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volume completo - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e

1. O enunciado introdut rio desta quest o de car ter declarativo e interacional remete a uma passagem do texto gerador Enunciados como esse que al m de uma declara o trazem um excerto do texto principal por exemplo limitam se apenas compreens o do trecho transcrito n o estabelecendo desse modo rela es com o restante do texto nem tam pouco criando movimentos de leitura que levem compreens o plena dos sentidos da obra lida conforme aponta Dion sio 2000 Aqui o aluno precisa identificar a caracter stica de Pedro Bala que vem tona no fragmento extra do da obra O excerto que ajuda a compor o enunciado direciona o foco de leitura do aluno restringindo o parte que lhe foi solicitada al m de levar ao processo de fragmenta o da leitura pois o aluno n o precisa necessariamente voltar ao todo do texto Mais uma vez o aluno n o precisa retomar a leitura do texto gera dor na ntegra para responder quest o Entretanto caso o aluno retome a leitura a ideia de vingan a explorada na alternativa b ficar mais clara j que o fragmento selecionado n o cont m a senten a anterior que ex plica a ira de Pedro Bala A desgra a de Raimundo foi puxar uma nava lha e cortar o rosto de Pedro um talho que ficou para o resto da vida 102 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Esta quest o de cunho aprecia
2. de cunho metalingu stico MARCUS CHI 2001 voltada ao estilo do texto pois feita uma indaga o sobre a sua linguagem Para responder quest o n o basta o aluno perceber as marcas do registro coloquial presentes na tira mas tamb m reconhecer quais marcas s o peculiares aos chats Para o aluno assinalar a alternativa correta ter que acionar conhecimentos extratextuais al m dos estil sti cos por essa raz o tamb m podemos considerar essa quest o como de natureza global e n o somente metalingu stica Quanto s categorias definidas por Rojo 2004 podemos consi derar que foram mobilizadas as capacidades de compreens o e de apreci a o O aluno precisa compreender a forma como a personagem do tio reflete a vis o estereotipada de que os mais jovens est o sempre atualiza dos ao supor que por ser mais novo o sobrinho poderia tirar as d vidas sobre o novo acordo ortogr fico Por meio da resposta do sobrinho no entanto o leitor precisa perceber que o autor da tira provoca humor utili zando se de outro estere tipo a imagem do jovem que somente sabe se comunicar por meio do acordo ortogr fico que vigora na internet Parece nos que a habilidade prevista para ser explorada nessa quest o contemplada n o somente a partir do assinalar da resposta cor reta pelo aluno mas sim por uma poss vel discuss o que o professor promova com os alunos a respeito do que s o os clich s e estere tipos sobre o q
3. Bem como foi dito no resumo h profundas rela es dessa obra com a filosofia e faremos um recorte apenas para um personagem Rorschach Pois Rorscharch carrega um fardo terr vel Ele viu a verdadeira face da cidade Ele viu este mundo cheio de vermes pelo que ele uma vala dos desgra ados A mente de Rorschach de fato um lugar negro e mesmo assim regida por um princ pio simples de longa e vener vel tradi o o mal deve ser puni do HELD 2009 p 29 Ao analisarmos esse personagem percebemos que o seu compor tamento pode ser estudado a partir da filosofia kantiana Que vai desde a an lise de seus atos que inclui o fato do mesmo n o conseguir dizer a verdade no final da graphic novel Fonte http www customity com storage public image wallpaper 201007 1343 watchmen rorschach wallpaper 1280x800 customity jpeg Acesso em 21 07 2014 Para uma melhor exemplifica o nos atentamos ao fato de Rorschach punir o sequestrador de uma menina O pr prio personagem DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 285 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos diz N o Deus quem mata as crian as N o o destino que as trucida ou a sina que as d de comer aos c es Somos n s S n s MOORE 2009 p 202 Ao observarmos o fato de Rorschach punir com as pr prias m os e com leituras acerca de Kant podemos relacionar isso com dois princ pios que governa a
4. Jos M rio Botelho PRIMEIRA SECRET RIA Regina Celi Alves da Silva SEGUNDA SECRET RIA Anne Caroline de Morais Santos DIRETOR DE PUBLICA ES Am s Coelho da Silva VICE DIRETOR DE PUBLICA ES Eduardo Tuffani Monteiro DIRETORA CULTURAL Marilene Meira da Costa VICE DIRETOR CULTURAL Adriano de Sousa Dias DIRETOR DE RELA ES P BLICAS Ant nio Elias Lima Freitas VICE DIRETOR DE RELA ES P BLICAS Luiz Braga Benedito DIRETORA FINANCEIRA Ilma Nogueira Motta VICE DIRETORA FINANCEIRA Maria L cia Mexias Simon DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 3 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGUISTICA E FILOLOGIA de 25 a 29 de agosto de 2014 COORDENA O GERAL Jos Pereira da Silva Jos Mario Botelho Marilene Meira da Costa Adriano de Souza Dias COMISS O ORGANIZADORA E EXECUTIVA Am s Coelho da Silva Regina Celi Alves da Silva Anne Caroline de Morais Santos Ant nio Elias Lima Freitas Eduardo Tuffani Monteiro Maria L cia Mexias Simon Ant nio Elias Lima Freitas Luiz Braga Benedito COORDENA O DA COMISS O DE APOIO Ilma Nogueira Motta Eliana da Cunha Lopes COMISS O DE APOIO ESTRAT GICO Marilene Meira da Costa Jos Mario Botelho SECRETARIA GERAL S lvia Avelar Silva 4 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII
5. Partindo desse pressuposto e levando em considera o a proble m tica da forma o de leitores que vem sendo discutida nesse trabalho presumimos que a tecnologia pode contribuir nesse processo de forma positiva incentivando a leitura de textos de g neros variados As m dias digitais encontradas atualmente favorecem a pr tica de leitura e escrita sendo que o professor que se atenta rotina dos jovens e at de crian as pode perceber que os alunos postam textos liter rios de importantes escritores da nossa literatura acompanham an lises cr ti cas de filmes baseados em obras liter rias ou hist ricas manifestando se acerca dessas e relacionando as com seu contexto de vida Tal exemplo mostra como a tecnologia capaz de incentivar a lei tura e a escrita algo que infelizmente ainda acontece em ambientes fora da escola Al m disso revela o quanto os aprendizes est o familiarizados com essas ferramentas utilizando as a favor de seu conhecimento Partindo do princ pio de que a tecnologia atrelada ao curr culo formal pode contribuir com a forma o de leitores nos t picos que se guem apresentaremos os procedimentos metodol gicos escolhidos pelos 3 Com base em Marcuschi a l ngua se d e se manifesta em textos orais e escritos organizados e estabilizados em g neros textuais organizados para o uso em situa es Para ele g nero uma forma textual concretamente realizada e encontrada em texto emp
6. as em rela o El Em E3 100 consideraram que a not cia possu a como tema a morte de um hom nimo do cantor Luan Santana Em rela o a nossas hip teses nos limites deste experimento os resultados confirmam a previs o de que a leitura do t tulo propiciaria an tecipa es diversificadas menos homog neas Verificou se tamb m que a leitura do subt tulo provocou altera es na macroestrutura projetada inicialmente pelos informantes O experimento ratificou ainda nossa hi p tese de que as antecipa es em E2 que se aproximariam mais da ma croestrutura inferida pelos leitores em E3 6 Considera es finais O contato com as not cias publicadas no jornal Meia Hora moti vou desde o in cio inquieta es acerca da produ o interpreta o dos seus t tulos Assim partindo do pressuposto de que o t tulo n o comporta a macroestrutura sem ntica da not cia ou que permite margem para uma interpreta o desviante questionamos a sua tradicional funcionalidade como categoria respons vel pelas instru es de antecipa o De acordo com nosso estudo esse papel do t tulo envolveu um conjunto de estrat gias de dramatiza o j fixadas como marca caracte 84 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA r stica desse jornal do seu estilo de apresentar os fatos Tais estrat gias correspondem a componentes do projeto de
7. es existentes nesta sociedade p s moderna fria e individualista a felicidade reduzida a falso prazer Somada a tantas mudan as nas rela es humanas o avan o tecno l gico chegou para problematizar ainda mais estas rela es visto que o tempo e o espa o contraem se a todo o momento A esta sensa o de si multaneidade e de representa o das coisas em tempo real pelo vi s da internet torna o indiv duo ref m do seu tempo pois esta falsa sensa o de presen a midiatizada pelas imagens limita em alguns casos suas limita es racionais e de intera o social O conceito de simulacro e de simu la es do real e do virtual foi muito bem constru do por Baudrillard on de segundo ele os avi es indicam por um lado um grande benef cio para humanidade como tamb m indica uma perda da no o de espa o e tem po al m de paradoxos econ micos e sociais Na p s modernidade a ideia de progresso da t cnica e os frag mentos das rela es sociais coisifica cada vez mais o indiv duo O ho mem tende a se isolar internamente e socialmente A f e a raz o s o po larizadas em pessoas sedentas e amea adas pelas in meras possibilidades e impossibilidades Se raz o e f voltarem a estar unidas duma forma nova se superarmos a limita o auto decretada da raz o ao que verific vel na experi ncia e lhe abrirmos de novo toda a sua amplitude Neste sentido a teologia n o s en quanto disciplina hist rica e humano
8. es presentes no filme Homem de A o SNYDER 2003 e na anima o Liga da Justi a 2004 2006 Poder amos ter utilizado a quest o da intertextualidade que como Goldstein 2009 p 47 nos diz que a mesma em sentido restrito com preende um conjunto de procedimentos textuais que indicam a exist ncia de um di logo com outro texto Em outras palavras intertextualidade se ria a conversa entre textos Por m alguns estudiosos como Cesare Segre prefere designar o termo intertextualidade para referir as rela es entre texto e texto en quanto se apropria do termo Interdiscursividade para designar as mais di fusas conex es que todo texto oral ou escrito mant m com todos os 270 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA enunciados ou discursos registados na correspondente cultura e ordena dos ideologicamente VALENTE 2008 p 83 Essa rela o de um grupo de ideias que s o organizadas por meio da linguagem discurso que pode se apropriar de forma impl cita ou ex pl cita de outras ideias ditas anteriormente o que nos fez refletir sobre o her i Superman Quando lemos as hist rias em quadrinhos ou assistimos os filmes e anima es vemos muito da figura de Cristo refletida no super her i Su perman As atitudes do super her i em quest o s o mediadas por ensi namentos crist os Essas afirma es ser o vislumbradas no terce
9. o Carlos Alberto Faraco S o Paulo Contexto 2012 FARIA Ana L cia G de Ideologia no livro did tico 3 ed S o Paulo Cortez Autores Associados 1985 FILHO Ciro Marcondes Ideologia 9 ed S o Paulo Global 1997 FIORIN Jos Luiz SAVIOLI Francisco Plat o Para entender o texto leitura e reda o 16 ed S o Paulo tica 2003 FREIRE Paulo A import ncia do ato de ler em tr s artigos que se com pletam 23 ed S o Paulo Autores Associados Cortez 1989 GERALDI Jo o Wanderley Org O texto na sala de aula 3 ed S o Paulo tica 1995 194 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA GOMES Eduardo de Castro A escrita na hist ria da humanidade 2007 Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Federal do Ama zonas Manaus HIGOUNET Charles Hist ria concisa da escrita 10 ed S o Paulo Pa r bola 2003 LAJOLO Marisa Livro did tico um quase manual de usu rio Em Aberto Bras lia jan mar 1996 L DKE Menga ANDR Marli E D A Pesquisa em educa o abor dagens qualitativas S o Paulo EUP 1996 MINAYO M C de S Org Pesquisa social teoria m todo e criativi dade Petr polis Vozes 1994 MUSSALIM Fernanda BENTES Anna Christina Org Introdu o lingu stica dom nios e fronteiras 3 ed S o Paulo Cortez 2003 vol II NOSELLA Maria de Lourdes
10. Neste aspecto somos levados a perceber a exist ncia de socieda des sem escrita por m sem l ngua ainda n o temos conhecimento de tal Pois na l ngua temos a realiza o de quase todos os atos de vida em so ciedade contudo na escrita que efetivamente se constroem a concreti za o de eventos lingu sticos Assim considerando que a linguagem sur ge num contexto de constru o da organiza o social o processo de constru o da linguagem permite a constru o do pensamento Ent o sensato salientarmos que si a l ngua fosse algo fixo e pronto um fen meno acabado seria morta considerando que ela est em um processo continuo de des constru o e reconstru o Ainda para Marcuschi 2003 p 17 sob o ponto de vista mais central da realidade humana relata a possibilidade de definir o homem como um ser que fala e n o como um ser que escreve Por m n o po demos considerar a fala como superior pois tanto escrita como oralidade s o pr ticas importantes da l ngua cada uma com suas pr prias caracte r sticas Para ele a oralidade seria uma pr tica social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob v rias formas ou g neros textuais fundados na realidade sonora ela vai desde uma realiza o mais informal a mais formal nos mais variados contextos de uso DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 59 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Deste modo tem
11. o de pi adas e A intera o e a interlocu o t m um papel relevante para que o sujeito com doen a de alzheimer resgate os mecanismos que lhe permitem compor o humor das piadas e a teoria da relev ncia em conjunto teoria da integra o concei tual pode ajudar a descrever as dificuldades interpretativas apre sentadas pelos sujeitos com doen a de alzheimer uma vez que tais perspectivas buscam explicar em termos sociocognitivos a intera o verbal humana 2 Linguagem cogni o e doen a de alzheimer Considerando a perspectiva sociocognitiva cuja premissa funda mental consiste na indetermina o do significado isto a linguagem n o carrega o sentido ele constru do socialmente e necessita do parti lhamento consentimento e coopera o entre interlocutores SALOM O 1999 a linguagem parte integrante da cogni o e n o um m dulo separado e se fundamenta em processos cognitivos sociointeracionais e culturais e deve ser estudada no seu uso e no contexto da conceptualiza o do processamento mental da intera o e da experi ncia social e cultural SILVA 2004 p 2 No que se refere s teorias que utilizam a abordagem sociocogni tiva da linguagem tem se como expoente significativo a teoria da inte DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 247 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos gra o conceptual FAUCONNIER TUNER 2002 Baseada na teoria do
12. o dial tica do homem e seu meio sociocultural Assim portanto fica evidente a influ ncia que o meio estabelece sobre cada indiv duo e consequentemente estabelecendo novos paradig mas novos conceitos ideias diferentes mas todas estabelecendo um mo delo da sociedade pertencente da cultura em que est intimamente inse rida Portanto um texto o retrato de seu produtor pois nele est o conti das toda a ideologia e caracter sticas peculiares a cada um de n s Nas palavras de Rego 2002 As fun es psicol gicas especificamente humanas se originam nas rela es do indiv duo e seu contexto cultural e social Isto o desenvolvimento mental humano n o dado a priori n o imut vel e universal n o passivo nem tampouco independente do desenvolvimento hist rico e das formas soci ais da vida humana REGO 2002 p 42 176 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Portanto podemos perceber que at mesmo nosso desenvolvimen to ps quico est relacionado ao meio cultural e social assim nosso meio nos remete a v rias influ ncias dominantes Ent o n o somos seres pron tos e acabados somos seres em constante evolu o e esta muta o se re flete nos estudos de textos pois estes s o feitos em um meio cultural e social de quem o produz ou seja o meio em que o escritor pertence in fluencia no conte do de seu tex
13. o restrita 2004 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 111 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos PERSONAGENS NEGROS E IND GENAS NAS HISTORIAS EM QUADRINHOS UMA PROPOSTA INCLUSIVA Michelle de Chiara Ferreira UNISUAM michellechiara gmail com Nataniel dos Santos Gomes UEMS natanielgomes uol com br RESUMO A escola atual tem como uma de suas metas formar alunos leitores e com este prop sito pesquisamos as hist rias em quadrinhos com o objetivo de us las como instrumento para se discutir a diversidade de ra as e culturas presente em nossa soci edade e como ferramenta did tica para formar leitores utilizando como material ti ras revistas de super her is ou literatura nacionais editadas neste formato visto que tal g nero combina imagem e texto refletindo contextos e valores culturais colabo rando com a educa o dos leitores e com a amplia o de seus conhecimentos sobre o mundo social Falaremos de alguns poucos personagens negros e ndios existentes nas hist rias em quadrinho dos super her is pretendendo mostrar sob que estere tipo eles s o classificados nas hist rias possibilitando a identifica o e a reflex o do papel social de cada personagem no enredo estigmatizado de forma negativa ou positiva em determinados contextos Palavras chave Negros Ind genas Super her i Diversidade racial 1 Introdu o Numa poca em que a Internet o mer
14. outras formas de o leitor ativar conhecimentos guardados em sua mem ria De acordo com F vero 1995 tamb m lan amos m o de frames scripts e cen rios no processo de leitura Explica a autora que em fun o de maio res ou menores limita es do conhecimento de mundo o leitor poder acionar um n mero maior ou menor de frames esquemas scripts ou ce 90 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA n rios Em fun o dessas n o ativa es a compreens o do texto ir va riar de leitor para leitor Como muitas informa es ficam impl citas no texto podem ser inferidas pelo leitor por m nem todas as infer ncias s o previstas por quem escreveu o texto Compreender um texto nessa tica n o se resu me a identificar informa es mas um processo de constru o com base em atividades de infer ncia conforme salienta Marcuschi 2008 Na compreens o textual as infer ncias s o atividades cognitivas que reali zamos quando reunimos algumas informa es conhecidas para chegar mos a outras informa es novas MARCUSCHI 2008 p 74 Para construir sentidos para o que l o leitor proficiente desen volve diferentes procedimentos de leitura baseados na rela o entre os conhecimentos pr vios que possui e as informa es do texto De acordo com Kleiman 2004 certos procedimentos podem ser ensinados ao lei tor que pode coloc
15. pois a partir de um determinado grau de compreens o poss vel entendermos um pouco sobre o processo de leitura escrita constru o de sentidos em textos escritos e orais e outros vieses que est o diretamente relacionados ao processo de linguagem A linguagem a express o do pensamento Essa concep o ilu mina basicamente os estudos tradicionais Se concebermos a linguagem como tal somos levados a afirma es sobre pessoas que n o conseguem se expressar n o pensam Mas do ponto de vista onde temos a linguagem como instrumento de comunica o vemos que ela est ligada teoria da comunica o e esta v a l ngua como um c digo ou conjunto de signos que se combinam segundo certas regras capaz de transmitir ao receptor certa mensagem em livros did ticos a concep o confessadas nas ins tru es do professor nas introdu es nos t tulos embora em geral seja abandonada nos exerc cios gramaticais contudo contemporaneamente a linguagem vista como uma forma de intera o tida como um lugar de rela es humanas Por meio dela o sujeito que fala o mesmo praticante de a es que n o conseguiria levar a cabo a n o ser falando com ela o falante age sobre o ouvinte constituindo compromissos e v nculos que n o preexistiam antes fala Neste trabalho como referencial te rico abordaremos preferenci almente a linguagem como forma de intera o entre sujeitos socialmente situados em seu espa o de vi
16. teoria ser pre servada Vale ressaltar que este pensamento corresponde aos anos 30 do s culo V a C como esta f hoje interpretada Quais foram as mudan as sofridas ao longo dos ltimos quinze s culos Em suma ao longo deste trabalho ser analisado alguns paradigmas da ci ncia e da f Santo Agostinho desde cedo valorizou a pesquisa cientifica e in telectual Escreveu uma extensa literatura e defendeu a concilia o entre f e raz o A rela o l gica entre f e raz o pode ser apresentada de v rias formas Existem v rias correntes e teorias que fundamentam e de fendem a possibilidade de alcan ar o conhecimento dentre elas est o o racionalismo que baseado nos princ pios da busca da certeza e da de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 233 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos monstra o sustentados por um conhecimento a priori ou seja conhe cimentos que n o v m da experi ncia e s o elaborados somente pela ra z o e o fide smo doutrina religiosa que prega que as verdades metaf si cas morais e religiosas s o inalcan veis atrav s da raz o e s ser compreendido por interm dio da f entre outras 3 Periodiza o hist rica e seus paradigmas A Pr hist ria o per odo que corresponde do surgimento do Homem na Terra at cerca de 4000 a C neste per odo todos os fen me nos naturais eram atribu dos aos deuses o polite smo er
17. 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA gerador mas tamb m porque n o oferecida uma contextualiza o sobre os conhecimentos que lhe ser o cobrados Consideramos que as quest es presentes no Roteiro do 1 ano do ensino m dio demandam diferentes capacidades de compreens o ROJO 2004 pelo aluno sendo necess ria a mobiliza o de um n mero maior de estrat gias para chegar resposta correta das quest es Tal como per cebido no Roteiro do 9 ano as quest es com nuances metalingu sticas MARCUSCHI 2001 ganham espa o embora esse espa o seja compar tilhado com aspectos inferenciais e ou globais Al m disso todas as quest es reclamam a leitura integral do texto gerador e n o apenas um fragmento dele Logicamente por se tratar de uma tira c mica o movi mento de ida e vinda n o acarreta uma grande dificuldade ao aluno o que n o se pode dizer sobre a leitura do trecho do romance A an lise conjunta dos Roteiros que constituem nosso corpus aponta para a preval ncia de quest es que trabalham a metalinguagem ainda que sejam mobilizadas diferentes capacidades e estrat gias de lei tura Essa observa o parece apontar para uma poss vel inadequa o no modo como as habilidades previstas no Curr culo M nimo de L ngua Portuguesa da SEE RJ foram agrupadas ou seja muitas foram alocadas no eixo leitura mas poderiam tamb m figurar no eixo uso da l ngua eixo que
18. 2010 prop em que as tecnologias digitais da informa o e comunica o n o sejam vistas como ferramentas tecnol gicas mas como ferramentas cognitivas capazes de expandir a capacida de intelectual dos seus usu rios Tal afirma o reitera que essas tecno logias preparam os alunos para interagir com a informa o com a comu nica o com o conhecimento para al m dos muros da escola Quanto s pr ticas de leitura e escrita mediadas pelas m dias digi tais a observa o de Umberto Eco 2003 p 36 contribui com esta pes quisa ao dizer que o computador antes de mais nada um instrumento alfab tico O autor pontua que essa ferramenta repleta de linhas e pa lavras que treinam a crian a a ler e escrever a uma velocidade espanto EE sa Essa constata o se comprova diariamente na Escola Municipal William Castelo Branco Martins onde s o desenvolvidas a es pedag gicas envolvendo os laptops educacionais Observando se as atividades realizadas na institui o percept vel o quanto as crian as mesmo aque las em processo de alfabetiza o se esfor am para tentar interagir com os recursos oferecidos pela m quina No item que segue antes de nos adentrarmos aos relatos da pr ti ca com o uso das tecnologias apresentaremos um breve hist rico do Programa Um Computador por Aluno PROUCA 5 1 Programa Um Computador por Aluno PROUCA um bre ve hist rico O Programa Um Comput
19. Al m da an lise filos fica para a compreens o do fen meno da f faz se necess ria tamb m a an lise teol gica porque somente assim a f concretiza se como plenitude do ser pois est al m do aspecto cient fico e algo existente na alma do indiv duo transcendente que n o se pode provar por leis f sicas por m poss vel por meio de um discurso metaf sico sobre o ser humano indagando sobre o que existe para al m do seu ser f sico A relev ncia do tema est no fato de tratarmos de uma rela o poss vel entre dois campos do conhecimento filosofia e teologia o pri meiro fundamentado na raz o humana e o segundo na f mas tamb m na raz o Partimos da raz o no plano l gico com o objetivo de elev lo dimens o de plenitude por meio da f ou seja ao plano metaf sico 232 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Quando estudamos a concep o de f e raz o em Agostinho percebemos um modo de pensar e sentir muito caracter stico e pessoal Assim como f consiste em buscar e entender o que n o se pode ver a intelig ncia consiste em encontrar de forma l gica e racional o que se pode ver Logo a intelig ncia a recompensa da f Pois ambas pro v m de Deus Sem d vida um certo trabalho da raz o deve preceder o assentimento s verdades de f muito embora estas nos sejam demons tr veis pode se demonstrar
20. BEZERRA M A Orgs O livro did tico de portu gu s m ltiplos olhares 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 48 61 Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Pau lo Par bola 2008 MARTINS A A Estrat gias de leitura em manuais escolares de portu gu s Revista L ngua Escrita Belo Horizonte n 5 out dez 2008 p 41 110 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 51 Dispon vel em lt http www ceale fae ufmg br gt Acesso em 12 04 2014 RIO DE JANEIRO Governo do Estado do Curr culo m nimo Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educa o 2010 e 2011 Orienta es pedag gicas Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educa o 2011 Roteiros de atividades 9 ano do E F l ngua portuguesa 3 bimestre Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educa o 2011 Roteiros de atividades 3 ano do E M l ngua portuguesa 3 bimestre Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educa o 2011 ROJO Roxane Letramentos digitais a leitura como r plica ativa Traba lhos de Lingu stica Aplicada Campinas n 46 1 p 63 78 2007 Letramento e capacidade de leitura para a cidadania Texto de divulga o cient fica para o Programa Ensino M dio em Rede Rede do Saber CENP SEE SP e para o Programa Ler e Escrever Desafio de To dos CENP SP SEE SP e SME SP Circula
21. STICA E FILOLOGIA tuais assim como com os suportes em que esses textos circulam Que conhecimentos s o necess rios para levar o aluno profici ncia leitora Que a es pedag gicas podem ser desenvolvidas pela escola a fim de in serir o aluno nas experi ncias de letramento desenvolvendo nele a habi lidade da leitura Em que medida a fam lia exerce influ ncia e pode atuar ativamente nesse processo Sendo a escola uma ag ncia de ensino lugar de apropria o de conhecimentos recai sobre ela a maior responsabilidade de promover atividades voltadas para o desenvolvimento da habilidade leitora Assim primeiramente prop e se uma reflex o de como essas atividades s o de senvolvidas e discutir novas a es pedag gicas que tornem o processo mais eficaz visto que ainda tem sido alto o ndice de alunos que n o do minam a pr tica da leitura de maneira a serem capazes de atuar de forma independente e cr tica em seu meio social ROJO 2009 BORTONI RICARDO MACHADO amp CASTANHEIRA 2012 2 Aquisi o da habilidade de leitura em ambiente escolar Houve poca em que a crian a leitora era identificada pela capa cidade de decodificar os sons das s labas sem contudo ser questionada sobre o sentido que aquilo fazia para ela A decodifica o no processo de aquisi o da leitura importante embora n o seja o nico aspecto que deva ser considerado Sobre isso Sol 1998 afirma que ler n o de codificar mas
22. a refletir o que o autor e o que est tentando comunicar num dado mo mento s cio hist rico Acreditamos que deve haver uma esp cie de contrato de cumpli cidade entre o autor e o leitor Aquele cria situa es de significado estru tura forma este constr i o significado real no ato de interpretar feito du rante a leitura 3 Eo professor Onde entra O trabalho do professor em uma aula de leitura ser um mediador entre o texto e o aluno Ele n o deve orientar as atividades de leitura de forma a fazer com que sejam oriundas do texto para o leitor ou do leitor para o texto Se assim fizer transforma o ato de ler em uma atividade in cua e sem fundamento Os textos a usar na aula s o naturalmente marcados ideologica mente e essas marcas ideol gicas n o ter o que ser disfar adas pelo pro fessor escondidas ou ignoradas em nome da imparcialidade ut pica O professor ter que assumir a presen a delas e apresent las ao aluno de monstrando o funcionamento ideol gico dos v rios tipos de discurso sensibilizando o aluno for a ilocut ria presente em cada texto tornan do o consciente de que a linguagem uma forma de atuar de influenciar de intervir no comportamento alheio que os outros atuam sobre n s usando a e que igualmente cada um de n s pode us la para atuar sobre os outros A atividade de leitura em sala de aula deve ser vista como um acontecimento em que haja um relacionamento entre o leitor e
23. cil sustenta o ao profes sor coube a obriga o de dominar os conte dos t cnicas e instrumentos indi car leituras e ainda cobrar o aprendizado de alunos pronto para responder nes ta fantasia de um processo de ensaio e aprendizagem idealizado como espon jas os estudantes absorveriam os ensinamentos do mestre e responderiam prontamente a tudo o que lhes fosse perguntado como prova do sucesso deste modelo Com a multiplica o dos saberes e a sua fragmenta o nem a escola 180 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA tampouco os professores conseguem dar conta desse processo SELIGMAN 2008 p 12 Portanto com esse conceito de que o professor respons vel por transmitir conhecimento cient fico ou seja dominar os conte dos as t cnicas e instrumentos de ensino ele se tornou um mero professor com objetivo de injetar conte do nos alunos Desta maneira a quest o de maior relev ncia foi ficando esquecida e deixada de ser trabalhada pois os professores deixaram de criticar os textos as ideologias vigentes per deram o esp rito cr tico reflexivo Muitos acabaram por apenas ensinar conte dos e n o construindo nos seus alunos o esp rito cr tico reflexivo Assim os alunos ficam passivos ao interpretarem um determinado texto pois eles s retiram do texto aquilo que necessitam para satisfazer as re gras da sociedade e da institui
24. es que quando essas n o se confirmam tem que retroceder e reler algumas partes para reconstruir o sentido Sobre o ensino de estrat gias a autora SOL 1998 afirma que elas n o amadurecem nem se desenvolvem nem emergem nem apare cem Ensinam se ou n o se ensinam e se aprendem ou n o se aprendem preciso se ter em mente que o objetivo de se ensinarem es trat gias a compreens o com vistas a formar um leitor aut nomo capaz de utilizar componentes metacognitivos para compreender textos de natu reza diversa 3 Ateoria semiolingu stica de an lise do discurso A concep o de leitura e texto na qual a presente pesquisa se fun damenta a de Charaudeau 1992 p 635 segundo a qual o texto o produto de um ato de comunica o e consequentemente comunicar se p r em cena um projeto de comunica o Ao definir o texto como uma encena o o semiolinguista res salta que a an lise de um texto envolve quatro elementos o sistema da l ngua o pr prio texto a situa o comunicativa e os modos de organiza o do discurso op cit p 634 Esses elementos encontram se inscritos no que o autor define como a tr plice compet ncia da linguagem ou seja as aptid es necess rias aos sujeitos envolvidos no ato de lingua gem para que esse se realize com sucesso CHAR AUDEAU 2001b p 13 18 2008 p 45 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 20
25. modo descontextualizado simplesmente para preencher fichas estudar gram tica e ortografia O trabalho com a leitura deve ser criterioso e come a com a mu dan a de postura por parte do professor que deve ser leitor ass duo O professor precisa gostar de ler precisa ler muito precisa envolver se com o que ler LAJOLO 1993 p 108 pois dessa maneira conseguir con vencer seus alunos mais pelo seu exemplo do que pelo discurso enfati zador sobre a import ncia da leitura Quando o professor leitor ass duo ele contribui com a forma o da crian a leitora incentivando a a ler apresentando lhe indica es de livros e abrindo seus olhos para uma consci ncia cr tica na hora de ler Nesse sentido Bragatto Filho 1985 entende que o professor deve co nhecer a natureza do texto sua essencialidade sua potencialidade e sua universalidade para ent o formar bons leitores Mas o que caracteriza um bom leitor Ser leitor querer saber o que se passa na cabe a do outro para compre ender melhor o que se passa na nossa implica o sentimento de pertencer a uma comunidade de preocupa es que mais que um destinat rio nos faz in terlocutor daquilo que o autor produziu FOUCAMBERT 1994 p 30 Como se pode notar a leitura enquanto pr tica social deve ser analisada discutida e n o apenas decodificada com significados prontos e acabados Os aprendizes precisam aprender a concordar discordar do que leem demonst
26. ncias que existe no her i das hist rias em qua drinhos Claro que buscaremos primeiro apresentar uma base te rica para tal feito ou seja nos pautaremos na quest o intertextual para isso em outras palavras abordaremos essas quest es no primeiro t pico Em se guida falaremos da quest o da religi o e as hist rias em quadrinhos sem se aprofundar muito em outros personagens e por fim o t pico que anali sa a figura do Superman 2 Um pouco de teoria para relacionar Superman com a imagem messi nica O estudo da rea das ci ncias humanas que utilizamos para relaci onar a figura de Superman com a de Jesus Cristo foi a quest o da inter discursividade que muito explicada nos estudos da teoria bakhtiniana Bem como disse Fiorin 2006 p 165 que em Bakhtin a ques t o do interdiscurso aparece sob o nome de dialogismo preciso exami nar mais detidamente esse conceito Logo de maneira resumida segun do Bakhtin o dialogismo constitutivo da linguagem pois mesmo entre produ es monol gicas observamos sempre uma rela o dial gica por tanto todo g nero um dial gico RECHDAN 2003 p 02 Mais abaixo vamos ver um pouco mais sobre a interdiscursivida de mas vale mencionar que a partir desse entendimento que buscamos analisar o objeto de nosso estudo em tr s plataformas que seria o texto escrito dos quadrinhos mais precisamente em O Reino do Amanh WAID ROSS 2004 e os di logos e a
27. nea articu lando as ferramentas tecnol gicas ao ensino aprendizagem de conte dos b sicos do curr culo escolar Como afirmado ao longo desse trabalho a tecnologia pode e deve contribuir muito para a forma o dos nossos alu nos o que p de ser constatado ao atrel la a pr ticas de leitura e escrita tendo como suporte os recursos tecnol gicos dispon veis DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 51 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Embora defendendo o potencial da tecnologia como poderosa fer ramenta para o ensino aprendizagem n o queremos insinuar que ela a solu o para todos os problemas da educa o Sobre isso concordamos com Sandholz 1997 p 175 quando diz que a tecnologia n o uma panaceia para a reforma do ensino mas ela pode ser um catalisador signi ficativo para mudan a Como exemplificado atrav s de duas experi ncias com o uso dos laptops na Escola Municipal William Castelo Branco Martins os alunos realizaram atividades de leitura e escrita significativas utilizando blogs e portais da Web 2 0 As din micas empregadas comprovam que a media o do professor sempre ser essencial na pr tica em sala de aula e que as m dias s potencializam a es pedag gicas bem planejadas Portanto reafirmamos o quanto imperativo o trabalho com a lei tura e a escrita na escola e sugerimos como proposta de trabalho a inser o de recursos tecnol gicos
28. o Assim como Watchmen diversas outras obras do mundo das his t rias em quadrinhos apresentam ao seu expectador uma nova forma de 27 Isso material para outro artigo 28 Dispon vel em lt http Amww terra combr diversao cinema especialwatchmen watchmen a historia 3 htm gt Acesso em 21 07 2014 286 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA explorar o mundo por interm dio n o s das cr ticas ali presentes como tamb m da pr pria forma o da arte REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMADA B rbara O uso de HQs na escola In GOMES Nataniel dos Santos Quadrinhos e transdisciplinaridade Curitiba Appris 2012 p 135 154 BALLMANN F bio A nona arte hist ria est tica e linguagem e qua drinhos 2009 Disserta o Mestrado Universidade do Sul de Santa Catarina Tubar o Dispon vel em lt http aplicacoes unisul br pergamum pdf 100250 Fabio pdf gt Acesso em 19 07 2014 BRAND O Helena Sofia Miranda A f brica de imagens o cinema co mo arte pl stica e r tmica 2008 Disserta o Mestrado Universidade Lisboa Lisboa BOSI Alfredo Reflex es sobre a arte S o Paulo tica 2000 CRUZ Aline Jezica da Paix o Arte uma complexa defini o In __ A m sica e a inf ncia uma reflex o sobre as contribui es da m sica na educa o infantil Salvador UNEB 2009 p 13 24 Dispon vel em lt h
29. o de um bandido tivemos um aumento de 44 23 entre El e E2 J na etapa 3 E3 lido o texto completo 100 consideraram que a not cia tratou da pris o de um bandido cujo apelido era P o com ovo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 83 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Em rela o ao texto 2 em E1 30 77 dos informantes n o acre ditaram haver morte contudo julgaram Luan Santana uma refer ncia ao cantor Um informante respondeu ser mentira o conte do do t tulo porque nenhum f apareceu na TV chorando e nem a Globo disse isso Outros afirmaram tratar se de uma not cia falsa Dos 52 informantes 57 69 consideraram a morte do cantor como o fato a ser noticiado e apenas 11 54 julgaram tratar se de uma pessoa com o mesmo nome do cantor Em E2 obtivemos antecipa es mais uniformes j que 86 54 dos informantes consideraram tratar se de um hom nimo do cantor 9 61 afirmaram falsidade ou em alguns casos dentro desse grupo cria ram uma hip tese em que a morte era algo figurado j 3 85 considera ram a morte como fato a ser noticiado Nesta etapa destaque se o aumen to em rala o ao percentual de informantes que julgaram Luan Santana uma refer ncia a algu m de mesmo nome do cantor aumento de 75 e a diminui o do percentual de informantes que acreditaram na morte diminui o de 53 84 Quer dizer E2 apresenta significativas diferen
30. o de con cep es sobre o que acha certo e errado perante sua forma de pensar o mundo em que est inserido Mundo este repleto de conceitos prontos deixados e elaborados por pessoas que det m o poder que transferem pa ra suas produ es textuais suas ideologias do certo e do errado Contudo Plat o amp Fiorin 2003 afirmam que o texto um pronunciamento sobre uma dada realidade Ao fazer esse pronunciamento o produtor do texto trabalha com as ideias de seu tempo e da sociedade em que vive Com efeito as concep es as ideias as cren as os valores n o s o tirados do nada mas surgem das condi es de exist ncia PLAT O amp FIO RIN 2003 p 27 Portanto a ideologia s ganha voz atrav s do pronunciamento de uma determinada pessoa escritor textual pois este faz do seu texto sua fala ativa e influente que acaba por ser aceita por quem o ler Este reflete em seu produto uma gama de concep es oriundas das condi es em que elaborado condi es estas que envolvem uma teia de momentos hist ricos sociais pol ticos e econ micos Assim sempre estaremos influen ciados por determinadas formas de pensar tipicamente humana relacio nada intera o do homem com seu meio Na abordagem de Rego 2002 p 41 as caracter sticas tipica mente humanas n o est o presentes desde o nascimento do indiv duo nem s o mero resultado das press es do meio externo Elas resultam da intera
31. o de dicion rio on line Utiliza o de jogos on line Ouvir r dio on line 1 1 8 Assistir publicar v deos on line Total por Livro o 1 2 10 69 3 57 43 37 33 0 50 31 19 12 40 1 Tabela 3 1 Resultados Atividades de Leitura e Escrita na Internet DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 143 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Na tabela 3 2 seguinte poss vel verificar o total de cada tipo de atividade pesquisada no material Esta tabela 3 2 foi organizada de for ma a mostrar a quantidade de cada atividade de forma decrescente ou se ja da atividade que apresentou mais ocorr ncias para as atividades que n o foram apresentadas Coloca o Tipos de Atividades TOTAL 1 Leitura de sites diversos 351 2 Utiliza o de sites de busca 14 3 Ouvir r dio on line 10 4 Cria o ou troca de e mails 8 52 Leitura de not cias jornais on line 7 6 Cria o postagem em blogs 5 7 Cria o de hipertextos 4 8 Participa o em f runs 3 9 Abordagem do internet s 2 10 Participa o em redes sociais 1 10 Participa o no Twitter 1 10 Assistir publicar v deos on line 1 Participa o em chats 0 Participa o em aulas virtuais 0 Participa o em lista de discuss o 0 Utiliza o do Wikipedia 0 Utiliza o de dicion rio 0 on
32. o do referencial curricular para o ensino fundamen tal e m dio no Estado do Rio de Janeiro salientamos que o objetivo deste trabalho discutir as propostas para o desenvolvimento das atividades de leitura presentes nos Roteiros de Atividades Com tal discuss o preten demos contribuir com reflex es cr ticas sobre as concep es de leitura que os perpassam e acerca do tipo de leitor que pressup em 2 Concep es de leitura breve revis o Uma vez que temos como um de nossos objetivos analisar e dis cutir pressupostos te ricos que embasam as atividades de compreens o leitora presentes no material produzido pela SEE RJ consideramos ne cess rio tra ar um breve panorama acerca das tr s abordagens de leitura mais difundidas na literatura 88 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA preciso ressaltar primeiramente que as concep es de leitura conhecidas por meio dos estudos sobre pr ticas e ou ensino de leitura es t o diretamente relacionadas a diferentes concep es acerca do que vem a ser a pr pria l ngua gem ou seja a cada concep o de l ngua gem que os estudos lingu sticos ajudaram a firmar est relacionada uma de terminada forma de conceber a leitura e o leitor Pelo que apontam os Par metros Curriculares Nacionais 1997 a concep o sobre l ngua gem perpetuada na educa o foi a estruturalis ta alicerce tamb m
33. o para a import ncia do desenvolvi mento de atividades de cria o de t tulos estimulantes e afinados ao seu prop sito comunicativo Por outro lado consideramos fundamental expor os alunos a textos que exijam de forma desafiadora uma leitura atenta REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS COSTA WAS Do t tulo ao texto Do texto ao t tulo o processo de esta biliza o da refer ncia em not cias do jornal Meia Hora 2013 Tese Doutorado em Estudos da Linguagem Instituto de Letras da Univer sidade Federal Fluminense Niter i DELLISOLA R Leituras infer ncias e contexto sociocultural Belo Horizonte Formato 2001 KLEIMAN Angela Texto e leitor aspectos cognitivos da leitura 11 ed Campinas Pontes 2008 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 85 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos KOCH I Desvendando os segredos do texto 2 ed S o Paulo Cortez 2002 A produ o de infer ncias e sua contribui o na constru o do sentido In __ As tramas do texto Rio de Janeiro Nova Fronteira 2008a p 135 154 Produ o e compreens o de textos a perspectiva da lingu stica textual In __ As tramas do texto Rio de Janeiro Nova Fronteira 2008b p 201 212 MARCUSCHI Luiz Ant nio Leitura como um processo inferencial num universo cultural cognitivo Leitura teoria e pr tica Revista da As socia o de Leitura do Brasil Campinas junho de 1985 vol 5 p
34. para busc la Para chegar resposta o aluno precisa lan ar m o de seu conhecimento de mundo e de diferentes conhecimentos lingu stico pragm ticos Podemos considerar portanto que estamos diante de uma quest o inferencial global MAR CUSCHI 2001 Acreditamos que esse tipo de quest o m ltipla escolha sem apre senta o de enunciado introdut rio pode remeter o leitor a v rias releitu ras do texto gerador pois a adequa o de cada assertiva apresentada nas alternativas normalmente precisa ser confirmada uma a uma Assim por exemplo para eliminar a op o d o aluno precisa atentar para o fato de que o tio nica personagem adulta da tira n o demonstra qualquer di ficuldade em lidar com as ferramentas da internet a dificuldade dele de outra natureza Quest es como essa em que n o h enunciado introdut rio n o direcionam o percurso da leitura do aluno para um trecho espec fico do texto assim como tamb m n o revelam respostas antecipadas Para jul gar as assertivas propostas nas alternativas o aluno precisar analis las em comunh o com o contexto situacional est da tira lida 6 Considera es finais Conforme explicitamos na introdu o deste trabalho nosso obje tivo foi o de discutir propostas para o desenvolvimento de atividades de leitura presentes nos Roteiros de Atividades da SEE RJ material com plementar ao Curr culo M nimo elaborado pela mesma Secretaria Para tanto empreen
35. ques utilizados ao longo da hist ria para explicar o processo de leitura podem ser resumidos em dois modelos o ascendente bottom up e o descendente top down Coste 1998 explica que de acordo com o modelo ascendente a leitura se realiza primeiramente por meio da percep o e interpreta o dos elementos lingu sticos do texto ou seja por meio da ativa o dos componentes de capacidade lingu stica e de capacidade textual da com pet ncia comunicativa A partir da ent o ocorre o que o autor denomina um processo pragm tico descendente no qual o leitor relaciona o tex to ao mundo usando a referencia o componente de capacidade refe rencial de compet ncia comunicativa Na referencia o entram em jo go conven es inten es e circunst ncias f sicas psicol gicas e socio l gicas assim como componentes de capacidade de rela o e situaci onal do leitor O autor aponta ainda que a abordagem descendente da leitura tem sido muito valorizada devido sua caracter stica compensat ria quando h limita es de ordem lingu stica e textual O ensino de estrat gias de leitura conduz o aluno leitor a contornar d ficits lingu sticos por meio de infer ncias baseadas em elementos extratextuais Sol 1998 prop e um modelo interativo segundo o qual os dois movimentos se realizam continuamente na busca da compreens o Se gundo Sol explica os elementos que comp em o text
36. rico e materializado O g nero tem exist ncia expressa em designa es diversas construindo um princ pio conjuntos abertos Po dem ser exemplificados em textos orais e escritos o telefone serm o carta comercial carta pesso al ndice remissivo romance cantiga de ninar lista de compras hor scopo receita culin ria bula de rem dio fofoca confiss o entrevista televisiva inquisi o policial e mail artigo cient fico tirinha de jornal piada instru o de uso outdoor etc 2001 p 42 43 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 45 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos autores e descreveremos duas experi ncias com a leitura e a escrita que foram realizadas em uma escola municipal de Aragua na TO 4 Procedimentos metodol gicos A presente pesquisa foi fundamentada em estudos realizados a partir de obras de te ricos da rea da linguagem tecnologias curr culo e tamb m em experi ncias pr ticas desenvolvidas por seus pesquisadores Trata se de uma pesquisa de campo desenvolvida em duas turmas do en sino fundamental de uma unidade escolar da Rede Municipal de Ensino de Aragua na TO Escola Municipal William Castelo Branco Martins turmas do 3 e 4 ano A escolha do locus da pesquisa se deveu ao fato de que essa foi a primeira escola da rede municipal a ser contemplada com o Projeto Um Computador por Aluno PROUCA e por ser o ambiente de trabalho de um do
37. rios da l ngua tamb m tentam imaginar do que trata o tex to por exemplo as coisas pessoas atos eventos ou estados de coisas a que o texto ou o falante se referem Espera se por exemplo que as not cias possuam um t tulo e que ele informe algo acerca do seu tema Desta forma o leitor interage com o texto como explica Rojo 2004 p 6 ao discorrer sobre as capacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto Tais capacidades envolvidas em um pro cesso interativo de interpreta o dizem respeito a uma s rie de procedi mentos em diferentes n veis como a recupera o do contexto de produ o do texto a defini o de finalidades e metas da atividade de leitura a percep o de rela es intertextuais no n vel tem tico e de rela es inter discursivas no n vel discursivo al m da percep o dos valores est ticos da linguagem Os aspectos desenvolvidos por Rojo op cit reafirmam em suas bases as considera es destacadas em Kleiman no texto supracitado Outro grupo de atividades cognitivas definido acima que ressal tamos s o as infer ncias tamb m relacionadas com diversas atividades de processamento textual desde o momento de acesso ao suporte textual Assim de acordo com o nosso estudo a produ o de infer ncias basea das na leitura do t tulo de uma not cia importante estrat gia cognitiva na gera o de hip teses antecipa es e posteriormente na sua confir
38. se comparado ao que preconizam os PCN corresponderia ao da an lise lingu stica Entretanto como o Curr culo M nimo n o explana de modo satisfat rio como entende a constitui o de cada eixo de ensino e os crit rios para o agrupamento das habilidades por esses eixos dif cil tecermos an lises mais elaboradas a respeito do que consideramos a princ pio uma poss vel inadequa o te rico metodol gica do referencial curricular e por conseguinte das atividades de leitura dos Roteiros No tocante s concep es de leitor e de leitura que emergem das an lises que empreendemos acerca do material percebemos que h o predom nio da abordagem cognitiva uma vez que a maior parte das quest es elaboradas leva o aluno leitor a construir sentidos baseados sobretudo na produ o de infer ncias Ainda que tenhamos observado que as quest es trazem tona aspectos da metalinguagem o leitor n o desempenha o papel de um simples espectador diante dos textos o aluno faz parte do processo de constru o de significados Tamb m merece ser destacado no tocante s concep es de lei tor leitura o fato de que embora o material analisado esteja pautado no trabalho com os g neros do discurso seguindo o que preconiza o Curr DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 109 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos culo M nimo e tamb m os principais referenciais curriculares do MEC obs
39. sejam eles quais forem tendo em vista a constru o de uma sociedade de crian as jovens e adultos pensantes e que compreendam os benef cios da leitura tanto na teoria como na pr ti ca REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA M E B VALENTE J A Tecnologias e curr culo trajet rias convergentes ou divergentes S o Paulo Paulus 2011 ANTUNES I Aula de portugu s encontro e intera o S o Paulo Par bola 2003 BRAGATTO FILHO P Pela leitura na escola de 1 grau S o Paulo tica 1985 ECO U Muito al m da internet In CACCIOLARI N A A import n cia da conta o de hist rias para o futuro da Leitura liter ria no s culo XXI cibercultura literatura Escola e novas tecnologias uma ponte ne cess ria Dispon vel em lt http www faccrei edu br dialogoeinteracao pesquisar Artigo asp area 6 amp edicao 2 gt Acesso em 21 03 2014 FOUCAMBERT J 4 leitura em quest o Trad Bruno Charles Magne Porto Alegre Artes M dicas 1994 52 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA GARCIA E G A leitura na escola de 1 grau por uma leitura da leitu ra 2 ed S o Paulo Loyola 1992 LAJOLO M Do mundo da leitura para a leitura do mundo S o Paulo tica 1993 MARCUSCHI L A Produ o de texto an lise de g neros e compreen s o S o Paulo Par bola 2001 MAT NCIO M L M Leitura pro
40. 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 5 2 A tecnologia a servi o da leitura e da escrita relatos de pr tica Na primeira experi ncia que aconteceu com crian as do quarto ano do ensino fundamental o coordenador pedag gico notou que na bi blioteca da escola havia poucas obras de literatura infantil A equipe es colar buscou solu es junto s tecnologias e encontrou no portal Biblio teca de Livros Digitais uma alternativa para amenizar o problema Esse site disp e de in meras obras liter rias que podem ser lidas pelo aluno diretamente na tela do computador com apenas um click En tre as obras h contos f bulas poemas leituras que abrangem idades va riadas Al m disso o site disponibiliza o texto em udio algo que o torna acess vel a alunos com necessidades educacionais especiais Num primeiro instante o professor orientou os alunos a visitar o site e a buscar entre as obras listadas aquelas de sua prefer ncia Eles re alizaram uma leitura espont nea sem necessidade de responder questio n rios ou similares pr tica muitas vezes enfadonha para alunos J na au la seguinte os alunos visitaram novamente o site mas dessa vez fizeram uma elei o democr tica para selecionarem uma nica obra para um es tudo mais aprofundado da mesma com an lises e discuss es O livro escolhido se passava numa fazenda e envolvia situa es corriqueiras prov veis de
41. 19 O surgimento do termo foi resposta ne cessidade de designar uma pr tica que vai al m do dom nio do sistema alfab tico e ortogr fico Nesse aspecto segundo ngela Kleiman 1995 p 20 a alfabetiza o apenas um tipo de pr tica de letramento cuja ag ncia principal a escola Desse modo letramento entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em pr ticas sociais SOARES 2004 p 19 O sentido de letramento veio ampliar o conceito de profici ncia leitora pois n o adquire essa profici ncia a crian a apenas alfabetizada uma vez que os m todos de alfabetiza o usados no passado e ainda hoje privile giam o conhecimento cognitivo da rela o letra som mas a crian a que adquire esse conhecimento em viv ncia letrada Bortoni Ricardo e Machado 2013 citando Carvalho 2009 afirmam que a alfabetiza o um processo limitado no tempo nos obje tivos e nos conte dos enquanto o letramento mais abrangente porque permite ao aprendiz familiarizar se com os diversos usos sociais da lei tura e escrita BORTONI RICARDO amp MACHADO 2013 p 66 Isso quer dizer que o letramento acompanha o indiv duo em toda fase de sua vida j que a cada tempo novos usos da leitura e da escrita se manifes tam nos meios sociais Embora alfabetizar e letrar sejam processos distin tos eles n o s o excludentes em sala de aula pois acontecem simult
42. Atividades do 3 bimestre do 9 ano do ensino fundamental que tem como foco o estudo do g nero romance Todas as tr s quest es t m DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 97 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos como texto gerador um fragmento do primeiro cap tulo do romance Ca pit es da Areia de Jorge Amado Nesta parte inicial da hist ria poss vel obter as primeiras informa es sobre como o grupo foi formado co mo Pedro Bala se tornou o l der desse grupo e porque escolheram um armaz m abandonado no cais para morar 5 1 Roteiro do 9 ano do ensino fundamental Roteiro de atividades do 9 ano 3 bimestre 2011 Habilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar o sentido especializado do termo ro mance diferenciando o do uso comum do termo Quest o 1 muito comum que uma mesma palavra apresente sentidos variados con forme o contexto em que empregada Um exemplo disso a palavra roman ce que voc com certeza conhece e utiliza no seu dia a dia Sendo assim ob serve o verbete do dicion rio e responda s perguntas propostas romance S m 1 A l ngua vulgar derivada do latim falada em certos pa ses eu ropeus ap s o decl nio da domina o de Roma 2 Conto medieval de ordin rio em verso no qual se narram aventuras ou amores de um her i de cavalaria 3 Li ter Descri o longa das a es e sentimentos de p
43. CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA TEXTO UM PRODUTO IDEOL GICO Marcela Tavares de Mello FAETERJ marcelatim O gmail com Maria do Socorro David FAETERJ Rafael ferreira Figueira FAETERJ RESUMO O presente trabalho tem como objetivo orientar os professores a investigar a ideo logia institu da nos textos cient ficos did ticos mas n o percebida pelos leitores De maneira que a leitura desses possam tornar seus alunos leitores cr ticos a fim de posi cionar se diante da informa o e interagir de forma cr tico reflexiva no meio f sico e social favorecendo a forma o de leitores e indiv duos cr ticos que dar o origem a um novo pensamento de sua pr pria autoria Para a realiza o da pesquisa levanta mos o problema da ideologia na constru o textual Para isso formulamos a seguinte problematiza o os professores percebem no dia a dia a ideologia nos textos did ti cos A ideologia encontrada nos textos ajuda na constru o de um indiv duo cr tico Todos os textos did ticos possuem a ideologia de quem o escreve explicita ou implici tamente que muitas vezes n o percebida pelo leitor e assim acaba sendo transferida e aceita sem ser analisada e criticada Essa n o percep o favorece a aliena o e a n o criticidade do leitor A ideologia textual se justifica pelo fato de que constr i se um texto para atrav s dele marcar uma
44. CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA SUM RIO Apresenta o Jos Pereira da Silva ie 07 A leitura em jogo compet ncia e estrat gia D borah Maria de Castro Nunes Senfft e Rosane Santos Mauro Monnerat 09 Avalia o e leitura pressupostos metodol gicos e sua influ ncia sobre o processo de ensino e aprendizagem de l ngua portuguesa Silvio Ribeiro da Silva re eeereerrereceracereraeencereaeenada 28 Integra o das pr ticas de leitura e escrita atrav s das m dias digi tais Uagne Coelho Pereira Leicijane da Silva Barros e Luiz Ro berto Peel Furtado de Oliveira erre 40 Leitura e interpreta o textual compet ncias necess rias ao traba lhador da agroind stria Gilmar Vieira Martins e Sandra Greg TIO RE EAE E E E E E enem rasotrars o 54 O contrato de comunica o no jornalismo popular um estudo sobre t tulos desviantes Wagner Alexandre dos Santos Costa 72 O trabalho com a leitura nos roteiros de atividades de l ngua portu guesa literatura da Secretaria de Educa o do Estado do Rio de Ja neiro Andreza Nora errar eeeaerererereereereeracenna 87 Personagens negros e ind genas nas hist rias em quadrinhos uma proposta inclusiva Michelle de Chiara Ferreira e Nataniel dos Santos GOMES iaae i a EA o Rna DEI aA 112 Pr tica de leitura produ o textual e reescrita na Amaz nia Orien tal Jos Enildo El
45. Internet Apesar da quantidade de atividades para ouvir r dio on line estar em terceiro lugar entre as atividades mais frequentes importante obser var que esta tarefa aparece apenas em 2 livros did ticos No livro LD10V3 s para exemplificar esta atividade aparece 8 vezes Ao reali zar as atividades com r dio on line os estudantes ouvem m sicas e en trevistas utilizando o computador A maioria dos livros apesar de trabalhar com alguma atividade envolvendo a Internet n o explora a linguagem utilizada no contexto di DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 147 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos gital Alguns tamb m n o chegam a contextualizar os enunciados com as necessidades da sociedade de hoje Apenas os livros LD5 LD6 LD8V1 LD8V2 LD8V3 LD9V2 LD10V1 e LD10V2 em algum momento contextualizam as atividades com as necessidades da sociedade atual mente Ao abordar pr ticas educacionais experenciadas na realidade e no contexto da sociedade os livros did ticos indicados no par grafo anterior apresentam pequenos coment rios sobre as necessidades da sociedade atualmente O livro LD6 por exemplo deixa claro que o e mail muito utilizado para a comunica o nos dias de hoje Tamb m merece destaque neste material uma hist ria em quadrinhos que traz a import ncia do computador para o mercado de trabalho Outro livro analisado que mere ce destaque o LD8VI que diz qu
46. J H L ngua portuguesa lingua gem e intera o vol 1 S o Paulo tica 2011 L ngua portuguesa linguagem e intera o Vol 2 S o Paulo Atica 2010 L ngua portuguesa linguagem e intera o Vol 3 S o Paulo Atica 2011 FERREIRA M H M FRADE I C A S Alfabetiza o e letramento em contextos digitais Pressupostos de avalia o aplicados ao software Hag Qu In RIBEIRO A E et al Orgs Linguagem tecnologia e educa o Minas Gerais Peir polis 2010 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 149 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos FREITAS M T A A forma o de professores diante dos desafios da cibercultura In FREITAS M T A Org Cibercultura e forma o de professores Belo Horizonte Aut ntica 2009 MARCUSCHI L A O hipertexto como um novo espa o de escrita em sala de aula Linguagem amp Ensino vol 4 n 1 2001 G neros textuais defini o e funcionalidade In DION SIO A P MACHADO A R M BEZERRA M A Orgs G neros textuais e ensino 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005 XAVIER A C Hipertexto e g neros digitais Rio de Janeiro Lucerna 2004 MINCHILLO C C TORRALVO I F Linguagem em movimento Vol 1 S o Paulo FTD 2008 Linguagem em movimento Vol 2 S o Paulo FTD 2010 Linguagem em movimento Vol 3 S o Paulo FTD 2010 SARMENTO L
47. Janeiro Lucena 2002 Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Pau lo Par bola 2008 Da fala para a escrita atividades de retextualiza o S o Paulo Cortez 2001 MORAES Maria C ndida O paradigma educacional emergente 14 ed Campinas Papirus 2010 MUSSOLIM Fernanda BENTES Anna Cristina Introdu o lingu s tica fundamentos epistemol gicos S o Paulo Cortez 2004 3 vol OLIVEIRA Jos Ademir A cultura nas das pequenas cidades da Ama z nia Brasileira VII Congresso Luso Afro Brasileiro de Ci ncias Soci ais Coimbra 2004 PORTO M rcia Um di logo entre os g neros textuais Curitiba Ayma ra 2009 SCLIAR Moacyr Um olhar sobre a cultura brasileira A l ngua portu guesa Dispon vel em lt http falar portugues blogspot com 2005 09 lin gua portuguesa por moacyr scliar html gt Acesso em 14 01 2014 SILVA Lilian Lopes Martin da A escolariza o do leitor a did tica da destrui o da leitura Porto Alegre Mercado Aberto 1986 SOARES Magda Becker O que letramento Di rio do Grande ABC S o Paulo 17 de ago 2003 Di rio na Escola Caderno 3 p 3 SOL Isabel Estrat gias de leitura 6 ed Porto Alegre ArtMed 1998 TERRA Ernani Linguagem l ngua e fala S o Paulo Scipione 1997 TRAVAGLIA Luis Carlos Gram tica e intera o uma proposta para o ensino de gram tica no 1 e 2 graus S o Paulo Cortez 1996 SANTA
48. Juracy Assman M GGE Ernani et al Literatura na esco la propostas para o ensino fundamental Porto Alegre Artmed 2006 SOARES Magda Novas pr ticas de leitura e escrita letramento na ci bercultura Educa o Sociolingu stica Campinas vol 23 n 81 p 143 160 dez 2002 SOUZA R A de Teoria da literatura 9 ed S o Paulo tica 2004 SOUZA S E O uso de recursos did ticos no ensino escolar In Z En contro de Pesquisa em Educa o IV Jornada de Pr tica de Ensino XIII Semana de Pedagogia da UEM Inf ncia e Pr ticas Educativas Arq Mu di 2007 Dispon vel em lt http www pec uem br pec uem revistas arqmudi volume 11 supleme nto 02 artigos 019 pdf gt TAJRA Sanmya Feitosa Inform tica na educa o professor na atuali dade S o Paulo Erica 1998 TEDESCO J C Educar na sociedade do conhecimento Trad Elaine Cristina Rinaldi Jaqueline Emanuela Christensen Maria Alice Moreira Silva Araraquara Junqueira amp Marin 2006 VALENTE J A O computador na sociedade do conhecimento Campi nas Unicamp NIED 1999 O papel do computador no processo ensino aprendizagem Bole tim do Salto para o Futuro S rie Pedagogia de Projetos e integra o de m dias TV ESCOLA SEED MEC 2003 Dispon vel em lt http www tvebrasil com br salto gt ZILBERMAN Regina Leitura em crise na escola as alternativas do professor Porto Alegre Mercado Aberto 1982 p 52 62 168 CADERNOS DO
49. Linguisticos rente ao estere tipo negativo do negro O quadrinho da turma da M nica usa fatos hist ricos para fazer uma cr tica neste caso o preconceito classificado como social e n o racial pois ocorre entre membros de mesma etnia Nesta tirinha a discrimina o manifesta pelos persona gens negros que s o segregados em grupo superior e inferior O primeiro grupo formado pelos negros que desempenham uma posi o de poder e prest gio social um negociante escravagista em oposi o ao segundo escravos que n o t m recursos financeiros para pagar pela sua liberdade e s o vendidos como mercadoria UMAG MAG E ALGUNS Tirinhas publicadas em revistas e jornais tamb m podem ser utili zadas a respeito do tema preconceito racial Observemos a tira da menina Mafalda desenhada pelo cartunista argentino Quino Em suas hist rias ela sempre demonstra preocupa o com a humanidade e a paz mundial Percebemos o etnocentrismo presente no texto atrav s da fala da colega da Mafalda a menina loira que representa o grupo superior em valor julgando os negros como grupo inferior A fala Afinal n s somos todos iguais Como que vou ter preconceito racial representa a camuflagem de um pensamento preconceituoso e que ainda est presente na sociedade contempor nea Comprovamos a desconstru o desse discurso atrav s do comportamento e da a o da referida personagem quando diz que vai la var o dedo demonstran
50. Par bola 2009 ZILBERMAN R A leitura na escola In __ Org Leitura em crise na escola as alternativas do professor 3 ed Porto Alegre Mercado Aberto 1991 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 39 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos INTEGRA O DAS PR TICAS DE LEITURA E ESCRITA ATRAVES DAS MIDIAS DIGITAIS Uagne Coelho Pereira UFT uagnetjletras hotmail com Leicijane da Silva Barros UFT leicijane O hotmail com Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira UFT luizpeel Quft edu br RESUMO Integrar o curr culo formal com as in meras tecnologias digitais da informa o e da comunica o TDIC tem sido um dos desafios da escola que tamb m busca solu es para melhorar a pr tica de leitura e escrita em sala de aula Em virtude disso o presente trabalho se prop e a apresentar algumas experi ncias significativas em que a tecnologia foi articulada ao curr culo escolar mais especificamente em atividades de leitura e escrita tomando como l cus de pesquisa a Escola Municipal William Castelo Branco Martins que contemplada com o PROUCA programa do governo federal que disponibiliza laptops educacionais na propor o 1 1 um computador por aluno Os resultados demonstraram a relev ncia das m dias digitais que aliadas a propostas metodol gicas estruturadas potencializam o curr culo e favorecem a forma o de lei tores e escritores prof cuos Palavras
51. Roteiro de atividades do 9 ano 3 bimestre 2011 Habilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar o foco narrativo narrador espa o tempo personagens e conflito Como voc j sabe o narrador de um texto pode ser um narrador personagem quando ele participa da hist ria ou um narrador observador quan do ele se posiciona fora dela Neste segundo tipo h ainda uma divis o entre nar rador intruso neutro e onisciente como mostra o quadro abaixo Cc Narrador intraso fala com o leitor e julga o comportamento das personagens ora se fora dos Ds narrados Narrador observador ou narador em 3 pessoa imparmnaldade nz Narrador onisciente revela o sertimento ou c pensamentos dos personagens Ao longo do Texto Gerador I h um narrador onisciente Assinale o trecho que comprova essa afirmativa a E os ratos voltaram a dominar at que os Capit es da Areia lan aram as suas vistas para o casar o abandonado b Hoje sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos N o h venda qui tanda botequim que ele n o conhe a c Logo depois transferiram para o trapiche o dep sito dos objetos que o traba lho do dia lhes proporcionava d A desgra a de Raimundo foi puxar uma navalha e cortar o rosto de Pedro um talho que ficou para o resto da vida e Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala chefia e foi desta
52. a apresenta o an lise e discuss o 3 3 An lise dos dados As explica es sobre o efeito de humor referente aos textos hu mor sticos fornecidas pelos sujeitos foram analisadas com base nos pre ceitos da teoria da relev ncia bem como da teoria da integra o concep tual e nas categorias estabelecidas por Donzeli 2008 para n veis lingu s ticos fon tico morfol gico morfofonol gico lexical sint tico pragm tico sem ntico e sem ntico sint tico mais acionados na interpreta o chistosa 4 Apresenta o e discuss o dos dados Considerando o objetivo desse artigo ser o apresentadas as tenta tivas de formula o de infer ncias feitas por sujeitos diagnosticados com a doen a de alzheimer em est gio inicial sobre os efeitos humor sticos de uma piada entre as sete que comp em o protocolo de Donzeli Tais an lises ser o comparadas aos percursos interpretativos realizados pelos in div duos que comp em o grupo controle Embora a pesquisa desenvolvi da tenha investigado o percurso sociocognitivo inferencial de dez sujei DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 261 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos tos cinco participantes do grupo controle e cinco pertencentes ao grupo de indiv duos diagnosticados com a doen a de alzheimer na fase inicial ser o ilustrados os dados de apenas dois deles tendo em conta o espa o do presente trabalho Os sujeitos em quest
53. a dan a ou coreografia 3 arte a pintura 4 arte a escultura 5 arte o teatro 6 arte a literatura 7 arte o cinema 8 arte a fotografia 9 arte as hist rias em quadrinhos 10 arte o video game Vemos que n o existe necessariamente uma hierarquia nessa clas sifica o ao menos n o nas seis primeiras Em suma o que segue que a categoriza o de cada uma delas se d atrav s de seu elemento constitu tivo musica cabe o som dan a o movimento pintura a cor es cultura o volume ao teatro a representa o literatura a palavra BALLMANN 2009 p 23 26 Informa o retirada da disserta o do Mestrado em Filosofia de Helena Sofia Miranda Brand o que est dispon vel nas refer ncias 282 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Posteriormente ao estudo de Ricciotto Canudo os quadrinhos co me aram a pertencer ao rol das artes E como j foi dito foi pelo fato de estar englobado em sua constru o a imagem cor e escrita Como Mourilhe Silva 2010 p 08 nos diz que Os quadrinhos tamb m ganharam pouco a pouco respeitabilidade e at a denomina o de arte a nona arte Al m disso o advento das graphic no vels tamb m mostra o reconhecimento recebido pelos quadrinhos na medida em que recebem pr mios de literatura e figuram entre os best sellers em tra balhos que podem fu
54. a interpreta o humor stica Al m disso o que mais chama a aten o nas quest es apontadas a escassez de emprego de teo rias lingu sticas para analisar o funcionamento da intera o verbal nessa neurodegeneresc ncia Cabe ressaltar que no mbito das afasias aspec tos lingu stico pragm ticos da manipula o enunciativa de piadas assi nalando sua import ncia para os estudos neurolingu sticos de perspectiva interacionista foram investigados por Donzeli 2008 Segundo a autora as piadas constituem um relevante escopo para a an lise da compet ncia pragm tico textual dos sujeitos na produ o e interpreta o da lingua gem Em suas palavras Observamos essa compet ncia atrav s de manobras lingu sticas e socio cognitivas realizadas pelos sujeitos na busca ou na mobiliza o lingu stico cognitiva da significa o do conhecimento enciclop dico da mem ria cultu ral e discursiva de um savoir faire espec fico DONZELI 2008 p 124 A autora conclui sua disserta o afirmando que a piada alta mente produtiva para o estudo da compet ncia pragm tico textual de su jeitos af sicos E n o s de sujeitos af sicos cumpre observar p 124 ent o necess rio investigar se o mesmo ocorre com indiv duos aco metidos pela doen a de alzheimer Se como j disseram Coudry e Possenti 1993 a ideia de inves tigar material chistoso na produ o e interpreta o de interlocu es de que particip
55. a leitura uma pr tica agrad vel de entretenimento e prazer Assim quando os alunos de uma turma s o obrigados a ler um mesmo t tulo imposto revelia de seus gostos e prefer ncias com a justificativa de que tal livro apropriado para a sua faixa et ria a rea o de resist ncia deles interpretada pelos professores como falta de gosto pela leitura A leitu ra s se torna livre quando se respeita aos menos em momentos iniciais do aprendizado o prazer ou a avers o de cada leitor em rela o a cada li vro LAJOLO 2005 p 108 Bortone e Ribeiro apud MAIMONI amp RIBEIRO 2006 p 293 questionam como poss vel dar essa oportuni dade aos alunos sem uma boa biblioteca sem a leitura de revistas e jor nais ou seja sem um ambiente real de letramento Al m disso h a ne cessidade de se desenvolver atividades p s leitura que levem o aluno a compreender o prop sito desse ato Geralmente os exerc cios de inter preta o compreens o ou entendimento do texto costumam quase sem pre sugerir ao aluno que interpretar compreender ou entender um texto repetir o que o texto diz O que absolutamente incorreto LAJOLO 2005 p 109 A proposta de Kock e Elias 2012 que se usem estrat gias no trabalho de constru o de sentido levando o aluno antes da leitura a uma intera o com o autor e texto fazendo antecipa es e levantando hi p teses com base em seus conhecimentos pr vios Durante a leitu
56. acontecer com qualquer pessoa Depois de rea lizada a leitura sistem tica de modos variados individual ou coletiva o professor problematizou a obra contextualizando a algo que permitiu uma maior intera o deles com o texto e com as situa es ali representa das Essa sequ ncia did tica de leitura atrav s das m dias digitais ainda rendeu produ es textuais relevantes onde os alunos refletirem e opina ram sobre as situa es retratadas mesmo sob um pano de fundo da litera tura infantil Eles n o ficaram simplesmente nos question rios acerca do autor dos personagens do narrador embora esses elementos tivessem participado das discuss es orais at mesmo pelo car ter da alfabetiza o nessa faixa et ria que j busca apresentar tais elementos como caracte 4 A Biblioteca de Livros Digitais um espa o dinamizador de iniciativas relacionadas com leitura e a escrita que se assume como um agregado de livros de autores consagrados e aprovados pelo Pla no Nacional de Leitura e como um reposit rio de trabalhos realizados por pessoas interessadas em criar outros textos motivados pelo livro que acabaram de ler DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 49 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos r sticos da narrativa O primordial nas aulas de leitura n o estudar tais elementos textuais mas despertar o interesse pelo ato de ler Ao longo de toda essa a o pensou se em como e
57. acordo com a pol cia ele o segundo homem na hierarquia do tr fico do Morro do Fallet e Fogueteiro em Santa Teresa e estava foragido desde que as comunidades foram ocupadas por Unidades de Pol cia Pacificadoras UPPs Segundo a pol cia o suspeito vinha sendo monitorado h dois meses O Dis que Den ncia 2253 1177 chegou a oferecer recompensa de R 2 mil por in forma es que levassem a pol cia ao paradeiro do bandido Luiz Claudio foi capturado quando passava pela Rua Rabino Henrique Lemsle altura do n me ro 211 no Recreio dos Bandeirantes Ao ser abordado pelos agentes o trafi cante n o resistiu pris o As investiga es apontam que o traficante teria fugido para Niter i em agosto do ano passado quando teria participado da invas o ao Morro dos Mar timos em Niter i Na poca a Pol cia Militar fez opera o para acabar com a guerra entre bandidos de fac es rivais e 12 foragidos do Fallet foram capturados Contra o acusado havia v rios mandados de pris o por tr fico e homic dio Em julho o Minist rio P blico do Rio de Janeiro o denunciou por associa o para o tr fico O preso tamb m acusado pela pol cia de planejar atentado contra o secret rio de Administra o Penitenci ria C sar Rubens O ataque seria na Ponte Rio Niter i O plano foi descoberto por meio de escutas telef nicas O acusado foi condenado a 25 anos de pris o por homic dio e cumpriu pena de 15 anos por tr fico de
58. anacr nico pautado na predetermina o do significado das estruturas que comp em a l ngua Dessa maneira qualquer atividade de significa o depende tanto de me canismos mentais interacionais e sociais quanto de estruturas lingu sti cas propriamente ditas Tem se ent o que as estruturas lingu sticas n o significam elas apenas pistas para que seja tra ado o percurso rumo ao s significado s sendo que essa trajet ria de ordem sociocognitiva pois ao buscar atri buir sentido a uma inten o comunicativa o sujeito interpretante lan a m o de mecanismos e estrat gias mentais alicer adas em suas experi n cias sociocomunicativas para ser capaz de reconstruir o que o sujeito comunicante tencionou expressar comunicar importante ressaltar que dependendo de o que se pretende comunicar e de como se realiza a tentativa de comunica o ter se o processamentos sociocognitivos es pec ficos Isso significa que os mecanismos e as estrat gias mentais de que o sujeito que interpreta uma elocu o faz uso para construir sentido depender do qu o aparente as inten es comunicativas est o na estrutu ra lingu stica e da relev ncia bem como sufici ncia das pistas sem ntico pragm ticas presentes nas express es da l ngua Aliado a isso est a im prescindibilidade de as representa es de mundo inst ncia sociocogniti va sobre fatos sujeitos objetos circunst ncias etc que o sujeito inter pretan
59. bab emitindo a seguinte senten a para a crian a de quem ela cuida Se eu fosse seu pai eu te bateria S o no m nimo tr s as in terpreta es poss veis para essa senten a dependendo das informa es extra lingu sticas ativadas 1 O PAI SEVERO A bab est dizendo que ela n o vai bater na crian a mas que o pai na mesma situa o teria batido no filho 2 O PAI PERMISSIVO Trata se de uma cr tica ao pai A bab acha que naquela situa o o pai deveria bater no filho embora saiba que n o ir faz lo por ser permissivo 250 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 3 ALUS O AO PAPEL DE PAI Teoricamente preciso ter autoridade do papel de pai para tomar uma atitude na situa o em quest o no caso bater no filho Para que a constru o acima seja de alguma forma interpretada necess rio que informa es contextuais sejam ativadas Nessa perspec tiva conforme a teoria da relev ncia SPERBER WILSON 2001 a in terpreta o da referida elocu o ocorrer com base nas suposi es mais fortemente manifestas no ambiente cognitivo do ouvinte leitor as quais s o tamb m mais fortemente manifestas no ambiente cognitivo do falan te escritor configurando um ambiente cognitivo m tuo em que as mes mas suposi es s o manifestas pelos dois participantes do ato comunica tivo Isso significa que a int
60. chave TDIC Curr culo Forma o de leitores e escritores 1 Introdu o Segundo dados de uma pesquisa realizada em 2009 pelo Instituto Pr Livro IPL 45 da popula o brasileira n o l nenhum livro por ano e desses 53 dizem simplesmente n o ter interesse e os demais 42 2 O Instituto Pr Livro uma associa o criada em 2006 de car ter privado e sem fins lucrativos mantida por contribui es de entidades do mercado editorial com o objetivo principal de fomento leitura e difus o do livro 40 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA afirmam ter dificuldade Essa triste estat stica s confirma uma realidade que tamb m comum entre crian as e jovens em fase escolar Muitos desses estudantes n o t m uma experi ncia desafiadora com a leitura pelo contr rio s o v timas de uma tarefa burocr tica que n o lhes desperta o interesse aumentando as crescentes estat sticas que apontam a falta desse h bito na popula o Se por um lado os ndices relacionados leitura s o alarmantes por outro as possibilidades oferecidas pelas m dias digitais em rela o a tal pr tica s tendem a aumentar imprescind vel portanto que o pro fessor conhe a essas ferramentas e as explore em atividades pedag gicas significativas Ao contrastar essas duas realidades pode parecer dif cil articular pr ticas de lei
61. cient fica mas como verdadeira e pr pria teologia ou seja como indagadora da raz o da f deve ter o seu lugar na universidade e no amplo di logo das ci ncias PAPA BENTO XVI Aula Magna da Universidade de Regensburg 12 set 2006 Aqui n o busco conciliar a f e a raz o mas refor ar a dif cil harmonia entre a raz o e a f ao longo da hist ria da humanidade apesar de andarem juntas e de uma completar a outras elas caminhos por estra das distintas Segundo o Papa Bento XVI uma nova onda de iluminismo e laicismo onde s seria racionalmente v lido o que experiment vel e calcul vel acaba afastando o homem cada vez mais da sua pr pria huma nidade A f na p s modernidade tamb m representada como um produ to de consumo pois assim vendida porque h quem compre e h quem consome O projeto de sociedade nos dias atuais est ancorado em bens 238 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA finitos quando na verdade este projeto deveria estar ancorado em bens infinitos Nessa perspectiva a frustra o humana se d pelo fato dos bens finitos serem finitos e nesse caso o desejo infinito Dessa forma o de sejo n o encontra a plena satisfa o pois infelizmente h quem compre simulacros pois facilmente encontrado numa sociedade midiatizada pe lo mercado O mercado reconhece a necessidade do ser humano a respei to da
62. com os ndios e seus costumes naquele instante de con fronto entre a cultura europeia e a primitiva Caminha escrevera depois de um primeiro contato com o local e com as pessoas que ali viviam re gistrando certa concretude impedindo que o circunstancial ca sse no es quecimento Tratava se ent o da marca de registro do circunstancial fei to por um narrador rep rter que relatava um fato a leitores que formavam um p blico determinado soma de jornalismo e literatura A esse respeito afirma Martins op cit que em seu sentido lite r rio o primeiro cronista brasileiro foi Francisco Otaviano em 1852 quando escrevia no Jornal do Com rcio Em seguida e com elevada im port ncia pode se falar de Jos de Alencar e Manuel Antonio de Almei da cronistas do Correio Mercantil sob o t tulo de P ginas Menores A partir da outros cronistas foram surgindo e em 1922 a Semana de Arte Moderna possibilitou cr nica uma fei o caracter stica diante das ne cessidades da vida contempor nea na sua agita o e no seu movimento Para Candido 1992 por m esse g nero consolidou se no Brasil no dec nio de 1930 poca em que foi cultivado por in meros escritores e jornalistas como M rio de Andrade Manuel Bandeira Carlos Drum mond de Andrade e Rubem Braga cronista por excel ncia e mais tarde 200 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGI
63. da Antiguidade e o primeiro dos modernos pelos historiadores da filosofia Foi tamb m consagrado o maior da Igreja Crist primitiva devido s teorias que formulou O problema que nos motivou buscar uma resposta como deve mos conciliar f e raz o Isto poss vel Julgamos interessante tratar desse tema enfocando esses dois aspectos para explicitarmos a dimens o da convers o que se revela em Agostinho Entretanto o credo n o se re duz somente a isso uma progress o qualitativa que se constitui em fa ses Para crer necess rio ao ser humano reconhecer acreditar e ter a gra a dada por Deus Dado o problema ele nos leva a uma resposta que a partir de nos sas assertivas se configura no liame a ser definido para Agostinho ainda que as verdades da f n o sejam demonstr veis isto pass veis de pro va poss vel demonstrar o acerto de se crer e essa tarefa cabe raz o Agostinho sustentava que a f precedida por certo trabalho da raz o colocando a f como nica via de acesso verdade eterna A filosofia para ele apenas um instrumento que auxilia a teologia destinada a sis tematizar a doutrina fundamental da Igreja Cat lica A nossa reflex o de car ter teol gico e filos fico porque a f e a raz o habitam o ser humano englobando a totalidade do conhecimento seus sentimentos pensamentos e a sua rela o com os outros constituin do valores que fazem aperfei oar sua exist ncia
64. da decad ncia de valores hu manos que ser atingido e tematizado pela arte contempor nea DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 281 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos pode exprimir seus sentimentos ou seja ele pode trabalhar a imagem o som a mat ria para expressar o seu interior Nessa perspectiva quando revisitamos o passado percebemos que antes a dan a escultura literatura m sica pintura e teatro eram conside radas como formas de artes Foi a partir de Ricciotto Canudo com sua obra Manifesto das Sete Artes de 1923 que o cinema passou a ser con siderada como s tima arte Com isso cabe citar aqui o que Cruz 2009 p 13 nos diz que a arte se modifica de acordo com a sociedade poca assumindo diversas for mas de acordo com a motiva o e necessidades de cada tempo e civiliza o mas no sentido original a arte o uso da habilidade de lidar com produtos materiais e m todos com os conhecimentos necess rios para dar forma a ex press es ideias e sentimentos Assim como Cruz nos explica que a arte se modifica com o tem po a partir de Ricciotto Canudo outras pessoas continuaram esse traba lho de sistematiza o das artes Dessa forma a fotografia fica como oita va arte e os quadrinhos que englobam no seu processo de cria o a ima gem cor e escrita fica como nona arte Logo a classifica o ficou da seguinte forma 1 arte a m sica 2 arte
65. da palavra que comunicamos nossas ideias nos sas cren as N o podemos fugir do que somos Somos o retrato do nosso viver ser existir Nosso prop sito aqui existe e imposs vel nos separar dele Profa Fernanda Waleska 2013 Com o resultado da quest o n mero tr s podemos perceber que em sua maioria os professores acreditam que o texto o retrato de quem o escreve pois as respostas nos submetem a uma reflex o onde impos s vel redigir um texto sem nele deixar nossas marcas ou seja nossa ideo logia Partindo para a quarta quest o perguntamos aos professores a opini o deles a respeito do curso de forma o de professores se acredi tam que o mesmo ideol gico e como trabalham este assunto Est quest o teve respostas brilhantes entre elas da professora de filosofia da educa o que ressalta O curso de forma o de professores sim ideol gico ao passo que h uma grande lacuna a ser preenchida entre teoria e pr tica o que presenciamos neste curso muitas vezes s o belas teorias que quando colocadas em pr ti ca parece n o ter grande serventia O que deixo sempre claro para meus alu 188 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA nos desse curso que as teorias n o podem ser ignoradas mas podem ser questionadas j que de acordo com minha bagagem profissional tenho uma certeza que cada aluno um s
66. das atividades de leitura nos materiais Viva Portugu s 1 e Take Over 1 confirma a hip tese de que a aprendizagem da leitura nas duas l nguas ou seja o desenvolvimento de compet ncia leitora do aluno de ensino m dio em portugu s e em ingl s depende de uma abordagem sociodiscursiva interacional estrat gica e conscientiza dora O material de portugu s prop e atividades de leitura ricas em oportunidades para que o aluno aprenda a usar estrat gias de constru o de sentido e aplicar essa habilidade de maneira aut noma em qualquer atividade de interpreta o Na se o Antes de Ler que tem como objetivo principal o ativa mento do conhecimento a priori do aluno leitor saberes de conheci mento e saberes de cren as cf p 40 as quest es prop em tarefas que demandam opera es nos quatro n veis de constru o de sentido semi olingu stico situacional sem ntico e discursivo O aluno leitor condu zido a evoluir no processo de leitura partindo do n vel semiolingu stico an lise de elementos verbais e n o verbais fotos t tulos etc e associan do os a elementos da situa o e do discurso por meio de opera es cog nitivas como infer ncias e intertextualidade As quest es da se o Interpreta o do Texto focalizam as rela es entre o conhecimento de mundo e o conhecimento lingu stico de n vel textual lexical e gramatical para a constru o do sentido oportuni zando ao aluno
67. de racioc nio realmente baseada na autoridade Agostinho acreditava que todo conhecimento baseado na autoridade e que n o havia nenhuma autoridade maior do que Deus e da revela o isto especialmente a autoridade da Sagrada Escri tura mas tamb m a tradi o e a pr tica da Igreja Universal 234 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Agostinho foi e considerado atualmente um dos maiores douto res da Igreja Crist e em plena Idade M dia escreveu como ningu m a respeito da f e da raz o apresentado a possibilidade de uma rela o ami g vel independente mas harm nica entre elas Ele acreditava que exis tem dois tipos de conhecimento um deles baseado na cren a ou f e ou tro se baseia em coisas observadas raz o e chamado de compreens o Conhecimento baseado na f vem de Deus que sempre tem uma autori dade que o conhecimento baseado na raz o n o pode possuir Segundo Agostinho o conhecimento baseado na raz o seria simplesmente aumentar seu conhecimento baseado na f Al m do mais para a Igreja moderna que depende t o fortemente dele a raz o e a f nunca est o em rota de colis o E a f em si uma viagem Como ele no tou no Serm o 27 6 No momento ainda estamos na estrada Qual a estrada a f A Idade M dia durou basicamente 1 000 anos e durante todo esse per odo hist rico a I
68. de assis cr nicas http sitenotadez net cronicas Observamos como os educandos leem atualmente Mas ao se refe rir s aulas e exig ncia da leitura h uma enorme resist ncia real mente paradoxal adoro ler mas as aulas de literatura e a proposta de lei tura Isso ent o nos leva a seguinte indaga o como procedemos qual a consequ ncia dessa pr tica desmotivadora e transmitimos paix o pelo ato de leitura H um discurso cl ssico a de que a escola poda o incentivo leitura Diante dessa constata o que atravessa os tempos percebemos que h algo de inadequado na nossa pr tica Como pode um educador desta disciplina declarar n o gostar de ler altamente contradit rio Pior antes quando s aceitava a resposta de acordo com a sugerida pelo livro necess rio que continue estimulando o h bito de leitura d voz aos educandos permita lhes expor suas ideias suas impress es sobre o texto lido Com os recursos tecnol gicos devemos propor alguns para as aulas a fim de conscientizar os educandos quanto a sua import ncia social Para a gradua o tamb m proponho leituras diversas para perce berem a necessidade de um amplo conhecimento de mundo 4 Integra o portugu s literatura sala de leitura Refletir sobre tecnologia como instrumento para a constru o de conhecimento em uma escola tecnol gica como o CEJLL NAVE ne cess rio considerar as parcerias integradas N
69. de compre ender os efeitos de sentido produzidos pelo texto N o se produzem ou tros textos a partir das informa es compreendidas A voz do leitor n o considerada Por isso n o se pode afirmar que esta atividade tenha como foco aprecia o e r plica por parte do leitor uma vez que seu foco ape nas a compreens o de informa es presentes no texto Para que a leitura do aluno n o se restrinja compreens o das in forma es propostas pelo texto lido o professor pode mediar este pro cesso apresentando outros textos em que a repeti o de palavras produza significados espec ficos Ser poss vel perceber ent o que cada repeti o de palavras motivada por inten es espec ficas do autor Pode se discutir tamb m que nem sempre esta repeti o produtiva Assim ca be aos alunos conhecendo v rias possibilidades de uso deste recurso que a l ngua oferece decidir quando us lo em seus pr prios textos Continuamos nossas considera es acerca das atividades de leitu ra comentando um exemplo de atividade que usa como refer ncia um trecho do pref cio que o escritor portugu s Jos Saramago fez para o li vro Terra de Sebasti o Salgado Jos Saramago conclui seu texto afirmando Ao contr rio do que ge ralmente se pretende fazer acreditar n o h nada mais f cil de compreender que a hist ria do mundo que muita gente ilustrada ainda teima em afirmar DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNO
70. dentro de um contexto de su posi es dispon veis representa es de mundo uma entrada de dados pode resultar em algum efeito cognitivo por meio da modifica o ou re organiza o dessas suposi es Em igualdade de condi es quanto mai ores forem os efeitos cognitivos conseguidos pelo processamento de uma entrada de dados maior ser sua relev ncia Do mesmo modo quanto menor for o esfor o de processamento requerido maior ser a relev ncia De acordo com a perspectiva em foco o efeito cognitivo tamb m denominado de efeito contextual o resultado do processo de contextua liza o que envolve a uni o de uma informa o pr via com uma infor ma o nova do que adv m a possibilidade de melhoria ou modifica o do contexto cognitivo o qual abrange n o s o meio em que determinada comunica o efetivada mas tamb m cren as expectativas acerca do futuro mem rias pressuposi es etc Um est mulo comunicacional ter relev ncia tima quando for mais relevante que outros em certo momento e quando propiciar o maior contingente poss vel de efeitos cognitivos po sitivos ou seja o est mulo deve se conectar com alguma informa o pr via de forma a haver conclus es significativas pass veis de alterar a re presenta o de mundo do interlocutor com o menor custo cognitivo Os tipos de efeitos contextuais consistem em implica o contextual o mais forte uma conclus o deduzida com base no input inf
71. dizer e o faz sempre em rela o a um outro que est no papel de interlocutor com um certo prop sito Em raz o do objetivo pretendido do quadro es pa o temporal transitando sempre em mente com as rela es onde quando e do suporte de veicula o o produtor elabora um projeto de dizer e desenvolve esse projeto recorrendo a estrat gias lingu sticas tex tuais pragm ticas cognitivas discursivas e interacionais vendo e reven do no pr prio percurso da atividade a sua produ o Temos em Koch e Travaglia 1999 p 8 9 considerando texto como uma unidade lingu stica percept vel pela vis o audi o tomada pe los usu rios da l ngua seja o falante ouvinte escrito leitor em uma situ a o de comunica o especifica como uma unidade de sentido e preen chendo uma fun o comunicativa reconhec vel ou reconhecida indepen dente de sua extens o Para Costa Val 2006 p 4 5 a defini o de texto ou discurso ocorr ncia lingu stica falada ou escrita de qualquer extens o dotada de unidade sociocomunicativa sem ntica e formal Portanto um texto uma unidade linguagem em uso cumprindo uma fun o identific vel em um jogo de atua o sociocomunicativa Ainda para ela um texto pode ser bem compreendido se avaliado sob tr s aspectos pragm tico com fun o informal e comunicativa sem ntico conceitual sob o aspecto da coer ncia e formal sob o aspecto da coes o Considerando as
72. do professor de l ngua materna Linguagem em Dis curso LemD vol 8 n 3 p 487 517 set dez 2008 KOCH Ingedore G Villa a Desvendando os segredos do texto S o Paulo Cortez 2011 ELIAS Vanda Maia Ler e compreender os sentidos do texto 3 ed S o Paulo Contexto 2012 LAJOLO Marisa Do mundo da leitura para a leitura do mundo 6 ed S o Paulo tica 2005 MAIOMI Eul lia H RIBEIRO Ormezinda Maria Fam lia e escola uma parceria necess ria para o processo de letramento Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Bras lia vol 87 n 207 p 291 301 set dez 2006 MAIOMI Eul lia H BORTONE M rcia E Colabora o fam lia e es cola em um procedimento de leitura para alunos de s ries iniciais Dis pon vel em lt http www scielo br scielo php pid S1413 85572001000100005 amp script sci arttext gt Acesso em 13 08 2013 MARCUSCHI Luiz Ant nio Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Paulo Par bola 2008 MARTINS Maria Helena O que leitura S o Paulo Brasiliense 2006 220 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA OLIVEIRA Tha s de ANTUNES Renata Neglig ncia na media o do professor no trabalho de leitura In BORTONI RICARDO S M MA CHADO V R Orgs Os doze trabalhos de H rcules do oral para o escrito S o Paulo Par bola 2013 p 65 79 P
73. do sentido Avalia o 1 Introdu o N o muito raro ouve se falar sobre a import ncia da leitura e so bre a necessidade de se cultiv la O lugar onde a leitura se faz mais pre sente talvez por obriga o a escola a mais importante ag ncia de le tramento Por isso segundo Zilberman 1991 p 11 h uma grande afi 1 Apoio FAPEG 28 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA nidade entre escola e leitura que se mostra a partir da circunst ncia de que por interm dio da a o da primeira que o indiv duo se habilita segunda na escola tamb m que a leitura do indiv duo avaliada A ava lia o apesar de se fazer presente em todos os dom nios da atividade humana a principal ferramenta utilizada pelo professor para gerir o processo de ensino e aprendizagem Este processo deve ser mediado pe las concep es que o professor tem de leitura e avalia o pois estas de finir o o modo como suas aulas ser o organizadas No ensino de l ngua portuguesa devem ser oportunizadas ao alu no atividades com as quais ele possa desenvolver pr ticas de leitura e perceber o papel interativo que desempenham com o texto Saber l ngua portuguesa n o saber sua estrutura ou o seu funcionamento apenas nem saber analis la gramaticalmente Saber a l ngua significa saber se movimentar dentro dela Segundo Carvalho 199
74. drogas Ainda de acordo com as investiga es o tra ficante ligado fac o criminosa Comando Vermelho e estava controlando bocas de fumo em Niter i Meia Hora 20 08 2011 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 81 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Texto 2 PLANT O DE POL CIA Luan Santana morto a tiros Xar do cantor levou um bala o na cabe a e outro na perna Atingido por um meteoro de tiros o xar do cantor sertanejo Luan Santana foi assassinado na madrugada de domingo na periferia de Apucarana no Pa ran Luan Santana Antunes 19 anos foi executado com quatro tiros um na cabe a dois nas costas e outro na perna esquerda no bairro Jardim Ponta Grossa O crime ocorreu por volta das 4h na esquina das ruas Castro Alves e Pato Branco O corpo do jovem estava ca do ao lado de um televisor de 42 polega das Depend ncia qu mica Segundo a pol cia o aparelho de TV encontrado ao lado da v tima pode ser dos pr prios familiares De acordo com parentes de Luan Santana ele era de pendente qu mico e tinha d vidas com traficantes de crack da regi o Ainda segundo alguns familiares do rapaz no final do ano passado o hom nimo do cantor foi preso sob a acusa o de furto O autor do assassinato fugiu logo ap s o crime sem ser identificado por tes temunhas Apesar da informa o de que o rapaz teria d vida com traficantes da regi o a pol ci
75. e a conversa oral dialogada Outro fator recorrente nesse g nero o estabelecimento de turnos Como a fala a cr nica um texto essencialmente dial gico e por isso mesmo naquela em que o di logo n o est explicitamente marcado pela presen a efetiva de duas personagens alternando os pap is falante ouvin te nota se a exist ncia impl cita de um di logo Algumas vezes isso ocorre com um interlocutor espec fico outras com toda a humanidade uma vez que tamb m caracter stica da cr nica transformar algo corri DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 203 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos queiro em condi o para o questionamento da import ncia da exist ncia das rela es e das atitudes dos homens Na cr nica Recado ao senhor 903 de Rubem Braga tais conside ra es ficam muito claras pois na primeira parte a personagem locu tor procura dialogar com seu vizinho sobre um assunto que somente diz respeito a eles Trata se de uma resposta a uma reclama o feita pelo vi zinho Esse vizinho no entanto n o se materializa no texto n o diz na da nada faz Embora ele n o apare a h marcas de uma suposta troca de turnos de um di logo t o bem constru do neste g nero Vizinho Quem fala aqui o senhor do 1003 Recebi outro dia consternado a visi ta do zelador que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o ba rulho em meu apartamento J
76. e sua atua o J a quinta pergunta trouxe a quest o da aliena o do indiv duo por meio de textos did ticos esta quest o foi aberta para que os professores ques tionados pudessem discorrer de forma subjetiva sobre o que lhe foi per guntado Por final a sexta quest o foi aberta e trouxe como ess ncia da pergunta a import ncia de se trabalhar com as ideologias para a forma o do leitor cr tico Este question rio foi aplicado a nove professores que ministram aula no curso de forma o de professores de n vel m dio do Col gio Es tadual Frei Tom s localizado na avenida Roberto Silveira n mero 427 na zona urbana da cidade de Itaocara que fica na regi o Noroeste Flumi nense do estado do Rio de Janeiro Os professores questionados assina ram uma autoriza o permitindo a divulga o dos dados da pesquisa e seus respectivos nomes O diretor geral da institui o tamb m assinou uma autoriza o que permitiu a divulga o do nome da escola e dos da dos obtidos por meio do question rio Segundo o censo do IBGE 2010 p 02 a cidade de Itaocara RJ possui 22 902 habitantes sedo que 5 573 habitando na zona rural e 17 329 na zona urbana A cidade possui seis distritos Itaocara que a sede da cidade Laranjais Portela Jaguaremb Estrada Nova e Batatal As principais atividades desenvolvidas s o a agropecu ria leiteira a agri cultura e o com rcio A institui o citada oferece ensino m dio nas dua
77. ela antiga medieval moderna ou p s mo derna ser a mesma mesmo sabendo que parte de uma sociedade consu mista a veja como um produto mercadol gico ou seja algo que se com pra em sua ess ncia como j dizia Santo Agostinho acreditar crer na quilo que n o v e ainda diz a raz o come ou com a f Acredite e vo c vai entender REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ADORNO Theodor W HORKHEIMER Max Dial tica do esclareci mento fragmentos filos ficos Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 1985 AGOSTINHO Santo Confiss es Trad Alex Martins S o Paulo Mar tin Claret 2002 ANDERSON Perry As origens da P s Modernidade Trad Marcus Penchel Rio de Janeiro Zahar 1999 ANTISERI Dario REALE Giovanni Hist ria da filosofia antiguidade e idade m dia 5 ed S o Paulo Paulus 1991 Hist ria da filosofia Patr stica e Escol stica Trad Ivo Storniolo Ver Zolferino Tonon 2 ed S o Paulo Paulus 2005 AQUINO Felipe Ci ncia e f em harmonia 1 ed S o Paulo Cl ofas 2004 BAUDRILLARD Jean Simulacros e simula es Lisboa Rel gio gua 1991 BAUMAN Zygmunt O mal estar da P s Modernidade Rio de Janeiro Zahar 1998 240 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Modernidade l quida introdu o s teorias do contempor neo S o Paulo Loyola 1993 BENTO XVI F raz o e
78. esses g neros t m caracter s ticas pr prias e devem ser analisados em particular Na primeira parte do trabalho ser o tratados os conceitos de le tramento digital juntamente com uma discuss o a respeito da sua impor t ncia para a forma o do jovem no ensino m dio Em seguida ser o discutidos como os livros did ticos de l ngua portuguesa do ensino m dio apresentam atividades que podem promover o letramento digital e com que frequ ncia estas atividades aparecem no material 2 O letramento digital Muito vem se discutindo sobre as pr ticas discursivas que podem ser realizadas por meio do computador e principalmente por meio da In ternet FERREIRA amp FRADE 2010 MARCUSCHI 2005 MARCUS CHI amp XAVIER 2004 VILELLA 2010 por exemplo Os textos dispon veis no meio digital se diferem dos textos em papel em diversos aspectos sendo assim importante que o professor de l ngua portuguesa ao realizar pr ticas de leitura e escrita em sala de aula tamb m trabalhe com os textos presentes no ambiente virtual Por meio da rede mundial n o h apenas intera o com textos es critos a linguagem no contexto digital inclui a habilidade de construir sentido em um texto ou diversos textos conectados que ao mesmo tem po podem utilizar de palavras imagens e sons O termo letramento digi tal definido por Soares 2002 p 152 como um certo estado ou condi o que adquirem os que se apropriam da nova
79. expl cito sua forma e o seu valor impl cito seu sentido O valor expl cito do ato de linguagem surge da atividade estrutu ral da linguagem de simboliza o referencial ou seja da produ o de par frases estruturais exclusivas ao enunciado que permitem que se realize na linguagem um jogo de reconhecimento morfossem ntico construtor de sentido que remete realidade ao redor e a nomeia Tal processo sem ntico cognitivo de ordem categorial e consis te dentro de um movimento centr peto de estrutura o do sentido em atribuir s palavras tra os distintivos Assim mobilizando o sentido das palavras o sujeito comunicante refere se ao mundo de maneira transpa rente construindo uma imagem de um locutor ouvinte ideal e construin do um sentido literal ou expl cito um sentido de l ngua que se mede se gundo crit rios de coes o Do ponto de vista do sujeito interpretante tal processo se denomina compreens o CHARAUDEAU 1995a p 15 A primeira etapa desse processo de constru o de sentido a identifica o que converte os seres do mundo em identidades nominais Em seguida o processo de qualifica o faz com que tais identidades se tornem pass veis de serem descritas em suas propriedades e caracter sti cas O mecanismo de a o por sua vez confere aos seres do mundo uma raz o de exist ncia ao fazer ou sofrer algo tornando os identidades nar rativas A opera o de causa o por fim inscreve ta
80. fundamental A grande quest o co mo atingir e estimular os jovens do mundo contempor neo Afinal se gundo Ant nio Candido a literatura desenvolve em n s a quota de hu manidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos pa ra a natureza a sociedade o semelhante 1972 p 68 Hoje com o grande uso da tecnologia cabe ao educador propor atividades diversificadas a fim de desenvolver as diversas habilidades E essas n o necessariamente precisam ser com recursos tecnol gicos As atividades integradas de literatura com filosofia e propostas na sala de leitura podem ser desenvolvidas em qualquer institui o tecnol gicas ou n o Por isso reflitam sobre isso por que n o nos despojamos do pre conceito Leiamos com os educandos o que eles devoram e fa amos desses textos uma porta de entrada para o universo dos grandes cl ssicos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 163 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos da literatura brasileira portuguesa e ind gena de express o portuguesa Educador urge o cultivo ao prazer n o s da leitura de cl ssicos como tamb m das aulas desta disciplina Pensem nisso REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABRAMOVAY Miriam Coord Escolas inovadoras experi ncias bem sucedidas em escolas p blicas Bras lia UNESCO 2003 ALARC O Isabel Professores reflexivos em uma escola reflexiva S o Paulo Cortez 2005 ALME
81. grupo cl nico 2 submetidos testagem neuropsicol gica e ao protocolo de piadas verificou se que os sujeitos do grupo cl nico apresentaram desempenho significativamente inferior ao do grupo con trole As tentativas interpretativas dos sujeitos com doen a foram extremamente de pendentes de pistas fornecidas durante os processos dial gicos levando se a crer que um dos impedimentos para a interpreta o das piadas seja o d ficit na mem ria de trabalho que dificulta a mobiliza o de espa os mentais durante a formula o de su posi es Palavras chave Interpreta o Piada Alzheimer Sociocogni o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 243 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos 1 Introdu o As express es lingu sticas por elas pr prias n o portam sentido mas atuam como guia para a constru o de significados Sejam teorias que se interessam pelo car ter cognitivo da linguagem tal como o Gera tivismo a teoria da relev ncia e a teoria da integra o conceptual ou abordagens te ricas que se ocupam especificamente da natureza social enunciativo interacional e enunciativo funcional da linguagem as quais podem ser exemplificadas respectivamente nas perspectivas da socio lingu stica da teoria dos atos de fala e da teoria sist mico funcional a lingu stica em sua concep o mais moderna concebe a linguagem como um processo din mico em detrimento do ide rio
82. jornal revista ou livro que fosse do interesse do ouvinte Segundo Klein 1992 uma boa media o deve ter as seguintes caracter sticas focaliza o expans o afetividade recompensa e regula o apud MAIMONI amp RIBEIRO 2006 p 296 Sendo assim de acordo com a pesquisa de Maimoni e Ribeiro quando a crian a se deti nha na sele o de um texto que agradasse seu ouvinte lendo o e compre endendo o ela estaria focalizando sua aten o no objeto O crit rio da expans o se realizava quando o ouvinte interferia na leitura fazendo considera es ajustes sendo ele mais experiente no processo o que am plia a possibilidade de aprendizagem No momento em que significados culturais e emocionais s o compartilhados pelo ouvinte durante a leitura o aspecto da afetividade est em evid ncia Quando o leitor recebe de seu mediador palavras de incentivo que elevem sua autoestima j que as re primendas e puni es n o s o permitidas no processo a recompensa o aspecto que se verifica Enfim a regula o ocorre quando o mediador in terfere corrigindo para uma leitura pr xima da correta quando os partici pantes podem fazer perguntas a serem respondidas pelo mais capaz Uma vez por semana esses alunos se reuniam com os pesquisado res a fim de relatar como estava acontecendo a leitura e para escolher os textos a serem lidos para seus ouvintes Os pais eram convocados para reuni es a fim de serem orientados em co
83. julgar 3 miba wdi ce o meu cartter cike cu mem Sagmo e percoera a wda que eu percorrt Via 2i minhas tuens w erka dadn t a rba depus Perdas a Sc cpe u geram tape ara ea topos iritis so minano ale S min vi poder emp pagar so IEN gs Li Moral da hisser Wis megre a nas vd om dem swn Voc n o she roma kio rahe ot Gts Oena ae ritos ro vida 1 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Literatura estrangeira E loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou Entregar todos os teus sonhos porque um deles ndo se realizou perder a f em todas as ora es porque em uma n o foi atendido desistir de todos os esfor os ponque um deles fracassou E loucura condenar todas as amizades porque uma te tratu descrer de todo amor porque um deles te foi infiel loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa n o deu certo Espero que na tua caminhada n o cometas estas loucuras Lembrando que sempre h wma outra chance uma outra amizade um outro amor uma nova for a Para todo fim um recome o O Pequeno Principe A partir de postagem como estas n o compreendemos como os educandos n o gostam das aulas de literatura de uma forma geral uma vez que eles leem inclusive os cl ssicos Devido a isso elaboramos es tas perguntas a fim de verificar por meio da rede social facebook o que est ocorrendo G
84. leitura e escrita utilizan do os recursos tecnol gicos dispon veis 3 Tecnologia como suporte de pr ticas curriculares As facilidades oferecidas pelos recursos dispon veis nos computa dores agradam a professores e alunos que se veem diante de um leque de atividades a realizar Entre essas possibilidades poss vel que os alunos busquem informa es sobre determinados temas atrav s de textos ima gens e v deos contribuindo para resolu o de problemas e o desenvolvi mento de determinados projetos educacionais No entanto para conseguir elaborar propostas pedag gicas rele vantes e direcionar os alunos com mais seguran a o professor precisa conhecer as ferramentas presentes nos computadores familiarizar se com os conhecimentos t cnicos tendo em vista a articula o desses com as propostas curriculares em sala Nesse ponto que est o desafio maior das institui es de ensino do pa s agregar a tecnologia aos referenciais pedag gicos Se por um longo per odo a justificativa foi a falta de recursos tecnol gicos nas es colas hoje essa realidade vem sendo alterada gradativamente principal mente com programas do Governo Federal que tem disponibilizado lap tops educacionais s escolas p blicas Apesar disso comum ainda ver professores relutarem em utili zar as ferramentas dos computadores por receio dos alunos destru los ou mesmo por n o dominarem as ferramentas de modo a articul las a pr ticas
85. mobiliza m ltiplos componentes cognitivos por isso que ela pode ser considerada uma atividade men tal Para escrever precisa se de conhecimento sobre conte do tem tico a abordar Assim como de conhecimento sobre a l ngua e sobre as conven es sociais Portanto a pr tica da escrita exige atividades de refle x o e objetiva o a linguagem e do sistema de ensino Desse modo vemos que a cogni o inevit vel durante o proces so de elabora o de produ o escrita ela que possibilita a a o da cria tividade na efetividade da l ngua O c rebro comanda as informa es que devem ser transcritas com isso torna se poss vel a transmiss o da l ngua atrav s dos signos lingu sticos mas temos que nos ater a condi o de que com a l ngua escrita que nasce a necessidade maior de concentra o por parte de quem escreve pois nesta situa o considera se a necessidade de reflex o sobre escolha dos verbetes a maneira como as palavras s o es critas dentro da frase como ela faz rela o com as outras e assim suces sivamente H toda uma necessidade de arranjos para que a estrutura constru da seja compreens vel a quem ir l la Para Ferreiro 2007 e texto escrito produzido utilizando se de marcas pegadas que mostram ao leitor como deve tratar determinadas partes do seu objeto de leitura Junto a esse conceito temos a exist ncia Na escrita as pistas de contextualiza o podem ser exploradas po
86. modalidade de leitura apesar de se limitar a uma ou duas perguntas para reflex o sobre o tema da uni dade Tal trabalho deveria receber maior destaque e ser ampliado por meio de atividades que explorassem g neros textuais e intertextualidade por exemplo Em suma preciso que as atividades de leitura dos livros did ti cos conduzam e capacitem o aluno leitor a realizar opera es simult neas nos n veis da compreens o interpreta o e intercompreens o Para tal preciso que o material did tico exponha o aluno leitor a uma varie dade de textos de g neros diversos e que as quest es propostas convi dem no a entrar no jogo da leitura mas que sobretudo lhe ensinem as regras REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BAKHTIN Mikhail Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 2011 BEAUGRANDE Robert Alain de DRESSLER Wolfgang Ulrich In troduction to Text Linguistics London and New York Longman 1981 BRAIT Beth Org Bakhtin conceitos chave S o Paulo Contexto 2013 CAMPOS Elizabeth Marques CARDOSO Paula Marques ANDRA DE Silvia Let cia de Viva portugu s 1 ensino m dio S o Paulo tica 2011 CAVALCANTE M nica Magalh es RODRIGUES Bernadete Biasi CIULLA Alena Orgs Referencia o S o Paulo Contexto 2003 CELANI Maria Antonieta Alba et al ESP in Brazil 25 years of evolu tion and reflection Campinas Mercado das Letras 2005 CERVETTI Gina PARDALES Michae
87. na fam lia como propiciar ao aluno desprovido desse apoio a sua inser o no processo de apropria o da leitura Prop e se ainda refletir sobre como a fam lia pode formar com a escola uma parceria que vise a facilitar a busca da profici ncia leitora do aluno Tomando a leitura como um pro cesso de intera o entre autor texto leitor e que se desenvolve atrav s de processos e estrat gias cognitivas que favorecem a atribui o de sentido ao texto foi realizada uma pesquisa bibliogr fica de referenciais te ricos que tratam do assunto numa pers pectiva sociointerativista e cognitivista da leitura Palavras chave Letramento Alfabetiza o Leitura Parceria Fam lia escola 1 Introdu o comum ouvir de profissionais e pensadores da rea de educa o que a participa o da fam lia no desenvolvimento da habilidade de leitura da crian a de suma import ncia para o bom desempenho desta em suas atividades socioculturais Ao chegar escola a crian a ambientada num contexto familiar em que lhe proporcione experi ncias de letramento apresenta maior facilidade no reconhecimento dos signos lingu sticos e sente se mais motivada para o processo ensino aprendizagem Por outro lado h aquelas crian as que desenvolvem essa habilidade somente no contexto escolar onde ela exposta ao contato com diversos g neros tex 208 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU
88. na segunda parte o mesmo locutor estabelece uma nova di mens o para o fato como que convocando todas as pessoas a refletirem sobre suas vidas um fato simples corriqueiro atravessando as barrei ras do edif cio de concreto e repercutindo na humanidade ou seja trata se de um di logo com o leitor sobre a exist ncia humana Nossa vida vizinho est toda numerada e reconhe o que ela s pode ser toler vel quando um n mero n o incomoda outro n mero mas o respeita fi cando dentro dos limites de seus algarismos Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo em que um homem batesse porta do outro e dissesse vizinho s o tr s horas da ma nh e ouvi m sica em tua casa Aqui estou Por outro lado nesse g nero tamb m na produ o dos turnos que se pode observar a aus ncia de um fator recorrente na conversa o oral dialogada o assalto ao turno Como a cr nica apresenta se sob a forma escrita n o h como configurar a concomit ncia das falas por as salto ao turno ou por lugares relevantes de transi o Nela o que pode ocorrer o autor utilizar se de um narrador que explica que os interlocu tores falam ao mesmo tempo A inexist ncia desse assalto ent o uma das caracter sticas que evidenciam que n o se pode dizer que a cr nica apresente simplesmente caracter sticas de um texto falado Como procedimento de formula o e reformula o s o encontra das nas cr nicas
89. ncia quando isso acontecia obviamente n o conseguiam aprova es nas avalia es que exigissem produ es escritas As primeiras atividades foram desenvolvidas levou se em conta as dificuldades de leitura e produ o textual dos alunos eles reescreviam cada texto n o dando import ncia as estruturas gramaticais e sim a coe r ncia e a coes o isto porque em geral nas aulas ministradas no hor rio normal do instituto sempre eram abordadas as dificuldades encontradas nas produ es textuais Os problemas mais comuns eram exatamente com a falta de senti do nas ora es frases e consequentemente nos textos produzidos pela maioria dos alunos dos tr s cursos t cnicos Em reuni es realizadas com os professores da disciplina de l ngua portuguesa foi elaborada uma proposta da cria o de um projeto de pes quisa que tivesse como finalidade atingir a maior quantidade de alunos com dificuldades de leitura e produ o textual deu se ent o o nome de Projeto de Pesquisa Leitura Produ o Textual e Reescrita no Ensino M dio Iniciaram se as atividades do grupo nos primeiros meses do ano de 2011 com apenas dois professores pesquisadores cinco alunos sendo dois do curso de meio ambiente dois de inform tica e um de secretaria do A princ pio t nhamos como refer ncia obra Produ o e Revis o Textual Um Guia Para Professores de Portugu s e de L nguas Estran geiras de autoria da professora Doris de Almeida S
90. ndios J o livro Paiagu Donos do Rio de Augusto Figliaggi e Elaine Gon alves uma hist ria de fic o baseada nos confrontos entre os n dios paiagu s e guaicurus contra os colonizadores portugueses no s culo XVIII em Mato Grosso Um t tulo indicado para se obter mais conheci mento cultural e proporcionar a inclus o dos ndios como povo de grande relev ncia na hist ria do Brasil O livro em quadrinhos Casa Grande amp Senzala de Gilberto Freyre n o se refere especificamente a uma nica etnia pois narra a for ma o do povo brasileiro A linguagem de Freyre na obra original obvi amente n o adequada para sala de aula o livro foi escrito em 1933 mas a sua adapta o apresenta uma linguagem atualizada com desenhos bem elaborados e acompanhando todos os acontecimentos do livro Publicado pela primeira vez em 1981 a vers o quadrinizada su cinta e did tica mas permite conhecer as principais ideias da obra do au tor O livro vem sendo distribu do para a realiza o de oficinas de inicia o leitura nas escolas p blicas municipais do Recife desde 2001 me diante conv nio estabelecido entre a Prefeitura do Recife e a Funda o Gilberto Freyre e tamb m nas escolas p blicas estaduais de Pernambu co O tipo de enredo de tamb m promove o trabalho interdisciplinar em sala de aula possibilitando atrav s dos fatos contados a troca de infor ma es concernentes diversidade racial ao fen
91. nio Com a leitura de Watchmen vimos que Moore criou personagens t o ca ticos quanto o mundo que eles queriam salvar Temos her is com transtornos psicol gicos depressivos e agressivos entre outros adjetivos negativos que poder amos dar para esses her is Moore trabalha na narrativa de Watchmen usa os personagens pa ra mergulhar na psicologia bem como nas ramifica es ticas e pol ticas da vigil ncia Um modo como essa obra for a a reavaliar o super her i retratando v rios fantasiados combatentes do crime como no m nimo indiv duos com problemas psicol gicos SKOBLE 2005 p 45 46 Moore nos leva para um mundo como realmente seria se os her is existissem E evidente que esse mundo n o seria belo Fica claro em Watchmen a caracter stica p s moderna de desacreditar as institui es 284 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA vigentes que proporcionam o bem correr da vida Mostrando uma cr tica social ou seja que o que acontece de negativo tamb m est relacionada ao interesse puro do governo GUERRA 2013 p 157 4 Oque os leitores aprendem com a nona arte O foco desse artigo n o a educa o mas apenas em forma de apenas complementar o que j foi dito sobre quadrinhos e nona arte Nes se t pico abordamos o que os leitores dessa nona arte aprendem Fora de uma abordagem de usar essa graphic novel em sala de aula
92. o AJC e BCDJ respectiva mente controle e doen a de alzheimer s o pareados conforme idade g nero escolaridade e perfil socioecon mico Esse texto chistoso mobiliza o n vel lingu stico morfofonol gico uma vez que mamadeira e m madeira se distinguem por meio da di feren a acentual possivel na primeira das s labas que se repetem m madeira mamadeira sendo tal discrep ncia fonol gica na segmenta o da cadeia sonora o fator respons vel pelo efeito de humor Essa vari a o pros dica ocorrida entre as duas express es possibilita uma esp cie de duplo sentido que tem como componentes dois dom nios fonte em que est o presentes os MCI de utens lio utilizado para a suc o infantil de liquido e material arb reo de proced ncia ruim H ent o a for ma o de um espa o gen rico que cont m a proje o de prefer ncia o qual culminar na consequente constru o de um dom nio mescla respei tante mamadeira madeira ruim utens lio de suc o infantil Segue re presenta o da ativa o de tais dom nios MCI1 MCI 1 Mamadeira Mamadeira Utensilio utilizado para a Utensilio utilizado para a suc o Infantil de liquido suc o infantil de liquido ESPA O GEN RICO Mamadeira Prefer ncia ESPA O MESCLA Mamadeira Mamadeira madeira ruim utens lio de suc o infantil Figura 1 Representa o das ativa es referentes piada 2 Os sujeit
93. o de refor ar a ideia da identidade cultural an golana ou seja poesia angolana seria a express o cultural do povo angola no 36 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Esta atividade reproduz em seu enunciado um trecho do texto ori ginal que ser trabalhado descontextualizado a fim de fazer com que o aluno atribua significado a determinadas express es Neste caso a ativi dade questiona o efeito de sentido causado pela repeti o do voc bulo nossa no primeiro verso da ltima estrofe do poema Este um tipo de atividade cuja compreens o a capacidade que mais se destaca O aluno deve sim decodificar a mensagem proposta pe lo emissor por m esta n o est totalmente expl cita A atividade colabo ra no sentido de estimular o aluno a produzir significados os quais n o aparecem com a pura decodifica o N o basta saber o sentido do pro nome possessivo da primeira pessoal do plural necess rio entender qual a fun o de sua repeti o no texto Para isso o aluno deve utilizar seus conhecimentos pr vios e uni los s informa es apresentadas pelo texto para que possa assim compreender os significados propostos pelo autor poss vel perceber tamb m que sem a media o do professor esta atividade tem como foco apenas a leitura enquanto processo de compreens o de significados Ao aluno cabe apenas a fun o
94. o de sustenta dora da ideologia a fim de justificar teoricamente a a o de transmiss o da ideologia A escola educa forma os indiv duos e educar e formar consiste em transmitir ideias conhecimentos que atrav s de uma pr tica podem transformar ou engessar a realidade dos indiv duos Portanto Faria 1985 cita que A teoria em si n o transforma o mundo Pode contribuir para sua transforma o mas para isso tem que sair de si mesma e em primeiro lugar tem que ser assimilada pelos que v o ocasionar com seus atos reais efetivos tal transforma o uma teoria pr tica na medida em que se materializa atrav s de uma s rie de media es o que antes s existia como conhecimento da realidade ou antecipa o ideal de sua transforma o FARIA 1985 p 07 Desta forma n o basta apenas escola enfatizar a teoria neces s rio praticar para que a transforma o ocorra assim permitindo aos in div duos associar o real com o te rico mas para tanto faz se necess rio que a escola seja neutra e verdadeiramente mediadora do conhecimento cient fico Entretanto sabemos que a escola n o neutra pois recebe in flu ncia do meio e influencia tamb m o meio no qual est inserida Assim considerando a influ ncia da sociedade na escola n o po demos deixar de dizer que a escola atualmente est mergulhada em uma sociedade capitalista que acaba atingindo o sujeito e a educa o neste sistema lucra
95. o escolar Desta forma tornam se seres passivos e vulner veis aos pensamentos dominantes Mas este ser passi vo n o o que queremos queremos indiv duos cr ticos que sejam capa zes de analisar criticar e refletir a respeito de suas concep es e as dos outros Portanto estes indiv duos cr ticos analisam e refletem as ideolo gias que existe nos textos assim tiram o essencial e formulam sua pr pria concep o de certo e errado Segundo Demo 2007 N o basta transitar pela informa o O fundamental saber transformar informa es em conhecimento pr prio atrav s de procedimentos adequados de aprendizagem Que a aprendizagem virtual vai se impor e dominar o cen rio futuro n o h escapat ria Cumpre pois tamb m escola educar as novas gera es para usar bem a nova m dia DEMO 2007 p 91 Como se percebe pelas discuss es realizadas at agora necess rio que o indiv duo contempor neo possua conhecimentos e habilidades que lhes permitam interpretar e analisar de forma cr tica o texto ou seja necess rio que o indiv duo perceba a ideologia para ler o mundo a sua volta A leitura cr tica diferenciada da leitura mecanizada pelo fato de ser influenciada pelos significados que o leitor j havia constru do ou se ja pelas leituras de mundo que o leitor j possui do mesmo que colabo ram com a constru o do mundo interior do leitor Freire 1989 nos diz que A leit
96. o significa do lingu stico do discurso o interlocutor assume uma atitude responsi va a qual s vezes se inicia desde a primeira palavra proferida Desse modo durante toda a interlocu o o ouvinte reage ao discurso ouvido concordando discordando aplicando o de forma imediata ou retardada silenciosamente ou em voz alta dependendo do g nero do enunciado BAKHTIN 2011 p 271 Por tudo isso parece poss vel afirmar se que o dom nio do g ne ro textual fator determinante da compreens o como fen meno dial gi co sendo portanto fundamental para o desenvolvimento da compet ncia leitora A no o de g neros encontra se intrinsecamente ligada ao postu lado da Semiolingu stica sobre contrato de comunica o CHARAU DEAU 2008 Conforme o autor o dom nio dos elementos determinantes da situa o comunicativa condiciona o sucesso das empreitadas comuni cativas s quais Bakhtin 2011 denomina projeto de discurso ou vonta de de discurso do falante O ato de linguagem nasce com a a o linguageira do homem ou seja ele n o est l pronto exposto ao olhar como uma pe a de mu 14 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA seu distante das circunst ncias em que foi produzido no dizer de Cha raudeau 2008 p 24 Ele se constitui durante um duplo movimento de intera o entre as suas duas dimens es o seu valor
97. o texto DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 33 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Esse acontecimento deve ocorrer sob circunst ncias espec ficas num contexto social e cultural tamb m espec fico como sendo uma parte da vida do indiv duo e do grupo a que o leitor pertence A compreens o de um texto depende das corretas rela es que h entre o leitor e o autor no momento em que a leitura do texto est sendo feita A atividade com a leitura deve nas palavras de Br ggio 2005 p 69 Ser vista dentro de uma matriz pessoal social hist rica e cultural pois n o somente o que o leitor traz para a transa o de sua experi ncia passada de vida e de linguagem mas tamb m as circunst ncias socialmente moldadas e prop sito da leitura d o a contextualiza o para o ato de simboliza o O professor deve fazer com que a atividade de leitura transforme o aluno em um sujeito atuante participativo construtor do significado daquilo que l A pr tica da leitura em sala de aula costuma ser um pouco desvinculada daquilo a que a verdadeira atividade de leitura se refere is to o ato de intera o e participa o social Nesse sentido faz se necess rio que o professor se porte como mediador da produ o do conhecimento em suas aulas e utilize as ativi dades de leitura de modo que estas funcionem como um instrumento fa cilitador para o seu trabalho de intermediador do proces
98. o texto deve ter pistas deixadas pelo autor que sejam suficientes para que o leitor reconstrua aquilo que se quis dizer Mas isso n o o suficiente para que um texto seja entendido e in terpretado por um leitor A posi o de leitor o movimento sobre o texto e o sentido atribu do quilo que se l est determinado antes de tudo por um processo hist rico e pelas condi es de produ o O texto feito co mo possuindo um grande aparato social Ele feito atrav s de uma gran de quantidade de forma es ideol gicas sociais e at mesmo imagin rias Tais forma es acabam por designar o lugar discursivo atrav s do qual um sujeito acaba sendo levado a atribuir sentido a si mesmo e ao ou tro O texto precisa de legibilidade para que seja entendido Segundo Kleiman 1996 a legibilidade de um texto num sentido amplo tem a ver com a sua estrutura o tanto no desenvolvimento quanto na apresen ta o de rela es para permitir ao leitor seguir avaliar O sujeito e os sentidos s o atravessados pelas forma es ideol gi cas sociais e imagin rias Tais forma es determinam as possibilidades do dizer e portanto o sentido daquilo que seria um texto leg vel e daqui lo que poderia ser dito sobre ele O processo cognitivo de leitura mostra que h uma rela o direta entre o sujeito leitor e o texto enquanto objeto tamb m existe rela o en tre a linguagem escrita e a compreens o entre a mem ria infer n
99. os elementos que constituem a super f cie do texto e nele se revelam por meio de marcas lingu sticas KOCH TRAVAGLIA 2002 p 47 A autora ressalta que segundo o crit rio da coes o os elementos da superf cie do texto servem de pistas para a pro du o do sentido no entanto esses n o s o imprescind veis uma vez que h outros fatores de coer ncia de diversas ordens discursivos cogniti vos culturais e interacionais que operam para a constru o da coer n cia e do sentido do texto Na teoria semiolingu stica a aptid o sujeito interpretante leitor para inferir significados baseando se nos elementos formais do texto e suas rela es aspectos coesivos face s restri es da l ngua determina sua compet ncia de n vel semiolingu stico CHAR AUDEAU 2001b p 47 A coer ncia diz respeito ao modo como os componentes do uni verso textual ou seja os conceitos e rela es subjacentes superf cie textual s o mutuamente acess veis e relevantes entre si entrando numa configura o veiculadora de sentidos MARCUSCHI 2008 p 121 O autor ressalta que como essas rela es s o invis veis elas devem ser concebidas como uma entidade cognitiva ou seja um trabalho do lei tor que como sujeito hist rico e social n o tem pleno dom nio sobre as possibilidades interpretativas do texto Nesse sentido parece poss vel afirmar que a coer ncia engloba todos os outros crit rios de textualidade
100. os que sejam ca pazes de utilizar a l ngua materna na realiza o de pr ticas sociais Po r m al m de pr ticas sociais realizadas por meio da escrita e leitura no papel os avan os na vida moderna fazem com que os indiv duos tenham tamb m a necessidade de aprender a lidar com a Internet e com as pr ti cas sociais realizadas no meio virtual Desta forma ao se levar em considera o que o estudante do en sino m dio deve ter condi es para ser inserido no mercado de trabalho e de continuar em seus estudos superiores percebe se a import ncia do co nhecimento destas pr ticas envolvendo a Internet conhecimento essenci al na sociedade hoje E importante tamb m ressaltar que o livro did tico atualmente especialmente nas escolas p blicas quem acaba por direcionar e de terminar o processo de ensino e aprendizagem seja no ensino m dio ou DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 139 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos nas demais s ries CARMAGNANI 1999 CORACINI 1999 E SIL VA 1998 SOUZA 1999 Neste sentido importante que o material es timule o aluno a ultrapassar a atividade textual presente no livro Por meio do ambiente digital o estudante tem diversas formas pa ra praticar a leitura e a escrita Os ambientes virtuais possibilitam uma in tera o com textos escritos com o meio visual auditivo e espacial Se gundo Marcuschi amp Xavier 2004 p 31
101. p 488 ainda aponta uma consequ ncia disso e menciona as atitudes tomadas pelo governo para minimizar essa situa o que con siste na cria o de programas de forma o de professores PROFA na publica o de volumes de divulga o cient fica para ensinar os funda mentos te ricos da proposta governamental de ensino e o financiamento de uma rede de forma o de professores nas universidades do pa s A autora ainda menciona o distanciamento entre a escola e a aca demia Sendo a escola e tudo relacionada a ela objeto de pesquisa de muitas universidades espera se que os resultados sejam participados aos professores a fim de trazerem contribui es significativas para a melho ria do ensino escolar Desse modo faz se necess rio tamb m inserir o professor nesse contexto de debates propiciando a ele a amplia o de seus conhecimentos te ricos sobre o assunto levando o a reflex es sobre suas pr ticas de ensino e a busca de novas a es pedag gicas eficazes no combate ao analfabetismo funcional que ainda persiste na realidade bra sileira de acordo com os resultados de avalia es feitas por rg os de mbito nacional SAEB Prova Brasil ENEM e internacional PISA Segundo Moreira 2003 entende se por analfabetismo funcional o con ceito formulado pela UNESCO que usa o termo para descrever pessoas cujo grau de alfabetiza o insuficiente para que exer am fun es b si cas nas sociedades modernas apud B
102. para ler preciso saber decodificar apud FERREIRA amp DIAS 2002 p 41 Assim para Bortone e Ribeiro apud MAIMONI amp RIBEIRO 2006 p 293 al m da alfabetiza o a escola deve trabalhar na leitura as habilidades cognitivas e metacognitivas desenvolvendo no aluno a capacidade de interpretar ideias compar las a outras e tirar con clus es julgando cada uma delas verificar os diversos sentidos existen tes em uma mesma palavra fazer infer ncias e conferir ao final as pre vis es iniciais entre outros Dessa forma o aluno desenvolve uma leitura proficiente habilitando se s mais variadas pr ticas sociais Essa forma de ver a leitura na e para a pr tica social est direta mente ligada ao conceito de letramento surgido a partir da d cada de 80 sendo o termo cunhado por Mary Kato em 1986 KLEIMAN 1995 p 17 Assim a distin o entre alfabetiza o e letramento come a a deli 14 Uma das primeiras ocorr ncias do termo letramento aparece na p gina 7 do livro No Mundo da Escrita Uma Perspectiva Psicolingu stica de Mari Kato em 1988 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 209 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos near se em virtude de suas diferen as tanto em rela o aos objetivos de conhecimento quanto em rela o aos processos cognitivos e lingu sticos de aprendizagem e portanto tamb m de ensino desses diferentes obje tos SOARES 2004 p
103. para o ensino de leitura Baseada nessa concep o o processo de leitura configurado como um simples ato de decodificar signos Segundo os PCN por conta desta concep o equivocada a esco la vem produzindo grande quantidade de leitores capazes de decodificar qualquer texto mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler 1997 p 42 A concep o de leitura como decodifica o difundida ao longo dos anos 70 e 80 apesar de antiga ainda gera preocupa o nos respons veis por pensar as diretrizes que regem o ensino de l ngua materna em nosso pa s Isso ocorre conforme vimos na cita o acima porque na ba se da concep o de leitura como decodifica o est a ideia de que ler decodificar s mbolos gr ficos Nessa mesma tica escrever seria apenas transcrever fonemas Infelizmente essa concep o foi o eixo norteador ao longo de muito tempo do processo de forma o e pr tica pedag gica dos profes sores de l ngua materna De acordo com Kleiman 2004 p 20 conceber a leitura como um ato de decodifica o d lugar a leituras dispens veis uma vez que em nada modificam a vis o de mundo do aluno A atividade comp e se de uma s rie de automatismos de identifica o e pareamento das palavras do texto com as palavras id nticas numa pergunta ou coment rio Isto para responder a uma pergunta sobre al guma informa o do texto o leitor s precisa o passar do olho pel
104. peculiaridades expostas acima e encontradas dentro dos textos podemos dizer que dentro do texto deve ser encontrado uma gama de informa es conhecidas e que fazem parte do mundo do leitor Fazendo o notar que estes n o s o produtos prontos e acabados mas adquirem uma complementa o quando chegam ao leitor Assim ele o leitor precisa deter algumas informa es para poder conseguir constru ir sentidos ao texto Segundo Marcuschi 2008 p 72 o texto pode ser tido como um tecido estruturado uma entidade significativa uma entidade de comuni ca o e um artefato s cio hist rico Segundo ele pode se afirmar que o texto uma re constru o de mundo e n o uma simples refra o ou re flexo Mas para Bakhtin 1992 o texto refrato o mundo e n o reflete por m a este pensamento Marcuschi 2008 explicita que o texto refrata o mundo na medida em que o reordena e o reconstr i em cima da l ngua DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 65 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos oral e da escrita Ensina que as duas modalidades discursivas de l ngua s o igualmente relevantes e fundamentais Temos nesses casos as diversas possibilidades de constru o nes sa busca de entendimento entre as vari veis existentes na forma o da in tera o entre texto leitor texto 3 Conclus es De acordo com Antunes 2009 podemos entender que a aprendi zagem acontece por meio de testes
105. poca que a cidade come ou a ouvir falar nos Capit es da Areia A quest o que vimos acima assim como a anteriormente analisa da apresenta um enunciado introdut rio declarativo e interativo Dessa vez parte se do pressuposto de que o aluno j estudou os elementos da narrativa De fato o pressuposto v lido n o somente por presumir que esse conte do foi discutido anteriormente aplica o do Roteiro em sala mas tamb m por conta dessa habilidade conforme nossa an lise do Cur r culo M nimo comprovou ter sido trabalhada em outros anos de escola ridade 100 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Mais uma vez percebemos que h a preocupa o em exteriorizar ao aluno de forma interativa que se trata de um conhecimento com o qual ele j possui familiaridade Como voc j sabe Trata se de uma quest o que mescla a natureza metalingu stica MARCUSCHI 2001 por referir se estrutura da narrativa mais especificamente categoria do narrador e inferencial j que o aluno precisa perceber qual fala do narrador denota a onisci ncia Quanto s estrat gias de que trata Rojo 2004 estamos diante de uma quest o que trabalha com a capacidade de compreens o importante ressaltar que o enunciado introdut rio antecipa um importante dado Ao longo do Texto Gerador I h um narrador onisci ente O alun
106. possam perceber a exist ncia das ideologias nos mesmos Assim podendo construir em si mesmo e nos seus alunos suas pr prias interpreta es e convic es dando origem a um novo pensamento 2 Aideologia presente na constru o textual Considerando as distin es e os conceitos de texto e discurso propomos uma an lise de ambos para melhor entendimento e distin es DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 171 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos predominantes Assim faremos uma reflex o sobre discurso e texto ba seado em autores renomados como Geraldi 1995 e Plat o amp Fiorin 2003 que travam uma discuss o entre as distin es e conceitos de texto e discurso O discurso tem origem latina a o de correr para diversas partes de tomar v rias dire es conversa o O termo discurso possibilita di versas interpreta es ou seja diversos significados Mas este consiste basicamente pela fala somada a um conjunto de ideias organizadas por meio da linguagem oral de maneira a representar o pensar o racioc nio de quem o discursa ou seja sua ideologia Assim o discurso baseia se em um conjunto de pensamentos e vis es de mundo devido condi o social econ mica pol tica cultural e hist rica de quem o faz Ele se constitui na comunica o oral do pensar Desta forma o discurso um instrumento de comunica o entre o locutor que quem fala e o interlo cutor
107. puni o Sendo primeiro que as pessoas devem ser punidas por terem cometido um crime e o segundo de que a puni o tem de ser proporcional ao crime Os princ pios de Kant descrevem uma teoria geral da puni o malfeitores t m que ser punidos e a puni o tem que ser adequada ao crime Kant v a puni o como uma quest o de justi a Ele diz que se o culpado n o punido a justi a n o feita RACHELS 2013 p 153 Nosso objetivo n o explanar sobre Kant e nem mesmo sobre as atitudes de Rorschach mas exemplificar que com a leitura da nona arte em si poss vel chegar a uma reflex o cr tica 5 Conclus o Esse breve artigo tentou demonstrar que os quadrinhos s o a nona arte por todo um trabalho de produ o que envolve a imagem cor e es crita Reconhecer os quadrinhos como uma arte em si nos remete ao ponto a introdu o desse artigo quando falamos que se pode usar ele co mo uma arte em si para se levar para dentro da sala de aula se essa for a vontade do professor e que a aprecia o dessa arte n o faz o indiv duo se distanciar de outra arte a literatura Bem Watchmen uma obra que j recebeu pr mios entre eles o pr mio Eisner o Oscar dos quadrinhos e se consagrou como um eter no best seller Fazer a rela o entre esse renomada graphic novel e a no na arte foi um grande prazer visto que mesmo em meio a tantas turbu l ncias os quadrinhos est o conquistando o seu espa
108. qual poucos t m acesso mas h m ltiplas formas de us la em pr ticas diversas que s o sociocultural e historicamente determinadas KLEI MAN 2008 p 490 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 215 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos 5 Aquisi o da habilidade de leitura em ambiente familiar Partindo do ambiente familiar lugar em que a crian a vive suas primeiras experi ncias de rela o social de desenvolvimento cognitivo e afetivo pode se afirmar que ali tamb m que ela poder adentrar o mundo do letramento antes mesmo de ser alfabetizada formalmente pela escola Essa primeira experi ncia de contato com a leitura atrav s dos familiares que t m certa maturidade leitora feita de forma despretensi osa natural sem aquela carga de obrigatoriedade o que desperta na cri an a uma rela o de familiaridade com a leitura evitando aquela repulsa t o comum de muitos alunos ao ato de ler poss vel verificar que crian as que veem seus pais ou familiares pr ximos em constante pr tica de leitura e por conseguinte mant m contato com m ltiplas possibilidades de leitura compreendem melhor o valor social do h bito de ler e passam a sentir se atra das pelos suportes em que os textos circulam primeiramente como uma tentativa de imita o ao adulto e posteriormente com o amadurecimento pelo valor que elas passam a atribuir quela pr tica em decorr n
109. que o ouvinte Assim o discurso segundo Geraldi 1995 n o nem simples emiss o de sons nem simples sistema convencional como quer um certo positivismo nem tampouco tradu o imperfeita do pensamento vestimenta de ideias mudas e verdadeiras como a conceber um pensamento idealista Pelo contr rio cria o de sentido encarna o de significa es e como tal d origem comunica o GERALDI 1995 p 22 23 Portanto o discurso assim como a linguagem a express o do pensamento do indiv duo E um instrumento de comunica o capaz de transmitir ao receptor certa mensagem E tamb m uma forma de intera o entre o locutor e o interlocutor Desta forma Geraldi 1995 afirma que o discurso mais do que possibilitar uma transmiss o de informa es de um emissor a um receptor a linguagem vista como um lugar de intera o humana Por meio dela o sujeito que fala pratica a es que n o conseguiria levar a cabo a n o ser falado com ela o falante age sobre o ouvinte constituindo compro missos e v nculos que n o preexistiam fala GERALDI 1995 p 41 Sendo assim o discurso requer um compromisso da fala do locu tor com as condi es sob as quais est sendo falado ou seja o discurso deve ser adequado situa o ao contexto ao local em que est sendo di to para que a comunica o a intera o e o pensamento possam ser con cretizados entendidos Cada discurso tem a necessida
110. que conv m crer nelas e a raz o que se en carrega disso GILSON 1995 p 144 Para gostinho a raz o precede a f e consiste em mostrar provar e argumentar com pertin ncia os conte dos da f Agostinho buscava uma religi o que fosse express o da sua raz o No c lebre Serm o 43 expressa numa f rmula solene a respeito da dupla atividade da raz o compreender para crer crer para compre ender O Serm o 43 resume essa dupla atividade da raz o numa formula perfeita compreender para crer cr para compreender Ou seja compre endendo o que se deve crer cremos crendo logo podemos entender Na verdade devemos crer para conhecer e n o esperarmos conhe cer para crermos h uma interven o da raz o que precede a f mas a uma segunda que a segue Baseando se numa tradu o ali s incorreta de um texto de Isa as pelos Setenta Agostinho n o se cansa de repetir Nisi credidritis non intelligetis H que aceitar pela f as verdades que Deus revela se quiser adquirir em se guida alguma intelig ncia delas que ser a intelig ncia do conte do da f acess vel ao homem neste mundo Apud GILSON 1995 p 144 in ANTI SERI 2005 p 105 Parafraseando Agostinho n o h como o sujeito chegar ao conhe cimento da verdade ou em sua mais pura racionalidade sen o percorrer antes pela f s atrav s dela que o homem mundano pode adquirir al guma intelig ncia Ora ser que ao longo da hist ria est
111. que o item b se refira ao texto gerador consideramos que o aluno a fim de responder ques t o n o necessita retomar a leitura do fragmento da obra basta retomar as acep es da palavra romance arroladas abaixo do enunciado geral e compreender que n o se trata da mesma acep o do item a O fragmento interativo do enunciado que trabalha com o pressu posto de que o aluno j faz uso do termo romance em seu cotidiano dei xa nos em d vida sobre a real funcionalidade de ser apresentado o verbe te do termo romance Em outras palavras se realmente se acredita que o aluno com certeza conhece e usa o termo romance no dia a dia seria necess rio oferecer todos os sentidos poss veis da palavra Se partirmos do pressuposto que o termo j conhecido e empregado a apresenta o das acep es parece nos apenas um recurso facilitador para a resposta j que a quest o n o se prop e a trabalhar o g nero verbete de dicion rio ou seja n o explora diferentes recursos referentes a esse g nero DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 99 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos importante pontuar que embora as quest es formuladas aten dam habilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo que focaliza aspectos sem nticos do l xico as mesmas parecem desperdi ar as poten cialidades do texto gerador o romance Capit es de Areia em prol do trabalho com a metalinguagem
112. que s o um primeiro passo de pertin ncia global saber se da para a frente como tratar por exemplo textos do mesmo g nero ou como com parar outros de g neros diferentes para em seguida estudar cada texto em sua singularidade Essas habilidades do Euc que determinam o sucesso do ato co municativo s o definidas como compet ncias CHARAUDEAU 2008 p 7 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 17 Circulo Huminense de Estudos Filol gicos e Lingu sticos Para que o ato de linguagem fa a sentido preciso que se obser vem as v rias condi es dentro das quais ele se realiza ou seja as suas condi es de produ o CHARAUDEAU 2001b p 13 A par das con di es de produ o h que se considerar tamb m que as condi es de interpreta o dos sujeitos envolvidos s o diferentes uma vez que esses operam processos cognitivos distintos Sendo assim para que se realize a intercompreens o ou seja a converg ncia das interpreta es dos sujei tos necess rio que esses ponham em pr tica estrat gias comuns de constru o de sentido que procedem de compet ncias de n veis diferen tes Em Charaudeau 2001b o autor classifica as compet ncias em tr s n veis de constru o de sentido situacional discursiva e semiolingu s tica Em artigo recente 2009 no entanto o autor destaca mais uma compet ncia a compet ncia sem ntica O esquema a seguir baseado em Chara
113. que se traduzem por compet ncia leitora no caso da pre sente pesquisa Ser capaz de interpretar um texto significa ser capaz de operar nos dois circuitos da comunica o interno e externo a fim de poder fazer pressuposi es e confirm las ou n o nesse caso percebendo a inten o do autor em transgredir o esperado Essas pressuposi es contudo s o baseadas em um conhecimento a priori dos elementos determinantes da situa o comunicativa em que se encontram os interlocutores a que Cha raudeau 2008 denomina contrato de comunica o O autor define contrato de comunica o como o quadro de restri es e manobras que determinam as escolhas dos interlocutores dentro de regras e liberdades com rela o l ngua escolhas sint ticas le xicais etc ou com rela o ao comportamento lingu stico informal se miformal formal etc Dentro das manobras e restri es viabilizadas pelo contrato de comunica o os interlocutores realizam o seu projeto de comunica o utilizando estrat gias discursivas para atingir o seu objetivo Desse mo do quando a imagem que o Eu comunicante faz do Tu destinat rio cor reta suas escolhas s o apropriadas e fazem com que o Tu destinat rio se ja tamb m um Tu interpretante quando ocorre a interpreta o Na an lise textual segundo Charaudeau 2008 preciso consi derar tanto o contrato de comunica o quanto o projeto de comunica o
114. que tamb m con templem os tr s eixos propostos para o ensino de l ngua portuguesa lei tura uso da l ngua e produ o textual As atividades dos Roteiros partem de texto geradores pertencentes aos g neros textuais apontados previamente no Curr culo e abarcam os descritores nele arrolados Um nico Roteiro compreende normalmente de dois a quatro textos geradores representativos do g nero em estudo Al m dos textos geradores podem ser apresentados textos denominados complementares textos que n o representam o g nero textual enfocado pelo Curr culo M nimo mas que permitem o desenvolvimento de ativi dades referentes a um determinado descritor Feita essa breve apresenta o acerca dos materiais produzidos pe la SEE RJ passamos apresenta o dos crit rios que nos servem de base para a reflex o sobre as quest es seguida pela an lise cr tica das mes mas 4 Categorias de an lise Antes de empreendermos nossas an lises e de estabelecermos re la es entre as atividades dos Roteiros da SEE RJ e as diferentes con cep es de leitura que revisamos na primeira se o deste trabalho expli citaremos determinadas categorias te ricas que nos auxiliar o nas an li ses das quest es Para refletirmos sobre as atividades de compreens o de leitura presentes nos Roteiros de Atividades consideraremos tr s crit rios distin tos Um deles engloba diferentes categorias explicitadas em Rojo 2004 discriminadas n
115. refazer o percur so cognitivo dos chistes De forma geral parece haver demasiado esfor o cognitivo na busca pela ativa o de suposi es Para que mais considera es possam ser tecidas juntamente amplia o da pesquisa importante que sejam considerados outros fato res al m dos contemplados neste estudo N o se sabe por exemplo em que medida a ordem de apresenta o das piadas pode ter influenciado no desempenho dos sujeitos doen a de alzheimer tendo em vista o esfor o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 265 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos cognitivo demandado por cada uma delas Outro aspecto de alta relev n cia consiste na verifica o do padr o emocional desses individuo o qual pode exercer alguma influ ncia sobre suas tentativas interpretativas A doen a de alzheimer um problema que transcende a sa de p blica devendo ter aten o nas diversas esferas sociais e acad micas Em termos dos estudos da linguagem muito pouco tem se estudado sobre as altera es e as preserva es relacionadas doen a sendo imprescind vel que a lingu stica em suas diferentes vertentes se ocupe de tal objeto Pesquisas que se interessem pelo desempenho dial gico nas trocas de turno e atribui o de sentido nos epis dios de comunica o real tendem a ser de grande valia compreens o do funcionamento sociocognitivo dos indiv duos acometidos pela doen a de
116. saci personagem da ra a negra e presentes nas lendas e folclores nacionais s mbolo do Brasil A sua caracteriza o feita por Zi raldo de um menino alegre de bem com a vida her i diferente do per sonagem saci nas hist rias de Monteiro Lobato Nesta obra o autor tem como proposta oferecer ao leitor um livro de entretenimento mas com uma vis o educacional e cr tica do contexto social vivido na poca Poucas vezes no quadro geral da literatura e arte brasileiras uma obra refletiu com tanta agudeza cr tica os problemas so ciais de sua poca como o Perer de Ziraldo CIRNE 1971 p 35 O livro caracterizado como uma literatura de cunho inclusivo pois apre senta a diversidade racial caracter stica da composi o do povo brasilei ro As hist rias da Turma do Perer fizeram tanto sucesso que em 1996 a produtora S nia Garcia amiga de Ziraldo queria que os perso nagens criassem vida A s rie come ou a gravada no final de 1998 na ci 120 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA dade de Tiradentes MG e come ou a ser exibida entre 1999 e 2001 na TVE Brasil No campo das hist rias em quadrinhos outro autor que merece destaque Maur cio de Sousa desenhista que introduziu nas hist rias da Turma da M nica alguns personagens negros e ndios apresentando po sitivamente as diferentes ra as e transmitindo s crian a
117. sala de aula S o Paulo tica 1997 Portos de passagem S o Paulo Martins Fontes 1991 HIGOUNET Charles Hist ria concisa da escrita 10 ed S o Paulo Pa r bola 2003 LAKOMY Ana Maria Teorias cognitivas da aprendizagem 2 ed rev e atual Curitiba Ibpex 2008 L VY Pierre A intelig ncia coletiva por uma antropologia do ciberes pa o 4 ed S o Paulo Loyola 2003 KOCH Ingedore Villa a ELIAS Vanda Maria Ler e compreender Os sentidos do texto 3 ed S o Paulo Contexto 2010 Ler e escrever estrat gias de produ o textual S o Paulo Con texto 2009 Desvendando os segredos do texto 2 ed S o Paulo Cortez 2003 KLEIMAN ngela Aspectos cognitivos da leitura 13 ed Campinas Pontes 2010 Preciso ensinar letramento N o basta ensinar ler e escrever Linguagem e letramento em foco linguagem nas s ries iniciais CEFI EL TEL Unicamp 2005 2010 Oficina de leitura teoria e pr tica 10 ed Campinas Pontes 2004 70 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA MARCUSCHI Luiz Ant nio DION SIO ngela Paiva Fala e escrita 1 ed 1 reimpr Belo Horizonte Aut ntica 2007 Lingu stica do texto como e como se faz Recife UFPE 1983 G neros textuais defini o e funcionalidade In MACHADO Ana Rachel BEZERRA Maria Auxiliadora G neros textuais e ensino Rio de
118. terminais inteligentes a paradoxologia eis a algumas provas evidentes e a lista n o exaustiva ANDERSON 1999 Na p s modernidade tanto a f quanto a raz o s o ainda objetos de estudos n o s por te logos como tamb m por fil sofos e historiado res No in cio da periodiza o hist rica percebeu se que a raz o era ilu minada pela f pois sem ela ningu m consegue alcan ar seu objetivo l timo a Verdade que em ltima inst ncia Deus E a f n o pode cres cer se n o for alimentada pelo intelecto Logo F e Raz o n o podem contradizer se pois foram ambas criadas por Deus A raz o n o responde todas as quest es levantadas pois limitada a f pode alcan ar algo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 239 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos mais pois est al m do intelecto humano numa posi o mais elevada A f precede a raz o pois nenhum conhecimento chega ao intelecto sem antes passar pelos sentidos o ser humano jamais alcan ar o fim da es trada sem antes percorr la No entanto h verdades que a raz o n o po de alcan ar ent o se concilia f que estende sua m o para que a raz o possa enxerg la Apesar das mudan as e transforma es da sociedade como um todo das lacunas que a pr pria ci ncia ainda n o conseguiu preencher ou responder e das mudan as paradigm ticas ao longo da his t ria da humanidade a f seja
119. texto pode transmitir a impress o de que consiste em verdade absoluta Nesse sentido poss vel que o sujeito possa ocupar uma determinada classe social sem fazer questionamentos sobre sua pr pria realidade ou condi o de ser e estar no mundo Percebe se que os textos s o constru dos por um indiv duo com posto de ideologia ideologia de forma o pessoal social hist rica eco n mica e pol tica das condi es de produ o e da participa o do sujeito embora de maneira inconsciente atrav s da acomoda o ideol gica O sujeito acomodado apenas aceita o que lhe transmitido de forma recep tiva passiva pois seu esp rito investigativo apagado por causa da alie na o ideol gica que existe na maioria das vezes nas entrelinhas do tex to Isso dificulta a percep o da ideologia dentro do texto did tico Desta forma o aluno levado a apenas acreditar sem refletir naquilo que est por tr s dos aparentemente ing nuos textos Plat o amp Fiorin 2003 p 25 nos diz que cada texto um pro nunciamento sobre dada realidade cada texto revela a vis o de mundo de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 175 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos quem o produz Assim com esta cita o de Plat o amp Fiorin fica expl cito que todo texto possui uma carga ideol gica de quem o produz pois o escritor transfere sua realidade para o mesmo sua interpreta
120. um pronunciamento sobre uma dada realidade Ao fazer esse pronunciamento o produtor do texto trabalha com as ideias de seu tempo e da sociedade em que vive Com efeito as concep es as ideias as cren as os valores n o s o tirados do nada mas surgem das condi es de exist ncia PLAT O amp FIO RIN 2003 p 27 Assim Lajolo 1996 p 4 nos diz que o texto did tico o que vai ser utilizado em aulas e cursos que provavelmente foi escrito edita do vendido e comprado tendo em vista essa utiliza o escolar e sistem tica Portanto os textos acabam determinando conte dos ideol gicos e condicionando metodologias de ensino Infelizmente as ideologias que est o implicitamente nos textos n o s o percebidas em sua maioria e o mais triste a sua impercep o por parte dos professores e consequentemente dos alunos pois n o s o levados a criticar aquilo que est nas entrelinhas do texto Assim a ideo logia existente no texto serve para consolidar a hegemonia da classe do minante e com ela as rela es de produ o Assim os textos acabam por ser um instrumento moldador do ser humano Segundo Nosella 1978 Nos textos de leitura as crian as ativas independentes cheias de vida originalidade e criatividade s o m s mal educadas desobedientes e fazem travessuras De forma semelhante os professores se referem aos alunos com tais caracter sticas valorizando aqueles que n o atrapalham e n o que
121. universiabrasil net materia imprimir jsp id 5939 gt MARCUSCHI Luiz Ant nio G neros textuais defini o e funcionali dade In DION SIO A P etal G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 G neros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital In MARCUSCHI Luiz Ant nio XAVIER Ant nio Carlos Org Hi pertexto e g neros digitais novas formas de constru o do sentido Rio de Janeiro Lucerna 2004 MASETTO Marcos T Media o pedag gica e o uso da tecnologia In Moran Jos Manuel Org Novas tecnologias e media o pedag gica Campinas Papirus 2000 MORAES M C Subs dios para fundamenta o do Programa Nacional de Inform tica na Educa o Secretaria de Educa o Dist ncia Mi nist rio de Educa o e Cultura jan 1997 MORAN Jos Manuel Novas tecnologias e media o pedag gica Campinas Papirus 2000 166 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisu ais In MORAN Jos Manuel MASETTO Marcos T BEHRENS Ma ria Aparecida Novas tecnologias e media o pedag gica 5 ed Campi nas Papirus 2002 21 ed 2013 MASETTO Marcos T BEHRENS Maria Aparecida Novas tecnologias e media o pedag gica 5 ed Campinas Papirus 2002 21 ed 2013 PCN Par metros curriculares nacionais
122. universidade recorda es e reflex es Aula Magna da Universidade de Regensburg 12 de setembro de 2006 Dis pon vel em lt http www vatican va holy father benedict xvi speeches 2006 septem ber documents hf ben xvi spe 20060912 university regensburg po html gt B BLIA Sagrada S o Paulo Paulus 1991 CAPRA Fritjof O ponto de muta o S o Paulo Cultrix 1982 CARDOSO Clodoaldo A can o da inteireza uma vis o hol stica da educa o S o Paulo Summus 1995 COSTA Marcos Roberto Nunes Santo Agostinho um g nio intelectual a servi o da f Porto Alegre Edipucrs 1999 GIDDENS Anthony As consequ ncias da modernidade S o Paulo Unesp 1991 GILSON Etienne A filosofia na idade m dia Trad Eduardo Brand o S o Paulo Martins Fontes 1995 JAMESSON Frederic P s modernismo a l gica cultural do capitalismo tardio S o Paulo tica 1996 JASPERS Karl Os grandes fil sofos In ANTISERI Dario REALE Giovanni Hist ria da filosofia Antiguidade e Idade M dia 5 ed S o Paulo Paulus 1991 Col Filosofia JO O PAULO II Carta enc clica Fides et Ratio 12 ed S o Paulo Pau linas 2009 KOEHLER Henrique Dicion rio escolar latino portugu s 7 ed Porto Alegre Globo 1957 KUHN Thomas A estrutura das revolu es cient ficas 16 ed S o Pau lo Perspectiva 2001 LIBANIO Jo o Batista Deus e os homens os seus caminhos Petr polis Vozes 1996 L
123. 14 13 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Desse modo o conceito de compet ncias central nesta pesquisa que tem o desenvolvimento da compet ncia leitora como foco Em ou tras palavras pensar se em leitor competente significa pensar no leitor capaz de se reconhecer sujeito do projeto de comunica o de dominar as regras do contrato de comunica o Charaudeau 2008 e de reconhecer que textos s o g neros ou seja contratos previs veis por circunst ncias da comunica o como a identidade dos sujeitos assim como a sua natu reza e por circunst ncias materiais determinadas Ser leitor competente significa ser capaz ainda de perceber os mecanismos de coes o que constroem o sentido do texto assim como ser capaz de relacionar as es colhas lexicais inten o do sujeito enunciador Considerar o aluno leitor sujeito psicossociolinguageiro significa considerar a compreens o leitura um processo dial gico interacional como proposto pelos documentos oficiais os quais se fundamentam nas contribui es te ricas de Bakhtin 2011 sobre dialogismo intrinseca mente ligadas s no es da Semiolingu stica que norteiam este estudo A primeira delas a no o de sujeitos do ato de linguagem Cha raudeau 2008 segundo a qual o aluno deve ser levado pelas atividades de leitura a assumir o papel de sujeito ativo responsivo na interlocu o com o texto Conforme Bakhtin 2011 ao perceber e compreender
124. 2 100 Tabela 6 Luan Santana morto a tiros Etapa 3 MACROESTRUTURA ATRIBU DA POR QUANTIDADE DE PERCENTUAL OCASI O DA LEITURA COMPLETA DA INFORMANTES NOT CIA Consideraram tratar se da morte de um ape 52 100 nas hom nimo do cantor Totais 52 100 5 Discuss o dos resultados Em rela o ao texto 1 na etapa 1 El 80 77 dos informantes realizaram antecipa es acerca da no o de card pio alimentar De acor do com suas respostas a not cia poderia conter ideias como reclama es de presos sobre a alimenta o recompensa em forma de alimento priva o alimentar intencional como forma de castigo mudan a no card pio da cadeia etc Dos 52 informantes 19 23 consideraram tra tar se da pris o de um bandido P o com Ovo ou da pris o de dois ban didos o primeiro P o o segundo Ovo Na etapa 2 E2 esse quadro se altera adquirindo a nosso ver um contorno bastante peculiar pois conforme 36 54 dos informantes P o com Ovo ainda seria uma refer ncia ao card pio de determinada cadeia mas a ser oferecido ao bandido preso no Recreio bairro carioca Assim este grupo re ne ideias segundo as quais as express es P o com Ovo e Bandido n o indicam o mesmo referente J 63 46 estabele ceram uma rela o direta entre P o com Ovo t tulo e Bandido sub t tulo Sobre essa associa o entre o apelido P o com Ovo e a pris
125. 3 19 ROJO R Letramento e capacidades de leitura para a cidadania S o Paulo SEE CENP 2004 SOL Isabel Estrat gias de leitura 6 ed Porto Alegre Artmed 1998 VAN DIJK T A La noticia como discurso comprensi n estructura y producci n de la informaci n Barcelona Paid s Comunicaci n 1990 El conocimiento y las noticias Quaderns de Filologia Estudis de Comunicaci vol I 2002 249 270 Modelos na mem ria o papel das representa es da situa o no processamento do discurso 1988 In VAN DIJK Teun A Cogni o discurso e intera o Organiza o e apresenta o de Ingedore Koch 6 ed S o Paulo Contexto 2004 p 158 181 KINTSCH W A caminho de um modelo estrat gico do discur so 1983 In VAN DIJK Teun A Cogni o discurso e intera o Or ganiza o e apresenta o de Ingedore Koch 6 ed S o Paulo Contexto 2004 p 9 35 86 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA O TRABALHO COM A LEITURA NOS ROTEIROS DE ATIVIDADES DE L NGUA PORTUGUESA LITERATURA DA SECRETARIA DE EDUCA O DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Andreza Nora UNICAMP CEFET RJ andrezanora O hotmail com RESUMO Este trabalho apresenta e discute concep es e estrat gias de leitura mobilizadas nos Roteiros de Atividades documento elaborado para a forma o continuada em l n gua portuguesa para os profess
126. 7 a l ngua como uma armadura dentro da qual nos movimentamos no dia a dia da intera o humana O uso adequado da l ngua nos permite o exerc cio amplo e cor reto da cidadania Para Mac amp Welti 1995 saber uma l ngua ter co nhecimento completo de como dizer a quem dizer quando e onde dizer Quando a escola n o ensina o aluno a usar a l ngua de forma ade quada ela falha muito porque acaba formando aut matos ao inv s de pessoas capazes de se movimentar dentro do sistema lingu stico no qual est o vivendo Uma das formas de se fazer com que o aluno seja capaz de se ma nifestar dentro do sistema atrav s da leitura Segundo Moita Lopes 1996 a leitura um modo espec fico de intera o entre participantes discursivos envolvidos na constru o social do significado a leitura uma pr tica social Sendo uma pr tica social a leitura que vai permitir ao aluno a intera o com os outros participando e discutindo todos os acontecimentos que est o a sua volta Nesse sentido quando se trata do trabalho com a leitura em sala de aula o professor acaba por assumir um importante papel no desenvol vimento das capacidades de leitura de seus alunos pois ele quem media o processo de ensino e aprendizagem e pode ao avaliar o desempenho dos aprendizes buscar metodologias que direcionem a atividade de leitu ra no sentido de ser ela uma das respons veis pela intera o do aluno com o mundo A leitura deveria
127. 970 esse tema tem sido objeto de reflex es em livros e revistas especializadas em congressos de modo que muitos autores alertaram para uma crise de leitura nas esco las brasileiras Ao abordar essa tem tica os pesquisadores costumam apontar com frequ ncia a falta de condi es para o desenvolvimento de pr ticas efetivas de leituras face ao reduzido n mero de bibliotecas escolares e ou salas de leitura SILVA 1986 GARCIA 1992 e a m forma o do professor de l ngua materna em cumprir os referenciais metodol gicos voltados para a essa atividade MAT NCIO 1994 ANTUNES 2003 Esses resultados s o claramente vistos na sala de aula onde en contramos alunos que n o conseguem interpretar textos e expressar se oralmente ou por escrito Nesse processo pais professores e alunos t m sua parcela de culpa Afinal h muitos professores que n o s o leitores pais carentes social e culturalmente e alunos que trocam facilmente os li vros pelo v deo game O fato que a escola encontra dificuldades para formar leitores Entre os questionamentos apontados muito se argumenta sobre as metodologias empregadas para a efetiva o da leitura Como professores de escola p blica presenciamos o esfor o em desenvolver atividades que incentivem a pr tica de ler e produzir textos em sala mas ainda de um 42 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA
128. A O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA tigo KHARAL homem 2 do germ nico KARALMANN homem vigoro so 3 do rabe KALED imortal 4 do rabe KALIL amigo ntimo 5 do hebraico KAL EL amigo de Deus Em v rias hist rias ele visto frequen tando os cultos da Igreja Metodista com seus pais terrenos GOMES 2012 p 17 As poss veis explica es do seu pr prio nome tamb m nos reme tem a essa interface que estamos estudando Agora vamos a leitura do pr ximo t pico 4 Quem esse personagem que veio do c u Criado por Jeremy Jerome Siegel e Joe Joseph Shuster Su perman teve sua primeira apari o na revista Action Comics n 1 em ju nho de 19382 durante a grande depress o que ocorria nos Estados Uni dos sendo o primeiro super her i dando in cio a Era de Ouro dos qua drinhos recebendo v rias adapta es para a televis o cinema e etc Dessa forma temos um personagem que se tornou um dos s mbolos da cultura pop mundial Nascido em Cripton Kal el foi enviado por seu pai Jor el para o planeta terra devido seu planeta de origem estar sofrendo um colapso a beira da destrui o Na terra adotado por Martha e Jonathan Kent bati zando o de Clark Kent Inicialmente o Superman um beb fr gil como um beb humano e seus poderes se desenvolvem a medida que crescia sob o sol amarelo ele ficou forte e seus poderes se desenvolveram WHITE 2014 p 211 por ser uma c
129. A nos anos 50 por Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos Foi com es ses escritores al m de Raquel de Queir s que a cr nica definitivamente deixou de ser coment rio mais ou menos argumentativo e expositivo para virar conversa aparentemente fiada Mesmo nessa poca a cr nica ainda era vista como um misto de jornalismo e literatura uma vez que a princ pio aparecia num jornal e possu a como leitores a classe que dava prefer ncia quele jornal o que limitava o texto uma vez que a ideologia do ve culo corresponde ao in teresse dos seus consumidores direcionados pelos propriet rios do pe ri dico e ou pelos editores chefes de reda o S op cit p 8 s mais tarde ela integraria uma colet nea que seria organizada em geral pelo pr prio cronista Antes de ser cronista ent o esse g nero foi folhetim e buscava refletir quest es pol ticas sociais art sticas e liter rias Para que fosse um texto mais atraente o cronista folhetinista dava voz a um narrador de tradi o oral que parecia acompanhar o curso natural das coisas As sim como fazia Rubem Braga para quem o grande mist rio era a simpli cidade e a arte de dar um sentimento solene s palavras do dia a dia Com o tempo a cr nica folhetim foi ganhando um ar de quem estava escrevendo toa sem dar muita import ncia abandonando o ob jetivo de informar e comentar ficando com o de divertir atrav s de uma linguagem mais leve mais des
130. CD e apresentados aos pais e alunos num evento da escola Como se p de notar essas atividades envolvendo a leitura e a es crita atrav s das m dias digitais foram bem sucedidas e n o s pelo fato de empregarem a tecnologia que tamb m contribui mas principalmente pela metodologia utilizada pelo professor que se apropriou das ferramen tas mais adequadas e articulou as com pr ticas curriculares necess rias Desse modo os aprendizes interagiram com as m dias na produ o de conhecimentos sem desprezarem os conte dos escolares 6 Considera es finais A escola um espa o apropriado para forma o de cidad os cr ti cos e respons veis no entanto essas caracter sticas n o se concretizam no desenvolvimento intelectual de crian as e jovens quando deixam de lado pr ticas essenciais como a leitura e a escrita Infelizmente as escolas est o longe de serem celeiros de leito res e as causas apontadas s o a falta de bibliotecas m forma o dos professores carga hor ria excessiva desses al m dos baixos sal rios O que se v em grande parte das aulas de l ngua portuguesa a falta de tempo para leitura ou mesmo uma rotina cansativa e pouco estimulante no qual o aluno l responde question rios faz ditado entre outras ativi dades que acabam desestimulando o h bito de ler Antes de resolver essa problem tica a escola ainda precisa lidar com a expans o das m dias digitais na sociedade contempor
131. CIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Os quadrinhos nasceram dentro do jornal que abalava e abala a menta lidade linear dos literatos frutos da revolu o industrial e da literatura Seu relacionamento com a televis o seria posterior que o esquema liter rio que os alimentavam culturalmente seria modificado mas n o destru do Em contradi o dial tica os quadrinhos e o cinema apressariam o fim do roman ce criando uma nova arte ou um novo tipo de literatura tendo o consumo como fator determinante de sua perman ncia temporal 4 Considera es finais A escola deseja formar alunos que tenham por h bito o exerc cio da leitura e para isso tem investido em g neros textuais mais adequados a colaborar com desenvolvimento da compet ncia leitora cr tica e criativa dos alunos Com esse prop sito pesquisamos as Hist rias em quadrinhos com o objetivo de us las como instrumento para se discutir a diversida de de ra as e culturas presente em nossa sociedade e como ferramenta did tica por meio de tiras revistas de super her is ou literatura nacionais editadas neste formato Sabemos que esse g nero textual muito bem re cebido pelos estudantes visto que uma literatura que combina imagem e texto refletindo contextos valores culturais colaborando com a educa o de seus leitores transmitindo estere tipos e ampliando seus conhecimentos sobre o mundo social Observamos que as mudan as sociais t m co
132. Chagas Deir As belas mentiras a ideo logia subjacente aos textos did ticos 12 ed S o Paulo Moraes 1978 REGO Tereza Cristina Vygotsky uma perspectiva hist rica cultural da educa o 14 ed Petr polis Vozes 2002 SCLIAR Moacyr Um olhar sobre a cultura brasileira a l ngua portu guesa Dispon vel em lt http falar portugues blospot com 2005 09 lingua portuguesa por moacyr scliar html gt Acesso em 23 05 2013 SELIGMAN Laura A escola e a forma o do leitor cr tico da m dia pol ticas p blicas no Brasil e em Santa Catarina 2008 Disserta o Mestrado em Educa o Universidade do Vale do Itaja Itaja SILVA Ezequiel Theodoro da Criticidade e leitura ensaios Campinas Mercado de Letras Associa o de Leitura do Brasil ALB 2002 SOARES Magda Becker Letramento um tema em tr s g neros Belo Horizonte Aut ntica 1998 TFOUNI Leda Verdiani Letramento e alfabetiza o 2 ed S o Paulo Cortez 1997 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 195 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ESTRAT GIAS DE LEITURA DA CR NICA AN LISE DE ORALIDADE E ESCRITA Lucia Maria de Assis UFF lucia a O puvr uff br RESUMO A cr nica ao ser tomada como objeto de estudo em sala de aula pode aproximar literatura e realidade uma vez que oportuniza o contato com tem ticas que s o capa zes de desenvolver o di logo e o senso cr tico fav
133. DE JANEIRO CIFEFIL 2014 255 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Para o presente estudo que envolve a linguagem e a sociocogni o no que tange aos aspectos que concorrem para a interpreta o de pi adas ser o analisados dados de sujeitos diagnosticados com doen a de alzheimer em est gio inicial Nessa fase h relativa preserva o dos as pectos fonol gico sint ticos e altera es nos sem ntico l xico pragm ti cos Predominam dificuldades para a realiza o de infer ncias lingu sti cas e cognitivas com vistas compreens o do significado de textos bem como sua express o MANSUR et al 2005 Ortiz e Bertolucci 2005 em estudo experimental realizado com sujeitos em est gio inicial apon tam a exist ncia de dificuldades na compreens o discursiva que decor rem do preju zo na habilidade de interpretar subentendidos assim como do comprometimento da capacidade para fazer infer ncia pressupor e entender senten as amb guas Damasceno 2001 assente que dados da literatura nacional e in ternacional indicam ocorrer em tal fase dificuldades sem ntico discursi vas durante a interpreta o de sentidos figurados ou impl citos como por exemplo prov rbios met foras moral de hist rias e material humo r stico sendo que o avan o da doen a acentua as referidas altera es Quanto a aspectos preservados S 2011 afirma que no est gio inicial o sujeito acometido pela doen a d
134. DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 19 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos KOCH 2002a p 2011 Tais crit rios correspondem aos diferentes n veis de constru o de sentido propostos por Charaudeau 2009 O crit rio de intencionalidade diz respeito ao projeto de fala do sujeito comunicante autor e o crit rio de aceitabilidade se refere ati tude responsiva do sujeito interpretante A aceitabilidade se refere ma neira como ele sujeito interpretante leitor reconhece o Texto como aceit vel coerente e coeso ou seja interpret vel e significativo em rela o s especificidades do contrato de comunica o texto MARCUS CHI 2008 p 133 A situacionalidade revela a rela o entre o evento comunicativo Texto o seu entorno extralingu stico situa o social cultural etc e os parceiros no evento comunicativo op cit p 129 sendo considerado pelo autor um crit rio estrat gico que pode ser visto como um crit rio de adequa o textual Pode se concluir que os crit rios de intencionalidade aceitabili dade e situacionalidade correspondem compet ncia de n vel comunica cional situacional do sujeito interpretante conforme Charaudeau 2009 O crit rio de intertextualidade ainda segundo Marcuschi 2008 p 133 realiza se na rela o dos discursos entre si Tal crit rio se relaci ona com a compet ncia de n vel discursivo de constru o de s
135. E JANEIRO CIFEFIL 2014 161 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos MACUNA MA MARIO DE ANDRADE 2 BIMESTRE GRUPO 1 Viu alguma coisa pau Via a gra a dela GRUPO 1 ponteei na violinha g em toque rasgado botei a boca no mundo Todos os tambi s fugiram enquanto os dois brin cavam n gua GRUPO 1 Ai que pregui a Ditado com palavras da obra 6 Programa de literatura no ensino m dio Independentemente de ser escola p blica ou privada esta discipli na como qualquer outra apresenta um conte do a ser trabalho ao lon go de cada ano do ensino m dio Como somos educadores da rede esta dual do Rio de Janeiro mencionaremos o curr culo m nimo http www rj gov br web seeduc exibeconteudo article id 759820 Nele observamos a orienta o de refletirmos sobre n o s a lite ratura brasileira como tamb m a ind gena a portuguesa e a africana no 3 bimestre O ensino desta tornou se obrigat rio a partir da iniciativa do governo federal ao aprovar a Lei 10639 2003 de obrigatoriedade do en sino de hist ria e cultura afro brasileira e africana na educa o b sica Esta foi complementada pela Lei 11645 2008 incluindo a obrigatorieda de do ensino da hist ria e cultura dos povos ind genas 162 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Entretanto infelizmen
136. ES QUANTIDADE DE PERCENTUAL DA LEITURA DO T TULO INFORMANTES Realizaram antecipa es acerca de car 42 80 77 d pio alimentar Realizaram antecipa es acerca da pri 10 19 23 s o de um ou mais de um bandido Totais 52 100 Tabela 2 Luan Santana morto a tiros Etapa 1 ANTECIPA ES DECORRENTES QUANTIDADE DE PERCENTUAL DA LEITURA DO T TULO INFORMANTES As antecipa es gerais deste grupo indicam 16 30 77 que n o acreditaram na possibilidade da morte do cantor mas interpretaram o nome Luan Santana como uma refer ncia a ele Consideraram tratar se da morte do cantor 30 57 69 Consideraram tratar se de um hom nimo do 06 11 54 cantor Totais 52 100 TESTE 2 Da leitura do t tulo acres Texto 1 cido do subt tulo PLANT O DE POL CIA DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 79 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos O novo card pio da cadeia P o com Ovo Bandido foi preso no Recreio Ele apontado como o 02 do tr fico no Fallet e tinha plano pra matar o secret rio de Administra o Pe nitenci ria na Ponte Rio Niter i Texto 2 PLANT O DE POL CIA Luan Santana morto a tiros Xar do cantor levou um bala o na cabe a e outro na perna Ap s a aplica o e an lise obtivemos os seguintes resultados re lativos s antecipa es realizadas pelos informantes Tabela 3 O novo card pio da cadeia P o com Ovo
137. Etapa 2 ANTECIPA ES DECORRENTES DA QUANTIDADE DE PERCENTUAL LEITURA DO T TULO ACRESCIDO DA INFORMANTES LEITURA DO SUBTITULO Consideraram o t tulo como uma refer ncia ao 19 36 54 alimento a ser oferecido na cadeia ao bandido subt tulo preso no Recreio dos Bandeirantes Atribu ram diretamente uma rela o entre a 33 63 46 express o P o com Ovo e o bandido preso Totais 52 100 Tabela 4 Luan Santana morto a tiros Etapa2 ANTECIPA ES DECORRENTES DA QUANTIDADE DE PERCENTUAL LEITURA DO T TULO ACRESCIDO DA INFORMANTES LEITURA DO SUBT TULO Consideraram um enunciado metaf rico ou 05 9 61 expressaram ser um t tulo falso Consideraram tratar se da morte do cantor 02 3 85 Consideraram tratar se de um hom nimo do 45 86 54 cantor Totais 52 100 80 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA TESTE 3 Da leitura da not cia completa Texto 1 PLANT O DE POL CIA O novo card pio da cadeia P o com Ovo Bandido foi preso no Recreio Ele apontado como o 02 do tr fico no Fallet e tinha plano pra matar o secret rio de Administra o Pe nitenci ria na Ponte Rio Niter i Um dos homens mais procurados do Rio Luiz Claudio Gomes 37 anos co nhecido como P o com Ovo foi preso por policiais da 26 DP Todos os San tos na noite de sexta feira De
138. Filol gicos e Linguisticos A did tica elaborada por muitos professores de l ngua portuguesa no ensino fundamental leva aos alunos a produzir apenas uma s vez fi nalizando os textos e entregando ao professor sem nenhuma revis o por parte do aluno Os alunos do ensino m dio estarem acostumados com tal pr tica durante o ensino fundamental quando iniciaram as oficinas oferecidas pelo grupo de pesquisa de portuguesa nos primeiros anos do ensino m dio eles passaram por certas dificuldades nas produ es textuais pois mesmo produzindo pequenos textos ap s realizar leituras de diversos g neros textuais mas com o mesmo tema n o conseguiam realizar ativida des que consistiam em pequenas produ es O in cio dos trabalhos das oficinas de leitura produ o textual e reescrita implantado no ano de 2012 no IFAP campus Laranjal do Jari pelo grupo de pesquisa Leitura Produ o Textual e Reescrita no Ensino M dio eram realizados duas vezes por semana no pr prio Instituto Fe deral E nessa perspectiva de desenvolvimento das atividades nas ofi cinas de leitura e produ o textual que discutiremos as rela es da pro du o textual nos cursos t cnicos de meio ambiente inform tica e secre tariado uma proje o entre as condi es em que se produziam textos uti lizando os cl ssicos da literatura brasileira e como tais textos eram repro duzidos As atividades de feedback colaborativo favoreciam o escl
139. GIA PR TICA DE LEITURA PRODU O TEXTUAL E REESCRITA NA AMAZ NIA ORIENTAL Jos Enildo Elias Bezerra IFAP enildoelias yahoo com br Viviane Pereira Fialho IFAP RESUMO A escolha do tema se volta para as produ es textuais realizadas pelos alunos do ensino m dio em turmas do Instituto Federal de Educa o Ci ncia e Tecnologia do Amap IFAP campus Laranjal do Jari AP A pesquisa a o se d por meio de oficinas de leitura e produ o textual O artigo traz reflex es de Soares 2009 Yunes 2009 Dolz 2010 e Kleiman 2010 que tratam da pr tica de leitura e produ o tex tual A reflex o se dar nas realiza es das oficinas nos anos de 2011 2012 e 2013 no IFAP O objetivo previsto para a pesquisa em andamento verificar quais foram as representa es de escrita dos discentes e nessa esteira procura se adaptar s a es did ticas que colaborar o para uma nova vis o de leitura escrita e reescrita de textos produzidos pelos alunos A proposta de reescrita feita durante a aula de l ngua por tuguesa dividindo os alunos em pares ou em pequenos grupos onde eles trocam as reda es entre si e as comentam antes de revis las e reescrev las tais coment rios podem ser orais ou escritos livres ou baseados em algum conjunto de instru es que os auxiliam a se concentrarem em aspectos particulares do texto ou nas conven es do g nero textual As atividades de feedback colaborativo favorecem o
140. IA 1 Considera es iniciais Este trabalho apresenta uma reflex o acerca da f e da raz o e su as transforma es na p s modernidade mas antes percorreremos pela hist ria antiga medieval moderna e por fim pela p s moderna Durante a periodiza o hist rica elas andaram juntas isso fato pois se sabe que o indiv duo dotado de emo o e de intelig ncia entretanto por muito tempo impuseram um grande abismo entre essas duas habilidades huma nas Nota se que durante a Pr hist ria e quase toda Antiguidade Cl ssica os fen menos naturais eram todos atribu dos aos deuses uma vez que as primeiras civiliza es cultuavam v rios deuses ou seja tinham como pr tica religiosa o politeismo Vale ressaltar que a partir do s culo IV a C a filosofia j respondia quest es antes defendida pela mitologia J durante a Idade M dia a pr tica polite sta havia se reduzido por v rias quest es dentre elas a presen a marcante da filosofia desmistificando a mitologia colocando a apenas como narrativas e alegoria de uma deter minada sociedade e poca hist ria sobretudo a Cristianismo ap s o s culo I d C e a cren a em um nico Deus monoteismo s Na Idade Mo derna com a chegada do humanismo e consequentemente do iluminismo abrem se as portas do racionalismo cr tico do logos e a mesma entra em cena colocando as quest es m ticas e at mesmo a f de lado O homem assume ent o o centro das coisa
141. IDA M E B de Educa o projetos tecnologia e conhecimento S o Paulo PROEM 2002 BASTOS L cia K MATTOS Maria Augusta A produ o escrita e a gram tica S o Paulo Martins Fontes 1986 BRASIL Secretaria de educa o fundamental Par metros curriculares nacionais l ngua portuguesa Bras lia SEF 1998 Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o a Dist ncia Programa de Forma o continuada M dias na Educa o Metodologia da pesquisa cient fica Dispon vel em lt http www eproinfo mec gov br webfolio Mod83266 index html gt Lei n 10 639 Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil 2003 Dispon vel em http lt http www planalto gov br gt Acesso em 10 2009 Lei n 11 645 Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil 2008 Dispon vel em lt http www planalto gov br gt Acesso em 10 2009 BRONCKART Jean Paul Atividade de linguagem textos e discurso por um interacionismo sociodiscursivo Trad Ana Rachel Machado P ricles Cunha S o Paulo Educ 1999 CALVINO I A combinat ria e a arte da narrativa In LUCCIONI G et al A atualidade do mito S o Paulo Duas Cidades 1977 p 75 80 CANDIDO Antonio A literatura e a forma o do homem Ci ncia e Cultura v 24 n 9 S o Paulo 1972 164 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA O direito liter
142. IT Beth Bakhtin outros conceitos chave S o Paulo Contexto 2006 p 161 194 GOLDSTEIN Norma Seltzer O texto sem mist rio leitura e escrita na universidade S o Paulo tica 2009 GOMES Nataniel dos Santos Deus entrou no universo dos super her is como a religi o tem usado os quadrinhos para proclamar suas doutrinas In __ Quadrinhos e transdisciplinaridade Curitiba Appris 2012 p 11 20 SILVA JR Jos Br ulio LEANDRO Hugo Augusto Tura a OLIVEIRA Let cia Reis TURA A ARANTES Ta s Quest es con tempor neas nas hist rias em quadrinhos Revista Ave Palavra UNE MAT v 1 2013 p 01 20 Dispon vel em lt http www2 unemat br avepalavra atual artigos natbrauturacasleticia pdf gt Acesso em 02 08 2014 GON ALVES Fl via Cavalcanti E os quadrinhos se renderam B blia o livro sagrado como fonte para gibis In GOMES Nataniel dos Santos RODRIGUES Marlon Leal Para o alto e avante Textos sobre hist rias em quadrinhos para usar em sala de aula Curitiba Appris 2013 p 295 322 RECHDAN Maria Let cia de Almeida Dialogismo ou polifonia Revis ta Ci ncias Humanas UNITAU vol 9 n 1 p 01 09 2003 Dispon vel em lt http site unitau br scripts prppg humanas download dialogismo N1 2003 pdf gt Acesso em 04 08 2014 OLIVEIRA Let cia Reis GOMES Nataniel dos Santos A intertextuali dade entre o Reino do Amanh e Apocalipse Revista Philologus n 55 p 54 64 2013 Disp
143. J ao aplicar a mesma pergunta a uma professora de geografia ob tivemos a mesma positividade da resposta por m com uma justificativa voltada a sua rea Assim respondendo que sim principalmente na dis ciplina onde leciono A geografia em muitos momentos hist ricos con tribuiu para doutrinar a popula o de acordo com a ideologia do Estado Profa Fab ola Lontra 2013 Ao aplicarmos a segunda pergunta que uma pergunta fechada onde questionamos se voc acha que os textos did ticos s o ideol gicos Todos os professores responderam que sim concordando que os textos s o ideol gicos Apesar de todos terem dito sim cada um justificou ao seu modo com seu jeito de pensar com sua ideologia O professor de Sociologia da Educa o disse que sim pois os autores apresentam suas teses e seguem uma determinada linha de pes quisa o que pode condicionar a reflex o dos alunos Prof Paulo Afon so do Prado 2013 Ainda discutindo a segunda quest o outra resposta foi muito per tinente e objetiva assim chamando a aten o para destac la pois nela a professora de pol ticas educacionais afirma com absoluta certeza se al go did tico n o for ideol gico por que estar amos fazendo educa o Profa Fernanda Waleska 2013 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 187 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Como demonstra as respostas acima citada
144. L TUFANO D Portugu s literatura gram tica e produ o de texto S o Paulo Moderna 2004 SENNETT R A corros o do car ter as consequ ncias pessoais do tra balho no novo capitalismo Rio de Janeiro Record 1999 SILVA E T Criticidade e leitura ensaios Campinas Mercado de Le tras ALB 1998 SOARES Magda Novas pr ticas de leitura e escrita letramento na ci bercultura In Educa o e Sociedade vol 23 n 81 p 143 160 S o Paulo Cortez 2002 SOUZA D M Autoridade Autoria e livro did tico In CORACINI M J R F Org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico l n gua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1999 TERUYA K T Trabalho e educa o na era midi tica Maring UEM 2006 VILLELA A M N Teoria e pr tica dos g neros digitais nos documen tos oficiais da rea de letras In RIBEIRO A E et al Orgs Lingua gem tecnologia e educa o Minas Gerais Peir polis 2010 p 163 176 150 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA PROPOSTAS DE ATIVIDADES A PARTIR DA LEITURA DE OBRAS LITER RIAS Renata da Silva de Barcellos CEJLL NAVE UNICARIOCA barcellos renata O hotmail com Literatura na escola ministra portanto boas li es ao professor revitalizando uma parceria centen ria com propostas inovadoras j testadas e aprovadas capazes de mostrar que o t
145. LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA N o se pode deixar que a educa o e que os textos did ticos se tornem armas alienadoras mas sim um instrumento de liberta o do in div duo em meio a tantas ideologias vigentes N o preciso apenas saber que um texto possui ideologias preciso identific las e analis las com criticidade para ir ao encontro das quest es ideol gicas e discuti las di minuindo assim a aliena o do leitor possibilitando uma transforma o da realidade Para tanto importante que a escola abra espa o para a problema tiza o da discuss o da ideologia nos textos Deve se permitir que o alu no ponha em reflex o os temas tratados tanto fora quanto dentro da esco la que n o acreditem em verdade absoluta Assim questionando as idei as de autores renomados e tidos como donos do saber Silva 2002 p 24 afirma que resulta da a recep o passiva e reprodutora dos textos tendo como sustent culo uma vis o de escola como transmissora de informa es como se os escritos privilegiados pe los professores n o pudessem ser objetos de cr tica Os textos n o devem ser considerados verdades absolutas pois ningu m dono da verdade e tudo e todos est o sujeitos a interpreta es e questionamentos variados Os textos t m que ser criticados e analisa dos pois s assim que a educa o poder formar leitores cr ticos com opini o pr p
146. NA NETO J A Discursos e gn lises Salvador Universidade Cat lica de Salvador p 11 22 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 71 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos O CONTRATO DE COMUNICA O NO JORNALISMO POPULAR UM ESTUDO SOBRE T TULOS DESVIANTES Wagner Alexandre dos Santos Costa UFF UFRRJ FEUC UFOA wagnerasc bol com br RESUMO Apresenta se neste artigo um estudo sociocognitivo sobre o processamento do texto em not cias populares Realizou se um experimento sobre a rela o entre as an tecipa es motivadas pela leitura do t tulo e posteriormente pelo entendimento global do texto ap s sua leitura completa Cinquenta e dois informantes realizaram ativida des teste com base em duas not cias extra das do jornal popular Meia Hora Palavras chave Sociocognitivismo Leitura Jornalismo popular 1 Considera es iniciais O conhecimento n o consiste apenas em uma cole o est tica de conte dos e experi ncias mas tamb m em habilidades para operar sobre tais conte dos e utiliz los na intera o social KOCH 2002 p 37 Na atividade de processamento do texto o leitor realiza diversas opera es como construir e reconstruir hip teses sobre o texto em ques t o tendo como refer ncia v rios elementos tais como o g nero o autor o estilo a finalidade do texto entre outros Este trabalho trata de um estudo sobre leitura como processo di n mic
147. OL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Cam pinas Campinas DSM IV Manual diagn stico e estat stico de transtornos mentais Porto Alegre Artes M dicas 1994 FAUCONNIER G Mental Spaces Aspects of Meaning Construction in Natural Language Cambridge Cambridge University Press 1994 Mappings in Thought and Language Cambridge Cambridge University Press 1997 SWEETSER E Spaces world and grammar Chicago London The University of Chicago Press 1996 TURNER M The Way We Think Conceptual Blending and the Mind s Hidden Complexities New York Basic Books 2002 FERRARI L Introdu o lingu stica cognitiva S o Paulo Contexto 2011 FREITAS N L Abordagem da linguagem na doen a de alzheimer es tudo sobre panorama brasileiro de pesquisa Dom nios de Lingu O gem vol 6 p 44 58 2012 GUEDES M B Espa os mentais leitura e produ o de resumos Vere das Revista de Estudos Lingu sticos Juiz de Fora vol 3 n 2 p 31 48 2000 MANSUR L L CARTHERY M T CARAMELLI P NITRINI R Language and Cognition in Alzheimer s disease Psicologia Reflex o e Cr tica vol 18 n 3 2005 MORATO E M O car ter sociocognitivo da metaforicidade contribui es do estudo do tratamento de express es formuladas por pessoas com afasia e com doen a de alzh
148. OLONIA Ana da Costa DESSEN Maria Auxiliadora Em busca de uma compreens o das rela es fam lia e escola Psicologia Escolar e Educacional vol 9 n 2 p 303 312 2005 ROJO Roxane Letramentos m ltiplos escola e inclus o social S o Paulo Par bola 2009 SOARES Magda Alfabetiza o e letramento caminhos e descaminhos Revista P tio n 29 p 19 22 2004 SARGO Claudete Org A pr xis psicopedag gica brasileira 1 ed S o Paulo ABP 1994 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 221 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos FORMA O DO LEITOR PERCEP O DO SENTIDO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA L NGUA PORTUGUESA Edma Regina Peixoto Barreto Caiafa Balbi UENF ebalbi23 hotmail com Daniela Balduino de Souza Vieira UENF dbalduino iff edu br Eliana Crispim Fran a Luquetti UENF elinafffO gmail com RESUMO O ensino da l ngua portuguesa tal qual ocorre na maioria das escolas brasileiras tem se configurado um desperd cio de tempo e energia O docente geralmente apre senta aos alunos de forma estanque regras que devem ser seguidas em suas produ es de texto Essa forma de ensino consolida no aluno a ideia de que h uma barreira intranspon vel entre o que se aprende na escola e situa es reais de uso da l ngua e is so impede o despertar de um interesse real do aluno sobre aspectos gramaticais e incu te nele a sensa o de que n o sa
149. ORTONI RICARDO MACHA DO E CASTANHEIRA 2012 p 12 Tamb m abordando o tema da necessidade de forma o de pro fessores letradores Bortoni Ricardo Machado e Castanheira 2013 p 17 consideram que a forma o do professor no Brasil vem negligenci ando a natureza mais pr tica metodol gica do ensino da leitura privile 214 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA giando os conte dos te ricos provenientes das ci ncias humanas Dessa forma algumas universidades de pedagogia n o v m formando profissi onais de ensino para esse fim uma vez que supervalorizam a teoria e menosprezam a pr tica O que as autoras prop em n o vem contrastar s proposi es de Kleiman 2008 ditas anteriormente mas postular que a preval ncia da teoria sobre a pr tica de ensino constitui um dos princi pais problemas educacionais no Brasil uma vez que n o prepara o pro fessor para o efetivo trabalho de sala de aula e no caso do professor le trador para ser um facilitador da compreens o leitora Al m da boa forma o acad mica voltada para a pr tica de ensi no outro quesito exigido do professor letrador Lajolo 2005 tratando das estrat gias motivacionais usadas pelos professores para levar seus alunos pr tica da leitura com o objetivo de ter uma sociedade democr tica alerta que os profissionais mais diretamente respons veis pela ini c
150. Para responder esta quest o de car ter inferencial cuja resposta correta a letra c o aluno precisa demonstrar capacidade de compreen s o e aprecia o ROJO 2001 acerca do texto compreens o essa que incide sobre elementos verbais e n o verbais O aluno necessita compre ender que h uma quebra de expectativa no que tange facilidade em li dar com o novo acordo ortogr fico gerada pela distin o entre a figura do sobrinho idealizada pelo tio e a realidade com a qual ele se depara Essa quebra pode ser percebida pelo aluno tanto pela linguagem verbal como pela n o verbal pois juntamente express o facial de perplexida de no terceiro quadrinho o tio afirma Melhor pensar em outra coisa Embora tenhamos caracterizado essa quest o como inferencial MARCUSCHI 2001 n o podemos deixar de ressaltar a forte nuance metalingu stica que nela se faz presente Isso porque ao mesmo tempo em que o aluno precisa compreender o que gera o efeito de humor ne cessita tamb m conhecer a metalinguagem das figuras de estilo a fim de responder quest o Al m disso precisa compreender ainda que a repe ti o de letras um tra o da escrita informal na internet Sobre a habilidade prevista no Curr culo Identificar as figuras de linguagem como hip rbole met fora e ironia que produzem efeito humor stico podemos dizer que foi contemplada pela quest o n o tendo sido explorada de modo a fazer prevalecer a metali
151. Portugu s LD7 L ngua Portuguesa Linguagem e Intera o LD8VI LD8V2 e LD8V3 Linguagem em Movimento LD9VI LD9V2 e LD9V3 Tantas Linguagens L ngua Portuguesa Literatura Produ o Textos e Gram tica e uso LDIOVI LDIOV2 e LDIOV3 Na tabela 3 1 da p gina seguinte poss vel observar a frequ n cia em que estas atividades aparecem no material pedag gico Para o ca so da ocorr ncia da atividade no livro analisado a frequ ncia informa da Os livros foram representados pelos identificadores apresentados no par grafo anterior A tabela 3 1 al m de apresentar a quantidade de ca da tipo de atividade nos livros analisados apresenta tamb m na ltima linha o total de atividades envolvendo a Internet em cada livro Tipos de Atividades LD10V2 LD10V3 LD1 LD2 LD3 LD4 LD5 LD6 LD7 LD8V1 LD8V2 LD8V3 LD9V1 LD9V2 LD9V3 LD10V1 Cria o ou troca de 3 1 1 2 3 e mails Participa o em chats Participa o em aulas virtuais Participa o em lista de discuss o Participa o em f runs 1 Cria o postagem em blogs Participa o em redes 1 sociais Participa o no Twitter 1 Leitura de not cias jornais on line Leitura de sites diversos 1 2 10 65 57 36 31 30 44 24 15 8 28 Utiliza o de sites de busca Utiliza o do Wikipedia Cria o de Hipertextos 1 2 1 Abordagem do internet s q 1 Utiliza
152. RO CIFEFIL 2014 27 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos AVALIA O E LEITURA PRESSUPOSTOS METODOL GICOS E SUA INFLU NCIA SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE L NGUA PORTUGUESA Silvio Ribeiro da Silva UFG shivonda gmail com RESUMO A tem tica desta atividade girar em torno das quest es referentes ao processo de ensino e aprendizagem de leitura e interpreta o de textos escritos na Educa o B si ca e de como a avalia o interfere neste processo contribuindo ou n o para a forma o de leitores proficientes Dessa forma ser o discutidas as formas de explora o do texto com objetivo de chegar sua compreens o atrav s da constru o do sentido en fatizando os desafios que o professor tem perante si no momento de propor atividades de ler e interpretar textos usando como precursor para as discuss es o conceito de lei tura e letramento Ser o o alvo desta discuss o tamb m as variadas formas de avali a o e a influ ncia que estas exercem sobre o ato de ler Os dados que far o parte da amostragem s o oriundos de pesquisa PIBIC CNPq em que o objetivo foi detectar at que ponto o livro did tico de portugu s instrumentaliza os alunos da educa o b sica para que se apropriem das habilidades e compet ncias mensuradas pela Prova Brasil objetivando colaborar com o bom desempenho dos alunos na avalia o Palavras chave Leitura Interpreta o de textos Constru o
153. S RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 37 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ser complicada demais para o entendimento rude do povo C b Na sua opini o o povo capaz de compreender a hist ria do mun do Por qu Resposta Resposta pessoal Sugest o Sim pois o povo sente na pele os efeitos das injusti as sociais hist ricas mis ria fome No texto utilizado como refer ncia para a atividade Jos Sarama go comenta que apesar do que muitas pessoas afirmam a hist ria do mundo pode ser sim compreendida pelo povo que talvez n o tenha tan ta instru o Nesse sentido a atividade prop e que os alunos se impo nham e expressem sua opini o dizendo se concordam ou n o com a afirma o de Saramago tendo o favorecimento de seus letramentos cr ti cos e protagonistas Tra amos a seguir o caminho pelo qual um aluno percorreria ao se dispor a responder esta atividade Primeiro faz se necess rio decodifi car o texto bem como o enunciado da atividade Sem decodifica o n o h leitura Por m reiteramos que aquela por si tamb m no se caracteri za como esta Por isso em seguida preciso que se utilize do conheci mento pr vio acerca do que compreender a hist ria do mundo Por fim deve se posicionar sobre o que a atividade questiona N o h uma nica resposta esperada A voz de cada aluno ouvida e portanto v rias res postas podem surgir para o mesmo questionament
154. XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Circulo Huminense de Estudos Hilol gicos e Linguisticos Universidade Est cio de S Campus Nova Am rica Rio de Janeiro 25 a 29 de agosto de 2014 ISSN 1519 8782 CADERNOS DO CNLF VoL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS 2 edi o revisada e aumentada RIO DE JANEIRO 2014 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos UNIVERSIDADE EST CIO DE S CAMPUS NOVA AM RICA RIO DE JANEIRO RJ REITOR Ronaldo Mota DIRETOR ACAD MICO Marcos Lemos VICE REITOR DE GRADUA O Vinicius Scarpi VICE REITOR DE PESQUISAS Luciano Medeiros VICE REITORA DE EXTENS O Cipriana Nicolitt C Paranhos GERENTE ACAD MICA DO N CLEO NORTE Elisabete Pereira DIRETOR DO CAMPUS NOVA AM RICA Natasha Monteiro GESTOR ACAD MICO DO CAMPUS NOVA AM RICA Luciano Rocha COORDENADORES ADMINISTRATIVOS DO XVIII CNLF Andr Lu s Soares Smarra C sar Augusto Lotufo 2 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Circulo Fluminense de Estudos Hilol gicos e Linguisticos Boulevard 28 de Setembro 397 603 Vila Isabel 20 551 185 Rio de Janeiro RJ eventos Ofilologia org br 21 2569 0276 http www filologia org br DIRETOR PRESIDENTE Jos Pereira da Silva VICE DIRETOR
155. YOTARD Jean Fran ois A condi o P s moderna 5 ed Rio de Ja neiro Jos Olympio 1998 p 3 10 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 241 Circulo Fluminense de Estudos Hilol gicos e Lingu sticos LYPOVETSKY Gilles La era del vacio Barcelona Anagrama 1990 MARCONDES Danilo Inicia o hist ria da filosofia dos pr socr ticos a Wittgenstein 12 ed Rio de Janeiro Zahar 2008 MORIN Edgar Os sete saberes necess rios educa o do futuro S o Paulo Cortez 2000 NOVAES Moacyr Nota sobre o problema da Universidade em Agosti nho do ponto de vista da rela o entre f e raz o Cadernos Hist ria da Filosofia e Ci ncia Campinas Unicamp 1997 7 vol n 2 SES Bernard Agostinho o convertido 6 ed Trad Magno Vilela S o Paulo Paulinas 2007 VASCONCELLOS Maria Jos Esteves Pensamento sist mico novo pa radigma da ci ncia Campinas Papirus 2002 WEBER Max 4 tica protestante e o esp rito do capitalismo S o Pau lo Pioneira 1992 242 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA INTERPRETA O DE PIADAS POR SUJEITOS COM A DOEN A DE ALZHEIMER ABORDAGEM SOCIOCOGNITIVA Nath lia Luiz de Freitas IFSULDEMINAS nathaliadefreitas O yahoo com br Paulo Henrique Aguiar Mendes UFOP RESUMO As estruturas lingu sticas n o portam significados mas fornecem pistas para q
156. a cr tica poesia gra a e leveza Como diz Candido 1992 p 16 a linguagem simpl ria faz com que haja maior proximidade entre as normas da l ngua escrita e da l ngua falada pois o cronista elabora seu texto semelhan a de um di logo entre ele e o leitor Sendo assim na cr nica como na l ngua falada n o cabe a sintaxe rebuscada com invers es frequentes com o vocabu l rio opulento por isso ela opera milagres de simplifica o e natura lidade demonstrando a busca da oralidade na escrita isto de quebra de artif cio e de aproxima o com o que h de mais natural no modo de ser do nosso tempo No dizer de S op cit p 11 tal dialogismo equilibra o colo quial e o liter rio permitindo que o lado espont neo e sens vel permane a como elemento provocador de outras vis es do tema assim como acontece em nossas conversas di rias e em nossas reflex es A cr nica relata ent o uma circunst ncia um pequeno aconteci mento do dia a dia transformando o em um di logo sobre a condi o humana isso porque o cronista com seu toque de lirismo reflexivo capta o instante brev ssimo e lhe confere a dignidade de um n cleo estruturante de outros n cleos Sobre isso leia se Arrigucci 1999 p 15 o cotidiano surge como o lugar da mistura artisticamente fecunda pois vi ra uma esp cie de modelo de vida real para o escritor onde o mais alto apa rece mesclado ao
157. a acima Minayo 1994 diz que O caminho do pensamento e a pr tica exercida na abordagem da realida de Neste sentido a metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e est sempre referida elas L Enquanto abrang ncia de concep es te ricas de abordagem a teoria e a metodologia caminham juntas intrincavelmente insepar veis Enquanto con junto de t cnicas a metodologia deve dispor de um instrumental claro coeren te elaborado capaz de encaminhar os impasses te ricos para o desafio da pr tica MINAYO 1994 p 16 Com a aplica o do question rio aos professores foi poss vel ob servar instantaneamente duas situa es opostas Alguns professores se demonstraram inteiramente interessados e comprometidos em responder o question rio seriamente A situa o oposta a esta descrita anteriormen te foi quando nos deparamos com a professora M totalmente insegura e desinteressada em responder o question rio A mesma se recusou res ponder logo ap s a apresenta o do tema possibilitando assim a obser va o de sua inseguran a e medo de responder Pudemos inferir que o motivo de tamanha inseguran a poderia passar pelo fato de haver se for mado h muito tempo e n o buscar atualiza es profissionais constantes Os oito professores participantes interagiram com o tema e com o pesquisador mostraram grande satisfa o e seguran a ao responder o question rio Estes mergulharam no tema e respond
158. a compensar problemas de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 23 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos leitura causados por d ficit lingu stico enfatiza se o ensino de estrat gias de leitura As estrat gias ensinadas sinalizam aspectos semiolingu sticos dos textos que servem de pistas para a constru o do sentido Todas as se es de leitura s o baseadas no ensino de estrat gias e culminam com a se o In Charge que inclui atividades de leitura entre outras e cujo ob jetivo a autonomia ou seja a aplica o das estrat gias aprendidas Se ria ent o o ensino de estrat gias de n vel semiolingu stico de constru o de sentido suficiente para o desenvolvimento da leitura aut noma em sentido pleno Inclusive a leitura cr tica Assim como o material de portugu s carece do ensino de estrat gias o material de ingl s carece de atividades que oportunizem a pr tica de opera es de n vel discursivo de constru o de sentido como por exemplo atividades que explorem g neros textuais e intertextualidade Sob a perspectiva dial gica do ensino de leitura que fundamenta este estudo o conceito de g nero como manifesta o de cultura enfati zado no ensino da leitura em portugu s principalmente por meio do tra balho com textos liter rios deveria ser aplicado ao ensino de leitura em l ngua estrangeira sob a forma de estrat gia de leitura Nesse sentido de
159. a compreens o visto que as infer ncias necess rias para relacionar diferentes partes discretas do texto em unidades coerentes dependem tamb m do conhecimento sobre o mundo Segundo Dell Isola 2001 p 44 Infer ncia um processo cognitivo que gera uma informa o sem ntica nova a partir de uma informa o sem ntica anterior em um determinado con texto N o ocorre apenas quando o leitor estabelece elos lexicais organiza redes conceituais no interior do texto mas tamb m quando o leitor busca ex tratexto informa es e conhecimentos adquiridos pela experi ncia de vida com os quais preenche os vazios textuais Ainda assim a realiza o de infer ncias n o resolve o problema do processamento do texto Por essa raz o Koch 2008a p 136 afirma 8 Sol 1998 p 40 tamb m considera que na atividade de leitura e compreens o o leitor ativo processa e atribui significado ao que l 74 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA que o leitor pode n o realizar as infer ncias desejadas pelo escritor Nes se caso reconhecido o engano o leitor poder proceder a uma rean lise do texto mal compreendido Conforme a autora op cit a maior parte dos enganos est associada ao estabelecimento de infer ncias n o deseja das preciso ainda considerar que a atividade de referencia o muitas vezes feita a conte
160. a da l n gua em uso pois sendo ela produto imediato do processo comunicativo lingu stico facilitada pela biologia do desenvolvimento humano mas ainda h tentativas de consenso entre linguistas procurando definir al guns aspectos liga oralidade not rio a frequ ncia de uso desta em re la o l ngua escrita Os pesquisadores est o buscando um consenso a partir de conceitos de coes o e coer ncia admitindo se a exist ncia de 66 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA diferen a entre coes o coer ncia na escrita e coes o coer ncia na lingua gem oral Assim a oralidade um dos elementos que ajudam no desen volvimento da aprendizagem e devido a caracteriza o de intera o exis tente na fala constru da dentro das rela es sociais bem como na escrita e podemos salientar desse modo a necessidade de aperfei oamento por parte do grupo em estudo nesse continuum para que possam aprender a lidar de forma coerente com a linguagem nas mais variadas circunst n cias em que seja necess rio o uso da oralidade ou escrita dentro das rela es humanas E nesse aspecto o Instituto Federal do Amap IFAP campus La ranjal do Jari tem fomentado junto a administra o da COMAJA a pos sibilidade de oferecer cursos de capacita o m o de obra utilizada den tro da cooperativa O programa mulheres mil do Governo Federal de
161. a do entendimento frequente acontece pelo reconhecimento das coisas e das pessoas atrav s dos no mes ainda que pronunciados de modo monossil bico por uma crian a que est em processo de constru o da l ngua oral contudo a seguir sur 5 Segundo do dicion rio Houaiss o termo intera o a influ ncia ou a o m tua entre coisas e ou seres A intera o vista como algo que influencia e sofre influ ncia Neste sentido pode ser con fundida com interacionismo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 57 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos gem as necessidades caracter sticas desse processo a serem atendidas o balbucio para articula o de papai mam e at chegar a formula o de palavras corretas frase ora es e assim por diante ap s determinada idade ela j consegui construir um di logo com seus entes A oralidade vai sendo incorporada naturalmente conforme a maturidade do corpo humano Marcuschi 2001 afirma que a fala uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia da maioria das pessoas por m grande o espa o existente entre a l ngua oral e a l ngua escrita Sabendo se que um dos primeiros contatos do ser humano durante o processo de desenvolvimento comunicativo com a oralidade e n o com a escrita fi ca evidente a necessidade inicial de uma centraliza o oral da comunica o opondo se desse modo ao processo de e
162. a gama de recursos cogniti vos para realiz la Al m disso porque permite supor ainda que as re presenta es sobre a realidade n o s o evidentes e sim tricas no processo de interlocu o envolvendo pois colabora es m tuas Tamb m DelPIsola 2001 p 37 define leitura como atividade in terativa ao dizer que Ler interagir construir significado para o tex to Segundo ela op cit o leitor mobiliza v rios conhecimentos neste processo conhecimentos e cren as sobre o mundo sobre diferentes g ne ros de texto de sua organiza o e estrutura lexicais sint ticos sem nti cos discursivos e pragm ticos Nessa atividade de leitura constru o do sentido segundo Klei man 2008 p 13 o papel do conhecimento pr vio lingu stico textual de mundo figura como fundamental visto que o sentido do texto cons tru do a partir da rela o com o que o leitor j sabe Assim preciso que autor e leitor se comuniquem em uma l ngua conhecida por ambos e que dominem certas no es e conceitos sobre o texto por exemplo sobre as estruturas e tipos de texto mobilizados no discurso N o menos importante o conhecimento de mundo que envolve as experi ncias vivenciadas e compartilhadas pelas pessoas e que podem ser mobilizadas no preenchimento de lacunas no processo de interpreta o Dessa forma como diz Kleiman 2008 p 25 a ativa o do conhe cimento pr vio de suma import ncia para
163. a institui o atrav s da abordagem de pontos relacionados a outras mat rias como geografia hist ria sociolo gia de modo a oferecer um conte do diversificado ao discente De acordo com essa proposta pode se explorar a obra Xingu que apresenta um vi s ecol gico e social Muitas partes da hist ria surgiram da experi ncia do autor S rgio Macedo com a conviv ncia dos ndios caiap s do Parque Nacional do Xingu em Mato Grosso O livro conta as aventuras do estrangeiro Vic Voyage protagonista de outros lbuns de aventura na regi o do pantanal mato grossense e de sua viv ncia entre os ndios liderados pelo cacique Raoni O estrangeiro toma conhecimen to da amea a do homem branco que p e em risco a seguran a e a liber dade dos povos ind genas e da pr pria natureza A partir do enredo o professor pode propor debates na sala de aula objetivando discutir as di feren as culturais pertinentes a cada ra a e o desrespeito aos direitos hu manos Em entrevista ao site http gibitecacom blogspot com br Macedo 116 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA e descreve a sua produ o da seguinte forma o livro estritamente cronol gico N o tem nada de fic o did tico pedag gico como um document rio com come o e fim Do mesmo autor temos o t tulo Po vos Ind genas que tamb m trata de aspectos culturais dos
164. a leitura para alcan ar metas na vida PI SA enfoca a leitura para a aprendizagem e n o a aprendizagem da leitu ra PISA 2010 p 23 acessado em 23 09 2010 Tais princ pios subja zem ainda atual proposta das pol ticas p blicas de educa o no Brasil cujo foco o aspecto dial gico interacional da leitura meio de apren der a aprender As no es de saberes e compet ncias recebem nfase no texto dos Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio Os documentos oficiais ressaltam que a leitura deve ser o eixo do ensino de l ngua materna e de l ngua estrangeira igualmente e deve ser orientado por uma perspectiva discursiva e textual Com rela o l ngua portuguesa baseando se no bin mio com preens o produ o leitura e escrita em oposi o ao ensino de gram tica os Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio concebem l ngua texto enunciado como no es intrinsecamente relacionadas e a leitura como processo de intera o e instrumento de constru o do pensamento simb lico parece animar no sentido de fazer existir o processo de ensino aprendizagem da l ngua Do mesmo modo com rela o ao ensino de l ngua estrangeira os Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio enfatizam que o mesmo de responsabilidade da escola e n o de institutos especiali zados e instituem que este se baseie em uma abordagem discursiva e textual da leitura Parece po
165. a local ainda n o tem pistas do criminoso Uma equipe do Servi o de Atendimento M vel de Urg ncia Samu foi at o local onde constatou bito por disparos de arma de fogo O crime aconteceu a 65 km de Maring uma das principais cidades do Paran At o anivers rio pr ximo N o deu tempo Ele era viciado em drogas e os traficantes j tinham ido na casa dele para cobr lo Al m disso meu neto havia denunciado uns bandidos pol cia e eles tinham jurado vingan a Tentei tir lo da droga mas n o deu tempo lamentou a aposentada Maria Cec lia Gerv sio Santana av de Luan Santana Antunes enquanto aguardava libera o do corpo no IML Hom nimo do cantor sertanejo Luan Santana a v tima nasceu no mesmo m s do cantor s que um ano depois em 3 de mar o de 1992 O Luan Santana ar tista e famoso de 13 de mar o de 1991 Meia Hora 01 12 2011 Ap s a aplica o e an lise obtivemos os seguintes resultados re lativos macroestrutura sem ntica inferida pelos informantes 82 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Tabela 5 O novo card pio da cadeia P o com Ovo Etapa 3 MACROESTRUTURA ATRIBU DA POR QUANTIDADE DE PERCENTUAL OCASI O DA LEITURA COMPLETA DA INFORMANTES NOT CIA Consideraram a pris o de um bandido apeli 52 100 dado por P o com ovo ser o tema da not cia Totais 5
166. a mesma quest o um professor de sociologia da educa o que n o concorda inteiramente que o curso normal seja ideol gico Ele nos diz que Em certo ponto Porque tenho a esperan a de utilizar a educa o como mediadora da transforma o social Desse modo acabo por passar ao alunado essa vontade Contudo a pr tica posterior n o daria conta de oferecer todos os subs dios para o trabalho que deveria ser desenvolvido Prof Paulo Afonso do Prado 2013 professor de sociologia da educa o Assim a quarta quest o teve suas respostas em maioria sim onde os professores relatam que acreditam que o curso ideol gico mas cada um acredita tamb m que trabalha para incentivar o esp rito cr tico do alunado para que possam ser os autores de suas pr prias ideias pen samentos e etc Dos oito professores que responderam sete deles disse ram que concorda e apenas um disse que concorda em certo ponto A quinta quest o tr s o professor como um profissional formador de indiv duos e ideias sendo assim foi perguntado a eles se acreditam que a ideologia presente nos textos quando n o trabalhada contribui para DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 189 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos a aliena o do indiv duo e por que Com a pergunta lan ada v rias foram as respostas pois cada professor respondeu de um jeito com palavras di ferentes com conceitos e filosof
167. a predominante e toda a verdade era atribu da ao sobrenatural tudo era revelado por uma inspira o divina Os deuses eram considerados respons veis por todos os fen menos naturais e a popula o acreditava cegamente na liga o en tre estes acontecimentos e os deuses Os mitos caracterizam este per odo hist rico Em sua obra Pensamento sist mico novo paradigma da ci n cia Vasconcellos ressalta que o mito ou mythos uma forma de conhe cimento inspirada pelos deuses sem preocupa o de coloc lo prova as narrativas tamb m retratam bem esta poca No final da antiguidade os mitos perdem espa o para o logos a raz o a ci ncia e suas verdades O per odo que se compreende de cerca de 4000 a C at 476 d C caracte rizou se pela abordagem racional e filos fica das coisas sejam por meio dos discursos ou por meio de demonstra es Ou seja a racionalidade as sumia seu espa o As principais consequ ncias foram a nega o do sen s vel a submiss o raz o a exclus o da subjetividade entre outras coisas mais Neste sentido a busca de verdade se d pela raz o pela experimen ta o dedu o e indu o A descoberta da raz o ou do logos significou o grande avan o da humanidade F e raz o formam um casamento perfei to A f ilumina a raz o Para Agostinho a raz o come ou com a f Acredite e voc vai entender foi o princ pio de funcionamento de tudo Ele entendeu que muito do que chamado
168. a vida huma na L se livro jornal bula de rem dio relat rio placa de tr nsito carta e mail panfleto outdoor dentre os in meros textos escritos presentes no cotidiano social Para n o ficar s no mundo da escrita Martins 2006 postula que poss vel tamb m realizar leituras de objetos imagens ges tos atitudes express es pessoas ambientes situa es Contudo o con tato com o texto s representar sentido para o leitor se estiver relaciona do a uma necessidade experi ncia ou fantasia deste As experi ncias vi vidas desde o nascimento v o se acumulando na mem ria do sujeito possibilitando a ele a aferi o de sentido ao que l Sendo assim Martins 2006 afirma que pesquisadores da linguagem consideram n o ser ape nas o conhecimento da l ngua o que conta para se realizar a leitura e sim todo o sistema de rela es interpessoais entre as v rias reas do co nhecimento e da express o do homem e das suas circunst ncias de vida MARTINS 2006 p 12 Kleiman 2013 p 38 chega a dizer que leitu ra que n o surge de uma necessidade para chegar a um prop sito n o propriamente leitura Sobre as principais concep es que se t m de leitura Koch e Elias 2012 destacam tr s que se distinguem pela concep o de sujeito de l ngua de texto e de sentido que se adota A primeira concep o tem seu foco no autor dessa forma a l ngua uma representa o do pensamento o sujeito visto
169. acial demonstra irrita o e dom nio pelo grupo dos menores que s o subjugados embora se mostrem alegres A segrega o se d por for a por tamanho possivelmente por idade o que n o fica bem expl cito na tira e pela ra a a partir do momento que se faz a distin o de cor entre os componentes do grupo que considera do inferior Neste caso a mensagem transmitida na tira fere os direitos humanos que n o s o respeitados de acordo com os artigos II e VII p 1 1948 ID Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades es tabelecidos nesta Declara o sem distin o de qualquer esp cie seja de ra a cor sexo l ngua religi o opini o pol tica ou de outra natureza origem naci onal ou social riqueza nascimento ou qualquer outra condi o VII Todos s o iguais perante a lei e t m direito sem qualquer distin o a igual prote o da lei Todos t m direito a igual prote o contra qualquer discrimina o que viole a presente Declara o e contra qualquer incitamento a tal discrimina o Os quadrinhos tiveram sua propaga o inicialmente atrav s dos jornais como entretenimento mas ganhou destaque mundial com as pro du es de super her is Consequentemente as hist rias em quadrinhos acabaram tornando se um meio de comunica o de massa cada vez mais popular Segundo Cirne 1970 p 45 126 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NA
170. ado que dentro do mundo dos quadrinhos existe a graphic novel iremos abordar um pouco sobre ela visto que uma discuss o per tinente nesse t pico Para tanto relevante para a continuidade da leitura explicarmos o que significa o termo graphic novel por tanto O termo geralmente usado para referir se a qualquer forma de quadrinho de longa dura o o an logo na arte sequencial Pode ser aplicado a trabalhos que foram publicados anteriormente em quadrinhos peri dicos ou a trabalhos produzidos especificamente para publica o em formato livro Uma graphic novel n o precisa ser voltada para o p blico adulto s vezes necess rio apenas que tenha uma boa estrutura e um vis vel grau filos fico ALMADA 2012 p 138 n tido nas leituras de grandes graphic novels n o s em Watchmen como em outras por exemplo Asterios Polyp de autoria Da vid Mazzucchelli 2011 a boa estrutura como o grau filos fico o traba lho com os tra os o fluxo narrativo e assim por diante Como mencionamos na introdu o desse artigo que um dos pon tos que tamb m quer amos atingir era encaixar Watchmen na arte p s moderna nesse sentido Guerra 2013 p 154 nos diz ora em uma sociedade ca tica p s moderna com as leis e princ pios morais cada vez mais desacreditados natural que as hist rias em quadrinho sigam essa mesma linha E em meio a esta realidade p s moderna claramente a figu ra do her i cl ssico entra em decl
171. ador por Aluno uma iniciativa da Pre sid ncia da Rep blica promovida estruturada e coordenada em conjunto com o MEC O projeto foi estruturado de modo a se integrar aos planos e projetos educacionais de tecnologia educacional O projeto inicial foi idealizado pelo pesquisador norte americano Nicholas Negroponte e era intitulado One Laptop Per Child Um Laptop para Cada Crian a OLPC Foi apresentado no F rum de Davos em 2005 e tinha como principal objetivo garantir a todas as crian as o direi to ao seu pr prio computador especialmente as crian as mais pobres No Brasil o projeto foi recontextualizado e passou a se chamar um computador por aluno e est apoiado na perspectiva de que a dis DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 47 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos semina o do laptop educacional com acesso internet pode ser uma po derosa ferramenta de inclus o digital de melhoria da qualidade da edu ca o e inser o da ind stria brasileira no processo objetivos centrais do Programa O Projeto UCA se organizou em duas fases Fase I Experimen ta o Fase II Piloto As primeiras vers es do laptop educacional foram doadas ao go verno brasileiro por tr s empresas Intel ClassMate Encore Mobilis e OLPC XO Os testes e experimenta es com os laptops ocorreram em cinco escolas p blicas de cinco munic pios brasileiros que empreende ra
172. adri nhos e podemos destacar algumas obras indianistas pertencentes pri meira fase liter ria do romantismo brasileiro O Guarani que narra a de vo o e fidelidade do ndio goitac Peri Cec lia uma jovem de fam lia portuguesa na trama ocorrem situa es que geram o ataques da tribo dos Aimor s contra os homens brancos Iracema hist ria de uma ndia ta bajara Iracema e do soldado portugu s Martim Soares Moreno a obra uma representa o simb lica da forma o da na o brasileira e que mos tra os primeiros contatos entre o ndio e o homem branco ambas do au tor Jos de Alencar Outro cl ssico nacional apresentado de forma bem interessante o poema pico Juca Pirama de Gon alves Dias narrati va dos fatos her icos de tribos ind genas Uma literatura agrad vel que re ne duas linguagens a verbal adaptada ao atual uso da l ngua e a visual com desenhos bem tra ados e coloridos colaborando para que a leitura deixe de ser uma atividade de sinteressante passando ao status de tarefa de entretenimento entre os alu nos Dessa maneira poss vel fazer uma liga o entre grandes autores nacionais e um p blico que estaria consideravelmente afastado deles Outros t tulos podem ser utilizados pelo professor de l ngua por tuguesa com a finalidade de destacar os aspectos lingu sticos no texto evidenciados no contato comunicativo entre as etnias e tamb m promo ver o trabalho interdisciplinar n
173. ais quando os boletins s o entregues e uma lista de reclama es e re comenda es dada numa tentativa de dirimir o fracasso escolar estam pado na quantidade de notas baixas de um n mero expressivo de alunos verdade que muito desse fracasso reflexo de experi ncias frequentes de situa es de estresse ansiedade e medo que a crian a vive no ambien te familiar e que dificultam sua intera o com outras pessoas levando o aluno a exibir um repert rio de comportamentos limitados para lidar com o seu ambiente Contudo uma atitude mais estrat gica dever ser buscada pela escola numa intera o efetiva com a fam lia a fim de unir essas du as institui es em busca de um resultado comum a profici ncia leitora da crian a que ir conduzi la a bons resultados em todas as disciplinas escolares Leite e Tassini afirmam que Quando pais e professores man t m boas rela es as condi es para um melhor aprendizado e desenvol vimento da crian a podem ser maximizadas apud POLONIA amp DES SEN 2005 p 304 Como sugest o de atividade envolvendo a intera o escola fam lia Maimoni e Ribeiro 2006 apresentam um experimento de aprendizagem mediada em que o agente mediador seleciona e ordena as aprendizagens de acordo com sua realidade cultural s As pesquisadoras buscaram respaldo nos estudos de Linhares 1995 Beyer 1996 e Bo quero 1998 que apoiados em Vygotsky relacionaram a experi ncia de aprendizagem me
174. al apropriado e cabe ao pro fessor conferir se tudo o que foi pedido est ali Se sim boa nota boa avalia o bom aluno Se n o nota ruim m avalia o e um aluno que n o aprende n o se esfor a e por isso deve ser reprovado pois n o tem condi es de acompanhar a turma Parece simples mas n o Este tipo de atividade faz parte do processo de ensino e aprendi zagem de leitura constituindo se numa atividade voltada ao desenvolvi mento e ou amplia o de um letramento escolar Mas sozinho descon textualizado sem a media o do professor n o exerce a sua fun o de estimular a profici ncia em leitura dos alunos Atividades de decodifica o devem funcionar como o degrau para que o aluno alcance o que pre gam outras concep es de leitura Enfim deve se decodificar mas n o parar por a O resultado da decodifica o deve ser utilizado como ins trumento para compreens o e por fim objetivando o processo de apreci a o e r plica DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 35 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Dessa forma atividades de leitura que estimulam apenas o traba lho com a decodifica o devem ser trabalhadas em sala de aula com o aux lio do professor pois este pode propor aos seus alunos outros questi onamentos al m daqueles que podem ser resolvidos com a simples c pia de informa es do texto Com esta atividade seria poss v
175. almente caracterizados por sua estabilidade como di mens es cognitivas identific veis e evoc veis bem como pela organiza o interna das informa es que os comp em e pela flexibilidade de sua instancia o de acordo com as necessidades locais manifestadas SA LOM O 1999 ii Molduras comunicativas os frames molduras em que as experi n cias s o encaixadas mobilizados no evento por meio dos quais poss vel identificar a natureza das atividades comunicativas em curso iii Esquemas gen ricos esquemas conceptuais de car ter abstrato refe rentes a expectativas desencarnadas As proje es entre dom nios por seu turno s o respons veis pela transfer ncia de informa es entre enti dades do mesmo ou de outro dom nio o que expande a significa o do primeiro para o segundo item de forma a gerar novos significados DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 249 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos As proje es de conceitos realizadas entre dom nios t m car ter fundamental para o desenvolvimento da mesclagem blending um pro cesso cognitivo que opera sobre dois espa os mentais com a finalidade de projetar sentidos em um terceiro espa o o espa o mescla FAU CONNIER SWEETSER 1996 Os significados projetados no espa o mescla espa o transit rio em que as informa es advindas dos espa os mentais de origem s o organizadas s o associados em novo
176. aluno o senso cr tico e criativo Orientando o a ler observar a ideologia e analis la de acordo sua realidade princ pios e progres so cient fico e tecnol gico se n o o fizermos poder ocorrer a aliena o Professor de Ensino Religioso Matem tica 2013 A professora de artes nos coloca indiv duos racionais como seres sociais por natureza que aprendemos ao entrarmos em contato com o di ferente e em diferentes ambientes Assim ela afirma que A oportunidade de aprendizagem deve estar em todo canto na fam lia na escola na vida As oportunidades de reflex o presentes nos textos devem ser exploradas e discutidas a fim de despertar cada vez mais o ser cr tico e social que existe em cada um Profa Leila Araujo 2013 Por sua vez a professora K relata sua atua o como formadora de seres humanos cr ticos da seguinte maneira Como formadora de indiv duos tenho que auxiliar conduzir e orientar as ideias e informa es que o livro did tico venha trazer para que os alunos n o 190 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA fiquem s dependendo das mesmas mas busquem se informar e formar cr ti cas daquilo que est sendo discutido dentro da sala de aula K professora de literatura 2013 Notamos que todos professores v m trabalhando em prol da for ma o cr tica de seus alunos buscado em sua a o de trabalho formar pes
177. alzheimer Espera se que este trabalho figure como uma contribui o ainda que m nima para a abor dagem da doen a de alzheimer em seus mbitos acad mico e cl nico REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BENSON D F ARDILA A Aphasia A Clinical Perspective Oxford Oxford University Press 1996 BEILKE H NOVAES PINTO R C A narrativa na dem ncia de al zheimer reorganiza o da linguagem e das mem rias por meio de pr ticas dial gicas Estudos Lingu sticos vol 39 n 2 p 557 567 2010 CHIAVEGATTO V C Um olhar sobre o processo cognitivo de mes clagem de vozes Veredas Revista de Estudos Lingu sticos Juiz de Fora UFJF vol 3 n 1 p 97 114 jan jun 1999 Introdu o lingu stica cognitiva Matraga Rio de Janeiro vol 16 n 4 jan jun 2009 p 77 96 COSCARELLI C V Entrevista Uma conversa com Gilles Fauconnier Revista Brasileira de Lingu stica Aplicada vol 5 n 2 p 291 303 2005 COUDRY M I H POSSENTI S Do que riem os af sicos Cadernos de Estudos Lingu sticos UNICAMP vol 24 p 47 57 1993 CRUZ F M Linguagem intera o e cogni o na doen a de alzheimer 2008 Tese Doutorado em Lingu stica Instituto de Estudos da Lin guagem da Universidade Estadual de Campinas Campinas DONZELI C P interpreta o de piadas por af sicos aspectos lin gu sticos e sociocognitivos 2008 Disserta o Mestrado em Lingu stica 266 CADERNOS DO CNLF V
178. alzheimer em fase inicial e que as altera es pragm ticas configuram o d ficit lingu stico mais prevalente nesse est gio BEILKE NOV AES PINTO 2010 a utiliza o da perspectiva dial gica adotada neste estudo pode fornecer evid ncias desses preju zos de linguagem Conforme assinalam os referidos autores Ocorre que por serem mais sutis altera es de linguagem em est gio inicial nor malmente n o s o notadas nas entrevistas iniciais nem detectadas nos testes neuropsicol gicos BEILKE NOVAES PINTO 2007 Com rela o ao mbito da Lingu stica a problem tica dos d ficits lingu sticos causados pela doen a de alzheimer j foi abordada em Neu rolingu stica sob diversas perspectivas como por exemplo na das alte ra es de linguagem nas fases iniciais dessa doen a ORTIZ BERTO LUCCI 2005 na da interpreta o de express es formuladas por porta dores de doen a de alzheimer MORATO 2008 na constru o de narra tivas por sujeitos diagnosticados com doen a de alzheimer BEILKE NOVAES PINTO 2010 e na de uma vis o geral sobre a rela o entre linguagem intera o e cogni o em tal patologia MANSUR et al 2005 CRUZ 2008 Contudo ainda n o foram realizados estudos sobre a in terpreta o de humor por sujeitos diagnosticados com doen a de alzhei mer investiga o esta que pode fornecer subs dios para a compreens o dos mecanismos subjacentes s pr ticas lingu stico cognitivas dos su
179. am af sicos parece duplamente instigante apresentando se como solu o saturada pelas ricas caracter sticas do material lin gu stico e pelas caracter sticas do usu rio em quest o COUDRY POS SENTI 1993 p 48 mais instigante ser a investiga o sobre a interpre ta o de piadas por sujeitos diagnosticados com doen a de alzheimer que t m o comprometimento dos processos cognitivos como tra o fun damental 3 Metodologia Tendo em vista que segundo postula a teoria da relev ncia no processo de comunica o o interlocutor deve decodificar o input via um percurso de esfor o m nimo preferencialmente e ativar informa es que est o armazenadas na mem ria para conseguir inferir o sentido intencio nado pelo locutor sujeitos acometidos por algum tipo de d ficit de me 258 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA m ria podem ter dificuldades que afetam o processamento comunicacio nal Isso porque embora tal indiv duo traga consigo os princ pios cogni tivo e comunicativo da relev ncia a atua o mn mica ineficiente tende a demandar maior esfor o de processamento dificultando a produ o de efeitos cognitivos satisfat rios pass veis de contribuir para a formula o de infer ncias sobre o sentido pretendido pelo locutor em um est mulo comunicacional Conforme j salientado a perspectiva sociocognitiva entend
180. ane amente nessa perspectiva que se fala da fun o social da leitura Ela n o deve ser ensinada meramente por raz o funcional mas sobretudo pelo significado que ela adquire para o aluno em sua viv ncia em sociedade na escola que a orienta o leitora n o propiciada em ambiente familiar vai acontecer Sendo assim a escola tem uma import ncia significativa nesse processo haja vista ela ter a responsabilidade de criar para a crian a que n o viveu o processo de letramento em sua casa um ambiente prop cio para que isso aconte a Dar crian a acesso aos m ltiplos g ne ros textuais uma das a es priorit rias da escola no que se refere ao le tramento O aluno precisa perceber que a mensagem contida num outdo or por exemplo importante para ele que um informe veiculado num panfleto distribu do na rua pode conter algo de seu interesse e de sua fa m lia Precisa tamb m perceber que a leitura de livros pode proporcionar a ele n o apenas aquisi o de conhecimento mas tamb m entretenimento 210 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA e lazer aspectos importantes para sa de mental e emocional do ser hu mano Nas estrat gias usadas pela escola para formar leitores ela precisa respeitar a liberdade do aluno na escolha de textos que desejam ler A obrigatoriedade n o combina com a ideia que se transmite ao aluno de que
181. anto o sujei to realiza atividades cotidianas Assim o espa o mesclado consiste no resultado da combina o de no m nimo dois espa os mentais a partir dos quais a mente imagina identidades e cria um terceiro espa o atrav s da integra o dessas atividades Conforme Fauconnier 1997 a mescla um poderoso processo de constru o de sentido online din mica flex vel e ativa no pensamento Para que a mesclagem ocorra necess rio que pelo menos qua tro dom nios sejam ativados dois espa os mentais de origem um espa o gen rico e o dom nio mescla que abarcar tra os dos demais dom nios FAUCONNIER 1997 S o exigidos esses componentes em raz o de segundo assente Salom o 1998 o princ pio central da cogni o humana corresponder proje o entre dom nios do que adv m o fracionamento bem como transfer ncia de informa o e processamento do sentido Os dom nios s o constitu dos com base em agrupamentos de conhecimentos oriundos de experi ncias os quais s o estruturados e organizados po dendo ser classificados em dom nios est veis e em dom nios locais os espa os mentais Os dom nios est veis consistem no legado da humanidade haja vista que se referem s estruturas de mem ria pessoal ou social esque mas e frames evocados em opera es de significa o S o de tr s or dens 1 Modelos cognitivos idealizados ide rios constru dos em sociedade e veiculados cultur
182. ar metros curriculares nacionais para o ensino m dio Parte II linguagens c digos e suas tecnologias Bras lia MEC 2000 BRASIL Par metros curriculares nacionais terceiro e quarto ci clos do ensino fundamental l ngua portuguesa Bras lia MEC 1998 BRITO Luiz Percival L Inquietudes e desacordos a leitura al m do bvio Campinas Mercado das Letras 2012 KLEIMAN Angela B Texto e leitor aspectos cognitivos da leitu ra Campinas Pontes 2013 KLEIMAN Angela B MORAES S lvia E Leitura e interdisci plinaridade tecendo redes nos projetos da escola Campinas Mercado das Letras 1999 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 229 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos HUMANIDADES E OS PARADIGMAS DA FE E DA RAZ O NA POS MODERNIDADE Jos Severino da Silva UNIGRANRIO cap prof jose O yahoo com br L cia In s Kronemberger Andrade UNIGRANRIO lines Qunigranrio com br RESUMO Este trabalho versar sobre as mudan as ocorridas no campo da f e da raz o na atualidade Desde a Idade M dia a quest o da f e da raz o vem sendo estudada por diversos pensadores dentre eles Santo Anselmo Santo Agostinho S o Tom s de Aquino Cop rnico Galileu Descartes entre outros Modelos padr es e verdades que por s culos foram incontest veis e imut veis v m se demonstrando mais flex veis e vulner veis a mudan as nas ltimas d cadas A p s modernidade r
183. areci mento de concep es err neas ou preconcebidas sobre o processo da es crita Desta forma os alunos se conscientizam dos h bitos que s o inefi cientes ou inapropriados percebiam neste processo que pessoas diferen tes abordam a escrita de forma diversa e tomam ci ncia de como as suas escolhas lingu sticas podem afetar a identidade que eles projetam atrav s da escrita Ao final dos tr s anos letivos esperava se que os alunos dos tr s cursos ofertados pelo IFAP campus Laranjal do Jari pudessem desen volver textos de forma clara e objetiva auxiliando desta forma no bom desempenho tanto na escrita como na leitura em todas as disciplinas 132 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 2 Acria o do projeto de pesquisa e suas contribui es As dificuldades encontradas na compreens o de textos pelos pro fessores de l ngua portuguesa e docentes de outras disciplinas do ensino m dio t cnicos ao desenvolverem atividades de produ o textual e leitu ra nos tr s cursos devido grande dificuldade de compreens o na leitu ra das atividades levaram ao professor de l ngua portuguesa a desenvol ver atividades de leitura e produ o textual no m ximo vinte linhas sempre no contra turno Tais atividades com a linguagem escrita procurava levar em con sidera o o desconhecimento dos alunos que produziam textos sem coe s o e coer
184. as conforme podemos 7 A meta garantir o acesso educa o profissional ao sexo feminino e eleva o da escolaridade de acordo com as necessidades educacionais de cada comunidade e a voca o econ mica das re gi es DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 67 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Lingu sticos depreender durante o desenvolvimento da pesquisa E isso pode ser atri bu do h v rios fatores desde a falta de acesso escola regular at o abandono da mesma devido necessidade de trabalhar e estudar simulta neamente Contudo nota se que as colaboras apresentam interesse em continuar estudando not rio o entendimento entre eles da import ncia que tem a educa o para a vida do ser humano Nas falas delas fica evi dente a forma o do conceito de letramento descrito por Kleiman 2010 e Almeida 2010 entretanto percebemos que a possibilidade de inves timento nos estudos ainda fica somente no plano das ideais Agora redimensionando toda a estrat gia did tica para atender a essa demanda necess rio que haja coopera o entre os dois lados en volvidos a escola e o aluno Com esse objetivo ministrado no IFAP o curso m dio t cnico em com rcio na modalidade profissionalizante para jovens e adultos direcionado quelas pessoas concludentes de ensino fundamental e que desejam concluir o ensino m dio t cnico na modali dade PROEJA O curso tem a dura o de q
185. as a es s o priorit rias no processo de ensino e aprendizagem da pr tica leitora A busca por uma intera o entre fam lia e escola favo recer o desenvolvimento de a es educativas que n o se limitam ao am biente escolar mas que se estendem ao ambiente familiar envolvendo pessoas professores pais av s tios etc do conv vio cotidiano da crian a de certa proximidade afetiva que servir o de orientadores incentiva dores e at modelo da pr tica da leitura poss vel perceber que algumas crian as chegam escola j le tradas embora n o alfabetizadas por terem em casa acesso aos mais va riados g neros textuais presentes em diferentes suportes cabendo esco la sistematizar essa pr tica ampliando seus horizontes Contudo h ou tras tantas que chegam sem essa experi ncia e por isso necessitar o de um trabalho simult neo de letramento e alfabetiza o A proposta de muitos estudiosos que a aquisi o da leitura se d em contato com os m ltiplos textos veiculados nos diversos ambientes em que a crian a circula de maneira que ela perceba a utilidade de cada um deles e os compreenda dentro do contexto discursivo em que eles se realizam A import ncia do papel do professor nesse processo indiscu t vel haja vista ele poder se posicionar como facilitador incentivador ou motivador da aprendizagem construindo andaimes para o maior grau poss vel de compreens o leitora Tha s de Oliveira e Ren
186. as no quadro para frases contextualizadas no texto mas descontextualizadas no qua dro para exemplificar algum t pico gramatical Da mesma maneira que utilizar a tecnologia em sala de aula por meio de um tablet ce DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 227 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos lular data show ou quadro interativo n o significa modernidade O simples uso do equipamento tecnol gico n o garantia de avan o Muda se a apresenta o a forma utilizam se outros ins trumentos mas a ess ncia a mesma logo n o ocorre o esperado isto os objetivos apontados pelos PCN n o s o atingidos A atualiza o do ensino de aspectos gramaticais concernentes l ngua portuguesa passa pela contextualiza o do que apresentado ao aluno Para isso o estudo desses aspectos deve partir de diferentes g ne ros textuais que se enquadrem nos tipos de texto de que disp e a l ngua escritos tanto em linguagem verbal quanto n o verbal inclusive os orais pois estes se fazem mais presentes na realidade dos alunos 3 Considera es finais Compreender um texto implica associar conhecimentos Pa ra apreender o sentido do que l o aluno precisa estar em contato com os diferentes tipos de texto que circulam em nosso meio co nhecer as estruturas de cada um deles identificar o tipo de discur so perceber que cada texto produzido tem uma fun o na intera o social que o
187. ata Antunes di zem que Incentivar o gosto pelo livro a miss o do professor ele deve introduzir seu aluno no mundo das letras oportunizando o desenvolvi mento do h bito da leitura apud BORTONI RICARDO amp MACHA DO 2013 p 76 A apropria o da leitura imprescind vel para que a pessoa inte raja no mundo em que est inserida posicionando se frente aos diversos caminhos que se apresentam diante de si Por isso a leitura uma pr tica social e como tal um dever da escola promov la eficazmente de acordo com os PCN 1997 1998 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 219 Circulo Fluminense de Estudos Hilol gicos e Lingu sticos REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BRASIL Secretaria de Educa o Fundamental Par metros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental l ngua portu guesa Bras lia MEC SEF 1998 FERREIRA Sandra Patr cia Ata de DIAS Maria da Gra a Bompastor Borges A escola e o ensino da leitura Psicologia em Estudo Maring vol 7 n 1 p 39 49 jan jun 2002 KATO Mary No mundo da escrita uma perspectiva psicolingu stica S o Paulo Pontes 1988 KLEIMAN B Angela Org Os significados do letramento uma nova perspectiva sobre a pr tica social da escrita Campinas Mercado de Le tras 1995 KLEIMAN ngela Texto e leitor aspectos cognitivos da leitura S o Paulo Pontes 2013 Os estudos de letramento e a forma o
188. aterial notamos uma preocupa o grande em facilitar ao m ximo a resolu o da quest o pelo aluno fosse por meio de antecipa o parcial de resposta apresenta o de quadro ex plicativo e declara es sobre o conte do a ser explorado nos itens Com rela o s capacidades e estrat gias de compreens o Rojo 2004 e aos tipos de perguntas elaboradas MARCUSCHI 2001 obser vamos que predominam capacidades localizadas no mbito da compreen s o e perguntas debru adas sobre aspectos da metalinguagem ainda que tamb m trabalhem com infer ncias Consideramos que as quest es ela boradas pouco ou nada oportunizaram movimentos que buscassem a pos sibilidade de r plica pelo leitor Com rela o ao Roteiro do 1 ano do ensino m dio notamos que apenas uma quest o cont m enunciado introdut rio declarativo por m de curta extens o Nas outras quest es foram apresentados enunciados vagos que se configuravam em senten as de car ter interrogativo ainda que sem a presen a da pontua o caracter stica que pouco fizeram refe r ncia ao conte do que seria explorado nos itens Conforme pontuamos nas an lises parece nos que esta estrat gia de elabora o de itens em que o enunciado curto ou pouco diretivo recaindo o foco nas alternati vas delega mais responsabilidades para o aluno resolver a quest o n o somente porque precisa fazer v rios movimentos de ida e volta ao texto 108 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N
189. atura In __ V rios escritos 3 ed rev e ampl S o Paulo Duas Cidades 1995 Literatura como sistema In __ Forma o da Literatura Bra sileira momentos decisivos 1750 1880 10 ed Rio de Janeiro Ouro Sobre Azul 2006 p 25 27 CHAVES E O C Tecnologia na educa o ensino a dist ncia e apren dizagem mediada pela tecnologia conceitua o b sica Dispon vel em lt http www chaves com br textself edtech ead htm gt COSCARELLI Carla Viana RIBEIRO Ana Elisa Orgs Letramento digital aspectos sociais e possibilidades pedag gicas Belo Horizonte Aut ntica 2005 DELORS Jacques Educa o um tesouro a descobrir Relat rio para a Unesco da Comiss o Internacional sobre Educa o para o s culo XXI 5 ed S o Paulo Cortez 2001 DEMO Pedro TICs e educa o 2008 Dispon vel em lt http w ww pedrodemo sites uol com br gt DIONISIO ngela P G neros textuais e ensino Rio de Janeiro Lucer na 2002 BEZERRA Maria Auxiliadora Org O livro did tico de por tugu s m ltiplos olhares 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 DIZARD JR Wilson A nova m dia a comunica o de massa na era da informa o Trad Antonio Queiroga e Edmond Jorge Rio de Janeiro Jorge Zahar 2000 F VERO Leonor L KOCH Ingedore G V Lingu stica textual intro du o S o Paulo Cortez 1983 Coes o e coer ncia textuais S o Paulo tica 1997 GARDNER Howard Intelig n
190. atureza Vive na Floresta Amaz nica cultivando as lendas e a cultura dos ndios brasilei ros Observe a primeira capa abaixo que mostra um ritual com dan a pa ra atrair a chuva de acordo com as cren as ind genas e a preocupa o do ndio com a fauna e a flora 122 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Papa Capim tamb m conta com um amigo insepar vel o Cafun que o acompanha nas ca adas pescarias e s vezes nas fugas quando en contram ndios ferozes de outras tribos ou quando a ca a decide atac los Na hist ria h uma indiazinha a Jurema da aldeia do Papa Capim e que sempre teve um olhar mais atencioso para ele Nos quadrinhos abai xo identificamos no texto elementos da cultura ind gena quando Cafun se refere lua como Jaci de acordo com a lenda do povo e quando os personagens associam o desmatamento da floresta chegada do progres so visto que para construir preciso derrubar as rvores da floresta Es ses enredos s o importantes recursos pedag gicos para os jovens leitores terem conhecimento dos costumes ind genas do seu modo de vida e da sua hist ria de origem Um excelente material did tico a utiliza o das tiras de qua drinhos e podemos escolher algumas para trabalhar o tema da aula refe DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 123 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e
191. be portugu s de que portugu s muito dif cil En tende se que a forma o da capacidade leitora deve englobar entre outras leituras a que possibilita a percep o da exist ncia de uma inter rela o entre a situa o comu nicativa e o uso da l ngua Formar um leitor competente implica capacitar o aluno pa ra perceber a funcionalidade da l ngua e a partir dela absorver os conceitos gramati cais Este trabalho tem como objetivo suscitar uma reflex o sobre a pr tica docente nas aulas de l ngua portuguesa dos ensinos fundamental e m dio Entende se que for mar um leitor seja uma forma de aproximar os dois universos em torno do qual o alu no gravita o social e o escolar Um leitor competente capaz de perceber a rela o en tre a teoria e a pr tica e fazer uso adequado do que lhe ensinado nas aulas de l ngua portuguesa Palavras chave Capacidade leitora Ensino de l ngua portuguesa Situa o comunicativa 222 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 1 O ensino de l ngua portuguesa e suas implica es Refletir sobre a pr tica pedag gica no ensino de l ngua por tuguesa como se efetiva nas escolas brasileiras sejam p blicas ou particulares o caminho para encontrar a efic cia do processo en sino aprendiza gem dessa disciplina e atender ao que proposto pelos Par metros Curriculares Nacionais PCN para os ensinos funda
192. blicando Turminha da Gra a e Vamos Rezar DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 271 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos As religi es possuem como manual a B blia Sagrada e utilizam as hist rias em quadrinhos como recurso visando atingir principalmente o p blico que est iniciando a leitura do livro Em outras palavras as nar rativas b blicas por sua vez contribuem em muitos aspectos para a produ o dos quadrinhos j que essas possuem descri es e imagens extre mamente simb licas e dif ceis de entender somente com acesso ao livro tradicional GOMES et al 2013 p 03 Essas afirma es anteriores s evidenciam que estudar um pouco mais a figura de Superman de grande validade Uma vez que quando analisado poss vel dizer que esse personagem totalmente messi nico Abaixo vemos uma cita o que pode demonstrar um pouco mais sobre a profunda rela o que existe entre a figura do her i em quest o com a de Jesus Cristo Vejamos Tanto no caso do Super Homem quanto no de Jesus h circunst ncias es tranhas cercando sua chegada Terra Portanto ambos cont m fant sticas hist rias de sua chegada e uma din mica paralela de cidad o estrangeiro O Super Homem ao mesmo tempo um ser extraterrestre e um garoto do cam po bem americano que se torna jornalista De acordo com as afirma es teo l gicas tradicionais Jesus ao mesmo temo o salva
193. booksbrasil org adobeebook policarpoE pdf no site da esco la http nave rio vacavitoria com no meu blog http estudosdelinguagem blogspot com br e no grupo das turmas no facebook Ao longo do bimestre os educadores de portugu s e literatura faziam men o obra a fim de elucidar algum tema discutido e assim estimular a leitura Antes das avalia es sobre a obra foi exibido o filme dispon vel em http www youtube com watch v mSSTpFH13J0 com as devidas aprecia es do educador de literatura acerca do contexto soci oecon mico cultural No que tange avalia o em literatura foi propos ta uma prova mista J em portugu s dois simulados com base no reque rimento de Policarpo Quaresma Exerc cios de aspectos verbais A avali a o bimestral chamada de Prova Integrada realizada em dois dias constitu da de cinco quest es de cada rea do conhecimento Foram pro postas para o primeiro dia quest es integradas estilo ENEM com fra gmentos do livro nas disciplinas de portugu s literatura e filosofia Por exemplo D 18 Nada mais irregular mais caprichoso mais sem plano qualquer pode ser imaginado As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e conforme as casas as ruas se fizeram Substituindo o trecho como se fossem semeadas ao vento mantendo o mesmo sentido ter amos A quando foram semeadas ao vento B ao serem semeadas pelo vento C caso fossem semeadas pelo v
194. cado de produtos eletr ni cos os videogames e os v rios canais de TV por assinatura oferecem tan ta op o de entretenimento e divers o parece destoante falar de leitura como fonte de prazer No entanto observamos um p blico que est sem pre atento aos lan amentos do mercado editorial e podemos constatar is so atrav s de t tulos de sucesso como A Culpa das Estrelas Harry Pot ter O Senhor dos An is Jogos Vorazes entre tantos outros que movi 112 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA mentam as livrarias e as grandes feiras de livro S o obras que motivam crian as jovens e adultos a entrarem no mundo da leitura oferecendo hist rias com enredos fascinantes e uma linguagem que conquista pesso as de todas as faixas et rias Motivadas por este cen rio e desejando formar leitores no mbito da educa o b sica as institui es escolares principalmente as do setor p blico que atingem as camadas socioecon micas menos favorecidas t m se empenhado em incentivar o aluno ao h bito da leitura e essa tarefa tem sido um grande desafio para os docentes A reflex o social pol tica e cultural que obtemos a partir do conhecimento dos grandes cl ssicos es pecialmente os de autores nacionais n o t m sido aproveitados por mui tos estudantes Estes ao iniciarem suas leituras queixam se do enredo n o atrativo e do tipo de linguagem emprega
195. campo certas categorias como a o outro pr tica sociedade cogni o seja promovendo an lises pluridisciplinares em torno do fen meno lingu stico e obrigando os lin guistas a refletir de forma sistem tica sobre seu pr prio objeto Entretanto nossa natureza social n o permite que escapemos da intera o A partir da restaria apreender a diversidade da rela o que se estabelece no seio de uma determinada intera o humana j que v lido saber se ela circunstanciada pela rela o entre interlocutores Segundo Mussalim e Bentes 2004 p 313 poder amos tentar obter alguma res posta para a seguinte quest o se o que chamamos de intera o resulta na verdade de uma esp cie de compila o dos processos diversos exis tentes no mbito das pr ticas humanas com base em que termos pode mos destacar alguns aspectos como o verbal por exemplo de sua cons titui o e correr o risco de apagar por meio de uma op o metodol gica ou de um recorte te rico sua realidade multifacetada caracterizada pela coexist ncia de processos sociais psicol gicos contextuais culturais in terpessoais conjecturais cognitivos etc Ainda para eles se n o puder mos simplesmente recusar a afirma o segundo a qual toda a o huma na procede da intera o 2 2 A l ngua oral Uma das manifesta es iniciais de situa es de uso da fala acon tece na fam lia o come o da descobert
196. capazes de interpretar textos por possu rem pouco dom nio do c digo lingu stico se surpreen dem ao conseguirem interpretar textos em ingl s quando orientados por atividades de leitura de natureza sociodiscursiva interacional e pelo ensi no de estrat gias de leitura A par das evid ncias da pr tica cotidiana os resultados dos exames de avalia o de desempenho como o PISA1 por exemplo acusam o baixo n vel de compet ncia leitora do aluno de ensi no m dio no Brasil O sucesso do desenvolvimento da compet ncia leitora no ensino m dio estaria ligado a atividades de leitura de natureza sociodiscursiva interacional estrat gica e instrutiva propostas nos materiais did ticos Para fins deste estudo utilizaremos as atividades de interpreta o de tex to propostas em dois livros did ticos aprovados pelo Programa Nacional do Livro Did tico PNLD 2011 Viva Portugu s 1 e Take Over 1 para o primeiro ano do ensino m dio o primeiro para o ensino de l ngua portuguesa e o segundo para o ensino de l ngua inglesa ambos utiliza dos na Funda o de Apoio Escola T cnica FAETEC Abordaremos a situa o da compet ncia leitora no Brasil e sua concep o segundo os documentos oficiais da educa o Ser tamb m apresentada uma vis o geral da leitura como processo interacional dis cursivo e estrat gico instrumento de autonomia via de acesso a outros saberes Para fundamentar o presente estudo ser o a
197. capta o do jornal n o s por serem potentes de realizar um apelo ao emocional do leitor pelo vi s da viol ncia do sexo e da trag dia mas tamb m porque podem produzir humor e quebrar a expectativa supostamente apenas referencial do texto jornal stico Nesse sentido a leitura dessas not cias exige compet ncias sem nticas cognitivas e pragm ticas de leitura e interpreta o pelo lei tor como mobilizar saberes espec ficos de um campo sem ntico empre gado pelo jornal realizar infer ncias a partir de informa es expl citas ou sugeridas e ser capaz de decifrar o jogo discursivo proposto pelo jornal A macroestrutura atribu da s not cias pelos informantes em E3 terceira etapa do experimento se distanciou substancialmente daquela inferida na primeira etapa Isto demonstrou a nosso ver que a leitura do texto e a reformula o destitui o de suas hip teses iniciais de leitura implica a releitura do t tulo Outra observa o importante decorrente do experimento e que veio corroborar nossas hip teses de trabalho foi que o subt tulo figurou como a categoria esquem tica que indicou ao leitor a necessidade de re formula o de suas hip teses iniciais de leitura A partir do subt tulo os informantes passaram a reformular suas hip teses iniciais de leitura que se confirmaram na maioria dos casos na terceira etapa Dessa forma em rela o ao processo ensino aprendizagem de l n gua portuguesa chamamos a aten
198. cia do conte do l dico da leitura ou de sua utilidade Um exemplo disso s o as cenas t o corri queiras de crian as com sapatos roupas objetos pessoais dos pais fazen do uso deles assim como veem seus pais fazerem No que se refere pr tica da leitura tal influ ncia muito mais significativa e profunda o que afirmam Rogozinski e Lobo SARGO et al 1994 p 205 quando dizem que para aprender precisamos interagir com pessoas que ao mesmo tempo que nos servem de modelo desejam e valorizam nossa busca de conhecimento importante que a fam lia incentive e valorize o desejo de apren der da crian a Infelizmente existe a realidade em que os pais tolhem o interesse de seus filhos quando n o t m tempo ou paci ncia de contar lhes hist rias quando retiram o acesso deles aos livros revistas receosos de que os danifiquem quando n o valorizam o momento em que a crian a leva a eles algum tipo de texto a fim demonstrar lhes ou questionar lhes algo Enfim o modo como a fam lia comporta se com a crian a ir seguramente influenci la tanto positiva quanto negativamente 6 Parceria fam lia e escola na aquisi o da habilidade de leitura Ao reconhecer o valor da fam lia como parceiro no processo edu cacional a escola n o se limitar a convoc la apenas para as reuni es de 216 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA p
199. cia e pensamento A interpreta o acontece quando o leitor consegue decodifi car os sinais gr ficos e usar o conhecimento armazenado na mem ria sendo capaz ent o de interagir com o autor e elaborar outros textos a par tir de um primeiro Numa concep o interativa de leitura o autor d pistas ao leitor e este atrav s dos esquemas que possui capaz de criticar as vis es as pistas dadas e esse o bom leitor O significado do texto constru do pelos v rios outros significados criados pelos sujeitos envolvidos na inte ra o 32 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA O texto ent o n o traz todos os seus significados o leitor quem vai constru los quando interage com ele Segundo afirma Br ggio 2005 p 43 A leitura torna se vista como um ato construtivo onde todos os leitores elaboram sobre as ideias selecionadas de um texto construindo um significado para ele Portanto a constru o do significado concebida como um produto da intera o entre o leitor e o texto importante ressaltar a presen a do autor na atividade de inter preta o de um texto por um leitor Ao escrever o autor acaba deixando transparecer seus pr prios valores conceitos experi ncias e at mesmo os esquemas que possui O texto acaba sendo influenciado pelas caracte r sticas espec ficas e pessoais de quem o escreveu de forma que isso vir
200. cias m ltiplas a teoria na pr tica Trad Maria Adriana Ver ssimo Veronese Porto Alegre Artes M dicas 2000 GERALDI Jo o W Org O texto na sala de aula S o Paulo tica 2004 INDEZEICHAK Silmara Terezinha O professor de l ngua portuguesa e o ensino mediado pela tecnologia Produ o did tico pedag gica PDE UEPG Programa de Desenvolvimento Educacional Universidade DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 165 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Estadual de Ponta Grossa 2007 p 1 29 Dispon vel em lt http www diaadiaeducacao pr gov br portals pde arquivos 19 4 pdf gt KENSKI V M Educa o e tecnologias o novo ritmo da informa o 3 ed Campinas Papirus 2007 ELIAS Vanda Orgs Ler e compreender os sentidos do texto S o Paulo Contexto 2006 Orgs Ler e escrever estrat gias de produ o textual S o Paulo Contexto 2009 L VY Pierre O que virtual S o Paulo Editora 34 1998 Cibercultura S o Paulo Editora 34 1999 Dispon vel em lt http www ich pucminas br pged db wg wql LE local pierrelevy cone ctados htm gt LUDKE M ANDRE M E D Pesquisa em educa o abordagens qua litativas S o Paulo Pedag gica e Universit ria 1986 MACHADO E de C S FILHO C S O computador como agente transformador da educa o e o papel do objeto de aprendizagem 2003 Dispon vel em lt http www
201. cio De acordo com DSM IV Manual Diagn stico e Estat stico de Transtornos Mentais 1994 s o considerados acometidos por tal doen a os indiv duos que apresentam deteriora o cognitiva necessariamente da mem ria al m de altera o em pelo menos dois dos sintomas secun d rios sendo elas apraxia altera o da atividade gestual simb lica ag nosia altera o nas associa es e s nteses de imagens sensoriais t teis visuais e auditivas transtornos das fun es executivas e afasia altera o da linguagem Segundo Morato 2008 na rea neurocognitiva reconhecem se tr s fases de evolu o da doen a a forma leve quando os problemas de mem ria s o constantes a forma moderada em que os problemas mn si cos j chegam a ser incapacitantes com desorienta o t mporo espacial e lingu stica nessa fase os problemas de linguagem ainda n o claramente observ veis na fase anterior passariam a ser frequentes e prontamente percept veis Somados a eles os problemas pr xicos e gn sicos configu rariam o que chamado por muitos autores de s ndrome af sico apr xico agn sica e a forma severa na qual a mem ria se encontra gra vemente alterada e a linguagem apresenta se sensivelmente comprometi da No est gio mais avan ado da doen a as habilidades lingu sticas ge rais do sujeito estariam gravemente comprometidas o qual chega por vezes ao mutismo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO
202. coloca em duas categorias b si cas a dos g neros prim rios e a dos secund rios Os prim rios s o sim ples e se constituem em circunst ncia de comunica o verbal espont nea os secund rios s o aqueles que tomando como os primeiros transmu tam nos e aparecem em situa es de comunica o cultural mais comple xa e mais evolu da principalmente na forma escrita Rojo 2001 p 55 sobre tal categoriza o diz que os g neros prim rios s o pr prios da comunica o cotidiana a privada sendo mais arcaicos surgin do em situa es de produ o mais simples e mais pr ximas da palavra falada Seriam o material discursivo b sico sobre o qual se reelaborariam ou segun dos pr prios das esferas sociais p blicas de circula o dos discursos que im plicam situa es de produ o mais complexas muitas vezes ligadas escrita Marcuschi 2001 ao falar de g neros textuais no trabalho publi cado na obra Investigando a rela o oral escrito tamb m se refere di ficuldade de categoriza o de todos os g neros textuais existentes e por isso estabelece lhes tr s amplos conjuntos os tipicamente orais os tipi camente escritos e os produzidos na interface oral escrito Pode se dizer que esses conjuntos encaixam se na denomina o bakhtiniana sendo os falado e escrito prim rios ou secund rios de acordo com sua complexi dade Por m aqueles produzidos na interface oral escrito s o g neros se cund rios uma v
203. como dono de sua vontade e de suas a es e o texto ti do como um produto acabado assim a leitura entendida como a ativi dade de capta o das ideias do autor sem se levar em conta as experi n cias e os conhecimentos do leitor a intera o autor texto leitor com pro p sitos constitu dos sociocognitivo interacionalmente KOCH amp ELI AS 2012 p 9 10 A segunda concep o foca no texto Nessa concep o a l ngua tida como estrutura o sujeito assujeitado isto pr determinado pe lo sistema e o texto visto como simples produto da codifica o de um emissor a ser decodificado pelo leitor ouvinte bastando a este o conhe 212 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA cimento do c digo utilizado KOCH amp ELIAS 2012 p 10 De acordo com essa concep o a leitura se faz a partir das palavras e estrutura do texto tudo est dito nele A terceira a que se adota aqui tem seu foco na intera o autor texto leitor isto o sentido do texto constru do nessa intera o e antes disso ele o sentido n o existe A leitura ent o considerada como uma atividade interativa e complexa de produ o de sentidos que se encon tram nos elementos lingu sticos presentes na superf cie do texto e na sua estrutura mas que requer a mobiliza o de um vasto conjunto de sabe res enciclop dicos e s
204. compromissada afastando se mais e mais da l gica argumentativa ou da cr tica pol tica para penetrar na poe sia Nela h a liberdade do cronista que transmite uma apar ncia de superficialidade para desenvolver o seu tema como se fosse por acaso Assim o autor o pr prio narrador da cr nica e tudo o que ele diz parece ter acontecido de fato como se fosse uma reportagem O limiar entre o jornal stico e o liter rio t o presente assim como a semelhan a com o conto Sobre isso Martins 1980 p 10 diz que Muitas vezes a cr nica se chega t o pr ximo do acontecimento que re dunda em simples reportagem perdendo sua identidade Outras mant m suas caracter sticas chegando se ao conto sem nele se transformar literatizando o acontecimento Esse meio termo entre o acontecimento e o lirismo parece ser a postura ideal do cronista para a elabora o de sua cr nica Observa se tamb m que a apar ncia de simplicidade da cr nica deve se ao seu surgimento no jornal com sua precariedade tendo a efe meridade de nascer no come o de uma leitura e morrer at o final do dia DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 201 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos por meio dessa apar ncia que o cronista proporciona ao leitor uma vi s o abrangente que vai al m do fato mostrando sinais de vida que diari amente deixamos escapar o que feito com doses de humor sensibilida de ironi
205. constante e que domine as novas tecnologias da comunica o e informa o SENNETT 1999 Atualmente para um in div duo escrever o seu curr culo ou at mesmo para buscar e se candida tar a vagas de empregos necess rio possuir conhecimento tecnol gico DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 141 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos pois os principais processos de sele o presentes no mercado de trabalho se passam no ambiente virtual Por todos esses aspectos percebe se que os textos eletr nicos n o s o iguais aos textos tradicionais impressos e que s o essenciais para a sociedade atualmente Desta forma acredita se que ao praticar a leitura e escrita dos alunos o professor de l ngua portuguesa tamb m deve abor dar os textos eletr nicos em sala de aula 3 A frequ ncia das atividades nos livros did ticos Souza 1999a diz que o livro did tico ainda muitas das vezes o principal mediador no ensino e a principal ferramenta pedag gica no processo de ensino e aprendizagem Neste mesmo sentido Coracini 1999 tamb m afirma que o livro did tico muitas vezes a nica fonte de consulta e de leitura dos professores e dos alunos Neste caso quando o livro did tico n o traz certas atividades envolvendo o meio digital co mo resultado poss vel que o professor n o aborde esta tem tica em sala de aula e o aluno pode acabar por n o conhecer estas pr ticas m
206. contexto havendo a perman ncia de aspectos dos significados originais e a incor pora o de significa es criadas A mesclagem o resultado do rearranjo entre as proje es feitas e a situa o comunicativa em que elas aconte cem Nessa tica o dom nio mescla um terceiro espa o espec fico constitu do com base na associa o entre dois espa os mentais dos quais incorpora estruturas parciais para que forme uma estrutura emergente aut ntica que representar uma dimens o in dita Na tentativa de explicar a cogni o humana a teoria em quest o enfoca as atividades de car ter lingu stico uma vez que concebe a lin guagem como sendo o principal meio de acesso ao conhecimento e tam b m sua mais eficiente forma de express o Seus autores advogam pela interliga o das opera es cognitivas linguagem pensamento e a o A teoria da integra o conceptual admite que a cogni o humana forte mente dependente do contexto e por isso prop e se a analisar os tipos de conex o realizados pela mente e os efeitos de sentido da gerados surgidos conforme a linguagem utilizada em contextos espec ficos CHIAVEGATTO 1999 Tendo sido explicitada a concep o lingu stica do presente estudo cumpre ilustr la a partir de um exemplo fornecido pelo pr prio Faucon nier 1994 p 14 e apresentado por Guedes 2003 p 33 Com base ne le fica evidente que nem tudo est na forma lingu stica O contexto de uma
207. cri o dos aspectos observados por meio da categoriza o e tra tamento sistem tico dos diferentes conhecimentos constru dos BRASIL 1998 p 27 O ensino de l ngua portuguesa ainda seguindo orienta es dos PCN para o ensino m dio precisa ter como objetivo contribuir para a aquisi o de um saber lingu stico amplo e ter sua sustenta o na comunica o A l ngua deve ser entendida como lingua gem que constr i e desconstr i significados sociais PCN 2000 p 17 Segundo Kleiman e Moraes 2007 p 26 a escola deve ensinar o indiv duo a aprender para ele poder selecionar e or ganizar informa es em redes pessoais de conhecimento Essas autoras dizem ainda As pr ticas sociais de uso da l ngua escrita deveriam estar fornecendo o elemento central na defini o do trabalho escolar sob pena de os objetivos e a especificidade da institui o no desenvolvimento de cidad os cr ticos e parti cipativos n o serem atingidos A partir dessas pondera es entende se ser necess rio en caminhar o processo de ensino aprendizagem da l ngua portuguesa para uma aproxima o com a vida real do aluno para que ele pos sa ver o que a escola apresenta em sua pr tica DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 225 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos 2 Formando leitores para a percep o dos sentidos dos textos Inicialmente fazendo uma reflex o sobre o a
208. d Michelle de Chiara Ferreira Nataniel dos Santos Gomes Rafael Ferreira Figueira Renata da Silva de Barcel los Rosane Santos Mauro Monnerat Sandra Greg rio Silvio Ribeiro da Silva Uagne Coelho Pereira Viviane Pereira Fialho e Wagner Alexandre dos Santos Costa Nesta os novos trabalhos acrescentados continuam sendo organizados em ordem alfab tica dos t tulos a partir do ltimo texto publicado na primeira edi o Dando continuidade ao trabalho dos anos anteriores estamos edi tando o Livro de Minicursos e Oficinas o livro de Resumos e o livro de Programa o em tr s suportes para conforto dos congressistas em su porte virtual na p gina http www filologia org br xviii cnlf em supor te digital no Almanaque CiFEFiL 2014 CD ROM e em suporte im presso nos n meros 1 2 e 3 do volume XVIII dos Cadernos do CNLF Todo congressista inscrito nos minicursos e ou nas oficinas rece ber o um exemplar impresso deste livro de Minicursos e Oficinas al m do livro da Programa o sendo poss vel tamb m adquirir a vers o digi DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 7 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos tal desde que pague pela segunda que est no Almanaque CiFEFiL 2014 Os congressistas inscritos com apresenta o de trabalho receber o tamb m um exemplar do livro de resumos em um de seus suportes im presso ou digital com a op o de escolher uma das duas ou adquir
209. da necess rio o entendimento da lingua gem como interacionista pois o profissional que atua diretamente com ela precisa ser um sujeito e se acreditar como algu m que pesquisa ob serva levante hip teses analisa reflete descobre aprende apreende re aprende E tudo possibilitado atrav s do uso da l ngua quer seja em cir cunstancias de oralidade de leitura de escrita ou mesmo de reescrita Sendo percept vel o car ter social da linguagem atrav s dela que n s conseguimos nos reconhecer enquanto seres soci veis e sociais em que aquele que fala ou escreve um sujeito que em determinada si tua o interage com um interlocutor levado por um objetivo uma inten o uma necessidade de intera o A rela o sobre a quest o intera o da interlocu o na realidade invoca a considera o que toda palavra comporta duas faces Ela determinada tanto pelo fato que precede de algu m como pelo fato que se dirige a algu m ela que constitui jus tamente o produto da intera o entre o locutor e o ouvinte Toda palavra serve de express o a um em rela o a outro DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 55 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Entendida como atividade constitutiva do conhecimento humano a linguagem n o apenas estruturada pelas circunst ncias e refer ncias do mundo social ao mesmo tempo estruturante do nosso conhecimento e extens o simb l
210. da na obra com express es e termos arcaicos pertinentes poca de suas publica es fatos que sem d vida desestimulam o aluno a conhec las Diante desta percep o o governo brasileiro tem adotado no de correr de nossa recente hist ria educacional diversas estrat gias que vi sam melhorar o ensino Com o objetivo de inovar e ampliar o material did tico usado nas escolas o MEC no ano 2006 decidiu investir na aquisi o de diferentes g neros textuais distribuindo assim v rias obras atualizadas para serem utilizadas pelos docentes em sala de aula 2 Os g neros textuais Mas o que entendemos por g neros textuais Para explicarmos tal conceito lembramo nos de Bakhtin Ele foi o primeiro a empregar a pa lavra g nero com o sentido mais amplo referindo se tamb m aos textos que empregamos nas situa es cotidianas da comunica o Segundo Bakhtin todos os textos que produzimos orais ou escri tos apresentam um conjunto de caracter sticas relativamente est veis te nhamos ou n o consci ncia dela Essas caracter sticas configuram dife rentes textos ou como chamamos g neros textuais que podem ser mar cados por tr s aspectos o tema o modo composicional a estrutura e o estilo usos espec ficos da l ngua DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 113 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos 3 A quest o racial Numa situa o de intera o verbal a escolha
211. de de ser planejado para cada situa o 172 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Por sua vez o texto tamb m possui etimologia de origem latina tecer fazer tecido entran ar entrela ar Assim temos a ideia que o texto a concretude da fala de forma escrita ou seja a fala congelada na es crita como produto acabado de uma a o discursiva Nele o autor deixa suas marcas seja expl cita ou implicitamente Marcas estas que se refe rem s suas pr prias caracter sticas sociais pol ticas econ micas hist ricas e culturais pois o texto n o neutro ele recebe influ ncia do meio em que produzido e as ideologias de quem o produz Segundo Plat o amp Fiorin 2003 Nenhum texto uma pe a isolada nem a manifesta o da individualidade de quem o produziu De uma forma ou outra constr i se um texto para atra v s dele marcar uma posi o ou participar de um embate de escala mais am pla que est sendo travado na sociedade At mesmo uma simples not cia jor nal stica sob a apar ncia de neutralidade tem sempre alguma inten o por tr s PLAT O amp FIORIN 2003 p 13 Assim podemos considerar que texto um conjunto de palavras e frases encadeadas que permitem interpreta es e transmitem uma mensa gem qualquer obra escrita independentemente de seu tamanho s ne cessita que transmita um significado ao
212. de o conjunto de no es e conceitos so bre o texto como sua estrutura narrativa expositiva ou descritiva al m dos discursos criados pelo tipo de intera o autor leitor cujo conheci mento fator determinante da compreens o uma vez que orientam em grande parte as expectativas do leitor em rela o ao texto segundo a au tora Finalmente o conhecimento de mundo diz respeito a referenciais extralingu sticos e pode ser de dois tipos o conhecimento enciclop dico aquele que o leitor traz na mem ria e ativa quando da necessidade da compreens o de determinado assunto ou o que a autora denomina es quema e define como conhecimento mutuamente partilhado ou seja no es sobre assuntos situa es ou eventos t picos de nossa cultura KLEIMAN 2009 p 16 23 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 21 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos A autora ressalta que quando h problemas de compreens o em algum dos n veis de conhecimento inicia se um processo de compensa o e intera o dos outros n veis a fim de que o sentido se estabele a Tais opera es mentais interativas precisam ser feitas pelo leitor para se trabalharem os componentes do texto na busca de conex es com vistas compreens o Assim preciso conscientizar o aluno leitor a respeito dessa intera o com o texto levando o e perceber e operar essas cone x es 5 Conclus o A an lise comparativa
213. de racioc nio DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 77 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos o assunto principal da not cia Ao final de 20 minutos recolhemos a ta refa Com isso objetivamos verificar as hip teses antecipa es proje tadas pelos leitores a partir da leitura da categoria t tulo etapa 1 E1 posteriormente a partir da leitura do conjunto composto por t tulo e sub t tulo etapa 2 E2 e finalmente a macroestrutura sem ntica atribu da pelos leitores not cia completa etapa 3 E3 El LEITURA DO T TULO E2 LEITURA DAS CATEGORIAS PR TEXTUAIS T TULO E SUBTITULO E3 LEITURA DA NOT CIA COMPLETA Quanto ao experimento nossas hip teses sobre os resultados fo ram v A leitura somente do t tulo poderia motivar hip teses diversifi cadas possivelmente distantes do conte do global do texto v A leitura do t tulo juntamente com o subt tulo poderia restrin gir mais as hip teses da etapa anterior e os leitores poderiam atribuir macroestruturas mais pr ximas das que atribuiriam quando da leitura completa v A leitura completa seria aquela etapa em que se atribuiria uma macroestrutura sem ntica mais pr xima entre os informantes mais semelhante quela obtida a partir da redu o sem ntica do texto operada por n s mais distante das hip teses de El cons tru da pelos pr prios informantes Os testes foram aplicados em 20 d
214. demos primeiramente uma revis o bibliogr fica sobre as concep es de leitura presentes na literatura Na sequ ncia apresentamos a estrutura dos documentos produzidos pela SEE RJ e por ltimo efetu DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 107 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos amos a an lise das atividades que foi baseada em crit rios apontados por Rojo 2004 Marcuschi 2001 e Dion sio 2000 Dada a impossibilidade de nos estendermos em nossas an lises selecionamos atividades de leitura de dois diferentes Roteiros 9 ano do ensino fundamental e 1 ano do ensino m dio ambos do 3 bimestre do ano de 2011 O Roteiro do 9 ano trabalhou com o g nero romance en quanto o do 1 ano focalizou o g nero tira c mica Embora n o fosse nosso objetivo fazer an lise de cunho quantitativo consideramos rele vante ressaltar que em geral nos Roteiros e referimo nos aqui totali dade dos documentos as quest es de m ltipla escolha predominam so bre as discursivas No tocante aos que aqui selecionamos h apenas uma quest o discursiva aberta presente no material do 9 ano para cinco quest es de m ltipla escolha fechadas No que diz respeito ao Roteiro do 9 ano do ensino fundamental percebemos que os enunciados introdut rios se fazem presentes em todas as quest es buscam dialogar com o aluno abordagem interativa e se s o de car ter declarativo Neste m
215. deres tanto no c u quanto em cripton Zod foi banido para zona fantasma e o L cifer Diabo foi enviado para o inferno Aos 78 minutos do filme depois que kal el foi entregue pelas autoridades ele faz o papel de diabo e tenta levar kal el para o seu lado para constru o de uma nova Cripton utilizando a Terra como alicerce eliminando a ra a humana 276 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Em Lucas o Diabo oferece pra Jesus todos os reinos da terra de se ele se ajoelhar diante dele Eu te darei toda a autoridade sobre eles e to do o seu esplendor porque me foram dados e posso d los a quem eu quiser Ent o se me adorares tudo ser teu LUCAS 4 5 a 7 mas am bos n o se deixam levar pela tenta o Finalmente aos 86 minutos perto do final do filme ao sair da na ve de Zod o Superman quando conversa com seu pai Jor el ele enfatiza que ele pode salvar a todos no planeta e neste momento ele sai da nave cruciforme claramente nos levando a cena de crucifica o de Jesus com o mesmo objetivo salvar a humanidade No desenho animado a Liga da Justi a sem Limites 2004 2006 pode se observar a perseveran a do nosso her i em defender a humani dade quase chegando a morte Isso demonstra seu grande amor pela hu manidade Isso fica expl cito no epis dio n 16 chamado O Projeto Apocalypse Em suma no final ele vence o monstro qu
216. dernidade Baudrillard Era do simulacro Lypovetsky Era do vazio Bauman Modernidade l quida entre outros Nessa perspectiva percebe se que a p s modernidade cheia de controv rsias angustias e incerte zas A Idade Contempor nea ou a P s modernidade se apresenta como fruto ou resultado da industrializa o dos movimentos sociais da globa liza o dos avan os tecnol gicos do capitalismo excludente e do con sumo desenfreado Estes fatos hist ricos t m causado um mal estar na sociedade desde a Primeira Revolu o Industrial passando pela Revolu o Francesa pela Grande Guerra Mundial pela Guerra Fria e por confli tos internacionais ap s a d cada de 1980 at os dias atuais Estes confli tos afetarem os relacionamentos sociais e a pr pria conviv ncia humana As incertezas causadas pelas guerras e conflitos tnicos tornarem a hu manidade cada vez mais desconfiada e fria em rela o a vida e ao meio em que se vive O mundo repleto de incertezas contradi es paradoxos conflitos e desafios leva o conv vio social a um estado de guerra onde o 236 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA sujeito n o si reconhece como membro da pr pria sociedade em que vive e que este conflito interno de n o aceita o de si mesmo termina contri buindo para que o mesmo n o reconhe a o outro tamb m como sujeito e membro do pr prio grupo Este
217. des ou diferen as existentes entre essas du as modalidades de l ngua a escrita e a oral A partir deste t pico teceremos coment rios sobre ambas as mo dalidades destacando suas peculiaridades de acordo com as vis es con tempor neas apresentadas por de Antunes 2009 Koch 2009 Marcus chi 2008 Ferreiro 2007 entre outros Segundo Ferreira 2007 p 6 a partir da d cada de 80 do s culo XX houve uma mudan a em rela o oralidade e escrita no Brasil como reflexo de estudos dentro e fora do Brasil at ent o eram vistas com di cotomias A escrita era vista como representa o da fala e percebia se certa supremacia cognitiva da escrita sobre a fala Partimos ent o da ideia que encontrar diferen as entre l ngua oral e l ngua escrita est diretamente ligado no o que se tem do papel des sas duas modalidades de l ngua e seus usos no dia a dia Portanto H de se entender que n o h duas l nguas e sim um cont nuo onde a escrita se contrap e oralidade Todas seguindo caracter sticas particulares de constru o Assim a escrita um modo de produ o textual discursiva para fins comunicativos com certas especificidades materiais e se carac teriza por sua constitui o gr fica embora envolva tamb m recursos de ordem pict rica e outros De acordo com Marcuschi 2001 p 26 a l ngua escrita pode se manifestar do ponto de vista de sua tecnologia por unidades alfab ticas escrita alfab
218. desejada segundo os ndices de avalia o PISA e SAEB a par do que se evidencia na pr tica pedag gica Nesse sentido luz da teoria semiolin gu stica da an lise do discurso ser o analisadas as atividades de leitura propostas nos livros did ticos usados na FAETEC para o ensino de l ngua portuguesa e l ngua ingle sa no ensino m dio Palavras chave Leitura Jogo Compet ncia Estrat gia FAETEC 1 Introdu o Esta pesquisa tem como objetivo geral a an lise da interface entre o ensino de leitura em l ngua portuguesa e em l ngua inglesa no ensino m dio com vistas amplia o da compet ncia leitora A experi ncia com o ensino das duas l nguas me possibilita afir mar que tanto em l ngua materna quanto em l ngua inglesa as dificulda des que o aluno de ensino m dio enfrenta para interpretar texto se devem menos a problemas lingu sticos do que incapacidade de interagir com o texto e utilizar estrat gias de leitura que lhe possibilite regular a sua compreens o Em portugu s embora o aluno domine o c digo ele tem dificul dade de compreender enunciados escritos desde os mais rotineiros como quest es de exerc cios ou provas at textos sobre conte dos de outras DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 9 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos disciplinas em l ngua portuguesa segundo apontam os depoimentos de professores Em ingl s alunos que se julgam in
219. diada ao conceito de zona de desenvolvimento proxi mal s pesquisa longitudinal de Bradley Caldwell e Rock apud MAI MONI amp RIBEIRO 2006 p 296 297 A pesquisa foi realizada na Uni versidade de Uberaba com os pais de vinte e oito alunos de 2 s rie do Ensino Fundamental de n vel socioecon mico baixo num per odo de dois anos 1999 2000 coordenado por M rcia E Bortone Outro grupo com pais universit rios tamb m participou da pesquisa contudo n o nos ocuparemos com este em virtude de distanciar se da proposta deste tra balho O procedimento de media o da aprendizagem consistia em o pai a m e ou respons vel ouvir seu filho ler por cinco minutos um texto 15 O relato do experimento pode ser verificado na integra no peri dico Reposit rio da Universidade de Bras lia de divulga o de trabalhos cient ficos lt http repositorio unb br handle 10482 12076 gt 16 Bortoni Ricardo Machado e Castanheira 2012 desenvolvem o conceito de andaimagem termo metaf rico que se refere ao aux lio de uma pessoa mais experiente a um aprendiz para apropria o da leitura tomando os estudos feitos pelo psic logo norte americano Jerome Bruner 1983 tam b m com base na no o de zona de desenvolvimento pr xima ZDP de Vygotsky DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 217 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos curto de qualquer natureza selecionado pela crian a num
220. do asco ao ter tocado no boneco negro que con siderado por ela como algo sujo A tira faz uma forte cr tica em rela o ao pensamento de determi nados grupos sociais detentores de uma conversa decorada e que na pr tica se desconstr i por meio de a es contr rias ao que se defende A de clara o dos direitos humanos um timo recurso a ser utilizado com a turma pois al m de proporcionar o conhecimento das leis ela oferece respaldo para o confronto das ideias preconceituosas transmitidas no tex to Vamos analisar o quadrinho seguinte www explosm blogspot com 124 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA AAGH Um Africano Eu o poguei na frica Vou cri lo cuidar E quando eu precisar de e aliment lo um rim vou usar o dolo a WWW EXPLOSM BLOGSPOT COM Depois de ler a tira vemos a manifesta o do pensamento discri minat rio atrav s do estere tipo negativo do negro como objeto adquiri do e que se pode pegar para criar como se fosse um animal de rua n o possuindo direito algum nem mesmo sobre os seus rg os O texto fala que o menino negro foi trazido da frica conforme acontecia como os escravos na poca da coloniza o nacional o que demonstra o pensa mento escravocrata conservado ainda por muitos da sociedade Esses re ferenciais ideol gicos descumprem os artigos I II e IV da declara o dos direitos
221. do g nero n o es pont nea pois s o considerados v rios fatores dados pela pr pria situa o comunicativa quem fala sobre o que fala com quem fala com qual finalidade Pensando nisso tais elementos s o analisados pelo professor na hora de fazer a escolha do g nero textual mais adequado a colaborar com desenvolvimento da compet ncia leitora cr tica e criativa dos alu nos podendo se utilizar narrativas em prosa poemas hist rias em qua drinhos textos argumentativos not cias de jornais ou qualquer outro Como consequ ncia da inser o de novos g neros textuais na ins titui o escolar no ano de 2007 dez anos depois da cria o do Programa Nacional Biblioteca na Escola PNBE as hist rias em quadrinhos HQs finalmente foram inclu das nos acervos distribu dos a bibliotecas dos col gios Foram 14 livros neste formato e outros 16 em 2008 No ano de 2009 as hist rias em quadrinhos j representavam 4 2 dos 540 t tulos listados pelo programa e para a sua sele o s o levados em consi dera o diversos crit rios como a qualidade das ilustra es da reda o dos textos e principalmente o tema enfocado em cada um Estas avalia es s o feitas por uma equipe do MEC composta de mais de 80 especia listas oriundos de diversas partes do pa s a fim de se obter uma diversi dade regional em que cada profissional vai colaborar culturalmente no momento da escolha dos livros a serem trabalhados nas escola
222. do material de pesquisa para se investigar suas caracter s ticas verbais fon ticas e textuais POSSENTI 1998 J ao se conside rar as demais propriedades que comp em o processamento discursivo a utiliza o da piada pelos estudos da linguagem pode fornecer subs dios para a compreens o do vi s pragm tico da comunica o verbal j que nesse texto humor stico est o envolvidos processos complexos de cons 246 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA tru o de sentido especialmente a formula o de pressuposi es e infe r ncias mecanismos sem os quais n o seriam poss veis interpreta es que levassem cria o de efeitos de humor Diante do exposto a pesquisa em pauta ocupou se dos fatores lin gu sticos e sociocognitivos envolvidos na interpreta o humor stica es pecificamente de piadas por sujeitos diagnosticados com a doen a de al zheimer em est gio inicial Para tanto utilizaram se suportes da lingu s tica especificamente da teoria da relev ncia e da lingu stica cognitiva especialmente a teoria da integra o conceptual Com base nos pressupostos apresentados este estudo tem como ponto de partida as seguintes hip teses e Embora interfira a instabilidade cognitiva do sujeito com doen a de alzheimer leve n o inviabiliza a exist ncia de v rios pro cessos de produ o de sentido que atuam na interpreta
223. dor de outro reino e um garoto judeu de uma cidadezinha que se torna um proeminente pregador hu mano e divino Talvez um ponto ainda mais significativo que ambos s o ca pazes cada um ao seu modo de ajudar o cidad o comum TALLON WALLS 2005 p 198 Os autores apontam diversas semelhan as que h entre eles po r m nos atentamos a ltima frase da cita o quando eles dizem Talvez um ponto ainda mais significativo que ambos s o capazes cada um ao seu modo de ajudar o cidad o comum Essa frase afirma que ambos t m um papel de ajudar os seres humanos aqui na terra Claro que cada um a seu modo Enquanto Jesus salvou e ainda salva atrav s de seus ensinamen tos Superman nas hist rias em quadrinhos tenta salvar a qualquer custo os seres humanos com a for a que possui No pr ximo t pico utilizare mos dos ensinamentos de Jesus para comprovar as pr ticas de Superman Em suma veremos que as atitudes dos her is s o praticamente as mes mas que Jesus tinha mas claro que tanto nas hist rias em quadrinhos como filmes e desenhos s o outras situa es que o her i est inserido Antes de partimos para a leitura do pr ximo t pico vejamos mais uma cita o que explica o nome de Superman Seu pr prio nome criptoniano Kal el apresenta in meras interpreta es etimol gicas que apontam para esse aspecto messi nico 1 do alto alem o an 272 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRET
224. dos de consci ncia KOCH 2008b p 204 re ativados via inferencia o Assim s o notadamente importantes para o processamento textual tanto as informa es contextuais como textuais Nesse sentido van Dijk e Kintsch 2004 p 26 advertem Ao inv s de uma ativa o mais ou menos cega de todo um poss vel co nhecimento na compreens o de uma palavra ou ora o ou na reconstru o global de um tema presumiremos que o uso do conhecimento seja estrat gico que ele dependa dos objetivos do usu rio da l ngua da quantidade de conhe cimento dispon vel a partir do texto e do contexto do n vel de processamento ou do grau de coer ncia exigido para a compreens o Dessa forma o leitor realiza estrat gias metacognitivas de leitu ra que consistem no controle e regulamento do pr prio conhecimento KLEIMAN ibidem p 34 Ele capaz por exemplo de decidir se compreendeu o suficiente um assunto para explic lo Ou seja pode con trolar o pr prio conhecimento de modo que melhor possa refletir sobre ele Tal ponto de vista reiterado por Sol 1998 p 30 ao afirmar que A interpreta o progressiva do texto isto a elabora o de sua compre ens o envolve determinar as ideias principais que ele cont m importante estabelecer que embora um autor possa elaborar um texto para comunicar de terminados conte dos a ideia ou as ideias principais constru das pelo leitor dependem em grande parte do
225. dos em considera o por ser analisa dos apenas como l ngua coloquial desmerecendo assim a verdadeira import ncia dos textos orais E fato que ao ler textos escritos com desvios gr ficos n o se leva em considera o que essa problem tica relacionada grafia provenien te de tra os de uma tentativa de imita o da linguagem oral A escola tem como finalidade discutir e criar condi es para que os alunos do ensino b sico possam elaborar textos cada vez mais coesos e coerentes entretanto bom salientar que n o se deve ocultar que tais indiv duos j conhecem a l ngua materna e que de acordo com a convi v ncia pr estabelecida em sua comunidade eles ter o tra os diferencia dos tanto na fala como na escrita por isso interessante que o profes sor de l ngua portuguesa esteja atento as tais condi es de varia o da l ngua Os tra os diferenciados tanto na linguagem oral como na escrita vem de uma um letramento n o escolar esse adquirido por meio da co munica o entre os sujeitos em suas comunidades O contato com a escrita pode ou n o ser ensinados no ambiente escolar h casos que os primeiros grafemas s o conhecidos por meio de parentes amigos entre outros que sem conhecimentos espec ficos de l n gua portuguesa e da did tica de um professor de l ngua materna ensinam conceitos b sicos da linguagem escrita estabelecem assim uma aprendi zagem por for a de suas pr prias necessidades
226. du o de textos e escola reflex es sobre o processo de letramento Campinas Mercado de Letras 1994 SABOTA B Reading A receptive skill Roteiro de trabalho para ativi dades de leitura em L2 In FIGUEIREDO F J Q de Org Anais do IV Semin rio de L nguas Estrangeiras Goi nia Vieira 2002 p 200 210 SANDHOLTZ J H RINGSTAFF C DWEYER D Ensinando com tecnologia criando salas de aula centrada nos alunos Porto Alegre Ar temed 1997 SILVA E T da Leitura na escola e na biblioteca Campinas Papirus 1986 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 53 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos LEITURA E INTERPRETA O TEXTUAL COMPETENCIAS NECESSARIAS AO TRABALHADOR DA AGROINDUSTRIA Gilmar Vieira Martins IFAP gilmar martins ifap edu br Sandra Greg rio UFFRJ gregorio sandra gmail com RESUMO Esta pesquisa foi realizada com o intuito de analisar assuntos pertinentes a rea de linguagens Atrav s da tica da educa o dentro do campo de trabalho de pessoas que lidam diariamente com a quebra e limpeza da castanha do brasil no munic pio de Laranjal do Jari no Estado do Amap O enfoque principal atentou para as possibili dades da exist ncia de rela o da leitura escrita e interpreta o de textos entre as pessoas que est o lotadas na rea de quebra e limpeza da castanha na Cooperativa Mista Agroextrativista de Laranjal do Jari COMAJA e a r
227. e agosto de 2012 Observamos as respostas de todos os informantes e em seguida as agrupamos por semelhan a e quantificamos os dados Apresentaremos a seguir cada teste e os resultados referentes a cada um deles Ao final dessa exposi o discutiremos os resultados 11 Para van Dijk 1990 p 54 de modo geral um tema ou assunto aquilo do que o discurso trata Especifica o autor que o tema de um livro ou de uma confer ncia equivale mais ou menos ao que entendemos por assunto ou mat ria Trata se do resumo ou do n cleo Dessa forma um tema n o se define em termos de significado de palavras ou ora es mas de fragmentos textuais mais exten sos por isso pertencem ao macron vel global da descri o do discurso idem ibidem Assim o conceito te rico empregado pelo autor para a descri o de temas o de macroestrutura sem nti ca 78 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 4 Os resultados 4 1 Teste 1 da leitura do t tulo Texto 1 PLANT O DE POL CIA O novo card pio da cadeia P o com Ovo Texto 2 LANT O DE POL CIA Luan Santana morto a tiros Ap s a aplica o e an lise obtivemos os seguintes resultados re lativos s antecipa es realizadas pelos informantes Tabela 1 O novo card pio da cadeia P o com Ovo Etapa 1 ANTECIPA ES DECORRENT
228. e alzheimer capaz de manter a fun o epilingu stica organizadora da linguagem de forma a manter se consciente no que diz respeito aos seus erros conseguindo por vezes re formular repetir a es ou equ vocos que indicam de algum modo a exist ncia de um processo reflexivo e automonitorado quanto sua pr pria produ o Segue adapta o do resumo das principais altera es de linguagem no est gio inicial da doen a de alzheimer segundo diferentes autores realizado por Noguchi 1998 em sua disserta o acerca da lin guagem na doen a de alzheimer No que se refere aos trabalhos que se ocupam da linguagem na doen a de alzheimer v rias s o as cr ticas aos estudos que empregam como nica forma de avali la testes neuropsicol gicos Tais cr ticas podem ser resumidas ao emprego de tarefas puramente metalingu sticas em detrimento de uma abordagem dial gica que considera o funciona mento da linguagem NOGUSHI 1998 DAMASCENO 1999 CRUZ 2004 BEILKE NOVAES PINTO 2008 Este trabalho constitui uma tentativa de conciliar a abordagem metalingu stica para observar n veis elementares da linguagem com a discursiva a fim de visualizar estra t gias dial gicas empregadas 256 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Visto que esta pesquisa tem como sujeitos de interesse indiv duos diagnosticados com doen a de
229. e o blog o di rio pessoal da nova ge ra o apontando a revolu o na escrita dos di rios por causa da Internet 5 Considera es finais De acordo com a an lise dos dados coletados poss vel conside rar que as atividades envolvendo a pr tica de leitura e escrita na Internet s o pouco exploradas no livro did tico Entretanto de uma forma geral os livros did ticos analisados possibilitam mesmo que pouco que o es tudante realize pr ticas de leitura e escrita tamb m no contexto digital poss vel afirmar ent o que os livros did ticos de l ngua portuguesa para o ensino m dio contribuem para o letramento dos alunos em contexto digi tal Em vista dos argumentos apresentados faz se necess rio uma maior apresenta o das atividades envolvendo a rede mundial nos livros did ticos de l ngua portuguesa Possibilitando assim que os estudantes desta etapa de ensino possam ter uma vida social ativa fazendo parte do cotidiano e principalmente do mundo do trabalho Ao observar a impor t ncia que os textos eletr nicos t m hoje para a sociedade seja no ambi ente profissional acad mico ou pessoal entende se a necessidade de tra balhar com estas diferentes pr ticas de leitura e escrita no ambiente esco lar especialmente no ensino m dio Por fim cabe argumentar a necessidade de mais pesquisas envol vendo as pr ticas de leitura e escrita no contexto digital portanto discus s es mais detalhadas devem ser feita
230. e que as estruturas lingu sticas n o significam mas apenas fornecem pistas pa ra que seja tra ado o percurso rumo ao s significado s Ao buscar atri buir sentido a uma inten o comunicativa o sujeito interpretante lan a m o de mecanismos e estrat gias mentais alicer adas em suas experi n cias sociocomunicativas para ser capaz de reconstruir o que o sujeito comunicante tencionou expressar comunicar Os mecanismos e as estra t gias mentais de que o sujeito que interpreta uma elocu o faz uso para construir sentido depender do qu o aparente as inten es comunicativas est o na estrutura lingu stica e da relev ncia bem como sufici ncia das pistas sem ntico pragm ticas presentes nas express es da l ngua Aliado a isso est a imprescindibilidade de as representa es de mundo inst n cia sociocognitiva sobre fatos sujeitos objetos circunst ncias etc que o sujeito interpretante possui estarem em alguma conson ncia com as re presenta es de mundo inicialmente expressas na estrutura lingu stica pe lo indiv duo que tenta se comunicar Perante tal quadro o texto humor stico constitui se em potencial instrumento na busca pela compreens o de como os sujeitos com a doen a de alzheimer em est gio inicial interpretam elocu es que exigem efi ci ncia pragm tica pois conforme j indicado g neros como a piada fornecem escassas pistas lingu sticas para o processamento informacio nal do que adv m a n
231. e que os indiv duos s o seres inacabados com capacidade de adquirir modelos ideias da sociedade em que est in serido portanto ao se elaborar um texto o escritor leva em conta a situa o ou contexto em que produzido transferindo para o texto ideias va lores inten es ou seja uma ideologia Plat o amp Fiorin 2003 destaca que o texto n o uma pe a isola da de quem o produz Constr i se um texto para atrav s dele marcar uma posi o ou participar de um debate que est sendo discutido na soci edade Assim um simples texto did tico sob a apar ncia de neutralida de possui sempre uma inten o por detr s Nesse sentido constr i se um texto para atrav s dele marcar uma posi o ou participar de um problema que est sendo discutido na sociedade Os textos s o meios de propaga o ideol gica e a escola am biente sistem tico de transmiss o Assim necess rio que os leitores 170 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA analisem criticamente os textos para perceber al m do problema tratado n o deixando assim que um texto seja instrumento controlador mas uma arma de liberta o onde os indiv duos possam dar criticidade a respeito do pensar do escritor O presente trabalho foi pautado em uma abordagem qualitativa que segundo Liidke 1996 permite o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambien
232. e se chama Apocalipse mas sua moralidade e sua compaix o t o grande que ele n o mata o vi l o ele o prende e o manda para outra dimens o Essa compaix o era uma das mais fortes de Cristo e que ensinava amar uns aos outros como a si mesmo inclusive os inimigos Como vimos nos livros b blicos se teu irm o pecar vai e repreende o entre ti e ele s se te ouvir ter s pecar contra ti repreende o e caso ele venha a se arrepender perdoa lhe MATEUS 18 15 Claramente tanto Jesus como Superman tem o cora o puro e ama o pr ximo a ponto de perdoar respeitar o seu semelhan te 5 Conclus o Ao analisarmos essas ilustres figuras ineg vel fazer uma rela o entre elas pois ambos se completam de alguma maneira e sua hist ria se parecem muito O Superman foi criado nos moldes de Jesus pois ele fez seus mi lagres salvou a humanidade de diversos males ao ponto de se sacrificar em prol de seus protegidos Dessa forma conclu mos o objetivo de nossa an lise que foi levantar este debate tanto aos f s de revistas em quadri nhos e aos crist os que podem conhecer melhor esse personagem pico dolo de v rias gera es DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 277 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS B BLIA Sagrada nova vers o internacional S o Paulo FIORIN Jos Luiz Interdiscursividade e intertextualidade In BRA
233. e sons sistematicamente articulados e significativos Ela uma forma de pro du o textual para fins comunicativos MARCUSCHI 2001 p 25 58 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA De qualquer modo salientamos que a oralidade uma forma de aprendizagem espont nea podendo ser contemplada na necessidade de observa o j que mesmo pessoas comumente denominadas de analfa betas apropriam se de condi es que envolvem a fala visto que cada um dentro de uma sociedade precisa participar e desenvolver habilida des que possam ser utilizadas no trabalho ou em seus relacionamentos Segundo F vero 2005 p 10 historicamente a escrita era consi derada a verdadeira forma de linguagem e a fala por ser mais flex vel n o constitu a objeto de estudo S depois de 1960 que a linguagem fa lada deixou de ser considerada uma mera verbaliza o A l ngua um processo inacabado resultado das constru es do passado e do presente e passou a ser incorporada as an lises textuais Observando as condi es de cada atividade interacional Como afirma Geraldi 2006 p 28 l ngua enquanto produto desta hist ria e enquanto condi o de produ o da hist ria presente vem mar cada pelos seus usos e pelos espa os sociais destes usos Neste sentido a l ngua nunca pode ser estudada ou ensinada como produto acabado pronto fechado em si mesmo
234. e uma determinada vis o social de quem o elaborou ou seja a concep o ideal do outro que acaba interferindo na forma o ideol gica de quem o ler Brand o 2004 explica o que forma o ideol gica nas seguin tes palavras Cada forma o ideol gica constitui assim um conjunto complexo de ati tudes e de representa es que n o s o nem individuais nem universais mas se relacionam mais ou menos diretamente a posi es de classe em conflito umas com as outras a forma o ideol gica tem necessariamente como um de seus componentes uma ou v rias forma es discursivas interligadas Isso sig nifica que os discursos s o governados por forma es ideol gicas BRAN DAO 2004 p 47 Assim ao estudarmos um texto ou lermos devemos analisar o contexto no qual foi elaborado o qu quem quando onde por qu Este vem trazendo consigo n o apenas informa o mas conte do e ideologia que retratam os conceitos de quem fala atrav s do texto De fa to quem realmente tem voz atrav s do texto a ideologia do escritor sua posi o social cultural e econ mica Logo o sujeito n o o senhor de sua vontade pois sofre as coer es de uma ideologia dominante ou at mesmo submetido a sua pr pria natureza da aliena o Ele tende a n o interpretar o texto como um produto ideol gico que consiste em fazer com que cada indiv duo leitor sem que tenha consci ncia disso se torne um sujeito passivo O
235. ebe o texto como um evento da comunica o localizado em um deter minado contexto s ciohist rico e representante de um g nero do discur so DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 91 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos O texto assim concebido sob determinadas condi es por um autor que possui uma determinada finalidade inten o e que a realiza em um g nero discursivo Todo e qualquer g nero do discurso caracteriza do por elementos s cio comunicativos e funcionais condi es de produ o circula o fun o comunicativa tem ticas poss veis forma compo sicional estilo Leva se em considera o nessa abordagem que o pro cesso de leitura constru do em meio a situa es reais de uso da l ngua que envolvem interlocutores a sua historicidade seus valores al m dos aspectos propriamente lingu sticos A compreens o satisfat ria de um texto conforme ressalta Mar cuschi 2008 n o uma atividade natural tampouco uma heran a dos genes assim como n o isolada do meio social em que vivemos A ati vidade da leitura assim como a da escrita situada em um determina do contexto que primordial em todo o processo Tamb m s o cruciais as viv ncias dos interlocutores j que a multiplicidade de discursos que circundam e constituem os sujeitos s o tamb m respons veis pelas dis tintas formas de ler MARCUSCHI 2008 A concep o socioi
236. ecebe este conjunto de elementos ora medieval em sua intransig ncia ora moderna em sua transig ncia com certo mal estar pois este debate ainda que em plena globaliza o e encurtamen to das dist ncias em rela o ao conhecimento tem muito que se discutir Agostinho de Hipona escreve em uma de suas obras preciso crer para compreender e compre ender para crer Contra Acad micos ITI 20 43 Tamb m a frase seguinte citada na obra de Anselmo de Cantu ria Porque n o busco compreender a fim de crer mas creio a fim de compreender Pois acredito mesmo no seguinte que n o vou compreen der se n o crer Proslogion c 1 O problema que motivou buscar uma resposta par te da seguinte indaga o como devemos conciliar f e raz o Isto poss vel Dado o problema ele nos leva a uma resposta que Agostinho sustenta ao dizer que a f pre cedida por certo trabalho da raz o colocando a f como nica via de acesso verdade eterna Nessa perspectiva esta reflex o de car ter teol gico e filos fico porque a f e a raz o habitam o ser humano englobando a totalidade do conhecimento seus senti mentos pensamentos e a sua rela o com os outros constituindo valores que fazem aperfei oar sua pr pria exist ncia Palavras chave Humanidades F Raz o P s Modernidade Filosofia 230 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOG
237. ecessidade de um processamento sociocognitivo mais elaborado e ancorado nas representa es de mundo do sujeito e das conex es que elas estabelecem entre si Dessa forma uma vez que a doen a de alzheimer caracterizada pelo preju zo degenerativo da mem ria em todos os seus n veis e que especificamente na fase inicial da patologia h no que se refere s habi lidades comunicativas significativo acometimento de aspectos pragm ti cos a teoria da relev ncia pass vel de subsidiar robustamente an lises cognitivo pragm ticas de interpreta o de piadas por sujeitos diagnosti cados com a doen a de alzheimer cujo decurso est no in cio Al m dis so no que diz respeito a procedimentos anal ticos de textos chistosos o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 259 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos emprego da teoria da relev ncia no estudo da interpreta o da piada se gundo aponta Santos 2009 se justifica em raz o de tal teoria prever o processamento dedutivo inferencial como um princ pio universal para a interpreta o verbalizada Diante do exposto o presente trabalho parte de uma perspectiva sociocognitiva de linguagem em que ser o utilizados textos humor sticos para identificar os processos cognitivos e pragm ticos envolvidos na formula o de infer ncias feita por sujeitos com a doen a de alzheimer em est gio inicial A an lise de tais processos ser real
238. ediadas pela Internet Nesta se o s o discutidas as atividades de leitura e escrita no ambiente digital abordadas nos livros did ticos analisados Foram obser vadas as atividades presentes no material did tico que possibilitam que os estudantes utilizem a rede mundial Dentre as atividades destacam se as que envolvem a leitura e a produ o de textos O resultado da pesquisa envolvendo os livros did ticos de l ngua portuguesa do ensino m dio apresentado neste artigo parte do resultado da pesquisa de mestrado da presente pesquisadora Para a realiza o da pesquisa utilizou se como corpus oito livros did ticos de l ngua portuguesa do ensino m dio aprovado pelo Programa Nacional do Livro Did tico do Ensino M dio publicados no Guia do PNLD para 2012 e dois outros livros que constam na lista dos livros mais vendidos de dois famosos sites que tamb m funcionam como livraria vir tual E importante ressaltar que dos 10 livros did ticos analisados h 3 livros que est o em 3 volumes e 7 livros que est o em volume nico Os livros pesquisados foram Novas Palavras Portugu s LDI Portugu s LD2 Gram tica Reflexiva Texto Sem ntica e Intera o 142 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA LD3 Portugu s L ngua e Cultura LD4 Portugu s Linguagens LD5 Portugu s Literatura Gram tica e Produ o de Texto LD6 Viva
239. educa o de jovens e adultos um estudo de caso Olinda Livro R pido 2009 Minist rio da Educa o e Cultura Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Dispon vel em lt http www portal mec gov br seesp arquivos pdf lei9394 Idbnl pdf gt Acesso em 02 12 2012 Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental Proposta Curricular para a educa o de jovens e adultos segundo seg mento do ensino fundamental 5 a 8 s rie introdu o Bras lia Secreta ria de Educa o Fundamental 2002 COSTA VAL Maria da Gra a Reda o e textualidade 3 ed S o Paulo Martins Fontes 2006 DICION RIO Houaiss conciso S o Paulo Moderna 2011 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 69 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos DOLZ Joaquim et al Produ o escrita e dificuldades na aprendizagem Campinas Mercado das Letras 2010 F VERO Leonor Lopes ANDRADE Maria L cia C V O AQUINO Zilda G O Oralidade e escrita perspectiva para o ensino de l ngua ma terna 5 ed S o Paulo Cortez 2005 FONTANA D Psicologia para professores S o Paulo Loyola 1998 FREIRE Paulo A import ncia do ato de ler em tr s artigos que se com pletam 23 ed S o Paulo Autores Associados Cortez 1989 Pedagogia da esperan a um reencontro com a pedagogia do oprimido 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1992 GERALDI Jo o Wanderley O texto na
240. eimer Revista de Estudos Lingu sticos Belo Horizonte vol 16 n 1 p 157 177 jan jun 2008 POSSENTI S Gram tica e pol tica In GERALDI J W Org O texto na sala de aula 3 ed S o Paulo tica 2001 SALOM O M M M A quest o da constru o do sentido e a revis o da agenda dos estudos da linguagem Veredas Revista de Estudos Lin gu sticos Juiz de Fora vol 3 n 1 p 61 79 1999 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 267 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos SANTOS S L A interpreta o da piada na perspectiva da teoria da re lev ncia 2009 Tese Doutorado em Lingu stica Setor de Ci ncias Humanas Letras e Artes da Universidade Federal do Paran Curitiba SPERBER D WILSON D Relev ncia comunica o e cogni o 2 ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2001 268 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA HIST RIA EM QUADRINHOS E RELIGI O UMA ANALISE DA FIGURA DE SUPERMAN Ramon Amancio Solles UEMS ramonessolles O gmail com Ta s Tura a Arantes UEMS taistaniaO gmail com Nataniel dos Santos Gomes UEMS natanielgomes uol com br RESUMO Superman um personagem messi nico basta observar a sua mitologia desde sua cria o nos anos 1930 para se chegar a essa compreens o No trabalho relacionare mos a figura dele com a de Jes
241. eio das tabelas apresentadas na se o anterior poss vel ve rificar que a participa o em chats em aula virtuais em lista de discus s es a utiliza o do Wikipedia de dicion rio on line e de jogos virtuais n o foram abordadas em nenhum dos livros analisados Estas atividades mesmo sem ocorr ncias foram listadas nas tabelas para que fossem ob servadas tamb m as pr ticas que n o s o abordadas no material Ao analisar os dados coletados foi poss vel verificar que a ativi dade envolvendo a Internet mais abordada foi a leitura de sites diversos com 351 ocorr ncias Uma poss vel justificativa para a grande frequ ncia desta atividade no livro did tico que este exerc cio n o exige muito es pa o no material e se apresenta de forma simples com apenas endere os de sites Por m vale destacar que as atividades apresentadas no material pedag gico s o sugest es para o estudante Muitas das vezes os pr prios livros deixam claro que a tarefa s deve ser realizada se a escola contar com laborat rio de inform tica e Internet Ap s a leitura de sites diversos a atividade que mais foi encon trada nos livros did ticos foi a utiliza o dos sites de busca Para este ti po de atividade apenas o livro LDIOV1 comentou sobre o Google e trouxe uma figura do site Nos demais livros n o apontado nenhum en dere o de site de busca para ser utilizado apenas indicado que o aluno realize a pesquisa tamb m utilizando a
242. eitura an lises e etc Mas no trabalho de quebra e limpeza da castanha a significatividade de titula o escolar influ ncia pouco ou em nada no de sempenho das mulheres que trabalham na COMAJA 68 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA necess rio que as pessoas envolvidas na tarefa de estudar e as cender profissional e pessoalmente na vida consiga dimensionar a opor tunidade que lhes aparece e fazer delas um objeto de conquista compro metendo se de fato com a sua pr pria educa o pois as chances para crescimento s o criadas e alguns n o as v m como algo que valha a pena abra ar e desperdi am as oportunidades REFERENCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA Geraldo Pe anha de Pr ticas de leituras para neoleitores 2 ed Rio de Janeiro Wak 2010 ANTUNES Irand Aula de portugu s encontro e intera o S o Paulo Par bola 2009 BAGNO Carlo Preconceito lingu stico como como se faz 49 ed S o Paulo Loyola 2007 BAKHTIN M Os g neros do discurso In __ Est tica da cria o ver bal Trad M E G Gomes Pereira S o Paulo Martins Fontes 1992 p 2717 326 BARBOSA Jos Juv ncio Alfabetiza o e leitura S o Paulo Cortez 1991 BARBOSA Maria L cia de Figueiredo et al Pr ticas de leitura no ensi no fundamental Belo Horizonte Aut ntica 2006 BEZERRA Jos Enildo Elias A quest o de oralidade na
243. el do professor fazer com que os alunos reflitam e questionem a ideologia presente nos textos Desta forma considera se que cada texto revela a vis o de mundo de quem o produz Assim o presente trabalho vem discutir a ideologia na constru o textual pois possu mos a problem tica da ideologia institu da nos textos cient ficos did ticos que por sua vez n o percebida pelos leitores tornando os portanto alienados e acr ticos Objetivamos inves tigar a ideologia institu da nos textos cient ficos did ticos mas n o per cebida pelos leitores e lev los a posicionar se diante da informa o e interagir de forma cr tica reflexiva e ativa com o meio f sico e social contribuindo para a diminui o da aliena o e o aumento do esp rito cr tico do indiv duo Para atingirmos tal objetivo formulamos a seguinte problematiza o os professores percebem no dia a dia a ideologia nos textos did ticos A ideologia encontrada nos textos ajuda na constru o de um indiv duo cr tico Tais quest es proporcionam ao leitor condi es para desenvolver a habilidade de produzir sua pr pria interpreta o do texto rompendo a artificialidade existente na interpreta o textual assim fazendo com que o leitor possa ter uma vis o cr tica a respeito dos textos Considerando que os seres humanos s o indiv duos sens veis s influ ncias do meio ou seja a sociedade influencia ideologicamente na constru o textual e pessoal
244. el levantar quest es acerca da concep o de modernidade de Marinetti sobre os poss veis impactos dos objetos considerados modernos pelo autor do texto Ainda poss vel e recomendado que o professor proponha aos alunos que estes contrapo nham a concep o de modernidade do autor s suas pr prias ideias do que seria de fato moderno na sociedade em que vivem Dessa forma os alunos utilizam seu conhecimento de mundo para produzir textos a partir das informa es extra das do texto lido O conte do decodificado n o serviria mais apenas para ser copiado a fim de se conseguir uma nota mas para a ser o ponto de partida para a cria o de v rios outros enuncia dos in ditos produzidos pelos alunos que agora deixaram de lado a po si o de sujeitos passivos e passaram a se tornar indiv duos ativos e atu antes no processo de constru o do conhecimento O pr ximo exemplo que apresentamos uma atividade que utiliza como refer ncia o poema Exorta o escrito pelo poeta Maur cio Go mes que integrou o movimento Vamos descobrir Angola nos anos 1950 Releia estes versos finais do poema ec E es PI sea Uma poesia nossa nossa nossa c ntico reza salmo sinfonia que uma vez cantada rezada escutada fa a toda gente sentir fa a toda gente dizer poesia de Angola a O que justifica a repeti o da palavra nossa no 1 verso desse frag mento Resposta H a inten
245. ela o com o trabalho que desenvolvem neste setor A escolha entre as situa es j mencionadas considerou o trabalho em uma rea onde existe o menor grau de escolaridade entre os colaborado res da cooperativa Buscamos entender se necess rio haver compet ncias de leitura escrita dentro do setor de quebra e qual sua rela o com o trabalho manual exercido pelas quebradeiras que desempenham a fun o j em comento Assim procuramos fundamentos de nossos apontamentos em conceituados estudos feitos nas reas de lin guagem e educa o Conhecer mais sobre a vida dessas pessoas e os diversos motivos que as levaram a trabalhar na cooperativa tamb m foi considerado para conclus o de nossa hip tese Contudo ficou evidente que a rela o de escolaridade com o trabalho desenvolvido no setor n o sofre muita influ ncia dos itens postos em verifica o quando analisados a fun o desempenhada pelo trabalhador e seu grau de escolarida de Palavras chave Leitura Interpreta o de textos Agroind stria Trabalhador 1 Introdu o Antes de tecermos considera es sobre texto leitura e constru o de sentidos necess rio que falemos um pouco sobre a linguagem Pre 54 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA cisamos reconhecer o que linguagem iniciando uma tomada de enten dimento sobre posicionamentos relacionados ao que seja l ngua
246. eles e chegarmos a um consenso e assim partindo para a a o pr tica O presente trabalho foi estruturado a partir de uma pesquisa bibli ogr fica qualitativa e quantitativa A pesquisa de campo foi realizada no per odo de abril de 2013 a novembro de 2013 Utilizamos nesta pesquisa o question rio semiestruturado como instrumento de pesquisa para ob ten o de informa es sobre o tema O question rio foi composto por seis perguntas sendo que duas foram fechadas e quatro abertas As perguntas abordaram as dimens es ideol gicas nos textos did ticos Assim a primeira quest o foi elaborada de forma em que o questionado desse uma resposta objetiva ou seja a pergunta foi fechada para obten o de resposta sim ou n o Nesta 184 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA quest o o professor foi perguntado a respeito da percep o da ideologia Na segunda j questionamos se os textos did ticos s o ideol gicos por tanto a quest o foi fechada n o exigindo uma explica o da resposta A terceira pergunta foi aberta e contava ainda com uma cita o de Marcon des Filho 1997 nela o investigado submetido a explicar sua pr pria resposta a respeito do texto como um retrato de quem o escreve Por sua vez a quarta quest o tamb m foi aberta onde questionamos a opini o do professor a respeito do curso de forma o de professores
247. ementos constitutivos das palavras e depois das frases para conse guir atingir o n vel da compreens o que seria portanto hier rquico e se quencial do menor elemento constituinte para o maior Em contraposi o ao modelo da decodifica o come a a se fir mar na d cada de 80 a abordagem cognitiva da leitura Nesta nova con cep o o percurso no qual se configura o processo de leitura n o parte do texto para o leitor mas sim o contr rio do leitor para o texto O leitor nessa perspectiva assume outro papel ao longo do processo pois agora lhe dada a chance de contribuir para a constru o de sentidos O sen tido n o entendido mais como contido no texto mas sim como uma constru o na qual o leitor desempenha um papel ativo Na atividade de atribui o e constru o de sentidos para o texto h uma intera o da bagagem pr via do leitor em um processo top down com as informa es do pr prio texto em um processo bottom up Como cada leitor possui uma bagagem distinta de conhecimentos pr vios lingu sticos textuais e enciclop dicos as associa es realizadas no processo de leitura s o tamb m vari veis de pessoa para pessoa De acordo com Kato 1999 o nosso conhecimento pr vio se or ganiza por meio de variados esquemas conectados a subesquemas que formam uma rede de rela es que s o ativadas no processo de leitura Dessa forma o leitor pode prever o texto Al m dos esquemas h
248. ensino m dio bases Legais Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Bras lia 1999 PERRENOUD Philippe Construindo as compet ncias desde a escola Porto Alegre Artes M dicas Sul 1999 10 novas compet ncias para ensinar 2 ed Porto Alegre Artes M dicas 2000 A pr tica reflexiva no of cio de professor profissionaliza o e raz o pedag gica Porto Alegre Artes M dicas 2002 PIMENTEL Fernando Blogs como ferramenta pedag gica Dispon vel em lt http fernandinhosep spaces live com gt PIMENTEL Fernando Material sobre blog e educa o Dispon vel em lt http www csmadalenasofia com br gt PORTAL Dia a Dia Educa o Dispon vel em lt http www diaadiaeducacao pr gov br gt PRETI Dino Estudos de l ngua oral e escrita Rio de Janeiro Lucerna 2004 SANCHO J M De tecnologias da informa o e comunica o a recursos educativos In __ Tecnologias para transformar a educa o Porto Alegre Artmed 2006 Org Para uma tecnologia educacional 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 SANTAELLA L Navegar no ciberespa o o perfil cognitivo do leitor imersivo S o Paulo Paulus 2004 SANTOS Edmea ALVES Lynn Orgs Pr ticas pedag gicas e tecno logias digitais Rio de Janeiro E papers 2006 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 167 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos SARAIVA
249. entes tivessem um processo de alfabetiza o compat vel com o n vel de leitura que o ensino m dio exige As leituras realizadas pelos alunos durante as oficinas e conse quentemente a produ o textual durante nos dois encontros semanais es tavam limitados a incompreens o dos textos lidos aus ncia de escrita pe 136 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA la maioria dos alunos os quais muitas vezes n o queriam expor suas ideias em um papel Dos 160 apenas 28 escreviam algumas linhas sempre com erros ortogr ficos e com palavras sem nenhum sentido As consequ ncias desses fatos se davam por detectar que as difi culdades encontradas pelos alunos nas quest es relacionadas leitura era a m forma o na alfabetiza o e na escolariza o durante o ensino fun damental Para Soares 2013 p 93 O processo de alfabetiza o visto n o s como um componente essenci al da escolariza o inicial como mais que isso esta mesmo comumente con fundida com aquele a concep o corrente que a crian a vai para a escola para aprender a ler e a escrever A autora destaca que na concep o da sociedade e comum pensar que a crian a vai para escolar apenas para aprender a ler e a escrever en tretanto ao que foi detectado durante as oficinas de leitura e produ o textual no IFAP era que muitos alunos n o haviam adquirido tai
250. entido na classifica o de Charaudeau Finalmente o crit rio de informatividade corresponde rela o entre o que o texto quer explicitar e o que se pode extrair dele Essa no o diz respeito aos conte dos infer veis do texto os quais permitem ao leitor proje es de natureza sociocontextual no dizer de Marcuschi 2007 A realiza o de infer ncias depende da ativa o dos saberes de conhecimento e saberes de cren as do leitor sujeito interpretante apti d es essas classificadas como compet ncia sem ntica segundo Charau deau 2009 O trabalho de desenvolvimento de compet ncia leitora portanto deve objetivar conduzir o aluno leitor a observar as supracitadas articula es entre os aspectos textuais e os aspectos discursivos respons veis pe las rela es de sentido que constroem o texto ou seja que geram a inter preta o A ativa o das supracitadas estrat gias de natureza sem ntica co loca em jogo conhecimentos precedentes supostamente compartilhados pelos sujeitos do ato interenunciativo definidos como entorno cognitivo 20 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA partilhado pela lingu stica cognitiva e classificados como saberes pela Semiolingu stica CHARAUDEAU 2001a p 2009 O autor classifica esse conhecimento a priori dos sujeitos como saberes de conhecimento e saberes de cren as Es
251. ento D parecendo terem sido semeadas ao vento E porque foram semeadas ao vento D 16 s vezes se sucedem na mesma dire o com uma frequ ncia irri tante outras se afastam e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fe chado de casas Num trecho h casas amontoadas umas sobre outras numa ang stia de espa o desoladora logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva No trecho acima um adjetivo respons vel pela ironia presente Marque 160 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA A irritante B fechado C coeso D caprichoso E vasto 5 A sala de leitura e a integra o com portugu s e literatura Considerando que a educa o tem a finalidade de desenvolver to talmente o indiv duo em todas as suas potencialidades a presente propos ta da integra o com a sala de leitura como pr tica educativa busca des pertar no educando compet ncias apoiadas em um dos pilares da educa o Aprender a ser Sendo assim procuramos transformar a sala de lei tura em um espa o de motiva o autoconfian a colabora o trabalho em equipe em atividades que contribuam para o desenvolvimento do sen so cr tico e o interesse pela leitura de outras obras liter rias Outro obje tivo apresentar aos educandos n o leitores e ou n o frequentadores da sala de leitura a variedade do acervo dispon vel para us
252. ento geral para construir modelos mentais espec ficos 3 Um experimento de leitura metodologia Expusemos 52 alunos do primeiro ano do ensino m dio de uma escola p blica estadual da cidade do Rio de Janeiro leitura de duas no t cias extra das do jornal popular Meia Hora A atividade assumiu car ter de exerc cio ou seja os alunos doravante informantes n o sabiam tra tar se de um experimento As not cias utilizadas foram as seguintes v O novo card pio da cadeia P o com Ovo Meia Hora 20 08 2011 Luan Santana morto a tiros Meia Hora 01 12 2011 A atividade se dividiu em tr s partes correspondentes a tr s tes tes Na primeira oferecemos aos leitores apenas o t tulo de cada not cia e solicitamos que desenvolvessem algumas hip teses sobre qual as sunto o t tulo poderia tratar Ao final de 10 minutos recolhemos a tarefa Na segunda oferecemos aos leitores um conjunto composto de t tulo e subt tulo da mesma not cia e solicitamos novamente que desenvol vessem algumas hip teses sobre qual assunto o t tulo poderia tratar Ao final de 10 minutos recolhemos a tarefa Na terceira oferecemos aos leitores a not cia completa t tulo subt tulo j lidos e corpo do texto e solicitamos que respondessem qual 10 Cf Marcuschi 1985 trabalho em que o autor apresenta uma classifica o de diferentes tipos de infer ncias importam especialmente as que envolvem os tipos indutivo e dedutivo
253. envolvendo um tipo de letramento escolar que n o o que colabora com os letramentos cr ticos e protagonistas ROJO 2009 As estrat gias cognitivistas de leitura crucificam a leitura feita as sim tida apenas como decodificadora Prop em modelos interacionais nos quais o autor e o leitor devem construir juntos o sentido do texto Comparando tal atividade de intera o com a linguagem falada Kleiman 2013 p 66 diz O autor que segura a palavra por assim dizer por um turno extenso co mo num mon logo deve ser informativo claro e relevante Ele deve deixar suficientes pistas em seu texto a fim de possibilitar ao leitor a reconstru o do caminho que ele percorreu J o leitor deve acreditar que o autor tem algo relevante a dizer no texto e que o dir clara e coerentemente Quando obscu ridades e inconsist ncias aparecem o leitor dever tentar resolv los apelando DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 31 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ao seu conhecimento pr vio de mundo lingu stico textual devido a essa con vic o de que deve fazer parte da atividade de leitura de que o conjunto de pa lavras discretas forma um texto coerente isto uma unidade que faz com que as partes se encaixem umas nas outras para fazer um todo Segundo afirma Kleiman o leitor da mesma forma que o autor parece j ter constitu do um sentido para aquilo que seria o texto Assim
254. eparar com os resultados negati vos das avalia es em outras disciplinas que exigiam do estudante um n vel elementar de escrita produ es curtas e objetivas encontrava se uma defici ncia de compreens o n o s para o leitor mas para o pr prio escritor aluno que em muitos casos n o compreendia o que havia es crito Notou se que o n vel de leitura dos adolescentes n o correspondia s rie em que estavam existia em realidade m escolariza o dos alu nos que consequentemente resultava em um fracasso no processo de lei tura e produ o textual Desta forma para minimizar tal problem tica relacionada ao n vel de leitura foram introduzidos textos de g neros variados cartas ao leitor artigos de opini o resenhas e leituras baseadas nos cl ssicos da literatura brasileira os quais o programa de l ngua portuguesa do IFAP j estabele ce como leitura obrigat ria dentro de ensino m dio As oficinas de leitura produ o textual e reescrita foram iniciadas em mar o de 2011 e finalizadas em outubro de 2013 tinha como objetivo a leitura de obras da literatura brasileira e de outros textos O projeto de pesquisa sempre teve como objetivo criar condi es melhores de produ o textual mas sabido que n o se pode escrever com objetividade se n o houver um n vel de leitura elementar observan do com rela o a escrita dos alunos do IFAP campus Laranjal do Jari era necess rio que uma maior parte dos disc
255. er diferente nico e por conta disso se difere em suas aprendizagens e portanto nem mesmo uma bela teoria vai dar conta dessa complexidade com certeza a nossa pr pria experi ncia aliada a nossa sensibilidade que muitas vezes vai mostrar o caminho mais acertado a seguir Profa Simone Lopes 2013 professora de filosofia da educa o A professora de pol ticas educacionais acrescenta Na educa o assim como nos partidos pol ticos nos times de futebol nas religi es temos que vestir a camisa e assumir uma postura ideol gica N o me preocupo em cobrar posicionamento dos meus alunos me preocupo em mos trar o que penso como penso e deixo que eles pr prios formem suas opini es pensem por si s Profa Fernanda Waleska 2013 Uma docente que ministra aulas de l ngua portuguesa opina rela tando que Sim Os professores de qualquer curso t m uma fun o social carregada de significados Quando se trata de curso de forma o de professores temos de pensar prioritariamente em quem estamos formando para posteriormente se rem formadores Essa vis o est fundamentada em a es que s o trabalhadas como pr ticas sociais uma vez que objetiva desenvolver uma consci ncia po l tica nos sujeitos envolvidos criando espa os democr ticos que favore a uma transforma o social Profa S nia Cunha 2013 professora de l ngua portu guesa Como os pensamentos as cren as n o s o iguais tivemos tamb m nest
256. eram com a alma em outras palavras com uma sutileza inexplic vel com uma alegria vis vel aos olhos humanos Desta forma contribu ram significativamente para a realiza o do presente trabalho pois foi atrav s das respostas deles que foi poss vel associar a teoria com a pr tica possibilitando veracidade ao 186 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA tema ideologia na constru o textual Estes se manifestaram a respeito da ideologia presente nos textos did ticos sobre a import ncia da per cep o de como trabalham com este assunto e sobretudo falaram a res peito da forma o do leitor cr tico Assim ao serem perguntados se o texto cient fico did tico trans mite algum tipo de ideologia obtivemos por unanimidade a resposta ce 9 sm Apesar de todos terem dado uma resposta positiva dois professo res nos chamaram a aten o pela justificativa dada resposta dizendo o porqu da resposta A professora de filosofia da educa o respondeu da seguinte for Sim pois quem o escreve se reporta a uma dada realidade como tamb m coloca sua vis o de mundo que por sua vez j pode ter sido influenciada por outras vis es sociais de mundo distorcida perversas que tende a reinar em absoluto em nossa sociedade mesmo vivendo n s em uma dita ser democr ti ca Profa Simone Lopes 2013 professora de filosofia da educa o
257. erpreta o desse enunciado depende das re presenta es mentais que s o ativadas pelos interlocutores no momento da comunica o Tais representa es mentais s o o produto das experi ncias perceptivas visuais auditivas t teis olfativas gustativas in telectuais sociais culturais etc do indiv duo as quais s o articuladas em um processo dedutivo inferencial o qual inerente ao ser humano que originar as suposi es mais relevantes para a interpreta o do que comunicado SPERBER WISON 2001 Assim para que interpreta es sejam poss veis preciso al m de um c digo partilhado que dever ser decodificado a realiza o de infe r ncias A comunica o s poss vel porque aquele que comunica tem e demonstra a inten o de faz lo ao passo que o que interpreta presume tal inten o de modo a procurar entre as interpreta es resultantes a mais relevante Tal relev ncia diz respeito modifica o do ambiente cognitivo do receptor por meio do que comunicado ou seja a produ o de efeitos contextuais J o grau de relev ncia se refere rela o entre o esfor o de processamento requerido e a magnitude dos efeitos cognitivos gerados SPERBER WISON 2001 A teoria da relev ncia tem como alicerce o conceito de relev ncia que por sua vez possui dois princ pios gerais o princ pio cognitivo se gundo o qual a cogni o humana tende a dirigir se para a maxi
258. ersonagens fict cios numa transposi o da vida para o plano art stico 4 Fato ou epis dio real mas t o complicado que parece inacredit vel 5 Lit Pop Bras Qualquer composi o po tica narrativa do romanceiro popular nordestino quase sempre em sextilhas ou setilhas 6 Bras Namoro caso a A qual dos sentidos apresentados no verbete a palavra romance faz refe r ncia no enunciado do quadro abaixo Sabrina e F bio namoram desde outubro de 2009 O casal chegou terminar o romance em janeiro de 2001 mas reatou quatro meses depois Dispon vel em lt http www carasonline com br gt Acesso em 07 06 2012 b O Texto Gerador I um fragmento do romance Capit es da Areia Neste caso o conceito de romance seria o mesmo que o da letra a Justifique sua resposta com base no verbete e no texto apresentado A quest o acima transcrita discursiva parte de um enunciado in trodut rio geral de car ter declarativo e interativo declarativo porque parte da asser o referente ao fen meno da polissemia e interativo por que busca dialogar diretamente com o leitor conforme corrobora o frag mento gue voc com certeza conhece e utiliza no seu dia a dia O enunciado seguido por duas quest es Antes de serem apresentadas as 98 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA quest es fornecido ao leitor
259. ervamos que reflex es acerca do contexto s ciohistorico dos textos n o foram oportunizadas por meio das quest es elaboradas nos dois Ro teiros analisados Essa observa o foi ratificada quando da an lise do Roteiro do 9 ano que tem como texto gerador o romance Capit es de Areia Por fim salientamos que as atividades tidas como de leitura n o est o calcadas no ideal de desenvolvimento da percep o cr tica do alu no Dizemos isso tendo em vista que a chance de aprecia o e r plica por parte do leitor nos pareceu ser pouco oportunizada REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BRASIL Par metros curriculares nacionais l ngua portuguesa Bras lia Secretaria de Educa o Fundamental 1997 BUNZEN C S O tratamento da diversidade textual nos livros did ticos de portugu s como fica a quest o dos g neros In SANTOS C MEN DON A M CAVALCANTI M Diversidade textual os g neros na sa la de aula Belo Horizonte Aut ntica CEALE 2006 p 43 58 DION SIO M L T A constru o escolar de comunidades de leitores leituras do manual de portugu s Coimbra Almedina 2000 F VERO L L Coes o e coer ncia textuais 3 ed rev e ampl S o Pau lo tica 1995 KATO M A O aprendizado da leitura 5 ed S o Paulo Martins Fon tes 1999 KLEIMAN A B Oficina de leitura teoria e pr tica 10 ed Campinas Pontes 2004 MARCUSCHI L A Compreens o de texto algumas reflex es In DI ON SIO A P
260. esclarecimento de concep es err neas ou preconcebidas sobre o processo da escrita Desta forma os alunos se conscientizam dos h bitos que s o ineficientes ou inapropriados percebem que pessoas diferentes abordam a escrita de forma diversa e tomam ci ncia de como as suas escolhas lingu sticas podem afetar a identidade que eles projetam atrav s da escrita Ao final dos quatro anos letivos espera se que os alunos do curso de inform tica meio ambiente e secretariado possam desenvolver textos de forma clara e objeti va auxiliando desta forma no bom desempenho na escrita e na leitura em todas as disciplinas Palavras chave Pr tica de leitura Produ o textual Reescrita DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 129 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos 1 Introdu o O texto um evento s ciocomunicativo que ganha notoriedade em um processo interacional ou seja toda produ o textual resultado de uma coprodu o entre interlocutores e o que em realidade se distingue entre texto falado e a escrita a forma de produ o em que est o inseri dos A escola volta se a produ o escrita como sua principal preocupa o para realiza o de uma compreens o da l ngua materna h situa es que se acredita na idealiza o do ensino voltado para gram tica normati va observando se apenas para ensino de nomenclatura e nesse contexto que os di logos orais n o s o leva
261. eta o comunicacional con sistem no produto da rela o entre essas esferas humanas de forma que a altera o do funcionamento de alguma delas pode provocar d ficits lin gu sticos entre os quais est o as dificuldades ou impedimentos para atri buir sentido comunica o Nessa perspectiva h d ficits biol gico cognitivos espec ficos linguagem tal como a afasia que consiste na perda ou perturba o da linguagem causada por les o cerebral BEN SON ARDILA 1996 p 3 e outros cuja etiologia n o uma disfun o pr pria dos componentes biol gico cognitivos que subjazem lingua gem mas provoca algum tipo de altera o no processamento sociocog nitivo lingu stico a exemplo do que ocorre na doen a de alzheimer con di o estudada na presente pesquisa A doen a de alzheimer caracterizada por preju zo irrevers vel da mem ria e por altera es cognitivas e comportamentais que interferem nas pr ticas sociais cotidianas Assim al m do d ficit mn mico causado por sua etiologia maci a perda sin ptica e morte neuronal em regi es cerebrais respons veis pelas fun es cognitivas c rtex cerebral hipo campo c rtex entorrinal e c rtex estriado ventral SERENIKI VITAL 2008 a doen a de alzheimer provoca perturba es em outras esferas da cogni o humana tais como linguagem racioc nio e aten o O com prometimento da linguagem na doen a de alzheimer ocorre nos tr s est gi
262. experimentais e devido a isso alte ramos nosso entendimento anterior sobre algo quando mudamos nosso comportamento sendo assim fundamental lembrar que para a aprendi zagem acontecer e assim despertar a necessidade de constru o de aqui si o de mais conhecimento atrav s da leitura imprescind vel que aconte a uma intera o ou troca de experi ncias do indiv duo com seu ambiente que pode ser a comunidade a escola o grupo de social a fam lia e etc Desse modo podemos inferir que as m ltiplas formas em que a in telig ncia humana desenvolvida reverbera em um novo conceito para a o verbete A rela o entre gen tica e viv ncia pode construir as vari veis existentes no padr o de intelig ncia entre um ser e outro Mas toda a concep o m ltipla tida como fato diretamente ligado ao universo do desenvolvimento humano As experimenta es apontaram desenvolvimento de expectativas levantadas e mostraram que existe um enorme potencial a ser despertado dentro do setor pesquisado Se o corpo de trabalhadores se propuser a continuar com os estudos h vari veis que mostram a condi o eminente de progresso intelectual a todas as envolvidas Entretanto no aspecto relacionado a oralidade e a escrita as parti cipantes apresentaram o que Marcuschi 2001 Terra 1997 Bezerra 2009 Antunes 2009 e outros chamam de centraliza o da oralidade em detrimento da escrita Por ser a atividade oral elemento b sic
263. exto em sala de aula pode sim formar leitores LILBERMAN 1982 p 54 RESUMO A proposta do minicurso apresentar os projetos de atividades integrados entre sala de leitura literatura e l ngua portuguesa desenvolvidos na Escola Estadual Jos Leite Lopes NAVE 3 ano do ensino m dio integrado e profissionalizante Os textos trabalhados foram Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto Macuna ma de Mario de Andrade e Mem rias do C rcere de Graciliano Ramos Para fundamen tar as pr ticas e o uso da tecnologia baseamo nos em Moran 1995 1997 2009 na te oria de intelig ncias m ltiplas de Gardner 1995 e no letramento digital segundo Kleiman 1995 Soares 2002 Paiva 2008b e Xavier 2007 Consideramos os dife rentes perfis de alunos os usos da tecnologia e o alvo a atingir um aluno capaz de dominar o uso das normas t cnicas rumo constru o do conhecimento instru mentaliza o do aprendizado de literatura e apto a exercer a autonomia e cidadania Palavras chave Leitura Obras liter rias Sala de leitura Ensino m dio L ngua portuguesa 1 Defini o de literatura Antes de entrarmos em uma sala de aula de ensino m dio para ministrarmos aula de literatura precisamos ter consci ncia da corrente de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 151 Circulo Huminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos estudos liter rios seguida e da defini o desta disciplina Pa
264. ez que preponderantemente se apossam de g neros prim rios para se constru rem Sendo assim correto dizer que a cr nica um g nero secund rio posto que em sua elabora o s o reempregados recursos do g nero 198 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA primitivo Tal afirma o confirma se nas palavras de Bakhtin op cit p 325 Em sua grande maioria os g neros liter rios s o g neros secund rios complexos que s o compostos de diversos g neros prim rios transformados r plicas do di logo narrativas de costumes cartas di rios ntimos documen tos Esses g neros secund rios que pertencem comunica o cultural com plexa simulam em princ pio as v rias formas da comunica o verbal prim ria precisamente isso que gera todas essas personagens liter rias convenci onais de autores de narradores de locutores e de destinat rios A partir dessa no o de g nero discursivo e de que a cr nica se encaixa num g nero secund rio aborda se a seguir uma pormenoriza o de suas caracter sticas a fim de melhor identific la e particulariz la 2 Surgimento e consolida o no Brasil O g nero discursivo liter rio cr nica segundo Neves 1992 p 76 tem seu objeto no cotidiano constru do pelo cronista atrav s da se le o que o leva a registrar alguns aspectos e eventos e abandonar ou tro
265. ez que ela pode transform lo dar uma nova dimen s o sua consci ncia o que acaba por possibilitar lhe uma reflex o sobre a sua realidade e a maneira de agir sobre ela Ler faz com que o aluno esteja presente no mundo social A leitu ra uma forma de intera o mediada entre o que est escrito e os interlo cutores que n o se encontram face a face A leitura pode ser uma fonte de informa o prazer conhecimento Ela d acesso s informa es necess rias para o dia a dia e aos mundos criados pela literatura pelas ci ncias O professor deve ser capaz de mostrar aos alunos que eles s o agentes da leitura s o sujeitos ativos Mas o que acontece que as atividades de leitura n o s o desen volvidas na escola E quando s o costumam acontecer de uma forma ina dequada O material que entregue para que o professor trabalhe com os alunos feito com base em uma concep o de linguagem que n o privi legia a intera o na maioria das vezes Os textos costumam ser usados como pretexto para o ensino gramatical e treino ortogr fico Assim pare ce que o que se quer fazer com que o leitor se fixe ao sistema gramati cal da l ngua entendido como lugar da constitui o formal do texto leg timo Tamb m s o encontradas nesse tipo de material perguntas conhe cidas sobre a compreens o do texto lido atrav s das quais o leitor le vado a reconhecer localizar ou selecionar informa es para respond las des
266. f pois busca da pior forma poss vel a sensa o de prazer e de con templa o Esta perda de sentido leva o indiv duo a um estado de anomia e de vazio existencial Esta a sociedade do consumo ego sta alienada e individualista 5 Considera es finais Em sua obra Origens da P s Modernidade Perry Anderson ex plica que a ideia de um P s Modernismo teria surgido pela primeira vez na d cada de 1930 no mundo hisp nico uma gera o antes do seu aparecimento na Inglaterra ou nos Estados Unidos A primeira aborda gem filos fica segundo Anderson aconteceu em 1979 em A Condi o P s Moderna de J F Lyotard onde o autor ressalta que estar amos vi vendo um momento hist rico conturbado incerto que n o s a filosofia da hist ria mas tamb m a raz o a subjetividade os valores e as identi dades se tornariam amb guas Nesta perspectiva percebe se que todos es tes acontecimentos seriam respons veis pelas mudan as do estatuto do saber nas sociedades p s industriais ou da informa o e que o saber cien t fico e religioso estaria totalmente ligado e interligado ao discurso A fonologia e as lingu sticas os problemas da comunica o e a cibern tica as matem ticas modernas e a inform tica os computadores e suas linguagens os problemas de tradu o das linguagens e busca de compatibilidades entre linguagens m quinas os problemas de memoriza o e os bancos de dados a telem tica e a instala o de
267. fatores que ligam o Su perman a Jesus diretamente que s o ambos t m 33 anos o encontro com o pai para descobrir qual sua miss o e a quest o do livre arb trio Em outros momentos do filme podemos relacionar algumas atitu des do Superman com Jesus como por exemplo aos 32 minutos e 22 se gundos do filme vemos Clark trabalhando em uma lanchonete e umas das gar onetes molestada por um cliente caminhoneiro ao defend la e ele agredido ao inv s de revidar ele oferece a outra face ao exemplo de Jesus quando fala do amor aos inimigos Mas eu lhes digo N o re sistam ao perverso Se algu m o ferir na face direita ofere a lhe tamb m a outra MATEUS 5 39 Outra cena importante ocorre aos 69 minutos do filme quando nosso her i entra na igreja para pensar qual seria sua atitude diante da invas o de Zod ao conversar com o padre ele menciona o fato de que ele deveria se sacrificar para salvar a terra e h um contraponto com a ima gem de Jesus ajoelhado orando podendo ser uma refer ncia quando con versa com Deus um pouco antes de ser crucificado quando ele ora no Ge ts mani quando diz Pai se queres afasta de mim este c lice contudo n o seja feita a minha vontade mas a tua LUCAS 22 42 Zod o vil o pode ser comparado com L cifer o diabo pois am bos foram banidos de seus locais de origem pelo mesmo motivo eram orgulhosos e se achavam superiores e amor pela ra a ambos eram im portantes l
268. geraria antecipa es sobre o tema que n o se confirmari am ao final do procedimento completo de leitura Os resultados do expe rimento confirmam essa hip tese pois os informantes inferiram temas globais distintos entre a primeira e a terceira etapa 2 Fundamenta o te rica Optamos por iniciar esta se o conceituando atividade de leitura Adotamos ent o a seguinte defini o de Kleiman 2008 p 65 que en tende ser uma intera o a dist ncia entre leitor e autor via texto Trata se de uma atividade em que o leitor constr i e n o apenas recebe um significado global para o texto ele procura pistas formais antecipa essas pistas formula e reformula hip teses aceita ou rejeita conclus es Contudo n o h reciproci dade com a a o do autor que busca essencialmente a ades o do leitor apre sentando para isso a melhor maneira poss vel os melhores argumentos a evi d ncia mais convincente da forma mais clara poss vel organizando e deixan do no texto pistas formais a fim de facilitar a consecu o de seu objetivo Consideramos essa defini o de leitura como atividade bastante afinada abordagem neste estudo porque tal defini o pressup e um su DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 73 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos jeito intencional envolvido ativamente em uma atividade estrat gica de re constru o de sentidos e que mobiliza um
269. gramatical Aprender a pensar e falar 224 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA sobre a pr pria linguagem realizar uma atividade de natureza reflexiva uma atividade de an lise lingu stica sup e o planejamento de situa es did ticas que possibilitem a reflex o n o apenas sobre os diferentes recursos expressi vos utilizados pelo autor do texto mas tamb m sobre a forma pela qual a sele o de tais recursos reflete as condi es de produ o do discurso e as restri es impostas pelo g nero e pelo suporte Sup e tamb m tomar como objeto de reflex o os procedimentos de planejamento de elabora o e de refac o dos textos A atividade mais importante pois a de criar situa es em que os alunos possam operar sobre a pr pria linguagem construindo pouco a pouco no cur so dos v rios anos de escolaridade paradigmas pr prios da fala de sua comu nidade colocando aten o sobre similaridades regularidades e diferen as de formas e de usos lingu sticos levantando hip teses sobre as condi es contex tuais e estruturais em que se d o E a partir do que os alunos conseguem intuir nesse trabalho epilingu stico tanto sobre os textos que produzem como sobre os textos que escutam ou leem que poder o falar e discutir sobre a linguagem registrando e organizando essas intui es uma atividade metalingu stica que envolve a des
270. greja Cat lica centralizou todos os poderes em suas m os e o paradigma passou a ser a f e a raz o Na Idade M dia do s cu lo IV ao s culo XIII surge a teoria do conhecimento ou seja a busca in cessante pela verdade Vale ressaltar que a Igreja detinha o monop lio do conhecimento cient fico e cultural em geral mas como a Igreja Cat lica era tamb m a principal Institui o e sustentava como subst ncia pri mordial de todas as coisas o Criador o pr prio Deus o Sumo Bem Nes ta perspectiva o homem passou a ser entendido como uma das criaturas de Deus e essa verdade poderia ser encontrada na Sagrada Escritura por interm dio da f A verdade da raz o era a verdade da f a f precedia a raz o Aur lio Agostinho mais conhecido como Santo Agostinho nasci do no ano 354 depois de Cristo um dos principais defensores da conci lia o entre a f e a raz o A Idade Moderna durou basicamente 336 anos e o paradigma da modernidade passou a ser a raz o cr tica e filos fica A racionaliza o ocupou o seu devido espa o e uma s rie de acontecimentos e transforma es econ micas sociais e pol ticas contribu ram para tais mudan as Sobre os aspectos culturais vimos o renascimento cultural sobre os as pectos pol ticos vimos o surgimento dos estados nacionais absolutistas e sobre os aspectos econ micos vimos o capitalismo comercial configu DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 235 Ci
271. ham mais apropriadas a sociedade Portanto o sujeito autor interage com o texto e nele faz concretizar se seu pensar Na elabora o de um texto al m da import ncia das condi es de produ o na qual elaborado tem grande import ncia tamb m a forma o ideol gica de cada indiv duo e a forma o discursiva Mussalim 2003 conceitua forma o discursiva baseado em Foucault na qual defi ne como um conjunto de regras an nimas hist ricas sempre determinadas no tem po e no espa o que definiram em sua poca dada e para uma rea social eco n mica geogr fica ou lingu stica dada as condi es de exerc cios da fun o enunciativa Determina o que pode deve ser dito a partir de um determinado lugar social Assim uma forma o discursiva marcada por regularidades ou seja por regras de forma o concebidas como mecanismos de controle que determinam o interno o que pertence e o externo o que n o pertence de uma forma o discursiva MUSSALIM 2003 p 119 Diante desta defini o fica expl cito que um texto ou discurso vem determinar a vis o de quem o produz assim nele v m contidas in forma es impl citas ou expl citas de seu autor ou seja v m contidas 174 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA ideias que remetem ao leitor a se enquadrar no que se diz que pode deve ser falado pensado a partir d
272. hi compro va se tamb m ao se analisar o que cada um diz a respeito de g neros Para Bakhtin 1997 p 270 Qualquer enunciado considerado isolada mente claro individual mas cada esfera de utiliza o da l ngua elabora seus tipos relativamente est veis de enunciados sendo isso que denomi namos g neros discursivos E para Marcuschi 2002 p 219 os g neros textuais s o fen menos hist ricos profundamente vinculados vida cultural e social Fruto de trabalho coletivo os g neros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia a dia S o entidades sociodiscursivas e formas de a o social incontorn veis em qualquer situa o comunicativa surgem emparelhados a necessidades e atividades sociocul turais bem como na rela o com inova es tecnol gicas Embora de maneira diferente os dois estudiosos entendem que os g neros textuais ou discursivos existem em fun o da necessidade hu mana de comunica o e se ampliam e modificam de acordo com as mu dan as ocorridas na sociedade e as diferentes necessidades comunicati vas Assim correto afirmar que alguns g neros cristalizam se formal mente em determinadas necessidades e inten es como a r plica do di logo cotidiano a conversa o telef nica as produ es cient ficas a cr nica as not cias de jornal os classificados entre outros Como a sociedade vai se modificando diuturnamente inclusive co
273. humanos 1948 p 1 que assim diz I Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos S o dotadas de raz o e consci ncia e devem agir em rela o umas s outras com esp rito de fraternidade II Toda pessoa tem capacidade para gozar os direi tos e as liberdades estabelecidos nesta Declara o sem distin o de qualquer esp cie seja de ra a cor sexo l ngua religi o opini o pol tica ou de outra natureza origem nacional ou social riqueza nascimento ou qualquer outra condi o TV Ningu m ser mantido em escravid o ou servid o a escravi d o e o tr fico de escravos ser o proibidos em todas as suas formas DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 125 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Outro recurso semanticamente depreciativo foi o uso da interjei o AAGH indicando nojo pela crian a o di logo dos personagens demonstra o desrespeito pelo ser humano negro Numa diferente tira retirada do mesmo site encontramos outro exemplo de etnocentrismo estere tipo e preconceito sofrido pelo perso nagem negro BELEZA MOLECADA TIME DE QUEIMADA Cyanide and Haopiness Explosm net A hist ria narra uma situa o de bullying em que aparece um per sonagem que se julga o superior do grupo em rela o aos demais A per cep o de poder j se d pelo tamanho dos bonecos e pelas fei es O mais forte maior sua express o f
274. i dade In DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A Orgs G neros textuais e ensino Rio de Janeiro Lucerna 2001 206 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA MARTINS S J A A cr nica brasileira S o Paulo Unesp 1980 Re vista Stylos n 1 NEVES M S Uma escrita do tempo mem ria ordem e progresso nas cr nicas cariocas CANDIDO A Org A cr nica O g nero sua fixa o e suas transforma es no Brasil Campinas Unicamp 1992 ROJO Roxane Letramento escolar oralidade e escrita em sala de aula diferentes modalidades ou g neros do discurso In SIGNORINI I In vestigando a rela o oral escrito Campinas Mercado das Letras 2001 S J A cr nica 6 ed S o Paulo tica 2001 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 207 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos _ FAM LIA E ESCOLA _ UMA INTERA O PARA A APROPRIA O DA LEITURA Mirian Maria da Silva Duarte UFRRJ mirian_duarte oi com br Nanci Mattos dos Santos UFRRJ nanci letras yahoo com br RESUMO O presente artigo tem como objetivo verificar e analisar como se d a aquisi o da leitura em ambiente escolar assim como refletir sobre os conhecimentos necess rios ao desenvolvimento de a es pedag gicas desenvolvidas na escola a fim de tanto dar continuidade ao processo de letramento iniciado
275. ia o na leitura devem ser bons leitores Um professor precisa gostar de ler precisa ler muito precisa envolver se com o que 18 LAJOLO 2005 p 108 O que se observa que professores proficientes na leitura s o bons orientadores de seus alunos no ato de ler Ela prossegue dizendo que infelizmente esse n o o perfil comum do professor do Ensino Fun damental que se limita a maior parte das vezes leitura de best sellers antigos e de cl ssicos escolares como A Moreninha Iracema e A Escra va Isaura Conclui dizendo que a precariedade da situa o que essa pobreza de repert rio indica grave LAJOLO 2005 p 108 Como se v o professor n o deve ser apenas uma figura secund ria na apropria o da leitura pelo aluno Ao contr rio disso numa atitude de intera o har moniosa entre as partes espera se que a escola realmente seja um espa o onde a aprendizagem aconte a de forma natural progressiva e eficaz Diante disso Kleiman 2008 vem alertar sobre o cuidado que se deve ter com a forma o de um esteri tipo do professor que n o conhece a mat ria que deve ensinar n o l nem escreve Ela prop e de acordo com as proposi es de Street 1984 Kleiman 1995 Tfouni 1995 e Soa res 1998 uma reflex o sobre a forma o do professor na perspectiva dos Estudos de Letramento na qual n o h apenas uma forma de usar a l n gua escrita a reconhecida e legitimada pelas institui es poderosas
276. ia do que acham certo e errado Nes ta quest o novamente a maioria respondeu positivo a pergunta pois sete disseram que acreditam que a ideologia quando n o trabalhada contribui para a aliena o da pessoa e um professor diz que n o necessariamen te ou seja para ele n o trabalhando a ideologia contida no texto que o indiv duo vai deixar de ser ou vai ser alienado Sua resposta foi seguin te N o necessariamente porque apontar uma interpreta o espec fica res tringe o campo de reflex o do aluno ent o isso impede uma ampla interpre ta o que no meu modo de vida ver tamb m representa um grau de aliena o Prof Paulo Afonso do Prado 2013 professor de sociologia da educa o Entretanto a professora de l ngua portuguesa rebate a ideia do professor de sociologia da educa o dando uma resposta totalmente po sitiva pois para ela Quando o professor n o trabalha com a ideologia imposta nos textos did ticos contribui significativamente para a aliena o do indiv duo Como exem plo um trabalho com conte dos apresentados pelo professor de forma passiva fechada sem contextualiza o al m de n o apresentar outras respostas poss veis o que leva o aluno a ser alienado obedecendo apenas ao que prop e o livro sem desenvolver o senso cr tico Profa S nia Cunha 2013 professora de l ngua portuguesa Outro professor acrescenta que preciso despertar no
277. iar diretamente na forma o dos alunos como leitores Como ponto de partida para nossas considera es tomaremos como exemplos atividades de leitura que ser o analisadas com base nas concep es de leitura e avalia o Dessa forma podemos discutir que tipo de trabalho com a leitura essas atividades suscitam em sala de aula e como podem colaborar para o desenvolvimento das capacidades de leitura e dos letra mentos do aluno 2 A leitura e o ato de ler escolar O trabalho com atividades de leitura envolve v rias etapas Ler um texto uma atividade que consiste em compreend lo interpret lo n o apenas decodificar seus sinais O conhecimento anterior e as experi ncias passadas funcionam como base para a compreens o da leitura Isto porque muito antes de as crian as dominarem o ato da leitura elas j t m experi ncias com o mundo e com a l ngua O dever da escola ent o fazer com que o aluno aprenda o que n o sabe Ler o mundo ele j sabe O que precisa aprender a ler a pala 30 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA vra mas n o a palavra isolada Segundo Bakhtin 1997 a palavra cons titui o produto da intera o do locutor e do ouvinte Atrav s da palavra defino me em rela o ao outro isto em ltima an lise em rela o coletividade A escola deve ent o ensinar ao aluno a forma adequada de usar a palavra uma v
278. ias Bezerra e Viviane Pereira Fialho 129 Pr ticas de leitura e escrita na internet uma an lise das atividades do livro did tico do ensino m dio Elaine Vasquez Ferreira de APQUJO cs rss re e ca ori E S io da dana LG ei STE qua Pin Le DES dp EEE EE na 139 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 5 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Clrculo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Propostas de atividades a partir da leitura de obras liter rias Rena ta da Silva de Barcellos oooooonoonenoenneenseeseneseesseesseessesesssesssesesee 151 Texto um produto ideol gico Marcela Tavares de Mello Maria do Socorro David e Rafael Ferreira Figueira ooon 169 Estrat gias de leitura da cr nica an lise de oralidade e escrita Lu cia Maria de ASSIS Teniente tim segue dh ia Sela ncr quado ande ata ae nada 196 Fam lia e escola uma intera o para a apropria o da leitura Mi rian Maria da Silva Duarte e Nanci Mattos dos Santos 208 Forma o do leitor percep o do sentido processo ensino aprendi zagem da l ngua portuguesa Edma Regina Peixoto Barreto Caiafa Balbi Daniela Balduino de Souza Vieira e Eliana Crispim Fran a DUQUE ris ias der a sas o ot a Eu Doado Br das RES cad 222 Humanidades os paradigmas da f e da raz o na p s modernidade Jos Severino da Silva e L cia In s Kronemberger Andrade 230 Interpre
279. ica de nossa a o sobre o mundo Ou seja podemos di zer da linguagem que ela uma a o humana j que ela predica interpre ta representa influencia modifica configura conting ncia transforma na mesma propor o que ela atua sobre a linguagem imprescind vel considera es sobre todo o processo de lingua gem tem como referente a l ngua Ela pode ser analisada de v rios ngu los te ricos neste trabalho especificamente ser adota posicionamento considerando a realiza o de produ o textual dentro de oficinas de leitu ra e produ o a ser fomentada em cap tulos posteriores a perspectiva so ciointeracionista A identidade se constr i na rela o entre o sujeito e o sistema en tre a socializa o e a produ o do social Assim com este trabalho tive mos como objetivo geral encontrar informa es que nos remetesse pos sibilidade de verifica o se desenvolvimento das caracter sticas de habi lidades de leitura e interpreta o textual em l ngua portuguesa poderia de algum modo auxiliar na produtividade da m o de obra na cadeia produ tiva da castanha do brasil da Cooperativa Mista Extrativista Vegetal do Vale do Jari COMAJA Assim os seus objetivos espec ficos contemplaram encontrar apontamentos que nos levasse a conhecer o n vel de entendimento sobre leitura dos sujeitos submetidos pesquisa demonstrar a eles a din mica que h dentro do processo de comunica o fazer entender que
280. icas que determinam a devas ta o de floresta N o apenas as florestas est o sendo devastadas mas o nosso senso cr tico de reflex o vem sendo desmatado pela falta de com preens o interpreta o e criticidade a respeito do texto did tico Assim segundo Faria 1985 p 47 sempre que se fala em crian a se fala em escola A casa e a escola s o o meu tesouro Portanto sempre quando nos referirmos a interpreta o textual temos que falar sobre ideologia que de acordo com Chau 2000 um fen meno hist rico social decorrente do modo de produ o econ mica medida que numa forma o social uma forma determinada da vis o social se estabiliza se fixa e se repete cada indiv duo passa a ter uma atividade deter minada e exclusiva que lhe atribu da pelo conjunto das rela es sociais pe lo est gio das for as produtivas e pela forma da propriedade CHAU 2000 p 2 Desta forma com uma escola sistem tica e planejada o professor possui um papel de grande destaque ao qual o transmissor de conte dos para os alunos Isso o coloca numa condi o de grande import ncia social para a transmiss o ideol gica das classes dominantes pois ele pos sui uma posi o de privil gio dentro da escola pois ele quem transmite os conte dos que por sua vez est o camuflados de ideologias Assim nas palavras de Seligman 2008 o professor fica numa posi o privilegiada mas muitas vezes de dif
281. iclos de um m s cada Todo ciclo gira em torno de um ou dois g neros textuais poss vel encontrarmos assim em um nico bimestre quatro diferentes g neros textuais sendo abordados Para facilitar a implementa o desse referencial curricular a SEE RJ vem elaborando a cada bimestre dois documentos em car ter com plementar O primeiro documento que complementa o Curr culo M nimo denomina se Orienta es Pedag gicas e teve sua primeira edi o publi cada no primeiro bimestre de 2011 no que se refere disciplina l ngua portuguesa literatura Para cada ano de escolaridade contemplado nesse primeiro ano de implementa o do material 9 ano e todas as s ries do ensino m dio foram elaboradas diferentes Orienta es que apresen tam contudo a mesma estrutura formal Segundo o pr prio documento nos informa as orienta es peda g gicas apresentam estrutura regular e facilmente reconhec vel RIO DE JANEIRO 2011 S o divididas em se es que est o em sua maio ria organizadas em torno de perguntas que buscam guiar as reflex es propostas ao professor o que ensinar Por que ensinar Como ensinar DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 93 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos O Roteiro de Atividades segundo documento complementar ao Curr culo M nimo tem por prop sito oferecer ao professor atividades que possa implementar em suas aulas atividades essas
282. ico S o Pau lo Madras 2005 p 41 51 288 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O
283. im nio liter rio nacional http noticias terra com br educacao enem noticias 0 015404391 EI8398 00 Professor diz que Enem pode prejudicar ensino de literatura html Uma sugest o lermos o que est os motivando e a partir da es timularmos a leitura dos cl ssicos a partir dos recursos tecnol gicos a serem mencionado a seguir 3 O ensino da literatura na atualidade Atualmente o educador desta disciplina precisa considerar e utili zar os diversos recursos tecnol gicos dispon veis a fim de despertar o in teresse dos educandos de lerem e refletirem sobre como o autor retratou seu tempo Defendemos a tese de que todos devem ler obrigatoriamente um livro por bimestre independente de ser uma institui o p blica ou priva da Quanto quela cabe ressaltar que n o justificativa dizer que n o vi vel porque n o comprar o o livro solicitado Para evitar isso sempre disponibilizamos na primeira semana do bimestre a obra em PDF no gru po do Facebook Ao longo do bimestre propomos atividades Hoje h sites com diversas obras dispon veis dom nio p blico http www dominiopublico gov br pesquisa PesquisaObraForm jsp obras de diversos autores www coladaweb com download de livros 158 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA contos de Machado de Assis http contosdocovil wordpress com category machado
284. ingresso nas universidades o ENEM prop e uma reflex o em vez de reconhecer as caracter sticas das escolas e ou os aspectos inerentes daquela poca a partir do fragmento de um texto Por exemplo este enunciado DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 155 Circulo Hluminenso de Estudos Filol gicos e Linguisticos Considerando o papel da arte po tica e a leitura do poema de Manoel de Barros afirma se que A inform tica e invencion tica s o a es que para o poeta correlacio nam se ambas t m o mesmo valor na sua poesia B arte cria o e como tal consegue dar voz s diversas maneiras que o homem encontra para dar sentido pr pria vida C a capacidade do ser humano de criar est condicionada aos processos de moderniza o tecnol gicos D a inven o po tica para dar sentido ao desperd cio precisou se ren der s inova es da inform tica E as palavras no cotidiano est o desgastadas por isso poesia resta o si l ncio da n o comunicabilidade Habilidade 17 Reconhecer a presen a de valores sociais e humanos atualiz veis e permanentes no patrim nio liter rio nacional http public inep gov br enem Enem2009 linguagens codigos pdf Hoje com as diversas redes sociais verificamos uma pr tica inte ressante a publica o de estrofes de diversos cl ssicos da literatura brasi leira e mundial tais como 156 Literatura brasileira entes de
285. ir a segunda caso queiram as duas vers es Junto com o livro de Minicursos e Oficinas o livro de Resumos e o livro de Programa o a primeira edi o do Almanaque CiFEFiL 2014 j traz publicados mais de cento e trinta textos completos deste XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA para que os con gressistas interessados possam levar consigo a edi o de seu texto n o precisando esperar at final ano al m de toda a produ o do CiFEFIL nos anos anteriores O C rculo Fluminense de Estudos Filol gicos e Lingu sticos e sua Diretoria lhe desejam uma boa programa o durante esta rica semana de conv vio acad mico e ficar grato por qualquer sugest o e cr tica que pu der nos apresentar para melhoria do atendimento e da qualidade do even to e de suas publica es Rio de Janeiro dezembro de 2014 poa AE de ARCO AAA 8 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA A LEITURA EM JOGO COMPET NCIA E ESTRAT GIA D borah Maria de Castro Nunes Senfft UFF deborah senfft O gmail com Rosane Santos Mauro Monnerat UFF rosanemonnerat O globo com RESUMO Este estudo pretende examinar interfaces entre o ensino de leitura em l ngua por tuguesa e em l ngua inglesa visando a uma complementaridade de abordagens que maximize o desenvolvimento de compet ncia leitora no aluno de ensino m dio a qual se encontra abaixo da meta
286. iraldo e Maur cio de Souza 4 ed Petr polis Vozes 1971 Para ler os quadrinhos Petr polis Vozes 1972 DECLARA O universal dos direitos humanos Dispon vel em lt http portal mj gov br sedh ct legis intern ddh bib inter universal htm gt FREIRE Paulo A import ncia do ato de ler em tr s artigos que se com pletam 23 ed S o Paulo Cortez 1989 LEI 11 645 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 ato2002010 2008 1ei 111645 htm gt MENDES M R S El papel educativo de los comics infantiles an lisis de los estereotipos sexuales 1991 Tese de Doutorado Facultad de Ciencias de la Informaci n da Universidad Aut noma de Barcelona Bar celona PINTO Ziraldo Alves Todo Perer vol 1 Rio de Janeiro Salamandra 2002 BRASIL Par metros curriculares nacionais l ngua portuguesa ensino fundamental 1 a 4 s rie Bras lia Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf livro02 pdf gt Par metros curriculares nacionais l ngua portuguesa ensino m dio Bras lia Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf 14_24 pdf gt VERGUEIRO Waldomiro Uso das HQs no ensino In RAMA Angela VERGUEIRO Waldomiro Orgs Como usar as hist rias em quadri nhos na sala de aula S o Paulo Contexto 2010 128 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLO
287. iro t pi co logo ap s de uma breve demonstra o da religi o no mundo dos qua drinhos 3 A religi o e os quadrinhos A b blia um conjunto de livros que cont m relatos de her is mi lagres poderes guerras festas conflitos hist rias de amor e dio em outras palavras uma apresenta o da humanidade com suas potenciali dades e limita es Ao observamos isso podemos dizer que existe uma similaridade entre os super her is das hist rias em quadrinhos GON ALVES 2013 p 295 Logo n o incomum ver os relatos b blicos em formato de hist rias em quadrinhos bem como perceber a influ ncia da mesma nos he r is Ou seja por mais que estamos focando nesse artigo a quest o de uma interface de Superman com Jesus Cristo n o podemos esquecer que existem outros her is que possuem uma liga o com a quest o religiosa podemos citar aqui a quest o do her i cego Demolidor que um cat li co Vemos Demolidor constantemente em suas hist rias dentro da igreja rezando e nem vamos nos aprofundar aqui nas dicotomias desse personagem Nesse sentido temos outro personagem que podemos men cionar que Noturno pertencente aos X Men Esse outro personagem tamb m cat lico O que queremos apresentar como a religi o est presente nas hist rias em quadrinhos A esse ponto tamb m v lido dizer que existem revistas pr prias do meio rel gioso Algumas delas s o Smilinguido Mig e Meg Turma do Bi
288. is identidades num circuito movido por uma determinada causalidade O valor impl cito do ato de linguagem resulta da produ o de pa r frases seriais assim denominadas segundo o autor por ocorrerem na mesma inst ncia de fala do enunciado expl cito n o sendo excludentes nem do enunciado expl cito nem umas s outras As par frases seriais transcendem o enunciado expl cito referindo se a realidades anteriores e posteriores ao ato de proferi o da fala fazendo com que os signos n o signifiquem mais por eles mesmos mas por uma totalidade discursiva que os ultrapassa a significa o CHARAUDEAU 2008 p 25 Tal processo sem ntico cognitivo que se realiza dentro de um movimento centr fugo de estrutura o do sentido consiste em relacionar as palavras e sequ ncias portadoras de sentidos de l ngua com outras pa lavras e sequ ncias que se acham registradas na mem ria de experi ncia do sujeito Assim atrav s dessa atividade tamb m chamada intertextua DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 15 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos lidade ou interdiscursividade o sujeito comunicante constr i um sentido que poderemos chamar de indireto ou impl cito um sentido de discurso que se mede segundo crit rios de coer ncia CHARAUDEAU 1995a p 12 As opera es que d o origem ao valor expl cito do ato de lingua gem constituem um mecanismo transforma o Aplicand
289. is incisiva Se por outro lado a inten o do locutor elevar tangencialmente a ma nifesta o de uma s rie de suposi es cada uma delas ent o comuni cada fracamente Em uma situa o de comunica o forte o locutor pode criar expectativas elevadas sobre determinadas suposi es que o interlo cutor ativar em seu ambiente cognitivo Em contrapartida quando a comunica o intencionalmente fraca o locutor poder apenas conduzir a ativa o de suposi es do interlocutor a alguma dire o A teoria da relev ncia assente que a compreens o verbal parte da recupera o pelo interlocutor do sentido lingu stico originado por uma elocu o que necessita ser enriquecida contextualmente para ser inter pretada em acordo com o sentido pretendido pelo locutor Levando em conta a frequente possibilidade de no processo comunicativo haver elip ses ambiguidades ironias met foras entre outras configura es depen dentes de fatores extralingu sticos constru es que requerem um con junto de suposi es formuladas pelo interlocutor os formuladores da teo ria da relev ncia sugerem a exist ncia de um procedimento de compreen s o em que o interlocutor deve i seguir um caminho que demande me nor esfor o para processar os efeitos cognitivos ao testar hip teses inter pretativas por meio da resolu o de ambiguidades problemas de refe r ncia implicaturas etc ii interromper o processo inferencial e
290. izada por meio das teorias da integra o conceptual e relev ncia 3 1 Composi o da amostra Foram formados dois grupos para a composi o da amostra o grupo controle composto por 5 sujeitos com intelig ncia dentro da m dia para a faixa et ria e escolaridade e sem comprometimento cognitivo cau sado pela doen a de alzheimer ou por outra patologia e o grupo cl nico composto por 5 indiv duos diagnosticado com doen a de alzheimer em est gio inicial Considerou se como vari veis controladas a escolaridade o g nero a idade e o perfil socioecon mico de modo que os sujeitos dos grupos em quest o foram pareados em conformidade a tais fatores A amostra da qual se formou o corpus do presente trabalho foi composta a partir do universo populacional de idosos com idade igual ou superior a sessenta anos do munic pio de Po os de Caldas sul de MG Aos participantes da pesquisa foi entregue o termo de consenti mento livre e esclarecido que assegura o anonimato do sujeito volunt rio e explicita o car ter da manipula o e do uso dos seus dados no contexto acad mico Participaram do estudo somente os indiv duos que assim consentiram por meio da entrega do TCLE devidamente lido e assinado por ele ou seu respons vel Os sujeitos que comp em o grupo cl nico fo ram recrutados da Associa o Brasileira de Alzheimer ABRAz sub regi o Po os de Caldas Tal entidade realiza reuni es mensais entre fami liares e sujeito
291. ja s rela es entre os sujeitos Ao se posicionarem um em rela o ao outro os sujeitos definem se a si mesmos e em rela o ao mundo atrav s de mecanismos de assimila o e diferencia o Portanto o processo de transa o que comanda o processo de transforma o CHARAUDEAU 2006 p 41 Essas rela es entre os sujeitos se d o segundo quatro princ pios o de alteridade o de pertin ncia o de influ ncia e o de regula o O princ pio de alteridade determina a exist ncia de um sujeito produtor e de um sujeito receptor do ato de linguagem de acordo com a natureza do contrato de comunica o ou seja de intera o entre dois parceiros que se reconhecem como tais O princ pio de pertin ncia diz respeito rela 16 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA o entre os saberes implicados no ato de linguagem e o seu contexto e finalidade O princ pio de influ ncia e o de regula o s o intrinsecamen te ligados uma vez que todo ato de linguagem tem a finalidade de inserir o outro no projeto de fala por m n o tem a garantia de sua realiza o Desse modo preciso que os sujeitos recorram a estrat gias que possibilitem e mantenham a intera o CHAR AUDEAU 1995a p 16 A capacidade dos sujeitos de realizarem essas opera es de cons tru o de sentido pode ser traduzida pelas aptid es ou compet ncias co municativas
292. jei tos em quest o No que diz respeito aos estudos sobre altera es de linguagem na doen a de alzheimer Freitas 2012 em artigo de revis o bibliogr fica sistem tica acerca do cen rio brasileiro de pesquisas quanto abordagem da linguagem na doen a de alzheimer destaca quatro aspectos que exi gem aten o 1 relativamente baixo n mero de trabalhos publicados no Brasil 11 preval ncia de estudos feitos por estudiosos da lingu stica iii predomin ncia da perspectiva estrutural de linguagem e iv baix ssimo emprego de teorias lingu sticas na an lise de dados de linguagem na do en a de alzheimer ou seja grande parte das pesquisas publicadas n o utiliza aporte te rico metodol gico pertencente aos estudos lingu sticos para respaldar suas an lises realizando o que chamam de an lise quali tativa Dessa forma interessante observar que mesmo havendo maior n mero de trabalhos realizados por linguistas s o poucos os estudos que em suas an lises utilizam suporte te rico metodol gico respaldado em propostas estritamente cient ficas de an lise da linguagem DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 257 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Al m de haver poucos estudos que consideram as dimens es dia l gica sociocognitiva e pragm tico enunciativa da linguagem em sujei tos acometidos pela doen a de alzheimer existem pouqu ssimos traba lhos que investigam
293. l J DAMICO James S A tale of differences comparing the traditions perspectives and educational goals of critical literacy Dispon vel em lt http www readingonline org articles cervetti gt CHARAUDEAU Patrick De la competencia social de comunicaci n a las compet ncias discursivas Revista Interamericana de Estudios del Discurso ALED Venezuela Editorial Latina v I n 1 p 7 22 2001b DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 25 Circulo Fluminense do Estudos Hilol gicos e Lingu sticos Discurso das m dias S o Paulo Contexto 2006 Grammaire du sens et de expression Paris Hachette 1992 Identidade social e identidade discursiva o fundamento da com pet ncia comunicacional In PIEFTROLUONGO M rcia Org O tra balho da tradu o Rio de Janeiro Contra Capa p 309 326 2009 Dis pon vel em lt http www patrick charaudeau com Identidade social e identidade html gt Les conditions de compr hension du sens de discours Anais do I Encontro Franco Brasileiro de An lise do Discurso Rio de Janeiro CIAD UFRJ 1995a tradu o livre Linguagem e discurso modos de organiza o S o Paulo Con texto 2008 Uma an lise semiolingu stica do discurso In PAULIKONIS Maria Aparecida Lino GAVAZZI Sigrid Orgs Da l ngua ao discurso reflex es para o ensino Rio de Janeiro Lucerna 2005 Uma teoria dos sujeitos da linguagem In MARI Hug
294. la ent o Kal el filho das estrelas como Jesus cujo nascimento foi anunciado pela estrela de Be l m WHITE 2014 p 129 Dessa forma v rios fatores podem aproximar o Superman de Jesus Cristo Essa messianidade foi estudada para esse artigo atrav s de tr s plataformas que s o a revista em quadrinhos O reino do Amanh rotei ro de Mark Waid e arte de Alex Ross 2004 O filme O Homem de A o dirigido por Zack Snyder 2013 e o desenho animado A Liga da Justi a sem limites 2004 2006 Quando se faz a leitura do quadrinho O Reino do Amanh perce bemos que h uma intertextualidade com o livro b blico apocalipse Ve jamos abaixo uma explica o sobre isso 274 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Enquanto no livro b blico os crist os esperam o retorno de Jesus nos quadrinhos de Mark Waid os super her is anseiam pelo retorno do Super Homem o personagem mais messi nico da nona arte na esperan a que ele re solva os conflitos do mundo que estava nas m os de uma nova gera o de he r is que al m de n o terem experi ncia lutam entre si eles que est o prestes a causar o fim do mundo OLIVEIRA GOMES 2013 p 54 H uma rela o entre o super her i Superman e a figura b blica Jesus pois os mesmos ir o luta num Armagedom No texto b blico essa luta ainda n o aconteceu mas no Reino do Amanh essa luta oc
295. laboradas nas atividades de compre ens o leitora Segue abaixo o quadro sint tico Tipos de Perguntas Explicita o Evidentes N o muito frequentes e de perspic cia m nima auto respondidas pela pr pria formula o Assemelham se s indaga es do tipo Qual a cor do cavalo branco de Napole o C pias Sugerem atividades mec nicas de transcri o de frases ou pala vras Verbos frequentes aqui s o copie retire aponte indique transcreva complete assinale identifique etc Objetivas Indagam sobre conte dos objetivamente inscritos no texto O qu quem quando como onde numa atividade de pura decodi fica o A resposta acha se centrada exclusivamente no texto Inferenciais As mais complexas exigem conhecimentos textuais e outros se jam pessoais contextuais enciclop dicos bem como regras infe renciais e an lise cr tica para busca de respostas Globais Levam em conta o texto como um todo e aspectos extratextuais envolvendo processos inferenciais complexos Subjetivas Em geral t m a ver com o texto de maneira apenas superficial A resposta fica por conta do aluno e n o h como test la em sua validade Amplas Admitem qualquer resposta n o havendo possibilidade de se equivocar A liga o com o texto apenas um pretexto sem base alguma para a resposta Impratic veis Exigem conhecimentos externos ao texto e s podem ser respon didas co
296. laborado muito para que a figura do ndio e do negro apresente um estere tipo positivo e com o objetivo de promover a inclus o racial v rias editoras t m publicado obras nacionais em quadrinhos cujos protagonistas s o representantes de tais ra as Autores como Ziraldo e Mauricio de Sousa produzem literatu ras que promovem o respeito diversidade social com a integra o de personagens de diferentes ra as Promover projetos pedag gicos com uma vis o inclusiva torna se essencial nas institui es educacionais uma vez que estas t m a fun o de acrescentar valores morais formando o homem como cidad os cons cientes do respeito s diferen as do outro presente dentro e fora dos mu ros da escola REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA Paulo Nunes Educa o e l dica t cnicas e jogos pedag gi cos S o Paulo Loyola 1998 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 127 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos A PSICOLOGIA do mundo m gico de Maur cio de Sousa Dispon vel em lt http pt scribd com doc 6515062 A psicologia do mundo magico de Mauricio de Sousa gt CEREJA William Roberto MAGALH ES Thereza Cochar Texto e in tera o uma proposta de produ o textual a partir de g neros e projetos 2 ed S o Paulo Atual 2005 CIRNE Moacy A explos o criativa dos quadrinhos Petr polis Vozes 1970 A linguagem dos quadrinhos o universo estrutural de Z
297. leitor Todo texto tem alguns aspectos formais ou seja tem que ter es trutura elementos que estabelecem rela o entre si Dentro dos aspectos formais temos a coes o e a coer ncia que s o respons veis pelo signifi cado e a forma do texto A coes o se refere liga o a conex o entre as palavras j a coer ncia est relacionada com a compreens o a interpre ta o do que se diz ou escreve Assim o texto necessita portar se de coe r ncia para ter sentido Assim nas palavras de Plat o amp Fiorin 2003 Coer ncia deve ser entendida como unidade do texto Um texto coerente um conjunto harm nico em que todas as partes se encaixam de maneira com pletamente de modo que n o haja nada destoante nada il gico nada contradi t rio nada desconexo No texto coerente n o h nenhuma parte que n o se solidarize com as demais PLAT O amp FIORIN 2003 p 261 Desta forma podemos conceituar que o texto um todo organiza do de sentido e significado para o leitor e o escritor Isto significa que texto tudo aquilo que comunica algo ou seja uma escrita que possibi lita ao leitor uma interpreta o e comunica o de extrema relev ncia que discurso e texto andem juntos de forma que um possa complementar o outro apesar de possu rem conceitos distintos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 173 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Ao percebermos que
298. leitor observar por exemplo as rela es coesivas da su perf cie do texto face a elementos situacionais como a inten o do autor ou coer es da situa o discursiva Na se o Comparando Texto os g neros textuais variados espi nha dorsal das atividades de leitura determinam o ativamento de compe 22 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA t ncias e saberes do aluno leitor ao lhe provocarem indaga es diante das diversas m scaras sob as quais o discurso lhes apresentado nos tex tos para interpreta o Nessa se o o tema o estilo e o conte do compo sicional dos textos recebem destaque em uma perspectiva intertextual Contudo tal abordagem orienta o aluno leitor apenas para a per cep o dos aspectos sociodiscursivos que as atividades propostas envol vem deixando escapar a oportunidade de conscientiz lo sobre o proces so ou seja sobre a funcionalidade das estrat gias de constru o do senti do no desenvolvimento das habilidades de leitura Em suma a an lise do trabalho de desenvolvimento de leitura do Viva Portugu s 1 mostra duas realidades Considerando se o material as atividades de leitura do Viva Portugu s 1 revelam uma abordagem dis cursiva da leitura segundo a qual o texto considerado um contrato co municativo Destacam se ent o a rela o forma estilo tema por meio de quest es que exploram elemen
299. lho deve de fato ser executado Come amos nossos coment rios acerca das atividades de leitura e do trabalho que suscitam em sala de aula apresentando um exemplo de exerc cio que se refere ao texto Manifesto futurista produzido pelo ita liano Filippe Marinetti publicado no jornal parisiense Le Figaro em 1909 O texto de Marinetti foi organizado em forma de itens enumerados de 1 a 11 Estes itens apresentam o que o autor considera como a es importantes a serem tomadas pelos italianos para que estes possam se modernizar como sociedade No momento em que o texto foi publicado a It lia ainda era pouco in dustrializada e pouco desenvolvida economicamente Com o manifesto Marinetti pretendia ajudar a levar o pa s modernidade Identifique no item 11 elementos da modernidade que Marinetti gostaria de ver estabele cida na It lia Resposta estaleiros luz el trica fuma a pontes navios trens avi es A atividade pede ao aluno que este identifique quais elementos da modernidade o autor considera importantes para o desenvolvimento da sociedade italiana Ao aluno portanto cabe a fun o de voltar ao texto localizar e copiar as informa es pedidas Nada al m dessa simples c pia feito com as informa es pedidas Quando atividades como estas funcionam como avalia o exigem do aluno apenas que ele identifique informa es j pr determinadas Es tas devem ser localizadas e copiadas em loc
300. line Utiliza o de jogos on line 0 Total Geral 407 Tabela 3 2 Resultados Total de Atividades na Internet Segue na p gina seguinte o gr fico 3 1 Este gr fico est ilustran do os livros analisados e as suas respectivas quantidades de atividades que envolvem leitura e escrita no contexto digital Por meio deste gr fi co com mais facilidade poss vel observar o livro que mais apresentou atividades envolvendo a Internet e os livros que n o trouxeram a ativida de neste meio 144 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA LDIONV 3 TS tDIOV2 TRT 12 LDIOV1 mumm 19 LDSV3 e 9 CMN eme A O e LO9V1 e LO8V3 mem 3 LO V2 me TT Oun ESSE OE amamma LDG mm 3 a pt o 1 LOJ m 10 LO3 m LO2 m LD1 0 0 10 20 30 40 50 60 70 so Gr fico 3 1 Resultados Total de Atividades na Internet por Livro Por meio do gr fico 3 1 poss vel verificar uma grande diferen a entre as quantidades de atividades presentes nos livros analisados im portante observar que dentre os livros que mais apresentaram quantida des de atividades no meio digital est o os livros com o ano de edi o mais recente J que como afirma Canclini 2009 os avan os tecnol gi cos s o constantes e consequentemente as necessidades de conhecimen to hoje no contexto digital s o maiores que h 5 anos O gr fico 3 2 da
301. lingu sticas como frases e textos desfragmentados A escola em si volta se a um ensino sistematizado da l ngua ma terna e procurar concretizar o que a pr pria sociedade exige para que os estudantes e futuros cidad os escrevam de forma absolutamente coerente 130 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA e coesa principalmente ao t rmino do ensino m dio onde enfrentar o avalia es como o ENEM concursos p blicos entre outros Na pesquisa aqui apresentada estaremos discutindo uma pr tica de ensino at conhecida Contudo as condi es que nos s o proporcio nadas levam a refletir sobre um dos obst culos vividos em sala pelo pro fessor de l ngua portuguesa neste caso a pr tica de escrita e reescrita dos alunos do ensino m dio em uma institui o p blica federal necess rio acreditar que mudan as na produ o textual dos alu nos ocorrem contudo n o de um dia para o outro principalmente se imaginamos que para alcan ar xitos em turmas do ensino m dio es sencial saber que a leitura e escrita deveriam ser pr ticas realizadas com grande insist ncia pelas escolas desde ensino fundamental Baseando se em solu es que levaram a minimizar as dificulda des leitoras e de escritas de alunos do Instituto Federal de Educa o Ci ncia e Tecnologia do Amap IFAP campus Laranjal do Jari refleti remos em propostas desen
302. locutor tem um objetivo a ser alcan ado O ensi no da l ngua portuguesa por meio das estruturas presentes nos tex tos usados em sala de aula pode desmistificar a dificuldade apontada pelos alunos para aprend la Aproximar o discurso da escola da viv ncia que o aluno tem da l ngua n o significa despre zar a forma de prest gio mas criar mecanismos para que o aluno possa comparar as variantes lingu sticas e saber us las para aten der a seus prop sitos comunicacionais Defende se portanto que para aquisi o da l ngua portu guesa da escola necess rio promover a intera o do aluno com textos pr ximos dos que usa em situa es comunicativas rotineiras evidenciando para ele as estruturas da l ngua s quais ele recorre para produzir seus textos orais e compar las com as apresentadas na gram tica tradicional partindo ent o para uma discuss o que o fa a entender o mecanismo de cada uma delas Desse modo a l ngua m e ser para seus filhos n o a ma drasta que apenas exige seu uso mas aquela que lhes proporciona 228 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA o prazer de com ela conviver de forma mais interativa possibili tando assim melhor di logo entre eles REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BEZERRA Maria A REINALDO Maria A An lise lingu stica afinal a que se refere S o Paulo Cortez 2013 BRASIL P
303. lol gicos e Linguisticos vocabul rio escolhido a dedo para o lugar exato uma frase em geral curta com prefer ncia pela coordena o sem temer por m curvas e enlaces dos per odos mais longos e complicados uma sintaxe enfim mais leve e flex vel que toma liberdades e cad ncias da l ngua coloquial propiciando um ritmo de uma soltura sem par na literatura brasileira contempor nea Nesse g nero o autor dirige se diretamente ao leitor explicando lhe seu ponto de vista Para Martins op cit p 3 trata se de um traba lho de natureza ensa stica pois parece residir na rela o com a palavra falada e com a elocu o oral possuindo um estilo que se aproxima da marcha do pensamento no momento mesmo em que se produz sem arti f cios intermedi rios para a express o do que est na alma Os referidos cr ticos liter rios acreditam que a cr nica tenha se firmado na transi o para o Renascimento quando em 1434 Fern o Lo pes foi nomeado cronista mor e se tornou escritor profissional cronista do Reino utilizando como mat ria prima os fatos hist ricos e a interpre ta o deles Nessa poca o g nero significava uma narrativa vinculada ao registro formal de acontecimentos hist ricos S 2000 bem como Bender e Laurito op cit destacam que a primeira cr nica brasileira foi escrita por Pero Vaz de Caminha na Nova do Achamento na qual foi recriado com engenho e arte tudo o que se viu no contato direto
304. loquial como se observa no trecho da cr nica O homem que queria eliminar a mem ria de Ign cio de Loyola Brand o H certas coisas que o senhor est impedido de fazer Ou melhor eu que estou impedido de fazer no senhor A interven o do narrador tamb m um recurso da escrita em pregado nas cr nicas Ela inserida no texto com a inten o de descre ver aquilo que n o seria retomado pelo leitor apenas com as falas dos personagens comum a utiliza o desse recurso para demonstrar o con texto em que os di logos ocorrem as express es faciais e os pensamen tos das personagens como se observa na cr nica Cornita de Luis Fer nando Ver ssimo O pai pensou um pouco N o podia dizer que n o sabia O garoto h mui to descobrira que o pai n o era o homem mais forte do mundo Precisava mos trar que pelo menos n o era dos mais burros Perguntou como que a palavra estava usada DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 205 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Diante dessas caracter sticas pode se afirmar que a cr nica um g nero secund rio pois seu formato obtido por meio de um hibridismo Sendo assim facilmente encontram se nela caracter sticas de um produto de atividade apenas relativamente pass vel de planejamento a fala aliadas s de um outro completamente planej vel a escrita 4 Conclus o Diante das caracter sticas apresentada
305. los em pr tica de modo consciente s o as chamadas estrat gias metacognitivas Quando o leitor realiza opera es para atingir um determinado objetivo de leitura sem que tenha consci ncia do que es t de fato realizando ocorrem as chamadas estrat gias cognitivas A concep o estruturalista que antes alicer ava a leitura como decodifica o cedeu lugar abordagem cognitivista Devemos atentar para o fato de que na tica cognitivista o leitor foi deslocado de posi o deixou de ser um mero espectador para fazer parte processo restando ao texto um papel de coadjuvante diferente do que se d na concep o da decodifica o em que o texto o protagonista Modelos cognitivistas est o voltados para aspectos psicol gicos do processo de leitura mas tentam incorporar aspectos socioculturais da leitura conforme salienta Kleiman 2004 Entretanto de acordo com Marcuschi 2008 a concep o cognitiva de leitura apresenta suas limi ta es em virtude do fato de o conhecimento ser compreendido como uma atividade de car ter individual subjetivo n o estando o processo de leitura inserido em um contexto s cio hist rico realmente amplo Uma nova abordagem de leitura que reconhece a relev ncia do contexto s cio hist rico no qual o sujeito leitor est inserido aparece na d cada de 90 Tendo por base a ideia de que o conhecimento pr vio do leitor fruto de uma constru o social a concep o sociointerativa per c
306. ltos no processo de escrita desse artigo foi fazer uma rela o das hist rias em quadrinhos com a ar te assim como encaixar Watchmen na arte p s moderna Para tanto o artigo foi dividido metodologicamente em tr s t pi cos sendo que o primeiro fica contido a discuss o sobre o que arte para at chegar se na nona arte Bem como o segundo busca explicar sobre a graphic novel de Alan Moore Wacthmen E por fim o que os leitores dessa nona arte apreciam nesse tipo de leitura 2 Como se define a nona arte De uma maneira bem simples poss vel afirmar que a arte a ati vidade humana que est intimamente ligada com a ordem est tica e claro que consegue despertar o interesse e a consci ncia para determinados as suntos em seus espectadores A arte a faculdade pela qual o indiv duo 25 Para um melhor entendimento da arte p s moderna Usamos aqui as palavras de Peccinini e Leite 2002 p 01 um clima de incertezas e uma dificuldade de sentir ou representar o mundo s o as condi es do p s moderno Diante da sensa o de irrealidade da desordem e do vazio a socie dade cada vez mais se individualiza e se torna ap tica Ela n o encontra valores e sentido para a vida somente se entrega ao prazer imediato e ao consumismo Portanto ela n o desenvolve pen samentos profundos ou existenciais mas apenas repostas r pidas e adequadas era do consumis mo exacerbado o indiv duo p s moderno s mbolo maior e centro
307. m a Fase I do Projeto UCA denominada Experimentos S o Paulo SP Porto Alegre RS Palmas TO Pira RJ e Bras lia DF Essa primeira fase foi muito importante pois as experi ncias das cinco escolas brasileiras foram avaliadas pelo GTUCA Grupo de traba lho do Programa UCA um grupo formado por especialistas no uso de TIC Tecnologia da Informa o e Comunica o na educa o e serviu de refer ncia para a segunda fase do Projeto UCA que teve in cio em 2010 com trezentas escolas p blicas brasileiras e dez no estado do Tocantins A Escola William foi uma das dez escolas do Tocantins contem pladas com o programa Na institui o o Projeto UCA 2010 2011 era destinado aos alunos tanto da primeira quanto da segunda fase do ensino fundamental na propor o 1 1 um computador por aluno A partir do in cio do ano de 2012 a institui o de ensino passou por mudan as estru turais tornando se uma escola de tempo integral e atualmente atende a 84 alunos da educa o infantil e 243 da primeira fase do ensino funda mental Agora em uma nova fase do projeto a escola mant m o mesmo compromisso dos anos anteriores ao buscar metodologias significativas para integrar as tecnologias digitais como forma de potencializar o curr culo formal Cabe agora mencionarmos algumas dessas experi ncias com a tecnologia que partiram da preocupa o com a leitura e a escrita em sala de aula 48 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N
308. m a promul ga o da Lei 10 639 uma nova posi o pedag gica foi adotada para a divulga o de tais valores tnicos no pa s Em fun o de uma ideologia inclusiva do negro A hist ria em quadrinhos Zumbi A Saga de Palmares foi lan ada no dia 20 de no vembro de 2002 Dia da Consci ncia Negra pela editora Marques Sa raiva marcando a data de comemora o de 307 anos da morte de Zumbi A hist ria tem como tema geral apresentar os quilombos de Palmares sua forma o seus principais l deres assim como o contexto cultural e social da poca colonial brasileira Para este intento a narrativa descreve aspectos do surgimento da escravid o de africanos o tr fico para o Brasil e os modos de rela o entre senhor e escravo cont nua a associa o dos aspectos culturais e das rela es escravocratas brasileiras do per odo colonial com caracter sticas sociais de hoje A descri o da cultura e reli 13 Dispon vel em http meuartigo brasilescola com sociologia etnocentrismo estereotipos estigmas preconceito discriminacao htm 118 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA gi o africana na hist ria recebe um destaque interessante assim como a luta contra o dom nio racial Esses temas podem ser levantados e discuti dos com a leitura do livro Zumbi dos Palmares que insere a figura do negro sob um estere tipo positivo valorizand
309. m anda mento quando suas expectativas de relev ncia forem satisfeitas ou aban donadas Existem diversas subtarefas a serem desempenhadas por um inter locutor com vistas recupera o do sentido intencionado pelo locutor as DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 253 Circulo Huminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos quais ocorrem n o linearmente mas de forma paralela em um rol de ex pectativas Esse processo compreensivo tem como mecanismo essencial a explicatura um combinat rio de decodifica o com infer ncia do qual gerada a premissa necess ria ao desenvolvimento de implica es con textuais e outros efeitos cognitivos Trata se da elabora o de uma hip tese que parte do est mulo verbal expl cito e desenvolvida por meio da decodifica o da desambigua o e de demais processos de enriqueci mento A formula o de hip teses sobre aquilo que n o explicitado enunciado pode resultar em uma premissa implicada constru o de uma hip tese plaus vel concernente s suposi es contextuais intencio nadas ou em uma conclus o aplicada elabora o de uma hip tese apropriada acerca das implica es contextuais intencionadas Nessa perspectiva segundo a teoria da relev ncia a comunica o ocorre em virtude de o interlocutor ser capaz de inferir as inten es do locutor a partir das evid ncias apresentadas por este Uma vez que infor ma es transmitidas de
310. m base em conhecimentos enciclop dicos S o quest es ant podas s de c pia e s objetivas Metalingu sticas Indagam sobre quest es formais geralmente da estrutura do texto ou do l xico bem como de partes textuais Utilizaremos por fim como crit rio anal tico os enunciados in trodut rios que acompanham as perguntas de compreens o O termo enunciado introd que o considera ut rio est baseado nos trabalhos de Dion sio 2000 um enquadrador discursivo e Martins 2008 que o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 95 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos considera enunciado declarativo Os dois termos referem se ao texto que introduz as perguntas de compreens o leitora No enunciado costumam figurar as solicita es e os coment rios de quem elabora a quest o Sobre os enunciados Dion sio 2000 p 122 comenta que enquadradores de um discurso sobre o texto o leitor ou o pr prio processo de leitura estes actos de natureza primordialmente informativa e por isso pre ferencialmente realizados por asser es constituem um lugar privilegiado pa ra a an lise n o s dos significados constru dos mas tamb m da forma como se relacionam os sujeitos locutores com os saberes e consequentemente como se fazem relacionar os alunos com o texto isto como se cria a posi o do leitor Embora Dion sio 2000 n o elabore ca
311. m comprovar que mais que decodificar o aluno precisa conferir sentido quilo que l levando em considera o os conhecimentos enciclop dicos lingu sticos e textuais KLEIMAN 2008 Diante desse constante desafio os profissionais de ensino da l n gua materna e n o somente estes precisam atuar como agentes letra dores possibilitando que os alunos participem das v rias pr ticas soci DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 213 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ais que se utilizam da leitura e escrita letramentos na vida da cidade de maneira tica cr tica e democr tica ROJO 2009 p 11 Kleiman 2008 ao falar da instabilidade que se instaurou entre os profissionais alfabetizadores e de l ngua materna em decorr ncia das mudan as no sistema educacional advindas dos documentos governa mentais emitidos nos ltimos anos leis normas e preceitos e implemen ta o de avalia es SAEB ENEM Prov o 1996 2003 e ENAD 2004 com o fim de regulamentar e melhorar o ensino fundamental e m dio aponta como um dos motivos dessa instabilidade a aus ncia de discuss o nas universidades de pedagogia e de forma o de professores das teorias que embasam essas reformula es uma vez que muitos desses profissio nais n o t m acesso a essas pesquisas por muitos deles estarem distanci ados dos meios acad micos onde ocorre a efervesc ncia dos debates Kleiman 2008
312. m for a da revolu o tecnol gica os g neros v o sendo ampliados na instaura o de novas rela es com os usos da linguagem De acordo com Marcuschi 2002 p 21 Em certo sentido possibilitam a redefini o de alguns aspectos centrais na observa o da linguagem em uso como por exemplo a rela o entre orali dade e escrita desfazendo ainda mais as suas fronteiras criam formas DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 197 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos comunicativas pr prias com um certo hibridismo que desafia a velha vis o di cot mica ainda presente em muitos manuais de ensino de l ngua Marcuschi fala ainda da crescente utiliza o de formatos de g ne ros pr vios com objetivos novos Em rela o a isso observa se a cr nica g nero discursivo que a princ pio era relato de acontecimento hist rico ou sobre a corte escrito a pedido do Rei ou Imperador e atualmente consolidou se como g nero voltado para o cotidiano relatando lhe o que aparentemente menos expressivo com a inten o de lhe atribuir maior dignidade divertindo o leitor e ao mesmo tempo fazendo lhe questio namentos sobre a natureza humana Como os g neros transmutam e abarcam tudo o que utilizado para a comunica o torna se tarefa extremamente complicada estabele cer lhes uma categoriza o Sendo assim para Bakhtin op cit importa considerar a diferen a essencial que os
313. m que se acredita Tendo em vista que segundo postula a teoria da relev ncia no processo de comunica o o interlocutor deve decodificar o input via um 254 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA percurso de esfor o m nimo preferencialmente e ativar informa es que est o armazenadas na mem ria para conseguir inferir o sentido intencio nado pelo locutor sujeitos acometidos por algum tipo de d ficit de me m ria podem ter dificuldades que afetam o processamento comunicacio nal Isso porque embora tal indiv duo traga consigo os princ pios cogni tivo e comunicativo da relev ncia a atua o mn mica ineficiente tende a demandar maior esfor o de processamento dificultando a produ o de efeitos cognitivos satisfat rios pass veis de contribuir para a formula o de infer ncias sobre o sentido pretendido pelo locutor em um est mulo comunicacional Dessa forma uma vez que a doen a de alzheimer caracterizada pelo preju zo degenerativo da mem ria em todos os seus n veis e que especificamente na fase inicial da patologia h no que se refere s habi lidades comunicativas significativo acometimento de aspectos pragm ti cos a teoria da relev ncia pass vel de subsidiar robustamente an lises cognitivo pragm ticas de interpreta o de piadas por sujeitos diagnosti cados com a doen a de alzheimer cujo decurso est no in
314. ma o ou destitui o Baseando se nos primeiros estudos sobre a representa o do co nhecimento SCHANK amp ABELSON 1977 apud VAN DIJK 2002 p 252 e ainda em estudos sobre a compreens o do texto JOHNSON LAIRD 1983 VAN DIJK amp KINTSCH 1983 VAN OOSTENDORP amp GOLDMAN 1999 apud VAN DIJK 2002 p 253 van Dijk entende que as hist rias lidas nas not cias sobre um caso qualquer de modo mais espec fico aquilo que compreendemos desta hist ria por exemplo de um assalto a um banco forma um modelo de eventos similares Confor 76 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA me se obt m conhecimentos sobre eventos como este outros modelos deste evento v o se construindo e depois de um tempo pode se inferir um conhecimento geral sobre assaltos deste tipo conhecimento que pode ser usado na constru o de modelos mentais de eventos concretos sobre como no exemplo de assaltos a banco Isto permite por sua vez que o jornalista formule somente a informa o ainda n o conhecida pelos leitores de modo que as not cias est o incompletas neste sentido pois os leitores podem recuperar inferir informa es necess rias com a ajuda de seu conhecimento geral Como explica van Dijk 2002 p 253 pos s vel que necessitemos de modelos mentais espec ficos para elaborar co nhecimento geral e por outro lado necessitemos de conhecim
315. ma entusiasma da sentindo se com sua utiliza o propensos a uma participa o mais ativa nas atividades em aula As hist rias em quadrinhos aumentam a motiva o dos estudantes para o conte do das aulas agu ando sua curiosidade e desafi ando seu senso cr tico Dessa forma muitos professores montam seus projetos pedag gi cos escolhendo as hist rias em quadrinhos como g nero textual a ser de senvolvido em todas as s ries da educa o b sica visto que a sua aplica o resulta em compreens o tem tica enriquecimento cultural desen volvimento do h bito de leitura amplia o de vocabul rio intera o en tre os alunos promovendo a participa o de todos os envolvidos no pro cesso de leitura Corroborando isso destacamos o pensamento de Almei da 1998 p 31 32 a educa o l dica integra uma teoria profunda e uma pr tica atuante Seus objetivos al m de explicar as rela es m ltiplas do ser humano em seu con texto hist rico social psicol gico enfatizam a liberta o das rela es reflexi vas criadoras inteligentes socializadoras fazendo do ato de educar um com promisso consciente intencional de esfor o sem perder o car ter de prazer de satisfa o individual e modificador de sociedade Mediante a possibilidade de usar as hist rias em quadrinhos como instrumento para se discutir a diversidade de ra as e culturas t o presente em nossa sociedade faremos um recorte mais definido ne
316. mais baixo o puro ao impuro o po tico agarrado ao er tico a cidade atravessada pelo campo o passado pelo presente Com isso o cronista busca e julga a comunica o humana e a soli dariedade social fazendo com que o leitor redescubra a dignidade de ob jetos como trabalho dor prazer alegria que se misturam a emo es es quecidas Essa comunh o de objetos antag nicos revela certa preocupa o tica e sugere a necessidade de harmonia do indiv duo com o univer so e com o seu tempo Parece ent o correto dizer que a cr nica a prin c pio se trata de um g nero secund rio passageiro circunstancial mas que se tornou muito receptivo e dispon vel para perceber as coisas mi das com as quais o ser humano tende a identificar se o que a levou eternidade dos livros n o s efemeridade da p gina di ria de um jornal Sua receptividade e eternidade devem se tamb m ao fato de que atrav s da apar ncia de simplicidade do di logo entre autor leitor os 202 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA cronistas fazem com que o leitor reencontre o prazer da leitura apren dendo a ler na hist ria inventada a sua pr pria hist ria Essa eternidade parece contradit ria uma vez que a cr nica nasce ao amanhecer com o jornal e morre no fim do dia Observa se por m que isso se deve necess ria mudan a de atitude do consumido
317. maneira impl cita via elocu o tendem a ser mais vagas que aquelas transmitidas explicitamente faz se importante enfati zar que h um continuum no que tange implicitude de conte dos em uma elocu o Ainda conforme os autores o sistema cognitivo do ser humano um poderoso mecanismo computacional que processa est mulos comuni cativos relevantes Para o processamento das informa es esse meca nismo tem como base um conjunto de suposi es do qual deduz todas as conclus es pass veis de serem derivadas As regras de tal mecanismo de dutivo n o demonstrativo em um determinado contexto cognitivo repre senta es mentais mobilizadas entre as dispon veis no ambiente cogniti vo para a formula o de suposi es bem como infer ncias processam o conte do das suposi es por meio de um c lculo no qual a verdade das premissas torna a verdade das conclus es apenas prov vel por meio da forma o e da confirma o de hip teses sobre essas premissas Da o processo de compreens o inferencial ser n o demonstrativo isto n o poder ser provado somente confirmado sendo ent o dedutivo inferen cial Assim a forma o de suposi es atrav s de dedu o o processo chave na infer ncia n o demonstrativa processo atrav s do qual uma su posi o aceita como verdadeira ou provavelmente verdadeira segundo a for a da verdade ou da verdade prov vel de outras suposi es uma for ma de fixa o daquilo e
318. menclatura gramatical como eixo princi pal descri o e norma se confundem na an lise da frase essa deslocada do uso da fun o e do texto BRASIL 2000 p 16 Tem se conhecimento de que essa pr tica muito se deve forma o que o professor de l ngua portuguesa recebeu durante o curso de letras e tamb m quase inexist ncia de programas de educa o continuada que ajudem o professor a descobrir novos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 223 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos caminhos a atualizar sua pr tica para acompanhar as transforma es que est o ocorrendo no seu p blico alvo e tamb m quanto ao avan o da tecnologia que torna a sala de aula um lugar desagrad vel para os alunos E mencionado nos PCN que a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional no Art 22 preconiza que o ensino de l ngua portuguesa deve desenvolver o educando assegurar lhe forma o indispens vel para o exerc cio da cidadania e fornecer lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores O exerc cio da cidadania e a inser o no mundo do trabalho orientam para que o ensino de l ngua a ser praticado nas escolas evidencie que a lingua gem um instrumento de intera o social em todos os n veis da nossa vida em coletividade portanto deve atender s nossas necessidades comunicacionais Perceber os dife rentes usos da l ngua ao longo de situa es comunicativa
319. meno da miscigena o e a heran a cultural deixada por cada um dos povos portugueses africa nos e ndios desde a poca de coloniza o at a nossa contemporaneida de As discuss es relacionadas aos temas abordados nos quadrinhos permitem a identifica o e a reflex o do papel social de cada personagem na hist ria o preconceito racial latente assim como sua manifesta o atrav s dos abusos e injusti as contra negros e ndios N o deixando de ressaltar o respeito ao direito da cidadania e a integra o social de tais ra as na vida secular como fun o social de um pa s democr tico Se gundo Mendes 1990 1 As hist rias em quadrinhos um meio de comunica o de massas cujas hist rias s o narradas atrav s de imagens desenhadas e textos inter relacionados Podem ser publicadas em almanaques peri dicos e revistas Al m de informar e entreter t m junto a outros meios de comunica o de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 117 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos massa um papel na forma o das crian as A hist ria em quadrinhos trans missora de ideologia e portanto afeta a educa o de seu p blico leitor p 25 Como destacado na defini o de Mendes 1990 1 esse g nero textual transmite ideologias que se reproduzem atrav s de estere tipos de classe sexo e ra a Visando a amplia o dessa an lise sociol gica fun damental que se expo
320. mental e m dio quando apontam que o ensino de l ngua ma terna deve promover uma reflex o sobre seu uso na vida e na soci edade O discurso de muitos alunos que chegam ao ensino m dio dizendo que n o sabem portugu s no m nimo estranho embora inquietante seja um adjetivo melhor para esse quadro Eles costu 2 mam dizer nunca aprendi portugu s n o adianta n o aprendo portugu s nossa l ngua a mais dif cil do mundo tudo que eu falo est errado Ouvir esses coment rios sabendo que v m de alunos que passaram 9 anos nos bancos de uma escola e que s o falantes nativos mostra que est havendo perda de tempo e de energia tanto por parte dos docentes como por parte do corpo dis cente e deve conduzir todos a uma reflex o sobre esse ensino Fa lar sobre o fracasso da educa o brasileira criticando os alunos acusando os de falta de interesse e os professores por estarem desmotivados pelos sal rios que recebem porque n o s o valori zados na sociedade ou por qual seja o motivo que apresentem n o traz nenhuma perspectiva de solu o para a crise educacional Atribuir ao docente a culpa pela baixa qualidade do ensino em nossas escolas ser simplista demais o mesmo se d quando a responsabilidade recai sobre o aluno Sobre o ensino de gram tica os PCN 2000 dizem A perspectiva dos estudos gramaticais na escola at hoje centra se em grande parte no entendimento da no
321. mente optamos por selecionar Roteiros que com preendessem os diferentes segmentos de escolaridade Uma vez que o ensino fundamental s possui roteiros para o 9 ano de escolaridade n o houve op o de escolha de s rie Era necess rio ent o selecionar uma s rie do ensino m dio Optamos aleatoriamente por apresentar quest es relativas ao 1 ano do ensino m dio Depois de estabelecidos os anos de escolaridade t nhamos oito Roteiros de Ativida des que totalizavam trinta quest es de leitura Realizada a leitura e an lise inicial das trinta quest es que inte gram oito diferentes Roteiros optamos por selecionar as quest es refe rentes ao 3 bimestre do 9 ano do ensino fundamental e do 1 ano do en sino m dio Esta op o de corpus foi calcada na nossa percep o de que a maior parte das quest es contempladas nesse bimestre transita entre o eixo leitura e o eixo l ngua em uso o que apontaria para uma poss vel inadequa o te rico metodol gica da distribui o dos descritores pelos diferentes eixos de ensino previsto no Curr culo M nimo Em verdade percebemos que muitas quest es que integram o total de trinta n mero relativo totalidade de quest es de leitura dos anos de escolaridade sele cionados sugerem essa lacuna te rico metodol gica ou seja est o alo cadas no eixo leitura mas poderiam figurar no eixo de uso da l ngua As tr s quest es que analisaremos na sequ ncia integram o Rotei ro de
322. mentos e pr ticas Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG N cleo de An lise do Discurso 2001a S o Paulo Contexto 2013 MARCUSCHI Luiz Ant nio Cogni o linguagem e pr ticas interaci onais Rio de Janeiro Lucerna 2007 Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Pau lo Par bola 2008 NEVES Iara Concei o Bitencourt Org Ler e escrever compromisso de todas as reas Porto Alegre Ed da Universidade UFRGS 1999 OLIVEIRA Ieda de O contrato de comunica o da literatura infantil e juvenil Rio de Janeiro Lucerna 2003 PAR METROS curriculares nacionais para o ensino m dio Linguagens c digos e suas tecnologias Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf 14 24 pdf gt Acesso em 15 04 2012 PAR METROS curriculares nacionais para o ensino m dio Linguagens c digos e suas tecnologias PCN Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf linguagens02 pdfemem portal mec gov br seb arquivos pdf linguagens02 pdf gt Acesso em 15 04 2012 PISA in focus Dispon vel em lt www oecd org pisa pisaproducts pisainfocus PIS A 20in 20 gt Acesso em 15 04 2010 QUEIR S Bartolomeu Campos de Para criar passarinho Belo Hori zonte Minguilim 2000 SANTOS Denise Take Over 1 1 ed S o Paulo Lafonte 2010 SOLE Isabel Estrat gias de leitura 6 ed Porto Alegre ArtMed 1998 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEI
323. miza o da relev ncia e o princ pio comunicativo que postula o fato de que as elocu es geram expectativas de relev ncia Trata se de pressupostos que levam a um princ pio universal minimalista o da relev ncia para a comunica o o qual de acordo com seus formuladores respons vel pelo processamento de enunciados DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 251 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos A relev ncia na teoria da relev ncia concebida como uma pro priedade de entrada de dados elocu es pensamentos mem rias a es sons etc em dire o aos processos cognitivos As elocu es codificam representa es do mundo real que em certa medida s o partilhadas tendo como fun o n o apenas informar pensamentos mas tamb m evi denciar atitudes do locutor Disso resulta que se comunicar n o significa necessariamente transmitir informa o antes implica comunicar a inten o de comunicar ideia pautada nas hip teses de exist ncia da inten o comunicativa decis o de estabelecimento de contato com outros seres humanos e da inten o informativa decis o de transmiss o de uma determinada informa o Para uma entrada de dados uma elocu o por exemplo ser relevante necess rio que ela valha a pena ser processada o que por sua vez depende do esfor o de processamento requerido e do efeito cognitivo gerado Ao ser processada
324. mo proceder na atividade Segundo Maimoni e Ribeiro 2006 os resultados foram animado res a despeito de algumas dificuldades comuns a quaisquer experimen tos Em seis semanas notou se melhora significativa na compreens o de texto dos alunos que participaram do procedimento de leitura conjunta Elas apontaram tamb m que esse tipo de pesquisa caracterizado como experimento formativo difere do estudo experimental tradicional porque possibilita o modelo da avalia o assistida em que os participantes s o avaliados durante o procedimento e n o ao final como tamb m permite a interven o dos pesquisadores a exemplo de Vygotski em seus estudos por acreditar na import ncia da interven o de um indiv duo no desen volvimento de outro apud MAIMONI amp RIBEIRO 2006 p 299 7 Considera es finais O que se espera ent o como resultado dessa participa o m tua e simult nea da fam lia e da escola para que a crian a adquira a pr tica da 218 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA leitura A conclus o que se chega diante de tudo j analisado e refletido at aqui que o objetivo n o pode ser outro a n o ser a participa o au t noma da crian a nas pr ticas sociais Sendo assim a aquisi o da leitu ra deve acontecer na e para a pr tica social Revendo alguns pontos tratados nesse trabalho podemos verificar que algum
325. muitas hesita es uma caracter stica bem pr pria da fa la Entretanto essas ocorr ncias s o sempre de hesita es lingu sticas na fala nem sempre assim ou seja aquelas que ocorrem com o preen chimento da pausa com a repeti o de uma palavra ou de parte dela Se 204 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA n o fossem desse tipo as hesita es n o poderiam ser demonstradas nes se g nero e por conseguinte n o haveria como evidenciar o processo de elabora o do pensamento realizado pelo locutor personagem tam b m por isso que o sil ncio das personagens que no discurso oral dia logado configura uma pausa para elabora o textual marcado pela presen a da palavra sil ncio ou por sinais de pontua o como as reti c ncias Como se observa na cr nica Sementinhas de Lu s Fernando Ve r ssimo em que os alunos dialogam com a professora sobre o nascimento de uma plantinha e de uma pessoa Mas professora Foi o papai certo Vejo que essa parte voc s j sabem E como que o papai p e a sementinha na barriga da mam e Algu m sabe Sil ncio Professora O qu Mauricio J as atividades de corre o muito presentes na fala s o pouco encontradas nas cr nicas Quando ocorrem s o marcadas por uma for malidade na linguagem que se distancia de um texto falado durante uma intera o co
326. munica o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 63 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Contudo como foco no escritor a l ngua remetida a um sujeito psicol gico individual dono e controlador de sua vontade e de suas a es Sujeito visto como ego que constr i uma representa o mental transp e essa representa o para o papel Desejando que seja absolvida pelo leitor do mesmo jeito que foi pensado Nessa concep o a l ngua vista como representa o do pensa mento onde o sujeito senhor absoluto de suas a es e de seu dizer o texto visto como um produto l gico do pensamento do escritor A escri ta entendida como uma atividade por meio da qual aquele que escreve expressa seu pensamento suas inten es sem considerar as experi ncias e os conhecimentos do leitor ou a intera o que envolve esse processo Levando desse modo o leitor a constru o de infer ncias que n o pode r o ser utilizadas durante o processo de leitura Mas o mais importante de todos contemporaneamente o foco na intera o pois nesta concep o a escrita vista como produ o textual onde a realiza o exige do produtor a ativa o de conhecimentos e a mo biliza o de v rias estrat gias Isso significa que o produtor pensa no que vai escrever e em seu leitor depois escreve l o que escreveu rev ou reescreve o que julga necess rio em um movimento constan
327. ncionar tanto como arte popular ou erudita A cita o acima al m de completar o pensamento de que os qua drinhos hoje s o a nona arte configura o foco para o pr ximo t pico que visa explanar sobre a graphic novel de Alan Moore Watchmen Visto que o conte do dessa obra tenso e dram tico 3 A graphic novel de Alan Moore Watchmen http www ochaplin com wp content uploads 2014 02 watchmen jpg Acesso em 21 07 2014 Fonte Em continuidade de que os quadrinhos s o a nona arte temos as palavras de Bosi 2000 p 13 que nos diz que a arte um fazer A arte um conjunto de atos pelos quais se muda a forma se transforma a ma t ria oferecida pela natureza e pela cultura Nesse sentido qualquer ativi dade humana desde que conduzida regularmente a um fim pode chamar se art stica Compreendemos que os quadrinhos atividade humana que pode ser chamada de art stica visto que em seu interior trabalhado a ar te sequencial com cores e com a palavra atrav s do fluxo narrativo e das falas dos personagens em bal es DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 283 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Internalizada essa rela o entre quadrinhos e nona arte partimos para a discuss o da obra Watchmen e a nona arte A nona arte pode ser apresentada de diversas formas est ticas ou seja por meio de charges ti rinhas graphic novels e assim por diante J lembr
328. ndit l i jumtsusua t P J4 DA GENTE QUE USA AS ANTIGAS hsratohehskastustuzhushueh Fonte www blogdoorlandeli zip net Roteiro de atividades do 1 ano do ensino m dio 3 bimestre 2011 Ha bilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar as figuras de lin guagem como hip rbole met fora e ironia que produzem efeito humor stico 1 A carga de humor desse texto evidenciada pelo uso da seguinte figura de linguagem a Hip rbole pois as palavras em negrito representam uma ideia exagerada que o tio faz sobre a intelig ncia do sobrinho b Meton mia porque o uso do computador revela uma parte da linguagem da inform tica que representa o todo c Ironia porque as habilidades do sobrinho para aprender a l ngua portuguesa n o correspondem ideia inicial que o tio faz dele d Sinestesia porque mistura diferentes sensa es dos interlocutores media das pelo computador A quest o acima transcrita apresenta um enunciado introdut rio que se configura por meio de uma pergunta introduzida sem interroga o mas que n o perde o car ter interrogativo no qual j se ratifica que a ti ra c mica lida apresenta carga de humor devendo o aluno assinalar a al ternativa que explicita a figura de linguagem respons vel por gerar tal carga 104 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA
329. ndo da quest o n o traz essa informa o ao aluno Em outras pala vras o fato de que em quatro das alternativas apresentadas a onisci ncia do narrador n o seja t o clara n o exclui o fato de que ele onisciente em toda a obra DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 101 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Roteiro de atividades do 9 ano 3 bimestre 2011 Habilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar e diferenciar caracter sticas f sicas e psicol gicas dos personagens Nem sempre as caracter sticas das personagens de uma hist ria como Ca pit es da Areia s o expressas por meio de palavras precisas ou explica es b vias para quem l No entanto poss vel que o leitor possa ao longo de sua lei tura chegar a determinadas conclus es a partir da observa o das atitudes que tais personagens tomam Assim observe a passagem que se segue e assinale a al ternativa que melhor caracteriza a personagem de Pedro Bala Os outros se meteram e como Pedro estava desarmado deram raz o a ele e ficaram esperando a revanche que n o tardou Uma noite quando Raimundo quis surrar Brand o Pedro tomou as dores do negrinho e rolaram na luta mais sensacional a que as areias do cais jamais assistiram a Pedro Bala era um traidor b Pedro Bala era vingativo c Pedro Bala era caridoso d Pedro Bala era injusto e Pedro Bala era desleal
330. nguagem sobre a compreens o Roteiro de atividades do 1 ano do ensino m dio 3 bimestre 2011 Ha bilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Reconhecer a presen a de es tere tipos e clich s sociais As diferentes esferas sociais de uso da l ngua obrigam o falante a adapt la s variadas situa es de comunica o No texto acima uma das marcas lingu sti cas que configuram a linguagem coloquial mediada pela internet a A presen a de g rias como beleza no discurso do tio para se comunicar com o sobrinho b O uso do verbo em segunda pessoa como em passa caracter stico de conversas virtuais c O uso de caracteres repetidos como em falaaaaaa para representar fiel mente o discurso oral d A presen a de express es informais como por acaso no discurso do tio O enunciado da quest o acima observada foi elaborado de forma declarativa No enunciado percebemos o ju zo de que uma obriga o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 105 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos do falante adaptar o uso da l ngua s variadas situa es de comunica o Al m disso o enunciado antecipa que o texto apresenta marcas lin gu sticas relativas ao uso coloquial da linguagem quando mediado pela internet J o tipo de quest o apresentada tamb m formatada sem confi gurar uma interroga o t pica
331. nha alguns conceitos referentes s a es humanas possibilitando a elabora o dos conceitos individuais formados a partir do senso cr tico dos alunos em rela o ao enredo Desejamos citar o con ceito de etnocentrismo e estere tipo segundo a sociologia O etnocentrismo consiste em julgar a partir de padr es culturais pr prios como certo ou errado feio ou bonito normal ou anormal os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos desqualifican do suas pr ticas e at negando sua humanidade Assim percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estere tipo que consiste na ge neraliza o e atribui o de valor na maioria das vezes negativo a algumas caracter sticas de um grupo reduzindo o a essas caracter sticas e definindo os lugares de poder a serem ocupados E uma generaliza o de julgamentos subjetivos feitos em rela o a um determinado grupo impondo lhe o lugar de inferior e de incapaz no caso dos estere tipos negativos Brasil Escola Em diversas situa es vemos o negro ser estereotipado de modo negativo o candombl e outras express es culturais dos povos afro descendentes como o samba e a capoeira foram durante d cadas proibi das e perseguidas pela pol cia e nos dias atuais representam s mbolos cul turais do pa s atrav s de um processo pol tico inclusivo mas complexo e de muita persist ncia por parte dos movimentos negros Co
332. nterativa de leitura est atrelada portanto a uma concep o de linguagem como intera o Por meio dessa vis o de linguagem como sendo dial gica fruto da intera o entre sujeitos situa dos socialmente ganha espa o a vis o da leitura como um processo de produ o de sentidos Pode se contestar assim a ideia de que o foco da leitura est somente no texto ou somente no leitor para vislumbrar se a leitura tamb m como uma rela o de base dial gica em que s o funda mentais o autor o leitor e o texto O leitor percebido como um participante ativo do processo de leitura ficando pressuposta uma interrrela o entre seus os conhecimen tos pr vios e a tr ade leitor autor texto Compreender a linguagem como um processo interacional significa que por meio dela as pessoas t m n o apenas acesso informa o mas tamb m expressam suas ideias parti lham e constroem diferentes modos de ver o mundo 3 Curr culo m nimo orienta es pedag gicas e roteiro de atividades estrutura e concep o dos documentos O Curr culo M nimo cuja primeira vers o foi publicada no final do ano de 2010 tendo sido implementada em 2011 e a segunda em 2012 um documento em formato nico dividido nos anos do ensino 92 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA fundamental II e m dio Em cada ano de escolaridade os conte dos s o agrupados
333. nterpreta o Enquanto o esfor o cogniti vo de RHPL quase nulo OML obrigado a dispor de demasiada ener gia ps quica sem contudo alcan ar a relev ncia esperada 5 Conclus es Considerando que as an lises aqui expostas dizem respeito a uma amostra pequena n o poss vel fazer generaliza es mas somente re fletir sobre as recorr ncias encontradas Para generalizar os resultados necess rio que a amostra tanto de sujeitos doen a de alzheimer quanto controles seja significativamente aumentada e an lises mais robustas confeccionadas Dessa forma cabem algumas considera es principal mente sobre o papel da interlocu o e a acur cia da mem ria de traba 264 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA lho aspectos que parecem ter sido relevantes para as tentativas de formu la o de infer ncias relativas piada em foco Quando da tentativa de refazer o percurso humor stico da piada observou se que todos os sujeitos que comp em o grupo cl nico indiv duos diagnosticados com a doen a de alzheimer em est gio inicial apresentaram desempenho significativamente inferior aos sujeitos que formam o grupo controle Mais precisamente dos cinco participantes do grupo apenas dois conseguiram parcialmente identificar algum efeito de humor na piada que foi satisfatoriamente interpretada pelos sujeitos que comp em o gru
334. o H opini o H au tonomia dos alunos em defender aquilo em que eles acreditam Dessa forma atividades como esta contribuem para que a leitura deixe de ser uma pr tica passiva e passe a ser um exerc cio din mico in terativo por meio do qual o conhecimento criado com a participa o dos alunos Dessa forma a leitura torna se de fato til e significativa para os leitores REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem 8 ed S o Paulo Hucitec 1997 BR GGIO S L B Leitura e alfabetiza o da concep o mecanicista sociopsicolingu stica Porto Alegre Artes M dicas 2005 CARVALHO C Para compreender Saussure Petr polis Vozes 2011 FREIRE P A import ncia do ato de ler S o Paulo Cortez 2011 KLEIMAN Texto e leitor 4 ed Campinas Pontes 2013 38 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Leitura ensino e pesquisa 2 ed Campinas Pontes 1996 MAC M I de G de WELTI M C R de La organizaci n textual los conectores Su aplicaci n en el aula Buenos Aires Editorial Plus Ultra 1995 MOITA LOPES L P Interdisciplinaridade e intertextualidade leitura como pr tica social In Anais do 3 Semin rio da Sociedade Internacio nal de Portugu s e L ngua Estrangeira UFF Niter i 1996 ROJO R H R Letramentos m ltiplos escola e inclus o social S o Paulo
335. o MA CHADO Ida Lucia MELLO Renato A an lise do discurso fundamen tos e pr ticas Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG N cleo de An lise do Discurso 2001a Une analyse s miolinguistique du discours Langages n 117 Les analyses du discours en France Paris Larousse mars 1995b COSTE Daniel Leitura e compet ncia comunicativa In O texto escrita e leitura Campinas Pontes 1988 DELL ISOLA Regina L cia P ret Leitura infer ncias e contexto soci ocultural Belo Horizonte Formato Editorial 2001 FERES Beatriz dos Santos Leitura frui o e ensino com os meninos de Ziraldo Niter i Eduff 2011 KATO Mary Aizawa O aprendizado da leitura S o Paulo Martins Fontes 2007 KOCH Ingedore G Villa a Desvendando os segredos do texto S o Paulo Cortez 2002a Texto e coer ncia S o Paulo Cortez 2002b 26 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA BENTES Anna Christina CAVALCANTE M nica Maga lh es Intertextualidade di logos poss veis S o Paulo Cortez 2008 ELIAS Vanda Maria Ler e compreender os sentidos do texto S o Paulo Contexto 2011 TRAVAGLIA Luiz Carlos A coer ncia textual S o Paulo Contexto 2002b KLEIMAN ngela Texto e leitor aspectos cognitivos da leitura 8 ed Campinas Pontes 2009 MACHADO Ida Lucia MELLO Renato A an lise do discurso fun da
336. o Outra relev n cia da leitura a adapta o liter ria cinematogr fica instigar o educando a compreender melhor a obra abordada 5 1 Propostas de atividades do 3 ano Na semana da avalia o de literatura do 1 bimestre de 2014 os educandos foram biblioteca para realizarem atividades sobre o livro cu jo valor foi de 1 0 ponto Cada turma foi dividida em tr s grupos Todos participavam de cada atividade durante 15 minutos um tempo de aula Foram propostas tr s atividades D 13 Identificar as marcas lingu sticas que evidenciam o locutor e o in terlocutor de um texto cruzadinha sobre o nome dos personagens a partir da sele o de fragmentos para identificarem os personagens D15 Estabelecer rela es l gico discursivas domin as pe as foram eram compostas com palavras do livro da identificarem o respectivo sin nimo Por exemplo ALUDIR OBULO INTEIRAR TACITURNO D3 Inferir o sentido de uma palavra ou express o ca a palavras iden tificar o aspecto verbal dos per odos selecionados PONTUAL Ergueu se orgulhosamente deu lhe as costas e teve vergo nha de ter ido pedir CURSIVO Quando ela lhe disse a que vinha a fisionomia do homem tornou se de oca ITERATIVO De tarde ele ficava a passear olhando o mar DURATIVO Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO D
337. o que pequeno em rela o ao passado um preconceito com esse hiperg nero pois os ar gumentos sem justificativas dizem que eles n o trazem nenhum benef cio para o seu leitor e que o mesmo n o deve ser considerado como uma arte Em contraponto a isso existem in meros estudos que comprovam que os quadrinhos s o uma ponte para ou tras literaturas e que eles mesmos podem ser considerados como literatura Escolheu se como objeto de estudo um subg nero dos quadrinhos graphic novel A graphic no vel que utilizamos para este trabalho foi Watchmen de Alan Moore para demonstrar que esta uma grande obra dentro da nona arte bem como discutir por que os qua drinhos s o a nona arte e desmistificar o suposto fato de que os leitores dessa arte n o aprendem nada Como tentar compreender as atitudes de Rorschach sem ler Kant Palavras chave Watchmen Nona arte Quadrinhos Literatura 1 Introdu o N o h melhor forma de come ar esse artigo do que com as pr prias de Alan Moore na cita o abaixo Visto que o foco desse estudo foi estudar Watchmen uma das obras do autor j mencionado e explicar um pouco mais sobre o conceito dos quadrinhos como nona arte Vejamos Ao inv s de compararmos sempre os quadrinhos ao cinema ou literatu ra com o intuito de que a respeitabilidade destes conceda queles mais legiti midade n o seria muito mais produtivo concentrar a nossa aten o justamente nos aspectos e nas t cnicas em que
338. o tal como postulado nos estudos sociocognitivistas por Kleiman 2008 Sol 1998 Dell Isola 2001 Rojo 2004 van Dijk 2002 e 72 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA van Dijk e Kintsch 2004 Tem como base ainda os estudos de Costa 2013 sobre t tulos desviantes Realizamos um experimento que visou compreens o da rela o entre as antecipa es motivadas pela leitura inicial de not cias ainda no t tulo e a atribui o do tema global do texto inferido ap s sua leitura completa O subg nero textual privilegiado foi a not cia popular do jor nalismo popular tal como entendido por Amaral 2006 p 15 16 S o jornais baratos com baixa pagina o vendidos em bancas que abri gam publicidades de produtos destinados ao p blico de baixa renda embora ainda atendam a nfima parcela da popula o Tamb m pressuponho que esse segmento da imprensa se utiliza de elementos culturais historicamente desti nados aos setores populares ou produzidos por eles Os textos foram extra dos do jornal popular Meia Hora A meto dologia do trabalho envolveu tr s etapas a primeira em que os infor mantes leram apenas t tulo a segunda em que leram um conjunto de t tulo e subt tulo a terceira em que leram o texto completo composto de t tulo subt tulo e corpo do texto Nossa hip tese principal foi a de que a leitura do t tulo
339. o a cultura afro brasileira e apresentando Zumbi como um bravo guerreiro na hist ria nacional A especificidade da narrativa de Zumbi A Saga de Palmares a associ a o vis vel da figura hist rica com outros her is em quadrinhos Ao in v s de dar nfase ao papel hist rico de Zumbi suas rela es com outras personalidades e at mesmo na sua viv ncia em Palmares a hist ria o apresenta como um her i Outra literatura que oferece bom suporte para se trabalhar a diver sidade cultural e racial A Turma do Perer do cartunista Ziraldo A hist ria foi lan ada em outubro de 1960 e era mensalmente publicada pe la revista O Cruzeiro Inicialmente a obra tinha por t tulo O Perer dois anos depois em 1962 virou A Turma do Perer Com essa cria o Ziraldo foi o primeiro a lan ar no Brasil uma hist ria em quadrinhos de autoria nacional foi tamb m a primeira revista de um s personagem e a primeira colorida DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 119 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Os temas e os personagens s o tipicamente brasileiros e podemos destacar entre eles Tininim ndio natural da Amaz nia Tuiuiu ndia namorada de Tininim e Boneca de Piche namorada do Saci A hist ria se situa na Mata do Fund o localizada em algum interior do Brasil onde existem rvores rios e natureza O personagem principal e l der do grupo o Perer um
340. o ato de ler remete ao de interpretar o que foi lido e aperfei oar a habilidade de leitura e interpreta o de acordo com o contexto propiciando condi es para o desenvolvimento da leitura e da interpreta o 2 Fundamenta o 2 1 A l ngua enquanto meio de intera o Conforme Geraldi 1997 p 312 no in cio o interacionismo em lingu stica foi uma rea o ao posicionamento te rico externalista contra o psicologismo que estava contagiando a ci ncia da linguagem em mea dos do s culo XX Em sentido abrangente do termo s o considerados in teracionistas os dom nios da lingu stica como a sociolingu stica a prag m tica a psicolingu stica a sem ntica enunciativa a an lise da conver 56 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA sa o a lingu stica textual a an lise do discurso que se pautam por uma posi o externalista a respeito da linguagem isto que se interessam n o apenas ou t o somente pelo tipo de sistema que ela mas pelo modo atrav s do qual ela se relaciona com seus exteriores te ricos com o mundo externo com as condi es m ltiplas e heterog neas de sua consti tui o e funcionamento A seguir o interacionismo foi posicionado como uma das perspectivas mais produtivas seja estimulando e marcando de forma explicita as rela es lingu sticas com outras reas do conhecimen to investindo de interesse para o
341. o caso da integra o Portu gu s literatura e a sala de leitura definiram pressupostos de atua o com a leitura do livro Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto para desenvolvermos atrav s do prazer da leitura as diferentes habilida des e compet ncias a serem trabalhadas no 1 bimestre do 3 ano Afinal o ensino de l ngua e literatura indissoci vel Ambas as disciplinas da rea de C digo e linguagem constituem dois fatores da identidade cultu ral de um povo Assim segundo Saraiva a literatura preenche a fun o de ativar a percep o do funcionamento da l ngua e oportuniza a viv ncia daquilo que n o pode ser cognitivamente apreendido 2006 p 47 Por exemplo na rea de literatura o Pr Modernismo as van guardas europeias e a primeira fase do Modernismo e na de portugu s o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 159 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos g nero textual requerimento e manifesto os verbos e concord ncias Ca be ressaltar que na rea de produ o textual aproveitou se o requeri mento de Policarpo Quaresma para se trabalhar a estrutura desse g nero textual e compar lo com a do manifesto atrav s da an lise do Pau Brasil e do Antropof gico Cabe ressaltar que o livro foi proposto para ser lido no in cio do bimestre fevereiro de 2014 Havia exemplares na Biblioteca da escola e foi disponibilizado o PDF http www e
342. o geram no leitor expectativas em diferentes n veis lexical estrutural etc que servem de input a ser conferido com as expectativas de n vel sem ntico que por sua vez s o verificadas atrav s de um processo descendente Esse movimento circular do processamento do texto ou seja da leitura como constru o de sentido que se realiza por meio de um conjun 12 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA to de for as em dire es opostas gerando o significado explicado pela teoria semiolingu stica como o duplo processo de semiotiza o do mun do CHARAUDEAU 2008 p 27 Tal processo diz respeito ao fen me no da interpreta o e sua realiza o depende das compet ncias do leitor CHARAUDEAU 2001b e 2009 p 13 18 A leitura como processo de constru o de sentido depende tam b m do desenvolvimento de estrat gias que segundo Sol 1998 s o procedimentos de car ter elevado que envolvem a presen a de objeti vos a serem realizados o planejamento das a es que se desencadeiam para atingi los assim como sua avalia o e poss vel mudan a Segundo explica por constitu rem um processo interno inconsciente do qual n o temos prova as previs es verifica es e outras estrat gias utilizadas pa ra a interpreta o s s o observadas quando n o funcionam ou seja s vezes o leitor fica t o preso s pr prias previs
343. o n o precisa construir esse conhecimento acerca do tipo de narrador pois a informa o j foi dada no enunciado introdut rio Na medida em que a quest o j desvenda o tipo de narrador de Capit es de Areia como onisciente resta ao aluno a tarefa de identificar a alternativa em que se percebe mais claramente a onisci ncia A resposta comentada constante da vers o do professor aponta como resposta a op o b pois considera que nela o narrador revela o conhecimento que Pedro Bala possui acerca da cidade onde vive Roteiros de Atividades 2011 p 8 Consideramos que a habilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar o foco narrativo n o foi plenamente contemplada uma vez que n o se exige do aluno que ele de fato perceba com que mo dalidade de narrador est se deparando este conhecimento est dado no enunciado Em verdade apenas se exige que o aluno identifique uma passagem em que a onisci ncia esteja mais expl cita mas de antem o j sabe que se trata de um narrador observador 3 pessoa onisciente O quadro explicativo apresentado no enunciado da quest o assim parece perder um pouco de sua funcionalidade Uma observa o importante a de que quando se afirma a onis ci ncia do narrador refere se obra na sua totalidade e n o a um frag mento dela A inten o parece ter sido a de fazer com que o aluno perce besse o fragmento em que a onisci ncia estava mais evidente por m o coma
344. o quadro abaixo que avaliam as capacidades de leitu ra que podem ser exigidas pelas atividades Capacidades de Estrat gias de Compreens o Compreens o Decodifica o Localiza o e ou retomada c pia de informa es Compreens o Ativa o de conhecimento de mundo Antecipa o ou predi o de conte dos ou de propriedades dos textos Checagem de hip teses Localiza o e ou retomada c pia de informa es acompanhadas de Compara o de informa es 94 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Generaliza o conclus es gerais sobre fato fen meno situa o problema etc ap s an lise de informa es pertinentes Produ o de infer ncias locais Produ o de infer ncias globais Aprecia o e R plica Recupera o do contexto de produ o Defini o de finalidades e metas de leitura Percep o de rela es de intertextualidade no n vel tem tico Percep o de rela es de interdiscursividade no n vel discursivo Percep o de outras linguagens imagens som imagens em movi mento diagramas gr ficos mapas etc Elabora o de aprecia es est ticas e ou afetivas Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos Tamb m nos apoiaremos na classifica o proposta por Marcuschi 2001 para os tipos de perguntas e
345. o se esse meca nismo leitura o leitor competente na fun o de interlocutor sujeito in terpretante deve ser capaz de descobrir o mundo j significado pelo su jeito comunicante autor com uma finalidade que deveria ser comum aos dois por meio de opera es cognitivas de ordem lingu stica que geram o fen meno da compreens o CHARAUDEAU 1995a Ao mesmo tempo esse leitor busca uma significa o psicossocial para o ato texto ao formular hip teses a respeito da identidade do su jeito comunicante autor do tipo de rela o que ele est pretendendo es tabelecer e do tipo de regula o previs vel em fun o desses outros as pectos processo esse denominado processo de transa o conforme Cha raudeau 2006 p 41 Tais opera es cognitivas de ordem psicossocio comunicativas ou discursivas constituem o fen meno da interpreta o CHARAUDEAU 1995a p 16 Esse duplo movimento endoc ntrico e exoc ntrico confere ao ato de linguagem a caracter stica de fen meno conflituoso realizado por meio dos dois processos o processo de transforma o que se vale do movimento endoc ntrico que consiste de atividades estruturais referenci ais para se fixar um sentido e o processo de transa o durante o qual em um movimento exoc ntrico esse sentido absorvido e transformado em rela es com outros signos CHARAUDEAU 2008 p 27 O processo de transa o diz respeito intersubjetividade ou se
346. o texto procura de trechos que repitam o material j decodificado da pergunta Por ter perdurado por um grande per odo de tempo a abordagem de leitura como decodifica o amparada na no o de l ngua como estru tura deixou marcas que at hoje s o percebidas em determinadas pr ticas escolares nos diferentes n veis de ensino Segundo essa concep o a compreens o do texto ocorre de modo autom tico a partir do momento em que o leitor capaz de decodificar ou seja se decodifica acessa o sentido da palavra e consequentemente compreende o texto Podemos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 89 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos dizer que se trata de um processo passivo na medida em que o leitor n o tem nenhum papel a cumprir a n o ser o de decodificar Segundo Kato 1999 na abordagem de leitura como decodifica o a informa o processada na dire o do texto para o leitor O autor do texto tem algo a ser dito que deve ser apenas decodificado Nesse sen tido podemos dizer que o texto concebido como um produto acabado pois o sentido est no texto Assim considerado um bom leitor aquele que consegue realizar uma perfeita decodifica o entender perfeitamente o que o autor buscou dizer e ler bem em voz alta A express o bottom up e o termo modelo ascendente tamb m s o usados para caracterizar essa concep o pois o leitor teria que processar os el
347. oares 2009 Na obra de Doris 2009 encontramos atividades que criavam condi es para que se refletisse sobre as dificuldades de nossos pr prios DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 133 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos alunos na pesquisa da autora existem informa es de como devem ser elaboradas as atividades de produ o textual leitura e reescrita de g ne ros do discurso relevantes para modalidade do ensino m dio As sugest es dos pesquisadores envolvidos nesse trabalho leva ram a crer que seria necess rio a cria o de um projeto de pesquisa que tivesse como foco a implanta o de oficinas de leitura produ o textual enfatizando a reescrita O processo de reescrita ajuda ao aluno a refletir sobre pr pria produ o textual baseando se pela reconstru o de textos onde eles mesmos possam realizar suas leituras e consigam identificar os desvios n o s gramaticais mas lingu sticos Os Par metros Curriculares Nacionais 1996 apontam que a l n gua portuguesa deve ter seu valor nos usos da linguagem escrita esse fa to determinado historicamente segundo as demandas sociais de cada momento E atualmente exigem se n veis de leitura e de escrita diferen tes dos que satisfizeram as demandas sociais A exig ncia da escrita deve se a valores sociais impostos de acor do com o per odo em que a pr pria sociedade tem como refer ncia os g neros mais comuns pa
348. omo uma atividade integradora capaz de dar subs dios para uma leitura cr tica reflexiva O aluno n o deve ser visto co mo uma folha em branco a ser preenchida pelo saber que a escola oferece ele chega escola trazendo o seu conhecimento ao qual ser o somadas novas informa es escola cabe a fun o de am pliar o acervo intelectual e orientar para a utiliza o adequada do conhecimento Devemos ressaltar que n o cabe apenas ao professor de l n gua portuguesa a miss o de ensinar o aluno a ler esta uma ta refa de todos os professores independente da disciplina que lecio nam Se tomarmos um mesmo texto e este for discutido com os alunos por professores de disciplinas diferentes sejam de uma mesma rea ou de reas divergentes observaremos que eles n o v o necessariamente tomar como referencial para a discuss o com os alunos os mesmos elementos e caso isso aconte a possi velmente n o explorar o esse dado do texto sobre a mesma tica pois a vis o de mundo de cada um embasada pela rea de atua o Essa abertura de leituras tem muito a contribuir na forma o da capacidade leitora do educando Para fugir de um ensino tradicional em muitas escolas os professores passaram a estudar a l ngua a partir de textos Abordar quest es gramaticais em frases retiradas de um texto n o significa modernizar o estudo apenas trocou se a fonte de frases elabora das aleatoriamente pelos professores e lan ad
349. on vel em lt http www filologia org br revista 55supl 005 pdf gt Acesso em 02 08 2014 VALENTE Andr Crim Intertextualidade e interdiscursividade nas lin guagens midi tica e liter ria um encontro luso brasileiro In Col quio de Homenagem a Fernanda Irene Fonseca 2008 Porto Actas do Col quio de Homenagem a Fernanda Irene Fonseca Porto Centro de Lin 278 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA gu stica da Universidade do Porto Faculdade de Letras da Universidade do Porto vol 1 p 79 89 2008 Dispon vel em lt http Mer letras up pt uploads ficheiros 6694 pdf gt Acesso em 04 08 2014 TALLON Felix WALLS Jerry Super Homem e O Reino dos C us a surpresa da teologia filos fica In MORRIS Tom MORRIS Matt Su per her is e a filosofia verdade justi a e o caminho socr tico S o Pau lo Madras 2005 p 197 212 WAID Mark ROSS Alex Reino do amanh S o Paulo Panini Co mics 2004 WHITE Mark D Superman e a filosofia S o Paulo Madras 2014 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 279 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos WATCHMEN E A NONA ARTE Ta s Tura a Arantes UEMS taistania gmail com Nataniel dos Santos Gomes UEMS natanielgomes uol com br RESUMO Os quadrinhos ainda s o relegados a um segundo plano porque existe mesm
350. ontre significados para si mesmo ao ler as escritas constru das pelo mundo do outro Possuir o saber cr tico possuir a capacidade de transformar o seu mundo por meio do mundo de outro e vice versa CAV QUIA amp MACIEL s d p 8 No entanto para formar um leitor cr tico importante tamb m que desde o processo de alfabetiza o ou seja da aquisi o da leitura e da escrita haja a compreens o por parte dos docentes de que o processo de alfabetiza o se d na medida em que a leitura da palavra esteja inse rida na leitura do mundo Em outras palavras esteja dentro do contexto do educando e que a bagagem cultural do educando seja valorizada Dando origem n o apenas ao processo de alfabetiza o mas sim um pro cesso cont nuo de letramento em que o indiv duo seja capaz de ler o mundo a sua volta dando assim sentido aos textos estudados e conheci mentos adquiridos adaptando os a sua realidade ao seu contexto social cultural econ mico e pol tico Por isso importante realizar uma leitura cr tica para que o indi v duo n o caia na teia da aliena o e se torne um ser passivo de ideias pr prias e caia no abismo da aceita o ideol gica das classes dominan tes que utilizam o texto para manifestar e divulgar suas ideologias Para tanto necess rio que sejamos um leitor cr tico que interage com o tex to mas estabelece sobre ele sua pr pria ideologia 182 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09
351. oradas nesse Roteiro poderiam ser adaptadas para diversos outros romances que n o Capit es de Areia ou seja n o foram trabalhadas quest es relativas a preocupa es sociais retratadas na obra como a den ncia do abandono de menores por exemplo O foco das quest es de leitura recaiu princi palmente sobre os elementos da narrativa tipo de narrador descri o de personagem e sobre o pr prio significado da palavra romance N o que remos dizer com isso que a leitura por frui o n o guarde por si s o seu valor o que j justificaria a escolha desse ou de outro romance como tex to gerador mas acreditamos que o trabalho com esse g nero poderia ir al m explorando por exemplo os conflitos vividos pelos personagens o que apontaria para diferentes quest es de den ncia social 5 2 Roteiro do 1 ano do ensino m dio As pr ximas quest es que analisaremos integram o Roteiro de Atividades do 3 bimestre do 1 ano do ensino m dio que preconiza o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 103 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos trabalho com os g neros propaganda tira e charge O texto gerador que ensejou as quest es apresentadas a seguir uma tira c mica que traz um tema em voga o Acordo Ortogr fico entre os pa ses de l ngua portugue sa Reproduzimos abaixo o texto Falaaaaaa Tiumenmm Btr Axo q Maumn eh difcium naum a N Passa aki em Ksaaazasa Q nois apre
352. orecendo um processo formativo am plo A partir de leituras de cr nicas variadas os alunos reconhecer o os tra os consti tutivos que regem o g nero e poder o partir para uma oficina pr tica de escrita atra v s da qual documentar o seus pr prios olhares perante a vida Tendo isso em vista e procurando suavizar a inser o desses jovens no universo da leitura escolar formati va podemos lev los a observar que nossos mundos particulares est o presentes no texto liter rio e vice versa gerando um sentimento de cumplicidade dessa aproxi ma o que surge a cr nica Ela ligeira subjetiva e constru da sobre os alicerces de uma linguagem simples cotidiana em suma um g nero decididamente did tico e pass vel de escolariza o nesse sentido que este trabalho tem como tema a observa o das caracter sticas da l ngua falada presentes na cr nica g nero discursivo es crito no qual ocorr ncias cotidianas s o abordadas com o m ximo de realismo e sim plicidade Tem se como objetivo portanto demonstrar que uma estrat gia eficiente de leitura da cr nica deve considerar a exist ncia de caracter sticas de fala e escrita em pregadas intencionalmente para melhor construir o efeito de sentido Os procedimen tos metodol gicos utilizados para atingir esse objetivo envolvem uma compara o en tre fala e escrita e a conceitua o do g nero discursivo cr nica De posse dessas no es te ricas observam
353. ores da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro O texto foi dividido em tr s partes inicialmente foi realizada uma breve revis o acerca dos principais modelos te ricos que v m orientando o ensino de leitura Esta revis o seguida pela apresenta o dos documentos norteadores da forma o continuada sen do enfatizados os roteiros de atividades Por fim empreendida a an lise das ativida des selecionadas com base em categorias presentes em Dion sio 2000 Marcuschi 2001 e Rojo 2004 Palavras chave Estrat gias de leitura Concep es de leitura Roteiros de Atividades SEE RJ 1 Palavras iniciais No ano de 2010 a Secretaria de Educa o do Estado do Rio de Janeiro SEE RJ debru ou se sobre a tarefa de elaborar um referencial curricular para atender toda a sua rede de ensino Sob a denomina o de Curr culo M nimo o documento apresenta as compet ncias e habilidades que devem integrar os planos de curso das diferentes disciplinas ofereci das nos anos finais do ensino fundamental e ensino m dio A finalidade do Curr culo M nimo segundo a SEE RJ orientar de forma clara e objetiva os itens que n o podem faltar no processo de ensino aprendizagem em cada disciplina ano de escolaridade e bimes DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 87 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos tre RIO DE JANEIRO 2010 Com a confec o desse documento o Governo afirma
354. orma o nova e no contexto informa o velha fortalecimento enfraquecimento e eli mina o de suposi es dispon veis importante ressaltar que para a teoria da relev ncia a comuni ca o humana entendida como uma quest o de grau ou seja ela de pende da for a da manifestabilidade perceptibilidade possibilidade de 252 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA um fato ser inferido das suposi es no ambiente cognitivo do ouvinte Um ambiente cognitivo consiste em um conjunto de suposi es que o in div duo capaz de representar mentalmente e de aceitar como verdadeiro ou provavelmente verdadeiro Trata se do conjunto de suposi es que o falante tem dispon vel e ao qual recorre ao processar informa es J uma suposi o diz respeito ao pensamento tratado pelo indiv duo como representa o do mundo real Enquanto as suposi es recuperadas da mem ria possuem certo grau de for a as formadas a partir do processo de completagem de esquemas de suposi es possuem uma plausibilidade inicial da qual depender seu processamento ao mesmo tempo em que suas for as subsequentes depender o dos pr ximos hist ricos de proces samento Do exposto adv m que medida que uma inten o informativa de determinado locutor pretende tornar fortemente manifesta uma supo si o em especial tal suposi o comunicada de maneira ma
355. orre on de o Superman Mulher Maravilha e Batman se unem a nova gera o de super her is e vencem a batalha No quadrinho Jo o Batista represen tado pelo pastor Norman Mackey que arrebatado pelo esp rito torna se invis vel e pode observar os pr ximos acontecimentos Vejamos Essa invisibilidade de Norman faz refer ncia s vis es de Jo o para a es crita do livro apocalipse o autor relata no texto b blico E logo fui arrebatado no esp rito Eis que um trono estava posto no c u e um assentado sobre o tro no Apocalipse 4 2 Jo o foi arrebatado pelo esp rito para que pudesse descre ver tantas vis es no seu livro o mesmo poder amos dizer que aconteceu com o pastor pois ele levado pelo esp rito da Vingan a de Deus que o Espec tro para que ele tenha todas as vis es necess rias OLIVEIRA GOMES 2013 p 58 A volta de Jesus como a do Superman s o abordadas e h uma re la o pois o quadrinho h uma intertextualidade com o livro apocalipse como podemos observar ambos reavivam a esperan a do mundo com seus respectivos retornos uma recompensa de f de seus protegidos nos quadrinhos narrada da seguinte maneira o Superman retornou e ao faz lo arrancou da reclus o os tit s do passado com seu brilho de es meralda e lampejos escarlates iluminando as trevas do dia WAID 2004 p 66 Respectivamente em apocalipse Ent o foi aberto o santu rio de Deus nos c us e ali foi vista a a
356. os a oralidade sendo constru da dentro das rela es sociais N s participamos de situa es sociais desde nosso nasci mento e cabe nos orientar de um modo diferente em cada situa o co municativa O contexto o que predomina como determinante ao tipo de linguagem que devemos utilizar Conforme este mesmo autor 2001 p 9 s o os usos que fundam a l ngua e n o o contr rio Notadamente a l ngua enquanto aparato que serve de constru o para intera o social permeado de socializa o em seu meio por influ ncia de todos os falantes de um dado grupo Assim se algo se torna comum em um dado momento isso passa a fazer parte daquela l ngua Do ponto de vista da diversidade das l nguas temos neste contexto uma variedade de l nguas espalhadas pela terra e cada uma com suas ca racter sticas trazendo dentro de si as particularidades de cada povo na o ou at mesmo de cada grupo social ou pessoa que a utiliza As mar cas existentes nela fazem com que seja poss vel a identifica o de deter minado grupo social ao qual o nativo pertence Fundando desse modo as varia es poss veis existentes dentro da comunica o como uso da orali dade Os Par metros Curriculares Nacionais PCN 1998 p 24 quan do fala sobre o uso da linguagem e suas modalidades nos apresenta o pensamento exposto acima de maneira mais sistematizada e como pol ti ca oficial nacional na educa o na rea de L ngua port
357. os controles interpretaram facilmente o efeito chistoso Provavelmente s o ativadas no ambiente cognitivo e manifestas no con texto cognitivo dos sujeitos interpretantes mais especificamente em vir tude da mobiliza o das propriedades constituintes da etiqueta lexical morfofonol gica as suposi es referentes semelhan a fon tica entre as express es e discrep ncia sem ntica entre elas percebidas em raz o 262 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA dos endere os enciclop dicos que os indiv duos possivelmente possuem sobre mamadeira utens lio e mamadeira madeira ruim Tais suposi es manifestas no contexto cognitivo de quem interpreta a piada demonstram que s o demandados esfor os m nimos que resultam em efeitos contex tuais elevados Os sujeitos doen a de alzheimer por seu turno tiveram de modo geral dificuldades para identificar a constru o do humor na piada ne cessitando de pistas dial gicas que por conseguinte n o os levaram ao xito tendo em vista que eles n o mantiveram percurso interpretativo condizente trajet ria chistosa que provoca o humor mas ficaram em uma esp cie de jogo dial gico no qual medida em que eram capazes de formular alguma suposi o geralmente isolada eu fornecia uma pis ta que os conduzia a uma nova suposi o n o necessariamente relaciona da anterior Tal postura pode se
358. os da neurodegeneresc ncia se traduzindo na forma leve por altera es nos aspectos sem ntico lexicais pragm ticos na forma moderada por altera es fonol gicas sint ticas e morfol gicas e na forma severa por preju zo em todas as habilidades lingu sticas levando o sujeito mui tas vezes ao mutismo MORATO 2008 A doen a de alzheimer afeta consideravelmente a linguagem uma vez que juntamente aos dom nios sem nticos lexicais pragm ticos fo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 245 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos nol gicos sint ticos e morfol gicos ela interfere nas pr ticas sociais co tidianas do indiv duo fatores que levam suposi o de que em alguma medida o processo sociocognitivo de interpreta o comunicativa sofre preju zos Quando observada apenas em seu est gio inicial poss vel in ferir que h altera es na habilidade do sujeito acometido para interpretar elocu es principalmente as que demandam a formula o de infer ncias mecanismo que por seu turno depende das rela es entre as representa es de mundo que o indiv duo possui Isso porque a fase inicial da do en a de alzheimer caracteriza se pela relativa preserva o dos aspectos fonol gico sint ticos e por altera es nos sem ntico lexicais pragm ti cos de forma a predominarem dificuldades para a realiza o de infer n cias lingu sticas e cognitivas q
359. os enfrentado durante os primeiros dois anos junto aos professores e alunos o foco era criar o h bito da leitura e consequentemente produzir algo que tivesse sentido n o s para quem escreve e sim para o leitor os textos escritos pelos alunos buscavam contextualizar com o ensino da literatura cl ssica brasileira Yunes 2009 destaca que o aluno sai da escola detestando tudo que se relaciona com a leitura porque a rela o leitura e escrita nem sem pre abordada como algo prazeroso e sim como atividade obrigat ria que s tem uma finalidade aprova o a cada bimestre e consequente mente ao final do ano letivo E importante destacar que os alunos que frequentavam as oficinas vinham muitas vezes com prec rios n veis de alfabetiza o mesmo sen DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 135 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos do aprovados por crit rios de um vestibular que em realidade apenas continha quest es objetivas e que n o avaliavam as quest es relacionadas escrita Para Soares 2013 os n veis de alfabetiza o sejam de crian as jovens e adultos est o cada vez mais prec rios e consequentemente eles se relacionam ao fracasso escolar a pr pria autora aponta que tais difi culdades encontradas nas s ries iniciais se alongam durante o ensino m dio causando defici ncias no processo de produ o textual por parte da vida Nos primeiros bimestres ao se d
360. os quadrinhos s o nicos e especiais Em vez de insistirmos nas t cnicas cinematogr ficas que os quadrinhos podem duplicar n o seria mais prof cuo considerarmos mais as t cnicas destes que o cinema n o pode imitar MOORE apud BALLMANN 2009 p 05 280 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Moore descreve bem a realidade dos quadrinhos Que eles sempre estiveram relegados a um segundo plano Sob um preconceito sem fun damenta o que se pauta apenas na afirma o de que manter contato com esse tipo de material distancia o indiv duo de outra arte a literatura claro que nessa briga por assim dizer temos aqueles que defendem esse tipo de leitura buscando principalmente explicar os benef cios que se pode obter com as hist rias em quadrinhos E em meio a esse turbilh o de contraponto ineg vel o fato de que os quadrinhos est o pouco a pou co conquistando o seu espa o Mas Moore nos atenta a um fato de suma import ncia que nada mais que em meio a essa discuss o de que se ler quadrinhos algo bom ou ruim existe a compara o dessa arte com a pr pria literatura e cinema Essa compara o serve para amenizar os conflitos existentes en tre esses dois lados Por m nesse sentido o autor referido nos diz que muito mais apropriado nos atentar que os quadrinhos s o nicos Que ele por si s j uma arte Por isso um dos pontos a
361. os que mesmo os professores tendo consci ncia da ideologia presente nos textos na maioria das vezes a forma como o trabalho realizado n o contribui para que os alunos percebam a mesma ou seja n o contribui para a forma o de um leitor cr tico DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 193 Circulo Fluminense de Estudos Hilol gicos e Lingu sticos REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALVES Rubem Entre a ci ncia e a sapi ncia S o Paulo Loyola 1999 BARBOSA Jos Juv ncio Alfabetiza o e leitura S o Paulo Cortez 1991 BRAND O Helena H Nagamine Introdu o an lise do discurso 2 ed rev Campinas Unicamp 2004 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Dispon vel em lt www ibge gov br home estatistica populacao cesso2010 tabelas pdf tot al populacao rio de janeiro pdf gt Acesso em 22 02 2014 CAGLIARI Luiz Carlos Alfabetiza o e lingu stica 10 ed S o Paulo Scipione 2001 CAV QUIA Marcia Aparecida Paganini MACIEL Aline Guilherme A forma o do leitor cr tico e autonomia por que e por quais meios Universidade Estadual de Londrina Folha de Londrina em 21 042009 Caderno Folha 2 p 7 CHAU Marilena O que ideologia 2 ed S o Paulo Brasiliense 1981 Filosofia S o Paulo tica 2000 DEMO Pedro O porvir desafios da linguagem do s culo XXI Curitiba Ibpex 2007 FARACO Carlos Alberto Linguagem escrita e alfabetiza
362. os seres humanos s o indiv duos de m lti plas diferen as estamos reconhecendo que cada um possui um determi nado pensamento diferenciado do pensar do outro pois cada um possui suas pr prias concep es oriundas do momento hist rico pol tico social e econ mico Assim com a influ ncia que o homem recebe do meio faz com que ele pense de maneira disforme uns dos outros Desta forma ao elaborar um texto o escritor estabelece no mesmo sua identidade ou se ja seu pensar suas cren as valores e concep es melhor dizendo sua ideologia Que segundo Marcondes Filho 1997 p 9 conceitua ideolo gia como o conjunto de ideias valores inten es aspira es na cabe a das pessoas o qual leva o nome de ideologia Como foi mencionada a constru o de um discurso que um mero texto pelo indiv duo depende de suas condi es de produ o A esse respeito Mussalim 2003 reitera que a rela o que os analistas do discurso procuram estabelecer entre um discurso e suas condi es de produ o ou seja entre um discurso e as condi es sociais hist ricas que permitiram que fosse produzido e gerasse determi nados efeitos de sentido e n o outros MUSSALIM 20083 p 112 Desta forma os produtores de textos estabelecem uma rela o com seu meio hist rico social pol tico e econ mico ao escreverem um texto Assim eles lhe transferem suas concep es de vida ou seja valo res ideias que ac
363. os seus aspectos lingu sticos ou internos e extralingu sticos ou externos e suas rela es de sentido revela a converg ncia de princ pios da Semiolingu stica e da lingu stica textual o que constitui uma contribui o imprescind vel presente pesquisa 18 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Desse modo este cap tulo destina se a apresentar a correspond n cia entre os aspectos que segundo os princ pios da lingu stica textual de terminam a interpretabilidade do texto ou seja os crit rios de textualida de Marcuschi 2008 p 133 e sua correla o com as compet ncias co municativas de Charaudeau 2009 Um texto pode ser observado pelo aspecto da l ngua da cogni o do processamento e da sociedade perspectivas essas que determinam cri t rios de textualidade coer ncia e coes o crit rios orientados pelo tex to intencionalidade e aceitabilidade crit rios orientados pelo psicol gico informatividade relacionado ao aspecto computacional e final mente situacionalidade e intertextualidade relacionados ao aspecto dis cursivo MARCUSCHI 2008 p 133 Esses crit rios foram primeira mente apresentados por Beaugrande Dressler 1981 que os estudam sob o r tulo de Fatores pragm ticos da textualidade A coes o se refere s rela es de ordem sint tica gramatical e sem ntica que se estabelecem entre
364. osto de ler O que estou lendo O que uma aula de literatura motivadora Selecionamos algumas respostas do 3 ano do CEJLL NAVE Sim eu gosto de ler Ultimamente estive lendo a s rie ca a feiti o e uns livros did ticos para me preparar para o ENEM Bom n o tenho uma defini o para Literatura motivadora Sim Piramede vermelha acho que onde apredendomos a re connhecer o conceito de sertas coisas n o muito leio quando preciso Nada no momento Uma aula onde ah bastante intera o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 157 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos A partir da an lise das respostas podemos verificar que urgente a reformula o da nossa pr tica pedag gica Avalia es como o ENEM e o SAERJ exploram compet ncias e habilidades referentes a esta rea do saber Quanto a aquela segundo o INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira a prova do ENEM n o valoriza em suas quest es de literatura a memoriza o de caracter sticas ou periodiza o descontextualizada O objetivo da prova avaliar a habilidade do candidato em estabelecer re la es entre o texto liter rio e os contextos hist rico social e pol tico em re lacionar informa es sobre concep es art sticas e procedimentos de constru o do texto liter rio e em reconhecer a presen a de valores sociais e huma nos no patr
365. p cie de salva dor do mundo o Superman se caracteriza por ser um personagem messi nico e a compara o com Jesus Cristo torna se inevit vel devido a sua origem celestial sua hist ria de vida filosofia e sua miss o WHITE 2014 p 128 Mark D Whitem em seu livro Superman e a Filosofia afirma que a rela o de Jesus com Clark Kent n o fica relacionada somente aos seus poderes pois seu nome kal el tamb m foi pensado para aproximar ainda mais estes personagens Entretanto algumas das conex es entre o Superman e Jesus foram feitas de modo aproximado Clark um nome do ingl s antigo e significa cl ri go ou padre e Kent uma forma da palavra hebraica Kan que em sua forma k n t aparece na b blia significando eu encontrei um filho um padre que pode ser uma alus o a Jesus que chamado de o Verdadeiro Padre WHITE 2014 p 129 Jor el revela a Clark seu verdadeiro nome que tamb m pode ser contrastado com Jesus vejamos a explica o Kal el membro da fam lia el seu pai claro era Jor el El a palavra hebraica que significa de Deus sugerindo assim uma forte conex o tanto m tica quanto moralmente entre Deus e o Superman De fato mesmo quando a palavra hebraica El explicada nos quadrinhos como sendo uma palavra criptoniana as conota es divinas foram totalmente perdidas Se o EL crip toniano significar crian a e Kal significar estre
366. p gina seguinte apresenta os livros analisados com a respectiva quantidade total de atividades diferentes que envolvem leitura e escrita na Internet Desta forma poss vel comparar os dados dos gr ficos 3 1 e 3 2 e constatar por exemplo que o livro que mais traz atividades no meio digital n o o livro que apresenta mais tipos de ativi dades DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 145 Circulo Hluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos CO EEE WEEVEE LD10W2 1D1041 LD9V3 LD9vz 3 Lol 0 DAV O LOSV2 7 fi TE LD7 ms LDG TT 4 EE e o M LOS TT 1 LD2 M 1 Di q i 1 2 3 4 5 6 Gr fico 3 2 Resultados Atividades diferentes na Internet por Livro Total de Atividades Tabela 3 3 Resultados Total de Atividades diferentes 146 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA A fim de apresentar melhor as informa es a tabela 3 3 apre senta a quantidade de atividades diferentes que consta em cada material pesquisado A quantidade foi organizada de forma decrescente e a classi fica o apresentada na coluna coloca o Para melhor ilustrar a quan tidade de atividades diferentes foi levado em considera o nesta tabela os livros divididos em 3 volumes como um nico livro 4 Uma an lise das atividades presentes nos livros did ticos Por m
367. pelos quatro bimestres que integram o ano escolar da rede Os bimestres s o subdivididos em dois ciclos de um m s cada No que diz respeito ao Curr culo M nimo da disciplina l ngua por tuguesa os conte dos s o agrupados em tr s diferentes eixos de ensino leitura uso da l ngua e produ o textual Ainda que o documento seja de breve extens o temos basicamente apresentados princ pios norteadores gerais e uma listagem de habilidades agrupadas por ano de escolaridade bimestre e referidos eixos de ensino a Secretaria de Educa o do Estado do Rio de Janeiro buscou frisar que foi em torno do texto que se orga nizou a proposta curricular buscando uma articula o proveitosa entre atividades de leitura escrita e aquisi o de conhecimentos de fundo gramatical RIO DE JANEIRO 2011 p 4 O documento tamb m sali enta que no tocante leitura buscou se abrir um leque variado de g neros textuais que efetivamente circulam nossa volta expandindo atualizando e aprofundando as possibilidades de uma in ser o social til e tamb m prazerosa no mundo letrado Fazem parte desse universo portanto g neros t o diversos como quadrinhos di rios blogs car tas e mails propagandas contos cr nicas romances poemas reportagens entrevistas editoriais e artigos cient ficos Idem Cada ano de escolaridade conforme ressaltamos est dividido em quatro bimestres sendo cada bimestre composto por dois c
368. po controle A interlocu o desempenhou fun o preponderante quando do resgate dos efeitos humor sticos pelos sujeitos diagnosticado com doen a de alzheimer Sem o fornecimento de pistas informacionais completa gem dial gica ou tentativa de contextualiza o dos eventos apresentados nos textos por parte de sua parceira dial gica muito possivelmente tais indiv duos n o teriam sido capazes de direcionar seus percursos de interpreta o haja vista suas dificuldades para a forma o de contextos cognitivos condizentes s situa es expostas nos discursos chistosos Isso mostra que a intera o verbal pode auxiliar na minimiza o dos d ficits de comunica o que os sujeitos acometidos pela doen a de alzheimer em est gio inicial exibem al m de confirmar a import ncia do processo dia l gico em quadros patol gicos que incidem sobre a linguagem em espe cial os demenciais No que diz respeito mem ria de trabalho ao se considerar que de acordo com Fauconnier apud COSCARELLI 2005 os espa os mentais s o pequenos conjuntos de mem ria de trabalho que constru mos enquanto pensamos e falamos p 291 de algum modo conforme as discuss es referentes ao desempenho dos sujeitos com doen a de alzhei mer a inefici ncia de tal mecanismo mn mico interfere na composi o do contexto cognitivo assim como posterior ativa o e manifestabilidade de suposi es durante as tentativas desses indiv duos de
369. posi o ou seja por tr s do texto sempre possui uma inten o Para tanto fez se necess rio uma abordagem do contexto hist rico dos textos defini es e conceitos e da ideologia nos textos did ticos pautado em bases te ricas de autores como Plat o amp Fiorin 2003 Nosela 1979 Marcondes Filho 1997 Mussalim 2003 Brand o 2004 Faria 1985 entre outros O trabalho foi pautado em uma pesquisa qualitativa bibliogr fica e uma pesquisa de campo de cunho quantitativo e qualitativo Com base nas an lises verificamos que mesmo os professo res tendo consci ncia da ideologia presente nos textos na maioria das vezes a forma como o trabalho realizado n o contribui para que os alunos percebam a mesma ou seja n o contribui para a forma o de um leitor cr tico Palavras Chave Ideologia Interpreta o textual Leitor cr tico An lise cr tica 1 Introdu o Os textos did ticos possuem uma ideologia impl cita ou expl cita que muitas vezes n o percebida pelo leitor e assim acaba por ser trans DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 169 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ferida e aceita sem que seja criticada Esses textos s o estudados e acei tos como verdades absolutas pelos leitores que acreditam sem questi onar as influ ncias que ali est o deixando de perceber que por tr s de um texto existe uma ideologia a ser disseminada Diante disso o pap
370. posta no 2 bimestre de 2014 Al QUE PREGUI A 154 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA mee meme suo o Os textos selecionados acima s o alguns exemplos de material di d tico utilizado nas aulas para n o s analisar alguma quest o sem ntica morfossint tica como tamb m despertar o h bito da leitura ao sensibili zar o quanto a literatura utilizada no meio midi tico Cabe ressaltarmos que mesmo no ensino superior de uma forma geral os graduandos n o conseguem perceber a alus o liter ria Ao cons tatarmos cada vez mais isso nos questionamos N o tiveram aula de lite ratura Como era Pelo visto a pr tica adotada n o propiciou um conhe cimento efetivo 2 Aliteratura ontem e hoje Se pensarmos sobre nossa forma o acad mica sobretudo no en sino m dio em que esta disciplina apresentada segundo a linha do tem po pelas escolas liter rias em sequ ncia verificamos o quanto era uni forme a metodologia adotada Apresentava se sempre cada uma a partir destas etapas contexto socioecon mico cultural os autores e suas res pectivas obras e por fim a leitura dos textos mais representativos daque le per odo As quest es propostas apresentadas em aula e ou concurso eram para identificar a obra e a sua autoria os autores mais representati vos Ao passo que agora com o advento da reformula o do
371. presentados os princ pios te ricos da teoria semiolingu stica e da lingu stica textual cujos pos tulados que significam uma grande contribui o abordagem da leitura como processo de constru o de sentido Concluindo parece poss vel afirmarmos que o desenvolvimento pleno da compet ncia leitora depende do ensino da leitura como pr tica discursiva interativa estrat gica e conscientizadora Em outras palavras preciso que o material did tico exponha o aluno leitor a uma variedade de textos de g neros diversos e que as quest es propostas convidem no a entrar no jogo da leitura mas que sobretudo lhe ensinem as regras 2 A compet ncia leitora e os documentos oficiais A quest o da compet ncia leitora tem sido objeto de estudos con tempor neos e foco de programas internacionais de avalia o de compe 10 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA t ncias como o PISA Programa Internacional de Avalia o de Estudan tes que interessa a este estudo em particular por olhar a leitura sob a perspectiva interacional que estamos enfatizando considerando a a base da aprendizagem Essa concep o de compet ncia leitora como atividade de formu la o aplica o interpreta o encontra se tamb m expressa na seguinte cita o do documento letramento tamb m envolve interpreta o e reflex o e a habilidade de usar
372. pretender garantir um conjunto de compet ncias e habi lidades comum a todos os alunos e que o mesmo esteja alinhado com as atuais necessidades de ensino identificadas n o apenas nas legisla es ent o vigentes Diretrizes e Par metros Curriculares Nacionais co mo tamb m nas matrizes de refer ncia dos principais exames nacionais Prova Brasil ENEM e estaduais SAERJ e SAERJINHO Visando instrumentalizar os professores da rede estadual de ensi no para a implementa o do in dito referencial curricular a Secretaria de Educa o em parceria com a Funda o CECIERJ produziu dois docu mentos complementares ao Curr culo M nimo as Orienta es Pedag gi cas e os Roteiros de Atividades Inicialmente esses documentos contem plaram apenas o 9 ano de escolaridade do ensino fundamental e os tr s anos do ensino m dio nas disciplinas l ngua portuguesa literatura e ma tem tica As Orienta es Pedag gicas buscam oferecer ao professor um guia acad mico panor mico em rela o s v rias possibilidades de de senvolvimento dos descritores previstos em cada eixo bimestral do Cur r culo M nimo J os Roteiros de Atividades apresentam exerc cios rela cionados aos descritores previstos No mbito da disciplina l ngua portu guesa literatura as atividades propostas t m como foco a leitura o uso da l ngua e a produ o textual Tendo apresentado um breve panorama para situar como tem sido estruturada a produ
373. propor qual a sua escola liter ria Qual a sua contrubui o para a literatura brasileira Texto 2 NUNCA ME ESQUECEREI DESTE ACONTECIMENTO NA VIDA DE minHAS RETINAS T O FATIGADAS qa No texto acima verificamos um fragmento deste c lebre poema de Calos Drummond de Andrade No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas t o fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra O educador pode propor Qual a sua escola liter ria Qual a sua contrubui o para a literatura brasileira O que significa predra no ca minho Outros g neros textuais utilizam no como esta publicidade abaixo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 153 Circulo Hluminenso de Estudos Filol gicos e Linguisticos AS PEDRAS NO MEIO DO CAMINHO AGORA EST O NO SAPATO DO CONCORRENTE TODA LINHA JEEP COM MIL REAIS DE DESCONTO O QUE DEU ELE TER LIDO MEM RIAS POSTUMAS DE MACHADO DE ASSIS NaniHumorcom No texto acima verificamos o recurso expressivo da cita o da obra Mem rias P stumas de Br s Cubas O educador pode perguntar qual a sua escola liter ria Qual a sua contrubui o para a literatura brasileira Texto 4 Leitura pro
374. que neste caso ao ser detectado pelo professor de l ngua materna os alunos com dificulda des de leitura e escrita importante realizar um trabalho separadamente com tais indiv duos elaborando assim um trabalho n o s de leitura dos cl ssicos mas com outros g neros textuais Para os alunos que ainda continuaram nas atividades os resultados foram satisfat rios j que em muitos casos obtiveram nota 8 0 oito na prova de reda o do ENEM 2013 Sabemos que pelas condi es que se encontravam n o teria xito em muitas situa es que estivessem relacionadas escrita principalmen te em provas de concursos e do ENEM onde se requer n o s habilidade escrita mas conhecimentos espec ficos de linguagem e literatura Faz se necess rio ent o que a escola a mais importante das ag ncias de letra mento passe a preocupar se n o s com o letramento como pr tica soci al mas com o processo de aquisi o de c digos alfab ticos concebido em geral a compet ncias individuais necess rias para o sucesso e pro mo o na escola e na sociedade J a outras ag ncias de letramento co mo a fam lia a igreja a rua como lugar de trabalho mostram orienta es de letramento muito diferentes Os cl ssicos da literatura brasileira nos ajudaram a nortear o primeiro processo a leitura e com estabelecer crit rios para uma leitura inicial que em muitos casos faz com haja reflex es sobre as condi es em que as obras foram p
375. quipe fundamental para acompanhar os dis centes nessa nova fase de adapta o dentro do ensino m dio t cnico no ambiente escolar No in cio das atividades por meio das oficinas acreditava se na diminui o de textos sem coes o e coer ncia em que os alunos produzi am nas diversas disciplinas dos cursos t cnicos do IFAP campus Laran jal do Jari Yunes 2009 p 186 traz algumas reflex es sobre a leitura no Brasil afirma que Na sociedade brasileira uma das metades n o l porque n o sabe a outra porque n o quer por que ent o insistir na escola Pelo diploma pelo cumpri mento formal de um rito iniciativo ao universo da produ o Repito vamos a escola aprender a ler e sa mos de l detestando tudo que se relacione com ela estudo pesquisa reda o etc O que Yunes 2009 ressalta uma realidade nas escolas brasilei ras e sem d vida no instituto Federal de Educa o Ci ncia e Tecnologia do Amap IFAP n o diferente Encontramos alunos que tinham refe r ncia no ensino de l ngua apenas no estudo voltado para nomenclatura gramatical e que raramente produziam textos e quando isto acontecia n o havia objetivos espec ficos para tais produ es textuais Alguns relatos de alunos eram que os textos por eles produzidos no ensino fundamental tinham apenas o objetivo de concluir uma etapa proposta pelos professores e receber ao final das atividades uma nota A leitura tamb m foi um dos obst cul
376. r leitor pois quando a cr nica transportada do jornal para o livro as possibili dades de leitura tornam se mais amplas e o texto passa a explorar mais sua riqueza permitindo ao leitor novas vias interpretativas Nesse con texto o di logo autor leitor intensifica se fazendo com que eles se tor nem c mplices no ato de reinventar o mundo pelas vias da literatura Assim confirma se o que diz Candido op cit p 13 por meio dos assuntos da composi o aparentemente solta do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir ela se ajusta sensibilidade de todo o dia Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso mo do de ser mais natural Diante do exposto pode se dizer que tal g nero discursivo consi derado secund rio por utilizar caracter sticas de fala e de escrita efeti vamente trabalha com o cotidiano com a linguagem simples com a pro ximidade do leitor exatamente isso o que d cr nica essa magicida de esse encantamento 3 Oralidade e escrita na cr nica Caracter sticas mais peculiares modalidade falada da l ngua es t o sempre muito presentes na cr nica Nesse g nero encontramos com facilidade estrutura o t pica marcadores conversacionais procedimen tos de formula o e reformula o como par frase corre o e hesita o bem como o estabelecimento de pares adjacentes Essas observa es con firmam a semelhan a entre a cr nica g nero escrito
377. r e outras tecnologi as digitais como ferramenta pedag gica Destaca se portanto a impor t ncia do livro did tico estimular e possibilitar que professores abordem atividades tamb m no contexto digital Soares 2002 p 150 aponta que diferentemente da leitura e escri ta tradicional realizada por meio de papel as pr ticas realizadas pelo computador t m a tela ou janela como espa o de leitura e escrita A autora destaca que a escrita na tela possibilita a cria o de um texto fun damentalmente diferente do texto no papel o chamado hipertexto Segundo Marcuschi 2001 p 83 um hipertexto consiste numa rede de m ltiplos segmentos textuais conectados mas n o necessaria mente por liga es lineares Desta forma cada leitor faz as suas esco lhas e os seus caminhos que n o necessariamente ser o iguais aos de ou tro leitor do mesmo hipertexto Esta justamente a principal diferen a entre o hipertexto e os textos lineares encontrados em revistas e livros por exemplo O hipertexto portanto se caracteriza como um processo de escrita e leitura eletr nica indeterminado multilinearizado e multisse quencial importante destacar tamb m a import ncia que o conhecimento tecnol gico tem na forma o do jovem no ensino m dio J que a falta de capacita o tecnol gica afeta principalmente o ambiente profissional afinal o mercado de trabalho est em busca de um trabalhador com capa cidade de aprendizado
378. r escri tores habilidosos que exploram alguns recursos como aspas para determi nar ironia ceticismo ou distanciamento cr tico o uso de sinais de exclama o para veicular nfase uso de recursos gr ficos para designar tipos de conte dos Por m assim como na fala a escrita tem sua pr pria maneira de se or 62 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA ganizar desenvolver e transmitir informa es o que permite que se a tome como fen meno espec fico MARCUSCHI 1983 p 4 A essas pegadas deixadas dentro de qualquer texto conhecidas por apresentar aspecto sonoro e gr fico o essencial a percep o de que a fala juntamente com a escrita s o atividades comunicativas n o fican do restrito ao plano do c digo Pois s o de eventos comunicativos e n o produtos Essas duas dimens es t m import ncias sociais muito signifi cativas na vida humana 2 4 Intera es atrav s de textos escritos e orais Para Ferreira 2007 p 11 o conceito de texto varia conforme a perspectiva te rica que se adote para a concep o de l ngua Assim pa ra a l ngua vista como representa o de mundo e de pensamento tem se texto como produto l gico do pensamento contudo para a l ngua como c digo usada enquanto instrumento de comunica o tem se texto como produto de decodifica o a ser decodificado pelo leitor ouvinte to
379. r observada no trecho transcrito da ses s o realizada com OML OML Ah essa eu n o sei n o Que que ra nvestigadora o car o sujeito interrompe OML A mamadeira mama ra nvestigadora E o carpinteiro detesta uma m madeira OML Ele n o gosta de uma ruim madeira Investigadora Isso Ele gosta de uma madeira OML Ruim Investigadora ele detesta uma m madeira ent o ele gosta de uma madeira OML boa Investigadora Muito bem Como pode ser observado OML n o capaz de reconstruir de fa to o efeito humor stico da piada conseguindo entretanto acompanhar sua parceira dial gica e identificar as significa es dos elementos presen tes no chiste Inicialmente n o ativada qualquer suposi o em seu contexto cognitivo Em seguida ele passa a manipular seus conceitos encontran do caracter sticas enciclop dicas sobre a mamadeira utens lio o que o leva suposi o de mamadeira como um instrumento utilizado para o beb mamar Novamente a partir da intera o dial gica com a investiga dora ativada no contexto cognitivo do sujeito doen a de alzheimer a DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 263 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos suposi o acerca da possibilidade de significa o de material arb reo de proced ncia ruim concernente madeira Vale salientar que a dificulda de de ativa o de tal
380. ra tais antecipa es e hip teses poder o ser confirmadas ou rejeitadas Nesse ltimo caso as hip teses ser o reformuladas e novamente testadas em um movimento que destaca a nossa atividade de leitor respaldada em conhecimentos arquivados na mem ria e ativados no processo de intera o com o texto KOCK amp ELIAS 2012 p 13 Posteriormente leitu ra uma reflex o sobre as diversas possibilidades de leitura de um texto de acordo com a experi ncia de cada um mostrar aos alunos que no que se refere leitura e compreens o de textos pode n o haver uma resposta nica mas m ltiplas de acordo com a intera o autor texto leitor Alli ende e Condermarin dizem que Nesse processo ressalta se que a com preens o n o requer que os conhecimentos do texto e os do leitor coinci dam mas que possam interagir dinamicamente apud KOCK amp ELIAS 2012 p 37 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 211 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos N o se deve esquecer contudo de que o objetivo que nortear o modo de leitura em mais ou menos tempo com mais ou menos aten o com mais ou menos intera o ou seja h textos que lemos para nos mantermos informados jornais revistas h outros que lemos para reali zar trabalhos acad micos outros por prazer e entretenimento etc 3 Compreendendo o ato de ler Falar de leitura falar de v rias reas de atividade d
381. ra cada poca como agora vemos a import ncia de outros meios de escrita como e mails chats facebook entre outros As atividades do projeto de pesquisa as quais eram denominadas de oficinas de leitura e produ o textual foram iniciadas com 160 alu nos chegando a finalizar as atividades no ano de 2013 apenas 23 alunos No in cio dos trabalhos os alunos est o acostumados a produzirem textos longos sem sentido e que acreditam ser o ideal isso se reflete em muitos casos onde os professores de l ngua portuguesa de outras escolas n o conseguem ler todos os textos seja pela quantidade de alunos seja pela concilia o entre tantos trabalhos externo que os leva a n o ter tem po suficiente para ler Em um trabalho de oficina de leitura e produ o textual impor tante que os estudantes estejam atentos para compreender que a escrita leva tempo para ser constru da deve se alertar que as duas modalidades de ensino s o necess rias n o s para vida profissional mas para vida social Nesse processo de ensino por meio de oficinas de leitura e produ o textual necess rio salientar que o professor de l ngua portuguesa 134 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA apenas um facilitador no processo da produ o textual e na p s produ o os colaboradores dar o apenas suporte ao profissional pois desta forma a organiza o em e
382. ra entendermos qualquer que seja o texto preciso entrar em conflito com as demais partes que com p em o texto para que assim possamos dar lhe um significado que o possui de fato em outras palavras para fazermos uma boa leitura deve mos sempre levar em conta o contexto em que o indiv duo e o texto est o inseridos Atualmente os professores devem auxiliar os alunos a desvendar o mundo estimulando neles a criticidade a autonomia pois de nada adi anta o professor dizer que dois mais dois s o quatro se n o ensinar como chegar a tal resultado e as diversas formas de chegar ao resultado quatro Ele deve conduzir o aluno ao caminho mas deix lo que o aluno cami nhe com suas pr prias pernas 192 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 5 Considera es finais Ao questionar os professores sobre a exist ncia de ideologias nos textos did ticos todos responderam que o texto possui uma ideologia de quem o escreve assim a import ncia de se trabalhar com a mesma na forma o de leitores cr ticos reflexivos e cidad os ativos Percebe se que os textos s o produtos ideol gicos capazes de ali enar o indiv duo quando n o interpretado nas entrelinhas Cabe aos edu cadores n o apenas ler o texto com os alunos ele deve levar os alunos a si posicionarem diante da informa o para fazer da informa o um novo conhecimento ou seja o profe
383. ra isso apre sentaremos a seguir algumas defini es de estudiosos da rea 4 ee Literatura a express o de conte dos ficcionais por meio da es crita MOISES 2007 z Literatura um sistema composto pela tr ade obra autor leitor de dada poca hist rica CANDIDO 2006 Literatura uma quest o centralizada em aspectos textuais e de linguagem minimizando fatores extratextuais SOUZA 2005 Hoje com a nossa imers o em um mundo extremamente midi ti co precisamos rever nossas pr ticas pedag gicas N o mais vi vel poss vel e imagin vel desconsiderarmos toda a tecnologia ao nosso re dor Devemos repensar o modo como ministramos todas as disciplinas sobretudo essa Primeiramente fundamental conscientizarmos os edu candos quanto sua import ncia no nosso quotidiano Para isso apresen tamos diferentes g neros textuais cujo recurso expressivo a cita o ou a intertextualidade de textos dessa natureza Vejamos Texto 1 AAAMAH meu MARIDO VADINHO ELE EST VIVO Dom AOR E Seus Dois MaRipos Ivo Viu a Uva http ivoviuauva blogspot com 152 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA No texto acima observamos o recurso expressivo da cita o do escritor homenagrado este ano de 2012 Jorge Amado e de uma das suas grandes obras Dona Flor e Seus Dois Maridos O educador pode
384. ramos com um artigo de revista estamos tam b m lendo 2002 p 20 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 4 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Como se pode notar o ato de ler est atrelado a alguns fatores im portantes como a sele o de temas e a ativa o de conhecimentos pr vios Depois desta etapa o indiv duo filtra os prop sitos de leitura de acordo com suas necessidades experi ncias e objetivos sendo poss vel registr los por escrito No entanto para que o indiv duo tenha mais efi c cia no desenvolvimento sistem tico da linguagem e da personalidade e isso tenha efeitos significativos sobre a escrita preciso que ele leia con sideravelmente afinal de contas elaborar um texto uma tarefa cujo sucesso n o se completa simplesmente pela codifica o das ideias ou das informa es atrav s de sinais gr ficos Ou seja produzir um texto n o uma tarefa que implica apenas o ato de escrever N o come a portanto quando tomamos nas m os papel e l pis Sup e ao contr rio v rias etapas interdependentes e intercomplementares que v o desde o planejamento passando pela escrita propriamente at o momento posterior da revis o e da escrita ANTUNES 2003 p 54 Com base nisso percebe se o quanto a leitura e escrita s o ativi dades indissoci veis sendo necess rio ent o repensar a es e metodolo gias desenvolvidas em sala Desde a d cada de 1
385. rando suas opini es e assim formulando suas pr prias concep es a partir do que leram numa intera o com a realidade social do qual vivem Com base nisso fundamental a escolha dos textos privilegiados na leitura em sala principalmente aqueles que se encontram nos livros did ticos Muitos desses s o a nica alternativa do professor que n o tem acesso a livros de literatura corrente em raz o da falta de bibliote cas Com as descobertas das ci ncias da linguagem e da aprendizagem passou se a questionar tamb m os livros destinados a escola p blica e as avalia es acerca desses confirmam essa atual crise Quando se analisa o tratamento da leitura em grande parte dos li vros did ticos percebe se que ele refor a a metodologia aplicada pelo professor ao explorar textos de modo fechado sem margem para a refle x o com perguntas bvias que n o formam leitores cr ticos Assim ana lisar e avaliar bem o livro did tico pode ser uma das ferramentas para se DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 43 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos efetivar uma mudan a no quadro atual da leitura e escrita na escola brasi leira Diante dessas discuss es n o podemos esquecer de mencionar a influ ncia da tecnologia na forma o de leitores e escritores At que ponto ela contribui para distanciar os aprendizes dos livros ou do ato de ler e escrever Seria poss vel atrelar pr ticas de
386. rca da sua alian a Houve rel mpago vo zes trov es um terremoto e um grande temporal de granizo Apocalip se 11 19 Ambos assumem essa figura de messias que viria para consertar o que estava ocorrendo de errado e acabar com o caos e mais uma vez sal var a humanidade Em Apocalipse cap tulo 12 pode se exemplificar a grande batalha dos aliados do Superman contra Magog Houve ent o uma guerra nos c us Miguel e seus anjos lutaram contra o drag o e o drag o e os seus anjos revidaram Mas estes n o foram suficiente mente fortes e assim perderam o seu lugar nos c us O grande drag o foi lan DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 275 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ado fora Ele a antiga serpente chamada Diabo ou Satan s que engana o mundo todo Ele e os seus anjos foram lan ados terra Apocalipse 12 7 a 9 Esta peleja abordada acima pode ser a batalha final nos quadri nhos Magog seria o Diabo a quem o Superman enfrentaria a lan aria fo ra salvando a humanidade Como vimos nos par grafos anteriores a messianidade do super homem pode ser comprovada nos quadrinhos como nos filmes Aqui fa zemos essa rela o com o filme de 2013 O Homem de A o dirigido por Zack Snyder Estas semelhan as s o ainda mais evidentes pois Clark es t errante em busca de descobrir qual a sua miss o na terra uma esp cie de busca por conhecimento No filme h v rios
387. rculo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos rando uma nova fase hist rica na qual chamamos de Modernidade O fim do feudalismo os movimentos religiosos os movimentos sociais as transforma es de car ter intelectual ou de observa o dos fatos que agora incluem o ceticismo faz com que a Europa enfrente uma crise genu na dessas transforma es No meio dessa crise da Idade Moderna s culo XV e XVI surge um forte desenvolvimento cultural batizado de Renascimento cujas ra zes se encontram nas novas condi es sociais e econ micas da Europa nesse per odo O desenvolvimento da burguesia e do com rcio nas cidades foi um importante elemento propulsor da pro du o intelectual O Renascimento prop e a valoriza o da capacidade humana de conhecer e transformar a realidade e centra na capacidade humana o m todo cient fico para chegar ao conhecimento e chegar a no vas descobertas Tamb m com o Renascimento que o homem se colo ca como centro do mundo com o controle da natureza em geral para o seu pr prio benef cio 4 Paradigmas da P s modernidade A p s modernidade e sua express o ainda repleta de contradi es em seu significado Muitos t m grandes resist ncias ao prefixo Ve jam alguns pensadores da cultura apresentando seus conceitos a respeito dessa era P Libanio Modernidade avan ada Giddens Radicaliza o da modernidade Jamesson Capitalismo tardio Edgar Morin Ultra mo
388. ria Devemos ir contraleitura do texto ou seja devemos ter o nosso pr prio posicionamento em rela o dos assuntos tratados dentro e fora da escola Assim Demo 2007 afirma que O desafio da leitura det m como n dulo central a habilidade da contralei tura porque com ela que podemos com base na habilidade de brandir a au toridade do argumento n o s ir al m do argumento mas principalmente cul tivar o saber pensar para melhor intervir Ler significa tanto compreender sig nificados quanto atribuir significados alternativos ao mundo emergindo o lei tor autor DEMO 2007 p 23 Percebemos com a coloca o de Demo 2007 que a leitura o ponto central para a aquisi o da criticidade e liberta o ideol gica mas para que tal coisa aconte a de extrema relev ncia que o professor con duza seu aluno a um entendimento das entrelinhas do texto pois nas entrelinhas que as ideologias dominadoras alienadoras ficam escondidas pronta para se instalarem no pensar do leitor Da h grande relev ncia de cultivar o esp rito investigador de nossos alunos para que eles possam futuramente disseminar a criticidade nos que ir o passar por eles seja no DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 183 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos trabalho na rua e at mesmo na escola e nos grupos informais assim atribuindo significado aos conhecimentos cient ficos e vida em
389. rian a Clark precisa aprender a controlar seus poderes e conforme vai crescendo ele encontra uma ma neira de control los Podemos perceber isso no filme O Homem de A o SNYDER 2013 logo no in cio aos 22 minutos e 55 segundos no col gio durante uma aula Clark sente alguns de seus poderes se manifestando que s o a superaudi o e a supervis o Esses poderes come am a se manifestar si multaneamente levando o jovem ao desespero onde o mesmo se tranca em um arm rio at que sua m e chega para resgat lo Outros poderes 23 Dispon vel em https hgrock wordpress com page 41 Acesso em 23 07 2014 24 Era de Ouro In cio das primeiras publica es e quadrinhos inicialmente chamadas de revistas pulp na d cada de 1930 e 1940 apresentando contos de aventura mist rio terror Dispon vel em lt http quadrinheiros wordpress com 2013 04 12 a historia das historias em quadrinhos a era de ouro gt DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 273 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos como a vis o de calor e a capacidade de voar aparecem durante a ado lesc ncia e a fase adulta fundamental que Clark oculte seus poderes pois ele geraria uma esp cie de tumulto caso fosse descoberto e com a ajuda de seu pai Jonathan ele aprende a controlar seus poderes e escon d los passando inc gnito durante sua fase de crescimento Campe o da verdade e defensor da justi a uma es
390. roduzidas e como elas ainda s o evidenciadas em nossas vidas RERER NCIAS BIBLIOGR FICAS RIBEIRO Vera Masag o Letramento no Brasil reflex es a partir do INAF 2011 In SOARES Magda Org Letramento e escolariza o S o Paulo Global 2013 RIBEIRO Vera Masag o Letramento no Brasil reflex es a partir do INAF 2011 In KLEIMAN B Angela Org Modelos de letramento e as pr ticas de alfabetiza o na escola S o Paulo Global 2003 SOARES Doris de Almeida Produ o textual e revis o Petr polis Vozes 2009 YUNES Eliana Tecendo um leitor uma rede de fios cruzados Curitiba Aymar 2009 138 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA PR TICAS DE LEITURA E ESCRITA NA INTERNET UMA ANALISE DAS ATIVIDADES DO LIVRO DID TICO DO ENSINO MEDIO Elaine Vasquez Ferreira de Araujo UNIGRANRIO elainevasquez Vig com br RESUMO Este artigo discute a frequ ncia das atividades envolvendo a leitura e a escrita na Internet presentes nos livros did ticos de l ngua portuguesa do ensino m dio Este trabalho de pesquisa enfoca al m das variadas e m ltiplas formas de intera o com os textos como as atividades presentes no material did tico possibilitam que os estu dantes utilizem a rede mundial Palavras chave Leitura Escrita Internet Livro did tico 1 Introdu o ineg vel a import ncia da forma o de cidad
391. rtuais a partir de produ es e ou adapta es de f bulas Num primeiro instante a professora entregou os laptops e incen tivou os alunos a visitaram o referido blog para ler as f bulas dispon veis sem muita cobran a apenas leitura pelo puro prazer de ler O blog que cont m textos de Monteiro Lobato e do Esopo agradou bastante porque muito colorido e ilustrado algo que despertou a aten o dos alunos As rodas de leituras de f bulas promovidas pela professora os incentivaram a ler mais e ainda preparou os para observarem as f bulas al m da narrati va Na aula seguinte a professora discutiu algumas das f bulas lidas anteriormente bem como julgou as a es daqueles personagens contex tualizando as com situa es cotidianas e acionando o racioc nio cr tico 50 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA dos leitores Al m disso um passeio pela biografia dos autores das f bu las contribuiu para criar referenciais de leitura nessa faixa et ria A outra etapa foi marcada pela produ o escrita em ambiente vir tual os alunos montavam um cen rio da sua escolha no pr prio blog com personagens selecionados e abaixo dessa arte produziam f bulas originais ou daquelas que eles j leram com a moral e os conflitos dife rentes Ap s a produ o de todas as f bulas os textos foram salvos e or ganizados em uma colet nea impressa e em
392. s Assim comum se dizer que se trata de um g nero h brido que os cila entre a literatura e o jornalismo resultado da vis o pessoal subjetiva do cronista ante um fato qualquer Existente desde a Idade M dia esse g nero passou por in meras modifica es deixando primeiramente de ser registro da Hist ria de pois de ser essencialmente jornal stico e folhetinesco para atualmente figurar tamb m em livros e colet neas Mesmo assim n o se desvinculou do sentido etimol gico da palavra grega da qual deriva khronos que significa tempo Assim Bender e Laurito 1993 e tamb m Martins 1980 afirmam que tal g nero encarrega se da descri o de aconteci mentos em ordem cronol gica ou conforme a ordem dos tempos A principal mudan a no g nero vem do fato de que em seu senti do prim rio a cr nica significava registro do passado e dos fatos na or dem em que se sucederam idem p 3 e atualmente seu enfoque vol tado para os fatos do dia a dia Assim tanto como registro do passado ou flagrante do presente esse g nero trata de um resgate do tempo Para realizar esse resgate de forma que n o canse o leitor na cr nica procura se esconder a complexidade pressentida sob uma l mpida naturalidade por meio do disfarce numa suposta conversa sem rumo Ar rigucci 1999 p 6 explica que isso feito com DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 199 Circulo Fluminense de Estudos Fi
393. s Os Par metros Curriculares Nacionais PCN j contemplam e destacam o g nero hist rias em quadrinhos como importante ferramenta ao sugerir o trabalho com diversas m dias em sala de aula De acordo com os PCN as hist rias em quadrinhos dever o estar inseridas nos con te dos de temas transversais que tratam de quest es sociais sa de orien ta o sexual cultura meio ambiente e tica Organizadas em diversas linguagens as hist rias em quadrinhos viabilizam diferentes contextos e produzem informa es vinculadas aos temas sociais BRASIL 1997 Entre os motivos para os docentes utilizarem os quadrinhos desta ca se a atra o dos estudantes por esse tipo de suporte que trabalha ima gem palavras s mbolos e signos Esse g nero se torna envolvente justa mente por apresentar o enredo de uma maneira l dica o que proporciona prazer na leitura e acaba criando uma ponte entre o mundo real e o ficci onal Vergueiro 2010 p 21 apresenta a sua posi o quanto utiliza o dos quadrinhos na escola 114 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA H v rias d cadas as hist rias em quadrinhos fazem parte do cotidiano das crian as e jovens sua leitura muito popular entre eles A inclus o das hist rias em quadrinhos na sala de aula n o objeto de qualquer tipo de rejei o por parte dos estudantes que em geral as recebem de for
394. s mas isso n o significa dizer que as sume o lugar de Deus mas como criatura de Deus ocupa o seu devido lugar e espa o A P s modernidade chega como um sintoma de todas es tas transforma es sociais econ micas pol ticas e culturais A quem di ga que nunca houve a modernidade pois desde o surgimento do homem o mesmo esteve em constante evolu o no tempo e no espa o e que se gundo alguns pensadores da cultura o que existe de fato a falsa sensa o de mudan as na humanidade A periodiza o da hist ria ser anali sada de uma forma muito sintetizada pois este trabalho apenas apresenta uma reflex o acerca dos paradigmas da f e da raz o ao longo da hist ria e suas transforma es 2 A rela o l gica entre f e raz o Segundo Agostinho todo ser humano tem a capacidade de se re generar e recome ar tudo outra vez para isto acontecer preciso crer 17 Polite smo significa a cren a em v rios deuses 18 Monoteismo significa a cren a em um nico Deus DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 231 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos para compreender e compreender para crer Todo aquele que crer expres sa a sua totalidade e a esperan a em Deus Feito e refeito esse caminho surge a gra a que s poss vel porque Deus bom Agostinho vivenciou as grandes contradi es humanas de seu tempo superando se foi reco nhecido como o ltimo dos fil sofos
395. s os professores real mente acreditam que o texto did tico ideol gico e transmitem uma ideologia que pode estar impl cita ou explicitamente presentes nos tex tos Percebe se que os autores usam os textos como um instrumento para proliferar seu pensar suas concep es portanto quando n o estudado profundamente leva ao condicionamento a aliena o e podam a imagi na o dos seres humanos mas por outro lado a ideologia nos textos d um toque especial na educa o pois os fazem a refletir a pensar quando percebida e discutida portanto as ideias contidas nos textos servem como uma forma de discuss o e evolu o intelectual Para nos aprofundarmos ainda mais na pesquisa a terceira ques t o contou com uma cita o de Marcondes Filho 1997 p 98 como aporte reflexivo Est quest o indagava aos professores se eles concor dam que o texto um retrato de quem o escreve a pergunta solicitava ainda que o pesquisado justificasse sua resposta As respostas dadas a es ta quest o foram em sua maioria sim com exce o de um professor W de ensino religioso matem tica que diz que n o se pode afirmar catego ricamente isto visto que n o temos sempre conhecimento da viv ncia vida do autor Professor de Ensino Religioso Matem tica 2013 Entre todas as respostas sim podemos destacar a da professora de Pol ticas Educacionais pois resumem todas as outras Ela afirma que concorda pois atrav s
396. s comuns em nossa rotina di ria poderia levar o educando a entender que sa be portugu s que aprende portugu s que nossa l ngua n o a mais dif cil do mundo e que ele n o fala errado mas que precisa fazer um uso adequado dela Mostrar ao aluno que o estudo que a escola apresenta da l ngua portuguesa uma das muitas variantes que a nossa l ngua tem que essas outras formas de uso da l ngua est o fundamentadas na diversidade social brasileira uma vez que s o muitos os grupos que comp em a nossa sociedade e que em geral cada um tem suas peculiaridades e essas fazem com que usem a l ngua de uma forma particular O texto dos PCN para o ensino fundamental 1998 traz a seguinte reflex o sobre a linguagem Tomando se a linguagem como atividade discursiva o texto como unida de de ensino e a no o de gram tica como relativa ao conhecimento que o fa lante tem de sua linguagem as atividades curriculares em l ngua portuguesa correspondem principalmente a atividades discursivas uma pr tica constante de escuta de textos orais e leitura de textos escritos e de produ o de textos orais e escritos que devem permitir por meio da an lise e reflex o sobre os m ltiplos aspectos envolvidos a expans o e constru o de instrumentos que permitam ao aluno progressivamente ampliar sua compet ncia discursiva Deve se ter em mente que tal amplia o n o pode ficar reduzida apenas ao trabalho sistem tico com a mat ria
397. s conhe cimentos b sicos de compreens o textual e que necessariamente ter a mos um desafio no projeto desenvolver compet ncias para que eles pu dessem atingir um n vel elementar de leitura e produ o de textos Para Kleiman 2003 p 20 a escola a principal via para apren dizado e acesso s maneiras de ler e de dissemina o dos objetos que me recem ser consumidos pelos leitores E foi nesta perspectiva que o grupo de pesquisa iniciou e finalizou na primeira etapa de implanta o das oficinas entre os anos de 2011 2013 buscando criar nos discentes n o s o h bito de leitura mas estabe lecer v nculos sociais com uma leitura que mesmo n o sendo do cotidia no como o caso da literatura cl ssica brasileira poderia ajud los a ini ciar uma compreens o mais profunda dos fatos narrados nas obras lidas durante os per odos em que foram realizadas as atividades 3 Palavras finais Em vista dos argumentos apresentados e dos resultados obtidos entre os anos 2011 a 2013 nas oficinas de produ o textual e leitura com pequenos resultados apresentados primeiro pelo grande n mero de eva s o escolar entre os anos aqui apontados segundo pelas dificuldades de DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 137 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos implanta o das oficinas no contra turno onde em muitas ocasi es foram realizadas nos hor rios das aulas de l ngua portuguesa
398. s danos s o irrepar veis e a sociedade em meio a este conflito que termina buscando alternativas para lidar com tantas transforma es em seu seio Nesta perspectiva percebe se que as estruturas sociais sofrem deslocamentos e se se subdividem o tempo in teiro gerando um mal estar social A quem diga que Max Weber projetou a modernidade como o desencantamento do mundo quando ele analisou a sociedade ocidental e as complexidades do seu tempo Isto implica uma virada epistemol gica na qual segundo ele a supremacia est no saber dos homens Neste con texto emerge se a cultura antropoc ntrica e secular que deposita na raz o humana uma excessiva confian a Esta raz o revestida da capacidade emancipat ria do homem torna o pr prio homem um perigo pra si mes mo A escola de Frankfurt questiona o projeto moderno por n o acredi tar no xito emancipat rio do homem tecendo uma dura cr tica a raz o iluminista Na qual segundo eles contempor neos defendiam a tese que o progresso apregoado pelas ci ncias e t cnicas n o conseguiam gerar um homem emancipado em sua plenitude racional Ou seja este progres so apenas tornaria o mundo mais inseguro inst vel e vazio Na atualidade a constru o do conhecimento n o s ocorre pelas vias das faces da raz o mas tamb m pelas faces das emo es dos senti mentos das intui es e das dedu es Em suma as estruturas do funcio namento da sociedade precisam ser direcionadas a
399. s diagnosticados com doen a de alzheimer as quais s o conduzidas por um m dico geri trico cuja especializa o a reabilita o na doen a de alzheimer 260 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 3 2 Coleta de dados Os textos humor sticos utilizados na pesquisa em pauta fazem par te do protocolo de estudo de piadas desenvolvido e utilizado por Donzeli 2008 em sua disserta o de mestrado que abordou a interpreta o de piadas por sujeitos af sicos O protocolo composto por sete piadas bem como por uma grade de interpreta o O protocolo foi apresentado aos participantes durante sess o indi vidual que foi gravada para posterior transcri o Ap s a apresenta o de cada piada pelo pesquisador foi solicitado ao participante que a comen tasse e explicasse os efeitos de humor ou outros sentidos nela veiculados Tendo em vista a natureza deste estudo necess rio ressaltar a impor t ncia do papel do performer uma vez que para que os sujeitos da pes quisa entendam as piadas ou percebam suas propriedades fundamental o ato performativo do contador Segundo Donzeli 2008 o contador de piadas deve saber usar por exemplo a entona o correta a pausa ou o sotaque para que a piada seja compreendida pelo ouvinte p 38 Uma vez gravados tais epis dios dial gicos foram transcritos e quando ne cess rios editados para
400. s em um trabalho futuro 148 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AMARAL E PATROC NIO M F LEITE R S BARBOSA S A M Novas palavras S o Paulo FTD 2003 CAMPOS E CARDOSO P M ANDRADE S L Viva portugu s S o Paulo tica 2008 CAMPOS M I B ASSUMP O N Tantas linguagens l ngua por tuguesa literatura produ o de textos e gram tica e uso vol 1 S o Pau lo Scipione 2007 3 vol CANCLINI N G Diversidade e direitos na interculturalidade global Revista Observat rio Ita Cultural n 8 abriljulho S o Paulo Ita Cultural 2009 CARMAGNANI A M G A Concep o de Professor e de Aluno no Li vro Did tico e o Ensino de Reda o em LM e LE In CORACINL M J R F Org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico l n gua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1999 CEREJA W R MAGALH ES T A C Gram tica reflexiva texto sem ntica e intera o S o Paulo Atual 2005 Portugu s linguagens S o Paulo Saraiva 2005 CORACINI M J R F Interpreta o autoria e legitima o do livro di d tico l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1999 FARACO C E Portugu s L ngua e cultura S o Paulo Base Editorial 2003 MOURA F M Portugu s S o Paulo tica 2002 MARUXO J NIOR
401. s espa os mentais FAUCONNIER 1994 a teoria da integra o con ceitual busca explicar o que acontece na mente humana durante o proces samento cognitivo Seus autores sugerem que o funcionamento do c re bro ininterrupto ocorrendo atrav s de ativa es cerebrais bastante in tensas as quais levam a constru es mentais complexas que surgem medida que o ser humano pensa fala age etc De acordo com a teoria esse mecanismo seria uma capacidade humana peculiar que possibilita a constru o de conjuntos de mem rias pass veis de serem ativadas sempre que necess rio A teoria da integra o conceptual afirma que o ser humano foi ca paz de desenvolver frente aos demais animais demasiada capacidade de inovar atrav s da imagina o da proposi o de identidade entre concei tos e de sua integra o e ent o criar redes modelos de pensamento e de a o A cria o dessas redes refere se a um conjunto de proje es de rela es vitais como por exemplo tempo espa o causa e efeito analo gia identidade e mudan a A fim de desenvolver tais redes o indiv duo conecta espa os mentais e os relaciona a conhecimentos relativamente est veis conhecimentos pr vios armazenados na mem ria de longo prazo Espa os mentais por sua vez consistem em ativa es cerebrais que demandam a inter rela o neuronial processada em espa o tempo ef meros respons veis pela estrutura o de informa es relevantes em
402. s modalidades forma o geral e curso de forma o de professores e ensino fundamental O ensino m dio na modalidade normal atende cerca de noventa e cinco alunos divididos em quatro turmas de aproximadamente vinte e tr s alu nos Esta a nica institui o educacional do munic pio de Itaocara RJ que oferece o ensino m dio na modalidade normal A institui o possui um amplo ambiente f sico contando com quadra poliesportiva refeit rio audit rio sala de v deo de inform tica salas de aula amplas banheiros em todos os andares biblioteca uma secretaria muito bem estruturada e DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 185 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos climatizada A escola muito organizada e administrada possui uma in fraestrutura de qualidade para atender toda sua clientela A pesquisa qualitativa e a quantitativa n o se contradizem mas sim se completam dando uma riqueza ao trabalho acad mico cient fico relacionando se de acordo com a realidade da pesquisa Minayo 1994 p 22 afirma que o conjunto de dados quantitativos e qualitativos por m n o se op em Ao contr rio se complementam pois a realidade abrangi da por eles interage dinamicamente excluindo qualquer dicotomia Neste sentido utilizamos como instrumento de coleta de dados o question rio direcionado a nove professores do curso normal do ensino m dio Com a metodologia descrit
403. s pesquisadores A escola pesquisada atende ao p blico de educa o infantil e anos iniciais do ensino fundamental no regime de tempo integral Est locali zada na zona urbana na Rua Estrela do Oriente n 425 Parque Sonhos Dourados Quanto abordagem uma pesquisa qualitativa e valeu se de ro teiros de atividades sequenciadas como instrumentos de coleta de dados As atividades foram aplicadas durante dezoito aulas em uma turma de 3 ano e quinze aulas em uma turma do 4 ano O objetivo da aplica o dessas sequ ncias de atividades nas refe ridas turmas era o de averiguar como as m dias digitais contribuem para o ensino da leitura e da escrita no contexto das atuais inova es tecnol gicas Para tanto foram realizadas observa es e anota es que fomen taram a an lise e avalia o desse estudo 5 Leitura e escrita pr ticas pedag gicas com o uso do laptop educa cional do PROUCA Em pocas de mudan as estruturais na sociedade contempor nea envolvendo as tecnologias digitais da informa o e comunica o ensinar os educandos a utilizar essas ferramentas com seguran a e autonomia lev los a se apropriarem de habilidades que lhe permitir o desenvolver diferentes tipos de letramento 46 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Nesse sentido Almeida e Valente 2011 p 71 analisando os es tudos de Weston e Bain
404. s seus objetivos de leitura dos seus conheci mentos pr vios e daquilo que o processo de leitura em si lhe oferece com rela o aos primeiros Assim destacam se o estabelecimento de objetivos e a formula o de hip teses Diz se ent o que a atividade da leitura dirigida pelos seus obje tivos Ou seja ler uma receita de bolo requer objetivos diferentes da lei 9 Ver em Sol ibidem os seguintes objetivos Ler para obter uma informa o precisa Ler para se guir instru es Ler para obter uma informa o de car ter geral Ler para responder Ler para revisar um escrito pr prio Ler por prazer Ler para comunicar um texto a um audit rio Ler para praticar a leitura em voz alta Ler para verificar o que se compreendeu DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 75 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos tura de uma not cia de jornal ou de um an ncio de im veis portanto a in forma o que ser relevante logo as estrat gias empregadas na leitura atender o s necessidades finais do leitor Por isso o g nero textual se torna nesse aspecto de suma import ncia e determina at certo ponto os objetivos da leitura KLEIMAN ibidem p 33 Quanto formula o de hip teses de leitura s o o que o leitor pode pensar sobre o tema que o texto abordar e as conclus es que pode antecipar com base na estrutura do texto Van Dijk 2004 p 161 afirma que os usu
405. s sobre a cr nica podemos observar que antes de se tornar p blico esse g nero passa por uma revi s o e uma corre o textual momentos em que se eliminam improprieda des consequentes da rapidez do fluxo do pensamento restando lhe ape nas aquilo que o cronista criou intencionalmente em busca de dar a seu texto as aparentes simplicidade e superficialidade peculiares do g nero Um trabalho em sala de aula que ressalte essas caracter sticas da cr nica poder apontar para a import ncia do dom nio das caracter sticas do texto falado e as do texto escrito assim como a possibilidade de inte gra o delas na produ o textual Com esse dom nio o aluno poder conscientemente ativar conhecimentos pr vios que facilitar o tanto a ta refa de interpreta o textual quanto a de elabora o REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARRIGUCCI D Jr Braga de novo por aqui In Os melhores Con tos de Rubem Braga 10 ed S o Paulo Global 1999 BAKHTIN M Os g neros do discurso In __ Est tica da cria o ver bal 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1997 CANDIDO A A vida ao r s do ch o In CANDIDO A Org A cr nica o g nero sua fixa o e suas transforma es no Brasil Campinas Unicamp 1992 CEREJA W R MAGALH ES T C Texto e intera o uma proposta de produ o textual a partir de g neros discursivos S o Paulo Atual 2000 MARCUSCHI Luiz Antonio G neros textuais defini o e funcional
406. s valores de res peito e cidadania O autor tamb m promove a inclus o racial ao lan ar revistas em quadrinhos que homenageiam personagens negros do futebol transformando os em her is animados Ao mencionar a colabora o art stica de Maur cio de Souza n o podemos esquecer seu primeiro personagem negro criado em 1960 o Je remias que sempre usava boina para esconder sua careca Seu tatarav o pr ncipe Jeremim foi trazido para o Brasil na poca da escravid o e aju dou in meros escravos a fugir Nas primeiras publica es o personagem era de cor preta a ponto de ser todo pintado de nanquim mais precisa mente nos anos 70 Com o tempo foi sendo suavizado seus l bios diminu ram um pouco e sua pele ganhou um tom castanho veja a gravu ra Em 1976 Maur cio de Sousa lan ou em homenagem ao rei do fu tebol o personagem Pelezinho Ronaldinho Ga cho entrou no gibi em 2006 no papel de um garoto de 7 anos que adora jogar bola com sotaque sulista torce para o Gr mio e gosta de churrasco J o craque da sele o brasileira Neymar Jr nasceu nos quadrinhos em abril do ano passado por meio de um personagem que tem 10 anos idade com que o jogador co me ou no esporte DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 121 Circulo Huminense de Estudos Filol gicos e Lingu sticos Outra cria o relevante do autor em 1970 foi o personagem Pa pa Capim um menino ndio integrado sua tribo e n
407. sa classifica o tem por base duas perspectivas distintas sob as quais se olha o mundo CHARAUDEAU 2009 p 43 46 Os saberes de conhecimento s o gerados quando o sujeito tem o mundo em foco Ele o descreve em categorias de conhecimento ao bus car torn lo intelig vel por mecanismos de compara o diferencia o constru o de hierarquias taxonomias etc Tais conhecimentos s o cons tru dos n o s atrav s de aplica es pr ticas de observa es emp ricas que levam percep o de recorr ncias que possibilitam explica es as sim como atrav s de explica es cient ficas e t cnicas sobre o mundo Os saberes de cren as nascem da a o de olhar o mundo tendo como par metros sistemas de valores Desse modo esses saberes s o o resultado de uma avalia o ou aprecia o do sujeito sobre a legitimidade dos fatos e n o de sua inteligibilidade Tal classifica o da semiolingu stica articula se com os n veis de conhecimento descritos por Kleiman 2009 na lingu stica textual o conhecimento lingu stico o conhecimento textual e o conhecimento de mundo KLEIMAN 2009 p 13 O primeiro conhecimento lingu stico engloba o processamento pelo leitor das rela es entre as palavras unidades discretas e distintas e fatias maiores constituintes da frase sintagmas nominais cujo co nhecimento contribui para a constru o do significado O segundo n vel conhecimento textual compreen
408. scrita dada a conhecer em outro instante da vida Para Terra 1997 p 20 Mesmo que cada falante seja propriet rio de sua fala o uso da l ngua atrav s da fala sofre restri es intr nsecas e extr nsecas A restri o intr nseca a derivada da es trutura da l ngua que limita as v rias possibilidades de uso atrav s de re gras J a restri o extr nseca s o as restri es impostas pelos grupos de falantes ou por pessoas que ditam regras para seu uso A Assim acreditamos que notadamente percept vel a oralidade como uma pr tica social interativa comum apresentada em v rias formas e obviamente sua fundamenta o se realiza diretamente na sonoridade O acontecimento dentro do uso da linguagem oral ocorre desde a realiza o mais informal at o uso mais formal da fala e acontece em uma varia o de contexto de uso O texto oral atividade b sica da l ngua em uso Ele produto imediato do processo comunicativo lingu stico e s recentemente come aram a ser definidos alguns conceitos mais espec ficos sobre essa moda lidade de l ngua H uma tentativa de consenso entre linguistas procu rando definir alguns aspectos liga oralidade Os pesquisadores est o buscando esse consenso a partir de conceitos de coes o e coer ncia ad mitindo se uma diferen a entre coes o coer ncia na escrita e coes o coe r ncia na linguagem oral BEZERRA apud MARCUSCHI 2009 p 86 87 6 Fala um conjunto d
409. se como as caracter sticas dessas modalidades da l ngua s o recorrentes na cr nica e como isso colabora para a constru o do sentido desse g ne ro Por meio dessa an lise demonstra se que a exist ncia do hibridismo fala escrita uma caracter stica que particulariza o g nero discursivo liter rio cr nica Palavras chave Leitura Cr nica Oralidade Escrita G nero discursivo 1 Cr nica um g nero discursivo secund rio Sem abordar a problem tica dos g neros discursivos n o seria poss vel falar no g nero cr nica Portanto lan a se m o de an lises sobre 196 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA o assunto realizadas por Bakhtin 1997 Marcuschi 2001 e 2002 e Rojo 2001 A princ pio nota se uma diferen a terminol gica pois ao se refe rir aos g neros Bakhtin fala nos discursivos e Marcuschi nos textuais Apesar da t nue diferen a existente entre texto e discurso sendo aquele materializa o deste a abordagem dos referidos autores direciona se para o mesmo enfoque Marcuschi 2002 de certa forma justifica a nomen clatura ao afirmar ser imposs vel estudar um sem o outro Para tal justifi cativa diz que os textos s o acontecimentos discursivos para os quais convergem a es lingu sticas sociais e cognitivas BEAUGRANDE 1997 apud MARCUSCHI 2002 A converg ncia das abordagens de Bakhtin e Marcusc
410. seja importante trabalhar sempre em busca do que nos fa a pensar N o adianta dar o peixe temos que ensinar a pescar Paulo Freire j dizia que n o basta escrever EVA VIU A UVA importante saber quem EVA quem plantou a UVA quem ganhou com a venda dela e por ai vai Profa Fernanda Waleska 2013 professora de pol ticas educacionais A professora de l ngua portuguesa acrescenta Na sociedade moderna n o h mais espa o para um trabalho apenas dire cionado O alunado aberto ao di logo participa o intera o Negar dis cuss o sobre o que est sendo imposto mesmo nos conte dos n o h aceita o e o trabalho do professor entra no descr dito vis vel que a leitura um ins trumento de criticidade de autonomia logo explorar a ideologia imposta nos textos fundamental e necess rio o que promove a forma o de um leitor cr tico levando o ao desenvolvimento cognitivo intelectual e afetivo Profa S nia Cunha 2013 professora de l ngua portuguesa DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 191 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Podemos perceber com as cita es feitas pelas professoras acima apesar da forma o diferenciada ambas concordam que importante tra balhar a ideologia textual para formar pessoas capazes de constru rem seus pensamentos aut nomos em rela o s ideologias textuais Focam em um trabalho vol
411. senvolvido dentro do Campus de Laranjal do Jari disponibilizou no ano de 2012 cerca de 30 vagas para cursos de aperfei oamento e capacita o para mulheres de baixa renda de todo Vale do Jari dentre as quais 10 mulheres foram provenientes da cooperativa Elas ao final do curso apresentaram bom desempenho Sendo assim em rela o s compet n cias apontadas pela proposta curricular para educa o de jovens e adultos encontramos pessoas que j as desenvolveram mas um percentual pe queno dentro do universo amostral pesquisado Entretanto todo o grupo pesquisado demonstrou preocupa o com a forma o escolar principalmente as que n o conclu ram nenhum das modalidades de ensino e disseram que pretendem continuar estudando contudo a maioria considerando as que j conclu ram o ensino funda mental e o ensino m dio dizem n o ter mais vontade de estudar e que continuar trabalhando o suficiente Conforme Moraes 2010 as coisas n o mudam na escola princi palmente pelas dificuldades enfrentadas por todas aquelas que nela exer cem suas atividades profissionais ou n o ao tentarem se adaptar a uma nova cultura de trabalho que por sua vez requer uma profunda revis o na maneira de ensinar e aprender s vezes a pessoa n o se adapta aos modos de lidar com os estudos e isso pode leva las a deixar a escola No caso das quebradeiras de castanha da COMAJA n o apresentam muitas caracter sticas pertinentes a pessoas escolarizad
412. ser vista sob o aspecto social n o se es DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 29 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos quecendo de que a ela tamb m pe a fundamental para que um aluno desenvolva de maneira mais eficiente a escrita Ler e escrever s o atividades que se completam Os bons leitores t m grandes chances de escrever bem j que a leitura fornece mat ria prima para a escrita Quem l mais tem um vocabul rio mais rico e com preende melhor a estrutura gramatical e as normas ortogr ficas da l ngua A leitura deve ser entendida como atividade de vital import ncia em uma aula de l ngua portuguesa e de qualquer outra rea Saber ler t o importante que tal ato ajuda muito o aluno a entender outras reas com as quais convive na escola Para Freire 2011 a escola desconhece que o ato de ler precede a leitura da palavra A escola n o se lembra de que o aluno j sabe fazer diversas leituras quando chega l Ela se esquece de que o aluno chega com muitos conhecimentos mas ele n o sabe utiliz los Partindo destes princ pios neste texto propomos uma discuss o sobre a leitura na aula de portugu s e como esta pr tica pode ser avaliada pelo professor A relev ncia desta quest o est no fato de que a avalia o feita pelo professor um importante instrumento de media o do proces so de ensino e aprendizagem de leitura e o modo como executada pode influenc
413. significativas de aprendizagem contextualizadas com o curr culo formal Nesse aspecto compartilhamos da concep o de curr culo defen dida por Almeida e Valente 2011 O curr culo integra os conte dos da cultura selecionados previamente se gundo determinadas inten es para o uso em situa es de ensino e aprendiza gem com concep es valores cren as experi ncias recursos tecnologias estrat gias mobilizadas na situa o pedag gica p 14 44 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Com base nessa defini o fica claro que o curr culo necessita das contribui es oferecidas pelas tecnologias digitais da informa o e co munica o dado a sua inser o na sociedade nas ltimas d cadas e sua cont nua evolu o A institui o de ensino que omite essa integra o cria uma barreira prejudicial ao desenvolvimento intelectual dos alunos e dis tancia a escola de jovens e crian as que aprendem em casa atrav s das m dias digitais Percebe se que essa concep o j compartilhada por grande par te dos profissionais da educa o que tentam romper com seus receios e at buscam familiarizar se com as tecnologias digitais da informa o e comunica o O desafio maior romper com as diretrizes curriculares engessadas presentes nas escolas agregando esses saberes escolares s in meras possibilidades que a tecnologia oferece
414. so de ensino e aprendizagem Assim mesmo que as atividades n o suscitem por si um trabalho com a leitura que fa a com que os alunos se portem como seres aut nomos diante do texto lido o professor pode transform las em uma eficiente ferramenta para as aulas de leitura melhor que haja em sala de aula atividades de leitura pouco efi cientes por m um professor bem preparado que possa utiliz las de for ma eficaz favorecendo os letramentos de aluno do que atividades de lei tura bem elaboradas em uma aula de portugu s cujo professor n o saiba aproveit las Partindo desse pressuposto apresentamos a seguir ativi dades que promovem diversos tipos de trabalho com a leitura que v o desde a simples decodifica o at aprecia o e r plica por parte do lei tor Antes de dar in cios s nossas considera es necess rio deixar claro que n o temos como inten o apresentar receitas de como ativida des de leitura devem ser utilizadas em sala de aula Por m acreditamos que a discuss o proposta neste texto possa contribuir para elucidar o tra balho dos professores com a avalia o da aprendizagem de leitura uma vez que grande parte dos estudos que abordam este tema se restringe a 34 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA atacar o trabalho do professor apontando v rios problemas em sua pr ti ca sem sugest o de como este traba
415. soas cr tico reflexivas ou seja indiv duos capazes de discernir a ideia de um autor e de outro construindo seu pr prio pensar a respeito dos as suntos discutidos e que possam tamb m absorver as propostas dos auto res desde que venha a somar favoravelmente em sua forma o No entanto a sexta quest o foi aberta para que os professores pudessem se expressar abertamente mostrando seu ponto de vista a res peito do assunto discutido Esta pergunta questionou aos professores se para eles importante trabalhar a ideologia textual para forma o do lei tor cr tico Foi solicitado tamb m que justificassem suas respostas As respostas dadas a esta quest o revelaram a extrema import n cia de se trabalhar com a ideologia textual para facilitar a forma o do leitor cr tico pois trabalhando os textos ou seja as entrelinhas dos tex tos as ideologias o professor estar favorecendo a criticidade do aluno e sua autonomia de pensamentos Os professores em sua totalidade res ponderam sim e todos justificaram suas respostas Cada justificativa com seu valor singular pois todas contribu ram positivamente para a pesquisa e ajudaram a comprovar que importante trabalhar a ideologia textual para formar leitores cr ticos e aut nomos A professora de pol ticas educacionais assim como todos outros responderam maravilhosamente respondendo com leveza sutileza e ve racidade Sua resposta foi a seguinte Acredito que
416. socie dade 4 A Pesquisa de campo uma busca realidade ideol gica Dentro deste contexto da ideologia nos textos did ticos e da for ma o do leitor cr tico que trazemos a discuss o central deste trabalho cient fico consideramos ent o a relevante import ncia da pesquisa de campo para aprofundarmos nosso trabalho no intuito de irmos ao en contro de informa es do cotidiano Assim fez se necess rio a realiza o de uma pesquisa de campo de cunho quantitativo e qualitativo para aprofundar a investiga o bibliogr fica Para L dke e Andr 1996 p 34 a pesquisa quantitativa permite o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situa o que est sendo investigada Neste sentido Minayo 1994 define pesquisa como a atividade b sica da ci ncia na sua indaga o e constru o da realidade a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e atualiza frente realidade do mundo Portanto embora seja uma pr tica te rica a pesquisa vincula pensa mento e a o Ou seja nada pode ser intelectualmente um problema se n o tiver sido em primeiro lugar um problema da vida pr tica MINAYO 1994 p 17 A pesquisa surge de uma hip tese ou de um questionamento so bre dada situa o Com a hip tese partimos para a investiga o de tal problema com o objetivo de comprovar o mesmo baseando nos em te ricos renomados pautados no tema para que possamos dialogar com as ideias d
417. ss vel concluir se ent o que na concep o dos Par me tros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio a leitura tanto em l ngua portuguesa quanto em l ngua estrangeira deve ser tratada na es cola ao mesmo tempo como meio para outras aprendizagens e como uma compet ncia a ser adquirida sob uma perspectiva sociodiscursiva interacional Segundo essa perspectiva a leitura se estabelece na e pela intera o autor texto leitor processo no qual e pelo qual os sujeitos se cons troem e s o constru dos KOCH ELIAS 2011 p 10 Nesse sentido o DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 11 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos texto o pr prio lugar da intera o e da constitui o dos interlocutores o que pressup e ent o impl citos que dizem respeito aos diferentes uni versos dos interlocutores ou seja aos seus contextos sociocognitivos Vista assim a leitura se constitui um evento comunicativo opera o al tamente complexa que envolve al m do processamento dos elementos lingu sticos expl citos na materialidade do texto c digo lingu stico e forma de organiza o a mobiliza o de um vasto conjunto de saberes implicitamente envolvidos no processo relacionados s experi ncias e conhecimentos dos interlocutores Sob uma perspectiva metodol gica Sol 1998 p 23 faz refe r ncia ao modelo interativo de leitura apontando que os diferentes enfo
418. ssor deve fazer com que seus alunos cons truam seu pr prio pensar de forma a dialogar com a sociedade de ma neira cr tica reflexiva e ativa Assim deve se conduzir os alunos a refle tirem sobre o momento hist rico social econ mico e pol tico em que o texto foi elaborado para que possam interpretar as entrelinhas e fazerem dos textos um instrumento de liberta o de constru o de conhecimento e n o em uma arma alienadora Os textos s o ideol gicos mas esta ideologia quando trabalhada na integra contribui significativamente na forma o do leitor cr tico reflexivo N o preciso apenas saber que um texto possui ideologias pre ciso identific las diminuindo assim a aliena o do leitor possibilitando uma transforma o da realidade Enfim necess rio que os leitores ana lisem criticamente os textos para perceber al m do assunto tratado ou se ja identificar a ideologia existente nos textos que na maioria das vezes est impl cita no texto N o se pode deixar que um texto seja instrumento controlador mas sim um meio de liberta o do indiv duo Podemos dizer que as ideologias encontradas nos textos ajudam na constru o de um indiv duo cr tico pois desde o momento que a ideo logia percebida analisada e criticada o aluno juntamente ao professor chegar a uma conclus o pr pria Que favorece na constru o e forma o da criticidade dos seres humanos Com base nas an lises verificam
419. ste trabalho en focando duas ra as de grande import ncia na forma o do povo brasilei ro a negra e a ind gena a partir de uma proposta pedag gica inclusiva para a sala de aula Quando se fala em inclus o prop e se que todas as pessoas te nham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades todos devem ter acesso aos mesmos benef cios independentemente de etnia g nero clas se social religi o ou n vel educacional Promover um trabalho com uma vis o inclusiva torna se essencial nas institui es educacionais uma vez que estas n o possuem s o papel de transmitir o conhecimento sistem tico de cada disciplina mas tamb m t m a fun o de acrescentar valores morais formando o homem como indiv duo e cidad o E pensando nesse car ter formativo da escola faremos a apresenta o dos recursos liter rios em formato de hist rias em quadrinhos que podemos usar na escola com a finalidade de promover a inclus o de negros e ndios Respaldados na Lei N 11 645 de 10 de mar o de 2008 que torna obrigat rio o ensino sobre hist ria e cultura afro brasileira e ind gena em todos os segmentos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 115 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos da educa o b sica tencionamos atrav s do g nero textual em quadri nhos apresentar temas que devem ser pensados e discutidos pelos alunos V rios cl ssicos da nossa literatura j foram editados em qu
420. stender a pro posta de leitura para al m da escola ampliando a mobilidade que j ocor re em outros ambientes escolares de aprendizagem como o p tio a bi blioteca o refeit rio Para tanto foram realizados downloads dos livros selecionados e os alunos fizeram suas leituras e an lises pr vias em casa a fim de confront las com as dos colegas em sala de aula Os resultados n o puderam ser diferentes interesse em participar das rodas de leitura em produzir textos dentro da tem tica abordada no livro de ler para os colegas e realizar apresenta es no Dia D da Leitu ra a es que demostram a autonomia do aluno no processo de uma cons ci ncia leitora A outra experi ncia tamb m tem rela o com atividades de leitura e escrita em ambientes virtuais e ocorreu nas aulas de Oficina de Portu gu s numa turma de terceiro ano do ensino fundamental Essa disciplina comp e a grade curricular do ensino integral e desenvolvida de acordo com projetos tem ticos como o que ser apresentado aqui intitulado a Leitura Din mica de F bulas Contos e HQs a intertextualidade dos g neros Como sugest o para o trabalho com as f bulas a equipe do PROUCA na escola sugeriu que a professora inclu sse no seu planeja mento atividades din micas do blog lourdinas com br um espa o virtual em que os alunos leem f bulas de autores diversos discutem caracter sti cas estil sticas desse g nero e ainda montam cen rios vi
421. stionam e que tamb m n o s o cr ticos nem criativos Quando a crian a boa estudi osa e obediente elogiada nos textos porque aprendeu o comportamento que lhe foi prescrito A desobedi ncia sempre muito perigosa pois acaba sendo castigada n o pelos pais que s o muito bons mas pelo destino ou por entida des como bruxas e sacis Como no texto A abelhinha conta uma est ria onde a menina desobediente fugiu para a floresta sem o consentimento dos pais deu DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 179 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos de cara com o saci e ficou presa na casa de uma bruxa NOSELLA 1978 p 68 Os textos did ticos nos remetem a um processo de moldagem do dito certo e do errado onde o bonzinho tem o final feliz e o consi derado mau acaba preso na teia da venenosa aranha Isto faz com que os indiv duos acreditem e aceitem as ideologias contidas nos textos pois eles s o levados a pensar de acordo com o pensamento de um te rico produtor de texto e difusor de ideologia pr pria Desta forma nossas cri an as aprendem a ler um texto mas n o s o levadas a compreender to talmente a ideia do mesmo Ent o a ideologia torna se dominadora con troladora de seres racionais com as belas e singelas mensagens textu ais at mesmo atrav s da ing nua mensagem de preserva o da natu reza que mascara as especula es econ m
422. suposi o indica que o ambiente cognitivo de OML encontrou empecilhos durante a an lise conceitual do endere o lexical referente s caracter sticas morfofonol gicas da express o em foco fator este um complicador para a cria o de um efeito de sentido e consequen te relev ncia Nota se demasiado esfor o cognitivo demandado na tenta tiva de explicita o do percurso humor stico existente fator que possi velmente resulta do d ficit que OML possui no que tange acur cia da mem ria de trabalho mecanismo cognitivamente respons vel pela cria o dos espa os mentais Uma reconstru o chistosa plaus vel seria a que RHPL realizou conforme poss vel notar RHPL que o carpinteiro gosta de madeira boa O som igual s que as palavras s o diferentes Investigadora Como assim as palavras s o diferentes RHPL Mamadeira usado pro beb mamar e m madeira madeira ruim No ambiente cognitivo de RHPL formado um contexto cogniti vo em que s o ativadas as suposi es pautadas nas etiquetas lexicais re ferentes similaridade entre os sons que constituem as express es o que permite ao ouvinte formular uma infer ncia sobre o fator que ocasiona o humor da piada E prov vel que uma das raz es pela qual h significati vas diferen as entre os indiv duos em quest o os quais possuem caracte r sticas et rias sociais e instrucionais muito parecidas o esfor o de processamento demandado na i
423. ta o de piadas por sujeitos com a doen a de alzheimer abordagem sociocognitiva Nath lia Luiz de Freitas e Paulo Hen rigue Aguiar Mendes siei iieiea oeei ii 243 Hist ria em quadrinhos e religi o uma an lise da figura de super man Ramon Amancio Solles Ta s Tura a Arantes e Nataniel dos Santos GOMES sse aaneen aani e o h ane Ean AOS 269 Watchmen e a nona arte Ta s Tura a Arantes e Nataniel dos San TOS GOMES oseiro te S EEEE EEEE EA oE S EEE 280 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA APRESENTA O Na primeira edi o o C rculo Fluminense de Estudos Filol gicos e Lingu sticos apresentou lhe o n mero 09 do volume XVIII dos Cader nos do CNLF com 11 onze trabalhos sobre o tema Leitura e Interpreta o de Textos Antigos e Modernos que foram apresentados no XVII Congresso Nacional de Lingu stica e Filologia do dia 25 ao dia 29 de agosto deste ano de 2014 Agora na segunda edi o acrescentou mais 7 sete trabalhos completando o co 288 p ginas Na primeira edi o est o publicados os trabalhos dos seguintes congressistas inclu dos os nomes dos orientadores tamb m Andreza Nora D borah Maria de Castro Nunes Senfft Elaine Vasquez Ferreira de Araujo Gilmar Vieira Martins Jos Enildo Elias Bezerra Leicijane da Silva Barros Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Marcela Tavares de Mello Maria do Socorro Davi
424. tado para a atualidade que acompanha a demanda so cial econ mica e pol tica e acima de tudo um trabalho de liberta o do indiv duo no sentido de que s o conhecimento liberta o homem da ig nor ncia da aliena o e da mesmice do pensar Demonstrando atrav s de seu ato de pensar criticamente que o conhecimento faz a diferen a E es sa diferen a resultado do trabalho do professor em prol da forma o de leitores cr ticos que capacita seus alunos para atuarem significativamen te na sociedade a qual pertence Por isso a import ncia do professor le var seus alunos a lerem as entrelinhas a pesquisarem discutirem e refle tirem sobre os conte dos que os textos abordam Plat o amp Fiorin 2003 relatam a import ncia de ir al m das in forma es expl citas do seguinte modo Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto a verifica o de que ele pode dizer coisas que parece n o estar dizendo al m das informa es explicitamente enunciadas existem outras que ficam subentendidas ou pres supostas Para realizar uma leitura eficiente o leitor deve captar tanto os dados expl citos quanto os impl citos Leitor perspicaz aquele que consegue ler nas entrelinhas Caso contr rio ele pode passar por cima de significados impor tantes e decisivos ou o que pior pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse PLAT O amp FIORIN 2003 p 241 Isso nos leva a conclus o de que pa
425. tal mente expl cito basta o conhecimento do c digo para l ngua como a o dial gica tem se texto como o pr prio lugar de intera o e os interlocu tores s o sujeitos ativos que nele se constroem e s o constru dos assim cabem os impl citos dos mais variados tipos detect veis pelo contexto s cio cognitivo Para Koch 2009 p 33 o texto pode ser visto focalizando se al guns pontos principais tais como foco na l ngua foco no escritor e foco na intera o A esses princ pios identific veis de textos teceremos consi dera es a seguir De imediato foco na l ngua o texto visto como representa o do pensamento e o sujeito como senhor absoluto de suas a es e de seu dizer O texto visto como um produto l gico do pensamento do escri tor Encontra se nesse conceito uma concep o de l ngua como um sis tema pronto acabado devendo o escritor se apropriar desse sistema e de suas regras Nessa concep o de sujeito como pr determinado pelo sis tema o texto visto como simples produtos de uma decodifica o reali zado pelo escritor a ser decodificado pelo leitor bastando a ambos para tanto o conhecimento do c digo utilizado Nesta concep o n o h espa o para implicitudes uma vez que o uso do c digo determinado pelo princ pio da transpar ncia tudo est dito no dito ou em outras palavras o que est escrito o que deve ser entendido Temos somente a l ngua como instrumento de co
426. te muitos profissionais desta rea n o as abordam Muitas vezes os alunos saem do ensino m dio sem nunca ter lido os principais representantes como Mia Couto De uma forma geral alegam que o tempo dispon vel no caso dois semanais torna invi vel a abordagem da literatura de express o africana e ind gena Este ano de 2012 a fim de incentivar os educadores a SEE est oferecendo um curso de forma o continuada em que o primeiro m dulo foi sobre essa tem ti ca O educador deveria propor atividades segundo sugest es da capacita o e ou de sua pr pria autoria como trabalho final de um dos m dulos propostos 7 Considera es finais Ao longo da breve reflex o acerca do ensino de literatura no ensi no m dio e de algumas sugest es de atividades pretendemos levar os lei tores educadores de literatura a repensarem sua pr tica pedag gica urgente a adapta o s novas demandas tecnol gicas Devemos conscien tizar nossos educandos de que a literatura pode conviver com toda a tec nologia dispon vel Eles pr prios nos dizem isso ao publicarem posta gens com fragmentos de textos liter rios Estimulemos nossos educandos ao h bito da leitura de textos cl ssicos Afinal eles leem o tempo todo Verificamos isso ao navegarmos pelas redes sociais A partir das pr ticas pedag gicas desenvolvidas acerca no CE JLL NAVE constatamos que a leitura de obras liter rias cl ssicas pode e deve ser estimulada O incentivo
427. te e a situa o que est sendo investigado Esta pesquisa foi feita para discutir a ideologia na constru o textual com objetivo de orientar os professores a investigar a ideologia institu da nos textos cient ficos did ticos mas n o percebida pelos leitores Baseamo nos em te ricos como Marcondes Filho 1997 Plat o amp Fiorin 2003 Nosella 1978 Rego 2002 Mussalim 2003 Bran d o 2004 Faria 1985 e outros No intuito de aprofundar o estudo foi realizada uma pesquisa de campo de cunho qualitativo utilizamos um question rio como instru mento de pesquisa para obten o de informa es sobre o tema O ques tion rio foi composto por seis perguntas sendo que duas foram fechadas e quatro abertas As perguntas abordaram as dimens es ideol gicas nos textos did ticos e foi aplicado a professores que ministram aulas do curso normal de n vel m dio na cidade de Itaocara no estado do Rio de Janei ro A referida institui o oferece ensino m dio nas duas modalidades forma o geral e curso normal forma o de professores e ensino fun damental O ensino m dio na modalidade normal atende cerca de noven ta e cinco alunos divididos em quatro turmas de aproximadamente 23 vinte tr s alunos Esta institui o a nica do munic pio de Itaocara que oferece o ensino m dio na modalidade Normal Desta forma espera se que a partir deste estudo sobre a ideologia nos textos did ticos professores e alunos
428. te guiado pelo princ pio interacional Na concep o interacional da l ngua tanto aquele que escreve quanto aquele para a quem se escreve s o vistos como atores e constru tores sociais sujeitos ativos que dialogicamente se constroem e s o constru dos no texto Em um texto nesta perspectiva podemos conside rar que houve um evento comunicativo no qual ocorrem fatos lingu sti cos cognitivos sociais e interacionais Assim nessa representa o a escrita vista como uma atividade com demandas da parte de quem escreve a utiliza o de estrat gias co mo Ativa o de conhecimento sobre os componentes da situa o comu nicativa Sele o organiza o e desenvolvimento de ideias balancea mento entre informa es expl citas e impl citas informa es novas e dadas contextualmente Revis o da escrita ao longo de todo o processo objetivada pela intera o que o escritor pretender estabelecer com o lei tor Podemos observar que esses planejamentos servem para dinami zar o entendimento entre ambos os lados da constru o do texto O senti do da escrita o produto dessa intera o e n o resultado apenas do uso do c digo livremente por um dos lados 64 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Assim o resultado da produ o textual considera segundo a mesma autora a escrita um trabalho no qual o sujeito tem algo a
429. te possui estarem em alguma conson ncia com as representa es de mundo inicialmente expressas na estrutura lingu stica pelo indiv duo que tenta se comunicar Disso resulta que g neros discursivos caracterizados pela escassa presen a de ind cios que podem conduzir a constru es de sentido isto textos cujas caracter sticas lingu sticas propiciam poucas pistas para o processamento informacional demandam um processamento sociocogni tivo mais complexo e dependente das representa es de mundo e das co 244 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA nex es que elas estabelecem entre si Exemplos de tais g neros s o os que pertencem ao dom nio humor stico como por exemplo as piadas as charges as hist rias em quadrinho e os cartuns j que para atribuir sen tido a eles o sujeito interpretante conta com poucas pistas lingu sticas necessitando ent o recorrer ao contexto extralingu stico o qual depende da ativa o do processamento sociocognitivo que aciona diferentes re presenta es de mundo com a finalidade de associar os ind cios forneci dos pela l ngua aqueles produzidos pelas interconex es das diferentes re presenta es sociocognitivas Sendo a linguagem um processo complexo e tribut rio de diferen tes componentes da vida humana biol gico cognitivo social cultural etc os processos de produ o e de interpr
430. tecnologia digital e exercem pr ticas de leitura e escrita na tela diferente do estado ou condi o do letramento dos que exercem pr ticas de leitura e de escrita no papel As pr ticas de leitura e escrita realizadas por meio de textos ele tr nicos s o essenciais hoje na sociedade Como por exemplo por meio da internet poss vel ler textos acad micos ler e criar blogs participar de f runs e chats enviar emails participar de pesquisas ler textos de re 140 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA vistas e jornais participar de redes sociais candidatar se a vaga de em pregos estudar a dist ncia dentre outras atividades que envolvem a leitu ra e a escrita no meio digital As tecnologias de informa o e comunica o acabam por projetar novas necessidades aos estudantes atualmente Teruya 2006 declara que o desenvolvimento da inform tica nos obriga a reconceituar a alfabetiza o pois o indiv duo al m de possuir a habilidade de ler e escrever tam b m deve conhecer a linguagem em contexto digital e saber como intera gir com as ferramentas dispon veis no meio tecnol gico O processo de inclus o digital que vem acontecendo nas escolas tem por consequ ncia a necessidade de o professor tamb m ser letrado digitalmente FREITAS 2009 Apenas desta forma o professor conse guir trabalhar de forma eficiente com o computado
431. tegorias fechadas para a an lise dos enunciados como Rojo 2004 e Marcuschi 2001 fazem no tocante s perguntas de compreens o leitora sua contribui o te rica fundamental Isso porque a autora torna clara a necessidade da an lise conjunta das quest es de compreens o e dos enunciados tendo em vista que ambos podem n o apenas moldar regular os diferentes modos de ler mas tamb m podem contribuir para a caracteriza o do leitor no processo de constru o de sentidos tidos como v lidos para os textos trabalhados no contexto escolar Para formar ou buscar formar leitores cr ticos e atuantes no con texto da escola necess rio primar conforme ressalta a autora pela efe tiva participa o discursiva do aluno no processo de leitura No processo de interpreta o compreens o de um texto manifesta se de forma mais ou menos expl cita a participa o do leitor seja no tocante aos conheci mentos pr vios mobilizados no processo de interpreta o seja no que diz respeito aos objetivos de leitura o aluno leitor constr i determinados sentidos espec ficos e n o outros Os enunciados introdut rios podem portanto em nosso entender formular arranjos para as interven es de interpreta o compreens o que os alunos devem executar sobre os textos postos leitura conforme tam b m aponta Dion sio 2000 12 Bunzen 2006 faz refer ncia a esse texto como sendo comandos das atividades De acordo com o au
432. tica ideogramas escrita ideogr fica ou unidades icono gr ficas sendo que no geral n o temos uma dessas escritas pura Trata se de uma modalidade de uso complementar da fala Entretanto fato que h diferen as entre a fala e a escrita contudo podemos perceber que as peculiaridades existentes em uma e outra s o atributos que possibilitam uma caracteriza o individualizada em ambas As dissemelhan as s o oportunas para uma visualiza o tanto no campo DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 61 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos sem ntico quanto no sint tico porque nos apresenta a real complementa o do continuum existente entre elas Assim para n s a fala e a escrita representam dois postos dife renciados de um cont nuo no meio dos quais se instituem os mais varia dos tipos de intera o verbal as diferen as entre fala e escrita se d o den tro do continuum tipol gicos das pr ticas sociais de produ o textual e n o na rela o dicot mica de dois polos opostos ou seja fala e escrita n o s o diferentes e sim complementares Portanto de se imaginar que a comunica o permite diversas modalidades de a o social pois a escrita possibilita uma variedade de trocas entre as pessoas Em virtude de cada situa o de comunica o dos objetivos e dos papeis que os envolvidos assumem a escrita pode tomar diferentes sentidos Para Doltz 2010 p 15 a escrita
433. tivo ROJO 2004 exige que o aluno reflita sobre o fato de Pedro Bala ter sido agredido por Raimundo com uma navalha em um epis dio da narrativa e o de revidar agress o no momento em que Raimundo queria atacar o personagem Brand o No que diz respeito ao tipo de quest o elaborada trata se de uma pergunta inferencial MARCUSCHI 2001 Entretanto como a quest o foi elaborada no formato de m ltipla escolha o aluno fica limitado na atribui o de diferentes sentidos para o epis dio lido A resposta correta apontada na vers o do professor alternativa b aponta Pedro Bala como vingativo Consideramos entretanto que poderiam ser extra das outras leituras sobre a atitude do personagem que n o apenas a de vingan a Por exemplo poder se ia dizer que Pedro Bala n o gostava de ver injusti as que sempre buscava defender os seus amigos etc O fato de o aluno ter que optar por uma alternativa reduz a um nico adjetivo toda uma apreci a o relativa ao personagem ou seja a possibilidade de r plica ROJO 2007 existe mas enfraquecida e direcionada Tamb m aqui consideramos que a habilidade prevista no Curr cu lo M nimo Identificar e diferenciar caracter sticas f sicas e psicol gicas dos personagens foi contemplada pela quest o mas acreditamos que outra abordagem em formato discursivo enriqueceria mais as possibili dades de reflex o cr tica pelo aluno Em verdade parece nos que as quest es de leitura expl
434. tivo de produ o Portanto dentro deste sistema a educa o tem escola como um ambiente de domina o cujo papel reproduzir a sociedade burguesa atrav s da enfatiza o de sua ideologia e do creden ciamento que permite a hierarquia na produ o o que garante maior controle do processo pelas classes dominantes De acordo com Faria 1985 178 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA A escola transmite a ideologia dominante que est em todo lugar o lugar onde esta transmiss o se d planejada e organizadamente A escola fun damental tem caracter sticas especiais pois onde est a classe dos trabalha dores e como a escola classista quanto mais alto o seu n vel menos ele mentos da classe trabalhadora se encontram A burguesia dosa os conhecimen tos a serem transmitidos pela escola prim ria j que o saber tamb m de classe FARIA 1985 p 72 Compreendendo assim a influ ncia da sociedade na escola po demos considerar que a institui o escolar trabalha em sincronia com a demanda social Nesse sentido podemos inferir que o autor ao elaborar um texto que posteriormente seja adotado como instrumento de trabalho da escola estar inconscientemente proliferando a ideia do autor do tex to ou seja sua ideologia do que pensa ser certo ou errado pois se gundo Plat o amp Fiorin 2003 o texto
435. to Assim o texto um retrato de seu au tor Assim na concep o de Marcondes Filho 1997 Nunca podemos viver de forma l mpida transparente absolutamente vendo o mundo exatamente como ele De qualquer forma sempre o estare mos vendo segundo orienta o mais ou menos viciada que temos da realidade Negar isto seria abdicarmos a condi o de humanos as influ ncias que tive mos e o processo de socializa o vivenciado na inf ncia na escola no ambi ente de trabalho e de lazer MARCONDES FILHO 1997 p 98 Enfim o ser humano na sua condi o de ser racional recebe e in fluencia do meio social e cultural do qual pertence Assim sempre esta remos nos posicionando baseados e influenciados pelo pensar do outro sobre a nossa realidade e necessidades Atrav s da nossa socializa o com os textos ou com os indiv duos fisicamente podemos adquirir novos conceitos e concep es ou apenas aprimorar o conhecimento que j te mos de extrema relev ncia que esse conhecimento que adquirimos se ja pensado e refletido para que possamos ter nossas pr prias conclus es e n o cairmos no processo de aliena o e domina o 3 A ideologia presente nos textos did ticos a import ncia de sua percep o para a forma o de leitores cr ticos Dentro do contexto ideol gico dos textos did ticos abordados nas escolas percebemos que intera o do homem com o texto se reflete na escola que assume um papel de reprodu
436. to de ler poss vel dividi lo em decifra o e compreens o Apesar da divi s o nessas duas etapas importante ressaltar que ambas est o de tal modo interligadas que em principio uma implica a outra BRITO 2012 p 21 ainda que a primeira seja essencialmente mec nica e a segunda cognitiva Decifrar um texto faz com que o indiv duo possa participar de a es simples na sociedade como por exemplo seguir uma dire o que o conduza aonde quer che gar tomar um medicamento preparar um prato novo para o almo o passar uma mensagem mas nenhuma dessas atividades pro move uma verdadeira inser o na sociedade elas n o conduzem cidadania plena compreender um texto perceber os sentidos que ele pode ter que viabilizam uma vida cidad de fato A capacidade leitora est associada ao conhecimento que o leitor adquiriu ao longo de sua vida em suas intera es sociais em suas leituras e nos bancos escolares Sobre a rela o desse conhe cimento com a leitura Kleiman 2013 diz A compreens o de um texto um processo que se caracteriza pela utiliza o de conhecimento pr vio o leitor utiliza na leitura o que ele j sabe o co nhecimento adquirido ao longo de sua vida E mediante a intera o de diver sos n veis de conhecimento como o conhecimento lingu stico o textual o co nhecimento de mundo que o leitor consegue construir o sentido do texto E porque o leitor utiliza justamente diversos n
437. tor os comandos s o breves informa es sobre o objetivo da atividade que se resume na mai oria dos casos da indica o da a o a ser realizada p 9 96 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 5 An lise de quest es dos Roteiros Conforme dito anteriormente os Roteiros de Atividades s o for mados por quest es que contemplam tr s eixos diferentes de ensino con templados no Curr culo M nimo leitura uso da l ngua e produ o textu al No Curr culo M nimo est expressa a ideia de que a partir da leitura de fato que desenvolvem se sic os outros eixos es truturadores deste programa l ngua em uso e produ o textual A leitura portanto o primeiro eixo sendo claramente um fio condutor para os dois ou tros uso da l ngua no qual o aluno reconhece e atribui sentido aos recursos expressivos da l ngua presentes nos textos lidos e produ o textual no qual o aluno produz seu pr prio texto oral ou escrito a partir do est mulo recebido pelos textos lidos considerados ent o como modelares e inspiradores O primeiro crit rio para selecionar quest es para an lise respeita o eixo sobre o qual nos debru amos tanto na revis o bibliogr fica quanto nas categorias que norteiam nossa an lise ou seja foram selecionadas apenas quest es que no Curr culo M nimo figuram na se o relativa ao eixo leitura Posterior
438. tora de ideologias e transfere es tas ao indiv duo muitas vezes sem perceber Ela transmite a partir dos textos did ticos a ideologia dominante que est em todo lugar Portanto a escola torna se um ambiente onde a transmiss o ideol gica d se de forma sistem tica planejada e organiza da uma vez que a mesma possui regras e normas Isso permite que a ide ologia se propague sistematicamente de maneira pensada para melhor absor o dos sujeitos ou seja para melhor compreens o e aceita o dos alunos que ali est o inseridos DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 177 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos Assim para melhor entendermos este processo precisamos com preender como a ideologia entendida Para tal esclarecimento Nosella 1978 diz que Ideologia entendida como uma leitura de uma situa o hist rica num conjunto de eventos leitura orientada pelas exig ncias da a o a ser realizada A o exige que sempre exista um suporte te rico ideologia que a justifique e este ltimo n o ser a explica o mais exaustiva da realidade Toda ideolo gia que sustenta uma a o tem a caracter stica da parcialidade como uma exi g ncia mesma da a o NOSELLA 1978 p 64 No entanto a ideologia assume um sistema de ideias de represen ta es pensamentos que domina o esp rito de um homem ou at mesmo de um grupo social Desta forma a escola assume a fun
439. tos semiolingu sticos situacionais sem n ticos e discursivos que supostamente conduziriam interpreta o Sob outra perspectiva o olhar sobre o aluno leitor no processo mostra que ele levado a percorrer esse labirinto de atividades com uma ideia muito vaga sobre o caminho onde est pisando ou sobre onde deve chegar Pre cisar ele ser sempre conduzido amparado por quest es de interpreta o de texto para percorrer o caminho da constru o do sentido E qual seria o caminho da autonomia A an lise do material de ingl s parece contribuir para essa respos ta A hip tese de que a dificuldade em leitura em ingl s no ensino m dio seria superada pelo ensino de estrat gias de leitura se confirma O Take Over 1 apresenta uma metodologia semelhante do Viva Portugu s 1 que objetiva conduzir o aluno da pr leitura interpreta o incluindo uma introdu o leitura cr tica As se es In Context e In Power t m a fun o de conectar o aluno com o tema do texto por meio de quest es que ativam o seu conheci mento pr vio As se es subsequentes In Action e Further Action traba lham a rela o conhecimento de mundo conhecimento lingu stico Sendo o Take Over 1 um material para o ensino de l ngua estran geira nele predominam quest es que exploram o n vel semiolingu stico de constru o de sentido o que caracteriza uma preocupa o maior com a l ngua do que com a leitura Desse modo par
440. transdisciplinaridade Pois a hibrida o inevit vel Segundo Edgar Morim 2002 para com preender o novo paradigma torna se necess rio um pensar mais abran gente multidimensional contextualizado e multidisciplinar Segundo Adorno e Horkheimer na dial tica do esclarecimento da calculabilidade e do mundo administrado a raz o converteu se num mito onde esta esqueceu a exig ncia de pensar o pensamento conse quentemente ela n o fez o homem ser mais humano A raz o nesta fase j n o responde mais quest es atuais principalmente as quest es cient ficas em sua maioria A p s modernidade n o nega a modernidade tam pouco suas verdades temporais antes celebra suas conquistas h bridas e multiagregando valores indispens veis mas limitadas levando as culturas a mergulharem em profundas crises identit rias e inter tnicas com os va lores monet rios mercadol gicos se sobrepondo a vida e aos valores mo rais existentes em nossa sociedade fragilizada e desequilibrada estrutu DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 237 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos ralmente Nesta fase hist rica a raz o compr vel de uma forma impie dosa pois em sua maioria os centros acad micos pensam em n meros em crescimento econ mico e patrimonial enquanto o mais importante o conhecimento passa a ser vendido como um produto perdendo sua prin cipal ess ncia Diante de tantas distor
441. ttp www uneb br salvador dedc files 201 1 05 Monografia Aline Jezica da Paixao Cruz pdf gt GUERRA Amanda P s modernidade nos quadrinhos a desconstru o em Alan Moore In GOMES Nataniel dos Santos RODRIGUES Mar lon Leal Para o alto e avante Textos sobre hist rias em quadrinhos para usar em sala de aula Curitiba Appris 2013 p 151 161 MOURILHE SILVA Fabio Luiz Carneiro A rela o entre arte e quadri nhos a partir da perspectiva est tica tica e filos fica de Shusterman Revista Redescri es Revista on line do GT de Pragmatismo e Filoso fia Norte Americana ano 1 n 4 2010 p 01 11 Dispon vel em lt http www gtpragmatismo com br redescricoes redescricoes 04 6 bola pdf gt PECCININI Daisy V M LEITE Luciana de A P s moderno a pro blem tica do p s moderno no campo art stico S o Paulo MAC USP 2002 Dispon vel em DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 287 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos lt http www mac usp br mac templates projetos seculoxx modulo6 posm oderno html gt Acesso em 12 04 2014 RACHELS James Kant e o respeito pelas pessoas In Elementos da filosofia moral 7 ed Barueri Manole 2013 p 146 155 SKOBLE Aeon J Revisionismo do super her i em Watchmen e O re torno do Cavaleiro das Trevas In IRWIN William MORRIS Matt Su per her is e a filosofia verdade justi a e o caminho socr t
442. tura e escrita com as ferramentas tecnol gicas mas obser vando que o computador um instrumento alfab tico que corrobora para o desenvolvimento de letramentos variados digital sonoro visual in formacional por que n o aliar o ato de ler e escrever ao uso das tecno logias digitais da informa o e da comunica o TDIC Ao longo desse trabalho embasados nos pressupostos te ricos de autores como Antunes 2003 Almeida e Valente 2011 objetivamos promover uma discuss o acerca dos percal os encontrados nas pr ticas de leitura e escrita na escola apontando por meio de experi ncias signifi cativas como as m dias digitais podem contribuir para a forma o de lei tores e escritores aut nomos e cr ticos 2 A problem tica da leitura e da escrita no contexto das escolas p blicas A leitura uma das atividades t o constantes em nossas vidas que muitas vezes nem percebemos o quanto a praticamos Entre os v rios modos de aquisi o de informa o a leitura respons vel por gerar no vos conhecimentos e sendo ela um processo est em constante transfor ma o se estruturando a partir de intera es com v rios formatos de tex to conforme sugere Sabota Quando assistimos televis o estamos emitindo nossa leitura sobre o as sunto mostrado quando observamos um quadro efetuamos a leitura do dese nho nele representado quando lemos um aviso de tr nsito estamos efetuando uma leitura quando nos depa
443. ua reconstru o no interior do evento comunicati vo KOCH 2011 p 17 Assim sendo os sujeitos s o vistos como ato res isto sujeitos ativos que se constroem e s o constru dos no texto lugar de intera o dos interlocutores nessa mesma perspectiva que Marcuschi 2008 aborda a con cep o de l ngua e texto Sobre a l ngua ele diz ser uma atividade e n o um instrumento uma atividade sempre interativa ou seja o processo de compreens o se d como uma constru o coletiva MARSCUSHI 2008 p 240 Assim a l ngua n o pode ser vista apenas como um ins trumento de comunica o ou como um sistema de c digo porque com preender um texto n o equivale decodificar mensagens Quanto ao texto Marcuschi 2008 p 242 o v como um processo ou evento comunicati vo cujo sentido se encontra em permanente constru o na intera o entre os interlocutores Assim o texto se acha aberto a v rias alternativas de compreens o A cada leitura para cada leitor um novo sentido pode ser apreendido levando se em considera o o contexto Atente se contudo para o fato de que h limites para a compreens o textual que s o dados por alguns princ pios de compreens o Isso quer dizer que nem toda in terpreta o poss vel e que a leitura n o um vale tudo 4 A forma o do professor mediador da leitura As estat sticas preocupantes advindas das avalia es oficiais tanto nacionais como internacionais v
444. uando se busca a compreens o do signifi cado de textos bem como sua express o MANSUR et al 2005 Perante tal quadro o texto piad stico constitui se em potencial instrumento na busca pela compreens o de como os sujeitos com a doen a de alzheimer em est gio inicial interpretam elocu es que exigem efi ci ncia pragm tica pois conforme j indicado g neros como a piada fornecem escassas pistas lingu sticas para o processamento informacio nal do que adv m a necessidade de um processamento sociocognitivo mais elaborado e ancorado nas representa es de mundo do sujeito e das conex es que elas estabelecem entre si Os textos humor sticos t m servido de base para a compreens o de variados aspectos ou fen menos psicossocioculturais sendo por isso objeto de estudo de diversas reas do saber O analista do discurso S rio Possenti 1998 ressalta a natureza heterog nea desses textos ao afirmar que as piadas podem ser consideradas interessante expediente para os es tudiosos uma vez que praticamente todas elas abordam temas socialmen te controversos de modo a possibilitarem o reconhecimento confirma o de diversas manifesta es culturais e ideol gicas bem como de valores arraigados Com rela o ao mbito da lingu stica muitas s o as contri bui es que o estudo de textos humor sticos em especial de piadas pode gerar No que se refere aos n veis estritamente lingu sticos a piada con siste em satura
445. uatro anos e em sua grade cur ricular tem a contempla o de v rios m dulos relacionados linguagem Os alunos provenientes da cooperativa alvo deste trabalho recebem in centivos de seus superiores para irem ao Instituto e se candidatarem s vagas quando s o lan ados os editais com a oferta de vagas contudo h um n mero baixo de procura para ingresso no curso O curso t cnico em com rcio do IFAP ministrado no per odo da noite e todas as pessoas que ingressam nele al m de receberem apoio da institui o para continuar a estudar o governo federal proporciona a eles aux lio financeiro para que possam custear despesas com translado ali menta o e outras mas mesmo assim a evas o no primeiro ano em 2012 ficou em m dia entre trinta a quarenta por cento Visualizando des sa maneira entendemos que as transforma es podem acontecer dentro do p blico pesquisado mas a influ ncia da leitura quando relacionada modifica o da forma como as pesquisadas est o desenvolvendo o traba lho dentro da COMAJA n o faz muita diferen a ao trabalho manual pra ticado por elas j que em quase cem por cento de seu tempo nos afazeres laborais a atividade mec nica e repetitiva Contudo a rela o de esco laridade e influ ncia na vida delas pode se dar quando elas s o promovi das entre um setor e outro pois as que apresentaram maior n vel de esco laridade s o postas em trabalhos administrativos que envolvem c lculos l
446. udeau 2001b 2009 per mite a visualiza o da rela o entre os n veis de constru o de sentido e as aptid es necess rias em cada um para a constru o do sentido COMPET NCIAS APTID ES Comunicacional si para reconhecer a estrutura o e as restri es da situa o de co tuacional munica o para perceber a identidade social dos parceiros status seu papel social e o lugar que ocupam na rela o comuni cacional e assim a rela o de for a que se instaura entre eles Compet ncia se para organizar seus diferentes tipos de saberes os quais constitu m ntica em suas refer ncias e tematiz los Compet ncia dis para utilizar perceber os modos de organiza o do discurso em cursiva fun o das restri es do quadro comunicacional Compet ncia semi para combinar formas escolha das formas em rela o com o sen olingu stica tido e as regras de combina o em fun o das restri es da l ngua e em rela o com as restri es do quadro situacional e os dados da organiza o discursiva 4 Rela es de sentido textualidade e compet ncias Durante a leitura os n veis de constru o de sentido situacional discursivo sem ntico e semiolingu stico devem ser ativados pelo leitor a partir da observa o de elementos e rela es textuais marcadas explici tamente ou sugeridas implicitamente Tal abordagem do texto por meio da an lise d
447. ue ser um jovem internauta na tira A op o c apresentada como correta na vers o comentada do professor retrata esse estere tipo a partir da repeti o da vogal final a em falaaaaa algo peculiar lingua gem coloquial mediada pela internet Roteiro de atividades do 1 ano do ensino m dio 3 bimestre 2011 Ha bilidade de leitura prevista no Curr culo M nimo Identificar a rela o entre o texto e o contexto pol tico hist rico e social 2 O texto remete o leitor a a Uma situa o de uso formal da linguagem que s ocorre pela internet b Uma situa o lingu stica comum sociedade contempor nea propiciada pela Internet 106 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA c Um epis dio lingu stico incomum que mostra a facilidade dos jovens em ad quirir determinados conhecimentos d Um evento cotidiano de uso lingu stico que acaba por revelar a dificuldade do adulto em acessar a Internet A quest o transcrita acima na qual se observa enunciado introdu t rio vago mobiliza diferentes estrat gias de compreens o ROJO 2004 por meio da an lise dos itens pelo leitor A forma como o enunciado est posto ou seja n o apresentando uma indu o de resposta cria aparen temente ainda que se trate de uma quest o de m ltipla escolha maior responsabilidade por parte do leitor aluno
448. ue seja tra ado o percurso rumo aos sentidos A partir de suas experi ncias socio comuni cativas o sujeito interpretante busca mecanismos mentais para reconstruir o que o su jeito comunicante tencionou comunicar buscando alcan ar a relev ncia em um insu mo com menor esfor o e maiores efeitos cognitivos poss veis podendo n o ser atingi do O comprometimento cognitivo causa patol gica respons vel pelas dificuldades para alcan ar relev ncia na comunica o Pessoas acometidas pela doen a de alzhei mer cuja caracter stica fundamental s o os d ficits cognitivos sofrem decl nios repre sentativos quanto capacidade para processar a linguagem Sendo tal neurodegene resc ncia subdivida em tr s est gios 1 os d ficits pragm ticos configuram a principal altera o lingu stica que pode ser verificada em textos que exigem a formula o de infer ncias para a sua interpreta o como as piadas Assim com as teorias da rele v ncia e da integra o conceptual objetiva se investigar os fatores lingu sticos e socio cognitivos envolvidos na interpreta o de piadas por sujeitos diagnosticados com a doen a em est gio inicial Para tanto foram formados dois grupos i Grupo cl nico de sujeitos diagnosticados com a doen a de alzheimer em est gio inicial ii Grupo controle formado por indiv duos sem altera es cognitivas cujas caracter sticas et rias sociais escolares e de g nero s o compat veis s do
449. uguesa a ser al can ada Ele nos diz que ao ingressarem na escola os alunos j disp em de compet ncia discursiva e lingu stica para comunicar se em intera es que envolvem rela es sociais de seu dia a dia utilizando a oralidade in clusive as que se estabelecem em sua vida escolar Acreditando que a aprendizagem da l ngua oral por se dar no espa o dom stico n o tare fa da escola as situa es de ensino v m utilizando a modalidade oral da linguagem unicamente como instrumento para permitir o tratamento dos diversos conte dos o que inviabiliza qualquer tentativa de utiliza o de texto oral dentro da sala de aula Ainda conforme os PCN coloca se de lado a l ngua oral como se as pessoas j estivessem desenvolvido todas as compet ncias lingu sticas necess rias antes mesmo de chegar na escola e que tais compet ncias fossem suficientes para intera o em sua vida social 60 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA 2 3 Fala e escrita um continuum fato que das tr s mil l nguas faladas hoje somente setenta e oi to aproximadamente t m uma literatura Isso demonstra que algumas culturas prezam mais a l ngua oral do que a escrita Entretanto cada soci edade promove sua maneira os modos de preservar sua hist ria sua cultura sua vida quer seja utilizando a escrita ou a oralidade para esse fim Quais s o as similarida
450. um determinado momento Provavelmente n s os organizamos e os co nectamos atrav s de excita es sincr nicas de conjuntos de neur nios Mas isso s o suposi es uma vez que ningu m na verdade pode ver os espa os mentais no c rebro FAUCONNIER in COSCARELLI 2005 p 291 292 Os espa os mentais s o ent o caracterizados como uma forma de abstra o complexa alicer ada em generaliza es que permitem a formula o de hip teses acerca do pensamento da linguagem e de outros aspectos da vida humana Tais espa os seriam constitu dos para atender a uma demanda espec fica ao mesmo tempo em que seriam criados e des feitos conforme determinadas exig ncias contextuais De acordo com Fauconnier apud COSCARELLI 2005 Os espa os mentais s o pequenos conjuntos de mem ria de trabalho que constru mos enquanto pensamos e falamos N s os conectamos entre si e tam b m os relacionamos a conhecimentos mais est veis Para isso conhecimentos lingu sticos e gramaticais fornecem muitas evid ncias para essas atividades mentais impl citas e para as conex es dos espa os mentais p 291 248 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA Segundo essa proposta o que caracteriza a esp cie humana ca pacidade de associar diversos espa os mentais e especialmente a capa cidade de constituir novos espa os espa o mesclado enqu
451. um verbete de dicion rio como texto de apoio para responder aos dois itens O primeiro item a ser respondido pelo aluno n o remete leitura do texto gerador um fragmento do primeiro cap tulo de Capit es de Areia mas sim ao verbete apresentado e a uma senten a transcrita do site da Revista Caras que figura logo abaixo da pergunta Com rela o s estrat gias de compreens o ROJO 2004 percebemos que o aluno a fim de responder o item precisa ler as acep es apresentadas para a pa lavra romance no verbete comparar os sentidos dados e escolher qual de les se aplica senten a apresentada Embora seja necess rio realizar a localiza o de acep es dentro do verbete o que envolve a capacidade de decodifica o o aluno deve ir um pouco al m sendo tamb m mobilizadas capacidades de compreens o ROJO 2004 Quanto aos tipos de perguntas preconizados por Marcus chi 2001 o item em an lise pode ser considerado metalingu stico uma vez que indaga sobre o pr prio l xico no caso a respeito do voc bulo romance O segundo item embora estruturado de forma completamente dis tinta do item a repete o mesmo movimento de leitura ou seja o aluno precisa identificar o sentido da palavra romance Enquanto o item a re metia a uma senten a que n o fazia parte do texto gerador o item b faz refer ncia obra Capit es de Areia devendo o aluno justificar sua res posta sobre o significado por ele escolhido Ainda
452. ura da palavra n o apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de escrev lo ou de reescrev lo quer dizer de trans form lo atrav s da nossa pr tica consciente a leitura cr tica desestabiliza o mundo interior do indiv duo FREIRE 1988 p 13 DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 181 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos A leitura cr tica de um texto faz com que o indiv duo entre em conflito com suas ideias e as dos escritores pois quando reflete e perce be a ideologia textual ele passa a ajustar o seu mundo com o mundo de quem o escreveu consistindo assim num resultado novo ou seja do no vo sujeito transformado e transformador Quando analisamos refletimos indagamos sentimos e percebe mos a ideologia podemos considerar que a leitura do texto foi cr tica pois o indiv duo tirou suas pr prias conclus es a partir do mesmo ou se ja o sujeito sofreu um conflito entre o que j sabia e o que o texto o im punha dando origem assim mudan a entre o velho e o novo Assim o aluno n o aceita a interpreta o do professor e do autor ele passa a ter sua pr pria consci ncia que por sua vez passa a ter significado para o mesmo Contudo Cav quia e Maciel s d afirmam que O objetivo n o que o educador passe a interpretar criticar e raciocinar pelos alunos necess rio que o aluno por meio das leituras de seu mundo enc
453. us Cristo pois n o h como negar a estreita rela o do personagem em quest o com a divindade Superman o her i que foi enviado pelo seu pai do c u planeta Krypton para a terra sendo adotado por um casal sem filhos cri ado como um terr queo Era alien gena al m disso sua miss o ajudar a humanida de o que fica claro na tocante cena em Homem de A o filme de Zack Snyder em que ele derrama suas l grimas ao ver em perigo duas pessoas nas m os de outro crip toniano Tanto que em suas hist rias em quadrinhos filmes e desenhos ele visto como o salvador Sendo assim analisaremos essa quest o religiosa na hist ria O Reino do Amanh 1996 no filme Homem de A o 2013 e no desenho animado Liga da Jus ti a 2004 2006 Palavras chave Superman Super homem Hist rias em quadrinhos Religi o Mito 1 Introdu o O presente artigo surgiu por um interesse em explicar um pouco mais sobre o personagem Superman do mundo das hist rias em quadri nhos que devido a sua grande popularidade podemos dizer que um dos s mbolos da cultura pop mundial E como o pr prio t tulo diz o artigo trata dessa rela o que existe entre os quadrinhos e religi o sendo que o nosso recorte especialmente DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 269 Circulo Fluminense de Estudos Filol gicos e Linguisticos para relacionar a figura de Superman com a de Jesus Cristo devido a grande rela o de refer
454. veis de conhecimento que intera gem entre si a leitura considerada um processo interativo KLEIMAN 2013 p 15 No processo ensino aprendizagem da l ngua portuguesa destaca se o papel da leitura e coloca se o professor como o res pons vel pela media o entre o conhecimento apresentado no tex to e o saber de mundo a bagagem cultural que o aluno j tem in dependente do seu aprendizado na escola Tamb m cabe ao pro fessor organizar a socializa o do conhecimento dos alunos visto que sendo indiv duos apresentam saberes diferentes Na busca de forma o de um aluno leitor deve se objetivar n o a sua profici ncia mas a sua prepara o para que seja capaz de construir uma an lise cr tica da sociedade 226 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA A leitura de um texto envolve um di logo entre locutor e leitor de modo que o saber do primeiro sobre o tema tratado no texto se cruze com o do segundo sobre esse mesmo assunto co nhecimento pr vio desse cruzamento que se dar a coer ncia para quem l Quando o aluno n o tem em sua bagagem conheci mento enciclop dico sobre a tem tica abordada no texto este n o se far coerente para ele Nesse caso a intermedia o do professor fundamental para ajudar o aluno nessa constru o de sentido O texto possibilita uma inter rela o de saberes devendo por isso ser visto c
455. veria haver no material de ingl s um espa o para atividades de leitura que explorassem g neros variados inclusive liter rios possibilitando o desenvolvimento da compet ncia metagen rica como estrat gia para compreens o Isso se traduziria em atividades que explorassem as carac ter sticas recorrentes dos g neros dos textos tema estilo de linguagem escolhas lexicais textuais e gramaticais como escolhas determinadas por fatores de intencionalidade e situacionalidade Tal trabalho com os g ne ros deveria incluir tamb m atividades sobre intertextualidade uma vez que o confronto do aluno leitor com textos ou g neros variados sobre um mesmo assunto lhe ativariam opera es mentais em prol da constru o do sentido Por tudo isso conclui se reafirmando que o desenvolvimento pleno da compet ncia leitora depende do ensino da leitura como pr tica discursiva interativa estrat gica e conscientizadora Uma outra quest o da maior relev ncia imanente compet ncia leitora como pr tica aut noma a quest o do letramento cr tico Esta mais uma no o que subjaz s atividades de leitura do Viva Portugu s 1 mas que deveria ser destacada e abordada sistematicamente e de modo conscientizador O Take Over 1 apresenta a atividade Critical Thinking 24 CADERNOS DO CNLF VOL XVIII N 09 LEITURA E INTERPRETA O XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGU STICA E FILOLOGIA que j uma iniciativa de se abordar essa
456. volvidas com estrat gias de leitura dos cl ssi cos da literatura e s o de uso corrente nos programas do ensino m dio e que foram utilizados como texto base para elabora o de produ es tex tuais Os cl ssicos da literatura no ensino m dio s o de certa forma um estabelecimento did tico que pressionam aos estudantes a lerem obras de autores tanto brasileiros como estrangeiros O que aqui se tratar de a es did ticas diferenciadas no ensino da l ngua portuguesa utilizando obras liter rias que em muitos casos ler se por obriga o mas que n o apontam como algo sustent vel para se criar condi es de interpreta es de textos que levem aos futuros profissionais a buscarem novas formas de conceito entre o que ler e n o entender e o que ler e absorver as condi es em n o s foram produzidos os textos e sim o que leva a um texto ser interativo e atual mesmo estando esta produ o textual fora do contexto do leitor O processo de leitura produ o textual e reescrita tem como fina lidade demonstrar aos alunos do ensino m dio t cnico que produzir um texto n o apenas copiar fragmentos de livros revistas em realidade um processo de constru o entre as leituras pr vias conhecimentos b si cos da escrita e releitura do texto pelo pr prio autor ocasionando assim suas modifica es ao reescrev las DE TEXTOS ANTIGOS E MODERNOS RIO DE JANEIRO CIFEFIL 2014 131 Circulo Fluminense de Estudos

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