Home

universidade federal de pernambuco centro de educação programa

1. E no debate entre historiadores didaticistas e soci logos que o curr culo e os saberes escolares passam a se configurar como objeto e tem tica de pesquisa de diferentes reas de conhecimento assim como objeto e tem tica de estudos e pesquisas interdisciplinares A 35 Saviani N 1994 1995a 1995b chama aten o para a import ncia dos estudos acerca do curr culo numa perspectiva hist rica 59 historiografia da educa o portanto vai se aproximar das abordagens sociol gicas do curr culo apontadas por Forquin 1996 Num olhar disciplinar mesmo sob influ ncia dos debates entre as diferentes reas os didaticistas tem como foco de suas reflex es o ato de ensinar e aprender os soci logos focalizam o estudo dos aspectos s cio pol ticos na constitui o do saber escolar e os historiadores investigam em diferentes fontes a apari o e evolu o desses saberes A Hist ria das Disciplinas Escolares tem se configurado na atualidade como uma importante tem tica nos estudos da historiografia da educa o tanto por se aproximar de uma nova forma de escrever a Hist ria quanto por possibilitar uma nova leitura da Hist ria da Educa o especialmente da Escola Essa tem tica aproxima se de movimentos renovadores no campo da historiografia de uma forma geral tais como a Nova Hist ria e permite nos perceber que a Hist ria da Educa o e da escola vai al m da hist ria dos ide rios e discursos pedag gicos como
2. 247 Porque a gente tem sempre atividade A quando eu dou texto eu quero ver o caderno De vez em quando eu ainda dou as minhas escapadas copiou cad o caderno me mostrem PAI Ent o na 8 s rie n s conseguimos chegar fizemos desenhos pintura escultura arquitetura e falamos o que urbanismo paisagismo ligados arquitetura Neste ano eu falei sobre fotografia falamos sobre a gravura e estamos na cer mica Eles pararam na cer mica A introduzi texto da cer mica trazer v deos tentar fazer alguma coisa com cer mica No ano passado parece que foi ano passado eu trabalhei o descobrimento do Brasil eu uso muitas vezes as exposi es que acontecem aqui como a de Voldan para introduzir o trabalho PAZ Agora numa escola grande como essa onde tem diversas coisas aqui porque voc tem 2 grau voc tem certeza que d conta de tudo para o outro j est bom mas eu vejo as preocupa o dos professores em utilizar Aqui mesmo a festa de cultura inglesa a entrou a arte tem coisas da arte a arte estava ai dentro PAZ Ainda que exista uma diversidade metodol gica entre as professoras as aulas est o muito condicionadas aos recursos pedag gicos causando uma depend ncia dos saberes escolares a essa condi o gerando novamente um problema de legitima o da disciplina de Arte e que acarreta fragilidades para a constitui o dos saberes escolares N o que altera o de planejame
3. um projeto e um ato cujo grande objetivo o favorecimento da aquisi o e produ o do conhecimento especificamente do saber escolar Muda a gente faz por exemplo v o l na escola os professores de portugu s se juntam e fazem o planejamento Agora tudo ideal entendeu Porque a minha escola s tem 2 professores de portugu s efetivos eu e outro que trabalha na DGE O outro trabalha tarde eu trabalho noite muito dif cil a gente se encontrar muito dif cil Mas quando a gente se encontra a a gente faz Os professores junto com os estagi rios fazem o planejamento Agora cada sempre diferente de ano para ano de semestre para semestre PLP1 Voc faz uma proje o do que voc est esperando no final do projeto voc tamb m projeta que tipo de conhecimento o aluno deveria ter adquirido a partir daquele ciclo daquele momento de aprendizagem PLP2 Ainda que haja tais diferencia es mudan as dinamicidade vemos na fala das professoras que o planejamento tamb m possui uma dimens o documental necess rio que o professor fa a alguma forma de registro O planejamento registrado tanto na caderneta das turmas cumprindo uma exig ncia administrativa como num documento pessoal para efeito de acompanhamento Por vezes um e outro s o o mesmo documento Existe o da caderneta A gente faz N o s o da caderneta A gente faz o planejamento no in cio do ano Faz o plan
4. As classes da s o boas de um modo geral sabe Eu pelo menos trabalho tarde e noite Um ou outro que desaparece PA1 O primeiro conselho Professora eu passei eu passei Fica aperreado para saber da nota e eu digo passou at aqui est tudo bem PAI no conselho a a gente diz sei l MARIA JOS A coordena o por exemplo da 5 D a quem for professor da 5 D pega a caderneta da sua disciplina Como est Maria Jos Ah MARIA JOS comigo est bem 252 n o tem problema comigo n o ou ent o est muito faltosa n o est vindo ou A menina s senta de pernas para cima n o quer saber de nada assim PA1 Por exemplo a gente marca assim dia 15 pessoal de 1 e 2 ano do 3 ciclo A vai o pessoal de 5 e 6 s rie A tarde tem 5 B 5 C 6 A B Agora prec rio tamb m prec rio N o acontece de estarem muitos professores juntos n o Prec rio mas tenta se fazer Tenta se fazer PA1 Tem que se voltar Eu s coloco nessa quest o de estudos ampliados aquele aluno que n o fez nada Que eu n o conseguiu Eu estou colocando sempre como a participa o e apresenta o deles a an lise dos trabalhos deles Agora aquele que realmente n o fez nada fica como retido Tem aluno que tem at capacidade pelo passado dele eu sei que ele tem capacidade mas ele tem que fazer para eu saber se ele tem capacidade de fazer aquilo Ele tem qu
5. Eu pego no Coletivo de Autores que falam da quest o cultural Minha base o coletivo de autores o que mais se adapta proposta da Rede Eu tamb m apesar de n o ser bem aceito aqui na Rede uso os PCN Eu uso como refer ncia PEF1 A rela o entre a Proposta da Rede e os PCN reapresentada na fala da PEF2 pois esta afirmou que para a sele o dos saberes escolares tamb m usou uma proposta elaborada na pr pria escola onde exerce o magist rio A Proposta da Prefeitura e tamb m usei a que a gente elaborou aqui quando a gente fez a proposta para o ensino modular A gente fez uma proposta PEF2 Nessa proposta que organizou o ensino da Educa o F sica em m dulos visto que a aulas da professora estavam inseridas no ensino m dio e este se organiza em regime semestral modular ficam evidentes refer ncias aos PCN conforme os extratos abaixo Desta forma caber aos professores pensar a a o da Educa o F sica da escola como uma responsabilidade pol tica na forma o humana do aluno buscando conhecimentos que visem atender s nessidades da sociedade e n o apenas quelas que forem solicitadas pelo mercado COMPET NCIAS E HABILIDADES REPRESENTA O E COMUNICA O Reconhecer a a o humana como forma de express o e linguagem na vida do cidad o INVESTIGA O E COMPREENS O Refletir sobre as informa es espec ficas da linguagem corporal sendo capaz de discerni las e reint
6. Por m as ambigiiidades tamb m se apresentam nessa disciplina em rela o aos ciclos entretanto n o como as apresentadas na Educa o F sica e Arte mas e principalmente em rela o forma integrada de trabalhar os conte dos e elimina o da reprova o sendo oferecidas aos alunos outras metodologias de ensino e avalia o incluindo novas e constantes oportunidades de aprendizagens Segundo as professoras h dificuldades e discord ncias na implanta o dos ciclos principalmente em virtude das quest es de condi es escolares faltando tempo para um trabalho mais coletivo menor n mero de alunos por sala de aula maior n mero de professores para atender os alunos estruturar melhor os Espa os Ampliados de Aprendizagens e as quest es da promo o autom tica dos alunos Em fun o dessas dificuldades e discord ncias uma professora chega a afirmar que os ciclos n o est o sendo implementados efetivamente pois faltam as condi es adequadas Em Matem tica os ciclos trouxeram uma nova forma de trabalhar com os alunos propondo se a superar o tradicionalismo e a compartimentaliza o do conhecimento Os professores destacam que os ciclos s o coerentes com as novas formas de pensar o ensino da Matem tica um ensino mais din mico contextualizado e problematizador No entanto as falas dos professores apontam v rios aspectos contradit rios e amb guos os quais merecem destaque Um se refere implanta o dos cic
7. es lar ngeas Esse programa tem um impacto importante na Rede pois com essa iniciativa reduziu a taxa de falta justificada dos professores s aulas RECIFE 20044 Para os professores com forma o de n vel superior havia o est mulo realiza o de cursos de p s gradua o sendo aqueles liberados com vencimentos e vantagens para estes estudos Nos quatro anos de gest o vale o destaque para o n mero de 30 afastamentos de professores para participa o em cursos de mestrado e cinco para doutorado conforme vemos no quadro 15 105 Um curso de gradua o em Pedagogia feito em conv nio com Universidade de Pernambuco UPE Quadro 15 Afastamento de professores para p s gradua o Ano Especializa o Mestrado Doutorado 2001 27 17 2002 09 22 01 2003 13 11 01 2004 22 30 05 149 Fonte Relat rio de Gest o Secretaria de Educa o RECIFE 20044 Os professores recebiam em suas resid ncias por via de assinatura de final de semana um dos jornais de circula o local tais como o Di rio de Pernambuco e o Jornal do Comm rcio al m da assinatura da Revista Nova Escola A Revista Superienteressante foi assinada para os professores de 3 e 4 ciclos do fundamental e ensino m dio Ainda foram feitas aquisi es para que os professores montassem sua biblioteca pessoal de livros por setores espec ficos da gest o por n veis de ensino e por reas de conhecimento
8. es matem ticas principalmente em seus algoritmos e ao estudo da tabuada Os professores demonstram em suas falas a busca por uma matem tica mais problematizadora e contextualizada na qual o aluno possa ler e interpretar a vida por via dos c lculos medidas e organiza o das informa es dos espa os e formas Mesmo que a Proposta da Rede n o explicite textualmente uma aproxima o do objeto de estudo da disciplina com Educa o Matem tica no seu nterim e na fala dos professores fica clara uma fundamenta o e proximidade a essa abordagem do ensino da matem tica No que concerne s compreens es acerca dos sujeitos educacionais especialmente o professor e o aluno e ainda acerca da rela o da forma o inicial do primeiro com as teorias pedag gicas de refer ncia percebemos uma diversidade entre as diferentes disciplinas No entanto un nime entre os professores de todas as disciplinas o reconhecimento de que o alunado das escolas municipais em sua maioria pertencente a um grupo social com pouco poder aquisitivo e em fun o disso com poucas oportunidades de acesso ao patrim nio e espa os de usufruto e produ o de diferentes linguagens culturais tais como as atividades 305 esportivas e de lazer as produ es art sticas aplica es da l ngua culta ao pensamento matem tico Sem sombra de d vidas a forma o inicial dos professores condiciona o uso das teorias pedag gicas de refer ncia int
9. es sobre planejamento e comportamento Esses tamb m s o conhecidas como Di rios de Classe 44 de cada disciplina focalizando os elementos referentes forma o e atua o do professor e os relacionados Rede de uma forma geral Quadro 6 Dados gerais para an lise de conte do DISCIPLINAS Professora de L ngua Portuguesa 1 Professora de Arte 1 Professores PLP1 PA1 QUEST ES O professor Forma o e Com cursos de p s gradua o e Minha forma o o seguinte eu me terminei em psicologia fui psic loga Ai depois eu fiz licenciatura plena em educa o art stica o nome do curso na universidade federal Ai a minha especializa o foi em artes c nicas ent o o meu curr culo foi dirigido para teatro e Especializa o e Na federal foi em 88 Tempo e 18 anos na Rede e Professora da Rede h quanto servi o tempo Eu estou desde 88 junho de 88 Atua o nas e Eu t dando aula para uma 7 s rie o PCe PD turmas e S o 6 aulas por semana e 1 ano do magist rio e As aulas s o geminadas Atua o na e Da equipe pedag gica e No magist rio s o 4 horas aula escola e O meu trabalho por exemplo porque o curso deles em m dulos visitar as escolas A Rede Inst ncias e S o 3 conselhos de ciclo duranteo e O ensino m dio organizado por ano m dulo e Agora que a gente t come ando a e Minha aula t na grade trabalhar
10. o F sica na escola Tem uma reuni o no come o do ano na escola sobre planejamento onde a gente troca id ia com outros professores Nessa escola em que eu estou aconteceu isso de a gente trocar id ia com outros professores mas cada um faz o seu PEFI Tem a gente faz no come o do ano Entrega Coordena o num formul rio que a gente faz junto Eu fa o junto com ROBERTA E a estagi ria que estiver A a gente prop e no come o do ano fazer isso a se houver alguma modifica o isso colocado durante o processo PEF2 210 Olha uma necessidade do trabalho docente No meu caso para organizar para viabilizar as aulas PEFI Tem uma necessidade pedag gica principalmente como lhe falei aqui a gente trabalha em M dulos Ent o para se organizar at os conte dos o que se quer transmitir entendeu Principalmente agora essa quest o das compet ncias o pessoal est se inteirando com isso ent o eu estou sentido que agora eles est o mais motivados para se reunir para planejar PEF2 No planejamento s o destacados dois aspectos fundamentais para organiza o dos saberes escolares o recurso e o tempo pedag gicos das escolas sendo estes important ssimos para sua execu o Segundo as professoras os espa os f sicos as instala es dispon veis para a realiza o das aulas de Educa o F sica s o definidores para a execu o do planejamento portanto para a organiza o de seus
11. o F sica que ela afirmara tomar como fundamento o Coletivo de Autores Dan a gin stica jogo e esporte basicamente No es de capoeira j dei ano passado mas nesse ano n o entrou no curr culo n o PEF1 Eu privilegio em rela o a minha forma o Em lutas eu n o domino as fun es eu n o posso privilegiar lutas uma coisa que foge um pouco Eu posso Eu privilegio geralmente os conte dos de que eu tenho mais dom nio E como h essa flexibilidade em educa o f sica sei que n o est certo mas termina se fazendo o que tem mais dom nio o que voc consegue dominar mais PEF1 O professor de matem tica pode at n o dar mas exigido ali naquela s rie ou naquele ciclo que se d aquele conte do Mas na educa o 201 f sica h uma exclus o Tem professor que n o d dan a tem professor que n o d gin stica PEF1 Aritm tica dentro de matem tica n o tem jeito ela n o vai ser dentro de ci ncias nunca Mas na educa o f sica como n o se tem o corpo de conhecimentos definido h uma flexibilidade de entrar ou n o e ningu m pode cobrar isso entendeu Se o professor quiser julgar que educa o f sica s esporte para convencer a ele de que n o h que haver uma discuss o pol mica como houve na proposta pedag gica que a gente montou Entra ou n o entra esse conte do PEF1 A PEF2 n o determina a sele o em fun o de sua forma o
12. o curricular n o foi abandonada chegando a haver uma superposi o entre o curr culo por ciclo e o seriado o que ocasionaria problemas diversos Um dos problemas apontados a manuten o de uma estrutura o linear e fragment ria do tempo pedag gico das disciplinas do curr culo escolar ou mesmo a sequ ncia convencional dos conte dos P4 Outro a metodologia do docente pois o ciclo exige uma nova forma de organiza o do trabalho pedag gico que exigiria por sua vez uma outra forma o do professor Eu vejo que como a gente tem orientado a estrutura de ciclo est montada em uma outra estrutura de s rie ent o ela sofre muito O ciclo n o deveria ser organizado estruturalmente na escola como est 2 aulas de matem tica 2 de geografia e 1 de portugu s ou 2 de portugu s N o tem que ser assim tem que ser um trabalho diferente voc tem que ser merecedor de um tempo pedag gico diferente voc tem que ter uma estrutura de abordagem diferente ent o isso sofre claro que o trabalho em ciclo ele veio melhorar muito o trabalho em si se a gente est primando pela refer ncia que o conhecimento eu tenho que me valer do que eu vou fazer para que meu aluno possa intervir Ent o eu reestruturo o meu trabalho Como eu trabalhava h 5 6 anos atr s n o d forma que eu trabalho agora entendeu Ent o muitas vezes entra em choque o professor com isso por duas quest es b sicas uma o professo
13. o de um mundo de significados relacionados ao contexto sociocultural e uma modalidade ou forma de acordo com uma conceitua o espa o temporal RECIFE 2002b A partir desse objeto s o listadas as compet ncias e apresentados cinco eixos tem ticos distribuindo seus saberes e habilidades ao longo dos ciclos de aprendizagem como podemos observar no quadro 17 Quadro 17 Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Educa o F sica I SABERES HABILIDADES EIXOS TEM TICOS Ciclos Movimentos de locomo o manipula o e estabiliza o Elementos b sicos Esquemas motores e seus significados Lateralidade percep o espa o temporal etc do mover se Qualidades f sicas b sicas velocidade resist ncia for a flexibilidade coordena o agilidade equil brio e ritmo 115 O Coletivo de Professores de Educa o F sica da Rede de Educa o Municipal do Recife 2005 com a devida autoriza o da Prefeitura resolveu publicar a vers o final numa editora Universit ria 172 O mover se e as Brinquedos cantados e varia es r tmicas express es r tmicas Tipos de dan as nacionais internacionais populares folcl ricas cl ssica moderna contempor nea Jogos populares Jogo elementos Jogos de sal o l dicos e simb licos Jogos esportivos coletivos e individuais e suas possibilidades na pr tica cotidiana Modalidades coletiva
14. o do conhecimento O curr culo nesse caso est muito pr ximo teoria cr tica citada por Silva 1999 e ainda s abordagens sociol gicas de Forquin 1996 Assim pensamos que o conceito de Pr tica Pedag gica emerge na inten o de desmitificar e esclarecer as categorias necess rias para que se busque uma qualifica o na educa o redimensionando o seu entendimento para al m do tradicional cl ssico anal tico tecnocr tico A pr tica pedag gica traz categorias importantes para compreender a dialeticidade da educa o tais como historicidade intencionalidade unidade teoria pr tica e criticidade Para Veiga 1994 a Pr tica Pedag gica reconhece suas influ ncias hist rico sociais e as rela es entre seus determinantes internos pois eles n o aparecem de forma isolada n o existem uns sem os outros e sim exercem influ ncias m tuas no mesmo tempo e intensidade Portanto estamos entendendo pr tica pedag gica como uma situa o ou a o em que h sistem tica e intencionalmente uma teleologia no processo e produto da forma o humana especificamente no que concerne apropria o do saber Enfatizamos estes dois elementos sistematiza o e intencionalidade pois em outras rela es humanas acreditamos tamb m existirem processos de troca e produ o de conhecimentos que n o deixam de ser 68 espa os e momentos de forma o mas que n o podem ser consideradas pr ticas pedag gicas devido a su
15. o do conhecimento Possuir aula no hor rio regular do turno do aluno informado pelas duas professoras e algo incontest vel para a PA1 que sob nenhuma hip tese levanta a possibilidade de ter aula em contra turno turno contr rio ao de matr cula do aluno N o de jeito nenhum N o assim a minha aula est na grade eu vou para a sala de aula PA dentro da aula dentro da grade Est dentro da grade PAZ No ensino m dio as aulas de arte acontecem quatro vezes por semana pois esse n vel nas escolas da Prefeitura do Recife trabalha em m dulos semestrais que re nem disciplinas de determinada rea de conhecimento duplicando sua carga hor ria semanal para dar conta dos conte dos estabelecidos para o ano inteiro No m dulo seguinte as disciplinas que n o haviam sido oferecidas no semestre anterior s o tratadas da mesma forma J no ensino 239 fundamental sem ser regime semestral modular e sim no curr culo anual por ciclo as aulas de Arte acontecem duas vezes por semana pelo menos da 5 8 do fundamental que nessa Rede significa os primeiros e segundos anos do terceiro e quarto ciclos que equivalem s aulas de 5 a 8 s ries Gra as Deus todas as minhas s o geminadas uma vez por semana muito melhor nem se compara Aula geminada de arte o ideal Tem turma que toda quarta tem turma que toda segunda PAI No magist rio s o 4 horas aula porque o curso
16. o f sica PM2 Porque era fora da grade Se ele estudava tarde ele tinha educa o f sica de manh Se ele estudava de manh fazia educa o f sica tarde ent o ficava nesse impasse Tinha crian a que n o podia vir duas vezes para a escola porque n o tinha condi o de passagem etc etc Tudo isso JOSE foi sendo Foram sendo somados est entendendo E chegou se a essa conclus o Inclusive muitos pais ficaram mais satisfeitos e o pr prio aluno porque n o estavam levando falta est entendendo JOSE Porque ele vinha para a escola de manh e usava o seu passe E tarde ele n o podia vir porque n o tinha mais passagem Houve uma aceita o fora de s rie PM2 Para finalizar o reconhecimento das inst ncias da Rede apreendemos das falas dos professores que a pol tica curricular municipal estruturou a proposta pedag gica e as a es docentes a partir do conceito de compet ncias seguindo as orienta es contidas na pol tica educacional da Uni o em especial na legisla o educacional do Minist rio de Educa o principalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9394 96 e na resolu o acerca das diretrizes curriculares do ensino m dio pois as diretrizes dos demais n veis da educa o b sica n o sugerem o trabalho com as compet ncias e nos Par metros Curriculares Nacionais PCN apesar de procurar n o seguir os par metros para sua organiza o curricular Na Pr
17. o por n o aprendizagens e sim por faltas As n o aprendizagens devem ser 298 diagnosticadas no decorrer da pr tica pedag gica de sala de aula sendo o aluno encaminhado para novas oportunidades de estudos como tamb m comentou o PM2 nesse caso chamadas de Espa os Ampliados de Aprendizagens Mas aqui novamente as ambigiiidades aparecem tanto na dificuldade infra estrutural de funcionamento desse espa o como na concep o de avalia o do professor ainda muito arraigada numa perspectiva meritocr tica e docimol gica e por vezes sendo um mecanismo de motiva o para n o dizer coer o dos alunos Nesse caso n o houve reten o porque a minha escola uma privilegiada nisso os alunos t m uma fregii ncia muito boa Apesar de eu ser muito dur o meio chato Quando eu vejo uma coisa eu chamo os pais e os pais v m t E eu converso com os pais h uma interfer ncia da fam lia toda N o h n o houve reten o do 1 ano para o 2 ano n o haver reten o agora Embora eles n o saibam tudo que eu tenho colocado mas eles sabem muitas coisas ent o n o est havendo s no caso que Minto eu tem duas reten es de alunos por falta PM1 E outro trauma do professor O aluno vai passar todos s n o vai passar se S vai ficar retido por falta Mas ele pode ficar retido de um ciclo pra outro por quest o de aprendizagem ele tem um conte do m nimo aquela quest o toda E isso que sof
18. uma linha uma corrente que faz essas interven es da matem tica n o s Oh esse o professor de matem tica aquele o professor de geografia n o O professor de matem tica tem uma abordagem no contexto geogr fico Por exemplo na pr pria educa o f sica quando eu fa o movimentos Eu fa o movimentos Eu posso lhe mostrar uma coisa aqui que eu tenho de um trabalho que da educa o f sica Por exemplo a quest o dos jogos das olimp adas Voc tem todo o movimento por exemplo do arremesso de martelo Ele tem que formar um certo ngulo que 45 graus que quando ele diz que ele vai atingir essa altura m xima Ent o est matem tica aqui O arremesso de dardo tenho todo o movimento de jogar o dardo tenho o comprimento de dardo tenho todo um movimento do corpo que eu fa o angular certo Que vai me permitir isso Arremesso de disco na corrida o que que eu fa o Tudo ent o est atrelado matem tica a ngulo a rela o de movimento Ent o est pertinente educa o f sica quando voc tem uma corrida de longa dist ncia voc tem que empregar o menor tempo de in cio depois voc tem que empregar uma velocidade maior rela o de velocidade com a dist ncia Ent o tem matem tica a Ent o ela vai permitir voc olhar a matem tica diferente nos outros vieses e n o olhar a matem tica e fazer conta entendeu PMI Na 5 s rie nosso relacionamento com os inte
19. 297 Eu avalio tudo eu avalio tudo desde a interven o dele no conte do at a condi o de freqii ncia da escola Eu avalio todo o contexto eu avalio o contexto social eu avalio o contexto curricular mesmo eu avalio as interven es deles eu fa o esse olhar geral Posso falhar em algumas coisas claro mas procuro n o dar atribui o de uma nota Eu sei que o aluno tirou vamos supor PM1 O pr prio desenvolvimento do aluno se ele est percebendo bem ou n o Inclusive eu fa o muitas quest es Digo olhe na nossa classe aqui quero total liberdade Voc s v o dizer a mim se entenderam ou se n o entenderam Para mim n o interessa encher esse quadro aqui de n mero se voc s n o entenderem nada Eu quero de voc s total liberdade com isso Ent o se eu passo uma tarefa de casa vou saber o motivo por que ele n o fez Por que n o soube N o aprendeu na sala N o houve tempo Se n o houve tempo ele vai ter que fazer na classe Est entendendo E se houve tempo por que n o fez Ent o se foi por displic ncia vou chamar aten o eventual da fam lia para aquele acompanhamento PM2 No entanto mesmo com a realiza o de outros procedimentos avaliativos e outros instrumentos de registros de avalia o tal como os pareceres descritivos o PM1 termina por transformar a an lise qualitativa da avalia o em uma an lise quantitativa Claro a gente n o tem nota A Rede n o ela trabalha com pareceres E
20. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE EDUCA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O DOUTORADO EM EDUCA O A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA EDUCA O B SICA MARC LIO BARBOSA MENDON A DE SOUZA J NIOR RECIFE 2007 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA EDUCA O B SICA MARC LIO BARBOSA MENDON A DE SOUZA J NIOR A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA EDUCA O B SICA Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obten o do grau de Doutor em Educa o Orientadora Dr MARIA ELIETE SANTIAGO RECIFE 2007 Souza J nior Marc lio Barbosa Mendon a de A constitui o dos saberes escolares na educa o b sica Marc lio Barbosa Mendon a de Souza J nior Recife O Autor 2007 354 f il tab quad gr ficos Tese doutorado Universidade Federal de Pernambuco CE 2007 Inclui bibliografia e anexos 1 Educa o Curr culos 2 Disciplinas curriculares 3 Cultura escolar 4 Saberes escolares I T tulo 37 CDU 2 ed UFPE 375 CDD 20ed CE2007 017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE EDUCA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O CURSO DE DOUTORADO EM EDUCA O A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA EDUCA O B SICA COMISS O EXAMINADORA C L G E TT TA Prof Dr Maria Eliete Sanfia 1 Ep a arma 1 a Mk ivo Prof Dr M
21. apartamento esse 3 do 2 andar por exemplo entendeu Quando eu tenho sala 102 significa que aquele pr dio tem 102 salas N o a sala 02 do 1 andar PMI Exatamente Em cada bloco espa o e forma tratamento da informa o Entendeu Na 5 s rie n s trabalhamos os inteiros os n meros inteiros os naturais Na 5 s rie nosso relacionamento com os inteiros e negativos onde voc vai observar vai encontrar os elementos negativos Para dar os n meros naturais s o os inteiros positivos e os racionais que s o fracionados PM2 Ent o eu dou uma continuidade Basicamente as compet ncias que est o inseridas ali quase que s o as mesmas O que vai mudar s o alguns conte dos Porque at conte dos comuns eu tenho dentro do ciclo como s vezes n o h uma interrup o h apenas uma continuidade com aprofundamento ou mais das abordagens das quest es Eu tenho isso eu me permito fazer isso E como fa o parte da equipe eu pelo menos proporciono essa orienta o aos outros professores que haja uma segii ncia do ciclo que haja um planejamento articulado haja conte dos comuns tudo nessa continuidade Ent o eu tenho uma continuidade entendeu PMI Eles se diferenciam JOS a gente d continuidade Na 6 porque a gente teve uma bagagem toda na 5 s rie A gente trabalhou com n meros naturais trabalhou com n meros racionais Na 6 s rie a gente j entra com conjuntos de Z e de
22. definitivamente determinado em favor da classe dominante Pode sim ser reapropriado pela classe trabalhadora a partir de seus motivos e conferindo lhe seus significados Para isto por m necess rio enxergar esse fen meno no movimento do real e encar lo como quest o pol tica Tal como o conceito de qualifica o tem sido continuamente Redefinido a no o de compet ncia pode ser tamb m ressignificada resgatando simultaneamente a import ncia de se compreender a qualifica o como rela o social medida que a no o de compet ncia extrapola o campo te rico e adquire materialidade nos curr culos e programas escolares esta segundo Ramos 2001b configura se no que se tem chamado de Pedagogia das Compet ncias Essa Pedagogia se apresenta tamb m sob diferentes ticas numa dimens o psicol gica demarcada por discuss es no mbito das teorias de aprendizagem e de objetivos educacionais e numa dimens o s cio econ mica demarcada sob o envolvimento com as rela es sociais de produ o em que capital e trabalho disputam projetos educacionais Na dimens o psicol gica encontram se ainda duas tend ncias anal ticas uma nega a associa o entre as compet ncias e os objetivos educacionais reconhecendo as como algo novo e apropriado s mudan as sociais e econ micas da atualidade outra aceita num 106 primeiro instante a associa o mas depois defende sua diferencia o das teorias dos objetiv
23. ensino conte do de ensino e avalia o Entrevistado Qual o seu tema Entrevistador A id ia que isso tenha e fique em Entrevistador A tem tica gira em torno dos saberes torno de 30 a 40 minutos eu acho que d pra escolares Como que os saberes escolares s o conversar um pouco organizados nos curr culos da educa o b sica Com Entrevistada T bem portugu s matem tica arte e educa o f sica Que s o Entrevistador Bem a Primeira sobre consideradas 2 disciplinas de maior prestigio na escola planejamento se voc planeja suas atividades de e outras 2 de menor prestigio Ai as quest es giram ensino em torno desse aspecto Da sele o dos conte dos da Entrevistada Se eu Planejo implementa o do planejamento da avalia o Entrevistador Sim Trangiilo Bem professor em rela o a Entrevistada Olha eu tenho eu agora t sentindo planejamento h um planejamento das atividades de a necessidade demais de planejar por que a gente ensino o senhor planeja as atividades trabalha com M dulos Entrevistado Planejo sim Nas entrevistas dirigimos o olhar para o planejamento do ensino com foco no tratamento dado aos conte dos tanto pelo vi s metodol gico quanto pelo vi s avaliativo Planejamento ensino conte do e avalia o compuseram o roteiro das entrevistas mas vale salientar que esses conceitos n o se isolam e n o s o defini es prontas e acabadas Eles se apresen
24. essa determina o que leva ao estudo ativo O ensino dos conte dos deve ser visto como a a o rec proca entre a mat ria o ensino e o estudo dos alunos Atrav s do ensino criam se as condi es para a assimila o consciente e s lida de conhecimentos habilidades e atitudes e nesse processo os alunos formam suas capacidades e habilidades intelectuais para se tornarem sempre mais sujeitos da pr pria aprendizagem Ou seja a mat ria a ser transmitida proporciona determinados procedimentos de ensino que por sua vez levam a formas de organiza o do estudo ativo dos alunos LIB NEO 1994 p 128 Respondendo aos questionamentos em rela o a Saviani e a Lib neo defendemos que n o s a forma dos saberes escolares que deve ser questionada na atualidade devemos duvidar dos pr prios saberes que foram selecionados para a escola e por ela Devemos ser cr ticos em rela o a esses saberes reconhecendo em sua historicidade seus graus e flancos de reprodu o e resist ncia N o no m todo que est a garantia da criticidade na apropria o dos conhecimentos A pr pria sele o cr tica de saberes cr ticos e sua organiza o e sistematiza o tamb m cr ticas teriam mais chances na forma o e atua o de sujeitos hist ricos cr ticos da sociedade capitalista Aproximamo nos dessas teorias pedag gicas apresentadas questionadas e refletidas anteriormente as quais preferimos chamar junto com Saviani de P
25. o O curr culo nessa perspectiva estaria associado prescri o das mat rias de ensino ou mesmo ao plano sequenciado de estudos conforme nos chamou aten o Terigi 1996 assim como tamb m concep o cl ssica segundo destacou Silva 1999 Posteriormente a escola voltou se para o aluno este passou a ser o elemento mais importante na educa o escolarizada Tudo deveria levar em considera o a realidade do aluno Os alunos deveriam ser orientados em dire o autonomia A educa o era entendida como aprendizagem Priorizar os elementos inerentes ao aluno garantia a educa o Aqui tamb m existem nuan as por um lado os elementos intr nsecos sentimentos motiva es interesses etc que os alunos traziam consigo deveriam ser respeitados e evocados por outro os elementos extr nsecos a realidade de vida dos alunos quase que ditavam a organiza o do processo Seguindo as reflex es de Silva 1999 vemos que o curr culo nessa concep o de pr tica pedag gica assume uma perspectiva ora progressivista ora tecnocr tica Mais recentemente onde est a pr pria origem do conceito de pr tica pedag gica a escola passa a pensar que alunos e professor s o igualmente importantes nessa educa o devendo caminhar juntos diante do conte do A educa o aqui passa a ser entendida como uma intera o entre o ensino e a aprendizagem A dialeticidade dos dois elementos envolvidos no processo poderia ampliar a aquisi
26. o a sua configura o como disciplina escolar na escola brasileira por exemplo seguindo crit rios e estrutura semelhante s demais disciplinas deu se por volta de meados do s culo XIX Isso comparado s demais reas do conhecimento como l ngua materna e matem tica algo muito recente pois estas assumiram crit rios e estrutura de uma educa o formal e sistem tica desde a antiguidade Um desses conflitos citados pela PEF1 a defini o dos saberes a serem abordados em aula e apreendidos pelos alunos e que remonta quest o da falta de constru o de uma tradi o N o h clareza na Educa o F sica dos saberes a tratar na escola e em decorr ncia o professor termina por excluir alguns desses saberes que se configurariam importantes para a forma o do educando Em fun o disso h uma s rie de diferentes formas e iniciativas de como lidar com essa indefini o principalmente condicionando a sele o s compet ncias e forma o que possui o professor fazendo com que determinado saber seja negado ao aluno pelo fato do professor n o ter conhecimento e habilidades para lidar com o assunto A PEFI um exemplo disso Ela seleciona dan a gin stica jogo e esporte como conte dos para as aulas e organiza tais saberes de acordo com o conhecimento adquirido na forma o Diante disso ela negligencia a luta uma outra tem tica de conhecimento poss vel de ser abordada a partir da pr pria concep o de Educa
27. o Nacional LDB Lei 9394 96 apresenta a matem tica tamb m como linguagem Brasil 1999 e 2000 Carvalho 1996 reconhece em suas observa es sobre os curr culos de matem tica uma proposta que chama a aten o para esse papel Moura 2006 defende que um dos desafios para o ensino da matem tica levar os alunos a aprenderem mais do que c digos e regras aprender a linguagem matem tica como m todo de conhecer e transmitir o que conhece 37 conte dos de ensino inclusive por trabalharem em alguns momentos com os elementos do dom nio corporal Assim como podemos observar no quadro 1 foi coletado por via de um roteiro de entrevista semi estruturada Ap ndice C o que diziam dois professores de cada disciplina acerca de sua pr tica pedag gica na constitui o dos saberes escolares espec ficos de sua rea de conhecimento assim como de suas a es no curr culo de uma forma geral Quadro 1 Trechos de transcri o de entrevista 1 entrevista realizada 6 entrevista realizada Data Data Entrevistador Pesquisador Entrevistador Pesquisador Entrevistada Professora de Educa o F sica 2 PEF2 Entrevistada Professor de Matem tica 2 PM2 FITA 01 LADO A FITA 01 LADO A Entrevistador Pronto as perguntas v o girar em Entrevistador S para lhe situar um pouco Como eu torno de quatro aspectos quest o de planejamento j falei um estudo
28. o de uma LDB repensar a educa o brasileira No entanto esse movimento foi golpeado com o projeto de LDB que n s conhecemos hoje sancionado em dezembro de 1996 Por m mesmo antes da promulga o desta Lei a ANDES SN em fevereiro de 1995 tomou iniciativas numa discuss o e elabora o de propostas para uma pol tica educacional brasileira Surgiu ent o o I CONED realizado em julho de 1996 em Belo Horizonte cujo tema central foi Educa o Democracia e Qualidade Social construindo um plano nacional de educa o A partir de ent o entidades acad micas sindicatos movimento estudantil movimentos populares secretarias municipais de educa o de governos democr tico populares e parlamentares progressistas organizaram se para sistematizar e ampliar um documento que representasse um projeto de educa o o qual pudesse se contrapor radicalmente concep o mercadol gica de educa o e sociedade Assim ao longo de dois anos 1996 e 1997 v rios encontros semin rios debates regionais cinco eventos nacionais subsidiaram a constru o do PNE Essa constru o vem sendo continuamente refletida at o presente momento Na perspectiva da Qualidade Social a educa o inteciona 1 colaborar para a constru o de um projeto social que procure dignificar o homem e n o o mercado livre 2 166 ser entendida como um instrumento de forma o ampla e de luta pelos direitos da cidadania e emancipa o so
29. porque novas teorias pedag gicas t m orientado suas concep es espec ficas de disciplina No tocante s condi es escolares vimos que os recursos pedag gicos n o s o os nicos elementos que interferem na constitui o dos saberes escolares Os diferentes tempos escolares s o tamb m influenciadores principalmente nas disposi es e arranjos do conhecimento na escola Vimos que a escola se responsabiliza pela socializa o do conhecimento tornando o pedag gico para que os alunos possam se apropriar dele e produzir novos saberes com vi s especificamente escolar Esse conhecimento portanto vive uma estrutura o l gica e metodol gica de forma a constitu lo enquanto um saber escolar sendo uma dessas estrutura es o respeito ao desenvolvimento et rio e psicol gico do aluno certo que as compreens es de curr culo de saber escolar de disciplina escolar desde suas primeiras apari es est o vinculadas no o de hierarquiza o ordena o sequencia o reparti o por m nem sempre o crit rio de faixa et ria foi considerado priorit rio para essas compreens es basta lembramos das escolas no Brasil por exemplo antes da implanta o das s ries escolares Vimos que esta etariza o adv m dos estudos da psicologia acerca do desenvolvimento infantil especialmente aqueles de abordagens cognitivistas e estruturalistas os quais procuravam reconhecer a rela o desenvolvimento e aprendizagem
30. 2002b e uma vers o final conclu da em 2004 A vers o preliminar passou durante os anos de 2003 e 2004 por revis es e reformula es chegando vers o final em outubro No entanto esta ltima vers o n o chegou a ser publicada pela Rede devido mudan a na gest o central da Secretaria de Educa o Nas duas vers es a proposta da Educa o F sica parte de refer ncias ao fracasso escolar fundamenta se nas diretrizes da pol tica educacional da Rede Municipal e localiza os conflitos resist ncias e consensos provis rios vividos pela disciplina na sua trajet ria destacando a d cada de 1980 como momento de apari o de algumas propostas pedag gicas Nessas vers es tamb m situa se o processo anterior de constru o de uma proposta de Educa o F sica ocorrido no final da d cada 1990 ao qual ap s v rios estudos resolveram n o manter filia es principalmente nesse ponto que as duas vers es das propostas v o apresentar diferencia es Na vers o preliminar de 2002 o objeto de estudo da Educa o F sica escolar seria o Mover se Inspirando se em Tamboer citado por Elenor Kunz RECIFE 2002b este era entendido como um dos primeiros sistemas de identifica o e apreens o do mundo e das pessoas sendo a liga o da Educa o F sica com a rea das linguagens O Mover se era compreendido como uma intencionalidade sempre dirigida por uma compreens o de mundo pela a o reflex o uma interpreta
31. 36 uma passagem que demonstra essa inspira o Numa sociedade onde a transmiss o cultural monopolizada por uma escola escreve Bourdieu as afinidades subterr neas que unem as obras humanas e ao mesmo tempo as condutas e os pensamentos encontram seus princ pios numa institui o escolar investida da fun o de transmitir conscientemente e tamb m por um lado inconscientemente o inconsciente ou mais exatamente de produzir indiv duos dotados deste sistema de esquemas inconscientes ou profundamente escondidos que constitui sua cultura O conceito de habitus algo antigo pois desde a antiguidade v rios estudiosos v m se dedicando a explic lo mas em Bourdieu que se encontra uma renova o conceitual constru da inclusive na trajet ria de elabora o de sua pr pria obra Para o autor habitus uma no o mediadora que contribui para o rompimento da dualidade presente no senso comum entre indiv duo e sociedade sendo compreendida como a interioriza o da exterioridade e a exterioridade da interioriza o WACQUANT 2006 Segundo Wacquant 2006 Bourdieu define habitus como aquilo que confere s pr ticas uma relativa autonomia em rela o s determina es externas do presente imediato Esta autonomia adv m do passado que ordenado e atuante no presente o qual funciona como capital acumulado produzindo hist ria na base da hist ria e assegurando que a perman ncia no interior da mudan a f
32. Elementos lados ngulos retos agudos obtusos centro raio e di metro Composi o de figuras planas a partir de outras composi o dos s lidos geom tricos a partir das figuras planas Linhas Perpendiculares e paralelas Transforma es no plano Transla o simetria em torno de um ponto e em torno de um eixo reflex o em torno de um eixo rota o em torno de um eixo homotetia Tratamento Classifica o organiza o interpreta o de dados uso de da gr ficos e tabelas Informa o TERCEIRO CICLO EIXOS TEM TICOS CONTE DOS N meros naturais inteiros e racionais Sistema de numera o Historicidade outros sistemas de numera o o sistema decimal princ pio posicional o papel do zero leitura e escrita dos n meros N meros naturais Estruturas aditivas e multiplicativas e propriedades Divisibilidade Divisores e m ltiplos de um n mero decomposi o de um n mero em fatores primos crit rio de divisibilidade N meros MMC MDC conceito propriedades e solu o de e problemas Opera es Potencia o Conceito representa o e leitura c lculo de pot ncias Radicia o Radicia o de n meros quadrados express es aritm ticas resolu o literal de problemas 181 N meros inteiros Conceito de n mero negativo compara o e ordena o opera es estruturas aditivas e multiplicativas potencia o e radicia o N meros rac
33. N o tem muita op o de cinema de teatro de praia PEF1 Em decorr ncia das aus ncias de outras disciplinas diante dessa fun o geral da escola por assumirem um papel convencional restrito a seus conte dos espec ficos ou mesmo das aus ncias das escolas diante das dificuldades sociais que se refletem dentro dela a Educa o F sica passa a delimitar seus saberes escolares em virtude de tais aus ncias distanciando se do que lhe espec fico Deixaria de lado a quest o da aquisi o dos conhecimentos do trabalho com o saber escolar que lhe particular para trabalhar com aspectos do lazer j que as crian as vivem em uma situa o de poucas op es de divers o sendo portanto cat rtica ou compensat ria 208 Veja Eu espero t o dif cil responder isso porque eles vivem numa situa o de risco pessoal e social t o grande entendeu Que a gente termina fazendo dessas pr ticas atividades de lazer mesmo de entretenimento para eles Muito mais tem essa fun o muito mais forte do que uma fun o digamos de um conhecimento novo entendeu mais uma necessidade urgente deles que de extravasarem do que um papel de aquisi o de conhecimentos e digamos de aprofundamento desses conhecimentos Eu sinto que ela cumpre mais um papel emergencial que um papel de que tem que ter aquela pr tica porque aquela pr tica necess ria para o bom conv vio para o extravasamento de energias para combat
34. No ano passado eu coloquei nesse ano at agora n o coloquei As cadernetas chegaram a X tempo eu coloquei eu coloco todas as presen as todas as atividades que o aluno faz isso me ocupou o espa o PAZ A coordena o da escola Esse ano a gente teve uma coordenadora que digitou pra mim Eu fiz o meu planejamento e ela digitou pra mim Foi esse que eu preguei nas cadernetas a eu preguei porque era Ela tinha digitado e eu n o sei digitar n o Ela pediu e digitou J o do magist rio eu escrevi est todo escrito m o num peda o de papel oficio PA1 importante frisar que um planejamento n o precisa necessariamente produzir diferentes documentos para as distintas turmas pois o registro escrito pode ser um s desde que contemple as peculiaridades de cada turma No entanto o planejamento deve ser compreendido como algo particular visto que se trata da intencionalidade pedag gica voltada para a turma e que possui uma din mica a qual perpassa todas as suas fases inclusive o momento da documenta o planifica o Ainda assim poss vel estabelecer aproxima es entre os planejamentos e a planifica o das diferentes turmas tanto devido semelhan a de tempo de escolariza o quanto necessidade de tratamento pedag gico dos elementos voltados para cada turma os quais est o presentes na prescri o do curr culo O que n o significa dizer que o planejamento e sua documenta o estejam seguind
35. Os alunos de todas as escolas da Rede recebiam a cada ano letivo livros did ticos aproximadamente 240 000 livros ao ano complementando aqueles entregues por via do Programa Nacional de Livro Did tico do Governo Federal al m de fardamento mochila kit do aluno cadernos caneta l pis grafite borracha apontador r gua compasso giz de cera cola mini gram tica Cegalla etc RECIFE 20044 A Secretaria de Educa o do Recife era composta de diferentes inst ncias organizativas para em sua funcionalidade elaborar e implementar a pol tica curricular O F rum inst ncia colegiada da Diretoria Geral de Ensino DGE era uma reuni o semanal entre os gerentes de cada um dos sete departamentos dessa Diretoria juntamente com os professores que compunham as Equipes Pedag gicas de cada disciplina Nessa reuni o era avaliada a implementa o da pol tica educacional do munic pio e tomadas as decis es para a realiza o das a es Eu tenho s uma sala de aula Porque eu trabalho como membro da Equipe de Ensino eu tenho a minha Eu tenho que trabalhar segunda e quarta feira de manh Segunda feira tem F rum Toda segunda feira tem F rum onde todas as pessoas da Equipe falam dos seus problemas ouvem o que os chefes de Departamentos dizem porque tudo junto n o s L ngua Portuguesa s o todas as reas PLP1 As Equipes de Ensino denominadas oficialmente de Equipes Pedag gicas eram compostas por grupos de p
36. PLP2 Mesmo que o pr prio livro did tico apresente uma concep o te rica mais inovadora e aberta em rela o sele o dos saberes ainda que ele seja usado apenas como uma refer ncia orientadora que pode ser alterada ele se configura na centralidade da constitui o dos saberes escolares e por vezes ainda com vest gios de uma ordena o e hierarquiza o seriada do conhecimento que parte do simples para o complexo do f cil para o dif cil Olha Segundo a Magda Soares por exemplo o livro da 5 s rie para a 5 s rie O livro de 6 para a 6 Ent o n o adianta voc trabalhar um texto de 5 s rie com um menino de 8 Porque eles s o feitos numa segii ncia E que segii ncia essa Eu acredito que seja do mais f cil para o mais dif cil Porque voc come a com classe de palavras e vamos ver sujeito e predicado para na 8 s rie voc ir trabalhar ora o subordinada ora o coordenada concord ncia nominal e verbal reg ncia Entendeu uma segii ncia assim acho eu que do mais f cil para o mais dif cil PLP1 256 Isso Mas n o diga assim era o que se fazia n o Quando voc pega alguns livros did ticos ainda voc vai ver exatamente isso a Que parte do mais simples para o mais complexo que vem da palavra at chegar ao texto A gente n o est mais fazendo isso E por qu A pr pria evolu o do estudo de ling stica apontou que n o por a O aluno n o vai p
37. Pedagogia hist rico cr tica primeiras aproxima es Campinas Autores Associados 1995 SAVIANI Dermeval et al O legado educacional do s culo XX no Brasil Campinas Autores Associados 2004 343 SAVIANI Nereide A convers o do conhecimento cient fico em saber escolar uma luta ingl ria Revista do SINPEEM n 2 jan fev 1995b S o Paulo p 27 32 SAVIANI Nereide Curr culo e mat rias escolares a import ncia de estudar sua hist ria In BORGES Abel Silva et al Curr culo conhecimento e sociedade S o Paulo FDE 1995a p 13 28 SAVIANI Nereide Saber escolar curr culo e did tica problemas da unidade conte do m todo no processo pedag gico Campinas Autores Associados 1994 SHIROMA Eneida Oro et al Pol tica educacional Rio de Janeiro DP amp A 2004 SILVA J NIOR Jo o dos Reis Mudan as estruturais no capitalismo e a pol tica educacional do Governo FHC o caso do ensino m dio Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 7330200200800001 1 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000011 SILVA Luiz Heron da org A escola cidad no contexto da globaliza o Porto Alegre Vozes 1998 SILVA Tomaz Tadeu da Documentos de identidade uma introdu o s teorias do curr culo Belo Horizonte Aut ntica 1999 SOUZA
38. Valdemarin e Almeida 1998 Zotti 2004 78 recuperarmos o que desemboca nos dias de hoje acerca do conhecimento que a escola deve ensinar vamos trat las com o olhar do presente Classificaremos algumas dessas teorias pedag gicas na forma de diferentes pedagogias n o como uma Pedagogia em si com certo estatuto epistemol gico o qual lhe conferiria um posto de campo acad mico at porque algumas dessas n o poderiam ser denominadas como tal mas sim usando os termos que nos foram sugeridos pelos pr prios estudos das Teorias Paradigmas e Abordagens Curriculares ou mesmo por autodenomina o S o elas as pedagogias Pedagogia dos Conte dos Pedagogia dos Objetivos Pedagogia de Projetos Pedagogia Hist rico Cr tica Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos e Pedagogia das Compet ncias Essas diferentes pedagogias orientam portanto na forma de teorias pedag gicas a constitui o dos saberes escolares e mais particularmente a sele o dos conhecimentos sendo o pr prio curr culo e a did tica a partir do olhar de Freitas 1995 teorias pedag gicas A Pedagogia dos Conte dos refere se aqui s teorias tradicionais de curr culo particularmente s de abordagens cl ssicas que compreendem o curr culo como uma listagem prescrita dos conte dos de ensino Esses conte dos remontam Antiguidade Greco Romana que foi recuperada pelas Artes Liberais da Idade M dia Silva 1999 usa o termo Pedagogia
39. a nenhuma O ciclo veio evidentemente com um certo prop sito que s o 2 anos para cada ciclo A o 3 ciclo 1 ano do 3 ciclo por exemplo 1 ano do 3 ciclo 5 s rie 2 ano do 3 ciclo 6 s rie Est entendendo Ent o isso a ajuda na verdade D uma margem para voc trabalhar entendeu Mas o conte do n o houve diferen a nenhuma Acho que s o tratamento mesmo sabe Talvez a facilidade de o aluno se recuperar PM2 Por certo existem iniciativas em superar tais problemas focalizando a forma o de professores pois esse um dos principais respons veis em efetivar as mudan as curriculares Tanto na forma o inicial como na forma o continuada percebem se iniciativas No entanto elas est o acontecendo muito mais nas p s gradua es do que nos cursos de forma o inicial dos professores seja na gradua o ou normal m dio Assim a supera o dos problemas deixa a desejar visto que muitos professores n o t m forma o em p s gradua es o que contribui para a continuidade de um trabalho fragmentado e ainda at para uma instrumentaliza o que compreenda argumente e atue diante dos alunos no que se refere por exemplo s oportunidades das aprendizagens Ent o h algumas estruturas alguns cursos eles est o querendo mudar e a mudan a maior est acontecendo nos cursos de p s gradua o Ele est dando esse vi s diferenciado que na escola est sendo cobrado dele agora ent o
40. afirmam que a implanta o dos ciclos sem a participa o dos professores est fadada ao insucesso pois estes passam a se configurarem como uma grande resist ncia O sucesso ou insucesso na sua implanta o estar relacionado identidade profissional E n s dir amos que uma falta de identidade profissional expressa se n o s no sentido de os professores n o se identificarem ou se reconhecerem diante das reformas propostas pelos ciclos mas tamb m com rela o s suas compreens es e compet ncias de ser professor De forma mais incisiva encontramos outras acusa es aos ciclos de aprendizagem Luiz Ant nio Cunha analisando as experi ncias de promo o autom tica implementadas no Brasil no final da d cada de 1960 e in cio de 1970 concluiu que a promo o autom tica quando adotada sem outras medidas complementares associou se queda da qualidade do ensino como foi o caso dos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro FERNANDES e FRANCO 2001 117 Para Santos 2002a p 22 e 25 a promo o autom tica ainda mais perversa do que a reprova o pois o exclu do pela reprova o pode ter a chance de tomar consci ncia desse fen meno e poder lutar contra isso Mas aqueles que s o v timas de um afrouxamento e de um abandono nos crit rios de qualidade sequer pode identificar se como v tima Esta inexist ncia ou afrouxamento de crit rios de avalia o nas escolas populares j que n o se observa esse
41. da gr ficos e tabelas Informa o No es de probabilidade SEGUNDO CICLO EIXOS TEM TICOS CONTE DOS N meros naturais e Agrupamento e representa o num rica N meros racionais e Sistema de numera o Ordens e classes leitura e escrita valor posicional Opera es decimal composi o e decomposi o compara o ordem crescente e decrescente antecessor e sucessor Operando com n meros Problemas envolvendo a id ia das quatro opera es naturais fundamentais elabora o e resolu o uso do algoritmo convencional e n o convencional uso de n meros multiplicativos valor do termo desconhecido express es num ricas N meros racionais Representa o simb lica e num rica leitura e escrita compara o e equival ncia opera es com fra es elabora o e resolu o de problemas N meros decimais Conceito representa o leitura e escrita compara o problemas e opera es Grandezas Comprimento rea massa Medi es com refer ncias convencionais problemas e e volume envolvendo per metro rela es entre as medidas Medidas Tempo e valor monet rio Semana m s ano hora minuto e segundo Espa o Caracter sticas dos s lidos Cubo esfera cone paralelep pedo cilindro e pir mide e geom tricos Elementos faces v rtices e arestas planifica o dos Forma s lidos geom tricos Caracter sticas das figuras Tri ngulo ret ngulo quadrado trap zio losango e planas circulo
42. destinados a garantir a constitui o das compet ncias definidas para cada ciclo aos alunos que n o as atingiram no processo previsto Eles funcionar o em hor rios diferentes aos das aulas regulares numa organiza o que propicia a perman ncia da conviv ncia do aluno com sua turma de origem RECIFE 2004b p 5 z Para o professor o espa o ampliado um tipo de refor o levando o aluno a ter um acompanhamento espec fico em rela o s suas dificuldades de aprendizagens O espa o ampliado que chamado refor o j previsto dentro do projeto pedag gico da escola Esse projeto do espa o ampliado est sendo oferecido paripasso com o projeto da escola Enquanto voc vai verificando os conselhos de ciclos que aquele aluno n o est com um aprendizado significativo automaticamente ele j est indo para esse espa o ampliado O que esse espa o ampliado um refor o N o um refor o no sentido de tirar o aluno da sala de aula e praticar com ele aquela disciplina n o mas dentro da sala de aula o professor se debru ar mais sobre aquele tipo de conte do que mais Se ele n o consegue sozinho e o coordenador pedag gico n o est conseguindo pode solicitar a presen a de um estagi rio O que esse estagi rio faria Uma divis o com esse professor na 108 Hoje outros procedimentos funcionam como momentos complementares de estudos tais como o Projeto Alfabetiza o e Letramento compromisso de t
43. dynamic dialogic and school culture sociological approaching curricula KEYWORDS School Curriculum School Knowledges School Culture Curricular Disciplines LA CONSTITUTION DES SAVOIRS SCOLAIRES L COLE PRIMAIRE ET L COLE SECONDAIRE R SUM L cole entendue comme institution sociale prend sur soi la responsabilit de contribuer leducation des hommes des femmes des enfants des jeunes ou des adultes Le caract re de l ducation qu elle propose se distingue de celui offert dans les milieux familiaux syndicaux politiques ou religieux etc pouvant voire devant r fl chir et interagir avec ces autres modalit s ducationnelles sans pour autant perdre de vue ce qui lui est sp cifique c est dire encourager ses protagonistes une refl xion syst matique p riodique cadenc e et continue l gard des connaissances produites par l humanit de fa on rendre possible le d passement du caract re al atoire du hasard et du sens commun dans l apprentissage Diff rents l ments p dagogiques seront en oeuvre ayant comme but la mat rialisation de cette responsabilit les programmes en tant un parmi d autres Ceux ci tout en maintenant l intersection avec les autres l ments constituent les savoirs scolaires op rant une s lection culturelle en les configurant en tant que culture scolaire gr ce ses caract ristiques singuli res Cette configuration a acquis progressivement une force te
44. ficam perdidos na condu o da pr tica pedag gica do que uma responsabilidade burocr tica Alguns fazem o registro no computador e anexam caderneta escolar outros fazem manuscritos na pr pria caderneta e h os que afirmam terem caderninhos pessoais Sendo um registro documental configura se tamb m como uma exig ncia administrativa como falamos apesar de n o haver acompanhamento de sua execu o por parte da gest o escolar n o no sentido de averiguar se o que est sendo planificado est sendo cumprido mas sim no de refletir sua aplica o e necessidade de redirecionamento da pr tica pedag gica Foi poss vel perceber ainda que o registro tamb m uma forma de documenta o para a pr pria a o docente sendo tamb m uma necessidade pedag gica O planejamento o momento mecanismo e instrumento de maior estrutura o dessa organiza o Esse cl ssico elemento da pr tica pedag gica aparece desde a sele o do conhecimento pois os saberes s o recolhidos pelo professor e influenciado pelas suas fases e import ncia diante da fun o social da escola Seguindo as etapas do planejamento o conhecimento selecionado na fase de diagnose a fim de se constituir saber escolar mas j com refer ncias advindas do interior da escola objetivando a fase da elabora o que dar sequ ncia s fases de execu o e avalia o Tamb m h unanimidade na afirma o de que realizam o planejamento mas n o se mant m u
45. finalidade e organiza o do ensino terminou por sacralizar essa homogeneidade seletividade e reprova o Pensando a proximidade entre os ciclos e a promo o autom tica vemos que em 1918 Sampaio D ria aconselhava promover todos os alunos ap s o ano s podendo repetir os atrasados se n o houvesse candidatos aos lugares que ficariam ocupados Oscar Thompson em 1921 recomendou a promo o em massa Almeida J nior em 1957 publicou artigo que recuperava os dois anteriores Em s ntese podemos dizer que na d cada de 1950 afloram com mais contund ncia discuss es sobre a promo o autom tica sendo as primeiras experi ncias datadas de 1968 a 1984 No per odo de 1984 a 1990 a promo o autom tica sofre revis es sendo reestruturada e combinada com outras estrat gias configurando as primeiras experi ncias propriamente ditas de organiza o da escolaridade em ciclos Ciclo B sico de Alfabetiza o CBA em SP MG PR Go Nos anos 90 os ciclos s o incorporados ao ide rio pedag gico e reafirmados pela nova LDB 9394 96 MAINARDES 2001 2 2 2 Ciclos de aprendizagem algumas cr ticas Realmente os ciclos de aprendizagem se apresentam como uma possibilidade de repensar o ensino seriado Os ciclos redimensionam os sentidos da escola das avalia es dos conte dos curriculares mudam as concep es e pr ticas pedag gicas t m a chance de contribuir para a diminui o do desperd cio de recursos fina
46. gico da escola uma constru o poss vel In VEIGA Ilma Passos Alencastro org et al Projeto pol tico pedag gico da escola uma constru o poss vel Campinas Papirus 1995 P 11 35 VEIGA NETO Alfredo Conex es In OLIVEIRA Maria Rita Neto Sales de org Conflu ncias e diverg ncias entre did tica e curr culo Campinas Papirus 1998 p 101 130 VERGNAUD Gerard A forma o de compet ncias profissionais Palestra proferida no Semin rio Campos Conceituais na Constru o do Conhecimento Porto Alegre Transcrita por Marta Dagorde 1996 345 WACQUANT Loic Esclarecer o Habitus Dispon vel em lt http sociology berkeley edu faculty wacquant wacquant pdf ESCLARECEROHABTTUS pdf gt Acesso em 06 de outubro de 2006 YOUNG Michael Uma abordagem do estudo dos programas enquanto fen menos do conhecimento socialmente organizado In GR CIO S rgio STOER Stephen Sociologia da Educa o II A Constru o Social das Pr ticas Educativas Belo Horizonte Horizontes 1982 p 151 187 YOUNG Michael A prop sito de uma sociologia cr tica da educa o Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos 67 157 1986 p 532 37 YOUNG Michael Curr culo e Democracia li es de uma cr tica Nova sociologia da Educa o Educa o amp Realidade Porto Alegre 14 1 jan jun 1989 p 29 40 YOUNG Michael Mudan a de Curr culo Limites e Possibilidades S rie Estudos n 4 Universid
47. lise de vari veis compara o s ntese e avalia o A estas compet ncias gen ricas d se a denomina o de aprender a aprender Estas experi ncias formadoras vivenciadas efetivamente pelo estudante constituem o que Perrenoud 2000d chama de curr culo real J os programas de ensino os conte dos de aprendizagem as etapas de um sistema educativo compreendem o curr culo prescrito RAMOS 2001b Assim entre o curr culo prescrito e o curr culo real estabelecem se rela es de poder as quais segundo a Sociologia do Curr culo representam uma liga o ntima com a forma como o poder distribu do na sociedade com a express o de suas contradi es no bojo de um movimento contradit rio que Ramos 2001b constata uma simultaneidade entre uma reafirma o e uma nega o do conceito de qualifica o pela no o de compet ncia Na dimens o da reafirma o a no o de compet ncia n o substitui a qualifica o mas desloca a para um plano secund rio como forma de ratificar rela es de trabalho educa o no capitalismo tardio configurando se como no o adaptadora do comportamento humano individualizado realidade contempor nea havendo ent o uma tend ncia em consolidar uma profissionalidade de tipo liberal RAMOS 2001b Na dimens o da nega o exige se a ressignifica o da no o de compet ncia subordinando a ao conceito de qualifica o como rela o social Por m exige se ainda mai
48. m mostrou a PAZ A segunda ordem do conflito o condicionamento na verdade quase determina o das condi es escolares para a constitui o dos saberes escolares Risos gra a Olhe as condi es de trabalho s o horr veis certo P ssimas eu Veja s os meninos nas aulas de desenho essas minhas turmas de desenho uma cadeira de bra o toda arrebentada a para eu conseguir papel of cio um inferno querem me dar papel jornal eu digo n o eu quero of cio Giz de cera outro problema Fica l no arm rio que eu trabalho l em baixo no arm rio que eu trabalho l no 2 andar se eu esquecer de levar eu estou atolada porque eu tenho que subir e descer dois andares A eu tenho que pedir na coordena o que eu n o tenho Eu tenho l pis comum eu sei que n o o certo dar l pis comum para os meninos desenharem l pis de ponta fina n o pode n o para fazer assim mas eu tenho que dar ou ent o eles fazem de caneta muito prec rio precar ssimo As aulas de s vezes eu pego um mural um papel grande tipo madeira a a gente faz coloca na parede a trabalha compara analisa os trabalhos Eu pego levo para minha casa boto no ch o e prego tudinho com minha cola que eu compro porque a escola da cola de gua de todas as escolas da Rede Ai eu compro cola colo avalio mostro analiso Agora isso peso que eu tenho que carregar eu carrego um peso horroroso porq
49. ncia SBPC Em alguns momentos o nosso caso de 3 e 4 ciclos que 5 a 8 existem algumas discuss es que s o feitas mensalmente numa reuni o de grupo Essas discuss es variam em torno de v rios contextos temas e por per odo longo Assim no caso depois das intensivas que existe na Rede existe a capacita o que a forma o continuada do professor o estudo O estudo Z intensivo ent o Ap s esse per odo existe um momento na escola que destinado para a dire o fazer as interven es administrativas e um momento tamb m para o professor fazer esses ajustes PMI Para aqueles professores com forma o de n vel m dio e que atuavam na educa o infantil e no 1 e 2 ciclos do fundamental a Gest o oportunizou a participa o no Programa Especial de Pedagogia PROGRAPE No ano de 2002 foram selecionados 221 professores para participar desse Programa e em 2003 foram 41 A forma o continuada constitu a um dos pilares da pol tica de reconhecimento e valoriza o do magist rio mas outras a es tamb m foram implementadas Dentre as v rias a es incluindo a revis o do Plano de Cargos Carreira e Remunera o destacamos o Programa de Preven o de Doen as Profissionais em conv nio com a Universidade Cat lica de Pernambuco que ofereceu exames e acompanhamento aos professores da Rede identificando e encaminhando para tratamento fonoaudiol gico 295 professores que apresentavam altera
50. no ano passado e foram reprovados revelia Porque eu n o queria que eles fossem reprovados porque eu sabia que ia acontecer isso Ent o o que que est acontecendo nesse ano Eles est o totalmente desinteressados porque eles j viram isso no ano passado e ainda com a mesma professora Ent o eles ficam l na ltima banca Mas esses meninos eu vou passar eu n o vou deixar esses meninos de novo na 7 s rie PLP1 Mas n o s isso a n o tem muito mais Tem um outro menino na classe tamb m que aconteceu isso JOS que era um bom aluno de portugu s mas os outros professores quiseram que ele ficasse reprovado e ele V o que est acontecendo com ele este ano Ele n o vai Cada vez que ele chega na sala eu digo JOS meu filho voc vai ser reprovado por falta ah deixe comigo professora deixe comigo Ele vai reprovar PLP1 Est adiantando alguma coisa eles terem ficado na 7 Porque se eles tivessem ido para a 8 com os colegas deles Eu estou repetindo Miguel Arroyo at mas eu sou totalmente a favor dele Com os colegas deles com o incentivo de ter passado e isso aquilo eles n o fariam o que est o fazendo este ano Eles est o fazendo isso porque ficaram humilhados tamb m porque foram reprovados Retidos n o pode usar a palavra reprovado retido viu PLP1 O ciclo o entendimento de um processo de um aprendizado do aluno se voc entender que o processo de aprendizagem a aquis
51. numa matem tica tradicional nem sempre tinham forma o ou preocupa o pedag gicas eram detentores conhecedores apenas do conhecimento matem tico tal como um engenheiro ou propriamente um matem tico Quando as quest es pedag gicas do conhecimento matem tico entram mais criticamente nessa discuss o acerca da sequ ncia dos conte dos escolares os livros did ticos passam a flexibilizar e a propor novos arranjos e disposi es aos conte dos escolares chegando at a suprimir conte dos e acrescentar outros Eu a princ pio n o tenho necessariamente essa resposta mas vinha de quem escrevia o livro texto Muitas vezes quem escrevia o livro texto n o era um estudioso de educa o Tem muitos livros texto que foram escritos h bastante tempo Que eram escritos por engenheiros entendeu A faziam essa segii ncia juntavam e achavam que se devia estudar adi o sempre estudar subtra o multiplica o depois divis o pot ncia Muitos livros nem trazem mais potencia o mas uma estrutura que eu posso ter Que a potencia o inserida dentro dos estudos da multiplica o entendeu E mais ainda alguns conte dos que h em alguns livros hoje n o h no que tinha antes j foi suprimido pela quest o de servir para qu entendeu A quest o da interven o da educa o na matem tica Eu vejo que houve uma melhora bastante acentuada no ver matem tica PMI O livro did tico Talvez as pr pria
52. o contidas na Proposta s o tanto objetos de escolhas dos professores para serem alcan adas 301 pelos alunos configurando se como metas da pr tica pedag gica quanto uma teoria pedag gica visto que a Pedagogia de Compet ncias traz refer ncia para a Rede levando os professores a lidar na intencionalidade e na a o pedag gicas com a contextualiza o e problematiza o dos saberes escolares Na Educa o F sica as professoras afirmam que selecionam algumas compet ncias para trabalhar com os alunos e acrescentam outras mas em L ngua Portuguesa e Matem tica n o se acrescentam novas compet ncias respeitando se mais a Proposta e dentre as que l s o listadas escolhem se algumas para serem cumpridas Em L ngua Portuguesa e em Matem tica ocupando um espa o de destaque aparecem os livros did ticos n o s como recurso pedag gico como qualquer outro tipo de texto para leitura mas como fonte epistemol gica para a sele o do conhecimento Em L ngua Portuguesa o livro did tico sendo entendido como mais um texto configura se tamb m como objeto pedag gico como objeto das aprendizagens dos alunos Em Matem tica o livro did tico chega a ter o mesmo grau de import ncia da Proposta em rela o sele o fazendo com que nessa disciplina exista uma dupla centralidade nas fontes para a sele o dos saberes escolares ou seja a Proposta e os livros did ticos s o fontes igualmente importantes para a escol
53. o central da Rede poderia dar conta dessa viabiliza o como tamb m a escola poderia pensar tais momentos e espa os coletivos de planejamentos pelo menos na escola em que eu trabalho tenho em rela o a material um apoio n o s eu mas todo professor l A gente assim muito subsidiado quanto a material S para dar um exemplo antes mesmo da prefeitura ter o kit que foi dado ao aluno que continha todos os materiais no caso especifico de matem tica esquadro r gua transferidor e tudo mais eu j havia solicitado escola que comprasse e a escola dentro da medida do poss vel comprou esse kit e a gente tinha e eu j trabalhava com ele antes dos outros Eu solicitei por exemplo a compra de m quina de calcular para fazer trabalho ent o a escola dentro da medida comprou PMI Com rela o s condi es de ensino local material hor rio adequado adequado Porque n s temos atualmente PM2 Percebemos no caso da Matem tica que as condi es escolares s o elementos que condicionam a constitui o dos saberes escolares mas n o s o elas que determinam a sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento Compondo ainda o mbito da organiza o do conhecimento juntamente com o planejamento e as condi es de trabalho aparece a disposi o que esse recebe no tempo escolar Nas falas vimos anteriormente que seguindo a Proposta Pedag gica e o livro did tico os sabere
54. o de diferentes materiais suportes recursos convencionais e ou n o convencionais Pesquisa e explora o das caracter sticas e modos de uso dos diferentes materiais Fazer suportes e instrumentos Explora o e articula o dos elementos visuais e possibilidades de composi o Pesquisa elabora o e produ o em diversas modalidades t cnicas tecnologias estilos g neros po ticos Constru es em com formas planas e volum tricas bi e tridimensional SABERES HABILIDADES EIXOS TEATRO TEM TICOS Ciclos Miulticulturalidade Multiculturalismo no teatro teatro produzido nas diferentes culturas g neros etnias e minorias Constru o de conceitos multiculturalidade teatro como linguagem artes c nicas teatro jogo dram tico jogo teatral signos teatrais g neros estilos movimentos Contextualizar nomenclaturas teatro de bonecos 176 G neros estilos movimentos com dia trag dia farsa drama melodrama realista naturalista simbolista expressionista pico futurista crueldade absurdo happing performance Autores atores encenadores temporalidade e culturas diversas locais regionais nacionais latino americanos e internacionais Ler Leitura de espet culos e produ es teatrais cenas de novela filme v deo e textos dram ticos Explora o dos aspectos simb licos interpreta o dos significados emocionais
55. o est sempre servindo para a pr xima etapa Para que o que n o foi aprendido naquela conclus o naquela avalia o final seja aprendido na pr xima etapa Ent o isso acho que vai estar N o sei at que ponto H de se investigar at que ponto isso j se est alterando mas pelo menos eles n o podem contar com isso mais os professores de avalia o enquanto a senten a final A nota a senten a final A nota que vai ser a senten a final Aquela nota vai ter que se traduzir em novas aprendizagens Aqueles erros tem que ser trabalhados isso eu acho que vai alterar alguma coisa Tem que se ver isso PEFI x 4 Por m h controv rsias entre o lado positivo e negativo do ciclo em rela o s rie Por vezes os professores acreditam que os ciclos melhorariam alguns aspectos pedag gicos mas por outras desencadeariam fragilidades A avalia o um exemplo das controv rsias A PEFI acha que a s rie evitaria problemas de n o aprendizagens pois reteria os alunos que n o aprendessem por m em outro momento acredita que a reprova o n o garante a aprendizagem E acho que evitava Ele n o passava se n o aprendesse Em compensa o Em compensa o o fato de ele n o passar o que que acarretaria a 216 reprova o N o garante que ele vai aprender no pr ximo ano Porque a vai envolver uma s rie de fatores emocionais que podem tamb m fazer com que ele n o aprenda Mesmo porque ele n
56. o maior a leitura de texto que o pr prio livro traz A gente faz as leituras dos textos que traz o livro E a a estrat gia Nesse recurso quando eu fa o a leitura do texto eu uso a sala j est montada em duplas entendeu Ent o eu pe o que eles fa am essa leitura a eles est o sempre trabalhando em grupo Esses grupos podem ser formados por uma dupla ou um quarteto e a ap s essa leitura fazem uma releitura e a quando eu fa o algumas interven es E atualmente eu estou usando e isso come ou h pouco tempo e eu estou Dois alunos que se destacaram um pouco na minha turma eu estou usando eles como monitores PM1 Apesar de falar muito no livro texto eu uso outros livros texto tamb m At quando eu vou fazer uma avalia o por exemplo eu fa o toda uma pesquisa de quest es por exemplo n mero leitura de n mero por exemplo eu coloco uma refer ncia por exemplo a dist ncia da terra ao sol de tanto tal tal tal A eu boto o n mero para o cara fazer a leitura ou eu boto a leitura para o cara o cara compor o n mero lido Ent o eu sempre fa o uma refer ncia em cima de uma coisa A Eu quero fazer uma s para ilustrar um problema com adi o e subtra o a ent o eu coloco um probleminha tal a popula o tal uma ind stria produziu tanto Eu pego uns dados assim desse tipo Eu sempre pego algumas refer ncias que s o reais por exemplo o batimento card
57. porque no vestibular o que voc prima muito o fazer contas e resolver Muitas vezes o aluno pode saber resolver intervir na resolu o de um problema mas n o consegue compreender o problema em sua ess ncia na situa o N o tem uma outra leitura digamos assim E que isso ainda carregado Porque voc tem escolas muito boas que trabalham exclusivamente para o vestibular ent o a carga de conte dos maior PMI Como o ponto central nosso o aprendizado o conhecimento A gente claro tem pelo menos o conte do m nimo que a gente tem que primar O vestibular gra as a Deus est mudando um pouco nisso a interfer ncia maior a gente percebe no ENEM quando nessas provas no SAEBE e do SAEPE por qu L essas estruturas avaliativas certo Elas j est o voltadas para a quest o de compet ncia N o s que o aluno tem que fazer c lculo continha etc mas que ele muitas vezes resolve um problema apenas no processo argumentativo O SAEBE o SAEPE e o ENEM est o mudando essa estrutura O vestibular j mudou algumas quest es que voc precisa escrever alguma coisa dessas Eu espero que o vestibular mude bastante quanto a isso porque uma situa o muito crucial porque o cara quando est o professor quando est muitos professores est o trabalhando c N o e o vestibular E n o sei o qu A bom o vestibular Se eu der um conte do aquilo que eles v o ver se para estudar o vestibular e
58. porque a gente est dando aula de futebol quando a unidade de basquete Entendeu E a pela press o dos meninos que muita press o era muita press o a gente abria m o para ficar uns 20 minutos de futebol mais n o Eu quero que voc s d em aula de basquete porque eles t m que entender que PEF2 O crit rio principal que eu vejo a motiva o dos alunos sabe Primeiro Porque antigamente tamb m algumas coisas assim no basquete n o aconteceu isso As coisas a gente discutiu a gente achou a necessidade de eles terem esse conte do de basquete Porque tem bola de basquete Entendeu Porque a gente precisa mesmo a gente n o tendo o arco mais o Diretor se esfor ou em botar um a mesmo sem ser oficial Ent o ele disse se voc s quiserem eu vou botar s o senhor arrumar pode notar que a gente vai jogar Entendeu A gente vai ter que aprender os movimentos do basquete a gente vai aprender isso e se tornar um jogo de basquete n o vai ser aquele oficial a quadra n o oficial mais as Redes v o ser iguais Entendeu PEF2 214 Eu acho que vai depender do momento e do contexto da escola Entendeu Teve o Porque o conte do da gente todos eu acho muito importante para eles terem acesso Entendeu Agora em um momento em que momento ele vai ter ai a gente vai ter que selecionar isso de acordo com cada escola cada momento N o adianta dizer assim voc tem que dar o basquete mas vo
59. pouquinhos e nenhum quer muito assim n o vejo aquele desejo querem mais ir embora Querem ir para S o Paulo querem ir para Minas querem ir para o Rio de janeiro trabalhar com grupos de teatro mas n o querem saber de sala de aula n o PA1 No que concerne organiza o dos saberes o planejamento tem se configurado como uma imprescind vel atitude e um importante instrumento de a o do professor na constitui o dos saberes escolares No caso da PAI o planejamento se apresenta como uma necessidade pedag gica pois ajuda na organiza o do conhecimento e orienta a a o docente na sala de aula Veja s Eu planejo no come o do ano Eu tenho mais ou menos assim eu come o sempre Toda classe a que eu chego eu trabalho o conceito de arte os in cios arte e comunica o arte e linguagem arte e sociedade cultura esses conceitos iniciais PAI Planejamento tem que ter se n o eu me perco sabe N o uma coisa rigorosa como eu te falei eu tenho os meus itens eu sei o que eu vou trabalhar isso isso isso Se eu n o tiver isso eu me perco Ent o eu tenho que planejar n o rigoroso n o de jeito nenhum mas eu tenho que ter o meu perfil do ano todinho At porque s s o 2 horas aula por semana eu tenho que estar me fechando me amarrando se n o eu me perco PA1 231 2 No entanto o planejamento compreendido de maneira restrita primeiro por se entender que feito apenas nu
60. publicado no in cio de 2002 orientava a implementa o do curr culo por ciclos de escolariza o sendo composto de 1 uma apresenta o da Secret ria de Educa o do Munic pio 2 uma fundamenta o te rica acerca dos ciclos na perspectiva da constru o de uma identidade cidad nas escolas da Rede 3 um Parecer n 02 2001 do Conselho Municipal de Educa o aprovando a implanta o dos ciclos na organiza o escolar da Rede 4 princ pios e concep o para a organiza o da pr tica pedag gica em ciclos 5 um texto constru do a partir da fala de professores e professoras da Rede em reuni o avaliativa do primeiro ano de implanta o dos ciclos e 6 um relato de projeto did tico de uma professora da Rede RECIFE 2002a O segundo documento Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino do Recife construindo compet ncias vers o preliminar publicado no final de 2002 trazia as compet ncias das reas e disciplinas que compunham o curr culo da educa o b sica assim como as compreens es de seus objetos de conhecimento fundamentos te rico metodol gicos e pol tico pedag gicos e ainda os eixos tem ticos dos saberes escolares RECIFE 2002b O terceiro documento Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos publicado e divulgado durante a 55 Reuni o Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci ncia SBPC acontecida em Recife
61. que e a no final do semestre ou no final do ano eles sabem o que o teatro PA1 Consegue perceber que o seu papel na escola de educa o b sica de contribui o para uma forma o humana generalista e n o para a forma o de um especialista em arte ou at mesmo a forma o de um artista como por exemplo um desenhista um dan arino Para o artista diferente o artista tem que aprofundar as especificidades dele o pintor o m sico ele tem que conhecer a fundo a linguagem que ele vai trabalhar Eu n o sou dan arina eu n o sou uma musicista eu n o sei eu n o me aprofundei nisso mas eu sei que essa m sica assim eu sei como que ela me soa o que que ela me diz que poca foi como que se dan ava De onde foi que veio Maracatu valsa dan a da quadrilha e a a gente vai trabalhando esse conhecimento Se bem que a tem meninos como eu lhe disse que tocam mas nunca foram numa escola de m sica E tocam e s o super entoados e precisaria ir para uma escola profissionalizante de m sica mas esse conhecimento da arte para eles se inteirarem de quem s o eles De quem a pessoa porque m sica uma arte que dan a uma arte uma linguagem uma fala uma fala diz algo A escolha deles PA1 O aluno diz que quer trabalhar com desenhos com pintura querem saber t cnica de desenho e de pintura querem fazer escultura Como se fosse uma aula de t cnicas de pintura cu
62. reflete uma determinada concep o para o ensino da l ngua Mas o sentido de recurso de fato como material a ser usado em sala de aula Sendo assim com a exce o do pr prio livro did tico da disciplina os diferentes tipos de textos s o praticamente os nicos materiais usados em aula para apreender a l ngua portuguesa Exatamente A partir do texto que eu vejo todos os conte dos o verbo por exemplo como que eu ensino o verbo para o aluno de uma maneira que ele n o precise decorar todas as conjuga es mas que ele precisa saber que determinado tempo verbal indicativo subjuntivo e tal o modo verbal o tempo verbal usado daquela maneira naquele momento naquele texto para ele produzir o texto dele ele tamb m vai precisar saber o que um modo verbal o que um tempo verbal quais s o as vozes do verbo e quais s o as pessoas por que Porque na produ o textual dele que ele vai mostrar para que que se usa realmente o verbo PLP2 No entanto h certa dificuldade no uso dos recursos pedag gicos No caso do livro did tico a PLP1 reclama que por vezes ele n o existe e para a reprodu o de textos a serem usados em aula h certas dificuldades para o professorado em geral O procedimento mais comum quando um professor quer trabalhar com um texto em sala com os alunos encaminhar Dire o da Escola que providenciar na Diretoria Geral de Ensino DGE da Secretaria de Educa o a
63. romanas bizantinas que v m trazendo Renascimento a vem trazendo isso tudinho Eles apresentam uma linha hist rica uma linha hist rica quando a hist ria da arte Quando livro did tico para os alunos mesmo terem eles seguem s vezes essa mesma coisa a tem um pintor de poca o pessoal gosta muito de trazer Van Gogh os tarimbados a quase todo livro did tico traz pintura rupestre a traz algumas coisas das artes Uma pir mide um sei l conhecer um afresco aquele maravilhoso que Leonardo da Vinci a traz a Monalisa a traz n o sei o qu os tarimbados sabe Mas assim no fundo no fundo n s podemos trabalhar com qualquer per odo com qualquer artista Picasso para a gente trabalhar sensa o sentimento com a crian a mais dif cil ent o a gente trabalha com outros autores Goya sei l Algu m que tenha mais o figurativo Porque al m de tudo voc tem que saber o que o figurativo o que um quadro abstrato por isso que eu acho dif cil Isso a O que que voc s acham O que que voc s sentem quando v em isso E sentimento n o tem idade ele pode dizer que um quadro engra ado a crian a pequenininha diria ele engra ado o adolescente diria outra coisa mas a PAI No que se refere organiza o sequencial dos conte dos de ensino no tempo pedag gico a PAl demonstra sua contenta o em ter suas aulas semanais geminadas o que proporciona uma ordena
64. rsias em rela o nomenclatura a forma o do professor a interpreta o dos alunos aos suportes para sua implanta o Do ponto de vista da sistematiza o dos saberes escolares h v rios artif cios metodol gicos usados ou criados na a o pedag gica tanto no que se refere ao ensino quanto avalia o A fala da maioria dos professores aponta para diferentes tentativas inovadoras nas quest es metodol gicas Procurando diferir das convencionais aulas expositivas principalmente de cunho verbalista e por vezes autorit rio v rias estrat gias foram identificadas Dentre elas aparecem as atividades l dicas em forma de jogos o uso de v deo para trabalhar com filmes e at as atividades extra sala tais como festivais aula passeio feira de conhecimentos No entanto essas atividades extra sala se expressam tanto como ponto culminante de um processo pedag gico quanto no trabalho com a Pedagogia de Projetos e ainda como procedimento de segunda ordem usado apenas quando os conte dos apontam garantias diante da carga hor ria do per odo letivo 193 No entanto mesmo com essa diversidade a aula expositiva a mais citada inclusive acompanhada pelo livro did tico Mesmo em disciplinas que afirmam n o possu rem o livro did tico o trabalho com ele ou afins marca presen a embora em algumas disciplinas e com alguns professores isso ocupa mais centralidade que em outras Nas particularidades das disciplinas e
65. s o pensados e planificados previamente numa depend ncia do primeiro Nesse caso a nfase que se dava na pedagogia anterior aos conte dos recai sobre os objetivos pois acreditava se que se bem elaborados os objetivos os resultados seriam positivos Mesmo que o professor tenha como 81 orienta o partir do conhecimento da realidade educacional para elaborar o planejamento essa pode se dar num n vel idealizado por estudos comportamentais da realidade educacional Na Pedagogia de Projetos o aluno tamb m o centro da atividade educacional pois o conhecimento escolar n o definido previamente e sua participa o convocada com procedimentos metodol gicos mais din micos A depender do projeto de trabalho os conte dos escolares presentes nas disciplinas curriculares podem ou n o ser convocados para a reflex o de um tema ou problema O tratamento com o conhecimento escolar sua sele o organiza o e sistematiza o est intimamente relacionado e condicionado s experi ncias vividas pelos alunos e s pr ticas que v o se desencadeando a partir do projeto Leite 1996 situa os projetos como uma proposta de interven o pedag gica que d s aprendizagens um novo sentido fazendo com que a necessidade destas v aflorando nas tentativas de se resolverem as situa es problem ticas A Pedagogia de Projetos diretamente associada ao pensamento de John Dewey com seus m todos ativos e ao de William Kilp
66. sica 2 horas semanais ainda teriam o direito de n o serem reprovados por falta Existem outros crit rios de avalia o para efeito da continuidade dos estudos Tais crit rios dizem respeito aprendizagem dos saberes e constru o de compet ncias os quais legalmente tamb m cabem a qualquer disciplina para os quais os alunos est o atentos mesmo que critiquemos a forma tradicional de entender e usar a avalia o Cremos portanto que o uso da freqii ncia como crit rio de avalia o do aluno est associado mais uma vez fragilidade na legitima o pedag gica de algumas disciplinas curriculares que produzem e vivenciam neglig ncias m tuas na escola como motivo para a falta dos alunos E nesse caso intimamente relacionadas constitui o dos saberes escolares S n o podemos afirmar se s o os conflitos dessa constitui o que geram problemas na legitima o ou se s o os problemas de legitima o que geram conflitos na constitui o Ali s supomos que um caminho de m o dupla No entanto tamb m vimos os ciclos serem constantemente elogiados e apontados como uma mudan a de fato na ess ncia da escola moderna No estudo vimos uma proposi o documental e algumas inst ncias e a es da pol tica curricular que se aproximam das refer ncias de uma escola diferente e emancipat ria constru da com a implanta o dos ciclos principalmente no tratamento dos saberes escolares Na Rede Municipal de Ensino d
67. 03 doc Acesso em 12 Maio 2006 FREITAS Helena Costa Lopes de Certifica o docente e forma o do educador regula o e desprofissionaliza o Educa o amp Sociedade Campinas v 24 n 85 2003 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302003000400002 amp lIng pt amp nrm iso gt Acesso em 28 Out 2006 doi 10 1590 S0101 73302003000400002 335 FREITAS Luiz Carlos Cr tica a organiza o do trabalho pedag gico e da did tica Campinas Papirus 1995 FREITAS Luiz Carlos de A internaliza o da exclus o Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000015 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000015 FREITAS Luiz Carlos de Qualidade negociada avalia o e contra regula o na escola p blica Educa o amp Sociedade Campinas v 26 n 92 2005 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302005000300010 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302005000300010 FRIGOTTO Gaud ncio Educa o e a crise do capitalismo real S o Paulo Cortez 1995 FRIGOTTO Gaud ncio CIAVATTA Maria RAMOS Marise A pol tica de educa o profissional no Governo Lula um percurso hist rico controvertido Educa o amp Soci
68. 08 anos de idade Alfabetiza o 1 e 2 s ries 1 e 2 ano do 2 ciclo 09 e 10 anos de idade 3 e 4 s ries 1 e 2 ano do 3 ciclo 11 e 12 anos de idade 5 e 6 s ries 1 e 2 ano do 4 ciclo 13 e 14 anos de idade T e 8 s ries Ensino M dio Ensino M dio 1 ao 3 ano 15 a 17 anos de idade 1 ao 3 ano 14 a 16 anos Educa o de Jovens e Adultos EJA a partir de 15 Educa o de Jovens e Adultos EJA a partir de 15 anos fora de faixa escolar anos fora de faixa escolar 1 2 e 3 ano do 1 ciclo 1 e 2 ano do 2 ciclo Como elemento constituinte da implanta o dos Ciclos de Aprendizagem a Gest o Central da Secretaria de Educa o instituiu os Conselhos de Ciclo nas escolas que era integrado pela coordena o pedag gica e pelos demais professores do mesmo e ou de outro ciclo uma inst ncia coletiva de avalia o de planejamento de consulta e de delibera o sobre a progress o do aluno bem como de acompanhamento constante e cont nuo da pr tica pedag gica e de sua organiza o RECIFE 2004b p 5 Os Conselhos de Ciclos deveriam se configurar como um procedimento regular para avalia o coletiva refletindo sobre a pr tica pedag gica do professor e o processo de aprendizagem dos alunos Os pareceres avaliativos emitidos pelos professores e contidos nas cadernetas escolares deveriam ser resgatados para uma caracteriza o da turma e
69. 11 CAP TULO 4 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA POL TICA CURRICULAR DO MUNIC PIO DO RECIFE O CURR CULO COMO PR TICA PEDAG GICO A SEE EEE TOS CR A ET 183 4 1 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA GENERALIDADE DO CURR CULO SELE O ORGANIZA O E SISTEMATIZA O eseese 184 4 2 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA PARTICULARIDADE DAS DISCIPLINAS CURRICULARES sssiatsoto o ASS da Ce a 197 4 2 Educa o GI EAA p s AEE RA CARR ERROS DRE cano 197 FP DD E a NNE DNA APNR VENENO VE OU POP VU 221 423 bmen Port pUesA onis sadia se n a e A TAR AEE E SKE A EA 252 424 T 111E PEMET AAE E A E A E A AA E E A E std d 275 4 3 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA TOTALIDADE DO CURR CULO SELE O ORGANIZA O E SISTEMATIZA O es 299 CONSIDERA ES FINAIS Jada densa 316 REFER NCIAS cousa TAS SA 328 APENDICES assente tinto casca O AGO EEAS Lo DR OS RA Vc CPR RA NAU A 346 ANDES SN ANEB Anped ANRESC CBA CEB CNE CONED CONSED CRUB DCN DGE EF EJA ENEM EPM ESEF EUA FHC FIEP FUNDEB FUNDEF GO IES IREM LDB MDC MEC MG LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Sindicato Nacional dos Docentes das Institui es de Ensino Superior Avalia o Nacional da Educa o B sica Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o Avalia o Nacional do Rendimento Escolar Ciclo B sico de Alfabetiza o C mara de Educa o B sica Conselho Nacional de Educa o Congr
70. 1996a Para ilustrar ainda mais sua pol tica educacional que expressava um projeto de sociedade bem delimitado recuperemos um trecho da apresenta o do documento publicado em 1995 Quest es Cr ticas da Educa o Brasileira na tentativa de participa o e abertura para legitimar o Governo Este trabalho tem a finalidade de buscar alternativas prioridades e estrat gias para o avan o do que necess rio fazer para alcan ar esta rela o harmoniosa dos resultados de a o educativa com as atuais 2 necessidades da realidade brasileira O que se busca a adequa o dos objetivos educacionais s novas exig ncias do mercado internacional e interno e em especial na consolida o do processo democr tico no que concerne forma o do cidad o produtivo BRASIL 1995 p 3 Enfim a pol tica de governo no que se refere pol tica educacional nos mandatos de FHC 1995 2002 de fato se apresentou com uma matriz neoliberal Os conflitos e contradi es vividos na pol tica educacional de uma forma geral com os destaques na trajet ria e conte do da LDB e PCN s o reproduzidos na pol tica curricular aparentemente democr tica mas essencialmente aristocr tica Junto com outras a es de governo como por exemplo o Plano Real idealizado e implantado pelo pr prio FHC na gest o de Itamar Franco quando era o Ministro da Fazenda e com o programa de privatiza o instaurou se uma pol tica do estad
71. 8 s rie Entendeu PEF2 Tem tem aula expositiva tem na biblioteca Esse tipo de coisa Eles foram para internet a viram o que era o domin a dama a hist ria A eles t m eles v o a gente vai algumas vezes para a internet Eu tenho esse Audit rio em que eu posso trabalhar com eles Por exemplo algum jogo teve muitos jogos do Brasil PEF2 Como eu n o posso estar em tr s lugares ao mesmo tempo Eu trabalho com meninos que s o dispensados da pr tica Eles fazem parte da te rica Entendeu Outras aulas n o d Porque eles n o v o para a quadra Quando eles v o para a quadra para coisar a presen a A disse assim gente v o na biblioteca Geralmente eu tenho um material Eu acho isso interessante na Educa o F sica A gente manda para biblioteca tem muita coisa velha Entendeu Se eu vou querer trabalhar com jogos de sal o Ent o eu acho que minha obriga o como professora deixar algum material PEF2 Um problema que se apresenta na organiza o dos saberes reaparece tamb m na sistematiza o As quest es clim ticas diante da precariedade de ambientes de aula Isso leva a professora a tratar os saberes escolares de forma a colocar em cheque a sistematiza o em fun o muitas vezes da aleatoriedade 219 por exemplo per odo de chuva eu n o posso fazer jogos e esportes porque n o tem rea Ent o tenho que fazer gin stica de todo jeito no per odo de chuva ente
72. E para a 5 eu coloco perguntas mais b sicas mesmo porque eles n o conseguem entender se eu coloco perguntas muito complexas Ent o eu dificulto um pouco a complexidade mas o conte do o mesmo PEFI1 Est o nos ciclos A houve uma flexibilidade que j existia na educa o f sica entendeu Houve uma flexibilidade N o necessariamente voc tem que aprender aqueles conte dos na 5 s rie voc est no 3 ciclo voc pode aprender na 6 que o 2 ano do 3 ciclo Houve essa flexibilidade para educa o f sica j existia PEF1 Eu fico pensando assim sabe Que conte dos s o mais importantes voc dar naquele momento isso a a gente tem que ver isso que est precisando fazer aquilo por exemplo PEF2 Sistematizar tudo para mim tudo voc criar formas diferentes Certo De voc lidar com os mesmos conte dos Entendeu voc colocar no papel sabe voc dizer o que voc quer Essa pr tica de dizer o que voc est fazendo vai reelaborando mentalmente as coisas Pronto agora Eu j mandei fazer diferente o pessoal de jogos Est entendendo PEF2 215 Segundo a PEF1 de Educa o F sica a organiza o dos saberes escolares nos ciclos de aprendizagem tem a sequ ncia mais flex vel pois o que o aluno n o conseguir aprender numa etapa poder aprender na outra Por m essa flexibiliza o dos saberes n o aceita por alguns professores pois leva a implica es nas qu
73. Ent o n s fomos assistir ao filme Di rio de Motocicleta que passou no Teatro do Parque a R 1 00 ent o ficou de muito f cil acesso n o Porque R 1 00 e porque perto do col gio ent o eles foram comigo nessa ida a p eu j vou conversando com eles isso uma maneira da gente PLP2 Por exemplo a ida bolsa de valores O que eu fiz com eles A gente fez um relat rio O que fazer um relat rio Quais s o os elementos que precisam estar presentes em um relat rio Isso um g nero liter rio isso um g nero de escrita isso um g nero que est na sociedade Eles precisam fazer relat rio ent o a gente j parte da Por exemplo um outro lugar que eu preciso visitar com eles o que que a gente precisa saber Precisa pedir uma autoriza o ent o vamos organizar vamos fazer a essa elabora o de texto ela coletiva e depois individual para que ele tome conhecimento disso PLP2 O trabalho coletivo destacam as professoras enfrenta problemas na sistematiza o do conhecimento do aluno Se h poucos alunos o problema se d na dificuldade de trabalhar em P4 grupos pois insuficiente o n mero principalmente no turno da noite mas se h muitos alunos o trabalho com produ o de texto fica prejudicado pois a professora n o tem a possibilidade de analisar todas as produ es e assim faz a corre o por amostragem realizando as devidas observa es
74. Essa compreens o inclusive na rea da psicologia est relacionada de alguma forma a um determinado quadro socioecon mico que buscava uma ordena o sequencia o seria o dos 323 bens de consumo com o objetivo de otimizar o rendimento e que termina por refletir uma determinada distribui o do poder no interior da sociedade No entanto n o s o os professores que assumem essa organiza o etapista dos saberes escolares Eles demonstraram seguir o que foi disposto arranjado ordenado e seqiienciado nas propostas pedag gicas e nos livros did ticos Vale inclusive salientar que essa forma de organizar tem sido bastante criticada na atualidade e at sugerida sua supera o por exemplo com a organiza o dos saberes em eixos tem ticos ou ainda com a implanta o de ciclos de aprendizagem Vimos que a implanta o dos ciclos de aprendizagem gera muitas altera es no cotidiano escolar e de forma contradit ria pontos positivos e negativos foram percebidos seja na gest o da pol tica educacional como um todo seja na concep o pedag gica dos docentes acerca dos ciclos bem como nas a es dos professores na pr tica pedag gica E isso vai desde a altera o de nomenclatura passando pela superposi o de concep es pedag gicas no m nimo diferentes e indo at a percep o da comunidade escolar em especial dos alunos Em tom de cr tica tais altera es s o acompanhadas de resist ncias tanto intenc
75. Forquin 1996 procura identificar as poss veis abordagens sociol gicas voltadas para a reflex o acerca do curr culo que no sentido mais corrente o termo curr culo designa o conjunto daquilo que se ensina e daquilo que se aprende tendo como refer ncia alguma ordem de progress o podendo referir se para al m do que est escrito prescrito oficialmente ou seja o que efetivamente ensinado e aprendido no interior da sala de aula e ainda por aquilo que contido no conte do latente se adquire na escola por experi ncia impregna o familiariza o ou inculca o p 188 Saviani 1995 Lopes 1997 Saber O saber dosado e segiienciado para efeitos o conhecimento escolar se constitui no embate escolar de sua transmiss o assimila o no espa o com os diversos saberes sociais A escola seleciona escolar ao longo de um tempo determinado o que n s convencionamos chamar de saber escolar p 23 saberes dentre os que s o pass veis de serem selecionados da cultura social mais ampla e promove sua reorganiza o sua reestrutura o e sua recontextualiza o atrav s desses processos que emergem configura es cognitivas tipicamente escolares compondo uma cultura escolar sui generis com marcas capazes de transcenderem os limites da escola p 106 Forquin 1993 Forquin 1992 Cultura a escola tamb m um mundo social a sele o n o se limita a fa
76. J NIOR Marc lio O saber e o fazer pedag gicos a Educa o F sica como componente curricular isso Hist ria Recife EDUPE 1999 SOUZA J NIOR Marc lio O saber e o fazer pedag gicos da educa o f sica na cultura escolar o que um componente curricular In CAPARROZ Francisco Eduardo Educa o f sica escolar pol tica investiga o e interven o Vit ria 2001 vol 1 p 81 92 SOUZA J NIOR Marc lio e GALV O Ana Maria Hist ria das Disciplinas Escolares e Hist ria da Educa o algumas reflex es Revista Educa o e Pesquisa volume 31 numero 3 set dez 2005 p 391 408 SOUZA Rosa F tima de VALDEMARIN Vera Teresa e ALMEIDA Jane Soares de O legado educacional do s culo XIX Araraquara UNESP Faculdade de Ci ncias e Letras 1998 SPERB Dalilla C Problemas gerais do curr culo Porto Alegre Globo 1966 TABA Hilda Curriculum development theory and pratice New York Harcourt Brace amp World 1962 344 TAFFAREL Celi Nelza Zulke As id ias pedag gicas sobre conte dos veiculadas atrav s das propostas curriculares para o ensino de 1 e 2 graus o caso da Educa o F sica em Educa o F sica Campinas Unicamp 1989 TAFFAREL Celli Neuza Z Os Par metros Curriculares Nacionais In Col gio Brasileiro de Ci ncias do esporte org Educa o F sica escolar face LDB e aos PCNSs profissionais analisam renova es modismos e interesses Ij
77. MARA DOS DEPUTADOS 2002 p 40 A seria o tem origem em meados do s culo XIX na massifica o do ensino p blico na Europa e nos EUA diante de um crescente desenvolvimento industrial poca e da constru o de uma racionalidade pedag gica No Brasil foram os Grupos Escolares que deram 6t Ver Nagle 1974 nos estudos da hist ria da educa o no Brasil 113 os primeiros passos na escolariza o por s ries e por classes sendo o primeiro constru do em 1893 Segundo Barbosa 2004 e Nagle 1974 no Brasil esta organiza o curricular seriada foi implementada a partir da Reforma Jo o Luiz Alves estabelecida pelo Decreto n 16782 A em 1925 e consolidada com a Reforma Francisco Campo pelo Decreto n 19890 em 1931 Em 1971 a LDB n 5692 71 veio estabelecer a obrigatoriedade em mbito nacional da organiza o do curr culo em s ries anuais O curr culo por ciclos procura reorganizar os tempos e espa os escolares no intuito de agrupar as crian as principalmente por idade despreocupando se com o enquadramento hier rquico dos saberes Uma intencionalidade pedag gica para com os conte dos objetivos habilidades e disciplinas pode partir do professor mas n o pode encerrar se nele mesmo Ela deve chegar de maneira propositiva a confrontar se com as caracter sticas coletivas e individuais dos alunos permitindo uma heterogeneidade e diversidade nos ritmos e formas de aprendizagens e buscando construir uma l gica d
78. Mas n o s isso a n o tem muito mais Tem um outro menino na classe tamb m que aconteceu isso JO O que era um bom aluno de portugu s mas os outros professores quiseram que ele ficasse reprovado e ele V o que est acontecendo com ele esse ano ele n o vai Cada vez que ele chega 153 na sala eu digo JO O meu filho voc vai ser reprovado por falta Ah deixe comigo professora deixe comigo Ele vai reprovar PLP1 E na 1 s rie o aluno tem que se apropriar desse conte do para passar para uma 2 s rie na verdade a gente viu que o aluno amadureceu em outras atitudes em outros conhecimentos que n o precisa mais repetir numa 1 s rie para adquirir aquele conhecimento que ele n o conseguiu Ele vai para um 2 ano daquele ciclo para dar continuidade quele determinado conte do que ele n o aprendeu naquele momento Ent o n o h mais aquela coisa severa bruta e muito pouco edificante da reprova o Quando a gente elimina a reprova o a gente j d ao aluno a oportunidade da auto estima Ela elevada Voc se sente mais um perdedor se ficar sempre repetindo repetindo Ele tem uma progress o continuada PLP2 Pode pode ser retido se ele faltar se ele faltar muito durante Ele tem que ter uma porcentagem Isso a ainda o MEC que garante que ele tem direito de ter as 800 horas em 200 dias letivos ele tem esse direito mas se o aluno por algum motivo n o completou esse hor rio n
79. Rop e Taguy 1997 Ferreti 1997 Delors 1998 Berger 2000 Market 2000 105 Ramos 2001b estudando a implanta o de sistemas de compet ncias profissionais em paises da Europa da Am rica do Norte e do Sul constata que o que os diferencia a sua institucionalidade podendo ocorrer de tr s formas diferentes 1 pelos governos 2 pelas for as do mercado ou 3 pelos sujeitos sociais No mbito educacional quando a no o de compet ncia delimitada em fun o da for a do mercado ela quase uma transposi o linear e funcionalista dos resultados da investiga o do processo de trabalho advindos do mundo econ mico Mesmo no mbito econ mico Ramos 2001b reconhece diferentes sistematiza es da no o de compet ncia Existem outras abordagens do conceito que o reconhece como pressuposto para inser o do trabalhador numa organiza o qualificante voltando se para al m das compet ncias t cnicas s compet ncias humanas e s cio pol ticas Como no mbito econ mico se reconhecem diferentes abordagens no mbito educacional justifica se ainda mais reconhecer apropria es e argumenta es distintas do conceito de compet ncia Ramos 2001b p 20 procurou apreender a ess ncia do deslocamento conceitual seus motivos e seus significados tomando o primeiro como um fen meno hist rico segundo como media o de uma totalidade terceiro como processo contradit rio e que por isto n o est
80. a apreender ou mesmo serem furtados da apreens o seja porque n o gostam seja porque n o existe recurso pedag gico ideal e suficiente 253 A prefeitura tem a proposta pedag gica Ent o a gente usa a proposta pedag gica Essas compet ncias aqui que voc viu a gente tira tudo de l Quais s o as compet ncias que eu pretendo que o meu aluno desenvolva esse ano A eu seleciono 2 ou 3 de cada Porque a gente trabalha com leitura escrita e Eu acho que compreens o de texto a 3 Ent o a gente seleciona 2 ou 3 de cada uma dessas E N o aqui s o as da rea a Isso a eu tenho que olhar porque eu n o sei direito porque a rea tem arte PLP1 E umas 6 ou 7 compet ncias os conte dos tamb m est o l E isso aqui pessoal os procedimentos que eu vou usar e uma avalia o que eu vou fazer PLP1 Um dos motivos de eu n o ter colocado ainda justamente esse Por exemplo conte do de gram tica que eu vou colocar aqui apesar de n o ser o ponto central da Prefeitura eu s uso quando surge a necessidade certo Agora de leitura eu trabalho em todas as aulas Eu j aviso logo no come o do ano Eu sei que voc s n o gostam muito de ler mas a gente vai ler o ano inteiro PLP1 Olha n s temos na prefeitura da cidade do Recife uma proposta pedag gica e a partir dessa proposta pedag gica que a gente tem toda uma rela o de conte dos e compet ncias que a gente forma no
81. ainda com a sua flexibilidade e dinamicidade Nos depoimentos fica claro que o planejamento n o compreendido como uma atividade burocr tica e documental mas sim como algo necess rio s atividades docentes Nesse poss vel pensar nas a es pedag gicas e antecip las mesmo que seja no plano da previs o pois nem sempre poss vel cumprir o que foi pensado n o necessariamente porque se pensou errado ou ainda porque a execu o foi dificultada por intemp ries mas sim porque entre o pensado previamente e o realizado deve existir de fato uma diferen a Mas realizar sem pensamento pr vio sem planejamento improviso portanto n o pedag gico Planejar antecipar e organizar a realiza o da interven o docente na pr tica pedag gica em termos de objetivos conte dos metodologias recursos avalia es podendo assumir um formato mais convencional ou mesmo de projeto podendo ser registrado por escrito ou n o Planejo Eu Porque eu j trabalhei com MARIA Ent o eu ficava Como que se diz Tensa com esse neg cio porque s vezes realmente a gente n o tem muito tempo para planejar A ela dizia assim para a gente olhem voc s n o precisam ficar com remorso porque o professor desde a hora que ele levanta j est pensando como que ele vai dar aquela aula noite Ent o mesmo que n o fa a uma coisa por escrito e tal Eu penso Bom hoje eu vou trabalhar com tal texto eu vou fazer tal
82. algumas discuss es diferentemente alguma abordagem Mas muitas vezes os pais sempre entram na quest o de que O aluno tem que fazer contas aquela coisa Ent o j est impregnado isso de que matem tica ter que fazer conta tem que n o sei o que ligar tabuada e que a interven o da matem tica ela n o atualmente ela n o se faz somente por isso ent o eu tenho o qu PMI importante estudar Voc tem que Para qu Se eu trabalhando como camel ganho R 1 000 00 professor E o senhor ganha quanto R 500 00 Est vendo professor Eu s preciso saber as contas b sicas Essa quest o social interfere muito ainda e a gente briga muito por isso tem essas coisas s o esses entraves entendeu Essa quest o social PMI 278 Olha n s temos alunos aqui que o pai negociante ent o ele domina facilmente a venda de mercadoria passa troco Mas na aula de matem tica ele sente dificuldade A gente leva esse menino para aula que de acordo com a necessidade de cada um PM2 obvio que isso uma vis o ing nua diante de informa es restritas pois existem v rios fatores que precisariam ser avaliados numa afirma o numa vis o dessa que desmerece o saber escolar em fun o de quest es de poder aquisitivo monet rio Mas arrisquemos nos a pequenos coment rios Primeiro nem todo trabalhador ambulante recebe esse dinheiro que n o pode se chamar sal rio pois n o h regu
83. analisando as falas de professores foi poss vel reconhecer as ambigiidades d vidas e conflitos dessa constitui o compreendendo que o curr culo como pr tica pedag gica vai se expressar em sua generalidade nas particularidades das disciplinas e em sua totalidade Nas considera es finais apresentamos s nteses reflex es e recomenda es diante das ambigiidades d vidas e conflitos presentes na constitui o dos saberes escolares no curr culo de escolas da educa o b sica da Rede Municipal de Ensino do Recife 47 CAP TULO 1 CURR CULO E SABERES ESCOLARES 1 1 CURR CULO Na atualidade o curr culo tem sido tema recorrente nas discuss es da educa o brasileira no que concerne s pol ticas educacionais s a es governamentais ou mesmo s pr ticas e discursos pedag gicos Essa recorr ncia tem rela o direta com o contexto s cio educacional vivido no Brasil e em especial com a mais recente legisla o educacional que coloca sob responsabilidade das Redes de educa o ou das unidades escolares e mais ainda do professor a constru o de propostas curriculares Mesmo que em momentos anteriores o curr culo estivesse presente nas discuss es educacionais a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB n 9394 96 este passa a estar presente nas preocupa es e a es docentes no interior das escolas Por certo no Brasil a d cada de 1970 tamb m marca um surto do cu
84. argumenta es destacadas pelas professoras para o entendimento de professores que indagam que os ciclos estariam proporcionando aos alunos uma seq ncia aos estudos sem ao menos saber ler e escrever Ah porque agora tem que passar o menino Eu vou dizer uma coisa a voc a crian a ela n o sabe primeiramente escrever infelizmente E da para frente meu filho ela vai para a 5 s rie sem saber escrever Ent o n o foi o ciclo que fez isso Tem uma defasagem que eu n o sei de onde que vem e nem quero saber nem sou secret ria e n o quero ser nunca N o sei o que isso do ensino Talvez at saiba quest es pol ticas quest es de ter muito menino na escola e tudo mais mas a crian a praticamente n o est sabendo muito escrever est um horror PA nada Veja s muito importante que a pessoa aprenda a ler e a escrever o b sico o direito que ela tem N o foi por causa de ciclo que isso chegou porque eu estou h 16 anos na Rede Eu tenho meninas de magist rio que n o sabem escrever Se voc quiser eu lhe mostro entendeu Eu acho assim que o ciclo uma coisa boa a pessoa o profissional tem que ter clareza do que ele quer Olha a responsabilidade olha a tica PAI O que eu vejo que o aluno ele Muitas vezes passada essa informa o para ele Que n o existe uma preocupa o de reprova o e sim que ele aprenda Mas se ele vem 5 6 anos trabalhando de uma forma de r
85. as diferentes din micas para a sistematiza o dos saberes escolares encontramos distintas formas de fazer o texto chegar sala de aula Tanto as professoras quanto os alunos levam os textos para serem objeto e recurso pedag gicos durante a pr tica pedag gica O texto usado numa leitura por parte dos alunos procurando identificar as diferentes modalidades de textos os diferentes portadores e ainda como refer ncia para uma nova produ o textual inclusive fazendo estudos gramaticais A Eu moro num pr dio em que o pessoal joga muita revista fora ent o eu pedi para eles eles d o ao menino da garagem e ele d tudo para mim A eu levo as revistas para a escola a gente l a revista eu aproveito para trabalhar portador de texto quando eu levo a revista Mostro para eles que o jornal e a revista s o os maiores portadores de texto que ali tem tudo Tem texto de opini o tem propaganda tem an ncio tem carta ao leitor tem tudo ali Tem mat ria sobre pol tica cinema livro tudo isso mais ou menos assim N o uma coisa muito premeditada meio aleat rio isso a PLP1 Amanh voc s v o me trazer um texto qualquer texto De onde voc s tirarem esse texto tragam aqui para sala de aula Ent o eles traziam o texto e liam l na frente que outra coisa que eu tamb m sabe Tento quebrar essa barreira de ler na frente porque voc se exp e e eles precisam tamb m disso Voc precisa se expor A
86. as pr ticas nas escolas municipais leituras complementares Recife Secretaria de Educa o 2004 ROCHA Anna Bernardes da Silveira O curr culo do ensino fundamental e a Lei9394 96 In SILVA Eurides Brito da org A educa o b sica p s LDB S o Paulo Pioneira Thomson Learning 2003 p 37 59 RODRIGUES Neidson Por uma nova escola o transit rio e o permanente na educa o S o Paulo Cortez Autores Associados 1986 ROMANELLI Ota za de Oliveira Hist ria da educa o no Brasil 1930 1973 Petr polis Vozes 1996 ROP Fran oise e TAGUY Lucie Saberes e compet ncias o uso de tais no es na escola e na empresa S o Paulo Papirus 1997 342 SANCHEZ GAMBOA Silvio Epistemologia da Pesquisa em Educa o 2 reimpress o Campinas Pr xis 1998 Dial tica na Pesquisa em Educa o elementos de contexto In FAZENDA Ivani Metodologia da Pesquisa Educacional 8 ed S o Paulo Cortez 2001 SANTIAGO Maria Eliete Projeto Pedag gico da escola uma contribui o ao planejamento escolar Revista de Administra o Educacional n 1 v 1 jul dez Recife 1997 p 69 73 SANTIAGO Maria Eliete Paulo Freire e as quest es curriculares uma contribui o reflex o Revista de Educa o AEC n 106 v 27 Bras lia 1998 p 34 42 SANTIAGO Maria Eliete Forma o curr culo e pr tica pedag gica em Paulo Freire V Col quio Internacional Paulo Freire Recife 2005 mi
87. coisa que n o boa para arte n o ter um ambiente um ambiente de aula entendesse Prejudica muito Eu gostaria de ter meu arm rio com minhas coisas arrumadas meu som meus l pis 6b meus pap is Eu gostaria de receber os meus alunos Eu acho que um ambiente agrad vel fresquinho bom para a gente dar aula Eu acho que seria tamb m uma coisa disso que voc perguntou PAI Pensamos e discutimos que alguns procedimentos objetos materiais e locais de aulas n o s o apenas estrat gias e recursos pedag gicos no ensino de Arte Em muitas circunst ncias o procedimento como a dramatiza o o objeto material tal como a fotografia e o local tal como o palco do audit rio s o objetos de aprendizagens configurando se portanto como saber escolar a ser trabalhado na intera o professor aluno no cotidiano da pr tica pedag gica de sala de aula No entanto essa depend ncia n o est apenas na necessidade pedag gica dos recursos mas sim diante de sua fragilidade de legitima o no curr culo escolar como um todo e mais ainda se comparada legitima o de outras disciplinas consideradas de maior prest gio diante de uma fun o convencional da escola como o exemplo de altera o de hor rios e metodologias de aulas no ensino de arte em fun o da aus ncia ou necessidade de um professor de outra disciplina Eu n o gosto de subir aula At porque a minha aula presencial assim que se chama Dar pre
88. com os alunos independentemente da turma E a PAZ seleciona as artes pl sticas Por m isso se excetua quando as professoras mesmo sem ter a devida forma o para tratar um tema submetem se a trabalhar com um conte do em fun o da turma ter se recusado a trabalhar com o planejado Entretanto a exce o se d devido a n o depend ncia da forma o e op o dos professores mas se mant m no mesmo princ pio de legitimidade afetiva pois submete se s op es pessoais dos alunos Eu reestruturei meu trabalho todinho Entendeu Mesmo que eu n o seja formada em artes pl sticas mas a eu levei estou levando outros materiais outras coisas minhas PAI Porque eu gosto muito do contempor neo PAI Como eu sou professora de teatro PA1 Eu estou caminhando com eles na m sica e eles tocam adoram tocar e eu n o entendo nada de m sica mas eu tenho que levar m sica para eles E eu j tenho tamb m um v deo eu gosto e tenho TV a cabo ai tem uma TV SESC TVE que passa uns v deos timos de dan a Eu estou com um v deo de dan a de rua que eu estou doida para passar para eles PA1 Eu tenho j o esquema eu trabalho com as 7 nessa forma eu coloco o que artes pl sticas no que arte no geral posso mostrar a ele o que arte 230 Porque eles acham que arte s desenhar a eu pego e mostro no mundo todo o que a arte depois a gente se fixa em arte pl stica porque a minha especialidade A
89. como algo que vem de longa data 25 Quando nos perguntamos sobre os saberes escolares queremos investigar os limites existentes e os avan os conquistados no que concerne estrutura o l gica e metodol gica destes em perspectivas que se prop em superar o tratamento tradicional t cnico linear etapista de organiza o do conhecimento ou seja na supera o da seria o Assim a defini o de nosso objeto de estudo se encontra nas v rias cr ticas antagonismos e conflitos evidenciados no curr culo da escola de educa o b sica Sendo assim propusemos nos a analisar alguns aspectos como diferentes teorias pr ticas curriculares abordam a quest o da constitui o dos saberes escolares Como s o selecionados organizados e sistematizados os saberes escolares no tempo e espa o escolares Como e com que fundamentos s o constitu dos os saberes escolares de diferentes disciplinas no curr culo Que lugar ocupam as diferentes disciplinas no curr culo escolar Para dar conta destas quest es definimos o objeto de estudo de forma a inseri lo no campo da Nova Sociologia da Educa o mais especificamente no mbito da Teoria Hist ria e Pol tica do Curr culo e das Disciplinas Curriculares Objetivamos nesse estudo num sentido mais amplo compreender como se constituem os saberes escolares na generalidade e totalidade do curr culo da escola de educa o b sica e nas particularidades de algumas disciplinas curriculares
90. como proceder na avalia o diante do fato anteriormente suposto Enfim vimos que existem elementos os quais se apresentam seja na regularidade de apari o sendo comumente citado pelos professores seja na singularidade de uma fala mas tendo pertin ncia perante o geral que caracterizam a generalidade do curr culo No entanto outras singularidades v o aparecer na fala dos professores de cada disciplina em particular 4 2 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA PARTICULARIDADE DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Reconhecendo as singularidades das reas de conhecimento inseridas no Todo Escolar descrito anteriormente nas generalidades das falas dos professores focalizamos as categorias emp ricas da sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares e suas unidades de contexto e registro para descrevermos e analisarmos as particularidades das disciplinas escolares em estudo Orientam esse momento os questionamentos acerca de como e com que fundamentos s o constitu dos os saberes escolares de diferentes disciplinas no curr culo 4 2 1 Educa o F sica 198 No que se refere sele o dos saberes escolares a PEF1 mesmo tendo como ponto de partida a Proposta Pedag gica da Rede e afirmando ter por base o Coletivo de Autores como concep o te rica norteadora de suas a es tem como refer ncia de suas escolhas os Par metros Curriculares Nacionais PCN pois esse indicado v rias vezes em sua fala
91. composi o como na pr pria fidelidade partid ria dos governantes As pol ticas curriculares portanto v o oscilando entre a es liberais pr ximas direita e a es progressistas com inspira es esquerda Nesse per odo no mbito municipal do Recife Gustavo Krause PFL tendo sido nomeado em 1979 deixa em 1982 a Prefeitura da Cidade para concorrer ao cargo de vice governador do Estado junto com Roberto Magalh es Ambos s o eleitos e a prefeitura fica sob o comando dos prefeitos nomeados Jorge Cavalcante 1982 1983 e Joaquim Francisco PFL 1983 1985 quando ent o h a realiza o das elei es diretas para as prefeituras das capitais sendo Jarbas Vasconcelos PSB eleito prefeito do Recife para a gest o de 1986 1988 Nesse quadro de disputa pol tica em meio a Encontros F runs Coletivos Carta aberta que discutiam os rumos da educa o municipal no pa s registrado em outubro de 1986 o nascimento em Bras lia da UNDIME que teve anteriormente seu embri o em Recife Nesse mesmo ano Roberto Magalh es PFL deixa o cargo de governador de Pernambuco para disputar nova elei o saindo derrotado por Miguel Arraes PMDB que governou de 1987 a 1990 Sucedendo o ltimo prefeito Joaquim Francisco PFL eleito volta Prefeitura do Recife cumprindo 1989 1990 apenas parte do mandato para candidatar se a governador do estado A pol tica da poca vai oscilar entre a es democr ticas
92. condi o desse fracionamento MARX e ENGELS 1998 p 81 Nesse percurso hist rico Marx e Engels 1998 p 21 nos alertam para um pressuposto imprescind vel para a historicidade do pr prio homem o de que todos os homens devem ter condi es de viver para poder fazer a hist ria Mas para viver preciso antes de tudo beber comer morar vestir se e algumas outras coisas mais O primeiro fato hist rico portanto a produ o dos meios que permitem satisfazer essas necessidades a produ o da pr pria vida material e isto mesmo constitui um fato hist rico uma condi o fundamental de toda a hist ria que se deve ainda hoje como h milhares de anos preencher dia a dia hora a hora simplesmente para manter os homens com vida Nas onze Teses sobre Feuerbach elaboradas em 1845 Marx MARX e ENGELS 1998 criticando o Materialismo Antropol gico de Feuerbach e todos os primeiros 31 materialistas fez uma s ntese dos fundamentos epistemol gicos da dial tica materialista hist rica Neste texto de Marx poss vel captar sua defesa acerca da forma como o homem percebe e produz a realidade Procurando superar a percep o sens vel dos objetos apresentada por Feuerbach Marx deixou claro que a realidade deve ser percebida e produzida como atividade humana sens vel ou seja como pr xis revolucion ria em sua objetividade na pr xis que o homem precisa provar a verdade isto a realidade e a fo
93. conhecimento em inova o a servi o da Os compromissos assumidos com a educa o exigir o ainda maior integra o de pol ticas e programas federais sociedade Discurso Respondo que o Brasil com seus excepcionais recursos assegurar o direito educa o b sica com ideol gico humanos com seus riqu ssimos recursos naturais eq idade destacando se por exemplo como uma das maiores reservas de biodiversidade de gua doce e uma das principais prov ncias de minera o do Planeta A batalha do desenvolvimento se trava em v rias frentes Para venc la o Brasil precisa crescer mais e de maneira mais equilibrada incluindo os mais pobres e diminuindo as desigualdades regionais Precisa qualificar nossas crian as jovens e adultos para viver bem na sociedade contempor nea caracterizada principalmente pelo conhecimento e informa o como compromisso nacional da maior import ncia para o desenvolvimento sustent vel do pa s Educa o A educa o tem import ncia vital para as pessoas para a economia e para a democracia Nela est a chave para o desenvolvimento econ mico o instrumento para a redu o das desigualdades e a consolida o da democracia A educa o de qualidade e ao alcance de todos deve ser entendida como instrumento de produ o organiza o e difus o de conhecimento e cultura A educa o um direito de todos A educa o sozinha n o pode pr
94. conhecimentos no ensino da Arte Mesmo que n o exista clareza nos argumentos e que estes fiquem mais obscuros quando o curr culo escolar abandona seu formato tradicional seriado e passa a um recente formato por ciclo os saberes s o hierarquizados no tempo de escolariza o A tem uma diferen a Na 8 s rie geralmente a gente faz uma encena o sabe Geralmente A eu boto na avalia o final uma encena o E que na 7 eu n o uso isso assim como no 1 ano No 1 ano do magist rio a eu fa o o qu Projeto de encena o projeto A eles t m que me trazer o qu Criar uma hist ria trabalhar ver como vai ser a roupa como vai ser a maquiagem como que vai ser a apresenta o um projetinho encadernadozinho e no 2 ano eles me trazem um projeto de did tica e arte A diferente entendeu A s o duas coisas diferentes PA 242 A implanta o de um curr culo por ciclo tem gerado ambigiiidades nos professores tanto diante da Rede Municipal como um todo quanto diante de si mesmos e de sua disciplina Na fala das professoras percebemos por um lado uma cr tica ao curr culo seriado e uma defesa do curr culo por ciclo pois demonstram compreender os ciclos de aprendizagem n o apenas como agrupamento de s ries e mudan a de nomenclatura mas como uma mudan a de compreens o acerca da escola acerca do conhecimento acerca da forma de aprender Eu acho que mudou A reclama o
95. consegue fazer com que aquele aluno aprenda o conte do ele tamb m n o vai poder reprovar no final do ano PEF1 Essa nova forma de avaliar na estrutura o dos ciclos tem gerado outra maneira de lidar com a reten o ou continuidade dos alunos ao longo dos anos de escolariza o A reprova o algo que colocado em cheque na sua raiz e s vai acontecer por n o cumprimento dos crit rios de aferi o da fregii ncia estabelecidos pela LDB pois os crit rios de avalia o do rendimento escolar s o modificados em fun o do ciclo O pessoal s est reprovando agora por falta Por falta e outra coisa n o falta em uma disciplina n o 25 de falta em todas as disciplinas PEF1 N o que agora Os alunos s o reprovados pela frequ ncia Quando ele est nas compet ncias que voc pode colocar o seguinte O aluno vai ser repetido geralmente por falta Nas compet ncias ele fica voc tem que voltar no segundo momento ali que tem uma parte orienta es para o pr ximo Ciclo PEF2 Isso tem gerado posturas de concord ncia e de discord ncia e modifica es da pr tica pedag gica 220 A que est ele n o aprendeu a vai para o conselho ele n o aprendeu em geografia aquelas compet ncias que devia aprender A ele vai para o conselho de ciclo s o 3 por ano Quando chega ao conselho ele encaminhado para fazer espa o ampliado em geografia PEF1 Por
96. correntes mais progressistas cr ticas emancipat rias ainda s o a refer ncia central para esse arranjo sequ ncia e ordena o O que eu quero dentro de cada eixo l eu vou E os conte dos eu dou Ent o nada impede que eu Eu estou trabalhando por exemplo medida eu estou trabalhando equa o de 2 grau Bom eu trabalhei equa o de 2 grau Nada impede que eu mostre o que Eu fa o o qu Eu n o vou esperar ter a equa o de 2 grau para depois dar problemas n o eu fa o nesse contexto Ent o Eu fa o a minha programa o Claro eu sigo uma orienta o da proposta pedag gica observo os conte dos que o livro texto traz aqui e a eu fa o a minha programa o t Isso O professor n o fica amarrado a uma programa o a uma programa o de segii ncia 1 assunto 2 3 Pode ser diferente de um professor que esteja l em uma outra escola isso n o tem que ser Isso n o uma coisa padr o t O que se fazia muito Muito E ainda tem muito professor que faz esse padr o a partir do livro Com que livro voc est Ent o eu fa o isso E o professor se preocupa muito Claro ainda bem que est acabando isso essa condi o que o professor tem que seguir essa segii ncia do livro e que tem que dar o livro todo Olhe se eu n o der o livro todo eu fico preocupado que uma coisa que s vezes as escolas particulares elas visam muito isso O professor tem que dar o livro to
97. curr culos escolares e que existem algumas que s o consideradas mais importantes que outras perguntamos se estas menos importantes s conquistariam legitimidade quando ocupassem o mesmo status no curr culo escolar das outras consideradas mais importantes e em especial se realizassem uma seria o de seus saberes Algumas disciplinas n o possuem uma organiza o de conte dos feita de maneira seriada assim como as mais tradicionais Seria a conquista por uma organiza o seriada dos conte dos de ensino algo que lhe conferiria um melhor reconhecimento pedag gico Ou poss vel estruturar os conte dos no tempo escolar com outra forma de organiza o curricular por exemplo num curr culo organizado por ciclos de aprendizagem Para entender o termo tomamos como suporte a compreens o de sistematizado como um dos elementos que comp em junto com a sele o e a organiza o o trato com o conhecimento objetivando juntos a organiza o do tempo e do espa o pedag gicos necess rios para aprender presente numa din mica curricular e correspondendo necessidade de criar as condi es para que se d em a assimila o e a transmiss o do saber escolar a sistematiza o portanto focaliza a estrutura o l gica e metodol gica do conhecimento COLETIVO DE AUTORES 1992 p 30 O termo usado n o nos remete teoria ou tend ncia pedag gica tradicionalista e sim aplicado tradi o escolar
98. da educa o no sentido de uma consci ncia de classe que procura se diferenciar dos burgueses da educa o n o seria problema pois expressa uma condi o de classe e at mesmo uma op o pol tica entretanto no sentido do desmerecimento do magist rio deve gerar preocupa es e organiza es coletivas para superarmos esse desrespeito hist rico e pol tico profiss o docente o qual questiona sua legitima o e lhe proporciona vergonhosos sal rios Essa supera o n o se dar respondendo pessoalmente de forma antip tica e grosseira vis o de pais e alunos acerca da escola e especificamente da disciplina mas sim com argumenta es respeitosas uma pr tica pedag gica mais qualificada no dia a dia do trabalho docente e uma organiza o de participa o consciente na sociedade civil e pol tica de nosso pa s 279 Dentre as reflex es acerca da legitima o pedag gica de um saber escolar surgem na Matem tica v rios tipos A legitima o instrumental mais pragm tica a legitima o proped utica de prepara o para o futuro e a legitima o social de busca por uma consci ncia e atua o pol tica e social no mundo Eu n o vou estar sempre resolvendo um problema de cabe a ent o de repente eu me deparo com uma situa o em que eu preciso escrever essa situa o em c digos de matem tica para poder me estruturar e resolver Por exemplo eu tenho um problema de c lculo de juros e a eu
99. daquela montagem daquela coreografia Cumpriu as compet ncias em dan a Conseguiu montar a coreografia Desenvolver os passos as t cnicas A aquela equipe conseguiu conseguiu aquela que razoavelmente razoavelmente mas assim os razo veis e os timos n o h uma medida diferente para aquilo PEFI Ele vai ter nova chance no pr ximo semestre Eu vou colocar uma observa o dizer que o grupo ou os alunos tais tais e tais n o conseguiram cumprir as compet ncias mas n o v o ser reprovados por isso entendeu Eles v o ter aquela observa o que o chamado parecer Tem aquele parecer v o para o pr ximo semestre tentar cumprir PEF1 Enfim vimos que as particularidades da Educa o F sica geram maneiras de lidar com a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares ora comuns s generalidades do curr culo ora na singularidade da disciplina 4 2 2 Arte 222 Em rela o sele o dos saberes escolares em Arte a PAI afirma que a proposta pedag gica uma refer ncia entretanto deixa claro que acha essa proposta limitada pois em termos de procedimentos metodol gicos ela n o traz contribui es levando a a ter que fazer adapta es diante das diferentes turmas No entanto a limita o segundo a PAI termina se configurando num m rito por possibilitar ajustes Isso demonstra uma contraditoriedade da rela o da professora com a proposta A contradi o se aprofund
100. das cr ticas Pedagogia das Compet ncias ii 108 2 2 OS CICLOS DE APRENDIZAGEM as sata nisi ardal 110 2 2 1 Ciclos de aprendizagem Conceitos e origem ssssseesensesseesereresssssrrrresssssreerees 110 2 2 2 Ciclos de aprendizagem algumas cr ticaS oseeeeeeereserererrrsesrrressreerses 115 2 2 3 A pertin ncia das cr ticas aos Ciclos de aprendizagem 117 CAP TULO 3 POL TICA CURRICULAR CONTEXTO HIST RICO E GOVERNAMENTAL DA GEST O MUNICIPAL 2001 2004 messes 120 3 1 A POL TICA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE NA GESTAO SOON DUDA ir A E e E a 138 3 2 ORGANIZA O E FUNDAMENTOS DO CURR CULO NA PROPOSTA PEDAG GICA DA REDE QUALIDADE SOCIAL COMPET NCIAS E CICLOS DE APRENDIZAGEM ninne ainan aa E a a aiaia a ones 159 3 2 1 A Educa o na perspectiva da Qualidade Social onnoeoeneeneneee enses 164 3 2 2 A Pedagogia das Compet ncias e a apropria o da Rede n 166 3 2 3 Os ciclos de aprendizagem e a compreens o na Rede 167 3 3 OS SABERES ESCOLARES NA PROPOSTA PEDAG GICA DA REDE 170 3 91 Educacao F SICA orcs tetra dana ant ane RE e EEE nba Nai aaa K E pal ds Ena da aa a 170 EE IN DR RO BRU PRE UR EEE OE A E NERD PEIN DE RETRO PARE REI PG ED DR RR TR DA ER 174 3 3 3 Lingua Portuguesa ne aa edad aa DER ELES SE SARRO Lob DINA ORANE EDEA Ca 177 3 3 4 MatemalicA isento ssa aten a Casa EL TGUOS GU Lua SELO O D I anais dad Entao sl arado e aa a Ses a 178
101. de Educa o como Qualidade Social tomado como orienta o no Projeto Pol tico Pedag gico no intuito de construir uma educa o radicalmente democr tica Muitas vezes vemos express es como esta qualidade social serem usadas constantemente por projetos sociais diversos Esse fato nos deixa confusos e sem saber em que projeto acreditar e a que se aliar considerando os em alguns momentos at como projetos similares pois n o conseguimos ver as diferen as essenciais Falar em qualidade social nos termos de mais uma express o ing nua neutra de uso corriqueiro por sujeitos que fazem a educa o pensar em mais um jarg o podendo ser substitu do por qualquer outro jogo de palavras Na verdade essa pretensa ingenuidade e neutralidade expressa uma intencionalidade pol tica com uma determinada responsabilidade para com os poucos que ao longo de mais de 500 anos no Brasil v m procurando construir uma hegemonia em prol de privil gios privados No entanto devemos falar em qualidade social como conceito que representa uma concep o de homem e mulher um comprometimento pol tico uma compreens o educacional buscando construir uma sociedade mais justa para a maioria da popula o neste segundo sentido que localizamos o conceito de Qualidade Social empregado na pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife sendo portanto uma categoria 165 central nos discursos e a es de um movimento da sociedade civil
102. deles em m dulos a melhor mas na 7 e 8 como 2 horas aula por semana eu tenho que ter a segii ncia PAI No 2 ano s o quatro aulas por semana porque eles s trabalham seis meses os alunos do 2 grau E no modular S o seis meses cada um PAZ No entanto a PA1 afirma que as aulas de Arte n o constam na educa o infantil nem na 1 4 do ensino fundamental ou seja da creche ao segundo ano do segundo ciclo o que equivale at a quarta s rie Aqui a gente conseguiu nos momentos iniciais colocar arte como componente curricular valoriza o da arte na escola foram complicados mas conseguimos Ent o arte disciplina necess ria disciplina importante que esteja inserida pelo menos Ainda n o conseguimos inserir dentro do curr culo de pr a 4 n o mas de 5 a 8 todo tem que ter Agora tem muita gente assim que a gente encontra professor de matem tica d aula de arte professor de hist ria filosofia d aula de arte PAI Apesar da LDB n 9394 96 dar ao ensino de arte o car ter de componente curricular obrigat rio em todos os n veis da educa o b sica v se no depoimento da professora que a Rede Municipal n o contempla essa obrigatoriedade poss vel tamb m que o conte do de arte esteja sendo garantido aos alunos pelas professoras desse n vel mesmo sem terem a licenciatura espec fica em arte visto que a mesma LDB faculta a atua o at a quarta s
103. dessa programa o tamb m um documento da escola E ali vai estar indicado registrado vai estar todo o perfil do aluno as atividades que a gente possa fazer as observa es que a gente possa fazer Ent o um documento da escola e um documento nosso Tem a quest o legal e tem a quest o tamb m de at um controle nosso do planejamento que est inserido l A gente pode rever alguma coisa com rela o a um per odo na rela o de um ano para outro A gente pode fazer modifica es a partir de alguma coisa que a gente possa ver que n o ficou muito legal a gente possa ver uma atividade que possa se adequar melhor ao conte do Ent o importante para esses dois vieses para a quest o legal e a quest o tamb m burocr tica Do pr prio professor claro Isso a tamb m um documento do pr prio professor PM1 Eu acho que ajuda muito eu acho que tudo em ensino tem que ser feito atrav s de planejamento Eu acredito que o planejamento tudo Independente mesmo da institui o eu acredito que at um crit rio seu como professor na aula n o E o planejamento faz com que voc possa assegurar as suas atividades n o PM2 Informando que fazem o planejamento para um per odo anual de suas interven es na escola demonstram que isso fica a cargo do professor podendo variar de acordo com as turmas e ser portanto realizado para um outro tempo pedag gico O PMI indica que h momentos espec ficos na R
104. determinado saber em detrimento de outro Ou mesmo o que faz com que a escola privilegie determinada disciplina secundarizando outra Ela a disciplina digamos assim junto com arte a disciplina menos valorizada ainda tem esse mito a da valoriza o das disciplinas ligadas ao mundo do trabalho Ent o eu acho que h uma desvaloriza o completa em rela o educa o f sica como se fosse assim numa casa o ltimo c modo fica para educa o f sica entendeu PEFI Estaria muito mais ligada pelo menos no imagin rio na mentalidade das pessoas s quest es pr ticas de viv ncia de eventos de espet culo entendeu Enquanto as disciplinas convencionais est o muito mais ligadas a instrumentalizar a pessoa para ser um profissional dentro do mercado tradicional do trabalho Ser um m dico engenheiro PEF1 O que interessante perceber acima que mesmo que nos argumentos da PEF1 se perceba um tom de cr tica ao que est estabelecido convencionalmente na escola ou mesmo na sociedade como um todo essa cr tica ajuda a ratificar a posi o convencional pois sua raiz se d diante do mesmo fundamento que justifica o que convencionalmente est estabelecido por exemplo o mundo do trabalho No entanto antes de tudo necess rio que a Educa o F sica venha a acontecer como pr tica pedag gica demonstrando uma sistematiza o perante os professores os alunos a escola como um todo pois enquanto
105. do aluno individualmente possibilitando um redimensionamento das a es pedag gicas entre 107 Atualmente os Conselhos de Ciclo acontecem quatro vezes ao ano abril julho outubro e dezembro Mas na poca da pesquisa 2004 aconteciam tr s ao ano 152 professores e alunos decidindo sobre a progress o de cada aluno ou sugerindo outros momentos necess rios s aprendizagens RECIFE 2004b A gente est chamando assim O ciclo de dois anos a a gente faz seis conselhos tr s no primeiro ano tr s no segundo Vamos ter agora um em agosto e um no final do ano Porque o do primeiro semestre j teve Ent o mais ou menos dois meses e meio tr s meses PA1 Pronto e a Olha tem ainda mais essa parte aqui veja Isso aqui o parecer final que a gente vai dar E com orienta es para o ano seguinte E aqui olha Cada A gente vai ver as compet ncias S o tr s conselhos de classe durante o ano Aqui a gente mostra as compet ncias que trabalhou As orienta es depois desse conselho para ver como esse aluno est At aqui a depois que vem aqui PLP1 Com rela o progress o dos alunos a dispers o de algumas informa es contidas nos documentos gerou indefini es pois s vezes n o ficava claro para os professores se deveriam usar a promo o autom tica ou a progress o continuada Nesse caso a d vida perpassava em torno da necessidade e possibilidade de reten o de algu
106. dos de procedimentos metodol gicos de a es avaliativas de postura docente Rapaz Olhe nisso que eu peco um pouguinho porque eu n o quero saber das outras disciplinas n o pois sinceramente eu n o procuro saber n o Pessoal eu n o quero saber n o quero porque eu j vou me arretando est entendendo Quem quiser que bote seus 9 e seus 10 Assim vejo classes que comigo conversam pulam gritam riem saem e entram t m certos professores que botam a c pia no quadro e eles ficam sentados Isso me cria uma certa o que isso Uma certa contradi o na minha cabe a mas eu simplesmente me recuso a trabalhar dessa forma PAI 221 Uma dificuldade bem espec fica para o reconhecimento da Arte no curr culo a pr pria forma com que professoras de Arte apontam relacionar se com os alunos e com a institui o de uma forma geral Por muitas vezes confunde se a necessidade de construir se um ambiente pedag gico amistoso alegre e afetuoso com um relacionamento pessoal afetivo com os alunos sujeitando se s suas vontades Eu vou dizer uma coisa para voc muito dif cil tipo assim eu estou a na escola Eu s trabalhei numa escola na URS5 por sete anos a trabalhei numa escola aqui que era de alunos especiais somente um m s ou dois a vim para a ESCOLA A e estou aqui h uns oito anos na ESCOLA A e para a gente valorizar a disciplina da gente a gente passa por muitos assim Aque
107. e objetivos que permitam uma constante investiga o da aquisi o e produ o dos saberes e compet ncias escolares Ainda no que diz respeito avalia o vimos nos documentos e nas falas que esta deve se configurar como uma importante dimens o do ato educativo constituindo se como forma momento e recurso processual cont nuo cumulativo e qualitativo de acompanhamento das aprendizagens dos alunos Seus registros n o devem se dar mais sob a forma de notas n meros ou conceitos letras mas por pareceres qualitativos do aluno e da turma realizados na caderneta escolar sendo considerada al m da an lise do professor a auto avalia o dos alunos Tais pareceres devem passar a ser objetos de orienta o motiva o e aprecia o dos professores dos alunos dos Conselhos de Ciclos nas escolas dos Espa os Ampliados de Aprendizagens dos Gestores e da fam lia Enfim vimos que as diferentes disciplinas escolares aqui investigadas vivem um processo de busca por legitima o pedag gica um movimento cont nuo e contradit rio de constru o de uma isonomia curricular mas n o no sentido de igualdade pois n o seria 326 poss vel j que as disciplinas nas particularidades apresentam uma grande diversidade de elementos singulares No entanto h na generalidade curricular elementos que orientam diferentes disciplinas no cumprimento das atribui es e possibilidades pedag gicas e na conquista delas E na totalida
108. e compreens o e contextualiza o s cio cultural como nos conte dos espec ficos da Educa o F sica que organizava em blocos por exemplo o de conhecimento sobre o corpo Al m de na bibliografia os PCN tamb m serem citados O uso dos PCN como refer ncia para a pr tica pedag gica dos professores de Educa o F sica se configura como algo pol mico pois al m de funcionar como um guia curricular h incompatibilidades com a pol tica curricular da Rede Esse documento n o possui muita aceita o por parte da gest o central da Secretaria de Educa o primeiro por seu conte do segundo pela sua forma de elabora o e terceiro por constituir se produto de uma pol tica educacional fruto de Gest o de Governo no caso Federal de partido pol tico diferente dessa gest o da Prefeitura do Recife como vimos no contexto hist rico e governamental tratado anteriormente Os PCN configuram se para PEF1 como uma esp cie de livro did tico sendo usado como guia do curr culo pois a Educa o F sica diferentemente de outras disciplinas escolares n o possui essa fonte para uso pedag gico O livro did tico para v rias disciplinas e professores funciona como roteiro para a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares pois seus conhecimentos s o institu dos por uma tradi o cultural estabelecida h bastante tempo presente em tal tipo de livro tornando os definidos e at fechados segundo as professo
109. e isso n o Se torna bem enf tico dentro de matem tica por qu Eu preciso compreender o problema ent o eu vou resolver o problema eu vou ter que ler o problema eu vou ter que compreender o problema para poder intervir E a eles acham que ver os n meros que tem e tal e dizem eu j li e n o entendi Claro que isso n o s de matem tica mas isso se torna muito enf tico dentro de matem tica porque eu preciso fazer essa interven o entendeu PMI Porque a nossa turma aqui muito dispersa sabe Infelizmente o nosso alunado meio disperso a gente s vezes perde muito tempo com orienta es com isso para que eles possam se acalmar um pouquinho est entendendo S o pessoas muito sem humildes que n o t m uma boa condi o de valores ou seja a coisa que a gente n o pode estar controlando PM2 Sendo assim as estrat gias mais usadas mesmo com a possibilidade e inten o na diversifica o s o a leitura de textos e exerc cios matem ticos contidos no livro did tico e as aulas expositivas Por mais que sejam feitas de forma coletiva contextualizada problematizadora que haja interven o do professor por grupos que exista o uso de alunos mais experientes na forma de monitores a aula termina tendo um procedimento mais 296 convencional levando a uma outra dificuldade de materializa o dos fundamentos dos ciclos na pr tica pedag gica de sala de aula Ah acho que a situa
110. e n o v o tentar por exemplo uma medicina que muito concorrido que tem que estudar bastante Mas voc encontra o grupo que tem E claro Se houver aprendizado voc consegue fazer Agora claro Voc vai fazer vestibular preciso estudar tamb m deter um tempo maior para o estudo e muito mais aprofundar as coisas A quest o que a escola abre a porta e d uma oportunidade de voc se aprofundar nas coisas como por exemplo voc faz o curso superior A pr pria rea de medicina vamos supor voc precisa ir se aprofundar se especificar e estudar mais se 282 aprofundar na coisa voc n o vai parar naquilo voc vai caminhando mais Claro a universidade abriu a porta para voc e a cabe a voc A escola tamb m faz isso PM1 Como vimos a concep o de uma disciplina tamb m interfere na sele o dos saberes No caso do PMI a concep o da Educa o Matem tica que vem orientando sua pr tica pedag gica diante da proposta Pedag gica da Rede do livro did tico e dos alunos em sala de aula No caso do PM2 a id ia problematizar e contextualizar como vimos E a gente tem o cuidado de fazer a nossa sele o de conte dos sempre dentro de uma abordagem que eu possa me valer de utiliz las PM1 N o n o n o H uma tend ncia de chamar a matem tica tradicional uma matem tica cl ssica aquela que centrada em eu quero resolver fazer conta A educa o matem tica que
111. eles condicionam a qualifica o da pr tica pedag gica em sala de aula No entanto existem outros elementos referentes s condi es escolares que interferem diretamente no planejamento por exemplo como destacamos anteriormente a disponibilidade de tempo para a realiza o coletiva e individual do planejamento A organiza o dos saberes escolares tem particularidades com rela o disposi o do conhecimento em cada disciplina escolar Cada uma delas usa uma tipologia e uma estrutura o quantitativa peculiar sua rea No entanto vimos na generalidade das falas que muitos afirmam seguir os eixos tem ticos dos saberes e compet ncias contidos na Proposta Pedag gica da Rede 2002b enquanto outros apresentam certa aleatoriedade nesses temas principalmente em fun o das condi es escolares de aspectos da legitima o afetiva e at mesmo de quest es clim ticas Retoma se aqui a reflex o acerca dos tempos escolares verificando a exist ncia de um tempo regular anual presente na maioria absoluta das escolas da Rede especialmente as de ensino fundamental e de um tempo modular semestral presente nas duas nicas escolas da Rede com ensino profissional t cnico de n vel m dio Com a exce o de uma professora de Educa o F sica a qual afirma que a viv ncia de suas aulas acontece em contra turno regular dos alunos as demais t m suas aulas inseridas no hor rio regular do turno em que o aluno est matriculado C
112. eles diziam Tudo bem eles liam o texto Os alunos evang licos por exemplo sempre trazem um texto da B blia o aluno que tem acesso internet tirava l da internet e trazia e lia para os colegas e isso se tornou uma rotina para a gente a leitura desse texto ou do jornal eles normalmente l em a Folha porque um jornal que chega a todas as escolas Ent o esse trabalho dessa linguagem oral e depois do resgate qualquer uma daquelas not cias qualquer uma daquelas coisas era o molde para eu fazer a minha aula do dia Ent o a partir dali eu fazia um texto uma produ o textual eu fazia ou fa o eu fa o um trabalho de gram tica por exemplo em cima daquilo PLP2 Percebemos ainda na fala da PLP2 o uso de atividades extra sala como por exemplo aulas passeio levando os alunos ao cinema ou a institui es diversas conforme vimos com o exemplo da Universidade e da Bolsa de Valores como reafirma abaixo Essas atividades 272 extra classe v o ser justificadas pela professora em fun o dos aspectos da legitima o pedag gica proporcionando aos alunos um acesso a diferentes tipos e g neros liter rios assim como a distintas formas de sua produ o tendo momentos individuais e momentos coletivos Trabalho muito extra classe voc j viu que eu gosto muito de sair dos muros da escola por qu Porque eu entendo que l fora est a vida deles e onde eu posso utilizar realmente o que eles est o precisando
113. escolas que adotavam determinadas teorias Ent o a psicologia dizia que o aluno apreende primeiro as coisas mais simples ent o vamos trabalhar as coisas mais simples Hoje em dia j se viu que n o mais assim quem que est vendo que n o mais assim Piaget Vygotsky depois Lacan j tem v rios e v rios te ricos PLP2 Olhe antes de Piaget a gente vai ver bem antes dele a gente v Montessori por exemplo Montessori foi uma que j come ou a introduzir outro tipo de rela o do homem se apropriando do saber ela j dizia que interagia com come ava a dar um lacinho no sapato isso j estava trabalhando com a linha fina linha grossa j trabalhava a compreens o do aluno Ele trabalhava com isso a ele j estava ent o entrando em contato com o objeto Antes de Montessori quem eram os outros pensadores porque hoje est me fugindo tudo que de te ricos anteriores a esses Mas at Piaget voc entendia que o aluno partia assim do simples para o complexo Essa era a grande vis o da educa o No tecnicismo voc aprendia para executar alguma coisa na escola nova ensinava que o professor era o dono do conhecimento e o aluno n o sabia de nada era uma t bula rasa n o sabia de nada o professor que ensinava o tudo PLP2 A relev ncia dos saberes para a vida do aluno soma se aos demais elementos para justificar a sele o dos conhecimentos a serem abordados na pr tica pedag gica ou se
114. esporte Que isso v mudando mas nisso est havendo uma modifica o no mundo do trabalho na sociedade como um todo Mas eu acho que n o chegou ainda na escola essa no o clara de que a pessoa pode ganhar dinheiro um dia Pode vir a ser um profissional do meio cultural ou do meio art stico ou do meio esportivo PEF1 A PEF2 pensa de forma semelhante PEFI e mesmo argumentando de maneira distinta termina por compreender a Educa o F sica como uma disciplina eminentemente pr tica Ela inclusive usa recursos que a levam a entender que estaria sendo te rica mas se sente incomodada e at acha que descaracteriza a disciplina H uma concep o dualista da realidade que por vezes confundindo o que de fato s o as partes entende as de maneira dicot mica Eu acho que educa o f sica at por essa dicotomia corpo e mente vem sendo relegada Assim as disciplinas consideradas mais te ricas s o mais valorizadas tem teorias adquirem conhecimentos A as disciplinas mais pr ticas como arte e educa o f sica s o relegadas tanto que n o existe a sala de artes na maioria das escolas eu acho que nenhuma escola tem sala de arte Uma sala ambientada para arte Como tamb m a maioria das escolas n o tem quadra coberta uma sala ambientada para educa o f sica entendeu Ent o s o disciplinas pouco valorizadas eu acho na escola PEFI Por escrito eu j fiz Com a turma Foi uma estrat gia que eu u
115. esportivas torneio organiza o campeonato festivais no es de treinamento Princ pios de realiza o Institucionaliza o universaliza o padroniza o igualdade de chances compara es objetivas sobrepujan a especializa o instrumentaliza o Temas hist ricos e sociais Hist ria dos esportes o esporte e qualidade de vida o esporte e a m dia a viol ncia e o esporte o preconceito no esporte etc Dan a e Tipologia Dan as nacionais internacionais populares folcl ricas manifesta es cl ssica moderna contempor nea r tmicas Fundamentos de regula o Ritmo no o de espa o tempo Fundamentos gestuais e de organiza o Passos t cnicas desenhos coreogr ficos espet culos audi es festivais ensaios Princ pios de realiza o Expressividade harmonia gestual Temas hist ricos e sociais Hist ria das dan as os modismos e os valores est ticos na dan a dan as com diferentes origens sociais a dan a os tabus e os preconceitos dan as de diferentes culturas os tipos de dan a etc Gin stica e Qualidade de vida coletiva Tipologia Movimentos b sicos exerc cios gin sticos gin sticas esportivas modalidades gin sticas Fundamentos de regula o Regras das modalidades esportivas e fundamentos an tomo fisiol gicos Fundamentos gestuais e de organiza o Movimentos b sicos andar correr saltar equilibrar bal
116. exemplo se ele n o consegue ler direito est p ssimo Est na 5 s rie no 3 ciclo no 1 ano do 3 ciclo N o l ainda com facilidade com compreens o Ele vai para o espa o ampliado Foi detectado isso nas compet ncias de leitura e escrita A ele vai para o espa o ampliado a ele passa um 1 m s digamos vindo duas vezes por semana fazer aquela recupera o aquele refor o A depois o estagi rio diz que ele est apto ele est melhor PEF1 A ele espera o pr ximo conselho Se no espa o ampliado v que ele recuperou aquelas compet ncias ele p ra o espa o ampliado e volta para a sala de aula PEF1 Mas uma das coisas que vejo e com que eu concordo justamente essa quest o de reprovar eu acho que n o por a eu acho que veio facilitar muito a eles que querem aprender PEF2 A implanta o dos ciclos altera in meros aspectos e dentre eles o elemento central a avalia o do rendimento escolar dos alunos Por m outras coisas tamb m s o modificadas a come ar pela nomenclatura Essa nova forma de se referir ao tempo de escolariza o tem gerado segundo a PEF1 um primeiro conflito Olhe cedo para avaliar mas a quest o da nomenclatura at da pr pria nomenclatura come ando pela nomenclatura dif cil de assimilar Voc pergunta a 5 s rie a gente tem a 5 s rie dif cil a gente situar que 1 ano do 3 ciclo Os alunos n o sabem os professor
117. explicitar a apropria o e produ o do saber escolar Os aspectos comportamentais devem ser levados em considera o para a avalia o dos saberes escolares Os aspectos comportamentais como participa o envolvimento interesse de fato podem ser objetos da aprendizagem e portanto de avalia o at porque a forma de o aluno agir em sala consigo mesmo com os colegas e com o professor interfere na aprendizagem do conhecimento No entanto n o em fun o da avalia o desse comportamento que se consegue diagnosticar a constru o de uma compet ncia ou a apropria o do saber por parte do aluno preciso estar atento para podermos avaliar por dentro dos diferentes tipos e n veis de participa es envolvimentos e interesses dos alunos se eles est o se apropriando e produzindo os saberes escolares tanto daqueles que participam muito quanto dos que participam pouco tanto dos que s o mais introvertidos e fechados quanto dos mais 195 extrovertidos e abertos tanto dos mais respeitosos quanto dos mais inconvenientes at porque a avalia o pedag gica n o um concurso de simpatia ou mesmo uma gincana de cumprimento de tarefas A implanta o dos ciclos altera in meros aspectos Dentre eles o elemento central a avalia o do aproveitamento escolar dos alunos Nesse aspecto surgem conflitos e ambigiidades acerca da aprova o progress o e reprova o reten o dos alunos Numa rela o de contraditoried
118. f sico adequados para superar as n o aprendizagens Da Rede O estudo ampliado certo Como que acontece isso Isso varia de escola para escola Bom No geral se na escola tem estagi rio trabalhando ela pode designar esse estagi rio para trabalhar com ele seja portugu s ou matem tica mas tamb m pode ser outro componente curricular entendeu Porque j aconteceu em outras escolas e em outros componentes Mas a gente priorizou portugu s e matem tica mas j 299 aconteceu de ter hist ria geografia t E a se a escola disp e de espa o que quase nunca J teve escola que desmanchou biblioteca par fazer espa o ampliado porque tinha que ser Porque biblioteca apenas um lugar para guardar livros e a bota aquele espa o para fazer e a pronto Pega alguns alunos e faz uma interven o l O professor diz que conte dos o estagi rio pode fazer interven o mas em muitos casos pode at ser o pr prio professor intervindo s na turma dele mas em outras turmas PM1 E depois ele n o deixa de estar na sala de aula ele faz isso em paralelo Ele est fazendo esse estudo ampliado em paralelo Isso come ou no ano passado no final do ano e a gente fez algum apanhado fez algumas avalia es do que aconteceu no ano passado porque as escolas poderiam ampliar isso para janeiro poderia acontecer isso em janeiro PM1 Tamb m na Matem tica percebemos que a sele o organiza o e sistematiza
119. fundamentos das teorias pedag gicas que estariam orientando tal pr tica pedag gica como por exemplo a concep o de escola de professor de aluno de disciplina No entanto entre tantos esse um uso poss vel mas importante que seja um uso necess rio ou seja que uma Proposta Pedag gica de Rede ou de Escola seja objeto de refer ncia da Teoria e Pr tica pedag gica oferecendo os fundamentos a o docente diante da constitui o dos saberes escolares A literatura e a fala de alguns professores mostraram que a sele o e organiza o dos saberes escolares t m sido durante muito tempo realizadas por especialistas em curr culo ou 318 em cada disciplina escolar sem a participa o do professor Esses saberes foram e ainda s o bastante definidos previamente em planos curriculares seja em formato de pol tica educacional ou mesmo de livro de did tico Os professores portanto n o conseguem entender e ou explicar a hierarquia entre conte dos tratados como essenciais e secund rios nem a estrutura o l gica e metodol gica dada aos saberes escolares Muitos professores terminam por utilizar o livro did tico como fonte para essa sele o e organiza o na forma de tarefa a ser cumprida apesar de se avan ar muito na pol tica de elabora o editora o distribui o e uso de tais materiais did ticos Esses livros n o devem ser encarados como fonte epistemol gica para o curr culo escolar apesar de
120. gias de entrada no campo Na fase 34 de trabalho de campo aproximamo nos do espa o e sujeitos selecionados tendo acesso para coletar diversas falas dos sujeitos e os documentos de refer ncia Na fase de an lise dos dados focalizamos o tratamento dos dados coletados analisamos e interpretamos os significados diante de nosso objeto de pesquisa MINAYO 1996 Num primeiro momento da pesquisa o Todo Escolar procurou ser compreendido por teoriza es e capta es emp ricas de nossa experi ncia e trajet ria com o tema a partir de estudos e atua es na forma o de professores No entanto por via de um processo anal tico chegamos num segundo momento a delimitar as categorias espec ficas de forma gradual e integradas entre si fazendo com que num terceiro momento volt ssemos novamente ao Todo Vale salientar que as fases e momentos n o foram estanques organizados linearmente A id ia foi estabelecer uma l gica que orientasse a intencionalidade de estudo principalmente num exerc cio de an lise s ntese procurando estabelecer uma coer ncia entre o objeto de estudo e a Teoria do Conhecimento com a qual procuramos aproxima o Na Fase Explorat ria amadurecemos e aprofundamos as op es investigativas do projeto de pesquisa Assim delimitamos o problema em torno da teoria e pr tica curriculares e definimos o objeto a partir dos questionamentos formulados elaboramos os objetivos e a constru o do marco te rico conceitua
121. gica exprimindo o dia a dia da escola assim como se expressando no 65 cotidiano dessa institui o em especial no espa o de aula no qual interagem sujeitos e objetos da educa o escolar Para Santiago 1997 1998 2005 o curr culo deixa de ser visto apenas pelo seu car ter prescritivo evoluindo de um campo t cnico para um campo multidimensional passando a ser compreendido como um projeto de sociedade que se traduz como projeto pedag gico de uma institui o educacional Nesse caso um projeto de escola que em ltima inst ncia traduz se em situa es de ensino que se corporificam nas pr ticas escolares do cotidiano e com elas Como vimos o curr culo como campo de investiga o composto de diferentes teorias educacionais No entanto com o passar do tempo ele tornou se um campo pr prio de conhecimento que partindo das teorias educacionais lan ou olhares peculiares acerca do fen meno educativo fazendo com que distintos focos o tomassem como fonte e objeto para suas elabora es O curr culo como pr tica pedag gica conforme a figura 7 focaliza a dimens o da intera o entre sujeitos e objeto da educa o na constitui o dos saberes escolares compondo o que Freitas 1995 chama de teorias pedag gicas que por sua vez comp em as teorias educacionais Figura 7 O curr culo como pr tica pedag gica Curr culo Saberes Escolares 66 Para Freitas 1995 uma teoria educacional formula
122. gico Educa o amp Sociedade abr 2001 vol 22 no 74 p 43 58 LIB NEO Jos Carlos Democratiza o da escola p blica a pedagogia cr tico social dos conte dos S o Paulo Loyola 1984 LIB NEO Jos Carlos Did tica S o Paulo Cortez 1994 LIB NEO Jos Carlos Os campos contempor neos da did tica e do curr culo In OLIVEIRA Maria Rita Neto Sales de org Conflu ncias e diverg ncias entre did tica e curr culo Campinas Papirus 1998 p 53 92 337 LIB NEO Jos Carlos org et al Educa o escolar pol ticas estrutura e organiza o S o Paulo Cortez 2005 LOPES Alice Casimiro Conhecimento escolar processos de sele o cultural e de media o did tica Educa o amp Realidade vol 22 n 1 jan jun 1997 p 95 112 LOPES Alice Casimiro Organiza o do conhecimento escolar analisando a disciplinaridade e a integra o In CANDAU Vera Maria Linguagens espa os e tempos no ensinar e aprender Rio de Janeiro DP amp A 2000 p 147 163 LOPES Alice Casimiro Os Par metros curriculares nacionais para o ensino m dio e a submiss o ao mundo produtivo o caso do conceito de contextualiza o Educa o amp Sociedade set 2002 vol 23 n 80 p 386 400 LOPES Alice Casimiro Pol ticas curriculares continuidade ou mudan a de rumos Revista Brasileira de Educa o maio jun jul ago n 26 2004 p 109 118 LOPES Alice Casimiro MACEDO El
123. governamentais de diminuir as estat sticas dos ndices de reprova o escolar Numa outra forma de compreend lo sem necessariamente abandonar a primeira os ciclos podem seguir um modelo economicista visando obten o de uma maior produtividade no rendimento dos alunos na inten o de descongestionar o sistema e consequentemente reduzir gastos MAINARDES 2001 114 No entanto Arroyo 2002 apresenta uma compreens o de ciclos voltada para materializar a educa o como forma o e desenvolvimento humano como socializa o deste ser a qual vai acontecendo em tempos diferenciados de vida Esta perspectiva n o guarda compromisso direto com a necessidade de aprova o Mesmo tendo a id ia de superar a reprova o escolar estes ciclos precisam tratar a reprova o e evas o escolar na sua origem e no seu processo e n o apenas nas terminalidades de estudos Outras formas de ensinar e avaliar precisam ser pensadas e implementadas na escolariza o em ciclos procurando respeitar o que o autor chama de Ciclos de Vida A compreens o e implementa o dos ciclos nos curr culos escolares se apresentam como alternativas impulsionadas pela busca de baixar os elevados ndices de reprova o e evas o Por muitas vezes os ciclos s o confundidos com a elimina o da reprova o principalmente pelo uso da promo o autom tica nos sistemas de ensino MAINARDES 2001 Apesar da promo o autom tica guardar uma certa re
124. inserida num regime modular que semestral sente uma maior necessidade de planejar pois no m dulo o tempo pedag gico mais intenso j que s o mais aulas semanais e um semestre A PEFI seguindo o ano letivo e os dois semestres planeja suas aulas focalizando dois elementos do planejamento as compet ncias e os conte dos Sendo assim o planejamento n o segue os demais elementos cl ssicos tais como metodologia recursos e avalia o Ele termina por se configurar como um roteiro para as aulas e n o um planejamento propriamente dito A PEF2 tamb m apresenta a compreens o de planejamento como um esquema um roteiro pr vio 209 Sim planejo Eu trago pronto j Eu trago uma proposta e apresento a proposta anualmente aos alunos E Como se fosse um roteiro Na verdade n o um planejamento mais um roteiro PEF1 Olha Eu tenho eu agora estou sentindo a necessidade de planejar mais porque a gente trabalha com M dulos E como M dulos voc tem um tempo determinado para atingir os alunos eles t m que dentro de um semestre ter o conte do de um ano Ent o eu comecei a fazer h uns 03 anos assim a esquematizar Eu digo bem assim O planejamento a gente faz E eu n o fa o plano de aulas pronto mas na Que eu acho o plano de aula Meu esquema que fa o sabe Para poder fazer o que eu vou fazer nessa semana A eu esquematizo para estar cobrando dos alunos fazendo com os alunos o que vou fazer q
125. isso est ajudando muito Ent o o estudo em ciclo eu acredito bem melhor o trabalho em ciclo bem melhor do que o trabalho em s rie entendeu Permite que voc E for a o contato maior com outros professores n o s do seu componente mas de outros componentes mas que isso j devia acontecer mas ele for a mais isso for a voc a trabalhar E essa permiss o de voc trabalhar com projeto ou n o No outro n o trabalha n o Poderia trabalhar mas como se fosse uma coisa mais fragmentada mas ele abre esse leque de op es e permite que o aluno at fa a escolhas disso a ele tem consci ncia da coisa que levar e tem E a quest o da recupera o mesmo do tempo pedag gico do aluno A gente sofre muito com isso Sofre porque tem aluno que n o v isso ent o s vezes a gente tem as queixas do professor s vezes at minha PMI Uma ambigiiidade entre outros aspectos conflitantes na implanta o dos ciclos para a supera o das s ries a continuidade no uso do termo s rie para indicar um ano do ciclo ou 293 mesmo na dificuldade de trocar a nomenclatura Os professores impregnados pela seria o t m dificuldade em referir se escolariza o dos alunos nos ciclos Se isso representar uma mera adapta o terminol gica n o expressa maiores problemas mas se significar uma n o incorpora o dos fundamentos dos ciclos em fun o de uma manuten o dos da seria o esse detalhe vai con
126. m dio sobre a Hist ria da Arte 234 Tem dos livros de v rios livros Hist ria da arte no Brasil Livros did ticos esses que eles vendem que s colocam a FTD Depende da qualidade a eu vou fazendo uma sele o Procuro muitas vezes reportagens em revistas alguma coisa que fale dos artistas eu coloco ou um livro qualquer pode ser at o de portugu s se tiver um texto interessante PAZ Olhe infelizmente eu estou trabalhando com escrever trazer meus textos trazer as minhas imagens quando eu arrumo um filme eu trago mas minha grande reclama o com rela o prefeitura porque eu acho que gastavam at menos se tivessem um banco um banco de dados um local que se adequasse a uma biblioteca onde eu pudesse adquirir tudo o que eu desejasse e que eu devolvesse Porque para mim at ruim de guardar se eu guardar uma fita de v deo que hoje em dia j t no DVD voc guarda se n o tiver em casa um local apropriado vai mofar n o isso A mesma coisa um livro ou uma imagem qualquer Uma transpar ncia tive vontade de tirar mas cobraram R 4 00 Voc tirar uma transpar ncia PAZ Essa qualifica o metodol gica vive conflito de duas ordens A primeira de infra estrutura da pol tica educacional do munic pio cujas condi es de trabalho levam a professora a usar dos pr prios recursos financeiros para conseguir as condi es materiais para realiza o das aulas como tamb
127. m com culos entendeu Protetor mas a reclama o muito grande em quest o de hor rio sabe PEF2 Porque Se bem que se as outras disciplinas fossem mais pr ticas mais voltadas para formar compet ncias no aluno mesmo elas necessitariam sair do espa o da sala de aula e ganhar outros espa os na escola E a educa o f sica do mesmo jeito J o contrario Ela n o tem espa o e ela precisaria conquistar um espa o de sala de aula entendeu o processo inverso eu acho que as disciplinas matem tica portugu s precisariam conquistar o espa o fora da sala de aula e a educa o f sica devia conquistar o espa o dentro da sala de aula PEF1 O espa o f sico algo t o definidor na vis o da PEFI que mesmo tendo compet ncias te ricas para qualificar as aulas sejam elas espec ficas da Educa o F sica ou 211 mesmo referentes s a es pedag gicas de uma forma geral o professor se v desmotivado pelas prec rias condi es ou aus ncia de instala es para as aulas de Educa o F sica Eu acho que o espa o define Eu acho que espa o somado teoria O espa o mais a teoria Sem teoria sem o professor ter as bases te ricas que dominem aquele processo de apreens o e sistematiza o daquele conhecimento as coisas tamb m n o andam Se bem que eu acho que os professores j demonstraram que tem o m nimo de sistematiza o a partir dessa proposta Dessa nova proposta pedag gica Ele
128. m material suficiente n o faltando recurso para ministrarem as aulas bastando apenas se organizarem com anteced ncia que a escola ou a Diretoria Geral de Ensino DGE providenciam No entanto h o reconhecimento de que isso pode n o ser a condi o das demais escolas da Rede E diante desse reconhecimento da n o generaliza o das boas condi es escolares que alguns afirmam ter dificuldades de materiais mais espec ficos para suas disciplinas como por exemplo bolas v deos fotografias fotoc pias de textos almoxarifados No entanto percebemos tamb m nas falas dos professores que as condi es escolares n o se restringem aos locais e materiais did ticos para as aulas apesar de serem os mais destacados elas dizem respeito tamb m ao funcionamento escolar destina o de tempo s atividades docentes as a es coletivas da pr tica pedag gica docente conselho de ciclo espa o ampliado de aprendizagem reuni es pedag gicas forma o continuada etc favorecendo a pr tica pedag gica como um todo como por exemplo na elabora o registro e avalia o do planejamento que por vezes acontecem fora de sala de aula em atividades coletivas diferentes da aula tais como feira de conhecimentos festivais liter rios esportivos folcl ricos etc 191 Para a realiza o do planejamento as condi es escolares s o essenciais e os recursos did ticos correspondem condi o mais premente ao planejamento pois
129. mais pela presen a como est sendo com ciclo A avalia o em educa o f sica n o uma coisa estruturada N o um instrumento estruturado que a pessoa possa dizer se a pessoa aprendeu ou n o entendeu PEFI A PEFI afirma que a avalia o em Educa o F sica continua acontecendo como acontecia Na verdade question vel at se a avalia o acontecia de fato Por m n o pelo simples fato de n o aplicarem provas mais formais como instrumentos de avalia o mas por n o possuirem sistematiza o nos procedimentos avaliativos Pronto A est o grande problema N o acontece N o se avalia N o se avalia Se avalia de forma Com meus alunos pela participa o Participou veio para as aulas contribuiu participou nas apresenta es finais da culmin ncia do fechamento dos trabalhos est aprovado PEF1 n o tem uma avalia o formal N o tem uma prova n o tem question rio entendeu Tem uma avalia o do processo que n o deixa de estar contemplada dentro dos ciclos Eu avalio o processo como um todo ver se as compet ncias foram cumpridas E sempre se reportando s compet ncias Eu analiso aquela equipe de alunos Cumpriu as compet ncias Se cumpriu razoavelmente participou veio para as aulas est aprovado entendeu Geralmente assim na conclus o dos trabalhos Por exemplo em dan a no ano passado eu fiz algumas coreografias a no final a avalia o daquele trabalho
130. materialista hist rica na pesquisa educacional IN FAZENDA Ivani Catarina org et al Metodologia da pesquisa educacional 8 ed S o Paulo Cortez 2001 p 69 90 KONDER Leandro O que dial tica S o Paulo Brasiliense 2004 33 PROCEDIMENTOS DE COLETA E AN LISE DOS DADOS poss vel afirmarmos que na educa o raramente o conhecimento pode ser obtido por pesquisas estritamente quantitativas e experimentais Isso poss vel para uma parte dos problemas em F sica Qu mica e Biologia cujos objetos de estudo s o pass veis de manipula o mas na Educa o isso n o o pois certos controles n o podem ser aplicados a seres humanos vivos em situa es sociais em que estes se processam GATTI 2002 Como esse estudo procurou investigar as teorias e pr ticas curriculares na inten o de compreender melhor como se constituem os saberes escolares e como estes se materializam na pr tica pedag gica reconhecendo o Todo Escolar mas tamb m captando as particularidades disciplinares tomamos a abordagem qualitativa como refer ncia para nossa coleta e an lise dos dados O Todo Escolar procurou ser reconhecido inicialmente na generalidade do curr culo captando os elementos comuns de caracteriza o das disciplinas ou de orienta o s mesmas e na totalidade curricular confrontando como as especificidades seja na semelhan a ou diferen a relacionam se entre as diferentes disciplinas As especificidades procurara
131. mundo do trabalho mesmo assim o exame traz orienta es para os saberes escolares Ainda assim alguns alunos aspiram ao ingresso no ensino superior mas para isso a escola n o estaria apta cabendo ao esfor o pessoal e extra escolar do aluno a conquista de tal tipo de objetivo Nesse caso parece nos que mesmo a escola particular enfrenta limita es Primeiro pelo fato de que sua fun o social efetivamente n o apenas de prepara o para o vestibular e segundo por uma uni o de fatores que levam os alunos a procurarem estudos complementares em cursos preparat rios para tal exame 320 No caso da escola p blica evidencia se o mesmo fen meno A diferen a que esses alunos n o possuem condi es de fregiientar um curso preparat rio j que a grande maioria privado n o tendo portanto possibilidade financeira de pagar ou mesmo por n o ter disponibilidade de tempo devido a atribui es trabalhistas ou familiares ou ainda pelo dif cil e restrito acesso aos cursos preparat rios gratuitos A rela o de privil gio e desprivil gio n o se d apenas em raz o dos exames mas tamb m em fun o da sociedade da escola e at da vis o do professor mostrando se em virtude de uma perspectiva dualista e manique sta presente na hist ria social da humanidade exprimindo se e determinando se por outros dualismo e manique smos tais como o melhor e o pior o belo e o feio o bem e o mal o certo e o errado o rico e
132. n 5692 71 fundamentada em preceitos tecnicistas e em princ pios militares ampliou esse car ter prescritivo do curr culo definindo a seria o anual como forma de organiza o do curr culo m nimo nacional chegando a definir os conte dos curriculares e como a Lei anterior deu ao Conselho Federal de Educa o a atribui o de delimitar mat rias e aos Conselhos de Educa o de outras inst ncias governamentais a possibilidade de listar aquelas que poderiam ser escolhidas para a parte diversificada do curr culo As mat rias nessa Lei deveriam ser organizadas em 1 atividades voltadas para as s ries iniciais do primeiro grau 1 a 4 baseavam se em experi ncias concretas n o possuindo necessariamente conte dos program ticos formais 2 reas de estudo voltadas para as s ries finais do primeiro grau 5 a 8 configuravam se pela afinidade de conte dos e 3 disciplinas voltadas para as s ries finais do primeiro grau 5 a 8 e para o segundo grau estruturavam didaticamente assimil vel seus conte dos e formas Lei n 9394 96 ainda que de forma conflituosa e contradit ria em sua constru o e conte do t m sido atribu dos princ pios tais como a gest o democr tica da educa o a flexibiliza o do ensino e a autonomia das institui es que fazem com que o curr culo passe 2 Esse car ter prescritivo do curr culo baseado tanto numa raz o humanista tradicional na qual impera uma ord
133. n o d para levar para menino de 5 s rie E da para PLP1 A prefeitura tem essa coisa maravilhosa de ter esse encontro pedag gico PLP1 N s temos o EPM que o encontro mensal e nesse encontro mensal a gente pediu inclusive agora um atendimento espec fico ent o a universidade federal vai entrar com a gente nessa parceria e os professores da universidade federal e Falar sobre temas espec ficos Mas a gente sempre teve esse momento em que socializava as experi ncias desses professores se estudava um tema se estudava um conte do voltado nas capacita es intensivas tamb m existe toda uma preocupa o em se dar aos professores o conte do de l ngua portuguesa PLP2 Chega mas essas outras fontes tamb m adv m dos semin rios que a prefeitura tamb m d muito essa parte para a gente a gente tem esse apoio log stico esse apoio de Muito dado na prefeitura ent o a gente faz uma capacita o intensiva No in cio do ano quando a gente tem a oportunidade de conversar com C sar Coll com Jussara Hoffmam com grandes pesquisadores da educa o e no meio do ano a gente tem outra capacita o intensiva com semin rios com oficinas com apresenta o de banners de pain is que a gente enquanto professor e pesquisador tamb m mostra entendeu PLP2 O ciclo como est sendo feito n o o ideal n o Porque a gente teve uma infelizmente uma palestra s com Miguel Arroyo E o
134. n o parou por a Destaquemos rapidamente elementos sobre a LDB e os PCN que em suas trajet rias e conte dos demonstram que o consenso deveria se dar a partir do projeto do Governo portanto uma participa o chamada apenas para legitimar a pol tica pensada Segundo os estudiosos em legisla o citados anteriormente numa trajet ria de disputas conflitos e contradi es nova LDB ap s anos de uma trama legislativa aprovada num consenso oculto apresentando um conte do cuja abertura e flexibilidade pode ficar inoperante podendo deixar a educa o aqu m al m ou da mesma forma como acontecia anteriormente Na poca Cury 1998 referindo se a esse conte do da LDB afirmava que n o cabia o apedrejamento dos que ficaram frustrados nem a idolatria dos que propugnaram pelo texto vitorioso pois a Lei n o se encerraria nela mesma sendo necess rio levar em considera o o que vinha antes e o que viria depois Para trazer refer ncias a esse antes e depois que daria ent o materialidade ao projeto de Governo aberto e participativo lembremos que ap s o processo antidemocr tico de sua trajet ria esta deixa a pol tica curricular em evid ncia levando s Redes Estaduais e Municipais s escolas e aos professores a responsabilidade de constru rem os curr culos da educa o b sica o que levaria ao fim do curr culo m nimo ao mesmo tempo em que implantava sistemas de avalia o nunca antes vistos sob a
135. nesse ano eu tive um problema Por exemplo uma 7 s rie que era extremamente musical a nica coisa que eles querem tocar e dan ar Como que eu vou dar aula de teatro J mudei j mudei A eu estou trabalhando com eles Agora mesmo eu planejei e comprei um DVD de um grupo chamado The theicho um grupo americano que eu quero ver se a gente vai trabalhar No pagode que eles adoram pagode n o sei o qu e m sica brega Mas eu quero que a gente fa a um concurso de coreografias Ent o eu direcionei Ent o essa 7 saiu do teatro Olha uma vez eu fui fazer aula de teatro com eles eles fizeram uma pir mide de cadeira dessa altura e subiram e ficaram l eu disse vai cair v o quebrar os dentes e eu bem calma Ai eu BRUNO BRUNO des a da BRUNO um menino bem gordinho bem grand o BRUNO Des a da BRUNO e eles t bom aqui MARIA eu sou o rei eles entraram na brincadeira n o sei o qu mas a deles n o tem nada a ver com teatro eles 228 brincam muito n Para aprendizagem mesmo tem que ser dan a e m sica PAI A minha turma da 7 D a outra 7 eu n o sei Olhe Pense nuns meninos danados A eles fizeram eu tive que reavaliar o que estava acontecendo voc s v o embora as minhas aulas s o a 5 e a 6 A 4 aula deles vazia ou vaga ou educa o f sica n o vaga Ai eles v o embora n o aparecem ai eu fui reavaliar o resultado Pro
136. nuo processual coletivo interdisciplinar e cumulativo A id ia central era romper com um processo linear que convencionalmente vem organizando os saberes por uma l gica seriada e disciplinar nos curr culos das escolas Sintonizando se com a perspectiva s cio interacionista e com a vis o dial tica de hist ria essa compreens o de ciclos fundamenta se em cinco princ pios para sua configura o s o eles 1 Igualdade possibilidade de acesso ao conhecimento e perman ncia de todos na escola de educa o b sica 164 2 Reconhecimento das diferen as compreens o das distintas possibilidades de cada aluno as quais se expressam pela heterogeneidade dos diferentes ritmos e processos de aprendizagem 3 Inclus o garantia da igualdade para a inser o do aluno nos espa os e tempos escolares 4 Integralidade supera o da fragmenta o do conhecimento entendendo o como algo cont nuo din mico dial tico e dial gico 5 Autonomia capacita o do sujeito para a reflex o o debate e a tomada de decis es a partir dos interesses que s o importantes para o indiv duo e relevantes para o coletivo RECIFE 2003a 2004 A partir dessa organiza o e fundamentos destacamos tr s elementos para evidenciar as bases conceituais da pol tica curricular da Rede 3 2 1 A Educa o na perspectiva da Qualidade Social Na pol tica curricular da Gest o 2001 2004 da Prefeitura do Recife apresentava se como base o conceito
137. o eu os levei l para saber o que isso O que entrar em uma universidade O que pertencer a ela Entendeu Essa ponte eu tamb m j fa o com esses alunos PLP2 Citando especificamente o caso do vestibular a PLP1 aponta para a necessidade de supera o da teoria pedag gica convencional que tem orientado por via das normas gramaticais o ensino da L ngua Portuguesa nas escolas No entanto a PLP2 nos alerta que essa orienta o continua muito forte sendo o vestibular ainda um elemento que influencia diretamente a organiza o do curr culo portanto a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares e mais especialmente as aulas dessa disciplina no ensino m dio fazendo ainda existirem cursos preparat rios em algumas escolas desse n vel de escolariza o E eu era contra tamb m sabia Eu era contra Mas a com as minhas filhas mesmo eu vi que o certo isso Porque eu tenho uma filha arquiteta uma dentista uma jornalista e uma fonoaudi loga A elas falam para mim mam e n o perca tempo ensinando gram tica n o porque aquilo que eu aprendi para fazer vestibular eu n o sei mais nada eu n o sei mais crase eu n o sei mais nada n o perca tempo elas falam E eu vi que isso mesmo n o adianta ficar ora antes de palavra masculina n o se usa crase antes disso antes daquilo Voc fala fala d o assunto todo a voc pede uma produ o de texto eles p em tudo err
138. o vinda de muito tempo a gente ainda n o se apropriou Na verdade s o 3 conselhos de ciclo Na verdade seriam 3 unidades mas a gente n o se acostumou ainda com essas 3 unidades a gente sempre quebra em 4 Se bem que no ano passado eu quebrava at em mais PEF1 Por m posteriormente nem essa estrutura o do tempo em quatro unidades escolares se respeita fazendo com que os saberes escolares da Educa o F sica se organizem de forma aleat ria seguindo ora o calend rio comemorativo ora se definindo em fun o da rela o entre recursos did ticos especificamente as instala es e as quest es clim ticas al m das vontades dos alunos Por exemplo eu dava um conte do de dan a frevo Come ava com frevo Quando passava o carnaval o per odo de fevereiro eu j entrava em esporte entendeu N o tinha assim um tema em cada unidade n o Eu adequava a per odos Seguia s vezes o calend rio entendeu Voltava com dan a em agosto por causa da semana do folclore entendeu Fazia alternados por aula mesmo Digamos 15 aulas eu cumpro esse conte do ai acabava fechava ai eu fazia um torneio N o estou conseguindo fazer isso esse ano as condi es de trabalho est o muito ruins entendeu Mas eu j tive mais pique pra fazer isso Seguindo o calend rio Organizando seguindo o calend rio escolar O calend rio de O calend rio comemorativo entendesse PEF1 Ele acompanhava mesmo quando ele dizia PROFESSORA
139. o completou essa carga hor ria ele poder ficar retido naquele ano do ciclo PLP2 No primeiro documento Os ciclos de aprendizagem e a organiza o escolar publicado pela Rede reeditado pelo terceiro ora ficava claro que n o haveria reten o de alunos nem de um ciclo para o outro mesmo que n o houvesse a constitui o das compet ncias pois o que deveria haver era a garantia das aprendizagens ora n o explicitava o que a reconstru o do processo pois l se falava a progress o do aluno dar se atrav s de passagem de ano para ano dentro do mesmo ciclo e de um ciclo para o outro de forma cont nua Os alunos que n o constitu rem as compet ncias definidas precisar o na trajet ria alcan las vivenciando a reconstru o do processo de modo a garantir o tempo e as formas de aprendizagem a elas necess rios RECIFE 20024 p 55 e RECIFE 20034 p 165 A promo o autom tica s foi ratificada no terceiro documento Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos reedi o do primeiro quando ampliou a reda o daquele par grafo destacando que entre um ciclo e outro al m de todas as possibilidades de reorganiza o que poder o surgir no mbito da autonomia da institui o escolar ser o assegurados espa os complementares de aprendizagem aqueles que n o alcan arem as compet ncias nos tempos regulares definidos para ca
140. o dos saberes escolares tanto refletem as particularidades da disciplina como as generalidades do curr culo 4 3 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA TOTALIDADE DO CURR CULO SELE O ORGANIZA O E SISTEMATIZA O Retornando ao Todo Escolar procuramos confrontar as particularidades das disciplinas escolares na inten o de evidenciar as ambigiidades as d vidas e os conflitos existentes entre si principalmente nas tens es em torno da busca por uma isonomia curricular Essa an lise de confronta o da totalidade curricular esteve orientada pelas pol micas em torno da constitui o dos saberes escolares averiguando o lugar e o grau de prioridade prest gio import ncia e privil gio de algumas disciplinas em contrapartida secundariza o desprest gio menor relev ncia e desprivil gio de outras A Proposta Pedag gica da Rede Municipal do Recife a refer ncia de base para a sele o dos saberes escolares pois todos os professores de todas as disciplinas afirmam us la como fonte para a escolha dos conte dos de aula Ainda assim as particularidades v o fazer com que a rela o de cada disciplina com a Proposta se diferencie Em Educa o F sica as professoras usam a Proposta como base mas t m nos Par metros Curriculares Nacionais PCN uma fonte importante de consulta para essa sele o tomando os quase como livro did tico do professor inclusive por esta disciplina n o possuir esse objeto para or
141. o foi ruim em tudo Tem coisas em que ele n o ruim Ent o ele vai se sentir desmotivado Ent o a reprova o o fato da reprova o n o garante que o aluno vai aprender no pr ximo ano Esse o grande dilema do ciclo O pessoal reprovava e o aluno continuava sem aprender ent o deixa ele passar e d mais uma chance entendeu E botar um refor o Pelo menos ele vai estar acompanhando a faixa et ria dele e n o vai est com 13 anos na 1 s rie tendo sido reprovado 5 vezes Que a ele tamb m n o vai aprender Ent o a reprova o n o garante a aprendizagem n o PEF1 A PEF2 acredita que os ciclos t m mudado a percep o dos alunos em rela o s aprendizagens e s avalia es pois antes no sistema seriado muitos se preocupavam com as provas e as notas e agora nos ciclos eles come am a focalizar as aprendizagens apesar de n o poder negligenciar esse car ter formal da avalia o posto que os alunos podem interpretar que n o precisariam esfor ar se por j estarem aprovados Os alunos dizem mesmo n o professora eu vim pra escola pra aprender eu quero aula eu n o ouvia isso entendeu Eles estavam preocupados com a prova com a nota A gente trabalha com Ensino M dio e tem uma turma que mesmo que paralise tudinho eles n o faltam eles ficam sempre aqui Eles v m sempre o professor j sabe o 3 A uma das turmas que eu vou dar agora Vem 3 A vem 1 G j vem Entendeu J vem
142. o pobre como se tais divis es fossem simples meramente contr rias naturalizadas universais e leg timas Entretanto como sabemos n o nada disso sim fruto de lutas travadas para a legitima o de determinadas concep es e posi es na sociedade demonstrando sempre que o privil gio de uns tamb m detrimento de outros que as escolhas s o ren ncias Portanto o privil gio de L ngua Portuguesa e Matem tica detrimento de outras disciplinas como Educa o F sica e Arte Internamente na escola mas n o sem isolar se do contexto anterior a rela o de prioriza o e secundariza o tamb m est associada ao dualismo disciplina te rica e disciplina pr tica A constitui o dos saberes escolares e o estabelecimento das disciplinas curriculares refletem e refratam as influ ncias da organiza o da sociedade de uma forma mais geral Fatores externos e internos agem numa rela o de mutualidade No entanto o produto hist rico dessa rela o m tua termina por representar as formas dominantes de poder Assim evidencia se por exemplo o prest gio de determinados saberes em detrimento de outros Essa dicotomia estaria associada separa o entre trabalho manual e trabalho intelectual tendo este ltimo mais status social e o primeiro menor reconhecimento Al m dessa rela o de privil gio e desprivil gio na luta por legitima o pedag gica dos exames do livro did tico da proposta pedag gica vimos ta
143. ou coletiva improvisa o intepreta o obras de diferentes autores e culturas composi o Fonte Recife 20020 p 28 34 Na Arte destacamos que os eixos tem ticos funcionam como orienta es de como os alunos devem se apropriar das diferentes linguagens art sticas e seus respectivos saberes 177 espec ficos Os alunos dever o sempre compreender o contexto da produ o art stica saber apreciar e fazer leitura da obra e dos artistas e por fim elaborar criar e produzir arte 3 3 3 L ngua Portuguesa Inicialmente a proposta de L ngua Portuguesa apresenta sua concep o de escola entendendo a como um ambiente privilegiado para elabora o e articula o dos saberes indispens veis forma o do aluno especialmente na constru o de sua identidade cultural social e hist rica Para o ensino da l ngua materna toma o texto como elemento mediador entre os sujeitos e os diferentes contextos E fundamentando se em Antunes afirma que aprender uma l ngua aprender ao mesmo tempo os diferentes usos vigentes e inserir se como sujeito ling stico A l ngua estabelece processos de intera o entre sujeitos nos quais como interlocutores v o construindo sentidos e significados ao longo de suas trocas ling sticas orais ou escritas representa es que se constituem segundo a rela o que cada um mant m com a l ngua com o tema sobre o qual fala escreve ouve ou l de acordo co
144. outros compromissos ou imprevistos ele tem a obriga o de frequentar 600 dias de aula e o direito a faltar 200 o que n o significa dizer que precisa obrigatoriamente fazer uso dessa porcentagem de faltas 2 o ano letivo precisa ter 200 dias de aulas geralmente contados de segunda a sexta ou seja cinco dias o que n o impede diante das necessidades de usar os s bados 3 O ano civil tem doze meses equivalendo a 365 dias com exce o dos anos bissextos ou seja algo perto de 52 semanas de sete dias 4 o ano letivo tem 45 semanas de cinco dias pois seriam 10 5 meses de aulas visto que um m s e quinze dias s o dedicados geral e respectivamente s f rias e recessos escolares 5 o ano letivo de 200 dias contando de segunda a sexta totaliza 40 semanas aproximadamente 5 o ano letivo de 200 dias contando o s bado totatiza 33 semanas aproximadamente Quadro 23 Distribui o de aulas semanais e somat rio de aulas anuais Carga hor ria das Carga hor ria das Carga hor ria das Carga hor ria das disciplinas disciplinas disciplinas disciplinas semanal Anual ano de 45 Anual ano de 40 Anual ano de 33 semanas semanas semanas 1 aula 45 aulas 40 aulas 33 aulas 2 aulas 90 aulas 80 aulas 66 aulas 3 aulas 135 aulas 120 aulas 99 aulas 4 aulas 180 aulas 160 aulas 132 aulas 5 aulas 225 aulas 200 aulas 165 aulas 6 aulas 270 aulas 240 aulas 198 aulas contagem
145. pessoas Estava em andamento na poca da realiza o das entrevistas primeiro semestre de 2004 uma discuss o sobre a necessidade de se instituir crit rios e procedimentos para que num processo de elei o entre os professores fosse institucionalizada a composi o das Equipes Pedag gicas O que terminou por acontecer ainda em 2004 Fazendo parte da forma o continuada dos professores da Rede aconteciam os Encontros Pedag gicos Mensais EPM s Reuni es entre os professores de cada disciplina para reflex es pedag gicas sobre a a o docente na Rede Municipal de Ensino bem como para realiza o de estudos e a es coletivas leitura e produ o de textos apresenta es de trabalhos de p s gradua o relatos de experi ncias debates sobre as a es da gest o central da Secretaria de Educa o prepara o de atividades extras para os alunos passeios jogos feira de conhecimento projetos etc Os professores possu am carga hor ria semanal acumulada destinada especificamente para a realiza o mensal dessa reuni o nas inst ncias da pr pria Secretaria de Educa o Vale salientar que esta inst ncia foi conquista dos professores da Rede desde governos anteriores gest o em apre o E na quarta feira a gente vai l pra estudar Chama estudo esse outro dia que a gente vai Atualmente a gente est reorganizando a proposta pedag gica N o reorganizar a palavra A gente est dando um formato novo para a p
146. planejamento deve ser feito por ciclo e n o por ano Muito embora eu tenha a particularidade dentro do ano dentro do conte do por ano eu tenho um eixo comum dentro do ciclo e isso que tem que acontecer Ent o precisa da interven o do professor dos anos daquele ciclo para essa discuss o isso n o s dentro de cada componente curricular mas dentro das reas que de linguagem e c digo de matem tica e ci ncia da natureza e a outra de artes e ci ncias humanas alguma coisa desse tipo PM1 Para a realiza o do planejamento as condi es escolares s o essenciais Mas fica claro que os recursos did ticos s o a condi o mais premente ao planejamento pois eles condicionam a qualifica o da pr tica pedag gica em sala de aula No entanto existem outros elementos referentes a condi es escolares que interferem diretamente no planejamento por exemplo como destacamos anteriormente a disponibilidade de tempo para a realiza o coletiva e individual deste As condi es escolares s o imprescind veis para o planejamento Especificamente os recursos did ticos e a disponibilidade de tempo s o determinantes na realiza o deste Nesse aspecto seria importante que Rede viabilizasse mais atividades coletivas voltadas especificamente ao planejamento pois as reuni es mensais e as capacita es semestrais mesmo tratando sobre a quest o s o insuficientes por tamb m tratarem de outros aspectos 286 Tanto a gest
147. pois o recurso que pinta e pintado que veste e vestido que esculpe e esculpido que exp e e exposto ou seja o pincel a tinta o papel o texto o livro a tela o barro a escultura o quadro o desenho a fotografia o v deo a imagem o som a voz o gesto o corpo s o objetos pedag gicos do conhecimento s o objetos de aprendizagem dos alunos 322 de apropria o dos saberes sendo portanto n o apenas recursos pedag gicos mas tamb m ess ncia da a o pedag gica entre os sujeitos educacionais Por certo se os professores de disciplinas como L ngua Portuguesa e Matem tica ampliassem suas a es usando esses recursos mesmo como materiais did ticos suas aulas teriam no m nimo mais dinamicidade e atratividade podendo levar os alunos a aprendizagens mais significativas e prazerosas As condi es escolares nessas disciplinas podem n o ser determinantes no tratamento dos conte dos mas certamente interferem na qualifica o dos saberes escolares Essas disciplinas certamente tamb m vivem conflitos e dificuldades na implementa o metodol gica principalmente do ponto de vista do comportamento dos alunos mas sua luta gira em torno da motiva o da aprendizagem Com certeza elas tamb m acumulam contradi es e instabilidades diante do reconhecimento pedag gico em torno de sua legitima o ora proped utica ora instrumental mas dificilmente apelam para uma legitima o afetiva at
148. por ciclo h uma s rie de controv rsias Enquanto h uma nova unanimidade em rela o cr tica seria o compreendendo que ela compartimentaliza o conhecimento e formaliza o ensino em n veis padronizados de aprendizagens h em contrapartida ambigiidades na inten o da supera o da mesma cr tica Uma ambigiiidade entre outros aspectos conflitantes na implanta o dos ciclos para a supera o das s ries a continuidade no uso do termo s rie para indicar um ano do ciclo ou mesmo na dificuldade de trocar a nomenclatura Os professores impregnados pela seria o t m dificuldade em referir se escolariza o dos alunos nos ciclos Quando isso representar uma mera adapta o terminol gica n o expressar maiores problemas mas quando significar uma n o incorpora o dos fundamentos dos ciclos em fun o de uma manuten o dos da seria o esse detalhe vai significar um problema mais profundo H posicionamentos diferentes em rela o aos ciclos A grande maioria dos professores v avan os reconhece mais pontos positivos principalmente na forma de trabalhar com as aprendizagens dos conte dos escolares o que desemboca numa nova maneira de lidar com a continuidade dos estudos dos alunos praticamente eliminando a reprova o No entanto h interpreta es e compreens es acerca dos mesmos elementos destacados acima que afirmam ser prejudicial pois levam os alunos a ser aprovados sem aprender H controv
149. por isso que eu coloco um pouco de hist ria na arte para mostrar aos alunos que ningu m constr i nada do nada sempre se faz alguma coisa baseado numa viv ncia em sociedade Se voc vive em determinada sociedade fatalmente voc vai trabalhar Se voc vive numa rea onde geograficamente voc encontra mais pedras por que que voc vai trabalhar com barro muito dif cil Se voc trabalha numa regi o que tem muita palha palha de coco voc vai trabalhar nela Nem sempre dom que herdou quest o muito das condi es sociais econ micas geogr ficas de uma regi o que v o determinar certas atitudes Ent o eu coloco muito isso para que ele perceba isto dentro das atividades do dia a dia A eu coloco o trabalho de algu m que fez aqui Em Tracunha m na praia para ele perceber isso PAZ Inclusive essa contribui o torna se ainda mais essencial aos alunos da Rede Municipal de Ensino do Recife por se tratarem de pessoas com pouco acesso ao usufruto e produ o da arte principalmente nas inst ncias auto financiadas de acesso Arte Eles nunca v o a um cinema eu tenho quase que Meninas do magist rio que nunca foram a um cinema Uma classe inteira classes inteiras que eu j passei por a nunca foram a um cinema nunca foram a um teatro N o 225 n o acredito J viram na igreja Ah eu j vi a Paix o de Cristo Ent o eu fico sondando sempre fa o isso Sempre sondando como
150. portanto dentro do limite exigido de 75 das 800 horas Nesse caso a PA afirma que n o sabe o que fazer como ir avaliar um aluno que nunca veio aula A ang stia dessa professora de fato um problema que pode estar ocorrendo em algumas disciplinas tornando se uma quest o a ser trabalhada pela pol tica curricular da Rede mas tamb m pode demonstrar mais uma vez a fragilidade na legitima o do ensino de arte no curr culo escolar A PAI aponta ainda com rela o avalia o relacionando a quest o da aprova o reprova o escolar mas n o se restringindo a isso para a exist ncia dos Espa os Ampliados de Aprendizagens e os Conselhos de Ciclos Os primeiros s o situa es e momentos em que alunos com dificuldades de aprendizagem dos conte dos vivenciam novas oportunidades de estudos Os alunos que s o avaliados com dificuldades diante da apropria o e produ o do conhecimento s o encaminhados a esses espa os Os segundos s o momentos de discuss o coletiva entre os docentes para avalia o geral das turmas e se necess rio avalia o de alunos Os de 7 e 8 ficam preocupados porque a gente tem 3 conselhos De 7 e 8 a gente tem 3 conceitos A eles ficam querendo Tirei nota C Eu passei professora Passou est tudo bem n o se preocupe n o Porque eu estou muito com eles no dia a dia A gente conversa muito eles dizem coisas fazem coisas levam A eu estou sempre sabendo como
151. que muitas vezes voc tem que transformar isso numa nota e que muito professor transforma isso numa nota para enviar s vezes tal tal tal e isso a Eu percebo que se ele vai numa escala de O a 10 ele pode ir at 6 naquele momento mas eu sei que ele pode ir muito mais ent o nada me impede que se eu tivesse que atribuir daria um 8 a ele PM1 O PM2 indica a realiza o de uma avalia o mais cont nua utilizando os pr prios procedimentos de aula e ainda abolindo procedimentos e situa es avaliativas mais formais como era o caso da semana de provas mesmo assim ainda est considerando a avalia o de maneira terminal N s temos aqui inclusive n s levamos quase como um objetivo nosso ter uma avalia o cont nua Aquele que observa o aluno sempre na aula com os trabalhos de classe na pr pria tarefa que voc passa para casa No dia seguinte voc cobra essa tarefa N o h rigorosamente prova fica muito a crit rio do professor Inclusive n s t nhamos h um tempo atr s aquele per odo de avalia o entendeu 1 unidade per odo tal uma semana de avalia o Mas isso foi praticamente abolido At porque numa avalia o cont nua n o faz sentido voc ter um per odo para se fazer avalia o PM2 Segundo o PMI o sistema de avalia o da Rede Municipal n o remete o aluno aprova o ou reprova o j que sua continuidade nos anos dos ciclos est garantida pois n o h reten
152. que isso n o tem rela o direta com os ciclos pois se trata de uma altera o legal Na Lei n 5692 71 que regulamentou os sistemas educacionais de 1971 at o final de 1996 a reprova o por falta era atribu da ao aluno que n o conseguisse a fregii ncia m nima de 75 das aulas de cada disciplina sendo o per odo letivo no curr culo obrigatoriamente seriado de um ano com 720 horas a serem cumpridas em 180 dias de aulas Na atual Lei n 9394 96 a reprova o por falta atribu da ao aluno que n o conseguir a frequ ncia m nima de 75 das aulas do curr culo como um todo sendo o per odo letivo anual num regime seriado modular por etapas ou por ciclo de 800 horas a serem cumpridas em 200 dias de aulas Mas em se tratando de avalia o a frequ ncia n o o nico crit rio de verifica o do rendimento escolar ao contr rio ele flexibilizado em fun o da prioriza o dos crit rios 196 referentes s aprendizagens dos conhecimentos que no caso de algumas disciplinas em especial remete a discuss o j tratada acerca de sua forma de legitima o no curr culo escolar Fa amos uma contagem num rica tomando como refer ncia o quadro 23 seguindo os seguintes pontos 1 O aluno precisa ter 75 da carga hor ria anual de presen a para ser aprovado podendo ter 25 de faltas o que equivale respectivamente a 600 presen as e 200 faltas Caso o aluno tenha precisado faltar em fun o de algumas doen as
153. que passar todo mundo existe uma revolta de algo que n o para ser revoltante n o para ser eu tenho clareza disso Eu acho que preciso olhar com mais afeto para o ciclo com mais aten o porque est tudo arrodiado porque eles v em como Em cartazes em outdoores eles v em tudo eles n o s o cegos n o eles andam de nibus passam por baixo da borboleta sabem um monte de coisa PAI A filosofia eu acho muito interessante A foi como eu coloquei para voc como o aluno vem sendo trabalhado desde o princ pio de uma forma que ele teria de fazer aqueles trabalhos teria de participar teria de fazer prova teria de tirar 6 tirar n o sei o qu E de repente ele mudou muito dif cil para ele compreender esse conceito Pode repetir 10 vezes mas eu estou aqui n o tem jeito Eu acho que essa mudan a para ciclo deveria ter come ado primeiro no prim rio com as crian as entrando na escola que elas fossem habituadas a viver nesse conceito novo e depois elas fossem acompanhando com o passar educ los desse jeito com paci ncia eu acho PAZ Isso a se fosse desde o in cio ele fosse sendo trabalhado ele n o se preocuparia se fosse aprovado reprovado para eles n o interessaria se tinham falta se n o tinham falta eles estudariam normalmente Com as atividades e com as obriga es deles Agora a partir da hora em que voc chega para ele e diz isso ent o at nas outras disciplinas el
154. rcia Maria Gurgel Ribeiro e ra RN Prof Jos zan 7 Be a ao Celi Nela Zol h 4 Le E amke Cute U deila Prof Dr Ros ngela Ten rio de Carvalho 5 Examinador RECIFE 14 de FEVEREIRO de 2007 DEDICAT RIA Aos Professores e alunos de escolas de educa o b sica e em especial aos da Rede Municipal de Ensino do Recife AGRADECIMENTOS Carla princesa amada Bibi princesinha adorada esposa e filha pela paci ncia e por entender a aus ncia E Mel pela alegria canina Aos meus pais Marc lio e Fernanda por terem me oferecido a vida e a base de minha educa o Cristina Metal pelo apoio sem medir esfor os E Trupe de Casa Forte pelas ajudas S vio e Duda por ter dividido comigo as d vidas da tese Alexandre Viana Ana Fl via Ana L cia Ana Luiza Andr a Paiva Cl udia Freire Eduardo Jorge Jos C sar Juliana Santos Karla Toniolo Keila Brand o Lu s Henrique Marcelo Tavares Marco Aur lio Marcos Melo Marcos Andr Patr cia Pessoa Raul Siqueira Ros ngela Manta Roberta Granville Rosa Idalina S rgio Cah Warlindo Carneiro pelos socorros de ltima hora mesmo nas pequenas informa es e atitudes por m nas enormes colabora es Aos sujeitos da pesquisa professores de Educa o F sica Arte L ngua Portuguesa e Matem tica pela disponibilidade em participar do estudo e pelos ensinamentos dados durante as entrevistas Secretar
155. s 2 Escola B Matem tica Professor de Matem tica 1 Escola E Professor de Matem tica 2 Escola A Essas escolas s o unidades de ensino de refer ncia na Rede Municipal do Recife por serem as nicas a oferecerem tamb m o ensino m dio e ainda a educa o profissional de n vel t cnico em Normal M dio antigo Magist rio e em Contabilidade Enfim esse o perfil dos professores entrevistados e foi a partir deles que realizamos as descri es e an lises acerca da generalidade curricular das particularidades das disciplinas e da totalidade do curr culo 4 1 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA GENERALIDADE DO CURR CULO SELE O ORGANIZA O E SISTEMATIZA O Olhando para o Todo Escolar procuramos reconhecer as generalidades presentes nas falas dos entrevistados e com isso foi poss vel fazermos um mapeamento sobre a constitui o dos saberes escolares no curr culo da educa o b sica A partir do roteiro das entrevistas antes de seu tratamento por categoriza o tem tica emp rica uma primeira an lise com o 185 olhar das categorias anal ticas curr culo saberes escolares cultura escolar permitiu nos um quadro geral No entanto apresentamos esse mapeamento usando as categorias emp ricas e unidades de contexto e de registro surgidas posteriormente para efeito de organiza o dos dados Do ponto de vista da sele o dos saberes escolares os professores afirmam usar a Proposta Ped
156. saberes pois por fazer uso de espa os abertos a aula acontece de maneira dispersa dificultando ou inviabilizando a sistematiza o do conhecimento Acontece o oposto em outras disciplinas como L ngua Portuguesa e Matem tica Em virtude do sol tamb m se inviabiliza sua realiza o O espa o dispersivo o espa o gera dispers o O espa o a sala de aula de educa o f sica que um campo que uma v rzea ou um peda o de ch o um espa o dispersivo um espa o no sol um espa o que n o gera um clima para concentrar e adquirir um conhecimento para estudar aquele conhecimento n o tem uma sala mesmo que seja sentado no ch o n o tem uma sala em que voc possa criar essa situa o pedag gica de estudo como tem em outras disciplinas A educa o f sica meio que uma disciplina que cumpre o papel mesmo de pr tica PEF1 Bem Eu estava at comentando com os meninos que depois saio de l da capacita o estava comentando Rapaz eu estou no para so Eu vejo a realidade dessa escola que apesar da aula ser no sol que aqui me limita De manh aqui insuport vel depois das 11 horas 10 minutos n o tem quem agiiente essa quadra Entendeu A quando h uma maior evas o das meninas eu dou aula at naquela rea da merenda para estirar fazer alongamento entendeu J para eles n o deixarem de fazer Dentro do audit rio O sol fica muito quente Eles v m com bon outros v
157. saberes em situa es na pr pria escola no per odo de escolariza o nas situa es cotidianas das crian as e adolescentes fora do ambiente escolar e para um futuro breve especialmente na vida adulta e principalmente associando a a uma profiss o Entre a legitima o instrumental e a proped utica aparece na falas das professoras de L ngua Portuguesa e na de um professor de Matem tica a presen a influente dos exames de rendimento escolar na sele o dos conhecimentos com destaque para o exame vestibular Mesmo que esse tipo de exame venha se alterando nos ltimos anos e mesmo se tendo procurado deix lo em segundo plano nessas disciplinas eles ainda geram interfer ncia e segundo uma das professoras de L ngua Portuguesa em algumas escolas e n veis chega a se configurar como um organizador curricular A legitima o social tamb m marca presen a nessas disciplinas diante da justificativa para as escolhas de seus conte dos quando professores afirmam que a apropria o dos conhecimentos de suas disciplinas propiciaria aos alunos uma inser o social mais consciente pol tica e historicamente com destaque para uma professora de L ngua Portuguesa que afirma que a apropria o e a capacidade produtiva da l ngua seja oral e escrita popular e culta demonstram uma conquista e um exerc cio de cidadania inclusive como objeto e recurso para a constru o da identidade cultural e coletiva de um povo As teorias pedag gicas
158. se de um modo geral no processo da pr xis humana e portanto em meio ao processo de transforma o do sujeito real do objeto do pensamento e do sujeito que conhece ou seja o sujeito que conhece o real na a o transforma o real e se transforma na medida em que o conhece Desta forma Marx e Engels nos levam a compreender que o homem ao transformar a natureza transforma se a si mesmo E esta compreens o uma compreens o da atividade pr tica do homem que os levou a fazer cr ticas ferrenhas e at ir nicas Filosofia Idealista alem a ponto de cham la de charlatanice filos fica MARX e ENGELS 1998 Na Ideologia Alem j em 1845 Marx e Engels 1998 opondo se filosofia dos jovens hegelianos afirmaram que suas premissas n o partiam de bases arbitr rias nem de dogmas e sim de bases reais que s podem ser abstra das na imagina o Suas premissas s o os indiv duos reais sua a o e suas condi es materiais de exist ncia tanto as que eles j encontraram prontas como aquelas engendradas de sua pr pria a o 30 O Materialismo Hist rico parte dos homens verdadeiramente ativos segundo o processo real de suas rela es sociais sendo a primeira condi o da hist ria humana a sua pr pria exist ncia partindo deste princ pio que seus autores diferenciaram o Homem dos demais animais afirmando que atrav s do trabalho que os primeiros se distinguem dos segundo Pode se distinguir os h
159. se der num espontane smo n o conseguir expressar sua import ncia diante do curr culo na escola de educa o b sica Eu acho que a disciplina que tem mais problema de implementa o de acontecer como uma pr tica pedag gica educa o f sica Ela acontece muito mais de uma forma espontane sta ela precisa de uma sistematiza o de uma regulamenta o mas a ela n o tem o b sico que a sala de aula Para dizer s pessoas que a import ncia dela s vai aparecer quando ela estiver acontecendo de fato Ningu m vai conseguir botar o carro na frente dos bois Dizer que ela importante sem ela acontecer Ela precisa primeiro acontecer como pr tica pedag gica para depois visualizar uma import ncia uma modifica o de comportamento tanto de professores quanto de alunos PEF1 204 A PEFI at comenta que outros professores procuram legitimar a Educa o F sica de maneira diferente como o caso da PEF2 levando sua legitima o pedag gica mais para o lado instrumental que propriamente o proped utico A sele o dos saberes escolares est portanto intimamente relacionada legitima o pedag gica e ao papel da disciplina diante da fun o escolar podendo n o ter que se vincular ao mundo do trabalho digamos alguns professores conseguem montar a disciplina de forma que ela tenha visibilidade montam e fazem um torneio montam e fazem uma gincana montam e fazem um festival E isso fica
160. se tornasse uma segunda cultura diante da cultura de origem derivada e subordinada a imperativos did ticos Como imperativos de transposi o aparece a necessidade de se apropriar da cultura na qual o aluno reinventa descobre o j sabido ou seja a produ o acumulada originalmente transmiss o did tica assim como os diferentes estados para a exposi o dos saberes do conhecimento do aluno do professor exposi o did tica Nos imperativos de interioriza o surge a necessidade de fazer com que o aluno incorpore os saberes sob forma de esquemas operat rios ou habitus E como imperativos de institui o aqueles que decorrem da natureza do contexto da escola tratamento do tempo organiza o anual dos estudos reparti o das atividades no ano dura o das sequ ncias do curso ritmo de exerc cios e de controles FORQUIN 1992 Entretanto fazendo uma cr tica transposi o did tica o autor afirma que este processo de transposi o acad mica dos conte dos de cultura n o constitui absolutamente um fen meno constante e uniforme mas varia em suas formas em sua intensidade em seus resultados segundo as 58 O conceito de habitus aqui usado por Forquin 1992 nitidamente inspirado em Pierre Bourdieu Apesar de nesse momento Forquin n o fazer refer ncia ao autor em toda sua obra os estudos deste v o influenciar suas elabora es Em fun o disso buscamos no pr prio Forquin 1992 p
161. tamb m terem tais fundamentos Os livros devem ser recursos pedag gicos dos sujeitos educacionais na apropria o e produ o do conhecimento e n o o contr rio Por vezes os livros did ticos de cada disciplina escolar orientam e at determinam o curr culo ou seja a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes fazendo com que professores e alunos simplesmente sigam nos como manuais evidente a influ ncia do processo de legitima o pedag gica das diferentes disciplinas do curr culo da educa o b sica na constitui o dos saberes escolares Mesmo que a escola convencionalmente possua um tra o proped utico e instrumental e ainda que a constru o de um ambiente pedag gico amistoso alegre e afetuoso permeie a intencionalidade e a o docentes as disciplinas curriculares precisam construir sua legitima o pedag gica sem precisar lan ar m o de recursos afetivos de apelos pessoais Em contrapartida apelos autorit rios coercitivos amea adores mesmo que se d em de forma generalizada e impessoal tamb m precisam ser abandonados importante que nesse processo n o se recorra legitima o afetiva mas consolide se a legitima o social das diferentes disciplinas As legitima es instrumental e proped utica devem ser reestruturadas justificando a instrumentaliza o imediata e a forma o futura n o para uma inser o adaptativa do aluno ao mercado de trabalho nem para uma prepara o meca
162. tem suas caracter sticas de vida pr prias seus ritmos e seus ritos sua linguagem seu imagin rio seus modos pr prios de regula o e de transgress o seu regime pr prio de produ o e de gest o de s mbolos E esta cultura da escola n o deve ser confundida tampouco com o que se entende por cultura escolar que pode se definir como o conjunto dos conte dos cognitivos e simb licos que selecionados organizados normalizados rotinizados sob o efeito dos imperativos de didatiza o constituem habitualmente o objeto de uma transmiss o deliberada no contexto das escolas FORQUIN 1993 p 167 2 A escola portanto uma institui o social com autonomia relativa diante da sociedade em geral por m circunstanciada por essa mesma sociedade capaz de ser criadora de configura es particulares tais como os saberes escolares a cultura escolar possuindo for a produtora ou pelo menos influenciadora de outras institui es sociais Essa escola configurando se como institui o educacional respons vel por socializar o conhecimento acumulado ao longo da hist ria da humanidade faz com que o conhecimento passe por um processo de pedagogiza o para oferecer aos alunos uma apropria o de dimens es da cultura que em circunst ncias de acaso e de demandas espont neas poderiam n o acontecer Num mesmo instante sua responsabilidade tamb m de produzir em sua particularidade um conh
163. tenho Para que que eu quero saber como calcular juros Pode ser que eu nunca precise se eu pago sempre em dia mas vamos supor que eu precise comprar um objeto vista e o outro eu n o possa comprar Eu vou comprar a prazo o mesmo objeto vamos supor e a eu verifico a diferen a sei o que juros posso fazer essa conta essa coisa toda E posso dizer olhe voc vai ter o c lculo sobre isso a de tantos por cento ao m s ent o eu posso fazer PM1 A matem tica inclusive faz parte de todas as ci ncias Por isso que est o levando muito a s rio est o considerando como sendo uma pr pria ci ncia A matem tica n o deixa de ser uma ci ncia ela est presente na medicina est presente em tudo PM2 Em alguns conte dos eu tenho uma interven o mais imediata para o nosso dia a dia h tamb m conte dos em que eu n o tenho uma interven o posso passar o resto da vida e perguntar para que serve isso Ora para nada Isso n o s em matem tica mas eu tenho em tantas outras coisas Ent o Porque que a gente tem essa preocupa o maior que A eu volto para a casa da educa o matem tica que tem essa preocupa o maior de ter esse conte do mas para que vai servir Ent o vai servir nisso vai servir nesse contexto eu posso ter isso Ent o vai depender muito da situa o Entendeu Ent o pode ser A educa o tem essa preocupa o de para que serve isso Ent o eu preciso estud
164. tica pedag gica Uma das professoras de Educa o F sica chega a afirmar que vez em quando avisa aos alunos que o que est sendo feito em aula para avalia o no intuito de conseguir legitimidade motiva o e empenho Em Arte uma das professoras afirma que n o deseja usar avalia o de maneira formal mas critica as provas como objeto de autoridade e at de opress o do professor perante o aluno Em L ngua Portuguesa as professoras afirmam evitar as avalia es formais por prova mas vez em quando para atribuir seriedade ao processo usam nas Em Matem tica informa se que o uso convencional das provas est sendo superado mas j foram usadas como forma de coer o ao estudo caso contr rio teriam maus resultados e seriam reprovados Em resumo a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares na totalidade do curr culo deixam evidentes as ambigiiidades as d vidas e os conflitos existentes em torno da busca por uma isonomia curricular 316 CONSIDERA ES FINAIS Com os fundamentos da Dial tica Materialista Hist rica expressos no nosso objeto de estudo nas nossas op es e constru es metodol gicas e nas an lises dos dados da literatura e do campo percebemos que a constitui o dos saberes escolares se d num movimento de autonomia relativa diante da influ ncia reprodutora dos fatores sociais mais amplos portanto tamb m n o se isola desta numa produ o meramente singular e nica
165. trabalho como por exemplo na fam lia cidade lazer A fun o da escola deveria ser de formar compet ncias nos alunos entendendo as como a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos saberes capacidades informa es a fim de solucionar com pertin ncia e efic cia uma s rie de situa es PERRENOUD 20003 O autor levanta v rios questionamentos feitos Pedagogia das Compet ncias entre eles a obje o cl ssica de alguns c ticos o desenvolvimento de compet ncias n o ocorre em detrimento dos saberes Estas n o levam desist ncia de transmitir conhecimentos A esta cr tica Perrenoud 2000b responde que a oposi o entre saberes e compet ncias tem fundamento mas ao mesmo tempo injustificada Seu fundamento est na necessidade que tem a Pedagogia das Compet ncias de reduzir o tempo destinado pura assimila o de saberes ou mesmo de questionar a organiza o fechada das disciplinas curriculares por m sua injusti a est no n o reconhecimento de que para desenvolver compet ncias preciso mobilizar saberes O autor ainda afirma a exist ncia de conhecimentos de n veis diferenciados mesmo que em quase a totalidade das a es humanas exija se algum conhecimento Outra cr tica a de que desenvolver compet ncias remete a pr ticas do cotidiano que mobilizam apenas o conhecimento da experi ncia ou do senso comum prejudicando a voca o da escola em favorecer a aquisi o dos conte dos da
166. trabalho com esse texto Eu sempre planejo isso PLP1 Vamos dizer Voc n o fica assim o que que eu vou dar hoje O que que eu vou trabalhar hoje Voc j sabe o que vai trabalhar quando vai para a sala de aula Voc j vai com a certeza do que voc vai trabalhar Quando poss vel como eu estou dizendo para voc quando poss vel PLP1 Sempre nos primeiros meses do ano do ano letivo como eu fa o um planejamento a partir de um projeto ent o nesse projeto eu j incluo todas as atividades todas as atitudes procedimentais todas as atividades que vou querer que o aluno realize querer que ele aprenda tudo ent o a partir desse projeto Eu sempre fa o um projeto por semestre PLP2 263 Como vimos na vis o de planejamento das professoras de l ngua portuguesa necess rio pensar e executar os diversos elementos did ticos pois planejar n o s tomar as provid ncias de recursos e instala es para a aula Mesmo que haja peculiaridades em diferentes escolas anos turmas conte dos o planejamento deve se fazer presente na pr tica pedag gica de toda institui o escolaridade professor Ali s o reconhecimento dessas particularidades que dar o mais consist ncia ao planejamento sendo sua dinamicidade algo inerente sua elabora o e execu o mas tamb m presente nas diversidades fazendo o ser sempre diferente O planejamento portanto uma atividade individual e coletiva
167. um importante momento mecanismo e instrumento de organiza o do conhecimento O planejamento em sua import ncia entendimento e forma um dos poucos elementos da constitui o dos saberes escolares que apresenta muitas unanimidades entre as diferentes disciplinas e os diferentes professores Assim destacaremos o movimento de diferencia o entre as disciplinas pois os demais foram trazidos nas generalidades e particularidades curriculares Em Educa o F sica Arte e L ngua Portuguesa est o presentes dois tipos de registros do planejamento o das Cadernetas Escolares e o de documenta o pessoal do professor Na Matem tica esses registros est o no mesmo documento pois um professor afirma registrar na caderneta e usar como documenta o e outro afirma fazer uma documenta o parte e anexa caderneta Nas generalidades do curr culo afirmamos que o entendimento de planejamento dos professores se apresentava de forma restrita por se confundirem com as provid ncias de 306 estrat gias e recursos para as aulas Agora na totalidade vimos que isso se d muito em fun o das caracter sticas de composi o e trajet ria de elabora o da Proposta Pedag gica da Rede Numa esp cie de planejamento curricular os professores participaram de sua constru o mesmo com diferentes n veis e formas de envolvimento e nela est o presentes as intencionalidades na forma de teoria pedag gica e compet ncias os saberes escola
168. uma concep o de educa o apoiada em um projeto hist rico e discute as rela es entre educa o e sociedade em seu desenvolvimento recorrendo s disciplinas que mant m estreita rela o com o fen meno educacional Como vimos o curr culo expressa esse projeto de sociedade indicando elementos para sua materializa o por via da escola Uma teoria pedag gica trata do trabalho pedag gico formulando princ pios norteadores e procurando regularidades subjacentes a este Estas regularidades s o as categorias fundamentais da pr tica pedag gica ou seja o que h de essencial constante substancial na pr tica pedag gica assim como as leis que regulam seu movimento contradit rio FREITAS 1995 Inspirando nos nesse autor vemos que o curr culo portanto uma teoria pedag gica pois formula orienta es para o cumprimento do papel social da escola materializando se na pr tica pedag gica e sendo mediado pelas metodologias espec ficas Percebemos que o conceito de pr tica pedag gica essencial na constru o de uma educa o cr tica portanto tamb m essencial numa teoria cr tica do curr culo pois ele consegue materializar a necessidade de supera o das caracter sticas de uma perspectiva t cnica e racionalista Para Veiga 1994 a pr tica pedag gica diz respeito a uma dimens o da pr tica social que pressup e a rela o teoria pr tica e que orientada por objetivos finalidades e conhecimentos na qual n
169. uma s rie de mecanismos atrav s da Lei Org nica Municipal e seu Plano Diretor levando a atual gest o a efetivar processos de participa o social apesar de n o ter realizado nenhuma Confer ncia Municipal de Educa o 126 Um pouco depois de iniciadas as experi ncias democr tico populares fora de nosso Estado e das gest es relatadas de nossa Cidade em 1996 portanto in cio do primeiro mandato 1995 1998 de Fernando Henrique Cardoso FHO foi criado o FUNDEF e publicada a ent o nova LDB Lei n 9394 96 Vale acrescentar que mesmo antes da posse de FHC os PCN come aram a ser pensados Os dois mandatos desse governo geram a falsa sensa o de consenso abertura flexibilidade e participa o da sociedade e remetem o desenvolvimento do pa s ao controle financeiro da infla o e ao capital privado inclusive internacional sendo o Estado diminu do de suas responsabilidades mas ao mesmo tempo altamente controlador medida que o Governo Federal apresentava e afirmava a LDB como aberta e flex vel outras a es eram realizadas para segurar a abertura e flexibilidade inclusive busca de consenso entre institui es e sujeitos interessados na educa o Entre as a es desse governo destacamos a publica o em forma de resolu es das Diretrizes Curriculares Nacionais DCN e edi o em forma de livros dos Par metros Curriculares Nacionais PCN ambos voltados para os tr s n veis da educa o
170. uma sequencia o dos saberes escolares necess ria Ainda que haja cr ticas e discuss es acerca dessa sequencia o mais linear e dividida por compartimentos ainda que os professores procurem e at em alguns casos consigam modificar sua pr tica pedag gica os saberes escolares s o fortemente tomados por muitos deles como algo que se d numa segii ncia pr estabelecida natural e padr o do conhecimento Por n o se compreender nem se conseguir explicar essa linearidade e compartimentaliza o associa se essa segii ncia de conte dos aos estudos da matem tica desde a antiguidade por exemplo a eg pcia e maia e deposita se nas propostas pedag gicas e nos livros did ticos principalmente nestes uma forte confian a na organiza o do conhecimento por eles apresentados Em s ntese existem mais ambigiiidades d vidas e conflitos do que certezas na disposi o e arranjos dos saberes escolares inclusive nas disciplinas consideradas de maior prest gio no curr culo escolar tais como L ngua Portuguesa e Matem tica e n o apenas naquelas entendidas como secund rias entre as quais estariam a Educa o F sica e a Arte Essa rela o de prest gio desprest gio de prioriza o secundariza o entre as disciplinas escolares se d hist rica pol tica e pedagogicamente Entre os achados dessa pesquisa destacamos aspectos referentes legitima o pedag gica e s condi es escolares sendo o privil gio conquistad
171. v m se dando numa rela o din mica e contradit ria entre duas reas de conhecimento que interagem em torno da dialeticidade conte do forma da educa o Na rela o entre objetivos conte dos e m todos do ensino a rea da Did tica focaliza a forma e a rea do Curr culo focaliza o conte do Os saberes escolares s o compreendidos portanto como os conhecimentos produzidos na intera o entre os sujeitos e objeto da educa o escolar presentes tanto na intencionalidade quanto na consegii ncia da pr tica pedag gica Enfim os saberes escolares v o al m do conhecimento universal e naturalizado como leg timo e neutro v o al m dos saberes culturais produzidos pela humanidade para al m dos conte dos program ticos prescritos aos alunos Os saberes escolares se d o num processo 93 dial tico de perman ncia transmiss o apropria o mudan a assimila o produ o do conhecimento Percebe se assim que os saberes escolares s o produtos de uma transforma o do conhecimento Nos estudos sobre o curr culo essa transforma o vai ser explicada a partir de duas abordagens r pida e anteriormente apresentadas Transposi o Did tica e Cultura Escolar A primeira abordagem aparece recentemente na Fran a a partir de estudos de didaticistas que compreendem o saber escolar como transposi o did tica Por transposi o did tica entende se o conjunto de transforma es que sofre o saber cient fico a
172. vinda tona por via das pesquisas espec ficas em matem tica e ainda uma estrutura psicol gica em rela o aprendizagem dos alunos principalmente com rela o etariza o Bom isso vai por estudo Muitos professores que Muitos livros texto s o escritos por pesquisadores tudo mais Isso j vem de estudos de bastante tempo A o que que faz Atualmente os professores que trabalham na rea de educa o matem tica se forem pegar um livro que foi escrito por algum desses e um de uns 10 15 anos atr s v em que a segii ncia toda diferenciada n o h uma quest o de voc ter uma padroniza o de uma segi ncia Se estudava primeiro no caso que voc falou adi o subtra o E isso j vem de outras horas eu estudo a estrutura aditiva ent o eu posso dar obviamente adi o e multiplica o entendeu Eu estudo outra estrutura Ent o eu n o tenho que estudar adi o e depois subtra o o que faz isso H quest es muitas vezes de opera es A quest o da rela o de invers o mas isso n o quer dizer que eu tenha que fazer primeiro adi o depois eu vou fazer subtra o essa coisa toda N o eu posso estudar adi o eu posso pegar multiplica o porque a pr pria multiplica o tem uma das id ias somar quantidades iguais uma das entendeu J estou estudando adi o ent o eu vejo a multiplica o PM1 Sim JOS possivelmente segue uma l gica sim mas n o sei de ond
173. vis vel para a escola que educa o f sica est atuando que educa o f sica tem um valor que os alunos gostam daquilo que os alunos se empolgam com aquilo PEF1 A gente veio aqui enumerou O aluno disse Ah Professora porque a gente quer ter sa de e porque a gente quer conhecer a academia Eu nunca entrei numa academia Ter um acesso a um conhecimento que eles n o t m PEF2 No caso da PEFI fica impl cito que uma forma o te rica dos alunos deveria se voltar para o que convencionalmente as outras disciplinas v m focalizando uma forma o para o mundo do trabalho O importante seria portanto n o negar a import ncia da forma o do aluno perante os saberes de uma determinada disciplina escolar para o mundo do trabalho mas mostrar que dessa maneira a forma o escolar estaria se restringindo diante do papel social que a escola pode assumir Os saberes escolares podem ampliar esse tipo de forma o do educando colaborando para a forma o humana em sua integralidade da qual o mundo do trabalho faz parte mais ainda possibilitar nessa forma o humana um reconhecimento do potencial e de mecanismos para a transforma o desse mundo do trabalho e at mesmo da sociedade existente A fundamenta o te rica presente na rea da Educa o F sica n o seria uma lacuna apenas perante os saberes escolares na busca de uma legitima o instrumental e proped utica da disciplina no curr culo escolar
174. 002b p 64 Afirma que a Matem tica assume um papel importante na forma o desse novo sujeito possibilitando lhe o desenvolvimento de um pensamento e um racioc nio dedutivo e funcional ajudando o a ler e interpretar a vida pr tica O contar calcular medir organizar espa os e formas devem partir de situa es problema contextualizadas pois assim a matem tica se tornar mais significativa aos alunos Essa disciplina ent o lista as compet ncias a serem formadas com os alunos e os conte dos dos quais estes dever o se apropriar Para essas listagens s o estruturados quatro ou cinco eixos tem ticos para o ensino da matem tica sendo distribu dos numa sequ ncia de complexidade dos diferentes n veis da escolariza o na educa o infantil nos quatro ciclos do fundamental e na EJ AHS conforme percebemos no quadro 21 Por fim feita uma s ntese sem as diferencia es por ciclo Destaquemos agora a seq ncia dada aos saberes escolares para o ensino fundamental em virtude de nosso objeto de pesquisa Quadro 21 Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Matem tica PRIMEIRO CICLO EIXOS TEM TICOS CONTE DOS N meros naturais e Conceito contagem classifica o seria o agrupamento N meros racionais conserva o inclus o seq ncias e correspond ncia e biun voca e representa es Opera es Sistema de numera o Ordens unidad
175. 008000018 amp lIng pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000018 BOTTOMORE Tom org Dicion rio do pensamento marxista Rio de Janeiro Zahar 1997 BOURDIEU Pierre Coisas Ditas S o Paulo Brasiliense 1990 BRASIL Minist rio do Trabalho Mtb Quest es cr ticas da educa o Brasileira consolida o de propostas e subs dios para a es nas reas da tecnologia e da qualidade Bras lia Mtb 1995 BRASIL Minist rio de Educa o Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9394 96 Bras lia 1996 BRASIL Minist rio da Educa o e Cultura FNDE Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Magist rio guia para sua operacionaliza o S o Paulo FPPL Cepam 1997a BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais PCN Bras lia MEC SEF 1997b BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Par metros Curriculares Nacionais PCN ensino m dio Bras lia MEC SEMT 1999 331 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais PCN 5 a 8 s ries Bras lia MEC SEF 2000 BRASIL Presid ncia da Rep blica Lei n 10172 Aprova o Plano Nacional de Educa o 2001 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria da Educa o B sica Rede N
176. 0b p 109 138 MOREIRA J Roberto Introdu o ao estudo do curr culo da escola prim ria Rio de Janeiro MEC INEP 1955 MOURA Manoel Oriosvaldo de Saberes pedag gicos e saberes espec ficos desafios para o ensino da matem tica In SILVA A da Maria Monteiro et al orgs Novas subjetividades curr culo doc ncia e quest es pedag gicas na perspectiva da inclus o social Recife ENDIPE 2006 p 489 504 NAGLE Jorge Educa o e sociedade na primeira rep blica S o Paulo EPU 1974 NARODOWSKI Mariano Comenius e a educa o Belo Horizonte Aut ntica 2004 NASCIMENTO D bora Maria do A constru o do saber escolar nos ciclos iniciais do ensino fundamental um estudo da pr tica pedag gica das professoras de uma escola p blica Recife UFPE 2005 Disserta o de Mestrado NEVES L cia Maria Wanderley Educa o e Pol tica no Brasil de hoje S o Paulo Cortez 1994 NEVES L cia Maria Wanderley coord et al Pol tica educacional nos anos 90 determinantes e propostas Recife UFPE 1995 PACHECO Jos Augusto Pol ticas curriculares descentralizadas autonomia ou recentraliza o Educa o amp Sociedade Revista Quadrimestral de Ci ncia da Educa o Ano XXI n 73 dez 2000 p 139 161 PACHECO Jos Augusto A flexibiliza o das pol ticas curriculares Dispon vel em lt http www cffh pt public acta4 acta4 7 htm gt Acesso em 23 03 2006
177. 5 p 3 Todo esse quadro esteve vivo no recente contexto pol tico brasileiro de plenas disputas eleitorais nos estados e federa o Afora as do Senado C mara Federal e Assembl ias Legislativas dos Estados encerradas no primeiro turno das elei es 2006 permaneceram as 103 kass A PR dis E Estado aqui n o significa governo e sim sociedade pol tica e civil 135 disputas ao Governo Federal e no nosso caso ao Governo Estadual no quadro de polariza o citado Em n vel Federal tivemos a candidatura de Geraldo Alckmin PSDB com Jos Jorge PFL contra a de Luis In cio Lula da Silva PT com Jos Alencar PRB Em n vel estadual a candidatura de Jos Mendon a Filho PFL com Evandro Avelar PSDB contra a de Eduardo Campos PSB com Jo o Soares Lyra Neto PDT Para ilustrar essa polariza o montamos um quadro comparativo ver Quadro 9 entre as candidaturas Presid ncia da Rep blica para a gest o 2007 2010 a partir da an lise dos programas de governo dos candidatos levando em considera o sete categorias Mesmo sendo restrita e breve a compara o anuncia por via da an lise do conte do ind cios do Projeto Social e Educacional Numa linguagem individualista o programa de governo da coliga o PSDB PFL representada pela candidatura de Geraldo Alckmin explicita seu projeto de sociedade apoiado na constru o de um mundo globalizado neoliberal sendo agressivo e pejorativo diante da candidat
178. 845 mas s conclu da em 1846 vindo a ser publicada pela primeira vez apenas em 1933 tendo ficado abandonada prazerosamente cr tica roedora dos ratos Ambos fizeram um balan o de suas pr prias consci ncias filos ficas onde a ruptura com Feuerbach por certo ocupa o lugar mais importante GIANNOTTI 1996 p 12 Nesta obra os autores apresentaram os fundamentos da concep o materialista hist rica com base na transi o do socialismo ut pico ao socialismo cient fico 27 A Introdu o Cr tica da Economia Pol tica escrita por Marx em 1857 tendo sido publicada somente em 1903 Este texto foi escrito segundo o pr prio Marx como um esbo o n o intencionando sua publica o Tem n tida inspira o no texto Esbo o Cr tica da Economia Pol tica publicado por Engels em 1844 com o qual Marx ficou fascinado qualificando o como algo genial nesse texto que o autor explica de maneira mais sistematizada seu m todo de investiga o Por ele iniciaremos nossa fundamenta o acerca da abordagem dial tica materialista hist rica op o de nosso estudo Mas antes retomemos de forma breve uma discuss o conceitual sobre essa perspectiva cient fica e filos fica e sua atualidade Coggiola 1996 analisando a vig ncia do marxismo nos dias de hoje na poca em que escreveu final da d cada de 1990 em contraposi o ao an ncio da morte do marxismo no fim da d cada de 1980 em virtude da Crise
179. 988 e Forquin 1996 as Teorias Did ticas tamb m vivem diferentes concep es e fases procurando sempre responder pergunta como ensinar Como ensinar melhor A partir dos estudos de Moreira 1998 e Lib neo 1998 vemos que a literatura a qual influenciou as duas reas teve origens e car ter diferentes Enquanto a did tica seguiu com maior nfase os estudos de tradi o europ ia em especial os alem es o curr culo seguiu mais a tradi o anglo sax sobretudo a literatura norte americana Na constru o da tradi o das teorias did ticas e curriculares obvervamos nos autores diferen as convencionalmente bem marcantes Mesmo reconhecendo a dialeticidade conte do e forma destacada e mais ainda a intera o entre professor e aluno as duas reas terminam por olhar esse movimento din mico e contradit rio com focos diferentes O curr culo focaliza a a o do aluno ao t rmino da escolariza o A did tica focaliza a a o do professor no decorrer da escolariza o O curr culo volta se para o qu ensinar a did tica para como ensinar O curr culo reporta se sele o e organiza o do conte do de ensino a did tica a o da metodologia do ensino No entanto o entendimento dessas reas n o se restringiu sua compreens o convencional ampliou se e numa perspectiva cr tica novamente se aproxima levando as a um reconhecimento de uma rela o de quase mutualidade de um mesmo objeto o caso d
180. AEB Sistema Nacional de Avalia o da Educa o B sica realizado desde 1990 com periodicidade bianual buscando avaliar o desempenho de alunos de 4 e 8 s ries do Ensino Fundamental e de 3 ano do M dio nas disciplinas de L ngua Portuguesa com foco na leitura e de Matem tica com foco na resolu o de problemas BRASIL Inep 2006b O SAEPE Sistema de Avalia o Educacional do Estado de Pernambuco avalia o desempenho de alunos de 2 4 e 8 s ries do Ensino Fundamental e do 3 ano do M dio analisando as compet ncias adquiridas na Educa o B sica expressas na forma de descritores Esses descritores de compet ncias s o as a es e opera es que indicam o desempenho esperado em diferentes reas de conhecimento Os alunos da 2 s rie do Ensino Fundamental respondem a uma prova de dom nio da l ngua com foco na leitura e na escrita os da 4 e 8 s ries do Fundamental e do 3 ano do M dio respondem a provas de Portugu s e de Matem tica PERNAMBUCO Secretaria de Educa o 2006 E o ENEM Exame Nacional do Ensino M dio avalia o desempenho dos estudantes ou egressos do Ensino M dio objetivando sua inser o no mundo de trabalho ou sua continuidade dos estudos seja no p s m dio ou no ensino superior Na atualidade v rias Institui es de Ensino Superior IES fazem uso dos resultados desse ltimo exame nos seus processos seletivos de acesso s gradua es Algumas reservando vagas aos parti
181. C digos e Linguagens e sim na rea das Ci ncias da Natureza muitos estudos reconhecem e at defendem o papel desta como linguagem Ainda na escolha dessas disciplinas vimos que convencional e vulgarmente na L ngua Portuguesa e na Matem tica o ler o escrever e o contar se configuraram como o essencial na cultura escolar sendo compreendidos inclusive como os conte dos do dom nio intelectual Por outro lado na Educa o F sica e na Arte h certo menosprezo de seus Uma esp cie de reuni o entre os professores de cada disciplina para reflex es pedag gicas sobre a a o docente na Rede Municipal de Ensino como tamb m para realiza o de estudos e a es coletivas leitura e produ o de textos apresenta es de trabalhos de p s gradua o relatos de experi ncias debates sobre as a es da gest o central prepara o de atividades extras para os alunos passeios jogos feira de conhecimento projetos etc Os professores possu am carga hor ria semanal acumulada destinada especificamente para a realiza o mensal de reuni o nas inst ncias da pr pria Secretaria de Educa o 10 Sugerimos consultar as diretrizes curriculares para o Ensino M dio Resolu o n 03 98 da C mara de Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o IH Os Par metros Curriculares Nacionais os quais podemos considerar como desdobramentos da pol tica educacional que deu o tom da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educa
182. CIFE 2004a Na Rede Municipal conforme o Art 23 da Lei n 9394 96 optou se pela organiza o do curr culo escolar a partir da no o de compet ncias e a partir dos ciclos de aprendizagem 106 WEISZ Telma Os di logos entre o ensino e a aprendizagem S o Paulo tica 2001 150 Art 23 A educa o b sica poder organizar se em s ries anuais per odos semestrais ciclos altern ncia regular de per odos de estudos grupos n o seriados com base na idade na compet ncia e em outros crit rios ou por forma diversa de organiza o sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar BRASIL 1996 Fundamentando se em Philippe Perrenoud e Marise Nogueira Ramos como veremos adiante o entendimento do conceito de compet ncia na Rede se expressa na Proposta e na fala dos professores como uma capacidade de mobilizar saberes para a resolu o de problemas cotidianos O ciclo veio implementar essas quest es das compet ncias para tornar o ensino n o s compreens o de conceitos Ter conte dos mais procedimentais at entendeu Compreender e utilizar Compreender e aprender a fazer n o PEFI Eu tenho que resolver problema ent o eu vou buscar conte dos para intervir nessa solu o do problema a quest o da compet ncia E a a gente busca isso ent o a gente procura mostrar que o que est se valendo a compreens o a aprendizagem PM1 A implanta o dos c
183. Cultura de Movimento se traduz no movimento humano livre espont neo e prazeroso que se expressa pelo movimento ou ainda quando este se expressa por signos outros que n o os da linguagem verbal enquanto di logo de Ser Humano e Mundo COLETIVO DE PROFESSORES DE EDUCA O F SICA DA Rede DE EDUCA O MUNICIPAL DO RECIFE 2005 Essa Proposta da Rede delimita compet ncias e conte dos diante de quatro eixos tem ticos da Cultura de Movimento e os distribui nos ciclos de aprendizagem conforme evidenciamos no quadro 18 tendo cada eixo os mesmos elementos constituintes 173 Quadro 18 Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Educa o F sica II EIXOS CICLOS TEM TICOS DA CULTURA DE MOVIMENTO CONTE DOS Jogo Tipologia Jogos esportivos populares de sal o elementos l dicos e Fundamentos de regula o Regras dos diferentes jogos simb licos Fundamentos gestuais e de T cnicas t ticas organiza o dos jogos festivais organiza o campeonato torneio Princ pios de realiza o Ludicidade simbolismo flexibilidade regionalidade Temas hist ricos e sociais Hist ria dos jogos os jogos e a m dia jogo e ludicidade etc Esporte Tipologia Modalidades coletivas e individuais elementos Fundamentos de regula o Regras das modalidades esportivas e sua flexibiliza o institucionalizados Fundamentos gestuais e de T cnicas t ticas organiza es
184. GIOLA Osvaldo A vig ncia do Marxismo In COGGIOLA Osvaldo org PETRAS James et al Marxismo hoje S o Paulo Xam 1996 p 111 126 COLETIVO DE AUTORES Metodologia do ensino da Educa o F sica S o Paulo Cortez 1992 COLETIVO DE PROFESSORES DE EDUCA O F SICA DA REDE DE EDUCA O MUNICIPAL DO RECIFE Educa o F sica escolar uma proposta pedag gica In SOUZA J NIOR Marc lio org et al Educa o F sica Escolar teoria e pol tica curricular saberes escolares e proposta pedag gica Recife EDUPE 2005 p 219 231 COMENIUS Did tica magna S o Paulo Martins Fontes 2002 COUSINET Roger A educa o nova S o Paulo Companhia Editora Nacional 1959 COUTO Marina Como elaborar um curr culo Rio de Janeiro Ao Livro T cnico 1966 CURY Carlos Roberto Jamil Lei de Diretrizes e Bases e perspectivas da educa o nacional Revista Brasileira de Educa o ANPED S o Paulo n 8 p 72 85 maio ago 1998 CURY Carlos Roberto Jamil Os par metros curriculares nacionais e o ensino fundamental In BARRETO Elba Siqueira de S org Os curr culos do ensino fundamental para as escolas brasileiras Campinas Autores Associados S o Paulo Funda o Carlos Chagas 2000 p 233 259 CURY Carlos Roberto Jamil A Educa o B sica no Brasil Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em 333 lt http www scielo br scielo php script sci_art
185. GS 1999 MONLEVADE J e FERREIRA E O Fundef e seus pecados capitais Ceil ndia DF Id ia Editora 1997 MONTENEGRO Ant nio Torres e FERNANDES T nia Mem rias revisitadas o Instituto Aggeu Magalh es na vida de seus personagens Rio de Janeiro FIOCRUZ 1997 MOREIRA Ant nio Fl vio Barbosa Curr culos e programas no Brasil Campinas Papirus 1995 MOREIRA Ant nio Fl vio Barbosa Os Par metros Curriculares Nacionais em quest o Educa o e Realidade Curr culo e pol tica de identidade Porto Alegre n 21 1 jan jun 1996a p 9 22 MOREIRA Ant nio Fl vio Barbosa Os Par metros Curriculares Nacionais mais uma vez em quest o In BICUDO Maria Aparecida Viggiani e SOUZA J NIOR Celestino Alves da org Forma o do educador dever do estado tarefa da universidade S o Paulo Unesp 1996b p 97 110 339 MOREIRA Ant nio Fl vio Barbosa Did tica e curr culo questionando fronteiras In OLIVEIRA Maria Rita Neto Sales de org Conflu ncias e diverg ncias entre did tica e curr culo Campinas Papirus 1998 p 33 52 MOREIRA Antonio Fl vio Barbosa O campo do curr culo no Brasil os anos oitenta In CANDAU Vera Maria org Did tica curr culo e saberes escolares Rio de Janeiro DP amp A 20004 p 60 77 MOREIRA Antonio Fl vio Barbosa Propostas curriculares alternativas limites e avan os Educa o amp Sociedade Campinas CEDES ano XXI n 73 dez 200
186. Hoje em dia Foi satisfat rio os conte dos foram compreendidos satisfatoriamente Tamb m a Rede s est reprovando o aluno porque tem 70 de faltas em todas as disciplinas Se ele n o vier para a minha disciplina ele passa PA1 Eu acho que isso n o bom Eu acho que ele n o aprendeu nada eu n o sei que instrumento seria mas ele n o aprendeu nada porque n o estava l Como que eu posso dizer que ele aprendeu conte do Que ele abstraiu conte do se o conte do que eu dei ele n o estava l Ent o eu acho que teria que ter outra forma de ver esse tipo de aluno At porque na Rede tem uma coisa engra ada n o sei em outras escolas eles n o querem ir para aula de arte isso s o os maiores Ah eu n o vou para as aulas da PAI e s vou para as aulas de n o sei quem A n o acontece nada Eu tenho caso de aluno alunos antigos meus Agora mesmo eu estou com um problema s rio JOS n o a para as minhas aulas noite n o a mesmo e eu vou fazer o qu com JOS Mas n o pode eu acho que ele vai repetir eu botei na caderneta para ele repetir botei um parecer PAI Porque ele simplesmente n o foi para a aula mas ele do ensino m dio Simplesmente ele n o foi e ningu m procurou saber JOS cade voc Apare a para me dizer alguma coisa voc passa o semestre todinho sem aparecer o que que eu vou fazer com voc Sei n o Professora Ora o 122 R x Aqui o alun
187. L ngua Portuguesa as professoras tamb m indicam proximidade com a Proposta por terem o texto como objeto central da pr tica pedag gica a escrita e a oralidade como formas de manifesta es do texto e as iniciativas em alterar e minimizar um tra o normativo gramatical como uma busca incessante Na Matem tica a proximidade com a Proposta chega a se configurar com certo grau de respeito ao cumprimento dos eixos tem ticos deixando evidentes como conte dos da disciplina os n meros e suas opera es as grandezas e medidas o espa o e forma o 308 tratamento das informa es a lgebra e as fun es sendo sua luta a busca por estrat gias que os tornem mais significativos aos alunos fazendo uso principalmente de situa es problemas para abordar os conte dos As disposi es e arranjos dos saberes escolares v o seguir crit rios de hierarquiza o sequ ncia e gradua o no entanto os professores n o assumem essa tarefa Eles seguem a ordena o reparti o e dosagem presentes na proposta pedag gica diante da rela o entre a faixa et ria do aluno e o tempo de escolariza o que partem do simples para o complexo do f cil para o dif cil por m isso bastante flex vel e nos dias atuais principalmente com a implanta o dos ciclos essa disposi o dos saberes bastante flexibilizada e at mesmo criticada E particularmente nas disciplinas de L ngua Portuguesa e Matem tica s o os livros did ticos que ta
188. Miguel Arroyo especialista nisso e ele disse o seguinte para n s Tanto foi que essa palestra n o foi para todo mundo foi s para coordenador entendeu Supervisor Ent o ele disse que sala de aula de ciclo tem que ter 25 alunos tem que ter para cada 10 salas 15 professores Mas s o 15 professores mesmo n o s o 10 professores e 5 estagi rios n o S o 15 professores E que todos devem dar aula Por exemplo quando um professor est dando aula o outro fica junto com ele na sala porque quando ele faltar aquele 125 Jo o Domingues Maia autor de v rios livros did ticos para a disciplina de L ngua Portuguesa editados pela Editora tica como por exemplo Gram tica teoria e exerc cios Literatura textos e t cnicas e Portugu s novo ensino m dio 12 William Roberto Cereja e Thereza Cochar tamb m s o autores de livros did ticos dentre os v rios destacamos para ilustra o a s rie Gram tica Reflexiva Texto Sem ntica e Intera o da Editora Atual 255 professor pode retomar aquele assunto sem quebra de continuidade certo Ent o n o assim PLP1 Existe O livro did tico O mal fadado coitado xingado enxovalhado mas ele Olha um estagi rio sem o livro did tico n o consegue dar aula O professor Alguns conseguem PLP1 A PLP2 afirma tamb m ter como refer ncia para a sele o dos saberes escolares os Par metros Curriculares Nacionais tomando esses c
189. Nessa constitui o as generalidades e a totalidade do curr culo escolar e as particularidades das disciplinas escolares est o portanto circunscritas a esse movimento ao mesmo tempo em que produzem elementos para sua estrutura o sendo os sujeitos educacionais aqueles que usufruem elaboram materializam e transformam a educa o escolar num mesmo instante em que s o transformados por ela O curr culo ent o tanto objeto de apropria o e assimila o particular e individual social e coletiva do conhecimento acumulado na hist ria da humanidade como express o da for a de trabalho do car ter produtivo dessa humanidade Sendo assim necess rio superarmos cada vez mais os curr culos prescritivos normativo racionalistas e construirmos um curr culo emancipat rio que reconhece propicia e solicita o potencial produtor dos sujeitos educacionais Nessa perspectiva destacamos a import ncia da implementa o de concep es e pr ticas curriculares que procurem superar as teorias tradicionais de curr culo os paradigmas t cnico linear e circular consensual e a abordagem sociol gica da transposi o did tica urgente procurarmos e viabilizarmos os caminhos e as condi es para a materializa o de curr culos cr ticos din mico dial gicos e de abordagem sociol gica da cultura escolar Esse curr culo vai al m de sua dimens o de express o das inten es e a es da gest o central de um programa de governo
190. No entanto outra forma de indefini o aparece que a sujei o s vontades pessoais dos alunos e que nos remete discuss o da legitima o afetiva Planejamento Ele vai ser a ltima coisa que ele vai achar Entendeu Ele quer atender a necessidade dos meninos naquele momento Que estar em movimento PEF2 Outro aspecto que condiciona a sele o dos saberes escolares s o as teorias pedag gicas que o professor toma como refer ncia Sua concep o de escola de professor de aluno seu entendimento acerca da disciplina que ministra a concep o que fundamenta esse entendimento de sua rea de forma o e atua o docente e o uso que faz das teorias que a fundamentam Tudo isso condiciona a sele o dos conhecimentos Para a PEFI a Educa o F sica se diferencia das demais disciplinas pelo fato de lidar com o fazer pr tico sempre estabelecendo v nculos sociais conte dos de valores ticos principalmente por trabalhar com a coletividade e por trabalhar com dimens es da cultura que outras disciplinas n o trabalham como por exemplo a cultura esportiva a qual oportunizaria o trabalho com o coletivo As outras disciplinas segundo a PEFI est o centradas nos trabalhos individuais lidando mais com a intelectualidade com o fazer te rico principalmente diante de dimens es da cultura voltadas para o mundo do trabalho ou seja possuem uma legitima o proped utica Mas na educa o f sica por serem ativi
191. OLETA E AN LISE DOS DADOS iemmeemees 33 CAP TULO 1 CURR CULO E SABERES ESCOLARES eeeeeemmmeeeerssemereeeems 47 T LCURR CULO persa a A PR a eaka 47 1 1 1 Teorias Paradigmas e Abordagens Curriculares o curr culo como campo de INVESTOA O ossnnnto EEE T a Dn Dom Palo A 50 1 1 2 O curr culo sob o foco de diferentes campos de investiga o osco 57 1 1 2 1 Curr culo como historiografia da educa o rrenan 58 1 1 2 2 Curr culo como pol tica educacional e erereeeereraanea 61 1 1 2 3 Curr culo como pr tica pedag gica e rereeeerreareaceraeaan a 64 10 1 2 SABERES ESCOLARES unia seta cesasssirevesstas eo eE eneee aa PAESE I EEE SEE OERA iS 72 1 2 1 Aspectos etimol gicos e filos ficos dos saberes escolares cnnsenenseeeeeee 73 1 2 2 Saberes Escolares e Teoria Pedag gica nneeereserererereerrrresererrsrre 76 1 2 3 Curr culo e saberes escolares transposi o did tica e cultura escolar 91 CAP TULO 2 ORGANIZA O CURRICULAR DOS SABERES ESCOLARES A PEDAGOGIA DAS COMPET NCIAS E OS CICLOS DE APRENDIZAGEM 99 2 1 A PEDAGOGIA DAS COMPET NCIAS cteeeemeemeeeeeeeeeeeeeeeeeremeeremeees 99 2 1 1 A Pedagogia das Compet ncias por Philippe Perrenoud 99 2 1 2 A Pedagogia das Compet ncias de Perrenoud algumas cr ticas 102 2 1 3 A Pedagogia das Compet ncias uma outra an lise cr tica n os 104 2 1 4 A pertin ncia
192. PACHECO Jos Augusto Pol ticas curriculares decis o re centralizada Dispon vel em lt http www cffh pt public acta2 acta 7 htm gt Acesso em 23 03 2006b PAV O Ant nio Carlos et al Ci ncia tecnologia e qualidade de vida coletiva In RECIFE Prefeitura do Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos Recife Secretaria de Educa o EDUFPE 2003 p 67 76 340 PEDRA Jos Alberto Curr culo conhecimento e suas representa es Campinas Papirus 1997 PERNAMBUCO Governo do Estado Secretaria de Educa o Cultura e Esportes Matriz curricular de refer ncia das compet ncias em educa o f sica para o Estado de Pernambuco educa o b sica Compet ncias e descritores vinculados aos temas da Cultura Corporal jogo gin stica dan a esporte e luta Recife SEDUC 2006 mimeo PERRENOUD Philippe Construir Compet ncias desde a escola Porto Alegre ArtMed 1999 PERRENOUD Philippe A arte de construir compet ncias Revista Nova Escola S o Paulo Abril Cultural set 2000a PERRENOUD Philippe Construir compet ncias virar as costas aos saberes Revista P tio ano 3 n 11 nov 99 jan 2000 Porto Alegre ArtMed 2000b PERRENOUD Philippe Dez novas compet ncias para ensinar Porto Alegre ArtMed 2000c PERRENOUD Philippe Pedagogia diferenciada Porto Alegre ArtMed 2000d PIAGET Jean Sobre a pedagogia S o Pau
193. PE no per odo de 13 a 18 de julho de 2003 e que contou com a presen a dos professores da Rede por ter se constitu do como a programa o de sua Capacita o Intensiva reeditava em forma de livro o primeiro documento mantendo os textos anteriores revisando alguns e acrescentando novos RECIFE 2003a O quarto documento Ciclos de aprendizagem olhares sobre as pr ticas nas escolas municipais leituras complementares publicado no ano de 2004 apresentava os m ltiplos olhares acerca dos ciclos de aprendizagem sendo composto por uma orienta o para o processo avaliativo em ciclos por uma fundamenta o e esclarecimento sobre os Espa os Ampliados de Aprendizagem e pela reedi o de textos afins tem tica de intelectuais renomados do cen rio educacional brasileiro tais como Elba de S Barreto e Eleny Mitrulis sobre a trajet ria dos ciclos no Brasil Najla Veloso Barbosa sobre a viol ncia simb lica no curr culo seriado Marise Nogueira Ramos sobre a psicologiza o presente na Pedagogia das Compet ncias Elba de S Barreto sobre dois modelos de avalia o na educa o b sica e Sandra Z kia Souza com dois textos um sobre avalia o em ciclos e outro sobre a progress o escolar RECIFE 2004 142 Para compreendermos a pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife levantamos a partir da an lise de conte do dos documentos da gest o central da Secretaria de Educa o e das falas dos profes
194. Paran Partido Republicano Brasileiro Partido da Reconstru o Nacional Programa Especial de Pedagogia Partido Socialista Brasileiro Partido da Social Democracia Brasileira Partido dos Trabalhadores Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo Rio de Janeiro Sistema de Avalia o da Educa o B sica Sistema de Avalia o Educacional do Estado de Pernambuco Sistema de Avalia o da Rede Estadual de S o Paulo S o Paulo Universidade Federal da Bahia Universidade Federal de Pernambuco Uni o Nacional de Dirigentes Municipais de Educa o Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia Universidade de Pernambuco Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 Quadro 6 Quadro 7 Quadro 8 Quadro 9 Quadro 10 Quadro 11 Quadro 12 Quadro 13 Quadro 14 Quadro 15 Quadro 16 Quadro 17 Quadro 18 Quadro 19 Quadro 20 Quadro 21 Quadro 22 Quadro 23 LISTAS DE ILUSTRA O LISTA DE QUADROS Trechos de transcri o de entrevista Etapas da an lise de conte do Trecho de um fichamento bibliogr fico Trecho de an lise de conte do da literatura Trecho de transcri o de entrevista identifica o dados gerais Dados gerais para an lise de conte do ii Trecho de transcri o de Entrevista identifica o pr
195. Rede eu sinto isso toda vez que eu tenho Entro nas reuni es para conversar sobre as discuss es eu sempre trabalho Eu sempre coloco isso PAZ Com isso vemos que existem crit rios por m n o explicitados ou tratados com maior consci ncia A intui o portanto n o se que pode ser o nico crit rio presente na organiza o dos conte dos da PA1 Se a intui o estiver sendo entendida e aplicada com o sentido de algo espont neo imediato realmente n o crit rio de organiza o pois configura se como improviso e at mesmo como desleixo Em contrapartida se a intui o estiver aparecendo no sentido de pressentimento n o como sexto sentido ou ocultismo e sim como um sentimento uma sensibilidade pr via que re ne condi es objetivas para antecipa o das a es pedag gicas podemos afirmar que a intui o tamb m faz parte da a o docente Mesmo assim com a intui o pedag gica associando se a uma capacidade do professor em estar sens vel perceber o contexto que rodeia a sua a o e a dos alunos possibilitando lhe ter mais elementos para a tomada de decis es e o planejamento ela n o pode ser o nico crit rio para organiza o dos conhecimentos no tempo de escolariza o dos alunos pois devemos ter clareza dos argumentos que justificam a hierarquiza o dos conte dos Ainda que de forma impl cita a PAI nos permite reconhecer que existem diferencia es hier rquicas em tal organiza o de
196. a compreens o do curr culo como pr tica pedag gica e da did tica na perspectiva s cio B Sugerimos consultar Lib neo 1998 Moreira 1998 Santos e Oliveira 1998 Veiga Neto 1998 71 hist rica em que o primeiro se transforma em ato e a segunda amplia e articula sua dimens o t cnica e social A Did tica mesmo considerando os fatores macro sociais da escola termina por estabelecer como foco central de suas reflex es o ato de ensinar e aprender A Did tica compreendida nesse campo como compet ncia imprescind vel a o docente que intenciona a organiza o do pensamento acerca de um corpo de conhecimento da pr tica pedag gica configurando se como rea do conhecimento da pedagogia que se responsabiliza em converter objetivos sociopol ticos advindos de uma teoria educacional em objetivos de ensino levando em considera o uma determinada sele o de conte dos e pensando estruturando e aplicando m todos apropriados a determinadas situa es educacionais Sem desconsiderar os v rios focos reas e dimens es acerca dos estudos sobre curr culo optamos por consider lo como pilar da pr tica pedag gica pelo vi s da Sociologia Cr tica do Curr culo e mais especificamente nos estudos de Jean Claude Forquin 1992 1993 1995 1996 2000 2001 Fundamentando nos em Forquin 1992 1993 e 1996 compreendemos o curr culo como sendo o conjunto daquilo que se ensina e daquilo que se aprende t
197. a o Precisamos reconhecer o m rito de Perrenoud 1999 2000b no aspecto da abordagem dos saberes escolares Mesmo retomando princ pios da Pedagogia Ativa n o os considera existentes por si s s nas listagens prescritas dos cursos e programas escolares conte dos dos guias curriculares n o os coloca como resultado natural da a o pedag gica do professor objetivos educacionais tampouco nos procedimentos pedag gicos de aula 110 m todos de ensino O autor insere por exemplo a problematiza o a contextualiza o e a integra o do conhecimento na pr pria concep o poder amos dizer no processo de transmiss o e assimila o do conhecimento Vemos ent o seguindo o pensamento de Ramos 2001b que a no o de compet ncias n o est definitivamente determinada em favor da classe dominante pois se constitui como fen meno hist rico como media o da totalidade e como processo contradit rio da mesma forma que o curr culo representa rela es ntimas com a forma como as contradi es se expressam na sociedade No bojo destas contradi es acreditamos que a refer ncia numa Pedagogia das Compet ncias pode ser ressignificada e reapropriada por um Projeto Pol tico Pedag gico em favor da classe trabalhadora Por m para isso como diz Ramos 2001b preciso encar lo no movimento do real e como quest o pol tica No entanto apenas ressignificar n o suficiente faz se necess rio construir um pro
198. a No primeiro caso h uma jun o de concep es contidas em diferentes teorias pedag gicas fazendo adapta es e reformula es para um contexto mais atual No segundo caso as teorias pedag gicas buscam avan ar realizando uma cr tica propositiva para a supera o dos limites reconhecidos naquela s mas mesmo assim partem delas para estabelecer a contradi o No movimento de descontinuidade em que h um car ter de ruptura vemos que algumas teorias conseguem estabelecer partindo de uma continuidade contradit ria uma cis o nas suas compreens es principalmente orientada por projetos hist ricos diferentes das anteriores e em busca deles Aqui tamb m vemos posicionamentos diferentes Algumas teorias se apresentam numa descontinuidade aditiva pois mesmo partindo de uma continuidade contradit ria n o explicitam seu projeto hist rico enquanto outras numa descontinuidade contradit ria pois al m de explicitarem o projeto hist rico este antag nico ao da anterior Em s ntese nesse movimento de continuidade e descontinuidade as Pedagogias de Conte dos Objetivos e de Projetos voltam se para as Teorias Tradicionais de Curr culo ora de concep o cl ssica ora progressivista ora tecnocr tica tendo a de Objetivos vincula es com o Paradigma T cnico Linear As tr s teorias pedag gicas apresentam se numa 87 continuidade aditiva Contudo a concep o integradora da Pedagogia de Projetos esbo a uma contin
199. a a do indiv duo um mundo no interior do mundo Para o pr prio Bourdieu 1990 p 26 o habitus uma subjetividade socializada sendo entendido como um sistema de esquemas adquiridos que funciona no n vel pr tico como categorias de percep o e aprecia o ou como princ pios de classifica o e simultaneamente como princ pios de organiza o da a o 97 sociedades os p blicos escolares e os n veis de ensino as mat rias ensinadas as ideologias e as pr ticas pedag gicas FORQUIN 1992 p 34 Continuando sua cr tica o autor questiona se de fato os saberes escolares s o sempre frutos de uma sele o de um corpo cultural dominante e pr existente ou se poss vel considerar a escola como produtora e criadora de uma cultura particular Mais ainda se realmente a transposi o did tica tamb m impusesse uma configura o espec fica esta seria dotada da capacidade de sair de seus limites e imprimir sua marca em outras esp cies de atividades lazer jogo turismo pol tica profiss o etc j que uma cultura particular tal como a cultura escolar consegue assim fazer A compreens o de transforma o do conhecimento e de produ o do saber escolar defendida por Forquin 1992 e 1993 como uma forma t pica de conhecimento e de saber leva nos possibilidade de entender a escola para al m de um simples ve culo ou reflexo de uma cultura posta a escola tamb m um mundo social que
200. a Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice F Quadro para an lise de conte do dados gerais DISCIPLINAS Disciplina Professores Professor a 1 Professor a 2 QUEST ES Escola Escola O professor Forma o Tempo servi o Atua o nas turmas Atua o na escola Documentos de uso A Rede Inst ncias Documentos Caracter stica da escola Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice G Legenda para an lise de conte do problem ticas Legenda problem ticas que revelam as entrevistas Marcado em cinza procedimentos de avalia o Avalia o e o planejamento Avalia o nos ciclos Avalia o e a sistematiza o do conhecimento Avalia o e a dimens o normativa Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice H Quadro para an li
201. a a procura de resolu o dos problemas de n o aprendizagens e minimiza o dos problemas de repet ncia e evas o escolar os pontos negativos e positivos destacados pelas professoras giram sempre em torno da situa o de aprova o ou reprova o do aluno pelo ciclo n o para reprovar mas n o leve isso radicalmente Mas vamos dizer Se o menino tem compet ncia Porque cada ciclo tem 2 anos n o isso Ent o se ele tem compet ncia para fazer o ano seguinte ele passa Agora dificilmente voc vai encontrar um aluno que n o tenha essa possibilidade de passar para o outro PLP1 Por causa dos alunos Porque se n o Eles j est o levando isso na maior goza o eles falam ah n o precisa estudar n o agora todo mundo passa s n o faltar PLP1 O que a gente est vendo assim que o aluno est tendo mais oportunidades que o aluno est sendo visto de uma maneira diferente isso j deu para a gente ver O professor n o est sendo aquele sabe Direcionado somente para aquela pr tica Eu s sei ensinar desse jeito N o o professor tamb m est mais aberto para novas aprendizagens para novos direcionamentos Trabalhar com projetos pedag gicos N o uma coisa f cil mas muitos professores j est o entrando nessa proposta porque est o entendendo que melhor para ele e para o aluno Ent o isso uma coisa que a gente est verificando Agora como existe muita resist ncia eu vej
202. a aleatoriedade e dispers o Sendo assim o curr culo como pr tica pedag gica um processo que intenciona um produto educacional prescrevendo caminhos Contudo essa inten o e prescri o n o se encerram em si mesmas e muito menos num sujeito elaborador externo pr tica pedag gica da sala de aula Essas se confrontam numa tens o de interesses entre os sujeitos pedag gicos aluno professor e gestor e mais ainda naquela presente no pr prio objeto pedag gico conhecimento O curr culo portanto org nico na intera o educacional seja dentro ou fora da sala de aula O curr culo compreendido como pr tica pedag gica por vezes confundido com a did tica Ali s essa confus o n o privil gio desse foco do curr culo Curr culo e Did tica enquanto reas de conhecimento t m apresentado confus es conceituais e fus es hist ricas No entanto mesmo que haja aproxima es essas duas teorias pedag gicas se caracterizam de formas diferentes seja pela compreens o e interven o seja pela trajet ria de formula o Diversos estudiosos t m apontado as conflu ncias e diverg ncias entre did tica e curr culo Segundo Moreira 1998 existem ambigiiidades indefini es e superposi es nessa rela o seus limites s o t nues e facilmente transpon veis Sem contar com o fato de que um objeto pode ser estudado por diferentes reas do conhecimento como vimos demonstrando com o pr prio curr culo que
203. a autora afirma que nesse entendimento o curriculum n o qualquer prescri o sobre os conte dos do ensino tampouco suficiente que se acrescente a ordem e a sequencia o Curriculum uma ferramenta pedag gica que substitui a antiga did tica que subordina a educa o a uma vis o eficientista e utilitarista apresentada como ideologia cient fica e que imp e aos processos de prescri o sobre o que se deve ensinar uma l gica de constru o o chamado planejamento curricular TERIGI 1996 p 168 Mesmo que distintas compreens es sobre curr culo remetam sua origem a pocas diferentes a sua emerg ncia como campo de investiga o remonta ao in cio do s culo XX na qual os intelectuais tomam o curr culo como objeto de reflex o e n o apenas como ve culo de recomenda o de suas elabora es sobre a educa o como praticamente fez Dewey ou mesmo como aparecem desde a Antiguidade Grega Como objeto de reflex o o curr culo vai configurar uma teoria espec fica a Teoria do Curr culo entendida como o estudo das for as sociais e pol ticas que expl cita ou implicitamente se relacionam com a constitui o do saber escolar Esse campo mostra que os saberes n o representam posi es consensuais sobre a utilidade ou o valor de determinados conhecimentos eles s o a express o de for as e de interesses conflitantes na sociedade SANTOS e OLIVEIRA 1998 2 Hamilton 1992 28 A autora utiliza
204. a conceitos mais simples em seguida as partes antes analisadas devem ser de forma gradual integradas at novamente se chegar ao concreto Entretanto o m todo elaborado por Marx 1983 n o se apresenta como o processo de cria o do real o m todo que consiste em elevar se do abstrato ao concreto para o pensamento precisamente a maneira de se apropriar do concreto de o reproduzir como concreto espiritual Mas este n o de modo nenhum o processo de g nese do pr prio concreto A totalidade concreta enquanto totalidade de pensamento enquanto concreto pensamento de fato um produto do pensamento da atividade de conceber ele n o pois de forma alguma o produto do conceito que x engendra a si pr prio que pensa exterior e superiormente observa o imediata e representa o mas um produto da elabora o de conceitos a partir da observa o imediata e da representa o O todo na forma em que aparece no esp rito como todo de pensamento um produto do c rebro pensante que se apropria do mundo do nico modo que lhe poss vel Antes como depois o objeto real conserva sua independ ncia fora do esp rito MARX 1983 p 219 Mesmo que o concreto e o sujeito se apresentem como inst ncias aut nomas em rela o ao pensamento estes t m uma autonomia relativa pois ambos est o merc da interven o deste sujeito na realidade uma vez que o processo de conhecimento do sujeito d
205. a de ser arte as artes pl sticas as artes c nicas voc vai encontrar nos jornais Artes c nicas o que que vai ter O que tem nessa semana a passo classifica o e come o a destrinchar todas artes pl sticas que est o a PAZ A PAI referindo se ao conte do de ensino da Arte remete ao livro did tico um tratamento mais hierarquizado deste no qual poss vel encontrar uma segu ncia que sempre inicia com hist ria da arte passando por diferentes pocas povos artistas cl ssicos A PAI s vezes demonstra que trabalhar uma produ o art stica seja a linguagem a obra o autor em arte n o entend la como objeto de conhecimento em si mas sim como meio para outro tipo de conhecimento gerado atrav s dela como se o trabalho com a produ o ou obra 238 art stica n o fosse para apreender a produ o a obra em si mas para aquilo que a produ o pode gerar de aprendizagens transversais Nesse caso a linguagem a obra o autor est o sendo usados como ve culos para aprender por exemplo atitudes valores percep es sentimentos etc sendo portanto um recurso pedag gico Geralmente o livro did tico come a por hist ria da arte A arte primitiva arte pr hist rica que a entra em confronto muito porque hoje em dia existem popula es que est o ainda na pr hist ria A a gente tem que se lembrar disso tem que se lembrar disso A come a aquela coisa l de eg pcias gregas
206. a escola de uma forma geral e o papel da Educa o F sica nessa escola n o s diante do que pensam agem e dizem outros professores mas tamb m do pr prio professor de Educa o F sica Por vezes a professora remete o particular da Educa o F sica ao que n o lhe seria espec fico tais como aspectos sociais afetivos etc N o que esses aspectos n o sejam importantes em cada disciplina no entanto n o se deve subsumir o que lhe particular em fun o do que geral na escola As disciplinas devem trabalhar o social e afetivo por exemplo a partir de seus pr prios saberes escolares Ali s o saber escolar considerado neutro apol tico n o hist rico sem envolvimento emocional de fato n o existe pois as 207 disciplinas escolares n o existem por si s s nessa escola e n o s o objetos inanimados As disciplinas s o formadas por vidas humanas nos conflitos das rela es de poder Por outro lado nenhuma disciplina por si s deve assumir a generalidade da escola mesmo porque n o daria conta A partir de suas especificidades as disciplinas devem cumprir o papel da escola como um todo No caso da PEF1 a Educa o F sica se esfacela diante das atribui es da escola em geral assumindo para si esse papel visto que sua legitima o na escola est ofuscada Eu acho que ela faz o mesmo uso que a educa o A educa o f sica e a educa o art stica dizem o grande trunfo da escola por
207. a gente ensinava o que era sujeito e depois em uma outra li o que ensinava o que predicado Eu posso juntar os 2 e ensinar a ele o que um sujeito e um predicado num s momento por qu Porque eu preciso mostrar para ele que essa rela o do sujeito e predicado o que viabiliza o entendimento da l ngua portuguesa tanto na escrita quanto na leitura Isso facilita o meu entendimento Facilita Se eu entender de concord ncia verbal e nominal isso vai facilitar a minha maneira de escrever a minha maneira de falar a minha maneira de ouvir Ent o eu n o preciso separ las determinados tempos com palavras com os tempos PLP2 Segundo a PLP1 a disposi o do conhecimento no curr culo escolar vai enfrentar fortes problemas e contradi es diante da implanta o dos ciclos de aprendizagem Lembramos aqui as cr ticas presentes em outras falas dessa professora quando deixa a entender que sua implanta o n o tem sido a ideal pois os estudos e reflex es acerca dos mesmos tem sido insuficientes fora os fatos referentes s condi es escolares em que h salas com muitos alunos e poucos professores Por m algumas contradi es mesmo que estejam associadas a quest es infra estruturais para a implanta o dos ciclos tamb m acontecem na compreens o e postura docente diante destes Como os ciclos de aprendizagem est o intimamente relacionados a altera es na avalia o do rendimento escolar e motivados par
208. a pol tica educacional ou mais especificamente nas elabora es recomenda es e determina es de pol ticas curriculares para a educa o b sica Marize Nogueira Ramos 200la e 2001b uma das autoras no Brasil a fazer uma an lise cr tica da no o de compet ncia Esta autora RAMOS 2001b faz um estudo sobre a no o de compet ncia analisando sua rela o com o campo educativo e tamb m procurando reconhecer suas arestas com os mbitos econ mico pol tico e ideol gico configurando o que ela chama de descolamento conceitual de qualifica o ao modelo de compet ncias Para a autora a no o de compet ncia surge com a inten o de responder a necessidades te ricas e emp ricas estabelecidas diante das mudan as sociais das ltimas d cadas reafirmando e negando contraditoriamente o conceito de qualifica o e forma o humana l Duarte 2000 em outro texto critica os mesmos posicionamentos valorativos contidos no lema aprender a aprender analisando especificamente o ide rio escolanovista e o construtivista respectiva e principalmente nas obras de Cousinet 1959 Bloch 1951 e Delval 1998 Piaget 1998 Apesar destes n o terem sido objetos diretos da refer ncia bibliogr fica deste trabalho indicamos para que os leitores interessados tenham refer ncias da demanda de produ es que est o circulando no Brasil no que concerne ao assunto Frigotto 1995 Gonz lez 1996 Vergnaud 1996
209. a quando ela indica certo distanciamento tomando decis es no mbito individual e pessoal acerca da sele o dos saberes deixando no ar certa neglig ncia proposta pedag gica Essa contradi o e desd m tamb m se expressam na fala da PAZ Olhe eu tenho a proposta da Rede que eu vou atr s tenho a proposta mas eu vou mais atr s dos objetivos Em termos de atividades n o me atende N o me atende porque eu tenho que fazer os ajustes A minha turma da 7 D a outra 7 eu n o sei ent o a proposta da Rede me permite fazer isso Gra as a Deus Mas assim tudo que eu levo meu seguindo de alguma forma as propostas que eles d o sabe Eu acho interessante as propostas os conte dos e algumas coisas assim PA1 Tem aquela proposta Como que chama at um caderninho branquinho j esqueci o nome dele Tem arte tem Educa o F sica tamb m Eu olho tudo Porque na realidade quando eu trabalho eu n o sigo s um material eu vou colhendo v rios E vou olhando porque mais interessante para eu trabalhar Tem o caderninho que a prefeitura d se voc tivesse falado eu tinha trazido peguei hoje o meu Existe existe arte portugu s educa o f sica PAZ Tem dos livros de v rios livros Hist ria da arte no Brasil Livros did ticos esses que eles vendem FTD Depende da qualidade a eu vou fazendo uma sele o Procuro muitas vezes reportagens em revistas alguma coisa que fa
210. a quest o do poder que vai separar as teorias tradicionais das teorias cr ticas e p s cr ticas SILVA 1999 p 16 As Teorias Cr ticas do Curr culo segundo Silva 1999 surgem na Inglaterra com a chamada Nova Sociologia da Educa o NSE e nos EUA num Movimento de Reconceptualiza o ambos origin rios do in cio da d cada de 1970 Michael Young considerado o maior representante da primeira e William Pinar uma grande lideran a no segundo Na primeira as bases se davam a partir do marxismo e da teoria cr tica da Escola de Silva 1999 p 26 denomina os estudos de John Dewey como progressistas talvez por comparar com o modelo tecnocr tico de Ralph Tyler Moreira 1995 fazendo uma aproxima o com os estudos de Lib neo 1984 denomina Dewey como um progressivista fazendo parte portanto de uma Pedagogia Liberal e n o de uma Pedagogia Progressista 30 Segundo Forquin 1993 fundamentando se em Bernstein a hip tese central da NSE que a forma como uma sociedade seleciona classifica distribui transmite e avalia os saberes destinados ao ensino reflete sua distribui o do poder e o modo pelo qual se encontra assegurado o controle social dos comportamentos dos indiv duos e Sugerimos consultar obras do autor publicadas no Brasil Young 1982 1986 1989 1996 e 2000 54 Frankfurt No segundo as teorias sociais fenomenol gicas e hermen uticas traziam os fundamentos Para Silva 1999 foi pro
211. a t cnica uma forma de trabalhar porque esse conte do espec fico ponto linha luz cor forma sombra pontilhismo n o sei o qu n o tem mais sentido na arte contempor nea Agora a gente pode trabalhar a hist ria da arte A l vai para o expressionismo para o impressionismo para o que o modernismo o que poparte o que cubismo o que concretismo que para mim sinceramente eu falo assim agora para eles enquanto conte do sem a imagem sem a N o tem valor n o PA1 A dan a o corpo em movimento A tem Marta Gran tem o povo os dan arinos os que PA1 A PAZ indica uma segii ncia de conte dos No 1 ano esse ano eu trabalhei desde o ano passado com arte moderna Semana de arte moderna A eu sempre utilizo a parte hist rica da arte Onde iniciou a arte moderna A estudamos os artistas ou mostramos exemplos da literatura para que ele n o ache Porque muitas vezes teve pocas que eu falava sobre o barroco de repente a professora falava em barroco a professora de literatura ent o eles achavam que Oh professora barroco n o era na literatura A eu procuro situ los no espa o mostrando que algumas outras artes s o ligadas T m uma liga o E o 2 ano com a complementa o da semana de arte moderna e eu continuei Eu fa o assim a arte Na classifica o eu coloco a arte n o s desenhar voc vai ver a m sica a dan a a literatura tamb m n o deix
212. acerca do curr culo n o se isolam entre si e de que in meros olhares seriam poss veis trataremos tr s campos que dizem respeito a nossa delimita o do objeto de pesquisa Historiografia da Educa o Pol tica Educacional e Pr tica Pedag gica 4 Autores da rea da Educa o como por exemplo Lopes Macedo e Alves 2006 Santiago 2005 Silva 1998 afirmam que o curr culo tem sido refletido de distintas maneiras e gerado uma diversidade de tem ticas Diferentes reas t m se ocupado de seu estudo v rias dimens es t m sido reconhecidas na sua constru o uma multiplicidade de temas tem se originado nas investiga es sobre curr culo modos de abord lo v m se mostrando no campo educativo 58 1 1 2 1 Curr culo como historiografia da educa o A Hist ria das Disciplinas Escolares compondo a Historiografia da Educa o inspirada na Nova Hist ria assim como a Nova Sociologia da Educa o e mais especificamente a Sociologia do Curr culo v m nos ltimos anos colocando o curr culo e os saberes escolares e suas diferentes formas de configura o como foco de seus objetos de estudos conforme podemos perceber na figura 5 Nesse campo o curr culo compreendido como processo e produto da constitui o dos saberes escolares os quais passam por uma sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento Figura 5 O curr culo como historiografia da educa o Curr culo Saberes Escolares
213. acional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica orienta es gerais Bras lia MEC SEB 2005 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria da Educa o B sica Orienta es Curriculares Nacionais para o Ensino M dio Bras lia MEC SEB 2006a BRASIL Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira INEP Sistema Nacional de Avalia o da Educa o B sica Dispon vel em lt http www inep gov br basica saeb caracteristicas ntm gt Acesso em 19 10 2006b BRASIL Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira INEP Exame Nacional do Ensino M dio Dispon vel em lt http www inep gov br basica enem default asp gt Acesso em 19 10 2006c BRASIL Presid ncia da Rep blica Lei n 11274 Disp e sobre a dura o de 9 nove anos para o ensino fundamental com matr cula obrigat ria a partir dos 6 seis anos de idade 2006d BRAYNER Nadja Maria Miranda e FERRAZ Maria do Carmo Brayner Recife e sua realidade educacional subs dios para elabora o do Plano Municipal de Educa o Recife 2004 mimeo BRZEZINSKI Iria Org LDB Interpretada diversos olhares se entrecruzam S o Paulo Cortez 1997 BURKE Peter A Escola dos Annales 1929 1989 a Revolu o Francesa da historiografia S o Paulo FEU 1997 CALLEGARI C sar O ensino fundamental de nove anos In SILVA Ainda Monteiro et al Pol ticas ed
214. aco por minuto de uma pessoa normal sem ter feito nenhum esfor o f sico de tantos batimentos por minutos digamos que essa pessoa fez algum esfor o f sico tal tal tal e isso triplicou De quanto seriam os batimentos por minuto Ent o PM1 Mostro o que uma equa o de 2 grau como que eu posso fazer para resolver mas eu imediatamente atrelo essa equa o de 2 grau a uma situa o problema Bom eu preciso da equa o para resolver algumas situa es problemas eu n o vou resolver equa o de 2 grau s por resolver Ent o eu trabalho a equa o de 2 grau em cima da resolu o do problema e a eu mostro como fazer PMI N s trabalhamos com isso e eu sou muito cuidadoso com esse detalhe Eu procuro muito trabalhar o aluno na situa o problema entendeu Contextualizando mais PM2 N s utilizamos mais aula expositiva entende O professorado que s vezes Eu mesmo por exemplo sempre procuro uma maneira mais pr tica que o aluno sinta que a matem tica n o t o somente abstrata ela tem algo de concreto PM2 A avalia o tamb m se configura como um importante elemento de sistematiza o dos saberes escolares mas como os demais tamb m apresenta problemas conflitos ambigiidades O PM1 afirma que na avalia o procura analisar diversos elementos desde a apropria o dos conte dos passando pela apura o da frequ ncia e indo at os aspectos sociais mais amplos
215. acompanhamento entendeu Extra Hoje mesmo j aconteceu aproveitando esse recesso e trazendo j os alunos que n o atingiram as compet ncias como uma esp cie de aula de refor o PM2 Veja bem o aluno vai para a s rie seguinte na depend ncia daquele ciclo que ele n o atingiu as seguintes compet ncias t entendendo Num outro momento fora do hor rio dele na escola em que ele estuda h possibilidade de novos estudos PM2 4 Um outro exemplo disso o uso de uma metodologia menos disciplinar menos convencional como o caso da Pedagogia de Projetos destacada pelo PM1 Mas no atual contexto da Rede Municipal do Ensino configura se como experi ncias localizadas e n o como uma generalidade no cotidiano das escolas como um todo a gente procura pelo menos a gente da equipe pedag gica orientar da seguinte forma como a Rede adotou o ciclo de aprendizagem isso se torna uma coisa como se fosse uma coisa puxando outra Se tornaria melhor se o professor trabalhasse em cima de projetos t Mas atualmente s o ainda coisas pontuais Voc tem algumas escolas da Rede municipal que 294 trabalham projetos inclusive escolas que foram premiadas como a escola que teve o projeto sobre o mangue ela foi premiada entendeu Outras escolas j foram representar isso fora Ent o s o coisas pontuais Por qu Porque isso requer uma demanda de discuss o permanente na escola e isso um problema que o ciclo enfrenta as
216. ade v o aparecer posi es teoricamente concordantes com uma forma de ensinar e avaliar nos ciclos a qual seja mais aberta e din mica mas que diante de uma estrutura prec ria e de sujeitos ainda acostumados com procedimentos mais formais envidam se por avalia es mais meritocr ticas No caso dos ciclos de aprendizagem existe a recomenda o da Rede pela n o reprova o visto que a reprova o em tese seria resultado de uma n o aprendizagem Sendo tarefa da escola favorecer a aprendizagem o aluno deve ser aprovado pois a escola deve conseguir ensinar No entanto n o isso que por vezes se processa segundo algumas falas de professores existindo vez em quando uma reprova o uma reten o como eles costumam chamar Outros afirmam que nos ciclos s h a reprova o por falta Ainda h aqueles os quais afirmam que nem por falta o aluno ser retido pois n o mais h verifica o de fregii ncia por disciplina O fato que quando o aluno n o atinge as compet ncias em uma determinada disciplina ele encaminhado para os Espa os Ampliados de Aprendizagem naquela disciplina mas d continuidade progress o escolar e a isso os professores se referem como reten o mas que n o corresponde reprova o anual do antigo curr culo seriado J a reprova o por falta d se em fun o do aluno n o ter alcan ado o percentual m nimo de 75 da fregii ncia na carga hor ria total do curr culo O fato
217. ade Cat lica Dom Bosco Campo Grande 1996 YOUNG Michael F D O curr culo do futuro da nova sociologia da educa o a uma teoria cr tica do aprendizado Campinas Papirus 2000 ZOTTI Solange Aparecida Sociedade educa o e curr culo no Brasil dos jesu tas aos anos de 1980 Campinas Autores Associados e Bras lia Plano 2004 Ap ndices 346 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice A contato com os professores Professores entrevistados Disciplina Professor Escola Contato Situa o Arte Professora de Arte 1 Escola B Entrevistado Professora de Arte 2 Escola A Entrevistado Educa o Professora de Educa o F sica 1 Escola B Entrevistado F sica Professora de Educa o F sica 2 Escola C Entrevistado L ngua Professora de Portugu s 1 Escola D Entrevistado Portuguesa Professora de Portugu s 2 Escola B Entrevistado Matem tica Professor de Matem tica 1 Escola E Entrevistado Professor de Matem tica 2 Escola A Entrevistado Professores que comp em em sua disciplina a Equipe Pedag gica de 3 e 4 ciclos 1 de cada disciplina total 4 2 professores da Escola A 3 pr
218. ado N o tem uma crase certa PLP1 Em algumas escolas sim Tanto que ainda existem os cursinhos da vida E se ganha muito dinheiro com esses cursinhos Infelizmente vestibular ainda um organizador de curr culo ainda PLP2 260 Por m superar a centralidade gramatical no ensino da L ngua Portuguesa tem sido algo que enfrenta desafios e problemas diversos Os pais e os alunos reclamam e a professora procurando legitimar sua disciplina sob outra teoria pedag gica sob outra concep o de disciplina procura amenizar as reclama es explicando as demandas de um novo contexto Pais e alunos cobram bastante das professoras um ensino mais convencional da l ngua principalmente no que se refere s normas gramaticais justificando sua cobran a em fun o de suas necessidades de realizar concursos para atua o profissional ou mesmo para entrada no ensino superior Bom L ngua portuguesa est com um problema terr vel porque a gente est praticamente abolindo a gram tica E os pais alguns pais na ilha do retiro alguns nem sei se tem algum pai que entenda desse assunto Mas os pr prios alunos que s o adultos meus alunos s o adultos eles reclamam muito Eles falam professora quando que a senhora vai dar aula de portugu s Eles n o entendem que est o aprendendo portugu s Eles n o entendem como eles melhoraram porque eu trabalho demais com a revista Veja Isto PLP1 Os pais cobram muito da
219. ados coletados e na coer ncia interpretativa dos dados diante do problema e resultados de investiga o A generaliza o evocada pela representatividade dos dados dever ficar a cargo do leitor o qual apropriando se da coer ncia e consist ncia cient fica desse estudo poder fazer suas pr prias infer ncias Partimos do pressuposto de que existem mais ambigiiidades d vidas e conflitos do que certezas na constitui o desses saberes n o apenas nas disciplinas entendidas como secund rias como Educa o F sica e Arte mas tamb m nas disciplinas consideradas de maior prest gio como L ngua Portuguesa e Matem tica Foi assim que procuramos reconhecer como e com que fundamentos aparecia a constitui o dos saberes escolares nas elabora es e a es da pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife tanto da gest o central da Secretaria de Educa o quanto na pr tica pedag gica do professor na gest o da sala de aula Procuramos compreender o Todo Escolar inserido na Pol tica Curricular do Munic pio do Recife a qual n o se distancia do contexto orientador de pol ticas seja ele estadual nacional ou mundial Tamb m procuramos analisar as particularidades das disciplinas escolares voltando ao Todo Escolar por via de confronta o na constitui o dos saberes escolares de disciplinas que comp em o curr culo da educa o b sica Compreendendo que os saberes escolares se constituem num processo de sele
220. ag gica da Rede Municipal de Ensino do Recife 2002 para planejarem suas pr ticas pedag gicas apesar de nas particularidades das disciplinas essas afirma es apresentarem nuan as Muitos professores afirmam que tamb m usam os livros did ticos como fonte da sele o do conhecimento Mesmo que essa afirma o n o fa a parte do discurso de alguns poucos professores at sua nega o demonstra que implicitamente o livro 47 Vale salientar que a did tico tem sido uma refer ncia importante para a atividade docente afirma o do uso desses livros para a sele o aparece de maneira incisiva naqueles que indicam a utiliza o Alguns poucos apontam ter nos Par metros Curriculares Nacionais uma fonte complementar de consulta para realiza o de seu planejamento O conceito de compet ncias entendido como uma conjuga o de capacidades para solucionar problemas do cotidiano est presente com a exce o dos professores de Arte na fala dos entrevistados configurando se como uma orienta o para toda a pr tica pedag gica desde a sele o passando pela organiza o e indo sistematiza o dos saberes escolares Existe entre os professores uma unanimidade no reconhecimento do avan o te rico e enriquecimento da contribui o e concep o de sua disciplina na atualidade educacional no entanto muitas vezes pais e alunos a compreendem numa concep o mais tradicional e restrita para os dias atuais Os alunos por esta
221. agogia das Compet ncias tendo como principal mentor Philippe Perrenoud 1999 20004 2000b apresenta se na inten o de ir al m do enciclopedismo da Pedagogia dos Conte dos e dos excessos comportamentais da Pedagogia dos Objetivos O autor reconhecendo n o ser novidade essa teoria pedag gica afirma que n o a assimila o intensiva dos conhecimentos que ir o favorecer aos alunos a compreens o do mundo em que vivem pois por muitas vezes essa assimila o gera somente a acumula o de saberes levando os apenas a conseguirem aprova o nas avalia es formais da escola e n o conquistando compet ncias O autor pouco se refere compreens o de qual conhecimento os alunos precisam assimilar chegando a ser acusado do esvaziamento dos conte dos Mas nas suas argumenta es percebemos que os conte dos adv m da rela o entre os curr culos prescrito e real No primeiro est o os programas de ensino das disciplinas e dos sistemas educacionais e no segundo o que efetivamente ensinado pelo professor e aprendido pelo aluno No entanto n o explora os conflitos e contradi es dessa rela o A op o de Perrenoud portanto a compatibiliza o dessas duas pedagogias citadas favorecendo o aluno a se apropriar dos conhecimentos mas tamb m de per cias para sua implementa o na resolu o de problemas da exist ncia As compet ncias seriam ent o as capacidades de um aluno em mobilizar os saberes de forma pertinen
222. ais professores de Arte na Rede Municipal de Ensino levantar esse ponto N o existe e era uma coisa que eu gostaria e que voc dentro dessa segii ncia voc trabalharia da forma A a gente tem mil artif cios para trabalhar e que sai mas dentro da proposta n o existe isso Na Rede eu n o vejo essa seq ncia n o vejo Veja mesmo vou dar um exemplo que eu Esqueci esqueci o seguinte O que que eu ia lhe dizer Eu sou totalmente contra exatamente por isso por qu Se por acaso eu trabalho hoje com Portinari Vamos supor eu vou trabalhar com um artista popular a eu trabalho numa 7 s rie eu mostro o trabalho de Portinari a vida de Portinari tudo ligado a Portinari vou fazer atividades sobre Portinari O 241 aluno quando sai daqui e chega em outra escola a l vai a professora trabalhar com Portinari porque ela achou interessante dentro dos objetivos dela usar Portinari A o que que o aluno diz Eu j vi isso na outra escola O desinteresse chega a esse menino Ent o por isso eu acho que tem de ter uma segii ncia tem de existir se n o n o d Um aluno que saia de uma escola de uma escola l de Casa amarela que venha estudar aqui A professora trabalhou de uma forma com X conte dos e eu estou trabalhando esse conte do por isso que eu n o sou Eu acho que tem que ter uma certa sequ ncia Eu olhe dentro das discuss es nunca se chega a essa a isso Mas desde que eu entrei na
223. al m da entrega a todos do Dicion rio Houaiss de l ngua portuguesa e do livro Os di logos entre o ensino e a aprendizagem RECIFE 20044 Os professores foram incentivados a irem a eventos acad micos art sticos e pol tico educacionais como exemplo a SBPC muitos sendo apoiados na participa o e outros sendo realizados pela pr pria Rede tais como congressos semin rios f runs encontros debates reuni es capacita es cursos oficinas projetos programas mostras e espet culos Bienal do Livro Os eventos aconteciam em diversos n veis de territorialidade local estadual nacional e internacional Em co edi o com a UFPE publicou livros com distintos organizadores para serem distribu dos entre os professores e setores da gest o e ainda externamente Rede Todos esses livros foram fruto da pol tica educacional versando sobre variados temas como por exemplo Paulo Freire Dom H lder C mara Representa es dos alunos sobre a cidade Educa o infantil Ciclos al m de outras publica es internas como podemos citar os documentos analisados nessa pesquisa Foram realizadas v rias a es em conjunto com o Conselho Municipal de Educa o do Recife como audi ncias p blicas projeto de lei para cria o do Sistema Municipal de Ensino da Cidade modelo roteiro para constru o dos regimentos escolares regulamenta o das elei es diretas para diretor e vice das escolas e dos Ciclos de Aprendizagem RE
224. ala o dos Conselhos Escolares e da elabora o de uma proposta pedag gica voltada aos interesses dos alunos e professores da Rede No governo municipal de Joaquim Francisco PFL 1989 1990 que sucedeu ao de Jarbas segundo Brayner e Ferraz 2004 os 15 Conselhos Escolares foram desativados v rias escolas que haviam sido recentemente recuperadas pela gest o anterior s o pintadas com a cor s mbolo do partido do Prefeito na d cada de 1990 que as pol ticas curriculares v o no mbito federal inclinar se mais direita com a es neoliberais por m nos mbitos estaduais e municipais continuariam oscilando tendo proemin ncia algumas experi ncias que ganharam destaque no cen rio nacional por apresentar iniciativas mais progressistas de organiza o dos sistemas municipais de ensino portanto vinculadas aos partidos de esquerda Essa realidade certamente uma continuidade do movimento da d cada anterior agora influencia e influenciada por disputas em torno da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB que viria a ser promulgada no final de 1996 Essas disputas realizadas nos espa os de debates educacionais e pol ticos da sociedade deram se tamb m em virtude da promulga o da Constitui o Federal Brasileira em 1988 seguida da influ ncia da elei o direta para Presidente da Rep blica em 1989 e da interfer ncia dos organismos internacionais nas pol ticas educacionais do Pa s Em especial
225. am tica o ensino dos conectivos do verbo por conta da concord ncia verbal e nominal e a sintaxe Isso a eu tenho que falar em qualquer momento de repente na sala de aula eu tenho que arranjar um jeito de falar sobre isso por qu Porque para que um aluno escreva bem ele tem que entrar em contato com isso tamb m PLP2 Eu trabalho texto eu trabalho pr tica de produ o textual pr tica de oralidade e a pr tica de interpreta o s o tr s eixos no Ano Ent o voc v No terceiro ano do ensino m dio o aluno tem um Numa escola normal que n o seja modulado ele tem o ano todo as ltimas unidades que j falam em literatura em modernismo por exemplo Ela agora est dentro do ensino de l ngua portuguesa At esse momento a gente trabalhava literatura como uma pessoa Tem alguns professores ainda que s ensinam literatura mas agora est o com a carga hor ria completa a gente tanto trabalha produ o textual que a reda o trabalha literatura trabalha gram tica e sintaxe tudo a gente est fazendo agora tudo PLP2 Perguntadas sobre a exist ncia de alguma refer ncia para estabelecer a seq ncia dos conte dos as professoras afirmam que na atualidade n o se seguem mais as seq ncias preestabelecidas Por m confrontando com outras falas percebemos que ainda que se procure implementar uma nova concep o do ensino de L ngua Portuguesa o livro did tico continua sendo uma ref
226. amente parece indicar um favor Olha eu acho que a gente est bem viu Eu nem fiquei de fora n o Entendeu A todo o momento a gente est presente quando eles chamam para por exemplo fazer Projeto A gente sempre tem uma contribui o Quando a gente Sei l essa quest o tamb m de jogos internos A organiza o disso a a gente sempre est a PEF2 Eu acho que avan ou muito essa quest o da Deles acharem que Educa o F sica n o importante sabe Acho Isso pela Eu tenho visto que tem melhorado muito essa quest o de como eles conseguem Porque eles achavam assim que a gente d a bola e o menino fica ocupado Na ocupa o Isso faz muito tempo Mas eles cobram S que hoje em dia eles 206 chamam a gente Esse neg cio de Festival Foi Portugu s que me chamou entendeu Vamos trabalhar comigo est entendendo PEF2 S da gente Educa o F sica N o Professores de forma geral da escola e Educa o F sica est dentro N o a gente est dentro desse geral que a gente tem PEF2 Ainda assim esse avan o deixa a desejar n o s pelo tom de favor mas tamb m pela neglig ncia presente na pr pria disciplina seja dos alunos perante esta seja do pr prio professor de Educa o F sica quando se ausenta de suas atribui es perante a escola como um todo Isso a eu acho que ainda est um pouquinho aqu m Acho que ainda falta Eu n o posso dizer assim
227. amos no quadro 11 a Secretaria de Educa o Municipal era composta por uma secretaria uma secretaria adjunta quatro diretorias sendo a Diretoria Geral de Ensino DGE a que junto com mais seis departamentos comportava o Departamento de 3 e 4 ciclos do ensino fundamental e ensino m dio ao qual administrativamente estavam vinculados os professores sujeitos de nossa pesquisa 104 Na gest o 2001 2004 a Secret ria de Educa o era Edla de Ara jo Lira Soares Quadro 11 Estrutura da Secretaria de Educa o Municipal 2004 Secretaria de Educa o Secretaria Adjunta de Educa o Diretoria Geral de Programas Especiais Diretoria Setorial de Recursos Humanos Diretoria Setorial Administrativa e Financeira Diretoria Geral de Ensino Departamento de Educa o Infantil Departamento de 1 e 2 Ciclos Departamento de 3 e 4 Ciclos e Ensino M dio Departamento de Educa o de Jovens e Adultos Departamento de Educa o Especial Departamento de Acompanhamento Escolar Departamento de Atividades Culturais e Desportivas Sujeitos da Pesquisa Professores da Rede 143 Na atualidade RECIFE 2006 ap s uma reforma administrativa ocorrida em julho de 2005 como podemos perceber no quadro 12 a ent o Secretaria de Educa o assumiu as 144 atribui es do Esporte e Lazer que antes faziam parte da Secretaria d
228. ancear embalar trepar subir rolar girar etc t cnicas de exerc cios qualidades f sicas gerais velocidade flexibilidade for a resist ncia coordena o equil brio ritmo agilidade esquemas motores lateralidade percep o espa o temporal segii ncia de exerc cios coreografias exercita es Princ pios de realiza o Sobrecarga continuidade individualidade Temas hist ricos e sociais Hist ria das gin sticas gin stica e qualidade de vida os modismos e os valores est ticos na gin stica gin sticas com diferentes origens sociais os tipos de gin stica etc Fonte Coletivo de professores de Educa o F sica da Rede de Educa o Municipal do Recife 2005 p 227 228 Na Educa o F sica destacamos as mudan as da proposta de uma vers o para outra Mesmo com uma continuidade de refer ncia te rica o objeto de estudo passou do Mover se para a Cultura de Movimento Dos eixos foi retirado o objeto da vers o preliminar e na vers o final este perpassa toda a proposta e n o apenas os eixos tem ticos Em rela o a estes 174 ainda vemos uma modifica o diminuindo para quatro eixos e modificando as tem ticas na vers o final Especificamente nos saberes estrutura se na vers o final uma categoriza o dos conhecimentos em tipologia fundamentos de regula o fundamentos gestuais e de organiza o princ pios de realiza o e temas hist ricos e
229. andatos foram conduzidos seguidamente por Ol vio Dutra 84 Para detalhes acerca da inser o da pol tica federal do governo FHC em cidades de Pernambuco sugerimos consultar Ferraz e Azevedo 2001 125 Tarso Genro Raul Pont Tarso Genro Jo o Verle todos do PT Atualmente para a gest o 2005 2009 a cidade tem como prefeito de Jos Foga a PPS Em Recife especificamente o in cio da d cada de 1990 marcado pelo afastamento do ent o prefeito Joaquim Francisco PFL para candidatar se ao governo do Estado deixando a gest o municipal de 1990 a 1992 sob a responsabilidade de Gilberto Marques Paulo Enquanto Joaquim Francisco consegue eleger se Governador de Pernambuco para a gest o 1991 1994 Jarbas Vasconcelos tendo voltado a filiar se ao PMDB elege se Prefeito do Recife para a gest o 1993 1996 Posteriormente no cen rio estadual quem assume o governo de 1995 a 1998 novamente Miguel Arraes PSB enquanto a Prefeitura do Recife vive de 1997 a 2000 a gest o de Roberto Magalh es PFL com o apoio pol tico de Jarbas Vasconcelos que se candidatou ao Governo do Estado de Pernambuco e elegeu se para dois mandatos 1999 2006 tendo como Vice Governador Jos Mendon a Filho PFL Desta vez a oscila o se deu na condu o partid ria entre Munic pio e Estado num movimento de zigue zague na altern ncia das gest es com a exce o das duas mais recentes gest es do Governo do Estado de Pernambuco que foram as
230. anos antes do livro de Bobbit Terigi 1996 tratando acerca da genealogia do curr culo alerta para possibilidades de anacronismos na Hist ria da Educa o pois a depender da compreens o atual sobre curr culo diferentes origens podem ser reconhecidas A autora lista tr s diferentes possibilidades de origem do termo 1 prescri o das mat rias 2 plano de estudos e 3 ferramenta pedag gica Terigi 1996 Santos 1997 Pedra 1997 Santos e Oliveira 1998 Silva 1999 51 Para a autora Terigi 1996 caso se compreenda curr culo como prescri o das mat rias de ensino este tem uma longa hist ria pois sua origem remonta Gr cia Antiga tendo o termo sido usado por Plat o e Arist teles para descrever os temas ensinados Contudo se curr culo for entendido como plano estruturado sequenciado ordenado de estudos a autora recuperando os estudos de Hamilton reconhece sua origem ap s a segunda metade do s culo XVII A fonte mais antiga do termo data de 1663 usada para referir se a um atestado de gradua o outorgado a um mestre da Universidade de Glasgow na Esc cia GOODSON 1995 e SAVIANL N 1994 No entanto mais comum na literatura reconhecer o curr culo como ferramenta pedag gica da sociedade industrial surgida na d cada de vinte do s culo passado nos Estados Unidos coincidindo com sua emerg ncia como campo de investiga o a partir da obra de Bobbit Fundamentando se em D az Barriga
231. ante a campanha de 2002 e as a es e omiss es no exerc cio do poder revelam alguns saldos de boas inten es e estrat gias que se tornam obst culos ao avan o da efetiva democratiza o da educa o nesse per odo de governo FRIGOTTO CIAVATTA E RAMOS 2005 p 11 Suas considera es dizem respeito aos primeiros dois anos e meio de Governo o qual havia se comprometido a corrigir distor es conceituais e de pr ticas decorrentes do governo anterior principalmente do que foi assumido com sua proposta de governo Cumprindo parte desses compromissos foi revogado o Decreto n 2208 97 que dissociava a educa o profissional da educa o b sica restabelecendo a possibilidade de integra o entre essas duas modalidades de ensino No entanto um novo Decreto n 5154 publicado em 2004 que seria provis rio n o foi de fato revisto Ao contr rio foi regulamentado com uma concep o ainda restrita FRIGOTTO CIAVATTA E RAMOS 2005 No Parecer CNE CEB n 39 2004 que disp e sobre a aplica o do Decreto n 5154 2004 afirma se que de fato o decreto anterior havia sido revogado mas que seriam necess rias outras resolu es visto que as DCN do ensino m dio e da educa o profissional n o deveriam ser substitu das pois estas regulamentavam a LDB Entretanto com a publica o da Resolu o CNE CEB n 1 2005 o que os autores concluem que pela concep o da rela o trabalho e educa o presente nessa l
232. anto talvez n o possamos chamar de promo o autom tica pois n o havia exames 6 Surgida no in cio do s culo XX mas com as primeiras experi ncias concretas iniciando se a partir do final dos anos 60 e sendo implantada com maior fregii ncia nos sistemas de ensino a partir da d cada de 80 a promo o autom tica significa a elimina o da reprova o Nas d cadas de 60 e 70 as Redes Estaduais de S o Paulo 1960 1972 Santa Catarina 1970 1984 Rio de Janeiro 1979 1984 implantaram propostas com a promo o autom tica A promo o autom tica se diferencia da progress o continuada pois esta prev o n o preju zo da avalia o do processo de ensino aprendizagem a obrigatoriedade dos estudos de recupera o para os alunos com baixo rendimento e a possibilidade de reten o por um ano no final do ciclo MAINARDES 2001 67 A reprova o traz repercuss es negativas para os alunos e para o sistema de ensino gerando para o primeiro um autoconceito negativo e estimulando a evas o e para o segundo um desperd cio de recursos e congestionamento do sistema MAINARDES 2001 p 47 115 institui o seletiva por admitir que as classes devessem ser homog neas e por acreditar que o castigo e o pr mio fossem formas de provocar ou acelerar a aprendizagem MAINARDES 2001 A seria o dos curr culos escolares por mais que num processo de expans o da escola tenha almejado avan ar poca no que se refere concep o
233. aquilo que contido no conte do latente se adquire na escola por experi ncia impregna o familiariza o ou inculca o Enfim curr culo num sentido geral e abstrato a dimens o cognitiva e cultural do ensino ou seja seus conte dos saberes compet ncias s mbolos e valores p 188 42 Posteriormente com um invent rio decompomos o conte do das mensagens procurando pelas categorias anal ticas encontrar uma codifica o dos conte dos os quais foram isolados entre si e posteriormente feita uma classifica o reagrupando os dados diante de uma categoriza o emp rica conforme vemos exemplifica o no quadro 4 Quadro 4 Trecho de an lise de conte do da literatura Autores Silva 1999 Elemento Forquin 1996 Curr culo O autor tra a um mapa dos estudos sobre curr culo apresentando tr s grandes grupos te ricos as teorias tradicionais as cr ticas e as p s cr ticas De certa forma todas as teorias pedag gicas e educacionais s o tamb m teorias sobre o curr culo As diferentes filosofias educacionais e as diferentes pedagogias em diferentes pocas bem antes da institucionaliza o do estudo do curr culo como campo especializado n o deixaram de fazer especula es sobre o curr culo mesmo que n o utilizassem o termo Mas as teorias educacionais e pedag gicas n o s o estritamente falando teorias sobre o curr culo p 21 Neste estudo
234. ar isso tudo Tanto que alguns conte dos foram cortados por exemplo eu vou trabalhar com pintura vou precisar muito de geometria vou precisar de combina es mas se eu for trabalhar por exemplo se eu for fazer um curso de engenharia eu vou precisar muito de c lculo ent o isso tamb m vai depender de que interven o voc vai ter mais na frente t PMI Primeiro para formar sua bagagem formar o conhecimento para que ele possa realmente acompanhar os seus estudos numa s rie subsegiiente E possivelmente para a sua vida l fora PM2 No caso da legitima o social h uma tend ncia em deixar de associar se s concep es mais convencionais do ensino da matem tica tais como a Matem tica Cl ssica ou mesmo a Matem tica Moderna e vincular se a concep es mais emancipat rias inovadoras contextualizadas e problematizadas como por exemplo a Educa o Matem tica Os conte dos estudados agora nessas interven es s o de compreens o de mundo para o social essa quest o Eu tenho que intervir Se eu vou ser um l der comunit rio eu tenho que saber com quantas pessoas eu vou 280 trabalhar o que eu tenho que fazer eu tenho que fazer estimativas eu tenho que fazer progn stico eu tenho que ver a probabilidade de quem eu estou apoiando em que eu posso intervir eu tenho que ver o aspecto geogr fico aonde que eu posso atuar eu tenho que ter o aspecto da l ngua portuguesa eu tenho que sa
235. ar por parte dos docentes se apresentou nos ltimos dez anos diferenciando a das demais Leis Mesmo que de forma controlada ou at mesmo falseada poss vel e necess rio a partir da Lei n 9394 96 superar os curr culos prescritos pelas inst ncias centrais e oficiais de governo ou mesmo pelos estudiosos no assunto Procurando superar uma poca em que os curr culos eram constru dos por especialistas legisladores ou intelectuais curriculistas e apresentados s escolas e aos professores para serem seguidos como guias curriculares por vezes at com padr o nacional esse novo contexto coloca os professores n o especialistas em curr culo frente a v rias maneiras de compreend lo enfrentando tamb m consequentemente a constitui o dos saberes escolares O curr culo portanto composto pelo entrela amento de v rias reas do conhecimento como podemos verificar na figura 3 a Sociologia a Hist ria a Filosofia a Psicologia e outras que fornecem refer ncias para a sua constitui o como campo espec fico da educa o E numa rela o de tens o e complementaridade essas reas focalizando a educa o e especialmente a escolariza o terminam por configurar diferentes teorias educacionais as quais por consequ ncia tamb m se fazem presentes no curr culo No entanto ao mesmo tempo em que as diferentes reas lhes trazem refer ncias o curr culo tem sido tomado como objeto e fonte dessas Enfim afirma
236. ara o mais simples Voc apreende o mundo do complexo e depois voc vem para a divis o entendeu O aluno se inteira de tudo a crian a se inteira de tudo do todo depois que ela vai aprender a fala A vai fazer exatamente ao contr rio come ava com as partes com as letras com as s labas as silabas travadas depois mais dif ceis mas na verdade n o assim n o PLP2 Segundo a PLP2 as teorias educacionais e pedag gicas davam sustenta o hierarquiza o dos saberes escolares Diferentes teorias e sujeitos deram refer ncias a esse tipo de constitui o dos saberes escolares uma constitui o mais convencional e estruturalista No entanto mesmo que hoje se procure superar esse estruturalismo n o significa dizer que a estrutura normativa e gramatical da l ngua n o precise ser trabalhada com os alunos afinal de contas a l ngua possui uma estrutura que lhe d sustenta o e que precisa ser apropriada pelos sujeitos Vinha desse momento que eu a te dizer o aluno precisava se apropriar das coisas mais simples para chegar ao mais complexo Os gram ticos e os estruturalistas e esses foram os que eu n o vou dizer assim que prejudicaram mas de alguma maneira seguraram muito essa quest o do ensino da gram tica porque voc sabe JOS que a apropria o do idioma uma classe privilegiada que tem acesso a ele entendeu Esses estruturalistas da l ngua ent o diziam voc estuda isso aqui porque isso aq
237. arrasar quando vissem esses trabalhos de dr culas de monstros de caveiras a cabe a cheia de cobras dos desenhos do cara do g nio do desenho contempor neo Eles n o tiveram a menor tes o compreendeu Eu tive que trabalhar paisagem desenho do dia a dia do cotidiano Ainda consegui fazer com o nome deles como se fosse grafitagem e tal mas n o foi essas coisas n o Ent o eu vou sempre adaptando PAI Ou at mesmo uma legitima o conferida pelo plano das op es pessoais e profissionais do pr prio professor quando determina por conta pr pria a concep o e abrang ncia da rea e a delimita o de conte dos que melhor se adequam a ele Por exemplo na Arte delimitar como conte dos a Arte Contempor nea ao inv s da Arte Barroca ou mesmo a Arte Moderna ao inv s da Arte da Antiguidade a arte contempor nea ela est totalmente entrosada Ent o voc pode ver um espet culo de performance de teatro que traga dan a e artes pl sticas murais aquarelas v deo Porque as artes pl sticas hoje em dia um avan o enorme Se voc tinha pintura gravura desenho cer mica entalhes hoje em dia voc tem cinema v deo clip arte de computador voc tem hologramas voc tem muita coisa de eletr nica de inform tica de 229 tecnologias Arte xerox muita coisa de arte envolvendo tecnologia entendeu A o teatro pode trazer a dan a pode trazer isso tudinho voc pode dan ar com o pa
238. as Campinas Papirus 1999 p 131 164 ARROYO M As s ries n o est o centradas nem nos educandos nem em seu desenvolvimento In C MARA DOS DEPUTADOS Comiss o de Educa o Cultura e Desporto Solu o para as n o aprendizagens s rie ou ciclos Bras lia C mara dos Deputados 2002 p 26 31 AZEVEDO Janete M Lins de A educa o como pol tica p blica Campinas Autores Associados 1997 AZEVEDO Janete Maria Lins de Implica es da nova l gica de a o do estado para a educa o municipal Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000004 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000004 AZEVEDO Neroaldo Pontes de A UNDIME e os desafios da educa o municipal Estudos Avan ados S o Paulo v 15 n 42 2001 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0103 40142001000200004 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 25 Out 2006 doi 10 1590 S0103 40142001000200004 BARBOSA Najla Veloso Sampaio A in visibilidade da viol ncia simb lica na estrutura escolar seriada como uma das poss veis explica es causais da viol ncia contempor nea e da exclus o social In RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Diretoria Geral do Ensino Ciclos de aprendizagem olhares sobre as pr ticas nas escolas municipais l
239. as somos levados a afirmar que a Rede adotou a promo o autom tica n o havendo reten o do aluno a n o ser por falta E os 155 alunos que n o constroem as compet ncias planejadas seguem para o ano ou ciclo seguinte dando prosseguimento escolariza o mas s o encaminhados para os espa os ampliados de aprendizagem a serem vivenciados em paralelo ao turno regular Quando ele est nas compet ncias que voc pode colocar o seguinte O aluno vai ser repetido geralmente por falta Nas compet ncias ele fica voc tem que voltar no segundo momento ali que tem uma parte orienta es para o pr ximo ciclo PEF2 Caso ele n o tenha atingido a compet ncia ele volta fazendo uma esp cie de acompanhamento entendeu Extra Hoje mesmo j aconteceu aproveitando esse recesso e trazendo j os alunos que n o atingiram as compet ncias como uma esp cie de aula de refor o PM2 no centro dessa quest o da reten o e progress o dos alunos que na Rede foram institu dos em 2003 os Espa os Ampliados de Aprendizagens Al m dos diversos procedimentos para a retomada das aprendizagens em sala de aula o professor poderia encaminhar para esses Espa os os alunos que n o conseguissem desenvolver as compet ncias definidas para cada ciclo Os Espa os Ampliados de Aprendizagens eram um Conjunto de processos procedimentos e atividades pedag gicas complementares s a es da sala de aula regular
240. ase que exclusivo do tradicional quadro negro a lousa H uma diversidade No meu caso eu j usei v deo eu uso jogos Uso o v deo bastante tem escolas que s o dotadas de v deo Mas se voc fizer uma atividade extra Ah foi um passeio foi uma coisa PMI O tangran um jogo que a gente chama tangran ovalado o chamado ovo m gico que aparece a partir de circunfer ncia vou te mostrar aqui tudo montado em cima de circunfer ncia a constru o dele t Faz uma circunfer ncia maior tal tal tem umas medidas tal tal depois voc faz a constru o fica com essas pe as recorta para voc figuras tal tal p ssaros e outras coisas O pr prio mosaico a parte de mosaico e tudo uma coisa de artista Saiu uma reportagem no Jornal do Comm rcio se n o me falha a mem ria falando de mosaico e o t tulo era a arte aos peda os do Jornal do Comm rcio Eu tenho esse Jornal do Comm rcio s n o aqui Mas est comigo Mas arte aos peda os PMI Eu trabalho com constru es de figuras utilizando r gua por exemplo eles sabem usar outro instrumento de medida o ngulo transferidor A a gente constr i algumas coisas ou usa para construir pol gonos Na parte de 295 geometria a gente constr i algumas figuras atrelando medidas para isso Ent o constroem as figuras segundo alguns crit rios Eu tenho Por exemplo construir um tri ngulo e dou uma nica
241. atem tica 1 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Professor de Matem tica 2 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Professores da Equipe Pedag gica Passo a passo para tratamento das entrevistas 1 Pegar fita e estruturar arquivo digitado transcri o estrutura o do arquivo computador 2 Inserir na pasta e organizar esteticamente o arquivo formata o A4 margens 2 espa amento simples cabe alho entrevistador vermelho entrevistado azul legenda colorida para localizar conte dos de an lise 3 Checar transcri o nova escuta e erros de portugu s pass veis de corre o sem alterar a integridade do conte do 4 Localizar e deixar vis veis as perguntas 5 Localizar e deixar vis veis os conte dos de an lise dados gerais 6 Levantar quest es ou tem ticas problem ticas para an lises de conte dos Revendo projeto de doutorado e cap tulo teoria curricular 7 Montar quadros de an lise de conte dos gerais por disciplina por professor por escola a partir das categorias emp ricas se for o caso usar papel A3 para visualizar o todo 8 Localizar e deixar vis veis os conte dos de an lise dados das categorias emp ricas 9 Preencher quadros de an lise para posterior an lise refinada e interpretativa Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tic
242. ato Nacional dos Docentes das Institui es de Ensino Superior ANDES SN PNE 1998 Tendo a expans o da Rede como uma de suas prioridades a Gest o da Secretaria procurou ampliar o quadro de matr culas de alunos desde o in cio da gest o chegando ao final desta com um aumento de quase 25 e especificamente de 5 a 8 do fundamental e no ensino m dio n veis de ensino em que os professores sujeitos dessa pesquisa atuavam a Rede aumentou a matr cula em quase 23 como podemos perceber nos quadros 13 e 14 Quadro 13 Matr cula de alunos na Rede Municipal de Ensino do Recife antes e no fim da gest o 2001 2004 Modalidade ANO de ensino 2000 2004 Ensino Regular da Educa o b sica 108 910 136 387 Ensino Profissionalizante 10 666 21 481 Escolas e Creches conveniadas 16 324 11 550 TOTAL 135 900 169 418 Fonte Relat rio de Gest o Secretaria de Educa o RECIFE 20044 Quadro 14 Matr cula de alunos no fundamental II e m dio da Rede Municipal antes e no fim da gest o 2001 2004 Modalidade ANO de ensino 2000 2004 3 e 4 ciclos do ensino fundamental 20 123 25 659 1 2 e 3 anos do ensino m dio 2 006 1549 TOTAL 22 129 27208 Fonte Relat rio de Gest o Secretaria de Educa o RECIFE 2004a Outro elemento importante em rela o matr cula foi assegurar a possibilidade de entrada do aluno com seis anos no ensino fundamental amplia
243. ato com a natureza e com os outros homens tendo em vista a consecu o dos pr prios fins e interesses dentro de um determinado conjunto de rela es sociais 45 Tomamos como refer ncia estudiosos tanto da filosofia quanto da educa o para fazermos essas reflex es por m deixamos claro que nosso objeto de estudo n o diz respeito a essa reflex o Essas s o realizadas para chegarmos a uma compreens o acerca do conceito de saberes escolares Num primeiro grupo encontramos Kopnin 1978 Kosik 1976 V squez 1977 Cheptulin 1982 e Prado J nior 1973 e num segundo grupo Rodrigues 1986 Freitas 1995 Taffarel 1989 e Escobar 2002 76 O conhecimento priori n o est no objeto n o est no sujeito ele se d nas rela es de reciprocidade que se travam entre sujeito e objeto descobrindo apreendendo e representando mentalmente o objeto Esta representa o n o uma simples reprodu o c pia ou transposi o da realidade objetiva no pensamento e sim uma produ o mas n o numa mera elabora o das id ias mas numa apreens o e transforma o do mundo material e do sujeito O conhecimento um saber pois est condicionado a um contexto s cio hist rico ambos se d o na dialeticidade conte do forma sendo produtos e processos da pr xis humana O homem age conhecendo do mesmo modo que se conhece agindo O conhecimento humano em seu conjunto integra se na dupla e infinita tarefa do homem de transfo
244. atrick com seu m todo de projeto Nesse sentido a Pedagogia de Projetos preservaria hereditariedade principalmente com a Pedagogia de Objetivos mantendo vincula o com as teorias curriculares tradicionais seja de abordagem progressivista seja de abordagem tecnocr tica Segundo Leite 1996 em duas das concep es de conhecimento escolar tende se a colocar em posi es opostas a participa o dos alunos e a apropria o dos conte dos escolares Numa concep o cientificista conservadora que dir amos estar associada tradicional Pedagogia de Conte dos ou mesmo Pedagogia de Objetivos tecnocr tica o professor por estar preocupado em dar vencimento ao conte do num processo de transmiss o passiva ou ativa julga n o se poss vel uma discuss o com os alunos acerca deste pois seria uma perda de tempo Numa concep o espontane sta que dir amos estar associada Pedagogia de Objetivos progressivista o conhecimento deve vir tona atrav s da realidade do aluno e de seus interesses imediatos desvalorizando ou at mesmo negando os conte dos escolares das disciplinas curriculares No entanto essa separa o n o procede pois o que se concebe como dois constitui se num nico processo no qual a aprendizagem dos conte dos escolares n o se separa do processo de participa o do aluno e as disciplinas curriculares n o se desvinculam da realidade sendo a Pedagogia de Projetos uma express o dessa concep o integrado
245. au 1995 p 137 141 Na Proposta da Rede em todas as reas inclusive na rea de Linguagens s o sempre estabelecidas fundamenta es te ricas e compet ncias gerais de cada rea e para cada componente curricular que as constitui s o descritas a partir das especificidades compreens es sobre as concep es de seus objetos de conhecimento op es te rico metodol gicas e pol tico pedag gicas eixos tem ticos para delimita o de conte dos de ensino e compet ncias espec ficas Na gest o 2001 2004 a Secretaria de Educa o do Recife reconhecendo se formuladora indutora e implementadora de pol ticas p blicas caminhava em dire o constru o de um projeto social com novos rumos para o Brasil fazendo op o por seguir e produzir um referencial socialista de organiza o pol tica e social de propriedade e dos meios de produ o tendo por inten o no setor educacional contribuir para reorientar a sociedade numa perspectiva de uma educa o com Qualidade Social Para isso pautava se nos princ pios ticos da solidariedade da liberdade da participa o e justi a social e fundamenta se em tr s eixos 1 educa o sob a tica do direito 2 cultura identidade e v nculo social e 3 ci ncia tecnologia e qualidade de vida coletiva RECIFE 2003a e 2002b A educa o buscava contribuir com a forma o de sujeitos capazes de dialogar com os complexos desafios do atual contexto s cio pol tico brasil
246. autor o que antes era confinado a alguns poucos especialistas torna se a partir dessa d cada tema de dom nio p blico entre os diferentes profissionais da educa o Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o 2 Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo 48 curr culo esteve muitas vezes restrito aos grupos universit rios ou mesmo s a es de governo Em outras LDB s os docentes eram compreendidos como meros implementadores de prescri es curriculares normativo racionalistas A Lei n 4024 61 mesmo inspirada nos princ pios de liberdade e solidariedade humanas e ainda cercada por um ide rio pedag gico human stico e escolanovista apresentava o curr culo ainda que mais flex vel que a legisla o anterior como uma matriz ou guia de disciplinas cabendo no reconhecimento da flexibiliza o maior no prim rio do que no m dio a possibilidade das escolas escolherem apenas e at duas disciplinas optativas ou ainda atender variedade de m todos com a exce o das escolas experimentais que poderiam possuir um curr culo pr prio No mais a maioria das disciplinas eram determinadas no prim rio pelos Conselhos Estaduais de Educa o isso quando esses existiam pois quando n o seguiam as diretrizes do Conselho Federal este ltimo indicando as disciplinas obrigat rias no ensino m dio configurando um curr culo com caracter sticas prescritivas normativo racionalista A Lei
247. b sica Foram editados ainda os PCN em a o PCN para forma o de professores Referenciais para forma o de professores da educa o infantil e de 1 a 4 Referenciais Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil Foram institu dos exames para avalia o de rendimento escolar tais como o Exame Nacional do Ensino M dio ENEM e o Sistema Nacional de Avalia o da Educa o B sica SAEB Shiroma 2004 referindo se ao primeiro mandato de FHC 1995 1998 d nos um exemplo dessa busca de consenso quando o governo sem medir esfor os para congregar os 85 A Revista Educa o amp Sociedade volume 23 n mero 80 de setembro de 2002 tem como tema Pol ticas p blicas para educa o olhares diversos sobre o per odo de 1995 a 2002 Em diversos artigos faz se uma an lise do governo FHC no setor da educa o Para mais detalhes sugerimos consultar Azevedo 2002 Aguiar 2002 Valente e Romano 2002 Cury 2002 Silva J nior 2002 Abicalil 2002 Freitas 2002 Santos 2002b Bonamino e Martinez 2002 e Ramos 2002 8 O Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF foi institu do pela Emenda Constitucional n 14 de setembro de 1996 e regulamentado pela Lei n 9 424 de 24 de dezembro do mesmo ano e pelo Decreto n 2264 de junho de 1997 O Fundef foi implantado nacionalmente em 1 de janeiro de 1998 quando passou a vigorar a nova sistem
248. ber me expressar porque voc v muito l der comunit rio sabendo se expressar Eu tenho que ser politizado eu tenho que ter uma consci ncia pol tica eu n o posso embutir s N o porque isso que bom Ent o essa condi o de estudar para as coisas sociais mesmo para o mundo Para a interven o no mundo PM1 Tem um ponto mesmo que eu procuro Agora com a 6 s rie mesma estou trabalhando os n meros inteiros e relativos que a gente viu nesse 1 semestre eu j fiz l como eu falei alguma coisa em que eu pudesse mostrar a ele como que poderia raciocinar em termos de cr dito de saldo positivo de saldo negativo Como que funciona Por que uma temperatura a cima de O e outra abaixo de 0 Com esses exemplos eu poderia mostrar que para a direita seria positiva a esquerda seria negativa Caminhar facilmente com esse instrumento A gente procura at fazer entendeu Fazer essas coisinhas para que eles possam sentir melhor o aprendizado PM2 No entanto na fala do PMI outro elemento que justifica a relev ncia da sele o de Z determinados saberes o exame vestibular Ainda que esse tipo de exame esteja sendo substitu dos por outros mecanismos seletivos como o ENEM o SAEBE e o SAEPE ele ainda uma forte refer ncia para a constitui o dos saberes escolares O vestibular de certa forma Eu vejo um elemento meio que crucial nesse trabalho de ciclo essa coisa toda N o que ele atrapalhe
249. c n o tem nenhuma rea em que voc possa coisar Entendeu Voc n o tem bola PEF2 Essa forma de organiza o dos saberes escolares da Educa o F sica demonstra certa desestrutura o pedag gica tanto por fazerem dela ref m das instala es e clima da regi o quanto por demonstrar que a Educa o F sica tem se distanciado do tempo de organiza o curricular da escola ou pelo menos n o conseguido aproxima o contida na pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife especificamente nos ciclos de aprendizagem A organiza o dos saberes escolares segue certa hierarquiza o e segiiencia o no tempo escolar No curr culo seriado essa segii ncia sempre segue do simples para o complexo por m no curr culo por ciclo ela mais flex vel No caso da Educa o F sica afirma se que como se essa disciplina j vivesse um flexibiliza o dos saberes mas em contrapartida existe a necessidade de uma sistematiza o mais seqiienciada e hierarquizada dos saberes escolares pois o que vem ocorrendo basicamente uma escala crescente no n vel de complexidade dos conte dos ao longo dos anos de escolariza o Olhe basicamente a mesma estrutura S que na 6 s o meninos maiores a exig ncia um pouquinho maior tamb m Por exemplo esse ano eu n o fiz isso ainda porque ficou para o 2 semestre Mas na pesquisa eu coloco mais perguntas um pouco mais aprofundadas para a 6 s rie
250. ca como dificuldade para a elabora o e execu o do planejamento elementos sobre a ampla carga de trabalho que tem o professor em fun o da rela o n mero de professores e n mero de alunos Segundo ela praticamente um professor para cada sala de pelo menos 45 alunos Seria necess rio que a escola possu sse pelo menos mais dois professores para que pudessem dividir as responsabilidades de elabora o dos projetos preenchimento de cadernetas espa o ampliado de aprendizagem Com as salas de 45 50 alunos ou mais a gente est trabalhando com 10 professores para 10 salas de aula PLP1 Procurando ser coerente com a concep o do ensino de L ngua Portuguesa que se tem fundamentado as professoras intencionando superar portanto o ensino gramatical organizam os saberes escolares em seu planejamento a partir de eixos e categorias centrais para produ o e apropria o da L ngua como por exemplo coes o coer ncia e progress o textual Entretanto a gram tica n o deixa de estar presente pois um conhecimento necess rio mas n o em formato de normas a serem memorizadas mecanicamente e sim a serem compreendidas no contexto da l ngua por dentro de um texto Assim como na atualidade tamb m trabalham com a literatura Conte dos a gente Olha Est batendo muito coes o coer ncia progress o Porque os meninos fazem a frase eu cheguei tarde e n o continuam N o dizem por que Ent o a gente t
251. camos alguns dos poss veis focos de estudos demonstrando as v rias formas de compreender o curr culo As diferentes teorias paradigmas e abordagens sobre o curr culo fundamentam sua configura o como campo de investiga o voltado para entender e explicar as implica es s cio pol ticas do processo de constitui o dos saberes escolares Como fonte objeto e tem tica da Historiografia da Educa o o curr culo possibilita reconhecer a origem apari o emerg ncia e evolu o desses saberes E como pol tica o curr culo materializa o Estado mesmo que de forma contradit ria elaborando e implementando a es que intencionam suprir demandas sociais mais especificamente no setor educacional acerca dos saberes escolares Nesses dois focos destacados anteriormente existe uma tend ncia emergente em compreender e explicar o curr culo para al m de suas dimens es prescritivas normativo racionalistas elucidando sua n o neutralidade educacional pol tica e social procurando ir al m dos ide rios e discursos pedag gicos como tamb m de sua oficialidade Vemos ent o que h a necessidade de compreender o curr culo no ch o da escola materializando se nos diferentes tempos e espa os pedag gicos sobretudo naquele referente intera o entre professores e alunos no movimento de produ o e apropria o da cultura diante dessa tend ncia e necessidade que passamos a refletir o curr culo como pr tica pedag
252. campo te rico por exemplo as discuss es s o complexas pois a literatura pertinente enf tica ao reconhecer o modo heterog neo e amb guo como se classificam os v rios autores na pluralidade de abordagens te rico metodol gicas existentes sobre as pol ticas p blicas AZEVEDO 1997 p 7 Em se tratando de uma conceitua o importante considerar dois planos um abstrato e outro concreto No primeiro o Estado se apresenta como o locus da condensa o do tecido social tendo presente as estruturas de poder de domina o e os conflitos no segundo a m quina governamental o seu principal referente considerando se os recursos de poder que operam na sua defini o A autora afirma que uma Pol tica P blica deve surgir de uma quest o socialmente problematizada exigindo portanto atua o do Estado Sendo assim s o as Pol ticas P blicas que materializam o Estado ou seja estas s o o Estado em a o AZEVEDO 1997 63 A pol tica p blica ent o gira em torno da formula o e execu o de a es que procuram suprir demandas sociais sendo a pol tica educacional uma destas Na pol tica educacional n o se pode esquecer que a escola e principalmente a sala de aula s o espa os em que se concretizam as defini es sobre a pol tica e o planejamento que as sociedades estabelecem para si pr prias como projeto ou modelo educativo que se tenta p r em a o O cotidiano escolar portanto represen
253. cess rio de confrontar com eles eu s tenho a minha energia eu s tenho a minha for a a nica coisa que eu tenho Que s vezes eu n o estou com for a nenhuma e eu penso em desistir pegar a minha mala e ir 226 embora Mas eu fico sabe como Eu fico Eu fico at o fim Mas isso esse olhar decadente do ensino do s c XIX Eu me ressinto muito disso Eu sempre trabalho com eles em c rculo fregientemente A j uma dana o porque eu chego na classe e est uma cadeira atr s da outra a eu j vou me arretando Eu j come o a me zangar da a tem que fazer chamada eu sou obrigada a fazer chamada n s somos obrigados a fazer chamada A eu tenho que fazer chamada a s vezes eu aproveito uma coisa e fa o para n o perder mais tempo a Ent o eu acho que essa forma da nota essa forma da Eu n o tenho a palavra n o se opress o ou se repress o mas alguma coisa parecida com essa forma de lidar com as cadeiras de um modo geral Porque eu n o tenho o que dizer dos meus colegas n o o que eu sinto eu acho que se eu botasse uma nota se eu passasse o texto pedisse um question rio e botasse 4 2 e 1 talvez eu tivesse mais poder sobre eles mais autoridade Mas eu n o tenho essa autoridade nem quero ter nem quero Isso dif cil essa forma de avaliar a nota mensal o aproveitamento que ainda existe ainda muito fortemente isso uma coisa muito ruim para a disciplina porqu
254. ciados 2000 DUARTE Newton As pedagogias do aprender a aprender e algumas ilus es da assim chamada sociedade do conhecimento Revista Brasileira de Educa o set out nov dez n 18 2001 p 35 40 DURAN Mar lia Claret Geraes O ensino fundamental de nove anos argumentando sobre alguns dos seus sentidos In SILVA Ainda Monteiro et al Pol ticas educacionais tecnologia e forma o do educador repercuss es sobre a did tica e as pr ticas de ensino Recife ENDIPE 2006 p 337 349 ESCOBAR Micheli Ortega A produ o de conhecimento em Educa o F sica e o Materialismo Hist rico Dial tico como m todo Salvador 2002 mimeo FACULDADE DE EDUCA O DA UFRGS An lise do documento Par metros Curriculares Nacionais In SILVA Luis Heron et al orgs Reestrutura o Curricular novos mapas culturais novas perspectivas educacionais Porto Alegre Sulina 1996 334 FARIA FILHO Luciano Mendes de et al A cultura escolar como categoria de an lise e como campo de investiga o na Hist ria da Educa o brasileira Educa o e Pesquisa S o Paulo v 30 n 1 jan abr 2004 p 139 159 FERNANDES Claudia e FRANCO Creso S ries ou ciclos o que acontece quando os professores escolhem In FRANCO Creso org Avalia o ciclos e promo o na educa o Porto Alegre Artmed 2001 p 55 68 FERRAZ Bruna Tarc lia e AZEVEDO Janete Maria Lins de A presen a de programas federais para a e
255. cial colaborando na prepara o de pessoas e da sociedade para a responsabilidade de construir coletivamente um projeto de inclus o justi a e qualidade social para o pa s 3 formar no mbito escolar sujeitos aptos ao questionamento tomada de decis o s a es coletivas 4 considerar conceber o aluno como sujeito ativo cr tico construtor de sua pr pria hist ria cultura e vida sociais e organizar se para desencadear a descoberta a problematiza o a escolha e a integra o do conhecimento PNE 1998 3 2 2 A Pedagogia das Compet ncias e a apropria o da Rede O movimento de apropria o do conceito de compet ncia na Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino de Recife 2002 indica nas argumenta es tr s categorias 1 A concep o de sociedade a qual defende remetendo nos ao conceito de Projeto Hist rico de Freitas 1995 2 O entendimento da fun o social da escola aproximando nos do conceito de Projeto Pol tico Pedag gico de Veiga 1995 3 A compreens o de curr culo levando nos a trat la como Projeto Curricular O movimento de apropria o do conceito de compet ncias na Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino de Recife 2002 constitui se no mbito de uma teoria curricular cr tica pois ao inv s de ser constru do por especialistas como um curr culo formal a ser aplicado pelos professores da Rede faz op o por construir paulatina e coletivamente uma proposi o re
256. cias pensa se ou quer se fazer pensar que o vestibular avalia o n vel de aprendizagem do aluno selecionando para o ensino superior aquele que j est preparado para tal ingresso ou seja que avalia o produto do processo escolar No entanto a forma como organizado genericamente o sistema educacional brasileiro termina por desvirtuar inclusive esse pensamento hegem nico levando o vestibular a se configurar como o produto que determina o processo At porque nesse tipo de exame s o privilegiados saberes como os de L ngua Portuguesa e Matem tica gerando entre outros fatores uma prioriza o destes e uma secundariza o de outros no curr culo da educa o b sica como Educa o F sica e Arte j que estes ltimos n o est o presentes nos exames de vestibulares Percebemos que o vestibular vai influenciar muito mais o ensino m dio do que o ensino fundamental pois os alunos do m dio est o na fase de finaliza o da educa o b sica ou seja mais pr ximos desse tipo de exame de desempenho No entanto h contra sensos na escola p blica como o caso da Rede Municipal de Ensino do Recife pois pelo depoimento de um dos professores vimos que a maioria dos alunos pensa que n o possui capacidade para conseguir aprova o no vestibular principalmente em cursos de alta concorr ncia portanto o vestibular n o faz parte de suas preocupa es e sim o t rmino da educa o b sica para uma melhor inser o no
257. cias de Philippe Perrenoud revisando os fundamentos do conceito de compet ncia nas id ias do pr prio Perrenoud 1999 2000a 2000b e de Ramos 2001b No que se refere ao car ter adaptativo da Pedag gica das Compet ncias evidenciamos a pertin ncia das cr ticas de Newton Duarte Philippe Perrenoud pois pela n o explicita o do projeto hist rico Perrenoud possibilita interpreta es e usos de sua teoriza o visando forma o de compet ncias nos sujeitos no intuito de lhes permitir uma adapta o s exig ncias do mundo do trabalho no sistema capitalista principalmente por pr estabelecer necessidades de compet ncias muito pautadas nos diferentes exerc cios profissionais e nos fatos cotidianos sem reconhecer contextos s cio hist ricos dessas compet ncias e mais ainda por remet las s capacidades individuais e sociais dos sujeitos Mesmo que Perrenoud 2000b demonstre que a Pedagogia das Compet ncias deva priorizar os sujeitos menos favorecidos os que n o conseguem fazer estudos aprofundados ou mesmo para os que n o conseguem aprender sozinhos ele n o levanta reflex es ou argumenta es sobre poss veis correla es entre as condi es e a situa o s cio hist rica dos sujeitos E mais aos que se configuram como mais favorecidos ele remete posse de melhores condi es para sele o diante das compet ncias formadas como se compet ncias s fossem as pautadas na perspectiva da classe dominante sen
258. cidad o Ent o a partir da proposta pedag gica onde eu busco essa parte Agora fora isso eu tenho todo um outro outra literatura outra bibliografia em que eu busco novas alternativas de trabalho com o aluno Ent o eu busco na proposta pedag gica e busco em outras fontes tamb m PLP2 Ainda que a sele o dos conte dos seja mais aberta e flex vel meio aleat ria ainda que tenha outras refer ncias tais como di logos com professores mais experientes assessores intelectuais e especialistas na rea ainda que siga orienta es da pol tica educacional do munic pio acerca da implanta o dos ciclos e tenha suporte na forma o continuada em encontros pedag gicos semin rios e palestras o livro did tico que traz a refer ncia central para escolha e tratamento dos conte dos ao longo do tempo de escolariza o Ingedore Koch 2 ela trabalha coes o e coer ncia e muitos outros Eu leio muito Marcuschi Na hora que a gente quer lembrar muito dif cil Eu trabalho no conselho com a MARIA que uma excelente professora s vezes eu converso com ela sobre essas coisas PLP1 Al m da proposta pedag gica eu tamb m tenho os livros did ticos que eu adoto Quais s o os livros did ticos que eu adoto Da tica eu adoto o de 123 Ingedore Grunfeld Villa a Koch n o autora de livro did tico e sim de livros acad micos professora da UNICAMP e tem sua produ o acad mica centrada na r
259. cipantes que obt m m dia superior ou igual a uma nota estipulada pela IES outras acrescentando pontos 188 primeira ou segunda fase do exame de vestibular e outras ainda substituindo a nota do vestibular pela nota do ENEM BRASIL Inep 2006c Esses s o os tr s tipos de exames que procurando verificar os desempenhos de alunos da educa o b sica terminam por influenciar a constitui o dos saberes escolares assim como fez e ainda faz o exame de vestibular Mesmo que a influ ncia desses exames varie em cada disciplina e em cada n vel escolar no geral eles interferem no processo de legitima o pedag gica de uma disciplina curricular tanto naquelas que s o objetos das verifica es quanto nas que n o s o Do ponto de vista da organiza o dos saberes escolares o planejamento uma imprescind vel atitude pedag gica pois possibilita uma sistematiza o uma continuidade um acompanhamento da pr tica pedag gica No entanto o planejamento tamb m um instrumento de a o administrativa pois uma exig ncia das inst ncias burocr ticas da escola e at mesmo um controle do gestor escolar e do pr prio professor No segundo caso os professores s o un nimes em cumprir essa exig ncia administrativa com o registro escrito do planejamento nas Cadernetas Escolares de cada turma mas s o tamb m un nimes em afirmar que o planejamento mais uma necessidade do trabalho docente pois sem ele os professores
260. clim ticas de sol e chuva determinam a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares As professoras de Arte s o as que mais se queixam da aus ncia de materiais espec ficos para as suas aulas e da desorganiza o da escola em rela o aos mesmos e isso se d muito fortemente pois os locais e materiais did ticos s o tamb m conte dos de aprendizagens As professoras de L ngua Portuguesa e os professores de Matem tica s o os que menos se queixam da precariedade de recursos pedag gicos principalmente por terem no livro did tico seu material principal Em L ngua Portuguesa as professoras tomam iniciativas para diversificar os textos a serem trabalhados em aula Os professores de Matem tica 307 afirmam que as condi es de trabalho em rela o a ambientes e recursos s o muito boas em suas escolas Gostar amos aqui de fazer apenas uma infer ncia em tom de ressalva com rela o a essas diferentes formas de as disciplinas se relacionarem com as condi es escolares Inicialmente lembramos o que foi analisado diante da caracteriza o de conte do pedag gico que alguns recursos pedag gicos assumem principalmente para as disciplinas de Educa o F sica e Arte Posteriormente notificamos que n o existe sala de aula espec fica para o ensino de L ngua Portuguesa e Matem tica os diferentes ambientes escolares s o de uso de toda a comunidade escolar Por certo a Educa o F sica e a Arte em v
261. co Escola Plural Belo Horizonte UFMG FaE GAME 2000 HAMILTON David Sobre as origens dos termos classe e curriculum Teoria amp Educa o Porto Algre n 6 p 33 52 1992 HENRY Michel Apresenta o da Did tica da Matem tica In Notas de curso sobre Did tica da Matem tica Tradu o L cia de Souza Le o Maia S o Paulo PUC 1992 mimeo HERN NDEZ Fernando A partir dos projetos de trabalho P tio ano 2 n 6 ago out 1998a p 27 31 HERN NDEZ Fernando Transgress o e mudan a na educa o os projetos de trabalho Porto Alegre Artmed 1998b HOBSBAWN Eric Sobre hist ria S o Paulo Companhia das Letras 1998 JULIA Dominique A cultura escolar como objeto hist rico Revista Brasileira de Hist ria da Educa o Campinas n 1 jan jun 2001 p 9 43 KOPNIN P V A dial tica como l gica e teoria do conhecimento Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1978 KOSIK Karel Dial tica do concreto Rio de Janeiro Paz e Terra 1976 KRAMER Sonia Propostas pedag gicas ou curriculares subs dios para uma leitura cr tica In MOREIRA Antonio Fl vio Barbosa Curr culo pol ticas e pr ticas Campinas Papirus 1999 p 165 183 LEITE L cia Helena Alvarez Pedagogia de projetos interven o no presente Presen a Pedag gica vol 2 n 8 mar abr 1996 p 6 19 LELIS Isabel Alice Do ensino de conte dos aos saberes do professor mudan a de idioma pedag
262. cola como local de 5l Para aprofundar o debate acerca dessas duas abordagens sugerimos consultar os artigos de Chervel e Compere 1999 Chervel e Compere 1999 Lopes 1997 e Gabriel 2006 assim como a disserta o de mestrado de Nascimento 2005 e a tese de doutorado de Menezes 2006 ambas defendidas no Programa de P s Gradua o em Educa o da UFPE 5 Institute de Recherches en Education Math matique um tipo de institui o voltada para o desenvolvimento de investiga es acerca da educa o matem tica Estudos que buscam a cria o e a explora o de situa es de aprendizagem sobre temas espec ficos de ensino e que visam valida o de certas constru es emp ricas extra das de inova es pedag gicas HENRY 1992 94 produ o do conhecimento com caracter sticas originais ou seja a compreens o de saber escolar como cultura escolar Faria Filho 2004 analisando a apropria o do conceito de cultura escolar no mbito da historiografia da educa o no Brasil analisa quatro te ricos estrangeiros que desenvolvem reflex es acerca desse conceito e que influenciaram diretamente os estudos brasileiros Para esse autor a cultura escolar aparece como categoria de an lise e campo de investiga o de diversas reas da educa o tendo como suporte v rias teorias educacionais psicologia da educa o sociologia da educa o filosofia da educa o hist ria da educa o etc e v rias teorias
263. colar Campinas Papirus 1995 APPLE Michael Ideologia e curr culo Porto Alegre Artes M dicas 1982 APPLE Michael Educa o e poder Porto Alegre Artes M dicas 1989 APPLE Michael Repensando ideologia e curr culo In MOREIRA Antonio Fl vio e SILVA Tomaz Tadeu da Curr culo cultura e sociedade S o Paulo Cortez 1995a p 39 57 APPLE Michael A pol tica do conhecimento oficial faz sentido a id ia de um curr culo nacional In MOREIRA Antonio Fl vio e SILVA Tomaz Tadeu da Curr culo cultura e sociedade S o Paulo Cortez 1995b p 59 91 APPLE Michael Conhecimento oficial a educa o democr tica numa era conservadora Petr polis Vozes 1997a 329 APPLE Michael Escolas democr ticas S o Paulo Cortez 1997b APPLE Michael Educa o e poder Porto Alegre ArtMed 2006 ARANHA Maria L cia de Arruda Hist ria da educa o S o Paulo Moderna 1996 ARELARO Lisete Regina Gomes O ensino fundamental no Brasil avan os perplexidades e tend ncias Educa o amp Sociedade Campinas v 26 n 92 2005 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302005000300015 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302005000300015 ARROYO Miguel G Experi ncias de inova o educativa o curr culo na pr tica da escola In MOREIRA Ant nio Fl vio Barbosa Curr culo pol ticas e pr tic
264. cular formal e real ou seja o que est oculto Num ltimo grupo Forquin 1996 identifica estudos que procuram reconhecer a origem e transforma o do saber em saber escolar advindos da discuss o entre historiadores didaticistas e soci logos Uma das abordagens tendo como grande representante Yves Chevallard usa a no o de transposi o did tica justificando que o saber escolar fruto de uma transforma o do conhecimento cient fico externo escola Outra abordagem em 33 Em outro trabalho realizamos tal reflex o SOUZA J NIOR 1999 57 contraposi o a essa primeira elabora o conceito de cultura escolar e argumenta em favor deste afirmando que a escola n o se contenta em transpor os conte dos preexistentes e exteriores a ela Nesta em que Andr Chervel um grande representante a escola tamb m local de produ o de saberes originais peculiares s suas caracter sticas Como vimos diferentes s o as formas de compreender e explicar hist rica e conceitualmente o curr culo Na figura 4 vemos que as Teorias do Curr culo os Paradigmas Curriculares e as Abordagens Sociol gicas do Curr culo s o uma demonstra o do seu reconhecimento como um Campo de Investiga o Figura 4 O curr culo como Campo de Investiga o 1 1 2 O curr culo sob o foco de diferentes campos de investiga o Neste momento mesmo estando ciente de que os diferentes campos de investiga o i E E E d e BA
265. culo E aqui n s podemos recuperar o conceito abrangente de curr culo organiza o do conjunto das atividades nucleares distribu das no espa o e tempo escolares Um curr culo pois uma escola funcionando quer dizer uma escola desempenhando a fun o que lhe pr pria V se assim que para existir a escola n o basta a exist ncia do 84 saber sistematizado necess rio viabilizar as condi es de sua transmiss o e assimila o Isso implica dos lo e seq nci lo de modo que a crian a passe gradativamente do seu n o dom nio ao seu dom nio Ora o saber dosado e segiienciado para efeitos de sua transmiss o assimila o no espa o escolar ao longo de um tempo determinado o que n s convencionamos chamar de saber escolar SAVIANI 1995 p 23 A Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos social e cr tica porque leva em conta os determinantes sociais da educa o escolar e intenciona propiciar o desvelar dos mecanismos e imposi es resultantes da organiza o da sociedade de classes ao mesmo tempo que procura respostas did tico pedag gicas no interior da escola as quais permitam o exerc cio da cr tica a partir dos pr prios determinantes sociais da pr tica pedag gica O qualificativo dos conte dos usado para deixar evidente o papel social da escola na transmiss o do saber escolar por parte do professor e na assimila o do mesmo saber por parte dos alunos LIB NEO 1984 O t
266. culo Tecnocr tico Rela o com o Percorre o campo mais amplo de Aceita limitar drasticamente a quantidade de conhecimento conhecimentos conhecimentos Aplicabilidade do Confia na forma o profissional ou no Exercita no mbito escolar de maneira conhecimento dia a dia da vida para garantir a intensiva a mobiliza o de saberes em abordado aprendido articula o entre saberes e solu o de situa o complexa problemas Tipo de cultura Procura trabalhar uma cultura geral Procura trabalhar uma cultura pr tica Fundamentos Possui fundamentos numa perspectiva humanista Possui fundamentos numa perspectiva cient fica Objetivo na forma o Almeja uma forma o erudita Almeja uma forma o pragm tica Caricatura do produto educacional Conhecimentos in teis para a a o Utilitarismo estreito limitado ao saber fazer elementar Para Perrenoud 1999 a escola desde seu nascimento vive uma tens o entre essas duas vis es por m sua op o compatibilizar as duas perspectivas de forma que o aluno tanto se aproprie de conhecimentos profundos como adquira per cia na sua implementa o de forma que a cultura geral possa prepar lo para enfrentar os problemas da exist ncia A Pedagogia das Compet ncias segundo Perrenoud 1999 reconhece a conviv ncia de compet ncias disciplinares transversais e interdisciplinares O curr culo n o pode se ca
267. cumentos abaixo Na vers o preliminar da Proposta Pedag gica da Rede fica clara uma trajet ria de constru o coletiva e uma convoca o ao professor para a continuidade de elabora o e materializa o da pol tica Resultado da discuss o compartilhada entre professores coordenadores dirigentes assessores e equipe t cnico pedag gica da Rede Municipal de Ensino sobre a organiza o do curr culo este documento busca novas alternativas s quest es que emergem do cotidiano da pr tica pedag gica e requer a cont nua contribui o de todos para superar as lacunas nele existentes apresentando se portanto ora em vers o preliminar RECIFE 2002b p 4 No livro Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos os professores s o reconhecidos n o s como sujeitos hist ricos e atores 169 sociais possuidores de sonhos e desejos mas tamb m como criadores e recriadores da implementa o do anseios da pol tica curricular Aqui conjugam se e concretizam se portanto anseios e a es de sujeitos hist ricos e sociais que sonham com uma proposta de educa o com qualidade social para todos e buscam implement la a partir da participa o dos atores que criam e recriam la os v nculos traduzidos em novos modos de aprender e ensinar e valorizem as diferen as RECIFE 20034 p 12 Isso faz com que o docente n o seja considerado um simples reprodutor de po
268. curando superar a concentra o inicial presente nas Teorias Cr ticas do Curr culo em compreender este como express o reprodutora das desigualdades de classes na sociedade capitalista que apareceram as Teorias P s Cr ticas do Curr culo Nas Teorias P s Cr ticas as rela es de poder n o se estabelecem apenas como reflexo de uma economia pol tica mas tamb m nos pequenos espa os e rela es de poder Nestas as an lises materialistas marxistas passam a ceder espa os para as an lises discursivas e textuais p s estruturalistas e p s modernistas Os estudos da rela o de g nero ra a etnias e os estudos culturais passam a fazer partes das teorias do curr culo reconhecendo este como documento de identidades Nos estudos sobre os Paradigmas Curriculares o trabalho de Jos Luiz Domingues 1986 e 1988 foi refer ncia para apreendermos alguns conceitos O autor a partir do enfoque habermasiano discute tomando como ponto de partida os estudos de James Macdonald a rela o entre os interesses humanos e os tr s paradigmas dispon veis na literatura acerca do curr culo t cnico linear circular consensual e din mico dial gico No Paradigma T cnico Linear o pioneiro John Franklin Bobbit o qual inspirado nas id ias de Frederick Taylor fez uma analogia entre a escola e a ind stria elaborando uma compreens o de curr culo fundamentada no interesse t cnico de controle das aprendizagens cujo enfoque foi emp rico anal
269. da ciclo RECIFE 2003a p 165 No quarto e mais recente documento Ciclos de aprendizagem olhares sobre as pr ticas nas escolas municipais leituras complementares que falava especificamente sobre a avalia o nos ciclos a clareza tamb m ficava ofuscada pois se afirmava que 154 a progress o do aluno ocorrer independentemente da idade e do tempo em que esteja na escola e para tanto faz se necess rio que as suas compet ncias sejam avaliadas e registradas pelos professores e pelo Conselho de Ciclo para assegurar no percurso e de forma continuada as aprendizagens necess rias ao seu desenvolvimento RECIFE 2004b p 5 Por um lado interpreta se que a progress o do aluno se dar automaticamente tendo a escola que assegurar as condi es para a aprendizagem Por outro como h o condicionamento s compet ncias ainda que estas devessem ser avaliadas para garantir a aprendizagem e consequentemente a progress o uma leitura menos atenta poderia interpretar que s haveria progress o se houvesse a constitui o das compet ncias No mesmo documento afirma se que a progress o de um ciclo para o outro se d quando o processo de avalia o identifica que foram efetivamente constru das as compet ncias fundamentais A progress o de um ciclo para o outro para os alunos que ao final do ltimo ano de cada ciclo n o constitu rem as compet ncias definidas ocorrer tamb m com a simultaneidade
270. da em meados do s culo XVII na mesma poca portanto do aparecimento do uso do termo curr culo A obra Did tica Magna data de 1627 quando Com nio iniciou a escrita da Did tica Tcheca sendo esta conclu da em 1630 a at 1638 quando concluiu uma vers o latina Alguns afirmam que a conclus o da vers o latina data de 1631 e outros at de 1632 tendo sido publicada apenas em 1656 Em rela o ao termo curr culo alguns mencionam que seu aparecimento data de 1633 e outros de 1663 Mesmo havendo diferen as nos registros sobre tais origens o que se percebe com a quase simultaneidade da emerg ncia das reas uma influ ncia do contexto hist rico e educacional dos anos 700 pois na passagem da idade m dia para a modernidade a busca se dava pela supera o da escol stica Segundo Santos e Oliveira 1998 e Lib neo 1998 a did tica vive diferentes fases Uma fase naturalista essencialista que vai de Com nio 1592 1670 at o in cio do s culo XIX defendendo o ensino luz das leis da natureza enfatizando as finalidades e conte dos culturais a serem dominados pelo homem Uma fase psicol gica que vai at 1879 fundamentando se nos trabalhos de Pestalozzi 1746 1827 influenciado por Rousseau 1712 1778 e consolidada com Herbart 1776 1841 Nesta o ensino considerado como instru o 4 Para aprofundamento sugerimos consultar Moreira 1998 Veiga Neto 1998 Lib neo 1998 e Santos e Oliveira 1998 4 Para ap
271. da quest o de ele participar ele tenta fazer mas se n o se sai bem Mas ele participou tentou fazer aquilo tem outros que se acomodam Eu coloco Olhe pra mim a sua participa o a sua tentativa de chegar l importante para mim Eu coloco muito a participa o dele eu acho que o interesse deles de fazer alguma coisa de tentar chegar Para mim est sendo o principal Porque ele est tentando Agora se ele n o consegue eu 251 converso com ele que muitas vezes para outras possibilidades tem que tentar melhorar e a pr pria atitude dele de Ah n o Mostre aos meus colegas eu disse Olhe a voc j est se auto analisando porque voc n o est gostando do que foi feito ent o voc deve modificar PA2 Vale aqui lembrar que anteriormente a PA1 trouxe em sua fala elementos para analisarmos os problemas da n o aprendizagem e da n o reprova o o que se relaciona com as quest es da avalia o pois ela se questiona sobre a impossibilidade de avaliar os alunos que n o v m s aulas Lembramos aqui tamb m que esse fato ocorre devido flexibiliza o legal na apura o da freqii ncia dos alunos o que tem acarretado no ensino de Arte situa es bem inusitadas como por exemplo alunos que nunca faltam outras disciplinas mas que faltam todas as aulas de arte e ainda assim n o s o reprovados por falta pois essa apura o se d na carga hor ria da escola toda e n o por disciplina ficando
272. dade l ngua al m de condicionar o conhecimento ao desenvolvimento psicol gico por idade do aluno a etariza o Na verdade h uma forte cr tica nas v rias reas de conhecimento a essa forma etapista de tratar o conhecimento Na Matem tica n o diferente pois a associa o dessa disciplina ao ato de fazer contas de calcular considerada coisa do passado principalmente se o c lculo for entendido e tratado numa vis o mec nica da rea acreditando que o pensamento matem tico pode ser desenvolvido pela apreens o das opera es por via de 310 regras e propriedades como por exemplo se d tradicionalmente no ensino da multiplica o por memoriza o da tabuada A Matem tica mudou bastante os livros did ticos e as propostas pedag gicas s o elaborados com outras concep es de organiza o dos conte dos A Educa o Matem tica se apresenta como uma possibilidade para a revis o do ensino cl ssico e moderno da matem tica organizando os conte dos em eixos tem ticos articulados uns aos outros Ainda assim os novos livros as novas propostas a nova matem tica n o abandonam a sequ ncia de conte dos dada a partir dos estudos de pesquisadores acerca das opera es em si ou seja de matem ticos e ainda dos pedagogos da matem tica preocupando se com seu tratamento did tico Por certo procura se n o mais se dispor e arranjar os saberes de forma etapista compartimentalizada e linear entretanto
273. dades geralmente voltadas para a pr tica em que se trabalha estabelecendo v nculos voc tem que estabelecer rela es com as pessoas Voc n o trabalha individualmente e nas outras disciplinas voc pode at passar o ano todo fazendo trabalhos individuais Na educa o f sica imposs vel voc fazer isso Ent o os agrupamentos de educa o f sica j despertam para o exerc cio de conv vio entre as pessoas PEF1 Ela faz parte de voc conhecer o acervo da cultura Uma parte da cultura que n o muito a cultura popular E uma parte da cultura esportiva que est na m dia Ent o ela um conhecimento cultural pode n o ser um conhecimento voltado para o mundo do trabalho n o PEF1 202 Porque os conhecimentos te ricos eu acho que na mentalidade geral de pais professores dire o v o servir para o mundo do trabalho V o ajudar voc a ter uma escolariza o que desencadeie uma profiss o no futuro E as disciplinas n o ligadas ao mundo do trabalho digamos ligadas ao mundo das artes do lazer da cultura n o t m essa liga o t o imediata n o s o teis digamos assim para o mundo do trabalho Se bem que isso est sofrendo uma revolu o Que hoje em dia existem assim mercado da rea da cultura est se abrindo mercado da rea esportiva est se abrindo ent o pode ser que a partir dessa nova vis o de cultura a pessoa pode ser um profissional da cultura ou um profissional do
274. dades percebem se inten es e esfor os para aproximar e inserir pedag gica e epistemologicamente a Educa o F sica nos ciclos de aprendizagem pois diante das concep es convencionais j avan a tanto na Proposta quanto em algumas falas em virtude do reconhecimento de sua dimens o cultural por certo ainda numa busca de maior legitima o pedag gica Na realidade da educa o municipal a Educa o F sica apresenta como um importante passo para uma conquista de isonomia curricular a participa o ativa na pol tica curricular trazendo importantes contribui es para a constru o da Proposta buscando reconhecimento e se fazendo reconhecer como disciplina com as mesmas atribui es e possibilidades dentro do curr culo escolar Em Arte tamb m se percebe depoimentos os quais declaram que essa disciplina j vivienciava algo parecido com os ciclos mesmo antes de sua implanta o na Rede principalmente em fun o da flexibilidade em tratar os conte dos e da forma de avalia o entretanto n o no m rito mas no dem rito pois essas caracter sticas demonstram mais uma desestrutura o pedag gica que uma antecipa o de vis o curricular inovadora inclusive quando uma professora chega a afirmar que podem implantar ciclos ou retornar s s ries que ela continuar estruturando a disciplina da mesma forma Isso se d principalmente porque as professoras afirmam submeter a sele o organiza o e sistematiza o d
275. dag gica dos sujeitos na escola e n o uma assimila o mesmo que ativa ou uma transmiss o mesmo que cr tica 1 2 3 Curr culo e saberes escolares transposi o did tica e cultura escolar Num sentido gen rico como alertamos anteriormente poder amos afirmar que diferentes teorias educacionais possuiriam distintas explica es acerca dos saberes escolares pois teriam variadas concep es de curr culo No entanto como vimos nem sempre essas teorias mesmo que tratem clara e explicitamente de uma compreens o de curr culo s o de fato uma teoria curricular pois n o t m o curr culo como objeto de sua reflex o Conseq entemente os saberes escolares tamb m n o se configuram como objetos de qualquer teoria educacional Sendo assim uma compreens o gen rica apresenta limita es conceituais o que nos remete necessidade de compreender os saberes escolares por dentro dos estudos acerca do curr culo nos seus diferentes enfoques apresentados anteriormente Fica evidente que os saberes escolares se apresentam como categoria central nas Teorias Cr ticas de Curr culo SILVA 1999 e nas Abordagens Sociol gicas Curriculares FORQUIN 1996 pois nos estudos acerca dos Paradigmas Curriculares DOMINGUES 1986 e 1988 os saberes escolares seriam um conceito impl cito na categoria central curr culo Tomando como refer ncia o Curr culo como Campo de Investiga o percebemos que os saberes escolares nas Teorias Tradicio
276. de 1 Exaustividade dar conta do roteiro indicadores para a an lise defini o de unidades de registro palavras chave ou 3 Homogeneidade coer ncia interna de temas t cnicas e frases e de unidade de interlocutores contexto delimita o do contexto se necess rio 2 Representatividade dar conta do universo pretendido 4 Pertin ncia adequa o ao objeto e objetivos do estudo e Referencia o dos ndices e e Desmembramento do texto em unidades categorias a elabora o de indicadores invent rio isolamento dos elementos recortes do texto e Explora o do categoriza o 2 etapa e Reagrupamento por categorias para an lise posterior classifica o organiza o das mensagens a partir dos material z e Prepara o e explora o do elementos repartidos material alinhamento e Interpreta es dos dados e Infer ncias com uma abordagem variante qualitativa as etana brutos falantes trabalhando com significa es em lugar de infer ncias pa estat sticas Estabelecimento de quadros de resultados pondo em relevo as informa es fornecidas pelas an lises Tratamento dos dados e interpreta o Na literatura e documentos a an lise de conte do foi iniciada a partir de fichamentos bibliogr ficos como podemos ver no exemplo do fichamento de um livro no quadro 3 e nas falas das entrevistas a partir das transcri es na nt
277. de Conte dos para referir se Pedagogia Hist rico Cr tica de Saviani 1995 e 1997 e Pedagogia Cr tico Social dos conte dos de Lib neo 1984 e 1994 pois fazendo uma confronta o com a Pedagogia Freireana no limite em rela o ao movimento de transmiss o e assimila o do conhecimento elas n o conseguem afastar se das teorias mais tradicionais de curr culo At por vezes os pr prios Saviani e Lib neo usam o termo pedagogia dos conte dos para referirem se s suas teorias pedag gicas entretanto como veremos adiante h ressalvas A posi o de Silva 1999 para a refer ncia Pedagogia de Conte dos difere da nossa pois mesmo que Dermeval Saviani e Jos Carlos Lib neo sustentem que os conhecimentos 4 Tivemos aqui o cuidado de n o cometermos anacronismos e de n o compactuarmos com a simples compreens o de que toda hist ria uma hist ria do presente sendo portanto uma hist ria contempor nea disfar ada Por mais que a vis o do presente influencie a interpreta o do passado o fato hist rico n o pode ser entendido como uma leitura particular atualizada Em contrapartida n o podemos entender que o fato hist rico imut vel e intoc vel s por que ele j ocorreu Entendemos que as explica es hist ricas devem mostrar os porqu s e os crit rios que fizeram apresentar um determinado significado Baseando nos em Hobsbawn 1998 percebemos que a hist ria deve ser entendida como um processo de verif
278. de Educa o B sica n da avalia o Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000013 amp lIng pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000013 AGUIAR M rcia Angela da S Pol tica educacional brasileira e as novas orienta es para os sistemas de ensino os par metros curriculares nacionais para o ensino fundamental Dispon vel em http www educacaoonline pro br politica educacional asp f id artigo 134 Acesso em 23 de mar o 2006 AGUIAR M rcia ngela da S O Conselho Nacional de Secret rios de Educa o na reforma educacional do Governo FHC Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000005 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000005 ALVES Gilberto Luiz O trabalho did tico na escola moderna formas hist ricas Campinas Autores Associados 2005 ALVES Maria Leila A escola de nove anos integrando as potencialidades da educa o infantil e do ensino fundamental In SILVA Ainda Monteiro et al Pol ticas educacionais tecnologia e forma o do educa o repercuss es sobre a did tica e as pr ticas de ensino Recife ENDIPE 2006 p 351 359 ANDR Marli Eliza D A de Etnografia da pr tica es
279. de Saviani e Lib neo mesmo com a coer ncia produtividade e materialidade destas com a dial tica marxista h diferen as entre elas at porque se n o as houvesse seriam a mesma entretanto tamb m h contradi es com a fundamenta o de base Analisando a atualidade dessas teorias percebemos que a Pedagogia Hist rico Cr tica mais cr tica no m todo pois explicita que os alunos devem se apropriar tanto do saber em si quanto dos meios e mecanismos de sua produ o no entanto s vezes deixa escapar uma explicita o de que o saber em si os conte dos culturais o saber objetivo sistematizado met dico cient fico erudito tamb m fruto de determina es sociais J a Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos mais cr tica no conte do pois por vezes reconhece como conhecimento sistematizado n o s o cient fico mas tamb m o t cnico o pr tico e o art stico Vemos ainda que a Pedagogia Hist rico Cr tica menos hist rica no conte do pois n o alerta o leitor de que o saber objetivo sistematizado met dico cient fico erudito n o fruto da hist ria das lutas de classes como o caso da Ci ncia que se tornou cl ssica a qual foi uma ci ncia positiva e burguesa A Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos menos social no m todo pois por vezes destina a transmiss o ao professor e a assimila o ao aluno 89 quase como uma separa o de classes e ainda por fundamentar se numa assim
280. de conhecimento que levam em considera o as particularidades e afinidades das disciplinas curriculares Alfabetiza o e Linguagem Educa o Matem tica e Cient fica Ensino de Ci ncias Humanas e Sociais Artes e Educa o F sica e Gest o e Avalia o da Educa o Cada um desses Centros mant m uma equipe que coordena a elabora o de programas voltados para a forma o continuada dos professores de Educa o B sica em exerc cio nos Sistemas Estaduais e Municipais de Educa o BRASIL 2005 133 de cinco semin rios regionais e um semin rio nacional sobre o curr culo do ensino m dio Essa publica o pretende apresentar aos professores um conjunto de reflex es acerca do curr culo de uma forma geral e de cada disciplina em particular aprofundando e esclarecendo elementos presentes nos PCN No mesmo tom o Governo convocou para novembro de 2006 o Semin rio Nacional Curr culo em Debate a fim de discutir com os secret rios estaduais e municipais de educa o quest es te ricas e legais acerca dos curr culos das escolas de educa o b sica e ainda revisar as DCN da educa o infantil e dos ensinos fundamental e m dio A discuss o e revis o nesse evento contou com o apoio do Conselho Nacional dos Secret rios de Educa o CONSED e da Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o UNDIME Como um ltimo destaque pol tica educacional do Governo Lula constituindo se especificamente em pol tica c
281. de conte do problem ticas 353 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA EDUCA O B SICA RESUMO A Escola entendida como uma institui o social responsabiliza se em contribuir com a educa o de homens e mulheres crian as jovens ou adultos Sua educa o se diferencia da familiar da sindical da partid ria da religiosa etc podendo talvez at devendo refletir e interagir com essas modalidades educacionais sem perder de vista o que lhe espec fico ou seja favorecer seus sujeitos numa reflex o sistematizada peri dica paulatina e cont nua acerca dos conhecimentos produzidos pela humanidade de forma a procurar superar a aleatoriedade o acaso o senso comum nas aprendizagens Diferentes elementos pedag gicos v o procurar materializar essa responsabilidade sendo o curr culo um deles Este mantendo interse o com os demais elementos constitui os saberes escolares fazendo uma sele o cultural e configurando os como uma cultura escolar devido s suas caracter sticas peculiares Essa configura o ao longo do tempo passou a ter uma for a t o grande principalmente em tempos modernos que al m de selecionar elementos da cultura passou a colaborar com a elabora o desta Aproximando nos dos fundamentos da abordagem dial tica materialista hist rica e realizando an lise de conte do do tipo categorial por tem ticas vimos que a constitui o dos saberes escolares se d num movimen
282. de do curr culo essas atribui es e possibilidades se estabelecem em meio a rela es de tens es rec procas buscando reconhecimento e se fazendo reconhecer frente aos sujeitos e inst ncias pedag gicos da pol tica curricular Como podemos observar nas figuras 8 e 9 o curr culo e portanto a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares constr i se num processo dial tico cont nuo e contradit rio entre as diferentes disciplinas e sujeitos mesmo que tenha em cada um a dessas es focos espec ficos Figura 8 A constitui o dos saberes escolares Sistematiza o Figura 9 Focos da constitui o dos saberes escolares SELE O ORGANIZA O gt SISTEMATIZA O a a Professor Professor Aluno Aluno i j i Aluno Aluno Professor gt Professor o 327 Foi nesse processo que observamos a exist ncia de mais ambig idades d vidas e conflitos do que certezas na constitui o dos saberes escolares tanto nas disciplinas entendidas como secund rias como Educa o F sica e Arte como nas disciplinas consideradas de maior prest gio como L ngua Portuguesa e Matem tica As ambigiidades d vidas e conflitos dizem respeito estrutura o do curr culo escolar da educa o b sica 328 REFER NCIAS ABBAGNANO Nicola Dicion rio de Filosofia S o Paulo Martins Fontes 2003 ABICALIL Carlos Augusto Sistema Nacional
283. de livros did ticos de outras disciplinas ou mesmo de Arte elabora os pr prios textos para subsidiar os alunos procura textos em jornais revistas usa envelope papel of cio v deo roupas velhas para servir de indument ria para o figurino A professora usa exposi o verbal os alunos copiam no caderno trabalham com pesquisas confeccionam arquivos assistem a filmes fazem jogos e brincadeiras fazem aula fora da escola como visita a museus galerias participam de feira de conhecimentos Utilizo livros de l ngua portuguesa que t m algumas coisas de teatro Tem algumas cole es de livro que s vezes t m coisas de teatro a eu tiro Eu tiro textos tiro conceitos do que um texto teatral do que um texto narrativo Eu tiro pe o a meu filho para digitar eu dou o resumo pe o para meu filho meu filho digita A eu vou l na copiadora pago a c pia e dou para os alunos s vezes eu consigo aqui com o Departamento as c pias de material quando para o magist rio Agora para os meninos n o eu copio por que coisa pequena que s vezes no oficio cabem dois tr s a eu aproveito e dou a eles Mando eles copiarem no caderno mando eles colarem O 2 magist rio nesse ano fez um arquivo e chamaram arquivo de arte e cultura Eu dei um envelope branco e disse Olhem voc s v o pesquisar coisas de jornal e de revistas para come ar a criar o arquivo de arte de voc s A eu dei para eles as meninas e men
284. de sua inser o nos Espa os Ampliados de Aprendizagem RECIFE 2004b p 6 Isso conforme ao alertado anteriormente levaria a entender no primeiro trecho do par grafo que poderia haver a reten o do aluno entre o ltimo ano de um ciclo e o primeiro de outro caso esse aluno apresentasse defici ncia na constru o das compet ncias Mas no trecho seguinte esse tipo de interpreta o evitada Em contrapartida tamb m se afirma no documento que faz se necess rio ent o assegurar uma pol tica de progress o continuada na qual o aluno tenha o direito de avan ar gradativamente em seus estudos cabendo escola oferecer condi es necess rias para que se garanta a sua aprendizagem ampliando os tempos e espa os al m daqueles oferecidos em sala de aula RECIFE 2004b p 8 E nesse caso o que n o haveria era a reten o entre anos de um mesmo ciclo podendo haver entre ciclos diferentes Para confirmar ainda mais essas difusas interpreta es acerca da reten o e progress o do aluno na implanta o dos ciclos na Rede em 2005 uma instru o foi editada para orientar a quest o ratificando as contradi es indicadas Entretanto o importante que o ciclo deve encontrar mecanismos seguros e sistematizados para garantir as aprendizagens e aqueles alunos que n o conseguirem precisar o faz lo em outros espa os gerando a supera o das n o aprendizagens Mesmo com essas informa es ofuscadas e difus
285. destacamos a interfer ncia do Banco Mundial que junto com a UNESCO UNICEF e PNUD financiaram a Confer ncia Mundial de Educa o para Todos ocorrida em 1990 em Jomtien Tail ndia i Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura 82 Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia 83 Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento 124 Nascido no p s guerra o Banco Mundial um organismo multilateral de financiamento que conta com 176 pa ses mutu rios inclusive o Brasil Entretanto s o cinco os pa ses que definem sua pol ticas EUA Jap o Alemanha Fran a e Reino Unido Esses pa ses participam com 38 2 dos recursos do Banco Entre eles os EUA det m em torno de 20 dos recursos gerais e o Brasil aproximadamente 1 7 SHIROMA 2004 p 72 Segundo Shiroma 2002 o Banco Mundial vai recomendar maior aten o aos resultados da educa o implanta o de sistemas de avalia o da aprendizagem investimento no capital humano atentando para a rela o custo benef cio descentraliza o das pol ticas sociais maior efici ncia nos gastos sociais e maior articula o com os setores privados para o oferecimento da educa o Essas disputas do contexto educacional brasileiro e interfer ncias dos organismos internacionais v o influenciar para n o dizermos determinar a pol tica educacional no pa s sobrevalendo uma pol tica neoliberal para a condu o da Na o No mbit
286. discuss es permanentes na escola isso n o acontece N o s naqueles momentos de que eu falei anteriormente no in cio Que tem depois das intensivas aquela coisa toda mas h E requer uma discuss o permanente PM1 A fala da maior parte dos professores aponta para diferentes tentativas inovadoras nas quest es metodol gicas Procurando diferir das convencionais aulas expositivas principalmente de cunho verbalista e por vezes autorit rio v rias estrat gias foram identificadas Dentre elas aparecem as atividades l dicas em forma de jogos o uso de v deo para trabalhar com filmes e at as atividades extra sala tais como festivais aula passeio feira de conhecimentos No entanto essas atividades extra sala se expressam tanto como ponto culminante de um processo pedag gico como por exemplo quando se trabalha com a Pedagogia de Projetos quanto como procedimento de segunda ordem s usado quando os conte dos apontam garantias diante da carga hor ria do per odo letivo O PMI d v rios exemplos de inova es metodol gicas Ele particularmente faz uso de diversas estrat gias procurando ir al m das aulas expositivas mais tradicionais Entre essas inova es surgem as aulas extra sala os filmes em v deo os jogos l dicos como por exemplo o Tangran o mosaico Vale ainda lembrar as quest es comentadas anteriormente do uso de recursos did ticos que nesse caso tamb m levaria a uma diversidade ao inv s do uso qu
287. do adaptados elaborados e organizados pedagogicamente comp em os conte dos program ticos Estes constituem a fonte de onde o professor seleciona o conjunto de informa es que trabalhar com seus alunos Os conte dos emanam naturalmente dos objetivos fixados e concorrem para descri o dos comportamentos esperados em um dom nio espec fico da atividade humana 1993 p 104 Verificamos que os conte dos escolares se apresentam muito fortemente nas Teorias Tradicionais de Curr culo e no Paradigma T cnico Linear expressando sua dimens o prescritiva normativo racionalista No conceito de Turra 1993 fica evidente sua vincula o com tais teorias e paradigma pois expressa explicitamente uma concep o tecnocr tica Mesmo que a autora articule as tr s diferentes fases do planejamento prepara o desenvolvimento e aperfei oamento o conhecimento selecionado e organizado pelo professor tendo sido feito anteriormente por um especialista que constr i um guia curricular Os conte dos escolares s o selecionados e organizados em fun o de objetivos educacionais cognitivos afetivos e psicomotores planificados em forma de documento que guiar as a es docentes na pr tica pedag gica Ainda que se diga flex vel e apresente se como roteiro o planejamento curricular nessa Pedagogia apresenta um tra o prescritivo tradicional muito forte pois seus elementos objetivo conte do metodologia recurso e avalia o
288. do ano letivo por semanas mais comum no calend rio das escolas de educa o b sica A partir desse quadro vemos disciplinas principalmente Educa o F sica e Arte enfrentarem a necessidade de avaliar os alunos sem que eles tenham ido a uma aula sequer pois com duas aulas semanais que no ano de 200 dias letivos v o somar no calend rio mais comum 160 aulas juntas os alunos n o estariam reprovados por falta Como esses alunos foram s outras aulas tendo faltado uma aula ou outra podendo at somar mais 40 faltas a avalia o obrigat ria pois eles n o est o reprovados por falta Como na Rede alguns 197 afirmam que s h reten o pelo crit rio de frequ ncia de que maneira garantir suas aprendizagens j que n o se fizeram presentes Por certo em algumas situa es uma avalia o formal n o avalia a aprendizagem pois gera constrangimentos e apresenta incoer ncias pedag gicas levando os alunos a um mau resultado n o por motivos de n o aprendizagens mas por problemas outros O fato que uma reprova o pode implicar aspectos mais graves e profundos para a continuidade dos estudos de um aluno como por exemplo o abandono por perda de auto estima Imagine se isso tiver ocorrido por que um professor utilizou de procedimentos avaliativos formais e at de posturas autorit rias e o aluno mesmo dominando o conte do tenha ficado nervoso e n o conseguido responder bem quele instrumento No entanto
289. do as capacidades que os menos favorecidos desenvolvem n o compet ncias Como vimos a no o de compet ncias surge na inten o de responder a um novo quadro de qualifica es procurando dar conta das novas exig ncias ocorridas a partir de mudan as sociais das ltimas d cadas principalmente recebendo influ ncias de uma perspectiva industrial dos anos 60 nos EUA Portanto estabelecer diferen as entre a no o de compet ncia no campo da pol tica econ mica e no campo da pol tica educacional ainda 109 poss vel pois a escola n o reproduz de maneira linear os aspectos macro sociais mas atribuir essa rela o a uma moda simult nea pelo menos tratar do assunto no campo da ingenuidade seja essa ingenuidade a do pr prio autor ou a nossa na posi o de leitores Mesmo que Perrenoud se aproxime do lema aprender a aprender sua apropria o tem alguns diferenciais que foram desconsiderados por Duarte 2001 por exemplo o contexto hist rico da elabora o te rica do pr prio Perrenoud De fato a Pedagogia das Compet ncias de Philippe Perrenoud tem vincula o com as id ias dos m todos ativos inclusive tal vincula o exposta pelo pr prio Perrenoud 1999 mas a acusa o de que o m todo de constru o do conhecimento mais importante que o pr prio conhecimento n o pertinente por completo s id ias de Perrenoud Realmente no Projeto Pol tico pedag gico de Perrenoud prop e se diminuir a quant
290. do e se montar uma estrutura diferente aquela coisa toda Mas nisso n o h uma obrigatoriedade PM1 Geralmente o professor se padroniza essa segii ncia de conte dos a partir do livro texto E uma refer ncia PMI Evidentemente as editoras por conta disso t m tido uma grande preocupa o E gra a a Deus o fundamental O ensino m dio agora est come ando este ano inclusive a pr pria universidade federal est exigindo que isso aconte a Essa revis o nos livros did ticos do ensino m dio O 289 fundamental j h uns 3 4 anos que sendo muito bem revisado O MEC est muito em cima vendo esses conte dos PM2 Questionados se possuem informa es sobre qual a refer ncia que os pr prios livros did ticos usam para organiza o dos conte dos no tempo escolar os professores afirmam que isso vem das pesquisas acerca do ensino da matem tica e que os diferentes estudos em diferentes pocas v o trazendo aos livros did ticos seq ncias diferenciadas indicando n o haver uma padroniza o consequentemente n o havendo uma mesma refer ncia inclusive sendo tais padroniza es e segii ncias muito questionadas hoje em dia Enquanto uns usam certa l gica formal e linear outros v o usar uma l gica dial tica e espiralada Percebemos ent o que a organiza o dos conte dos segue uma estrutura epistemol gica vinda do pr prio conte do por exemplo da pr pria hist ria dos conte dos matem ticos
291. do os dados oficiais os fatos not veis a a o dos sujeitos quase que como personagens her icos O curr culo geralmente era investigado e entendido como as diretrizes guias e listas de mat rias escolares estabelecidas diante das obrigatoriedades e facultatividades contidas na legisla o educacional em especial nas diversas reformas realizadas no sistema educacional brasileiro No entanto nos ltimos tempos a Hist ria da Educa o passou por um verdadeiro processo de renova o No Brasil especificamente nos ltimos vinte anos a Hist ria da Educa o aproximou se de uma nova forma de escrever a Hist ria possibilitando uma nova leitura principalmente da Escola Segundo Lopes e Galv o 2001 os estudos passaram a ser mais localizados e contextualizados lidando com per odos de tempo mais curtos Ainda segundo as autoras a Hist ria da Educa o passou a se preocupar com a organiza o e funcionamento interno das escolas com a express o e ou constru o cultural no cotidiano escolar com o estabelecimento do saber do curr culo das disciplinas escolares Al m das fontes oficiais recebendo estas um novo olhar outras fontes surgiram tais como a fotografia a literatura os manuais escolares os jornais e revistas a hist ria oral etc Esse movimento de renova o e amplia o na historiografia da Educa o vai encontrar inspira o na Escola dos Annales uma nova forma de entender e escrever a hist ria que posteriorm
292. do ser tanto no n vel das Redes de ensino p blicas ou privadas ou mesmo da unidade escolar expressando se principalmente no formato de propostas pedag gicas E o planejamento de ensino como aquele elaborado no mbito das a es docentes expressando se principalmente no formato de planos de ensino convencionalmente plano de curso de unidades e de aulas Essa ltima forma de planejamento o plano de ensino elaborado pelo docente levando em considera o o planejamento curricular que por sua vez teve que considerar o planejamento educacional Este ltimo o educacional elaborado para orientar o curricular que por sua vez orienta o de ensino especificamente no mbito da aula Vale acrescentar que a depender das concep es pol ticas e educacionais as quais orientam tais planejamentos estes podem ser mais fechados e normativos ou ainda mais abertos e participativos Sendo mais normativos eles se apresentam quase que separadamente no intuito de que aquele de maior amplitude d as defini es para o de menor amplitude cabendo a este apenas 39 segui las No entanto sendo mais participativos o menor comp e o de maior amplitude interferindo neste portanto constituindo o construindo o dando lhe materialidade Mesmo que o mais amplo traga algumas orienta es para o menos amplo um n o existe sem o outro Num enfoque participativo o planejamento curricular portanto pode ser elaborado e implementado em mai
293. dores para an lise de conte do Ap ndice D e utilizamos uma organiza o em etapas como podemos perceber no quadro 2 deixando claro que elas n o se apresentaram de maneira estanque linear mas como um roteiro para o tratamento dos dados que pode passar por entrela amentos e por vezes idas e vindas 12 A categoriza o uma opera o de classifica o de elementos constitutivos de um conjunto por diferencia o e seguidamente por reagrupamento segundo o g nero analogia com os crit rios previamente definidos BARDIN 1988 p 117 13 Unidade de registro uma unidade de significa o a ser codificada e corresponde ao segmento de conte do a ser considerado como unidade de base visando categoriza o podendo ser de natureza e dimens es variadas BARDIN 1988 p 104 105 Unidade de contexto serve de unidade de compreens o para codificar a unidade de registro ou seja corresponde ao segmento da mensagem cuja dimens o superior propr cia entender o significado da de registro BARDIN 1988 p 107 41 Quadro 2 Etapas da an lise de conte do ETAPAS INTEN ES A ES Retomada do objeto e e Leitura flutuante primeiro contato com os textos captando objetivos da pesquisa o conte do genericamente sem maiores preocupa es sa a t cnicas sai e Escolha inicial dos Pa documentos e Constitui o do corpus seguir normas de validade Pr an lise ES Ea Constru o inicial
294. dos em sess o conjunta dos Grupos de Trabalho GT de Did tica e de Curr culo da Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o ANPED ocorrida na XX Reuni o Anual em 1997 69 conte do dessas reas tem em comum teorias e princ pios referentes ao processo pedag gico escolar lidando com a transforma o e produ o do saber escolar H ainda uma discuss o acerca de qual das reas cont m ou est contida na outra ou seja uma reflex o de amplitude Para alguns o curr culo mais amplo englobando a did tica pois o primeiro absorve o car ter pol tico pedag gico dos sistemas escolares envolve os estudos da pr tica pedag gica e a segunda volta se para a sala de aula para o ensino A did tica seria uma dimens o curricular encarregada dos m todos e materiais did ticos com os quais o curr culo iria se expressar na experi ncia Outros autores afirmam que a did tica que engloba o curr culo pois a primeira estuda o ensino como um todo e o segundo a quest o dos conte dos desse ensino Do ponto de vista da origem e evolu o dessas reas encontram se na hist ria da educa o mais elementos de sua rela o Segundo Veiga Neto 1998 h uma emerg ncia quase g mea da did tica e do curr culo Para Lib neo 1998 e Santos e Oliveira 1998 o termo did tica adquire significado popularizando se na produ o intelectual pedag gica com a obra de Com nio Did tica Magna publica
295. duca o b sica em munic pios pernambucanos Cd rom Educa o desenvolvimento humano e cidadania S o Luiz ENCONTRO DE PESQUISA EDUCACIONAL DO NORTE E NORDESTE EPENN 2001 V nico FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo dicion rio Aur lio de l ngua portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986 FORQUIN Jean Claude Saberes escolares imperativos did ticos e din micas sociais Teoria e Educa o n 5 Porto Alegre 1992 p 28 49 FORQUIN Jean Claude Escola e cultura as bases sociais e epistemol gicas do conhecimento escolar Porto Alegre Artes M dicas 1993 FORQUIN Jean Claude org Sociologia da educa o dez anos de pequisa Petr polis Vozes 1995 FORQUIN Jean Claude As abordagens sociol gicas do curr culo orienta es te ricas e perspectivas de pesquisa Educa o amp Realidade Porto Alegre n 21 1 jan jun 1996 p 187 198 FORQUIN Jean Claude O curr culo entre o relativismo e o universalismo Educa o amp Sociedade Campinas ano XXI n 73 dez 2000 p 47 70 FORQUIN Jean Claude Evolu es recentes do debate sobre a escola a cultura e as desigualdades na Fran a In FRANCO Creso org Avalia o ciclos e promo o na educa o Porto Alegre Artmed 2001 p 101 120 F RUM NACIONAL EM DEFESA DA ESCOLA P BLICA Formar ou certificar Muitas quest es para reflex o Bras lia 2003 Dispon vel em http www andes org br Anexo Circ025
296. duced by the mankind in its trial to overcome the randomness the chance the common sense in apprenticeship Different pedagogical elements try to materialize this responsibility one of which is the curriculum This keeping intersection with the rest elements constitutes the school knowledges making a cultural selection and configuring them as a school culture due to their peculiar characteristics This configuration along time started to show so big force mostly in modern times which besides selecting culture elements proceeded collaborating with its elaboration Approaching us to the dialectic materialist historical boarding foundations and accomplishing type categorial content analysis for thematic we observed that the school knowledges constitution occurs in an relative autonomy action before wider social factors reproducer influence thence it doesn t withdraw resulting in a merely singular and only production This Doctorate Thesis inserted among the ones who investigate this school knowledges constitution under the Curriculum Critical Sociology look is presented as a qualitative research process and product performed in the literature and in the field besides documents and interviews with two teachers of four different curricular disciplines Physical Education Art Portuguese Language and Mathematics who belonged to Schools from the Municipal Teaching Net in Recife We realize that the school here investigated disciplines develop in
297. e Olha JOS eu n o sei dizer Talvez da pr pria cria o porque voc sabe que tudo na natureza foi estudado diante da necessidade n o O homem estudou a ac stica estudou o rel mpago construiu as cidades Entendeu E a pr pria matem tica estudaram os eg pcios os maias a gente at estuda um pouco da historicidade de cada poca desse povo como que usavam a matem tica porque eles usavam a matem tica entendeu Eu acho que por conta disso Acho que porque surgiram essas necessidades todas PM 2 Porque na 5 s rie voc s trabalha n meros naturais e n meros racionais entendeu Isso tem suas altera es evidentemente S na 6 s rie que voc passa At por conta do pr prio desenvolvimento do aluno que muitas vezes tem que ter uma certa estrat gia para que o aluno possa entender ele j est t o acostumado a trabalhar com n meros naturais que quando voc fala n mero negativo ele j estranha Ent o voc tem que ter muito tato muita estrat gia para que o aluno possa absorver exatamente 290 aquela experi ncia Eu n o sei se dentro na nossa forma o mesma da matem tica n o existe muito isso o porqu desse conte do ser da 5 o porqu desse da 6 desse ser da 7 PM2 O professor de uma disciplina espec fica no caso da Matem tica n o possui as refer ncias para essa organiza o Essas refer ncias s o de dom nio dos autores dos livros did ticos que
298. e dezena centena leitura e escrita valor decimal posicional composi o e decomposi o compara o ordem crescente e decrescente antecessor e sucessor numerais ordinais pares e mpares Operando com n meros Problemas envolvendo a id ia das quatro opera es naturais fundamentais elabora o e resolu o dos mesmos uso do algoritmo convencional e n o convencional conceito de dobro qu ntuplo inteiro metade ter o e outras N meros racionais Representa o simb lica compara o e equival ncia Grandezas Comprimento massa e No es e medi es com refer ncias convencionais e n o e volume convencionais Medidas Tempo e valor monet rio Semana m s ano hora e meia hora Espa o Caracter sticas dos s lidos Cubo esfera cone paralelep pedo cilindro e pir mide e geom tricos Posteriormente faces e v rtices incluindo a planifica o Forma dos mesmos Caracter sticas das figuras Triangulo ret ngulo quadrado e c rculo lados e ngulos planas composi o de figuras planas a partir de outras composi o dos s lidos a partir das figuras planas Transforma es no plano Transla o simetria em torno de uma reta reflex o em torno de eixo di Educa o de Jovens e Adultos 180 Tratamento Classifica o organiza o interpreta o de dados uso de
299. e uma n o ruptura uma continuidade pelo menos inicialmente ou at em alguns setores e inst ncias da pol tica educacional da pol tica neoliberal do governo anterior No entanto numa an lise mais geral da pol tica curricular o Governo Lula 101 Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o 102 Em 06 12 06 a C mara dos Deputados aprovou a PEC que cria o FUNDEB que passar a vigorar em 2007 ap s sua regulamenta o 134 acumulou mais a es que demonstram iniciativas de romper com o aparato montado pelo Governo FHC do que de fato a es de continuidade Por certo necess rio mais e muito mais para uma ruptura radical diante das amarras constru das pela Gest o de FHC por m sabemos que essa n o se d com menos lutas disputas negocia es e at contradi es N o basta ampliar o debate preciso fortalecer o Estado para materializar as decis es coletivas e implementar a es para a constru o de um projeto hist rico socialista com esse projeto hist rico e com os anseios por continuar a implementa o de uma pol tica educacional com matriz democr tico popular que em meados do Governo Federal de Lula 2003 2006 Jo o Paulo Lima e Silva PT reeleito para assumir a Prefeitura do Recife ap s processo eleitoral para a gest o 2005 2008 Lembremos aqui que o Governo do Estado de Pernambuco est sendo conduzido ao mesmo temp
300. e Esporte e Turismo hoje Secretaria de Turismo ficando com atribui o de Secretaria de Educa o Esporte e Lazer Quadro 12 Estrutura da Secretaria de Educa o Municipal 2005 Prefeitura do Recife Secretaria de Educa o Esporte e Lazer Secret ria 0 pieindia cias ii in bi ia aid Assessoria 1 de Educa o F Executiva i J paanasasasasasasnsas 4 i iComiss o Setorial de i Licita o Assessoria T cnica J Gin sio de Esportes Geraldo Magalh es Assist ncia T cnica Assist ncia de Servi os Direto Acompanhamento e Eri DOTA ES Diretoria de Apoio eterno de Avalia o ducacionais Social Educa o menta o Educacionais Complementares Escolar Diretoria de Diretoria de Diretoria de Ensino Tecnologia na Administra o Diretoria de Gest o Educa o Setorial de Pessoas Fonte http www recife pe gov br pr seceducacao perfil php acessado em 17 10 2006 No Relat rio de Gest o 2001 2004 da Secretaria de Educa o Municipal do Recife RECIFE 2004a percebemos que a Rede procurou as bases gerais para a pol tica educacional na Constitui o Federal Brasileira de 1988 na Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB n 9394 96 e no Plano Nacional de Educa o PNE tanto a Lei n 10172 BRASIL 2001 quanto a proposta da sociedade brasileira constru da no mbito 145 dos Congressos Nacionais de Educa o CONED s promovidos pelo Sindic
301. e Projetos Hist rico Cr tica Cr tico Social dos Conte dos e das Compet ncias Privilegiamos a discuss o acerca da Pedagogia das Compet ncias e dos Ciclos de aprendizagem por essas se apresentarem como veremos a seguir como compreens es de base para a pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife l cus de nossa investiga o 2 1 A PEDAGOGIA DAS COMPET NCIAS 2 1 1 A Pedagogia das Compet ncias por Philippe Perrenoud A Pedagogia das Compet ncias tem sido uma refer ncia para a organiza o dos saberes escolares no curr culo No Brasil s o as proposi es de Philippe Perrenoud que t m dado fundamentos a essa Pedagogia Segundo o pr prio Perrenoud 1999 2000b o desenvolvimento de compet ncias n o novidade sim um retorno origem raz o de ser da escola ou seja oferecer ferramentas para dominar a vida e compreender o mundo procurando superar a perspectiva enciclop dica da escola na qual se oferece aos alunos uma cultura geral da qual ningu m deve ser exclu do por m que n o apenas acumule conhecimentos a perder de vista para se um dia a depender de sua orienta o servir se deles na vida cotidiana Para ele n o a assimila o intensiva de v rios saberes que levar os jovens a compreenderem melhor o mundo em que vivem pois muitas vezes eles acumulam saberes passam nos exames por m n o conseguem mobilizar o que aprenderam em situa es reais 100 dentro e fora do
302. e aulas anuais 36 40 40 41 42 43 44 100 135 139 142 143 144 144 148 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 LISTA DE FIGURAS Planejamento forma e amplitude a 37 Fases do planejamento e ereerecenerenaa 38 Curr culo e Teorias Educacionais 49 O curr culo como Campo de Investiga o issii 56 O curr culo como historiografia da educa o 57 O curr culo como pol tica educacional ii 61 O curr culo como pr tica pedag gica ii 64 A constitui o dos saberes escolares li iii 325 Focos da constitui o dos saberes escolares iii 325 Ap ndice A Ap ndice B Ap ndice C Ap ndice D Ap ndice E Ap ndice F Ap ndice G Ap ndice H LISTA DE AP NDICES Contato com os professores na 346 Levantamento bibliogr fico e mapeamento da literatura 347 Roteiro de entrevista errar 348 Indicadores para an lise de conte do llli 349 Orienta es para organiza o dos dados das entrevistas 350 Quadro para an lise de conte do dados gerais 351 Legenda para an lise de conte do problem ticas 352 Quadro para an lise
303. e das lutas pela universaliza o dos direitos sociais b sicos tais como moradia sa de educa o lazer percebendo a cidadania como um exerc cio inclusive de deveres sociais e co responsabilidade diante de si e dos exclu dos da inser o na sociedade mais ampla RECIFE 2003a Assim fundamenta se em princ pios ticos de solidariedade liberdade participa o e Justi a social e pauta se nos eixos da educa o sob a tica do direito da cultura identidade e v nculo social e da ci ncia tecnologia e qualidade de vida coletiva RECIFE 2003a e 2002 O Projeto Pol tico Pedag gico presente no curr culo organizado por ciclos de aprendizagem deixa expl cito o compromisso com a forma o do cidad o e da sociedade configurando se como processo permanente de reflex o e discuss o dos problemas das escolas que comp em a Rede e de busca de alternativas vi veis materializa o de sua intencionalidade s cio educativa A pol tica curricular como vimos nos documentos e nas falas n o elaborada nem implementada em gabinetes governamentais ou mesmo em a es de curriculistas Mesmo que essa pol tica tenha sua intencionalidade governamental e possua assessoria de diversos especialistas compreende se que o principal sujeito de sua elabora o e implementa o o professor diante do dia a dia da comunidade escolar gestores outros professores funcion rios em geral pais e alunos conforme exemplificamos nos trechos dos do
304. e de supera o das cr ticas recebidas pela Pedagogia dos Objetivos pois n o considera que as abordagens desta Pedagogia estejam superadas a n o ser em seus excessos tais como o behaviorismo sum rio as taxonomias intermin veis os excessivos fracionamentos dos objetivos entre outros porque pensa que os excessos estejam controlados A Pedagogia dos Objetivos ou dos Dom nios quando conciliada com abordagens construtivistas chega a se configurar de acordo com Perrenoud como uma Pedagogia Diferenciada Na Fran a essa Pedagogia Diferenciada teria como fundamentos um processo centrado mais na aprendizagem do que no ensino a valoriza o do aluno com o sujeito da aprendizagem a constru o significativa do conhecimento Sobre isso diz Perrenoud 2000d p 50 que compreender a pedagogia diferenciada implica compreender o curr culo de forma o do aluno como segii ncia de experi ncias de vida que contribu ram para forjar sua personalidade seu 3 A esse respeito consultar Ramos 2001b p 223 236 107 capital de conhecimentos suas compet ncias sua rela o com o saber e sua identidade RAMOS 2001b p 258 Segundo Ramos 2001b somam se s experi ncias os mecanismos de aprendizagens os quais s o chamados tamb m de compet ncias gen ricas ou transversais tais como observa o comunica o dedu o medi o classifica o previs o organiza o de informa es tomada de decis o an
305. e do aparato do governo passado a atual gest o precisou ao longo de lutas disputas e negocia es pol ticas realizar altera es na legisla o educacional em programas governamentais e construir uma s lida fundamenta o te rica para suas op es partid rias e de projeto hist rico O Governo Lula fez proposi es de altera es na LDB algumas com xito e outras n o A exemplo citamos a altera o do Art 26 com a publica o da Lei n 10793 03 que deixa clara a obrigatoriedade da Educa o F sica na Educa o B sica e a facultatividade de sua pr tica para alguns alunos com casos espec ficos al m da adi o de par grafos ao referido artigo com a publica o da Lei n 10639 2003 que estabelece a obrigatoriedade de incluir a tem tica Hist ria e Cultura Afro Brasileira nos curr culos oficiais e da altera o de v rios artigos para tornar obrigat rio o ensino fundamental de nove anos com matr cula aos seis anos de idade atrav s das Leis n 11114 06 e 11124 06 Foi institu da junto com o Sistema Nacional de Certifica o uma Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica Como n o poderia ser diferente disputas e cr ticas se estabelecem nessas a es mas avan os tamb m se apresentam Em 2005 alterou o SAEB mudando nomenclatura concep o e operacionaliza o passando a chamar se Avalia o Nacional da Educa o B sica ANEB e a ser composto pela A
306. e ela podia ser muito mais prazerosa muito mais gostosa muito mais agrad vel para o seu conhecimento PAI Eu estou Acho que geral eu estou achando que geral mas na arte n o h uma compreens o dessa disciplina formal por isso que s vezes eu tenho os textos para eu dar umas amarradas e por isso que eu passo muito tempo no conceito de arte l na frente sabe Trabalhando arte onde tem como que aparece essas coisas assim para eles saberem que um conhecimento Eu hoje trabalho com arte como conhecimento um conhecimento que interessante para a pessoa para conversar para fazer uma leitura de um jornal para simbolizar para interpretar essas coisas n o a quest o de fechar uma disciplina eu n o trabalho assim mais n o PAI Mas ainda assim seu avan o e sua leitura cr tica da escola tradicional n o lhe oportunizaram reconhecer se no cen rio do curr culo como um todo de forma a compreender que sua especificidade junto s especificidades de outras disciplinas propiciaria escola cumprir seu papel social e muito menos que existem elementos no curr culo que devem orientar a pr tica pedag gica das diferentes disciplinas igualmente pois s assim o curr culo teria seu car ter de unidade de coes o pedag gica mesmo entre as diferentes reas e sujeitos Por exemplo o reconhecimento das caracter sticas das disciplinas que concomitantemente est o trabalhando com os alunos seja de conte
307. e faz isso est entendendo N o s em arte j tem outras disciplinas que ele sai muito 244 Existem casos de menino que s vem nas ltimas aulas est entendendo PA Os ciclos procuram impedir a reprova o mas n o como garantia de seq ncia aos estudos sem as devidas aprendizagens Como vimos entre os ciclos existem diferentes formas de pensar e viabilizar a sequ ncia dos estudos A promo o autom tica impossibilidade de reten o do aluno e a progress o continuada possibilidade de reten o dos alunos no ltimo ano de um ciclo podem aparecer em distintas implanta es do ciclo mas n o podem ser entendidas como a impossibilidade de reprova o do aluno Primeiro que a reprova o de um aluno nos moldes tradicionais da escola e em especial da avalia o a certifica o de que essa institui o n o cumpriu seu papel com aquele aluno Resta saber se o problema est na n o aprendizagem do aluno ou no n o ensino do professor ou mesmo na n o avalia o consistente da apropria o e produ o do saber escolar A escola nos ciclos independente da forma que viabilizam a sequ ncia dos estudos dos alunos deve analisar constantemente suas aprendizagens e n o aprendizagens e encontrar mecanismos para que eles aprendam Por isso a n o reprova o existe pois a escola cujo papel ensinar deve garantir as aprendizagens Exemplos de algumas cr ticas improcedentes aos ciclos s o encontrados nas
308. e nos separa dos pa ses altamente desenvolvidos como estamos crescendo menos do que quase todas as na es em desenvolvimento E o que pior muito menos do que poder amos e precisar amos para dar empregos e oportunidades aos nossos filhos com a base industrial e a capacidade cient fica e tecnol gica que construiu no s culo passado e a estabilidade pol tica e econ mica que conquistou recentemente est pronto para ser vitorioso na corrida do desenvolvimento A crise tica e pol tica do PT e do governo atual evidenciada nos epis dios do mensal o dos sanguessugas do cuec o da compra de dossi s fajutos entre tantos outros obriga nos a retomar a quest o da reforma pol tica por um novo ngulo e com um redobrado senso de urg ncia O governo do presidente Lula empenhou se em superar a dicotomia entre quantidade e qualidade que marcou o governo que lhe antecedeu 1995 2002 O governo do presidente Lula procurou criar as condi es estruturantes para garantir o acesso educa o b sica buscando superar a dicotomia quantidade e qualidade que marcou o governo anterior 1995 2002 Projeto Ser vitorioso neste caso significa nos incorporarmos ao Hist rico grupo das na es que t m um projeto claro de futuro e avan am decididamente em sua dire o Criar um ambiente favor vel para que as pessoas e empresas exercitem sua criatividade e empreendedorismo transformando
309. e o tempo em que tais compet ncias habilidades saberes n o 119 eram t o triviais como s o hoje Atualmente o curr culo n o pode se limitar a oferecer apenas isso s crian as e adolescentes A classe m dia hoje por exemplo cria condi es para que seus filhos depois da aula aprendam bal l nguas m sica teatro esportes e tenham uma forma o global n o restringindo a forma o de seus filhos vis o de que escola caberia ensinar essas tr s compet ncias por mais importantes que possam ser No entanto para que os ciclos fujam completamente de tais acusa es s o necess rias uma compreens o e uma implementa o que sejam acompanhadas da garantia de algumas condi es S o condi es para o sucesso dos ciclos a participa o dos professores nas propostas import ncia da avalia o da aprendizagem investimentos no professor forma o atualiza o e condi es de trabalho atendimento ao aluno com dificuldades monitoria espa os de revis o aulas no contraturno laborat rios de aprendizagens atendimento individualizado participa o da comunidade implanta o gradativa MAINARDES 2001 Para Mainardes 2001 a implanta o dos ciclos n o pode ser uma medida isolada Ela solicita a formula o de um projeto educacional com princ pios definidos com um curr culo comum definido articulado a um projeto hist rico de sociedade exige investimento na forma o cont nua dos professores valo
310. e oferecer a esse aluno para que ele realmente se aproprie de determinados conhecimentos Ent o a gente faz um conselho de ciclos para que ele se materialize para que ele se torne realmente importante em sala de aula os professores fazem esse conselho O que o conselho de ciclos N o s dizer como est o aluno mas como que est o professor em rela o ao aprendizado do aluno Ent o o professor se v tamb m no processo ele est ensinando mas ele est vendo como que est sendo o ensino dele porque atrav s das avalia es que ele est fazendo que s o diferentes que n o mais uma prova mas s o outros tipos de avalia o que voc faz voc tamb m se v como professor como que a minha contribui o a esse aluno PLP2 O espa o ampliado que chamado refor o j previsto dentro do projeto pedag gico da escola Esse projeto do espa o ampliado est sendo oferecido paripasso com o projeto da escola Enquanto voc vai verificando os conselhos de ciclos que aquele aluno n o est com um aprendizado significativo automaticamente ele j est indo para esse espa o ampliado O que esse espa o ampliado um refor o N o um refor o no sentido de tirar o aluno da sala de aula e praticar com ele aquela disciplina n o mas dentro da sala de aula o professor se debru ar mais sobre aquele tipo de conte do que mais que ele n o consegue sozinho e o coordenador pedag gico n
311. e produzir Ningu m pode mudar conceitos s entrar numa sala responder chamada e ficar conversando PA2 Vimos portanto que as particularidades do ensino de Arte no curr culo da escola de educa o b sica terminam por produzir formas peculiares de selecionar organizar e sistematizar os saberes escolares ao mesmo tempo em que em alguns momentos mesmo vivendo certa neglig ncia articule se s generalidades do curr culo 4 2 3 L ngua Portuguesa As professoras indicam que a proposta pedag gica da Rede uma refer ncia para sua pr tica pedag gica Nessa apesar de afirmar que meio aleat rio elas selecionam os conte dos para sua disciplina e tamb m obt m elementos para no exerc cio de suas autonomias definirem seus procedimentos metodol gicos e avaliativos poss vel perceber que as professoras t m clareza de que suas disciplinas inserem se numa rea maior tamb m contida na Proposta que d unidade a diferentes disciplinas nesse caso a rea das Linguagens C digos e suas Tecnologias No entanto o olhar das professoras para a proposta centraliza se na apreens o da teoria pedag gica que orienta especificamente o ensino de L ngua Portuguesa e na sele o das compet ncias Apesar de reconhecerem a realidade dos alunos apesar dos recursos pedag gicos condicionarem os saberes escolares elas deixam claro que h uma intencionalidade pedag gica que existem elementos os quais os alunos n o podem se furtar
312. e saber tanto um quanto outro podem expressar processo e produto Enquanto processo eles significam atos atitudes procedimentos de uma realiza o humana e enquanto produto eles podem ser o resultado desse processo ou at mesmo o objeto inicial de sua aprecia o Enquanto o conhecimento possui o significado de algo abstrato amplo geral e universal o saber est condicionado a algo relativo a algo possuindo mais concretude Tomando como refer ncia estudiosos que se fundamentam na abordagem dial tica materialista hist rica uma vez que essa tem sido a Teoria do Conhecimento da qual temos buscado uma aproxima o vemos o conhecimento como uma produ o do pensamento resultado de opera es mentais com que representa a realidade objetiva Essa produ o n o se d numa atividade contemplativa do objeto e muito menos numa especula o intelectual d se numa atividade adequada a finalidades e circunstanciada social e historicamente em que sujeito e objeto mant m uma rela o de sucess o simultaneidade e contradi o Conhecer agir sobre o objeto transformando o e simultaneamente por ele transformado Vejamos Kosik 1976 p 9 A atitude primordial e imediata do homem em face da realidade n o de um abstrato sujeito cognoscente de uma mente pensante que examina a realidade especulativamente por m a de um ser que age objetiva e praticamente de um indiv duo hist rico que exerce sua atividade pr tica no tr
313. e tamb m Como para uma professora que tem que ser polivalente em matem tica portugu s ci ncias e em estudos sociais Para educa o f sica uma dificuldade ser polivalente tamb m entendeu PEF1 H uma lacuna na pr pria forma o da gente A gente n o consegue dar conta em todas essas reas entendeu Ent o teria que se mudar a estrat gia de ensino ser mais centrado na pesquisa em que professor e aluno pudessem pesquisar os temas nos quais h essa falta de conhecimento de ambas as partes Teria que se mudar a estrat gia PEF1 A diferen a que o professor de educa o f sica exclui o conte do mesmo N o d de forma alguma PEFI1 A legitima o pedag gica de uma disciplina est circunscrita ao reconhecimento de seu valor social inclusive articulando se forma o do professor ao que ocorre nos intra muros da escola e ao entendimento que a comunidade escolar possui acerca da disciplina No caso particular da Educa o F sica como citamos anteriormente sua legitima o ofuscada e at mesmo questionada seja pelos alunos pais demais professores seja pelo pr prio professor de Educa o F sica Por mais que ela procure se firmar e se reconhecer na totalidade do curr culo e da escola essa disciplina ainda apresenta muitas fragilidades Para a PEF2 ser convocada para atividades entre diferentes disciplinas ou da escola como um todo demonstra um avan o para a disciplina mas implicit
314. e teria mais de exatas e a gente ficou mesclando assim PLP2 10 Mesmo com os cursos profissionais a forma o b sica geral era a centralidade e a t cnica a complementaridade pois al m de se configurar como terminalidade para muitos alunos o ensino m dio como em outras realidades escolares era sin nimo de continuidade de estudos vislumbrando o ensino superior Nesse ltimo caso a Rede tinha institu do por via de um conv nio com a Universidade de Pernambuco UPE o Programa Porta para a Universidade funcionando aos s bados e domingos 157 Esse regime semestral modular reunia disciplinas de determinada rea de conhecimento duplicando sua carga hor ria semanal para dar conta das compet ncias e conte dos estabelecidos para o ano inteiro No m dulo seguinte as disciplinas que n o haviam sido oferecidas no semestre anterior eram tratadas da mesma forma Ele em m dulos os alunos tem educa o F sica 04 vezes na semana E a gente d aula de Educa o F sica no M dulo de linguagem O m dulo s o 06 meses seis meses eles t m algumas disciplinas de aulas dentro das disciplinas PEF2 Seguindo orienta es internas Rede as disciplinas curriculares possu am uma distribui o de carga hor ria semanal diferenciada entre si No ensino fundamental II num regime anual por ciclos a Arte possu a aula 2 vezes por semana Educa o F sica 2 vezes por semana L ngua Portuguesa 6 vezes e Mate
315. ec ficas do campo escolar ou seja estudando o curr culo como express o de conflitos de classes sociais pensando ser poss vel evidenciarmos situa es de reprodu o e resist ncias ao mesmo tempo nas quais a interven o dos sujeitos a atividade humana sens vel possibilita conhecer o real transformando o e sendo transformado por esta no mesmo instante Consideramos tamb m ter sido importante para nosso estudo essa op o por reconhecer que a dialeticidade e historicidade do homem com outros homens e com a natureza acontece inclusive no seu processo de forma o educacional Analisar portanto os conflitos existentes na constitui o dos saberes escolares do curr culo de uma forma geral e de algumas diferentes disciplinas escolares a partir desta abordagem abriu um flanco ao reconhecimento das dualidades manique smos contradi es e dicotomias do curr culo na pr tica pedag gica da escola de educa o b sica Enfim pensamos que a abordagem dial tica materialista hist rica possibilitou ao nosso estudo uma explica o de alguns conflitos das teorias e pr ticas curriculares e uma indica o de elementos transformadores e superadores de tais conflitos pois para transformar algo importante ter conhecimento de como se estrutura este algo quais suas leis e categorias fundamentais de funcionamento e quais os seus espa os e sujeitos sociais pass veis de potencializar mudan as Gaud ncio O enfoque da dial tica
316. ecebidas por via do livro did tico elas chegam a gerar em alguns professores a impossibilidade de organizar os conte dos caso esse livro n o exista Uma organiza o etapista dos conte dos bastante criticada na atualidade principalmente por teorias pedag gicas inovadoras tais como a concep o do curr culo por ciclo a qual procura superar a seria o al m de concep es mais progressistas das disciplinas espec ficas no caso de L ngua Portuguesa buscando superar um ensino normativo gramatical da l ngua e consolidar um ensino a partir do texto da contextualiza o A id ia abandonar a organiza o repartida e linearmente sequenciada dos conte dos Espera se n o se ensinar a l ngua tendo como refer ncia uma l gica que parte do simples para o complexo por exemplo da letra para a s laba da s laba para a palavra da palavra para o texto ou mesmo os verbos de primeira conjuga o para depois os de segunda e terceira No entanto segundo as professoras essa forma etapista ainda bastante presente nas propostas pedag gicas nos livros did ticos e na pr tica pedag gica dos professores sendo ainda hegem nica na sala de aula Por m n o apenas sua presen a ainda forte que marca sua hegemonia na aula mas tamb m as ambigiiidades dos docentes em de fato abandon la pois no fundo ainda afirmam o ensino normativo gramatical como imprescind vel visto que a gram tica estaria dando sustentabilidade e uni
317. ecimento do saber 1 2 2 Saberes Escolares e Teoria Pedag gica No mbito dos estudos acerca da Escola sejam curriculares ou did ticos v o aparecer x 46 p 47 compreens es de saber escolar como conhecimento escolar e como conte do escolar 36 Lopes 1997 Lopes 2000 Lopes e Macedo 2002 Apple 2006 Turra 1993 Lib neo 1994 Lelis 2001 Martins 1993 e 2002 11 Diante dos conceitos de saber escolar e conhecimento escolar vemos muita aproxima o Segundo Lopes 1997 p 106 fundamentando se nos estudos de Jean Claude Forquin o conhecimento escolar se constitui no embate com os diversos saberes sociais A escola seleciona saberes dentre os que s o pass veis de serem selecionados da cultura social mais ampla e promove sua reorganiza o sua reestrutura o e sua recontextualiza o atrav s desses processos que emergem configura es cognitivas tipicamente escolares compondo uma cultura escolar sui generis com marcas capazes de transcenderem os limites da escola Como vemos o conhecimento escolar se configura como sin nimo de saber escolar ambos presentes portanto nos estudos cr ticos das Teorias e Abordagens Curriculares bem como do curr culo como Historiografia da Educa o como Pol tica Educacional e como Pr tica Pedag gica Mesmo assim fazemos op o por usar o conceito de saber escolar e pens lo No entanto na rela o conceitual entre o saber escolar e conte d
318. ecimento e valoriza o do magist rio executando um programa de forma o de professores tanto por via do incentivo realiza o de curso superior para os que n o possu am tal titula o quanto do est mulo realiza o de cursos de p s gradua o al m de um programa de forma o continuada que inclu a reuni es sistem ticas mensais capacita o e estudos intensivos semestrais acesso leitura de jornais e revistas incentivo para montagem de biblioteca pessoal e participa o em eventos acad micos art sticos e pol tico educacionais Inclu da nessa pol tica educacional e articulando se s demais a es estruturou e implementou como pol tica curricular os ciclos de aprendizagem com v rios desdobramentos e provid ncias para sua materializa o No in cio do terceiro ano de gest o municipal tomava posse no Governo Federal o Presidente eleito Luis In cio Lula da Silva PT 2003 2006 Lopes 2004 analisando a pol tica curricular dos primeiros nove meses de Governo Lula mesmo se solidarizando com o partido pol tico do Presidente afirma ser necess rio manter uma posi o cr tica e investigativa acerca da pol tica educacional A autora ainda que admita que muitas a es se fizessem presente e que as possibilidades de debate se ampliavam nesse per odo de Governo observa que as pol ticas curriculares se apresentavam sem rupturas com as do Governo Fernando Henrique Cardoso 1995 2002 Para sustentar
319. ecimento peculiar Sendo assim esse conhecimento recebe uma estrutura o de forma a constitu lo como um saber escolar Entendendo que os saberes escolares s o produto de uma cont nua e contradit ria mobiliza o transforma o e produ o do conhecimento ou pelo menos de dimens es deste 98 adotamos a compreens o de que se constituem num processo de sele o organiza o e sistematiza o face fun o social da escola como um todo No mbito da sele o s o feitas op es acerca do saber encontrando diferentes origens g neses e fontes Esse processo se d numa rela o de escolhas de dimens es da cultura geral para dentro da escola podendo a realidade de fora da escola ter sido anteriormente influenciada pela pr pria escola ou mesmo transformar se em fun o das peculiaridades da escola Refletir as origens dos saberes escolares a partir de qu se organizam permitir nos ia investigar como diferentes teorias pedag gicas pensam e prop em a g nese do curr culo da escola No mbito da organiza o os saberes selecionados assumem um determinado arranjo e disposi o diante das condi es escolares principalmente em virtude das disponibilidades de recursos instala es e tempo Percebemos que esse processo se d na inten o de torn lo compreens vel e assimil vel aos alunos e ainda numa rela o inicial de delimita o de tipologia e quantidade passando para uma defini o de grau de imp
320. edade Campinas v 26 n 92 2005 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302005000300017 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302005000300017 GABRIEL Carmen Teresa Usos e abusos do conceito de transposi o did tica Dispon vel em www ufop br ichs perspectivas anais htm Acesso em 16 de mar o de 2006 GATTI Bernadete Angelina A constru o da pesquisa em educa o no Brasil Bras lia Plano 2002 GHIRALDELLI J NIOR Paulo Hist ria da Educa o S o Paulo Cortez 1994 GIANNOTTI Jos Arthur consultor Marx vida e obra In Os pensadores Marx S o Paulo Nova Cultural 1996 p 5 18 GONZ LEZ W nia R C Compet ncia uma alternativa conceitual Rio de Janeiro SENAI DN CIET 1996 GOODSON Ivor F Curr culo Teoria e Hist ria Rio de Janeiro Vozes 1995 GORENDER Jacob Introdu o o nascimento do materialismo hist rico In MARX Karl e ENGELS Friedrich A ideologia alem S o Paulo Martins Fontes 1998 p VII XL GROSSI Esther Ciclos n o combatem ou combatem muito mal a evas o In C MARA DOS DEPUTADOS Comiss o de Educa o Cultura e Desporto Solu o para as n o aprendizagens s rie ou ciclos Bras lia C mara dos Deputados 2002 p 65 68 336 GRUPO DE AVALIA O E MEDIDAS EDUCACIONAIS GAME Avalia o da implementa o do projeto pol tico pedag gi
321. edagogia Hist rico Cr tica mas com esses autores e muitos outros principalmente os da escola entre eles pais alunos funcion rios professores e gestores desejamos construir uma escola n o apenas transmissora mesmo que hist rica cr tica e socialmente mas tamb m produtora dos saberes escolares Enfim pensamos que o conte do escolar termina por se configurar como um conhecimento transformado passando a compor um assunto mat ria disciplina Esse o que precisa ser ensinado pelo docente e aprendido pelo discente embora numa metodologia din mica e ativa Ainda que possa apresentar certa dinamicidade na metodologia o conceito de conte do escolar mais est tico e estanque mais comum ser compreendido como produto de uma a o pedag gica dos sujeitos educacionais especialmente na forma de conte do program tico Considera se que ele tenha sido selecionado e organizado pelo professor para ser apreendido pelos alunos mas n o se constituindo na sistematiza o Assim optamos por usar o conceito de saber escolar pensando este como o conte do escolar em movimento em processo O saber escolar possui conte dos escolares e vive transforma es chegando at a algumas deforma es tanto pela inten o dos professores em torn lo transmiss vel acess vel assimil vel quanto pelo aluno diante da sua capacidade 91 P4 produtiva e interpretativa Esse saber escolar sempre uma produ o particular a o pe
322. ede para o planejamento como por exemplo as Capacita es Intensivas da Rede nais quais existem momentos de trabalho nas pr prias escolas que se destinam ao trabalho com os planejamentos assim como tamb m os Encontros Pedag gicos Mensais EPM s podem tratar sobre o tema No entanto ainda se recente de uma atividade mais coletiva pois muitas vezes o planejamento se restringe ao universo particular do professor O planejamento pode ser feito anualmente ele pode depender Geralmente por conta do professor Geralmente no meu caso eu fiz um planejamento anual PM1 Planejo sim continuamente N s fazemos a anual A gente deixa pronto inclusive anexado caderneta Mas isso pode variar de acordo com o desenvolvimento de cada turma PM2 Existe mas agora esse tempo n o o suficiente Em alguns momentos o nosso caso de 3 e 4 ciclos que 5 a 8 existem algumas discuss es que s o feitas mensalmente numa reuni o de grupo Essas discuss es variam em torno de v rios contextos temas e que por per odo longo assim no caso depois das intensivas que existem na Rede ent o existe a capacita o que a forma o continuada do professor o estudo O estudo 285 intensivo ent o ap s esse per odo existe um momento na escola que destinado dire o para fazer as interven es administrativas e um momento tamb m para o professor fazer esses ajustes Hora dele ter feito esse planejament
323. eens o na Rede Na busca pela supera o da seria o a Rede Municipal de Ensino do Recife prop s a organiza o curricular por ciclos Passemos a analisar a compreens o dos ciclos de aprendizagem na pol tica curricular da Rede retomando as mesmas categorias anal ticas que foram usadas para evidenciarmos a apropria o da no o de compet ncia 1 Projeto Hist rico 2 Projeto Pol tico Pedag gico 3 Projeto Curricular Nos meios e fins para a implanta o dos ciclos de aprendizagem na Rede fica expl cita uma op o por um Projeto Hist rico com refer ncias Socialistas Essa proposi o de organiza o curricular expressa uma inten o pedag gica que reconhece o percurso e o processo de constru o das contradi es sociais deixando evidente que essa intencionalidade se materializa em meio a conflitos disputas e defesas ideol gicas distintas tendo de um lado as id ias da economia de livre mercado voltadas para a manuten o do capitalismo e de outro uma organiza o pol tica e social da propriedade e dos meios de produ o a partir da classe trabalhadora almejando a constru o do socialismo 168 A inten o que a forma o dos sujeitos insira se numa educa o para a cidadania entendendo que esta deva sair do sentido de direito individual a um produto a um bem a um valor ou mesmo ocupa o das oportunidades pessoais e ir em dire o a uma condi o de pertencimento coletivo e simb lico diant
324. egisla o termina se por n o se 6 Instituido pela Portaria n 1 403 de 9 6 2003 27 Mirza Seabra Toschi apresentou em 2002 uma breve descri o e an lise do Programa de Educa o do Governo Lula sugerimos ent o a consulta a esse texto para aprofundar uma an lise acerca dos compromissos assumidos em campanha Lib neo 2005 131 superar a dissocia o educa o profissional e educa o b sica apenas indicando uma justaposi o Os dois exemplos de cr ticas nos servem segundo os pr prios autores as citados para nos questionarmos acerca das raz es de n o ruptura e continuidade da pol tica curricular do Governo Lula em rela o ao Governo FHC Por que as pol ticas curriculares se mostram at o momento sem rupturas com as pol ticas curriculares no Governo Fernando Henrique Cardoso LOPES 2004 p 115 Reconhecer que o Governo Lula tamb m nesse campo n o assumiu se n o marginalmente o projeto discutido com as for as progressistas no per odo pr eleitora uma necessidade Buscar compreender as diferentes determina es que conduziram a isso e buscar agir nos diferentes espa os em que atuamos imperativo tico pol tico pois de uma ou de outra forma estamos implicados neste processo FRIGOTTO CIAVATTA E RAMOS 2005 p 13 Por m os pr prios autores ensaiam algumas reflex es Para Lopes 2004 o aparato montado pelo governo anterior com os mecanismos de regula o e a forma o de
325. egra como vimos no quadro 1 Quadro 3 Trecho de um fichamento bibliogr fico FICHAMENTO BIBLIOGR FICO FORQUIN REFER NCIA BIBLIOGR FICA PALAVRAS CHAVES FORQUIN Jean Claude As abordagens sociol gicas do curr culo Hist ria do curr culo orienta es te ricas e perspectivas de pesquisa In Revista Hist ria das disciplinas Educa o amp Realidade n 21 1 jan jun 1996 p 187 198 curriculares RESUMO ESQUEM TICO Neste estudo Forquin 1996 procura identificar as poss veis abordagens sociol gicas voltadas para a reflex o acerca do curr culo evidenciando as poss veis origens e correntes para o que na atualidade se chama sociologia do curr culo O termo sociologia do curr culo frequentemente utilizado para designar um campo te rico que trata a quest o do conte do sua natureza sua forma sua sele o organiza o e distribui o p 188 Sendo assim os autores destacados n o se caracterizam como nicos precursores de cada abordagem e sim como uma representa o poss vel para situar elementos peculiares a tal corrente Forquin diz que no sentido mais corrente o termo curr culo designa o conjunto daquilo que se ensina e daquilo que se aprende tendo como refer ncia alguma ordem de progress o podendo referir se para al m do que est escrito prescrito oficialmente ou seja o que efetivamente ensinado e aprendido no interior da sala de aula e ainda por
326. eira os quais s o reapropriados contraditoriamente para a consolida o de sua concep o educacional Essa Pedagogia segundo o pr prio autor implica a Identifica o das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente reconhecendo as condi es de sua produ o e compreendendo as suas principais manifesta es bem como as tend ncias atuais de transforma o b Convers o do saber objetivo em saber escolar de modo a torn lo assimil vel pelos alunos no espa o e tempo escolares c Provimento dos meios necess rios para que os alunos n o apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado mas apreendam o processo de sua produ o bem como as tend ncias de sua transforma o SAVIANI 1995 p 13 14 A Pedagogia Hist rico Cr tica relaciona se teoria cr tica do curr culo ao paradigma din mico dial gico e s abordagens sociol gicas curriculares tratando o conceito de saber escolar no campo educacional brasileiro Por vezes em sua obra Saviani tamb m usa o termo conte do para referir se ao saber escolar Professor aluno e conhecimento ocupam uma centralidade hist rica e dial tica na atividade educacional escolar Ora cl ssico na escola a transmiss o assimila o do saber sistematizado Este o fim a atingir a que cabe encontrar a fonte natural para elaborar os m todos e as formas de organiza o do conjunto das atividades da escola isto do curr
327. eiro possibilitando lhes n o uma mera afirma o nas rela es de competitividade e por vezes premia o dos bem sucedidos mas uma consci ncia de si mesmos e do outro uma co responsabilidade e um respeito s diferen as RECIFE 2002b Defendia se uma aproxima o com um paradigma s cio interacionista centrado principalmente no pensamento vigotskiano compreendendo que o homem aprende e se desenvolve na rela o com o outro social interagindo com o outro que ele constr i a objetividade do conhecimento e tamb m a subjetividade constituindo se assim como sujeito hist rico que influencia e influenciado pela cultura RECIFE 2002b p 5 Na inten o de que o aluno soubesse lidar com a informa o e n o simplesmente a retivesse e ainda mais com o desejo de superar o modo de aprender fragmentado do conhecimento que foi adotado na Proposta o conceito de compet ncia para orientar a 11 A esse respeito consultar respectivamente Cavalcanti Filho 2003 Martins 2003 e Pav o 2003 163 pr tica pedag gica fundamentando se em Philippe Perrenoud 1999 2000a 2000c 2000d e em Marise Nogueira Ramos 2001a e 2001b como mostram os extratos dos documentos a educa o busca formar um sujeito que seja capaz de aprender a conhecer aprender a fazer aprender a conviver e aprender a ser RECIFE 2002b p 5 A escola precisa formar sujeitos capazes de articular e relacionar os diferentes saberes c
328. eituras complementares Recife Secretaria de Educa o 2004 p 45 59 BARDIN Laurence An lise de conte do Lisboa Edi es 70 1988 BARRETO Elba Siqueira de S Tend ncias recentes do curr culo do ensino fundamental no Brasil In BARRETO Elba Siqueira de S org Os curr culos do ensino fundamental para as 330 escolas brasileiras Campinas Autores Associados S o Paulo Funda o Carlos Chagas 2000 p 5 42 BERGER Ruy Curr culo e compet ncias In Semin rio Internacional de educa o profissional 1 Bras lia 2000 BITTENCOURT Circe Maria Fernandes Disciplinas escolares hist ria e pesquisa In OLIVEIRA Marcus Aur lio Taborda de RANZI Serlei Maria Fischer orgs Hist ria das disciplinas escolares no Brasil contribui es para o debate Bragan a Paulista EDUSF 2003 p 9 38 BLOCH Marc Andr Filosofia da Educa o Nova S o Paulo Editora Nacional 1951 BOLLMANN Maria da Gra a N brega LDB do processo de constru o democr tica aprova o antidemocr tica Universidade e Sociedade S o Paulo n 12 ano VII fev 1997 p 162 163 BONAMINO Alicia MARTINEZ Silvia Al cia Diretrizes e Par metros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental a participa o das inst ncias pol ticas do Estado Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002
329. ejamento agora no meio do ano e a gente segue mais ou menos esse planejamento Eu digo mais ou menos porque eu acho assim muito maleav l Ent o se faz o retrato da turma no antes de come ar Quando a gente come a N o antes quando voc pega a turma Voc j faz o retrato E depois o retrato de como voc est deixando essa turma E a o planejamento assim por exemplo a minha rea essa linguagens c digos e suas tecnologias PLP1 Eu tenho o registro escrito n o s do planejamento como da Como o aluno vai tamb m elaborando esse conhecimento porque isso lhe d um retorno a cada m s a cada t rmino de uma atividade dessa eu tenho um retorno A caderneta tem espa o para voc colocar todas as suas aulas expositivas as aulas di rias ou semanais como voc queira registrar tem um espa o para voc registrar o perfil da entrada dessa turma e o perfil de 264 sa da tem o espa o para voc registrar o conte do que voc trabalha e tem espa o para registrar o parecer sobre o aluno PLP2 Para elabora o e execu o do planejamento como um todo e especificamente para organiza o dos saberes escolares a disponibilidade de material algo imprescind vel Como vimos anteriormente o texto objeto e recurso pedag gico O sentido de objeto aqui n o de material e sim de ess ncia que norteia a a o pedag gica de sala de aula para apropria o e produ o da l ngua ou seja
330. ela o entre ling stica e ensino de L ngua Portuguesa inclusive em conjunto com Luiz Antonio Marcushi Possui v rias produ es entre cursos apresenta es em eventos cient ficos e publica es sobre coes o e coer ncia 124 Luiz Antonio Marcuschi tamb m autor de livros acad micos professor da UFPE e tem o mesmo foco de produ o da Ingedore Koch inclusive publica o sobre essa autora e o ensino de l ngua 254 um autor chamado Maia tem um livro did tico que s o tr s volumes em um agora Cereja e Cochar tamb m lan aram tr s volumes em um ent o esses livros did ticos E Magda Soares tamb m me d uma dimens o do que eu preciso tirar do aluno o que que est mais atualizado o que que est sendo cobrado dele no vestibular ou que que est sendo cobrado dele ent o tamb m isso indicativo para o meu planejamento PLP2 Ent o N o isso que n o para fazer Agora n o para fazer isso Agora para voc O JO O o nosso assessor ele fala para gente que se a gente desse s leitura e produ o de texto leitura compreens o e produ o de texto o aluno aprenderia tudo Ele n o precisa ter aula de gram tica E a a gente est tentando trabalhar desse jeito Qual seria no caso que voc est dizendo N o levar textos muito dif ceis para a 5 s rie trabalhar com f bulas com lendas literatura de cordel Mas assim porque tem literatura de cordel que
331. em universal e inquestion vel das diretrizes do curr culo como numa raz o tecnicista moderna que defende um controle t cnico e eficiente para e com o curr culo Ambos com um vi s doutrin rio normativo restritivo e fechado 22 Citamos as Reformas Capanema 1946 e 1942 e Francisco Campos 1931 por serem as que antecederam essa LDB 2 Termos usados para nomear os n veis de ensino poca es Sugerimos entre outros consultar Bollmann 1997 Brzezinski 1997 Cury 1998 Saviani 1998 49 a ocupar a recorr ncia nas discuss es educacionais sendo elemento importante para a implementa o dos princ pios dessa Lei Os conflitos e contradi es desta Lei se estabelecem n o s em meio trajet ria de sua elabora o tramita o e aprova o como tamb m nos seus fundamentos levando ao embate diferentes projetos educacionais O que para uns avan o e princ pio para outros retrocesso e fal cia Ao mesmo tempo em que esses princ pios passam a ocupar o pensamento e a produ o curriculares nos diferentes sistemas estabelecimentos e sujeitos educacionais a sua implementa o parece distanciar se dos mesmos pois tamb m foram forjados por essa legisla o sistemas de avalia o e documentos curriculares rigorosamente r gidos Ainda que a referida legisla o educacional apresente conflitos e contradi es percebe se que uma possibilidade e necessidade de elabora o e implementa o curricul
332. endo como refer ncia alguma ordem de progress o podendo referir se para al m do que est escrito e prescrito oficialmente ou seja o que efetivamente ensinado e aprendido no interior da sala de aula e ainda por aquilo que inserido no conte do latente adquire se na escola por experi ncia impregna o familiariza o ou inculca o Essa compreens o nos leva a concordar com o autor percebendo que o curr culo num sentido geral a dimens o cognitiva e cultural do ensino ou seja seus saberes objetivos compet ncias s mbolos e valores sendo fruto de uma sele o da cultura destinada a ser transmitida s novas gera es mas que precisa tornar se assimil vel expressando sempre conflitos contradi es rejei o consentimentos media o e negocia o diante das rela es de poder Essa sele o n o uma simples escolha do que est dispon vel antes uma reestrutura o do que foi coletado objetivando torn lo transmiss vel e assimil vel construindo uma cultura sui generis escola ou seja uma cultura escolar O curr culo sup e Para Forquin 1993 p 13 14 cultura se apresenta n o como a soma bruta e ali s inimput vel de tudo o que pode ser realmente vivido pensado produzido pelos homens desde o come o dos tempos mas como aquilo que ao longo dos tempos p de aceder a uma exist ncia p blica virtualmente comunic vel e memor vel cristalizando se nos saberes cumulat
333. ente se convencionou chamar de Nova Hist ria Segundo Burke 1997 as 36 A r g as e Por muitas vezes tais sujeitos assumiam a dimens o de pensador educacional e de fun o do Estado 61 id ias diretrizes dos Annales sumaria e brevemente buscam substituir a narrativa tradicional de acontecimentos por uma hist ria problema descrever reconhecer a hist ria para al m dos fatos pol ticos buscando os elementos de todas as atividades humanas e a integra o com outras disciplinas das Ci ncias Sociais Sob influ ncia da Nova Hist ria e consegiientemente de uma nova forma de escrever a hist ria da educa o surge a Hist ria das Disciplinas Escolares Para Goodson 1995 esta compondo a rea da Hist ria do Curr culo prop e se a penetrar num campo que os historiadores se mostraram inclinados a ignorar os saberes escolares os m todos de ensino e os cursos de estudo buscando nos processos internos da escola caixa preta pistas para analisar as complexas rela es entre escola e sociedade inclusive enfatizando como as escolas tanto refletem como refratam as defini es da sociedade acerca dos conhecimentos culturalmente v lidos Essa rea de estudo Hist ria do curr culo e das Mat rias Escolares passa a estabelecer um novo paradigma para os estudos sobre a hist ria da educa o trazendo uma agenda que aproxima os estudos educacionais dos estudos da hist ria do conhecimento Todavia o seu valor principal res
334. eparadamente para depois junt las nas s labas e posteriormente nas palavras Sendo assim para essa professora na Arte n o se trabalha por compartimentos pois os mesmos conte dos podem ser vistos em praticamente toda a escolariza o Em contrapartida percebemos tamb m depoimentos que informam ser imprescind vel que haja uma sequ ncia de conte dos no curr culo pois caso contr rio h riscos de repeti los inclusive com alunos que tenham vindo de outra escola e tenham trabalhado o conte do 309 Para as professoras de L ngua Portuguesa a hierarquiza o sequ ncia e gradua o dos saberes escolares no tempo de escolariza o do aluno apesar de existir terminam sendo apenas uma refer ncia inicial para o professor uma sugest o de sequ ncia pois no cotidiano da pr tica pedag gica de sala de aula essas n o s o t o premeditadas assumindo s vezes at um tra o de aleatoriedade Nas propostas pedag gicas de disciplina e nos livros did ticos espec ficos dessa disciplina existem essas sugest es assumindo uma organiza o que parte do simples ao complexo no entanto hoje em dia essa organiza o questionada Nos ciclos de aprendizagem por exemplo n o se devem mais tratar os conte dos de maneira t o compartimentalizada ainda que exista uma organiza o pr via Entretanto uma organiza o n o abandonada pois uma segii ncia sempre necess ria Muitas vezes como essas sequ ncias s o r
335. epente algu m muda essa forma na cabe a do aluno ele v que n o tem problema 245 eu s vou me preocupar muito com presen a n o isso Eu vejo uma preocupa o muito grande com presen a sem se preocupar com qualidade que produz PAZ Na implanta o dos ciclos por vezes constata se apenas a mudan a de nomenclatura e n o uma altera o na ess ncia da escola A nomenclatura pode se constituir em problemas de duas ordens em rela o implanta o dos ciclos Caso seja uma dificuldade de adapta o dos discursos trata se de um problema simples superficial e de f cil solu o bastando realizar exerc cios de entendimento associa o e memoriza o ou mesmo dar tempo ao tempo entretanto se for de concep o torna se um problema mais preocupante Olhe a gente no inicio do ano 7 como que se chama 1 e 2 ciclo 3 e 4 Que de 5 a 8 3 e 4 ciclo PA1 Os problemas das n o aprendizagens e das n o reprova es reaparecem quando a professora cita que na Rede Municipal o aluno s poder ser reprovado por falta E esse tipo de reprova o n o se d considerando a carga hor ria espec fica de cada disciplina como antigamente mas as horas aula do curr culo de uma forma geral ou seja oitocentas horas anuais No caso da Arte o aluno ir faltar todas as aulas do per odo letivo ano do ciclo ou semestre do m dulo e n o ser reprovado Olhe veja bem a gente tem o qu
336. er ncia para essa ordena o e hierarquiza o por vezes ainda vinculadas seria o do conhecimento E o que a PLP1 denomina de material referindo se aos livros did ticos que s o analisados e sugerida pela Equipe pedag gica para serem adotado no ano seguinte Hoje em dia n o tem mais uma seq ncia n o PLP1 Hoje em dia ent o n o existem esses conte dos distribu dos por s rie assim hierarquicamente n o a gente est fazendo de tudo para romper com essa id ia etapista Atrav s de um projeto Se voc prepara um projeto que eu te disse maior um projeto para o ensino m dio um projeto para o ensino de 3 ciclo um projeto para ensino de 4 ciclo voc vai abordar todo esse conte do voc vai abordar toda essa linha de pensamento e ver resultado Voc vai come ar e concluir um processo Na verdade n o existe um conhecimento por etapas existe um conhecimento processual A partir claro da condi o psicol gica das condi es de ensino de aprendizagem dos mediadores desse ensino claro que vai depender de tudo isso PLP2 O material que eles mandam a gente analisa a equipe de ensino analisa e v se est de acordo com a proposta pedag gica se aquele texto um texto que vale a pena ser trabalhado em sala de aula Se ele est adequado para aquela s rie PLP1 267 isso que eu estou afirmando para voc N o que seja uma seq ncia como a gente fazia antigamente primeiro
337. er para ajudar a combater a viol ncia Para quest es mais de desestrutura familiar e de desestrutura social do que Ela vem cumprindo esse papel Pelo menos o que eu noto nas aulas Eles n o v m querendo prestar aten o a nada eles v m querendo extravasar jogar estar em a o PEFI Eu acho que a gente est cumprindo um papel de UTI mesmo um papel de urg ncia Mas eu acho que a gente tem que tentar transformar isso dif cil entendeu Porque as condi es tamb m n o oferecem condi es de um clima para estudo Um clima para calma um clima para aprofundar os temas um clima de estudo Eu acho que ela n o est oferecendo esse espa o para educa o f sica N o tem sala de aula para educa o f sica Entendeu PEFI Os saberes escolares particulares da Educa o F sica precisam ser selecionados e passam por uma organiza o quantitativa e qualitativa no curr culo escolar Os professores procuram realizar arranjos e disposi es para organiza o do saber no tempo e espa o escolar sendo o planejamento um importante procedimento para essa organiza o A PEFI planeja suas aulas registra por escrito o planejamento na caderneta escolar pois esta tem espa os destinados ao registro Essa professora afirma trazer o planejamento pronto e apresent lo anualmente aos alunos Os saberes escolares s o organizados diante do tempo escolar de um ano letivo subdividido em dois semestres A PEF2 afirma que por estar
338. er o car ter de terminalidade no sentido de culmin ncia de um processo mas quando n o h essa coincid ncia afirma que n o usa a prova e sim a observa o e o debate em circulo Eu avalio dependendo do meu conte do PAI Na 8 s rie geralmente a gente faz uma encena o sabe Geralmente A eu boto na avalia o final uma encena o No 1 ano do magist rio eu fa o o qu Projeto de encena o projeto A eles tem que me trazer o qu Criar uma hist ria trabalhar como vai ser a roupa como vai ser a maquiagem como que vai ser a apresenta o PAI Pela observa o Uso uso As vezes a gente conversa em c rculo N o prova n o PA Como eu trabalho com projetos no fim do semestre eu sempre tenho os projetos deles que eles fazem em equipe entendeu E apresentam Quando o projeto de encena o eles fazem uma historinha Vamos dizer que eles inventaram uma historinha qualquer A apresentam d o o texto personagens figurinos desenhados maquiagens desenhadas quais s o as m sicas que v o usar sonoplastia que v o usar A eu avalio eu analiso isso Eles d o fazem a apresenta o em classe a gente conversa a gente discute Isso tamb m uma forma de avalia o final PA Eu nunca na minha vida trabalhei dessa forma Eu n o trabalho eu trabalho at com desenho geom trico no Estado e eu digo para eles que n o existe prova Eu fa o X perguntas a eles e q
339. er significa vir presen a do objeto apont lo ou com o termo preferido pela filosofia contempor nea transcender em sua dire o Nesta alguns representantes podem ser listados tais como os Est icos Durand de St Pour ains Pedro Aur olo Ockham Hobbes Berkeley Kant Heidegger Bacon Comte O autor ainda contribuindo para nossa reflex o acerca do entendimento de conhecimento leva nos a dois termos afins epistemologia e gnosiologia remetendo nos ao verbete teoria do conhecimento Ap s deixar claro o uso do termo Teoria do Conhecimento com distintos significados em diferentes l nguas o autor evidencia um sentido nico para a 74 express o afirmando que n o uma disciplina filos fica geral conforme muitas vezes ingenuamente se cr ou como a l gica ou a tica ou a est tica mas preferencialmente como o tratamento de um problema que nasce de um pressuposto filos fico espec fico isto no mbito de uma determinada diretriz filos fica Conhecimento portanto seria o objeto de estudo de uma corrente da filosofia Segundo Abbagnano 2003 o idealismo deu origem e formula o aos primeiros sentidos do termo partindo de seu entendimento de Conhecimento sendo segundo Descartes uma id ia uma representa o do objeto existente dentro da consci ncia do homem Mais adiante na poca Moderna ap s influ ncia do Realismo iniciou se a duvidar de que o dado primitivo do Conhecimento fosse int
340. erar suas inter rela es Trata se de um processo de sele o e de produ o de saberes de vis es de mundo de habilidades de valores de s mbolos e significados portanto de culturas capaz de instituir formas de organizar o que selecionado tornando o apto a ser ensinado Toda pol tica curricular assim uma pol tica de constitui o do conhecimento escolar um conhecimento constru do simultaneamente para a escola em a es externas escola e pela escola em suas pr ticas institucionais cotidianas LOPES 2004 p 111 No Brasil as discuss es acerca das pol ticas curriculares v o aparecer no in cio da d cada de 1980 pois at ent o a dimens o pol tica do curr culo n o era explicitada principalmente por inten es que procuravam afirmar o car ter universal e inquestion vel dos saberes escolares tendo portanto uma intencionalidade pol tica de manuten o de status de uma determinada classe social ou mesmo determinado poder governamental As pol ticas curriculares que antecederam a d cada de 1980 n o se apresentavam como uma pol tica p blica ou seja n o se configuravam como objeto de disputa pol tica principalmente pelo fato dos curr culos serem apresentados como guias curriculares elaborados por curriculistas para serem simplesmente aplicados pelos professores nas escolas 73 Gest o central um termo usado para referir se aos sujeitos que representam a estrutura dirigente das ins
341. erferindo diretamente na constitui o dos saberes escolares Mas na Educa o F sica e na Arte ela chega a determinar a escolha de certos saberes e a exclus o de outros quer dizer a forma o determina a atua o Por suas gradua es n o atenderem a contento com compet ncias e conhecimentos mais apurados por exemplo em lutas dan as m sicas os professores de Educa o F sica e Arte respectivamente deixam de selecionar organizar e sistematizar tais conhecimentos Em Arte a especialidade de gradua o das professoras quase o nico conte do trabalhado nas aulas apesar de em alguns momentos esfor arem se em atender aos desejos dos alunos ou seja a professora com forma o em c nicas trabalha bastante o teatro e a com forma o em pl sticas bastante as imagens em desenhos gravuras pinturas Como a forma o inicial n o foi objeto de nosso estudo n o podemos inferir que os professores de L ngua Portuguesa e Matem tica possuem uma gradua o que atenda aos diferentes conte dos nem que eles v o adaptando sua forma o sua atua o No entanto percebemos que os professores n o falaram em poss veis limites de sua forma o inicial como determinante na escolha de um ou outro conhecimento A exclus o desses conhecimentos pode at existir mas eles n o relataram nada a respeito Como vimos tanto nas generalidades do curr culo quanto nas particularidades das disciplinas escolares o planejamento
342. eria que sentar e criar um novo texto tem horas que n o voc encontra um texto interessante voc n o vai poder PAZ A PA2 ainda destaca entre as dificuldades a falta de tempo para o planejamento tanto na exig ncia administrativa deste quanto para as necessidades pedag gicas O problema da gente pouco tempo para trabalhar E por isso que muitas vezes sigo aquele caminho porque eu vou melhorando colocando novas o que vai aparecendo eternamente olhando revistas olhando texto para ir melhorando e modificando PAZ Existem muitas exig ncias e pouco tempo Exig ncias como Mostrar o perfil de entrada da turma o aluno em si como que se apresenta mas voc tem 12 13 cadernetas para voc ficar escrevendo pacientemente de todos Eu sinceramente n o estou fazendo e muitos aqui n o est o fazendo PAZ Perguntada se essa determinante influ ncia das condi es escolares tamb m se apresenta em outras disciplinas ou se seria algo vivido apenas no ensino da Arte a PA exp e seu desejo de melhorias de condi es e demonstra o desprivil gio perante as outras disciplinas Nesse caso n o em fun o de um tratamento especial dado a elas e sim pela necessidade espec fica de recursos para o ensino da Arte diferentemente de L ngua Portuguesa e Matem tica por exemplo que n o precisariam de recursos at picos bastando apenas lousa l pis ou giz cadeira e livro did tico Eu acho que outra coisa que n
343. erificando se voc est vendo que aquele aluno n o est conseguindo a voc faz uma reorganiza o de qu Da sua proposta pedag gica dos seus recursos did ticos da sua maneira de ensinar isso que a gente est chegando perto do professor e dizendo a ele Vamos reavaliar o que voc est fazendo vamos modificar alguma coisa que n o atingiu determinado conhecimento Que o aluno tivesse esse determinado conhecimento vamos ver juntos PLP2 N s temos em l ngua portuguesa como avaliar a oralidade quando voc faz uma leitura quando voc faz um semin rio quando voc faz um trabalho em grupo em que o aluno o orador Tem o relator tem o que vai falar tem o que vai expor ent o voc vai avaliando Nem sempre voc diz que esse aluno j foi o relator amanh ser fulano Por qu Para ver exatamente essa quest o da escrita como est se dando naquele momento E isso j um procedimento de avalia o Esse aluno hoje o relator amanh vai ser fulano ent o voc vai verificar se esse aluno est bem se saindo PLP2 Enfim as avalia es podem se apresentar de maneira diferente das formais principalmente das provas podendo at serem articuladas aos procedimentos de ensino No entanto devem de fato avaliar as aprendizagens Nos ciclos isso ainda mais premente Os ciclos n o devem gerar uma segii ncia autom tica dos estudos independentemente das aprendizagens a continuidade do aluno nos ano
344. erior consci ncia portanto a consci ncia deveria sair fora de si transcender para apreender o objeto at a chegar a um significado em que o procedimento efetivo ou a linguagem cient fica indaga o cedendo espa o para a Metodologia Para Abbagnano 2003 o conhecimento em s ntese um procedimento de descri o ou de c lculo ou de previs o control vel de um objeto qualquer n o se presumindo que seja exaustiva e infal vel podendo este ser entidade fato coisa realidade ou propriedade ou mesmo uma disponibilidade ou posse de um procedimento semelhante 4 O saber filosoficamente colocado como verbo substantivado usado em dois significados Num sentido de conhecimento em geral e num sentido de ci ncia Como conhecimento em geral o saber um procedimento capaz de fornecer informa es sobre um objeto Nesse caso cabe uma distin o entre conhecer e saber presente em v rios pensadores e doutrinas e v lida ainda hoje como pressuposto de algumas concep es filos ficas Muito difundida por Russell essa distin o afirma que conhecer pressup e ter familiaridade com o objeto estando esse imediatamente presente e que saber implica ter do objeto conhecimento talvez limitado mas exato de natureza intelectual ou cient fica alcan ado apenas por linguagens denotativas Como ci ncia o saber seria o conhecimento que vem com alguma garantia quanto validade a verdade e no caso do conhecimento comprov vel
345. ermo assimila o deve ser entendido aqui como um processo de incorpora o de uma informa o do ambiente a partir de estruturas mentais j dispon veis no pensamento Trata se de uma informa o trabalhada pelos esquemas mentais acionados pelo pr prio aluno ou instigados pelo professor O termo saber escolar a sele o e organiza o do saber objetivo dispon vel na cultura social numa etapa hist rica determinada para fins de transmiss o assimila o ao longo da escolariza o formal LIB NEO 1984 p 90 Para o autor conte do escolar o mesmo que saber escolar tendo sido selecionado e organizado a partir da cultura externa escola No entanto ele pr prio afirma que n o basta selecionar e organizar os conte dos para transmiti los Os pr prios conte dos antes mesmo devem incluir os elementos da viv ncia dos alunos na inten o de torn los mais significativos vivos e vitais para serem assimilados ativa e conscientemente LIB NEO 1994 Para Lib neo 1994 p 128 os conte dos escolares s o o conjunto de conhecimentos habilidades h bitos modos valorativos e atitudinais de atua o social organizados pedag gica e didaticamente tendo em vista a assimila o ativa e aplica o pelos alunos na sua pr tica de vida Se perguntarmos a professores de nossas escolas o que s o os conte dos de ensino provavelmente responder o s o os conhecimentos de cada mat ria do curr cul
346. erpret las identificando a conex o que existe entre o biol gico e o hist rico no ser humano CONTEXTUALIZA O S CIO CULTURAL Compreender as diferentes manifesta es da cultura corporal de movimentos reconhecendo e valorizando as diferen as de linguagem e express o PROPOSTA DA EF NO ENSINO M DIO DA PCR 20027 p 1 Os conte dos de ensino devem possibilitar que as pr ticas de Educa o F sica devam ir para al m do saber e do saber fazer Desta forma a pr tica dos jogos da gin stica das atividades r tmicas expressivas das lutas e dos esportes em geral surgem para o aluno como oportunidades de coopera o de trabalhar em grupos H9 Conjunto de autores do livro Metodologia do Ensino da Educa o F sica 1992 publicado pela Editora Cortez que traz os fundamentos de uma das mais representativas concep es cr ticas para o ensino da Educa o F sica na escola de educa o b sica a concep o Cr tico Superadora 199 I Conhecimento sobre o corpo An lise do corpo como identidade corporal n o separando o corpo biol gico do corpo hist rico cultural Bibliografia Apostila Esporte e os PCNs capacita o intensiva julho 98 PROPOSTA DA EF NO ENSINO M DIO DA PCR 20027 p 1 2 Na proposta citada pela professora fica evidente o v nculo com os PCN tanto nos eixos norteadores das compet ncias e habilidades representa o e comunica o investiga o
347. es oficiais dialogam LOPES 2004 p 26 Percebendo que uma pol tica curricular se d na dupla e rec proca rela o entre os planos e a es de governo e a pr tica pedag gica dos professores nos curr culos escolares veremos especificamente como ela se comporta na Rede Municipal de Ensino do Recife sendo o quadro de influ ncia desta Rede aquele antecedente desde a d cada de 1980 passando pela de 1990 e em especial a primeira parte da d cada do s culo XXI e aquele procedente nas aspira es e disputas pol ticas mais recentes e atuais do ano de 2006 3 1 A POL TICA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE NA GEST O 2001 2004 O curr culo na escola de educa o b sica tem experimentado submetido e realizado diferentes formas de mobiliza o transforma o e produ o do conhecimento Essas formas levam constitui o do saber escolar fazendo com que o conhecimento ou dimens es deste passe por um processo de sele o organiza o e sistematiza o diante do papel social dessa institui o educacional Como s o selecionados qual a fonte a relev ncia e a teoria pedag gica para sua sele o Como s o organizados que arranjos e disposi es assumem quantitativa e qualitativamente no tempo e espa o escolar Como s o sistematizados que artif cios metodol gicos vivenciam produzem na a o pedag gica entre professores e alunos Os achados aqui apresentados procuram refletir essas quest es e
348. es tamb m n o conseguem assimilar isso entendeu Ent o essa quest o da nomenclatura uma barreira eu acho para a gente come ar a se apropriar da id ia PEF1 evidente que as mudan as da avalia o geram problemas e conflitos O quanto se acredita nas altera es proporcional ao quanto se desconfia Isso vai fazer repensar a pr tica Ent o isso foi uma imposi o de pol tica n o Que n o foi uma coisa bem aceita foi uma coisa que Que ainda hoje tem muita resist ncia na Rede mas ela veio para for ar eu acho que a inten o foi essa Pelo que eu estou entendendo at agora A inten o foi for ar o professor a ensinar PEF1 No caso espec fico da Educa o F sica as altera es de implanta o dos ciclos em rela o aos procedimentos avaliativos alterou quase nada PEF1 O ciclo Para a educa o f sica Mudou pouqu ssima coisa porque a gente n o tem essa rigorosidade a gente n o tem avalia o primeiro escrita A gente n o tem nota nunca teve Colocavam se conceitos entendeu Ent o assim n o existia muito essa quest o da reprova o N o era uma coisa s se a pessoa n o viesse a ia para o conselho no final o conselho escolar e 221 nunca se reprovava por educa o f sica Quando a crian a n o vinha de jeito nenhum trazia um atestado era dispensado entendeu Tinha essa quest o de atestado para impedir uma reprova o em educa o f sica Ent o era
349. essa afirma o Lopes 2004 baseou se na an lise de que n o tinha havido mudan as nas DCN de que os PCN permaneciam sendo refer ncia para v rias 5 Esta a gest o na qual se deu a realiza o dessa pesquisa e por isso receber destaque nas inst ncias e a es espec ficas de sua pol tica educacional e em particular a curricular 130 a es da pol tica de que a avalia o dos livros did ticos para o ensino m dio ainda estava em processo de que manteria o ENEM e introduziria outra avalia o para os alunos do ensino m dio e de que o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o continuada de Professores ainda se fundamentava numa perspectiva reguladora das compet ncias profissionais Al m do mais como havia o tom de continuidade haveria tamb m o hibridismo te rico pol tico e conceitual nos discursos e a es de governo que associavam a perspectiva cr tica construtivista e princ pios da escola nova ao pensamento eficienticista social ou seja a forma o aut noma e cr tica do cidad o por estar inserida no mundo globalizado submeteriam a educa o ao mundo produtivo Frigotto Ciavatta e Ramos 2005 em rela o mesma pol tica apesar de focalizarem aspectos referentes educa o profissional permitem uma outra refer ncia para o reconhecimento da pol tica curricular da Gest o de Lula Segundo eles O controvertido percurso entre as propostas de governo anunciadas ao povo brasileiro dur
350. essa rela o Por que a adi o uma opera o direta e fechada Por qu H subtra o n o tem as mesmas propriedades por qu Ent o a gente j come a a mostrar essas diferen as 291 nas opera es Baseada justamente nisso por que essa sequ ncia N o h necessidade dessas segii ncias N o se pode trabalhar as duas opera es ao mesmo tempo Pode Ent o por que essa segii ncia obrigat ria PM2 Verificou se inclusive apesar de um certo tempo para c tem se verificado muito isso at por conta das defini es O que uma multiplica o Posso dizer que uma adi o de n meros iguais ent o por que eu vou estudar multiplica o l adiante se at na pr pria defini o eu j tenho adi o como motivo da multiplica o A pr pria defini o lhe ajuda a n o levar assim t o prova de fogo essa segii ncia quase que natural entendeu Voc seguir essa segii ncia Ele aprende a somar ele aprende a subtrair a multiplicar ele aprende tudo PM2 E para desmitificar e polemizar ainda mais certa sacraliza o dos arranjos tradicionais dada aos conte dos da matem tica hoje em dia aparecem as discuss es e implanta es dos ciclos de aprendizagem procurando superar a seria o dos curr culos da educa o b sica Segundo os professores os ciclos de aprendizagem contribuem para um trabalho pedag gico menos tradicional e compartimentalizado do conhecimento no entanto afirmam que a seria
351. esso Nacional de Educa o Conselho Nacional de Secret rios de Educa o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras Diretrizes Curriculares Nacionais Diretoria Geral de Ensino Educa o F sica Educa o de Jovens e Adultos Exame Nacional do Ensino M dio Encontros Pedag gicos Mensais Escola Superior de Educa o F sica Estados Unidos da Am rica Fernando Henrique Cardoso Federa o Interestadual de Escolas Particulares Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio Goi s Institui es de Ensino Superior Institute de Recherches en Education Math matique Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional M ximo divisor comum Minist rio da Educa o Minas Gerais MMC NSE PA PCdoB PCN PCR PDT PE PFL PMDB PNE PNUD PP PPS PR PRB PRN PROGRAPE PSB PSDB PT PUC SP RJ SAEB SAEPE SARESP SP M nimo m ltiplo comum Nova Sociologia da Educa o Promo o autom tica Partido Comunista do Brasil Par metros Curriculares Nacionais Prefeitura da Cidade do Recife Partido Democr tico Trabalhista Pernambuco Partido da Frente Liberal Partido do Movimento Democr tico Brasileiro Plano Nacional de Educa o Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento Partido Progressista Partido Popular Socialista
352. est es de avalia o do rendimento escolar do aluno H quem condene tamb m essa forma de deixar muito relaxado Por exemplo um conte do que era para ser aprendido na 5 s rie naquele ano pode agora com o ciclo ser estendido para a 6 E talvez se ele n o for bem aprendido possa ir para o 4 ciclo que a 7 Isso deixa uma vulnerabilidade tamb m isso pode As pessoas acham que essa coisa pode gerar tamb m uma falta de conhecimento na crian a PEF1 Essa altera o na disposi o dos saberes nos ciclos gera uma forma de avaliar o rendimento do aluno diferente da estrutura o por s rie Na s rie a avalia o era mais uma verifica o do produto final apresentado pelo aluno Seus erros eram expostos e indicados de maneira a justificar a nota agindo de maneira classificat ria diante das aprendizagens dos alunos Os ciclos introduzem uma outra forma de pensar a disposi o dos saberes escolares e consegiientemente outra forma de avaliar as aprendizagens A avalia o nos ciclos assume um car ter formativo cont nuo e diagn stico para novas aprendizagens Avaliar colocar uma nota diagnosticar detectar o erro mas assim n o usar aquele erro para dar continuidade ao ensino Aquele erro n o vai ser mais trabalhado aquele erro fica como etapa final Ent o a avalia o fica s uma avalia o sempre avalia es somativas E a id ia de avalia o formativa aquela id ia de que a avalia
353. est ticos ideol gicos Explora o dos aspectos formais percep o identifica o e an lise de signos do ator a palavra a entona o e o gesto signos fora do ator cen rio luz indument ria g neros e estilos artistas e autores tecnologias Fazer Produ o em teatro Relaxamento alongamento aquecimento corporal Jogo dram tico jogo teatral improvisa es a partir de textos jornal sticos textos dram ticos objetos de cena cen rio figurino filme poema entre outros leitura e texto teatral elabora o de texto teatral constru o de personagem confec o de adere o figurino cen rio objeto de cena entre outros pesquisa musical de indument ria de movimentos de contextos hist ricos entre outras marca o do espa o c nico manipula o de bonecos mamulengo marote marionete boneco de vara entre outros EIXOS TEM TICOS SABERES HABILIDADES M SICA Ciclos Contextualizar Multiculturalidade Multiculturalismo na m sica musica produzida nas diferentes culturas g neros etnias e minorias Constru o de conceitos multiculturalidade m sica como linguagem som e sil ncio m sica e ru do eventos sonoros sonoplastia orquestra compositor int rprete regente melodia ritmo harmonia instrumentos percuss o sopro corda g neros estilos movimentos nomenclaturas Compositores int rpretes orquestras grupos temporalidade e cu
354. estar ciente de ter informa o ter noticia sobre algo ter conhecimentos t cnicos especiais relativos a alguma coisa ou pr prio para alguma coisa Enguanto substantivo saber colocado como tino sensatez ou ainda no sentido de sabor ter o sabor de por exemplo essa torta sabe a ameixa tem sabor de ameixa Conte do significa aquilo que se cont m em alguma coisa contido Do ponto de vista filos fico encontramos em Abbagnano 2003 conhecimento em duas diferentes formas de interpreta es dadas ao longo da hist ria da filosofia Na primeira forma o conhecimento se d num processo de identifica o e semelhan a com o objeto Essa semelhan a compreendida como uma identidade fraca ou parcial ou seja uma reprodu o dele O autor afirma que essa primeira forma de interpreta o possui duas fases Numa o conhecimento a imagem ou retrato do objeto tendo mesmo com nuan as entre si diferentes representantes tais como os Pr socr ticos Plat o Arist teles Santo Agostinho Tom s de Aquino Leonardo Cop rnico Kepler Galileu Hegel na outra fase o conhecimento uma representa o aproximada do objeto assim como um mapa representa uma paisagem tendo tamb m com varia es entre si alguns representantes tais como Descartes Spinoza Locke Leibniz Segundo Abbagnano 2003 a segunda forma de interpreta o do conhecimento afirma que este se d num processo de apresenta o e transcend ncia Conhec
355. estimulado est com sono ele n o vai mesmo PLP1 Enfim vemos no depoimento da PLP1 que essas contradi es do ciclo est o intimamente relacionadas s condi es prec rias de infra estrutura para sua implanta o e caso as condi es fossem melhores os ciclos de aprendizagem seriam uma maravilha para o curr culo escolar e consequentemente para a qualidade do ensino Olhe eu acredito quando forem implantados os ciclos como t m que ser implantados mesmo vai ser uma maravilha porque esses 15 professores para 10 salas v o estar sempre reunidos v o planejar juntos vai ser tudo coletivo Quando tiver um caso de um aluno todos v o Mas por enquanto n o tem nada haver PLP1 Vai come ar agora esse trabalho porque agora que a gente est come ando a trabalhar no regime de ciclo PLP1 No que se refere sistematiza o do conhecimento fica evidente que as professoras 2 v o trabalhar a partir do texto Este como falamos anteriormente recurso e objeto pedag gico O texto de revistas de jornais da b blia ou do pr prio livro did tico trazido pelas professoras trabalhado em grupo com diferentes din micas As professoras sempre v o trabalhando a leitura do texto problematizando e dialogando com os alunos as poss veis respostas e explica es e procurando associar as estrat gias aos aspectos da legitima o pedag gica da disciplina como o exemplo da simula o de uma entrev
356. eticamente o arquivo usando de formata es e recursos de mudan a de cores do Programa Word para Windows XP Cor da fonte e realce formata o A4 margens 2 espa amento simples cabe alho entrevistador vermelho entrevistado de outras cores Localizamos e deixamos vis veis as perguntas Checamos as transcri es nova escuta e erros de portugu s pass veis de corre o sem alterar a integridade do conte do Localizamos e deixamos vis veis os conte dos de an lise referentes a dados gerais sobre a forma o e atua o do professor e sobre a Rede Municipal de Ensino do Recife Quadro 5 Trecho de transcri o de entrevista identifica o dados gerais 3 entrevista realizada 6 entrevista realizada Data Data Entrevistador Pesquisador Entrevistador Pesquisador Entrevistada Professora de L ngua Portuguesa 2 Entrevistada Professora de Arte 1 PAI PLP1 FITA 01 LADO A FITA 01 LADO A Legenda dados mais gerais Legenda dados mais gerais Verde O problema de pesquisa objeto de estudo Verde O problema de pesquisa objeto de estudo delimita o delimita o Laranja Perguntas da entrevista Laranja Perguntas da entrevista Azul C u dados do professor tempo de servi o na Azul C u dados do professor tempo de servi o na Rede forma o turmas e escola que atua documentos Rede forma o turmas e escola que atua documentos de uso do professo
357. eu fa o a divis o da arte em segmentos vou trabalhando com eles e vou introduzindo alguns trabalhos de artes pl sticas que s o produzidos e a gente trabalha com isso PAZ Eu n o estou trabalhando artes c nicas porque eu n o domino muito bem eu domino as artes pl sticas Eu n o domino bem eu domino arte pl stica Se falar com MARIA MARIA de c nicas ela passou algum tempo trabalhando com pl stica mas ela das artes c nicas J teve uma poca que eu trabalhei com mamulengo n o fantoche Eu falei um pouco do que mamulengo j teve uma poca mas foi em s ries menores PA2 Isso remete a conflitos na pr pria forma o do professor de arte que busca um aprofundamento numa linguagem ou mesmo s o cursos distintos entre as linguagens com as quais a Arte trabalha tais como c nicas e pl sticas ou ainda linguagens que n o est o exclusivamente da rea da forma o inicial em Arte tendo at mesmo forma o inicial espec fica em outros cursos como no caso da dan a literatura e m sica Al m disso quem ingressa no curso de Licenciatura em Arte muitas vezes n o quer ser professor de Arte mas faz o curso como uma inicia o forma o de ator artista produtor core grafo Como in cio para ser ator para ser cen grafo para ser produtor cultural Mas infelizmente uma realidade Eu recebo o estagi rio l da federal Todo ano eles sempre t m estagi rios eles mandam eu recebo mas s o
358. explic vel descrit vel e tamb m corrig vel ABBAGNANO 2003 Para o entendimento de conte do Abbagnano 2003 nos remete ao verbete compreens o que nos leva a compreender e ainda a conota o e denota o Assim n o se tem uma explica o direta do que vem a significar conte do No entanto percorrendo as explica es filos ficas do autor fazemos algumas reflex es O seu entendimento nos leva necessidade de compreender as d ades ess ncia apar ncia interno externo intens o extens o sendo tanto intensidade internaliza o denota o como extensividade externalidade e 75 conota o O conte do poder amos assim dizer o atributo do sujeito ou objeto que deles pode ser percebido mas n o retirado Enfim mesmo numa rela o cheia de conflu ncias entre esses tr s conceitos arriscamo nos em algumas t nues diferencia es o que n o significa dizer oposi es Vemos que conhecimento e saber em certa medida s o conceitos bem aproximados enquanto que conte do um conceito que preserva certa independ ncia diante dos dois primeiros O conhecimento e o saber possuem conte do ou seja algo est contido neles t m atributos O conte do pode conter ser composto de conhecimento e saber No entanto o conte do pode tamb m ter outra composi o O conte do est presente nos dois mas certamente tamb m pode fazer parte de outros conceitos e compreens es Conhecimento
359. expressam a compreens o acerca da pr tica pedag gica dos professores entrevistados e das a es da gest o central da Secretaria de Educa o presentes nos documentos analisados n o representando 139 ou referindo se totalidade da Rede Municipal de Ensino do Recife Isso se deve s caracter sticas de nossas delimita es cient ficas tanto nas nossas op es metodol gicas quanto nas de nosso objeto de estudo Aproximando nos e fundamentando nos nos estudos qualitativos de abordagem dial tica n o nos indagamos acerca da representatividade das fontes de pesquisa num sentido de amostragem estat stica da popula o que nos permitiria fazer generaliza es diante da Rede como um todo mas sim da representatividade de v nculo dos sujeitos e documentos perante a pol tica curricular Usualmente em outros tipos de abordagens cient ficas a representatividade est associada possibilidade de replica o das an lises por parte de outro estudo devido ao fato da amostra populacional representar estatisticamente a totalidade do universo investigado Em nosso caso essa representa o se coloca de maneira diferente pois o que se pretende apresentar s o com base nos dados e no posicionamento do pesquisador algumas poss veis an lises garantindo a rigorosidade cient fica da pesquisa na explicita o clara do percurso metodol gico nas delimita es fundamentadas das categorias anal ticas na apresenta o dos d
360. fen meno nas escolas privadas pressup e uma imagin ria incapacidade das classes populares para o aprendizado e do magist rio para ensinar o que al m de n o corresponder a nenhuma teoria cient fica de aprendizagem legitima o processo hist rico de dualidade escolar e desigualdade social Para Grossi 2002 as escolas por ciclo geram a invisibilidade das n o aprendizagens da evas o uma vez que n o h avalia o anual 2 2 3 A pertin ncia das cr ticas aos Ciclos de aprendizagem Os ciclos s o acusados de terem piorado o ensino mas as pesquisas indicam que n o Os exames do SAEB E SARESP indicam que quase n o h diferen a no desempenho de alunos de ciclos ou s ries PRADO 2003 Na verdade o regime de ciclos rompeu com o c rculo vicioso da repet ncia Antes o estudante n o aprendia e ficava retido Agora a escola tem a responsabilidade de ensinar sem deixar ningu m para tr s PRADO 2003 p 39 Quando se critica o ciclo argumentando que necess rio evitar que o jovem seja aprovado sem saber apresenta se um dos mais importantes argumentos a seu favor pois a responsabilidade pela repet ncia n o pode ser atribu da apenas ao aluno mas tamb m escola que n o ensinou PRADO 2003 Podemos ainda complementar essa reflex o pensando se pelas caracter sticas imprimidas no ensino do curr culo seriado os alunos que passavam de ano memorizando os assuntos para poder fazer as provas de fato ti
361. ferentes formas V rias s o as compreens es acerca desse curr culo tanto no que concerne s suas teoriza es e conceitos quanto s suas maneiras de organiza o e tamb m s suas formas de materializa o na pr tica pedag gica ou seja as pr ticas curriculares Hoje entre essas formas e compreens es o campo da teoria e pr ticas curriculares vem discutindo a estrutura o do curr culo escolar procurando superar um tratamento t cnico linear quest o em foco e tecendo fortes cr ticas sua forma tradicional de organiza o ou seja seria o Novas possibilidades de organiza o dos curr culos se apresentam como por exemplo os ciclos de aprendizagem Os saberes escolares s o constitu dos em fun o de sua forma de estrutura o nesses curr culos levando s diferentes disciplinas orienta es que as compreendem de maneiras diferenciadas ou mesmo s o apreendidas distintamente chegando a privilegiar e valorizar determinados conhecimentos e disciplinas em contrapartida secundariza o e detrimento de outros as Verifica se que em algumas disciplinas curriculares como L ngua Portuguesa e Matem tica os saberes escolares espec ficos s o sistematizados ao longo do tempo e do espa o escolar de uma forma Por outro lado em disciplinas como Educa o F sica e Arte os saberes escolares parecem n o possuir a mesma sistematiza o Percebendo que as disciplinas v m se organizando diferentemente nos
362. fessora a gente n o quer teatro de jeito nenhum a gente quer desenho ai eu reestruturei meu trabalho todinho PAI A legitima o pedag gica de uma disciplina no curr culo escolar como o caso de Arte algo que vai condicionar sua rela o com a proposta pedag gica como fonte de sele o dos saberes Na rela o indicada anteriormente no ensino de Arte a legitima o afetiva relacionando se ao prazer imediato em fazer a aula meio esquisito voc trabalhar arte na escola p blica muito dif cil eu acho porque a gente estuda e quer ver o melhor n o Eu gostaria que eles gostassem e eles simbolizassem como eu simbolizo est entendendo A s vezes eu n o posso mudar muito porque eu tenho que estar sempre por ali nas cercanias do pensamento deles dos jovens dos adolescentes No ano passado eu tive uma experi ncia muito engra ada na 8 s rie Na 8 s rie eles abominam o teatro eles n o gostam Ent o o que que a gente vai fazer Ent o eu estou sempre reavaliando A gente quer desenhar n o sei o qu Voc acredita que eu pesquisei o artista italiano medieval chamado Martin Bold Eu pesquisei um que t o contempor neo que os trabalhos dele que foi idealizado aquele Allien O homem o c o chupando manga Eu procurei isso coisas que lembram tatuagens lembram picha o n o grafitagem Eles n o tiveram a menor emo o nem Eu pensei que esses meninos fossem
363. ficamente das teorias do materialismo hist rico dial tico Fundamentos de nossas op es de pesquisa abordagem dial tica materialista hist rica Mesmo que Karl Marx n o se tenha voltado especificamente para o desenvolvimento de uma sistematiza o do m todo cient fico seus estudos filos ficos e econ micos propiciam o reconhecimento pelo menos em linhas gerais de seus fundamentos Dentre os v rios estudos de Marx tomamos tr s obras como refer ncias centrais para o reconhecimento dos fundamentos te ricos do m todo na abordagem dial tica materialista hist rica as Teses sobre Feuerbach MARX 1998 A Ideologia Alem MARX e ENGELS 1998 e Introdu o Cr tica da Economia Pol tica MARX 1983 As Teses sobre Feuerbach foram escritas por Marx em 1845 na inten o de refletir sua pr pria posi o acerca do materialismo hist rico n o tendo a pretens o de public las No entanto em 1888 Engels publicou esse texto fazendo pequenas modifica es com o objetivo de esclarecer algumas id ias deste escrito Nestas Teses Marx procurou demonstrar a insufici ncia do materialismo de Feuerbach e em geral da Filosofia Idealista da poca criticando o car ter contemplativo e de passividade da atividade humana e defendendo uma vis o pr tica e revolucion ria desta ltima diante da compreens o e transforma o da realidade A Ideologia Alem redigida por Marx e Engels Segundo Gorender 1998 iniciada tamb m em 1
364. finidos previamente apesar de existirem nas disciplinas escolares mas podem ser evocados ou n o a depender do andamento do projeto Na Pedagogia das Compet ncias os conte dos escolares se expressam como saberes escolares pois vivem uma din mica naquilo que comp e o curr culo escolar seja na sua dimens o prescrita estando nos programas das disciplinas escolares e dos sistemas de ensino seja na dimens o real estando na apropria o efetiva do aluno Na Pedagogia Hist rico Cr tica o conceito de saberes escolares praticamente substitui o de conte dos escolares O saber escolar resultado de uma sele o por crit rio de relev ncia do saber sistematizado geralmente met dico cient fico erudito burgu s que organizado de forma dosada e seqienciada para que se d a assimila o por parte dos alunos tanto de seu conte do quanto de sua forma de produ o Da surge o problema da transforma o do saber elaborado em saber escolar Essa transforma o o processo atrav s do qual selecionam se do conjunto do saber sistematizado os elementos relevantes para o 88 crescimento intelectual dos alunos e organizam se esses elementos numa forma numa segii ncia tal que possibilite a sua assimila o Assim a quest o central da pedagogia o problema das formas dos processos dos m todos certamente n o considerados em si mesmos pois as formas s fazem sentido na medida em que viabilizam o dom nio de dete
365. generalidade do curr culo ou nas particularidades das disciplinas 187 diante desse movimento por uma legitima o pedag gica que observamos na fala dos professores a afirma o de que sua rea se insere na Pol tica Curricular do Munic pio seja nas a es da gest o central da Secretaria de Educa o seja nas a es do Projeto Pol tico Pedag gico da escola No entanto essa legitima o n o se d numa isonomia curricular entre as diferentes disciplinas pois h na maioria dos professores o reconhecimento de um privil gio de L ngua Portuguesa e Matem tica Isso se evidencia no entendimento acumulado historicamente acerca da fun o social da escola nas manifesta es de compreens o de pais e alunos sobre sua fun o no dom nio dessas disciplinas na distribui o da carga hor ria semanal de aula e nos exames de verifica o de desempenhos aplicados na educa o b sica entre os quais est o vestibular Mesmo que o exame de vestibular na atualidade esteja se modificando e at mesmo sendo acompanhado ou substitu do por outros tipos de exames de acesso ao ensino superior ou mesmo por exames de verifica o de desempenho escolar em Redes p blicas de ensino ele ainda uma refer ncia que interfere na constitui o dos saberes escolares Outros exames de verifica o de desempenho aplicados na educa o b sica como SAEBE SAEPE e ENEM tamb m passam a desencadear o mesmo tipo de interfer ncia O S
366. gente porque o aluno do 3 ano do ensino m dio vai fazer o vestibular precisa de conhecimento e a gente n o est preparando o aluno s para fazer vestibular a gente est preparando o aluno para a vida E o dia a dia dele falar a l ngua portuguesa no dia a dia Entendeu PLP2 Por mais que na fala da PLP1 percebamos uma preocupa o em tornar as aulas mais din micas contextualizadas e problematizadoras e que justifique aos alunos as pr prias mudan as nos referidos concursos e que ainda trate da gram tica implicitamente vemos que os alunos lhes cobram a gram tica e at mesmo demonstram satisfa o nas aulas que tratam das normas gramaticais Todo texto que eu acho interessante eu levo para trabalhar com eles No dia internacional da mulher eu consegui com umas amigas minhas uns textos timos E eu fa o mais compreens o de texto Gram tica quando eles pedem professora como aquela hist ria por que que porque se escreve de todo jeito A eu paro e ensino isso s A quando eu termino eles falam a senhora podia dar mais gram tica para gente porque a gente vai fazer concurso A eu estou tentando explicar para eles que mesmo nos concursos n o est o pedindo muita gram tica mais por exemplo camufladamente o sujeito da ora o eles perguntam quem na pr tica quem foi que fez isso aqui a eles sublinham o verbo Mas n o tem mais nada daquele sujeito indeterminado inexi
367. geral Tamb m n o podemos entend la como reprodu o absoluta da sociedade A escola ao mesmo tempo a sociedade em geral e uma sociedade em particular Num movimento dial tico de determina es ela influenciada pela sociedade mas tamb m influencia a mesma esse movimento que leva Chervel 1990 p 184 a afirmar que O estudo dessas leva a por em evid ncia o car ter eminentemente criativo do sistema escolar e portanto a classificar no estatuto dos acess rios a imagem de uma escola encerrada na passividade de uma escola recept culo dos subprodutos culturais da sociedade E porque o sistema escolar detentor de um poder criativo insuficientemente valorizado at aqui que ele desempenha na sociedade um papel o qual n o se percebeu que era duplo de fato ele forma n o somente os indiv duos mas tamb m uma cultura que vem por sua vez penetrar moldar modificar a cultura da sociedade global a o 56 Os saberes escolares s o constitu dos tamb m como cultura escolar portanto num movimento comentado anteriormente de reprodu o e resist ncia numa media o rec proca entre Escola e Sociedade Forquin 1992 e 1993 com o olhar sociol gico analisa as rela es entre educa o e Z cultura evidenciando que a segunda a que d subst ncia primeira mas tamb m reciprocamente a primeira perpetua a segunda Assim educa o e cultura s o duas faces de 5 No mbito do curr cul
368. geral mais pelos coment rios que eu vejo Que inclusive a Dire o tornou clara algumas coisas Que ANA que acompanha as escolas E sempre diz que o professor de Educa o F sica est ausente de algumas quest es da escola PEF2 Mas eu n o sei o que est havendo Eu acho que tamb m o seguinte a gente tem esse hor rio fora do hor rio de De De aula do presente Os problemas de 5 a 8 s o tratados tarde E os professores t m aula de manh Isso dificulta PEF2 At para os alunos irem estudar j teve caso aqui de fazer um trabalho na minha aula o 3 F aquela turma super desmotivada da tarde Desmotivada mesmo a fazer atividade f sica sabe Eles s o muito desmotivados at para estudar E eles estavam para fazer um trabalho na rea de Portugu s A eles tinham aula de Portugu s depois da minha mais duas A eu falei assim mas porque tu vai minha aula para fazer o trabalho E a entrevista que tu pediu hoje Eu n o vou aceitar n o Mas professora Quer dizer usou professora eu disse gente olha primeiro eu quero saber se eu acho a professora n o iria fazer isso que ANA a professora Ent o eu gostaria que voc s arrumassem outro hor rio para fazer isso porque eu vou dar aula Ent o quando foi na outra semana a j vinham eles J vieram durante a semana me consultar se poderiam ir ao Coque PEF2 A PEFI1 apresenta conflitos da rela o entre o papel d
369. ha dos conte dos sendo estes ltimos no cotidiano escolar no dia a dia da pr tica pedag gica de sala de aula uma refer ncia usada com maior centralidade Vimos ainda que uma professora de Educa o F sica e uma de Arte juntamente com as professoras de L ngua Portuguesa e os de Matem tica notificam que a forma o continuada da Rede especificamente nas Capacita es Intensivas e nos Encontros Pedag gicos Mensais tamb m se configura como uma fonte complementar para a sele o dos conhecimentos a serem tratados em sala de aula Outro aspecto que vai interferir e at mesmo condicionar a sele o do conhecimento nas diferentes disciplinas a relev ncia atribu da aos seus saberes escolares O entendimento dessa relev ncia nos remete ao movimento de legitima o pedag gica vivido por cada uma no curr culo Dentre os quatro tipos de legitima o pedag gica reconhecidos nos dados de campo instrumental proped utica social e afetiva verificamos um comportamento diferenciado das disciplinas diante deles Apesar das conquistas alcan adas em todas h ainda uma grande luta na Educa o F sica e na Arte para se legitimar enquanto disciplina curricular inclusive vivendo momentos de neglig ncia perante sua import ncia para a forma o do educando Na Educa o F sica enquanto uma professora destaca a dificuldade e o esfor o para a conquista da legitima o levantando como ponto principal de seus argumentos a preca
370. ho docente O planejamento muda de ano a ano Semestre tem movimento 2 Ensino Com rela o s condi es de ensino local material hor rio s o adequadas s o suficientes O hor rio estabelecido garantido no uso para o ensino DEPENDENDO DA RESPOSTA Ou usa se este de outra forma ou para outras coisas da escola Existe acompanhamento do ensino por parte de algum profissional da escola Quem Como as pessoas compreendem OLHAM PENSAM DIZEM a contribui o dos conte dos de sua disciplina alunos outros professores pais Quais os hor rios de aula da disciplina quantidade e localiza o semanal Que estrat gias de aulas voc mais usa 3 Uso social e pedag gico dos conte dos Quais os conte dos de ensino de sua disciplina Onde se buscam refer ncias para estes conte dos SOBRE SELE O E CONCEITUA O ASPECTOS SOCIAIS LIVRO DID TICO VESTIBULAR PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Como se organizam os conte dos Como se distribuem no tempo das aulas Onde se busca refer ncia para isso ASPECTOS SOCIAIS LIVRO DID TICO VESTIBULAR PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Como se distribuem os conte dos por s rie ou por ciclos Onde se busca refer ncia para isso ASPECTOS SOCIAIS LIVRO DID TICO VESTIBULAR PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Para que servem os conte dos de sua disciplina Que uso os alunos podem fazer dos conte dos da disciplina Que aprendizagens voc espera dos alunos Existem c
371. horas aula por semana eu tenho que ter a segii ncia PAI Contabilidade que l na ESCOLA B Eu sou daqui da ESCOLA A A no 1 ano no 2 ano no 3 ano eles v o trocando as disciplinas Faz seis agora e seis no pr ximo semestre Pronto agora eu vou trabalhar com outro grupo o 2 D trabalhei com o 2 B agora vou trabalhar com o 2 D Agora quem estava comigo com hist ria com sociologia com filosofia vai para qu mica f sica biologia e matem tica E quem estava com matem tica vem para c Vai fazer arte hist ria sociologia PA1 Esse regime modular nasceu da id ia de oferecer um ensino m dio ao aluno e oferecer um ensino profissionalizante concomitantemente ent o a gente fez uma reforma do ensino m dio Eu participei inclusive da reforma em l ngua portuguesa eu preparei um trabalho de A partir dos PCN a gente fez uma sele o de conte dos sele o de E principalmente uma concep o de l ngua do professor de l ngua portuguesa N s trabalhamos a e depois fizemos o ensino modular ou seja o aluno terminava o primeiro e o segundo m dulo do ensino m dio e tinha o direito de fazer o ensino profissionalizante de contabilidade e no outro col gio o ensino profissionalizante seria oferecido de magist rio Ent o o ensino m dio modulado ficou assim o primeiro semestre e o segundo semestre o aluno tem as disciplinas de humanas dentro daquela grande divis o das tr s reas e no outro semestre el
372. i es de trabalho para o uso das distintas metodologias Sugerimos que as disciplinas mais convencionais diante do papel da escola saiam da tradicional sala de aula e que as menos convencionais usem a sala de aula que as primeiras usem v rios materiais did ticos e as segundas os livros did ticos desde que atendam a um curr culo emancipat rio e sejam usados como tal Na avalia o nossas considera es giram em torno do aprimoramento e aprofundamento de um entendimento da avalia o cont nua criteriosa e flex vel A avalia o n o um procedimento para a verifica o do produto final da pr tica pedag gica e sim uma forma de sistematiza o do conhecimento Nosso desafio fazer com que a avalia o esteja acontecendo do in cio ao t rmino da aula do come o ao fim do per odo letivo Tamb m desafiador pensar a avalia o na supera o de uma validade num rica de uma precis o na verifica o das aprendizagens dos alunos de uma forma de atribui o de seriedade pelo poder coercitivo de uma san o que resulta na aprova o ou reprova o do aluno A diversidade que tamb m aparece nos procedimentos e crit rios de avalia o devem permanecer e se qualificar Sugerimos a qualifica o de procedimentos como a observa o os debates as rodas avaliativas a auto avalia o e a acumula o da produ o discente dentro e fora de aula assim como a ado o e constru o junto com os alunos de crit rios claros
373. i o de conhecimento tem um momento para acontecer o ciclo casa exatamente com esse tipo de pensamento ent o quando voc pensa em ciclo ensino ciclado voc abandona totalmente aquela vis o etapista aquela vis o fragmentada E na 1 s rie o aluno tem que se apropriar desse conte do 269 para passar para uma 2 s rie Na verdade a gente viu que o aluno amadureceu em outras atitudes em outros conhecimentos que n o precisa mais repetir numa 1 s rie para adquirir aquele conhecimento que ele n o conseguiu ele vai para um 2 ano daquele ciclo para dar continuidade aquele determinado conte do que ele n o aprendeu naquele momento Ent o n o h mais aquela coisa severa bruta e muito pouco edificante da reprova o Quando a gente elimina a reprova o a gente j d ao aluno a oportunidade da auto estima ela elevada Voc se sente mais um perdedor de ficar sempre repetindo repetindo Ele tem uma progress o continuada PLP2 No entanto v em se contradi es diante das alternativas para resolver os problemas das n o aprendizagens da n o reprova o mesmo que se demonstre que os procedimentos de ensino e de avalia o est o procurando ser estruturados com rela o necessidade de apropria o e produ o dos saberes escolares como s o os casos dos Conselhos de Ciclos e dos Espa os Ampliados de Aprendizagens Redirecionamento de qu De atitudes did ticas de atitudes pedag gicas o qu
374. ia de Educa o da Rede Municipal de Ensino do Recife gest o 2001 2004 pela abertura ao estudo e em especial a Semad Ribeiro e Eleta Freire s IES ESEF UPE e Universo seja pela concess o de afastamento seja pelas aus ncias Aos amigos dessas IES pelos empr stimos substitui es torcida acompanhamento carinhoso e preocupado do dia a dia Aos alunos dessas IES em especial aos representantes Alexsandra Santana Andr a Roberta Felipe Augusto e Mar lia de Almeida pelas provid ncias em meu nome Ao Ethn s ESEF UPE no nome da Coordenadora Ana Rita pela compreens o de minha aus ncia e continuidade dos trabalhos s alunas de minha turma de doutorado A Casa das Sete Mulheres e Garibaldi pela conviv ncia e estudos Eliete Santiago amiga e orientadora pelo aconchego afetivo e compet ncia intelectual e toda sua fam lia em especial a Seu Edson in Memorian e Dona Gl ria por ter compartilhado comigo sua amorosa filha A Jos Batista pelo acompanhamento desde o in cio do estudo fazendo cr ticas e sugest es em nossos Semin rios do N cleo e na qualifica o M rcia Gurgel e Ros ngela Ten rio pelas grandes contribui es durante qualifica o Ana Maria Galv o pelas trocas de e mails contribuindo muito com o estudo Ao N cleo de Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica do Programa de P s Gradua o em Educa o UFPE em especial Batista Clarice Delma Eliete Jans
375. ia pedag gica pr pria mas na medida em que n o consegue desvincular se das refer ncias hist ricas que lhes deram inspira o ainda deixa a desejar na explicita o dos fundamentos principalmente sua concep o de projeto hist rico Nesse caso seria uma teoriza o num movimento de transi o entre as teorias curriculares pois mesmo mantendo v nculos n o propriamente tradicional Em contrapartida por n o fazer uma cr tica aos aspectos sociais que demandam uma nova escola tamb m n o chega a referir se s teorias cr ticas A Pedagogia Hist rico Cr tica parte de aspectos filos ficos sociol gicos hist ricos e educacionais para apresentar se como teoria pedag gica Baseando se no Materialismo Hist rico Dial tico de Marx e Gramsci na cr tica marginalidade social na evolu o da educa o brasileira e nos dados acerca do fracasso escolar principalmente da d cada de 1970 essa teoria vai inicialmente na aus ncia de um nome melhor autodenominar se Pedagogia Revolucion ria SAVIANI 1995 e 1997 A teoria pedag gica anunciada por Saviani 1997 e encampada por muitos outros estudiosos tomou como refer ncia a concep o marxista de trabalho para posteriormente afirmar a educa o como um trabalho n o material no qual processo e produto n o se separam Sabe se que o que caracteriza o homem o fato de ele necessitar continuamente estar produzindo sua exist ncia Em outros termos o homem um
376. ial tica para a estrutura o do pensamento Segundo Prado 2003 p 39 os ciclos partem de duas premissas as fases de crescimento dos alunos e os ritmos pr prios de aprendizagens desses cada fase de crescimento do aluno possui caracter sticas pr prias e cada crian a tem um ritmo pr prio de aprendizagem A divis o mais usual que o 1 ciclo seja referente inf ncia 6 a 9 anos o 2 pr adolesc ncia 9 a x 11 anos e o 3 adolesc ncia 12 a 14 anos Alguns estados e munic pios optaram por apenas dois grandes ciclos partindo ao meio os oito anos do ensino fundamental Outros separam a cada dois anos Dentro de um ciclo n o h repet ncia justamente para respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem Como iniciamos tratando das palavras retomemos Arroyo 2002 quando afirma que podemos usar a palavra ciclo ou outra para reorganizarmos a escolariza o A quest o n o a palavra ciclo em si a quest o que organiza o do trabalho pedag gico que tempo e espa os de curr culos e pr ticas dar conta de uma nova concep o de educa o Segundo o mesmo autor os ciclos podem ser compreendidos como um amontoado de s ries como rem dio para passar de ano todos os alunos estrat gia de aprova o autom tica ARROYO 2002 Mas esta uma compreens o um uso e uma implementa o vulgar descompromissada com a qualidade da educa o e por muitas vezes comprometidas apenas com inten es
377. ias para al m da superf cie dos documentos oficiais Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000020 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000020 RECIFE Prefeitura do Presta o de contas 2005 Dispon vel em lt http www recife pe gov br especiais contas2005 gt Acesso em 17 10 2006 RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Relat rio de Gest o 2001 2004 Dezembro 2004a RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Diretoria Geral do Ensino Os ciclos de aprendizagem e a organiza o escolar Recife Secretaria de Educa o 2002a RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Diretoria Geral do Ensino Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino do Recife construindo compet ncias vers o preliminar Recife Secretaria de Educa o 2002b RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Diretoria Geral do Ensino Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos Recife Secretaria de Educa o EDUFPE 2003a RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Plano Municipal de Educa o retrospectiva e proposi es Recife Prefeitura do Recife 2003b RECIFE Prefeitura do Secretaria de Educa o Diretoria Geral do Ensino Ciclos de aprendizagem olhares sobre
378. ica o de mudan a direcional de desenvolvimento ou evolu o vendo o sentido de passado transformado Outros autores nos chamam aten o para que compreendamos a hist ria como um processo de constru o desconstru o de sentidos e significados portanto tamb m como inven o do passado segundo esses o universo da Hist ria uma hist ria reinventada fixando os olhos no presente indagando um passado de tens es contradi es e disputas MONTENEGRO e FERNANDES 1997 79 cl ssicos produzidos historicamente por parcela dominante cultural e economicamente da sociedade precisam ser apropriados pela classe social menos favorecida financeiramente isso n o nos leva a associ los diretamente ao tradicionalismo Por mais que concordemos com Silva 1999 no sentido de que as teorias pedag gicas elaboradas por esses dois autores possam preservar um tra o tradicional com rela o aquisi o dos conte dos por parte dos alunos isso n o nos leva a classific los na Pedagogia de Conte dos pois a apropria o cr tica e ativa destes tamb m se apresenta em suas teorias diferentemente da tradicional Pedagogia dos Conte dos cuja apropria o dos conte dos se d de forma passiva Apesar das proximidades te ricas e de Saviani e Lib neo tratarem por vezes como conceitos referentes a uma mesma teoria pedag gica apresentaremos adiante a Pedagogia Hist rico Cr tica e a Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos separadamente poi
379. icamente a rela o entre sociedade educa o e cultura Numa primeira o autor cita como pioneiro os estudos de Raymond Williams existentes nos anos de 1960 o qual reconhecia a cultura como uma sele o da tradi o origin ria de uma decanta o e reinterpreta o da heran a de gera es passadas Numa segunda no final dos anos de 1960 e in cio dos de 1970 o autor reconhece em Frank Musgrove uma representa o o qual estuda a natureza social dos saberes escolares investigando como as disciplinas do curr culo conferem identidade a seus membros E numa ltima abordagem deste grupo ele identifica em meados de 1970 os estudos de Michael Young maior representante da NSE o qual estudou como se dava o processo de legitima o dos saberes escolares e de sua estratifica o Em um outro grupo de abordagens Forquin 1996 inclui os estudos acerca da rela o entre as diferentes formas de express o do curr culo formal real e oculto Numa primeira abordagem o curr culo se configura como uma organiza o de saberes escolares considerados naturais fruto de uma tradi o enciclop dica e sem merecer questionamento Em outra fazem se distin es entre o curr culo formal e o real em que este ltimo o resultado do que realmente ensinado pelo professor e aprendido pelo aluno E numa terceira localiza os estudos em torno daquilo que est impl cito no curr culo e saberes escolares o que invis vel na organiza o curri
380. icipal do Recife em forma de parecer descritivo procurando superar a tradicional atribui o de notas e conceitos Ent o como a gente n o tem nota como a gente n o tem conceito a gente tem um parecer ent o para cada aluno no final do per odo em que voc trabalha com ele voc d um parecer uma maneira que se desenvolveu ou qual a facilidade que ele tem mais se na oralidade na escrita quais s o as dificuldades na escrita PLP2 As professoras demonstram ir em busca de maneiras menos tradicionais para avaliar o aluno sistematizando melhor as pr prias estrat gias de ensino como forma tamb m de avalia o tais como a observa o e at mesmo os procedimentos de aula No entanto h confus es entre o que se avalia pois numa avalia o informal os elementos avaliados terminam por ser os elementos subjetivos como participa o interesse etc diferentemente dos formais que avaliam as compet ncias ling sticas especificamente e os saberes Sim quando a gente conversa na sala de aula eu vejo Eu vejo pela participa o se ele participa PLP1 Eu acho que em todas as disciplinas porque s iam reprovar ficar retidos se ficassem em todas Mas eu n o queria mas a diretora falou pra mim Professora como A sua opini o Eu falei a gente fica meio preso MARIA est l dizendo para n o reter ningu m e voc s querem reter Um porque faltava demais o JO O E a outra menina JOANA po
381. iclos de aprendizagem reorganizou a partir de 2001 o tempo de escolariza o dos alunos conforme podemos ver no quadro 16 assim como sugeriu e solicitou mudan as nos processos pedag gicos de ensino e de avalia o Apesar de causar dilemas os ciclos se apresentam como iniciativas positivas da Rede mesmo que as dificuldades de implanta o se apresentem como mostram as falas a seguir Olhe cedo para avaliar mas a quest o da nomenclatura at da pr pria nomenclatura come ando pela nomenclatura dif cil de assimilar Voc pergunta a 5 s rie a gente tem A 5 s rie dif cil a gente situar que 1 ano do 3 ciclo Os alunos n o sabem Os professores tamb m n o conseguem assimilar isso entendeu Ent o essa quest o da nomenclatura uma barreira eu acho pra gente come ar a se apropriar da id ia A quest o de n o ter a oportunidade de n o ter essa via da reprova o voc n o pode mais contar com a reprova o Ent o isso vai for ar eu acho um ponto positivo A nomenclatura um ponto negativo e o ponto positivo que for a as pessoas a ensinarem porque elas n o podem contar com a reprova o Ent o cria esse dilema esse problema para o professor Se ele n o consegue fazer com que aquele aluno aprenda o conte do ele tamb m n o vai poder reprovar no final do ano PEF1 Quer dizer o ciclo ajuda a barrar a reprova o Voc n o conta n o pode mais contar com a reprova o e
382. ida daria melhores chances a todos os outros Para Perrenoud idem a prioridade deve ser dada queles que n o conseguem aprender sozinhos queles que saem da escola desprovidos de compet ncias indispens veis para a atualidade pois ler escrever e contar n o est o mais altura das exig ncias de nossa poca Os curr culos na Pedagogia das Compet ncias PERRENOUD 2000a devem trabalhar por problematiza es ou por projetos deve se parar de pensar em dar o curso e sim conceber encaixar e regular situa es de aprendizagem seguindo princ pios pedag gicos ativos e construtivistas 2 1 2 A Pedagogia das Compet ncias de Perrenoud algumas cr ticas Newton Duarte 2001 inserindo a Pedagogia das Compet ncias de Philippe Perrenoud juntamente com a Escola Nova o Construtivismo a perspectiva do Professor Reflexivo no que chama Pedagogias do Aprender a Aprender faz em diversos momentos cr ticas ao autor Para inserir a Pedagogia das Compet ncias neste grupo de Pedagogias do Aprender a Aprender Duarte 2001 faz duas an lises A primeira a associa o da Pedagogia das Compet ncia de Perrenoud ao escolanovismo de John Dewey visto que defende o uso dos m todos ativos na linha de um aprender fazendo ou seja na linha da cl ssica formula o de Dewey learning by doing vejamos A abordagem por compet ncias junta se s exig ncias da focaliza o sobre o aluno da pedagogia diferenciada e dos m t
383. idade pol tica da gest o central da Secretaria de Educa o e os fundamentos da pr tica pedag gica docente na gest o da sala de aula e como produto estabelece as orienta es para a sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento A Proposta portanto processo e produto da pol tica curricular configurando se como fonte epistemol gica para a estrutura o curricular Nela evidenciamos a fonte a relev ncia e as teorias pedag gicas para a sele o os arranjos e disposi es para a organiza o e os princ pios metodol gicos e avaliativos para a sistematiza o Vemos que as disciplinas curriculares em especial as delimitadas nesse estudo seguem elementos da generalidade do curr culo contemplando em suas proposi es a inser o em uma das tr s reas a concep o de seu objeto de estudo os fundamentos te rico metodol gicos e pol tico pedag gicos os eixos dos saberes escolares e os pr prios saberes escolares distribu dos nos ciclos de aprendizagem Enquanto Educa o F sica Arte e L ngua Portuguesa compunham a rea de Linguagens e C digos Matem tica constitu a a rea de Ci ncias da Natureza Cada uma dessas disciplinas vai inserir se na Proposta a partir de suas particularidades 3 3 1 Educa o F sica 171 Na Educa o F sica havia uma vers o preliminar publicada juntamente com todas as demais disciplinas na Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino do Recife RECIFE
384. idade de conhecimentos a serem transmitidos assim como o tempo destinado a essa transmiss o o que n o implica afirmar a aus ncia de transmiss o Ali s ser que existe situa o pedag gica por mais ineficiente que seja tradicional ou cr tica que esteja ausente de conhecimentos E ainda ser que a garantia do acesso ao conhecimento se d apenas pela transmiss o Nossa resposta s duas quest es N O principalmente se pesarmos que a transmiss o do conhecimento aos educandos lhes permitir o acesso verdade como afirma Duarte 2000 Quando dissemos que a cr tica de Duarte 2001 nesse aspecto n o pertinente ao pensamento de Perrenoud estamos levando em considera o inclusive os pr prios fundamentos de Duarte 2001 na Pedagogia Hist rico Cr tica quais sejam a historicidade do saber objetivo e n o o determinismo de uma verdade Duarte 2001 desconsidera que a proposta de Perrenoud 1999 2000b se inscreve num contexto hist rico de cr tica perspectiva enciclop dica da escola portanto n o seria a transmiss o ou apreens o intensa dos conhecimentos que garantiriam aos sujeitos a capacidade de cr tica realidade social estabelecida no capitalismo e muito menos sua transforma o A pr pria Pedagogia Hist rico Cr tica afirma que n o cabe como tarefa da escola apenas a assimila o do conhecimento produzido e sim que se apreenda o processo de sua produ o e mais que se oportunize sua transform
385. idade e V nculo Social pensando a Cidadania Democr tica na Escola P blica In RECIFE Prefeitura do Tempos de aprendizagem 338 identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos Recife Secretaria de Educa o EDUFPE 2003 p 17 46 MARX Karl Introdu o In Contribui o cr tica da economia pol tica S o Paulo Martins Fontes 1983 p 218 229 MARX Karl Teses sobre Feuerbach In MARX Karl e ENGELS Friedrich A ideologia alem S o Paulo Martins Fontes 1998 p 99 103 MARX Karl e ENGELS Friedrich A ideologia alem S o Paulo Martins Fontes 1998 MAZONI Anna Rachel A Educa o F sica no contexto de um projeto pedag gico inovador o caso da escola plural In XII Congresso Brasileiro de Ci ncias do Esporte CD ROM Sociedade Ci ncia e tica desafios para a Educa o F sica Caxambu Col gio Brasileiro de Ci ncias do Esporte 2001 MENEZES Anna Paula de Avelar Brito Contrato did tico e transposi o did tica inter rela es entre os fen menos did ticos na inicia o lgebra na 6 s rie do ensino fundamental Recife UFPE 2006 Tese de Doutorado MINAYO M Cec lia de Souza O Desafio do Conhecimento pesquisa qualitativa em sa de S o Paulo Rio de Janeiro Hucitec Abrasco 1996 MOLINA NETO Vicente e TRIVINOS Augusto Silva orgs A pesquisa qualitativa na Educa o F sica alternativas metodol gicas Porto Alegre EDUFR
386. ide em sua capacidade de investigar a realidade interna e a autonomia relativa da escolariza o A hist ria curricular considera a escola algo mais do que um simples instrumento de cultura da classe dominante GOODSON 1995 p 120 Enfim os estudos da hist ria do curr culo por via do reconhecimento da constitui o dos saberes escolares configuram um dos elementos de renova o e amplia o da Hist ria da Educa o e t m se apresentado como importante tem tica na sua historiografia principalmente e em s ntese quando objetiva investigar a apari o e o desenvolvimento do que hoje chamamos disciplina procurando evidenciar o tratamento dado aos conte dos de ensino no interior das escolas sendo poss vel apreender sua natureza e evolu o 1 1 2 2 Curr culo como pol tica educacional O conceito de curr culo tamb m reflete um contexto relacionado s pol ticas p blicas assim interessante passarmos por alguns elementos conceituais acerca de pol ticas educacionais para compreendermos as pol ticas curriculares Como vemos na figura 6 uma pol tica curricular portanto o curr culo e os saberes escolares n o existe por si s Esta se apresenta em meio a uma pol tica p blica especificamente uma pol tica educacional 62 Figura 6 O curr culo como pol tica educacional Pol tica P blica ducacional Curricular O entendimento de pol tica p blica n o comporta homogeneidade Ao contr rio no
387. ientar e ser usado na pr tica pedag gica por alunos e professores ou seja n o h livros did ticos em Educa o F sica e as professoras se ressentem disso Elas tomam a 300 Proposta como ponto de partida para sele o dos saberes mas os PCN terminam por se configurar para o cotidiano escolar e para suas a es no planejamento de ensino uma fonte mais presente Os PCN tamb m s o citados como refer ncia por pelo menos um professor de cada outra disciplina mas diferentemente do que acontece com as professoras de Educa o F sica estes s o complementares e aparecem esporadicamente nas falas importante frizarmos que como vimos no in cio desse cap tulo os PCN expressam uma pol tica curricular com fundamentos trajet ria hist rica e a es diferentes da que elaborada e implementada pela Rede Municipal do Ensino do Recife Sendo assim percebemos que ainda que haja essa diferencia o e at mesmo uma recomenda o como indica uma professora de Educa o F sica para que os professores n o os tomem como refer ncia h docentes que os usam como elemento para estrutura o de sua pr tica pedag gica J as professoras de Arte reconhecem a Proposta Pedag gica como base por m demonstram certo desd m e por vezes at neglig ncia a essa fonte Tamb m percebemos que a Proposta bastante usada como mais um recurso pedag gico mais um material de consulta do professor entre tantos outros assim como os li
388. iferentes disciplinas do curr culo O que h de geral e particular nas disciplinas escolares diante da constitui o de seus saberes no curr culo escolar Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice E orienta es para organiza o dos dados das entrevistas Disciplina Professor Transcrita Inserir na pasta Checar Localizar Localizar e Levantar Montar Localizar e deixar Preencher Arquivo e organizar transcri o e deixar deixar vis veis quest es tem ticas quadros de vis veis conte dos de quadros computador esteticamente vis veis conte dos de problem ticas an lise de an lise categorias perguntas an lise gerais conte dos emp ricas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Arte Professora de Arte 1 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Professora de Arte 2 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Educa o Professora de Educa o F sica 1 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK F sica Professora de Educa o F sica 2 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK L ngua Professora de Portugu s 1 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Portuguesa Professora de Portugu s 2 OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Matem tica Professor de M
389. ila o ativa centrada na aula n o materializando o trabalho pedag gico como um princ pio Outra diferen a Saviani 1995 mesmo dizendo que os conte dos devem ser prioridade na Pedagogia Hist rico Cr tica pois s o imprescind veis para que as camadas populares fa am valer seus interesses e ainda que por isso receba a cr tica de ser conteudista afirma que a quest o central da Pedagogia s o as formas os processos os m todos Lib neo 1984 fundamentado em Snyders informa que as bases da Pedagogia s o os conte dos os saberes o que se ensina e n o se ensina aos alunos Quando analisamos ser Saviani menos cr tico e hist rico no conte do fazemo lo porque esse autor deixou passar por vezes que o saber selecionado pela escola inquestion vel Mas diante disso perguntar amos na atualidade questiona se somente a forma de alfabetiza o Ou a alfabetiza o em si O que dir amos das teorias de letramento Questiona se apenas a forma da matem tica Ou a matem tica em si Que matem tica tem sido ensinada na escola O que dir amos da Matem tica Moderna e da Educa o Matem tica S se questiona a forma do ensino de l ngua portuguesa Ou a l ngua portuguesa em si Que l ngua portuguesa tem sido ensinada na escola O que dir amos do ensino gramatical e ling stico na escola Questiona se apenas a forma do ensino da hist ria Ou a hist ria em si Que hist ria tem sido ensinada na escola O que dir amos da h
390. ilidade concomitantemente com o ensino m dio ent o eles v o buscar o conhecimento do que um preg o como que funciona o que investir em a o Tudo isso n o s para contabilidade mas para a vida pr tica dele ele precisa disso no dia a dia dele dessas informa es sobre o dinheiro sobre finan as etc Ali ele encontra PLP2 Vemos tamb m na fala da PLP2 que a l ngua um bem cultural que precisa ser apropriado e usufru do pelo cidad o ou seja o ensino da L ngua Portuguesa tamb m vai encontrar argumentos numa legitima o social pois essa uma das formas de identidade cultural e coletiva de um povo Olhe na minha maneira de pensar eu diria que a forma o do cidad o Eu estudo l ngua portuguesa para me tornar um cidad o Ah mais eu j sou usu rio da l ngua portuguesa mas quanto mais eu chegar perto ou quanto mais eu me apropriar da linguagem formal mais eu vou ter sucesso mais eu vou ter xito enquanto usu rio da l ngua portuguesa Ent o eu vou me tornar cidad o a partir do momento em que eu me aproprio dessa l ngua A l ngua a na o a l ngua o povo a l ngua as rela es interpessoais ent o se est permeando tudo isso eu tenho que entender enquanto professora enquanto aluno enquanto usu rio da l ngua portuguesa que eu estou ensinando a ser cidad o Essa para mim o objetivo primordial da l ngua portuguesa do ensino da l ngua portuguesa PLP2 E inte
391. inas consideradas de maior prest gio como L ngua Portuguesa e Matem tica As ambigiidades d vidas e conflitos dizem respeito estrutura o do curr culo escolar da educa o b sica O curr culo ent o tanto objeto de apropria o e assimila o privada e individual social e coletiva do conhecimento acumulado na hist ria da humanidade quanto express o da for a de trabalho do car ter produtivo dessa humanidade Sendo assim necess rio superarmos cada vez mais os curr culos prescritivos normativo racionalistas e construirmos um curr culo emancipat rio que reconhece propicia e solicita o potencial produtor dos sujeitos educacionais urgente procurarmos e viabilizarmos os caminhos e as condi es para a materializa o de curr culos cr ticos din mico dial gicos e de abordagem sociol gica da cultura escolar PALAVRAS CHAVE Escola Curr culo Disciplinas Curriculares Saberes Escolares Cultura Escolar THE SCHOOL KNOWLEDGES CONSTITUTION IN BASIC EDUCATION ABSTRACT School understood as a social institution is responsible for contributing with men women children youth or adult education Its education differentiates from the familiar union party religious ones etc could or ought to reflect and interact with these educational modalities without losing sight of what is specific to it or be favor its subjects in a systematized periodic slow and continuous reflection concerning knowledges pro
392. indo at e principalmente dimens o da pr tica pedag gica do professor na gest o da sala de aula ou seja um artefato movimento e situa o da constitui o dos saberes escolares d se portanto num movimento hist rico dial tico e contradit rio entre a intencionalidade e a materialidade de uma pol tica educacional expressando projeto e atitude governamental e a es pedag gicas da intera o professor aluno Nessa relativa autonomia historicidade dialeticidade e contraditoriedade o curr culo expressa oscila es pol tico partid rias e suas fus es coliga es transmuta es assim como indica varia es de projetos hist ricos liberais progressistas neoliberais democr tico 317 populares e as ambigiiidades entre avan os e neglig ncias da pr tica pedag gica do professor expressando suas rela es de poder Como investigamos a pr tica pedag gica do professor fora da sala de aula n o tivemos oportunidade de evidenciar a materializa o do curr culo perante os alunos e por eles pois isso demandaria uma outra pesquisa o que seria interessante para um futuro projeto de investiga o Em nossa pesquisa foi poss vel n o s reconhecer os elementos de ambigiidades e refletir acerca deles juntamente com as d vidas e os conflitos presentes nas a es pedag gicas desse sujeito educacional o professor diante do curr culo da educa o b sica mas tamb m conferir e elaborar elementos transfor
393. inos de 2 magist rio e eles fizeram Ent o quer dizer eu uso jornal revista livro v deo e as coisas que eu compro Junto com a proposta PAI Os livros did ticos olhe o livro de que eu mais gosto de Gra a Proen a que um livro de hist ria da arte A ele apresenta geralmente o livro did tico ele come a de arte PA1 Porque eu conhe o alguns jogos algumas brincadeiras algumas coisas a eu vou colocando Depende da t cnica s vezes eu levo um saco cheio de coisas roupas Em cima dessa roupa a gente vai criar personagens a eu dou uma roupa a cada grupo Uma roupa um chap u sei l uma caneta uma coisa e nesses jogos eles v o trabalhando a leitura a parte oral Trabalham algumas coisas a mem ria PAI A PA2 tamb m informa trabalhar com os livros did ticos para a execu o do planejamento e tamb m demonstra diversidade metodol gica mesmo indicando dificuldades nos recursos pedag gicos Vamos supor os v rios textos que eu tirei Eu procuro um livro falando de desenho um livro falando sobre caricatura j trago o produto de arte mostrando caricatura Desenho em quadrinhos charge cartoon a vai por a Eu vou colocando tudo que tiver por a Eu vou colocando tudo que ligado ao desenho o princ pio n o A depois a gente faz um trabalho falando disso PAZ 1211 PVR y e m 4 PE RIENI Livro did tico da editora tica para alunos dos tr s anos do ensino
394. io na 1 s rie nos primeiros ciclos e no 4 ciclo ent o a gente pode trabalhar Vamos trabalhar espa o em qualquer s rie vai depender da situa o did tica Eu n o vou mostrar para um aluninho de Por exemplo que eu n o trabalho com prim rio de 1 a 4 mas eu n o vou mostrar um v deo desses de Tec Teachers para eles Eu n o mostraria n o tem sentido Mostrar para uma 8 tem mostrar para uma 7 tem porque eles j t m outros conhecimentos A numa 5 s rie eu trabalharia outra coisa eu n o posso trabalhar coreografia com eles PAI poss vel captar na fala da PAI uma estrutura o de conte do pass vel de ser usada como orienta o para a pr tica pedag gica no entanto n o h garantias de que essa estrutura o seja a organiza o dada aos conhecimentos no movimento de constitui o dos saberes escolares pois ela falou acerca dos conte dos no plano da generalidade do ensino de arte ou mesmo de certa estrutura o gen rica do conhecimento art stico e n o da forma como ela organiza os seus conte dos para as aulas A PAI indica que o ensino da arte pode tratar diversos elementos sendo poss vel abordar como conte dos de ensino aspectos gerais da arte tais como conceito hist ria e sua rela o com outras tem ticas Arte e comunica o Arte e linguagem Arte e sociedade Arte e Cultura as v rias linguagens art sticas por exemplo duas grandes reas as c nicas e pl stica
395. ionais Representa o de fra es opera es com fra es absolutos problemas representa o decimal de fra es fra es cujo denominador s o potenciais de 10 MEDIDAS Conceito de medida unidades n o padronizadas Comprimento Transforma o de unidades per metro de pol gonos rea Transforma o de unidades rea de tri ngulos e quadril teros decomposi o de figuras Grandezas Volume e capacidade e Massa Medidas Angulos O grau e seus subm ltiplos tipos de ngulos e classifica o quanto medida Tempo e valor monet rio GRANDEZAS Proporcionalidade Grandezas direta ou inversamente proporcionais grandezas n o proporcionais raz es propor es e aplica es em problemas porcentagem e juros simples Plano e espa o No o de plano e espa o Figuras planas Tri ngulo quadrado ret ngulo pol gonos em geral circunfer ncia congru ncia e semelhan a de figuras planas ngulos conceito de ngulo classifica o quanto medida soma dos ngulos internos de um tri ngulo soma Espa o dos ngulos internos de um pol gono convexo qualquer e classifica o dos tri ngulos quanto medida dos seus Forma ngulos internos Retas e paralelas Angulos formados por retas coplanares cortadas por uma perpendiculares transversal ngulos adjacentes e opostos pelo v rtice bissetriz de um ngulo Figuras es
396. ionais quanto por costume com a estrutura o seriada do curr culo sendo a principal quest o a da promo o autom tica do aluno ou seja a de que o aluno com a exce o da reprova o por falta n o pode ser retido ao longo do tempo de escolariza o no curr culo por ciclos No entanto os ciclos necessariamente n o s o implantados com esse tipo de promo o poss vel vermos tamb m o uso da progress o continuada Al m do mais a n o reprova o por falta em uma disciplina tamb m n o influ ncia dos ciclos mas de altera es legais especificamente da LDB n 9394 96 Do ponto de vista legal a n o reprova o por falta numa disciplina pode acontecer em qualquer que seja pois a legisla o normatiza todas elas fazendo com que a verifica o da fregii ncia se d perante a carga hor ria total do curr culo escolar Na Rede Municipal de Ensino do Recife com exce o do ensino de L ngua Portuguesa que tem 6 horas semanais totalizando comumente 240 horas anuais as outras disciplinas estariam dentro do limite de faltas poss veis aos alunos Quer dizer a verifica o da fregii ncia s aulas n o o nico crit rio de avalia o para efeito de promo o na sequ ncia dos estudos dos alunos Nos casos em que os alunos n o faltando a nenhuma outra aula faltassem todas as aulas de uma disciplina como o caso da Matem tica 5 horas semanais da Arte 2 horas 324 semanais e da Educa o F
397. ir das artes liberais da Idade M dia herdadas da Antiguidade Cl ssica Greco Romana o tr vium e o quadr vium No tr vio a ordem dos saberes era gram tica escrever corretamente e pronunciar de forma n o menos correta o que est escrito dial tica saber demonstrar e ret rica ornar as palavras e as senten as No quadr vio a seq ncia era aritm tica m sica geometria e astronomia Encontramos tamb m a concep o progressista fundada no pensamento de John Dewey o qual em 1902 em The child and the curriculum demonstrava preocupa o com o curr culo Encontramos ainda a concep o tecnocr tica fundada a partir do livro de Bobbit e consolidada pelo livro de Ralph Tyler publicado em 1949 em que o saber escolar sofre um rigoroso processo de racionaliza o a ponto de se apresentarem objetivos e procedimentos metodol gicos bem especificados que permitam sua precisa mensura o esta racionaliza o e precis o contida na cientificidade desinteressada e neutra das Teorias Tradicionais de Curr culo que as Teorias Cr ticas e P s Cr ticas v o questionar Segundo estas o curr culo sempre ser express o das rela es de poder portanto estar o sempre presentes intencionalidades sociais pol ticas ideol gicas tnicas culturais e nunca sendo ing nua O o qu est condicionado ao porqu levando tais teorias a se preocuparem com as conex es entre saber identidade e poder precisamente
398. iros e negativos onde voc vai observar vai encontrar os elementos negativos Para dar os n meros naturais s o os inteiros positivos e os racionais que s o fracionados No finalzinho da nossa programa o a gente trabalha tamb m com os decimais para que ele tenha a id ia de Por que R 2 50 Ent o a gente explica a necessidade desse trabalho com n meros decimais PM2 Eu n o gosto muito de trabalhar inclusive com coisa est tica n o Por que isso apareceu Vamos resolver esse probleminha aqui que a gente pode inclusive at a pr pria interpreta o voc auxilia muito isso A gente faz um interclasse n o Interdisciplinar Na minha aula de matem tica eu digo bom vamos ver o que voc entendeu desse contexto aqui Como que a gente pode desenvolver O que foi que voc entendeu Quais elementos conhecidos aqui Como que se chamam esses elementos aqui nesse contexto dentro desse problema PM2 283 No mbito na organiza o do conhecimento os professores de matem tica afirmam 2 que fazem o planejamento mas apontam que a disponibilidade de tempo algo que condiciona a atividade docente Se o professor tem tempo dispon vel poder elaborar registrar executar e avaliar melhor o planejamento por m se o tempo ex guo enfrentar dificuldades no planejamento Outra dificuldade que se apresenta a compreens o do planejamento O professor demonstra entender o planejamento quase c
399. irtude da caracter stica de seus objetos de estudos solicitam recursos pedag gicos mais espec ficos no entanto necess rio que elas ocupem e usem os ambientes e recursos mais convencionais como a sala a biblioteca os textos os livros did ticos Em contrapartida que L ngua Portuguesa e Matem tica tamb m v o ao p tio ao palco quadra usem bola corda indument ria fotografia Em rela o disposi o e arranjo dos conte dos no tempo e espa o escolares percebemos que os professores indicam uma grande aproxima o com a Proposta Pedag gica Na Educa o F sica s o citados como possibilidades de conte dos o jogo o esporte a dan a e a gin stica entretanto n o s o tratados como eixo tem tico como se apresenta na proposi o de Educa o F sica mas como assuntos cl ssicos desse componente curricular Vale salientar que estes est o condicionados s quest es clim ticas em fun o da precariedade e aus ncia de ambiente coberto Na Arte esse fen meno tamb m acontece As professoras demonstram proximidade com a Proposta tratando de conte dos como hist ria da arte artes c nicas artes pl sticas m sica e dan a apesar desta n o aparecer como eixo na Proposta de Arte e sim de Educa o F sica As artes c nicas s o tratadas como eixo especificando o teatro e as artes pl sticas como artes visuais Lembramos que esses conte dos est o condicionados disponibilidade de materiais did ticos Na
400. ist ria oficial contada pelos colonizadores e da hist ria dos colonizados Ao final do ano letivo ap s todas estas atividades comemorativas fica a quest o as crian as foram alfabetizadas Aprenderam o Portugu s Aprenderam Matem tica Ci ncias Naturais Hist ria Geografia Ora estes s o os elementos cl ssicos do curr culo escolar t o cl ssicos que ningu m contesta s vezes se contesta a forma ser que se deve alfabetizar assim ou seria melhor outra forma Mas algu m ousaria afirmar que a escola n o deve alfabetizar SAVIANI 1995 p 118 Quando vemos que Lib neo menos cr tico e social no m todo fazemo lo porque esse autor deixa passar que seria o m todo ativo que faria aflorar a criticidade em rela o aos conte dos Mas diante disso perguntar amos os conte dos escolares s n o s o o que s o por causa do professor e do aluno Existe o ensino sem conte do professor ou aluno Se o ensino for tradicional por meio dele as condi es criadas gerar o assimila o consciente de conhecimentos Com esse tipo de ensino a assimila o dar autonomia aos sujeitos da 5 Cr ticas semelhantes Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos s o feitas por Freitas 1995 Apesar dele tratar essa teoria pedag gica no seio da Pedagogia Hist rico Cr tica focaliza suas cr ticas produ o de Jos Carlos Lib neo 90 aprendizagem Os procedimentos metodol gicos est o determinados pela mat ria E
401. ista para emprego e por vezes invertendo a estrat gia de problematiza o levando os alunos a fazerem as perguntas Bom eu fa o assim Eu fa o muita linguagem oral Porque o maior problema que a gente tem com o aluno da gente a dificuldade que ele tem para falar Ent o eu pego A gente usa o William Cereja o livro do Cereja A a gente faz a leitura do texto eu pego a compreens o depois e eu vou perguntando e eu vou respondendo E quando eles querem falar alguma coisa do assunto que n o esteja no texto assim Eu deixo falar n o N o corrijo nunca porque n o interessa Voc quando voc corrige a pessoa 271 fica sem gra a n o quer mais falar ent o eu deixo eles falarem do jeito que eles querem PLP1 E quando sou eu que levo o texto sou eu que fa o as perguntas E s vezes eu fa o o contr rio A gente l o texto a eu O trabalho deles fazer algumas perguntas sobre aquele texto A eles mesmos fazem PLP1 Neste ano por exemplo eu fiz uma din mica de grupo que era entrevistar o aluno O aluno faria uma entrevista como se estivesse se candidatando a um emprego e eu levei uma c mera e filmei para que eles se vissem que postura eu tenho que postura eu preciso ter numa interessante JOS a gente n o s n o se v como a gente n o se ouve tamb m Ent o uma das aulas que eu tamb m fa o com os meus alunos a leitura oral com gravador PLP2 Entre
402. iva teorema de Pit goras diagonal do quadrado e do ret ngulo bissetriz de um ngulo pontos not veis de um tri ngulo casos de congru ncia e Espa o semelhan a de tri ngulos e Teorema de Tales rela es m tricas no tri ngulo Forma ret ngulo rela es de trigonometria no tri ngulo ret ngulo rela es m tricas nos pol gonos regulares C lculo do lado e do ap tema de um pol gono regular inscrito em uma circunfer ncia de raio dado rela es m tricas no c rculo arcos cordas e ngulos cubos paralelep pedos primas retos Tratamento Estat stica Coleta de dados classifica o organiza o e interpreta o da de dados constru o de gr ficos e tabelas leitura e Informa o interpreta o de gr ficos e tabelas amostra e probabilidade Fun es Soma alg brica e express es alg bricas opera es com e mon mios e polin mios produtos not veis MMC e MDC lgebra de express es alg bricas fatora o de express es alg bricas fra es alg bricas equa es e inequa es do primeiro grau em R equa es do segundo grau problemas do segundo grau inequa es do segundo grau fun es e gr ficos Fonte Recife 2002b p 69 74 Na Matem tica destacamos mesmo com o avan o pedag gico e epistemol gico do seu objeto de estudo a perman ncia de um forte tra o de hierarquiza o dos saberes escolares ao longo do tempo de escolariza o Ainda que se estrutu
403. ivas e significativas para o aluno RECIFE 2004 Como podemos ver a constru o requer um tempo mais extenso para a matura o e para a compreens o dos processos de articula o reflex o e assimila o do conhecimento por parte do aluno O conhecimento pr vio em fun o do contexto s cio cultural do aluno de sua vida e de sua experi ncia s cio cultural considerado e este por sua vez influencia as formas e os tempos diferentes de aprendizagem dos conte dos trabalhados e das compet ncias constru das RECIFE 2003a p 134 e 138 A avalia o passa a se configurar como uma importante dimens o do ato educativo constituindo se como forma momento e recurso processual cont nuo cumulativo e 170 qualitativo de acompanhamento das aprendizagens dos alunos Seus registros procuram ir al m da notas n meros e conceitos letras usando pareceres qualitativos do aluno e da turma descritos na caderneta escolar considerando a an lise do professor e auto avalia o dos alunos Esses pareceres passam a servir de orienta o motiva o e aprecia o dos Conselhos de Ciclos nas escolas 3 3 OS SABERES ESCOLARES NA PROPOSTA PEDAG GICA DA REDE Na pol tica curricular elaborada e implementada na Rede Municipal de Ensino do Recife a Proposta Pedag gica assume um importante papel perante a constitui o dos saberes escolares pois como processo de um trabalho cont nuo e coletivo reflete a intencional
404. ivos e control veis nos sistemas de s mbolos intelig veis nos instrumentos aperfei o veis nas obras admir veis 12 uma sele o no interior da cultura e uma reelabora o dos conte dos desta configurando se como algo da cultura e n o como a cultura em si FORQUIN 1992 1993 e 1996 Em resumo o curr culo comporta uma parte arbitr ria na rela o com a heran a do passado pois o que ensinado o que decanta cristaliza e se consagra da cultura tornando se tradi o Ele n o algo fixo um artefato social e hist rico portanto sujeito a mudan as e flutua es inserido num movimento de continuidade e descontinuidade de evolu o e rupturas Como pr tica pedag gica o curr culo n o apenas a express o documental que guia as a es docentes e discentes na escola ele a pr pria vida da escola e em especial no movimento de constitui o dos saberes escolares expressando se tanto no Projeto Pol tico Pedag gico dessa institui o como na sala de aula Nessa perspectiva ele materializa a dialeticidade da educa o deixando evidentes os princ pios de historicidade intencionalidade unidade teoria pr tica e criticidade da a o pedag gica O curr culo um artefato movimento e situa o da constitui o dos saberes escolares No reconhecimento dessa constitui o precisamos compreender n o s as dimens es e os momentos de reprodu o mas tamb m suas express es de resist ncias Es
405. ivro did tico at porque o pr prio livro tem tratado essa hierarquiza o dos conte dos de maneira distinta da que ocorria num ensino de matem tica tradicional 288 x Essa segii ncia pode ficar pertinente ao professor necessidade do professor ao trabalho da turma Eu n o Antigamente basicamente o professor N o s antigamente h uma boa parte do professor que ainda faz uma segii ncia de conte dos atrelados ao que o livro texto diz Eu tenho que trabalhar esses conte dos essa coisa toda Muito embora os livros que adotamos na Rede j t m o vi s da educa o matem tica que eles t m os eixos tem ticos atrelados e tudo ent o o professor fica nessa emin ncia de seguir a segii ncia do livro texto no meu caso espec fico eu fa o de acordo com a necessidade que eu tenho do trabalho da turma baseado no que eu me programei lidando com compet ncias certo PM1 s vezes a gente consegue trabalhar Normalmente a gente v o que se pode atingir se realmente vale a pena permanecer ou n o A gente sempre faz essa escolha PM2 Mesmo numa segii ncia diferenciada da matem tica tradicional mesmo pr ximo a uma refer ncia da Educa o Matem tica que n o cristaliza e imobiliza o tratamento dos conte dos mesmo que nas diversas situa es de ensino vividas na pr tica pedag gica da sala de aula o professor tenha autonomia diante da organiza o dos conte dos o livro did tico inclusive os de
406. izabeth O pensamento curricular no Brasil In MACEDO Elizabeth org Curr culo debates contempor neos S o Paulo Cortez 2002 p 13 54 LOPES Alice Casimiro MACEDO Elizabeth Fernandes de e ALVES Maria Palmira Carlos orgs Cultura e pol tica de curr culo Araraquara Junqueira amp Marin 2006 LOPES Eliane Marta Teixeira e GALV O Ana Maria de Oliveira Hist ria da educa o Rio de Janeiro DP amp A 2001 MAINARDES Jefferson A organiza o da escolaridade em ciclos ainda um desafio para os sistemas de ensino In FRANCO Creso org Avalia o ciclos e promo o na educa o Porto Alegre Artmed 2001 p 35 54 MARKET Werner Novas compet ncias no mundo do trabalho e suas contribui es para a forma o do trabalhador Trabalho e Cr tica S o Paulo EDUNISINOS 2000 p 31 44 MARTINS Pura L cia Oliver Conte dos escolares a quem compete a sele o In VEIGA Ilma Passos Alencastro org Repensando a did tica Campinas Papirus 1993 p 65 82 MARTINS Pura L cia Oliver Did tica te rica did tica pr tica para al m do confronto S o Paulo Loyola 2002 MARTINS ngela Maria Os munic pios e a escola de nove anos dilemas e perspectivas In SILVA Ainda Monteiro et al Pol ticas educacionais tecnologia e forma o do educador repercuss es sobre a did tica e as pr ticas de ensino Recife ENDIPE 2006 p 363 375 MARTINS Paulo Henrique Cultura Ident
407. ja a legitima o pedag gica Para as professoras a disciplina de L ngua Portuguesa demonstra sua relev ncia por via de uma legitima o instrumental proped utica e social ou seja para ajudar outras disciplinas para ajudar no cotidiano da vida na produ o e compreens o de textos para a continuidade dos estudos inclusive por via de exames de vestibular para o ensino superior mas tamb m para sua inser o social como um sujeito consciente de suas a es O ensino de L ngua Portuguesa segundo as professoras suporte e ferramenta para a apreens o dos demais tipos de conhecimento portanto al m de ser conte do de aprendizagem tamb m instrumento de outras aprendizagens Bom A justificativa que a gente d que quem n o sabe o portugu s n o pode aprender nenhuma mat ria N o porque quem n o sabe ler n o pode aprender outra mat ria certo Ent o a inten o essa que portugu s seja interdisciplinar que ele passe por todas as reas Eu s vezes falo para os professores sabe Eu digo olha quando voc s quiserem dar uma produ o de texto podem dar para mim que eu corrijo mas muito dif cil PLP1 Eu preciso que ele se aproprie desse conhecimento nesses 6 meses a por isso que eu te digo que a aula extra classe vai me ajudar com que ele aprenda melhor que ele vendo uma exposi o de arte moderna ele vai entender o que modernismo e vai entender aquela escola liter ria como a
408. jeto de forma o humana no nosso caso um Projeto Curricular 2 2 OS CICLOS DE APRENDIZAGEM 2 2 1 Ciclos de aprendizagem Conceitos e origem Os saberes escolares s o organizados a partir de diferentes maneiras de abordar o tempo pedag gico e a avalia o das aprendizagens Ainda dando continuidade reflex o sobre as distintas formas de organiza o curricular os saberes escolares passemos a pensar tais elementos Qual o tempo necess rio s aprendizagens Como esses saberes s o distribu dos no tempo escolar Como os alunos apreendem os saberes escolares e em que tempo A organiza o curricular por ciclos de aprendizagem surge como inten o de supera o da organiza o por s ries que convencionalmente vem orientando e dando materialidade aos curr culos das escolas de educa o b sica O termo s rie segundo Ferreira 1986 vem do latim serie podendo significar ordem de fatos ou de coisas ligadas por uma rela o ou que apresentam analogia semelhan a similaridade sucess o seqii ncia seq ncia ininterrupta sucess o determinada e limitada de 111 objetos homog neos que formam um conjunto s rie de selos cada uma das divis es ou subdivis es de uma classifica o classe categoria nos estabelecimentos de ensino escolar no Brasil ano classe O termo classe pode ser entendido como grupo ou divis o que numa s rie ou num conjunto apresenta caracter sticas semelhantes categoria de coisa
409. l ticas educacionais mas um sujeito engajado organicamente tanto na implementa o da pol tica curricular como na sua elabora o sendo solicitado e viabilizado seu potencial produtor Os ciclos de aprendizagem na Rede Municipal de Ensino do Recife procuram materializar esse reconhecimento e considera o por via de um Projeto Curricular Emancipat rio objetivando superar os ndices de fracasso escolar e ir al m deles em busca da qualifica o das aprendizagens dos alunos O fracasso escolar comumente expresso pelo alto grau de reprova o e evas o entre os alunos de Redes de ensino principalmente da educa o p blica No caso da Rede Municipal de Ensino do Recife sem descartar a motiva o pelo rompimento com esse c rculo vicioso da repet ncia e evas o a id ia central do projeto curricular superar a defasagem idade aprendizagem ou seja n o s encontrar alternativas para que os alunos se mantenham na escola e em sua progress o regular Os documentos e falas nos levam a afirmar que a Rede instala a progress o por promo o autom tica e elabora e implementa os Espa os Ampliados de Aprendizagem mostrando o compromisso com a aprendizagem dos alunos Objetiva se superar progressivamente uma l gica formal padronizada linear fragmentada etapista de lidar com os saberes escolares e preconiza se que as aprendizagens ocorram em tempos e espa os escolares em situa es contextualizadas diversificadas interat
410. l e da metodologia para o campo emp rico Ainda nessa fase foi poss vel realizar um estudo explorat rio do campo de pesquisa aplicando uma entrevista com um professor de Educa o F sica visto que nosso objeto partia da especificidade dessa disciplina mas iria em dire o necessidade de compreender a totalidade do curr culo escolar Esse estudo explorat rio nos serviu tanto para melhor delimita o do objeto e objetivos de pesquisa como para qualificar o instrumental para a entrada no campo de investiga o inclusive organizando um quadro para contato como os professores Ap ndice A Nessa fase o marco te rico conceitual foi se construindo com in cio dos estudos bibliogr ficos os quais percorreram a pesquisa at o final da fase de tratamento e an lise dos dados Para tanto realizamos um levantamento e mapeamento Ap ndice B de obras da literatura diante de tr s categorias anal ticas Curr culo Saberes Escolares Cultura Escolar contextualizados nas discuss es sobre Teoria Hist ria Pol tica e Pr tica Pedag gica Curriculares levando nos a compreender as diferentes formas de constitui o dos saberes escolares Como o estudo procurou analisar essa constitui o em proposi es que intencionam superar o tratamento tradicional t cnico linear etapista de organiza o curricular em s ries delimitamos como l cus de investiga o a Rede Municipal de Ensino do Recife 35 Pernambuco uma vez que esta ap
411. la hist ria de voc fazer conquistas uma coisa muito pessoal eles tem mais o afeto por mim hoje MARIA quando que tu vai dar aula pra gente Tu deixasse a gente Ah MARIA Esse tipo de coisa hoje muito comum eu ouvir porque existe esse vinculo afetivo Agora a arte t longe a disciplina a disciplina realmente n o vista assim como a matem tica a nota eu nunca dei nota a aluno meu dou porque precisa A gente n o trabalha com nota por isso que eu falo de novela do dia a dia falo daquele Michael Jackson que trabalha l na rua nova que ator de rua muito interessante carnaval prociss o n o sei o qu tem grupo de pagode essa coisa que para trabalhar o que arte no dia a dia em volta no entorno essas coisas PA A gente v Geralmente se preocupa muito com o interesse do aluno Mas muitas vezes o aluno n o tem uma bagagem ele tem uma certa dificuldade de chegar aonde ele quer Ele disse Voc faz perto o que voc deseja trabalhar PAD Num ambiente pedag gico a afetuosidade a alegria e a amistosidade podem e at devem estar presentes mas a submiss o s aptid es ou vontades particulares de uma turma para n o dizer de alguns poucos alunos que se imp em perante a turma e imp em suas individualidades um problema pedag gico que leva uma disciplina a n o conquistar legitima o no curr culo escolar pois sempre estar merc das particularidades Olhe
412. lar independentes numa certa medida de toda realidade cultural exterior escola e desfrutando de uma organiza o de uma economia interna e de uma efic cia que elas n o parecem dever a nada al m delas mesmas quer dizer sua pr pria hist ria CHERVEL 1990 p 180 Dominique Julia Andr Chervel Jean Claude Forquin e Ant nio Vi ao Frago s o analisados pelo autor FARIA FILHO 2004 p 139 5 Para aprofundar uma leitura acerca do conceito de cultura escolar sob o foco da Hist ria da Educa o sugerimos consultar o Caderno Cedes n 52 organizado por Vera Valdemarin Rosa F tima de Souza em 2000 assim como Julia 2001 Faria Filho 2004 e Souza J nior e Galv o 2005 95 Os conte dos os saberes escolares da gram tica e da matem tica ensinados na escola n o s o express es reproduzidas e transpostas das ci ncias de refer ncia A literatura usada nas escolas ilustra o de tal nega o nessa vasta hist ria da recria o moderna de uma literatura antiga que se inscreve o trabalho espec fico de edi es para o uso escolar Nos s culos XVI e XVII os textos colocados pelo professor em seu programa de prele es s o publicados sob sua supervis o a partir de uma edi o s bia CHERVEL e COMPERE 1999 p 10 No entanto n o podemos incorrer no erro de pensar a escola como institui o aut noma diante das determina es e circunst ncias sociais pol ticas e econ micas da sociedade em
413. laridade no mercado de trabalho Segundo o sal rio do professor que com certa regularidade pode n o ser esse pois h a possibilidade de trabalhar em outras institui es Terceiro o ganho do trabalho n o s o dinheiro mas tamb m os direitos trabalhistas conquistados que um ambulante n o ter mas um professor poder ter Quarto o trabalho n o se justifica apenas pela possibilidade de ser pago e sim pela contribui o social que ele oferece e que por isso se paga certo que por muitas vezes indignamente mas faz diferen a entre ganhar dinheiro para salvar vidas e ganhar dinheiro para aniquilar vidas Quinto estatisticamente os melhores postos e sal rios no mundo do trabalho ainda est o associados aos maiores n veis de escolariza o Por fim dentre muitas outras an lises poss veis a aquisi o do saber escolar n o se justifica simplesmente pela possibilidade de ganhos monet rios pessoais e individuais e sim se poss vel junto com tais ganhos possibilite ou intencione a melhoria da situa o social de todos os demais trabalhadores pela possibilidade de compreens o atua o e interven o na hist ria social e cultural de nosso povo inclusive mas n o s no trabalho Por certo existe outro aspecto nesse questionamento sobre a legitima o do saber escolar que o da desvaloriza o e proletariza o no sentido de pauperiza o para n o dizer miserabiliza o da profiss o docente Ser prolet rio
414. lco sem nada o palco nu E voc dan ar e aqui atr s tem um grupo conversando e isso faz parte da coreografia e aquele grupo n o est dan ando est representando mas o espet culo de dan a Eles se misturam PAI Sim mas eu posso usar como pl stica mesmo Eu numa das minhas classes eles disseram que n o queriam saber de teatro foi agora A eu puxa vida Eu levei Eisiner Eisiner o tampa esse contempor neo que os trabalhos dele s o assim super legais Ai eu disse olhe Para eu trabalhar com eles Eisiner o que foi que eu fiz olhe voc s v o desenhar aqui hoje uma coisa muito estranha que voc s puderem uma coisa que voc s achem t o estranha que seja dif cil de algu m entender isso Ai eles fizeram v rios desenhos Ai eu apresentei Eisiner que trabalha com desenho com PAI A eu n o me preocupo com o tra o com a linha o ponto a cor a luz do desenho a profundidade que isso s o conte dos de arte mas da arte acad mica porque a arte contempor nea n o se preocupa com absolutamente mais nada disso A arte contempor nea tamb m desfaz um pouco isso Desfaz isso PAI Um exemplo dessa postura docente por melhor que seja a inten o a qual seleciona o que melhor lhe conv m o recorte e a organiza o dados quele conte do que melhor se adapta sua forma o A PAI sendo formada em Artes C nicas seleciona o teatro como tem tica de conte do quase nica a ser trabalhada
415. le dos artistas eu coloco ou um livro qualquer pode ser at o de portugu s se tiver um texto interessante PA2 Essa contradi o se aprofunda quando em nenhum momento as professoras se referem s compet ncias As professoras de Arte n o tomam como refer ncia as compet ncias contidas na Proposta Pedag gica da Rede e muito menos as da rea de linguagem em que est o inseridas Um outro aspecto que aprofunda essa contradi o que na proposta pedag gica da Rede Municipal do Recife seja de Arte ou de qualquer outra disciplina n o h a indica o de atividades ou seja n o se indicam procedimentos metodol gicos O que aparece s o fundamentos te rico metodol gicos os quais oferecem princ pios para abordarem os conte dos e organizarem as aulas A proposta n o objetiva sugerir procedimentos muito menos atividades de aulas Para essa professora a proposta n o usada como fonte para a sele o dos saberes mas quase como um recurso did tico 223 Isso tamb m acontece quando comentam acerca do livro did tico em Arte afirmando que a Rede na atualidade n o usa esse tipo de material did tico no ensino de Arte apesar de existirem as professoras confirmam o uso da proposta pedag gica como um mero recurso juntamente com o livro did tico os jornais as revistas os v deos Olhe h alguns anos a Rede comprou 4 500 livros terr veis de Arte Horr veis as hist rias Mas a se perderam esses livros eu n
416. le se prepara um pouco mais e pode at estudar uma coisa espec fica para o vestibular porque at as pr pria escolas que trabalham exclusivamente para os vestibulares se elas fossem eficazes todo mundo passava nos 281 vestibulares e n o acontece isso muitos tem que fazer cursos paralelos que eu preciso disso e tenho que fazer essas continhas para isso aqui que aparecem nessas quest es aqui trabalhar exatamente em cima das quest es que aparecem no vestibular No que se refere ao poder argumentativo essas coisas todas que em cima de compet ncia o vestibular n o prima por isso PM1 O que interessante observar que tais tipos de exames demonstram certo privil gio das reas de L ngua Portuguesa e Matem tica no curr culo escolar pois praticamente essas s o as disciplinas exigidas nessas avalia es de sistema N o eu acho at que matem tica tem privil gios at Assim Que sempre matem tica teve Dizendo assim Quem acha que matem tica mais importante Portugu s Era mesmo Por qu Porque quando cobrado nessa maior estrutura Veja bem nessa quest o de avalia o que muitas vezes s o centrados os olhares o que n o deveria ser as avalia es l principalmente n o s o vestibular mas as outras avalia es mesmo SAEBE SAEPE muitas vezes regem algumas coisas Como Portugu s e matem tica Porque avalia o tamb m uma estrutura muito cara ent o tem
417. le tem que arrumar outro jeito de ensinar Ele n o pode contar simplesmente dizer que aquele aluno n o quis nada Tem que querer alguma coisa se n o vai para o espa o ampliado recuperar Entendeu PEFI 151 O ciclo o entendimento de um processo de um aprendizado do aluno se voc entender que o processo de aprendizagem a aquisi o de conhecimento ela tem um momento para acontecer o ciclo casa exatamente com esse tipo de pensamento Ent o quando voc pensa em ciclo ensino ciclado voc abandona totalmente aquela vis o etapista aquela vis o fragmentada PLP2 Quanto a isso n o houve diferen a nenhuma O ciclo veio evidentemente com um certo prop sito que s o 2 anos para cada ciclo A o 3 ciclo 1 ano do 3 ciclo por exemplo 1 ano do 3 ciclo 5 s rie 2 ano do 3 ciclo 6 s rie Est entendendo Ent o isso a ajuda na verdade d uma margem para voc Para voc trabalhar entendeu Mas o conte do n o houve diferen a nenhuma n o PM2 Quadro 16 Equival ncia de anos escolares e idade curr culo por ciclo da Prefeitura do Recife e os curr culos seriados mais comuns CURR CULO POR CICLO CURR CULO SERIADO Educa o Infantil Educa o infantil 1 ciclo 00 a 03 anos de idade Creche 2 ciclo 04 a 05 anos de idade Pr escola Ensino Fundamental Ensino Fundamental 1 e 2 ano do 1 ciclo 06 a
418. lguma coisa que a gente passou por tudo que de arte n o fica s em l ngua portuguesa PLP2 258 Na aplica o da vida cotidiana tamb m se encontram argumentos para a legitima o instrumental para o ensino da L ngua A PLP1 destaca um fato ocorrido na pr pria escola que nos remete ao uso social da l ngua Eu acho Olhe h pouco tempo teve um caso de uma professora que faltou muito Pediu licen a depois isso aquilo outro Eles fizeram um abaixo assinado pedindo para tirar a professora da escola Eles usam assim a l ngua Quando eles precisam eles usam Eles pediram para eu fazer e eu disse que n o ia fazer por 2 motivos primeiro porque eu quero que voc s fa am porque voc s j t m capacidade para fazer um abaixo assinado e segundo porque ela minha colega n o vou fazer abaixo assinado nenhum para tirar uma colega minha da escola A voc s mesmos v o fazer e eles fizeram PLPI Numa fala da PLP2 encontramos al m de uma justificativa instrumental elementos de uma legitima o proped utica quando a professora leva os alunos para vivenciarem uma atividade pr xima ao campo de aplica o profissional para o qual est estudando nesse caso um curso de contabilidade de n vel m dio Tamb m as institui es nesse primeiro semestre tivemos a oportunidade de ir bolsa de valores e o que que ele vai buscar na bolsa de valores Principalmente aqueles que est o fazendo o curso de contab
419. liativo aplicado intencional e criteriosamente ou de percep es assistem ticas n o sendo portanto um procedimento avaliativo No plano conceitual questionar amos se realmente as atitudes dos alunos demonstram aprendizagens advindas da pr tica pedag gica ou n o seriam produtos de outros fatores ou mesmo atitudes demonstra es casuais e aleat rias Conceito de teatro uma pessoa que est fazendo de conta que outra pessoa e que outra pessoa est assistindo pessoa ao vivo A se eles sabem isso no fim do ano se eles delimitam isso se eles distinguem isso j uma avalia o boa que eu fa o olha eles aprenderam Por exemplo l para agora j no fim da unidade vai de Maquiagem faz um cabelinho veste uma roupa diferente eu j estou avaliando pois sabem o que um figurino sabem o que um cen rio Botou a cadeira desse jeito mudou o espa o Est o compreendendo est o abstraindo o que cen rio Se eu perguntar o que cen rio eles podem n o saber na fala mas eles v o fazer Se eles foram fazer em algum outro lugar na igreja no grupo jovem na ONG eles v o fazer isso A eles contam ah professora foi assim assim assim a eu botei a roupa assim botei barba botei bigode Eles contam est entendendo A eu sei que eles est o compreendendo Mas isso muito sutil Eu me contento PA1 Olha A avalia o eu tenho olhado muito o interesse do aluno de participa o
420. lle principalement l poque actuelle qu en plus de s lectionner des l ments culturels elle collabore leur propre laboration En abordant les fondements de l approche dialectique materialiste historique et en r alisant des analyses de contenu d ordre cat gorielle selon diff rentes th matiques nous avons constat que la formation des savoirs scolaires surgit dans un mouvement d autonomie relative face l influence reproductrice de facteurs sociaux plus amples ne s isolant donc pas l image d une production sommairement singuli re et unique En se pla ant parmi celles qui entreprennent des recherches sur la constitution des savoirs scolaires sous le prisme de la Sociologie Critique des Programmes la pr sente Th se de Doctorat s nonce comme un processus et comme produit de la recherche qualitative r alis e dans la lit rature et sur le terrain tenant compte de documents et de la tecchnique de l entretien effectu es avec deux enseignants travaillant dans des coles du R seau Municipal d Enseignement de Recife dans quatre diff rentes disciplines du programme ducation Physique Arts Langue Portugaise et Math matiques Nous nous sommes aper us que les disciplines scolaires examin es subissent dans leur sp cificit un processus continu et contradictoire en vue de leur l gitimation p dagogique dans le cadre de I quivalence des programmes Dans l aspect g n ral des programmes nous avons rep r les l me
421. lo Casa do Psic logo 1998 PINTO Jos Marcelino de Rezende Financiamento da educa o no Brasil um balan o do Governo FHC 1995 2002 Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000008 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 23 Mar 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000008 PLANO NACIONAL DE EDUCA O PNE proposta da sociedade brasileira Universidade e Sociedade Sindicato ANDES ano VIII n 15 fevereiro 1998 p 117 154 PRADO J NIOR Caio Teoria marxista do conhecimento e m todo dial tico materialista Revista do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas da Universidade de S o Paulo ano IV n 4 1973 p 41 78 Dispon vel em lt http www odialetico hpg ig com br filosofia conhmar htm gt Acesso em 26 08 2006 PRADO Ricardo A qualidade em xeque Revista Nova Escola n de mar o de 2003 S o Paulo Abril 2003 PROPOSTA DA EF NO ENSINO M DIO DA PCR Recife 20027 mimeo RAMOS Marise Nogueira Da qualifica o compet ncia deslocamento conceitual na rela o trabalho educa o Niter i UFF 2001a Tese de Doutorado em Educa o 341 RAMOS Marise Nogueira A Pedagogia das Compet ncias autonomia ou adapta o S o Paulo Cortez 2001b RAMOS Marise Nogueira A educa o profissional pela Pedagogia das Compet nc
422. los de aprendizagem fato que exige um trabalho coletivo no dia a dia das escolas principalmente entre os professores e isso n o vem ocorrendo na realidade At acontece entre os professores 313 de uma mesma rea na Rede devido aos Encontros Pedag gicos Mensais mas os professores no cotidiano escolar ainda t m uma pr tica pedag gica individualista Outro que a forma de organiza o dos ciclos ainda n o conseguiu alterar uma estrutura o mais convencional do tempo escolar pois ainda h linearidade e fragmenta o como se estivessem no curr culo por s rie como se houvesse uma superposi o entre os ciclos e as s ries H ainda a forma o do professor como outro fator pois a forma o inicial esteve por muito tempo voltada para a concep o do ensino seriado E os ciclos exigem outro tipo de pr tica pedag gica orientada por uma nova concep o de escola aluno conhecimento e avalia o Por ltimo destacamos que a implanta o dos ciclos de aprendizagem segundo um dos professores implica uma nova sistematiza o dos saberes escolares solicitando novas metodologias de ensino e avalia o mas os conte dos apesar das novas concep es no ensino da Matem tica e em especial dos eixos tem ticos dos saberes permaneceram praticamente os mesmos Vimos que comum a busca pelo uso de uma diversidade metodol gica entre os professores sendo as condi es escolares e em especial os recursos pedag gic
423. lturas diversas locais regionais nacionais latino americanos e internacionais G neros estilos movimentos hist ria e contextos folcl rica popular instrumental eletr nica erudita ac stica armorial tropicalismo bossa nova manguebeat jazz rock rap jingles outros Ler Leitura de produ es musicais diversas origens culturas g neros estilos e de eventos sonoros sons da natureza de diferentes ambientes sonopl sticos Explora o dos aspectos simb licos interpreta o dos significados emocionais est ticos ideol gicos Explora o dos aspectos formais percep o identifica o e an lise de som e sil ncio dos par metros do som altura dura o timbre intensidade densidade dos elementos b sicos da m sica melodia ritmo e harmonia dos autores int rpretes g neros e estilos interpreta o da escrita musical s mbolos n o convencionais e ou convencionais Fazer Improvisa o e composi o musical com o corpo com a voz com objetos sonoros com instrumentos bandinha flautas outros Brinquedos e jogos musicais e instrumentos experimenta o e constru o Express o vocal eventos sonoros onomatop ias parlendas e traval nguas hist rias cantadas cantigas de roda c nones canto coral Escrita musical por desenhos por s mbolos n o convencionais e ou convencionais Pr tica instrumental individual e
424. m tica das v rias ci ncias A escola deve ser o espa o de participa o da comunidade na discuss o de suas necessidades aspira es e no acompanhamento da pol tica educacional Esta concep o implica que a escola sempre influenciada pelas din micas e rela es sociais seja um espa o de investiga o e p lo de constru o e organiza o da cultura que interaja e valorize as v rias experi ncias sociais e culturais de seus alunos e comunidades PROJETO NEOLIBERAL PROJETO DEMOCR TICO POPULAR 138 Em 29 de outubro de 2006 Luis In cio Lula da Silva consagrou se Presidente do Brasil sendo reeleito com 60 83 dos votos v lidos no cen rio nacional e particularmente em Pernambuco com 78 28 Vimos aqui numa breve descri o e an lise hist rica governamental e cr tica o contexto de influ ncia e produ o da pol tica curricular da gest o 2001 2004 da Prefeitura do Recife l cus de investiga o de nosso objeto de estudo No que concerne s rela es com a pr tica julgo ser importante superar a concep o prescritiva das pol ticas curriculares que tenta limitar a produ o de sentidos dos saberes docentes gestados na pr tica cotidiana das salas de aula com esses curr culos existentes efetivamente praticados nas escolas fruto da reinterpreta o de orienta es do contexto de influ ncia e do contexto de produ o das pol ticas que as defini
425. m tica 5 vezes por semana No semestral por m dulos no ensino m dio a Arte tinha aula 4 vezes por semana Educa o F sica 4 L ngua Portuguesa 10 e Matem tica tamb m 10 vezes por semana Na fala dos professores foi poss vel perceber que as aulas de quase todas as disciplinas aconteciam no hor rio de aula regular do turno do aluno a n o ser a Educa o F sica que na maioria das escolas acontecia no contra turno o que vai ser chamado pelos professores de aula fora da grade referindo se portanto aula que fora do hor rio do turno no qual o aluno matriculado embora existisse em pouqu ssimas escolas a aula de Educa o F sica no turno regular do aluno Vejamos algumas falas A aula fora da grade Eles estudam de tarde e eu dou aula de educa o f sica de manh que no hor rio das crian as pequenas que o 1 e 2 ciclo PEF1 Eu sei porque no Estado eu sinto isso a minha aula n o na grade Eu sinto mas eu sempre procuro estar presente mas quando tem uma reuni o alguns conselhos de escola de classe mesmo a n o tem como eu participar do conselho de classe Aqui na Prefeitura eu acho que tem que ter estrutura sabe Que aqui fez um tumulto danado Mas a gente conseguiu fazer alguma coisa quando melhorou Nem sempre foi na grade isso recente tem alguns anos PEF2 O fato da aula de Educa o F sica ser no turno regular do aluno assim como acontece com as demais disciplina
426. m a relev ncia da disciplina em virtude de alguma situa o pr tica para aplica o imediata do conhecimento indicando a utilidade dos saberes para as atividades das crian as e adolescentes inclusive na pr pria escola Surge tamb m sem descartar a primeira a legitima o proped utica que apresenta argumentos de aplica o para uma vida futura uma vida adulta principalmente relacionada ao mundo do trabalho Aparece ainda a legitima o social que n o descarta as duas anteriormente citadas que argumenta em favor de uma disciplina entendida como um corpo de conhecimento que permite receber perceber o mundo que nos cerca assim como exprimir intervir nesse mesmo mundo Nesse ltimo tipo a disciplina n o perde sua legitima o instrumental imediata e sua legitima o proped utica futura mas est correlacionada de forma mais expl cita aos aspectos coletivos multidimensionais reflexivos de ordem pol tica e social Surge ainda em alguns discursos de algumas disciplinas a legitima o afetiva indicando o uso de recursos afetivos de apelos pessoais na rela o professor aluno relacionando se ao prazer imediato em fazer a aula que por muitas vezes termina por justificar o atendimento s vontades dos alunos ou pelo menos de alguns Vale acrescentar que as caracter sticas de uma turma de alunos ou at mesmo de cada aluno em si devem ser levadas em considera o para a sele o do conhecimento e para todo
427. m aluno por ele n o apresentar as aprendizagens esperadas mesmo tendo realizado outros momentos de apoio s aprendizagens n o realizadas Apesar de no agrupamento das informa es dos diferentes documentos ficar clara a op o pela promo o autom tica ainda havia contradi es na interpreta o A fala de duas professoras de L ngua Portuguesa demonstra isso porque ela vai Voc s pode reprovar se ela n o fizer nenhum trabalho mas ela faz as provas As provas ela faz eu n o sei de que jeito l mas ela faz E ela n o falta muito ent o ela vai passar sim assim que a avalia o viu PLP1 Pode Eles porque o nome retido Eles foram retidos Como o ciclo uma coisa mais assim aberta Eles est o achando que eles v o passar eles sabem PLP1 Eu acho que em todas porque s ia reprovar ficar retido se ficassem em todas Mas eu n o queria mas a diretora falou pra mim Professora como A sua opini o Eu falei a gente fica meio preso MARIA est l dizendo para n o reter ningu m e voc s querem reter Um porque faltava demais o JOS E a outra menina RITA porque brincalhona demais Comigo Eu sou m ezona na sala de aula entende Eu entendo quando o menino brincalh o isso e aquilo mas os outros professores n o entenderam o jeito dela E a acharam que ela era atrevida que ela era isso que ela era aquilo ent o ela ficou Foi no conselho de ciclo PLP1
428. m dir com o objeto que o curr culo investiga Al m do mais existe uma dinamicidade no processo de estudo e compreens o dos objetos da realidade pois as reas de conhecimento n o permanecem as mesmas ao longo do tempo e muito menos os objetos se apresentam inertes No caso da did tica e do curr culo para Moreira 1998 h um movimento de s stole e di stole entre seus objetos para Veiga Neto 1998 esses campos dizem respeito a dois lados de uma mesma moeda na vis o Lib neo 1998 eles ocupam se dos mesmos fen menos e processos ou seja dos objetivos conte dos e m todos do ensino Santos e Oliveira 1998 defendem a dialeticidade da rela o conte do e forma Segundo as duas ltimas autoras o 38 Entendemos que no curr culo a dimens o da prescri o sempre estar presente mas n o como doutrina restritiva e fechada conforme falamos anteriormente e sim como uma antecipa o presente na intencionalidade pedag gica podendo assumir o car ter de orienta o com bases cr ticas amplas e abertas T tulo do livro organizado por Maria Rita Neto Sales de Oliveira publicado pela Papirus em 1998 que re ne textos de diferentes autores que discutem as rela es entre esses dois campos de pesquisa e ensino tendo sido resultado de reflex es anteriores publicadas em 1995 pela Funda o para o Desenvolvimento da Educa o FDE da Secretaria Estadual da Educa o de S o Paulo como tamb m de trabalhos apresenta
429. m fun o da disponibilidade de recursos did ticos Mesmo que tal elemento seja imprescind vel na constitui o dos saberes escolares pois circunscrevem sua exegiibilidade estes n o poderiam ficar merc das disponibilidades de recursos Os conhecimentos em suas diferentes quantidades e qualidades devem ser garantidos aos alunos cabendo Rede escola e ao professor a viabiliza o de tais condi es por m n o como paliativos emergenciais e muito menos com solu es que giram no plano financeiro pessoal do professor mas como uma pol tica de melhoria e manuten o das condi es escolares estando intimamente ligadas a pol ticas de valoriza o do magist rio bvio que vez por outra professores alunos escola podem agir por iniciativas pr prias preferencialmente coletivas para solucionar problemas com materiais e instala es principalmente se forem recursos at picos do cotidiano escolar e no intuito de garantir a atividade devido especialmente exigiiidade de tempo para solicitar e receber No entanto tal iniciativa n o pode se configurar como rotina como a o individual e como compensa o ao n o cumprimento da responsabilidade da gest o central seja da escola seja da Rede neste caso do poder p blico De fato os recursos did ticos s o bem definidores no tratamento dos conte dos no ensino de algumas disciplinas escolares como Educa o F sica e Arte s o tamb m conte dos pedag gicos
430. m momento inicial do ano letivo estruturando uma seqii ncia preestabelecida para a interven o pedag gica inclusive oscilando entre a autonomia do professor e a neglig ncia ao Todo Escolar segundo porque confundido com as provid ncias que precisam ser tomadas para a realiza o de determinadas atividades de aulas as quais exigem o uso e a organiza o de materiais did ticos e espa os espec ficos e terceiro por n o ser entendido como um movimento cont nuo e sim como um mero registro documental da intencionalidade pedag gica Passo alguns v deos geralmente eu planejo v deos eu planejo algumas dramatiza es jogos essas coisas A planejado seria o geral ou do semestre ou do ano Isso a eu sei e vou dividindo PAI A gente faz o planejamento anual Eu fa o o meu planejamento do jeito que eu quero e entendo Se eu escrever t bom se eu n o escrever ningu m liga n o Ningu m olha Eu acho isso bom porque eu vou me ajustando Agora da minha responsabilidade Ningu m fica olhando se eu estou cumprindo ningu m olha n o Agora eles pedem e a gente d PA1 Olhe eu planejei o seguinte eu coloquei como objetivo o aluno conquistar buscar paisagens em jornais televis o computador revistas muitas vezes ele n o sabem diferenciar as imagens com que eles vivem em contato para ele tudo a mesma coisa Tudo uma fotografia ou tudo um desenho A eu passo que a arte um desenho uma gravura
431. m ser reconhecidas nas particularidades das disciplinas curriculares captando como essas absorvem e interferem na generalidade e na totalidade do curr culo Inspirando nos em Minayo 1996 tivemos essa refer ncia na pesquisa qualitativa pelo fato dela possibilitar que o quadro te rico seja montado tamb m considerando as informa es e os dados produzidos indo al m do que pode ser percebido pelos sentidos nas experimenta es emp ricas por considerar tanto dados objetivos quanto subjetivos os atores sociais o pr prio sistema de valores do cientista e sua participa o no processo tamb m como sujeito portanto sua n o neutralidade diante deles reconhecendo que o sujeito em sua ess ncia autor de sua pr pria hist ria Assim nos reconhecemos enquanto pesquisadores como principal procedimento de coleta e an lise dos dados dando nfase ao processo preocupando nos com o significado realizando um trabalho de campo usando a entrevista intensiva e a an lise documental e estudos com a literatura A pesquisa compreendeu tr s fases interligadas por via de um processo cont nuo de idas e vindas na rela o entre a intencionalidade os dados e as an lises Na fase explorat ria foi poss vel trabalhar com mais nfase a defini o do objeto de estudo a constru o do marco te rico que inicialmente orientaria a investiga o do campo Foi poss vel ainda escolher o campo emp rico e o grupo de pesquisa e definir as estrat
432. m seus conhecimentos pr vios suas atitudes pr conceitos e as rela es que os interlocutores mant m entre si a situa o espec fica e o contexto social em que ocorre a interlocu o RECIFE 2002b p 12 Diante desse objeto de estudo a L ngua Portuguesa lista suas compet ncias e conte dos a partir de tr s eixos tem ticos distribuindo os ao longo dos ciclos de aprendizagem como vemos no quadro 20 Quadro 20 Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos L ngua Portuguesa SABERES HABILIDADES EIXOS TEM TICOS Ciclos Clareza Coes o Coer ncia Flu ncia Linguagem oral Expressividade Adequa o vocabular Consist ncia argumentativa Varia es sociodialetais Marcas ling sticas A narrativa e seus elementos A descri o e seus elementos 178 Usos e fun es sociais da leitura G neros portadores e contextualizadores Diagrama o textual Determina o tem tica e assuntos Id ias principais e secund rias Coer ncia Coes o Interpreta o de express es metaf ricas e comparativas Antecipa o e confirma o Infer ncias Pontos de vista discursivos Texto verbal n o verbal e misto Verso e prosa Propaganda fato e opini o Decodifica o do sistema alfab tico Leitura Usos e fun es sociais da escrita Coes o Coer ncia Adequa o do
433. madores e superadores das contradi es cr ticas e dificuldades reconhecidas e apontadas pela literatura pelos documentos e tamb m pelos professores A partir desse estudo destacamos que uma proposta pedag gica deve ser compreendida como uma fonte epistemol gica para a sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares Ela pode inclusive ser entendida e usada como um material did tico do professor se a compreendermos como uma refer ncia para seu exerc cio ou at mesmo de uma Rede de Ensino se utilizada como um documento orientador nesse caso por m n o teria o mesmo sentido de um livro did tico a ser trabalhado em sala para as orienta es dos alunos e muito menos a ser manipulada por eles como se fosse um objeto para consulta visualiza o recorte apesar de n o se descartar esta ltima possibilidade tamb m Num poss vel uso de uma proposta pedag gica como recurso a depend ncia ficaria a cargo da inten o e situa o Um documento desse tipo poderia servir at como fonte de consulta dos alunos ou seja podendo ser usado como recurso para que manipulassem no entanto o professor posteriormente deveria fazer algum encaminhamento pedag gico que justificasse tal uso como por exemplo se estivesse fazendo parte de um planejamento participativo com os alunos levando os a coletar os conte dos poss veis de ser abordados durante a pr tica pedag gica de sala de aula A depend ncia portanto estaria nos
434. mas inclusive pelo uso de provas at mesmo para atribuir seriedade avalia o Percebemos que h um esfor o em n o realizar as tradicionais provas ou pelo menos n o se restringir a elas como instrumento de avalia o mas sim fazer com que a avalia o se d no dia a dia das aprendizagens evidenciando n vel de produ o e aprendizagens diante das compet ncias espec ficas na rea da L ngua Portuguesa principalmente por via de observa es Se a pessoa est lendo se a pessoa escreve n o E a prova eu A gente fala a prova que para eles levarem o neg cio meio a s rio porque n o era para fazer prova Porque com a observa o di ria d para voc ver N o precisa Voc n o precisa fazer prova nenhuma para ver mas a gente faz por causa deles mesmos PLP1 A gente avalia desempenho da produ o textual a gente avalia desempenho da oralidade de maneira que verifica se o aluno progrediu na oralidade e na interpreta o textual S o tr s os eixos que a gente avalia Principalmente a produ o textual PLP2 Ent o a gente faz uma provinha que para eles pensarem que aquilo vai Mas a gente sabe com a observa o di ria E o que que a gente v A 274 gente v se ele est lendo bem se ele est escrevendo bem se ele capaz de interpretar alguma coisa se ele Se ele compreendeu PLP1 O registro formal da avalia o dos alunos segundo a PLP1 se apresenta na Rede Mun
435. mas tamb m na forma o e atua o docente diante da escola como um todo e at mesmo na Rede de Ensino Como se indicou anteriormente a forma o inicial que o professor possui delimita a sele o dos saberes escolares Muitos saberes escolares s o negligenciados pelo professor negados aos alunos em virtude de seus limites de forma o Por m no caso da Educa o F sica isso um problema peculiar pois a mesma forma o de licenciatura generalista que um professor de Educa o F sica tem em outra disciplina como por exemplo a matem tica tamb m acontece No entanto o professor de Educa o F sica realmente exclui o conte do 205 que n o domina enquanto um professor de outra rea n o pode fazer isso Ele deve encontrar alternativas para lidar com os saberes escolares que dizem respeito especificamente matem tica mesmo que ele n o tenha um grande dom nio Apesar da apropria o dos professores da teoria Pelo menos desses espec ficos da Rede eles t m certo dom nio da teoria h muitas lacunas na forma o deles O pr prio conhecimento que hoje compreendido como conhecimento importante para educa o f sica h uma lacuna na dan a no ensino da dan a uma lacuna no ensino da luta H uma lacuna do esporte ser mais forte h uma lacuna tamb m na quest o das regras do esporte Os professores n o dominam as regras Ent o essa forma o polivalente de educa o f sica uma dificuldad
436. mb m oferecem uma disposi o pronta aos professores e alunos Na Educa o F sica h a afirma o de que o diferencial de outras disciplinas em rela o a ela que em outras se t m uma organiza o de conte dos institu da pela tradi o e presente nos livros did ticos Por exemplo na Matem tica h uma exig ncia de organiza o dos conte dos face ao tempo de escolariza o dos alunos seja nas s ries ou ciclos O professor de Matem tica pode at excluir um conte do pode at n o abord lo em sala de aula mas h exig ncia Na Educa o F sica o conte do seria exclu do haja vista que h professores que n o ministram o conte do dan a em suas aulas por exemplo Observamos ainda indaga es na Educa o F sica que indicam dificuldades em tratar os conte dos de maneira mais sistematizada uma vez que os professores ficam a merc dos desejos e vontades dos alunos diferentemente de outras disciplinas que t m os conte dos fechados e exig ncias de notas Os tipos de conte dos a tratar e sua distribui o no tempo escolar ficaria muito a cargo da turma da motiva o dos alunos H depoimentos que indicam que a ordena o reparti o e dosagem dos conte dos em Arte s o feitas por intui o Uma das professores se recusa a adotar uma organiza o mais definida e estruturada dos conte dos pois segundo ela uma pessoa n o aprende por partes sendo um equ voco pensar que um aluno aprender as letras s
437. mb m que o planejamento imprescind vel constitui o dos saberes escolares No entanto ambiguidades d vidas e conflitos se apresentaram desde a sua concep o at a execu o do planejado Diante dos dados acreditamos que de suma import ncia que se valorize esse momento e instrumento da a o pedag gica a come ar por uma maior disponibiliza o do tempo docente por uma viabiliza o das condi es escolares para a realiza o coletiva do 321 planejamento para uma articula o entre as aulas as disciplinas e para uma maior unidade perante o Todo Escolar e mais ainda perante a Rede como um todo O planejamento deve ser entendido e trabalhado como um movimento cont nuo de proje o e reorganiza o da pr tica pedag gica inclusive percebido diante de sua capacidade em materializar uma pol tica curricular levando em considera o portanto a generalidade e a todalidade do curr culo e as particularidades das disciplinas escolares importante que o professor participe dos espa os de planejamento curricular da Rede como um todo assim como a pr pria Rede solicite e viabilize tal participa o conforme vimos acontecer durante a pesquisa na Rede Municipal de Ensino do Recife Vimos no planejamento que os saberes escolares s o constitu dos numa grande depend ncia das condi es escolares e entre elas se destacaram os materiais e instala es dispon veis chegando a gerar sua apari o ou exclus o e
438. medida ent o aquela medida vai ser para todos os lados do tri ngulo eu vou ter o qu O resultado um tri ngulo eqiil tero Ent o eu estou estudando geometria na constru o PMI Muitas vezes at se formam esses passeios essas aulas extra classe no caso n o Que seria uma aula O aluno vai quele passeio mas depois ele tem que fazer um relat rio tem que apresentar um trabalho sobre aquele passeio uma atividade extra classe PM 2 Essa diversidade metodol gica n o f cil de se conseguir pois os professores apontam dificuldades na sistematiza o dos saberes escolares da Matem tica principalmente porque o aluno acumula uma defici ncia de concentra o para o estudo sendo disperso principalmente por apresentar dificuldades de leitura Por mais que seja a dificuldade de leitura um problema que aflige outras disciplinas em especial a L ngua Portuguesa na Matem tica torna se central na sistematiza o dos conte dos pois os alunos demonstram n o compreender os comandos das problematiza es encaminhadas em aula o que dificulta o estudo e a aprendizagem levando os professores a dedicar mais tempo s orienta es das atividades Primeiro que a matem tica requer uma certa insist ncia e s vezes os alunos n o t m muita paci ncia E o aluno como n o imbutido nele esse h bito de estudar constantemente a gente sofre muito com isso Leitura que uma coisa que a gente tem o maior problema
439. meo SANTOS Aparecida de F tima Tiradentes dos A promo o autom tica mais perversa ainda do que a reprova o In C MARA DOS DEPUTADOS Comiss o de Educa o Cultura e Desporto Solu o para as n o aprendizagens s rie ou ciclos Bras lia C mara dos Deputados 2002a p 22 25 SANTOS Luc ola Lic nio de Castro Paix o Tend ncias e perspectivas no campo do curr culo Espa o Informativo T cnico Cient fico do INES Rio de Janeiro v 1 n 8 dez 1997 p 23 30 SANTOS Luc ola Lic nio de Castro Paix o Pol ticas p blicas para o ensino fundamental Par metros Curriculares Nacionais e Sistema Nacional De Avalia o SAEB Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002b Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000017 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000017 SANTOS Luc ola Lic nio de Castro Paix o e OLIVEIRA Maria Rita N S Curr culo e did tica In OLIVEIRA Maria Rita N S org Conflu ncias e diverg ncias entre did tica e curr culo Campinas Papirus 1998 p 9 32 SAVIANI Dermeval A nova lei da educa o trajet ria limites e perspectivas Campinas Autores Associados 1998 SAVIANI Dermeval Escola e democracia teorias da educa o curvatura da vara onze teses sobre educa o e pol tica Campinas Autores Associados 1997 SAVIANI Dermeval
440. metendo nos ao sentido etimol gico do termo lan ar para adiante resolvemos aqui usar a express o projeto curricular 167 fazendo com que o docente n o seja um mero receptor e executor de pol ticas educacionais mas sim um profissional organicamente engajado inclusive no processo de formula o e implementa o da pol tica curricular Por certo fica evidente que a Proposta da Rede faz alus o ao lema aprender a aprender na vers o da Proposi o da UNESCO Delors 1998 e tem refer ncias na Pedagogia das Compet ncias No entanto pensamos que essas refer ncias chegam pol tica de educa o municipal por via da legisla o educacional do Minist rio de Educa o e s o reapropriadas e ressignificadas no mbito de um Projeto Curricular Emancipat rio de um Projeto Pol tico Pedag gico com Qualidade Social e de um Projeto Hist rico com Refer ncias Socialistas A no o de compet ncia da Proposta da Rede tem fundamentos em Perrenoud 1999 20004 2000c 2000d e em Ramos 2001a e 2001b sendo delimitada n o em fun o da for a do mercado mas como elemento constituinte da subjetividade humana elaborada no seio das contradi es sociais reconhecendo que tal for a uma express o das mudan as ocorridas na sociedade para inclusive poder compreend la criticamente e enfrent las assumindo uma postura de sujeito hist rico co respons vel por suas transforma es 3 2 3 Os ciclos de aprendizagem e a compr
441. mos que dialeticamente as teorias educacionais fornecem elementos para a exist ncia do curr culo como tamb m s o em certa medida e em alguns focos formadas por esse Para aprofundar an lise acerca dos Par metros Curriculares Nacionais PCN sugerimos consultar Moreira 1996a e 1996b Faculdade de Educa o da UFRGS 1996 Dossi sobre os Par metros Curriculares Nacionais publicado na Revista Educa o e Realidade n 21 1 p 9 22 jan jun 1996 Taffarel 1997 Cury 2000 Lopes 2002 Rocha 2003 e Aguiar 2006 50 Figura 3 Curr culo e Teorias Educacionais Sociologia da Educac o Hist ria da Educa o Pol tica da Educa o Filosofia da Educa o Psicologia da Educac o Gest o da Planejamento da Educa o Educa o 1 1 1 Teorias Paradigmas e Abordagens Curriculares o curr culo como campo de investiga o A segunda d cada do s culo XX citada por diversos autores como sendo marcante na Teoria do Curr culo sendo atribu do a esta o momento de emerg ncia do curr culo como campo de investiga o A publica o do livro The Curriculum em 1918 de Franklin Bobbit nos Estados Unidos foi determinante para essa atribui o Por m n o significa afirmar que o curr culo n o tenha tido presen a na produ o intelectual antes dessa obra Pedra 1997 e Silva 1999 chamam a aten o para o livro The child and the curriculum publicado por John Dewey em 1902 16
442. n nimes no entendimento acerca deste Muitos professores ao responderem sobre o 189 planejamento relataram as aulas demonstrando uma compreens o de planejamento ora para al m da documenta o pr via de aulas o que seria algo interessante ora confundindo o com as provid ncias acerca das estrat gias de aulas e recursos did ticos o que restringe a concep o As estrat gias e recursos s o importantes para os planejamentos em todas as suas fases principalmente na sua materializa o diante da aula devido a sua exeqiuibilidade por m devem ser planejados juntamente com os demais elementos did ticos tais como objetivo conte do compet ncia metodologia avalia o cronograma etc O para qu O qu Como Com o qu E como est s o indispens veis no planejamento pois planejar n o s tomar as provid ncias em rela o a atividades materiais e locais para a aula que se dar a seguir Outro elemento de demonstra o de restri o na concep o de planejamento a indica o de v rios professores de que este feito apenas num momento inicial de um per odo letivo seja ele semestral ou anual O planejamento entendido como uma organiza o sequenciada e preestabelecida de procedimentos para a interven o pedag gica isso quando n o se confunde como um mero registro documental da intencionalidade pedag gica poucas vezes compreendido como um movimento cont nuo Entre os professores vimos que o pla
443. na Do ponto de vista da Rede como um todo o professor deixa claro que o centro a proposta e o livro did tico surge em fun o desta mas do ponto de vista da pr tica pedag gica do professor em sala de aula o livro did tico ocupa o centro mesmo tendo sido escolhido a partir da primeira Como n s seguimos a proposta da Rede a gente tem algumas excurs es bem mais comuns e a partir da proposta Como a proposta da Rede no caso espec fico de matem tica est n o s especificamente matem tica mas no geral regida por compet ncias e no caso espec fico de matem tica sobre eixos tem ticos n s chamamos eixos tem ticos o que s o S o n meros opera es medidas geometria tratamento informa o Ent o dentro desses eixos tem ticos eu distribuo os conte dos obviamente que eu n o sigo a seq ncia do livro texto eu sigo uma seq ncia que eu vejo PM1 N s j temos o nosso grupo de matem tica inclusive n s temos at como um prop sito fazer um levantamento sobre o nosso curr culo sobre o nosso conte do A turma de matem tica j especifica determinado conte do para dentro de s rie Ent o a gente j segue mais ou menos esse conte do Claro o tema da proposta pedag gica na proposta O principal dele na proposta Inclusive as observa es a cobran a o principio dessa proposta Dos eixos principalmente PM2 Repare O conte do do livro texto aborda tudo isso Eu te
444. na literatura nos documentos e nas falas usamos a an lise de conte do do tipo categorial por tem ticas tendo como refer ncias os estudos de Minayo 1996 e Bardin 1988 a qual funciona por desmembramento de texto em unidades e categorias para posteriores reagrupamentos anal ticos A an lise de conte do consiste num recurso t cnico para an lise de dados provenientes de mensagens escritas ou transcritas Para Bardin 1988 p 9 um conjunto de instrumentos metodol gicos cada vez mais sutis em constante aperfei oamento que se aplicam a discursos conte dos e continentes extremamente diversificados Enquanto esfor o de interpreta o a an lise de conte do oscila entre dois p los do rigor da objetividade e da fecundidade da subjetividade A an lise tem tica consiste em descobrir os n cleos de sentido que comp em uma comunica o cuja presen a ou frequ ncia de apari o podem significar alguma coisa para o objetivo anal tico escolhido BARDIN 1988 p 105 Essa autora descrevendo analiticamente como procede a uma an lise de conte do categorial afirma que necess rio delimitar unidades de codifica o categoriza o de registro palavra frase tema minuto cent metro quadrado e de contexto sendo esta apenas necess ria diante da exist ncia de uma ambigiidade de sentido dos elementos codificados Baseando nos em Bardin 1988 e em Minayo 1996 elaboramos alguns indica
445. nais de Curr culo n o aparecem como categoria pois eles eram compreendidos como os conhecimentos dominantes universais leg timos e inquestion veis Nas concep es cl ssicas eles s o focados no professor e destinados ao ensino advindo da influ ncia reelabora o e amplia o das artes liberais do tr vium e quadr vium Nas concep es progressivistas os conhecimentos passam a ser reorganizados a partir de uma maior preocupa o com a aprendizagem do aluno embora ainda permanecem quase cristalizados Nas concep es tecnocr ticas os conhecimentos s o racionalizados tratados tecnicamente para que o professor possa potencializar a aprendizagem do aluno Nessas teorias tradicionais os elementos que compunham o curr culo eram chamados de assuntos mat rias disciplinas de ensino enfim conte dos escolares e n o de saberes escolares Era algo entendido com um sentido de predi o antecipa o de um produto 92 Os saberes escolares tornam se um conceito central na constru o das Teorias Cr ticas de Curr culo Fruto do debate entre historiadores soci logos e didaticistas esse conceito marca presen a em dois grandes momentos que constitu ram essas teorias cr ticas a Nova Sociologia da Educa o na Inglaterra e o Movimento de Reconceptualiza o do Curr culo nos Estados Unidos nas teorias cr ticas que se come a a elucidar que os conhecimentos abordados nos curr culos s o frutos de uma sele o intenci
446. nceiros causado pelo alto ndice 6 Aqui podemos citar o hist rico problema brasileiro do alto ndice de reten o dos alunos na passagem da 1 para a 2 s rie do primeiro grau hoje do fundamental 6 Com as elei es para os governos estaduais em 1982 ocorreu a vit ria das oposi es em dez estados brasileiros entre eles S o Paulo Paran Minas Gerais Goi s e Rio de Janeiro Esse fato produziu mudan as na pol tica educacional desses Estados apontando para um nova vis o do papel da escola p blica Nesse contexto grupos pol ticos e educadores progressistas assumiram importantes cargos nas inst ncias mediadoras ou nelas passaram a interferir de forma mais intensa Comprometidos com o discurso da mudan a na Educa o atendimento s aspira es da sociedade e democratiza o do ensino esses governos estaduais implantaram medidas inovadoras na escola p blica Foi no bojo do compromisso com tais mudan as que o Ciclo B sico de Alfabetiza o surgiu como medida democratizante nesses Estados MAINARDES 2001 p 44 7 Pernambuco em 1968 havia experimentado uma experi ncia de organiza o da escolaridade em ciclos mesmo sem ser propriamente o CBA MAINARDES 2001 p 52 116 de reprova o descongestionam o sistema ampliam a perman ncia do aluno na escola solicitam maior destina o de recursos mudam a atitude dos pais No entanto os ciclos tamb m recebem v rias acusa es e cr ticas pri
447. ncia argumentativa tamb m poss vel perceber o trabalho com aulas expositivas por m de forma desafiadora e contextualizadora na sistematiza o dos saberes escolares Quando eu estou trabalhando coes o e coer ncia eu pego um texto eu fa o por exemplo estrat gia de retirar do texto com erroex todas as palavras que fazem uma liga o com a outra que s o os conectivos ent o veja bem esse conectivo a conjun o aquela velha conhecida conjun o mas ela tem esse nome de conectivo e eu trabalho esse conte do de l ngua portuguesa que essa conjun o com esse sentido que existe essa conec o para que o texto realmente tenha coes o PLP2 Aula expositiva sim uso muita aula expositiva por qu Eu n o vejo ainda uma outra maneira de o professor resgatar sabe O dia a dia do aluno se n o for pela aula expositiva pois um momento de embate o momento em que voc realmente tira as d vidas em sala de aula Uso muito tamb m o quadro sabe N o enchendo o quadro para o aluno ficar s copiando n o Uso o quadro para fazer a sinopse o resumo PLP2 Ainda no que concerne sistematiza o percebemos que a avalia o constitui um importante momento e procedimento para a constitui o dos saberes escolares E novamente a diversidade aparece agora diante dos objetos estrat gias e crit rios da avalia o As professoras afirmam avaliar a escrita a oralidade a interpreta o de diferentes for
448. ncionalidade da escola como um todo a PEFI de Educa o F sica associa a organiza o dos saberes escolares espec ficos dessa disciplina novamente em rela o s condi es infra estruturais Por motivos de defici ncia de instala es a quest o de organiza o escolar Por exemplo tem dias que o recreio das crian as quando est tempo nublado principalmente na rea do terra o onde um tipo refeit rio E ali que eu dou aula de gin stica Ent o quando tem recreio das crian as bate na mesma hora entendeu Porque eles come am a recrear s 9 horas a vem outro grupo s 9h30 a vem outro grupo s 10 termina ficando a manh toda aquela rea ocupada e a dificulta eu n o posso dar aula Eu tento dar aula na rea mas a h uma confus o generalizada de crian a com adolescente A n o d Ent o tem algumas quest es da organiza o escolar mesmo que por conta de n o ter espa o na escola dispon vel dificulta entendeu PEF1 Mas assim mais em fun o mesmo de uma s rie de fatores como motiva o espa o f sico Per odo de chuva a quer dizer importante que a gin stica fique no per odo de chuva Que em agosto Tem essas quest es PEFI Em rela o ao tempo espec fico da Educa o F sica a PEF1 afirma que a aula n o segue o tempo pedag gico de outras disciplinas pois a reg ncia de suas aulas se realiza em hor rio contr rio ao turno regular do al
449. ncipalmente quando associados promo o autom tica MAINARDES 2001 A depender da compreens o e implementa o como vimos antes os ciclos podem ser acusados de camuflar uma das grandes crises da realidade educacional o fracasso escolar pois impedem o exame da quest o central a incapacidade da escola brasileira de abandonar sua pr ticas centen rias e virar do avesso sua organiza o interna MAINARDES 2001 Autores como Pedro Demo consideram a promo o autom tica uma boa id ia desde que se mantenha o compromisso com a aprendizagem pois promover sem aprender sucatear a escola e no fundo descart la como desnecess ria MAINARDES 2001 Baseando se em Celso Vasconcellos Mainardes 2001 afirma que os ciclos s o uma das mais avan adas concep es de educa o escolar e uma grande alternativa para a organiza o do ensino mas n o adianta apenas acabar com a reprova o temos que nos comprometer em promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos Mainardes 2001 afirma que sendo apenas uma solu o formal para atender aos interesses economicistas a promo o autom tica n s dir amos tamb m os ciclos pode at atenuar os ndices de reprova o mas n o resolve o problema real o da aprendizagem dos alunos A aus ncia de trabalho coletivo a falta de acompanhamento e apoio aos professores a falta de projetos pedag gicos consistentes podem inviabilizar a sua efetiva o Fernandes e Franco 2001
450. ncontramos o uso de uma variedade de estrat gias metodol gicas principalmente organizando os alunos em grupos Aparecem tanto as atividades em grandes grupos como em pequenos e at em algumas disciplinas afirma se usar preferencialmente os trabalhos em duplas Raramente se trabalha individualmente apesar de tamb m aparecer Na generalidade do curr culo os professores procuram levar s suas estrat gias princ pios metodol gicos como di logo coletividade diversidade problematiza o contextualiza o do saber diante da vida pr tica respeito ao erro e realidade do aluno chegando este ltimo em algumas disciplinas a ser distorcido perante a necessidade de uma legitima o afetiva ou seja entendendo que o respeito a essa realidade a submiss o vontade dos alunos Apesar da riqueza na diversidade metodol gica muitas aulas est o condicionadas aos recursos pedag gicos chegando a causar em certas disciplinas uma depend ncia no trato com os saberes escolares Os recursos em especial os locais e os materiais s o marcantes nas a es de sistematiza o dos saberes escolares Em algumas disciplinas chegam a ser definidores pois determinam os saberes a serem trabalhados ou mesmo as estrat gias a serem usadas Mesmo na depend ncia dos recursos e em particular na aus ncia ou defici ncia deles os professores encontram alternativas para trabalhar com os materiais que faltam ou mesmo criam formas de uso de locai
451. ndamentos da pol tica educacional da Gest o 2001 2004 da Prefeitura do Recife percebemos que a Rede Municipal de Ensino do Recife inserindo se no atual contexto s cio educacional vivido no Brasil formulou e implementou uma pol tica curricular cuja compreens o de curr culo baseando se numa concep o cr tica e emancipat ria procurou superar uma concep o cl ssica ou mesmo tecnocr tica principalmente diante do abandono da organiza o seriada dos saberes e das disciplinas escolares fazendo op o por uma a partir da no o de compet ncias e dos ciclos de aprendizagem e ainda fundamentando se na perspectiva da Educa o como Qualidade Social A Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino de Recife 2002b configurava se como uma vers o preliminar produto de discuss es coletivas entre professores coordenadores dirigentes assessores gerentes dos departamentos e equipe pedag gica mas j em vias de conclus o de sua revis o geral por parte dos professores objetivando a elabora o da vers o final Ap s o processo eleitoral de 2004 outras prioridades de gest o foram estabelecidas fazendo com que o processo de elabora o da vers o final n o tivesse continuidade nem fossem publicadas as que estavam conclu das A vers o preliminar da Proposta constitu da por um texto de apresenta o outro de explicita o da compreens o da Gest o sobre o entendimento e fundamentos da Proposta e diversos outros tex
452. ndeu Porque eu tenho que fazer em rea coberta num terra o que tem l na escola PEF1 nesse semestre eu tive muitas chuvas Entendeu A pude utilizar algumas coisas assim sabe Ent o como eu vou dizer ent o a distribui o eu acho que depende muito da turma sabe PEF2 A sistematiza o dos saberes escolares est em ntima rela o com os procedimentos avaliativos Convencionalmente a avalia o no curr culo seriado servia como instrumento de persuas o pedag gica e at mesmo de poder do professor Com a implanta o do curr culo em ciclos esse tra o dos procedimentos avaliativos vai sendo alterado Mudou a forma de ver o processo de avalia o A avalia o nos ciclos passa a ser um processo de investiga o N o o processo de simplesmente detectar as falhas O detectar as falhas tem o objetivo de acompanhar de investigar o processo muito baseado naquela id ia de Hoffman Avalia o enquanto investiga o enquanto diagn stico constante Acho que isso afetou eu n o sei at que ponto PEF1 A quest o de n o ter a oportunidade de n o ter essa via da reprova o voc n o pode mais contar com a reprova o Ent o isso vai for ar eu acho isso um ponto positivo A nomenclatura um ponto negativo e o ponto positivo que for a as pessoas a ensinarem porque elas n o podem contar com a reprova o Ent o cria esse dilema esse problema para o professor Se ele n o
453. ndo desde 2001 este n vel da educa o b sica para nove anos de escolariza o o que era poss vel desde a LDB n 9394 96 e que se tornou obrigat rio em fevereiro de 2006 com a publica o da Lei n 11274 BRASIL 2006d Ainda na prioridade de expans o foi ampliado o quadro docente em quase 31 Em 2001 primeiro ano de gest o nomearam se 500 professores aprovados em concurso realizado em 2000 no governo anterior Em 2002 realizou se novo concurso nomeando inicialmente 700 professores No ano seguinte 2003 mais 400 e em 2004 mais 400 totalizando durante a gest o inteira a contrata o por via de concurso p blico de 2000 professores O quadro de 2894 professores no ano 2000 passou para 4894 no ano de 2004 Em 2005 a Rede realizou um segundo concurso p blico nomeando inicialmente 498 novos professores Em 2004 do total de professores da Rede 1705 possu am forma o em n vel de especializa o 69 com mestrado e 03 com doutorado RECIFE 2004a 146 O n mero de escolas da Rede foi ampliado em 5 5 Esse n mero que no ano de 2000 antes da gest o era de 200 escolas passou em 2004 fim da gest o para 211 unidades escolares Entre essas 211 escolas existiam quatro que funcionavam em regime integral por via de um projeto intermunicipal atendendo a alunos do 1 e 2 ciclos do fundamental nas escolas do Recife localizadas nos limites com os munic pios de Olinda Camaragibe e Jaboat o dos Guararapes
454. nejamento na organiza o dos saberes escolares precisa levar em considera o quest es referentes ao tempo escolar que se apresentou de tr s diferentes formas O tempo de funcionalidade da escola e para ela aquele que diz respeito estrutura funcional da institui o como um todo tais como os hor rios de aulas de intervalos de recreio de in cio e t rmino de turno de disposi o geral das disciplinas O tempo espec fico da disciplina aquele que diz respeito particularmente s aulas de cada uma das disciplinas curriculares como a periodicidade semanal a realiza o de aulas em contra turno dos alunos as aulas geminadas Por fim o tempo necess rio s aprendizagens dos alunos aquele que remete os hor rios s justificativas advindas das teorias educacionais como a psicologia e a sociologia educacionais e das teorias pedag gicas como o curr culo e a did tica Esses dizem respeito ao tempo de apropria o dos saberes escolares por parte dos alunos Em rela o ao tempo os professores queixam se mas n o mais em rela o ao tempo escolar e sim em rela o falta de tempo para planejarem principalmente em se tratando de um planejamento coletivo entre os professores de uma mesma disciplina mais ainda entre as diferentes disciplinas de um ano e muito entre as disciplinas de um ciclo inteiro Assim terminam por planejarem quase sempre individualmente mas reconhecem a necessidade de se 190 planejar coletivamente Es
455. nham a progress o porque dominaram os saberes Ou estes encontravam recursos de apropria o dos conhecimentos que n o lhes garantiam as aprendizagens em rea o s formalidades das avalia es decorando os 71 SAEB Sistema de Avalia o da Educa o B sica SARESP Sistema de Avalia o da Rede Estadual de S o Paulo 118 conceitos que os professores exigiriam deles ou ainda com mecanismos de consultas recriminados por uma avalia o por testagem Para Prado 2003 a verdadeira quest o que se coloca diante destas acusa es ensinar para passar de ano ou fazer a turma compreender o sentido do que aprende O regime seriado estabelecia um verdadeiro ranking em rela o s notas por m agora esse ranking n o existe pois n o interessa mais quem foi melhor ou pior Para quem se acostumou com a l gica do pr mio ou castigo da seria o o ciclo mais complicado pois pode ser confundido com a id ia de que n o preciso mais se esfor ar pois n o h repet ncia devido promo o autom tica Com um sistema de ensino que assegure a qualidade de ensino e o direito e capacidade de todos para a aprendizagem a promo o autom tica se dar como decorr ncia natural como produto de real aprendizagem e desenvolvimento e n o por determina o legal SANTOS 2002a p 25 Para o Deputado Walfrido Mares Guia essa acusa o que recai sobre os ciclos de serem os respons veis pela queda da qualidade de ensino p
456. nhecer as ambigiiidades d vidas e conflitos dessa constitui o compreendendo que o curr culo como pr tica pedag gica vai se expressar em sua generalidade nas particularidades das disciplinas e em sua totalidade As falas desses professores nos permitiram perceber caracter sticas em rela o forma o e atua o docente levando nos a tra ar o perfil dos sujeitos que atuavam na pol tica curricular Entre os oito professores todos s o licenciados em suas disciplinas tendo duas professoras outra forma o em gradua o A PEF2 tamb m possuia o curso de Pedagogia e a PA2 de Psicologia Todos os professores tinham cursos de p s gradua o sendo sete em n vel de especializa o em suas reas de forma o inicial e uma a PEF1 em n vel de Mestrado em Educa o Os oito professores s o efetivos da Rede Municipal de Ensino atuando como docentes em m dia h dez anos No momento da realiza o das entrevistas os professores ministravam aulas de suas disciplinas em anos diferentes do ensino fundamental e m dio As Professoras de Educa o F sica davam aulas no 3 e 4 ciclos do fundamental e uma tamb m ministrava no ensino m dio As Professoras de Arte atuavam tanto no 3 e 4 ciclos do fundamental quanto no ensino m dio A PLP1 possui dois contratos na Rede Municipal de Ensino fazendo a atuar tanto no 1 e 2 ciclos do fundamental quanto no 3 ano do ensino m dio A PLP2 atuava apenas no 3 e 4 ciclo
457. nho que fazer N o Mas eu vou tratando que conte dos s o melhores para o trabalho do aluno PM1 Ah acho que a situa o maior a leitura de texto que o pr prio livro traz e a gente faz as leituras dos textos que traz o livro PM1 Mas a eu uso esse recurso do trabalho em grupo de pesquisa tamb m que tem a hist ria da matem tica a a gente aborda sempre tem no livro texto um teminha e tal e claro que para eles saberem que a coisa n o apareceu pronta PM1 A gente aproveita muito o livro did tico tamb m Inclusive at o fundamental est sendo bem contemplado mesmo porque o MEC tem dado muita prioridade a isso investigado muito tanto que n o se escolhe livro did tico ele adotado Evidentemente as editoras por conta disso tem tido 277 uma grande preocupa o O fundamental j h uns 3 4 anos vem sendo muito bem revisado O MEC est muito em cima vendo esses conte dos PM2 Normalmente eu trabalho na classe com aula expositiva com o pr prio livro did tico V o que tem no livro e aproveita PM2 O livro did tico ainda que divida com a Proposta da Rede a centralidade na sele o dos saberes a fonte principal Esse livro vai mediar a Proposta e a realidade dos alunos devido principalmente relev ncia dada aos conte dos de ensino N s aqui pelo menos no grupo de matem tica e todos os outros componentes curriculares fazemos a escolha dentro de um gru
458. nicista visando aos vestibulares de acesso a uma forma o em n vel superior A legitima o pedag gica deve justificar os saberes e compet ncias para a forma o humana para sua participa o cr tica solid ria e criativa na vida no agora e no amanh inclusive pelo car ter de terminalidade da educa o b sica para sua entrada e atua o no mundo do trabalho ou mesmo pelo car ter de continuidade para o enfrentamento do exame de vestibular para ingresso em cursos de ensino superior Ainda que o exame de vestibular para o ingresso no ensino superior traga uma forma de legitima o pedag gica para algumas disciplinas escolares ainda que tenhamos uma 319 grande quantidade de curr culos escolares no Brasil se organizando de forma convencional e seriada sendo esse exame uma forte influ ncia temos que super la pois vestibular n o deve ser entendido como um guia para delimitar os saberes escolares a serem ensinados aos alunos Sabemos que exames finais de rendimentos escolares internos e externos s o elementos importantes na estrutura o do curr culo escolar pois oportunizam exercita es estabelecem motiva es e incitam os estudos sendo crit rios constantes na hist ria da constitui o dos saberes escolares Por m o vestibular ou outros tipos de exames como o SAEBE o SAEPE o ENEM n o podem ser determinantes na constitui o dos saberes escolares Hegemonicamente mas n o sem discord ncias e resist n
459. no regime de ciclo e Rede n o usa atribui o de nota e A prefeitura tem essa coisa e ciclo de 2 anos ai a gente faz 6 maravilhosa de ter esse encontro conselhos 3 no primeiro ano 3 no pedag gico mensal segundo Documentos e Mas a pr pria caderneta da Rede tem Caderneta escolar um espa o para esse registro e Depois o retrato como voc est deixando essa turma e Listar as compet ncias da rea compet ncias dos componentes curricular e Parecer final e A prefeitura tem a proposta pedag gica Caracter stica e Coordenadora tima mas ela s de da escola 1 e 2 ciclo Ainda seguindo o passo a passo levantamos conforme podemos perceber no quadro 7 as tem ticas problem ticas identificando as categorias emp ricas que surgiram e delimitamos as unidades de contexto e de registro para melhor percep o de seu conte do Constru mos diante dessas uma legenda Ap ndice G para identifica o nas entrevistas de tais conte dos como vemos no quadro 77 Montamos e preenchemos a partir das categorias 45 emp ricas sele o organiza o e sistematiza o dos saberes escolares quadros de an lise de conte dos por disciplina por professor Ap ndice H E finalmente realizamos as an lises interpretativas mais refinadas Quadro 7 Trecho de transcri o de Entrevista identifica o problem ticas categorias emp ricas 8 entrevista realizada 2 entrevi
460. nstitui o dos saberes escolares assim como elementos referentes ao tempo necess rio s aprendizagens dos alunos e seus m todos e procedimentos de avalia o Para a an lise das entrevistas resolvemos manter sigilo no nome dos professores criando uma forma despersonalizada para nos referirmos a eles passando a cham los de professores por disciplina enumerando os entre um e dois sendo o primeiro sempre o membro da Equipe Pedag gica e utilizando a legenda constante no quadro 10 O sigilo tamb m foi mantido em rela o aos nomes de outros professores gestores alunos e inclusive do entrevistador que foram citados pelos entrevistados Nesse caso destacados em caixa alta ora usamos nomes fict cios ora despersonalizamos referindo nos ao Professor Gestor ou Aluno Quadro 10 Legenda para refer ncia aos professores entrevistados Professor Sigla Professora de Educa o F sica 1 PEFI Professora de Educa o F sica 2 PEF2 Professora de Arte 1 PAI Professora de Arte 2 PA2 Professora de L ngua Portuguesa 1 PLP1 Professora de L ngua Portuguesa 2 PLP2 Professor de Matem tica 1 PMI Professor de Matem tica 2 PM2 141 Os documentos que selecionamos foram os que se referiram diretamente pol tica curricular apesar de outros documentos tamb m serem usados O primeiro documento Os ciclos de aprendizagem e a organiza o escolar
461. nta em comum qual o conhecimento o que que deve ser ensinado Com esse questionamento as Teorias do Curr culo querem descobrir que saberes devem ser considerados importantes v lidos ou essenciais para merecerem ser considerados parte do curr culo Para o autor esse curr culo sempre o resultado de uma sele o de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes seleciona se aquela parte que vai constituir precisamente o curr culo As teorias do curr culo tendo decidido quais conhecimentos devem ser selecionados buscam justificar por que esses conhecimentos e n o aqueles devem ser selecionados SILVA 1999 p 15 A No entanto uma pergunta precede ao o qu o que eles ou elas devem ser ou seja o saber selecionado est procurando responder ao tipo de sujeito que se deseja formar estando portanto a servi o do tipo ideal O curr culo diz respeito a uma quest o de identidade As Teorias Tradicionais de Curr culo pretendem ser neutras cient ficas e desinteressadas aceitando mais facilmente o status quo os conhecimentos e os saberes dominantes Nestas o o qu estaria respondido configurando o saber escolar como algo 53 estabelecido e legitimado tendo que se preocupar com o como e assim operacionalizar as formas de transmiti lo aos alunos Entre as Teorias Tradicionais encontramos a concep o cl ssica de curr culo a qual remonta ao saber escolar dado a part
462. ntar como uma rea de conhecimento que se configura como uma forma de linguagem quanto por reconhecer que a arte n o um dom inato mas um saber contextualizado socialmente o qual pode e deve ser apropriado pelos cidad os Na escola o que que arte tem que valorizar que um conhecimento que uma coisa que o ser humano faz que uma coisa que est presente na vida da gente que dan ar cantar escrever atuar representar todas essas coisas est o presentes no dia a dia Porque a gente precisa dessa linguagem porque tem horas que a gente n o tem o que conversar ent o vamos conversar de outra forma Ent o seria outra forma que algumas pessoas encontram para expressar o que quer dizer Como observar a obra observar a imagem observar o que o teatro quer dizer o que que voc s acham Ah professora eles est o ai falando que tem pol tico que enrola que quer prender a gua s que ele n o foi no jornal ele falou aqui no teatro Voc s percebem isso Percebe ai num espet culo de dan a e a e o que que esse espet culo o catimb a macumba o n o sei o que Veja a o que macumba e a gente vai trabalhando as coisas assim nesses conceitos esses tipos de conhecimento PAI isso eu espero que essa sensibilidade Eu espero que ele passe a olhar o trabalho de arte n o como uma atividade Que aquela pessoa nasceu com um dom Que aquilo de repente caiu do c u na cabe a dele
463. ntes de ser ensinado Da escolha do saber a ensinar sua adapta o ao sistema did tico existe todo um processo gerador de deforma es de estabelecimento de coer ncia e at de cria o de novos conhecimentos que culmina com o que se chama de saber escolar enunciado nos programas e particularmente observ veis nos livros texto CHEVALLARD apud HENRY 1992 p 4 Apesar de recente tendo grandes representantes como Yves Chevallard esta abordagem encontra o entendimento de transposi o did tica em 1975 com o soci logo Michel Verret Usando essa no o os pesquisadores passam a investigar o percurso do saber escolar ou seja a transforma o do conhecimento cient fico exterior escola em saber escolar Influenciada por pesquisas de diversos estudiosos principalmente aqueles vinculados ao IREM esta abordagem d origem Teoria das Situa es Did ticas com fundamentos num campo de conhecimento denominado Engenharia Did tica Numa esp cie de cooperativa te rica a Teoria das Situa es Did ticas assume refer ncias dos estudos de Jean Piaget G rard Vergnaud Guy Brousseau Regine Douady Aline Robert e do pr prio Yves Chevellard entre outros A segunda abordagem fazendo uma cr tica rigorosa primeira encontra fundamentos nos estudos hist ricos e sociol gicos afirmando que a escola n o se contenta em transpor os conte dos preexistentes e exteriores a ela Nesses estudos investiga se a es
464. nto interdisciplinarmente seria muito mais f cil Tanto que no primeiro ano dessa implanta o desse m dulo implanta o de ciclos na prefeitura eu consegui que nos primeiros anos a gente trabalhasse interdisciplinarmente ent o n s fizemos um projeto chamado o c o sem plumas que a partir de um texto de Jo o Cabral de Melo Neto que tem esse t tulo E o que que eu queria nesse momento Que os alunos de 1 2 e 3 anos do ensino m dio e tamb m do 3 e 4 ciclo se envolvessem com o Rio Capibaribe com todos sentidos em todas O que voc pudesse puxar do Rio Capibaribe para as diversas disciplinas N s conseguimos fazer ent o Geografia se envolveu literatura arte matem tica sociologia e tamb m Deixa ver qual foi a rea que tamb m se envolveu Bom dessas a que eu estou lembrando Bem agora esse projeto foi interdisciplinar No final do ano n s apresentamos um trabalho SBPC sobre esse material ent o cada professor trabalhou e achou timo s que d muito trabalho para acontecer PLP2 Vimos enfim como se expressam as ambigiidades d vidas e conflitos nas elabora es e a es da pol tica curricular na Rede Municipal de Ensino do Recife tanto nos documentos como nas falas dos professores 3 2 ORGANIZA O E FUNDAMENTOS DO CURR CULO NA PROPOSTA PEDAG GICA DA REDE QUALIDADE SOCIAL COMPET NCIAS E CICLOS DE APRENDIZAGEM 160 A partir da an lise documental dos fu
465. nto em L ngua Portuguesa e Matem tica em pequeno grupo em dupla e at individualmente a n o ser quando a aula expositiva voltada para a turma inteira mesmo que estejam em pequenos grupos As aulas extra sala e fora da escola tamb m aparecem apesar de acontecerem com menor incid ncia Se considerarmos a sala de aula como o espa o convencional de conviv ncia dos alunos na turma a Educa o F sica e a Arte s o as disciplinas que mais fazem aulas extra sala pois praticamente s o fora desse ambiente Mas se consideramos o p tio a quadra o audit rio a sala de v deo a biblioteca como salas de aula n o afirmar amos que as aulas de Educa o F sica e Arte acontecem geralmente extra sala Em contrapartida L ngua Portuguesa e Matem tica saem pouco da sala de aula convencional e nesta segunda disciplina existe um professor que chega a afirmar que s realiza aula extra sala quando o conte do e a carga hor ria s o garantidos poss vel ver numa professora de L ngua Portuguesa e noutra de Educa o F sica a realiza o e ou participa o em projetos entre disciplinas sob a forma de festivais feiras passeios Na avalia o do rendimento escolar do aluno tamb m uma diversidade de procedimentos e crit rios se apresenta principalmente por estar sendo revista a maneira formal de avaliar e mais ainda em fun o da implanta o dos ciclos de aprendizagem A prova antes usada como principal procedimento de avalia o p
466. ntos n o possa acontecer ou at mesmo que n o devam existir imprevistos mas trabalhar sempre em fun o da disponibilidade dos recursos e instala es algo que p e em cheque a sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento no ensino de Arte Atualmente est sem equipamento de som mas tinha PAI Quando eu quero audit rio eu tenho que agendar A eu agendo Mas a tem dias que eu agendo e era uma reuni o das m es uma reuni o do PDE era uma reuni o da put O cabo se perdeu E fico perdendo o meu tempo Enlouquecidamente perdendo o meu tempo N o sei quem saiu e n o deixou a chave A eu volto para a sala de aula e retrabalho Reorganizo a aula A fica assim eu fico na pend ncia porque se eu a come ar uma atividade agora que eu n o a dar porque eu dependia do v deo Eu a passar o v deo para dar a atividade A isso descontrolou um pouquinho A eu tenho que ter outras coisas outras coisas Sempre Eu sempre tenho um texto uma fotografia um material os meus envelopes com as coisas dentro porque se acontecer A eu tenho o que fazer Disco eu levo CD tamb m A a gente ouve um Blues ouve n o sei o qu ouve um pagode PAI Eu quero passar um v deo e eu tenho que enlouquecer primeiro para passar um v deo que eu gravei com minha fita com meu dinheiro na minha casa de desesperar Um v deo sobre o circo um v deo de um espet culo de dan a um v deo de
467. nts qui guident les diff rentes disciplines dans la mise en oeuvre et l accomplissement des attributions et des possibilit s p dagogiques L ensemble des programmes nous a permis de constater la mise en place de rapports tendus et r ciproques entre ces diff rentes disciplines ayant comme objectif de se faire reconnaitre vis vis des protagonistes et des instances p dagogiques responsables de la politique concernant les programmes Pendant le d roulement de ce processus nous avons plut t observ la pr sence d ambiguit s de doutes et de conflits d faut de certitudes sur la constitution des savoirs scolaires ceci aussi bien dans les disciplines entendues comme secondaires telles que l ducation Physiqueou les Arts que dans les disciplines auxquelles l on accorde plus de prestige comme la Langue Portugaise ou les Math matiques Les ambiguit s les doutes et les conflits concernent la structuration du programme scolaire l cole primaire et l cole secondaire Le programme est donc d une part l objet d appropriation et d assimilation personnelle et individuelle sociale et collective des connaissances acquises tout au long de I histoire de l humanit et d autre part appara t aussi comme l expression de la force de travail du caract re productif de cette humanit Cela tant il est n cessaire de d passer toujours plus les programmes prescriptifs normatifs et rationalistes pour contruire un programme mancipa
468. o organiza o e sistematiza o do conhecimento mesmo sabendo que este se d de forma 140 cont nua e dial tica as unidades de contexto e de registro caracterizaram cada situa o desse processo A realiza o da an lise de conte do dos documentos e das falas dos professores entrevistados permitiu nos estruturar essas unidades Na sele o do conhecimento identificaram se diferentes fontes para suas escolhas tais como a proposta pedag gica o livro did tico a forma o continuada e as orienta es legais a exemplo dos Par metros Curriculares Nacionais identificou se tamb m a relev ncia dessa sele o ora por justificativas do uso social dos conte dos de ensino ora por prepara o para o vestibular e ainda pelas compreens es presentes nos elementos da teoria pedag gica orientadores de teoriza es e de diferentes concep es de escola disciplina professor aluno Na organiza o do conhecimento identificou se que as condi es escolares para a documenta o e acompanhamento do planejamento o conhecimento da turma e o uso de recursos e instala es interferem no arranjo dos saberes Da mesma forma que a tipologia e quantidade dos conte dos da disciplina o tempo estrutural para sua organiza o seja em s rie ou ciclo condicionam a disposi o do conhecimento Na sistematiza o do conhecimento identificou se que os princ pios os m todos e os procedimentos dos aspectos metodol gicos contribuem na co
469. o boa para arte n o ter um ambiente um ambiente de aula entendesse Prejudica muito PA1 Uma coisa que define muito Um professor de portugu s e matem tica precisa disso tamb m mas n o t o definidor Um livro um quadro e uma cadeira PA Nesse contexto de conflitos contradi es e dificuldades nas condi es escolares e na legitima o pedag gica a Arte se apresenta como disciplina com um corpo pr prio de conte dos A PAI aponta para uma tipologia e quantidade destes afirmando que trabalha 236 sempre uma mesma segii ncia de conte dos com os alunos independentemente do ano do ciclo iniciando com aspectos conceituais sobre a Arte num sentido geral direcionando posteriormente s artes c nicas especificamente ao teatro No entanto quando comenta sobre o uso da dramatiza o levanta uma situa o fict cia a qual demonstra que um conte do se diferenciaria no tempo de escolariza o do aluno diante do tipo da dramatiza o e do recurso usado levando em considera o sua idade cronol gica e seu desenvolvimento em torno da apropria o de conhecimentos Independente toda e qualquer s rie que eu pegar eu trabalho primeiro com a vis o de arte A depois eu direciono a l vai teatro a eu tenho os ciclos os elementos do teatro ilumina o figurino maquiagem indument ria PAI Existe s na quest o da linguagem sabe Porque eu posso trabalhar uma dramatiza o sobre o nd
470. o Ent o ele tem momento apesar de que esse momento muito curto assim porque o momento do planejamento deve ser coletivo e quase sempre ele se restringe muito a um universo particular PM1 Ainda que seja uma iniciativa pessoal o PMI demonstra tom la para superar essa restri o ao universo particular do planejamento No entanto pode n o ser a realidade de outros professores O trabalhar com o outro no planejamento apontado pelo professor como algo imprescind vel principalmente pela organiza o por ciclo do curr culo e n o s por estarem procurando vivenciar a Pedagogia de Projetos em sua escola mas tamb m porque a pr pria Escola um espa o de diversidade e unidade ao mesmo tempo sendo assim um espa o de coletividade pois partindo das particularidades dos sujeitos das disciplinas das reas de conhecimento deve se buscar construir uma unidade pedag gica para favorecer escola no cumprimento do seu papel social H algumas discuss es no meu caso eu procuro discutir com outro professor o que eu estou fazendo eu mostro as atividades como eu vou fazer mas isso s vezes n o se torna uma coisa comum dentro da escola Pode um professor ou outro quando a escola trabalha em projeto tudo mais Um ponto que eu acho meio crucial que n o h uma coletividade mesmo por conta do tempo para essa disponibilidade dessa programa o ser toda discutida at mesmo porque se a Rede trabalha em ciclo esse
471. o muito professor dizendo eu n o vejo muito futuro nesse ciclo eu vejo o 268 aluno passar sem saber N o por a o aluno no seriado tamb m passava sem saber voc tamb m era professor de um aluno da 8 s rie que n o conseguia ler e escrever ent o n o o ciclo a maneira de ensinar e a maneira de aprender PLP2 Argumentando em torno dos problemas e preju zos causados por uma reprova o as professoras destacam os pontos positivos dos ciclos de aprendizagem Assim demonstram mesmo havendo resist ncias e contradi es suas concord ncias com a implanta o dos ciclos justamente devido possibilidade de superar algumas pr ticas avaliativas mais convencionais que levam o aluno reprova o A implanta o dos ciclos equivale a uma forma diferenciada de pensar a escola e os processos de apreens o e constru o do conhecimento A reprova o existente no sistema seriado causava in meros problemas para os alunos e para as escolas pois com fregii ncia havia uma queda no interesse na motiva o e na auto estima do aluno quando na verdade se esse aluno tivesse uma nova oportunidade de aprendizagem como o ciclo se prop e a fazer ele poderia seguir com seu grupo de estudo com sua turma j que o conhecimento n o algo de se aprende numa seqii ncia dada por um somat rio de partes e etapas mas numa continuidade espiralada Porque eu tenho por exemplo um casalsinho Eles foram at meus alunos
472. o uma orienta o tradicional ou mesmo instrumental de educa o No caso a PA1 afirma que seu planejamento aberto sendo bastante flex vel diante das caracter sticas das turmas Tal fato por um lado interessante e necess rio tanto porque permite uma maior dinamicidade pr tica pedag gica de sala de aula quanto porque demonstra que n o acompanha uma concep o prescritiva normativa racionalista de curr culo Mas por outro lado se retomarmos a reflex o acerca da concep o de disciplina que est orientando rodeando fundamentando o ensino da Arte e ela se justificar nica e simplesmente por uma legitima o afetiva essa abertura pode implicar neglig ncia m tua Neglig ncia origin ria da pr pria disciplina perante os elementos gerais da organiza o curricular da escola como um todo ou contrariamente neglig ncia pela disciplina de Arte no curr culo da escola de educa o b sica S sei que pode botar ciclo s ries que eu n o estou nem a porque eu vejo a arte como se fosse uma coisa do sempre do eterno do tempo todo Ent o eu estou sempre adequando e ajustando PAI Para execu o do planejamento na sala de aula a PAI afirma usar v rios procedimentos recursos e instala es Uma diversidade de atividades e estrat gias e uma variedade de locais e objetos para uso e manipula o dos alunos demonstram uma 233 interessante e qualificada condu o metodol gica da aula A PAI usa textos
473. o Recife algumas iniciativas foram tomadas nessa implementa o para que n o ficasse apenas numa mudan a de termos apesar de haver cr ticas nesse sentido S o exemplos o Conselho de Ciclo os Espa os Ampliados de Aprendizagens os fundamentos a organiza o e elabora o da Proposta Pedag gica as orienta es acerca da avalia o as a es de valoriza o do magist rio em especial a forma o continuada de professores Ainda assim alguns professores apresentam resist ncias e dificuldades na implanta o dos ciclos de aprendizagem principalmente na inser o de sua disciplina nessa nova forma de organiza o dos saberes escolares e das escolas da Rede de uma forma geral Os aspectos metodol gicos de ensino e de avalia o assumem importante papel n o s na implanta o dos ciclos como tamb m na constitui o dos saberes escolares principalmente na sistematiza o do conhecimento Na pesquisa foi poss vel percebermos uma diversidade nos princ pios e procedimentos de ensino assim como nos crit rios e procedimentos avaliativos Diante da metodologia de ensino sugerimos uma continuidade na diversidade de estrat gias de forma que as diferentes disciplinas possam vivenciar diferentes m todos 325 t cnicas ambientes e recursos fazendo uso das mais variadas possibilidades oferecidas pela escola e tamb m solicitando e exigindo da gest o central da Escola e da Rede Municipal do Ensino sempre as melhores cond
474. o ao conte do de ensino sele o organiza o e sistematiza o e Categorias anal ticas Curr culo Saberes Escolares Cultura Escolar e Categorias emp ricas Sele o Organiza o e Sistematiza o dos saberes escolares e Pontos de orienta o para a investiga o oriundos do objeto de pesquisa quest es gerais O que curr culo Como se organiza o curr culo na escola Como se materializa o curr culo na escola O que o saber escolar Como se constituem os saberes escolares no curr culo de uma forma geral Como e por que algumas disciplinas chegaram a constituir seus saberes no curr culo seriado E por que em outras disciplinas isso n o se configurou de igual forma De onde vem esta organiza o seriada dos saberes escolares Como se d a organiza o seriada dos saberes escolares H outra forma de organiza o dos saberes escolares para al m da seria o Como e por que algumas disciplinas chegaram a constituir seus saberes no curr culo por ciclos De onde vem esta outra forma de constitui o dos saberes escolares De onde vem a organiza o dos saberes escolares por ciclos Como se d esta outra forma de organiza o dos saberes escolares Como se d a organiza o dos saberes escolares por ciclos Como s o estruturados os curr culos espec ficos das disciplinas escolares Que lugar ocupam as diferentes disciplinas no curr culo escolar Como se constituem os saberes escolares em d
475. o como historiografia da educa o esse conceito n o abrange apenas os saberes escolares A cultura escolar entendida um conjunto de normas que definem conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar e um conjunto de pr ticas que permitem a transmiss o desses conhecimentos e a incorpora o desses comportamentos normas e pr ticas coordenadas a finalidades que podem variar segundo as pocas finalidades religiosas s ciopol ticas ou simplesmente de socializa o JULIA 2001 p 10 57 O texto aqui datado de 1993 antecede o de 1992 pois fruto da Tese de Doutorado do autor defendida em 1987 na Universidade de Ci ncias Humanas de Estrasburgo Fran a O texto aqui datado de 1992 tamb m foi publicado anteriormente na revista francesa Sociologia e Sociedade em 1991 mas ainda assim posterior tese 96 uma mesma realidade Para o autor toda educa o e mais ainda a tipicamente escolar sup e uma sele o no interior da cultura fazendo com que se transmita algo da cultura e n o a cultura propriamente dita FORQUIN 1993 Forquin 1992 e 1993 fazendo uma alus o aspeada ao conceito defendido por Yves Chevallard afirma que esta sele o n o se limita a realizar uma escolha entre os saberes culturais dispon veis na sociedade ela se insere num trabalho de reorganiza o de reestrutura o de transposi o did tica desses saberes de forma a torn los assimil veis como se a cultura escolar
476. o da d cada de 1980 os pilares da ditadura militar come am a ruir em fun o da crise econ mica social e pol tica instaurada com os movimentos populares e por eles fortalecida fazendo surgir um movimento de renova o curricular O movimento de renova o curricular que ocorreu na d cada de 1980 foi liderado por estados das regi es sudeste e sul que tendo eleito governos de oposi o ao regime militar pleiteavam uma conduta democr tica em rela o Redefini o dos destinos do pa s e elabora o e implementa o das pol ticas p blicas BARRETO 2000 p 7 Com fundamentos de cr tica realidade educacional brasileira e ainda motivado por uma rea o ao conservadorismo militar da d cada anterior v o aparecer com o resultado das elei es para governadores em 1982 iniciativas de reorganiza o curricular de Redes Estaduais de Ensino MOREIRA 2000a e 2000b MAINARDES 2001 Com a vit ria das oposi es nas urnas em dez estados brasileiros educadores progressistas assumiram importantes cargos ou passaram a interferir na condu o educacional dos governos Mudan as na pol tica educacional de alguns desses Estados foram implementadas especialmente no mbito da pol tica curricular Entre elas destacamos as altera es no sistema de progress o dos alunos Em Goi s Minas Gerais Paran e S o Paulo foram implantadas as primeiras experi ncias dos ciclos mais precisamente os Ciclos B sicos de Alfabe
477. o de seriedade Em algumas disciplinas vai aparecer uma desestrutura o pedag gica em rela o avalia o havendo professores que dizem at n o avaliar principalmente por terem em mente uma avalia o escrita mais formal mas tamb m devido ao uso de procedimentos e crit rios muito vagos e de car ter comportamental tais como a observa o da participa o envolvimento interesse desempenho Aparecem tamb m como crit rios de avalia o a verifica o da freqii ncia s aulas e at do contexto social Por m naqueles que demonstram uma sistematiza o mais pedag gica da avalia o os crit rios podendo incluir tamb m os citados anteriormente dizem respeito s compet ncias aos conte dos e aos conceitos Mesmo procurando superar a avalia o tradicional por provas e sistematizar melhor a observa o como procedimento avaliativo percebemos fragilidades na fala de alguns professores pois por vezes indicam que n o est o avaliando as aprendizagens diante dos saberes e das compet ncias mas apenas aspectos comportamentais e afetivos como s o a participa o e envolvimento do aluno Apesar destes poderem ser crit rios de avalia o seja em car ter formal ou informal terminal ou de processo um aluno pode demonstrar um bom n vel de participa o e envolvimento nas aulas mas necessariamente n o ter aprendido o conhecimento Assim fica o questionamento a participa o como crit rio de avalia o consegue
478. o do Governo Federal por Jarbas Vasconcelos 2003 2006 Vimos que no in cio do s culo XXI os governos v o polarizar no mbito das pol ticas p blicas em particular a educacional e em especial a curricular posturas neoliberais de um lado versus posturas democr tico populares de outro ainda que no mbito das coliga es partid rias n o haja uma polariza o mais clara devido s negocia es da esquerda por vezes adotando posturas mais direita e ainda da direita aliando se s posturas de centro Grosso modo no Brasil podemos dizer que temos uma disputa entre duas grandes pol ticas p blicas as chamadas neoliberais conduzidas pelo PFL e pelo PSDB e as que chamar amos de democr ticas e participativas conduzidas pelo PT e seus aliados Ainda que esta caracter stica n o seja suficiente para esgotar as diferen as dessas pol ticas para os nossos prop sitos a que mais nos interessa Isso porque nas pol ticas neoliberais a mudan a vista como parte de a es gerenciais administrativas desde um centro pensante t cnico ao passo que a tend ncia das pol ticas participativas gerar envolvimento na ponta do sistema E nos momentos em que o servi o p blico administrado por pol ticas participativas que se abre a possibilidade para incrementar tanto a qualidade do servi o p blico como a organiza o dos seus trabalhadores com o fim de criar condi o para a contra regula o FREITAS 200
479. o escolar vemos v rias nuan as que a nosso ver precisam mesmo que brevemente ser analisadas a partir de diferentes teorias pedag gicas Em Freitas 1995 uma teoria pedag gica formula princ pios apresenta regularidades e categorias fundamentais para o trabalho pedag gico al m de expressar fundamentos em teorias educacionais advindas de disciplinas que mant m rela o com o fen meno educacional e indicam uma concep o de educa o a qual por sua vez ap ia se em determinado projeto hist rico de sociedade Tomamos como refer ncia para essas an lises v rias tend ncias e concep es pedag gicas da educa o ao longo do tempo as quais possu ram e ainda possuem expressividade no cen rio educacional brasileiro Mesmo n o nos propondo tratar com detalhes as tend ncias e concep es considerando que diversos estudiosos o fizeram recuperamos estes para compreender de que maneira conte do escolar e saber escolar v o sendo tratados Salienta se que n o estamos desconsiderando o contexto hist rico das teorias pedag gicas a serem destacadas Seria prudente contextualizarmos o momento dessas produ es mas como aqui n o nos propusemos a fazer uma an lise hist rica mas sim Para aprofundar estudos sobre a hist ria das tend ncias e correntes pedag gicas sugerimos consultar Aranha 1996 Ghiraldelli J nior 1994 Lib neo 1984 e 1994 Romanelli 1996 Saviani 1995 e 1997 Saviani et al 2004 Souza
480. o est conseguindo pode solicitar a presen a de um estagi rio O que esse estagi rio faria Uma divis o com esse professor na turma o professor ficaria com esses alunos que est o precisando mais desse apoio nesse momento e o estagi rio ficaria com o outro grupo que j est desenvolvido melhor desenvolvido fazendo uma outra atividade pedag gica tamb m PLP2 A ele o aluno vai ter que fazer esse espa o ampliado ele passa para o seguinte para o outro ano do ciclo mas dando refor o naquilo de que ele est precisando mais Se for no caso matem tica ele fica tendo aquelas aulas suplementares de matem tica de portugu s etc PLP2 270 Embora se afirme que a avalia o cont nua e que constantemente v reorganizando os processos para as aprendizagens a sistematiza o dos saberes escolares fica fragilizada pois segundo a PLP1 poss vel encontrar alunos que demonstram as compet ncias mas que t m problemas com a frequ ncia s aulas eu estou sempre falando com eles JOS n o falte pelo amor de Deus n o falte n o falte E eu estou vendo que ele vai ficar por falta e ele l bem timo compreende tudo que l escreve bem um menino esperto mas Ele deve ter ido trabalhar esse ano porque ele era tarde A 7 s rie do ano passado eu dava tarde e ele ia tarde Agora neste ano o pai deve ter posto ele para trabalhar entende noite ele est cansado est des
481. o federal em 1989 numa acirrada disputa pol tica pela Presid ncia da Rep blica seis candidatos expressavam suas propostas de governo e entre essas a pol tica educacional com os desdobramentos para a pol tica curricular tinha presen a marcada Numa vit ria apertada em segundo turno com 37 86 dos votos contra 32 75 Fernando Collor de Melo PRN vence Luiz In cio Lula da Silva PT Collor governa o pa s de 1990 at 1992 quando impedido de continuar o mandato por envolvimento em corrup es O Vice Presidente Itamar Franco do mesmo partido assume e conduz o governo federal at 1995 De 1995 a 2002 Fernando Henrique Cardoso PSDB governa o Pa s por dois mandatos De 2003 a 2006 Luiz In cio Lula da Silva PT assume a Presid ncia No mbito municipal no in cio dos anos de 1990 mesmo com oscila es e diferen as percebemos algumas experi ncias de gest o no campo democr tico popular portanto com bases progressistas com condu es partid rias de esquerda Por exemplo foram elaboradas e implementadas propostas de Redes municipais tais como em S o Paulo baseada na interdisciplinaridade 1989 1992 em Belo Horizonte Escola Plural 1993 1996 em Porto Alegre Escola Cidad 1994 at hoje BARRETO 2000 De 1989 a 1992 S o Paulo teve como prefeita Luiza Erundina PT em Belo Horizonte de 1993 a 1996 a prefeitura ficou a cargo de Petrus Ananias PT e em Porto Alegre de 1989 a 2005 cinco m
482. o m nimo Nesse per odo em Pernambuco e Recife essa pol tica vai gerar influ ncias seja pelo car ter legal seja pela filia o pol tica sendo absorvidas e ou reformuladas num ambiente de oscila o partid ria Como falamos o Governo do Estado foi assumido por Miguel Arraes 1995 1998 e depois por Jarbas Vasconcelos 1999 2002 e 2003 2006 e a Prefeitura da Cidade por Jarbas Vasconcelos 1993 1996 e Roberto Magalh es 1997 2000 129 Em 2000 depois de acirrada disputa foi eleito para dirigir a Prefeitura do Recife 2001 2004 Jo o Paulo Lima e Silva PT Segundo Brayner e Ferraz 2004 convocada a mesma Secret ria de Educa o das duas gest es municipais de Jarbas Vasconcelos pois suas iniciativas e a es a credenciavam para a viabiliza o do projeto petista Seguindo os princ pios para uma Gest o Democr tico Popular que tomou como refer ncia para o di logo e decis es acerca da pol tica municipal o Or amento Participativo a Secretaria de Educa o retomou a realiza o das Confer ncias Municipais de Educa o 2002 e 2004 ativou os Conselhos Escolares incentivou normatizou e realizou elei es diretas para Diretores de Escolas e em conjunto com o Conselho Municipal de Educa o realizou diversas a es A pol tica educacional dessa gest o teve como uma das prioridades a expans o da Rede ampliando do n mero alunos de professores e de escolas Outra refer ncia foram as a es para o reconh
483. o particular individual do aluno quando era conceituado como atestado de gradua o outorgado a um mestre desta institui o de ensino ou seja era um registro de sua vida estudantil Apenas posteriormente o curr culo evolui para um plano mais coletivo embora ainda sem o reconhecimento de sua dimens o pol tica pois nesse momento passa a ser entendido como o rol de disciplinas e ou conte dos necess rios forma o dos alunos ficando ainda restrito ao mbito de uma unidade escolar O curr culo passa a ser compreendido em sua dimens o pol tica quando questionado e n o mais reconhecido como algo universal intoc vel por m como objeto de decis es e a es 64 de poder Esse reconhecimento identificado por diferentes autores entre eles Silva 1999 Domingues 1986 e 1989 e Forquin 1996 Em Tomaz Tadeu da Silva 1999 isso se d no mbito das Teorias Cr ticas de Curr culo nas quais o curr culo expressa as rela es de poder em Jos Luiz Domingues 1986 e 1989 no enfoque hist rico hermen utico do Paradigma Circular Consensual e no Paradigma Din mico Dial gico os quais passam a pensar o curr culo n o mais como programas previamente estabelecidos e em Jean Claude Forquin 1996 nas Abordagens da Sociologia do Curr culo nas quais o curr culo compreendido como artefato social e n o mais como instrumental tecnocr tico 1 1 2 3 Curr culo como pr tica pedag gica At o presente momento desta
484. o pela L ngua Portuguesa e Matem tica na distribui o semanal das aulas no tempo de organiza o curricular uma demonstra o de supremacia al m da localiza o em algumas escolas de aulas de Educa o F sica no contra turno escolar um indicativo do desprest gio O tempo de organiza o curricular e as v rias a es pedag gicas dentro dele tamb m expressam as ambigiiidades e em especial na implanta o dos ciclos de aprendizagem na 311 Rede Municipal do Recife Por m tamb m est o presentes contradi es e resist ncias nessa implementa o tanto nas concep es quanto nas a es dos docentes As falas das professoras mostram que a Educa o F sica n o consegue inserir se pedagogicamente no curr culo por ciclo das escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife N o pelo fato de se achar no ciclo mesmo antes da sua implementa o visto que vivia uma certa flexibiliza o no tratamento dos saberes escolares mas devido a sua desestrutura o pedag gica em rela o a esses saberes a sua desarticula o com o cotidiano da escola Vimos isso na organiza o sazonal dada pelas professoras aos saberes escolares sendo pouco criteriosa do ponto de vista pedag gico submetendo se por vezes aos limites de sua forma o inicial legitimidade afetiva ao calend rio comemorativo do ano letivo ou mesmo s dificuldades de infra estrutura ou ainda s quest es clim ticas No entanto mesmo com dificul
485. o planejamento da pr tica pedag gica No entanto h uma diferen a em considerar essas caracter sticas e em submeter se a elas sujeitando a sele o do conhecimento ou a organiza o e sistematiza o deste s vontades pessoais coletivas de uma turma ou individuais de certos alunos 118 A partir daqui usamos o termo legitima o ao inv s de legitimidade pois ainda que se refiram a um mesmo fato apresentam t nues diferen as no sentido Primeiro porque a legitimidade muitas vezes associada legalidade pois se aplica qualidade de um estado de direito autenticidade genuinidade conformidade com a lei Segundo porque a legitimidade tamb m usada para expressar compatibilidade com os padr es sociais fundamentados na tica ou mesmo pelo reconhecimento da opini o p blica SOUZA J NIOR 1999 J a legitima o se expressa num movimento de incompletude como algo que busca justifica o No sentido aqui exposto as diferentes disciplinas escolares vivem um constante movimento de busca por reconhecimento no curr culo escolar almejando certa isonomia curricular certo respeito direito e dever frente aos sujeitos e inst ncias pedag gicos Uma legitima o pedag gica continuamente intencionada num movimento hist rico e dial tico de constru o e desconstru o de uma disciplina escolar Essa legitima o se configura diferentemente de acordo com o momento e a concep o pedag gica que orientam a escola na
486. o que transmitimos aos alunos dar conte do transmitir a mat ria do livro did tico Essa id ia n o totalmente errada De fato no ensino h sempre tr s elementos a mat ria o professor o aluno O problema est em que os professores entendam esses elementos de forma linear mec nica sem perceber o movimento de ida e volta entre um e 85 outro isto sem estabelecer as rela es rec procas entre um e outro LIBANEO 1994 p 127 Afirmamos anteriormente que os conte dos escolares s o fortemente marcados pela Pedagogia dos Conte dos pautada nas Teorias Tradicionais de Curr culo e na Pedagogia dos Objetivos especialmente a partir do Paradigma T cnico Linear expressando se geralmente de maneira prescritiva racionalista e normativa Ratificamos isso a partir da pr pria Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos pois mesmo que Lib neo se afaste das concep es tradicionais progressivistas e tecnocr ticas de curr culo h em sua teoria pedag gica uma concep o de saber escolar como conte do escolar entendendo este como algo a ser assimilado pelos alunos mesmo que cr tica e socialmente Esse saber escolar ainda traz um forte tra o do racionalismo tradicional contido na concep o cl ssica de curr culo sendo o conte do algo que precisa ser assimilado pelo aluno e ainda um vest gio da concep o progressivista das teorias tradicionais quando afirma que tal assimila o deve se dar ativamente A Ped
487. o refere se nominalmente professora Em em outros momentos isso se repete sendo s vezes feito pela pr pria professora quando cita a fala de um aluno que se dirige a ela No entanto mesmo alteranto a ntegra da fala analisada alteramos para a denomina o que estamos usando no estudo para garantir o sigilo 246 que que esse menino tem minha gente O que foi que aconteceu Espera a E uma coisa meio estranha isso com isso eu n o tinha me tocado porque se ele n o foi de jeito nenhum ele n o pode ser avaliado A tem uns sem vergonha que v o uma vez v o outra esse a ainda venha c venha conversar comigo N o Professora n o sei o que conversar Eu dialogo com eles mas o que n o foi de jeito nenhum como que pode passar PAI Como vimos na generalidade do curr culo o que acontece com o ensino da Arte em rela o s faltas dos alunos e sua impossibilidade de reprova o por disciplina n o particularidade dessa disciplina ou mesmo do ciclo Diz respeito altera o da Lei n 9394 96 Mesmo que a natureza e a hist ria dos conhecimentos presentes no ensino da Arte possam ser diferentes de outras disciplinas principalmente as consideradas de maior prest gio e tratadas convencionalmente essa apatia diante da organiza o curricular da escola pode n o expressar a supera o da s rie pelo ciclo tratando o conhecimento de forma mais integral e integrada S sei que pode bo
488. o sei o que aconteceu mas assim Ent o Quer dizer eu uso eu uso jornal revista livro v deo e as coisas que eu compro Junto com a proposta Os livros did ticos Olhe o livro de que eu mais gosto de Gra a Proen a que um livro de hist ria da arte A ele apresenta Geralmente o livro did tico come a com hist ria da arte PA1 N o haveria problema em usar a proposta tamb m como recurso mas n o tal qual uma revista um livro um v deo e sim como um objeto de orienta o para o exerc cio da doc ncia sendo compreendida como uma refer ncia que apresenta a uma teoria pedag gica a pr tica pedag gica No caso espec fico de arte para ser fonte de apreens o da concep o de triangula o das dimens es do ensino da Arte de Ana Mae Barbosa pois esta teoria pedag gica espec fica do campo do ensino dessa disciplina na escola citada na pr pria proposta pedag gica da Rede Municipal do Recife No entanto a PA1 cita inclusive ter conhecimento dessa teoria de ensino de Arte mas n o deixa claro se segue essa recomenda o Conhe o Ana Mae conhe o Para mim a proposta que mais est assim resolvendo a situa o em termos de ensino e conte do de arte PAI Apesar das conquistas e avan os seja na literatura sobre essa disciplina seja na pr pria pr tica curricular da Prefeitura do Recife acerca da compreens o do ensino de Arte na escola de educa o b sica superando seu car te
489. o termo original do latim para designar curr culo procurando evitar problemas gramaticais na aplica o do singular e plural 52 No que concerne s Teorias do Curr culo Tomaz Tadeu da Silva 1999 tra ando um mapa dos estudos sobre curr culo apresenta tr s grandes grupos te ricos as teorias tradicionais as cr ticas e as p s cr ticas enfatizando esta ltima defendendo o curr culo como documento que expressa e constr i nossa identidade e diversidade tnica cultural de g nero O autor afirma que De certa forma todas as teorias pedag gicas e educacionais s o tamb m teorias sobre o curr culo As diferentes filosofias educacionais e as diferentes pedagogias em diferentes pocas bem antes da institucionaliza o do estudo do curr culo como campo especializado n o deixaram de fazer especula es sobre o curr culo mesmo que n o utilizassem o termo Mas as teorias educacionais e pedag gicas n o s o estritamente falando teorias sobre o curr culo SILVA 1999 p 21 As teorias pedag gicas e educacionais como vimos anteriormente s o ve culos que expressam determinada concep o de educa o tendo por dentro dessa um entendimento do curr culo No entanto n o s o teorias curriculares pois esse n o o objeto de suas reflex es mas apenas componente de outros objetos de reflex o Para Silva 1999 as diferentes Teorias do Curr culo constituem se como tal pois procuram responder a uma pergu
490. oblem ticas Cate s rias EMp TICAS on ee ie a E Nagano E adia pal ota dede a denis Concep es de Curr culo errar Comparativo dos programas de governo dos dois candidatos Presid ncia da Rep blica para a gest o 2007 2010 que disputaram O ZE UNO AEE maga bacega don N Legenda para refer ncia aos professores entrevistados Estrutura da Secretaria de Educa o Municipal 2004 Estrutura da Secretaria de Educa o Municipal 2005 Matr cula de alunos na Rede Municipal de Ensino do Recife antes e no fim da gest o 2001 2004 a Matr cula de alunos no fundamental II e m dio da Rede Municipal antes e no fim da gest o 2001 2004 Afastamento de professores para p s gradua o Equival ncia de anos escolares e idade curr culo por ciclo da Prefeitura do Recife e os curr culos seriados mais comuns Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Educa o F sica I Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Educa o F sica II Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Arte Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos L ngua Portuguesa Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Matem tica Professores entrevistados por escola Distribui o de aulas semanais e somat rio d
491. odas as reas o Programa Manoel Bandeira de Forma o de Leitores e o MAIS Movimento de Aprendizagens Interativas No entanto n o temos informa es detalhadas pois fugiu ao objeto de nossa pesquisa Para maiores informa es sugerimos consultar http www recife pe gov br pr seceducacao letramento php e http www recife pe gov br pr seceducacao leitura php 156 turma o professor ficaria com esses alunos que est o precisando mais desse apoio nesse momento e o estagi rio ficaria com o outro grupo que j est desenvolvido melhor desenvolvido fazendo uma outra atividade pedag gica tamb m PLP2 Como podemos perceber nas falas dos professores a Rede Municipal de Ensino do Recife possu a com a exce o do ensino m dio presente em apenas duas escolas um regime anual por ciclos Somente o ensino m dio funcionava num regime semestral modular Neste ltimo existiam cursos de educa o profissional de n vel t cnico um em contabilidade e outro em normal m dio chamado pelos professores pedag gico ou magist rio devido a legisla es anteriores Porque assim seria interessante aqui uma reivindica o da gente o pessoal de M dulo ter uma caderneta s por exemplo Agora o Ensino M dio l parece que modular Ele Ele Porque l Pedag gico A gente contabilidade PEF2 No magist rio s o 4 horas aula porque o curso deles em m dulos a melhor mas na 7 e 8 como 2
492. ode ser mais bem compreendida e negada se pensarmos que at os anos 1970 a educa o brasileira tinha mais afinidade com uma classe social privilegiada financeiramente do que com uma classe popular A escola bem ou mal funcionava porque o aluno que chegava a ela estava organizado apto a aprender Para esse aluno a escola era uma parte de sua vida sendo a fam lia respons vel pela outra parte dando lhe aten o ajudando lhe nos deveres de casa e isso era mais f cil porque a m e tradicionalmente n o trabalhava fora O aluno teria sucesso na escola fosse ela em s rie ou ciclo C MARA DOS DEPUTADOS 2002 Miguel Arroyo presente na mesma audi ncia p blica da C mara dos Deputados que tratou sobre os ciclos C MARA DOS DEPUTADOS 2002 tamb m ajuda nessa nega o fazendo nos uma pergunta e refletindo sobre ela Por que os alunos chegam 5 s rie sem saber principalmente sem saber ler escrever e contar o ciclo Podemos ent o afirmar que sim o ciclo mas n o por falha e sim por m rito Antes os adolescentes n o chegavam 5 s rie com dificuldades porque aqueles com dificuldades iam sendo retidos at abandonarem a escola por isso os professores n o se queixavam Hoje com os ciclos os professores reclamam porque precisam que enfrentar o problema de ter que encontrar alternativas para ensinar aos alunos E outra O conhecimento escolar est restrito ao saber ler escrever e contar Certamente que n o Passou s
493. odos ativos A forma o de compet ncias exige uma pequena revolu o cultural para passar de uma l gica do ensino para uma l gica do treinamento coaching baseada em um postulado relativamente simples constroem se compet ncias exercitando se em situa es complexas PERRENOUD 1999 p 53 54 A segunda afirma o do car ter adaptativo da Pedagogia das Compet ncias de Perrenoud na qual os alunos deveriam adquirir compet ncias compat veis sua condi o de vida na realidade social existente e n o para fazer a cr tica a essa realidade e comprometer se com uma transforma o social Vejamos 103 A descri o de compet ncias deve partir da an lise de situa es da a o e disso derivar conhecimentos H uma tend ncia em ir r pido demais em todos os pa ses que se lan am na elabora o de programas sem dedicar tempo em observar as pr ticas sociais identificando situa es nas quais as pessoas s o e ser o verdadeiramente confrontadas O que sabemos verdadeiramente das compet ncias que t m necessidade no dia a dia um desempregado um imigrante um portador de defici ncia uma m es solteira um dissidente um jovem da periferia PERRENOUD 20004 p 2 Duarte 2000 e 2001 em suas cr ticas acerca das pedagogias do aprender a aprender argumenta que o aprender a aprender trata se de um lema que sintetiza uma concep o educacional voltada para a forma o da capacidade adaptativa do
494. ofessores da Escola B 1 professora da Escola C 1 professora da Escola D 1 professor da Escola E Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice B Levantamento bibliogr fico e mapeamento da literatura q OBRA CONTRIBUI O INSERIR EM MEU ESTUDO REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ESPECIFICA p g CAPITULO DISCUSSAO MOMENTO C U R R I C U L O S A S B C E 0 R L E A S R E S C E U S L C T 0 U L RIA A R Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice C Roteiro de entrevista 1 Planejamento Voc planeja suas atividades de ensino Como voc planeja as aulas Voc registra por escrito tal planejamento O que utiliza para planejar H algu m que avalia ou acompanha o processo de planejamento Quem O planejamento uma solicita o administrativa DEPENDENDO DA RESPOSTA instrumental ou uma necessidade do trabal
495. om a n o reprova o antes existente no ensino de Arte na escola Eu acho muito interessante essa proposta de analisar o aluno se ele n o for bem se ele n o for bem naquilo mas que ele pode melhorar ele pode melhorar isso a na verdade esse ciclo se a gente for analisar direitinho j era que muito parecido com a arte no princ pio da arte Que o aluno vai dizer se A B ou C n o No sistema Porque o que era arte naquela poca Voc foi bem voc foi mais ou menos ou voc n o conseguiu chegar l Mas que voc n o era reprovado porque n o se saiu muito bem Em outra oportunidade voc teria a possibilidade de melhorar Ent o esse nosso sistema na verdade exatamente esses conceitos que utilizado na arte PAD Segundo as professoras de Arte os ciclos geraram v rias altera es na pr tica pedag gica da escola de uma forma geral e da sala de aula em cada disciplina curricular tanto positivamente quanto negativamente No entanto algumas cr ticas aos ciclos n o s o procedentes tal como a interpreta o por parte de alguns professores acerca da obrigatoriedade de aprova o dos alunos mesmo que ele n o tenha tido bons resultados nas avalia es de sala de aula Eu acho que uma educa o um conhecimento Porque eu chamo mesmo conhecimento Porque ele pode ser dado integrado integrado com muita coisa Por isso que eu n o acho que o ciclo prejudicou n o Agora a gente vai ter
496. om rela o organiza o e distribui o dos saberes no tempo das aulas mesmo havendo uma cr tica ordena o segii ncia e hierarquiza o padronizadas muitos ainda afirmam partirem do simples em dire o ao complexo levando em considera o o n vel de desenvolvimento et rio e psicol gico dos alunos No entanto os professores n o assumem a tarefa de estabelecer as sequ ncias seguem a Proposta Pedag gica da Rede 2002b ou a ordena o presente nos livros did ticos mesmo que atualmente esses livros sejam mais flex veis nessa hierarquia de saberes e ainda que a flexibilidade aumente diante da pr tica pedag gica de sala de aula devido s peculiaridades dos alunos Inclusive os professores s o un nimes em dizer que h a garantia dos hor rios de aulas Em alguns casos quando h aula externa aula visita aula passeio existe uma programa o pr via entre os professores coordena o dire o para que n o haja preju zo para os alunos os professores e os saberes Quem afirma ter dificuldade com recursos afirma tamb m que o hor rio de aulas s vezes fica prejudicado em fun o do material e local a usar por exemplo ficar procurando a chave da sala de v deo ou mesmo dividir espa o de aulas com intervalo de recreio de turmas de outros ciclos 192 Observam se dificuldades nas falas dos professores bem como conflitos na implanta o dos ciclos de aprendizagem Entre o curr culo seriado e o curr culo
497. omens dos animais pela consci ncia pela religi o e por tudo o que se queira Mas eles pr prios come am a se distinguir dos animais logo que come am a produzir seus meios de exist ncia Ao produzirem seus meios de exist ncia os homens produzem sua pr pria vida material MARX e ENGELS 1998 p 10 11 Ap s percorrer a hist ria dos modos de produ o pr capitalista Marx e Engels explicaram como o trabalho enquanto atividade pr tica do homem est intimamente ligado s rela es de produ o e como chegando na sua forma capitalista o trabalho tornou se alheio aos pr prios indiv duos Na forma capitalista na grande ind stria de rela es de trabalho as condi es de exist ncia se reduziram a duas 1 a propriedade privada trabalho acumulado e 2 a for a de trabalho trabalho real As rela es de produ o neste modo separam os homens at de sua pr pria for a de trabalho e mais ainda dos produtos deste mesmo trabalho De in cio a divis o do trabalho inclui tamb m a divis o das condi es de trabalho instrumento e materiais e com essa divis o o fracionamento do capital acumulado entre diversos propriet rios e em seguida o fracionamento entre capital e trabalho bem como as diversas formas da pr pria propriedade Quanto mais a divis o do trabalho se aperfei oa mas a acumula o aumenta e mais esse fracionamento se acentua tamb m de maneira marcante O pr prio trabalho s pode subsistir sob
498. omo a tomada de provid ncias pr vias principalmente diante dos recursos did ticos para a realiza o da aula N o que esse elemento n o fa a parte do planejamento sendo de fato importante No entanto n o o nico e al m do mais os recursos est o implicados com a metodologia com os conte dos com os objetivos e com a avalia o Planejo assim N s no caso no meu caso eu perten o equipe eu tenho a maior disponibilidade de tempo para rever verifico dentro do que preciso do que vou fazer certo E verifico assim no caso de Se eu vou precisar usar um papel quadriculado se eu usar algum recurso de desenho ou alguma coisa Eu pe o obviamente se for o caso de materiais eu chego antes na escola e pego esse material E essas atividades v o estar atreladas ao conte do que eu vou trabalhar PM1 Evidentemente voc tem um planejamento ao seu lado e que pudesse realmente alcan ar tudo aquilo Mas infelizmente s vezes n o alcan a e acontece s vezes de se alcan ar l gico Mas a gente j faz anual at porque n o se disp e de muito tempo para fazer isso Ent o a gente faz anual E dentro daquele planejamento voc vai ver o que que pode entendeu PM2 Os professores informam que o planejamento registrado na caderneta n o deixando clara a exist ncia de outro registro mais pessoal sendo aquele um registro de exig ncia administrativa Ao contr rio os professores deixam trans
499. omo orienta o advinda da pol tica governamental federal O Governo Federal portanto por via dos PCN ou mesmo de orienta es legais como o caso das Diretrizes Curriculares para a organiza o dos tr s n veis da educa o b sica oferece refer ncias para a sele o dos saberes Mesmo antes desses PCN ou das Diretrizes os governos tamb m ofereciam as refer ncias por m em forma de guias curriculares do MEC Eu participei inclusive da reforma em l ngua portuguesa eu preparei um trabalho de A partir dos PCN a gente fez uma sele o de conte dos sele o de E principalmente uma concep o de l ngua do professor de l ngua portuguesa PLP2 PCN A gente organizou tudo O que s o os PCN Os par metros ent o eles lan aram esses par metros ainda do governo anterior e a partir desses par metros eles foram atualizados os conte dos de l ngua portuguesa as A gente chamava de grade curricular agora a gente de chama de diretrizes curriculares Elas s o organizadas pelo MEC ent o a partir da que a gente reorganiza para cada PLP2 Eram as diretrizes as grades curriculares que eram assim o que obrigat rio e o que eletivo O que realmente obrigat rio o que o n cleo para ensinar isso aqui do que que o aluno precisa Ent o essa lista j vinha pronta do MEC para a gente e a gente adaptava ou n o J vinha pronto um guia curricular Vinha o guia vinham as orienta es
500. omover a transforma o necess ria A educa o tamb m indispens vel para o aumento do valor do trabalho e da produ o em todos os setores para a busca do equil brio ambiental e para a garantia de outros direitos sociais 137 Fundamentos Apoiar as prefeituras para adotarem e perseguirem metas Tr s diretrizes estiveram na origem da da Educa o de universaliza o do acesso de crian as de quatro e cinco pol tica levada a efeito pelo Minist rio da anos pr escola Educa o Qualidade Social da Educa o Democratiza o do Acesso Garantia da Assegurar com o horizonte de 2017 que 95 dos alunos Perman ncia e Democratiza o da Gest o concluam o ensino fundamental cumprindo padr es de Educacional desempenho para cada s rie ou ciclo Estimular a cria o de disciplinas pr ticas e semiprofissionalizantes voltadas para o dom nio de tecnologias b sicas e desenvolvimento de habilidades para o trabalho Assegurar autonomia s universidades federais Buscar solu es para os problemas dos hospitais universit rios federais no mbito da autonomia universit ria Escola A boa escola p blica possibilita a igualdade de Para tanto a escola deve se tornar um oportunidades para todos e central para redu o da pobreza e das desigualdades sociais e regionais espa o de produ o organiza o e difus o de cultura onde se realize o dom nio de habilidades no campo das linguagens da mate
501. onal e at mesmo arbitr ria Nelas s o questionadas a racionaliza o e neutralidade do conhecimento sendo compreendidas mais claramente ou at mesmo denunciadas e criticadas suas formas de express es de rela es de poder No Curr culo como Historiografia da Educa o os saberes escolares tamb m se fizeram presentes tornando se categoria central num movimento de renova o dos objetos fontes e escritas da hist ria da educa o principalmente no campo chamado Hist ria das Disciplinas Escolares inspirado na Nova Hist ria da Escola dos Annales Os saberes escolares expressam o processo interno da escola captando o cotidiano escolar Essa categoria nos estudos historiogr ficos permite reconhecer o tratamento dado aos conte dos de ensino no interior dos curr culos escolares sendo poss vel apreender as marcas da trajet ria dos processos de escolariza o na sociedade Com o olhar do Curr culo como Pol tica Educacional os saberes escolares passam a constituir os discursos e pr ticas no mbito das pol ticas p blicas configurando especificamente as pol ticas curriculares em especial aquelas que buscam uma descentraliza o do poder das a es do Estado sendo portanto entendidos como os conte dos de aprendizagens selecionados organizados e avaliados a partir de determinada compreens o e legitimidade de um projeto educacional Partindo da compreens o do Curr culo como Pr tica Pedag gica os saberes escolares
502. onflitos problemas no que se refere ao tratamento dos conte dos de ensino na escola de uma forma geral Quais s o eles Estes s o exclusividade da sua disciplina ou n o Quais s o os de particularidades dela Voc em algum momento esbarra na necessidade de privilegiar alguns conte dos em detrimento de outros Quando e por que isso acontece Quais s o estes conte dos privilegiados e desmerecidos Como voc observa e compreende a inser o de sua disciplina no Projeto Pol tico Pedag gico da escola Como voc v a inser o de sua disciplina na pol tica curricular da Rede Como voc v a inser o de sua disciplina no curr culo de sua escola Como voc v a organiza o dos conte dos em ciclos 4 Avalia o O que avalia Como avalia Difere de acordo com as s ries ou ciclos Em que difere Com o que avalia O que utiliza para realizar a avalia o Em que momento avalia H aprova o e reprova o O que significa isso para voc e para os alunos Universidade Federal de Pernambuco Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Mestrado e Doutorado Linha de Pesquisa Forma o de Professores e Pr tica Pedag gica FPPP Orientadora Profa Dra M Eliete Santiago Orientando Marc lio Souza J nior Ap ndice D indicadores para an lise de conte do e Elemento central trato com o conhecimento constitui o dos saberes escolares e Operacionaliza o tratamento dad
503. onhecimentos atitudes e valores constru dos dentro e fora da escola ou seja formar sujeitos competentes RECIFE 2002b p 7 O conceito de compet ncia nessa Proposta apresenta se como a capacidade de conjugar diversos saberes mobilizados pelo indiv duo saber saber fazer e saber ser na realiza o de uma atividade articulando n o apenas os conhecimentos formais mas tamb m uma gama de aprendizagens interiorizadas nas experi ncias vividas que passaram a constituir a pr pria subjetividade dos indiv duos Esta articula o se constr i a partir das necessidades di rias da vida das emo es e do enfrentamento com situa es desafiadoras RECIFE 2002b Compet ncias essas a serem desenvolvidas junto aos alunos a partir de um curr culo organizado em ciclos de aprendizagem Este curr culo tinha a pretens o de contribuir com a constru o social das aprendizagens escolares referenciadas pelas pr ticas sociais sendo compreendido em uma dimens o ampliada indo al m dos conte dos acad micos convencionados Seu foco plural contemplava os saberes como processos sociais e institucionais os s mbolos e os valores as compet ncias e habilidades m ltiplas pr prias da complexidade humana RECIFE 2003a O curr culo foi organizado em ciclos de aprendizagem compreendidos pela Rede Municipal como uma forma de organiza o dos saberes escolares nos tempos e espa os pedag gicos pressupondo a aprendizagem como um movimento cont
504. onte do de ensino A Pedagogia dos Objetivos procurando estruturar de maneira mais ordenada a educa o escolar passa a organizar o conhecimento num rigoroso processo de racionaliza o Fundada em estudos da psicologia comportamental essa pedagogia vai trazer institui o escolar uma vis o instrumentalista do conhecimento Tanto numa concep o progressivista sendo mais utilitarista quanto numa concep o tecnocr tica sendo mais eficienticista o 80 curr culo volta se ao aluno compreendendo suas experi ncias como centro da atividade educacional Na primeira concep o a id ia levar os alunos a ativamente aprenderem a aprender e na segunda reformulando a primeira mas sem neg la fazer com que se aprendam os conhecimentos cient ficos por via de t cnicas que assegurem o controle dessa aprendizagem Destacamos a concep o de conte do escolar apresentada por Turra 1993 Esta autora juntamente com tr s outras estudiosas em planejamento educacional afirma que aquele parte integrante da mat ria prima da educa o escolar Para ela o conte do o que est contido em um campo do conhecimento Envolve informa es dados fatos conceitos princ pios e generaliza es acumuladas pela experi ncia do homem em rela o a um mbito ou setor da atividade humana Fundamentalmente constitui um conjunto de conhecimentos organizados conforme sua natureza e objetivos Os bens culturais quan
505. onte dos dos Objetivos de Projetos Hist rico Cr tica Cr tico Social dos Conte dos e das Compet ncias privilegiamos uma discuss o acerca desta ltima por se destacar na pol tica curricular da Rede Municipal de Ensino do Recife l cus de nossa investiga o Al m da Pedagogia das Compet ncias os Ciclos de aprendizagem tamb m foram pelo mesmo motivo privilegiados e tanto uma quanto outra teoria pedag gica foram abordadas pelas suas bases conceituais e cr ticas No terceiro cap tulo entendendo que uma pol tica curricular d se na dupla e rec proca rela o entre os planos e a es de governo e a pr tica pedag gica dos professores nos 46 curr culos escolares evidenciamos e analisamos o contexto hist rico e governamental de influ ncia apropria o e produ o na gest o 2001 2004 da Secretaria de Educa o da Rede Municipal de Ensino do Recife Esse contexto foi tra ado pelas influ ncias antecedentes desde a d cada de 1980 e pelas aspira es procedentes da atualidade evidenciando as oscila es existentes nos planos municipal estadual e federal e tendo como fonte de an lise e reflex o a literatura os documentos da Rede e as falas dos professores entrevistados No quarto cap tulo analisamos o engajamento do professor na constitui o dos saberes escolares evidenciando o movimento de elabora o e implementa o da pol tica curricular da Rede Municipal de Educa o do Recife Apresentando e
506. ontextualizar a Arte Nas artes visuais est o contemplados pintura desenho gravura arquitetura escultura fotografia v deo cinema televis o holografia instala o moda etc No teatro est o as demonstra es dram ticas e seus diferentes signos tais como palavra entona o cen rio indument ria ilumina o gesto etc Na m sica est o presentes as combina es de sons e de sil ncios comunicando sonoramente as express es e impress es Essa Proposta delimita compet ncias gerais para o ensino de Arte pormenoriza as caracteriza es de cada linguagem citada lista as compet ncias em cada linguagem e 175 estrutura os conte dos a partir dos tr s eixos em cada linguagem art stica indicada como se observa no quadro 19 Quadro 19 Distribui o dos eixos e saberes nos ciclos Arte SABERES HABILIDADES EIXOS ARTES VISUAIS TEMATICOS Ciclos Multiculturalidade Multiculturalismo nas artes visuais artes visuais produzidas nas diferentes culturas g neros etnias e minorias art naif imagens do inconsciente arte ind gena e outras Constru o de conceitos multiculturalidade artes visuais como linguagem artes visuais g neros estilos movimentos nomenclaturas modalidades suas varia es e interse es outros Movimentos art sticos hist ria e contextos renascentismo neclassicismo barroco romantismo realismo impressionismo expressionismo fovismo abstracionismo Contex
507. oposta Pedag gica s o listadas compet ncias para as reas de conhecimento para cada componente curricular e para os eixos tem ticos dos saberes escolares Como a proposta da Rede no caso espec fico de matem tica n o s especificamente matem tica mas no geral ela est regida por compet ncias e no caso espec fico de matem tica por eixos tem ticos n s chamamos eixos tem ticos PM1 159 Ent o aqui eu vou listar as compet ncias da rea que eu vou trabalhar esse ano t E as compet ncias dos componentes curriculares Os conte dos como eu vou dar essas aulas e como que eu vou avaliar PLP1 A Pedagogia de Projetos tamb m aparece particularmente na fala de alguns professores usando como forma metodol gica de materializa o dos ciclos e das compet ncias No entanto isso se apresentava na autonomia das escolas em seguirem ou n o experimentarem ou n o essa pedagogia n o sendo uma recomenda o da pol tica curricular da Rede e sim localizada em algumas escolas e algumas experi ncias realizadas principalmente oriundas da forma o continuada dos professores O aluno ia ter menos disciplinas que iam ser divididas por rea de conhecimento A gente ficaria mais f cil trabalhar com o projeto Como est sendo mais f cil trabalhar com eles Trabalha esses projetos que fica tudo na PEF2 optativo infelizmente porque na minha cabe a JOS eu pensei que se a gente trabalhasse ju
508. or proximidade com ou pelas pr prias a es governamentais configurando se como uma pol tica curricular ou ainda em aproxima o ou pelas pr prias a es docentes configurando se como o curr culo em si alguns preferem chamar de propostas curriculares Enfim num n vel de participa o ampliada entre governo e docente o planejamento curricular e os demais n o seriam diferentes mesmo que preservem suas caracter sticas peculiares d se numa rela o de entrela amento Esse entrela amento tamb m pode ser percebido na figura 2 entendendo que o planejamento vivencia num caminho de m o dupla quatro fases interligadas A diagnose quando se desenha descreve e analisa a realidade s cio educacional coletam se informa es para o planejamento A elabora o quando num movimento de cria o se tomam as decis es e fazem se as escolhas sobre a pr tica pedag gica chegando at a documenta o o registro escrito do planejamento ou seja a elabora o do plano de ensino planifica o A execu o quando se procura a realiza o do que foi planificado especificamente na pr tica pedag gica de sala de aula ou seja do ensino E a avalia o verificando checando a coer ncia do planejamento a qual acontece desde o in cio do planejamento e vai perpassando todo o processo Figura 2 Fases do planejamento a e h EXECU O 40 Na Fase de Tratamento e An lise de Dados coletados
509. organizada a qual procura materializar uma educa o no bojo de uma posi o pol tica democr tico popular no Plano Nacional de Educa o PNE proposta da sociedade brasileira PNE 1998 que encontramos registro mais sint tico e sistematizado da perspectiva da Qualidade Social embora o Plano Nacional de Educa o MEC sancionado em janeiro de 2001 na forma de Lei n 10172 tamb m trate do termo qualidade social No entanto nesta lei o termo tem um sentido corriqueiro BRASIL 2001 A forma o inicial dos profissionais da educa o b sica deve ser responsabilidade principalmente das institui es de ensino superior nos termos do art 62 da LDB onde as fun es de pesquisa ensino e extens o e a rela o entre teoria e pr tica podem garantir o patamar de qualidade social pol tica e pedag gica que se considera necess rio As institui es de forma o em n vel m dio modalidade Normal que oferecem a forma o admitida para atua o na educa o infantil e nas quatro primeiras s ries do ensino fundamental formam os profissionais BRASIL 2001 O PNE proposta da sociedade brasileira representa um movimento de luta dos setores organizados da sociedade civil que v m procurando ao longo de v rias d cadas construir uma sociedade mais justa socialmente Mas foi a partir da promulga o da nova Constitui o Federal em 1988 que esses setores iniciaram um agrupamento para por via da constru
510. orque a crian a j viu um monte de coisa ela j viu coisa que s Que na 7 e na 8 ela j viu mais alguma coisa Ent o a gente vai juntar vai juntar PA1 Ent o uma pessoa que n o tenha aprendido algo n o significa que ela n o vai ter capacidade de aprender porque naquele momento ou aquela forma que eu trabalhei n o ajudou Porque eu j tive um menino aqui de matem tica h muito tempo atr s que o aluno n o conseguia fazer determinadas atividades de matem tica eu disse para ele Olhe eu aprendi a fazer esse exerc cio de que voc est falando dessa forma A eu mostrei a ele como eu aprendi a ele foi fazer e disse professora eu estou achando t o f cil agora e ele foi fazendo assim como eu aprendi Ent o ele n o teve capacidade de aprender mas eu mudei a forma Facilitou Ent o que a pessoa tenha a possibilidade de n o aprender com outros professores s que eu acho que o mundo que tem de menino ningu m Esse tipo de trabalho n o se pode fazer com quantidade tem que se trabalhar com poucos alunos para que a pessoa veja aquela dificuldade bole uma estrat gia para trabalhar e d mais assist ncia aquele menino Eu s coloco nessa quest o de estudos ampliados aquele aluno que n o fez nada Que n o conseguiu PAZ 243 No entanto por outro lado existem confus es em rela o a esse ciclo Por exemplo a PA2 confunde essa inova o com rela o ao conhecimento e s aprendizagens c
511. ort ncia e ordena o Nessa forma de dispor o conhecimento poss vel compreender a reparti o dosagem distribui o que assumem os saberes escolares como tamb m perceber como s o hierarquizados sequenciados graduados No mbito da sistematiza o os saberes organizados passam a submeter se ou mesmo criar uma coer ncia com uma linha de a o Assim a sistematiza o diz respeito s maneiras e princ pios de tratamento metodol gico dos saberes diante dos alunos sendo portanto uma dimens o da a o pedag gica na intera o professor aluno e aluno aluno no processo de socializa o do conhecimento Essa sistematiza o dos saberes escolares tamb m se refere s diferentes maneiras de compreender a avalia o das aprendizagens permitindo nos indagar sobre o tempo necess rio s aprendizagens 99 CAP TULO 2 ORGANIZA O CURRICULAR DOS SABERES ESCOLARES A PEDAGOGIA DAS COMPET NCIAS E OS CICLOS DE APRENDIZAGEM Vimos no mbito das discuss es sobre curr culo que v rias s o as teorias abordagens paradigmas para compreender e implementar as organiza es curriculares levando nos a distintas maneiras de entender as origens os agrupamentos os tempos e as avalia es acerca dos saberes escolares No mbito da rela o entre as Teorias Pedag gicas e os saberes escolares vimos como se apresentam as discuss es sobre esse conceito evidenciando os fundamentos da Pedagogia dos Conte dos dos Objetivos d
512. os um fator condicionante Por m transformam se em fatores determinantes em Educa o F sica e Arte devido ao car ter de seus objetos de estudos e a precariedade ou aus ncia na escola de espa os e materiais mais espec ficos a essas disciplinas O livro did tico funcionaria como recurso pedag gico espec fico em L ngua Portuguesa e Matem tica tanto para uso do professor como do aluno Na Educa o F sica mesmo sendo inexistente esse tipo de recurso as professoras tomam os PCN como tal entretanto de uso restrito do professor para organiza o das aulas Em Arte mesmo que a Rede n o adote o livro did tico apesar de existirem no mercado editorial as professoras fazem uso do livro did tico de Arte de outras escolas e at de outras disciplinas para retirarem textos e informa es tanto para orientar sua organiza o e sistematiza o dos saberes como tamb m para serem usados pelos alunos Apesar dessa diversidade e de percebermos e recomendarmos o uso de diferentes espa os e materiais por todas as disciplinas a aula expositiva um procedimento bastante usado em L ngua Portuguesa e Matem tica Em Educa o F sica e Arte esse procedimento tamb m aparece por m com um uso espor dico quase inexistente inclusive uma professora de Educa o F sica afirma n o se sentir como tal quando usa esse procedimento em suas aulas 314 Em Educa o F sica e Arte o trabalho realizado em grandes e pequenos grupos engua
513. os educacionais RAMOS 2001b No mbito da segunda tend ncia num movimento americano dos anos 60 denominado pedagogia baseada no desempenho ou pedagogia do dom nio como foi tamb m chamada encontra se a origem da no o de compet ncia Esse movimento teria sido bastante influenciado por uma perspectiva industrial fundado sob uma ideologia conservadora e uma psicologia condutivista chegando a elabora es em outros pa ses como no Canad exemplificamos atrav s da obra de Benjamin Bloom Bloom em seu artigo Aprendizagem para o Dom nio declarava que 90 a 95 dos alunos t m possibilidade de aprender tudo o que lhes for ensinado desde que se lhes ofere am condi es para isso Verifica se assim o surgimento do ensino baseado em compet ncias que concretizou a aprendizagem para o dom nio de Bloom orientada pelos tr s objetivos comportamentais pensar sentir e agir englobados em tr s reas cognitiva afetiva e psicomotora RAMOS 20010b p 224 Ramos 2001b fundamentando se em Philippe Perrenoud afirma que a Pedagogia do Dom nio difundiu se na Europa como Pedagogia dos Objetivos e teve no behaviorismo de Skinner sua refer ncia Com Malglaive diz que a perspectiva dos objetivos na Europa teria sido muito mais influenciada por Rousseau No entanto os dois admitem que a Pedagogia dos Objetivos recebeu in meras cr ticas Para Ramos 2001b Perrenoud 1999 menos enf tico no que se refere a uma necessidad
514. os saberes legitima o afetiva e ainda sua especialidade de forma o al m do fato de os recursos pedag gicos condicionarem o tratamento dos 127 O termo tanto se refere s esta es do ano quanto ao entendimento de uma conjuntura prop cia ao ensejo oportunidade e ao favor vel 312 conte dos apesar de uma delas externar o desejo por uma estrutura o dos saberes que se fundamentasse numa organiza o mais sequenciada no tempo de escolariza o Ainda assim poss vel reconhecer o m rito da implanta o dos ciclos segundo as professoras de Arte e o esfor o em qualificar o seu ensino em torno de outra concep o fazendo a reconhecer se e buscar reconhecimento como rea de conhecimento do campo das linguagens favorecendo ao aluno a apropria o de uma determinada dimens o da cultura Al m do mais a Arte tamb m se fez presente na elabora o e implanta o da pol tica curricular como um todo e em especial na constru o da Proposta Pedag gica da Rede Em L ngua Portuguesa as professoras indicam que de fato os ciclos de aprendizagem geraram uma grande diferencia o em rela o poca em que se vivia um curr culo seriado principalmente porque o ciclo exige um ensino mais flex vel contextualizado e problematizador enquanto a seria o curricular era etapista com pr determina es padronizadas dos saberes que terminavam por n o acontecer no cotidiano da pr tica pedag gica de sala de aula
515. ostos mas existem dentro de uma unidade na qual o material b sico ou primordial BOTTOMORE 1997 p 259 O novo materialismo se desentranha da cr tica ao materialismo de Feuerbach cuja influ ncia foi decisiva para que Marx e Engels dessem o passo da supera o radical da filosofia hegeliana GORENDER 1998 p XXXV 28 O Materialismo Hist rico designa uma vis o do desenrolar da hist ria que procura a causa final e a grande for a motriz de todos os acontecimentos hist ricos importantes no desenvolvimento econ mico da sociedade nas transforma es dos modos de produ o e de troca na consegiiente divis o da sociedade em classes distintas e na luta entre essas classes ENGELS 1892 apud BOTTOMORE 1997 p 260 O m todo investigativo da dial tica materialista hist rica Criticando a economia pol tica do s culo XVII Marx em 1857 passa a expor com maior sistematiza o seu m todo de investiga o Para ele os economistas desta poca n o usaram um m todo correto pois partiam da apar ncia imediata do real de uma totalidade viva tais como popula o Estado Na o o que os levava a uma vis o ca tica do todo e a conceitos simplistas e abstratos desta realidade Marx 1983 p 218 percebeu nesse procedimento um equ voco ao constatar que a popula o uma abstra o se desprezarmos por exemplo as classes de que se comp e Por seu lado essas classes s o uma palavra oca se ignorarmo
516. paciais Cubos e paralelep pedos Transforma es no plano e Transla o simetria rota o reflex o homotetia no espa o revolu o Tratamento Estat stica Coleta de dados classifica o organiza o e interpreta o da de dados constru o de tabelas e gr ficos leitura e Informa o interpreta o de gr ficos e tabelas amostra e probabilidade Fun es Equa es do primeiro grau Conceito de equa o tradu o alg brica de problemas e em Q resolu o de equa es e de problemas do primeiro grau lgebra QUARTO CICLO EIXOS TEM TICOS CONTE DOS N meros reais Caracteriza o dos n meros racionais introdu o do N meros conceito de n mero irracional aproxima o por segii ncia e de racionais Opera es Opera es Radicais conceito e propriedades opera es juros e porcentagem N meros naturais Estruturas aditivas e multiplicativas e propriedades MEDIDAS Comprimento massa tempo volume capacidade valor monet rio 182 Areas e per metros Comprimento da circunfer ncia e per metro dos pol gonos convexos Grandezas reas dos pol gonos convexos regulares e n o regulares e rea de um setor circular e problemas envolvendo rea e Medidas per metro rea total da superf cie dos s lidos geom tricos prismas cilindros pir mides cones Geometria Geometria dedut
517. panhadas de um sentido mais retil neo enquanto no termo ciclo estas compreens es trazem consigo um sentido de circularidade Pensando os termos na perspectiva da organiza o dos curr culos escolares vemos que a s rie indica reparti o fragmenta o intervalo e etapas enquanto os ciclos indicam agrupamento integra o continuidade e espiralidade Por vezes vemos escolas que passaram a se organizar por ciclos de aprendizagem continuarem a usar o termo s rie para indicar os anos de cada ciclo Pais alunos professores gestores continuam a usar a palavra s rie para fazer essa indica o Neste caso a palavra est sendo usada no sentido de divis o etapa E poss vel verificar fen meno parecido com o uso 112 do termo ciclo Vemos por exemplo no per odo republicano do ensino brasileiro momentos em que a palavra ciclo aparecia significando tamb m etapas ou modalidades No entanto no caso do termo s rie na atualidade esta aplica o tamb m est provavelmente arraigada pela seria o do curr culo escolar A seria o n o se materializa apenas pelo uso do termo s rie outros tra os e caracter sticas precisam se juntar a este menos importante talvez para configur la como organiza o curricular Segundo Arroyo 2002 p 31 as s ries n o est o centradas nos sujeitos educandos nem em seu desenvolvimento As s ries est o centradas na organiza o de um conjunto de conhecimentos supostamente hie
518. parecer que usam a pr pria caderneta como registro pessoal para as aulas Mas demonstram que o planejamento n o feito apenas para essa exig ncia mas tamb m por uma quest o pedag gica servindo de orienta o e controle para a atividade docente em sala de aula E isso j est na minha caderneta j est tudo direitinho j est l registrado os momentos assim Inclusive at algumas atividades paralelas por exemplo se eu vou trabalhar com a parte de geometria ent o est l inclu da uma atividade constru o por exemplo do tangran ent o eu construo o tangran A partir do uso dos instrumentos eu concilio usar o instrumento que vai precisar de r gua para medir vai precisar de algumas coisas com a parte de geometria que v as formas ent o eu concilio essas 2 coisas PM1 Em cada caderneta tem o mesmo programa mas tem que ser mostrado em cada caderneta o da 5 o da 6 o da 7 voc pode ter 10 turmas de 5 nas 10 cadernetas tem que constar aquele programa Poderia ser at o mesmo planejamento O conte do o mesmo as compet ncias que tem que ser 284 atingidas s o as mesmas Mas em cada caderneta tem que ser afixado o planejamento PM2 N o claro isso a Tem os dois vieses atrelados a tanto uma quest o legal que voc precisa documentar isso claro A caderneta pessoal do professor portanto o trabalho desse registro do que est se fazendo das aulas e tudo mais
519. participe N o d para fazer atividades espec ficas para trabalhar fundamentos pequenas situa es dentro do jogo N o d para trabalhar isso s se eu tivesse assim 30 bolas 10 bolas no m ximo entendeu Ou materiais alternativos que na escola n o tem Ent o o jeito trabalhar com grandes agrupamentos Gin stica com todo mundo dan a com todo mundo esporte com todo mundo meio complicado PEF1 Olha o mais que a gente v em grupos divis es e grupos Aqui mesmo de manh o que tenho acho que d tem dado muito certo assim apesar de eu achar Eu trabalho muito assim digo eles o que vou fazer o que pretendo fazer que quando voc trabalha com Ensino M dio t m que ser muito discutidas as coisas PEF2 A PEF afirma ter trabalhado em pequeno grupo com pesquisa escolar por m h limites em rela o aos recursos pedag gicos A PEF2 tamb m apresenta os limites e as dificuldades mas encontra alternativas para diferenciar as metodologias na sistematiza o dos saberes escolares 218 Eu acho que isso uma lacuna tamb m Porque por exemplo se voc quiser fazer uma pesquisa na escola ir para a sala de inform tica os computadores n o est o funcionando todos entendeu No momento na minha escola tem 5 e s 2 est o funcionando Ent o j dificulta fazer uma pesquisa dentro de uma sala N o tem um espa o f sico adequado para fazer pesquisa Ent o assim eu n o estou trabalhando es
520. pedag gicas did tica curr culo etc No entanto s o os estudos de Andr Chervel e Jean Claude Forquin que aparecem com mais frequ ncia nos trabalhos preocupados com o curr culo O primeiro com um olhar mais historiogr fico investiga a constitui o e uso da gram tica escolar constru da por pedagogos para servir de apoio s aprendizagens das regras ortogr ficas Analisando o ensino de l nguas na Fran a o autor discorda da abordagem da transposi o did tica defendida por Yves Chevallard contrapondo se a ela e indaga que os saberes escolares possuem uma autonomia gerando um conhecimento pr prio da escola CHERVEL 1990 Para Chervel 1990 a escola n o se define pela mera fun o de transmiss o dos saberes ou ainda de inicia o s ci ncias de refer ncia tendo estas ltimas feito suas comprova es fora da escola Nesse sentido pensa se que o ensino dos saberes nas disciplinas no interior da escola expressam uma transposi o de algo que foi produzido exteriormente Por exemplo ensina se a gram tica pois esta como cria o secular dos ling istas expressa a verdade da l ngua ensina se a matem tica como as descobertas e revolu es da ci ncia matem tica Num sentido oposto o autor advoga que escola ensina um saber que historicamente foi produzido pela pr pria escola na escola e para a escola os conte dos de ensino s o concebidos como entidades sui generis pr prios da classe esco
521. po Como que feito isso N s fazemos leituras e resenha fazemos as discuss es e atrelado proposta pedag gica da Rede a gente faz a escolha do livro Atende proposta pedag gica E obviamente dentro do universo do aluno porque a gente tem que conciliar as duas coisas Ent o no caso do livro texto de matem tica que mudou bastante porque hoje j interfere dentro dos eixos tem ticos tem leituras uma s rie de coisas desse tipo e h uma escolha coletiva muito embora neste ano que foi um ano de escolha algumas escolas em particular escolheram diferentemente mas no grupo no grande grupo houve um consenso maior sobre uma primeira op o e uma segunda op o PM1 Os saberes s o selecionados tomando como refer ncia essa relev ncia o uso social dos conte dos da disciplina No caso da Matem tica tamb m h uma discuss o que gira em torno de sua legitima o pedag gica especialmente diante dos alunos e pais Apesar da Matem tica encontrar refer ncias te ricas que avan am em rela o ao ensino convencional as pessoas ainda a relacionam tabuada e s contas num ricas E por muitas vezes de maneira depreciativa quando envolvida por informa es dispersas do cen rio atual do mundo do trabalho no qual v rias pessoas escolarizadas n o conquistam os melhores postos e sal rios o que pode levar a se questionar se o saber escolar importante Um grupo que da educa o matem tica que j tem
522. pois os relativos E faz um pouquinho de introdu o a lgebra que a equa o de 1 grau Na 6 s rie a gente intensifica um pouco mais esse trabalho que h com as opera es com mon mio bin mio trin mio quadrin mio etc e etc e um pouco tamb m da trigonometria Isso nas 4 s ries 5 6 7 e 8 Onde eu sempre vou explorar um pouquinho da geometria para o aluno ter id ia do que seja um arco o que seja volume A gente sempre faz essa dosagem Mas ela especifica cada s rie a gente tem um conte do para que ele possa ir formando o seu alicerce e poder continuar sempre seguindo o subsegiiente PM2 Os elementos que influenciam a sele o dos conte dos interferem na organiza o O professor parte inicialmente de uma teoria pedag gica espec fica do campo da matem tica que est presente na Proposta da Rede a qual por sua vez traz as compet ncias necess rias a serem trabalhadas e desenvolvidas com os alunos na pr tica pedag gica de sala de aula Mas na segii ncia da constitui o dos saberes escolares o professor tem autonomia para fazer os arranjos necess rios e na sistematiza o os conte dos podem ser tratados ou n o diante da sequ ncia estabelecida na proposta e no livro did tico No entanto percebemos que a autonomia se d em fun o das situa es enfrentadas no cotidiano da pr tica pedag gica da escola e n o de sua inten o em ordenar segii nciar o conte do diferentemente do l
523. populistas e autorit rias em virtude da varia o tanto do mbito territorial Estado e Munic pio quanto da condu o partid ria oposi o e situa o ao antigo regime militar e at mesmo da gest o de governo Estado foi governado por Paulo Pessoa Guerra 1964 1967 e antecedido por Miguel Arraes 1962 1964 deposto pelo Governo Militar Arraes havia sido Prefeito do Recife em 1959 1962 78 Para mais detalhes sugerimos consultar Barreto 2000 Mainardes 2001 Moreira 2002b 7 Uni o Nacional de Dirigentes Municipais de Educa o 80 Para detalhes sugerimos consultar Neves 1994 e 1995 e Azevedo 2001 123 equipe dirigente Vejamos alguns exemplos no campo da educa o em rela o varia o partid ria em governos municipais Segundo Brayner e Ferraz 2004 na Gest o de Jarbas Vasconcelos PSB 1986 1988 a proposta era resgatar a credibilidade do ensino p blico e por via de uma gest o democr tica viabilizar uma escola alinhada aos interesses populares No entanto esbarrava na heran a do regime autorit rio como por exemplo na expans o do n mero de professores que se deu de forma clientelista Em contrapartida outras iniciativas se apresentaram mais s lidas como a passagem da responsabilidade da Rede Municipal de Ensino do Recife antes responsabilidade da Funda o Guararapes no governo militar agora paulatinamente sendo incorporada estrutura administrativa da Prefeitura al m da inst
524. por escrito Os demais s ter o acesso s an lises de suas produ es a partir de um procedimento mais gen rico de avalia o de corre o coletiva na qual a professora aponta os principais problemas discute as solu es e explica es e assim o aluno ter que ir acompanhando e checando se fez aquele tipo de texto trabalho de grupo noite dif cil porque tem muito pouca gente na sala A geralmente 1 grupo ou 2 Mas eu fa o trabalho de grupo E a t cnica que eu mais uso trabalhar aos pares eu deixo sempre 2 alunos trabalhando juntos porque 1 tira as d vidas do outro Come a assim PLP1 Acontece sabe por qu Quando eu dou produ o de texto n o d para corrigir todos ent o eu fa o umas amostragens corrijo uns 10 e nos outros eu ponho o visto ponho bom regular precisa melhorar qualquer coisa A eu fa o a corre o no quadro ent o quando eu fa o a corre o coletiva no quadro PLP1 E j falei Eu uso essa do texto que o aluno traz para a sala de aula e l para todo mundo Eu uso a refac o do texto O aluno faz o texto dele passa para o colega o colega corrige os erros que est considerando como erro e 213 volta para aquele aluno reorganizar o texto Uso tamb m o trabalho em grupo uso muito o trabalho em grupo por qu PLP2 Entre din micas inovadoras e diferenciadas como a que destaca a PLP2 atrav s do uso de corre o de texto para trabalhar coes o e coer
525. porque sabe que eles querem aula PEF2 Mas por outro lado a gente n o pode deixar que ele sinta que j est passado Eu acho que a grande dificuldade da gente conseguir com que dentro da nossa rea a gente busque alternativa para ele sentir que est precisando prestar conta de alguma coisa Entendeu PEF2 No caso espec fico das aulas de Educa o F sica as professoras afirmam que a implanta o dos ciclos de aprendizagem trouxe pouqu ssima modifica o como se a Educa o F sica j vivenciasse o ciclo antes mesmo dele ser implementado na Rede ou ainda como se n o tivesse conseguido sistematizar os saberes diante da necessidade de continuidade que o ciclo solicita Inclusive a quest o da n o reprova o dos alunos e ainda a disposi o flex vel dos saberes escolares j se v via em Educa o F sica mesmo antes dos ciclos de aprendizagem Ent o para a educa o f sica eu estava at comentando com um conjunto de professores que n o mudou muita coisa PEF1 Isso n o existe na educa o f sica Era como se ela j estivesse sempre em ciclo Ningu m reprovado mesmo porque aqueles que nunca v m trazem atestado Ent o voc n o pode reprovar porque por lei se a pessoas t m algum problema de sa de n o s o obrigadas a fazer Ent o tem prole tem mais de 30 anos trabalha PEF1 217 O ciclo Para a educa o f sica mudou pouqu ssima coisa porque a gente n o tem essa rigoro
526. qu Porque a educa o art stica desperta sensibiliza a crian a para o belo desperta sentimentos de civilidade de beleza de justi a de harmonia E eu acho que a educa o f sica tamb m cumpre esse papel O despertar da cultura para a sensibiliza o acho importante despertar a sensibilidade na crian a O gosto pelo belo A aprecia o entendeu E a educa o f sica tem muito essa coisa art stica Do movimento da arte Est muito relacionada com a arte Ent o acho que ela cumpre um papel importante na socializa o PEFI Mas para a Educa o F sica conquistar tal legitima o precisaria cumprir o papel proped utico tamb m Vejamos que isso chega at a interferir nos aspectos did ticos cotidianos Acho que n o d o muita import ncia educa o f sica enquanto conte do enquanto conhecimento Eles acham que educa o f sica mais um espa o de lazer da escola Eles v em dessa forma PEF1 Eles sabem que se n o vierem podem ser reprovados mas n o por conta da nota da avalia o da prova Est disseminado eu j tive conversando com os alunos e eles tem isso na cabe a agora Ent o eles perguntam se podem faltar quantas faltas tem que ter se preocupam com a presen a mas eles v em como uma atividade de lazer a educa o f sica mesmo porque na periferia o lazer uma coisa quase inexistente Eles n o t m acesso a lazer O lazer deles na rua onde moram na pra a mais perto
527. que aumentou O ciclo eu n o sei se na verdade ele est sendo nem investido do objetivo dele est entendendo Porque um conhecimento gente um conhecimento Se a gente for achar que seriado o conhecimento n o seriado n o Hoje eu aprendo a ler hoje eu aprendo a separar a s laba depois eu aprendo a fazer o plural Eu estou fazendo isso tudo num momento s Eu estou fazendo isso tudinho aqui num momento s Eu acho que o conhecimento em salto em id ia em atitude a voc tem que pegar o menino para tudo Para tudo Quer dan ar Ent o vamos dan ar Vamos ouvir O menino quer dan ar Ent o eu quero que ele ou a eu quero que ele aprenda o que isso o que aquilo de onde foi que veio A a pessoa tem que sair juntando isso uma responsabilidade que uma pessoa sozinha n o vai fazer tem que ser em grupo Ora se eu ficar achando que o menino vai primeiro aprender C A depois vai aprender SA depois juntar CASA depois ele vai aprender a separar PA1 Ent o n o compartimento Eu acho que n o compartimento n o por que Eu mesmo me bote para dan ar que eu n o sei Pegue uma menina de 7 anos que goste de dan ar ela vai dan ar ela vai representar ela vai declamar Se voc der ela vai ela faz Ent o deixe para dar na 8 Mas ela sabe agora n o Ent o por isso que na arte pode ser dado o mesmo conte do na 1 e na 2 e na 7 e na 8 p
528. que observar as duas e querer intervir E aonde acontecem mais problema E isso n o de agora mas historicamente isso sempre foi O bom aluno era aquele que era bom em qu Em matem tica e portugu s PMI N o n o se tem esse privil gio n o Entendeu Porque voc pode observar sempre existiu e continua existindo sempre Essa ansiedade de portugu s e matem tica S o duas disciplinas que tem sido levadas muito a s rio Tanto no fundamental quanto no ensino m dio S que o aluno sempre encontra um pouco mais de dificuldade A t tulo de conhecimento todo e qualquer conhecimento v lido Seja em qu mica seja em biologia Porque a sua pr pria vaidade querer saber n o verdade Mas eu acho necess rio saber acho necess rio PM2 Contudo o ensino m dio na escola p blica ainda que tenha maior car ter de terminalidade da educa o b sica e de ingresso no mercado de trabalho do que de continuidade dos estudos muito influenciado pelo vestibular Claro principalmente quando eles passam para o ensino m dio A Rede municipal tem duas escolas de ensino m dio ent o quando passam o ensino m dio eles querem dar continuidade Voc n o v muito para o pessoal mais atr s por conta at dessa continuidade muito grande t Mas que isso uma coisa Que n o s o todos mas voc tem um grupo que quer fazer o vestibular que quer fazer uma coisa Muitos dizem que n o s o muito capazes
529. r de uso do professor Rosa dados da Rede caracter stica da escola Rosa dados da Rede caracter stica da escola inst ncias documentos da Rede inst ncias documentos da Rede Verde brilhante autores citados Verde brilhante autores e teorias citados Entrevistador Continuando S para a gente iniciar Entrevistador E o que na quest o do A sua forma o de licenciatura em arte planejamento como que voc planeja como esse Entrevistada Minha forma o o seguinte eu me processo que material usa o que que utiliza para terminei em psicologia fui psic loga Ai depois eu fiz fazer o planejamento A caderneta j seria uma licenciatura plena em educa o art stica o nome do grande a caderneta do ano anterior j uma grande curso na universidade federal Ai a minha refer ncia para planejar n Mas o que mais especializa o foi em artes c nicas ent o o meu Entrevistada A prefeitura tem a proposta curr culo foi dirigido para teatro pedag gica n Ent o a gente usa a proposta pedag gica Fizemos uma decomposi o de tais dados na forma de quadro Ap ndice F e como podemos observar no quadro 6 mapeamos os dados gerais a partir da fala de cada professor 15 E Usualmente os professores chamam Cadernetas Escolares os documentos de cada turma em que h a lista nominal dos alunos o local para o registro da frequ ncia e notas e outras observa
530. r a a terrenalidade do seu pensamento MARX In MARX e ENGELS 1998 p 100 poss vel tamb m apreender a dialeticidade e historicidade da rela o do homem com outros homens e com a natureza inclusive em seu processo de forma o educacional A doutrina materialista que pretende que os homens sejam produtos das circunst ncias e da educa o e que consegiientemente homens transformados sejam produtos de outras circunst ncias e de uma educa o modificada esquece que s o precisamente os homens que transformam as circunst ncias e que o pr prio educador precisa ser educado MARX In MARX e ENGELS 1998 p 100 Nas teses Marx tamb m argumentou em favor da dimens o objetiva e social da sensibilidade e exist ncia humana afirmando que estas devem ser consideradas como atividade pr tica humana cuja ess ncia o conjunto das rela es sociais e n o fruto de uma atividade contemplativa de indiv duos isolados Argumentando em favor de nossas op es e decis es Dentre as v rias Teorias de Conhecimento que podem vir a orientar e fundamentar uma investiga o cient fica optamos pela aproxima o com a abordagem dial tica No entanto estudiosos no assunto tamb m falam de diferentes formas de compreender a dial tica A de Zenon Her clito S crates Hegel Feuerbach Marx 5 Inclusive v rias s o as formas de classific las Com uma abordagem filos fica podemos citar idealismo materialismo racionali
531. r instrumental e subserviente pensamos que ainda h conflitos muito fortes em rela o concep o do ensino da Arte e s o eles que est o condicionando a rela o da Arte com a Proposta Pedag gica da Rede como um todo como veremos adiante Porque aqui pelo menos isso a Rede Algumas escolas t m mas a gente conseguiu assim qualquer professor pode ser colaborador qualquer rea pode colaborar Ent o a gente n o ficou mais com esse encargo Ela tem estagi rias que adoram fazer letreiros cartazes A gente n o trabalha com cartazes a gente n o trabalha com decora o a gente trabalha com o conte do espec fico de hist ria da arte de aprecia o da obra de arte e de produ o de trabalhos art sticos PA1 Eu acho que o objetivo da escola tornar a pessoa sens vel a pessoa fazer trabalhar ela tamb m entrar em contato com o que foi produzido na arte 224 tanto na nossa sociedade no nosso meio como em outras culturas para ele perceber primeiro que a arte est em todos os momentos da vida e que ela faz parte do dia a dia nosso E que ela seja sens vel ao que feito fora Que produzido na arte e que ele possa fazer arte Esse o objetivo PA2 O ensino de Arte na escola consegue apontar uma legitima o pedag gica demonstrando a contribui o de seus saberes para a forma o do aluno e para o uso que este poder vir a fazer na sua interven o na sociedade mais ampla tanto por se aprese
532. r que j vem dessa estrutura de s rie essa coisa toda e outra pela forma o do professor que eu acho que essa a coisa mais apertada que acontece a forma o do professor ele j vem da forma o da gradua o arrumado desse em s rie ent o essa continuidade PM1 Agora uma coisa que a gente sente Uma certa dificuldade que por n s estarmos trabalhando numa estrutura de ciclo ela est montada em uma outra estrutura que de s rie Ah por qu Porque o ciclo demanda um tempo de estudo at diferentemente Aqui at na Rede a gente est fazendo uma experi ncia de escola com o tempo integral mas n o assim Voc tem 292 o hor rio de aula de manh e tarde s recrea o N o que tenha aula de manh haja uma continuidade tarde mas que haja recrea es PMI Essa estrutura de ciclo demanda por exemplo N o h como voc trabalhar hist ria com 2 aulas numa turma depois vem mais 2 de l ngua portuguesa e 1 de arte educa o A estrutura ciclo demanda um trabalho bastante diferenciado com rela o s rie como se n s tiv ssemos trabalhando numa estrutura montada em outra Ent o h uns atritozinhos por conta dos ajustes que no decorrer do tempo isso minimizado O tempo pedag gico s vezes se torna insuficiente t PMI Acho importante os ciclos J OS interessante Bem distribu do bem Mas quanto ao conte do Quanto a isso n o houve diferen
533. ra Baseando nos em Hern ndez 1998a e 1998b vemos que a Pedagogia de Projetos vinculando se a esta ltima concep o mesmo preservando elementos das duas primeiras e podendo ser associada Dewey e Kilpatrick n o coincide com os m todos ativos e de 82 projeto dos autores respectivamente citados Portanto procurando superar as teorias tradicionais de curr culo os projetos de trabalho sup em em nossos debates e experi ncias uma abordagem do ensino que procura Redefinir a concep o e as pr ticas educativas e dar respostas repito n o a resposta s mudan as sociais s mudan as experimentadas pelas crian as e n o simplesmente readaptar uma proposta do passado e atualiz la HERN NDEZ 19984 p 29 No entanto mesmo com os argumentos e alertas de Hern ndez 1998a e Leite 1996 no sentido de que a Pedagogia de Projetos n o uma metodologia e muito menos uma t cnica de ensino e sim uma concep o de ensino mas sim uma discuss o sobre uma postura pedag gica ela n o evidencia os elementos estruturantes de uma teoria pedag gica pois se apresenta como uma jun o de concep es n o deixando claros os fundamentos te ricos acerca da educa o e contraditoriamente sempre valorizando o como na pr tica pedag gica ou seja focalizando os aspectos metodol gicos Digamos que a Pedagogia de Projetos de fato n o seja um simples m todo de ensino pois procura constituir se como uma teor
534. rabalha muito progress o unidade do texto Come ou a falar de uma coisa tem que falar dessa mesma coisa at o fim O trabalho com o texto mesmo que todo texto tem um in cio tem um desenvolvimento tem uma conclus o Eles ficam assim muito surpresos quando eles v em que cada par grafo tem in cio Voc come a desenvolve e conclui cada par grafo isso a que a gente trabalha Deixa eu ver se me lembro de mais A gente trabalha coloca o pronominal por que Se bem que est degenerando totalmente O neg cio de botar pronome antes do verbo a gente trabalha isso a gente trabalha acentua o trabalha Intertextualidade Eu estou mostrando muito para eles que o texto n o nasce sozinho ele nasce sempre de outro texto que nasceu de outro que nasceu de outro Essas coisas que A gente est vendo pouqu ssima gram tica pouqu ssima PLP1 E v o aparecendo assuntos que a gente n o est vendo naquele momento mas a eu aproveito eu aproveito para ensinar gram tica PLP1 266 Olhe isso aqui n o est bom porque N o que esteja errado porque a palavra errado foi abolida Isso aqui n o est adequado a gente Olha voc usou S o pessoas que fizeram isso ent o voc n o pode usar o verbo no singular tem que botar o verbo no plural tem que concordar e tal PLP1 O que que eu privil gio O trabalho da coes o e coer ncia e da produ o textual O que eu privil gio na gr
535. racterizar nem como o tudo disciplinar nem como o tudo transversal As compet ncias est o em grande parte articuladas com os conhecimentos disciplinares o que n o as exime de interroga es sobre seus limites ou mesmo a intersec es entre diferentes disciplinas Segundo Perrenoud 2000b a tend ncia das compet ncias atenuar as divis es disciplinares diminuir os programas de ensino trabalhando um n mero mais limitado de no es disciplinares com a inten o de ampliar o tempo para o exerc cio da transfer ncia e consegiientemente da mobiliza o de saberes Esta postura diminuiria o n vel de especialidade o que para alguns seria algo prejudicial aqueles que podem fazer estudos mais 5 Perrenoud 1999 n o faz esta categoriza o e muito menos classifica as duas vis es de curr culo apresentadas As duas vis es s o classificadas tomando como refer ncia discuss es e argumenta es realizadas por Tomas Tadeu da Silva 1999 p 21 27 para este ltimo autor estas duas vis es se enquadram nas teorias tradicionais de curr culo 6 Transfer ncia de conhecimentos para Perrenoud 2000b significa a capacidade de transpor e combinar saberes inventando uma estrat gia original para resolver problemas em situa es complexas A transfer ncia n o algo autom tico adquiri se por meio do exerc cio e de uma pr tica reflexiva 102 aprofundados nos dom nios correspondentes mas em contrapart
536. rarquizados o a pressup e o b o b pressup e o c como se fosse a constru o de um pr dio por lajes em que a primeira laje ter que segurar a segunda a segunda ter que segurar a terceira etc Essa n o a l gica do desenvolvimento Por m a implanta o de ciclos de aprendizagem tamb m n o se d apenas por mudan a de nomenclatura visto que muita coisa precisa ser alterada Seria prudente portanto que as escolas ou redes que queiram implantar uma outra forma de organiza o curricular abandonassem o termo s rie mesmo que fosse usado como sin nimo de etapa para que n o aparentasse continuidade do sistema seriado O curr culo por s ries procura agrupar as crian as a partir de padr es normais de desenvolvimento principalmente de ordem cognitiva organizando de forma pr concebida conte dos objetivos habilidades disciplinas a serem oferecidos aos alunos como forma universal e natural dos saberes escolares estabelecendo um ritmo fixo para as aprendizagens e seguindo uma l gica formal para a estrutura o do pensamento O Deputado Walfrido Mares Guia em audi ncia p blica da C mara dos Deputados afirmou que a forma talvez mais simplista do lado dos educadores ou dos professores de organizar a educa o a s rie porque de ano em ano se divide um peda o do conhecimento e organiza se naquela prateleira de acordo com o interesse de quem est educando e n o de quem est aprendendo C
537. ras Tem isso que o diferencial As outras disciplinas t m livro did tico t m uma organiza o j institu da de conte dos que podem ser mudados mas que j foram institu dos pela tradi o que vem l da idade m dia que vem l de n o sei aonde do tr vio do quadr vio E vem sendo complementado n o Educa o f sica uma hist ria recente PEF1 Est definido n o tem questionamento Na educa o f sica tem N o tem livro n o tem roteiro a gente segue pelos PCN que foram montados por determinadas pessoas A gente n o tem livros did ticos que possam servir como roteiros PEF1 120 Para confirma o dessa refer ncia sugerimos consultar Brasil 1999 e 2000 200 N o mas s para quem de outra disciplina o conte do est fechado eles t m uma nota Eles est o ali eles sabem o que fazem A gente lida com que Com a aprendizagem dele ali naquele momento Entendeu PEF2 Como a Educa o F sica enquanto disciplina escolar uma rea de conhecimento recente ela se ressente de uma tradi o no que concerne aos conhecimentos a serem tratados no interior da escola ainda mais diante da sua forma de estrutura o e a o metodol gica Essa recentidade leva a Educa o F sica a diversos conflitos na constitui o dos saberes escolares Mesmo que se tenha not cia na literatura ou em fontes hist ricas de que a Educa o F sica esteve presente desde os prim rdios da educa
538. rasil por volta dos anos de 1970 e no decorrer da d cada de 1980 que esses estudos passam a ocupar um espa o importante nas investiga es sobre a Hist ria da Educa o 60 Por muito tempo a Hist ria da Educa o Brasileira ocupou se da organiza o dos sistemas de ensino e pela aproxima o com a Filosofia da Educa o assim como pelo uso de suas fontes e objetos sua hist ria foi escrita em torno de um ide rio e de um discurso pedag gico principalmente por via dos estudos das leis regulamentos reformas educacionais e obras de grandes pensadores ou seja um estudo das recomenda es associando se dessa forma s Teorias Curriculares Tradicionais destacadas por Silva 1999 A Hist ria da Educa o tratou pouqu ssimo das pr ticas escolares tratou muito pouco do cotidiano escolar pois procurou reconhecer em tais fontes e objetos como o passado educacional se expressava assim configurando uma hist ria do que deveria ser a realidade e n o do que a realidade efetivamente foi LOPES e GALV O 2001 Pautando se numa concep o de Hist ria Tradicional Positivista a Hist ria da Educa o deixou mais evidente a hist ria pol tica a hist ria das inten es dos sujeitos civis pensadores e pol ticos Estado A Historiografia da Educa o brasileira assumiu uma linearidade na descri o dos fatos escrevendo suas ocorr ncias de maneira cronol gica e sucessiva al m de ordenada por uma l gica formal valorizan
539. re e a gente sofre tamb m porque antes voc dizia Voc vai ser reprovado Mas veja bem a escola tamb m Ela n o s prova mas a estrutura Tamb m precisa ter um respaldo para garantir que aluno ficou retido possa ter esse subs dio A Rede est tentando fazer isso com os espa os ampliados de aprendizagem mas isso n o o ideal para que pudesse acontecer mas dentro do poss vel se faz Mas isso acontece no geral tamb m Em muitas escolas n o Ent o como garantir daquele que n o vai como garantir aquele da noite do estudo noturno Ent o a escola tinha que ter uma estrutura que pudesse garantir Nem as mesmas s ries Quando acontecia do aluno ser reprovado passava para o outro ano o aluno se sentia desanimado porque j vai aprender aquilo tudinho de novo e aquilo que ele j viu aquela coisa toda tal tal e tal E a muitas vezes era reprovado numa que j tinha passado PMI Mesmo criticando uma avalia o formal por testagem mesmo possibilitando novas oportunidades de aprendizagens mesmo procurando superar os problemas gerados por uma reprova o a avalia o ainda n o consegue avan ar em dire o a uma melhor qualifica o na sistematiza o dos saberes escolares pois ainda enfrenta problemas com o n mero e a disponibilidade de professores por isso a presen a de estagi rios com o privil gio das disciplinas tidas como de maior import ncia no curr culo escolar com um tempo e espa o
540. re o curr culo em ciclos de aprendizagem h uma detalhada diferencia o entre os anos dos ciclos gerando uma depend ncia entre os eixos tem ticos e saberes e o tempo de escolariza o Na Proposta Pedag gica da Rede em s ntese evidenciamos algumas regularidades entre as diferentes disciplinas mas tamb m percebemos singularidades Isso demonstra um movimento cont nuo e contradit rio entre os diferentes n veis de produ o de cada rea de conhecimento e tamb m as distintas formas de engajamento na pol tica curricular 183 CAP TULO 4 A CONSTITUI O DOS SABERES ESCOLARES NA POL TICA CURRICULAR DO MUNIC PIO DO RECIFE O CURR CULO COMO PR TICA PEDAG GICA Intencionalidade e prescri o curriculares n o se encerram numa dimens o t cnica normativa e racional quando os sujeitos educacionais ocupam e ou s o chamados a ocupar organicamente os momentos e situa es de elabora o e implementa o da pol tica curricular O professor tem um papel preponderante nessa perspectiva entendendo e materializando o curr culo como pr tica pedag gica e assumindo sua capacidade produtora De um mero aplicador de guias curriculares o professor passa a um sujeito engajado na constitui o dos saberes escolares assim a sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento passam a fazer parte de sua responsabilidade pedag gica Nos achados e an lises das falas dos professores entrevistados foi poss vel reco
541. rem vivenciando alguns dos avan os e enriquecimentos apesar de apresentarem atitudes e opini es de reconhecimento por vezes n o compreendem esses avan os como qualidade chegando a solicitar estrat gias e conte dos mais tradicionais ou mesmo a recriminar estrat gias e conte dos mais inovadores A legitimidade ou legitima o de uma disciplina no curr culo escolar o reconhecimento de seu valor social interferem diretamente na sele o dos saberes escolares O H7 Para aprofundar sugerimos consultar BITTENCOURT C M F Livros did ticos concep es e uso Secretaria da Educa o e Esporte de Pernambuco Cole o Qualidade do Ensino S rie Forma o do Professor Recife 1997 ALVES Nilda O conte do e o m todo nos livros did ticos Educa o e Sociedade ano IX 27 set 87 e Revista Em Aberto INEP n 69 vol 16 jan mar 1996 em especial LAJOLO Mariza Livro did tico um quase manual de usu rio MACHADO Nilson Jos Sobre livros did ticos quatro pontos e DANTE Luiz Roberto Livro did tico de matem tica uso ou abuso 186 que a comunidade escolar pensa acerca de uma disciplina escolar principalmente os alunos rebate na a o de sele o dos saberes por parte dos professores Dentre as reflex es acerca da legitima o pedag gica de um saber escolar vimos nas falas dos professores que surgem diferentes tipos Aparece a legitima o instrumental que traz fundamentos os quais demonstra
542. reprodu o do mesmo No caso da PLP1 esse procedimento facilitado e eficiente porque ela faz parte da Equipe Pedag gica estando sempre nessa Diretoria caso contr rio h dificuldade e inefici ncia No caso da PLP2 s o as boas condi es da escola em que trabalha que facilitam o seu ensino o que pode segundo ela n o ser a realidade das escolas da Rede O nico material que a gente tem o livro did tico quando tem Agora por eu trabalhar na equipe de ensino eu tenho muita facilidade em reproduzir textos Ent o eu levo l A gerente abre totalmente para a gente Quer dizer por exemplo eu vou trabalhar Est at aqui esse que eu trabalhei antes de S o Jo o Eu nem vou mostrar para voc t antigo e PLP1 Tem mas muito pior do que para n s Porque eles t m que entregar para a diretora A a diretora autoriza leva l para o departamento mas n o t o eficiente n o PLP1 265 Olhe veja bem em rela o ESCOLA B eu tenho o privil gio de ter um bom local de ter um material de ponta para trabalhar Material escolar n o falta para os alunos A gente tem A gente conta com uma biblioteca muito boa uma sala de multim dia audit rio Ent o eu sou privilegiada ensinando nesse col gio onde ensino claro que n o a Rede toda n o tem esse perfil mas eu ensino exatamente com isso a que eu estou te dizendo Eu tenho todo esse material m o PLP2 A PLP1 ainda desta
543. res em forma de eixos tem ticos e conte dos e os fundamentos de orienta o metodol gica A Rede ainda possui em sua pol tica curricular documentos que fornecem refer ncias para a avalia o Sendo assim os professores se voltam mais para estruturar uma rela o pragm tica entre os saberes as estrat gias e os recursos pedag gicos Ainda assim a restri o se apresenta principalmente diante daqueles que demonstram desd m com a Proposta como o caso das professoras de Arte e daqueles que informam que esse planejamento feito individualmente como o caso dos professores de Matem tica e de uma professora de Educa o F sica e outra de L ngua Portuguesa Por certo essa restri o do planejamento no plano individual fruto da falta de tempo reclamada por alguns professores Essa falta de tempo aparece na fala das professoras de L ngua Portuguesa dos professores de Matem tica e de uma professora de Arte As professoras de Educa o F sica n o fazem essa reclama o n o porque disponham desse tempo mas porque uma conforma se em fazer sozinha mesmo e outra viabiliza um tempo extra para planejar coletivamente Entretanto n o a falta de tempo dos professores que mais condiciona o planejamento e sim as disponibilidades de recursos did ticos No caso de Educa o F sica a precariedade ou inexist ncia de um ambiente espec fico de aula definidor na estrutura o da pr tica pedag gica pois as condi es
544. res voltados para a aprendizagem da elogii ncia oportunizando uma forma o liter ria sendo composto por gram tica escrever corretamente e pronunciar de forma n o menos correta o que est escrito dial tica saber demonstrar e ret rica ornar as palavras e as senten as O quadr vio almejando uma introdu o filosofia buscava uma forma o intelectual sendo composto pela aritm tica m sica geometria e astronomia SOUZA J NIOR 1999 120 CAP TULO 3 POL TICA CURRICULAR CONTEXTO HIST RICO E GOVERNAMENTAL DA GEST O MUNICIPAL 2001 2004 Uma pol tica curricular se d tanto no plano das elabora es e a es de uma gest o central de governo quanto no plano da pr tica pedag gica do professor para a gest o da aula conforme podemos acompanhar atrav s das falas e documentos que representam elabora o e implementa o Sendo a pol tica curricular uma dimens o de uma pol tica educacional e sendo o curr culo um artefato movimento e situa o da constitui o dos saberes escolares poder amos afirmar que a pol tica curricular nada mais do que uma pol tica educacional que focaliza a constitui o dos saberes escolares ou seja uma pol tica que orienta e se realiza na sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento Toda pol tica curricular constitu da de propostas e pr ticas curriculares e como tamb m as constitui n o poss vel de forma absoluta separ las e desconsid
545. resenta uma pol tica curricular de implanta o dos ciclos de aprendizagem inclusive com suporte normativo homologada no Conselho Municipal de Educa o Al m da busca por essa supera o e implanta o essa tamb m foi escolhida por expressar inten es e a es al m de um programa de governo Sem perder de vista sua intencionalidade pol tica de governo e partid ria essa gest o optou pela elabora o e implementa o de uma pol tica curricular na perspectiva emancipat ria s cio interacionista com bases num projeto hist rico socialista Portanto guarda uma coer ncia com as refer ncias te ricas contidas no objeto e metodologia do estudo Essas express es e op es nos davam ind cios de que a gest o n o encaminharia uma reforma curricular pensada e preparada previamente como plataforma de governo mas sim uma pol tica curricular constru da num cont nuo das a es dos v rios sujeitos educacionais indo dos gestores centrais aos professores Essa possibilidade de participa o dos professores contrariando perspectivas que os entendem como meros aplicadores de guias curriculares levou nos a escolher essa Rede devido a nossa necessidade de perceber na pr tica pedag gica desses docentes a constitui o dos saberes escolares Outro crit rio que nos levou a essa escolha foi o acesso s informa es e reconhecimento de ind cios pelo fato de estarmos sendo assessor pedag gico na rea de Educa o F sica duran
546. responsabilidade da Uni o Os PCN servem como exemplo Mesmo n o podendo se comparar ao curr culo m nimo seu conte do flex vel como os pr prios documentos do Governo na poca afirmavam fica distante da abertura e da extin o deste tanto pelo seu n vel de detalhamento em cada documento quanto pelos desdobramentos de orienta es e publica es destes e pela sua vincula o s avalia es da educa o b sica Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras Conselho Nacional de Secret rios de Educa o 2 Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o Federa o Interestadual de Escolas Particulares 4 Publicado posteriormente ainda em 1995 pelo Minist rio do Trabalho sob o mesmo t tulo do Encontro Quest es Cr ticas da Educa o Brasileira 128 Al m do mais sua trajet ria indica a falsa sensa o de consenso e participa o Antes mesmo da publica o da LDB em 1996 mais precisamente no final de 1994 portanto antes da posse de FHC a equipe que iria trabalhar na Secretaria de Educa o Fundamental do Minist rio de Educa o convocou v rios estudiosos da Am rica Latina e Espanha e deu in cio a discuss es que resultariam na encomenda Funda o Carlos Chagas de um estudo sobre as propostas curriculares dos estados brasileiros e dos munic pios de S o Paulo Rio de Janeiro e Belo Horizonte o qual deu suporte para a elabora o de uma vers o preliminar dos PCN MOREIRA
547. ressante observarmos que a legitimidade social n o descarta a instrumental e a proped utica pois sua inser o na sociedade inclusive no mercado de trabalho e na 259 prepara o para o vestibular implica ter ferramentas para agir como cidad o na atualidade e no futuro Isso Que eles saibam fazer uma carta pedindo um emprego fazer uma carta se demitindo que num concurso a para At para embalador de supermercado precisa agora ter como que se diz concurso Para portugu s de portugu s tamb m A que eles tenham Que eles saibam fazer uma nota fiscal um cheque tudo isso PLP1 Olha eu deixo bem claro nas minhas aulas e eu estou entendendo JOS que nesses ltimos 4 anos nesses ltimos 5 anos eu tenho conseguido deixar pelo menos claro para eles que eles precisam disso que eles se apropriem da l ngua n o para passar no vestibular n o para ser aceito no mercado de trabalho mas para viver enquanto cidad o PLP2 Outro canto que eu tamb m levo os meus alunos para uma institui o de universidade Eu tentei lev los nesse primeiro semestre para a Cat lica n o consegui mas levei para a UPE por que a UPE est fazendo conosco um trabalho de estudos complementares ent o eles est o trabalhando portugu s matem tica Todas as disciplinas Eles est o fazendo aulas nos s bados e domingos os meus alunos de 3 ano de ensino m dio ent o na UPE teve a feira das profiss es ent
548. resses consensuais passa a pensar o curr culo n o mais como programas previamente estabelecidos afirmando que este deveria centram se nas experi ncias dos alunos e em suas necessidades latentes ou manifestas Para Domingues 1986 e 1988 poss vel evidenciar principalmente a partir de 1975 duas posturas epistemol gicas distintas neste paradigma Uma baseada numa corrente fenomenol gico existencial tendo como grande expoente William Pinar cujas id ias v o se fundamentar em Heidegger e Merleau Ponty e uma outra baseada na Teoria Cr tica de id ias neo marxistas da Escola de Frankfurt tendo como expoente Michael Apple o qual ser considerado tamb m como te rico de destaque no Paradigma Din mico Dial gico No Brasil afirma Domingues 1986 nada foi publicado em termos de manuais de curr culo com bases nesse paradigma No entanto Moreira 1995 critica esta n o men o pois para ele esse paradigma apresenta pontos em comum com o movimento escolanovista brasileiro tendo te ricos que mereceriam destaque tal como An sio Teixeira No Paradigma Din mico Dial gico o curr culo compreendido a partir de um enfoque praxiol gico e de um interesse emancipador n o pode ser pensado separadamente da totalidade da realidade social devendo ser historicamente situado e reconhecido em suas determina es culturais Duas tend ncias aparecem neste paradigma uma reconhece o curr culo como elemento chave para que as camadas populare
549. rie aos professores formados em cursos normais de n vel m dio e superior ou ainda em Pedagogia Um ind cio desse tipo de neglig ncia retirado da fala da PAl quando mesmo em tom de cr tica de nega o e de n o continuidade de atitudes afirma que vez por outra a aula de arte atrapalhada em virtude da aus ncia de um professor de outra disciplina Isso a tamb m tem haver com a pergunta que voc fez sobre remanejar as minhas aulas s vezes falta professor a tem uma hist ria de subir aula sabe Tem uma hist ria de subir aula Eu estou na escola meu hor rio 7 C a faltou A 7 D est perambulando MARIA voc pode subir uma aula Quer dizer como se eu tivesse PAI 240 N o junta n o Fica o pessoal da 7 D porque eu estou na escola outra atividade minha que eu teria turma com eles naquele dia e estou aqui em duas turmas Acontece isso PAI N o comigo n o muito fregiiente n o at porque eu n o gosto de fazer isso A n o muito frequente n o mas acontece PA1 Questionada sobre os crit rios para a organiza o segiiencial dos conte dos a PAI afirma usar da intui o n o indicando que possua algum crit rio para isso No entanto o desenvolvimento da crian a principalmente a idade cronol gica passa a ser crit rio da organiza o dos conhecimentos ou pelo menos das estrat gias e recursos pedag gicos a serem usados em aula Os conhecimentos pr vios que os al
550. riedade 302 das condi es de trabalho em suas as aulas especificamente na aus ncia de ambientes e na defici ncia de recursos pedag gicos a outra sem descartar os elementos para essa conquista vai demonstrar que a legitima o afetiva um importante crit rio para a sele o dos conte dos Esse tipo de legitima o pedag gica vai ser presen a marcante tamb m nas professoras de Arte afirmando que o interesse dos alunos um forte argumento para definir a sele o dos saberes Em Educa o F sica e Arte percebemos algumas afirma es que as levariam a uma legitima o instrumental principalmente por indicar que suas aulas seriam entre as poucas oportunidades que t m a maioria dos alunos da Rede uma chance desses usufru rem da cultura l dica esportiva e art stica Por m ainda assim seriam secundarizadas devido a uma vis o comum e convencional de que a escola ajuda a preparar para o mundo do trabalho tendo as disciplinas te ricas de aplica o pragm tica mais valor do que as disciplinas pr ticas de aplica o subjetiva ou seja as disciplinas de forma o intelectual que preparariam para uma profiss o como L ngua Portuguesa e Matem tica seriam privilegiadas diante das de forma o pr tica com rela o ao mundo do n o trabalho lazer como Educa o F sica e Arte Por muitas vezes nas discuss es acerca da prioriza o de umas disciplinas em confronto secundariza o de outras ou mesmo do p
551. rivil gio de certos saberes escolares em detrimento de outros h uma vis o dicot mica dualista e at manique sta da sociedade que faz tratar de forma idealista excludente e naturalizada alguns contr rios tais como certo e errado manual e intelectual lazer e trabalho etc Uma das professoras de Educa o F sica procurando justificar a sele o dos saberes escolares para al m dessa legitima o para o mundo do trabalho aponta para uma legitima o social Por m ela t o ampla e vaga por argumentar ser relevante para o conv vio social a coletividade e a tica que termina por ser fragilizada e at mesmo esvaziada de sua especificidade no curr culo escolar Em L ngua Portuguesa e Matem tica as legitima es instrumental proped utica e social ocupam maior grau de import ncia na sele o dos saberes escolares O reconhecimento dado aos interesses dos alunos aparece como forma de contextualizar o conhecimento dar maior significado e motiva o ao ensino mas n o como crit rio de legitima o afetiva Ao contr rio as afirma es de professores mostram que os alunos n o gostam de determinados conte dos mas que mesmo assim teriam de vivenci los e apreend los com o uso de estrat gias mais din micas e diferenciadas de aulas 303 A legitima o instrumental e a proped utica s o preponderantes nas duas disciplinas citadas no par grafo anterior pois os professores demonstram a relev ncia no uso de seus
552. riza o profissional melhoria das condi es de trabalho materiais did ticos diversificados amplia o da rede f sica maior tempo de perman ncia dos alunos maior tempo para apropria o dos conte dos n mero menor de alunos acompanhamento do aluno avalia o permanente do aluno conscientiza o dos pais avalia o permanente da implanta o articula o com outras inst ncias rg os do sistema p blico sa de trabalho assist ncia habita o com rg os colegiados Conselho Municipal de Educa o e com setores da sociedade civil organizada movimentos sociais e sindicatos Para Prado 2003 os ciclos exigem acompanhamento por parte dos professores numa mesma turma ao longo dos anos do ciclo reuni es sistem ticas entre os professores para avaliar e planejar incentivo qualifica o docente envolvimento de pais e alunos Enfim vimos que os ciclos n o s o um mera altera o de termos e sim uma mudan a de concep o e funcionalidade da escola os quais devem se inserir no todo de uma pol tica curricular 72 O termo expressa tanto o sentido de corriqueiro como indica que esses conhecimentos v m persistindo h muitos s culos como sendo os centrais da educa o escolar por m hoje em dia n o podem mais determinar a organiza o do curr culo escolar apesar de serem ainda muito fortes e certamente importantes na sua organiza o Na Idade M dia o tr vio significava uma classifica o de sabe
553. rma o em servi o de professores de Redes p blicas de ensino municipais e estaduais A viv ncia com a forma o de professores tem nos colocado em contato com sujeitos que reiteradamente questionam a constitui o dos saberes escolares levando nos a perceber que esta em distintas disciplinas apresenta se diferentemente no curr culo da escola de educa o b sica ou seja os saberes escolares n o s o constitu dos da mesma forma entre as v rias disciplinas do curr culo No caso da Educa o F sica h uma constante reclama o a esse respeito chegando at a duvidar se da presen a de alguma forma de estrutura o de seus saberes escolares o que leva a se configurar como um dos motivos para sua situa o marginalizada no curr culo escolar e para sua luta por uma isonomia curricular No entanto pensamos mesmo reconhecendo as particularidades disciplinares que tais reclama es n o s o exclusividade de uma ou outra disciplina e sim dizem respeito s pol micas em torno da constitui o dos saberes escolares no curr culo da escola de educa o b sica como um todo 1 A disserta o intitulada A Educa o F sica como componente curricular Isso Hist ria uma reflex o acerca do saber e do fazer foi realizada sob a orienta o da Dra Celi Taffarel hoje professora da Faculdade de Educa o da UFBA 24 O curr culo historicamente e em especial na hist ria mais recente vem se configurando de di
554. rmar a natureza exterior e sua pr pria natureza Mas o conhecimento n o serve diretamente a essa atividade pr tica transformadora ele se p e em rela o com ela atrav s das finalidades A rela o entre o pensamento e a a o requer a media o das finalidades a que o homem se prop e Por outro lado se as finalidades n o ficam limitadas a meros desejos ou fantasias e s o acompanhadas de uma vontade de realiza o essa realiza o ou conforma o de uma determinada mat ria para produzir determinado resultado requer um conhecimento de seu objeto dos meios e instrumentos para transform lo e das condi es que abrem ou fecham as possibilidades dessa realiza o Por conseguinte as atividades cognoscitiva e teleol gica da consci ncia se apresentam em indissol vel unidade V ZQUEZ 1977 p 192 A partir do exposto mesmo conscientes das interse es entre os tr s conceitos tratados at o momento reconhecemos estes conceitos e os adotamos em suas diferen as Em s ntese o conhecimento est associado s tradi es epistemol gicas no reconhecimento das a es e rela es entre sujeito e objeto o saber refere se transforma o dos conhecimentos em diferentes inst ncias e mesmo sem perder sua dinamicidade associa se posse do conhecimento produzido em determinadas circunst ncias e o conte do ainda que constatemos certo movimento em sua organiza o e apropria o diz respeito a um produto do conh
555. rminados conte dos SAVIANI 1995 p 88 Na Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos est presente o conceito de saber escolar mas sempre aparece o de conte do escolar como sin nimo O saber escolar resultado da sele o e organiza o do saber objetivo dispon vel na cultura social no intuito de ser transmitido pelo professor e assimilado ativamente pelo aluno 2 O saber escolar entendido como o conjunto dos conhecimentos selecionados entre os bens culturais dispon veis enquanto patrim nio coletivo da sociedade em fun o de seus efeitos formativos e instrumentais Longe de ser caracterizado como conjunto de informa es a serem depositadas na cabe a do aluno o saber escolar constitui se em elemento de eleva o cultural base para a inser o cr tica do aluno na pr tica social de vida Ningu m melhor que G Snyders para esclarecer o sentido atribu do aos conte dos numa dire o cr tico social A cita o longa mas necess ria o que baseia uma pedagogia o que constitui crit rio entre as pedagogias s o os conte dos que estas apresentam ou mais exatamente as atitudes a que se prop em levar os alunos que tipo de homem esperam formar para se perceber a significa o de uma pedagogia necess rio remontar at seu elemento dominante o saber ensinado Que se diz e que se oculta aos alunos LIB NEO 1984 p 12 13 Apesar de toda a proximidade entre as teorias pedag gicas
556. rocura ser evitada e outros procedimentos tendem a ser utilizados Na Educa o F sica como convencionalmente n o existe prova o procedimento mais comum de avalia o apresentado pelas professoras a observa o Mesmo assim prova te rica e pr tica s o utilizadas por uma professora A observa o tamb m vai se apresentar como procedimento avaliativo nas outras disciplinas No entanto a avalia o por observa o precisa ser melhor sistematizada pois muitas vezes n o possui crit rios em rela o apropria o e produ o dos saberes Em Educa o F sica a observa o procura avaliar a participa o dos alunos em Arte al m da participa o tamb m se avalia o interesse do aluno em L ngua Portuguesa al m da participa o avaliam se as compet ncias e os conte dos espec ficos e na Matem tica apesar de afirmar que por observa o avaliam se os aspectos sociais a frequ ncia em rela o aos conte dos a avalia o tem sentido terminal seja por exerc cios em sala ou por provas mais convencionalmente interessante percebermos na fala dos professores de todas as disciplinas as cr ticas feitas s avalia es mais formais principalmente por provas escritas e o valor que tem 315 alcan ado a observa o como procedimento comum numa avalia o mais cont nua No entanto a avalia o por vezes tomada como objeto de persuas o dos alunos ou at mesmo de atribui o de rigorosidade pr
557. rofessores reunidos por rea de forma o e atua o docente Essas equipes na poca da sele o dos sujeitos de pesquisa eram formadas por professores que haviam sido indicados entre os pares para assumir a responsabilidade de acompanhamento da disciplina nas escolas e a condu o dos Encontros Pedag gicos Mensais EPM s Tem duas demandas Tem uma demanda geral que um trabalho do departamento Por exemplo tem a es que JOANA pede para toda a equipe ajudar Por exemplo na implementa o dos espa os ampliados de aprendizagem A gente tinha que fazer um diagn stico do funcionamento desses espa os ampliados E tem a rea da gente espec fica que a gente vai l acompanhar o trabalho do professor A ltima coisa que eu fiz nesse semestre foi um mapeamento de 12 escolas sobre as condi es de infra estrutura que est muito ruim as pessoas reclamando muito porque n o estava dando para dar aula de educa o f sica E vindo tamb m muita reclama o dos diretores chegando aqui na secret ria dizendo que alguns 147 professores estavam vindo e n o estavam dando aula Ent o eu fui fotografar fazer o diagn stico de 12 escolas PEFI Coordenador que de arte vem mais ou menos uma vez por m s aqui mais ou menos isso conversa comigo pergunta quais s o os meus problemas PA O n mero de membros de uma Equipe Pedag gica variava nas diferentes disciplinas podendo ser constitu da de duas a quatro
558. rofundamento sugerimos consultar Alves 2005 Comenius 2002 Goodson 1995 Lib neo 1998 Narodowski 2004 Pedra 1997 Saviani N 1994 Vale aqui lembrar o alerta de Terigi 1996 citado anteriormente quanto a tr s distintas possibilidades de reconhecimento da emerg ncia do curr culo 70 dentro de uma doutrina geral da educa o seu conte do reduz se aos m todos e procedimentos Vive uma fase experimental de 1879 at meados do s culo XX na qual o car ter de ci ncia atribu do did tica enfatizado o lado t cnico e que sob influ ncia de Piaget prop e se substitui o de m todos verbais e intuitivos por m todos mais din micos Tais fases posteriormente v o convivendo juntas s se modificando quando o pensamento social de esquerda revigorado constituindo o que n s chamar amos de uma fase cr tica Mesmo com tais conflu ncias e aproxima es a did tica e o curr culo tamb m preservam diferen as Em outros estudos SOUZA J NIOR 1999 e 2001 vimos que a origem dos termos did tica e curr culo se diferencia Enquanto a primeira vem do grego didaktik s cujo entendimento de algo relativo ao ensino instru o que torna o ensino eficiente o segundo vem da palavra latina scurrere traduzindo se como correr referindo se a curso a ser seguido mais especificamente apresentado Semelhante s Teorias Curriculares destacadas anteriormente a partir de Silva 1999 Domingues 1986 e 1
559. roposta com base no que os professores falaram no Encontro Pedag gico Mensal Porque a Prefeitura tem essa coisa maravilhosa de ter esse Encontro Pedag gico Mensal PLP1 N s temos o EPM que o encontro mensal E nesse encontro mensal a gente pediu inclusive agora um atendimento espec fico ent o a Universidade Federal vai entrar com a gente nessa parceria e os professores da Universidade Federal Falar sobre temas espec ficos Mas a gente sempre teve esse momento em que socializava as experi ncias desses professores se estudava um tema se estudava um conte do voltado Nas capacita es intensivas tamb m Existe toda uma preocupa o em se dar aos professores o conte do de l ngua portuguesa PLP2 Surgiu numa reivindica o dos professores n o Na primeira gest o de MARIA enquanto secret ria de Jarbas Eu acho que foi a partir dali que os EPMSs surgiram PLP2 148 Ainda como parte da forma o continuada realizavam se as Capacita es Intensivas da Rede tamb m conquista em governos precedentes Estas se configuravam como encontros semestrais que aconteciam na Rede desencadeados pela Gest o Central da Secretaria de Educa o contemplando durante uma semana palestras cursos atividades culturais visita a livrarias reuni es nas escolas Por vezes essas eram vinculadas atividades de eventos acad micos j existentes como por exemplo as Reuni es da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci
560. rque brincalhona demais Comigo Eu sou m ezona na sala de aula entende Eu entendo quando o menino brincalh o isso e aquilo mas os outros professores n o entenderam o jeito dela E a acharam que ela era atrevida que ela era isso que ela era aquilo ent o ela ficou Foi no conselho de ciclo PLP1 As produ es escritas tamb m s o elementos de avalia o At uma produ o escrita n o verbal Um desenho que o aluno fa a Voc vai com ele ao MAMAM ou a um outro espa o onde ele viu uma obra de arte manda ele reproduzir essa obra de arte A maneira que ele reproduz j est dizendo muita coisa a voc Voc j vai olhar esse aluno tamb m Ele est sendo perspicaz ele est sendo Ele evoluiu na maneira dele ver as coisas ele est intervindo quando ele est vendo alguma coisa diferente Esse tipo interven o fundamental tamb m porque voc sabe se realmente o aluno est em dia com o aprendizado PLP2 Pensamos que os elementos subjetivos tais como participa o e interesse podem ser avaliados at porque fazem parte do processo por m n o o comportamento do aluno que 215 define sua aprendizagem ou n o aprendizagem A avalia o deve se dar em torno da apropria o dos saberes escolares do desenvolvimento das compet ncias Ent o se voc verifica Voc vai verificando isso continuadamente n o um momento de fazer uma prova ou uma semana de prova n o Voc vai v
561. rque eles ficam cheios de faltas A ficam em recupera o a ele N o nada contra a senhora mas eu n o gosto de Educa o F sica eu n o gosto de ficar nesse sol Por que voc n o gosta Eu j disse Voc n o gosta de jogar futebol do qu que voc gosta PEF2 Mas eu acho que depende muito da turma l tem turma que muito el trica Hoje quer quadra a gente quer quadra A gente fica assim sabe Doidinho A ent o Ent o vamos fazer o seguinte a gente Eu guardo esse texto Eu vejo o momento PEF2 Ainda no que concerne aos recursos pedag gicos os materiais did ticos tamb m determinam a execu o do planejamento e portanto a organiza o dos saberes escolares Olhe em rela o ao local muito prejudicado por n o ser coberto o fato de n o ter coberta dificulta muito no per odo de chuva e mesmo o sol A aula das 11 horas muito prejudicada essas aulas dos ltimos hor rios Em rela o ao material a diretora compra por insist ncia da gente algum material Ela comprou no ano passado mas esse ano ela n o tinha dinheiro para comprar ent o ficou o material A sobra do ano passado que j est 212 velho Bolas velhas o material j quebrado arcos quebrados Ent o assim a gente tem que contar com a ajuda mesmo da gest o dela conseguir uma verba espec fica para comprar o material a gente fica nessa depend ncia PEF1 Em rela o ao tempo de fu
562. rr culo escolar um predom nio no tempo de organiza o das disciplinas escolares Ent o eu acho isso mesmo que a pessoa precisa em qualquer situa o na sua vida at para namorar Porque se voc fala para a namorada n s vai ao cinema hoje ela vai arranjar outro namorado Ent o eu acho que tem que ser tem que ser privilegiada mesmo A gente tem mais aula n o isso PLP1 Eu acho que privilegiada e tem que ser mesmo E matem tica tamb m Uma vez eu levei um fora de uma arquiteta porque a gente estava 262 conversando e eu falei que n o gostava de matem tica ela falou para mim como que voc n o gosta de matem tica Matem tica vida como que voc consegue viver sem matem tica Eu falei Xi desculpa a PLP1 A ela Gra as a Deus ela tem um lugar privilegiado Ent o quando a gente pensa numa diretriz curricular e a gente vai colocar o n mero de aulas de l ngua portuguesa e matem tica elas s o Realmente l ngua portuguesa privilegiada ela tem mais tempo de aula Ela e ela tem um lugar privilegiado Realmente elas As pessoas entendem que necess rio que fundamental que os alunos entendam bem a l ngua portuguesa para que as outras disciplinas fluam com mais facilidade PLP2 No mbito da organiza o dos saberes as professoras afirmam planejarem as aulas mesmo com as dificuldades da falta de tempo e de n o poder pens lo e registr lo coletivamente ou
563. rr culo nas discuss es educacionais esteve muito presente na Lei n 5692 71 apareceu a obrigatoriedade de disciplina correlata Curr culos e Programas nos cursos de pedagogia criaram se os primeiros cursos de Mestrado com o tema MOREIRA 1995 e PEDRA 1997 Nos anos de 1980 o curr culo tamb m foi tema bastante discutido principalmente por um vi s de cr tica Educa o Brasileira motivado por uma rea o ao tra o conservador e militar da d cada anterior Surgem grupos de pesquisas como o Grupo de Trabalho sobre curr culo vinculado Anped e eventos acad micos como o I Semin rio de Tend ncias e Prioridades de Curr culo na Realidade Brasileira por iniciativa da PUC SP MOREIRA 1995 No entanto a atual LDB Lei n 9394 96 que dando continuidade s discuss es da d cada anterior normatiza o deslocamento do tema como objeto de discuss o e debate dos especialistas em curr culo aos professores de educa o b sica pois em outras pocas o Sugerimos consultar Pedra 1997 e Lopes e Macedo 2002 e 2006 1 Aqui destacamos a LDB 9394 96 e as diretrizes curriculares da Educa o Infantil Ensino Fundamental Ensino M dio respectivamente contidas nas resolu es n 01 99 n 02 98 n 03 98 da C mara de Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o 8 Termo usado por Pedra 1997 p 9 para expressar a popularidade conquistada pelo curr culo nas discuss es educacionais Segundo o
564. rso de pintura curso de desenho ele quer aprender a desenhar a boca a desenhar o corpo quer fazer sempre esse tipo de trabalho Ai eu digo sempre a eles isso espec fico de um curso de desenho Quem realmente deseja porque se voc quer s por um interesse superficial voc daqui a pouco se abusa um trabalho rduo desenhar pintar ou qualquer outra arte voc precisa At dan ar mesmo a pessoa diz eu quero dan ar a v que depois tem n o sei quantos passos e que n o est se saindo bem a ele come a a desistir porque na verdade s um interesse passageiro ele n o tem realmente o interesse de se aprofundar PA2 E consegue ainda mais Consegue fazer uma cr tica forte partindo de suas especificidades realidade tradicional hegem nica no ambiente escolar de uma forma geral demonstrando que n o tem interesse em incorporar princ pios e atitudes convencionais apresentados em outras disciplinas para conquistar melhor prest gio na escola apesar de admitir que muitas vezes ser convencional traz autoridade como por exemplo o uso mais formal de texto para sistematizar o conhecimento isso um absurdo eu dizer n o devia nem gravar uma falta de respeito mesmo disciplina ela isso mesmo N o eu passar um exerc cio e vai ganhar 10 vou tirar ponto vai para a secretaria vai para fora da sala de aula n o isso Eu n o tenho esse tipo retr grado antigo decadente e desne
565. s posto que n o suficiente uma ressignifica o conceitual Mesmo reconhecendo que tais conceitos s o media es que permitem diferenciar ideologias org nicas de ideologias arbitr rias preciso se construir um projeto de forma o humana segundo a concep o hist rico social de homem Por esta concep o a forma o humana se processa pela produ o material da exist ncia numa rela o dial tica entre objetiva o e apropria o Isto ao agir sobre a natureza produzindo meios adequados satisfa o de suas necessidades o homem se objetiva em sua produ o Essa transforma o objetiva requer dele uma transforma o tamb m subjetiva A realidade objetivada pelo homem historicamente apropriada por outros homens com o sentido de reproduzir continuamente as fun es humanas Assim compreendida a 108 forma o humana n o se pode conceber a educa o como forma de propiciar s crian as aos jovens e aos adultos da classe trabalhadora melhores condi es de adapta o ao meio Conquanto a educa o contribu a para uma certa conforma o do homem realidade material e social que ele enfrenta ela deve possibilitar a compreens o dessa mesma realidade com o fim de domin la e transform la RAMOS 2001b p 297 e 298 2 1 4 A pertin ncia das cr ticas Pedagogia das Compet ncias Nesse momento passemos a analisar a pertin ncia das cr ticas de Duarte 2001 Pedagogia das Compet n
566. s Nas c nicas h um direcionamento ao teatro focalizando seus g neros farsa trag dia drama seus tipos teatro grego teatro de rua teatro popular elementos da produ o teatral ilumina o figurino cen rio maquiagem indument ria encena o interpreta o Nas pl sticas as modalidades pintura desenho gravura v deo clip fotografia a composi o linha ponto cor luz profundidade Destaca ainda como linguagem o circo a dan a e a m sica os movimentos art sticos ao longo da hist ria expressionismo impressionismo modernismo poparte cubismo concretismo os estilos 237 art sticos Arte moderna Arte contempor nea Arte acad mica os autores da arte as obras e produ es art sticas Eu como n o conhe o muito bem as artes pl sticas mostro o que um desenho o que uma pintura o que um clip o que uma gravura e a a gente vai mostrando nos livros as imagens De jornal de revista dessas coisas A eu n o me preocupo com o tra o com a linha o ponto a cor a luz do desenho a profundidade que isso s o conte dos de arte mas da arte acad mica porque a arte contempor nea n o se preocupa com absolutamente com mais nada disso Porque voc vai v Pollock PA1 a interpreta o do aluno ent o ele vai ter vocabul rio est entendendo A a gente por exemplo quando eu trabalhei com Arquin Boldo PA1 A eles fazem eles desenham seria um
567. s No entanto o recurso pedag gico n o apenas meio para se ensinar um saber Em alguns casos o material ou o local o objeto da aprendizagem como por exemplo um livro um texto uma pintura uma fotografia uma r gua um compasso um esquadro etc Com rela o avalia o tamb m percebemos uma variedade de procedimentos instrumentos crit rios e objetos O que n o varia o registro escrito dos resultados das avalia es dos alunos que segundo os professores n o por nota mas por um parecer descritivo contido nas Cadernetas apesar de observarmos um professor indicando que transforma o parecer qualitativo num registro quantitativo para efeito de seu controle Diferentemente do que convencionalmente se pensa acreditando ser a prova o instrumento mais usado vimos que as avalia es nas atividades cotidianas de aula por via da 194 observa o mais comum e usual Os professores afirmam tamb m usarem as atividades de classe e de casa como formas de avalia o bem como os debates os trabalhos te ricos e pr ticos Muitas vezes os procedimentos de ensino se confundem ou se associam aos procedimentos avaliativos Mesmo que a observa o seja o procedimento que leva a uma avalia o cont nua da pr tica pedag gica a prova ainda que se diga que evitada usada como instrumento priorit rio nas avalia es formais que exigem mais sistematiza es inclusive porque remete professores e alunos sensa
568. s com vistas ao estabelecimento de rela es sociais pautadas na solidariedade e na afetividade levando os a se situarem no tempo e no espa o estabelecendo rela es entre diferentes momentos e espa os e compreendendo os significados da identidade da sociedade e da cultura RECIFE 2002b A rea de Linguagens e C digos configura se como a articula o das diferentes formas de express o e de comunica o contemplando as possibilidades cient ficas art sticas l dicas e motoras de conhecer o mundo tendo como objetivo maior possibilitar ao aluno o uso das diferentes linguagens articulando as nas mais diversas situa es e contextos sociais com interlocutores enquanto leitor e ou produtor RECIFE 2002b p 10 Esta ltima por contemplar tr s das disciplinas delimitadas em nosso objeto de estudo Educa o F sica Arte e L ngua Portuguesa e podendo a Matem tica quarta disciplina focalizada nesse estudo tamb m ser interpretada como tal mereceu uma reflex o acerca de seu significado e origem A origem da linguagem levou os estudiosos a estabelecerem v rias reflex es e a perceberem que suas distintas possibilidades de surgimento n o s o excludentes entre si bem prov vel que a linguagem tenha rela es em todas as diferentes fontes Chau 1995 1 Origem onomatop ica imita o dos sons animais e naturais 2 Origem pantom mica imita o dos gestos ou encena o indica o de um sentido 3 Origem
569. s gera pontos positivos e negativos Por um lado o professor destaca as dificuldades estruturais como a inexist ncia de banheiro por outro a satisfa o dos pais perante os hor rios e as quest es financeiras Eu acho eu acho tem mais beneficio do que preju zo Porque olhe tem que ter um banheiro que comporte Porque de qualquer forma os meninos t m que ir ao banheiro seja pra lavar o rosto e PEF2 158 adequado JOS adequado Porque n s temos atualmente A partir desse ano n s estamos com 6 aulas di rias Cada uma com 45 minutos est entendendo Justamente porque houve uma necessidade de atender pr pria disciplina de educa o f sica dentro da grade curricular Porque antes existia um certo impasse O professor de educa o f sica inclusive at segundo eles n o digo escravizados mas ficariam um pouquinho fora porque o aluno tinha que fazer educa o f sica fora do hor rio de aula Ou ele come aria muito cedo ou muito tarde ent o ficaria nesse impasse Ent o a partir desse ano n o sei se tem algum crit rio administrativo n o sei se foi uma solicita o do pr prio professorado est entendendo Sei que esse ano aconteceu isso Eles est o trabalhando dentro da grade curricular PMB Aceitaram numa boa Ao contr rio houve at satisfa o do pr prio pai porque os pais ficavam preocupados porque o aluno tinha que chegar um pouco mais cedo para poder participar da educa
570. s voleibol futebol handebol basquetebol futsal etc Esporte Modalidades individuais jud atletismo gin stica ol mpica gin stica r tmica institucionalizado desportiva Treinamento personalizado Organiza es esportivas torneios campeonatos festivais Treinamento esportivo princ pios e m todos O mover se e a Padr es de beleza e est tica qualidade de vida Efeitos sociais e emocionais do mover se Aspectos an tomo fisiol gicos do mover se Fonte Recife 2002b p 46 A vers o de 2004 reformulando a vers o preliminar de 2002 situa o contexto inovador que levou s reelabora es Informa que no final da d cada de 1990 novas demandas surgem para o ensino da Educa o F sica principalmente as destacadas no contexto hist rico e governamental da pol tica curricular nacional Essa vers o num movimento de continuidade da vers o anterior e at mesmo da proposta de Educa o F sica de 1996 toma como refer ncia os estudos de Elenor Kunz os quais se fundamentaram em Tamboer por m num movimento de descontinuidade abandona o Mover se como objeto da Educa o F sica escolar Mesmo afirmando n o manter filia o com nenhuma proposta espec fica de Educa o F sica feita a op o por reconhecer a Cultura de Movimento como objeto de estudo da Educa o F sica dando lhe identidade na rea das Linguagens A partir de Elenor Kunz afirma que a
571. s baseadas na qualidade no valor no pre o arroz de primeira classe hierarquia grupo ou camada social que se organiza em sociedades estratificadas e para cuja forma o contribuem a divis o do trabalho as diferen as de propriedade e de renda ou a distribui o de riquezas o conjunto de aulas em que se ensina certa mat ria inscreveu se na classe de portugu s grupo de alunos que numa escola seguem o curso juntos ano a ano e estudam na mesma sala turma FERREIRA 1986 O termo ciclo segundo Ferreira 1986 vem do grego Kyklos e do latim cyclu podendo significar s rie de fen menos que se sucedem numa ordem determinada ciclo das esta es per odos em que ocorrem fatos hist ricos importantes a partir de um acontecimento seguido de uma determinada evolu o ciclo do ouro no Brasil no Brasil cada uma das divis es de certos programas de ensino na Biologia ritmo de sucess o ou repeti o de um fen meno na F sica em um movimento peri dico parte compreendida entre duas passagens sucessivas do sistema pelo mesmo estado como elemento de composi o de uma palavra sufixo ou prefixo algo equivalente a c rculo triciclo motocicleta ciclovia Vemos que pela origem e pelos diversos usos as palavras s rie e ciclo podem apresentar similitude Ambas podem ser compreendidas como algo que tenha periodicidade sucess o segii ncia No entanto fica evidente tamb m que tais compreens es no termo s rie v m acom
572. s de escolariza o deve ser garantida juntamente com a garantia das aprendizagens construindo principalmente novas oportunidades n o de verifica o de rendimento como tradicionalmente se faz mas de experi ncias de apropria o e produ o dos saberes como por exemplo os espa os ampliados de aprendizagens Nas peculiaridades do ensino de L ngua Portuguesa tamb m vimos se apresentarem particularidades e generalidades acerca da constitui o dos saberes escolares principalmente nos momentos e elementos que remetem sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento a uma legitima o pedag gica mais coerente com a fun o social da escola de educa o b sica 4 2 4 Matem tica 276 A sele o dos saberes escolares em Matem tica segue a Proposta Pedag gica da Rede Municipal de Ensino buscando nela as compet ncias espec ficas de sua disciplina e reconhecendo que ela n o s orienta a Matem tica mas tamb m todas as disciplinas No entanto uma outra refer ncia para essa sele o aparece de forma mais presente no cotidiano do professor o livro did tico Mesmo que o livro did tico seja escolhido a partir da pr pria 2 proposta no dia a dia do professor ele que vai orientar mais de perto a sele o dos conte dos Assim podemos ver na fala do PM1 que com rela o fonte a sele o dos saberes possui uma dupla centralidade a proposta da Rede e o livro did tico da discipli
573. s disciplinas Perrenoud 2000b defende se inicialmente afirmando que as compet ncias requeridas na vida cotidiana n o s o desprez veis pois que adianta um indiv duo culto sem a capacidade de aplicar sua cultura resolu o de problemas concretos Segundo o autor estas compet ncias elementares exigem a mobiliza o dos saberes disciplinares tratados nos programas escolares Uma ltima cr tica feita Pedagogia das Compet ncias destacada pelo pr prio Perrenoud 1999 a associa o do uso da no o de compet ncia feita pelas pr ticas e discursos escolares pol tica econ mica Ele discorda dessa esp cie de cont gio ou modismo os quais a escola estaria tendo apropriando se do conceito de compet ncias advindo do mundo do trabalho Segundo o autor existe uma moda simult nea no uso da palavra mas que se tem interesses diferentes Diante dos aspectos apresentados sobre a Pedagogia das Compet ncias e do nosso objeto de an lise vejamos alguns elementos acerca de como pensa Philippe Perrenoud sobre a organiza o do curr culo escolar 101 A Pedagogia das Compet ncias traz de volta um dilema no que concerne vis o de curr culo Perrenoud 1999 destaca duas vis es que v m se apresentando como posi es ritualmente antag nicas diante das quais montamos o seguinte quadro Quadro 8 Concep es de Curr culo Aspectos categorias Concep o de Curr culo Cl ssico Concep o de Curr
574. s do fundamental Por fim os dois Professores de Matem tica entrevistados atuavam exclusivamente no 3 e 4 ciclos do fundamental Vale acrescentar aqui que sete dos professores entrevistados tamb m atuavam em outras Redes de 184 Ensino a maioria p blica estadual enquanto apenas uma atuava somente no munic pio do Recife pois tinha se aposentado como psic loga Os Professores com numera o 1 num total de quatro compunham em sua disciplina as Equipes Pedag gicas de 3 e 4 ciclos do ensino fundamental e do ensino m dio A PLP2 fazia parte de Equipe Pedag gica por m no 1 e 2 ciclos do ensino fundamental Os outros tr s professores exerciam apenas a doc ncia n o acumulando cargo ou fun o junto gest o central da Secretaria de Educa o Municipal Tr s professores pertenciam ao quadro docente da Escola B dois professores ao da Escola A uma professora ao da Escola C uma professora ao da Escola D e um professor ao da Escola E Como pode ser observado no quadro 22 dos oito professores entrevistados cinco pertencem s escolas A e B Quadro 22 Professores entrevistados por escola Disciplina Professor Escola Educa o F sica Professora de Educa o F sica 1 Escola C Professora de Educa o F sica 2 Escola B Arte Professora de Arte 1 Escola A Professora de Arte 2 Escola B L ngua Portuguesa Professora de Portugu s 1 Escola D Professora de Portugu
575. s editoras tenham estudado esses detalhes Talvez alguma fonte informativa Se bem que os livros did ticos tenham ajudado bastante agora Com a nova revisada entendeu Porque a editora est muito preocupada com isso Porque se est havendo uma escolha do livro did tico N o mais com qualquer livro que voc est trabalhando At a pr pria editora est preocupada com isso entendeu Ent o eles est o verificando muito isso por causa da necessidade de cada s rie O que que se encontra para o nosso proveito em cada s rie Porque inclusive na nossa escola existe um pouquinho dessa diverg ncia da faixa et ria porque o ideal seria todo mundo na mesma faixa et ria mas infelizmente nem sempre se consegue N s temos alunos com 10 anos de idade na 5 s rie temos alunos com 15 16 anos na 5 s rie Ent o isso foge um pouquinho entendeu Aquele de 10 anos acha de uma maneira os de 15 e 16 acham de outra ent o voc tem que ter uma certa estrat gia para lidar com isso Sempre que houver necessidade pode se fazer uma s rie de confer ncias e mudan as Sempre que poss vel PM2 Agora pelo menos n s professores de matem tica est vamos at reunidos discutindo isso entendeu Por que essa seq ncia Tanto que n s estamos modificando nosso trabalho Eu por exemplo inclusive estou trabalhando adi o e subtra o ao mesmo tempo at porque a subtra o o inverso da adi o A a gente j mostra
576. s indiv duos DUARTE 2001 p 38 Quando educadores e psic logos apresentam o aprender a aprender como s ntese de uma educa o destinada a formar indiv duos criativos importante atentar para um detalhe fundamental essa criatividade n o deve ser confundida com busca de transforma es radicais na realidade social busca de supera o radical da sociedade capitalista mas sim criatividade em termos de capacidade de encontrar novas formas de a o que permitam melhor adapta o aos ditames do processo de produ o e reprodu o do capital DUARTE 2000 p 42 O lema aprender a aprender por n s interpretado como uma express o inequ voca das proposi es educacionais afinadas com o projeto neoliberal considerado projeto pol tico de adequa o das estruturas e institui es sociais s caracter sticas do processo de reprodu o do capital no final do s culo XX DUARTE 2000 p 3 A refer ncia pedag gica b sica usada por Duarte 2000 para criticar a Pedagogia do Aprender a Aprender a Pedagogia Hist rico Cr tica elaborada por Dermeval Saviani 1995 Segundo Duarte 2000 as pedagogias centradas no lema aprender a aprender retiram da escola a tarefa de transmiss o do conhecimento objetivo a tarefa de possibilitar aos educandos o acesso verdade preconizando que caberia a esta preparar os indiv duos por processos de adapta o s exig ncias sociais que presidem o capitalismo con
577. s mesmo havendo semelhan as h pequenas diferen as que ser o analisadas posteriormente Para Saviani 1995 h problemas no uso do termo Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos pois algumas pessoas empregam no suprimindo a express o cr tico social denominando a consegiientemente de pedagogia dos conte dos Para o autor a express o pedagogia dos conte dos n o totalmente rejeit vel por m o termo Pedagogia Hist rico Cr tica apresenta a vantagem de n o predeterminar o sentido embora se considere secund ria a quest o O problema da denomina o pedagogia dos conte dos a resson ncia que ela traz dando margem a uma interpreta o na linha de uma volta pedagogia tradicional ou de uma recupera o dessa proposta SAVIANI 1995 p 100 Assim n o nos referiremos s teorias pedag gicas de Saviani e Lib neo como as mesmas e muito menos como Pedagogia de Conte dos Na Pedagogia dos Conte dos como aqui estamos tratando o professor centro da atividade escolar fazendo com que o conhecimento seja apresentado ao aluno quase que exclusivamente por via de procedimentos expositivos principalmente verbais Esse conhecimento considerado universal leg timo neutro e inquestion vel elaborado por especialistas de diferentes reas fora da escola deve ser repassado aos alunos como respostas verdadeiras aos fatos naturais humanos e sociais configurando se como conte do escolar mais precisamente c
578. s os elementos em que repousam por exemplo o trabalho assalariado o capital etc O capital por exemplo sem o trabalho assalariado sem o valor sem o dinheiro sem o pre o etc n o nada Embora a popula o seja a base e o sujeito do ato social de produ o como um todo como observou Marx 1983 esta s o na apar ncia pois n o pode ser apreendida como algo homog neo mas decomposta nas classes sociais em que se assenta Marx 1983 p 218 defendeu como um m todo cient fico correto um outro procedimento a partir do momento em que alguns fatores isolados tornam se mais ou menos fixados e teoricamente formulados surgem sistemas econ micos que partindo de no es simples tais como o trabalho a divis o do trabalho a necessidade o valor de troca elevam se at ao Estado s trocas internacionais e ao mercado mundial Neste procedimento o concreto concreto por ser a s ntese de m ltiplas determina es logo unidade da diversidade Com este m todo Marx partiu do reconhecimento de categorias mais simples que comp em a realidade social e econ mica para poder chegar posteriormente totalidade como o caso da popula o do Estado Desta forma n o faria uma representa o ca tica do 29 todo mas uma express o da totalidade de determina es e rela es quer dizer ao inv s do concreto ser tomado na forma em que se apresenta ao observador deve ser decomposto atrav s da an lise chegando
579. s recebem um arranjo em forma de eixos tem ticos E o livro did tico Eu verifico o que que eu posso conciliar de conte dos entendeu E o que eu posso usar Eu sigo a proposta e distribuo o conte do seguindo os eixos tem ticos PMI Ah dos eixos Porque a proposta da Rede tem os eixos A s o distribu dos esses conte dos de acordo com os eixos PM2 Os grandes eixos na Matem tica s o segundo os professores os n meros as opera es as medidas a geometria e o tratamento da informa o Da Proposta o professor segue os eixos e as compet ncias e do livro did tico ele segue a organiza o pormenorizada dos conte dos No entanto segundo eles essa organiza o bem flex vel mesmo que se tenha um ponto de partida Bom Como eu j disse Os conte dos eu os distribuo segundo eixos tem ticos Ent o eu pego l n meros e opera es ent o eu busco Como no caso do 2 ano do 4 ciclo eu busco no eixo tem tico eu fa o uma recapitula o dos conjuntos num ricos dos n meros que aparecem l para que serve o n mero real E que j veio do ano anterior que ele j tem estudado em anos anteriores na verdade Porque n o entra s a quest o do ano anterior mas dos anos anteriores Ent o para que serve o n mero Onde que eu vejo o n mero Porque voc tem por exemplo 23 escrito 287 por exemplo na sua casa diferente de 23 num apartamento esse 23 pode significar que o 3
580. s se apropriem do saber dominante a outra nega tal possibilidade acreditando que o pr prio curr culo expressa os interesses da classe dominante na sociedade capitalista A primeira fundamenta se em teorias neo marxistas e a segunda na filosofia marxista DOMINGUES 1986 e 1988 Nesse paradigma s o considerados como autores proeminentes Michael Apple e Henry Giroux e no Brasil os te ricos que expressam fundamentos nesse s o Jos Carlos Lib neo Dermeval Saviani e Guiomar Namo de Melo Encontram se aproxima es desse paradigma tamb m com o pensamento freireano mas vale acrescentar que Freire tamb m 32 Sugerimos consultar obras do autor publicadas no Brasil Apple 1982 1989 1995a 1995b 1997a 1997b 2006 56 influenciou o Paradigma Circular Consensual sendo isso um dos pontos de converg ncias que Domingues 1986 aponta entre esses paradigmas No que se refere s Abordagens Curriculares os estudos de Jean Claude Forquin 1996 acerca da Sociologia do Curr culo s o aqui tomados como fonte para nossa reflex o As diferentes Abordagens Sociol gicas do Curr culo apontadas por Forquin 1996 t m em comum a reflex o acerca do curr culo como artefato social e n o mais como instrumental tecnocr tico Nestas se questionam natureza forma sele o origem e organiza o dos saberes escolares Num primeiro grupo Forquin 1996 evidencia tr s abordagens oriundas de estudos ingleses que procuravam refletir crit
581. s tem o m nimo de conhecimento sobre a rea que daria para ter pelo menos essa base te rica Eu acho que o que est faltando motiva o para implementar essa proposta Entendeu Porque a motiva o gera a luta pelas condi es entendeu Est havendo uma falta de motiva o j por anos de n o ter essas condi es b sicas entendeu Ent o h uma desmotiva o eu acho As pessoas est o trabalhando com o que t m fazendo o m nimo b sico entendeu Podiam fazer mais pois n o s o desprovidos de teoria pelo que eu vejo no acompanhamento das escolas as pessoas n o s o desprovidas de teoria Dominam regras dominam t cnicas dominam formas de implementar aulas processos pedag gicos dominam O que n o h uma motiva o pela falta de estrutura eu acho tamb m entendeu N o h uma aten o educa o f sica A educa o f sica n o vista como uma coisa imprescind vel na escola um recreio PEF1 Na fala da PEF2 mesmo percebendo que os recursos e particularmente o local para a realiza o das aulas s o definidores da aula outro elemento se apresenta a submiss o da organiza o dos conte dos em virtude das vontades pessoais coletivas ou individuais dos alunos Eles sempre dizem professora eu s n o venho por causa do sol viu N o nada contra a senhora Eles dizem assim que eles s o muito ligados gente eu e ROBERTA Professora n o nada contra a senhora viu Po
582. sa falta de tempo poderia ser amenizada com a inclus o no tempo escolar de forma mais sistem tica de uma destina o de tempo no ambiente escolar podendo at vir do tempo de prepara o de material did tico as aulas brancas apesar de o professor tamb m precisar de tempo individual para o planejamento O professor indica que h momentos espec ficos na Rede para o planejamento destacando os per odos durante as Capacita es Intensivas nas quais se reservam momentos de trabalho coletivo nas pr prias escolas destinando se principalmente ao planejamento assim como tamb m os Encontros Pedag gicos Mensais EPM s Diante do tempo os professores afirmam que geralmente fazem o planejamento para um per odo anual de sua interven o na escola embora ainda afirmem que isso fica a cargo do professor podendo portanto ter outra destina o cronol gica como por exemplo os professores que trabalham no Ensino M dio no regime semestral modular os quais planejam para seis meses Com rela o s condi es escolares vimos que tamb m interferem na organiza o dos saberes escolares Nesse caso h controv rsias entre os professores Enquanto alguns afirmam acharem as condi es adequadas e suficientes outros julgam nas p ssimas e insuficientes Muitos afirmam terem condi es privilegiadas nas suas escolas pois possuem ambientes diversos de aulas como sala quadra biblioteca espa o de multim dia audit rio etc e t
583. sciplina n o deve mais ser reconhecida como atividades de desenho pintura e colagem principalmente sendo subserviente s necessidades de elabora o de cartazes enfeites e adornos para os eventos escolares extra sala Articula se com a Proposta dando ind cios de aproxima o com o objeto de estudo acerca do ler fazer e contextualizar a arte ou seja apropriando se dela interpretando a participando dela e recriando a Isso indica proximidade com a proposta de triangula o de Ana Mae Barbosa mas nas falas n o afirma us la como refer ncia para estrutura o de sua pr tica pedag gica inclusive afastando se das generalidades do curr culo Em L ngua Portuguesa busca se a superar o do ensino normativo gramatical apesar de os pais e alunos ainda cobrarem bastante esse tipo de ensino e de n o poderem abandon lo pois a gram tica consegue estabelecer a unidade na l ngua culta da qual os alunos precisam se apropriar mas tamb m se reconhecer usu rios e produtores textuais sejam eles escritos ou orais Ainda que busque aproxima es com abordagens da ling stica entendendo como seu objeto de estudo o texto em seus diferentes contextos o qual precisa ser falado escrito ouvido e lido o ensino de L ngua Portuguesa est bastante associado ao livro did tico at mesmo pela teoria pedag gica que esse livro tem como suporte Em Matem tica percebe se uma luta por superar sua restri o s contas num ricas s opera
584. se de conte do problem ticas DISCIPLINAS Professores DISCIPLINA Professor a Escola QUEST ES Pertencente ou n o Equipe Pedag gica de 3 e 4 ciclos SELE O FONTE Proposta pedag gica Livro did tico Forma o continuada MEC incluindo PCN RELEV NCIA Uso do conte do Vestibular TEORIA Concep o de escola PEDAG GICA Concep o de disciplina Concep o de professor Forma o do professor e uso das teorias Concep o de aluno Teoria de refer ncia ORGANIZA O CONDI ES Documenta o e acompanhamento do Planejamento ESCOLARES Conhecimento da turma Condi es de trabalho recursos e instala es DISPOSI O DO Conte dos da disciplina tipologia e quantidade CONHECIMENTO Tempo para organiza o S ries Ciclos SISTEMATIZA O ASPECTOS M todos e procedimentos METODOL GICOS Princ pios metodol gicos AVALIA O M todos e procedimentos Tempo das aprendizagens 355
585. se semestre nesse ano eu n o trabalhei com pesquisa ainda Nos anos anteriores PEFI A biblioteca n o tem livros espec ficos da rea da gente tamb m Tem esse problema tem tudo que livro mas da rea de educa o f sica voc n o encontra nenhum pelo menos que eu olhei l n o tem nenhum Ent o assim eu n o estou trabalhando com pesquisa nesse ano entendeu a informa o que eu trago confronto com a que eles t m mas assim n o estou fazendo nenhum trabalho escrito PEFI No ano passado eu colocava um roteiro uma pesquisa com o roteiro e pedia para eles pesquisarem em grupo porque se for individual fica mais dif cil deles acessarem A eles procuraram na internet No ano passado os computadores estavam melhores Eles trouxeram Agora pouco sistematizado Mais c pia mesmo de fragmentos da internet coisas assim Mesmo com o roteiro PEF2 D para fazer com pequenos grupos Essa parte d Se bem que a aula sempre em grandes agrupamentos mas essa parte de eles montarem as coreografias em pequenos grupos Geralmente de 5 6 alunos PEF1 O material do basquete foi se acabando ent o n o tinha bola para todo mundo Entendeu A eu acho quando tem material Entendeu Material suficiente ai eu me imponho Est entendendo Fazia gente a gente vai come ar com voleibol Hoje em dia a gente tem porque como eu j sei essa turma pronto agora no 3 ano j peguei essa turma dede a
586. sei Estava trabalhando essa quest o de sa de Eles gostaram mas eu n o achei que que era muito legal entendeu Fugiu um pouco da minha Est entendendo Eu n o me sentia uma professora de Educa o F sica fazendo isso certo N o naquele momento que eu tinha eu tinha a quadra pra trabalhar e eu estava aqui nessa sala de aula usando duas aulas E eles e Quem faltou ia ter outro dia est entendendo A fica aquele pessoal que queria assim Achei que naquele momento foi bom sabe Mas que n o deveria usar aquilo muitas vezes sabe Para n o descaracterizar E principalmente se trabalhando com outra pessoa ent o d gente mil oportunidades O que precisa a gente saber a O que aquilo vai interessar para a gente poder ver na pr tica o que a gente Essa a dificuldade da gente essa PEF2 203 Na atual sociedade brasileira fica evidente um privil gio das disciplinas que preparariam para o mundo do trabalho que consubstanciariam os alunos numa forma o te rica intelectual e um desprivil gio das disciplinas pr ticas Uma poss vel forma o fundamentada em teorias que consolidem uma profiss o no futuro como L ngua Portuguesa e Matem tica teria mais import ncia do que disciplinas de viv ncias pr ticas como a Arte e a Educa o F sica pois estariam ligadas ao mundo do n o trabalho esse tipo de entendimento acerca de uma disciplina escolar que leva o professor a selecionar um
587. sen Laeda Marcelo Neide Nina Rejane Ros ngela Tereza pelas audi ncias cr ticas e sugest es nos nossos Semin rios do N cleo Aos Professores e Coordena o do Programa de P s Gradua o pela condu o das atividades que me propiciaram chegar at aqui A Secretaria do Programa em especial a Jo o Alves Karla Gouveia Morgana Marques e Shirley Cristiane pelas provid ncias administrativas e acad micas pacientes e dedicadas SUM RIO DEDICAT RIA Aa a a 6 AGRADECIMENTOS use uisensersanseneonsuaso rios imane cen cnprenenr reaver na nven nro en nio iecrad ra senee tapas 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS seeseeeseecseessesssessssesesseescccceeeessosssssssssssssessececeeeeeseessesssssssss 12 LISTAS DE ILUSTRA O ss ss Sd 14 LISTA DEOQUADROS e erae er e a a e e a a e a a E 14 LISTA DE FIGURAS Cia peee era A a ae a Ra A 15 LISTA DE ABPENDICES 3 5 16 RESUMO sissi gi sentindo 17 ABSTRA C Esc resen e a a A e a 19 RESUME a a E 21 INTRODU O OBJETO DE ESTUDO E METODOLOGIA DE PESQUISA 23 DEFININDO O OBJETO DE ESTUDO aa raseragios Posso el casado ipa PEL nad dao Pod ip 23 DELINEANDO A TRAJET RIA DE INVESTIGA O teens 25 Fundamentos de nossas op es de pesquisa abordagem dial tica materialista hist rica 26 O m todo investigativo da dial tica materialista hist rica r 28 Argumentando em favor de nossas op es e decis es iiiirerreeceerereererareacearaanas 31 PROCEDIMENTOS DE C
588. sen a Sempre trabalho com eles em grupo n o sei o que vamos fazer isso N o com essa din mica toda n o que eu estou lhe dizendo mas sempre tem o que fazer A para eu subir aula como 249 que se faz E por isso A s vezes como eu tenho os meus textos eu passo para c est entendendo Copia copia isso aqui Depois eu vou trabalhar com voc s PA1 N o o qu O professor pede se ele precisar da minha aula ele conversa comigo Diz MARIA d para voc me ceder sua aula eu vou fazer uma prova para 2 aulas e n o vai dar n o posso fazer outro dia tem que ser hoje PAZ Ainda no que concerne sistematiza o dos saberes a avalia o no ensino de Arte na escola apresenta novos elementos que ampliam nossa percep o das ambigiiidades A PAI afirma que sua avalia o tem rela o direta com seu conte do e deixa evidente tamb m a rela o com as estrat gias de ensino O que demonstra uma concep o interessante de avalia o pois nesse ponto de vista n o vai compreender e implementar procedimentos avaliativos no sentido de verifica o terminal do produto ou seja supera uma compreens o que isola a avalia o dos demais momentos da pr tica pedag gica A avalia o assim apresenta ind cios de uma compreens o mais cont nua e integrada pr tica pedag gica de uma forma geral Em alguns casos os procedimentos de avalia o s o os mesmos procedimentos de ensino podendo t
589. ser natural peculiar distinto dos demais seres naturais pelo seguinte 83 enquanto estes em geral os animais inclusive adaptam se natureza e portanto t m j garantidas pela pr pria natureza suas condi es de exist ncia o homem precisa adaptar a natureza a si ajustando a segundo as suas necessidades Esta a marca distintiva do homem que surge no universo no momento em que um ser natural se destaca da natureza entra em contradi o com ela e para continuar existindo precisa transform la Eis a raz o pela qual o que define a ess ncia da realidade humana o trabalho pois atrav s dele que o homem age sobre a natureza ajustando a s suas necessidades SAVIANI 1995 p 108 109 A natureza humana n o dada ao homem mas por ele produzida sobre a base da natureza biof sica Consegiientemente o trabalho educativo o ato de produzir direta e intencionalmente em cada indiv duo singular a humanidade que produzida hist rica e coletivamente pelo conjunto dos homens SAVIANL 1995 p 11 A Pedagogia Hist rico Cr tica trazendo tona com outra perspectiva aspectos do tradicionalismo do escolanovismo e do cr tico reprodutivismo d um salto qualitativo na apresenta o de sua teoria pedag gica O saber cl ssico apropriado historicamente pela burguesia a dinamicidade no tratamento desse saber e o determinismo social da escola s o portanto aspectos da trajet ria da educa o brasil
590. ses saberes mediatizam e s o reciprocamente mediatizados por conflitos contradi es rejei es consentimentos e negocia es diante das rela es de poder que se estabelecem na sociedade mais ampla ou mesmo nos diferentes tempos e espa os sociais da cultura escolar Essa constitui o se d num n vel de autonomia relativa e rec proca entre os condicionantes externos e internos da rela o Escola e Sociedade configurando se num processo de sele o organiza o e sistematiza o do conhecimento 1 2 SABERES ESCOLARES Genericamente os saberes escolares s o compreendidos como os conhecimentos abordados no curr culo da educa o b sica e por muitas vezes usados como sin nimos de conhecimento escolar e conte do escolar Saber escolar conhecimento escolar e conte do escolar seriam de fato a mesma coisa Em seus pressupostos estaria tamb m a pergunta conhecimento saber e conte do tamb m expressam o mesmo significado 73 1 2 1 Aspectos etimol gicos e filos ficos dos saberes escolares Do ponto de vista etimol gico Ferreira 1986 afirma que conhecimento o ato ou efeito de conhecer id ia no o informa o not cia ci ncia experi ncia discernimento aprecia o apropria o do objeto pelo pensamento percep o apreens o defini o an lise Saber definido tanto como verbo quanto como substantivo Enquanto verbo ele vem como sin nimo de conhecer ter conhecimento ter ci ncia
591. sidade PEF1 N o Eu fazia desse mesmo jeito antes nas s ries PEF1 Ent o o Ciclo eu acho tem essa organiza o e a gente tem que buscar a Educa o F sica ver como que a gente se organiza nessa sistematiza o que n o mudou a gente ainda n o conseguiu fazer mas n o imposs vel de fazer ali n o imposs vel d para gente fazer algumas coisas pequenas que t m uma certa continuidade Entendeu PEF2 Os saberes organizados no tempo e espa o escolares passam a ser elementos de media o na intera o entre os sujeitos e objeto de educa o Eles precisam ser sistematizados A que artif cios metodol gicos se submetem esses saberes ou mesmo produzem na a o pedag gica entre professores e alunos No caso espec fico de Educa o F sica novamente as quest es referentes aos recursos pedag gicos v m interferir de maneira definidora na aula influenciando tamb m na sistematiza o dos saberes escolares As professoras de Educa o F sica afirmam que principalmente em fun o da limita o de materiais dispon veis as aulas geralmente acontecem em grandes grupos Atividades com grandes agrupamentos n o d para fazer atividades com pequenos grupos nem individuais porque n o tem material para isso Ent o s o sempre atividades de que possam participar toda a turma S d para trabalhar com essa situa o did tica infelizmente PEFI Pronto se forem jogos de que toda a turma
592. smo positivismo hermen utica fenomenologia dial tica etc Carvalho 1994 Com uma abordagem metodol gica podemos anunciar como exemplo a emp rico anal tica fenomenol gica hermen utica e cr tico dial tica SANCHEZ GAMBOA 1998 e 2001 Encontramos afirma o semelhante em v rios estudiosos TRIVINOS Augusto Silva Dial tica e pesquisa em ci ncias sociais In MOLINA NETO Vicente e TRIVINOS Augusto Silva orgs A pesquisa qualitativa na Educa o F sica alternativas metodol gicas Porto Alegre EDUFRGS 1999 p 11 27 FRIGOTTO 32 Decidimos portanto diante de nossa trajet ria acad mica da natureza de nosso objeto de estudo e de nosso objetivo de pesquisa por uma aproxima o com a dial tica materialista hist rica Em nosso objeto de estudo delimitamos um problema de investiga o que se insere no campo da Nova Sociologia da Educa o Como esse campo em sua origem tem no Marxismo um de seus fundamentos e ainda se volta para o estudo das for as sociais e pol ticas que influenciam ou mesmo determinam a constitui o do saber escolar pensamos que a Abordagem Dial tica Materialista Hist rica nos possibilitou uma reflex o mais aproximada destas caracteriza es buscando a supera o da apar ncia imediata do real fugindo de compreens es conceituais simplistas e abstratas Com essa op o tivemos a oportunidade de investigar o grau de influ ncia das determina es e rela es sociais n o esp
593. sociais 3 3 2 Arte A proposta pedag gica para o ensino da Arte na Rede Municipal de Ensino inicia com uma reflex o sobre as produ es art sticas nos dias atuais Obras e artistas convidam ao di logo reflex o e ao questionamento levando ao leitor de seu conte do uma apropria o interpreta o participa o e recria o deixando de lado a mera contempla o O principal objetivo da Arte na escola levar os indiv duos a se confrontarem com s mbolos de realidade e experi ncias compartilhadas o que fundamental para a compreens o social e do mundo em que vivem Express o pessoal e interpreta o pessoal n o s o construtos espont neos mas resultado da ativa negocia o entre o indiv duo e a sociedade capacidade e necessidade liberdade e legalidade particularidade e universidade BARBOSA apud RECIFE 2002b p 19 Baseando se na abordagem triangular de Ana Mae Barbosa a proposta indica que compreende a Arte como constru o hist rica social e cultural transformando as suas dimens es em eixos tem ticos para a constitui o dos saberes escolares O objeto de estudo investiga o e leitura da Arte s o as obras e objetos de arte bem como suas manifesta es art sticas e culturais nas diferentes linguagens e contextos Dentre as linguagens art sticas s o destacadas a visual a teatral e a musical Essas tr s linguagens estar o sempre norteadas pelos eixos da triangula o o ler o fazer e o c
594. sores elementos referentes s inst ncias organizativas da Prefeitura em especial da Secretaria de Educa o No momento de realiza o da pesquisa de campo 2004 a Gest o Central da Prefeitura do Recife tinha como Prefeito Jo o Paulo Lima e Silva do Partido dos Trabalhadores PT e como Vice Prefeito Luciano Siqueira do Partido Comunista do Brasil PCdoB ambos eleitos no final do ano 2000 para a gest o 2001 2004 Na atualidade por via de um novo processo eleitoral ocorrido no final de 2004 os dois foram reeleitos para a gest o 2005 2008 Na Presta o de Contas RECIFE 2006 vimos que a Gest o Central da Prefeitura procurou trabalhar com princ pios de uma Gest o Democr tico Popular Assim organizou e viabilizou Plen rias de Or amento Participativo nas quais a popula o discutia a aplica o dos recursos p blicos municipais As obras e a es de pavimenta o e drenagem geravam as maiores demandas mas tamb m a educa o se fez presente A Gest o tamb m mobilizou a participa o popular nas Confer ncias Municipais nas quais o Governo Municipal e entidades de classe ligadas a setores da sociedade tinham presen a marcada A educa o tamb m foi tema de Confer ncias Municipais Especificamente em rela o gest o educacional realizaram se a es para a constru o do Sistema Municipal de Educa o e do Plano Municipal de Educa o RECIFE 2003b e BRAYNER e FERRAZ 2004 Em 2004 conforme observ
595. sponsabilidade na origem e organiza o dos ciclos no Brasil ela deu seus primeiros passos em curr culos organizados por s ries portanto ciclos e promo o autom tica n o s o sin nimos O ciclo constitui se como uma das experi ncias de corre o do fluxo escolar de corre o da distor o idade s rie podendo estas serem resultado do ingresso tardio na escola das sucessivas reprova es ou mesmo da evas o com retorno MAINARDES 2001 Como vemos essa distor o idade s rie n o pode ser unicamente atribu da ao curr culo seriado Ela pode ter se originado antes mesmo do aluno entrar na escola quando por diversos outros problemas os alunos n o s o matriculados na s rie inicial da escolariza o ignorando as recomenda es legais em termos da faixa et ria No entanto a escola que convencionalmente vem sendo organizada por s ries de uma maneira geral aceita a reprova o por ser tradicional e historicamente uma 65 A elimina o da reprova o tamb m pode ser conseguida por outras alternativas tais como melhoria do ensino promovendo a aprendizagem de todos os alunos ou ainda por uma escolariza o que siga a faixa et ria dos alunos Como nos informa Therezinha Nunes em audi ncia p blica da C mara dos Deputados C MARA DOS DEPUTADOS 2002 na Inglaterra por exemplo a escola nunca foi seriada sendo os alunos agrupados por idade Estes v o progredindo na escolariza o cronologicamente No ent
596. sta realizada Data Entrevistador Pesquisador Entrevistada Professora de Educa o F sica 1 PEF1 FITA 01 LADO B Entrevistador Data Entrevistador Pesquisador Entrevistada Professor de Matem tica 2 PM2 FITA 01 LADO B Entrevistador Ai quando o senhor foi dar aula logo no in cio da carreira ou at hoje em dia Entrevistada Coletivo de Autores Entrevistado proposta da Rede Entrevistador Voc disse e essa proposta da Rede tamb m ajuda a voc a selecionar esses conte dos Entrevistada Entrevistador Entrevistado eu tamb m uso os uso como refer ncia Entrevistador Outros professores tamb m citam os PCNSs de outras disciplinas Entrevistada Eu utilizo utiliza se bem que o pessoal n o gosta muito n o N o aceita bem n o Com esses procedimentos instrumentos fundamentos e op es investigamos a constitui o dos saberes escolares no curr culo de escolas de educa o b sica e elaboramos a presente Tese de Doutorado No primeiro cap tulo refletimos e fundamentamos teoricamente as categorias anal ticas do estudo Curr culo Saberes Escolares e Cultura Escolar foram objetos de an lises conceituais hist ricas pol ticas educacionais e pedag gicas inclusive de seus entrela amentos No segundo cap tulo a partir dos fundamentos abordados no primeiro das Pedagogias dos C
597. stente n o tem nada disso Mas eles querem muito que eu d aula de gram tica Quando eu dou aula de gram tica Incr vel quando eu estou trabalhando um texto timo que foi escolhido para trabalhar rolam uns bloquinhos de conversa na sala quando eu estou dando gram tica Eu falo para eles quando eu estou dando a aula mais chata do mundo fica todo mundo prestando aten o copiando E n o quer que apague o quadro sabe PLP1 261 Em fun o disso a gram tica n o pode ser repentinamente abolida do ensino de L ngua Portuguesa mas tamb m porque de fato necess rio compreender as normas da l ngua formal Por certo percebemos na fala da PLP2 que a gram tica tamb m n o precisa ser ensinada convencionalmente As regras n o precisam ser ensinadas normativamente elas podem ser trabalhadas atrav s de uma problematiza o e contextualiza o partindo do texto evidenciando suas necessidades de uso Eu n o posso de repente deixar de lado o ensino da gram tica Porque achar que n o precisa decorar determinadas regras o aluno vai aprender a falar bem e a escrever bem sem ela n o vai Ele precisa saber At para dizer que ele n o quer us la ele vai ter que conhecer at para o professor dizer assim eu n o vou ensinar essa regra ele tamb m tem que dizer isso porque que n o vai ensinar A linguagem formal tem umas regras essas regras existem elas precisam ser passadas para todos para que unifiq
598. stituir um problema mais profundo Entre outros aspectos problem ticos na implanta o dos ciclos para a supera o das s ries est a quest o da nomenclatura haja vista a manuten o do uso do termo s rie indicando os anos de cada ciclo ou mesmo a dificuldade de trocar a nomenclatura No caso da Rede Ela est por ciclo ou seja est por ano de ciclo A gente tem no caso como eu trabalho no 2 ano do 4 ciclo ou seja a 8 s rie ent o eu tenho isso como dado uma continuidade porque a turma em que eu trabalho porque eu s tenho uma turma a turma em que eu estou trabalhando atualmente foi turma minha no ano passado ou seja eu estou acompanhando a turma pelo ciclo Foi no 1 ano do 4 ciclo que a 7 s rie e est sendo agora no 2 ano do 4 ciclo Ent o eu dou uma continuidade Basicamente as compet ncias que est o inseridas ali quase que s o as mesmas o que vai mudar s o alguns conte dos PM1 A implanta o dos ciclos de aprendizagem implica a constru o e materializa o de uma outra escola diferente da escola que comumente conhecemos e que tem origem na moderniza o da sociedade atual Entre as altera es o PM2 destaca uma outra forma de registro na caderneta uma outra forma de lidar com as n o aprendizagens dos alunos Inclusive na caderneta n s declaramos se o aluno atingiu ou n o as compet ncias Caso ele n o tenha atingido a compet ncia ele volta fazendo uma esp cie de
599. sumidas por Jarbas e Mendon a numa coliga o PMDB e PFL fazendo com que as condi es hist ricas entre oposi o mais esquerda e situa o direita sofressem uma configura o de centro direita se que podemos afirmar isso A pol tica educacional com implica es diretas nas pol ticas de curr culo tamb m v o variar conforme o projeto de filia o partid ria No mbito da cidade do Recife Jarbas Vasconcelos 1993 1996 vai segundo Brayner e Ferraz 2004 implementar com a mesma Secret ria de Educa o de seu governo municipal anterior 1986 1988 uma gest o democr tica agora amparada pela Constitui o Federal de 1988 e pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente editado na Lei n 8069 de 1990 expressando se por exemplo na realiza o das tr s Confer ncias Municipais de Educa o 1993 1995 e 1996 na reativa o dos Conselhos Escolares numa nova proposta de composi o para o Conselho Municipal de Educa o na agiliza o do fluxo escolar por amplia o das oportunidades de aprendizagens na constru o coletiva da proposta pedag gica da Rede e na valoriza o da carreira de magist rio inclusive com a realiza o do primeiro concurso p blico para professores da Rede Municipal de Ensino do Recife A gest o de Roberto Magalh es 1997 2000 segundo Brayner e Ferraz 2004 n o vai dessa vez realizar o desmonte da pol tica implementada pelo governo anterior pois aquele conseguiu garantir
600. t ncias oficiais do segmento citado Quando citamos a Gest o Central de Governo ou da Prefeitura do Recife referimo nos ao Prefeito e Vice Prefeito e seus Secret rios Quando citamos a Gest o Central da Secretaria de Educa o Municipal ou mesmo da Rede Municipal do Ensino estamos nos referindo Secret ria Secret rio Adjunto Diretores Setoriais e Gerais e ainda a Gerentes de Departamentos ver quadros 13 e 14 E quando citamos Gest o Central da Escola nos referimos ao Diretor Vice Diretor e Coordenador 74 Para uma reflex o acerca de pol ticas curriculares em mbito internacional sugerimos consultar Pacheco 2000 2003 2006a e 2006b 121 Seja de ordem imperialista liberal estadonovista ou militar as pol ticas curriculares ou melhor dizendo as a es governamentais que geraram reformas educacionais as quais desembocaram nos curr culos escolares at final da d cada de 1970 n o foram propriamente pol ticas curriculares pois o conhecimento que deveria ser ensinado pelo professor e aprendido pelos alunos era considerado neutro e naturalmente leg timo O curr culo descoberto ainda na d cada de 1970 como objeto pol tico de representa o de classe social e de rela es de poder com o surgimento das Teorias Cr ticas da Educa o quando ent o seguindo o contexto da poca passa a se questionar a ingenuidade neutralidade legitimidade e universalidade do saber escolar No final da d cada de 1970 e in ci
601. ta o elo final de uma complexa cadeia que se monta para dar concretitude a uma pol tica entendida aqui como um programa de a o AZEVEDO 1997 p 59 A pol tica curricular dimens o de uma pol tica educacional pode ser compreendida como a express o de uma legitimidade e de um poder relacionados com tomadas de decis es sobre sele o organiza o e avalia o de conte dos de aprendizagem PACHECO 2000 p 140 A partir do exposto podemos dizer que o curr culo se torna no Brasil objeto de discuss es negocia es e disputas nas pol ticas educacionais em meio s propostas alternativas de curr culo MOREIRA 2000b principalmente no in cio da d cada de 1980 RJ SP PE MG pois antes o curr culo na grande maioria das pol ticas educacionais foi compreendido e implementado como programas e guias curriculares a serem cumpridos pelas unidades escolares e pelos professores sendo aplicados aos alunos tendo sido elaborado por curriculistas contratados para tal tarefa ou mesmo reproduzindo as inst ncias governamentais superiores O curr culo portanto nem sempre foi objeto de debate pol tico sendo quase inquestion vel universal a parte dura da pol tica educacional importante frizarmos que o curr culo antes de adquirir uma compreens o pol tica mesmo que centralizada foi explicado sem o reconhecimento desta sua dimens o O curr culo foi considerado como elemento referente apenas dimens
602. tam numa rela o cont nua e dial tica entre o antecipar e materializar a pr tica pedag gica Est vamos motivados pela compreens o de que por via do planejamento pedag gico do professor seria poss vel captar o planejamento curricular da pol tica educacional como um todo e da a o docente O planejamento estava sendo compreendido como o pensar previamente a a o pedag gica assim como sua execu o e avalia o O planejamento preserva a dimens o da antecipa o mas tamb m inclui o agir pois ele o movimento da pr tica pedag gica o plano em a o 38 Como podemos observar na figura 1 o planejamento pode ser visto sob diferentes amplitudes e formas no entanto para deixar claro como percebemos o planejamento curricular na inst ncia do professor estamos entendendo sinteticamente que aquele pode se expressar em tr s grandes dimens es Figura 1 Planejamento forma e amplitude PLANEJAMENTO En a e forma a mbito Express o Pol tica P blica 4 Educacional p Orienta es legais Eme Hi W Escola Curricular Projeto Pedag gico Aula De Ensino gt Plano de ensino O planejamento educacional como aquele elaborado no mbito das pol ticas p blicas das a es governamentais expressando se principalmente no formato de orienta es legais O planejamento curricular como aquele elaborado no mbito das institui es educacionais em especial das escolas poden
603. tamb m da oficialidade e linearidade dos acontecimentos No que se refere especificamente ao curr culo essa renova o vai al m das explica es e compreens es acerca dos sistemas de ensino e planos curriculares O campo da hist ria das disciplinas escolares procura enfatizar o porqu de a escola ensinar os saberes que ensina ao inv s de tentar responder os saberes que a escola deveria ensinar Assim essa perspectiva renovadora de Historiografia da Educa o aproxima se das Teorias de Curr culo propriamente ditas especialmente das Teorias Cr ticas e P s Cr ticas destacadas por Silva 1999 pois procura captar as intencionalidades sociais pol ticas ideol gicas de g nero tnicas e culturais contidas nos saberes escolares Podemos afirmar tamb m que esse movimento renovador na hist ria da educa o apresenta identidade com os Paradigmas Circular Consensual e Din mico Dial gico presentes em Domingues 1986 e 1988 pois baseado na Nova Hist ria possuem em comum as bases epistemol gicas da fenomenologia e do neo marxismo Segundo Bittencourt 2003 p 15 os estudos em Hist ria das Disciplinas Escolares aparecem em diferentes pa ses quase que simultaneamente possuindo em comum a preocupa o em identificar a g nese e os diferentes momentos hist ricos em que se constituem os saberes escolares visando perceber a sua din mica as continuidades e descontinuidades no processo de escolariza o Especificamente no B
604. tamb m v o interferir na sele o dos saberes escolares diferentes concep es v o condicionar essa sele o especialmente as de escola disciplina curricular professor aluno e de rela o do professor no uso das teorias de refer ncia Todas as disciplinas fazem cr ticas escola tradicional questionando principalmente uma legitima o instrumental e proped utica convencional demonstrando a busca por uma legitima o social inclusive da instrumentaliza o e prepara o para o futuro mais cr tica Essa busca por uma legitima o social traz para as disciplinas vis es mais emancipat rias de seus objetos de estudo e papel pedag gico no curr culo escolar Em Educa o F sica procura se superar os conflitos de legitima o inclusive o reconhecimento de que seria uma atividade l dica compensat ria ou ainda os apelos pessoais da legitima o afetiva e at mesmo a neglig ncia dos alunos Busca se uma legitima o instrumental e proped utica e apesar de ter conseguido pequenos avan os ainda deixa fragilizada e ofuscada sua legitima o pedag gica diante do papel social da escola As falas das professoras demonstram pouca articula o com os objetos de estudo apontados nas duas 304 vers es da Proposta Pedag gica da Rede ou seja o Mover se e a Cultura de Movimento fundamentados na abordagem cr tico emancipat ria de Elenor Kunz Em Arte reconhece se o avan o te rico da rea o qual demonstra que essa di
605. tar ciclo s ries que eu n o estou nem a Porque eu vejo a arte como se fosse uma coisa do sempre do eterno do tempo todo Ent o eu estou sempre adequando e ajustando PAI O que eu vejo em rela o ao ciclo o que a gente est vendo em rela o ao ciclo eu n o vejo diferen a PAZ Era n s trabalh vamos Desde que come ou o ciclo a mesma coisa Eu at comentei com eles Olhe essa filosofia est muito parecida com a arte PAZ Essa postura pode representar uma neglig ncia escola como um todo ou mesmo uma rea o a uma neglig ncia da escola perante a arte De acordo com a discuss o realizada acreditamos que essa fala expressa muito mais uma m tua neglig ncia do que a supera o da seria o do curr culo Confirma se tamb m diante da sistematiza o dos saberes escolares o que foi tratado anteriormente A PA1 utiliza se de uma variedade de procedimentos metodol gicos Trabalha em sala e fora da sala d aula expositiva visita museus galerias exposi es participa de atividades coletivas da escola como por exemplo a feira de conhecimento os festivais faz uso de joguinhos e brincadeiras trabalha com pesquisa usa o v deo organiza dramatiza es conduz os alunos a usarem um caderno para anota es enfim procura sempre dinamizar a aula com atividades diferenciadas ainda que de vez em quando use procedimentos mais convencionais tais como a aula expositiva e as anota es no caderno
606. te e eficaz para a solu o de situa es pr ticas 86 Essa compatibiliza o leva a perspectiva de Pedagogia de Compet ncias a ser compreendida como uma teoria pedag gica em transi o pois semelhante Pedagogia de Projetos n o prop e a supera o das suas refer ncias hist ricas mas apenas uma jun o de concep es al m do fato de n o explicitar qual perspectiva de sociedade defende Marize Nogueira Ramos 2001b estuda a Pedagogia de Compet ncias reconhecendo suas arestas com uma pol tica de adapta o ao capital cultural dominante e portanto sua delimita o em fun o do mercado de trabalho sendo quase uma transposi o linear e funcional do mundo econ mico No entanto tamb m afirma que num movimento hist rico e dial tico entre sociedade e educa o as compet ncias n o est o determinadas definitivamente pela classe social dominante podendo sim ser reapropriadas pelos trabalhadores e ressignificadas subordinando as ao conceito de qualifica o como rela o social A partir do exposto acerca das diferentes teorias pedag gicas e da compreens o sobre saber escolar e conte do escolar observamos um movimento de continuidade e descontinuidade entre elas fruto de sua pr pria historiografia No movimento de continuidade em que h um car ter de progress o percebemos dois tipos de din mica entre as teorias Algumas se posicionam numa continuidade aditiva e outras numa continuidade contradit ri
607. te o per odo de 2002 a 2004 Embora essa condi o facilitasse a entrada no campo de pesquisa n o foi determinante para a escolha Ela foi qualificadora do acesso que certamente ter amos caso n o f ssemos assessor pois se trata de uma Rede P blica de Ensino em que v rias outras pesquisas tinham sido e estavam sendo realizadas por pesquisadores que necessariamente n o tinham a fun o de assessor Como especificamente objetivamos analisar os fundamentos presentes na intencionalidade e a es da pol tica curricular definimos como fontes para coletar informa es os documentos considerados principais da Rede Municipal de Ensino do Recife os quais diziam respeito constitui o dos saberes escolares e as falas de professores acerca de sua pr tica pedag gica no processo de constitui o dos saberes escolares Foram eleitos como sujeitos da pesquisa dois professores de quatro diferentes disciplinas que atuassem a partir do 5 ano do ensino fundamental L ngua Portuguesa Matem tica Arte e Educa o F sica totalizando oito professores entrevistados A escolha dos 7 O projeto hist rico segundo Freitas 1995 expressa e procura materializar uma concep o de sociedade 8 No per odo de 2001 a 2002 e 2005 a 2006 fomos assessor pedag gico de Educa o F sica da Rede Estadual de Educa o de Pernambuco entretanto tal Rede Estadual n o foi escolhida como l cus de investiga o 36 professores se deu numa f
608. tempor neo A ess ncia do lema aprender a aprender exatamente o esvaziamento do trabalho educativo escolar transformando o num processo sem conte do por esta raz o que a Pedagogia Hist rico Cr tica deve defender de forma radical que o papel da escola consiste em socializar o saber objetivo historicamente produzido DUARTE 2000 p 9 104 Argumentando em favor de suas cr ticas Duarte 2001 p 36 37 focaliza quatro posicionamentos valorativos contidos no lema aprender a aprender s o eles 1 S o mais desej veis as aprendizagens que o indiv duo realiza por si mesmo nas quais est ausente a transmiss o por outros indiv duos de conhecimentos e experi ncias 2 mais importante o aluno desenvolver um m todo de aquisi o elabora o descoberta constru o de conhecimentos do que esse aluno aprender os conhecimentos que foram descobertos e elaborados por outras pessoas 3 A atividade do aluno para ser verdadeiramente educativa deve ser impulsionada e dirigida pelos interesses e necessidades da pr pria crian a 4 A educa o deve preparar os indiv duos para acompanharem a sociedade em acelerado processo de mudan a 2 1 3 A Pedagogia das Compet ncias uma outra an lise cr tica grande o n mero de produ es acerca da reflex o e apropria o do conceito de compet ncia na literatura pedag gica brasileira seja no vi s da rela o trabalho educa o seja no vi s d
609. teur qui reconnaisse encourage et requi re les capacit s potentielles de production des protagonistes du domaine ducatif Il est imp ratif de les chercher et de rendre viables les voies et les conditions de mat rialisation de programmes critiques dynamiques ax s sur le dialogue et sur une approche sociologique de la culture scolaire MOTS CL S Ecole Programme Savoirs Scolaires Culture Scolaire Disciplines du Programme 23 INTRODU O OBJETO DE ESTUDO E METODOLOGIA DE PESQUISA DEFININDO O OBJETO DE ESTUDO O objeto de estudo dessa pesquisa em certa medida uma continuidade do Mestrado em Educa o realizado na Universidade Federal de Pernambuco UFPE entre 1996 e 1999 que por via de um estudo de caso de tipo etnogr fico fazendo uso de entrevistas semin rios e observa es investigou os crit rios de constitui o dos saberes escolares do componente curricular Educa o F sica em uma escola do ensino fundamental e m dio da Rede P blica Estadual de Pernambuco No Doutorado essa problem tica de investiga o se reestrutura e partindo dos estudos e experi ncias espec ficas de uma disciplina amplia seu olhar para a din mica curricular de uma forma geral Essa reestrutura o vem sendo constru da a partir de nossa atua o na forma o de professores tanto no n vel da forma o inicial gradua o quanto da forma o continuada seja esta ltima em cursos de p s gradua o ou mesmo na fo
610. text amp pid S0101 733020020080000 10 amp lng pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000010 DAVIES N O Fundef e o or amento da educa o Desvendando a caixa preta Niter i Xam 1998 DAVIES Nicholas O Fundef e os equ vocos na legisla o e documenta o oficial Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 113 2001 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid S0100 15742001000200006 amp lng pt amp nrm iso gt Acesso em 27 Out 2006 doi 10 1590 S0100 15742001000200006 DELVAL Juan Crescer e pensar A constru o do conhecimento na Escola S o Paulo Artes M dicas 1998 DELORS Jaques Educa o um tesouro a descobrir Relat rio para a UNESCO da Comiss o Internacional sobre Educa o para o S culo XXI S o Paulo Cortez Bras lia MEC UNESCO 1998 DOMINGUES Jos Luiz Interesses humanos e paradigmas curriculares Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Bras lia INEP vol 67 n 156 maio ago 1986 p 351 366 DOMINGUES Jos Luiz O cotidiano da escola de 1 grau o sonho e a realidade Goi nia CEGRAF UFG S o Paulo EDPUCSP 1988 DOSSI PAR METROS CURRICULARES NACIONAIS Educa o amp Realidade Porto Alegre n 21 1 jan jun 1996 p 187 198 DUARTE Newton Vigotski e o aprender a aprender cr tica s apropria es neoliberais e p s modernas da teoria vigotskiana Campinas Autores Asso
611. texto situa o de intera o Adequa o ao tema proposto Progress o tem tica Pontos de vista discursivos Adequa o argumentativa Emprego de contextualizadores Emprego de compara o e met fora Diagrama o textual Adequa o vocabular Ortografia Pontua o adequada Legibilidade Codifica o do sistema alfab tico Escrita Fonte Recife 2002b p 15 16 Na L ngua Portuguesa destacamos a rela o existente entre os saberes das diferentes formas de express o da l ngua apresentados em forma de eixos V rios saberes perpassam os diferentes eixos tem ticos levando o aluno a apropriar se compreender e produzir a l ngua quando fala l e escreve 3 3 4 Matem tica Em Matem tica a proposta problematiza a realidade atual principalmente diante das mudan as s cio econ micas justificando as novas exig ncias para interven o e forma o de um outro sujeito Torna se necess rio portanto que este sujeito escolha de forma l cida consciente e respons vel a sua conduta pessoal e social E por isso mesmo 179 n o pode prescindir de organizar se em grupos compartilhando planejando e decidindo fundamentado em negocia es definindo estrat gias e metodologias de a es em benef cio da coletividade respeitando as diversidades culturais visando ainda a clareza dos seus direitos e a constru o da cidadania RECIFE 2
612. their particularities a continuous and contradictory process which aims a pedagogical legitimation around the curricular isonomy In the curriculum generality we perceive the elements that guide different disciplines in the attributions and pedagogical possibilities accomplishment and conquest In the curricular totality we verify that they establish amid reciprocal tension relations seeking recognition and making itself recognize front to the curricular politics subjects and pedagogical instances In this process we observed the existence of more ambiguities doubts and conflicts than certainties in the school knowledges constitution so much in the understood disciplines like secondary as Physical Education and Art as in the disciplines considered of larger prestige as Portuguese Language and Mathematics The ambiguities doubts and conflicts concern the school basic education curriculum structuration The Curriculum is then so much an object of private and individual appropriation and assimilation social and collective knowledge accumulated in the humanity s history as manpower expression of this humanity productive character Being thus it is necessary to overcome more and more the prescritive normative rationalists curricula and assemble an emancipated curriculum which recognizes propitiates and solicits the educational subjects potential producer It is urgent to search and allow the ways and conditions for the materialization of critical
613. tica de redistribui o dos recursos destinados ao ensino fundamental Fonte http portal mec gov br seb index php option content amp task section amp id 1 amp Itemid 200 Para mais detalhes sugerimos consultar Brasil 1997a Davies 1998 e 2001 Monlevade e Ferreira 1997 e Vazquez 2005 87 Para estudos sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB sugerimos entre outros consultar Bollmann 1997 Brzezinski 1997 Cury 1998 Saviani 1998 88 Para aprofundar an lise acerca dos Par metros Curriculares Nacionais PCN sugerimos consultar Moreira 1996a e 1996b Faculdade de Educa o da UFRGS 1996 Dossi sobre os Par metros Curriculares Nacionais publicado na Revista Educa o e Realidade n 21 1 p 9 22 jan jun 1996 Taffarel 1997 Cury 2000 Lopes 2002 Rocha 2003 e Aguiar 2006 Brasil 1997b 1999 2000 127 interesses do capital e do trabalho em torno da educa o patrocinou em 1995 um encontro entre os Minist rios de Educa o do Trabalho de Ci ncia e Tecnologia e alguns segmentos da sociedade civil como organiza es de empres rios centrais sindicais CRUB CONSED UNDIME FIEP para discutir e tra ar estrat gias para a pol tica educacional Sob a coordena o do Minist rio do Trabalho e n o do da Educa o esse encontro que partiu de um documento base significou um ponto de inflex o na elabora o das pol ticas A tentativa de consenso
614. tico Essas id ias ganharam vulto com os estudos de Ralph Tyler sobre curr culo deixando ainda mais evidente sua perspectiva de controle quando prop e que o curr culo deve ser organizado a partir de quatro quest es DOMINGUES 1986 e 1988 Segundo o pr prio Tyler essas quatro quest es s o l que objetivos educacionais deve a escola procurar atingir 2 que experi ncias educacionais podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcan ar esses prop sitos 3 como organizar eficientemente essas experi ncias educacionais 4 como podemos ter certeza de que esses objetivos est o sendo alcan ados TYLER 1975 p 1 No Brasil as id ias de Tyler tiveram grande influ ncia nas primeiras publica es de como elaborar curr culos O primeiro manual de curr culo foi elaborado por J Roberto Moreira em 1955 o segundo por Dalilla Sperb em 1966 o terceiro por Marina Couto em 55 1966 e o quarto por Lady Lina Traldi em 1977 Fora do Brasil Taba em 1962 e Papham e Baker em 1970 tiveram Tyler como precursor de suas elabora es sobre o curr culo No Paradigma Circular Consensual segundo Domingues 1986 e 1988 s o considerados pioneiros James Macdonald e Dwayne Huebner que por volta do in cio da d cada de 1960 trabalhavam com id ias alternativas ao pensamento de Tyler Mas s no in cio dos anos de 1970 esse paradigma passa a ter mais proemin ncia e a partir de um enfoque hist rico hermen utico e com inte
615. tiza o CBA s que reestruturaram as propostas de elimina o da reprova o iniciadas no final da d cada de 1960 como por exemplo no estado de Pernambuco em 1968 MAINARDES 2001 75 O sentido de descoberto aqui n o o de achado ou encontrado e sim o de retirada da coberta que encobria as verdadeiras inten es pol ticas 76 Desses apenas Leonel Brizola eleito governador no Rio de Janeiro era do PDT os outros nove governadores eram filiados ao PMDB 7 Nessa poca 1968 1971 Pernambuco era governado por Nilo de Souza Coelho nomeado por Castello Branco 2 Presidente durante Ditadura Militar e que depois foi eleito senador pela ARENA Antes de Nilo Coelho o 122 Com a exce o do Estado de Pernambuco que de 1983 1986 foi governado por Roberto Magalh es PFL e de 1986 1987 por Gustavo Krause PFL os quatro outros Estados citados eram governados por partidos que fizeram oposi o ao governo militar Goi s de 1983 1986 era governado por ris Rezende PMDB e posteriormente 1986 1987 por Onofre Quinan PMDB Minas Gerais 1983 1984 por Tancredo Neves PMDB e depois 1984 1987 por H lio de Carvalho Garcia PP Paran 1983 1986 por Jos Richa PMDB e depois 1986 1987 por Jo o El zio Ferraz de Campos PFL e S o Paulo 1983 1987 por Franco Montoro PMDB Como em todos os mbitos da vida humana as contradi es se apresentam e nos governos indicados n o seria diferente tanto em sua
616. to de autonomia relativa diante da influ ncia reprodutora dos fatores sociais mais amplos portanto dela n o se isola numa produ o meramente singular e nica Inserindo se entre os que investigam essa constitui o dos saberes escolares pelo olhar da Sociologia Cr tica do Curr culo a presente Tese de Doutorado apresenta se como processo e produto de pesquisa qualitativa realizada na literatura e no campo em documentos e entrevistas com dois professores de quatro diferentes disciplinas curriculares Educa o F sica Arte L ngua Portuguesa e Matem tica os quais pertenciam a Escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife Vimos que as disciplinas escolares aqui investigadas vivem em suas particularidades um processo cont nuo e contradit rio por legitima o pedag gica em torno da isonomia curricular Na generalidade do curr culo percebemos os elementos que orientam diferentes disciplinas no cumprimento e conquista das atribui es e possibilidades pedag gicas Na totalidade curricular constatamos que elas se estabelecem em meio a rela es de tens es rec procas buscando reconhecimento e se fazendo reconhecer frente aos sujeitos e inst ncias pedag gicos da pol tica curricular Foi nesse processo que observamos a exist ncia de mais ambigiiidades d vidas e conflitos do que certezas na constitui o dos saberes escolares tanto nas disciplinas entendidas como secund rias como Educa o F sica e Arte como nas discipl
617. tos elaborados por professores da Rede nas tr s diferentes reas de conhecimento estabelecidas nas Diretrizes Curriculares para o Ensino M dio Nessa as reas s o extendidas para a organiza o dos demais n veis de escolariza o por reconhecer a inter rela o existente e necess ria entre elas e os componentes curriculares da educa o b sica Assim as tr s reas passam a compor o curr culo da educa o b sica nas escolas municipais S o portanto componentes curriculares da rea das Ci ncias da Natureza e Matem tica F sica Qu mica Biologia e Matem tica da rea das Ci ncias Humanas Hist ria Geografia Introdu o s Leis Trabalhistas e o Ensino Religioso e da rea de Linguagens e C digos L ngua Portuguesa Arte Educa o F sica L ngua Inglesa e Inform tica A rea de Ci ncias da Natureza e Matem tica procura superar a especializa o exagerada que leva fragmenta o do saber Desse modo a partir da realidade do cotidiano e ao mesmo tempo sem perder de vista a totalidade num permanente di logo entre teoria e pr tica 110 Mesmo tendo reeleito Prefeito e Vice Prefeito a Secretaria de Educa o do Munic pio em 2005 passou por modifica es na equipe dirigente 161 e de modo interdisciplinar esta rea volta se para a compreens o conhecimento e transforma o do mundo RECIFE 2002b p 48 A rea de Ci ncias Humanas deve proporcionar aos alunos o conhecimento de si mesmo
618. tratando os avan os e os limites existentes na realidade educacional do Munic pio Essa op o procura materializar uma intencionalidade pol tica em favor da maioria da popula o da Cidade considerando a historicidade dos sujeitos inclusive a do professor 112 Um projeto hist rico enuncia o tipo de sociedade ou organiza o social na qual pretendemos transformar a atual sociedade e os meios que deveremos colocar em pr tica para sua consecu o Implica uma cosmovis o mas mais que isso concreto est amarrado a condi es existentes e a partir delas postula meios e fins FREITAS 1995 p 57 13 Projeto Pol tico Pedag gico algo mais que agrupamentos de planos de ensino e de atividades diversas n o algo para ser arquivado ou encaminhado s autoridades mas algo que busca um rumo uma dire o pol tico no sentido de compromisso com a forma o do cidad o para um determinado tipo de sociedade E pedag gico no sentido de definir as a es educativas e as caracter sticas necess rias s escolas para cumprirem seus prop sitos O Projeto pol tico pedag gico portanto um processo permanente de reflex o e discuss o dos problemas da escola na busca de alternativas vi veis efetiva o de sua intencionalidade VEIGA 1995 p 13 114 Visto que o termo projeto aparece nas outras categorias anal ticas e ainda pelo fato das tr s se configurarem enquanto planos intentos pretens es re
619. tualizar surrealismo futurismo dada smo modernismo outros Artista e autores temporalidade e culturas diversas locais regionais nacionais latino americanos e internacionais Est tica do cotidiano moda desing artefatos mobili rios edifica es publicidade outros Arte contempor nea arte conceitual instala o apropria o releitura cita o objeto v deo arte performance assemblage fotografia arte x rox arte postal body art grafitagem e outros Formas de representa o e composi o da pr hist ria contemporaneidade figurativas estilizadas esquem ticas e acad micas abstratas conceituais Leitura de obras e objetos de arte e manifesta es art stico culturais Explora o dos aspectos simb licos interpreta o dos significados emocionais est ticos ideol gicos Explora o dos aspectos formais percep o identifica o e an lise de elementos Ler visuais linha forma cor luz composi o especialidade dimensionalidade ritmo movimento peso leveza equil brio modalidades desenho pintura escultura arquitetura gravura colagem objeto instala o v deo fotografia cinema assemblage entre outras t cnicas tecnologias materiais g neros retrato auto retrato natureza morta paisagem estilos formas de apresenta o po ticas artistas e autores Produ o em artes visuais Explora o e utiliza
620. u Sedigraf 1997 TERIGI Fl via Notas para uma genealogia do curriculum escolar Educa o amp Realidade Curr culo e pol tica de identidade Porto Alegre n 21 1 p 158 186 jan jun 1996 TRALDI Lady Lina Estudos de curr culo v 1 2 e 3 S o Paulo Atlas 1977 TURRA Cl dia Maria Godoy et al Planejamento de ensino e avalia o Porto Alegre Sagra 1993 TYLER Ralph Princ pios b sicos de curr culo e ensino Porto Alegre Globo 1975 VALENTE Ivan ROMANO Roberto PNE Plano Nacional de Educa o ou carta de inten o Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 2002 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008000007 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 12 Maio 2006 doi 10 1590 S0101 73302002008000007 V ZQUEZ Adolfo Sanchez Filosofia da pr xis Rio de Janeiro Paz e Terra 1977 VAZQUEZ Daniel Arias Desequil brios regionais no financiamento da educa o a pol tica nacional de equidade do FUNDEF Revista de Sociologia e Pol tica Curitiba n 24 2005 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0104 44782005000100010 amp lIng pt amp nrm iso gt Acesso em 27 Out 2006 doi 10 1590 S0104 44782005000100010 VEIGA Ilma Passos Alencastro A pr tica pedag gica do professor de did tica Campinas Papirus 1994 VEIGA Ilma Passos Alencastro Projeto pol tico pedag
621. ucacionais tecnologia e forma o do educador repercuss es sobre a did tica e as pr ticas de ensino Recife ENDIPE 2006 p 379 384 C MARA DOS DEPUTADOS Comiss o de Educa o Cultura e Desporto Solu o para as n o aprendizagens s rie ou ciclos Bras lia C mara dos Deputados 2002 CARVALHO Jo o Pitombeira de Observa es sobre os curr culos de matem tica In Presen a Pedag gica n 7 vol 2 jan fev Belo Horizonte Dimens o 1996 p 55 63 332 CARVALHO M Cec lia de Org Construindo o saber metodologia cient fica fundamentos e t cnicas Campinas SP Papirus 1994 CAVALCANTI FILHO Jos Paulo Educa o e Direito uma vis o democr tica In RECIFE Prefeitura do Tempos de aprendizagem identidade cidad e organiza o da educa o escolar em ciclos Recife Secretaria de Educa o EDUFPE 2003 p 13 16 CHEPTULIN Alexandre A dial tica Materialista Categorias e leis da dial tica S o Paulo Alfa Omega 1982 CHERVEL Andr Hist ria das disciplinas escolares reflex es sobre um campo de pesquisa Teoria e Educa o Porto Alegre n 2 p 177 229 1990 CHERVEL Andr COMPERE Marie Madeleine Apresenta o Educ Pesqui S o Paulo v 25 n 2 1999 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1517 9702199900020001 1 amp Ing pt amp nrm iso gt Acesso em 30 Out 2006 doi 10 1590 S1517 97021999000200011 COG
622. ue esse dizer esse falar para que voc ou a tamb m melhor Entendeu Ent o eu preciso ensinar um arcabou o n o tem como eu fugir dele eu tenho que trabalhar com verbo eu tenho que trabalhar com substantivo com adjetivo com a sintaxe Juntar esse substantivo que vai fazer o papel de sujeito o adjetivo que vai fazer o papel de predicado isso a eu tenho que falar nessa harmoniza o dessa l ngua tenho que falar nisso PLP2 N o ensino mais assim livro de portugu s que venha dizendo olhe vamos conjugar o verbo de 1 conjuga o que termine em AR vamos conjugar o verbo n o Vamos agora usar o modo subjuntivo e a eu vou para aquela listagem n o Eu pego o texto a partir desse texto por exemplo o texto do jornal um texto bem usado e um texto f cil para ele trazer para sala de aula que tipo de verbo voc encontra nesse texto E n o dar uma lista de verbo dizendo modo subjuntivo e tal e tal e o aluno decora e depois n o sabe empregar Ent o voc tem que ir a partir do texto voc dizer a ele a regra de uso daquele verbo PLP2 Mesmo com tais enfrentamentos mesmo com essas tens es entre uma vis o progressista e uma vis o convencional a disciplina de L ngua Portuguesa ainda considerada com privil gios no curr culo escolar Concordando com esse privil gio as professoras justificam por via da legitima o instrumental e proped utica sua disciplina inclusive o fato de possu rem no cu
623. ue a programa o da gente muito din mica PEF2 A caderneta tem um modelo pr prio Voc coloca as compet ncias por semestre Listo algumas compet ncias e coloco na caderneta o que eu vou desenvolver naquele semestre Basicamente isso conte dos e compet ncias Nas cadernetas a gente s coloca as compet ncias no planejamento tem os conte dos PEF1 A caderneta agora tem para gente fazer o registro de aula tem as compet ncias O planejamento mais amplo porque o planejamento inclui tudo as compet ncias as atividades PEF2 H certa contradi o no uso do planejamento como elemento da organiza o dos saberes escolares pois ao mesmo tempo em que afirma a sua import ncia para estrutura o da a o docente especificamente para organizar e viabilizar as aulas esse planejamento n o tratado com mais sistematiza o seja por compreend lo como roteiro ou esquema N o que o planejamento n o sirva de roteiro ou esquema mas esse ele empobrece quando se restringe a listar os conte dos e as estrat gias Outro elemento se relaciona forma de constru o do planejamento As professoras afirmam que o fazem no in cio do ano letivo e deixam clara a sua realiza o coletiva ainda que no momento de elabora o e planifica o ele passe a ser uma produ o individual como aponta a PEFI A PEF2 afirma fazer coletivamente trabalhando em conjunto com outros professores e estagi rios respons veis pela Educa
624. ue eu tenho que tirar do meu carro levar para l noite eu trabalho colando as coisas dos meninos porque eu quero dar uma apresenta o razo vel Nas aulas de teatro tudo na sacola Eu tenho uma sacola amarrada horrorosa horrorosa Pense numas sacolas amarradas Eu levo A eu tenho um vestido de matuto um palet um n o sei o qu mas olhe Isso um furdun o porque eu consegui um arm rio grande Imagine eu com esse peso subir uma escadinha para pegar o arm rio porque a fechadura a chave l em cima eu fico com dio eu s falto morrer de dio Mas t eu subo com um medo da peste subo Tiro levo s vezes 235 mando buscar digo tudinho onde que est e eles v m buscar Se for v deo falta o cabo Toda vez eu me arreto Posso falar Falo palavr o Eu me arreto que toda vez o cabo cad o cabo O cabo do v deo da televis o Toda vez eu fico em desespero tem dias que eu chamo nome tanto do nome que eu fico enlouquecida PA 1 o que eu te falei propor o que eu vou conseguindo material novo porque a minha dificuldade maior material de apoio filmes imagens material que eu possa trabalhar com o aluno At se voc precisar tirar uma c pia de um livro hoje em dia n o pode proibido ent o voc tem a maior dificuldade e isso me irrita profundamente Porque se eu tenho material na escola texto bom para trabalhar e eu quero rapidamente resolver essa situa o porque eu t
625. ue n o tem problema eles podem pesquisar conversar fa am o que eles quiserem mas que respondam quilo A eu digo voc tem que analisar o que seu colega est 250 dizendo voc est com d vida mas analise o que ele est dizendo porque n o porque ele colocou e voc n o sabe que voc vai responder qualquer besteira analise Se n o se preocupar vai colocar besteira PAZ A avalia o reflete os problemas da sele o e organiza o do conhecimento no ensino de arte pois a professora focaliza o conte do que foi privilegiado em fun o de suas op es pessoais e da especificidade de sua forma o inicial na gradua o A minha avalia o assim dirigida para o teatro PA1 Eu uso simplesmente isso Eles falam eles trabalham fazem as dramatiza es a distinguem o que plat ia o que atuante o aluno atuante Eles n o s o atores eles s o atuantes Quem que est representando Como a hist ria O que quer passar Ent o descobrem que teatro linguagem est falando de sofrimento est falando de qu De sofrimento uma linguagem PAI A PAI afirma avaliar a apropria o e a produ o de conceitos o que demonstra algo interessante e necess rio do ponto de vista pedag gico mas algumas aprendizagens citadas poderiam ser questionadas em dois planos No plano instrumental perguntar amos se o que foi percebido pela professora de fato fruto de um procedimento ava
626. ui vem do latim Quem era que tinha acesso a esse latim Eram os padres ent o a religi o os pol ticos etc etc Ent o para a gente ver que para chegar na classe na classe mais trabalhadora a l ngua portuguesa j chega totalmente modificada cheia de linguagem coloquial cheia de coisa que voc PLP2 Exatamente n o h necessidade de voc fazer esse tipo de estrutura ent o contra esses estruturalistas que a gente vem brigando quem Os que estudam as ling sticas sociolingii sticas psicolingii stica a pragm tica todas essas linhas te ricas que vem estudando para romper essa barreira entendeu Essa barreira de que Dessa estrutura A l ngua se estrutura sim ela tem um momento que voc precisa trabalhar com esse Com a gram tica que o que sustenta realmente a l ngua o que unifica tamb m o que est l tamb m nos livros did ticos est l nos jornais est nos livros de literatura est na fala do pol tico est no discurso do evang lico do padre de quem mexe com as massas ent o porque que eu n o posso oferecer aos alunos tamb m essa quest o PLP2 Na fala dessa professora podemos perceber que v rias teorias e estudiosos deram suporte para a constitui o dos saberes escolares mas no construtivismo de Piaget que se tem uma nova possibilidade para o trabalho com o conhecimento 257 Elas v m das teorias cognitivas ent o da escolanovista da escola tecnicista daquelas
627. uidade contradit ria A Pedagogia das Compet ncias apresenta se num posicionamento transit rio entre a continuidade contradit ria e a descontinuidade aditiva pois partindo da cr tica ao enciclopedismo e ao exagero comportamental n o explicita seu projeto de sociedade No entanto numa reapropria o e ressignifica o do conceito de compet ncia uma vertente dessa teoria pedag gica busca aproxima es com uma posi o de descontinuidade contradit ria A Pedagogia Hist rico Cr tica e a Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos por serem muito pr ximas mesmo apresentando particularidades que as diferenciam terminam por se posicionarem numa descontinuidade contradit ria apesar de receberem cr ticas por manterem em alguns momentos uma posi o de continuidade contradit ria e at contraditoriedade aditiva Nas tr s teorias pedag gicas que apresentam uma continuidade aditiva o conceito de saber escolar n o aparece sendo bastante usado o conceito de conte do escolar ou simplesmente conte do e at conhecimento Na Pedagogia dos Conte dos o conte do escolar uma transmiss o do conhecimento considerado universal leg timo e neutro Na Pedagogia dos Objetivos ele surge naturalmente a partir dos objetivos delimitados e organizado de acordo com sua pr pria natureza adeguando se aos objetivos fixados assumindo um formato de programa a guiar o professor Na Pedagogia de Projetos os conte dos escolares n o s o de
628. um teatro que eu tenho mas eu n o posso eu tenho que endoidar primeiro Tu est s pensando que ningu m liga Cad chave Ah A diretora saiu e levou a chave PAI 248 aquilo que eu lhe falei Material Porque voc est falando de uma coisa que para voc f cil porque est convivendo com aquilo mas para quem n o tem base precisa de ele tem que ter contatos com imagens com certas coisas que realmente mostram atrav s de uma foto de um v deo de alguma coisa eu sinto isso Eu n o tenho da prefeitura esse material Eu sei que teve uma poca que parece que eles estavam fazendo um banco de dados Porque eu tinha at falado casualmente porque eu participava tamb m com o pessoal de biblioteca eles disseram que estavam fazendo um banco de dados que estavam recolhendo v rios textos sobre determinados assuntos A eu disse que gostava muito de juntar esses textos a eles se interessaram mas de l para c eu n o vi mais movimento em rela o a isso PAZ Obviamente melhores instala es e recursos todos n s professores desejamos para qualificar a aula e nossa atua o em si Certamente instala es e recursos de qualidade s o imprescind veis pr tica pedag gica de qualquer disciplina do curr culo No entanto como vimos por que em disciplinas como L ngua Portuguesa e Matem tica isso n o t o definidor Por que na Arte isso aparece com mais veem ncia e determina o Eu acho que outra
629. uma comunidade epist mica geram ainda a n o ruptura pois o MEC se mant m influenciado por isso E destaca o ainda em virtude de sua esperan a da n o persist ncia nessa continuidade compreendendo as dificuldades enfrentadas no atual governo para o desmonte de todos os dispositivos estabelecidos em oito anos de FHC Frigotto Ciavatta e Ramos 2005 admitem que alguns dos compromissos assumidos mesmo que na parcialidade e marginalidade est o sendo cumpridos sendo necess rio manter aceso o debate e abertos os espa os de contradi o principalmente na explicita o das influ ncias vitoriosas das for as conservadoras de direita as quais t m feito predominar os princ pios e pr ticas que orientaram o governo anterior N o nos propomos aqui a fazer uma avalia o dessa gest o governamental mas assim como fizemos nos destaques das pol ticas educacionais de outras gest es municipais e federais indicaremos as a es do Governo Lula 2003 2006 para evidenciarmos os tra os de sua pol tica curricular Lopes 2004 solidarizando se com o Governo Lula mas sem deixar de reconhecer as dificuldades de uma ruptura mais radical perante o governo anterior e ainda sem deixar de realizar as cr ticas aponta a es que podem nos permitir uma an lise e cr tica mais gen rica da pol tica curricular e n o apenas de in cio de gest o ou mesmo focalizada a um setor como foi o caso da educa o profissional 132 Para o desmont
630. uma dimens o ideal formula anseios em que est o presentes a subjetividade humana e numa dimens o material constitu o conjunto de meios e instrumentos com os quais se exerce a a o Assim o conceito de pr tica pedag gica serve para quebrar alguns mitos que existem na Educa o e explicitar algumas categorias que devem ser levadas em considera o pelos interessados respons veis e estudiosos no assunto assim como favorecer uma supera o na rea do curr culo de resqu cios das perspectivas t cnicas e racionalistas No sentido hist rico e n o cronol gico a escola esteve voltada para o professor como elemento central da educa o Este prescrevia e normatizava os passos que os alunos deveriam percorrer O que era planejado pelo professor deveria ser executado pelos alunos Nesse sentido a educa o era entendida puramente como ensino Seguir rigorosamente estes passos significava garantia na aquisi o de conhecimento importante deixar claro que esta perspectiva sofre nuan as ela passa pelo entendimento de que o conte do bem organizado e estruturado poderia garantir a educa o ou ainda de que pelo uso de recursos instrumentos e 37 Freitas 1995 inclui a did tica como teoria pedag gica expressando se como Organiza o do Trabalho Pedag gico efetivando se tanto no n vel da sala de aula como no n vel do Projeto Pol tico Pedag gico 67 m todos preestabelecidos se chegaria ao rendimento m ximo na educa
631. uma escultura ele vai se familiarizando ou introduzindo por meio de eu trabalho com desenhos trabalho com Para que no final ao final Eu tenho j o esquema eu trabalho com as 7 nessa forma PAZ Esse registro realizado nas cadernetas das turmas e em cadernos de notas do professor E um registro documental e se configura tamb m como uma exig ncia administrativa Esse registro realizado de diferentes formas digitado e anexado ou mesmo manuscrito diretamente na caderneta Veja s eu fa o o planejamento da 7 eu tenho duas 7 A eu escrevo na caderneta da 7 C e da 7 D o mesmo planejamento entendeu A como o mesmo planejamento da 8 eu escrevo tamb m na 8 PAI Atualmente com os ciclos eu fa o um planejamento para o 3 ciclo 1 e 2 ano que seriam 5 e 6 s ries E fa o outro para 7 e 8 A como eu tamb m tenho ensino m dio eu fa o um planejamento para o 1 ano e um para o 2 s o diferentes esses PAI Tem tem Tem no meu caderninho Eu tenho um monte Todo ano Porque cada turma diferente Esse geral eu tenho A s vezes eu posso trabalhar os conceitos algumas teorias teatro grego teatro de rua teatro popular a eu venho escrevo pesquiso a dou escrevo alguma coisa trabalho com eles assim A eu registro no meu caderno PAI 232 Ah na caderneta Existe na caderneta voc tem as atividades di rias existe tamb m o local para voc colocar
632. uma vez que parecem existir mais ambigiidades d vidas e conflitos do que certezas na constitui o desses saberes Isso se verifica n o apenas nas disciplinas entendidas como secund rias mas tamb m naquelas consideradas de maior prest gio Num sentido mais espec fico objetivamos reconhecer como e com que fundamentos a constitui o aparecia na pol tica curricular do l cus de investiga o tanto nas elabora es e a es da gest o central da Secretaria de Educa o Municipal quanto na pr tica pedag gica do professor para a gest o da sala de aula DELINEANDO A TRAJET RIA DE INVESTIGA O Inspirando nos inicialmente em Minayo 1996 passemos a refletir e descrever sobre nossas decis es op es e fundamentos no delineamento da trajet ria de investiga o Pensamos que tais reflex es n o se devem aliar s ing nuas compreens es alertadas pela 4 A esse respeito importante consultar Arroyo 1999 Kramer 1999 Moreira 2000a e 2000b GAME 2000 e Mazoni 2001 26 autora que entendem a metodologia da pesquisa por vezes como uma magia ou mesmo uma alquimia diante das quais os pesquisadores ora hesitam ora sucumbem Assim evidenciamos a Teoria do Conhecimento que deu suporte s nossas decis es metodol gicas apresentando os fundamentos de nossas op es No caso desse estudo procuramos estabelecer um caminho do pensamento que se aproximasse da abordagem dial tica na pesquisa educacional especi
633. uno a aula fora da grade como usualmente chamada O aluno que estuda tarde faz aula de Educa o F sica pela manh e o da manh tarde As aulas da PEF2 mesmo tendo enfrentado dificuldades e tumultos foram recentemente inseridas no turno regular do aluno A aula fora da grade Eles estudam tarde e eu dou aula de educa o f sica de manh que no hor rio das crian as pequenas o 1 e 2 ciclo PEFI Nem sempre foi na grade isso recente tem alguns anos PEF2 Em rela o ao tempo necess rio s aprendizagens dos alunos a Educa o F sica vive uma situa o particular pois enquanto a escola e a Rede procuram reestruturar esse tempo presente nas pr ticas curriculares tradicionais essa disciplina continua a empregar uma forma convencional de uso e estrutura o desse tempo O que vai acarretar para organiza o dos saberes escolares uma disposi o um arranjo diferente do que se prop e nos documentos da pol tica curricular e nos fundamentos te ricos das pr ticas curriculares da Rede 213 Esse tempo se estrutura inicialmente de forma matem tica e bidimensional pois divide o ano letivo em unidades iguais em rela o quantidade de aulas Por unidade quer dizer eu tento sempre numa unidade eu trabalhar um conte do um tema mais geral como esporte na outra unidade jogo Geralmente a segii ncia essa jogo esporte gin stica e dan a PEF1 Isso uma tradi
634. unos t m acerca do conte do tamb m s o um crit rio presente implicitamente na fala da PAL Rapaz eu n o tenho crit rio nenhum eu n o tenho crit rio nenhum eu vou ser franca com voc Eu acho que uma das coisas a pr tica na sala de aula a intui o com um pouco de leiturinha aqui uma leiturinha ali eu vou me organizando Por exemplo eu n o apresentaria para eles por exemplo um filme mais forte que tenha cena de sexo eu n o faria isso tem que ter o crivo Assim eu respeito muito pela idade eu vou pela idade eu avalio eu analiso vejo o que eles conversam o que que eles falam o que que eles sabem A eu vou com as minhas coisas que eu tenho organizando e adequando agora Eu n o poderia lhe dizer aqui que conhe o teorias de ningu m de intelig ncia de conhecimentos de nada sabe Eu sempre estou de onde eles est o eu dou mais um pouquinho mas sempre com muito respeito PA1 Assim eu copio coisas pequenas umas coisinhas umas dicas mas fazer disso o meu curr culo o meu conte do meu planejamento eu me recuso terminantemente eu n o quero n o PA1 Por exemplo l para Agora j no fim da unidade vai de Maquiagem faz um cabelinho veste uma roupa diferente eu j estou avaliando Sabe o que um figurino sabe o que um cen rio PA1 A PA2 demonstra que se recente desse tipo de seqi ncia na organiza o dos conte dos e por vezes procura em sua atua o com os dem
635. ura Lula empregando uma linguagem mercadol gica b lica e de competitividade inclusive com rela o ao povo brasileiro situando o Estado numa posi o meramente controladora com interven es m nimas diante das pol ticas p blicas at mesmo relativas Educa o e Escola considerando a num papel messi nico e liberal A candidatura de Luis In cio Lula da Silva da coliga o PT PRB exp e sempre numa linguagem coletiva seu projeto de sociedade democr tico popular sendo cr tico aos governos que lhe antecederam no primeiro mandato mas sem ser depreciativo assumindo as responsabilidades e compromissos do Estado perante as pol ticas p blicas indicando com uma linguagem cr tica hist rica e dial tica o papel da educa o e da escola sendo estas co respons veis para as garantias dos direitos sociais e transforma es da sociedade 136 Quadro 9 Comparativo dos programas de governo dos dois candidatos Presid ncia da Rep blica para a gest o 2007 2010 que disputaram o 2 turno Geraldo Alckmin Luis In cio Lula da Silva PSDB PFL PT PRB Quem escreve Respondo que o Brasil com seus excepcionais recursos O governo do presidente Lula compreendeu a proposta humanos com seus riqu ssimos assim E ele que me motiva a concorrer Presid ncia A escola como a desejamos no governo Lula Como fala da Nos ltimos quase quatro anos n o s aumentou a oposi o dist ncia qu
636. urricular apontamos o encaminhamento da Proposta de Emenda Constitucional PEC de cria o do FUNDEB ao Congresso Nacional H quatro anos antes da posse de Lula Presid ncia da Rep blica do Brasil Pinto 2002 realizando um balan o do governo anterior em rela o ao financiamento educacional j apontava para os desafios e import ncias quanto a esse Fundo Concluiremos este trabalho real ando os grandes desafios que o novo governante do pa s e sua equipe ter o pela frente como heran a do governo aqui analisado E a meu ver eles s o basicamente dois O primeiro grande desafio desativar a bomba rel gio chamada FUNDEF Com o fim desse fundo constitucionalmente previsto para ocorrer em 31 de dezembro de 2006 os sistemas de ensino municipais em especial nas regi es mais pobres do pa s viver o o caos em fun o do fim dos repasses de recursos estaduais Esta tarefa exigir uma grande habilidade do futuro presidente no Congresso pois em especial os governadores n o ter o grande interesse na prorroga o do FUNDEF ou em sua substitui o por algum outro fundo como o FUNDEB que implique reduzir seus recursos tribut rios PINTO 2002 p 17 O FUNDESB atender n o s o ensino fundamental regular e especial mas tamb m a educa o infantil o ensino m dio e a educa o de jovens e adultos Enfim podemos apreender das a es da pol tica curricular destacadas do Governo Lula 2003 2006 realment
637. us o de intencionalidade e aleatoriedade Um dos professores selecionado aleatoriamente teria que fazer parte da Equipe Pedag gica de sua rea de forma o e atua o docente Essa equipe na poca da sele o dos sujeitos de pesquisa era formada por professores que haviam sido indicados entre os pares para assumir a responsabilidade de acompanhamento da disciplina nas escolas e a condu o dos Encontros Pedag gicos Mensais EPM s O n mero de membros de uma Equipe Pedag gica variava nas diferentes disciplinas podendo ser constitu da de duas a quatro pessoas O crit rio para a sele o do segundo professor foi exatamente o contr rio ou seja n o poderia fazer parte da Equipe Pedag gica tendo sido escolhido aleatoriamente entre os docentes numa listagem nominal da Secretaria de Educa o A delimita o das disciplinas se deu porque estas s o express es de posi es distintas na organiza o curricular da escola de educa o b sica L ngua Portuguesa e Matem tica por serem tradicionalmente reconhecidas como disciplinas de maior prest gio e import ncia no curr culo Arte e Educa o F sica contrariamente por serem consideradas como secund rias de menor relev ncia Outra raz o que nos levou a escolher as disciplinas foi o fato destas trabalharem de certa forma com a dimens o das linguagens Muito embora a atual legisla o educacional n o coloque a Matem tica assim como coloca as outras tr s na rea de
638. valia o Nacional da Educa o B sica ANEB e pela Avalia o Nacional do Rendimento Escolar ANRESC A primeira realiza se por amostragem das Redes de Ensino em cada unidade da Federa o e tem foco nas gest es dos sistemas educacionais Preservando as caracter sticas do SAEB a ANEB recebeu o mesmo nome nas divulga es do Governo A segunda mais extensa e pormenorizada que a primeira tendo como foco cada unidade escolar e por seu car ter universal recebeu nas divulga es o nome de Prova Brasil No que concerne s recomenda es e fundamentos curriculares foram publicadas as Orienta es Curriculares Nacionais para o Ensino M dio BRASIL 2006a sendo fruto de um trabalho coletivo iniciado em 2004 articulando o Minist rio da Educa o representa es de Universidades de Secretarias de Educa o e Entidades Cient ficas ao longo da realiza o 8 Para mais detalhes sugerimos consultar Arelaro 2005 Duran 2006 Alves 2006 Martins 2006 Callegari 2006 Para aprofundar sobre o Sistema sugerimos consultar a pr pria Portaria do MEC n 1 403 03 assim como as an lises e cr ticas feitas por Helena Freitas 2003 F rum Nacional em Defesa da Escola P blica 2003 10 Essa Rede foi criada com o objetivo de contribuir para a melhoria da forma o dos professores e dos alunos sendo composta por Universidades que se constituem Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o em diferentes reas
639. vital as necessidades vitais de comer beber abrigar se defender se gerou a necessidade de comunicar se melhor 4 Origem afetiva nasce das express es de emo es particularmente do grito que exprime medo surpresa alegria ou dio Perguntamos junto com Chau 1995 a linguagem natural ao homem Essa discuss o levou s culos chegando se conclus o de que a linguagem de fato natural ao homem pois os humanos nascem com uma aparelhagem f sica anat mica nervosa e cerebral que lhes permite se expressarem j as l nguas s o convencionais pois surgem de condi es hist ricas geogr ficas econ micas e pol ticas determinadas enfim s o culturais A linguagem assim a forma propriamente humana da comunica o da rela o com o mundo e com os outros da vida social e pol tica do pensamento e das artes A linguagem um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas para a comunica o entre pessoas e para a express o de id ias valores e sentimentos Ela implica portanto uma 162 totalidade estruturada com princ pios e leis pr prios a qual pode ser conhecida exprimindo objetos que indicam designam ou representam outros A linguagem possui tr s fun es 1 denotativa indicando apontando para as coisas 2 comunicativa estabelecendo rela o entre as coisas e 3 conotativa exprimindo sentidos ou significados diferentes em rela o a pensamentos sentimentos valores etc Ch
640. vivida no Leste Europeu principalmente com a extin o da URSS Uni o da Rep blica Socialista Sovi tica alerta nos para algumas interpreta es que realizam a cis o entre teoria e programa pol tico do marxismo dial tica materialista hist rica interpreta es estas consideradas por este autor como metodologicamente incorretas Pensando que n o se pode de fato fazer a cis o entre teoria e programa pol tico na dial tica materialista hist rica arriscamo nos a apresentar uma an lise que tamb m pode ser compreendida como cis o mas que pensamos ser bem oportuna para se compreender a abordagem dial tica na sua vertente materialista hist rica Segundo Bottomore 1997 o Materialismo Dial tico tem sido considerado como a Filosofia do Marxismo enquanto o Materialismo Hist rico visto como a Ci ncia Marxista Para este autor a express o Materialismo Dial tico foi provavelmente usada pela primeira vez por Plekhanov em 1891 constituindo se pelo cruzamento e a uni o de duas filosofias burguesas o materialismo mecanicista da Revolu o Cient fica e do Iluminismo e a dial tica idealista de Hegel A combina o do materialismo com a dial tica modifica ambos Bem compreendido o materialismo do materialismo dial tico n o como seu ancestral tradicional reducionista N o reduz as id ias mat ria afirmando a sua identidade final Sustenta dialeticamente que o material e o ideal s o diferentes na realidade op
641. vros did ticos sejam da rea espec fica da Arte ou at mesmo de outras reas como s o citados os livros de L ngua Portuguesa Vale salientar que a Arte nas escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife n o possui livro did tico apesar de existirem tais tipos de livros no mercado editorial nacional Nessa disciplina o uso da Proposta n o no sentido de uma fonte epistemol gica e sim como mais um material de ensino tal qual uma revista livro jornal Distintamente das professoras de Educa o F sica e Arte as professoras de L ngua Portuguesa e os professores de Matem tica al m de tomarem a Proposta como base t m na como central na estrutura o de sua pr tica pedag gica e n o apenas na sele o mas tamb m na organiza o e na sistematiza o do conhecimento ou seja a Proposta Pedag gica nas disciplinas convencionalmente consideradas de maior prest gio L ngua Portuguesa e Matem tica ocupa centralidade na constitui o dos saberes escolares pois nela os professores buscam as compet ncias de sua rea de sua disciplina espec fica dos eixos dos saberes os conte dos as refer ncias nas teorias pedag gicas que orientam a concep o de sociedade de forma o humana de escola de seu objeto de estudo espec fico e os fundamentos metodol gicos Com a exce o das professoras de Arte que em nenhum momento de suas falas fazem alus o s compet ncias para os demais professores e disciplinas elas que est
642. zer uma escolha entre escolar que tem suas caracter sticas de vida os saberes culturais dispon veis num dado momento pr prias seus ritmos e seus ritos sua linguagem seu imagin rio seus modos pr prios de regula o e de transgress o seu regime pr prio de produ o e de gest o de s mbolos E esta cultura da escola n o deve ser confundida tampouco com o que se entende por cultura escolar que pode se definir como o conjunto dos conte dos cognitivos e simb licos que selecionados organizados normalizados rotinizados sob o efeito dos imperativos de didatiza o constituem habitualmente o objeto de uma transmiss o deliberada no contexto das escolas p 167 ela insere se num trabalho de reorganiza o desses saberes de forma a torn los assimil veis como se a cultura escolar se tornasse uma cultura segunda mas importante reconhecer que a pr pria cultura escolar pode se apresentar como uma cultura sui generis influenciando inclusive naquele corpo cultural pr existente que foi transposto p 30 31 43 No caso das entrevistas montamos um quadro de orienta es para organiza o das falas Ap ndice E o que nos propiciou um passo a passo mais seguro A partir das fitas cassete de grava o de udio estruturamos arquivos digitados transcri o criando arquivo computador Conforme podemos observar no quadro 5 inserimos numa pasta e organizamos est

universidade federal de pernambuco centro de educação programa

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

universidade federal de pernambuco centro de educa&ccedil;&atilde;o programa

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

universidade federal de pernambuco centro de educação programa