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T - SCHRODER, MIRIAN - UFPR

1. 120 Figura 11 Atividades com textos n o verbais D cimo sexto cap tulo 120 Figura 12 Conclus o D cimo sexto cap tulo e seis ereeeeererererea 121 Figura 13 Atividades finais D cimo sexto cap tulo esseeeeseeseereesesseerreerersreereeses 121 Figura 14 Primeira produ o textual D cimo primeiro cap tulo 127 Figura 15 Segunda produ o textual D cimo primeiro cap tulo 127 Figura 16 Terceira produ o textual D cimo primeiro cap tulo 127 Figura 17 Quarta produ o textual D cimo primeiro cap tulo 128 Figura 18 Quinta produ o textual D cimo primeiro cap tulo 128 Figura 19 Sexta produ o textual D cimo primeiro cap tulo 129 Figura 20 Primeira produ o textual D cimo segundo cap tulo 130 Figura 21 Segunda produ o textual D cimo segundo cap tulo 131 Figura 22 Terceira produ o textual D cimo segundo cap tulo 131 Figura 23 Produ es textuais finais D cimo segundo cap tulo 132 Figura 24 Atividades e primeira produ o oral Quinto cap tulo
2. o professor autor e o g nero discursivo Esta pesquisa descritivo explicativa tem como objetivo averiguar a rela o dial gica entre o Livro Did tico P blico Paranaense Lingua Portuguesa e Literatura LDP PR e os livros representantes do g nero discursivo Livro Did tico de L ngua Portuguesa LD LP A partir de uma perspectiva s cio hist rico discursiva e empregando fontes bibliogr fica e documental desenvolvemos esta pesquisa em duas etapas Na primeira procuramos efetuar uma reflex o te rica sobre os G neros Discursivos BAKHTIN e sobre como a abordagem sociointeracionista se apropria desta concep o bakhtiniana e discute a quest o da didatiza o dos g neros SCHNEUWLY e DOLZ Na segunda aplicamos estes pressupostos ao LDP PR com o intuito de averiguar o encaminhamento did tico dado aos textos de g neros discursivos empregados neste material did tico A partir desta averigua o do conte do tem tico do LDP PR realizada pelo trabalho com as pr ticas de leitura escrita e oralidade buscamos sustenta o para a an lise deste LD como um exemplar do g nero LD LP Nossos resultados mostram que o LDP PR inova na escolha do conte do tem tico mas mant m o estilo marcado pelo emprego de discursos injuntivos explicativos e expositivos e a constru o composicional de textualidade multimodal t picos do g nero LD LP Creditamos autoria m ltipla constitu da por professores da rede escolar marca
3. pareceu simples bastaria oferecer lhe um livro que sozinho ensinasse aos alunos tudo o que fosse preciso Os livros did ticos seriam de dois g neros verdadeiros livros de textos para os alunos e livros roteiros para os professores para que aprendessem a servir se bem daqueles Automatiza se a um tempo o mestre e o aluno reduzidos a m quinas de repeti o material De acordo com Soares 2001b p 73 em seu estudo sobre a mudan a na concep o do professor como leitor e como formador de leitores verifica se que nas primeiras d cadas do s culo XX uma concep o de professor a quem bastava que o manual did tico oferecesse os textos numa antologia austera um professor que considerado bom leitor e conhecedor de l ngua e literatura seria capaz de autonomamente definir uma metodologia de trabalho com textos na sala de aula progressivamente e sobretudo a partir dos anos 70 uma concep o de professor a quem o livro did tico deve oferecer n o s os textos mas tamb m a orienta o metodol gica para a sua leitura e interpreta o as atividades did ticas a serem realizadas e at mesmo as respostas s quest es de compreens o e interpreta o dos textos um professor talvez n o considerado propriamente um mau leitor ou incapaz de definir por si mesmo uma metodologia de estudo de textos na sala de aula mas reconhecido como sem forma o e sem tempo suficientes para a prepara o de suas aulas
4. por pertencer a certa institui o o professor autor recebe autoridade e compet ncia para tomar a palavra e como consequ ncia isso pode criar no leitor uma pr disposi o maior a conferir credibilidade ao tratamento tem tico e s posi es axiol gicas desses autores ALVES FILHO 2008 p 347 Pensando neste interlocutor passemos esfera de circula o do LDP PR haja vista que qualquer an lise que se fa a sobre o LD institucional ou n o deve tomar como objeto esse g nero assim constitu do isso significa adotar crit rios de an lise compat veis com e pertinentes a essa materialidade BR KLING 2008 p 251 Se a sala de aula o espa o discursivo constitu do pelos sujeitos professor e alunos e simultaneamente constitutivo deles e se a pr tica a atividade verbal discursiva inserida no contexto escolar em que se enuncia pela linguagem ent o o LD LP pode ser considerado como g nero como uma ferramenta semi tica que realiza a media o entre aspectos do conhecimento sobre a linguagem e a l ngua de um lado e o professor e os alunos de outro numa inst ncia socialmente legitimada como espa o de aprendizado Como ferramenta semi tica por meio da qual sentidos e significa es s o produzidos e mobilizados no processo de constitui o dos sujeitos da l ngua e da linguagem os LDs definem conte dos 14 H circunst ncias em que ocorre o emprego da primei
5. e Explique o desfecho da situa o Mas voc poder estar se perguntando o que isso tudo tem a ver com um texto que deveria ser da disciplina de L ngua Portuguesa Cla ro que tem Falar das maneiras de dizer as coisas falar do uso da l n gua materna que em nosso caso a L ngua Portuguesa Assim voltemos pergunta inicial A Terra tem solu o Figura 21 Segunda produ o textual D cimo segundo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 150 3 atividade p 150 com sugest o de leitura de texto explicativo p 150 151 proposta a produ o de uma segunda resposta quest o mobilizadora da unidade es Escreva uma nova resposta para essa pergunta e compare com as respostas da turma para ver se h novas recor ncias Pense numa resposta para essa mesma pergunta ap s a leitura do texto transcrito a seguir Na crosta da Terra al m da crosta existem oceanos lagos e rios que com a gua retida em fendas e fissuras do solo e das rochas pr ximas superf cie constituem a hidrosfera Apesar de ocupar dois ter os da superficie terrestre a hidrosfera representa apenas 0 025 da massa total da Terra A gua sem d vida o recurso da hidrosfera mais impor tante para o homem Mas os oceanos que ocupam 70 8 da superf cie do planeta com pro fundidade m dia de 4 quil metros constituem importante fonte oe recursos vitais Eles atu am como coletores de muitos materiais d
6. 138 Figura 25 Atividades e segunda produ o oral Quinto cap tulo 139 Figura 26 Atividades e terceira produ o oral Quinto cap tulo 139 Figura 27 Atividades e quarta produ o oral Quinto cap tulo 140 Figura 28 Primeira produ o oral D cimo cap tulo ii 141 Figura 29 Explica o textual sobre o g nero conto D cimo cap tulo 142 Figura 30 Atividades e segunda produ o oral D cimo cap tulo 143 Figura 31 Terceira produ o oral D cimo cap tulo 143 LISTA DE ILUSTRA ES Gr fico 1 Dom nios discursivos explorados pelo LDP PR t 90 Gr fico 2 G neros e produ o escrita no LDP PR 125 Ilustra o 1 Textualidade multimodal do LD LP 19 Ilustra o 2 Esquema da Sequ ncia Did tica seen 95 Quadro 1 Tipologias e g neros textuais nos PCNEM 87 Quadro 2 G neros e dom nios discursivos sesesssseseeoesesses etss essseeseeessesssereesseseseene 90 Quadro 3 Capacidades e atividades iapasaanisoganoneai so Natel agas penis a pin caia atear 97 Quadro 4 Proposta provis ria de agrupamento de g neros i ii 97 Quadro 5 Agrupamento de g neros presente
7. A utiliza o da l ngua efetua se em forma de enunciados orais e escritos concretos e nicos que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana O enunciado reflete as 74 condi es espec ficas e as finalidades de cada uma dessas esferas n o s por seu conte do tem tico e por seu estilo verbal ou seja pela sele o operada nos recursos da l ngua recursos lexicais fraseol gicos e gramaticais mas tamb m e sobretudo por sua constru o composicional Estes tr s elementos conte do tem tico estilo e constru o composicional fundem se indissoluvelmente no todo do enunciado e todos eles s o marcados pela especificidade de uma esfera de comunica o Qualquer enunciado considerado isoladamente claro individual mas cada esfera de utiliza o da l ngua elabora seus tipos relativamente est veis de enunciados sendo isso que denominamos g neros do discurso 1952 53 1979 p 279 grifos do autor O pesquisador russo tamb m diferencia g neros prim rios e secund rios n o como tentativa de classificar os g neros em dois grandes grupos mas sim para diferenciar duas esferas da cria o ideol gica Importa nesse ponto levar em considera o a diferen a essencial existente entre o g nero do discurso prim rio simples e o g nero de discurso secund rio complexo Os g neros secund rios do discurso o romance o teatro o discurso cient fico o discurso ideol
8. CHOPPIN Alain Traiter le manuel scolaire comme source documentaire une approche historique Revista l ngua escrita n 3 dez 2007 p 1 10 CLARE N cia de Andrade Verdini 50 anos de ensino de l ngua portuguesa 1950 2000 Anais do VI Congresso Nacional de Lingu stica e Filologia Cadernos do CNLF S rie VI Leitura e Ensino de L nguas 2002 s p Dispon vel em lt http www filologia org br vicnlf anais caderno06 05 html gt Acesso em 06 dez 2011 CLARK Katerina HOLQUIST Michael Mikhail Bakhtin S o Paulo Perspectiva 2008 381 p COELHO Paula Maria Cobucci O tratamento da varia o lingu stica no livro did tico de portugu s Tese em Lingu stica Universidade de Bras lia 2007 151 p CORACINI Maria Jos Rodrigues Faria org O jogo discursivo na aula de leitura l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1995 141 p CORACINI Maria Jos Rodrigues Faria org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1999 175 p CORR A Manoel Luiz Gon alves Letramento de heterogeneidade da escrita no ensino de portugu s In SIGNORINI I org Investigando a rela o oral escrito e as teorias de letramento Campinas Mercado de Letras 2001 p 135 166 COSTA lara Bemquerer G neros textuais entre o senso comum e a lingu stica textual Anais do53 Semin rio do GEL S o Carlos p 1 9 jul 2005 COSTA Iara
9. Conto Gloss rio Reportagem Projeto de Pesquisa Cr nica Texto B blico Gr fico Texto Expositivo 21 12 14 Notifica o Haicai Abaixo Assinado M sica Cartaz Poema Debate Texto Expositivo 15 Haicai Gr fico Infogr fico Of cio Carta de Apresenta o Charge Texto de Opini o An ncio Mat ria Jornal stica Indefinido Texto Expositivo 20 11 16 Haicai E Mail Texto Explicativo Pintura em Tela Quadro Poema em Prosa Romance Artigo Legislat rio Texto Expositivo 18 9 Quadro 7 G neros intercalados no LDP PR Fonte Dados da pesquisa As denomina es dos g neros intercalados distribu dos ao longo dos dezesseis cap tulos s o empregadas de acordo com os seguintes crit rios 1 de acordo com a denomina o hist rica e socialmente constitu da a maioria dos g neros representados no LDP PR seguem este crit rio romance poema causo biografia not cia entrevista charge peti o contrato entre outros de acordo com a denomina o empregada pelo LDP PR a partir das explica es textuais e das atividades relacionadas aos g neros representados por textos fragmentos textuais ou apenas por men es ao g nero obteve se a denomina o como no caso de cartaz B O debate verbete m sica entre outros a partir de express es do senso comum que per
10. A partir da d cada de 1980 o interesse pela hist ria dos livros e das edi es did ticas constitui se como dom nio de pesquisa em um n mero cada vez maior de pa ses dentre os quais Estados Unidos Alemanha Jap o e Fran a s o precursores Frente a tamanho interesse sintetizar as pesquisas com este objeto de pesquisa tarefa dif cil CHOPPIN 2004 2008 Segundo o pesquisador franc s s o quatro os fatores que dificultam esta empreitada O primeiro se refere defini o do objeto dada a diversidade vocabular e a instabilidade dos usos lexicais Em portugu s h o emprego de manual ou livro did tico ou escolar livro texto comp ndio escolar etc Outro problema apontado por Choppin 2004 p 549 que a utiliza o de uma mesma palavra n o se refere sempre a um mesmo objeto Na pesquisa brasileira esta conceitua o resgatada por Batista 1999 p 534 grifos do autor tamb m n o consensual e se refere tanto a uma gama variada de suportes de impressos que circulam na escola como a um tipo de livro que faz parte do nosso cotidiano que adquirido em geral no in cio do ano que vai sendo utilizado medida que avan a o ano escolar poder ser reutilizado por um outro usu rio no ano seguinte Seria afinal aquele livro ou impresso empregado pela escola para desenvolvimento de um processo de ensino ou de forma o A segunda dificuldade se relaciona com o fato de este campo d
11. Neste contexto tem se a a o do professor vista como facilitada pelo material did tico o que permite diminuir a remunera o aumentar a carga hor ria e contratar professores com desn veis de forma o e capacidade BEZERRA 2002 Soares 2002 p 167 afirma que nesta poca se intensifica o processo de deprecia o da fun o docente o que obriga os professores a buscar estrat gias de facilita o de 49 sua atividade docente uma delas transferir ao livro did tico a tarefa de preparar aulas e exerc cios Silva 1996 p 11 ao criticar a ado o do livro did tico como um fim em si mesmo esclarece que perda crescente da dignidade do professor brasileiro contrap e se o lucro indiscut vel e estrondoso das editoras de livros did ticos Essa hist ria come a a ser assim no in cio da d cada de 70 a ideologia tecnicista sedimentou a cren a de que os bons did ticos os m dulos certinhos os alphas e as betas as receitas curtas e bem ilustradas os manuais Disney etc seriam capazes por si s de assumir a responsabilidade docente que os professores passavam a cumprir cada vez menos Quer dizer expropria o das condi es de trabalho no mbito do magist rio correspondeu um aumento gigantesco nas esferas de produ o da venda ou distribui o e do consumo de livros e manuais did ticos pelo Pa s Em 1961 Fleury p 176 j critica a anula o de profess
12. a car ncia de descri es desses g neros e principalmente de propostas did ticas para ensin los tem na maior parte das vezes relegado o ensino da linguagem oral a um segundo plano SILVA MORI DE ANGELIS 2008 p 190 Grande parte dos estudos sobre o ensino da oralidade ainda o tomam como trabalho com a varia o lingu stica e ou com a rela o entre oralidade e escrita MARCUSCHI 2005c 2008 F VERO et al 2000 Por m para al m da varia o dialetal e de registro o estudo da fala deve abordar quest es relacionadas a situa es comunicativas estrat gias organizacionais de intera o pr prias de cada g nero processos de compreens o etc CAVALCANTE MELO 2007 p 184 Um dos poucos trabalhos que se preocupam com a elabora o de propostas did ticas para o ensino de alguns g neros orais formais e p blicos o de Dolz e Schneuwly 2004 De acordo com a proposta su a o ensino da linguagem oral necessita de uma concep o mais rica e complexa do oral indo al m de uma normatiza o da fala do aluno e de uma defini o do oral como express o e de uma rela o mais dial tica entre oral e escrita Ou seja uma concep o do oral como realidade multiforme SCHNEUWLY 2004 p 135 que se relaciona por aproxima o ou depend ncia do escrito e que tamb m se distancia do escrito um oral que possibilita a realiza o de pr ticas de linguagem g neros textuais as quais podem
13. ATA AGRADECIMENTOS A orientadora Professora Dr Iara Bemquerer Costa pelas leituras cr ticas ponderadas orienta es e compreens o do meu ritmo e das minhas condi es de trabalho Aos professores Dr Altair Pivovar e Dr Tereza Cristina Wachowicz membros da banca de qualifica o pelas sugest es criteriosas s colegas Jos lia Ribeiro Daniela Zimmermann Machado Luciana Pereira da Silva e Angela Mari Gusso pelos momentos de intera o e muita amizade na UFPR nos eventos e em seus lares Aos colegas do grupo de pesquisa Processos de constru o textual da UFPR pelos encontros sugest es e aprendizagens Unioeste especialmente ao Colegiado de Letras e aos setores de Biblioteca e de Reprografia pelo apoio t cnico A fam lia por compreender minha aus ncia e meus humores Aos amigos Cl vis Alencar Butzge Clarice Lottermann e Rita Maria Decarli Bottega pelo apoio incondicional para o desenvolvimento desta pesquisa DEDICAT RIA Para minha m e uma pessoa toda feliz Para meu irm o Edson por me possibilitar a entrada no mundo dos livros Para Jo o n o o sujeito de tantas aulas de Portugu s e sim aquele que o destinat rio do meu amor Para a palavra e por conseguinte para o homem nada mais terr vel do que a irresponsividade a falta de resposta Bakhtin 1979 RESUMO Livro Did tico P blico Paranaense L ngua Portuguesa e Literatura
14. PLIDEF Programa do Livro Did tico para o Ensino Fundamental PNLD Programa Nacional do Livro Did tico PNLEM Programa Nacional do Livro Did tico de Ensino M dio SCIELO Scientific Eletronic Library Online SD Sequ ncia did tica SEED PR Secretaria de Estado da Educa o do Paran SUM RIO CONSIDERA ES INICIAIS js serseiara serasa ras eae Ear 15 1 O LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE ceseemeenmeeneeeseernses 20 1 1 A AUTORIDADE DO LIVRO DID TICO temem 21 12 O LIVRO DID TICO P BLICO L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA a ia ia ia Cloro aa a a 26 1 3 A METODOLOGIA DE AN LISE aeee 30 1 3 1 Estado de arte dos estudos brasileiros sobre o livro did tico 33 2 SOBRE O LIVRO DID TICO sseesesseesesssesesssssssossssneesens sossssssssseeseesceseeeeeeoee 42 2 1 O ENSINO DE L NGUA PORTUGUESA E O DESENVOLVIMENTO DO LIVRO DID TICO NO BRASIL eee eee 42 3 G NERO DISCURSIVO OU SUPORTE TEXTUAL EM BUSCA DE UMA DEFINI O PARA O LIVRO DID TICO DE L NGUA PORTUGUESA asi E e A E E AEE 58 3 1 A FUN O DE SUPORTE DO LIVRO DID TICO s 59 3 2 O G NERO LIVRO DID TICO DE L NGUA PORTUGUESA COMO INSTRUMENTO PEDAG GICO eee 68 4 O ENSINO DE L NGUA MATERNA POR MEIO DE G NEROS 83 4 1 OS G NEROS NA ESCOLA VIA LIVRO DID TICO sser 84 5 LEITURA ESCRITA E ORALIDADE AN LISE DAS PR TICAS DISCURSIVAS TEMATIZADAS NO LIVRO DI
15. Todavia na carta do secret rio apresentada na p gina 4 nos dois textos de apresenta o do LD p ginas 10 a 15 e ao longo dos 16 dezesseis cap tulos ou seja na maior parte do LDP PR 97 das p ginas h predomin ncia da autoria de car ter s cio profissional haja vista que os autores se colocam ora como porta voz da 157 Secretaria ora como uma esp cie de porta voz da classe docente e no plano lingu stico empregam pronomes de primeira pessoa do plural 4 Ao olharmos para o LDP PR como um todo constatamos o car ter predominantemente s cio profissional da autoria assinada pelos professores autores e pela SEED PR Quanto assinatura registrada seja nos cap tulos seja nos textos introdut rios ela fundamental para os interlocutores professores e alunos deste LD Sua import ncia se fundamenta na necessidade por parte dos interlocutores de saber quem o autor do texto para poder elaborar uma representa o do autor do enunciado com o qual interagem em dado momento comunicativo desta forma a representa o do autor funciona como uma poderosa ferramenta enunciativa para a compreens o e elabora o de rea es respostas aos enunciados ALVES FILHO 2008 p 339 Especificamente nas assinaturas dos cap tulos patente a necessidade de vincular os autores a suas institui es de origem cujo efeito enunciativo pode ser uma avalia o positiva do autor efetuada pelo interlocutor
16. afirmando assim sua cren a na complementaridade dos modelos cada qual com seus aspectos positivos 111 Com vistas a realizar a an lise do trabalho com a compet ncia de leitura efetuado no LDP PR optamos pelo agrupamento apresentado por Dascal 2006 como base tendo em vista as considera es acerca da leitura efetuadas na apresenta o do LDP PR e as instru es das DCEs Na justificativa dada pelos autores do LDP PR ao seu p blico alvo aluno sobre o trabalho com a leitura de textos de diferentes g neros textuais discursivos encontra se rela o com os modelos pragm tico o que o autor quis dizer hermen utico o que o texto diz ao leitor e criptogr fico a intera o do leitor com o texto A leitura desses textos ir ajud lo gradativamente a ampliar seus horizontes fazendo o perceber as v rias nuances no trato com as palavras sempre envolto em inten es importante acrescentar ainda que as pr ticas de leitura devem lhe proporcionar tanto a constru o do sentido do texto quanto a percep o das rela es de poder inerentes a ele A leitura nessa perspectiva n o pode estar dissociada da vida Nesse sentido n o poss vel restringir a leitura ao que o autor quis dizer mas aprimorar a reflex o o importante o que o texto diz a voc leitor pois a sua intera o com o texto que vai atribuir sentidos leitura L NGUA 2006 p 13 Nos encaminhamentos metodol gico
17. b a segunda que eleger como tem tica espec fica a tentativa de aplicar estes pressupostos ao livro did tico de l ngua portuguesa e literatura distribu do pela SEED PR aos docentes e Com o objetivo de transformar o sistema educacional brasileiro foi elaborada na ltima d cada uma s rie de interven es governamentais Marco dessas interven es foi a edi o dos PCNs em 1998 que se constitu ram como refer ncias importantes para outras a es tais como a avalia o das compet ncias desenvolvidas pelos alunos a avalia o dos livros did ticos e a implementa o de v rios programas de forma o de professores MACHADO 2004 16 discentes do ensino m dio da rede estadual paranaense Nesta segunda etapa pretendemos averiguar como os textos de g neros discursivos empregados neste material did tico s o abordados qual o trabalho did tico sugerido e se a concep o te rica dos g neros atribu da a Bakhtin 1979 disseminada a partir da publica o dos PCNs e no caso paranaense reafirmado pelas DCEs foi de fato compreendida pela equipe autoral do material A partir desta averigua o da organiza o interna do LDP PR diagnosticada pelo trabalho com as pr ticas de leitura escrita e oralidade ou seja do conte do tem tico buscamos sustenta o para a an lise deste LD como um exemplar do g nero LD LP visando assim verificar suas esferas de produ o e de circula o seu conte do tem tic
18. o do professor As tr s a es t m publica o dispon vel na WEB via site da SEED PR http www educacao pr gov br entretanto o LD tamb m foi distribu do aos docentes e discentes da rede p blica paranaense em vers o impressa e individual fato ao qual creditamos a poss vel amplitude de sua circula o escolar e que tamb m representa uma das justificativas de nossa escolha de pesquisa Desta forma este cap tulo visa apresenta o do objeto de pesquisa e da metodologia empregada nesta tese No primeiro t pico comentado o valor atribu do ao material did tico e definido o livro did tico de l ngua portuguesa LD LP No segundo t pico apresentado nosso objeto de pesquisa o Livro Did tico P blico L ngua Portuguesa e Literatura LDP PR Finalmente delimitada a metodologia de pesquisa 3 A x E Estas tr s a es ser o comentadas ao longo da tese 21 que organiza este trabalho e s o apresentadas informa es pertinentes acerca das pesquisas nacionais sobre livros did ticos de modo a situar nossa pesquisa em termos de originalidade 1 1 A AUTORIDADE DO LIVRO DID TICO Frente variedade de materiais did ticos destinados ao ensino vale definir o que seria o LD que elegemos como objeto de pesquisa De acordo com Britto 2002 p 166 grifos nossos Livro did tico poderia ser em princ pio todo livro que se organize em fun o do processo pedag gico de modo a apresentar um con
19. o po tica em forma de prosa 120 A hist ria da v rgula na Matem tica interessante Vejamos como nosso sistema de numera o posicional e com base 10 podemos representar as fra es na nota o decimal como n mero decimal A v rgula funciona a como marca de coordena o assind tica adi tiva que era o caso dos exemplos 8 e 9 lembra Como no registro de R 34 50 trinta e quatro reais e cinquenta centavos Aqui importan te saber o que significa esta coordena o assind tica aditiva Figura 9 Interdisciplinaridade D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 195 Analise a pontua o e o efeito de sentido que ela tem nos fragmentos abaixo O primeiro do poeta e escritor brasileiro Haroldo de Campos em sua obra Gal xias O segundo do romance Ensaio sobre a Cegueira do escritor portugu s Jos Saramago ganhador do pr mio Nobel de Literatura de 1998 Figura 10 Atividades com textos liter rios D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 196 O que se tem mesmo na explora o de texto n o verbal o recorte do g nero objetivando apenas o tema da unidade Precisamos recorrer ao conhecimento que j temos ou nossa in tui o das estruturas da l ngua ou seja aquilo que sabemos intuitiva mente sobre o funcionamento da l ngua um exerc cio que nos de safia pois estamos lidando com textos que transgridem as estruturas normatizada
20. 2009 e Costa 2009 114 Esta breve exposi o pauta se nos apontamentos de Bunzen J nior 2004 Schneuwly e Dolz 2004 Rojo 2008 Vian Jr e Lima Lopes 2005 Marcuschi 2008 e Carvalho 2005 115 No cen rio brasileiro esta multiplicidade parece ter sido disfar ada BUNZEN J NIOR 2004 93 comunicativos a audi ncia a circunst ncia e o g nero em detrimento de um ensino expl cito dos g neros como defendido pela escola australiana Nesta perspectiva o professor instigado constantemente a pensar trabalhar e ensinar a rela o intr nseca entre l ngua e vida A Escola de Genebra bastante influente nas propostas pedag gicas e nas pesquisas brasileiras ROJO 2008 ROJO CORDEIRO 2004 prop e luz do interacionismo s cio discursivo uma abordagem centrada na diversifica o dos textos e nas rela es destes com seu contexto de produ o observa assim os aspectos s cio hist ricos do g nero o qual considerado um mega instrumento da atividade de linguagem Para organizar e sistematizar o ensino com base em g neros escritos e orais p blicos os pesquisadores desta escola prop em o agrupamento dos g neros conforme as tipologias e as capacidades de a o discursivas e lingu stico textuais a serem dominadas pelos alunos Para possibilitar a progress o deste ensino estes pesquisadores prop em a sequ ncia did tica como unidade de trabalho Relacionando a proposta genebrina e sua aplica o
21. Bunzen J nior 2004 refor a o alerta de Rojo 2000 2008 sobre a necessidade de forma o do professor de l ngua materna caracterizada por uma vis o pedag gica did tica psicol gica e lingu stico discursiva bem consolidada No LDP PR h o emprego de parte dos apontamentos da Escola de Genebra localizados nos textos de apresenta o do LD e nas Diretrizes Curriculares de L ngua Portuguesa do Ensino M dio que orientam a produ o deste LD sobre o ensino com base em g neros escritos e orais p blicos ao justificar o trabalho com oralidade no LDP PR afirma se que s o in meras as circunst ncias em que voc aluno precisa se expressar oralmente com um maior grau de formalidade numa entrevista de sele o para um emprego L NGUA 2006 p 12 Na sequ ncia o trabalho com a oralidade relacionado s condi es de produ o e aos recursos expressivos da l ngua O grau de formalidade aliado s diferentes situa es de uso da escrita assim como a leitura de diversos textos oriundos de diferentes pr ticas sociais tamb m s o comentados na apresenta o do LDP PR sobre a diversidade textual o LDP PR se disp e a propiciar ao aluno experi ncia com a escrita de diferentes g neros com a leitura de textos dos mais variados g neros e com a integra o da linguagem verbal com as outras linguagens L NGUA 2006 p 13 14 116 Ser apresentada detalhadamente no decorrer deste cap tulo
22. atividade p 150 mantendo a rela o entre a imagem atrativa e a quest o mobilizadora e acrescentando a elas uma tira p 150 e a primeira explica o textual que relaciona o texto lido com o tema do cap tulo e retoma sua quest o de abertura e PAUL Maria de F tima Navarro Lins Linguagem cient fica e linguagem cotidiana maneiras de dizer L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 p 148 155 8 Segundo Costa 2009 p 88 exerc cio ou dever s o termos t picos do discurso escolar e se referem a tarefas ou trabalhos que o professor passa para seus alunos realizarem em sala ou em casa Cada exerc cio vai ter a pr pria estrutura composicional e o estilo espec fico pois pode se tratar de um question rio a responder de um conjunto de c lculos a realizar de um conjunto de aplica es gramaticais etc Devido a esta varia o composicional e estil stica optamos pela nomenclatura resposta ao g nero solicitado neste cap tulo 15 A Bolinha Azul uma famosa fotografia da Terra tirada em 7 de Dezembro de 1972 pela tripula o da nave espacial Apollo 17 a uma dist ncia de aproximadamente 55 000 quil metros 160 O Manual do Professor comenta sobre as respostas esperadas e sua rela o com temas presentes em nosso cotidiano quest es ambientes viol ncia guerras pobreza 131 considerando que o aluno tenha respondido pergunta solicitada nova produ o textual
23. atrav s deles que se d a comunica o humana Este tratamento da educa o como media o da pr tica social tem in cio no final dos anos 1970 e in cio da d cada de 1980 quando novos estudos lingu sticos centrados 102 Em refer ncia multiplicidade da linguagem constitui o do sujeito por meio da linguagem e ao emprego dela nas mais variadas esferas 103 Neste documento h uma polariza o entre o novo e o velho sendo o primeiro representado pela inefici ncia da pedagogia transmissiva de an lises estruturais e gramaticais que dissociam o texto da sua realidade social e o segundo representado pela elei o com car ter inovador do g nero como objeto de ensino BRASIL 1998 104 nos processos educativos e notadamente nas aulas de L ngua Materna que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua compet ncia lingu stica de forma a garantir uma inser o ativa e cr tica na sociedade na escola que o aluno e mais especificamente o da escola p blica deveria encontrar o espa o para as pr ticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade nas diferentes circunst ncias de uso da l ngua em inst ncias p blicas e privadas SEED 2008 p 38 105 O trabalho com os g neros portanto dever levar em conta que a l ngua instrumento de poder e que o acesso ao poder ou sua cr tica leg timo e direito para todos os cidad os SEED 2008 p 53 86 1
24. de acordo com esta perspectiva seria preciso examinar o aspecto f sico dos livros a disposi o do texto na p gina a impress o e a encaderna o sua disponibilidade em determinados contextos e os sinais do seu uso efetivo ROCKWELL 2001 p 15 Frente a este estudo de Rockwell pautamo nos no ensaio Notas um pouco c ticas sobre hipertexto e constru o de sentido no qual Possenti 2009 p 171 esclarece que a quest o da mudan a de sentido produzida pela diferen a de suporte passa longe da quest o da decifra o de um texto da descoberta de seu tema de suas rela es intertextuais e evidentemente ainda mais longe do sentido como sendo a inten o dada a conhecer direta ou indiretamente de um autor individual identific vel como se o autor fosse o locutor que est a nossa frente num bar falando de bebidas t picas ou de prefer ncias eleitorais No estudo apresentado Rockwell 2001 apresenta como o aspecto material do suporte especialmente a rela o entre texto e imagem decisiva na rela o entre os protocolos de leitura inscritos nos textos e as diversas maneiras de ler em sala de aula 63 Sobre a rela o entre suporte e as pr ticas de leituras Possenti 2009 p 172 alerta sobre o risco de supervalorizar a mudan a de suporte como suficiente para alterar o texto tornando central sem raz o um elemento que at recentemente era de fato desconsiderado ou considerado a
25. deva considerar sua funcionalidade conforme seu contexto de produ o consecutivamente os g neros discursivos s o considerados a base deste trabalho de modo a propiciar ao aluno maior desenvolvimento cognitivo e lingu stico para interagir socialmente atrav s da escolha de g nero adequado sua necessidade para que saiba o que e como dizer enfim para que via escola tenha acesso ao conhecimento acumulado culturalmente no que tange ao uso adequado da l ngua materna Esta concep o tamb m seguida pelo LDP PR Com este olhar buscamos desenvolver atividades que proporcionem experi ncias reais de uso da linguagem Ao realiz las voc aluno se confrontar com diferentes pr ticas discursivas como falar ler gestualizar representar e escrever Ao optarmos por essa metodologia pretendemos ampliar seu universo de informa es e mobiliz lo para a pesquisa a investiga o o levantamento de hip teses num trabalho mais eficaz com a l ngua L NGUA 2006 p 14 Considerando tamb m as recomenda es dos documentos instrutivos educacionais no caso os PCNs e as DCEs confirmam se os pressupostos j comentados a a l ngua como pr tica interativa de comunica o deve ser o objeto de ensino b a escola respons vel pela apropria o por parte dos educandos dos mecanismos de linguagem necess rios a sua efetiva comunica o c a no o de g neros a base deste ensino tendo em vista que
26. diretamente por aquela unidade estil stica subordinada na qual ele se integra diretamente o discurso estilisticamente individualizado da personagem por uma narra o familiar do narrador por uma carta etc esta unidade que determina o aspecto estil stico e lingu stico do elemento dado l xico sem ntico sint tico Ao mesmo tempo este elemento participa juntamente com a sua unidade estil stica mais pr xima do estilo do todo carrega o acento desse todo toma parte na estrutura e na revela o do sentido nico desse todo Ao explorar as formas composicionais da introdu o e da organiza o do plurilinguismo no romance Bakhtin 1975 p 110 apresenta dois tipos de mecanismos 3 Em entrevista 2007 Choppin afirma que o manual um objeto complexo que est inscrito em pocas e espa os geogr ficos um produto fabricado cultural Sua compreens o precisa levar em conta todo um contexto 24 Em estudo sobre os processos de hibridiza o Canclini 2006 p XIX define os como processos socioculturais nos quais estruturas ou pr ticas discretas que existem de forma separada se combinam para gerar novas estruturas objetos e pr ticas O autor esclarece tamb m que essas estruturas discretas n o podem ser consideradas fontes puras uma vez que resultam de hibridiza es 17 dial gicos a quest o da constru o h brida e os g neros intercalados Sobre a primeira o pensador define a como
27. do a partir de textos advindos de outros g neros intercalados como num romance determinar a forma do romance como um todo romance confiss o romance di rio romance epistolar etc BAKHTIN 1975 p 124 80 BAKHTIN 1929 63 1934 35 ou mesclados mixados como em g neros midi ticos CHANDLER 1997 PINHEIRO 2002 O que se tem o di logo entre g neros do qual podem resultar g neros h bridos g neros que de forma mais ou menos expl cita envolvem v rios g neros e resultam em um novo g nero n o uma mescla de g neros mas um g nero que atrav s da mixagem constr i sua pr pria identidade seu estatuto como tal O texto torna se pois no ponto de encontro no ponto de converg ncia de diferentes g neros PINHEIRO 2002 p 276 Em estudo sobre o emprego de g neros midi ticos em LDs LP de ensino fundamental Bueno 2002 observa que estes g neros n o mant m no LD exatamente as mesmas caracter sticas que possuem nas situa es de comunica o das quais fazem parte portanto s o modificados ao serem retextualizados quando incorporados ao LD esses g neros sociais s o transformados em g neros escolares De acordo com os dados analisados por Bueno 2002 p 150 O g nero social perde no LD a sua forma mantendo apenas o tema ou parte deste mas mesmo este tema pode sofrer altera es conforme o interesse do autor do LD Dessa forma ao contr rio do que poder amos imaginar n o o LD
28. do por adolescentes e crian as O grupo se encaminhava para uma apresenta o de gin stica ao ar livre mas foi surpreendido por uma chuva repentina Compare este par grafo com aquele que voc pontuou e formule a regra para a utiliza o das v r gulas 3 Construa a regra para a utiliza o da v rgula a partir da leitura e observa o das seguintes frases a Corra Jos Jos venha at aqui b Vilma esposa de Frea usava o cabelo preso Na pra a ele encontrou Maria dona do cachorro Figura 13 Atividades finais D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 199 200 Como constatamos neste cap tulo a leitura serviu para a exposi o do conte do gramatical diferentemente do que prop em as DCEs sobre a rela o entre a an lise lingu stica e as pr ticas discursivas ao afirmarem que 122 O estudo da l ngua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase Busca se na an lise lingu stica verificar como os elementos verbais os recursos dispon veis na l ngua e os elementos extraverbais as condi es e situa o de produ o atuam na constru o do sentido do texto A pr tica de an lise lingu stica constitui um trabalho de reflex o sobre a organiza o do texto escrito e ou falado um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de op es tem ticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista seu interlocutor S
29. e do Portal da Comiss o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES do Minist rio da Educa o http www capes gov br especificamente em seu Banco de Teses Realizamos as buscas entre 20 08 2011 e 05 09 2011 com base na categoria livro s did tico s de l ngua portuguesa ensino m dio livro did tico p blico paranaense sendo o per odo de interesse 2001 a 2011 visto que os per odos anteriores foram abarcados pelas pesquisas j comentadas FREITAG MOTTA COSTA 1997 PIROLA 2008 BATISTA ROJO 2005 De acordo com o levantamento realizado no Scielo verificamos que as pesquisas tematizam a constru o s cio hist rica do livro did tico a produ o textual a quest o da educa o no Brasil a quest o da autoria e o PNLD 35 OTA 2009 TAGLIANI 2011 MENEGASSI 2011 OLIVEIRA e SOUZA 2000 e FERNANDES 2004 GOLDEMBERS 1993 p 118 A publica o deste trabalho extrapola o per odo estabelecido 2001 2011 para o levantamento entretanto os dados apresentados s o importantes para esta pesquisa haja vista que apresenta um panorama detalhado da educa o no Brasil examinando a atividade do Poder 41 Conforme as buscas realizadas no Banco de Teses mantido pela Capes diagnosticamos como tema das teses selecionadas a literatura no ensino m dio a leitura as orienta es dos documentos oficiais para a pr tica docente a produ o textual e a varia o lingu
30. gica e a avalia o tamb m orientam o trabalho de modo espiral os g neros precisam ser 106 retomados nas diferentes s ries com n veis maiores de complexidade tendo em vista que a diferen a significativa entre as s ries est no grau de aprofundamento e da abordagem metodol gica SEED 2008 p 90 Assim cabe ao professor selecionar os g neros a serem trabalhados considerando o objetivo pretendido o uso e a esfera de circula o do g nero bem como a qualidade do encaminhamento Relacionando estas instru es com a distribui o de g neros feita no LDP PR e com as orienta es do Manual do Professor conclu mos que cabe ao docente de acordo com a realidade escolar em que se encontra escolher que cap tulos ou em que ordem dos cap tulos empregar o livro did tico que lhe foi enviado pela SEED PR bem como cabe a ele acrescentar aos cap tulos outras considera es atividades e g neros A partir destas defini es concep o de linguagem perspectivas acerca do ensino de l ngua com base em g neros e sequ ncia did tica e dos levantamentos estat sticos sobre os dom nios discursivos os agrupamentos de g neros conforme dom nios sociais de comunica o aspectos tipol gicos e capacidades de linguagem dominantes sobre as tipologias e pr ticas bem como sobre os g neros explorados no LDP PR a tese se encaminhar para a an lise do LDP PR como um exemplar do g nero LD LP Esta an lise ser div
31. ncia para os fins desejados e Antes de come ar a ler o texto por inteiro troque com os colegas impress es sobre as expectativas de leitura a partir apenas do t tulo e do primeiro par grafo o que voc s acham que vai acontecer Figura 26 Atividades e terceira produ o oral Quinto cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 72 140 A partir das quest es interpretativas e da proposta de produ o do final do conto dada nova explica o textual acerca dos recursos de persuas o empregados em g neros de variadas esferas publicit ria jornal stica e liter ria que serve para introduzir a atividade p 75 de produ o textual e exposi o oral de uma hist ria g nero escolar Agora voc vai exercer sua habilidade de convencer as pessoas atrav s da linguagem Pense em uma hist ria algum acontecimento que tenha se passado com voc ou com algum conhecido e crie um t tulo cnamativo para ela Ningu m pode saber qual a hist ria Os t tulos ser o apresentados em uma rela o e a hist ria cujo t tulo cnamar mais a aten o ser lida em sala Lembre se de que o t tulo cria expectativas no leitor que espera encontrar no texto tudo o que o t tulo prometeu Caso contr rio O t tulo ser considerado ruim T tulo ruim como mau pol tico n o cumpre o que promete Figura 27 Atividades e quarta produ o oral Quinto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 75 De acordo co
32. neros DOLZ SCHNEUWLY 2004 e de nossa classifica o adicional o agrupamento realizado no LD paranaense Dom nios sociais de x 5 ONNA G neros orais e escritos Cap tulos ED intercalados no LDP PR em que os g neros Aspectos tipol gicos s o explorados Capacidades de linguagem dominantes Cultura liter ria ficcional Conto de fadas 10 Narrar Lenda urbana 5 Mimeses da a o atrav s da Romance 7 8e16 cria o da intriga no dom nio Conto 1 5 6 8 10e13 do veross mil Cr nica liter ria 2 3 5 6e13 Causo 13 Texto b blico 6 8e 13 Documenta o e memoriza o B O 1 das a es humanas Not cia 2e9 Relatar Reportagem l1e13 Representa o pelo discurso Biografia 4 5 e8 de experi ncias vividas Entrevista 4 situadas no tempo Carta relato hist rico 8 Cartaz policial 1 Hist ria 5 Discuss o de problemas Texto de opini o 9 10e 15 sociais controversos Carta de leitor 9 Argumentar Abaixo assinado 14 Sustenta o refuta o e Carta de apresenta o 15 negocia o de tomadas de Charge 3 4 9e 15 posi o Debate 6e 14 Discurso 4 Mat ria jornal stica 15 Of cio 15 Parecer 9 Peti o 2 Resposta 12 Texto de apresenta o de CD 4 Tira 5 9 11 12e 13 Transmiss o e constru o de Texto expositivo lal6 saberes Semin rio 3e 10 Expor Verbete 6e 12 Apresenta o textual de Texto explicativo 5 6 8 12 e 16 diferentes formas dos saberes Desenho 8 Prov rbio 4e 12 E mail 16 Gloss rio 2e 13 Gr
33. o trabalho com escrita a partir de seis propostas 27 No c mputo individual das atividades realizadas no cap tulo a leitura trabalhada por meio de 13 propostas textos 59 e a oralidade por apenas tr s propostas de atividades 14 Este cap tulo composto a partir de dezesseis textos representativos de nove g neros tira haicai texto explicativo texto humor stico resposta verbete prov rbio m xima e texto expositivo Neste cap tulo tamb m ocorre o trabalho com a intertextualidade aliada tem tica da unidade linguagem cient fica e linguagem cotidiana Para o desenvolvimento desta tem tica foi realizada sele o textual variada e houve um trabalho focado na produ o escrita do g nero t pico da esfera pedag gica resposta As seis atividades de produ o textual restritas sala de aula est o assim distribu das e conduzidas no material did tico em an lise 1 atividade p 150 relacionando uma imagem atrativa no caso uma 159 fotografia do Planeta Terra p 148 e a quest o mobilizadora A terra tem solu o p 149 espera se que o aluno a responda A atividade seguinte d a entender que o aluno tenha respondido a quest o Como a maioria interpretou o termo solu o Quais foram as respostas mais recorrentes A que se deve essa recorr ncia Figura 20 Primeira produ o textual D cimo segundo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 150 2
34. palavra frase continue tendo grande relev ncia o texto est cada vez mais presente nesses livros verdade que muitas vezes como pretexto para o ensino de regras gramaticais variando tanto em g nero como em autores BEZERRA 2002a p 42 43 90 ais 3 p Sa ARAR Ea com s lida forma o human stica que a par de suas atividades profissionais eram m dicos advogados engenheiros e outros profissionais liberais e do exerc cio de cargos p blicos que quase sempre detinham dedicavam se tamb m ao ensino SOARES 2001a p 150 Esta escolha de conte do concep o de l ngua e papel dos LDs j foi detalhada no cap tulo anterior sendo retomada aqui como argumento em defesa do posicionamento que v o LD LP como g nero 12 A partir dos anos 1970 como dito a l ngua concebida como instrumento de comunica o e os LD LP modificam suas escolhas textuais introduzindo hist rias em quadrinhos ao lado de textos liter rios e depois not cias jornal sticas para leitura principalmente decodifica o e an lise estrutura textual recursos lingu sticos e gr ficos BEZERRA 2002a p 44 Dos anos 1980 ao final do s culo XX com a divulga o de outras teorias lingu sticas sobre o texto os LD LP ampliam e diversificam sua sele o textual incluindo textos jornal sticos e textos midi ticos de diversas linguagens cinema televis o inform tica publicidade etc ou seja o ensino de po
35. Bemquerer Contribui es ao debate sobre a rela o entre g neros textuais e suporte Revista Letras Curitiba n 75 76 p 183 196 maio dez 2008 COSTA Nelson Barros da Can o popular e ensino da l ngua materna o g nero can o nos Par metros Curriculares de L ngua Portuguesa Linguagem em Dis curso Tubar o v 4 n 1 p 9 36 jul dez 2003 169 COSTA S rgio Roberto Dicion rio de g neros textuais 2 ed rev ampl Belo Horizonte Aut ntica Editora 2009 205 p COSTA H BBES Terezinha da Concei o O professo de forma o continuada dos professores do Oeste do Paran um resgate hist rico reflexivo da forma o em l ngua portuguesa Londrina PR UEL 2008 Tese de doutorado em Estudos da Linguagem COSTA H BBES Terezinha da Concei o Reflex es lingu sticas sobre metodologia e pr tica de ensino de l ngua portuguesa Revista Conflu ncias Instituto de L ngua Portuguesa do Liceu Liter rio Portugu s n 35 36 p 129 146 Rio de Janeiro 1 sem 2009 CRISTOV O V L L NASCIMENTO E L orgs G neros textuais teoria e pr tica II Palmas e Uni o da Vit ria Kaygangue 2005 CUNHA D ris de Arruda C da A no o de g nero algumas evid ncias e dificuldades Revista do GELNE vol 2 n 2 2000 p 1 4 DASCAL Marcelo Interpreta o e compreens o S o Leopoldo Unisinos 2006 729 p DION SIO ngela Paiva Livros did ticos de Portugu s formam professores In DION SI
36. E E E O 5 Du fomes 0 0 o o po Do fumm o 1 E a o lem E a E RE 2 fome 2 OoOo 0 e EEE aaa ER E E E Du fems 2 0 1 21 0 0 a EE RE E E E eao E O A E O A E RE FETO O 0 Da fomes 1 Do o o pa Emi St EEE Ds fee o 5 201 0 4 al Ds fomes 1 Do o os pa 6 le 1 e 5 1 a 38 Dik fem o 0 1 0 0 a e tal is one 0 io o opa No cap tulo 6 h proposta de produ o oral ou escrita sem defini o do tipo N e w rr Por relacionar se com a cr nica classificamos a atividade como da ordem do narrar No cap tulo 12 h proposta de produ o do g nero resposta sem defini o da modalidade Pela solicita o de resposta classificamos a atividade como da ordem do argumentar Tabela 1 Tipologias e pr ticas exploradas no LDP PR Fonte Dados da pesquisa 103 P4 Verifica se que nos dezesseis cap tulos empregada a mesma estrat gia composicional s o utilizadas uma imagem e uma quest o mobilizadora atrativa nas duas primeiras p ginas Na primeira p gina exposto o texto visual ilustra o pintura em tela etc Na segunda p gina s o apresentados o t tulo a autoria e uma quest o ou texto que desperte o interesse dos alunos pela situa o problema norteadora do Folhas em an lise Na margem esquerda desta p gina em 100 dos cap tulos aparecem os cones que indicam o enfoque dos cap tulos em leitura escrita e oralidade Sobre o empr
37. Estado da Educa o do Paran de elaborar material did tico pr prio buscaremos avaliar como o Livro Did tico P blico Paranaense L ngua Portuguesa e Literatura LDP PR se constitui como exemplar do g nero discursivo Livro Did tico de L ngua Portuguesa LD LP e como se d o trabalho com textos de g neros discursivos intercalados neste material que empregado como ferramenta acess ria no ensino p blico em an lise A aten o que damos aos g neros ocorre em virtude da prescri o feita pelos Par metros Curriculares Nacionais PCNSs no final dos anos 1990 cuja recomenda o era e ainda que o ensino de L ngua Portuguesa LP deveria ocorrer por meio dos g neros Assim como consideramos a proposta de trabalho did tico pedag gico com a disciplina de LP recomendada pelas Diretrizes Curriculares da Educa o B sica L ngua Portuguesa DCEs De acordo com esta recomenda o a l ngua ser trabalhada em sala de aula a partir da linguagem em uso e considerando os g neros discursivos que circulam socialmente SEED 2008 Ao assumir o que foi exposto acima como pressuposto pretendemos levar a efeito um trabalho que dever se desenvolver em duas etapas a a primeira em que se procurar efetuar uma reflex o te rica sobre os G neros Discursivos BAKHTIN e sobre como a abordagem sociointeracionista se apropria desta concep o bakhtiniana e discute a quest o da didatiza o dos g neros SCHNEUWLY e DOLZ
38. LD como uma caixa preta no sentido atribu do por Bunzen J nior 2005 p 558 ou seja como fruto de um processo din mico em que saberes objetos e pr ticas de ensino que trazem tempos hist ricos e concep es de aprendizagem diferentes s o escolhidos entre tantos outros e trabalhados agenciados por diversos atores na produ o de um universal concreto uma verdadeira caixa preta que ser fechada e vendida aos consumidores Portanto al m de avaliar a transposi o did tica dos textos de g neros discursivos intercalados no LDP PR e a adequa o deste material aos preceitos dos documentos oficiais estudo sincr nico tamb m atentamos para como este material did tico p blico paranaense enquanto objeto cultural refletor de diversas vozes e fun es se constr i s cio historicamente e para como este LD revela o trabalho efetuado por seus autores na reprodu o transposi o e ou modifica o das teorias lingu sticas difundidas pelos documentos oficiais estudo diacr nico 1 3 1 Estado de arte dos estudos brasileiros sobre o livro did tico EN Visamos neste t pico apresenta o de um mapeamento dos estudos brasileiros acerca do livro did tico de l ngua portuguesa e literatura para o ensino m dio com o intuito de situar nossa pesquisa sobre o LDP PR Inicialmente retomamos os apontamentos de Choppin acerca da hist ria dos livros e das edi es did ticas na perspectiva da pesquisa mun
39. Mikhail Mikhailovitch Quest es de literatura e de est tica 6 ed S o Paulo Hucitec 2010 439 p publica o original de 1975 BAKHTIN Mikhail Mikhailovitch VOLOCHINOV Valentin N Discurso na vida e na arte sobre a po tica sociol gica Revista Zvezda 6 R ssia 1926 Tradu o para uso did tico feita por Carlos Alberto Faraco e Crist v o Tezza BAKHTIN Mikhail Mikhailovitch VOLOCHINOV Valentin N Marxismo e filosofia da linguagem 14 ed S o Paulo Hucitec 2010 203 p publica o original de 1929 BARBOSA Jaqueline Peixoto Trabalhando com os g neros do discurso uma perspectiva enunciativa para o ensino de l ngua portuguesa 2001 233 p Tese Doutorado Lingu stica Aplicada ao Ensino de L nguas Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo S o Paulo BARROS Alessandra Santana Soares e Discursos e significados sobre as pessoas com defici ncias nos livros did ticos de portugu s limites na comunica o de sentidos e 164 representa es acerca da diferen a Rev bras educ espec online 2007 vol 13 n 1 pp 61 76 ISSN 1413 6538 BARROS Diana Luz Pessoa de FIORIN Jos Luiz orgs Dialogismo polifonia intertextualidade em torno de Bakhtin 2 ed S o Paulo Edusp 1999 81 p BATISTA Ant nio Augusto Gomes A avalia o dos livros did ticos para entender o programa nacional do livro did tico PNLD In ROJO R BATISTA A A G orgs Livro did tico de l ngua
40. Na segunda s o elencadas as defesas do LD LP como g nero do discurso no sentido atribu do ao conceito de g nero pelo C rculo de Bakhtin BAKHTIN 1929 63 1972 1934 35 1975 1952 53 1979 BAKHTIN VOLOCHINOV 1929 como enunciado constitu do historicamente dentro de determinada esfera de produ o e de circula o Pautando nos nesta segunda perspectiva apresentaremos no sexto cap tulo nossa defini o justificada do LDP PR como um exemplar de g nero discursivo secund rio LD LP tomado pelo vi s din mico da produ o editora o e recep o detentor de tema estilo e composi o pr prios S Apesar de nos referirmos aos trabalhos de Mikhail Bakhtin tratam se das reflex es do C rculo de Bakhtin e n o exclusivamente dos textos assinados por ele N o nos interessamos nesta tese em discutir a autoria dos textos dos integrantes do c rculo composto por estudiosos e artistas como Bakhtin Volochinov Medvi diev e outros 61 Texto original de 1929 63 traduzido da 3 edi o publicada em 1972 Tradu o consultada Problemas da po tica de Dostoi vski 2010 62 O discurso no romance texto original de 1934 35 publicado em 1975 Tradu o consultada Quest es de literatura e de est tica 2010 p 71 210 6 Os g neros do discurso texto original de 1952 53 publicado em edi o p stuma em 1979 Tradu o consultada Est tica da cria o verbal 1992 p 277 326 Texto ori
41. Ortogr fico e a renova o constante do g nero aula conforme a realidade escolar a rea de ensino os novos recursos entre outros fatores guisa de exemplifica o uma aula de ci ncias que nos prim rdios pautava se na teoria apresentada pelo material did tico passa a envolver experi ncias desenvolvidas pelos alunos em sala de aula no laborat rio em visitas a campo vale se de filmes v deos teleconfer ncias depoimentos e de dados provindos de outros g neros como entrevistas reportagens artigos cient ficos obras de divulga o cient fica etc E Bakhtin 1929 63 1972 p 121 grifos do autor com um olhar diferenciado sobre o g nero quem discute a possibilidade de perman ncia e de renova o dos g neros dos liter rios inclusive Por sua natureza mesma o g nero liter rio reflete as tend ncias mais est veis perenes da evolu o da literatura O g nero sempre conserva os elementos imorredouros da archaica E 2 Os g neros sempre foram estudados pelo ngulo art stico liter rio de sua especificidade das distin es diferenciais intergen ricas dos limites da literatura e n o enquanto tipos particulares de enunciados que se diferenciam de outros tipos de enunciados com os quais contudo t m em comum a natureza verbal lingu stica BAKHTIN 1952 53 1979 p 280 grifo do autor 76 verdade que nele essa archaica s se conserva gra as sua permanente renova o vale di
42. PR realizou um trabalho por visita o algo como ler um ou dois textos pertencentes a um g nero responder perguntas de compreens o trabalhar quest es gramaticais e por fim produzir um texto BARBOSA 2001 p 218 ao inv s de um trabalho intensivo que levasse reflex o 162 Enunciado breve ritmado rimado ou n o muitas vezes uma frase nominal que expressa uma observa o de valor geral regra moral princ pio de conduta ou mesmo pensamento dito sem qualquer conota o de valor COSTA 2009 p 147 grifo nosso Na 1 edi o do LDP PR sugerida a conversa sobre estas m ximas com um professor de filosofia Na 2 edi o esta recomenda o retirada 133 sobre os g neros envolvendo suas esferas de circula o suas condi es de produ o seu conte do tem tico sua composi o e seu estilo como apregoam os PCNs e as DCEs e como sa dam as cartas apresentadas no in cio do LDP PR Uma poss vel solu o para a supera o deste trabalho por visita o seria a cria o de situa es e estrat gias por parte dos professores da rede a partir das sugest es do LDP PR nas quais os alunos utilizassem os g neros em diferentes situa es para os alunos utilizarem a l ngua escrita de forma dial gica e situada ou seja um trabalho de l ngua materna voltada para o uso dos textos em g neros especificos BUNZEN J NIOR 2007 p 157 5 3 A ORALIDADE V rias s o
43. Tubar o v 1 n 2 2001 BONINI Adair Os g neros do jornal o que aponta a literatura da rea de comunica o no Brasil Linguagem em Dis curso Tubar o v 4 n 1 2003a BONINI Adair Os g neros do jornal quest es de pesquisa e ensino In KARWOSKI AM GAYDECZKA B BRITO K S orgs G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Lucerna 2006 p 57 71 BONINI Adair Ve culo de comunica o e g nero textual no es conflitantes D E L T A S o Paulo v 19 n 1 p 65 89 2003b BRAIT Beth A natureza dial gica da linguagem formas e graus de representa o dessa dimens o constitutiva In FARACO C A TEZZA C CASTRO G de orgs Di logos com Bakhtin 3 ed Curitiba Ed da UFPR 2001 p 69 92 BRAIT Beth As vozes bakhtinianas e o di logo inconcluso In BARROS D P de FIORIN J L orgs Dialogismo polifonia intertextualidade em torno de Bakhtin 2 ed S o Paulo EDUSP 1999 p 11 27 BRAIT Beth PCNs g neros e ensino de l ngua faces discursivas da textualidade In ROJO R org A pr tica de linguagem em sala de aula praticando os PCNs 5 reimpr Campinas Mercado de Letras 2008 p 15 25 BR KLING K tia Lomba A gram tica nos LDs de 5 a 8 s ries Que rio este pelo qual corre o G nges In ROJO R BATISTA A A G orgs Livro did tico de l ngua portuguesa letramento e cultura escrita Campinas Mercado de Letras 2
44. Um dos integrantes dever contar este final para a turma Analisem as diferen as entre os desfechos criados Discutam o porqu dessas diferen as L NGUA 2006 p 133 grifos nossos S o tr s a es que promovem a intera o entre os alunos em sala de aula 180 A ser pesquisada pelo aluno 143 e Ap s a leitura do texto re nam se em grupos e oralmente elaborem um desfecho para o conto Um dos integrantes do grupo dever contar este final para a turma e Analisem as diferen as entre os desfechos criados Discutam o porqu dessas diferen as e Esse conto tamb m dialoga com os contos de fadas Indique as pistas do texto que indicam essa rela o e Na descri o da mocinha onde h o rompimento com o conto de fadas tradicional Explique este rompimento e Conforme vimos discutindo at aqui h v rias estrat gias nos textos para conseguir prender a aten o Identifique em Procurando Firme e Hist ria de Passarinho as estrat gias utilizadas para provocar algum efeito no leitor Figura 30 Atividades e segunda produ o oral D cimo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 133 Como atividade final proposta uma apresenta o em forma de semin rio a partir da leitura de outros contos sugeridos pelo LD e Dividam se em grupos Cada grupo ler um dos livros abaixo e far a an lise do conto ou de um dos contos apresentando para a turma em forma de semin rio
45. a linguagem oral J nos outros cap tulos conforme c lculo individual das habilidades trabalhadas em cada unidade mant m se uma le dez h certa percentagem discreta entre 3 e 13 Nos cap tulos cinco amplitude neste trabalho correspondendo a 17 dezessete por cento no 5 cap tulo e a 21 5 vinte e um v rgula cinco por cento no 10 1I Ver Anexo 9 172 Ver Anexo 10 138 173 O quinto cap tulo ao objetivar o trabalho com leitura 59 escrita 24 e oralidade 17 apresenta dezesseis g neros textuais classificados mapa haicai artigo legislat rio texto explicativo cr nica tira lenda urbana biografia slogan conto hist ria an ncio retrato falado propaganda e texto expositivo explorados por meio de vinte exemplares A tem tica da unidade publicidade desenvolvida a partir de sele o textual variada e de intenso trabalho interdisciplinar envolvendo conhecimentos de geografia e matem tica na quest o mobilizadora filosofia e sociologia nos textos expositivos e explicativo sendo a linguagem oral trabalhada por meio de quatro propostas relacionadas a cinco g neros cr nica an ncio propaganda conto e hist ria Na p gina 69 ap s a exposi o de explica o textual que relaciona o sonho da casa pr pria com a publicidade e introduz o texto do g nero cr nica p 68 69 s o propostas quest es de interpreta o e de produ o textual e De acordo com o a
46. alunos e de professores era ex guo e os primeiros livros did ticos brasileiros s o representados pelas cartinhas portuguesas posteriormente denominadas cartilhas Somente no s culo XVIII impresso o primeiro livro escolar de autor brasileiro Nova escola para aprender a ler escrever e contar de Manuel de Andrade Figueiredo 1722 Em rela o aos pioneiros da produ o did tica brasileira considerando o per odo de 1810 a 1910 Bittencourt 2004 p 480 apresenta reflex es sobre os autores do livro did tico e divide os em dois grupos O perfil dos autores dessa primeira gera o a partir de 1827 o de homens pertencentes elite intelectual e pol tica da recente na o n o apenas eram obrigados a seguir os programas estabelecidos como tamb m possu am estreita liga o com o poder institucional respons vel pela pol tica educacional do Estado pertenciam ao cen rio pol tico onde o saber era produzido e preocupavam se com a quest o da forma o moral e com os textos que eram oferecidos aos jovens leitores A partir do momento em que o ensino elementar das escolas p blicas se intensifica a segunda gera o de autores passa a desenvolver seu trabalho Este momento marcado pelas transforma es da pol tica liberal e pela defesa do nacionalismo Segundo Bittencourt 2004 p 483 Os anos 1870 e 1880 marcaram o in cio do crescimento escolar e o surgimento de escritores provenientes de outras esferas s
47. as contribui es dos estudos lingu sticos que tomam a quest o da oralidade e do ensino como objeto provenientes da Sociolingu stica da An lise da Conversa o da Pragm tica da Lingu stica Textual entre outras No campo da Gram tica especialmente no que tange ao portugu s falado Castilho 1998 p 13 afirma que No caso particular da L ngua Portuguesa n o se acredita mais que a fun o da escola deva concentrar se apenas no ensino da l ngua escrita a pretexto de que o aluno j aprendeu a l ngua falada em casa Ora se essa disciplina se concentrasse mais na reflex o sobre a l ngua que falamos deixando de lado a reprodu o de esquemas classificat rios logo se descobriria a import ncia da l ngua falada mesmo para a aquisi o da l ngua escrita Desta forma o trabalho com a rela o entre escrita e oralidade pode ir al m da pr tica pedag gica corrente indo al m do reconhecimento de supostas interfer ncias do oral no escrito portanto para detectar ru dos tidos como indesej veis e que deveriam ser banidos de uma escrita vista negativamente como h brida preciso que se valorize a presen a do oral no escrito CORR A 2001 p 164 Entretanto no discurso 164 Conforme as DCEs para dar oportunidade de socializar a experi ncia da produ o textual o professor pode utilizar se de diversas estrat gias como afixar os textos dos alunos no mural da escola reunir os diversos
48. com o objetivo de aplicar a teoria exposta e pesquisada como a proposta de an lise da pontua o e do seu efeito de sentido em dois fragmentos textuais de um poema em prosa e de um romance nada mais que usar o texto como pretexto ao inv s de explorar os g neros suas condi es de produ o e de circula o seus temas composi es e estilos a cabendo a explora o da linguagem da possibilidade de burlar estilisticamente a regra Caber ao professor conforme o Manual recomendar a leitura dos livros e a busca por outros textos que rompam com as regras de pontua o E pela aus ncia de orienta o no Manual 2006 constatamos que ser do professor a incumb ncia de realizar a explora o da linguagem comentada acima se estiver preparado para isso Vamos pesquisa consultem Gram ticas ou livros did ticos que se baseiam normalmente nas gram ticas normativas e verifique o que o autor fala a respeito da pontua o Na sequ ncia compara rem o que diferentes autores dizem a este respeito Figura 8 Sugest o de pesquisa D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 192 145 A obra Gal xias de Haroldo de Campos de dif cil classifica o j foi classificada como proesia Caetano Veloso e como audiovideotexto videotextogame pelo pr prio autor Visando uma classifica o mais abrangente e j em uso empregamos a express o poema em prosa que se refere fun
49. compara o com Portugal este devia contar com 80 mil letrados e uma not vel disponibilidade de livros tanto de tradi o manuscrita quanto impressa enquanto o Brasil teria 20 mil com not vel indisponibilidade de livros pois os livros trazidos da transmigra o da fam lia real esperaram muito tempo para serem reorganizados HOUAISS 1985 p 96 por interm dio do Marqu s de Pombal especificamente das reformas implantadas por este no ensino de Portugal e de suas col nias que a l ngua portuguesa se consolida no Brasil por meio de um ordenamento jur dico e administrativo em que a l ngua portuguesa passa a ser obrigat ria proscrevendo se o uso de quaisquer outras l nguas HOUAISS 1985 p 94 sendo inclu da e valorizada na escola Salienta se que estas medidas foram geradas no intuito de fazer da na o portuguesa um Estado progressista altura das demais na es europeias de modo a tir la do atraso cultural e econ mico em que submergia desde o dom nio espanhol quase h dois s culos para assim chegar moderniza o Ou seja esta medida ocorre em consequ ncia da necessidade de concentra o de riqueza para que Portugal pudesse dar o pr ximo passo ao Mercantilismo industrializa o capitalista No caso brasileiro a inclus o tardia da disciplina no curr culo escolar resulta da conviv ncia lingu stica entre o portugu s a l ngua geral e o latim durante alguns s culos Das reform
50. concordamos com T vora 2008 p 82 sobre o valor deste trabalho de Marcuschi Por ser um texto desbravador que tenta estabelecer limites e delimitar possibilidades de pesquisa o ensaio fornece tanto uma contribui o valorosa que permite guiar pesquisas como suscitar cr ticas E natural que numa rea em que pouca coisa foi escrita sejam encontradas incoer ncias nem por isso o ensaio deixa de ter valor acad mico Ademais segundo Costa 2008 o estudo sobre a rela o entre suportes e g neros textuais pode contribuir para a compreens o dos processos de emerg ncia transmuta o e circula o dos g neros Partindo do texto de Marcuschi 2003a a pesquisadora aprofunda a quest o do suporte defendendo que todo texto escrito ou multimodal tem um suporte condi o para sua circula o Na maioria dos casos pode se afirmar tamb m que os g neros textuais t m um suporte protot pico COSTA 2008 p 191 e aponta algumas dire es para o estudo da rela o entre os g neros e os suportes a h situa es em que os g neros e seus suportes s o percebidos pelos usu rios como indissoci veis b a hip tese de que a cria o de novos suportes seja um fator altamente relevante para o surgimento de novos g neros e a transforma o de g neros consolidados c a indica o de que os suportes afetam a interpreta o dos textos h g neros que podem circular em suportes diferenciados ma
51. d GERALDI 2000 p 160 A quarta produ o textual p 144 proposta ap s a explica o textual que relaciona chatice e amor Ao professor recomendado definir com os alunos o que eu l rico MANUAL 2006 Na sequ ncia feito o emprego de poema Merda e Ouro de Paulo Leminski como pretexto para produ o textual Novamente o g nero indefinido ao aluno apenas indicado o tema e o objetivo analisar Escreva um texto analisando em que grau de desjchatea o se encontra o eu l rico do poema abaixo do poeta paranaense Paulo Leminski Merda e Ouro Merda veneno No entanto n o h nada que seja mais bonito Que uma bela cagada Cagam ricos cagam padres Cagam reis e cagam fadas N o h merda que se compare bosta da pessoa amada Figura 17 Quarta produ o textual D cimo primeiro cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 144 Ao final da p gina 144 realizada outra explica o textual para introduzir outro recorte da adapta o da obra Tratado geral dos chatos p 145 Como atividade intertextual este texto relacionado com o texto filos fico trazido leitura de forma fragmentada Esta intertextualidade culmina na sugest o de quinta produ o textual e Sim ou n o O amor uma cnatea o Escreva um texto provando seu posicionamento leve em conta os argumentos filos ficos apresentados Figura 18 Quinta produ o textual D cimo primeiro cap tulo F
52. da rede estadual paranaense como tamb m poder ser empregado por qualquer professor de l ngua portuguesa que tenha interesse e que se aproprie do material em sua vers o digitalizada acess vel no site mantido pela SEED PR http www diaadia pr gov br index php A utiliza o desde LD LP incentivada pela SEED PR a partir do envio s escolas de exemplares individuais aos alunos da rede e aos professores bem como pelas notas na imprensa divulgando a proposta paranaense No segundo conjunto de ordem educacional e pedag gica verificamos que a proposta de elabora o de material did tico pr prio vem na esteira do Projeto Folhas 84 Esses professores trabalharam em regime de dedica o integral 40 horas semanais e foram assessorados pelos t cnicos pedag gicos do Departamento e por consultores de Institui es de Ensino Superior PARAN 2008 s p 835 O livro did tico p blico paranaense foi desenvolvido nas seguintes disciplinas do Ensino M dio Arte Biologia Educa o F sica Filosofia F sica Geografia Hist ria L ngua Portuguesa e Literatura L ngua Estrangeira Moderna Espanhol Ingl s Matem tica Qu mica e Sociologia 36 Cada um dos cap tulos deste LD denominado de Folhas tendo em vista seu estilo e objetivos De acordo com a apresenta o neste livro h uma preocupa o em escrever textos que valorizem o conhecimento cient fico filos fico e art stico bem como a dimens o h
53. de encaixes de textos no LD dada a nfase no objeto portador de texto e alerta para necessidade de se concentrar na constru o da rede intertextual no dialogismo nos alinhamentos que v o compor de forma m ltipla esse g nero do discurso Ademais escolhemos a abordagem do LD LP como g nero por ser a que melhor corresponde abordagem bakhtiniana que relaciona a escolha do g nero discursivo de acordo com a esfera de circula o com seus tipos relativamente est veis e com as condi es e finalidades desta esfera Cada esfera conhece seus g neros apropriados sua especificidade aos quais correspondem determinados estilos Uma dada fun o cient fica t cnica ideol gica oficial cotidiana e dadas condi es espec ficas para cada uma das esferas da comunica o verbal geram um dado g nero ou seja um dado tipo de enunciado relativamente est vel do ponto de vista tem tico composicional e estil stico BAKHTIN 1952 53 1979 p 283 284 Desta forma o LD LP pode ser considerado um g nero discursivo apropriado esfera pedag gica com estilo tema e composi o pr prios como veremos na sequ ncia Os g neros t picos da esfera do discurso pedag gico citados por Marcuschi bem como os provindos de outras esferas como contos not cias poemas an ncios Ae x A 96 publicit rios etc empregados na composi o do g nero LD LP podem conservar suas caracter sticas e podem ser vistos como
54. de g nero LD LP visando assim depreender sua singularidade seu perfil enfim sua proposta did tica nica 6 1 AS ESFERAS DE PRODU O E DE CIRCULA O DO LDP PR Com base em uma perspectiva enunciativo discursiva o presente estudo considera seu objeto o LDP PR como um exemplar do g nero discursivo secund rio LD LP conforme os pressupostos bakhtinianos BAKHTIN 1929 63 1972 1934 147 35 1975 1952 53 1979 BAKHTIN VOLOCHINOV 1929 ao inv s de mero suporte textual MARCUSCHI 2003a 2008 Ao assumir esse posicionamento o LDP PR apreciado como pertencente ao g nero do discurso LD LP envolto por interesses tanto da esfera de produ o quanto da esfera de circula o nas quais elege seus conte dos composi o e estilo No que tange esfera de produ o dois elementos se destacam a SEED PR e os professores autores a primeira como institui o respons vel pela produ o editora o publica o e distribui o deste material did tico e os segundos como autores conhecedores da realidade paranaense sabedores das orienta es prescritas nas DCEs e tendo experi ncia de autoria no Projeto Folhas No tocante s condi es de produ o dos materiais did ticos Batista 1999 p 554 as distribui em tr s grandes conjuntos i fatores de ordem econ mica e tecnol gica ii de ordem educacional e pedag gica e iii de ordem social e pol tica S o estes fatores inter relacionados que interferem
55. delimitadas narrar relatar argumentar expor descrever a es expressar e persuadir Entretanto o aprofundamento desta explora o de g neros e de tipologias n o diagnosticado tendo em vista que os encaminhamentos did ticos se d o no mesmo n vel Ocorre apenas a altera o na pr tica relacionada ao g nero explorado conforme se visualiza na Tabela 3 Cap tulos e pr ticas leitura Escrita Oralidade Romance narrar 7 8e16 2 513 Te blico narrar 68e13 Not cia Relatar 2e9 Reportagem Relatar 11e13 Biografia Relatar 45es T Opini o Argumentar 9 10e15 9 Charge Argumentar 3 4 9e15 Debate Argumentar 6e Tira Argumentar 5 9 11 12e13 5 T Expositivo Expor 1ass Semin rio Epor e1 Verbete Expor n 6 T Explicativo Expor 5 6 8 12e16 Prov rbio Expor Gloss rio Expor 2e13 Gr fico Mapa Expor 57e9 T Filos fico Expor 6e T Sociol gico Expor 3 4e7 Artigo legisl Descrevera es 2 5e16 Haicai Expressar 1a9 11a16 M sica Expressar 14e14 1e4 Poema prosa Expressar 7e16 Tabela 3 G neros repetidos e pr ticas de leitura escrita e oralidade do LDP PR Fonte Dados da pesquisa As DCEs ao explicitarem a tabela que relaciona o conte do estruturante discurso como pr tica social os conte dos b sicos a abordagem te rico metodol
56. did tico utilizando o enquanto muleta Ele passa assim a seguir o manual do professor como refer ncia essencial para suas aulas e dele extraindo por vezes na ntegra textos exerc cios etc por sentir se despreparado para realizar um trabalho de avalia o ou adapta o do material did tico 1995 p 117 Al m deste poderio concedido ao LD vale ressaltar que no Brasil n o h uma hist ria pr pria de conquistas e mudan as ocorridas em virtude do empenho dos grupos envolvidos alunos professores enfim da comunidade escolar mas sim um desenvolvimento que se d por meio de decretos medidas governamentais e leis ou seja s o mudan as impostas e n o conquistadas CARMAGNANI 1999 Ao abordar a rela o entre o LD e a forma o do professor Dion sio 2011 p 82 afirma que tanto o LD quanto o professor est o em fase de transi o buscando uma identidade que revele as transforma es te ricas e pol ticas ocorridas no panorama nacional Concordamos com a pesquisadora quando avalia que a fun o de 2 8 Ta formar professores n o dos LDs mas sim dos cursos de forma o os quais deveriam 5 Comentadas ao longo da tese A institui o da l ngua portuguesa como disciplina curricular brasileira exposta no Cap tulo 2 1 apresentar decretos e determina es que moldaram esta disciplina e o material did tico nela empregado 7 O Programa Nacional do Livro Did tico Os Par
57. dom nio do veross mil Documenta o e memoriza o Relatar Representa o pelo discurso de das a es humanas experi ncias vividas situadas no tempo Discuss o de problemas sociais Argumentar Sustenta o refuta o e negocia o de controversos tomadas de posi o Transmiss o e constru o de Expor Apresenta o textual de diferentes saberes formas de saber Instru es e prescri es Descrever a es Regula o m tua de comportamentos Quadro 4 Proposta provis ria de agrupamento de g neros Fonte Adaptado de Dolz e Schneuwly 2004 p 60 61 A poesia propositadamente ignorada pelos estudiosos genebrinos em seu quadro de agrupamento de g neros pois para Dolz e Schneuwly a poesia n o pode ser tratada como agrupamento de g neros Bakhtin 1952 53 1979 j havia alertado para a dificuldade de se definir o g nero poema tendo em vista a dinamicidade do sistema liter rio Adam 1992 tamb m exclui o tipo de sequ ncia po tico autot lica por 2 Adam Textualit et s quencialit 1 exemple de la description 1987 inicialmente concebeu sete tipos de sequ ncia narrativa descritiva argumentativa expositivo explicativa injuntivo instrucional conversacional e po tico autot lica mais tarde em 1992 reduziu a cinco narrativa descritiva explicativa argumentativa e dialogal 98 considerar o texto po tico como o resultado dos ajustes de superf cie na base do texto mas
58. dos de Ret rica e Po tica a literatura conte do meramente decorativo e a gram tica volta a ser o foco 4 Quarta fase 1931 a 1944 s o caracter sticas deste momento a incorpora o definitiva da literatura ao curr culo escolar o fim dos exames preparat rios e a exig ncia de conclus o de ensino secund rio Com a cria o do Conselho Nacional Educa o 1931 e da Comiss o 5 At o final do s culo XIX 70 setenta por cento da popula o brasileira ainda era analfabeta LAJOLO ZILBERMAN 1999 t A dura o do curso secund rio era equivalente ao per odo que hoje compreende as quatro ltimas s ries do Ensino Fundamental mais o Ensino M dio RAZZINI 2011 5 Assim eram chamados os exames de acesso aos cursos superiores no Brasil Direito Medicina Engenharia Como a conclus o do curso secund rio n o era exig ncia ou pr requisito para a entrada nas escolas superiores as escolas secund rias acabavam cumprindo o papel de cursos especializados no treinamento de candidatos aos exames preparat rios Esta realidade apesar de criticada e combatida alterada apenas em 1931 com a reforma Francisco Campos quando passa a ser exigida a conclus o do ensino secund rio 46 Nacional do Livro Did tico 1938 tem se o fim da hegemonia do Col gio Pedro II A partir da d cada de 1930 firma se o novo controle do Estado sobre a educa o secund ria e sobre os livros did ticos De acordo com Razzini 2010 p
59. encaixam na ordem do expor ou do narrar pois visam convencer o leitor a respeito de alguma ideia servi o ou produto para tanto fazem a divulga o desta ideia servi o ou produto por meio de texto descritivo e argumentativo pouco extenso de linguagem persuasiva e de articula o 120 dao r N A E i Apesar de o haicai ser um pequeno poema japon s constitu do por tr s versos de cinco sete e cinco s labas criado durante o ltimo per odo feudal sec XVT e cultivado at hoje optamos pela distin o entre haicai e poema para identificar os textos de g neros po ticos intercalados ao longo do LDP PR haja vista que os primeiros s o empregados sem direcionamento did tico ou rela o intertextual com a unidade e os segundos s o explorados como elo na intertextualidade desenvolvida em cada cap tulo 121 Os g neros secund rios do discurso o romance o teatro o discurso cient fico o discurso ideol gico etc aparecem em circunst ncias de uma comunica o cultural mais complexa e relativamente mais evolu da principalmente escrita art stica cient fica sociopol tica BAKHTIN 1952 53 1979 p 281 100 entre linguagem verbal e visual FONTANA PAVIANI PRESSANTO 2009 Frente a estas caracter sticas n s os classificamos como um g nero secund rio da ordem do persuadir Dadas as nossas an lises dos dezesseis cap tulos do LDP PR apresentamos a partir da proposta provis ria de agrupamento de g
60. figura central mas existe o aluno O livro did tico n o pode separ los A partir da segunda metade do s culo XIX passou a se tornar mais claro que o livro did tico n o era um material de uso exclusivo do professor mas que ele precisava ir diretamente para as m os dos alunos BITTENCOURT 2004 p 483 Para Freitag Motta e Costa 1997 p 105 do ponto de vista de uso h tr s categorias de usu rios ou consumidores do livro did tico o Estado que compra o livro o professor que o escolhe e o utiliza como instrumento de trabalho em suas aulas e finalmente o aluno que tem no livro o material considerado indispens vel para seu aprendizado nesta ou naquela rea do conhecimento num ou noutro n vel de forma o Segundo Batista 1999 p 550 O professor e os alunos se alternaram historicamente como leitores visados pela produ o did tica e contemporaneamente essa altern ncia parece ter se transformado em duplicidade 52 apesar da separa o do exemplar do professor e do aluno em boa parte das cole es Outrossim estes livros did ticos tamb m revelam o status da autoria uma vez que professores de v rios col gios como do Col gio Pedro II criado em 1837 no Rio de Janeiro e considerado modelo para o ensino secund rio no Brasil do Col gio Minerva organizado e mantido na Corte do Col gio de Valen a entre outros foram autores de algumas das obras renomadas De acordo com as reflex
61. fortemente definidas e reguladas do exterior dificilmente s o aprendidas sem uma interven o did tica DOLZ SCHNEUWLY 2004 p 176 Os pesquisadores su os sugerem que esta interven o envolva o conhecimento das caracter sticas dos g neros uma coleta de documentos aut nticos que sirva de corpus para dar base s expectativas quanto ao g nero e a suas dimens es ensin veis a necess ria transforma o do g nero quando da sua entrada na escola ao mesmo tempo tem se um instrumento de comunica o e um objeto de aprendizagem a considera o das capacidades de linguagem visadas a ficcionaliza o do g nero e uma modeliza o explicativa que define o saber pr tico visado Este modelo did tico proposto por Dolz e Schneuwly 2004 organizado nas sequ ncias did ticas comentadas anteriormente Como mencionamos anteriormente ao apresentar a Escola de Genebra esta postura su a frente ao desafio de ensinar a linguagem oral para ser adotada pela rede escolar brasileira exige que a forma o dos docentes seja caracterizada por uma vis o pedag gica did tica psicol gica e lingu stico discursiva bem consolidada E de acordo com as pesquisas acerca das propostas para o ensino da linguagem oral presentes nos LD LP a realidade escolar contempor nea ainda n o comporta um trabalho de reflex o que articule todos os aspectos g neros orais prim rios e secund rios rela o entre linguagem oral e escrita vari
62. ideias diretrizes que emanam dos luminares da poca certo n mero de objetivos que se perseguem certo n mero de palavras de ordem etc Sem falar do modelo das antologias escolares que servem de base para o estudo da l ngua materna e que decerto s o sempre expressivas Mikhail Bakhtin Em virtude de o LDP PR de acordo com a proposta detalhada em sua apresenta o procurar trabalhar com g neros variados cr nicas poemas charges entre outros e abordar as pr ticas da oralidade da escrita e da leitura e em nossa pesquisa ser de grande interesse o trabalho com a produ o tanto oral quanto escrita e com a compreens o de g neros discursivos apresentamos neste cap tulo a fundamenta o te rica sobre o ensino de l ngua materna por meio de g neros e nosso levantamento de dados estat sticos acerca do LDP PR para que possamos dar encaminhamento an lise deste LD como exemplar do g nero LD LP Deste modo neste cap tulo s o definidos a concep o sociointeracionista de linguagem em que se pauta esta pesquisa e que norteia o LDP PR de acordo com as recomenda es das DCEs e dos PCNs a configura o e a estrat gia composicional Ao justificar o trabalho com leitura justifica se que para vivenciar experi ncias com textos produzidos em diferentes pr ticas sociais cr nicas piadas poemas causos populares textos de opini o reportagens charges hist rias em quadrinhos teatro cordel rom
63. leitura das obras do C rculo de Bakhtin citadas 87 O autor e o her i na atividade est tica texto original de 1920 1930 publicado em edi o p stuma em 1979 Tradu o brasileira consultada Est tica da cria o verbal 1992 1 ed p 23 220 88 Retomam se aqui as afirma es detalhadas no cap tulo anterior 2 1 O ensino de l ngua portuguesa e o desenvolvimento do livro did tico no Brasil 8 O feitio que t m os livros did ticos hoje com textos vocabul rio interpreta o gram tica reda o e ilustra es surgiu no fim dos anos 60 vindo a se consolidar na d cada de 70 in cio da expans o editorial desse tipo de livro BEZERRA 2005 p 35 71 Tamb m a autoria do LD LP reconfigurada ao contexto s cio hist rico e s condi es de produ o de estudiosos autodidatas da l ngua e de sua literatura esta autoria foi progressivamente se deslocando para professores do ensino elementar e m dio isto professores em exerc cio naquelas s ries para as quais escrevem seus manuais e professores em geral desconhecidos SOARES 2001b 67 68 Na esfera de circula o o p blico escolar ampliado todas as classes sociais come am a frequentar a escola por volta de 1950 consecutivamente o corpo docente precisa ser aumentado e tem in cio a deprecia o da fun o de professor SOARES 2002 e 2001b HOUAISS 1985 CLARE 2002 Desta forma o movimento s cio hist rico em que o livr
64. lingu stica e no papel da escola como institui o democr tica e respons vel pela socializa o do conhecimento assim como encaminhamentos metodol gicos para o trabalho com oralidade recomendam que as atividades orais precisam oferecer condi es ao aluno de falar com flu ncia em situa es formais adequar a linguagem conforme as circunst ncias interlocutores assunto inten o aproveitar os imensos recursos expressivos da l ngua e principalmente praticar e aprender a conviv ncia democr tica que sup e o falar e o ouvir SEED 2008 p 65 Este tamb m o posicionamento das Orienta es Curriculares para o Ensino M dio ao defenderem que atividades de produ o recep o e an lise de textos orais sejam mais exploradas e que esta explora o n o seja de orienta o dicot mica e oposicionista em rela o escrita mas que possibilite ao aluno perceber que fala e escrita s o modalidades lingu sticas complementares interativas 5 3 1 A oralidade no LDP PR O Quadro 6 Distribui o dos textos e das atividades conforme as pr ticas p 108 revela que a oralidade a habilidade menos trabalhada no LDP PR com 33 trinta e tr s textos e ou propostas de atividades Este n mero corresponde a 9 43 nove v rgula quarenta e tr s por cento do total de textos e a es sugeridos por este LD De acordo com os dados levantados nos cap tulos oito e onze n o proposto qualquer exerc cio que envolva
65. metros Curriculares Nacionais O PNLD em A o e os diversos sistemas de avalia o implantados recentemente representam algumas destas mudan as pol ticas DION SIO 2011 p 82 Seria reconhecer que ainda estamos com os p s na d cada de 50 uma vez que caberia ao autor de livro did tico a sele o e a prepara o dos conte dos a serem ministrados DION SIO 2011 p 83 24 preparar os futuros professores para elaborar o material did tico a ser utilizado em suas aulas Ciente de que esta n o a realidade talvez nem seja algum dia e apoiando se em G rard e Roegiers 1998 Dion sio ressalva que os manuais did ticos exercem certas fun es na forma o de professor No caso paranaense de acordo com as propostas p blicas PDE Folhas e LDP PR comentadas anteriormente h uma tentativa de tornar o professor autor do pr prio material did tico entretanto como explicitaremos houve falhas pela institui o organizadora na prepara o dos professores envolvidos Sobre esta rela o professor livro did tico Rojo 2011 p 50 grifo nosso quando aborda o LD LP e os modos de se relacionar de usar e de escolher o LD defende que o professor n o perde automaticamente a autonomia pela mera presen a do livro did tico em sala de aula mas se a perde perde porque n o se coloca em di logo com o livro subordinando o a seus projetos de ensino O livro did tico em sala de aula nada mais que
66. n o exatamente como uma estrutura hier rquica e ordenada de proposi es BONINI 2005 p 217 Schneuwly e Dolz 2004 p 75 grifos nossos situados numa perspectiva bakhtiniana elencam tr s dimens es como essenciais para a defini o de g nero como suporte de atividade de linguagem 1 os conte dos e os conhecimentos que se tornam diz veis por meio dele 2 os elementos das estruturas comunicativas e semi ticas partilhadas pelos textos reconhecidos como pertencentes ao g nero 3 as configura es espec ficas de unidades de linguagem tra os principalmente da posi o enunciativa do enunciador e dos conjuntos particulares de sequ ncias textuais e de tipos discursivos que formam sua estrutura O g nero assim definido atravessa a heterogeneidade das pr ticas de linguagem e faz emergir toda uma s rie de regularidades no uso S o as dimens es partilhadas pelos textos pertencentes ao g nero que lhe conferem uma estabilidade de fato o que n o exclui evolu es por vezes importantes E ao se objetivar avaliar as tr s dimens es eleitas por Dolz e Schneuwly frente ao poema percebe se que quanto aos conte dos no poema tem se a dispers o dos temas j que este g nero pode tratar de qualquer assunto Quanto estrutura tanto pode ser a tradicional com versos rimas bem marcadas e estrofes quanto pode variar significativamente de um poema a outro Quanto ao estilo segundo Bakhtin 1952 53 1979 p 283 nos
67. o de CD 4 Eletr nico digital Lenda urbana 5 1 31 E mail 16 An ncio 3 5e15 Publicit rio Cartaz propagand stico 14 3 92 Propaganda 5 Slogan 5 Texto expositivo la16 Escolar Semin rio 3e10 28 11 Verbete 6e 12 Texto explicativo 5 6 8 12e16 Desenho 8 Projeto de pesquisa 13 Gloss rio 2e13 Gr fico 3 13e15 Infogr fico 15 Legenda 9 Mapa 5 7e9 Quadro 16 Resposta 12 Hist ria 5 Debate 6e 14 Parecer 9 Artigo legislat rio 2 5e 16 Jur dico Contrato 2 4 58 Peti o 2 Notifica o 14 Retrato falado 5 Comercial Carta de apresenta o 15 0 65 112 Consideramos a esfera liter ria art stica de modo abrangente literomusical m sica art stico visual pintura dentre outros a ponto de abarcar o discurso 92 Policial B O 1 1 31 Cartaz policial 1 Obra de divulga o cient fica 11 Acad mico Pensamento 2 5 88 Texto filos fico 1 6e11 Texto sociol gico 3 4e7 M xima 12 Pol tico Discurso 4 0 65 Quadro 2 G neros e dom nios discursivos 113 Fonte Dados da pesquisa Tendo ci ncia da heterogeneidade e da multiplicidade de perspectivas que caracterizam o interesse pela teoria dos g neros e de suas aplica es especificamente no que tange ao ensino de l ngua materna com base em g neros comentaremos pontualmente tr s das perspectivas que aliam a teoria dos g neros e o ensino de l ngua a Escola de Sidney a Escola de Genebra e a Nova Ret
68. o inicial as quais permitem a apropria o do g nero uma vez que a organiza o destes m dulos constitui um trabalho planejado cuidadosamente O movimento geral da sequ ncia did tica vai portanto do complexo para o simples da produ o inicial aos m dulos cada um trabalhando uma ou outra capacidade necess ria ao dom nio do g nero 96 No fim o movimento leva novamente ao complexo a produ o final DOLZ NOVERRAZ SCHNEUWLY 2004 p 103 Nestes m dulos s o trabalhados problemas de n veis diferentes as atividades devem ser variadas e as aquisi es devem ser capitalizadas ou seja progressivamente os alunos constroem conhecimentos sobre os g neros e devem registr los em forma de s ntese d Produ o final por meio desta produ o o aluno pode colocar em pr tica as no es e os instrumentos elaborados separadamente nos m dulos Al m disso esta produ o possibilita a avalia o somativa a ser realizada pelo professor O que se espera desta etapa que se invista nas aprendizagens e que se avalie conforme os elementos trabalhados em aula e que se tornam crit rios de avalia o De acordo com Nascimento 2005 p 167 para a organiza o de uma sequ ncia did tica primeiramente deve ser selecionado o g nero que vai constituir o objeto de ensino aprendizagem que vai definir a delimita o dos objetivos conte dos e atividades Entretanto os autores genebrinos DOLZ SCHNEUWLY 200
69. para leitura met fora de um iceberg DASCAL 2006 em que s o associados os cinco modelos de leitura 2 sobre a rela o entre o desenvolvimento da escrita e da leitura associado quest o da evolu o ou seja ao tema central do cap tulo modernidade p 93 a 95 A MODERNIDADE mesmo ningu m sabe ao certo quando come ou Nem ningu m sabe como terminar embora olhando se para os rastros de destrui o que ela vai deixando possa se fazer uma previs o n o muito otimista Ela um impulso ativo para a transforma o geral e mudan a que vem desde o tempo dos descobrimentos passando pelas revolu es que destronaram as realezas tamb m pelas revolu es industriais e tecnol gicas pela urbaniza o das cidades chegando aos dias de hoje em que ao ter ao p de si todo o Planeta Terra mapeado rastreado o homem volta se para o espa o Cam es um poeta de Portugal l pelos idos de 1500 j apontava essa tend ncia de mudan a 115 Voltemos ainda ao livro de E a de Queiroz antes de terminar esta aula Observe o seguinte fragmento em que o narrador mostra as id ias de Jacinto antes de mudar se para Tormes sal Este processo de mudan a que chamamos MODERNIDADE foi movido pelos mais diversos motivos e desejos humanos um deles a esperan a ut pica de melhorar a pr pria esp cie A palavra MODERNIDADE est umbilicalmente ligada a outras duas palavras civiliza o e progresso Progresso
70. permitida marcada pela experi ncia reduzida e merc da SEED PR que faz emergir as mudan as no caso restritas ao conte do tem tico j que o LD paranaense mant m o estilo e a composi o t picas do g nero LD LP 160 CONSIDERA ES FINAIS A busca pela qualifica o do professor da rede p blica paranaense vislumbrada no Programa de Desenvolvimento Educacional no projeto Folhas e na publica o de material did tico pr prio administrada pela SEED PR Secretaria de Estado da Educa o do Paran associada nossa preocupa o com o processo de leitura e de produ o textual dos alunos do Ensino M dio da rede estadual de ensino do Estado do Paran motivou nossa pesquisa descritivo explicativa que toma o Livro Did tico P blico Paranaense L ngua Portuguesa e Literatura LDP PR como objeto de estudo Considerando as recomenda es dos Par metros Curriculares Nacionais PCNs e das Diretrizes Curriculares da Educa o B sica L ngua Portuguesa DCEs acerca do ensino de l ngua materna por meio de g neros a concep o bakhtiniana de g neros discursivos e a abordagem sociointeracionista da Escola de Genebra que se apropria desta concep o e discute a quest o da didatiza o dos g neros definimos o objetivo desta pesquisa averiguar a rela o dial gica entre o LDP PR e os livros representantes do g nero discursivo LD LP Para a realiza o deste objetivo decidimos dividir a an lise em duas
71. picos da esfera pedag gica explica o textual exerc cios dicas de leitura refer ncias espa o para anota es etc a divis o por cap tulos tem ticos o foco no ensino de l ngua materna especificamente nas pr ticas de leitura escrita e oralidade o objetivo de atender car ncia hist rica de material did tico no Ensino M dio L NGUA 2006 p 4 a autoria em conjunto e organizada pela SEED PR entre outras caracter sticas que exaltam a natureza discursiva de nosso objeto de pesquisa Al m destas caracter sticas quanto aos prop sitos poss vel afirmar que o LD pode buscar preencher diferentes fun es em sala de aula pode se destinar a diferentes leitores pode buscar construir diferentes formas de media o entre os alunos e seu professor Assim os textos e impressos did ticos podem servir como 69 instrumento de aprendizado do aluno podem tamb m buscar organizar o trabalho cotidiano de ensino do professor Podem ainda servir de complemento ao aprendizado do aluno e ao trabalho do professor aprofundando temas ou propondo exerc cios ou atividades ensejando utiliza es tanto individuais como coletivas Podem tamb m buscar servir de refer ncia s atividades escolares fornecendo instrumentos de consulta ou de acesso a documentos textuais e iconogr ficos Podem buscar atender s necessidades de introdu o dos alunos a textos obras ou pr ticas com a leitura liter ria Podem buscar s
72. portuguesa letramento e cultura escrita Campinas Mercado de Letras 2008 p 25 67 BATISTA Ant nio Augusto Gomes Aula de portugu s discurso e saberes escolares S o Paulo Martins Fontes 2001 145 p BATISTA Ant nio Augusto Gomes Recomenda es para uma pol tica p blica de livros did ticos Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental 2002 57 p BATISTA Ant nio Augusto Gomes Um objeto vari vel e inst vel textos impressos e livros did ticos In ABREU M org Leitura hist ria e hist ria da leitura Campinas Mercado de Letras Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 529 576 BATISTA Ant nio Augusto Gomes GALV O Ana Maria de Oliveira KLINKE Karina Livros escolares de leitura uma morfologia 1866 1956 Revista Brasileira de Educa o n 20 p 27 47 maio jun jul ago 2002 BATISTA Ant nio Augusto Gomes ROJO Roxane Livros escolares no Brasil a produ o cient fica In VAL M da G C MARCUSCHI B orgs Livros did ticos de l ngua portuguesa letramento inclus o e cidadania Belo Horizonte Ceale Aut ntica 2005 p 13 45 BATISTA Ant nio Augusto Gomes ROJO Roxane Z NIGA Nora Cabrera Produzindo livros did ticos em tempo de mudan a 1999 2002 In VAL M da G MARCUSCHI B orgs Livros did ticos de l ngua portuguesa letramento inclus o e cidadania Belo Horizonte Ceale Aut ntica 2005 p 47 72 BELMIRO Celia Abicalil
73. que as informa es divulgadas via Portal Dia a Dia Educa o acerca da produ o edi o e recep o do LDP PR foram retiradas do ar a partir de 2011 ficando apenas o livro did tico acess vel 30 escolar e s o tornadas p blicas a todos os professores da rede por meio virtual seja pelo site Dia a Dia Educa o seja pelos Grupos de Trabalho em Rede GTR Com o mesmo intento de forma o continuada o Folhas um projeto que envolve tanto o conhecimento te rico quanto a pr tica resultando num material did tico produzido pelo professor sobre um assunto cont udo de sua disciplina Ap s desenvolvimento de forma colaborativa e interdisciplinar o Folhas produzido avaliado pelo N cleo Regional de Ensino e pelo Departamento de Educa o B sica e se aprovado publicado no Portal Dia a Dia Educa o CAMILLO 2007 Desta forma os docentes que se interessam podem imprimir Folhas para trabalhar com os alunos ou lev los sala de inform tica para acessarem este material Dadas as especificidades destas tr s a es estaduais p blicas de incentivo forma o continuada e tendo em vista a primazia do suporte virtual para os g neros empregados no PDE e no Projeto Folhas optamos pelo LDP PR como objeto de pesquisa pois al m de estar dispon vel neste suporte foi encaminhado a seu p blico alvo no suporte livro A seguir explicitamos a metodologia empregada no estudo deste objeto 1 3 A METODOLOGIA DE AN
74. que serve de suporte para o estudo de um g nero social mas o g nero social transformado em escolar que serve como um dos meios de o LD mostrar o conte do sacralizado como relevante Diante desta proposi o de Bueno valemo nos das observa es de Bakhtin Volochinov 1929 p 44 grifos dos autores sobre o problema dos g neros lingu sticos para verificar a raz o de os g neros midi ticos de sociais a escolares sofrerem altera es em virtude de sua entrada no LD LP cada poca e cada grupo social t m seu repert rio de formas de discurso na comunica o socioideol gica A cada grupo de formas pertencentes ao mesmo g nero isto a cada forma de discurso social corresponde um grupo de temas Entre as formas de comunica o por exemplo rela es entre colaboradores num contexto puramente t cnico a forma de enuncia o respostas curtas na linguagem de neg cios e enfim o tema existe uma unidade org nica que nada poderia destruir Eis por que a classifica o das formas de enuncia o deve apoiar se sobre uma classifica o das formas de comunica o verbal Em outras palavras os g neros midi ticos presentes no LD LP e transformados em escolares assim est o em virtude da unidade org nica em que este g nero constitu do 81 Na intercala o de g neros com uma finalidade comum no caso o ensino de objetos espec ficos a sele o n o se d de forma aleat ria mas sim consid
75. rica de modo a perceber que h mais de uma op o para o ensino por meio de g neros e com vistas a verificar qual foi empregada no LDP PR A escola australiana Escola de Sidney desenvolve seus estudos sobre os g neros com base na Lingu stica Sist mico Funcional proposta por Halliday que concebe a linguagem relacionada ao contexto de cultura donde decorre a escolha do g nero e ao contexto de situa o onde se d a escolha do registro assim a proposta para o ensino tanto de l ngua materna quanto de l ngua estrangeira por meio de g neros possui uma vis o hol stica e transdisciplinar pois visa produ o de g neros para todas as disciplinas escolares Nesta perspectiva espera se que os alunos tenham acesso aprendizagem por meio de uma pedagogia mais centrada no professor e nos objetos de ensino os g neros que s o considerados instrumentos de mudan a social e de empoderamento A Escola Norte Americana Nova Ret rica de perspectiva s cio ret rica e cultural toma o g nero como a o social focando mais nos aspectos sociais e culturais do que nos lingu stico textuais Por respeito ao conhecimento situado e ao contexto n o proposto nenhum encaminhamento espec fico tem se apenas a valoriza o das situa es ret ricas como propulsoras da reflex o discente sobre os prop sitos 13 Distribu mos os dados da pesquisa de acordo com os apontamentos de Barbosa 2001 SEED 2008 Marcuschi
76. se tornar objetos do trabalho escolar tendo em vista que saber falar n o importa em que l ngua dominar os g neros que nela emergiram historicamente dos mais simples aos mais complexos SCHNEUWLY 2004 p 138 A esta concep o e a estes objetos de ensino subjazem as d vidas sobre que g neros orais selecionar e como trabalh los Sendo o papel da escola o de instruir fundamental o ensino dos g neros da comunica o p blica formal tanto escolares quanto extraescolares ao inv s dos g neros da vida privada cotidiana E este ensino de 166 E x ER sa de cm a ea A A formalidade destes g neros refere se s exig ncias das institui es nas quais os g neros se realizam s caracter sticas convencionais de seu funcionamento e n o a prescri es normativas 167 Cavalcante e Melo 2007 apresentam uma proposta de leitura de textos de g neros televisivos baseados no di logo como entrevista novela entre outros 168 Na tica do ensino os g neros constituem um ponto de refer ncia concreta para os alunos Em rela o extrema variedade das pr ticas de linguagem os g neros podem ser considerados entidades intermedi rias permitindo estabilizar os elementos formais e rituais das pr ticas Assim o trabalho sobre os g neros dota os alunos de meios de an lise das condi es sociais efetivas de produ o e de recep o dos textos DOLZ SCHNEUWLY 2004 p 172 136 formas do oral
77. sistematizador privilegiado dos conte dos elencados pelas propostas curriculares um instrumento pedag gico E finalmente o livro did tico um importante ve culo portador de um sistema de valores de uma ideologia de uma cultura Frente a estes argumentos em prol da pesquisa e s tend ncias da pesquisa brasileira acerca dos livros did ticos apresentadas por Batista e Rojo 2005 o presente trabalho apresenta nuances comuns sendo uma pesquisa descritivo explicativa Com o intuito de analisar o LDP PR como livro did tico em si a pesquisa de car ter sincr nico avalia a transposi o did tica de textos de g neros discursivos intercalados no g nero LD e sua adequa o aos preceitos dos documentos oficiais O car ter diacr nico desta pesquisa est na avalia o do LDP PR como um exemplar do g nero discursivo LD LP observando assim a rela o dial gica entre o LDP PR e os LDs que o antecederam bem como com o Projeto Folhas que lhe d origem e com os LDs que o suceder o de modo que s o consideradas suas condi es de produ o e de circula o No intuito de n o limitar o levantamento bibliogr fico selecionado aos livros e de conferir maior atualidade em rela o ao problema que move esta pesquisa optamos pela realiza o de levantamento e sele o bibliogr fica de trabalhos relevantes para a pesquisa em desenvolvimento a partir da Scientific Electronic Library Online Scielo http www scielo org
78. social dos alunos Os livros did ticos publicados a partir dos anos 1990 e que desde 1996 passam a ser avaliados pelo Programa Nacional do Livro Did tico PNLD demonstram que embora tenham recebido nos ltimos anos maior aten o de autores e editores na dire o de propostas de ensino mais respons veis continuam centrados nas pr ticas letradas da cultura da escrita cujos resultados parecem segundo o desempenho de alunos de Ensino M dio nas avalia es institucionais n o estar preparando os alunos para a vida cidad como querem os referenciais de ensino ROJO BATISTA 2008 p 21 No que tange concep o de livro did tico seguida pelo PNLD n o h apresenta o expressa de seu posicionamento todavia considerando os editais e seus crit rios de avalia o constata se que o Programa compactua do modelo cristalizado de manual escolar que condiciona e organiza a atividade docente ao selecionar conte dos apresentar atividades e indicar a metodologia de ensino desses De acordo com Batista 2008 p 49 Essa concep o de livro did tico e os materiais educacionais que dela resultam por tudo isso s o pouco adequados para responder s exig ncias apresentadas pelo contexto educacional contempor neo Para isso necess rio dispor de um livro did tico tamb m diversificado e flex vel sens vel varia o das formas de organiza o escolar e dos projetos pedag gicos assim como di
79. textuais por parte do leitor nesse caso mero decodificador modelo ascendente bottom up ou seja que o significado est relacionado apenas ao texto analisado estruturalmente das partes para o todo E num segundo momento que o significado depende do leitor Significado este que pode mudar dependendo de quem l pois se d na confirma o das hip teses formuladas pelo leitor que encontram no material lingu stico sua credibilidade modelo descendente top down Essas concep es contribu ram bastante para o avan o na compreens o dos aspectos cognitivos da leitura Entretanto ao supervalorizarem ora o texto ora o leitor como fonte nica do sentido n o consideraram a intera o autor texto leitor que comp e aspecto essencial para explicar o modo como se processam os atos de leitura Uma terceira vis o chamada de interacionista caracteriza o processo de leitura como resultado de uma aproxima o interativa entre autor e leitor via texto Segundo essa concep o te rica o leitor considerado sujeito ativo capaz de percorrer as marcas textuais deixadas pelo autor acionar seus conhecimentos pr vios e confront los com os dados textuais elaborando assim o sentido CORACINI 1995 Esta concep o n o leva em considera o os aspectos s cio hist ricos de modo que o texto ainda permanece como elemento fundamental da leitura ou seja como detentor das leituras por ele autorizadas A quarta concep o de le
80. thematic content but retains the style marked by the use of injunctive explanatory and expository discourses and compositional construction multimodal textuality that is typical of the LD LP genre We attribute to the multiple authorship made up of teachers from the public educational system marked by limited experience and at the mercy of the Parana s State Department of Education SEED PR this attachment to the consolidated genre KEY WORDS textbook discursive genre teacher author discursive practices LISTA DE FIGURAS Figura 1 Quest es mobilizadoras S timo cap tulo 113 Figura 2 Explica es textuais sobre leitura S timo cap tulo 114 Figura 3 Explica es textuais sobre modernidade S timo cap tulo 115 Figura 4 Atividades S timo Capitulo s2 cacestessugadal ces sapfaTas dei pago tada r Estica dal a apta oa 115 Figura 5 Atividade final S timo cap tulo essere 116 Figura 6 Exemplo de haicai S timo cap tulo esee eee cereereraenea 117 Figura 7 Atividades D cimo sexto cap tulo 118 Figura 8 Sugest o de pesquisa D cimo sexto cap tulo 119 Figura 9 Interdisciplinaridade D cimo sexto cap tulo s 120 Figura 10 Atividades com textos liter rios D cimo sexto cap tulo
81. um dispositivo de ensino um instrumento atrav s do qual o professor e seus alunos passam a dispor de um conjunto de textos e exerc cios com base nos quais a aula o ensino e o aprendizado podem prosseguir sem que haja perda importante de tempo com ditados e c pias da lousa Do ponto de vista dos alunos ele mais que isso sim o material que lhes permitir acompanhar e registrar as aulas mas tamb m o texto que lhes permitir estudar em casa com autonomia e recordar o que foi feito antes na escola e para muitos ser dos poucos materiais escritos base de pr ticas letradas que ter o em casa Ao refletir sobre a modeliza o did tica e o planejamento educacional Rojo 2001 relata parte de um processo de forma o de professores e revela que a atividade de planejar a es did ticas apesar de ser caracter stica da profiss o ainda n o conhecida por completo ou seja os professores t m dificuldade na sele o do conte do e na metodologia a ser empregada para este ensino A pesquisadora a partir dos dados levantados constata que o professor abriu m o de uma de suas atribui es b sicas a de ser dono da voz isto a de planejar seu ensino de acordo com as necessidades e possibilidades de seus alunos em favor do que feito pelos autores dos livros did ticos assumindo de bom grado uma posi o de animador de sala de aula cujo G rard e Roegiers 1998 p 89 apud Marcuschi 20
82. vel em lt http www cbl org br telas opiniao opiniao detalhes aspx id 1808 gt Acesso em 01 set 2011 PARTICULAR PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o Panorama geral dos trabalhos 2008 mimeo PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o Hist rico Livro Did tico P blico um caminho de valoriza o do professor e do estudante paranaense Dispon vel em lt http http www seed pr gov br portals portal livrodidatico saiba php PHPSESSID 2 007033014512872Hhistorico gt Acesso em 04 jul 2008 175 PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o Pesquisa e produ o DEB Departamento de Educa o B sica Dispon vel em lt http w ww diaadia pr gov br deb modules conteudo print php conteudo 22 gt Acesso em 30 dez 2010 PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o Projeto Folhas Dispon vel em lt http www diaadia pr gov br projetofolhas modules conteudo conteudo php conteudo 10 gt Acesso em 30 dez 2010 PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o Projeto Folhas Dispon vel em lt http www diadiaeducacao pr gov br portals portal projetofolhas index php logado o k amp PHPSESSID 2012011417105971 gt Acesso em 14 jan 2011 PARAN Portal educacional do Estado do Paran Dia a dia educa o PDE Dispon vel em lt http w ww gestaoescolar diaadi
83. 008 p 211 252 166 BRASIL Decreto Lei n 1 006 de 30 de Dezembro de 1938 C mara dos deputados legisla o Di rio Oficial da Uni o Se o 1 05 01 1939 p 277 publica o original Bras lia Dispon vel em lt http www2 camara gov br legin fed declei 1930 1939 decreto lei 1006 30 dezembro 1938 350741 publicacaooriginal l pe html gt Acesso em 20 ago 2011 BRASIL Lei n 4 024 de 20 de Dezembro de 1961 C mara dos deputados legisla o Di rio Oficial da Uni o Se o 1 27 12 1961 p 11429 publica o original Bras lia Dispon vel em lt http www2 camara gov br legin fed lei 1960 1969 1e1 4024 20 dezembro 1961 353722 norma pl html gt Acesso em 21 out 2011 BRASIL Lei n 5 692 de 11 de Agosto de 1971 C mara dos deputados legisla o Di rio Oficial da Uni o Se o 1 12 08 1971 p 6377 publica o original Bras lia Dispon vel em lt http www2 camara gov br legin fed lei 1970 1979 1e1 5692 11 agosto 1971 357752 norma pl html gt Acesso em 21 out 2011 BRITTO Luiz Percival Leme Livro did tico e autonomia docente Scripta Belo Horizonte v 6 n 11 2 sem 2002 p 162 170 BRONCKART Jean Paul Atividade de linguagem discurso e desenvolvimento humano Campinas Mercado de Letras 2006 258 p BRONCKART Jean Paul Atividade de linguagem textos e discursos por um interacionismo sociodiscursivo 2 ed S o Paulo EDUC 2007 353 p BUENO Luzia G neros da m d
84. 01 p 141 asseguram que os manuais escolares t m o objetivo de contribu rem com instrumentos que permitam aos professores um melhor desempenho do seu papel profissional no processo de ensino aprendizagem DION SIO 2011 p 83 Constru o de um modelo did tico para o ensino de um dado objeto de conhecimento conforme Dolz Schneuwly e De Pietro 1998 25 z planejador e executor o discurso do livro did tico ROJO 2001 p 332 Na mesma linha de racioc nio Batista 2001 p 96 grifos do autor analisa a aula de Portugu s e avalia o papel condicionante e limitador do livro did tico na atividade discursiva realizada em sala de aula Ao livro did tico cabem as fun es de definir um conjunto de saberes a serem transmitidos e suas formas de progress o e organiza o cabem ainda a ele as fun es de ensinar atrav s dos textos primeiros e de propor exerc cios que por um lado asseguram esse ensino e por outro exponham as rela es dos alunos com os saberes que se ensinam e a aprendizagem que deles realizam Ao professor de modo correspondente cabe fazer funcionar esse ensino gerenciando o e adaptando o s condi es de seus alunos ou seja cabe a ele avaliar e corrigir o aprendizado dos alunos Sobre o lugar que o LD ocupa na pr tica docente Br kling 2008 p 212 esclarece por um lado constitui se refer ncia organizadora do curr culo escolar selecionando conte dos de
85. 06 no texto contexto e na intera o social das pr ticas discursivas s o desenvolvidos e quando as primeiras obras do C rculo de Bakhtin passam a ser lidas nos meios acad micos De acordo com as Diretrizes Curriculares SEED 2008 p 46 Essas produ es te ricas influenciaram os programas de reestrutura o do Ensino de 2 Grau de 1988 e do Curr culo B sico de 1990 que j denunciavam o ensino de l ngua cristalizado em viciosas e repetitivas pr ticas que se centram no repasse de conte dos gramaticais PARAN 1988 p 02 e valorizavam o direito educa o lingu stica O Curr culo de L ngua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula focado na leitura e na produ o buscava romper com o ensino tradicionalista optamos por um ensino n o mais voltado teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de l ngua padr o mas ao dom nio efetivo de falar ler e escrever PARAN 1990 p 56 Os Par metros Curriculares Nacionais do final da d cada de 1990 apesar da nfase aos aspectos formais do texto e da n o considera o de o texto ser elo na cadeia de intera o social tamb m fundamentaram a proposta de ensino da disciplina de L ngua Portuguesa na concep o interacionista pautada numa reflex o sobre os usos da linguagem oral e escrita O risco causado pela vis o restrita dos PCNs de valorizar a forma e a finalidade escolar ao inv s de privilegiar
86. 2007 5 Martins 2006 3 Marangon 2009 4 Souza 2004 48 Perez 2008 Retorta 2007 Oliveira 2007 l Renk 2009 4 42 2 SOBRE O LIVRO DID TICO Os livros did ticos n o s o apenas instrumentos pedag gicos s o tamb m produtos de grupos sociais que procuram por interm dio deles perpetuar suas identidades seus valores suas tradi es suas culturas Alain Choppin Com a recupera o da hist ria da institui o da l ngua portuguesa como disciplina curricular brasileira este cap tulo pretende discutir como foram feitas as escolhas de conte do a ser ensinado primeiramente o conhecimento sobre ou da l ngua na sequ ncia o uso da l ngua com enfoque na comunica o e por fim a escrita a leitura e a oralidade exploradas de modo social hist rico e interacional como se deu a elei o das concep es de l ngua como sistema e express o est tica como comunica o ou como discurso bem como observar o papel dos livros did ticos nesta hist ria uma vez que no conte do dessas obras se encontra um dos mais surpreendentes e reveladores cap tulos da hist ria do ensino no Brasil PFROMM NETTO et al 1974 p 154 Percept vel ser no desenrolar deste cap tulo que tanto o contexto social pol tico e cultural quanto a evolu o da Lingu stica s o fundamentais na constitui o da disciplina em foco como tamb m na hist ria dos materiais did ticos nela empregados A hi
87. 22 at todo tipo de manifesta o gr fica incluindo textos de outras disciplinas do curr culo jornais revistas quadrinhos propaganda entre outros Este movimento de leitura de textos de outras culturas que formaram a cultura brasileira testemunhou a queda definitiva da forma o cl ssica humanista expressa na escola secund ria pela extin o do Latim pela perda da hegemonia da leitura liter ria como pedra angular da forma o e pela substitui o paulatina do ensino de Franc s pelo ensino de Ingl s estabelecendo la os culturais mais fortes com a cultura dos Estados Unidos n o por acaso portanto o pa s que financiava ou avalizava os projetos desenvolvimentistas do governo militar brasileiro Quanto aos objetivos n o mais desenvolvido um estudo sobre ou da l ngua o que se pretende o desenvolvimento do uso da l ngua ou seja s o objetivos pragm ticos e utilit rios com vistas a instrumentalizar o aluno como emissor receptor de mensagens competente no que tange a utiliza o e compreens o de c digos verbais e n o verbais Na vis o contempor nea implementa o destes objetivos defendida por de Pfromm Netto et al 1974 p 215 n o somente os procedimentos de ensino est o sofrendo dr stica revis o como tamb m os curr culos e programas est o se ajustando aos imperativos da moderniza o do ensino Criticava se o ensino elementar e o gin sio no passado por serem sobrec
88. 4 alertam que apesar de os g neros serem a base do trabalho escolar n o poss vel a partir deles construir uma progress o devido ao fato de serem entidades vagas de car ter multiforme male vel e espont neo al m da diversidade da quantidade da aus ncia de um eixo de continuidade e da impossibilidade de sistematiza o que caracterizam os g neros sendo necess rio assim agrup los de modo a trabalhar com as capacidades de linguagem tomadas como objeto de ensino aprendizagem As capacidades de linguagem dominantes selecionadas por Dolz e Schneuwly para seu agrupamento de g neros referem se s aptid es requeridas do usu rio na produ o gen rica em dada situa o de intera o adaptar se s caracter sticas do contexto e do referente capacidades de a o mobilizar modelos discursivos capacidades discursivas dominar as opera es psicolingu sticas e as unidades lingu sticas capacidades lingu stico discursivas DOLZ SCHNEUWLY 2004 p 52 No quadro a seguir podem se ver as tr s capacidades relacionadas com as atividades a serem desenvolvidas ao longo da sequ ncia did tica 18 Uma proposta interessante de adapta o da SD adaptada realidade dos anos iniciais do Ensino Fundametal elaborada por Costa Hiibbes 2008 e consiste na inser o de um m dulo de reconhecimento do g nero com atividades e exerc cios que contemplem a leitura a pesquisa e an lise lingu stica com text
89. 5 4 2 10 8 3 3 11 17 6 0 12 13 6 3 13 20 4 2 14 8 1 1 15 23 4 1 16 18 1 1 Totais 264 53 33 Correspond ncia 75 43 15 14 9 43 Quadro 6 Distribui o dos textos e das atividades conforme as pr ticas Fonte Dados da pesquisa Como encaminhamento a este cap tulo de an lise optamos por dividi lo em tr s blocos de acordo com a aten o e as estrat gias dadas a cada pr tica discursiva Estes tr s blocos seguem a mesma estrutura primeiramente apresentamos a fundamenta o te rica e em seguida analisamos dois cap tulos do LDP PR no que tange ao trabalho com a pr tica discursiva tematizada Efetuamos a escolha destes cap tulos representativos do trabalhado efetuado com cada pr tica de acordo com o c mputo individual das atividades e textos propostos em cada cap tulo Salientamos que esta an lise se pauta na 1 edi o do material haja vista que na 2 edi o as altera es s o pontuais 12 Estas altera es ser o comentadas ao longo deste cap tulo 109 5 1 A LEITURA As concep es norteadoras da pr tica pedag gica no que tange leitura podem ser divididas em quatro pontos de vista As afirma es mais extremistas referem se a dois tipos b sicos de processamento de informa o top down descendente e bottom up ascendente KATO 1987 Num primeiro momento essas concep es de leitura defendem que o sentido est no texto e que o processo se apoia no reconhecimento das pistas
90. 56 A Reforma Capanema de 1942 e 1943 estendeu o ensino de Portugu s para as ltimas fases do secund rio que passou a ser chamado de 2 Ciclo dividido entre Cl ssico e Cient fico Nas primeiras tr s s ries do secund rio foi introduzida a leitura patri tica deslocando a leitura liter ria para as ltimas s ries em que se estudava Portugu s mas principalmente hist ria da literatura brasileira e portuguesa O ensino do vern culo gramatical e liter rio sob orienta o lusitana centrado no bem falar e no bem escrever dos modelos tradicionais da leitura liter ria sobreviveria na escola secund ria brasileira at o final da d cada de 1960 dificultando a entrada de escritores modernistas nos livros did ticos Com as transforma es ocorridas a partir da d cada de 50 do s culo XX em termos de p blico alvo escolar e professores o ensino aprendizagem de portugu s tamb m alterado Inicialmente estudavam se as regras gramaticais dado que o p blico escolar os filhos fam lia nas palavras de Houaiss 1985 p 94 falava a variante padr o e tinha condi es de estudar sobre a l ngua Este p blico econ mica e socialmente privilegiado era o nico com acesso escola e ao qual cabiam a aprendizagem da gram tica da l ngua portuguesa e a an lise de textos de autores consagrados Neste contexto tamb m o professor era usu rio da norma padr o e era respons vel pelo preparo de suas aulas pautadas em
91. 73 Verificamos pelos encaminhamentos a presen a dos modelos hermen utico Quais as coisas boas que voc percebe criptogr fico das partes para o todo Repare na distribui o dos continentes Quais transforma es est o por tr s das diferen as e de estrutura profunda pois indo al m dos dados presentes nos mapas e nas leituras precedentes ao longo do cap tulo o leitor consegue relacionar a modernidade e seus efeitos 4 para conclus o da unidade p 98 proposta a atividade que envolve leitura de um texto do g nero poesia em prosa e de um texto do g nero texto 116 sociol gico escrita de um texto reflexivo sobre o tema modifica es trazidas pela modernidade e oralidade pela sugest o de conversa entre os alunos sobre as leituras efetuadas Esses dois textos fazem refer ncia a que modifica es trazidas pela MODERNIDADE Fa a um texto refletindo sobre esta quest o Mostre o ao seu professor e converse com seus amigos sobre as id ias que voc teve a partir das leituras Figura 5 Atividade final S timo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 98 Especificamente sobre a leitura pelo encaminhamento pontual podemos afirmar que para o LDP PR o aluno j considerado um leitor apto a desenvolver os cinco modelos de leitura agrupados por Dascal na met fora de um iceberg 2006 Entretanto a leitura de novos g neros poesia em prosa e texto sociol gico n
92. 88 245 p CHARTIER Roger A ordem dos livros leitores autores e bibliotecas na Europa entre os s culos XIV e XVIII Bras lia Editora Universidade de Bras lia 1999c 111 p CHARTIER Roger As revolu es da leitura no ocidente In ABREU M org Leitura hist ria e hist ria da leitura Campinas Mercado de Letras 1999a p 19 32 168 CHARTIER Roger Do livro leitura In CHARTIER R org Pr ticas de leitura 2 ed S o Paulo Esta o Liberdade 2001 p 77 105 CHARTIER Roger Entrevista 2008 Dispon vel em lt http observatoriodaimprensa com br news view folha de s paulo 31199 gt Acesso em 28 nov 2011 CHARTIER Roger Os desafios da escrita S o Paulo Editora UNESP 2002 145 p CHOPPIN Alain Hist ria dos livros e das edi es did ticas sobre o estado da arte Educa o e pesquisa v 30 n 3 set dez 2004 p 549 566 CHOPPIN Alain O livro did tico na Fran a CEALE Minas Gerais 22 jul 2008 Entrevista Dispon vel em lt http www ceale fae ufmg br entrevista imprimir php txtId 396 amp catld gt Acesso em 11 ago 2011 CHOPPIN Alain O manual escolar como fonte documental CEALE Minas Gerais 04 dez 2007 Entrevista Dispon vel em lt http www ceale fae ufmg br noticias ler materia php txtId 295 gt Acesso em 11 ago 2011 CHOPPIN Alain Pref cio In BITTENCOURT C Livro did tico e saber escolar 1810 1910 Belo Horizonte Aut ntica 2008 p 9 12
93. 94 sobre as capacidades de a o discursivas e lingu stico textuais a serem dominadas pelos alunos a proposta de trabalho com a linguagem do LDP PR viabiliza sua dos alunos participa o na hist ria de forma mais ativa e transformadora instrumentalizando o para construir julgamentos coerentes emitir opini es dialogar com outros textos e assim produzir sua pr pria forma de pensar e agir no mundo com e pela linguagem L NGUA 2006 p 14 sobre a sequ ncia did tica quanto apresenta o da situa o prop em as DCEs SEED 2008 p 99 que o professor planeje a produ o textual detalhando a tarefa de express o oral ou escrita a ser realizada e estimule a amplia o de leituras sobre o tema e o g nero propostos quanto produ o e aos m dulos sugere se que o professor acompanhe esta etapa e oriente os alunos sobre quest es lingu sticas estil sticas discursivas estruturais e contextuais quanto produ o final ao professor caber o encaminhamento da reescrita textual atentando para as quest es tem ticas composicionais e estil sticas De acordo com o Manual do Professor sobre o LDP PR o trabalho com escrita envolve a an lise dos aspectos lingu sticos textuais e discursivos da produ o inicial do aluno bem como a refac o textual visando o aperfei oamento da l ngua Para que possamos efetuar a an lise do material did tico paranaense associaremos as recomenda es das DCEs aos pres
94. A imagem e suas formas de visualidade nos livros did ticos de portugu s Educa o amp sociedade ano XXI n 72 ago 2000 p 11 31 BELMIRO Celia Abicalil Uma educa o est tica nos livros did ticos de portugu s In ROJO R BATISTA A A G orgs Livro did tico de l ngua portuguesa letramento e cultura escrita Campinas Mercado de Letras 2008 p 299 320 BENTES Anna Christina G nero e ensino algumas reflex es sobre a produ o de materiais did ticos para a educa o de jovens e adultos In KARWOSKI A M GAYDECZKA B BRITO K S orgs G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Lucerna 2006 p 85 106 BEZERRA Benedito Gomes BIASI RODRIGUES Bernadete CAVALCANTE M nica Magalh es orgs G neros e sequ ncias textuais Recife Edupe 2009 248 p BEZERRA Maria Auxiliadora Hist ria um g nero textual tipicamente did tico Revista do GELNE vol 2 n 2 2000 p 1 3 BEZERRA Maria Auxiliadora Ensino de l ngua portuguesa e contextos te rico metodol gicos In DIONISIO A P MACHADO A R BEZERRA M A orgs G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002a p 37 46 165 BEZERRA Maria Auxiliadora Por que cartas do leitor na sala de aula In DIONISIO A P MACHADO A R BEZERRA M A orgs G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002b p 208 216 BEZERRA Maria Auxiliadora Textos sele o varia
95. ACINI M J R F org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1999 p 45 55 CARVALHO Gisele de G nero como a o social em Miller e Bazerman o conceito uma sugest o metodol gica e um exemplo de aplica o In MEURER J L BONINI A MOTTA ROTH D orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola Editorial 2005 p 130 149 CASSIANO C lia Cristina de Figueiredo O mercado do livro did tico no Brasil da cria o do Programa Nacional do Livro Did tico PNLD entrada do capital internacional espanhol 1985 2007 Tese de Doutorado em Educa o Pontif cia Universidade de S o Paulo 2007 234 p CASTILHO Ataliba Teixeira de A l ngua falada no ensino de portugu s S o Paulo Contexto 1998 158 p CAVALCANTE Marianne C B MELO Cristina T V de Oralidade no ensino m dio em busca de uma pr tica In BUNZEN C MENDON A M orgs Portugu s no ensino m dio e forma o do professor 2 ed S o Paulo Par bola Editorial 2007 p 181 198 CHANDLER Daniel An introduction to genre theory 1997 Dispon vel em lt http faculty washington edu farkas TC5 10 ChandlerGenreTheory pdf gt Acesso em 20 set 2011 CHARTIER Roger A aventura do livro do leitor ao navegador S o Paulo Editora UNESP 1999b 160 p CHARTIER Roger 4 hist ria cultural entre pr ticas e representa es Lisboa Difel 19
96. Alves havia publicado apenas 67 t tulos sendo 59 de ensino nas tr s d cadas seguintes ela acompanhou a expans o escolar publicando 538 t tulos 295 dos quais eram did ticos Outras empresas como a editora Melhoramentos 1915 e a editora Monteiro Lobato 1918 aparecem em S o Paulo nessa poca fazendo do livro did tico um importante ramo de seus neg cios RAZZINI 2011 p 97 37 os estudos de Hollanda 1957 Oliveira 1968 Albuquerque 1976 e Pfromm Netto et al 1974 A segunda fase de 1970 ao final dos anos 80 mant m a iniciativa de s ntese da produ o did tica e se divide em dois momentos O primeiro marcado por abordagem anal tica com o intuito de elaborar uma cr tica cultural investigando o conte do ideol gico e cultural dos manuais bem como a imagem social transmitida no cen rio de censura em que institui es oficiais regulavam conte dos No segundo momento dando prosseguimento a esta cr tica por m preocupando se com o contexto das pol ticas p blicas em que o livro est inserido ressignificando a an lise de conte dos pesquisadores come aram a se interrogar sobre a participa o do Governo a legisla o relacionada ao manual did tico as cifras programas espec ficos m todos e t cnicas de escrita e produ o PIROLA 2008 p 20 As an lises efetuadas por Nosella 1981 Oliveira Guimar es e Bom ny 1984 e Freitag Motta e Costa 1987 1997 figuram como refer ncias deste p
97. Contos de Terror de Mist rio e de Morte de Edgar Allan Poe O Relato de Arthur Gordon Rym de Edgar Allan Poe Feliz Ano Novo de Rubem Fonseca L cia Mccartney de Rubem Fonseca O Cobrador de Rubem Fonseca Na an lise observem as estrat gias do texto para prender a aten o do leitor as quebras de expectativas os recursos para gerar suspense as rela es com outros textos intertextualidade os estere tipos etc Figura 31 Terceira produ o oral D cimo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 135 Devido aus ncia de explica es tanto no LDP PR quanto no Manual do professor sobre este g nero pressup e se que seja de dom nio dos alunos De acordo com as atividades propostas na primeira produ o de desfecho de um conto o conhecimento de mundo do aluno ao inv s de uma explora o sistem tica do estilo do conto que ir gui lo nesta produ o ademais as quest es que seguem s o de cunho estrutural A segunda atividade composta por uma produ o textual uma esp cie de conta o de hist ria do desfecho e uma discuss o sobre o tema proposto n o suficiente para um trabalho de produ o e compreens o de textos orais tendo em vista que as a es continuam tratando a linguagem oral como m dia 181 Na 2 edi o do LDP PR exclu da a sugest o da obra O cobrador de Rubem Fonseca L NGUA 2008 p 135 144 A terceira atividad
98. D TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA 107 Se ACERTA ess du qo po pa a cp a A a 109 SAT Adeiturano LDP BR usas csissesstasisces ovoiniasiadensaa suas nuca ca asseio sas bensuatas csdese iso sites 111 SO JASESCRITA qua ERI CU T E EIRE 122 5 21 Avescrita no LDP PR is ssssissensesoseasice sto cirsmasisensiva cette sso eisp sessir esaesa SeSi sanie 124 53 A ORALIDADE donen pren menr ab asda R an 133 5 3 1 A oralidade no LDP PR e eesesssossccesescesocceccccesescoceceseesscoscosoccoeceecesesoooecosesssseso 137 6 O EXEMPLAR GEN RICO LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA 146 6 1 AS ESFERAS DE PRODU O E DE CIRCULA O DO LDP PR 146 CONSIDERA ES FINAIS jaum isa ns iapita rena ain ada ssssssscecooeosssssssss sorses REFERENCIAS ct raca ads To E EE TRAS ANEXOS 15 CONSIDERA ES INICIAIS A escrita e a leitura s o consideradas os pilares do ensino de L ngua Portuguesa e a cada avalia o do desenvolvimento dessas potencialidades nos alunos de Ensino Fundamental e M dio esta disciplina e sua metodologia s o colocadas em pauta no discurso muitas vezes meramente pol tico sem diagn stico nem embasamento te rico Em virtude de nossa preocupa o com o processo de leitura e de produ o textual dos alunos do Ensino M dio da rede estadual de ensino do Estado do Paran e da proposta inovadora da SEED PR Secretaria de
99. Es e com os encaminhamentos sugeridos pela Escola de Genebra defendemos que a experi ncia com a escrita de diferentes g neros textuais L NGUA 2006 p 13 se d de forma quantitativa e n o qualitativa a compreens o do funcionamento de um texto escrito que se faz a partir de elementos como organiza o unidade tem tica coer ncia coes o inten es interlocutor es dentre outros SEED 2008 p 68 prejudicada pelas propostas vagas O aprimoramento da compet ncia lingu stica do aluno est relacionado com o car ter din mico dos g neros discursivos de modo que o tr nsito pelas diferentes esferas de comunica o possibilitar ao educando uma inser o social mais produtiva no sentido de poder formular seu pr prio discurso e interferir na sociedade em que est inserido SEED 2008 p 53 Assim podemos afirmar que este aprimoramento depende de uma estrat gia de ensino que envolva as especificidades das pr ticas de linguagem e as capacidades de linguagem dos alunos requeridas na produ o textual DOLZ SCHNEUWLY 2004 todavia pelas seis atividades de escrita sugeridas neste cap tulo torna se reduzido o trabalho de reflex o lingu stica sobre o g nero tratado ee Apresentadas na p 123 130 solicitado nas duas primeiras produ es e sobre os g neros escolares requeridos nas outras quatro produ es No d cimo segundo cap tulo tamb m se destaca conforme o Quadro 6
100. LDP PR a proposta de agrupamento dos textos de g neros orais e escritos intercalados neste LD em sete ordens narrar relatar argumentar expor descrever a es expressar e persuadir e a distribui o das pr ticas de leitura escrita e oralidade no LD de acordo com as atividades propostas e com a apresenta o dos textos de g neros intercalados No quinto cap tulo realizamos a an lise da obra a partir das pr ticas discursivas abordadas por seus autores como foco de ensino leitura escrita e oralidade Como encaminhamento a este cap tulo optamos por dividi lo em tr s blocos nos quais s o esmiu adas a aten o e as estrat gias dadas a cada pr tica discursiva A primeira das pr ticas devido a seu emprego majorit rio 75 43 no LDP PR a leitura Inicialmente exposta a fundamenta o te rica BRONCKART KOCH MARCUSCHI KATO DASCAL que alicer a a an lise do encaminhamento pedag gico efetuado pelo LD paranaense Nossa op o pelo agrupamento dos cinco modelos de leitura hermen utico criptogr fico pragm tico superpragm tico e de estrutura profunda estabelecido por Dascal 2006 para realizar a an lise do trabalho com a pr tica de leitura se pauta nas considera es acerca desta pr tica efetuadas na apresenta o do LDP PR e nas instru es das DCEs Na sequ ncia analisamos dois cap tulos s timo e d cimo sexto representativos do trabalho com leitura efetuado no LDP PR 19 Na sequ ncia a
101. LISE Esta pesquisa desenvolvida a partir de uma perspectiva s cio hist rico discursiva e se pauta no conceito de dialogia especificamente na rela o dial gica entre o LDP PR e os LD LP representantes deste g nero discursivo De acordo com o C rculo de Bakhtin O livro isto o ato de fala impresso constitui igualmente um elemento da comunica o verbal Ele objeto de discuss es ativas sob a forma de di logo e al m disso feito para ser apreendido de maneira ativa para ser estudado a fundo comentado e criticado no quadro do discurso interior sem contar as rea es impressas institucionalizadas que se encontram nas diferentes esferas da comunica o verbal cr ticas resenhas que exercem influ ncias sobre os trabalhos 2 Os GTR constituem uma atividade do PDE a qual se caracteriza pela intera o virtual entre os professores PDE e os demais professores da rede p blica estadual Iniciado em 2004 2 O professor autor deve contemplar duas outras disciplinas ter como interlocutor o aluno e considerar as orienta es das DCEs 31 posteriores etc Al m disso o ato de fala sob a forma de livro sempre orientado em fun o das interven es anteriores na mesma esfera de atividade tanto as do pr prio autor como as de outros autores ele decorre portanto da situa o particular de um problema cient fico ou de um estilo de produ o liter ria Assim o discurso escrito de certa maneira parte i
102. MIRIAN SCHR DER LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA O PROFESSOR AUTOR E O G NERO DISCURSIVO CURITIBA PR 2012 MIRIAN SCHR DER LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA O PROFESSOR AUTOR E O G NERO DISCURSIVO Tese apresentada ao Curso de P s Gradua o em Letras Estudos Lingu sticos Setor de Ci ncias Humanas Letras e Artes da Universidade Federal do Paran como requisito para a obten o do T tulo de Doutor em Letras Orientadora Prof Dr Iara Bemquerer Costa CURITIBA PR 2012 Dados Internacionais de Cataloga o na Publica o CIP Biblioteca da UNIOESTE Campus de Marechal C ndido Rondon PR Brasil Schr der Mirian Livro did tico p blico paranaense L ngua Portuguesa e Literatura o professor autor e o g nero discursivo Mirian Schr der Curitiba 2012 189 p Orientadora Profa Dra Iara Bemquerer Costa Tese Doutorado em Letras Estudos Lingu sticos Setor de Ci ncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal do Paran Curitiba 2012 1 Livro did tico 2 G nero discursivo 3 Leitura 4 Escrita 5 Oralidade 6 L ngua portuguesa Ensino 7 Autoria I Universidade Federal do Paran II Costa Iara Bemquerer III T tulo CDD 22 ed 371 32 372 4 CIP NBR 12899 Ficha catalogr fica elaborada por Marcia Elisa Sbaraini Leitzke CRB 9 539 PARECER
103. O A P MUNAKATA K RAZZINI M de P G O livro did tico e a forma o de professores Simp sio 6 p 82 88 Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf vollb pdf gt Acesso em 20 out 2011 DIONISIO Angela Paiva BEZERRA Maria Auxiliadora orgs 3 ed O livro did tico de Portugu s m ltiplos olhares Rio de Janeiro Lucerna 2005 158 p DION SIO ngela Paiva MACHADO Anna Rachel BEZERRA Maria Auxiliadora orgs G neros textuais e ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 232 p DOLZ Joaquim NOVERR AZ Mich le SCHNEUWLY Bernard Seq ncias did ticas para o oral e a escrita apresenta o de um procedimento In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 95 128 DOLZ Joaquim SCHNEUWLY Bernard G neros e progress o em express o oral e escrita elementos para reflex es sobre uma experi ncia su a franc fona In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 41 70 DOLZ Joaquim SCHNEUWLY Bernard O oral como texto como construir um objeto de ensino In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 149 185 FARACO Carlos Alberto Autor e autoria In BRAIT B org Bakhtin conceitos chave 4 ed 3 reimp S o Paulo Contexto 2010 p 37 60 FARACO Carlos Alberto Linguagem amp di logo as ideias lin
104. P blico Paranaense L ngua Portuguesa e Literatura um exemplar do g nero do discurso LD LP propomo nos a realizar neste cap tulo uma an lise da obra a partir do seu conte do tem tico representado pelas pr ticas discursivas trabalhadas por seus autores como foco de ensino leitura escrita e oralidade preciso informar que estas pr ticas j est o definidas nas DCEs 2008 p 48 de modo que esta defini o e sua aplica o no LDP PR revelam a constru o curricular definida pelo principal agente social da rede de ensino paranaense a Secretaria de Estado de Educa o De acordo com as atividades propostas e com a apresenta o dos textos de g neros intercalados representados no Quadro 6 verificamos que as tr s pr ticas est o assim distribu das ao longo do LDP PR a pr tica de leitura trabalhada em 75 43 setenta e cinco v rgula quarenta e tr s por cento das atividades e textos explorados ao longo dos dezesseis cap tulos a pr tica de escrita corresponde a 15 14 quinze v rgula quatorze por cento do trabalho realizado no LD e a pr tica de oralidade constitui apenas 9 43 nove v rgula quarenta e tr s por cento do montante de textos e atividades propostas neste material did tico 128 Em ep grafe 108 Cap tulo Leitura Escrita Oralidade 1 11 2 2 2 16 4 3 3 22 0 3 4 13 2 2 5 17 7 5 6 19 4 3 7 24 1 2 8 20 4 0 9 1
105. P E No decorrer do cap tulo em meio s explica es textuais o aluno motivado a se envolver com a tem tica e com os textos sugeridos por meio de coment rios explicativos sobre o processo de leitura e os textos apresentados questionadores sobre a opini o e as viv ncias do aluno e injuntivos Repare na seguinte passagem do livro Agora leia os dois textos a seguir 114 Na superf cie do lago livro de E a est a MODERNIDADE mesma expl cita questionada demonstrada em algumas de suas contradi es Mas estamos ainda na superf cie do lago E um bom leitor n o se contenta com olhar o lago de fora Ele tem necessidade de mergulhar no lago para sondar suas profundezas Quem mergulha num lago pode estar mergulhando por puro prazer ou por of cio de procurar algo que se sabe pode estar oculto sob a gua Eu mergulhando sinto prazer nos dois casos Eu fiz um mergulho no lago livro de E a procurando ali tra os de MODERNIDADE E Tamb m o velho Machado de Quincas Borba oculta um tra o de MODERNIDADE sob a superf cie do seu lago Trata se da passagem em que Rubi o imagina as solenidades de seu casamento Figura 2 Explica es textuais sobre leitura S timo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 90 93 Associamos as atividades explica es e textos sugeridos fragmento de romance de Machado de Assis fragmento de romance de E a de Queiroz e poema de Manuel Bandeira
106. Santos CRIST V O Vera L cia Lopes orgs Linguagem e educa o o ensino e a aprendizagem de g neros textuais Campinas Mercado de Letras 2009 184 p ADAM Jean Michel A lingii stica textual introdu o an lise textual dos discursos S o Paulo Cortez 2008 368 p ADAM Jean Michel Les textes types et prototypes Paris Nathan 1992 368 p ALBUQUERQUE Francisco F L de Que sabemos sobre o livro did tico Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Bras lia MEC INEP v 138 n 138 p 218 223 1976 ALVES FILHO Francisco A autoria institucional nos editorias de jornais Alfa S o Paulo v 50 n 1 2006 p 77 89 ALVES FILHO Francisco A autoria nas colunas de opini o assinadas da Folha de S Paulo 2005 269 p Tese Doutorado em Lingu stica Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas ALVES FILHO Francisco O p biogr fico e a constitui o da autoria em artigos de jornal Linguagem em Dis curso LembD Palho a v 8 n 2 maio ago 2008 p 335 351 ANTUNES Irand Aula de portugu s encontro amp intera o 6 ed S o Paulo Par bola Editorial 2008 181 p BAKHTIN Mikhail Mikhailovitch Est tica da cria o verbal 1 ed S o Paulo Martins Fontes 1992 421 p Publica o original 1979 1952 53 1979 BAKHTIN Mikhail Mikhailovitch Problemas da po tica de Dostoi vski 5 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2010 341 p 1929 1963 1972 BAKHTIN
107. TISTA ROJO 2005 p 19 39 longo dos anos 70 e 80 tenha se envolvido nos debates sobre o livro did tico seu interesse parece ter se arrefecido e se mant m hoje de modo assistem tico e indireto em estudos e investiga es na rea de metodologia de ensino nos quais o livro escolar tende a ser tomado como um instrumento para a an lise de pr ticas de ensino Nos ltimos anos desta d cada 1990 tem se assistido a uma renova o do interesse intelectual no campo dos estudos de hist ria da educa o em decorr ncia ao que tudo indica da influ ncia de estudos na rea da sociologia e da hist ria do livro e da leitura Nesse caso entretanto salvaguardadas exce es o livro escolar compreendido mais como uma interessante fonte ainda que problem tica para o estudo do cotidiano e dos saberes escolares do que propriamente como um objeto de estudo e pesquisa O desprest gio em rela o aos livros did ticos n o exclusividade da pesquisa tamb m na autoria ele comum Bittencourt 2004 p 479 ao refletir sobre o problema da autoria do livro did tico afirma que a hist ria do livro did tico brasileiro tem demonstrado que existem preconceitos em rela o aos intelectuais que se dedicam produ o did tica considerando se o livro escolar como uma obra menor um trabalho secund rio no curr culo acad mico Na mesma linha de racioc nio Batista e Rojo 2005 p 28 levant
108. a o lingu stica e modalidade oral pertinentes aos g neros orais haja vista o car ter inovador das orienta es publicadas nos documentos oficiais e das pesquisas da rea s quais muitas vezes o professor tem acesso via adapta o feita pelo material did tico A consci ncia de que a oralidade faz parte do ensino da l ngua vem sendo criada h muito tempo Nesse sentido j em 1998 os PCNs defendem que a quest o n o levar os alunos a falar certo mas permitir lhes a escolha da forma de fala a utilizar considerando as caracter sticas e condi es do contexto de produ o ou seja saber adequar os recursos expressivos a variedade de l ngua e o estilo s diferentes situa es comunicativas A quest o n o de erro mas de adequa o s circunst ncias de uso de utiliza o adequada da linguagem BRASIL 1998 p 31 Segundo os autores do LDP PR L NGUA 2006 p 12 a oralidade engloba a fala cotidiana e os g neros orais que exigem maior grau de formalidade desta forma o trabalho com oralidade desenvolvido neste LD visa desenvolver o falar com flu ncia 9 Silva e Mori de Angelis 2008 Marcuschi 2005 2008 Cavalcante e Melo 2007 17 Elencados pelos PCNs 1998 137 em diferentes situa es adequando a linguagem s circunst ncias interlocutores assunto inten es aproveitando os recursos expressivos da l ngua A vis o das DCEs se pauta na quest o da varia o
109. a Hist ria Filosofia Qu mica Biologia Sociologia F sica Geografia Arte L ngua Estrangeira Moderna Espanhol Ingl s e Educa o F sica Data de publica o 30 04 2008 Data de acesso 30 12 2010 Endere o desta not cia http www portaldoservidor pr gov br modules noticias article php storyid 578 181 ANEXO 2 Convite para a 3 edi o 3 Edi o do Livro Did tico P blico O Departamento de Educa o B sica selecionar Folhas de todas as disciplinas do Ensino M dio e de Arte Ensino Religioso L ngua Estrangeira Moderna e Educa o F sica do Ensino Fundamental Os Folhas das disciplinas do Ensino M dio que forem selecionados dever o compor a 3 edi o do Livro Did tico P blico Os Folhas selecionados para o Ensino Fundamental far o parte da 1 edi o Acesse os Manuais Disciplinares escreva seu Folhas e fa a sua inscri o Data de publica o 20 06 2008 Data de acesso 30 12 2010 Endere o desta not cia http www diaadia pr gov br projetofolhas modules noticias article php storyid 7 182 ANEXO 3 Tabela DCEs Conte dos b sicos Abordagem te rico metodol gica Avalia o Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File diretrizes dce port pdf gt Acesso em 26 abr 2012 183 ANEXO 4 Tabela DCEs Esferas sociais de circula o Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File diretrizes dce port pd
110. a confira o desfecho que o autor deu ao texto L NGUA 2008 p 74 grifos nossos 178 Os t tulos ser o apresentados em uma rela o e a hist ria cujo t tulo chamar mais a aten o ser lida em sala L NGUA 2006 p 75 141 aluno atende solicita o do LDP PR e capricha no emprego dos recursos expressivos trabalhados no cap tulo estruturais sequ ncia sucess o de a es de acontecimentos reais localizados em determinado contexto especial e que constituem o significado ou o conte do expressos no pelo discurso narrativo COSTA 2009 p 124 e contextuais uma produ o escolar que conclui uma unidade tem tica e do conjunto de hist rias produzidas pela turma aquela cujo t tulo chamar mais a aten o ser lida em sala De acordo com as atividades propostas constatamos que n o houve um trabalho de reflex o a respeito dos g neros orais apenas o tratamento da linguagem oral como m dia SILVA MORI DE ANGELIS 2008 para a realiza o de outras atividades discutir debater conversar e ler em voz alta Assim as atividades propostas geram apenas situa es que promovem o uso da linguagem oral na intera o em sala de aula O d cimo cap tulo apresenta seis g neros textuais conto poema conto de fadas texto de opini o semin rio e texto expositivo Sendo estes g neros explorados por meio de oito exemplares Dos quatorze textos e exerc cios apresentados oito 57 trabal
111. a elaborarem sua lista de chatos MANUAL 2006 p 25 Desta forma podemos afirmar que o foco est no conte do forma o de palavras e que o g nero tratado empregado apenas como pretexto para o ensino gramatical e Narre duas cenas uma para a Fulana de Tal e outra para o Fulano de Tal Figura 16 Terceira produ o textual D cimo primeiro cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 143 A terceira produ o textual p 143 sugerida a partir de explica o textual sobre o tema classifica o dos chatos Pautando nos em Schneuwly e Dolz 2004 gt gt As alus es literatura universal de acordo com o Manual 2006 podem ser empregadas como estrat gia para levar os alunos leitura das referidas obras 128 Geraldi 2000 e nas DCEs 2008 avaliamos esta proposta como inadequada ao ensino com base em g neros dada a indefini o do g nero tendo apenas o aspecto tipol gico narrar e o tema cenas para os personagens definidos estabelecidos Como pode o aluno desenvolver a atividade se n o tem certo quadro de condi es necess rias produ o textual a se tenha o que dizer b se tenha uma raz o para dizer o que se tem a dizer c se tenha para quem dizer o que se tem a dizer d o locutor se constitui como tal enquanto sujeito que diz o que diz para quem diz o que implica responsabilizar se no processo por suas falas e se escolhem as estrat gias para realizar a b c e
112. a pr gov br modules conteudo conteudo php conteudo 20 gt Acesso em 14 jan 2011 PCN M dio Orienta es educacionais complementares aos Par metros Curriculares Nacionais Dispon vel em lt http http portal mec gov br seb arquivos pdf linguagens02 pdf gt Acesso em 28 nov 2011 PEREZ Marlene Grandezas e medidas representa es sociais de professores do ensino fundamental Tese em Educa o Universidade Federal do Paran 2008 202 p PFROMM NETTO Samuel DIB Claudio Zaki ROSAMILHA Nelson O livro na educa o Rio de Janeiro Primor INL 1974 256 p PIETRI merson de Sobre a constitui o da disciplina curricular de l ngua portuguesa Revista brasileira de educa o v 15 n 43 p 70 83 jan abr 2010 PINHEIRO Najara Ferrari A no o de g nero para an lise de textos midi ticos In MEURER J L MOTTA ROTH D orgs G neros textuais e pr ticas discursivas subs dios para o ensino da linguagem Bauru EDUSC 2002 p 259 290 PIROLA Andr Luiz Bis O livro did tico no Esp rito Santo e o Esp rito Santo no livro did tico hist ria e representa es Disserta o em Educa o Universidade Federal do Esp rito Santo 2008 265 p POSSENTI S rio Os limites do discurso Curitiba Criar Edi es 2002 262 p POSSENTI S rio Os limites do discurso ensaios sobre discurso e sujeito S o Paulo Par bola Editorial 2009 213 p RANGEL Egon Livro did tico de l ngua portugue
113. a como possibilidade de intera o do estudante com o mundo dado que os autores buscaram contemplar as pr ticas da oralidade da escrita e da leitura L NGUA 2006 p 12 e os professores da rede estadual que s o informados pelos textos de apresenta o especialmente pela Carta do Secret rio sobre o trabalho coletivo de produ o do material e sobre este LD caracterizado como material de ensino aprendizagem para suas dos professores e estudantes do Paran consultas reflex es e forma o cont nua L NGUA 2006 p 4 O material composto por 16 dezesseis cap tulos num nico exemplar a ser empregado nas tr s s ries do Ensino M dio Seu conte do estruturante o Discurso enquanto pr tica social oralidade leitura escrita literatura L NGUA 2006 p 8 e os cap tulos s o estruturados a partir de texto de g neros discursivos variados e atividades orais e escritas que dever o ser desenvolvidas pelos alunos sob orienta o do professor Na 1 edi o deste LD 2006 a capa composta por ilustra o que valoriza a intera o entre professor e aluno bem como a manipula o de livros por parte dos educandos destacado o t tulo a reparti o p blica e a defini o do material como p blico e paranaense Na contracapa s o apresentados o endere o da SEED PR o endere o virtual em que este LD encontra se dispon vel e cinco fragmentos textuais que versam sobre palavra livro escr
114. a da educa o Ant nio Eduardo Leit o Navarro Lins roteirista SEED e Luciana Cristina Vargas da Cruz t cnica pedag gica Sendo que o v nculo desta ltima autora junto ao Col gio Estadual Eurides Brand o n o consta em seu curr culo lattes 152 desprezado porque a fase de aprendizagem e apropria o de um g nero pode revelar fun es e usos que embora n o estejam consagrados numa dada esfera social de comunica o social podem em tese vir a fazer parte do perfil de tal g nero e respondem por representa es que dele formulam os sujeitos J no caso de autores expertos o que temos que por manejar com bastante seguran a e flu ncia conjuntos de textos os autores se permitem redimensionar as fun es e estruturas dos g neros o trabalho de autoria opera mudan as e provoca um novo enquadramento enunciativo para um texto e como consequ ncia contribui com o processo de relativiza o da estrutura e das fun es do g nero ao qual pertence No caso dos professores autores do LDP PR verificamos por meio de pesquisa na Plataforma Lattes que h maior experi ncia como usu rio ao inv s de produtor do g nero e certa habilidade como produtor do g nero Folhas no caso um novo g nero inspirado na compila o dos g neros plano de aula e LD LP considerando o de forma fragmentada a partir de cap tulos isolados O reflexo destas experi ncias se revela na manuten o das fun es e da estrutura do
115. a m todos de aprendizagem 3 Ideol gica e cultural a fun o mais antiga e refere se doutrina o das gera es mais novas no que tange cultura l ngua e valores das classes dominantes sendo desta forma um instrumento privilegiado de constru o de identidade 36 4 Documental a fun o mais recente n o universal e tem como meta desenvolver o esp rito cr tico do aluno para tanto o livro apresenta um conjunto de documentos textuais ou ic nicos sem que sua leitura seja dirigida No caso das pesquisas brasileiras que t m tomado o livro did tico como escopo o desenvolvimento ocorre em conformidade com a produ o editorial tendo em vista que o livro did tico considerando as publica es de todas as disciplinas sempre est em 1 lugar no ranking do mercado editorial e desde o s culo XIX este g nero j era muito mais rent vel que a literatura LAJOLO ZILBERMAN 1999 No in cio do s culo XX os livros did ticos correspondem a dois ter os da produ o nacional nos anos 2001 a 60 dos livros publicados MARQUES NETO 2011 em 2003 a 54 CASSIANO 2007 e em 2010 conforme a Pesquisa sobre Produ o e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro desenvolvida pela Fipe USP os livros did ticos alcan am 45 72 de participa o no mercado total PANSA 2011 Lajolo e Zilberman 1999 p 120 afirmam que o livro did tico o primo pobre da literatura texto para ler e botar fo
116. a que suporte textual tem a ver centralmente com a ideia de um portador do texto como um locus no qual o texto se fixa e que tem repercuss o sobre o g nero que suporta Nesta linha de racioc nio a ideia central que o suporte n o neutro e o g nero n o fica indiferente a ele Mas ainda est por ser analisada a natureza e o alcance dessa interfer ncia MARCUSCHI 2008 p 176 2 O autor alerta no in cio deste ensaio que visa discutir o tema e que tem ci ncia da inconclus o das sugest es apresentadas neste texto al m disso justifica que ir centrar se na quest o dos suportes de g neros textuais escritos ao inv s de orais em virtude de falta de condi es para equacionar a quest o MARCUSCHI 2003a 74 Afirma o esta segundo Costa 2008 ancorada numa concep o grafoc ntrica e que se refere apenas aos textos escritos e multimodais n o sendo aplic vel aos textos orais Quanto delimita o de um suporte o pesquisador desconsidera a possibilidade de haver g neros que podem circular em diferentes suportes por exemplo o g nero aviso pode ser apresentado em seu suporte tradicional impresso em cartaz mala direta ou em suporte digital em p gina da WEB e mail ou blog 64 O livro did tico para Marcuschi 2008 p 170 171 n o um g nero mas sim um suporte muito espec fico que cont m textos dos mais variados g neros didatizados Como argumentos para esta classifica o afi
117. ados Esse um conto de suspense O predom nio de uma certa escurid o ao longo da narrativa n o deixa evidentes algumas a es dos personagens Qual o efeito de se identificarem os personagens no texto apenas pelas letras He M Criar o suspense trabalnar com recursos de linguagem para enredar o leitor numa trama causando lne estranheza e despertando sensa es e Aponte os recursos utilizados nesse conto de Rubem Fonseca e Busque uma defini o de conto e analise Entrevista luz dessa defini o e Qual o efeito do uso de retic ncias nesse conto Figura 29 Explica o textual sobre o g nero conto D cimo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 129 A impress o que temos de que o aluno dever verificar se o texto lido se encaixa nos moldes do g nero ao qual pertence Dependendo da defini o que encontre esta an lise corre o risco de ser apenas estrutural sem considerar os demais elementos que constituem este tipo relativamente est vel Nas p ginas 132 e 133 novo texto do g nero conto apresentado S o feitos recortes tanto na introdu o quanto no desenvolvimento e na conclus o da narrativa Aos alunos s o sugeridas quest es que se referem intertextualidade entre os g neros conto e conto de fadas expostos por meio dos textos lidos e uma produ o oral do desfecho da narrativa Ap s a leitura do texto re nam se em grupos e oralmente elaborem um desfecho para o conto
118. adr es editoriais com foco tamb m em temas reas projetos e n o apenas nas s ries anos tamb m voltados ao p blico docente n o somente ao uso do aluno e a diversifica o enriquecida da oferta de materiais com suportes diferenciados com g neros acess rios com novas autorias Tendo apresentado o desenvolvimento do livro did tico de l ngua portuguesa no Brasil associado hist ria da constitui o da disciplina de l ngua portuguesa e evolu o dos estudos lingu sticos apresentaremos a seguir os argumentos dos autores que tomam o LD LP como suporte e dos que o tomam como g nero discursivo para em seguida nos posicionarmos em rela o ao LDP PR 58 3 G NERO DISCURSIVO OU SUPORTE TEXTUAL EM BUSCA DE UMA DEFINI O PARA O LIVRO DID TICO DE L NGUA PORTUGUESA De onde v m os g neros Pois bem simplesmente de outros g neros Um novo g nero sempre a transforma o de um ou de v rios g neros antigos por invers o por deslocamento por combina o Tzvetan Todorov O presente cap tulo apresenta duas perspectivas de estudo sobre o Livro Did tico de L ngua Portuguesa LD LP com o intuito de encontrar a maneira mais adequada para a interpreta o da natureza discursiva deste LD e est dividido em duas partes Na primeira s o apresentados os argumentos dos pesquisadores CHARTIER MARCUSCHI entre outros a partir dos quais o LD LP pode ser considerado um suporte de textos em g neros variados
119. agens que elas possam apresentar associando as com as imagens que os futuros compradores prezam O visual tamb m dever ser melhor explorado Selecione tr s propagandas da m dia escrita uma que voc considere boa uma m dia e uma ruim justificando essa classifica o Em conjunto com a turma selecione propagandas televisivas e eleja a mais bem elaborada destacanco os pontos em que se baseou a decis o Quando se fala em propaganda lembramos de slogans Slogan uma express o concisa f cil de lembrar utilizada em campanhas pol ticas de publicidade de propaganda para lan ar um produto marca etc Nouass Leia os exemplos abaxo e resolva e Tente completar as frases be c Ident gque os produtos a que se referem os quatro slogans a Nunca foi t o f cil tirar o doce da crian a a com respeito prov vel que ele seja mais veho que voc c Cabem 18 crian as l gico se o for surdo d Nossos clientes nunca voltaram para reclamar Figura 25 Atividades e se gunda produ o oral Quinto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 71 p gina 72 o texto do g nero conto introduzido por meio de explica o textual sobre a intertextualidade entre a propaganda e o texto que ser lido bem como por atividade oral de pr leitura conversa que objetiva provocar expectativas no leitor Agora voc ler um texto em que os artif cios da propaganda foram empregados com muita efici
120. ais quanto estruturais A respeito dos primeiros fatores Choppin 2004 lista o crescente interesse de historiadores sobre quest es educacionais o desejo de in meras popula es pela cria o ou recupera o da identidade nacional os avan os ocorridos na hist ria do livro desde os anos 1980 o progresso nas t cnicas de armazenamento tratamento e difus o de informa es a cria o de equipes ou centros de pesquisa dedicados a quest es espec ficas do livro e de edi es did ticas bem como as incertezas sobre o futuro do livro impresso e sobre o papel dele frente s novas tecnologias educacionais Quanto aos fatores estruturais o pesquisador enumera a complexidade do objeto a multiplicidade de suas fun es a coexist ncia de outros suportes educativos e a diversidade de agentes envolvidos com este objeto de pesquisa como causas da diversidade de abordagens Choppin 2004 destaca que no geral os livros did ticos assumem m ltiplas fun es que podem variar conforme o ambiente sociocultural a poca as disciplinas os n veis de ensino os m todos e as formas de utiliza o sendo quatro as fun es essenciais 1 Referencial curricular ou program tica o livro cumpre o papel de suporte dos conte dos conhecimentos t cnicas e habilidades eleitos como necess rios s futuras gera es 2 Instrumental com o objetivo de memoriza o dos conhecimentos o livro apresenta exerc cios e atividades colocando em pr tic
121. ais tipologias e pr ticas s o exploradas pelo LDP PR ver Tabela 1 pontuadas a partir das atividades sugeridas dos textos dados a ler e das explica es textuais expostas pelo LD constata se que a ordem do expor 38 57 e a ordem do expressar 20 57 se destacam Este fato se explica pela presen a massiva de textos expositivos nos 16 dos cap tulos 100 que comp em o LDP PR bem como pelo emprego de haicais em 15 93 75 dos 16 cap tulos deste LD 122 Empregamos o termo m sica um dos componentes e cognomes do g nero can o COSTA 2003 PADILHA 2006 devido a ser este o termo utilizado no LDP PR nos PCNs e nas DCEs 102 sp tulo Nerrar Relatar Argumentar Expor Descra es Expressar Persuadir Tout EEE E EAR SE ES RES RS 9 A O PR O E SE Ora 1 0 LL 00 Oo 21 Ge EE E a Eee E re O ER ora 2 0 0 ifo o oo 3 Prius filo 1 ol fes Ds emp pf po pf o Corsa LD o 2100 o oo 3 EE Cl A Alo MS E E e ia vs a MMC ali SER Da fomes 11 10 1 opa EEE SS ES O DS PR O E RPE Epic judo EEE Es e jo DL ER D les a E fas Ee pesso a EEE DR E O PR RP E PS FS Po quero do Elo Bo EE ES E O FO O E 1 DD Jose o 0 210 0 o o EE RR E E E E E SS PE A E A E Ds Tonel DD 1 10 o po Co melo E O KO lo E Do feno 3 1 0 0 o fal Ds forme 210 0 o o EEE SE E E A E E E E D o fems 2 0 00 4 0 5 o forme 2 110 0 ops ER O RE DO RR DE RR RS FR SU
122. al 2008 222 p SILVA Celia Maria Medeiros Barbosa A aula de portugu s no ensino m dio o ensino que se deseja o ensino que se faz Tese em Estudos da Linguagem Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2010 277 p SILVA Ezequiel Theodoro da Livro did tico do ritual de passagem ultrapassagem Em Aberto Bras lia ano 16 n 69 p 11 15 jan mar 1996 SILVA Paulo Eduardo Mendes da MORI DE ANGELIS Cristiane Cagnoto Livros did ticos de l ngua portuguesa 5 a 8 s ries perspectivas sobre o ensino da linguagem oral In ROJO R BATISTA A A G orgs Livro did tico de l ngua portuguesa letramento e cultura escrita 1 reimpr Campinas Mercado de Letras 2008 p 185 210 SOARES Magda O livro did tico como fonte para a hist ria da leitura e da forma o do professor leitor In MARINHO M org Ler e navegar espa os e percursos da leitura Campinas Mercado de Letras 2001b p 31 76 SOARES Magda Portugu s na escola hist ria de uma disciplina curricular In BAGNO M org Ling stica da norma S o Paulo Loyola 2002 p 155 177 SOARES Magda Que professores de portugu s queremos formar Revista Movimento n 3 p 149 155 200la SOUZA Deuza Maria de Do monumento ao documento In CORACINL M J R F org O jogo discursivo na aula de leitura l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas Pontes 1995 SOUZA Gizele de Instru o o talher para o banquete da civiliza o
123. am a hip tese de que medida que progridem na carreira universit ria os pesquisadores se desinteressam pelo tema do livro escolar talvez dentre outros fatores pela pequena import ncia desse tema na hierarquia dos temas de pesquisa Acreditamos que este valor menor atribu do ao livro did tico todavia n o justifica a defasagem na pesquisa nacional Por ser o livro did tico a principal fonte de informa o discente e docente especialmente nas classes mais baixas por ser este material a principal refer ncia para a constru o do fen meno do letramento no Brasil pelas dimens es e import ncia dos livros did ticos na produ o editorial brasileira e pelas rela es complexas que este material e a escola estabelecem com o mundo da cultura Batista 1999 legitima a necessidade de a pesquisa ser desenvolvida ampliada e motivada Bittencourt 2003 p 71 72 grifos da autora ao abordar concep es e caracter sticas do livro did tico tamb m oferece argumentos ao desenvolvimento de uma pesquisa que aborde todos os aspectos e contradi es do livro did tico tendo em vista que um objeto de m ltiplas facetas e possui uma natureza complexa antes de tudo uma mercadoria um produto do 40 mundo da edi o que obedece evolu o das t cnicas de fabrica o e comercializa o pertencentes l gica do mercado tamb m um deposit rio dos conte dos escolares suporte b sico e
124. ances contos textos instrucionais percebendo em cada um deles a presen a de um sujeito hist rico e de uma inten o L NGUA 2006 p 13 84 t pica do LDP PR a distribui o de textos de g neros intercalados neste LD conforme os dom nios discursivos a perspectiva de ensino com base em g neros por n s escolhida e tamb m empregada pelo LD paranaense o escolha da sequ ncia did tica DOLZ NOVERRAZ SCHNEUWLY 2004 como norte para efetuar a an lise dos encaminhamentos sugeridos pelo LDP PR a proposta de agrupamento dos textos de g neros intercalados neste LD e a distribui o das pr ticas de leitura escrita e oralidade neste LD de acordo com as atividades e textos de g neros intercalados apresentados 4 1 OS G NEROS NA ESCOLA VIA LIVRO DID TICO Segundo Bronckart 1993 p 7 apud MACHADO 2009a p 99 os procedimentos de transposi o did tica compreendem tr s n veis de atividades O primeiro desses n veis o do sistema educacional isto do conjunto de instru es oficiais e de textos que expressam as expectativas da sociedade em rela o s quest es educacionais ou que buscam propor um plano geral de a es que idealmente conduziriam os alunos a se tornarem membros efetivos dessa sociedade O segundo n vel seria o dos sistemas de ensino isto o das institui es escolares de uma sociedade que se diferenciam em fun o da idade do n vel cognitivo suposto e do estatuto socioecon mic
125. anto diferentes g neros de um mesmo agrupamento podem ser explorados num per odo A progress o deve ser em espiral ou seja tem se o ensino da diversidade textual aprofundado a cada n vel A escolha dos g neros se d conforme a s rie em que possa ocorrer o progresso assim como valorizada a aprendizagem precoce dos g neros que em etapas posteriores s o retomados e aprofundados Al m disso evita se a repeti o por meio da diferencia o dos n veis de complexidade na abordagem gen rica No levantamento dos textos de g neros intercalados no LDP PR constata se a repeti o dos g neros romance conto cr nica liter ria texto b blico not cia reportagem biografia texto de opini o charge debate tira texto expositivo semin rio 125 Belo a 5 A No caso do LDP PR num nico volume s o apresentados os conte dos a serem trabalhados nas tr s s ries do Ensino M dio e segundo as recomenda es dos autores este LD pode ser trabalhado sem seguir a sequ ncia num rica dos cap tulos Cada cap tulo aponta um rumo mas preciso construir a estrada L NGUA 2006 p 15 126 Conforme Quadro 5 Agrupamento de g neros presentes no LDP PR p 100 105 verbete texto explicativo prov rbio gloss rio gr fico mapa texto filos fico texto sociol gico artigo legislat rio haicai m sica poema em prosa poema e an ncio por conseguinte h a retomada de g neros de todas as ordens
126. ar podem ser propostas tem ticas diferenciadas superando a tradicional divis o por s ries anos frente nova realidade virtual materiais noutros formatos e suportes podem ser ofertados 50 Um olhar positivo como o nosso sobre esta rela o entre livro did tico docente e discente elaborado por Bittencourt 2003 p 73 74 grifos nossos ao enfatizar que O livro did tico possui v rios sujeitos em seu processo de elabora o e passa pela interven o de professores e alunos que realizam pr ticas diferentes de leitura e de trabalho escolar Os usos que professores e alunos fazem do livro did tico s o variados e podem transformar esse ve culo ideol gico e fonte de lucro das editoras em instrumento de trabalho mais eficiente e adequado s necessidades de um ensino aut nomo As pr ticas de leitura do livro did tico n o s o id nticas e n o obedecem necessariamente s regras impostas por autores e editores ou por institui es governamentais Assim mesmo considerando que o livro escolar se caracteriza pelo texto impositivo e diretivo acompanhado de exerc cios prescritivos existem e existiram formas diversas de uso nas quais a atua o do professor fundamental Quanto produ o did tica brasileira ao apresentarem um quadro evolutivo do livro did tico brasileiro destinado escola prim ria aprendizagem inicial de leitura e escrita Pfromm Netto et al 1974 revelam que no s culo XVI o n mero de
127. ari vel entre a retroa o e a progress o do texto KOCH 2007 Tamb m o contexto que engloba o co texto a situa o interativa imediata a situa o mediata entorno s cio pol tico cultural e o contexto cognitivo dos interlocutores fundamental para a constru o da coer ncia textual KOCH 2002 Os conhecimentos mobilizados na produ o textual apontados por Koch 2002 bem como as assertivas de Geraldi 2000 que implicam no produtor do texto assumir se como locutor tendo o que dizer para quem dizer raz o para dizer e como dizer s o considerados nos encaminhamentos metodol gicos para a pr tica de escrita propostos pelas DCEs Na pr tica da escrita h tr s etapas interdependentes e intercomplementares que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto e inicialmente esta pr tica requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que ser produzido o momento de ampliar as leituras sobre a tem tica proposta ler v rios textos do g nero solicitado para a escrita a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula delimitar o tema da produ o definir o objetivo e a inten o com que escrever prever os poss veis interlocutores pensar sobre a situa o em que o texto ir circular organizar as ideias e em seguida o aluno escrever a primeira vers o sobre a proposta apresentada levando em conta a tem tica o g nero e o 146 147 Concep o socio
128. aria Aparecida Garcia G neros discursivos no ensino de leitura e produ o de textos In KARWOSKI A M GAYDECZKA B BRITO K S orgs G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Lucerna 2006 p 73 84 172 LOUSADA Eliane Gouv a Elabora o de material did tico para o ensino de franc s In DIONISIO A P MACHADO A R BEZERRA M A orgs G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 73 86 MACHADO Anna Rachel Um instrumento de avalia o de material did tico com base nas capacidades de linguagem a serem desenvolvidas no aprendizado de produ o textual In ABREU TARDELLI L S CRIST V O V L L orgs Linguagem e educa o o ensino e a aprendizagem de g neros textuais Campinas Mercado de Letras 2009b p 153 164 MACHADO Anna Rachel Uma experi ncia de assessoria docente e de elabora o de material did tico para o ensino de produ o de textos na universidade In ABREU TARDELLI L S CRIST V O V L L orgs Linguagem e educa o o ensino e a aprendizagem de g neros textuais Campinas Mercado de Letras 2009a p 93 121 MACHADO Anna Rachel GUIMAR ES Ana Maria de Mattos O interacionismo sociodiscursivo no Brasil In ABREU TARDELLI L S CRIST V O V L L orgs Linguagem e educa o o ensino e a aprendizagem de g neros textuais Campinas Mercado de Letras 2009 p 17 42 MACHADO Irene Por que se ocupa
129. arregados com um conte do in til e mal ensinado A moderna escola do primeiro grau pretende exatamente o oposto conte do reduzido a um m nimo realmente relevante para a vida pr tica e o desenvolvimento adequado do futuro cidad o e conte do bem ensinado Os livros did ticos outrora documentos testemunhais das mudan as resultantes das novas condi es sociais e culturais do ensino agora no per odo militar testemunham uma mudan a resultante de interven o Como caracter sticas reveladoras desta mudan a destacam se o fim da primazia da gram tica junto aos textos liter rios 54 h a inser o de textos pertencentes s pr ticas sociais a leitura passa a englobar o texto n o verbal e ocorre a revaloriza o da oralidade como forma de comunica o n o com foco na orat ria Ademais os livros did ticos s o profusamente ilustrados e coloridos tendo em vista que nesta poca a ind stria gr fica tem grande desenvolvimento no Brasil SOARES 2002 Tamanha mudan a gerou cr ticas e protestos da mesma propor o a ponto de na segunda metade dos anos 80 as denomina es que remetiam comunica o serem substitu das por portugu s atrav s de medida do ent o Conselho Federal de Educa o Esta substitui o n o representa um retorno aos objetivos de outrora na verdade ela consequ ncia do contexto pol tico e ideol gico em que se d no per odo de redemocratiza o do pa s e das teoria
130. as pr ticas escolares destinando se tanto ao professor quanto ao aluno No que diz respeito esfera de circula o do LDP PR s escolas da rede p blica paranaense em que este livro circula tem se como p blico alvo o conjunto de alunos das tr s s ries do Ensino M dio da rede paranaense para o qual a obra apresentada como possibilidade de intera o do estudante com o mundo e os professores da rede estadual que conhecedores do Projeto Folhas e da chamada para participa o como autores do LDP PR via site do Dia a dia Educa o receberam o material nas escolas e via textos de apresenta o s o informados sobre o LD A esses professores tamb m foi destinado o Manual do Professor por meio do qual s o orientados sobre trabalho a ser desenvolvido em conjunto com os alunos Nestas orienta es valorizada a interven o criativa e cr tica do professor de modo a selecionar os cap tulos acrescentar atividades e considera es pertinentes bem como mobilizar o acervo liter rio da biblioteca escolar Quanto ao perfil dos professores da rede usu rios do livro did tico p blico em qualquer das doze disciplinas de acordo com tabela das fun es docentes por modalidade e etapa de ensino da rede estadual de ensino do Paran 1 A Ratio Studiorum redigido entre 1548 e 1599 era o documento que fixava as diretrizes da educa o jesu tica 159 http ide mec gov br 201 1 estados relatorio uf 41 referente aos anos
131. as pombalinas at o s culo XIX a l ngua portuguesa era trabalhada 5 Todas as cita es seguem o Acordo Ortogr fico da L ngua Portuguesa assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990 por Portugal Brasil Angola S o Tom e Pr ncipe Cabo Verde Guin Bissau Mo ambique e posteriormente por Timor Leste No Brasil o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo n 54 de 18 de abril de 1995 44 como ferramenta acess ria ao estudo do latim tendo em vista que era considerada vulgar e serviria apenas de instrumento para o ensino da gram tica latina A medida que o latim perdia seu uso e valor social perda que s se concretizou j no s culo XX quando terminou por ser exclu do do sistema de ensino fundamental e m dio a gram tica do portugu s foi se libertando de sua ancilagem em rela o gram tica latina e ganhando autonomia SOARES 2002 p 162 De 1759 at a cria o da rede de ensino tem se uma primeira rede leiga destinada classe alta Houve pessoas avulsas que deram aulas privadas de v ria natureza como preceptores a filhos fam lia o que se estende at in cios do s culo XX HOUAISS 1985 p 131 132 E as avalia es negativas acerca desta nova realidade escolar s o bastante categ ricas Esta reforma de Pombal que desestruturou a organiza o escolar jesu tica trouxe alguns benef cios no campo educacional para Portugal mas para o Brasil redundou em retroces
132. asos de tratamento dos g neros de maneira sistem tica Lentamente surgem novas perspectivas e novas abordagens que incluem at mesmo aspectos da oralidade Mas ainda n o se tratam de modo sistem tico os g neros orais em geral Apenas alguns de modo particular os mais formais s o lembrados em suas caracter sticas b sicas Frente realidade encontrada mediante os textos de g neros discursivos diversos explorados pelo LDP PR constatamos que houve o desenvolvimento de atividades relacionadas s pr ticas de leitura escrita e oralidade em unidades did ticas mantidas 90 pela vincula o tem tica alinhavada ao trabalho de intertextualidade e estrutural pela composi o similar dos dezesseis cap tulos Esta tradi o escolar de apresentar uma pluralidade de g neros visando forma o de alunos leitores e produtores de textos DOLZ SCHNEUWLY 2004 e DION SIO MACHADO BEZERRA 2002b ainda que nos LD LP mais antigos predominassem textos do dom nio discursivo liter rio motivou nos a verificar conforme Gr fico 1 que dom nios se destacam no LDP PR E Comercial 0 65 E Pol tico 0 65 O Eletr nico 1 31 O Policial 1 31 E Institucional 1 96 E Religioso 3 27 E Publicit rio 3 92 DO Jur dico 4 58 E Acad mico 5 88 E Jornal stico 13 07 D Escolar 28 11 D Liter rio 35 29 Gr fico 1 Dom nios discursivos explorados pelo LDP PR Fonte Dados da pesquisa Ao re
133. bre texto provindas do mbito acad mico e de certo modo impostas pelos documentos oficiais est o sendo aplicadas no material did tico em foco Esta verifica o interna do LDP PR tem o objetivo de avaliar a transposi o did tica de textos de variados g neros discursivos para o livro did tico em especial o trabalho de Os pressupostos que norteiam o embasamento te rico sobre g neros normalmente retomam Bakhtin 1952 53 1979 e s o divulgados por obras mais recentes e de linhas te ricas diversas como Karwosky Gaydeczka e Brito 2006 Bezerra Biasi Rodrigues e Cavalcante 2009 Koch 2000 2002 Dion sio Machado e Bezerra 2002 Meurer Bonini e Motta Roth 2005 Dolz e Schneuwly 2004 Marcuschi 2008 Signorini 2008 dentre outros 2 Consideramos o processo de transposi o did tica como o de realizar as transforma es necess rias para a retextualiza o do g nero na aula que bem realizado permita desenvolver no aluno a capacidade que Bakhtin 1952 53 1979 atribui ao escritor artes o aquele que consegue usar o g nero de forma competente e cr tica ao fornecer lhe uma matriz externa por m sem aprision lo a um clich pr determinado KLEIMAN 2002 p 12 32 escolha destes g neros de explora o dos mesmos de adequa o proposta dos PCNs e das DCEs e de organiza o do LD como um todo que visa o ensino de leitura escrita e oralidade A partir des
134. bsolutamente secund rio no debate sobre o sentido At este momento a quest o da leitura e da constru o de sentidos englobava as categorias de texto autor e leitor sem dar ao suporte tamanho poderio No intuito de compreender os diferentes modos de visualidade nos LD LP Belmiro 2000 p 12 trata o LD como suporte veiculador da imagem no espa o escolar e afirma que este uso da imagem pode ser considerado indicador do processo de moderniza o por que vem passando o suporte Em 2008 p 309 a pesquisadora preocupada com uma educa o est tica nos LD LP questiona O livro did tico suporte que conformado por interesses de diferentes ordens como o econ mico o pol tico al m da comunidade que o faz existir como o p blico estudante as editoras entre outros pode consagrar espa o para a visualidade circundante mantendo a vivacidade criadora da imagem Constata se que para Belmiro 2000 2008 o LD LP um suporte em que g neros de outros suportes com diferentes linguagens no caso a visual s o incorporados e abordados a partir de estrat gias de leitura empregadas para o texto verbal 2 7 A x J a perspectiva textual de Marcuschi v os suportes com a fun o de fixar e mostrar o g nero e analisa como eles contribuem para a sele o de g neros e sua forma a x 74 de apresenta o Partindo do pressuposto de que todo g nero tem um suporte Marcuschi 2003a p 7 grifos do autor afirm
135. ca texto filos fico reportagem indefinido e texto expositivo explorados por meio de dezesseis exemplares O trabalho com leitura 74 e escrita 26 ocorre pelo vi s da intertextualidade aliada tem tica da unidade chatice A partir de sele o textual variada houve um trabalho focado na produ o escrita atrav s de seis atividades restritas sala de aula A apresenta o de uma adapta o da obra Tratado geral dos chatos p 138 a 140 acrescida de uma imagem de quebra cabe a p 138 de uma ilustra o sobre a Ver Anexo 7 l Ver Anexo 8 PERES Suely Marcolino Voc um chato L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 p 136 147 Apesar do cone indicativo do trabalho com oralidade p 137 n o h ao longo do cap tulo qualquer atividade ou recomenda o concernente a esta pr tica O g nero tratado um texto expositivo argumentativo formal que exp e de forma did tica um ou v rios assuntos a respeito de uma ci ncia arte etc COSTA 2009 p 194 127 pe a Hamlet p 139 de uma sugest o de leitura da obra Hamlet o pr ncipe da Dinamarca p 139 e de uma ilustra o de rvore geneal gica p 139 servem para ampliar as leituras sobre a tem tica proposta e o final inconcluso desta adapta o possibilita a sugest o da primeira produ o textual p 140 e Uma lista de chatos nunca est completa Defina os cha
136. centual de 9 43 nove v rgula quarenta e tr s por cento ou seja s o 33 trinta e tr s textos e ou exerc cios propostos relacionados oralidade Entretanto este aumento progressivo quantitativo e n o qualitativo como veremos em 5 3 1 A oralidade no LDP PR Marcuschi frente realidade por ele diagnosticada sugere como alternativas para a supera o deste problema atividades que trabalhem com varia o dialetal de registro e de n veis de fala de g neros textuais orais de estrat gias comunicativas entre outras Por m sua contribui o maior est no alerta sobre o objetivo do ensino de l ngua importante ter em mente que o ensino de l ngua na escola n o visa a formar linguistas ou gram ticos e muito menos analistas da fala analistas de textos ou da conversa o Tudo se resume a este objetivo ensinar os alunos a perceberem a riqueza que envolve o uso efetivo da l ngua como um patrim nio maior do qual n o podemos abrir m o A l ngua ser a grande ferramenta di ria da qual ningu m poder abdicar durante toda sua vida venha ele fazer seja l o que for MARCUSCHI 2005c p 32 grifos do autor 16 De acordo com o Quadro 6 p 108 135 Como poderia se esperar desta conflu ncia entre novo objeto de ensino novas pesquisas e nova realidade escolar apesar de a necessidade do ensino da oralidade ou de g neros orais formais e p blicos ser tomada como tema de pesquisas lingu sticas
137. cia entre os g neros antologia gram tica e aula BUNZEN J NIOR 2005 e a sua constru o composicional a partir de textos de g neros intercalados provindos da esfera do discurso pedag gico e de outras esferas 18 No quarto cap tulo apresentamos a fundamenta o te rica sobre o ensino de l ngua materna por meio de g neros e dados estat sticos acerca do LDP PR que ser o empregados na an lise do LDP PR realizada nos cap tulos seguintes Deste modo nesta parte s o definidos a concep o sociointeracionista de linguagem em que se pauta esta pesquisa concep o esta que tamb m norteia o LD paranaense alicer ado nas DCEs a configura o dezesseis unidades did ticas mantidas pela vincula o tem tica e estrutural voltadas s pr ticas de leitura escrita e oralidade e a estrat gia composicional t pica do LDP PR texto visual na 1 p gina quest o mobilizadora t tulo autoria situa o problema e cones indicadores do enfoque do cap tulo na 2 p gina emprego de haicais como recurso atrativo e predomin ncia de textos expositivos a distribui o de textos de g neros intercalados no LDP PR conforme os dom nios discursivos dos quais s o provenientes a perspectiva de ensino com base em g neros Escola de Genebra por n s escolhida e tamb m empregada pelo LD paranaense o emprego da sequ ncia did tica DOLZ NOVERRAZ SCHNEUWLY 2004 como norte para efetuar a an lise dos encaminhamentos sugeridos pelo
138. clareza quando se trata do problema de um estilo lingu stico ou funcional De fato o estilo lingu stico ou funcional nada mais sen o o estilo de um g nero peculiar a uma dada esfera da atividade e da comunica o humana O estilo indissociavelmente vinculado a unidades tem ticas determinadas e o que particularmente importante a unidades composicionais tipo de estrutura o e de conclus o de um todo tipo de rela o entre o locutor e os outros parceiros da comunica o verbal rela o com o ouvinte ou com o leitor com o interlocutor com o discurso do outro etc O estilo entra como elemento na unidade de g nero de um enunciado No caso peculiar do g nero LD LP dentro da esfera do discurso pedag gico com a fun o de ensinar e conforme as condi es s cio hist ricas e culturais j apresentadas seu estilo did tico marcadamente vinculado aos objetos de ensino eleitos como tem tica e composi o h brida delineada anteriormente Ademais segundo Bakhtin 1952 53 1979 p 325 326 grifo do autor Ter um destinat rio dirigir se a algu m uma particularidade constitutiva do enunciado sem a qual n o h e n o poderia haver enunciado As diversas formas t picas de dirigir se a algu m e as diversas concep es t picas do destinat rio s o as particularidades constitutivas que determinam a diversidade dos g neros do discurso sob uma maior ou menor influ ncia do destinat rio e
139. co n o passa a ser um poema did tico Marcuschi 2008 taxativo em seu posicionamento para ele Bakhtin nunca teria classificado o LD como g nero secund rio mas como um conjunto de g neros Como argumento a este posicionamento o linguista cita a produ o de g neros tipicamente da esfera do discurso pedag gico como a explica o textual os exerc cios escolares a reda o instru es para produ o textual entre outros presentes no LD Discordamos deste posicionamento marcuschiano haja vista que o que este linguista busca a compreens o do processo m ltiplo de encaixes e alinhamentos de textos de variados g neros na constitui o do todo do LD LP e n o a composi o h brida de g neros intercalados que constitui este LD Nestes termos tanto o poema quanto os g neros da esfera pedag gica citados como exemplo por Marcuschi mant m sua relativa 5 Os textos trabalhados no LD n o est o ali de tal modo aglutinados a ponto de formarem um todo org nico como observava Bakhtin 1979 para o romance Embora o livro did tico constitua um todo ele feito de partes que mant m suas caracter sticas MARCUSCHI 2008 p 170 171 78 independ ncia ao serem submetidos unidade estil stica deste LD pois tomam parte na estrutura e no prop sito do g nero em que est o intercalados Bunzen J nior 2005 p 35 defende que a no o de suporte n o suficiente para a compreens o do processo m ltiplo
140. conte dos b sicos a abordagem te rico metodol gica e a avalia o Na segunda s o relacionados os g neros e suas esferas sociais de circula o Quanto nomenclatura empregada no LDP PR diagnosticamos o emprego do termo texto s como fen meno lingu stico emp rico g neros textuais como conjunto de textos materializados em situa es comunicativas recorrentes e tipo s de texto s em refer ncia tipologia textual padr o narra o argumenta o exposi o descri o e injun o 08 Este posicionamento condiz com a virada pragm tica no ensino de l ngua materna RANGEL 2005 2 Ver Anexo 3 10 O conte do b sico composto pelos g neros discursivos pelas pr ticas de leitura oralidade escrita e an lise lingu stica para serem abordados a partir do g nero selecionado na tabela conforme as esferas sociais de circula o cotidiana cient fica escolar SEED 2008 p 90 I Ver Anexo 4 89 r Na 2 edi o do LDP PR a express o g neros textuais substitu da por g neros discursivos tendo em vista os pressupostos te ricos seguidos pelo LD e as orienta es das DCEs Esta substitui o pode ser avaliada como positiva se consideramos a quest o levantada por Rojo 2005 p 186 grifos da autora sobre o emprego destas express es ser que quando enunciamos aparentemente indiferentemente as designa es g neros do discurso
141. cultura escolar dos jardins de inf ncia e grupos escolares no Paran 1900 1929 Tese em Educa o Pont ficia Universidade Cat lica de S o Paulo 2004 299 p TAGLIANI Dulce Cassol O livro did tico como instrumento mediador no processo de ensino aprendizagem de l ngua portuguesa a produ o de textos Rev bras linguist apl online 2011 vol 11 n 1 pp 135 148 ISSN 1984 6398 T VORA Ant nio Duarte Fernandes Constru o de um conceito de suporte a mat ria a forma e fun o interativa na atualiza o de g neros textuais 2008 184 p Tese Doutorado em Lingu stica Universidade Federal do Cear Fortaleza TFOUNI Leda Verdiani A dispers o e a deriva na constitui o da autoria e suas implica es para uma teoria do letramento In SIGNORINI I org Investigando a rela o oral escrito e as teorias de letramento Campinas Mercado de Letras 2001 p 71 94 TODOROV Tzvetan Os g neros do discurso Trad Elisa Angotti Kossovitch S o Paulo Martins Fontes 1980 305 p VAL Maria da Gra a Costa Atividades de produ o de textos escritos em livros did ticos de 5 a 8 s ries do ensino fundamental In ROJO R BATISTA A A G orgs Livro did tico de l ngua portuguesa letramento e cultura da escrita 1 reimpr 178 Campinas Mercado de Letras 2008 p 125 152 VAL Maria da Gra a Costa MARCUSCHI Beth orgs Livros did ticos de l ngua portuguesa letramento inclus o e cidada
142. cutores seus objetivos o assunto tratado al m do contexto de produ o eanalisar os textos produzidos lidos e ou ouvidos possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos lingu stico discursivos e aprofundar por meio da leitura de textos liter rios a capacidade de pensamento cr tico e a sensibilidade est tica permitindo a expans o l dica da oralidade da leitura e da escrita eaprimorar os conhecimentos lingu sticos de maneira a propiciar acesso s ferramentas de express o e compreens o de processos discursivos proporcionando ao aluno condi es para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais apropriando se tamb m da norma padr o SEED 2008 p 54 Frente a estes objetivos as DCEs sugerem um trabalho pedag gico que priorize as pr ticas sociais pautando se na interlocu o na leitura e produ o oral e escrita bem como na reflex o e no uso da linguagem em diferentes situa es e que tenha como conte do estruturante o discurso como pr tica social sendo o discurso toda a atividade comunicativa entre interlocutores Assim o trabalho com a disciplina considerar os g neros discursivos que circulam socialmente com especial aten o queles de maior exig ncia na sua elabora o formal SEED 2008 p 63 No intuito de sistematizar por conte dos b sicos os conhecimentos fundamentais para cada s rie as DCEs apresentam duas tabelas Na primeira s o apresentados os
143. d tico de portugu s como um g nero do discurso implica es te ricas e metodol gicas In I SILID Simp sio sobre o livro did tico de l ngua materna e estrangeira 2008 Rio de Janeiro Anais do I Simp sio sobre o livro did tico de l ngua materna e estrangeira Rio de Janeiro Edi es Entrelugar 2008 p 1 16 167 BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Um olhar sobre os g neros interpessoais nos manuais escolares de ensino m dio Letras amp Letras Uberl ndia n 23 v 1 jan jun 2007 p 7 25 BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Constru o de um objeto de investiga o complexo o livro did tico de l ngua portuguesa Estudos lingu sticos XXXIV 2005b p 557 562 BUNZEN Clecio ROJO Roxane Livro did tico de l ngua portuguesa como g nero do discurso autoria e estilo In VAL M da G C MARCUSCHI B orgs Livros did ticos de l ngua portuguesa letramento inclus o e cidadania Belo Horizonte Ceale Aut ntica 2005 p 73 117 CAMILLO Luciana Cristina Vargas da Cruz Projeto Folhas an lise de materiais did ticos escritos por professores da rede p blica do Paran 2007 229 p Disserta o Mestrado em Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Londrina UEL Londrina CANCLINI N stor Garc a Culturas h bridas estrat gias para entrar e sair da modernidade 4 ed 1 reimp S o Paulo Edusp 2006 385 p CARMAGNANL ANNA MARIA G Ensino apostilado e venda de novas ilus es In COR
144. da e atual In DION SIO A P BEZERRA M A orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005 p 35 47 BISPO Maria de F tima Fernandes A intertextualidade nas reda es de vestibular uma reflex o sobre os g neros que constroem o discurso do vestibulando Tese em Letras Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2009 100 p BITTENCOURT Circe Maria Fernandes Livro did tico e conhecimento hist rico uma hist ria do saber escolar 1993 369 f Tese Doutorado em Hist ria Social Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo S o Paulo BITTENCOURT Circe org O saber hist rico na sala de aula 8 ed S o Paulo Contexto 2003 175 p BITTENCOURT Circe Livros did ticos entre textos e imagens In BITTENCOURT C org O saber hist rico na sala de aula 8 ed S o Paulo Contexto 2003 p 69 90 BITTENCOUTT Circe Maria Fernandes Autores e editores de comp ndios e livros de leitura 1810 1910 Educa o e pesquisa S o Paulo v 30 n 3 p 475 491 set dez 2004 BONINI Adair A no o de segii ncia textual na an lise pragm tico textual de Jean Michel Adam In MEURER J L BONINI A MOTTA ROTH D orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola Editorial 2005 p 208 236 BONINI Adair G nero textual como signo lingu stico os reflexos da tese da arbitrariedade Linguagem em Dis curso
145. da gram tica normativa mas tamb m da gram tica textual na cren a de que quem sabe as regras sabe proceder al m de que faz se a abstra o das circunst ncias ou da situa o de produ o e de leitura desses textos gerando uma leitura de extra o de informa es expl citas ou impl citas mais do que uma leitura interpretativa reflexiva e cr tica e uma produ o guiada pelas formas e pelos conte dos mais que pelo contexto e pelas finalidades do texto ROJO CORDEIRO 2004 p 9 10 Diante de tal quadro trabalhos sobre leitura e produ o de textos esclareceram a necessidade e urg ncia de o texto ser trabalhado em sala de aula com enfoque em seu funcionamento e em suas condi es de produ o e leitura Essa virada passou a ecoar com mais for a nos programas e propostas curriculares oficiais brasileiros a partir de 1997 1998 com sua incorpora o nos PCNs de l ngua portuguesa embora j tivesse eco anteriormente em numerosas propostas curriculares oficiais estaduais Nela passam a ter 58 Segundo Batista 2008 e Bezerra 2002 p 43 a rela o do MEC com o livro did tico vem bem antes dos anos 90 desde 1938 quando foi institu da a Comiss o Nacional do Livro Did tico CNLD que estabeleceu condi es para produ o importa o e utiliza o do livro did tico Em 1966 foi criada a Comiss o do Livro T cnico e Livro Did tico COLTED para coordenar as a es relativas produ o e
146. da pela experi ncia reduzida e merc da Secretaria de Estado da Educa o do Paran SEED PR este apego ao g nero consolidado PALAVRAS CHAVE livro did tico g nero discursivo professor autor pr ticas discursivas ABSTRACT Parana s Public Textbook Portuguese And Literature The Teacher Author And The Discursive Genre This descriptive explanatory research aims to investigate the dialogic relationship between the Parana s Public Textbook Portuguese and Literature LDP PR and the representative books of the discursive genre of Portuguese Textbook LP LD From a socio historic discursive perspective and by the use of bibliographical and documentary sources we developed this research in two stages In the first one we carried out a theoretical reflection about the Discursive Genres BAKHTIN and how the social interactionist approach appropriates this Bakhtinian concept and discusses the issue of making genre educational SCHNEUWLY and DOLZ In the second one we applied these assumptions to the LDP PR with the intent of investigating the educational directions given to the texts of discursive genres employed in such a teaching materials From this investigation of the LDP PR s thematic contents performed through the work with reading writing and speaking skills practices we sought support for the analysis of this LD as an exemplar of the LD LP genre Our results reveal that the LDP PR innovates the choice of the
147. da sua presumida resposta que o locutor seleciona todos os recursos lingu sticos de que necessita Ou seja apesar da ambiguidade no que se refere ao p blico do LD se o professor se o aluno ou se s o ambos o g nero em an lise seleciona os recursos pertinentes sejam as instru es as explica es os procedimentos enfim busca alcan ar a resposta de seu leitor usu rio Este detalhamento dos aspectos fundamentais da constitui o do g nero LD LP condi es s cio hist ricas culturais e econ micas composi o h brida intercala o de textos provindos da esfera pedag gica e de outras esferas bem como sua relativa estabilidade tem tica composicional e estil stica ser retomado no sexto cap tulo desta tese quando ser feita a an lise do LDP PR como um exemplar do g nero LD LP 83 4 O ENSINO DE L NGUA MATERNA POR MEIO DE G NEROS A poca o meio social o micromundo o da fam lia dos amigos e conhecidos dos colegas que v o homem crescer e viver sempre possui seus enunciados que servem de norma d o o tom s o obras cient ficas liter rias ideol gicas nas quais as pessoas se apoiam e s quais se referem que s o citadas imitadas servem de inspira o Toda poca em cada uma das esferas da vida e da realidade tem tradi es acatadas que se expressam e se preservam sob o inv lucro das palavras das obras dos enunciados das locu es etc H sempre certo n mero de
148. de 2007 a 2010 em sua maioria s o profissionais graduados sendo 90 99 noventa v rgula noventa e nove por cento professores licenciados Ano C Lic C Gr C EM C NM S EM Total 2007 20 813 24 095 328 53 2 24 478 2008 24 602 25 695 625 63 6 26 389 2009 25 689 27 007 703 59 27 169 2010 26 731 27 869 943 70 28 882 Total 90 99 97 34 2 41 0 22 0 007 100 Quadro 8 Perfil dos professores da rede Fonte SEED 2011 Legenda para Fun es Docentes C Lic com Licenciatura C Gr com Gradua o C EM com Ensino M dio C NM com Normal M dio S EM sem Ensino M dio Relacionando os apontamentos sobre as esferas de circula o e de produ o do LDP PR apresentados neste cap tulo podemos afirmar que este LD reflete as condi es espec ficas e as finalidades da esfera escolar haja vista que tem como p blico alvo o professor e o aluno do Ensino M dio considera o tempo escolar mant m a fun o pedag gica elege as pr ticas discursivas como tema preserva o estilo did tico e composto por unidades tem ticas constitu das pela intercala o de textos de g neros diversos oriundos da esfera pedag gica e de outras esferas Dentre os apontamentos feitos nosso intuito foi enfatizar o papel da autoria em rela o s mudan as sofridas pelo g nero em virtude de coer es s cio hist ricas culturais e econ micas Especificamente no caso do LDP PR autoria m ltipla e
149. de Chartier 2002 2001 1999a 1999b 1999c ora considera a vincula o entre g nero e suporte como sendo de impregna o m tua como afirmam Cunha 2000 Maingueneau 2001 e Machado 2001 Se segu ssemos esta perspectiva para analisar o LDP PR o material did tico seria considerado um produto avaliado por seu vi s est tico correndo o risco de vermos o LD LP como mero objeto portador como suporte de textos de g neros diversos Posi o da qual discordamos tendo em vista que assumimos este LD LP como uma forma relativamente est vel BAKHTIN 1952 1953 1979 de intera o selecionada dentro de uma esfera de produ o s cio historicamente constitu da em nosso caso a SEED PR em rela o ao mercado editorial e rede p blica escolar que reflete as condi es espec ficas de sua produ o de sua circula o 3 20 G NERO LIVRO DID TICO DE L NGUA PORTUGUESA COMO INSTRUMENTO PEDAG GICO Opondo nos posi o apresentada no subcap tulo anterior mais que um suporte o LD LP um g nero que pode ser divulgado e acess vel em outros suportes al m do suporte livro como cartazes lbuns folhas avulsas fichas CDs etc No caso do LDP PR o suporte eleito o livro impresso e em volume nico j o suporte alternativo digital via site Dia a dia Educa o mantido pela SEED PR Tamb m nos opomos porque al m dos textos de outros g neros presentes neste exemplar de LD LP h a distribui o de textos t
150. di o e distribui o do livro did tico em 1971 o Instituto Nacional do Livro INL passou a desenvolver o Programa do Livro Did tico para o Ensino Fundamental PLIDEF em 1976 a Funda o Nacional do Material Escolar FENAME passou a ser respons vel pela execu o dos programas do livro did tico 1983 foi criada a Funda o de Assist ncia ao Estudante FAE que incorporou o PLIDEF em 1985 o PLIDEF foi substitu do pelo PNLD que imprimiu v rias mudan as na avalia o de livro did tico e em 1996 iniciado o processo de avalia o desse livro nos moldes atuais 56 import ncia consider vel tanto as situa es de produ o e de circula o dos textos como a significa o que nelas forjada e naturalmente convoca se a no o de g neros discursivos ou textuais como instrumento melhor que o conceito de tipo para oferecer o ensino de leitura e de produ o de textos escritos e tamb m orais ROJO CORDEIRO 2004 p 11 grifo das autoras Nos Par metros Curriculares Nacionais PCNs de L ngua Portuguesa recomenda se que nas aulas de l ngua materna o ensino de textos leitura produ o seja desenvolvido com base na no o de g nero por conseguinte salienta se que o professor deve trabalhar com a maior variedade poss vel de g neros especialmente com exemplares daqueles g neros a que os educandos se encontram expostos no seu dia a dia e os necess rios para ampliar a compet ncia de atua o
151. dial Na sequ ncia expomos a pesquisa acad mica brasileira sobre os livros did ticos 1950 2000 a partir dos levantamentos bibliogr ficos efetuados por Freitag Motta e Costa 1987 1997 Batista 1999 Batista e Rojo 2008 e 2005 e Pirola 2008 Finalmente apresentamos nosso levantamento 2001 2011 no Scielo e no Portal da Capes a fim de confirmar a originalidade de nossa pesquisa Bunzen J nior 2007 p 11 grifos do autor avalia que o trabalho com g neros no LD mais que mera transposi o did tica dos conhecimentos acad micos para as salas de aula para o autor seria uma constru o advinda de diversas teorias de campos de saberes diversos proporcionando uma constru o heterog nea Neste caso distribu da aos alunos e professores da rede paranaense 34 As avalia es realizadas sobre o livro did tico s o realizadas a partir de pontos de vista diferentes e assim produzem resultados tamb m diferentes Do ponto de vista de seus usu rios primeiros os professores h os que o abominam e o culpam pelo estado prec rio da educa o escolar h os que se calam e h os que o avaliam positivamente em virtude de o livro os auxiliar na pr tica di ria Do ponto de vista dos pesquisadores as conclus es tamb m variam uma vez que os campos de investiga o tamb m s o v rios hist rico das ci ncias pol ticas e econ micas pedag gico sociol gico lingu stico entre outros BITTENCOURT 2003
152. do nas tr s s ries do Ensino M dio Tendo como conte do estruturante o discurso como pr tica social e 153 focando no trabalho com leitura escrita e oralidade os cap tulos s o distribu dos conforme a tem tica central e estruturados a partir de textos de g neros variados e atividades que dever o ser desenvolvidas pelos alunos sob orienta o do professor Quando tratamos de composi o adentramos a quest o estilo e vice versa Quando tratamos do tema voltamos forma e ao estilo Isto se d porque a quest o do g nero complexa e imbrica todos esses elementos n o sendo poss vel tratar de um sem pensar na implica o para os demais Em termos de composi o o LDP PR possui composi o m ltipla a partir de g neros intercalados provindos tanto da esfera pedag gica quanto de outras esferas De acordo com nosso levantamento os cap tulos s o assim constitu dos Cap tulo N de N de G neros intercalados textos g neros Haicai Cartaz Edital B O 1 11 8 Conto M sica Texto Filos fico Texto Expositivo Not cia Haicai Texto Doutrin rio Cr nica 2 18 12 Pensamento Poema Contrato Artigo Legislativo Peti o Gloss rio Texto Expositivo Indefinido Haicai An ncio Poema Texto Sociol gico Cr nica 3 23 9 Charge Gr fico Texto Expositivo Semin rio Texto de Apr
153. dores cadernos deve ser tomada como indicadora de diferentes formas de manipula o e uso dos textos escolares n o se trata apenas de textos a serem lidos mas de textos a serem recortados completados refeitos reorganizados no interior das rela es pedag gicas que ao mesmo tempo visam a atender e a instaurar No interior entretanto dessa diversidade dos suportes textuais e das formas de sua leitura e utiliza o um fator parece criar uma homogeneidade para os textos escolares trata se sempre ao que tudo indica de material impresso empregado para o desenvolvimento de processos de ensino e de forma o 22 para uso individualizado ou coletivo a exemplo do que j ocorre em pa ses mais avan ados Frente a estas op es m ltiplas quando nos referimos a livros did ticos estamos considerando aqueles textos que s o tanto produzidos quanto impressos tendo em vista o mercado escolar Baseados no pressuposto da import ncia de se levar o aluno a conhecer e manipular diferentes fontes de informa o relacionadas com as diversas reas de conhecimento esses livros empregam textos retirados de diferentes suportes e contextos sociais de produ o de circula o BATISTA 1999 p 543 grifos do autor Portanto estudar esses impressos parece ser tamb m estudar de modo geral as rela es de subordina o transforma o e de tens o da cultura escolar com outras esfe
154. dos das avalia es de leitura e produ o pelas quais passam os educandos as Diretrizes Curriculares Estaduais de L ngua Portuguesa requerem neste momento hist rico novos posicionamentos em rela o s pr ticas de ensino seja pela discuss o cr tica dessas pr ticas seja pelo envolvimento direto dos professores na constru o de alternativas Essas considera es resultaram nas DCE numa proposta que d nfase l ngua viva dial gica em constante movimenta o permanentemente reflexiva e produtiva SEED 2008 p 47 48 Este novo posicionamento se concretiza na publica o do LDP PR que como veremos comprova o envolvimento direto dos professores na constru o de alternativas mas tamb m revela pelo trabalho realizado com as pr ticas discursivas por meio de g neros na 1 e na 2 edi o a incipi ncia das discuss es acerca das pr ticas de ensino Tendo em vista a concep o de l ngua como discurso que se realiza nas diferentes pr ticas sociais as DCEs preconizam que o processo de ensino aprendizagem da disciplina em quest o busque e empregar a l ngua oral em diferentes situa es de uso saber adequ la a cada contexto e interlocutor reconhecer as inten es impl citas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles 88 e desenvolver o uso da l ngua escrita em situa es discursivas por meio de pr ticas sociais que considerem os interlo
155. duca o e pesquisa S o Paulo v 30 n 3 p 513 529 set dez 2004 MUNAKATA Kazumi Livro did tico e forma o do professor s o compat veis In DION SIO A P MUNAKATA K RAZZINI M de P G O livro did tico e a forma o de professores Simp sio 6 p 89 94 Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf vollb pdf gt Acesso em 20 out 2011 MUNAKATA Kazumi Produzindo livros did ticos e paradid ticos 1997 218 f Tese Doutorado em Hist ria e Filosofia da Educa o Pontif cia Universidade Cat lica de 174 S o Paulo S o Paulo NASCIMENTO Elvira Lopes G neros textuais e forma o de professores sequ ncia did tica para o ensino de produ o de texto In CRISTOV O V L L NASCIMENTO E L orgs G neros textuais teoria e pr tica II Palmas e Uni o da Vit ria Kaygangue 2005 p 163 174 NISKIER Arnaldo Educa o brasileira 500 anos de hist ria 1500 2000 2 ed Rio de Janeiro Consultor 1996 648 p NOSELLA Maria de Lourdes Chagas Deir As belas mentiras a ideologia subjacente aos textos did ticos 9 ed S o Paulo Moraes 1981 200 p NUNES MACEDO Maria do Socorro Alencar MORTIMER Eduardo Fleury GREEN Judith A constitui o das intera es em sala de aula e o uso do livro did tico an lise de uma pr tica de letramento no primeiro ciclo Rev Bras Educ online 2004 n 25 pp 18 29 ISSN 1413 2478 OLIVEIRA Ala de Lisboa de O livro did t
156. e o textual diversificada e houve um trabalho focado na aplica o da teoria a exerc cios que apesar de se valerem de textos ou de fragmentos textuais s o prescritivos e n o geram a internaliza o das regras como defendido na conclus o do cap tulo Centralizando nossa an lise nas atividades e textos sugeridos para o trabalho com a habilidade de leitura neste cap tulo verificamos que em virtude do seu car ter te rico h uma explora o bastante tradicional do conte do gramatical pontua o 2 2 140 Es F Pat a A mesma situa o ocorre no d cimo sexto cap tulo O emprego de haicai de modo isolado n o trabalhado e sem qualquer rela o com a tem tica do cap tulo ocorre quatro vezes nas p ginas 191 193 195 e 196 Tamb m em sua vers o anterior n o h a presen a destes haicais Dado que nos permite supor que seja uma estrat gia estil stica do LD PAUL Maria de F tima Navarro Lins V rgulas e significado L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 p 190 201 42 Este cap tulo foi divulgado anteriormente como um Folhas Dispon vel em lt http www8 pr gov br portals portal projetofolhas linguaportuguesa doc gt Acesso em 14 jan 2012 I8 Ver Figura 12 118 desta forma a utiliza o de quatro exemplares do g nero texto expositivo um texto explicativo um e mail dois textos liter rios duas pinturas em tela e um artigo legislat rio empr
157. e Diretrizes e Bases da Educa o Lei n 5692 71 a disciplina de portugu s intensamente alterada tanto em sua denomina o passa a Comunica o e express o nas s ries iniciais do 1 grau para Comunica o em l ngua portuguesa nas s ries finais desse grau e a L ngua portuguesa e literatura brasileira no 2 grau como nas concep es e objetivos Nas palavras de Soares 2002 p 169 grifos da autora 57 Some se o fato de que a lei em quest o se fez em meio aus ncia de estrutura material e f sica para acomodar a nova ordem em meio a falta de recursos econ micos e humanos para implementar as mudan as e realizar as novidades propostas e em condi es contradit rias que possibilitavam apropria es e resist ncias diversas PIETRI 2010 p 70 53 A concep o da l ngua como sistema prevalente at ent o no ensino da gram tica e a concep o da l ngua como express o est tica prevalente inicialmente no ensino da ret rica e da po tica e posteriormente no estudo de textos s o substitu das pela concep o da l ngua como comunica o De acordo com Razzini 2010 p 56 57 Encarado como instrumento de comunica o e articulado com as outras mat rias o ensino de Portugu s passou a admitir cada vez mais um n mero maior e mais variado de textos para leitura desde os tradicionais textos liter rios consideravelmente ampliados com a literatura contempor nea p s 19
158. e constituem os elementos isto as categorias de atos de fala na vida e na cria o ideol gica que se prestam a uma determina o pela intera o verbal 3 A partir da exame das formas da l ngua na sua interpreta o lingu stica habitual BAKHTIN VOLOCHINOV 1929 p 129 85 E que nasce entre as d cadas de 50 e 60 e encontra seu lugar tal como o conhecemos hoje no Brasil na d cada de 60 do s culo passado quando na esteira do acordo MEC USAID United States Agency for International Development promulga se a Lei 4024 a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional em 1971 que reestrutura a educa o brasileira e acarreta mudan as curriculares de fundo configuradas na Lei 5692 71 BUNZEN J NIOR ROJO 2005 p 73 70 Para tanto este subcap tulo valendo se da recupera o da hist ria da institui o da l ngua portuguesa como disciplina curricular brasileira apresentada no cap tulo anterior retoma as condi es sociais pol ticas e hist ricas do surgimento e desenvolvimento deste material did tico bem como das reconfigura es das esferas de produ o e de circula o na sequ ncia s o apresentadas as defesas do LD LP como g nero discursivo constitu do s cio historicamente e composto por forma composicional complexa e repleta de intercala es BAKHTIN 1934 35 1975 e apresentando estilo did tico de g nero Considera se tamb m que este g nero permite que cada locutor auto
159. e inform tica em casa enfim n o est restrita ao emprego em sala de aula Especificamente no caso do LDP PR al m da vers o impressa no suporte livro enviado s escolas da rede p blica do estado do Paran com exemplares individuais aos professores e alunos o mesmo material encontra se dispon vel na WEB podendo ser acessado por qualquer usu rio da rede interessado no material d quanto constru o de efeitos de sentido diferentes a partir da escolha de suportes n o protot picos o LDP PR encontra se no formato protot pico haja vista as coer es da esfera de circula o e de produ o que esperam um LD LP no suporte livro Nesta primeira parte o enfoque dado ao suporte ora supervaloriza a materialidade do objeto em que o texto se inscreve fixo ou se mostra como agenciadora do sentido ou da rela o estabelecida entre leitor produtor g nero na vis o 83 O livro j existia antes de Guttenberg criar os tipos m veis mas as pr ticas de leitura come aram lentamente a se modificar com a possibilidade de imprimir os volumes em larga escala Hoje temos no mundo digital um novo suporte a tela do computador e uma nova pr tica de leitura muito mais r pida e fragmentada Ela abre um mundo de possibilidades mas tamb m muitos desafios para quem gosta de ler e sobretudo para os professores que precisam desenvolver em seus alunos o prazer da leitura CHARTIER entrevista Revista Nova Escola fev 2011 Dispo
160. e para o fato de que este material did tico disponibilizado em apenas um volume direcionado tanto para o p blico discente quanto para o docente A distribui o de volume espec fico destinado ao docente Manual do Professor no qual s o delineadas as propostas de encaminhamento do LD MANUAL 2006 foi enviada aos professores apenas em vers o impressa n o estando dispon vel no referido site 3 De acordo com os PCNs 1998 p 23 os princ pios organizadores dos conte dos de LP USO gt REFLEX O gt USO al m de orientarem a sele o dos aspectos a serem abordados definem tamb m a linha geral do tratamento que tais conte dos receber o pois caracterizam um movimento metodol gico de A O gt REFLEX O gt A O que incorpora a reflex o s atividades lingu sticas do aluno de tal forma que ele venha a ampliar sua compet ncia discursiva para as pr ticas de escuta leitura e produ o de textos 26 A dinamicidade destas concep es segundo Brait 2008 p 16 tem a vantagem de valorizar o corpus e despertar no leitor analista fruidor a capacidade de dialogar com esse corpus e a partir de sua materialidade de suas particularidades surpreender nas incont veis formas assumidas pela l ngua a Schneuwly e Dolz 2004 Koch 2000a 2000b 2002 2007 Marcuschi 2008 entre outros 33 Diante deste panorama mesmo tendo elegido a transposi o did tica como objetivo de pesquisa reconhecemos o
161. e pesquisa ser novo assim as obras de s ntese ainda s o raras e n o abrangem toda a produ o did tica nem todos os per odos CHOPPIN 2004 p 549 Na realidade brasileira n o h bancos de dados unificados apenas a possibilidade de levantamento por meio das plataformas Lattes e Scielo bem como pelo banco de teses e disserta es da Capes O Esta variedade vocabular considerada um problema devido ao fato de que apesar de alguns pesquisadores cientes da instabilidade do uso lexical da express o se esfor arem em esclarecer qual seu objeto de pesquisa e estabelecer tipologias a maior parte deles se omite em definir mesmo que sucintamente seu objeto de estudo CHOPPIN 2004 p 549 35 terceiro obst culo apresentado por Choppin se d pelo crescimento quantitativo da produ o cient fica interessada neste dom nio e a quarta dificuldade vem da barreira lingu stica Afirma ainda o pesquisador 2008 p 9 a produ o cient fica mundial aparece muito heterog nea e consiste essencialmente em artigos isolados o que torna ainda mais dif cil delimit la Apesar destas dificuldades Choppin esbo a uma an lise provis ria da pesquisa mundial sobre o tema em quest o tendo em vista a onipresen a dos livros did ticos no mundo e o interesse atual dos historiadores por esta rea O autor caracteriza a pesquisa mundial como din mica prof cua e de car ter nacional devido tanto a fatores conjuntur
162. e pressup e o trabalho com um g nero oral espec fico entretanto apenas fornecido o nome do g nero a ser produzido semin rio sem qualquer reflex o sobre o g nero como se o aluno j o dominasse Frente s atividades comentadas referentes a esses dois cap tulos e do levantamento feito a partir do LDP PR verificamos que frequentemente s o sugeridas situa es de uso da linguagem oral em sala de aula e que em menor propor o s o apresentadas atividades com g neros orais todavia estas fornecem apenas o nome do g nero a ser produzido semin rio debate e resposta Tais pr ticas n o levam reflex o sobre os g neros orais seus usos condi es de produ o formas composicionais estilos e temas Sendo que esta reflex o poderia ser estimulada tanto na produ o quanto na audi o de textos orais Como hav amos previsto o aumento da presen a de textos e atividades voltados oralidade nos LD LP especificamente no LDP PR apenas quantitativo Para que esta presen a tivesse amplia o qualitativa os professores autores deveriam ter acesso a propostas did ticas para o ensino da oralidade e a descri o do maior n mero de g neros orais assim teriam fundamenta o te rica suficiente em rela o linguagem oral e a como torn la objeto de ensino Em compara o aos problemas levantados por Marcuschi 2005c em LD LP que circulavam no fim do s culo XX constatamos que ao longo do LDP PR os exe
163. e usu rio associada inexperi ncia como autor fez com que os professores autores mantivessem as fun es e a estrutura do g nero LD LP Salientamos esta iniciativa de tornar o professor autor do material did tico fomentando assim a pesquisa e a busca por respostas aos problemas encontrados na realidade escolar paranaense como bastante positiva Embora o LDP PR apresente problemas na 1 edi o e estes se mantenham na 2 edi o a proposta v lida Os problemas encontrados falta de autonomia problemas na prepara o do professor autor entre outros como afirmamos ao longo da tese revelam a inexperi ncia deste professor como autor de LD e a falta de orienta o por parte da SEED PR que se coloca como mantenedora do projeto entretanto limita se ao apoio financeiro e t cnico deixando a desejar na quest o da real qualifica o do professor envolvido neste LD Lamentamos que o projeto de produ o de material did tico pr prio n o tenha sido mantido tendo em vista que a proposta inovadora e justamente por esta caracter stica apresenta problemas iniciais que em caso de prosseguimento por tend ncia seriam superados 163 REFER NCIAS ABRAMOVAY Miriam CASTRO Mary Garcia Ensino M dio m ltiplas vozes Bras lia UNESCO MEC 2003 662 p ABREU M rcia org Leitura hist ria e hist ria da leitura Campinas Mercado de Letras Associa o de Leitura do Brasil 1999 640 p ABREU TARDELLI L lia
164. egados como explica o do tema ou exemplifica o deste faz com que o trabalho com a leitura ocorra de maneira superficial servindo apenas de pretexto para o ensino gramatical Veja o exemplo destas frases 1 S ele chorou 2 S ele chorou e Qual a diferen a de significado entre elas O que determina esta diferen a e E nos exemplos a seguir qual o significado de cada frase 3 Maria nossa aluna foi aprovada nos exames 4 Maria nossa aluna foi aprovada nos exames Vamos analisar outros exemplos concretos qual o papel da virgula nas frases abaixo Que tipo de rela o ela de ne entre as palavras frases ou n meros 5 O professor chegou sala pediu sil ncio aguardou alguns minutos e come ou a aula 6 Precisa se de pedreiros serventes mestre de obras 7 Acordei tomei meu banho comi algo e sa para o trabalho 8 R 2321 30 9 4 06 Figura 7 Atividades D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 194 Portanto a transposi o did tica destes g neros e o desenvolvimento did tico revelam como comentado anteriormente a incipi ncia das discuss es acerca das pr ticas de ensino e a n o assimila o dos pressupostos te ricos orientadores deste LD Segundo as DCEs Considerando a interlocu o como ponto de partida para o trabalhado com o texto os conte dos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constitui o da unidade de sentido dos e
165. ego de haicais ao longo do LDP PR acredita se que ocorra como uma estrat gia estil stica para padronizar os Folhas como cap tulos de um nico LD pois nas margens externas direita ou esquerda de 15 93 75 dos 16 cap tulos h o emprego de haicai como recurso atrativo que visa experi ncia sensorial Definimos como atrativo este uso do haicai tendo em vista que os cap tulos primam pelo casamento entre tema e textos selecionados e no caso da exposi o destes textos po ticos no LDP PR esta se d de modo descontextualizado sem rela o com a tem tica do cap tulo e sem qualquer direcionamento ou explora o liter ria Em rela o aos textos expositivos g neros t picos da esfera do discurso pedag gico presentes nos dezesseis cap tulos que comp em o LDP PR pode se afirmar que estes textos se encontram em seu suporte protot pico no caso o livro e ao serem intercalados ao g nero LD nele cumprem a fun o de instruir o aluno leitor no desenvolvimento da intertextualidade na realiza o das atividades e na constru o da aprendizagem focadas em cada cap tulo guisa de exemplifica o reproduzimos um dos exemplares do g nero expositivo empregados ao longo do LDP PR Escute a m sica Perceba como o ritmo e a melodia de cada verso se repetem durante toda a m sica Esta repeti o daquilo que em m sica se chama c lula r tmica e mel dica contribui para a representa o da monotonia da coloca o do
166. eita culin ria e um conto continuam sendo isso que representam originalmente e n o mudam pelo fato de migrarem para o interior de um LD Tudo indica pois que o LD pode ser tratado como um suporte com caracter sticas muito especiais Seguindo esta perspectiva textual seria poss vel afirmar que esta multiplicidade de g neros a que est associado o LD LP visto que este apresenta contos poesias charges tirinhas not cias verbetes entre outros textos facilita o reconhecimento por parte dos alunos leitores dos g neros e auxilia na distin o entre estes e seu suporte Entretanto se admitimos o LD LP como um hiperg nero constru do a partir do Esta afirma o marcuschiana ser retomada no pr ximo subcap tulo 7 Convencionais seriam os suportes elaborados com a fun o de portar ou fixar textos j os suportes incidentais seriam os que operam ocasional ou eventualmente como suportes MARCUSCHI 2008 Valemo nos da defini o de Bonini 2003b p 79 para o hiperg nero jornal como g nero constru do a partir do encaixe de outros Segundo o autor a identidade do g nero pode emergir da pr pria sali ncia em um processo complexo de intera o o que permite ver os textos que comp em o jornal como g neros 65 encaixe de outros g neros com o prop sito de ensino aprendizagem na disciplina de L ngua Portuguesa verificaremos que seu suporte protot pico o livro facilmente diferenciado de seu g n
167. el gestos imposs veis tornaram se comuns assim escrever enquanto se l folhear uma obra encontrar um dado trecho A inven o da p gina as localiza es garantidas pela pagina o e pela indexa o a nova rela o estabelecida entre a obra e o objeto que o suporte de sua transmiss o CHARTIER 2002 p 106 Portanto para Chartier esta nova rela o esta possibilidade de ler de outro modo n o significa necessariamente atribuir outros sentidos mas sim poder realizar este ato de ler de outra maneira com outras atitudes ler silenciosamente e para seu pr prio deleite fazer anota es na margem da p gina localizar determinado trecho nas p ginas sum rios ou links manipular o texto eletr nico etc Do c dex impresso ao livro eletr nico novas possibilidades s o oferecidas ao leitor tamb m visto como coautor de um livro nunca acabado Neste momento da cultura impressa a ordem dos discursos estabelecida a partir da materialidade pr pria de seus suportes a carta o jornal a revista o livro O arquivo etc n o acontece mais no mundo digital onde todos os textos sejam eles quais forem s o entregues leitura num mesmo suporte a tela do computador e nas mesmas formas geralmente as que s o decididas pelo leitor CHARTIER 2002 p 109 Ainda de acordo com Chartier 1999b p 77 do rolo antigo ao c dex medieval do livro impresso ao texto eletr nico v rias rup
168. em obra posterior 2003a 2008 esse estudo de Marcuschi apresentou um conjunto de categorias anal ticas exp s a no o de suporte discutiu sua influ ncia sobre o g nero e apontou a rela o entre formas de leitura e suportes textuais O alerta feito pelo pesquisador refletir sobre o problema do suporte refletir sobre o problema da circula o textual em nossa sociedade MARCUSCHI 2003a p 26 e seus apontamentos s o uma contribui o produtiva para o desenvolvimento da pesquisa encaixados e o pr prio jornal como um hiperg nero formado por estes g neros encaixados e por outros mecanismos como a manchete o chap u o olho o sele etc 78 Suporte este que pode comportar g neros diversos romances cr nicas contos biografias poesias manuais dicion rios enciclop dias autoajuda ensaios teorias teses etc Em 2004 Marcuschi afirmou que o LD um suporte composto por dois conjuntos de g neros o conjunto migrado proviria de fora e o conjunto emergente surgiria internamente 8 A partir da an lise de textos explorados em LD LP Bunzen J nior 2005a p 34 e p 46 51 evidencia como a fun o do g nero pode ser alterada conforme a finalidade did tica a que est vinculado no livro did tico a Texto discurso dom nio discursivo g nero textual discursivo tipo de texto de discurso evento discursivo servi o canal institui o e grandes continentes 66 nesta rea Desta forma
169. emos como historiadores do livro mostrar que o sentido de um texto depende tamb m da forma material como ele se apresentou aos seus leitores originais e ao seu autor Por meio dela podemos compreender como e por que foi editado a maneira como foi manuseado lido e interpretado por aqueles de seu tempo N o h equival ncia entre os suportes materiais Com a digitaliza o corremos o risco de ver destru dos os livros originais porque o texto seria preservado de uma outra forma Existem perguntas que n o podem ser feitas apenas a um texto t m de ser feitas em conjunto com seu suporte 2008 entrevista Assim a afirma o constante de Chartier 1999c p 17 de que deve se lembrar que n o h texto fora do suporte que o d a ler ou a ouvir e sublinhar o fato de que n o existe a compreens o de um texto qualquer que ele seja que n o dependa das formas atrav s das quais ele atinge seu leitor motivou nossa busca por uma pesquisa que se pautasse nesse emblema chartieriano A partir de an lise de uma pr tica de leitura realizada em sala de aula numa escola rural mexicana Rockwell 2001 partid ria do posicionamento de Chartier sobre os aspectos materiais do suporte e sua rela o com as pr ticas de leitura reitera a preocupa o com o suporte material do texto tendo em vista que a materialidade dos materiais did ticos interfere nas maneiras de ler em sala de aula Sendo nosso objeto de estudo o LD LP
170. ente na rea de L ngua Portuguesa que serve de meio para o ensino de l ngua por meio de g neros discursivos este livro um dos poucos g neros de impresso com base nos quais parcelas expressivas da popula o brasileira realizam uma primeira e muitas vezes a principal inser o na cultura escrita BATISTA ROJO Z NIGA 2005 p 47 que possibilita escola a sele o organiza o e abordagem de seus saberes haja vista que um dos poucos materiais did ticos realmente encontrado nas salas de aula brasileiras Deste modo acreditamos que a fun o do LD na escola como instrumento seja evidente tanto na delimita o da proposta pedag gica a ser trabalhada quanto como material de apoio ao encaminhamento das atividades de ensino aprendizagem e tamb m por vezes como possibilidade de acesso a textos de leitura para professores e alunos 1 2 O LIVRO DID TICO P BLICO L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA A Secretaria de Estado da Educa o do Estado do Paran SEED PR tendo em vista o intuito de valorizar a pr tica dos professores da rede de trabalhar as pr ticas de leitura escrita e oralidade por meio de g neros textuais e de estar mais pr xima realidade escolar desenvolveu em 2006 o LDP PR transformando assim professores da rede estadual de ensino em autores deste material did tico Desta forma os cap tulos foram escritos por professores da rede estadual de ensino que trabalharam em inte
171. er odo A terceira fase a partir de 1990 mant m as tend ncias anteriores mas caracterizada pela cria o de novos campos de pesquisa com enfoque nos pressupostos culturais O livro did tico torna se realmente fonte e objeto privilegiado de investiga o passa a ser considerado constituinte do processo de constru o do saber hist rico escolar apesar de a produ o cient fica parecer muito heterog nea e consistir essencialmente em artigos isolados S o representativos desta fase os trabalhos de Bittencourt 1993 Munakata 1997 e Gatti J nior 2004 A ltima e atual fase iniciada em 2000 esquadrinha o livro did tico Todas as partes que o constituem s o tomadas como objeto de investiga o Considerando as palavras de Val e Marcuschi 2005 p 8 pode se depreender a vis o atual em nosso pa s Na hist ria recente do pa s o livro did tico j foi execrado tolerado consagrado no contexto atual o livro did tico certamente ocupa um lugar de destaque na defini o das pol ticas p blicas em educa o al m de integrar a cultura escolar brasileira Por isso mesmo o livro did tico desempenha hoje na escola uma fun o proeminente O estado de arte da produ o acad mica brasileira aos olhos de Batista e Rojo 2005 revela que esta produ o cient fica centra se na dimens o educacional Pesquisa apresentada em 1998 como tese de doutorado PUC SP 38 especificamente em sua verte
172. erando o tempo escolar o p blico alvo quest es editoriais entre outros aspectos fundamentais composi o do g nero LD LP BUNZEN J NIOR 2005 Al m disso os textos selecionados ao penetrarem neste LD unem se a ele na finalidade did tica e submetem se sua unidade estil stica como acontece no romance BAKHTIN 1975 Esta sele o focalizada j fora definida pelo C rculo de Bakhtin na compara o entre um enunciado verbal art stico e um enunciado corrente da vida ambos orientados para os valores sociais portanto s o os Julgamentos de valor antes de tudo que determinam a sele o de palavras do autor e a recep o desta sele o a cossele o pelo ouvinte O poeta afinal seleciona palavras n o do dicion rio mas do contexto da vida onde as palavras foram embebidas e se impregnaram de julgamentos de valor VOLOCHINOV BAKHTIN 1926 p 11 Ainda sobre o processo de elabora o de material did tico no qual ocorre a sele o e organiza o de determinados objetos de ensino v lido apresentar o depoimento de Bentes a partir de sua experi ncia com a elabora o de material did tico direcionado a jovens e adultos sobre esse processo que envolve tamb m a concilia o entre a estrutura o do livro e o tipo de linguagem necess rio al m dos conte dos e compet ncias eleitos como objetos de ensino A autora enfatiza a complexidade que envolve o processo de elabora o de um livro did tico te
173. ero as coer es s cio hist ricas culturais e econ micas a que o g nero est sujeito bem como a experi ncia dos professores autores sua submiss o SEED PR e sua identidade com as recomenda es dos documentos legais 20 1 O LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE Assim como ao receber uma visita querida arrumamos nossa casa e nossa refei o de acordo com o perfil e as necessidades de nossos amigos assim tamb m compor o cen rio da escola com textos livros e materiais que estejam de acordo com o perfil e as necessidades dos alunos que vamos receber parte fundamental do planejamento do ensino Roxane Rojo Pactuando das defesas em prol do livro did tico como instrumento leg timo que auxilia no desenvolvimento do ensino e a favor da renova o da concep o deste material did tico frente ao contexto educacional contempor neo definimos o Livro Did tico P blico Paranaense destinado disciplina de L ngua Portuguesa como tema desta tese Esta escolha ocorreu devido minha experi ncia como docente de institui o p blica paranaense UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paran por meio da qual estou vinculada como orientadora ao PDE Programa de Desenvolvimento Educacional e busco conhecer as a es estaduais p blicas de incentivo forma o continuada do docente Dentre estas a es destaco o projeto Folhas o PDE e o Livro Did tico P blico por terem em comum a busca pela qualifica
174. ero por seus usu rios Concordamos com T vora 2008 p 76 grifos do autor ao questionar a classifica o proposta por Marcuschi 2003a 2008 do LD LP como suporte Como o livro did tico pode ser visto como um suporte O suporte n o seria o livro cabendo ao termo did tico o uso que uma determinada situa o interativa faz dele O suporte do ponto de vista material e formal deve ser delimitado e a associa o do suporte a uma comunidade ou dom nio discursivo passa antes pela identifica o da situa o interativa Nos apontamentos de Marcuschi 2003a 2008 o foco est na classifica o do LD LP composto a partir de um processo m ltiplo de encaixes e alinhamentos de textos dos mais variados g neros migrados sem reversibilidade de forma apenas de fun o passando estes textos a terem uma funcionalidade did tica Sobre esta quest o Bunzen J nior 2005a p 35 defende a real exist ncia da reversibilidade de fun o e de forma em g neros selecionados por autores de LD LP para sua composi o e conclui que esta vis o marcuschiana muito mais no objeto portador de texto e n o na constru o da rede intertextual no dialogismo nos alinhamentos que v o compor de forma m ltipla esse g nero do discurso sendo o LD LP analisado pelo vi s est tico do produto das formas ao inv s de pelo vi s din mico da produ o Apesar do car ter inconclusivo desse artigo e de sua adapta o a um cap tulo
175. ervir a todas essas finalidades de diferentes formas construindo de diferentes modos a rela o entre os alunos e os objetos de conhecimento entre os professores e seus alunos entre o professor e sua pr tica de ensino BATISTA 1999 p 565 566 grifos nossos Tomando como ponto de partida o pressuposto marcuschiano que delimita que o prop sito comunicativo empregado na identifica o dos g neros verifica se que o prop sito do livro did tico de l ngua portuguesa diferente de um livro de poemas de um caderno de jornal que contenha tirinhas de uma revista que contenha uma reportagem etc Nesta composi o h brida do LD LP os textos de g neros diversos s o inclu dos no livro did tico de ensino de l ngua com objetivos diferentes dos de sua divulga o nos suportes em que ocorrem ao circularem socialmente Deste modo pactuando com a defesa empreendida por Bunzen J nior e Rojo 2005 p 73 este estudo tamb m trata o LD LP como um g nero do discurso E para que o LD LP possa ser assim tratado preciso ter em conta que a ordem metodol gica para o estudo das l nguas considerando a vivacidade e a evolu o hist rica da l ngua na comunica o verbal concreta faz com que o analista reflita sobre 1 As formas e os tipos de intera o verbal em liga o com as condi es concretas em que se realiza 2 As formas das distintas enuncia es dos atos de fala isolados em liga o estreita com a intera o de qu
176. es de Bittencourt 2004 p 489 490 sobre a quest o da autoria do livro did tico Esses primeiros autores com maior ou menor autonomia foram os criadores de textos did ticos que possibilitaram a configura o de uma produ o nacional com caracter sticas pr prias Mesmo que a forma se assemelhasse aos livros estrangeiros os textos escolares expressaram uma produ o pr pria que buscava atender as condi es de trabalho dos professores das escolas p blicas que se espalhavam pelo pa s Procuravam suprir a aus ncia de forma o de professores em sua grande maioria leigos e autodidatas Outra quest o revelada nos livros did ticos a mudan a no conte do da disciplina portugu s da tr ade gram tica ret rica e po tica fus o gram tica texto ocorre de modo progressivo e percept vel nos livros did ticos publicados nos anos 50 e 60 s culo XX Do emprego aut nomo de dois manuais gram tica e colet nea de textos passa se nos anos 1950 ao uso de um livro nico em que h relativa autonomia alcan ada gra as separa o gr fica entre uma parte destinada gram tica e outra colet nea textual J a partir de 1960 a fus o se d por completo e apesar de os livros estarem organizados em unidades cada uma constitu da de texto para interpreta o e de t pico gramatical a gram tica ainda mant m sua primazia sobre o texto SOARES 2002 No in cio dos anos 1970 com a promulga o da nova Lei d
177. esenta o de CD Haicai Discurso 4 14 10 M sica Prov rbio Biografia Entrevista Charge Texto Sociol gico Texto Expositivo Classificados Mapa Haicai Artigo Legislat rio 5 20 16 Texto Explicativo Cr nica Tira Lenda Urbana Biografia Slogan Conto Hist ria An ncio Retrato Falado Propaganda Texto Expositivo Haicai Poema Texto Filos fico Texto B blico Texto 6 18 11 Explicativo Conto Cr nica Debate Verbete Texto Expositivo Indefinido Haicai Romance Poema Mapa Texto Sociol gico 7 24 8 Texto Expositivo Poema em Prosa Indefinido 20 11 Haicai Texto Explicativo Biografia Poema Conto 8 Texto B blico Romance Desenho Carta Texto Expositivo Indefinido Mapa Haicai Legenda Texto de Opini o Carta do 9 17 10 Leitor Tira Charge Not cia Parecer Texto Expositivo Conto Poema Conto de Fadas Texto de Opini o 10 8 6 Semin rio Texto Expositivo Haicai Tratado Tira Poema Obra de Divulga o 11 16 9 B Cient fica Texto Filos fico Reportagem Texto Expositivo Indefinido 154 12 Haicai Tira Texto Explicativo Texto Humor stico Resposta Verbete Prov rbio M xima Texto Expositivo 16 9 13 Haicai Causo Reza Tira
178. ever sendo que o t tulo a informa o sobre a edi o a reparti o p blica e a defini o do material como p blico e paranaense continuam em destaque Na contracapa n o ocorreu nenhuma altera o Na abertura h altera o na identifica o dos respons veis pela produ o do LD amplia o da equipe t cnico Ox pedag gica de tr s passa a nove integrantes junto aos nomes dos consultores inclu da a institui o a que pertencem UFPR Universidade Federal do Paran e acrescida a Leitura Cr tica de uma profissional vinculada UEL Universidade Estadual de Londrina As cartas o sum rio e a m sica Rap da L ngua Portuguesa n o sofreram qualquer mudan a Na apresenta o p gina 13 h substitui o de termos a express o g neros textuais por g neros discursivos e textos produzidos em diferentes pr ticas sociais por diversidade textual importante frisar que em site mantido pelo governo paranaense noticiado que a 2 edi o do Livro Did tico P blico recebeu a colabora o de professores de universidades p blicas os quais participaram na condi o de leitores cr ticos apresentando pareceres detalhados com cr ticas e sugest es sobre as quais a equipe do Departamento de Educa o B sica e autores trabalharam Quanto aos 16 cap tulos em nossa averigua o detalhada n o observamos altera o profunda Os textos a disposi o e a maioria das atividades conti
179. exto em que utilizada com as condi es sociais e hist ricas de sua utiliza o SOARES 2002 p 173 Paralelamente a estas transforma es no ensino na profiss o e nos sujeitos envolvidos pesquisas lingu sticas continuam sendo desenvolvidas e o Estado passa a 55 intervir por meio do Minist rio da Educa o MEC no material did tico Apesar de a gram tica ainda ser valorizada o texto a partir de 1980 conquista seu espa o tornando se a base do ensino aprendizagem da l ngua materna Se nas d cadas de 1960 e 70 a veicula o de textos t picos de diferentes esferas de circula o social jornal sticos publicit rios humor sticos etc era a novidade dos livros did ticos a partir de 1980 torna se tend ncia o texto passa a ser examinado de acordo com seu funcionamento textual e ou discursivo sendo tomado como objeto de uso para a realiza o de atividades de leitura produ o e an lise lingu stica Mais tarde passa a ser tomado como suporte para o desenvolvimento de estrat gias e habilidades de leitura e de reda o A cr tica recorrente a essa perspectiva que toma o texto como objeto de uso ao inv s de objeto de ensino refere se ao ensino preocupado apenas com as formas globais e locais tendo em vista que esse ensino das propriedades do texto na sala de aula deu origem a uma gramaticaliza o dos eixos do uso passando o texto a ser pretexto n o somente para um ensino
180. f gt Acesso em 26 abr 2012 184 ANEXO 5 CAP TULO 7 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012 185 ANEXO 6 CAP TULO 16 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012 186 ANEXO 7 CAP TULO 11 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012 187 ANEXO 8 CAP TULO 12 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012 188 ANEXO 9 CAP TULO 5 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012 189 ANEXO 10 CAP TULO 10 Dispon vel em lt http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf gt Acesso em 26 abr 2012
181. fico 3 13e 15 Infogr fico 15 Legenda 9 Mapa 5 7e9 Obra de divulga o cient fica 11 101 Pensamento 2 Quadro 16 Retrato falado 5 Texto doutrin rio 2 Texto filos fico 1 6ell1 Texto sociol gico 3 4e7 Tratado 11 Instru es e prescri es Artigo legislat rio 2 5e16 Descrever a es Contrato 2 Regula o m tua de Edital 1 comportamentos M xima 12 Notifica o 14 Projeto de pesquisa 13 Reza 13 Circula o art stica Haicai l1a9 11a16 Expressar M sica 1 4e 14 Express o po tica semi tica Pintura em tela 16 Poema em prosa 7e16 Poema 2 3 6 7 8 10 11 e14 Texto humor stico 12 Publicidade e propaganda An ncio 3 5e15 Persuadir Cartaz propagand stico 14 Convencer por meio de Classificados 5 adjetiva o e ou persuas o Propaganda 5 Slogan 5 Quadro 5 Agrupamento de g neros presentes no LDP PR Fonte Dados da pesquisa Nos cap tulos 2 6 7 8 11 e 15 h propostas de trabalho com g neros indefinidos sendo uma delas como proposta de leitura de um texto da ordem do argumentar cap tulo 2 e as outras doze como propostas de escrita das quais seis s o da ordem do argumentar cap tulos 2 7 11 e 15 uma da ordem do expor cap tulo 8 uma da ordem do relatar cap tulo 8 uma da ordem do descrever cap tulo 8 duas da ordem do narrar cap tulos 8 e 11 e uma cap tulo 6 que apenas define o tema sequer define a modalidade oral ou escrita Ao averiguar qu
182. g nero LD LP ou seja no apego constru o composicional e ao estilo do g nero consolidado Quanto ao estilo empregado o LDP PR n o se afasta do estilo t pico dos materiais escolares marcado pelo emprego de discursos injuntivos explicativos e expositivos Os recursos lingu sticos empregados revelam que os estudantes e os professores do Paran foram eleitos como p blico alvo deste LD Para os primeiros h uma carta de tr s laudas sem assinatura apresentando o material al m de uma m sica Rap da L ngua Portuguesa e do texto de apresenta o do material assinados pelos autores Para os professores juntamente com os alunos h uma carta de uma lauda assinada pelo Secret rio do Estado de Educa o argumentando sobre a import ncia deste material e da iniciativa desta secretaria Outras marcas deste estilo did tico s o as formas imperativas que reiteradamente convidam o p blico alvo a empregar este material o pronome de tratamento voc s utilizado frequentemente como forma de aproxima o e constante chamado a seu p blico nos 16 cap tulos n o somente nas atividades mas na composi o das unidades latente esta aproxima o e este uso do imperativo com vistas a prender o leitor Quanto constru o composicional como comentamos na apresenta o do LDP PR subcap tulo 1 2 e pontuamos no subcap tulo 4 1 este LD composto por 16 dezesseis cap tulos em exemplar impresso nico a ser emprega
183. g neros liter rios o estilo individual faz parte do empreendimento enunciativo enquanto tal e constitui uma das suas linhas diretrizes se bem que no mbito da literatura a diversidade dos g neros ofere a uma ampla gama de possibilidades variadas de express o individualidade provendo diversidade de suas necessidades Ademais os desvios estrutura e aos recursos lingu sticos s o empregados no poema como estrat gia de estilo e promovem a mobilidade deste g nero Como elementos caracter sticos do poema podemos citar a presen a de um sujeito l rico de subjetividade de musicalidade e de imagem com tamb m o predom nio da forma em verso De acordo com os PCNs o poema definido como textos curtos e com densidade po tica que serviriam para desenvolver a sensibilidade do aluno e como encaminhamento metodol gico para o trabalho com o poema na sala de aula com vistas a incentivar a leitura prop em os Par metros 99 A explora o dos efeitos de sentido produzidos pelos recursos fonol gicos sint ticos sem nticos na leitura e releitura de poemas poder abrir aos leitores caminhos para novas investidas po ticas para muito al m desse universo limitado temporal e espacialmente de forma o LINGUAGENS 2006 p 74 Este trabalho com a leitura exige uma nova pr tica um novo ritmo diferente daquele da cultura de massa fren tico e ef mero opondo a este o ritmo mais lento d
184. gico etc aparecem em circunst ncias de uma comunica o cultural mais complexa e relativamente mais evolu da principalmente escrita art stica cient fica sociopol tica Durante o processo de sua forma o esses g neros secund rios absorvem e transmutam os g neros prim rios simples de todas as esp cies que se constitu ram em circunst ncias de uma comunica o verbal espont nea Os g neros prim rios ao se tornarem componentes dos g neros secund rios transformam se dentro destes e adquirem uma caracter stica particular perdem sua rela o imediata com a realidade existente e com a realidade dos enunciados alheios BAKHTIN 1952 53 1979 p 281 grifos do autor Considerando a divis o bakhtiniana entre os g neros e as inst ncias de uso da linguagem no caso do LD LP em an lise as escolas esfera de circula o e a Secretaria do Estado de Educa o esfera de produ o s o esferas sociais de atividades p blicas e mais complexas portanto o LDP PR pode ser considerado um exemplar do g nero do discurso secund rio LD LP Acreditamos a partir das caracter sticas e do percurso hist rico apresentados anteriormente que o g nero LD LP tem sua origem na converg ncia de tr s outros g neros a antologia a gram tica e a aula BUNZEN J NIOR 2005 Como vimos at as primeiras d cadas do s culo XX eram dois os manuais empregados gram tica e antologia a partir de 1970 ambos s o configurados nu
185. ginal de 1929 Tradu o consultada Marxismo e filosofia da linguagem 2010 59 3 1 A FUN O DE SUPORTE DO LIVRO DID TICO Ao buscar compreender a leitura e a produ o de g neros vinculadas materialidade do objeto em que o texto se inscreve alguns pesquisadores t m utilizado a no o de suporte e focado nas poss veis altera es na rela o leitor produtor g nero gerados por esta materialidade Esta perspectiva empregada em estudos sobre a hist ria do livro e das pr ticas de leitura CHARTIER 2002 2001 1999a 1999b 1999c ROCKWELL 2001 FRADE 1999 e sobre g neros MAINGUENEAU 2001 MACHADO 2001 MARCUSCHI 2008 2004 20034 FRAENKEL 2008 O olhar para a materialidade para o suporte como objeto concreto conduzido por Machado 2001 p 10 considera as possibilidades de organiza o dos g neros em meio cultura das m dias eletr nico digitais de linguagens artificiais e de comunidades virtuais Este olhar percebe que Existe uma impregna o m tua entre ferramenta e suporte o primeiro realiza uma opera o o segundo o sustent culo o material que armazena a informa o articulada pela ferramenta Papel fita magn tica tela disco r gido disquete madeira pedra s o suportes alfabeto sinais ondas algoritmos s o ferramentas Suportes e ferramentas mudam segundo processos culturais a palavra tanto realiza o de voz quanto de littera ou da digitaliza o Mudan a e complementa
186. gu sticas do c rculo de Bakhtin S o Paulo Par bola Editorial 2009 168 p FARACO Carlos Alberto TEZZA Cristov o CASTRO Gilberto de orgs Di logos com Bakhtin 3 ed Curitiba Ed Da UFPR 2001 365 p F VERO Leonor Lopes ANDRADE Maria L cia da Cunha V de Oliveira AQUINO Zilda Gaspar Oliveira de Oralidade e escrita perspectiva para o ensino de l ngua materna 2 ed S o Paulo Cortez 2000 126 p 170 FERNANDES Antonio Terra de Calazans Livros did ticos em dimens es materiais e simb licas Educa o e pesquisa S o Paulo v 30 n 3 p 531 545 set dez 2004 FERRARO Alceu Ravanello Analfabetismo e n veis de letramento no Brasil o que dizem os censos Educ Soc Campinas vol 23 n 81 p 21 47 dez 2002 Dispon vel em lt http www scielo br pdf es v23n81 13930 pdf gt Acesso em 18 out 2011 FIORIN Jos Luiz Introdu o ao pensamento de Bakhtin 2 impr S o Paulo tica 2008 144 p FLEURY S neca Renato Livro did tico Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos vol XXXV n 82 abr jun 1961 p 174 177 Dispon vel em lt http www publicacoes inep gov br arquivos 7B6DD53B3D E90B 48E3 87FA 9E13288093E7 7D n 82 V 35 pdf gt Acesso em 21 ago 2011 FONTANA Niura Maria PAVIANI Neires Maria Soldatelli PRESSANTO Isabel Maria Paese Pr ticas de linguagem g neros discursivos e intera o Caxias do Sul Educs 2009 208 p FRADE Isabel Cristina Alves da Sil
187. ham a leitura tr s 21 5 a escrita e tr s 21 5 a oralidade sendo todos relacionados pela tem tica da unidade estrat gias textuais de sedu o do leitor Com este fim foi realizada sele o textual diversificada h predomin ncia da quebra de expectativas e houve um trabalho focado na produ o tanto oral quanto escrita As tr s atividades propostas relacionadas oralidade envolvem duas produ es textuais da ordem do narrar e um semin rio da ordem do expor Da p gina 124 p gina 128 oferecido leitura verbal e visual um texto do g nero conto As ilustra es que acompanham o texto escrito servem para manter o suspense da narrativa e de acordo com o Manual 2006 a escolha das ilustra es para o conto revelar as expectativas e estrat gias de leitura dos alunos e Seguindo o estilo do autor narre em um par grafo o desfecho do conto Figura 28 Primeira produ o oral D cimo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 129 BUENO Rosa Elena Quem conta um conto L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 p 122 135 142 Como produ o textual sugere se que o aluno produza um desfecho para o conto n o sendo definido se este final da narrativa ser apresentado de forma escrita ou oral Nos coment rios seguintes a tipologia do conto os recursos empregados no texto 180 para a manuten o do suspense e uma defini o de conto s o trat
188. i ncia como usu rio deste material tamb m pode influenciar nesta produ o Segundo Alves Filho 2006 p 80 Obviamente que no caso de autores inexperientes parte dos usos e fun es n o previs veis para os g neros decorre da pr pria falta de mestria de dom nio e s vezes de conhecimento acerca dos g neros Mas isso n o pode ser 189 x d Apesar de a informa o caracterizar o material como complementar tratamos nosso objeto de pesquisa como um livro did tico de acordo com a nomenclatura presente na lombada e nos textos de apresenta o e n o como um livro paradid tico ou paraescolar CHOPPIN 1992 apud BATISTA ROJO 2005 0 Em pesquisa realizada no dia 08 12 2011 na Plataforma Lattes em busca do curr culo dos sete professores autores do LDP PR constatou se que 02 dois n o possuem Curr culo Lattes de modo que n o poss vel avaliar sua experi ncia ou n o como autor de LD J os outros 05 cinco de acordo com os dados apresentados na Plataforma Lattes n o s o autores de outros LDs apenas de materiais para o projeto Folhas dos quais dois foram adaptados ao formato de cap tulo 7 e 16 e publicados no material em an lise Verificou se tamb m que poca da produ o e distribui o deste LD 2006 a 2008 tr s dos sete autores estavam diretamente vinculados SEED PR ao Departamento de Ensino M dio Maria de F tima Navarro Lins Paul assessora de forma o da superintend nci
189. ia impressa em livros did ticos para os 3 e 4 ciclos do ensino fundamental 2002 193 p Disserta o Mestrado em Lingu stica Aplicada Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Constru o de um objeto de investiga o completo o livro did tico de l ngua portuguesa Estudos lingu sticos XXXIV 2005 p 557 562 BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Da era da composi o era dos g neros o ensino de produ o de texto no ensino m dio In BUNZEN C MENDON A M orgs Portugu s no ensino m dio e forma o do professor 2 ed S o Paulo Par bola Editorial 2007 p 139 161 BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Din micas discursivas nas aulas de portugu s os usos do livro did tico e projetos did ticos autorais 2009 227 p Tese Doutorado em Lingu stica Aplicada Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos Livro did tico de l ngua portuguesa um g nero do discurso 2005a 170 f Disserta o Mestrado em Lingu stica Aplicada Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos O ensino de g neros em tr s tradi es implica es para o ensino aprendizagem de l ngua materna In Quimera e a peculiar atividade de formalizar a mistura do nosso caf com o revigorante ch de Bakhtin 1 ed S o Carlos GEGE 2004 v 1 p 221 258 BUNZEN J NIOR Clecio dos Santos O livro di
190. ica entre o LDP PR e os LD LP representantes do g nero discursivo e verificar como as teorias mais recentes sobre g neros discursivos e ensino de l ngua materna s o aplicadas no trabalho com textos de g neros discursivos intercalados no material did tico tomado como objeto de estudo Mikhail Bakhtin o respons vel pelos estudos modernos sobre g neros a partir de um texto escrito em 1952 1953 e publicado em 1979 no livro Est tica da cria o verbal 17 Tamb m neste cap tulo expomos informa es importantes acerca das pesquisas nacionais sobre livros did ticos 1950 2011 Preocupamo nos ainda na apresenta o do Estado de Arte das pesquisas brasileiras em situar a nossa pesquisa dentre as voltadas para o ensino de l ngua portuguesa e literatura no ensino m dio para avaliar sua originalidade No segundo cap tulo recuperamos a hist ria da institui o da l ngua portuguesa como disciplina curricular brasileira com o intuito de discutir como foram feitas as escolhas de conte do a ser ensinado como se deu a elei o das concep es de l ngua e observar o papel dos livros did ticos nesta hist ria O car ter hist rico deste cap tulo determinado pela retomada da constitui o da disciplina de l ngua portuguesa na grade curricular brasileira pelo esbo o do contexto social pol tico e cultural em que isso se d pela rela o deste fato com a evolu o dos estudos lingu sticos e pela configura o dos livro
191. icas e descritivo explicativas e que h um relativo desprest gio do interesse por este objeto na pesquisa brasileira haja vista o baixo n mero de orientadores sobre este tema Este desprest gio do interesse pelos livros did ticos na pesquisa brasileira j revelado por Batista 1999 p 530 se d tanto pela efemeridade e desatualiza o r pida deles como por sua depend ncia do contexto e do mercado escolar Afinal embora esses livros tendam a despertar o interesse acalorado de rg os governamentais da imprensa e das editoras assim como de professores de ensino fundamental e m dio e de formadores de professores esse interesse parece n o ser compartilhado permanentemente pela pesquisa educacional assim como pela investiga o hist rica e sociol gica sobre o livro brasileiro Ainda que a pesquisa educacional realizada ao 33 Batista e Rojo 2005 p 14 consideram o livro escolar como o material impresso no suporte livro ou em outros suportes produzido para servir a processos de ensino aprendizagem na educa o b sica isto na educa o infantil fundamental e m dia e em cursos livres no caso de obras voltadas para o ensino de l nguas estrangeiras modernas Este aumento n o apresentado em porcentagens em virtude da aus ncia de dados precisos O que os autores conseguem pontuar que no per odo entre 1990 e 2003 o per odo que vai de 2000 a 2003 respons vel pela metade da produ o BA
192. icional 146 6 O EXEMPLAR GEN RICO LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA Did tico ent o o livro que vai ser utilizado em aulas e cursos que provavelmente foi escrito editado vendido e comprado tendo em vista essa utiliza o escolar e sistem tica Sua import ncia aumenta ainda mais em pa ses como o Brasil onde uma precar ssima situa o educacional faz com que ele acabe determinando conte dos e condicionando estrat gias de ensino marcando pois de forma decisiva o que se ensina e como se ensina o que se ensina Marisa Lajolo Neste cap tulo apresentamos nossa defini o justificada do LDP PR como exemplar do g nero LD LP constitu do dentro de uma esfera de produ o s cio historicamente constitu da a SEED PR em situa o de intera o com outros livros did ticos dispon veis com a rede p blica de ensino e com a qualifica o dos professores para prepararem seu pr prio material did tico Assim identificamos as condi es espec ficas da produ o p blica de autoria m ltipla em conformidade com os documentos legais e a realidade local e da circula o gratuitamente na rede escolar p blica como material de apoio em livro impresso e individual deste LD bem como detalhamos o estilo o tema e a constru o composicional do LDP PR Desta forma neste cap tulo final focalizamos a an lise do LDP PR como um todo como um exemplar
193. ico Belo Horizonte Editora Bernardo lvares 1968 118 p OLIVEIRA C tia Regina Guidio Alves de SOUZA Rosa F tima de As faces do livro de leitura Cad CEDES online 2000 vol 20 n 52 pp 25 40 ISSN 0101 3262 OLIVEIRA Florencio Caldas de O ensino de literatura na perspectiva dos g neros liter rios uma proposta de trabalho Tese em Letras Universidade Federal da Para ba 2010 245 p OLIVEIRA Jo o Batista Ara jo GUIMAR ES Sonia Dantas Pinto BOM NY Helena Maria Bousquet A pol tica do livro did tico Campinas EdUNICAMP 1984 OLIVEIRA Neilton Araujo de Ensino m dico em seis Estados brasileiros desafios e prioridades no contexto do SUS Tese em Ensino em Bioci ncias e Sa de Funda o Oswaldo Cruz 2007 218 p OTA Ivete Aparecida da Silva O livro did tico de l ngua portuguesa no Brasil Educ rev online 2009 n 35 pp 211 221 ISSN 0104 4060 PADILHA Simone de Jesus Limites e possibilidades do ensino aprendizagem do g nero can o no ensino fundamental alguns elementos para reflex o Polifonia Cuiab EdUFMT v 12 n 1 p 83 106 2006 PAIVA Vanilda Um s culo de educa o republicana Pr posi es Campinas v 1 n 2 p 7 21 jul 1990 Dispon vel em lt http www proposicoes fe unicamp br proposicoes textos 2 artigo paivav pdf gt Acesso em 18 out 2011 PANSA Karine O brasileiro est lendo mais e pagando menos CBL opini o S o Paulo 26 ago 2011 Dispon
194. idida em duas etapas Inicialmente no quinto cap tulo ser o verificados os encaminhamentos did ticos em rela o s praticas discursivas selecionadas pelos autores do LDP PR como foco de ensino leitura escrita e oralidade A partir desta an lise do conte do tem tico no sexto cap tulo efetuaremos a an lise do LDP PR como um exemplar do g nero LD LP buscando averiguar seu tema estilo e constru o composicional de modo a avaliar suas condi es de produ o e de circula o nas suas esferas 127 O professor quem tem o contato direto com o aluno e com as suas fragilidades lingu stico discursivas seleciona os g neros orais e escritos a serem trabalhados de acordo com as necessidades objetivos pretendidos faixa et ria bem como os conte dos sejam eles de oralidade leitura escrita e ou an lise lingu stica SEED 2008 p 64 107 5 LEITURA ESCRITA E ORALIDADE AN LISE DAS PR TICAS DISCURSIVAS TEMATIZADAS NO LIVRO DID TICO P BLICO PARANAENSE L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes pr ticas sociais que utilizem a leitura a escrita e a oralidade com a finalidade de inseri los nas diversas esferas de intera o Se a escola desconsiderar esse papel o sujeito ficar margem de novos letramentos n o conseguindo se constituir no mbito de uma sociedade letrada DCEs SEED 2008 Por considerarmos o Livro Did tico
195. inas vol 25 n 67 p 365 377 set dez 2005 GERALDI Jo o Wanderley Portos de passagem 4 ed S o Paulo Martins Fontes 1997 252 p GOLDEMBERG Jos O repensar da educa o no Brasil Estudos avan ados online 1993 vol 7 n 18 pp 65 137 ISSN 0103 4014 H FLING Eloisa de Mattos Notas para discuss o quanto implementa o de programas de governo em foco o Programa Nacional do Livro Did tico Educ Soc online 2000 vol 21 n 70 pp 159 170 ISSN 0101 7330 171 HOLLANDA Guy de Um quarto de s culo de programas e comp ndios de Hist ria para o ensino secund rio brasileiro 1931 1956 Rio de Janeiro INEP MEC 1957 292 p HORIKAWA Alice Yoko JARDILINO Jos Lima A forma o de professores e o livro did tico avalia o e controle dos saberes escolares Revista Lus fona de Educa o Lisboa 2010 v 15 p 147 162 Dispon vel em lt http www scielo oces mctes pt pdf rle n15 nl5al 1 pdf gt Acesso em 19 out 2011 HOUAISS Ant nio O portugu s no Brasil Pequena enciclop dia da cultura brasileira Rio de Janeiro Unibrade 1985 157 p KARWOSKI Acir M rio GAYDECZKA Beatriz BRITO Karim Siebeneicher orgs G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Lucerna 2006 185 p KATO Mary Aprendizado da leitura 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1987 121 p KLEIMAN ngela B Apresenta o In DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A o
196. inte e oito por cento das propostas de produ o textual conforme se pode visualizar no Gr fico 2 O dom nio liter rio art stico representa 18 86 dezoito v rgula oitenta e seis por cento das atividades de produ o textual oferecidas pelo LDP PR por meio dos g neros poema conto de fadas prov rbio conto cr nica e tratado E de acordo com o Gr fico 2 tamb m os dom nios publicit rio 9 43 com os g neros an ncio slogan cartaz e propaganda jur dico 7 55 por meio de peti o retrato falado e contrato jornal stico 7 55 com os g neros entrevista tira e texto de opini o acad mico 5 66 g nero m xima religioso 1 89 g nero reza policial 1 89 g nero B O e institucional 1 89 com o g nero abaixo assinado s o abordados nas produ es textuais 148 De acordo com o Quadro 6 p 108 14 Nomeado desta forma conforme explica o em nota de rodap n 134 p gina 112 125 D Escolar 45 28 E Liter rio Art stico 18 86 O Publicit rio 9 43 O Jur dico 7 55 E Jornal stico 7 55 DB Acad mico 5 66 E Religioso 1 89 O Policial 1 89 E Institucional 1 89 Gr fico 2 G neros e produ o escrita no LDP PR Fonte Dados da pesquisa A predomin ncia dos dom nios escolar e liter rio esperada haja vista a tradi o desta produ o nos LDs LP comentada no cap tulo 2 e o fato de que s o realizados na esfera escolar Relac
197. interacionista de linguagem apresentada no Cap tulo 4 As sugest es de Antunes 2008 foram adaptadas s propostas da DCEs 124 interlocutor selecionar seus argumentos suas ideias enfim tudo que fora antes planejado uma vez que essa etapa prev a anterior planejar e a posterior rever o texto e depois hora de reescrever o texto levando em conta a inten o que se teve ao produzi lo nessa etapa o aluno ir rever o que escreveu refletir sobre seus argumentos suas ideias verificar se os objetivos foram alcan ados observar a continuidade tem tica analisar se o texto est claro se atende finalidade ao g nero e ao contexto de circula o avaliar se a linguagem est adequada s condi es de produ o aos interlocutores rever as normas de sintaxe bem como a pontua o ortografia paragrafa o SEED 2008 p 69 70 5 2 1 A escrita no LDP PR Em nosso levantamento das 53 proposi es de textos e atividades relacionadas produ o escrita seja produ o completa ou continuidade do texto dado a ler verificamos que os g neros explorados pertencentes aos dom nios escolar e liter rio se destacam O dom nio escolar representado pela produ o de textos de g nero indefinido que podem ser relacionados reda o escolar e por textos dos g neros hist ria resposta verbete gr fico infogr fico projeto de pesquisa quadro e parecer perfazendo assim 45 28 quarenta e cinco v rgula v
198. ionando as atividades de produ o escrita propostas pelo LDP PR com as tr s maneiras de abordar o ensino da escrita elencadas por Schneuwly e Dolz 2004 p 76 79 salvaguardando o fato de serem formas mistas com tend ncias predominantes ao inv s de formas puras verificamos que a b R c no caso dos g neros escolares especialmente a reda o escolar a hist ria e a resposta s o aut nticos produtos culturais da escola no caso dos outros g neros escolares como o quadro o verbete o gr fico etc a situa o de comunica o vista como geradora quase autom tica do g nero que n o descrito nem ensinado mas aprendido pela pr tica da linguagem escolar por meio dos par metros pr prios situa o e das intera es com os outros no caso dos g neros liter rios art sticos como cr nica conto e outros pela entrada destes g neros na escola via LD LP sem a reflex o sobre as situa es de produ o e de circula o gera a impress o de que h continuidade absoluta entre o que externo e interno escola Esta produ o textual predominante de g neros escolares pelo LDP PR tamb m pode ser vinculada vis o discente quanto finalidade do Ensino M dio prepara o para o vestibular e para o mercado de trabalho ABRAMOVAY CASTRO 2003 126 Todavia conforme as indica es de Schneuwly e Dolz 2004 o trabalho com g neros na escola visa ao dom nio destes e ao desenv
199. issolvidos dos continentes que atrav s do tempo deram origem a uma imensa solu o com 3 5 em peso de s lidos dissolvidos Essa solu o homog nea o que toma a composi o dos oceanos praticamente constante S dio e cloro os dois elementos que constituem o sal de cozinha NaCi s o os mais abundantes e com o magn sio enxofre c lcio e pot ssio constituem 99 5 da massa total dos s li dos dissolvidos no mar E Machado A H amp Mortimer E F 2003 E ent o qual a solu o da Terra Figura 22 Terceira produ o textual D cimo segundo cap tulo Fonte LDP PR L NGUA 2006 p 150 151 161 DR l Como o LD solicita que o aluno elabore nova resposta escrita e a compara o entre as respostas da turma s o trabalhadas a escrita e a oralidade 132 4 5 e 6 atividades p 155 finalizando o cap tulo s o apresentadas m ximas filos ficas que devem ser reescritas em linguagem cotidiana Nestas atividades h altera o estil stica do g nero em prol da intertextualidade e do tema da unidade Criticamos esta altera o alicer ando nos nas recomenda es das DCEs SEED 2008 p 64 sobre a abordagem dos g neros de acordo com tema forma composicional e estilo numa explora o discursiva do texto e n o numa redu o do g nero a pretexto no caso para a constata o da diferen a entre linguagem cient fica e linguagem cotidiana FILOSOFAR PRECISO As frase
200. ist rica das disciplinas de maneira contextualizada ou seja numa linguagem que aproxime esses saberes da sua realidade um livro diferente porque n o tem a pretens o de esgotar conte dos mas discutir a realidade em diferentes perspectivas de an lise n o quer apresentar dogmas mas questionar para compreender L NGUA 2006 p 6 149 no qual professores da rede divulgavam seus projetos e experi ncias docentes por meio do site da SEED PR No terceiro conjunto de ordem social e pol tica como salienta Batista 1999 p 563 a produ o did tica quase sempre um campo em que o Estado atua diretamente que esse campo e seu controle s o objeto de disputas de diferentes e conflituosos grupos de interesse sociais pol ticos tnicos culturais econ micos No caso do LDP PR esta tomada de posi o muito mais evidente pois a rela o entre o campo econ mico a SEED PR se colocando no lugar da ind stria e do com rcio livreiro e o campo escolar sendo as institui es de ensino comandadas pela SEED PR via N cleos de Ensino acaba por se fundir numa nica voz a da Secretaria de Estado da Educa o do Paran Como comentamos no subcap tulo 3 2 as caracter sticas hist ricas composicionais tem ticas e estil sticas que formam g neros se encontram presentes no LD LP e ao mesmo tempo em que este apresenta a marca da tradi o tamb m o faz com inova o o que explica as mudan as pelas quais pa
201. ita e literatura Na abertura apresentado o LD Al m dos dados catalogr ficos e da identifica o dos envolvidos na produ o do livro s o expostas duas cartas a primeira do secret rio de Estado da Educa o que define o material bem como justifica sua De acordo com as DCEs o conte do estruturante de cada disciplina o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimens o os quais identificam e organizam uma disciplina escolar A partir dele adv m os conte dos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula A sele o do Conte do Estruturante est relacionada com o momento hist rico social Na disciplina de L ngua Portuguesa assume se a concep o de linguagem como pr tica que se efetiva nas diferentes inst ncias sociais SEED 2008 p 61 62 28 elabora o inovadora A segunda carta dirigida Aos estudantes define o LD em quest o e valoriza o trabalho contextualizado interdisciplinar e interacionista No sum rio s o listados os dezesseis cap tulos que constituem o LD al m de duas se es introdut rias Rap da L ngua Portuguesa e Apresenta o nas quais o mesmo tema apresenta o do material did tico explorado por meio de dois g neros m sica e carta A 2 edi o deste LD impressa em 2007 e encontrada nas escolas no final de 2008 apresenta poucas altera es Na capa tem se uma fotomontagem a partir de pinturas que retratam o ato de ler e de escr
202. itoras universit rias brasileiras estudo explorat rio 2003 Unesdoc Dispon vel em lt http unesdoc unesco org images 0013 001398 139899por pdf gt Acesso em 01 set 2011 MARTINS Cl udia Regina Kawka A disciplina escolar de hist ria no ensino p blico paranaense 1931 a 1951 Tese em Educa o Universidade Federal do Paran 2006 231 p MATERIAL did tico livro Arede tecnologia para inclus o digital Maio 2009 Dispon vel em lt http www arede inf br inclusao edicao no47 maio2009 205 1 nescola gt Acesso em 25 mar 2012 MATOS Francisco Gomes de CARVALHO Nelly Como avaliar um livro did tico l ngua portuguesa S o Paulo Pioneira 1984 78 p MELLO E SOUZA Alberto de Determinantes da aprendizagem em escolas municipais Ensaio aval pol p bl Educ online 2005 vol 13 n 49 pp 413 434 ISSN 0104 4036 MENEGASSI Renilson Jos O interlocutor nas propostas de produ o textual no livro did tico Trab linguist apl online 2011 vol 50 n 1 pp 169 187 ISSN 0103 1813 MEURER J L BONINI Adair MOTTA ROTH D sir e orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola 2005 296 p MICHELETTI Guaraciaba PERES Let cia Paula de Freitas GEB ARA Ana Elvira Luciano Leitura e constru o do real o lugar da poesia e da fic o 2 ed S o Paulo Cortez 2001 128 p MUNAKATA Kazumi Dois manuais de hist ria para professores hist rias de sua produ o In E
203. itura defende que no processo discursivo no qual se d a leitura est o inseridos sujeitos s cio historicamente determinados e ideologicamente constitu dos que lidam com o texto cuja fun o essencial provocar efeitos de sentidos no leitor Deste modo n o o texto que determina as leituras como foi defendido pelas abordagens ascendente e interacionista nem o leitor onipotente da vis o descendente mas sim o leitor considerado sujeito participante de uma determinada forma o 110 discursiva sujeito clivado heterog neo perpassado pelo inconsciente no qual se inscreve o discurso CORACINI 1995 p 17 18 As quatro vertentes apontadas acima podem ser relacionadas aos modelos de interpreta o propostos por Dascal 2006 A concep o top down segundo a qual o significado depende do leitor e de suas hip teses coincide com o modelo hermen utico em que o int rprete confere significado ao sinal Id ibid p 217 e ocorre um processo de constru o no qual o int rprete n o est preso ao processo interpretativo e tem liberdade para criar sua leitura A vertente bottom up defende a decodifica o do significado que est no texto e a interacionista acredita na intera o entre autor e leitor via texto dando autoridade ao texto Ambas se relacionam com o modelo criptogr fico que das partes para o todo busca o significado que est no texto Deste modo a atividade de descoberta do significado que um co
204. lacionarmos os textos de g neros intercalados no LDP PR com os dom nios discursivos dos quais s o provenientes constata se que a sugest o de g neros e de esferas de circula o oferecida pelas DCEs SEED 2008 p 100 101 considerada ver Quadro 2 entretanto a explora o de tamanha variedade n o ocorre de modo interlocutivo relacionando o dizer escrito s circunst ncias de sua produ o SEED 208 p 69 promove apenas a leitura e ou produ o de textos de diferentes g neros especialmente liter rios e ou art sticos 35 29 e escolares 28 11 Dom nios discursi G neros orais e escritos Cap tulos em que os g neros TOSCI COTSIVOS intercalados no LDP PR s o explorados Rr Texto b blico 6 8 e 13 Religioso Reza 13 3 27 Texto doutrin rio 2 Not cia 2e9 Jornal stico Imprensa Reportagem l1e13 13 07 Entrevista 4 Texto de opini o 9 10e 15 Carta de leitor 9 Mat ria jornal stica 15 91 Tira 5 9 11 12 e 13 Charge 3 4 9 e 15 Classificados 5 Of cio 15 Institucional Abaixo assinado 14 1 96 Edital 1 Conto de fadas 10 Liter rio Art stico Romance 7 8e16 35 29 Conto 1 5 6 8 10e 13 Cr nica liter ria 2 3 5 6e13 Causo 13 Biografia 4 5e8 Carta relato hist rico 8 Haicai 1a9 11a16 M sica 1 4e 14 Pintura em tela 16 Poema em prosa 7el6 Poema 2 3 6 7 8 10 11 e 14 Texto humor stico 12 Tratado 11 Prov rbio 4e 12 Texto de apresenta
205. m nico material e tem se o 75 agrupamento de an lise gramatical estudo de texto exerc cios e atividades did ticas Ademais a autoria alcan a novo perfil s o professores com experi ncias pedag gicas que al m de selecionar os conte dos tamb m apresentam atividades e indicam a metodologia de ensino a ser empregada em suma o LD LP apresentado nos moldes da aula a ser dada objetivos conte do encaminhamentos metodol gicos e avalia o Como Bunzen J nior 2005 p 39 grifos do autor defende o momento hist rico social e econ mico fez com que houvesse uma hibridiza o entre os g neros antologia gram tica e aula de l ngua portuguesa na constru o de um novo manual escolar A constitui o deste novo g nero n o aniquila os g neros precedentes Ao nascer um novo g nero nunca suprime nem substitui quaisquer g neros j existentes Qualquer g nero novo nada mais faz que completar os velhos apenas amplia o c rculo de g neros j existentes Ora cada g nero tem seu campo predominante de exist ncia em rela o ao qual insubstitu vel BAKHTIN 1929 63 1972 p 340 Isto fato haja vista a produ o atual de colet neas de textos em prosas e em verso impressas ou eletr nicas apenas escritas ou acompanhadas da leitura oralizada dos textos selecionados a publica o ininterrupta de gram ticas sejam abrangentes ou pontuais como no caso das que tomam como tema o Novo Acordo
206. m Bezerra 2000 p 3 grifos da autora os aspectos enunciativo discursivos dos g neros textuais necessariamente presentes em seus usos efetivos n o s o ainda considerados de maneira ampla pelos livros de portugu s favorecendo assim a presen a da hist ria sobretudo para preencher uma estrutura can nica de narrativa predominantemente oral Apesar disso e de que essas primeiras discuss es n o nos autorizem a afirmar que a hist ria um g nero textual h fortes ind cios de que essa pr tica escolar possa se constituir como tal Discordamos da ressalva de Bezerra 2000 e j consideramos esta pr tica escolar como um g nero textual por isso nomeamos o texto solicitado uma hist ria algum acontecimento que tenha se passado com voc ou com algum conhecido L NGUA 2006 p 75 como g nero hist ria Assim o fazemos em virtude de sua constante presen a na escola nas atividades did ticas portanto como um g nero escolar lido produzido e ensinado nesta esfera Como tamb m consideramos nesta nomea o os crit rios lingu sticos uso de verbos no pret rito perfeito e ou imperfeito presen a de marcadores temporais funcionais e tem ticos tendo o objetivo de narrar algum acontecimento e a inten o de convencer as pessoas atrav s da linguagem o 177 Na 2 edi o do LDP PR ampliada a quest o Como voc faria a narrativa final do conto Depois de escrev la e apresent la aos seus colegas de turm
207. m o PDE e com o projeto Folhas a busca pela qualifica o do professor da rede estadual de ensino e essas tr s a es se coadunam num processo em cadeia haja vista que a partir do PDE desenvolvido o Folhas que inspira o Livro Did tico P blico Paranaense O PDE de acordo com a SEED PR uma pol tica p blica de Estado regulamentado pela Lei 130 de 14 de julho de 2010 que estabelece o di logo entre os professores do ensino superior e os da educa o b sica atrav s de atividades te rico pr ticas orientadas tendo como resultado a produ o de conhecimento e mudan as qualitativas na pr tica escolar da escola p blica paranaense O Programa de Desenvolvimento Educacional PDE integrado s atividades da forma o continuada em educa o disciplina a promo o do professor para o n vel III da carreira conforme previsto no Plano de carreira do magist rio estadual Lei complementar n 103 de 15 de mar o de 2004 PARAN 2011 s p As atividades te rico pr ticas do PDE desenvolvidas durante dois anos pelos professores classificados por processo seletivo s o elabora o de um projeto de interven o pedag gica na escola produ o de unidade did tico pedag gica implementa o da unidade did tica e publica o de artigo cient fico As quatro a es giram em torno da mesma quest o levantada pelo professor PDE em sua realidade 17 Analisados no decorrer da tese Ver Anexo 2 2 Informamos
208. manuais para o ensino de gram tica e em antologias para a explora o da literatura Quanto aos livros did ticos produzidos nas primeiras d cadas do XX havia dois diferentes e independentes manuais did ticos as gram ticas e as colet neas de textos SOARES 2002 Nestes materiais tornam se patentes tanto a manuten o da gram tica como conte do aut nomo no ensino quanto a concep o de professor da disciplina portugu s que se tinha poca aquele a quem bastava que o manual did tico lhe fornecesse o texto cabendo a ele e a ele s coment lo discuti 56 O Decreto Lei n 1006 de 30 dezembro de 1938 que estabelece as condi es de produ o importa o e utiliza o do livro did tico define pela primeira vez o que deve ser entendido por livro did tico Art 2 Para os efeitos da presente lei s o considerados livros did ticos os comp ndios e os livros de leitura de classe 1 Comp ndios s o os livros que exponham total ou parcialmente a mat ria das disciplinas constantes dos programas escolares 2 Livros de leitura de classe s o os livros usados para leitura dos alunos em aula BRASIL 2011 Sendo estes tamb m chamados de livros de texto livro texto comp ndio escolar livro escolar livro de classe manual livro did tico 47 lo analis lo e propor quest es e exerc cios aos alunos o professor de portugu s era quase sempre um estudioso da l ngua e de sua literat
209. mitam a identifica o por parte dos leitores no caso de fragmentos textuais que foram associados tem tica apresentada como no caso dos textos filos fico doutrin rio sociol gico b blico entre outros Estes textos de g neros variados foram selecionados com a finalidade pedag gica de ensino dos objetos eleitos no caso as pr ticas discursivas De acordo com o Manual 2006 p 6 7 a leitura concretizada nas atividades registradas nos cadernos dos alunos deve envolver intera o e debate de modo a trabalhar argumenta o e a aprimorar a leitura a produ o escrita dos alunos aliada refac o textual deve visar ao alargamento do horizonte lingu stico aprimoramento do pensamento e do uso da l ngua e adequa o do discurso s inten es quanto 191 Ainda nas orienta es iniciais do Manual recomendado o uso do dicion rio relacionado ao contexto de produ o 155 oralidade cabe ao professor apresentar outras atividades al m das propostas pelo LD e considerando a varia o lingu stica e o contexto de produ o A textualidade multimodal deste LD paranaense tamb m apresenta em todos os cap tulos textos elaborados pelos autores do material especificamente textos explicativos atividades did ticas as quais s o intercaladas a cada novo texto imagens e ilustra es especialmente na primeira p gina h o emprego de imagem atrativa que d mote a cada cap tulo Qua
210. n ncio de Jo o Alves crie o retrato falado da besta e Na cr nica o autor diz que o an ncio de Jo o Alves continua modelo no g nero Quais s o as caracter sticas que Drummond mais prezou no an ncio e Um dos aspectos que Drummond elogiou no an ncio de Jo o Alves foi o comedimento Discuta o sentido desse termo com os colegas e como essa caracter stica tratada nas estrat gias publicit rias e Compare as caracter sticas a respeito do an ncio que foram discutidas em grupo com o an ncio elaborado pelo personagem da tira a seguir completando os bal es com as poss veis falas da m e O que ela estaria dizendo ao filho em cada bal o Figura 24 Atividades e primeira produ o oral Quinto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 69 Nas atividades propostas a intertextualidade a t nica pois s o relacionados 175 textos dos g neros cr nica an ncio retrato falado e a tira apresentada na sequ ncia Especificamente na rela o intertextual entre a cr nica e o an ncio est o trabalho com a oralidade na solicita o de que o aluno discuta sobre o tema proposto Ao final da p gina 70 o cap tulo passa a trabalhar especificamente com a propaganda por meio de quest es sem explica es nem contato do aluno com o g nero Nas atividades sugeridas s o exploradas a intertextualidade entre an ncio e 13 GUANDALIN Rosana Sonhando com a casa pr pria L NGUA Portuguesa e Literatura v ri
211. n vel em lt http www abrelivros org br abrelivros 01 index php option com content amp view article amp id 42009 0s livros resistirao as tecnologias digitais amp catid 1 noticias amp Itemid 2 gt 84 7 essa rela o complexa entre o livro como objeto material e o livro como obra intelectual ou est tica porque at hoje segue estabelecida a rela o entre essas duas categorias de um lado obras que t m uma l gica uma coer ncia uma completude e de outro as formas materiais de sua inscri o que podia ser da Antiguidade at o primeiro s culo de nossa era o rolo Neste caso muito frequentemente a obra era disseminada em diversos objetos diversos rolos A partir da inven o do c dex isto do livro como o conhecemos com cadernos folhas e p ginas uma situa o inversa surge um mesmo c dex pode e chega mesmo a ser a regra conter diferentes livros no sentido de obra A novidade atual que essa rela o entre as v rias classes de objeto e os tipos de discurso explodiu uma vez que h uma continuidade textual que se d a ler na tela e a inscri o material nessa superf cie ilimitada n o corresponde mais a esses tipos de objeto os rolos da Antiguidade os c dex manuscritos ou o livro impresso a partir de Gutenberg CHARTIER entrevista La Vie de Id es set 2008 Dispon vel em lt http www letras ufscar br linguasagem edicao03 entrevista chartier php gt 68 marcuschiana e no posicionamento
212. na modifica o das caracter sticas materiais estruturais e discursivas do material did tico Vejamos como isto se d no caso do LDP PR No primeiro conjunto de ordem econ mica e tecnol gica sendo o LD uma 3 mercadoria S sua produ o se d no seio da SEED PR e de acordo com a not cia veiculada em maio de 2009 o Livro Did tico P blico Paranaense custou em sua primeira edi o em 2005 R 3 00 por exemplar A segunda edi o distribu da no 1 semestre de ano de 2008 foram 90 mil exemplares por disciplina para um total de 12 disciplinas ou 1 08 milh o de livros saiu a R 2 50 por exemplar Para comparar em agosto de 2008 o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE adquiriu 103 65 milh es de livros did ticos para o ano letivo de 2009 a um pre o m dio de R 5 00 por exemplar para o ensino Fundamental e R 9 67 para o ensino M dio MATERIAL s p 2012 Deduzimos que este baixo custo divulgado pela SEED PR tem como fonte a sele o de professores autores diferentemente da contrata o de autores portanto em termos econ micos o incentivo autoria constitu do pelo sal rio do professor e pela 183 E AS date A 2 Como mercadoria depende das condi es materiais econ micas e t cnicas num determinado contexto s cio hist rico Neste caso a pr pria SEED PR que financia o material e o distribui s escolas da rede estadual paranaense al m de disponibili
213. ndo em vista que novos obst culos surgem a cada etapa vencida Bentes 2006 p 91 tamb m salienta a import ncia do trabalho de edi o do LD e afirma que Ser autor de um livro did tico guardadas as devidas propor es e especificidades como fazer parte da cadeia de produ o que envolve a elabora o de um produto midi tico como filmes e telenovelas por exemplo onde o escritor tem um papel fundamental mas o produto final realmente resultado de um trabalho coletivo Neste sentido a no o de autoria em um processo como esse deve ser necessariamente redimensionada passando a agregar valores outros tais como o reconhecimento da natureza coletiva do processo de elabora o e de finaliza o do LD No que tange ao estilo lingu stico ou funcional pode se averiguar que de acordo com a fun o did tica e com as condi es espec ficas da esfera escola editora o g nero LD LP gerado um dado tipo de enunciado relativamente est vel do ponto de vista 82 tem tico composicional e estil stico BAKHTIN 1952 53 1979 p 284 Como tem tica elege os conte dos e as compet ncias ou seja os objetos de ensino legitimados em sua esfera de produ o em sua composi o h a textualidade multimodal j comentada e quanto ao estilo tem se um estilo pr prio o did tico De acordo com Bakhtin 1952 53 1979 p 283 284 O v nculo indissol vel org nico entre o estilo e o g nero mostra se com grande
214. nia Belo Horizonte Ceale Aut ntica 2005 272 p VIAN JR Orlando LIMA LOPES Rodrigo E de A perspectiva teleol gica de Martin para a an lise de g neros textuais In MEURER J L BONINI A MOTTA ROTH D orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola Editorial 2005 p 29 45 179 ANEXOS 180 ANEXO 1 Not cia sobre a 2 edi o A segunda edi o do Livro Did tico P blico idealizado pela Secretaria de Estado da Educa o e produzido por professores da rede estadual de ensino foi lan ada nesta ter a feira 29 durante a Escola de Governo Segundo o secret rio Maur cio Requi o o Livro Did tico P blico um exemplo de pol tica p blica para a educa o A iniciativa do Governo do Paran beneficia mais de 450 mil estudantes Na primeira edi o foram 5 4 milh es de exemplares de 12 disciplinas Agora s o mais 1 8 milh o de livros para os alunos que est o chegando ao ensino m dio disse O Livro Did tico P blico uma iniciativa pioneira no Pa s O custo m dio por livro de R 2 70 menos de um d cimo do pre o de um livro did tico comercial nas livrarias Alguns dos Livros Did ticos P blicos receberam novos conte dos como o livro de Hist ria que fala por exemplo sobre o Porto de Paranagu o de Biologia que aborda os transg nicos e o de Educa o F sica que fala sobre o movimento Hip Hop O processo de revis o dos 12 livros ocorreu durante todo o a
215. njunto de dados a ser inferido a partir de outros dados Id ibid p 217 A ltima vertente comentada s cio interacionista v o leitor como um sujeito s cio historicamente determinado e como o modelo hermen utico enfatiza a contribui o do int rprete no processo Id ibid p 218 De acordo com Dascal 2006 tanto o modelo criptogr fico quanto o hermen utico negligenciam ou minimizam o papel do produtor do signo Id ibid p 219 A partir disso outros tr s modelos s o trabalhados ce A a modelo pragm tico o significado comunicativo n o nem um dado independente nem uma constru o do int rprete Ele produzido por um agente o produtor do signo Id ibid p 220 Tem se aqui a valoriza o da inten o do falante autor visto que o ouvinte leitor dever buscar o significado do falante b modelo superpragm tico o int rprete consegue de alguma maneira captar o significado do falante diretamente com base na informa o contextual sem ter de tomar em considera o o significado sem ntico da elocu o Id ibid p 221 c modelo de estrutura profunda o significado visto como produto de uma intera o de for as subjacentes que determinam a atividade humana Id ibid p 230 assim os significados n o s o subjetivos e necessitam de uma interpreta o mais abrangente Dascal se vale da imagem de um iceberg para agrupar estes cinco modelos
216. no de 2007 e envolveu os professores autores que trabalharam na primeira edi o Tamb m colaboraram com a revis o dos livros os professores das universidades p blicas estaduais e da Universidade Federal do Paran UFPR Eles participaram na condi o de leitores cr ticos apresentando pareceres detalhados com cr ticas e sugest es sobre os quais a equipe do Departamento de Educa o B sica e autores trabalharam Os livros revisados est o ainda melhores e j est o sendo distribu dos aos estudantes do ensino m dio da rede p blica do Paran disse a chefe do Departamento de Educa o B sica Mary Lane Hutner Em visita ao Paran para o lan amento da primeira edi o do Livro Did tico P blico em dezembro de 2006 o ministro da Educa o Fernando Haddad elogiou a iniciativa Esta a primeira iniciativa brasileira preocupada em criar e disponibilizar ao dom nio p blico um material did tico afirmou O Paran sai na frente com uma bel ssima cole o que tem como autores os professores da rede p blica Esta cole o pode ser aproveitada n o apenas nos demais Estados da Federa o como tamb m nos demais pa ses que tem como l ngua oficial o Portugu s avaliou O Paran o primeiro Estado a produzir e distribuir gratuitamente livros did ticos de todas as disciplinas do Ensino M dio Os livro est o divididos em 12 volumes que abrangem as disciplinas de L ngua Portuguesa e Literatura Matem tic
217. ns es de nossa cultura de suas do LD LP rela es com a escrita e com o letramento assim como os processos sociais culturais e econ micos de diferentes facetas da produ o editorial brasileira BATISTA 1999 p 534 Assim consideramos que os autores de LD LP bem como os demais agentes envolvidos no caso do LDP PR equipe t cnico pedag gica assessora do departamento de ensino m dio coordenadora administrativa do livro did tico p blico equipe 13 administrativa t cnicos administrativos consultores consultor de direitos autorais equipe de revis o textual respons veis pelo projeto gr fico e capa respons veis pela editora o eletr nica em sua produ o fazem a escolha de formas relativamente est veis uma vez que o querer dizer do locutor se realiza acima de tudo na escolha de um g nero do discurso BAKHTIN 1952 53 1979 p 301 grifos do autor portanto temos a produ o de enunciados num g nero do discurso que possui temas os objetos de ensino uma expectativa interlocutiva espec fica professores e alunos e um estilo did tico pr prio BUNZEN J NIOR ROJO 2005 p 86 este o modelo de LD LP reconhecido pelos usu rios deste g nero um modelo gerado num contexto em que se tem altera o da concep o de l ngua como sistema e express o est tica passando concep o de l ngua como comunica o at chegar concep o que toma a l ngua como discurso em que o conte d
218. nte did tica por conseguinte o livro did tico necessita de maior explora o de suas dimens es econ micas t cnicas sociais e pol ticas Para estes pesquisadores o livro ainda n o visto como um objeto de investiga o em si apenas utilizado como meio para explora o de conte dos e metodologia de ensino Por meio de duas investiga es explorat rias Batista e Rojo 2005 avaliam que no per odo de 1975 a 2003 com a identifica o de 1927 trabalhos na Plataforma Lattes os tra os caracter sticos de seu corpus s o aumento acentuado da produ o a circula o predominantemente nacional 96 os trabalhos em sua maioria 44 s o representados por comunica es resumos pain is apresenta es ou mesas a rea de conhecimento mais representativa a de Ci ncias da Linguagem 37 2 seguida pela de Educa o 29 3 as pesquisas t m predomin ncia do car ter sincr nico 95 5 e procuram 73 descrever analisar o livro em si No segundo estudo desenvolvido por Batista e Rojo 2005 o corpus constitu do por 21 teses e 208 disserta es de 1987 a 2001 disponibilizadas no Portal da Comiss o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES Neste levantamento constatou se tamb m que houve um aumento da produ o que o interesse priorit rio pela an lise de conte dos e metodologia que os tipos de investiga o mais usados s o relatos de experi ncias pesquisas experimentais hist r
219. ntegrante de uma discuss o ideol gica em grande escala ele responde a alguma coisa refuta confirma antecipa as respostas e obje es potenciais procura apoio etc BAKHTIN VOLOCHINOV 1929 p 127 128 Se consideramos o LDP PR como elemento dentro desta cadeia dial gica verificamos que este livro se relaciona tanto com os LDs que o precederam quanto com os que o lhe dar o seguimento n o se limitando a produ es paranaenses ou p blicas e sim englobando as nacionais internacionais particulares ou n o haja vista ser esta a primeira produ o p blica paranaense Ademais o LDP PR abarca outras vozes al m do discurso dos autores dos documentos oficiais PCNs Par metros Curriculares Nacionais e DCEs Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paran que recomendam o ensino de LP por meio de g neros da SEED PR que por ser respons vel pela edi o dita os par metros a serem seguidos pelos autores professores na elabora o da obra das pesquisas e avalia es feitas a partir dos materiais did ticos produzidos no Brasil dos textos de outros g neros tanto da esfera pedag gica quanto doutras esferas intercalados em sua composi o assim como dos professores da rede usu rios do LD que s o quem no final do processo emprega ou n o o LD em sala de aula conforme suas expectativas e interesses Deste agrupamento de vozes interessa nos especialmente verificar como as 23 A A novas teorias so
220. nto menos seletivo de professores embora estes fossem j em grande parte oriundos das rec m criadas faculdades de filosofia formados n o s em conte dos de l ngua e de literatura mas tamb m de pedagogia e did tica SOARES 2002 p 167 Houaiss 1985 p 132 em amplo levantamento sobre a l ngua portuguesa avalia as consequ ncias sofridas pela classe docente em virtude desta amplia o discente e do contexto pol tico em que se d este processo A explos o das matr culas depois de 1964 nos v rios n veis foi concomitante com a degrada o qualitativa provocada pela redu o dos hor rios pela sordidez da remunera o da atividade docente pela relativa improvisa o desta e pelo ambiente pol mico e suspeito em que politicamente o ensino se desenvolveu 48 A realidade escolar e contexto sociocultural exigiam uma solu o a este despreparo docente e conforme Bezerra Se os professores mudaram e n o responderam s exig ncias dessa pr tica de ensino gramatical surgem os livros did ticos com textos li es de gram tica e exerc cios para suprirem as lacunas de conhecimento desses professores Agora sobretudo a partir da d cada de 70 do s culo passado n o mais dada a eles a responsabilidade de prepararem suas aulas e exerc cios como antigamente isto compete ao autor do livro did tico 2002a p 42 Na vis o de Geraldi 1997 p 117 a solu o para o despreparo do professor
221. nto ao conte do tem tico na configura o do LDP PR verificamos que os autores definiram como princ pio organizador deste material did tico o vi s tem tico associado s pr ticas de leitura escrita e oralidade ao inv s da orienta o por curr culo na divis o entre literatura gram tica e produ o textual ou por conte dos associados tipologia textual e sua grada o ou por pr ticas de linguagem defini es consideradas t picas do g nero LD LP Esta inova o na defini o de vi s tem tico entrela ado s pr ticas serve de resposta submiss o s instru es da SEED PR via DCESs Ao mesmo tempo esta defini o tem tica comprova a seguran a dos professores autores em rela o aos apontamentos da Lingu stica Textual no que tange ao trabalho com intertextualidade e pela proposta de trabalho com g neros estes autores assumem uma proposta did tica que envolve a dimens o discursiva situa o de produ o inten o comunicativa e enuncia o e a dimens o textual organiza o formal e conte do tem tico em conformidade com o que apregoam os documentos legais Sem confundir autor pessoa com autor criador preciso que se esclare a que o ato criativo envolve um complexo processo de transposi es refratadas da vida para a arte primeiro porque um autor criador e n o o autor pessoa que comp e o objeto est tico e segundo porque a transposi o de planos da vida para a a
222. nuam similares aos da 1 edi o Apesar da explica o p blica da chefe do Departamento de Educa o B sica na mesma not cia de que os livros revisados est o ainda melhores verificamos altera es m nimas frente aos pareceres detalhados citados Esta altera o terminol gica ser analisada no corpo da tese 5 Ver Anexo 1 16 Dois professores da Universidade Federal do Paran como consultores e uma professora da Universidade Estadual de Londrina como leitora cr tica 29 Dados os problemas encontrados tanto na 1 como na 2 edi o do LDP PR a refer ncia consultoria dos professores da rede de ensino superior na 1 edi o e a referenda dos professores universit rios 2 edi o podemos afirmar que o LDP PR peca em termos de autonomia do professor autor Apesar disso no mesmo site h o convite aos professores da rede para a 3 Edi o do Livro Did tico P blico Professores Estamos selecionando Folhas para a 3 edi o do Livro Did tico P blico Escrevam e fa am a inscri o do seu Folhas no Portal dia a dia educa o A 3 edi o do LDP PR resume se a este convite haja vista que houve troca de Governo a partir de 2011 e por ser o LDP PR um projeto do Governo Requi o Pessuti 2003 2010 com a nova gest o Richa 2011 2014 o projeto reduzido ao acesso via portal Dia a Dia Educa o ltima edi o publicada em 2007 Como dito inicialmente este LD partilha co
223. nunciados Da a import ncia de considerar n o somente a gram tica normativa mas tamb m as outras como a descritiva a internalizada e em especial a reflexiva no processo de ensino de L ngua Portuguesa SEED 2008 p 78 Assim de modo a instigar o aluno a observar e a refletir sobre os usos da l ngua estes devem ser considerados de acordo com o g nero com o contexto de uso e da situa o de intera o tendo em vista que compreender os recursos que o texto usa e O 144 Apresentados no cap tulo 4 119 sentido que ele expressa refletir com e sobre a l ngua numa dimens o dial gica da linguagem SEED 2008 p 78 Por mais que o cap tulo siga a estrutura do LDP PR utilizando na primeira p gina uma imagem atrativa e apresentando na segunda p gina o t tulo a autoria e os cones indicadores do enfoque em leitura escrita e oralidade bem como a pergunta problema que visa cativar o aluno leitor em rela o ao tema da unidade avaliamos este Folhas como exponencialmente tradicional em compara o com os quinze que lhe antecedem Apesar das sugest es de pesquisa p 192 e 193 do trabalho de interdisciplinaridade entre L ngua Portuguesa e Matem tica p 195 e 196 da exposi o interativa ao longo do cap tulo e da recomenda o de comparar gram ticas e diferentes elabora es de regras MANUAL 2006 o apego gram tica normativa impera aliado ao ensino tradicional Mesmo a sele o de textos
224. o estilo e constru o composicional Dessa forma desenvolvemos uma pesquisa descritivo explicativa documental com o respaldo te rico da Teoria de G neros Discursivos de Bakhtin e nos conceitos defendidos pela did tica de l nguas de Genebra da linha Interacionista Sociodiscursiva SCHNEUWLY DOLZ 2004 A organiza o desta tese se d da seguinte maneira No primeiro cap tulo apresentamos o objeto de pesquisa o Livro Did tico P blico L ngua Portuguesa e Literatura e a metodologia de pesquisa que organiza este trabalho Estas apresenta es visam dar a conhecer a especificidade do livro did tico em an lise primeiramente comentando a defini o a autoridade e a import ncia do livro did tico no mbito escolar para na sequ ncia detalhar o LD paranaense tomado como objeto desta pesquisa Para tanto s o especificados o objetivo da SEED PR ao possibilitar a publica o de material did tico pr prio a autoria m ltipla constitu da por professores da rede estadual o p blico alvo do LDP PR a estrutura composicional deste LD e sua rela o com o Programa de Desenvolvimento Educacional PDE e com o projeto Folhas Ainda neste cap tulo inicial abordamos a metodologia de an lise empregada nesta tese Trata se de uma pesquisa descritivo explicativa desenvolvida a partir de uma perspectiva s cio hist rico discursiva que se vale de fontes bibliogr fica e documental cujos objetivos s o averiguar a rela o dial g
225. o brasileiro e sua representa o no livro did tico de l ngua materna Trab linguist apl online 2010 vol 49 n 1 pp 101 113 ISSN 0103 1813 ROCKWELL Elsie La lectura como pr ctica cultural conceptos para el estudio de los libros escolares Educa o e pesquisa S o Paulo v 27 n 1 p 11 26 jan jun 2001 ROJO Roxane org A pr tica de linguagem em sala de aula praticando os PCNs Campinas Mercado de Letras 2008 248 p ROJO Roxane Helena Rodrigues Modeliza o did tica e planejamento duas pr ticas esquecidas dos professor In KLEIMAN A B org A forma o do professor perspectivas da lingu stica aplicada Campinas Mercado de Letras 2001 p 313 335 ROJO Roxane O livro did tico de l ngua portuguesa modos de usar modos de escolher PNLD 2007 In O livro did tico em quest o p 49 62 Dispon vel em lt http tvbrasil org br fotos salto series 161240LivroDidatico pdf gt Acesso em 18 maio 2011 ROJO Roxane BATISTA Ant nio Augusto Gomes orgs Livro did tico de l ngua portuguesa letramento e cultura escrita Campinas Mercado de Letras 2008 320 p ROJO Roxane CORDEIRO Gla s Saler Apresenta o g neros orais e escritos como objetos de ensino modo de pensar modo de fazer In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 7 18 SALGUEIRO Maria Am lia Dalvi Drummond a cr tica e a escola a inven o de um p
226. o devaneio e da reflex o oferecer ao aluno a oportunidade de descobrir o sentido por meio da apreens o de diferentes n veis e camadas do poema lexical sonoro sint tico em diversas e diferentes leituras do mesmo poema requer dedica o de tempo a essa atividade e percep o de uma outra l gica anal tico interpretativa que n o aquela de um academicismo estereotipado que acredita que ensinar poesia ensinar as t cnicas de contar s labas e classificar versos e rimas BOSI 1987 apud LINGUAGENS 2006 p 78 Na an lise do LD paranaense nos deparamos com a presen a de textos po ticos sejam haicais ou poemas e ao efetuarmos a classifica o dos g neros empregados em cada cap tulo do LDP PR conforme o aspecto tipol gico e a pr tica discursiva desenvolvida classificamos estes textos como um g nero secund rio da ordem do expressar haja vista que o poema representa um g nero liter rio que surge em circunst ncias art sticas de comunica o Em virtude de os g neros da esfera publicit ria tamb m n o serem distribu dos na proposta de Schneuwly e Dolz mas figurarem no LDP PR sentimos a necessidade de classific los tendo em vista nosso intento de averiguar que g neros de que dom nios e com que aspectos tipol gicos s o selecionados por este LD para o trabalho com as pr ticas de leitura escrita e oralidade Apesar de estes g neros publicit rios possu rem car ter expositivo e argumentativo n o se
227. o did tico se constr i configura e adapta pode ser identificado pela mudan a na sele o do material textual dos LD LP Bezerra 2002a apresenta os fatores externos e internos que motivaram a tradi o de explorar a gram tica normativa no ensino de L ngua Portuguesa Como fatores externos a pesquisadora elenca a institui o da disciplina de l ngua portuguesa no curr culo escolar brasileiro e o p blico alvo inicial filhos da elite Como fator interno define o ensino da gram tica latina assessorado pela gram tica de l ngua portuguesa ou seja o conhecimento sobre ou da l ngua sendo valorizado Segundo a autora o desenvolvimento dos estudos lingu sticos e sobre a linguagem s o fundamentais na altera o do ensino de portugu s visto que tomam o letramento o texto e o discurso como objetos de pesquisa e estes estudos geram reflexos na escola no professor e especificamente no material did tico Com a amplia o das pesquisas sobre l ngua ensino aprendizagem e letramento e com a interven o do Estado atrav s de programas espec ficos de avalia o do MEC a partir da ltima d cada do s culo XX os livros did ticos s o pressionados a imprimirem mudan as em seus conte dos metodologias e concep es te ricas Alguns apresentam mudan as apenas no n vel superficial permanecendo com as mesmas pr ticas as mesmas concep es te ricas outros imprimem altera es te rico pr ticas Embora a gram tica da
228. o dos alunos e que tamb m produzem discursos sobre objetivos programas conte dos e m todos de ensino que acabam dando forma s interven es did ticas Finalmente o terceiro n vel o dos sistemas did ticos ou tri ngulos did ticos estruturas particulares constitu das pelo professor pelos alunos pelos objetos de conhecimento ou conte dos e pelas rela es entre esses tr s elementos entre os quais h uma interdepend ncia radical O 1 Neste estudo apesar de aludirmos ao primeiro e ao terceiro n veis referimo nos especialmente ao segundo n vel da atividade educacional definido acima para avaliarmos mais especificamente a transposi o did tica dos textos de g neros diversos intercalados no livro did tico de l ngua portuguesa distribu do pela Secretaria de Educa o do Estado do Paran bem como a forma dada pelas sugest es deste LD s interven es did ticas Desta forma focalizamos o discurso produzido e concretizado no LDP PR no qual s o definidos objetivos conte dos e m todos de ensino 100 Quando nos reportamos s recomenda es dos PCNs e das DCEs 101 Quando avaliamos as rela es entre LD professor e aluno 85 Para a realiza o desta avalia o pautamo nos na concep o sociointeracionista de linguagem segundo a qual a l ngua reconhecida como social hist rica e ideol gica Ao assumir esta concep o tamb m assumimos que o trabalho com a l ngua
229. o enunciado que segundo ndices gramaticais sint ticos e composicionais pertence a um nico falante mas onde na realidade est o confundidos dois enunciados dois modos de falar dois estilos duas linguagens duas perspectivas sem nticas e axiol gicas Repetimos que entre esses enunciados estilos linguagens perspectivas n o h nenhuma fronteira formal composicional e sint tica No tocante segunda forma composicional citada g neros intercalados Bakhtin 1975 p 124 assevera que O romance admite introduzir na sua composi o diferentes g neros tanto liter rios como extraliter rios Em princ pio qualquer g nero pode ser introduzido na estrutura do romance e de fato muito dif cil encontrar um g nero que n o tenha sido alguma vez inclu do num romance por algum autor Os g neros introduzidos no romance conservam habitualmente a sua elasticidade estrutural a sua autonomia e a sua originalidade lingu stica e estil stica Apoiando se em Bakhtin 1979 Marcuschi 2008 defende que o LD deveria ser tratado como um suporte com caracter sticas muito especiais e n o como um g nero intercalado ou h brido no sentido bakhtiniano Para o linguista apesar de o livro did tico constituir um todo suas partes ainda mant m suas caracter sticas n o deixando de ser o g nero original como exemplo o autor comenta que um poema n o deixa de ser poema s porque entra no livro did ti
230. o estudo dos g neros pelas quest es sociais ideol gicas e dial gicas tamb m foi vislumbrado por Fiorin 2008 p 60 depois que os Par metros Curriculares Nacionais estabeleceram que o ensino de Portugu s fosse feito com base nos g neros apareceram muitos livros did ticos que veem o g nero como um conjunto de propriedades formais a que o texto deve obedecer O g nero assim um produto e seu ensino torna se ent o normativo Sob a apar ncia de uma revolu o no ensino de Portugu s est se dentro da mesma perspectiva normativa com que se ensinava gram tica Ademais ao tomar como base os PCNs para compreender e aplicar as teorias referentes a g neros os professores e os autores de LD LP enfrentam alguns problemas 10 O livro O texto na sala de aula organizado por Jo o Wanderley Geraldi em 1984 marcou as discuss es sobre o ensino de L ngua Portuguesa no Paran SEED 2008 p 46 Os artigos desta colet nea mant m di logo com os professores mobilizando os para a discuss o e o repensar sobre o ensino de l ngua materna e para a reflex o sobre o trabalho realizado nas salas de aula 107 Segundo Brait 2000 p 24 as indica es dos PCNs podem ser coerentes e produtivas e de fato o s o em v rios aspectos mas encerrando o trabalho com o texto em modelos preestabelecidos afastam se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante do texto dos discursos da vida do conhecimento Ainda que as teo
231. o focado no ensino sobre ou da l ngua altera se para o uso da l ngua com vistas comunica o para por fim a escrita a leitura e a oralidade serem exploradas de modo social hist rico e interacional em que todas as camadas sociais tornam se p blico alvo da elite s camadas populares em que o professor deixa de ser o respons vel pela abordagem did tica e o manual escolar passa a condicionar e organizar a atividade docente e em que o livro did tico torna se alvo de pesquisas avalia es e reformula es constantes SOARES 2001b e 2002 BATISTA 2008 Frente a esses esclarecimentos e pautando nos em Bunzen J nior 2005a p 18 grifos do autor defendemos o LD LP como um g nero do discurso que procura sistematizar e organizar os conhecimentos escolares na forma de modelo s did tico s por isso mesmo n o podemos deixar de perceber o sistema de valores que participa do processo de socializa o e acultura o do p blico a quem se destina Al m disso ele pode ser encarado como um instrumento pedag gico uma vez que reflete as v rias tradi es as inova es e as utopias de uma poca Para que possamos desenvolver esta defesa reportamo nos revela o de Bakhtin que impulsiona os estudos sobre o uso da l ngua as esferas de comunica o e as condi es deste uso e que est publicada no fragmento de um estudo mais abrangente intitulado Os g neros do discurso cujo projeto n o foi realizado
232. o geradas em diversos segmentos tanto em escolas p blicas quanto privadas entre professores e na comunidade acad mica Tendo como objetivo parametrizar o ensino em territ rio nacional este documento vem sendo objeto de reflex o de especialistas e objeto de pesquisa em muitos trabalhos acad micos 123 De acordo com Koch 2007 s p grifos da autora A postula o b sica do documento o ensino centrado no texto quer em termos de leitura quer em termos de produ o Quanto produ o do sentido defendem ainda os PCNs que o trabalho de an lise epilingu stica importante por possibilitar a discuss o sobre os diferentes sentidos atribu dos aos textos e sobre os elementos discursivos que validam ou n o essas atribui es propiciando tamb m a constru o de um repert rio de recursos lingu sticos a ser utilizado quando da produ o textual Considerando a concep o que toma a l ngua como forma lugar de a o ou intera o KOCH 2000a neste jogo que a interlocu o GERALDI 1997 e para a qual corresponde a no o de sujeito como entidade psicossocial sublinhando se o car ter ativo dos sujeitos na produ o mesma do social e da intera o KOCH 2002 p 15 grifos da autora preciso que aquele que produz textos domine estrat gias de organiza o da informa o e de estrutura o textual tamb m necess rio que saiba que a continuidade textual depende do equil brio v
233. o oficial da l ngua vern cula 45 Neste contexto a maioria esmagadora da popula o brasileira n o sabia ler nem escrever todavia o analfabetismo n o era uma preocupa o da educa o republicana no Brasil Esta quest o emerge apenas com a reforma eleitoral de 1882 Lei Saraiva quando derrubada a barreira de renda e proibido o voto do analfabeto portanto emerge como uma quest o pol tica n o como uma quest o econ mica que associasse alfabetiza o e trabalho ou produ o PAIVA 1990 A trajet ria do ensino de l ngua portuguesa do s culo XIX at os anos 1940 delineada por Razzini 2010 a partir de estudo da legisla o do n vel secund rio dos programas de ensino e dos manuais did ticos do Col gio Pedro II escola secund ria padr o da elite brasileira A autora divide este per odo em quatro fases 1 Primeira fase 1838 a 1869 a disciplina era restrita ao primeiro ano e contemplava o estudo da gram tica 2 Segunda fase 1870 a 1889 a disciplina passa a ser trabalhada nos tr s primeiros anos e a fazer parte dos exames preparat rios como consequ ncia h aumento de carga hor ria e de conte do nesta fase autores portugueses e brasileiros s o trabalhados e h indica o de mais seletas que gram ticas 3 Terceira fase 1890 a 1930 regulamentada a preced ncia do exame de portugu s sobre as demais disciplinas aumenta se a import ncia da disciplina e esta absorve alguns conte
234. o pode necessariamente ser realizada como a leitura efetuada com os g neros anteriores romance poema e mapa trabalhados de forma intertextual com o objetivo de manter o foco tem tico As DCEs tamb m alertam para este cuidado com leituras diferenciadas No que concerne ao trabalho com diferentes g neros Silva 2005 p 66 assinala que a escola deve se apresentar como um ambiente rico em textos e suportes de textos para que o aluno experimente de forma concreta e ativa as m ltiplas possibilidades de interlocu o com os textos Dito isso essencial considerar o contexto de produ o e circula o do texto para planejar as atividades de leitura SEED 2008 p 73 Ainda em rela o s atividades com os mapas e a produ o textual recomendado que os professores apliquem o m todo de leitura exposto no cap tulo e ampliem o trabalho de intertextualidade por meio da leitura de outras obras dispon veis na biblioteca escolar MANUAL 2006 Assim como recomendada a explora o dos textos po ticos presentes no cap tulo por meio de leitura e oralidade com o intento de diferenciar o texto em prosa do texto em verso e explorar os n veis do texto formal sem ntico e f nico Por estas orienta es breves verificamos que caber ao professor definir o melhor encaminhamento ao cap tulo de acordo com sua realidade escolar e conclu mos que o destinat rio do Manual considerado aut nomo e preparado para dar conta de p
235. ob essa tica o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua constru o passa a ser objeto de ensino SEED 2008 p 60 61 grifos nossos 5 2 A ESCRITA O trabalho com a escrita justificado pelos autores do LDP PR por ser o apoderamento dessa forma de express o da linguagem direito de todos e dever da escola L NGUA 2006 p 13 assim de acordo com os textos de apresenta o neste LD s o apresentadas inst ncias que requerem o uso da escrita com maior ou menor formalidade e possibilitadas experi ncias com a escrita de diferentes g neros discursivos Tamb m as DCEs defendem que a produ o escrita possibilita que o sujeito se posicione tenha voz em seu texto interagindo com as pr ticas de linguagem da sociedade SEED 2008 p 56 Do tempo da composi o passando pelas aulas de reda o at chegarmos produ o de textos por meio da intera o verbal e do uso de g neros s o v rios os decretos orienta es oficiais e adapta es dos docentes realidade escolar e s cobran as sociais quanto ao dom nio da escrita por parte dos discentes BUNZEN J NIOR 2007 VAL 2008 Como vimos no cap tulo 2 estas mudan as s o reveladas na composi o do LD LP quando da inclus o do ensino de reda o produ o textual como objeto de ensino Especialmente com a divulga o dos PCNs de L ngua Portuguesa pelo MEC muitas discuss es sobre o ensino de l ngua materna s
236. ociais Os autores dessa gera o possu am na maioria das 51 vezes experi ncias pedag gicas provenientes de cursos prim rios secund rios ou de escolas normais voltadas para a forma o de professores Os livros did ticos especificamente gram ticas e manuais de ret rica publicados na segunda metade do s culo XIX s o documentos testemunhais de que o ensino da l ngua portuguesa no Brasil se pautava no trabalho com ret rica po tica e gram tica nacional PFROMM NETTO et al 1974 sendo que o estudo da gram tica sempre antecedeu o aprendizado da ret rica e da po tica e mais tarde da literatura tidas como mat rias mais adiantadas RAZZINI 2000 Segundo Lajolo e Zilberman 1999 p 121 considerando que a exist ncia do impresso did tico est vinculada formula o de uma pol tica educacional infraestrutura tecnol gica e ao gerenciamento de uma pol tica econ mica normalmente dirigida pela classe dominante o livro did tico poderosa fonte de conhecimento da hist ria de uma na o que por interm dio de sua trajet ria de publica es e leituras d a entender que rumos seus governantes escolheram para a educa o desenvolvimento e capacita o intelectual e profissional dos habitantes de um pa s Estes livros tamb m s o prova da sens vel mudan a quanto ao seu p blico O livro did tico traz desde sua origem uma ambiguidade no que se refere ao seu p blico O professor
237. oeta nacional pelo livro did tico de ensino m dio Tese em Educa o Universidade Federal do Esp rito Santo 2010 240 p SANTOS Leonor Werneck dos org G neros textuais nos livros did ticos de portugu s uma an lise de manuais do ensino fundamental Rio de Janeiro UFRJ 2011a 339 p Livro eletr nico Dispon vel em lt http www lingnet pro br gt Acesso em 10 dez 2011 SANTOS Leonor Werneck dos G neros textuais nos livros did ticos problemas do ensino e da forma o docente In SANTOS L W dos org G neros textuais nos livros did ticos de portugu s uma an lise de manuais do ensino fundamental Rio de Janeiro UFRJ 2011b p 74 108 Livro eletr nico Dispon vel em lt http www lingnet pro br gt Acesso em 10 dez 2011 SCHNEUWLY Bernard Palavra e ficcionaliza o um caminho para o ensino da linguagem oral In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 129 147 177 SCHNEUWLY Bernard DOLZ Joaquim G neros orais e escritos na escola Trad Org Roxane Rojo e Gla s Sales Cordeiro Campinas Mercado de Letras 2004 278 p SCHNEUWLY Bernard DOLZ Joaquim Os g neros escolares das pr ticas de linguagem aos objetos de ensino In SCHNEUWLY B DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 p 71 91 SIGNORINI In s org Re discutir texto g nero e discurso S o Paulo Par bola Editori
238. olvimento de capacidades que os ultrapassem de modo a serem aplicadas a outros g neros Para tanto fundamental que o g nero sofra uma transforma o ao sair de seu lugar social protot pico e adentrar a escola trata se de colocar os alunos em situa es de comunica o que sejam o mais pr ximas poss vel de verdadeiras situa es de comunica o que tenham um sentido para eles a fim de melhor domin las como realmente s o ao mesmo tempo sabendo o tempo todo que os objetivos visados s o tamb m outros SCHNEUWLY DOLZ 2004 p 81 De acordo com o Quadro 6 Distribui o dos textos e das atividades conforme as pr ticas p 108 a escrita a segunda habilidade mais trabalhada neste LD com 53 cinquenta e tr s propostas Este n mero corresponde a 15 14 quinze v rgula quatorze por cento do total de textos e a es sugeridos pelo LDP PR Frente aos dados levantados verificamos que o trabalho com escrita n o proposto apenas no terceiro cap tulo e que nos outros cap tulos conforme c lculo individual do percentual das habilidades trabalhadas mant m se esta percentagem discreta entre 5 e 20 Entretanto nos cap tulos onze e doze h certa amplitude neste trabalho correspondendo a 26 vinte e seis por cento no 11 cap tulo e a 27 vinte e sete por cento no 12 O d cimo primeiro cap tulo apresenta nove g neros textuais poema tira haicai tratado obra de divulga o cient fi
239. onforme tipologia e pr tica discursiva e LINS Ant nio Eduardo Leit o Navarro Sobre a modernidade ou como ler um livro L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 p 88 99 134 x f A 7 Ao empregarmos a nomenclatura g nero indefinido ao longo das an lises dos cap tulos estaremos nos referindo aus ncia de defini o gerada pelo pr prio LD seja pela fragmenta o associada falta de refer ncia bibliogr fica seja pela indica o parcial da tr ade composicional do g nero tema estilo e estrutura 135 A PIE EE e i Os g neros da esfera liter ria s o apresentados em sua maioria a partir de fragmentos 13 p 3 3 6 Este cap tulo foi divulgado anteriormente como um Folhas Dispon vel em lt http www8 pr gov br portals portal projetofolhas linguaportuguesa doc gt Acesso em 14 jan 2012 137 Na 2 edi o do LDP PR as quest es Voc cachorro e Quantas vezes por dia voc late s o exclu das LINGUA 2008 p 89 113 Voc j ouviu a palavra MODERNIDADE Tem no o do que ela significa Sabe como a MODERNIDADE pode influenciar voc Voc cachorro Quantas vezes por dia voc late Voc usa culos Quais s o os seus culos Figura 1 Quest es mobilizadoras S timo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 89 Ao objetivar o trabalho com o tema modernidade associado leitura e literatura o autor efetuou sele o textual va
240. onte LDP PR LINGUA 2006 p 145 129 Mais uma vez o g nero n o definido apenas o tema e a tipologia argumentar o s o Como dito anteriormente podemos relacionar este g nero com a reda o escolar e frente s recomenda es das DCEs as tr s etapas interdependentes e intercomplementares de planejamento produ o inicial e reescrita do texto ficam restritas esfera escolar Nas p ginas 145 e 146 apresentada uma adapta o do g nero reportagem que conforme sugest o do LD pode ser lida em confronto com o texto do g nero obra de divulga o cient fica apresentado de forma fragmentada e disposto nas p ginas 146 e 147 A estes textos seguem duas quest es A primeira relaciona os dois textos lidos A segunda solicita a sexta produ o textual do cap tulo tamb m de g nero indefinido esclarecendo apenas o tema e o tipo argumentativo e Os sofrimentos do amor amar como um louco amar at a insanidade O v nculo entre o amor e a loucura teria algum fundamento neurobiol gico ou seria apenas um mito e Com base nesse texto argumente de que forma essas informa es se articulam com a id ia de amor eterno cara metade nomemymulher da minha vida Figura 19 Sexta produ o textual D cimo primeiro cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 147 Confrontando estas seis propostas de produ o textual com as afirma es dos autores no texto de apresenta o do LDP PR com as recomenda es das DC
241. ores que apenas repetiam por comodismo ou incapacidade os livros did ticos por eles adotados e afirma que o livro em ltima an lise uma sugest o n o uma receita cujas fun es consistiriam em padronizar e delimitar a mat ria apresentar m todos e processos Julgados eficientes para o ensino e colocar ao alcance dos educandos e dos professores materiais necess rios objetiva o do ensino como mapas desenhos ou textos raros ou de dif cil acesso Freitag Costa e Motta 1997 p 128 percebem a fun o do livro did tico de modo mais dram tico e afirmam que se o ensino brasileiro com livro sofr vel sem ele desmoronaria visto que tudo se calca no livro did tico Ele estabelece o roteiro de trabalhos para o ano letivo dosa as atividades de cada professor no dia a dia da sala de aula e ocupa os alunos por horas a fio em classe e em casa fazendo seus deveres Frente a esses dados hist ricos reiteramos nossa posi o em defesa do LD como instrumento leg timo que auxilia no desenvolvimento do ensino visto que procura sistematizar e organizar os conhecimentos escolares Assim como nos posicionamos em favor da renova o da concep o deste material did tico a partir da melhoria e da considera o das condi es em que utilizado citamos alguns exemplos sendo o professor bem preparado e remunerado o LD al m de estruturar o trabalho docente passa a ser material de apoio de acordo com a realidade escol
242. os autores Curitiba SEED PR 2006 p 64 75 174 Representa o gr fica e convencional dos dados referentes superf cie do globo terrestre a uma regi o dessa superf cie COSTA 2009 p 146 De acordo com Costa 2009 p 180 retrato a descri o pormenorizada dos tra os perfil f sico e ou do car ter perfil psicol gico de uma pessoa ou de tudo que se relaciona com o homem Pode se tamb m fazer o retrato de um animal ou objeto A n o ser que se os personifique a descri o nesse caso centra se nos tra os detalhes f sicos 176 Na 2 edi o do LDP PR s o exclu das as atividades relacionadas ao retrato falado e tira portanto s o dois g neros a menos nesta unidade L NGUA 2008 p 69 139 propaganda pesquisa sobre an ncios produ o de uma propaganda a partir de an ncio e classifica o de propagandas da m dia escrita e televisiva Nesta proposi o de pesquisa a oralidade pressuposta haja vista que na terceira quest o haver a sele o de propagandas televisivas a elei o da propaganda melhor elaborada e a justificativa desta elei o ou seja h um debate sobre a quest o em conjunto com a turma e Reelabore o an ncio do im vel do exerc cio feito no in cio desta atividade transformando o numa propaganda Voc n o val inventar nada que n o exista no im vel val apenas apresentar as caracteristicas do tereno ce modo c erente enfatizando as vant
243. os j publicados do g nero antes da etapa da produ o inicial COSTA HUBBES 2009 p 139 97 Capacidade de a o representa es sobre a situa o e mobiliza o de conte dos Capacidade discursiva atividades relacionadas com a organiza o geral do texto tipos de discurso e de sequ ncia Capacidade lingu stico discursiva atividades relacionadas com aspectos lingu sticos vozes modaliza es coes o conex o Quadro 3 Capacidades e atividades Fonte Adaptado de Machado 2009b Definidas as capacidades os autores genebrinos apresentam tr s crit rios para o agrupamento de g neros preciso que os agrupamentos 1 correspondam s grandes finalidades sociais legadas ao ensino respondendo s necessidades de linguagem em express o escrita e oral em dom nios essenciais da comunica o em nossa sociedade inclusive a escola 2 retomem de modo flex vel certas distin es tipol gicas que j figuram em numerosos manuais e guias curriculares 3 sejam relativamente homog neos quanto s capacidades de linguagem dominantes implicadas na mestria dos g neros agrupados DOLZ SCHNEUWLY 2004 p 58 59 A partir destes crit rios os autores trabalham com cinco agrupamentos Dom nios sociais de Aspectos tipol gicos Capacidades de linguagem comunica o dominantes Cultura liter ria ficcional Narrar Mimeses de a o atrav s da intriga no
244. os que o enfoque maior dado leitura gera tanto um trabalho mais aprofundado que relacionamos ao agrupamento dos modelos de leitura de Dascal quanto um trabalho mais superficial dada a vagueza das instru es do LD e do Manual Em rela o escrita constatamos que os g neros dos dom nios escolar e liter rio se destacam nas propostas de atividades em conformidade com o desenvolvimento tem tico t pico do g nero discursivo LD LP e de acordo com a vis o discente quanto finalidade do Ensino M dio Tamb m verificamos que as atividades propostas geram um trabalho por visita o ao inv s de um trabalho de compreens o do funcionamento do texto escrito condizente com as recomenda es das DCEs SEED 2008 Quanto ltima pr tica discursiva analisada constatamos o tratamento da linguagem oral ora como m dia para a realiza o de outras atividades ora como um trabalho superficial que n o abarca qualquer reflex o sobre os g neros orais seus usos condi es de produ o formas composicionais estilos e temas Na an lise dos seis cap tulos representativos do encaminhamento did tico dado s pr ticas discursivas no LDP PR observamos que a produ o textual limitada escola seja pela exposi o oral ou escrita em sala de aula ou nos espa os escolares como biblioteca ou murais Esta circula o restrita dos textos contradit ria ao aspecto essencial do trabalho com g neros sugerido tanto pelos PCNs e DCE
245. ou discursivos ou g neros textuais ou de texto estamos significando o mesmo objeto te rico ou objetos ao menos semelhantes e seu posicionamento em defesa do emprego da express o g neros discursivos haja vista que para a autora considerar a terminologia g nero textual implica diluir as fronteiras entre texto e g nero minimizando o papel discursivo e s cio hist rico dos g neros Portanto de acordo com o levantamento efetuado constata se que h clareza no emprego da nomenclatura e que o uso n o excessivo desta terminologia garante com que as aulas de l ngua materna n o sejam transformadas em aulas de pragm tica lingu stica de texto an lise do discurso ou teoria dos g neros textuais Pois isto seria apenas a introdu o de uma nova escol stica ou vulgata que em nada seria melhor que a anterior MARCUSCHI 2008 p 58 Marcuschi 2002 p 35 36 alerta sobre o trabalho efetuado com g neros em manuais de ensino de l ngua portuguesa e conforme an lise efetuada o linguista constatou que h uma relativa variedade de g neros textuais presentes nessas obras Contudo uma observa o mais atenta e qualificada revela que a essa variedade n o corresponde uma realidade anal tica Pois os g neros que aparecem nas se es centrais e b sicas analisados de maneira aprofundada s o sempre os mesmos Os demais g neros figuram apenas para enfeite e at para distra o dos alunos S o poucos os c
246. por sua vez pressup e evolu o melhoria Figura 3 Explica es textuais sobre modernidade S timo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 94 96 O trabalho de intertextualidade uma caracter stica positiva marcante do LDP PR entretanto seu desenvolvimento nesta etapa desvalorizado pela explora o superficial dos textos poema de Cam es e fragmento de romance de E a de Queiroz a qual gera uma leitura dirigida eleita pelo autor deste cap tulo Constatamos aqui um trabalho bastante preocupado com o leitor desta forma podemos afirmar que o modelo hermen utico a t nica destas atividades 3 sobre benef cios e preju zos gerados pela modernidade p 96 a 97 Compare o Mapa Mundi consultado com os dois mapas mostrados a seguir Converse com seus amigos sobre as diferen as entre eles Quais transforma es numanas est o por tr s das diferen as entre os mapas Quais as coisas boas que voc percebe atr s dessas transforma es Quem se beneficiou delas Quem saiu prejudicado Figura 4 Atividades S timo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 97 Nesta etapa trabalhado um g nero que se vale da linguagem n o verbal no caso mapa e de acordo com a DCEs a leitura de textos n o verbais exige do aluno leitor colabora es diferentes daquelas necess rias aos textos verbais dever estar muito mais atento aos detalhes oferecidos nos tra os cores formas desenhos SEED 2008 p
247. por um nome pr prio s cio hist rica e culturalmente pr constru da mas ao mesmo tempo parcialmente reconstru da a cada ato interacional de produ o de sentidos presumida nos g neros do discurso e tomada como macro respons vel pelo acabamento pelo intuito discursivo e pelo estilo de um produto simb lico ALVES FILHO 2005 p 93 150 as escolhas estil sticas s o os autores embora inseridos sempre em conforma es ideol gico discursivas ALVES FILHO 2006 p 78 grifos do autor No caso do LD LP a concep o de autoria configurada assim como o pr prio g nero sofreu altera es motivadas pelas coer es s cio hist ricas pol ticas culturais educacionais e econ micas Como j detalhado nos cap tulos anteriores a autoria passou de estudiosos autodidatas da l ngua e de sua literatura para professores em exerc cio Tamb m os materiais foram alterados de dois manuais separados antologias e gram ticas tornaram se a partir do final da d cada de 1960 um nico volume no qual come aram a figurar textos gram tica exerc cios e orienta es did ticas Nas vers es mais contempor neas em volume nico este LD passou a tematizar ao lado dos textos cl ssicos textos das mais variadas esferas bem como o uso da l ngua sua constitui o ampliou se e foram acrescidos textos e ou fragmentos textuais orienta es metodol gicas para a sua leitura e interpreta o li es de gram tica exerc cio
248. portante conhecer alguma coisa das regras e construir uma atitude de bom senso Mas fundamental que aprendamos a es tar atentos pontua o nos jornais e revistas que lemos nos textos que escrevemos A reflex o um timo exerc cio Al m disso mui ta leitura em voz alta se voc n o domina a pontua o procurando a consci ncia das entona es requeridas e o estabelecimento das re la es entre os diferentes segmentos marcados pela pontua o Fara co e Mandryk 1994 Figura 12 Conclus o D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 199 Apesar desta conclus o na sequ ncia do cap tulo s o oferecidos sete exerc cios que envolvem fragmentos textuais retirados de revistas par grafos sem fonte frases soltas um fragmento de texto b blico ou seja o cap tulo culmina na aplica o das regras de pontua o a fragmentos textuais servindo estes de pretextos para avalia o discente 1 Coloque as v rgulas no seguinte texto da Revista poca Arqueologia Um Homem de 700 anos Na semana passada duas m mias foram encontradas em timo estado de conserva o na provin cia de Islay no Peru Uma de um homem de 35 anos e a outra de um menino Elas estavam enterra das havia cerca de 700 anos mas ainda conservam cabelos e rg os internos 2 Observe agora este par grafo Ontem pela manh um grupo de pessoas encontrou se na rua XV de Novembro em Curitiba O grupo era constitu
249. pr tica tomada como tema a escrita 15 14 do trabalho realizado no LDP PR Os pressupostos te ricos empregados KOCH MARCUSCHI GERALDI SCHNEUWLY e DOLZ esclarecem os processos de produ o textual e possibilitam a an lise dos cap tulos onze e doze do LDP PR representativos do conjunto da obra Ademais estes pressupostos s o tamb m diagnosticados nas recomenda es das DCEs A oralidade tema do ltimo bloco constitui apenas 9 43 das atividades e textos explorados no LDP PR Este baixo ndice condiz com o tratamento dado oralidade no discurso pedag gico no qual n o h valoriza o apropriada desta pr tica como objeto de ensino apesar dos fundamentos te ricos MARCUSCHI SILVA e MORI DE ANGELIS F VERO et al DOLZ e SCHNEUWLY e das defesas empreendidas pelos documentos oficiais PCNs PCNEM e DCEs Em compara o com estudo anterior sobre o trabalho com oralidade MARCUSCHI 2005c o aumento progressivo diagnosticado no LDP PR apenas quantitativo e n o qualitativo Em vista de verificar este trabalho analisamos os cap tulos cinco e dez do LD paranaense Finalmente no sexto cap tulo focamos a an lise do LDP PR como um todo como um exemplar de g nero LD LP visando assim depreender sua singularidade seu perfil enfim sua proposta did tica nica Desta forma o estudo aborda o tema a composi o a autoria e o estilo do LD paranaense considerando a rela o m tua de determina o entre autoria e g n
250. quest es A primeira tematizou a abordagem did tica dada s pr ticas discursivas tomadas como objeto de ensino ou seja como conte do tem tico e concretizadas nos textos de g neros discursivos diversos que comp em a textualidade multimodal do LDP PR A segunda sustentando se na primeira focalizou o LD paranaense como um todo na rela o dial gica apontada acima e visou depreender sua singularidade Considerando a polariza o entre o velho ensino tradicional e o novo ensino por meio de g neros disseminada pelos PCNs a ado o das pr ticas de linguagem como ponto central do trabalho pedag gico enfatizada pelas DCEs SEED 2008 p 48 e a proposta de um trabalho coletivo de educadores da rede p blica paranaense elaborado para atender car ncia hist rica de material did tico no Ensino M dio L NGUA 2006 p 4 observamos que h concilia o entre o que preconizado pelos documentos oficiais PCNs e DCEs e o LDP PR pois h um entrela amento entre o velho e o novo havendo assim a manuten o da cultura institucionalizada De acordo com nossos apontamentos no Cap tulo 5 sem rupturas bruscas este exemplar do g nero LD LP preserva o ensino estrutural e gramatical e ao mesmo tempo agrega aspectos comunicativos no ensino de g neros associando o texto sua realidade social 161 Em rela o aos encaminhamentos sugeridos para o trabalho com as pr ticas discursivas por meio de g neros verificam
251. quipes de autores na elabora o de livros de Portugu s parece decorrer n o s do curr culo da disciplina Com certeza esse recurso expressa a divis o surgida a partir dos anos 60 e 70 entre o estudo de gram tica e o desenvolvimento da leitura e da reda o Mas resulta ainda de uma clivagem mais antiga presente nos cursos de Letras entre estudos lingu sticos e estudos liter rios que tende a conduzir a uma especializa o numa ou noutra rea BATISTA ROJO ZUNIGA 2005 p 64 No caso do LDP PR em que os autores s o professores da rede h a peculiaridade de ser dada a oportunidade da autoria De acordo com a defini o proferida pela SEED PR Na esteira do projeto folhas o Livro Did tico P blico uma forma de Pol tica P blica educacional que faz coincidir com o professor a figura do escritor Trata se de um material produzido por profissionais da rede estadual paranaense envolvendo as doze disciplinas de tradi o curricular no Ensino M dio L ngua Portuguesa Literatura Matem tica F sica Qu mica Biologia Geografia Hist ria Filosofia Sociologia Arte Educa o F sica e L ngua Estrangeira Moderna Caracteriza se como material de apoio para estudantes e professores do Ensino M dio das escolas p blicas de todo o Estado de Paran PARAN 2010 s p grifos nossos Como reflexo desta autoria permitida a inexperi ncia nesta fun o uma das caracter sticas salientes j a exper
252. r BAKHTIN 1920 30 1979 comunique seus temas em estilo pr prio BAKHTIN 1952 1953 1979 a partir das aprecia es de valor BAKHTIN VOLOCHINOV 1929 exercidas sobre esses temas e seus interlocutores no caso do exemplar LDP PR os professores os alunos a SEED PR De acordo com o percurso hist rico do ensino de l ngua portuguesa e do desenvolvimento do livro did tico no Brasil apresentado nesta tese as mudan as de concep o de l ngua como sistema e express o est tica comunica o ou enuncia o e de conte do conhecimento sobre ou da l ngua uso da l ngua e o desenvolvimento das habilidades de escrita leitura e oralidade associadas aos aspectos sociais hist ricos e interacionais bem como as transforma es do LD LP de antologias colet neas de textos e gram ticas a um material nico que abrigasse textos gram ticas exerc cios e orienta es est o profundamente atreladas aos contextos sociais pol ticos e culturais em que ocorrem e evolu o dos estudos lingu sticos Como prova inconteste temos a materializa o destas mudan as nas p ginas do LD que de acordo com Batista 1999 p 566 um campo por excel ncia da ideologia e das lutas simb licas e revela sempre pelas suas escolhas um vi s um ponto de vista parcial e comprometido sobre a sociedade sobre seu passado seu presente e seu futuro 3 Devemos a Bunzen J nior 2005a e Bunzen J nior e Rojo 2005 o percurso para a
253. r dos g neros Revista SymposiuM ano 5 n 1 jan jun 2001 p 5 13 MAINGUENEAU Dominique An lise de textos de comunica o S o Paulo Cortez 2001 238 p MAINGUENEAU Dominique G nese dos discursos S o Paulo Par bola Editorial 2008 184 p MANUAL do professor L ngua Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 31 p MARANGON Davi Mobiliza o para o saber discurso pedag gico e constru o de identidades uma an lise do livro did tico p blico de educa o f sica do estado do Paran Tese em Educa o Universidade Federal do Paran 2009 275 p MARCUSCHI Beth Os destinos da avalia o no manual do professor In DION SIO A P BEZERRA M A orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005 p 139 158 MARCUSCHI Luiz Ant nio 4 quest o do suporte dos g neros textuais Vers o provis ria de 18 maio 2003 2003a Dispon vel em lt http bbs metalink com br lcoscarelli GEsuporte doc gt Acesso em 04 fev 2009 MARCUSCHI Luiz Ant nio Compreens o de texto algumas reflex es In DION SIO A P BEZERRA M A orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005d p 48 61 MARCUSCHI Luiz Ant nio G neros e suporte a identidade de g nero no livro did tico Apresenta o no II SIGET Uni o da Vit ria PR 2004 MARCUSCHI Luiz Ant nio G neros text
254. ra o constante com os professores do Departamento de Ensino M dio que tamb m escreveram Folhas para o livro e com a consultoria dos professores da rede de ensino superior que acreditaram nesse projeto L NGUA 2006 p 7 A elabora o de material did tico pr prio de abrir uma trilha pr pria para o estudo e a pesquisa L NGUA 2006 p 4 vem na esteira do Projeto Folhas o qual segundo a SEED PR um projeto de Forma o Continuada que oportuniza ao profissional da educa o a reflex o sobre sua concep o de ci ncia conhecimento e disciplina que influencia a pr tica 4 12 A participa o do professor no Projeto Folhas gera pontua o que utilizada para progress o na carreira do Magist rio de acordo com a Resolu o N 2027 2006 Para uma avalia o do projeto ver Camillo 2007 27 docente O Projeto Folhas integra o projeto de forma o continuada e valoriza o dos profissionais da Educa o da Rede Estadual do Paran institu do pelo Plano Estadual de Desenvolvimento Educacional O Folhas nesta dimens o P4 formativa a produ o colaborativa pelos profissionais da educa o de textos de conte dos pedag gicos que constituir o material did tico para os alunos e apoio ao trabalho docente PARANA s p 2011 Como p blico alvo deste LD LP tem se o conjunto de alunos das tr s s ries do Ensino M dio da rede paranaense para o qual a obra apresentad
255. ra descart vel porque anacr nico ou ele fica superado dados os progressos da ci ncia a que se refere ou o estudante o abandona por avan ar em sua educa o Por outro lado ele o primo rico das editoras as primeiras e as mais antigas j o inclu am em seus cat logos e as atuais e mais modernas sonham com dispor de um ou mais t tulos adotados por professores escolas ou Secretarias da Educa o A vendabilidade do did tico certa conta com o apoio do sistema de ensino e o abrigo do Estado aceita por pais e educadores De acordo com Pirola 2008 poss vel dividir a pesquisa acad mica sobre o livro did tico em quatro fases hist ricas A primeira ocorre de 1950 a 1970 e do ponto de vista do pesquisador caracterizada como uma reflex o razo vel sobre os manuais escolares No intuito de sintetizar a produ o did tica realizada at esta poca s o empregados crit rios de rigor metodol gico e de avalia o da correspond ncia entre o conte do did tico e o conte do cient fico presentes nas obras S o expoentes desta fase Em estudo sobre as pr ticas escolares tendo o livro did tico como fonte documental constata se que ap s a Proclama o da Rep blica prosperam bastante nesse per odo editoras j tradicionais no segmento dos livros did ticos como a Livraria Francisco Alves fundada em 1854 no Rio de Janeiro cuja filial em S o Paulo foi aberta em 1893 Se at 1889 a Livraria Francisco
256. ra pessoa do singular por exemplo no cap tulo sete 195 Identificados pelo nome completo no in cio de cada cap tulo logo abaixo do t tulo e pela institui o de onde prov m em nota de rodap S o estes os nicos elementos biografizantes empregados 158 efetivamente abordados e dessa forma determinam possibilidades de aprendizagem aos sujeitos no espa o social da sala de aula BR KLING 2008 p 212 Munakata 2011 p 90 delimitando a escola como lugar espec fico em que se produzem e organizam pr ticas peculiares em que se ensina um conjunto de saberes e valores e em que os conte dos a ser ministrados passam a ser codificados num sistema de registro que a escrita defende que num lugar assim institu do o livro necessariamente se faz presente n o como um acess rio a mais mas com um dispositivo fundamental Em sua exposi o Munakata 2011 p 91 cita desde a Ratio Studiorum na qual havia uma s rie de recomenda es sobre o modo como os livros a ser adotados deveriam ser lidos at a evolu o lingu stica da express o text book para o termo textbook revelando a emerg ncia de uma categoria espec fica como algumas das indica es de que o livro did tico faz parte da vida escolar desde que a escola escola e salienta que este material com todas as altera es sofridas em sua forma em sua organiza o e em seu modo de produ o e circula o o suporte da organiza o d
257. ras da produ o cultural BATISTA 1999 p 544 Definido nosso objeto preciso destacar que numa vis o bastante comum o LD representa o saber det m a leitura correta autorizada e domina a rela o professor aluno ensino Tal afirma o poderia ser considerada exagerada n o fossem as constantes discuss es acerca do uso do material did tico De acordo com Souza um primeiro elemento a ser considerado diz respeito ao car ter de autoridade tanto do livro did tico quanto do documento na medida em que ambos s o tidos como deposit rios de um saber est vel a ser decifrado descoberto de maneira positivista Ambos devem conhecer conter uma verdade sacramentada a ser transmitida e compartilhada Estamos diante do mito da palavra escrita registrada do saber est vel imut vel Assim se h estabilidade naquele conte do impresso a sua interpreta o j dada a priori O documento e o livro did tico aceitariam ent o uma nica leitura poss vel oferecida a priori Essa autoridade do documento hist rico e do livro did tico est associada ao poder delegado pelo livro did tico e pelo documento quele que est institucionalmente legitimado e autorizado a manej los 1995 p 114 grifos da autora Nesse contexto o LD considerado o detentor da leitura correta e esta a imagem do lugar por ele ocupado a julgar pelo fato de que constitui muitas vezes o nico s
258. rc cios com a linguagem coloquial na sua rela o com a linguagem culta cap tulo doze a quest o da varia o lingu stica cap tulo treze o privil gio a atividades de oraliza o da escrita ao inv s da audi o de falas como no caso dos g neros discurso m sica e causo a falta de esclarecimento sobre a rela o fala e escrita como modalidades igualmente importantes na sociedade e o risco de manter o preconceito lingu stico ainda s o problemas a serem solucionados Neste cap tulo focalizamos o encaminhamento dado aos objetos de ensino do LDP PR as pr ticas discursivas leitura escrita e oralidade Tivemos o intuito de averiguar como os textos de g neros discursivos empregados neste material did tico s o abordados qual o trabalho did tico sugerido e em que medida as recomenda es dos PCNs e das DCEs foram atendidas 187 para ter sucesso numa tarefa dessa natureza o aluno precisa ser orientado sobre os contextos sociais de uso dos g neros requeridos bem como familiarizar se com suas caracter sticas textuais CAVALCANTE MELO 2007 p 184 145 A partir de nossa averigua o da organiza o interna do LDP PR pautado no trabalho com as pr ticas ou seja no conte do tem tico deste LD desenvolveremos no pr ximo cap tulo sua an lise como um exemplar do g nero LD LP visando assim verificar suas esferas de produ o e de circula o seu conte do tem tico estilo e constru o compos
259. reencher as lacunas do cap tulo Quanto ao emprego do g nero haicai de modo isolado n o trabalhado e sem qualquer rela o com a tem tica do cap tulo verificamos que ocorre nove vezes nas 13 SILVA E T Confer ncias sobre leitura trilogia pedag gica 2 ed Campinas Autores Associados 2005 117 p ginas 89 90 91 93 95 96 97 e 98 Como afirmamos anteriormente e em virtude da compara o entre o cap tulo publicado e sua vers o anterior em formato Folhas na qual n o h a presen a de haicais acreditamos que este emprego ocorra como estrat gia estil stica para manter a padroniza o dos cap tulos Noite 1993 Helena Kolody Luar nos cabelos Constela es na mem ria Orvalho no olhar Figura 6 Exemplo de haicai S timo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 97 O ltimo cap tulo do LDP PR tamb m se destaca pelo trabalho com leitura 90 frente s atividades e ou textos destinados escrita 5 e oralidade 5 Nas doze p ginas que o constituem o d cimo sexto cap tulo apresenta nove g neros textuais haicai e mail texto explicativo pintura em tela quadro poema em prosa romance artigo legislat rio e texto expositivo Sendo estes g neros explorados por meio de dezoito exemplares Neste cap tulo ocorre como nos demais o trabalho com a intertextualidade aliada ao tema da unidade pontua o especificamente sobre a v rgula Para tanto foi realizada sel
260. rgs G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 7 12 KOCH Ingedore Grundfeld Villa a A inter a o pela linguagem 5 ed S o Paulo Contexto 2000a 115 p KOCH Ingedore Grundfeld Villa a Desvendando os segredos do texto S o Paulo Cortez 2002 168 p KOCH Ingedore Grundfeld Villa a Ling stica textual e PCNs de l ngua portuguesa Abralin Dispon vel em lt http www unb br abralin index php id 4 amp destaque 4 gt Acesso em 11 maio 2007 s p KOCH Ingedore Grundfeld Villa a O texto e a constru o dos sentidos 4 ed S o Paulo Contexto 2000b 124p LAJOLO Marisa Livro did tico um quase manual de usu rio Em aberto Bras lia ano 16 n 69 jan mar 19906 p 3 9 LAJOLO Marisa ZILBERMAN Regina A forma o da leitura no Brasil 3 ed S o Paulo tica 1999 374 p LEITE ngela Maria Ribeiro Vilas Boas Os mecanismos enunciativos no estudo de contos brasileiros em livros did ticos para o ensino m dio Tese em Estudos Lingu sticos Universidade Federal de Minas Gerais 2009 228 p L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores Curitiba SEED PR 2006 208 p L NGUA Portuguesa e Literatura v rios autores 2 ed Curitiba SEED PR 2007 208 p LINGUAGENS c digos e suas tecnologias Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o B sica 2006 Orienta es curriculares para o ensino m dio volume 1 239 p LOPES ROSSI M
261. riada e buscou trabalhar com escrita 89 leitura 3 7 e oralidade 7 3 por meio de quatro blocos de atividades 1 sobre a quest o da leitura envolvendo a superficialidade e a profundidade que pode ser alcan ada pelo leitor p 90 a 93 Neste Folhas voc encontrar oportunidade de pensar um pouco sobre sua pr pria vida seus desejos seu modo de ver o mundo e as coisas do mundo sua sensibilidade e sua autonomia de pensamento Tudo isso sobre o que voc pensar altamente influenciado pelo modo de ser e agir humanos sobre a Terra Eu vou chamar este modo de ser e de agir humanos tal qual ele acontece hoje de MODERNIDADE Antes de mergulhar no lago livro eu sempre me deparo com a sua superf cie A superf cie neste caso a hist ria contada a estrutura b sica do enredo Assim a superf cie de Quincas Borba de Machado de Assis a hist ria do amor n o correspondido de Rubi o por Sophia mulher de seu amigo Cristiano Palha J o livro A Cidade e as Serras do portugu s E a de Queiroz tem como superf cie a transforma o do cidad o Jacinto infeliz entediado e franzino num campon s feliz e saud vel Essa transforma o se realiza quando ele se muda da cidade Paris para o campo Tormes povoado das serras de Portugal Olhando a superf cie desse livro eu posso at afirmar que o personagem faz o caminho inverso daquele proposto pela MODERNIDADE ele saiu da 138 Ega NAS
262. rias escolhidas para o ensino e a aprendizagem tenham como fonte entre outras o pensamento bakhtiniano a restri o impede um trabalho mais aberto e hist rico com os textos e com seus leitores 87 como oscila o de nomenclatura entre g neros e tipos textuais aus ncia de defini es consistentes e falta de rela o entre terminologia utilizada e refer ncias bibliogr ficas citadas N o nos aprofundaremos aqui nesses problemas levantados por Santos 2011b p 81 82 apenas para exemplifica o reproduzimos o quadro que ilustra os problemas de nomenclatura encontrados pela autora Documento Nomenclatura para Nomenclatura para Presen a de defini o g neros textuais GT tipologias textuais TT PCNEM G neros discursivos Tipos de discurso N o h defini o de p 8 e 21 p 22 termos H coment rios gerais sobre g neros PCNEM G neros p 59 Tipologia textual p 69 Defini o de GT p 60 G neros textuais p 60 64e Na p 62 aparece H diversos coment rios 97 sequ ncias e tipos te rico metodol gicos Fala se tamb m de tipos de dando a entender que s o sobre GT N o h texto para se referir a aspectos diferentes da defini o de TT g neros p 39 e 46 constitui o textual Quadro 1 Tipologias e g neros textuais nos PCNEM Fonte Adaptado de Santos 2011b Especificamente no caso paranaense frente ao percurso hist rico da disciplina e aos resulta
263. ridade s o condi es do homem e da cultura que ele cria como seu complemento De acordo com Fraenkel 2008 p 461 grifo da autora a an lise do discurso privilegia as formas sonoras lexicais e sint ticas bem como as modalidades enunciativas paradoxalmente ela ignora os suportes que desempenham papel importante na comunica o escrita A autora afirma ainda que poss vel distinguir entre a mat ria objetiva do documento e o texto propriamente dito tendo em vista que todos os elementos constitutivos da escrita s o importantes na constru o do sentido Outro modo de olhar para esta materialidade conduzido por Maingueneau 2001 p 68 tem o suporte como for a material dos discursos como meio de indexa o 9 ou seja a mat ria f sica utilizada papel pedra pergaminho suporte eletr nico a forma do suporte livro caderno caderneta etc os instrumentos que foram utilizados para escrever pena l pis caneta m quina de escrever teclado de computador etc a escrita e suas diversas formas caixa alta mai sculas min sculas e tamb m organiza es tipogr ficas a organiza o dos signos de escritura no campo gr fico composi o da p gina FRAENKEL 2008 p 461 60 dos textos e como uma das condi es de xito qual o g nero discursivo est submetido de modo que uma modifica o do suporte material de um texto modifica radicalmente um g nero do discurso o
264. rma o linguista que no caso do LD n o h como determinar o in cio e o final do texto enquanto entidade emp rica e os textos contidos no LD n o est o ali de tal modo aglutinados a ponto de formarem um todo org nico como observava Bakhtin 1979 para o romance Embora o LD constitua um todo ele feito de partes que mant m suas caracter sticas Portanto conforme Marcuschi 2003a 2004 2008 o LD LP um suporte e este um l cus f sico ou virtual com formato espec fico que serve de base ou ambiente de fixa o do g nero materializado como texto MARCUSCHI 2008 p 174 grifos do autor Assim o suporte deve ser algo real inclusive virtual imprescind vel e incontorn vel cujo formato espec fico e convencionalizado indica que foi comunicativamente produzido para este fim fixar e tornar acess vel o texto que suporta Nesta perspectiva o LD considerado um suporte convencional isto elaborado com o fim de portar ou fixar g neros e conforme Marcuschi 2008 p 179 grifos do autor o LD de l ngua portuguesa um suporte que cont m muitos g neros pois a incorpora o dos g neros textuais pelo LD n o muda esses g neros em suas identidades embora lhe sic d outra funcionalidade fato ao qual denominei reversibilidade de fun o Falo aqui em funcionalidade e n o fun o para que se tenha claro este aspecto Por exemplo uma carta um poema uma hist ria em quadrinhos uma rec
265. rte se d n o por meio de uma isenta estenografia mas a partir de um certo vi s valorativo O autor criador assim uma posi o refratada e refratante Refratada porque se trata de uma posi o axiol gica conforme recortada pelo vi s valorativo do autor pessoa e 192 x Ee si De acordo com a apresenta o do material assinada pelos autores esta estrat gia empregada a fim de provocar uma reflex o mais aprofundada por isso os t picos propostos sempre iniciam com uma quest o mobilizadora com um problema com a finalidade de estimular ou instigar a busca de respostas gerando uma atitude responsiva frente s situa es problema L NGUA 2006 p 15 13 O primeiro refere se ao escritor ao artista j o segundo a fun o est tico formal engendrada na obra FARACO 2009 156 refratante porque a partir dela que se recorta e se reordena esteticamente os eventos da vida FAR CO 2010 p 39 Ou seja a autoria ao mesmo tempo refratante ao ser tomada como categoria sociodiscursiva relativamente est vel como refratada pois est sujeita ao trabalho do autor pessoa Transportando a assertiva da Alves Filho 2006 p 78 a autoria tanto reflete como refrata os indiv duos e as institui es que assumem a responsabilidade enunciativa pelos textos para nosso objeto de estudo constata se que o LDP PR apresenta autoria m ltipla formada pelos indiv duos no caso professore
266. rtugu s passa a privilegiar o texto em seus mais variados g neros Ap s este per odo de emerg ncia deste g nero discursivo e dadas as condi es sociais pol ticas e econ micas em que se d esta constitui o gen rica deflagrada uma crise neste material did tico como comprovam as pesquisas das d cadas de 1980 e 1990 BATISTA 2003 BATISTA ROJO 2005 e 2008 BITTENCOURT 2003 PIROLA 2008 Conforme Bunzen J nior e Rojo 2005 p 80 81 Sua m qualidade em termos de veicula o de preconceitos e tendenciosidade ideol gica em termos metodol gicos e de incorre o conceitual que levou na poca a um descr dito geral do LD fez com que o MEC inclu sse a partir de 1995 uma avalia o pedag gica dessas obras no PNLD O perfil deste g nero aqui tra ado engloba aproximadamente 40 anos da emerg ncia do LD LP sua crise e adapta es ao contexto e s contribui es das novas teorias lingu sticas Desta forma concordamos com Soares 2001b que em an lise hist rica do LD LP com enfoque nas concep es de professor como leitor supostas neste material did tico identifica as transforma es do LD LP e compreende que estas ocorrem em virtude das condi es sociais econ micas pol ticas e educacionais de cada per odo Tamb m Batista 1999 p 534 nos alicer a neste posicionamento pois segundo o pesquisador para compreender o livro escolar brasileiro preciso compreender as diferentes dime
267. s ou ditadas pela gram tica e fogem ao senso comum is to fogem daquela linguagem que estamos acostumados a ler e que julgamos correta ou normal Vale a pena tentar Comente as diferen as entre as duas pintu ras e o sentido de cada uma delas obser vando como elas podem estar relacionadas com a realidade Figura 11 Atividades com textos n o verbais D cimo sexto cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 197 198 No caso da apresenta o e dos coment rios acerca de duas pinturas em tela p 197 e 198 uma cubista e outra renascentista o recorte feito comenta sobre o conhecimento intuitivo do funcionamento da l ngua e sobre a possibilidade de transgress o das normas em textos liter rios e em outras reas como na pintura em outras palavras o g nero empregado para ilustrar a explica o O mesmo encaminhamento feito com o exemplar de artigo legislat rio Este cap tulo conclui seu posicionamento acerca do emprego da v rgula e alerta para a necessidade de um ensino mais abrangente que englobe leitura e produ o de g neros textuais variados e a partir dos quais as regras possam ser internalizadas 121 Depois precisamos ter consci ncia de que aprendemos a escrever escrevendo E lendo N o nos basta para aprendermos o uso eficien te da v rgula e de toda a pontua o nem decorar regras nem ale gar que usamos o bom senso porque este sozinho n o d conta do problema im
268. s a escolha de um ou outro suporte interfere na rela o com o interlocutor d a escolha de suportes n o protot picos para a circula o do g nero em que o texto se enquadra contribui para a constru o de efeitos de sentido diferentes COSTA 2008 p 194 Partindo dessas dire es e concordando com a concep o de suporte de Costa observamos que o LDP PR em seu suporte protot pico o livro apresenta se da seguinte maneira a a indissociabilidade entre o g nero e o suporte permite que os usu rios professor e aluno nomeiem ambos por LD n o delimitando que o suporte livro abarque o g nero LD cujo estilo tema e composi o permitam a Salientamos que Costa 2008 n o pactua da classifica o de Marcuschi sobre o LD como suporte mas sim como g nero textual 67 diferencia o de outros g neros como romance conto poesia etc cujo suporte protot pico tamb m o livro b a cria o da imprensa permitiu a cria o do livro e a partir deste novo suporte novos g neros antologia caderno de exerc cios gram tica etc foram criados ou transformados no caso em livro did tico c a interfer ncia do suporte livro na rela o do interlocutor com o g nero LD LP pode ser avaliada quando em confronto com o emprego deste g nero em outros suportes livro eletr nico CD ROM ou p gina da WEB por exemplo em que se tem uma rela o diferenciada que pode ocorrer no laborat rio d
269. s abaixo s o m ximas do fil sofo alem o Immanuel Kant Reescreva as tr s m ximas de Kant em linguagem cotidiana Converse com um professor de filosofia 1 Age como se a m xima de tua a o devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza 2 Age de tal maneira que trates a humanidade tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem sem pre como um fim e nunca como um meio 3 Age como se a m xima de tua a o devesse servir de lei universal para todos os seres racionais Figura 23 Produ es textuais finais D cimo segundo cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 155 As cr ticas feitas ao trabalho com escrita realizado no cap tulo onze servem para as atividades de produ o apresentados no cap tulo doze haja vista que a experi ncia com a escrita de g neros variados apenas quantitativa a vagueza das propostas n o garante o aprendizado do funcionamento do texto escrito e a estrat gia de ensino esteve mais preocupada com a tem tica da unidade que com o ensino aprendizagem de qualquer um dos g neros solicitados Ademais s o question veis as altera es efetuadas no g nero m xima para ironizar a linguagem cient fica tema do cap tulo tendo em vista que o dom nio desta n o se d o que ocorre na verdade a continuidade do afastamento entre esta linguagem e o aluno leitor De acordo com as atividades de produ o escrita propostas nos dois cap tulos selecionados conclu mos que o LDP
270. s da rede estadual e pela Secretaria de Estado de Educa o do PR institui o p blica respons vel pela publica o do material Em estudo sobre os editoriais de jornais Alves Filho 2006 p 81 explicita quatro formas de autoria a de car ter individual privado assume em primeira pessoa a responsabilidade pela conclusibilidade e pela valora o axiol gica dos enunciados b de car ter s cio profissional h uma superposi o entre a posi o indiv duo e a classe s cio profissional de modo que as refer ncias primeira pessoa s o tamb m uma refer ncia a toda a classe s cio profissional a qual o autor se vincula c institucional a voz da empresa ou da entidade assume a responsabilidade pela conclusibilidade e pela valora o axiol gica dos enunciados d cultural a responsabilidade pelo discurso e pela posi o axiol gica ultrapassa o indiv duo as institui es e os agrupamentos classistas e somente pode ser referida a todo um universo cultural bem mais amplo No caso do LDP PR especificamente no texto de apresenta o do LD aos estudantes disposto nas p ginas 5 a 7 a autoria institucional e vale se de recursos de impessoaliza o do apagamento de qualquer refer ncia ao redator do texto al m de n o apresentar uma assinatura Esta autoria pode ser relacionada nomea o impressa na capa na primeira p gina e na ficha catalogr fica da SEED PR como entidade respons vel pelo material em an lise
271. s did ticos publicados no Brasil No terceiro cap tulo apresentamos duas perspectivas de an lise do Livro Did tico de L ngua Portuguesa LD LP No primeiro momento s o apresentados os argumentos dos pesquisadores CHARTIER MARCUSCHI entre outros a partir dos quais o LD LP pode ser considerado um suporte de textos em g neros variados didatizados Esta perspectiva avalia o LD LP por seu vi s est tico como mero objeto portador de textos de g neros diversos posi o da qual discordamos Ainda neste momento inicial observamos o suporte protot pico do LD LP no caso o livro e sua rela o com outros g neros com a cria o da imprensa e com seus interlocutores Em seguida s o elencadas as defesas do LD LP como g nero do discurso no sentido atribu do ao conceito de g nero pelo C rculo de Bakhtin como enunciado constitu do historicamente dentro de determinada esfera de produ o e de circula o Seguindo esta orienta o adotamos o LD LP como um g nero discursivo secund rio tomado pelo vi s din mico da produ o editora o e recep o detentor de tema estilo e composi o pr prios Para tanto retomado o percurso hist rico do ensino de LP e do desenvolvimento do LD LP no Brasil bem como sua rela o com a evolu o dos estudos lingu sticos detalhando se as esferas de produ o e de circula o deste LD Tamb m neste subcap tulo s o exploradas a origem h brida do LD LP oriunda da converg n
272. s diversos e imagens com o texto did tico produzido pelos autores que lhe d um alinhamento uma unidade enunciativo discursiva e que nos possibilita v lo como g nero do discurso BUNZEN J NIOR 2005 p 44 Ilustra o 1 Textualidade multimodal do LD LP Textos dos autores do LD LP Atividades did ticas Textos em g neros diversos intercalados Imagens e ilustra es Fonte Adaptado de Bunzen J nior 2005 p 44 poss vel observar tamb m nesta composi o h brida a orienta o do g nero LD LP com vistas de alcan ar a compreens o ativa ou seja em busca de uma resposta este g nero volta se para um c rculo particular para o mundo particular do ouvinte introduzindo elementos completamente novos no seu discurso para o c rculo alheio de quem compreende entrando numa rela o dial gica com os aspectos deste mbito BAKHTIN 1975 p 91 Pensando no intrincamento entre antologia gram tica e aula de portugu s a partir do qual gerado o LD LP preciso considerar a assertiva de Bakhtin 1952 53 1979 p 279 A riqueza e a variedade dos g neros do discurso s o infinitas pois a variedade virtual da atividade humana inesgot vel e cada esfera dessa atividade comporta um repert rio de g neros do discurso que vai diferenciando se e ampliando se medida que a pr pria esfera se desenvolve e fica mais complexa Portanto o LD LP pode ser analisado como um g nero do discurso constitu
273. s e por vezes as respostas destes quanto ao estilo este marcado pela mescla de discursos injuntivos explicativos e expositivos Todas essas mudan as sofridas pelo g nero se d o devido a coer es s cio hist ricas culturais e econ micas como j comentado por m elas s podem emergir a partir do trabalho individual e concreto dos diversos autores ALVES FILHO 2006 Esta altera o de configura o do g nero LD LP e o perfil dos autores confirmam o fato de que as mudan as pelas quais passam os g neros s o mais frequentes e not veis quando se observam perfis opostos de autores de um lado os autores inexperientes e em est gio inicial de aprendizagem de um certo g nero de outro os autores expertos e com alto grau de mestria nos g neros que utilizam frequentemente ALVES FILHO 2006 p 79 80 Em termos de produ o nacional de LD LP esta oposi o entre perfis bastante n tida e j fora justificada pelo contexto que se configurou altera es no p blico escolar influ ncias dos estudos lingu sticos amplia o do corpo docente etc Outro aspecto caracterizador da autoria de LD a predomin ncia de processos coletivos de autoria especialmente das disciplinas de Ci ncias e de Portugu s Este fato compreens vel 151 na medida em que a elabora o de livros nessas reas envolve em maior ou menor grau a especializa o em diferentes campos de conhecimento o recurso a e
274. s lingu sticas em desenvolvimento portanto a restitui o da denomina o da disciplina revela a rejei o da concep o de l ngua valorizada no per odo militar No que se refere democratiza o da escola as novas teorias lingu sticas e n o mais as da comunica o passam a intervir significativamente no ensino de portugu s especialmente na percep o da heterogeneidade lingu stica presente na sala de aula e na busca por nova postura novos conte dos e nova metodologia a serem empregados a partir desta realidade Tamb m a gram tica como entidade prescritiva colocada em xeque passando se a considerar novas concep es de gram tica da l ngua tanto escrita quanto falada bem como s o reformulados o conceito e os processos de aprendizagem da escrita Outra grande contribui o destas novas teorias vem da lingu stica textual que neste contexto traz uma nova maneira de tratar o texto a escrita e a oralidade no ensino SOARES 2002 S o contribui es tanto da sociolingu stica da lingu stica textual da pragm tica da teoria da enuncia o e da an lise do discurso quanto da hist ria da sociologia e da antropologia da leitura e da escrita que v o trazer novas orienta es para a disciplina portugu s Tem se uma nova concep o de l ngua uma concep o que v a l ngua como enuncia o n o apenas como comunica o que portanto inclui as rela es da l ngua com aqueles que a utilizam com o cont
275. s no LDP PR 100 Quadro 6 Distribui o dos textos e das atividades conforme as pr ticas 108 Quadro 7 G neros intercalados no LDP PR ee ss irerererereeaeetos 153 Quadro 8 Perfil dos professores da rede isa snanederasriitiacepnea came ga cia diiiceniter anetica gera 159 Tabela 1 Tipologias e pr ticas exploradas no LDP PR 102 Tabela 2 N mero de exemplares do g nero texto expositivo 104 Tabela 3 G neros e pr ticas de leitura escrita e oralidade do LDP PR 105 LISTA DE ABREVIATURAS CAPES Comiss o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CNLD Comiss o Nacional do Livro Did tico COLTED Comiss o do Livro T cnico e Livro Did tico DCESs Diretrizes Curriculares da Educa o B sica L ngua Portuguesa FAE Funda o de Assist ncia ao Estudante FENAME Funda o Nacional do Material Escolar GTR Grupos de Trabalho em Rede INL Instituto Nacional do Livro LD Livro Did tico LD LP Livro Did tico de L ngua Portuguesa LDP Livro Did tico de L ngua Portuguesa LDP PR Livro Did tico P blico Paranaense L ngua Portuguesa e Literatura MEC Minist rio da Educa o PCNEM Par metros Curriculares Nacionais de Ensino M dio PCNs Par metros Curriculares Nacionais PDE Programa de Desenvolvimento Educacional
276. s propostos pelas DCEs poss vel relacionar os modelos superpragm tico e de estrutura profunda com a concep o de leitura assumida como um ato dial gico interlocutivo O leitor nesse contexto tem um papel ativo no processo de leitura e para se efetivar como co produtor procura pistas formais formula e reformula hip teses aceita ou rejeita conclus es usa estrat gias baseadas no seu conhecimento lingu stico nas suas experi ncias e na sua viv ncia s cio cultural Somente uma leitura aprofundada em que o aluno capaz de enxergar os impl citos permite que ele depreenda as reais inten es que cada texto traz SEED 2008 p 71 5 1 1 A leitura no LDP PR Como revelado no Quadro 6 Distribui o dos textos e das atividades conforme Z as pr ticas p 108 a leitura a habilidade mais trabalhada neste LD com 264 112 duzentas e sessenta e quatro propostas entre textos e atividades Frente aos dados levantados verificamos que o trabalho com leitura se mant m nas dezesseis unidades destacando se no c mputo individual de cada cap tulo sobre as habilidades trabalhadas 131 nos cap tulos sete e dezesseis em que corresponde a 89 oitenta e nove por cento e a 90 noventa por cento respectivamente das atividades e textos sugeridos A partir da an lise do trabalho com a leitura efetuado nestes dois cap tulos procuramos mostrar o que ocorre na totalidade do LD haja
277. s quanto pelos textos introdut rios do LDP PR que fazer com que o aluno conhe a diferentes g neros participe de situa es sociais e de contextos reais de uso da l ngua Como afirmamos ao longo da tese o contato com diferentes g neros ocorre entretanto a participa o recomendada pelos documentos oficiais conforme os encaminhamentos did ticos analisados restringe se ao espa o escolar Esta averigua o do conte do tem tico do LDP PR sustenta a segunda an lise proposta quando constatamos a inova o paranaense frente aos temas comuns ao g nero LD LP a defini o do vi s tem tico associado s pr ticas de leitura escrita e oralidade como princ pio organizador Defendemos que esta inova o no conte do revela tr s aspectos do LDP PR sua resposta submiss o s instru es da SEED PR via DCEs a seguran a dos professores autores em rela o aos apontamentos da Lingu stica Textual especialmente no trabalho com intertextualidade 162 estes autores pela proposta de trabalho com g neros assumem uma proposta did tica que envolve a dimens o discursiva e a dimens o textual em conformidade com o que apregoam os documentos legais A manuten o do estilo did tico e da composi o t pica do LD LP apresentada no Cap tulo 6 associada rela o de m tua determina o entre autoria e g nero nos levam conclus o de que a autoria coletiva oportunizada pela SEED PR marcada pela experi ncia d
278. s tijolos um a um num trabalho mec nico repetitivo Quando lemos escutamos uma m sica com letra importante que n o separemos uma da outra Os elementos s o constitutivos deste tipo de m sica letra ritmo melodia e harmonia s o um todo indissoci vel e s o essenciais na constru o de um sentido para o que se ouve L NGUA 2006 p 24 123 Emprego justificado como estrat gia para estimular uma atitude responsiva do educando L NGUA 2006 p 15 124 Tamb m chamados de explica o textual MARCUSCHI 2008 Em nossa classifica o denominamos este g nero de texto expositivo tendo em vista que ao longo do LDP PR s o empregados v rios fragmentos textuais de outros g neros aos quais denominamos por meio de adjetiva o relacionada tem tica apresentada filos fico doutrin rio sociol gico etc 104 De acordo com o levantamento efetuado a presen a maci a de textos expositivos assim se distribui nos cap tulos do LDP PR Del cegos ogomo 4 de g neros expositivo E CIC E 3 rr 3 2 6 2069 to Eb to zi 21 14 23 CoE a A SC DE a a ee as do 2 2000 Tabela 2 N mero de exemplares do g nero texto expositivo Fonte Dados da pesquisa Os pesquisadores do Grupo de Genebra tamb m esclarecem que a progress o do ensino com base em g neros deve ocorrer em torno dos agrupamentos deste modo tanto um mesmo g nero pode ser trabalhado em diferentes s ries qu
279. sa o retorno do recalcado In DION SIO Angela Paiva BEZERRA Maria Auxiliadora orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005 p 13 20 RAZZINI M rcia de Paula Greg rio Hist ria da disciplina portugu s na escola secund ria brasileira Revista Tempos e Espa os na Educa o v 4 p 43 58 jan jun 2010 RAZZINI M rcia de Paula Greg rio O espelho da na o a Antologia Nacional e o ensino de portugu s e de literatura 1838 1971 Tese em Teoria Liter ria Universidade Estadual de Campinas 2000 247 p 176 RAZZINI M rcia de Paula Greg rio O livro did tico e a mem ria das pr ticas escolares In DION SIO A P MUNAKATA K RAZZINI M de P G O livro did tico e a forma o de professores Simp sio 6 p 94 102 Dispon vel em lt http portal mec gov br seb arquivos pdf vollb pdf gt Acesso em 20 out 2011 RENK Valqu ria Elita Aprendi falar portugu s na escola O processo de nacionaliza o das escolas tnicas polonesas e ucranianas no Paran Tese em Educa o Universidade Federal do Paran 2009 241 p RETORTA Miriam Sester Efeito retroativo do vestibular da Universidade Federal do Paran no ensino de l ngua inglesa em n vel m dio no Paran uma investiga o em escolas p blicas particulares e cursos pr vestibulares Tese em Lingu stica Aplicada Universidade Estadual de Campinas 2007 462 p RIBEIRO Giselle Rodrigues O afr
280. so Ficamos treze anos sem escolas e os cursos seriados dos jesu tas foram substitu dos pelas aulas avulsas dadas na maioria das vezes por professores improvisados e n o pelos professores r gios nomeados que n o encontraram clima para seu trabalho frente rea o da popula o brasileira que n o aceitava educa o leiga em suas pr prias casas com conte dos sem continuidade nem interliga o entre as disciplinas estudadas FREIRE 1989 p 42 A medida pombalina de abolir o ensino religioso substituindo o pelo ensino laico avaliada por Freitag Costa e Motta 1997 p 136 como tresloucada Essa iniciativa aparentemente progressista redundou num grave retrocesso para a forma o educacional brasileira e portuguesa j que em lugar dos padres jesu tas considerados inimigos da Ilustra o ficou o vazio absoluto fazendo desmoronar todo o sistema de ensino Este vazio concretiza se em n meros a expuls o dos jesu tas teve como consequ ncia imediata al m da desintegra o do ensino o fechamento no Brasil de 25 resid ncias 36 miss es e 17 col gios e semin rios A expuls o dos regulares da Companhia de Jesus atingiu 122 padres NISKIER 1996 p 58 Somente em 1871 por decreto imperial criado o cargo de professor de portugu s e segundo Pfromm Netto et al 1974 p 191 v rios estudiosos apontam esse decreto como o marco inicial do ensin
281. ssou levando se em conta as necessidades do momento e tamb m as tecnologias e as teorias que possibilitaram sua reformula o de composi o estilo e conte do No caso espec fico do LDP PR a SEED PR como institui o mantenedora do processo de produ o e circula o deste LD pretende dar voz ao professor torn lo autor do material que ele mesmo usar em sala e valorizar a pr tica dos professores da rede Eis a inova o deste exemplar de g nero a adapta o do livro ao seu momento s cio hist rico caracterizado pelo incentivo qualifica o do professor via PDE e projeto Folhas A autoria considerada uma categoria sociodiscursiva constitutiva dos g neros do discurso como um todo ALVES FILHO 2005 2006 2008 j est contemplada no pr prio g nero e ao mesmo tempo configura a relativa estabilidade formal e funcional dos g neros Desta forma acredita se que h uma rela o m tua de determina o entre autoria e g nero sendo aquela fundamental na compreens o deste tendo em vista que o acabamento o estilo e mesmo a estrutura composicional dos textos em grande parte decorrente do trabalho de autoria no fim das contas quem confere um acabamento aos textos e faz 187 Bakhtin 1979 1975 toma constantemente o tema da autoria e do autor em seus estudos e ele quem define o autor criador como posi o axiol gica 188 O autor a inst ncia humana e ou institucional designada comumente
282. stantemente frisada por Chartier 2002 p 61 62 os textos n o existem fora dos suportes materiais sejam eles quais forem de que s o os ve culos Contra a abstra o dos textos preciso lembrar que as formas que permitem sua leitura sua audi o ou sua vis o participam profundamente da constru o de seus significados amp Maingueneau 2001 p 66 68 comenta a partir de textos oriundos do discurso publicit rio e do discurso da imprensa que os g neros de discurso est o submetidos a um conjunto de condi es de xito uma finalidade reconhecida o estatuto de parceiros leg timos o lugar e o momento leg timos um suporte material e uma organiza o textual 9 O m dium n o um simples meio de transmiss o do discurso mas aquele que imprime um certo aspecto a seus conte dos e comando os usos que dele podemos fazer O m dium n o um simples meio um instrumento para transportar uma mensagem est vel uma mudan a importante do m dium modifica o conjunto de um g nero de discurso MAINGUENEAU 2001 p 71 72 grifos do autor 68 Nesta perspectiva o texto especificamente o texto escrito disso resulta a nfase quest o do suporte como locus em que os textos s o inscritos e acess veis ao p blico leitor 61 Esta participa o vis vel a cada revolu o do livro do manuscrito ao c dex 2 com esta nova materialidade uma nova rela o entre o leitor e seus livros torna se poss v
283. stica Nossa busca por meio do par metro livro did tico p blico Paran paranaense resultou em 07 sete trabalhos entretanto nenhum deles trata do ensino de l ngua portuguesa e literatura Suas tem ticas s o variadas disciplina escolar de hist ria livro did tico da disciplina de Educa o F sica cultura escolar ensino de Matem tica l ngua estrangeira educa o m dica e nacionaliza o de escolas tnicas Desta forma tanto nossa busca no Scielo quanto na Capes confirmam a originalidade da pesquisa em desenvolvimento visto que nenhum resultado tem o mesmo problema e objetivos desta tese P blico analfabetismo ensino b sico evas o e repet ncia livro did tico ensino m dio entre outros aspectos da quest o No que tange ao livro did tico seus problemas s o comparados aos da merenda escolar e revelada a realidade da poca fluxo de recursos irregular sistema descentralizado de escolha associado aus ncia de avalia o criteriosa e livros de durabilidade question vel recomenda o autor que seria necess rio institucionalizar um programa de avalia o do conte do dos livros did ticos atrav s de comiss es ad hoc formadas por especialistas de compet ncia reconhecida 38 Gatti J nior 2005 e Bittencourt 2004 Horikawa e Jardilino 2010 e H fling 2000 Oliveira 2010 e Salgueiro 2010 Leite 2009 Silva 2010 Bispo 2009 44 Coelho
284. storicidade da disciplina de l ngua portuguesa apresentada neste cap tulo permitir o exame das condi es de produ o e de circula o do Livro Did tico de L ngua Portuguesa abordado no cap tulo 3 2 e do Livro Did tico P blico paranaense L ngua Portuguesa e Literatura apresentado no cap tulo 6 2 1 O ENSINO DE L NGUA PORTUGUESA E O DESENVOLVIMENTO DO LIVRO DID TICO NO BRASIL Ao explicar a natureza e os objetivos da disciplina de l ngua portuguesa considerando a hist ria de constitui o desta disciplina Soares revela como se d sua 43 inser o no curr culo escolar a partir dos anos 50 do s culo XVIII Segundo a autora at esse per odo n o havia nem condi es internas ao pr prio conte do que ainda n o se configurava como rea de conhecimento a que faltava uma tradi o como rea de estudos nem condi es externas a ele seu uso apenas secund rio no intercurso verbal a precariedade de seu estatuto escrito na incipiente sociedade brasileira enfim seu pouco valor como bem cultural para que o portugu s adquirisse estatuto de disciplina curricular 2002 p 159 grifos da autora Quanto realidade escolar preciso considerar que at fins do s culo XVIII os letrados n o eram mais que 2 das popula es europeias percentual que devia dominar do oriente ao ocidente europeu de crer que o Brasil tivesse um quarto do percentual de letrados em
285. supostos te ricos de Schneuwly e Dolz 2004 haja vista que aquelas apesar de n o haver refer ncia direta est o relacionadas com as propostas destes Desta forma elegemos o procedimento sequ ncia did tica doravante SD elaborado por Dolz Noverraz e Schneuwly 2001 2004 como ponto de refer ncia para a an lise do material did tico citado Ao empregarmos a SD como refer ncia n o pressupomos que o LDP PR seguir o encaminhamento proposto do Dolz Noverraz e Schneuwly apenas a escolhemos entre as propostas comentadas anteriormente devido a serem estes autores bastante referenciados nos documentos oficiais e nas pesquisas brasileiras MACHADO GUIMAR ES 2009 acerca do tema g neros e ensino de l ngua materna e para que pud ssemos ter um norte para efetuar a an lise dos encaminhamentos sugeridos no LDP PR Conforme os autores da Escola de Genebra a SD 117 ans IRE Especialmente nos encaminhamentos metodol gicos propostos nas Diretrizes constatam se o trabalho espiral as apropria es sequenciais os m dulos e a avalia o formativa 95 um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira sistem tica em torno de um g nero textual oral ou escrito tem precisamente a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um g nero de texto permitindo lhe assim escrever ou falar de maneira mais adequada numa dada situa o de comunica o As sequ ncias did ticas servem por
286. ta averigua o dos objetos de ensino tematizados pelo LDP PR buscamos sustenta o para a an lise deste LD como um exemplar do g nero LD LP visando assim verificar suas esferas de produ o e de circula o seu conte do tem tico estilo e constru o composicional Optamos pela pesquisa bibliogr fica como parte da pesquisa descritivo explicativa em virtude da necessidade de explicitar o tratamento do LD LP como g nero discursivo ao inv s de mero suporte textual bem como a quest o da leitura e da produ o textual tanto escrita quanto oral tomadas como objetos de ensino do LD em an lise Desta forma a perspectiva te rica b sica adotada s o as concep es bakhtinianas de g neros discursivos bem como outras concep es dos estudos da linguagem e do ensino de l ngua que elegem o texto sua constitui o e sua materialidade como tem ticas Em seguida desenvolvemos a pesquisa explicativa que trabalha com dados observando registrando e analisando os Nesta tese especificamente optou se pela pesquisa documental a partir da qual s o investigados os temas a composi o e o estilo constituintes do LDP PR Para o desenvolvimento desta pesquisa descritivo explicativa documental foi necess rio realizar a coleta de material impresso junto rede p blica estadual e ao site Portal Dia a dia Educa o que disponibiliza o material did tico digitalizado bem como as not cias e esclarecimentos sobre o material Alerta s
287. tanto para dar acesso aos alunos a pr ticas de linguagem novas ou dificilmente domin veis DOLZ NOVERRAZ SCHNEUWLY 2004 p 97 98 grifo dos autores A estrutura de base de uma SD constitu da pelo esquema PRODU O FINAL Apresenta o PRODU O da situa o INICIAL a b c Ilustra o 2 Esquema da Sequ ncia Did tica Fonte Dolz Noverraz e Schneuwly 2004 p 98 Cada um dos componentes deste esquema explicitado a seguir Apresenta o da situa o com o objetivo de detalhar a tarefa de express o oral ou escrita que os educandos dever o realizar deve se apresentar o problema de comunica o bem definido situa o de comunica o g nero a ser produzido destinat rios forma e participa o da produ o e preparar os conte dos que ser o trabalhados Produ o inicial os alunos elaboram um texto inicial que ap s an lise fica arquivado para autoavalia o e refac o na ltima etapa A partir desta produ o poss vel constatar as capacidades e as dificuldades dos alunos em rela o ao g nero em quest o Esta primeira produ o pode ser simplificada n o dever receber nota pois trata se de avalia o formativa e servir para evidenciar os pontos fortes e fracos al m de delimitar os problemas que ser o trabalhados nos m dulos M dulos constituem as v rias etapas de atividades exerc cios e pesquisas voltadas aos problemas verificados na produ
288. te do relativo a uma rea de conhecimento escolar Entretanto o modelo atual de LD nos obriga a fazer uma interpreta o mais restrita deste tipo de livro diferenciando o de outras produ es pedag gicas inclusive as que sup em seu uso no espa o da aula considerado LD apenas aquele que apresenta conte do referencial transmiss vel e mensur vel de maneira progressiva organizada em unidades de trabalho regulares relativamente uniformes e que incluem exposi o de mat ria atividade de explora o e exerc cios Batista 1999 p 535 j havia alertado sobre a impossibilidade de identificar o livro did tico ao objeto livro haja vista a exist ncia de v rias cole es did ticas que s o acompanhadas por outros objetos que n o o livro cartazes cadernos de exerc cios DVDs CDs kits para experimentos entre outros E essa combina o entre livros e materiais diversos j fora prevista por Pfromm Netto et al 1974 p 225 O lugar de honra que o livro ocupa no processo educativo ao que tudo indica continuar a pertencer lhe Mas certo que combina es imaginosas do livro com outros tipos de materiais did ticos compor o nos pr ximos anos pacotes de ensino De acordo com Batista 1999 p 536 grifo do autor a express o livro did tico empregada como hiper nimo de v rios suportes textuais que circulam na escola e cuja varia o livros fichas folhetos cartazes coleciona
289. terminando sua progress o definindo estrat gias de trabalho e metodologias de ensino por outro mostra se como refer ncia te rica fundamental indispens vel e por vezes nica na tematiza o dos conhecimentos e in forma o do professor sobre os aspectos da l ngua e da linguagem envolvidos em seu trabalho Britto 2002 p 167 percebendo esta responsabilidade do material did tico esclarece que o LD funciona como uma antena da sociedade estabelecendo uma ponte entre as inst ncias produtoras de conhecimento e o processo pedag gico sistematizando e didatizando os saberes escolares Como o conte do e a organiza o escolar s o fruto das disputas e compromissos sociais o livro did tico tende a trazer a vers o hegem nica isto aquela que corresponde vis o de mundo das for as pol tico sociais dominantes Desta forma podemos afirmar que os livros did ticos de l ngua portuguesa s o respons veis pela divulga o legitima o ou refuta o de saberes produzidos em esferas diversas sobre o conte do e o modo de ensinar a l ngua materna BUNZEN J NIOR 20054 11 O pesquisador desenvolveu em 1988 um estudo de caso de natureza explorat ria em que buscou descrever os saberes transmitidos na aula de Portugu s explorando as rela es entre os saberes transmitidos a atividade discursiva desenvolvida e as condi es nas quais se realiza esta atividade 26 este livro especificam
290. textos em uma colet nea ou public los no jornal da escola enviar cartas do leitor para determinado jornal entre outros SEED 2008 p 70 134 pedag gico a oralidade parece ser evitada n o sendo valorizada como objeto de ensino haja vista que a produ o textual gerada na escola normalmente escrita De acordo com a pesquisa de Marcuschi 2005c sobre a concep o e an lise da l ngua falada nos LD LP a realidade encontrada no fim do s culo XX era caracterizada pela concep o de l ngua como instrumento de comunica o uniforme aut nomo monol tico e a hist rico de modo que a oralidade n o teria lugar num contexto te rico t o homog neo e voltado ao ensino priorit rio da escrita Com a publica o dos PCNs 1998 reflex es acerca do lugar da oralidade no ensino de l ngua s o divulgadas embora n o sejam propostas alternativas de como trabalhar o ensino do oral formal e p blico Assim no levantamento feito por Marcuschi 2005c p 27 grifo do autor nota se por parte dos autores de livros did ticos um descaso em rela o oralidade em geral o espa o dedicado l ngua falada raramente supera o rid culo percentual de 2 no c mputo geral de p ginas A realidade encontrada uma d cada depois especificamente no material did tico paranaense LDP PR um pouco mais animadora Do c mputo geral de 350 trezentos e cinquenta textos e atividades propostas encontra se o per
291. tos dos tr s tipos acima e acrescente mais dois lista Figura 14 Primeira produ o textual D cimo primeiro cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 140 Esta produ o n o est vinculada a outro g nero t pico da esfera pedag gica como resposta hist ria etc mas como a continuidade da classifica o empreendida anteriormente ou seja como continuidade do tratado Como n o s o oferecidas explica es sobre este g nero a hip tese de que o aluno para o LDP PR a partir da leitura de uma adapta o do tratado tenha condi es de dar continuidade ao texto em pauta ou que a partir do enfrentamento busque compreender o g nero A segunda produ o textual p 142 sugerida relaciona o conte do forma o de palavras exposto nas p ginas 140 e 141 com a continua o da adapta o da obra Tratado geral dos chatos p 141 142 Apenas o tema e a tipologia podem ser depreendidos nesta atividade e Defina agora os chatos etilometaf ricos os pol micos e os agonistas a partir do significado das palavras como voc j fez anteriormente Figura 15 Segunda produ o textual D cimo primeiro cap tulo Fonte LDP PR LINGUA 2006 p 142 De acordo com as recomenda es oferecidas ao professor as defini es s o apenas aproxima es o que vale a brincadeira com a qual eles est o trabalhando forma o de palavras este trabalho de aproxima o que eles dever o ter par
292. turas maiores dividem a longa hist ria das maneiras de ler Elas colocam em jogo a rela o entre o corpo e o livro os poss veis usos da escrita e as categorias intelectuais que asseguram sua compreens o Sobre a ideia de que um livro sempre o mesmo sem importar qual seja sua forma seu suporte Chartier enf tico ao dizer que Livro composto de folhas dobradas reunidas e encadernadas 7 Possenti 2002 2009 p 174 quem alerta sobre a grande confus o no que se refere leitura como atividade que envolve muitas outras subdivis es quase institucionais e como atividade de apreens o de certo discurso Em concord ncia Marcuschi 2003a p 26 afirma isso quer dizer que n s n o operamos do mesmo modo com os textos em suportes diversos mas isso n o significa ainda que os suportes veiculem conte dos diversos para os mesmos textos O suporte n o muda o conte do mas nossa rela o com ele n o s por permitir anota es mas por manter um contato diferenciado com ele 71 N o somente o leitor pode submeter textos a m ltiplas opera es ele pode index lo anot lo copi lo desmembr lo recomp lo desloc lo etc mais do que isso ele pode se tornar coautor CHARTIER 1999c p 103 Esta coautoria proclamada por Chartier refere se s a es do leitor frente ao texto no seu momento de leitura n o em seu momento de produ o 62 Isso n o verdade Todo o trabalho que faz
293. u seja o suporte n o acess rio mas sim crucial no modo de consumo e na natureza dos textos Os PCN M dio 2011 p 79 valorizam o trabalho com g neros que possibilite aos alunos do ensino m dio o reconhecimento das caracter sticas estrutura tema estilo tanto de g neros liter rios quanto de circula o social e alertam para a necessidade do trabalho com os discentes que permita identificar as caracter sticas do suporte ou do enunciador na constru o de valores e de sentidos Uma das sugest es sobre o trabalho com suporte comparar as diferen as de uma mesma informa o em diferentes ve culos informativos jornal revista televis o r dio ou seja a vincula o entre g nero e suporte aqui aproxima se da vis o conduzida por Maingueneau 2001 A hist ria da leitura e as rela es com o texto s o tem ticas do historiador franc s Roger Chartier 2002 2001 1999a 1999b 1999c o qual busca compreender como a materialidade do texto impresso molda as pr ticas de leitura Considerando as revolu es da leitura no ocidente mobilizadas pelos diferentes modos de inscri o e transmiss o da palavra escrita manuscrito impresso e comunica o eletr nica Chartier 1999a p 30 defende que as estrat gias de publica o sempre moldaram as pr ticas de leitura Elas criaram novos g neros de textos e novas f rmulas de publica o Esta rela o imbricada entre textos e seus suportes con
294. uais configura o dinamicidade e circula o In KARWOSKI A M GAYDECZKA B BRITO K S orgs G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Lucerna 2006 p 23 36 MARCUSCHI Luiz Ant nio G neros textuais defini o e funcionalidade In DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A orgs G neros textuais amp ensino 2 ed Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 19 36 173 MARCUSCHI Luiz Ant nio Letramento e oralidade no contexto das pr ticas sociais e eventos comunicativos In SIGNORINI I org Investigando a rela o oral escrito e as teorias de letramento Campinas Mercado de Letras 2001 p 23 50 MARCUSCHI Luiz Ant nio O papel da atividade discursiva no exerc cio do controle social Pernambuco 55 Reuni o Anual da SBPC 2003b Confer ncia na Abralin mimeo MARCUSCHI Luiz Ant nio Oralidade e ensino de l ngua uma quest o pouco falada In DIONISIO A P BEZERRA M A orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005c p 21 34 MARCUSCHI Luiz Ant nio Os desafios da identifica o do g nero textual nas atividades de ensino prop sitos comunicativos versus forma estrutural HI SIGET Universidade Federal de Santa Maria 2005b mimeo MARCUSCHI Luiz Ant nio Produ o textual an lise de g neros e compreens o 2 ed S o Paulo Par bola 2008 296 p MARQUES NETO Jos Castilho coord Ed
295. uma forma de discurso reportado t pica deste g nero Como esclarece Bunzen J nior 2005 p 44 uma forma espec fica de apreens o did tica do discurso de outrem em que o autor constr i o seu texto muitas vezes atrav s da intercala o de outros Assim como nos romances h um grupo especial de g neros que exercem papel fundamental a ponto de poderem determinar a estrutura do conjunto tamb m no 6 Sobre a presen a de textos de outros g neros na composi o de um g nero como o livro did tico esclarecedora a afirma o de Brait 1999 sobre a representa o declarada ou n o do discurso de outrem no discurso cotidiano como sendo um procedimento normal Como os g neros introduzidos no romance normalmente mant m sua elasticidade estrutural sua autonomia e sua originalidade lingu stica e estil stica BAKHTIN 1934 35 1975 38 S o eles a confiss o o di rio o relato de viagens a biografia as cartas e alguns outros g neros Todos eles podem n o s entrar no romance como seu elemento estrutural b sico mas tamb m 79 LD LP poss vel diagnosticar a presen a de um grupo especial de g neros explica o exerc cios coment rios e textos de outros g neros que definem o g nero como did tico Esta estrutura composicional m ltipla ver Ilustra o 1 tem uma finalidade central que o ensino de objetos espec ficos e justamente o encaixamento a intercala o de textos em g nero
296. uporte te rico no desenvolvimento do trabalho do professor e que raramente s o permitidas em aula outras leituras que n o sejam a do professor ou melhor do livro did tico que o professor l e respeita como portador da verdade como representante fiel da ci ncia CORACINI 1995 p 19 23 Creditamos este poderio s condi es de forma o e de trabalho docente todavia defendemos que os pap is do LD e do professor sejam reconsiderados de modo que este conduza aquele que o empregue como instrumento e n o como receita Em termos de realidade escolar Bezerra 2005 p 35 salienta que o LD LP constitui se se n o o nico material de ensino aprendizagem o mais importante em grande parte das escolas brasileiras Essa import ncia tal que o interlocutor dos alunos n o mais o professor mas o autor do LDP interlocutor distante dificultando a intera o com os alunos e porta voz presente professor quase sem autonomia seguindo p gina a p gina a proposta do autor Tamb m preciso considerar o respaldo que o discurso pedag gico autorizado pelo sistema escolar d ao autor e a afirma o de Souza sobre o emprego do LD O professor pode ter uma atitude cr tica em rela o ao livro did tico buscando questionar se a respeito da adequa o do material a determinada realidade de ensino ou ele pode ainda sentir se inseguro quanto ao seu preparo profissional buscando apoio no livro
297. ura que se dedicava tamb m ao ensino SOARES 2002 p 166 J nas cartilhas a partir de 1930 aparecem as primeiras orienta es ao professor e o Manual do professor transformado em um outro livro De acordo com Pfromm Netto et al 1974 p 203 ap s a segunda guerra mundial o padr o do livro did tico para o ensino de portugu s na escola secund ria sofre sens veis mudan as Mais do que simples transcri es de trechos seletos os comp ndios passaram a apresentar orienta es exerc cios atividades resumos esquemas etc adotam novas disposi es gr ficas e passam a incluir uma parcela significativamente maior de autores contempor neos do que aquela que se observava nas antigas s ries did ticas Para essa melhoria sens vel da qualidade dos livros did ticos contribu ram em n o pequena medida as recomenda es do Conselho Federal de Educa o favorecendo um ensino mais din mico pr tico e livre do idioma Por volta de 1950 como dito anteriormente a escola tem seu p blico alvo ampliado alunos de camadas populares os filhos dos trabalhadores al m da classe m dia e alta os filhos da burguesia passam a ocupar os bancos escolares Concomitantemente a rede escolar necessita aumentar seu corpo docente que neste momento j n o apresenta mais a forma o adequada e necess ria profiss o No intuito de sanar esta necessidade escolar foi realizado um recrutamento mais amplo e porta
298. va Ind cios de uma ret rica o suporte a base material e os textos nas revistas pedag gicas Perspectivas em ci ncia da informa o Belo Horizonte v 4 n 2 jul dez 1999 p 169 183 FRAENKEL B atrice Suporte de escritura In CHAR AUDEAU P MAINGUENEAU D Dicion rio de an lise do discurso 2 ed 2 reimp S o Paulo Contexto 2008 p 461 462 FREIRE Ana Maria Ara jo Analfabetismo no Brasil da ideologia da interdi o do corpo ideologia nacionalista ou de como deixar sem ler e escrever desde as Catarinas Paragua u Filipas Madalenas Anas Genebras Apol nias e Gr cias at os Severinos S o Paulo Cortez Bras lia DF INEP 1989 236 p FREITAG B rbara COSTA Wanderly Ferreira da MOTTA Val ria Rodrigues O estado da arte do livro did tico no Brasil Bras lia INEP REDUC 1987 129 p FREITAG B rbara COSTA Wanderly Ferreira da MOTTA Val ria Rodrigues O livro did tico em quest o 3 ed S o Paulo Cortez 1997 159 p GATTI J NIOR D cio A escrita brasileira recente no mbito de uma hist ria das disciplinas escolares 1990 2008 Curr culo sem fronteiras v 9 n 1 p 42 71 jan jun 2009 GATTI J NIOR D cio A hist ria escolar da Hist ria livro did tico e ensino no Brasil 1970 1990 Bauru EDUSC Uberl ndia EDUFU 2004 252 p GATTI J NIOR D cio Estado e editoras privadas no Brasil o papel e o perfil dos editores de livros did ticos 1970 1990 Cad Cedes Camp
299. versifica o das expectativas e interesses sociais e regionais O PNLD uma iniciativa do MEC respons vel pela avalia o recomenda o compra e distribui o dos livros did ticos para a popula o escolar de Ensino Fundamental no territ rio nacional 57 Se no momento atual o MEC o grande agente gerenciador da produ o de livros did ticos no Brasil tendo em vista que realiza o processo de aquisi o e distribui o por meio do PNLD pactuamos do posicionamento de Batista 2008 p 49 no que tange necessidade de uma atua o mais incisiva do Minist rio na melhoria do ensino de modo que considere o contexto educacional contempor neo marcado pela afirma o da diversidade e flexibilidade das formas de organiza o escolar originadas pela necessidade de atender aos diferentes interesses e expectativas gerados por fatores de ordem cultural social e regional E se desde os anos 1970 o livro did tico alcan a papel decisivo no ensino em virtude das condi es do professor e do alunado not rio que se fortale a e amplie a concep o deste material did tico BITTENCOURT 2003 BATISTA ROJO 2008 e 2005 CHOPPIN 2004 Segundo as sugest es de Batista 2002 com as quais concordamos esta renovada concep o consideraria os novos modos de rela o entre o material e o trabalho docente mais que estruturar o material serviria de apoio para este trabalho bem como possibilitaria a renova o dos p
300. vista que todos os cap tulos passaram pelo mesmo roteiro de observa o 133 O s timo cap tulo ao longo das doze p ginas que o constituem apresenta oito g neros textuais s o eles romance haicai poema texto sociol gico mapa texto expositivo poema em prosa e indefinido Sendo estes g neros explorados por meio de vinte e quatro exemplares De acordo com o Manual 2006 este cap tulo pretende iniciar uma discuss o sobre a modernidade e propor aos alunos um m todo de leitura Neste cap tulo ocorre como nos demais o trabalho com a intertextualidade aliada tem tica da unidade por m de modo diferenciado sendo marcadamente dirigido pela perspectiva subjetiva do autor que emprega nas explica es textuais a sua experi ncia como leitor Para dar in cio ao trabalho de intertextualidade este Folhas apresenta sete quest es sendo tr s acerca do tema modernidade e quatro devido a seu car ter inusitado provocativas Salienta se que estas quest es s o propulsoras do encadeamento intertextual que reger esta unidade 130 Ver Anexo 5 Ver Anexo 6 132 O roteiro de observa o dos 16 cap tulos possui a seguinte composi o apresenta o da autoria levantamento dos g neros e n mero de exemplares empregados apresenta o da estrutura do cap tulo detalhamento das atividades desenvolvidas com cada pr tica discursiva verifica o da intertextualidade e agrupamento dos g neros c
301. z lo a todos os interessados no site http www educadores diaadia pr gov br arquivos File livro didatico portugues pdf 148 progress o na carreira conforme coment rios anteriores sobre o Projeto Folhas Cap tulo 1 De acordo com o portal Dia a Dia Educa o o processo de sele o e desenvolvimento da autoria ocorreu da seguinte forma primeiramente os professores da rede foram incentivados a participarem do projeto inscrevendo se como futuros autores em seguida a Secretaria selecionou os professores autores que para se envolverem com o projeto foram dispensados das aulas e passaram a se reunir para a elabora o dos cap tulos De acordo com a SEED PR foram previstos quatro encontros gerais entre os 185 autores dos doze LDs os consultores e os t cnicos da Equipe do Departamento de Ensino M dio DEM Al m desses encontros durante os seis meses referentes constru o do livro cada disciplina promoveu reuni es t cnicas para elabora o revis o e estudos do material bem como visitas a museus pesquisas em bibliotecas universidades e uma intensa troca por via eletr nica Portal dia a dia educa o de materiais experi ncias e sugest es entre autores consultores e t cnicos do Departamento de Ensino M dio PARAN s p 2008 A circula o deste LD LP definida por esta mesma Secretaria inicialmente este material serve de apoio ao material did tico escolhido pelos professores
302. zer gra as atualiza o O g nero sempre e n o o mesmo sempre novo e velho ao mesmo tempo O g nero renasce e se renova em cada nova etapa do desenvolvimento da literatura e em cada obra individual de um dado g nero Nisso consiste a vida do g nero Por isto n o morta nem a archaica que se conserva no g nero ela eternamente viva ou seja uma archaica com capacidade de renovar se O g nero vive do presente mas sempre recorda o seu passado o seu come o o representante da mem ria criativa no processo de desenvolvimento liter rio precisamente por isso que tem a capacidade de assegurar a unidade e a continuidade desse desenvolvimento Portanto sendo o g nero sempre renov vel a antologia a gram tica e a aula s o renovados na institui o do g nero livro did tico de l ngua portuguesa que em seu momento presente vale se do tema estilo e composi o empregados outrora e reconfigurados na nova realidade escolar E esta reconfigura o se d a partir da hibridiza o e da intercala o de g neros BAKHTIN 1929 63 1972 1934 35 1979 Referindo se s unidades estil sticas heterog neas presentes no romance Bakhtin 1975 p 74 afirma que esta composi o se d de forma harmoniosa a ponto de essas unidades se submeterem unidade estil stica superior do conjunto e ao mesmo tempo manterem sua relativa independ ncia assim Cada elemento isolado da linguagem do romance definido

T - SCHRODER, MIRIAN - UFPR

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