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o conceito de cidade em geografia nos livros didáticos do

1. Tal como se colocou uma apresenta o do livro did tico j existe claramente um posicionamento pedag gico que socioconstrutivista e um olhar cr tico da Ci ncia Geogr fica Linguagem z A linguagem utilizada apropriada para estudantes de terceiro ano m dio entre 17 e 18 anos de idade Atividades As atividades trabalham diferentes habilidades cada cap tulo come a com uma atividade motivacional que se chama Ponto de partida e fecha com uma atividade chamada Laborat rio de Geografia e com uma atividade grupal Bibliografia Possui refer ncias bibliogr ficas atualizadas com autores nacionais e estrangeiros Fonte P rez Cisternas N 2012 2 Como assinalado anteriormente esta uma resenha geral do livro did tico e n o somente do cap tulo que ser analisado nesta pesquisa Tal fato porque o objetivo fornecer uma vis o hol stica do texto em si mesmo e n o fragmentada O autor deste livro Jos William Vesentini doutor em Geografia No entanto para especificar sua forma o na rea o autor relata Fiz gradua o em Geografia na USP bacharelado 1973 e licenciatura 1974 Lecionei no ensino fundamental II e ensino m dio desde meu primeiro ano na gradua o 1970 depois de graduado trabalhei alguns anos 3 em planejamento de lazer socioeducativo no SESC SP e voltei a lecionar desta vez em cursinhos pr vestibulares e numa faculdade particu
2. o did tica que mais se aproxime aos seus objetivos de ensino e aprendizagem Para chegar a ser constru do este guia teve se que cumprir diferentes etapas de avalia o que se assinalam neste quadro Para mais informa o revise http portal mec gov br index php Itemid 668 amp id 12391 amp option com content amp view article consultada 10 07 2012 Se escolheu a guia deste ano por ser a mais atualizada a primeira avalia o dos livros did ticos de Geografia para ensino m dio foi no 2007 considerando que sua dura o de 4 anos dizer 2008 2011 A segunda avalia o foi no ano 2011 a qual ter dura o entre os anos 2012 2015 Algumas das cole es escolhidas j estavam presentes na primeira avalia o do 2007 mas segundo as observa es que tiveram nessa poca foram reeditadas para apresentar se nesta segunda avalia o e lograram ser novamente adotadas 15 QUADRO 11 ETAPAS DA AVALIA O DO LIVRO DID TICO 1 elaborag o e lan amento do Edital pelo MEC FNDE 2 inscri o das obras pelas editoras 3 triagem das obras pelo Instituto de Pesquisas Tecnol gicas IPT 4 pr an lise das obras pela Coordena o de rea da UFPR e o MEC 5 avalia o pedag gica das cole es 6 elabora o do Guia de Livros Did ticos PNLD 2012 Fonte Gu a PNLD 2012 Geograf a 2011 p 8 Como poss vel observar no processo de avalia o dos livros se envolvem v rias inst
3. poss vel considerar certa influ ncia do curr culo brasileiro na atualiza o curricular chilena Ainda relevante destacar a op o do Chile por estabelecer um curr culo segundo progress o de habilidades enquanto no Brasil o curr culo por progress o de compet ncias que nestes casos s o entendidas como sin nimos Outro aspecto a destacar que h um interesse no Chile por incluir atores sociais relegados e historicamente dominados Por enquanto no Brasil o interesse concentra se em eliminar os preconceitos e discrimina es existentes na Educa o ou seja em ambos os pa ses existe um interesse pela inclus o e integra o em educa o De forma geral poss vel perceber que as diferen as s o maiores que as semelhan as o que leva a pensar o porqu dessa situa o poss vel argumentar que no Brasil a reestrutura o do curr culo ocorre na pr tica no ano 1998 enquanto que no Chile se d s em 81 2009 como regulamento escrito e que come a a implementar se no ano 2012 o que implica uma diferen a no processo de consolida o em cada pa s No entanto importante salientar a necessidade de se encaminhar no Chile um processo mais transparente no que corresponde ao processo de avalia o e de divulga o dos crit rios requerimentos na l gica de estabelecer um sistema mais democr tico Al m disso importante lembrar que devido brutal ditadura militar chilena muitos dos processos em Edu
4. teoria do conhecimento predominante naquele momento As autoras prop em quatro vertentes no campo do curr culo a perspectiva acad mica a perspectiva instrumental a perspectiva progressivista e a perspectiva cr tica 29 A perspectiva acad mica defende a exist ncia de normas regras e m todos para validar os saberes Nesse sentido qualquer saber que deseje conformar se como conhecimento deve passar por essa valida o As autoras ressaltam que devido a tal fato muito usual que este tipo de perspectiva seja relacionado com o conhecimento cientifico associando a perspectiva acad mica ao enfoque positivista pois em termos de valida o estes se caracterizam por serem neutros Isto significa portanto que n o existe vincula o entre as rela es sociais e a produ o de conhecimento Desta forma a inten o do curr culo seria ter certos c nones enquanto conhecimentos disciplinares acad micos que sejam necess rios para garantir a transmiss o dentro da sala de aula Conforme as autoras os trabalhos dos fil sofos da Educa o Paul Hirst e Richard Peters durante as d cadas de 1960 e 1970 apresentaram os fundamentos desta vis o considerando que O processo de ensino deve transmitir aos alunos a l gica do conhecimento de referencia os conceitos e os princ pios a serem ensinados aos alunos s o extra dos do saber especializado acumulado pela humanidade LOPES e MACEDO 2011 p 111 Dessa forma Hirst e
5. 2002 CALLAI H Ensino de geografia recortes espaciais para an lise In CASTROGIOVANI A et al Orgs Geografia em sala de aula Pr ticas e reflex es Porto Alegre Editora da UFRGS 2010 CARLOS A Da Organiza o Produ o do Espa o no Movimento do Pensamento Geogr fico In CARLOS A et al Orgs A produ o do espa o urbano agentes e processos escalas e desafios S o Paulo Editora Contexto 2011 De la geograf a de la acumulaci n a la geograf a de la reproducci n un di logo con Harvey Barcelona Universidad de Barcelona Scripta Nova Revista Electr nica de Geograf a y Ciencias Sociales vol XII n m 270 143 1 ago 2008 CAVALCANTI L A geografia escolar e a cidade Ensaios sobre o ensino de geografia para vida urbana cotidiana Campinas Papirus Editora 2008 O ensino de geografia na escola Campinas SP Papirus Editora 2012 DAVILA C Decifra me ou te devorarei o que pode o professor frente ao livro did tico Salvador EDUNEB EDUFBA 2008 143 FUNDE Guia do Livro Did tico PNLD Ensino M dio 2012 Geografia Dispon vel em http www fnde gov br index php pnld guia do livro didatico 2986 guia pnld ensino medio 2012 Acesso 20 jun 2012 FREITAG B Teorias da cidade Campinas Papirus Editora 2006 GARC A P REZ F La ense anza de la Geograf a y sus posibilidades en el curr culum Tn TONINL I et al Orgs O Ensino da Geografia e suas Composi
6. Caracterizaci n de las pol ticas econ micas de Chile para su inserci n en la econom a global la apuesta por desarrollar las exportaciones la opci n bilateral y la par ticipaci n en bloques econ micos los tratados de libre comercio Reconocimiento del impacto y de los desa fios que presentan para Chile los problemas globales la contaminaci n del plancta y el calentamiento global el abastecimiento energ tico la amenaza de las pandemias la pobreza y discriminaci n Valoraci n de los compro misos que ha asumido el Estado de Chile en materia de Derechos Humanos y en la progresiva consolidaci n de un orden jur dico internacional a trav s de la suscripci n de tratados internacionales Problematizaci n de las rela ciones entre desarrollo econ mico y fortalecimiento de la democracia y entre el derecho internacional y la sobera n a nacional en el mundo contempor nco 5 DESAF OS DE LAS REGIONES DE CHILE Aplicaci n del concepto de ventajas comparativas al an lisis de la especializaci n econ mica de las regiones de Chile y de su inserci n en el mercado global Evaluaci n de los principales desafios de la regi n respecto de la glo balizaci n y del desarrollo sustentable Reconocimiento de la importancia de la planificaci n territorial para el desarrollo de las regiones considerando la jerarqu a ur bano regional los riesgos naturales la protecci n del am biente y la calidad de vida de la poblaci n Id
7. absolutamente necess rio ter um timo livro did tico que o ajude na solu o desse problema No entanto poss vel ir al m com esse questionamento e perguntar se se esse interesse do estado ou governo radica somente nisso Parece ser inquestion vel a ideia de que o livro did tico um recurso necess rio na Educa o o que apontado em uma das teses de Lopes 2007 que afirma que o livro did tico olhado muitas vezes como curr culo escrito ou seja direciona tanto o proceder dos docentes quanto aos conte dos que devem ser tratados e avaliados nos diferentes n veis Por sua vez ele mantido pelo Estado para cumprir esse papel Segundo a autora Coerentemente com a perspectiva de ver o livro did tico como fonte de acesso ao saber legitimado todo esfor o parece ser o de tentar garantir que esse saber esteja presente nos livros did ticos escolhidos pelo professor ou que porventura as editoras venham a promover altera es nesses livros em fun o dos coment rios apresentados 2007 p 213 Ent o encontra se frente rela o existente entre as pol ticas estatais educativas e o mercado editorial do livro did tico sendo que um dos primeiros autores que teorizaram sobre este tema Apple 1999 2002 aponta os interesses existentes por tr s da legitima o de certos conte dos que formariam o conhecimento v lido e oficial que o livro did tico reproduziria Livros textos n o s o simplesmente sistemas d
8. foi mencionado o livro did tico identifica analisa e reflete sobre as dimens es humanas e econ micas do espa o geogr fico introduzindo as teorias do desenvolvimento que influenciam o atuar da sociedade Neste ponto consideram se os modos de assentamentos na rela o urbano rural e com isso desencadeia os processos de urbaniza o al m dos problemas sociais ambientais e de segrega o s cio espacial que evidentes nas cidades latino americanas No cap tulo 3 pode se apreciar o ingresso da perspectiva hist rica com a categoria de an lise hist rica continuidade e mudan a Por meio dela pode se observar como as dimens es do espa o geogr fico analisadas nos cap tulos anteriores expressam se em fun o de um olhar local e global fazendo um chamado s categorias de an lise da Geografia regi o Territ rio Paisagem e Lugar Desta forma trabalham se os Populismos Ditadura Militares Socialismo e Democracia na Am rica latina e sua rela o com o mundo Especificamente os conte dos do cap tulo 2 da unidade 3 come am com um olhar para a diversidade da popula o na Am rica Latina e como essa diversidade foi determinante da configura o das sociedades multi tnicas e multiculturais introduzindo a produ o dos diferentes territ rios da regi o 95 Assim a distribui o da popula o latino americana possui diferencia es claras nas quais influem os fatores f sico naturais econ micos hist ric
9. gua mananciais e len is fre ticos do desequil brio ecol gico e da desorganiza o social anomia viol ncia tr fico de drogas e de armas etc FREITAG 2006 p 153 por isso que o sab as que fica justamente s como um dado a mais para conhecer mas n o necessariamente faz um chamado a an lise apesar de que na p gina seguinte se mencionam os centros urbanos com superpopulac o e todos os problemas que esta situag o traz Na p gina 151 do livro postula se um olhar hist rico da distribui o da popula o na Am rica Latina que vai acompanhada de uma resenha sab as que que tem uma rela o direta com o processo de colonizag o descrito De acuerdo a las Ordenanzas fijadas por Felipe II en 1573 para la ubicaci n de las nuevas ciudades se recomendaba escoger sitios donde se observaran personas de edad avanzada hombres y animales sanos frutos de buen tama o que garantizaran el abastecimiento abundancia de rboles para estar provistos de le a y cerca de fuentes de agua para el consumo y el regad o Lugares donde el aire fuera puro el cielo claro el clima templado y cerca de pueblos ind genas para poder evangelizarlos No deb an ubicarse en sitios muy altos ni muy bajos prefiri ndose las poblaciones cercanas a un r o MILOS P et al 2010 interessante que a resenha sab as que que acompanha a perspectiva hist rica seja justamente uma ordenan a que se preocupa com o espa o
10. poss vel identificar dentro deste mercado grupos editoriais que n o respondem s l gicas tradicionais e que portanto abrem um mercado que poderia ser chamado de progressista com autores que rompem com os esquemas tradicionais e que integram neste mercado a l gica da compet ncia Em termos te ricos ir o existir interesses relativamente aut nomos por valores culturais espec ficos dentro dos grupos de autores e de editores que trabalham para as editoras Estes valores podem ser um pouco mais progressistas do que se poderia imaginar a partir da estrutura de mercado da produ o de textos Certamente que isto ir contra a estandardiza o e censura totais APPLE 2002 p 74 O que claramente pode apreciar se neste par grafo a vis o diferenciada dentro do mercado que oferece uma perspectiva de falsa oferta pois existe a sensa o de um mercado aberto que possui inova es na sua oferta Por isso em termos econ micos aumentaria a oferta e seguramente num prazo razo vel tamb m a demanda E inquestion vel que esta inova o se desenvolve dentro de um marco estatal que regulado e que continua mantendo o poder de decis o sobre o conhecimento que o livro did tico deve entregar 43 Lopes 2007 sem desconsiderar a an lise pol tico econ mica exposta por Michael Apple agrega um olhar novo sobre o livro did tico como um texto curricular que reinterpreta sentidos e significados de m ltiplos contextos
11. a saber Como s o selecionados os conte dos que aparecem nos livros did ticos Ser que algum conte do mais leg timo que outro Que tipo de conhecimento se deseja priorizar Estas interroga es permanecem como quest es centrais nos debates dos curriculistas e professores que nos chamam a questionar os processos seletivos ou os respons veis pelos mesmos assim que essas perguntas come am a gerar outras como por exemplo Por que o livro did tico um dos recursos mais utilizados na pr tica docente cotidiana Quais s o os agentes do governo que se encontram envolvidos na sua produ o Pode se somar a estas quest es Como o processo de ensino aprendizagem refletido nas p ginas do livro did tico Quais s o as categorias que deveriam ser trabalhadas As quest es supracitadas s o significativas e provavelmente surgir o e resurgir o durante toda a pesquisa pois suas respostas n o s o lineares claramente Considerando que s o duas realidades analisadas importante esclarecer que logicamente poder se encontrar diferen as durante o processo assim como pode se desvelar situa es que se repetem em ambas Desta maneira esta investiga o tem seu foco na an lise dos conceitos de cidade presentes nos livros did ticos aprovados pelo MINEDUC do Chile e pelo MEC do Brasil no per odo de 2010 2012 no ltimo ano do Ensino M dio respectivamente Ao analisar que os livros aprovados no Chile s
12. anza aprendizaje en las p ginas del libro Cu les son las categor as y conceptos que deb an ser trabajados Estas preguntas son significativas cuando se habla del libro did ctico pero adquieren nuevas tonalidades cuando los libros a ser analizados corresponden a dos pa ses con diferencias substanciales en la organizaci n de la ense anza y por tanto de los contenidos de ense anza media Para realizar una aproximaci n a esos contextos se pens en la categor a de espacio geogr fico y el concepto de ciudad considerando que este es un contenido geogr fico amplio e integrador pues la mayor a de la poblaci n del mundo vive en el mbito urbano lo que ocasiona un crecimiento acelerado de estos lugares y simult neamente a cambios en la forma de vida As tambi n cuando se desea analizar la ciudad siempre se piensa desde una perspectiva occidental europea mientras la ciudad latinoamericana responde a otros conflictos y desaf os generando tambi n otras identidades Esa realidad ha repercutido en el concepto de ciudad haci ndolo parecer f cil de ser definido explicado y comprendido cuando en realidad el nivel de complejidad alcanzado es ampliamente notorio Siendo as la ciudad como concepto se presenta bastante atractivo en la medida en que es un punto de encuentro de estas dos realidades permitiendo concentrar el an lisis de esta investigaci n en un concepto geogr fico que es importante a nivel mundial y que tambi
13. com as condi es naturais que a popula o deve aproveitar para localizar as cidades e no final com as condi es necess rias que os seres humanos precisam para relacionar se com o m dio dinamiz lo e transform lo Com respeito s atividades da unidade importante destacar o trabalho com an lises de dados quantitativos correspondentes s taxas de fecundidade taxa de mortalidade estrutura da popula o por grupos et rios e popula o total por pa ses assim como a intencionalidade de que os estudantes confeccionem gr ficos com esses dados somente para obter resultados comparativos Neste aspecto ressente se o fato de que n o existam an lises mais aprofundadas Quanto s atividades relacionadas especificamente cidade Anexo 2 2010 p 148 o trabalho o mesmo com dados quantitativos de popula o urbana por pa s No entanto a diferen a das atividades anteriores chama se a refletir criticamente frente a duas quest es La 90 mayor parte de la pobreza en Am rica latina se genera en los campos e El desarrollo de grandes centros urbanos en Am rica ayuda a superar los problemas econ micos Nesse sentido se faz evidente que o professor deve ter um papel mediador importante pois s com dados e com o conte do trabalhado os estudantes n o poderiam lograr uma reflex o profunda a esse respeito Desta forma justifica se os postulados de Pedro Milos yo tengo en la cabeza es un texto escolar para el estudian
14. de comunicaci n para el ejercicio del derecho a la infor maci n Evaluaci n del sistema electoral chileno para las elecciones presidenciales parlamentarias y municipales Caracterizaci n de distintas formas de participaci n de la comunidad en el pa s la regi n y en la comuna en organizaciones no gubernamentales con fines sociales pol ticos culturales y espirituales Valoraci n de las ex presiones de pluralismo y diversidad al interior de la so ciedad chilena HISTORIA GEOGRAF A Y CIENCIAS SOCIALES EDUCACION MEDIA 3 RESPONSABILIDADES CIUDADANAS Reflexi n cr tica sobre la importancia de las responsabi lidades ciudadanas en el bienestar com n cumplimiento de las normas y leyes para hacer posible la convivencia y favorecer el bienestar com n cumplimiento de obliga ciones tributarias por parte de las empresas y los indivi duos para el financiamiento del Estado cuidado de los espacios y de la infracstructura p blica Evaluaci n de desafios a la democracia en Chile abordando tem ticas tales como representaci n pol tica participaci n juvenil pluralismo en los medios de comunicaci n transparencia y probidad Reflexi n cr tica sobre problemas y desafios de la sociedad chilena tales como la desigualdad y la su peraci n de la pobreza el reconocimiento de los derechos de las minorias la violencia social e intrafamiliar y el desarrollo sustentable 4 LOS DESAF OS DE INSERTARSE EN UN MUNDO GLOBALIZADO
15. disciplina de Geografia no caso chileno que ela corresponde disciplina de Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais significa que na maior parte das vezes o professor de Hist ria o profissional que ministra aulas de Geografia Cidadania Economia e Hist ria todos esses fatos dentro de uma disciplina com uma quantidade de 4 horas por semana no n vel de Ensino M dio No caso brasileiro 4 disciplinas compartilham uma rea mas n o significa que compartilham horas planejamentos ou professores Em termos pr ticos ocorre no Chile que 2 horas s o de Hist ria enquanto somente 2 horas se dividem nas outras disciplinas desde que o professor tenha uma forma o inicial que lhe permita ministrar aulas das outras disciplinas ou seja apesar de que a atualiza o curricular considere a disciplina geogr fica muitas vezes na escola esta disciplina se mant m subordinada a Historia e trabalhada com aspectos tradicionais e positivistas de seus conte dos Quanto ao livro did tico poss vel destacar uma diferen a importante quanto abordagem te rico metodol gica dos conte dos e portanto das pessoas que os escrevem seus autores interessante perceber que no Brasil existe uma preocupa o em que as cole es possuam uma postura clara e expl cita do posicionamento te rico epistemol gico trabalhado e que al m disso exista uma coer ncia entre os livros que comp em a cole o Esses aspectos no Chile n o s o
16. gicos anteriores ao ano 2009 consultar a monografia de gradua o P rez Cisternas N et al 2008 Banalizados Jibarizados y Cercenados una aproximaci n a los conceptos de espacio geogr fico y tiempo hist rico en los libros de texto UAHC Chile www academia cl 67 Desta maneira existe uma preocupa o pela educa o para que a popula o se eduque e portanto possa aceder a postos de trabalhos melhor remunerados E poss vel apreciar o interesse ao longo prazo por parte do MEC que insistiu em gerar uma proposta que daria frutos no futuro porque claramente uma proposta curricular nova n o algo que se implementa rapidamente mas tem certos processos a seguir Os objetivos da nova educa o pretendida s o certamente mais amplos do que os do velho projeto pedag gico Antes se desejava transmitir conhecimentos disciplinares padronizados na forma de informa es e procedimentos estanques agora se deseja promover compet ncias gerais que articulem conhecimentos disciplinares ou n o Essas compet ncias dependem da compreens o de processos e do desenvolvimento de linguagens a cargo das disciplinas e estas devem por sua vez ser tratadas como campos din micos de conhecimento e de interesses e n o como listas de saberes oficiais Ibidem p 12 Existe um interesse em estabelecer um curr culo com base em compet ncias que entregam a compreens o de certos processos por parte dos estudantes e que n o respondam tr
17. identifica o descri o indaga o an lise aplica o e resolu o de problemas e claramente s o complementadas pelas atividades propostas nos hipertextos Ao considerar tal fato necess rio voltar para o que os autores prop em a prop sito das atividades que o livro did tico deve ter Ojal las m s amplias y las m s diversas aquellas que se acerquen a las experiencias de los estudiantes que tengan que ver con las vivencias de ellos con los trabajos de campo trabajar la producci n del espacio me parece que es un tema interesante imaginar una ciudad me parece que son ejercicios interesantes A m me gustan mucho esos ejercicios que tiene que ver con mirar im genes de la ciudad me parece que es una actividad relevante y tratar de comprender los flujos que se dan al interior de ellos me gusta mucho la idea del contraste de la comparaci n incluso en cosas bien sencillas como mirar la cuadricula mirar el dise o incluso en estos planos peque os de estos planos casi comerciales tur sticos me parece que son ejercicios importantes para entender c mo se va tejiendo la ciudad y de ah a partir de ah no se po las posibilidades de imaginar la construcci n de una ciudad son tambi n s per lindas Me parece a m que las actividades tienen que estar orientadas a que el ni o comprenda el tejido de redes que hay al interior de la ciudad me parece que es algo que es valioso de hacer me parece que si el ni
18. n o poss vel se aproximar destes sem abordar o curr culo pois essa base que dar a este recurso sua import ncia no mbito escolar Ao falar de curr culo defronta se com v rias defini es desde o que se compreende na escola at o que se considera como conte do curricular no mbito acad mico Por outro lado e considerando que a vis o desta pesquisa realizar um esfor o em conhecer e compreender o conceito de cidade trabalhado nos livros did ticos do Chile e do Brasil se faz tamb m necess rio indagar as perspectivas curriculares de ambos os pa ses uma vez que estas mostram as perspectivas que est o vigentes atualmente na Educa o e a rela o dessas racionalidades com a compreens o do conceito de cidade Para apresentar a concep o de curr culo que fundamenta a pesquisa consideraram se os aportes do chileno Enrique Pascual 1998 a partir do seu artigo Racionalidades en la producci n curricular y el proyecto curricular e os aportes das autoras brasileiras Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo 2011 no livro Teorias de curr culo importante ressaltar que os aspectos aqui trabalhados s o orienta es que nos auxiliar o na compreens o do curr culo de ambos os contextos n o pretendendo tornar se modelos fechados nem par metros estabelecidos para a revis o e an lise curricular Simplesmente uma interpreta o das racionalidades paradigmas e conhecimentos apresentados em ambos os textos na discuss
19. o socialmente produzido A partir dessa perspectiva os postulados de Massey 2008 oferecem uma contribui o importante pois a autora complementa o exposto por Santos 2009 e prop e a exist ncia de tr s vari veis que s o elementares para compreender o espa o Primeiro reconhecemos o espa o como o produto de inter rela es como sendo constitu do atrav s de intera es desde a imensid o do global at o intimamente pequeno Segundo compreendemos o espa o como a esfera da possibilidade da exist ncia da multiplicidade no sentido da pluralidade contempor nea como a esfera na qual distintas trajet rias coexistem Terceiro reconhecemos o espa o como 19 estando sempre em constru o Precisamente porque o espa o nesta interpreta o um produto de rela es entre rela es que est o necessariamente embutidas em pr ticas materiais que devem ser efetivadas ele est sempre no processo de fazer se Jamais est acabado nunca est fechado p 29 Como esclarece a autora em seu texto prov vel que estas tr s vari veis sejam observadas como bvias No entanto no intento de compreender o espa o geogr fico atualmente n o poss vel esquecer que em seus in cios te ricos ele foi compreendido como nega o do tempo e portanto de suas rugosidades Desse pressuposto Massey 2008 afirma ser absolutamente necess rio pensar um espa o din mico e em constante constru o A auto
20. o apenas dois escolheu se dois exemplares representativos dos livros did ticos brasileiros de um total de 14 livros aprovados nesse per odo Essa situa o se justifica na medida em que se busca estabelecer equival ncia no que se refere quantidade de livros did ticos de ambos os pa ses a serem analisados para manter a representatividade Os objetivos espec ficos desta pesquisa centram se no seguinte Quarto ano de Ensino M dio no Chile e terceiro ano de ensino m dio no Brasil correspondem aos anos de finaliza o do ensino escolar tradicional O processo de sele o foi desenvolvido totalmente no Cap tulo 2 desta pesquisa 16 Identificar os elementos que comp em o conceito de cidade que se encontra nos livros did ticos de Geografia analisados Verificar as rela es que se estabelecem entre os conte dos curriculares e o conceito de cidade abordado no livro did tico de Geografia Compreender os elementos do processo de orienta o curricular e de produ o de livros did ticos em ambos os pa ses Estabelecer consist ncias e inconsist ncias entre as formas como se trabalha o conceito de cidade nos livros did ticos de ambos os pa ses Para responder a estes objetivos a pesquisa desenvolveu se numa perspectiva qualitativa de cunho dial tico que permite considerar os aspectos hist ricos ideol gicos culturais e contextuais quanto produ o do livro did tico Por sua vez a A
21. o comprende eso comprende gran parte de lo que es incluso la econom a me parece que entendiendo eso es capaz de comprender muchos mbitos de las ciencias sociales me parece que el tema urbano es vital para el desarrollo de las ciencias sociales en la escuela AZZ1 32 Como exposto pelo autor Gonzalo lvarez existe uma clara cren a na inova o como grande aposta das atividades A ideia que essas animem o estudante despertem no o interesse em investigar al m do que o pr prio livro did tico traz No entanto sempre pensando que o trabalho do docente claramente importante neste mbito tal como o pr prio autor assinala nesses momentos 99 JPienso que el texto escolar es una herramienta nada m s que una herramienta entonces por mucho que se hagan esfuerzos por por ejemplo renovar el lenguaje de la disciplina si ese profesor o los docentes que est n trabajando el texto escolar en el aula no lo llevan a la experiencia de los nifios va a ser un esfuerzo en vano J AZZI 28 Yo creo que en primer lugar como te dec a reci n el profe tiene que tratar de entender que el texto escolar es una herramienta que est dise ado para mediar el aprendizaje que en ning n caso el texto escolar act a por s mismo En ese sentido siento que el profesor debe entender que el texto escolar le entrega posibilidades para llevar a cabo su mirada particular y contextual de lo que tiene que hacer Tiene que entender que e
22. o sobre curr culo Como foi dito existem diferentes formas de abordar o curr culo e n o a inten o desta investiga o responder qual a forma leg tima para esta abordagem No entanto existe uma vis o amplamente aceita quanto teoria curricular que seria correspondente linha que faz referencia s racionalidades ou paradigmas no campo do curr culo Segundo Pascual 1998 s o tr s os paradigmas orientadores das an lises curriculares Em primeiro lugar a racionalidade t cnica em segundo a racionalidade pr tica e a racionalidade cr tica Pascual 1998 afirma que quando se fala de racionalidade t cnica se faz refer ncia a um interesse t cnico que realmente a necessidade humana de ter o controle sobre o entorno Nesse sentido seria necess rio conhecer quais s o os princ pios normas e procedimento pois assim que o conhecimento se volta objetivo e verific vel por m a Educa o consistiria 26 en la reproducci n de la cultura predominante en un grupo social y por tanto a partir de las ideas y valores dominantes en el grupo transformadas en intenciones o prop sitos educativos la educaci n a trav s de los procesos de transmisi n cultural busca una especie de homogenizaci n sociocultural de los individuos p 20 Em termos curriculares o autor faz alus o perspectiva de Ralph Tyler que prop e um modelo por objetivos que estabelece um conjunto de procedimentos e normas que t m como
23. p 112 Assim compreende se que a categoria que permite a an lise geogr fica nessa pesquisa o espa o compreende se tamb m que o conceito que est sendo analisado desde esta perspectiva geogr fica a cidade O fato de que a categoria seja permanente n o significa que n o seja constru da historicamente Nessa l gica pode se postular que a categoria muda em fun o do paradigma epistemol gico que o autor utiliza para constru la Assim pode se advertir na Geografia uma postura determinista do espa o geogr fico como aquela que Ratzel prop s ou o espa o geogr fico como inter rela o que o que postula essa pesquisa Tamb m poss vel ter um conceito de cidade ligado a uma vis o quantitativa assim como a possibilidade de o conceito estar ligado a uma perspectiva qualitativa Dessa forma o olhar do autor ou dos autores que decide o posicionamento epistemol gico do conceito constru do No caso do livro did tico essa autoria uma responsabilidade compartilhada pois n o somente o autor decide o discurso presente no texto mas tamb m o governo manifesta o tipo de paradigma a partir do qual se est pensando a abordagem Nessa l gica o paradigma dominante mant m a press o sobre a op o do autor A partir dessa vis o poss vel estabelecer a exist ncia de certos conte dos que estruturam o conceito de cidade nesse caso espec fico constatou se que os 4 livros did ticos analisados apresentaram um
24. racionalidade t cnica por ser uma deriva o desta proposta centrada nos objetivos expressos na teoria de Tyler Baker e Popham e s respondem a esta vis o situando se em uma ideia mais produtivista J a perspectiva acad mica e a racionalidade pr tica respondem de forma similar pois a racionalidade pr tica estabelece uma preocupa o pelo ju zo pr tico que deve ter uma forte base disciplinar para conseguir saber que fazer e assim portanto preocupar se pelo desenvolvimento do processo Desta forma prop e se a seguinte reestrutura o e complementa o da leitura do curr culo feita pelos autores para esta pesquisa QUADRO 2 PROPOSTAS DE PARADIGMAS PARA COMPREENDER OS CURRICUOS DO CHILE E DO BRASIL Paradigmas Autores Curr culo centrado em representativos Paradigma Ralph Tyler Objetivos T cnico deriva o dos aportes Instrumental de Tyler Compet ncias Baker Popham Paradigma Paul Hirst Conhecimentos Proposta Acad mico Richard Peters disciplinares articulada para Pr tico Joseph Schawb esta pesquisa Jerome Bruner Processo 36 Lawrence Stenhouse Paradigma John Dewey Constructivismo Progressivista Paradigma Paulo Freire Autonomia Cr tico Jos Carlos Lib neo Michael Young Valida o do Michael Apple conhecimento Henry Giroux Kemmis Grundy Fonte P rez Cisternas N 2012 Por meio desta proposta deseja se estabelecer uma leitura d
25. um autor bastante identificado com o estudo de favelas que til embora eu considere exagerado demais Tamb m considero exagerado e infeliz o conceito de n o lugar t o em moda em alguns setores da geografia urbana brasileira atual engendrado pelo antrop logo Marc Aug que pelo menos conseguiu encetar um debate AEA1 22 As perspectivas destes autores s o diferenciadas mas pode se perceber um forte posicionamento cr tico e inclusive p s cr tico em algumas delas E interessante porque o autor evidencia certas diferen as em algumas posturas mas por sua vez reconhece o quanto s o valiosas para o trabalho do conceito de cidade 117 Finalmente ao fechar o cap tulo do livro apresenta se um item de atividades denominado Laborat rio de Geografia no qual a primeira parte comp e se de perguntas que levam o estudante an lise e reflex o das tem ticas trabalhadas no cap tulo Comp e se por 9 perguntas das quais 3 possuem rela o direta com a compreens o do conceito de cidade e Por que existe uma intensa migra o rural urbana ou xodo rural no Brasil e Nas grandes e m dias cidades comum associar figura do migrante as quest es relativas pobreza e viol ncia em vez de relacion las incapacidade do poder p blico de resolv las O que voc pensa a esse respeito Justifique sua resposta e D a sua opini o sobre os grupos racistas que culpam os migrantes pobres pelos problemas da
26. Ciencias Sociales que componen este sector de aprendizaje no constituyen un saber lejano y desvinculado de su mundo Por el contrario estas disciplina les ofrecen un conjunto de aproximaciones conceptuales y habilidades relevantes que les pueden ayudar a comprender mejor sus vidas razonar y discernir sus opciones y trazar planes a 1 2 z o 24 Por ser o nico MPA da rea de Geografia e ao mesmo tempo abordar a categoria de an lise desenvolvida nessa pesquisa 58 futuro a la vez que pueden ayudarles a entender su contexto social y el mundo contempor neo reflexionar sobre el curso de los acontecimientos y sentirse motivados a participar activa y responsablemente en diversos niveles en la sociedad MINEDUC 2009a p 195 Nessa vis o conjunta os objetivos tornam se mais amplos e dif ceis conseguir pois existe a necessidade de nunca desvincular as disciplinas que comp em esta rea o que em termos pr ticos significa n o somente dividir horas de aula mas tamb m objetivos por aula o que segundo o curr culo chileno seria em benef cio de uma perspectiva integradora Se busca as proporcionar una mirada integradora que considere las perspectivas hist rica geogr fica econ mica y pol tica para la comprensi n de la complejidad de la vida sociedad Esto se hace especialmente evidente en los objetivos de formaci n ciudadana que se vinculan con las m ltiples disciplinas que estructuran este sector y que se refuerza
27. Geograf a Post Cr tica quien reconoci los procesos de intersubjetividad y de multidimensionalidad que est n a la base de la construcci n de espacios Considerando todas esas nuevas apuestas discursivas de los ltimos a os el espacio ha ampliado su campo sem ntico De ser un concepto de matriz f sico morfol gica y matem tico topol gica ha pasado a ser un concepto de matriz relacional compleja y muldimensional pol tica Est constituido de acciones y objetos al mismo tiempo de planos de encuentro y de conflicto A decir el espacio ha vuelto al an lisis social en un sentido m s complejo que el que convencionalmente se usa GARRIDO PEREIRA 2011 p 10 Os debates no mbito da Geografia acad mica no Chile j ultrapassaram o circulo intelectual chegando ao ensino escolar Dessa forma o espaco geogr fico o conceito que precisa ser trabalhado na Geograf a escolar mas importante tamb m n o esquecer que n o o nico conceito que pode ser trabalhado De este modo territorio lugar regi n paisaje y m s recientemente geosistema y medio ambiente han aparecido como conceptos compitiendo entre s en esta carrera por establecer definitoriamente aquello que es exclusivo como objeto de los profesionales de la geograf a Pese a las diferencias establecidas entre dichos conceptos nadie podr a discutir su sinonimia con el concepto de espacio geogr fico vale decir en el contexto de la reconstituci n de la experien
28. Interfere nos mesmos valores que s o atribu dos pelo pr prio ser humano e que resulta numa distin o entre o espa o absoluto cartesiano uma coisa em si mesmo independente e um espa o relacional que apresenta sentido e valor quando confrontado a outros 68 espa os e outros objetos Paisagem Unidade vis vel do arranjo espacial alcan ado por nossa vis o Cont m elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho de sua cultura e de sua emo o Nela se desenvolve a vida social e dessa forma ela pode ser identificada informalmente apenas mediante a percep o mas tamb m pode ser identificada e analisada de maneira formal de modo seletivo e organizado e neste ltimo sentido que a paisagem se comp e como um elemento conceitual de interesse da Geografia Lugar Por o do espa o apropri vel para a vida que vivido reconhecido e cria identidade Guarda em si mesmo as no es de densidade t cnica comunicacional informacional e normativa Guarda em si a dimens o da vida como tempo passado e presente nele que ocorrem as rela es de consenso conflito domina o e resist ncia nele que se d a recupera o da vida o espa o com o qual o indiv duo se identifica mais diretamente Territ rio Por o do espa o definida pelas rela es de poder passando assim da delimita o natural e econ mica para a de divisa social O grupo qu
29. Macedo Acad mica Richard Peters disciplinares Joseph Schawb Jerome Bruner Perspectiva deriva o dos aportes Compet ncias Instrumental de Tyler Baker Popham Perspectiva John Dewey Construtivismo Progressivista Perspectiva Michael Young Valida o do Cr tica Michael Apple conhecimento Paulo Freire Jos Carlos Lib neo Fonte Pascual 1998 Lopes e Macedo 2011 35 Estas rela es evidenciam e alertam para sinais sobre os paradigmas que marcaram os curr culos de ambos os pa ses Pascual 1998 estabelece uma op o por mostrar essas tr s racionalidades sem no entanto limitar a evolu o do curr culo no Chile a esses paradigmas enquanto que por sua parte Lopes e Macedo 2011 acreditam que essas quatro perspectivas foram efetivamente os enfoques que tiveram maior predomin ncia no Brasil tal fato n o significa que o curr culo seja estritamente limitado a essas concep es A partir deste a proposta da investiga o a de complementar ambas as vis es na discuss o do curr culo considerando que efetivamente existiu no Chile uma grande presen a dos seguidores da Escola Nova e dos postulados de John Dewey que est refletido no curr culo e portanto pode se afirmar que a racionalidade progressivista est presente neste pa s Por sua vez importante ressaltar que a perspectiva instrumental com sua vis o de curr culo centrado nas compet ncias se encontra diretamente relacionada
30. Milos que foi o coordenador do equipe do texto da editora MN Sem aquele contato os documentos n o teriam chegado em minhas m os 51 van Dijk Ruth Wodak Gunter Kress e Theo van Leeuwen durante o simp sio sobre o ACD e suas poss veis linhas de trabalho e pesquisa O ACD uma resposta aos paradigmas estruturalistas e preocupa se com os problemas sociais n o descrevendo as estruturas do discurso mas procura explicar a estrutura social Esta pesquisa em particular seguir os fundamentos de Teun van Dijk 2000 que exp e que o discurso n o pode ser entendido exclusivamente como uma forma de comunica o oral mas precisa ser compreendido antes de tudo na produ o te rica na qual os documentos escritos s o ricas evid ncias do discurso que est sustentado na escrita el uso del lenguaje no se limita por supuesto al lenguaje hablado sino que incluye el lenguaje escrito o impreso la comunicaci n y la interacci n escritas como es el caso de los peri dicos de nuestros libros de textos o nuestra correspondencia correo com n o electr nico o de los miles de tipos distintos de textos propios de nuestro trabajo acad mico o de otros tipos de trabajos Ib d p 23 O procedimento metodol gico utilizado para identificar o discurso que envolve a noc o de cidade presente nos livros did ticos e nos agentes que acompanham o processo de produ o destes consistiu nas seguintes etapas Em primeiro lugar
31. P et al 2010 p 133 Esta defini o nos permite observar o interesse por cumprir os crit rios requerimentos que recolhem as indica es do marco curricular e que mostram as necessidades do setor ou rea de Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais e tamb m as pr prias concep es que a autora tem sobre a disciplina geogr fica importante assinalar que esse par grafo inicia uma descri o geral de aspectos geomorfol gicos e clim ticos de Am rica Latina que s o os CMO para 4 ano do Ensino M dio Se bem que seja interessante que a autora desenvolva uma vis o com proximidade Geografia cr tica apropriando se da categoria de espa o geogr fico sup e se que s o os crit rios requerimentos os que est o dirigindo esse olhar em particular j que precisamos lembrar que eles colocam como obrigatoriedade considerar os MPA do setor neste caso seria considerar o MPA de espa o geogr fico situa o que a autora cumpre sem saber que a categoria de an lise central da Geografia justamente essa AMN2 24 Quanto ao conceito de cidade relevante observar que este trabalhado de forma indireta quando no ponto 4 4 do livro did tico prop e se a rela o entre popula o urbana e popula o rural Por ltimo otra de las caracter sticas importantes de la poblaci n en Am rica Latina que se profundiz durante todo el siglo XX es la tendencia al desplazamiento de la poblaci n hacia las ciudades y al crecimiento
32. XX se ha manifestado de modo sostenido en nuestra regi n proyect ndose en un 80 la poblaci n urbana de Am rica Latina para el afio 2015 La explosiva migraci n desde el campo a la ciudad y en menor medida las elevadas tasas de crecimiento vegetativo han dado origen a un proceso de urbanizaci n caracterizado por su improvisaci n A su vez este proceso ha acarreado consigo una serie de nuevos y complejos problemas agudizados por las caracter sticas socio econ micas propias de la regi n La urbanizaci n de la pobreza como se le ha conocido ha estado acompaiiada entre otras realidades por un severo d ficit habitacional serias carencias de equipamiento b sico problemas de salubridad y por un constante quebrantamiento de las normas sociales expresados en actos delictivos MILOS P et al 2010 p 128 de considerar a vis o centrada na Am rica Latina pois claramente o processo de urbaniza o se diferencia de outras regi es por seus tra os espec ficos que s o muito bem definidos no par grafo Al m disso importante destacar que a constru o deste bloco como j se diz antes foi feita pela autora Cristina Moyano que especialista em movimentos sociopol ticos em Am rica Latina e por isso possui uma perspectiva assentada na vis o neomarxista a qual a autora defende implicitamente na entrevista los distintos fen menos sociales o hist ricos o hist rico sociales se expresan en el espacio
33. a impossibilidade de constru o de um conceito universal saiaeei sasesananesjaersssiaa tina vasaste sofa torasicaade seres 3 2 Reflex es pedag gicas o conceito de cidade no ensino de Geografia 3 3 Por um conceito de cidade presente no livro did ticO ooooonnocccconcccnoncnnnonanonnnos CONSIDERA ES FINAIS soca Ses A RS eno REFERENCIAS a ea tos dra ANEXOS SR A ARS APPENDICE e nao pc Ai 13 18 18 25 38 48 55 55 82 103 119 119 126 132 137 142 146 163 12 13 CONSIDERA ES INICIAIS A cidade um conceito que sempre me intrigou Por um lado existe aquela defini o est tica e quantitativa que defende um significado universalista e que acompanha os registros padronizados Por outro o conceito de cidade possui uma complexidade maior pois quando eu penso a cidade n o penso em quantidade de popula o penso em aromas em ruas percorridas e em sensa es citadinas Penso numa cidade conflitante e contradit ria uma cidade que se constr i a partir de aspectos econ micos pol ticos sociais e culturais Nessa l gica a cidade um conte do geogr fico amplo e integrador primeiro porque a maioria da popula o do mundo vive no mbito urbano o qual um fato ineg vel o que ocasiona crescimento acelerado destes lugares e concomitantemente mudan as nas formas de vida Em segundo lugar porque o tratamento desse tema deve considerar tamb m o campo n o como seu cont
34. algo inquestion vel Justamente isso o que prop em os crit rios requerimentos elaborados pelo MINEDUC dispon veis no anexo 1 Al m disso esta intencionalidade com o foco na reflex o poss vel ser identificada quando os autores assinalam qual seria o papel da Geografia el rol social de la Geograf a es s per importante porque permite y favorece la formaci n ciudadana el constituirte como sujeto activo y participe de la sociedad en que estas inserto ya sea en el medio rural urbano o en cualquier otro contexto especifico de asentamiento humano en tanto tu eres participe de la producci n de ese espacio geogr fico de esa de ese entorno en que t vives t lo estas produciendo individual y colectivamente AZZ2 12 H um reconhecimento dos aspectos pol ticos que constituem o territ rio A sociedade que configura a cidade um sujeito ativo que possui interesses e s o esses interesses os que tamb m se expressam no espa o n o s de forma individual mas tamb m no coletivo Ent o seria o direito de cada cidad o produzir a cidade Tal fato reafirmado pela autora Macarena Barahona quando fala sobre a defini o do conceito de cidade y yo quisiera no s si eso es as pero yo quisiera que cuando uno definiera ciudad pudiese entender que es la que habitan los ciudadanos en ese sentido ah hay un ejercicio pol tico importante o debiera haber un ejercicio pol tico importante que tal vez
35. ao espa o geogr fico O espa o geogr fico n o apenas uma categoria te rica que serve para analisar a realidade ele algo vivido pelas pessoas e resultante de suas a es p 141 Ao compreender desta maneira o espa o geogr fico pode se abordar a cidade em sua complexidade sem esquecer que esse conte do precisa ser trabalhado porque auxilia na reflex o do estudante enquanto ator participante da produ o da cidade A tarefa da escola justamente propiciar elementos por meio do ensino de diferentes conte dos especialmente os de geografia para que os alunos possam fazer um elo entre o que acontece no lugar em que vivem nas suas vidas no seu cotidiano e o que acontece em outros lugares do mundo CAVALCANTI 2008 p 143 A Geografia escolar precisa interessar se por ensinar a cidade sua estrutura organiza o e produ o lazer moradia e cotidiano considerando que este espa o n o ing nuo nem sem interesses mas que existem rela es econ micas pol ticas e socioculturais que configuram a cidade rela es das quais os estudantes s o participantes Al m disso Cavalcanti 2008 destaca que existem outras categorias de an lise geogr fica que ajudam na aproxima o do conte do como o lugar o territ rio e a paisagem Se a categoria lugar utilizada para trabalhar a cidade por exemplo seria poss vel trabalhar com a vida cotidiana dos estudantes como eles possuem influ ncia direta na forma
36. autoria a um instrumento que n o ele O manual escolar fala atrav s do professor D AVILA 2008 p 107 Nota se a import ncia de que o professor seja criterioso na hora de escolher o livro did tico que utilizar al m de escolher a forma como o usar considerando que esse um dos recursos did ticos de apoio ao desenvolvimento de suas aulas e portanto um instrumento do processo educativo escolar Para Latojolo 1996 p 4 A escolha e a utiliza o dele precisam ser fundamentadas na compet ncia dos professores que junto com os alunos v o fazer dele livro instrumento de aprendizagem 40 O papel determinante do livro did tico fica estabelecido na importante fun o que os professores lhe atribuem em geral ao conceb lo n o s como um guia de apoio para a aprendizagem mas tamb m como o texto guia do ensino Assim mesmo questiona se essa t o nomeada depend ncia do professor pois poss vel encontrar educadores que n o utilizam livros did ticos em suas aulas ou os utilizam somente para orientar certas atividades desenhadas por eles mesmos Neste caso pode se dizer que a import ncia do livro did tico n o s radica na relev ncia que os professores lhe atribuem mas no valor que o Estado ou governo lhe atribuem A partir desta l gica entende se o grande investimento de recursos econ micos em livros did ticos pensando que se o professor possui uma forma o inicial deficiente
37. certas quest es espec ficas ao investigar como os conceitos que est o presentes nestes recursos educativos est o sendo abordados Ao considerar o exposto anteriormente esta pesquisa se centra numa abordagem qualitativa que ter como foco o m todo dial tico A pesquisa racional dial tica considera cada fen meno no conjunto com os demais fen menos e por conseguinte tamb m no conjunto dos aspectos e manifesta es daquela realidade de que ele fen meno busca penetrar sob as apar ncias de estabilidade e de equil brio naquilo que j tende para o seu fim e naquilo que j anuncia seu nascimento Busca portanto o movimento profundo busca captar a liga o a unidade o movimento que engendra os contradit rios que os op e que faz com que se choquem que os quebra ou os supera implica simultaneamente continuidade o movimento profundo que continua e a descontinuidade o aparecimento do novo o fim do antigo LEFFEBVRE 1983 p 238 Este m todo permite considerar os aspectos hist ricos ideol gicos culturais e contextuais ao pensar nas contradi es que se estabelecem no movimento destes fen menos Portanto com essa perspectiva poss vel desvendar os alcances e significados do conceito de cidade presente nos livros did ticos selecionados tanto no Chile como no Brasil Nesse sentido a amostra de dois tipos primeira estrat gica pois considera um recorte espacial e temporal O
38. cio desenvolve se o conte do por meio dos aspectos demogr ficos desta forma apresentam se as teorias de crescimento populacional e realiza se um trabalho com desenvolvimento e apropria o de conceitos Na p gina 222 apresenta se a segunda atividade do Cap tulo denominada Interagindo Esta atividade relaciona parte dos conte dos trabalhados em espec fico a teoria de Malthus com tr s imagens a partir da qual se formula algumas perguntas que fomentam as habilidades de reflex o an lise e cr tica Na p gina 223 aparece um quadro com uma breve biografia de Pierre George que realizou aportes importantes disciplina geogr fica no mbito do desenvolvimento demogr fico e populacional ao considerar os problemas sociais e as rela es com o meio ambiente Este tipo de quadro recorrente durante todos os cap tulos do livro did tico constituindo se como uma tentativa de aproximar os te ricos acad micos com a Geografia escolar Na p gina 226 continua se a din mica populacional entre os pa ses ricos e pobres explicando os principais indicadores que s o a natalidade a fecundidade e a mortalidade A partir de ent o analisa se o aumento da popula o a n vel mundial e o xodo rural A urbaniza o alterou a din mica populacional porque nas cidades as pessoas passaram a ter dispon vel uma serie de servi os como educa o saneamento b sico gua tratada entre outros que desencadeou a redu o nas taxas de
39. como a evolu o hist rica das cidades pode mostrar os aspectos de inova o que surgem em cada uma e desta forma marca a ideia da cidade como cultura ou cidade cultural E por ltimo segundo a Freitag 2006 seria Lewis Mumford que realiza seus aportes sempre ligados Historia e prop e a ideia de que a cidade uma ruptura e um lugar de conflito que amplamente dinamizado pelo campo quanto a rela o que existe na migra o do campo cidade Essas breves considera es sobre o trabalho de cada um dos autores indicam que a cidade como conceito tem sido amplamente trabalhada e avaliada e que hoje facilmente pode se considerar como um tema relevante Assim no processo de ensino aprendizagem essas diferentes teorias devem ser consideradas porque entregam um fundamento na tem tica mas n o ser sozinhas o centro da aula Tal fato porque o professor n o pode sustentar sua aula s no conte do ele precisa chamar ao estudante a compreender essas teorias na sua pr pria realidade como elas t m influenciado a sua vida cotidiana e como ele pode gerar mudan as na cidade Desta forma segundo palavras de Cavalcanti 2008 uma pr tica de ensino competente deve contribuir para melhorar a qualidade cognitiva afetiva e pol tica de crian as e jovens para que possam compreender a participar melhor da visa social No ensino de geografia os objetos de 22 conhecimento s o os saberes escolares referentes
40. considerando que este um conte do geogr fico amplo e integrador pois a maioria da popula o do mundo vive no mbito urbano o que ocasiona crescimento acelerado destes lugares e concomitantemente assiste se a mudan as nas formas de vida Al m disso quando se deseja analisar a cidade sempre se pensa desde uma perspectiva ocidental europeia enquanto a cidade latino americana responde a outros conflitos e desafios gerando tamb m outras identidades Essa realidade tem repercutido no conceito de cidade fazendo o parecer f cil de ser definido explicado e compreendido quando na realidade o n vel de complexidade alcan ado amplamente not rio Sendo assim a cidade como conceito apresenta se bastante atrativo na medida em que um ponto de encontro destas duas realidades permitindo concentrar a an lise desta pesquisa em um conceito geogr fico que importante em n vel mundial e que al m disso permite estabelecer os encontros e desencontros existentes entre o que se produz na universidade e o que finalmente reproduzido no livro did tico Desta maneira esta investiga o tem seu foco na an lise dos conceitos de cidade presentes nos livros did ticos adotados pelo Minist rio da Educa o do Chile MINEDUC e o Minist rio da Educa o do Brasil MEC para o per odo compreendido entre os anos 2010 2012 no quarto e terceiro ano do Ensino M dio respectivamente Esta pesquisa possui uma abordagem qualitativa que se situa
41. conte do que trabalha este volume Existe um enfoque nos bin mios cidade campo e f sico natural humano A unidade 3 Quest es do mundo 104 contempor neo na sua folha de in cio mant m imagens similares da capa compreende se que se deseja manter a mesma ideia motivacional da capa O capitulo 9 popula o e movimentos migrat rios come a justamente com imagens que trazem a aten o para o crescimento populacional e a diversidade cultural Todos estes elementos s o expostos nos PCNs como crit rios requerimentos que o livro did tico deve obedecer Autor ou autores O texto possui tr s autores Maria Adailza Martins de Albuquerque Bacharel pela Universidade Estadual do Cear e Mestre em Geografia pela Universidade de S o Paulo e Doutora em Educa o pela Universidade de S o Paulo Jos Francisco Bigotto Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de S o Paulo M rcio Abondanza Vitiello Bacharel Licenciado e Mestre em Geograf a pela Universidade de S o Paulo P blico Alvo O livro did tico foi constru do considerando seu p blico alvo que s o os estudantes do terceiro ano m dio O texto possui um n vel te rico e propositivo correspondente a esse n vel de estudos As atividades e os recursos utilizados para motivar os estudantes respondem justamente ao n vel cognitivo que um estudante de ensino m dio deveria ter Apresenta o A apresenta o do livro did tico int
42. da Editora tica para terceiro ano do Ensino M dio Por ltimo deve se esclarecer que no processo de coleta de dados estes tornaram se do tipo opin vel ou seja devia se considerar a disponibilidade dos sujeitos envolvidos para compartilhar seu conhecimento em torno do tema em quest o nesse sentido n o foi poss vel entrevistar alguns autores por n o ter informa o sobre eles ou porque por algum motivo eles n o responderam os e mails No caso chileno foram viabilizadas com mais facilidade as entrevistas pois a maioria dos autores moravam na cidade de Santiago N o foi poss vel encontrar apenas um autor Os livros did ticos licitados pelo MINEDUC no Chile s o s dois por n vel portanto a palavra escolhidos s uma formalidade 7 A escolha destes dois livros foi realizada por meio do Guia do Livro Did tico do PNLD 2012 o qual organizou as caracter sticas de cada livro atrav s de uma hierarquia de proposta pedag gica estrutura tem tica e perfil das cole es A proposta pedag gica foi considerada a vari vel mais importante na hora da escolha porque o meio de avalia o dos conte dos e conceitos te ricos O termo em espanhol muestra de tipo opin tica surge da pesquisa estad stica onde o investigador decide quais ser o os elementos que se incluem na mostra ou seja a mostra no aleat ria Assim na pesquisa qualitativa o pesquisador pode advertir as dificuldades de acesso de
43. da editora MN os autores declaram n o conhecer as categorias de an lise da Geografia mas conseguem trabalhar com o espa o geogr fico Isso n o significa que o autor n o possua uma vis o cr tica mas como explica Vesentini na sua entrevista os autores tamb m se envolvem em situa es problem ticas com as editoras por conta de defender suas ideias e seus ingressos Essa situa o esclarecedora pois mostra um paradoxo por um lado temos o mercado do livro did tico que mant m uma necessidade latente por conseguir a aprova o e ado o de seus livros Por outro lado temos o autor que necessariamente se envolve no sistema de mercado porque tem a ideia de que pode aportar para o ensino ou porque o ingresso econ mico significativamente atraente Isso finalmente conjuga se para elaborar um livro did tico que cumpre totalmente com as orienta es dos minist rios da educa o de ambos os pa ses O quarto objetivo estava focado em estabelecer consist ncias e inconsist ncias entre as formas como se trabalha o conceito de cidade nos livros did ticos de ambos os pa ses Como j se explicitou o conceito de cidade se mant m a partir do paradigma dominante cr tico que postulado pelos crit rios requerimentos apresentados pelo MINEDUC e o MEC Esses fatos s o comuns aos quatro livros analisados portanto aos quatro conceitos de cidade analisados Tamb m a postura pedag gica se mant m desde esse olhar a vis o sociocons
44. de manera diferenciada y que el espacio incide por ejemplo en la constituci n de esos mismos procesos por tanto no es lo mismo hablar de la pobreza en los espacios urbanos y rurales no es lo mismo hablar del desarrollo econ mico en Europa y en Am rica latina de manera de que la diferenciaci n espacial no s lo apele a un aspecto diferenciador de como se expresan sino que tambi n es constituyente de los mismos fen menos AMN2 12 Essa perspectiva ampliada considera as diferen as espaciais e convoca uma compreens o do espa o em rela o com o tempo ao constituir um olhar pr ximo aos postulados de Milton Santos que a autora declara conhecer como expoente da Geografia latino americana Al m disso seu interesse pelos espa os desprovidos e portanto dos atores dominados concorda com o interesse do marco curricular em incorpor los nas discuss es na sala de aula 88 Por sua vez interessante considerar o olhar geogr fico que a autora apresenta no livro did tico e que se expressa no seguinte par grafo La geografia no solo implica conocer las caracter sticas descriptivas de un determinado espacio sino tambi n considerar que dicho espacio es un producto hist rico articulado por la interacci n entre el ser humano y la naturaleza De all que muchas de nuestras particularidades sociales culturales econ micas y pol ticas no puedan comprenderse sin considerar estos elementos geogr ficos en el tiempo MILOS
45. deixando assim de estar subordinada diretamente disciplina hist rica A partir do anterior importante analisar os crit rios requerimentos empregados pelo departamento de Curr culo e Avalia o s editoras que desejam participar do processo de licita o ou concurso para a elabora o do livro did tico de Historia Geografia e Ci ncias Sociais relevante destacar tal como se assinalou no primeiro cap tulo os problemas que pi 17 cl A E existiram para conseguir este documento pois ele n o p blico Assim como o Marco 16 Para maior informa o revisar a pesquisa Banalizados jibarizados y cercenados uma aproximaci n a los conceptos de espacio geogr fico y tiempo hist rico en los libros de texto de P rez Cisternas N et al e El espacio por aprender el mismo que ense ar las urgencias de la educaci n geogr fica de Garrido Pereira M 17 O documento completo parte dos anexos desta pesquisa foi catalogado como Anexo 1 Requerimientos t cnicos pedag gicos para los textos escolares de Historia y ci ncias Sociales Cuarto Medio 2009 62 curricular os MPA os CMO e os OFS este documento foi obtido por meio da editora do livro did tico de Hist ria e Ci ncias Sociais de 4 ano m dio Michelle Le n que na atualidade cumpre fun es no departamento de Curr culo e Avalia o do MINEDUC Esta informou sobre a dificuldade que teve para conseguir novamente o documento j que as li
46. dessas grandes cidades Como o transporte coletivo h muito tempo vem sendo relegado a segundo plano pois se da prioridade ao autom vel particular as camadas de renda mais baixa sofrem intensamente com esse problema condu es prec rias altos pre os das tarifas atrasos frequentes superlota o de nibus e trens de sub rbios etc Algumas pesquisas realizadas em favelas de S o Paulo e de Rio de Janeiro demonstraram que boa parte de sua popula o constitu da de trabalhadores que preferem residir em barracos pr ximos ao local de trabalho a construir uma casa simples na periferia pois o custo do transporte seria alto demais para seus sal rios VESENTINI 2011 p 146 O autor realiza uma aproxima o ao conceito de cidade sem defini la de forma concisa e determinante aproveita a complexidade do que acontece a partir do pr prio movimento que se d dentro dela para apontar problemas e vicissitudes que devem experimentar as pessoas que moram nela Nesta l gica relaciona as condi es econ micas dos habitantes com as necessidades de servi os p blicos e com a divis o dos espa os dentro da cidade E interessante como o autor fala e expressa sua postura frente ao conceito problematizando o e n o fechando a discuss o sobre ele N o existe um conceito nico de cidade Sabemos que ela o urbano se op e e ao mesmo tempo complementar ao rural por isso que se fala em revolu o neol tica e no surgimento da
47. destacar o posicionamento que esta pesquisa deseja expor sobre a tem tica da cidade O primeiro elemento que devemos ponderar a perspectiva da configura o espacial da cidade na Am rica Latina tal fato porque as condi es nas quais surgem as cidades ocidentalizadas totalmente diferente das condi es que configuraram as cidades antes da chegada dos europeus Desta forma importante destacar o que Haesbaert 2011 assinala O espa o geogr fico na verdade partindo de uma posi o relacional envolve como queria Milton Santos tanto o universo dos objetos quando dos sujeitos e suas a es tanto a dimens o dos elementos aparentemente fixos quanto m veis tanto a dimens o material quanto a dimens o imaterial Nesse sentido todo espa o geogr fico tamb m a o movimento e representa o simb lica p 114 Assim observa se a cidade a partir do espa o geogr fico portanto esta se constitui de a es movimentos e representa es simb licas situa o que no caso latino americano volta se cada vez mais importante pois a cidade nesse mbito possui uma express o de identidade diferenciada n o a cidade ocidental com seu status de vida ou seu urbanismo hist rico a dos oprimidos e que mostra dia a dia as grandes desigualdades os problemas de segrega o e polui o Tal assertiva se equivale a como Freitag 2006 assinala na tese que postula sobre as megal poles latino americanas o que as di
48. do professor o compromisso pedag gico mas tamb m o compromisso geogr fico At que os governos n o pensem em sua pr pria cultura e identidade para trabalhar os conceitos que s o ensinados no ensino formal a proposta aqui apresentada se encontra limitada Mas poss vel considerar que o fato de divulgar os resultados desta pesquisa possa ser uma primeira aproxima o mudan a desse pensamento Tamb m poss vel pensar que com esta pesquisa podem se conhecer dois contextos de produ o diferentes e aprender dos resultados aqui apresentados Nunca se pensou em ver qual contexto era melhor que o outro por isso esta pesquisa nunca se apresentou como uma pesquisa comparativa poss vel considerar os resultados aqui apresentados para realizar melhoras ou para manter o processo como j Mas a ideia seria que as sugest es aqui apresentadas foram no futuro contribui es no processo de produ o dos conceitos que estruturam os conte dos apresentados nos livros did ticos 142 REFER NCIAS ALVAREZ G ET AL Historia y Ciencias Sociales texto del estudiante Santiago Editora Zig Zag 2011 APPLE M Conhecimento oficial a educa o democr tica numa era conservadora tradu o de Mar a Isabel Edelweiss Petr polis Editora Vozes 1999 Manuais Escolares e Trabalho Docente uma economia pol tica de rela es de classe e de g nero na educa o tradu o de L gia Teopisto Lisboa Did ctica Editora
49. e alunos ressignificados culturalmente e constru dos mediante pesquisas curiosas estimulantes inteligentes tornando se assim material rico e significativo para o ensino e para a aprendizagem Nesse caso funcionaria n o como guia prescritivo das a es pedag gicas mas como um material de apoio para professores e alunos Mais um dentre v rios Ibidem p 179 Esta postura parece ser interessante na medida em que s o os pr prios docentes os encarregados de produzir seus pr prios materiais quest o que os estimularia a trabalhar em equipe e a afian ar cada um dos departamentos que comp em dentro da escola No entanto parece ser uma proposta bastante ousada j que n o fact vel conseguir resultados em todos os contextos pois primeiro seria necess rio ter uma mudan a nas l gicas de participa o do professorado de trabalho em equipe e de produ o de propostas por reas para da desenvolver um projeto por escola e comunidade escolar 45 Nessa l gica se faz necess rio pensar nos elementos vinculados aos livros did ticos que n o podem ser ignorados e que portanto necessitam ser considerados na abordagem desta quest o como por exemplo O importante crescimento do mercado editorial dos livros did ticos O fato de que os livros did ticos t m ganhado espa o como recurso na sala de aula As rela es que existem entre o curr culo e o livro did tico de Geografia As rela es entre conte dos geo
50. ensino formal atrav s das cole es de livros did ticos Tamb m interessante destacar que os autores afirmam ter trabalhado em conjunto durante toda a elabora o do livro did tico ou seja nenhum deles teve um cap tulo ou unidade como responsabilidade espec fica N o houve uma divis o de trabalho que separasse a ideia de autoria daquela destinada a outras fun es assim como n o teve trabalho diferente por livro Em todos os volumes todos escrevemos cap tulos lemos os cap tulos escritos pelos outros dois colegas sugerimos reformula es trabalhamos no manual do professor nas sugest es de atividades na confec o mesmo do livro AEEE1 8 N o houve um trabalho espec fico visto que todos os autores participavam ou da confec o da leitura e discuss o do material enquanto um todo AEEE2 8 3 Os question rios foram enviados aos tr s autores no entanto eles responderam em conjunto AEEEL1 apesar disso o autor Francisco Bigotto tamb m envio o question rio de forma individual AEEE2 por isso s o utilizados ambos nesta pesquisa 106 A unidade 4 come a na p gina 216 na qual faz uma apresenta o geral que apresenta os quatro cap tulos que a comp em Na p gina 218 come a o capitulo 9 que o Cap tulo analisado nesta pesquisa Este inicia por meio de uma atividade motivacional que mostra 3 imagens relacionadas a certas perguntas sobre crescimento populacional e migra es Ap s esse exerc
51. explicitados como relevantes para o MINEDUC e por esse fato n o se exige esse aspecto como requisito os crit rios requerimentos que os livros did ticos devem cumprir para serem adotados Al m disso poss vel observar que enquanto no Chile estes crit rios requerimentos s o elaborados por n veis ou seja um crit rio requerimento por ano de ensino no Brasil estes j contemplam todo o Ensino M dio as cole es correspondem aos tr s anos dessa modalidade e portanto as editoras elaboram livros para os tr s anos com os mesmos autores livros esses que possuem uma rela o entre si como se fossem um volume nico Outra diferen a not vel que os crit rios requerimentos elaborados para o concurso de licita o no Chile n o s o p blicos Estes se restringem s editoras que desejam ingressar gt Esta situa o fica totalmente exposta nas resenhas dos avaliadores do PNLD2012 de Geografia no entanto nesta pesquisa se trabalhara com resenhas pr prias elaboradas a partir do modelo proposto por Pontuschka et al 2009 no capitulo 1 desta pesquisa 80 no processo sendo desconhecidos do p blico em geral No Brasil esses mesmos documentos est o dispon veis no portal do MEC por isso qualquer pessoa interessada em conhec los pode acessar os documentos e n o somente o documento atual como tamb m os processos anteriores E assim como o guia did tico no Brasil p blico tamb m s o p blicos os nomes dos avaliad
52. geol gico tempo hist rico Din mica da litosfera O relevo Din mica da superficie h drica Os seres vivos e sua din mica 2 As conquistas tecnol gicas e a altera o do equil brio natural O ser humano ser natural A cultura humana e suas conquistas T cnicas tecnologia Altera o da paisagem O ser humano e a utiliza o dos recursos naturais 3 A es em defesa do substrato natural e da qualidade de vida Os problemas ambientais e sua origem e Grandes cat strofes ambientais e suas causas e Consci ncia ambiental Movimentos e mobiliza o e Confer ncias internacionais Resist ncia pol tica Os caminhos do problema ambiental 4 Informa es e recursos representa o dos fatos relativos din mica terrestre e Recursos dispon veis para o registro de problemas ambientais e Teledetec o sat lites a servi o da quest o ambiental e A produ o cartogr fica sobre a quest o ambiental O mundo em transforma o as quest es econ m icas e os problemas geopol ticos Temas Subtemas 1 Um mundo que se abre e Redes t cnicas fluxos e O fim da Guerra Fria e a expans o do capitalismo A ONU como poder decis rio em quest o A moderna diplomacia 2 Um mundo que se fecha e Desenvolvimento e subdesenvolvimento dist ncias que aumentam Blocos econ micos Interesses pol ticos Nacionalismos e separatismos A Am rica em busca de n
53. grupos e institui es mais poderosos da sociedade Como os livros did ticos e os programas educacionais que pretendem concretizar deveriam em principio servir aos interesses p blicos raramente se permite que sejam pol micos VAN DIJK 2010 p 82 Nesse sentido sumamente importante desvelar essas intera es ou seja fazer uma leitura entre linhas do livro did tico mas n o s dele mas tamb m das entrevistas e dos documentos ministeriais Na jun o dos dados pode se interpretar melhor a vis o sobre a cidade mas tamb m a vis o sobre a Educa o e sobre a pr pria Geografia importante considerar que o ACD segundo o pr prio Van Dijk 2010 uma perspectiva diferente de teoriza o an lise e aplica o pois n o deseja negar ou ignorar as rela es entre o conhecimento acad mico e a sociedade Pelo contr rio preocupa se com as rela es de poder de interesses e de desigualdade que perpassam essas esferas O Van Dijk prop e os seguintes pontos como s ntese dos principais fundamentos desta metodologia baseando se nos aportes de Fairclough e Wodak QUADRO 6 PRINC PIOS DA METODOLOGIA DA AN LISE CR TICA DO DISCURSO ACD aborda problemas sociais As rela es de poder s o discursivas O discurso constitui a sociedade e a cultura O discurso realiza um trabalho ideol gico O discurso hist rico rela o entre texto e sociedade mediada A an lise do discurso interpret
54. ideia do curr culo no espiral em que os conhecimentos podem ser retomados com o passar dos anos e cada vez de uma forma mais complexa Desta maneira o curr culo necessita ser desenvolvido pelos especialistas disciplinares em coopera o com professores e psic logos Por sua parte Schwab acredita que a fonte para o conte do curricular s o as disciplinas acad micas estas seriam as que condicionam a produ o do conhecimento e portanto seriam as que dirigem a constru o de conte dos As disciplinas escolares s o assim meios para os alunos redescobrirem o conhecimento j descoberto pelos cientistas e desenvolverem uma aprendizagem significativa Ibidem p 115 Apesar de acreditar na grande import ncia do mbito acad mico Schawb realiza um aporte significativo ao propor que o curr culo tamb m precisa possuir uma perspectiva pragm tica pois ele necessita ser capaz de resolver as situa es problem ticas da escola por meio das investiga es nesse mbito unificando assim o curr culo disciplinar com a pr tica escolar A segunda vis o proposta por Lopes e Macedo 2011 a perspectiva instrumental Esta se distingue da perspectiva anterior devido ao fato de que sua principal refer ncia a raz o instrumental quer dizer n o se interessa por problematizar durante o processo sen o por cumprir eficientemente com uma finalidade determinada no mbito da educa o O conhecimento relevante a ser ensinado na es
55. localiza o ou simplesmente de n o coopera o dos sujeitos que se incluem na mostra 50 autor do livro did tico da editorial MN o que ser explicado pelo pr prio coordenador da equipe de autores na entrevista concedida analisada no capitulo 3 As entrevistas estruturadas com os autores dos livros did ticos do Brasil foram realizadas via e mail Tal fato se justifica pela raz o de que os autores residem em diferentes Estados distantes entre si e atualmente encontram se com muitas atividades acad micas o que dificultou n o s o agendamento mas a realiza o das entrevistas pessoalmente Essas dificuldades por sua vez n o deixaram outra op o sen o a de encaminhar os question rios aos autores via e mail Pode se afirmar por fim que as entrevistas semi estruturadas feitas no Chile durante o m s de Janeiro de 2012 determinaram o roteiro definitivo das entrevistas com os autores do Brasil No mesmo per odo em que foram realizadas as entrevistas no Chile foram tamb m coletados os livros did ticos desse pa s No Brasil os livros foram selecionados em mar o de 2012 Finalmente os documentos provenientes do MINEDUC do Chile foram obtidos por meio da editora do livro da Editorial MN importante ressaltar que esses documentos n o est o disponibilizados no site do MINEDUC www mineduc cl e foi imposs vel obter alguma resposta direta aos e mails encaminhados para o MINEDUC Por outra parte no Brasil o ace
56. lugar na rua na pra a no bairro nas cidades pequenas e agir em reas que abranjam escalas geogr ficas maiores tais como a regi o o pa s ou o mundo AEEE1 16 E assim como se pretende a motiva o e orienta o do estudante a fim de discutir as situa es da atualidade que lhes gerem interesse por conhecer al m do que apresenta no livro did tico e na aula Dessa maneira o livro did tico aborda as atividades considerando os conhecimentos pr vios dos estudantes Assim O primeiro passo o de resgatar o conhecimento pr vio dos alunos Ou seja como vivem na cidade o que uma cidade para eles como constru ram esse conceito que exemplos podem fornecer Mesmo que o estudante seja de uma rea rural entendemos que ele tamb m tenha um conceito do que seja a cidade e portanto esse ser o seu ponto de partida Para estimular o debate propomos atividades com perguntas disparadoras assim como a an lise de imagens e textos que promovam a discuss o Posteriormente o conceito ser reelaborado por meio de textos auxiliares debates atividades at por fim ser sistematizado e resignificados AEEE1 28 Dessa forma cumpre se com os requisitos dos PCNs que orientam o guia do PNLD 2012 Existe uma intencionalidade por parte dos autores em instigar e questionar os estudantes constantemente Tal fato se explicita tamb m na proposta de livros e filmes que se encontra no final da atividade em que se prop e n o some
57. noutros lugares e noutros per odos inclusive As explica es sejam sociais econ micas ou naturais no sentido de espa o f sico podem ser buscadas no lugar em si mas n o se esgotam nele apenas Outros n veis de an lise devem ser considerados ou esgotados Caso contr rio h risco de explica es simplistas que n o abarcam toda a an lise necess ria e que justificariam de forma natural problemas que s o essencialmente sociais ou que decorrem de situa es sociais p 59 Dessa maneira o professor deve questionar o estudante a partir do par dial tico Local Global para que este consiga refletir e construir o seu pr prio conceito de escala dessa forma pode n o s compreender a escala mas tamb m a multiescalaridade Da o conceito de cidade seria muito mais simples de ser abordado e compreendido pelo estudante A forma o do conceito de cidade por parte do aluno n o acontece somente a partir das suas viv ncias acontece tamb m por meio do racioc nio l gico abstrato que permite que o estudante fa a abstra es da realidade concreta para teorizar sobre ela e 130 construir o conceito de cidade Mas como foi assinalado o papel do professor como mediador nesse processo fundamental E importante destacar ainda que essa l gica de forma o de conceitos vis vel no 2 curr culo brasileiro mas no curr culo chileno ainda muito incipiente Na figura 2 apresentada no Capitulo 2 dessa pesqui
58. o de seus pr prios lugares e portanto de sua cidade Outro exemplo pode ser dado a partir da categoria territ rio a qual pressup e um enfoque nas rela es de resist ncia que se estabelecem por exemplo nos bairros ou nas pra as dos setores onde estes estudantes vivem Por ltimo e em mais uma exemplifica o a categoria paisagem proporcionaria uma leitura das transforma es est ticas da cidade ou de diversos setores dela como poss vel diferenciar torcidas de futebol ou grupos de artistas de rua somente pelos tra ados ou grafites que configuram seu espa o A cidade assim uma express o da complexidade e da diversidade da experi ncia humana As cidades em suas configura es s o arranjos produzidos para que seus habitantes diferentes grupos diferentes culturas diferentes condi es sociais possam praticar a vida em comum compartilhando nesses arranjos desejos necessidades problemas cotidianos Elas se formam na e pela diversidade dos grupos que nelas vivem Elas s o o espa o da vida coletiva p blica S o em si mesmas um espa o p blico CAVALCANTI 2008 p 149 Desta maneira ensinar a cidade seria contribuir na forma o do estudante como cidad o que seja capaz de conhecer as diferen as e desigualdades que sua pr pria cidade fomenta e compreender os direitos e deveres que ele como produtor desse espa o possui 23 Ao considerar as posturas apresentadas seria interessante
59. o ser melhor explorada no terceiro Capitulo desta pesquisa Desta perspectiva tamb m se real a a import ncia das necessidades e motivos do pr prio estudante para aprender um determinado conte do pois aquelas motiva es s o geradas ainda pelo contexto s cio hist rico e cultural neste sentido tem direta rela o com a forma o da personalidade do estudante e portanto os conceitos e conte dos significativos para o mesmo ser o aqueles que tenham rela o com os interesses do pr prio aluno O que se ressalta nesta vincula o entre conte dos e motivos n o apenas que o ensino deve estar adequado aos motivos dos alunos mas que s o os conte dos que mobilizam neles motivos por meio de a es com o conte do Os alunos entram em atividade de aprendizagem se eles de fato tiverem motivos sociais individuais para aprender O papel da escola e dos professores por tanto inclui tamb m formar nos alunos motivos ticos e sociais Ibidem 2009 p 6 Nesse modo de compreender o processo de ensino aprendizagem poss vel visualizar o que o professor deveria desenvolver na sala de aula assim tamb m considerando que uma das ferramentas mais utilizadas pelos professores o livro did tico seria legitimo pedir que aquela ferramenta de apoio tamb m possa ter atributos que considerem as propostas aqui apresentadas Considerando as ideias expostas sobre educa o a partir de um paradigma cr tico pode se postular que o
60. outro olhar que fosse uma renova o de nossos pr prios saberes sobre conte dos geogr ficos e livros did ticos Fortaleceu se a premissa de trabalhar com duas realidades com distintas perspectivas sobre um mesmo processo sem necessariamente querer realizar uma an lise comparativa ou uma an lise fechada em adjetiva es dicot micas Na realidade pretende se mostrar as diferentes formas em que se constituem os conceitos geogr ficos nestes dois contextos ao analisar as realidades do Chile e do Brasil Ao considerar que no Chile a disciplina de Geografia se mant m ligada a Hist ria e as Ci ncias Sociais ao se constituir por sua vez em uma s os livros did ticos possuem conte dos vinculados s Ci ncias Sociais em geral destacando se conte dos de Hist ria e Geografia segundo o requerido pelo Minist rio da Educa o do Chile MINEDUC e pelas especifica es t cnicas estabelecidas pela Unidade de Curr culo e Avalia o do mesmo minist rio Por sua parte no Brasil a disciplina de Geografia tem autonomia frente disciplina de Hist ria e outras Ci ncias Sociais e por isso no seu sistema escolar possui um livro did tico que trabalha exclusivamente os conte dos geogr ficos Neste caso o processo de produ o do livro did tico dirigido e supervisionado pelo Programa Nacional do Livro Did tico PNLD que se encarrega de estabelecer os requisitos para ado o do livro did tico do Ensino Fundamental e d
61. poss vel encontrar uma breve apresenta o desses livros que especifica a corrente paradigm tica que apresentam o que acontece com os 14 livros did ticos aprovados para o Ensino M dio no Brasil Desta forma cada livro analisado respeita seu pr prio contexto e solicita es seguindo a l gica de licita o aprova o e ado o de seu pr prio Pa s Al m disso preciso relembrar que os quatro livros analisados nessa pesquisa s o aprovados pelo minist rio de educa o de seus pa ses Nesse sentido poss vel destacar que efetivamente cumprem com o que o estado chileno e brasileiro esperavam deles como produ o intelectual para ensino escolar Quanto ao conceito de cidade que o centro dessa pesquisa poss vel destacar que existem 4 perspectivas diferentes que podem entrecruzar se em alguns casos A partir dessa an lise podem se identificar quatro discursos de cidade QUADRO 18 DISCURSOS SOBRE O CONCEITO DE CIDADE PRESENTE NOS LIVROS DID TICOS DO CHILE E DO BRASIL Pa s Livro did tico Conceito de Cidade Chile Hist ria e Ci ncias Sociais Cidade constru da a partir da perspectiva 4 M dio Editora MN historiogr fica Predomina a vis o ocidentalizada Chile Hist ria e Ci ncias Sociais Cidade a partir de uma perspectiva geogr fica 4 M dio Editora ZIG cr tica e de uma vis o latino americana ZAG Brasil Geografia sociedade e Cidade a partir de uma vis o economicista q
62. premissa a ideia de ser utiliz veis em qualquer contexto ou seja a constru o de um curr culo que complete as quatro fases propostas por Tyler sele o dos objetivos educacionais sele o das experi ncias da aprendizagem organiza o dessas experi ncias e avalia o das mesmas Este modelo poderia ser implementado em qualquer escola de qualquer pa s desde que determinado o objetivo a alcan ar As experi ncias seriam apenas os meios para lograr lhe desta forma a import ncia radicaria na sele o desses objetivos Desse modo os conte dos estariam totalmente estruturados e acabados n o sendo necess ria a exist ncia de discuss o apenas havendo a obriga o de transmitir lhes ou melhor reproduzir lhes O curr culo seria o instrumento planejador da educa o por meio do qual se definem as etapas e procedimentos uma ferramenta condutora inquestion vel Segundo Pascual 1998 esta ideia de curr culo predominou at o final dos anos 1950 nos United State of America USA por m as possibilidades de que na Am rica do Sul sua presen a se expandisse n o foi totalmente nula Segundo o mesmo autor quando se fala de racionalidade pr tica faz se refer ncia mudan a nas motiva es dos encarregados de teorizar sobre Educa o Ao considerar o contexto de surgimento deste paradigma poder amos reconhecer as grandes transforma es hist ricas que ocorreram na d cada de 1960 surgindo neste momento o interesse
63. profundas Conflitos envolvendo os livros textos s o frequentemente substitutos para problemas mais amplos de rela es de poder 1999 p 77 Para o autor esta situa o grave j que a sele o do conhecimento que se realiza na elabora o do livro did tico responde pelo tipo de conhecimento que o Estado quer que o estudante conhe a e portanto aquele que seria verdadeiro para o estudante Al m disso n o qualquer tipo de conhecimento que se reproduz sen o aquele que certos setores desejam ou consideram nesse momento conveniente a ser reproduzido Por sua vez sendo o livro did tico um recurso curricular poss vel compreender que o paradigma do curr culo predominante nesse momento tamb m marca as bases dos conhecimentos que s o v lidos e dos requerimentos que se estabelecem para a elabora o ou reedi o do livro did tico que tamb m devem ter uma rela o com o curr culo predominante nesse momento Ent o poss vel compreender porque os livros did ticos respondem a uma l gica homogeneizadora ou seja n o contemplam as singularidades claro que n o muito comum a avalia o e ado o de livros did ticos pelo Minist rio de Educa o que sejam localistas e que consideram o contexto particular de um estudante particular Para Apple 1999 a ideia do livro did tico vender uma proposta nica que homogene ze os estudantes e por conseguinte venda uma ideia particular de cultura que de
64. que consiste precisamente nos livros adotados para o per odo 2010 2012 pelo Minist rio da Educa o de ambos os pa ses E em segundo lugar intencional te rica Desta forma visualizam se tr s componentes dessa amostragem 49 a Documentos elaborados pelo Componente Textos Escolares CTE Unidade de Curr culo e Avalia o do Minist rio de Educa o do Chile e Programa Nacional de Livro Did tico PNLD pertencente ao governo do Brasil Tais entidades elaboram as especifica es t cnicas nas quais s o definidos os requisitos de qualidade que nortear o o trabalho das editoras que participam do processo licitat rio e que nesta pesquisa s o chamados de crit rios requerimentos b Autores respons veis pela abordagem te rica dos livros did ticos de Geografia para o Ensino M dio aprovados pelo Minist rio de Educa o de ambos os pa ses c Os livros did ticos para o quarto ano de Ensino M dio da Editora MN e ZIG ZAG do Chile e livros did ticos para o terceiro ano do Ensino M dio no Brasil Geografia sociedade e cotidiano de Edi es Escala Educacional e tamb m Geografia o mundo em transi o da Editora tica Desta maneira no caso do Chile os livros escolhidos foram o de Hist ria e Ci ncias Sociais da editoria MN e da editoria ZIG ZAG para o quarto ano do Ensino M dio e no Brasil o livro Geografia sociedade e cotidiano de Edi es Escala Educacional e tamb m Geografia o mundo em transi o
65. que desenvolvem a din mica de uma cidade s o distintas As cidades s o atualmente as reas de maior concentra o populacional pois elas funcionam como reas de atra o para a popula o rural seja nos pa ses ricos ou pobres Essa concentra o estimulada pela oferta de emprego pelas possibilidades de estudo e melhores condi es de sa de e moradia Desse modo pode se concluir que tanto os fatores naturais quanto os humanos s o definidores da concentra o ou dispers o populacional em uma determinada rea Ora eles aparecem associados ora um deles predomina Martins M et al 2010 p g 234 A defini o apresentada anteriormente mostra a abordagem que os autores conferem para o conceito de cidade como eles mesmos explicaram no question rio grupal Analisar as caracter sticas das cidades do ponto de vista de sua forma o hist rica e da estrutura urbana atual trabalhar conceitos como o de crescimento e expans o urbana 108 regi o metropolitana megacidade e megal pole rede e hierarquia urbanas vilas cidades centros regionais metr poles nacionais e cidades mundiais observar as tend ncias e perspectivas futuras da urbaniza o do espa o geogr fico brasileiro perceber a necessidade de atitudes que contribuam para a constru o de cidades socialmente mais justas e democr ticas AEEE1 20 Nessa l gica ao tratar a tem tica populacional e sua distribui o tem se inserido o conceito de cid
66. sobre o sistema de cotas aquele destinado aos negros nas universidades Adotado pela primeira vez na Universidade Estadual de Rio de Janeiro Uerj em 2011 ainda gera pol mica e divide opini es VESENTINL 2011 p 151 Segundo o autor esta vis o que possui opini es distintas se d em fun o do racismo e do preconceito no Brasil Estes s o temas importantes mas trata se de forma oculta Al m 116 disso um tema que se centra nas cidades porque onde se encontram as universidades lugares que fomentam os encontros culturais e as discuss es a respeito Esta forma complexa de abordar os conte dos pelo autor tem rela o com sua pr pria opini o sobre o ensino e as metodologias que o professor precisa desenvolver com seus estudantes A metodologia n o depende do tema mas sim da filosofia educacional do professor ou do autor de livros educativos Por exemplo um educador construtivista para qualquer tema ou conceito sempre vai procurar partir do concreto de experi ncias ou desafios que levem os educandos a reconstruir esse conceito assim como um educador tradicional vai explicar o conceito e depois dar exemplos Um educador que acredita no desenvolvimento de compet ncias ou capacidades sempre em qualquer tema vai procurar levar o aluno a desenvolver determinadas compet ncias que aquele assunto enseja e assim sucessivamente AEA1 28 O autor aborda o conceito de cidade a partir de exemplos concretos e nacio
67. trata de pensar como o livro did tico precisa abordar a Geografia mas relevante destacar que o MEC considera o espa o geogr fico como um conceito a mais para trabalhar a perspectiva geogr fica A diferen a entre categoria e conceito importante nesta pesquisa pois explica a mutabilidade que possui o conceito de cidade e portanto as mudan as no discurso Ao considerar que a categoria de an lise de espa o geogr fico especifica da Geografia e portanto permanente pois possui validade dentro do sistema de referencia 124 desta disciplina pode se afirmar que o conceito de cidade em se mesmo mut vel j que responde n o s dimens o geogr fica mas tamb m ao contexto hist rico que vari vel na medida em que as ci ncias tamb m v o mudando e v o surgindo novos paradigmas Todo conceito obviamente derivado de ou envolvido com uma problem tica est tamb m situado contextualizado tanto num sentido temporal hist rico quanto espacial geogr fico Ele permite n o s revelar um passado mas tamb m indicar um futuro tra ar linhas na dire o de um processo indicar novas conex es a serem feitas O conceito portanto tamb m um transformador na medida em que interfere na realidade da qual pretende dar conta Todo conceito em s ntese sem se confundir com a realidade possui tamb m uma natureza pol tica com todo campo do saber est mergulhado em rela es de poder HAESBAERT 2011
68. 2 SERVI O P BLICO FEDERAL s LESA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOI S UFG INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS PROGRAMA DE PESQUISA E P S GRADUA O EM GEOGRAFIA c NATALY ANDREA P REZ CISTERNAS O CONCEITO DE CIDADE EM GEOGRAFIA NOS LIVROS DIDATICOS DO CHILE E DO BRASIL Goi nia 2012 NATALY ANDREA P REZ CISTERNAS O CONCEITO DE CIDADE EM GEOGRAFIA NOS LIVROS DIDATICOS DO CHILE E DO BRASIL Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Geografia do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goi s como exig ncia parcial para obten o do t tulo de Mestre em Geografia Orientadora Prof Dr Lana de Souza Cavalcanti Goi nia 2012 Aprovada em de de BANCA EXAMINADORA Profa Dra Lana de Souza Cavalcanti UFG Orientadora Prof Dr Vanilton Camilo de Souza UFG Avaliador Prof Dr Marcelo Garrido Pereira UAHC Avaliador Goi nia 2012 A mi madre por su amor apoyo y confianza permanente A mi padre por influenciar mis deseos de conocimiento A mi mam Meibol por ense arme bondadosamente las cosas simples de la vida AGRADECIMENTOS Mais que agradecer a quem ajudou diretamente na pesquisa para mim importante lembrar enternecidamente aqueles que acompanharam durante estes quase dois anos de alegrias tristezas e de muita saudade A minha fam lia e amigos do Chile que me acompanharam com suas boas energias para terminar e
69. CD CMO LDBEN MEC MINEDUC MPA OF OFT PCNs PSU USA 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AN LISE CR TICA DO DISCURSO CONTENIDOS M NIMOS OBLIGATORIOS LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACAO NACIONAL MINIST RIO DE EDUCA O MINISTERIO DE EDUCACI N DE CHILE MAPA DE PROGRESO DEL APRENDIZAJE OBJETIVOS FUNDAMENTALES OBJETIVOS FUNDALMENTALES TRANSVERSALES PARAMETROS CURRICULARES NACIONALES PRUEBA DE SELECCI N UNIVERSITARIA UNITED STATE OF AMERICA SUM RIO CONSIDERA ES INTA sd a e CAPITULO E A PRODU O DO LIVRO DID TICO E O CONCEITO DE CAD ADE uia ras sand dn ENE E da E 1 1 O conceito de cidade no livro did tico de Geografia 1 2 O curr culo as teorias que encaminham o livro did tico 1 3 A produ o do livro did tico como recurso curriculal oooocnnnccnnncnnoncconacnoncnnnos 1 4 An lise dial tico discursiva do livro did tico a proposta metodol gica CAPITULO II GEOGRAFIA ESCOLAR E CIDADE SEU DISCURSO NOS LIVROS DID TICO Ss ai 2 1Livro did tico de Geografia no Chile e no Brasil consist ncias e INCONSIS NCIAS uri A REE LAILA pas asian an at 2 2 A constru o de cidade no livro did tico de Geografia no Chile 2 3 A constru o de cidade no livro did tico de Geografia no Brasil CAPITULO III OS DISCURSOS DE CIDADE NOS LIVROS DID TICOS 3 1 Quatro discursos quatro cidades o livro did tico e
70. Capitulo I quanto ao paradigma curricular que essa pesquisa est seguindo Explicou se que a racionalidade pedag gica dominante segue uma vis o cr tica que mant m destacados autores intelectuais como Paulo Freire Michael Apple Michael Young 127 Jos Carlos Lib neo Henry Giroux Kemmis e Grundy segundo o quadro 2 apresentado no in cio desta pesquisa A partir dessa vis o tentou se estabelecer uma leitura do curr culo de ambos os pa ses para apreciar os encontros e desencontros que s o parte do mbito curricular nesses contextos Da a reflex o que se pretende desenvolver da conta da an lise realisada durante o Cap tulo 2 e da op o por desenvolver uma perspectiva cr tica de cunho mais espec fica Por esse motivo consideram se os aportes de Lib neo 2004a 2004b que trabalha a partir da teoria do ensino desenvolvimental de Davydov uma linha de investiga o do construtivismo chamada de teoria hist rico cultural Essa linha nasce das teorias construtivistas de Vygotsky Como explicita o autor ela surge dos aportes da psicologia da aprendizagem e possui como uma de suas preocupa es centrais a forma o de conceitos por parte dos alunos Segundo Lib neo A educa o escolar constitui se numa forma espec fica de atividade do aluno a atividade de aprendizagem cuja meta a pr pria aprendizagem ou seja o objetivo do ensino ensinar aos estudantes as habilidades de aprenderem por si mesmos ou sej
71. EE2 16 A ideia de que a Geografia seja uma ferramenta de compreens o da realidade reafirma esta vis o de um conceito de cidade que se define em fun o das rela es que se estabelecem no espa o geogr fico Al m disso responde claramente s propostas dos PCNs que colocam o conceito de espa o geogr fico como dinamizador da an lise geogr fica Na p gina 233 trabalha se o tema da densidade populacional e os fatores que a condicionam Portanto abordam se as iniciativas estatais que surgem para habitar certos lugares que n o possuem as condi es f sico naturais para moradia como por exemplo desertos montanhas e florestas midas Duas cidades s o citadas com exemplo Manaus cidade localizada na floresta Amaz nica e que apresenta elevada densidade demogr fica Primeiro em virtude do ciclo econ mico da borracha e depois pelo estabelecimento de uma Zona Franca Outro exemplo Las Vegas localizada em meio a uma regi o des rtica nos Estados Unidose que se desenvolveu em virtude de investimentos em lazer e turismo Martins M et al 2010 p g 233 Percebe se o investimento do Estado pois privilegia certos setores do Pa s e as economias de algumas cidades tamb m como explicado no livro did tico outros lugares s o beneficiados desde j pelas suas condi es f sicos e naturais o que permite que os demais aspectos se constituam com maior rapidez No entanto interessante considerar que os aspectos
72. Geografia adotados no 2012 76 QUADRO 12 CRIT RIOS ELIMINAT RIOS DO GUIA PNLD 2012 ESPECIFICOS PARA A GEOGRAFIA 1 possibilita nos diversos contextos de ensino aprendizagem a consecu o de atividades referentes aos conte dos e materiais geogr ficos levando realiza o da intera o professor aluno por interm dio de um di logo que permita a express o de significados pelo professor e a re significa o do conhecimento pelo aluno com a finalidade de vincul lo pr tica social Deve portanto ser flex vel de maneira a atender a projetos pedag gicos diversificados e ao mesmo tempo claros corretos coerentes e articulados 2 demonstra coer ncia e adequa o metodol gicas internas entre os livros da cole o tanto no que se refere linha de pensamento geogr fico adotada quanto orienta o pedag gica Em s ntese necess rio que haja compatibilidade entre a op o te rico metodol gica adotada os conte dos geogr ficos desenvolvidos e a maneira como s o desenvolvidos Por isso importante que as propostas sejam explicitadas e que a obra seja coerente com elas e internamente de maneira que o aluno seja alfabetizado na linguagem cient fica geral e na linguagem particular da Geografia 3 cont m os conte dos e conceitos geogr ficos aceitos pela comunidade cient fica e aplicados a todas as regi es do pa s demonstrando conhecimento atualizado dos avan os te ricos e das pesquisas publica
73. HITACKER A Orgs Cidade e campo relac es e contradic es entre urbano e rural S o Paulo Express o Popular 2011
74. M dio trabalha conte dos propostos pelo marco curricular segundo as indica es dos crit rios requerimentos mas sem uma amplitude de perspectivas dentro das ci ncias sociais Tal fato porque todos os autores s o formados numa das disciplinas que comp em o setor ou rea de Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais portanto a integra o de diferentes olhares bastante escassa se nos limitamos somente a observar a forma o acad mica dos autores Outro dado importante a aus ncia de bibliografia situa o que n o parece estranha considerando que nos crit rios requerimentos para a produ o deste livro did tico a bibliografia n o um ponto a considerar Ao considerar que o livro did tico tamb m recurso intelectual compreende se que seria indicado que os autores fizessem refer ncias aos autores que foram utilizados para desenvolver os conte dos trabalhados O fato de n o fazerem torna se uma situac o muito contradit ria se o que se deseja promover a autonomia dos estudantes e que eles aprendam como pesquisar e desenvolver certas propostas segundo nos assinala o marco curricular Essa situag o se agrava se n s referirmos ao coordenador da equipe de autores Pedro Milos que responde pergunta pela proposta de autores que ele teria para falar de cidade e ele responde que La verdad no estoy al tanto ni informado sobre la producci n cient fica sobre ciudad AMN1 24 Isso esclarece o pouco interesse p
75. PROPOSTA PEDAG GICA a geral e do spa o ge ele Proposta Pedag gica Conex es estudos de Geografia geral e do Brasil Fronteiras da globaliza o Geograf a o mundo em Geografia em constru o Geografia sociedade e Projeto eco Geografia Ser protagonista Geografia Territ rio e sociedade no mundo globalizado Geografia em tr s tempos Geo reas do conhecimento Geografia Fonte Gu a PNLD2012 Geograf a 2011 p 14 Ao levar em considera o os crit rios impostos as duas cole es melhor avaliadas foram Geografia o mundo em transi o da editora tica e Geografia sociedade e cotidiano da Edi es Escala Educacional SA Portanto estas foram cole es escolhidas para serem analisadas Ap s ter revisado os marcos curriculares de ambos os pa ses suas propostas conceituais e pedag gicas os recursos adicionais que os pa ses elaboram para melhorar a compreens o de seus curr culos e finalmente os crit rios requerimentos para avaliar os livros did ticos adotados para 4 ano do Ensino M dio no Chile e 3 ano do Ensino M dio no Brasil preciso observar quais s o as diferen as e semelhan as respondendo a uma das inquietudes 19 desta pesquisa que conhecer como ambos os pa ses constroem seus livros did ticos e quais s o os elementos indispens veis quando se tem por an lise a disciplina geogr fica Primeiro interessante assinalar que a diferen a mais not ria quanto
76. Peters consideram que se o estudante possui um pensamento conceitual ele capaz de dominar os esquemas simb licos que garantem a perpetua o da cultura humana Assim como o curr culo n o precisa ter o foco na pr tica escolar preciso focar na organiza o curricular por meio da defini o de objetivos Para ambos os fil sofos da Educa o absolutamente importante considerar que as formas de conhecimento s o realiza es da mente humana geradas no mbito acad mico universit rio e que da levado ao mbito escolar portanto cada forma de conhecimento corresponde a uma ci ncia que na escola seria uma disciplina escolar Nesta perspectiva tamb m se pode encontrar os aportes de Jerome Bruner durante sua primeira fase de desenvolvimento de pesquisas e as propostas de Joseph Schawb Bruner apoia suas investiga es na psicologia cognitiva causando grande impacto nas teorias curriculares uma vez que sua teoria foi uma resposta crise na Educa o que os USA enfrentava durante a d cada de 1950 O autor postula que um conte do acad mico complexo pode ser levado aula de uma forma menos complexa esse processo comp e a disciplina 30 Ao compreender a estrutura o aluno assimila como a disciplina trabalha quais seus problemas as quest es metodol gicas e conceituais utilizadas para resolver tais problemas no que constitui o conhecimento disciplinar Ibidem p 113 A partir dessas propostas Bruner prop e a
77. RA A AN LISE DOS LIVROS DID TICOS DE GEOGRAFIA DO CHILE E DO BRASIL 2012 Crit rios Descri o Capa Preocupa o pela imagem que aparece na capa do livro Possui rela o com a geografia E poss vel identificar alguma postura te rica Autor ou autores Preocupa o pela forma o dos profissionais que escreveram o livro e quais s o seus trabalhos atuais P blico O texto foi desenhado considerando como crit rio o p blico ao qual estava direcionado Apresenta o Preocupa o pela concep o de geografia que o autor ou os autores prop em no come o do texto Sum rio Como foram organizados os conte dos do livro did tico Diagrama o A adequa o do peso te rico do livro com a idade do p blico leitor Imagens As imagens possuem rela o com o que se est exposto no texto Proposta Te rico O texto apresenta uma proposta te rico epistemol gicas de metodol gica acordo com a sua proposta metodol gica Linguagem A linguagem utilizada para escrever o livro did tico mostra dom nio de conceitos geogr ficos que os estudantes leitores compreendem Atividades As atividades devem ser um meio para incorporar novos materiais e n o simplesmente uma r plica do que j estava escrito Bibliograf a As fontes bibliogr ficas se encontram atualizadas e s o mencionadas adequadamente no livro did tico Fonte Adapta o de Pontuschka et al 2009 Estes crit r
78. a a pensar LIB NEO 2004a p 122 Nessa l gica o professor o mediador entre o estudante e o conte do Assim o aluno pode aprender a pensar teoricamente por meio da forma o de conceitos ou seja o conceito entendido como um procedimento l gico do pensamento para aproximar se realidade Dessa forma o professor ajuda o estudante a utilizar conceitos como ferramentas mentais para lidar com a realidade O desenvolvimento mental segundo Lib neo 2004a social e historicamente situado al m disso a aprendizagem somente pode ser significativa na medida em que se configura como um processo afetivo Por esse motivo o professor deve estabelecer uma conex o com o estudante deve se preocupar com os processos mentais mas tamb m como os processos pessoais que o aluno est vivenciando Um ensino mais vivo e eficaz para a forma o da personalidade deve basear se no desenvolvimento do pensamento te rico Trata se de um processo pelo qual se revela a ess ncia e o desenvolvimento dos objetos de conhecimento e com isso a aquisi o de m todos e estrat gias cognitivas gerais de cada ci ncia em fun o de analisar e resolver problemas e situa es concretas da vida pr tica O pensamento te rico se forma pelo dom nio dos procedimentos l gicos do pensamento que pelo seu car ter generalizador permite sua aplica o em v rios mbitos da aprendizagem LIB NEO 2004b p 16 128 Assim a aprendizagem n o pod
79. a interacci n entre teor a y pr ctica se mantiene en tensi n indeterminada problem tica y hasta cierto punto abierta la noci n de bien es subjetiva en la racionalidad cr tica esta interacci n es dial ctica PASCUAL 1998 p 46 O fato que existe um constante movimento entre a teoria e a pr tica um movimento que dialoga entre a a o e a reflex o e vice versa ao considerar que este movimento dial tico seria a forma de construir e reconstruir significados sociais Quando se discute sobre curr culo pode se dizer que este tamb m uma constru o social por isto com m ltiplos significados 28 Nesse sentido o curr culo cr tico se distancia da l gica de objetivos e finalidades pois concebe a educa o como uma permanente constru o Nessa concep o questiona se a produ o do conhecimento os conceitos de poder e autoridade se fazem perguntas sobre a legitimidade do conhecimento escolar e a validade da reinterpreta o dos docentes e alunos durante a aula Nas d cadas de 1960 e 1970 um dos autores mais destacados no desenvolvimento destas propostas foi o pedagogo Paulo Freire que desenvolveu a perspectiva de Pedagogia libertadora e cr tica a partir de tr s grandes postulados o estudante precisa ser participante ativo de sua aprendizagem a aprendizagem precisa ser significativa para os estudantes e o terceiro de que a orienta o da aprendizagem precisa ser em sentido cr tico O cur
80. a ciudad es un objeto p blico asiento de un conjunto de actores colectivos que se halla en proceso de construcci n cotidiana GUREVICH R 2005 apud LVAREZ G et al 2011 p 254 102 A partir desse texto prop e se ao estudante pesquisar a origem e o desenvolvimento da localidade em que mora por meio de algumas perguntas e Investiga c mo fue transform ndose tu pueblo o ciudad Si se fue expandiendo cu les fueron las razones y qu nuevos barrios se crearon Entrevista a tres familias de tu entorno pr ximo y con el apoyo de tu profesor confecciona una pauta de entrevista cuyo prop sito sea averiguar estas historias familiares en relaci n al espacio en el que viven actualmente e Qu or genes posee la mayor parte de la poblaci n de tu ciudad y qu importancia ha tenido la migraci n hacia otras ciudades o desde otras ciudades hacia la tuya e En tu barrio existen centros de encuentro Cu les En torno a qu se re nen las personas e Porqu la ciudad es un espacio de construcci n cotidiana LVAREZ G et al 2011 p 254 Com essa atividade faz se um chamado a desenvolver a habilidade de investigac o do estudante para que ele compreenda como se produz a configura o de sua pr pria cidade Quais s o os lugares de encontro e quais culturais est o se relacionando Al m de incorporar sua pr pria experi ncia cotidiana no processo do trabalho de investiga o A partir da an lise das atividad
81. a con menos p ginas porque tambi n ten a menos h bito de escribir y no s po nosotros ramos historiadores que nos pasamos escribiendo todo el d a entonces al Jorge yo le perd la pista AMN1 48 Continuando com a an lise desse livro did tico relevante conhecer especificamente a unidade escolhida para ser analisada e que possui rela o direta como o conceito de cidade que se deseja desvelar nesta pesquisa Como j se assinalou no Cap tulo anterior trata se da Unidade 4 Am rica Latina Su tierra y su gente Diferentemente de outros livros este cap tulo est divido em blocos e unidades mas n o em cap tulos de tal maneira que se integram aspectos gerais sobre 87 Am rica Latina e entre eles se trabalha o tema urbano pelo mesmo motivo esta an lise inclui a unidade completa mas que coloca o foco central no conceito de cidade Quanto aos conte dos o Bloco II come a com uma vis o geral de todo o bloco que apresenta os grandes tra os e o que ser trabalhado em todas as unidades do pr prio bloco Posteriormente poss vel conhecer os principais conceitos que ser o trabalhados neste bloco sendo o primeiro o de Urbaniza o definido como Desde fines del siglo XIX Am rica Latina viene experimentando un alza creciente en la concentraci n de habitantes en un n mero relativamente reducido de n cleos urbanos Este fen meno estrechamente ligado al proceso de industrializaci n vivido durante el siglo
82. a do professor Portanto entende se que um material de apoio para os estudantes na aula um material que necessita das orienta es de um docente ou seja em nenhum caso substitui ao professor e em nenhum caso substitui o curr culo Por isso assim como o estudante n o pode acreditar somente no livro did tico como nico recurso o professor n o pode planejar suas aulas utilizando apenas o livro did tico Desta forma entende se que a proposta aqui apresentada poss vel de ser desenvolvida a partir de uma perspectiva geogr fica cr tica e de uma perspectiva pedag gica construtivista cr tica Por conta desse fato o autor do livro did tico precisa se posicionar explicitamente para conseguir o objetivo de apresentar o conceito de cidade latino americano 137 CONSIDERA ES FINAIS Ap s ter realizado um caminho de an lise reflex o e questionamento constante a partir da an lise do conceito de cidade nos dois exemplares escolhidos dos livros did ticos chilenos e brasileiros aprovados para o per odo 2010 2012 importante rever como foram respondidos os objetivos espec ficos que se postularam para esta pesquisa Primeiro foi poss vel identificar os elementos que comp em o conceito de cidade que se encontra nos livros did ticos de Geografia analisados O conceito de cidade se expressa claramente nas unidades e cap tulos analisados este possui elementos comuns a todos os livros did ticos por exemplo um conceito f
83. a forma confirma se a impossibilidade de estabelecer um conceito de cidade universal e nico mas com elementos que se compreendem como universais na medida em que existem e se mant m nas cidades atuais Da an lise realizada infere se que a estrutura e discurso que o livro apresenta tamb m a estrutura mental e de conhecimento que os autores do livro did tico possuem portanto uma produ o intelectual ou seja um conceito responde a seu autor como uma linha te rica metodol gica constru da pelo mesmo Esse fato significa que ao depender do olhar e do pensamento do autor esse conceito vai mudando Dessa forma o conceito de cidade torna se altamente complexo e mut vel A partir do que foi mencionado anteriormente a tentativa que se constr i nesta pesquisa propor uma estrutura de pensamento cr tico que leve constru o de um conceito de cidade que seja significante para os estudantes que utilizam o livro did tico em os contextos que esta pesquisa est sendo desenvolvida ao compreender que para eles este posicionamento conceitual seria relevante constituindo se em uma aprendizagem significativa porque surgiria a partir do pr prio entorno deles que finalmente o conhecimento cotidiano que eles possuem 3 2 Reflex es pedag gicas o conceito de cidade no ensino de Geografia Para explicitar uma proposta sobre o conceito de cidade no ensino da Geografia relevante em primeira instancia voltar proposta postulada no
84. a fundamental para os trabalhadores dessas grandes cidades Como o transporte coletivo h muito tempo vem sendo relegado a segundo plano pois se da prioridade ao autom vel particular as camadas de renda mais baixa sofrem intensamente com esse problema condu es prec rias altos pre os das tarifas atrasos frequentes superlota o de nibus e trens de sub rbios etc Algumas pesquisas realizadas em favelas de S o Paulo e de Rio de Janeiro demonstraram que boa parte de sua popula o constitu da de trabalhadores que preferem residir em barracos pr ximos ao local de trabalho a construir uma casa simples na periferia pois o custo do transporte seria alto demais para seus sal rios VESENTINL 2011 p 146 O importante parece ser levar o estudante a um questionamento a partir do conceito de cidade Pelo que est no livro o autor n o tem o interesse por postular sua definig o de cidade mas pretende que o estudante se sinta envolvido na problem tica e portanto compreenda os aspectos que se entrecruzam e que conformam cidade uma an lise complexa e possui uma cr tica forte ao sistema de vida nas cidades Desta forma poss vel encontrar 4 tipos de discursos que desenvolvem o conceito de cidade e que correspondem aos livros did ticos analisados importante recordar que nessa pesquisa a categoria de an lise central para ingressar Geografia o espa o geogr fico situa o na que coincidem o MINEDUC e o MEC quando se
85. a maioria n o perceber ou preferir silenciar na rela o autor editora no Brasil que a editora publica e vende X livros e s paga ao autor X 10 ou seja no m ximo 10 da quantidade que vendeu Isso parece que sempre existiu pelo menos desde que eu saiba mas ficou pior ainda com a venda da maioria das editoras de did ticos para grandes grupos nacionais e ou internacionais entre o final dos anos 1990 e in cios deste novo s culo que depois da aquisi o queriam recuperar rapidamente o capital investido e passaram a pagar menos ainda em termos de direitos autorais al m de relutarem em dar livros para o professor e outras medidas de enxugamento e conten o de despesas Teoricamente pela lei vigente todos os livros como tamb m CDs DVDs etc deveriam ser numerados mas isso n o ocorre nos livros did ticos porque as editoras que formam um cartel argumentam de forma totalmente incorreta que isso encareceria cada volume e a fam lia dos alunos quem arcariam com os custos etc AEA1 12 Jos William Vesentini denuncia diretamente as editoriais de n o estabelecerem um contrato justo com seus autores mantendo uma hegemonia na forma de relacionar se com eles j que faz diferen a com os ganhos ou seja a editora sempre ganha a mais que os pr prios autores dos livros q De retorno an lise do livro did tico o cap tulo 11 come a com uma atividade motivacional denominada Ponto de partida na qual s
86. abordagem do curr culo a perspectiva cr tica A preocupa o desta vis o centra se na valida o do conhecimento j que alguns conhecimentos s o classificados como v lidos e outros n o Pergunta se ent o o que se compreende por conhecimento Qual seria o conhecimento escolar Neste sentido n o s preocupa em selecionar o conhecimento que deve ser parte do curr culo como tamb m em criticar a produ o desse conhecimento para tentar compreender as rela es entre saberes escolares leg timos e n o leg timos 32 Esta vertente foi amplamente seguida com muitas deriva es e por isso que Lopes e Macedo 2011 apresentam os postulados de seus quatro te ricos mais importantes e com maior influ ncia na Am rica Latina Em primeiro lugar encontra se o movimento da Nova Sociologia da Educa o que surgiu na d cada de 1970 na Inglaterra e que teve como um dos maiores expoentes Michael Young quem torna evidente um dos principais problemas relacionados ao conhecimento no curr culo Young influenciado pelo interacionismo simb lico afirma que o conhecimento constru do nas intera es sociais entre sujeitos formando um conjunto de significados dispon veis para o ensino Esse conjunto de significados relacionados ao que razo vel ao que correto ao que verdade bom ou l gico depende de conven es sociais e de acordos dominantes com os quais interagimos Ibidem p 78 Desta forma Young assu
87. acteriza la poblaci n mundial en t rminos de su distribuci n y diversidad cultural y distintas regiones seg n indicadores de desarrollo y din mica demogr fica Comprende que los territorios se delimitan R a trav s de procesos de colaboraci n y conflicto entre sociedades y que las din micas espaciales Nivel 5 de un territorio se configuran hist ricamente Interpreta informaci n de diversas fuentes para analizar cambios y tendencias en la configuraci n del espacio geogr fico Caracteriza los problemas sociales y ambientales de las grandes ciudades y valora las medidas que buscan mejorar la calidad de vida de las personas 60 Caracteriza la distribuci n espacial de procesos naturales en la superficie de la Tierra y reconoce que su ocurrencia se relaciona con las din micas del geosistema Comprende que a trav s del tiempo han cambiado las formas en que los seres humanos se adaptan y transforman el espacio geogr fico Nivel 4 Selecciona fuentes de informaci n pertinentes e interpreta informaci n geogr fica para analizar el dinamismo la magnitud y alcance espacial de procesos naturales e hist ricos Comprende que la Revoluci n Industrial genera una amplificaci n del impacto de la actividad humana sobre el planeta y valora la actual conciencia ambiental Reconoce los principales rasgos naturales y humanos de Am rica y Chile Comprende que el espa cio geogr fico se caracteriza estableciendo relaciones entre los rasgos natura
88. ada e porque os estudantes compreendam os conceitos e conte dos que estruturam a disciplina geogr fica entre eles o conceito de cidade A partir dessa l gica poss vel afirmar que a preocupa o pelo conceito de cidade mais evidente no caso brasileiro Aprecia se a vis o geogr fica que busca analisar os conte dos de uma perspectiva particular a uma perspectiva geral em que o todo e a parte s o complementares Existe a possibilidade que essa diferencia seja justamente pelo fato de estar pensando a partir de um olhar geogr fico 2 2 A constru o do livro did tico de Geografia no Chile Ap s ter revisado o marco curricular seus elementos de apoio e os crit rios requerimentos para a elabora o dos livros did ticos para o 4 ano do Ensino M dio interessante conhecer os conte dos trabalhados e os postulados dos autores que os desenharam Para se conhecer os livros did ticos chilenos apresenta se a seguir uma resenha do primeiro livro did tico analisado a partir dos aportes de Pontuschka et al 2009 apresentados no cap tulo 1 No Chile o processo de ado o dos livros did ticos n o apresenta um guia como no Brasil por isso decidiu se estabelecer um par metro comum que permitisse analisar ambas as realidades sob um mesmo indicador ou crit rio QUADRO 13 RESENHA DO LIVRO DID TICO DE HIST RIA E CI NCIAS SOCIAIS PARA 4 ANO DE ENSINO M DIO EDITORA MN Crit rios Descri o Este livr
89. ade numa abordagem que representa o posicionamento deles como autores mas tamb m concorda com a posi o estabelecida pelos PCNs ou seja se mant m uma claridade conceitual ao desenvolver as din micas populacionais Esse cap tulo fecha com a abordagem dos movimentos populacionais em que se caracterizam os diferentes tipos de migra es Na p gina 236 Apresenta se para isso um mapa de Refugiados no Oriente M dio e Nordeste da frica 2008 por meio do qual observa se as zonas de dispers o dos refugiados da regi o as pessoas deslocadas e os fluxos de refugiados Cita se como exemplo as migra es ilegais e as medidas que se tomaram no Brasil No Brasil em 2009 cerca de 40 mil imigrantes que estavam ilegais a maioria bolivianos chineses e peruanos foram beneficiados pela nova lei de Anistia Imigrat ria Com isso o governo brasileiro procurou legitimar a perman ncia deles reconhecendo a import ncia dessa m o de obra para o pa s Al m disso essa medida visava combater o tr fico de pessoas e o trabalho escravo e ampliar a cidadania para essas pessoas Martins M et al 2010 p 237 Desta maneira prop e se um olhar reflexivo e cr tico a respeito das decis es governamentais tomadas no Brasil no ano 2009 al m disso realiza se um chamado an lise quanto situa o que enfrentam os migrantes ilegais O cap tulo finaliza com uma atividade de s ntese e compreens o que trabalha os conte dos des
90. afia lugar territ rio regi o e paisagem com o conceito de identidade e tamb m de mem ria trabalhado amplamente pela hist ria Desta forma responde claramente ao solicitado pelo MINEDUC ou seja existe uma vincula o entre Geografia e Hist ria 122 Outro ponto importante desse livro did tico a nfase nas atividades por exemplo na p gina 254 poss vel observar as afirma es feitas anteriormente El de hoy es un mundo urbano como nunca antes lo hab a sido un tapiz a nivel planetario Son m ltiples los or genes los tama os y las formas en que se presentan las ciudades del mundo sus actores predominantes y sus funciones pero es innegable el predominio de las concentraciones urbanas en la actualidad La ciudad es un objeto p blico asiento de un conjunto de actores colectivos que se halla en proceso de construcci n cotidiana GUREVICH R 2005 apud LVAREZ G et al 2011 A partir desse trecho se estabelecem perguntas provocadoras como Por qu la ciudad es un espacio de construcci n cotidiana Ibidem Nessa l gica pode se perceber a complexidade com que o conceito trabalho Tamb m aprecia se a import ncia de que os estudantes pensem sobre o tema e como eles s o configurados como construtores de seus pr prios espagos relevante observar tamb m que os autores do livro did tico trabalhem com textos de autores latino americanos poss vel perceber que tal fato acontece durante todo
91. al porque efectivamente la ciudad es un lugar de conflictos espaciales es tan as que hoy d a la preocupaci n de los gobiernos por la ciudad es la primera AZZ2 24 Desta forma o livro did tico responde n o somente aos crit rios requerimentos que prop e o MINEDUC mas tamb m mant m a coer ncia com o que prop em seus pr prios autores portanto no momento de trabalhar os conte dos aprecia se a inova o no tratamento dos mesmos e a orienta o cr tica que os autores compartilham 2 3 A constru o do livro did tico de Geografia no Brasil Para compreender a constru o dos conte dos e atividades sobre cidade nos livros did ticos de Brasil escolhidos para esta an lise se seguiu o formato j trabalhado na an lise dos livros did ticos do Chile ao apresentar uma resenha do livro did tico em geral para atingir uma ideia global sobre o material de estudo Posteriormente revisa se a An lise Cr tica do Discurso em rela o ao pr prio livro did tico e aos crit rios requerimentos estabelecidos pelo MEC Portanto inicialmente apresenta se a resenha do livro Geografia Sociedade e Cotidiano de Edi es Escala Educacional QUADRO 15 RESENHA DO LIVRO DID TICO GEOGRAFIA SOCIEDADE E COTIDIANO PARA O 3 ANO DE ENSINO MEDIO EDI ES ESCALA EDUCACIONAL Crit rios Descri o Este texto possui uma estrutura de conte dos que estabelece uma rela o com o espa o mundial que Capa justamente o
92. ando esses objetivos A forma como devem ser abordados os conte dos propostos para o 4 ano m dio e que por isso devem ser parte dos livros did ticos escolares segundo os crit rios requerimentos devem centrar se nos objetivos apresentados no seguinte quadro QUADRO 7 OBJETIVOS QUE PRECISAM INTEGRAR O LIVRO DID TICO DE 4 ANO DO ENSINO MEDIO NO CHILE 1 Integrar de manera equilibrada y articulada las m ltiples dimensiones de la realidad promoviendo la comprensi n y expresando el car cter multifac tico de los procesos hist ricos geogr ficos y sociales 2 Seg n los contenidos propuestos para el nivel incorporar distintos actores participantes dentro de un proceso o fen meno El Texto debe entregar la mayor diversidad posible de actores incorporando a aquellos tradicionalmente invisibilizados campesinos mujeres ni os obreros estudiantes migrantes clases emergentes pueblos ind genas movimientos pol ticos y sociales ONG organismos internacionales intelectuales artistas etc 3 Abordar los procesos desde un enfoque que enfatice la multiperspectiva reflejada en la presencia de las visiones de los distintos actores sociales participantes en dichos procesos y en la incorporaci n de interpretaciones historiogr ficas divergentes acerca de los procesos estudiados 4 Abordar los contenidos desde una mirada multidisciplinaria integrando seg n los contenidos tratados conceptos y procedimientos de distintas di
93. ano m dio no Brasil Propondo os seguintes conte dos m nimos obrigat rios para quarto ano de Ensino M dio que o n vel que trabalha esta pesquisa FIGURA 1 CONTE DOS M NIMOS 56 OBRIGATORIOS DO CURR CULO CHILENO PARA QUARTO ANO DE ENSINO M DIO 240 O Ge e CONTENIDOS M NIMOS OBLIGATORIOS 1 EL ESTADO DE DERECHO EN CHILE Caracterizaci n y evaluaci n de c mo la Constituci n Pol tica organiza el r gimen democr tico en Chile esta blece las bases de la institucionalidad define cl car cter y la finalidad del Estado define a los sujetos pol ticos regu la la nacionalidad y ciudadan a garantiza los derechos y regula los deberes de las personas consagra la separaci n de las funciones p blicas ejecutivas legislativas judicia les y de control Tribunal Constitucional Contralor a General de la Rep blica Tribunal Electoral y Banco Central define la responsabilidad de los gobernantes Caracterizaci n de los mecanismos de acceso a la justicia en Chile y de los principales rasgos del sistema judicial chileno responsabilidad penal y civil principales carac ter sticas del sistema procesal penal mecanismos legales disponibles para la defensa de los derechos ciudadanos 2 EL EJERCICIO DE LA CIUDADAN A Caracterizaci n del sistema de representaci n pol tica en Chile el ejercicio del sufragio para la elecci n de autori dades el rol de los partidos politicos el rol de los medios
94. ansmiss o e memoriza o de conhecimentos como na l gica tradicional e positivista da educa o Por outra parte h uma inten o de estabelecer rela es interdisciplinares e portanto prop e se a unir certas disciplinas afins em reas Neste caso a Geografia juntamente com Historia Sociologia e Filosofia comporiam a rea de Ci ncias Humanas e suas Tecnologias No caso da Geografia em especifico que o que nos interessa nesta pesquisa poss vel observar que as orienta es dos PCNs do Ensino M dio encontram se claras quanto s categorias de an lise que devem ser trabalhadas Tal fato fica evidenciado no quadro proposto nos pr prios PCNSs QUADRO 8 CONCEITOS GEOGR FICOS PROPOSTOS PELOS PCNs DE ENSINO M DIO NO BRASIL Conceito Concep o norteadora Elementos de aprofundamento Espa o Geogr fico Conjunto indissoci vel de sistemas de objetos redes t cnicas pr dios ruas e de sistemas de a es organiza o do trabalho produ o circula o consumo de mercadorias rela es familiares e cotidianas que procura revelar as pr ticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem lutam sonham vivem e fazem a vida caminhar Milton Santos O espa o percept vel sens vel por m extremamente dif cil de ser limitado quer por din mica quer pela viv ncia de elementos novos e elementos de perman ncia Apesar de sua complexidade ele apresenta elementos de unicidade
95. ari veis temporais Dominadores Dominados Lutas Resist ncias R pido Lento Inclus o Exclus o e Encontro Desencontro Centro Periferia UER Estudantes Fonte P rez Cisternas N 2012 As vari veis propostas respondem a uma tentativa por conformar um conceito de cidade latino americano que deve ser compreendido como altamente complexo e tamb m 136 mut vel ou seja as vari veis espaciais e temporais podem ser modificadas e inclusive acrescentadas Al m disso apresentada uma l gica de vari veis compostas por pares dial ticos ou seja que mant m a vis o da proposta da an lise dessa pesquisa que preocupar se com as contradi es presentes Justamente esse o elemento essencial para entender o conceito de cidade latino americano e como nessa l gica os pares adquirem complementaridade e se conectam numa vari vel pode se afirmar que esses pares s o os conte dos que estruturam o conceito de cidade A partir dessa perspectiva a categoria de espa o geogr fico entendida com base em uma vis o cr tica relaciona se diretamente com o conceito de cidade aqui proposto interessante destacar como as dimens es do espa o geogr fico conte dos estruturantes manifestam se por meio das vari veis espa o temporais propostas Assim necess rio compreender que o livro did tico seria por si mesmo uma media o mas como essa pesquisa postula requer se al m disso a media o did tic
96. as bases te ricas da referida no o de cidade a partir dos agentes de produ o sendo para tal necess ria a revis o dos crit rios requerimentos que o Minist rio da Educa o entrega aos editoriais que participaram da licita o assim como os crit rios de avalia o t cnico pedag gica que s o utilizados para discriminar se um texto entra ou n o em circula o Por ltimo foram analisadas as entrevistas realizadas com os autores envolvidos na produ o dos livros did ticos de ambos os pa ses A rela o dos livros nacionalidade e autores apresentada no seguinte quadro QUADRO 5 APRESENTA O DOS AUTORES DOS LIVROS DID TICOS ANALISADOS Livro Did tico Pa s Autores Hist ria e Ci ncias Sociais Chile Pedro Milos H 4 Ano de Ensino M dio Cristina Moyano B Editora MN Andr s Estefane L Jorge Figueroa Ee Historia e Ci ncias Sociais Chile Gonzalo lvarez 4 Ano de Ensino M dio Macarena Barahona Editora ZIG ZAG Geografia Sociedade e Brasil Mar a Adailza Dad Martins Cotidiano Volume 3 Francisco Bigotto Edi es Escala M rcio Vitiello Educacional Geografia O mundo em Brasil Jos William Vesentini transi o Volume 3 Editora tica Fonte P rez Cisternas N 2012 12 rs Ene Os documentos est o disponibilizados como Anexos 13 a o zo O autor n o foi contatado porque n o existiam reg
97. as pelos mesmos n veis por um crit rio completamente inadequado para essa finalidade o n vel socioecon mico dos alunos e do bairro da escola Eles n o percebiam e ainda n o percebem totalmente que numa escola teoricamente ruim situada num bairro pobre com alunos de fam lias com baixas rendas o professor pode querer adotar um manual de timo n vel e vice versa l gico que com esse esdr xulo crit rio minhas obras foram prejudicadas pois foram consideradas de n vel A e divulgadas somente nas raras escolas que eles elegeram como timas fato que gerou descontentamento numa s rie de professores de escolas tidas como ruins ou m dias que queriam receber as novas edi es dos meus 113 manuais e os divulgadores n o davam com o argumento que eles n o eram apropriados para aquela escola In meros professores me enviavam e mails ou at me procuravam na USP os de SP para reclamar eu telefonava na editora e eles diziam que essa era a estrat gia mercadol gica de acordo com os manuais de administra o etc e tal AEA1 12 Esse foi um problema em espec fico que o autor teve com a editora pois o modelo instalado no mercado dos livros did ticos decidiu determinar o p blico alvo de seus exemplares considerando seu status econ mico e portanto social No entanto esse foi s um dos problemas pois segundo o autor existem outros autores que experimentam outros problemas Outro problema de todos os autores malgrado
98. ativa e explanat ria O discurso uma forma de a o social Fonte Fairclough e Wodak 1997 apud Van Dijk 2010 p 115 54 A partir da perspectiva do ACD o presente trabalho considera estas quest es em sua an lise pois apresenta o interesse de demonstrar quais s o as concep es te rico epistemol gicas que se expressam no livro did tico mas que s o pensadas e desenhadas por institui es autores de livros e como essas ideais e paradigmas se fundem no produto final o livro did tico Enfim a an lise aqui realizada n o ser uma an lise ing nua e tradicional mas intenciona quebrar esse olhar por meio da proposta reflexiva do material coletado e dos contextos onde esses materiais s o produzidos O objetivo de contribuir com a forma o de um conceito de cidade que permita compreender os discursos interesses e complexidades que a comp em A partir do aprofundamento te rico e metodol gico apresentado neste Cap tulo iniciou se a an lise dos dados No Cap tulo 2 apresentam se os crit rios requerimentos de elabora o dos livros did ticos as entrevistas com os autores dos livros escolhidos e a discuss o dos pr prios livros did ticos Desta maneira se entrecruzam essas tr s vari veis para desenvolver uma an lise que permita desvelar os discursos presentes sobre cidade em ambos os pa ses 55 CAP TULO II Geografia escolar e cidade seu discurso no livro did tico 2 1 O livro did tico
99. bora o dos conte dos importante que os estudantes 34 compreendam o que sucede em seu cotidiano mas que al m disso possuam as ferramentas para criticar esse cotidiano Nesse processo o professor deve buscar que o aluno passe de um conhecimento sincr tico de sua pr tica social para um conhecimento sint tico mediados pelos Os conhecimentos n o s o est ticos nem definitivos h uma hist ria com suas rela es socioecon micas particulares que define as mudan as nos conhecimentos Ibidem p 89 conhecimentos cient ficos historicamente situados E assim que Lib neo estabelece uma proposta voltada valoriza o do conhecimento mas sem deixar de pensar na pr tica social e em como esse conhecimento varia de acordo com o contexto onde ele trabalhado A partir das posturas apresentadas por Pascual 1998 e Lopes e Macedo 2011 pode se estabelecer certas rela es que ficam expl citas no seguinte quadro QUADRO 1 RELA ES ENTRE AS RACIONALIDADES APRESENTADAS NOS CURRICULOS DO CHILE E DO BRASIL Propostas Racionalidades Autores Centro do curr culo o Perspectivas representativos Enrique Pascual Racionalidade Ralph Tyler Objetivos T cnica Racionalidade Joseph Schawb Processo Pr tica Jerome Bruner Lawrence Stenhouse Racionalidade Paulo Freire Autonomia Cr tica Michael Apple Henry Giroux Kemmis Grundy Alice Casimiro Perspectiva Paul Hirst Conhecimentos Elizabeth
100. ca o foram atrasados j que o investimento nesse setor existente antes da ditadura foi reduzido a menos da metade em seu per odo No entanto a ditadura brasileira tamb m gerou situa es problem ticas em educa o atualmente pode se perceber um interesse importante por ingressar totalmente na l gica econ mica neoliberal o que significa um retrocesso para as pol ticas p blicas do Brasil Dessa forma os governos p s ditadura militar no Chile est o tentando reativar o investimento em educa o o que n o uma tarefa f cil pois o sistema econ mico imposto nesses anos o sistema atual A partir disso muitas das reestrutura es propostas em educa o n o tem sustento ou s o imposs veis de serem implementadas interessante ver como o contexto cultural determina certas pr ticas e perceber que ele sim tem import ncia Portanto l gico que duas realidades n o s o compar veis pois poss vel conhec las e analis las mas n o compar las com crit rios r gidos e estandardizados uma vez que a ideia de homogeneiza o encontra se totalmente fora dos objetivos desta pesquisa Quanto ao conceito de cidade foi poss vel observar que no Chile o recurso curricular MPA de espa o geogr fico no n vel 5 apresenta como habilidade a ser atingida a caracteriza o dos problemas sociais e ambientais das grandes cidades Tal fato significa que os estudantes que terminam o Ensino M dio deveriam ter adquirido essa
101. ceitos de forma tal que o estudante os compreenda sem importar a quantidade de p ginas que signifique seu trabalho se tenta mostrar conte dos completos e ideias completas n o resumos que ao fim n o explicam claramente o conte do Por outra parte importante o interesse por manter fora dos livros did ticos atividades conte dos e avalia es ou qualquer outro tipo de recurso que incentive uma vis o preconceituosa e discriminat ria segundo classes sociais op es religiosas op es sexuais Estas preocupa es finalmente se concretizaram na ficha de avalia o das cole es que s o apresentadas em tr s figuras no pr prio guia A primeira figura refere se proposta pedag gica a segunda estrutura tem tica e a terceira estrutura da cole o Nesta pesquisa a an lise centra se na primeira figura proposta pedag gica j que a se pode observar o tratamento dos conte dos e dos conceitos trabalhados Ao considerar o anterior prop e se observar a figura da proposta pedag gica para realizar a escolha dos livros a ser analisados importante considerar s com um simples crit rio de exclus o que seria que as duas melhores cole es deviam ser de editoras 24 g E A diferentes A seguinte figura apresenta a proposta que interessa nessa pesquisa 24 Bib As E E e EE 4 P E 3 Este crit rio foi pensado devido a que os livros did ticos chilenos tamb m pertencem a editoras diferentes 78 FIGURA 4
102. ci n curricular 2009 Sector Historia Geograf a y Ciencias Sociales 2009b Dispon vel em http www mineduc cl index5_int php id_portal 478zid_contenido 171168zid_seccion 326 4 amp c 362 Acesso 21 abr 2012 145 MOREIRA R Geografia e Pr xis a presen a do espa o na teoria e na pr tica geogr fica S o Paulo Contexto 2012 PASCUAL E Racionalidades en la producci n curricular y el proyecto curricular Revista Pensamiento Educativo Volumen 23 n mero 2 1998 Dispon vel em http pensamientoeducativo uc cl index php pel issue view 10 Acesso 21 abril 2012 PONTUSCHKA N ET AL Para ensinar e aprender geografia S o Paulo Cortez Editora 2009 SANTOS M A natureza do Espa o T cnica e Tempo Raz o e Emo o S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2009 Metamorfoses do espa o habitado S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2012 Por uma geografia nova da cr tica da geografia a uma geografia cr tica S o Paulo Editora Hucitec 1990 VAN DIJK T El discurso como estructura y proceso Espa a Gredisa 2000 Discurso e Poder tradug o Judith Hoffnagel Ana Regina Vieira Leonardo Mozdzenki Benedito Gomes Bezerra Rodrigo Castro Karina Falcone S o Paulo Editora Contexto 2010 VESENTINL W Geografia o mundo em transic o ensino m dio Volume 3 S o Paulo Editora tica 2011 WHITACKER A Cidade Imaginada Cidade Concebida In SPOSITO M W
103. cia espacial las categor as semantizadoras del espacio geogr fico representan una opci n metodol gica de comprensi n y entendimiento del mismo GARRIDO PEREIRA 2005 p 150 131 A partir disso poss vel propor a inclus o destes conceitos espec ficos no ensino escolar de Geografia Por m a proposta dos MPA que se configura como uma ferramenta articulada para ver a progress o das habilidades devia ser reformulada considerando os conceitos geogr ficos assinalados Ao considerar que o estudante pode formar conceitos geogr ficos amplos e espec ficos tamb m poss vel pensar que o aluno pode formar e apropriar se do conceito de cidade Nessa perspectiva a amplitude e complexidade do conceito n o impede que o estudante desenvolva um racioc nio l gico c gnito mediado pelo professor No hay aprendizaje sin significados pero tampoco hay aprendizaje sin una meta sobre el conocimiento Es justamente en este sentido que aparece como prioritario el aprendizaje del espacio en tanto remite a metas cognitivas que el individuo considera necesarias para la construcci n de su subjetividad El aprendizaje es visto en relaci n a cada una de las vivencias y por tanto se supera la idea del cumplimiento de logros en funci n del desarrollo biol gico Los estadios de aprendizaje se encuentran situados y su progresi n ha sido estancada cuando se ha intentado dinamizarla en base a la no autonom a GARRIDO PEREIRA 2005 p 143 De
104. cidades as pessoas passaram a ter dispon vel uma serie de servi os como educa o saneamento b sico gua tratada entre outros que desencadeou a redu o nas taxas de natalidade e mortalidade Al m das quest es relacionadas sa de a maior disponibilidade de alimentos promovida pela industrializa o e pelo aumento das reas agricult veis e da produtividade tamb m contribuiu para esse processo Martins M et al 2010 p 228 123 Dessa forma pode se apreciar a inten o de problematizar o conceito de cidade e tamb m de manter a an lise ligada a todas as dimens es que comp em o espa o geogr fico mas poss vel identificar que a perspectiva que se privilegia a econ mica Por sua parte o livro did tico Geografia o mundo em transi o apresenta um conceito de cidade complexo pois n o realiza uma defini o do conceito abordando o por meio de questionamentos e problem ticas Centra se em exemplos de cidades latino americanas ou especificamente do Brasil para trabalhar as problem ticas apresentadas Dessa maneira aborda problem ticas mundiais com um sentido latino americano ao desenvolver questionamentos do global ao local e vice versa Como poss vel observar neste trecho apresentado Em alguns centros especialmente em S o Paulo e no Rio de Janeiro comum gastar tr s ou quatro horas por dia nesse movimento de vaiv m Os transportes coletivos nibus trem metr tornam se um problem
105. cita es para este texto em particular foram muitas devido s atualiza es do ano 2009 no curr culo Finalmente ela conseguiu estes documentos na revis o de seus documentos pessoais desse ano quando ainda trabalhava como editora de MN Al m disso relevante mencionar que o contato com ela foi por meio do autor e coordenador da equipe de autores do mesmo livro did tico quem durante a entrevista realizada entregou os dados para estabelecer contato direto com ela Esses esclarecimentos s o importantes pois mostram as dificuldades no processo de coleta dos dados no Chile e que muitas vezes n o s o consideradas na hora de estabelecer um roteiro para conseguir todos os elementos para realizar uma pesquisa Na an lise dos crit rios requerimentos estes realizam um chamado s editoras para se preocupar com os aspectos formais como da l ngua as cita es em APA ou ISO e ndice tem tico No entanto a refer ncia bibliogr fica n o obrigat ria Al m de considerar os elementos curriculares como Marco Curricular MPA CMO OF e tamb m os Objetivos Fundamentales Tranversales OFT que s o esses objetivos que se centram nos valores e na tica que os estudantes devem desenvolver e que seriam primordiais para trabalhar as tem ticas de cada unidade do livro did tico El texto debe promover activamente el desarrollo de los Objetivos Fundamentales Transversales OFT Tal como lo se ala el Marco Curricular los OFT deben co
106. co se sobrep e media o do professor porque este reproduz o que o texto informa sem gerar nenhum tipo de questionamento A segunda categoria responde a uma postura cr tica por parte do professor Portanto a subcategoria proposta pela autora media o did tica cr tica com uso do manual responde ideia de que o docente n o reproduz o que o livro did tico apresenta como conte do mas que trabalha resignificando esse conhecimento e portanto o livro passa a ser um recurso a mais que ajuda no desenvolvimento da aula Na concep o de D Avila 2008 Uma vez que o professor entende o que significa este recurso de ensino o manual did tico coloca o em posi o secundaria fazendo um uso primeiramente cr tico para ent o criar situa es did ticas criativas na sala de aula com ou sem ele O professor nesse caso ressignifica as prescri es do livro did tico e reconceitualiza sua atividade de ensino Ibidem p 126 A autora mostra se claramente a favor desta segunda categoria anal tica ao deixar em evid ncia que sua proposta n o ser contra o livro did tico como recurso mas agrega um novo desafio que o livro did tico seja um recurso produzido no seu pr prio contexto Desta forma responderia aos problemas de sua realidade diretamente e por sua vez chamaria aos docentes das escolas a produzir seus pr prios recursos Melhor seria se esse instrumento fosse inventado na pr pria sala de aula por professores
107. cola deve ser o conhecimento capaz de ser traduzido em compet ncias habilidades conceitos e desempenhos pass veis de serem transferidos e aplicados em contextos sociais e econ micos fora da escola Ibidem p 74 Ao considerar esta finalidade o conhecimento selecionado para o curr culo precisa cumprir com a tarefa de formar estudantes capazes de ingressar na sociedade de uma maneira produtiva ou seja o estudante seria uma pe a no modelo econ mico e o curr culo seria o meio de conseguir que esse modelo continue de forma eficiente A partir das propostas do curr culo centradas nos objetivos propostos por Tyler surge o modelo de curr culo por compet ncias e os principais autores s o Baker e Popham os quais sustentam que no processo de ensino se v o logrando o dom nio das compet ncias 31 Para tanto cada compet ncia analisada e decomposta nas habilidades fundamentais embora insuficientes para o dom nio da compet ncia Embora retomem o sentido de totalidade as compet ncias mant m a matriz comportamental na medida em que s o produto do dom nio de habilidades intermedi rias Ibidem p 54 Neste sentido Baker e Popham prop em considerar na avalia o o dom nio das compet ncias sem levar em considera o as habilidades logradas para desenvolver essa compet ncia J para Tyler o mais importante valorizar cada habilidade atingida Esta ideia de compet ncia teve uma grande influ ncia para o desenvolvimen
108. colha de um grau de detalhamento que implique a inclus o de fatos mais ou menos vis veis dentro de um processo seletivo que considere graus de import ncia para o processo de representa o No caso da escala geogr fica o que comanda a sele o dos fatos a ordem de import ncia dos mesmos no contexto do tema que est sendo trabalhado H nesse caso uma sele o efetiva dos fatos a partir dos diversos n veis de an lise que j se tentou agrupar em unidades de 69 grandeza o que pode ser discut vel Globaliza o t cnicas e redes Z O fato gerador o processo de globaliza o que corresponde a uma etapa do processo de implementa o de novas tecnologias que acabaram por criar a intercomunica o entre os lugares em tempo simult neo Para sua ocorr ncia torna se fundamental a apreens o das t cnicas pelo ser humano e a express o das A globaliza o basicamente assegurada pela implementa o de novas tecnologias de comunica o e informa o isto de novas redes t cnicas que permitem a circula o de ideias mensagens pessoas mercadorias num ritmo acelerado criando a interconex o dos lugares em tempo simult neo redes que n o se restringem comunica o mas englobem todos os sistemas de conex o entre os lugares Fonte PCN Ensino M dio 1998 p 56 Desta forma evidente quais s o os conceitos de an lises da Geografia que os es
109. conceito de cidade com base em uma perspectiva cr tica por m com ngulos diferenciados poss vel verificar que a categoria de an lise geogr fica principal apresentada nos livros did ticos foi o espa o sendo a cidade um conceito que manteve um posicionamento cr tico a partir de diferentes dimens es da Geografia Assim existe a possibilidade de considerar que o conceito de cidade mant m suas modifica es dependendo do sistema de referencias de seu autor Por isso apresenta se um 125 conceito de cidade diferente em cada livro did tico Mas esse conceito apresentado tamb m se encontra direcionado pelos crit rios requerimentos dos minist rios de educa o de cada pa s No caso do livro did tico chileno que apresenta um conceito de cidade desde uma vis o hist rica mas que tenta utilizar a categoria de espa o geogr fico porque o MINEDUC o solicita sem ter clareza do que tal fato significa poder amos postular a ideia de um conceito h brido de cidade um conceito que se encontra na tentativa de conformar se desde um olhar geogr fico mas termina mantendo uma perspectiva hist rica Al m disso interessante assinalar que as atividades propostas nos 4 livros did ticos tamb m possuem rela o com a postura de seus autores e respondem concep o que possuem sobre a Geografia espa o geogr fico e cidade A vis o geogr fica evidenciada na import ncia que adquire a justi a s cio espacial para compreend
110. corporar as dimens es f sico naturais e humanas da Geografia que sup e um interesse por mbitos naturais socioculturais econ micos e pol ticos Faz se evidente o interesse em apreciar a Geografia de forma integrada sem fazer diferencia es entre Geografia F sica e Geografia Humana interessante observar que no ponto 9 existem certas contradi es com esta proposta quando se relaciona aos processos geogr ficos de fen menos geogr ficos e aos processos hist ricos de acontecimentos De forma muito expl cita existe uma contradi o na utiliza o desses conceitos pois foi a Geografia Tradicional positivista a que se encarregou de popularizar a ideia de que o espa o n o possui movimento portanto n o se constitui de processos e por isso n o pol tico nem econ mico nem sociocultural somente um meio est tico e acabado Nesta mesma l gica a Hist ria Tradicional positivista popularizou a ideia de que a Hist ria neutra e linear s se constituindo de acontecimentos Por isso n o se configura de processos hist ricos desiguais multicausais e em permanente mudan a Neste sentido pode se observar que existem dois paradigmas em tens o Por um lado se postula uma vis o cr tica para ser trabalhada na elabora o dos livros did ticos no entanto as defini es realizadas possuem rela o direta com racionalidades positivistas Tamb m poss vel perceber que no ponto 2 prop e se um ingresso de tem ticas q
111. curr culo uma constru o social que responde a seu contexto 38 2 especifico de produ o cultural portanto n o assimil vel nem reproduz vel como um modelo padronizado Nesse sentido Gimeno Sacrist n 2000 postula o seguinte Primeiro o estudo do curr culo deve servir para oferecer uma vis o da cultura que se d nas escolas em sua dimens o oculta e manifesta levando em conta as condi es em que se desenvolve Segundo trata se de um projeto que s pode ser entendido como um processo historicamente condicionado pertencente a uma sociedade selecionado de acordo com as for as dominantes nela mas n o apenas com capacidade de reproduzir mas tamb m de incidir nessa mesma sociedade Terceiro o curr culo um campo no qual interagem ideias e pr ticas reciprocamente Quarto como projeto cultural elaborado condiciona a profissionaliza o do docente e preciso v lo como uma pauta com diferente grau de flexibilidade para que os professores as intervenham nele p 148 Assim o curr culo dos pa ses da Am rica Latina precisa ter uma constru o que os diferencia da Europa ou da America do Norte da mesma forma que o conceito de cidade diferencia se O contexto sociocultural permite compreender que o curr culo por ser uma constru o hist rico social nico e especifico para cada contexto A partir desta l gica pode se compreender a produ o do livro did tico ou seja como o curr culo direcio
112. da constru o e n o sabem falar o idioma local Bhagyawati n o tem direito a nenhum subs dio de alimenta o ou de assist ncia m dica nem exerce o direito de voto porque vive fora do distrito onde est registrada Como milh es de outros migrantes internos disp e de poucas op es para melhorar a sua vida al m de se mudar para uma cidade diferente em busca de melhores oportunidades Martins M et al 2010 p 239 Os exemplos aqui utilizados fazem refer ncia ao mbito rural setor de menores oportunidades por n o ter os servi os necess rios A partir disto as cidades seriam lugares que ofereceriam maiores possibilidades a seus habitantes assim tamb m as cidades de pa ses desenvolvidos entregariam maiores oportunidades que as cidades de pa ses subdesenvolvidos A partir desses exemplos problematiza se o conceito de cidade e subentende se a ideia que os autores possuem sobre tal apesar de ser uma atividade sobre o tema das migra es Este tipo de atividade possui rela o com o que os autores pensam sobre o papel da Geografia escolar Vamos tratar da Geografia escolar que tem um papel de orientar o aluno na compreens o das transforma es ocorridas no espa o desenvolvendo consci ncia cr tica espacial de forma que ele conhe a o seu papel neste processo e possa atuar conscientemente na busca de uma vida melhor para ele e para a coletividade A Geografia pode ainda levar o aluno cidad o a ser conhecedor do seu
113. das na rea e sem reducionismos que podem ser fonte de erros ou podem induzi los quando conceitos e conte dos s o apresentados de forma incompleta ou relacionados t o resumidamente que os processos envolvidos n o possam ser corretamente compreendidos 4 apresenta os conceitos plenamente a partir dos processos din micas e fen menos em suas rela es espa o temporais Por isso s o considerados erros conceituais ideias incompletas ou err neas e lacunas que n o permitam a compreens o das rela es entre sociedade e natureza rela es espa o temporais que n o possibilitem compreender a constru o hist rica do espa o geogr fico ideias incompletas ou err neas e lacunas que n o permitam a compreens o da forma o desenvolvimento e a o dos elementos constituintes do espa o f sico suas formas e seus processos ou do espa o humano assim como os processos sociais econ micos pol ticos e culturais suas formas e suas rela es 5 apresenta o conte do de tal forma que n o se induza a erros que podem ocorrer quando conceitos ou informa es s o apresentados de maneira incompleta quer em atividades coment rios ou associa o entre conceitos de tal forma que o aluno tenha dificuldade em compreender corretamente os conte dos geogr ficos Por outro lado a obra n o deve apresentar conceitos e informa es de forma errada ou confusa dificultando os relacionamentos pr prios da an lise geogr fica da rea
114. de la poblaci n urbana en detrimento de la poblaci n rural MILOS P et al 2010 p 147 Ao racioc nio anterior acrescenta se uma interessante resenha denominada sabias que com um nfase de questionamento para o estudante que relata Existen cuatro megal polis en la regi n es decir ciudades con m s de 10 millones de habitantes Ciudad de M xico Sao Paulo Buenos Aires y R o de Janeiro La regi n tiene una de las m s altas tasas de poblaci n urbana Seg n cifras del a o 2010 ocho de cada diez latinoamericanos vive en ciudades MILOS P et al 2010 p 147 2 E interessante apreciar como se conservam os aspectos tradicionais para definir as cidades que seria pela quantidade de popula o mas tamb m como se utiliza o conceito de megal poles que foi definido por Freitag 2006 por m n o inclui os problemas de polui o e 89 socio espaciais que a autora atribui configura o das megal poles e que para ela seriam determinantes para utilizar esse conceito Chamo de megalopoliza o um padr o espec fico de urbaniza o Trata se de um processo de transforma o r pida e recente de uma cidade ou metr pole em uma megal pole O crit rio principal nessa categoriza o o crescimento descontrolado desregrado da popula o urbana que faz transbordar os limites naturais e administrativos da cidade tornando a insustent vel A megalopoliza o acompanhada da polui o do ar da
115. desde o m todo dial tico que permite refletir a partir das contradi es que s o expostas durante o desenvolvimento da an lise por m utilizou se a t cnica de An lise Cr tica do Discurso para compreender os discursos sobre cidade que o governo de cada pa s possui que os autores do livro did tico declaram possuir e finalmente o discurso sobre o conceito de cidade que est presente no pr prio livro did tico A partir dos resultados obtidos se prop e uma nova compreens o do conceito de cidade que altamente complexo e vari vel e que tamb m possui uma abordagem latino americana que coloca em primeira posi o as problem ticas de nossa pr pria cultura Desta forma o livro did tico constitui se como um recurso que apoia o desenvolvimento da aula um apoio para o estudante que deseja trabalhar de forma individual ou um apoio para o professor quando da aula para o coletivo Mas como esta pesquisa prop e o livro did tico n o pode ser um recurso universal nem descontextualizado pois seria como acreditar em um conceito de cidade universal e globalizado Palavras chave Livro did tico Cidade Geografia An lise Cr tica do Discurso RESUMEN Pensar en libros did cticos de Geograf a hoy es pensar en las discusiones que los involucran Por qu es una de las herramientas m s utilizadas en la ense anza Cu les son los agentes gubernamentales que est n involucrados en su producci n C mo se refleja el proceso ense
116. df ari a ea o NEE PRINCIPIOS DA METODOLOGIA DA AN LISE CR TICA DODISCURSO m aE ao a e eS OBJETIVOS QUE PRECISAM INTEGRAR O LIVRO DID TICO DE O 4 ANO M DIO NO CHILE CONCEITOS GEOGR FICOS PROPOSTOS PELOS PCNs DE ENSINO M DIO NO BRASIL COMPET NCIAS AGRUPADAS DA GEOGRAFIA NO ERA O sia a O pa EIXOS TEM TICOS PROPOSTOS PELOS PCNs DE ENSINO MEDIO NO BRASTE qa se a do ETAPAS DE AVALIA O DO LIVRO DID TICO CRIT RIOS ELIMINATORIOS DO PNLD 2012 ESPECIFICOS PARA GEOGRAFIA eee eeeemeeeemeens RESENHA DO LIVRO DID TICO DE HISTORIA E CI NCIAS SOCIAIS PARA O 4 ANO M DIO EDITORA MN RESENHA DO LIVRO DID TICO DE HISTORIA E CI NCIAS SOCIAIS PARA O 4 ANO M DIO EDITORA 34 35 47 51 52 53 63 67 71 12 75 76 82 QUADRO 15 QUADRO 16 QUADRO 17 QUADRO 18 ZIG LAO ei do a O ae a ba Ra RESENHA DO LIVRO DID TICO GEOGRAFIA SOCIEDADE E COTIDIANO PARA O 3 ANO DE ENSINO M DIO EDI ES ESCALA EDUCACIONAL RESENHA DO LIVRO DID TICO GEOGRAFIA O MUNDO EM TRANSI O PARA O 3 ANO DE ENSINO M DIO EDITORA AICA iris EVID NCIAS PEDAG GICAS E GEOGR FICAS PRESENTES NOS CRUZAMENTOS DAS INFORMA ES ANALISADAS DOS LIVROS DID TICOS ENTREVISTAS CRIT RIOS REQUERIMENTOS cccccoconccninnonononnnnninocncnncnncncnnonicoos DISCURSOS SOBRE O CONCEITO DE CIDADE PRESENTE NOS LIVROS DID TICOS DO CHILE E DO BRASIL 91 103 110 119 120 10 A
117. e Geografia mapas gr ficos tabelas etc considerando os como elementos de representa o x an de fatos e fen menos espaciais ou espacializados Representa o e comunica o P P Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartogr fica e geogr fica como formas de organizar e conhecer a localiza o a distribui o e a frequ ncia dos fen menos naturais e humanos Reconhecer os fen menos espaciais a partir da sele o compara o e interpreta o identificando as singularidade ou generalidades de cada lugar paisagem e territ rio Selecionar e elaborar esquemas de investiga o que desenvolvam a observa o dos processos de forma o e transforma o dos territ rios tendo em vista as rela es de trabalho a incorpora o de t cnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais Investiga o e compreens o Analisar e comparar interdisciplinarmente as rela es entre preserva o e degrada o da vida no planeta tendo em vista o conhecimento de sua din mica e a mundializa o dos fen menos culturais econ micos tecnol gicos e pol ticos que incidem sobre a natureza nas diferentes escalas local regional nacional e global Reconhecer na apar ncia das formas vis veis e concretas do espa o geogr fico atual a sua ess ncia ou seja os processos hist ricos constitu dos de diferentes tempos e os processos contempor neos conjunto de pr ticas dos diferentes ag
118. e Barcelona Segundo a descri o os estudantes precisam responder duas quest es Estabelecer poca hist rica em que se situam ambas as situa es Assinalar a atitude de ambos os governos e tentar explicar as raz es de um e de outro segundo o contexto hist rico de cada poca Sem d vida a partir de um olhar geral o mais interessante seria que por meio da atividade estabelece se a rela o entre tempo e espa o que o MINEDUC solicita por meio dos crit rios requerimentos Al m disso poss vel apreciar as conota es pol ticas que esta compara o traz Pois se considera que a primeira situa o possui um dado amplamente relevante que a ajuda do poeta Pablo Neruda com isso faz se refer ncia a que claramente os mais de 2 000 refugiados 100 espanh is compartilhavam a ideologia pol tica de esquerda pois foram protegidos pelo poeta declarado abertamente socialista em uma poca em que a maioria era de direita Outro dado que os refugiados estavam escapando do que se denominou ditadura de Franco quem era um militar apoiado pela direita pol tica da Espanha E em terceiro lugar relevante destacar os problemas atuais relacionados aos processos migrat rios Os pa ses europeus na atualidade possuem uma postura de fechamento das fronteiras portanto exigem variados requisitos para poder ingressar ao continente como por exemplo ter uma quantidade de dinheiro espec fica apresentar uma carta de convite
119. e entrega de fatos como a alian a de direita mostrou de forma conclusiva ao enfatiz lo repetidamente Eles s o ao mesmo tempo os resultados de atividades pol ticas econ micas e culturais de lutas e concess es Eles s o concebidos projetados e escritos por pessoas reais com interesses reais APPLE 1999 p 74 41 Ao considerar o trecho citado poss vel pensar que os livros did ticos possuem um direcionamento desde suas origens quer dizer desde os crit rios requerimentos que o pr prio Estado prop e e determina que precisam ser cumpridos Assim como o modelo pedag gico as tem ticas os conte dos e o posicionamento epistemol gico de cada livro did tico j est o mediados pela interven o estatal que posteriormente s o incorporados pelas l gicas do mercado editorial seja pela quantidade m xima de palavras por p gina os temas e abordagens o tipo de imagens a serem utilizadas a qualidade dos materiais que comp em o livro Apple 1999 questiona o tipo de conhecimento dos livros did ticos e quais s o os grupos de poder a quem servem aludindo invisibilidade dos problemas relacionados ao g nero nos conflitos tnico raciais de religi es e de classes importante compreender ent o que as controv rsias sobre o conhecimento oficial que usualmente se centram no que inclu do ou exclu do dos livros did ticos significam rela es e hist rias pol ticas econ micas e culturais muito mais
120. e exp e uma reportagem sobre o modelo agr cola catarinense em crise A partir desta reportagem estabelecem se perguntas para o estudante que se relacionam n o s com a compreens o do texto mas tamb m com suas pr prias experi ncias Depois dessa atividade come a a introdu o ao tema das migra es apresentando 4 tipos existentes no Brasil Imigra o Migra es internas o Interregionais Migra o rural urbano e Migra es pendulares nas grandes cidades Ao discutir sobre este ltimo tipo realiza se uma aproxima o ao conceito de cidade mas n o existe uma defini o do conceito As migra es pendulares ou di rias nos grandes centros urbanos constituem um movimento de ida e volta dos trabalhadores de sua resid ncia at o local de trabalho 114 geralmente localizado longe da moradia Esse tipo de migra o aumenta com o crescimento da cidade que desloca as camadas trabalhadoras mais pobres para as zonas perif ricas ou ent o para as cidades dormit rios ou cidades sat lites Tamb m o deslocamento das empresas para a periferia dos grandes centros urbanos ou para cidades vizinhas amplia as migra es pendulares de pessoas da casa para o trabalho e vice versa Em alguns centros especialmente em S o Paulo e no Rio de Janeiro comum gastar tr s ou quatro horas por dia nesse movimento de vaiv m Os transportes coletivos nibus trem metr tornam se um problema fundamental para os trabalhadores
121. e que constitui uma produ o cultural a se efetivar nas diferentes leituras realizadas no espa o escolar p 214 Neste sentido o interessante seria que o Estado propusesse um tipo de discurso ou conhecimento oficial que a editora reinterpretasse e colocasse no papel Desta forma a editora se beneficiaria dos crit rios requerimentos estabelecidos pelo Minist rio de Educa o para produzir v rias propostas que entram em compet ncia durante o concurso da licita o e finalmente a escolhida seria avaliada pelo rg o conseguindo seguridade enquanto a sua demanda e consequentemente a sua venda Desta maneira para a autora o livro did tico seria um h brido O livro did tico um produto cultural projetado como refer ncia do saber curricular que acaba por incluir professores e alunos no lugar do n o saber A eles o saber precisa ser traduzido Ainda que n o prevale a a perspectiva assimilacionista n o a imposi o do saber capaz de se fazer como nica leitura poss vel invoca se um padr o de determinada racionalidade concebida como fundamental pr pria constitui o identit ria a ser atingida por professores e alunos 2007 p 221 Sob essa perspectiva a autora prop e que o livro did tico compreendido como um recurso pedag gico precisa deixar de existir ou seja n o deve haver um recurso que seja pensado a priori e que n o considere o contexto espec fico do estudante Isso n o significa que
122. e se apropria de um territ rio ou se organiza sobre ele cria rela o de territorialidade que se constitui em outro importante conceito da Geografia Ela se define como a rela o entre os agentes sociais pol ticos e econ micos interferindo na gest o do espa o A delimita o do territ rio a delimita o das rela es de poder dom nio e apropria o nele instaladas portanto uma por o concreta O territ rio pode assim transcender uma unidade pol tica e o mesmo acontecendo com o processo de territorialidade sendo que este n o se traduz por uma simples express o cartogr fica mas se manifesta sob as rela es variadas desde as mais simples at as mais complexas Escala Distinguem se dois tipos ou duas vis es b sicas a escala cartogr fica e a escala geogr fica A primeira delas a priori uma rela o matem tica que implica uma rela o num rica entre a realidade concreta e a realidade representada cartograficamente No caso da escala geogr fica trata se de uma vis o relativa a elementos componentes do espa o geogr fico tomada a partir de um direcionamento do olhar cient fico uma escala de an lise que procura responder os problemas referentes distribui o dos fen menos Para a escala cartogr fica essencial estabelecer os valores num ricos entre o fato representado e a dimens o real do fato ocorrente No entanto essa rela o pode pressupor a es
123. e ser somente emp rica diferentemente ela deve permitir a abstra o deve permitir o movimento do pensamento do concreto emp rico ao abstrato Deve se configurar tamb m a partir do abstrato para o concreto Tal fato permite desenvolver o pensamento te rico l gico que o estudante utiliza como ferramenta para compreender o cotidiano Nesta mesma linha mas situada a partir do ensino de Geografia em espec fico importante trazer os aportes de Cavalcanti 2012 que espec fica que No ensino de Geografia os objetos de conhecimento s o os saberes escolares referentes ao espa o geogr fico S o resultados da cultura geogr fica elaborada cientificamente pela humanidade e considerada relevante para a forma o do aluno p 45 Assim os conte dos trabalhados na escola possuem rela o com o que acontece fora dela A experi ncia do estudante com o conte do gera saberes espaciais que v o ampliando o conhecimento cotidiano Ao constru rem Geografia constroem tamb m conhecimentos sobre o que produzem conhecimentos que s o geogr ficos Ent o ao lidar com coisas fatos e processos na pr tica social cotidiana os indiv duos v o construindo e reconstruindo Geografias Ibidem Dessa forma busca se que o estudante desenvolva o pensamento geogr fico cr tico e aut nomo Nessa l gica o professor precisa procurar mediar didaticamente a relag o do estudante com o conte do geogr fico como forma para que o aluno atin
124. e sexto b sico hasta cuarto medio y con ellas se busca que los estudiantes logren integrar variables para explicar la din mica espacial de distintos procesos en un territorio hasta llegar a una visi n sist mica del espacio que habitan lo que les permitir comprender que el territorio es una construcci n humana posible de modificar en beneficio de la calidad de vida contribuyendo de esta manera a la formaci n de ciudadanos capaces de evaluar las implicancias que tiene el desarrollo sustentable para su vida y la humanidad y actuar responsablemente MINEDUC 2009b p 197 59 Dessa forma os estudantes do quarto ano do Ensino M dio deveriam ser capazes de se localizar espacialmente e compreender a configura o espacial do lugar que eles habitam Al m disso e considerando que a Geografia n o uma disciplina espec fica os estudantes precisam ser capazes de integrar suas habilidades geogr ficas com as suas habilidades hist ricas En cuarto a o medio se ponen en juego las habilidades de an lisis geogr fico e hist rico desarrolladas hasta entonces junto a m todos b sicos y conceptos de las ciencias sociales para poder hacer un diagn stico social y dise ar alternativas de acci n MINEDUC 2009b p 197 Procura se assim que o estudante que termina sua forma o regular na escola compreenda a influ ncia que o mesmo possui no seu entorno e portanto reflita quanto a suas pr prias a es como sujeito hist rico Ne
125. el coraz n De la grande Babylon Me dicen el clandestino Yo soy el quiebra ley Mano Negra clandestino Peruano clandestino Africano clandestino Marijuana ilegal Solo voy con mi pena Sola va mi condena Correr es mi destino Para burlar la ley Perdido en el coraz n De la grande Babylon Me dicen el clandestino Por no llevar papel MANU CHAO 1998 apud LVAREZ G et al 2011 p 251 101 As perguntas a partir desta letra convidam o estudante a responder com base em seu pr prio ju zo e Qu problemas de identidad se le presentan al personaje de la canci n Por qu se llama el clandestino e Qu problemas genera en el mundo actual la migraci n e De qu manera podr a terminar el prejuicio que muchos nacionales tienen frente a los inmigrantes e C mo se podr a avanzar hacia un mundo con las fronteras abiertas LVAREZ G et al 2011 p 251 Estas perguntas desejam questionar os estudantes sobre os problemas de xenofobia contra Os imigrantes ou estrangeiros situag o que atualmente no Chile bastante comum devido crescente chegada de imigrantes peruanos e bolivianos Al m disso trata se de instigar a reflex o a partir das diferentes express es culturais Tamb m soma se com estas perguntas outra pergunta de pesquisa que se deve desenvolver com a ajuda de sites da web de onde se deve recolher os dados necess rios para sua resolu o A segunda pergunta de aplica o coloca o
126. em entender como o ser humano v via no mundo e como poderia melhorar sua situa o Em primeira inst ncia n o existiria um fim dominador sen o a necessidade de fazer alguma coisa que seja correta La proyecci n de esta racionalidad pr ctica a los asuntos de la educaci n tiene como base la interacci n entre personas en forma intencionada en el sentido de que el mejoramiento o desarrollo de los sujetos implica el ejercicio continuo de la deliberaci n o juicio pr ctico para la interpretaci n del significado de las acciones PASCUAL 1998 p 29 27 A partir disso o curr culo j n o se compreende como um produto sen o como um processo que se constr i e se transforma na pr tica educativa Conforme os autores Joseph Schawb e Jerome Bruner que s o refer ncia deste paradigma Bruner na perspectiva da psicologia cognitivista respondeu racionalidade t cnica ao defender a ideia de que o curr culo precisa ser um recurso problematizador para desenvolver condutas operacionais nos estudantes Por outra parte na Inglaterra de 1970 Lawrence Stenhouse avan ava al m de Bruner ao criticar o modelo de Tyler ao propor que o curr culo precisava centrar se no processo Sua proposta baseou se em visitas a escolas nas quais constatou que as prescri es curriculares do modelo por objetivos era dificilmente feitas pelos professores na aula Pascual 1998 explica que para Stenhouse na Educa o existem quatro processo
127. endiente en el cual cada persona tiene responsabilidad en la sustentabilidad ambiental del planeta y en el cuidado de los lugares a los que pertenece MINEDUC 2009 p 4 Dessa maneira segundo o MINEDUC 2009b o MPA de Espa o Geogr fico desenvolveu se em tr s dimens es da aprendizagem Localiza o espacial e compreens o sist mica do espa o geogr fico Habilidades de an lises do espa o geogr fico Valorag o e atua o respons vel pelo espa o geogr fico Estas tr s dimens es portanto cobrem o espectro de habilidades que devem ser atingidas pelos estudantes que terminam o processo de educa o formal nas escolas chilenas Al m disso importante esclarecer que assim como existe um MPA espec fico para Geografia tamb m existe para as outras reas disciplinares que complementam a disciplina de Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais Assim encontra se o MPA de Sociedade em Perspectiva Hist rica e o MPA de Democracia e Desenvolvimento os quais est o divididos tamb m em 7 n veis que s o complementares aos n veis do MPA de Espa o Geogr fico Al m disso importante assinalar que os livros did ticos analisados encontram se dentro dessas novas bases curriculares por isso buscam cumprir com esta vis o integradora da Hist ria da Geografia e das Ci ncias Sociais relevante advertir tamb m que antes na hist ria da educa o chilena a disciplina de Geografia n o alcan ou tanta import ncia
128. ensar e do aprender a Teoria Hist rico cultural da Atividade e a contribui o de Vasili Davydov Revista Brasileira de Educa o n 27 Set Out Nov Dez 2004b Teoria hist rico cultural e metodolog a de ensino para aprender a pensar geograficamente Uruguay XII EGAL 2009 LOPES A Curr culo e Epistemologia Iju Editora Uniju 2007 LOPES A MACEDO E Teorias de Curr culo S o Paulo Cortez Editora 2011 MARTINS M ET AL Geografia Sociedade e Cotidiano 3 Volume3 S o Paulo Edi es Escala Educacional 2010 MASSEY D Pelo Espa o uma nova pol tica da espacialidade tradu o de Hilda Pareto Maciel Rog rio Haesbaert Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2008 MEC PCN ENSINO M DIO Orienta es educacionais complementares aos Par metros Curriculares Nacionais Ci ncias Humanas e suas Tecnologias 1998 Dispon vel em http portal mec gov br index php id 12598 publicacoes amp option com content amp view article Acesso 20 jun 2012 MILOS P et al Historia y Ciencias Sociales texto del estudiante Santiago MN Editorial 2010 MINEDUC Mapa de Progreso del Aprendizaje de Espacio Geogr fico Sector Historia Geografia y Ciencias Sociales 2009a Dispon vel em http www mineduc clfindex5 int php id portal 47 amp id contenido 17116 amp id seccion 3264 amp c 362 Acesso 20 junho 2012 Objetivos Fundamentales y Contenidos m nimos obligatorios de 1 b sico a 4 medio Actualiza
129. entes que resultam em profundas mudan as na organiza o e no conte do do espa o Contextualiza o sociocultural si Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos b sicos da Geografia Identificar e analisar o impacto das transforma es naturais sociais econ micas culturais e pol ticas do seu lugar no mundo comparando analisando e sintetizando a densidade das rela es e transforma es que tornaram a realidade concreta e vivida Fonte PCN ENSINO MEDIO 1998 p 61 63 Por interm dio deste quadro poss vel reconhecer que as compet ncias que se logram ao final da forma o escolar formal possuem rela o direta com as categorias de an lises centrais da Geografia 72 Al m disso interessante ver como existe um percurso progressivo entre conhecer os fen menos geogr ficos e analisar os processos geogr ficos Tamb m poss vel perceber que o conceito de espago n o se separa do conceito do tempo e desta forma como os processos hist ricos podem ser compreendidos por meio d as transforma es do espa o Nesse sentido seria interessante conhecer os eixos tem ticos que prop em os PCNs do Ensino M dio para trabalhar os conte dos da disciplina QUADRO 10 EIXOS TEM TICOS PR MEDIO NO BRASIL OPOSTOS PELOS PCNs DO ENSINO Eixos Tem ticos A din mica do espaco geogr fico Temas Subtemas 1 A fisionomia da superficie terrestre Tempo
130. entificaci n de los corredores biocc nicos que favorecen la conectivi dad continental y dinamizan la integraci n territorial 6 EL MERCADO DEL TRABAJO Y LA LEGISLACI N LABORAL Caracterizaci n de las tendencias globales que afectan al mundo del trabajo terciarizaci n flexibilizaci n obsoles cencia veloz requerimiento de permanente adaptaci n al cambio y capacitaci n Caracterizaci n del mercado del trabajo cn Chile distinci n entre trabajos remunerados y no remunerados y entre trabajos dependientes e indepen dientes la poblaci n econ micamente activa y los facto res que inciden en el desempleo distribuci n de la fuerza de trabajo seg n tipos de empresas y ramas productivas Descripci n de los principales rasgos del derecho laboral en Chile e identificaci n de mecanismos legales para la defensa de los derechos laborales 57 7 HABILIDADES DE INDAGACI N AN LISIS E INTERPRETACI N Evaluaci n cr tica de los fundamentos de distintas po siciones en el diagn stico y propuestas de soluci n a los problemas vinculados con la democracia y el desarrollo en la sociedad contempor nea Indagaci n en temas ac tuales de inter s integrando la escala global nacional y local y considerando distintas visiones sobre stos Di se o y ejecuci n de un proyecto grupal de acci n social que responda a un problema de inter s que considere la identificaci n de un problema un diagn stico que con temple las di
131. entrega herramientas a los estudiantes para que puedan comprender mejor la realidad social en la que viven Desde esa perspectiva dota a los estudiantes de un conjunto de competencias de habilidades que les permiten entender mejor el lugar que habitan y no solamente comprenderlo si no tambi n intervenirlo con el prop sito de transformar la ciudad o el lugar donde viven AZZI 12 As coloca es anteriores permitem desvendar o porqu este livro did tico possui uma integra o da vis o geogr fica em todas suas unidades no entanto existe uma unidade que o trabalha especificamente Tamb m poss vel perceber que a perspectiva espacial n o desaparece nas outras unidades que comp em o livro Al m disso nenhum dos autores assinalou ser coordenador da equipe simplesmente existiu um bom trabalho em conjunto que se explicita na obra Quanto unidade 3 focada nessa pesquisa poss vel destacar que o ingresso a seu desenvolvimento por meio da categoria espa o geogr fico Dessa maneira considerou se que cada cap tulo tem uma dimens o do espa o geogr fico come ando pelo cap tulo 1 com a dimens o natural do espa o geogr fico de Am rica Latina na qual poss vel apreciar n o s os aspectos geomorfol gicos hidrogr ficos e clim ticos mas tamb m seus desafios com respeito aos riscos naturais e ambientais em conson ncia com a responsabilidade da sociedade com seu pr prio entorno Por m no cap tulo 2 como j
132. entregar um endere o de refer ncia entre outras demandas Tais exig ncias visam garantir que o estrangeiro tenha um prop sito claro e n o permane a no pa s como ilegal Portanto responde tamb m aos crit rios requerimentos do MINEDUC que se preocupa tamb m com os deslocados e os espa os que s o negados Nesse sentido a atividade est convidando o estudante a indagar sobre estes sucessos a compreender porque em certas circunst ncias o Estado age de forma diferenciada porque durante uma guerra os refugiados s o recebidos nos pa ses onde solicitam asilo e porque em per odos de normalidade os requisitos de ingresso no pa s mudam e voltam se cada vez mais r gidos Na p gina 251 apresenta se uma atividade de fechamento do mesmo conte do ao que fazia refer ncia a atividades de hipertexto anterior Esta atividade est proposta para ser trabalhada em equipe e apresenta como eixo central um extrato da can o Clandestino do grupo Franco espanhol Manu Chao O trecho o seguinte Solo voy con mi pena Sola va mi condena Correr es mi destino Para burlar la ley Perdido en el coraz n De la grande Babylon Me dicen el clandestino Por no llevar papel Pa una ciudad del norte Yo me fui a trabajar Mi vida la dej entre Ceuta y Gibraltar Soy una raya en el mar Fantasma en la ciudad Mi vida va prohibida Dice la autoridad Solo voy con mi pena Sola va mi condena Correr es mi destino Por no llevar papel Perdido en
133. envolvidos durante todo este cap tulo Na perspectiva desta pesquisa interessante a atividade n mero 5 que se encontra dentro da atividade final a qual trata da an lise e reflex o de um texto a partir de tr s perguntas Consideremos Juan Nascido no seio de uma fam lia pobre no M xico rural a fam lia lutou muito pra lhe poder pagar a assist ncia m dica todos os cuidados e educa o Com 12 anos deixou a escola para ajudar no sustento da fam lia Seis anos mais tarde Juan seguiu o tio na sua ida para o Canad em busca de um melhor sal rio e de melhores oportunidades A esperan a media de vida no Canad cinco anos mais elevada do que a do M xico e os rendimentos s o tr s vezes melhores Juan foi selecionado para um trabalho tempor rio no Canad conseguiu o direito de resid ncia e por fim tornou se empres rio num neg cio que agora emprega canadenses nativos Este apenas um caso entre milh es de pessoas que todos os anos encontram novas oportunidades e liberdades ao migrarem beneficiando se a si mesmas assim como os seus locais de origem e de destino Consideremos agora Bhagyawati Ela vive na zona rural de Andhra Pradesh na ndia e pertence a uma casta inferior Viaja at a cidade de Bangalore com os filhos para trabalhar nas obras durante seis meses por ano onde 109 ganha 1 20 d lar americano por dia Enquanto est longe de casa os filhos n o v o escola porque esta fica demasiado longe do local
134. er analisada possui uma apresenta o que evidencia o posicionamento cr tico dos autores e que integra as categorias de an lise da Geografia utilizando a para olhar a Am rica latina Os conte dos foram organizados em 3 unidades com 3 cap tulos cada uma Unidade 1 El siglo XX Unidade 2 Un mundo globalizado e Unidade 3 Am rica Latina Contempor nea Sum rio 92 O livro did tico possui 311 p ginas entre conte dos Diagrama o atividades avalia es e propostas de recursos adicionais para complementar a an lise dos conte dos As imagens t m rela o com os conte dos que se est o trabalhando em sua maioria elas fazem um chamado an lise e reflex o dos conte dos Existem v rias atividades que correspondem an lise fotogr fica e de caricaturas por tanto encontram se intencionadas para provocar e motivar os estudantes Predominam as imagens ilustrativas Imagens 2 O livro n o apresentado com uma proposta te rica expl cita no entanto poss vel identificar sua postura cr tica devido a que segue as orienta es dos crit rios requerimentos impostos pelo MINEDUC Ao mesmo tempo a proposta pedag gica faz se evidente na hora de revisar os recursos adicionais propostos por exemplo os filmes mencionados possuem um n vel de complexidade adequado s o filmes ou document rios atuais que estimulam a reflex o e que aprofundam as tem ticas trabalhadas integrando a pa
135. er as rela es pol ticas econ micas e culturais Essa perspectiva observada fortemente em dois dos livros analisados o primeiro Hist ria e Ci ncias Sociais do 4 ano m dio da Editora ZIG ZAG e o segundo Geografia o mundo em transi o da Editora tica Apesar de conseguir observar certas especificidades poss vel realizar uma estrutura compreensiva que permite entender a leitura que se realizou nos 4 livros did ticos para atingir a ideia de conceito de cidade que cada um prop s FIGURA 5 ESQUEMA PARA INGRESSAR PROPOSTA APRESENTADA PELOS LIVROS DID TICOS CATEGORIA ESPA O GEOGR FICO CONCEITO CIDADE ESTRUTURANTES POL TICA LIVRO DID TICO ECON MICA SOCIAL CULTURAL Fonte P rez Cisternas N 2012 126 Em primeiro lugar foi necess rio identificar a presen a da categoria de an lise principal para esta pesquisa da percebeu se como surge o conceito de cidade e os conte dos que estruturam esse conceito Dessa forma cada um dos elementos analisados nesta investiga o mant m uma inter rela o como se pode obsevar na figura 4 Esta estrutura surge a partir dos crit rios requerimentos apresentados pelos minist rios de educa o de ambos os pa ses e foi implementada nos 4 livros did ticos por isso estes livros foram aprovados Por m apesar de que os 4 livros seguem a estrutura requerida poss vel ver um conceito de cidade diferente em cada um deles Dest
136. erar sua import ncia para o desenvolvimento integral deste setor Al m disso interessante destacar que ambos os autores j haviam trabalhado na produ o de livros did ticos anteriormente Gonzalo lvarez afirma que Con anterioridad hab amos hecho uno de 1 medio AZZ1 6 em quanto Macarena Barahona aprofunda na sua experi ncia como autora No no es el primero He participado en otras dos instituciones distintas a la Editorial Zig Zag en Santillana hice un texto participe en realidad no lo hice yo sola algunas de las unidades de geograf a para un texto de 5 b sico tambi n de 6 b sico Fue una experiencia bien dif cil en realidad porque la Editorial Santillana tiene un formato muy poco flexible para los autores entonces ellos te dan un marco de referencia al cual t tienes que ce irte y en realidad la posibilidad de crear m s libremente no est presente Y en otra oportunidad hice un texto para 1 medio para una editorial peque a que se llama Cal y Canto que fue presentada al Ministerio de Educaci n a licitaci n p blica que nos fue muy muy mal entonces la primera experiencia que tuve todav a no sal a de la universidad fue muy fallida y las otras han sido por suerte exitosas Y despu s de eso ingrese a Zig Zag y en Zig Zag participe en el libro de 1 de 3 y de 4 medio y en los tres libros nos fue bien y ganamos la licitaci n AZZ2 6 Esta ressalta que participou como autora em outra
137. erramentas e metodologias utilizadas na sala de aula O professor pode entregar ao aluno aquelas ferramentas que dinamizem a capacidade do estudante aquele saber que permita a ele dominar os processos cognitivos que resultem na interioriza o do conhecimento Acrescentando a esta discuss o Lib neo 2009 destaca que o aluno desenvolve o pensamento te rico por meio da forma o de conceitos e do dom nio de procedimentos 37 l gicos portanto o aluno tem a capacidade de desenvolver compet ncias e aprender por si mesmo a partir do dom nio do conceito te rico geral de um determinado conte do Os conhecimentos de um individuo e suas a es mentais abstra o generaliza o etc Formam uma unidade de modo que o dom nio dos conhecimentos sup e a atividade cognitiva do sujeito Ou seja enquanto forma conceitos cient ficos o individuo incorpora as a es mentais capacidades e procedimentos l gicos ligados a esses conceitos e vice versa Ibid 2009 p 4 Dessa forma o aluno forma conceitos e pensamento te rico por meio de uma a o mental que gera uma ascens o do abstrato ao concreto Assim os conceitos s o aprendidos pelo estudante mas n o entregues como conhecimentos prontos e sem necessidade de an lise ou reflex o O conceito de cidade nesse caso poderia ser aprendido pelos estudantes primeiro a partir de uma abstra o para chegar ao concreto que seria a participa o como cidad o Essa vis
138. es poss vel perceber que o que a autora Macarena Barahona prop e como l gica para as atividades est expresso no livro did tico yo creo que debiera trabajar actividades que pasen por todas las habilidades y as uno da cuenta un poco de la complejidad entonces tiene que pasar por el conocer por el tiene que pasar por el describir pero tambi n tiene que pasar por las habilidades del juicio de la evaluaci n de la valoraci n en el plano tico por todas las habilidades las actividades que se proponen debieran estar puestas ojala consecutivamente tambi n o sea que vayan como creciendo en complejidad las actividades AZZ2 34 As avalia es tamb m seguem a linha proposta pela autora O Cap tulo trata de uma avalia o diagn stica e uma avalia o processual Na avalia o diagn stica trabalha se a partir de um texto e uma imagem que fala sobre a fome na Am rica Latina A partir desse mbito o estudante deve fazer uma leitura anal tica considerando que o estudo da popula o envolve diferentes perspectivas O estudante deve manifestar seu pr prio parecer frente s dimens es tica pol tica religiosa econ mica social e pessoal que influenciam no estudo da popula o latino americana Por sua parte a avalia o do processo h uma postura mais tradicional e faz refer ncia an lise de dados e de gr ficos o que uma exig ncia do MINEDUC pois os estudantes que saem do ensino escola
139. es Curriculares Porto Alegre Ufrgs 2011 GARRIDO PEREIRA M El espacio por aprender el mismo que ense ar las urgencias de la educaci n geogr fica Campinas Cadernos Cedes vol 25 n 66 p 137 163 2005 La construcci n de espacio escolar y la justicia social Costa Rica Revista Geogr fica de Am rica Central n mero especial EGAL 2011 p 1 21 2011 GIMENO SACRIST N J Cap tulo 6 O curr culo os conte dos do ensino ou uma an lise pr tica In GIMENO SACRIST N J P REZ GOM Z AL Compreender e transformar o ensino tradu o de Maria da Gra a Souza Horn Porto Alegre Artmed Editora 2000 HAESBAERT R Espa o como categoria e sua Constela o de Conceitos uma abordagem did tica In TONINI L et al Orgs O Ensino da Geografia e suas Composi es Curriculares Porto Alegre Ufrgs 2011 HARVEY D Espa os de Esperan a tradu o de Adail Ubirajara Sobral Maria Stela Gon alves S o Paulo Edi es Loyola 2009 LATOJOLO Livro Did tico um quase manual de usu rio Em Aberto Bras lia ano 16 n 69 jan mar 1996 LEFEBVRE H L gica formal L gica dial tica tradu o de Carlos Nelson Coutinho Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1983 LIB NEO J A aprendizagem escolar e a forma o de professores na perspectiva da psicologia hist rico cultural e da teoria da atividade Curitiba Editora UFPR Educar n 24 p 113 147 2004a 144 A did tica e a aprendizagem do p
140. esquisa que os crit rios requerimentos provenientes do MINEDUC e o MEC o declarado pelos autores nas entrevistas e o que finalmente ficou exposto no livro did tico n o apresenta contradi es Existem posicionamentos que se respeitam em todos os casos O MINEDUC e o MEC entregam solicita es claras que respondem a o paradigma cr tico que desde esse momento se torna o paradigma dominante Os autores possuem uma postura clara e que corresponde com a racionalidade cr tica que prop e o minist rio esta postura demonstrada na an lise das entrevistas Portanto no final o livro did tico n o apresenta contradi es na abordagem de seus conte dos no entanto o processo para produzir o livro did tico se encontra envolvido em contradi es Dessa forma poss vel afirmar que n o existem desdobramentos discursivos de parte dos autores o que eles declaram o que se encontram no discurso do livro Ao olhar de outra perspectiva podem se achar certas quest es preocupantes por exemplo o fato de que os autores concordem diretamente com o MINEDUC e o MEC pode ser perigoso ao considerar que a criticidade do exposto nos livros finalmente o conte do oficial 139 Al m disso o fato de que o produto final livro did tico seja o que os crit rios requerimentos pedem demonstra que as editoras procuram autores que respondam l gica comercial Isso absolutamente evidente no livro did tico de Hist ria e Ci ncias Sociais
141. este relevante na medida em que a maioria da popula o mundial mora em cidades e portanto o ensino da Geografia se desenvolve majoritariamente neste espa o espec fico Interessa nos aprofundar nas formas como se concebe a cidade como ensinada e como tal fato se expressa e conduzido pelos livros did ticos Em primeira inst ncia importante assinalar que para analisar a cidade numa perspectiva geogr fica necess rio trabalhar com as categorias de an lise da Geografia Para esta pesquisa ser poss vel centrar na categoria de espa o geogr fico definida por Santos 2009 como um conjunto indissoci vel solid rio e tamb m contradit rio de sistemas de objetos e sistemas de a es n o considerados isoladamente mas como um quadro nico no qual a hist ria se d sistemas de objetos e sistemas de a es interagem De um lado os sistemas de objetos condicionam a forma como se d o as a es e outro lado o sistema de a es leva cria o de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes assim que o espa o encontra a sua din mica e se transforma p 63 Desta forma poss vel considerar o espa o geogr fico como um emaranhado em que se disp em cidades portos caminhos casas onde rela es s o estabelecidas quer sejam de produ o de poder de interesses de domina o de resist ncia de solidariedade de reciprocidade Poder se ia afirmar ent o que o espa
142. existem no Brasil A partir desta tem tica aborda os preconceitos por que passam mulheres ind genas pessoas com condi es f sicas desfavor veis afrodescendentes pessoas com orienta o sexual homossexual ou bissexual e migrantes Coloca no centro do debate a cidade como o lugar onde acontece com maior preponder ncia este tipo de situa es Mas um exagero afirmar que o brasileiro um povo avesso viol ncia ou aos preconceitos Os ndices de viol ncia nas cidades brasileiras principalmente nas m dias e grandes t m aumentado bastante nas ultimas d cadas Os ndices de assaltos raptos ou sequestros estupros assassinatos atropelamentos e acidentes de tr nsito tr fico de drogas etc no Brasil atual est o entre o mais elevados do mundo Por fim cabe mencionar um tipo de preconceito e discrimina o que infelizmente comum em m dios e grandes centros urbanos do Brasil e tamb m de v rios outros pa ses aquele contra os migrantes sobretudo contra os que vieram de regi es mais pobres em busca de emprego Esse tipo de preconceito mais comum nas cidades do Sul e do Sudeste do pa s porque atraem um grande n mero de migrantes oriundos de outras regi es especialmente do Nordeste que vem em busca de trabalho e melhores condi es de vida O nordestino algumas vezes identificado com o estere tipo de cabe a chata algu m de estatura baixa pouco inteligente e incapaz de realizar algum traba
143. ferencia das megal poles mundiais s o justamente esses problemas Os processos de urbaniza o a qualidade de vida e os contextos hist ricos nas cidades da Am rica latina propiciaram configura es espaciais pr prias desta regi o As formas em que os cidad os compreendem a cidade e portanto apropriam se dela materializam se cotidianamente nas rela es sociais culturais pol ticas e econ micas que os pr prios sujeitos hist ricos ou atores ativos desenvolvem na cidade latino americana A partir dessa ideia de apropria o Whitacker 2011 assinala o seguinte Numa an lise do espa o Lefebvre coloca a apropria o n o como um simples ato de se apoderar fisicamente da cidade embora n o o exclua mas de passar a desvend la compreend la direcion la valor la conscientemente suplantando a troca pelo uso A apropria o est referenciada a qualidades em oposi o propriedade referenciada a quantidade p 137 Nessa perspectiva importante lembrar que a defini o de cidade com par metros r gidos ou universais n o pode ser o que o estudante precisa aprender importante compreender as diferencias existentes como os contextos hist rico culturais possibilitam certos tipos de cidades 24 A no o tradicional de cidade definida por sua morfologia popula o ou pela oposi o com o campo h tempos deixou de ser uma defini o totalit ria simplesmente passou a ser outra vers o a mais sob
144. gr ficos e livro did tico import ncia do professor como mediador cr tico Assim cumpre pensar que esses cinco elementos sinalizam pontos relevantes na an lise sobre livros did ticos Existe uma ideia de subven o estatal e apoio educa o que ambos os pa ses consideram e entre esses elementos de apoio encontramos com os livros did ticos um meio pelo qual como bem explicou Michael Apple poss vel controlar os conte dos e portanto os conhecimentos adquiridos pelos estudantes Esse controle permite ainda assegurar que cada estudante tenha pelo menos um recurso que ser dele durante o tempo de estudo e assim seja motivador e instigador por si mesmo Dito de outra forma quando o estudante se aproximar do livro did tico por interesse pr prio que este incentive a necessidade de continuar pesquisando enfim que seja um recurso atrativo Por outro lado o professor como mediador cr tico gerar ou escolher os momentos para incluir o livro did tico na sala de aula e os momentos em que este recurso ser trocado por outra ferramenta como por exemplo filmes document rios m sicas slides mapas interativos Seguindo esta perspectiva o livro did tico situa se como uma boa ferramenta pois o professor ter op o de determinar se o mesmo apropriado ou n o para um tema em especifico e al m disso ter o conhecimento para poder fazer uma sele o adequada entre as op es que s o oferecidas pelo Minist ri
145. guagem utilizada coerente com a idade dos Linguagem ja suas estudantes de 4 ano m dio que vai entre os 17 e 18 anos As atividades trabalham diferentes habilidades e utilizam Atividades elementos desenvolvidos como conte dos e por sua vez elementos novos e n o trabalhados anteriormente N o possui refer ncias bibliogr ficas somente sum rio Bibliografia dis Je tem tico e onom stico Fonte P rez Cisternas N 2012 importante destacar que esta uma resenha geral do livro did tico da editora MN e n o somente da unidade espec fica que foi trabalhada nesta pesquisa Tal fato porque importante ter uma vis o geral do livro did tico que mostre o conjunto de suas propostas para a partir desse momento compreender a se o espec fica a ser analisada Al m disso importante assinalar que no caso chileno os livros did ticos s o diferenciados pela Editora por isso n o possuem um t tulo espec fico simplesmente se reconhece como o livro de Hist ria e Ci ncias para o n vel espec fico neste caso quarto ano m dio da editora tal A partir desta ficha relevante assinalar que os profissionais acad micos que tem a autoria deste livro s o formados em Hist ria e em Pedagogia em Hist ria o que significa no primeiro caso que s o autores que possuem bacharelado em Hist ria e no segundo que s o licenciados em Hist ria em ambos os casos com p s gradua o Esses dados s o im
146. ho provocador Apresenta o Prop e uma proposta metodol gica clara mas n o h uma vis o sobre o setor ou rea desenhada pelos autores A apresenta o uma rota de como o livro did tico est desenhado e como os estudantes devem compreend lo Sum rio Os conte dos foram organizados em tr s blocos cada bloco possui tr s unidades O Bloco I Antecedentes hist ricos del orden mundial actual Bloco Il Am rica Latina Contempor nea e Bloco III El Mundo Actual Diagrama o O livro comp e se de 296 p ginas entre conte do atividades avalia es e imagens o que corresponde a um livro que pode ser lido por um estudante que se encontra no seu ltimo ano de forma o no ensino formal Imagens As imagens possuem rela o com o que se est expondo no livro apesar de que muitas cumprem s uma fun o ilustrativa do que se est falando e n o necessariamente provocadora da aprendizagem Proposta Te rico metodol gica O livro n o apresenta uma postura te rica explicita mas se compreende que cumpre com os crit rios requerimentos do MINEDUC portanto entre linhas pode se ler que segue uma postura cr tica o pode se confirmar com as entrevistas a os autores Por sua vez a proposta metodol gica 83 84 instigadora e questionadora o que implica que deseja provocar aos estudantes e portanto teria rela o com os postulados te ricos impl citos A lin
147. ico como significante das rela es humanas E em quarto lugar desenvolve se a linha da Pedagogia cr tica social dos conte dos na qual o maior expoente Jos Carlos Lib neo que fundamenta sua vis o nas teorias de Demerval Saviani autor da Pedagogia hist rico cr tica nos anos 1970 sendo de grande influ ncia para os educadores em geral Para Saviani a teoria cr tica em Educa o desenvolve se na perspectiva dos dominados analisando como a escola contribui na reprodu o dessa ideia Depois tenta realizar uma modifica o nas rela es de produ o do conhecimento o qual deve ser trabalhado a partir da problematiza o da pr tica social Todo conhecimento parte ent o da pr tica social para ela retornar como aplica o e supera o Mas sem o conhecimento historicamente acumulado e analisado de forma cr tica n o h possibilidade dessa supera o Ibidem p 88 Segundo Lopes e Macedo 2011 Lib neo retoma esta perspectiva para construir sua proposta de Pedagogia cr tica social dos conte dos Para ele os conte dos s o conhecimentos sistematizados que contemplam o desenvolvimento conceitual procedimental mas tamb m atitudinal quer dizer a rela o direta com o desenvolvimento de valores no estudante Os conhecimentos n o s o neutros eles se encontram contextualizados historicamente s o selecionados a partir dos modos de a o humana e os estudantes o aprendem em um processo constante de reela
148. ificados para colaborar en los programas de fomento de la participaci n promovidos por diversas instituciones desde fuera de la escuela Hay proyectos de gran inter s al respecto Ciudad de los ni os F Tonucci movimiento de Ciudades Educadoras experiencias de Presupuestos Participativos Asimismo una forma de vincular la educaci n ciudadana con los problemas ciudadanos podr a ser implicar a la escuela y a la comunidad en la formulaci n y el desarrollo de proyectos participativos dirigidos a la resoluci n de un problema o de alguna necesidad social relevante p 13 A partir desse olhar seria interessante pensar n o somente na necessidade de que o aluno aprenda a cidade teoricamente mas tamb m que apreenda a cidade concreta e portanto se veja nela como um dos seus configuradores 2 Assim tamb m relevante considerar o conceito de cidade trabalhado no ensino escolar por meio do livro did tico ao se pensar que esse conceito provem de um olhar especifico sobre educa o e portanto de uma postura curricular especifica pr pria do contexto no qual foi desenhado Por esse motivo nesta pesquisa importante indagar tamb m na postura que est por traz e que constr i o curr culo de cada pa s 25 1 2 O curr culo as teorias que direcionam o livro did tico imposs vel falar de livros did ticos sem considerar o contexto no qual estes foram produzidos e est o sendo implementados ou seja
149. ios para a an lise dos livros did ticos s o importantes para essa pesquisa j que assinalam os pontos m nimos que cada livro did tico de Geografia precisa cumprir e portanto os pontos que ser o considerados no momento de realizar uma an lise geral dos livros did ticos o que ser feito no cap tulo 2 A an lise dos livros did ticos fundamenta se em uma metodologia especifica que foi desenvolvida para abordar todas as etapas que comp em a produ o deste recurso Tamb m pensou se no discurso que constr i o conceito de cidade e a t cnica que devia ser 48 desenvolvida para ter acesso ao mesmo Desta forma o pr ximo item desenvolve de maneira detalhada os passos metodol gicos desta pesquisa 1 4 An lise dial tico discursiva cr tica do livro did tico A pesquisa em Educa o convida a indagar os diversos focos que organizam a sociedade e neste contexto aqueles aspectos presentes na din mica educativa atores recursos cen rios dentre outros Nesse sentido os recursos educativos s o produtos sociais que cont m e s o respostas de hegemonias lutas de poderes e supremacias pol ticas e econ micas que se relacionam com os contextos em que esses recursos s o efetuados Portanto podem ser analisados tendo em vista os aspectos que atuam como rela es impl citas na sociedade O livro did tico enquanto recurso educativo pode ser analisado na busca de pilares sustentadores de uma ordem social ou no estudo de
150. istros de seus dados situac o que ser explicada pelo coordenador da equipe Pedro Milos 14 PE Z Essa equipe foi feito o contato por meio da professora Dad Martins e encaminharam respostas grupais s que o professor Francisco Bigotto tamb m respondeu as perguntas sozinho portanto ambos question rios s o inclu dos em esta pesquisa 53 Assim os dados levantados foram analisados tendo o discurso como unidade central da pesquisa mas foi a t cnica de ACD que tornou poss vel a visualiza o das contradi es e aportes que cada material traz na constru o do conceito de cidade Para conseguir tal efeito situou se a discuss o a partir dos aportes de Van Dijk 2000 2010 que apresenta a amplia o dos recursos em que pode estar exposto o discurso desde o relato at as formas de produ o social em que se comunique e relacione o sujeito opinante com outro que recebe tal opini o ou proposta te rica Nesse sentido o discurso sup e uma inter rela o ainda que ela n o se realize de maneira direta Van Dijk aponta que no caso dos livros did ticos as rela es de poder trazem o discurso que neles se manifestam como predominantes os livros did ticos s o usados amplamente por todos os cidad os durante seu processo de educa o formal O conhecimento e as atitudes manifestados e transmitidos por esse material pedag gico mais uma vez refletem o consenso dominante quando n o os interesses dos
151. ital dinero recibe 133 movilidad con la estrategia del capital financiero aplicado a la producci n de edificios corporativos dirigidos a los nuevos sectores de la econom a que no inmovilizan dinero en la compra de oficinas sino en su alquiler p 3 Para Moreira 2012 a cidade situa se a partir de uma dimens o pol tica A cidade um fen meno espacial com que praticamente nasce a sociedade A cidade encarna na hist ria os projetos de novas formas de organiza o atuando como um ente geogr fico subversivo Na moderna sociedade capitalista nasce vinculada emerg ncia da sociedade civil e da sociedade pol tica e assim do p blico e do privado p 155 Portanto pode se observar que o autor possui seu pr prio entendimento do conceito Nessa l gica para essa pesquisa postulam se os seguintes elementos permanentes para construir o conceito de cidade a concentra o e a densidade populacional o desenvolvimento de atividades econ micas secund ria e terci ria a especula o no valor e uso dos solos a segrega o s cio espacial a mobilidade social a produ o e difus o de cultura e a heterogeneidade A partir da se compreende que o conceito de cidade possui elementos universais que o identificam e diferenciam mas tamb m elementos particulares que o diferenciam e contextualizam A ideia de propor um conceito de cidade latino americano surge devido ao trabalho que existe da cidade a partir de referenciai
152. itui es primeiro o MEC por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE e posteriormente na an lise e avalia o pedag gica uma equipe de Geografia escolhido para participar do processo nesse ano No guia analisado a equipe colaboradora foi o departamento de Geografia da Universidade Federal do Paran UFPR interessante destacar que as institui es que trabalharam na avalia o s o nomeadas especificamente assim como o grupo de avaliadores que s o acad micos reconhecidos por sua trajet ria nas diferentes reas da Geografia Por outro lado importante destacar que esse processo de avalia o foi efetuado de forma individual Cada avaliador recebeu exemplares de livros descaracterizados para serem avaliados segundo uma pauta espec fica para avaliar pedagogicamente os conte dos apresentados Cada cole o foi avaliada por dois avaliadores o avaliador tinha que realizar uma resenha com seu crit rio aprovando ou reprovando a cole o Se uma cole o se encontrava em uma situa o de diverg ncia da dupla um terceiro avaliador analisava novamente a cole o sendo o seu crit rio o definitivo As resenhas finalmente foram revisadas por leitores cr ticos os quais se asseguravam que estas cumpriram com o requerido O interessante deste processo que ele encontra se integramente neste guia e por isso que na sequ ncia apresenta se os princ pios e crit rios de avalia o dos livros did ticos de
153. iza se a an lise do Guia do Livro Did tico do Programa Nacional do Livro Did tico PNLD 2012 Este guia elaborado anualmente e contempla os livros que foram aprovados na licita o Estes s o aprovados por um per odo de 4 anos e podem ser avaliados em licita es posteriores O interessante do processo de avalia o dos livros did ticos no Brasil que os resultados da avalia o s o p blicos Qualquer pessoa pode acessar o portal do MEC Nele poss vel acessar o guia do ano de 2007 e at o guia do ano de 2013 para Ensino M dio que j se encontra dispon vel preciso esclarecer que existiu um programa especifico que se preocupava com a distribui o dos livros para Ensino M dio o Programa Nacional do Livro Did tico de Ensino M dio PNLEM No entanto a partir do ano 2012 volta se a unificar com o PNLD o qual se preocupa com a divulga o dos concursos e a distribui o dos livros did ticos na Educa o B sica No Brasil parece existir mais transpar ncia nesse processo de orienta o e avalia o dos livros did ticos que no Chile Por isso que poss vel ter acesso ao Guia do Livro Did tico de Ensino M dio do ano 2012 e inclusive descarregar o guia no formato PDF A inten o mostrar como se realiza o processo de sele o das obras did ticas Este guia destinado aos professores de escolas p blicas do Pa s para que conhecendo as caracter sticas de cada cole o possam selecionar a cole
154. ja as habilidades de situar se a partir do abstrato ao concreto A forma o de conceitos uma habilidade fundamental para a vida cotidiana Os instrumentos conceituais s o importantes porque ajudam as pessoas a categorizar o real a classific lo a fazer generaliza es Os conceitos s o importantes mediadores da rela o das pessoas com a realidade CAVALCANTI 2012 p 48 Dessa maneira o conceito permite ordenar a realidade e que uma ideia se materialize numa ferramenta cognitiva l gica de pensamento Al m disso a autora prop e a utiliza o das representa es sociais como forma de construir um referencial mental abstrato que permita estabelecer nexos com um aprendizado cotidiano que ainda n o significativo para o estudante mas que concreto Nessa l gica procura se a forma o do pensamento te rico conceitual do estudante de forma tal que este possa trabalhar a partir desses conceitos formados durante as aulas de Geografia 129 Espera se que especialmente no Ensino M dio os alunos desenvolvam o entendimento dos conceitos geogr ficos indicados pelos PCNs de Ensino M dio na Figura 2 apresentada no capitulo 2 A figura apresenta o espa o geogr fico como um conceito amplo a ser trabalhado a partir do qual se desenvolvem conceitos espec ficos como Lugar Territ rio e Paisagem Assim o professor deve mediar a rela o do aluno com o conte do esperando que este trabalho permita a forma o de conceit
155. l texto escolar es una herramienta que le puede abrir puertas posibilidades pero que finalmente l l es la viga maestra El texto escolar es claramente y no me cabe ninguna duda de una labor menor secundaria m s all de que como te dec a reci n parece que lo que digo yo va en contra de como se usa habitualmente el texto escolar pero as lo miro yo as me gustar a que fuera AZZ1 30 O livro did tico um apoio para a aprendizagem dos estudantes e portanto devem ser permeados por elementos motivadores Desta perspectiva analisam se 3 atividades do cap tulo que foi escolhido para esta pesquisa uma atividade de hipertexto e dois de fechamento de conte dos Foram escolhidas essas tr s atividades por fugirem das estruturas tradicionais e por mostrarem o posicionamento dos autores do livro did tico Na p gina 250 destaca se uma atividade de hipertexto relacionada ao conte do mobilidade da popula o da Am rica Latina Essa atividade de an lise de processos migrat rios em dois contextos hist ricos diferentes considerando um acontecimento ocorrido no ano de 1939 quando Pablo Neruda poeta chileno ajudou mais de 2 000 espanh is a sairem de seu pa s durante a Guerra Civil e chegar ao Chile no barco Winnipeg como refugiados O outro acontecimento refere se ao ano de 2008 quando duas jovens chilenas foram deportadas da Espanha por n o cumprirem com os requisitos migrat rios ao chegar ao aeroporto internacional d
156. lar num curso de ci ncias sociais Ingressei na p s gradua o no departamento de Geografia da USP em 1980 fiz o doutorado direto em 1985 por sugest o do meu orientador e da banca de qualifica o que consideraram o trabalho bom demais para mestrado e em 2001 defendi minha livre doc ncia tamb m na USP em geografia pol tica AEA1 2 Como poss vel observar o autor possui uma ampla e vasta forma o em Geografia al m de ter muita experi ncia laboral no mbito do ensino Nas palavras do pr prio autor isso seria absolutamente necess rio para ser escritor de livros did ticos 112 Quase todos os autores que conhe o lecionam em col gios ou faculdades e a atividade como escritor complementar e normalmente depende de sua experi ncia com os alunos Sou autor de livros educacionais desde 1982 quando editei meu primeiro livro para o ensino m dio Sociedade e Espa o geografia geral e do Brasil resultado de anos de experi ncias como docente no ensino particular e p blico em S o Paulo e tamb m no ensino supletivo especialmente no sindicato dos metal rgicos de S o Bernardo do Campo e Diadema na grande SP onde lecionei durante uns 3 anos e abordava temas novos como o Estado do bem estar social e os direitos democr ticos o direito de greve a distribui o social da renda e suas raz es etc Esse primeiro livro educativo na verdade j estava pronto desde 1980 e a editora tica relutou em publicar porque era c
157. les y humanos Extrae Nivel 3 informaci n de mapas regulares y tem ticos y de fuentes visuales y escritas para caracterizar rasgos naturales y humanos de determinados espacios geogr ficos Reconoce la importancia de disminuir las consecuencias negativas de la actividad humana sobre el entorno Localiza Chile y sus pa ses vecinos en el mapa pol tico de Am rica y distingue las grandes zonas naturales del pa s Reconoce que existen distintos tipos de asentamientos humanos y que entre ellos Niv el 2 se pueden establecer relaciones de complementariedad Aplica coordenadas simples para ubicar lugares en planos y pa ses en mapas Usa im genes y textos simples para describir caracter sticas de diferentes asentamientos humanos y su relaci n con el medio Comprende que los grupos humanos siempre afectan el medio ambiente que habitan Localiza continentes oc anos y zonas clim ticas del planeta Aplica categor as de posici n relativa y Niv el 1 puntos cardinales para orientarse en el espacio geogr fico Emplea im genes para describir caracte r sticas observables de diferentes paisajes estableciendo algunas relaciones simples de proximidad direcci n y distribuci n Cuida los lugares con los cuales tiene relaciones de pertenencia Fonte Mapa de Progreso del Aprendizaje de Espacio Geogr fico MINEDUC 2009a p 5 Os MPA surgem com a atualizag o curricular do ano de 2009 e vem como um complemento dos elementos do curr culo
158. lho de forma correta Mas esse estere tipo que j foi bem maior at os anos 1970 e 1980 atualmente j est bastante amenizado Somente uma pequena minoria da popula o dessas cidades m dias ou grandes os grupelhos racistas que muitas vezes se denominam neonazistas carecas arianos etc que persiste em cultivar esse preconceito chegando at mesmo a praticar agress es contra migrantes pobres VESENTINI 2011 p 151 O autor mant m sua aten o na cidade mostrando a como um lugar complexo e de contradi es em que atualmente coexistem diversos olhares e opini es onde tamb m convive todo tipo de situa es incluindo injusti as Esta perspectiva interessante porque mostra a cidade como um espa o de poder e de conflitos Esta vis o confirma se no item seguinte sobre a quest o das pol ticas afirmativas no Brasil comentando uma lei que procura promover a igualdade efetiva de oportunidades para todos os brasileiros A o afirmativa o reconhecimento de que o princ pio de igualdade de todos perante a lei insuficiente para garanti lo entre os cidad os advindo da a necessidade de algumas medidas legais para promover essa igualdade A modalidade de a o afirmativa mais conhecida e praticada no Brasil o sistema de cotas que significa o estabelecimento de determinadas cotas ou percentagem de um total em cargos p blicos em ingresso numa universidade etc Mas o grande debate nacional
159. lidade 6 cont m informa es corretas e atualizadas ou informa es que demonstrem o embasamento te rico metodol gico adotado no Manual do Professor 7 apresenta mapas gr ficos e tabelas utilizando a linguagem cartogr fica localizando corretamente a informa o geogr fica no espa o e no tempo e articulando diferentes escalas geogr ficas 8 isenta de preconceitos tanto de origem condi o econ mico social tnica de g nero religi o idade orienta o sexual ou outras formas de discrimina o ou doutrina o religiosa tanto nos textos como nas ilustra es tais como fotos mapas tabelas quadros ou outros tipos de ilustra es necess rias para a compreens o dos conte dos geogr ficos 9 isenta para o desenvolvimento de certos temas e conte dos de marcas s mbolos ou outros identificadores de corpora es ou empresas a n o ser quando se mostrarem com a necess ria diversifica o para explicar os processos espaciais Fonte Gu a PNLD2012 Geograf a 2011 p 12 importante destacar a import ncia dada postura te rico metodol gica das cole es e portanto dos pr prios autores dos textos escolares Nesse aspecto n o s importante sua 11 postura pedag gica mas tamb m devem ter clara uma postura sobre a disciplina e que seja coerente com a forma como o conte do apresentado nas cole es Al m disso relevante destacar o interesse por desenvolver os con
160. lise geogr fica situa o que explicita no esquema que se apresenta na seguinte figura 70 FIGURA 3 SISTEMA CONCEITUAL EIXO CENTRAL ESPACO GEOGR FICO Conceito amplo Base estrutural Fundamento Conceito espec fico a Matem tica o rasgan Espa o Unidade Dema Territorializa o espacial Consequ ncia Globaliza o T cnicas a Causa Ta Redes Fonte PCN ENSINO M DIO 1998 p 59 De tal maneira poss vel observar que efetivamente a categoria central da disciplina para os PCNs o espa o geogr fico dai surgiriam outros conceitos espec ficos que obviamente tamb m s o importantes no interior da an lise geogr fica No entanto a categoria estruturadora seria a de espa o importante destacar que esta categoria compreendida a partir da defini o de Milton Santos autor esse que marco precedente no Brasil e no mundo no que se refere ao desenvolvimento da Geografia Para que o estudante seja capaz de compreender as categorias da Geografia necess rio que alcance certas compet ncias como se disse anteriormente A disciplina geogr fica pertencente rea de Ci ncias Humanas e suas Tecnologias possui tr s grupos de compet ncias que deseja promover as quais se apresentam no seguinte quadro 71 QUADRO 9 COMPET NCIAS AGRUPADAS DA GEOGRAFIA NO BRASIL Agrupamentos Competencias a desenvolver Ler analisar e interpretar os c digos espec ficos d
161. lo livro did tico question vel ou seja pode ter erros ou simplesmente apresentar conte dos ou atividades que n o s o apropriadas para o contexto do professor Ele pode sugerir atividades que sempre s o de iniciativa e compet ncia do professor que evidentemente deve levar em conta a realidade et ria psicogen tica e econ mico social de seus alunos O manual pode sugerir excurs es at o campo para os alunos da cidade verem o que rural ou n o urbano pode sugerir pesquisas em jornais ou revistas ou na internet pode sugerir uma pesquisa dos alunos no seu bairro ou na sua cidade sobre a origem e as atividades dos moradores por exemplo e assim por diante Mas sempre o professor quem promove de acordo com a sua estrat gia o seu planejamento a sua realidade da escola dos alunos as atividades AEA 1 36 118 Al m disso como explica Vesentini o texto pode sugerir atividades e inclusive o professor pode utilizar essas atividades ou tamb m adapt las Finalmente o professor quem decide e ele como autor somente apresenta propostas 2 Este percurso sumamente importante porque permite conhecer como os livros did ticos do Chile e do Brasil s o pensados pelos minist rios da educa o de cada um dos pa ses e pelos autores dos mesmos Tamb m para perceber quais s o as rela es que se estabeleceram durante o trabalho em equipe entre os autores quais foram as responsabilidades de cada um como
162. lver o processo l gico cognitivo e que al m disso apresente questionamentos que apoiem o trabalho docente 132 3 3 Por um conceito de cidade presente no livro did tico A partir do exposto durante essa pesquisa e dos resultados obtidos por meio da an lise dos dados apresenta se uma proposta para trabalhar o conceito de cidade nos livros did ticos que sejam elaborados para estudantes do Chile e do Brasil Esta proposta considera que o livro did tico um apoio para o professor onde se re ne uma abordagem te rica especifica que concorda com o olhar do autor ou dos autores que prop em esta perspectiva No entanto importante n o esquecer que uma das afirma es que se podem estabelecer ap s percorrer essa investiga o que as orienta es que s o apresentadas pelos minist rios de educa o para elaborar os livros did ticos s o absolutamente decisivas com respeito perspectiva que desenvolvem os livros Sendo assim considera se tamb m que o mercado editorial espera que seus livros sejam aprovados pelo Minist rio de Educa o pois tal fato garante o governo como comprador dos exemplares situa o que todas as editoras desejam Como j foi relatado os livros did ticos analisados foram os que j tinham sido aprovados pelo minist rio da educa o portanto cumprem com todas as solicita es requeridas importante esclarecer que esta proposta n o elaborada seguindo os postulados do governo uma p
163. m no mercado editorial Qual a forma o dos autores desses livros Quais s o os meios de difus o das op es adotadas Quais s o os crit rios requerimentos do Estado para que um livro did tico seja adotado S o estes crit rios requerimentos absolutamente p blicos As respostas a estas interroga es podem dar um panorama muito mais claro sobre um livro did tico em espec fico por isso ser o discutidas no pr ximo Cap tulo Mesmo assim importante considerar os delineamentos do pr prio livro did tico como bem assinala Pontuschka et al 2009 O livro did tico de Geografia n o pode apresentar se como um conjunto de informa es sem nexos ou correla es Da surge a import ncia de que os autores de livros did ticos tamb m descubram formas atraentes de tratar de assuntos relativos ao cotidiano dos alunos do ponto de vista espacial e de outras realidades os quais no mundo globalizado em que vivemos interferem no cotidiano tanto do aluno quanto do professor p 343 Desta maneira importante assinalar que em princ pio o livro did tico de Geografia deveria cumprir com certos crit rios que segundo esta pesquisa s o relevantes no momento de se trabalhar o conceito de cidade Por acreditar nessa formula o elabora se uma proposta de crit rios para a an lise de livros did ticos para o qual se tomou como referencia b sica os aportes de Pontuschka et al 2009 QUADRO 3 PROPOSTA DE CRIT RIOS PA
164. mbres y animales sanos frutos de buen tama o que garantizaran el abastecimiento abundancia de rboles para estar provistos de le a y cerca de fuentes de agua para el consumo y el regad o Lugares donde el aire fuera puro el cielo claro el clima templado y cerca de pueblos ind genas para poder evangelizarlos No deb an ubicarse en sitios muy altos ni muy bajos prefiri ndose las poblaciones cercanas a un r o Milos P 2010 p 151 A vis o colonizadora europeia expl cita no trecho apresentado mas tamb m o fato de que o recurso utilizado recorrente no trabalho de investigac o hist rica Al m disso a ideia subjacente de que quem designava o que cidade seja Felipe II um espanhol e que segundo sua pr pria Ordenanza os homens assentados em cidades podem evangelizar os ind genas que se assentam em povoados Na l gica europeia a cidade seria igual civiliza o e povoado seria igual barb rie Por sua parte o livro did tico de hist ria e Ci ncias Sociais de 4 ano de Ensino M dio da editora ZIG ZAG apresenta uma perspectiva que provem da Geografia cr tica mas al m disso inclui uma vis o historiogr fica por meio da inclus o do conceito de identidade latino americana Dessa forma constr i o conceito de cidade com base na ideia de complexidade e o mistura com o conceito de identidade que provem da hist ria Ao trabalhar o tema o livro traz atividades que entrecruzam as categorias de an lise da Geogr
165. me uma postura pol mica pois enfrenta diretamente a postura do Hirst e Peters que consideram como conhecimento v lido somente aquele conhecimento que surge dos setores dominantes quer dizer o conhecimento cient fico que por ser tal possui uma superioridade que o diferencia e que lhe outorga status frente outro conhecimento Dessa maneira discute a ideia de verdade como legitimadora do conhecimento e para Young um conhecimento teria validade na medida em que promovesse a liberdade e pudesse ser vinculado aos interesses dos setores mais baixos da sociedade Em segundo lugar uma das abordagens mais fortemente tratadas em n vel mundial a reconceitualiza o curricular promovida nos USA por Michael Apple no final da d cada de 1970 e que se reconhece por estabelecer uma cr tica da escola como reprodutora de privil gios sociais definidos pela estrutura econ mica capitalista e pelos grupos dominantes Segundo as autoras Apple compreende que Dessa forma o curr culo contribui para a acumula o do capital cultural e do capital econ mico pelas classes dominantes por contribuir para manter a divis o entre trabalho mental e trabalho manual entre conhecimento t cnico e conhecimento n o t cnico Ibidem p 82 Sendo assim Apple problematiza a ideia da sele o do conhecimento no curr culo escolar j que este um produto das lutas de interesses e das rela es de poder entre dominadores e dominados Nesse sentido torna
166. mente tamb m poss vel encontrar cidades razoavelmente novas que foram planejadas mas essas s o particularidades de um todo Al m disso um dos elementos que diferencia a cidade latino americana a manuten o da pobreza Por um lado a pobreza espacializada nas ruas das cidades latino americanas e por outro a concentra o e acumula o de riquezas ou seja a segrega o s cio espacial mantida pela estrutura pol tica econ mica social e cultural destas cidades Por esse motivo essas cidades mant m um conflito eterno e dif cil de resolver que o grande fosso social quase intranspon vel S o cidades h bridas que mant m contradi es profundas em seu desenvolvimento Cidades que possuem uma identidade diferenciada pois se conformaram por meio das nsias de lutas e de esperan as do povo latino americano Dessa forma deve se propor um conceito de cidade que considere essas situa es e que realmente expresse as especificidades da forma o do espa o latino americano com suas diversidades internas mas tamb m com processos semelhantes de identifica o Assim para tentar formar o conceito de cidade latino americana prop em se vari veis espaciais e temporais como forma de incorporar os aspectos que constroem essa ideia de cidade 135 FIGURA 6 PROPOSTA DE VARI VEIS QUE CONFORMAM O CONCEITO DE CIDADE LATINO AMERICANA Cidade Latino americana Crit rios Conte dos Estruturantes Vari veis espaciais V
167. mpl cito aproxima o desde a Editora MN Hist ria Chile Hist ria e Ci ncias Socioconstructivista Cr tico impl cito Sociais 4 M dio impl cito Editora ZIG ZAG Brasil Geografia sociedade e Socioconstructivista Cr tico cotidiano Volume 3 Edi es Escala Educacional Brasil Geografia o mundo em Socioconstructivista Cr tico transi o Volume 3 Editora tica Fonte P rez Cisternas N 2012 E interessante observar que os livros did ticos chilenos n o possuem uma postura pedag gica nem geogr fica explicita pois os crit rios requerimentos apresentados pelo MINEDUC n o o requerem Portanto n o necess rio que as editoras manifestem explicitamente o posicionamento de seus autores por isso os livros n o possuem uma apresenta o geral em que se especifique aquele tema importante destacar que os livros did ticos chilenos 120 mant m uma vis o situada no paradigma dominante tanto para a Educa o como para a Geografia paradigma cr tico situa o que acontece claramente porque uma solicita o do MINEDUC solicita o que tamb m n o explicita em os crit rios requerimentos Dessa forma cabe mencionar que os livros did ticos chilenos cumprem com o que o governo solicita Por sua parte os livros did ticos brasileiros possuem um posicionamento pedag gico e geogr fico explicito ao seguir claramente as indica es do MEC Inclusive no Guia PNLD 2012
168. muro do Berlim que justamente o CMO com o qual come a o quarto ano de ensino m dio Na capa se aprecia somente a imagem dos soldados entre a Alemanha ocidental e a Alemanha oriental no entanto na folha de rosto a imagem se amplia e mostra a popula o que estava presenciando a queda do muro A unidade 3 corresponde ao cap tulo 2 Am rica Latina Contempor nea Neste capitulo analisado a imagem principal incorpora a vis o do espa o geogr fico como um espa o social em constru o e em constante transforma o Capa O livro did tico possui dois autores Gonzalo lvarez que professor de Hist ria e Geografia com p s gradua o em Educa o da Universidade Metropolitana de Ci ncias da Educa o Macarena Barahona formada como ge grafa na Pontif cia Universidade Cat lica do Chile e atualmente doutoranda em Urbanismo na mesma universidade Autor ou autores O livro foi desenhado considerando o seu p blico alvo que s o os estudantes de quarto ano m dio possui um n vel te rico e propositivo correspondente a esse n vel de estudos P blico Alvo Prop e uma estrutura gr fica do texto donde se assinalam os recursos complement rios identificadas por cores e uma imagem espec fica e o roteiro de habilidades a serem desenvolvidas durante o trajeto do livro N o possui uma Apresenta o apresenta o do livro em geral desenhada pelos autores no entanto poss vel identificar que a unidade a s
169. n lise Cr tica do Discurso foi a t cnica que permitiu desvelar as contradi es do discurso governamental do discurso escrito apresentado no livro did tico e do discurso oral dos pr prios autores do texto Dessa forma a pesquisa estruturada em tr s Cap tulos que sintetizam os aportes te ricos metodol gicos e propostas que surgem no desenvolvimento do trabalho com a tem tica O primeiro Cap tulo denominado A produ o do livro did tico e o conceito de cidade aborda os principais discursos dos paradigmas curriculares presentes no contexto chileno e no brasileiro ao propor uma sistematiza o que engloba ambos os olhares poss vel perceber a partir das an lises empreendidas os conflitos te ricos presentes na produ o do livro did tico e como esse mercado editorial tem se consolidado Por conseguinte discute se como o conceito de cidade tem sido desenvolvido como conte do no ensino da Geografia e portanto nos livros did ticos Finaliza se este Cap tulo com as orienta es metodol gicas que sustentam a presente pesquisa No segundo Cap tulo intitulado Geografia escolar e cidade seu discurso nos livros did ticos poss vel conhecer as realidades do Chile e do Brasil suas consist ncias e inconsist ncias em rela o s propostas curriculares e como tal fato repercute na proposta do livro did tico especificamente no conceito de cidade Para tal s o considerados os documentos que evidenciam o paradigma cu
170. n permite establecer los encuentros y desencuentros existentes entre lo que se produce en la universidad y lo que finalmente es reproducido en el libro did ctico De esta manera esta investigaci n posee su foco en el an lisis de los conceptos de ciudad presentes en los libros did cticos adoptados por el ministerio de educaci n de Chile MINEDUC y el ministerio de educaci n de Brasil MEC para el per odo comprendido entre los a os 2010 2012 en el cuarto y tercer a o de Ense anza Media respectivamente Esta investigaci n posee un abordaje cualitativo que se sit a desde el m todo dial ctico que permite reflexionar a partir de las contradicciones que son expuestas durante el desarrollo del an lisis por eso mismo se utilizo la t cnica de An lisis Cr tico del Discurso para comprender los discursos sobre ciudad que el gobierno de cada pa s posee que los autores de los libros did cticos declaran poseer y finalmente el discurso sobre el concepto de ciudad que reproduce el propio libro did ctico A partir de los resultados obtenidos se propone una nueva comprensi n del concepto de ciudad que es altamente complejo y variable y que tambi n posee un abordaje latinoamericano que coloca en primera posici n las problem ticas de nuestra propia cultura De esta forma el libro did ctico se constituye como un recurso que apoya el desarrollo de la clase es un apoyo para el estudiante que desea trabajar de forma individual y es un apoyo pa
171. n y visibilizan de modo m s evidente en el ltimo a o de ense anza cuando los j venes llegan a la mayor a de edad y a convertirse en ciudadanos en plenitud de derechos MINEDUC 2009b p 196 Segundo o par grafo anterior poss vel compreender n o s a import ncia da vincula o das disciplinas mas tamb m refor a a op o de trabalhar com o ltimo ano de forma o escolar que nesse caso o quarto ano m dio Esta op o justamente faz se apropriada j que as habilidades que se pretendem desenvolver por n vel teriam sua culmina o no ltimo ano de forma o considerando que as habilidades geogr ficas que se desejam desenvolver em geral s o Las habilidades geogr ficas tienen como prop sito desarrollar en alumnos y alumnas la ubicaci n espacial y el an lisis territorial en el cual han de poder integrar diversas variables para adquirir una visi n din mica y sist mica del espacio que habitan MINEDUC 2009b p 197 No entanto existe um interesse em construir uma progress o em rela o ao desenvolvimento dessas habilidades que est ligado aos Objetivos Fundamentales OF e aos Contenidos M nimos Obligatorios CMO propostos pelo MINEDUC que finalmente se explicitariam assim Las habilidades de ubicaci n espacial progresan desde primero a quinto b sico en relaci n a la ubicaci n y distribuci n de procesos naturales y sociales Las habilidades de an lisis territorial progresan desd
172. na aula n o se pudesse utilizar textos acad micos ou de qualquer outro tipo que contribui com o desenvolvimento da aula A ideia da autora seria que os textos fossem pensados para ajudar os estudantes nas suas vidas sem a necessidade de ser um texto pedag gico Por outra parte D Avila 2008 faz sua leitura sobre os livros did ticos postulando duas categorias interessantes que se relacionam com a utiliza o desse recurso na sala de aula A autora prop e a media o did tica mec nica e a media o did tica cr tica Cada uma destas categorias se divide em quatro subcategorias as quais n o ser o detalhadas nesta pesquisa uma vez que se concentrar a discuss o na media o did tica mec nica e na media o did tica cr tica ambas com uso do manual Segundo a autora a primeira categoria se d de forma que o mediador neste caso o docente n o possua nenhum tipo de intencionalidade Desta maneira os conte dos ensinados n o geram uma aprendizagem significativa Para aprender n o bastam informa es vagas incorporadas unicamente pela mem ria preciso que o objeto de conhecimento seja modificado pelo sujeito que 44 aprende preciso que se produzam mudan as na sua estrutura cognitiva e na sua forma de ver o mundo D A VILA 2008 p 125 Quando a a o mediadora do professor n o produz mudan as no processo cognitivo do estudante segundo D Avila 2008 surge a primeira subcategoria O livro did ti
173. na os crit rios requerimentos que especificam os conte dos a serem trabalhados e as metodologias a serem utilizadas 1 3 A produ o do livro did tico como recurso curricular Para compreender a produ o dos livros did ticos importante n o esquecer que existe um questionamento na maioria das pesquisas sobre livros did ticos o qual se centra na discuss o se o mesmo curr culo escrito e se o curr culo deve ser definido apenas na pr tica Al m disso o livro did tico como mercadoria se encontra envolvido na grande ind stria editorial sendo um dos produtos que est na base de sua consolida o O mercado dos livros did ticos encontra se em clara expans o Segundo D Avila 2008 somente no ano de 2001 a quantidade de estudantes de Ensino Fundamental no Brasil alcan ou os 33 milh es legando a esse pa s o oitavo lugar no ranking do mercado editorial mundial j que 75 dos livros produzidos seriam livros did ticos Da mesma maneira esta autora faz refer ncia similitude de condi es no mercado editorial chileno No ano de 2001 foram gastos 35 milh es de d lares aproximadamente na compra de livros escolares no Chile e os grandes compradores s o como aqui o governo e os 39 estudantes de col gios particulares fatia essa do mercado que eles desejam conquistar de mais a mais pois que mais rent vel 2008 p 105 Neste sentido poss vel perceber como o livro did tico apresenta se como um produt
174. nais que remetem diretamente ao sentir ou a opini o do estudante Tamb m se deve considerar que este livro did tico corresponde ao ltimo ano de ensino formal portanto s o os estudantes que utilizam este livro did tico os que se enfrentam finalmente esse sistema de pol ticas afirmativas Desta forma espera se que os alunos sejam aut nomos e cr ticos Esta criticidade evidente considerando os autores que Vesentini considera importantes ao momento de tratar o conceito de cidade Lefebre importante para o conceito de revolu o urbana e direito cidade Castells importante para a ideia de rede urbana e de sociedade em rede Munford importante para a cidade na hist ria e para os conceitos de s tio urbano fun es situa o etc os autores hoje tidos como tradicionais continuam importantes Birot Beaujeu Garnier Pierre George etc No Brasil temos autores como Paul Singer Jos Eli da Veiga Erm nia Maricato e v rios trabalhos acad micos mestrado e doutorado de ge grafos desde pelo menos os anos 1980 at o presente Evidentemente que tamb m os dados estat sticos e os trabalhos sobre a rede urbana brasileira por exemplo do IBGE s o fundamentais para alicer ar o estudo do urbano no Brasil No plano mundial existem excelentes trabalhos publicados pela ONU sobre cidades globais ou mundiais um conceito da soci loga Saskia Sassen e tamb m do ge grafo Peter Taylor sobre megacidades etc Mike Davis
175. natalidade e mortalidade Al m das quest es relacionadas sa de a maior disponibilidade de alimentos promovida pela industrializa o e pelo aumento das reas agricult veis e da produtividade tamb m contribuiu para esse processo Martins M et al 2010 p g 228 Aqui se realiza a primeira men o ao conceito de cidade considerando sua rela o com a din mica populacional al m disso pode se observar a rela o que existe entre a descri o dada e a defini o de cidade que prop e Francisco Bigotto Dentro de uma perspectiva geral concebo a cidade como sendo um lugar onde predomina a aglomera o de pr dios e pessoas e uma demanda por infraestrutura e servi os de interesse coletivo al m de ser o principal espa o de trocas comercial e tamb m onde se d a possibilidade das rela es humanas com maior intensidade AEEE2 18 107 Considera a vis o econ mica com respeito ao acesso a servi os mas al m disso se interessa pelas rela es humanas que se estabelecem no mbito urbano Esta vis o tem rela o com a concep o de Geografia que possui o mesmo autor Enquanto educador a Geografia para mim um instrumento de compreens o e transforma o da realidade Ela deve servir tanto para os alunos quanto para os cidad os em geral como ferramenta de compreens o e an lise do lugar onde se vive e do espa o geogr fico enquanto um todo promovendo uma inter rela o entre o local e o global AE
176. nes de habitantes Sao Paulo 22 millones Buenos Aires 13 millones y R o de Janeiro 12 5 millones Los problemas que presentan estas megal polis y gran parte de las urbes de la regi n son diversos contaminaci n ambiental delincuencia deficiencia en los transportes internos inseguridad y pobreza Pero el factor m s caracter stico de las urbes latinoamericanas es la segregaci n espacial Ib dem p 253 interessante como os autores retomam a discuss o proposta por Freitag 2006 e inclui outras tem ticas que se foram dando nas cidades por conta da alta concentra o da popula o considerando que um dos maiores problemas seriam a segrega o espacial pois a necessidade de solo urbano gerado pela alta demanda que o torna escasso e por sua vez muito caro Esse fato tem influenciado a crescente apari o de empresas imobili rias que reutilizam os setores vazios al m do surgimento de moradias em lugares com infraestrutura prec ria sem acesso s necessidades b sicas como gua pot vel eletricidade pavimenta o e outros servi os o que poder amos identificar no Chile como popula es callampas e no Brasil como favelas As las ciudades latinoamericanas se caracterizan por su gran segregaci n socio espacial lo cual es un reflejo de las grandes desigualdades en la distribuci n del ingreso en los pa ses de la regi n Ib dem Dessa forma evidenciam se os problemas econ micos que se manifestam no e
177. no Chile e no Brasil consist ncias e inconsist ncias Para falar sobre a produ o dos livros did ticos em ambos os pa ses deve se compreender o curr culo que guia suas propostas em educa o para a partir desse lugar olhar os crit rios requerimentos que d o a base para a produ o dos livros did ticos por parte das editoras Dessa forma precisa se em primeiro lugar conhecer o marco curricular que guia a disciplina geogr fica na escola e posteriormente comparar os requerimentos que s o elaborados do Minist rio de Educa o para construir os livros did ticos O livro did tico de Geografia no Chile Como foi mencionado anteriormente no Chile n o existe a disciplina de Geografia pois esta se encontra associada ao conte do de Historia e Ci ncias Sociais A partir da atualiza o curricular do ano 2009 os conte dos dessas reas passaram a ser chamados de Hist ria Geografia y Ci ncias Sociais Essa atualiza o o decreto supremo de educa o n 254 que modifica o decreto supremo n 220 estabelecido no ano 1998 pelo MINEDUC A modifica o proposta responde necessidade de unificar e simplificar os conceitos e orienta es curriculares do Ensino M dio segundo declarado no pr prio documento Nessa atualiza o do marco curricular foram estabelecidas as bases que a educa o geogr fica deveria desenvolver do primeiro ano do Ensino B sico fundamental no Brasil at o quarto ano do Ensino M dio terceiro
178. no es el ejercicio pol tico que mas m s recurrente en la historia pero un ejercicio pol tico que hoy d a tiene otro otros elementos que dan cuenta de que la gente efectivamente se agrupa frente a demandas especificas que les son comunes que les son significativas y hace un ejercicio pol tico que a veces nosotros no lo miramos como tal pero que sin duda lo es AZZ2 14 98 Desta maneira pode se apreciar que a autora expressa suas pr prias cren as no livro did tico expressando opini es coerentes pois como acad mica e pesquisadora posiciona se por um olhar cr tico que vis vel na sua escrita O cap tulo 2 finaliza com um abordagem mais direto na dimens o econ mica a partir das teorias do desenvolvimento e de como Am rica latina vai sendo catalogada nesses olhares Ao mesmo tempo assinala paulatinamente os recursos naturais de cada pa s que v o dinamizando a economia da regi o Quanto s atividades faz se necess rio destacar que existem dois tipos de atividades uma se encontra nos quadros de hipertexto que s o aqueles que est o pelas bordas das p ginas e que fazem refer ncia exclusivamente ao conte do desenvolvido na p gina e s atividades que fecham o conte do apresentado Neste cap tulo poss vel encontrar 14 atividades de hipertexto que fazem um chamado an lise e reflex o no entanto s o apresentadas 9 atividades de fechamento do conte do Essas atividades perpassam por todas as habilidades
179. nte livros de geopol tica mas tamb m um livro de 110 fotografias do autor Sebasti o Salgado intitulado xodo que justamente trabalha o tema das migra es Tamb m aparece na proposta o filme Neste mundo na mesma linha de discuss o Depois de apresentar o livro did tico de edi es Escala Educacional sendo analisado junto aos question rios respondidos pelos autores dos livros e com os pressupostos presentes no guia do PNLD 2012 apresenta se a an lise do livro did tico da Editora tica Dessa forma come a se apresentando a resenha geral do livro did tico Geografia o mundo em transi o QUADRO 16 RESENHA DO LIVRO DID TICO GEOGRAFIA O MUNDO EM TRANSI O PARA O 3 ANO DE ENSINO MEDIO EDITORA ATICA Crit rios Descri o Este texto possui um desenho que faz alus o ao nome do livro pois mostra uma imagem em movimento de uma rodovia na cidade que possui um formato de uma grande metr pole que poderia ser de qualquer pa s mas que no interior se restringe cidade de S o Paulo A unidade II popula o e cidadania no Brasil que a unidade donde encontra se o cap tulo analisado come a imediatamente apresentando o cap tulo 7 com uma atividade e n o possui uma imagem que a diferencia da unidade anterior Capa O autor do texto Jos William Vesentini formado como Autor ou autores Bacharel Licenciado e Doutor em Geografia pela Universidade de S o Paulo O livro foi elabo
180. ntinental y mundial de los fen menos espaciales reconociendo rasgos comunes y diferenciadores evaluaci n cr tica de las respuestas frente a los desaf os surgidos de la relaci n sociedad medio y de las implicancias del desarrollo sustentable para su vida y la humanidad integraci n de variables para explicar la din mica espacial de distintos procesos en un territorio hasta llegar a una visi n sist mica ANEXO 1 p 6 66 interessante considerar que no tratamento dos conceitos disciplinares poss vel perceber uma vis o que deseja seguir o paradigma cr tico em educa o valoriza se que os estudantes compreendam os processos e transforma es geogr ficas e considera se que o livro did tico gere as conex es necess rias entre Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais claro o interesse que existe por integrar a disciplina geogr fica nesta rea quest o nunca antes acontecida e que claramente foi propiciada pela atualiza o curricular de 2009 Quanto avalia o interessante destacar a forte presen a dos MPA como orientadores das mesmas e por sua vez a ideia de que os livros did ticos possuam avalia o diagn stica formativa e final ou seja um acompanhamento durante o processo de ensino relevante perceber as mudan as no Marco Curricular com as atualiza es do ano 2009 passando a existir uma maior concord ncia entre ele e os crit rios requerimentos al m de ser evidente o posicionamento te rico e
181. nto compreens o metodol gica da Geografia Al m disso poss vel identificar uma vis o construtivista no enfoque pedag gico A linguajem utilizada apropriada para estudantes de Linguagem nos suas terceiro ano m dio entre 17 a 18 anos As atividades trabalham diferentes habilidades integrando novos recursos que dinamizam o conte do elas Atividades acompanham todas as unidades variando seus n veis de aprofundamento Ao final de cada cap tulo se apresenta um bloco de atividades Possui refer ncias bibliogr ficas atualizadas com autores nacionais e estrangeiros Al m disso inclui autores provenientes do paradigma radical mas que pertencem vertente human stica Refer ncias Fonte P rez Cisternas N 2012 A partir desta resenha pode se afirmar que os autores que trabalharam no desenvolvimento do livro did tico s o formados em Geografia todos eles possuem bacharelado e s dois possuem licenciatura A autora Maria Adailza n o possui licenciatura mas tem Doutorado em Educa o Somente um dos autores n o possui p s gradua o Al m disso este grupo de autores j tem trabalhado na elabora o de outros livros did ticos da mesma editora Como o confirmam no question rio respondido j temos outra cole o de Geografia destinada ao Ensino Fundamental IL AEEE1 6 Portanto poss vel afirmar que a equipe conformada entre a editora e os autores chegam s aulas do
182. ntribuir significativamente al proceso de crecimiento y auto afirmaci n personal a orientar la forma en que la persona se relaciona con otros seres humanos y con el mundo a fortalecer y afianzar la formaci n tico valorativa y al desarrollo del pensamiento creativo y cr tico ANEXOI p 5 E poss vel perceber a preocupa o por parte do MINEDUC em potenciar os valores e tica nos estudantes considerando que essa rea cumpre com a fun o de fazer com que os estudantes reflitam frente a situa es que aconteceram acontecem e acontecer o em mbitos Z temporais espaciais e sociais E importante ressaltar que este o ltimo ano de forma o 18 Quando se faz referencia ideia de que sejam p blicos quer se dizer que s o parte dos documentos que se encontram d sponivel no site do MINEDUC www mineduc cl neste caso os requerimentos t cnico pedag gicos n o est o disponibilizados nesse portal A necessidade desse contato foi justamente na busca desses requerimentos pois se tentou conseguir os documentos via contato regular com o MINEDUC mas n o se obtive resposta Sistema internacional de normas t cnicas para fazer cita es aceita amplamente na investiga o em Ci ncias Sociais e utilizadas em Chile APA Asociaci n Psicol gica Americana ISO International Organization for Standardization 63 escolar regular e que portanto fundamental que os estudantes finalizem seu processo de forma o alcan
183. o Ensino M dio Posteriormente o Minist rio da Educa o MEC se encarrega de disponibilizar os crit rios avalia es e resultados de todas as cole es que concursaram e que foram aprovadas por meio do Guia de Livros Did ticos http portal mec gov br a partir do qual se inicia a sele o por parte da equipe docente das escolas poss vel perceber portanto que existem diferen as nas l gicas de produ o de ambos os livros did ticos No Chile por exemplo os autores de livros did ticos de Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais s o em sua maioria historiadores Tal fato equivale a dizer que esse material possui uma vis o ligada basicamente aos conceitos e categorias hist ricas enquanto que no Brasil o livro did tico de Geografia i Geografia corresponde a uma rea das Ci ncias Sociais por isso as tem ticas trabalhadas podem ser muito similares No entanto os conte dos s o abordados na perspectiva geogr fica A partir desse pressuposto ser o denominados de crit rios requerimentos unificando as denomina es de ambos os pa ses 15 escrito por acad micos e professores com forma o espec fica na rea o que claramente influi na diferencia o existente entre os pa ses Partindo desse pressuposto pensa se na produ o dos livros did ticos e sua rela o com o curr culo ao levar em considera o perguntas que se encontram latentes nas discuss es sobre esta tem tica
184. o curr culo que permite apreciar quais s o as varia es encontros e mudan as concretas que se t m efetuado no mbito curricular tanto no Chile como no Brasil com a finalidade de apreciar os alcances que tal fato tem na produ o do livro did tico Assim importante destacar que esta pesquisa posiciona se no paradigma cr tico em Educag o e por isso quando se faz a leitura do curr culo de ambos os pa ses sempre se pensa na necessidade de responder a essa postura importante considerar nessa postura o valor que adquire o estudante como sujeito hist rico e ativo e o professor como mediador do conhecimento Lib neo 2009 releva o papel que adquirem os signos culturais e s cio hist ricos no processo de ensino aprendizagem ou seja os saberes e a cognic o se constroem no ser humano pelas viv ncias pr prias e relacionamentos culturais Portanto a apropria o daqueles saberes tem direta rela o com a intera o entre indiv duos um deles que esteja em posi o de formar conhecimento e outro que j seja portador desse conhecimento Segundo o autor esta compreens o das rela es entre os fatores socioculturais e as condi es internas dos indiv duos permite afirmar que a educa o e o ensino constituem formas universais e necess rias do desenvolvimento mental das pessoas 2009 p 2 Neste sentido poss vel reconhecer a import ncia da escola e do professor naquele processo al m de considerar as f
185. o da Educa o Se o trabalho do professor tem uma orienta o cr tica o problema de formar estudantes reprodutores em certa medida de uma ordem hegem nica seria superado j que os estudantes s o incentivados a dialogar questionar e refletir frente s coisas do seu entorno Nesse sentido absolutamente imposs vel que um texto do tipo que for influencie determinantemente no seu pensamento sem a necessidade de procurar informa o em outros lugares Um professor que desenvolve o potencial investigativo de seus estudantes apresenta a eles uma forma de relacionar se com o mundo uma nova postura que n o aceita verdades 46 absolutas que deseja saber conhecer informar se e que logo capaz de reconhecer erros em suas pr prias pr ticas Considera se que o livro did tico um recurso v lido tanto como qualquer outro recurso uma op o dentro de muitas um meio de poder e legitimidade que sendo reconhecido como tal n o se constitui em um perigo absoluto ou em si mesmo sen o que pode ser de utilidade ao ser percebido como um aparato a fim de conhecer as l gicas derivadas do Estado em um per odo determinado Tal fato n o isenta a necessidade de se ter um olhar cr tico sobre os livros did ticos de n o ser ing nuo na hora de se referir a esses materiais de apoio tampouco se precisa sataniz los importante sempre considerar estes elementos Quantas op es licitadas ou n o de livros did ticos existe
186. o desejado e rent vel j que n o s constitui se como uma parte importante da ind stria editorial como tamb m um dos recursos mais utilizados pelo professorado na escala mundial seja porque os docentes costumam reproduzir trechos completos desses livros em suas aulas seja como guia do planejamento Os docentes tamb m veem aliviada sua carga laboral apoiando se nas ideias e atividades dos livros did ticos e ainda o livro did tico para os professores do ensino p blico chega gratuitamente como parte de uma campanha de patroc nio da maioria dos governos atuais Al m disso considera se que por ser um recurso escrito j possui certa validade que o diferen a de outras ferramentas pedag gicas tal como postula D Avila 2008 o livro did tico por si mesmo tem autoridade frente ao pr prio professor pois oferece um conhecimento aparentemente inquestion vel e verdadeiro apenas pelo fato de apresentar seu discurso por escrito permanecendo portanto no tempo Sendo assim muitas vezes os conte dos s o abordados numa l gica transmissiva na qual o docente seduzido pelo livro e acredita totalmente no conhecimento que esse recurso est portando ao dificultar o desenvolvimento da autonomia e reflex o dos estudantes assim como do pr prio docente Se o professor parte da id ia de que o conhecimento que est posto no livro o que vale se o que est escrito o que guia a sua a o ele empresta sua autoridade sua
187. o did tico segue os princ pios integradores e 2 Capa multidisciplinares propostos pelo curr culo chileno E poss vel identificar que efetivamente existe uma proposta que faz alus o rela o espa o tempo refletida nas diferencias interculturais da sociedade chilena poss vel identificar tamb m uma postura critica com respeito ao mundo atual e suas transforma es importante destacar que o Bloco II no qual se trabalham os aspectos geogr ficos possui um globo t rreo que mostra Am rica Latina Autor es Os quatro autores do livro s o formados em Hist ria sendo s dois deles professores e os outros dois bachareis todos t m estudos de p s gradua o N o existem ge grafos na equipe Pedro Milos o coordenador da equipe fez o convite para os profissionais que participaram da produ o deste livro ele atualmente diretor da escola de historia da Universidade Alberto Hurtado enquanto a autora Cristina Moyano diretora de gradua o e p s gradua o da Universidade de Santiago Andr s Estefane atualmente bolsista de BECASCHILE e doutorando na USA enquanto Jorge Figueroa se sabe que foi diretor de uma escola na Regi o Metropolitana P blico alvo O livro foi desenhado considerando o seu p blico objetivo que s o os alunos do 4 ano do Ensino M dio possui uma aposta integradora do setor ou rea de Historia Geografia e Ci ncias Sociais al m de utilizar imagens e um desen
188. o texto analisado O livro did tico Geografia sociedade e cotidiano das Edi es Escala Educacional apresenta uma vis o predominantemente economicista do conceito de cidade este trabalhado como territ rio principalmente e analisado a partir da quantidade de servi os presentes em um territ rio determinado Com base nessa vis o integram se as outras dimens es geogr ficas Esta perspectiva encontra se muito presente na Geografia acad mica do Brasil por ser uma postura ligada Geografia neo marxista na qual a condi o econ mica primordial para trabalhar o espa o geogr fico importante destacar que a an lise social cultural pol tica e f sico natural tamb m est o presentes mas o destaque pertence vis o econ mica Quando os autores trabalham exemplos de cidades identificam claramente sua postura economicista j que resgatam aspectos vinculados com essa tem tica por exemplo Manaus cidade localizada na floresta Amaz nica e que apresenta elevada densidade demogr fica Primeiro em virtude do ciclo econ mico da borracha e depois pelo estabelecimento de uma Zona Franca Outro exemplo Las Vegas localizada em meio a uma regi o des rtica nos Estados Unidos e que se desenvolveu em virtude de investimentos em lazer e turismo Martins M et al 2010 p 233 No momento de abordar o processo de urbaniza o a situa o se repete A urbaniza o alterou a din mica populacional porque nas
189. or conhecer as atualiza es e os autores historicamente reconhecidos que trabalham com o tema portanto n o estranha a inexist ncia de refer ncias bibliogr ficas no livro did tico Quanto autora Cristina Moyano a partir da mesma pergunta afirma o seguinte yo conozco a Harvey y Milton Santos desde la geograf a y nada m s porque no es mi tema de trabajo yo trabajo izquierda latinoamericana historia del tiempo presente y si bien el espacio es un componente clave nunca me he preocupado de la teorizaci n de la ciudad pero esos dos autores si los conozco AMN2 18 O autor Andr s Estefane AMN3 22 afirma conhecer a Saskia Sassen Wallerstein e Mike Davis declarando sua proximidade com as leituras p s modernas sobre cidade e n o faz refer ncia a ge grafos que sejam intelectuais reconhecidos no tema 2 Ver Anexo 1 86 Se estes autores pelo menos possuem uma escassa informa o sobre a produ o intelectual sobre cidade curioso pensar porque isso n o ficou vis vel no livro ou se desenvolveu numa bibliografia Pedro Milos afirma que Yo fui responsable del dise o pedag gico no s lo de este libro sino que de la serie de libros que van de primero a cuarto medio y por lo tanto soy autor y coordinador de la producci n del libro en cada uno de los niveles trabaj con equipos distintos AMN1 8 Mais adiante incorpora la actualizaci n la hice pr cticamente yo estoy pensando que Cristina Moyano par
190. ores dos livros como tamb m o processo dessa avalia o etapa por etapa situa o que permite evitar problemas ou diverg ncias quanto aos resultados publicados No Chile o processo diferente Somente os resultados s o p blicos mas n o se conhece o nome dos avaliadores inclusive sabido que os avaliadores devem assinar um acordo de confidencialidade que lhes impede de declarar publicamente que foram avaliadores Por isso aquela informa o sumamente restrita e imposs vel de ser divulgada Da mesma forma o MINEDUC a institui o respons vel pelos crit rios avaliados e pela maneira pela qual foram avaliados e esse fato oculta responsabilidades pessoais Por outra parte podemos destacar certas semelhan as como por exemplo a categoria de espa o geogr fico como foco central nas tem ticas que abordam a disciplina geogr fica em ambos os pa ses Nestes pa ses poss vel notar que existe um interesse pelos avan os acad micos da rea e por formas de integr los na Geografia Escolar Da mesma forma ambos compreendem o espa o geogr fico com sua rela o espa o tempo como um conjunto indissol vel de sistemas de objetos e sistemas de a es com os fundamentos expl citos no caso brasileiro enquanto no caso chileno n o est expl cito Tamb m interessante observar como o MPA do Espa o Geogr fico no Chile possui direta rela o com os quadros e esquemas que apresentam os PCNs de Ensino M dio no Brasil
191. ormado a partir de uma perspectiva geogr fica cr tica que possui um olhar a partir da categoria de espa o geogr fico Dessa forma apresenta uma inter rela o entre as dimens es econ mica pol tica social e cultural do espa o geogr fico Tamb m tem diferen as segundo a vis o pr pria dos autores que escrevem o livro did tico tal fato significa que segundo o racioc nio l gico proposto pelo autor ou autores s vezes prevalece uma dimens o do espa o geogr fico por sobre as outras Tal fato vai desenvolvendo diferen as no conceito de cidade apresentado por cada livro O segundo objetivo queria verificar as rela es que se estabelecem entre os conte dos curriculares e o conceito de cidade abordado no livro did tico de Geografia A partir deste objetivo se observou certas limitantes com respeito produ o dos livros did ticos primeiro o mercado editorial que se interessa pela produ o de um livro did tico de acordo com os crit rios requerimentos do minist rio de educa o Portanto quem dirige a sele o das categorias conceitos e conte dos que devem expressar se no livro did tico o governo Dessa maneira os discursos que predominam no livro did tico s o tamb m discursos oficiais enquanto aos conte dos trabalhados no livro assim como se observou tamb m que o mercado dos livros did ticos responde demanda do governo pois nessa l gica que este mercado volta se rent vel 138 A parti
192. os e pol tico administrativos La distribuci n de la poblaci n en Am rica latina es dis mil Por ejemplo M xico posee una densidad de poblaci n de 54 2 habitantes por Km2 la mayor a de los cuales se concentra en grandes centros urbanos especialmente en ciudad de M xico Distrito Federal Por otra parte en Am rica Central la densidad de la poblaci n es elevada debido a su escasa superficie En su sector continental la densidad supera los 75 habitantes por Km2 y en las islas del Caribe sobrepasa los 165 habitantes por Km2 En Am rica del Sur estos contrastes se hacen m s evidentes Mientras en ecuador la densidad es de 47 hab Km2 en Bolivia es de 8 7 hab Km2 Por otra parte en Am rica del Sur la poblaci n se localiza en la periferia del continente como consecuencia del tipo de relieve existente y la cercan a a los oc anos Es el caso de importantes ciudades como Lima Santiago Bogot Sao Paulo R o de janeiro y Buenos Aires LVAREZ G et al 2011 p 246 A partir da ingressa se ao volume da popula o na Am rica Latina e os fatores que influenciam nesse volume destacando se as mudancas no crescimento vegetativo as modifica es na taxa de fecundidade geral e na diminui o na taxa de mortalidade geral Enfim realiza se uma an lise com respeito s tend ncias demogr ficas Fundamenta se ent o a discuss o da mobilidade da populag o latino americana a partir das migra es internas e internacionais Nes
193. os geogr ficos relevantes para o ensino de Geografia Segundo a mesma figura 2 um dos conceitos espec ficos importantes de ser ensinado a Escala nessa perspectiva Cavalcanti 2012 assinala o seguinte Esta indica o parte do entendimento da necess ria articula o dial tica entre escalas locais e globais na constru o de racioc nios espaciais complexos O global conjunto articulado de processos rela es e estruturas do espa o tem um significado espec fico e peculiar em cada lugar mas esse lugar n o pode ser apreendido completamente sem a tens o com a totalidade da qual faz parte p 106 Considerando que o n vel de abstra o cognitivo em estudantes de Ensino M dio superior aos alunos de Ensino Fundamental poss vel que estes consigam estabelecer um pensamento espacial complexo que permita ligar os conte dos geogr ficos com um racioc nio te rico conceitual que sup e que o aluno compreende a rela o existente entre espa os globais e locais sem necessariamente ter que se relacionar primeiro com o cotidiano para depois conhecer os espa os maiores que contem seu pr prio cotidiano Nessa mesma perspectiva Callai 2010 explica os benef cios de trabalhar com diversos n veis de an lise Os fen menos acontecem no mundo mas s o localizados temporal e territorialmente em um determinado local Isto quer dizer que fen menos que acontecem em certos lugares e em determinados per odos t m influ ncia
194. os pr prios livros did ticos deram a informa o fundamental sobre como se desenvolve a no o de cidade nesses recursos educativos Para isso o livro did tico foi dividido em conte dos e atividades sendo analisado apenas o cap tulo no qual se trabalhava o conceito de cidade No caso do livro did tico chileno da editora MN trabalhou se a unidade completa devido a indiferencia o por cap tulo No quadro 4 poss vel observar o cap tulo trabalhado de cada livro QUADRO 4 APRESENTA O DOS LIVROS DID TICOS ANALISADOS Pa s Livro Did tico Unidade Cap tulo Hist ria e Ci ncias Sociais Unidade 4 Am rica j Chile Ano de M dio Editora Latina Su tierra y su Sem cap tulos MN gente Cap tulo 2 Dimensiones Unidade 3 Am rica humanas y econ micas Latina contempor nea del espacio latinoamericano Hist ria e Ci ncias Sociais Chile 4 Ano de Ensino M dio Editora ZIG ZAG 52 Geografia Sociedade e Brasil Cotidiano Volume 3 Unidade 3 Quest es do Cap tulo 9 Popula o e Edi es Escala mundo contempor neo movimentos migrat rios Educacional l Geografia O mundo em indais os Popula o Cap tulo 11 Migra es Brasil transi o Volume 3 i desigualdades e o cidadania no Brasil i Editora Atica Brasil preconceitos Fonte Livros did ticos analisados Por outro lado foram analisados os documentos que fornecem
195. ou seja Marco Curricular OF CMO e Programas de Estudo Como poss vel apreciar na figura 1 o MPA de Espa o Geogr fico se encontra dividido em 7 n veis e cada n vel se explicita o que se espera que os estudantes tenham aprendido no final de cada dois anos Tal fato representa que o n vel 1 corresponde ao 1 e 2 b sico ou da mesma forma habilidade conseguida dos estudantes que finalizam 2 b sico o n vel 2 corresponde ao n vel de habilidade alcan ada dos estudantes que finalizam 4 b sico o n vel 3 seria o n vel atingido pelos estudantes que finalizam 6 b sico o n vel 4 ao n vel atingido pelos estudantes que finalizam 8 b sico o n vel 5 ao n vel de habilidade atingida dos estudantes que finalizam 2 m dio n vel 6 seria o n vel conseguido que devem cumprir os estudantes que finalizam 4 m dio e por ltimo o n vel 7 corresponde aos estudantes adiantados ou destacados El Mapa valora la comprensi n integrada de los diversos componentes del espacio geogr fico m s que el conocimiento de elementos aislados Tambi n asume que la geograf a se construye a trav s de la observaci n e interpretaci n de los procesos geogr ficos en un territorio determinado y hace extensivo este principio al 61 aprendizaje de la Geograf a Por otra parte la progresi n de aprendizaje descrita releva que los estudiantes comprendan que viven en un espacio geogr fico socialmente construido din mico e interdep
196. ovos caminhos 3 Tens es conflitos guerras Oriente M dio e A frica seus problemas e suas solu es 13 Novos rumos do Leste Europeu Asia do Sul e do Sudeste 4 Mapas ndices taxas Documentando o mundo pol tico Os mapas Os gr ficos ndices de desempenho e sua utiliza o e A representa o do local e do global O mapa como instrumento ideol gico O homem criador de paisagem modificador do espa o Temas Subtemas 1 O espa o geogr fico produzido apropriado e O espa o das t cnicas sistemas de objetos sistemas de a es Fluxos estradas redes de comunica o A produ o e o uso da energia Divis o internacional do trabalho e da produ o 2 A paisagem rural e O meio rural tradicional O campo e a invas o do capital industrial Produ o agr cola e tecnologia Produ o agr cola e persist ncia da fome 3 A paisagem urbana A cidade como espa o de transforma o industrial cidade prestadora de servi os Metr poles Metropoliza o Problemas urbanos Servi os b sicos na cidade 4 A popula o mundial estrutura din mica e problemas Ricos e pobres A concentra o das riquezas A fome e as doen as Etnias religi es culturas Migra es A popula o em movimento A popula o e o acesso aos bens produzidos O territ rio brasileiro um espa o globalizado Temas S
197. pistemol gico e pedag gico que provem do MINEDUC que claramente se encontra em concord ncia com as posturas atuais em Educa o Al m disso interessante observar como a Geografia come a a ter presen a no setor se bem que ainda existem situa es de subordina o frente Historia atualmente n o s o not rias como nos anos anteriores atualiza o curricular O livro did tico de Geografia no Brasil No Brasil a Geografia uma disciplina independente da Hist ria e das Ci ncias Sociais O curr culo brasileiro tem como base a Lei de Diretrizes e Bases de Educag o Nacional LDBEN criada em 1996 e regulamentada em 1998 para orientar a Educa o B sica Ensinos Fundamental e M dio a partir da qual surgem os Par metros Curriculares Nacionais PCN de Ensino M dio O novo ensino m dio nos termos da lei de sua regulamentag o e encaminhamento deixa ser por tanto simplesmente preparat rio para o ensino superior ou estritamente profissionalizante para assumir necessariamente a responsabilidade de completar a educa o b sica Em qualquer de suas modalidades isso significa preparar para a vida qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente em eventual prosseguimento dos estudos ou diretamente no mundo do trabalho PCN Ensino M dio 1998 p 9 2 Para conseguir mais detalhes sobre as mudan as percebidas entre o Marco curricular sem a atualiza a e os requerimentos t cnico pedag
198. portantes porque significa que as disciplinas que tiveram na sua forma o inicial s o nitidamente hist ricas em ambos os casos sendo as disciplinas geogr ficas menores em quantidade e desenvolvimento dependendo das malhas curriculares das universidades e muitas vezes s o compostas por vis es tradicionais e fragmentarias da Geografia Isso representa m ltiplos problemas na constru o do livro did tico o qual se situa na perspectiva da integra o de disciplinas tal como postula o marco curricular de 2009 A A 2 esse respeito o autor Pedro Milos ressalta o seguinte 26 A cita o apresentada prov m da an lise cr tica do discurso ACD das entrevistas realizada com os autores dos livros did ticos as quais est o dispon veis no Anexo 2 entrevistas do Chile e Anexo 3 entrevistas do Brasil o n mero de refer ncia da cita o corresponde a uma classifica o de elabora o pr pria considerando as siglas dos editoriais aos quais os autores pertencem 85 Haber por lo menos en Chile los textos escolares son bastante tributarios a dos regulaciones o dos elementos de pol tica por un lado el curr culo o sea los contenidos que trata el texto escolar son los contenidos que est n en el curr culo establecido por el ministerio de educaci n y en segundo lugar hay como coment bamos t rminos de referencia entregados por el propio ministerio AMNI1 38 Ent o compreende se que o livro did tico de 4 ano do Ensino
199. pr prio estudante como centro do desenvolvimento da mesma e Imagina que debas residir en el extranjero y que para sobrevivir debas encontrar trabajo C mo deber a ser el trato que recibas Elabora una lista de 5 condiciones elementales de convivencia y al lado explica cada una de tus elecciones Ocupa el cuadro que se presenta a continuaci n y sigue el ejemplo propuesto Ib dem interessante perceber como os autores desejam que o estudante se coloque na situa o e pense como ele reagiria frente a uma situa o de injusti a e se al m disso considera se que esta atividade deve ser desenvolvida em equipe as perguntas que a comp em est o fomentando a discuss o e o debate entre os estudantes Na p gina 254 prop e se uma atividade de fechamento a partir do conte do Processo de urbaniza o na Am rica Latina A atividade chamada Tras la huella de mi ciudad faz refer ncia direta ao conceito de cidade e pretende trabalhar com fontes orais O eixo motivador da atividade um trecho de um texto da ge grafa Raquel Gurevich de sua obra Sociedades y territorios en tiempos contempor neos A passagem diz o seguinte El de hoy es un mundo urbano como nunca antes lo hab a sido un tapiz a nivel planetario Son m ltiples los or genes los tama os y las formas en que se presentan las ciudades del mundo sus actores predominantes y sus funciones pero es innegable el predominio de las concentraciones urbanas en la actualidad L
200. r culo nessa perspectiva portanto seria uma quest o de negocia o entre o professor e o estudante modificado no processo das pr ticas escolares ao mesmo tempo em que n o estaria isento de cr ticas pois uma ferramenta que por ser constru da socialmente tamb m possui interesses de poder importante tamb m mencionar outros autores que continuaram essa linha durante os anos 1980 e 1990 S o eles Michael Apple e Henry Giroux nos USA e Kemmis e Grundy na Austr lia Estes autores continuaram numa perspectiva de curr culo ligada realidade pol tica cultural social e econ mica de seus pr prios contextos embora com outras conota es te ricas Por sua parte Lopes e Macedo 2011 abordam o desenvolvimento do curr culo de v rias vis es que s o complementares as racionalidades de planejamento o discurso pedag gico e escolar os diferentes tipos de conhecimento Todavia para contribuir na compreens o do curr culo h de se resgatar a proposta centrada em torno do conhecimento ao pensar na possibilidade de complementaridade desta perspectiva com a proposta de Enrique Pascual As autoras postulam a import ncia do conhecimento na abordagem do curr culo pois essa uma quest o central no momento de planejar Qual conhecimento deve ser parte do curr culo Esta uma pergunta constantemente presente durante o desenvolvimento da Educa o mas sua resposta pode ser diferente dependendo das influ ncias em rela o
201. r rio ou como conte do estruturante por si s Na verdade cidade campo ou campo cidade um bin mio que guarda um n vel de complementaridade e complexidade que muitas vezes permanece oculto E por ltimo porque quando se deseja analisar a cidade sempre se pensa a partir de uma perspectiva ocidental europeia enquanto que a cidade latino americana responde a outros conflitos e desafios gerando tamb m outras identidades Dessa forma a cidade como conceito apresenta se bastante atrativa na medida em que um ponto de encontro destas realidades Essa perspectiva permitiu concentrar a an lise desta pesquisa em um conceito geogr fico que importante em n vel mundial e que al m disso permite estabelecer os encontros e desencontros existentes entre o que se produz na universidade e o que finalmente estruturado para o ensino escolar A partir dessas inquieta es surgiu um desejo de aprofundar a compreens o do conceito de cidade na Geografia escolar naquele momento com o foco num elemento particular que era o livro did tico Essa ideia foi desenvolvida considerando os resultados pouco alentadores da minha pesquisa realizada na gradua o que exp s uma perspectiva sobre a produ o de livros did ticos no Chile e a fragmenta o de conceitos geogr ficos e hist ricos 14 Nessa l gica foi poss vel consolidar a ideia de conhecer uma realidade diferente da chilena e que por esse motivo nos permitisse construir
202. r tico demais para a poca em que ainda vigorava a ditadura militar mas em 1982 j havia um clima de abertura a famosa distens o lenta e gradual de Golbery do Couto e Silva no governo Geisel e a editora resolveu lan ar o comp ndio que por sinal foi inovador ao explicar os temas e n o meramente descrev los como era usual colocar atividades para os alunos refletirem e principalmente introduzir novos assuntos que nunca haviam sido abordados at ent o nos livros de Geografia rela es de g nero geopol tica mundial guerra fria economia de mercado versus planificada a ordem mundial bipolar a corrida armamentista etc rela es de trabalho e distribui o social da renda no Brasil desigualdades internacionais e a quest o do subdesenvolvimento a quest o ambiental inclusive com an lise do efeito estufa e das mudan as clim ticas na poca temas praticamente desconhecidos da m dia e at da imensa maioria da intelectualidade uma nova abordagem da natureza procurando interligar os elementos relevo solos clima vegeta o hidrografia e n o apenas os estudando separadamente e de forma compartimentada como era a regra etc AEA1 6 Desta forma ele confirma que esta n o a primeira vez que trabalha como autor de livros did ticos mas tamb m possui uma trajet ria neste tema sendo seu primeiro livro o did tico editado no ano 1982 Ressalta ainda seu posicionamento critico em rela o ON per
203. r disto poss vel perceber que os paradigmas que s o aceitos e seguidos por os que elaboram os crit rios requerimentos para a produ o dos livros s o os mesmo que o livro did tico reproduz Por esse motivo n o existe inova o no livro did tico enquanto a o ingresso de novas racionalidades O paradigma cr tico se mant m como o paradigma dominante desta forma o livro did tico n o pode ser compreendido como um recurso neutral Nessa l gica conseguiu se responder o terceiro objetivo o qual queria compreender os elementos do processo de orienta o curricular e de produ o de livros did ticos em ambos os pa ses Foi poss vel confirmar totalmente que a produ o do livro did tico responde as l gicas de poder tradicionais que se encontram regularizadas por meio de normativas e leis Por isso o livro did tico n o pode ser entendido como um recurso ing nuo Por m poss vel afirmar que existe um interesse por aumentar a criticidade dos estudantes a partir dos olhares propostos no livro did tico mas tamb m n o existe uma proposta que defenda claramente a vis o latino americana do conceito de cidade Pode se dizer que h um interesse por analisar problem ticas atuais que se desenvolvem na Am rica Latina mas tal fato n o acontece em todos os livros analisados e muitas vezes o tema abordado em uma atividade de acompanhamento e n o como a centralidade do conte do O que interessante de resgatar nesta p
204. r formal devem saber ler gr ficos e trabalhar com an lise de dados Finalmente interessante destacar como existe um tr nsito entre as diferentes categorias de an lise da Geografia o que evidencia um dom nio do conte do que se est trabalhando e tamb m coer ncia com o que os autores prop em na entrevista frente 103 pergunta sobre quais seriam as categorias de an lise da Geografia primordiais para a an lise do conceito de cidade Todas Todas las categor as de an lisis de la geograf a son importantes Todas son importantes Justamente por lo que hemos conversado ahora el tema de la escala y de los ingresos distintos est un poco resuelto a prop sito de las categor as de an lisis que plantea la geograf a de an lisis s ntesis que plantea la geograf a entonces si usted quiere estudiar la ciudad en la escala barrial la categor a de lugar le viene s per apropiadamente Si se quiere estudiar el concepto de ciudad desde una perspectiva de sistema urbano o inter la categor a de geosistema por ejemplo o la propia de regi n est n a la mano tambi n para dilucidar el concepto si uno quisiera hacerse cargo justamente de esto que yo dec a antes de la historia de la perspectiva hist rica del relato en ese sentido temporal no necesariamente cronol gico sino que m s bien como superposici n del tiempo la categor a paisaje es fundamental a la hora de ir a dilucidad la ciudad El territorio es fundament
205. ra el profesor cuando imparte una clase colectivamente Sin embargo como esta investigaci n propone no puede ser un recurso universal ni descontextualizado pues ser a como creer en un concepto de ciudad universal y globalizado Palabras clave Texto escolar Ciudad Geograf a An lisis Cr tico del Discurso FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 LISTA DE ILUSTRA ES CONTE DOS M NIMOS OBRIGATORIOS DO CURR CULO CHILENO PARA QUARTO ANO DO ENSINO M DIO MAPA DO PROGRESSO DA APRENDIZAGEM DO ESPA O GEOGRAFICO suas da O e ROS a SISTEMA CONCEITUAL EIXO CENTRAL DO ESPA O GEOGRAFICO cai PROPOSTA PEDAG GICA meme eeeeeeeens ESQUEMA PARA INGRESSAR PROPOSTA APRESENTADA PELOS LIVROS DID TICOS asa assa Ua PROPOSTA DE VARI VEIS QUE CONFORMAM O CONCEITO DE CIDADE LATINO AMERICANA 56 59 70 78 125 QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5 QUADRO 6 QUADRO 7 QUADRO 8 QUADRO 9 QUADRO 10 QUADRO 11 QUADRO 12 QUADRO 13 QUADRO 14 LISTA DE QUADROS RELACOES ENTRE AS RACIONALIDADES APRESENTADAS NOS CURR CULOS DO CHILE E DO BRAS A A RE a a PROPOSTA DE PARADIGMAS PARA COMPREENDER OS CURR CULOS DO CHILE E DO BRASIL PROPOSTA DE CRIT RIOS PARA A AN LISE DOS LIVROS DID TICOS DE GEOGRAFIA DE CHILE E BRASIL 2012 APRESENTA O DOS LIVROS DID TICOS ANALISADOS aa nas Rd E O APRESENTA O DOS AUTORES DOS LIVROS DID TICOS ANALISADOS
206. ra insiste ainda na politiza o do espa o ao estabelecer a import ncia constante e permanente das rela es de poder que se espacializam A partir desse mbito interessante incluir os aportes de Harvey 2009 que nos instiga a olhar a evolu o da cidade de Baltimore na perspectiva do espa o geogr fico A urbaniza o concentra no espa o as for as produtivas e as for a de trabalho transformando popula es dispersas e sistemas descentralizados de direitos de propriedade em imensas concentra es de poder pol tico e econ mico que acabam por se consolidar no aparelho legal e militar da na o Estado Mas a consequente concentra o do proletariado em f bricas e cidades torna os prolet rios conscientes de seus interesses comuns A partir disso eles criam institui es como os sindicatos para articular suas reivindica es p 42 Ao considerar essas observa es poss vel compreender a inter rela o existente entre os sistemas de objetos e sistemas de a es que menciona Santos 2009 pois os v nculos que se estabelecem v o desenhando e redesenhando as transforma es no espa o e desta forma configuram paulatinamente as cidades E assim que ao pensar a cidade poss vel encontrar diferentes olhares como tamb m a ades o a par metros mais epistemol gicos Segundo o que assinala Massey 2009 quanto sua preocupa o com a rela o tempo espa o conv m observar como a pr pria his
207. racismos e preconceito que est o presentes na sociedade atual e que contrap em constantemente a Am rica Latina e a Europa 96 Na p gina 252 o livro come a a tratar o conte do relacionado a o conceito de cidade chamado de Processo de urbaniza o na Am rica latina ao mostrar interessante forma pela qual conte do problematizado durante sua exposi o En la actualidad cerca de las 3 4 partes de los habitantes de Latinoam rica viven en ciudades situaci n que se hace m s evidente en aquellos pa ses donde la transici n demogr fica ha avanzado con mayor rapidez Sin embargo este proceso de urbanizaci n en la regi n es desigual en Chile Argentina y Uruguay m s del 85 de la poblaci n vive en zonas urbanas mientras que en Hait Guatemala y Honduras m s del 50 de su poblaci n vive en reas rurales La agudizaci n de la urbanizaci n en Am rica Latina actualmente responde tambi n a la tercerizaci n gran desarrollo del sector servicios que han sufrido sus econom as lo cual se manifiesta en un mayor crecimiento urbano Ib dem p 252 Nesse sentido recupera os antecedentes apresentados anteriormente para explicar o que est acontecendo nos pa ses latino americanos e como se configuram as cidades na regi o Agregando que De hecho en la regi n est n algunas de las ciudades m s grandes y m s habitadas del mundo verdaderas megal polis destacando entre ellas Ciudad de M xico 25 millo
208. rado considerado seu p blico alvo Possui uma grande quantidade de textos e explica es de conceitos As imagens s o pequenas s como P blico Alvo PA dado a acompanhamento e a explica o dos processos por escrito Est escrito de tal forma que um estudante de ltimo ano de ensino formal possa compreend lo Explicita se claramente que o livro did tico segue uma y corrente pedag gica socioconstrutivista e uma vis o cr tica Apresentag o em rela o Geografia Explicita se o interesse por formar um estudante reflexivo anal tico e cr tico como cidad o Os conte dos foram organizados em 4 unidades com 6 cap tulos cada uma Unidade 1 Brasil Forma o territorial Sum rio e geoeconomia Unidade 2 Popula o e cidadania no Brasil Unidade 3 Geof sica do Brasil e Unidade 4 Geografia regional do Brasil Diagrama o O texto escolar possui 312 p ginas entre conte dos atividades avalia es propostas de recursos adicionais 111 para complementar a an lise dos conte dos e bibliografia Imagens As imagens t m relag o com os conte dos s o trabalhados em sua grande maioria elas fazem um chamado an lise e reflex o dos conte dos Existe utiliza o de cartografias em todos os cap tulos No cap tulo 11 analisado nesta pesquisa existe uma grande utiliza o de imagens em um formato pequeno e associadas a texto explicativo Proposta Te rico metodol gica
209. re o mesmo conceito Assim na concep o de Carlos 2011 as possibilidades de compreens o da cidade perpassam No caso da pesquisa urbana esse processo se realiza reproduzindo continuamente a cidade que assume neste momento hist rico a forma de metr pole o que requer a no o de cidade como universal ganhando uma nova amplitude e revelando se em sua historicidade Assim do mesmo modo que em cada minuto da hist ria se produz um espa o este revela por sua vez uma cidade e suas possibilidades p 70 Carlos 2011 afirma que na atualidade devido s formas de produ o e reprodu o do espa o tem sido necess rio voltar no o universal de cidade mas essa n o a nica possibilidade Uma no o universal e fixa permite quantificar mas uma no o complexa permite considerar os elementos qualitativos que se desenvolvem na cidade Sob essa l gica a proposta desta pesquisa chamar os estudantes a se envolverem com a cidade Para isso necess rio que o professor seja o mediador entre a cidade como conceito e seus poss veis olhares e a cidade vivida os modos de vida e a cidade Garc a P rez 2011 prop e fazer uma liga o entre a Geografia e a Educa o Cidad La Geografia puede abordar de forma ventajosa el tratamiento de problemas relacionados con la ciudad y la ciudadan a prestando especial atenci n a las cuestiones de participaci n ciudadana Los profesores de Geografia est n mejor cual
210. ricos mais importantes para os estudos urbanos Para efeitos desta pesquisa ser o considerados somente os postulados de Max Weber pertencente Escola Alem Alain Touraine Manuel Castells e Henri Lefebvre da Escola Francesa Peter Hall da Escola Anglo sax nica do Reino Unido e Lewis Mumford pertencente Escola Anglo sax nica Americana que s o os te ricos com mais repercuss o no mbito do urbanismo e da Geografia da Am rica Latina Estes te ricos s o advindos de diferentes disciplinas de estudo e por esse fato tornam se t o relevantes nesta pesquisa j que para abordar a cidade necess rio como se disse anteriormente compreender sua complexidade desde m ltiplos olhares Com base no trabalho de Freitag 2006 poss vel se aproximar das propostas de Max Weber ao considerar a relev ncia que este autor outorgou s cidades europeias como lugares de domina o onde era poss vel evidenciar as rela es econ micas e de poder Suas teorias foram influenciadas pelos seus estudos em Sociologia Hist ria Direito Filosofia e Economia Assim considerou que se as cidades europeias possuem certa ordem normativa e legislativa claramente a ideia de resist ncia a essas normas seriam legitimas e portanto contr rias concep o de uma cidade regulamentada Dessa forma a cidade surgiria s a partir do Feudalismo por isso a cidade de Weber uma cidade ocidental Alain Touraine Manuel Castells e Henri Lefeb
211. ro e como eles devem ser abordados Mas o processo restrito somente as editoras que desejam participar podem ter acesso s bases que o direcionam A equipe que elabora esses requisitos pertence o MINEDUC mas n o identificada particularmente Nessa mesma l gica os requisitos para elaborar o livro did tico por exemplo n o possuem uma intencionalidade em ter refer ncias bibliogr ficas Essa situa o n o facilita a proximidade entre Geografia acad mica e Geografia escolar as distancia ainda mais Postula se uma vis o cr tica mas n o se exigem autores deste paradigma Existe certa debilidade no processo de constru o pois finalmente depende da editora contratar autores que possuam uma postura epistemol gica adequada com o solicitado pelo MINEDUC Logicamente como um processo que envolve muito dinheiro as editoras cumprem com esses crit rios requerimentos na l gica de conseguir a aprova o dos livros mas n o em a l gica de que o conte do que estrutura o texto do livro did tico seja motivador interessante e cr tico para o estudante Por isso um livro did tico com uma proposta nica e transgressora que n o siga as indica es do governo n o ser um livro que chegue amplamente s aulas A l gica desses livros did ticos funciona numa l gica de massas porque sua demanda em massa Nesse caso o discurso de cidade cumpre com o solicitado pelo MINEDUC a editora ganha a aprova o do livro did tico o au
212. roduz ao conceito base proposto pelos PCNs o espa o geogr fico Al m disso realiza uma breve introdu o dos tr s volumes que comp em esta cole o assinalando a ordem como seriam apresentadas as atividades e os conte dos tamb m traz os recursos de apoio que s o propostos pelos autores em cada cap tulo interessante dizer que em cada cap tulo se apresentam biografias de ge grafos que t m desenvolvido importantes tem ticas nesse campo de estudo Sum rio Os conte dos foram organizados em 3 unidades com 4 cap tulos cada Unidade 1 Organiza o do espa o geogr fico mundial Unidade 2 Regi es socioecon micas mundiais e Unidade 3 Quest es do mundo contempor neo Diagrama o O livro did tico possui 328 p ginas entre conte dos atividades avalia es propostas de recursos adicionais para complementar a an lise dos conte dos e refer ncias bibliogr ficas Imagens As imagens t m rela o com os conte dos que est o trabalhando Em sua grande maioria elas fazem um chamado an lise e reflex o dos conte dos Existem v rias atividades que correspondem an lise fotogr fica e de caricaturas portanto encontram se intencionadas para provocar e motivar os estudantes Todavia no cap tulo 105 analisado as imagens somente acompanham o texto Na apresenta o do livro did tico exp e se claramente o Proposta Te rico posicionamento cr tico dos autores qua
213. roposta que busca que o livro did tico seja um recurso mais pr ximo ao estudante que o motive e o interesse e que portanto lhe proponha um desafio que seja interessante de resolver Desta forma pensa se que o conceito de cidade de nenhuma forma pode ser um conceito universal mas ele possui alguns elementos que se repetem e que configuram a cidade portanto poderiam ser chamados de universais Por exemplo segundo Santos 2012 a cidade um lugar que se encontra em constante metamorfose A cidade re ne um consider vel n mero das chamadas profiss es cultas possibilitando o interc mbio entre elas sendo que a cria o e a transmiss o do conhecimento t m nela lugar privilegiado Dessa forma a cidade um elemento impulsionado de desenvolvimento e aperfei oamento das t cnicas Diga se ent o que a cidade lugar de ebuli o permanente p 60 Segundo Carlos 2008 a cidade configura se pelas rela es econ micas que nela se estabelecem los cambios en la reproducci n del espacio de la ciudad de S o Paulo se alan la creaci n de una ciudad dirigida a los negocios donde la realizaci n econ mica se da a trav s del espacio Quiere decir que en S o Paulo la transformaci n del espacio en mercanc a como condici n de la extensi n del mundo del mercado sintetiza un movimiento en que el suelo urbano que en un determinado momento de la historia del capitalismo fue responsable por la fijeza del cap
214. rricular e portanto os crit rios requerimentos para cada produ o de livro did tico por interm dio das entrevistas com os autores dos livros did ticos escolhidos e da an lise dos mesmos Nessa perspectiva ser poss vel compreender como se pensa a disciplina Geografia desde os minist rios da educa o de cada pa s e quais s o as exig ncias para discutir 17 didaticamente o conceito de cidade como os autores trabalham teoricamente e propositivamente o conceito de cidade e qual finalmente o conceito que o livro did tico apresenta No terceiro e ltimo Cap tulo intitulado Os discursos de cidade nos livros did ticos busca se esclarecer os encontros e desencontros existentes na proposta de cidade presente nos livros did ticos do Chile e do Brasil ao propor um enfoque que permita incorporar neles as novas discuss es te rico metodol gicas que perpassam o conceito de cidade Nas Considera es Finais desta disserta o s o retomadas as respostas associadas aos objetivos da investiga o limites enfrentados para o desenvolvimento do trabalho e poss veis desdobramentos discursivos sobre o conceito de cidade como conte do dos livros did ticos do Chile e do Brasil 18 CAP TULO I A produ o do livro did tico e o conceito de cidade 1 1 O conceito de cidade nos livros did ticos de Geografia Esta pesquisa est centrada em um conceito espec fico da Geografia a cidade ao considerar que
215. rtir desse momento uma vis o cr tica dos conte dos Proposta Te rico metodol gica A linguagem utilizada apropriada para estudantes de Linguagem quarto ano de ensino m dio na facha et ria entre 17 e 18 anos de idade As atividades estimulam diferentes habilidades integrando novos recursos que dinamizam o conte do Elas acompanham toda a unidade variando seus n veis de Atividades aprofundamento Ao come o e ao final de cada cap tulo existem avalia es diagn stica e processual que permitem que o estudante resgate seus conhecimentos pr vios e adquiridos Possui refer ncias bibliogr ficas al m do ndice tem tico e sites recomendados Destaca se que a maioria dos autores citados corresponde an lise historiogr fica no entanto poss vel identificar tamb m autores da Geografia como Milton Santos Pierre George Manuel Castells U Beck Octavio Ianni e S Huntintong Bibliografia Fonte P rez Cisternas N 2012 A partir desta resenha importante destacar que diferentemente do livro did tico da Editora MN que este possui integra o quanto aos profissionais que trabalharam em sua elabora o Como foi assinalado nas entrevistas os autores se formaram em reas diferentes um autor na Hist ria e a outra autora na Geografia 93 interessante destacar tamb m que entre os crit rios requerimentos assinala se a necessidade de integrar o olhar geogr fico ao consid
216. s primordiais treinamento instru o inicia o e indu o ao conhecimento sendo os dois ltimos imposs veis de ser abordados no modelo por objetivos de Tyler pois limita a natureza do conhecimento que um processo que se desenvolve na pr tica Al m disso na proposta de Stenhouse os professores constituem se como agentes ativos na reformula o do curr culo ou seja est o envolvidos nos processos estabelecidos e n o s o simples executores da proposta curricular elaborada pelos especialistas Por ltimo segundo Pascual 1998 a racionalidade cr tica se diferencia das anteriores porque seu fim a libera o e portanto a autonomia respons vel que consiste na preocupa o pelos processos sociais e de justi a social e por isso se postula a partir do conflito com os modelos estabelecidos e os consensos sociais e culturais Trata se de uma vis o de ruptura que evidencia as rela es de poder interesses e domina o En el conocimiento informado por el inter s cr tico o emancipador no existe una relaci n rectil nea entre la teor a y la pr ctica como ocurre con el tipo de conocimiento informado por el inter s t cnico en que la teor a dirige y determina la pr ctica Aqu el tipo de relaci n que se establece entre teor a y pr ctica no es de subordinaci n sino que de interacci n horizontal y rec proca entre ambas lo cual coincide con el inter s pr ctico Sin embargo mientras en la racionalidad pr ctica l
217. s cidades onde vivem VESENTINI 2011 p 152 As perguntas questionam o estudante n o somente a partir dos conte dos trabalhados no Cap tulo mas tamb m a partir de uma vis o pelo mbito do valor que os PCNSs solicitam como parte da forma o dos estudantes Al m disso possui rela o com a postura educativa do autor e ainda vis o que o autor tem sobre o livro did tico e das atividades que a se apresentam Sempre como apoio como uma refer ncia que pode e deve ser complementada com o apelo experi ncia do aluno aos trabalhos de campo ou estudos do meio s noticias de jornais ou revistas ao debate entre os alunos com orienta o do professor etc O livro did tico qualquer que ele seja um instrumento indispens vel para todo bom sistema educacional ele at obrigat rio para todos os alunos nos melhores sistemas educacionais do mundo Singapura Cor ia do Sul Jap o Dinamarca Noruega etc mas nunca o nico instrumento educativo e tampouco algo inquestion vel Em alguns sistemas educacionais por exemplo no Jap o inclusive obrigat rio por lei que toda escola fa a no m nimo um trabalho de campo ou estudo do meio por semana AEA1 34 O livro did tico um apoio entre tantos outros que o professor possui e portanto precisa apresentar um bom material bibliogr fico que seja poss vel de acrescentar assim como tamb m o profissional precisa ter a clareza de que o exposto pe
218. s editoriais anteriormente mas na editora Zig Zag vem se mantendo por mais tempo ao afirmar que nesta editora o livro did tico de quarto ano m dio j seria o terceiro dela no qual tem participado como equipe ela com Gonzalo lvarez conseguindo que estes fossem licitados ou seja adotados pelo MINEDUC Ao mesmo tempo relevante assinalar que foi Macarena Barahona formada em Geograf a quem esteve a cargo de trabalhar nos conte dos geogr ficos deste texto Yo soy de formaci n Ge grafa y con alg n grado de especializaci n en Educaci n Geogr fica entonces en general lo que me toca hacer en los textos de Historia y Ciencias Sociales son las unidades de geograf a no recuerdo bien cu les son los nombres en este momento pero una es Geograf a Urbana me parece y la otra es Am rica Latina Geograf a de Am rica Latina AZZ2 8 No caso desta pesquisa foi analisada a unidade de Am rica Latina contempor nea dentro da qual o cap tulo 2 dimens es humana e econ mica do espa o latino americano s o trabalhadas conte dos relacionados com o conceito de cidade Por outra parte e antes de come ar com a an lise do livro did tico propriamente dito importante assinalar que Gonzalo lvarez formado como Pedagogo em Hist ria com Mestrado em Educa o possui uma concep o sobre a Geografia muito pr xima s posturas situadas no paradigma cr tico 94 siento que la geograf a es una disciplina que les
219. s europeus Por exemplo insiste se em trabalhar a Polis dos gregos ou o estudo da morfologia urbana de grandes referentes como Espanha e Portugal Atualmente tamb m existe um interesse por trabalhar cidades norte americanas Nova Iorque Washington e Los Angeles ou alguns cones da globaliza o como T kio e Sidney A partir disso surge uma d vida permanente sobre se essas cidades amplamente conhecidas possuem alguma rela o com as cidades latino americanas como por exemplo Goi nia Chill n SanJuan Cuenca e Piura al m das rela es de domina o geogr fica e hist rica amplamente conhecidas por todos A rela o que h entre elas que todas s o denominadas com a mesma palavra cidade desta forma volta se inquietude inicial porque se s o todas t o diferentes podem ser contidas no mesmo conceito Porque n o propor um conceito mais pr ximo e postular uma cidade com sobrenome a cidade latino americana As cidades na Am rica Latina em sua maioria n o foram planejadas simplesmente desenhadas no lugar que um soldado com vis o estrat gica teria seguran a e prote o ou em a 134 localiza o de cidades antigas desenhadas pelos habitantes da zona que seguramente j teriam verificado anteriormente as boas condi es e a proximidade dos recursos A partir desse pressuposto as cidades seguiram uma expans o sem considerar condi es geogr ficas simplesmente o tecido urbano fluiu livremente Obvia
220. s habilidades No entanto ao analisar o quadro 7 com os conte dos que integram o livro did tico poss vel perceber que n o existe uma refer ncia direta ao conceito de cidade Procura se a integra o disciplinar da Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais portanto o interesse de atingir uma vis o multidisciplinar Tamb m se observa a necessidade de que os estudantes se aproximem do conceito de espa o geogr fico Mas a cidade n o um conceito primordial na proposta que recebem as editoras que desejam participar do processo de elabora o de livros did ticos No Brasil os PCNs de Ensino M dio prop em um tema que especifica claramente o trabalho com o conceito de cidade O tema 4 Paisagem Urbana esse tema se encontra dentro do eixo O homen criador de paisagem modificador do espa o os subtemas que o 82 desenvolvem s o A cidade como espa o de transforma o industrial A cidade prestadora de servi os Metr poles Metropoliza o Problemas urbanos Servi os b sicos na cidade Dessa forma pode se apreciar uma perspectiva integradora de cidade pretende se abordar todos os aspectos que poderiam definir cidade ao considerar seus elementos comuns Quanto aos crit rios eliminat rios do PNLD poss vel observar no quadro 12 que a preocupa o se centra nos conte dos e conceitos geogr ficos que s o aceitos pela comunidade cient fica Dessa maneira evidencia se o interesse por manter a Geografia escolar atualiz
221. s primeiras cidades hoje seriam vilas h cerca de 7 ou 5 mil anos um aglomerado de habita es onde as pessoas se dedicam em sua maioria a atividades n o agr rias ao com rcio a fun es religiosas ao artesanato ou mais recentemente ind stria aos servi os etc Todo mundo sabe que a defini o do que cidade e popula o urbana varia muito no tempo e no espa o Hoje mesmo tem pa ses onde para ser considerado cidade um aglomerado deve ter no m nimo 20 mil habitantes hospitais escolas at no m nimo o ensino m dio teatro cinema etc Em outros pa ses pelo contr rio inclusive no Brasil aglomerados com 500 pessoas muitas vezes s o classificados como cidades por isso que existem pol micas sobre a real popula o urbana no Brasil com o IBGE apontando 85 e autores como Eli da Veiga e outros dizendo que tem no m ximo 60 de popula o urbana e que 70 dos aglomerados classificados como cidades na verdade s o povoamentos rurais AEA1 18 O autor n o acredita na ideia de um conceito universal evidente que reconhece que existe um interesse por parte das institui es governamentais como o IBGE por definir quantitativamente este conceito Ele prop e uma vis o que olhe o contexto para referir se cidade e n o um n mero ou quantidade de habitantes que determine o que cidade 115 Continuando na an lise do livro did tico o autor apresenta um t pico em que se trabalham os preconceitos que
222. sa poss vel resgatar a ideia do MPA de espa o geogr fico que trabalha com as habilidades desenvolvidas pelos estudantes nos n veis fundamentais e m dios mas este conceito abordado isoladamente e n o como o conceito amplo que permite ler os conceitos mais espec ficos Desta forma existem raz es para pensar que a proposta constru da no MPA de espa o geogr fico considerando a vis o construtivista cr tica CAVALCANTI 2012 ainda precisa ter uma revis o mais exaustiva Mas relevante destacar que a aposta por introduzir nas atualiza es curriculares do ano 2009 o recurso de apoio curricular MPA foi com base nos pr prios aportes que se desenvolveram no mbito da educa o geogr fica no Chile La Geograf a ha nutrido el campo de discusiones sobre el espacio toda vez que se constituye en su objeto de estudio Desde hace 40 a os se han presentado f rmulas discursivas para responder a una forma de entender el espacio como una entidad fija y objetiva a la cual se accede de manera neutral La Geograf a Cr tica fue una de las primeras apuestas radicales en reconocer una concepci n de espacio producido socialmente poniendo nfasis en la contradicci n como elemento constituyente de la espacialidad la Geograf a Human stica confundida frecuentemente con el uso de la percepci n como unidad anal tica fue una apuesta tambi n interesada en reconocer el papel de la idea en la constituci n de espacio y la propia
223. sciplinas de las ciencias sociales relevantes para la comprensi n de los fen menos y procesos en estudio 3 Incorporar fuentes hist ricas diversas y de una multiplicidad de puntos de vista de manera de fomentar la comprensi n emp tica de los procesos y fen menos estudiados permitir al estudiante seleccionar informaci n e interpretarla y promover la toma de posici n fundamentada frente a diversos temas y problemas 6 Fomentar la comprensi n del presente y del contexto social del estudiante a partir de la comprensi n del pasado y de los fen menos hist ricos en sus m ltiples dimensiones 7 Aproximar a los estudiantes a los elementos de cambio y continuidad que se dan a lo largo del siglo XX y con la actualidad destacando el aceleramiento del cambio hist rico en las ltimas d cadas 8 Aproximar a los estudiantes a la noci n de espacio geogr fico entregando una visi n din mica y sist mica por sobre un enfoque descriptivo y expresando las diferentes dimensiones que existen para comprender un fen meno espacial la dimensi n f sico natural la dimensi n socio cultural la dimensi n pol tico jur dica y la dimensi n econ mica 9 Evidenciar patrones comunes y diferenciadores en acontecimientos hist ricos y fen menos geogr ficos estableciendo relaciones entre los distintos contenidos desarrollados en el Texto y vincul ndolos con conceptos clave que los estudiantes han aprendido en ciclos anteriores Nociones como es
224. se relacionaram com as editoras e quais s o suas concep es frente ao ensino e Geografia em geral e constru o do conceito de cidade em particular A partir desse par metro pode se pensar nos discursos que constroem o conceito de cidade e em como construir um conceito de cidade que inclua a vis o latino americana com suas particularidades sociais pol ticas econ micas e culturais Um conceito que se preocupe com a diferen a e com a especificidade portanto um conceito que provavelmente se mantenha longe da universalidade 119 CAP TULO HI Os discursos de cidade nos livros did ticos 3 1 Quatro discursos quatro cidades o livro did tico e a impossibilidade de constru o de um conceito universal No cap tulo anterior foram apresentados os quatro livros did ticos analisados nesta pesquisa A partir das an lises destes e os outros dados recoletados entrevistas e crit rios requerimentos pode se estabelecer que cada um dos livros traz um posicionamento pedag gico e geogr fico Tal fato exposto no quadro 17 apresentado a seguir QUADRO 17 EVID NCIAS PEDAG GICAS E GEOGR FICAS PRESENTES NO CRUZAMENTO DAS INFORMA ES ANALISADAS DOS LIVROS DID TICOS ENTREVISTAS CRIT RIOS REQUERIMENTOS Pa s Livro did tico Evid ncia Evid ncia entrevistas crit rios pedag gica Geogr fica requerimentos Chile Hist ria e Ci ncias Socioconstructivista N o definido Sociais 4 M dio i
225. se relevante a cultura como conhecimento pois o curr culo seria esse transmissor de cultura uma cultura selecionada e organizada segundo os detentores do poder transformando se em uma cultura dominante efetiva e portanto em um conhecimento 33 oficial Nesta l gica Apple constantemente questiona a ideia de conhecimento oficial e poder do estado Em terceiro lugar uma das linhas mais desenvolvidas e conhecidas no mundo a Educa o Popular apresentada pelo brasileiro Paulo Freire Sua proposta causa um grande impacto no mbito da Educa o pois se contrap e aos conte dos tradicionais do ato de ensinar por consider los est ticos e por serem promotores de uma educa o banc ria e pouco questionadora ao mesmo tempo em que concebe o estudante como sujeito ativo dentro da sala de aula Conforme destacam Ele parte da compreens o de que os seres humanos s o hist ricos vivem realidades concretas em situa o de opress o Pensar nos saberes associados a essa realidade implica conceber a possibilidade de inser o cr tica e de transforma o dessa mesma realidade Esse processo tanto intelectual quanto pol tico exige reflex o e a o transformadora Ibidem p 85 Seu trabalho centra se nas popula es rurais e seu processo de alfabetiza o de adultos visa proporcionar a conex o dos conte dos com as viv ncias pr prias dos estudantes Por outro lado existe em sua vis o uma forte preocupa o pelo ato dial g
226. spa o geogr fico latino americano tal como os autores assinalam na sua entrevista insistindo na 97 import ncia de falar da cidade latino americana que se diferencia dos c nones ocidentais N o o mesmo falar de uma cidade europeia e de uma cidade da Am rica Latina donde lo que te interesa es hacer un corte tal vez transversal al fen meno trabajar con escalas mas locales preguntarse por qu le pasa a la se ora Juanita cada vez que se enfrenta a esta ciudad que habita donde aparece el principio de justicia socio espacial no excesivamente en el mbito de los ingresos sino que tambi n en el mbito de los accesos a ciertos servicios pero tambi n en el acceso a ciertas a ciertos aspectos de la ciudad que son m s dif ciles de cuantificar y incluso mas dif ciles de cualificar que est n en el plano m s intimo de la felicidad inclusive o sea de la alegr a que a ella le provoca el encuentro cotidiano con los vecinos entonces yo creo que en ese sentido uno tiene que ser capaz de recoger las distintas escalas y a lo mejor desde la geograf a particularmente que ese es el sello que nosotros tenemos en nuestra formaci n las propias escalas te permiten ingresos te ricos que en ese caso aparecen como complementarios AZZ2 18 Existe uma clara intencionalidade em questionar a ordem das coisas porque os estudantes questionam e analisam a informa o que lhes entregue n o simplesmente aceitando a como
227. spectiva geogr fica que desenvolve Neste ponto e considerando a trajet ria do autor muito interessante apresentar o que conta sobre sua rela o com a editora A rela o era tima at o fundador da editora falecer era um professor universit rio com experi ncia no ensino b sico e em cursos supletivos que tinha algo de idealista e seus dois filhos sem nenhum traquejo viviam de mesada em Paris se dedicando principalmente a frequentar a vida noturna assumirem e come arem a fazer asneiras A editora que chegou a ser a maior da Am rica Latina ap s alguns anos dessa m administra o estava endividada e foi vendida para grandes grupos editoriais sem tradi o nem conhecimento espec fico do ramo editorial did tico Esse pessoal que assumiu n o tinha a m nima no o ainda est o aprendendo lentamente demais de como esse mercado funciona e tentou estrat gias que podem at dar certo em outros neg cios como no setor de cosm ticos completamente idiotas para essa atividade baseada na rela o do professor com o livro educativo come aram ainda continuam a economizar na doa o de manuais para o professor dividiram os comp ndios pois houve uma uni o de duas editoras que eram separadas at a venda e passou a existir tr s ou quatro comp ndios para cada disciplina escolar em n vel A Be Ce come aram a divulgar somente um manual por escola aquela que eles achavam que era do n vel conveniente eles dividiram as escol
228. ssa forma o aluno provocado intencionalmente pelo docente pode desenvolver uma compreens o aut noma de saberes ou conhecimento Portanto prov vel que o estudante construa desse modo um conceito de cidade a partir dos elementos universais que a caracterizam e da pr pria experi ncia para a partir da estabelecer rela es dial ticas e contradit rias que permitam complexificar o conceito de cidade A partir da reflex o pedag gica e das observa es propostas poss vel pensar num desenvolvimento situado na linha da teoria hist rico cultural proposta por Lib neo 2004a e a partir do construtivismo cr tico proposto por Cavalcanti 2012 que se mant m no paradigma dominante mas que aporta um olhar complexo e renovado para o ensino de Geografia Nesta l gica prop e se uma nova leitura sobre o conceito de cidade pensando que esse conceito ser parte dos conte dos do livro did tico Por m a configura o do conceito de cidade ter em considera o que a forma o de conceitos por parte dos alunos acontece a partir da media o que o docente estabelece entre o conte do e o pr prio estudante A partir desse olhar o livro did tico n o pode ser compreendido como um recurso isolado ao contr rio precisa ser mediado pelo professor mas tamb m deve se considerar que seu p blico alvo o estudante Com isso espera se que o conceito proposto a partir dessa pesquisa seja um conceito que motive o estudante para desenvo
229. sso a esses documentos ocorreu de modo diferente Os documentos s o de livre acesso na web no site http www fnde gov br index php pnld guia do livro didatico 2986 guia pnld ensino medio 2012 sendo poss vel encontrar os guias dos anos anteriores e tamb m do ano de 2013 Para analisar os dados em rela o aos objetivos desta pesquisa o foco ou unidade de estudo foi o discurso Esta linha surge a partir dos estudos de an lise de discurso no final da d cada de 1960 na Fran a considerando as rela es que se estabelecem entre lingu stica marxismo e psican lise e as reflex es que surgiram a partir desses questionamentos Desta forma a an lise de discurso se apropria das discuss es de Foucault e Althusser e do trabalho com conceitos como ideologia e forma o ideol gica Dentro desta linha encontra se a t cnica da an lise An lise Cr tica do Discurso ACD que se consolidou nos anos 1990 com a reuni o dos pesquisadores Norman Fairclough Teun As entrevistas completas e analisadas dos autores do Chile se encontram no Ap ndice 1 dispon veis somente no formato impresso desta pesquisa 10 As entrevistas e suas respostas analisadas dos autores do Brasil encontram se no Ap ndice 2 dispon veis somente no formato impresso desta pesquisa Na atualidade aquela editora parte da equipe da Unidade de Curr culo e Avalia o do MINEDUC s que ela concordo em me entregar os documentos devido peti o do autor Pedro
230. ste processo da melhor forma Em especial ao Marcelo Maca Paulina Monito Chico Juanito Pilar e Amparo por acreditarem em mim Aos meus amigos Carol Izabella Adriana Denis Carlos Magno R gis Karla e Lucineide um agradecimento especial pela companhia e ajuda inclusive nas coisas mais cotidianas Para a realiza o da minha pesquisa devo sinceros agradecimentos Professora Dra Lana de Souza Cavalcanti pela orienta o apoio e ajuda durante todo o Mestrado e aos professores Drs Vanilton Camilo de Souza e Eliana Marta Barbosa de Morais que com suas sugest es contribu ram muito para esta que pesquisa flu sse Agradecimentos sinceros a todos voc s pelo apoio Com carinho Nataly RESUMO Pensar em livros did ticos de Geografia hoje pensar nas discuss es que os envolvem porque uma das ferramentas mais utilizadas no ensino Quais s o os agentes governamentais que est o envolvidos em sua produ o Como se reflete o processo ensino aprendizagem nas p ginas dos livros Quais s o as categorias e conceitos que devem ser trabalhados Estas perguntas s o significativas quando se discute sobre livro did tico mas adquirem novas tonalidades quando os livros a serem analisados correspondem a dois pa ses com diferen as substanciais na organiza o do ensino e dos conte dos de Ensino M dio Para realizar uma aproxima o desses contextos pensou se na categoria de espa o geogr fico e o conceito de cidade
231. ste sentido existe uma clara vis o do paradigma cr tico presente no curr culo chileno atual que ainda mais evidente na progress o que o MPA do Espa o Geogr fico nos assinala FIGURA 2 MAPA DO PROGRESSO DA APRENDIZAGEM DO ESPA O GEOGR FICO Establece relaciones entre diversas variables geogr ficas para explicar la din mica espacial en un k territorio determinado Interpreta e integra informaci n de diversas fuentes y distintas escalas para Nivel 7 analizar fen menos y problemas espaciales considerando variables sociales hist ricas y econ micas A EE SEA y formulando hip tesis sobre sus causas y consecuencias Reconoce la importancia de la planificaci n territorial como instrumento de racionalizaci n de la ocupaci n del espacio y eval a el alcance de las pol ticas ambientales Caracteriza la inserci n del pa s y su regi n en el mundo y las transformaciones hist ricas en la configuraci n del espacio geogr fico en Chile Comprende la interrelaci n entre los procesos eco n micos la configuraci n del espacio geogr fico y la din mica de la poblaci n Interpreta e integra Nivel 6 informaci n de diversas fuentes y distintas escalas para analizar fen menos y problemas espaciales considerando variables sociales hist ricas y econ micas Reconoce los desafios a la sustentabilidad ambiental que plantea la globalizaci n y valora las pol ticas ambientales y la participaci n ciudadana en estas materias Car
232. stintas visiones de los actores involucrados y un plan de acci n utilizando m todos y conceptos de las ciencias sociales Comunicaci n del resultado de an lisis e indagaciones y del proyecto de acci n social en forma sint tica y organizada dando cuenta de las distintas fuen tes de informaci n y visiones consideradas formulando y justificando una opini n propia y seleccionando un for mato de comunicaci n que considere las caracter sticas de la informaci n y de la audiencia Fonte MINEDUC 2009b E poss vel identificar no ponto 3 e 4 conte dos relacionados com cidadania e por tanto com as rela es que se estabelecem em a cidade e com a cidade Tamb m no ponto 5 poss vel perceber a import ncia das rela es locais e globais Al m disso esta atualiza o veio acompanhada de um novo recurso para compreender o desenvolvimento cognitivo que o estudante deve desenvolver em cada n vel de ensino Estes foram chamados de Mapas de Progreso del Aprendizaje MPA que nessa pesquisa ser referenciado a partir do Espa o Geogr fico Esse recurso importante porque o nico material associado ao curr culo que trabalha uma categoria da an lise da Geografia Para se conhecer o que o curr culo chileno prop e para trabalhar na rea da Geografia importante considerar que um dos maiores objetivos dessa proposta curricular o de favorecer que los estudiantes perciban que la Historia Geograf a y las
233. t ria tem realizado uma trajet ria a respeito do que a cidade Existem diversas possibilidades para trabalhar o conceito de Cidade Ao situar se na evolu o hist rica pode se considerar a vis o dos antigos gregos ao falar da polis como a representa o do p blico e da pol tica No per odo medieval a cidade era acima de tudo sin nimo de seguran a e fortaleza interior frente aos desafios do exterior Termo utilizado por Milton Santos 1990 no seu livro Por uma geografia nova que especifica justamente a rela o indissol vel que existe entre tempo e espa o e portanto a necessidade de desvelar a permanente transforma o que este vivencia e que a sociedade experimenta 20 No Renascimento a Cidade o descobrimento dos espa os geom tricos na Modernidade a materializa o do progresso e projetos ut picos Por sua vez na contemporaneidade surge a import ncia de pensar a cidade em suas m ltiplas dimens es pois se pode compreend la como discurso como um lugar de encontro de distintas reas de conhecimento j que a cidade n o s um espa o que possui hist ria mas tamb m se encontra relacionada arquitetura ao urbanismo sociologia ao desenho etnografia Como resultado desses apontamentos imposs vel esperar ent o que a no o de cidade seja est tica e acabada Freitag 2006 apresenta as diferentes vis es de cidade ao percorrer as distintas escolas das quais surgem os te
234. ta ltima poss vel observar as migra es lim trofes e as migra es para os grandes polos de desenvolvimento O interessante da an lise apresentada nesta se o s o as consequ ncias sociais que a autora assinala As las fronteras actuales se cierran cada vez m s a las migraciones de origen latinoamericano pero en este contexto algunas puertas se abren especialmente para los grupos altamente calificados ya sean profesionales deportistas artistas entre otros El f tbol es una de las actividades en las que los inmigrantes latinos participan con gran xito El ejemplo m s claro es el de Manuel Pellegrini quien fue director t cnico del equipo espafiol Real Madrid Cabe se alar en este contexto una singular paradoja un grupo minoritario de los seguidores del Real Madrid que se hacen llamar los Ultrasur son conocidos y condenados por sus pr cticas xen fobas y racista dedic ndose a propinar golpizas a inmigrantes latinos Sin embargo el Real Madrid tiene entre sus miembros a varios inmigrantes latinos que son aplaudidos cada vez que gana Ibidem p 250 Dessa forma retomam se as indica es dos crit rios requerimentos que reafirmam a necessidade de motivar os estudantes a partir de suas pr prias experi ncias Como metodologia para isso esta an lise incorpora o futebol um dos esportes mais populares na Am rica latina sem diferenciac o et ria ou de g nero para referir se aos problemas de
235. tado naci n dependencia e interdependencia sistemas econ micos desarrollo sustentable revoluci n migraciones ruralizaci n urbanizaci n participaci n ciudadana y poder pol tico entre otros deben ser trabajados haciendo conexiones contrastando fen menos y procesos interpretando los elementos comunes y diferenciadores y finalmente proyectando a la actualidad 10 El tratamiento de los contenidos debe ser actualizado incorporando los avances de las disciplinas Esto implica adem s de los elementos anteriores enfatizar en el an lisis de procesos por sobre 64 un enfoque meramente informativo y de entrega de datos presentar el conocimiento como un proceso abierto din mico y en continua construcci n problematizar conceptos y hacer expl cito el debate existente entre los especialistas sobre ciertos temas procesos o acontecimientos entre otros Fonte MINEDUC 2009 Anexo 1 Compreende se que esses conte dos tentam apresentar uma vis o integradora das disciplinas que comp em Hist ria Geografia e Ci ncias Sociais No entanto poss vel apreciar que os pontos 8 e 9 se encontram se diretamente relacionados com a disciplina geogr fica Ent o ao se concentrar nestes pontos poder se ia advertir a grande import ncia que se lhe outorga categoria de an lise de espa o geogr fico sendo esta o foco central do olhar e an lise geogr fica Al m disso poss vel observar uma preocupa o em in
236. te Todas las actividades del Texto del Estudiante deben ser pertinentes a los contenidos tratados y estar orientadas a potenciar y reforzar el desarrollo de conceptos actitudes procedimientos y habilidades propias del sector y nivel Estas actividades deben ser desafiantes para los estudiantes desde el punto de vista cognitivo y desarrollar habilidades de diversa complejidad incluyendo aquellas de orden superior como las de an lisis interpretaci n s ntesis generaci n de ideas resoluci n de problemas y comprensi n sist mica de procesos y fen menos entre otras ANEXO 1 p 5 Desta forma existe uma ideia clara de que o estudante desenvolva habilidades que lhe permitam ser aut nomo e cr tico relacionando se claramente com o paradigma cr tico em educa o Quanto s habilidades geogr ficas especificas que se desejam desenvolver nos estudantes com as atividades dos livros did ticos essas s o Dimensi n espacial localizaci n y an lisis espacial desde la categoria de regi n paisaje territorio y lugar identificaci n y caracterizaci n de las grandes regiones geopol ticas que conforman el mundo actual an lisis de la interrelaci n medio natural y social desde la perspectiva de la ocupaci n adaptaci n producci n degradaci n etc comprensi n y an lisis del impacto que ejercen procesos de diverso origen sobre el espacio geogr fico y las transformaciones que generan an lisis a escala local nacional co
237. te a inclus o desse tipo de perguntas assinala a prepara o dos estudantes para o desafio que sup e a PSU no ltimo ano de forma o escolar e como o primeiro passo de ingresso na forma o superior Por outro lado as outras atividades da autoavalia o fazem refer ncia defini o de conceitos sem possuir um enfoque cr tico mas parece uma atividade que fomenta a memoriza o parece ser o ponto menos trabalhado na unidade j que ela n o tenta desenvolver uma vis o reflexiva ou anal tica da unidade portanto n o cumpriria com o desenvolvimento de habilidades proposto pelo marco curricular e impulsionado atrav s dos crit rios requerimentos Ap s de apresentar o livro did tico de quarto ano m dio da editora MN ao considerar sua produ o junto com as entrevistas aos autores desse livro previamente analisadas sob a perspectiva de an lise cr tica do discurso se proceder a an lise do material correspondente 91 ao livro did tico de quarto ano m dio da editora Zig Zag Come ando com a apresenta o do livro em geral a partir da resenha proposta a continua o QUADRO 14 RESENHA DO LIVRO DID TICO DE HIST RIA E CI NCIAS PARA 4 ANO DE ENSINO M DIO EDITORA ZIG ZAG Crit rios Descri o Este livro did tico possui um desenho que faz um chamado an lise e que mant m a vis o que o curr culo chileno deve projetar A imagem principal da capa corresponde a os momentos pr vios da queda do
238. te no para el profesor si el texto escolar est dise ado para apoyar los procesos de aprendizaje del estudiante en su relaci n por supuesto con el profesor yo creo que su uso en la sala de clases va estar dado por las caracter sticas de ese apoyo o sea si el texto escolar logra una buena estimulaci n entre contenidos y actividades y esas actividades pueden ser realizadas en la sala de clases e implementadas por el profesor es un instrumento que puede ser utilizado en la sala de clases perfectamente puede ser un instrumento que ayuda a estructurar la actividad de estudiantes y profesores al interior de la sala de clases AMN1 36 Este autor justamente o encarregado da parte pedag gica da constru o do livro did tico por isso interessante corroborar que a intencionalidade proposta por ele efetivamente se cumpre na pr tica ou seja no livro impresso e permite olhar no que para ele deve ser o mais importante do livro did tico as atividades Para encerrar a unidade o livro apresenta uma autoavalia o Anexo 2 2010 p 155 que possui perguntas do tipo Prueba de Selecci n Universitaria PSU ou seja de sele o m ltiplas nas quais poss vel encontrar alternativas como todas as anteriores ou todas s o corretas no caso da confec o dessas alternativas Deve se dizer que esse tipo de alternativas n o se encontram dentro dos formatos estabelecidos pois not rio que esse tipo de op o foi objetada na PSU e claramen
239. ticipo en la parte de Am rica latina pero la actualizaci n la hice yo con apoyo de Michelle por lo tanto los autores tuvieron una participaci n m s directa en la primera Andr s en la parte de historia Cristina en la parte de Am rica latina AMNI 48 Percebe se assim que n o existe nenhum item dos crit rios requerimentos que obrigue a colocar no livro a refer ncia bibliogr fica no entanto o marco curricular se preocupa com essa quest o Isso demonstra que o livro did tico feito seguindo exclusivamente os requerimentos e n o o marco curricular Nota se que os crit rios requerimentos n o seguem necessariamente o curr culo importante destacar ainda que foram s tr s autores os entrevistados pois como foi assinalado por Pedro Milos surgiram certas dificuldades com o autor Jorge Figueroa Jcon Jorge tuvimos una relaci n un poco frustrada l era el nico profesor del equipo y yo siempre trat de incorporar profesores pero por problemas de tiempo de ritmo de trabajo todo eso de capacidad de escritura y todo eso Jorge se incorporo en una parte menor yo en t rminos personales no pas nada pero yo qued un poco frustrado y creo que el tambi n quedo un poco frustrado pero influyen muchas cosas influyen ritmos de trabajo el era director de un colegio en ese momento entonces pod a dedicar menos tiempo y nos pon amos plazos de aqu a una semana tenemos que llegar con 10 p ginas escritas y Jorge llegab
240. to do curr culo durante a d cada de 1990 ao se considerar o papel do mbito econ mico e produtivo que se mant m nessa poca em n vel mundial O terceiro enfoque das autoras a perspectiva progressivista que tem como centro o pragmatismo ao considerar que o conhecimento deve favorecer a melhor execu o e desempenho das habilidades humanas por m diferentemente da perspectiva instrumental esta perspectiva tem como finalidade superior a liga o ao bem estar da humanidade Esta perspectiva desenvolvida por John Dewey para quem o curr culo deve ser constru do com base em uma dimens o psicol gica do conhecimento do ponto de vista psicol gico o conhecimento precisa ser visto como modo ou forma de experi ncia de vida individual um meio pelo qual os indiv duos sentem e pensam o mundo O conhecimento primeiro deve atender aos princ pios psicol gicos para depois atender aos princ pios l gicos que s o o pice do processo de conhecer Ibidem p 75 A partir desse fato Dewey considerado o educador que estabeleceu as bases do construtivismo j que contempla os interesses dos estudantes e n o somente a forma o acad mica Para esse autor o conhecimento escolar precisa responder s finalidades educacionais e n o s aos objetivos impostos pelo curr culo Al m disso este pensamento abre novos espa os para pensar a escola como um lugar em que se produz conhecimento O ltimo olhar proposto pelas autoras na
241. tor ou atores s o contratados somente pelo cap tulo que se deseja que escrevam e vendem seus direitos de autoria O MINEDUC consegue a quantidade requerida de livros para todos os alunos de escolas p blicas e conveniadas E a l gica de mercado continua com suas demandas Dessa forma podem se apreciar as conex es do processo de produ o do livro did tico nenhum procedimento fica isolado Desta maneira poss vel destacar que o principal aspecto do ACD que foi trabalhado nesta pesquisa teve conex o com as rela es de poder que envolvem o processo de produ o dos livros did ticos ou seja as rela es entre os discursos do Estado da Editora e dos Autores e como essas conex es produzem conhecimento oficial 141 Assim pode se pensar na dificuldade de propor um conceito de cidade para o livro did tico porque na l gica comercial o livro deve seguir os par metros impostos pelos organismos governamentais MINEDUC MEC dessa maneira assegura se a aprova o do processo Portanto o autor contratado pela editora para cumprir com isso n o para inovar Nessa perspectiva a proposta que apresenta esta pesquisa n o uma proposta rent vel uma proposta de risco Tamb m uma proposta ousada porque precisa da media o did tica do professor o livro por si s n o conseguiria explicar e significar as orienta es dial ticas do conceito de cidade latino americana Por tanto uma proposta que exige o compromisso
242. trutivista a que se postula nos minist rios de educa o de ambos os contextos e a que seguem os quatro livros No caso brasileiro apreciam se elementos que podem demonstrar uma maior transpar ncia no processo de produ o dos crit rios requerimentos o que permite ver que existe uma equipe especializada no guia PNLD 2012 foi a o departamento de Geografia da UFPR que se encarrega de criar estes elementos Portanto conhece se a intencionalidade que procura o livro did tico e por isso como os conte dos devem ser trabalhados Nessa l gica existe uma claridade permanente quanto a os discursos e acad micos que trabalham com os conte dos que se desenvolvem nos livros Tenta se manter a proximidade entre a Geografia acad mica e a Geografia escolar Mas todos esses fatos s o alcan ados na medida em que o MEC prop e uma perspectiva delimitada nos PCNs de Ensino M dio portanto o curr culo que esta 140 entregando esse tipo de diretrizes especifica as quais fazem que exista concord ncia em todos os aspectos da produ o do livro did tico da produ o de seus conte dos e a produ o dos conceitos que a s o trabalhados No caso chileno a consist ncia se mant m nos processos formais por exemplo o MINEDUC por meio do curr culo prop e uma perspectiva que considerada na constru o dos crit rios requerimentos para a elabora o dos livros did ticos Esses requisitos dirigem os conte dos que ingressam no liv
243. tudantes devem conhecer e analisar durante os tr s anos de Ensino M dio N o somente importante saber a defini o mas al m disso precisam conhecer os elementos que permitem aprofundar na an lise de cada um dos conceitos Neste sentido um dos grandes pressupostos da disciplina geogr fica no Brasil seria de que A op o por conceitos e n o por defini es estanques essencial para estrutura o da Ci ncia Geogr fica que busca libertar se da concep o de disciplina de car ter essencialmente informativo para se transformar numa forma de constru o do conhecimento reflexiva e din mica permitindo a criatividade e principalmente dando ao educando as necess rias condi es para o entendimento do dinamismo que rege a organiza o e o mecanismo evolutivo da sociedade atual Ibidem p 58 Sob esse olhar podemos observar que a Geografia brasileira possui suas bases em um paradigma cr tico dessa ci ncia situa o que se evidencia a cada momento Nessa perspectiva existe uma ideia de que o estudante deve ser aut nomo e para tal precisa desenvolver certas compet ncias que lhe permitem atingir isso Al m disso para alcan ar essas compet ncias necessita conhecer uma disciplina que tamb m seja apresentada com uma postura cr tica que o convide a questionar o que se encontra no seu entorno Por outro lado importante destacar que para o MEC a categoria de espa o geogr fico seria o eixo central para come ar a an
244. ubtemas 1 Nacionalidade e identidade cultural Popula o brasileira e sua identidade e Crescimento populacional e din mica migra es Urbaniza o Periferiza o e Transforma es culturais da popula o brasileira As minorias tnicas e sua integra o na sociedade brasileira 2 A ocupa o produtiva do territ rio O campo brasileiro e suas transforma es Os caminhos da industrializa o brasileira O delineamento e a estrutura da quest o energ tica no Brasil As cidades brasileiras e a presta o de servi os 3 O problema das comunica es num territ rio muito extenso O modelo brasileiro de rede de transportes O transporte nas reas urbanas e metropolitanas A circula o de valores e do pensamento O Brasil no contexto internacional e Transportes comunica es e nacional integra o 4 A quest o ambiental no Brasil Os interesses econ micos e a degrada o ambiental A degrada o ambiental nas grandes cidades e Depend ncia econ mica e degrada o 74 ambiental e O Brasil e os acordos ambientais internacionais Fonte PON ENSINO M DIO 1998 p 66 67 Depois de revisar o quadro 10 poss vel identificar que o terceiro eixo tem tico O homem criador de paisagem modificador do espa o o que contempla os conte dos de cidade sendo este nosso maior interesse na an lise do livro did tico Para continuar real
245. ue cotidiano Volume 3 inclui as outras dimens es de an lise geogr fica Edi es Escala Educacional Brasil Geografia o mundo em Cidade como constru o complexa e transi o Volume 3 contradit ria que envolve todas a as dimens es Editora tica geogr ficas e que se diferencia da ideia de cidade ocidental Fonte P rez Cisternas N 2012 121 O livro did tico chileno Hist ria e Ci ncias Sociais do 4 ano de Ensino M dio da editora MN apresenta um conceito de cidade ligado fortemente a uma vis o hist rica importante relembrar que os autores desse livro s o formados em Hist ria portanto n o existe um olhar geogr fico para analisar o conceito Os autores afirmam que o livro por eles elaborado possui uma vis o historiogr fica e o livro did tico finalmente produzido totalmente consequente com as afirma es dos autores Nesta l gica a cidade apresentada situa se em uma vis o historiogr fica que pensa a cidade a partir de uma perspectiva ocidentalizada Esta situa o expl cita n o s pelas declara es dos autores mas tamb m pelos recursos utilizados na elabora o do pr prio livro Por exemplo quando s o utilizados documentos legais espanh is para explicitar a localiza o das cidades De acuerdo a las Ordenanzas fijadas por Felipe II en 1573 para la ubicaci n de las nuevas ciudades se recomendaba escoger sitios donde se observaran personas de edad avanzada ho
246. ue inclu am atores sociais que foram relegados e dominados historicamente o que demonstra existir uma nfase cr tica permanente No entanto no ponto 6 novamente denomina se os processos de fen menos enquanto no ponto 10 se realiza um pedido claro aos livros did ticos o de se preocupar em explicar e enfatizar a an lise de processos Todos esses fatos 65 s o apresentados como se os conceitos acontecimentos fen menos e processos fossem sin nimos e pudessem ser utilizados indistintamente A prop sito do anterior interessante ver que nos crit rios requerimentos como n o existe nenhuma men o necessidade de que os autores dos livros did ticos se posicionem te rica e epistemologicamente e que portanto os livros possuam a postura de seus autores no entanto existe uma necessidade clara de que os livros did ticos possuam uma perspectiva pedag gica definida apesar de que esta necessidade sugerida de forma impl cita ou seja o livro did tico n o precisa ser definido a priori como um livro que se trabalhou a Geografia Radical Critica ou a Geografia Human stica mas necessita trabalhar uma postura cr tica em Educa o As atividades no livro did tico precisam estar pensadas para cumprir um determinado objetivo de aprendizagem e n o podem ser estabelecidas s como um elemento decorativo ou simplesmente a mais nas p ginas pelo que sua orienta o segundo os requerimentos t cnico pedag gicos devia ser a seguin
247. va ser amplamente ensinada apreendida e aceita pela sociedade 42 Para o autor esta dimens o possui um aspecto preocupante que tem a ver com o real interesse que possuem os grupos dominantes por manter o povo como analfabetos cr ticos ou seja a sociedade apreende um determinado conhecimento que foi aprovado pelo Estado e com isso absorve um conhecimento oficial que lhe permite estabelecer um tipo de pensamento tamb m oficial e portanto n o questionador do que acontece no seu entorno Z E assim que o autor nos ajuda a compreender o grande problema da m forma o inicial do professorado uma das raz es de o docente utilizar o livro did tico sem ter realizado a an lise critica antecipadamente e por isso acredita totalmente no que o livro did tico postula e ensina a seus estudantes dessa mesma maneira Formamos assim um grupo de estudantes que s o formatados sob a l gica do analfabetismo cr tico estudantes que s o capazes de ler e escrever mas incapazes de realizar uma an lise cr tica de sua pr pria realidade Ao mesmo tempo interessante observar que enquanto este recurso torna se cada vez mais indispens vel na l gica de que nunca se questiona diretamente sua presen a permanente como recurso curricular o mercado dos livros did ticos aumenta notavelmente No entanto segundo Apple 1999 isto n o significa que n o existam contradi es dentro deste processo porque tamb m
248. vre s o tr s soci logos amplamente conhecidos e respeitados por seus aportes no mbito do urbanismo O primeiro reconhecido por seus trabalhos com movimentos sociais na cidade no entanto o trabalho de Castells disc pulo de Touraine o que prossegue seus maiores aportes neste mbito pois trabalha com movimentos urbanos dentro do processo capitalista ao realizar uma conex o entre 21 movimentos sociais e processos pol ticos aportes que foram chave para compreender a cidade como um lugar de lutas sociais Por sua parte Lefebvre desvela os interesses que se escondem por tr s da urbaniza o ao mostrar que o desenvolvimento da cidade n o uma quest o desconexa do poder al m de restabelecer a rela o entre espa o e tempo um dos aportes mais significativos no mbito da teoria sobre cidade pois este aporte uma das inspira es de Milton Santos o mais importante ge grafo latino americano que desenvolveu sua vis o sobre o espa o geogr fico a partir da recupera o desta rela o o que influencia a maior parte de ge grafos atuais O ge grafo e urbanista Peter Hall tamb m uma grande influ ncia na Am rica Latina pois sua aposta pela import ncia das rela es entre poder e domina o como configuradoras da cidade marcou a discuss o das propostas de planifica o urbana Este profissional se mostra contra o planejamento como o recurso que salva o desenvolvimento das cidades Por isso explica

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