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2014 - Revista Educação em Questão

1. Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 17 18 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula As an lises de classifica o cultural de Spradley 1980 foram apli cadas para se desvelar os padr es de requisitos sociais e de conhecimento nesses eventos ver Quadro 1 Casos negativos foram procurados para que funcionassem como provas de refuta o A partir dessas an lises os eventos chave GUMPERZ 1986 foram selecionados para investigar mais de perto como as pr ticas democr ticas foram apoiadas e limitadas por meio das inte ra es entre os alunos Al m da perspectiva das pesquisadoras apresentaram se tamb m as perspectivas dos alunos sobre sua comunidade de sala de aula a partir das suas produ es textuais Al m de buscar identificar caracter sticas comuns e nicas nos textos alguns exemplos foram selecionados como casos expressivos MITCHELL 1984 Tais exemplos representam tanto caracter sticas encontradas ao longo dos textos dos alunos quanto fornecem uma ilustra o clara das cons tru es te ricas que est o sendo examinadas Resultados As an lises s o apresentadas em tr s itens O primeiro ilustra o car ter democr tico das pr ticas dessa sala de aula iniciadas desde o primeiro dia O segundo mostra como essas pr ticas transcorreram at dezembro No ter ceiro s o examinadas a
2. a avalia o tornou se multidisciplinar incorporando tamb m as contribui es da sociologia da economia e da antropologia al m de obviamente da educa o e da psi cologia Desenvolveu se ent o um conjunto de paradigmas de avalia o considerados progressistas emancipat rias formativos dial ticos de forma que apesar de n o se tornarem hegem nico constituem se em resist ncia ao institu do Nos anos setenta esse novo paradigma n o se tornou hegem nico pois a pol tica de forma o de profissionais da educa o induziu cursos de p s gradua o no exterior em particular nos Estados Unidos da Am rica O interc mbio possibilitava a presen a de t cnicos norte americanos realizando reinamento de professores brasileiros SAUL 2009 com nfase no pensamento positivista Essa concep o de avalia o escolar estava pois associada ao enfoque eminentemente t cnico de julgamento de valor medi o de aprendi zagem classifica o de desempenho com base em crit rios definidos como desej veis DIAS SOBRINHO 2013 Essa concep o privilegia a an lise de resultados a efic cia e a efici ncia dos servi os oferecidos em detrimento dos fatores que interferem no processo educativo Supostamente pautada em crit rios de neutralidade de valores despreza a diversidade organizacional e pessoal adotando indico dores quantitativos e a l gica meritocr tica que a torna instrumento de controle dos resul
3. partamentos centrais do governo e suas ag ncias habilitando o Office p blico condu o e conclus o de transa es para tais servi os O termo e government utilizado em ingl s para denominar o governo eletr nico aborda o uso de novas tecnologias de infor OCDE ma o e comunica o pelos governos aplicadas a todas as suas di fun es E governo definido como utiliza o da Internet e da web para Na es Uni ofertar informa es e servi os governamentais aos cidad os das O termo governo eletr nico definido como a oferta e troca de informa es e servi os governamentais on line para cidad os INTOSAI empresas e outras ag ncias governamentais Governo eletr nico refere se a processos e estruturas relativos ao OkotUma Fonte Medeiros e Guimar es 2004 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 225 226 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Por certo o governo eletr nico se refere ao desenvolvimento de ferra mentas gerenciais informatizadas que possibilitam ao governo e aos gestores p blicos terem uma consitente base de dados eletr nicos por meio da rede mundial de computadores Isso possibilita aos rg os de governo um controle crescente de informa es e processos gerenciais ao mesmo tempo que possi bilita integra o dessas ferramentas Essas ferramentas e
4. O conceito de senso comum adquire centralidade nessa perspectiva por possibilitar o desenvolvimento de mudan as substantivas na esfera econ mica pol tica e social Como menor denominador daquilo que um indiv duo ou grupo acredita o senso comum possui uma voca o solidarista e transclas sista SANTOS 1989 p 37 cujas implica es numa sociedade de classes marcada pela ci ncia moderna n o podem deixar de assumir um vi s conservador e preconceituoso que reconcilia a consci ncia com as injusti as naturaliza a desigual dade e mistifica o desejo de transforma o Por m op lo por Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET essas raz es ci ncia como quem op e as trevas luz n o faz hoje sentido por muitas outras raz es Em primeiro lugar porque se certo que o senso comum o modo como os grupos ou classes subordinados vivem a sua subordina o n o menos evidente que essa viv ncia longe de ser meramente acomodat cia cont m sentidos de resist ncia que dadas as condi es podem desenvolver se e transformar se em armas de luta SANTOS 1989 p 37 Da a import ncia de transformar o conhecimento cient fico em um novo senso comum formando uma racionalidade composta de diversas racio nalidades A proposta de uma ci ncia p s moderna est pautada na afirma o
5. A educa o dos sentidos mediante grada o e adapta o dos est mulos sensoriais que permitia pois a instru o de cada crian a pela pr pria iniciativa Os princ pios do M todo Montessoriano oferecem dire o experimenta o ativa dos objetos O controle do erro dos materiais de desenvolvimento possibilita redimensionar a a o da crian a dirigindo a sua atividade para novas descobertas fundamento da Pedagogia Experimental Oferta simultaneamente elementos s observa es psicol gicas da nova mestra diretora do trabalho espont neo Enfim a Pedagogia Experimental com seus fundamentos bio psico l gicos antropol gicos esociol gicos habilitaria o mestre a distinguir cada individualidade para acompanhar sistematicamente seu desenvolvimento f sico mental moral Por conseguinte a Pedagogia Experimental colaborando com a observa o e a experimenta o nos lugares de aprendizado e de sociabilidade da crian a orientava um modo de ensinar renovado fazendo uso em larga escala da educa o dos sentidos Profa Ms Herc lia Maria Fernandes Universidade Federal de Campina Grande Para ba Centro de Forma o de Professores Cajazeiras Para ba Unidade Acad mica de Educa o Doutoranda do Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal Grupo de Pesquisa Estudos Hist ricos Educacionais
6. ABRUCIO Fernando Luiz FRANZESE Cibele Federalismo e pol ticas p bli cas o impacto das rela es intergovernamentais no Brasil In ARA JO Maria de F tima Infante BEIRA Ligia Org T picos de economia paulista para gestores p blicos S o Paulo Edi es FUNDAP 2007 din mica federativa da educa o brasileira diagn stico e pro postas de aperfei oamento In OLIVEIRA Romualdo Portela de SANTANA Wagner Org Educa o e federalismo no Brasil combater as desigualda des garantir a diversidade Bras lia UNESCO 2010 ABR CIO Fernando Luiz A coordena o federativa no Brasil a experi ncia do per odo FHC e os desafios do governo Lula Revista Sociologia e Pol tica Curitiba n 24 p 41 67 jun 2005 ALMEIDA Maria Herm nia Tavares Federalismo democracia e governo no Brasil ideias hip teses e evid ncias Revista Brasileira de Informa o Bibliogr fica em Ci ncias Sociais S o Paulo n 51 p 13 34 jan jun 2001 ANDERSON George Federalismo uma introdu o Tradu o Ewandro Magalh es e F tima Guerreiro Rio de Janeiro FGV 2009 ARA JO Gilda Cardoso de Direito educa o b sica a coopera o entre os entes federados Retratos da Escola Brasilia v 4 n 7 p 231 241 jul dez 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 6 68 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate AR
7. HEAP James What counts as reading Limits to certainty in assessment Curriculum Inquiry Toronto v 10 n 3 p 265 292 1980 A situated perspective on what counts as reading In BAKER Carolyn LUKE Allan Ed Towards a critical sociology of reading pedagogy Philadelphia John Benjamins 1991 HERAS Ana In s The construction of understanding in a six grade bilingual class Linguistics and education an international research journal Nashville v 5 n 3 4 p 275 299 1993 Living bilingual interacting in two languages an ethnographic and sociolinguistic study of a fourth grade bilingual classroom Unpublished doctoral dissertation University of California Santa Barbara 1995 IRENE Di rio de campo Santa Barbara EUA 4 set 1993 JENNINGS Louise B Reading the world of the classroom through ethnographic eyes The California Reader long Beach v 31 n 4 p 11 15 1994 Challenges and possibilities of Holocaust Education and critical citizenship an eth nographic study of a fifth grade bilingual class revisited Prospects Quarterly Review of Comparative Education UNESCO v 40 n 1 p 35 56 2010 JENNINGS Louise B PATTENAUDE Irene Oye y escucha mi voz Hear and see my voice Responding to intolerance and genocide Multicultural Perspectives Philadelphia v 1 n 1 p 30 36 1999 JENNINGS Louise PARRAMEDINA Deborah MESSIAS DeAnna MCLOUGHLIN Kerry Toward a theory of critical
8. Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 149 150 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o derivou uma sobrecarga de trabalho para coordenadores e professores Os docentes tiveram que produzir mais e assumir novas atribui es e deman das decorrentes do fato de terem se tornado Programas de Excel ncia Essas demandas se refletem numa maior auto cobran a na multiplica o de pesquisadores e institui es que prop em parcerias no aumento das tarefas designadas aos coordenadores como a divulga o da experi ncia em outros programas a administra o dos recursos do Proex e o preenchimento do Coleta Capes As quest es ticas implicadas no modelo tamb m se revelam nas falas dos entrevistados que se questionam tanto sobre o ritmo de trabalho que preci sam manter e imprimir aos programas que coordenam para conseguir atingir as metas de produ o acad mica como sobre suas consequ ncias no plano da subjetividade docente Nas entrevistas os coordenadores revelaram enfrentar dilemas morais e emocionais no cotidiano dos seus programas como formas de resist ncia cultura da performatividade Trata se de questionamentos ticos que alguns deles encetam a sua pr pria pr tica profissional que em muitos casos se expressam no cuidado evidenciado na abordagem dos docentes sem produ o 4 Outro ponto de converg ncia na gest o do
9. Igualdade no status das 9 Escrita dos nomes era es para os pr prios duas l nguas com alitera o oa em espanhol ou em Conhecimento pessoal Vota o para es 98 valorizado na atividade colha do lugar onde Dicion rios e membros acad mica sentar da turma s o usados Conhecimentos pessoal Apresenta es in COMO Tecursos e acad mico relaciona dividuais atrav s do Alunos votam se ir o se dos jogo E no ch o ou nas ca Responsabilidade com eiras partilhada pela apren izagem Constru o social do significado atrav s da ex peri ncia Responsabilidade com partilhada pelos procedi mentos da sala de aula Individualidade dentro da comunidade 30min DEFININDO Discuss o com o vizinho Conhecimento pessoal p escrita da detini o de co valorizado na atividade COMUNIDADE ta da def d lorizad tividad Escrita da defini o munidade em espanhol ou acad mica de comunidade no em ingl s Diversidade de respostas caderno Volunt rios leem a valorizada Tempestade de idei de fn o na lingua que Conhecimento pessoal asing sobre os dife Preferem valorizado como conheci rentes significados Professora resume as mento acad mico de is es NO qe em Conhecimento din mi ngies Sem Spon co sujeito a revis es a Alunos revisam OS Responsabilidade por etimi es considerar diversos pontos de vista Constru o social do significado atra
10. Os conv nios tanto com estados como com munic pios foram firma dos por interm dio da elabora o local do PAR por meio do qual os gestores estaduais e municipais firmam o compromisso para a promo o de um conjunto de a es para a melhoria do Ideb e se responsabilizam pela concretiza o das metas estabelecidas pelo governo federal FERNANDES GREMAUD 2009 Nesse cen rio a avalia o configurou um meio essencial para sub sidiar a formula o reformula o e monitoramento de pol ticas p blicas e programas de interven o ajustados s necessidades diagnosticadas pelo Saeb na realidade das escolas brasileiras Ao produzir informa es sobre o contexto socioecon mico cultural e escolar dos alunos a avalia o traz tona a realidade dos processos de ensino e aprendizagem e as condi es pelas quais se desenvolvem visando sempre qualidade educativa BRASIL 2007 O Ideb foi muito questionado pelos seus limites como nico indica dor de qualidade pois os usos de seus resultados precisam levar em conta o significado da avalia o externa no sentido de intervir de fato na realidade analisada considerando a melhoria da qualidade do ensino e a responsabiliza o de todos os envolvidos no processo educacional De acordo com a l gica governamental poss vel perceber que por meio de uma pol tica regulat ria o governo federal objetiva desenvolver compet ncia t cnica e cient fica na rea da ava
11. RAFOTH Bennett RUBIN Donald Ed The social construction of written communication Norwood NJ Ablex 1988 SANTA BARBARA CLASSROOM DISCOURSE GROUP Special Issue Linguistics and educa tion an international research journal Nashville 1993 v 4 GREEN Judith DIXON Carol LIN Lichu FLORIANI Ana amp BRADLEY Mimi Constructing literacy in classrooms literate action as social accomplishment In MARSHALL Hermine Ed Redefining student learning roots of educational change Norwood NJ Ablex 1992a SCHWEBER Simone What happened to their pets third graders encounter the Holocaust Teachers College Record 2008 SHOR Ira Empowering education critical teaching for social change Chicago University of Chicago Press 1992 SHORT Geoffrey Holocaust education and citizenship a view of Unioted Kingdom In M leicester C Modgil amp S Modgil Ed Politics Education and Citizenship London Falmer p 2 23 2000 SHORT Kathy HARSTE Jerome BURKE Carolyn Creating classrooms for authors and inquirers 2nd ed Portsmouth NH Heinemann 1996 SPRADLEY James Participant observation New York Holt Rinehart and Winston 1980 SUPPLE Carrie From prejudice to genocide learning about the Holocaust Revised Edition Stoke on Trent United Kingdom Trentham Books 1998 TOTTEN Samuel Holocaust education issues and approaches Boston Allyn amp Bacon 2002 TRINETTA Di rio
12. es digi ta o em word for windows margem direita superior inferior 2 5 cm margem esquerda 3 0 cm fonte Century Gothic no corpo 12 com espa camento entre linhas 1 5 cm Nas cita es a partir de quatro linhas o espa amento simples e a fonte 11 O artigo In dito portugu s ou espanhol entre 25 e 30 laudas deve incluir resumo em portugu s ingl s e espanhol em torno de 10 dez linhas ou 100 cem palavras com indica o de tr s palavras chave em cada idioma O s autor es deve m apresentar uma declara o de que o artigo real mente In dito Na primeira p gina figurar o t tulo em portugu s ingl s e espanhol antes de cada resumo negrito e caixa baixa autoria s institui o O t tulo dever conter no m ximo 100 cem caracteres com espa o Cada artigo poder ter no m ximo tr s 3 autores todos pertencentes a grupos de pesquisas Exigem se que pelo menos um dos autores tenha o t tulo de doutor exigido o t tulo de doutor para o autor cujo artigo n o teve a participa o de outrem Esse autor precisa tamb m ser integrante de um grupo de pesquisa A titula o do autor institui o cidade da institui o rg o de lota o e mail grupo de pesquisa a que pertence devem constar no final do texto ap s as refer ncias 10 Escrever o sobrenome dos autores citados no corpo do trabalho Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez
13. es constituem se mais em obst culos epistemol gi cos do que em pontos de partida efetivos para a constru o do conhecimento cient fico Os exemplos das caracter sticas a seguir tamb m s o extra dos dos obras dos autores Outro exemplo de imediaticidade e de acriticidade que pode ser agregado ao exemplo dos autores quando um sujeito julga adequado o consumo da gua de um rio ou de uma fonte pelo seu aspecto l mpido ou cristalino conformando se com a apar ncia e com os conhecimentos sensoriais ao passo que na ci ncia a gua submetida a uma an lise para identificar a sua potabilidade Vale destacar ainda que ele se apresenta como resto ou res duo de conhecimentos cient ficos ultrapassados Para favorecer o acesso dos componentes das classes populares ao conhecimento cient fico necess rio captar o est gio l gico processual do grupo em quest o as caracter sticas do seu senso comum e o conte do que os sustenta Na interpreta o do autor o conceito filos fico do senso comum por exemplo surgiu no s culo XVIII ligado ao combate ideol gico da burguesia contra o irracionalismo do mundo feudal Quando a burguesia conquistou o poder o senso comum perdeu as caracter sticas da raz o e da prud ncia que mantinha at ent o tornando se superficial e ilus rio SANTOS 1989 As ideias de autonomia da ci ncia cl ssica e de desinteresse do conhecimento cient fico n o se sustentam para Santos 2
14. es de ofertas diferenciadas em todos os n veis educacionais aprofun dando as desigualdades nessa rea Nos ltimos anos particularmente ap s a Constitui o Federal de 1988 foram adotadas medidas pelo governo bra sileiro para formatar um regime de federalismo cooperativo Com esse intuito foram elaborados marcos normativos e programas para garantir o direito Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 43 44 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate educa o e instituir um Sistema Nacional de Educa o que funcione como mecanismo articulador do regime de colabora o Este artigo se prop e portanto a desenvolver uma reflex o circunstan ciada sobre o federalismo buscando compreender os seus marcos conceituais assim como a sua configura o no Brasil e as repercuss es para a rea de educa o O artigo est organizado em tr s partes A primeira desenvolve uma reflex o conceitual sobre federalismo com destaque para tr s de suas dimens es rela es intergovernamentais regime de colabora o e coordena o federativa a segunda discute aspectos do federalismo no Brasil focando o debate sobretudo a partir da Constitui o Federal de 1988 a terceira busca compreender como se configuram as estrat gias do federalismo no campo da educa o no Brasil evidenciando as principais iniciativas governa mentais cujo objetivo consiste em mel
15. es relativas aos dados educacionais e demogr ficos da unidade Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi federada municipio ou estado ou Distrito Federal Desse modo a equipe de elabora o do PAR tem em m os uma s rie de dados atualizados referente ao perfil de suas respectivas popula es e redes de ensino taxa de escolari za o taxa de analfabetismo indice de desenvolvimento da inf ncia Indic de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb resultado na Prova Brasi no Exame Nacional do Ensino M dio Enem n mero de escolas e n mero d matr culas por modalidade e etapa de ensino n mero de fun es docentes principais atividades econ micas trajet ria hist rica entre outros Na verdade um conjunto de 23 tabelas que sintetizam essas informa es n DO OD Em seguida ainda no processo de constru o do diagn stico da reali dade em processo de planejamento s o propostas quinze quest es chamadas de pontuais e que envolvem os seguintes aspectos exist ncia e forma de regulamenta o do sistema plano conselho municipal ou estadual ou dis trital de ensino do Comit Local do Compromisso Todos Pela Educa o do Conselho do Fundeb do Conselho Escolar do rg o respons vel pela ges t o dos recursos de manuten o e desenvolvimento do ensino quantidade e depend ncia administrativa
16. o de esfor os dos entes federados Ampliaram se dessa forma os compromissos da Uni o com os Estados Munic pios e Distrito Federal aplicando se os princ pios federativos para fortalecer o regime de colabora o na pol tica educacional Assim a tend ncia seria corrigir distor es inclusive as desigualdades nas rela es pol ticas intra e interregional Ao assinarem o Plano de Metas os governos subnacionais aderiram pol tica que o consolidou ou seja o Plano de A es Articuladas PAR que deveria ser elaborado e implementado em sua primeira edi o 2007 2011 Naquele momento o Brasil ingressava portanto em uma fase de crescimento econ mico implementando pol ticas principalmente de redu o das desigualdades a exemplo do Programa Fome Zero ganhando assim visibilidade no cen rio internacional ANDERSON 2011 Em educa o um conjunto de medidas decorrentes da Uni o impulsionou a din mica do pla nejamento para atender inclusive s demandas do capital As pol ticas eram orientadas por princ pios neoliberais e neoconservadores Nesse contexto a educa o adquiriu centralidade por representar a base para o desenvolvimento dos processos cient ficos e tecnol gicos que funcionam como motores das for as produtivas Regulada pelo mercado e pau tada nos pressupostos da nova gest o p blica adotou as teorias e as t cnicas gerenciais pr prias do campo da administra o de empresas O modelo de
17. o local OLIVEIRA 2005 p 763 Diante da falta de defini es claras da a o do Estado no sentido de contribuir com a transforma o da realidade das escolas com problemas o que vem ocorrendo justamente a deturpa o do sentido da avalia o sendo explicitada como avalia o da institui o atribuindo unicamente a ela as responsabilidades pelo seu sucesso ou fracasso Nesse contexto os resultados s o utilizados para a pr tica do ranqueamento das institui es o que constitui o grande problema da avalia o sist mica na atualidade No entanto n o obstante as limita es apontadas pelos estudiosos do campo educacional como Freitas 2007 2011 Saviani 2009 entre outros a cria o de um indicador nacional pode mobilizar n o somente a pol tica fede ral de educa o mas tamb m todos os entes federados al m de possibilitar o acompanhamento do desempenho educacional em mbito nacional estadual municipal e de cada escola na busca da melhoria da qualidade da educa o Entretanto os usos desses resultados precisam levar em conta o significado da avalia o externa no sentido de intervir na realidade analisada tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino e a responsabiliza o de todos os envolvi dos no processo educacional da base ao topo como preconiza o PDE Nessa perspectiva o Plano de A es Articuladas PAR e o Ideb s o considerados os principais elementos para consolida o do
18. 75 Total 793 2 131 2 924 725 2 646 3 371 Fonte Microdados do Censo Escolar 2007 e 2012 Inep MEC Em 2007 havia 09 nove fun es docentes exercidas por professores com ensino fundamental No que diz respeito s fun es docentes exercidas por docentes com ensino m dio obtido em cursos de magist rio ou normal em 2007 eram ao todo 2 046 duas mil e quarenta e seis e 107 cento e sete fun es docentes exercidas por professores com ensino m dio no ano de 2012 ainda havia 1 635 um mil seiscentos e trinta e cinco fun es docentes exercidas por professores com ensino m dio sendo a grande maioria das fun es ae exercidas por professores que cursaram o Magist rio ou Ensino Normal 1 633 um mil seiscentos e trinta e tr s n mero ainda significativo Sobre as fun es docentes exercidas por docentes com n vel superior eram 312 trezentas e doze em 2007 sendo que apenas 12 doze obtidas em curso superior que n o cursos de licenciatura No ano de 2012 foram identifi cadas 1 628 um mil seiscentos e vinte e oito fun es docentes exercidas por Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 176 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par docentes com n vel superior apenas 12 doze obtidas em curso superior que n o cursos de licenciatura No ano de 2012 no que diz respeito s fun es docentes nos anos iniciais do Ensino Fundament
19. A dita Junta em que Eu presido depois de bem informada fez formar as Instru es que com esta foram presentes a Vossa Excel ncia parecendo lhe ser as mais pr prias segunda as circunst ncias e dist ncias do Pa s com as quais estou persuadido haver uma inteira e perfeita arrecada o prin cipiando a cobran a no primeiro dia do segundo quartel do presente ano porque assim foi ordenado aos Ouvidores das Comarcas deste Governo Sirva se Vossa Excel ncia de participar esta not cia a Sua Majestade para o dito Senhor determinar o que for mais conforme com as suas Reais Inten es Recife Pernambuco 30 de mar o de 1774 Ilmo Exa Sr Martinho de Mello e Castro Manoel da Cunha Documento 2 Instru es que a Junta da Administra o e Arrecada o da Fazenda Real de Pernambuco pareceu conveniente distribuir aos Ouvidores das Comarcas para regular a pronta arrecada o do Subs dio Liter rio na confor midade da Real Carta de data de 17 de outubro de 1773 Cap tulo 1 Pelo que respeita os Ouvidores 1 A Sua Majestade foi presente que para melhor arrecada o dos Rendimentos da coleta que novamente estabeleceu pela Lei de 10 de novem bro de 1772 serlhe indispensavelmente necess rio o incumbir a inspe o das sobredita arrecada o da Junta da Sua Fazenda para debaixo das dire es estas executarem os Ouvidores das Comarcas todas as provid ncias e instru es que a dita Junta lhes dirigir nestes termos
20. Grupo de Pesquisa Pol tica e Gest o da Educa o E mail cabraln ufrnet br Profa Dra Alda Maria Duarte Ara jo Castro Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Fundamentos e Pol ticas da Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Grupo de Pesquisa Pol tica e Gest o da Educa o E mail alda utrnet br Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate Profa Dra Maria Goretti Cabral Barbalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Fundamentos e Pol ticas da Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Grupo de Pesquisa Pol tica e Gest o da Educa o E mail gorettic utrnet br Recebido 10 nov 2014 Aceito 10 fev 2015 12 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bianchetti Universidade Federal de Santa Catarina Resumo As recentes discuss es epistemol gicas e te rico metodol gicas sobre o conceito de interdisciplinaridade e seus correlatos favorecem o levantamento da pro blem tica de conceber e estabelecer rela es democr ticas e plurais entre os saberes comum e cient fico tantas vezes apresentadas como antag nicas ou hierarquizadas Objetiva se aqu
21. Revista Educa o em Quest o v 50 n 36 set dez 2014 Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte ISSN 0102 7735 Revista Educa o em Quest o Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte ISSN 0102 7735 Revista Impressa ISSN 1981 1802 Revista On line EN Editora da UFRN WE Natal RN v 50 n 36 set dez 2014 Revista Educa o em Quest o Publica o Quadrimestral do Centro de Educa o e do Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte ngela Maria Paiva Cruz Diretora do Centro de Educa o M rcia Maria Gurgel Ribeiro Coordenadora do Programa de P s Gradua o em Educa o Alda Maria Duarte Ara jo Castro Comit Cient fico Adair Mendes Nacarato USF Ana Chrystina Ven ncio Mignot UERJ Ana Maria lorio Dias UFC Ant nio Gomes Ferreira Universidade de Coimbra Carlos Henrique Carvalho Universidade Federal de Uberl ndia Dalila Andrade Oliveira UFMG Daniel Hugo Su rez Facultat de Filosofia y Letras Universidad de Buenos Aires Elizeu Clementino de Souza UNEB Elsa Lechner Universidade de Coimbra Jo o Ferreira de Oliveira UFG Jo o Maria Valen a de Andrade UFRN Luc dio Bianchetti UFSC Karl Michael Lorenz Sacred Heart University
22. es do sector p blico o gestor O prop sito da devo lu o pagamento dos professores de acordo com desempenho Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi fiETS como refere a OCDE encorajar os gestores a centrarem a sua ac o nos resultados dando lhes flexibilidade e autonomia no uso de recursos humanos e financeiros BALL 2002 p 6 No caso dos programas de excel ncia os coordenadores s o chamo dos a tra ar metas e a cuidar do desempenho dos seus programas ao mesmo tempo que devem assumir a responsabilidade pelo gerenciamento dos recur sos financeiros concedidos no mbito do Programa de Excel ncia Acad mica Proex levando em considera o os crit rios e as orienta es da Capes O conceito de campo cient fico de Bourdieu tamb m foi uma refe r ncia fundamental para a pesquisa que deu origem a este artigo Segundo Bourdieu 1983 o conceito designa o lugar da luta concorrencial pelo mono p lio da compet ncia cient fica isto da capacidade de falar e de agir de maneira autorizada e com autoridade Conven es desse campo fazem com que os julgamentos sobre a capacidade t cnica de algu m estejam sempre perpassados pelo conhecimento da posi o que essa pessoa ocupa nas hie rarquias do campo Em raz o disso as pr ticas cient ficas s o orientadas para a aquisi o de autoridade e n o h
23. es e suba es do PAR do Munic pio de Mossor referentes avalia o da aprendizagem An lise das proposi es de avalia o no PAR em Mossor RN O discurso governamental sobre avalia o e monitoramento das pol ticas p blicas prioriza a melhoria dos servi os como direito educa o com qualidade Constitui se em um desafio a ser enfrentado pois os governos consideram que n o existem recursos financeiros suficientes para atender s demandas desse campo Nesse argumento identificam se contradi es visto Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz que esses recursos s o alocados em tempo h bil para os setores rent veis ao capital a exemplo de grandes obras que interessam s empreiteiras Os servi os sociais no entanto trope am na aloca o de recur sos financeiros principalmente porque falta vontade pol tica por parte dos dirigentes para resolver problemas de educa o sa de habita o sanea mento b sico transporte p blico esporte e lazer Inversamente a essa l gica para tornar a gest o p blica eficiente o planejamento e a avalia o deve riam ser compat veis com os problemas e as a es p blicas seriam eficazes alcan ando resultados positivos Esses atributos s ser o concretizados se as demandas decorrentes desse campo integrarem a
24. escolha cient fica que n o seja uma estra t gia pol tica de investimento objetivamente orientada para a maximiza o do lucro cient fico no sentido do reconhecimento dos pares Segundo o autor As transforma es do campo cient fico baseiam se na estrutura de distribui o do capital cient fico e se manifestam em estrat gias de conserva o e subvers o dessa mesma estrutura Nesse sentido os investimentos dos pesquisadores dependem da import ncia do seu capital atual do potencial de reconhecimento e de sua posi o atual e potencial no campo o que faz com que as ambi es cien t ficas sejam tanto mais altas quanto mais elevado o capital em termos de reconhecimento BOURDIEU 1983 p 127 A distribui o do capital cient fico ocorre por meio da luta pela legiti midade entre agentes desigualmente dotados de capital espec fico que op e dominantes e dominados novatos Segundo Bourdieu 1983 os dominan tes consagram se as estrat gias de conserva o visando perpetua o da ordem cient fica Essa ordem n o se reduz ci ncia oficial mas abrange o conjunto das institui es encarregadas de assegurar a produ o e a circula o dos bens cient ficos bem como a circula o e a reprodu o dos produtores e consumidores desses bens ou seja o sistema de ensino como um todo Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 131 132 Artigo Avalia o e
25. o Quando explicam os motivos e as vantagens que percebem nessa fun o o valor simb lico do cargo sobressai na forma de uma maior visibilidade acad micae dasoportunidades de articula o pol tica O programa considerado de excel ncia passa a ser visto como uma refer ncia O reconhecimento da autoridade desses programas ficou eviden ciado nas falas dos entrevistados quando mencionam que o fato de terem se tornado Programas de Excel ncia abriu portas dentro e fora de suas institui es Ao passar a fazer parte do seleto grupo dos programas de excel n cia eles ingressam em um c rculo virtuoso que envolve uma melhor avalia o melhores condi es materiais mais recursos financeiros melhores possibilido des de sele o de docentes e discentes mais e melhores produtos o que por sua vez resulta na obten o das melhores notas na Avalia o da Capes H necessidade tamb m de registrar a identifica o pela pesquisa de formas de resist ncia cultura da performatividade que passam por uma reinterpreta o ativa da pol tica pelos programas Isso pode percebido no entendimento que os coordenadores t m do que seja um Programa de Excel ncia eles se mostram cientes da defini o que a Capes confere a essa express o sem no entanto deixar de manifestar e de operar um entendimento pr prio Nessa pauta s o valorizados aspectos como a tradi o do programa e do corpo docente o v nculo com movimentos sociais a
26. Afro Brasileira e d outras provid ncias Dispon vel em https www planalto gov br cci vil 03 1eis 2003 110 639 htm Acesso em 12 07 2014 Lei n 11 494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB de que trata o art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias altera a lei no 10 195 de 14 de fevereiro de 2001 revoga dispositivos das Leis nos 9 424 de 24 de dezembro de 1996 10 880 de 9 de junho de 2004 e 10 845 de 5 de mar o de 2004 e d outras provid ncias Disponivel em http www planalto gov br ccivil_03 _ ato2007 2010 2007 ei 11 1494 htm Acesso em 12 set 2011 Plano de desenvolvimento da educa o raz es princ pios e programas Brasilia Minist rio da Educa o 2007a Lei n 10 172 de 9 de janeiro Plano Nacional de Educa o PNE Dispon vel em http www planalto gov br ccivil LEIS LEIS 2001 L10172 htm gt Acesso em 12 jul 2014 Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 Disp e sobre a implementa o do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o pela Uni o Federal em regime de colabora o com Munic pios Distrito Federal e Estados e a participa o das fam lias e da comunidade mediante programas e a es de assist ncia t cnica e financeira visando a mobiliza o social pela melhoria da qualidade da educa o b sica Di rio Oficial da R
27. Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez 2014 255 Normas 256 LOURENCO FILHO Manuel Bergstr m Antecedentes e primeiros tempos do INEP Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Rio de Janeiro v 42 n 95 p 8 17 jul set 1964 Tese e dissertacao ALMEIDA Stela Borges de Educa o hist ria e imagem um estudo do col gio Ant nio Vieira atrav s de uma cole o de negativos em vidro dos anos 20 30 1999 284f Tese Doutorado em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal da Bahia Salvador 1999 SOUZA Jos Nicolau de As lideran as comunit rias nos movimentos de educa o popular em reas rurais uma quest o desvendada 1988 3171 Disserta o Mestrado em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal 1988 Monografia MOREIRA Keila Cruz Grupos escolares modelo cultural de organiza o superior da instru o prim ria Natal 1908 1913 Natal 1997 59 f Monografia Especializa o em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte 1997 Trabalho apresentado em congresso ARA JO Marta Maria de MEDEIROS NETA Olivia Morais de FIGUEIREDO Franselma Fernandes Or culols de vida terrena e post mortem Caic Rn s culo XIX In CONGRESSO INTERNACINAL SOBRE PESQUISA AUTO BIOGR FICA 3 2008 Natal Anais Natal Unive
28. Opondo se s recompensas epuni es escolares por ela con cebidos carteira escolar da alma defende com veem nciaa liberdade comoprinc pio norteador do modo de educar A reforma da escola permitiria o livre desenvolvimento da atividade da crian a para assim se exercitar uma pedagogia cient fica O educador observador da humanidade de alma m stica e cient fica aprenderia com acrian a a se aperfei oar como educador Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 248 252 set dez 2014 Resenha Hercilia Maria Fernandes Marta Maria de ee Em Antecedentes do m todo Maria Montessori sereferencia no m todofisiol gico de Edouard S guin educa o das crian as mental mente deficientes Atenta aos fundamentos da Psicologia da Higiene e da Antropologia principalmente adverte queo m todo educativo s crian as normais estava por delimitar se Os estudos sobre acrian a em si n o consis tiamem uma pedagogia cient fica por aus ncia de compreens o da atividade infantil ou de um novo modo de educar O M todoExperimental deveria pautarse na observa o das livres express es das crian as em ambiente esti mulador capaz de fazer descobrir a sua verdadeira psicologia No cap tulo O ambiente MariaMontessori defendea cria o de um ambiente escolarque permita a observa o met dica do crescimento morfol gico dos alunos p
29. Org Reforma do Estado e administra o p blica gerencial 7 ed Rio de Janeiro Editora da FGV 2005 ANDERSON Perry O Brasil de Lula Novos Estudos S o Paulo n 91 p 23 52 nov 2011 ARREDONDO Santiago Castillo DIAGO Jes s Cabrerizo Avalia o educacional e pro mo o escolar Tradu o Sandra Martha Dolinsky Curitiba IBPEX S o Paulo UNESP 2009 AZEVEDO Janete M Lins de A educa o como pol tica p blica Campinas Autores Associados 2003 AZEVEDO S rgio de Pol ticas P blicas discutindo modelos e alguns problemas de implemen ta o In SANTOS J NIOR Orlando Alves dos CHRISTOV O Ana Carolina NOVAES Patr cia Ramos Org Pol ticas p blicas e direito cidade programa Interdisciplinar de for ma o de agentes sociais e conselhos municipais Rio de Janeiro Letra Capital Observat rio da Metr poles IPPUR UFRJ 201 1 Caderno Did tico Dispon vel em lt http observatorio dasmetropoles net download miolo livro curso baixada pdf gt Acesso em 2 dez 2013 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz AZZI Sandra Avalia o e progress o continuada In AZZI Sandra Coord Avalia o do desempenho e progress o continuada projeto de capacita o de dirigentes Belo Horizonte SMED 2001 BARROSO Jo o O Estado a e
30. UFRN CINPg Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Forma o Auto Biografia e Representa es GRIFAR UFRN CNPg E mail fernandeshercilia hotmail com Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 248 252 set dez 2014 25 Resenha Subjetividade e produ o de singularidades na forma o docente Profa Dra Marta Maria de Ara jo Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal Departamento de Fundamentos e Pol ticas da Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o L der do Grupo de Pesquisa Estudos Hist ricos Educacionais UFRN CINPg Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Forma o Auto Biografia e Representa es GRIFAR UFRN CINPa E mail martaujo uol com br 252 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 248 252 set dez 2014 Normas Normas gerais para publica o na Revista Educa o em Quest o 4 General rules for publications in the Education in Question Magazine Normas A Revista Educa o em Quest o um peri dico quadrimestral do Centro de Educa o e do Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Peri dico de acesso aberto publica artigos in ditos de Educa o resultantes de pes quisa cientifica al m de resenhas de livros e documentos hist ricos O artigo em conson ncia com o que prescrevem estas Normas Gerais configurado para papel A4 observando as seguintes indica
31. a qual a de perdimento do dito g nero e para facilitar as den ncias concederam aos denunciantes metade do que se apreender porque a outra metade fica a benef cio da coleta Adverte se por m que feita a apreens o em alguma por o de gua ardente deve o Recebedor logo dar parte a C mara porque sem ordem desta n o dar o a metade que toca ao Denunciante nem venderam a outra parte que resta a benef cio da dita coleta Cap tulo 4 Dos tempos em que se devem dar contas 81 Os Recebedores tanto pelo que respeita as carnes como as gua ardentes que morarem no recinto de dez l guas das suas respectivas C maras dar o conta nas mesmas todos os meses e os que morarem em maiores distancias das ditas dez l guas declaram de tr s em tr s meses na mesma conformidade entregando nos cofres das C maras os dinheiros que tiverem cobrados e conclu das as ditas contas se far no caderno termo de ajustadas pelo Escriv o da respectiva C mara e sem perda de tempo extra ra dos livros duas certid es uma pelo que respeita as guas ardentes outra as carnes cujas as certid es as devem levar ao Ouvidor com o dinheiro que tiverem cobrado segundo a import ncia das mesmas As ditas certid es h o de ser extra das na forma que a figura n 5 aponta 82 No fim de cada um ano todos os Livros e cadernos dos manifestos ser o remetidos a contadoria desta Junta para na mesma se examinarem e conferirem com as certid es apontadas para depoi
32. administra o gerencial foi implantado na esfera p blica na d cada de 1980 pelos governos conservadores da Gr Bretanha e Estados Unidos passando Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz a partir de ent o a influenciar a reforma administrativa dos Estados na o demandando cont nuas adequa es decorrentes das cr ticas que tem suscitado ABRUCIO 2005 Essa estrutura te rica da nova administra o p blica embasou a reforma administrativa do Estado brasileiro e consequentemente dos servi os educacionais desde a d cada de 1990 objetivando flexibiliz los e agiliz los Seguindo essa l gica a Uni o transferiu para os demais entes federados a responsabilidade pela implementa o das pol ticas educacionais formuladas nessa inst ncia regulando as a dist ncia sob diversas formas de acompanha mento controle e avalia o A execu o das metas compartilhada de forma colaborativa de modo que os entes federados institui es p blicas e privadas bem como grupos sociaisjatuem com relativa autonomia O Plano de A es Articuladas 2007 201 1 201 1 2014 obedece aos princ pios gerenciais na forma de contratualiza o que conforme Formosinho Fernandes e Machado 2010 envolve entidades respons veis pela educa o p blica universidades escolas e
33. com a Lei n 2 717 de 27 de dezembro de 2010 que institui a pol tica de responsabilidade educacional no munic pio Tomamos o PAR de 2011 2014 como refer ncia para verificar as mudan as transcorridas no primeiro PAR e as demandas subsequentes Discutindo sobre a an lise documental L dk e Andr 1986 p 39 a consideram uma fonte poderosa de onde podem ser retiradas evid ncias que fundamentam afirma es e declara es do pesquisador e dos pesquisa dos Representam ainda uma fonte natural de informa o Esta pesquisa possibilitou a apropria o do ambiente emp rico para que pud ssemos apre ender e analisar a din mica de implementa o dessa pol tica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 101 102 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Proposta de avalia o do PAR pol tica p blica do Estado brasileiro As pol ticas p blicas constituem se em um campo de estudo multidisci plinar poliss mico centrado na natureza e nos processos das a es p blicas Os estudos de Azevedo 2011 Azevedo 2003 Souza 2003 as definem como a es do Estado ou de organismos externos visando resolu o de problemas socioecon micos que afetam um determinado segmento da populo o Em face da realidade social e pol tica das mudan as no papel do Estado e da nova gest o p
34. dos processos democr ticos participar do di logo a respeito de socieda des justas e igualit rias bem como da cria o e manuten o delas Por m iniciamos este artigo pelo final ao inv s do in cio O conte do acad mico do projeto de estudos forneceu aos alunos oportunidades de abordar os significa dos de diversidade responsabilidade e sociedades justas e democr ticas importante ressaltar que tais significados tamb m foram tacitamente enfatizados por meio das demandas sociais e acad micas MEHAN 1979 das pr ticas pedag gicas ao longo do ano letivo JENNINGS PATTENAUDE 1999 Neste estudo etnogr fico interacional o foco recai sobre a constru o social de pr icas de sala de aula que sustentaram a responsabilidade democr tica e a participa o Especificamente analisam se os primeiros quatro meses letivos para demonstrar o car ter democr tico das pr ticas acad micas da Sala 18 Ser feita uma reflex o sobre como essas pr ticas abriram oportunidades espe c ficas para os alunos aprenderem acerca da responsabilidade individual e coletiva nas comunidades democr ticas Ao longo da an lise ser destacado o papel do professor na coconstru o dessas pr ticas com seus alunos Este trabalho poder contribuir para v rias reas de estudo rela cionadas educa o para a diversidade e a justi a social Pesquisas v m sendo realizadas no sentido de os educadores procurarem ajudar os alunos Revis
35. ent o valida os conheci mentos pessoais dos alunos e busca promover conex es entre conhecimento pessoal e acad mico O conhecimento pessoal inclui o conhecimento que os alunos constroem ao atribuir sentido aos seus universos sociais e culturais Aos 15 alunos tamb m s o oferecidas oportunidades para que possam construir social mente significados a partir de experi ncias atrav s das quais se apropriam 4 ativamente em vez de receberem informa es passivamente em um modelo banc rio de educa o FREIRE 1970 A diversidade de perspectivas res peitada e incentivada como um recurso para a constru o do conhecimento Al m disso os membros compartilham a responsabilidade pela cria o e amplia o do conhecimento Pr ticas democr ticas em salas de aula tamb m asseguram que as rela es sociais sejam justas e que os aspectos pessoais sociais e culturais de seus membros sejam valorizados e apreciados Tais pr ticas em salas de aula s o tamb m academicamente rigorosas e pessoalmente significativas Conceituadas dessa forma a constru o de conhecimento e de aprendi zagem bem como o compartilhamento democr tico n o priorizam nem a comunidade sobre o indiv duo nem o indiv duo sobre a comunidade Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 16 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Uma pe
36. es escolares adequadas para a concretiza o das atividades pedag gicas e que incluem a valoriza o do professor a democratiza o da gest o com participa o ativa da comunidade escolar a avalia o perma nente dentre outros aspectos que devem ser articulados politicamente Parte se do entendimento de que a politica de forma o de professo res vital para a consolida o de um processo educacional com qualidade de forma cr tica como visto abaixo A escola uma institui o que desempenha fun es de regula o social e de sele o numa sociedade na qual as conquistas em mat ria de igualdade liberdade e justi a s o assunto de discuss o a pr tica docente pode incluir dentro de sua pr pria reflex o e a o a forma em que estes valores pol ticos se realizam CONTRERAS 2002 p 81 De um lado o contexto contradit rio que marca o sistema educacio nal decorrente das sucessivas crises do sistema capitalista traz repercuss es importantes nas institui es educacionais incluindo a forma o de professores Por outro lado esse contexto instiga os profissionais docentes para que se organizem em categorias e lutem por suas condi es de trabalho e melhor qualifica o profissional Essas lutas se pautam na necessidade de superar uma forma o centrada na racionalidade t cnica que marca projetos programas e planos respaldados pelas pol ticas educacionais Essas propostas costumam incen tivar um
37. gica numa perspectiva interdisciplinar Dispon vel em Bhtto www ufpi edu br subsiteFiles ppged arquivos files eventos 2006 9t3 GT3 2006 08 P DF Acesso em 20 out 2012 SOUZA Sandra Z kia Lian OLIVEIRA Romualdo Portela de Pol ticas de avalia o da educa o e quase mercado no Brasil Educa o amp Sociedade Campinas v 24 n 84 p 873 895 2003 ISSN Dispon vel em http dx doi org 10 1590 S0101 7330200300030000 Acesso em 16 out 2012 VASCONCELLOS Celso dos Santos A constru o do conhecimento em sala de aula S o Paulo Cadernos Pedag gicos do Libertad 2 1994 VEIGA Ilma Passos Alencastro A pr tica pedag gica do professor de did tica Campinas Papirus 1989 TELES Fabricia Pereira IBIAPINA Ivana Maria Lopes de Melo Pr tica pedag gica na educa o infantil breve panorama hist rico 2009 Dispon vel em http 2mww ufpi br subsiteFiles ppged arquivos files eventos evento2009 GT 1 8_Fabricia 20Pereira 20 Teles pdf Acesso em 24 out 2013 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 209 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Profa Dra Lucia de Fatima Valente Universidade Federal de Uberl ndia Faculdade de Ci ncias Integradas do Pontal Grupo de Pesquisa Observat rio da Educa o Plano de A es Articuladas E mail luciaBpontal ufu br Profa Dra Maria Simone Ferraz
38. import ncia do conhecimento popular para o debate cient fico novas pergun tas e ideias a serem examinadas percebe poucos elementos positivos nesse saber que supostamente contribuiria para a forma o de um modo subalterno 93 de pensar Com seu excesso de confian a no conhecimento cientifico perde de vista que um processo de democratiza o do saber implica igualmente o respeito pelos saberes populares e o seu reconhecimento E ali s o estabelecimento de uma hierarquiza o entre um saber superior e outro inferior que contribui para que o di logo n o ocorra Tamb m parece ut pica a possibilidade de superar ou prescindir do conhecimento comum sendo antes de qualquer tradi o que o oriente aquele conhecimento b sico do dia a dia e que permite por interm dio da experi ncia incrementar o di logo entre os portadores de diferentes saberes Parece mais ut pico ainda pressupor que somente o conhecimento cientifico possa conduzir a uma praxis revolucion ria e transformadora Por ltimo o defensor da vertente transformadora tem o m rito de n o estabelecer rela es hier rquicas entre os saberes enfatizando tanto os pontos positivos do senso comum quanto aqueles do conhecimento cientifico embora atribua maior import ncia s tecnologias do que propriamente ci ncia con cep o pragm tica do conhecimento Isto porque a ci ncia compreendida Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98
39. mas de educaci n Se aprobaron las normas y programas implementados que buscan consolidar el r gimen de colaboraci n entre las agencias federales para el campo de la educaci n Sin embargo el federalismo brasile o con los a os no ha cumplido a satisfacci n su funci n redistributiva y complementaria por lo que se observan condi ciones diferenciadas de ofertas en todos los niveles educativos observados Palabras clave Federalismo Educaci n Programas 1 Notas introdut rias O modelo de federalismo adotado pelo Brasil vem ao longo de sua constitui o hist rica assumindo diferentes formas legais e institucionais na perspectiva de construir mecanismos para a redu o das desigualdades regio nais que se constitui em uma das fun es dessa forma de organiza o do estado Embora tenha havido no pa s algumas mudan as no quadro das disparidades regionais nas ltimas d cadas elas est o presentes em todas as reas inclusive na educa o comprovada nas estat sticas oficiais Especificamente no campo da educa o a aus ncia de um Sistema Nacional de Educa o cuja institui o vem sendo postergada por d cadas pode ser considerada um fator que vem contribuindo para tal situa o Desse modo a discuss o desenvolvida neste artigo parte da premissa de que o federalismo brasileiro ao longo dos anos n o cumpriu a sua fun o redistributiva e supletiva Isso possibilitou que os entes federados tivessem condi
40. ncias concorrentes e comuns entre as unidades federativas tanto nos aspectos legis lativos quanto nos aspectos administrativos e tribut rios No que se refere s compet ncias comuns Uni o Estados e munic pios partilham fun es e pres ta o de servi os nos setores da sa de saneamento educa o cultura e meio ambiente Quanto s compet ncias concorrentes essas se constituem em compartilhamento de capacidades pol ticas legislativas entre os entes federa dos permitindo que todos possam exercer a possibilidade de legislar sobre os mesmos temas nos mbitos dos seus interesses prevalentes DRIGO 2013 Verifica se por outro lado que h algumas prerrogativas espec ficas da Uni o a exemplo da legisla o sobre meio ambiente e outras em que podem legislar de forma concomitante a exemplo da educa o configurando o designado federalismo cooperativo ou integrado de cunho tridimensional Isso evidencia um Estado peculiar que tem como uma das principais particula ridades o fato de ser uma federa o com tr s esferas constitucionais de poder a federal a estadual e a municipal Como assinala Ara jo 2010 p 234 essa estrutura de reparti o de compet ncia complexa na medida em que o pacto federativo brasileiro se aproxima do modelo alem o em que na divis o de responsabilida des entre os n veis da federa o os estados s o respons veis pela execu o dos principais servi
41. o portanto dos pr prios entes federados que o constr i conjuntamente e participam tamb m em conjunto de sua gest o Notas 1 Emenda Constitucional n 14 1996 modifica os arts 34 208 211 e 212 da Constitui o Federal e d nova reda o ao art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias 2 A Emenda Constitucional n 59 2009 no seu art 1 amplia a oferta da educa o b sica obrigat ria dos quatro aos dezessete anos de idade al m de ampliar a abrang ncia dos pro gramas suplementares para todas as etapas da educa o b sica O art 2 estabeleceu que a oferta do servi o educacional compet ncia comum da Uni o dos estados do Distrito Federal e dos munic pios devendo ser realizado em forma de colabora o Nesse sentido a Emenda 59 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalh recupera para a Uni o o papel de coordenador da a o dos entes federados no estabelecimento do regime de colabora o que na Constitui o de 1988 tinha ficado apenas a cargo dos estados e munic pios Refer ncias ABR CIO Fernando Luiz A reconstru o das fun es governamentais no federalismo brasileiro In HOFMEISNTER Wilhelm CARNEIRO Jos M rio Brasiliense Org Federalismo na Alemanha e no Brasil S o Paulo Funda o Konrad Adenauer 2001 p 95 108
42. o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN 2 A Equipe T cnica deve ser constitu da nos munic pios pelos seguintes segmentos Dirigente Municipal de Educa o t cnicos da Secretaria Municipal de Educa o representante dos dire tores de escola representante dos professores da zona urbana representante dos professores da zona rural representante dos coordenadores ou supervisores escolares representante do quadro t cnico administrativo das escolas representante dos Conselhos Escolares representante do Conselho Municipal de Educa o BRASIL 2011 3 Ferramenta tecnol gica na qual s o produzidas e monitoradas todas as pol ticas educacionais para os Estados e munic pios simec mec gov br 4 O Pacto Federativo atualmente chamado de Federalismo Fiscal est definido na Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil artigos 145 a 162 nos quais se definem as compet ncias tribut rias dos entes da Federa o bem como as responsabilidades pelos encargos ou servi os p blicos expostos nos artigos 21 a 32 O Pacto envolve a partilha da receita dos tributos arre cadados pelos entes federados sendo exemplos desses mecanismos os Fundos de Participa o dos Estados e do Distrito Federal e dos Munic pios e os Fundos Constitucionais de incentivo ao desenvolvimento regional Fundos Constitucionais do Norte Nordeste e Centro Oeste 5 O Saeb foi criado em 1990 para medir a aprendizagem dos alunos das escol
43. o de normas de coopera o rec proca entre os entes fede rados pode contribuir substancialmente para o fortalecimento do regime federativo Nesse aspecto constata se que na situa o brasileira como lembra Marques 2012 p 13 n o h no Brasil acordo federativo claro sobre a reparti o e o compartilhamento das responsabilidades para o exerc cio da compet ncia que comum E isso se constitui em um obst culo para pro mover a qualidade e a quantidade da oferta de um servi o p blico estrat gico para o projeto republicano da na o brasileira MARQUES 2012 p 11 55 O artigo 23 da Constitui o Federal de 1988 com as modifica es introduzidas pela Emenda Constitucional n 53 2006 j determina que Uni o Estados Distrito Federal e Munic pios possuem compet ncias comuns No par grafo nico desse mesmo artigo foi especificado que ser o fixadas normas por meio de leis complementares para disciplinar o processo de coopera o entre os entes federados com o objetivo de promover o equil brio do desenvolvi mento e do bem estar em mbito nacional O que foi exarado no ordenamento jur dico contempla o princ pio de colabora o entre os entes federados mas como asseveram Oliveira e Souza 2010 p 21 22 n o encontra na pr tica mecanismos de indu o ou de obrigatoriedade posto que em princ pio estes s o aut nomos Assim se os dirigentes dos diferentes sistemas n o
44. rio Managerialism faces in education in the context of new public management Marcelo Soares Pereira da Silva lorena Sousa Carvalho Document Instructions for collection of literary allowance under Captaincies of the North State of Brazil Essay Scientific pedagogy to the discovery of the child Hercilia Maria Fernandes Marta Maria de Ara jo General rules for publications in the Revista Educa o em Quest o normas Ad hoc reviewers of Magazine Educa o em Quest o 2014 240 248 253 259 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Sum rio Sumario Editorial 9 Art culos Las oportunidades para el aprendizaje y la ciudadan a responsable las pr cticas 10 democr ticas de aula Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves Maria de F tima Cardoso Gomes Federalismo y educaci n en Brasil subsidios para el debate 42 Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalho Tres perspectivas para el an lisis del conocimiento la multidisciplinariedad y la 73 interdisciplinariedad Fernanda Nunes da Rosa Mangini Luc dio Bianchetti Pol tica de evaluaci n del aprendizaje en la planificaci n educativa del Municipio 99 de Mossor Rio Grande do Norte Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz Evaluaci ny gesti n de la excelenciaen el Postgrado en Educaci n 125 Indira Alve
45. set dez 2014 94 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade como um conhecimento que n o se reverteu em benef cios para a vida de todos os seres humanos Para o proponente da perspectiva transformadora abordar o conhe cimento do ponto de vista da sua superioridade inferioridade somente contribui para refor ar as desigualdades entre esses conhecimentos Conforme Boaventura de Sousa Santos para alcan ar a justi a e a democracia entre os saberes preciso desenvolver a es que reconhe am respeitem e tolerem os saberes populares e sobretudo que promovam o di logo e o interc m bio com vistas constru o de novas racionalidades Assim depreende se que a perspectiva transformadora inclina se mais para a horizontalidade entre essas formas de saber embora em ltima inst ncia defenda um n vel de senso comum mais elaborado e aprimorado com o aux lio do conhecimento cient fico O diferencial da perspectiva transformadora que por meio dela se percebe no conhecimento comum o seu potencial para conduzir ou inibir mudan as nas esferas pol tica econ mica social e cultural Por isso um conhecimento que n o pode ser ignorado poss vel aventar que a rela o desse conhecimento com a ci ncia diferente da rela o com a tecnologia de cuja media o espera se a solu o de problemas pr ticos O educador comu mente desafiado a dialoga
46. ticas nacionais que se constituem a partir do fluxo que envolve a a circula o internacional de ideias b o processo de empr stimo de pol ticas e c os grupos de indiv duos que vendem solu es no mercado pol tico e acad mico No caso da p s gradua o as influ ncias internacionais se concretizam atrav s da circula o de ideias entre acad micos autores pro fessores pesquisadores e discentes e pela ado o de par metros cient ficos internacionais que definem e avaliam a qualidade das publica es cient ficas brasileiras O Contexto de Produ o de Texto das pol ticas se articula a textos com linguagem de interesse p blico mais geral como a legisla o os textos pol ticos coment rios formais ou informais pronunciamentos etc que s o fruto de disputas e acordos entre diferentes grupos de interesses Nessa perspec tiva importante identificar quais s o os grupos de interesse representados exclu dos as vozes presentes ausentes a busca de consensos na constru o do texto as inconsist ncias e contradi esetc O contexto de produ o de texto voltadopara as rela es entre a Capes a ANPEd e o FORPREd e para documentos espec ficos relativos avalia o dos programas de p s gradua o e queles elaborados pelas Universidades e pelos PPGE visando sua regulamenta o No Contexto da Pr tica poss vel observar como a pol tica foi rece bida e colocada em a o c
47. 027 35 570 4 685 Pr escola 240 543 3 239 14 837 99 435 109 556 13 476 Ensino Funda mental anos 685 025 Dedo 38 623 221 468 376 421 42 998 iniciais Ensino Funda mental anos 736 502 3 872 32 767 120 592 540 496 38 775 finais Ensino M dio 414 555 4A 12 196 14 785 360 477 26 556 Fonte Mec Inep Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 167 168 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par No ano de 2007 pode se dizer que em rela o ao sistema educa cional brasileiro 38 3 dos docentes em exerc cio na educa o b sica ainda n o possu am a forma o em n vel superior apesar de ter havido um avan o se comparado ao ano de 1997 Em 2007 outras informa es foram acresci das em rela o a 1997 como a inclus o de professores com e sem magist rio de n vel m dio e em rela o ao n vel superior professores que atuam com ou sem a licenciatura contingente considerado leigo demandando pol ticas emergenciais para qualific o Em rela o aos docentes em exerc cio nos anos iniciais do Ensino Fundamental em 1997 havia 25 5 das fun es docentes exercidas por pro fessores com curso de licenciatura Dez anos depois esse percentual era de 61 6 o que representa um avan o mas ainda insuficiente para o que se desejava quando da aprova o da LDB em 1996 que era a eleva o da escolaridade m dia dos brasileiros e a
48. 2014 253 Normas 254 11 12 l3 14 A 16 Z 18 19 20 2l 22 Registrar nas refer ncias somente os autores citados no corpo do texto Escrever o nome completo dos autores e dos tradutores na refer ncia As notas devem ter car ter unicamente explicativo e constar no final do texto antes das refer ncias Cada nota explicativa dever conter no m ximo 400 quatrocentos caracteres A aprecia o do artigo pelos pareceristas reside na consist ncia do resumo apresentando necessariamente objetivo referencial te rico e ou proce dimento metodol gico e resultados consist ncia interna do trabalho com rela o ao objetivo referencial te rico e ou procedimento metodol gico e aos resultados consist ncia do titulo com rela o ao conhecimento pro duzido qualidade do conhecimento educacional produzido com rela o densidade anal tica evid ncias ou provas das afirma es apresenta das e ideias conclusivas relev ncia cient fica com rela o aos padr es de uma pesquisa cient fica originalidade do trabalho com rela o aos avan os da rea de Educa o e adequa o da escrita norma culta da l ngua portuguesa Caso necess rio o artigo aprovado ser submetido a pequenas corre es visando melhoria do texto Cada autor a de artigo receber um exemplar da Revista A resenha de tr s a quatro laudas dever vir com um t tulo em portugu s e ingl s negr
49. 42 A observa o met dica ou o m todo da g p 42 co observa o fundamenta se na liberdade de express o que permite s crian as revelar nos suas qualidades e necessidades p 42 Prop e ent o um padr o de mob lia escolar composto por mesas cadeiras arm rios pias objetos sensoriais e davida pr tica proporcionais fisiologia da crian a e sua necessidade de agir inteligentemente A fun o da mestra nesse g g caso consisteem orientar ouso espec fico de cada material no ambiente Conceder liberdade s crian as segundo a autora libert las de obst culos que impedem o desenvolvimento normal de sua vida p 58 A sa de dos pequerruchos depende dos est mulos oferecidos pelos adultos de modo a n o oprimir e enfraquecer a alma e o corpo infantil Fazer com que cada crian a na escolas e sinta compreendida em suas neces sidades abrirlhes as portas da sa de p 60 Assim em A natureza na educa o orientada nas ideias dejean Jacques Rousseau Maria Montessori argumenta que a primeira inf ncia necessita viver em natureza e n o ape nas conhec la As energias musculares da crian a demandam libertar sua natureza revelando a sa de de sua for a f sica Em O homem vermelho e o homem branco Maria Montessori prosse gue a discuss o sobre as energias musculares Pensa a vida vegetativa sistema sangu n
50. Al m disso ser utilizada a base de dados do Inep MEC Microdados sobre forma o docente no estado nos anos de 2007 e 2012 per odo da vig ncia do PAR em avalia o Esses munic pios do Par est o localizados em tr s mesorregi es apresentando extens es territoriais e popula es variadas Altamira localizada na mesorregi o do Sudeste Paraense Camet na mesorregi o do Nordeste do Par e Bel m Barcarena e Castanhal na mesorregi o Metropolitana de Bel m IBGE 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 171 172 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par A escolaridade dos docentes nos munic pios pesquisados no estado do Par ser evidenciada nas tabelas abaixo comparando se os anos de 2007 a 2012 per odo de vig ncia do PAR analisado A primeira tabela diz respeito ao munic pio de Altamira e nela al m da escolaridade est o discri minadas as fun es docentes encontradas na zona urbana ou zona rural Tabela 3 Altamira Par fun es docentes da Rede Municipal de Ensino por escolaridade e localiza o 2007 2012 2007 2012 Escolaridade Urbana Rural Total Urbana Rural Total Fundamental Incompleto Fundamental Completo 7 2 9 Ensino West gb 244 210 454 73 32 105 Ensino M dio Normal Magist rio Espec fico Ind gena Ensino M dio 68 50 118 6 23 29 S
51. Brasil Poder Executivo Bras lia DF 23 dez 1996 p 27833 BRASIL Lei n 9 424 de 24 de dezembro de 1996 Disp e sobre o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio na forma prevista no art 60 8 7 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias e d outras provid n cias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 26 dez 1996 p 28442 BRASIL Minist rio da Educa o O Plano de Desenvolvimento da Educa o raz es princt pios e programas Bras lia MEC 2007 BRASIL Minist rio do Planejamento Plano Plurianual desenvolvimento com inclus o social e educa o de qualidade Bras lia Minist rio do Planejamento 2008 v 1 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 121 122 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte BRASIL Orienta es para elabora o dos Planos de A o Articuladas PAR dos Munic pios Bras lia MEC 20074 BRASIL Orienta es para elabora o dos Planos de A o Articuladas PAR dos Munic pios Bras lia MEC 2011 CAMINI Lucia A pol tica educacional do PDE e do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o Revista brasileira de pol tica e Administra o da Educa o Recife v 26 n 3 p 535 550 set dez 2010 CASASSUS Juan Descent
52. Cardoso Gomes Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalho Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade Fernanda Nunes da Rosa Mangini Luc dio Bianchetti Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Indira Alves Fran a Alicia MariaCatalano de Bonamino Forma o e pr tica docente no estado do Par Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa 42 73 99 125 156 183 Sum rio Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Sum rio Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Marcelo Soares Pereira da Silva lorena Sousa Carvalho Documento Instru es para arrecada o do subs dio liter rio nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil Resenha Pedagogia cient fica descoberta da crian a Herc lia Maria Fernandes Marta Maria de Ara jo Normas gerais de publica
53. Centro de Educa o Programa de Programa de P s Gradua o em Educa o Grupo de Pesquisa Pol ticas e Gest o da Educa o Pesquisadora do Observat rio da Educa o E mail cidinhautrn gmail com Recebido 10 nov 2014 Aceito 13 fev 2015 124 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Indira Alves Fran a Funda o Oswaldo Cruz Alicia MariaCatalano de Bonamino Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Resumo Este artigo examina caracter sticas da gest o de quatro Programas de P s Gradua o em Educa o considerados de excel ncia na avalia o da Capes luz de contribui es de Ball e Bourdieu analisa documentos oficiais e depoimentos de coor denadores membros da ANPEd e do FORPREd e representantes da Area de Educa o revelando as estrat gias desenvolvidas pelos representantes dessas inst ncias para avan car legitimar e consolidar suas posi es nas hierarquias do campo da p s gradua o Mais especificamente revela converg ncias e diverg ncias na forma de a gest o dos programas se relacionar com a avalia o da Capes que envolvem a gest o coletiva o credenciamento docente e a sele o de alunos e professores 125 Palavras chave P s gradua o em Educa o Gest o Avalia oda Capes Evaluation and management of excellence in Posgr
54. Esses documentos s o testemunhos patrimoniais desse momento hist rico da educa o portuguesa O primeiro documento um of cio expedido pela Junta da Fazenda de Pernambuco dirigido a um eminente Secret rio da Corte em Portugal anun ciando os trabalhos daquela Junta para completa obedi ncia na cobran a do novo imposto e remetendo Corte as Instru es elaboradas O segundo documento mais extenso e promissor s o as instru es produzidas pela Junta da Fazenda de Pernambuco para a cobran a do novo imposto Dividido em cap tulos e artigos pr prio da linguagem jur dica da poca as Instru es apresentam diretrizes minuciosas de como deve ser cobrado e quem s o os respons veis pelo imposto que financiou a educa o da mocidade no final do s culo XVIII e nas primeiras d cadas do XIX no Brasil Doutorando Thiago Alves Dias Universidade de S o Paulo Documento 01 Ilmo Ex Senhor Em carta que dirigi a V Exa datada de 1 do corrente m s novem bro dava conta a V Exa de ter recebido a Real Carta para o estabelecimento dos Subs dios aplicados a Educa o da Mocidade e dizia a Vossa Excel ncia que a Junta da Fazenda trabalhava no dito estabelecimento e que sucessiva mente participaria a Vossa Excel ncia tudo o quanto se oferecesse de novo sobre est importante mat ria Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 Documento Thiago Alves Dias
55. Pereira Moreira Costa Universidade Federal de Uberl ndia Faculdade de Ci ncias Integradas do Pontal Grupo de Pesquisa Observat rio da Educa o Plano de A es Articuladas E mail msimonefp pontal utu br Recebido 13 nov 2014 210 Aceito 23 fev 2015 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no con texto da nova gest o p blica Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Carvalho Universidade Federal de Uberl ndia Resumo O presente estudo analisa o Plano de A es Articuladas PAR no contexto dos novos modelos de gest o e das pol ticas educacionais que v m sendo implementados sob a gide da chamada Nova Gest o P blica NGP e sua perspectiva calcada no gerencialismo Para tanto ser o discutidos os elementos que estruturam a NGP com des taque para a dimens o da regula o da accountability do planejamento estrat gico e do governo eletr nico e suas rela es com a gest o da educa o e mais especifica mente com o PAR Ao final s o apresentadas algumas conclus es que evidenciam o sentido do PAR frente NGP como uma das faces do gerencialismo em educa o Palavras chave Pol ticas educacionais Gerencialismo Gest o educacional Managerialism faces in education in the context of new public managemen Abstract The present study analyses the Plan of the Articulated Actions PAR implanted in
56. Programas em rela o s metas propostas materializada pela Avalia o da Capes que define hierarquias entre os programas atrav s das notas Os programas mais produtivos e eficientes recebem a chancela de Programa de Excel ncia obt m mais recursos financeiros da Capes e um maior reconhecimento da comunidade cient fica Visando manuten o da posi o de excel ncia conquistada os coordenadores adotam estrat gias de gest o em comum direcionadas espe cialmente aos corpos docente e discente e gest o coletiva que est o em conson ncia com os par metros de Avalia o da Capes A principal estrat gia relacionada aos professores a pol tica de credenciamento que inclui o acompanhamento sistem tico de sua atua o e produ o visando sua perman ncia no programa recredenciamento O descredenciamento tamb m uma medida adotada pelos programas pesqui sados como alternativa para os docentes que n o conseguem atingir as metas de produ o intelectual o que chegou a ocorrer em tr s dos quatro programas pesquisados PUCRS UFMG e Unisinos O credenciamento de docentes se mostra como um dos pontos mais emblem ticos da performatividade na medida em que reflete uma nova tica baseada no interesse institucional no pragmatismo e no valor performativo dos indiv duos Da necessidade de incrementar a produ o intelectual que n o foi acompanhada de forma proporcional pelo crescimento do corpo docente
57. Santana Souza UFRN Alessandro Azevedo UFRN Ant nio Cabral Neto UFRN Arilene Maria Soares de Medeiros UERN Carina Elisabeth Maciel UFMS Catarina de Almeida Santos UNB Claudia Engler Cury UFPB Claudia Kranz UFPB Dante Henrique Moura IFRN Deise Mancebo UER Denise Maria de Carvalho Lopes UFRN 259 Elsa Lechner Universidade de Coimbra Giane Bezerra Vieira UFRN Ilma Vieira do Nascimento UFMA Isabel Maria Sabino de Farias UECE Isauro Beltran N ez UFRN Jacyene Melo de Oliveira Ara jo UFRN Joaquim Lu s Medeiros Alcoforado Universidade de Coimbra Jo o Tadeu Weck UFRN Luciane Terra dos Santos Garcia UFRN Luzia Guacira dos Santos Silva UFRN Magna Fran a UFRN Marcus Aur lio Felipe UFRN Maria Aparecida de Queiroz UFRN Maria da Concei o F Botelho Sgadari Passeggi UFRN Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 259 261 set dez 2014 Parecerista Ad hoc Marisa Narcizo Sampaio UFRN Marival Coan IFSC Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco UFRN Marta Maria de Ara jo UFRN Mel nia Mendon a Rodrigues UFCG Mois s Domingos Sobrinho UFRN Rosa F tima de Souza UNESP Vera L cia Jacob Chaves UFPA Walter Pinheiro Barbosa UFRN 260 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 259 261 set dez 2014 Revista Educa o em Quest o Centro de Educa o Ci ncias Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Gran
58. Supervisionada ministrada no primeiro semestre de 2013 no curso de P s gradua o em Servi o Social da Universidade Federal de Santa Catarina 2 O conhecimento comum pode configurar se a partir de grandes vis es sint ticas generaliza o ou de pensamentos fragment rios 3 Por exemplo o conhecimento comum formula enunciados opini es assim como o saber cient fico embora esse ltimo os fundamente e elabore conjeturas poss veis de verificar e testar 4 E bora uma seudoci cia ossa tra sfor arse e uma ci ncia caso aprimore seus 1 procedi entos 5 Gramsci foi um autor que buscou os tra os que caracterizavam o conhecimento popular uma vez que tinha em vista a organiza o de uma poss vel contra hegemonia das classes subalternas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 96 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade 6 No entendimento de Jantsch 1995 o conhecimento popular n o se confunde meramente com o senso comum e embora se relacione com ele diz respeito ao conhecimento que est atrelado cultura s tradi es dos diversos grupos humanos ao folclore religi o etc Apesar de muito diferentes em sua motiva o e em seus prop sitos esta vis o pode ser com parada do fil sofo Gaston Bachelard 1972 para quem a ci ncia s pode ser nega o do conhecimento vulgar cujas cren as e convic
59. a desigualdade entre os saberes Nessa perspectiva o ideal de emancipa o realizaria se por meio da dissolu o dos absolutos neste caso da ci ncia como nica verdade v lida O pensamento p s moderno essencialmente Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren EO um pensamento por meio do qual se defende um conhecimento livre de hierar quias e condenam se as guerras que foram feitas em nome da verdade Talvez por isso entenda se que se devam formar acordos provis rios capazes de rom per com o totalitarismo de uma nica no o de verdade de uma lei universal uma vez que a verdade for a poder VATTIMO ROVATTI 1988 VATTIMO 2007 Parece ser nessa mesma linha que o soci logo portugu s Boaventura de Souza Santos defende que n o h superioridade do conhecimento cient fico Em sua vis o trata se de um saber que aniquila os conhecimentos alternativos dos povos e dos grupos sociais cujas pr ticas neles fundamentam se Isto por que a ci ncia procede de modo polarizado ou rivalizado com essas formas de conhecimento isto primeiro os recusa para depois transtorm los em mat ria prima com vistas ao desenvolvimento de seu pr prio campo As classifica es hier rquicas que se estabelecem a partir do conhe cimento cient fico para distingui lo de outros saberes carecem de fundamento e sentido tanto do p
60. a elabo ra o de normas nas quais estejam claramente definidas as compet ncias e as responsabilidades dos entes federados A Constitui o Federal de 1988 trouxe alguns avan os nesse sentido na medida em que estabeleceu diretrizes para regular um pacto federativo atribuindo autonomia politico administrativa para os entes federados No entanto n o h na CF de 1998 clareza suficiente no estabelecimento de compet ncias para cada ente federado tendo prevalecido segundo Novelino 2013 o princ pio da predomin ncia de interesse o que por sua vez tem fragilizado a coordena o federativa 4 As iniciativas do governo federal caminham no sentido de alcan ar a fun o que lhe atribu da pelo regime federativo e instituir rela es intergover namentais de coopera o entre os entes federados Nesse intuito e tendo como Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 66 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate refer ncia a CF de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 como tamb m as v rias Emendas Constitucionais aprovadas posteriormente diversos Programas foram implementados procu rando resgatar o protagonismo da Uni o em um regime federativo No entanto o caminho escolhido precisa ser aperfei oado Na atualidade a uni o se coloca como centralizadora e definidora das pol ticas que ser o execu
61. a regula o o oposto da regulamenta o uma vez que a primeira mais flex vel na defini o dos processos e r gida na avalia o da efici ncia e efic cia dos resultados enquanto que a segunda centrada na defini o e controle a priori dos proce dimentos e relativamente indiferente s quest es da qualidade e efic cia dos resultados BARROSO 2005 p 727 Nesse sentido o sistema educacional tamb m come ou a sofrer mudan as simultaneamente nova regula o das pol ticas educacionais A escola p blica como ag ncia estatal objeto da nova regula o por isso sofre algumas altera es como por exemplo nos curr culos nas formas de avalia o e na organiza o do trabalho escolar Segundo Afonso 2005 e Valente 2011 o Estado Avaliador e consequentemente o Estado Regulador est presente de v rias formas na realidade educacional mas principalmente nas avalia es externas Atualmente a avalia o tem se configurado como um dos principais eixos da regula o da educa o uma vez que se constitui em mecanismo de controle de distribui o de recursos pois o Estado tem atrelado o financiamento aos resultados dos ndices alcan a dos nos testes VALENTE 2011 p 96 Com efeito as pol ticas educacionais implementadas ao longo das duas ltimas d cadas se sustentaram na l gica da regula o A avalia o tem se configurado como um dos principais eixos da regula o da educa
62. about fair and equitable societies as well as actively creating and maintaining equitable communities within the classroom and beyond In depth data were constructed from ethno graphic research conducted across an year and were analyzed from a cultural historical perspective The findings illustrate classroom practices that position classroom members as democratic subjects through their social relations and through riogrous construction of academic knowledge Keywords Democratic practices Learning Ethnography Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim Las oportunidades para el aprendizaje y la ciudadania responsable las pr cticas democr ticas de aula Resumen El objetivo de este art culo es analizar el contexto de un aula en la que edu car para una ciudadania responsable significa ayudar a los estudiantes a desarrollar la capacidad de participar activamente de los procesos democr ticos participaci n democr tica incluye el compromiso en di logos sobre sociedades justas e igualitarias asi como de la creaci n y mantenimiento de las mismas en la propia aula y m s all de ella Los datos fueron construidos a partir de una investigaci n basada en una perspectiva etnogr fica llevada a cabo a lo largo de un a o y analizados a partir de una perspectiva hist rico cultural Los a
63. agenda pol tica em termos de or amento libera o de verbas em tempo h bil acompanhada e avaliada sistematicamente Ademais a implementa o de pol ticas bem sucedidas est o condi cionadas lisura na gest o principalmente na aplica o dos recursos Isenta portanto de estrat gias de corrup o e de clientelismo sob um rigoroso controle de inst ncias de fiscaliza o dentre outros os tribunais de conta o Minist rio P blico e os conselhos As defini es relativas s recentes pol ticas educacionais brasileiras s o regulamentadas pela Constitui o Federal de 1988 Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 BRASIL 1996 Lei n 9 424 de 24 de dezembro de 1996 BRASIL 1996 Lei n 10 172 de 9 de janeiro de 2001 BRASIL 2001 Plano Nacional de Educa o PNE 2001 2010 e a Lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 BRASIL 2014 atual PNE 2011 2020 Implicam princ pios e conceitos que orientam as pr ticas pol ticas em especial de natureza democr tica que con templam a qualidade de vida das pessoas em circunst ncias que ultrapassam tempos e lugares da escolariza o propriamente dita Contrapondo a concep o de qualidade social a administra o gerencial atribui ao termo caracter sticas e procedimentos que s o aplicados para avaliar o grau de satisfa o do cliente em termos de bens e servi os Conforme Casassus 1999 essa
64. an lise com problemas que tem uma origem social e hist rica CONTRERAS 2002 p 163 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 159 160 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par Essas contribui es apontam para a necessidade de se repensar a for ma o do professor que atua na educa o b sica considerada componente estrat gico para a melhoria da qualidade do processo ensino aprendizagem do educando Al m do contato com os conhecimentos curriculares de l ngua portuguesa matem tica ci ncias naturais hist ria e geografia dentre outros os professores em forma o ir o confrontar suas perspectivas frente ao contexto atual podendo assim ressignificar suas concep es e posturas inerentes pr tica pedag gica al m das concep es que norteiam a sua inser o no campo pol tico educacional Uma vez que o processo educacional est diretamente relacionado com a concep o de sociedade N voa assim se expressa A educa o um processo que acompanha permanentemente as mudan as da estrutura socioecon mica que deve por sua especificidade adequar politica que sustenta a dial tica de transforma o social Entretanto apesar de seu n vel ideol gico superestrutural basicamente como agente de reprodu o social a educa o pode operar limitadamente como fator decisivo nos processos de mudan a social junto com a muta o das estrut
65. blica as pol ticas de educa o se apresentam como meio para reduzir as desigualdades de oportunidades entre classes e grupos sociais marcantes no Brasil Produzem se programas constitu dos por projetos que obje tivam resolver problemas identificados O termo pol tica tanto na l ngua portuguesa quanto nas demais apresenta conota es distintas Em ingl s s o recorrentes os termos politics e policy Politics compreendida como atividade humana est asso ciada obten o e manuten o dos recursos necess rios para o exerc cio do poder sobre o homem SECCHI 2010 p 1 Rua 1998 corrobora esse conceito tomando o como um conjunto de procedimentos formais e informais que expressam rela es de poder e se destinam pacifica o de conflitos na disputa pelos bens p blicos O conceito de pol ticas se materializa na policy que implica decis es e a es SECCHI 2010 ou seja na dimens o material dos conte dos de pro gramas problemas t cnicos e decis es pol ticas A esse significado associa se a pol tica p blica public policy a qual se integram as pol ticas educacionais Azevedo 2003 considera pol tica p blica um programa em a o que visa mudan a de situa es problem ticas que requerem solu es quase sempre configuradas alvo de a es em que predomina a atua o do Estado Configuram s vezes a es governamentais espec ficas de regula o eco
66. colabora o com vistas a assegurar a universaliza o do ensino obrigat rio que antes era delegada apenas aos estados e munic pios passa a par tir desse dispositivo legal contar com a participa o da Uni o e do Distrito Federal No entanto esse protagonismo do MEC questionado por Oliveira Por um lado o MEC tem procurado promover uma pol tica nacional de condu o e orienta o da educa o b sica envolvendo os estados e os munic pios e setores da sociedade civil e buscando recuperar certo protagonismo perdido na defini o das pol ticas educativas em mbito nacional pelas reformas ocorridas nas d ca das passadas Por outro reduz as possibilidades de autonomia e autodetermina o dos governos subnacionais OLIVEIRA 2011 p 329 No tocante distribui o de recursos p blicos foram tamb m defi nidos crit rios objetivos para assegurar o atendimento das necessidades do ensino obrigat rio de forma a garantir a universaliza o do ensino a garantia do padr o de qualidade e equidade nos termos do plano nacional de edu ca o Explicita tamb m a amplia o do financiamento para a educa o b sica e a distribui o proporcional ao n mero de alunos matriculados nesse n vel de ensino nas redes p blicas O financiamento suplementar criado no governo de FHC ganhou novos contornos O Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE foi ampliado e passou a ser articulado ao ndice de Desen
67. como assinala Abr cio 2005 parece ser o melhor caminho a ser trilhado na efetiva o das rela es intergovernamentais No que concerne ao regime de colabora o pode se afirmar que ele imanente ao federalismo como coopera o Ele se constitui na estro t gia edificada para propiciar o estabelecimento de rela es democr ticas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Borbo EA entre os entes teoricamente iguais e aut nomos com base em uma estrutura horizontal e de coopera o O federalismo cooperativo se caracteriza pela coexist ncia de arenas com abrang ncias diferenciadas e se imp e a necess ria rela o entre elas A coopera o conforme Franzese 2010 relaciona se em princ pio a uma obrigatoriedade de que os governos trabalhem juntos n o por op o mas por for a dos dispositivos constitucionais e pela din mica do desenho federativo em que se incluem nesse sentido que a autora atesta a possibilidade de se evidenciar uma coopera o coercitiva ou seja uma coo pera o for ada n o baseada em rela es pactuantes ou uma coopera o antag nica nas quais os governos trabalham juntos mas n o mediante rela es amig veis muitas vezes perseguindo diferentes objetivos Com essa fei o o perfil de coopera o apontado nesse modelo aca
68. competi o como mola propulsora da quali dade A nfase nos resultados a atribui o de m ritos o predom nio de dados quantitativos sob os qualitativos a desarticula o entre avalia o externa e a realidade vivida pelas escolas a divulga o dos resultados pela m dia e a constru o de rankings s o algumas das caracter sticas desse tipo de avalia o que nas ltimas duas d cadas contribu ram para implantar uma l gica de qualidade atrelada a um modelo caracterizado pelo quase mercado SOUZA OLIVEIRA 2003 A no o de quase mercado sup e regulamenta o governamental para o que os sistemas de avalia o muitas vezes reduzidos a procedimentos de medida e de fiscaliza o s o muito funcionais SOUZA OLIVEIRA 2003 p 880 Nessa perspectiva importante observar que o termo qualidade tem oscilado entre investimentos em recursos humanos e materiais efic cia do processo na medida em que se tem um resultado satisfat rio com um custo m nimo nos moldes empregados pelas teorias cl ssicas de administra o CHIRINEA BARREIRO 2011 p 4 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira cE Diante do exposto at aqui percebe se que a qualidade professada pelas pol ticas de avalia o entendida na l gica da universaliza o do conhecimento por meio da garantia de vagas
69. considera que a avalia o proporciona um uso mais racional e adequado do dinheiro p blico De acordo com o dirigente da ANPEd entrevistado voc n o pode distribuir recursos p blicos sem saber se eles ser o destinados para fonte segura que os objetivos ser o realiza dos Isso a gente obt m por meio da avalia o Ent o a avalia o um mecanismo importante para garantir isso DIRIGENTE ANPEd 2013 A forma adotada no financiamento dos programas entretanto n o consenso entre os coordenadores Parte deles alega que pode causar uma injusta divis o dos recursos p blicos na medida em que acaba por favorecer programas e institui es mais estruturados que conseguem atingir os crit rios de qualidade com mais facilidade O dirigente do FORPREd tamb m abordou esse aspecto em sua and lise do sistema de avalia o da Capes Para ele esse um fator de aumento da desigualdade regional e insti tucional dos programas de p s gradua o Aqueles que est o em Universidades menores em Universidades com menos recursos tendem a ser penalizados e a avan arem com muita dificuldade Os que est o em regi es mais privilegiadas economicamente e em Universidades com mais recursos tendem a avan ar e conseguir mais recursos mais reconhecimento H uma esp cie de dualidade estrutural que est ligada regi o geogr fica ao prest gio acad mico aos recursos econ micos DIRIGENTE FORPREd 2013 Re
70. de Bonami N b Estrat gias de a o dos programas Foi poss vel depreender das entrevistas que os coordenadores reela boram as orienta es estabelecidasemnivel macro de forma diferenciada de acordo com suas interpreta es subjetivas e com suas experi ncias institucio nais e coletivas Em decorr ncia disso escolhem diferentes estrat gias para a execu o da Pol tica de P s Gradua o e para sua tradu o em a es no Contexto da Pr tica Os quatro programas adotaram estrat gias similares em rela o a tr s dimens es a saber a gest o coletiva dos programas o corpo docente e o corpo discente A gest o coletiva dos programas se refere a um conjunto de carac ter sticas que faz com que as decis es mais importantes da gest o sejam compartilhadas por uma equipe de professores Os dezesseis coordenadores entrevistados demonstraram estarapoiados no trabalho por um grupo de profes sores que divide com eles a responsabilidade pela gest o do programa Os textos da pol tica de p sgradua o da Capespreveem iniciativas de gest o coletiva como o Regulamento do Proex Programa de Excel ncia Acad mica Proex BRASIL 2006 que indica a necessidade de os progra mas instituirem uma Comiss o de Gest o CG Proex com a atribui o de aprovar o Plano de Metas Acad micas e de servir de inst ncia de acompanho mento e julgamento de quest es relativas s verbas recebidas Entretanto nos documentos da C
71. de creches e pr escolas crit rios de escolha do diretor da escola exist ncia ou n o de plano de carreira para o magist rio e profissionais de servi os de apoio rela o da secretaria de educa o com as institui es formadas de professores avalia es educacionais provinha Brasil e alfabetiza o de jovens e adultos Cada uma dessas quest es demanda que o respons vel pela sistema tiza o do PAR no Simec abra diferentes ambientes abas ou janelas lance os dados e gradativamente preencha todos os campos Ap s essas quest es pontuais o instrumento passa a contemplar v rios aspectos em torno das quatro dimens es que o estruturam Dentro da Dimens o Gest o Educacional s o levantados e analisados dados relativos a quo tro item gest o democr tica articula o e desenvolvimento dos sistemas de ensino gest o de pessoas conhecimento e utiliza o de informa o gest o de finan as comunica o e intera o com a sociedade Na Dimens o 2 Forma o de Professores e de Profissionais de Servi o e Apoio Escolar o instrumento procura coletar dados sobre a for ma o inicial e continuada dos professores da Educa o B sica forma o de professores da Educa o B sica para atua o em educa o especial atendimento educacional especializado escolas do campo em comunidades Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 23 132 Ar
72. de forma associada tiveram o apoio institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN bem como da Universidade Federal Rural do Semi rido UFERSA da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte UERN e do Instituto Federal de Educa o Ci ncia e Tecnologia do Rio Grande do Norte IFRN Merece destaque ainda o apoio institucional da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes que vem concorrendo para aprimoramento da forma o inicial e continuada de professores por meio do Programa Institucional de Bolsas de Inicia o Doc ncia Pibid do Programa de Consolida o das Licenciaturas Prodoc ncia e do Observat rio da Educa o Obeduc Nesse ano de 2014 o Minist rio da Educa o elegeu pela terceira vez a Universidade Federal do Rio Grande do Norte a melhor Universidade das Regi es Norte e Nordeste e a d cima nona melhor do Brasil O Conselho Editorial da Revista Educa o em Quest o congratula se com os professores funcion rios e alunos de gradua o e p s gradua o que se empenharam com seu trabalho acad mico cientifico t cnico e administrativo para projetar e sobretudo elevar a Universidade Federal do Rio Grande do Norte nacional e internacionalmente Marta Maria de Ara jo Editora Respons vel pela Revista Educa o em Quest o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 9 set dez 2014 Editorial 10 Artigo Oportu
73. de professores em exerc cio nessa etapa de ensino possu a 165 n vel superior Observa se ainda a incid ncia de professores com o ensino fundamental em torno de 12 15 o que indica uma proximidade com a rea lidade do s culo XIX quando surgiram as primeiras escolas normais no Brasil Nessa poca admitia se que o professor do chamado ensino prim rio fosse contratado com base em requisitos que n o ultrapassavam esse n vel de ensino TANURI 2000 Comparados os percentuais de forma o nos tr s estados a situa o era muito pr xima realidade brasileira exce o do estado do Rio Grande do Norte Em Minas Gerais 63 70 dos docentes em exerc cio possu am o 2 Grau completo ou n o n o sendo indicado se essa forma o teria ocor rido em cursos desse n vel de ensino espec ficos de forma o de professores o estado do Par possu a 64 52 de seu corpo docente com esse n vel de ensino e por ltimo o Rio Grande do Norte com um percentual bem acima dos demais de 73 32 Com a aprova o da LDB Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 foi ampliada a exig ncia da forma o do professor em n vel superior e essa exig ncia ir impactar diretamente os chamados anos iniciais do ensino Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 166 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par fundamental j que a forma o em n vel superior era v lida para o ex
74. do Rio Grande do Sul PUCRS da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Uerj o Programa de P s Gradua o em Conhecimento e Inclus o Social em Educa o da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG e o da Universidade do Vale do Rio dos Sinos Unisinos Os dois primeiros programas foram considerados nota 5 cinco na Avalia o Trienal 2001 tri nio 1998 2000 e chegaram nota 7 sete em 2010 tri nio 2007 2009 enquanto os dois ltimos no mesmo per odo foram considerados nota 4 quatro e chegaram nota 6 seis Na sele o levou se em considera o que o avan o em dois pontos na nota seria um indicativo de que esses programas teriam realizado trans forma es internas significativas envolvendo a coordena o que estariam relacionadas com a melhora evidenciada nos resultados obtidos ao longo dos tri nios estudados O objetivo do estudo foi compreender como se caracteriza a rela o entre a condi o de excel ncia e a gest o em cada um desses quatro progra mas com nfase nas estrat gias acionadas pelos seus coordenadores entre 2001 e 2010 visando ao alcance dessa condi o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 127 128 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Trata se de programas que pertencem a institui es tradicionais de natureza diferenciada A Uerj e a UFMG s o institui es p blicas sendo a primeir
75. do tempo para assist ncia individual e coletiva aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem nas formas de registro da frequ ncia e ainda na pol tica espec fica de corre o de fluxo Nessa perspectiva indaga se como se efetivam os processos de elabora o e organiza o da pr tica pedag gica e da avalia o no interior da escola Quais os impactos do PAR na melhoria da qualidade do ensino ofertado Assim foi realizada pesquisa bibliogr fica an lise dos documentos orientadores do PAR o PAR do munic pio observa o em sala de aula al m de entrevistas semiestruturadas com profissionais da educa o em duas escolas da rede p blica municipal em Minas Gerais Na busca de alcan ar os objetivos propostos o texto apresenta ini cialmente o contexto em que o PAR foi gestado posteriormente aborda as dimens es perspectivas e desafios do PAR discute sobre as concep es de pr tica pedag gica avalia o da aprendizagem e qualidade da educa o Na sequ ncia reflete sobre as perspectivas e desafios na organiza o do trabalho pedag gico a partir dos dados levantados na pesquisa Por fim apresenta as considera es finais O contexto de cria o do PAR uma an lise das pol ticas educacionais no Brasil de 2007 a 2010 No segundo mandato do governo de Luiz In cio Lula da Silva 2007 2010 a partir das bases institu das no primeiro pleito foi lan ado o Plano de Revista Educa o em Quest
76. gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Os dominados e os novatos por sua vez podem orientar se por estra t gias de sucess o mais seguras e previs veis dentro de limites autorizados ou por estrat gias de subvers o mais arriscadas porque s asseguram lucros se houver mudan as que permitam uma redefini o completa dos princ pios de legitima o da domina o Para Bourdieu medida que crescem os recursos cient ficos acumulo dos eleva se o grau de homogeneidade entre os concorrentes e as estrat gias de manuten o e subvers o tendem a se enfraquecer Bourdieu 2004 classifica o capital cient fico em duas esp cies capi tal cient fico puro relativo a contribui es reconhecidas para o progresso da ci ncia inven es descobertas publica es e capital cient fico institucional adquirido por meio de estrat gias pol ticas que exigem tempo de participa o em bancas comiss es col quios reuni es a ocupa o de cargos etc Para Bourdieu 2004 ao capital cient fico puro corresponde o poder espec fico do prestigio que repousa sobre o reconhecimento pelo conjunto de pares da produ o cient fica do agente Esse capital tem algo de impre ciso indeterminado e carism tico porque est ligado a dons pessoais J o capital cient fico institucionalizado refere se ao poder institucional e institucionalizado que resulta tanto da ocupa o de posi e
77. internacional na p s gradua o brasileira O Qualis re ne t tulos de peri dicos utilizados pelos programas de p s gradua o para a divulga o da produ o intelectual de seus docentes e alunos Em raz o disso o Qualis se tornou a partir de 2001 uma refer n cia para a avalia o e qualifica o da produ o cient fica nacional e um importante par metro na defini o do sentido da excel ncia segundo padr es internacionais para os programas de p s gradua o PINTO CUNHA 2008 Esse ponto conduz ao interior do campo cient fico da p s gradua o brasileira e s lutas que ali se travam entre diferentes reas de conhecimento e pelos programas em torno da acumula o e da conserva o do capital cient fico Um primeiro n vel de disputa pela hegemonia do campo cien fico confronta o dom nio das reas das Ci ncias Exatas e Naturais com as Ci ncias Humanas e Sociais A pr pria Capes no texto do PNPG 2010 2020 reconhece que Historicamente houve a hegemonia ou a predomin ncia de crit rios culturas e procedimentos das Ci ncias Exatas e Naturais as quais migraram aa outras reas e funcionaram como uma camisa de for a BRAS 2010 p 127 Outra evid ncia objetiva dessa hegemonia que os programas das reas das Ci ncias Humanas e Sociais t m prioridade menor na distr bui o de bolsas Capes De fato o artigo 4 do Regulamento de Apoio P s Gradua o Proap gt define que o valor de refer
78. internacionaliza o a solidariedade e o apoio a pa ses menos desenvolvidos o compromisso com a doc ncia na gradua o os valores relacionados ao trabalho coletivo e ainda o trabalho com a comunidade local Em um contexto de performatividade hegemonizado pela raciona lidade t cnica com crit rios de qualidade fechados e totalizantes como os definidos no mbito da Avalia o da Capes os sujeitos correm o risco de se tornar meros expectadores de suas pr ticas BALL 2005 Entretanto ao explicitarem suas pr prias convic es do que seja um Programa de Excel ncia e principalmente ao buscar agir de acordo com elas esses profissionais con seguem constituir se como sujeitos da a o que realizam uma gest o mais coletiva e apoiada na reflex o sobre a pr tica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 15 152 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Notas De acordo com a Avalia o da Capes os programas de p s gradua o podem ser classifica dos com nota 3 regulares nota 4 bons e nota 5 muito bons Os programas com conceito 5 s o submetidos a uma nova rodada de avalia o para ser classificados como nota 6 ou 7 Programas de Excel ncia Estas ltimas s o as notas concedidas especialmente no caso da nota 7 a programas que al m de forte lideran a nacional apresentam um diferencial no seu desem pen
79. licenciatura N o h registro de fun es docentes exercidas por professores com Ensino Superior sem licenciatura Das 6 564 seis mil quinhentas e sessenta e quatro fun es docen tes identificadas nesse munic pio no ano de 2012 no que diz respeito aos anos iniciais do Ensino Fundamental 77 setenta e sete fun es docentes eram ocupadas por professores com ensino m dio obtido em cursos normais e ou cursos de magist rio al m de 555 quinhentas e cinquenta e cinco fun es docentes com ensino m dio n mero bem superior ao de fun es docentes com Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro ensino m dio obtido em cursos normais magist rio o que no m nimo preo cupante na capital do Par Em Camet a situa o assim se colocava Tabela 6 Camet Par fun es docentes da Rede Municipal de Ensino por escolaridade e localiza o 2007 2012 2007 2012 Escolaridade Urbana Rural Total Urbana Rural Total Fundamental Incompleto Fundamental Completo 9 9 Erro ni en Mag 298 1 748 2046 192 1 441 1 633 Ensino M dio Normal Magis t rio Espec fico Ind gena E E E gt Ensino M dio 45 62 107 40 68 108 Superior Completo 397 300 697 493 11 135 1 628 Superior completo sem licencia 53 12 65 7 7 7 tura
80. mas as avalia es exter nas que trazem em seu bojo a responsabiliza o e a culpabiliza o dos professores da dire o enfim da escola E isso influencia no curr culo ofere cido aos alunos e tamb m no trabalho docente Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira cE Considera es finais Conforme estudos realizados por Guimar es e Valente 2013 o PAR apresenta se como um instrumento pela busca da qualidade educacional e traz novos elementos para a avalia o da educa o b sica do pa s Por meio de suas a es reconfigura o planejamento educacional e os dados t m mostrado a eleva o do Ideb em todo o pa s Al m disso permite o envolvimento maior entre estados e munic pio Contudo o PAR n o considera a realidade de todo o pa s o apoio financeiro n o suficiente para dar continuidade s a es propostas Constatou se ainda que a participa o na elabora o restrita aos dirigentes e h pouca articula o intersetorial entre outras inst ncias do governo Ademais induz responsabiliza o dos gestores pelos resultados obtidos e limita a autonomia dos entes federados Especificamente no que se refere terceira dimens o sobre as con cep es de pr tica pedag gica e avalia o da aprendizagem definiu se que a primeira a atividade orientada por conhecimentos e objeti
81. mecanismos est o ligados incorpora o das Tecnologias de Informa o e Comunica o TICs nos termos formulados por Ramos 2008 nos processos de planejamento controle monitoramento e avalia o Chamamos Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC aos procedimentos m todos e equipamentos para processar informa o e comunicar que surgiram no contexto da Revolu o Inform tica Revolu o Telem tica ou Terceira Revolu o Industrial desenvolvidos gradualmente desde a segunda metade da d cada de 1970 e principalmente nos anos 90 do mesmo s culo Estas tecnologias agilizaram e tornaram menos palp vel o conte do da comunica o por meio da digitaliza o e da comunica o em redes para a capta o transmiss o e distribui o das informa es que podem assumir a forma de texto imagem est tica v deo ou som Considera se que o advento destas novas tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos empresas indiv duos e sectores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informa o RAMOS 2008 p 5 Em outras palavras com a ascens o da Internet e das inova es em comunica es e informa es as organiza es governamentais tiveram a pos sibilidade de migrar seus sistemas existentes em recursos convencionais para sistemas e plataformas com interface nas TICs Os instrumentos ligados s TICs ampliaram a possibilidade de disponibilizar informa es p blicas e por
82. munic pios estimuladas a alcan ar objetivos negociados O contrato prev um cronograma de execu es das a es e n o raro efetiva se a partir de formas de financiamento compartilho das FORMOSINHO FERNANDES MACHADO 2010 Em rela o ao PAR o contrato formalizado entre o MEC e as Secretarias Municipais e Estaduais de Educa o mediante o planejamento estrat gico que organiza acompa nha e avalia a execu o das metas previstas Esse processo possibilita melhor utiliza o e transpar ncia na aplica o dos recursos possibilitando res ponsabiliza o aprendizado a o pedag gica reafirma o da pol tica p blica troca de informa es fornecimento de orienta es e forma o perma nente das equipes CAMINI 2010 p 544 Dos servi os educacionais nos sistemas e redes de ensino requerido o melhor desempenho orientado pelos pressupostos te ricos das compet ncias e das habilidades relacionadas ao trabalho ao controle sobre os conte dos curriculares e avalia o O objetivo principal dessa politica educacional consiste em mostrar bons resultados fortalecendo os la os entre escolariza o trabalho produtividade servi os e mercado para melhorar a economia nacional AZEVEDO 2003 Adequando se s disposi es mercadol gicas e implementando estrat gias de acumula o do capital o Estado atua na imple menta o de pol ticas p blicas de modo particular em educa o tendo
83. n o buscar tornar se cientificat Na vis o de Bunge 1980 o problema da pseudoci ncia que os seus protagonistas geralmente se negam a adotar os procedimentos cient ficos fundamentar suas doutrinas coloc las sob teste e experimenta o etc e se recusam a corrigir se a si mesmos desprezando os novos descobrimentos cient ficos reinterpretando seus fracassos como se fossem confirma es e tomando as cr ticas como um ataque Nas palavras do autor si ni la argumentaci n ni la experiencia pueden resquebrajar una doctrina entonces esa doctrina es un dogma no una ciencia BUNGE 1980 p 60 A ci ncia para o autor uma atividade na qual sobressai o conhe cimento como valor central Secundariamente ela pode ser utilizada para promover o bem estar das popula es apesar de n o ser esse seu objetivo principal ou intr nseco Os principais benef cios da ci ncia ou de uma ampla difus o da atitude cient fica consistem em que por meio dela s o produzidas transforma es de mentalidade e de comportamento nos indiv duos e grupos S o palavras do autor y la adopci n universal de una actitud cientifica puede hacernos m s sabios nos har a m s cautos sin duda en la recepci n de la informaci n en la admisi n de creencias y en la formulaci n de previsiones nos har a m s exigentes en la contrastaci n de nues tras opiniones y m s tolerantes con las de otros nos har a m s dispuestos
84. ncia de conhecimento ou incapacidade do educando denota a com plexidade do processo de ensino aprendizagem Quando o professor indaga acerca das respostas equivocadas dos estudantes pode identificar seus conhe cimentos e as rela es estabelecidas entre eles Torna se importante trabalhar as d vidas e construir situa es em que o educando teste hip teses sobre a constru o do conhecimento ESTEBAN 2002 Ao final do processo de ensino aprendizagem a avalia o tem por finalidade analisar o alcance dos objetivos tra ados inicialmente A perspectiva somativa d uma dimens o do significado e da relev ncia do trabalho realizado AZZI 2001 p 19 tradicional na avalia o positivista que essa fun o represente o aproveitamento da aprendizagem dos estudantes por meio de conceitos ou notas com base nos quais se define a aprova o ou reprova o comparando se e classificando se o desempenho dos estudantes A concep o progressista n o exclui a fun o somativa da avalia o na culmi n ncia do processo mantendo assim a inclus o dos estudantes pois embasa o planejamento das atividades pedag gicas Assim as diferentes fun es da avalia o s o importantes para a escolariza o sendo ressaltadas conforme a concep o de educa o que embasa a atua o das pessoas e institui es quanto s pol ticas educacionais A partir desses pressupostos te ricos passamos a analisar a a
85. ncia para aloca o de recursos financeiros para cada programa de p s gradua o fixado em fun o da disponibilidade or ament ria da Capese da cota de bolsas Demanda Social DS de acordo com o peso da natureza da rea do conhecimento e n vel de forma o mestrado ou doutorado O quadro de pesos apresentado no regulamento mostra que enquanto Ci ncias Exatas e da Terra Ci ncias Biol gicas Engenharias Ci ncias da Sa de e Ci ncias Agr rias t m peso 4 para mestrado e 5 para doutorado Ci ncias Sociais Aplicadas Ci ncias gt i Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi Humanas e Letras e Lingu stica t m peso 2 para o mestrado e 3 para o doutorado O dirigente do FORPREd inclusive mencionou durante a entrevista que uma das lutas junto Capes no sentido de que Educa o passe a ser considerada prioridade um na distribui o de bolsas e recursos Ainda segundo Bourdieu 1983 no campo cient fico a hierarquia sustentada tamb m pelos n veis de legitimidade concedidos aos produtos cient ficos Nesse sentido outro n vel em que se expressa a hegemonia das Ci ncias Exatas e Naturais na avalia o da Capes o da valoriza o do artigo cient fico em detrimento do livro O artigo um produto legitimado nas Ci ncias Exatas e Naturais e a generaliza o da sua
86. o Por sua vez os par metros e instrumentos de avalia o adotados seguem a l gica do quase mercado pois coloca em destaque princ pios e crit rios de efici ncia produtividade e competitividade priorizando a aferi o pontual do desempenho dos alunos Privilegiam os produtos e os resultados em detrimento dos processos de constru o Nesse sentido n o consideram os fatores que est o intr nsecos escola e as classificam em fun o do m rito A quest o da qualidade fica subordinada l gica competitiva e considera apenas os aspectos quantitativos A esse respeito Hypolito assevera que O que deve ser ressaltado nessas pol ticas a centralidade nos aspectos econ micos em detrimento dos aspectos pol ticos e sociais como deslocamento da educa o para a esfera do econ mico e dos modelos gerenciais apregoados pelo mercado como j assinalado anteriormente O que deveria ser pressuposto de qua lidade para a educa o p blica garantida pelo Estado passa a Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi ser considerado como defici ncia dos usu rios Em outras palavras o que era considerado como direito do cidad o e dever do Estado passa a ser considerado como possibilidade de escolha a par tir do que mensurado como eficiente ou ineficiente HYPOLITO 2010 p 1344 Oliveira 2001 Oliveira 2005 Hypolit
87. o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A A escolha de crit rios para pontuar os indicadores do PAR representa as demandas da educa o dos munic pios que resultam do diagn stico reo lizado no per odo de sua formula o Assim por meio da avalia o todos os munic pios passam a controlar os resultados da qualidade de ensino para garantir o financiamento Em decorr ncia no PAR s o geradas a es de avo lia o inclusive de aprendizagem dos alunos Dentre as a es inclui se a forma o das equipes das escolas para trabalhar com estrat gias de avalia o e reformula o do projeto pol tico pedag gico requerido ainda aten o especial aos alunos que apresentam transtornos de aprendizagem assist ncia coletiva e individualizada para aqueles que t m dificuldades de aprendiza gem e implementa o de pol tica de corre o de fluxo A avalia o da aprendizagem no Plano de A es Articuladas Na educa o a avalia o refere se a um conjunto de a es desen volvidas sistematicamente para analisar o processo de ensino aprendizagem as a es pedag gicas e organizacionais assim como a implementa o de pol ticas e programas O desenvolvimento da pr tica avaliativa depende do referencial te rico e metodol gico que orienta as a es na consecu o de objetivos Apesar de n o ter
88. o Paulo Saraiva 1995 DOURADO Luiz Fernandes Plano Nacional de Educa o como pol tica de Estado antecedentes hist ricos avalia o e perspectivas In DOURADO Luiz Fernandes Org Plano Nacional de Educa o 2011 2020 avalia o e perspectiva Goi nia Editora UFG Aut ntica 2011 DRIGO leonardo Godoy Compet ncias legislativas concorrentes o que s o normas gerais Dispon vel em lt www Jus com br artigos 24557 com pet ncias legais 2013 gt Acesso em 10 ago 2014 ELAZAR Daniel Exploring federalism Tuscaloosa University of Alabama 1987 FARENZENA Nal A politica de financiamento da educa o b sica rumos da legisla o brasileira Porto Alegre UFRGS 2006 FRANZESE Cibele Federalismo cooperativo no Brasil da Constitui o de 1988 ao sistema de pol ticas p blicas 2010 210 f Tese Doutorado em Administra o P blica Escola de Administra o de Empresas de S o Paulo S o Paulo 2010 MARQUES Arn bio Federalismo e educa o novos rumos e perspecti vas Retratos da Escola Bras lia v 6 n 10 p 11 19 jan jun 2012 Entrevista NOVELINO Marcelo Manual de direito constitucional 8 ed Rio de Janeiro Forense S o Paulo M todo 2013 OLIVEIRA Romualdo Portela de SOUZA Sandra Z kia In OLIVEIRA Romualdo Portela de SANTANA Wagner Org Educa o e federalismo no Brasil combater as desigualdades garantir a diversidade Brasilia Unesco 2010 O
89. o ataque a comportamentos financeiros predat rios e possibilitar o acesso a informa es sobre experi ncias exitosas no mbito da administra o O modelo cooperativo contribui sobremaneira para aumentar a possibilidade no que se refere efetiva o de maior simetria entre os entes territoriais ABRUCIO 2005 A competi o por sua vez n o se apresenta como uma luta sem limites entre as unidades nacionais e subnacionais Por vezes a competi o permite a cria o de mecanismos de controle m tuo entre os entes federados especialmente quando h riscos de perdas unilaterais de alguns dos atores governamentais nos processos de negocia o e decis es compartilhadas de enrijecimento das rela es intergovernamentais de redu o das possibilidades de inova o por parte dos governos locais e de enfraquecimento do controle entre os governos Desse modo as federa es requerem determinadas formas de competi o entre os n veis de governo ABRUCIO 2005 p 45 no sen tido de evitar excessos nos movimentos corporativos bem como pr ticas de paternalismos ou parasitismos de uns entes com outros No entanto preciso ficar atento aos problemas das competi es sem medidas que podem afetar a solidariedade entre os entes e sobretudo agravar a a o redistributiva e a guerra fiscal entre o plano nacional e subnacional De modo geral a ade qua o entre essas tend ncias competitivas e cooperativas
90. o das compet ncias dado que estas ora se entrela am ora se superp em fato que possibilita Uni o responder ou dispor de mais compet n cias e desse modo determinar e exigir dos entes federados o cumprimento das compet ncias SOUZA 2010 Nessa perspectiva torna se premente demandar aos Estados e Munic pios condi es para elabora o e implementa o de pol ticas p blicas Sem a manuten o de um equil brio entre autonomia pol tica administrativa e autonomia financeira a concep o de pacto federativo perde sentido 4 Implica es do federalismo no campo educacional marcos legais e programas A Constitui o brasileira de 1988 pode ser considerada um marco significativo na reorganiza o do estado brasileiro A sua aprova o resultou na descentraliza o de poderes e encargos bem como firmou a necessidade de colabora o entre os entes federados para que entre outros fatores fossem estendidas popula o de forma mais equilibrada conquistas tais como acesso ao ensino obrigat rio e gratuito como direito p blico subjetivo gratui dade do ensino p blico em todos os n veis valoriza o do magist rio e gest o democr tica da educa o p blica No que se refere compet ncia dos entes federados para com os sis temas educacionais a Constitui o Federal de 1988 instituiu no seu art 211 que a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios dever o organizar Revista Edu
91. o de empresas no mbito dos grupos e ins titui es privadas O planejamento estrat gico conforme Parente Filho 1991 um pro cesso gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa com vistas a obter um n vel de otimiza o na rela o da empresa com o seu ambiente Parente Filho ressalta que Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Cova iei No campo empresarial o planejamento estrat gico direcionado para a amplia o da competitividade da empresa como condi o para sua sobreviv ncia e desenvolvimento em um ambiente de r pidas e inesperadas mudan as PARENTE FILHO 2001 p 30 Trata se de uma ferramenta gerencial que apresenta um diagn stico da situa o atual a identifica o da miss o e valores projeta uma preten s o futura vis o de futuro composta com objetivos estrat gicos que por sua vez s o reduzidos a metas objetivos quantificados Campos 1992 p 68 explica que o Planejamento Estrat gico pois um conjunto de atividades necess rias para se determinar as metas vis o os m todos estrat gia e o desdobramento destas metas e m todos O planejamento estrat gico se apresenta como modelo de um plane jamento com aspecto t cnico racional Ele simplifica ao extremo os objetivos a serem alcan ados o processo e as diferentes e
92. o docente deve exercer a media o entre os anseios sociais do processo educativo e a valoriza o do professor como ser cr tico e politizado da a import ncia de n o restringir essa forma o ao aspecto t cnico e operacional Ademais n o se pode deixar a pr tica peda g gica restrita a si mesma o que poder n o apresentar resultados promissores na aprendizagem dos alunos No item seguinte analisam se dados recentes sobre a forma o docente que podem auxiliar a entender melhor a quest o 3 A forma o docente no Brasil e no estado do Par ap s a aprova o da LDB 9 394 96 A necessidade de eleva o da escolaridade do professor brasileiro j indicada por ocasi o da aprova o da LDB continua a ser pertinente nos dias atuais j que os ndices divulgados evidenciam a necessidade de amplia o dessa qualifica o Em 1997 ano posterior aprova o da LDB eram evidentes as assimetrias entre as diferentes regi es do pa s no que diz respeito forma o dos professores como pode ser constatado no Censo do professor 1997 perfil dos docentes de Educa o B sica documento publicado pelo Mec Inep 1999 Tomando como refer ncia os professores em exerc cio na educa o b sica nos estados onde a pesquisa se desenvolve a situa o era a seguinte no ano de 1997 as 1 617 611 fun es docentes identificadas no Brasil eram ocupadas por 43 9 professores com o 2 Grau completo ou n o Ensino Normal
93. o intelectual dos novos professores Se os quatro programas investigados adotaram processos rigorosos de credenciamento e descredenciamento nas universidades privadaso des credenciamento teve um impacto maior na vida do programa e dos docentes uma vez que colocou em causa a demiss o de professores O conjunto decoordenadores que parece concordar com as regras de credenciamento existentes em seus programas defendendo as com entusiasmo em diferentes momentos das entrevistas tamb m deixa claro que s o proces sos que criam um forte conflito tico S o processos baseados na cultura da performatividade BALL 2005 e que envolvem uma sobrecarga de trabalho e o estresse que suas consequ ncias causam em seus colegas e neles pr prios Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi a Diante disso alguns entrevistados advertem que cabe ao coordenador de Programa ter bom senso no sentido de ndo pressionar demais a equipe em raz o das metas de produ o Segundo Ball Tanto as intera es quanto as rela es de colegas e de professores e alunos s o potencialmente retrabalhadas No que se refere s intera es existem press es sobre os indiv duos formalizadas por meio de avalia es revis es anuais e bancos de dados para que deem sua contribui o performatividade da unidade A reside uma possibilidade concreta de
94. orientado por uma pedagogia libert ria provavelmente produzir um senso comum diferente daquele produzido por uma sociedade autorit ria com forte desigualdade e ignor ncia SANTOS 1989 Considerando n o somente os elementos negativos do senso comum mas tamb m os seus aspectos positivos na perspectiva do autor conclui se que o senso comum faz coincidir causa e inten o subjazlhe uma vis o do mundo assente na a o e no princ pio da criatividade e das responsabilidades individuais O senso comum pr tico e pragm tico reproduz se colado s trajet rias e s experi ncias de vida de um dado grupo social e nessa correspond ncia se afirma de confian a e d seguran a O senso comum transparente e evidente desconfia da opacidade dos objetos tecnol gicos e do 90 esoterismo do conhecimento em nome do principio da igualdade do acesso ao discurso compet ncia cognitiva e compet n cia lingu stica O senso comum superficial porque desdenha das estruturas que est o para al m da consci ncia mas por isso mesmo ex mio em captar a profundidade horizontal das rela es conscientes entre pessoas e entre pessoas e coisas O senso comum indisciplinar e imet dico n o resulta de uma pr tica especifica mente orientada o para produzir reproduz se espontaneamente no suceder quotidiano da vida Por ltimo o senso comum ret rico e metaf rico n o ensina persuade SANTOS 2009 p 89 90
95. os ditos Ouvidores devem ficar de acordo para representarem a esta Junta todas aquelas dificuldades ou duvi das que se moverem tendentes ao mencionado respeito Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 24 Documento 242 Instru es para arrecada o do subs dio liter rio nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil 82 A cargo dos ditos Ouvidores fica o estabelecimento dos Livros que devem remeter as C maras dos seus Distritos rubricados e encerrados sem que levem emulumento algum pelo dito trabalho na conformidade do 86 da lei acima citada 83 Os Ouvidores receber o de suas respectivas C maras no fim de cada quartel uma certid o extra da dos Livros em que se lan arem os manifestos com as declara es que se h o de expressar no Cap tulo a respeito das obriga es das C maras e com as ditas certid es o dinheiro que se tiver cobrado segundo a import ncia das mesmas para depois fazer entrega no cofre geral desta Junta Cap tulo 2 O que devem observar as C maras 81 Sua Majestade considerando em que nos cargos da Rep blica cos tumam ser empregados aqueles vassalos seus de not ria probidade honra zelo e prud ncia esperando desempenho e pr speros e teis fins que motivou a Paternal Provid ncia do estabelecimento de Professor e Mestre de Escola menores repartidos por todas as terras do seu Real Dom nio em utilidade dos seus Vassalos E servido encarreg
96. os p blicos como educa o sa de e seguran a social mas preserva as t cnicas de reparti o de compet ncias t picas do federalismo norte americano em que se estabelecem compet ncias fixas e reduzidas Uni o sendo as demais compet ncias distribu das s unidades subnacionais Tal padr o coloca no centro da agenda a constru o de mecanis mos de coordena o coopera o que incluam os estados e os munic pios bastante heterog neos tanto do ponto de vista econ micotribut rio quanto do pol tico e social O modelo assumido no pa s justifica se na perspectiva de equilibrar os conflitos existentes na federa o de buscar o comedimento de poderes entre a Uni o e os Estados membros por meio de pr ticas de cola bora o e distribui o de compet ncias de forma planejada e com objetivos comuns Como defende Saviani 2011 p 76 aquilo que caracteriza a federa o a unidade de v rios estados que preservando suas respectivas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Borbo EA identidades intencionalmente s o articulados tendo em vista assegurar os inte resses e necessidades comuns Embora a Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 CF 1988 tenha como princ pio a organiza o horizontal dos entes fede rados o seu funcionamento muito complexo
97. ou Magist rio ou outro No caso do estado de Minas Gerais a pro por o de professores era de 43 3751 bem pr ximo ao ndice brasileiro Nos estados do Par e Rio Grande do Norte a propor o de professores com escolaridade em n vel de 2 Grau era de 57 57 e 57 51 respectivamente acima do ndice brasileiro o que evidencia a diversidade existente entre as regi es brasileiras observadas anteriormente Em rela o aos docentes em exerc cio nos anos iniciais o quadro era o seguinte Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro Tabela 1 Docentes de 1 a 4 s rie por Grau de Forma o no Brasil e Estados de Minas Gerais Par e Rio Grande do Norte 1997 Pa s Estado 1 Grau 2 Grau 3 Grau Se N o infor da Federa Total completo completo completo a o ou n o ou n o ou mais Brasil 616 956 74 965 382 217 157 432 2 342 Minas Gerais 71 067 3 238 45 27 22 227 331 Par 27 085 7 928 17 475 1 515 167 Rio Grande 15304 1 849 11 287 2 229 29 do Norte Fonte Mec Inep Seec Nota O mesmo docente pode atuar em mais de um n vel modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento A maioria dos docentes de 1 a 4 s rie no ano de 1997 tinha uma escolaridade em n vel de 2 grau 61 9 outra constata o a de que ape nas 25 5 do total
98. ou seja amplia o do n mero de vagas como tamb m pelo desempenho das escolas redes medido via indices como o caso do Ideb Nessa organiza o a avalia o sist mica se constitui numa catego ria central da organiza o do trabalho pedag gico da escola A quest o da qualidade aparece subordinada l gica da administra o empresarial da meritocracia e da responsabiliza o Esses princ pios est o presentes nas pro postas educacionais e nos discursos dos profissionais da escola De acordo com os documentos orientadores o PAR tem como foco a melhoria da qualidade de ensino no entanto esse termo poliss mico e abarca significados diferentes o que possibilita diferentes interpreta es e dife rentes sentidos Al m disso hist rico uma vez que se altera no tempo e no espa o e est sujeito s mudan as e exig ncias sociais de um dado processo hist rico OLIVEIRA ARAUJO 2005 DOURADO OLIVEIRA 2009 Oliveira e Ara jo 2005 alertam para n o se perder de vista que grande parte do debate sobre a qualidade da educa o importada do mundo dos neg cios e ainda assim traz diferentes sentidos Mas qual o significado de educa o de qualidade Os autores afirmam que as respostas a essa quest o poder o ser m ltiplas pois depender o dos valores das expe ri ncias e da posi o social dos sujeitos indagados Uma forma de responder a tal quest o buscar os indicadores utilizados socialmente para
99. p s gradua o cabem Avalia o da Capes e ao Sistema Qualis a defini o de regras e cri t rios que embasam essa hierarquia Trata se de regras e de crit rios pautados nas reas dominantes que privilegiam a divulga o da pesquisa no formato artigo produto caracter stico das Ci ncias Exatas e Naturais Da prioridade dada ao artigo classificado nos estratos mais altos do Qualis decorre a luta bem sucedida da rea da Educa o e de Ci ncias Humanas para legitimar o livro como forma espec fica de divulga o do conhecimento produzido nessas reas e como produto cient fico junto Capes Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 147 148 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Tamb m foi poss vel identificar estrat gias de sucess o BOURDIEU 1983 acionadas pelos coordenadores da rea de Educa o e dos progra mas de excel ncia estudados No conjunto dessas estrat gias encontra se a legitimidade que a maioria desses coordenadores confere s regras hegem nicas das Ci ncias Exatas e Naturais quando reconhece o papel positivo da Avalia o da Capes na regula o da pesquisa e do jogo cient fico e como fator de melhoria da qualidade da p s gradua o no pa s Os coordenadores em geral aprovam a avalia o conduzida pe Capes reconhecendo sua contribui o para a legitima o da p s gradua no B
100. por base a parceria p blico privada Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 105 106 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Analisando a regula o estatal Barroso 2005 considera a mais fle xivel na defini o dos processos no entantose pauta por rigorosa an lise da efici ncia e da efic cia enfatizando os resultados A avalia o de desem penho assumiu centralidade como instrumento de controle da qualidade da educa o Para isso criaram se sistemas nacionais de avalia o e os ndices que medem o rendimento da aprendizagem A divulga o oficial dos ndices revela transpar ncia dos dados que suscitam cr ticas por parte da sociedade principalmente por meio das m dias Ademais responsabilizam a escola os profissionais da educa o os pais dos estudantes por acompanhar a qualidade do ensino criar e implementar a es pedag gicas para melhor la Formaliza se portanto um ranking entre os sis temas redes de ensino e escolas estimulando a competi o e influenciando principalmente as decis es or ament rias Considerando o PAR objeto dessa discuss o esse arcabou o institucional se reflete na formula o do planeja mento das a es dos munic pios Aqueles que apresentam os menores ndices e maiores car ncias em determinados aspectos s o priorizado
101. propriamente dito Al m disso a diversidade do ponto de vista de profici ncia apresen tada pelos alunos baixa profici ncia faz com que o estudante n o se estimule em rela o s aulas provocando desaten o e consequentemente um maior esfor o pelo professor no sentido de buscar organizar a dispers o A falta de apoio escolar ao docente com equipes t cnicas escassas al m do maior tempo de trabalho em classe contribui para a precariza o e intensifica o do trabalho docente 3 2 A forma o docente no estado do Par em an lise poss veis repercuss es do PAR O PAR como parte integrante do PDE uma pol tica que se pro p e a promover a articula o entre os sistemas de ensino e que visa a um Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva aber EIS planejamento coerente e integrado entre os sistemas educacionais que busque superar a sobreposi o das a es o que alimenta a desigualdade e incentiva o esp rito patrimonialista no qual todos se voltam para atender as suas redes de ensino como se os sistemas e as redes n o fossem coisas p blicas mas sim patrim nio de uma determinada administra o Para Camini Esse um dos aspectos a que o PAR deve responder contudo ainda restam questionamentos sobre o m todo e o pr prio conte do uma vez que foi preconcebido pelo rg o central e apres
102. que as rela es sociais aut nticas sejam substitu das por rela es performativas em que as pessoas s o valorizadas com base exclusivamente na sua produtividade BALL 2005 p 556 Nessa perspectiva os gestores tamb mse referem a a es realiza das pela coordena o do programa no sentido de apoiar os professores na melhoria de sua produ o Entre essas a es destacam se as informa es sobre os ve culos qualificados para publica o e sobre editais espec ficos aos quais os professores podem concorrer na busca de recursos Ao lado da produ o intelectual docente outro fator de impacto na avalia o da p s gradua o a produ o intelectual discente que passou a ser mais valorizada quando realizadajunto aos docentes do programa Para garantir os tempos de titula o e a produ o dos discentes os programas tomaram medidas que envolvem formas de sele o dos alunos aos cursos de mestrado e doutorado com base na sintonia com os projetos de pesquisa dos docentes Se esse um expediente comum nas reas das Ci ncias Exatas e Naturais ainda contestado na Area da Educa o com exce o dos pro gramas da Unisinos e da Uerj em que essa modalidade parece ser mais hegem nica e estar consolidada Da mesma forma a coordena o da maioria dos programas passou a realizar um acompanhamento mais atento do desempenho acad mico dos alunos e a instituir estrat gias visando ao aumento da publica o
103. querer fazer parte dos programas de excel ncia o que contribuiu para a melhoria de sua qualidade pois ampliou as possibilidades de sele o tor nando poss vel a escolha de melhores candidatos para os quadros docente e discente Na outra face da moeda outro efeito concreto da excel ncia e do reconhecimento foi a sobrecarga de trabalho a que ficaram expostos docentes e coordenadores Nos ltimos tri nios houve a redu o de tempo de forma o que foi acompanhada pela amplia o da propor o de discentes por docente permanente e pelo aumento da produ o qualificada docente e dis cente Al m disso novas demandas foram encetadas aos programas seja pela necessidade de atingir e manter n veis de produ o considerados de padr o internacional seja pelas propostas de parcerias e de apoio a outros programas MINTER DINTER e PROCAD Casadinhos ou ainda pelo aumento da responsabilidade dos coordenadores em rela o aos recursos do PROEX Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi Conclus es A p s gradua o brasileira l cus principal da pesquisa e da pro du o de conhecimento conforma com suas especificidades o campo cient fico numa perspectiva pautada pela cultura da performatividade Segundo Bourdieu 1983 para garantir as melhores posi es nas hierarquias do campo cient fico diferentes ag
104. reconhecimento objeto de disputa entre classes sociais entre elas e dentro delas de modo que se faz necess rio refletir sobre a rela o que cada classe tem com o conhecimento desde sua elabora o at seu uso final O conhecimento popular est presente em todas as classes embora de modo predominante naquelas que t m menos acesso ao conhecimento cien t fico Por isso o importante superar a desigualdade de acesso constru o e socializa o do saber cient fico a fim de n o desenvolver uma atitude hostil em face dos conhecimentos populares mas sim de aproveit los como elemento de d vida e de cria o Evidenciando a preocupa o com a qualidade do conhecimento cient fico e com as transforma es sociais a inclus o social tem Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 86 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade mais condi es de acontecer medida que os sujeitos cognitivos possuam mais chances para se apropriar do conhecimento cient fico ou produzio Na opini o de Jantsch 1995 p 136 insistir no senso comum isto conformarse com ele n o favor algum nem a indiv duos nem a camada popular classe pelo contr rio conden os de vez situa o de inferioridade no jogo das rela es econ micas e sociais Na luta pol tica con tra a apropria o particularizada
105. refere ao planejamento escolar o foco da escola a melhoria do Ideb A dire tora da escola refor a o planejamento vinculado aos resultados da avalia o e Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 202 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino a focaliza o dos alunos das turmas que s o avaliadas e deixa claro que com as outras turmas o trabalho pode ser mais leve N s fizemos um trabalho muito grande o ano passado eu cobrei muito sabe Eu foquei o quinto ano Eu falei vamos continuar com os projetos internos vamos N s n o vamos colocar tanta intensi dade porque o nosso foco s o os alunos do quinto ano Ent o foi feito um trabalho muito grande mesmo que eu n o dava sossego para essas meninas e gastei muito xerox e muita coisa para poder ensinar mas valeu a pena n A escola inteira parou para atender o quinto ano Entendeu Valeu a pena o resultado n Agora esto mos aguardando o resultado do quinto ano que deve estar para sair mas eu tenho certeza que vai ser bom porque o trabalho n o foi diferente DIRETORA 201 2 No tocante aos conte dos curriculares esses tamb m visam atender s necessidades das avalia es Assim L ngua Portuguesa e Matem tica ocupam o lugar central na matriz curricular S o trabalhados com prioridade em detri mento de outros conte dos alterando at a rotin
106. regime de colo bora o proposto pelo MEC a partir do decreto Compromisso todos pela educa o Mesmo considerando que ainda n o foi poss vel a institui o de um Sistema Nacional de Educa o tal como propugnado no documento Refer ncia da Confer ncia Nacional de Educa o 2010 inegavelmente pode Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira cost ser considerado uma experi ncia relevante e ponto de partida para a concreti za o do regime de colabora o como prev a Carta Magna Frigotto 2011 mesmo reconhecendo os avan os das pol ticas edu cacionais implementadas na primeira d cada do s culo XXI em rela o ao governo anterior sustenta que as bases das pol ticas atuais se pautaram em concep es e pr ticas educacionais mercantis t picas da d cada de 1990 tanto no controle do conte do do conhecimento quanto nos m todos de sua produ o socializa o e na autonomia e organiza o docentes O autor em quest o menciona tr s mecanismos articulados que est o em ampla expans o nas secretarias estaduais e municipais de educa o O primeiro refere se ao estabelecimento de parcerias entre o setor p blico e o privado ou o terceiro setor que est selecionando os conhecimen tos definindo m todos orientando a forma de ensinar definindo crit rios de avalia o e controlando
107. sica Tuvo como objeto de an lisis el PAR de una ciudad del estado de Minas Gerais y focaliz las pr cticas pedag gicas y la evaluaci n en dos unidades escolares Para tal realizamos una investigaci n bibliogr fica an lisis documental entrevista semiestructurada y observo ci n en sala de clase Se constat que las pr cticas pedag gicas y la evaluaci n del aprendizaje est n centradas en el resultado de las evaluaciones sist micas teniendo ese par metro como principal indicador de cualidad Palabras Clave Plan de Acciones Articuladas Pr ctica pedag gica Evaluaci n Introdu o O presente texto tem como objetivo apresentar resultados de uma pes quisa que objetivou compreender e analisar o Plano de A es Articuladas PAR apresentado pelo Minist rio da Educa o MEC como um instrumento eficaz de avalia o e implementa o de pol ticas de melhoria da qualidade da edu ca o b sica p blica Este estudo tem como objeto de an lise o PAR de um munic pio mineiro e focaliza as pr ticas pedag gicas e a avalia o em duas unidades escolares da rede p blica municipal O PAR um documento composto por a es e suba es elaboradas em n veis estadual e municipal pelas secretarias da educa o com a finalidade de elevar as notas obtidas pelo ndice de desenvolvimento da Educa o B sica Ideb O plano apresenta uma concep o de planejamento participativo pro p e a participa o de profissionais e es
108. temas que foram represento dos nas reda es da comunidade sobre a intera o da pr pria comunidade organizando sua reda o em torno da ideia de trabalho em conjunto Atrav s de seu texto Alan relacionou o trabalho em conjunto a diversas intera es como a partilha de ideias a coopera o e o respeito aos diferentes pontos de vista A maioria dos alunos conceituou o trabalho coletivo de forma seme lhante Por exemplo Erik 1994 outro aluno escreveu Para ser um membro da comunidade voc precisa compartilhar informa es com seu grupo por que isso significa que voc se preocupa com o seu grupo ou seu parceiro rinetta 1994 uma aluna destacou o valor da diversidade e das perspectivas diferentes Aprendi como importante trabalhar com outras pessoas para que voc possa ter ajuda com as coisas que voc est tendo problemas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim especialmente matem tica Trabalhar em grupos ir ajud lo a com partilhar pensamentos e ideias para que voc tenha pontos de vista diferentes Isso pode ajud lo a descobrir qual deles explica seu argumento melhor ou apenas usar os dois TRINETTA 1994 Depois de trabalhar em conjunto e partilhar ideias ou pensamentos as tr s ideias mais citadas foram ter responsabilidades demonstrar respeito e ter direit
109. tendo em vista a conforma o federativa que caracterizou a constru o do estado brasileiro A CF 1988 ampliou o conceito de federa o atribuindo tamb m aos munic pios a con di o de entes federativos Para Ara jo 2010 essa nova configura o do federalismo brasileiro trouxe duas complica es para o Pa s a primeira diz respeito ao tamanho e a heterogeneidade da federa o brasileira constitu da por estados e munic pios de diferentes portes e que na sua maioria sobrevivem com repasses de fundos de participa o e a segunda refere se falta de clareza e de regulamenta o do que seria realmente um regime de colabora o Ainda para autora no Brasil poss vel associar as v rias formas de complexidades s matrizes que assume o federalismo a partir das rela es intergovernamentais entre os entes federados Assim pode se evidenciar nesse cen rio no que se refere reparti o de compet ncias os diferentes tipos de federalismo o dual caracterizado 53 pela reparti o de compet ncias entre os entes federados em que se esta belece uma rela o de coordena o o centralizado em que as unidades subnacionais s o agentes administrativos do governo central e o cooperativo no qual os entes federados e o governo nacional t m a o conjunta e capaci dade de autogoverno De acordo com Novelino 2013 p 711 a CF 1988 apresentou certa inova o entretanto conservou os fundamentos tradici
110. um sentido pejo rativo significando algo reles vulgar desprez vel baixo outras vezes apreendido no sentido mais positivo designando aquilo que sabido e not rio disseminado e muito conhecido De maneira geral n o h consenso entre aqueles que se dedicam ao seu estudo quanto a um modo nico de denomina o do conhecimento comum o qual tratado por vezes como sin nimo de senso comum e de conhecimento popular Entre os autores brasileiros Chau 2008 por exemplo trabalha com o conceito de senso comum assim como Marconi e Lakatos 2010 No caso dos principais autores de cada vertente Bunge 1980 usa muito a express o conhecimento ordin rio vulgar ou comum Jantsch 1995 76 conhecimento popular e senso comum j Santos 1989 trabalha mais com a no o de senso comum embora tamb m utilize a express o saber vulgar Depreende se que s vezes s o confundidos os significados desses conceitos Al m desses poderiam se acrescentar outros como o conceito de bom senso Este ltimo refere se capacidade de tomar boas decis es em circunst ncias problem ticas e dif ceis quando as regras e receitas do pensa mento e das consideradas boas viv ncias parecem n o funcionar Aplica se tanto ao conhecimento comum quanto ao conhecimento cient fico possuindo um sentido positivo que indica racionalidade ao contr rio de conhecimento vulgar e de senso comum que na literatura especializada g
111. vel nacional e internacional que se refletem nas institui es educativas de forma geral e particularmente na forma o de professores Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva aber EIS cuja influ ncia ao lado da gest o e financiamento da escola repercutem na pr tica pedag gica e consequentemente na forma o do educando Faz se necess rio o conhecimento do processo de forma o docente relacionado ao Plano de A es Articuladas j que esse plano se articula a outros programas como o Fundo de Manuten o da Educa o B sica Fundeb ao Plano Nacional de Forma o dos Professores da Educa o B sica Parfor dentre outros Observa se uma tend ncia no alargamento da pol tica educacio nal no sentido de prover a qualifica o para os professores que exercem a profiss o na educa o b sica forma o em exerc cio como o caso do Parfor considerada reguisito para a eleva o do ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb de cada escola ou rede de ensino Essa tentativa de melhoria ainda ocorre em meio a problemas hist ricos como a m quali dade da educa o p blica marcada por car ncias infraestruturais condi es salariais insatisfat rias dentre outros Para realiza o do intento de melhoria dos ndices educacionais necess riose faz que na materializa o de suas a
112. 0 n 36 p 10 41 set dez 2014 25 26 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Um certo tipo de comunidade de aprendizagem foi estruturado no primeiro dia da Sala 18 No segundo dia a classe repetiu o processo de tempestade de ideias a fim de definir o que eles chamaram de 3 Rs rights respect responsability direitos respeito responsabilidade Nos dias que se seguiram eles trabalharam em grupos e com a sala inteira visando construir uma Declara o de Direitos e Responsabilidades para a Sala 18 Quadro 3 A constru o de uma comunidade um processo de renegocia o em curso nem sempre f cil A turma se referiu diversas vezes a essa Declara o quando os membros n o estavam interagindo de acordo com tais princ pios Quadro 3 Direitos e responsabilidades constru dos pelos membros da sala 18 Os Direitos e Responsabilidades da sala 18 N s alunos e professores da sala 18 N s alunos da sala 18 temos aceitamos a responsabilidade de 1 O direito de pensar 1 Respeitar as coisas das outras pessoas 2 O direito de aprender 2 Escutar quando os outros est o falando 3 O direito de ir para a escola 3 Cuidar da nossa escola e da nossa 4 O direito de estar seguro sala de aula 5 O direito de ser respeitado 4 Controlar a si mesmo 6 O direito de dizer o que pensamos 5 Fazer as nossas tarefas n
113. 0 n 36 p 156 182 set dez 2014 174 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par Tabela 5 Bel m Pard fun es docentes da Rede Municipal de Ensino por escolaridade e localiza o 2007 2012 2007 2012 Escolaridade Urbana Rural Total Urbana Rural Total Fundamental Incompleto 3 3 Fundamental Completo 7 6 13 3 3 Ensino HEA PRAE 453 266 719 54 23 77 Ensino M dio Normal Magist rio Espec fico Ind gena Ensino M dio 222 66 288 516 39 J99 Superior Completo 1 846 194 2 040 5 190 739 5 929 Superior completo sem licencia 259 33 285 tura Total 2 780 568 3 348 5 763 801 6 564 Fonte Microdados do Censo Escolar 2007 e 2012 INEP MEC Em Bel m Par em 2012 ainda persistiam O3 tr s fun es docentes com Ensino Fundamental Completo 77 setenta e sete fun es docentes s o exercidas por professores com Ensino M dio obtido em cursos de Magist rio ou Normal al m de 555 quinhentas e cinquenta e cinco fun es docentes exercidas por professores com somente Ensino M dio Em 2007 havia 2 325 duas mil trezentas e vinte e cinco fun es docentes exercidas por professo res com Ensino Superior sendo 285 duzentas e oitenta e cinco com ensino superior completo sem licenciatura Em 2012 s o 55 929 cinquenta e cinco mil novecentas e vinte e nove fun es docentes exercidas por professores com
114. 005 devem lan ar m o de algu mas estrat gias fundamentais para assegurar a coordena o federativa e o funcionamento das rela es intergovernamentais O autor refere se neces sidade de equilibrar as formas de coopera o e competi o instaurando em rela o coopera o alguns mecanismos de parceria que em primeiro Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 49 50 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate plano sejam aprovados pelos v rios n veis de governo Para esse autor essa coordena o pode ocorrer por meio de regras legais que obriguem os atores a compartilhar decis es e tarefas pela exist ncia de f runs onde se fa am representados os pr prios entes pela cria o de uma cultura que figure o respeito m tuo entre as unidades e pela negocia o compartilhada de um plano intergovernamental Nesse processo o governo federal pode exercer seu papel de coordenador Desse modo a interven o a negocia o e o compartilhamento podem ser encarados como pe as do regime de colabora o Nesse for mato a colabora o passa a incorporar os sentidos para al m da execu o assume s vezes pr ticas de participa o decis rias nos destinos das pol ti cas e nas suas formas de materializa o e de tomada de posi o As rela es intergovernamentais ou coopera o intergovernamen tal no sentido da cria o de mecanismos c
115. 009 que aponta o fen meno global da industrializa o das ci ncias nas d cadas de 1930 e 1940 como exemplos de direcionamento pol tico da ci ncia tanto na organiza o da investiga o quanto na aplica o dos seus resultados O fen meno ocorreu nas sociedades capitalistas e socialistas do leste europeu Ainda que a utopia seja v lida como horizonte para guiar as a es humanas Sobre a utopia vale consultar a obra organizada por Bianchetti e Thiesen 2014 intitulada Utopias e Distopias na Modernidade Vide revis o de literatura realizada por Jovchelevich 2006 Refer ncias BACHELARD Gaston Conhecimento comum e conhecimento cient fico Tempo Brasileiro S o Paulo n 28 p 47 56 jan mar 1972 BIANCHETTI Luc dio THIESEN Juares da Silva Org Utopias e distopias na Modernidade educadores em di logo com T Morus F Bacon J Bentham A Huxley e G Orwell Iju Editora Uniju 2014 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Luc dio Bianchetti BUNGE Mario La investigaci n cient fica su estrategia y su filosofia 7 ed Barcelona Ariel 1980 Treatise on basic philosophy Dordrecht Reidel 1985 v 6 CHAU Marilena Convite filosofia 13 ed S o Paulo tica 2008 CUPANI Alberto Oscar Sobre a import ncia de certos valores na ci ncia In STEIN Sofia KUIAVA Evaldo Org Linguagem ci nci
116. 011 Focaliza a avalia o da aprendizagem nas edi es do PAR em Mossor Rio Grande do Norte munic pio da amostra Na pers pectiva s cio hist rica analisa a problem tica da estrat gia adotada pela nova gest o p blica do Estado Este mediante contratos induz os entes federados a compartilhar responsabilidades e a flexibilizar o controle das a es A assist ncia individualizada e coletiva a estudantes com aprendizagem defasada e necessidades educacionais espe ciais n o reduz a exclus o decorrente dos padr es avaliativos Palavras chave Plano de a es articuladas Avalia o da aprendizagem Pol ticas educacionais Policy of learning assessment in the educational planning in the Municipality of Mossor Rio Grande do Norte Abstract This work is part of the research of the Observatory of Education Capes Evaluation of the Articulated Actions Plan PAR a study in the municipalities of Rio Grande do Norte Par and Minas Gerais 2007 20 1 1 Focuses the learning assessment in edi tions of the PAR in Mossor6 RN municipality sample In the socio historical perspective it analyzes the problematic of the strategy adopted by the new public management in the state This by means of contracts induces the federated entities to share responsibilities and to make more flexible the control of actions Individualized and collective assistance to students with outdated learning and special educational needs does not r
117. 07 conhecido como Compromisso Todos pela Educa o contendo um conjunto de metas a serem atingidas e cujas a es deveriam ser pactuadas entre a Uni o e os demais entes federados por meio da elabora o de Plano de A es Articuladas e o estabelecimento de conv nios entre as inst ncias federativas Trata se portanto da possibilidade de concretiza o do regime de colabora o previsto na Constitui o Federal de 1988 Para tanto foi criado o Sistema Integrado de Planejamento Or amento e Finan as do Minist rio da Educa o Simec uma estrutura institucional e tecnol gica para instrumentalizar o acompanhamento do cumprimento dos com promissos firmados Um dos pilares de sustenta o do PDE o ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb criado para verificar o cumprimento das metas fixadas um indicador objetivo que combina o desempenho escolar dos alu nos com o fluxo de aprova es Por um lado esse mecanismo foi muito bem avaliado por especialistas justamente por unir esses dois fatores por outro foi alvo de muitos questionamentos como Freitas 2007 que alerta para os riscos de oculta o da m qualidade de ensino uma vez que o Ideb passou a ser considerado refer ncia de qualidade pela propor o de estudantes aprovados utiliza a m dia como refer ncia al m de suas metas estipuladas a longo prazo A explicita o dos dados do Ideb tamb m tem sido alvo de ques tionamentos pelos estu
118. 125 155 set dez 2014 156 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Para Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro Universidade Federal do Par Resumo O artigo tem como refer ncia o Plano de A es Articuladas PAR e sua rela o com as pol ticas de forma o de professores no estado do Par A discuss o te rica desenvolvida considera a dimens o forma o de professores como uma das diretrizes privilegiadas pelas pol ticas educacionais Caracteriza o caminho percorrido no estado ap s a aprova o da LDB sobressaindo aforma o de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental Os resultados apontam para a necessidade de se articular as pol ti cas de forma o docente aos processos de valoriza o docente sem o que n o haver repercuss es satisfat rias na pr tica docente Palavras chave Pol ticas educacionais Forma o inicial Forma o continuada Teacher education and teaching inthe State of Par Abstract The theme of this paper is the Coordinated Action Plan PAR and how it relates to the policies for teacher education in the State of Par in the Brazilian Amazon Region The theoretical discussion carried out in the paper considers teacher education as a privileged guideline of the educational policies The paper tells the history of the field of teacher education in the State of Par after the Education Guidelines and Framework Law LDB with a speci
119. 139 Atividade de Forma o passaram a fazer parte do quesito Corpo Docente que teve seu peso relativamente diminu do Isso contrasta com o aumento do peso de quesitos como Produ o Intelectual e Corpo Discente Teses e Disserta es que juntos passam a corresponder a 70 da avalia o do pro grama e a conformar o fator de maior impacto numa avalia o que considera o artigo o principal produto da p s gradua o Por outro lado houve a inclus o de peso no quesito Inser o Social do Programa o que junto considera o de livros e cap tulos como produtos intelectuais dos programas s o evid ncias concretas das conquistas da Area de Educa o e da GACH no campo da p s gradua o Contexto da Pr tica O contexto da pr tica aquele no qual a pol tica est sujeita inter preta o e recria o e o que produz efeitos e consequ ncias que podem representar mudan as e transforma es significativas na pol tica original BOWE BALL GOLD 1992 Ao analisar as experi ncias dos quatro programas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 140 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o de excel ncia selecionados pela pesquisa procurou se entender como as injun es dos contextos de influ ncia e de produ o de textos da pol tica brasileira de p s gradua o foram interpretadas e traduzidas em a o no Contexto da Pr tica
120. 182 set dez 2014 18 182 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par Estudo explorat rio sobre o professor brasileiro com base nos resultados do censo escolar da educa o b sica 2007 Bras lia Inep 2009 Plano Nacional de Forma o de Professores da Educa o B sica 2009 Dispon vel em http www oei es pdf2 plano nacional formacao professores pdf Acesso em 9 jun 2012 MESZAROS Istvan A educa o para al m do capital Tradu o Isa Tavares S o Paulo Boitempo 2008 NOVOA Ant nio Forma o de professores e profiss o docente In professores e a sua forma o Lisboa Nova Enciclop dia 1992 N VOA Ant nio Os OECD Talis 2013 results An International Perspective on Teaching and Learning OECD Publishing 2014 Dispon vel em http dx doi org 10 1787 9789264196261 en Acesso em 28 jun 2014 TANURI Leonor Maria Hist ria da forma o de professores Revista Brasileira de Educa o S o Paulo n 14 p 61 88 maio ago 2000 UNESCO Declara o Mundial sobre Educa o para Todos satisfa o das necessidades b sicas de aprendizagem Tail ndia Jomtien 1990 Profa Dra Arlete Maria Monte de Camargo Universidade Federal do Par Instituto de Educa o Campus do Guam Bel m Par Grupo de Estudos e Pesquisas da Educa o Superior GEPES E mail acamargo utpa br Profa Dra Maria Edileneda Silva Ribeiro Universi
121. 2007 Regulamenta o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB de que trata o art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias altera a lei no 10 195 de 14 de fevereiro de 2001 revoga dispositivos das Leis nos 9 424 de 24 de dezembro de 1996 10 880 de 9 de junho de 2004 e 10 845 de 5 de mar o de 2004 e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 21 jun 2007 Se o 1 p 07 Emenda Constitucional n 59 de 11 de novembro de 2009 Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 2009 Se o 1 p 08 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 constituicao Emendas Emc emc59 htm Acesso em 28 fev 2014 Projeto de lei n 8 035 de 2010 Aprova o Plano Nacional de Educa o PNE e d outras provid ncias Dispon vel em http mww camara gov br proposicoesWeb prop_mostrarintegra codteor 8 3 1421 amp filename Pl 8035 2010 Acesso em 2 nov 2012 lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educa o PNE e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasilia DF 26 jun 2014 Se o 1 p O1 Dispon vel em http www planalto gov br CCIVIL_03 _Ato20112014 2014 lei L13005 htm Acesso em 10 nov 2014 CHIRINEA Andr ia Melanda BARREI
122. 4 8 Portaria n 34 de 30 de maio de 2006 9 A m dia de docentes permanentes na Uerj e UFMG era respectivamente de 19 e 33 no Tri nio 2004 e de respectivamente 24 e 59 no tri nio 2010 10 A m dia de docentes permanentes na PUCRS e Unisinos era de 15 no tri nio 2004 e de respec tivamente 13 e 14 no tri nio 2010 Refer ncias ANDRIOLO Adagmar BARBOSA Alfredo Jos Afonso HERNANDEZ Arnaldo Jos CAMARGOS Aroldo Camargos BARRAVIEIRA Benedito KANDUC Victoria Classifica o dos peri dicos no Sistema Qualis da Capes a mudan a de crit rios URGENTE Revista Brasileira de Reumatologia S o Paulo v 50 n 2 p 107 112 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamin BALL Stephen J Educational reform a critical and poststructural approach Buckingham Open University Press 1994 BALL Stephen Reformar escolas reformar professores e os terrores da performatividade Revista Portuguesa de Educa o Braga v 15 n 2 p 3 23 semestral 2002 Dispon vel em lt http www redalyc org articulo oa2id 3 415201 gt Acesso em 16 jan 2014 BALL Stephen Performatividade privatiza o e o p sEstado do bem estar Educa o amp Sociedade Campinas v 25 n 89 p 1105 1126 2004 BALL Stephen Profissionalismo gerencialismo e performatividade Cadernos de Pesquisa S o Paulo v 35
123. 5 set 2009 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa OLIVEIRA Dalila Andrade Regula o das pol ticas educacionais na Am rica Latina e suas consequ ncias para os trabalhadores docentes Educa o amp Sociedade S o Paulo v 26 n 92 Especial p 753 775 out 2005 Das pol ticas de governo politica de Estado reflex es sobre a atual agenda edu cacional brasileira Educa o amp Sociedade Campinas v 32 n 115 p 323 337 abr jun 2011 PINTO Jose Marcelino Rezende O financiamento da educa o no governo Lula Revista Brasileira de Pol tica e Administra o da Educa o Recife v 25 n 2 p 323 340 maio ago 2009 PROFESSORA Amarilis Entrevista Ituiutaba Minas Gerais 20 de abril de 2012 SAVIANI Demerval O Plano de Desenvolvimento da Educa o an lise do projeto do MEC Educa o amp Sociedade Campinas v 28 n 100 Especial p 1231 1255 out 2007 PDE Plano de Desenvolvimento da Educa o An lise critica da pol tica do MEC Campinas Autores Associados 2009 Sistema Nacional de Educa o articulado ao Plano Nacional de Educa o Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro v 15 n 44 p 380 392 ago 2010 Escola e democracia 35 ed Campinas Autores Associados 2002 SILVA Jovina da RAMOS Maria Monteiro da Silva Pr tica pedag
124. 6 escolas funciona entre 9h e 15h Os alunos levam o pr prio almo o ou o compram na cantina da escola Apenas os alunos considerados vulner veis socialmente n o pagam o pr prio almo o 4 Family Feud um programa de televis o americano no qual duas fam lias competem para adi vinhar as respostas mais populares de enquetes feitas a um grupo de aproximadamente cem pessoas Refer ncias AALAN Di rio de campo Santa Barbara EUA maio 1994 ARMANDO Di rio de campo Santa Barbara EUA maio 1994 APPLE Michael Creating difference neo liberalism neo conservatism and the politics of edu cational reform Educational Policy Boston v 18 n 1 p 12 44 2004 BANKS James Multicultural education historical development dimensions and practice In BANKS James MCGEE BANKS Cherry Ed Handbook of research on multicultural education New York Simon amp Schuster Macmillan 1995 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Gomes BANKS James BANKS Cherry Multicultural education issues and perspectives 7 ed Hoboken Wiley 2009 BARTOLOME Lilia Beyond the methods fetish Toward a humanizing pedagogy Harvard Educational Review Harvard v 64 n 2 p 173 195 1994 BENNETT Christine Comprehensive multicultural education theory and practice 7 ed Upper Saddle River Pearson 2010
125. 79 Classroom organization and management In WITTROCK Merlin Ed Handbook of research on teaching 3 ed New York MacMillan 1986 EDWARDS Derek MERCER Neil Common knowledge The development of understanding in the classroom New York Methuen 1987 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 38 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula EMMER Edmund EVERTSON Carolyn ANDERSON Linda Effective classroom manage ment at the beginning of the school year Elementary School Journal Chicago v 80 n 5 p 219 231 1980 ERIK Di rio de campo Santa Barbara EUA maio 1994 FINE Michele Framing dropouts New York State University of New York Press 1991 FREIRE Paulo The pedagogy of the oppressed New York Seabury Press 1970 GALLANT Mary HARTMAN Harriet Holocaust education for the new millennium Assessing our progress Holocaust Studies Journal of Culture and History London v 10 n 2 p 1 28 2001 GARCIA Eugenia Understanding and meeting the challenge of student cultural diversity Boston Houghton Mifflin Company 1994 GRANT Carl A Ed Educating for diversity an anthology of multicultural voices Boston Allyn and Bacon 1995 GRANT Carl TATE William F Multicultural education through the lens of the multicultural education research literature In BANKS James MCGEE BANKS Cherry E
126. 989 p 86 Em outras palavras a proposta de Santos cont m elementos na dire o de uma inter transdisciplinaridade entre os conhecimentos a partir do momento que vislumbra n o somente o di logo mas tamb m os pontos de conflu ncia entre os saberes com base em suas intera es produ o do conhecimento de forma horizontal e compartilhada Trata se de articular uma pluralidade metodol gica pautada na imagina o e em crit rios pesso ais do cientista com o intuito de converter os saberes em sabedoria de vida que pode traduzir se em desenvolvimento do conhecimento inova o apren dizado e transforma o social Por meio do senso comum orienta se e d se sentido s pr ticas humanas o conhecimento da vida que possui uma dire o articulada a um prop sito ao contr rio da ci ncia cl ssica que se restringe a averiguar como funciona determinado setor da realidade em termos gerais Em vista disso parece que se atribui um sentido mais positivo do que negativo ao conheci mento comum por este ser um saber pautado na experi ncia que para essa perspectiva n o se deve desperdi ar nem isolar e tampouco desprezar A experi ncia e o h bito de decidir bem formam as bases da sabedoria pr tica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren EO ou melhor da sabedoria para a vida E por isso que San
127. AMOS 2006 p 2 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira cE Tomando a pr tica pedag gica como uma pr tica social que envolve a escola na sua totalidade pode se considerar que esta influenciada pelas vis es de mundo de sociedade de escola e de alunos dos sujeitos que nela atuam Nessa perspectiva Veiga 1989 p 17 enfatiza que a pr tica pedag gica na verdade atividades te rico pr ticas ou seja formalmente tem um lado ideal te rico idealizado enquanto formula anseios em que est presente e subjetividade humana e um lado real material propriamente pr tico objetivo Assim subjacente teoria est o presentes concep es e intencionalidades que se transformam em escolhas que influenciam a pr tica exercida pelos profissionais da educa o Pode se afirmar que a avalia o se insere no campo das pr ticas pedag gicas exercidas pelo educador no processo de ensino e aprendizagem Nesse prisma por meio do trabalho pedag gico que podemos ver a rela o teoria pr tica em sua complexidade e a avalia o como uma pr tica indispens vel no acompanhamento das pol ticas educativas e do ensino bem como das pr ticas pedag gicas NETO SANTIAGO 2006 p 123 A ava ia o torna se um elemento essencial para o acompanhamento das pr ticas pedag gicas exercidas com a fi
128. BLOOME David BAILEY Francis From linguistics and education a direction for research on anguage and literacy In BEACH Richard GREEN Judith KAMIL Michael SHANAHAN Timothy Ed Multiple disciplinary perspectives on language and literacy research Urbana IL NCRE amp NCTE 1992 BUSCHING Beverly SLESINGER Betty Practicing democracy through studentcentered inquiry Middle School Journal Westerville v 26 n 5 p 50 56 1995 Authentic questions what do they look like Where do they lead Language Arts Urbana v 72 p 341 351 1995a CAZDEN Courtney Classroom discourse In WITTROCK Merlin Ed Handbook of Research on Teaching 3 ed New York MacMillan 1986 37 COLLINS Elaine GREEN Judith Learning in classrooms making or breaking a culture In MARSHALL Hermine Ed Redefining student learning Roots of educational change Norwood NJ Ablex Publishing Corporation 1992 CUMMINS Jim Afterword In MCCALEB Sudia Building communities of learners a collaboration among teachers students families and community New York St Martins Press 1994 DIAMOND Barbara MOORE Margaret Multicultural literacy mirroring the reality of the classroom White Plains Longman 1995 DOYLE Walter Making managerial decisions in classrooms In DUKE Daniel Ed Classroom management the seventy eighth yearbook of the National Society for the Study of Education Chicago University of Chicago Press 19
129. Caic SACRAMENTO Ana Batista do Testamento e autos de contas Cidade do Pr ncipe Freguesia da Gloriosa Senhora Sant Ana 1873 Documento manuscrito de 2 de outubro de 1873 sob a guarda do Laborat rio de Documenta o Hist rica do Centro de Ensino Superior do Serid LABORDOC Caic Legisla o educacional Constitui o mensagem governamental BRASIL Decreto n 19 444 de 01 de dezembro de 1930 Disp e sobre os servi os que ficam a cargo do Minist rio da Educa o e Sa de P blica e d outras provid ncias eee em Sane ae paf d 19444 pdf gt Acesso em 13 fev 2013 Decreto n 20 772 de 11 de saibro de 1931 Autoriza o Conv nio entre a Uni o e as unidades da federa o para o desenvolvimento Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez 2014 257 Normas 258 e padroniza o das estat sticas educacionais Dispon vel em lt http www camara leg br legin fed decret 1930 1939 htm gt Acesso em 13 fev 2013 ao Constitui es Brasileiras 1934 Bras lia Senado Federal e Minist rio de Ci ncia e Tecnologia Centro de Estudos Estrat gicos 2001 Ronaldo Poletti Organizador v 3 ____ Constitui o dos Estados Unidos do Brasil 10 de novembro de 1937 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constitui cao htm gt Acesso em 26 mar 2013 Decreto Lei n 868 de 18 de novembro de 1938 Cria no Minist rio da Edu
130. Conclus es Ao final deste estudo poss vel apreender algumas das dimens es sig nificados e faces do PAR no contexto das pol ticas educacionais implementadas ao longo de 2007 a 2014 Por um lado traz consigo elementos do planejamento estrat gico aplicados ao campo da gest o dos sistemas educacionais introduzindo uma metodologia de planejamento que tem como marcas a centralidade na equipe gestora ao mesmo tempo que todo o processo est calcado em aspectos t c nicos que secundarizam as quest es pol ticas culturais e institucionais que Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 233 234 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica engrendram a realidade desses sistemas e suas escolas A plataforma eletr nica por meio da qual o PAR elaborada n o abre a possibililidade para que tais quest es sejam problematizadas Al m disso a perspectiva da avalia o adotada se restringe a identifi car os pontos fortes e os pontos fracos sendo que os primeiros seriam assinalados ao se atribuir uma pontua o 3 ou 4 para cada indicador destacado enquanto os pontos fracos seriam identificados com a atribui o da pontua o 1 ou 2 Essa perspectiva de an lise fragmenta e impossibilita que se construa uma vis o mais ampla da realidade educacional Por outro lado por meio do PAR poss vel apreender fortes elemen tos do governo el
131. ERONI Vera Pol tica Educacional e papel do Estado no Brasil dos anos 1990 S o Paulo Xam 2003 PRADO Otavio PO Marcos Vinicius Limites e possibilidades do governo eletr nico na accountability uma explora o de portais governamentais frente s teorias da democracia In ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS 34 2010 Caxambu Anais Caxambu MG Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Ci ncias Sociais 2010 RAMOS S rgio Tecnologias de informa o e comunica o conceitos b sicos Escola Dr M rio Sacramento Aveiro Portugal 2008 RONAGHAN S Benchmarking e government a global perspective assessing the pro gress of the UN member states United Nations Division for Public Economics and Public Administration amp American Society for Public Administration May 2002 SALDANHA Clezio Introdu o gest o p blica S o Paulo Saraiva 2006 VALENTE Lucia Perman ncias e mudan as na organiza o do trabalho escolar nas Geraes uma an lise do programa dinheiro direto na escola PDDE e do PDE scola 2011 202 f Tese Doutorado em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal de Uberl ndia Uberl ndia 201 VIDAL Eloisa Maia VIEIRA Sofia Lerche Gest o educacional e resultados no Ideb um estudo de caso em 10 munic pios cearenses In REUNI O DA ASSOCIA O BRASILEIRA Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Art
132. Fairfield U S A Maria Arisnete C mara de Morais UFRN Maria Helena Menna Barreto Abrah o PUCRS Mariluce Bittar UCDB Marly Amarilha UFRN Nicholas Davies UFF Telma Ferraz Leal UFPE Valentin Martinez Otero P rez Unv Complutense de Madrid Wagner Rodrigues Valente UNIFESPI Conselho Editorial Marta Maria de Ara jo Editora Respons vel Alessandra Cardozo de Freitas Editora Adjunto Ant nio Cabral Neto Arnon Alberto Mascarenhas de Andrade Maria Arisnete Camara de Morais Bolsistas Nilzete Moura Santos Ra ra M rcia da Cunha Revista Educa o em Quest o Centro de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Campus Universit rio Lagoa Nova Natal RN CEP 59072 970 Fone Fax 084 3342 2270 E mail eduguestaoBce ufrm br Site www revistaeduguestao educ ufrn br Portal http www periodicos ufrn br educacaoemquestao Capa Vicente Vitoriano Marques Carvalho Revis o de Linguagem Afonso Henriques da Silva Real Nunes Magda Silva Neri Revis o de Normaliza o T rcia Maria Souza de Moura Marques Editora o Eletr nica Nilzete Moura Santos Base de Dados e Indexadores EDUBASE Universidade Estadual de Campinas Diadorim Diret rio de Informa es da Pol tica Editorial das Revistas Cient fi cas Brasileiras GeoDados Universidade Tecnol gica Federal do Paran ndice de Revistas de Educaci n Sup
133. LIVEIRA Romualdo Portela de SANTANA Wagner In OLIVEIRA Romualdo Portela de SANTANA Wagner Org Educa o e federalismo no Brasil combater as desigualdades garantir a diversidade Bras lia UNESCO 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalh PIERSON Paul Fragmented Welfare States Federal Institutions and the Development of Social Policy Governance Cambridge v 8 n 4 p 448 4 8 oct 1995 SAVIANI Dermeval O Plano de Desenvolvimento da Educa o an lise do projeto do MEC Educa o amp Sociedade Campinas v 28 n 100 p 1231 1255 out 2007 SAVIANI Dermeval Plano Nacional de Educa o a quest o federativa e os munic pios o regime de colabora o e as perspectivas da educa o brasileira S o Paulo Grabois 2011 SOUZA Alexis Sales de Paula e A origem do Federalismo brasileiro Jus Navigandi Teresina v 15 n 2642 s p 25 set 2010 Dispon vel em lt http jus com br artigos 17486 gt Acesso em 23 set 2014 VOSS Dulce Maria da Silva O Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE contextos e discursos Cadernos de Educa o Pelotas v 38 p 43 67 jan abr 2011 Prof Dr Ant nio Cabral Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Fundamentos e Pol ticas da Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o
134. LL 1994 permite superar vis es reducionistas da pol tica educacional reescrevendo a na an lise das influ ncias m tuas entre os contextos macro e micro Ao enfatizar os processos micropol ticos e a a o dos profissionais emn vel local Ball lan a luz sobre as possibilidades de inter ven o e de mudan a colocadas pelas intera es entre o contexto global e o contexto local Ball prop e a leitura das pol ticas como um ciclo cont nuo formado por tr s contextos interrelacionados de influ ncia de produ o de texto e da pr tica No Contexto de Influ ncia as pol ticas s o iniciadas os discur sos politicos s o constru dos e adquirem legitimidade Nele atuam redes sociais relacionadas a partidos pol ticos aos governos comiss es e grupos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonam a representativos que disputam a defini o das finalidades da educa o No caso da pol tica brasileira de p s gradua o situam se nesse contexto ag n cias como a Capese rg os de fomento pesquisa como o CNPq comiss es respons veis pela elabora o das avalia es e do PNPG representantes de programas e de associa es nacionais de pesquisa de diferentes reas de conhecimento como a ANPEd e o FORPREd no caso da Educa o Ball tamb m aponta a presen a de influ ncias internacionais na formu a o das pol
135. O Almerindo Janela Pol ticas avaliativas e accountability em educa o subs dios para um debate iberoamericano Revista de Ci ncias da Educa o S o Paulo n 9 p 57 70 maio ago 2009 AFONSO Almerindo Janela Para uma conceitualiza o alternativa de accountability em educa o Educa o amp Sociedade Campinas v 33 n 119 p 471 484 abr jun 2012 AGUNE Roberto Meizi CARLOS Jos Ant nio Governo eletr nico e novos processos de trabalho In LEVY Evelyn DRAGO Pedro An bal Org Gest o p blica no Brasil contempo r neo S o Paulo FUNDAP 2005 ANDERSON Perry Balan o do Neoliberalismo In SADER Emir GENTIL Pablo Org P s neoliberalismo as pol ticas sociais e o Estado democr tico Rio de Janeiro Paz e Terra 1995 BARROSO Jo o O estado a educa o e a regula o das pol ticas p blicas Educa o amp Sociedade Campinas v 26 n 92 p 726 751 out 2005 BRASIL Lei n 9 795 de 27 de abril de 1999 Disp e sobre a educa o ambiental institui a Pol tica Nacional de Educa o Ambiental e d outras provid ncias Bras lia DF Imprensa Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 235 236 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Nacional 1999 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil_O3 leis I9795 htm Acesso em 15 fev 2014 Lei n 10 639 de 09 de janeiro
136. Os professores ainda mant m a responsabilidade de proporcionar aos alunos oportunidades significativas de aprendizagem TUYAY JENNINGS DIXON 1995 mas todos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim os membros compartilham a responsabilidade de moldar essas oportunidades e de construir uma comunidade democr tica respeitosa que apoie todos os alunos no processo de aprendizagem preciso considerar tamb m como o conhecimento posicionado definido e distribu do nas salas de aula Recorrendo novamente ao Quadro 1 uma pedagogia democr tica na nossa perspectiva consistente com uma vis o do conhecimento como din mico fluido e nas palavras de Ladson Billings recicl vel Nessa perspectiva a autoridade do conhecimento n o est unicamente no professor ou mesmo em um livro texto mas tamb m socialmente constru da O que se pretende ressaltar aqui a constru o cole tiva do conhecimento com a participa o efetiva dos estudantes Isso n o significa que os professores n o tenham compet ncias a compartilhar com os alunos atrav s de seu pr prio conhecimento ou do conhecimento que ressaltam pela escolha de textos e atividades mas sim que o conhecimento n o fixo ou est tico e por isso n o pode provir apenas de uma fonte ou autoridade ao longo do tempo Uma pedagogia democr tica
137. Os programas de p s gradua o estudados representam a arena em que a pol tica colocada em a o e os sujeitos dessa a o s o os coor denadores que atuaram no periodoquando houve a mudan a nas notas dos programas Nessa perspectiva buscou se compreender as interpreta es que fazem da pol tica proposta as estrat gias que adotam para traduzir essa pol tica em a o e as semelhan as e diferen as que ensejam suas a es orga nizando a an lise do Contexto da Pr tica a partir de dois temas a rela o dos coordenadores com a avalia o da Capes b estrat gias de a o dos programas a Rela o dos coordenadores com a avalia o da Capes A avalia o da Capes afeta diretamente o cotidiano dos progra mas e principalmente o trabalho do coordenador agente mediador entre as injun es do processo de avalia o e as tradu es da pol tica de p s gradua o junto ao e com o corpo docente e discente do programa Embora no Documento de rea e no Relat rio da Avalia o Trienal a excel ncia esteja estreitamente relacionada divulga o da produ o intelectual em ve culos emn vel internacional os agentes apontam suas pr prias interpreta es sobre o que torna um programa de excel ncia Para eles a excel ncia existe porque o programa foi fundado por acad micos reconhecidos ou porque desenvolve uma pol tica de internacionaliza o que n o se preocupa apenas com os grandes centros acad micos e
138. RETCHE Marta Federalismo e pol ticas sociais no Brasil problemas de coordena o e autonomia S o Paulo em Perspectiva S o Paulo v 18 n 2 p 17 26 abr jun 2004 AZEVEDO Janete Maria Lins de Implica es da Nova L gica de A o do Estado para a Educa o Municipal Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 p 49 71 set 2002 Dispon vel em www scielo br Acesso em 10 set 2014 BERCOVICI Gilberto Desigualdades regionais estado e constitui o S o Paulo Max Limonad 2003 BRASIL Presid ncia da Rep blica Casa Civil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituicao htm Acesso em 15 set 2014 Presid ncia da Rep blica Casa Civil Emenda Constitucional n 14 de 12 de dezembro de 1996 Modifica os arts 34 208 211 e 212 da Constitui o Federal e d nova reda o ao art 60 do Ato das Disposi es constitucionais Transit rias Dispon vel em http www planalto gov br cci vil 03 constituicao Emendas Emc emc14 htm Acesso em 2 set 2014 Presid ncia da Rep blica Casa Civil Emenda Constitucional n 53 de 19 de dezembro de 2006 Dispon vel em www tnde gov br Indelegis action Acesso em 5 set 2014 Presid ncia da Rep blica Casa Civil Lei n 11 494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Pro
139. RO Ira de Marques de Freitas Qualidade da educa o efici ncia efic cia e produtividade escolar 2011 Dispon vel em http portal felar unesp br publicacoes revista polit gest edi artigo3 pdf Acesso em 27 out 2014 DAVIES Nicholas FUNDEB a reden o da educa o b sica Campinas Autores Associados 2008 DIRETORA Ac cia Entrevista Ituiutaba Minas Gerais 12 abr 2012 DOURADO Luiz Fernandes OLIVEIRA Jo o Ferreira de SANTOS Catarina A A qualidade da educa o conceitos e defini es S rie Documental textos para discuss o Bras lia v 24 n 22 p 5 34 2007 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 20 208 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino DOURADO Luiz Fernandes OLIVEIRA Jo o Ferreira A qualidade da educa o perspecti vas e desafios Cadernos Cedes Campinas v 29 n 78 p 201 215 maio ago 2009 ESPECIALISTA Hort ncia Entrevista Ituiutaba Minas Gerais 23 abr 2012 FERNANDES Reynaldo GREMAUD Amaury Patrick Qualidade da educa o avalia o indicadores e metas In VELOSO Fernando Org Educa o B sica no Brasil construindo um pa s do futuro Rio de Janeiro Elsevier 2009 p 213 238 FREITAS Luiz Carlos Cr tica da organiza o do trabalho pedag gico e da did tica 9 ed Campinas Papirus 2008 Elimina o adiada o ocaso d
140. Sob o discurso de propiciar a moderniza o educacional do pa s reformou o ensino tomando como base uma racionalidade economicista e privatizante 8 De acordo com o Guia de Orienta es para elabora o do PAR BRASIL 2011 apresenta quo tro formas de execu o das a es assist ncia t cnica do MEC assist ncia financeira do MEC executadas pelo munic pio e outras formas de apoio que envolve outros parceiros 9 Oartigo 1 da lei n 2 717 de 27 de dezembro de 2010 assim define o seu conte do institui a pol tica de Responsabilidade Educacional no Munic pio de Mossor com o objetivo de promover a melhoria da qualidade do Sistema Municipal de Ensino por meio da execu o de a es planejadas do estabelecimento de metas educacionais do investimento crescente e sistem tico de recursos financeiros e da avalia o de desempenho tendo como foco principal o aluno e como resultado dessa pol tica a melhoria dos indicadores educacionais e sociais Essa lei pois bem mais ampla do que o PAR porque regulamenta a vida da educa o em todo o munic pio tendo pois um relativo car ter de perman ncia enquanto o PAR um programa transit rio indutor de financiamento da educa o municipal Refer ncias ABR CIO Fernando Lu s Os avan os e os dilemas do modelo p s burocr tico a reforma da administra o p blica luz da experi ncia internacional recente In BRESSER PEREIRA Luiz Carlos SPINK Peter
141. a 310 183 493 102 96 198 Ensino M dio 27 21 48 2 14 16 Superior Completo 568 94 662 768 196 964 Superior completo sem licencia 99 16 38 tura Total 928 315 1 243 872 306 1 178 Fonte Microdados do Censo Escolar 2007 e 2012 Inep MEC 173 Em Barcarena Par no ano de 2012 n o foram identificadas fun es docentes exercidas por professores com Ensino Fundamental Ainda persistiam 214 duzentos e quatorze fun es docentes com Ensino M dio 198 cento e noventa e oito com Ensino M dio obtido em cursos Normal ou Magist rio Houve uma redu o em rela o a 2007 quando esse total era de 542 quinhentas e quarenta e duas fun es docentes As fun es docentes exercidas por professores com ensino superior completo eram todos portadores de diploma obtido em cursos de licenciatura esses dados s o compat veis com o que se observa no documento do PAR desse munic pio Das 1 178 mil cento e setenta e oito fun es docentes identifica das nesse munic pio no ano de 2012 no que diz respeito aos anos iniciais do Ensino Fundamental 198 cento e noventa e oito fun es docentes eram ocupadas por professores com ensino m dio obtido em cursos normais e ou cursos de magist rio e 16 dezesseis fun es docentes com ensino m dio A seguir ser demonstrada a situa o em Bel m capital do Estado Revista Educa o em Quest o Natal v 5
142. a o do magist rio Os recursos desses fundos tornaram poss vel a realiza o de conv nios com universidades federais estaduais e em alguns casos comunit rias com o desenvolvimento de programas espe ciais de licenciatura para professores em exerc cio nas redes p blicas A demanda por forma o em nivel superior pelos professores em exer c cio na educa o b sica favoreceu em um primeiro momento a expans o de cursos de licenciatura na esfera privada tendo em vista que os programas emergenciais de licenciaturas n o conseguiram dar conta da necessidade exis tente logo ap s a aprova o da LDB Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Outro elemento que contribui para tornar a situa o ainda mais com plexa diz respeito remunera o salarial do professor da educa o b sica brasileira Segundo dados publicados no Anu rio Brasileiro da Educa o B sica 2014 a remunera o m dia desse profissional de 50 da m dia salarial dos trabalhadores com forma o superior situada na faixa de R 3 6 mil mensais Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro Sabe se que a remunera o um importante aspecto a ser conside rado por quem pretende escolher uma profiss o A import ncia da exist ncia de uma carreira que seja capaz de atrair os jovens para a profiss o e tamb m de ret
143. a que d maior autonomia s ag ncias e aos departamentos Al m do mais o gerencialismo ou gest o gerencial tamb m tem como caracter sticas a redu o e o controle dos gastos p blicos e o modelo de avalia o por desempenho que ser fundamental no mbito educacional CASTRO 2008 p 3 O Estado assume um car ter gerencialista e nessa perspectiva objetiva priorizar a busca da efici ncia e efic cia reduzir gastos com o setor p blico al m de controlar e introduzir modelos de avalia es que focam o desempenho individual visando oferir o produto e instalando a competitivi dade e a descentraliza o como pilares dessa efici ncia e efic cia Segundo Machado 1994 p 20 o gerenciamento constitui a base do controle da qualidade total pois visa n o s estabelecer e manter mas melhorar os padr es Ainda de acordo com a autora existem dois tipos de gerenciamento gerenciamento pela organiza o ou de rotina e geren ciamento interfuncional O primeiro tem como objetivo o controle das tarefas cotidianas por meio de processos repetitivos Esse n vel de gerenciamento requer planejamento e execu o O segundo tipo visa constru o da vis o da organiza o de seus objetivos estrat gicos tendo em vista a melhoria dos processos e O enfrentamento da competi o Esse novo tipo de administra o e gest o passa a ser o alicerce da nova organiza o do Estado que se configurou no final
144. a Moreira cost ao b sico e n o depois como argumentam os defensores dessas pol ticas A consequ ncia a forma o de cidad os de segunda categoria acentuando as diferen as j existentes no sistema educacional A avalia o da aprendizagem tamb m est atrelada aos modelos aplicados pela avalia o sist mica os dados mostram que h um grande envolvimento de todos os profissionais da escola e um processo sistem tico de prepara o dos alunos para a realiza o dessas avalia es como indica a professora da escola As avalia es das meninas na parte de Matem tica t m gr fico t m escala a maioria das provas aqui todas t m leitura e interpreto o porque o que cobra interpreta o At na parte das exatas que a Matem tica A gente v prova de hist ria com gr fico e isso ajuda o conjunto n Todo ano eu vou buscando ativi dade a eu monto vou l e xeroco eu xeroco algumas atividades e a gente vai fazendo Todo bimestre eu trago uma atividade de revis o a come a l do sexto ano e vai voc entende Eu j tenho at o acervo sabe Eu j tenho tr s anos com os nonos anos a ent o eu vou buscando PROFESSORA 2012 A diretora mostra de maneira clara que a avalia o da aprendizagem segue o padr o da Prova Brasil e h por parte dela uma exig ncia para que isso aconte a E outra coisa que eu vejo muito toda prova nossa n o deco reba Tem que ter uma part
145. a da escola como mostra a especialista da Escola Percebe se que em fun o das avalia es externas o estreitamento do curr culo assimilado e colocado em pr tica nas escolas Assim o chamado conhecimento b sico o argumentam os reformadores da educa o sem explicitar qual o significado de cidadania Essa pr tica limita as possibilidades de crian as e jovens das clas ses populares terem acesso aos conhecimentos que s o exclu dos em nome do Toda semana trabalha se com Portugu s e Matem tica Segunda feira primeiro hor rio toda a escola vai estar trabalhando com Portugu s independentemente do que seja o hor rio da sala Ci ncias Portugu s toda a escola Trabalha se com g neros tex tuais porque se o aluno n o sabe ler e interpretar n o d conta de mais nada Essa semana foi o Portugu s na outra semana Matem tica E sempre em dias alternados Essa semana foi na segunda semana que vem na ter a assim que estamos fazendo ESPECIALISTA 2012 cumpre a fun o de preparar para a cidadania com b sico que s o de suma import ncia para sua forma o e cujo acesso s possivel na escola Freitas 201 1 defende que as artes o corpo a criatividade os sentimentos a tica a est tica devem ser desenvolvidas simultaneamente Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereir
146. a de mbito estadual e a segunda federal A PUCRS e a Unisinos s o institui es particulares de car ter confessional e filantr pico Nesses programas a pesquisa realizou quatro estudos de caso por meio de an lise documental e entrevistas semiestruturadas A an lise documen tal envolveu produ es da Capes relativas ao per odo de 1998 a 2014 a saber Fichas de Avalia o dos Programas Documentos de rea Relat rios S ntese de Area Cadernos de Indicadores e dados de acesso livre de cada avalia o trienal Tamb m foi feito um levantamento de documentos oficiais relativos pol tica de p s gradua o o que inclui entre outros os Planos Nacionais de P s Gradua o PNPG As entrevistas foram realizadas com 16 coordenadores que ocuparam o cargo no per odo de 2001 a 2013 e com membros da diretoria da Associa o Nacional de P sGradua o e Pesquisa em Educa o ANPEd do F rum Nacional de Coordenadores de Programas de P s Gradua o em Educa o FORPREd e com representantes da Area de Educa o na Capes totalizando 20 entrevistas A elabora o dos roteiros das entrevistas e a an lise dos documen tos e depoimentos foram realizadas luz das contribui es te ricas de Pierre Bourdieu e dos aportes te rico metodol gicos de Stephen Ball Contribui es de Stephen Ball e de Pierre Bourdieu ao estudo O referencial anal tico do ciclo de pol ticas de Ball e colaboradores BOWE BALL GOLD 1992 BA
147. a e valores sobre as representa es humanas no mundo Caxias do Sul Educs 2006 JANTSCH Ari Paulo O conhecimento popular e a hegemonia In SCHAEFER S rgio JANTSCH Ari Paulo Org O conhecimento popular Petr polis RJ Vozes 1995 BANCHETTI Luc dio Interdisciplinaridade e Universidade In JANTSCH Ari Paulo BIANCHETTI Luc dio Org Interdisciplinaridade para al m da filosofia do sujeito 9 ed Petr polis RJ Vozes 2011 JOVCHELEVICH Pedro Revis o de literatura sobre a influ ncia dos ritmos astron micos na agricultura Revista N cleo de Pesquisa Interdisciplinar S o Paulo 2006 Dispon vel em http www Imr edu br npi 2 php Acesso em 26 jun 2014 LYOTARD Jean Fran ois A condi o p s moderna 8 ed Rio de Janeiro Jos Olympio 97 2004 MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos da metodologia cient fica 7 ed S o Paulo Atlas 2010 PAVIANI Jayme Epistemologia pr tica ensino e conhecimento cient fico Caxias do Sul Educs 2009 SANTOS Boaventura de Sousa Santos Introdu o a uma ci ncia p s moderna Rio de Janeiro Graal 1989 Renovar a teoria cr tica e reinventar a emancipa o social S o Paulo Boitempo 2007 Um discurso sobre as ci ncias S o Paulo Cortez 2009 SCHAEFER S rgio JANTSCH Ari Paulo O conhecimento popular Petr polis Vozes 1995 VATTIMO Gianni O fim da modernidade niilismo e hermen utica na cultura p s moder
148. a em rela o aos outros munic pios pode ser percebida Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva aber EIS trata se da amplia o das fun es docentes exercidas por professores com Ensino M dio 416 quatrocentos e dezesseis quando em 2007 eram ape nas 02 duas As raz es dessa amplia o n o s o claras H uma amplia o das fun es docentes exercidas por professores com n vel superior em 2007 eram 528 quinhentas e vinte e oito em 2012 s o 981 novecentos e oitenta e uma fun es docentes todas elas exercidas por professores que cursaram uma licenciatura Quanto aos anos iniciais do Ensino Fundamental no ano de 2012 das 1 533 mil quinhentas e trinta e tr s fun es docentes nesse munic pio 136 cento e trinta e seis eram ocupadas por professores com ensino m dio obtido em cursos normais e ou cursos de magist rio al m de 416 quatrocen tos e dezesseis fun es docentes com ensino m dio situa o que tamb m merece uma maior aten o por parte das inst ncias envolvidas Dessa forma pode se afirmar que h ainda um caminho a ser percor rido no que diz respeito universaliza o da escolaridade em n vel superior dos professores que atuam na educa o b sica demandando a es que pos sam caminhar nessa dire o Considera es finais A articula o entre os sistemas de en
149. a escola e de 7 O direito de compartilhar nossos SS da melhor fama pensamentos 6 Cuidar um do outro 8 O direito de escolher 2 Pr ticas democr ticas ao longo do tempo Neste item exemplificam se os processos de aprendizagem e a es denominados de democr ticos Repetidas de forma padronizada ao longo do tempo essas a es tornaram se pr ticas democr ticas naquela sala de aula SPRADLEY 1980 Essas pr ticas podem ser localizadas por meio de diversos eventos importantes ao longo de todo o ano letivo O Quadro 4 a seguir representa v rios ciclos de atividade que perpassaram as reas de conte do durante os primeiros quatro meses de aula e as pr ticas democr ticas que lhes deram forma Assim a an lise deste quadro sugere a profundidade e a Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim amplitude das pr ticas democr ticas na sala 18 As pr ticas democr ticas enu meradas correspondem ao que foi apresentado no Quadro 1 Por exemplo poss vel ver como a responsabilidade pela constru o de significados com partilhada por v rios processos de constru o do conhecimento em conjunto As quatro maneiras de construir conhecimento em conjunto incluem o grupo todo em processo de tempestade de ideias a colabora o em grupos maio res pequenos grupos ou e
150. a inquirir libremente acerca de nuevas posibilidades y a eliminar mitos consagrados que s lo son mitos robusteceria nuestra confianza en la experiencia guiada por la raz n y nuestra confianza en la raz n contrastada por la experiencia nos estimu laria a planear y controlar mejor la acci n a seleccionar nuestros fines y a buscar normas de conducta coherentes con esos fines y con el conocimiento disponible en vez de dominadas por el h bito y por la autoridad daria m s vida al amor de la verdad a la dis posici n de reconocer el proprio error a buscar la perfecci n y a comprender la imperfecci n inevitable nos daria una visi n del mundo eternamente joven basada en teor as contrastadas en vez de estarlo en la tradici n que reh ye tenazmente todo contraste 4 3 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET con los hechos y nos animaria a sostener una visi n realista de la vida humana una visi n equilibrada ni optimista ni pesimista BUNGE 1980 p 51 Embora essas mudan as se processem em escala limitada para Bunge 1980 j poss vel observar os frutos da difus o de uma atitude cien t fica no mbito da cultura A perspectiva apresentada na sequ ncia continua enfatizando a dis tin o entre os conhecimentos cient ficos e vulgares sendo at mais radical no tocante a e
151. a melho rar os indicadores educacionais em munic pios dos estados do Par Como se sabe com a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 foi estimulada a indu o de pol ticas que estivessem em sintonia com as diretrizes e metas da Declara o Mundial sobre Educa o para Todos realizada em Jontiem na Tail ndia UNESCO 1990 Essas diretrizes deram origem a diferentes pol ticas educacionais dentre elas as voltadas para o campo da forma o docente Al m disso bus caram responder aos compromissos internacionais firmados com o objetivo de ampliar a qualifica o dos professores da educa o b sica visando a uma melhor qualidade para esse n vel de ensino j que os indices eram considero dos insatistat rios No contexto de crise do sistema capitalista est a origem da reforma do estado desencadeada nos anos 1990 no Brasil quando prevaleceu um conjunto de orienta es que desarticulou o chamado estado provid ncia e levou consolida o do Estado M nimo Com o lan amento do Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educa o Decreto n 6 094 de 24 abril de 2007 PDE que parte do Programa de Acelera o do Crescimento PAC o Governo Federal definiu um programa estrat gico com a pretens o de avan ar em rela o a essas dire trizes e metas e regular um novo pacto federativo entre os diferentes sistemas educacionais brasileiros Prop s a ades o volunt ria p
152. a na forma o docente dentre outros e que contaram com a participa o de diferentes categorias da sociedade civil A Constitui o de 1988 embora apresente avan os no que tange escolariza o p blica e forma o inicial de professores contribuiu para ampliar as iniciativas nesse campo por parte do setor privado j que essa oferta tem amparo legal no art 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Al m disso necess rio relacionar a pol tica de forma o docente com aspectos fundantes como a Reforma do Estado iniciada nos anos 1990 e que respalda legalmente a concretiza o da pol tica educacional no pro cesso de consolida o da educa o formal O contexto da reforma do Estado marcou profundamente a escola e a forma o de professores a partir dos anos 1990 quando poca Fernando Henrique Cardoso governava o Brasil perpassando pelo governo Lula da Silva e perdurando no atual mandato de Dilma Roussef Em rela o ao assunto Mau s afirma que As diferentes reformas que v m ocorrendo na forma o dos pro fessores est o assentadas em alguns eixos dos quais se destaca dentre outros o aporte da compet ncia al m da nfase na formo o pr tica valida o das experi ncias na forma o cont nua e na educa o dist ncia MAUES 2005 p 11 Dessa forma nas ltimas d cadas mudan as substanciais v m ocorrendo em n
153. a plataforma eletr nica deno minada Sistema Integrado de Planejamento Or amento e Finan as Simec Segundo as orienta es contidas no Manual do Usu rio do Simec esse sis tema tem como objetivo captar e armazenar as propostas or ament rias e o remanejamento de cr ditos de todas as unidades vinculadas ao Minist rio da Educa o Para tanto ele tem como principais caracter sticas Otimiza o do desenvolvimento das propostas or a ment rias e dos remanejamentos de cr ditos por meio de acompanhamento simult neo da equipe de or amento e Maior rapidez na recupera o de dados e elabora o ins tant nea do QDD Quadro de Detalhamento de Despesa Detalhamento da despesa no n vel de natureza de despesa fonte identificador de uso e outros de acordo com a funcional pro gram tica descrita no Manual T cnico do Or amento e e Implanta o de um ciclo de atualiza o das informa es comparando informa es de diferentes fases entre a proposta da unidade at a publica o da Lei BRASIL 2013 p 3 Orientado pelas quatro dimens es destacadas h pouco o processo de elabora o PAR se divide em duas grandes etapas A primeira etapa con siste na aplica o do instrumento para realiza o do diagn stico da rede de ensino A segunda etapa consiste na formula o do plano de a o propria mente dita Na fase de diagn stico a plataforma disponibiliza de in cio in me ras informa
154. a pr tica pedag gica fundamentada no sabertazer Nesse sentido Contreras afirma Essa racionalidade t cnica n o exerce seu poder unicamente pela forma com que se estabelece a rela o entre finalidades e t cnicos que se limitam a esbo ar m todos e aplic los para alcan as A racionaliza o tamb m se expressa como um procedimento pelo qual as pol ticas p blicas ficam fora de todo o debate ao serem fixadas como raz es cient ficas ou t cnicas Despolitizam se ao redefinirem como assuntos t cnicos e na pr tica suas finali dades se imp em como assunto fora de todo o debate cient fico CONTRERAS 2002 p 102 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 161 162 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par De modo geral muito se tem escrito e pesquisado sobre a forma o de professores na educa o brasileira ressaltando sua constru o hist rica seus pressupostos suas defini es dentre outros A forma o de professores uma necessidade inerente ao processo educacional Bons professores capa citados e com condi es de trabalho contribuem para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem dos educandos portanto sua forma o se reflete diretamente na sua pr tica cotidiana Na d cada de 1980 no contexto da redemocratiza o da sociedade brasileira destacam se movimentos que reivindicavam melhores condi es de trabalho melhori
155. a proposi o de a es e a cria o de estrat gias que favore am a consecu o dos objetivos comuns Para isso torna se necess rio garantir os direitos dos estados e dos munici pios mediante uma Constitui o que celebre o pacto entre os entes federados Ademais deve se criar arenas institucionais que permitam aos governos fede ral estaduais e municipais deliberar negociar e decidir sobre assuntos com impacto nacional regional e local Por fim a execu o das pol ticas p blicas deve ser realizada em regime de colabora o entre as unidades governamen ais assumindo a participa o nas a es de forma coletiva ABR CIO 2010 A institucionaliza o de um regime federativo requer necessariamente a constitui o de pactos entre as diferentes inst ncias de governo pautados no regime de colabora o e coordena o entre essas inst ncias Como pre lecionam Abricio e Franzese 2007 o arranjo territorial de poder envolve um acordo capaz de estabelecer um compartilhamento da sobera nia territorial fazendo com que coexistam dentro de uma mesma na o diferentes entes aut nomos e cujas rela es s o mais con tratuais do que hier rquicas O objetivo compartilhar o princ pio de autonomia com o de interdepend ncia entre as partes resul tando numa divis o de fun es e de poderes entre os n veis de governo ABR CIO FRANZESE 2007 p 4 Uma das principais dificuldades registradas na lit
156. ada s tentativas de moderniza o da administra o p blica e melhoria da efici ncia dos processos operacionais e administrativos do governo Por sua vez Ronaghan 2002 e Medeiros 2004 afirmam que essa defini o est claramente associada ao uso da Internet pelo setor p blico para presta o de servi os p blicos de forma eletr nica Medeiros e Guimar es 2004 sintetizam alguns conceitos de governo eletr nico ligados a tr s reas de conhecimento pol ticas p blicas gest o e comportamento organizacional e tecnologia da informa o como apresen ado no Quadro 1 que se segue Quadro 1 Defini es de Governo Eletr nico Fonte Governo Eletr nico refere se ao uso por ag ncias governamen tais de tecnologias de informa o como redes de longa dis t ncia Internet e computa o m vel capazes de transformar as rela es com cidad os empresas e outras unidades do governo Essas tecnologias podem servir a diferentes fins como melhor presta o de servi os aos cidad os intera es mais eficazes com empresas e a ind stria empowerment do cidad o por meio do acesso a informa es ou mais efici ncia na administra o governamental Banco Mundial isa Governo eletr nico ou e governo significa prover acesso p blico via Internet a informa es sobre os servi os oferecidos pelos de National Audit fornecimento eletr nico de servi os governamentais ao p blico
157. administra o p blica geren cial flex vel e eficiente voltada para o atendimento do cidad o BRASIL 1995 p 13 Al m do mais o Plano Diretor trazia algumas perspectivas para a atu a o do Estado a partir da redefini o de seu papel O Estado reduz seu papel de executor ou prestador direto de ser vi os mantendo se entretanto no papel de regulador e provedor ou promotor destes principalmente dos servi os sociais como edu ca o e sa de que s o essenciais para o desenvolvimento na medida em que envolvem investimento em capital humano BRASIL 1995 p 13 O Estado passaria a n o ser mais fomentador de benef cios p blicos e assumiria outro papel como o de gerenciar induzir e regular as pol ticas Assumiria ent o um novo tipo de perfil o gerencialismo Tem se desse modo um processo combinado de diminui o do Estado e amplia o da sociedade civil VIEIRA 2011 Castro ao caracterizar o gerencialismo destaca que A gest o gerencial caracteriza se pela busca da efici ncia pela redu o e pelo controle dos gastos p blicos pela demanda de melhor qualidade dos servi os p blicos pelos modelos de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi iei avalia o de desempenho por suas novas formas de controlar o or amento e os servi os p blicos e pela descentraliza o adminis trativ
158. ados parciais da pes quisa Avalia o do Plano de A es Articuladas um estudo nos munic pios do Rio Grande do Norte Par e Minas Gerais no per odo de 2007 a 2012 O trabalho avalia os resultados da implementa o do Plano de A es Articuladas PAR em munic pios localizados nos Estados j mencionados no que se refere gest o educacional forma ode professores e dos profissionais de ser vi o e apoio escolar s pr ticas pedag gicas e avalia o infraestrutura e recursos pedag gicos no per odo de 2007 a 2011 evidenciando suas repercuss es para a sistematiza o do regime de colabora o entre os entes federados Neste artigo a proposta problematizar a forma o docente e suas poss veis implica es nas pr ticas pedag gicas com base nas a es desenvol vidas no estado do Par em especial nos chamados anos iniciais do ensino fundamental nos munic pios de Altamira Barcarena Bel m Castanhal e Camet selecionados para o desenvolvimento da pesquisa A partir da an lise de documentos oficiais e da base de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Inep e do Minist rio da Educa o MEC procuraram se elementos que permitam Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 157 158 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par identificar como as a es de forma o docente podem contribuir par
159. aduate Education Abstract This article examines management features of four Postgraduate Education Programs considered excellent by the evaluation system of Capes In light of contributions from Ball and Bourdieu it analyzes official documents and testimonies of coordinators ANPEd and FORPREd members and representatives from the Educational Field revealing the strategies developed by representatives of these bodies to advance legitimize and consolidate their positions in the hierarchies of the postgraduate field More specifically it reveals convergences and divergences in the way the management of the programs relates to the evaluation of Capes envolving collective management the accreditation of teachers and the selection of students and teachers Keywords Postgraduate Management Evaluation of the Capes Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 126 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Evaluaci ny gesti n de la excelencia en el Postgrado en Educaci n Resumen En este art culo se examina la gesti n de cuatro programas de posgrado en educaci n considerados de excelencia por la evaluaci n de la Capes A partir de las contribuciones de Ball y de Bourdieu analiza documentos oficiales y entrevistas reali zadas con coordinadores miembros de ANPEd FORPREd y representantes del rea de Educaci n y revela las estra
160. al das 3 371 tr s mil trezentas e setenta e uma fun es docentes nesse munic pio foi identificada uma nica ocupada por pro fessor que tinha apenas o Ensino Fundamental 1 634 um mil seiscentos e trinta e quatro fun es docentes eram ocupadas por professores com ensino m dio obtido em cursos normais e ou cursos de magist rio al m de 108 cento e oito fun es docentes com ensino m dio situa o que merece uma maior aten o por parte das inst ncias envolvidas O ltimo munic pio a ser analisado Castanhal com a seguinte situa o Tabela 7 Castanhal Par fun es docentes da Rede Municipal de Ensino por escolaridade e localiza o 2007 2012 added 2007 2012 pias Urbana Rural Total Urbana Rural Total Fundamental Incompleto O O O O O O Fundamental Completo O O O O Ensino neck ARE 280 12 40 113 23 136 Ensino M dio f Normal Magist i 0 i 0 0 0 rio Espec fico Ind gena Ensino M dio 7 2 9 316 100 416 Superior Completo 445 54 499 687 294 98 Superior one sem licencia 24 5 29 0 0 0 Total 757 183 940 TIO 417 1533 Fonte Microdados do Censo Escolar 2007 e 2012 Inep MEC Em 2012 ainda persistiam em Castanhal Par munic pio pr ximo capital Bel m fun es docentes exercidas por professores com Ensino M dio obtido em Curso Normal ou Magist rio s o 136 cento e trinta e seis Uma situa o diferenciad
161. al emphasis on teacher education for the initial grades of elementary school The findings point to the need to articulate teacher education policies and teacher valuing processes in order to foster significant impacts on teaching practices Keywords Educational policies Preservice teacher education Continuing teacher education Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva aber EIS La Formaci n y la pr ctica docente en el estado de Par Resumen El tema del art culo tiene como referencia el Plan de Acciones Articuladas PAR y su relaci n com l s pol ticas de formaci n de profesores en el estado del Par La discusi n te rica desarrolada lleva em cuenta la dimensi n de la formaci n de profesores como una de las directrices privilegiadas por las pol ticas educacionales Caracteriza el camino recorrido en el estado tr s la aprobaci n de la LDB com desto que a la formaci n de profesores de los a os iniciales de la Ense anza Fundamental Los resultados muestran la necesidad de articularse las pol ticas de formaci n docente a lo que se refiere a los procesos de valoraci n docente sin lo cual no habr repercu siones satistactorias em la pr ctica docente Palabras claves Pol ticas educacionales Formaci n inicial Formaci n continuada 1 Introdu o O artigo aqui apresentado tem por base os result
162. alunos e professores por meio do sistema de apostilas e manuais sob a justificativa da inefici ncia da escola p blica O segundo mecanismo e o mais explorado pela m dia a cr tica aos cursos de forma o de professores oferecidos pelas universidades p blicas que enfatizam a teoria em detrimento da dimens o pr tica e a defesa dos manuais para o adestra mento docente Prop e ainda como terceiro mecanismo a avalia o individual e a meritocracia como condi o para a obten o do sucesso escolar Na vis o desse autor Trata se das a es de desmontar a carreira e organiza o docen tes mediante pol ticas de pr mio s escolas que de acordo com os crit rios oficiais alcan am melhor desempenho remunerando os professores de acordo com sua produtividade em termos do quantitativo de alunos aprovados Os institutos ou organiza es privadas para assessorar ou atuar diretamente nas escolas t m a incumb ncia de avaliar professores e alunos de acordo com os conte dos m todos e processos prescritos O que se busca para uma concep o mercantil de educa o pois utilizar na escola os m todos do mercado FRIGOTTO 2011 p 248 Um aspecto importante ainda nesse governo foi a realiza o das Confer ncias Municipais Estaduais e Nacional de Educa o que antecederam elabora o do projeto de Lei n 8 035 de 2010 novo Plano Nacional de Educa o 2011 2020 que depois de tr s anos de t
163. an a MOSSOR 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 113 114 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte A conduta administrativa demonstra a influ ncia do arcabou o geren cial que por meio da avalia o de desempenho estimula a competi o entre os sujeitos e as institui es para fomentar a melhoria da qualidade dos servi os p blicos ABR CIO 2005 Torna a avalia o um mecanismo flex vel e eficaz de controle sobre as institui es escolares responsabilizando os sujeitos pelos resultados obtidos O indicador Utiliza o do tempo para assist ncia individual cole tiva aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem recebeu em 2007 a pontua o correspondente situa o cr tica Suscitou a demanda de elabora o de um projeto para assistir individualmente e ou de forma coletiva aos estudantes no sistema municipal com essas dificuldades Para atend las foi necess rio gerar a a o de incluir no Projeto Pedag gico das escolas o componente de assist ncia individual e coletiva e atendimento edu cacional especializado queles com necessidades educativas especiais As suba es dessa a o est o relacionadas com a assist ncia do munic pio para propiciar condi es s escolas e aos professores que atendem aos estudantes de forma individual ou e
164. ano tornando o algo extra humano m gico ou sobrenatural A imediaticidade a falta de distanciamento dos fatos que est acionada a dificuldades de abstra o e fixa o em representa es men ais sens veis Exemplos de imediatismo podem ser observados nos conceitos populares de democracia significando apenas as elei es diretas para pre sidente ou de economia representando estritamente uma melhora na vida pessoal nos sal rios no bairro etc re 4 A dogmaticidade materializa se na op o por um estado de segu ran a cognitiva no qual se tem dificuldade para discutir as pr prias certezas Exemplos a certeza de outra vida no c u e no inferno da imortalidade da alma da exist ncia de santos e de santas como seres com poderes espirituais diversos etc Conforme os autores necess rio superar o conhecimento popu lar pois Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET o dogmatismo deixaria o indiv duo numa esp cie de in rcia mental resist ncia a modificar o movimento cognitivo sua din mica seu processo e seus resultados conceituais A capacidade de cr tica que poderia imprimir novo movimento pelo exerc cio da d vida por exemplo apesar de existir na l gica processual popular n o conseguiria ser suficiente para quebrar a in rcia Enquanto permanecesse esse estado
165. apes 2007 Coordena o de Aper ei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da Educa o Programa de Excel n cia Acad mica Proex Avalia o Trienal 2010 tri nio 2007 2009 Comiss o de rea da Educa o Brasilia Capes 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 153 154 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de Nivel Superior Minist rio da Educa o Programa de Excel ncia Acad mica Proex Avalia o Trienal 2013 tri nio 2010 2012 Comiss o de Area da Educa o Brasilia Capes 2013 Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da Educa o Programa de Excel ncia Acad mica Proex Relat rio de Avalia o Trienal 2013 tri nio 2010 2012 Comiss o de Area da Educa o Bras lia Capes 201 3b CAEDU A Entrevista S o Paulo 13 mar 2013 DIRIGENTE ANPEd Entrevista Rio de Janeiro 16 maio 2013 DIRIGENTE FORPREd Entrevista Rio de Janeiro 13 jul 2013 HORTA Jos Silv rio Ba a MORAES Maria C lia Marcondes de O Sistema CAPES de Avalia o da P s Gradua o da rea de Educa o Grande rea de Ci ncias Humanas Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro n 30 p 95 116 set dez 2005 MAINARDES Jefferson Abordagem do ciclo de pol ticas uma contribui
166. apes h uma nfase na centraliza o da gest o na figura do coordenador deixando a seu cargo a maior parte das responsabilidades administrativas financeiras e jur dicas em termos da presta o de contas e de suas responsabilidades no atendimento s normas operacionais do Proex A despeito disso em todas as experi ncias analisadas a centraliza o minimizada por estrat gias de gest o coletiva que est o baseadas em um trip comum constitu do por um n cleo docente forte de tomada de deci s o um colegiado atuante e comiss es permanentes e tempor rias para apoio s diferentes tarefas do processo de gest o Tamb m foi abordado o tema das mudan as introduzidas no perfil docente dos programas pelo processo ace lerado de aposentadorias nas institui es p blicas seguido de um xodo para institui es privadas e pelo in cio de um processo de renova o docente em cada um dos programas Foi interessante perceber que os novos professo res que ingressaram nos programas tinham uma perspectiva de atua o mais Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 143 144 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o alinhada com os crit rios de avalia o estabelecidos pela Capes em termos de pesquisa de publica o e de internacionaliza o o que favoreceu o in cio das mudan as realizadas ao longo da d cada de 2000 H tens e
167. aprendizes O estudo tamb m considera como essas a es constitu ram pr ticas na sala de aula ao longo do ano letivo Definidas as caracteristi cas de uma pedagogia democr tica importante evitar uma imagem irreal de perfei o ignorando assim a desordem dos processos democr ticos FINE 1991 As an lises que se seguem ilustram alguns trabalhos e as ten s es envolvidas na cria o e manuten o de processos democr ticos em uma comunidade de sala de aula Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim Desenho da pesquisa A Escola e os Participantes A Sala 18 pertencia a uma escola bilingue no sul da Calif rnia que atendia a uma popula o majoritariamente de origem latina sobretudo mexi cana Dos 520 alunos da escola 80 eram eleg veis para almo o gr tis Refletindo a popula o escolar a Sala 18 era diversificada cultural lingu stica e academicamente Dezenove estudantes eram latinos seis eram de origem europeia e um era de origem ind gena As instru es eram dadas em espa nhol e ingl s e os alunos falavam uma ou ambas as l nguas ao longo do dia escolar Vinte e dois deles liam os materiais did ticos em ingl s como idioma principal ou como alunos em transi o para os quais o ingl s era a segunda l ngua Os quatro alunos restantes eram os leitore
168. ar aos que servirem anualmente nas repetidas C maras o seguinte 82 Estando as C maras entregue dos Livros que devem ser remetidos como acima se declara ter muito particular cuidado em que a escritura o dos mesmos seja clara e ordenada em medo do que se conhe a com facilidade quando aos lugares em que h arrouba o estabelecidas como lugares Olinda Recife e Boavista o n mero e peso de cada uma das Rezes que se matarem di ria e sucessivamente a import ncia do subs dio que lhe Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 Documento Thiago Alves E corresponde as pessoas por cuja causa se pesaram o dia m s e ano em que foi pago o dito subs dio e para maior clareza debaixo do n mero 1 se v a figura dos livros que devem servir para cada uma das arrouba es Semelhantemente para cada uma das Freguesias dos respectivos termos de cada C mara ser o escriturados os Livros como se mostra na figura n 2 a qual diferente a do n 1 para variar o modo da arrecada o da coleta e com o n 3 se v como devem ser escriturados os Livros pelo que respeita ao Subsidio das guas ardentes que se destilam nesse continente e vem a ser 83 Estabeleceu Sua Majestade para subsist ncia dos Professores Mestres das Escolas menores o m dico subs dio de um real em cada libra de carne que se cortar em cada talho e o de dez r is em cada canada de gua ardente dos que se fabrica
169. articulares Em contrapartida os coordena dores dos programas das IES p blicas argumentam que n o h produtivismo na rea da Educa o visto que para eles as exig ncias quantitativas e quali tativas de produ o docente anual podem ser tranquilamente atingidos Os coordenadores acreditam que as cr ticas ao produtivismodecorrem da sobrecarga de trabalho a que est o submetidos os docentes nas IES Do ponto de vista da gest o de fato as atividades t m se tornado cada vez mais complexas pois envolvem cuidar simultaneamente da avalia o da produ o intelectual do programa e de sua internacionaliza o da pesquisa e seus recursos da forma o dos alunos dos prazos dos recursos financeiros al m de outras atividades administrativas do programa e da Universidade Em raz o disso parte expressiva dos coordenadores percebe que o tempo dedicado gest o acaba por prejudicar sua pesquisa e sua produ o intelectual Em face dessas coloca es foram questionados os motivos que leva riam os professores a aceitar a coordena o do programa A despeito das dificuldades relatadas as entrevistas com os coordenadores tamb m apontam para a import ncia do valor simb lico do cargo pela visibilidade o poder e as oportunidades de articula o pol tica que sua ocupa o viabiliza Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano
170. as Estaduais e Municipais de Educa o podem e devem delimitar a es que visem ao apertei oamento da qualidade da educa o no pa s e redu o das desigualdades que perpassam pela realidade educacional BRASIL 2007 Como j foi explicitado o PAR em sua terceira dimens o focaliza o processo de elabora o e organiza o das pr ticas pedag gicas e da ava lia o da aprendizagem com vistas a elevar os ndices do Ideb E importante ressaltar que essa dimens o tem uma estreita rela o com a qualidade do ensino ofertado uma vez que se constitui em um elemento essencial do pro cesso educativo pois a partir dessa a o que se materializa a natureza e a especificidade da educa o como prop e Saviani 2002 No entanto os documentos orientadores do PAR n o apresentam as concep es de pr tica pedag gica e avalia o da aprendizagem Trazem apenas indaga es refe rentes a essas dimens es O que processo de ensino e de aprendizagem Qual o con ceito de ensino expresso nas orienta es da SME s escolas O que s o pr ticas pedag gicas Como as pr ticas pedag gicas podem favorecer ou n o o processo de ensino e de aprendi zagem O que avalia o Qual a fun o da avalia o no processo de ensino e de aprendizagem Como avaliamos o nosso estudante Respeitamos a individualidade de cada um Educamos para o protagonismo BRASIL 201 1a p 62 Dessa forma necess rio expli
171. as classes populares no interior da escola e a ocul ta o da md qualidade do ensino Educa o amp Sociedade Campinas v 28 n 100 Especial p 965 987 out 2007 Responsabiliza o meritocracia e privatiza o conseguiremos escapar ao neo tecnicismo Dispon vel em http www cedes unicamp br seminario3 luiz freitas pdf Acesso em 28 mar 2012 FRIGOTTO Gaud ncio A produtividade da escola improdutiva 5 ed S o Paulo Cortez 1999 Os circuitos da hist ria e o balan o da educa o no Brasil na primeira d cada do s culo XXI Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro v 16 n 46 p 235 274 jan abril 2011 GUIMAR ES Claudilene Abadia Di rio de bordo 22 de novembro de 2012 Manuscrito GUIMAR ES Claudilene Abadia VALENTE Lucia de Fatima O Plano de A es Articuladas do Munic pio de Ituivtaba MG an lise das pr ticas pedag gicas e da avalia o da apren dizagem Uberl ndia Relat rio PIBIC FAPEMIG 2013 NETO Jos Batista SANTIAGO Eliete Pr tica Pedag gica In NETO Jos Batista SANTIAGO Eliete Org Forma o de professores e pr tica pedag gica Recife Funda o Joaquim Nabuco Massangana 2006 OLIVEIRA Romualdo Portela de ARAUJO Gilda Cardoso de Qualidade do ensino uma nova dimens o da luta pelo direito educa o Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro n 28 p 5 23 abr 2005 Dispon vel em htto www scielo br scielo Acesso em 2
172. as orienta Este trabalho que focaliza a dimens o da avalia o da apren dizagem inscreve se na pesquisa do Observat rio de Educa o Capes Avalia o do PAR um estudo em munic pios do Rio Grande do Norte Par e Minas Gerais 2007 a 2011 A amostra contempla as capitais desses estados e mais quatro munic pios dentre eles Mossor RN O recorte da pesquisa analisa a problem tica da avalia o na perspectiva s cio hist rica privilegiada enquanto estrat gia de pol tica educacional do Estado brasileiro tendo como refer ncia a nova gest o p blica Esse arcabou o te rico privilegia contratos de gest o possibilita que os entes federados compartilhem responsabilidades e flexibilizem o controle sobre as a es A pol tica nacional de educa o que gerou o Plano de A es Articuladas PAR foi institu da pelo Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 e constituiu um plano estrat gico de car ter plurianual e multidimensional que inaugurou um novo regime de colabora o dos entes federados sendo a Uni o o principal financiador Ademais visa otimizar os indicadores de qualidade Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz da educa o b sica brasileira revelados no ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb A primeira edi o do PAR compreende o p
173. as p blicas e privadas a cada 2 anos objetivando controlar a qualidade da educa o e gerar informa es para o planejamento das pol ticas educacionais avaliando apenas por mostra representativa Para ampliar esse processo em 2005 foi criada a Prova Brasil que abrange todas as escolas brasileiras apreendendo assim uma realidade mais ampla 6 O Ideb BRASIL 2008 foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Inep Combina os resultados do desempenho do Saeb e Prova Brasil com dados do fluxo educacional provenientes do censo escolar possibilitando a atribui o de um ndice de zero a dez s escolas s redes de ensino e educa o do pa s A defini o desse indicador nacional dequalidade da educa o a despeito das cr ticas suscitadas pode ser considerado um mecanismo de monitoramento controle e avalia o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 119 120 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte 7 Esse per odo foi marcado pela ditadura civil militar instaurada no pa s no per odo de 1964 a 1985 Conforme Germano 2005 se caracterizou pela realiza o de acordos entre o Mec e a Ag ncia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional conhecidos como acordos Mec Usaid que abrangeu todos os n veis da educa o nacional
174. avalia o educacional Dispon vel em lt http Awww ia ufrrj br ppgea conteudo conteudo 2009 2 Educacao MIl 2SF Nadia 5 Aval Educ ideias pdf gt Acesso em 28 ago 2014 SECCHI Leonardo Pol ticas p blicas conceitos esquemas de an lise casos pr ticos S o Paulo Cengage Learning 2010 SOUZA Celina Pol ticas p blicas quest es tem ticas e de pesquisa Caderno CRH Salvador v 16 n 39 p 11 24 2003 Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Doutoranda do Programa de Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa Pol ticas e Gest o da Educa o Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq Pesquisadora do Observat rio da Educa o E mail edilmaaureliano hotmail com Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 123 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Profa Dra Luciane Terra dos Santos Garcia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Educa o Programa de Programa de P s Gradua o em Educa o Grupo de Pesquisa Pol ticas e Gest o da Educa o Pesquisadora do Observat rio da Educa o E mail Itsgarcia gmail com Profa Dra Maria Aparecida de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte
175. avalia Entretanto historicamente a qualidade da educa o no Brasil tem sido redu zida quantidade relacionada ao acesso de estudantes na escola e ao n mero de escolas constru das Tais indicadores apresentam uma limita o da no o de qualidade pois inicialmente o acesso era para poucos e aumentar o acesso passa a significar qualidade Posteriormente com a democratiza o do acesso a qua lidade passa a ser relacionada aos rigorosos mecanismos de sele o para ingresso e perman ncia na escola que excluia a maior parte dos estudantes Atualmente a ideia de qualidade est fortemente vinculada aos ndices das avalia es sist micas Entretanto os estudos realizados pelos pesquisadores Dourado Oliveira e Santos 2007 revelam que a qualidade da educa o vai muito al m do que foi apontado Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 199 200 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino a qualidade da educa o um fen meno complexo abrangente que envolve m ltiplas dimens es n o podendo ser apreendido apenas por um reconhecimento da variedade e das quantidades m nimas de insumos indispens veis ao desenvolvi mento do processo de ensino aprendizagem nem muito menos pode ser apreendido sem tais insumos Em outros termos a qua lidade da educa o envolve dimens es extra e intraescolare
176. ba se distanciando sempre da ideia de harmonia permanente entre os entes deixando transparecer que tais rela es assentam se em constantes exer c cios de negocia o entre as esferas al m de reconhecer nessa pr tica a exist ncia de momentos de antagonismo e competi o A colabora o fede rativa se traduz no modelo de distribui es e exerc cio das compet ncias concorrentes e comuns devendo a tomada de decis es e o exerc cio das compet ncias ser conjuntas e n o isoladas ARAUJO 2010 Referente coordena o federativa observa se que o seu exerc cio enfrenta conflitos e dilemas expressos em aspectos tais como as exig ncias por melhor desempenho governamental sob a press o simult nea por econo mia efici ncia e efetividade na gest o das pol ticas p blicas o aumento das demandas por maior autonomia dos governos locais marcadas por constantes lutas contra a excessiva centraliza o e uniformiza o ao mesmo tempo que se tenta evitar problemas com a fragmenta o e o descontrole nos entes subna cionais e por fim a necessidade de aliar o acompanhamento dos processos de interconex o dos governos locais com outras estruturas de poder que n o o governo central como as for as transnacionais com o necess rio refor o das inst ncias nacionais para uma melhor inser o internacional do pa s mediante os impactos da globaliza o ABR CIO 2005 FRANZESE 2010 As federa es segundo Abr cio 2
177. bresser pereira org br documents mare planodiretor planodiretor pdf Acesso em 12 fev 2014 Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 Disp e sobre a implementa o do plano de metas compromisso todos pela educa o pela uni o federal em regime de cola bora o com munic pios distrito federal e estados e a participa o das fam lias e da comunidade mediante programas e a es de assist ncia t cnica e financeira visando a mobiliza o social pela melhoria da qualidade da educa o b sica Di rio Oficial da Uni o Poder Executivo Bras lia DF 25 abr 2007 Se o 1 p 5 Minist rio da Educa o Manual do usu rio do SIMEC 2008 Dispon vel em http simec mec gov br Acesso em 10 dez 2013 CAMPOS Vicente Falconi TQC controle da qualidade total no estilo jap nes Belo Horizonte Funda o Christiano Ottoni 1992 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Carvalh CASTRO Alda Maria Duarte Ara jo Administra o gerencial a nova configura o da gest o da educa o na Am rica Latina Revista Brasileira de Pol tica e Administra o da Educa o Porto Alegre v 24 n 3 p 389 406 set dez 2008 DINIZ Eduardo Henrique BARBOSA Alexandre Fernandes JUNQUEIRA Alvaro Ribeiro Botelho Junqueira PRADO Otavio Prado O governo eletr nico no Brasil perspectiva his t rica a partir de
178. ca o e Sa de a Comiss o Nacional de Ensino Prim rio Dispon vel em lt http mww 2 camara leg br legin fed declei 1930 1939 html gt Acesso em 29 mar 2013 ____ Decreto Lei n 4 958 de 14 de novembro de 1942 Institui o Fundo Nacional do Ensino Prim rio e disp e sobre o Conv nio Nacional de Ensino Prim rio Dispon vel em lt htto www2 camara leg br legin ted declei 1940 1949 html gt Acesso em 25 mar 2013 ee Constitui es Brasileiras 1946 Bras lia Senado Federal e Minist rio de Ci ncia e Tecnologia Centro de Estudos Estrat gicos 2001 Aliomar Baleeiro e Barbosa Lima Sobrinho Organizadores v 5 ____ Mensagem apresentada ao Congresso Nacional pelo Presidente da Rep blica Get lio Dornelles Vargas na abertura da sess o legislativa de 1951 A educa o nas mensagens presidenciais Bras lia MEC INEP 1987 v 1 1890 1986 Mensagem apresentada ao Congresso Nacional pelo Presidente da Rep blica Juscelino Kubitschek de Oliveira na abertura da sess o legislativa de 1957 A educa o nas mensagens presidenciais Bras lia MEC INEP 1987 v 2 1890 1986 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez 2014 Parecerista Ad hoc Pareceristas ad hoc da Revista Educa o em Quest o 2014 Adhoc reviewers of Magazine Educa o em Quest o 2014 Alessandra Cardozo de Freitas UFRN Ana
179. ca o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva bein a para todos os professores que atuam na educa o b sica Plano Nacional de Forma o de Professores da Educa o B sica 2009 O Parfor diferentemente dos cursos de forma o de professores em exerc cio oferecidos com recursos do Fundef Fundeb de responsabilidade direta do Governo Federal Em rela o a esses ltimos algumas raz es podem ser identificadas para que se apresentassem insuficientes para atender totoli dade de professores a serem formados Al m da propor o de professores sem a qualifica o exigida o que demandava uma forma o maci a esses cursos eram ofertados na depend n cia do estabelecimento de conv nios com a prefeitura dos munic pios o que nem sempre ocorreu Al m disso sabe se que uma parcela dos professores que obteve o diploma aguardava por aposentadoria o que pode ter levado contrata o de professores sem a titula o devida motivado pelas rela es clientel sticas que em geral caracterizam a rela o dos governos com a popu la o nos munic pios brasileiros O Parfor a partir da ades o das institui es p blicas de ensino superior buscou aproveitar a capacidade instalada dessas IES em cursos de licenciatura com destina o de recursos pelo Minist rio da Educa o para viabiliza o desses cursos s institui es de
180. ca o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba em regime de colabora o seus sistemas de ensino Especificamente os par grafos 1 e 4 estabelecem 81 A Uni o organizar o sistema federal de ensino e o dos Territ rios financiar as institui es de ensino p blicas federais e exercer em mat ria educacional fun o redistributiva e supletiva de forma a garantir equaliza o de oportunidades educacionais e padr o m nimo de qualidade do ensino mediante assist ncia t c nica e financeira aos Estados ao Distrito Federal e aos Munic pios 8 4 Na organiza o de seus sistemas de ensino a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios definir o formas de colabora o de modo a assegurar a universaliza o do ensino obrigat rio BRASIL 1988 p 37 O conte do desses par grafos evidencia uma preocupa o do legis ador em estabelecer as compet ncias que dever o ser assumidas pelos entes federados na constitui o dos seus sistemas de ensino No entanto a defini o de compet ncias gerais sem estabelecimento de atua o de cada inst ncia federada permitiu a realiza o de a es sobrepostas Posteriormente as modi fica es advindas das Emendas Constitucionais n 14 de 12 de dezembro de 1996 en 59 de 11 de novembro de 20092 definiram com mais clareza o reg
181. canismos para alcan ar os ndices O relato a seguir demonstra como se efetiva a avalia o da aprendizagem houve tamb m na institui o aplica es de avalia es esp cie de simulados para treinar os alunos para a Prova Brasil As avalia es eram extensas e possu am quest es relacionadas a fatos cotidianos Uma das reclama es dos alunos durante a aplica o das avalia es falta de qualidade da fotoc pia o que dificultava a leitura e interpreta o das quest es Para sanar a dificuldade as docentes liam junto com os alunos as quest es que eram neces s rias Um fato que chamou muita a aten o foi o seguinte ap s a realiza o da avalia o a professora entrega os gabaritos aos alunos onde ter o que marcar as suas respostas Alguns alunos terminam a avalia o e entregavam professora para a corre o Um dos alunos acerta todas as quest es ent o a professora me traz a avalia o para que possa ver Em seguida a prova tamb m enviada a diretora para que a mesma veja o quanto o aluno teve um bom desempenho GUIMAR ES 2012 p 5 Pelos dados coletados percebe se com clareza a centralidade da avalia o sist mica na pr tica pedag gica da escola Ela incide no plane jamento na organiza o curricular e na avalia o da aprendizagem Na verdade o que polariza a escola na atualidade n o mais a avalia o da aprendizagem muito menos a pr tica pedag gica
182. cente carece de uma forma o adequada capaz de articular o trabalho pedag gico aos objetivos educativos Nessa dire o os cursos de Licenciatura s o relevantes espe cialmente para os professores dos anos inicias da escolariza o que desempenham uma fun o que historicamente n o demandou a forma o em n vel superior Tanto quanto as demais etapas de ensino essa etapa necessita de professores com conhecimentos que fundamentem a sua pr tica j que n o se pode valorizar uma forma o em que a aprendizagem n o devidamente considerada trata se de reconhecer que n o poss vel ensinar de qualquer forma mas com a clareza de que um processo que necessita de articula o entre os aspectos t cnicos cient ficos pol ticos sociais ideol gicos ticos culturais contextualizados historicamente Desse modo a forma o dos professores n o se desvincula da cons tru o em torno da rela o teoria e pr tica Essa rela o deve come ar nos cursos de forma o inicial que tem o prop sito de oferecer pistas propostas para a constru o de uma aprendizagem significativa que tenha o desenvolvi mento social do ser humano como centralidade Dos munic pios estudados observa se que Altamira Barcarena e Bel m apresentam uma situa o diferenciada no ano de 2012 Em Altamira 92 17 das fun es docentes identificadas s o exercidas por professores com cursos de licenciatura 7 61 t m apenas o ensino m
183. cia a verdade e o respeito aos fatos segundo Cupani 2006 os ideais que confor mam a peculiaridade da atitude cient fica isto aquilo que o bom cientista persegue no seu fazer cotidiano Cupani 2006 distingue a atitude cient fica da pesquisa cient fica Esta ltima nem sempre est altura do ideal esbo ado pela atitude cient fica podendo ser mais ou menos correta eficiente til ou honesta Mas antes que qualquer falha na pesquisa cient fica conduza ao relativismo os ideais ou a confian a nos valores da atitude cient fica pressup em que se busque um conhecimento cada vez mais rico seguro e correto Outra maneira de pensar a democratiza o do saber a partir do reconhecimento das suas diferen as e do estabelecimento de um di logo e de uma integra o dentro do poss vel Talvez assim o conhecimento comum como um saber distinto continuaria auxiliando a ci ncia a construir objetos a partir de sua aparente simplicidade de ideias ao passo que o conhecimento cien t fico poderia repensar teoricamente os conte dos do conhecimento comum Assim em vez de uma hierarquiza o entre os saberes parece mais 7 adequado considerar as particularidades e as diferen as existentes entre eles em vista da multi interdisciplinaridade Notas A autora agradece a Profa Dra Maria Del Carmen Cortizo pelos questionamentos que moti varam o desenvolvimento deste trabalho na ocasi o da disciplina de Atividade
184. cia y el conocimiento ordinarios dejan de resolver problemas o hasta de plantearlos La ciencia no es una mera prolongaci n ni un simple afinamiento del conocimiento ordi nario BUNGE 1980 p 19 20 Se a ci ncia fosse um mero prolongamento do conhecimento comum ela se reduziria a uma dimens o emp rica espa o privilegiado do conheci mento comum que tem na vida cotidiana e na experi ncia privada seu ponto de partida para conhecer Mas pelo contr rio a ci ncia encontra se muitas vezes distante do conhecimento comum pois trabalha com conceitos e obje tos empiricamente n o acess veis ao leigo como os conceitos de tomos c lulas etc Mesmo naquelas ci ncias em que a experi ncia tem um papel fun damental ela deve ser confrontada para ser verificada ou falseada para que o conhecimento n o se reduza percep o e a o imediatas que caracteri zam o modo pelo qual o sujeito comum conhece Nessa perspectiva de an lise n o somente o conhecimento cient fico mutdvel mas tamb m o conhecimento vulgar que varia conforme a poca tempo e o local espa o de sua produ o e difus o Por exemplo um conhe cimento cient fico pode tornar se conhecimento comum fragmento de alguma Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET teoria refutada e um conhecimento vulgar pode dar origem a um conhecimento cien
185. cimentos com o objetivo de se familiarizarem ainda mais uns com os outros Os alunos primeiramente fizeram uma tempestade de ideias para as defini es sobre entrevista que Irene escreveu no quadro bem como exemplos de perguntas que poderiam ser feitas aos entrevistados a fim de aprenderem mais sobre eles enquanto colegas de classe Os alunos constru ram conhecimento primeiro individualmente ao escreverem as perguntas da entrevista e em seguida com um parceiro ao entrevistarem um ao outro A seguir essas informa es foram passadas para a turma quando cada dupla fez a apresenta o de seu parceiro a A escolha da l ngua para escrever ler e falar se tornou uma pr tica desde o primeiro dia de aula Algumas entrevistas foram apresentadas para a turma em espanhol outras em ingl s dependendo da escolha do falante Irene traduziu muitas das informa es em outro idioma proporcionando assim o acesso informa o a toda a comunidade Os alunos tamb m ajudaram a proporcionar um acesso eguitativo informa o Por exemplo Erik um aluno bilingue se ofereceu para traduzir para um colega falante de ingl s e outro de espanhol Al m disso as informa es nessa turma n o se destinavam a ser meramente demonstradas e deixadas de lado Irene ofereceu aos alunos a oportunidade de fazer perguntas ao entrevistado e muitos o fizeram Assim novamente Irene deixou claro que o conhecimento din mico e pode ser explorado questionado e a
186. citar as concep es de pr tica pedag gica e avalia o da aprendizagem numa perspectiva da qualidade socialmente referenciada defendida historicamente pelas entidades nos movimentos de lutas pela melhoria da educa o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 he 196 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino A pr tica pedag gica a avalia o da aprendizagem e a busca da qualidade princ pios e concep es A pr tica pedag gica pode ser caracterizada pelo conjunto de a es desenvolvidas pelos professores gestores e todos os envolvidos na institui o escolar em prol da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos E a ativi dade orientada por conhecimentos e objetivo visando a organizar situa es de ensino e aprendizagem que possibilitam a mudan a a transforma o dos sujeitos envolvidos no processo e do contexto em que est o inseridos Assim sua finalidade garantir aos sujeitos al m dos bens hist ricos sociais e culturais postura cr tica reflexiva e criadora no decorrer da atua o no meio social TELES IBIAPINA 2009 p 3 Nesse sentido Barbosa 2010 a define da seguinte forma A pr tica pedag gica uma dimens o da educa o cuja finali dade historicamente determinada e abrange pr ticas formativas durante as quais ocorrem processos de socializa o transmiss
187. cof contar com uma fatia gorda do fundo p blico como garantia de seus neg cios ao mesmo tempo em que se promove constante pres s o para diminuir suas contribui es quando n o o emprego das mais variadas estrat gias com a inten o de burl las FRIGOTTO 2011 p 246 Historicamente o financiamento sempre foi considerado um dos obst culos para a melhoria da qualidade da educa o no Brasil Mesmo con cordando que houve crescimento significativo do investimento na educa o com a implanta o do Fundeb v rios pesquisadores da rea como Davies 2008 Saviani 2010 Pinto 2009 t m questionado que o valor proposto est ainda muito aqu m do necess rio para manter uma educa o de qualidade social para todos Nessa perspectiva Saviani 2010 salienta a disparidade entre o que o governo arrecada e o investimento na educa o No entanto medida que o Plano foi sendo implementado ocorreram mudan as na legisla o vigente cujo marco foi a Emenda Constitucional n 59 de 11 de novembro de 2009 que definiu a redu o anual a partir do exer c cio de 2009 do percentual da Desvincula o das Receitas da Uni o DRU incidente sobre os recursos destinados manuten o e ao desenvolvimento do ensino Com essa mudan a a obrigatoriedade do ensino passou a atingir o p blico de quatro a dezessete anos assim como ampliou a abrang ncia dos programas suplementares para todas as etapas da educa o b sica e o
188. com plexas do que se sup e apontando para o car ter processual dessas formas de saber que variam conforme o tempo e as circunst ncias de sua produ o A abrang ncia dos conceitos de conhecimento comum e seus correlatos saber Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 92 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade popular senso comum denota a import ncia de um tratamento mais anal tico desses conceitos observando as diferen as entre eles a que saberes se refe rem se aqueles tradicionais dos povos e grupos tnicos por exemplo e o referencial ou a vertente de sua fundamenta o A vertente cl ssica tem o m rito de distinguir os saberes vulgares e cient ficos mesmo reconhecendo que esses conhecimentos n o est o livres de influ ncias rec procas contribui para salvaguardar a especificidade de cada campo do saber refor ando o car ter profissionalizado da atividade cient fica comprometida com a produ o de saber e a formula o de teorias e os valo res subjacentes a essa pr tica da d vida por exemplo que se expressa no ato de sujeitar o conhecimento a cont nuo exame e revis o Por mais que o sujeito que det m o conhecimento vulgar tamb m possa ser reflexivo e questionador esse tipo de saber pela sua pr pria processualidade n o se caracteriza pelo comprometimento al m de apresentar se carente de si
189. como notoriamente sabido como tamb m da inferior e p ssima qualidade das pes soas que ao dito talho v o matar as Rezes deu motivo a considerar ser mais til que nesta freguesia se cobre o subs dio por cabe a e n o por arroubas como se h de praticar nesta Pra a cidades de Olinda Para ba e mais vilas principais onde h arrouba es e ser pratic vel o manifestarem nas C maras na conformidade da Lei regulando as Rezes a sete arroubas cada uma que vem a importar 224 r is a raz o de 32 r is por arrouba e o real para cada Libra esta regula o de sete arrouba se faz em aten o oferirem as Rezes que se matam nos referidos talhos o refugo das boiadas entrando nestes vacas e garrotes que vem para as cidades e Pra as principais Cap tulo 3 Pelo que respeita as guas ardentes 81 bem certo que as guas ardentes n o s o g neros de coletas nas propor es fabricadas diariamente por destila o das canas de a car e dos meios Nos Engenhos de a car e nos partidos dos mesmos onde h o maior tr fico das ditas destila es e devendo em observ ncia das ordens de Sua Majestade manifestar cada um dos fabricantes qualquer parte do que se ver antes de a extra das suas fabricas na C mara do seu Distrito resulta ria deste manifesto feito na respectiva C mara dos preju zos o primeiro ao Fabricante o segundo ao Subs dio Liter rio porque os mesmos fabricantes lhe dariam consumo nos seus Distritos co
190. comunidade mediante programas e a es de assist ncia t cnica e financeira visando mobiliza o social pela melhoria da qualidade da educa o b sica Entretanto segundo Saviani 2007 tais iniciativas s o fundamentadas em prin c pios neoliberais mercadol gicos pois a concep o que embasa a a es do MEC a da pedagogia dos resultados ligada s exig ncias do mercado pedagogia das compet ncias e qualidade total Em rela o ao financiamento uma nova sistem tica de distribui o de recursos foi instaurada com a aprova o da Lei n 11 494 de 20 de junho de 2007 que regulamentou o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o Fundeb proposto como instrumento inclusivo que passou a contemplar o ensino m dio e a educa o infantil na destina o dos recursos No entanto Frigotto 2011 questiona o prazo de validade dos fundos e avalia os limites do Fundeb No plano da educa o b sica al m de os fundos terem prazo de validade no caso do Fundeb ampliou se positivamente o uni verso de atendimento sem contudo ampliar proporcionalmente os recursos Atende se mais com menos O que vigora uma f r mula para atender cl usula p trea do capital na sua inten o de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira
191. context of the new management models and of the educational politics under the aegis of what is called New Public Management NPG and its perspective from the manege rialism For this it will be discussed the elements in which NPG is strutured with enfasis for the dimension of the regulation of accountability of the strategic planning and the electronic government and its relations with the educational management and more spe cifically with PAR At the end we presented some conclusions that evidence the meaning of the PAR in front of NPG as one of the managerialism faces in education Keywords Educational politics Manegerialism Educational management Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 211 212 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Caras del gerencialismo en la educaci n en el contexto de la nueva gestion publica Resumen Este estudio analiza el PAR en el contexto de los nuevos modelos de gesti n y las politicas educativas que se estan desenvolvendo bajo los auspicios de la denomi nada Nueva Gesti n P blica NGP y su perspectiva gerencialista Para ello vamos a discutir los elementos que estructuran la NGP destacando el alcance de la regulaci n de la accountability de la planificaci n estrat gica y de el gobierno electr nico y su relaci n con la gesti n de la educaci n y m s concretamente con el PAR Al final p
192. cr tica de um tema contribuindo assim para o rigor acad mico Um chamado a o desafiador em dire o a uma comunidade cr tica democr tica As an lises apresentadas mostram pr ticas de sala de aula que posi cionam democraticamente os sujeitos tanto no que tange s rela es sociais quanto constru o acad mica dos conhecimentos A sala 18 n o era um microcosmo perfeito da democracia nem mesmo as pr ticas de tempestade de ideias ou de estabelecer conex es com o conhecimento pessoal s o inco muns em muitas salas de aula do ensino fundamental nos Estados Unidos Contudo quando o curr culo tem como objetivo ajudar os alunos a desen volverem a capacidade de articular e promulgar os princ pios democr ticos tais pr ticas s o particularmente importantes Em muitos casos o conte do acad mico salienta a equidade o respeito diversidade e a responsabi dade de contribuir para uma sociedade justa sem pr ticas na sala de aula que reflitam os mesmos princ pios Na sala 18 a professora compartilhava com seus alunos a responsabilidade no desenvolvimento de uma comunidade de alunos que trabalham juntos compartilham ideias e respeitam as diferen as de opini o l ngua materna e outras diferen as Entretanto Irene n o se eximia do compromisso de orientar o grupo posicionando se em rela o ao que estava sendo discutido com a turma A professora ativamente desafiava e ampliava o entendimento tanto de conceitos acad mic
193. curso e uma oportunidade de os alunos agirem com respeito a ambos os idiomas Rebecca expressou surpresa ao notar que o car ter bilingue da aula n o a tornava dif cil e que ela veio a aprender mais palavras em espanhol A aluna Mayra 1994 referiu se desenvoltura dos alunos bilingues ao escrever em espanhol As vezes quando uma crian a s sabe ingl s uma crian a que bilingue ajuda a outra crian a Enquanto os alunos enfatizavam as demandas sociais de suas ati vidades acad micas eles tamb m escreveram a respeito do trabalho que Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 34 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula realizaram ao longo do ano referindo se a diversos processos de investiga o Por exemplo treze alunos afirmaram observar as pessoas e ou coisas doze disseram que coletam dados e onze escreveram que resolvem os problemas da sala Muitos estudantes tamb m disseram interpretar os dados e as evid ncias construir hip teses investigar registrar prever escrever um problema e ter um processo para averiguar o problema A investiga o muitas vezes vista como um processo democr tico de aprendizagem BUSCHING SLESINGER 1995 SHORT HARSTE BURKE 1996 Esses processos n o s proporcio nam uma maneira democr tica de reunir conhecimento pessoal e acad mico mas tamb m incentivam a an lise
194. d Handbook of research on multicultural education New York Simon amp Schuster Macmillan 1995 GREEN Judith Teaching and learning as linguistic process A state of the art In GORDON Edward Ed Review of research in education VWashington American Educational Research Association 1983 v 10 GREEN Judith MEYER Lois The embeddedness of reading in classroom life reading as a situated process In BAKER Carolyn LUKE Allan Ed Towards a critical sociology of reading pedagogy Philadelphia John Benjamins 1991 GREEN Judith VVALLAT Cinthya What is an instructional context An exploratory analysis of conversational shifts over time In GARNICA Olga KING Martha Ed Language chil dren and society New York Pergamon 1979 GREGORY lan Teaching about the Holocaust perspectives issues and suggestions In DAVIES lan Ed Teaching the Holocaust London Continuum 2000 GUMPERZ John Interactional sociolinguistics in the study of schooling In COOK GUMPERZ Jenny Ed The social construction of literacy New York Cambridge University Press 1986 GUTIERREZ Kris How talk context and script shape contexts for learning A cross case com parison of journal writing Linguistics and Education Nashville v 5 n 3 4 1993 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de F tima Cardoso Gomes
195. da ci ncia e em busca da democratiza o do saber bem como da universaliza o da ci ncia e da habilidade de faz la fundamental invocar a historicidade a partir da qual se busca o real dos grupos populares em seu movimento e ou din mica seja no seu reino de senso comum seja na busca da concep o cient fica e na participa o do processo coletivo de constru o do conhecimento Sem esta postura fica dif cil projetar supera es das condi es limitativas dos grupos e pessoas populares JANTSCH 1995 p 146 sobre esta aparente supervaloriza o do conhecimento cient fico que autores como Boaventura de Souza Santos marcaram sua diverg ncia como ser exposto a seguir A perspectiva transformadora Por meio dessa perspectiva entende se o conhecimento como elemento fundamental para a transforma o social sendo esta fortemente influenciada pelo movimento p s moderno Fran ois Lyotard 1924 1998 em seu livro A condi o p s moderna abordou a quest o do conhecimento nas sociedades p s industriais situando a ci ncia como um subconjunto de conhecimento e o saber como atributo n o exclusivo da ci ncia Conforme o autor trata se de um pensamento atento aos erros da ci ncia e preocupado com o respeito e a igualdade entre os saberes de outros povos LYOTARD 2004 A ci ncia compreendida por Lyotard como o modo de pensar hegem nico da Modernidade que contribuiu para instaurar a viol ncia e
196. da descentraliza o para garantir a efic cia e a efici ncia das pol ticas p blicas acompanhado do processo de responsabiliza o transfer ncia de responsabilidades presto o de contas e transpar ncia A accountability pois sin nimo de responsabiliza o e presta o de contas e est associada s abordagens e perspectivas das pol ticas gerenciais Seu significado indica frequentemente uma forma hier rquico burocr tica ou tecnocr tica e gerencialista de presta o de contas AFONSO 2012 p 472 No campo educacional a accountability pode ser caracterizada como uma transfer ncia de responsabilidade da manuten o das escolas por meio da capta o de recursos financeiros pelos pr prios respons veis e n o mais dependendo do subs dio governamental bem como a sua concorr ncia no mercado estabelecida pelas avalia es em larga escala e consequente mente o seu rankeamento A escola cada vez mais responsabilizada pelo seu sucesso ou seu fracasso uma vez que os governos consideram os recursos disponibilizados suficientes para que progridam e se desenvolvam Outro componente da NGP com ra zes nas empresas privadas o planejamento estrat gico como forma de garantir maior efici ncia efic cia e controle no alcance dos resultados esperados O planejamento estrat gico se expandiu na segunda metade do s culo XX e passou a ser fortemente utilizado na rea de administra o e gest
197. dade Federal do Par Faculdade de Pedagogia Campus Castanhal Par Grupo de Estudos e Pesquisas da Educa o Superior GEPES E mail mariaedilene ufpa br Recebido 10 nov 2014 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Aceito 22 jan 2015 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspec tivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa Universidade Federal de Uberl ndia Resumo O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo compreender e analisar o Plano de A es Articuladas PAR apresentado pelo Minist rio da Educa o como um instrumento eficaz de avalia o e implementa o de pol ticas de melhoria da qualidade da educa o b sica Teve como objeto de an lise o PAR de um munic pio mineiro e focalizou as pr ticas pedag gicas e a avalia o em duas unidades escolares Para tal realizou pesquisa bibliogr fica an lise documental entrevista semiestruturada e observa o em sala de aula Constatou se que as pr ticas pedag gicas e a avalia o da aprendizagem est o centradas no resultado das avalia es sist micas tendo esse par metro como principal indicador de qualidade Palavras chave Plano de A es Articuladas Pr tica pedag gica Avalia o Articulated Actions Plan par perspectives and challenges in the edu cation quality i
198. dade de modo absoluto reconhecendo a somente em termos metodo l gicos question vel se essa confian a n o conduza ao desprezo do saber Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren EO vulgar considerado inferior sob o referido ponto de vista enquanto o mais ade quado numa postura cient fica seria examin o e question lo continuamente O defensor da vertente marxista gramsciana dada a proximidade de alguns posicionamentos com o te rico da perspectiva cl ssica compartilha com alguns m ritos e dificuldades dessa tend ncia Um diferencial da perspec tiva marxista gramsciana o de que por meio dela se explicita a necessidade de promover o acesso dos componentes das classes populares aos proces sos e produtos do conhecimento cient fico e tecnol gico como estrat gia para combater a desigualdade Trata se do entendimento de que a ci ncia e a tecnologia tornaram se elementos valiosos na disputa pela hegemonia sendo apropriados pelas classes dominantes A preocupa o central seria a de pro mover o acesso e o protagonismo dos subalternos no que diz respeito aos processos e produtos do conhecimento cient ficotecnol gico Uma das dificuldades na defesa dessa vertente est em atribuir um car ter eminentemente negativo ao conhecimento popular parecendo aproxim lo do conceito de aliena o Embora Jantsch 1995 reconhe a a
199. de 2003 Altera a lei n 9 394 de 20 de dezem bro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional para incluir no curr culo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da tem tica Hist ria e Cultura Afro Brasileira e d outras provid ncias Bras lia DF Imprensa Nacional 2003 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 leis 2003 110 639 htm Acesso em 15 fev 2014 Lei n 11 525 de 25 de setembro de 2007 Acrescenta 8 5 ao art 32 da lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 para incluir conte do que trate dos direitos das crian as e adolescentes no curr culo do ensino fundamental Brasilia DF Imprensa Nacional 2007 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 Ato2007 2010 2007 lei 111525 htm Acesso em 15 fev 2014 Lei n 11 645 de 10 de mar o de 2008 Altera a Lei no 9 394 de 20 de dezem bro de 1996 modificada pela Lei no 10 639 de 9 de janeiro de 2003 que estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional para incluir no curr culo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da tem tica Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Ind gena Bras lia DF Imprensa Nacional 2008 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil_03 _ ato2007 2010 2008 ei 11 1645 htm Acesso em 15 fev 2014 Minist rio da Administra o Federal e da Reforma do Estado Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado Bras lia DF 1995 Dispon vel em http www
200. de campo Santa Barbara EUA maio 1994 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Gomes TUAY Sabrina JENNINGS Louise DIXON Carol Classroom discourse and opportunities to learn An ethnographic study of knowledge construction in a bilingual third grade classroom Discourse Processes Philadelphia v 19 n 1 p 75 110 1995 YEAGER Betty PATTENAUDE Irene FRANQUIZ Maria JENNINGS Louise Rights res pect and responsibility toward a theory of action in two bilingual classrooms In J Robertson Ed Teaching for a Tolerant World Grades K6 Chicago National Council for Teachers of English 1999 Profa Dra Louise Jennings Colorado State University Fort Collins Colorado EUA School of Education Membro do National Council on Research on Language and Literacy EUA Email lovise jennings colostate edu Profa Dra Vanessa Ferraz Almeida Neves Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Educa o Departamento de M todos e T cnicas de Ensino Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Hist rico cultural na Sala de aula GEPSA Pesquisadora do N cleo de Estudos e Pesquisas sobre Inf ncia e Educa o Infantil NEPEI Email vianeves gmail com Profa Dra Maria de F tima Cardoso Gomes Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Educa o Departamento d
201. de coisas o conhecimento popular continuaria dogm tico O importante para o nosso caso atentar para a impress o real de seguran a intelectual que o penso mento dogm tico oferece ao homem do senso comum SCHAEFER JANTSCH 1995 p 26 Al m disso a dogmaticidade consiste em um modo de pensar r gido e conformista que pode contribuir para o desenvolvimento de atitudes de submis s o politicoecondmica Um exemplo a interpreta o popular dos problemas desse mbito como express o das provas e expia es de culpas neste mund terreno que por sua vez sup em o sofrimento e a resigna o O pensamen dogm tico aquele em que se atribui maior peso seguran a de supostas verdades do que aos processos cognitivos de duvidar ou questionar as suas pr prias cren as no es ideias seus conceitos valores suas concep es de mundo etc 85 Quanto rela o entre ci ncia e pol tica o problema n o parece ser a atividade cient fica em si mas a sua apropria o pelas classes sociais Na opini o dos autores desta vertente poss vel desenvolver uma ci ncia e um conhecimento cient fico livre dos direcionamentos pol ticos esquerda ou direita socialismo ou capitalismo domina o ou liberta o A tarefa principal residi ria em promover a constru o de contra hegemonias aos modos particularistas e privati O O istas de apropria o e usufruto do conhecimento cient ficotecnol gico Isto porque o
202. de de ensino ao mesmo tempo que podem contribuir para o controle social e de presta o de contas do governo como o caso do Plano de A es Articuladas PAR O PAR sua estrutura e organiza o est O PAR se constitui em uma ferramenta de planejamento estrat gico e estruturado em torno dos quatro eixos de a o preconizados no Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 de modo que no instrumento de organizo o desse Plano o ente federado dever considerar quatro dimens es Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 229 230 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Dimens o 1 Gest o Educacional Dimens o 2 Forma o de Professores e de Profissionais de Servi o e Apoio Escolar Dimens o 3 Pr ticas Pedag gicas e Avalia o Dimens o 4 Infraestrutura F sica e Recursos Pedag gicos BRASIL 2007 p 6 A responsabilidade pelo elabora o do PAR do Secret rio de Educa o correspondente ou algum profissional por ele indicado No entanto em v rios momentos dos documentos orientadores mencionada e proposta a import ncia da participa o da comunidade escolar e da sociedade mais ampla nessa elabora o A periodicidade de elabora o do PAR de cinco anos todavia ele pode ser renovado ou atualizado em per odos intermedi rios O registro do PAR feito por meio de um
203. de do Norte Campus Universit rio Bairro Lagoa Nova Natal Rio Grande do Norte Brasil CEP 59078 970 E mail eduguestaoBce ufrn br Site www revistaeduquestao educ ufrn br 26 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 259 261 set dez 2014
204. dio mesmo se obser vando entre eles professores com Ensino M dio obtido em cursos de magist rio ou normal J em Barcarena 81 8 das fun es docentes s o exercidas por professores portadores de diploma em n vel superior obtidos em cursos de licenciatura 16 8 s o exercidas por professores com ensino m dio obtida em cursos normais ou de magist rio percentual que ainda pode ser conside rado significativo Nesse ano o munic pio de Bel m apresentava 90 3 das fun es docentes exercidas por professores com licenciatura 1 2 das fun es docentes eram exercidas por professores com apenas o ensino m dio Os munic pios de Camet e Castanhal s o os que merecem uma maior aten o por apresentarem significativo n mero de fun es docentes Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva aber EIS exercidas por professores com n vel m dio muitas vezes obtidos em cursos que n o os cursos normais ou magist rio uma situa o preocupante conside rando os esfor os desenvolvidos pelas recentes pol ticas educacionais No ano de 2012 Camet apresentava 51 7 das fun es docen tes exercidas por professores na condi o descrita e em Castanhal foram identificadas 36 das fun es docentes exercidas por professores com essa forma o O que pode estar motivando essa amplia o do n mero de fun es docentes com n v
205. diosos do campo Essa l gica possibilita popula o o direito de escolha da institui o onde desejam que seus filhos estudem ou melhor como afirma Frigotto 1999 na l gica neoliberal existem clientes que diante da mercadoria educa o t m direitos de liberdade de escolha O que n o ocorre na mesma propor o a rela o clara entre os resultados obtidos e as interven es do governo para a supera o das difi culdades Mesmo nas 28 diretrizes que definem as a es do Plano de Metas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 189 190 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Compromisso Todos pela Educa o do PDE n o h afirma o contundente sobre a interven o do Estado principalmente no que se refere s metas de investimento mais especificamente quanto necessidade de financiamento suplementar Como afirma Oliveira 2005 as medidas propostas que envolvem os resultados da nova regula o das pol ticas educativas as quais se estruturam tamb m por meio do resultado das avalia es surgem como solu es t cnicas e pol ticas as quais s o colocadas como necess rias para a resolu o de pro blemas de inefici ncia administrativa dos sistemas escolares vindo ainda acompanhado da ideia de transpar ncia presta o de contas e demonstra o dos resultados e de participa
206. discente como por exemplo a exig ncia de publica o acad mica como requisito parcial para a conclus o do curso Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 145 146 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Contexto dos efeitos A an lise dos efeitos decorrentes da chancela de excel ncia recebida pelos programas est circunscrita percep o dos coordenadores sobre suas consequ ncias materiais e simb licas O aumento dos recursos financeiros foi mencionado por todos os coordenadores entrevistados como uma consequ n cia da conguista da excel ncia na avalia o da Capes Isto porque essa condi o implica o repasse diferenciado de recursos a programas que tenham obtido conceito 6 ou 7 em duas avalia es consecutivas da Capes sendo que esse reconhecimento teria propiciado tamb m o aumento dos recursos auferi dos pelos programas junto a outras ag ncias de fomento Para os coordenadores os ganhos simb licos gerados pela conquista da excel ncia parecem ser t o importantes quanto os ganhos financeiros Em primeiro lugar os coordenadores mencionam que ser um programa de exce l ncia significou um maior reconhecimento dentro das pr prias institui es implicando mudan as significativas em rela o autonomia institucional e s condi es de trabalho Esse reconhecimento fez com que mais docentes e discentes passas sem a
207. do Tem se um modelo de organiza o do Estado cada vez mais orientado pelo pragmatismo voltado para os interesses do mercado e para a alta produtivi dade a efici ncia e a efic cia dentro de um novo pacto gerencial Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 215 216 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica No Brasil embora as a es desenvolvidas nos governos de Collor de Melo e ltamar Franco entre 1990 e 1994 direcionarem para o ide rio neoliberal a consolida o de pol ticas sustentadas nesse ide rio se deu prin cipalmente a partir dos governos do presidente Fernando Henrique Cardoso 1995 2002 quando se implementou o Plano Diretor de Reforma do Estado de 1995 Esse plano foi criado considerando o enfrentamento da crise econ mica brasileira Nesse plano foram delineadas diversas mudan as aplicadas na administra o p blica em diferentes setores sendo que essas reformas apre sentadas tiveram reflexos nos governos subsequentes com a continuidade dos direcionamentos da pol tica neoliberal contida no Plano Diretor O objetivo da Reforma do Estado brasileiro segundo o Plano Diretor era refor ar a governan a a capacidade de governo do Estado atrav s da transi o programada de um tipo de administra o p blica burocr tica r gida e ineficiente voltada para si pr pria e para o controle interno para uma
208. do supostamente a perspectiva processual Assim as a es de avalia o no PAR est o somente na rea 2 que correspondem aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem enquanto parte da dimens o pr ticas pedag gicas e avalia o constitu da por tr s indicadores formas de avalia o da aprendizagem dos alunos utiliza o do tempo para assist ncia individual coletiva aos alu nos que apresentam dificuldade de aprendizagem e necessidades educativas especiais e pol tica espec fica de corre o de fluxo Esses indicadores estavam no diagn stico do PAR conforme os crit rios do guia de orienta o BRASIL 2007a 2011 A pontua o variava entre 1 e 4 respectivamente situa o cr tica insuficiente apresenta mais aspectos positivos do que negativos esitua o positiva Na primeira edi o do PAR 2007 2011 as situa es avaliadas com 3 e 4 n o geravam a o para aten der s demandas do indicador em evid ncia Enquanto na edi o de 201 la 2014 todos os crit rios geravam a es e suba es O indicador Formas de avalia o da aprendizagem dos alunos MOSSOR 2007 p 21 nesse munic pio recebeu a pontua o 3 porque atendia plenamente realidade do munic pio n o gerando a es nem suba es Em 2011 mesmo com a pontua o 4 positiva gerou a a o de Manter as equipes pedag gicas e os professores atualizados sobre estrat gias para avalia o dos alun
209. do elo entre o conhecimento a tica e a pol tica a partir do questionamento do papel do conhecimento no enriquecimento ou empobrecimento da vida humana Mais ainda o conhecimento parte de uma racionalidade que visa n o somente compreens o do real mas tamb m sua transforma o Em outras palavras o conhecimento precisa estar comprometido com o viver bem permitindo a satisfa o pessoal desde a sua produ o at o seu usufruto Considera es finais 91 Ao longo deste trabalho procurou se mostrar como o conceito de conhecimento comum amplo e problem tico muitas vezes abarcando o conhecimento popular e o senso comum Foram utilizados como eixos cate goriais o sentido de superioridade da ci ncia os conceitos cong neres de interdisciplinaridade a valora o dos saberes n o cient ficos e a rela o entre ci ncia e pol tica porque sobre esses eixos que residem os principais pontos de diverg ncia entre os autores representantes de cada uma das vertentes ana isadas E somente com concess es rec procas em cada um desses eixos que seria poss vel integr os isto abrir m o da no o de hierarquia ou de supe rioridade da ci ncia valorizar os saberes populares e promover uma ci ncia ou tecnologia mais comprometida com as transforma es sociais A partir da discuss o das vertentes tornou se poss vel perceber que as rela es entre conhecimento comum e conhecimento cient fico s o mais
210. do s culo XX e princ pio do s culo XXI articulado tamb m aos processos de reestrutura o produtiva e de mudan as no mundo do trabalho e da produ o Essa perspectiva de orgo niza o do Estado dissemina a ideia de que tudo o que ruim prov m do setor p blico e em contrapartida os padr es de efici ncia de qualidade e sucesso estariam na esfera privada nas empresas e no mercado No contexto do gerencialismo a l gica do mercado se inseriu cada vez mais nos espa os p blicos num proceso em que o setor p blico tem incor porado na sua din mica de funcionamento aspectos da cultura empresarial competitiva T m se dessa forma as bases do gerencialismo que ir orientar a reorganiza o do trabalho tanto no setor produtivo no mundo da produ o e circula o de mercadorias quanto na organiza o e funcionamento do Estado no contexto da globaliza o e do avan o do ide rio neoliberal Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 217 218 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica Por seu turno o aprofundamento do gerencialismo no quadro da Reforma do Estado conduzida no Brasil a partir do final dos anos de 1990 e que se estendeu ao longo deste s culo XXI possibilita demarcar as bases os fundamentos estrat gias e instrumentos da Nova Gest o P blica NGP compreendida enquanto uma das faces do gerencialismo na organiza
211. doso Cones fim Linguas Ci ncias Matematica Artes ociais Entendendo diferentes pon X X X X X X X X X tos de vista Relacionando conhecimento y y y y y y pessoal e acad mico Agindo X X X Ao longo de muitos desses ciclos de atividade os alunos tamb m tiveram a oportunidade de reciclar seus conhecimentos por exemplo quando usaram os dados da enquete na sala como a base para o jogo Family Feud Em todos os ciclos listados as atividades foram estruturadas de forma que os alunos pudessem analisar um tema a partir de m ltiplas perspectivas inclusive do ponto de vista de outros alunos Na maioria desses ciclos as atividades pro porcionaram oportunidades de conex o entre os conhecimentos acad mico e pessoal validando assim o conhecimento hist rico social e cultural que os alunos trazem para a escola Finalmente foi inclu da uma pr tica democr tica que n o foi descrita neste item participar de uma a o social o que viria a se tornar cada vez mais proeminente na sala 18 aspecto central da educa o democr tica como ser demonstrado ao descrever os requisitos democr ticos sociais e de conhecimento em um ciclo chave a investiga o sobre o jantar com espaguete Selecionou se essa investiga o como um caso expressivo MITCHELL 1984 uma vez que ilustra princ pios te ricos fundamentais Esse ciclo de atividades se mostra como um estudo de caso exemplar pois incor pora todas as pr t
212. duca o e a regula o das pol ticas p blicas Educa o amp Sociedade Campinas v 26 n 92 p 725 751 out 2005 BRASIL Decreto Presidencial n 6 094 de 24 de abril de 2007 Dispdem da implementa o do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 25 abr 2007 p 5 BRASILLei n 10 172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educa o e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 10 jan 2001 p 1 BRASIL Lei n 11 653 de 7 de abril de 2008 Disp e sobre o Plano Plurianual para o per odo 2008 2011 Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 8 abr 2008 p 5 BRASIL Lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educa o PNE e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 26 jun 2014 p 1 Edi o extra BRASIL Lei n 2717 de 27 de dezembro de 2010 Institui a pol tica de responsabili dade educacional no munic pio de Mossor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 28 dez 2010 p 1 BRASIL Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional Di rio Oficial da Rep blica Federativa do
213. e Marta Maria de Ara jo Universidade Federal do Rio Grande do Norte Pedagogia cient fica a descoberta da crian a t tulo original La Scoperta del Bambino 1909 uma das obras cl ssicas da m dica e edu cadora italiana Maria Tecla Artemesia Montessori 1870 1952 resultante de estudos e experi ncias escolares desenvolvidos por Maria Montessorinas Casas dei Bambini instaladas inicialmente em San Lorenzo bairro de Roma It lia A resenha justifica se pela relev ncia da obra Pedagogia da Escola Nova ou Pedagogia Experimental ltimos ensinamentos na ci ncia de um modo de ensinar e educar a crian a em conformidade s bases do M todo Montessoriano relacionado com aeduca o sensorial O livro discute a educa o da crian a pelos princ pios especial mente da Pedagogia Experimental sendo constitu do por Apresenta o de Madre Ana Vit ria de Sion Introdu o de M rio M Montessori nico filho de Maria Montessori e Cap tulos A finalidade de Montessori 1965 p 9 era atribuir aos novos m todos uma via pr tica que presumem dotar a pedagogia de uma utiliza o mais ampla das experi ncias cient ficas sem contudo atast la dos princ pios especulativos que lhe constituem as bases naturais No primeiro cap tulo Considera es cr ticas Maria Montessori relletea necessidade de reformar a escola e de afirmar uma pedagogia de basecient fica
214. e Ci ncias da Educa o Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Hist rico cultural na Sala de aula GEPSA Email mafacg gmail com Recebido 29 jul 2014 Aceito 4 set 2014 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 4 42 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte Resumo Este artigo discute o federalismo buscando compreender seus marcos com ceituais assim como a sua configura o no Brasil e as repercuss es para a rea de educa o Conclui se que nos ltimos anos particularmente ap s a Constitui o Federal de 1988 h uma reconfigura o do federalismo brasileiro com a inser o do munic pio como ente federado e com autonomia para conceber os seus sistemas de ensino Foram aprovadas normas e implementados programas que buscam consolidar o regime de colabora o entre os entes federados para o campo da educa o Todavia o federalismo brasileiro ao longo dos anos n o cumpriu a contento a sua fun o redis tributiva e supletiva de modo que se observam condi es de ofertas diferenciadas em todos os n veis educacionais Palavras chave Federalismo Educa o Programas Federalism and education in Brazil grants for debate Abstract This article discusses federalism
215. e Metas Compromisso Todos pela Educa o 2009 294f Tese Doutoradoem Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2009 CONTRERAS Jos A autonomia de professores S o Paulo Cortez 2002 CRUZ Priscila MONTEIRO Luciano In Anu rio Brasileiro da Educa o B sica S o Paulo Moderna 2014 GATTI Bernadete Angelina BARRETO Elba Siqueira de S ANDR Marli Elza Dalmazo de Afonso Pol ticas docentes no Brasil um estado da arte Bras lia UNESCO 2011 LIBANEO Jos Carlos Organiza o e gest o da escola teoria e pr tica 5 ed rev e ampl Goi nia Alternativa 2001 Jose Carlos Carlos OLIVEIRA Jo o Ferreira de TOSCHI Mirza Seabra Educa o escolar pol ticas estrutura e organiza o S o Paulo Cortez 2004 MAU S Olga ses Cabral CAMARGO Arlete Maria Monte de A expans o do ensino superior pol ticas de forma o docente e atratividade da carreira Revista Eletr nica de Educa o S o Carlos v 8 n 1 p 77 91 2014 Dispon vel em http www reveduc ufscar br index php reveduc article viewFile 1013 315 Acesso em 24 jul 2014 MAU S Olga ses Cabral A forma o dos professores e a l gica das compet ncias In MAU S Olga ses Cabral LIMA Ronaldo Org A l gica das compet ncias na forma o docente Bel m Editora Universit ria UFPA 2005 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156
216. e algumas inst ncias t m mais poder e portanto mais autonomia tanto na formula o quanto na implementa o e na avalia o das pol ticas Ent o com base em resultados o planejamento redefinido e s o tra ados os percursos de conse cu o de novas metas e definido o financiamento de a es suba es O ltimo indicador da rea de avalia o da aprendizagem Pol tica espec fica de corre o de fluxo que no PAR de 2007 foi pontuado de forma satisfat ria e n o gerou nenhuma a o O diagn stico levado a efeito pela Secretaria Municipal de Educa o evidencia essa pol tica desenvolvida par cialmente com os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental Em 2011 no entanto a situa o se apresentava cr tica sendo necess rio implementar uma pol tica de corre o de fluxo em toda a rede de ensino tendo em vista a distor o idade s rie Por isso foi gerada a a o Definir e implementar pol ticas para a corre o do fluxo escolar MOSSORO 2011 No seu desdobramento propuseram se duas suba es de assist ncia do munic pio proporcionar con di es t cnicas para qualificar professores e outros profissionais da escola em Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 115 116 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte atividades para prevenir a distor o idade s
217. e contextualizada em toda avalia o tanto a mensal quanto a bimestral Todas elas t m que jogar textos sabe Tem que jogar gr ficos tem que jogar mapas Desenhos tudo Charge sabe aquelas tirinhas Tudo tem que jogar Eu n o aceito mais sem tem que ter uma coisa diferenciada Por qu Porque na avalia o da prova Brasil tamb m cobram isso N o cobram mais essa decoreba de menino Acabou A o professor tamb m mudou a postura DIRETORA 2012 Nessa mesma escola a professora fala da prepara o para as avalia es externas a partir das avalia es internas da escola n s trabalhamos os modelos das avalia es sist micas com eles ao longo do ano E a gente percebe realmente que a fragili dade deles muito acentuada em L ngua Portuguesa A Matem tica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 203 204 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino tamb m mas eles j conseguem fazer uma prova muito mais eu diria resolvendo as quest es por levantamento de hip teses e por eliminat ria o que n o acontece com a Lingua Portuguesa que eles t m que ler interpretar inferir Ent o a gente consegue perce ber que existe isso a PROFESSORA 2012 Nas observa es feitas em sala de aula foi poss vel constatar o quanto a avalia o mobiliza a escola e seus profissionais a buscarem me
218. e estudantil nas decis es que dizem respeito s peculiaridades ocais Os municipios se restringem a escolher programas que foram concebi dos em mbito central o que limita a sua capacidade de autonomia em criar programas mais condizentes com as suas realidades O Plano de A es Articuladas pelas suas propostas e objetivos poderia contribuir para o estabelecimento de um regime de coopera o entre os entes federados no entanto concorda se com Farenzena 2006 que ao analisar as rela es intergovernamentais estabelecidas entre os entes federa dos na atualidade conclui que essa rela o muito mais de transfer ncia aos estados e ou munic pios da responsabilidade pela implementa o ou gest o de pol ticas definidas em n vel federal do que a descentraliza o por transfer ncia de capacidade fiscal e de poder de decis o na implementa o de pol ticas aos estados e munic pios Dessa forma as pol ticas adotadas pelo governo federal t m contribu do para refor ar a a o centralizadora da Uni o configurando um federalismo centr peto no qual a descentraliza o de poder e a autonomia dos entes subnacionais ficam muito reduzidos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba Essa l gica tem trazido certo protagonismo para a Uni o que tem procurado se responsabilizar por in
219. e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o a qualifica o da produ o cient fica pelo Sistema Qualis em cada rea de pesquisa Criado em 2001 para classificar a produ o bibliogr fica principal mente peri dicos dos programas de p s gradua o em todas as reas de conhecimento o sistema passou a ser um importante par metro nas avalia es trienais A base de dados Qualis refer ncia para avalia o da produ o cient fica nacional e re ne apenas os t tulos de peri dicos utilizados pelos programas de p s gradua o para adivulga o da produ o intelectual de seus docentes e alunos Esse instrumento orienta a comunidade universit ria a buscar um padr o de excel ncia para os cursos stricto sensu PINTO CUNHA 2008 Inicialmente os peri dicos e parte da produ o bibliogr fica bra sileira eram classificados em tr s n veis A B ou C e pelo tipo de circula o internacional nacional ou local Uma mudan a na classifica o ocorreu em 2008 quando a Capes criou uma nova escala Qualis para a produ o aca d mica no Brasil contendo oito estratos Al A2 B1 B2 B3 B4 B5 e C Em cada estrato a produ o bibliogr fica possui um n mero de pontos dife renciado de forma tal que quanto mais pr ximo de A maior a pontua o dos peri dicos sendo Al a melhor classifica o e C a pior Na rea da Educa o os peri dicos classificados como C n o contam ponto Essa nova class
220. e novembro de 2009 Dispon vel em hitp www planalto gov br Acesso em 12 set 2014 Presid ncia da Rep blica Lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educa o e d outras provid ncias Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 leis leis 2001 110172 htm Acesso em 2 out 2014 69 CAFFARATE Viviane Machado Federalismo uma an lise sobre uma tem tica atual Jus Navigand Teresina v 7 n 59 s p out 2002 Dispon vel em http jus com br Revista 3449 Acesso em 10 jun 2014 COSTA Valeriano Mendes Ferreira Federalismo e rela es intergoverna mentais implica es para a reforma da educa o no Brasil Educa o amp Sociedade Campinas v 31 n 112 p 729748 jul set 2010 CUNHA Rosani Evangelista da Federalismo e rela es intergovernamentais os cons rcios p blicos como instrumento de coopera o federativa Revista do Servidor P blico Bras lia v 55 n 3 p 6 34 jul set 2004 CURY Carlos Roberto Jamil A quest o federativa e a educa o escolar In OLIVEIRA Romualdo Portela de SANTANA Wagner Org Educa o e federalismo no Brasil combater as desigualdades garantir a diversidade Bras lia UNESCO 2010 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 0 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de teoria geral do Estado 19 ed S
221. eceu um Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 12 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula dia inteiro de recep o e orienta es aos estudantes que estavam finalizando o quinto ano Durante esse dia alunos falantes do espanhol que oficialmente ainda n o haviam completado a transi o para o ingl s fizeram provas enquanto seus pares excursionavam pelas salas da nova escola Os estudan tes se encontraram ao final da visita sentados separadamente nas mesas da cantina enquanto recebiam orienta es acerca das regras de funcionamento da nova escola Todos os alunos estavam irritados e magoados devido a essa desigualdade e segrega o institucional Retornando sala de aula Irene lhes deu tempo para expressar seus sentimentos e opini es e para sugerir poss veis a es tais como escrever uma carta aos administradores da escola Visto que esse evento aconteceu durante os corridos ltimos dias de aula nenhuma pro vid ncia foi tomada No entanto os a uma comunidade de classe justa e igua unos entenderam o funcionamento de it ria al m de terem sido munidos de uma base social cr tica que deu origem a protestos e observa es a respeito da desigualdade Dado esse exemplo educar para a cidadania respons vel significa auxiliar os estudantes a desenvolver a capacidade de participar ativamente
222. ecimentos N o se trata de descredibilizar as ci ncias nem de um fun damentalismo essencialista antici ncia O que vamos tentar fazer o uso contra hegem nico da ci ncia hegem nica Ou seja a possibilidade de que a ci ncia entre n o como monocultura mas como parte de uma ecologia mais ampla de saberes em que o saber cient fico possa dialogar com o saber laico com o saber popular com o saber dos ind genas com o saber das popula es urbanas marginais com o saber campon s SANTOS 2007 p 33 Nesse sentido que o autor aposta em uma nova rela o entre a ci ncia o senso comum e o conhecimento popular longe daquela vis o da ci ncia cl ssica que concebe o saber n o cient fico a partir de um ponto de vista etnoc ntrico e o percebe negativamente como algo ilus rio super ficial falso conservador enviesado etc Esse car ter ilus rio conservador ou Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Eq Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade preconceituoso do senso comum pode ser mais ou menos acentuado depen dendo das rela es sociais em que esse conceito constru do e refletido Senso comum n o um conceito fixo e est tico Na concep o do autor uma sociedade democr tica com desigualdades pouco acentuadas que tenha um sistema educativo generalizado e
223. educe the exclusion resultant from evaluative standards Keywords Articulated actions plan Learning assessment Educational policies Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 99 100 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Pol tica de evaluaci n del aprendizaje en la planificaci n educativa del Municipio de Mossor Rio Grande do Norte Resumen Este trabajo se inscribe en la investigaci n del Observatorio de Educaci n Capes Evaluaci n del Plano de Acciones Articuladas PAR un estudio en municipios de Rio Grande do Norte Par y Minas Gerais 2007 a 2011 Focaliza la evaluaci n del aprendizaje en las ediciones del PAR en Mossor RN municipio de la muestra En la perspectiva socio hist rica analiza la problem tica de la estrategia adoptada por la nueva gesti n p blica del Estado Este mediante contratos induce a los entes federados a compartir responsabilidades y flexibilizar el control de las acciones La asistencia individualizada y colectiva a estudiantes que tengan un aprendizaje desfasado y necesidades educacionales especiales no reduce la exclusi n que se origina por los patrones evaluativos Palabras clave Plano de acciones articuladas Evaluaci n del aprendizaje Pol ticas educacionales Introdu o O artigo trata da forma o inicial de professores tendo como foco
224. efic cia dos resultados pelos quais os sujeitos s o responsabilizados Os sistemas de avalia o nacionais desconsideram as diferen as individuais e as desigualdades sociais e econ micas fomentando a competitividade como meio para impulsionar a melhoria da qualidade educacional Afastando se dessa perspectiva Rom o 2011 considera que as teo rias de avalia o progressistas t m as seguintes caracter sticas a valoriza o da autoavalia o nfase em dados qualitativos para subsidiar diagn sticos sobre a realidade processo realizado de forma permanente considera o dos c digos locais e sociais bem como dos ritmos pessoais A realiza o de um diagn stico envolvendo os sujeitos das organiza es educativas possibi lita dimensionar os problemas monitorar controlar e avaliar os avan os e as dificuldades com vistas redefini o de objetivos metas e a es baseadas em dados de naturezas diversas Dados estat sticos de acesso perman ncia aprova o reprova o evas o indices de aprendizagem origem socioeco n mica cultura organizacional condi es de execu o do trabalho educativo referendam o conjunto da realidade da educa o e suas particularidades Nessa perspectiva a avalia o diagn stica cont nua formativa al m de somativa por ser empregada em diferentes momentos do processo de ensino aprendizagem no in cio durante e no final com diferentes finalidades No in cio do curso ou
225. eitos importantes sobre a responsabili dade dos alunos na constru o social do conhecimento a respeito do conceito de comunidade Em vez de fornecer uma defini o dicionarizada ou uma defini o pr pria ela pediu que os alunos abrissem seus cadernos de ci ncias sociais e demorassem alguns minutos para pensar sobre o que uma comunidade Voc s t m agora alguns minutos para escrever suas ideias sobre o que uma comunidade Com essas instru es bem como na atividade que se seguiu Irene marcou a import ncia de os alunos pensarem por si mesmos sobre os conceitos e registrarem seu conhecimento pessoal Foi fornecido aos estudantes um espa o especial e um recurso artefato cultural os cadernos de ci ncias sociais para que constru ssem e expressassem seus pr prios conhe cimentos sobre uma ideia Alguns utilizaram dicion rios para sua defini o e 9 Irene pediu lhes que expandissem esse significado acrescentando que eu tenho certeza que h muitos significados para comunidade Nesse momento lrene sinalizou a import ncia de os alunos formularem sua pr pria compre ens o sobre um conceito sem dependerem exclusivamente do conhecimento oficial APPLE 2004 e ressaltou tamb m o car ter din mico do conhecimento e o fato de ele envolver m ltiplas perspectivas Depois de os alunos terminarem de escrever suas ideias Irene criou a oportunidade para que as compartilhassem para uma defini o comum de co
226. el m dio A primeira explica o a de que n o h profes sores habilitados ou que os que s o habilitados foram atra dos para trabalhar em outros setores j que tanto Camet quanto Castanhal desde a d cada de 1970 j havia oferta de licenciaturas pela Universidade Federal do Par Outra poss vel explica o a de que muitos professores s o contratados sem v nculo permanente com as redes em que atuam e sujeitos s rela es cliente listas que costumam pautar as rela es entre os governantes e seus cidad os o que favorece a contrata o de professores sem nenhuma qualifica o para atuar A supera o do car ter emergencial dos cursos de forma o de professores um dos objetivos a ser perseguido Al m disso fica clara a necessidade de promover a valoriza o do trabalhador docente para que os esfor os investidos para a amplia o dos cursos de forma o de professo res n o fiquem comprometidos j que a carreira docente n o apresenta um atrativo maior seja para o professor em exerc cio quanto para o jovem que pretende escolher uma carreira Na busca de melhoria do processo educacio nal necess rio investir fortemente em programas e planos que incentivem ampliem e articulem a forma o dos professores e a pr tica docente e sobre tudo investir nas condi es de trabalho tornando as mais dignas e valorizadas Refer ncias ARRETCHE Marta Federalismo e Rela es intergovernamentai
227. em seguida situar os elementos estruturantes da NGP e seus desdobramento na gest o da educa o Ao final a preocupa o de como o PAR deve ser compreendido para al m de uma ferramenta de planejamento e gest o uma vez que traz em si nos seus fundamentos na sua forma de organi za o e estrutura o elementos que contribuem para aprofundar na educa o p blica processos e pr ticas gestoriais que v m sendo implementadas em outros setores da vida social Reforma do Estado e neoliberalismo o gerencialismo e suas ra zes Nos anos de 1990 concomitante com as reformas sociais e educa cionais implementadas nesse per odo se delineou a chamada Reforma do Estado o que implicou profundas mudan as no papel e nas formas de atua o do Estado frente sociedade e deixou suas marcas at os dias atuais O pro cesso de Reforma do Estado brasileiro na d cada de 1990 se desenvolveu no contexto da concretiza o da pol tica neoliberal em diferentes pa ses da Am rica Latina Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 213 214 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica O neoliberalismo originou se ap s a Il Guerra Mundial na regi o da Europa e da Am rica do Norte Constituiiu se em uma matriz te rica e pol tica fortemente contra o Estado intervencionista e de bem estar Nos anos de 1970 se aprofundou a crise do Estado de Bem Esta
228. emplo de pedagogia democr tica e rigor acad mico em uma sala de aula bilingue e multicultural Definindo pr ticas educacionais democr ticas Ao discutir as pr ticas democr ticas de sala de aula muitos educo dores se referem s rela es sociais e s estruturas de tomada de decis o compartilhada Foi ampliado esse ponto de vista ao focalizar tamb m os padr es de distribui o de conhecimentos e pr ticas de constru o de sig nificados compartilhados Os trabalhos de Jamie Myers 1991 que define aspectos do letramento cr tico e de Gloria Ladson Billings 1994 no que tange defini o de aspectos de uma pedagogia culturalmente relevante foram refer ncias importantes na constru o de uma estrutura para examinar pr ticas democr ticas em salas de aula Os requisitos sociais e de conhecimento necess rios s pr ticas de uma sala de aula democr tica est o resumidos no Quadro 1 a seguir Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 13 Artigo Eq Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Quadro 1 Requisitos sociais e de conhecimento das pr ticas democr ticas em salas de aula Requisitos Sociais As rela es sociais s o equitativas incluindo o valor das diversas l nguas faladas na sala de aula responsabilidade pela aprendizagem para si e para os outros e pela constru o da comunidade compartilhada e
229. ensificadas Al m disso a formula o e implementa o das pol ticas p blicas dever o integrar as dimens es econ micas e sociais e considerar a diversidade e complexidade da situa o educacional brasileira O regime de colabora o o caminho para a constru o de um sis tema nacional de educa o reivindicado historicamente pelos educadores e pela sociedade brasileira Nesse sentido essa tem tica pautou toda a discus s o da Confer ncia Nacional de Educa o ocorrida em abril de 2010 que subsidiou a Lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 novo Plano Nacional de Educa o que reitera a formaliza o desse mecanismo propugnado pela Constitui o Federal de 1988 pela Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 e pelo Plano Nacional de Educa o que vigorou at 2010 As mudan as ocorridas no Governo Lula foram marcadas pela arti cula o de v rias pol ticas programas e a es tendo em vista a melhoria da qualidade da educa o para todos e a cada um Nessa perspectiva de fundamental import ncia investigar os desdobramentos dessas a es no sen tido de compreender as consequ ncias do PAR no mbito das redes de ensino bem como no interior da escola uma vez que o principal locus da organiza o das pr ticas pedag gicas e da avalia o da aprendizagem Ressalta se que tal pol tica na tica do MEC tem como foco a melhoria da qualidade d
230. ensino superior Essa pol tica foi institu da no mbito da Capes Mec por meio das Diretorias de Educa o B sica Presencial DEB e Educa o a Dist ncia DED as quais deveriam organizar e fomentar a forma o inicial e continuada dos profissionais do magist rio das redes p blicas da educa o b sica al m de concretizar a Pol tica Nacional em cada estado por meio de planos estrat gicos formulados em F runs Permanentes de Apoio Forma o Docente A oferta de cursos nas modalidades presencial e a dist ncia passou a ocorrer com o fomento e avalia o das secretarias de Educa o Superior Sesu e de Educa o a Dist ncia Seed e da Capes A import ncia do Parfor enquanto pol tica de forma o em massa de professores precisa ser destacada inclusive por estimular o regime de colabora o entre diferentes inst ncias em mbito federal estadual e munici pal j que permite que se tenha uma perspectiva de continuidade nas pol ticas educacionais caracter stica que em geral n o observada Apesar disso o oferecimento de cursos para a amplia o da qua lifica o do professor n o pode se dar isoladamente da valoriza o dos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 169 170 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par profissionais que atuam no magist rio j que a universaliza o da educa o b sica ocorre em meio a u
231. entado como um conjunto de a es a serem selecionadas com vistas ao cumpri mento de diretrizes j estabelecidas para o conjunto dos sistemas de ensino A partir dessa perspectiva do PAR pode se identificar uma forma de indu o com pouca margem de inova o por parte dos munic pios em especial aqueles com pouca capacidade de investimentos pr prios CAMINI 2009 p 238 A dimens o forma o de professores da educa o b sica prevista no PAR envolve quatro reas a saber Forma o inicial de professores da Educa o B sica Forma o continuada de professores da Educa o B sica Forma o de professores da educa o b sica para atua o em educa o especial escolas do campo comunidades quilombolas ou ind genas Forma o inicial e continuada de professores da educa o b sica para cumprimento da Lei n 10 639 de 9 de janeiro de 2003 que estabeleceu as diretrizes e bases da educa o nacional para incluir no curr culo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da tem tica Hist ria e Cultura Afro Brasileira Considerando os limites deste trabalho ser aqui realizada uma caracteriza o da forma o inicial de professores prevista na rea 1 Forma o inicial de professores da Educa o B sica no estado do Par Para isso t m se como refer ncia os documentos do PAR 2007 a 2011 dos muni c pios de Altamira Barcarena Bel m Camet e Castanhalque integram a pesquisa no estado
232. entes travam uma luta concorrencial mobi lizam determinados capitais e lan am m o de estrat gias espec ficas Com esta pesquisa foi poss vel analisar as posi es diferenciadas e as estrat gias acionadas nesse campo por representantes da rea de Educa o e pelos coordenadores de programas considerados de excel ncia Nas hierarquias do campo cient fico o maior prest gio e o poder aca d mico das Ci ncias Exatas e Naturais ficaram evidenciados na prioridade dessas reas em rela o s Ci ncias Humanas e Sociais para aceder dis tribui o de bolsas e recursos da Capes Por ocupar a posi o mais alta nas hierarquias do campo cient fico as Ci ncias Exatas e Naturais tamb m det m a capacidade de definir a forma leg tima de se fazer ci ncia Ademais os coordenadores de programas de excel ncia sustentaram nas entrevistas que a l gica da pesquisa das Ci ncias Exatas e Naturais cujos produtos s o divulgados como maior facilidade em fun o da legitimidade do conhecimento que produzem se contrap e ao modo de fazer ci ncia na rea das Ci ncias Humanas e especificamente na rea da Educa o revelando ter consci ncia de que a nossa rea ainda precisa posicionar melhor suas especificidades no campo cient fico Os n veis de legitimidade concedidos aos produtos cient ficos BOURDIEU 1983 tamb m sustentam o posicionamento diferenciado das reas de conhecimento nas hierarquias do campo No caso da
233. ento estrat gico na educa o chama a aten o para o fato de que o predom nio de abordagens t cnicas fundamentadas em modelos origin rios da economia influenciaram o planejamento estrat gico imprimindo formas e conte dos predominantemente t cnicos aos processos de planejamento negligenciando a natu reza pol tica e os aspectos culturais e institucionais da atividade educacional PARENTE FILHO 2001 p 20 A aplica o do Planejamento Estrat gico no campo educacional se deu como uma tentativa de introduzir mudan as organizacionais e gerenciais capazes de provocar mel horias No entanto seu car ter burocr tico tem con duzido a processos de organiza o da pr tica educativa que n o contribui para se alcan ar avan os substantivos na qualidade da educa o Outro pilar que sustenta a Nova Gest o P blica o processo de con solida o do chamado governo eletr nico O governo eletr nico se configura a partir da diversidade de mecanismos de dissemina o de informa o que as inst ncias governamentais disponibilizaram por meio da tecnologia utilizando se de ferramentas portais sistemas e plataformas eletr nicas virtuais Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Cova iei Para Agune Carlos 2005 Osbourne 1997 em alguns casos a defi ni o de governo eletr nico est vincul
234. ento l gico de investiga o e por um objetivo de aumentar e aprimorar constantemente o conhecimento Na vis o de Bunge 1980 p 19 trata se do modo m s reciente m s universal y m s provechoso de todos os estilos Bunge 1985 adverte que essa superioridade n o significa perfei o pois se fosse assim o saber cient fico j estaria extinto uma vez que a sua pr pria l gica de justifica o reside na exist ncia de lacunas do saber na possibilidade de indagar e aprimorar o conhecimento Tamb m adverte que o conhecimento vulgar pode estar mais frente da ci ncia no que diz respeito ao conte do Do seu ponto de vista um fazendeiro pode estar mais apto a fazer previs es do tempo do que um meteorologista um pedreiro pode corrigir os erros de um engenheiro e um poeta pode descrever os sentimentos e as emo es com mais profundidade do que um psic logo A diferen a que o modo de construir o conhecimento cient fico est pautado em crit rios como precis o seguran a e objetividade Ainda que seja um conhecimento fal vel est idealmente sempre disposto a corrigir se a si mesmo O conhecimento vulgar pelo contr rio n o se consubstancia com a objetividade condu o do saber de maneira impessoal tampouco com a sis tematiza o do saber em teorias em enunciados test veis e sujeitos revis o como se procede na atividade cient fica N o obstante essas caracter sticas Re
235. envolvimento da Educa o PDE que de acordo com documen tos elaborados pelo MEC pode ser considerado um plano executivo ou um conjunto de programas que visam dar consequ ncia s metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educa o objetivando sobretudo a melhoria da educa o brasileira Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 62 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate Embora o texto do Plano de Desenvolvimento da Educa o apresente as raz es princ pios e programas como uma inova o ele traz poucas novi dades Segundo Saviani 2007 p 1233 o PDE al m de n o se constituir em um plano ele serve para agregar em um grande guarda chuva todos os programas desenvolvidos pelo MEC O PDE na realidade se constitui em um documento que demonstra o quanto os v rios programas educacionais independente do n vel de ensino a que se destinam fazem parte de um mesmo conjunto de diretrizes Ao mesmo tempo programas j existentes considerados eficientes para o fortalecimento da organicidade gerencial s o aprofundados como o caso do PDE escola que de um programa pontual passou a assumir abrang ncia nacional Esse plano contempla mais de quarenta programas mas dado destaque s a es que evidenciam as conex es mais relevantes no que diz respeito ao delineamento da pol tica com base nos princ pios j mencionados dentre ele
236. eo e a vida de rela es sistema nervoso em que figuram mecanis mos de interdepend ncia necess rios ao funcionamento do organismo Por isso nenhum m todo de educa o deve inibir o movimento mas auxili lo ao bom emprego das energias e ao desenvolvimento normal p 78 79 Relaciona pois uma variedade de materiais e exerc cios articulados vida pr tica p r a mesa abrir e fechar gavetas abotoar camisas e enla ar fitas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 248 252 set dez 2014 249 Resenha 250 Subjetividade e produ o de singularidades na forma o docente au ce is a 1 ao andar equilibrar se sobre uma linha desenhada em elipse no pavimento e livre escolha tocar associare agrupar cart es de lixa barras bastonetes em fusos para c lculos decimais prismas encaixes planos e cilindros s lidos letras m veis sobre um tapetinho Esse conjunto de elementos articulado s atividades sensoriais proporciona unidade ao M todo Montessoriano base da educa o dos sentidos No cap tulo Generalidades sobre a educa o sensorial Maria Montessori refletea educa o dos sentidos queprecede s faculdades intelec tuais superiores devendo ocorrer mediante uma gradua o e adapta o dos est mulos que auxiliar na forma o da linguagem p 98 Os materiais sensoriais devem se agru
237. eoliberal a partir dos anos de 1990 se desenvolveu no contexto de reestrutura o do modo de produ o capitalista tendo como eixo central a globaliza o Nesse sen tido G mes afirma que o neoliberalismo recupera de imediato a globaliza o e apresenta a competi tividade no mercado mundial como objetivo e crit rio crucial das mudan as radicais que sustenta de longa data na pol tica econ mica e nas pol ticas em geral GOMES 2000 p 50 A globaliza o n o se deu no campo econ mico tampouco no campo pol tico O processo de globaliza o se realiza no contexto do modo de produ o capitalista e traz diferentes dimens es tais como a dimens o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Cova iei cultural pol tica econ mica art stica social e educacional Para G mes a globaliza o consiste em interconex es globais n o somente no campo econ mico mas h uma facilidade e frequ ncia com que informa es con tamina o ambiental migrantes turismo armas imagens ideias doen as criminalidade etc fluem atrav s de fronteiras transnacio nal e global GOMES 2000 p 53 Na verdade a globaliza o n o um fen meno novo visto que inerente ao capitalismo Ela nasce e se intensifica com o pr prio desenvolvi mento do modo de produ o capitalista O capitalismo enquanto
238. ep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasilia DF 25 abr 2007 Se o 1 p 5 6 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro _Decreto n 6 755 de 29 de janeiro de 2009 Institui a Pol tica Nacional de Forma o de Profissionais do Magist rio da Educa o B sica disciplina a atua o da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes no fomento a programas de forma o inicial e continuada e d outras provid ncias Dispon vel em lt http mww adurrj org br 4poli gruposadur gtpe decreto 6755 29 1 09 htm gt Acesso em 10 maio 2009 Resolu o Conselho Nacional de Educa o Conselho Pleno n 1 de 11 de fevereiro de 2009 Estabelece Diretrizes Operacionais para a implanta o do Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para Professores em exerc cio na Educa o B sica P blica a sercoordenado pelo MEC em regime de colabora o com os sistemas de ensino e realizado por institui es p blicas de Educa o Superior Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Brasilia DF 12 fev 2009a Se o 1 p 16 Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo demogr fico Bras lia Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o 2010 CAMINI L cia A gest o educacional e a rela o entre entes federados na pol tica edu cacional do PDE Plano d
239. er odo de 2007 a 2010 e a segunda o per odo de 2011 a 2014 Nos estados e munic pios a formula o do PAR coube s Equipes T cnicas diretamente no Sistema Integrado de Monitoramento de Execu o e Controle SIMEC M dulo PAR Plano de Metas espa o virtual criado com essa finalidade A metodologia de elabora o foi definida pelo Minist rio de Educa o e dela consta um diagn stico da situa o educacional consolidado no Guia de Orienta o BRASIL 2007 2011 Sua estrutura constitu da por quatro dimens es gest o educacio nal forma o de professores e dos profissionais de servi o e apoio escolar pr ticas pedag gicas e avalia o e infraestrutura f sica e recursos pedagdgi cos As dimens es estruturam se em indicadores a es suba es e estrat gias decorrentes das demandas Consolidadas as defini es os entes federados assinam um termo de compromisso definindo as responsabilidades executivas de cada ente federativo para consolidar o pacto federativo Neste recorte da pesquisa procedemos a uma revis o da literatura sobre pol ticas p blicas incluindo o PAR como estrat gia de regula o da edu ca o Analisamos concep es de avalia o que fundamentam o plano e procedemos a uma an lise dos documentos que tratam da dimens o pr ti cas pedag gicas e avalia o na edi o do PAR de Mossor RN 2007 2010 Na an lise focalizamos as a es e suba es de avalia o contrapondo
240. er decis o cogni tiva por algum dos dois de maneira que ambos convivem sem solu o Cita se aqui o exemplo dado pelos pr prios autores de um sujeito que manifesta posi es amb guas em dois momentos quando questionado sobre o governo Sim atrav s das elei es vamos tirar Sarney da presid ncia e seu substituto vai melhorar a situa o do pa s N o no futuro ou seja com o novo governante eleito vai ser a mesma coisa n o adianta Esse ndo se refere n o somente ao governante a ser eleito mas a si mesmo como n o sujeito de mudan as pois as mudan as quando v m se originam politicamente fora e longe do indiv duo que as espera e deseja SCHAEFER JANTSCH 1995 p 34 A heterogeneidade refere se falta de coer ncia ou ao agregado inconsistente de ideias e representa es que impedem o desenvolvimento de n veis maiores de abstra o cognitiva Trata se do ajuntamento indiscrimi nado e acr tico dos resqu cios de cultura e de saberes atuais e passados sejam estes de origem cient fica ou n o os quais conformam de acordo com Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 83 84 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade o entendimento de Schaefer e Jantsch 1995 p 49 uma esp cie colcha de retalhos cognitiva A tend ncia de aplica o do conhecimento popular de voltar se mais queles as
241. eralmente pos suem um sentido negativo e irracional O senso comum frequentemente igualado ao conhecimento comum ou saber vulgar mas pode ainda aludir ao que se considera sensato em uma determinada ordem de pensamentos J conhecimento popular uma denomina o que leva em conta o conhecimento comum em vista de sua espe cificidade por exemplo o saber das rendeiras dos analfabetos dos militares Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET A partir dessas no es gerais examinam se tais conceitos em sua ver tente correspondente Destaca se que a ordem de exposi o segue uma ordem cronol gica e did tica e n o expressa prefer ncia ou primazia de uma ver tente sobre outra Ao final apontam se poss veis limita es e contribui es de cada vertente apresentada A perspectiva cl ssica Representada por Mario Bunge um dos mais influentes defensores da distin o entre conhecimento vulgar e especializado Por esta perspectiva cl ssica parte se do reconhecimento da superioridade do saber cient fico sobre os conhecimentos vulgares e populares visto que o conhecimento cient fico tem um car ter met dico e sistem tico que as outras modalidades n o possuem pois um saber especializado cuja superioridade decorre n o necessariamente do seu conte do mas sim do seu modo de conhecer estruturado por um pro cedim
242. eratura sobre esse tema diz respeito s rela es estabelecidas entre o governo nacional e os governos subnacionais porque eles n o s o entes plenamente aut nomos Desse modo a constitui o de um sistema federativo requer o necess rio esta belecimento de uma rela o de interdepend ncia entre os entes federados que permita ao mesmo tempo a efetiva o da reparti o de responsabilidades e a garantia da integralidade do Estado nacional exigindo portanto a constru o de pactos Esse tamb m o entendimento de Elazar para quem em ess ncia um arranjo federal uma parceria estabelecida e regulada por um pacto cujas conex es internas refletem um tipo especial de divis o de poder entre os parceiros baseada no reconhecimento m tuo da integridade de cada um e no esfor o de favorecer uma unidade especial entre eles ELAZAR 1987 p 5 Refor a se assim o argumento de que o princ pio da soberania com partilhada deve assegurar necessariamente a autonomia dos governos e a Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba a interdepend ncia entre eles Como diz Abr cio 2005 p 14 a peculiari dade da federa o reside exatamente na exist ncia de direitos origin rios pertencentes aos pactuantes subnacionais sejam estados prov ncias can t es ou at munic pio
243. erc cio da doc ncia nos anos finais do ensino fundamental e ensino m dio antes de 1996 Com a necessidade de adequa o da escola b sica necess ria ao novo projeto social em curso passou a ser priorit rio o investimento na forma o docente Tratava se de uma tarefa que deveria mobilizar os v rios setores envolvidos Minist rio da Educa o secretarias de educa o institui es de ensino superior dentre outros O Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Magist rio Fundef aprovado pela Lei n 9 424 de 24 de dezembro de 1996 com vistas a assegurar os insumos b sicos necess rios para um padr o de qualidade satisfat rio na educa o brasileira pode ser considerado um dos marcos de regula o das pol ticas educacionais e indutor de pol ticas de forma o docente Em rela o a esse Fundo destacam se as a es voltadas para a forma o de professores em car ter emergencial o par grafo nico do artigo 7 dessa lei previu a aplica o de 60 do montante dos recursos para remunera o dos quadros do magist rio do ensino funda mental e qualifica o de professores leigos durante os primeiros cinco anos de vig ncia da Lei Segundo al Barreto e Andr 2011 o Fundef e posteriormente o Fundeb Lei n 11 494 de 20 de junho de 2007 foram respons veis pela cria o de condi es institucionais b sicas para a constru o de pol ticas mais equ nimes de valoriz
244. erior e Investigaci n Educativa IRESIE M xico D F Sistema Regional de Informaci n en L nea para Revistas Cientffi cas da Am rica Latina el Caribe Espa a y Portugal LATINDEX Citas Latinoamericanas en Ciencias Sociales y Humanidades CLASE Sum rios org Sum rios de Revistas Brasileiras Pol tica Editorial A Revista Educa o em Quest o um peri dico qua drimestral do Centro de Educa o e do Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Peri dico de acesso aberto publica artigos in ditos de Educa o resultantes de pesquisa cientifica al m de resenhas de livros e documentos hist ricos Divis o de Servi os T cnicos Cataloga o da Publica o na Fonte UFRN Biblioteca Setorial CCSA evista Educa o em Quest o v 1 n 1 jan jun 1987 Natal N EDUFRN Editora da UFRN 1987 Descri o baseada em v 50 n 36 set dez 2014 eriodicidade quadrimestral ISSN 0102 7735 Revista Impressa ISSN 1981 1802 Revista On line Educa o Peri dico Departamento de Educa o Il Programa de P s Gradua o em Educa o Ill Universidade Federal do Rio Grande do Norte IV Titulo CDD 370 NIBS CE CDU 37 05 Sumario Editorial Artigos Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves Maria de F tima
245. es a escola disponha al m de professores bem formados e capacitados de condi es f sicas e materiais equipamentos atualizados e adequados para contribuir na aprendi zagem dos educandos de forma significativa O que se observa entretanto a aus ncia de pol ticas voltadas para a qualidade da educa o e sobretudo de uma forma o docente que consi dere os professores enquanto sujeitos hist ricos e politizados Nessa dire o criar e fortalecer uma pol tica p blica de forma o docente que n o seja palio tiva e pontual exig ncia social imediata j que necess ria uma forma o b sica s lida capaz de articular a teoria e a pr tica num contexto pol tico que requer transforma es Essa uma mudan a que segundo M sz ros 2008 s ocorrer quando houver o rompimento com as bases estruturais do sistema capitalista O Plano Nacional de Educa o PNE 2001 2010 estabeleceu o prazo de uma d cada para que todos os professores atuantes na Educa o B sica obtivessem a forma o inicial em curso de gradua o A partir dessa legisla o v rios pareceres resolu es dentre outros documentos regulat rios foram estabelecidos para normatizar os programas e projetos pedag gicos voltados forma o inicial Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 163 164 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par Entende se que a forma
246. es de colabora o Nesse Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba sentido oportuno assinalar que a soberania um atributo imanente ao estado federal portanto exercida unicamente pela uni o A autonomia por sua vez configura uma dimens o constitutiva dos estados federados que integram o sistema federativo Oliveira e Santana 2010 recorrendo s ideias de Anderson 1987 resume nos seguintes termos os princ pios b sicos do federalismo a defende ou estabelece um governo central para todo o pa s e determinados governos regionais aut nomos para as demais unidades territoriais b distribui os poderes e as fun es do governo entre os governos central e regionais c atribui s unidades regio nais um conjunto de direitos e deveres d autoriza os governos de ambos os n veis a legislar tributar e agir diretamente sobre o povo e e fornece v rios mecanismos e procedimentos para reso lu o dos conflitos e disputas entre os governos central e regionais bem como entre duas ou mais unidades regionais OLIVEIRA SANTANA 2010 p 9 Segundo esses princ pios o estado federativo sup e uma estru tura sustentada por uma soberania compartilhada ABRUCIO 2005 p 43 fato por m que h certo desequil brio no que se refere ao poder e 45 autonom
247. es de escrever perguntas a turma discutiu exemplos de quest es que diziam respeito a interesses que outros estudantes poderiam ter como por exemplo Qual o seu esporte favoritos Cada aluno escreveu uma pergunta Poucos minutos depois Irene pediu lhes que compartilhassem suas perguntas em seus grupos e que decidissem qual pergunta o grupo iria usar Atrav s dessa atividade observou se ent o como os membros continua ram a criar oportunidades para a apropria o de conhecimentos em diferentes espa os interacionais HERAS 1993 tanto individualmente como em grupos Al m disso o apoio de membros adultos atuando como mediadores vis vel nesse e nos eventos anteriores Os alunos foram respons veis pela constru o do conhecimento mas tiveram apoio de seus pares bem como da professora todos eles compartilhando a responsabilidade pelo aprendizado na sala de aula A classe continuou a construir o conhecimento em conjunto enquanto os membros de cada grupo fizeram a v rios alunos a sua pergunta registrando a resposta em seu caderno Cada grupo tabulou suas respostas e verificou a exatid o delas Atrav s desse processo de pesquisa em seguida os alunos constru ram conhecimento sobre enquetes e sobre os colegas por meio da investiga o em matem tica e em ci ncias sociais Em outras palavras ao mesmo tempo que os estudantes continuaram a aprender uns sobre os outros foi valorizado o conhecimento localizado na pr
248. esenvolvidos por Lib neo 2004 N voa 1992 e Contreras 2002 indicam que a forma o de professores um ponto de par tida para a melhoria da atua o docente Sobre o assunto Lib neo 2004 p 227 afirma que a forma o inicial refere se ao ensino de conhecimentos te ricos e pr ticos destinados forma o profissional completados por est gio Isso embora n o determine a qualidade influencia na boa organiza o do trabalho escolar bem como na gest o da escola p blica consequentemente numa pr tica pedag gica significativa Outra contribui o relevante a de N voa 1992 p 27 para quem a forma o pode estimular o desenvolvimento profissional dos professo res no quadro de uma autonomia contextualizada da profiss o docente O que se observa que os conhecimentos constru dos nos cursos de forma o inicial s o basilares para o in cio ou continua o do desempenho desse pro fissional no entanto nem sempre o estimula a se desenvolver como um sujeito cr tico participativo e aut nomo na constru o da pr tica educativa Sobre isso Contreras afirma A reflex o cr tica n o pode ser concebida como um processo de pensamento sem orienta o Pelo contr rio ela tem um prop sito muito claro de definir se diante dos problemas e atuar conse quentemente considerando os como situa es que est o al m de nossas pr prias inten es e atua es pessoais para incluir sua
249. estive rem predispostos a colaborar entre si isso n o ocorre As formas de colabora o concretizadas no pa s trazem as marcas de uma coordena o federativa que Oliveira e Souza 2010 nominaram de a colabora o que vem do centro portanto com caracter sticas diferentes da coo pera o federativa Isso porque como lembra Ara jo 2010 a colabora o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 56 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate federativa deve ocorrer por meio da distribui o e do exerc cio das compet n cias concorrentes e comuns Desse modo a tomada de decis o e o exerc cio das compet ncias devem ser conjuntas e n o isoladas Na configura o institucional decorrente da matriz expressa pela Constitui o Federal de 1988 o modo de intera o entre as unidades federa das mostra se numa conforma o caracterizada como um conjunto de espa os de negocia o coordena o e produ o de pol ticas e servi os p blicos fun cionando horizontal vertical e setorialmente nas diferentes esferas de governo Decorre da as relevantes transforma es no modo de atua o dos entes fede rados induzidas pelos diversos interesses de coopera o ou de competi o Considera se portanto que o pa s adotou um modelo de federalismo com tend ncia ao centralismo visto que ainda n o h precis o quanto cla reza na defini
250. esto belecimento de metas de aplica o dos recursos p blicos em educa o em n mero proporcional ao produto interno bruto Ressalte se que com exce o da creche praticamente toda a educa o b sica passou a ser assegurada como dever do Estado mas os res pons veis diretos pela oferta s o os estados da federa o e os munic pios que ainda n o se reestruturaram para esse fim o que poder inviabilizar a oferta Indubitavelmente com a aprova o da Emenda Constitucional n 59 de 11 de novembro de 2009 mudan as substantivas foram efetivadas no que se refere ao papel do Estado na garantia do direito educa o Com a aprova o dessa emenda a oferta obrigat ria de atendimento que antes se restringia ao Ensino Fundamental foi ampliada para os estudantes de quatro a dezessete anos de idade bem como foi assegurada a oferta gratuita queles que n o tiveram acesso escola na idade apropriada Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 187 188 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Al m disso os programas suplementares de materiais did ticos escolar transporte alimenta o e assist ncia sa de que antes atendiam apenas ao ensino fundamental passaram a abranger todas as etapas da educa o b sica Ademais na organiza o dos sistemas de ensino e a defini o das formas de
251. estrat gia se vincula diretamente teoria gerencial tendo o mercado como regulador da qualidade educacional Por outro lado o resultado de qualidade em n vel escolar se projeta no conjunto do sistema Para Gadotti 2013 essa perspectiva de qualidade excludente porque se estende a minorias sendo necess rio no entanto que as pol ticas estejam embasadas em uma concep o de qualidade de natureza includente Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 111 12 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Nesse sentido a qualidade social implica um tipo de educa o para reduzir as desigualdades de oportunidades que s o refor adas por um contingente enorme de munic pios pequenos com baixa capacidade de sobre viver apenas com recursos pr prios ABRUCIO 2005 p 48 A corre o de distor es pois a proposta do Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE BRASIL 2007 que se concretiza por meio do PAR em seus desdobramentos nos estados e nos munic pios A an lise documental do PAR 2007 de Mossor RN evidenciou que a Secretaria Municipal de Educa o j desenvolvia a es de avalia o e de corre o de fluxo escolar para superar os problemas de aprendizagem e a distor o da idade s rie Em 2011 ampliou a aten o atribu da avalia o da aprendizagem instituin
252. estringe a elas O conhecimento comum Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren EO n o um privil gio dos indiv duos populares mas est pre sente tamb m nas elites pol ticas e econ micas Por outro lado a condi o que coloca as elites em condi es favor veis na rela o com a ci ncia a filosofia e a tecnologia JANTSCH 1995 p 162 4 Em seus estudos Schaefer e Jantsch 1995 atribuem um sentido mais negativo do que positivo s caracter sticas do conhecimento popular mesmo considerando o como um saber que muda conforme a sociedade e a poca de sua elabora o e transmiss o Os autores entendem ser um conhecimento que n o consegue administrar de maneira l gica as pe as ultrapassadas conser vadoras e reacion rias do seu saber aspecto negativo com os seus elementos criadores inovadores e progressistas aspecto positivo mantendo os sem solu o Para os autores o conhecimento popular caracteriza se pela ambi guidade heterogeneidade fragmentariedade acriticidade imediaticidade e dogmaticidade A ambiguidade expressa pela falta de clareza nas situa es reais n o implicando necessariamente contradi o O pensamento amb guo per corrido por um polo positivo lugar do sim da afirma o e por outro polo negativo espa o do n o da nega o sem haver qualqu
253. et 2012 MEDEIROS Paulo Henrique Ramos Governo eletr nico no Brasil Aspectos institucionais e reflexos na governan a 2004 318f Disserta o Mestrado em Administra o Programa de P s Gradua o em Administra o Bras lia Universidade de Bras lia 2004 MEDEIROS Paulo Henrique Ramos GUIMAR ES Tom s de Aquino O est gio do governo eletr nico no Brasil em rela o ao contexto mundial Revista do Servi o P blico Bras lia v 55 n 1 2 p 49 66 jan jun 2004 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 23 238 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebou as de Estrat gia empresarial uma abordagem empre endedora S o Paulo Atlas 1991 OLIVEIRA Dalila Andrade Educa o b sica gest o do trabalho e da pobreza Petr polis Vozes 2001 Regula o das pol ticas educacionais na Am rica Latina e suas consequ ncias para os trabalhadores docente Educa o amp Sociedade Campinas v 26 n 92 p 753 776 out 2005 OSBORNE David Banishing bureaucracy the five strategies for reinventing government New York Plume 1997 PARENTE FILHO Jos Planejamento estrat gico na educa o Brasilia Plano Editora 2001 PAULA Ana Paula Paes de Por uma nova gest o p blica limites e potencialidades da experi ncia contempor nea Rio de Janeiro Editora FGV 2005 P
254. etapa do ensino realizada com o objetivo de coletar dados para o planejamento das a es Dessa forma poss vel definir as estra t gias did ticas mais adequadas aos sujeitos e realidade escolar O processo avaliativo deve ocorrer de forma cont nua subsidiando reflex es e decis es dos profissionais da educa o visando melhoria do trabalho docente No entendimento de Arredondo e Diago 2009 a ava lia o processual formativa porque permite obter informa es acerca dos estudantes no percurso da aprendizagem pois os dados obtidos possibilitam reorientar regular modificar ou refor ar o processo educacional de cada um ARREDONDO DIAGO 2009 p 61 Ademais para os autores 2009 a fun o reguladora do ensino e da aprendizagem possibilita prever as Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 109 110 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte possibilidades de atua o e ou os rendimentos dos educandos retroalimentar o processo e controlar a obten o de informa es Nesse processo a an lise dos erros e dos acertos dos educandos cons itui se em fonte de informa es visto que demonstra seus saberes hip teses de constru o de conhecimentos percursos de aprendizagem imprescind veis ao rabalho docente Esteban 2002 defende que distante de o erro demonstrar aus
255. etr nico analisado ao longo deste trabalho Sem d vida medida que sua elabora o e registro ocorrem por meio da plataforma eletr nica do Simec ele acaba incorporando o uso das tecnologias da informa o e comunica o no processo de planejamento Mas ao mesmo tempo na medida em que isso ocorre tamb m se abre a possibilidade de um acompanhamento mais sistem tico e imediato deste planejamento e de sua implementa o Com eleito por meio do ambiente virtual do PAR na plataforma Simec os gestores da educa o especialmente aqueles respons veis pelos sistemas de ensino e pelos rg os centrais da educa o t m condi es de realizar um monitoramento sistem tico e permanente das a es e da realidade de cada ente federado que apresentou seu Plano no Simec Nesse sentido o PAR no contexto do governo eletr nico estendido gest o da educa o acaba por se constituir em uma importante ferramenta de controle monitoramento e acompanhamento na formula o e implementa o de pol ticas educacionais no mbito dos gover nos locais Nesse sentido o governo central mesmo sem estabelecer normas e regras gerais cria em rela o ao governos locais um importante instrumento de regula o e controle das pol ticas educacionais colocadas em curso Concomitante implementa o de sistemas nacionais e centralizados de avalia o tamb m o planejamento organizado em plataformas eletr nicas padronizadas como a platafor
256. ez mais claras na medida em que os desafios no campo da educa o v o al m da efici ncia do gasto COSTA 2010 p 746 Essas limita es est o associadas complexidade da pr pria consti tui o do estado brasileiro no qual h uma disparidade regional muito grande e de dif cil equaliza o No campo educacional al m da complementa o financeira ser necess ria na maioria dos munic pios brasileiros que dependem do fundo de participa o a solu o dos problemas est associada tamb m Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba gy a fatores como a melhoria da infraestrututa das escolas e uma valoriza o mais digna dos profissionais da educa o no que se refere melhoria do padr o de remunera o e qualifica o bem como das condi es de trabalho docente Outro mecanismo de planejamento implementado pelo governo fede ral ainda no governo de FHC 1999 2002 na tentativa de constituir um regime de colabora o foi a cria o de um conjunto de programas e par me tros nacionais para apoiar os estados e os munic pios na organiza o dos seus sistemas de ensino Entre os programas implementados pelo MEC para asses sorar os entes federados na elabora o dos seus planejamentos educacionais est o Plano de Desenvolvimento da Escola PDE Escola concebido no mbito do F
257. final de fornecer e organizar as oportunidades de aprendizagem para todos os alunos Ela tamb m delegou a responsabilidade aos alunos de v rias maneiras por exemplo atrav s da escolha de assentos vota o sobre os procedimentos de classe e escolha da l ngua para falar e escrever durante todos os dias letivos Ao longo de todo o dia os alunos ampliaram e reciclaram o conhe cimento que tinham gerado anteriormente Al m disso na estrutura o do per odo manh e em suas a es Irene enquadrou explicita e implicitamente alguns aspectos chave de comunidade A atividade sobre a comunidade ocorreu nas primeiras duas horas de aula marcando assim a import ncia de constru rem juntos um conceito de comunidade Irene disse explicitamente que era importante criar uma comunidade da sala que se desse bem com membros que apoiassem uns aos outros Ao faz los compartilharem suas ideias e rev las depois de ouvir as ideias dos outros Irene sinalizou o valor e a import ncia do conhecimento pessoal dos alunos seu respeito por esse conhecimento e a responsabilidade que os alunos tinham de pensar por si mesmos ao mesmo tempo que faziam uso de recursos acad micos como dicion rios Nessa aula os alunos n o s tinham o direito de expressar seu ponto de vista mas tamb m a responsabilidade de compartilhar seus conhecimentos e de ampli los ao ouvir outros pontos de vista Revista Educa o em Quest o Natal v 5
258. finalidade em si mesma a avalia o refor a valores que colaboram para manter ou transformar as rela es sociais Chueiri 2008 ressalta o papel do avaliador como aquele que atribui sentido e sig nificado ao processo avaliativo e por meio deste produz conhecimento e representa es tomando como base suas pr prias concep es viv n cias e conhecimento CHUEIRI 2008 p 52 Assim a avalia o educacional se transforma historicamente con forme as mudan as sociais sob a orienta o de determinada concep o de Ci ncia Filosofia e Pedagogia Conforme Dias Sobrinho 2013 somente no in cio do s culo XX tornou se uma pr tica pol tica e pedag gica orientada pelo paradigma positivista At meados da d cada de 1960 restringiu se apren dizagem tendo como foco o aluno seguindo se de uma vasta produ o espec fica voltada para curr culo programas cursos projetos materiais did ticos pol ticas p blicas e mais recentemente avalia o de institui es SAUL 2009 p 95 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 107 108 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Em contraposi o a esse paradigma novos modelos cient ficos e pedag gicos influenciaram as pr ticas avaliativas Conforme Dias Sobrinho 2013 p 43 sob a orienta o da Fenomenologia
259. fissionais da Educa o FUNDEB Bras lia DF 2007 Dispon vel em hitp wwm planalto gov br ccivil 03 ato2007 2010 2007 lei 11494 htm Acesso em 2 set 2014 Minist rio da Educa o O Plano de Desenvolvimento da Educa o Raz es princ pios e programas Bras lia MEC 2007 Presid ncia da Rep blica Casa Civil Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 Disp e sobre a implementa o do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o Dispon vel em http www planalto gov br Acesso em 14 set 2014 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalh lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretri zes e bases da educa o nacional LDB Di rio Oficial da Uni o Poder Executivo Bras lia DF 23 de dezembro de 1996 Se o 1 p 27833 Presid ncia da Rep blica Lei n 10 172 de 09 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educa o e d outras provid ncias Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 leis leis 2001 110172 htm Acesso em 2 out 2014 Minist rio da Educa o Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educa o O Plano Nacional de Educa o Diretrizes e Estrat gias de A o Documento refer ncia CONAE 2010 Bras lia DF 2008 Presid ncia da Rep blica Casa Civil Emenda Constitucional n 59 de 11 d
260. governo ele r nico introduzidos por esses novos marcos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi iei Na verdade essas mudan as conceituais e metodol gicas que susten tam a nova gest o p blica se articulam a um contexto mais amplo de avan o do pensamento neoliberal no contexto da globaliza o e alcan a os diversos setores das pol ticas p blicas inclusive o campo educacional No caso brasi leiro tais mudan as tomam corpo e s o introduzidas de modo mais sistem tico no contexto da Reforma do Estado iniciada nos anos de 1990 por m adentram aos anos 2000 mesmo com o novo quadro pol tico que assumiu o executivo federal de 2003 Nesse sentido v rios elementos da nova forma de compreen der e organizar o funcionamento do Estado iniciados nos governos de Fernando Henrique Cardoso 1995 2002 tiveram continuidade e se aprofundaram nos governos de Luis In cio Lula da Silva 2003 2010 e Dilma Vana Rousseff 2011 2014 pertinente no mbito deste estudo analisar as bases da chamada Nova Gest o P blica NGP sua rela o com a perspectiva do gerencialismo e do governo eletr nico e seus desdobramentos no campo da educa o especial mente a partir da institucinaliza o do Plano de A es Articuladas PAR Nesse movimento de an lise num primeiro momento procurar se se deter nas ra zes do gerencialismo para
261. gramas estudados H entre os coordenadores das universidades particulares a percep o de que a Capes imp e par metros de avalia o t o exigentes em termos de publica es qualificadas que acabam por desrespeitar o tempo pr prio da pesquisa e da produ o intelectual da Educa o Em contrapartida os coordenadores dos programas de universi dades p blicas argumentam que n o h produtivismo na Area de Educa o e Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi EEN na Capes considerando as exig ncias de publica o adequadas e f ceis de atender Os coordenadores tendem a reconhecer no entanto que assumir as atribui es da coordena o acaba interferindo na acumula o de capital cient fico BOURDIEU 2004 porque afeta suas atividades de pesquisa al m de ocupdos em uma tarefa que demanda tempo para ser cumprida O alinhamento do modelo de avalia o da Capes com a raciona lidade das Ci ncias Exatas e Naturais e da vis o dos coordenadores dos programas de excel ncia com esse modelo est relacionado cultura da per formatividade e envolve aspectos como compara o padroniza o aferi o de resultados e recompensas BALL 2002 Na p s gradua o brasileira em particular essa cultura implica o estabelecimento de metas a serem alcan adas A devolu o do desempe nho atingido pelos
262. ho especialmente em termos de produ o intelectual e de forma o de recursos humanos compar veis s de centros internacionais de excel ncia 2 Os cursos de mestrado da UFMG da Uerj da PUCRS e da Unisinos foram iniciados respectiva mente em 1965 1972 1972 e 1994 3 BALL S J Educational reform a critical and poststructural approach Buckingham Open University Press 1994 4 O Programa de Excel ncia Acad mica Proex tem como objetivo manter o padr o de qualidade dos programas de p s gradua o com nota 6 ou 7 por meio de um financiamento diferenciado a um n mero restrito e exclusivo de programas podendo comportar no m ximo at 7 do total de programas reconhecidos pela Capes O Proex abrange 15 do or amento da Capes desti nado a bolsas e a es de fomento na p s gradua o Portaria n 64 de 24 de mar o de 2010 Ao final do processo da avalia o do tri nio 1998 2001 dos 1545 programas avaliados pelas comiss es de rea 41 deles tiveram seus conceitos rebaixados pelo CTC sendo que 76 deles situavam se na faixa dos conceitos 6 e 7 e 3 tiveram seus conceitos aumentados 7 Jos Silv rio Ba a Horta foi representante da rea da Educa o no per odo 1999 2001 e repre sentante da Grande Area de Ci ncias Humanas GACH no CTC 2000 2001 e no tri nio seguinte como membro da comiss o de avalia o Maria C lia Marcondes de Moraes foi representante adjunta 1999 2001 e representante de Area 2002 200
263. horar as condi es efetivas do regime de colabora o 2 Notas sobre o federalismo e suas principais dimens es O federalismo pode ser caracterizado como um sistema pol tico e de organiza o territorial do Estado que envolve um compartilhamento de poder entre a inst ncia soberana e os demais entes federados assumindo diferentes formas legais e institucionais de acordo com o momento hist rico e o espa o geogr fico onde ele se desenvolve No Estado Federativo vigora em princi pio a colabora o e o compartilhamento no processo de tomada de decis o entre a Uni o e os demais entes federados todavia cada um dos n veis de governo mant m a sua autonomia v lido ressaltar que os entes federados n o s o na es independentes tampouco somente inst ncias administrativas Trata se ent o de um sistema pol tico em que s o distribu dos os poderes e as fun es entre o governo central e os governos regionais compartilhando tare fas articuladas entre si com um objetivo comum CURY 2010 O sistema federativo em princ pio n o se baseia em rela es hie r rquicas entre esferas do poder pol tico porque ele se organiza centrado na ideia de que se estabelecem rela es entre iguais Com fulcro nesse entendi mento sup e se que n o h rela o de subordina o entre Uni o Estados e Munic pios considerando que esses entes devem se constituir como iguais assim espera se que eles estabele am rela
264. i analisar tais conceitos empregando como recurso metodol gico a pesquisa bibliogr fica A partir da revis o de literatura apresentam se tr s vertentes de discuss o das rela es entre esses conhecimentos Destacam se como eixos norteadores deste trabalho o sentido de superioridade atribu do ci ncia os conceitos cong ne res de interdisciplinaridade a valora o do saber comum e a rela o entre ci ncia e pol tica Palavras chave Conhecimento Interdisciplinaridade Ci ncia Three perspectives of the analysis of knowledge multidisciplinarity and interdisciplinarity Abstract Recent epistemological and theoreticalmethodological discussions about the concept of interdisciplinarity and related issues encourage a review of the problematic of conceiving and establishing democratic and plural relationships between common and scientitic knowledge which are offen presented as having an antagonistic or hierarchical relationship The objective of this study is to analyze these concepts using bibliographic research as a methodological resource Based on a review of the literature three lines of discussion are presented that are related to these forms of knowledge The guiding axis of this work include the superiority attributed to science concepts related to interdiscipli narity respect for common knowledge and the relationship between science and politics Keywords Knowledge Interdisciplinari
265. ia dos governos estaduais e municipais frente Uni o considerando que ela assiste financeiramente essas inst ncias Contudo o pacto federativo deve propiciar maior igualdade entre os entes no que diz respeito formula o e implementa o de a es programas ou pol ticas p blicas Como preleciona Abr cio 2010 tr s elementos s o essenciais para a efetiva o do sistema federativo a a compatibiliza o entre autonomia e interdepend ncia dos entes federados o que sup e necessariamente a exis ncia de no m nimo dois n veis de governos aut nomos e a necessidade de coopera o intergovernamental e de a es voltadas integra o nacional b a garantia da diversidade sociocultural e ou da redu o das assimetrias socioecon micas entre as esferas governamentais c a exig ncia de que as pol ticas p blicas devam ser organizadas com vistas a garantir a coordena o entre todos os atores territoriais Essa exig ncia decorre do fato de que existem v rios problemas de a o coletiva que n o podem ser resolvidos por apenas um n vel de governo Nesses termos a organiza o dessa forma de Estado pressup e a exist ncia de autonomia entre os entes federados e uma rela o de coopera o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 46 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate intergovernamental articuladas entre si para garantir
266. ias para realizar o trabalho de colocar o jantar em pr tica Atrav s dessas atividades os estudantes integraram o conhecimento acad mico e o pessoal bem como interagiram na e com a comunidade escolar mais ampla para fins acad micos de aprendizagem matem tica 4 Durante a fase seguinte os alunos escreveram textos sobre esse pro cesso de investiga o Primeiramente a turma passou por um processo de tempestade de ideias para relembrar o que j havia sido feito e dos processos pelos quais passaram durante o primeiro subciclo construindo novamente um conhecimento comum Cada aluno ent o escreveu um rascunho editado por eles e em seguida se reuniram com a professora antes de escreverem suas vers es finais Esse processo de revis o forneceu aos alunos oportunidades para refletir sobre seus pr prios processos de constru o do conhecimento e de colabora o em um evento da comunidade Durante a terceira fase a turma formou comit s por exemplo pro paganda compras servi o de mesas limpeza a fim de realizar o jantar Cada comiss o tinha um aluno presidente proporcionando aos alunos res ponsabilidades de lideran a em uma estrutura democr tica Ap s o jantar os alunos acrescentaram um ep logo aos seus textos escrevendo suas reflex es e compreens es finais a respeito desse projeto Desta forma eles refletiram sobre todo o processo de investiga o organiza o e realiza o de um projeto comunit r
267. icas que foram identificadas 29 2 4 Matem tica a investiga o sobre o jantar com espaguete A investiga o sobre o jantar com espaguete foi em grande parte organizada em torno da matem tica Os alunos aprenderam e praticaram uma variedade de habilidades de matem tica atrav s dessa investiga o aut ntica que culminou em um jantar com espaguete que a turma serviu para centenas de pessoas da comunidade a fim de levantar fundos para uma excurs o ao Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 30 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Museum of Tolerance Museu da Toler ncia em Los Angeles A investiga o ocorreu em tr s fases A primeira fase Planejamento C lculo e Or amento incluiu uma tempestade de ideias brainstorming sobre o que a sala precisaria saber para colocar em pr tica um jantar com espaguete Mais uma vez Irene e a turma moldaram o ciclo a partir do conhecimento dos seus membros em vez de partir do conhecimento do professor Baseando se nas ideias apresentadas a classe elaborou um or amento e listas de materiais calculou as quantidades neces s rias obteve pre os dos itens em lojas diferentes no seu bairro converteu os pesos e volumes dos itens para comparar pre os e ajustar valores e tomou decis es sobre a lista de compras final al m de estabelecer as comiss es necess r
268. ienal colocam em pauta o tema da gest o dos cursos de p s gradua o cujo aperfei oamento apontado pela Capes 2013 como um dos desafios para os pr ximos anos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamin A gest o de programas de p s gradua o e suas poss veis rela es com o desempenho nas avalia es da Capes o foco deste artigo que aborda as caracter sticas da gest o de quatro Programas de P s Gradua o em Educa o PPGEd considerados de excel ncia Al m desta Introdu o o texto est estruturado em cinco se es pr xima se oapresenta a estrat gia utilizada na sele o dos programas investigados A terceira se o aborda as contribui es te ricas de Stephen Ball e de Pierre Bourdieu autores de refer ncia da pesquisa A quarta se o apresenta a an lise da P s Gradua o em Educa o luz dessas contribui es Por fim as conclus es encerram o artigo A sele o dos programas de excel ncia Para a realiza o do estudo foram selecionadas no conjunto dos programas da rea de Educa o aqueles que conseguiram avan ar de nota duas vezes ao longo dos tri nios de 2004 2007 e 2010 passando a integrar o reduzido grupo de programas de excel ncia na Avalia o Trienal 2010 Foram quatro os programas que se encontravam nessa condi o da Pontif cia Universidade Cat lica
269. ifica o permitiu Capes a cria o de um n mero maior de estratos uma maior discrimina o da produ o acad mica e a redu o do n mero de peri dicos classificados nos n veis mais altos Al e A2 ANDRIOLO BARBOSA HERNANDEZ CAMARGOS BARRAVIEIRA KANDUC 2010 A an lise das fichas de avalia o utilizadas pela nossa rea nas cinco ltimas avalia es trienais de 2001 a 2013 revela que a mobiliza o da rea da Educa o em conjunto com a GACH e no mbito do Comit T cnico Cient fico CTC provocaram mudan as no peso dos quesitos que comp em a avalia o dos programas Essas altera es est o mostradas no Quadro 1 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamin Quadro 1 Evolu o dos quesitos das Fichas de Avalia o da Area da Educa o nas Avalia es Trienais 2001 a 2013 Petes Pesos dos Quesitos 2001 2004 2007 2010 2013 Proposta do Programa O O O O O Corpo Docente 15 15 30 15 15 Atividade de Pesquisa 20 20 Pa Atividade de Forma o 15 15 RE Corpo A 10 10 30 35 35 Teses e Disserta es 20 20 Produ o Intelectual 20 20 30 35 35 Inser o Social Ss 10 15 15 Soma dos Pesos 100 100 100 100 100 Fonte Capes 2004 Documentos de rea 2001 a 2013 Como pode ser observado os quesitos Atividade de Pesquisa e
270. igo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Carvalh DE AVALIA O EDUCACIONAL 6 2011 Fortaleca Anais Fortaleza Associa o Brasileira de Avalia o Educacional 2011 VIEIRA Sofia Lerche Continuidades e rupturas na pol tica educacional indicadores do per odo 1995 2005 In REUNI O ANUAL DA ANPED 34 2011 Natal Anais Natal Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o 2011 Prof Dr Marcelo Soares Pereira da Silva Universidade Federal de Uberl ndia Faculdade de Educa o Grupo de Pesquisa P lis Grupo de Estudos e Pesquisas em Pol ticas Educa o e Cidadania E mail marcelospsilva hotmail com Profa Ms Lorena Sousa Carvalho Universidade Federal de Uberl ndia Escola de Educa o B sica Grupo de Pesquisa P lis Grupo de Estudos e Pesquisas em Pol ticas Educa o e Cidadania E mail lorenasoucar yahoo com br Recebido 10 nov 2014 Aceito 27 fev 2015 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 239 Documento 240 Instru es para arrecada o do subs dio liter rio nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil Publicam se dois documentos originalmente manuscritos produzidos em 1773 e 1774 pertencentes ao acervo do Arquivo Hist rico Ultramarino de LisboalPortugal Transcritos com adequa o de alguns termos e pontua o para o portugu s moderno no intuito de melhor entendimento para seus leitores
271. ime de colabora o estabelecendo compet ncias para os entes federados por n vel de ensino Outro marco importante no campo da educa o foi a aprova o da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 promulgada em um contexto hist rico de mudan as no papel do Estado sob a influ ncia do ide rio neoliberal momento em que foi simplificado o arcabou o legal vigente e estimulada a a o de agentes p bli cos e privados na promo o da qualidade do ensino Quando trata da Organiza o da Educa o Nacional no T tulo IV a Lei de Diretrizes e Bases n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 favo rece a implanta o do regime de colabora o ao prever no art 8 que a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios organizar o em regime de colabora o os respectivos sistemas de ensino e ainda no 8 1 do mesmo artigo determina que caber Uni o a coordena o da pol tica nacional de educa o articulando os diferentes n veis e sistemas e exercendo fun o nor mativa redistributiva e supletiva em rela o s demais inst ncias educacionais Estabelece ainda no art 9 que a Uni o incumbirse d de elaborar o Plano Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 57 58 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subsidios para o debate Nacional de Educa o em colabora o com os Estados o Distrito Federal e o
272. inda distante da universaliza o da forma o em nivel superior proposta pelo Plano Nacional de Educa o PNE O que se observou que ainda persistiam fun es docentes exercidas por professores com apenas o Ensino M dio obtido ou n o em cursos de Magist rio Normal que correspondia a 37 9 do total de fun es docentes percentual ainda significativo 3 1 A Pol tica Nacional de Forma o de Profissionais do Magist rio da Educa o B sica e sua articula o com o PAR Com a edi o do Decreto n 6 755 de 29 de janeiro de 2009 foi criado oPartor BRASIL 2009 um programa implantado pela Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes em colabora o com as Secretarias dos Estados dos Munic pios e do Distrito Federal e com as Institui es de Ensino Superior O plano resultou da a o conjunta entre o Minist rio da Educa o institui es p blicas de educa o superior e secretarias de educa o dos esto dos e munic pios inserida no mbito do PDE e que como j visto estabeleceu no pa s um novo regime de colabora o da Uni o Estados e Munic pios Esse movimento de articula o teve in cio a partir de 2007 quando cada um dos estados e munic pios que aderiu ao PAR elaborou sua proposta que deve ria refletir suas necessidades e aspira es em termos de a es demandas prioridades e metodologias visando assegurar a forma o exigida na LDB Revista Edu
273. io As pr ticas democr ticas descritas anteriormente moldaram a investiga o sobre o jantar com espaguete Em suma essa investiga o proporcionou aos alunos diversas oportunidades de tomarem medidas respons veis por sua Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim pr pria aprendizagem pela aprendizagem dos outros e no sentido de alcan arem uma meta comum a de arrecadar fundos para uma excurs o A classe construiu esse conhecimento atrav s das duas l nguas e desenvolveu suas habi idades matem ticas com prop sitos baseados em uma necessidade real da urma 4 O jantar pode ser visto como uma a o social com duas finalidades evantar fundos educacionais e oferecer um servi o comunidade O jantar com espaguete tamb m envolveu os pais e a comunidade de forma significa tiva novamente em espanhol e ingl s Os pais ajudaram a preparar o jantar e junto com outros membros da comunidade escolar ajudaram na capta o de recursos ao participarem do jantar 3 A constru o da comunidade pelos alunos At o momento as an lises examinaram os padr es de intera o em sala de aula Mas e as perspectivas dos alunos Neste item examinam se pro du es textuais que os alunos escreveram sobre a sua comunidade de sala de aula no dia 25 de maio de 1993 Como em todos os seus textos a pri
274. ios Estados e Distrito Federal pois desde o momento de sua elabora o procurou estabelecer um processo plural democr tico e participativo que conta com gestores representantes da sociedade civil e educadores locais BRASIL 2011 Ainda de acordo com o MEC al m da articula o de programas e a es direcionados para a educa o b sica o PAR tem articulado os gestores da educa o p blica no sentido de fortalecer a atual pol tica educacional contribuindo para sua equidade e melhoria de suas condi es tendo como horizonte norteador quatro dimens es Gest o Educacional Forma o de Professores e dos Profissionais de Servi o e Apoio Escolar Pr ticas Pedag gicas e Avalia o e Infraestrutura e Recursos Outro aspecto que foi contemplado com o PDE por meio dos Planos de A es Articuladas e que precisa ser estabelecido como pol tica nacional aperfei oado e refor ado o regime de colabora o entre as tr s esferas do governo Essas inst ncias precisam ser entendidas como parceiras e compar tilhar as compet ncias pol ticas t cnicas e financeiras para a execu o dos programas de desenvolvimento da educa o Para tanto as fun es supletivas Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira coffe e de coordena o atribu das pela Constitui o Federal Uni o dever o ser int
275. ir dele que o Minsit rio da Educa o por mei de seus rg os internos tem se orientado para a implementa o de apoi t cnico e ou financeiro aos entes federados Al m disso na medida em que o PAR e sua implementa o est o registrados no Simec torna se poss vel que esse Minist rio acompanha e monitore permanentemente o desenvolvimento das a es apoiadas em cada um desses entes De outra parte a plataforma eletr nica do Simec por meio da qual se realiza a elabora o do PAR n o oferece muita flexibilidae e alternativas aos governos locais quanto s a es e atividades que ser o demandados justamente porque como foi apresentado h pouco o pr prio sistema que vai indicando diante dos problemas diagnosticados as propostas de a o a serem desenvolvidas Como as quest es por meio das quais se estrutura o diagn stico da rede de ensino s o extremamente abrangentes e em grande n mero isto acaba por induzir a pr pria avalia o que se realiza no pro cesso de diagn stico dessa rede Nesse sentido ainda que o mun pio estado Distrito Federal tenham autonomia e liberdade para proceder avalia o diagn stica de sua realidade a ferramenta e a tecnologia que ela carrega formatam padronizam homogenizam essa avalia o Isso coloca em quest o o grau e o tipo autonomia que os governos locais t m condi es de realizar e construir nos processos de gest o das respectivas redes de ensino O O
276. is seis motivos para os governos apli carem projetos e programas na perspectiva do governo eletr nico como 1 estar presente ou seja assegurar sua visibilidade na socie dade 2 mostrar exemplo aos demais atores da Sociedade da Informa o 3 prestar informa es de maneira mais eficaz 4 ofe recer servi os de forma virtual 5 permitir a consulta aos cidad os e 6 facilitar a participa o na formula o das pol ticas p blicas MEDEIROS 2004 p 32 Prado e P 2010 lembram que o governo eletr nico se concretizou ancorado em dois movimentos ao longo dos anos 1990 a busca de moderniza o da administra o p blica e melho ria da efici ncia dos processos operacionais e administrativos do governo e o uso da Internet pelo setor p blico para presta o de servi os p blicos de forma eletr nica PRADO PO 2010 p 7 Esses movimentos e as Tecnologias de Informa o e Comunica o TICs foram incorporadas aos processos governamentais contempor neos no movimento de Reforma do Estado Isso fez com que princ pios gerenciais como desempenho efici ncia efic cia excel ncia otimiza o qualidade do gasto p blico transpar ncia presta o de contas e controle social tomassem Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 227 228 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica preocupa o central no de
277. istos no Plano Nacional de Educa o 2001 2010 a gest o o financiamento da educa o e o regime de colabora o Nesse sentido Dourado 2011 sinaliza que ao definir grandes metas indicando intensos desafios para a melhoria da educa o nacional o PNE 2001 configurou um plano formal marcado pela aus ncia de mecanis mos efetivos de financiamento Os Planos estaduais e municipais de educa o n o se realizaram como pol tica concreta e consequentemente n o contribu iram para a din mica de democratiza o do planejamento e da gest o no pa s tampouco para a sua ratifica o como pol tica de Estado Quanto organiza o do sistema de ensino em regime de colabo ra o previsto na Constitui o de 1988 art 23 pouco se avan ou nesse sentido e at o presente momento 2014 n o foram estabelecidas clara mente as normas para orientar o processo de coopera o entre os entes federados em mat ria de educa o e tamb m n o se regulamentou o regime Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba de colabora o Isso tem contribu do para a desarticula o entre os entes federados no que concerne organiza o dos sistemas de ensino Esse fen meno explicado por Ara jo 2010 para quem a defini o precisa das compet ncias exclusivas dos entes federados ap
278. ito e caixa baixa e a refer ncia do livro resenhado Cada resenha poder ter no m ximo dois 2 autores A aprecia o da resenha reside na sua clareza informativa cr tica e cr tico informativa apresenta o do conhecimento produzido para rea de Educa o consist ncia na exposi o sint tica do conhecimento do livro resenhado adequa o da escrita norma culta da l ngua portuguesa e s Normas da Revista Educa o em Quest o Cada autor a de resenha receber um exemplar da Revista O documento hist rico deve vir acompanhado de uma apresenta o em torno de 7 linhas ou 100 palavras O artigo enviado para a Revista Educa o em Quest o ser submetido aprecia o do Conselho Editorial que analisa sua adequa o s Normas e Pol tica Editorial da Revista e decide por seu envio aos pareceristas ou sua recusa pr via Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez 2014 23 A pol tica de tica de publica o da Revista i obedece Resolu o n 196 1996 do Conselho Nacional de Sa de que estabelece as normas regulamentadoras sobre pesquisas envolvendo seres humanos ii procede ao envio para o s autor es do parecer conclusivo do artigo Normas 24 A Revista Educa o em Quest o reserva se ao direito de n o publicar arti gos e resenhas de mesma autoria ou em co autoria em intervalos inferiores h dois anos 25 Revista Educa o em Quest o fica
279. ivas s o consideravelmente dependentes de trans fer ncia condicionais do governo central ANDERSON 2009 p 89 No sistema federativo como diz PIERSON 1995 cada um dos entes representa locais aut nomos de autoridade com capacidade para formular pol ticas pr prias e tamb m para influenciar as pol ticas que emergem do poder central Nessa din mica em que coexistem diferentes mbitos de poder instauram se como assinala Almeida 2001 formas peculiares de rela es intergovernamentais constitutivamente competitivas e cooperativas marca das tanto pelo conflito de poder quanto pela negocia o entre as esferas de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 47 48 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate governo Portanto coopera o e competi o s o marcas imanentes s rela es intergovernamentais A coopera o como adverte Abr cio 2001 n o significa a imposi o unilateral de a es conjuntas Para o autor a coopera o um mecanismo necess rio dada a sua possibilidade de fortalecer os la os constitutivos da federa o e pela natureza compartilhada das pol ticas p blicas em Estados sob esse regime Com essas caracter sticas as pr ticas de coopera o per mitem otimizar a utiliza o dos recursos comuns auxiliar os governos menos capacitados ou mais pobres na realiza o de algumas tarefas al m de permi tir
280. j se desenvolvia um trabalho efetivo da Secretaria Municipal de Educa o para atendimento aos estudantes com dificuldades em aprender Por isso para o quadri nio seguinte acrescentou apenas uma suba o que orientava as equipes ao uso de novas metodologias no trabalho pedag gico Os demais crit rios necess rios aprendizagem pareciam ser considerados a contento O segundo PAR 2011 por sua vez dispensou as suba es de acom panhamento aos processos de aprendizagem Aderiu por sua vez ao que prescreve a Lei Municipal n 2 217 de 27 de dezembro de 2010 de responsa bilidade educacional ao regulamentar a avalia o meritocr tica Esse princ pio de gest o aplicado rede de ensino fundamental induz competi o entre sujeitos e institui es pautando dessa forma a avalia o nesse sistema de ensino municipal Consequentemente a avalia o da aprendizagem perde o seu significado processual e formativo traduzindo se em pr ticas classificat rias e hierarquizantes que comprometem a inclus o dos exclu dos Nesse sentido a pol tica de avalia o do munic pio de Mossor cor robora inclusive a filosofia do PAR como programa nacional a despeito de suas a es serem conduzidas supostamente pela concep o de avalia o processual Ao propor a assist ncia individual e coletiva aos estudantes com dificuldades de aprendizagem subjaz o entendimento de reduzir as desigual dades educacionais Mas
281. legitimidade para as Ci ncias Humanas e Sociais cujo produto mais caracter stico o livro revela outra dimens o da capacidade de determinadas reas para hegemonizar uma defini o da ci ncia compat vel com o que elas t m s o e fazem Em rela o a essas influ ncias os agentes entrevistados pela pesquisa deforma geral demonstraram ter consci ncia de que a Area da Educa o ainda precisa posicionar melhor suas especificidades no campo cient fico Em outro n vel do Contexto de Influ ncia constatou se a for a da Capes na determina o da pol tica de p s gradua o que se reflete clara mente no Contexto de Produ o de Texto De forma geral os coordenadores afirmaram que os Documentos de rea da Educa o e a Ficha de Avalia o dos Programas elaborados pela Capes compreendem os textos que acabam por interferir mais diretamente em suas atividades de coordena o Esses textos estabelecem os par metros e as metas que orientam a a o dos programas luz dos quais eles s o avaliados periodicamente para determina o de sua posi o nas hierarquias do campo da p s gradua o Desde o Plano Nacional de P s Gradua o PNPG 1975 1979 a Capesavalia os cursos de p s gradua o O processo iniciou se em 1976 com o objetivo de gerar par metros para a distribui o de bolsas de estudo Em busca de uma avalia o mais distintiva e com par metros mais objetivos conforme ocorria internacio
282. lia o educacional subsidiar pol ticas p blicas para a educa o influenciar a qualidade das experi ncias educativas e a efici ncia dos sistemas evitar o investimento p blico de maneira intuitiva desarticulada ou insuficiente e principalmente atender s necessida des educacionais BRASIL 2007 importante acrescentar que segundo o discurso oficial a avalia o de sistemas educacionais se fundamenta nos princ pios de visibilidade e res ponsabilidade Com base no primeiro a educa o como princ pio tico um direito de todos independente da etnia g nero religi o e condi o socioecon mica A escola por sua vez um bem p blico e seus gestores devem apresentar sociedade resultados e produtos de seu investimento O Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira coffe princ pio da responsabilidade defende a contribui o dos diferentes segmen tos envolvidos na obten o dos resultados bem como o comprometimento com a implementa o de a es corretivas sempre que necess rio BRASIL 2007 Nessa vertente as publica es de dados nas m dias sinalizando avan os nos ndices de desenvolvimento da educa o disseminam a ideia de a es fundamentadas no cotidiano das escolas Segundo dados oficiais a partir das informa es dessas avalia es o MEC e as Secretari
283. los foi objeto de artigo de Mau s e Camargo 2014 p 77 no qual as autoras mostram que apesar de v rias leis aprovadas sobre o assunto a quest o da forma o docente ainda n o representa uma op o significativa para atrair novas pessoas que ingressam no ensino superior Al m disso evi denciam ainda a retra o no processo de expans o dos cursos de forma o de professores influenciado igualmente pela falta de atratividade da carreira Apesar de formados em cursos de licenciatura os docentes em exerc cio na educa o b sica nem sempre atuam em reas compat veis com a sua forma o inicial O que se observa que n o h garantia de que a forma o ocorra efetivamente nas reas de atua o demandadas nem que o professor qualificado v de fato atuar na carreira docente devido baixa atratividade pela profiss o motivada pela inexist ncia de uma carreira satisfat ria que o campo educacional oferece A seguir a situa o constatada em rela o forma o docente em nivel superior no Brasil no ano de 2007 na base de dados Mec Inep Tabela 2 Docentes por grau de forma o nas etapas de ensino no Brasil 2007 Etapas de en i Nivel Fun N vel Normal ou Superior c Superior s otal mre E q sino damental M dio magist rio licenciatura licenciatura ee 1 882 961 15 982 103 341 479 950 1 160 811 121 877 Creche 95 643 2 896 9 465 43
284. lturais e morais comuns Consideramos importante formular e imple mentar programas que atendam s demandas formativas de estudantes com aprendizagem defasada baseada na lei de Diretrizes e Bases da Educa o Lei 9 394 de 20 de dezembro de 1996 O art 12 Inciso V incumbe os estabelecimentos de ensino a promover os meios para a recupera o dos alunos de menor rendimento BRASIL 1996 p 167 Ressalta ainda o dispositivo legal que os preju zos causados aprendizagem de crian as e jovens s o incomensur veis inclusive contribuindo para que delas seja retirada a possibilidade de avan o nos cursos e nas s ries mediante verifica o do aprendizado BRASIL 1996 p 170 Ademais o atraso na escolo ridade compromete a autoestima a sociabilidade retardando tamb m a inser o dos jovens e adultos no mundo do trabalho Quanto ao argumento de melhorar o fluxo escolar em atendimento a determina es legais a Uni o por meio do PAR nos munic pios desenvolve a es espec ficas voltadas ao atendimento de alunos Desenvolvendo deter minadas atividades sup em os propositores de pol ticas educacionais que Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A correspondem a especificidades culturais e regionais inerentes ao problema da distor o idade s
285. m duplas e o compartilhamento com toda a turma de textos constru dos pelos membros 27 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Eq Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Quadro 4 Pr ticas democr ticas setembro a dezembro de 1994 Ciclo de atividades nas reas de conhecimento Ci ncias Sociais O Linguas ncias Matem tica Artes et a o espid Pr ticas Democr ticas n va o All summer H o Introdu nografia Ro man ce Sign of ma in a day the beaver Pesquisa da sala de aula jantar de macarro Projeto de Hist ria nada A ilha Investiga o da gua Investiga o O Investiga Conto Obse Responsabi lidade Com partilhada Constru o coletiva do conhecimento 28 Tempestade de ideias co X X X X letivo Trabalho em grupo colabo X X X X rativo Trabalho em pequenos gru X X X X pos duplas Compartilha mento p blico dos textos com X X X X X X X stru dos pelos membros Din mica do conhecimento Revis o e re X X constru o Perspectivas diferentes Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Car
286. m grupo Coube ainda qualificar os professores por meio do Programa de Forma o Continuada do Minist rio da Educa o MEC proceder divulga o do tempo de apoio aos alunos com dificuldades em aprender promover o acompanhamento desse apoio Ademais sob a responsabilidade do MEC o munic pio passou a oferecer pelo Programa Educa o Inclusiva direito Diversidade a forma o dos profes sores que trabalham com alunos com necessidades especiais Torna se premente para o sistema municipal preparar os professores que atendem aos estudantes com dificuldades de aprendizagem e necessida des educacionais especiais Al m dessa assist ncia ser um direito subjetivo quando as escolas aderem a projetos espec ficos visam tamb m ao alcance das metas estabelecidas quanto aos resultados gerais que podem ser compro metidos Freitas 2012 alerta para o fato de que a realidade suscita exclus o dos educandos ou leva a sua segrega o criando se o estigma de institui es com qualidade inferior ou superior Ademais o escalonamento na rede de ensino compromete os investimentos em determinadas escolas que s o privile giadas com recursos financeiros em detrimento de outras O mesmo indicador no PAR de Mossor em 2011 foi pontuado satisfatoriamente mas gerou a o diante da necessidade de contemplar o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soa
287. m neste Continente cujos subs dios se devem perceber como abaixo se expressa S4 Os dilatados termos de cada C mara faz com que seja impratic vel de receberam diariamente os Escriv es das C maras os manifestos das aguas ardentes como tamb m a arrecada o do que deverem as carnes nestes termos tendo se consultado e ouvidos muitas pessoas prudentes pr ticas e que tem labutadas nos contratos das carnes desta Capitania assentaram uniformes ser mais til cobrar o dito novo imposto dos Marchantes ao tempo em que matam as Rezes no talho e estabelecidos pelo consentimento dos contratado res porque como estes tem faz que assistem as matan as para receberem o couro pelo subs dio que lhes compete neste mesmo ato ser f cil perceber se o dito novo imposto e como os ditos fieis dos contratadores s o pessoas de verdade para que se o n o o fossem lhes n o confiariam a administra o de um e mais talhos procurar o as C maras o meio n o tendo outras pessoas de que fa a maior confid ncia de encarregar os ditos fieis da cobran a do sobredito novo imposto dando lhes por pr mio ou em remunera o do trabalho 1 do que entregarem a boca do cofre da C mara Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 243 Documento 244 Instru es para arrecada o do subs dio liter rio nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil 85 A falta de balan as e pesos que h nas freguesias do campo
288. m reservados os direitos autorais no tocante a todos os artigos nela publicados 26 Os artigos de recebimento cont nuo devem ser enviados pelo Sistema Eletr nicos de Revistas SEER Portal de Peri dicos da UFRN site htto periodicos ufrn br educacacemquestao 27 O fluxo para envio do artigo no Portal de Peri dicos Eletr nicos da UFRN pela primeira vez compreende aba Cadastro registrar todos os dados solicitados tanto como autor e como leitor aba P gina do usu rio clica no link autor e depois em nova submiss o para o envio do texto do artigo A declara o de ineditismo do artigo deve ser anexada no item Passo 4 Transfer ncia de documentos suplementares 28 Cada n mero da Revista Educa o em Quest o compreende de oito a dez artigos 29 As men es de autores no texto subordinar se o as Normas T cnicas da ABNT NBR 10520 agosto 2002 Exemplos Teixeira 1952 p 70 TEIXEIRA 1952 e TEIXEIRA 1952 p 71 30 As refer ncias no final do texto precisam obedecer s Normas T cnicas da ABNT NBR 6023 agosto 2002 Exemplos Livro AZEVEDO Fernando de A cultura brasileira 6 ed Rio de Janeiro Editora UFRJ Bras lia Editora UNB 1996 Peri dico DISCURSO de posse do professor An sio Teixeira no Instituto Nacional de Estudos Pedag gicos Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Rio de Janeiro v 17 n 46 p 6979 abr jun 1952 Revista Educa o em Quest o
289. ma do Simec em que apresentado o PAR ajuda a definir os contornos da nova regula o na condu o das pol ticas p blicas no campo da educa o Delineiam se desse modo os contornos da NGP por m agora com seus tent culos estendidos para o campo educacional Nesse movimento Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Carvalh tem se igualmente o aprofundamento do gerencialismo na educa o fazendo com que a gest o da educa o assuma um car ter cada vez mais burocr tico padronizado fragmentado da organiza o da educa o com a utiliza o cada vez mais recorrente de mecanismos e ferramentas gerenciais oriundas do setor privado da produ o Uma gest o voltada para a busca da efici ncia e da efic cia mensurada por meio de resultados alcan ados em avalia es de car ter geral sustentadas nos chamados testes padronizados Essa perspectiva gerencial conduz a gest o da educa o e a busca da qualidade no campo edu cativo para os limites de uma perspectiva reducionista dos processos educativos n o dialogada com a forma o integral do indiv duo voltada para a constru o e exerc cio da cidadania e da autonomia T m se portanto mais algumas faces do gerencialismo na educa o Refer ncias AFONSO Almerindo Janela Avalia o educacional regula o e emancipa o S o Paulo Cortez 2005 AFONS
290. ma s rie de mudan as econ micas sociais e cul turais que modificam substancialmente o sistema educacional brasileiro na atualidade O que ocorre que se costuma atribuir as defici ncias na forma o docente aos problemas identificados nos sistemas de ensino quando a quest o bem mais complexa H que se levar em conta que as escolas atuais convi vem com um conjunto de situa es que at pouco tempo n o faziam parte da realidade escolar como a viol ncia diversidade cultural dos grupos de estu dantes etc S o situa es que o professor passa a mediar e que n o existiam em um passado n o muito distante Recentemente foi divulgada pesquisa realizada pela Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OCDE com objetivo de analisar as condi es de trabalho que as escolas oferecem para os professo res e o ambiente de aprendizagem nas salas de aula Essa pesquisa tem uma abrang ncia internacional e no Brasil os dados obtidos envolveram mais de 14 000 quatorze mil professores brasileiros e cerca de 1 000 um mil direto res de 1070 mil e setenta escolas p blicas e privadas de todos os estados do Pais TALIS 2014 Nessa pesquisa identificou se que dentre as atividades que envolvem o trabalho docente est o a manuten o da ordem na sala o envolvimento do professor com as atividades administrativas e burocr ticas dentre outras que acabam por tirar o foco do processo ensino aprendizagem
291. mas BRASIL 2013 Os que atingem esse patamar passam a participar do Programa de Excel ncia Acad mica PROEX e recebem uma dota o or ament ria maior que pode ser utilizada de acordo com as suas prioridades desde que respeitada a meta anual m nima de destina o de 50 dos recursos de custeio para bolsas de estudo Programa de Excel ncia Acad mica PROEX BRASIL 2006 A nova avalia o impactou fortemente a rea da Educa o no bi nio 1996 1997 levando ao descredenciamento de v rios cursos de mestrado Esse epis dio mobilizou os programas da rea o FORPREd e os participantes da 21 Reuni o Anual da ANPEd em 1998 quando foi elaborado um docu mento que discutia o modelo de avalia o e propunha alternativas No tri nio seguinte em 2001 algumas altera es foram introduzidas pela Capes dentre elas est o papel assumido pelo CTC da Capes que passou de rg o encarregado da homologa o dos resultados dosprogra masatribu dos pelas comiss es de rea para assumir o questionamento dessas avalia es chegando mesmo a modificar os conceitos atribu dos pelas comis s es de rea aos programas Isto significou para aqueles que participam ativamente do processo a disputa entre uma avalia o feita pelas comiss es de pares que leva em considera o as especificidades das reas e programas e o CTC que homo geneiza a avalia o com base nos crit rios das reas hegem nicas como as Ci ncias Exa
292. meira vers o foi editada em uma conversa com Irene e s ent o eles escreveram 3 vers es finais Nos vinte e dois textos redigidos os alunos explicitaram caracter sticas particulares de sua comunidade com uma concord ncia surpreendente Eles abordaram quest es relacionadas responsabilidade individual e coletiva no trabalho em conjunto e no respeito m tuo Quinze ou mais alunos afirmaram que nessa sala eles trabalham conjuntamente partilham ideias e ou pensa mentos e t m responsabilidades e direitos como membros da comunidade da sala Quinze alunos tamb m disseram que os membros dessa comunidade res peitam os outros e uns aos outros Muitos estudantes tamb m escreveram que nessa comunidade al m de partilharem ideias eles compartilham informa es como informa es de um livro ou de outras fontes aceitam diferentes pontos de vista ajudam uns aos outros usam a linguagem dos 3 Rs e falam duas l nguas A maioria dos alunos conceituou o trabalho coletivo e o compartilho mento de ideias ou pensamentos de maneira semelhante Alan escreveu uma sucinta por m completa vis o de comunidade como se v em todo o seu Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 32 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula texto que representa as express es de seus colegas de sala nos proporcio nando um importante caso expre
293. mo tamb m nos adjacentes furtivamente sem arrecada o alguma e para evitar a fraude premeditada e tamb m por livrar aos ditos Fabricantes descaminhar duas dez vinte e mais l guas As C maras nomear o em cada freguesia do seu Distrito dois homens dos mais prudentes e abonados para exercerem anualmente os cargos o primeiro de recebedor do subs dio liter rio o segundo de Escriv o do dito Recebedor os quais gozaram dos privil gios que gozam os dos mais Rendas Reais pois Sua Majestade assim declara na sua real carta do estabelecimento do presente subs dio nesta Capitania Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 Documento Thiago Alves E 82 Por m se as C maras parecer que s um Recebedor com seu escri v o n o bastante para arrecada o do subs dio das guas ardentes nas freguesias que forem mais dilatadas poder o nomear os mais que jul garem necess rios Igualmente as C maras devem munir aos Escriv es dos Recebedores de que demos em que se tomem os manifestos os quais cadernos h o de ser rubricados pelos Ju zes e na falta destes pelos vereadores a quem tocar sem que percebam emolumento algum pelos quais se tomaram as contas nos tempos que abaixo se expressar o Os ditos durar o um s ano no fim do qual ficaram servindo de documento aos assentos que se fizerem nos livros das mesmas C maras e para livrar de toda a contus o na figura n 4 se v cla
294. modo de produ o busca cada vez mais alastrar o com rcio internacional intensi ficando o mercado global Nesse sentido a globaliza o deve ser tomada como um processo de alastramento desse modo de produ o e circula o de mercadorias buscando uma universaliza o da l gica capitalista no contexto da sociedade contempor nea A ideia de que a amplia o do com rcio internacional conforme a lei do mercado se constituiria na fonte do desenvol vimento do processo econ mico e social de todos os pa ses Nesse quadro uma nova organiza o de Estado se configura havendo uma diminui o de gastos p blicos que passa a ser realizada por ag ncias de outros setores que n o o Estado Para tanto o Estado passa a funcionar com caracter sticas do mercado provando uma modifica o no seu papel uma vez que o setor p blico passou a buscar uma nova forma de orga niza o e gest o baseada na iniciativa privada A estrat gia portanto reformar o Estado e diminuir sua atua o para superar a crise O mercado que dever superar as falhas do Estado e assim a l gica do mercado deve prevalecer inclusive no Estado para que ele possa ser mais eficiente e produtivo PERONI 2003 p 2 Os valores do mercado foram inclu dos de diferentes formas na estru tura do Estado por exemplo privatiza o contrata o de servi os externos taxa o de servi os e mais recentemente parcerias entre p blico e priva
295. mpliado Muitas das a es e intera es vis veis nos eventos anteriores foram ampliadas na etapa seguinte de pesquisas ver Quadro 2 Mais uma vez Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 23 24 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula lrene iniciou a atividade explorando o conhecimento dos alunos ao perguntar Algu m sabe o que uma pesquisa Os alunos deram suas ideias e em seguida Irene perguntou se os alunos conheciam o programa de televis o Family Feud Disputa Familiar e explicou o jogo duas equipes adivinhariam os resultados de uma pesquisa para um assunto em particular Em vez de dar um exemplo predeterminado Irene construiu um a partir das contribui es dos alunos pedindo uma pergunta poss vel Ben fez uma conex o intertextual com o evento anterior sobre o que uma comunidade sugerindo a pergunta da enquete Somos uma comunidade Irene entrevistou a turma 16 alunos responderam que sim e cinco que n o Basenado se nesse conjunto de intera es Irene ajudou os a construir significados para pesquisa pela incor pora o do seu pr prio conhecimento proporcionando uma experi ncia do processo de pesquisa Em seguida os alunos constru ram as perguntas da pesquisa tanto individualmente como em equipes utilizando seus cadernos de matem tica pela primeira vez Ant
296. mpo mais pr ximo do cidad o e mais eficiente na realiza o de seus objetivos com a utiliza o de t cnicas e sistemas de inform tica e comunica es Com isso verifica se a utiliza o de TIC na implementa o de conceitos contempor neos advindos da administra o a exem plo do gerencialismo na condu o das organiza es p blicas e mesmo um incentivo ao controle social MEDEIROS GUIMAR ES 2004 p 50 Governo eletr nico planejamento estrat gico accountability respon za o controle social regula o definem pois os contornos da NGP e desdobramentos na organiza o do Estado e das pol ticas p blicas em e na educa o em particular Por certo se por um lado esses elementos podem contribuir para se alcan ar maior agilidade e transpar ncia na gest o p bli ca por outro lado medida que se orientam e estruturam sob a gide da perspectiva gerencialista sustentada pelas teorias e m todos de administra o capi 4 alista pouco podem fazer naguela dire o No campo educacional brasileiro o Minist rio da Educa o tem criado mecanismos de monitoramento e acompanhamento permanente de toda s as a es de diferentes munic pios estados e Distrito Federal Diversas fer ramentas gerenciais t m sido implementadas na perspectiva da Nova Gest o P blica NGP Estas ferramentas podem permitir um controle sistem tico e arti culado do desempenho de cada rede e unida
297. mprovement Abstract The present paper reports the results of a research that had as goal to unders tand and to analyze the Articulated Actions Plan PAR from the Ministry of Education as an efficient tool of evaluation and implementation of policies for improving the basic education quality The analysis object was the PAR of a city in the Minas Gerais State with a focus on pedagogical practices and the evaluation in two school units For such work we carried out a bibliographical research documentary analysis semistructured interview and observation in classroom We evidenced that pedagogical practices and the evaluation of the learning is centered in the result of the systemic evaluations having this parameter as main pointer of quality Keywords Articulated Actions Plan Pedagogical practices Evaluation Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 183 184 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino El Plan de Acciones Articuladas PAR perspectivas y desafios en la mejora de la cualidad de ensefianza Resumen El presente art culo presenta los resultados de una investigaci n que tuvo como objetivo comprender y analizar el Plan de Acciones Articuladas PAR presentado por el Ministerio de la Educaci n como un instrumento eficaz de evaluaci n e implemen taci n de pol ticas de mejora de cualidad de la educaci n b
298. munidade Muitos professores usam esse processo para a constru o de um conhecimento comum ao grupo EDWARDS MERCER 1987 Ao lado do quadro lrene perguntou O que uma comunidade em ingl s e em espa nhol Trinetta foi a primeira a expor suas ideias Ao ler o que ela tinha escrito Irene 1993 no primeiro dia de aula escreveu algumas das ideias chave no quadro circundar envolver pessoas grupo mesmos interesses Irene revisou a lista em voz alta e mencionou que ela mesma n o tinha pensado em circundar envolver Que interessante ela diz turma Atrav s dessa inte ra o pode se observar Irene validando o pensamento de Trinetta ao registra lo Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 22 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula no quadro Al m disso Irene tornou o conhecimento da aluna dispon vel por escrito turma para que todos tivessem a oportunidade de pensar sobre ele mesmo depois de terem sido lidas em voz alta E muito importante Irene comentou que ela mesma n o tinha pensado a defini o de comunidade da mesma forma que a aluna Nesse caso Irene demonstrou como os membros da turma poderiam ouvir as ideias e sugest es uns dos outros consider as sem uma avalia o em termos de certo ou errado e integrar essas ideias aos seus pr prios pensamentos Enquanto
299. n 126 p 539 564 set dez 2005 BOURDIEU Pierre Os usos sociais da ci ncia por uma sociologia cl nica do campo cient fico Tradu o Denice Barbara C atani S o Paulo Editora UNESP 2004 BOWE Richard BALL Stephen GOLD A With Reforming education amp changing schools case studies in policy sociology London Routledge 1992 BRASIL Minist rio da Educa o Coordena o de Aperfei oamen Coordena o de Aper Educa o Programa de Excel n 2006 Bras lia Capes 2006 Plano Nacional de P s Gradua o PNPG 2011 2020 to de Pessoal de N vel Superior Bras lia Capes 2010 ei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da cia Acad mica Proex Portaria n 34 de 30 de maio Coordena o de Aper ei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da Educa o Avalia o Trienal 2001 tri nio 1998 2000 Comiss o de rea da Educa o Bras lia Capes 2001 Coordena o de Aper Educa o Programa de Excel n ei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da cia Acad mica Proex Avalia o Trienal 2004 tri nio 2001 2003 Comiss o de rea da Educa o Bras lia Capes 2004 Coordena o de Aper Educa o Programa de Excel n ei oamento de Pessoal de N vel Superior Minist rio da cia Acad mica Proex Avalia o Trienal 2007 tri nio 2004 2006 Comiss o de rea da Educa o Bras lia C
300. n 36 p 211 239 set dez 2014 224 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica O planejamento estrat gico como abordagem sist mica tem como refer ncia inicial a miss o da organiza o Com base em um pro cesso participativo de conhecimento e an lise dos pontos fortes e dos pontos fracos internos organiza o e do estudo das oportu nidades e restri es do ambiente externo estabelece estrat gias ou seja os meios e a es integradas de longo prazo que visam alcan ar os objetivos e metas estabelecidas para o cumprimento da 4 Segundo a autor miss o da organiza o PARENTE FILHO 2001 p 44 a abordagem sist mica do planejamento estrat gico imp e no momento dos estudos e das an lises a considera o em primeiro ge lugar das quest es in ernas e externas da organiza o ou setor Al m do mais para se realizar o PE exige se um diagn stico pr vio dos pontos fortes e pontos fracos da institui o exigem se descentraliza o e divis o de responsa espec ficas bilidades e atribui es e sobretudo a intera o com parceiros e benefici rios Esse tipo de planejamento apresenta algumas limita es uma vez que atribui como fun o principal atender s necessidades do sistema econ mico e principalmente porque parte de an lises quantitativas de necessidades Nessa perspectiva Parente Filho ao situar o planejam
301. n lisis presentados muestran pr cticas de aula que posicionan a sus miembros como sujetos democr ticos por medio de sus relaciones sociales y a trav s de la construcci n acad micamente rigurosa de los conocimientos Palabras clave Practicas democraticas Aprendizaje Etnogratia Introdu o 11 O que queremos dizer com educar para a cidadania respons vel Consideremos o caso da Sala 18 turma do quinto ano bilingue espanhol ingl s da professora Irene Pattenaude no Estado da Calif rnia nos Estados Unidos De janeiro a maio de 1993 essa turma realizou um projeto de estu dos interdisciplinar baseado na literatura a respeito do holocausto ocorrido durante a 2 Guerra Mundial Os alunos analisaram uma gama de a es justas e injustas subjacentes ao holocausto bem como os esfor os de resgate e resist ncia Na Sala 18 a toler ncia passou a ser vista como a valoriza o ativa da diversidade e da promo o da justi a e n o somente a passiva acei ta o do outro JENNINGS 2010 Em abril estudantes de todas as turmas de quinto ano votaram a favor de que se fizesse um v deo que registrasse tudo o que haviam aprendido sobre toler ncia para enviar C mara Municipal da cidade onde moravam Ao final do ano letivo em junho esses alunos estavam preparados para reconhecer e lidar com as desigualdades sociais e institucionais No in cio de junho a escola onde eles iriam estudar no ano seguinte ofer
302. n mica pol tica e social formuladas implementadas e avaliadas por um governo central cuja execu o se estende aos demais entes federados com decis es abrangentes Nao se limitam portanto a leis ou a regras s o inten cionais t m objetivos e metas a serem alcan ados a curto m dio ou longo prazo Conforme Azevedo 2003 p 38 tudo o que um governo faz e deixa de fazer com todos os impactos de suas a es e de suas omiss es Em face dessas defini es de pol tica p blica entendemos que um campo de estudo multidisciplinar centrado em explica es sobre a natureza e Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A os processos das a es p blicas Suas contribui es conceituais emanam das Ci ncias Sociais pois repercutem na vida social e econ mica implicando compreender as rela es entre a sociedade o Estado a pol tica e a eco nomia Essa discuss o enriquecida com a compreens o de Souza 2003 de que as pol ticas p blicas ao mesmo tempo que enriquecem os proces sos democr ticos favorecem os prop sitos e plataformas eleitorais em programas e a es que produzir o resultados ou mudan as no mundo real SOUZA 2003 p 12 Para melhor compreend las vislumbramos sua classifica o em pro gramas planos e projetos Segundo C
303. na 2 ed S o Paulo Martins Fontes 2007 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade ROVATTI Pier Aldo Ed El pensamiento d bil Madrid C tedra 1988 Ms Fernanda Nunes da Rosa Mangini Universidade Federal de Santa Catarina Bolsista do Programa de Doutorado Sanduiche no Exterior PDSE Bolsista da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES E mail fernandapesquisadora gmail com Prof Dr Lucidio Bianchetti Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Estudos Especializados em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Pesquisador 1B CNPq E mail lucidio bianchetti pq cnpq br 78 Recebido 4 set 2014 Aceito 17 nov 2014 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Politica de avaliacao da aprendizagem no planejamento educacional do Municipio de Mossor Rio Grande do Norte Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte Resumo Este trabalho inscreve se na pesquisa do Observat rio de Educa o Capes Avalia o do Plano de A es Articuladas PAR um estudo em munic pios do Rio Grande do Norte Par e Minas Gerais 2007 a 2
304. na realidade prevalecem os prop sitos de elevar os ndices de qualidade do ensino para atender principalmente aos com promissos assumidos em mbito das pol ticas internacionais de educa o Respondem tamb m os gestores da educa o s cr ticas internas provenien tes de segmentos da sociedade e da pol tica contr rios ao governo Pol ticas de educa o semelhantes ao Plano de A es Articuladas PAR suscitam questionamentos que n o podem ser respondidos de imediato sen o experenciando as conhecendo as em profundidade e refletindo luz Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A de uma perspectiva te rica e metodol gica que avance na compreens o de sua din mica em realidades espec ficas Mais complexo ainda adentrar a dimens o da avalia o da aprendizagem enquanto estrat gia de pol tica educacional do Estado brasileiro referenciada pela nova gest o p blica Os resultados que emanam da escola notadamente do processo de ensino e aprendizagem controlado por avalia es externas a esse ambiente ainda obscurecem a real situa o da educa o do ensino e das aprendizagens possibilitada pela escolariza o de crian as jovens e adultos Notas 1 O projeto uma iniciativa da linha de pesquisa Pol tica e Praxis da Educa o do Centro de Educa
305. nalidade de compreender como estas est o sendo assimiladas pelos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem A avalia o um processo abrangente da exist ncia humana que implica uma reflex o cr tica sobre a pr tica no sentido de captar seus avan os suas resist ncias suas dificuldades e possibilitar uma tomada de deci s o sobre o que fazer para superar os obst culos VASCONCELLOS 1994 p 53 54 Durante muito tempo os estudos sobre avalia o centraram se nas quest es sobre o rendimento escolar dos alunos e nos resultados dos processos de aprendizagem como uma t cnica para medir o conhecimento e quantificar esse conhecimento por meio de notas e conceitos sendo que essa concep o de avalia o est tamb m ligada pr pria concep o de escola e do seu papel de transmissora do conhecimento cient fico A avalia o uma tarefa did tica necess ria e permanente no tra balho docente deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem Por meio dela os resultados que s o obtidos no decorrer do rabalho conjunto do professor e dos alunos s o comparados com os objetivos propostos a fim de constatar progressos dificuldades e tamb m reorientar o rabalho docente Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 197 198 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensi
306. nalmente a Capes estabeleceu um novo para digma de avalia o na d cada de 1990 Esse novo modelo mudou o ciclo avaliativo de bianual para trienal preservou a autoridade dos comit s avalia o por pares e adotou um conjunto mais objetivo de indicadores e regras Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 135 136 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o A partir da reformula o do sistema de avalia o os conceitos b si cos que caracterizam o n vel de desempenho dos programas passaram a ser expressos por notas que variam de 3 a 7 Para a determina o dos conceitos dos programas atualmente s o avaliados os seguintes quesitos Proposta do Programa Corpo Docente Corpo Discente Teses e Disserta es Produ o Intelectual e Inser o Social De acordo com os resultados obtidos nesses quesitos s o conferidas notas e conceitos 5 Muito Bom 4 Bom e 3 Regular A nota 3 o m nimo a ser atingido por um programa para ser ofi cialmente reconhecido Os programas com notas 6 e 7 Programas de Excel ncia s o aqueles enquadrados como conceito 5 pela segunda vez na avalia o trie nal e que em uma segunda rodada de avalia o apresentam desempenhos equivalentes aos dos centros internacionais de excel ncia e n vel de desempe nho altamente diferenciado em rela o aos demais progra
307. nidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Louise Jennings Colorado State University Vanessa Ferraz Almeida Neves Maria de F tima Cardoso Gomes Universidade Federal de Minas Gerais Resumo O objetivo deste artigo analisar o contexto de uma sala de aula em que educar para a cidadania respons vel significa auxiliar os estudantes a desenvolver a capacidade de participar ativamente dos processos democr ticos participa o democr tica inclui o engajamento em di logos acerca de sociedades justas e igua lit rias bem como da cria o e manuten o delas na pr pria sala de aula e al m dela Os dados foram constru dos a partir de pesquisa baseada em uma perspectiva etnogr fica conduzida ao longo de um ano e analisados numa perspectiva hist rico cultural As an lises apresentadas mostram pr ticas de sala de aula que posicionam seus membros como sujeitos democr ticos por meio das suas rela es sociais e da constru o academicamente rigorosa dos conhecimentos Palavras chave Pr ticas democr ticas Aprendizagem Etnografia Opportunities for learning and responsible citizenship Democratic classroom practices Abstract The aim of this paper is to analyze the context of a classroom where educating for responsible citizenship means helping students develop the ability to actively partici pate in democratic processes democratic participation includes engaging in dialogue
308. no O exerc cio avaliativo n o serve apenas como uma mera ferra menta para avaliar o desempenho do aluno mas tamb m para compreender as contribui es e lacunas das pr ticas de cunho educativo que est o sendo desenvolvidas em um mbito mais abrangente Assim como a pr tica pedag gica a avalia o deve ser pensada a partir de um enfoque mais amplo ou seja a partir do contexto escolar Freitas 2008 afirma que a avalia o do ensino aprendizagem tem como contraponto a avalia o global da institui o escolar Compreende se que por mais que a escola tenha como pressuposto ensinar todos com qualidade necess rio reconhecer que ela n o est disso ciada da realidade social sofrendo influ ncias do sistema social afetando a organiza o da mesma FREITAS 2008 As pr ticas pedag gicas assim como a avalia o sofrem interfer ncias exteriores e de concep es de mundo e de sociedade dos sujeitos Nesse sentido deve se considerar que a sociedade tamb m imp e algumas ideologias Portanto pr ticas pedag gicas e avalia o devem ser tomadas como elementos essenciais da educa o as quais d o base ao processo de ensino e aprendizagem utilizados para a forma o de sujeitos e para a reflex o desse processo Entretanto a regula o assumida pelas pol ticas neoliberais do governo federal se volta para a realiza o da avalia o com objetivos essencialmente classificat rios e seletivos tendo a
309. no dos conceitos de interdisciplinaridade e de transdisciplinaridade O movimento p s moderno tamb m acabou transformando se em um refor o quest o ao contribuir com as den ncias pretens o da ci ncia moderna ser apresentada como nico e leg timo modo de conhecer Al m disto favoreceu a defesa de um modo democr tico de conceber o conhecimento sem a imposi o de uma verdade absoluta de um saber totalmente fundado e de uma vis o de mundo como sistema racional completado At ent o os debates acad micos tendiam a real ar a oposi o entre os conhecimentos cient fico e do senso comum Nos ltimos anos a tend n cia aponta para o di logo entre essas formas e conhecimentos em meio s suas particularidades e diferen as No entanto esse debate n o isento de problemas a come ar pela pr pria defini o e muitas vezes indefini o dos conceitos de conhecimento cient fico conhecimento comum senso comum bom senso entre outros Outro problema situar a partir de qual perspectiva Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren ET te rica abordam se esses conceitos uma vez que variam segundo o enfoque adotado No contexto brasileiro as recentes a es afirmativas que favorecem o ingresso de alunos das camadas populares nos meios universit rios susci tam o debate em torno dos saberes que trazem esses alunos e do
310. nt bil que recolhe impostos dos v rios munic pios dentro de um mesmo Estado e do pr prio Estado e os redistribui de forma equ nime entre todos com base no n mero de alunos de cada sistema Esse fundo busca a equidade entre as diferentes regi es estados e munic pios o que supostamente seria viabilizado pela sua l gica redistributiva No entender de Azevedo 2002 o Fundef uma iniciativa positiva e inovadora pois possibilitou uma subvincula o espec fica de recursos constitucionalmente vinculados ao n vel obrigat rio de ensino Al m disso imprimiu um car ter redistributivo a esses recursos o que beneficiou os munic pios mais pobres e neles melhorou as condi es salariais dos docentes O Fundef e o seu sucessor o Fundeb objetivam um impacto na distribui o de recursos financeiros entre sistemas estaduais e municipais e embora tenham representado um avan o no sentido de lan ar as bases para a implanta o de um regime redistributivo ainda est muito longe de atender a esse objetivo Costa discutindo essa situa o faz a seguinte an lise A estrat gia de cria o de fundos estaduais de equaliza o financeira foi inovadora e certamente teve um impacto relevante sobre as desigualdades gritantes no n vel de gasto de sistemas estaduais e municipais de educa o e principalmente sobre a universaliza o das matr culas no ensino fundamental No entanto as limita es dessas iniciativas se tornam cada v
311. nt fico superior ao vulgar e n o necessita deste ltimo A segunda a perspectiva marxista gramsciana representada pelo fil sofo brasileiro Ari Paulo Jantsch 1958 2010 que mesmo focando sua an lise no conhecimento popular compreende que o senso comum sempre um obst culo a ser supe rado E a terceira a perspectiva transformadora defendida por aqueles pensadores como Boaventura Souza Santos 1940 e outros que se sentem compromissados com uma transforma o social radical Trata se de autores que questionam a supremacia do saber cient fico sobre o senso comum por entenderem que de algum modo o saber cient fico deve combinarse com o saber n o cient fico Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Eq Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade Antes de adentrar na discuss o de cada vertente propriamente dita considera se necess rio fazer algumas distin es As express es conhecimento comum ou saber vulgar s o utilizadas pelos autores de todas as vertentes que tamb m empregam outras express es como conhecimento ordin rio senso comum e conhecimento popular Por estarem presentes de algum modo em todos eles optou se por utilizar essas express es No dicion rio o termo vulgar sin nimo de vulgo ou seja popular Significa ainda aquilo que comum ordin rio trivial ou usual Essa palavra s vezes comporta
312. nto cient fico n o se tem em vista a forma o de uma verdade final ou de um conhecimento pronto e acabado Este superior justamente porque est pautado na constru o de verdades provis rias pass veis de confirma o aprimoramento e revis o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Eq Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade O cultivo da atitude cient fica permite alcan ar diversos objetivos a cr tica entendida como o olhar da realidade a partir de crit rios objetivos por meio de dados de metas ou de avalia es a cria o compreendida como a supera o de um estado de coisas de um mundo dado cristalizado e dogmatizado a revolu o ou seja a constru o de mudan as radicais que rompam com um mundo compreendido de maneira superficial e enganosa e a transforma o o alcance de novos mundos Este ltimo objetivo seria a materializa o ou concretiza o dos elementos cr tico criativo e revolucion rio JANTSCH 1995 O conhecimento popular torna se relevante como quest o epistemo l gica devido s suas poss veis intera es com o conhecimento cient fico a come ar pela linguagem cotidiana por meio desta que se processam as pri meiras liga es com o conhecimento cient fico Aqui a linguagem cotidiana por sua vez aquela pr xima da experi ncia e de outros conhecimentos pr te
313. ntre professores e alunos Reguisitos de Conhecimento O conhecimento visto como din mico e n o prov m de uma nica fonte ou autoridade ao longo do tempo H unidade entre experi ncia e conhecimento conhecimentos pessoal e acad mico est o conectados diversidade de respostas e perspectivas valorizada respeitada e incentivada responsabilidade pela constru o de significados compartilhada entre os membros Primeiramente no que tange s rela es sociais democr ticas os 14 alunos t m experi ncias de equidade na aprendizagem e sentem que suas experi ncias culturais e lingu sticas s o valorizadas Estudantes compartilham entre si e com o professor a responsabilidade pela aprendizagem ponto que enfatizado por LadsonBillings 1994 em suas descri es de salas de aula que apoiam com sucesso alunos afrodescendentes Em suma o ensino culturalmente relevante promove os tipos de inte ra es sociais na sala de aula que oferecem apoio ao indiv duo no contexto do grupo Os alunos se sentem parte de um esfor o coletivo destinado a incentivar a excel ncia acad mica e cultural LADSONBILINGS 1994 p 76 Nesse sentido os alunos precisam ter oportunidades para exercer sua responsabilidade na aprendizagem de forma significativa n o apenas ao com pletar tarefas em um determinado tempo mas tamb m pela participa o como membros respons veis de uma comunidade de aprendizagem
314. o divulga o e apropria o de conhecimentos historicamente produ zidos pelos diferentes grupos humanos e classes sociais nas mais variadas formas de intera o que se estabelecem entre os homens e destes com o mundo s cio material e cultural Consideram se tamb m as possibilidades de cria o e transforma o dos conhe cimentos j existentes medida que a educa o envolve sempre seres ativos e em condi es de constituir outras formas e processos de agir sentir pensar representar BARBOSA 2010 p 1 Veiga 1989 ao discutir a pr tica pedag gica afirma que necessd rio considerar a realidade da escola e dos fatores sociais que a abarcam A ess ncia da pr tica pedag gica n o se restringe ao campo da sala de aula mas ao contexto em que est inserida a escola e o trabalho pedag gico desen volvido pelos profissionais que nela atuam Silva e Ramos 2006 nessa mesma perspectiva salientam que a pr tica pedag gica uma pr tica social espec fica de car ter hist rico e cultural que vai al m da pr tica docente relacionando as atividades did ticas dentro da sala de aula abrangendo os diferentes aspectos do projeto pedag gico da escola e as rela es desta com a comunidade e a sociedade ponto de partida para a teoria mas que tamb m se reformula a partir dela Pressup e uma an lise e tomada de decis es em processo beneficiando se do trabalho coletivo e da gest o democr tica SILVA R
315. o 2010 e Valente 2011 demonstraram que nos anos de 1990 as pol ticas p blicas educacionais foram geridas d e forma racional seguindo concep es dos organi smos internacionais dentre eles o Banco Mundial vinculando a educa o ao desenvolvimento dos influenciaram com car ter instru educativas presta de forma significativa na educa o prescrevendo po mental t cnico racional operacional tornando as instit doras de servi os e o aluno seu cliente Concom econ mico Nesse sentido as tend ncias dos rg os priva ticas U S inante perspectiva da regula o a NGP estava base ada tamb m no princ pio de accountability A accountability teve origem na Inglaterra e nos Estados Unidos e tem sido traduzida no Brasil sob a tica de responsabiliza o A utiliza o dessa concep o vem se desenvolvendo desde os anos de 1990 e se consolida na condu o das pol ticas p blicas em geral e no campo da educa o em particular Para Afonso 2009 accountability sugere uma gama de significados remetendo as palavras pol ticas sistemas modelos dimens es ag ncias pr ticas e actores Em seu estudo Afonso 2009 esclarece que o termo accountability abrange Dessa forma as a es seguindo um padr o de efici ncia com accountability portanto uma pol tr s dimens es estruturantes uma de informa o outra de jus tifica o e uma outra de imposi
316. o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 185 186 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino Desenvolvimento da Educa o PDE Inicialmente o Plano foi estruturado com trinta a es diversificadas e abrangia todos os n veis etapas e modalidades da educa o Permeado pela concep o de uma pol tica educacional vol tada para o acesso e perman ncia do aluno na escola e uma vis o sist mica de educa o esse Plano foi bem recebido pela comunidade acad mica por demonstrar a prioridade da educa o naquela gest o e a defini o das a es a serem implementadas Entretanto foi tamb m alvo de severas cr ticas principalmente da comunidade acad mica que questionava a aus ncia da participa o da sociedade especialmente das entidades acad micas na elabora o das pro postas de a es contidas no Plano Al m disso a pol tica econ mica adotada pelo governo federal n o favorecia o aumento de recursos para investimento e amplia o das a es previstas Esse Plano direcionou todas as a es do Minist rio da Educa o naquele per odo Como uma das a es do PDE foi regulamentado o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o por meio do Decreto n 6 094 de 24 de abril de 2007 que prop e o regime de colabora o entre a Uni o e Munic pios Distrito Federal e Estados e a participa o das fam lias e da
317. o e funcionamento do Estado na atualidade e seus desdobramentos no campo da gest o da educa o A Nova Gest o P blica e a perspectiva gerencial no processo de regoraniza o do Estado e a gest o da educa o Sob a gide do pensamento neoliberal a NGP tamb m preconiza que os servi os p blicos devem ser realizados pela iniciativa privada em com di es de livre mercado pois em tese essa medida aumentaria a efici ncia dos processos de trabalho Nesse sentido essa proposta favorece a privatiza o dos servi os p blicos tendo em vista que os neoliberais consideram que este o caminho mais eficiente e satisfat rio Nesse sentido ela n o representa um corte total do modelo j existente da forma de atua o do Estado mas pro cura constituir instrumentos que deem conta das necessidades contempor neas de modificar o papel do Estado Embora algumas caracter sticas presentes na NGP n o sejam in ditas tais como o interesse pela efici ncia o controle e m todos gerenciais existem alguns elementos e aspectos que v o al m De acordo com Paula 2005 foram estabelecidas medidas organi zativas e administrativas atribuindo caracter sticas Nova Gest o P blica Dentre elas destacam se e descentraliza o do aparelho de Estado que separou as ativi dades de planejamento e execu o do governo e transformou as pol ticas p blicas em monop lios dos minist rios e privatiza o das estatais e tercei
318. o ensino e objetiva a concretiza o do regime de colabora o entre a Uni o Distrito Federal Estados e Munic pios a participa o das fam lias e da comunidade mediante programas e a es de assist ncia t cnica e financeira visando mobiliza o social pela melhoria da qualidade da edu ca o b sica O PAR foi institu do com o intuito de concretizar as propostas do PDE Com a finalidade de evitar restri es s a es dos governos por parte dos estados e munic pios e fortalecer o Ideb o MEC criou o sistema de metas educacionais Segundo Fernandes e Gremaud 2009 a ideia central do sis tema de metas educacionais consistiu em incentivar as redes e escolas a um maior comprometimento na melhoria do Ideb e ao aumento da mobiliza o da sociedade pela qualidade educacional Esse sistema de metas foi pactuado entre o MEC e as secretarias de educa o de estados e municipios Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 193 194 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino De acordo com Fernandes e Gremaud 2009 por meio do PDE o MEC firmou acordos com as redes de ensino incentivando as a acolher as metas e a se comprometer com o cumprimento delas Em contrapartida as esco las que atingissem as metas seriam beneficiadas com a amplia o dos recursos por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE
319. o na Revista Educa o em Quest o Pareceristas Ad hoc da Revista Educa o em Quest o 2014 240 248 253 259 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Summary Editorial Articles Opportunities for learning and responsible citizenship Democratic classroom practices Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves Maria de Fatima Cardoso Gomes Federalism and education in Brazil grants for debate Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barbalho Three perspectives of the analysis of knowledge multidisciplinarity and interdisciplinarity Fernanda Nunes da Rosa Mangini luc dio Bianchetti Policy of learning assessment in the educational planning in the municipality of Mossor Rio Grande do Norte Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz Evaluation and management of excellence in Posgraduate Education Indira Alves Franca Alicia MariaCatalano de Bonamino Teacher education and teaching inthe state of Par Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro Articulated Actions Plan par perspectives and challenges in the education quality improvement lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa 42 73 99 125 183 Sum rio Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Sum
320. o ou san o Num entendimento mais imediato a presta o de contas pode ser o pilar que sustenta ou condensa as duas primeiras o direito de pedir informa es e de exigir justifica es sendo que para a concretiza o de ambas socialmente esperado que haja a obriga o ou o dever regu lamentados legalmente ou n o de atender ao que solicitado Informar e justificar constituem assim duas dimens es da presta o de contas a qual pode assim ser definida em sentido restrito como obriga o ou dever de responder a indaga es ou solicita es answercrbility AFONSO 2009 p 59 grifos no original proferidas s o pensadas e repensadas vistas ao xito cotidiano A pol tica de ica de responsabiliza o E Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 22 di Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica A responsabiliza o est intimamente associada presta o de contas uma vez que ser respons vel por um processo ou um resultado implica sobretudo no setor p blico em uma sociedade democr tica em ter que prestar contas dos resultados e do uso dos recursos aplicados VIDAL VIEIRA 2011 p 425 A ado o da accountability ou responsabiliza o no Brasil contribuiu para as mudan as no modelo de gest o burocr tica para uma administra o de car ter gerencial Nesse processo tem se a ado o
321. o para an lise de pol ticas educacionais Educa o amp Sociedade Campinas v 27 n 94 p 47 69 jan abr 2006 MAINARDES Jefferson MARCONDES Maria In s Entrevista com Stephen J Ball um di logo sobre justi a social pesquisa e pol tica educacional Educa o amp Sociedade Campinas v 30 n 106 p 303 318 jan abr 2009 PINTO AngelodaCunha CUNHA Andr a Souza da Avalia o da p s gradua o da rea de qu mica na Capes Qu mica Nova S o Paulo v 31 n 8 p 2221 2226 2008 VERHINE Robert P s gradua o no Brasil e nos Estados Unidos uma an lise comparativa Educa o Porto Alegre v 31 n 2 p 166 172 maio ago 2008 Profa Dra Indira Alves Fran a Funda o Oswaldo Cruz Instituto de Informa o e Comunica o em Sa de Vice Diretoria de Pesquisa Ensino e Desenvolvimento Tecnol gico laborat rio de Avalia o da Educa o LAEd E mail indira icict fiocruz br Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamin Profa Dra Alicia Maria Catalano de Bonamino Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Departamento de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o PUC Rio Laborat rio de Avalia o da Educa o LAEd E mail aliciaBpuc rio br Recebido 15 ago 2014 Aceito 17 nov 2014 155 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p
322. ode se observar o sentido negativo e positivo atribu do por Mario Bunge ao conhecimento vulgar quando o autor classifica esse conhecimento em t cnico protoci ncia e pseudoci ncia O conhecimento t cnico aquele que caracteriza as artes e as habili dades profissionais algumas vezes empregadas pelos cientistas e enriquecidas com a ci ncia embora de car ter n o cient fico A protoci ncia ou ci ncia embrion ria como o pr prio nome sugere aquela atividade que condensa um trabalho cuidadoso mas ainda sem o objetivo te rico que caracteriza a ci ncia Pode suprir a ci ncia de dados bru tos embora contenha informa es tamb m irrelevantes A pseudoci ncia aquele corpo de cren as e pr ticas que ingenu amente ou de m f apresentada como ci ncia embora n o compartilhe nenhum aspecto em comum com a ci ncia hip teses t cnicas corpo de conhecimentos etc A pseudoci ncia para Bunge da qual a psican lise e o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 19 80 Artigo Tr s perspectivas de andlise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade espiritismo seriam exemplos ocupa um espa o consider vel na cultura urbana popular No pensamento do autor supracitado a t cnica e a protoci ncia possuem um sentido mais positivo ao passo que a pseudoci ncia tem um sentido mais negativo por ser apresentada erroneamente como ci ncia e por
323. oferta doutorados em Angola ou em pa ses latinoamericanos ou porque seus docentes possuem uma compreens o pr pria da qualidade que enfatiza a doc ncia e o trabalho na gradua o Em que pese essas estrat gias de subvers o da ordem dominante todos os coordenadores sem exce o apresentaram argumentos em favor da avalia o da Capes A maior parte deles afirma que a qualidade atual da p s gradua o brasileira consequ ncia da avalia o realizada pela Capes No entendimento desses agentes o processo de avalia o propiciou a melhoria da qualidade da pesquisa especialmente na rea da Educa o Esse tamb m o entendimento do dirigente do FORPREd entrevistado na pesquisa para Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi a quem Deve se considerar que de modo geral a avalia o busca salvaguar dar a qualidade da p s gradua o A inten o boa DIRIGENTE FORPRED 2013 Alguns coordenadores destacaram que o processo tem credibilidade pelo fato de ser feito por pares e que a avalia o da Capes culminou favore cendo tamb m o desenvolvimento da pesquisa em programas de institui es particulares que sem a media o da avalia o tenderiam a focar suas ativi dades apenas no ensino A maior parte dos coordenadores entrevistados acha positiva a asso cia o entre m rito e fomento e
324. ohen e Franco 1999 os programas englobam projetos distintos correspondentes a um conjunto de propostas com os mesmos objetivos para atender a problemas espec ficos sinalizados em um plano Este por sua vez consiste de um documento produzido por um governo com objetivos diretrizes pol ticas estrat gias e meios com uma intencionali dade Os projetos s o componentes de um programa tamb m desenvolvidos para solucionar problemas que afetam um determinado segmento da popula o Projetos e programas operacionalizam pois as pol ticas p blicas Essas pol ticas em educa o se definem enquanto um conjunto de programas constitu dos de projetos para resolver problemas desse campo Alguns identificados na educa o brasileira geram demandas focalizadas em determinados setores respondendo a mecanismos de gest o baseados no aporte legal e normativo E nesse esbo o institucional que configura o Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE apresentando metas e estrat gias para a educa o b sica a serem operacionalizadas nos Estados e munic pios Nestes a pol tica governamental organizada e operacionalizada mediante o Plano de A es Articuladas PAR Caracterizado como um programa de governo inscreve se no Plano Plurianual PPA 2008 2011 Lei n 11 653 de 7 de abril de 2008 corres pondente ao segundo mandato presidencial de Luiz In cio Lula da Silva Um de seus eixos a educa o de qualidade conside
325. ola de qualidade muito mais voltada para sua estrutura e organiza o do que para a sua fun o social Ainda que os programas fa am men o qua idade de ensino Dourado Oliveira 2009 afirmam que a tem tica da qualidade da educa o ainda n o se faz presente efetivamente nos diversos programas projetos e a es governamentais DOURADO OLIVEIRA 2009 p 205 Al m disso n o apresentam uma concep o de pr tica pedag gica e avalia o da aprendizagem numa perspectiva emancipadora dial gica e formativa 201 Perspectivas e desafios na pr tica pedag gica e na melhoria da qualidade do ensino Na realidade das duas escolas observadas foi poss vel perceber que a preocupa o com a eleva o do Ideb o foco central das atividades desen volvidas Desse modo a avalia o sist mica uma categoria central da pr tica pedag gica dessas escolas Ela define as pr ticas dos as professores as a avalia o da aprendizagem e at mesmo os conte dos ministrados em sala de aula A concep o de qualidade vinculada l gica da administra o empresarial da meritocracia e da responsabiliza o est presente nas propos tas educacionais e nos discursos dos profissionais Essa cultura implantada em certa medida est sendo assimilada na escola Evidencia se que tudo gira em torno da avalia o o planejamento da escola o conte do ministrado a avalia o da aprendizagem No que se
326. omo condi o indispens vel para qualificar os processos educativos No que se refere institui o do regime de colabora o pode se con siderar que o PDE foi uma iniciativa importante pois por meio dele a Uni o coloca disposi o dos estados e munic pios instrumentos de avalia o e de implementa o de pol ticas buscando por meio destes desempenhar com maior efici ncia a fun o redistributiva e supletiva atribu da pela Constitui o de 1988 de forma a garantir a equaliza o de oportunidade e padr o m nimo de qualidade BRASIL 2007 Essa pol tica p blica de educa o est em pleno processo de implementa o por meio do Plano de A es Articuladas PAR o qual deve ser elaborado por estados e munic pios que aderiram ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o O PAR tem um car ter plurianual o que possibilita teoricamente o desenvolvimento do regime de colabora o pro curando reduzir a descontinuidade das a es Os munic pios e estados que assinaram o termo de ades o ao Plano de Metas elaboraram um diagn s tico da situa o educacional para posteriormente formular o seu Plano de A es Articuladas Esse Plano se estrutura em 4 quatro dimens es a ges t o educacional a forma o de professores e dos profissionais de servi o e Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 63 64 Artigo Federalismo e educa o no Brasil sub
327. omo os atores envolvidos interpretam os textos as altera es e adapta es que fazem as resist ncias individuais ou coletivas e as contradi es conflitos e tens es Nesse contexto trata se de averiguar como os coordenadores interpretaram os textos da pol tica quais seus pon tos de vista como trabalharam para atingir os par metros estabelecidos pela Capes quais os focos de resist ncias e de conflitos Em 19943 Ball acrescentou dois contextos ao referencial inicial o Contexto de Resultados ou Efeitos e o Contexto da Estrat gia Pol tica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 129 130 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o sugerindo posteriormente MAINARDES MARCONDES 2009 que o primeiro fosse inclu do no Contexto da Pr ticae o segundo no Contexto de Influ ncia Neste estudo optou sepor seguir a orienta o do autor focando a an lise nos primeiros tr s contextos sem deixar de abordar no entanto o con texto de resultados e os efeitos sobre os programas das injun es da pol tica de avalia o da Capes Ball 2004 tamb m desenvolve o tema da performatividade uma forma de regulamenta o que atua por meio de julgamentos indicadores e compara es A cultura da performatividade est inserida no contexto mais geral de transforma es no papel do Estado relativas aos servi os sociais s institui e
328. onais das Constitui es passadas assumindo como diretriz para a reparti o de compet ncias na federa o brasileira o princ pio da predomin ncia do interesse Assim a compet ncia para tratar de assuntos de interesse nacional ou predominantemente geral foi atribu da Uni o A compet n cia para tratar de assuntos de interesse predominantemente local foi atribu da aos Munic pios CF art 30 A compet ncia resi dual para tratar de assuntos de interesse regional ficou a cargo dos Estados CF art 25 8 1 Ao Distrito Federal em raz o de sua natureza h brida foi atribu da compet ncia para tratar de assuntos de interesse regional e local CF art 32 8 1 NOVELINO 2013 p 711 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 54 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subsidios para o debate Por apresentar grande complexidade a reparti o de compet ncia torna se incapaz de resolver todas as dificuldades dela advindas Entre as in meras raz es que concorrem para tal situa o ressalta se que em determi nados momentos h um interesse cuja predomin ncia equivalente para mais de uma unidade federativa NOVELINO 2013 Segundo Abr cio 2010 p 46 ap s a Constitui o Federal de 1988 o federalismo brasileiro assumiu caracter sticas de uma descentraliza o bastante pulverizada e com fr gil coordena o entre os entes federativos Em dec
329. onal e esta por sua vez se compromete com a defesa de um projeto de sociedade que pode acentuar ou n o as desigualdades socioeducativas Refer ncias BARBOSA Ivone Garcia Pr tica pedag gica na educa o infantil In OLIVEIRA Dalila Andrade DUARTE Adriana Cancella VIEIRA Livia Fraga Dicion rio trabalho profiss o e condi o docente Belo Horizonte UFMG Faculdade de Educa o 2010 BRASIL Lei 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 23 dez 1996 Se ol p p 27833 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_O3 leis I9394 htm gt Acesso em 20 nov 2013 CONAE 2010 Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educa o o Plano Nacional de Educa o Diretrizes e Estrat gias de A o Documento Refer ncia Bras lia MEC 2009 Plano de a es articuladas PAR 2011 2014 Guia pr tico de a es para munic pios Bras lia nov 2011 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa Minist rio da Educa o Instrumento Diagn stico PAR Municipal 2011 2014 Bras lia MEC 2011 6 vers o O Plano de Desenvolvimento da Educa o raz es princ pios e programas Bras lia MEC 2007 lei n 11 494 de 20 de junho de
330. onstitucionais Real a ainda a referida autora que a constru o de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba uma cultura pol tica baseada no respeito m tuo e na negocia o no plano intergovernamental outro elemento importante para o sucesso da coordena o federativa Em resumo pode se assinalar que rela es intergovernamentais regime de colabora o e coordena o federativa s o din micas que se articulam intrinsecamente na organiza o e no funcionamento do estado federativo A forma como essas tr s dimens es se manifestam variam de pa s para pa s e no seu interior de acordo com cada conjuntura econ mica e poli tica Tais particularidades est o exaradas em uma constitui o que determina egalmente compet ncias aos v rios n veis de governo assegurando portanto a autonomia de cada um deles 3 O federalismo brasileiro aspectos de suas particularidades As Constitui es brasileiras de 1891 1937 1946 1967 e 1988 asse guraram a configura o republicana do Estado N o obstante o desenrolar do processo hist rico da estrutura pol tica do Estado brasileiro deixa perceber um movimento c clico de centraliza o descentraliza o do poder Nessa 5 perspectiva o Estado federativo no Brasil tem adotado diversos contornos e arranjos pol ticos e territoriais q
331. onto de vista dos m todos da ci ncia como do conheci mento produzido por ela Tal distin o est pautada em um ju zo de valor e no caso da ci ncia esse ju zo que determina a sua prefer ncia entre outras pr ticas cognitivas S o esses mesmos valores que foram negados pela ci ncia cl ssica por serem considerados aspectos meramente subjetivos e indese j veis que na verdade definem a primazia da ci ncia moderna e atribuem sentido ao conhecimento desta Na busca por rigor e precis o os profetas da ci ncia moderna portanto acabam por reduzir a complexidade do mundo e desqualific lo Os preju zos ao conte do desse saber decorrem da fixa o forma que tem no modelo da matem tica o exemplo de redu o da qualidade quantidade Com isso constr i se um conhecimento que tem como resultado um estreita mento em rela o a outros saberes e mesmo que tenha contribu do para a sobreviv ncia humana n o reverteu em sabedoria para a vida Essa seria a principal falha da ci ncia moderna na vis o de Santos j que o saber da ci ncia n o contribui para a transforma o A ci ncia cl ssica constru da por Isaac Newton 1642 1727 Francis Bacon 1561 1626 Ren Descartes 1596 1650 entre outros procede de modo totalit rio negando o car ter de racionalidade a todas as outras for mas de saber que n o adotem seus princ pios epistemol gicos e suas regras Revista Educa o em Que
332. ooperativos para a formula o e execu o de pol ticas n o podem prescindir dos seguintes elementos distribui o de poder distribui o de autoridade e distribui o de recursos nesse sentido que as pr ticas de interdepend ncia autonomia e interpenetra o rela es cooperativas podem tomar curso na constru o de um federalismo assentado em rela es colaborativas entre os mbitos nacional e subnacional em especial com os munic pios O governo federal tem prerrogativas espec ficas para manter o equil brio federativo e os governos intermedi rios igualmente det m forte grau de autoridade sobre as inst ncias locais ou comunais Mas a singularidade do modelo federal est na maior horizontali dade entre os entes devido aos direitos origin rios dos pactuantes subnacionais e sua capacidade pol tica de protegerse Em povu cas palavras processos de barganha afetam decisivamente as rela es verticais em um sistema federal ABRUCIO 2005 p 15 16 Por fim poss vel asseverar que a coordena o federativa como bem assinala Arretche 2004 pode concretizarse mediante regras legais que obriguem os entes federados a compartilhar decis es e tarefas defini o de compet ncias no terreno das pol ticas p blicas por exemplo pela exist ncia de f runs federativos com a participa o dos pr prios entes como os senados em geral ou que eles possam acionar na defesa de seus direitos como as cortes c
333. or parte de estados e munic pios e a articula o de esfor os entre os entes federados para obter melhores resultados na educa o nacional Em artigo no qual aborda a rela o entre as pol ticas sociais no Brasil e federalismo no Brasil Arretche 2002 mostra que o sucesso ou fracasso das reformas depende da capacidade do poder central para superar o poder de veto implementa o de pol ticas decorrente da baixa integra o vertical de estados federativos Ao lado disso h um conjunto de condi es que contri buem para estruturar as arenas decis rias como as que envolvem medidas complementares p saprova o de emendas constitucionais as quais deslo cam a arena decis ria para a burocracia do executivo onde s o definidas as regras de implementa oaumentando o poder do governo central Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro No caso da educa o o PAR volta se para o desenvolvimento das estrat gias previstas no PDE com vistas melhoria da qualidade da educa o brasileira e segundo Camini 2009 esse plano pode contribuir para reco locar o debate sobre a responsabilidade do estado na indu o de pol ticas p blicas hoje no Brasil A seguir ser analisado o contexto da forma o dos professores 2 A forma o inicial de professores apontamentos te ricos e contextuais Os estudos d
334. orr ncia desse formato distinguem se duas situa es de um lado um jogo defensivo e n o cooperativo e de outro a tentativa de criar forma de coordena o entre os n veis de gover nos De todo modo o resultado desse processo foi a instaura o de um federalismo compartimentalizado no qual vigora uma a o estanque de cada esfera governamental com poucos incentivos para parceria e entrela amento entre as unidades federadas Entretanto outra tend ncia intergovernamental pode ser observada nos ltimos vinte anos Trata se da tentativa de aumentar os meca nismos de coopera o e coordena o entre os n veis de governo ABRUCIO 2010 p 48 49 Numa vis o mais abrangente Costa 2010 p 78 sustenta que ao longo do s culo XX o federalismo brasileiro e suas rela es intergovernamen tais foram marcados pela oscila o entre regimes autorit rios centralizadores e regimes liberais descentralizados o que segundo o autor acabou produ zindo clara instabilidade na din mica institucional no Brasil Como assinala Caffarate 2002 as formas de colabora o exercidas pela coordena o federativa no pa s trazem as marcas da centraliza o uma das caracter sticas do federalismo brasileiro federalismo centr peto Ou seja um federalismo direcionado para o centro caracterizando uma centraliza o consubstanciada na predomin ncia de atribui es para a uni o CAFFARATE 2002 Essa me
335. os Armando 1994 outro aluno mencionou a li o de casa como uma responsabilidade e o direito de todas as pessoas a serem tratadas igualmente Em seguida ele escreveu em espanhol N s n o somos injustos em nossa comunidade n s respeitamos um ao outro E n s resolvemos os problemas con versando com os amigos Se uma pessoa estiver brigando com outra pessoa eu vou impedi las Da mesma forma muitos alunos enfatizaram a responsabi lidade de agir de forma a promover o respeito a diversidade e a equidade Muitos estudantes escreveram sobre o fato de a Sala 18 ter uma linguagem comum mas nem todos compartilhavam a mesma no o de lingua gem comum Alguns alunos citaram espanhol e ingl s como l ngua comum enquanto outros se referiram aos 3 Rs rights respect responsability Pati que bilingue referiu se tens o de se demonstrar respeito aos dois idiomas 30 Quando falamos espanhol e ingl s ou os professores falam as duas l nguas s vezes as pessoas est o falando espanhol ou ingl s ou o professor est falando espanhol ou explicando o e os que falam ingl s come am a falar talvez porque eles n o entendem espa nhol mas eu acho que eles devem tentar ficar quietos e prestar aten o PATI 1994 A perspectiva de Pati indica que as pr ticas democr ticas requerem aten o constante e podem nunca ser plenamente realizadas No entanto mui tos alunos escreveram sobre o car ter bilingue da classe ser um re
336. os e realiza o de pr ticas interdiscipli nares considerando as diretrizes estabelecidas pela Secretaria Municipal de Educa o e os projetos pedag gicos das escolas MOSSOR 2011 p 129 As suba es subsequentes foram direcionadas para a continuidade de cursos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A de aperfei oamento dos profissionais vinculados Secretaria capacitando os para produzir pr ticas avaliativas priorizando as necessidades de aprendiza gem dos estudantes O foco da din mica centrava se no fortalecimento das pr ticas pedo g gicas e na avalia o continua do processo de ensino e aprendizagem A proposta consiste de qualifica o da equipe pedag gica da secretaria municipal de educa o e dos demais componentes da comunidade escolar Contempla a discuss o de crit rios de avalia o dos estudantes conforme as diretrizes emanadas do rg o municipal e dos projetos pedag gicos PP das escolas A outra suba o direcionava se para a discuss o de metodologias de avalia o dos alunos assim como a pr ticas interdisciplinares A partir desse momento sugerida a produ o de um documento orientador das pr ticas pedag gicas bem como a avalia o nas escolas da rede de ensino Ambas suba es se inscreviam na compet ncia municipal Consta
337. os munic pios a qualidade do ensino tamb m avaliada por meio de provas A escola por sua vez tem se organizado peda gogicamente para melhorar os seus ndices pois a nota da escola tem definido a sua qualidade A publiciza o dos resultados dos indices conduzem res ponsabiliza o e mobiliza o social princ pios b sicos da pol tica nacional Entretanto novamente Dourado e Oliveira 2009 alertam que A qualidade da educa o portanto n o se circunscreve a m dias em um dado momento a um aspecto mas configura se como pro cesso complexo e din mico margeado por um conjunto de valores Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira confit como credibilidade comparabilidade entre outros Ratifica se portanto que qualidade da educa o um conceito poliss mico e multifatorial pois a defini o e a compreens o te rico conceitual e a an lise da situa o escolar n o podem deixar de considerar as dimens es extraescolares que permeiam tal tem tica DOURADO OLIVEIRA 2009 p 207 Diante do exposto poss vel concluir que o PAR juntamente com o Ideb tem como prop sito a melhoria da qualidade de ensino Entretanto os documentos orientadores dessas pol ticas n o trazem o conceito de qualidade de ensino socialmente referenciada Trazem uma concep o gerencialista de esc
338. os prestados Prado e P observam que Dessa forma os programas de governo eletr nico assumiram uma posi o privilegiada para a promo o de processos mais abertos e transparentes de governan a com a disponibiliza o de infor ma es por parte dos governos e dos diversos atores assim como de mecanismos de participa o e opini o dos governados nos processos pol ticos Representantes eleitos e a burocracia governa mental protagonistas centrais de decis es pol ticas relevantes para toda a sociedade ficariam assim mais perme veis ao seu escruti nio e opini o da sociedade Dai quase obrigat rio inferir que o governo eletr nico pode tratar de um aperfei oamento da pr pria democracia PRADO PO 2010 p 5 Dessa forma o Governo Eletr nico por meio da Internet se consti tuiria um ve culo de aproxima o e comunica o entre Estado e sociedade governo e cidad o Consoante com essa ideia Medeiros e Guimar es ressal tam que Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi sabili seus gera A Internet como ve culo de aproxima o do Estado com o cidad o o principal instrumento para a consecu o dos planos de fazer o governo cada vez mais eletr nico A inten o com a presen a governamental na web tornar o aparato administrativo menos aparente de forma presencial mas ao mesmo te
339. os quanto de momentos de confli tos e resolu es de problemas o que significou que o grupo se sentia seguro para fazer o mesmo As pr ticas de sala de aula que foram co constru das na Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim sala 18 geralmente criavam oportunidades para que os alunos participassem ativamente do di logo da resolu o de problemas e da constru o de uma comunidade em um ambiente diversificado Atrav s da investiga o da consi dera o cr tica e de m ltiplas perspectivas essas pr ticas tamb m contribu ram para o rigor acad mico Uma comunidade democr tica que reflete e respeita as perspectivas de seus membros que partilha a responsabilidade de construir essa comuni dade de forma equitativa tem o potencial de ser transformadora No entanto alguns acad micos t m apontado que a transforma o n o pode ocorrer por meio de pr ticas democr ticas que n o sejam tamb m cr ticas nas quais os alunos examinam como o poder est estruturado na sociedade contempord nea CUMMINS 1994 FREIRE 1970 JENNINGS PARRA MEDINA MESSIAS MCLOUGHIIN 2006 NIETO BODE 2008 SHOR 1992 Em uma comunidade de aprendizagem cr tica e democr tica os membros questionam e analisam os processos sociais e pol ticos que moldam a nossa sociedade e desenvolvem a es individuai
340. ou numa reuni o do grupo que se denominou Grande rea de Humanidades O relat rio dessa reuni o estabeleceu o entendimento do n vel de excel ncia dos programas de humanidades e apontou o lugar central que os livros deve riam ocupar na avalia o dos programas da Area por constitu rem uma forma apropriada de express o e divulga o de seus produtos cient ficos HORTA MORAES 2005 No ano de 2004 no processo de avalia o dos programas no tri nio foi realizada a elabora o do Qualis Eventos do Qualis Peri dicos e dos crit rios de recomenda o de livros para a rea de Educa o A partir de ent o houve a inclus o de livros e de cap tulos de livros na avalia o da produ o intelectual dos programas da rea Ainda em 2004 a GACH espe cificou os crit rios para a Qualifica o de produ o bibliogr fica e art stica de excel ncia A Avalia o Trienal dos cursos na Capes desenvolvida pelos comit s de rea formados por consultores acad micos escolhidos dentre profissio nais de comprovada compet ncia em pesquisa e ensino de p s gradua o Embora com uma autonomia restrita esses comit s s o respons veis por parte dos crit rios e diretrizes dessa avalia o e pela sua divulga o em docu mentos pr prios de cada rea Entre suas atribui es compete aos comit s Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 137 138 Artigo Avalia o
341. outros membros compartilhavam seus pensamentos e Irene os acrescentava lista no quadro ela sinalizou a import ncia de revisarem o pensamento individual ao integrarem as ideias dos outros s pr prias Ela disse classe Lembrem se voc s podem adicionar sua lista qualquer coisa que ouvirem e em seguida perguntou se estavam escrevendo alguma das pala vras que ela havia colocado no quadro Mais uma vez Irene estava criando oportunidades para os alunos constru rem o conhecimento juntos e para reve rem o seu pr prio pensamento depois de considerarem outras perspectivas Irene ent o escreveu essa lista em espanhol e disse em voz alta cada palavra em espanhol Ao escrever em espanhol as contribui es dos alunos que foram dadas em ingl s Irene novamente ressaltou o status equita tivo de ambas as l nguas nessa turma e a import ncia de todos os membros da comunidade terem acesso s sugest es uns dos outros na constru o do conhecimento comum Irene dessa maneira criou um espa o para que os alunos se expressassem em espanhol Ap s as quatro primeiras contribui es terem sido dadas por alunos falantes do ingl s Irene perguntou em espanhol se algu m gostaria de compartilhar seus pensamentos em espanhol sendo prontamente atendida por um dos alunos Esse pedido indicou que a Sala 18 n o era uma classe na qual ideias deveriam ser transmitidas apenas em ingl s a ser traduzido para o espanhol mas tamb m onde o conhecimen
342. p Sociedade Campinas v 33 n 119 p 379 404 abr jun 2012 GERMANO Jos Willington Estado militar e educa o no Brasil 4 ed S o Paulo Cortez 2005 LUCKESI Cipriano Carlos Avalia o da aprendizagem escolar estudos e proposi es 15 ed S o Paulo Cortez 2003 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de Queiroz LUDKE Menga ANDRE Marli Apesquisa em educa o abordagens qualitativas S o Paulo EPU 1986 MOSSORO RN Prefeitura Municipal Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o Plano de A es Articuladas PAR Mossor RN abril de 2007 MOSSORO RN Prefeitura Municipal Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o Plano de A es Articuladas PAR Mossor RN abril de 2011 Prefeitura Municipal Lei n 2 717 de 27 de dezembro de 2010 Institui a pol tica de responsabilidade educacional no munic pio e d outras provid ncias Mossor RN Mossor RN Pal cio da Resist ncia 2010 ROM O Jos Eust quio Avalia o dial gica desafios e perspectivas 9 ed S o Paulo Cortez 2011 RUA Maria das Gra as An lise de pol ticas p blicas conceitos b sicos In RUA Maria das Gra as CARVALHO Maria Izabel V Org O estudo da pol tica t picos seleciona dos Bras lia Paralelo 15 1998 SAUL Ana Maria Avela A
343. par em s rie mediante determinadas qualida des cor forma dimens o som textura peso temperatura etc Trata se de uma gradua o em que a diferen a de objeto a objeto varia regularmente p 105 Para tanto deve se isolar apenas uma qualidade do material A fim de trabalharo sentido visual por exemplo amestra apresenta a crian a objetos id nticos de modo a se identificar apenas uma diferen a a cor Al m do principio de isolamento os materiais devem conter controle do erro est tica possibilidade de autoatividade e limites Nesse modo de ensinar e educar amestra deve dar a sua li o com simplicidade objetividade e veracidade mediante tr s tempos i pronunciar os nomes e adjetivos dos objetos com exatid o este liso este spero ii comprovar se a crian a apreendeu a sua propriedade apontando qual objeto liso ou spero iii pronunciaro nome da qualidade de cada objeto conforme pergunta da mestra como isto Se a crian a apreendeu o nome da propriedade responder isto liso ou isto spero n Os rg os dos sentidos segundo Maria Montessori s o rg os de apreens o que estimulamo entendimento das imagens do mundo exterior como a m o o rg o de apreens o damat ria Por essa raz o a Pedagogia Experimental destinada a elevar a intelig ncia dever eleva
344. pecialistas da educa o comunidade escolar e alunos em sua elabora o Visa tamb m o envolvimento dos entes federados para a alcan ar sua principal meta Para tal estados e munic pios utilizam instrumentos que possibilitam um levantamento da realidade educa cional com o foco em quatro dimens es Gest o Educacional Forma o de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa Professores e dos Profissionais de Servi o e Apoio Escolar Pr ticas Pedag gicas e Avalia o e Infraestrutura F sica e Recursos Pedag gicos Este estudo tem como foco a terceira dimens o do PAR que envolve os processos de elabora o e organiza o das pr ticas pedag gicas e a avalia o No tocante s praticas pedag gicas essa dimens o focaliza o trabalho dos coordenadores e supervisores pedag gicos nas escolas e os indicadores dessa a o referem se presen a desses profissionais na escola realiza o de reuni es pedag gicas defini o de hor rios de trabalhos pedag gicos para discuss o dos conte dos e metodologias de ensino ao est mulo s pr ticas pedag gicas fora do espa o escolar assim como exist ncia de programas de incentivo leitura para o professor e o aluno No que concerne avalia o os indicadores s o pautados nas for mas de avalia o da aprendizagem na utiliza o
345. pelos programas nas avalia es trienais HORTA MORAES 2005 Entrevistado por haverocu pado o cargo de coordenador da rea de Educa o na Capesentre 2004 e 2006 o professor Robert Verhine lembra outras iniciativas da pol tica brasileira de p s gradua o que sintonizam tend ncias internacionais Entre elas conto se o mestrado profissional promovido nos anos 90 bem como a nfase na pesquisa na inova o na busca de padr es internacionais de excel ncia e no interc mbio entre docentes e discentes do pa s e do exterior Segundo o Relat rio de Avalia o 2010 2012 Trienal 2013 Os principais indicadores de tal excel ncia s o a produ o cien t fica veiculada tanto em peri dicos indexados quanto em livros Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 133 134 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o principal forma de express o da produ o da rea no mbito nacional e internacional a participa o em redes institucionais de pesquisa interc mbio de docentes e discentes o potencial de for ma o de pesquisadores com perfil compat vel com os dos centros de excel ncia no exterior a capacidade de nuclea o de ativi dades de pesquisa nas reas do programa e a inser o social BRASIL 2013 p 39 A classifica o dos peri dicos feita pelo Sistema Qualis transformou se em outra das dimens es da influ ncia
346. pol tica e com o conceito de perfor matividade de Ball e com o conceito de campo cient fico de Bourdieu Contexto de influ ncia e contexto de produ o de texto Tendo como refer ncia esses dois contextos foi poss vel observar influ ncias internacionais e nacionais reveladas na atual pol tica de p s gradua o As influ ncias internacionais na estrutura da p s gradua o brasileira t m ra zes hist ricas Verhine 2008 argumenta que o modelo brasileiro de p s gradua o h brido express o de um ajuste entre caracter sticas do modelo americano profissional e do modelo europeu tutorial s particularidades da educa o brasileira Ao longo das d cadas de 1980 e 1990 no mbito pol tico e eco n mico mundial ocorreram mudan as como a diminui o das fronteiras nacionais o crescimento de conglomerados econ micos e da competitividade tecnol gica que levaram as institui es de ensino superior IES a enfatizar a produ o em Ci ncia Tecnologia e Inova o CT amp I Em particular as mudan as no processo de avalia o de programas de p s gradua o pela Capes ao longo da d cada de 1990 acompanharam a import ncia mundial dada aos investimentos em CT amp I Nessa perspectiva definiu se um novo modelo de avalia o centrado na pesquisa e na produ o cient fica com vistas ao estabelecimento da qualidade dos cursos e aloca o de recursos financeiros de acordo com as notas obtidas
347. pria comunidade bem como Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim o conhecimento gerado a partir de processos de investiga o acad mica A turma ent o utilizou se do conhecimento constru do pelos membros da comu nidade como um recurso e apoio para a pr xima atividade desse evento mais uma vez sinalizando que o conhecimento din mico e pode ser reciclado ADSONSBILLINGS 1994 Os alunos usaram sua pergunta da enquete como um recurso enquanto participaram de uma rodada de Family Feud Ao final do primeiro dia de aula os membros da Sala 18 j tinham come ado a dar forma a certas pr ticas acad micas e da sala de aula Primeiro eles tiveram v rias oportunidades para construir o conhecimento em diferentes espa os interacionais Em vez de ouvirem as ideias que Irene tinha de comunidade entrevista e enquete eles geraram esse conhecimento como uma turma a partir da media o feita por lrene que escreveu as ideias deles no quadro Os alunos do mesmo modo escreveram suas ideias individualmente e em grupo A maior parte do conte do com o qual trabalharam naquele dia foi gerada pelos alunos Durante o ano letivo uma s rie de textos e materiais seria usada no entanto era importante para Irene nos primeiros dias da aula utili zar e validar o conhecimento dos alunos Irene teve a responsabilidade
348. professores e dos alunos Nesse sentido afirma 4 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba ao fixar a avalia o da qualidade do ensino ao IDEB que se baseia na an lise de desempenho pelos resultados em termos de notas em testes padronizados e em taxas de evas o e repet ncia certos fatores conjeciurais como as condi es socioecon micas e culturais das redes das escolas e dos alunos as condi es de trabalho dos professores e demais profissionais do ensino s o negligenciados VOSS 2011 p 58 Pode se considerar que o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o um programa estrat gico do Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE Apresentado como parte do Programa de Acelera o do Crescimento PAC ele caracterizado como o PAC da Educa o Dentre os princ pios que pautam o Plano de Desenvolvimento da Educa o est o a vis o sist mica da educa o a partir da qual se busca considerar a inter depend ncia e import ncia entre todos os n veis e modalidades de ensino territorialidade por meio do qual se busca a unidade do sistema nacional sem desconsiderar a multiplicidade que caracteriza o conjunto dos sistemas como caminho para a qualidade responsabiliza o e mobiliza o social que defende o envolvimento da classe pol tica e da sociedade c
349. r Social e nesse contexto os neoliberais consideravam que o car ter intervencionista que esse modelo de organiza o do Estado assumia demandava muitos gastos p blicos destru a a liberdade dos cidad os e inibia a livre concorr ncia Nesse sentido aposto vam que o modelo de Estado neoliberal era a solu o para a crise econ mica que se vivenciava As bases de sua pol tica econ mica oriunda do s culo XX cujos principais representantes s o Hayek e Friedman tem como princ pio o estabelecimento do Estado M nimo ou seja a inibi o da interfer ncia do Estado Nacional na economia e nas pol ticas sociais para se tornar um ente regulador Como afirma Anderson o neoliberalismo Trata se de um ataque apaixonado contra qualquer limita o dos mecanismos de mercado por parte do Estado denunciadas como uma amea a letal liberdade n o somente econ mica mas tam b m pol tica ANDERSON 1995 p 1 Ainda de acordo com Anderson 1995 s o caracter sticas das pol ti cas neoliberais a contra o na emiss o monet ria a eleva o das taxas de juros a diminui o dos impostos sobre os rendimentos altos a elimina o de controles sobre os fluxos financeiros o desemprego maci o e o entrentameto do movimento organizado dos trabalhadores por meio de uma nova legisla o antissindical o corte nos gastos sociais e a privatiza o dos servi os p blicos A redefini o do papel do Estado na perspectiva n
350. r com esses saberes ou at mesmo integr rlos de modo a estabelecer acordos provis rios e promover as mudan as necess rias N o tarefa f cil pois preciso proceder sem desrespeitar o saber popular e sem impor o saber t cnico J a ci ncia n o pode integrar se simplesmente ao conhecimento comum tarefa imposs vel ou mesmo ut pica sob o risco de descaracteri zarse E poss vel que possuidores desses diferentes conhecimentos dialoguem e troquem saberes a exemplo das pesquisas cient ficas iniciadas a partir do saber popular que acredita na influ ncia da Lua no desenvolvimento da agri cultura mas n o ao ponto de se confundirem numa totalidade heterog nea e ecl tica Isso n o exclui que o cidad o n o possa a partir do di logo e da integra o dos pontos em comum desses saberes encontrar um bom senso ou aquilo que seria a sabedoria para a vida proposta no corpus da perspectiva transformadora Assim o ponto problem tico da perspectiva transformadora a dilui o das peculiaridades de cada saber resultando num relativismo Se s o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 Artigo Fernanda Nunes da Rosa Mangini Lucidio Bioncren EO os ju zos de valor que determinam a prefer ncia pela ci ncia como explica Santos 1989 n o s o quaisquer valores que fazem dela uma atividade dife rente de outras S o valores espec ficos como a racionalidade coer n
351. r esses dois meios de atividade os sentidos e as m os Os Exerc cios sensoriais consistem A pedra de toque para observar como a crian a aprendeu a p r cada coisa em seu lugar p 166 O ensino do sil ncio favorecedor da disciplina motora e mental os exerc cios dos mecanismos da intelig ncia indispens vei sao controle do l pis na m o e sentido de dire o das formas letras e n meros e as percep es t teis visuais e auditivas necess rias correspond ncia sonora e grdticae s diferencia es de propriedades constituem portanto Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 248 252 set dez 2014 Resenha Hercilia Maria Fernandes Marta Maria de o os materiais de desenvolvimento que direcionam gradualmente jomodo de ensinar e educar a crian a na sala de aula infantil A Linguagem gr fica a Leitura a Numera o e inicio x fue H H H a o gt A H o aritm tica o Desenho a M sica a Educa o religiosa e a Disciplina integram conjuntamente uma s rie de exercicios que constitui a educa o da primeira inf ncia mediante Ordem e progress o na apresen ta o do material Isto sucess o de graus da Pedagogia Experimental Em outras palavras representa o m todo da educa o sensorial refletido aplicado e analisado pela educadora Maria Montessori
352. ra mente o como devem ser escriturados 83 Os Recebedores quando algum fabricante for manifestar a por o de gua ardente que tiver na respectiva f brica para consumo lhe far primeiro prestar os juramentos dos Santos Evangelhos para debaixo do mesmo declarar a verdade e depois deste far assento das canadas quartilhos no caderno que acima se refere e cobrar no mesmo ato dos manifestantes o subs dio a raz o de dez r is por canada S4 Como os Recebedores destas coletas na forma dita que devem ser nomeados pelas C maras e perante quem os Fabricantes h o de fazer os manifesto n o s o pessoas aptas para diferir os juramento aos manifestantes e porque atendido a dificuldade de irem os mesmos manifestantes imediatamente as C maras fazer o manifesto para obviar um e outro embara o dever o as C maras nas mesmas provis es que passarem aos ditos Recebedores declara lhes comiss o para eles deferirem aos ditos juramentos sanando se deste modo toda a falta de solenidade e jurisdi o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 245 Documento 246 Instru es para arrecada o do subs dio liter rio nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil 85 Os Recebedores em seus respectivos Distritos faram p blico que sendo denunciado qualquer fabricante de na sua pr pria casa vender ou extrair alguma por o de gua ardente sem haver dado ao manifesto a pena em que incorre
353. ralizaci n de la gesti n a las escuelas y calidad de la educaci n mitos o realidades In COSTA Vera L cia Cabral Org Descentraliza o da educa o novas formas de coordena o e financiamento S o Paulo Cortez 1999 CHUEIRI Mary Stela Ferreira Concep es sobre a avalia o escolar Estudos em avalia o escolar v 19 n 39 p 49 64 jan abr 2008 COHEN Ernesto FRANCO Rolando Avalia o de projetos sociais RJ Vozes 1999 COHEN Ernesto FRANCO Rolando Federalismo e rela es intergovernamentais impli ca es para a reforma da educa o no Brasil Educ o amp Sociedade Campinas v 31 n 112 p 729 748 jul set 2010 DIAS SOBRINHO Jos Avalia o pol ticas educacionais e reformas da educa o superior S o Paulo Cortez 2013 ESTEBAN Maria Teresa A avalia o no processo ensino aprendizagem os desafios pos tos pelas m ltiplas faces de cotidiano Revista Brasileira de Educa o n 19 p 129 138 jan abr 2002 FORMOSINHO Jo o FERNANDES Ant nio Sousa MACHADO Joaquim Contratos de autonomia para o desenvolvimento das escolas portuguesas In FORMOSINHO Jo o FERNANDES Ant nio Sousa MACHADO Joaquim FERREIRA Henrique Autonomia da escola p blica em Portugal Porto Funda o Manuel le o 2010 FREITAS Luiz Carlos de Os reformadores empresariais da educa o da desmoraliza o do magist rio destrui o do sistema p blico de educa o Educa o am
354. ram se nos resultados das avalia es sist micas Nesse sentido pode se considerar que h uma subordina o das Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 205 206 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino pr ticas pedag gicas aos resultados das institui es As escolas criam mecanis mos para elevar os seus indices sem a preocupa o com a natureza e com a especificidade da educa o Essa pr tica limita as possibilidades de crian as e jovens das classes populares terem acesso aos conhecimentos que s o exclu idos em nome do b sico que s o de suma import ncia para a forma o cidad e cujo acesso s poss vel na escola Desse modo fica evidente que as avalia es externas e a busca desen freada para elevar os ndices definem as pr ticas pedag gicas a avalia o da aprendizagem e at mesmo o conte do ministrado em sala de aula Talvez seja porque a concep o de qualidade da educa o presente no PAR ainda esteja restrita ao alcance das metas propostas no plano ou seja melhoria das notas do Ideb no pa s estados munic pios e institui es escolares Do ponto de vista pol tico tem se um debate em torno da quest o das pr ticas pedag gicas e da avalia o ao mesmo tempo necess rio e com plexo para ser feito pois est intimamente relacionado quest o da qualidade educaci
355. ramita o resultou na Lei n 13 005 de 25 de junho de 2014 No entanto embora fa a refer ncia Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 19 102 Artigo O Plano de A es Articuladas PAR perspectivas e desafios na melhoria da qualidade do ensino import ncia das Confer ncias Educacionais realizadas o texto final n o tra duziu a riqueza do debate e desconsiderou quest es importantes deliberadas pela Conae O esfor o da sociedade brasileira agora ser garantir que os representantes do povo no Congresso Nacional que acompanharam as discus s es nas Confer ncias Educacionais defendam a concretiza o das propostas elaboradas Espera se que com a aprova o desse Plano as metas que foram definidas apontem na dire o de garantir de fato a todos e a cada um uma educa o de qualidade socialmente referenciada Para a concretiza o dessa qualidade o Minist rio da Educa o aposta no Plano de A es Articuladas como um instrumento eficaz de gest o O Plano de A es Articuladas PAR suas dimens es perspectivas e desafios O Plano de A es Articuladas PAR concebido no contexto do Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE em abril de 2007 foi apresentado pelo Minist rio da Educa o MEC como um planejamento din mico da edu ca o Na perspectiva de seus idealizadores tem configurado um importante instrumento de gest o da educa o dos Munic p
356. rando A competitividade econ mica a equidade social e o desempenho do cidad o s o simultanea mente impactados pela educa o BRASIL 2008 p 16 Compreendendo a qualidade como objetivo estrat gico para o desenvolvimento da Na o o Governo Federal formulou e executa o Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 103 104 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Enquanto plano executivo desdobra se em programas espec ficos organizados em quatro eixos educa o b sica educa o superior educa o profissional e alfabetiza o Re ne a es articuladas com abordagem no sis tema educativo nacional e nos diferentes n veis de ensino Nesse sentido alerta a sociedade sobre a import ncia da participa o de pais estudantes profes sores e gestores e os compromete em iniciativas que vislumbram o acesso a perman ncia e o sucesso dos estudantes no processo de escolariza o Acena com a parceria p blicoprivado que se consolida no movimento Compromisso todos pela Educa o integrado por empres rios brasileiros A partir dele foi produzido o Plano de Metas Compromisso todos pela Educa o ao qual aderiram os governos subnacionais comprometendo se a cumprir suas vinte e oito diretrizes Imprimem se pois metas e a es que representam a conjuga
357. rasil em especial para a legitima o da pesquisa da rea da Educa junto comunidade acad mica Argumentam sobre os pontos positivos d avalia o considerando que ela feita por pares que garante um uso mais racional e adequado do dinheiro p blico e um incentivo pesquisa espe cialmente em programas de institui es particulares tradicionalmente mais voltadas para o ensino a O O a Com base nessas aprecia es a maior parte dos entrevistados rebate as cr ticas de outros representantes da rea da Educa o que entendem ser o modelo de avalia o da Capes homogeneizador e produtivista O grupo defende as exig ncias da avalia o em rela o quantidade e qualifica o das publica es docentes e n o v como negativa a generaliza o dos crit rios das Ci ncias Exatas e Naturais que reconhece como sendo as reas mais consolidadas no campo cient fico A Educa o considerada uma rea cujo desenvolvimento tardio como campo de investiga o cient fica teria consequ ncias que s o sentidas at os dias atuais Prova disso de acordo com os coordenadores entrevistados o fato de a rea da Educa o s ter atingido a nota 7 na Avalia o Trienal 2010 al m de ter em compara o e em propor o s outras reas dentro da Capes um n mero reduzido de programas considerados de excel ncia O produtivismo outro tema recorrente e que divide posi es entre os coordenadores dos pro
358. res Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A indicador com o fortalecimento da assist ncia individual coletiva aos alunos que apresentam dificuldade na aprendizagem MOSSOR 2011 p 130 A a o desencadeada nessa demanda foi mais consistente pois enquanto no PAR anterior voltava se para a qualifica o das equipes neste a pretens o era garantir durante todo o ano letivo as condi es necess rias para atendimento dos alunos com dificuldades de aprendizagem Diferentemente do PAR de 2007 que trazia suba es nesse indicador promovidas com apoio t cnico do MEC em 2011 todas s o de responsabi lidade do munic pio Das tr s suba es de compet ncia desse ente no antigo PAR fica exclu da do atual a de promover o acompanhamento do apoio ao atendimento individual e coletivo aos alunos com dificuldades de apren dizagem Essa exclus o demonstra a descontinuidade de um dos principais aspectos da avalia o que construir as condi es para o acompanhamento dos avan os ou estagna es das aprendizagens dos alunos o que pode com prometer as demais suba es desse indicador prov vel que o fato decorra da l gica gerencial predominante nas pol ticas educacionais brasileiras e em particular no munic pio de Mossor Conforme essa l gica os entes federados e as institui es de ensino s o corres pons veis pela defini o controle e avalia o das metas sendo qu
359. resenta se como uma tarefa excessivamente complexa e tem gerado diferentes conflitos Essa indefini o fez com que o novo Plano Nacional de Educa o 2014 2024 aprovado pela Lei n 13 005 de 25 de junho 2014 reiterasse essa mat ria como pilar importante para garantir que as pol ticas educacionais atendam a um maior n mero de alunos com qualidade e equidade estabe lecendo entre outras as seguintes diretrizes universaliza o do atendimento escolar supera o das desigualdades educacionais e melhoria da qualidade da educa o O novo Plano Nacional de Educa o 2014 se prop e a criar as bases para a constru o de uma educa o nacional a partir da intera o dos diversos sujeitos sociais que expressem de forma plural as suas concep es de mundo e de educa o para que dessa forma seja poss vel elaborar um referencial de qualidade para o pa s constru do democraticamente Em rela o ao PNE 2001 o PNE de 2014 traz um avan o significativo no que se refere institui o do Sistema Nacional de Educa o O art 13 prev que o poder p blico dever instituir em lei espec fica conta dos 2 dois anos da publica o desta Lei o Sistema Nacional de Educa o respons vel pela articula o entre os sistemas de ensino em regime de colabora o para efetiva o das diretri zes metas e estrat gias do Plano Nacional de Educa o BRASIL 2014 Esses foram os principais marco
360. reser tamos algunas conclusiones que muestran el sentido PAR ante la NGP como una faceta de el gerencialismo en la educaci n Palabras clave Pol tica educativa Gerencialismo Gesti n de la educaci n A condu o das pol ticas p blicas vem passando por importantes mudan as quanto sua implementa o gest o monitoramento e avalia o A busca por mais efetividade na realiza o dessas pol ticas cada vez mais reclamada por diferentes setores sociais Nesse sentido a perspectiva do pla nejamento e do controle social sobre essas pol ticas tem assumido contornos diversos seja com a cria o e institucionaliza o de org os e institui es que assumem essa tarefa seja com o desenvolvimento de novos modelos e ferramen tas de gest o Novos marcos conceituais v m se consolidando na dire o de fortale cer modelos de gest o de car ter gerencial Princ pios e diretrizes que vinham sendo constru dos no campo da gest o da produ o no setor privado v o sendo crescentemente incorporados nos modos de se pensar e realizar a gest o p blica Planejamento estrat gico efici ncia e efic cia controle social respon sabiliza o v o se consstituindo em pilares orientadores dessa nova gest o p blica Ao lado desses pilares tamb m a incorpora o das novas tecnologias da informa o e comunica o vem configurando um elemento estruturante nessa nova gest o p blica o que ajuda a compreender os contornos de
361. ricos que est o presentes no fazer e no agir rotineiro do ser humano nas rela es com ele mesmo e com os outros Um exemplo dessa linguagem coti diana o ato de dirigir um autom vel ou de usar um martelo PAVIANI 2009 No entanto nesta perspectiva n o poss vel demarcar fronteiras r gi 02 das entre os saberes cient fico e popular tendo em vista que nenhum deles est livre das intera es com o outro n o havendo um conhecimento cien t fico ou popular puro Isso n o significa entretanto defender uma relativa interdisciplinaridade entre eles Pelo contr rio parece mais adequado falar em uma multidisciplinaridade entre esses saberes levando em conta as suas diferen as e evitando cair em homogeneiza es simplificadoras Mesmo por que no di logo com o conhecimento popular o importante alcan ar o motor epistemol gico JANTSCH BIANCHETTI 2011 p 174 isto o avan o do conhecimento que por sua vez se traduz no desenvolvimento da alta ci ncia e tecnologia O conhecimento popular todavia um conhecimento que se almeja superar pois indica um modo subalterno de se relacionar e de se apropriar do complexo chamado conhecimento Os autores que se enquadram nesta perspectiva consideram como conhecimento do povo todo aquele que n o cient fico geralmente um saber atribu do s pessoas das camadas popula res cujas condi es socioecon micas s o limitadas mas na verdade n o se r
362. rie levando em conta as especi ficidades lingu sticas e culturais de comunidades ind genas quando existem Tamb m foi contemplada a elabora o do plano com o objetivo de regularizar o fluxo escolar na rede de ensino municipal com prazos definidos a partir da identifica o dos alunos com aprendizagem defasada Contou com a assist n cia t cnica do MEC por meio do Programa de Corre o de Fluxo Escolar com atividades pautadas no Guia de Tecnologias Educacionais tendo por objetivo reverter a situa o de fracasso escolar MOSSOR 2011 Assim entendemos que a proposta de corre o de fluxo no PAR uma express o das pol ticas delineadas na Declara o Mundial sobre Educa o para Todos 1990 Satisfa o das Necessidades B sicas de Aprendizagem Nelas a aprendizagem constitui se no argumento do sucesso a ser mantido e ou do fracasso escolar que deve ser superado Essa perspectiva relaciona se com a centralidade que atribu da educa o b sica como imperativo das for as mercadol gicas que associam o baixo desenvolvimento econ mico ao patente fracasso escolar pois compat vel com a principal meta dessa decla ra o promover a educa o de todos os cidad os do planeta Nesse princ pio de universaliza o da educa o e do ensino apren dizagem conflui a perspectiva de qualidade associada produtividade n o apenas material mas tamb m relativa ao conhecimento constru o de valores cu
363. rie ou ano de escolaridade Assim nunca demais insistir que a corre o do fluxo escolar evidencia os prop sitos pol ticos de universaliza o do Ensino Fundamental de melhorar os indices educacionais transferindo no entanto responsabilidades da Uni o para os Estados munic pios Distrito Federal e institui es de ensino Considera es finais A avalia o processual proposta no PAR decorre dos compromissos assumidos pelos pa ses que subscreveram o pacto pela melhoria dos resulta dos da educa o em Jomtien 1990 Focalizadas em a es que orientam as estrat gias para a aprendizagem as pol ticas induzem a que nas escolas as equipes pedag gicas e os professores assegurem assist ncia individual e coletiva aos alunos que enfrentam dificuldades em aprender Assim o fluxo escolar pode ser corrigido mantendo o equil brio entre a idade s rie ou ano de escolaridade 4 Esse um dos principais objetivos do PAR enquanto contribui o ao desenvolvimento de aprendizagens de habilidades compet ncias atitudes e valores necess rios forma o integral dos estudantes As inten es e as pr ticas inerentes ao programa s o conduzidas de modo a proporcionar melhoria nos resultados do ensino Estes supostamente t m como consequ ncia direta a melhoria da aprendizagem repercutindo portanto nos ndices educacionais Conforme essa l gica a melhoria da aprendizagem implica a defini o de indicadore
364. rita individual de acad mica qT std aos na lingua prefer Responsabilidade com ge ean ae Ida partilhada pela apren Decidir as quest es para dizagem o jogo coletivo Perspectivas diferentes Fazer as perguntas es s o valorizadas colhidas o grupo tem de Constru o social do marcar as respostas significado atrav s da ex Usar as respostas para o peri ncia jogo Conhecimento reciclado 9min DISCUTINDO AS A professora distribui as Igualdade no status das CARTAS cartas em espanhol e em duas l nguas Professora compor tilha suas cartas Primeiro dever de casa ingl s A professora pede que os alunos respondam as cartas Informa o pessoal valo rizada como conhecimen to acad mico Individualidade da comunidade dentro Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim 1 1 Compartilhando e revisando o conhecimento definindo comunidade O primeiro dia come ou com os alunos escolhendo seus pr prios assentos se familiarizando uns com os outros atrav s de um jogo com seus nomes e votando sobre a disposi o dos assentos para esse jogo Assim nos primeiros minutos de aula a responsabilidade do estudante nas tomadas de decis o foi destacada e o conhecimento pessoal validado Ao introduzir a atividade seguinte Irene sinalizou conc
365. riza o dos setores p blicos e regula o estatal das atividades p blicas conduzidas pelo setor privado e uso de ideias e ferramentas gerenciais advindas do setor privado PAULA 2005 p 47 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa Cova EIN Em face desses apontamentos na NGP foram difundidas ideias como a superioridade do setor privado em rela o ao setor p blico a proposi o de solu es t cnicas e pr ticas administrativas formuladas no mundo empre sarial aplicadas em institui es p blicas o ideal da produtividade a press o pela efici ncia a busca pela excel ncia por meio da regula o e do controle e ainda a cren a em tecnologias gerenciais que permitiriam as atividades organizadas Segundo as diretrizes da Nova Gest o P blica os servi os p blicos delegados aos setores privados ofereceriam mais resultados seriam mais efi cientes e satisfat rios o que conduziria crescente privatiza o dos servi os p blicos A delega o dessas responsabilidades para o setor privado tem como um de seus desdobramentos a consolida o de mecanismos de regula o por parte do Estado sobre os servi os prestados Em suma Nova Gest o P blica significa uma perspectiva de organi za o e funcionamento do Estado que tem como pilares a aten o focada nos resultados verificando se h efici ncia q
366. rsidade Federal do Rio Grande do Norte 2008 Entrevista ANTONIO Entrevista Natal 5 maio 2010 Artigo ou mat ria de Jornal CUNHA Ra ra M rcia da SANTOS Nilzete Moura Educa o e fam lia O Estado de S Paulo S o Paulo p 4 15 set 2013 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 253 258 set dez 2014 Normas Documentos eclesidsticos FREGUESIA DA GLORIOSA Sant Ana do Serid Termo de matrim nio de Ana Joaquina do Sacramento e Francisco Correia d Avila Vila Nova do Pr ncipe 1812 In MEDEIROS FILHO Olavo de Velhas fam lias do Serid Bras lia Centro Gr fico do Senado Federal 1981 FREGUESIA DA GLORIOSA Sant Ana do Serid Assento de bito de Caetano Barbosa de Ara jo Vila Nova do Pr ncipe 1842 In MEDEIROS FILHO Olavo de Velhas fam lias do Serid Bras lia Centro Gr fico do Senado Federal 1981 Testamento SILVA Caetano de Souza Testamento Caic Freguesia da Gloriosa Senhora Sant Ana 1890 Documento manuscrito de 22 de julho de 1890 sob a guarda do Laborat rio de Documenta o Hist rica do Centro de Ensino Superior do Serid LABORDOC Caic Testamentos e autos de contas NASCIMENTO Joaquina Maria do Testamento e autos de contas Vila do Pr ncipe Freguesia da Gloriosa Senhora Sant Ana 1850 Documento manuscrito de 20 de agosto de 1850 sob a guarda do Laborat rio de Documenta o Hist rica do Centro de Ensino Superior do Serid LABORDOC
367. rspectiva hist rico cultural Para investigar os processos e as caracter sticas das pr ticas demo cr ticas em salas de aula levou se em considera o uma perspectiva hist rica e cultural Primeiramente a fim de ver esses processos em curso impor tante analisar e desvelar as intera es dos membros de uma turma momento a momento face a face BLOOME BAILEY 1992 CAZDEN 1986 GREEN 1983 GUTIERREZ 1993 RAFOTH RUBIN 1988 SANTA BARBARA CLASSROOM DISCOURSE GROUP 1992 1993 Atrav s dessas intera es a professora e seus alunos negociam e co constroem o que significa o que conta HEAP 1980 1991 e o que valorizado pela turma A partir de uma perspectiva cultural COLLINS GREEN 1992 preciso ver como essas a es e intera es quando repetidas de forma padronizada ao longo do tempo se tornam pr ti cas SPRADLEY 1980 Pesquisas sobre a organiza o da sala de aula sugerem que as pr ticas iniciadas nas primeiras semanas influenciam muito as intera es sub sequentes ao longo do ano letivo DOYLE 1979 1986 EMMER EVERTSON ANDERSON 1980 Essas pesquisas focalizaram o papel do professor na defini o das regras e procedimentos da turma O presente estudo baseia se nessas pesquisas para examinar como durante o primeiro dia de aula a professora co construiu com seus alunos impl cita e explicitamente as normas e as expectativas para trabalharem e viverem juntos como uma comunidade de
368. s a reorganiza o do sistema de avalia o com a cria o do Ideb e o princ pio da responsabiliza o a reorganiza o do financiamento com cria o do Fundeb a cria o do sistema nacional de forma o de professores e estabelecimento do piso salarial nacional da categoria e por fim a cria o de um instrumento jur dico que estabelece um novo regime de colabora o entre os entes federados agora firmados por meio de contrato entre a uni o e os v rios entes federados Nesse contexto em abril de 2007 para atender s exig ncias internacionais e nacionais de melhoria dos ndices educacionais simultanea mente ao PDE o governo aprovou por meio do Decreto n 6 094 o Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educa o ressaltando no seu art 1 que o Plano a conjuga o dos esfor os da Uni o Estados Distrito Federal e Munic pios atuando em regime de colabora o das fam lias e da comuni dade em proveito da melhoria da qualidade da educa o b sica BRASIL 2007 p 01 Ainda nesse Plano o governo federal institui no art 3 que a qua dade da educa o b sica ser aferida com base no ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica calculado e divulgado periodicamente pelo Inep BRASIL 2007 Essa medida resultou em s rias cr ticas pela comunidade acad mica entre elas sobressai a de Voss 2011 para quem esse indicador de quali dade escamoteia as reais condi es das escolas dos
369. s como no Brasil Por isso como reafirma o mencionado autor esses direitos n o podem ser arbitrariamente retirados pela Uni o e s o al m do mais garantidos por uma Constitui o escrita o principal contrato fiador do pacto pol ticoterritorial ABRUCIO 2005 p 15 Para efe tiva o do federalismo conforme Cunha 2004 p 6 torna se imperativo o reconhecimento da autonomia de cada uma das esferas territoriais de poder mas sobretudo a constru o de institui es regras culturas e rela es entre governos de maneira a permitir formas de coopera o e coordena o federativa Nessa perspectiva tr s requisitos articulados sobressaem e s o fun damentais para que se instaure um regime com caracter sticas federalistas as rela es intergovernamentais o regime de colabora o e a coordena o federativa Quanto s rela es intergovernamentais elas podem ser entendidas como o conjunto de a es de interpenetra o e compartilhamento na formula o e execu o de pol ticas p blicas entre diferentes unidades governamentais em sistemas federativos espec ficos Em todas as federa es como preleciona Anderson a interdepend ncia inevit vel e significativa marcante particularmente nas federa es cujos governos subnacionais implementam muitos programas ou leis federais onde a compet n cia comum ou conjunta exercida em diversas reas e onde as unidades constitut
370. s dios para o debate apoio escolar a pr tica pedag gica e a avalia o a infraestrutura e recursos pedag gicos No termo de coopera o t cnica consta como compet ncia do MEC a assist ncia t cnica por um per odo ou pelos quatro anos bem como assist n cia financeira Quanto aos programas de transfer ncia de recursos financeiros para o munic pio necess ria a assinatura de conv nios os quais podem variar conforme a a o e obedecem s normas espec ficas para transfer ncias federais de qualquer tipo bem como as normas do FNDE O planejamento fica registrado no Sistema Integrado de Monitoramento do Minist rio da Educa o SIMEC ambiente virtual criado pelo MEC para inserir o diagn stico e o PAR dos estados e munic pios No que se refere moderniza o da gest o educacional o PAR con templa uma perspectiva gerencialista na qual mais importante o produto do que o processo Ao perseguir as metas estabelecidas utilizando se dos instru mentos estrategicamente elaborados pelos planejadores centrais a gest o educacional se aproxima muito mais de um modelo de gest o gerencial do que de uma gest o democr tica e participativa Nesse cen rio o envolvi mento da comunidade escolar na defini o das a es a serem realizadas no mbito local para imprimir legitimidade s a es definidas em mbito central o que compromete a participa o efetiva da sociedade civil dos professores e da comunidad
371. s Fran a Alicia MariaCatalano de Bonamino La Formaci n y la pr ctica docente en el estado de Par Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro El Plan de Acciones Articuladas PAR perspectivas y desafios en la mejora de la 183 cualidad de ense anza Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Sum rio Caras del gerencialismo en la educaci n en el contexto de la nueva gesti n p blica Marcelo Soares Pereira da Silva lorena Sousa Carvalho Documento Instrucciones para el cobro de subsidio literario bajo Capitanias del Norte Estado de Brasil Resefia Pedagogia cient fica al descubrimiento del nifio Herc lia Maria Fernandes Marta Maria de Ara jo Normasgenerales parala publicaci nenlosn merosdela RevistaEduca oem Quest o rbitros Ad hoc de la Revista Educa o em Quest o 2014 240 248 253 259 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 3 8 set dez 2014 Editorial Editorial No periodo de 8 a 12 de dezembro 2014 a Universidade Federal do Rio Grande do Norte sediou o V Encontro Nacional de Licenciaturas e o XI Semin rio de Inicia o Doc ncia com nfase nas complexidades e nos paro doxos que assinalam a profissionaliza o docente na contemporaneidade O V Encontro Nacional de Licenciaturas e o XI Semin rio de Inicia o Doc ncia realizados
372. s Munic pios O primeiro Plano Nacional de Educa o Lei n 10 172 de 9 de janeiro de 2001 oriundo das determina es da Lei de Diretrizes e Bases n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 elaborado para o per odo de 2001 2010 estabelece uma integra o de esfor os englobando tr s dimen s es para a consecu o dos seus objetivos a a articula o entre a Uni o os Estados e os munic pios o que seria feito atrav s do regime de colabora o b a articula o entre os governos e as organiza es n o governamentais incluindo a iniciativa particular que faz parte do sistema e c entre setores respons veis pelas pol ticas sociais Ainda no seu art 20 a Lei BRASIL 2001 p 01 prev que os Estados o Distrito Federal e os Munic pios dever o com base no Plano Nacional de Educa o elaborar planos decenais correspon dentes e que a Uni o em articula o com os Estados o Distrito Federal os munic pios e a sociedade civil proceder a avalia es peri dicas da imple menta o do Plano Nacional de Educa o art 3 As avalia es feitas do PNE 2001 mostram que n o foi viabilizada a maioria das propostas previstas no Plano A ltima avalia o do Plano Nacional de Educa o 2001 2010 realizada pelo MEC 2008 assim como estudos efetivados por pesquisadores como Dourado 2011 apontam como principais problemas para a n o consecu o ou a consecu o parcial dos objetivos e metas prev
373. s de espanhol que estavam aprendendo ingl s mas se concentravam no processo de alfabetiza o em sua l ngua materna Quatro estudantes utilizaram os recursos da educa o especial frequentando um especialista fora da sala de aula M todos Como observadora participante a primeira autora do artigo filmou durante todo o dia as primeiras tr s semanas de cada ano letivo entre 1993 e 1995 e outros eventos selecionados produzindo mais de 200 horas de obser va o Os dados incluem tamb m entrevistas gravadas com a professora e com os alunos notas de campo e artefatos dos alunos ex produ es textuais trabalhos art sticos Usando as anota es de campo um mapa dos eventos GREEN WALIAT 1979 GREEN MEYER 1991 JENNINGS MILLS 2009 de cada dia documentado foi constru do para proporcionar uma representa o do fluxo de atividades atrav s do tempo e do espa o bem como para mar car os padr es das atividades mut veis Cada evento foi identificado com os ipos de a es pedag gicas e os espa os interacionais onde ocorriam HERAS 1995 A possibilidade de revisitar os dados constru dos h vinte anos foi dada pela forma criteriosa como eles foram coletados e arquivados A an lise de tais pr ticas pode ajudar a refletir sobre a necessidade de os alunos se inse rirem em salas de aulas que os respeitem enquanto sujeitos de direitos o que se v raramente acontecer em salas de aula brasileiras e estadunidenses
374. s de liquidas se extrair o mapa geralque S Majestade determina suba Sua Real Presen a Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 Documento Thiago Alves Dias Conclus o Ocorrendo nas C maras alguma d vida a propor o sem demora ao seu respectivo Ouvidor o qual n o sendo de f cil solu o far com a mesma brevidade presente a esta Junta a dissolvela Contadoria aos 26 de mar o de 1774 Bernardo Vieira de Vasconcelos Nota o documental OF CIO do Governador da Capitania de Pernambuco Manoel da Cunha Meneses ao Secret rio de Estado da Marinha e Ultramar Martinho de Melo e Castro sobre as provid ncias tomadas pela Junta da Fazenda Real da dita Capitania acerca dos subs dios para educa o da mocidade Recife 30 de mar o de 1774 Arquivo Hist rico Ultramarino Arquivo Central Conselho Ultramarino Pernambuco cx 116 documento 8 864 com anexos Doutorando Thiago Alves Dias Programa de P s Gradua o em Hist ria Econ mica Universidade de S o Paulo E mail thiago dias usp br Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 240 247 set dez 2014 247 Resenha 248 Pedagogia cientifica a descoberta da crianca MONTESSORI Maria Tecla Artemesia Pedagogia cient fica a descoberta da crian a Tradu o Aury Az lio Brunetti S o Paulo Editora Flamboyant 1965 Herc lia Maria Fernandes Universidade Federal de Campina Grand
375. s do setor p blico e aos cidad os e que afetam tamb m o modo comoseentendemo profissionalismo as rela es de trabalho e as subjetivida des Para Ball a performatividade uma tecnologia uma cultura e um m todo de regulamenta o que emprega julgamentos compara es e demonstra es como meios de controle atrito e mudan a alcan ada mediante a constru o e publica o de informa es e de indicadores al m de outras realiza es e materiais institucionais de car ter promocional como mecanismos para estimular julgar e comparar profissionais em termos de resultados a tend ncia para nomear diferenciar e classificar BALL 2005 p 543 No contexto dessa cultura segundo Ball 2005 a gest o passa a visar prioritariamente ao desempenho qualidade e efic cia em detri mento das quest es ticas como a justi a social a equidade e a toler ncia e do debate sobre as consequ ncias dessas novas pr ticas Para Ball a defini o de metas ambiciosas de perfei o e desem penho implica que pesquisadores e acad micos passem a serconsiderados produtores fornecedores que ficam sujeitos a julgamentos mensura es com para es de resultados e metas Um elemento importante para Ball o papel de destaque que o ges tor ocupa nesse contexto A figura central o her i no meio disto tudo e o principal bene fici rio da reforma um actor relativamente novo no palco das organiza
376. s e nessa tica devem se considerar os diferentes atores a din mica pedag gica ou seja os processos de ensino aprendizagem os curr culos as expectativas de aprendizagem bem como os diferem tes fatores extraescolares que interferem direta ou indiretamente nos resultados educativos DOURADO OLIVEIRA SANTOS 2007 p 7 Ao definir os crit rios para avaliar a qualidade da educa o Darling Hammond e Ascher 1991 apud Dourado Oliveira 2009 explicam que necess rio considerar as dimens es e fatores de qualidade da educa o expressas por meio das rela es de validade credibilidade incorruptibilidade e comparabilidade No que se refere validade afirmam que preciso esta belecer v nculos entre os objetivos educacionais e os resultados escolares e n o se reduzir a m dias ou similares Quanto credibilidade sugerem levar em conta os elementos que possam ser confi veis em termos do universo escolar No tocante incorruptibilidade vale considerar os fatores que tenham menor margem de distor o Finalmente estabelecer a rela o de comparabilidade ou seja considerar aspectos que permitam avaliar as condi es da escola ao longo do tempo Atualmente a concep o de qualidade presente nas pol ticas educa cionais brasileiras e nas escolas est relacionada aos indices das avalia es sist micas Al m do governo federal o governo estadual tamb m tem seus sis temas avaliativos e em muit
377. s e coletivas para transformar as desigualdades Entretanto poucos estudos investigam m todos pedag gicos que abordam essas desigualdades e provocam transforma es E importante reco nhecer que o ensino para a transforma o um desafio louv vel que muitos 35 professores assumem fazendo progressos ap s anos de cuidadosa reflex o ano ap s ano Al m de criticar os educadores precisam analisar e reconhecer os tipos de pr ticas democr ticas que podem levar a uma pedagogia transfor madora verdadeiramente cr tica Ser o ilustrados aqui algumas caracter sticas das pr ticas de sala de aula democr ticas que podem fornecer elementos para tal transforma o Agora retoma se ao ponto de partida deste artigo Percebe se que com uma base democr tica de partilha da responsabilidade pela constru o de significados usando a investiga o para analisar as quest es e valorizando diversas perspectivas os alunos da Sala 18 foram pre parados para criticar e agir socialmente A resposta deles segrega o e desigualdade que experimentaram na escola n o foi um exerc cio acad mico mas uma resposta cr tica a uma situa o real que os afetaram profundamente Antes que se possa come ar a compreender o complexo conjunto de elementos necess rios para construir pr ticas educativas cr ticas e demo cr ticas urge mais evid ncias dos processos hist ricos sociais e culturais mobilizados na cria o de comunidades jus
378. s e no desenvolvimento de a es e suba es Analisando o PAR de Mossor Rio Grande do Norte constatamos sua correspond ncia com a meta do PDE direcionada melhoria da qualidade da educa o b sica em cumprimento aos acordos firmados entre o Brasil com os organismos multila terais Assim o controle sobre a aprendizagem se torna nodal para avaliar o custo benef cio relativo aos investimentos em educa o A Prova Brasil como estrat gia na composi o do Ideb portanto a principal refer ncia para afe rir a qualidade da aprendizagem dos estudantes Par metro para a presta o de contas dos investimentos em educa o principalmente aqueles originados em acordos de empr stimo externos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 17 118 Artigo Pol tica de avalia o da aprendizagem no planejamento educacional do Munic pio de Mossor Rio Grande do Norte Essa pol tica de avalia o e controle que envolve todos os estudantes independe de terem dificuldades em aprender ou necessidades educacionais especiais de serem bem dotados e supostamente bem sucedidos na escola e na vida Na contabilidade mant m se a cren a de que a es e suba es de assist ncia aos estudantes levar o nas avalia es oficiais ao decr scimo do fracasso escolar Nesse sentido na an lise desses aspectos no PAR de Mossor RN 2007 2011 percebemos que por ocasi o do primeiro
379. s importantes nas institui es cient ficas dire o de laborat rios ou departamentos pertenci mento a comiss es comit s de avalia o etc como do poder sobre os meios de produ o contratos cr ditos postos e de reprodu o que ele assegura poder de nomear e fazer carreira Esse tipo de capital possui as mesmas for mas de transmiss o de qualquer capital burocr tico e sua acumula o pode ocorrer por meio de nomea es concursos elei es De acordo com Bourdieu 2004 a acumula o das duas esp cies de capital extremamente dif cil porque requer investimentos diferentes e o tempo consumido na ocupa o de cargos de gest o pode comprometer o tempo destinado produ o cient fica pelo pesquisador O meio acad mico no qual se inserem os programas de p s gradua o estruturado por hierarquias institucionais lutas concor renciais distribui o desigual de capital cient fico e de poder Nesse caso Bourdieuchamaaaten opara os coordenadores dos programas de excel ncia e suas estrat gias de conserva o investimento sucess o e acumula o de capital cient fico Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamin A P s Gradua o em Educa o contextos e estrat gias Os principais achados da pesquisa apresentados a seguir foram obtidos a partir do di logo com o ciclo da
380. s legais que o governo brasileiro edi tou nos ltimos anos para refor ar o regime de colabora o entre os entes federados e tra ar novos caminhos para a pol tica educacional brasileira Pode se dizer que em produ o de normativas houve alguns avan os no entanto eles foram insuficientes para estabelecer um novo padr o de regime de colabora o entre os entes federados Em termos de implementa o de pol ticas embora embrion rias existem algumas iniciativas que podem se constituir em elementos mobilizadores no sentido de edificar mecanismos mais claros e pactuados entre os entes federados para a defini o e implementa o de pol ticas p blicas que contribuam para a garantia do direito constitucional de educa o de qualidade para todos Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 59 60 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate No sentido de materializar as normativas concernentes ao regime de colabora o o governo brasileiro criou v rios programas As primeiras ini ciativas com o objetivo de fortalecer o regime de colabora o e estabelecer a es supletivas e redistributivas da Uni o para com os entes subnacionais tiveram lugar no governo de Fernando Henrique Cardoso Dentre esses progra mas pode se destacar o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio Fundef 1996 fundo de natu reza co
381. s modos de relacion los com o conhecimento cient fico produzido e difundido nessas institui es Desse modo tanto no aspecto te rico quanto no aspecto pr tico e pol tico da realidade a quest o dos tipos de conhecimentos e de suas rela es adquire fundamental import ncia quando o que est em jogo o desenvolvi mento de a es democr ticas e a garantia do compromisso com a qualidade do conhecimento produzido e veiculado Essa discuss o assume a maior relev ncia para os educadores tanto do ponto de vista de um exame cr tico dos seus saberes quanto da forma como dialogam e estabelecem interc mbios com os saberes dos indiv duos e grupos para os quais trabalham e os saberes destes Por meio do presente artigo objetiva se descrever e analisar esses con ceitos a partir de uma revis o da bibliografia relacionada tem tica visando sistematizar as principais vertentes de discuss o que abordam as rela es entre os conhecimentos cient fico e do senso comum Ap s a defini o e a justifica l5 o da respectiva vertente cada perspectiva ser organizada de acordo com os seguintes eixos categoriais sentido de superioridade atribu da ci ncia rela o multi interdisciplinaridade valora o dos saberes n o cient ficos e rela o entre ci ncia e pol tica O artigo estruturado em tr s vertentes sendo a primeira a perspec tiva cl ssica ilustrada por Mario Bunge 1919 para o qual o conhecimento cie
382. s nas a es de educa o visando redu zir as desigualdades ou seja os problemas acumulados historicamente BRASIL 2008 Decorrentes da desresponsaliza o do poder p blico os problemas do campo da educa o s o denunciados na car ncia de vagas evas o repro va o distor o idade s rie ano de escolariza o A realidade agravada pela precariedade das condi es f sicas materiais pedag gicas forma o de pessoal e funcionamento das redes de ensino que n o s o recomendadas aos processos de ensino e de aprendizagem Conceber assim a avalia o contraria o entendimento de que como pr tica social e pol tica contribui para caracterizar compreender divulgar e indicar solu es a problemas sociais em particular inerentes educa o Essa compreens o contrap e se ao projeto de educa o que se estende por mais de duas d cadas atribuindo um papel crucial avalia o por m reduzindo sua potencialidade conceitual Associada diretamente ao crescimento econ mico a avalia o imp e se como m todo para dimensionar o custo benef cio em particular das a es pol ticas em n vel macro ou micro a exemplo do processo ensino aprendizagem Insistimos que a inclus o de a es de avalia o da aprendizagem no PAR dos munic pios brasileiros imp e o controle sobre os ndices de aprendizagem dos estudantes como a principal refer ncia nas defini es or ament rias Revista Educa o em Quest
383. s nessas rela es principalmente no alinhamento dos docentes mais antigos com o que a Capesespera em termos de produtividade A forma de equacionamento desta quest o em todos os programas estudados tem sido a renova o paulatina do quadro docente com processo seletivo direcionado a um novo perfil de professor com maior volume de produ o cient fica Ademais importante mencionar que no caso das IES p blicas pes quisadas ao contr rio das privadas as altera es no corpo docente ao longo da d cada resultaram na amplia o do quadro de professores No caso os programas de universidades particulares chegaram ltima avalia o trienal com uma m dia um pouco menor de docentes do que no in cio da d cada Os quatro programas adotaram uma pol tica de credenciamento docente que inclui processos de descredenciamento Esse um ponto de converg ncia importante entre as experi ncias No caso das IES p blicas os professores da p s gradua o em geral j faziam parte do quadro docente da institui o com atua o no mbito da gradua o e sua entrada nos programas passou a ocorrer de maneira mais formalizada e mediada pelo compromisso com a produ o acad mica J a entrada de professores novos para o quadro docente dos progra mas das institui es privadas ocorreu por meio de processo seletivo direcionado para a p s gradua o que envolveu o posterior acompanhamento sistem tico da produ
384. s no Brasil a reforma de pro gramas sociais Revista Dados Rio de Janeiro v 45 n 3 2002 BRASIL Lei n 9394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Poder Executivo Bras lia DF 23 dez 1996 p 27 833 27 841 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 179 180 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par Lei n 9 424 de 24 de dezembro de 1996 Disp e sobre o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio na forma pre vista no art 60 8 7 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias e d outras provid ncias Dispon vel em http www2 camara leg br legin ted lei 1996 lei 9424 24 dezembro 1996 36537 1 norma pl html Acesso em 10 mar 2013 MEC Censo do professor 1997 perfil dos docentes de Educa o B sica Bras lia INEP 1999 Lei n 10 172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educa oe d outras provid ncias Dispon vel em http www planalto gov br ccivil LEIS LEIS_200 1 L10172 htm gt Acesso em 12 maio 2014 Lei n 10 639 de 9 de janeiro de 2003 Altera a lei no 9 394 de 20 de dezem bro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional para incluir no curr culo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da tem tica Hist ria e Cultura
385. s produ es textuais dos alunos 1 A constru o das bases de uma comunidade democr tica O primeiro dia de aula na Sala 18 foi dedicado a conhecer uns aos outros e ao come o da forma o de uma comunidade a partir de determi nadas pr ticas acad micas O Quadro 2 logo a seguir ilustra os processos democr ticos envolvidos em cada atividade dos eventos do dia Irene estrutu rou o uso de duas l nguas durante todo o dia escolar levando cada evento a ser marcado pelo estatuto equitativo das l nguas A fim de analisar os processos democr ticos que moldaram as atividades e eventos do primeiro dia vale des tacar tr s eventos marcados com um asterisco no Quadro 2 com destaque para as a es da professora e dos alunos na coconstru o da comunidade da turma Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim Quadro 2 An lise dos processos democr ticos no primeiro dia de aula 04 de setembro de 1993 empo ventos e Atividades es e Intera es rocessos Democr ticos Temp Eventos e Atividad A Int P D t min Professora cumprimenta Igualdade no status das 13 ACOLHIDA Prof ta Igualdad tatus d Entrada e boas a turma em espanhol e em duas l nguas vindas ingl s Responsabilidade para Alunos escolhem onde escolher o assento sentar 65min OGO DO NOME Membros criam alit
386. s programas de excel n cia diz respeito aos alunos Trata se do incentivo publica o discente de um maior rigor com o tempo de titula o ede mudan as no processo seletivo de candidatos ao mestrado e doutorado que incluem como pr requisito a apresenta o de projetos sintonizados com os objetos e temas das pesquisas desenvolvidas pelos docentes do programa Por sua vez as estrat gias de gest o coletiva emergiram como uma categoria nativa nos programas analisados A gest o coletiva diz respeito a experi ncias de gest o compartilhadas que fazem com que os coordenado res se sintam mais seguros e menos solit rios na realiza o das tarefas Essas experi ncias em particular indicam que as estrat gias utilizadas pelos agentes podem se constituir n o apenas a partir de a es de concorr ncia e competi o mas tamb m de a es de coopera o com vistas ao alcance de metas coletivas Um dos aspectosreferentes aos ganhos simb licos de pertencer a um Programa de excel ncia se relaciona com a aceita o do cargo de coorde nador Sem benef cios financeiros correspondentes sobrecarga de trabalho Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonomi gerada pela fun o e com preju zos para as atividades de doc ncia e pes quisa a visibilidade gerada pelo cargo acaba pesando positivamente para sua aceita
387. seeking to understand their conceptual fra meworks as well as its setting in Brazil and the implications for the field of education We conclude in the last years that particularly after the 1988 Federal Constitution there is a reconfiguration of Brazilian federalism with the insertion of the municipality as a federated entity and autonomy to think out their education systems The standards and implemented programs approved seek to consolidate the regime of collaboration among federal agencies for the field of education However the Brazilian federalism over the years has not fulfilled satisfactorily its redistributive and supplementary func tion so we observed conditions that differentiated offers at all educational levels Keywords Federalism Education Programs Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba Federalismo y educaci n en Brasil subsidios para el debate Resumen Este articulo aborda el federalismo tratando de comprender sus marcos con ceptuales as como su ubicaci n en el Brasil y las implicaciones para el campo de la educaci n Se concluye que en particular despu s de la Constituci n Federal de 1988 hay en los ltimos a os una reconfiguraci n del federalismo brasile o con la inserci n del municipio como entidad federada con autonomia para concebir sus siste
388. senvolvimento de programas de governo eletr nico PRADO PO 2010 O governo eletr nico est atrelado perspectiva do Estado Gerencial bem como aos paradigmas da Nova Gest o P blica uma vez que os seus programas e a es est o voltados presta o de contas e concess o de recursos financeiros para atingir as metas e objetivos definidos e ou acordados nas pol ticas p blicas As novas tecnologias e os sistemas em rede permitem que a gest o p blica tenha acesso cada vez mais r pido falicilitando assim os dados demandas informa es e necessidades de institui es sociais Por outro lado essas ferramentas gerenciais vinculadas s TICs cor roboram a responsabiliza o e a transpar ncia do governo ou a tamb m chamada accountability uma vez que todas as a es e programas governa mentais est o disponibilizados online e assim contribuem tamb m para o controle social dos cidad os ou seja os cidad os tamb m t m acesso s informa es e transa es das institui es pol ticas Nesse sentido Prado e P 2010 p 2 asseveram que com tais mecanismos operacionais os cidad os passam a ter maiores possibilidades de decidir e responsabilizar os agentes pol ticos por seus atos ou omiss es Sendo assim essas ferramentas online est o a servi o tanto do governo e das institui es pol ticas para con trole e monitoramento quanto da popula o que pode ter acesso aos servi os p blic
389. sino a que se prop e o PAR est ainda a desejar no que diz respeito a um planejamento que se revele coerente e integrado entre os sistemas educacionais confirmando dessa forma as con clus es anunciadas por Arretche 2002 em que o sucesso ou fracasso das pol ticas p blicas no Brasil depende da capacidade do poder central para superar o poder de veto implementa o de pol ticas centrais al m de em muitos casos depender de arenas decis rias como as que envolvem a imple menta odas pol ticas no mbito do governo central Algumas evid ncias aqui demonstradas podem ser indicativas de que a articula o desejada ainda n o foi alcan ada No estado do Par no ano de 2012 das 51 796 fun es docentes 46 507 possu am forma o em nivel superior em cursos de licenciatura o que totaliza 89 8 dos que j atingiram a qualifica o desejada Os demais possu am cursos em n vel superior que n o a licenciatura al m de estarem inclu das as fun es docentes daqueles que realizaram cursos de complementa o pedag gica Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 LEE 178 Artigo Forma o e pr tica docente no estado do Par A quest o mais agravante quando se focaliza a forma o dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental Essa problem ticapode estar incidindo na pr tica pedag gica e no aprendizado do aluno uma vez que a atividade do
390. sma tend ncia observada por Dallari 1995 ao afirmar que a supremacia do poder federal no pa s estabelecida de modo indireto porque a Constitui o brasileira embora mantenha a equival ncia formal entre uni o estados e munic pios a distribui o de compet ncias demonstra de forma incontest vel a supremacia do poder federal Segundo ele essa supremacia decorrente de duas causas a enumera o de compet ncias federais que muito ampla e abrange quase tudo o que essencial em termos de direitos e Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 Artigo Ant nio Cabral Neto Alda Maria Duarte Ara jo Castro Maria Goretti Cabral Barba deveres fundamentais economia e finan as bem como sobre a organiza o e a o pol tica e o fato de a Uni o ter compet ncia para fixar regras gerais de compet ncias estatais Na forma de organiza o federada deve se p r em evid ncia a necessidade de se especificar claramente as compet ncias concorrentes e comuns Atinente s primeiras como indica Bercovici 2003 o princ pio da descentraliza o consubstanciado na Constitui o Federal de 1988 dese nha uma federa o de estados e munic pios coordenados pela uni o mas n o a ela subordinados A reside o fulcro das compet ncias concorrentes que imprime concretude ao princ pio da coordena o federativa visando edifica o da unidade nacional A defini
391. social youth empowerment An examination of youth empowerment models Journal of Community Practice Philadelphia v 14 n 1 p 31 55 2006 LADSONSBILLINGS Gloria The dream keepers successful teachers of African American students San Francisco Jossey Bass Publishers 1994 MAYRA Di rio de campo Santa Barbara EUA maio 1994 MEHAN Hugh Learning lessons social organization in the classroom Cambridge Harvard University Press 1979 MITCHELL James Case Studies In R F Ellen Ed Ethnographic research a guide to gene ral conduct San Diego CA Academic Press 1984 MYERS Jamie Now that literacy happens in contexts how do we know if the contexts are authentic In ZUTELL Jerry MCCORMICK Sandra CATON Laurel Ed Learner factors Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 39 40 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula teacher factors issues in literacy research and instruction Fortieth Yearbook of The National Reading Conference Chicago National Reading Conference Inc 1991 NIETO Sonia BODE Patty Affirming diversity The sociopolitical context of multicultural education 5th ed Boston MA Pearson 2008 PATACHO Pedro Manuel Pr ticas educativas democr ticas Educa o amp Sociedade Campinas v 32 n 114 mar 2011 PATI Di rio de campo Santa Barbara EUA maio 1994
392. ssa separa o perspectiva marxista gramsciana a perspectiva cujos int rpretes inspiraram se nas obras de Karl Marx 1818 1883 e especialmente de Ant nio Gramsci 1891 1937 para pensar a rela o entre conhecimento cient fico e o popular sob um ponto de vista pol tico e epistemol gico Por meio desta perspectiva visa se a transforma o social mas diferen a da perspectiva transformadora que ser apresentada na sequ ncia seus proponentes entendem que preciso garantir o acesso dos 0 setores populares aos produtos mais elevados do conhecimento que s o a ci ncia e a tecnologia Um de seus int rpretes o fil sofo brasileiro Ari Paulo Jantsch abordou o conhecimento vulgar e o senso comum sob o aspecto mais espec fico do conhecimento popular Apesar de reconhecer a necessidade de di logo entre o senso comum e o conhecimento cient fico defendeu a supera o desse saber comum e at mesmo do bom senso pelo conhecimento cient fico No entend mento de Jantsch 1995 o bom senso nada mais do que um refinamento do senso comum Somente o conhecimento cient fico permite o desenvolvimento de uma pr xis cr tica criativa revolucion ria e transformadora 4 Nesta vertente assim como na perspectiva cl ssica anteriormente apresentada a superioridade do conhecimento cient fico decorre do modo ou do processo pelo qual o saber constru do e n o dos objetos de conhe cimento Mesmo porque pelo conhecime
393. sses indicadores s o disponibi lizadas a es e suba es resultantes e ou articuladas a programas e projetos estruturados pelo MEC e suas respectivas Secretarias ou por suas autarquias especialmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE e pela Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes Em face do diagn stico formulado e com base nas possibilidades de a es e suba es disponibilizadas pelo MEC passa se ent o para a segunda etapa de elabora o PAR Nessa segunda etapa cada ente federado deve informar no seu PAR o encaminhamento que ser adotado referente a cada indicador Esse enca minhamento pode ser no sentido de aderir a um determinado programa o projeto proposto pelo MEC e suas autarquias ou solicitar apoio financeiro e ou t cnico para implementa o de alguma a o espec fica ou ainda situar as a es locais que ser o desenvolvidas em cada dimens o considerada no processo de planejamento Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi iei 4 O PAR elaborado e encaminhado pelo municipio estado ou Distrito Federal deve ser elaborado considerando um planejamento para um periodo de cinco anos Mas periodicamente de modo geral a cada ano o munic pio pode apresentar atualiza es em seu diagn stico e nas propostas e demandas inicialmente colocadas a part
394. ssivo ao escrever que Trabalhar em conjunto s vezes dif cil se as pessoas n o prestam aten o ao que elas deveriam estar fazendo s vezes trabalhar em grupo ou em conjunto f cil se voc trabalhar como uma equipe Quando trabalhamos em equipe compartilhamos pen samentos e ideias para conseguirmos trabalhar mais Eu aprendi a cooperar com meus colegas quando trabalhamos em equipe Temos que ouvir os pensamentos e ideias uns dos outros Temos que levar em conta o que cada um de n s tem a dizer e respeitar N s temos nossa Carta de Direitos para a Sala 18 que diz como trabo lhar juntos e nossos direitos de aprender e que n s temos que tratar todos da mesma forma Eu acho que esta uma forma especial de aprender porque cada um de n s tem algo a oferecer e cada um de n s tem a sua pr pria maneira de ver as coisas N s tamb m podemos ver a forma como as pessoas pensam ALAN 1994 Alan 1994 explicitou a import ncia do trabalho coletivo nessa turma bem como o valor dos direitos responsabilidades e o respeito que se espera que os membros demonstrem uns aos outros nessa sala Alan tamb m se referiu responsabilidade que vem com o trabalho em conjunto quando menciona que dif cil se as pessoas n o prestam aten o ao que eles deveriam estar fazendo Al m disso indicou que uma responsabilidade dos alunos respeitar os pontos de vista uns dos outros O texto de Alan abrangeu muitos dos
395. st o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 87 88 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade metodol gicas A introdu o de novos desenvolvimentos te ricos como os de Albert Einstein 1879 1955 os da f sica qu ntica e os questionamentos a res peito do rigor da matem tica s o para Santos 2009 elementos que colocam em quest o a superioridade da ci ncia e a sua racionalidade O procedimento anal tico caracter stico da ci ncia cl ssica respon s vel conforme o autor citado por reduzir o real porque divide e classifica para depois tentar juntar o que fragmentou Na mesma dire o o saber dis ciplinar da ci ncia cl ssica tornou o cientista na vis o de Santos 2009 p 74 um ignorante especializado As disciplinas delimitam fronteiras r gidas e imp em limites transposi o destas segregando os saberes entre si Em face dessa situa o a aposta de Santos 2009 reside na dilui o das fronteiras disciplinares e na flexibiliza o das divis es r gidas entre a ci ncia o saber vulgar e as humanidades como afirma na cita o a seguir Na concep o que aqui defendo o da supera o da distin o entre ci ncia e senso comum e da transforma o de ambos numa nova forma de conhecimento simultaneamente mais reflexivo e mais pr tico mais democr tico e mais emancipador do que qual quer um deles em separado SANTOS 1
396. stematiza o e m todo Outro m rito dessa vertente o fato de reconhecer a import ncia do saber vulgar sem deixar de alertar para os seus perigos E o caso da pseudo ci ncia ou corpo de saberes que se faz passar por cient fico muitas vezes de modo desonesto Al m disso seu sistematizador lan a um alerta para a redu o da realidade concreta dimens o emp rica privilegiada nessa forma de saber J do ponto de vista da valoriza o do saber o conhecimento comum por vezes considerado at mais rico no tocante ao conte do de seu saber do que o pr prio conhecimento cient fico no que diz respeito ao conhecimento de pessoas ou de situa es particulares A vertente cl ssica tamb m apresenta a vantagem de reconhecer que a forma o de uma atitude cient fica pode ser muito mais frut fera do que interven es diretas na realidade uma vez que a forma o dessa atitude contribuiria ainda que indiretamente com o exerc cio da cidadania maior cautela com posi es pol ticas pr prias e alheias bem como o respeito e a toler ncia de posi es ideol gicas contr rias exerc cio de pensamento cr tico cuidadoso e sempre atento aos seus pr prios erros nas esferas de participa o social Trata se aqui de cultivar o conhecimento como valor central O principal problema dessa vertente estaria no seu excesso de con fian a na superioridade da ci ncia ainda que seu proponente n o afirme essa superiori
397. stituir um federalismo cooperativo no campo educacional pelo menos em n vel de discurso Na pr tica os programas e as a es implementadas t m refor ado o federalismo centralizado no qual a Uni o concebe as a es que ser o ofertadas aos munic pios e a estes cabe notadamente a fun o executora das pol ticas educacionais com perda signi ficativa da autonomia municipal 5 Algumas considera es para continuar o debate O Brasil ao longo de sua hist ria adotou diferentes modelos de orga niza o federativa Em determinadas conjunturas assume caracter sticas de um federalismo centr peto no qual as rela es intergovernamentais se caracteri zam como verticais dificultando o compartilhamento na formula o e execu o de pol ticas pelos entes federados em outras conjunturas assume caracteristi cas centr fugas privilegiando a descentraliza o das a es para as unidades subnacionais concedendo maior autonomia para os estados e os munic pios estabelecendo assim uma rela o de negocia o e coopera o entre as esfe 65 ras de poder Essa inconst ncia na forma de agir tem dificultado o estabelecimento de um regime federalista de coopera o no qual as rela es intergovernamen tais entre os entes federados permitem um maior equil brio entre eles o que tem exigido do governo central uma postura de maior efici ncia no exerc cio da coordena o federativa Desse modo a sua concretiza o pressup e
398. suntos ou temas que t m mais afinidade com o universo pessoal das camadas populares como aspectos do seu cotidiano e do seu trabalho restringindo se experi ncia sens vel No geral os componentes das classes populares n o conseguem identificar o fio condutor de um pensamento ou as causas de uma determinada situa o quando ocorre o emparelhamento ou a intraposi o conceitual para usar os termos dos autores que significa a sobreposi o acritica de um conceito sobre outro ocasionando a jun o e a indistin o de ambos como se fossem a mesma coisa Segundo os autores mesclar o poder de Deus com o poder humano seria um exemplo de intrapo si o do conceito religioso no profano A fragmentariedade a falta de articula o dos conte dos do saber em um todo l gico O pensamento permanece dilu do e cindido por isso que o indiv duo revela dificuldades de fazer s nteses abrangentes tendo uma compreens o reduzida de espa o e de tempo Um exemplo a dificuldade dos componentes das classes populares de relacionar os conceitos do jur dico do pol tico do econ mico do cultural etc A acriticidade a presen a constante de todos os elementos anteriores ou a dificuldade de eliminar a pr tica cognitiva amb gua heterog nea e frag ment ria A acriticidade tamb m se expressa na aus ncia de dados objetivos Um exemplo de acriticidade a tend ncia a n o ver a quest o do poder como produto hum
399. t fico Baseando nos mais uma vez em Bunge 1985 os conhecimentos b sicos de aritm tica f sica e tecnologia t m se tornado conhecimento vulgar em pa ses industrializados embora ainda sejam conhecimentos especializados em na es subdesenvolvidas 4 Isso leva a crer que no pensamento de Mario Bunge os conhecimentos cient fico e vulgar est o em constante relacionamento di logo embora de um modo mais propriamente multidisciplinar do que interdisciplinar pois as formas de construir e validar cada conhecimento s o distintas desde a formula o de enunciados at o exame de suas afirma es Ainda que ocorra alguma troca no n vel dos conte dos cada saber vai proceder de forma distinta antes de qualquer integra o a ci ncia procedendo a exame cr tico e revis o Como exposto anteriormente o conhecimento cient fico pode alterar o conhecimento vulgar De igual forma o conhecimento vulgar pode interferir no desenvolvimento da atividade cient fica tanto de um modo positivo suscitando a formula o de problemas e at mesmo como modo de pensar contr rio e divergente quanto de um modo negativo pequenas por es de verdades cristalizadas ou dogmas que podem limitar o fazer cient fico Um exemplo dado por Bunge 1985 a respeito dessa distor o a tenacidade com que alguns f sicos se agarram interpreta o positivista da mec nica qu ntica e at mesmo por vezes tentam suprimir o dissenso P
400. ta Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de F tima Cardoso Gomes a desenvolver as atitudes e habilidades necessdrias para que possam contri buir para uma sociedade democr tica e plural atrav s da educa o para a cidadania H uma ampla gama de abordagens em educa o multicultural tais como a an lise da toler ncia e intoler ncia por meio de estudos sobre o holocausto BUSCHING SLESINGER 1995 1995a GALLANT HARTMAN 2001 GREGORY 2000 SCHWEBER 2008 SHORT 2000 SUPPLE 1998 TOTTEN 2002 Recursos curriculares livros did ticos e teorias sobre a edu ca o para a diversidade s o abundantes BANKS BANKS 2009 BENNETT 2010 DIAMOND MOORE 1995 GARCIA 1994 GRANT 1995 NIETO BODE 2008 No entanto surpreendentemente poucos estudos emp ricos t m examinado tais pr ticas pedag gicas em a o BANKS 1995 GRANT TATE 1995 PATACHO 2011 Este exatamente o foco do presente trabalho Bartolom 1994 p 181 182 defende uma pedagogia que procura criar ambientes de aprendizagem humanizados onde os alunos deixem de ser tratados como objetos e ainda assim sejam instru dos academicamente de forma rigorosa A autora afirma no entanto assim como Shor 1992 que tais pr ticas pedag gicas n o s o comuns em salas de aula formadas por estudantes de popula es marginalizadas Este estudo apresenta um ex
401. tadas em n veis locais contribu do para aumentar a situa o de depend ncia em rela o ao centro Como consequ ncia dessa postura os munic pios continuam com autonomia limitada para a elabora o de suas pol ticas educacionais e passam a depender cada vez mais da assist ncia t cnica e financeira da Uni o que utiliza o discurso de moderniza o gerencial para induzir a partici pa o dos munic pios na implementa o e execu o de pol ticas concebidas fora do mbito local Essa postura vis vel no Plano Compromisso Todos pela Educa o e no Plano de A es Articuladas estrat gias utilizadas pelo governo federal para viabilizar o regime de colabora o e para operacionaliza o das pol ti cas educacionais Com esses mecanismos o governo tem adotado uma postura centralizadora e indutora da pol tica educacional do Pa s com o discurso de instituir um Sistema Nacional de Educa o Demarca se todavia que o Sistema Nacional de Educa o poder cumprir papel importante na resolu o de pro blemas que persistem historicamente na educa o brasileira caso ele seja constru do democraticamente Por isso ele deve ser resultante de um debate que inclua desde a sua concep o todos os entes federados na perspectiva de se construir regras pactuadas coletivamente Isso porque o sistema nacional de educa o como afirma o Saviani 2011 p 17 n o do governo fede ral mas da federa
402. tados para perpetuar as rela es de poder Com esses objetivos no interior da escola a avalia o realizada por profissionais para verificar a aprendizagem dos conte dos curriculares dos estudantes utilizando instrumentos e t cnicas avaliativas ao final de determi nados per odos Conforme Luckesi 2003 esse tipo de avalia o se ancora na Pedagogia do Exame na qual os estudantes pais professores escolas e sistemas de ensino t m como foco principal a aprova o ou a reprova o do educando Segundo essa l gica os alunos est o interessados em primeira inst ncia em conhecer as normas e os meios de manipula o das notas que propiciar o ou n o sua aprova o para o ano de escolaridade seguinte Os professores utilizam as provas e ou testes como instrumento de amea a e motiva o para a aprendizagem Os pais v o escola para rece ber boletins e conversar com os professores sobre o aproveitamento do filho Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 99 124 set dez 2014 Artigo Francisca Edilma Braga Soares Aureliano Luciane Terra dos Santos Garcia Maria Aparecida de TE A O estabelecimento de ensino constr i quadros estat sticos com os resultados e os sistemas de ensino enfim controlam os resultados gerais LUCKESI 2003 As avalia es externas s escolas desenvolvidas em mbito nacional na atualidade reproduzem essa l gica meritocr tica e a busca pela efici ncia e
403. tamos portanto analisando o PAR de Mossor 2007 que o munic pio desenvolvia antes deste programas de consolida o de pr ticas ava liativas nas escolas da rede orientados pela Lei n 2 717 de 27 de dezembro de 2010 Ademais tinha como refer ncia os projetos pol tico pedag gicos das escolas Objetivava assim promover a melhoria da qualidade do ensino por meio do planejamento das a es da defini o de metas educacionais do investimento crescente e sistem tico de recursos e da avalia o de desempe nho O dispositivo legal no art 10 leva compreens o de que Os indicadores e os resultados de cada uma das unidades educo cionais dever o ser superiores ao ano anterior Par grafo nico Os indicadores e resultados que se referem os caputs ser o apu rados por ocasi o da avalia o do Pr mio Escola de Qualidade j institu do pelo Munic pio MOSSOR 2010 p 5 Pelo que observamos na legisla o a avalia o na rede de ensino privilegia os resultados induz a premia es e honrarias que se estendem aos segmentos da escola e a membros da sociedade tendo a meritocracia como princ pio Todos os segmentos da comunidade escolar s o avaliados e os melhores s o contemplados com benesses Conforme o art 11 par grafo 1 ao 7 algumas categorias s o premiadas em dinheiro sendo os profissionais em valores equivalentes remunera o do servidor e os alunos com dep sito em caderneta de poup
404. tanto deram origem ao que passou a ser chamado de Governo Eletr nico O governo eletr nico por meio do uso das TICs desenvolve siste mas e ferramentas no qual poss vel encontrar in meras informa es dados e demandas relativas a uma institui o Estas informa es s o disseminadas rapidamente e os gestores p blicos possuem acesso aos dados disponibiliza dos por meio da Internet Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 Artigo Marcelo Soares Pereira da Silva Lorena Sousa convoi iei A dissemina o da gest o de governo eletr nico tem como eixo cen tral a utiliza o das TICs visando possibilitar o acesso r pido s informa es sociais e incrementar a presta o de servi os p blicos com vistas a se alcan ar mais efici ncia e efetividade das pol ticas sociais p blicas Medeiros e Guimar es 2004 destacam que h pelo menos dois fatores que t m motivado governos a elaborar e utilizar sitemas baseados na Internet 1 a necessidade de as administra es aumentarem sua arrecada o e melhorar seus processos internos fazer mais com menos e 2 as press es da sociedade para que o governo otimizasse seus gastos e atuasse cada vez mais com transpar ncia quali dade e de modo universal na oferta de servi os e provimento de informa es aos cidad os e organiza es em geral MEDEIROS GUIMAR ES 2004 p 50 Complementam enfatizando ma
405. tapas do planejamento pondo em destaque o aspecto t cnico deixando de considerar na devida dimens o os aspectos pol ticos culturais e filos ficos Na perspectiva do planejamento estrat gico apenas os gestores e ou administradores s o respons veis pelo processo de planejamento e defini o dos objetivos Ademais os processos de tomadas de decis es organizacionais devem ser pautados na efic cia 223 Essa afirma o se comprova na passagem de Saldanha na qual relata que O planejamento estrat gico que se reflete no todo de uma orga niza o tende a ser responsabilidade dos diretores e presidentes Nele ser o tomadas decis es presentes que ir o produzir efeitos futuros os quais poder o ser positivos ou negativos dependendo exclusivamente de um planejamento abrangente e de uma decis o acertada SALDANHA 2006 p 30 As an lises as decis es e o acompanhamento ficam centralizados nas m os da ger ncia e o processo de execu o incumb ncia dos demais segmentos da institui o limitando assim os espa os de participa o no pro cesso Portanto no planejamento estrat gico as decis es s o tomadas pelos n veis superiores da gest o e ou administra o e ap s aprovadas s o impos tas aos demais segmentos Parente Filho 2001 destaca ainda que um dos princ pios b sicos que orientam as a es no planejamento estrat gico a abordagem sist mica Revista Educa o em Quest o Natal v 50
406. tas e da Terra e as Ci ncias Biol gicas Evid ncia disso o Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 Artigo Indira Alves Fran a Alicia Maria Catalano de Bonamnd a resultado da avalia o trienal 2001 que mostra uma forte concentra o dos programas com conceito 7 sete nessas duas grandes reas 61 2 embora elascomportassem apenas 2 1 6 dos programas avaliados Em contrapartida dos 29 programas que tiveram seus conceitos 7 sete e 6 seis rebaixados 15 deles 52 eram da Grande rea de Ci ncias Humanas GACH especial mente Educa o e Geografia que somaram 12 programas ou 41 do total de cursos rebaixados Como parte do que sepode entender como estrat gias de subvers o das regras que pautam as hierarquias do campo cient fico da p s gradua o no tri nio 2004 a rea da Educa o e a GACH especialmente a Geografia travaram um embate com as reas de Ci ncias Exatas e Naturais com vistas a ter seus crit rios e especificidades assegurados nas Fichas de Avalia o A GACH se articulou para estabelecer crit rios de avalia o dos cursos 6 e 7 assentando os no trip a forma o b corpo docente e c pesquisa e produ o cient fica com inser o internacional Al m disso buscou alian as com representantes das Areas de Ci ncias Sociais Aplicadas Letras e Lingu stica e M sica e Artes visando constru o de crit rios comuns o que result
407. tas em salas de aula reais mesmo quando essas pr ticas ficam aqu m do ideal Por ter a oportunidade de Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Eq Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula realizar uma pesquisa colaborativa em salas de aula como a Sala 18 as autoras reconhecem como suas pr prias pr ticas de ensino e pesquisa podem estar distantes de uma democracia cr tica Este artigo centrou se na rela o de respeito e responsabilidade em uma comunidade democr tica Pode se levar essa imagem para uma comunidade de educadores que inclui professores administradores e pesquisadores Se os professores s o desafiados a trabalhar com os alunos rumo a uma democracia mais cr tica eles precisam de apoio dessa comunidade educativa e espa o para ampliar esse esfor o com seus alunos Assim os pesquisadores est o desafiados a examinar com compaix o e rigor como o seu trabalho pode contribuir para uma democracia cr tica Notas 1 Para descri es detalhadas desse projeto ver Jennings 2010 1994 Jennings e Pattenaude 1999 Yeager Pattenaude Franquiz e Jennings 1999 2 Ao final do ano os professores se reuniram com os coordenadores da escola e o programa de recep o e orienta o dos alunos novatos foi reestruturado 3 Nos Estados Unidos o ano letivo se inicia em setembro e finalizado em maio A maioria das 3
408. tegias desarrolladas por los representantes de estas instancias para promover legitimar y consolidar sus posiciones jer rquicas en el campo del posgrado Trata especificamente de las convergencias y divergencias en la forma como la gesti n de los programas se relaciona con la evaluaci n de la Capes por medio de la gesti n colectiva la acreditaci n docente y la selecci n de estudiantes y profesores Palabras clave Posgrado Gesti n Evaluaci n de la Capes Introdu o A rea de Educa o uma das que concentra o maior n mero de programas de p s gradua o stricto sensu entre as 48 reas de conhecimento da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de Nivel Superior Capes O crescimento sustentado da oferta de cursos de mestrado e doutorado fez com que esse n mero praticamente triplicasse entre 2000 e 2014 passando de 54 programas para 153 Nesse conjunto 62 programas oferecem cursos de mestrado e doutorado 62 apenas o mestrado acad mico e 29 o mes trado profissional No que se refere distribui o das notas dos programas verifica se na Avalia o Trienal 2013 uma maior concentra o na nota 4 41 seguida pela nota 3 38 e pela nota 5 14 Os programas com as notas mais altas e considerados de excel ncia est o concentrados nas Regi es Sudeste e Sul e constituem 7 do total sendo 5 nota 6 e 2 nota 7 O tamanho da p s gradua o em Educa o e a posi o dos progra mas na avalia o tr
409. tigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica quilombolas ou escolas ind genas forma o de professores da Educa o B sica para cumprimento das Leis 9 795 99 10 639 03 11 525 07 e 11 645 08 e forma o de profissionais da Educa o e outros representantes da comunidade escolar Quanto Dimens o 3 Pr ticas Pedag gicas e Avalia o as quest es giram em torno da organiza o da rede de ensino das pr ticas peda g gicas e da avalia o da aprendizagem dos alunos e tempo para assist ncia individual coletiva aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem Por ltimo na Dimens o 4 Infraestrutura F sica e Recursos Pedag gicos quatro aspectos s o considerados Instala es f sicas da secreta ria municipal de educa o condi es da rede f sica escolar existente uso de tecnologias recursos pedag gicos para o desenvolvimento de pr ticas peda g gicas que considerem a diversidade das demandas educacionais No contexto e em torno dessas quatro dimens es tem se um total de 82 indicadores de modo que para cada um deles devem ser atribu das uma pontua o de 01 a 04 sendo que os indicadores com pontua o mais alta 03 e 04 se encontrariam em situa o mais positiva e aqueles com pontua o mais baixa 01 e 02 se refeririam quelas situa es que demandariam a es mais imediatas de curto m dio e longo prazo Por sua vez em torno de cada um de
410. to poderia ser igualmente constru do em espanhol Finalmente nesse evento Irene fez uma refer ncia expl cita aos seus pr prios valores em termos de comunidade de sala Tais valores s o percepti veis em seu discurso N s formaremos uma comunidade este ano coisa mais impor tante para mim que n s formemos uma comunidade que se d bem em conjunto Em uma comunidade preciso ser solid rio com o outro Falaremos sobre isso e pensaremos sobre isso mais e mais e mais mas o pontap inicial est dado IRENE 1993 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 Artigo Louise Jennings Vanessa Ferraz Almeida Neves e Maria de Fatima Cardoso Cones fim Por meio do seu discurso Irene explicitamente comunicou aos mem bros a import ncia que atribui forma o de uma comunidade solid ria e colaborativa Ela tamb m explicitou que comunidade era um conceito que valeria a pena ser explorado e examinado cuidadosamente em conjunto durante todo o ano letivo 1 2 Integrando e reciclando o conhecimento pessoal social e acad mico Ao longo dos dois eventos seguintes entrevistas e pesquisa ver Quadro 2 os alunos se envolveram em pr ticas como cientistas sociais e matem ticos utilizando o conhecimento pessoal e social e tamb m a recicla gem e revis o do conhecimento Atrav s da entrevista os alunos se basearam em conhecimentos pessoais para a constru o de novos conhe
411. tos 2009 se inspira na sabedoria oriental e na sabedoria de povos ind genas e camponeses A sabedoria oriental ao n o estabelecer dicotomias no seu modo de conhecer considerada muito mais global e hol stica porque n o separa as partes de suas totalidades c smicas a exemplo da multiplicidade de tempos circulares e lineares e da ideia de reencarna o J a sabedoria de povos ind genas e camponeses vista como a melhor alternativa para preservar a biodiversidade que se encontra mais conservada justamente nas reas onde habitam esses povos Segundo Santos 2007 p 33 porque a natureza neles a Pachamama que significa a m e terra dos incas Da a necessidade de afirmar e reconhecer os diferentes tipos de saberes condi o necess ria para uma ecologia dos saberes Em termos pr ticos isso significa o reconhecimento dos m ritos da ci ncia e de outras formas de saber Para ser fiel ao pensamento do autor significa reconhecer por exemplo que a ci ncia o melhor conhecimento para levar o homem ou a mulher Lua embora n o o seja para preservar a biodiversidade Nesse caso de nada serve a ci ncia moderna Ao contr rio ela a destr i Porque o que vem conservando e mantendo a biodiversidade s o os conhecimentos ind genas e camponeses SANTOS 2007 p 33 09 A proposta da ecologia dos saberes pressup e que n o h justi a global sem uma justi a entre os conh
412. ty Science Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 3 4 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade Tres perspectivas para el an lisis del conocimiento la multidisciplina riedad y la interdisciplinariedad Resumo Los recientes debates epistemol gicos y te rico metodol gicos sobre el con cepto de interdisciplinariedad y sus correlatos plantearon la cuesti n de examinar y establecer relaciones democr ticas y plurales entre el conocimiento com n y cient fico muchas vezes presentadas como antag nicas o jer rquizadas El objetivo es aqui el an lisis de estos conceptos empleando como recurso metodol gico la investigaci n bibliogr fica Desde la revisi n de la bibliografia presentamos tres lineas de discu si n de la relaci n entre estos conocimientos Se destacan como ejes orientadores del presente trabajo el sentido de superioridad de la ciencia los conceptos cong neres de interdisciplinariedad la valoraci n del conocimiento com n y la relaci n entre la ciencia y la pol tica Palavras clave Conocimiento Interdisciplinaridad Ciencia Introdu o A tem tica das rela es entre os diferentes tipos de saberes pautou os debates acad micos e universit rios dos ltimos anos fortemente inspirada pelos movimentos estudantis dos anos de 1968 e pelos desenvolvimentos te ri cos em tor
413. ualidade e efic cia dos servi os gest o descentralizada cria o de ambientes competitivos dentro das insti tui es p blicas objetivos claros de produtividade e suborna o do controle social Nesse contexto se configurou no quadro da NGP as ag ncias regu ladoras como entes do Estado com papel de realizar a tarefa de controle sobre os servi os A quest o da regula o mais amplamente discutida na rea da eco nomia no entanto ela abrange diversos setores da sociedade Oliveira 2005 p 755 ressalta que a ideia da regula o alcan a todos os setores envol vendo desde a regula o da energia dos meios clim ticos dos alimentos dos meios de comunica o entre outros servi os essenciais at a imprensa Na perspectiva de Mau s 2009 a regula o o processo de pro du o de regras e de orienta es das condutas dos atores Assim a regula o representa um conjunto de mecanismos que v o permitir o controle buscando manter o equil brio e orientar as a es dos sujeitos Barroso 2005 considera que a regula o est relacionada simbo licamente com a forma de interven o do Estado na condu o das pol ticas p blicas Nesse sentido o Estado assume o papel de regulador Segundo o autor Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 211 239 set dez 2014 219 220 Artigo Faces do gerencialismo em educa o no contexto da nova gest o p blica
414. ue foram sendo constru dos ao longo da hist ria Desse modo uma das principais caracter sticas do sistema federalista a flexibilidade o que pode ser exemplificado pela sucess o entre centraliza o e descentraliza o pol tica e econ mica constatada nos per odos de interven o militar e depois na redemocratiza o do pa s Observa se pois que o federalismo brasileiro segue as transforma es pelas quais passa o sistema pol tico estando estritamente vinculado a este De acordo com Souza 2010 No Brasil ao contr rio dos EUA partiu se de uma ordem centra izada que era o Estado unit rio do per odo imperial para uma ordem federativa de divis o de poderes e compet ncias em 1889 num processo centr peto A convers o do Estado unit rio em Estado ederado foi um processo lento e gradual Houve uma adapta o dos princ pios e institui es federalistas de modo a manter os interesses e privil gios das elites agr rias industriais e burocr ti cas que organizaram a independ ncia e controlavam o Imp rio SOUZA 2010 p 6 Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 42 72 set dez 2014 52 Artigo Federalismo e educa o no Brasil subs dios para o debate Os fundamentos atuais do Estado Federativo brasileiro est o determi nados no art 3 da Constitui o Federal de 1988 obedecendo a uma matriz cooperativa de reparti o de compet ncias em que coexistem compet
415. um modelo estruturado de an lise Revista Brasileira de Administra o P blica Rio de Janeiro v 1 n 43 p 23 48 jan fev 2009 G MES Jos Maria Globaliza o Estado na o e cidadania In G MES Jos Maria Org Pol tica e democracia em tempos de globaliza o Petr polis RJ Vozes Buenos Aires CLACSO Rio de Janeiro LPP Laborat rio de Pol ticas P blicas 2000 HYPOLITO lvaro Moreira Estado gerencial reestrutura o educativa e gest o escolar Revista Brasileira de Pol tica e Administra o da Educa o Porto Alegre v 27 n 1 p 63 78 jan abr 2008 Pol ticas curriculares Estado e regula o Educa o amp Sociedade campinas v 31 n 113 p 1337 1354 out dez 2010 Gest o do trabalho docente e qualidade da educa o Dispon vel em hitp www anpae org br congressos antigos simposio2007 16 pdf Acesso em 3 ago 2014 MACHADO Luc lia Regina de Sousa Controle da Qualidade Total Uma nova gest o do trabalho uma nova pedagogia do capital In FIDALGO Fernando Selmar MACHADO Luc lia Regina de Sousa Org Controle da qualidade total uma nova pedagogia do capital Belo Horizonte Movimento de Cultura Marxista 1994 MAU S Olga ses Regula o educacional forma o e trabalho docente Estudos em ava lia o Educacional S o Paulo v 20 n 44 2009 Dispon vel em http www fcc org br pesquisa publicacoes eae arquivos 1532 1532 pdf Acesso em 3 s
416. undoescola 2001 de base gerencial proveniente de um acordo firmado entre o Minist rio da Educa o e o Banco Mundial 1998 que tinha como objetivo modernizar a gest o educacional utilizando a l gica do mercado O PDE Escola hoje PDE interativo se constitui em um programa de complementa o da Uni o tanto no aspecto financeiro quanto no assessora mento t cnico Por meio dele se desenvolvem a es para ajudar as escolas na elabora o do planejamento estrat gico visando melhoria de seus indi cadores e descritores de desempenho Ao aderir ao PDE Escola as unidades escolares firmam um contrato com a Uni o responsabilizando se pelo cumpri 6l mento das metas que estabeleceram por esse mecanismo a Uni o defende o discurso da moderniza o da gest o e atribui aos entes locais a responso bilidade pelo sucesso ou insucesso das suas a es Por meio de uma pol tica definida no mbito central o estado na o procura instituir o regime de colabora o Na verdade como afirma Ara jo 2010 p 238 nas pol ticas educacionais brasileiras tem prevalecido a defini o de normas de colabora o formuladas a partir do governo central erroneamente confundidas como passos importantes ou avan os para a regulamenta o do regime de colabora o Em 2007 para dar organicidade e coes o aos v rios programas que j vinham sendo desenvolvidos pela Uni o o governo Lula da Silva institui o Plano de Des
417. uperior Completo 534 200 734 1 130 473 1 603 Superior completo sem licencia 33 25 58 tura Total 886 487 1 373 1 209 528 1 737 Fonte Microdados do Censo Escolar 2007 e 2012 Inep MEC Em Altamira Par das 454 quatrocentas e cinquenta e quatro fun es docentes com a escolaridade em n vel m dio em 2007 passou se a 105 cento e cinco fun es docentes com Ensino M dio Normal Magist rio em 2012 o que indica ainda estar distante da universaliza o desejada pelo PNE Os dados disponibilizados no Censo Escolar de 2012 permitem constatar que das 482 quatrocentas e oitenta e duas fun es docentes iden tificadas nesse munic pio no ano de 2012 no que diz respeito aos anos iniciais do Ensino Fundamental 21 vinte e uma fun es docentes ocupadas por professores com ensino m dio obtido em cursos normais e ou cursos de magist rio al m de 10 dez fun es docentes com Ensino M dio Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva Ribeiro Tabela 4 Barcarena Pard fun es docentes da Rede Municipal de Ensino por escolaridade e localiza o 2007 2012 2007 2012 Urbana Rural Total Urbana Rural Total Escolaridade Fundamental Incompleto Fundamental Completo Ensino M dio Normal Magis t rio Ensino M dio Normal Magist rio Espec fico Ind gen
418. uras e a dial tica conflitiva da sociedade NOVOA 1992 p 31 Desse modo a concep o que se tem de educa o se reflete na forma o dos professores revelando os interesses inten es e conflitos No entanto em meio s situa es conflituosas n o se pode desconsiderar as con tribui es da escola em rela o s perspectivas de melhoria da forma o humana o que evidencia a necessidade de se repensar nos padr es de qua lidade que definem essa institui o Nesse sentido como esclarece Lib neo Qualidade da escola refere se tanto a atributos ou caracter sticas da sua organiza o e funcionamento quanto ao grau de excel n cia baseado numa escala valorativa a qualidade desta escola ruim mediocre boa excelente Embora haja uma grande diver sidade de opini es entre os educadores e pais sobre crit rios de qualidade das escolas LBANEO 2001 p 65 Al m disso para Lib neo 2001 a escola deve primar pela quali dade social que apresenta a inter rela o entre qualidade formal e politica al m do que baseada no conhecimento e na amplia o de capacidades operativas sociais com alto grau de inclus o nos aspectos pol tico social e cultural Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 156 182 set dez 2014 Artigo Arlete Maria Monte de Camargo Maria Edilene da Silva bein a O processo de constru o da educa o e da forma o do professor requer condi
419. v s da ex peri ncia Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 10 41 set dez 2014 17 20 Artigo Oportunidades de aprendizagem e cidadania respons vel pr ticas democr ticas em sala de aula Tempo Eventos e Atividades A es e Intera es Processos Democr ticos 107min ENTREVISTAS Tempestade de ideias Igualdade no status das Apresenta o para a defini o E en duas l nguas a trevista e exemplos em Conheci Consiniago de mee ME onhecimento pessoa guntas PE ingl s e em espanhol valorizado na atividade T Entevistando o co Escrito individual de per acad mica lega guntas Diversidade de respostas Aoresentando o co Entrevistar o colega e es valorizada Pai para a turma Sever respostas Responsabilidade com Apresentar o colega para partilhada pela apren a turma na l ngua preferi dizagem da os colegas e a profes Responsabilidade com sora fazem a tradu o partilhada pela comuni turma faz perguntas ao dade entrevistado Conhecimento din mi co Constru o social do significado atrav s da ex peri ncia 65min PESQUISA Tempestade de ideias Igualdade no status das Apresenta o para a defini o de pes duas l nguas Constru o da per o em ingl s e em es Conhecimento pessoal gunta de pesquisa PANO valorizado na atividade Pasoiiende Esc
420. vista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 125 155 set dez 2014 14 142 Artigo Avalia o e gest o da excel ncia na P s Gradua o em Educa o Emuma perspectiva similar um dos coordenadores da rea da Educa o CA Edu A lembrou que a pr pria Capese o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq promovem programas e editais dirigidos prioritariamente a regi es e temas espec ficos visando mini mizar as desigualdades 4 Ent o a quest o do m rito acad mico est muito clara No entanto voc n o pode esquecer que existem outros programas que contemplam pro jetos de outras Institui es de outras entidades que tiveram dificuldades Ent o todos os alunos de todos os programas de p s gradua o da regi o Norte tem bolsa N o pela qualidade s mas s o outros elementos H v rios editais de fomento do CNPq s para a Regi o Norte Nordeste e Centro Oeste Ent o na rea de fato elas est o relacionadas mas existem v rios programas de fomento s ganha quem tiver h projetos inclusive em que se voc n o estiver filiado ao grupo de alguma Universidade do Norte Nordeste voc n o ganha Ent o tem esses projetos de fomento tamb m CAEDU A 2013 Outra categoria que aparece recorrentemente nas cr ticas dos coorde nadores ao processo de avalia o da Capes o produtivismo especialmente nos programas das universidades p
421. vista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 73 98 set dez 2014 1 8 Artigo Tr s perspectivas de an lise dos saberes multidisciplinaridade e interdisciplinaridade do saber vulgar Bunge 1985 parece ter uma vis o bastante positiva dele sobretudo quando vinculado ao bom senso concebido pelo estudioso como um conhecimento que aspira criticidade adequa o aos fatos e raciona lidade coer ncia E poss vel aventar que para a perspectiva cl ssica no bom senso que reside o ponto de equil brio entre o conhecimento vulgar o senso comum e o conhecimento cient fico O conhecimento vulgar est presente desde o princ pio na atividade cient fica por meio da linguagem comum que empregada como ponto de partida em todos os campos do saber O conhecimento vulgar tamb m pode inspirar a constru o de problemas cient ficos ainda que em um n vel bastante elementar pois essa constru o depende de um ac mulo de saber e pode igualmente ser inspirada por outros conhecimentos cient ficos novamente sujei tos revis o e corre o Para Bunge a medida que progresa la investigaci n corrige o hasta rechaza porciones del acervo del conocimiento ordinario As se enriquece este ltimo con los resultados de la ciencia parte del sentido com n de hoy dia es resultado de la investigaci n cient fica de ayer de hecho la investigaci n cient fica empieza en el lugar mismo en que la experien
422. volvimento da Educa o B sica Ideb juntamente com o Plano de Desenvolvimento da Escola PDE Escola que se tornou uma das mais importantes a es do PDDE Explicita se nesse programa a rela o entre os resultados da avalia o e o financiamento e a perspectiva gerencialista que os embasa FRIGOTTO 2011 Outra mudan a relevante diz respeito ao Plano Nacional de Educa o que deixou de usar o termo vago plurianual e passou a ser decenal com o objetivo mais ampliado de articular o sistema nacional de educa o em regime de colabora o e definir diretrizes objetivos metas e estrat gias de imple menta o para assegurar a manuten o e desenvolvimento do ensino em seus Revista Educa o em Quest o Natal v 50 n 36 p 183 210 set dez 2014 Artigo Lucia de Fatima Valente Maria Simone Ferraz Pereira Moreira confit diversos n veis etapas e modalidades por meio de a es integradas dos pode res p blicos das diferentes esferas federativas Percebe se ainda por parte do Minist rio da Educa o no mbito do discurso uma preocupa o com a institucionaliza o de suas a es de maneira que essas extrapolem a gest o vigente tornando se pol tica de Estado para que n o haja descontinuidades das a es propostas e a educa o possa continuar avan ando e cumprindo o seu papel As a es do PDE para a educa o b sica foram estruturadas a partir do Decreto n 6 094 de 24 de abril de 20
423. vos visando orga nizar situa es de ensino e aprendizagem que possibilitem a transforma o dos sujeitos envolvidos no processo e do contexto no qual est o inseridos Para tal sua finalidade garantir aos sujeitos o acesso aos bens hist ricos sociais e cul turais al m do desenvolvimento de postura cr tica reflexiva e criadora a partir de sua inser o no mundo A ess ncia da pr tica pedag gica n o se restringe ao campo da sala de aula mas ao contexto em que est inserida a escola e o trabalho pedag gico desenvolvido pelos profissionais que nela atuam Na l gica que tem induzido as pr ticas de avalia o os sistemas de ensino as escolas os professores os estudantes s o responsabilizados pelos resultados obtidos independente das condi es concretas de produ o destes Ainda nessa l gica a responsabiliza o individual e autorit ria encontra se intimamente associada no o de meritocracia e se concretiza por meio da avalia o que ao induzir a competi o e a classifica o valores presentes na sociedade capitalista contribui para acentuar as desigualdades sociais Embora n o explicite as concep es dessa dimens o percebe se que o PAR no mbito do discurso tem como proposta promover uma educa o que atenda s demandas sociais e que seja considerada de qualidade No entanto a partir das observa es e entrevistas realizadas nota se que as pr ticas peda g gicas das escolas pesquisadas cent

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