa o independente de mudan as pol ticas Nos termos do artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 a Uni o aplicar anualmente nunca menos de dezoito e os Estados o Distrito Federal e os Munic pios vinte e cinco por cento no m nimo da receita resultante de impostos compreendida a proveniente de transfer ncias na manuten o e desenvolvimento do ensino A respeito da import ncia do dispositivo legal do artigo 212 para salvaguarda do direito educa o Manoel Gon alves Ferreira Filho real a No desiderato de garantir para o ensino recursos vultosos o texto constitucional vincula parcela da arrecada o de impostos e n o de outros tributos inclusive a transfer ncia de impostos manuten o e desenvolvimento do ensino A aplica o da parcela prevista neste artigo deve ser na manuten o quer dizer no custeio do ensino ou no seu desenvolvimento o que engloba a amplia o do sistema de ensino e o seu aprimoramento O artigo 69 da LDB Lei
285. la derivadas A possibilidade de que outras provas sejam atingidas pela nulidade decorrente da ilicitude de uma prova anterior o n cleo da denominada Teoria dos Frutos da rvore Envenenada A Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 alterando o C digo de Processo Penal introduziu diversas modifica es no direito processual brasileiro destacando se a positiva o da pr pria Teoria dos Frutos da rvore Envenenada ou da prova il cita por deriva o na norma prevista no art 157 1 do C digo de Processo Penal consolidando a jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal e a discuss o doutrin ria a respeito do tema Ap s a altera o a norma passou a vigorar com a seguinte reda o Art 157 S o inadmiss veis devendo ser desentranhadas do processo as provas il citas assim entendidas as obtidas em viola o a normas constitucionais ou legais 1 S o tamb m inadmiss veis as provas derivadas das il citas salvo quando n o evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 61 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 A Teoria dos Frutos da rvore Envenenada fruits of the poisonous tree originou se na Suprema Corte Norte Americana no leading case Siverthorne Lumber Co vs United States em 1920 e segundo a
286. lagem tratamento e elimina o Em linhas gerais o estudo inspirado pela ideia de desenvolvimento sustent vel e de aproveitamento econ mico 1 O projeto Lixo Amigo est pendente de implanta o no munic pio de Novo Air o tendo ainda algumas etapas a serem implementadas Promotor de Justi a titular de Novo Air o no per odo compreendido entre 2004 e 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 143 144 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o conciliando interesses sociais e ambientais com uma l gica de mercado contemplando sistemicamente as dimens es pol tica econ mica ambiental cultural tecnol gica e social Palavras chave Meio ambiente Gest o de res duos s lidos Sustentabilidade Reutiliza o Reciclagem Tratamento 1 Introdu o Novo Air o um munic pio do Estado do Amazonas pertencente Microrregi o do Rio Negro Localiza se a oeste da capital do Estado Manaus distando cerca de 115 quil metros em linha reta e 250 quil metros por via fluvial O acesso rodovi rio se d pela AM 070 Rodovia Manuel Urbano 75km e pela AM 352 98 km Ocupa uma rea geogr fica de 37 771 km e tem uma popula o de 14 723 habitantes IBGE 2010 com uma densidade demogr fica de 0 39 hab km Desta popula o 64 52 urbana e 35 48 rural A taxa m dia de crescimento anual da popula o de 2 9 o munic pio menos populoso
287. laro desdobramento da teoria da captura como sugere a seguinte passagem de Sarabando 1997 p 54 Determinar ordenar exigir e outros verbos semelhantes n o devem ser utilizados no dia a dia do membro do Minist rio P blico pois significam poder disciplinar do signat rio da determina o ou ordem etc sobre o destinat rio da mesma e exceto em casos especiais relativos ao pessoal administrativo de apoio funcion rios s o t o impr prios como arrogantes Parece vigorar o costume nas fileiras ministeriais do acolhimento ou efici ncia funcional depender do fato de uma autoridade ex gena prestigiar ou n o o Minist rio P blico SARABANDO 1997 p 61 como se a institui o fosse um corpo estranho no concerto democr tico de rg os e institui es p blicas e s por defer ncia tivesse sua atua o reconhecida e obedecida Isso explica em parte esse sentimento reverencial receoso e amb guo de ofender as suscetibilidades de outros agentes p blicos quando no desempenho sic et simpliciter de atribui es conferidas pela Constitui o e avalizadas pela lei princ pio radical e milenar do Direito moeda corrente entre os antigos jurisconsultos romanos que quem faz uso de direito pr prio n o injuria ningu m qui iure suo utitur neminem facit injuriam Se a uma institui o jur dica conferida uma fun o controladora sobre outra dispondo de um arsenal de mecanismos jur dicos ainda qu
288. lica o do princ pio da proporcionalidade na interpreta o conforme a Constitui o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos O principio da proporcionalidade abra ado assim ao princ pio da interpreta o conforme a Constitui o move se pois em dire o contr ria a esse entendimento e ao inv s de deprimir a miss o do legislador ou a sua obra normativa busca jurisprudencialmente fortalec la porquanto na aprecia o de uma inconstitucionalidade o aplicador da lei adotando aquela posi o hermen utica tudo faz para preservar a validade do conte do volitivo posto na regra normativa pelo seu respectivo autor Em suma fundado nas ordens jur dicas nacionais sob o patamar de princ pio constitucional em sua maioria na forma impl cita o princ pio da proporcionalidade vem ganhando gradativamente espa o de aplica o evoluindo da sua voca o estrita ao controle do poder de pol cia da administra o para funcionar nas limita es atividade legislativa restritiva de direitos fundamentais como m todo de resolu o de conflitos entre princ pios e direitos fundamentais bem como ganhando expans o para outros ramos jur dicos Precisamente na seara do Direito Privado analisando se mais frente sua aplica o nos conflitos entre direitos da personalidade 3 Proporcionalidade versus razoabilidade O princ pio da razoabilidade retira suas origens hist ricas na consolida
289. licar ou aplica insuficientemente recursos na rea de educa o o que pode ser feito inclusive pelo Tribunal de Contas em regular auditoria resta comprovado ato de improbidade administrativa pois evidente o dolo administrativo que exige do administrador o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 107 108 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa conhecimento da ilicitude do ato praticado e isso ele o tem quando deixa de cumprir o disposto no artigo 212 da Lei Fundamental Entender o contr rio significa ser conivente com o uso irregular de recursos p blicos com a desonestidade e corrup o estimulando o chefe do Poder Executivo improbo a agir contra os princ pios da legalidade e moralidade administrativa que regem todo aparato administrativo Tal como o fil sofo Di genes que com sua lanterna deu express o a seu pensamento preferindo mostr lo e exemplific lo atrav s de a es e de gestos a dar um apanhado ling stico dele buscar se com o presente trabalho a penaliza o por improbidade administrativa de qualquer governante que n o cumprir o determinado no artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 Afinal a omiss o na aplica o de recursos no ensino representa inconteste conduta ilegal il cita e mproba com presum vel dolo administrativo que despreza direito fundamental educa o n cleo intang vel da Constitui
290. lisando as circunst ncias ponderar acerca da proporcionalidade da restri o ao direito dos cidad os contrastando os resultados obtidos com a preteri o efetuada A atua o da proporcionalidade em sentido estrito deve ser feita em associa o ao dos subprinc pios acima estudados posto que apenas tendo em m os a an lise das possibilidades f ticas da adequa o e necessidade da medida questionada resta incompleto o exame da proporcionalidade sendo necess ria a pondera o dos valores em jogo Assim Lu s Roberto Barroso 2003 p 228 afirma Cuida se aqui de uma verifica o da rela o custo benef cio da medida isto da pondera o entre os danos causados e os resultados a serem obtidos Em palavras RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 39 40 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais de Canotilho trata se de uma quest o de medida ou desmedida para se alcan ar um fim pesar as desvantagens dos meios em rela o s vantagens do fim Com efeito Joaquim Jos Gomes Canotilho 2002 p 270 assim caracteriza o subprinc pio da proporcionalidade em sentido estrito Quando se chegar conclus o da necessidade e adequa o da medida coactiva do poder p blico para alcan ar determinado fim mesmo neste caso deve perguntar se se o resultado obtido com a interven o proporcional carga coactiva da mesma Est aqui em causa
291. lista possui todos os elementos que permitem ao int rprete ao cidad o e ao juiz analisar se o bem jur dico est sob amea a se houve dano ao mesmo qual foi a extens o do dano Dessa forma o dano arrecada o a medida objetiva que permite tecnicamente a an lise de todos esses fatores ALENCAR 2008 p 89 Alencar 2008 p 70 aduz por outro lado que a tese patrimonialista segundo a acep o macrossocial por sua vez n o logra conferir consist ncia ao conte do do bem jur dico penal tribut rio no sentido de cumprir sua fun o dogm tica qual seja de oferecer par metros de interpreta o para aferi o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 199 200 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio m xime da extens o do dano Se entendido o bem jur dico numa perspectiva macrossocial patriamonialista a imprecis o do que o seu conte do revela acaba por impossibilitar a efetividade da prote o penal j que n o fica claro o que se protege e em consequ ncia n o se pode identificar com precis o a extens o do dano nem a medida da culpabilidade ALENCAR 2008 p 70 Em contraposi o tem se a li o de Aires de Souza 2006 p 266 segundo a qual a tese patrimonialista mesmo em seu vi s macrossocial permite sim a fun o dogm tica do bem jur dico mesmo porque consiste em crime de dano de modo a n o poder se verificar sem a exist ncia de preju zo material
292. lo presente recurso o fumus boni iuris ensejador da concess o da liminar em cautelar Cotejando se neste caso concreto o direito intimidade a liberdade de imprensa artigo 220 1 da Carta Pol tica n o deve prevalecer prima facie o primeiro ao ltimo mormente quando os fatos noticiados no site s o pret ritos n o atuais Somente o dano porventura suportado a sua imagem que poderia ser pass vel de indeniza o N o se autoriza destarte a exclus o das cr ticas passadas porquanto os efeitos que j produziram se que produziram foram no passado n o gerando qualquer efeito futuro Ademais muito menos poderia ser autorizada uma tutela espec fica no sentido de impedir neste caso concreto o exerc cio da liberdade de imprensa sob pena de cerceio a uma atividade assegurada RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 47 48 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais constitucionalmente escorreito que abusos devem ser impedidos contudo n o vislumbro em princ pio motivos que poderiam ensejar a proibi o de se divulgar bisbilhotices da vida de pessoas p blicas Dessa forma dentro dos lindes estreitos do recurso ora interposto deve prevalecer a decis o proferida pelo ju zo a quo ISTO POSTO nego provimento ao recurso como voto Des Waldir Le ncio J nior Vogal Com a Relatora Des Antoninho Lopes Vogal Com a Turma DE
293. luindo os membros das for as armadas que tenham deposto armas e os que tenham ficado impedidos de continuar a combater devido a doen a les es pris o ou qualquer outro motivo e As outras viola es graves das leis e costumes aplic veis aos conflitos armados que n o t m car cter internacional no quadro do direito internacional Seguindo a jurisprud ncia do Tribunal Penal para a ex Iugosl via foi incorporado penaliza o de crimes de guerra para conflitos internos Outro avan o indicado pela doutrina a sistematiza o amplia o e atualiza o do conte do dos chamados crimes de guerra 4 4 O crime de agress o O artigo 5 do Estatuto de Roma prev 2 O Tribunal poder exercer a sua compet ncia em rela o ao crime de agress o desde que nos termos dos artigos 121 e 123 seja aprovada uma disposi o em que se defina o crime e se enunciem as condi es em que 30 JAPIASSU op cit p 48 49 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 225 226 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional o Tribunal ter compet ncia relativamente a este crime Tal disposi o deve ser compat vel com as disposi es pertinentes da Carta das Na es Unidas Na verdade h apenas uma previs o para uma futura tipifica o Diferentemente dos outros crimes al ados ao Tribunal Penal Internacional para o crime de agress o o estatuto
294. m ricos ou simb licos aos princ pios se d somente para fins did ticos negando se que haja uma ordem r gida entre os princ pios a ponto de estabelecer o peso dos mesmos e onde sua escala de realiza o possa se expressar em n meros VIGO 2006 p 307 Por serem os princ pios mandados de otimiza o ou seja que eles devem ser cumpridos na maior medida poss vel refor a o car ter da antinomia aparente pois o cumprimento de um princ pio em detrimento de outro jamais poder afastar a validade do princ pio que foi mitigado Em casos duvidosos ou problem ticos necess rio se faz ponderar os valores contrapostos para ent o decidir qual prevalecer VIGO 2006 p 327 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro 6 Principio da proporcionalidade No s culo XVIII o principio da proporcionalidade aparece como ponto de liberdade individual em face dos atos administrativos servindo como limita o aos atos gravosos do Estado que tinham como alvo os cidad os Partindo para o s culo XIX o principio da proporcionalidade passou a ser par metro para elidir os excessos cometidos pelo Poder Executivo Corol rio as arbitrariedades cometidas pelo Estado por meio de seu poder de pol cia mereceram grande aplica o desse princ pio que tamb m foi denominado como princ pio da proibi o do excesso e tomou status de princ pio constitucional At se pode afirmar que a relev ncia jur dica do princ pio
295. m estudo seja apta para atingir a finalidade perseguida O princ pio da necessidade tamb m conhecido como princ pio da menor inger ncia poss vel e constitui uma decorr ncia do postulado do favor libertatis que participa da ess ncia mesma do Estado democr tico de direito N o se admite no Estado democr tico que os cidad os se vejam num status de sujei o generalizada ao Poder P blico A interfer ncia sobre direitos fundamentais individuais deve ser t o reduzida quanto poss vel limitando se ao estritamente necess rio para atingir a finalidade que a justifica Por ltimo o princ pio da proporcionalidade em sentido estrito exige que o resultado que se pretende obter com a medida se justifique ante a carga coativa que ele provoca P e se em confronto o objetivo projetado com os meios empregados H de ser recusado o rem dio eficaz para curar a doen a mas que acarreta efeitos colaterais ainda mais danosos do que ela Com efeito podemos vislumbrar que a restri o aos direitos da imprensa impedindo por meio de uma tutela espec fica denominada pela moderna doutrina de inibit ria o exerc cio de seu direito de criticar neste particular de forma ir nica a postura de determinadas pessoas p blicas vem a esbarrar no m nimo e prima facie na ltima etapa do princ pio da proporcionalidade qual seja a proporcionalidade em sentido estrito Ausente se encontra portanto dentro da an lise estreita permitida pe
296. m melhor tratadas pelo Direito civil ou pelo administrativo N o se v hoje a necessidade de punirem se condutas como a do estelionato por emiss o de cheque nem car ncia de tutela penal para as condutas contravencionais Mas tamb m h de se pensar em pol ticas de criminaliza o de fen menos como o do terrorismo que por sinal j tratada na Constitui o art 5 XLIII Por outro lado nosso processo penal e fundamentalmente nossa experi ncia jur dico processual cristalizam circunst ncias an malas para os intervenientes processuais existindo um rg o acusador que tamb m deve zelar pela regularidade processual sendo pois fiscal do processo e um Juiz que se intromete arriscadamente na produ o de prova tomando testemunhos interrogando e podendo produzir provas de of cio v g inclusive para determinar a produ o antecipada de provas e quebrar o sigilo das comunica es o que inegavelmente compromete a imparcialidade Apesar disso o legislador pouco tem feito para mitigar as defasagens o que vem servindo de pretexto para uma atua o judicial mais contundente a partir de uma verticaliza o do tratamento dos problemas jur dicos por meio do manejo de normas constitucionais Mas ao apoiarem se exclusivamente no sistema de princ pios inscrito na Magna Carta muitas vezes pretendendo constitucionalizar mat rias que n o reclamam o controle constitucional os Ju zes deram um sentido absolutamente
297. m os limites impostos pelo caso concreto sem restri es desnecess rias a qualquer dos bens jur dicos envolvidos nesse cen rio que se mostra relevante o objeto de estudo pois este se presta a apontar a efic cia do Princ pio da Proporcionalidade como instrumento de preserva o dos Direitos Fundamentais em caso de conflitos entre esses Agente T cnico Jur dico do Minist rio P blico do Estado do Amazonas Doutorando em Ci ncias Jur dicas pela Universidade Cat lica Argentina Santa Maria de Los Buenos Aires Ex membro da Comiss o de Direito Digital e Eletr nico da Ordem dos Advogados do Brasil Se o Amazonas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 261 262 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 Palavras chave Direitos fundamentais Conflitos Princ pio da proporcionalidade Pondera o 1 Introdu o Os direitos fundamentais se apresentam no mbito da normativa constitucional como conjunto de valores e objetivos b sicos e ao mesmo tempo marco da prote o de situa es jur dicas subjetivas LUNO 2004 p 20 21 Em um plano objetivo os Direitos Fundamentais s o verdadeiros legitimadores das formas constitucionais do Estado de Direito pois s o produtos do acordo firmado entre as variadas for as sociais Trata se de dar ao homem condi o de pessoa cidad o trabalhador administrado BONAV
298. ma incrimina o seja leg tima Tal poderia ser resumido na f rmula n o existe norma proibitiva penal leg tima sem um bem jur dico leg timo preexistente Trata se destarte de uma fun o negativa ou de exclus o do bem jur dico que passa a significar uma condi o necess ria para toda a incrimina o ROXIN 1997 p 52 et seq Nas palavras de Santiago Mir Puig Se hace hincapi en la exigencia de que el Derecho penal castigue nicamente ataques a bienes jur dicos 1994 p 159 tamb m neste contexto que se fala em um conceito de bem jur dico cr tico ao sistema o qual para al m da mera fun o interpretativa e dogm tica prop e se a interagir com a lei penal e permitir um controle das op es legislativas atrav s de crit rios mais ou menos abrangentes quanto aos objetos de prote o escolhidos pelo legislador BATISTA 2007 p 96 Portanto a fun o de prote o a bens jur dicos imputada ao Direito Penal institui um crit rio ao legislador para a identifica o de condutas incrimin veis de acordo com a proposi o um comportamento s pode ser criminalizado se ele afetar bens jur dicos 3 A insufici ncia das teorias das fun es atribu das ao Direito Penal para demarcar os limites entre a liberdade individual e a interven o jur dico penal do Estado V rias outras fun es foram no decorrer da hist ria 9 Tradu o livre Enfatiza se na exig ncia de que o direito p
299. mbro de 2002 Relativa ao Licenciamento e Fiscaliza o de Atividades em Estabelecimentos e Logradouros que integram o Conjunto de Posturas do Munic pio de Manaus Dispositivos pertinentes in verbis RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 249 250 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus Art 44 Os logradouros p blicos dever o atender normas gerais e crit rios b sicos para a promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida nos termos definidos pelas normas t cnicas federais eis Art 48 Toda edifica o de uso p blico dever assegurar condi es de acesso circula o e uso por pessoas portadoras de necessidades especiais conforme disposi es estabelecidas neste C digo e na Norma T cnica Brasileira espec fica e Lei Municipal n 949 de 10 de mar o de 2006 Disp e sobre Diretrizes do Sistema de Bilhetagem e Direitos dos Usu rios dos Transportes Coletivos de Manaus Nos seus artigos 33 e 34 a norma prev mecanismos de acessibilidade para os deficientes f sicos em transportes Art 33 A entrada dos portadores de necessidades especiais ser pela porta dianteira reservadas a estes as poltronas mais pr ximas aos motoristas os quais junto com cobradores ser o respons veis pelo cumprimento dessas garantias Art 34 A Prefeitura dever obrigatoriamente dar publicidade a esses
300. me sobre assassinato por ele cometido pelo Canal de Televis o Zweites Deutsches Fernsehen ZDF sob a alega o de que tal divulga o dificultaria sua ressocializa o pela ofensa sua imagem e honra Ap s sucessivas decis es em inst ncias inferiores o caso foi definitivamente julgado pelo Tribunal Constitucional alem o Em s ntese feita a pondera o dos valores no caso concreto atrav s do princ pio da proporcionalidade a Corte Constitucional entendeu pela preponder ncia da prote o imagem e honra do reclamante diante do direito liberdade art stica do Canal de Televis o Todavia al m de considerar a intangibilidade da esfera ntima tem se que levar em conta sempre o princ pio da proporcionalidade Por isso nem sempre se afigura leg tima a designa o do autor do crime ou a divulga o de fotos ou imagens ou outros elementos que permitam a sua identifica o Elucidativo julgado proferido pelo Tribunal de Justi a do Distrito Federal revela a aplica o do princ pio da proporcionalidade como t cnica para a solu o de conflitos envolvendo direitos da personalidade tamb m na jurisprud ncia p tria PROCESSO CIVIL E CONSTITUCIONAL RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos CONFLITO DE NORMAS PRINCIPIOS APLICACAO DO PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE DIREITO AINTIMIDADE E LIBERDADE DE IMPRENSA 1 Os conflitos de normas principios ao contr rio do conflito entre
301. menta a temperatura diminui se o m dulo de elasticidade Em se tratando de materiais estruturais a perda de rigidez torna se cr tica pois indesej vel que surjam deforma es excessivas causa de desconforto aos usu rios e at do colapso da estrutura PARENTE PINHEIRO 2008 Essa limita o pode ser superada pelo uso de materiais combinados ou comp sitos de se pensar por outro lado que embora o custo inicial seja maior que o dos outros materiais o desempenho e a vida til al m do baixo peso e adequada resist ncia do pl stico reciclado como elemento estrutural podem viabilizar a alternativa dependendo de estudos e dos recursos disponibilizados para o projeto Mot tt nte aaa MOMO NM i RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 169 170 Da concep o implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Figura 2 Deque e p er com elementos de pl stico reciclado Plastic Lumber Yard EUA PARENTE 2008 Os pl sticos segundo Pinheiro et al s o divididos em duas categorias principais termofixos e termopl sticos Os termofixos uma vez moldados por um dos processos de transforma o n o podem sofrer novos ciclos de processamento pois n o se fundem novamente Os termopl sticos s o materiais que podem ser reprocessados v rias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transforma o Quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas podem ser novamente moldados Co
302. mento Wandete de Oliveira Netto PROMOTORES DE JUSTICA DE ENTRANCIA INICIAL Adriano Alecrim Marinho Alessandro Samartin Gouveia Alvaro Granja Pereira de Souza Andr Alecrim Marinho Andr Lavareda Fonseca Andr Luiz Medeiros Figueira Andr Virgilio Belota Seffair Armando Gurgel Maia Aurely Pereira de Freitas Carla Santos Guedes Gonzaga Carlos Firmino Dantas Carlos S rgio Edwards de Freitas Carolina Monteiro Chagas Maia Christiane Dolzany Ara jo Christiane Rodrigues Brand Christianne Corr a Bento da Silva Clarissa Moraes Brito Cl udio Sergio Tanajura Sampaio Daniel Leite Brito Daniel Silva Chaves Amazonas de Menezes Eliana Leite Guedes Elis Helena de Souza N bile Elizandra Leite Guedes de Lira Fl vio Mota Morais Silveira George Pestana Vieira Gerson de Castro Coelho Hilton Serra Viana Igor Starling Peixoto Iranilson de Ara jo Ribeiro talo Klinger Rodrigues do Nascimento Jo o Ribeiro Guimar es Netto Jos Augusto Palheta Taveira J nior Jos Felipe da Cunha Fish Kepler Antony Neto La s Rejane de Carvalho Freitas Leonardo Abinader Nobre Leonardo Tupinamb do Valle Luiz Alberto Dantas de Vasconcelos Luiz do Rego Lob o Filho Marcelo Augusto Silva de Almeida Marcelo de Salles Martins M rcia Cristina de Lima Oliveira M rcio Fernando Nogueira Borges de Campos M rcio Pereira de Mello Maria Betusa da Silva Ara jo Paulo Alexander dos Santos
303. mesmo com o passar do tempo n o render o suficiente para justificar o investimento Al m disso especialistas apresentam outras desvantagens do GDL g s de lixo a inefici ncia no processo de recupera o do g s que permite um aproveitamento de aproximadamente 40 do total de GDL produzido a inviabilidade de utiliza o do metano para lugares remotos o alto custo para atualizar a planta possibilidades de ocorr ncia de autoigni o e ou explos o pelas elevadas concentra es de metano na atmosfera HENRIQUES 2004 p 61 o GDL faz parte do grupo dos cases do efeito estufa GEEs CASTILHOS JR et al p 35 respons vel pelos danos camada de oz nio e pelo aquecimento global 5 6 Reciclagem do pl stico para aplica o como elemento estrutural A aplica o de pl sticos reciclados para elementos estruturais como substituto da madeira constru o de casas bancos de pra a meio fios de estacionamento e de logradouros cercas divis rias etc uma realidade principalmente nos Estados Unidos e em menor escala no Canad e na Inglaterra A tecnologia desenvolvida nas universidades j ultrapassou a escala experimental de laborat rio e chegou aos p tios das f bricas com a produ o em grande escala PARENTE RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues PINHEIRO 2008 Um fator limitante a elevada temperatura registrada na cidade Nos materiais viscoel sticos medida que se au
304. midade democr tica p 32 refere que os Princ pios cont m normalmente uma maior carga valorativa um fundamento tico uma decis o pol tica relevante e indicam uma determinada dire o a seguir 12 Pelo menos em tese Nossa experi ncia pol tico partid ria n o revela altern ncia dos quadros program ticos nem uma oposi o que permita o refreio do aparelhamento estatal e do controle da vida pol tica RAMOS Muta o constitucional p 227 refere a prop sito A prolifera o de partidos pol ticos gera um fisiologismo que esconde as verdadeiras ideologias fazendo com que entre n s a coalis o partid ria n o seja formada por raz es puramente ideol gicas Todos se assumem como de centro esquerda como se n o houvesse direita no Brasil RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 123 124 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal infraconstitucional ou que sequer tiveram um tratamento legislativo Tentemos explicar A Constitui o e as normas positivadas em Leis s o assim tricas Seja em raz o do car ter fragment rio do Direito seja pelo fato de tornarem se desgastadas pelo decurso do tempo necessitando de ajustamentos que reflitam a atualidade hist rico social Essa circunst ncia sensivelmente clara na rea do Direito punitivo em que inclu mos o Direito Penal o Direito Processual Penal e a execu o
305. mita o do poder do Estado visam alcan ar atrav s do Direito a mudan a da sociedade a cren a de que o legislador ou o constituinte origin rio ou derivado pode atrav s de antecipa o espiritual conformar a evolu o da sociedade e formular os fins que devem pautar esta evolu o Mas a fun o de garantia do Direito ou seja o Direito como limite do pr prio Direito e como instrumento de mudan a da sociedade para existir necess rio que as institui es jur dicas revejam seu papel e seu v nculo com a lei e que seja redimensionado o papel da ci ncia jur dica deixando de ser meramente descritiva e passando a ser cr tica em rela o a seu objeto medida que a forma democr tica se aperfei oa aprofunda se a no o de que a democracia n o se reduz ao sistema representativo e a elei es livres e competitivas mas deve ser traduzida em institui es capazes de garantir o Estado de Direito O destino da democracia moderna depende em grande medida de uma organiza o sistem tica de todas essas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 305 306 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil institui es de controle A democracia sem controle a longo prazo impossivel A verdadeira garantia constitucional esta na organiza o dos poderes p blicos na conten o do exerc cio do poder conferido a cada um gizado de tal sorte pela Constitui o e pelas leis que cada um deles encontre
306. mo exemplos podem ser citados 1 Polietileno de baixa densidade PEBD as principais aplica es s o em frascos esprem veis brinquedos ampolas de soro embalagens para produtos medicinais linear de tambores para prote o de alimentos na geladeira ou micro ondas sacolas de supermercados sacos industriais sacos para RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues lixo filmes flex veis lonas agr colas etc 2 Polietileno de alta densidade PAAD usado na confec o de engradados para bebidas baldes produtos qu micos bombonas tubos para l quidos e g s tanques de combust vel autope as etc 3 Policloreto de vinila PVC usado em garrafas de gua mineral tubos e conex es para gua cal ados cabos el tricos equipamentos m dico cir rgicos lonas esquadrias revestimentos etc 4 Polipropileno PP 5 Politereftalato de etileno PET utilizado na fabrica o de garrafas e embalagens para refrigerantes guas sucos leos comest veis medicamentos cosm ticos produtos de higiene e limpeza destilados isot nicos cervejas entre v rios outros Embalagens termoformadas chapas e cabos para escova de dente s o outros exemplos de utiliza o da resina 6 Poliestireno PS usado nas embalagens principalmente copos e potes para ind stria aliment cia copos descart veis e caixas de CDs fitas cassete 5 7 Gest o dos res duos sujeitos log stica reversa cria o de posto
307. mples declara o de uma inconstitucionalidade n o quer dizer ativismo ou n o ativismo O controle de constitucionalidade justamente a fun o prec pua e democr tica de uma corte constitucional conduzindo nos a entender que este fen meno est para al m do exame de controle de constitucionalidade 15 A prop sito BARROSO op cit 2009 rebate todas as cr ticas normalmente feitas ao Ativismo mas parte de sua defini o estreita como j anteriormente referido RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes evid ncia estariam fora da rbita problem tica de adequa o constitucional como vemos v g na edi o da S mula vinculante 11 que trata do uso das algemas vulgariza a atua o do STF Mas tamb m enfraquece o eixo tico jur dico da Constitui o especialmente pelo fato de que na falta de regras constitucionais em direto conflito com o ordenamento infraconstitucional e em boa verdade n o se encontrar essa colis o quando pensamos no uso de algemas que n o repitamos problema constitucional mas simplesmente regra de seguran a os magistrados s poder o laborar mediante grande esfor o argumentativo para abrigar sua iniciativa pol tico criminal em algum dos princ pios fundamentais E quando n o o encontram sempre se socorrem do princ pio que a panaceia para todos os problemas o da dignidade da pessoa humana Mas afinal podemos nos socorrer a qualquer instante dos prin
308. n es atribu das pela doutrina ao Direito Penal hora de perquirir se s o elas suficientes para demarcar os limites que ele deve respeitar Isto porque quando se fala em uma teoria que busca a explicar a fun o de um ramo t o violento do Direito como o Direito Penal a teoria que se prop e deve dar conta de tr s tarefas principais Em primeiro lugar necess rio desenvolver uma teoria que imponha limites intransponiveis ao legislador 10 Como lembra Claus Roxin el Derecho penal posibilita las m s duras de todas las intromisiones estatales en la libertad del ciudadano Derecho penal cc op cit 1997 p 65 Tradu o livre o Direito penal possibilita a mais dura de todas as intromiss es estatais na liberdade do cidad o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana Em segundo lugar indispens vel que tal formula o te rica abrace a no o de dignidade da pessoa humana identificada com um m nimo de autonomia individual e moral o que nos fornece um argumento de base teleol gica sem o qual o Direito viveria t o s de considera es consequencialistas Uma fundamenta o puramente consequencialista n o se coaduna todavia com a dignidade humana e n o raro pode dar azo a doutrinas utilitaristas cujos perigos no campo do Direito j foram devidamente alertados pela filosofia Assim como exemplo veja se a cl ssica cr tica de H J McCloskey con
309. n o das rela es internacionais enfatizando a evolu o do direito internacional humanit rio teve como seu defensor o Comit Internacional da Cruz Vermelha Em 1949 as Conven es de Genebra normatizaram o tema tomando como refer ncia o direito costumeiro de guerra O Estatuto de Roma em seu artigo 8 elenca os crimes de guerra O Tribunal ter compet ncia para julgar os crimes de guerra em particular quando cometidos como parte integrante de um plano ou de uma pol tica ou como parte de uma pr tica em larga escala desse tipo de crimes Para os efeitos do presente Estatuto entende se por crimes de guerra a As viola es graves s Conven es de Genebra de 12 de Agosto de 1949 a saber qualquer um dos seguintes actos dirigidos contra pessoas ou bens protegidos nos termos da Conven o de Genebra que for pertinente 2 LUISI op cit p 235 2 MAZZUOLL op cit p 62 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira EA b Outras viola es graves das leis e costumes aplic veis em conflitos armados internacionais no quadro do direito internacional c Em caso de conflito armado que n o seja de indole internacional as viola es graves do artigo 3 comum s quatro Conven es de Genebra de 12 de Agosto de 1949 a saber qualquer um dos actos que a seguir se indicam cometidos contra pessoas que n o participem directamente nas hostilidades inc
310. n o diz o que vem a ser esta figura sabido contudo que tal situa o foi propositalmente colocada visto a aus ncia de consenso durante a Confer ncia de Roma Tamb m certo afirmar que a Assembleia Geral da ONU atrav s de sua Resolu o 3314 de 1974 j definira agress o Artigo 1 Agress o o uso de for a armada por um Estado contra a soberania integridade territorial ou independ ncia pol tica de outro Estado ou qualquer outra atitude que seja inconsistente com a Carta da Na es Unidas conforme determinado por esta defini o De fato se esta defini o fosse levada a cabo traria embara o ainda maior s na es a exemplo dos Estados Unidos que inauguraram o conceito de guerra de preven o para justificar incurs es b licas em outras na es ao arrepio das inst ncias da ONU Da a dificuldade em encontrar consenso para tal tipifica o Acredito que haja uma semelhan a entre a previs o imprecisa e condicional do crime de agress o do Estatuto de Roma e do que j previa o Estatuto de Londres com o t tulo de crimes contra a paz Este consistia num planejamento prepara o desencadeamento e execu o de uma guerra de agress o ou de uma guerra violadora de tratados internacionais acordos e seguran a ou a participa o no plano comum ou 31 MAZZUOLI op cit p 67 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira numa conspira o
311. n o h preocupa o com a obrigatoriedade no gasto no mesmo exerc cio financeiro A receita legalmente vinculada a uma finalidade espec fica deve ser utilizada exclusivamente para atender essa finalidade espec fica ainda que em diverso exerc cio financeiro o que disp e o par grafo nico do artigo 8 da Lei de Responsabilidade Fiscal LC n 22 CARVALHO Andr Castro Vincula o de receitas p blicas S o Paulo Quartier Latin 2010 p 120 w 23 Os recursos legalmente vinculados finalidade espec fica ser o utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vincula o ainda que em exerc cio diverso daquele em que ocorrer o ingresso RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel 101 2000 Vincula se portanto a fonte ao seu destino O que a vincula o n o admite a tredestina o ou seja o desvio de finalidade a transmuta o do fim a destina o desconforme que importe na altera o da predetermina o do gasto Andr Castro Carvalho apresenta exemplo interessante para elucidar a vincula o de receitas nos seguintes termos pode se cogitar uma hipot tica vincula o de 10 sobre receita de um tributo incidente sobre combust vel A e destinada a um fundo de fomento infraestrutura nesse caso n o h obrigatoriedade do gasto anual desses recursos O ente federativo pode por exemplo decidir acumular o montante de verbas no fundo para daqui a dois anos constr
312. na sem lei que o tenha estabelecido como pun vel Crime e pena devem ser previamente estabelecidos Bacigalupo destaca que Feuerbach ligava o princ pio da legalidade a uma coa o psicol gica no estudo da teoria da pena devendo a lei penal preceder as a es delitivas Neste diapas o estaria a pena exercendo o papel de preven o geral O sujeito saberia previamente que se cometesse uma a o reprov vel pelo Direito estaria se submetendo a uma san o em retribui o Haveria contida na norma incriminadora uma amea a que inibiria o cometimento da conduta delitiva Decorrente da lex praevia a proibi o da retroatividade da lei penal Sendo o corol rio do multirreferido princ pio Atinge a pena e as medidas de seguran a poss vel tamb m editar as consequ ncias pr ticas do principio da legalidade A de Lex certa isto a exig ncia n o se dirige apenas ao julgador mas alcan am o legislador no momento da elabora o da norma S atender o princ pio da legalidade se o parlamento elabora a norma penal de modo a contemplar o fato a ser reprimido em sua integridade isto n o se pode deixar nas m os do julgador algo t o amplo aplicava a analogia punire a exemplum legis A roupagem latina teria sido oferecida por Anselmo Feuerbach Indica o mestre italiano a origem mais remota do princ pio da legalidade a Magna Carta do Rei Jo o Sem Terra em 1215 e mais recentemente no per odo Iluminista
313. na Constitui o que prev a igualdade de todos enquanto a segunda providencia mecanismos que garantam a isonomia de todas as pessoas O artigo 7 incisos XXX e XXXI da Constitui o Federal de 1988 traz regras de igualdade material ao vedarem diferen as de sal rios de exerc cio de fun es e crit rios de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil e qualquer discrimina o no tocante a sal rios e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia Quanto igualdade prevista na CRFB 88 aponta o renomado professor Jos Afonso da Silva 2006 no livro Curso de Direito Constitucional Positivo as inconstitucionalidades RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas das discrimina es n o autorizadas pela Constitui o que s o duas uma consiste em outorgar benef cio leg timo a pessoas ou grupos discriminando os favoravelmente em detrimento de outras pessoas ou grupos em igual situa o a outra forma revela se em se impor obriga o dever nus san o ou qualquer sacrif cio a pessoas ou grupos de pessoas discriminando as em face de outros na mesma situa o que assim permaneceram em condi es mais favor veis O autor Alexandre de Moraes faz algumas considera es sobre o princ pio da igualdade A Constitui o Federal de 1988 adotou o princ pio da igualdade de direitos prevendo a igualdade de aptid o uma igualdade de possibilidades virtuais ou s
314. na sua a o freios capazes de det lo de constrang lo a permanecer nos lindes leg timos tra ados e segundo os casos de moder lo de elimin lo de proteger o cidad o contra os arb trios as precipita es os abusos e reparar lhe os agravos sofridos O pr prio Minist rio P blico enquanto institui o estatal tamb m est ele pr prio sujeito a um sistema de controle externo seja na investidura ou na destitui o do Procurador Geral seja nas suas atividades fim seja at mesmo nas suas atividades meio MAZZILLI 1991 p 19 atrav s do Conselho Nacional do Minist rio P blico Sujeita se ainda ao sistema comum de fiscaliza o cont bil financeira or ament ria operacional e patrimonial vista desse elaborado e rec proco sistema de fiscaliza o seja financeiro seja at mesmo final stico n o se justificaria mesmo que a um semelhante sistema de controle ficasse imune a importante atividade policial 5 Conclus o A grande quest o em rela o ao controle externo das pol cias que desafia uma resposta convincente por que a sociedade brasileira tolera os constantes abusos policiais e desastrosas pol ticas de seguran a p blica que potencializam esses abusos e as viola es dos direitos fundamentais E como o abuso policial sendo uma onerosa restri o da liberdade e da dignidade humana ainda se mant m como pr tica banal A resposta nos parece bastante simples pela dedu o dos fatos da
315. nalidade a sua import ncia como instrumento de aprecia o das distin es de tratamento entre pessoas em casos concretos em face do princ pio da isonomia realizando se a an lise do discrimen por meio dos subprinc pios da adequa o necessidade e proporcionalidade em sentido estrito Neste sentido afirma Suzana Toledo de Barros 2003 p 189 N o h incongru ncia portanto na utiliza o do princ pio da proporcionalidade para o fim de constatar se as distin es de tratamento frequentemente necess rias em face do resultado perseguido s o ou n o compat veis com a id ia de igualdade porque a proporcionalidade como j assentado in meras vezes constitui um par metro por excel ncia e n o uma medida em si Muito se t m discutido na doutrina quest es sobre os limites de aplica o do princ pio da proporcionalidade tais como o excesso de ativismo judicial a inseguran a jur dica a quebra da separa o entre Poderes bem como a impossibilidade do princ pio contribuir como m todo de interpreta o conforme a Constitui o e no controle de constitucionalidade de atos normativos Para afastar tais desconfian as sobre o princ pio necess ria sua aplica o comedida de sorte a conformar tal princ pio aos referidos fundamentos da ordem jur dica Refutando exagerado ceticismo ao princ pio Paulo Bonavides 2006 p 427 exemplifica os benef cios com a correta utiliza o do princ pio no caso da ap
316. nc pio da legalidade e o Direito Penal Internacional apresentamos a origem do referido princ pio e a problem tica de sua aplica o na seara do Direito Penal Internacional Abordamos tamb m a discuss o em torno da internacionaliza o do Direito Penal notadamente o seu avan o e consolida o a partir do s culo passado Por fim comentamos os crimes previstos no Estatuto do Tribunal Penal Internacional ou seja o genoc dio os crimes contra a humanidade os crimes de guerra e os crimes de agress o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira 2 Principio da legalidade e a internacionaliza o do Direito Penal 2 1 Princ pio da legalidade como conquista libert ria e o Tribunal Penal Internacional O princ pio da legalidade se relaciona com a tipicidade trazendo para esta a fun o de garantia Desenvolve se juntamente com a dogm tica penal a partir do Iluminismo no s culo XIX pela obra de Anselm von Feuerbach datada de 1801 Em verdade o embri o do Princ pio da Legalidade pode ser devidamente observado desde 1764 s culo XVIII atrav s da obra de Cesare Bonesana Beccaria Marqu s de Beccaria intitulada como Dos Delitos e das Penas Todavia a referida obra retrata um Direito Penal como um instrumento de controle social instituindo um conceito de legalidade meramente pol tico Em s ntese o que Beccaria pretendia com sua obra era romper com um Direito Penal ilimitad
317. ndamenta a viabilidade da prote o dos bens jur dicos transindividuais n o com base em sua fun o de garantidor de algum interesse individual em ltima an lise mas sim na ideia da solidariedade Rememore se tamb m o entendimento de Vieira 2008 p 501 segundo o qual a dignidade do bem jur dico penal tribut rio se verifica na verdade primordialmente pela dimens o da solidariedade social vez que se revela a partir da proje o da capacidade contributiva orientada pelo princ pio da isonomia Observa se desse modo que a parcela da doutrina que sobreleva essa dimens o axiol gica pressup e a dignidade penal da solidariedade social De novo esse o entendimento de Pires 2010 p 188 quando afirma a pr pria solidariedade social ser o fundamento constitucional da imposi o tribut ria sendo certo estar esta relacionada cidadania e ao dever e direito de exigir que todos participem da forma o dos recursos que a todos beneficiam PIRES 2010 p 188 Conclui o doutrinador que reflexamente nesse substrato encontra fundamento tico a tutela penal do bem jur dico penal tribut rio RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 195 196 Dignidade do bem juridico penal tributario Realmente no mbito de um Estado Democr tico de Direito a solidariedade social mostra se digna dado que nela est patente a justi a social pela redistribui o de renda por meio do sistema tribut rio 4 O problem
318. ndentes da circunst ncia de serem exemphific veis por particulares Retornando ao exemplo dado se 4 dono de cem mil reais existe uma rela o di dica do tipo A possui patrim nio Aqui a vari vel ocupada por patrim nio consiste em um universal Quando se diz por m que A possui cem mil reais a vari vel cem mil reais um particular Isto quer dizer como alertado que um universal pode estar dentro de uma rela o partilhada por muitos particulares no exemplo dado o patrim nio de A pode ser formado n o s pelos cem mil reais como tamb m por im veis ve culos etc mas que necessariamente deve ser exemplific vel e estabelecer uma predica o de algo existente na realidade 34 A rela o evidenciada em Cameron ama John di dica pois exige a exist ncia de dois entes J a frase O Rio de Janeiro est entre o Esp rito Santo e S o Paulo tri dica pois a rela o que exprime o termo entre necessita de tr s entes para que fa a sentido RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana De plano poss vel perceber que o Estado n o integra tal rela o como vari vel uma vez que s pode ter exist ncia universal abstrata O Estado uma fic o e portanto n o existe na realidade Logo sem existir na realidade n o pode estabelecer qualquer tipo de rela o com algo n o se ligando a nenhum particular Tal rela o tamb m pes
319. nduta do il cito do administrador Assim em termos 4 DECOMAIN Pedro Roberto Improbidade administrativa S o Paulo Dial tica 2007 p 20 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 81 82 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa gerais dir amos que viola a probidade o agente p blico que em suas ordin rias tarefas e deveres em seu agir atrita os denominados tipos legais A probidade desse modo seria o aspecto pessoal funcional da moralidade administrativa Nota se de pronto substancial diferen a Dado agente pode violar a moralidade administrativa e nem por isso violar necessariamente a probidade se na an lise de sua conduta n o houver a previs o legal tida por ato de improbidade Jos Afonso da Silva corrobora nos seguintes termos A probidade administrativa uma forma de moralidade administrativa que mereceu aten o especial da Constitui o que pune o mprobo com suspens o de direitos pol ticos art 37 4 Cuida se de uma imoralidade administrativa qualificada A improbidade administrativa uma imoralidade qualificada pelo dano ao er rio e correspondente vantagem ao improbo ou outrem Para o Supremo Tribunal Federal a probidade administrativa o mais importante conte do da moralidade administrativa donde o modo particularmente severo como a Constitui o reage viola o dela Segun
320. nduto pelo qual o Estado entidade abstrata se faz concreto Da porque como ensinam Pr lot 1974 p 80 e G Lumia 2003 p 34 o fen meno pol tico mais importante n o o poder mas a obedi ncia por isso que as democracias contam sobretudo com o consenso dos cidad os enquanto as ditaduras se fiam amplamente na for a dos aparatos repressivos 3 Mecanismos de controle das pol cias O Brasil apresenta quatro mecanismos de controle ou supervis o das pol cias tribunais militares corregedorias ouvidoriase Minist rio P blico MACAULAY 2005 Osistema constitui uma cadeia em que as rela es interinstitucionais s o conflitantes e descoordenadas contribuindo para um fracasso geral de responsabiliza o das pol cias As corregedorias filtram casos de m conduta policial antes que eles atinjam os elementos mais independentes do sistema O envolvimento do No ambiente pol tico brasileiro essa necessidade de autojustifica o potencializada pela crise de credibilidade das nossas fr geis institui es H uma desconfian a generalizada da popula o em rela o ao servi o p blico seja ele qual for e classe pol tica E desta desconfian a como ressalta Sabella 1991 p 13 quase ningu m escapa Nem o Governo nem os pol ticos nem o Judici rio O ceticismo do povo se traduz em frases sarc sticas e zombeteiras a respeito dos parlamentares dos governantes dos agentes p blicos RJMPAM
321. nhecer que o art 11 n o 33 BITENCOURT NETO Eurico Improbidade administrativa e viola o de princ pios Belo Horizonte Del Rey 2005 p 114 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 99 100 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa exige dolo espec fico mas gen rico vontade de realizar fato descrito na norma incriminadora Nessa linha desnecess rio perquirir a exist ncia de enriquecimento il cito do administrador p blico ou o preju zo ao Er rio O dolo est configurado pela manifesta vontade de realizar conduta contr ria aos deveres de honestidade e legalidade e aos princ pios da moralidade administrativa e da impessoalidade REsp 765 212 AC rel Min Herman Benjamin Segunda Turma julgado em 2 mar 2010 ac rd o pendente de publica o Pode se concluir que para configura o do disposto no artigo 11 da Lei 8 429 92 devem estar presentes na express o de Mauro Roberto Gomes de Mattos os seguintes requisitos a o ou omiss o do agente p blico que viole princ pios ticos constitucionais da Administra o comportamento funcional devasso desonesto de m f caracterizado por um ato il cito ou ilegal dolo caracterizado pela manifesta vontade omissiva ou comissiva de violar princ pio constitucional regulador da Administra o Na falta de qualquer desses requisitos portanto n o h que se falar em ato de imp
322. nit rio para receber o passivo ambiental res duos contaminados e o rejeito inserv vel mas a inten o reduzir ao m ximo a utiliza o do referido aterro alongando sua vida til Isso porque um aterro sanit rio como dizem Morgado Ferreira 2006 propicia uma intensa degrada o de grandes extens es de rea causando desvaloriza o das mesmas bem como problemas de vizinhan a seguido de problemas de sa de p blica portanto nas atuais circunst ncias um mal necess rio m ngua de melhores tecnologias de gest o 3 Reuni es discuss es e amadurecimento do projeto Foram realizadas in meras reuni es envolvendo v rios parceiros do projeto at o ponto da elabora o do projeto executivo por uma equipe de especialistas da Universidade Federal do Amazonas mediante ajuste contratual com a Prefeitura de Novo Air o Abaixo segue tabela com as reuni es datas e parceiros participantes 3 N o por acaso as manifesta es contr rias instala o de dep sitos de lixo nas proximidades de reas urbanas passaram a ser conhecidas internacionalmente pela sigla NIMBY referente express o inglesa not in my back yard que reflete o paradoxal interesse de todos em ter o problema resolvido desde que longe do meu quintal Dispon vel em www epe gov br gt 2008 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 149 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo A
323. njunto de t cnicas utilizadas para provocar a decomposi o de materiais org nicos a fim de obter em pouco tempo um material est vel rico em nutrientes minerais constituindo se num excelente fertilizante org nico Pelo estudo gravim trico realizado constatou se que os RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 165 166 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o res duos s lidos org nicos produzidos em Novo Air o atingem um percentual elevado A pr tica comum na cidade para o descarte desse material restringia se a dois modelos queima ou lan amento em lix o a c u aberto para a decomposi o natural Transformado em compostagem esse material alguns benef cios s o claramente alcan veis como aumento da atividade biol gica reten o de nutrientes e diminui o de fertilizantes qu micos na atividade agr cola E pensando no incremento da agricultura local estabeleceu se uma parceria entre o projeto e a Secretaria de Produ o do munic pio A transforma o do lixo org nico em compostagem claramente estimulada pela Lei n 12 305 2010 art 36 inc V No mbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos cabe ao titular dos servi os p blicos de limpeza urbana e de manejo de res duos s lidos observado se houver o plano municipal de gest o integrada de res duos s lidos V implantar sistema de compostagem para res duos s lidos org
324. no as mais morais e s mais imorais s mais generosas e s mais desonestas s mais doces e s mais duras s mais construtivas e s mais destrutivas Mesmo num Estado democr tico o exerc cio do poder extremamente expansivo SIMON 1955 p 134 e com pouco senso de responsabilidade hist rica pois tende a exercer uma tutela sobre a sociedade e o indiv duo s compar vel ao Estado totalit rio At mesmo o antigo Estado absoluto como diz Ortega y Gasset 1987 p 130 respeitava instintivamente a sociedade Busca se fortalecer o Estado democr tico custa da sociedade e do indiv duo e para isso a estrat gia interferir e restringir em suas esferas pr prias e aut nomas a criatura nutrindo se dos criadores Tamb m h uma firme cren a de que o Estado democr tico ao corresponder ao desejo da maioria deve conceder rem dio a todas as mis rias humanas de qualquer esp cie que seja E nestas circunst ncias de aliviar todas as dores n o ocorre a ningu m em pensar se existem outros meios ou recursos para evitar algumas delas ou se aquelas tratadas em cada caso concreto efetivamente receberam o melhor tratamento um tratamento compat vel com a situa o dada E claro que a interven o do Estado a cada desvirtuamento ou mis ria da sociedade ou do indiv duo gera uma esp cie de c rculo vicioso medida que aumenta a interven o governamental mais se fortalece o pensamento de sua necessidade e com
325. normas jur dico constitucionais quando de fato a ele o Juiz levado por imposi o da situa o problem tica pode determinar maior peso para os interesses da coletividade sem que por isso haja irremedi vel nega o de direitos individuais A prop sito disso NOVAIS Direitos fundamentais p 33 refere que o fundamento da eventual preval ncia da posi o da maioria n o reside no argumento maiorit rio precisamente porque os direitos fundamentais s o constitucionalmente reconhecidos como direitos contra a maioria mas sim no resultado de uma pondera o de bens desenvolvida luz dos par metros constitucionais e atrav s da qual se atribua a um outro bem igualmente digno de protec o em circunst ncias em que essa compreens o seja exig vel uma relev ncia suscept vel de justificar a restri o do direito fundamental RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 135 136 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal jur dicos ocorridos h vinte e cinco anos A Constitui o ainda contrasta com um sistema jur dico legal de grandes assimetrias H muito por fazer inclusive no mbito da pol tica criminal j que de uma forma geral nem o C digo Penal nem o C digo de Processo Penal se alinham s diretrizes constitucionais Por um lado h de se pensar em pol ticas de descriminaliza o especialmente de condutas que hoje seria
326. normas regras s o aclarados de acordo com o princ pio da proporcionalidade ou seja basicamente com a pondera o de valores mantendo se o n cleo essencial da norma e verificando se sempre no caso concreto seu mbito de prote o 2 Cotejando se o direito intimidade e a liberdade de imprensa e verificando se que no caso concreto n o deve prevalecer prima facie o primeiro ao ltimo n o se pode autorizar uma tutela espec fica no sentido de impedir o exerc cio da liberdade de imprensa sob pena de cerceio de uma atividade assegurada constitucionalmente AC RD O Acordam os Desembargadores da Primeira Turma C vel do Tribunal de Justi a do Distrito Federal e dos Territ rios Ana Maria Duarte Amarante Relatora Waldir Le ncio J nior e Antoninho Lopes Vogais sob a presid ncia do Desembargador Eduardo de Moraes Oliveira em conhecer e desprover Un nime de acordo com a ata do julgamento e notas taquigr ficas Bras lia DF 03 de junho de 2002 Revela se proveitoso observar a integra do voto da Relatora seguido com unanimidade pela 1 Turma C vel do TJ DF VOTOS Desa Ana Maria Duarte Amarante Relatora Cabivel e tempestivo conhe o do recurso No m rito n o est a merecer provimento Pede o agravante que seja concedida liminar em cautelar com efeitos inibit rios impedindo que o ora agravado continue a manifestar se de forma pejorativa sobre sua pessoa Ademais pleiteia a exclus o do site de
327. nquanto pot ncia constitutiva doadora de sentidos para a c tualizar possibilidades de viv ncias no mundo da vida Integra esta pot ncia constitutiva poder fazer Tunk nnens como fato fenomenal mediante o corpo REIS 2011 p 227 grifos do original Um esclarecimento aqui se faz necess rio De fato Lu s Greco antes de Marco Reis inseriu a importante ideia de autonomia na tem tica da limita o penal N o obstante tal fato e a cita o de Lu s Greco trazida baila de fundamental import ncia alertar que embora existam concord ncias pontuais o fundamento de autonomia e da esfera imponder vel de autonomia advogado por Marco Ant nio Santos Reis a consci ncia intencional doadora de sentidos encontrada em Edmund Husserl 2011 p 185 187 ou seja de cunho fenomenol gico diverso portanto daquele exposto por Lu s Greco o qual ao menos at onde o levantamento bibliogr fico feito pelo autor deste artigo p de chegar n o possui tal cunho A no o de autonomia para Marco Reis amplamente debatida e explicada em sua disserta o de Mestrado 2011 p 180 189 e definida resumidamente nos seguintes termos Autonomia para os fins aqui propostos significa a aptid o pertencente ao sujeito enquanto pot ncia intencional constitutiva doadora de sentidos para actualizar um conjunto de possibilidades de viv ncias no mundo da RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 337 338 Qual
328. ntir os direitos individuais n o poss vel que o ele por si s seja um valor digno de prote o d em quarto lugar um Estado que pretenda garantir a dignidade da pessoa humana n o tem o cond o de impor a prote o de uma determinada 12 nossos valores mais elevados aqueles que consideramos como referenciais supremos para nosso pensamento cren a e a o tais como por exemplo Bem e Mal Verdade e Falsidade Realidade e Ilus o Responsabilidade e Acaso Dever Obriga o Culpa Pecado e Inoc ncia n o correspondem a conceitos cuja significa o seja permanente independente do curso da hist ria e das transforma es culturais eles n o tem como correspondentes verdades eternas universalmente reconhecidas e professadas por todos NIETZSCHE Friedrich Para a genealogia da moral S o Paulo Scipione 2001 p 13 14 13 Talvez o maior exemplo disso seja a criminaliza o da homossexualidade entre adultos que vigorou na Alemanha at 1969 175 do Strafgesetzbuch o C digo Penal Alem o abreviado como StGB RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana moral ou valores ticos e em quinto lugar duvidoso que atrav s do Direito Penal um instrumento jur dico de grave interven o logre se a promo o e estabilidade de tais valores Em verdade um Direito Penal comprometido com a estabiliza o de certos valores contr rio liberdade e at mesmo mo
329. nto dos crimes elencados em seguida 3 Crimes no mbito do Tribunal Penal Internacional A princ pio se pode compreender o grau de dificuldade em 15 AMBOS Kai A parte geral do direito penal internacional bases para uma elabora o dogm tica S o Paulo Revista dos Tribunais 2008 p 42 16 CANTARELLI Margarida de Oliveira Da territorialidade transnacionalidade a desterritorializa o da jurisdi o penal 2000 Tese Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de Pernambuco Pernambuco 2000 p 103 et seq RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira estabelecer crit rios para elencar crimes na seara internacional e a compet ncia de um tribunal para seu julgamento Como afirma Jean Paul Bazelaire as fraquezas da justi a penal internacional residem nessas quest es de compet ncia e de mbito processual Enquanto Kai Ambos indica a exist ncia de uma macrocriminalidade ou comportamentos macro criminais e acusa a necessidade de se estabelecer os pressupostos fundamentais para uma parte geral que viabilize a aceita o por parte dos diversos ordenamentos desta ordem internacional Antes mesmo da cria o do Tribunal Penal Internacional poss vel identificar a exist ncia de 24 categorias de delitos previstas nas mais diversas conven es desde 1815 Estas podem ser catalogadas em prote o da paz crimes de agress o prote o humanit ria contidos
330. ntos b sicos pesquisa bibliogr fica projeto e relat rio publica es e trabalhos cient ficos 4 ed S o Paulo Atlas 1992 LEITE Fl via Piva Almeida O Direito das pessoas portadoras de defici ncia a terem um ambiente acess vel Interesses Difusos temas pol micos S o Paulo v 17 p 2319 2339 jan fev 2003 MENDES Gilmar COELHO Inoc ncio BRANCO Paulo Curso de direito constitucional 4 ed S o Paulo Saraiva 2009 p 172 179 M todos de abordagem e procedimento Dispon vel em lt http www2 videolivraria com br pdfs 14017 pdf gt Acesso em 3 abr 2010 MIRANDA Jorge Manual de direito constitucional 2 ed Portugal Coimbra 1993 p 40 42 MORAES Alexandre de Direito constitucional 23 ed S o Paulo Atlas 2008 p 31 33 PINTO Ant nio Luiz de Toledo WINDT Marcia Cristina Vaz dos Santos CESPEDES Livia Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 42 ed S o Paulo Saraiva 2009 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas PRACIANO Francisco Plano diretor I Diario do Amazonas Manaus 18 jan 2011 Dispon vel em lt blogs d24am com artigos 2011 01 18 plano diretor i gt Acesso em 21 jan 2011 PRESTES Monica Cadeirantes n o t m vez A Cr tica Manaus 1 abr 2010 Cidades p C3 RUIZ Jo o lvaro Metodologia cient fica guia para efici ncia nos estudos 4 ed S o Paulo Atlas 1996 SILVA Jos Afonso da Curso de direito cons
331. ntre particulares STF RE 201 819 RS 2 Turma Rel Min ELLEN GRACIE Rel p Ac rd o Min GILMAR MENDES DJ de 27 10 2006 Iustrativamente de recordar entre tantas a situa o em que o Superior Tribunal de Justi a foi instado a se manifestar RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 65 66 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 acerca da admissibilidade de prova derivada de busca e apreens o determinada por ju zo absolutamente incompetente Sabe se que o exerc cio da fun o jurisdicional por um magistrado pressup e que este seja competente e n o sendo os atos decis rios por ele praticados s o nulos porque emanados de pessoa que n o poderia exercer parcela da jurisdi o naquele caso espec fico O C digo de Processo Penal expresso ao afirmar em seu art 567 que A incompet ncia do ju zo anula somente os atos decis rios devendo o processo quando for declarada a nulidade ser remetido ao juiz competente A busca e apreens o decorre em regra de um pedido formulado por um sujeito processual contra a sua parte adversa e esta pretens o busca e apreens o decidida pelo juiz que entendendo estarem preenchidos os requisitos autorizadores da medida defere o pedido Ora se o juiz que proferiu a decis o interlocut ria posteriormente declarado absolutamente incompetente e portanto os efeitos da decis o tendem a ret
332. nvolvendo colis o entre direitos fundamentais podem ser mencionados sendo o primeiro deles julgado em 2012 em que a Confedera o Nacional dos Trabalhadores na Sa de prop s no Supremo Tribunal Federal A o de Descumprimento de Preceito Fundamental STF ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 04 2012 objetivando afastar os efeitos da legisla o nacional art 124 126 e 128 incisos I e II do C digo Penal que proibia a interrup o da gesta o de fetos anencef licos pois a referida disposi o s assim permitia agir em casos que a gestante fosse v tima de estupro ou que a gesta o pudesse colocar a vida da m e em risco A lei por n o distinguir outras situa es espec ficas criminalizava a conduta da m e e de terceiro que interrompesse a gesta o dos fetos ainda que anencefalicos os quais segundo comprova o cient fica n o possuem chances de vida extrauterina Transcreve se um trecho da quest o de ordem analisada pelo Tribunal em que se apontou o envolvimento de direitos fundamentais previstos na Constitui o brasileira dignidade da pessoa humana legalidade liberdade autonomia da vontade e direito sa de com o objetivo de sustentar o afastamento da san o gestante que desejasse interromper a gravidez de feto anencef lico Sob o ngulo da admissibilidade no cabe alho da peti o inicial apontou como envolvidos os preceitos 2 O anenc falo
333. o assim como a que se buscasse em outras fontes n o somente na legislativa crit rios para sua correta aplica o GUERRA FILHO 2005 100 101 7 A proporcionalidade e o campo de tens o entre Direitos Fundamentais O car ter essencial dos princ pios est diretamente relacionado com a proporcionalidade e esta com aqueles Assim dizer que o car ter dos princ pios nos remete proporcionalidade dizer que esta tamb m por meio de seus tr s elementos parciais adequa o necessidade e proporcionalidade em sentido estrito reveste se logicamente de car ter principiol gico Uma das aplica es mais proveitosas contidas potencialmente no princ pio da proporcionalidade aquela que o faz instrumento de interpreta o toda vez que ocorre antagonismo entre direitos fundamentais e se busca da solu o conciliat ria para a qual o princ pio indubitavelmente apropriado o que constitui principal objetivo do presente trabalho 7 1 Elementos do princ pio da proporcionalidade e sua aplica o pr tica A observ ncia dos elementos que constituem o princ pio da proporcionalidade se revela importante simplesmente porque a aplica o deste se dar em casos envolvendo conflito entre direitos fundamentais e por consequ ncia importar em realiza o de um direito fundamental em maior grau que o outro Assim sendo evidente que alguma restri o a direito fundamental ocorrer na opera o por m isto jamais pode
334. o qual o de maior relev ncia Assim um ju zo definitivo sobre a proporcionalidade da medida h de resultar da rigorosa pondera o e do poss vel equil brio entre o significado da interven o para o atingido e os objetivos perseguidos pelo legislador Sobre o procedimento de pondera o devemos conceitu lo como t cnica jur dica de solu o de conflitos normativos que envolvem valores ou op es pol ticas em tens o insuper veis pelas formas de hermen uticas tradicionais Trata se da ideia de pondera o e equacionaliza o de um determinado contexto de modo a estabelecer um equil brio entre os meios adotados e os prop sitos almejados o que atribui ao int rprete da norma papel extremamente importante no que se refere correta aplica o do princ pio pois h grande discricionariedade conferida a este e caso n o haja cautela poder interferir de forma profunda na esfera do titular do direito em quest o Devem coexistir de forma harm nica os tr s elementos parciais do princ pio da proporcionalidade para que se torne RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro possivel sua aplicabilidade Havendo a inocorr ncia ainda que de somente um dos elementos parciais o aplicador da norma verificar ap s submiss o minuciosa do caso concreto an lise que naquela situa o espec fica o ato n o cab vel ou proporcional devendo abster se de seu cometimento Dois casos brasileiros e
335. o sem o qual o homem n o sobrevive The non binding constitutional government revenue for education as an act of improper conduct Abstract The budgets not constitutional linked to keep and develop the teaching based on article 212 of the Constitution of 1988 hurt the fundamental right to Education and it claims to responsibility of the Executive Power in charge related to the poor management of the public thing It is a forbidden and dishonest behavior immoral qualified that results an act of administration improbidity as seen in the article 11 ofthe law 8 429 92 because it insults principles oflegality and morality of the Public Administration Although majority of the 38 NAVIA Luis E Di genes O c nico S o Paulo Odysseus 2009 p 159 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel doctrine and jurisprudence demand evidence of the wrong procedure by the public agent in order to punish someone understands that the lack of money applied to teaching or the application of less than that one written in the Constitution is undoubtedly procedure related to the dishonesty because it violates the fundamental right to Education and thus it is an act of improbidity with a presumptive administrative fraud Keywords Administration improbidity Education Refer ncias ALVARENGA Aristides Junqueira Reflex es sobre a improbidade administrativa no direito brasileiro In BUENO Cassio Scarpinella PORTO FILHO Pe
336. o a rela o causal direta entre a conduta t pica e o preju zo causado a algum dos valores democr ticos protegidos constitucionalmente que deveriam ter sido assegurados sobretudo por meio dos servi os possibilitados pelo sistema tribut rio Alencar 2008 p 73 resume essa ideia nos seguintes termos O fato de algu m sonegar tributo n o prova de que a fun o do tributo entendido como bem jur dico tenha sido sequer amea ada N o h como provar por exemplo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o que aquele tributo especificamente considerado cuja obriga o n o foi adimplida pelo contribuinte tenha repercutido numa diminui o de determinada a o estatal que deveria ter sido utilizada Conclui se pela impossibilidade de se relevar essa diretriz explicativa do bem jur dico penal tribut rio para o fim de avaliar a respectiva ofensividade simplesmente por restar imposs vel essa aferi o diante da pr pria natureza da fun o desempenhada pelo tributo 4 2 Fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio patrimonialisticamente concebido A fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio com o espectro da acep o patrimonial stica viabilizada com excel ncia segundo a doutrina especializada Tem se que esse modelo oferece os elementos substanci veis que permite ao int rprete aferir objetivamente a ofensa ao bem jur dico penal a acep o patrimonia
337. o de comunica o e n o da constata o de um estado raz o pela qual pode se configurar de qualquer modo Assim a identidade da sociedade se determina por meio de regras que devem reger esta configura o tais regras s o as normas 1996 p 25 26 Uma parte dessas normas j vem dada de antem o pelo mundo natural e n o necessita de estabiliza o especial j que se encontra assegurada de modo suficiente pela via cognitiva Quem n o as aceite pode at ser entendido em certas partes marginais da sociedade mas somente ali Desta feita por exemplo as normas que regem as chuvas s o dadas pelas ci ncias naturais e n o necessitam de estabiliza o se algu m oferece servi os de bruxaria para que chova ou pratica a dan a da chuva n o encontrar seguidores na sociedade moderna Outra parte das normas sem embargo carece de tal for a genu na para se autoestabilizar s o todas as normas que conforme a concep o de sociedade n o podem se apresentar como dadas previamente como leis naturais e sim apenas como normas feitas ainda que feitas por uma boa raz o Enquanto as normas do primeiro tipo normas dadas de antem o conformam uma base de comportamento da qual n o se pode escapar sobre as normas de segundo tipo normas feitas cabe dispor subjetivamente No exemplo de Jakobs RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana madie puede querer seriamente comenzar la c
338. o para atribui o de sentido s normas jur dicas em geral No caso brasileiro deve se enfatizar a jurisdi o constitucional exercida amplamente do juiz estadual ao Supremo Tribunal Federal todos interpretam a Constitui o podendo inclusive recusar aplica o lei ou outro ato normativo que considerem inconstitucional Esta defini o contudo n o exaure a no o total de constitucionaliza o nem aflora as quest es problem ticas que aqui ser o tratadas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes prodiga em criar novos perigos para as pessoas reivindicando tanto pol ticas de criminaliza o como de cria o de medidas cautelares necess rias para impedir os riscos bem como para constituir mat ria de prova Ora nesse campo entremeado de armadilhas algumas delas plantadas pelo legislador penal quando tenta criar uma sensa o de paz por meio da criminaliza o sem que para isto tenha o arrimo da criminologia e da m xima que entende o Direito punitivo como a ultima ratio do sistema jur dico tem se tornado frequente a realiza o do controle de constitucionalidade de normas jur dico penais em boa verdade escritas com m t cnica legislativa e jur dica Mas n o s Os tribunais especialmente o STF que acaba por estabelecer modelos interpretativos de normas legais chancelando ou n o sua constitucionalidade ultrapassam os lindes exeg ticos e mesmo de uma hermen utica cr tica p
339. o de 2008 de formalidade na execu o de mandado de busca e apreens o foi debatida e rejeitada pela maioria prevalecendo o voto divergente no sentido de preservar a den ncia respaldada em prova aut noma independente da que foi impugnada HC 84 679 ED rel min Eros Grau julgamento em 30 8 2005 Primeira Turma DJ de 30 9 2005 A teoria da descoberta inevit vel elaborada pela Suprema Corte Americana no caso Nix v s Williams II 1984 possibilita a utiliza o da prova decorrente da il cita quando a mesma pudesse ser descoberta por outro meio de prova leg timo e inid neo Nesta teoria diferentemente da anterior h a presen a do nexo de depend ncia entretanto ele n o fundamental tendo em vista que a prova seria produzida dentro dos par metros processuais sendo apenas uma quest o temporal Por seu turno consoante a teoria da contamina o expurgada punged taint limitation originada no caso Wong Sun vs US 1963 em virtude do vinculo superficial existente entre a prova il cita e a derivada pode n o haver a contamina o preservando se portanto a licitude da prova derivada da il cita A boa f tamb m ser adotada como fundamento para a preserva o da prova quando a ilicitude da prova decorreu da aus ncia de dolo de praticar atos contr rios Lei ou seja quando decorre de uma situa o de erro A boa f como se conclui n o pode sozinha retirar a ilicitude da prova que foi produzida A aus
340. o do Amazonas Diretor Estadual no Amazonas do Centro de Altos Estudos da Procuradoria da Fazenda Nacional 2012 2013 Especialista em Direito P blico pela Universidade Anhaguera Uniderp Graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza UNIFOR RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 15 16 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais Palavras chave Princ pio da proporcionalidade Conflitos entre direitos fundamentais 1Introdugao Para esta pesquisa iniciar se com o estudo panor mico sobre o princ pio da proporcionalidade atrav s da investiga o dos seguintes elementos forma o hist rica no Direito europeu continental e no Direito norte americano fundamento te rico e normativo finalidade ou aplicabilidade pr tica subprinc pios que o comp em bem como pela averigua o de sua rela o com o princ pio da razoabilidade de sorte a possibilitar uma melhor compreens o do que seria este princ pio t o discutido no cen rio jur dico atual Feita an lise sobre o princ pio da proporcionalidade dentro dos limites delineados como objeto desta pesquisa seguir se para a investiga o do papel deste princ pio como t cnica de solu o em conflitos envolvendo direitos fundamentais avaliando as possibilidades e limites de sua aplica o por meio de alguns exemplos jurisprudenciais 2 Do Princ pio da proporcionalidade Nesta primeira parte do e
341. o do Estado Absoluto para que se pudesse garantir a esse ramo do Direito a legitimidade que ele merecia Desse modo a limita o seria uma forma de legitimar a viol ncia da pena aplicada pelo Estado Como a necessidade do Princ pio da Legalidade afirmada por esse autor antes mesmo de seu surgimento como princ pio formal poss vel se dizer pois que Beccaria foi fundamental para a forma o da dogm tica penal O princ pio da legalidade visto como base do pr prio Estado de Direito e do Direito Penal encontrando sua 1 BRAND O Cl udio Teoria jur dica do crime 2 ed Rio de Janeiro Forense 2007 p 57 2 REBELO Jos Henrique G Princ pio da insignific ncia interpreta o jurisprudencial p 13 18 Como ensina Antolisei Manuale di diritto penale p 31 32 apesar de o princ pio da legalidade vir expresso num brocardo latino sua origem n o remonta ao Direito Romano pois entre os romanos se RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 209 210 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional inscri o na Declara o Universal dos Direitos do Homem na Conven o Americana sobre Direitos Humanos e nas Constitui es modernas entre elas a Constitui o Brasileira Toma uma concep o de garantia individual Na sua fun o de garantia da liberdade expressa na m xima nullum crimem nulla poena sine lege praevia fato algum poder ser digno de pe
342. o doutrin rio sobre as correntes que sustentam as semelhan as e diferen as entre os princ pios em an lise destacando por exemplo a dificuldade de se definir tra os distintivos s lidos aos princ pios com base na literatura administrativa p tria O autor conclui seu racioc nio sobre tais princ pios do seguinte modo O que se quer dizer isso sim que o principio da razoabilidade ainda n o apresenta uma defini o operacional o que pode ser constatado de forma cristalina na literatura publicista brasileira J o princ pio da proporcionalidade apresenta indicadores de concre o mediante os princ pios parciais da adequa o da exigibilidade e da proporcionalidade em sentido estrito Por isso com base nesses argumentos desenvolvidos a partir das formula es sobre o razo vel de Recas ns Siches Perelman e Aarnio e nos argumentos de vila conclui se que o princ pio da proporcionalidade n o se confunde com o da razoabilidade e que o principio da proporcionalidade o princ pio apropriado para a solu o da colis o de direitos fundamentais Helenilson da Cunha Pontes 2000 p 89 90 por sua vez destacando a diferen a nos conte dos dos princ pios em comento assinala Todavia a proporcionalidade n o se esgota na razoabilidade Em outras palavras a decis o juridica que atende aos comandos do principio da proporcionalidade manifesta razoabilidade mas n o se esgota nela Com efeito o ato estatal que at
343. o grupo b Ofensas graves integridade f sica ou mental de membros do grupo c Sujei o intencional do grupo a condi es de vida pensadas para provocar a sua destrui o f sica total ou parcial d Imposi o de 21 JAPIASSU op cit p 25 26 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 219 220 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo e Transfer ncia for a de crian as do grupo para outro grupo Kai Ambos ao comparar os dois diplomas ou seja Conven o contra o Genoc dio e o Estatuto de Roma entende a partir de uma interpreta o teleol gica que qualquer ataque mesmo contra um s membro do grupo referido na norma criminal internacional desde que compreendido o fim a que se presta prote o tnica racial ou religiosa cumpre com os requisitos devendo ser alcan ado pelo Estatuto de Roma H uma discuss o em torno dese saber que paraa tipifica o do crime de genoc dio necess ria ou n o a interven o estatal na a o Kai Ambos leciona que n o preciso que o estado onde se deu a viola o intervenha nela Isto os indiv duos podem ser responsabilizados individualmente desde que aja com a inten o de destruir os grupos elencados destacando o aspecto subjetivo real ado H o rep dio doutrina do act of state para arguir a irresponsabilidade individual
344. o pode ser compreendido como uma esp cie de carta branca ou prerrogativa ilimitada ao legislador para que este possa introduzir sob a forma de incrimina es os resultados de uma pol tica de seguran a p blica O Estado democr tico de Direito como acentua Juarez Tavares deve ligar se ideia de prote o de direitos humanos como condi o de defesa individual perante o Estado desp tico 2003 p 201 Disto resulta uma s rie de implica es como a proibi o de imposi o de modos de vida da tutela penal da moralidade e de um paternalismo radical por parte do Estado Isto imp e n o s uma considera o importante tal como observa RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana Juarez Tavares de preval ncia dos direitos individuais face interven o juridico penal 2003 p 117 et seq como tamb m introduz uma limita o intranspon vel ao Estado a qual se identifica com a esfera impenetravel de liberdade ou autonomia do individuo Como premissa jusfilosdfica toma se como ponto de partida o reconhecimento de sujeitos conscientes aut nomos e fal veis submetidos a um estado inescap vel de coexist ncia conforme a fenomenologia de Edmund Husserl REIS 2011 p 180 et seq Dois dados que obedecem a uma ordem l xica s o relevantes nesta premissa Em primeiro lugar o dado fundamental da exist ncia de 26 A consci ncia compreendida como o fundamento ltimo
345. o problema Em suma ficam cumpridos os requisitos da dignidade penal pela dimens o mediata do bem jur dico e possibilitado o exerc cio da fun o dogm tica pela acep o patrimonialista daquele 5 Conclus o Verificou se a impossibilidade de o Er rio P blico tomado isoladamente cumprir o requisito da Dignidade sendo certo que a criminaliza o nesses moldes n o seria comportada pela no o de Estado Social e Democr tico de Direito j que n o seria justo sacrificar um bem jur dico mais elevado como a liberdade humana por um interesse menos importante o patrim nio A fun o desempenhada pelo tributo por sua vez cumpre o requisito da Dignidade Penal vez que envolve inelutavelmente todos os valores consagrados pela Constitui o como consubstanciadores do Estado Democr tico de Direito os quais n o podem ser atingidos sem os recursos exigidos dos contribuintes Constatou se outrossim o problema da fun o dogm tica do bem jur dico penal tribut rio advindo da ado o da ideia da fun o desempenhada pelo tributo Tal diretriz n o fornece os elementos de tecnicidade necess rios mensura o da ofensividade da conduta Tal problem tica fora solucionada pela admiss o de um bem jur dico penal tribut rio bifrontal com a fun o do tributo em sua dimens o mediata e a Fazenda P blica consubstanciada pelo patrim nio p blico como dimens o mediata ou t cnica RJMPAM v 15 n 1
346. o que a sociedade paga pelo fracasso institucional em controlar o comportamento policial Aconselhadas pelo medo e pela desconfian a as pessoas tendem a tomar a lei em suas pr prias m os dai surgem as mil cias os grupos justiceiros O vigilantismo etc ou adotar medidas dispendiosas e muitas vezes ineficientes de seguran a privada 15 interessante observar o t tulo de um ensaio de Ronald E Ahnen The Politics of Police Violence in Democratic Brazil A pol tica da viol ncia policial no Brasil democratico Latin American Politics and Society v 49 n 1 p 141 2007 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 309 310 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil Panorama over the control of police actions in Brazil Abstract Brazil presents four mechanisms of control or supervision of the police military tribunals internal affairs ombudsmen and prosecutors The system is a chain in which the inter institutional relations are conflicting and uncoordinated contributing to a general failure of accountability of the police In this context the prosecutor has the broader assignments in theory control and monitoring of the police But not fully exercise these powers because of institutional conflicts and lack of regulation of this area Keywors Police Prosecutors External control Refer ncias AHNEN Ronald E The politics of police violence in democratic Brazil Latin American Politics and So
347. o ser suficiente para as concre es normativas as que se verificam nas decis es judiciais Em primeiro lugar porque a express o do Direito por meio de regras legais sujeita se polissemia e dificilmente o jurista encontrar exatid o um sentido preciso para a m tica e propalada vontade da Lei N o demais lembrarmos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes a prop sito disso que os voc bulos substantivam se de forma variegada consoante os jogos de linguagem em que se encaixam al m do que adquirem novas conota es a cada arrasto hist rico que ou os desgasta ou enriquece os pela agrega o de outros significados Em segundo lugar temos de considerar que as Leis s o fragment rias n o podendo abranger a totalidade de situa es com import ncia jur dica determinadas pelos fen menos humanos Disso j se haviam dado conta os legisladores franceses que redigiram o Code Napoleon 1804 em cujo art 4 reconheceram a possibilidade de sil ncio obscuridade ou insufici ncia da Lei o que requerer do Juiz outros expedientes para dizer o Direito tarefa da qual n o se pode eximir Isto quer nos indicar que o Juiz ao positivar uma norma jur dica concreta e para um caso individuado elaborando uma norma casu stica portanto opera hermeneuticamente procurando o melhor sentido para as normas normadas pelo legislador de car ter gen rico e abstrato Ou segundo uma vis o da metodol
348. o sistema constitucional de perserva o dos direitos 1 Obvio que essa atribui o n o se insere num propalado e insustent vel projeto de engrandecimento ou fortalecimento do Minist rio P blico Isso seria corporativismo que em nada auxiliaria o sistema jur dico e pol tico brasileiro O intuito foi preservar os direitos fundamentais do cidad o e robustecer com isso a democracia Os aspectos corporativos sempre existir o mas n o podem encobrir a raz o de fundo 2 Ya por capacidad innata ya por un resultado de instituciones injustas los hombres son desiguales en poder En ausencia de control s lo serian libres los que tienen un amplio poder GINSBERG 1961 p 151 Esses dois grandes princ pios autoridade e liberdade coexistem e se combatem naturalmente no seio das sociedades humanas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues fundamentais sob o pano de fundo do pensamento moderno relativo dignidade humana e pr pria ideia de civiliza o 2 O controle do poder em qualquer de suas manifesta es No Brasil pela tradi o autorit ria e arbitr ria do Estado o sentido da injusti a e do abuso assume um impulso historicamente mais potente que qualquer concep o positiva de justi a Nossas pol cias foram estruturadas como bra os armados de grupos olig rquicos ao longo do tempo Essa a heran a ou o estigma que acompanha o aparelho policial do Brasil ainda n o permea
349. oa Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa 2001 p 15 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira 4 Crimes em esp cie 4 1 O crime de genocidio tipicamente um atentado contra a humanidade a o de lesa humanidade mas foi al ado a um tipo isolado na tentativa de destacar sua import ncia A primeira men o de crime contra a humanidade se deu em 1915 na declara o conjunta da Fran a Inglaterra e R ssia censurando o massacre turco na Arm nia A Organiza o das Na es Unidas ONU atrav s de Resolu o aprovada por sua Assembleia Geral em 11 de dezembro de 1946 reconhece o genoc dio como crime internacional Dois anos depois foi aprovada a Conven o contra o Genoc dio que entrou em vigor em 02 de janeiro de 1951 O seu conceito j se encontrava firmado em bases consuetudin rias internacionais Com a institui o do Tribunal Penal Internacional TPD o crime de genoc dio reafirmado como crime de car ter internacional Contudo manteve os mesmos termos da Conven o anterior isto n o incluiu o genoc dio de car ter pol tico ou cultural Diz o artigo 6 do Estatuto de Roma que criou o TPI Para os efeitos do presente Estatuto entende se por genoc dio qualquer um dos actos que a seguir se enumeram praticado com inten o de destruir no todo ou em parte um grupo nacional tnico r cico ou religioso enquanto tal a Homicidio de membros d
350. obidade administrativa no sentido de prever como ato de improbidade administrativa que atenta contra os princ pios da administra o p blica o n o cumprimento do percentual m nimo de receita resultante de impostos compreendida proveniente de transfer ncias na manuten o e desenvolvimento de ensino Coma aprova o da Lei de Responsabilidade Educacional o artigo 11 da Lei 8429 92 passa a ter seguinte reda o VIII deixar de aplicar a autoridade e o agente p blico direta ou indiretamente respons vel o percentual constitucional m nimo da receita resultante de impostos compreendida a proveniente de transfer ncias na manuten o e desenvolvimento do ensino Trata se de uma iniciativa louv vel que ressalta com tintas fortes a exist ncia da educa o como n cleo de direito fundamental intang vel que n o pode ser preterido pelos gestores p blicos sob a falsa alega o de insufici ncia de recursos or ament rios A n o aplica o de recursos na manuten o e desenvolvimento do ensino constitui nos termos do projeto de lei ato de improbidade administrativa capitulado no inciso VIII do artigo 11 da Lei 8 429 92 Todavia recentemente o projeto da Lei de Responsabilidade Educacional foi arquivado na Mesa Diretora da C mara dos Deputados numa atitude que revela de forma expl cita o desprezo dos nossos legisladores pela efetividade do direito fundamental educa o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014
351. odo o potencial cooperativo das estruturas sociais em prol dos objetivos definidos O conhecimento cartesiano e setorial j n o consegue trabalhar com a multiplicidade de vari veis que tornam os problemas imposs veis de uma leitura pela vis o do simples especialista Cada um deles det m uma parte da verdade das RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 155 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o explica es mas n o da totalidade Em rela o a todas as t cnicas que n o pertencem sua especialidade o especialista t o ignorante quanto o cidad o comum A tecnifica o do mundo tem como inevit vel contrapartida certa extens o da ignor ncia humana E quanto mais o saber fazer se diferencia e aumenta em efic cia FOUGEYROLLAS 1960 p 11 12 menos poss vel o controle intelectual do homem sobre o conjunto das opera es que efetua ou das quais participa O atual est gio da ci ncia exige uma nova vis o de mundo diferente e n o fragmentada A abordagem que analisa e tenta compreender o mundo em partes independentes j n o funciona J n o se pode prescindir de uma vis o mais ampla integradora global para que a mente humana funcione de modo mais harmonioso no sentido de colaborar para a constru o de uma sociedade mais ordenada justa humana fraterna est vel MORAES 1997 p 20 e segura Em rela o aos res duos s lidos urbanos esse trabalho intersetorial
352. ogia jur dica os Ju zes transp em as regras abstratas e gen ricas positivadas em Lei positivando normas para casos concretos e individuados em suas senten as 4 Em GUIMAR ES Compreens o da vontade do Direito um problema da filosofia da linguagem p 20 l se as palavras ou o agrupamento delas em raz o da semelhan a de fun o que desempenham na linguagem formando o que Wittgenstein chamou de semelhan as de fam lia se associam a novos sentidos se falarmos de boa f na comunica o jur dica o termo variar de extens o sem ntica consoante o jogo de linguagem em causa e a boa f ser avaliada v g segundo a maior ou menor capacidade de comportamento tico da pessoa sub examen numa a o de forma que os jogos de linguagem n o se sujeitem a uma fixidez de par metros mas ao inv s v o aderindo a outras circunst ncias da comunica o humana inclusive sociolinguisticas V tamb m WITTGENSTEIN Tratado l gico filos fico h boas edi es brasileiras das Investiga es filos ficas 5 Art 4 Le juge qui refusera de juger sous pretexte du silence de l obscurit ou de l insuffisance de la loi pourra tre poursuivi comme coupable de d ni de justice RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 115 116 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal A fixa o da premissa de que o Juiz n o encontra solu es pronta
353. oledo Barros 2003 p 48 destaca o papel do Tribunal Constitucional alem o ao utilizar o princ pio da proporcionalidade na prote o aos direitos fundamentais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 19 20 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais O Tribunal Constitucional alem o assinalou em larga medida a preocupa o com os direitos fundamentais estampada na Lei Fundamental reconhecendo a necessidade pr tica de controlar as restri es legais a esses direitos no que se refere aos tr s aspectos necessidade Erforderlichkeith adequa o Geeignetheit e proporcionalidade Verhdltnismdssigkeit da medida restritiva Paulo Bonavides 2006 p 409 por sua vez colaciona decis o proferida em 16 de mar o de 1971 pelo Tribunal Constitucional versando sobre armazenagem de petr leo Erd lbevorratung bastante elucidativa para o entendimento da estrutura do princ pio da proporcionalidade O meio empregado pelo legislador deve ser adequado e necess rio para alcan ar o objetivo procurado O meio adequado quando com seu aux lio se pode alcan ar o resultado desejado necess rio quando o legislador n o poderia ter escolhido um outro meio igualmente eficaz mas que n o limitasse ou limitasse da maneira menos sens vel o direito fundamental Al m das influ ncias francesa e alem para o desenvolvimento do princ pio da proporcionalidade destaca
354. om categorias mais claras e l gicas do que a teoria do bem jur dico penal sob as quais repita se existe pouco ou nenhum consenso 7 Conclus o Ao longo da hist ria muitos pensadores atribu ram diversas fun es ao Direito Penal N o obstante nenhuma delas foi capaz de demarcar os limites entre a liberdade individual e a interven o jur dico penal do Estado de forma precisa A teoria de prote o ao bem jur dico largamente difundida na doutrina jur dico penal n o pode ser aceita por um Direito Penal que se quer democr tico e fundado na dignidade da pessoa humana eis que consequencialista e tende instrumentaliza o do ser humano e de suas rela es O fundamento do Direito Criminal repousa no reconhecimento de sujeitos fal veis dotados de consci ncia e autonomia esubmetidos a um estado inescap vel de coexist ncia Nesta perspectiva o crime passa a ser compreendido como a les o qualificada volunt ria e consciente possibilidade de livre disposi o de uma rela o universal pessoal intransitiva e direta entre um sujeito e as condi es substanciais individuais de sua exist ncia Ent o a finalidade do Direito Criminal n o pode ser outra sen o a de declarar primeiramente os limites do exerc cio das diversas liberdades coexistentes declara o das esferas do proibido e do permitido e em caso de conflito atribuir a algu m a responsabilidade por uma les o qualificada volunt ria e consciente
355. omo tal imprest vel n o apresentando qualquer aptid o para produzir efeitos jur dicos especialmente para punir o Jurisdicionado Em outros termos a ilicitude da prova retira desta qualquer efic cia demonstrativa dos fatos e eventos cuja realidade material ela pretenda demonstrar por mais importantes que sejam para a elucida o dos fatos trazidos ao processo Considerando que as provas il citas por deriva o tamb m n o se prestam demonstra o dos fatos e argumentos devem ser retiradas do processo em que inseridas Seria fr gil por exemplo declarar que uma escuta telef nica foi realizada sem a devida autoriza o judicial e permitir que informa es obtidas a partir daquela escuta sejam utilizadas na persecu o penal permanecendo nos autos e influenciando o magistrado que tivesse contato com as mesmas Ante o regramento constitucional destinado s provas il citas tem se a impossibilidade de aplicarem se as t cnicas RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes de sopesamento para aplica o dos crit rios de razoabilidade direito americano ou proporcionalidade direito alem o para mitigar a proibi o da utiliza o de provas il citas por deriva o Sabe se que n o existindo direitos absolutos quando um deles estiver disputando incid ncia sobre o fato concreto deve se afastar aquele com maior preval ncia E em se tratando da veda o de provas
356. oncep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o LEMOS Patr cia Faga Iglecias Res duos s lidos e responsabilidade civil p s consumo S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 MORAES L R S et al Projeto sustent vel de saneamento ambiental para pequenas comunidades In CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE NA BAHIA 1 JORNADA UNIVERSITARIA DA UEFS 13 1998 Anais Feira de Santana BA UEFS 1998 MORAES Maria Candida O paradigma emergente Campinas Papirus 1997 MORGADO T lio Cintra FERREIRA Osmar Mendes Incinera o de res duos s lidos urbanos aproveitamento na co gera o de energia Estudo para a regi o metropolitana de Goi nia Dispon vel em lt http www funverde org br blog wp content uploads 2011 11 incineracao de residuos solidos urbanos pdf gt Acesso em 20 fev 2012 PARENTE Ricardo Alves PINHEIRO Lib nio Miranda Pl sticos reciclados para elementos estruturais Cadernos de Engenharia de Estruturas S o Carlos SP v 10 n 47 p 75 95 2008 PESSIN Neide SILVA Arthur Roberto PANAROTTO Cl udia Teixeira Monitoramento de aterros sustent veis para munic pios de pequeno porte Rede de Pesquisa em Saneamento B sico PROSAB 2002 Universidade Federal de Minas Gerais Dispon vel em lt etg ufmg br gustavo arquivos livroprosab pdf gt Acesso em 1 jan 2012 PINTO Tarc sio de Paula Metodologia para a gest o diferenciada de res duos s li
357. oncomitantemente apta para lograr o mesmo ou melhor resultado meio mais id neo O mero atingimento do fim inicialmente visado n o por si s suficiente para a legitima o da medida adotada excessivamente onerosa que imponha gravame maior do que outros meios disposi o devendo o Poder Judici rio no exame concreto apreciar a possibilidade de utiliza o de meios menos lesivos ou mais suaves para o mesmo fim sob fundamento da afronta ao princ pio da proporcionalidade No intuito de aprofundar o controle da exigibilidade necessidade Joaquim Jos Gomes Canotilho 2002 p 270 desenvolve os quatro mbitos deste subprinc pio O princ pio da exigibilidade tamb m conhecido como princ pio da necessidade ou da menor inger ncia poss vel coloca a t nica na id ia de que o cidad o tem direito menor desvantagem poss vel Assim exigir se ia sempre a prova de que para a obten o de determinados fins n o era poss vel adoptar outro meio menos oneroso para o cidad o Dada a natural relatividade do princ pio a doutrina tenta acrescentar outros elementos conducentes a uma maior operacionalidade pr tica a a exigibilidade material pois o meio deve ser o mais poupado poss vel quanto limita o dos direitos fundamentais b a exigibilidade espacial aponta para a necessidade de limitar o mbito da interven o c a exigibilidade temporal RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 37 A aplica o do princ
358. onstitucionais penais 2 ed S o Paulo S rgio Antonio Fabris 2003 p 17 18 9 PALAZZO Francesco Valores constitucionais e direito penal Trad de G rson Pereira dos Santos Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 p 43 49 10 BATISTA op cit p 68 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira Esta mesma indaga o trazida por Margarida Cantarelli ao indicar o princ pio da legalidade como um dos pontos pol micos desde o Tribunal de Nuremberg Contudo o Tribunal Penal Internacional em seu Estatuto nos arts 22 23 e 24 prev as garantias do multirreferido princ pio Sen o vejamos CAP TULO III Princ pios gerais de direito penal Artigo 22 Nullum crimen sine lege 1 Nenhuma pessoa ser considerada criminalmente respons vel nos termos do presente Estatuto a menos que a sua conduta constitua no momento em que tiver lugar um crime da compet ncia do Tribunal 2 A previs o de um crime ser estabelecida de forma precisa e n o ser permitido o recurso analogia Em caso de ambiguidade ser interpretada a favor da pessoa objecto de inqu rito acusada ou condenada 3 O disposto no presente artigo em nada afectar a tipifica o de uma conduta como crime nos termos do direito internacional independentemente do presente Estatuto Artigo 23 Nulla poena sine lege Qualquer pessoa condenada pelo Tribunal s poder ser punida em conformidade com as
359. onstitucional protegida tanto por leis que visam a resguardar e facilitar a vida dos deficientes f sicos quanto pela Constitui o de 1988 entretanto a efic cia social desses direitos tem sido questionada pelas autoridades e pela sociedade De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE 2010 existem 24 5 milh es de pessoas com incapacidade ou defici ncia correspondendo a 14 5 da popula o brasileira dos quais 4 1 possuem alguma defici ncia f sica Logo cada vez mais expressiva a porcentagem dessa parcela da popula o sendo necess rios estudos e adequa es dos estabelecimentos para os cadeirantes A acessibilidade uma quest o controversa que se por um lado envolve direitos dos deficientes f sicos de outro h o dever em conjunto da sociedade com o governo promovendo e contribuindo para manter os ambientes acess veis Assim RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas aqueles que necessitam integralmente dessas estruturas poder o usufrui las a fim de que tenham uma vida mais soci vel n o sendo impedidos de realizar suas atividades di rias Dessa forma apresentam se as barreiras arquitet nicas como espa os intranspon veis do mundo civilizado que causam in meros transtornos aos cadeirantes demonstrando que por menor que nos pare a ser o obst culo ele ter maiores propor es para aqueles que dependem completamente da infraestrutura
360. onstitui o formada por princ pios e regras jur dicas o princ pio da proporcionalidade prescinde de positiva o expressa para auferir sua validade em uma ordem jur dica Explicando a abertura material das Constitui es para o reconhecimento de princ pios n o expressos Suzana Toledo de Barros 2003 p 92 explica os princ pios jur dicos constitucionais como id ias jur dicas materiais que lograram uma consci ncia jur dica geral podem j estar escritos no texto da Constitui o como podem estar impl citos Logo por um processo de permanente adequa o do sentido da Constitui o natural que alguns princ pios v o sendo descobertos e gra as sua for a de convic o v o se impondo nesta ordem jur dica como aptos a solucionar os casos concretos qualificando o sistema interno como sistema aberto Robert Alexy 2002 p 111 112 explica os termos em que ocorre a rela o entre o princ pio da proporcionalidade e a teoria dos princ pios mencionando que o princ pio da proporcionalidade decorre da pr pria estrutura das normas principiol gicas que consagram direitos fundamentais Los princ pios son mandatos de optimizaci n con respecto a las posibilidades jur dicas y f ticas La m xima de la proporcionalidad em sentido estricto es dicer el mandato de ponderacti n se sigue de la ralativizacion com respecto a las posibilidades jur dicas Si una norma de derecho fundamental com c
361. onstrucci n de una casa por el primer piso pero desde luego que se puede desear e incluso realizar una construcci n en un lugar prohibido por el Derecho urban stico 1996 p 28 Se o mundo natural n o se comporta como o homem havia imaginado o que acontece que seu progn stico estava equivocado ele n o conhecia de modo suficiente as leis da natureza Imagine se que algum praticante de parkour se julga apto a saltar de um pr dio para o outro mas ao tent lo n o consegue atingir a dist ncia desejada N o importa se ele subestimou a complexidade da situa o se cometeu um erro de c lculo tomou pouco impulso etc seja como for ele dever melhorar no futuro e caso sobreviva ao primeiro erro na pr xima ocasi o tomar maiores cuidados para atingir o fim a que se prop s Tais expectativas cuja viola o se processam atrav s de uma melhora do material cognitivo aprendendo algo se chamam expectativas cognitivas para Jakobs 2003 p 49 Ocorre que as coisas n o acontecem assim no mundo social Na medida em que as pessoas se acham vinculadas atrav s de normas como acima apontado se dirige a elas a expectativa de que sua conduta ser conforme a norma 2003 p 49 No caso de viola o essa expectativa normativa n o abandonada ou seja n o se aprende algo e sim se mant m essa expectativa apontando se a conduta err nea do infrator como causa de sua viola o 2003 p 49 50 Veja
362. onven o para a tortura e outras penas ou tratamentos cru is desumanos ou degradantes a Conven o contra o tr fico il cito de estupefacientes e de subst ncias psicotr picas a Conven o relativa extradi o entre estados membros da Uni o Europeia Estes instrumentos de direito internacional de natureza penal s o incorporados ao ordenamento interno atrav s de mecanismo de recep o pr prio de cada estado O Direito Internacional Penal conheceu enorme desenvoltura recentemente via institui o de Tribunais Penais Internacionais para a antiga Iugosl via e Ruanda estes criados pelo Conselho de Seguran a da ONU bem como com a institui o do Tribunal Penal Internacional por meio do Estatuto de Roma criado em 1998 por uma Assembleia de Estado 12 DIAS Jorge de Figueiredo Direito penal Coimbra Coimbra 2007 p 10 13 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Arlindo Severino Teixeira de Oliveira Diferenciando dos outros Tribunais instituidos pela Organiza o das Na es Unidas pelo reconhecimento de dois princ pios marcantes desta nova jurisdi o quais sejam o princ pio da vincula o volunt ria e o princ pio da subsidiariedade O primeiro denota que os Estados se submetem voluntariamente n o sendo imposta a jurisdi o a n o ser para as Na es que adiram ao seu Estatuto Enquanto o segundo informa que o Tribunal Penal Internacional s exercer sua jurisdi o se os Estados da ocorr ncia do
363. orrentes do exerc cio da fun o administrativa em proveito pr prio ou de outrem RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel Ha portanto um dever de probidade de tica p blica de compromisso com as regras internas de boa administra o que devem ser observados por todos aqueles que integram a estrutura da Administra o P blica J dizia Maurice Hauriou a moralidade administrativa o conjunto de regras de conduta extra da da disciplina interior da Administra o O artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 que vincula percentual m nimo de receitas de impostos na manuten o e desenvolvimento do ensino constitui norma cogente de suporte a importante direito fundamental social a educa o O n o cumprimento por parte do chefe do Poder Executivo desse mandamento constitucional traduz comportamento proibido desonesto de imoralidade qualificada que configura ato de improbidade administrativa previsto no artigo 11 da Lei 8 429 92 por ofender os princ pios da legalidade e moralidade da Administra o P blica O presente trabalho busca resgatar a fome de honestidade de Di genes desafiando toda a sociedade a acender a sua l mpada e a reconhecer nesse momento a import ncia de revalidar os valores morais no sentido de responsabilizar por improbidade administrativa o chefe do Poder Executivo que se vale da fun o p blica para num desvio de car ter usurpar o direito fundamental educ
364. ortes Cinco li es de filosofia do direito 4 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2007 HARRIS Sam The moral landscape how science can determine humans values New York Free Press 2010 HASSEMER Winfried Direito penal libert rio Trad Regina Greve Belo Horizonte Del Rey 2007 JAKOBS Giinther Estudios de derecho penal Madrid Civitas 1997 Sobre la normativizaci n de la dogm tica juridico penal Trad Manuel Cancio Meli e Bernardo Feij o Sanchez Madrid Civitas 2003 Sociedad norma y persona en una teoria de un derecho penal funcional Trad Manuel Cancio Meli e Bernardo Feij o S nchez Madrid Civitas 1996 LEVI Eliphas 4 chave dos grandes mist rios Trad Madelen de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 353 354 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o Merkouloff S o Paulo Tr s 2005 MCCLOSKEY H J An examination of restricted utilitarianism The Philosophical Review Durham v 66 n 4 p 466 485 oct 1957 NIETZSCHE Friedrich Para a genealogia da moral S o Paulo Scipione 2001 NORONHA E Magalh es Direito penal v 2 25 ed S o Paulo Saraiva 1991 Direito penal v 4 13 ed S o Paulo Saraiva 1981 NUCCI Guilherme de Souza Manual de direito penal parte geral parte especial 3 ed rev atual e amp S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 PUIG Santiago Mir El derecho penal en
365. os elementos estruturador regulador e RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 301 302 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil homogeneizador encontram se ausentes E por conta disso principalmente ignora se os pontos de partida e de chegada de um controle das a es policiais O controle externo das a es policiais obviamente n o para ser exercido em regime de concorr ncia mas em clima de coopera o com predom nio das lealdades funcionais em preju zo das lealdades simplesmente corporativas A democracia correlaciona o comportamento dos diversos rg os p blicos dentro de um sistema cooperativo do melhor quilate tendo por base certa unanimidade de interesses A exist ncia desse sistema cooperativo o teste cr tico da exist ncia de um sistema democr tico Isso parece muito claro entre os especialistas na mat ria Portanto o objetivo desse controle melhorar o servi o policial atraindo respaldo social e n o expor suas mazelas ampliando ainda mais a desconfian a e a antipatia p blicas Se um sistema pol tico fosse definido de modo absurdo para significar o direito de toda institui o ou corpora o de fazer o que deseja sem um controle efetivo ent o n o ter amos uma democracia constitucional mas uma democracia corporativa E a sociedade seria ref m dos m ltiplos e vari veis interesses grupistas ou corporativos sem qualquer ponto de contato com o interesse ger
366. os tribunais internacionais e p trios como m todo eficaz a trazer solu o para o caso concreto com o m nimo de preju zo para os valores em lit gio Concluindo com base na pesquisa da aplica o do RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 49 50 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais princ pio da proporcionalidade mais precisamente para a resolu o de conflitos envolvendo direitos fundamentais constata se a aplica o deste princ pio como meio eficaz para apresentar a solu o concreta demandada aos rg os jurisdicionais conferindo m xima prote o aos direitos fundamentais amea ados ou violados a exemplo dos julgados do Tribunal Constitucional alem o e do Tribunal de Justi a do Distrito Federal analisados que legitimam a ampla aplica o do princ pio para a solu o do lit gio Application of the principle of proportionality for resolving conflicts between Fundamental Rights Abstract This paper presents the main theme reap the main elements of historical philosophical and legal gifts for the formatting of the current concept of the principle of proportionality so as to reap elements for proper intellection of its use as a technique for conflict resolution between fundamental rights Is of importance such a study as yet there is a strong tendency multiplication of lawsuits to challenge the application of fundamental rights protection mechanisms
367. ote o e seguran a sanit ria ou garantia de ganhos reais ou justos O Projeto Lixo Amigo contempla a capacita o desses e de outros catadores para que comecem ou continuem em seu labor recuperador de materiais recicl veis ou reutiliz veis mas em condi es adequadas de salubridade organizados em cooperativas ou associa es onde este trabalho seja valorizado e em que possa ser agregado valor aos produtos recuperados conseguindo se assim ampliar a renda por ocasi o de sua comercializa o Em parceria com o SEBRAE busca se a cria o de uma Associa o de Recicladores com tr s objetivos bem claros preserva o do meio ambiente gera o de emprego renda com emancipa o econ mica dos catadores economia solid ria e resgate da cidadania proporcionando uma melhor qualidade de vida aos integrantes do programa Os membros da associa o devem receber curso de capacita o em reciclagem A cria o de uma associa o de catadores de materiais recicl veis e reutiliz veis integrada por pessoas f sicas de baixa renda para o projeto lixo amigo al m dos efeitos sociais positivos confere prioridade ao munic pio de Novo Air o no acesso aos recursos da Uni o ou por ela controlados para o gerenciamento dos res duos s lidos art 79 II b Dec 7 404 2010 importante salientar que o poder p blico pode contratar sem licita o esse tipo de associa o ou cooperativa para os servi os p
368. palavras o ato de Discricionariedade Judicial n o deriva imediatamente de crit rio legal mas n o pode n o deve renunciar por completo s determina es pol tico jur dicas da Lei nela encontrando o estabelecimento de seu fundamento e limites NEVES 1995 p 536 O art 4 da Lei de Introdu o ao C digo Civil Lei 4 657 42 v g concede uma rea de liberdade discricion ria dispondo que em caso de omiss o da Lei o juiz decidir o caso de acordo com a analogia os costumes e os princ pios gerais do direito a individualiza o da pena segundo disp e a Constitui o ser regulada por Lei art 5 XLVI cabendo ao Juiz fazer a escolha discricion ria daquela que seja adequada e necess ria para dar cumprimento ao objetivo preventivo especial do Direito Penal dosando a proporcionalmente ao grau de culpabilidade do r u Em segundo lugar temos de considerar que pelo crit rio de contraposi o de vincula o desvincula o vamos encontrar no primeiro caso uma rea de decidibilidade restrita a uma s solu o jur dica depreendida pelo processo subsuntivo da regra legal ao passo que nos casos de autorizada e fundada Discricionariedade o rg o decisor encontrar v rias alternativas ou v rias possibilidades de decis es v lidas autorizadas por norma legal Esclarece Castanheira Neves Todas elas seriam para essa norma juridicamente equivalentes j que cada uma dessas decis es era
369. pectivar se esta ci ncia do mundo jur dico a partir da nova hermen utica que antes de conformar se ao processo silog stico imp e ao rg o decisor o dever de estabelecer a solu o para o problema jur dico convocando informa es metajur dicas passa se a perceber que as concretiza es pol tico criminais s o realizadas pelos Ju zes O que nos leva a reconhecer sua import ncia na formula o da pol tica criminal na medida em que a desconstru o de antigos paradigmas e a constru o de novos plasmadas na jurisprud ncia orientar o as estrat gias de controle do fen meno criminal O que se tem visto em nossa experi ncia jur dico jurisdicional no entanto n o a pavimenta o ordenada de uma jurisprud ncia apta a provocar re defini es pol tico criminais mas manifesta es de ativismo e decis es de significativa rebeldia dos Ju zes contra a Lei penal e at mesmo contra a Constitui o Num extremo encontram se as posi es ca ticas dos Ju zes para democracia e dos alternativistas que n o chegam a criar postulados metodicamente ordenados de reforma dogm tico jur dica mas revelam engajamento pol tico ideol gico Os Ju zes democratas pregam uma maior 20 O penalista portugu s refere a este prop sito que a pol tica criminal imanente ao sistema juridico constitucional n o sendo exata por isso a afirma o de que ela possa e deva fazer apelo directo e imediato ao sistem
370. penal Por um lado em raz o de termos legisla es anteriores a 1988 que mesmo passando por altera es est o em descompasso com o corpus iuris fundado pela Constitui o por outro pelo fato de que v rios fatores exercem direta influ ncia sobre o monop lio da tutela penal de bens jur dicos exigindo pol ticas de criminaliza o ou de descriminaliza o e de refor o de instrumentos a tornarem o processo apto consecu o dos fins do Direito Penal poss vel pensar se v g que os avan os tecnol gicos facultam medidas cautelares menos dr sticas do que a pris o preventiva como se v pela ado o do monitoramento eletr nico do indiciado ou do r u sob medida cautelar coercitiva mas a vida artificial que se desenvolve no ambiente virtual da internet 13 BARROSO Neoconstitucionalismo e constitucionaliza o do Direito tamb m dispon vel em lt http jus com br artigos 7547 neoconstitucionalismo e constitucionalizacao do direito gt Acesso em 25 mar 2014 sintetiza a ideia de constitucionaliza o da seguinte forma A constitucionaliza o expressa a irradia o dos valores constitucionais pelo sistema jur dico Esta difus o da Lei Maior pelo ordenamento se d por via da jurisdi o constitucional que abrange a aplica o direta da Constitui o a determinadas quest es a declara o de inconstitucionalidade de normas com ela incompat veis e a interpreta o conforme a Constitui
371. pes Cavalcante Jos Bernardo Ferreira J nior Karla Fregapani Leite K tia Maria Ara jo de Oliveira Lauro Tavares da Silva Leda Mara Nascimento Albuquerque Liani M nica Guedes de Freitas Rodrigues Lilian Maria Pires Stone Lincoln Alencar Queiroz Luciana Toledo Martinho Luciola Hon rio de Valois Co lho da Silva Luissandra Chixaro de Menezes Mara N bia Albuquerque da Cunha Marcelo Pinto Ribeiro Marco Aur lio Lisciotto Maria Cristina Vieira da Rocha Maria da Concei o Silva Santiago Maria das Gra as Gaspar de Melo Maria Eunice Lopes de Lucena Bittencourt Maria Piedade Queiroz Nogueira Belasque M rio Ypiranga Monteiro Neto Marlene Franco da Silva Marlinda Maria Cunha Dutra Mirtil Fernandes do Vale Neyde Regina Dem sthenes Trindade Nilda Silva de Sousa Ot vio de Souza Gomes Paulo St lio Sabb Guimar es Raimundo do Nascimento Oliveira Renilce Helen Queiroz de Sousa Rogeanne Oliveira Gomes da Silva Rog rio Marques Santos Ronaldo Andrade Ruy Malveira Guimar es Sandra Maria Cabral Miranda Barros Ramalho Sarah Pirangy de Souza Sheila Andrade dos Santos Sheyla Dantas Frota de Carvalho Silvana Nobre de Lima Cabral Silvana Ramos Cavalcanti S lvia Abdala Tuma Simone Braga Luni re da Costa Solange da Silva Guedes Moura Tereza Cristina Co lho da Silva V nia Maria do Perp tuo Socorro Marques Marinho Vicente Augusto Borges Oliveira Walber Luiz Silva do Nasci
372. pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais pressup e a rigorosa delimita o no tempo da medida coactiva do poder p blico d a exigibilidade pessoal significa que a medida se deve limitar pessoa ou pessoas cujos interesses devem ser sacrificados grifos do autor neste contexto de busca do meio menos interventivo que o subprinc pio da necessidade se desenvolveu ser proporcional aquela medida que provoque restri es apenas no limite do exig vel bem como seja a menos gravosa dentre outras aptas ao cumprimento do fim visado 4 3 Proporcionalidade stricto sensu O terceiro elemento parcial a compor o princ pio da proporcionalidade na verdade pode ser visto como uma terceira dimens o para a concretiza o deste princ pio haja vista que vem em complementariedade aos dois subprinc pios referidos na busca da aferi o da proporcionalidade da medida em an lise Assim Suzana Toledo de Barros 2003 p 84 85 afirma Muitas vezes um ju zo de adequa o e necessidade n o suficiente para determinar a justi a da medida restritiva adotada em uma determinada situa o precisamente porque dela pode resultar uma sobrecarga ao atingido que n o se compadece com a id ia de justa medida Assim o principio da proporcionalidade strictu sensu sic complementando os princ pios da adequa o e da necessidade de suma import ncia para indicar se o meio utilizado encontra se em razo
373. ples ma mas a express o da lei da gravidade o controle externo das a es policiais n o um simples enfrentamento corporativo e irracional mas a express o genu na de uma necessidade e de um desejo social garantia dos direitos fundamentais contra qualquer viola o Merece portanto maior aten o dos dirigentes pol ticos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 297 298 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil ter maior poder sobre os outros O ambiente antropof gico de competi o de enfrentamento de hostilidade declarada ou de resist ncia passiva sob um evangelho de desconfian a e ressentimento A pol cia v os promotores como burocratas que n o querem sujar as m os MACAULAY 2005 p 21 s enquanto os promotores veem a pol cia como corrupta e incompetente Existem casos aned ticos sobre a feroz resist ncia da pol cia ao controle do MP principalmente por setores policiais mais ligados viol ncia extors o corrup o e atividade criminal Em outubro de 1998 promotores de uma unidade especializada foram alertados por um prisioneiro sobre uma sess o de tortura em andamento em uma delegacia de furtos e roubos na cidade de Belo Horizonte A pol cia tentou impedir a entrada dos promotores na delegacia e quando da sa da vandalizaram os carros oficiais sob vaias Quando as rela es n o s o hostis a inefici ncia do Minist rio P blico no exerc cio do cont
374. princ pios da Administra o P blica O n o cumprimento integral do artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 ou seja o desvio dos recursos vinculados educa o ou a aplica o em n veis inferiores ao constitucionalmente determinado poder configurar ato de improbidade administrativa tipificado no artigo 11 da Lei 8 429 92 exigindo se para tanto prova incontest vel da conduta desonesta e do dolo do agente p blico aplicando se ao mprobo as san es legais cab veis Embora n o haja enriquecimento il cito nem vantagem indevida essa situa o incorrer em flagrante viola o dos princ pios da legalidade e da moralidade que regem a Administra o P blica Art 11 Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princ pios da administra o p blica qualquer a o ou omiss o que viole os deveres de cumprimento da lei honestidade imparcialidade lealdade s institui es e notadamente I praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de compet ncia II retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de of cio II revelar fato ou circunst ncia de que tem ci ncia em raz o das atribui es e que deva permanecer em segredo IV negar publicidade aos atos oficiais V frustrar licitude de concurso p blico VI deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz lo VII revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de tercei
375. principalmente pela conduta cuja ndole de desonestidade manifesta a devassid o do agente A Lei 8 429 92 que visa proteger o patrim nio p blico determina nos artigos 9 10 e 11 as modalidades de atos de improbidade administrativa enriquecimento il cito les o ao er rio ou infra o aos princ pios da Administra o P blica H portanto uma classifica o tripartite dos atos de improbidade administrativa Da descrever atos de improbidade administrativa como os 9 OSORIO F bio Medina Teoria da improbidade administrativa 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 p 152 10 ALVARENGA Aristides Junqueira Reflex es sobre a improbidade administrativa no direito brasileiro In BUENO Cassio Scarpinella PORTO FILHO Pedro Paulo org Improbidade administrativa quest es pol micas e atuais S o Paulo Malheiros 2001 p 88 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 83 84 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa praticados por agentes p blicos com dolo ou culpa no exerc cio de sua fun o administrativa que importe em enriquecimento il cito les o ao er rio ou infra o aos princ pios que norteiam a Administra o P blica Na classifica o tripartite dos atos de improbidade administrativa o enriquecimento il cito previsto no artigo 9 da Lei 8429 92 consiste em obter dolosamente vantagem patrimonial indevida
376. proporcionalidade e o direito tribut rio S o Paulo Dial tica 2000 SARLET Ingo Wolfgang A efic cia dos Direitos Fundamentais 6 ed rev atual e ampl Porto Alegre Livraria do Advogado 2006 Constitui o Direitos Fundamentais e Direito Privado Porto Alegre Livraria do Advogado 2003 SCHWABE J rgen Cincuenta a os de jurisprud ncia del Tribunal Constitucional Federal Alem n Tradu o de Marcela Anzola Gil Bogot Ediciones Jur dicas Gustavo Ibafiez Konrad Adenauer Stiftung 2003 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 24 ed S o Paulo Malheiros 2006 SILVA Virg lio Afonso da 4 constitucionaliza o do Direito S o Paulo Malheiros 2006 STEINMETZ Wilson Ant nio Colis o de Direitos Fundamentais e o princ pio da proporcionalidade Porto Alegre Livraria do Advogado 2001 TAVARES Andr Ramos Curso de Direito Constitucional 3 ed rev e atual S o Paulo Saraiva 2006 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes Sum rio 1 Introdu o 2 Instru o probat ria e provas il citas por deriva o 3 Mitiga o da proibi o da utiliza o de provas il citas por deriva o introduzida pela lei 11 690 2008 4 Considera es Finais Refer ncias Resumo O processo justo aquele forma
377. que poderia perseguir e quanto aos meios que poderia empregar Situando agora no espa o a forma o hist rica do princ pio da proporcionalidade observa se que suas primeiras aplica es mais significativas ocorreram no Direito Administrativo franc s sob o prisma do controle dos atos administrativos atrav s do recours pour exces de pouvoir recurso por excesso de poder instrumento processual adequado para postular se perante o Conselho de Estado a reforma de qualquer decis o administrativa por viola o ao princ pio da legalidade ou por desvio de poder habilitando assim os tribunais administrativos a investigar a compatibilidade intr nseca entre os motivos e as finalidades dos atos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 17 18 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais discricion rios e sua adequa o situa o de fato em vista da qual eram editados BARROS 2003 p 42 43 Uma vez consolidado o princ pio da proporcionalidade no Direito Administrativo franc s como mecanismo de controle do poder de pol cia do monarca no regime absolutista posteriormente como instrumento de controle da atividade discricion ria da administra o estatal por meio do sopesamento entre os motivos e as finalidades dos atos administrativos no Estado de Direito teoria do detournement du pouvoir atrav s da jurisdi o administrativa realizada pelo Conselho
378. que sua principal diferen a reside n o apenas em rela o gradua o mas sim em uma diferen a qualitativa NEVES 2013 p 89 90 4 Princ pios como mandamentos de otimiza o Ao contr rio do que se passa com as regras que em termos de cumprimento se aplica o tudo ou nada os princ pios dependem diretamente das oportunidades reais e jur dicas postas em cada situa o concreta e por isso a sua satisfa o poder ser realizada em distintos graus Nessa linha de racioc nio a caracter stica prima facie dos princ pios ou seja que eles se distinguen em que son normas que s lo ordenan uma finalidade pero no estabelecen la forma em que se deba cumplir em cada caso ESCUELA LIBRE DE DERECHO 2006 p 237 traduz o real sentido da express o mandamento de otimiza o Isso demonstra que a diferen a essencial entre regras e princ pios exatamente qualitativa ou conceitual e n o simplesmente ligada ao grau de generalidade entre uma e outra esp cie normativa As regras s o normas que exigem pleno cumprimento 1 Distinguem se em que s o normas que s ordenam uma finalidade mas n o estabelecem a forma em que deva ser cumprido em a cada caso tradu o pr pria RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro ou seja obrigat rio fazer precisamente o que ordena possibilidade f tica e jur dica A forma caracter stica de aplica o das regras por isso a subsun
379. r ncias Resumo Este artigo trata da fun o que deve ser atribu da ao Direito Penal Nessa linha problematiza se o tema com a seguinte indaga o as fun es normalmente atribu das ao Direito Penal pela doutrina s o suficientes para demarcar os limites entre a liberdade individual e a interven o jur dico penal do Estado Ap s realizar uma an lise preliminar acerca das fun es tradicionalmente atribu das pela doutrina ao Direito Penal o artigo instaura uma discuss o sobre o tema apontando a necessidade de se entender o Direito Penal como Mestrando em Criminal Justice pela California Coast University Especialista em Direito Constitucional pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas UFAM Ex Advogado Agente T cnico Jur dico do Minist rio P blico do Estado do Amazonas lotado na 60 Promotoria de Justi a Especializada no Controle Externo da Atividade Policial PROCEAP RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 313 314 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o forma de declarar primeiramente os limites do exerc cio das diversas liberdades coexistentes e em caso de conflito declarar a exist ncia de desrespeito a uma dessas liberdades e atribuir a responsabilidade cab vel a quem violou a liberdade alheia Ademais o artigo comporta um referencial te rico paut
380. r f sico e espiritual Uma sadia qualidade de vida abrange esta globalidade acatando o fato de que um m nimo material sempre necess rio para o deleite espiritual O direito econ mico artigo 170 caput e o ambiental artigo 225 caput se interceptam na express o qualidade de vida Apresentando os seguintes enunciados RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 239 240 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus Art 170 A ordem econ mica fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos exist ncia digna conforme os ditames da justi a social Art 225 Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es No livro Curso de Direito Constitucional se aproximam os conceitos de direitos humanos e dignidade da pessoa humana No Brasil igualmente significativo o esfor o pela concretiza o desse princ pio tanto no plano legislativo quanto jurisprudencial e doutrin rio em que pesem nunca demais insistir as nossas cr nicas dificuldades materiais e socioculturais para tornar efetivo o respeito dignidade da pessoa humana Nesse contexto merecem registro pelo seu relevo os 3 e 4 introduzidos no art 5 d
381. ral que pretende incutir pois um ato moral um ato livre se a moral passa a ser ditada pela amea a da pena ent o n o se trata de um ato livre pois a conduta tomada n o livremente perseguida G nther Jakobs como dito prega ser a fun o do Direito Penal a estabiliza o das expectativas normativas e a prote o da vig ncia das normas Contudo o sistema social n o pode se conservar em benef cio pr prio e sim exclusivamente em benef cio das pessoas que vivem em sociedade A norma n o pode pretender unicamente a obedi ncia por parte dos cidad os devendo sempre se dirigir obten o de uma a o ou omiss o ou seja produ o de um determinado estado de coisas Em um Estado que se quer Democr tico de Direito esse estado de coisas deve ser a conviv ncia pac fica livre e respeitosa dos direitos humanos dos distintos membros da sociedade A obje o central que caberia dirigir a no o de Jakobs se 4 Para uma an lise pormenorizada desta quest o cf VIANNA Felipe Augusto Fonseca O direito fundamental liberdade de consci ncia e a impossibilidade de imposi o de valores morais pelo Estado atrav s de normas penais Revista Jur dica do Minist rio P blico do Estado do Amazonas v 12 p 157 179 2011 15 Em verdade o Estado que pretende impor uma moral imoral porque o m rito moral produto de uma escolha livre frente a possibilidade de escolher outra coisa carece de m rito aquele q
382. re o controle das a es policiais no Brasil papel mas o contr rio a folha de papel de uma Constitui o n o pode por si s constituir um fator real de poder Na aus ncia de certos pr requisitos sociais ou poliarquicos na vis o de R A Dahl a previs o constitucional n o pode garantir a liberdade e o equil brio entre as institui es Assim como acertadamente destaca Fiona Macaulay 2005 p 18 pelo menos no papel o Minist rio P blico uma ag ncia extremamente poderosa no monitoramento e controle da pol cia No entanto apesar do otimismo desses poderes de jure criado na comunidade dos direitos humanos os resultados t m sido muito decepcionantes at o momento Em contraste com o desempenho forte e pr ativo do Minist rio P blico em outras reas de sua compet ncia principalmente no combate corrup o pol tica e improbidade na Administra o P blica a institui o tem falhado em exercer um controle consistente e firme sobre a pol cia principalmente em coibir abusos graves dos direitos humanos N o h d vida de que os meios condicionam os fins CATLIN 1964 p 75 ou seja se os mecanismos jur dicos colocados disposi o do Minist rio P blico s o escassos e de pouca efetividade pr tica obviamente que os fins de preven o controle e responsabiliza o dos abusos policiais n o ser o alcan ados na extens o profundidade e agilidade desejadas pela sociedade Os fins s po
383. retiza o do direito atribu do Note se que nesta ocorr ncia existe uma clareza normativa sem igual definiu se a prerrogativa subjetiva com identifica o incontroversa de quem pode exerc la o objeto e quem possui o dever jur dico de prest lo no caso o Poder P blico Nos termos do disposto no artigo 205 da Constitui o Federal de 1988 h uma obriga o constitucional ao Estado de criar condi es objetivas para efetiva o do direito educa o Essa realiza o contudo n o constitui uma op o pol tica do governante nem uma avalia o meramente discricion ria da Administra o P blica ao contr rio trata se de uma imposi o do pr prio texto constitucional de car ter vinculante Entre elas encontram se a obrigatoriedade de recursos destinados educa o e a obriga o de um Plano Nacional de Educa o a fim de que tais recursos tenham destina o e acompanhamento adequados 16 KRELL Andreas J Controle judicial dos servi os p blicos b sicos na base dos direitos fundamentais sociais In SARLET Ingo Wolfgang Org A Constitui o concretizada construindo pontes com o p blico e privado Porto Alegre Livraria do Advogado 2000 p 33 17 NUNES JUNIOR Vidal Serrano A Cidadania social na constitui o de 1988 estrat gias de positiva o e exigibilidade judicial dos direitos sociais S o Paulo Verbatim 2009 p 123 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 87 88 A n o vin
384. rg A Constitui o concretizada construindo pontes com o p blico e privado Porto Alegre Livraria do Advogado 2000 p 25 60 MATTOS Mauro Roberto Gomes de O Limite da improbidade administrativa coment rios lei n 8429 92 5 ed Rio de Janeiro Forense 2010 MORAES Alexandre de Constitui o do Brasil interpretada e legisla o constitucional S o Paulo Atlas 2002 NAVIA Luis E Di genes O c nico S o Paulo Odysseus 2009 NOBRE J NIOR Edilson Pereira Improbidade Administrativa alguns aspectos controvertidos Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro v 235 p 61 91 jan mar 2004 NUNES J NIOR Vidal Serrano 4 cidadania social na constitui o de 1988 estrat gias de positiva o e exigibilidade judicial dos direitos sociais S o Paulo Verbatim 2009 OLIVEIRA Romualdo Portela de O financiamento da educa o In OLIVEIRA Romualdo Portela de ADRI O Theresa Org Gest o financiamento e direito educa o an lise da Constitui o Federal e da LDB 3 ed S o Paulo Xam 2007 p 83 122 OS RIO F bio Medina Teoria da improbidade administrativa 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 PAZZAGLINI Filho Marino Lei de improbidade administrativa comentada S o Paulo Atlas 2002 SILVA Jos Afonso da Curso de direito constitucional positivo 27 ed S o Paulo Malheiros 2006 SOUZA Motauri Ciocchetti Direito da educa o In NUNES J NIOR Vi
385. ria de acordo com suas ideias preconceitos idiossincrasias sob uma forma experimental arbitr ria e muitas vezes exc ntrica refletindo um car ter personal stico e voluntarista pouco compat vel com a postura institucional impressa na estrutura atividades e a es do Minist rio P blico O art 129 inc VII da Constitui o Federal que atribuiu ao MP o controle externo da atividade policial remete lei a tarefa de regulamentar a atribui o norma de efic cia limitada ou reduzida n o produzindo por si mesma todos os seus direitos essenciais At os dias de hoje s h um artigo de lei com cinco incisos de hierarquia federal o art 90 da Lei Complementar n 75 1993 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o que concede um breve aceno ao tema e tra a p lido esbo o da fun o Essa pen ria normativa muito bem ressaltada pelo Conselho Superior da Pol cia Federal atrav s da Resolu o n 1 2010 CSP DPF de 26 03 2010 O controle externo da atividade policial pelo Minist rio P blico est adstrito s hip teses previstas no art 90 da Lei Complementar n 75 de 1993 O objetivo da referida resolu o policiaca evitar abusos ou excessos no exerc cio das atividades funcionais entre autoridades policiais e membros do Minist rio P blico Ou seja em bom portugu s o controle sobre o controle o fiscalizado tra ando os limites da atividade do fiscal sintetizando em resolu
386. rid Trotta 2004 GUERRA FILHO Willis Santiago Processo Constitucional e Direitos Fundamentais 4 ed S o Paulo RCS 2005 HABERLE Peter La garantia del contenido esencial de los derechos fundamentales Madrid Dykinson S L 2003 INFOESCOLA C lulas tronco Disponivel em lt http www infoescola com citologia celulas tronco gt Acesso em 6 dez 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 283 284 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 LUNO Antonio E Perez Los Derechos Fundamentales Madrid Tecnos 2004 Tradu o pr pria MENDES Gilmar Ferreira COELHO Inoc ncio Martins BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional 2 ed S o Paulo Saraiva 2008 NEVES Marcelo Entre hidra e h rcules Princ pios e regras constitucionais como diferen a paradoxal do sistema jur dico S o Paulo Martins Fontes 2013 PAULATTI Let cia Carla ANGELUCCI Cleber Affonso Anencefalia e sua amplitude Dispon vel em lt http intertemas unitoledo br revista index php E TIC article viewFile 2316 1811 gt Acesso em 6 dez 2013 VIGO Rodolfo Luis Perspectivas iusfilosoficas contempor neas Ross Hart Bobbio Dworkin Villey Alexy Fins 2 ed Buenos Aires Abeledo Perrot 2006 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Panorama sobre o controle das a es policiais no Brasil Jo o Gaspar Ro
387. rimes of jurisdiction of the International Criminal Court Abstract This work aims to deal with the crimes predicted by RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 227 228 Internacionaliza o do Direito Penal e os crimes de compet ncia do Tribunal Penal Internacional the international criminal court and its efforts to ensure human rights It also discusses the International Criminal Law as a cultural phenomenon and its behavior before the consecrated principle of legality weaving observations on the emergence of such principle Approaches the phenomenon of internationalization of Criminal Law as well as contextualizes the emergence of International Criminal Law This work comments finally the crimes in kind listed in the Rome Statute in other words genocide crimes against humanity war crimes and crimes of aggression Keywords Rome Statute Genocide War Humanity Aggression Refer ncias AMBOS Kai A constru o de uma parte geral do direito penal internacional In Tribunal Penal Internacional possibilidades e desafios AMBOS Kai e JAPIASSU Carlos Eduardo Adriano Orgs Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 p 1 31 A parte geral do direito penal internacional bases para uma elabora o dogm tica S o Paulo Revista dos Tribunais 2008 ANTOLISEI Francesco Manuale di diritto penale parte generale Milano Giuffr 1952 BACIGALUPO Enrique Direito penal parte geral S o Paulo Malheiros Editores 2005
388. ro antes da respectiva divulga o oficial teor de medida pol tica ou econ mica capaz de afetar o pre o de mercadoria bem ou servi o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 95 96 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa Como preconiza o artigo 11 da Lei 8 429 92 todo agente p blico que comportar se em desacordo com os deveres de honestidade imparcialidade legalidade e lealdade estar incorrendo em ato de improbidade administrativa porque tais valores est o relacionados com os princ pios da Administra o P blica o que explica Roberto Decomain De toda sorte aqueles valores ou coincidem diretamente com princ pios constitucionais da Administra o ou est o nitidamente compreendidos neles A legalidade expressamente referida no caput do artigo A honestidade ali tamb m presente marca caracter stica da quebra do princ pio constitucional da impessoalidade Por fim a lealdade s institui es gravita tamb m na rbita da moralidade administrativa Quem desleal para com a entidade estatal em nome da qual ou para a qual atua agride a moralidade administrativa No mesmo sentido disp e Marcelo Figueiredo Infringe o dever de honestidade o agente que mant m conduta incompat vel com a moralidade administrativa Infringe o dever de imparcialidade aquele que atenta contra a impessoalidade Infringe a legalidade o agente q
389. roagir devem ser declarados nulos todos os atos decis rios praticados incluindo o que deferiu o pedido de busca e apreens o A prova colhida em raz o da busca e apreens o il cita porque mesmo que o procedimento de colheita tenha sido realizado com a observ ncia de todas as formalidades legais quem determinou aquela medida cautelar n o poderia faz lo de onde emerge que a ilicitude proibida pela Constitui o alcan a todos os desvios das garantias do processo justo incluindo por bvio a ilicitude decorrente da viola o do Princ pio do Juiz Natural evidenciada com a posterior declara o de incompet ncia absoluta daquele rg o jurisdicional Todavia o Superior Tribunal de Justi a ao julgar a A o Penal 536 BA consignou mediante pronunciamento da Corte Especial que a declara o de incompet ncia absoluta n o alcan a os atos probat rios praticados anteriormente e permitiu RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes que os elementos colhidos durante a busca e apreens o fossem encaminhados ao ju zo competente de maneira a viabilizar a instru o processual e justificar o tempo do processo e eventual condena o A proibi o da utiliza o de provas il citas por deriva o um direito fundamental e n o pode ser afastado simplesmente para viabilizar se a instru o processual penal ou pior para justificar a puni o de um acusado O processo justo exi
390. robidade administrativa 6 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa O chefe do Poder Executivo que n o observa o percentual m nimo de receitas na manuten o e desenvolvimento de ensino despreza norma cogente do artigo 212 da Constitui o Federal de 1988 e viola diretamente o princ pio da legalidade administrativa que exige do administrador fiel execu o lei Ineg vel que esse desvio de verbas acaba por lesionar sobretudo importante direito fundamental da pessoa humana 34 MATTOS op cit p 376 377 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel a educa o Diante dessa conduta il cita estaria o mesmo cometendo ato de improbidade administrativa pun vel com as san es severas do artigo 12 da Lei 8 429 92 Essa uma quest o pol mica Como exposto a Lei 8 429 92 que regulamenta o 4 do artigo 37 do Texto Fundamental foi criada com o prop sito de punir exclusivamente o administrador desonesto Por desonestidade deve se entender o desvio de conduta do agente p blico que no exerc cio indevido de suas fun es afasta se dos padr es ticos morais da sociedade gt O comportamento do agente p blico considerado improbo que revela m f na gest o da coisa p blica deve portanto extrapolar o campo da ilegalidade administrativa Ora quando o administrador p blico se omite do dever constitucional de aplicar
391. role explica se por uma din mica ou estrat gia de captura capture theory ou de coopta o Por essa estrat gia os setores controlados subvertem o zelo e a efici ncia do rg o controlador Pela proximidade de objetivos institucionais apura o de crimes preserva o da ordem p blica preven o da criminalidade MP e pol cia s o postos na conting ncia de cooperar e pelo contato frequente acabam compartilhando valores Isto pode levar a uma vincula o promiscua entre o controlador e o controlado com comprometimento da independ ncia do controlador e distor o das finalidades Como desdobramento dessa estrat gia de captura a pol cia atrav s de seus rg os colegiados edita resolu es e atos normativos internos regulando a forma do controle externo e at os seus limites Isso muitas vezes obriga o Minist rio P blico a buscar a garantia de suas prerrogativas institucionais RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues na justi a cujos resultados incertos e tardios comprometem a efici ncia fiscalizat ria O antagonismo corporativo levantado pelas pol cias e seus rg os de classe alimentado por uma cultura que v a pol cia como um universo jur dico paralelo termina por influenciar a din mica do controle externo que por ess ncia deve ser objetivo rigoroso e eficiente passa a ser t mido manemolente e ineficiente tudo pelo receio pat tico de ferir suscetibilidades policiacas um c
392. roporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 preval ncia de um determinado princ pio sobre outro em um caso espec fico n o excluir o princ pio preterido preservando se a harmonia do ordenamento jur dico em homenagem a uma finalidade ainda maior que a de proibi o de contradi o O modo atrav s do qual s o resolvidas as colis es entre princ pios se d portanto de modo absolutamente diverso daquele utilizado para o conflito de regras pois n o se h que falar em elimina o de um princ pio para a aplica o de outro em casos de colis o aparente bastando por m a realiza o de pondera o dos valores envolvidos de modo a permitir a maior efic cia poss vel de ambos 8 Conclus o Conforme se exp s no presente trabalho novos caminhos t m sido tra ados em rela o aos direitos fundamentais uma vez que ap s a consolida o do Estado de Direito tais bens jur dicos passaram a representar importante instrumento limitador atua o do Estado no mbito da liberdade privada do cidad o mesmo porque o salvaguardar destes significa em sua pr pria ess ncia a garantia de respeito liberdade e dignidade de seus destinat rios Os direitos fundamentais se apresentam como conjunto de valores e objetivos b sicos e ao mesmo tempo com o marco da prote o das situa es jur dicas subjetivas e por esta raz o se apres
393. rramenta o cidad o pode solicitar qualquer informa o e servi o relativo ao sistema de limpeza urbana facilitando o acesso atendimento e conhecimento das a es e dos servi os p blicos municipais Al m disso a Central pode atuar como um disque den ncia Esta medida integra o cidad o e contribui para a diminui o de irregularidades ambientais despejos inadequados e indiscriminados de res duos ou insatisfa o com servi os de coleta e transporte Ao ligar para a prefeitura o denunciante fornece dados que possam identificar o local da irregularidade como nome do logradouro hor rio do despejo dos res duos n mero da placa do ve culo usado no transporte etc As reclama es feitas fora do hor rio comercial s o registradas em uma secret ria eletr nica e apuradas pelos fiscais do setor durante a semana 5 4 Centro de triagem desmontagem prensagem e tritura o A Lei n 11 445 de 05 01 2007 que estabelece as diretrizes para o saneamento b sico prev que o servi o p blico de limpeza urbana e manejo de res duos s lidos composto dentre outras atividades pela triagem para fins de re so ou reciclagem de tratamento inclusive por compostagem e de disposi o final dos res duos art 7 inc II Em local f sico j arrecadado pela Prefeitura de Novo Air o Cf Plano de gerenciamento integrado de res duos s lidos PGIRS Vol II Proposi es Rio Negro PR 2008 Dispon vel em lt
394. s Tib rio Celso Gomes dos Santos Sum rio 1 Introdu o 2 Do princ pio da proporcionalidade 2 1 1 Forma o hist rica 2 1 2 Fundamento e finalidade 3 Proporcionalidade versus razoabilidade 4 Os subprinc pios do princ pio da proporcionalidade 4 1 Adequa o 4 2 Exigibilidade necessidade 4 3 Proporcionalidade stricto sensu 5 Exemplos jurisprudenciais de utiliza o do princ pio da proporcionalidade para a solu o de conflitos envolvendo os direitos fundamentais 6 Conclus o Refer ncias Resumo O presente artigo apresenta como tem tica principal colher os principais elementos de natureza hist rica filos fica e jur dica presentes para a formata o do conceito atual de princ pio da proporcionalidade de modo a colher elementos para a intelec o adequada de sua utiliza o como t cnica para solu o de conflitos entre direitos fundamentais Revela se importante tal estudo na medida que se observa uma forte tend ncia de multiplica o de demandas judiciais a desafiar a aplica o dos mecanismos de tutela dos direitos fundamentais Neste contexto poder ser analisado neste trabalho atrav s da utiliza o de metodologia descritiva e explorat ria como o somat rio evolutivo dos fundamentos hist ricos filos ficos e jur dicos do princ pio da proporcionalidade conduziu o ao atual patamar de t cnica para solu o de conflitos entre direitos fundamentais Procurador Chefe da Fazenda Nacional no Estad
395. s de ineg vel relev ncia para a vida humana na sociedade contempor nea Com base nisso esse mesmo autor entende que a natureza do bem jur dico penal tribut rio segundo as diretrizes funcionalistas s o as que melhor se adequam dignidade RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 183 184 Dignidade do bem juridico penal tributario constitucional do bem jur dico pois s o as mais representativas dos valores consagrados na Carta ALENCAR 2008 p 71 Pires 2010 p 133 vai de encontro ao entendimento de parcela da doutrina que rejeita a legitimidade da tutela realizada pela norma penal tribut ria sem o necess rio rigor cient fico para tanto Como se transcreve argumenta es que entendem duvidosas ou n o merecedoras de tutela penal o conte do do campo tribut rio por serem gen ricas almejando se criminol gicas sem utiliza o de m todos cient ficos da avalia o dos fundamentos ou decorrentes de percep es pr prias de um dado momento Para ilustrar o mesmo doutrinador cita os exemplos de Ives Gandra Martins e Hugo de Brito Machado Para aquele a incid ncia no tipo criminal da sonega o fiscal justific vel por ser a norma penal tribut ria de rejei o social como consequ ncia da espolia o perpetrada pelo Estado Enquanto o segundo entende que ileg tima a criminaliza o do bem jur dico tribut rio visto que este n o possui justifica o tica Bal
396. s que a fun o de prote o a bens jur dicos n o pode ser desempenhada por um Direito Penal democr tico e fundado na dignidade da pessoa humana Resta ent o procurar se uma nova fun o a ser exercida por ele 4 Premissas pol ticas e jusfilos ficas para o trato da fun o do Direito Penal Antes de iniciar se a exposi o das premissas pol ticas e jusfilos ficas necess rias ao trato adequado da fun o do Direito Penal deve se alertar o leitor de que tanto tais premissas quanto grande parte das ideias que levar o fun o do Direito Penal que se defender n o s o cria es solit rias deste autor e sim do Mestre e Professor Marco Ant nio Santos Reis amigo deste autor e com quem desde h muito ele debate sobre a ci ncia juridico penal gt As ideias que seguem s o frutos da consider vel constru o intelectual do Professor Marco Ant nio Santos Reis e podem ser vistas em sua disserta o de Mestrado 2011 passim bem como em seu artigo 201 la passim ainda que neste ltimo n o como assunto principal da quest o por ele ali tratada Tal constru o te rica ap s inicial desenvolvimento por parte do Professor foi debatida com este autor que fez pequenos apontamentos e observa es quanto a ela por meio 25 Cf REIS Marco Antonio Santos Considera es sobre a doutrina do dolus generalis e dos desvios causais Jus Navigandi Teresina ano 19 n 3901 7 mar 2014 p 3 onde o referido Prof
397. s antigas al m de apertadas vagas no estacionamento Trata se de um cen rio RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas considerado como normal em uma cidade No entanto esse mesmo cen rio exclui um em cada mais de catorze brasileiros com determinados tipos de defici ncia fisica Para alterar essa situa o preciso vontade politica diante das provid ncias que precisam ser tomadas nos edif cios utilizados pelas diversas esferas do governo e uma luta cont nua no sentido de alterar essas situa es nos variados ambientes privados Por isso para garantir o direito de livre acesso ao meio f sico e de livre locomo o reconhecido pela Constitui o Federal falta uma vis o mais clara de obrigatoriedade bem como uma liga o entre a lei e os j existentes par metros estabelecidos pelas normas t cnicas de acessibilidade feita pela ABNT The right of a wheel chair accessible provided in an environment legislation in force in applied Manaus Abdstract We live in a social problem in Manaus The difficulty of movement of wheelchair users We compared the compatibility of the right of disabled people under the law in force with government measures taken in the city of Manaus Accessibility is the right of citizens including people with disabilities to move around The lack of this leads to the exclusion of opportunities for social progress resulting in the marginalization and social segregation Amon
398. s com mais 20 mil habitantes o instrumento b sico da pol tica de desenvolvimento e de expans o urbana O 2 disp e que a propriedade urbana cumpre sua fun o social quando atende s exig ncias sociais de ordena o da cidade expressas no plano diretor O plano diretor compreendendo a zona urbana de expans o urbana e urbaniza o espec fica o conjunto de normas legais e diretrizes t cnicas para o desenvolvimento global do munic pio Do Munic pio todo porque segundo o 2 do art 40 da Lei n 10 257 2001 o plano diretor dever englobar o territ rio do munic pio como um todo inclusive a rural Tem sentido a disposi o normativa de abrang ncia total do territ rio do Munic pio porque o plano diretor est compreendido no planejamento municipal art 4 III a do Estatuto da Cidade CASTRO 2010 p 377 403 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas Quanto ao processo de elabora o do Plano Diretor de Manaus inicialmente ser consultada a popula o e os dados coletados tanto nos question rios como nas audi ncias p blicas v o contribuir com o novo Plano Diretor Com um instrumento renovado e atualizado em rela o s caracter sticas mais recentes da cidade tudo isso vai para o papel em forma de anteprojeto de lei sendo encaminhado C mara Municipal de Manaus CMM para mais debates populares O aval final da popula o e dos vereadores permite que o prefe
399. s constitucionais ou legais 1 S o tamb m inadmiss veis as provas derivadas das il citas salvo quando n o evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras Em verdade antes mesmo da inova o legislativa j existia dispositivo no C digo de Processo Penal que tratava da nulidade sucessiva de atos praticados no processo penal Trata se do ainda vigente art 573 que assim estatui Art 573 Os atos cuja nulidade n o tiver sido sanada na forma dos artigos anteriores ser o renovados ou retificados 1 A nulidade de um ato uma vez declarada causar a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequ ncia 22 O juiz que pronunciar a nulidade declarar os atos a que ela se estende Do enunciado normativo j se extra a a conclus o de que reconhecida a nulidade de uma prova decorrente da sua ilicitude todos os outros atos incluindo provas posteriores e dela decorrentes teriam a sua nulidade tamb m declarada O Supremo Tribunal Federal j havia em mais de uma oportunidade reconhecido a aplica o da Teoria dos Frutos da rvore Envenenada consoante se observa do seguinte RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes trecho de ac rd o oriundo daquele Pret rio Excelso quando se deparou com a apreens o de livros cont beis e documentos fiscais realizada
400. s da teoria da prote o ao bem jur dico admitirem a possibilidade de criminaliza o que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 349 350 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o n o protejam bem jur dico algum Ora afirmar que a fun o do direito penal a prote o de bens jur dicos e ao mesmo tempo admitir a possibilidade de criminaliza o que n o ofendam bem jur dico algum demonstra o cabal de que n o se pode esperar de tal fun o qualquer limite intranspon vel s lido atividade do legislador Em segundo lugar preserva um mbito inatac vel de autonomia individual da pessoa humana crit rio que ao mesmo tempo n o depende de dados emp ricos para legitimar a criminaliza o de uma conduta e n o consequencialista como a teoria da prote o a bens jur dicos Em terceiro lugar impede incrimina es que tenham como objeto algum interesse puramente estatal e que n o guarde uma rela o direta com a pessoa tais como a resist ncia o desacato e a desobedi ncia Em quarto lugar n o imp e como meta a preserva o de valores morais sen o em ltima an lise elege como condi es imprescind veis aquelas relativas exist ncia e manuten o da vida e do exerc cio da liberdade individual em suas v rias manifesta es desde que n o haja viola o a condi es 38 Seria o caso p ex da incrimina o do
401. s dos olhos e destin los a c u aberto o procedimento usual na maioria dos 5 570 munic pios brasileiros Os munic pios enfrentam problemas como inexist ncia de uma pol tica brasileira de limpeza p blica limita o financeira arrecada o insuficiente tarifas desatualizadas falta de capacita o t cnica descontinuidade pol tica falta de controle ambiental e desinforma es dos membros da comunidade sobre os efeitos mal ficos dos RSU n o gerenciados por um sistema adequado O projeto em sua estrutura global guiada pela ideia de desenvolvimento sustent vel e aproveitamento econ mico contempla algumas diretivas b sicas que representam uma verdadeira hierarquia dos res duos preven o e redu o educa o ambiental prepara o para a reutiliza o reciclagem tratamento e elimina o Essa forma de encarar o problema vem de encontro aos objetivos da Lei n 12 305 de 02 08 2010 que em seus arts 7 inc II e 9 caput disp e que na gest o e gerenciamento de res duos s lidos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade n o gera o redu o reutiliza o reciclagem tratamento dos res duos s lidos e disposi o final ambientalmente adequada dos rejeitos 2 Objetivo do projeto Um dos maiores problemas do meio ambiente artificial brasileiro espa o urbano s o os res duos s lidos produzidos pela sociedade urbano industrial de massa os chamados 146 RJMPAM v 15 n 1 2 jan
402. s e acabadas na Lei seja em raz o de suas imperfei es lingu sticas seja porque o ordenamento jur dico tout court fragment rio leva nos a admitir que o of cio judicante s ser poss vel na medida em que aceitarmos uma figura de magistrado diversa do ser aut mato o que executa seu mister mec nica e burocraticamente Por outras palavras a interpreta o das normas jur dicas e sua transposi o do mbito abstrato e gen rico para o da concre o e individua o do Direito exige que se estabele a uma esfera de liberdade para a atua o do Juiz que dispondo da prerrogativa dever de decidibilidade h de chegar ao resultado mais adequado necess rio e razo vel para a quest o problem tica Essa a prerrogativa da Discricionariedade Judicial Mas isso n o quer dizer que o Juiz tal como um Deus ex machina possa irromper no processo com uma decis o inusitada e original A liberdade para interpretar e criar a norma positiva n o equivale pois a um poder ilimitado A atua o judicial e a bondade das decis es devem ser aferidas por um lado internamente ao desenvolvimento decis rio de modo que se evidencie o cabimento da norma casuisticamente positivada dentro de limites legalmente estabelecidos e por outro externamente onde a decis o produz seus efeitos devendo ela manifestar um bonum a express o daquilo que jur dica e eticamente aceit vel Assim nesta primeira aproxima o categoria podemos di
403. s il citas Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro n 213 p 159 jul set 1998 BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Presid ncia da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF 5 de out 1988 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constituicao ConstituicaoCompilado htm gt Acesso em 5 jul 2013 Decreto Lei n 3 689 de 3 de outubro de 1941 C digo de processo penal Presid ncia da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF 5 de out 1988 Dispon vel em lt http www planalto gov br RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes ccivil 03 decreto lei del3689 htm gt Acesso em 5 abr 2014 Lei 11 690 de 9 de junho de 2008 Altera dispositivos do Decreto Lei no 3 689 de 3 de outubro de 1941 C digo de Processo Penal Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 _ ato2007 2010 2008 lei 111690 htm gt Acesso em 5 abr 2013 Superior Tribunal de Justi a Corte Especial A o penal 536 BA Rel Min Eliana Calmon DJe 4 abr 2013 Supremo Tribunal Federal Ac rd o no HC 69 912 0 GO Relator PERTENCE Sep lveda Publicado no DJ de 1 fev 1994 Supremo Tribunal Federal Ac rd o no HC 93 050 Rf Relator MELLO Celso de Julgamento 10 jun 2008 Supremo Tribunal Federal Ac rd o no RE 201 819 RS Relator GRACIE Ellen Publicado no DJ de 27 out 2006 Supremo Tribunal
404. s legais j existentes atendem plenamente ao objetivo de estabelecimento de um controle externo da atividade policial pelo Minist rio P blico A sua implementa o n o se verifica em raz o de aus ncia de normas regulamentadoras dependendo exclusivamente de um posicionamento pr ativo do pr prio Minist rio P blico e dos Governos Estaduais N o se criam fantasmas pelo gosto de combat los tal como n o se aponta a in rcia legislativa do governo pelo gosto da cr tica A situa o evidente por si Fato que diante da apatia e do desinteresse do legislador nacional em regulamentar efetiva e responsavelmente dito controle externo na ess ncia e na forma a evolu o dos poucos mecanismos jur dicos se realiza lentamente sob o influxo de for as centrifugas elementos inconscientes e 8 SOUZA 2001 p 10 Ainda bem que a doutrina realmente cient fica vislumbra o bvio insufici ncia normativa LOPES JUNIOR 2005 p 139 MAZZILLI 1991 p 22 MACAULAY 2005 p 03 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues condi es limitadoras principalmente as de car ter corporativo e antag nico H poucos pontos onde assentar o p e alavancar um controle externo eficiente para conter os abusos policiais vistos e noticiados hora a hora dia a dia Os atuais diques erguidos contra os abusos policiacos s o muito fr geis e at considerando as constela es pol ticas que envolvem a mat ria proposi
405. s maus tratos a animais art 32 da Lei n 9 605 1998 Cf sobre o tema os conhecidos trabalhos de GRECO Lu s Moderniza o do direito penal bens jur dicos coletivos e crimes de perigo abstrato Rio de Janeiro Lumen Juris 2011 p 89 et seq com bibliografia acerca do tema na nota 65 p 90 Idem breves reflex es sobre os princ pios da prote o de bens jur dicos e da subsidiariedade no direito penal In BRITO Alexis Augusto Couto de VANZOLINI Maria Patr cia Direito penal aspectos jur dicos controvertidos S o Paulo Quartier Latin 2006 p 160 et seq 39 O pr prio Luis Greco reconhece tal m cula e hoje n o mais advoga a teoria da prote o a bens jur dicos nos moldes por ele defendidos nos trabalhos 3 mencionados Como ele afirma acabei mudando consideravelmente minha maneira de enxergar os temas aqui discutidos porque desde o meu estudo sobre o incesto e da minha tese de doutorado deixei de acreditar em boa parte do potencial liberalizante da ideia de bem jur dico e passei a preferir fazer uso de no es como privacidade e autonomia GRECO op cit 2011 p viii RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Felipe Augusto Fonseca Viana alheias Logo n o se trata de um ide rio eticizante mas de uma proposta que entrega nas m os das pessoas a liberdade para agir dentro de certos limites e por via de consequ ncia a responsabilidade pelos fatos praticados Em quinto lugar trabalha c
406. s sistemas de transporte no pa s al m disso os ve culos com o conceito Piso Baixo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 243 244 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus ou seja aqueles que possuem o piso interno rebaixado para possibilitar o acesso sem barreiras f sicas para as pessoas com defici ncia ou com mobilidade reduzida O autor Jos Nilo de Castro trata em sua obra Direito Municipal Positivo a rela o da cidade com o cidad o objetivando promover ambientes acess veis a todos A cidade e o cidad o t m uma intera o sens vel e sentida A cidade reage medida da provoca o do cidad o pela for a de seus princ pios informadores que s o os da centralidade e da diversidade Informa a cidade o princ pio da centralidade porque a cidade o centro de tudo centro administrativo centro pol tico centro religioso centro econ mico financeiro centro cultural H seguramente a uma for a centr peta irresist vel A informar a cidade est o princ pio da diversidade porque nela se situa e se desenvolve pluralidade de ra as e de etnias de profiss es e de religi es de culturas e de troca de informa es S o duas for as das entranhas da cidade a centralidade e a diversidade O cidad o etimologicamente prov m do latim cives civis raiz comum de cidade civitas civitatis assim como urbano prov m de urbs urbis que
407. sas condenou o ex prefeito do Munic pio de S o Jos da Bela Vista por ato de improbidade administrativa incurso no artigo 11 da Lei 8 429 92 com o seguinte fundamento N o tem o Administrador P blico poderes discricion rios para descumprir mandamento impositivo da Constitui o ainda que em pequena propor o A alega o de que pode ter inocorrido defesa do administrador p blico pelo fato alegado de n o receber DOE inconsistente O pagamento de despesas de anteriores administra es tamb m em nada auxilia A fls 26 consta a aquisi o consideradas despesas ineleg veis de bola de futebol medalhas trof us redes etc reten o de INSS de 1998 FGTS de 1997 etc Curioso adimplir gastos com FGTS INSS de exerc cios anteriores adquirir bolas e medalhas com recursos do ensino Cuidou se de diminuir os gastos administrativos Houve redu o de cargos de provimento em comiss o Ve culos Mas o ensino este sim t o necess rio ao pa s foi prejudicado TJ SP Ap n 388 141 5 2 00 rel Des Oswaldo Luiz Palu j 11 maio 2011 N o obstante importante destacar o projeto de lei que disp e sobre a cria o da Lei de Responsabilidade Educacional PL 5580 05 de autoria de Paulo Delgado que altera a reda o do artigo 11 da Lei 8 429 92 para incluir o inciso VIII RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 105 106 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de impr
408. scolher sobre uma de duas ou mais solu es poss veis VIDAL 2002 p 417 Al m desta Lifante Vidal arrimada em Dworkin destaca que diante da falta de padr es jur dicos que se prestem a guiar a decis o judicial pode pensar se na discricionariedade em sentido forte Neste sentido a decis o n o se vincular a qualquer padr o precedente VIDAL 2002 p 417 418 embora em nosso entender deva guardar correspond ncia com a no o de juridicidade O quadro categorial exposto induz nos a admitir a Discricionariedade Judicial do civil law como se v nos sistemas jur dicos da Europa continental e do Brasil e a do sistema common law notoriamente anglo americano Se neste modelo de Direito a liberdade concedida ao Juiz faz parte de uma cultura jur dica forjada desde o s culo XIII surgindo como problema metodol gico cuja complexidade se radicar especialmente no mbito dos hard cases no outro as caracter sticas conceituais de Discricionariedade Judicial a liberdade a indetermina o do Direito e o poder formar o o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 117 118 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal sistema problem tico a ser enfrentado por uma metodologia que pretenda fixar as bases seguras da atividade jurisdicional Os problemas adquirem maior dimens o quando se percebem distintos movimentos pol tico jur dicos que ou demonstram
409. se da arrecada o de receitas fiscais da Fazenda P blica a segunda significa no o de justi a social a partir da imposi o de nus fiscais e reparti o de receitas entre a sociedade a ltima exp e os efeitos do sistema fiscal na pol tica econ mica MART N 1986 p 44 apud SOUZA 2006 p 269 Como se v para referido doutrinador a ideia patrimonialista do bem jur dico penal tribut rio est insita concep o funcionalista O reconhecimento desse car ter axiol gico inserido na concep o funcionalista mostra se pertinente pois parcela da doutrina entende a pr pria solidariedade social como o bem jur dico penal tribut rio ao lado do patrim nio Vieira 2008 p 511 sustenta que a solidariedade social seria a dimens o do bem jur dico penal tribut rio que cumpriria a dignidade penal por se revelar da inferi o a partir do princ pio da capacidade contributiva Pires 2010 p 188 entende que os crimes tribut rios defendem inclusive a solidariedade social Nesse sentido tem se Na solidariedade social reside um fundamento constitucional prim rio para a imposi o tribut ria O dever de pagar impostos est ligado cidadania compreendido simultaneamente numa no o de dever e de direito de exigir que todos participem da forma o dos recursos que a todos beneficiam Nesta no o de cidadania tamb m reside o fundamento tico que d substrato tutela penal das infra es tribut r
410. se que 18 A prop sito AVILA Ibid afirma que Ele o aplicador do Direito n o pode deixar de aplicar uma regra infraconstitucional simplesmente deixando a de lado e pulando para o plano constitucional por n o concordar com a consequ ncia a ser desencadeada pela ocorr ncia do fato previsto na sua hip tese 19 No Habeas Corpus 97256 STF o relator Min Ayres Britto apoia se no princ pio da individualiza o da pena e na prescri o das modalidades punitivas descritas no art 5 XLVI CR a lei regular a individualiza o da pena e adotar entre outras as seguintes a priva o ou restri o da liberdade b perda de bens c multa d presta o social alternativa e suspens o ou interdi o de direitos para inquinar de inconstitucional a RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabb Guimar es neste exemplo a discricionariedade judicial vai ao ponto de mudar o sentido do princ pio constitucional Como se pode observar essa discricionariedade discrepa da no o de Discricionariedade Judicial n o guardando qualquer rela o com seus fundamentos As decis es dela emanadas n o operam metodicamente uma argumenta o juridicamente refletida sobre as fontes do Direito ou de juridicidade mas s o prenhes de muito subjetivismo e de nenhum crit rio material que as torne plaus veis Esta circunst ncia conforme observa vila leva elimina o ou severa redu o do car ter heterolim
411. sem valor imund cie sujeira ou res derelictae em insumo capaz de gerar riqueza mat ria prima fora do lugar ou dinheiro jogado fora da o nome atribu do ao projeto LIXO AMIGO A vilania atribu da ao lixo n o recebe guarida na PNRS Pol tica Nacional de Res duos S lidos Lei n 12 305 de 02 08 2010 que reconhece o res duo s lido reutiliz vel e recicl vel como um bem econ mico e de valor social gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania art 6 VIID RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 147 148 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o O projeto tamb m n o pode ser dissociado do princ pio da solidariedade intergeracional gizado na CF 88 art 225 que determina a responsabilidade de preserva o do meio ambiente em condi es adequadas para as futuras gera es Mesmo que predomine uma vis o antropoc ntrica na preserva o ambiental e at por isso mesmo as gera es presentes t m uma responsabilidade inafast vel em rela o s gera es vindouras a submiss o a uma tica de alteridade pela continuidade da esp cie humana no planeta Em linhas gerais o projeto inspirado pela ideia de desenvolvimento sustent vel e de aproveitamento econ mico conciliando interesses sociais e ambientais com uma l gica de mercado contemplando sistemicamente as dimens es pol tica econ mica ambiental cultural tecnol gica e social
412. ser uma unidade que pode gerar polui o ambiental e apresentar problemas de instabilidade em seus maci os e na pr pria rea de implanta o deve contar ainda com um sistema de monitoramento que avalie a contamina o da rea do entorno recalques do terreno e eventuais deslizamentos da massa de res duos LANGE et al 2002 p 156 Como diz Lange et al 2002 p 195 muitas experi ncias com aterros em pequenas comunidades falharam no Brasil principalmente por n o apresentarem sustentabilidade t cnica e econ mica Bons projetos s o desenvolvidos contudo na maioria das vezes n o s o adequados realidade das pequenas comunidades e ap s serem implementados s o deixados a cargo das autoridades municipais que normalmente n o contam com t cnicos para continuar operando o aterro Uma solu o para isso por exemplo a assinatura de um termo de coopera o t cnica entre o munic pio e a universidade institutos de pesquisa ou rg os p blicos afetos rea ambiental para efeito de capacita o e transfer ncia de tecnologia O mosaico de setores criado em torno do projeto RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 1 5 176 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Lixo Amigo j indica in meros parceiros capazes de fornecer o amparo t cnico necess rio 6 An lise do mercado local para absor o dos res duos recicl veis O projeto Lixo Amigo n o se
413. ses patrimoniais supraindividuais tendo a sociedade como respectivo titular na medida em que o bem ofendido remete em ltima an lise consecu o do bem da coletividade SOUZA 2006 p 275 Pires 2010 p 145 na identifica o de tal orienta o doutrin ria sintetizou o respectivo entendimento Tratar se ia de interesses patrimoniais supraindividuais dos quais a sociedade titular No er rio ou patrim nio p blico em uma concep o ampla coincidente com o conjunto de bens patrimoniais necess rios ou teis realiza o dos fins p blicos as viola es s obriga es fiscais atentam contra o patrim nio p blico 2 2 Teorias funcionais ou funcionalistas O bem jur dico penal tribut rio segundo as teorias funcionalistas correspondem primordialmente fun o a ser desempenhada pelo tributo A prote o da norma penal tribut ria n o se resumiria em obter receitas mas albergaria com proemin ncia a garantia efetiva do cumprimento dos valores democr ticos e sociais Assim h de se ter em considera o todo o arcabou o axiol gico decorrente do modelo de Estado Social e Democr tico de Direito H quem aduza serem tr s as fun es desempenhadas pelo tributo quais sejam a financeira a axiol gica e a RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o pol tico econ mica A primeira coincide com a ideia das teses patriamonialistas ou seja o bem jur dico consubstancia o interes
414. significa do grego an priva o enkephalos c rebro aquele feto que com aus ncia parcial de enc falo Anencefalia e sua amplitude Dispon vel em lt http intertemas unitoledo br revista index php ETIC article viewFile 2316 1811 gt Acesso em 6 dez 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 275 276 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 dos artigos 1 IV dignidade da pessoa humana 5 II princ pio da legalidade liberdade e autonomia da vontade 6 cabe a e 196 direito sa de todos da Carta da Rep blica STF ADPF54 DF Rel Ministro Marco Aur lio Plen rio julgado em 12 04 2012 p 2 Os propositores da referida a o alegavam que o fato de obrigar uma m e a gerar uma crian a a qual n o reuniria condi es m nimas de vida extrauterina configuraria condi o muito prejudicial sua sa de e tal obriga o violaria o princ pio da dignidade da pessoa humana devendo se excluir do ordenamento jur dico brasileiro a norma proibitiva da interrup o da gravidez em tais casos deixando a decis o final sobre o prosseguimento da gesta o a cargo exclusivo da gestante A tens o encontrada na predita situa o reside no fato de que as normas vigentes proibitivas da pr tica de aborto mesmo em casos de feto anencef lico se prestaram prote o do bem mais valioso do s
415. soal intransitiva pessoal no sentido de que toda a rela o estabelecida entre um sujeito e as condi es substanciais e individuais de sua exist ncia ou dizem respeito a ele mesmo ou se dirigem a outras pessoas de modo direto ou indireto E intransitiva pois esta cadeia de rela es sempre pessoal e direta ou seja uma rela o estabelecida por um sujeito s pode atingir a outro sujeito enquanto pessoa humana e n o ao Estado em si Por fim cumpre um esclarecimento acerca do que se pretende dizer por condi es substanciais e individuais de exist ncia Em linhas gerais s o as condi es individuais necess rias e suficientes para que uma pessoa possa subsistir em uma sociedade livre a exist ncia e manuten o de vida e a liberdade para estabelecer rela es multif rias com o mundo de modo a n o violar a possibilidade de livre disposi o dessas rela es por parte de outrem Todas as vari veis que ocupam uma posi o na rela o estabelecida devem poder ser redirecionadas e extra das das condi es descritas Qual o limite da proibi o isto aquela esfera na qual a interven o estatal n o pode penetrar Este limite a no o de esfera umponder vel de autonomia o conjunto universal igual e gradu vel de possibilidades de realiza o de valor do sujeito no mbito privado A t tulo ilustrativo observe se que o sujeito 4 ao cometer 35 Uma rela o intranstitiva em termos l gi
416. sques Mota Maria Neide de Andrade Bezerra Nicolau Silva de Oliveira Nilza Rodrigues de Almeida Paulo Cardoso de Carvalho Raimundo David Jer nimo Waldir Rosas dos Santos PROMOTORES DE JUSTI A SUBSTITUTOS INATIVOS Jos Cruz da Silva M rio Diogo de Melo In memoriam PROCURADORES DE JUSTI A Adalberto Ribeiro de Souza Antonio Alexandre Pereira Trindade Carlos Alberto Bandeira de Ara jo Gebes de Mello Medeiros Geraldo de Macedo Pinheiro Ivan Coelho Cintra Jo o Bosco S Valente Jorge Abdon Karim Jos Agostinho Nunes Balbi Jos Ribamar Prazeres Coelho Luiz Felippe Cordeiro de Ver osa Manuel Braga dos Santos Marcus Vin cius Guedes de Lima Mar lia Marques de Oliveira M rio de Mello Bittencourt Nestor da Costa Ferreira Orlando Moreira de Souza Osmar Rodrigues Bento Pedro de Souza Lira Raimundo Nonato Coelho Roberto de Aquino Valle Silis Campello Moslay Tabira Rodrigues Fortes PROMOTORES DE JUSTI A Afonso Acampora Altair Ferreira Thury Amadeu Soares Botelho Am rica Amorim Antony Arary Campos C Lima Ariosto Lopes Braga Ary Tapaj s Cahn Bl s Torres Filho Carlos Augusto de Ara jo Marques C ssio de Gouv a D Cavalcante Danilo do Silvan Eduardo Bentes Guerreiro Eutichio Haidem Vieira Fernando B V Gon alves Francisco Jorge Noronha Francisco S P Passos Frederico A R da C mara Gilberto Ramos da Silva Giovanni Figliuolo Hugo Coelho C
417. ssoas portadoras de defici ncia em se locomover A falta desta ocasiona a exclus o das oportunidades de progresso social resultando na marginaliza o e segrega o social Entre os resultados obtidos foi observado que cada vez mais a sociedade e o governo t m buscado a coopera o para atender ao direito fundamental de locomo o consagrado na CF 1988 mas existem muitos limitadores quanto efic cia dessas normas os quais devem ser corrigidos pois todas as edifica es da Estudante do 9 per odo de Direito da Universidade Federal do Amazonas UFAM RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 231 232 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus cidade de Manaus devem estar em conformidade com o Plano Diretor que determina diretrizes para orientar as obras que venham a surgir Logo urge se tomar medidas eficazes a fim de solucionar a quest o da acessibilidade e ent o ela possa funcionar como um instrumento de desenvolvimento da sociedade onde todos indistintamente usufruam dos seus direitos inerentes Palavras chave Cadeirantes Acessibilidade Plano diretor 1 Introdu o Podemos dizer que a acessibilidade o direito do cidad o e bvio que incluindo as pessoas portadoras de defici ncia em se locomover O direito de locomo o vem consagrado no art 5 inciso XV da Constitui o Federal como um dos seus direitos fundamentais Essa garantia c
418. sti a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr R mulo Henrique da Cruz Superintendente da FUNASA Sr Rui Moura Bananeira Assoc Amazonense dos Munic pios Sra Rute Ferreira Lima Assoc Amazonense dos Munic pios Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secretario de Org Fundi ria de Novo Air o Sr Jnames Rocha Medeiros Engenheiro Civil de Novo Air o 16 reuni o 10 01 2012 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secretario de Org Fundi ria de Novo Air o Sr Elias Sim o Assayag Departamento de Hidr ulica e Saneamento da UFAM 17 reuni o 30 03 2012 Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Procurador de Justi a Mauro Veras Bezerra CAO PRODEMAPH Sr Leosvaldo Roque Migueis Prefeito de Novo Air o Sr M rio Jorge Carmim Secret rio de Meio Ambiente de Novo Air o Sr Luiz Mour o Filho Secretario de Org Fundi ria de Novo Air o Prof Frederico Arruda Pr Reitor de Extens o da Ufam RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 153 154 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o Promotor de Justi a Jo o Gaspar Rodrigues Raimundo Valdecir Santana vice prefeito 18 reuni o de Novo air o Sr M rio Jorge Carmim Se
419. stinguir generalidade de abstra o sendo a primeira concernente dimens o pragm tica dos destinat rios da norma referindo se ao mbito pessoal e de sua RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Andr Luiz Rocha Pinheiro vig ncia enquanto a segunda est ligada dimens o sem ntica dos referentes da norma relacionando se do dom nio material de sua vig ncia e envolvendo a quest o de definir os fatos jur dicos e casos que s o subsum veis norma Ainda considerando que tanto regras como princ pios s o normas gerais e abstratas faz se necess rio determinar o grau de generalidade e abstra o ou seja qu o ampla a classe de pessoas que s o destinat rias da norma generalidade e qu o abrangentes s o os fatos a es e demais bens regulados por ela abstra o NEVES 2013 p 22 A tese de diferencia o com base na generalidade n o merece acolhimento bastando atentar para o caso da legalidade penal para verificar que tal metodologia n o possui sustenta o NEVES 2013 p 23 Tal preceito legalidade encontra se presente na Constitui o brasileira art 5 inciso XXXIX e embora se trate de uma regra j que serve como crit rio definitivo para a tomada de decis o solucionadora de determinado caso possui um elevado grau de generalidade se comparado com certos princ pios constitucionais NEVES 2013 p 23 O contr rio pode igualmente ocorrer quando consideramos que alguns princ pios s o se
420. stitu do e direito assist ncia judici ria dentre outros Observa se que todo o sistema de direitos fundamentais em que o Brasil est inserido possui regramento direto sobre o processo justo e tendo os direitos fundamentais aplica o imediata a exigibilidade de um processo justo tamb m se mostra imediata permitindo inclusive um controle de normas internas que desrespeitem ou restrinjam o alcance de processo RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 57 58 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 justo preconizado em instrumentos internacionais o que fez sobrelevar a Teoria do Controle de Convencionalidade de Atos Normativos Internos segundo a qual as normas dom sticas tamb m se sujeitam a um controle de convencionalidade compatibilidade vertical do direito dom stico com os tratados de direitos humanos em vigor no pa s e de legalidade compatibilidade vertical do direito dom stico com os tratados comuns em vigor no pa s para al m do cl ssico e j bem conhecido controle de constitucionalidade MAZZUOLI 2009 p 14 Seja qual for a fonte normativa prim ria das garantias m nimas do processo justo tais cl usulas representam ao mesmo tempo limita o e legitima o do Poder Judici rio Afastar as garantias individuais no caso concreto somente pode ser poss vel para permitir a efic cia de outro direito fundamental de maior preva
421. stos em outra rea No Brasil por limita es econ micas e tecnol gicas a remedia o in situ a mais utilizada e geralmente conduzida de maneira que a rea possa continuar recebendo res duos por m de forma controlada e segura a chamada adequa o do local de disposi o de res duos RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 173 174 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o O projeto Lixo Amigo opta pela recupera o ex situ e comporta a constru o de um aterro sanit rio para receber todos os res duos s lidos contaminados que constituem o atual lix o da cidade e doravante o rejeito inserv vel para reutiliza o ou reciclagem ap s serem esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recupera o por processos tecnol gicos dispon veis economicamente vi veis LEMOS 2011 p 86 e limpos O fechamento do aterro comum ser feito ap s avalia o das condi es de comprometimento ambiental do local e a constru o do aterro sanit rio em rea j existente de acordo com projeto t cnico considerando os problemas sanit rios e ambientais envolvidos observando em tudo o comando previsto no art 3 inc VIII da PNRS Distribui o ordenada de rejeitos em aterros observando normas operacionais espec ficas de modo a evitar danos ou riscos sa de p blica e seguran a e a minimizar os impactos ambientais adversos No tocante s condi es
422. studo efetuar se uma an lise do princ pio da proporcionalidade em sua contextualiza o hist rica subprinc pios componentes da sua estrutura paralelo com o princ pio da razoabilidade buscando apontar as semelhan as e as diferen as a investiga o da fundamenta o normativa e um estudo sobre as finalidades do princ pio com base na aplicabilidade pr tica mais destacada dada ao princ pio RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos 2 1 1 Forma o hist rica O principio da proporcionalidade possui suas ra zes hist ricas assentadas na evolu o do Estado Absolutista para o Estado Liberal Burgu s Inspirada pela necessidade de controle do poder monarca sobre os s ditos poca em que este exercia seu poder de pol cia de forma ilimitada muitas vezes at abusiva surgia a ideia do princ pio da proporcionalidade como mecanismo de controle das investidas do monarca sobre o indiv duo Explanando o contexto hist rico de desenvolvimento da ideia do princ pio da proporcionalidade Suzana de Toledo Barros 2003 p 37 leciona Da filosofia ao Direito o princ pio da proporcionalidade at chegar modelagem atual acompanha a hist ria de defesa dos direitos humanos e vai surgir como decorr ncia da passagem do Estado de Pol cia para o Estado de Direito quando formulado com o intuito de o poder de coa o do monarca chamado de poder de pol cia porque ilimitado quanto aos fins
423. t es emp ricas VIGO 2006 p 327 o que n o impede por m refer ncias RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 263 264 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 a exemplos pr ticos de problemas relacionados s antinomias entre normas de direitos fundamentais poss vel avaliar se todas as normas presentes em uma Constitui o exprimem direitos fundamentais se somente uma parte das normas constantes em uma Constitui o apresentam direitos fundamentais dizendo ainda a raz o de tais normas terem sido eleitas como veiculadoras de tais direitos ou mesmo se direitos fundamentais podem ser enunciados por meio de normas infraconstitucionais Uma das formas para a identifica o de normas de direitos fundamentais re ne crit rios substanciais e estruturais segundo os quais os direitos fundamentais somente s o aqueles que constituem o fundamento do pr prio Estado e que por esta raz o s o reconhecidos na pr pria Constitui o Dizer que um direito constitui fundamento do pr prio Estado expressar uma defini o substancial todavia tal conceitua o limitadora e fechada incorre em determinados problemas Um deles est ligado ao fato de vincular o conceito de direito fundamental a uma cerca no o de Estado O direito garantia de um m nimo existencial portanto n o poderia ser classificado como direito fun
424. ta Portuguesa de Ci ncia Criminal ano 6 fasc 1 p 175 187 jan mar 1996 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 139 140 Ativismo Judicial e o problema metodol gico da discricionariedade judicial para a forma o de uma pol tica criminal GUIMAR ES Isaac Sabb Compreens o da vontade do Direito um problema da filosofia da linguagem MPMG Jur dico Minas Gerais v 20 p 16 18 2010 Dogm tica penal e poder punitivo novos rumos e redefini es 2 ed rev e atual Curitiba Juru 2001 Lei antidrogas comentada 6 ed rev atual e ampl Curitiba Juru 2013 HAURIOU Andr Droit constitutionnel et institutions poliques 3 ed Paris Editions Montchrestian 1968 HESSE Konrad Escritos de derecho constitucional 2 ed Sele o tradu o e introdu o de Pedro Cruz Villal n Madri Centro de Estudios Constitucionales 1992 KARAM Maria L cia Drogas e redu o de danos Revista Brasileira de Ci ncias Criminais S o Paulo Revista dos Tribunais n 64 p 128 144 jan fev 2007 KELSEN Hans Teoria geral do direito e do Estado Tradu o de Luis Carlos Borges S o Paulo Martins Fontes 2005 p 265 T tulo original General theory of law and state MARQUES Luiz Guilherme Boca da lei Dispon vel em lt http www amb com br secao artigo detalhe amp art id 105 gt Acesso em 10 mar 2014 NEVES A Castanheira O problema da discricionariedade In Digesta escritos acerca do
425. talmente fr geis H claramente numa an lise franca e honesta uma ignor ncia e cabal falta de interesse do governo federal no desempenho do sistema de justi a criminal local evidenciado pela qualidade extremamente pobre quando n o pela total inexist ncia de sua base de dados em v rias reas relevantes taxas de homic dio vitimiza o encarceramento mortes sob cust dia policial mortes de civis pela pol cia etc MACAULAY 2005 p 23 O primeiro relat rio do Brasil sobre a tortura nas Na es Unidas uma obriga o nos termos de uma Conven o internacional foi submetido ap s 10 anos de atraso e s ent o em resposta cria o de uma campanha por grupos nacionais e internacionais de direitos humanos Mas em rela o especificamente in rcia legislativa ou regulamentadora ela constitui uma primeira cunha cravada na fun o de controle e faz do controle externo uma equa o schmittiana de domina o submiss o por cima por baixo amigo inimigo levando a um vil confronto corporativo com pouco proveito aos altos interesses p blicos em jogo na mat ria Reproduz se no mbito das corpora es o individualismo possessivo hobbesiano em que todo indiv duo procura sempre 9 Esse antagonismo corporativo das pol cias em rela o ao controle externo destacado na doutrina SOUZA 2001 p 10 MACAULAY 2005 p 21 10 Da mesma forma que para Isaac Newton a ma que ca a da rvore n o era uma sim
426. tazar Junior 2008 p 418 apud PIRES 2010 131 afirma que Em suma h aqui crimes tribut rios merecimento ou dignidade de pena por se cuidar de bens jur dicos protegidos constitucionalmente Assim em linhas gerais a doutrina majorit ria admite a dignidade penal do bem jur dico penal tribut rio com raras exce es como as dos dois doutrinadores citados 1 MARTINS Ives Gandra Silva Da San o Tribut ria S o Paulo Saraiva 1980 p 17 22 2 MACHADO Hugo de Brito Crimes contra a Ordem Tribut ria S o Paulo Atlas 2008 p 201 213 3 BALTAZAR JUNIOR Jos Paulo Crimes Federais 3 ed rev atual Porto Alegre Livraria do Advogado 2008 p 414 467 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o 2 Teses explicativas do bem juridico penal tributario 2 1 Teses patrimonialistas Como oproprionome indica para as teses patrimonialistas a natureza do bem tutelado possui natureza integralmente patrimonial e est associado pretens o do fisco em obter as receitas fiscais Utilizam se em sinon mia as express es er rio p blico tesouro p blico ou fazenda P blica Assim em sua acep o pura a norma penal tribut ria estaria tutelando meramente a rela o credit cia entre o Estado e o contribuinte A receita tribut ria seria devida grosso modo em contrapresta o aos servi os p blicos oferecidos Martins 1980 p 14 um dos que compactuam com esse entendimento
427. te disso s o alternativamente denominadas teses mistas Em rememora o a acep o patrimonialista considera em suma como o objeto da prote o da norma penal tribut ria o patrim nio da Fazenda P blica consubstanciada pela arrecada o tribut ria J as teses funcionais consideram sinteticamente que o bem jur dico em quest o residiria nas fun es do tributo Nesse sentido tem se que as teses ecl ticas se valem da teoria dos bens jur dicos mediatos e imediatos A dimens o imediata do bem jur dico consistiria na arrecada o tribut ria RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o enquanto o aspecto mediato corresponderia ora fun o exercida pelos tributos ora solidariedade social Cernicchiaro 1995 p 181 apud PIRES 2010 p 157 j concebia o car ter bifrontal do bem protegido pelo Direito Penal Tribut rio ao admitir que na verdade o mbito de afeta o da sonega o transp e em muito a mera arrecada o tribut ria uma vez que possui reflexo nas atividades do Estado Como se transcreve Quem ilustrativamente sonega o tributo n o afeta apenas o patrim nio p blico repercutindo na arrecada o Vai al m Atinge a Economia ocasionando com isso reflexo nas atividades do Estado Vieira 2008 p 509 segue a mesma linha de racioc nio ao considerar insatisfat ria a concep o meramente patrimonialista dado que inarred vel estar o bem jur dico penal trib
428. teger determinados bens da vida da comunidade tais como a exist ncia do estado vida sa de liberdade propriedade etc os chamados bens jur dicos determinando para sua les o consequ ncias jur dicas o desvalor resultado Essa tutela dos bens jur dicos se obt m proibindo e punindo a es que tendem a lesion los i e evitando ou tentando evitar o desvalor do resultado com a puni o do desvalor da a o Com isso se assegura a vig ncia dos valores tico sociais da a o como o respeito pela vida das pessoas a sa de a liberdade a propriedade etc 3 Tradu o livre A miss o central do direito penal reside ent o em garantir a validade inviol vel desses valores mediante a amea a e aplica o de pena a a es que se afastem de modo realmente ostensivo desses valores fundamentais no atuar humano RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 317 318 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o fun o do Direito Penal 2 2 A fun o de estabiliza o das expectativas normativas e prote o da vig ncia das normas de Giinther Jakobs Para Giinther Jakobs a fun o do Direito Penal seria a estabiliza o das expectativas normativas e a prote o da vig ncia das normas 1996 p 25 et seq 2003 p 47 et seq Jakobs explica que a constitui o da sociedade tem lugar atrav s de normas A sociedade a constru o de um context
429. tempor nea Assim esse autor entende a natureza do bem jur dico penal tribut rio segundo o funcionalismo como as que melhor se adequam numa an lise do cumprimento dos requisitos da dignidade constitucional do bem jur dico pois s o as mais representativas dos valores consagrados na Carta ALENCAR 2008 p 71 Nesse ponto exsurge importante relembrar a teoria tridimensional da fun o do tributo segundo a qual este envolve inclusive car ter axiol gico Nesse sentido observa se que a solidariedade social como componente dessa tr ade tamb m mostra proeminente dignidade constitucional Leciona Leandro Pires 2010 143 que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Yuri de Barros Louren o O fundamento e crit rio do pagamento de impostos n o compreendem o princ pio do benef cio mas sim o da capacidade contributiva atento ao cumprimento do princ pio da igualdade material e da justi a fiscal A rela o jur dico tribut ria balizada pela lei n o pelo contrato Quanto redistribui o do rendimento promovida pela tributa o n o teria sentido que aquele que compensado com essa redistribui o seja chamado a contribuir na medida do uso do bem p blico redistribui o de renda Portanto a concep o patrimonialista pura est hoje ultrapassada PIRES 2010 p 143 Guirao 2002 p 73 rejeita a necessidade de ofensa a bem rigorosamente individual para a dignidade do bem jur dico Por isso fu
430. tiga es ou para se chegar a uma verdade real o que demonstra uma RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 73 74 A mitiga o da produ o de provas il citas por deriva o luz da Lei n 11 690 de 9 de junho de 2008 incongru ncia ao passo que a verdade real espelho da situa o que ocasionou a instaura o do processo penal inalcan vel e assim sendo n o pode ser utilizada como justificativa para sacrificar direitos fundamentais Um Estado que ser quer Democr tico de Direito elege fins justos e meios igualmente justos em todas as suas manifesta es Mitigation of illicit evidence by deriving the light of Law 11 690 of june 9 2008 Abstract The due process is that formed by the observance of fundamental rights In criminal proceedings the search for the real truth or the penalty charged cannot be used as a parameter for a balance of interests different from the observance of procedural safeguards among them the prohibition on use of illegal evidence by derivation in criminal proceedings The due process requires media and also fair results The commitment to a state with fundamental rights is demonstrated first by punishing those who violate those rights and also by the degree of negativity that lends itself to acts violators Keywords Criminal procedure Due process Unlawful evidence Refer ncias BARROSO Lu s Roberto A viagem redonda habeas data direitos constitucionais e as prova
431. tingir o valor constitucional da solidariedade de todos os cidad os na contribui o da manuten o dos gastos p blicos Este bem jur dico representado nas fun es que o tributo deva exercer de acordo com os dispositivos constitucionais justifica amplamente sua incrimina o RIOS 1988 p 50 Pires 2010 p 102 entende que os crimes tribut rios defendem imediatamente a arrecada o tribut ria e mediatamente a solidariedade social Seus fundamentos s o um conceito material de bem jur dico o reconhecimento da legitimidade da tutela penal das obriga es tribut rias e um Estado Social e Democr tico de Direito 3 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio Cumpre verificarmos a dignidade do bem jur dico penal tribut rio diante de todas as premissas fixadas no presente estudo mormente no que tange aos requisitos adotados pela doutrina para a verifica o da presen a ou n o desse atributo inclu da a moderna amplia o da tutela penal de modo a abranger os bens metaindividuais bem como a pr pria defini o do bem jur dico penal tribut rio 3 1 Dignidade do bem jur dico penal tribut rio concebido patrimonialisticamente Com a ado o dessa teoria em seu vi s individualista argumenta se restar indigna a tutela penal dos crimes tribut rios Alencar 2008 p 88 aduz que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 191 192 Dignidade do bem juridico penal tributario O problema fundament
432. titucional positivo 27 ed S o Paulo Malheiros 2006 p 211 212 239 Texto republicado por ter sa do com incorre o na RIMPAM v 14 n 1 2 p 151 182 jan dez 2013 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 259 260 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 Andr Luiz Rocha Pinheiro Sum rio 1 Introdu o 2 As normas de direitos fundamentais 3 Regras e princ pios como esp cies normativas 3 1 Distin o entre regras e princ pios 4 Princ pios como mandamentos de otimiza o 5 Antinomias entre regras e princ pios 5 1 Conflito de regras 5 2 Colis o de princ pios 6 Princ pio da proporcionalidade 7 A proporcionalidade e o campo de tens o entre direitos fundamentais 7 1 Elementos do princ pio da proporcionalidade e sua aplica o pr tica 8 Conclus o Refer ncias Resumo Os direitos fundamentais n o s o absolutos e ilimitados na Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 A Constitui o brasileira foi organizada segundo um sistema harm nico de normas todavia em determinadas circunst ncias poder o ocorrer aparentes antinomias entre os direitos fundamentais nela previstos Dessa forma faz se necess ria a utiliza o do Princ pio da Proporcionalidade para a pondera o entre os direitos formadores da antinomia que deve ser solucionada de acordo co
433. to s liberdades individuais e evitar qualquer perigo que as ameacem Num Estado de Direito Democr tico toda energia coletiva se concentra no esfor o de subordinar a lei a moral e todas as institui es sociais s necessidades de harmonia social H por tr s do Estado muitos inimigos da liberdade e mediante o pr prio Estado atrav s de rg os p blicos de controle bem entendido que os combatemos Restringir a ambi o desordenada que d ensejo ao abuso e coibir o princ pio da for a como regulador das rela es humanas s o alguns dos objetivos de qualquer fun o controladora O cen rio todavia sombrio Passados mais de 25 anos da promulga o da Constitui o Federal o controle externo da atividade policial ainda permanece numa zona cinzenta das atribui es ministeriais cercado de d vidas e incertezas quase relegado ao reino dos mitos desacreditados ou das vagas abstra es Dificuldades na identifica o e na defini o clara das provid ncias que podem e devem ser adotadas para implementar de forma eficiente a atribui o em plano nacional RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues ainda persistem Falta um roteiro ou esquema de a o h bil a nortear os agentes ministeriais e isso faz com que a institui o em seus v rios rg os de execu o adote a censur vel e obsoleta estrat gia de tentativas e erros na operacionaliza o da mat ria Cada agente molda sua promoto
434. toda frota circulando na cidade de Manaus 1295 ve culos estavam adaptados ou constru dos para transportar cadeirantes dessa forma uma das condi es para a realiza o da Copa de 2014 na regi o a ado o pelos est dios de normas de acessibilidade para portadores de defici ncia que incluem a constru o de rampas em todos setores sanit rios adaptados e servi os de apoio um port o de entrada exclusivo com acesso a uma rea adaptada Concluiu se que a cidade de Manaus apresenta obst culos locomo o dos cadeirantes partindo da premissa de que o dito problema social existe sendo este vis vel e de conhecimento de todos Os dados expostos demonstram a urg ncia de medidas governamentais j que a cidade ser uma das sedes da Copa de RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 251 252 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus 2014 assim como um direito inserido na CF 1988 que deve ter efic cia social 5 2 Resultados finais No estudo comparado do direito de locomo o e a realidade social vigente em Manaus observou se a exist ncia de limitadores quanto aplicabilidade das normas referentes acessibilidade que dificultaram a difus o de tais normas na vida cotidiana da sociedade como por exemplo escadas elevadores inadequados portas estreitas falta ou defeito de rampas esgoto sem tampa n o h rampas nas faixas de travessia estacionamentos
435. toriais aplic veis ao sistema financeiro e tribut rio por exemplo e mesmo assim eles s o menos gerais e menos abstratos que v rias regras constitucionais n o adstritas a um setor espec fico raz o pela qual se afasta a tese da diferencia o com fundamento na generalidade Outros crit rios s o tamb m utilizados a exemplo da determinabilidade dos casos de aplica o forma de seu surgimento por exemplo por meio da diferencia o entre normas criadas e normas desenvolvidas car ter expl cito ao conte do axiol gico ideia do direito ou uma lei jur dica suprema e a import ncia para a ordem jur dica NEVES 2013 p 88 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 267 268 O principio da proporcionalidade como solucionador de conflitos entre normas de direitos fundamentais na Constitui o Brasileira de 1988 Tr s teses diferentes seriam poss veis no que se refere distin o entre esp cies normativas A primeira delas no sentido de que a tentativa de diferencia o em raz o da pluralidade existente estaria fadada ao fracasso A segunda defende que muito embora se possa dividir normas em regras e princ pios tal diferen a se limita ao mbito dos graus tese sustentada principalmente por aqueles que acreditam no m todo da generalidade para realizar a distin o A terceira por derradeiro sustenta que a diferen a entre regras e princ pios s o diferentes esp cies de normas e
436. tra o utilitarismo Suppose that a sheriff were faced with the choice either of framing a Negro for a rape that had aroused hostility to the Negroes a particular Negro generally being believed to be guilty but whom the sheriff knows not to be guilty and thus preventing serious anti Negro riots which would probably lead to some loss of life and increased hatred of each other by whites and Negroes or of hunting for the guilty person and thereby allowing the anti Negro riots to occur while doing the best he can to combat them In such a case the sheriff if he were an extreme utilitarian would appear to be committed to framing the Negro 1957 p 468 469 Em terceiro lugar ela deve acautelar se contra o arb trio do poder punitivo estatal Noutras palavras deve ser capaz de tra ar uma fronteira clara da legitimidade do exercicio do poder punitivo 11 Tradu o livre Suponha que um xerife fosse confrontado com a escolha de ou acusar falsamente um negro por um estupro que tinha despertado hostilidade para com os negros um negro em particular aceito popularmente como culpado mas o xerife sabe ser inocente e assim impedindo graves motins anti negro que provavelmente levariam a perda de vidas e aumento de dio rec proco entre brancos e negros ou buscando a pessoa culpada e assim permitindo que os motins anti negro ocorrerem enquanto faz o melhor que pode para combat los Em tal caso o xerife se fosse um util
437. transeunte ter um direito de passagem e de deslocamento por ela por constituir esta forma de deslocamento a manifesta o prim ria e elementar do direito de uso de uma via afetada Em consequ ncia a menos que circunst ncias especiais o obriguem a ru na iminente de um edif cio RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Larissa Cristina Alves Rojas a Administra o n o poder legalmente impedir esta utiliza o sempre deixando a salvo o direito dos confinantes SILVA 2006 p 239 A acessibilidade e o direito de locomo o s o conceitos que se integram uma vez que aquele apesar de ser uma abordagem atual trata do direito conferido a todos os membros da sociedade efeito erga omnes de exercerem a sua locomo o 3 3 Princ pio da dignidade da pessoa humana Assim disp e o artigo 1 da Constitui o Federal de 1988 A Rep blica Federativa do Brasil formada pela uni o indissol vel dos Estados e munic pios e do Distrito Federal constitui se em Estado Democr tico de Direito e tem como fundamentos ee HI a dignidade da pessoa humana A dignidade humana est inserida no conceito de qualidade de vida pois este mais amplo que aquela exigindo outros requisitos b sicos para que seja atingido sa de moradia lazer trabalho educa o entre outros Portanto a qualidade de vida no ordenamento jur dico brasileiro apresenta esses dois aspectos concomitantes o de n vel de vida material e o do bem esta
438. ttp www ajd org br decisoes ver php idConteudo 29 gt Acesso em 28 nov 2013 Estatuto da AJD Dispon vel em lt http ajd org br quem somos estatuto php gt Acesso em 6 abr 2014 Manifesto de rep dio s propostas de tipifica o do crime de Terrorismo Dispon vel em lt http ajd org br documentos ver php idConteudo 140 gt Acesso em 29 nov 2013 ANU RIO brasileiro de seguran a p blica Ano 7 2013 Dispon vel em lt http www2 forumseguranca org br novo produtos anuario brasileiro de seguranca publica 7a edicao gt Acesso em 21 nov 2013 VILA Humberto Neoconstitucionalismo entre a ci ncia do direito e o direito da ci ncia Revista Eletr nica de Direito do Estado Salvador Instituto Brasileiro de Direito P blico n 17 jan mar 2009 Dispon vel em lt http www direitodoestado com revista rede 17 janeiro 2009 humbertoY 20avila pdf gt Acesso em 21 nov 2013 BARROSO Lu s Roberto Fundamentos te ricos e filos ficos do novo direito constitucional brasileiro p s modernidade teoria RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes cr tica e p s positivismo Revista Di logo Jur dico Salvador Centro de Atualiza o Jur dica v 1 n 6 set 2006 Judicializa o ativismo judicial e legitimidade democr tica Revista Direito do Estado Salvador v 4 n 13 p 71 91 jan mar 2009 Disponivel em lt www oab org br editora revista users
439. tucional 18 ed S o Paulo Malheiros 2006 CAMBLER Everaldo Augusto et al Coment rios ao C digo Civil Brasileiro Rio de Janeiro Forense 2005 v 1 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 5 ed Coimbra Almedina 2002 DISTRITO FEDERAL Tribunal de Justi a do Distrito Federal Agravo de Instrumento Dispon vel em lt http www juris tjdf gov br revista D702 doc gt Acesso em 30 out 2006 FARIAS Edilsom Pereira de Colis o de Direitos A honra a intimidade a vida privada e a imagem versus a liberdade de express o e informa o 2 ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 2000 FERREIRA FILHO Manoel Gon alves Direitos Humanos Fundamentais 4 ed S o Paulo Saraiva 2004 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 51 52 A aplica o do princ pio da proporcionalidade para solu o de conflitos entre Direitos Fundamentais GUERRA FILHO Willis Santiago Processo Constitucional e Direitos Fundamentais 3 ed S o Paulo Celso Bastos 2003 MARTINS Flademir Jer nimo Belinatti Dignidade da Pessoa Humana Curitiba Juru 2003 MENDES Gilmar Ferreira Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade 2 ed S o Paulo Celso Bastos 1999 MIRANDA Jorge Manual de Direito Constitucional Coimbra Coimbra 1993 v 4 MORAES Alexandre de Direitos Humanos Fundamentais 6 ed S o Paulo Atlas 2005 PONTES Helenilson Cunha O princ pio da
440. tui a pena legal Destaca Nilo Batista esta como a principal fun o do referido princ pio Enquanto Luiz Luisi afirma que contemporaneamente o princ pio da legalidade se desdobra emtr s postulados dareserva legal referente s fontes das normas penais incriminadoras da determina o taxativa referente enuncia o das respectivas normas e por fim da irretroatividade referente validade das disposi es penais no tempo Seguindo estes postulados oferecidos por Mantovani Palazzo acrescenta que o principio da legalidade formal encontra guarita em todas as constitui es modernas dos pa ses do civil law Indica Nilo Batista que o princ pio da legalidade ao ser visto como garantia individual pode ser avaliado em quatro fun es proibir a retroatividade da lei penal nullum crimen nulla poena sine lege praevia proibir a fixa o de crime ou pena pelo costume nullum crimen nulla poena sine lege scripta proibir a analogia para criar crime instituir ou agravar pena nullum crimen nulla poena sine lege stricta proibir incrimina o vaga e indeterminada nullum crimen nulla poena sine lege certa Lembra inclusive que uma das criticas firmadas ao Tribunal de Nuremberg foi exatamente a viola o deste principio quanto a irretroatividade da lei penal T BATISTA Nilo Introdu o critica ao direito penal brasileiro 10 ed Rio de Janeiro Revan 1990 p 65 68 8 LUISI Luiz Os princ pios c
441. u da por pessoas f sicas de baixa renda A contrata o pelo poder p blico municipal desta associa o para os servi os p blicos de limpeza urbana coleta seletiva RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Joao Gaspar Rodrigues e log stica reversa dispensa licita o art 36 2 da Lei 12 305 2010 e art 44 I Dec 7 404 2010 importante ressaltar que a reciclagem ainda o melhor m todo de tratamento de lixo em rela o ao meio ambiente uma vez que diminui a quantidade de res duos enviada a aterros sanit rios e reduz a necessidade de extra o de mais mat ria prima da natureza Deluca et al 2007 A reciclagem constitui em princ pio uma forma ambientalmente eficiente de aproveitamento energ tico de res duos urbanos RU bb Fra o seca e mida y Educa o ambiental Coleta seletiva PEV S Centro de triagem e compostagem Produto recicl vel Produto composto RSI Aterro sanit rio Figura 1 Atividades operacionais relacionadas ao projeto Lixo Amigo 5 2 Associativismo e organiza o comunit ria No desenvolvimento do projeto verificou se que no lix o de Novo Air o existem duas fam lias que sobrevivem de catar produtos recicl veis garimpeiros mas sem nenhuma RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 159 160 Da concep o a implanta o do Projeto Lixo Amigo na cidade de Novo Air o organiza o associativa pr
442. ue n o age rigorosamente segundo a lei sentido amplo administrar aplicar a lei de of cio Desleal o agente que infringe um desdobramento do princ pio da moralidade administrativa Pode ser desleal de v rias formas revelando fatos ou situa es reservadas ao mbito da Administra o incisos III e VID induzindo em erro no exerc cio de suas atividades as institui es a que serve 27 DECOMAIN op cit p 142 143 28 FIGUEIREDO op cit p 119 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Ivana Mussi Gabriel N o obstante nem todo ato comissivo ou omissivo cometido pelo agente p blico que fere os princ pios constitucionais da Administra o P blica ser considerado improbidade administrativa Para s lo necess rio fazer prova da m f do servidor p blico da sua conduta desonesta no evidente prop sito de lesionar o patrim nio p blico pois a Lei 8 429 92 possui san es severas que n o devem ser aplicadas de forma arbitr ria sem prova detalhada da viola o dos deveres de honestidade imparcialidade legalidade e lealdade Para Marcelo Figueiredo h uma impropriedade na literalidade do artigo 11 da Lei 8 429 92 pois nem sempre um ato contr rio ao princ pio da legalidade ser imoral Deveras novamente a lei peca por excesso ao equipar o ato ilegal ao ato de improbidade administrativa ou por outra o legislador invertendo a dic o constitucional acaba por dizer que ato de improbidade
443. ue n o p de fazer algo diferente ZAFFARONI Eugenio Ra l et al Direito penal brasileiro v 1 Rio de Janeiro Revan 2003 p 225 Eliphas Levi lembra que Querer o bem com viol ncia querer o mal LEVI Eliphas 4 chave dos grandes mist rios Trad Madelen de Merkouloff S o Paulo Tr s 2005 p 164 Agrade o ao Professor Marco Ant nio Santos Reis pelo refor o argumentativo quando da peer review deste trabalho RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 327 328 Qual a Fun o do Direito Penal O crime como les o da possibilidade de livre disposi o de uma rela o encontra no fato de que diante de uma determinada norma cuja vig ncia se protege em uma lei penal sua proposta dispensa o esfor o de uma busca por uma realidade jur dico penal valorada positivamente que a respalde SILVA SANCHEZ 2002 p 105 et seq Al m disso seu modelo facilita a afirma o de que uma determinada conduta p s em xeque a norma haja vista que Jakobs admite que La vigencia de las normas puede ser menoscabada por el anuncio de su futuro quebrantamiento 1997 p 324 Ou seja como para Jakobs la vigencia de la norma puede verse dafiada no s lo por quebrantamientos de la norma entendidos en su sentido habitual sino tambi n por cualquier menoscabo de la confianza de los afectados 1997 p 315 poss vel que a lei penal puna n o s aquelas condutas que efetivamente lesem ou coloquem em perigo os
444. uir um rodovia transnacional ou ent o modernizar todos os aeroportos do Pa s Mas para tanto pode ser que precise auferir mais recursos que ultrapassem o exerc cio financeiro Normalmente as vincula es de receitas se materializam nos Fundos Espec ficos De acordo com artigo 71 da Lei 4 320 64 por Fundos Espec ficos deve se entender receitas especificadas criadas por lei para realiza o de determinados objetivos ou servi os como o FUNDEB Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o regulamentado pela Lei 11 494 07 Afinal conclui Andr Castro Carvalho como as vincula es t m seus prop sitos predeterminados os fundos s o ferramentas teis para operacionaliz las Contudo o termo vincula o n o se confunde com despesas obrigat rias Nas despesas obrigat rias como o pr prio nome diz h preocupa o com a obrigatoriedade no gasto Nos comandos constitucionais que estabelecem despesas obrigat rias o ente federativo tem o encargo de gastar o m nimo 24 CARVALHO op cit p 120 25 Tbid p 234 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 93 94 A n o vincula o constitucional de receitas p blicas para educa o como ato de improbidade administrativa percentual de receita num exerc cio financeiro determinado o que se d com as receitas de impostos remetidos obrigatoriamente manuten o e desenvolvimento do ens
445. undos direta ou indiretamente das informa es obtidas na escuta No referido julgamento o Ministro Sep lveda em seu voto enfatizou que a doutrina da invalidade do fruit of the poisonous RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Rafael da Silva Menezes Cristine Cavalcanti Gomes tree era a nica capaz de dar efic cia garantia constitucional da prova il cita Afirmando que no caso em discuss o era ineg vel que s as informa es extra das da escuta telef nica autorizada de forma indevida possibilitou a realiza o do flagrante e da apreens o da droga elementos decisivos na constru o logica da imputa o atribu da na den ncia e na fundamenta o das decis es condenat rias Concluindo que em raz o da patente rela o gen tica entre os resultados da intercepta o telef nica e as provas subsequentemente colhidas n o seria poss vel apegar se a essas ltimas frutos da opera o il cita inicial sem de fato emprestar relev ncia probat ria escuta vedada De acordo com a teoria por exemplo se a partir de uma confiss o obtida por meio de choques el tricos forem obtidas informa es que viabilizem uma busca e apreens o formalmente ntegra precedida de ordem judicial cumprida por Oficial de Justi a sem qualquer abuso reconhece se que esta busca e apreens o est contaminada eis que decorre de uma prova il cita Em suma existindo prova il cita as demais provas dela derivadas rela
446. unt ria PEV Obviamente que um caminh o compactador n o adequado para uma coleta seletiva seguida de triagem com vistas reciclagem Ap s passar pelo centro de triagem o armazenamento e a estocagem destes res duos ocorrer o em galp o pr prio em espa o f sico cont guo O material ap s ser conferido separado e estocado ser posto venda Para a implanta o da coleta seletiva e o envolvimento de toda a popula o de Novo Air o ser destravado um amplo e massivo programa de educa o ambiental integrando atividades de informa o sensibiliza o e mobiliza o Uma s rie de provid ncias deve ser adotada confec o de placas sinalizadoras e de cartazes treinamento dos funcion rios respons veis pela coleta elabora o de folhetos informativos com hor rios frequ ncias etc importante ressaltar que a educa o ambiental uma campanha cont nua e que se retroalimenta com os resultados positivos alcan ados com o projeto os quais devem ser divulgados amplamente para funcionarem como est mulo e incentivo aos setores envolvidos Canais de comunica o entre a popula o e os rg os respons veis pelos servi os de limpeza urbana tamb m devem ficar permanentemente abertos vide item 5 3 2 A coleta seletiva bem como o recolhimento dos res duos sujeitos log stica reversa centro de recolhimento ser o feitos pela associa o de catadores art 40 Decreto n 7 404 de 23 dez 2010 constit
447. urso Logo todo piso deve ter superf cie regular firme est vel antiderrapante e que n o provoque trepida es Al m disso importante que os capachos sejam embutidos no piso e os tapetes ou forra es tenham suas bordas firmemente fixadas Caso contr rio simplesmente devem ser eliminados esses objetos O Programa de A o Mundial para Pessoas com Defici ncia tratou dos obst culos que os cadeirantes enfrentam para exercitar seu direito de locomo o Uma das principais consequ ncias que as barreiras sociais podem ocasionar ao indiv duo o impedimento situa o desvantajosa para um determinado indiv duo em consequ ncia de uma defici ncia ou de uma incapacidade que limita ou impede o desempenho de um papel que normal em seu caso em fun o de idade sexo e fatores sociais e culturais O impedimento est em fun o da rela o entre as pessoas incapacitadas e seu ambiente Essa rela o ocorre quando essas pessoas enfrentam RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 241 O direito dos cadeirantes a um ambiente acess vel previsto na legisla o em vigor aplicada em Manaus barreiras culturais f sica ou sociais que as impedem de ter acesso aos diversos sistemas da sociedade disposi o dos demais cidad os O impedimento portanto a perda ou a limita o das oportunidades de participar na vida da comunidade na igualdade de condi es com os demais Equipara o de oportunidades o pro
448. ut rio para al m da arrecada o Parar por a assumir uma vis o simplificadora alienada do contexto constitucional e juridicamente insatisfat ria insuficiente e ing nua Mesmo mantendo a aten o na receita tribut ria um m nimo de largueza na ptica constitucional far saltar vista a presen a inquestion vel de algo mais no espa o do bem jur dico agasalhado al m da singela arrecada o grifos no original 2008 p 509 A doutrina de Tiedemann 1993 p 162 apud ALENCAR 2008 p 93 tamb m assume a relev ncia da finalidade da arrecada o tribut ria para a defini o do bem jur dico do direito penal tribut rio Como se l CERNICCHIARO Luiz Vicente Direito penal tribut rio observa es de aspectos da teoria geral do direito penal Revista Brasileira de Ci ncias Criminais S o Paulo v 3 n 11 p 175 183 jul set 1995 TIEDEMANN Klaus Lecciones de derecho penal econ mico comunit rio espafiol alem n Barcelona PPU 1993 p 162 RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 189 190 Dignidade do bem juridico penal tributario en este asunto se trata de una cuesti n del bien juridico del derecho penal tributario que ele Tribunal Supremo alem n se limita a contemplar en relaci n a la obtenci n de ingresos mientras que segu n nuestro punto de vista tambi n se h de tomar en consideraci n las finalidades a realizar con los fondos recaudados Nesse sentido
449. vida social qualquer sociedade prefere o exerc cio do poder que RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Jo o Gaspar Rodrigues lhe assegure um m nimo de seguran a ao caos desordem anarquia vulnerabilidade social e inseguran a da exist ncia Isso porque para a sociedade humana assim como para os indiv duos que a comp em a primeira necessidade o instinto soberano consiste em viver Sob o exerc cio de um poder abusivo mas constante e presente a sociedade pode viver sob a inseguran a completa e a anarquia tal n o poss vel Para sobreviver com relativa tranquilidade e seguran a a sociedade embrutece e chega a sacrificar parcela de sua liberdade e dignidade Temos ent o um cidad o meio livre e meio seguro ref m do medo b fido da pol cia e dos bandidos que por vezes chegam a se confundir Isso n o nos parece minimamente admiss vel num meio pol tico democr tico cujo n cleo vital e pulsante a dignidade da pessoa humana N o h meio termo entre a liberdade e a seguran a ou se livre ou n o Os direitos e as garantias n o podem ser atribu dos como migalhas como um favor mesquinho feito pelo Estado que eventualmente possa ceder ao obscuro universo paralelo da pol cia Por conta disso o cidad o segue amesquinhado e rebaixado em sua condi o humana e social uma esp cie de cidad o pela metade mero sistema semovente de mat ria numa estrita vis o hobbesiana O homem d
450. visto na legisla o em vigor aplicada em Manaus O int rprete n o poder aplicar as leis e atos normativos aos casos concretos de forma a criar ou aumentar desigualdades arbitr rias Ressalta se que em especial o Poder Judici rio no exerc cio de sua fun o jurisdicional de dizer o direito ao caso concreto dever utilizar os mecanismos constitucionais no sentido de dar uma interpreta o nica e igualit ria s normas jur dicas Finalmente o particular n o poder pautar se por condutas discriminat rias preconceituosas ou racistas sob pena de responsabilidade civil e penal nos termos da legisla o em vigor MORAES 2008 p 31 33 3 2 Liberdade de locomo o A liberdade da pessoa f sica se expressa por meio da possibilidade jur dica reconhecida a todas as pessoas de serem senhoras de sua pr pria vontade e de se locomoverem desembara adamente dentro do territ rio nacional Esse direito previsto na Constitui o de 1988 est consagrado no inciso XV do art 5 livre a locomo o no territ rio nacional em tempo de paz podendo qualquer pessoa nos termos da lei nele entrar permanecer ou dele sair com seus bens O direito de circular consiste na faculdade de se deslocar de um ponto a outro atrav s de uma via p blica ou afetada ao uso p blico De acordo com o professor Jos Afonso da Silva Isso quer dizer que independentemente do meio atrav s do qual se circula por uma via p blica o
451. vo ao princ pio em exame legitimando sua possibilidade de aplica o para al m do Direito Constitucional e Direito Administrativo enquanto ramos setoriais da vida jur dica Alcan ando agora a discuss o sobre a finalidade do princ pio da proporcionalidade no cen rio jur dico cumpre rememorar a sua voca o inicial restrita s quest es da limita o da atua o do poder de pol cia estatal em detrimento das liberdades individuais ou seja conforme p de se observar na an lise da forma o hist rica do princ pio em um primeiro momento sua aplica o pr tica circunscrevia se ao campo do Direito Administrativo Ao passo que o princ pio em tela foi al ado para o RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Tib rio Celso Gomes dos Santos patamar de princ pio constitucional logo sua expans o logrou atingir outros ramos de aplica o Guerra Filho 2003 p 85 demonstra preocupa o com a expans o exacerbada do alcance de aplica o do princ pio cabe desde j tomar em considera o o problema de sua tend ncia ao que se chama na doutrina alem de Oberdehnung super expans o para designar um exagero ao empreg lo que levaria a um relaxamento na aplica o da lei Guerra Filho 2003 p 85 conclui sugerindo a moderada aplica o do princ pio para evitar sua super expans o Para prevenir que isso aconte a nada melhor do que atribuir reflexidade ao princ pio d
452. zer que Discricionariedade Judicial es un cierto margen de libertad en la toma de decisiones VIDAL 2002 p 417 Desta forma o Juiz que v g na opera o de dosagem da pena de um r u condenado verificar a concorr ncia dos requisitos descritos no art 44 do C digo Penal pena privativa de liberdade atribu vel ao fato n o superior a quatro 8 O termo aqui empregue em parte apoiado na acep o moral de Tom s de Aquino relacionado com a no o de justeza do ato RJMPAM v 15 n 1 2 jan dez 2014 Isaac Sabba Guimaraes anos correspondente a crime n o cometido com viol ncia ou grave amea a ou se o crime for culposo se a culpabilidade e circunst ncias pessoais indicarem a adequa o da substitui o da pena substituir a pena privativa de liberdade por uma ou mais restritivas de direitos e sua escolha em forma de norma positiva concreta e individualizada recair sobre aquelas descritas no art 43 CP presta o pecuni ria perda de bens e valores presta o de servi o comunidade ou a entidades p blicas interdi o tempor ria de direitos limita o de fim de semana A no o descrita no entanto contempla uma das formas de encarar se a Discricionariedade Judicial que se refere possibilidade de escolha entre v rias alternativas todas elas poss veis e em caso de aplica o juridicamente v lidas Neste sentido a Discricionariedade convergir para a ideia de poder ou faculdade de e

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