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Dissertação - Universidade Católica de Brasília

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1. D cada de 80 do s culo passado per odo em que a internacionaliza o do capital ganha um ritmo acelerado sustentado pelas inova es tecnol gicas ganhando for a e consist ncia as chamadas sociedades do conhecimento e consequentemente a reorganiza o do trabalho produtivo com novas divis es do trabalho intelectual e a necessidade de forma o de um trabalhador diferente Ao mesmo tempo nos pa ses da REGIAO como o Brasil aumentam as desigualdades acirram se os conflitos urbanos diminuem os postos de trabalho a classe m dia come a a empobrecer A prefer ncia contudo para colocar o marco em tempos posteriores a 1980 ao final do s culo XX O atual surge como consequ ncia de uma cronologia que fragmenta e desarticula o processo de produ o do conhecimento como se o produzido hoje n o tivesse nada a ver com o produzido anteriormente e nem com uma espec fica situa o daquele identificado com o lugar do autor A historicidade da pr tica cient fica apagada pela atualidade da base A rela o entre o mais recente e a atualidade da base uma leitura do que seja a ci ncia um conjunto de proposi es elaboradas agora E o espa o da produ o cient fica a ser indexada Como se constr i Vejamos Cobertura geogr fica A LILACS inclui documentos de autores latino americanos e do Caribe e ou publicados nos pa ses da Regi o e documentos produzidos pela Organiza o Pan Americana da Sa de seus Programas e
2. H CIENCIAS FISICAS I HOMEOPATIA J ANTROPOLOGIA EDUCACAO SOCIOLOGIA E FENOMENOS SOCIAIS K TECNOLOGIA E ALIMENTOS E BEBIDAS L HUMANIDADES M CIENCIA DA INFORMACAO N PESSOAS O ASSISTENCIA A SAUDE P SAUDE PUBLICA Q LOCALIZACOES GEOGRAFICAS 2 Para a AD esta categoriza o n o uma s rie de saberes seres disciplinas atividades topografia que comp em o campo das Ci ncias da Sa de Esta categoriza o um texto uma unidade de sentidos e materializa uma leitura espec fica do que a Ci ncias da Sa de e p e em circula o numa rede mundial essa interpreta o como a verdadeira a cient fica a leg tima sustentada por institui es credenciadas internacionalmente para falar desses lugares que buscam dar conta da completude da totalidade Como bem diz o Guia BIREME 2001 A LILACS abrange toda a rea de Ci ncias da Sa de num sentido bem amplo abrangendo todas as reas que tenham rela o com a sa de humana Medicina Sa de P blica Odontologia Enfermagem Veterin ria Engenharia Sanit ria Farm cia e Qu mica Biologia Nutri o Psicologia Ecologia e Ambiente etc p 9 Grifo nosso Se compararmos as 17 categorias do DeCS transcritas anteriormente a esta s rie acima mencionada encontramos uma nova ordena o onde a Psicologia j se encontra em outro lugar em rela o as outras sub reas das Ci ncias da Sa de enquanto uma totalidade
3. Nota de indexa o ainda acrescenta psicog nico e afetivo Quando qualifica a Psicologia pode ser muitas coisas 100 Talvez seja poss vel compreender essa dispers o refletindo sobre o que Figueiredo 1991 chama de projeto autocontradit rio de constitui o da psicologia p 26 Para ele A psicologia desde o seu nascimento oficial como ci ncia independente vive ao lado de outras ci ncias humanas uma crise permanente Esta crise se caracteriza pela extraordin ria diversidade de posturas metodol gicas e te ricas em persistente e irredut vel oposi o p 11 Colocando a Psicologia em um outro lugar nas Ci ncias Humanas ele ainda complementa afirmando que O ecletismo a maneira predominante da comunidade profissional enfrentar as contradi es do projeto da psicologia como ci ncia independente Sua principal desvantagem que neste enfrentamento as contradi es ficam camufladas travestidas em complementaridade e a pr pria natureza do projeto subtra da do plano da reflex o e da cr tica p 40 Grifo nosso Como estamos pensando nos descritores em sua estrutura e funcionamento como um dicion rio podemos nos servir do sistema de remiss o pr prio desse instrumento ling stico um objeto hist rico e simb lico Auroux 1992 para compreendermos melhor a produ o de sentidos e os processo de subjetiva o que a se d o Vamos trazer um outro descritor
4. autor e com todas essas condi es que Chartier 1999 chama de fora do texto e 42 que a AD chama de condi es de produ o considerando as como parte constitutiva do texto da produ o de sentidos e da constitui o do sujeito O que poss vel observar em uma leitura discursiva do trabalho de Chartier 1999 2001 2001a que ele aborda a escritura e a leitura como pr ticas s cio culturais correlacionadas a tr s caracter sticas as do objeto discursivo que d suporte ao escrito as do sujeito leitor e as da rela o entre o sujeito leitor o sujeito autor e o sujeito editor Estas ltimas rela es s o abordadas por Chartier 1999 pela considera o do imagin rio que a funciona elaborando as posi es de sujeito pela antecipa o que cada um dos envolvidos faz a respeito de si mesmo e dos outros considerando as forma es imagin rias que est o funcionando nas diferentes posi es de sujeito Estas antecipa es est o inscritas nos objetos discursivos e produzem efeitos na leitura nos procedimentos de interpreta o na produ o dos efeitos de sentido Cinco conclus es de Chartier 1999 2001 2001a sobre o livro impresso e a leitura interessam para o trabalho aqui exposto e selecionamos palavras do pr prio autor para fix las l O livro sempre visou instaurar uma ordem fosse a ordem de sua decifra o a ordem no interior da qual ele deve ser compreendido ou ainda a ordem desejada p
5. o estat stica amp dados num ricos normas tend ncias N mero do Registro 12021 Identificador nico D011584 Se compararmos inicialmente os descritores Psiquiatria e Psicologia enquanto descritor podemos observar tomando os enunciados definidores que ambos s o ci ncia ou melhor a ci ncia pr pria para se estudar determinado objeto por m a Psicologia n o est situada no campo da Medicina evidenciando pelo n o dito a ambig idade do lugar da Psicologia entre as demais ci ncias Os objetos de estudo s o distintos transtornos mentais de um e processos mentais e 98 comportamento de outra sendo que da Psicologia retira se a historicidade e a rela o com a no o de doen a ao se apagar termos como origem diagn stico preven o tratamento o qual ir contudo reaparecer na defini o do descritor Psicologia Cl nica que transcrevemos na p gina 104 Chama a aten o do analista de discurso a presen a na defini o do termo animais em rela o tamb m aditiva ao termo homens Na Nota de indexa o do descritor Psicologia encontramos prefira psicol que significa que o indexador deve preferir tratar a Psicologia como um qualificador antes que como uma ci ncia como vimos no exemplo do Manual de Indexa o BIREME 20034 p gina 97 Ressaltamos que o asterisco colocado no qualificador psicol naque
6. o das condi es de produ o da leitura da produ o cient fica por parte do sujeito indexador em termos de espa o tempo e de interlocu o autores que entram ou n o para dialogar com seu pares soma se a demarca o das l nguas legitimadas pela metodologia LILACS Cobertura idiom tica Somente ser o considerados para inclus o os documentos em espanhol portugu s ingl s e franc s O vocabul rio do sistema triling e portugu s espanhol ingl s e os documentos poder o ser indexados e recuperados por qualquer um dos idiomas p 6 7 Vimos que a cobertura geogr fica limitada aos documentos publicados nos pa ses da REGI O Ent o seria de se esperar que a cobertura idiom tica ficasse restrita s l nguas nacionais dos pa ses da regi o o espanhol e o portugu s Mas h as l nguas internacionais a antiga l ngua internacional o franc s e a atual l ngua internacional o ingl s Se sabemos por um lado que no mundo da ci ncia sempre houveram as l nguas de tr nsito internacional e que as outras a elas devem se submeter para terem seus trabalhos conhecidos e discutidos pelos pares por outro a reafirma o de uma hegemonia em uma base de dados que se pretende regional e de interc mbio entre os autores de uma REGI O A quest o da tradu o se d como uma evid ncia sustentada em uma concep o de linguagem que sup e uma rela o direta entre as palavras e as coisas O sujeito in
7. rea de Ci ncias da Sa de publicados na Am rica Latina e Caribe em portugu s espanhol ingl s e franc s que respeitem os seguintes crit rios Conte do O m rito cient fico de um peri dico o principal fator para a sele o de um novo t tulo Revis o por pares A revis o e aprova o das contribui es para os peri dicos cient ficos devem ser realizadas pelos pares io Comit Editorial O peri dico deve possuir um Comit Editorial reconhecidamente id neo 54 Regularidade de publica o A regularidade de publica o um dos crit rios obrigat rios no processo de avalia o lt Periodicidade 80 A periodicidade um indicador do fluxo da produ o cient fica da rea espec fica coberta pelo peri dico Na rea das Ci ncias da Sa de recomend vel que o peri dico seja no m nimo trimestral 15 Tempo de exist ncia O peri dico deve ter pelo menos 4 n meros publicados para ser considerado para avalia o Normaliza o Os peri dicos devem especificar a s norma s seguida s para a apresenta o estrutura o dos textos e refer ncias de modo que seja poss vel a avalia o da obedi ncia normaliza o proposta incluir instru es claras para os autores que reflitam se poss vel os seguintes crit rios de sele o de trabalhos de identifica o do s autor es de indica o das fontes de financiamento das pesquisas de ide
8. 1964 Revolu o Relatos pessoais p 52 Frente a essas diferentes classifica es de um mesmo livro Lucas 1997 comenta Os assuntos atribu dos pelos indexadores 2 e 5 est o incorretos visto a obra de Fernando Gabeira n o ser fic o e sim um depoimento sobre um fato real como indexados nos conjuntos 6 e 8 O cabe alho de assunto selecionado pelo indexador 4 38 refugiados pol ticos direito internacional representa o livro de um ponto de vista bem espec fico n o dando entrada para o contexto hist rico e pol tico tamb m relevantes nesta obra O indexador 7 da Library of Congress Washington USA ressaltou o nome do embaixador americano e tamb m incluiu o termo guerrilha p 52 Aspas no original Ap s a an lise discursiva desse corpus ela conclui Fechando mais o espectro de nossa an lise observamos a leitura do bibliotec rio em sua pr tica de indexa o Observamos de que lugar l este leitor A constatamos como o sujeito leitor emerge apesar de sua leitura estar subsumida aos interesses da institui o apesar das linguagens document rias controle de vocabul rio de terminologia trazendo consigo suas hist rias de leitura Lucas 1997 p 53 Neste texto de Lucas 1997 feita uma an lise de uma das tarefas do indexador documentalista de BD a defini o dos crit rios de organiza o e de recupera o tamb m e temos que admitir junto com a autora que
9. 81 layout por exemplo funcionais periodicidade metodol gicos normaliza o apontam para uma burocratiza o da produ o cient fica Um exemplo pode ajudar a compreender este funcionamento A Biblioteca do Instituto de Doen as do T rax da Universidade Federal do Rio de Janeiro BIBLIDT UFRJ indexa dois peri dicos na base LILACS o Jornal de Pneumologia e o Pulm o RJ Rosas 2001 bibliotec ria dessa institui o afirma que Ao se realizar a indexa o do Jornal de Pneumologia surgiram dificuldades pois os autores das comunica es cient ficas n o utilizavam adequadamente os descritores do DeCS p 2 E ela ainda constatou nesta pesquisa que os autores da maioria das comunica es publicadas no volume 26 daquele peri dico apesar das instru es redatoriais n o davam a devida aten o aos t tulos resumos e palavras chave de seus trabalhos dificultando a pr tica do documentalista e at induzindo o ao erro j que Raramente o indexador pode ler o texto do come o ao fim pois precisa indexar uma determinada quantidade de documentos por dia recomendando se um misto de ler e passar os olhos O que lembra as palavras de Lucas 1997 j citadas acima a leitura do bibliotec rio simula o modo de produ o industrial buscando produtividade rapidez n o dando margem a reflex o e ao ac mulo de conhecimento por parte do bibliotec rio p 53 Rosas 2001 ent o prop e que os autores
10. ao se referir aos sistemas de restri o que agem na ordem dos discursos qualquer um enfim n o pode falar de qualquer coisa p 9 As diretrizes da BIREME para a forma o do acervo da LILACS a categoriza o das Ci ncias da Sa de que ela prop e as normas de organiza o indexa o dos documentos textuais que ela elabora s o para a AD gestos de interpreta o determinados por condi es de produ o espec ficas referidas s forma es imagin rias discursivas e ideol gicas atuantes em um tempo e lugar espec ficos Assim a LILACS suportada por essas institui es normativas e prescritivas est credenciada historicamente e institucionalmente para falar de um lugar autorizado produzindo evid ncias de legitimidade credibilidade e cientificidade e instaurando um modo espec fico de ler os textos cient ficos em geral e a produ o do campo Psicologia em particular O endere o eletr nico da BIREME www bireme br abre a p gina da Biblioteca Virtual em Sa de BVS reproduzida no Anexo Nesta p gina o Menu Central na op o Literatura Cient fica d acesso ao formul rio de consulta para v rias bases de dados que comp em a Biblioteca Virtual em Sa de BVS e entre elas est a LILACS O Menu ainda prov acesso a p ginas que orientam a pesquisa e o acesso a informa o sobre a BVS Atrav s do link BIREME poss vel acessar informa es sobre a pr pria BIREME seus Fundamentos Miss
11. capaz de tudo analisar exaustivamente que conhece na totalidade e capaz de envolver o mundo num olhar que tudo v Voltando s 17 categorias dos DeCS observamos inicialmente que a clareza coer ncia e consist ncia t o desejadas para dar sustenta o objetividade e imparcialidade pretendidas parecem desfazer se face opacidade do que sustenta essa categoriza o em que encontramos campos de saberes Ci ncias Biol gicas Ci ncias F sicas Humanidades Antropologia Educa o Sociologia Ci ncia da 94 Informa o disciplinas e categorias de um campo de saber Anatomia Homeopatia Fen menos Sociais Compostos Qu micos e Drogas pr ticas de administra o do Estado Assist ncia a Sa de e Sa de P blica seres e partes desses seres Pessoas e Organismos t cnicas Tecnologia e Alimentos e Bebidas Essa categoriza o cobertura tem tica como chamada no Guia BIREME 2001 serve ao documentalista na an lise de conte do dos documentos a serem ingressados assim como na posterior recupera o dos mesmos p 7 nessa linguagem document ria que instrumento para que o documentalista analise o conte do dos documentos e instrumento para que o usu rio encontre o que procura que a Psicologia foi colocada na categoria F mas tamb m a Psiquiatria ligadas pelo conectivo e que une elementos de uma mesma s rie ou de igual fun o Esta ordem primeiro a Psicologia e depois a Ps
12. es de desigualdade contradi o subordina o que caracterizam um dado processo produtivo P cheux 1997b p 151 constituindo um conjunto complexo de atitudes e de representa es que n o s o nem individuais nem universais mas se relacionam mais ou menos diretamente a posi es de classes em conflito umas com as outras P cheux amp Fuchs 1997 p 166 Aspas no original Em um sentido discursivo podemos entender o conceito de ideologia como a dire o presente na interpreta o o mecanismo de produzir x como diz Orlandi 1996 que deixa vest gios na estrutura da l ngua e que elabora duas evid ncias 1 a do sujeito senhor de seu dizer 2 a da transpar ncia da linguagem O sujeito a evid ncia primeira o que Althusser chama de efeito ideol gico elementar Citado em P cheux 1997b p 98 Resistir a esta evid ncia exige a considera o do Materialismo Hist rico e das suas teses que se contrap em concep o metaf sica e que permitem a elabora o de uma no o de sujeito como posi o de fala Ent o o que P cheux 1997b prop e uma teoria n o subjetivista da subjetividade que designa os processos de imposi o dissimula o que constituem o sujeito situando o significando para ele o que ele e ao mesmo tempo dissimulando para ele essa situa o esse assujeitamento pela ilus o de autonomia constitutiva do sujeito de modo que o sujei
13. faz retornarem catorze 14 descritores Na metade deles a Psiquiatria qualificada ou seja vem seguida de um determinante psiquiatria da crian a do adolescente psiquiatria geri trica biol gica comunit ria militar legal ou forense Na outra metade temos servi os e terapias Servi o Social em Psiquiatria e Terapias Som ticas em Psiquiatria por exemplo Mas traz tamb m o descritor isolado Psiquiatria que transcrevemos abaixo Figura 4 Descritor Psiquiatria Todos os descritores apresentam uma estrutura semelhante a esta um pouco ao modo de um verbete de dicion rio 1 a palavra nas tr s l nguas oficiais do DeCs estando o ingl s em primeiro lugar e o portugu s em terceiro 2 a categoria que especifica em quais outras categorias o descritor definido tamb m aparece 3 a defini o em portugu s o que nos faz novamente pensar na quest o da tradu o a 96 presente 4 a nota de indexa o em Portugu s que retoma aspectos da defini o para garantir que se far a leitura esperada controlando a dispers o do sentido sempre poss vel 5 os qualificadores permitidos ou seja os dom nios de saber em que aquele descritor se inscreve 6 o n mero do registro e 7 o identificador nico Observemos inicialmente a defini o em Portugu s proposta para este descritor A ci ncia m dica que estuda a origem o diagn stico a preven o e o tratamento dos transtornos mentais Temos a a pre
14. fundada no conceito de discurso que articula a l ngua e a ideologia pelo movimento e jogo da hist ria A no o de assujeitamento do sujeito constitu do pelas e nas condi es de produ o caracter sticas de um tempo e de um lugar espec ficos da decorrentes coloca quest es relacionadas s falhas no dizer aos lapsos ao que n o se subjuga s regras s normas institucionais Como explicar a mudan a a leitura poliss mica os v rios e vari veis gestos de interpreta o a desobedi ncia dos bibliotec rios relatada por Lucas 1997 na sua pesquisa que comento p gina 37 Dois processos ajudam a responder a esta quest o os processos parafr sticos e os processos poliss micos tal como propostos por Orlandi 1999 a pr pria incompletude da l ngua e o fato da ideologia ser um ritual com falhas como diz P cheux 1997b o que permite tanto que o dito se conforme a uma mem ria par frase tanto que ele rompa com os processos de significa o polissemia O artigo de Authier Revuz 1997 Falta do dizer dizer da falta as palavras do sil ncio comenta a falha em nomear que para o sujeito falante particularmente falha para se nomear falha para dizer a verdade que n o se diz toda porque as palavras faltam p 257 Aspas no original Esta autora exemplifica isto com a queixa de Flaubert em sua correspond ncia A cada linha a cada palavra a 22 2999 l ngua me falt
15. ncias da vida da produ o e troca e da linguagem e a coloca dentro das Ci ncias Humanas essas ci ncias cujo status cient fico sempre confrontado pelo fato mesmo de se configurarem nestas conflu ncias onde discursos diversos se entrecruzam para tentar explicar o homem singular o homem em sociedade o homem como origem e fonte de todo saber A essa opacidade que observamos em rela o ao lugar ocupado pela Psicologia no quadro maior das Ci ncias junta se aquela que iremos encontrar quando verificamos o lugar que a LILACS atribui Psicologia em seus DeCS junto com a Psiquiatria conforme as categorias que apresentamos a seguir Para a AD esses lugares s o determinados ideologicamente pelo funcionamento do imagin rio e da mem ria estar colocado aqui ou ali tem efeitos nas possibilidades de significar nos processos de subjetiva o Estar aqui ou ali implica em estar filiado s forma es discursivas que funcionam determinando o que pode e o que n o pode ser dito de determinado lugar O DeCS est estruturado a partir de dezessete 17 categorias o sinal de adi o indica o desdobramento em descritores que se apresentam em uma ordem dada 92 produzindo seus efeitos de sentido na qual podemos localizar a Psicologia na categoria F A ANATOMIA B ORGANISMOS C DOENCAS D COMPOSTOS QUIMICOS E DROGAS E TECNICAS E EQUIPAMENTOS F PSICOLOGIA E PSIQUIATRIA G CIENCIAS BIOLOGICAS
16. o o que n o diz vel no espa o da ci ncia moderna suportada por uma concep o de sujeito como fonte e origem do seu dizer apagando assim o sujeito hist rico sobredeterminado constitu do como posi o de fala ABSTRAT INTRODU O O percurso que vai do tema das tecnologias da informa o e comunica o em sua rela o com o saber psicol gico e com os processos de subjetiva o at a formula o de uma quest o que move esta disserta o iniciou se no meu Curso de Aperfei oamento em Doc ncia de 3 Grau quando analisei o discurso das normalistas do Distrito Federal sobre a educa o Naquele trabalho a quest o das rela es entre linguagem e sujeito apresentava se de forma incisiva Hoje trabalhando com um referencial te rico e metodol gico espec fico o da An lise de Discurso posso dizer que havia uma ambigiiidade e duplicidade uma reprodu o e uma transforma o de enunciados j ouvidos que provocavam a minha curiosidade e convidavam me a procurar saber mais sobre o discurso O trabalho consistiu na apresenta o as normalistas de um conjunto de frases sobre educa o e sobre o papel do professor no processo educativo solicitando que elas marcassem aquelas com as quais concordavam As frases que fizeram parte do instrumento da pesquisa foram retiradas de discursos de ministros da educa o de te ricos como Althusser 1985 e Freire 1977 e de livros utilizados pelas normalistas em v rias di
17. o dessas discursividades Assim a op o por uma an lise discursiva da base de dados LILACS foi te rica nesse espa o de leituras e escrituras era poss vel pensar a posi o do sujeito e da Psicologia Este foi um trabalho intenso que teve in cio com o estudo dos sistemas psicol gicos que chamavam nossa aten o inquietava nos aquele conjunto aparentemente heterog neo de posi es epistemol gicas e metodol gicas Fomos em busca da Psicologia que circulava na grande rede midi tica em busca dos discursos que a constitu am ou n o como ci ncia Procuramos compreender como funcionava a base de dados LILACS para significar a Psicologia de um modo em detrimento de todos os outros poss veis Assim observamos que no espa o dessa base de dados quatro posi es enunciativas situavam os indiv duos emp ricos que nelas fossem colocados o lugar do institucional o lugar do indexador o lugar do usu rio e o lugar do pesquisador sujeitos leitores e autores s o definidos a partir de uma metodologia a ser seguida por todos eles num processo homogeneizante das pr ticas de indexa o das pr ticas de leitura e de escritura 122 Essas posi es sujeito s o determinadas por condi es hist ricas e sociais e significadas na superf cie ling stica antes que os indiv duos da passem a falar ouvir ler escrever em um processo de antecipa o j organizado e gerido pelos manuais guias vocabul rio tem tico J est
18. subclasses decimais respeitando as liga es conceituais e sem nticas e seus termos s o apresentados em uma estrutura h brida de pr e p s coordena o www bireme br metodologia LILACS Este instrumento ordenador um vocabul rio estruturado necess rio de acordo com a BIREME para descrever o organizar e prover acesso informa o www bireme br metodologia LILACS 87 Assim um documento ser inclu do na LILACS sempre que seu conte do se refira s Ci ncias da Sa de e possa ser descrito utilizando um ou mais descritores do DeCS BIREME 2001 p 7 Uma consulta ao dicion rio mostra que uma ordem um arranjo de coisas segundo certas rela es Aur lio p 1003 que no caso da LILACS s o as rela es conceituais e sem nticas de uma rea do saber a das Ci ncias da Sa de Esta consulta recupera ainda a mem ria de ordem do discurso arquitet nico ordem d rica ordem j nica Aur lio p 1004 apontando para o aspecto estrutural de toda ordem sem esquecer que toda ordem materializa se em acontecimentos singulares J mencionamos anteriormente p 34 que a mnemot cnica ocidental est centrada na m xima de colocar as lembran as em lugares exatos para da tir las nos momentos de necessidade Colombo 1991 p 31 A preocupa o com a recupera o do que foi guardado de um modo espec fico que originou sistemas de indexa o como o
19. tematizam as bases de dados na sua interface com a linguagem Analisando esses artigos Mendon a 2000 mostra a exist ncia de uma certa uniformidade com rela o ao conceito de l ngua e linguagem quer ao tom las como sin nimas quer dando primeira a refer ncia de instrumento de comunica o e segunda de c digo a ser codificado e decodificado por um sujeito intencional Apesar de enfatizarem de um modo geral a necessidade de normatizar a linguagem document ria num reconhecimento mesmo que impl cito de sua multiplicidade e ambigiidade os autores dos artigos n o discutem aspectos hist ricos pol ticos 33 ideol gicos implicados na l ngua no saber produzido sobre a l ngua na estrutura o e gest o das formas e da significa o para a elabora o das bases de dados Dois artigos dentre esses 42 comentados por Mendon a 2000 trazem uma outra dimens o de an lise que abre possibilidades para outras interpreta es relativas constru o e utiliza o das bases de dados a dimens o pol tica e ideol gica Um desses artigos intitulado Base de dados a met fora da mem ria cient fica de Luiz Fernando Say o 1996 contempla a dimens o da produ o e circula o do conhecimento cient fico nas pelas bases de dados eletr nicas O artigo nas palavras de Say o 1996 Analisa as bases de dados seus esquemas de representa o e recupera o sua seletividade e as barreiras impostas pelas linguagens
20. um conjunto de instrumentos indicando como fazer uma base e sendo necess ria porque h um trabalho descentralizado que exige uma metodologia comum Interessa nos pois compreender como se produz essa unidade uniformidade a partir de um centro de modo a garantir que a descentraliza o se d em determinada dire o De acordo com a teoria de sistemas a ado o de uma mesma metodologia pelos diversos centros de alimenta o do sistema prov o que na rea de inform tica conhecido por compatibilidade Quanto mais compatibilidade existir entre os n s de uma rede informatizada mais f cil estabelecer manter e controlar os fluxos de informa es menores s o os custos com as interfaces e mais otimizada fica a 57 conectividade O conceito de compatibilidade relaciona se a aspectos de hardware e de software que interligar sistemas exige tanto interfaces mec nicas as m dias de comunica o quanto interfaces de software programas tradutores de linguagem por exemplo Portanto se os sistemas que se pretende interligar forem instalados em equipamentos compat veis e utilizarem a mesma linguagem e organiza o diminui se os custos com as interfaces e otimiza se os aspectos operacionais a inclu dos a manuten o e o controle A homogeneiza o fica assim justificada mais uma vez apenas pela exig ncia t cnica No entanto a nossa hip tese a de que a homogeneiza o de um campo de conhecimento como o psico
21. 93 Como a enciclop dia chinesa de Borges citada por Foucault 1999 esta categoriza o do DeCS evidencia pelo imposs vel de se pens la as dissimetrias e as discrep ncias entre reas de saber ci ncias disciplinas pr ticas indiv duos Parece que como na enciclop dia chinesa o que une e organiza essas disparidades a s rie alfab tica No entanto essa categoriza o cabe no pensamento ocidental diferente daquela enciclop dia e cabe talvez porque subjaz a a id ia de interdisciplinaridade e cabe ainda dentro de uma tradi o da geografia m dica que conforme j vimos teve in cio com a expans o colonialista e com o paradigma anatomocl nico O discurso da interdisciplinaridade pensado da perspectiva discursiva efeito da impossibilidade de pensar o saber como superf cies bem delimitadas estanques com temas objetos m todos e procedimentos diferenciados visando conhecer e controlar o real da l ngua o real da hist ria de superar a contradi o entre o objeto real e o objeto de conhecimento que a ci ncia instala para dar conta desse imposs vel H que suturar a falha sempre poss vel nas disciplinas de interpreta o elaborando o objeto total mesmo que imaginariamente Conceitos temas teorias de uma rea s o apropriados por outra neste funcionamento da interdisciplinaridade em que se elabora uma representa o imagin ria ideol gica portanto da Ci ncia como um saber com abrang ncia absoluta
22. 96 Aspas no original Essa repeti o do id ntico sob formas necessariamente diversas permite observar os deslizamentos de sentido que dando visibilidade historicidade permitem compreender os mecanismos de produ o da ideologia 29 2 Revis o da Literatura 2 1 Base de Dados Hist ria e Mem ria Os sistemas de informa o estruturam se e organizam se pela e com a linguagem mais especificamente com e pela l ngua escrita embora sob outros suportes que n o o impresso Os analistas de sistemas t m pois que lidar com o que h de inst vel e amb guo nesses objetos simb licos trabalhando os de forma a produzir uma homogeneidade que possibilite a sua manipula o e controle por parte dos cidad os de uma sociedade enquanto sujeitos de linguagem E em se tratando de uma base espec fica como a LILACS podemos observar uma outra posi o de sujeito ali funcionando a do sujeito do conhecimento pois ali temos um arquivo de textos cient ficos sobre o campo da sa de do qual a Psicologia faz parte O saber sobre a sa de que armazenado tratado e classificado na LILACS pela utiliza o de um instrumento indexador Descritores em Ci ncias da Sa de DeCS est em circula o numa rede mundial a Internet elaborando um perfil de homem ou dizendo discursivamente criando um espa o para o sujeito significar o mundo e se significar exercendo as fun es de autor e de leitor Para a AD ent o um sistema i
23. Centros Especializados Devem ser ingressados na base de dados documentos representativos da produ o cient fica dos pa ses da Regi o cujo conte do seja de interesse e validade nacionais e ou internacionais Os documentos de interesse muito limitado ao pa s ou a uma regi o dentro do pa s devem ser ingressados nas bases de dados nacionais ou institucionais gerenciadas pelos Centros Cooperantes Esses documentos embora processados de acordo com a Metodologia LILACS n o s o transferidos base de dados LILACS p 6 Grifo nosso 65 Ao tempo da atualidade da produ o cient fica articula se ao da rela o entre novamente o dentro e o fora da REGI O entre o que tem valor nacional e o que tem valor internacional marcado pelos deslizamentos entre pa ses interesse muito limitado e o anteriormente dito interesse local Deslizamentos estes que t m como centro os produtores de pesquisa da Am rica Latina e do Caribe em rela o aos produtores que est o fora da REGI O Pensando nas condi es mais amplas hist ricas e sociais desse processo de produ o sabemos das dificuldades que os cientistas desses pa ses vivenciam na realiza o de seus trabalhos e como as pol ticas de forma o de mestres e doutores e de financiamento t m tamb m suas diretrizes marcadas pelo pol tico O documento entra na LILACS se for publicado na REGI O independente de o autor ser ou n o de um dess
24. LILACS tem os Centros Cooperantes bibliotecas universit rias p blicas institutos de pesquisa da regi o sob a orienta o do Centro Coordenador de cada pa s na chamada REGI O No Brasil o Centro Coordenador no entanto a pr pria BIREME Cabe aos Centros Cooperantes elaborarem as fichas bibliogr ficas dos documentos que compor o a LILACS em um trabalho descentralizado Os bibliotec rios documentalistas indexadores dos Centros Cooperantes contam com softwares LILDBI LILACS o LILDBI WEB e o SeCsS para realizarem a descri o bibliogr fica e a indexa o no padr o LILACS Esses softwares organizam e controlam o trabalho dos documentalistas definindo a sequ ncia de elabora o da ficha bibliogr fica os campos de preenchimento obrigat rio e opcional as palavras permitidas d o ainda acesso ao DeCS restringindo as palavras usadas na indexa o do documento ao vocabul rio controlado deste thesaurus A escritura e a leitura que se pretende do indexador est o a imaginariamente fixadas Ao dar entrada na LILACS a descri o de um documento registro armazenada em uma base tempor ria chamada base n o certificada 55 Posteriormente quando o documentalista apresenta seu c digo junto BIREME e se certifica feita ent o a consist ncia ou seja o programa analisa o valor digitado em cada campo e o compara com as regras de consist ncia definidas a priori se o valor ou n o num rico ou a
25. Permitidos classifica o efeitos de drogas Portugu s tica fisiologia efeitos de radia o N mero do Registro 8776 Identificador nico D008606 Chamamos aten o para a sinon mia em portugu s desse descritor Processamento de Informa o Humano O homem m quina que parece ter sua atualidade vinculada sociedade da informa o tem no entanto vida longa No s culo XVII XVIII ele j transitiva no solo arqueol gico da Psicologia numa associa o com um outro objeto tecnol gico caracter stico do per odo o rel gio Schultz amp Schultz 2002 Uma concep o mecanista e funcionalista do homem Em detrimento de uma outra forma de subjetiva o aberta falta constitutiva do sujeito desejante pol tico e hist rico surge o sujeito algoritmizado que como um computador processa informa o E surge uma Psicologia que elabora como objeto 66 9 n o os processos mentais mas o processo mental cognitivo 107 Neste momento poss vel refletir sobre efeitos de sentido elaborados a partir do advento dessa m quina l gica e sint tica sobre os processos de subjetiva o Quando Alan Turing prop s a possibilidade de uma m quina inteligente j o fez num horizonte discursivo onde a met fora do homem m quina n o causava nenhum estranhamento o que ele dizia fazia sentido O deslizamento para o sentido reverso m quina homem bem caracter stico do efeito metaf rico que funciona nos processos d
26. SP Paz e Terra Chartier R 1999 A ordem dos livros leitores autores e bibliotecas na Europa entre os s culos XIV e XVIII M D Priori Trad Bras lia DF Editora UNB Chartier R 2001 Pref cio Em R Chartier Org Pr ticas da leitura 2 ed C Nascimento Trad pp 19 22 S o Paulo SP Esta o Liberdade Chartier R 2001a Do livro leitura Em R Chartier Org Pr ticas da leitura 2 ed C Nascimento Trad pp 77 105 S o Paulo SP Esta o Liberdade 127 Coimbra C E A 1999 Produ o cient fica em sa de p blica Cadernos de Sa de P blica 15 4 pp 883 898 Colombo F 1991 Os arquivos imperfeitos B Borges Trad Cole o Debates S o Paulo SP Perspectiva Conselho Federal de Psicologia CFP 2000 Resolu o 017 2000 Dispon vel Internet http www pol org br Cuenca A M 1999 O usu rio final da busca informatizada avalia o da capacita o no acesso a bases de dados em biblioteca acad mica Ci ncia da Informa o 28 3 pp 293 301 Bras lia DF Instituto Brasileiro de Informa o em Ci ncia e Tecnologia IBICT Cunha I M R F 1987 Documenta o africanista linguagem e ideologia Ci ncia da Informa o 16 3 pp 37 40 Bras lia DF IBICT Edler F C 2001 De olho no Brasil a geografia m dica e a viagem de Alphonse Rendu Hist ria Ci ncias Sa de Manguinhos 8 supl 1 pp 925 43 Dispon ve
27. Siciliano http www siciliano com br Lyotard J 2000 A condi o p s moderna 6 ed R C Barbosa Trad Rio de Janeiro RJ Jos Olympio Lucas C R 1997 Biblioteconomia produ o e administra o da interpreta o Ci ncia da Informa o online 26 1 pp 46 53 Dispon vel Internet http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0100 19651997000100007 amp lIng pt amp nrm iso Maingueneau D 1989 Novas tend ncias em an lise do discurso F Indursky Trad Campinas SP Pontes Editora UNICAMP Marx M H amp Hillix W A 1998 Sistemas e teorias em psicologia A Cabral Trad S o Paulo SP Cultrix Mendon a E S 2000 A lingu stica e a ci ncia da informa o estudos de uma interse o Ci ncia da Informa o online 29 3 50 70 Dispon vel Internet http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0100 19652000000300006 amp lIng pt amp nrm isso 130 Orlandi E P 1996 Discurso e leitura 3 ed Campinas SP Editora Unicamp Orlandi E P 1999 An lise de discurso princ pios e procedimentos Campinas SP Pontes Orlandi E P 2004 Interpreta o autoria leitura e efeitos do trabalho simb lico 4 ed Campinas SP Pontes P cheux M 1990 A an lise de discurso tr s pocas 1983 Em F Gadet amp T Hak Orgs Por uma an lise autom tica do discurso uma introdu o obra de Michel P cheux B
28. Vocabul rio da psican lise de Laplanche e Pontalis 1983 sobre o sintagma interpreta o psicanal tica A Destaque pela investiga o anal tica do sentido latente existente nas palavras e nos comportamentos de um indiv duo A interpreta o traz luz as modalidades do conflito defensivo e em ltima an lise tem em vistas o desejo que se formula em qualquer produ o do inconsciente p 318 117 O apagamento da Psican lise fica evidenciado na leitura da interpreta o psicanal tica como trabalho liter rio Isto aponta para uma concep o de ci ncia onde n o cabe o sujeito tr gico que ela prop e o sujeito em permanente conflito com sua finitude com sua sexualidade com o outro e o Outro Nas Ci ncias da Sa de cabe a Psicologia elaborada pelo no m todo cient fico emp rico positivista Prosseguindo vamos replicar abaixo a estrutura hier rquica do descritor Psicologia Aplicada 1 8 Psicologia Aplicada 1 8 1 Aconselhamento 1 8 2 Psicologia Criminal 1 8 3 Engenharia Humana 1 8 4 Psicologia Educacional 1 8 5 Psicologia Industrial 1 8 6 Psicologia Militar 1 8 7 Desempenho Psicomotor DeCS online Observamos que a primeira aplica o da Psicologia o Aconselhamento seguida das aplica es na rea jur dica educacional industrial militar O aconselhamento parece ser uma representa o comum da pr tica psicol gica j que surge tamb m nos sites das livrarias vir
29. anormalidade E por isto que no descritor Psicologia e Psiquiatria ela vem antes dizendo como o homem comporta e dando as bases para definir o comportamento transtornado aquele que prejudica a adapta o A Psicologia uma ci ncia desde que seja emp rico positivista A n o ser assim literatura O sujeito psicol gico pensa autonomamente e comporta livremente sem nenhuma coer o sem nenhuma determina o hist rica e portanto pol tica Se ele transtorna porque h uma desordem no pensamento no sentimento porque seu comportamento adaptativo est funcionando errado E na atualidade no pr prio espa o da Psicologia cient fica encontramos duas correntes que aparentemente se contrap em e que pudemos observar nesta Psicologia que o DeCS organiza o behaviorismo e o cognitivismo Dizem alguns que o behaviorismo morreu que a hora agora a do cognitivismo No entanto tem aqueles como o presidente da prestigiada American Psychological Society Roddy Roediger 2004 que pensam diferente Ele publicou recentemente no Psychological Society Observer um artigo com o seguinte t tulo O que aconteceu com o behaviorismo Ao final de uma reconstitui o geral da hist ria do 119 behaviorismo e contrapondo a tend ncia cognitivista atual ele se dirige aos psic logos cognitivistas como ele com as seguintes palavras Cuidem do seu aprimoramento e leiam o livro Ci ncia e Comportamento Humano escrito por Sk
30. apenas como descritor 97 2 Como j vimos p 89 um descritor a palavra principal que descreve o conte do do documento e o qualificador uma outra palavra que especifica detalha o descritor Um exemplo pode explicar a diferen a entre descritor e qualificador Ao indexar um documento que como no exemplo colocado no Manual de Indexa o BIREME 2003a discute aspectos psicol gicos da gastrite em crian as o indexador deve usar Gastrite como descritor prim rio e psicol psicologia como qualificador abreviado em min scula e separado do descritor por uma barra GASTRITE psicol CRIAN A Pr codificado HUMANO Pr codificado e n o PSICOLOGIA INFANTIL BIREME 2003a item 8 7 6 Vejamos ent o o descritor Psicologia Figura 5 Descritor Psicologia 1 1 DeCS Descritor Ingl s Psychology Descritor Espanhol Psicolog a Descritor Portugu s Psicologia Categoria F04 096 628 Defini o Portugu s A ci ncia voltada para o estudo dos processos mentais e do comportamento dos homens e animais Nota de Indexa o Portugu s ESP prim rio qualif ESP prefira psicol secund rio para termos aspectos psicol gicos de de categorias que n o Cat C E1 6 amp F3 sem qualif Qualificadores Permitidos classifica o economia Portugu s educa o tica hist ria instrumenta o legisla o amp jurisprud ncia recursos humanos m todos organiza o amp administra
31. aquele que define o objeto da Psiquiatria Transtornos mentais 1 1 Figura 7 Descritor Transtornos Mentais DeCS Descritor Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Sin nimos Portugu s Categoria Defini o Portugu s Relacionados Portugu s Qualificadores Permitidos Portugu s N mero do Registro Identificador nico Mental Disorders Trastornos Mentales Transtornos Mentais Insanidade F03 101 Doen as psiqui tricas que se manifestam por rupturas no processo de adapta o expressas primariamente por anormalidades de pensamento sentimento e comportamento produzindo sofrimento e prejuizo do funcionamento Pessoas Mentalmente Doentes sangue induzido quimicamente cong nito dietoterapia quimioterapia etnologia enzimologia etiologia hist ria metabolismo mortalidade patologia fisiopatologia psicologia reabilita o radioterapia terapia ultrasonografia virologia 8771 D001523 l quido c falo raquidiano classifica o complica es diagn stico economia embriologia epidemiologia gen tica imunologia microbiologia enfermagem preven o amp controle parasitologia radiografia cintilografia cirurgia urina veterin ria A primeira quest o que se coloca neste descritor a da tradu o de disorder para transtorno Roballo 2001 em sua disserta o de mestrado O outro lado da S ndrome de Asperger ana
32. colonialista e religioso organizado em torno do ideal salvacionista do resgate das almas para Deus e dos corpos para a produtividade do progresso e do conhecimento referendados pela metr pole O imagin rio sobre os pa ses da REGI O representado nos conceitos de latinidade e tropicalidade patologizados e contraditoriamente admirados desde as viagens dos primeiros naturalistas Os parceiros da BIREME na realiza o dos seus objetivos s o os governos e as institui es de sa de e de pesquisa dos pa ses da REGI O Esses parceiros privilegiados devem em conjunto e sob a coordena o da BIREME agir para preservar a mem ria institucionalizada que deve ser compartilhada e disseminada Jevando se em conta a integra o e a participa o ativa e cooperativa de institui es unidades de institui es bibliotecas centros de documenta o e agentes que s o produtores intermedi rios e usu rios de informa o cient fico t cnica em sa de nos pa ses da REGI O www bireme br Objetivos e Fun es Grifo nosso H um mercado produtores intermedi rios consumidores usu rios de informa o t cnico cient fica que diferentemente do mercado do discurso econ mico competitivo direcionado para o lucro alienante deve ser cooperativo integrado e participativo A produ o cient fica fica assim referida a uma pr tica diferente das outras pr ticas produtivas desligada das suas condi es de produ o Uma
33. como faz lo Assim o Programa Educativo passou a oferecer n veis diferenciados de capacita o de acordo com as necessidades de seus usu rios Para os usu rios pesquisadores alunos da p s gradua o e docentes da FSP USP foi oferecido o Curso Avan ado de Acesso s Bases de Dados em cd rom Medline e LILACS p 193 Grifo nosso Nesta proposta chama a nossa aten o uma nova estratifica o na divis o social do trabalho que se d por divis es no acesso informa o e por pr ticas de leitura diferenciadas nos campos do trabalho intelectual de uma sociedade urbana e escolarizada O conhecimento que circula em uma base de dados como a LILACS ser distribu do desigualmente assim como tem sido com o conhecimento impresso Teremos ent o diferentes n veis de leitores Chartier 2001a afirma que cada sociedade em fun o de suas possibilidades t cnicas estabelece divis es do trabalho de leitura leituras socialmente diferenciadas p 100 sendo esta ent o uma pr tica social determinada Os c6 objetos dados a ler como as bases de dados produzem o seu nicho social de recep o tanto mais quanto n o forem produzidas por divis es cristalizadas e pr vias Chartier 1999 p 21 O lugar da produ o cient fica As pr ticas de indexa o e as metodologias a elas relacionadas ultrapassam a disciplinariza o do trabalho do documentalista e do usu rio e incidem seu poder nor
34. da se o Jo o responde pelos filhos Uma resposta uma rea o a algo algu m e ou uma responsabiliza o por algo algu m de alguma coisa Para ser um comportamento a resposta deve ser observ vel indicando pelo n o dito que existem respostas n o 111 observ veis e deve ser de uma pessoa n o de um animal neste caso o descritor Comportamento Animal como est explicado na Nota de Indexa o nem de um objeto A sinon mia desse descritor Conduta traz outros aspectos para reflex o a fam lia parafr stica onde Comportamento pode ser localizado Nesta fam lia funcionam palavras como comportamento conduta procedimento atua o rea o a o resposta Esta sempre pressuposto um agente para cada uma dessas palavras derivadas de um modo geral de um verbo comportar proceder atuar reagir agir responder Conduta no entanto n o tem verbo nenhum a ela relacionado O verbo condutar que existe no portugu s tem o significado dicionarizado de 1 comer p o com algum conduto alimento Houaiss eletr nico Ent o o que conduta No dicion rio conduta aparece com a rubrica estat stica e termo militar com o sentido de condu o transporte escoltado e tamb m como 4 sXVI modo de agir de se portar de viver procedimento Houaiss eletr nico E no discurso jur dico conduta utilizado preferencialmente como
35. de armazen los e recuperar as informa es que eles cont m p 133 A op o metodol gica da BIREME pela an lise de conte do a qual se contrap e a AD desde sua cria o principalmente no ponto que toca a transpar ncia da linguagem com consegii ncias para as no es de sujeito e sentido Para a AD a linguagem n o transparente tem uma opacidade que preciso compreender e que n o antecede analise de determinada forma material Assim n o se pode pensar em separar forma mero reflexo de conte do produzido fora da linguagem Por isso podemos dizer que o sentido n o est escondido ou nas entrelinhas pronto para ser decifrado por um sujeito que sabe N o h sentido original primitivo verdadeiro Para a BIREME o tema conte do e conte do significado a linguagem transparente e o sujeito indexador que a domina e controla pode da extrair decodificar decifrar esse conte do ali posto por um outro sujeito o cientista Trata se pois de um circuito o da comunica o Vejamos agora o recorte temporal proposto pela LILACS j sabendo que a delimita o necess ria Importa nos contudo saber qual o marco estabelecido e como ele se constr i como marco Cobertura cronol gica 64 Ser o inclu dos documentos originados a partir de 1982 dando se prefer ncia ao processamento de material mais recente para contribuir para a atualidade da base de dados p 6 Grifo nosso
36. derivados dessas bases Na Am rica Latina a pol mica surge e se acirra a partir do momento em que institui es de pesquisa e de fomento por n o disporem de bases de informa es bibliogr ficas nacionais adequadas adotam os ndices de cita o e impacto gerados pelo ISI atrav s de seus Science Citation Index e Social Sciences Citation Index O Jornal Citation Reports outro produto do ISI tamb m tem sido utilizado por alguns como o gold standard padr o ouro para avalia o dos peri dicos editados na regi o Coimbra 1999 p 885 Ainda de acordo com Coimbra 1999 h uma competi o para participar das bases prestigiadas exigindo o realinhamento das normas e padr es nacionais para se adequarem aos par metros ISI para a avalia o da produ o cient fica Ele observa que J para os editores a indexa o de um peri dico nas principais bases de dados internacionais representa muito mais do que um ve culo de dissemina o de informa o cient fica A inclus o de revistas em determinadas bases consideradas como de maior prest gio e em outro ponto do artigo p 884 ele coloca a LILACS entre elas tem sido percebida por n mero crescente de profissionais tanto pesquisadores como aqueles ligados a atividades de fomento como par metro indicativo da qualidade de um peri dico e por extens o dos artigos neste publicados gerando acirrada competi o entre editores autores e institui es financiadoras de pesq
37. dito o que cada um deve dizer fazer do lugar de indexador como tamb m de usu rio de produtor de ci ncia As possibilidades de subjetiva o s o assim controladas a dispers o dos sujeitos em dire o unicidade produzida para que se possa estabelecer o espa o objetivo da ci ncia Podemos dizer concordando com Foucault 1998 que a vontade de verdade elabora todo um conjunto de regras t cnicas crit rios que definem o que pode ser dito e o como deve ser dito para que n o se esteja fora das ci ncias O discurso cient fico o da objetividade imparcialidade homogeneidade amparado refor ado pelo discurso da t cnica o da necessidade o da compatibilidade da instrumentalidade pelo discurso administrativo o da organiza o classifica o e pelo discurso jur dico o da responsabilidade Observamos durante as an lises efetuadas como a ideologia naturaliza pr ticas hist ricas como as de coopera o cient fica de indexa o de divis o do trabalho de leitura e escritura O apagamento do pol tico constru do pelas evid ncias de necessidades t cnicas e operacionais Neste espa o cient fico que a LILACS elabora o tema sa de por assim dizer privado deslocado para uma quest o das institui es e do Estado a sa de p blica os servi os de sa de as a es em sa de H uma outra ordem inscrita nos objetos discursivas que determina lugares e sentidos para os pa ses que comp em o sistema
38. efeitos na teoria e na pr tica de an lise e interpreta o de textos que ela prop e Isto tem a ver com a import ncia epistemol gica que Hebert P cheux 1995 d ao instrumento cient fico que n o podia ser no seu ponto de vista concebido independentemente de uma teoria que o inclu sse ou que pudesse conduzir teoria deste mesmo instrumento Henry 1997 p 18 Deslocando o conceito de l ngua para uma no o de estrutura sujeita a falha e ao equ voco P cheux coloca a exig ncia de admitir a exterioridade n o mais como contexto mas como constitutiva da l ngua colocando em quest o o sujeito como aquele que dela toma posse que a usa como um instrumento feito e acabado para se comunicar A essa exterioridade constitutiva da l ngua P cheux chama de condi es de produ o das quais fazem parte as representa es imagin rias que funcionam entre os locutores em rela o s posi es de sujeito por eles ocupadas e tamb m o interdiscurso o contexto hist rico mais amplo algo que fala antes em outro lugar independentemente Assim considerando os interlocutores A e B o imagin rio que a funciona pode ser visto sob um duplo ngulo sob a perspectiva de A e a de B Pensando em nosso objeto de an lise isso significa que h um imagin rio funcionando da perspectiva do s autor es e do s leitor es da LILACS P cheux 1997c prop e ent o em seu primeiro modelo apresentado em 1969 algumas quest es para qu
39. es discursivas referidas s forma es ideol gicas o 39 sujeito leitor construir os seus sob a injun o das forma es discursivas a que est filiado e sua mem ria de leitura Chartier 2001a afirma que a leitura nem sempre aquela pretendida desejada pelo autor Entre o autor e o leitor s o constru dos efeitos de sentido outros E devemos considerar aqui que estamos falando da inst ncia das forma es imagin rias ou seja da imagem que o sujeito indexador tem do documento que est a indexar do autor do assunto da rea do pa s de origem etc quanto do sujeito leitor que usar a BD As bases de dados eletr nicas cient ficas e bibliogr ficas BDECD como a LILACS t m como dados b sicos as produ es escritas livros artigos resenhas monografias teses ensaios Estas s o as entidades descritas nas BDECB que em alguns casos d o acesso tamb m ao texto completo ou seja ao escrito sobre o qual elaborada a refer ncia bibliogr fica Temos ent o duas dimens es de dados 1 o texto 2 a descri o do texto as refer ncias bibliogr ficas os descritores e palavras chave e s vezes o resumo O que desejo ressaltar que as BDECB s o objetos que veiculam o escrito Trata se de um trabalho intenso de leitura e de escritura envolvendo textualidades de natureza distinta de um trabalho de tradu o para uns Authier Revuz 1997 de novos gestos de interpreta o para outros Orlandi 2004
40. eta atari gasta aa 106 Figura 12 Descritor COPNI O ses iuassaiguessiidias Eds sma atri ques syiti EESE EE 108 Figura 13 Descritor PENSAMento ca sascarassqeasarosaatpirere gpa Fo alLS Us aRas Tas ad Di ataque Saad 109 Figura 14 Descritor Comportamento errar 110 Figura 15 Descritor Behaviorismo eseseseseesessrrsresressreseserssreseseresresseseresresee 114 Figura 16 Descritor Teoria Psicanal tica rea 115 Figura 17 Descritor Interpreta o Psicanal tica 116 RESUMO Esta disserta o tematiza os processos de constitui o dos sujeitos e dos sentidos e a circula o do saber psicol gico que se d o nesta espec fica conflu ncia hist rica da chamada sociedade da informa o e do conhecimento e tem por objetivo analisar as possibilidades de individua o subjetiva o que est o sendo produzidas na grande rede midi tica formada pelas Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC s inscritas nos discursos que d o sustenta o organiza o de uma base de dados cient fica eletr nica Como suporte te rico e metodol gico foi utilizada a An lise do Discurso de linha francesa e como corpus a base de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ci ncias da Sa de LILACS tomando como unidades de descri o e an lise os manuais guias crit rios e vocabul rio tem tico Descritores em Ci ncia da Sa de DeCS e fazendo dois
41. gicos pela grande rede midi tica formada pelas TIC s Esta disserta o construiu se pois neste percurso acad mico e profissional em que foram sendo elaboradas quest es sobre o sujeito as tecnologias da informa o e comunica o e sobre o saber psicol gico Estas quest es estiveram sempre atravessadas por outras relacionadas l ngua sem ntica aos processos simb licos de atribui o de sentido Com a An lise de Discurso de linha francesa AD surgiu a possibilidade de aproximar me daquelas quest es com um referencial te rico e metodol gico que prop e uma interroga o cr tica das evid ncias dos gestos de leitura de interpreta o de constru o de sentidos Esta oportunidade vislumbrada de in cio foi ganhando forma pelo exerc cio de an lise de algumas discursividades como as mencionadas acima revelando o potencial cr tico de uma descri o e an lise conforme propostas pela AD cuja teoria e metodologia discuto no cap tulo um Na revis o da literatura que apresento no capitulo dois observou se a polariza o das posi es te ricas sobre os impactos das TIC s nas sociedades tecnologicamente avan adas Enquanto objetos simb licos pois constru das pela e com a linguagem as TIC s elaboram uma discursividade espec fica onde aparelhos e normas t cnicas pessoas sistemas de mem ria linguagens artificiais funcionam pelo modo como o sujeito significa o mundo e a si mesmo As Tecnologias da Informa
42. instrumentos cient ficos t m lugar de destaque para se pensar o processo de produ o do conhecimento ao tratar da cria o da homogeneidade entre o objeto da f sica e seus m todos diz que Este processo corresponde bem precisamente quilo que P cheux chama de reprodu o met dica do objeto de uma ci ncia ou seja o processo pelo qual uma ci ncia cria seu pr prio Spielraum ou espa o de jogo faz variar suas quest es e atrav s de tais varia es ajusta seu discurso te rico a si mesma nele desenvolvendo sua consist ncia e necessidade p 17 A considera o da materialidade da l ngua nos objetos digitais bases de dados redes de comunica o home pages sites como concebida pela AD pode contribuir para trazer para o campo das discuss es sobre os impactos dessas tecnologias na sociedade atual outras quest es ainda n o plenamente abordadas As quest es sistematicamente desconsideradas ou levemente colocadas dizem respeito a aspectos 66 pol ticos que fustigam tanto os literatos que acreditam poder ficar assim dist ncia da adversidade que amea a historicamente a mem ria e o pensamento 66 quanto os cientistas que acreditam poder ainda por muito tempo escapar quest o de saber para que eles cientistas servem e quem os utiliza P cheux 1997 p 61 45 A forma o do acervo da LILACS obedece a um conjunto de normas e prescri es que definem a metodologia LILACS de or
43. nestes termos por Watson 1913 Acredito que podemos produzir uma psicologia defini la como o fez Pillsbury e nunca recuarmos desta defini o nunca usarmos os termos consci ncia estados mentais mente conte dos introspectivamente verific veis imag tica e assemelhados p 116 e uma ci ncia das mente a cognitiva que prop e modelos que se referem a um computador m gico na nossa cabe a Roediger 2004 11 e ambas suportadas pela concep o de sujeito a hist rico Considerando que o corpus sempre aberto que a incompletude constitutiva dos processos discursivos em um determinado momento necess rio realizar o 120 recorte final e interromper a descri o e a an lise com a convic o de que este corpus permanece a espera de outras leituras de outras interpreta es 121 4 CONCLUS O Esta disserta o teve in cio com um questionamento que articulava tr s problem ticas nascidas das experi ncias acad micas e profissionais o sujeito as tecnologias de informa o e comunica o e o saber psicol gico O que as articulava era a quest o da linguagem Com o referencial te rico e metodol gico da An lise de Discursos foi poss vel compreender que as tecnologias eram objetos simb licos basicamente discursivos constru dos com a linguagem fossem elas artificiais ou naturais Foi poss vel compreender ainda que a quest o do sujeito se punha como ponto central na articula
44. operar o sistema em todos os seus n veis ou ainda para fech las completamente tendo como ferramenta as l nguas naturais causavam muitos transtornos desgastes frustra es E a culpa era atribu da quase sempre s imperfei es da linguagem humana uma coisa do sujeito Hoje a quest o do fechamento da completude da imperfei o da linguagem j n o se p e para mim da mesma forma uma vez que conheci outras concep es de linguagem que n o a tratam como mero instrumento completo e acabado de comunica o ou ainda como express o de um pensamento anterior linguagem Atualmente as quest es s o outras Interessa me justamente saber como funciona este sistema em sua rela o com a linguagem simb lico e as l nguas estrutura e acontecimento para produzir esses efeitos de completude de realidade de verdade Como este funcionamento est produzindo efeitos de unicidade de neutralidade e de objetividade a partir de uma realidade fragmentada t o marcada por necessidades e limita es t cnicas e de performance do sistema e t o determinada por quest es de ordem econ mica social e pol tica Como ent o se produz a homogeneidade apagando se as ambigiiidades pr prias da linguagem humana Observo que toda esta inquieta o teve in cio com uma ruptura na minha vida acad mica ao me transferir no segundo semestre do curso de Filosofia para o curso de Psicologia em outra institui o No final dos anos
45. pr tica produtiva capaz de elaborar a coopera o e n o a competi o caracter stica do capitalismo Fica no entanto o vest gio na re significa o de produtores intermedi rios e usu rios imaginariamente eles manteriam um outro tipo de rela o que n o aquela do mercado econ mico apagando os conflitos e desigualdades existentes e que est o na base do n o acesso eq itativo informa o Esse trabalho de integra o realizado pela difus o de uma metodologia de organiza o estrutura o de bases de dados bibliogr ficas Esta metodologia estabelece crit rios relacionados organiza o dos sistemas interligados 54 manuten o alimenta o da base aos objetos a serem descritos classifica o dos dados As institui es que utilizam esta metodologia formam o Sistema Latino Americano e do Caribe de Informa o em Ci ncias da Sa de coordenado pela BIREME O Sistema Regional produto da integra o de sistemas nacionais cuja estrutura prev um Centro Coordenador Nacional e uma rede descentralizada de Centros Cooperantes formada por bibliotecas e centros de documenta o da rea da sa de Ao Sistema tamb m pertencem os Centros de Informa o da sede da Organiza o Pan Americana da Sa de em Washington os Centros especializados regionais da OPAS e os Centros de Documenta o localizados nas Representa es nos diferentes pa ses BIREME 2001 p 7 Em sua base ent o a
46. proposto pela LILACS onde um vocabul rio controlado permite o acesso aos documentos que s o guardados segundo determinados procedimentos Interessante pensar neste momento em certos termos sempre presentes no vocabul rio dessas novas tecnologias de armazenamento e que deixam pistas para refletirmos sobre essas mem rias met licas pelas quais circulam o conhecimento cient fico guardar achar encontrar acesso disponibilizar Quando um tipo de documento textual como um artigo cient fico por exemplo guardado na LILACS ele tirado de certa forma de circula o pois fica dispon vel apenas para aquele ou aqueles que sabem onde est guardado e t m a chave ou seja para quem tem acesso rede e sabe percorrer seus caminhos Nesse sentido o guardado em algumas situa es est perdido e precisa ser achado quem tem a chave encontra 88 quem n o tem acha se tiver sorte N o ter a chave que permite encontrar o guardado significa ent o que ao inv s de guardado ele est na realidade escondido perdido ou dispon vel apenas para alguns comum ouvirmos os usu rios alunos pesquisadores reclamarem N o consigo achar nada na Internet O que significa tirar de circula o colocar em circula o Disponibilizar dar acesso Uma nova hierarquia em se tratando de acesso e dom nio da leitura por parte dos cidad os de uma sociedade Podemos entrever algumas respostas Uma nova di
47. que se cruzam nos enunciados chamados cient ficos e que assim legitimam pr ticas pol ticas Vimos como o projeto da Psicologia de constituir se como ci ncia tendo como um dos seus pressupostos b sicos este sujeito do conhecimento a hist rico estabelece conseqii ncias epistemol gicas evidenciadas no processo de ancoragem se suportando na biologia na fisiologia por exemplo que a Psicologia constr i enunciados cient ficos porque referida a um sujeito racional consciente fundamento transcendental de todo conhecimento que a Psicologia chamada a ser ci ncia nos moldes da moderna elabora o e circula o do conhecimento Quando o saber psicol gico considera a historicidade do seu objeto quando se refere ao 124 homem tr gico que enfrenta no cotidiano a dor de viver o nonsense da sua finitude e o olhar do outro como constitutivo da realidade imagin ria do eu quando assim fala este saber fica fora da ci ncia e produz um conhecimento considerado menor e chamado literatura A pr tica discursiva da LILACS representante do discurso cient fico que na sociedade da informa o e do conhecimento tem status privilegiado trabalha pelo apagamento da des raz o do inconsciente e do pol tico Cala se ent o o que n o diz vel no espa o da ci ncia O sujeito do conhecimento esta inven o da ci ncia moderna elaborado na ordem do discurso como evid ncia como fundamento de todo conhecimento justifica o e
48. recortes considerando a leitura feita pela LILACS do campo Psicologia e os modos de ler que ela instaura afetando as fun es de autor e de leitor do sujeito seja ele o indexador seja ele o usu rio inscrevendo o sujeito de determinada maneira no campo do conhecimento cient fico As TIC s enquanto objetos simb licos elaboram uma discursividade espec fica onde aparelhos e normas t cnicas pessoas sistemas de mem ria linguagens artificiais funcionam pelo modo como o sujeito significa o mundo e a si mesmo A an lise evidenciou um funcionamento discursivo em dire o homogeneiza o das pr ticas de indexa o leitura e escritura dos sujeitos que alimentam usam a base e uma leitura da Psicologia como ci ncia emp rico positivista Observamos que neste espa o discursos diversos cient fico t cnico administrativo jur dico funcionam determinando o que cada um deve dizer fazer do lugar de indexador como tamb m de usu rio e de produtor de ci ncia As possibilidades de subjetiva o s o controladas a dispers o dos sujeitos em dire o unicidade produzida para que se possa estabelecer o espa o objetivo da ci ncia Essas posi es sujeito s o determinadas por condi es hist ricas e sociais e significadas na superf cie ling stica antes que os indiv duos da passem a falar ouvir ler escrever em um processo de antecipa o j organizado e gerido pelos manuais guias vocabul rio tem tico Cala se ent
49. rio que as bibliotecas ofere am treinamentos e cursos espec ficos como modalidades de programas educativos p 293 A busca necessita pois de ensinamento N o basta ao sujeito saber ler preciso saber como ler ou como buscar Os sistemas de informa o por mais operacionais e amig veis que sejam por mais que organizem interfaces auto explicativas ic nicas naveg veis colocam o sujeito usu rio frente a um objeto desconhecido em nome da incapacidade do usu rio que s o feitos os programas de inclus o digital os treinamentos em inform tica Um modo novo de se relacionar com os textos de praticar a pesquisa bibliogr fica que est nos fundamentos da pr tica cient fica estabelecido nesses programas e treinamentos que t m como um dos seus efeitos alimentar a pr pria demanda e que coloca o conhecimento como algo a ser conquistado com estrat gias de busca 74 Os sistemas de informa o objetos simb licos transformados em ferramentas neutras pelo controle do sujeito indexador espera do sujeito usu rio que as tome e as use simplesmente O como usar um pacote de t cnicas instrucionais presentes no Manual do Usu rio BIREME 2003 Observamos que o termo manual usado no t tulo desse documento um substantivo que traz tona o fazer com as m os que se contrap e ao fazer com a raz o A divis o prim ria do trabalho est exatamente a de um lado os que trabalham com as m os realizando
50. rios da LILACS n o devem ser inclu dos na base LILACS s nas bases nacionais Este enunciado est indicando que existem dois tipos de base 1 as bases nacionais que usam a metodologia LILACS e a pr pria LILACS que a base da 62 BIREME ou base regional Nesta base n o deve entrar documentos de interesse local e nem documentos que n o cumpram os crit rios da BIREME evidenciando uma discrep ncia entre valor nacional e interesse local O que seria um documento com valor No discurso lexicogr fico valor qualidade que confere a um objeto material a natureza de bem econ mico em decorr ncia de satisfazer necessidades humanas e ser troc vel por outros bens Houaiss eletr nico filiando se forma o discursiva FD da economia Mas pode tamb m estar filiado ao discurso tico conjunto de princ pios ou normas que por corporificar um ideal de perfei o ou plenitude moral deve ser buscado pelos seres humanos Houaiss eletr nico Temos ainda valor relacionado a interesse ou seja aquilo que importante til ou vantajoso moral social ou materialmente Houaiss eletr nico pr prio de uma FD pragmatista ou melhor utilitarista Na LILACS n o devem ser indexados os documentos com valor de interesse local ou seja os de interesse particular da REGI O a LILACS deve ser alimentada com os documentos com valor de interesse internacional interessante lembrar que as FD s e
51. s s diferentes teorias que d o sustenta o a esse processo como sua circula o em mbito nacional e internacional considerando os fatores econ micos e sociais a implicados a historicidade desses instrumentos e da pr tica de linguagem que a partir da se instala que nos interessa compreender P cheux 1995 1997 questiona a neutralidade dos instrumentos afirmando que h uma rela o rec proca entre teoria e instrumento Se os resultados dados pelo instrumento s o incongruentes com algum aspecto da teoria instala se a obriga o de uma revis o te rica e se a teoria se desenvolve este desenvolvimento deve traduzir se nos seus instrumentos Essa rela o entre instrumento e teoria fundamental para a pr tica cient fica pois as ci ncias colocam suas quest es atrav s da interpreta o de seus instrumentos Henry 1997 p 17 No entanto no processo de produ o e circula o do conhecimento ou melhor nas formula es que a se produzem os efeitos dos instrumentos se apagam pelo funcionamento da ideologia Na pr tica de indexa o que sempre hist rica apagada a contradi o pelo pr prio funcionamento da discursividade que materializa na linguagem e pela linguagem a s ideologia s a dominante s marcada s pela necessidade de homogeneidade de estabiliza o que est na base dos pressupostos ling sticos 86 hist ricos filos ficos da teoria da indexa o P che
52. supera o do sofrimento das ang stias Ali o homem enquanto objeto de estudo o homem que sofre que n o se adapta que est confrontado por demandas imposs veis O saber psicol gico surge ent o como possibilidade de supera o como conhecimento que elimina a dor de viver consigo e com os outros J no site da American Psychology Association APA a Psicologia the study of the mind and behavior sem dar nfase como faz o Conselho Federal de Psicologia CFP Psicologia como ci ncia e profiss o CFP 2000 Cap I 1 Mente e comportamento ci ncia e profiss o dicotomias que marcam um outro funcionamento discursivo de um objeto de estudo que vai se revelando m ltiplo que correlaciona o te rico e o emp rico o conhecimento e a pr tica a ci ncia e o mercado de formas distintas Foi a partir dessas primeiras an lises discursivas que a quest o inicial Que efeitos as Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC s t m nos processos 10 de subjetiva o do sujeito moderno foi reformulada para considerar o discurso psicol gico que circula na rede tomando corpo uma outra formula o Que efeitos a grande rede formada pelas TIC s e as pr prias TIC s enquanto objetos discursivos t m sobre a circula o do saber psicol gico e sobre os processos de subjetiva o do sujeito moderno Ou ainda Que formas sujeito est o sendo elaboradas negadas na circula o do saber psicol
53. 70 do s culo passado a influ ncia do behaviorismo era grande O sujeito metaf sico da Filosofia encontrou o sujeito skinneriano da Psicologia Comportamental um encontro conflituoso Sem poder concili los e sem poder separ los por falta de uma sustenta o te rica consistente quela poca a quest o do sujeito atravessou os anos comigo produzindo os seus efeitos na minha pr tica acad mica e profissional E agora quando me propus a dar continuidade aos meus estudos num curso de p s gradua o foi inevit vel o retorno da quest o do recalcado Assim com esta experi ncia e com essa vontade de saber Foucault 1997 cheguei ao Mestrado em Psicologia que tinha como eixo tem tico a constitui o do sujeito Escolhi ent o trabalhar no n cleo tem tico Linguagem e subjetividade pois a esperava encontrar respostas bem como elaborar novas quest es para o que me intrigava h muito tempo Chamava me a aten o o fato de que essa rela o sujeito sujeito nesta espec fica conflu ncia hist rica de uma sociedade da informa o estava sendo cada vez mais mediada por uma linguagem nova convencionada a partir de crit rios t cnicos mas tamb m sociais e pol ticos Observava que se o sujeito se constr i na a o reflexiva com o mundo e no mundo pela e com a linguagem uma outra subjetividade era tecida nesse outro mundo da linguagem virtual ou seja o funcionamento desse mundo digital estava criando co
54. A vasta produ o te rica surge nos textos que s o selecionados ordenados e apresentados nos livros revistas e jornais cient ficos o que indica a articula o com um outro discurso o da divulga o cient fica DC Um novo suporte o eletr nico est sendo estruturado por uma linguagem de matriz inform tica um novo objeto discursivo que se produz assim como o livro impresso o foi no s culo XIV 40 Naquele tempo como agora tem se uma base tecnol gica que possibilita a veicula o dos textos em um novo suporte formato A analogia poss vel de ser elaborada que a tecnologia a tipografia e as TIC s em momentos diferentes foi a condi o de possibilidade para o advento de um modo novo de apresentar e ordenar os textos de produzir novas pr ticas de leitura e de escrita novos gestos de interpreta o Chartier 1999 2001 2001a contribui com seu trabalho para aprofundar o entendimento das consegii ncias dessa analogia para a compreens o das bases de dados eletr nicas e em particular para a compreens o da rela o entre as formas de organiza o do escrito e as mudan as e transforma es na sociabilidade e nas rela es de poder Em seus livros ele tem demonstrado que a passagem da escrita manuscrita para a tipogr fica definiu novos formatos para os objetos discursivos com consegii ncias para aquelas rela es Esta quest o da leitura dos procedimentos de interpreta o do car ter subversivo dess
55. D de que os objetos discursivos s o simb licos e que o real da l ngua e o real da hist ria n o se confundem com a realidade coisa do imagin rio dos sentidos estabilizados Esta met fora do labirinto Colombo 1991 permite pensar a base de dados LILACS como uma constru o determinada por crit rios t cnico operat rios crit rios estes elaborados na considera o das possibilidades e limita es dos suportes digitais e na considera o das necessidades do especificador institui o e do sujeito leitor Todas essas determina es trabalham para elaborar um edif cio sensato e tipologiz vel Em uma sociedade dividida em classes o fragmentado o diferente o antag nico subsumido em constru es como as bases de dados eletr nicas imaginariamente l gicas e est veis as contradi es s o apagadas negadas no funcionamento mesmo desses universos que P cheux 1997a p 31 chama de logicamente estabilizados 2 2 Base de Dados Gestos de Leitura As bases de dados eletr nicos s o consideradas como a estrat gia principal de organiza o de informa es no ambiente computadorizado da sociedade moderna a partir dos anos 70 Vale lembrar que as bases de dados BD independem das tecnologias digitais de informa o e comunica o j que bibliotecas arquivos 37 suspensos arquivos rotativos museus agendas telef nicas s o BD Elas s o mem rias auxiliares e institucionais de uma sociedade os dados s o ne
56. E Produtos BIREME um Centro Especializado da OPAS estabelecido no Brasil desde 1967 em colabora o com Minist rio de Sa de Minist rio da Educa o Secretaria da Sa de do Estado de S o Paulo e Universidade Federal de S o Paulo 134
57. Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Sin nimos Portugu s Categoria Defini o Portugu s Nota de Indexa o Portugu s Relacionados Portugu s Conduct Disorder Trastorno del Comportamiento Transtorno da Conduta Transtorno do Comportamento F03 550 150 300 Um padr o repetitivo e persistente de comportamento em que s o violados os direitos b sicos dos outros ou as principais regras sociais v lidas para a idade Estes comportamentos incluem conduta agressiva que causa ou amea a causar danos corporais a outras pessoas e animais conduta n o agressiva que causa danos a propriedades fraudes ou furtos e viola es s rias das regras Inicia se antes da idade de 18 anos in cio anterior aos 18 anos de idade Transtorno da Personalidade Anti Social O comportamento transtornado viola regras sociais e os direitos b sicos incluindo a os direitos de propriedade Causa danos fraude furto S o transtornos definidos de fora a partir de uma situa o pol tico social espec fica e que discrimina a idade de responsabiliza o jur dica como seu limite 18 anos 105 E poss vel observar como o sujeito jur dico e o sujeito do conhecimento implicados desde os prim rdios da forma o dos Estados Nacionais se sustentam nesta defini o do descritor Transtornos do comportamento O item Relacionados portugu s Transtorno da Personalidade anti social
58. LILACS e para os sujeitos constitu dos nesses lugares enunciativos Essa ordem a ordem do discurso onde a ideologia se materializa naturalizando o que hist rico 123 Observamos ainda a leitura que feita do que ci ncia e cient fico Como efeito dessa leitura h tamb m a interpreta o do que Psicologia a ci ncia do comportamento e dos processos mentais Pensar assim a Psicologia ou s pens la assim efeito hist rico ideol gico Pensando esta Psicologia que o DeCS nos traz tivemos de nos haver com o sujeito psicol gico dono e art fice do seu dizer este sujeito que cabe nas ci ncias naturais porque dotado de autonomia pass vel de ser separado de todos os objetos e seres experimentado e controlado um objeto natural No entanto como falante o homem vive no registro do simb lico e ao apag lo e neg lo por esta abordagem biol gica bem como a historicidade que o constitui tem se como efeito a possibilidade de trat lo como os objetos das ci ncias naturais reduzi lo ordem do imagin rio medi lo cont lo classific lo control lo em nome de uma ordem s cio pol tica que funciona em certa medida exatamente porque o coloca sem que ele disso se aperceba como sujeito a com a ilus o de ser sujeito de Ningu m grita Basta ou melhor quando algu m grita Basta classificado como transtornado e medicalizado aconselhado socializado no por um conjunto de discursos
59. REME 20034 item 2 1 e tamb m os termos usados para descrever os tipos de literatura como por exemplo peri dico tese livro Um descritor da hierarquia do DeCS pode estar em dois ou mais n veis e em categorias descritores diferentes O descritor Psicologia Industrial por exemplo aparece no n vel tr s da categoria F Psicologia e Psiquiatria ou seja subordinado 90 ao descritor F2 Fen menos e processos psicol gicos no n vel quatro na categoria F Psicologia e psiquiatria ou seja subordinado no segundo n vel ao descritor F4 disciplinas e atividades comportamentais e tamb m no n vel quatro na categoria P Sa de p blica subordinado no segundo n vel ao descritor SP4 Medicina ocupacional O DeCS composto de 26 851 descritores e toda esta estrutura est dispon vel eletronicamente no endere o http decs bvs br Neste endere o h uma interface de busca que permite pesquisar o DeCS de duas formas 1 Pelo ndice hier rquico onde poss vel com um clique do mouse ir abrindo as categorias e os diversos n veis dos descritores 2 Pela palavra chave onde poss vel escrever um termo em um campo e caso ele fa a parte do DeCS receber como resultado da pesquisa os descritores e qualificadores relacionados e suas respectivas defini es Todos os termos do DeCS est o definidos e podemos ter acesso a essas defini es por esses dois modos de pesquisa O trab
60. S Mariani et all Trad pp 311 319 Campinas SP Editora Unicamp P cheux M 1997 Ler o arquivo hoje Em E P Orlandi Org Gestos de leitura da hist ria ao discurso B S C Mariani et all Trad p 55 66 Campinas SP Editora Unicamp P cheux M 1997a O discurso estrutura ou acontecimento E P Orlandi Trad 2 ed Campinas SP Pontes P cheux M 1997b Sem ntica e Discurso uma cr tica afirma o do bvio E P Orlandi et al Trad 2 ed Campinas SP Editora Unicamp P cheux M 1997c An lise autom tica do discurso Em F Gadet amp T Hak Orgs Por uma an lise autom tica do discurso uma introdu o obra de Michel P cheux B S Mariani et all Trad p 61 161 Campinas SP Editora Unicamp P cheux M amp Fuchs C 1997 A prop sito da an lise autom tica do discurso atualiza o e perspectivas 1975 Em F Gadet amp T Hak Orgs Por uma an lise autom tica do discurso uma introdu o obra de Michel P cheux B S Mariani et all Trad p 163 246 Campinas SP Editora Unicamp 131 P cheux M 1999 Sobre os contextos epistemol gicos da An lise de Discurso Escritos 4 pp 8 16 Campinas SP Labeurb Unicamp Postman N 1994 Tecnop lio a rendi o da cultura tecnologia R Guarany Trad S o Paulo SP Nobel Roballo S 2001 O outro lado da S ndrome de Asperger Disserta o n o publicad
61. UNIVERSIDADE CAT LICA DE BRAS LIA PROGRAMA DE P S GRADUA O EM PSICOLOGIA LILACS a circula o do saber psicol gico e a quest o do sujeito Sandra L cia Spindola de Magalh es Pinto Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Psicologia da Universidade Cat lica de Bras lia como requisito parcial para a obten o do grau de Mestre em Psicologia Orientadora Prof Dr Mariza Vieira da Silva Bras lia Setembro de 2004 Prof Dr Mariza Vieira da Silva Prof Dr Wanderley Codo Prof Dr Marta Helena de Freitas Prof Dr Henrique C sar da Silva Suplente As pessoas Todas Com elas desenhei meus contornos AGRADECIMENTOS Ao Rico Ele sabe porqu Mostra me o que a bondade essa coisa esquecida Ao Luiz Guilherme Talvez ele n o saiba que a cada dia me faz uma pessoa melhor Coloca me no limiar da loucura e de l me resgata A Mariza Segurou me quando indo de um lugar para o outro eu n o tinha onde me apoiar Diz cheia de dor e com a maior determina o Vamos trabalhar Ao Luiz e Elza meus pais Alguns pensam que eles j n o est o mais aqui Mas est o Se pudessem falar com uma boca que n o fosse a minha diriam hoje orgulhosos e brutos Eta menina danada Obrigada Sum rio INTRODU O atrai ae da NO aco Una Pd 5 1 O QUADRO TE RICO METODOL GICO eea 13 2 REVIS O DA LITERATURA sao amesdos sa SUOR ANS GS Ses
62. a p 258 Aspas no original por essa falta do dizer que os sujeitos e os sentidos sempre podem ser outros neste movimento entre par frase o retorno ao mesmo espa o diz vel e polissemia o deslocamento ruptura de processos de significa o Orlandi 1999 p 36 37 A Psican lise tamb m contribui para a compreens o desses processos principalmente a abordagem lacaniana sobre a l gica do significante Esta l gica aquela mesma dos estados on ricos quando o significante se articula a outro significante por condensa o figura o deslocamentos elaborando novas cadeias que representam o sujeito para outro significante e que ao se materializar no sintoma nos lapsos nos atos falhos nos jogos de palavras demonstra a irrup o do processo prim rio no processo secund rio a fala do recalcado A partir de uma analogia de Althusser citada abaixo a AD trabalha o conceito de inconsciente O car ter comum das estruturas funcionamentos designadas respectivamente como ideologia e inconsciente o de dissimular sua pr pria exist ncia no interior mesmo do seu funcionamento produzindo um tecido de evid ncias subjetivas devendo entender se este ltimo adjetivo n o como que afetam o sujeito mas nas quais se constitui o sujeito Citado em P cheux 1997b p 152 153 Aspas no original esta analogia que permite a P cheux ao falar sobre as bases epistemol gicas da AD afirmar qu
63. a o de uma necessidade mas tamb m de um demanda dos governos e dos sistemas de sa de e das institui es de ensino e investiga o indicando um trabalho de integra o da mem ria institucionalizada o que evidencia que a informa o e o conhecimento s o uma quest o de Estado Isto posto podemos em seguida ir para o objetivo geral da BIREME Figura 2 Objetivo da BIREME A BIREME t m como objetivo al m daqueles que lhe s o atribu dos atrav s da resolu o dos Corpos Diretivos da Organiza o Pan Americana da Sa de denominada OPAS a promo o da coopera o t cnica em informa o cient fico t cnica em sa de com os pa ses e entre os pa ses da Am rica Latina e do Caribe denominada REGI O com o intuito de desenvolver os meios e as capacidades para proporcionar acesso equitativo informa o cient fico t cnica em sa de relevante e atualizada e de forma r pida eficiente e com custos adequados sagung a soanalqo 52 Esta institui o v interpreta os pa ses da Am rica Latina e do Caribe REGI O como necessitando de coopera o t cnica para desenvolver os meios e as capacidades que esses mesmos pa ses precisam para ter acesso eq itativo informa o indicando que h pa ses que n o t m acesso informa o e ou que esse acesso pode n o ser egiiitativo Observamos ainda a presen a de um outro que sabe disso e que quer promover uma coopera o t cnic
64. a Universidade Cat lica de Bras lia Bras lia DF Roediger R 2004 O que aconteceu com o behaviorismo R R Starling Trad Dispon vel Internet http www redepsi com br portal modules sections index php op viewarticle amp art id 141 Original publicado no American Psychological Society Observer APS Observer 17 3 Dispon vel Internet http www psychologicalscience org observer Rosas P 2001 Instru es redatoriais e a indexa o em publica o peri dica Em S Goldemberg C A Guimar es amp A A Castro Eds Elabora o e apresenta o de comunica o cient fica Livro online parte 1 item 3 Dispon vel na Internet www metodologia org Roudinesco E 2000 Por que a psican lise V Ribeiro Trad Rio de Janeiro RJ Zahar Say o L F 1996 Bases de dados a met fora da mem ria cient fica Ci ncia da Informa o 25 3 pp 232 239 Bras lia DF Instituto Brasileiro de Informa o em Ci ncia e Tecnologia IBICT Schultz D P amp Schultz S E 2002 Hist ria da psicologia moderna A U Sobral e M S Gon alves Trad S o Paulo SP Cultrix Testa J 1999 Melhor visibilidade para o p blico alvo de uma revista Revista Brasileira de Psiquiatria online 21 4 pp 193 193 Dispon vel Internet 132 http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1516 44461999000400003 amp Ing pt amp nrm iso Watson J B 1913 Psychology as the Behaviori
65. a coopera o que se d entre os pa ses que n o t m esse acesso equitativo informa o cient fica os pa ses da Am rica Latina e do Caribe Esse outro que promove seriam pois aqueles pa ses que est o fora da Am rica Latina e do Caribe nomeados em mai scula como REGI O com o lugar desse outro que n o o lugar da REGI O que se identifica a BIREME e da ela fala da sa de e sobre a sa de colocando em circula o ordenadamente com os guias manuais terminologia softwares a produ o da rea da sa de na REGI O e instaurando um modo administrado de ler e portanto de significar e significar se para os indexadores usu rios e autores dos documentos textuais que comp em o acervo da LILACS mas tamb m instaurando possibilidades espec ficas de processos identit rios para esses pa ses Um outro que est acima dos Estados nacionais pois atende s demandas de governos ou seja desses Estados como vimos anteriormente com esse outro significado historicamente o cooperador o que tem os meios e as capacidades que os indexadores usu rios e autores se relacionam tamb m significados historicamente necessitados sem meios e capacidades no espa o virtual A est o implicadas rela es de poder de domina o subordina o apagadas pelo imagin rio humanista que funciona com rela o coopera o e acionando ainda uma mem ria para os pa ses da Am rica Latina e do Caribe a do discurso 53
66. a aten o tamb m no enunciado definidor de cogni o a rela o entre intelectual e mental reduzindo este quele e a ressalva no enunciado definidor de pensamento Atividade mental que n o 2 predominantemente perceptiva Perguntamos temos a uma tentativa de neutralizar o empirismo do restante da defini o que reduz os objetos e a situa o ao observ vel Como as palavras significam em rela es de intertextualidade interessante observar nessa classifica o dos processos mentais aqueles processos que t m na hist ria da psicologia um elo forte com a fisiologia a cogni o o pensamento a percep o e a aus ncia de outros como a mem ria a aprendizagem a aten o Nesta mesma nota do descritor Pensamento outro aviso n o confunda com MEDITA O indicando pelo n o dito esta possibilidade que de uma forma at comum confirmada nos t tulos de livros nas livrarias virtuais classificados como Psicologia enquanto auto ajuda O descritor Rela es mente corpo que aparece na hierarquia do descritor Processos Mentais item 1 5 tem a palavra Metaf sica entre par nteses para 110 diferenci lo do descritor Rela es mente corpo Fisiologia onde a nfase esta na fisiologia e que aparece dentro do descritor de n vel superior Psicofisiologia Rela es mente corpo dentro do descritor processos mentais tem o se
67. a os sentidos e os sujeitos s o constitu dos O trabalho apresentado mais do que respostas trouxe questionamentos outros que est o exigindo novas an lises N o h totalidade n o h fechamento H processos de significa o fustigando a vontade de verdade 126 5 REFER NCIAS Althusser L 1985 Ideologia e aparelhos ideol gicos do estado Lisboa Portugal Presen a American Psychological Association Dispon vel Internet http www apa org about Aur lio B H F 1975 Novo dicion rio da l ngua portuguesa Rio de Janeiro RJ Nova Fronteira Auroux S A 1992 Revolu o sociol gica da gramatiza o Campinas SP Editora Unicamp Authier Revuz J 1997 Falta do dizer dizer da falta as palavras do sil ncio Em E P Orlandi Org Gestos de leitura da hist ria ao discurso B S C Mariani et al Trad pp 257 281 Campinas SP Editora Unicamp BIREME 2001 Guia de sele o de documentos para a base de dados LILACS S o Paulo SP BIREME Dispon vel Internet www bireme br Metodologia LILACS BIREME 2003 Manual do usu rio S o Paulo SP BIREME Dispon vel Internet http www bireme br bvs P manual manual htm BIREME 20034 Manual de Indexa o S o Paulo SP BIREME Dispon vel Internet www bireme br Metodologia LILACS Castells M 1999 A sociedade em rede a era da informa o economia sociedade e cultura 6 ed R V Majer Trad S o Paulo
68. a pr tica apontado acima por Lucas 1997 discutida por Chartier 1999 2001 2001a de um modo que nos ajuda a compreender o potencial de mudan a presente nas novas tecnologias e neste objeto discursivo que a base de dados A ordem dos livros e as pr ticas de leitura s o express es usadas por Chartier 1999 2001 ao responder s seguintes quest es Como entre o fim da Idade M dia e o s culo XVIII os homens tentaram ordenar o multiplicado n mero de textos que o livro manuscrito e depois o impresso colocou em circula o Chartier 1999 p 7 O qu significa ler nas sociedades tradicionais Chartier 2001a p 82 Ele recupera descreve e analisa as antigas pr ticas de escritura e de leitura e as apresenta como tendo sido controladas pelas caracter sticas s cio culturais de um dado tempo e lugar e tamb m pelas caracter sticas formais dos livros esses objetos 41 que ordenam e estabelecem o texto escrito Poder amos entender que para Chartier 1999 2001 2001a os livros s o objetos discursivos Ele acrescenta ainda que a passagem da escrita manuscrita para a tipogr fica definiu novos formatos que exigiram mudan as nas pr ticas de leitura Esse autor parte da constata o de que um texto s existe se houver um leitor para lhe dar um significado p 11 e prop e que se tome assim a leitura como uma pr tica um procedimento de interpreta o pelo qual os leitores se apropria
69. adotam uma mesma metodologia chamada metodologia LILACS de organiza o e estrutura o de bases de dados Todos os sistemas de informa o que utilizam esta metodologia est o interligados em rede e formam a base estrutural da Biblioteca Virtual em Sa de BVS Dentro do universo de categorias classificat rias das Ci ncias da Sa de adotadas pela LILACS esta a categoria Psicologia e Psiquiatria numa considera o dessas disciplinas como participantes do conhecimento sobre a sa de 12 A descri o e an lise da LILACS enquanto um sistema e uma metodologia com os seus manuais e guias para os indexadores e usu rios e tamb m a an lise do lugar da Psicologia no vocabul rio tem tico Descritores em Ci ncia da Sa de DeCS enquanto um instrumento normativo e organizador de diferentes textualidades adotado para organizar os documentos textuais na LILACS apresento no cap tulo tr s Estas an lises levaram me a compreender que essa tecnologia produz um modo de ler o arquivo ao mesmo tempo em que orienta e controla os gestos de leitura e de interpreta o de quem produz e de quem utiliza essa base de dados sustentando um conhecimento psicol gico determinado 13 1 O Quadro Te rico Metodol gico A An lise de Discurso surge na Fran a na d cada de 60 do s culo passado com Michel P cheux a partir de uma cr tica s Ci ncias Sociais e Humanas A Ling stica o Materialismo Hist rico e a Psican lise of
70. afia virologia 991 D000987 O termo tratamento comum tanto ao descritor Psiquiatria quanto ao descritor Psicologia cl nica pressup e um processo que vai em dire o a um objetivo a cura a partir da identifica o reconhecimento de um estado o transtorno a doen a A doen a entendida como um estado de desequil brio que causa preju zo a algo ou algu m Houaiss eletr nico e que pode ser superado evitado pela a o daqueles que t m os meios t cnicos e o direito oficial de 106 intervir nos corpos e mentes para um retorno conserva o do estado de ordem anterior adapta o A in rcia o imobilismo o arranjado e petrificado identificado com a sa de a dilig ncia o movimento o fora da ordem preestabelecida com a doen a e a presen a do outro apontando a causa do transtorno Um retorno defini o do descritor Psicologia A ci ncia voltada para o estudo dos processos mentais e do comportamento dos homens e animais traz para nossa reflex o os objetos de conhecimento dessa ci ncia os processos mentais e o comportamento Figura 11 Processos Mentais DeCS Descritor Ingl s Mental Processes Descritor Espanhol Procesos Mentales Descritor Portugu s Processos Mentais Sin nimos Portugu s Processamento de Informa o Humano Categoria F02 463 Defini o Portugu s As fun es conceituais ou o pensamento em todas as suas formas Qualificadores
71. agem transparente o 14 sentido como conte do e o sujeito intencional capaz de controlar plenamente uma l ngua abstrata e aut noma Conceitos como os de discurso de enunciado de condi es de produ o de forma es imagin rias s o discutidos e constru dos desde o primeiro modelo de An lise de Discurso que aparece em 1969 para dar conta da inquieta o que agitava o campo te rico de toda uma gera o de estudiosos franceses que se debru avam sobre o problema das disciplinas de interpreta o e dos dispositivos de leitura como as re leituras de Marx feita por Althusser professor de Michel P cheux e as de Freud feitas por Lacan Elaborando uma teoria de an lise e interpreta o de textos Michel P cheux mobiliza e se apropria de uma maneira muito particular de conceitos da ling stica saussureana que construiu o objeto de estudo da Ling stica dando lhe pois o seu aparato de cientificidade Nos cursos de ling stica geral ministrado entre os anos de 1906 e 1911 na Universidade de Genebra Saussure faz um corte na linguagem dividindo a em l ngua e fala sendo a primeira considerada como a parte social da linguagem um objeto te rico capaz de dar conta de descrever as l nguas existentes um sistema onde as partes que o comp em s o definidas pelas rela es entre elas e a segunda como a parte individual acess ria da linguagem produzindo portanto o descentramento do indiv duo enquanto fo
72. alho de descri o e an lise como proposto pela AD exige um vai e vem entre a teoria e a descri o o que permite o acesso ordem significante ou seja aos discursos que est o funcionando nesta organiza o das Ci ncias da Sa de onde a Psicologia est presente Ent o para a descri o e an lise da Psicologia que o DeCS nos traz usamos a interface de pesquisa e consultamos tanto pelo ndice como pela palavra chave e incidimos nosso recorte sobre quatro descritores e os descritores a eles subordinados Psicologia e Psiquiatria Psicologia Psicologia Aplicada e Teorias Psicol gicas Em primeiro lugar gostar amos de trazer para a an lise e reflex o o fato de a Psicologia estar sendo inclu da no campo das Ci ncias da Sa de o que vem 91 acontecendo tamb m em outras classifica es mas n o de modo constante e consistente pois a encontramos tamb m como fazendo parte das Ci ncias Humanas e tamb m das Ci ncias Sociais Observamos que em outras pr ticas de indexa o como as dos sites de livrarias virtuais como a Saraiva e a Siciliano por exemplo ela n o est dentro das Ci ncias Humanas nem dentro mesmo de Ci ncias uma categoria parte s vezes pertencente da chamada auto ajuda Na classifica o decimal universal CDU ela est na classe 1 Filosofia Psicologia Que lugar ent o o da Psicologia Foucault 1999 diz que ela se formou no espa o de proje o das ci
73. amento dos processos discursivos no como l ngua e ideologia se articulam na elabora o dos sentidos e constitui o do sujeito ou seja como a l ngua se inscreve na hist ria Essa no o de funcionamento vital para o analista do discurso O trabalho de an lise discursiva n o se reduz a uma an lise ling stica e nem a uma an lise do chamado contexto s cio hist rico logo ideol gico e pol tico A quest o Que escuta ele deve estabelecer para ouvir para l das evid ncias e compreender acolhendo a opacidade da linguagem a determina o dos sentidos pela hist ria a constitui o do sujeito pela ideologia e pelo inconsciente fazendo espa o para o poss vel a singularidade a ruptura a resist ncia Orlandi 1999 p 59 Esta escuta ser sempre uma leitura um gesto de interpreta o a partir de um lugar te rico a teoria da AD que coloca em quest o a transpar ncia da linguagem e a onisci ncia do sujeito E desse lugar te rico o analista do discurso observa a falha o lapso a ambigiiidade e a contradi o Observa o dito e o n o dito o que sustenta o dito o que est nele suposto o que a ele se op e Relaciona o texto com outros textos gerados em outras condi es de produ o a intertextualidade O analista mostra ao leitor a opacidade do texto n o para resolver a contradi o a ambigiiidade mas para explicitar os muitos sentidos que ali est o funcionando as leituras que ele permite
74. anal tica definida como um 3 sistema conceitual Pelo deslizamento de sentidos introduzido o termo comportamento e a quest o do normal e anormal estranhos Psican lise Temos a uma leitura psicologizante de linha comportamental da Psican lise O relacionamento entre o behaviorismo e Watson indica o chamado behaviorismo metodol gico que se contrap e comp e com o behaviorismo radical de Skinner Marx e Hillix 1998 trazem para nossa reflex o a interpreta o que fazem desses behaviorismos Metodol gico De um modo geral a posi o sistem tica segundo a qual todas as fun es psicol gicas podem ser explicadas em termos de rea es musculares e secre es glandulares e nada mais p 740 It lico no original Radical a posi o filos fica que nega a exist ncia da mente uma esp cie de monismo f sico p 740 Observamos assim que nesta hierarquia das teorias psicol gicas o behaviorismo metodol gico de Watson ocupa a posi o superior apontando para uma concep o fisiol gica funcionalista das teorias deste campo 116 Retomando o descritor Teoria psicanal tica hierarquicamente a ltima chamamos aten o para a ambigiiidade do item Sin nimos portugu s car ter oral indicando uma rela o sinon mica entre a Teoria psicanal tica e um car ter fixado na fase oral ou seja na primeira fase do desenvolvim
75. analista feita do lugar te rico proposto pela AD mas tamb m est o implicadas as outras leituras poss veis do texto as que o sujeito autor faz do seu tema as que ele constr i pressup e para o sujeito leitor as que o sujeito leitor faz as que est o interditadas e permitidas A leitura para a AD uma pr tica onde os gestos de interpreta o s o determinados pelas condi es de produ o Ler ent o atribui o de sentido ao texto pr tica hist rica e nela est atuando a fun o autor Dentre as v rias fun es do sujeito no texto esta fun o autor deve ser vista de acordo com Orlandi 1996 a partir da forma como foi elaborada por Foucault 1997 como princ pio de agrupamento do discurso como unidade e origem como foco de sua coer ncia Orlandi 1996 p 26 Tanto a escritura quanto a leitura s o momentos de exerc cio de uma autoria quando os sujeitos a partir de uma posi o imagin ria definida pelas condi es e processos de produ o do discurso estabelecem tamb m imaginariamente a unidade do texto e se colocam como fonte e origem de seu dizer por ele se responsabilizando O conceito de autoria para a AD uma fun o do sujeito sempre presente em um texto Esta fun o autoria a que est mais determinada pela exterioridade e mais afetada pelas exig ncias de coer ncia n o contradi o responsabilidade etc Orlandi 1999 p 75 P cheux 1997b de um outro lugar disti
76. bases de dados a de labirintos essas constru es que permitem pensar as diverg ncias de conhecimento entre o arquiteto e o que nela se aventura D dalus e Teseu Com a AD poder amos dizer que temos aqui uma volta s rela es entre posi es de sujeito a do indexador para quem a base de dados um edif cio sensato e tipologiz vel p 41 pelo menos imaginariamente e a do leitor oprimido dentro das ex guas medidas dos corredores limitado pelas encruzilhadas obrigat rias e pela convencionalidade dos s mbolos chaves p 41 o que confirma as rela es de domina o subordina o apontadas nos trabalhos de Say o 1996 e de Cunha 1987 comentados acima Colombo 1991 afirma que a informatiza o global do conhecimento tende a construir um mundo imagem de um sistema mnem nico completo e absoluto um mundo labir ntico porque sua percorrebilidade dirigida por normas m opes p 36 42 E esta miopia consiste na necessidade de o viajante deslocar se sem ter a compreens o global do espa o dentro do qual se encontra p 40 Parece que por isto que este autor considera que os arquivos nos traem p 14 ou seja por mais que tentemos elaborar e fixar o memor vel organizar e administrar a multiplicidade de coisas a saber elas nos escapam O que esquecido por Colombo 1991 no entanto e que produz a trai o o fato apontado pela A
77. cesso hist rico que as constitui fazendo sentido aqui mas n o ali significando de um certo modo e n o de outro na conting ncia de tempos lugares posi es de onde se fala de onde se escuta se l e se escreve necess rio conter a dispers o dos sujeitos e dos sentidos pela normaliza o da pr tica indicando toda a pertin ncia da quest o de Foucault 1999 Como pode ele o homem ser sujeito de uma linguagem que desde mil nios se formou sem ele cujo sistema lhe escapa cujo sentido dorme um sono quase invenc vel p 446 Esta posi o epistemol gica que privilegia a adequa o entre a palavra e a coisa que ela nomeia contempor nea do nascimento das Ci ncias Humanas foi a condi o mesma de possibilidade desse nascimento e tem seus efeitos Estamos diante da teoria da representa o que exige a elabora o de um novo objeto do conhecimento 71 um duplo emp rico transcendental a que se chamou homem Foucault 1999 p 439 Este advento abre espa o para um saber sobre este homem rec m surgido elaborado a partir da matriz cientificista presente nas chamadas Ci ncias Naturais Na an lise de P cheux 1997b est instalado o paradoxo que acompanha as Ci ncias Humanas e Sociais promover a representa o a conceito e reduzir este a representa o Isto o que ele chama de jogo do como se a que j me referi Nesta posi o qual P cheux 1997b se contrap e o homem aquele q
78. co cient fica Esses discursos elaboram uma demanda a de informa o que encobre outras hist ricas pol tico sociais e ao mesmo tempo reproduzem as rela es de domina o subordina o que instauram essas demandas hist ricas A contradi o a ambiguidade desaparece no e pelo discurso t cnico e institucional e o sujeito naturalmente colocado em determinados lugares enunciativos Do lugar do t cnico deve ser feita a leitura que a institui o pretende que o indexador fa a O sujeito indexador deve ler a interpreta o institucional e atesta la como diz P cheux 1997 nos gestos incans veis de sele o classifica o organiza o cataloga o enfim na pr tica da indexa o Este lugar est elaborado a priori e a interpreta o que a BIREME dele faz est na materialidade ling stica dos componentes da metodologia LILACS Trata se pois de como um sujeito de direito que se submete livremente s normas da BIREME ir exercer a fun o de leitor de ci ncia para produzir o efeito autor Observaremos primeiro o funcionamento lingi stico discursivo do Guia de sele o de documentos para a base de dados LILACS BIREME 2001 daqui para 61 frente apenas Guia que um documento com 12 p ginas e dois anexos Categorias principais do DeCS e Crit rios de sele o de peri dicos para a base de dados LILACS O termo guia desde a significa o de marco na cal ada que fixa por ond
79. da a produ o cient fica na rea da Ci ncia da Sa de dos pa ses da regi o da Am rica Latina e Caribe a partir de 1982 importante perguntarmos sobre o m todo de constru o dessa mem ria cient fica eletr nica por ele e com ele que se seleciona o memor vel o que deve ser registrado nesta mem ria met lica para consultas futuras e que se elabora um universo logicamente estabilizado 46 contrapondo se ao outro inst vel a deriva e que fustiga a nossa imperiosa 29 c6 necessidade de homogeneidade l gica de um mundo semanticamente normal P cheux 1997a p 33 preciso lembrar que o guardado o j dito determina o dito e o n o dito pois a mem ria discursiva o interdiscurso age como condi o de produ o do discurso elabora uma distribui o dos seres e dos saberes constituindo os recompondo os apagando os e voltando a retom los elaborando um espa o para processos de individua o subjetiva o espec ficos Portanto importante nos perguntarmos sobre esse m todo porque nele est o inscritas na superf cie ling stica da organiza o da base de dados rela es de poder determinadas por um certo tipo de produ o da vida material rela es estas poss veis de serem observadas pelo movimento dos discursos que funcionam na posi o autor desta base Descrever e analisar discursivamente a base de dados LILACS exige considerar a sua constitui o os crit rios
80. de comunica o cient fica fa am um resumo estruturado com introdu o e conclus o bem elaboradas p 2 e um t tulo claro conciso concreto e criativo p 4 e traduzido para o ingl s As exig ncias t cnico operat rias das bases de dados eletr nicas t m exigido pois um realinhamento das normas metodol gicas de apresenta o de trabalhos em revistas cient ficas da REGIAO e estas exig ncias v m recebendo aten o especial 82 dos conselhos redatoriais Testa 1999 do Institute for Scientific Information ISI afirma sob a perspectiva do produtor de fontes de informa es bibliogr ficas essencial que os organizadores e editores sigam certas conven es sobre publica es independentemente das origens ou objetivos de sua rea de atua o Ao seguir essas conven es um editor pode estar assegurado de que sua revista est adequada aos crit rios b sicos de uma publica o profissional p 193 No artigo intitulado Melhor visibilidade para o p blico alvo de uma revista publicado nos Cadernos de Sa de P blica tamb m em 1999 Carlos E A Coimbra Jr comentando o trabalho do ISI afirma poss vel que nenhum outro produto gerado pelos sistemas de informa o suscite tanta pol mica como aqueles oriundos das bases bibliogr ficas do ISI Assim sendo importante tecer alguns coment rios a respeito do uso e frequentemente mau uso de certos ndices bibliom tricos
81. de indexa o ci ncia produzida no Terceiro Mundo Conclui que as bases de dados s o os reposit rios dos conhecimentos consensuais gerados pela ci ncia moderna constituindo dessa forma a mem ria da ci ncia oficialmente aceita p 232 Grifo nosso O segundo artigo Documenta o africanista linguagem e ideologia de Isabel Maria R Ferin Cunha publicado em 1987 privilegia uma an lise da participa o da produ o cient fica da frica nas bases de dados e de acordo com Mendon a 2000 conclui que as classifica es relegam a frica e seus assuntos afins porque n o existem conceitos que a representem no mbito de hist ria geografia l ngua cultura e economia p 64 Apesar desses dois autores n o avan arem nas suas conclus es em dire o a uma compreens o dessas linguagens de indexa o dessa mem ria da ci ncia oficialmente aceita e desses conceitos inexistentes que evidenciam a historicidade de nosso objeto de estudo interessante perceber que esta dimens o pol tico ideol gica j vem sendo tematizada por autores nacionais em uma revista altamente considerada nos meios acad micos como a Ci ncia da Informa o 34 Um outro trabalho na interface da Ci ncia da Informa o com a Ling stica destacado por Mendon a 2000 o artigo Biblioteconomia produ o e administra o da interpreta o de Clarinda Rodrigues Lucas 1997 que parte da tese d
82. de sele o de classifica o e de especifica o o fazer o sistema e o alimentar o sistema inscritos na superf cie ling stica dos manuais e guias que normatizam esta constitui o que definem o qu a pode ser dito o que entra e o qu est de fora elaborando o que pertence ao universo das Ci ncias da Sa de Esses crit rios normativos expostos nos guias e manuais constr em a evid ncia da transpar ncia da linguagem apagando o fato de que os sentidos sempre podem ser outros e a evid ncia do sujeito apagando o fato de que este se constitui como posi o de fala Trata se pois de um processo de institucionaliza o do conhecimento em condi es materiais espec ficas da hist ria da leitura nas sociedades letradas Chartier 1999 afirma que A revolu o do texto eletr nico ser ela tamb m uma revolu o da leitura Ler sobre uma tela n o ler um c dex p 100 H portanto 47 que se compreender a historicidade do texto a inscrito mas tamb m a historicidade do pr prio ato de ler de sua produ o momentos hist ricos em que os interlocutores se identificam enquanto produtores e usu rios de um sistema significante e ao faz lo desencadeiam um processo de significa o do texto Nesse processo de elabora o de sentidos a instaura o de determinados modos de leitura tornados poss veis ir o produzir rela es e efeitos diferentes do autor e do leitor com o texto seja como indexa
83. dexador ocupa pois tamb m essa posi o de tradutor com tudo que ela traz de complexa como veremos na parte que se segue 67 Com essas coberturas v o se construindo um modo de individualiza o do sujeito indexador por um modo espec fico de situ lo na cena enunciativa Essa pr tica de sele o e indexa o a que o sujeito se submete livremente tem sua fundamenta o em uma Filosofia da Indexa o BIREME 2003a item 2 2 que coloca como qualidades desse trabalho de indexar a imparcialidade e a especificidade a primeira centrada no sujeito e a segunda no texto Imparcialidade O indexador n o pode predizer qual dos aspectos de um trabalho pode ser de interesse para este ou aquele usu rio Deve abster se de emitir avalia es ou opini es pessoais enfocando todos os assuntos em todos os seus aspectos de forma imparcial e sem preconceitos O documento em m os a maior autoridade sobre ele mesmo Um indexador diligente a segunda maior autoridade Manual de Indexa o online item 2 2 Grifo nosso Se o indexador n o pode predizer qual dos aspectos de um trabalho pode ser de interesse para este ou aquele usu rio ent o deveria indexar todos os trabalhos uma impossibilidade Al m disso as coberturas j disseram o que era de interesse para a LILACS conforme analisamos anteriormente Em seguida vimos funcionando a dicotomia objetividade subjetividade de modo a conferir n
84. dor seja como usu rio tendo em vista o que ser posto como elementos organizadores dessa apropria o do conhecimento A leitura um processo bastante complexo que envolve muito mais do que meras habilidades que se adquirem enquanto estrat gias de dom nio e controle de uma linguagem e de uma l ngua tomada como instrumento de comunica o algo completo pronto e acabado que se transmite e recebe de modo un voco ou como express o do pensamento algo transparente reflexo de um conte do elaborado antes e em outro lugar Nesse sentido produzimos dois recortes para a nossa descri o e an lise considerando a leitura feita pela LILACS do campo Psicologia e os modos de ler que ela instaura afetando as fun es de autor e de leitor do sujeito seja ele o indexador seja ele o usu rio inscrevendo o sujeito de determinada maneira no campo do conhecimento cient fico Come aremos pelo modo de ler o texto cient fico que a LILACS instala tendo como ponto de partida os manuais e guias acima relacionados para atrav s das pistas e vest gios Ginzburg 1989 deixados na forma material da l ngua atingirmos a ordem significante e compreendermos o discurso que ali se produz 48 Em seguida iremos tratar do pr prio processo de indexa o j determinado por um modo de ler previamente estabelecido analisando o vocabul rio tem tico Descritores em Ci ncia da Sa de DeCS relativo Psicologia 3 1 Um Modo de Ler C
85. e Conv m explicitar que estas tr s regi es Lingii stica Materialismo Hist rico e Teoria do Discurso s o de certo modo atravessadas e articuladas por uma teoria da subjetividade de natureza psicanal tica P cheux amp Fuchs 1997 p 164 O sujeito do inconsciente freudiano tamb m descentra o sujeito psicol gico sociol gico antropol gico tanto quanto a proposta da AD embora de forma pr pria A AD reitera constantemente que o sujeito sujeito linguagem hist ria 23 ideologia na ordem do inconsciente em dois sentidos 1 O sujeito inconsciente dessas injun es ou seja n o tem delas consci ncia inconsciente como contraponto negativo do consciente 2 O inconsciente como o recalcado o que emerge nos lapsos na falha em nomear que como diz Authier Revuz 1997 para o sujeito falante particularmente falha para se nomear p 257 E o qu o discurso para a AD N o a fala nem a escrita n o o texto O discurso um objeto te rico e definido como efeito de sentidos entre locutores P cheux 1997c ou seja no discurso e pelo discurso que as palavras significam e o sujeito constitu do No dizer de Orlandi 1999 o discurso a materialidade espec fica da ideologia e a l ngua a materialidade espec fica do discurso que ent o o lugar em que se pode observar esta rela o entre l ngua e ideologia compreendendo se como a l ngua produz se
86. e pensemos essas rela es imagin rias que funcionam em um processo de comunica o deslocando o tamb m Quem sou eu para falar a B assim e Quem 17 B para que eu lhe fale assim Quem sou eu para que A me fale assim e Quem A para que me fale assim p 83 Para P cheux 1997c os sujeitos assim constitu dos interv m a t tulo de condi es de produ o e estas forma es imagin rias s o definidas a partir do interdiscurso do chamado pr constru do ou seja do j dito em outro lugar a partir das posi es ocupadas pelos indiv duos na estrutura produtiva e nas rela es sociais enquanto rela es de sentidos O imagin rio assim produzido traz restri es e possibilidades determinadas para a enuncia o Nesse sentido os sujeitos envolvidos em uma rede de informa o como a LILACS n o ser o tomados como indiv duos emp ricos destinador ou destinat rio do enunciado e sim como posi es ocupadas por esses sujeitos numa dada l ngua e em uma forma o social determinada historicamente E nessas posi es de autor e de leitor o sujeito se individualiza e fala o que pode ser falado filiado a forma es discursivas referidas a forma es ideol gicas pelo funcionamento de uma mem ria discursiva enquanto o conjunto de formula es feitas e j esquecidas que atualizam o pr constru do e determinam o que dizemos Importante observar que esses sujeitos falam de e sobre alg
87. e doutorado dessa autora Indexa o gestos de leitura do bibliotec rio defendida no Instituto de Estudos da Linguagem na Universidade Estadual de Campinas em 1996 No artigo Lucas 1997 investiga os gestos de indexa o dos bibliotec rios tendo como referencial te rico e metodol gico a An lise de Discurso de linha francesa As contribui es deste artigo para a an lise proposta nesta disserta o est o detalhadas na se o 2 2 Base de dados gestos de leitura As bases de dados s o compreendidas na rea da Inform tica como mem rias eletr nicas conjuntos de arquivos inter relacionados indexados organizados espacialmente com textos traduzidos para uma linguagem inform tica escrita em chips de sil cio de modo a serem acessados quando necess rio De acordo com Colombo 1991 arquivar exige t cnicas espec ficas que garantam a preserva o no tempo e tamb m o acesso no tempo futuro Eis ent o o segredo de Sim nides fundador da arte da mem ria colocar as lembran as em lugares exatos para da tir las nos momentos de necessidade p 31 As t cnicas mnem nicas nesta concep o informatizada t m um car ter pr tico operat rio uma vez que guardar e encontrar est o entrela ados e o guardar exige um espa o um loci Colombo 1991 situa o inicio das estrat gias mnem nicas que ainda s o as nossas no desenvolvimento da ret rica Essa arte da palavra Houaiss eletr nico ex
88. e nega os mecanismos de administra o da interpreta o como as defini es as notas de rodap as cita es O analista est ainda atento s v rias posi es sujeito que est o trabalhando e sendo constitu das no texto o imagin rio sobre o lugar dos interlocutores sobre a 25 imagem que fazem de si do outro do tema As estrat gias de legitima o de elabora o da cientificidade e da autoriza o quem o qu permite que o dito seja dito assim e n o de outro modo Est atento ainda mem ria que o texto aciona ao J dito que ali se atualiza e como se atualiza aos deslizes aos efeitos metaf ricos Toda essa observa o permite ao analista perceber os confrontos entre as forma es discursivas e ideol gicas a que se filiam os interlocutores e que est o ali funcionando e este trabalho d acesso ao s discurso s que naquele texto est est o representado s d acesso a essa rede sem ntica elaborada como efeito de sentidos entre os locutores Para Orlandi 1999 Sem procurar eliminar os efeitos de evid ncias produzidos pela linguagem em seu funcionamento e sem pretender colocar se fora da interpreta o fora da hist ria fora da l ngua o analista produz seu dispositivo anal tico de forma a n o ser v tima desses efeitos dessas ilus es mas a tirar proveito delas E o faz pela media o te rica Para que no funcionamento do discurso na produ o dos efeitos ele n o reflita apena
89. e se deve passar at a de guia tur stico que mostra o qu deve ser visto est associado a controle prescri o marco ordenador linha diretiva e tamb m filiado ao discurso religioso que define o caminho da verdade Deus a provid ncia a B blia a Igreja guia meus passos Logo na introdu o desse Guia BIREME 2001 est escrito A Metodologia LILACS permite a cria o de bases de dados nacionais e a alimenta o da base de dados regional LILACS E responsabilidade de cada pa s integrante do Sistema decidir quais documentos t m valor nacional e ou internacional para serem inclu dos na LILACS Os documentos de interesse local ou que n o cumpram os crit rios da LILACS devem ser inclu dos somente nas bases de dados nacionais p 4 Grifo nosso Neste texto introdut rio o que nos chama aten o o jogo que se estabelece entre os termos nacional e internacional apontando para o outro que realmente decide o que entra ou n o na LILACS para o centro ordenador dessa leitura e dos efeitos leitor A metodologia LILACS permite criar e alimentar Criar est referido s bases nacionais enquanto alimentar base LILACS Para ser inclu do na LILACS alimentar cada pa s integrante do Sistema deve decidir avaliar escolher os documentos que tenham valor nacional e internacional ou ent o que tenham valor s nacional ou s internacional mas os de interesse local ou que n o cumpram crit
90. e se busque onde estiver todos os documentos guardados em um certo lugar O DeCS ent o um conjunto de termos da rea das Ci ncias da Sa de usado pelos indexadores para descrever o conte do dos documentos que ingressam na base LILACS e usado tamb m pelos usu rios para recuperar os documentos que procuram ou ainda para o autor colocar as palavras chave no seu artigo Esses termos est o organizados hierarquicamente dos mais gerais aos mais espec ficos A estrutura inicial composta de 17 categorias Sob cada uma dessas categorias est o organizados descritores em n veis hier rquicos cada vez mais detalhados Por exemplo a categoria F Psicologia e Psiquiatria abre se em quatro descritores de primeiro n vel F1 Comportamento e mecanismos comportamentais F2 Fen menos e processos psicol gicos F3 Transtornos mentais e F4 Disciplinas e atividades comportamentais Cada um desses descritores de primeiro n vel abre se em descritores de segundo n vel e assim sucessivamente numa estrutura que chega ao d cimo primeiro n vel Para cada descritor h um conjunto de qualificadores permitidos Os 66 qualificadores s o termos que definem aspectos de um assunto qualificando o descritor adotado BIREME 2003a item 2 1 Al m dos descritores e qualificadores o DeCS tem os Descritores pr codificados que s o termos que definem conceitos pr determinados pelo sistema BI
91. edade da informa o em que se produzem novas formas de subjetiva o novos processos de exclus o de manuten o das desigualdades e de nega o das diferen as Uma vertente de tematiza o das novas tecnologias e das bases de dados eletr nicas centrada nos aspectos tecnol gicos em sua interface com o processo produtivo como a presente no trabalho de Castells 1999 permite nos mostrar como a hist ria tomada no tratamento deste tema Os aspectos pol ticos e econ micos est o sempre presentes mas como contexto ambiente s cio t cnico exterioridade estabelecendo e refor ando a dicotomia sujeito objeto Castells 1999 no entanto admite que As elites aprendem fazendo e com isso modificam as aplica es da tecnologia enquanto a maior parte das pessoas aprende usando e assim permanecem dentro dos limites do pacote da tecnologia p 73 o que evidencia uma divis o hierarquizada entre sujeitos e acrescenta que a difus o tecnol gica seletiva tanto social quanto funcionalmente Este autor elabora um painel multifacetado da sociedade em rede dos usos e dos usu rios e chega a uma 31 conclus o interessante que permite colocar em discuss o a neutralidade das t cnicas e dos instrumentos Como o acesso CMC comunica o mediada por computador cultural educacional e economicamente restritivo e continuar assim por muito tempo seu impacto cultural mais importante poderia ser o refor o potencial da
92. ela autoridade que o encomendou ou permitiu a sua publica o Chartier 1999 p 8 2 os livros s o objetos cujas formas comandam sen o a imposi o de um sentido ao texto que carregam ao menos os usos de que podem ser investidos e as apropria es s quais s o suscet veis Chartier 1999 p 8 3 cada leitor a partir de suas pr prias refer ncias individuais ou sociais hist ricas ou existenciais d um sentido mais ou menos singular mais ou menos partilhado aos textos de que se apropria Chartier 2001 p 20 4 Reconstituir a leitura impl cita visada ou permitida pelo impresso n o portanto contar a leitura efetuada e ainda menos sugerir que todos os leitores leram como se desejou que lessem Chartier 200la p 105 5 Por um lado a transforma o das formas dos dispositivos atrav s dos quais um texto proposto pode criar novos p blicos e 43 novos usos por outro a partilha dos mesmos objetos por toda uma sociedade suscita a busca de novas diferen as aptas a sublinhar as dist ncias existentes Chartier 1999 p 22 As conclus es tr s e quatro podem ser aplicadas pesquisa de Lucas 1997 pois ali vimos como a leitura repetindo as palavras de Chartier 1999 rebelde e vadia p 7 Os textos desse autor voltados principalmente para a elabora o de uma hist ria do livro e da leitura interessam para nossa reflex o n o s por esta abordagem cr tica da leitura ma
93. em processos de significa o espec ficos definem o lugar dos centros cooperantes dos indexadores dos leitores e dos autores dos documentos que comp em a LILACS Estabelecem o como fazer a linha diretiva a ordena o desejada para a pr tica da indexa o para a sele o dos documentos para o registro das fichas bibliogr ficas para o uso da base de dados Partem de quem pode falar sobre a sa de e da sa de materializando uma leitura espec fica poss vel a partir de uma posi o elaborada historicamente institucionalmente para aqueles que devem selecionar organizar armazenar uma multiplicidade de documentos textuais e para aqueles que v o usar a base LILACS Eles estabelecem modos de ler ver estes 60 documentos administrando as pr ticas de indexa o selecionar organizar armazenar e de pesquisa dentro das normas do bem fazer Observamos que a mem ria da produ o cient fica que esta sendo preservada a mem ria institucionalizada a dos governos e institui es dos pa ses da regi o coordenados pela BIREME Observamos ainda que o discurso institucional atravessado se ap ia no discurso t cnico elaborando como evidentes necessidades controles metodologias modos de fazer Os pa ses da REGI O demandam solu es t cnicas as t cnicas exigem padroniza o a informa o enquanto falta justifica a ajuda e enquanto necessidade transforma problemas nitidamente pol ticos em falta de informa o t cni
94. em um outro lugar para pensar a quest o da pesquisa N o era poss vel colocar a quest o dos efeitos das TIC s sobre os processos de subjetiva o sem a considera o da mem ria discursiva do saber psicol gico sobre o sujeito Que formas sujeito estavam sendo elaboradas na pela Psicologia lida falada na grande rede formada pelas TIC s Que Psicologia era esta que estava nas livrarias virtuais nas revistas cient ficas online nas vers es on line do DMS IV no site da American Psychology Association APA no do Conselho Federal de Psicologia CFP Como se davam as alian as e confrontos entre teorias psicol gicas O que causava perplexidade nesses primeiros trabalhos era a variedade aparente de teorias psicol gicas um am lgama epistemol gico que estava presente na rede Realizei ent o uma pesquisa sobre o lugar ocupado pela Psicologia nos diret rios de pesquisa de quatro livrarias virtuais Siciliano Saraiva Sodiler e Submarino e tamb m uma an lise dos t tulos de Psicologia ali dispon veis A an lise discursiva empreendida permitiu compreender de onde fala a Psicologia nas livrarias virtuais e como este lugar diferenciado define o que ali pode ser dito e o como dito explicitando uma leitura espec fica sobre o modo de circula o do saber psicol gico A Psicologia engloba no espa o das livrarias virtuais todo um conjunto de saberes filosofia antropologia aconselhamento auto ajuda dirigidos para a
95. encial identificado e confrontado com as exig ncias da tica levinasiana Como resultado proposta a inclus o da alteridade na discuss o psicol gica em termos da pr pria constitui o da subjetividade bem como da rela o com o outro da exterioridade e da interioridade psicol gicas Descritores tica Psicologia Alteridade Subjetividade Modernidade p 1 Grifo nosso Os descritores acima s o definidos de um modo geral pelo autor do artigo e eles indicam aquilo que esse autor considera central no seu trabalho Na LILACS este mesmo artigo indexado com os seguintes descritores 76 Figura 3 Indexa o do artigo de Freire 2001 Id 354257 Autor Freire Jos Celio T tulo As psicologias na modernidade tardia o lugar vacante do outro Psychology in later modernity the lacking place of the other Fonte Psicol USP 12 2 73 94 2001 Idioma Pt Descritores tica Psicologia Localiza o BR85 1 Como n o constam do vocabul rio da LILACS O DeCS as palavras Alteridade Subjetividade Modernidade elas n o aparecem como descritores Na an lise de conte do feita pelo indexador a adequa o conte do DeCS s pode ser descrita como tica Psicologia indicando uma re significa o do artigo em fun o do instrumento de indexa o Essa adequa o deve ser espelhada pelo usu rio ou seja ele deve fazer a adequa o invert
96. entanto foi transtornada por ele Roudinesco 2000 em um cap tulo de seu livro Por que a psican lise denominado O homem comportamental faz uma an lise das edi es do Manual diagn stico e estat stico dos transtornos mentais DSM cuja primeira vers o foi elaborada em 1952 pela American Psychiatric Association APA mostrando inclusive a import ncia da mudan a de terminologia ocorrida em determinado momento hist rico e seus efeitos pol ticos e ideol gicos em que o termo disorder vem em substitui o aos de psicose neurose pervers o evidenciando uma mudan a epistemol gica Ela considera que com mudan as de terminologia e o aparecimento de entidades novas como depress o as sociedades democr ticas do fim do s culo XX deixaram de privilegiar o conflito como n cleo normativo da forma o subjetiva p 19 O conflito inerente organiza o social moderna calcada no modo de produ o capitalista negado tamb m na est ncia da subjetividade Ainda quanto tradu o podemos observar que o descritor apresenta um Sin nimo em Portugu s Insanidade Se formos ao dicion rio Aur lio s d encontraremos evid ncias de que o que est em quest o a o sujeito Insanidade 103 Do latim insanitate S f 1 Qualidade de insano 2 Falta de senso 3 Dem ncia loucura p 769 O que ser refor ado pelo que se apresenta no descritor c
97. ento libidinal e que tem como alvo pulsional a incorpora o considerada por Laplanche e Pontalis 1983 como matriz da introje o e da identifica o p 310 A Nota de indexa o desse descritor alerta o indexador para diferenciar o descritor Teoria psicanal tica do descritor Interpreta o psicanal tica por que um deles n o se sabe qual seria mais universal e menos subjetivo do que o outro Talvez a leitura do descritor Interpreta o psicanal tica nos ajude a compreender os sentidos que aqui est o funcionando e estabelecendo um espa o que se quer cient fico Figura 17 Descritor Interpreta o Psicanal tica 1 1 DeCs Descritor Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Categoria Defini o Portugu s Nota de Indexa o Portugu s Precoord Portugu s N mero do Registro Identificador nico Psychoanalytic Interpretation Interpretaci n Psicoanal tica Interpreta o Psicanal tica F04 628 Utiliza o das teorias freudianas para explicar v rios aspectos psicol gicos da arte literatura material biogr fico etc prim rio sem qualif n o confunda com TEORIA PSICANAL TICA na qual a teoria em um n vel mais universal Interpreta o Psicanal tica hist ria use Psican lise hist ria 12010 D011573 Fica compreendido assim que o menos subjetivo a teoria Vamos observar o que dito em outro lugar no
98. erecem conceitos que s o apropriados por P cheux de uma forma tamb m espec fica para a formula o de quest es sobre o sujeito enquanto objeto do conhecimento das Ci ncias Sociais e Humanas e enquanto sujeito do discurso sendo este ltimo compreendido como efeito de sentidos entre locutores e parte do funcionamento geral da sociedade a forma sujeito enquanto forma de exist ncia hist rica de qualquer indiv duo agente das pr ticas sociais a linguagem e a l ngua e suas rela es com a hist ria e a ideologia com o simb lico e o pol tico Michel P cheux surge na cena francesa usando tamb m o pseud nimo de Thomas Herbert e dirige se aos fil sofos como ele apresentando uma an lise cr tica da epistemologia e da filosofia empiricista Os dois textos de Herbert R flexions sur la situation the rique des sciences sociales de 1966 e Remarques pour une Th orie g nerale des id ologies de 1968 discutem aspectos te ricos e metodol gicos e o papel dos instrumentos na pr tica cientifica abordado por ele pela considera o da sua n o neutralidade e da necessidade deles estarem incorporados a uma teoria e n o simplesmente tomados de ci ncias j estabelecidas Nestes textos j poss vel perceber a dire o do seu trabalho elaborar uma teoria e um instrumento que contribu ssem para o desenvolvimento da pr tica cient fica nas Ci ncias Sociais em oposi o An lise de Conte do que pressup e uma lingu
99. es pa ses E entra tamb m se for um documento da Organiza o Pan Americana de Sa de uma organiza o internacional Os documentos representativos s o definidos pelos conte dos de interesse e validade nacionais e ou internacionais em oposi o queles de interesse muito limitado ao pa s ou a regi o Como podemos entender a o interc mbio e a coopera o Como circula o interna nos pa ses da REGI O e distribui o do que produzimos em uma s dire o j que n o temos acesso pela LILACS ao que se produz sobre n s l fora O que de interesse do Brasil por exemplo n o deve ser divulgado l fora E ser que tudo que pesquisado l fora do nosso interesse Em outra parte do Guia encontramos a explicita o desse crit rio restritivo N o ser o inclu dos documentos sobre a Am rica Latina esqueceram o Caribe publicados em pa ses de fora da regi o BIREME 2001 p 6 j que em sua maioria s o indexados em bases de dados internacionais p 6 Lembremo nos contudo que o objetivo p 51 da BIREME a promo o da coopera o t cnica em 66 informa o cient fico t cnica em sa de com os pa ses e entre os pa ses da Am rica Latina e do Caribe e atender a demanda por informa o t cnico cient fica dos pa ses da regi o www bireme br Objetivos da BIREME Ent o por que o que produzido l fora sobre o aqui dentro n o est na base delimita
100. ess ria do sujeito com a l ngua e com a hist ria para que haja sentido Orlandi 1999 p 48 Ainda de acordo com Henry 1997a essa aproxima o P cheux Althusser tem duas consegii ncias para a proposta da An lise do Discurso 1 a distin o entre o estatuto do sujeito para P cheux e o estatuto do sujeito para Foucault Lacan e Derrida Se h nestes autores uma converg ncia no que se refere linguagem e ao signo a refer ncia ideologia s suas implica es no conceito de sujeito de P cheux derivada do paralelo estabelecido por Althusser entre o efeito ideol gico elementar o sujeito e a evid ncia da transpar ncia da linguagem a partir desse paralelo althusseriano que P cheux elabora o conceito de discurso estabelecendo a liga o entre essas duas dimens es sujeito e linguagem 21 2 em decorr ncia disso o sujeito para a AD n o aquele do inconsciente estruturado como uma linguagem de Lacan n o o sujeito do jogo da ordem do signo de Derrida e nem o sujeito do discurso de Foucault apesar de ser tamb m eles O sujeito para P cheux o sujeito da linguagem mas tamb m o sujeito da ideologia o sujeito que pela e na linguagem atravessada pelo jogo da hist ria constitu do como posi o de fala que interpelado como sujeito e sem a percep o disso ilude se uma ilus o necess ria com seu status de ator principal de art fice de seu dizer A especificidade do sujeito
101. etividade que se complementam est o bem exemplificadas por Degas no quadro As meninas comentado por Focault 1999 p 3 21 que sobre ele conclui neste quadro talvez como em toda representa o de que ele por assim dizer a ess ncia manifestada a invisibilidade profunda do que se v solid ria com a invisibilidade profunda daquele que v Esse sujeito mesmo foi elidido p 20 21 O que permite que esse sujeito constitu do na posi o de documentalista seja objetivo depois de olhar o documento e verificar a sua adequa o a crit rios epistemol gicos historicamente determinados inscritos na linguagem esta forma sujeito documentalista individualiza se na cren a de ser o art fice do seu fazer atualizando a invisibilidade profunda daquele que v Foucault 1999 p 20 e estabelecendo uma rela o espec fica entre o vis vel e o diz vel O lugar do operacional Se o lugar enunciativo do indexador configurado como o de um t cnico que trabalha com ferramentas precisas objetivas e neutras enquanto forma de lidar imaginariamente com algo inst vel e aberto como a linguagem os lugares enunciativos que a metodologia estabelece para o chamado usu rio tamb m marcado por esse conflito e confronto te rico e pol tico que se d pela linguagem e pelas pr ticas de leitura que a se instalam Os usu rios da LILACS s o o governo o sistema de sa de as institui es de e
102. eutralidade pr tica cient fica enquanto uma pr tica sem sujeito outra impossibilidade pois se trata de uma pr tica de linguagem uma pr tica de sujeitos mas n o de um sujeito Novamente vimos funcionando uma concep o de linguagem como instrumento plenamente control vel por um sujeito intencional que fonte e senhor de seu dizer e de uma subjetividade marcada apenas pelo funcionamento da consci ncia Ao dizer que o documento a maior autoridade sobre ele mesmo a BIREME est sob o efeito ideol gico da transpar ncia da linguagem a que j nos referimos o documento transparente seu sentido est l mas paradoxalmente j que se quer neutralidade posto por algu m O sujeito indexador enquanto leitor de ci ncia deve 68 abster se privar a si de avalia es de atribuir valor ou de dar opini es interpretar no entanto como vimos na p gina 61 ele deve tamb m escolher e avaliar Mais uma vez o trabalho de Lucas 1997 serve para mostrar como esta transpar ncia ilus ria e serve ainda para mostrar que a dilig ncia do indexador n o suficiente para garantir que a leitura que se pretende objetiva imparcial sem preconceitos seja feita Esse sujeito indexador documentalista surge como aut nomo onipotente a segunda autoridade depois do documento mas deve abster se A contradi o a presente apagada pela chamada imparcialidade e ao n o preconceito Apaga se
103. ganiza o e estrutura o da base de dados expresso em v rios documentos dispon veis no site da Biblioteca Regional de Medicina BIREME no endere o http www bireme br Para a descri o e an lise que realizamos s o considerados os seguintes textos Guia de sele o de documentos para a base de dados LILACS BIREME 2001 e seu anexo Crit rios de sele o de peri dicos para a base de dados LILACS Manual de Indexa o BIREME 20034 Manual do usu rio pesquisa em bases de dados bibliogr ficas BIREME 2003 e o Descritores em Ci ncia da Sa de DeCS online Pensando nesse corpus trago algumas afirma es de P cheux 1997b que de uma certa forma ajudaram me a constitu lo num continente cient fico dado como a rea das Ci ncias da Sa de todo evento epistemol gico se inscreve numa conjuntura historicamente determinada pelo estado das rela es de desigualdade subordina o p 192 OS objetos ideol gicos s o sempre fornecidos ao mesmo tempo que a maneira de se servir deles Como os manuais guias e crit rios da LILACS p 146 Aspas no original Quando estamos a descrever e analisar discursivamente uma base de dados cient fica e eletr nica que contem mais de 150 0000 registros ou seja fichas bibliogr ficas de artigos teses livros documentos governamentais e que tamb m uma metodologia de constru o de bases de dados e que se prop e a disponibilizar to
104. geral s ci ncias e t cnicas da informa o e documenta o Bras lia DF IBICT Gregori W de 1984 Cibern tica S cia II S o Paulo SP Cortez Henry P 1997 Os fundamentos te ricos da An lise autom tica do discurso de Michel P cheux 1969 Em F Gadet amp T Hak Orgs Por uma an lise autom tica do discurso Uma introdu o obra de Michel P cheux B S Mariani Trad pp 13 38 Campinas SP Editora Unicamp Henry P 1997a A hist ria n o existe Em E P Orlandi Org Gestos de leitura da hist ria ao discurso B S C Mariani et al Trad pp 29 53 Campinas SP Editora Unicamp Herbert P cheux M 1995 Observa es para uma teoria geral das ideologias Rua 1 pp 63 89 Campinas SP Editora Unicamp 129 Houaiss A 2002 Dicion rio eletr nico Houaiss da l ngua portuguesa Vers o 1 0 5a Rio de Janeiro RJ Objetiva Laplanche J amp Pontalis J B 1983 Vocabul rio da Psican lise 7 ed P Tamen Trad pp 318 321 S o Paulo SP Martins Fontes L vy P 1993 As tecnologias da intelig ncia o futuro do pensamento na era da inform tica C I Costa Trad Rio de Janeiro RJ 34 L vy P 1998 Tecnologias intelectuais e modos de conhecer n s somos o texto C Candido Trad Dispon vel Internet http portoweb com br PierreLevy nossomos html Livraria Saraiva Dispon vel Internet http www livrariasaraiva com br Livraria
105. guinte enunciado definidor A rela o entre a mente e o corpo em um contexto religioso social espiritual comportamental e metaf sico Este conceito significativo no campo da medicina alternativa Difere do relacionamento entre processos fisiol gicos e comportamento onde a nfase est na fisiologia do corpo PSICOFISIOLOGIA DeCS online z O segundo objeto da Psicologia trazida para a rede pelo DeCS o Comportamento e transcrevemos abaixo sua descri o Figura 14 Descritor Comportamento 1 1 DeCS Descritor Ingl s Behavior Descritor Espanhol Conducta Descritor Portugu s Comportamento Sin nimos Portugu s Conduta Categoria F01 145 Defini o Portugu s A resposta observ vel de uma pessoa diante de qualquer situa o Nota de Indexa o Portugu s somente humano comportamento animal COMPORTAMENTO ANIMAL terapia de comportamento TERAPIA COMPORTAMENTAL Relacionados Portugu s Gen tica Comportamental Qualificadores Permitidos classifica o efeitos de drogas Portugu s tica fisiologia efeitos de radia o N mero do Registro 1538 Identificador nico D001519 Chamamos aten o para o fato de que o enunciado definidor desse descritor inicia com A resposta deixando impl cito um antes e apagando o agente Quem responde responde a algo algu m ou por algo algu m como nos exemplos Jo o respondeu pergunta Jo o respondia diretamente ao chefe
106. i ncia Na LILACS poss vel identificar lugares de enuncia o onde funcionam variadas leituras gestos de interpreta o espec ficos determinados pelas condi es de produ o o lugar do institucional no qual se instala e identificada a BIREME OPAS OMS o lugar do t cnico no qual se instala e identificado o sujeito indexador documentalista autor o lugar do operacional no qual se instala e identificado o sujeito usu rio leitor o lugar do produtivo no qual se instala e identificado o sujeito editor autor dos textos indexados Apenas para efeito de exposi o vamos realizar o trabalho de descri o e an lise em se es dedicadas a cada um desses lugares enunciativos sempre realizando a remiss o necess ria de um aos outros no respeito defini o de discurso como efeito de sentidos entre locutores O lugar do institucional A BIREME agora nomeada como Centro Latino Americano de Informa o em Ci ncias da Sa de um rg o da Divis o de Desenvolvimento Humano IDH da Organiza o Pan Americana da Sa de OPAS representante regional da Organiza o Mundial de Sa de OMS Est estabelecida no Brasil desde 1987 e respons vel operacional pela LILACS Estas institui es s o organismos credenciados e legitimados historicamente hierarquizados da base regional ao v rtice mundial para falar do lugar da ci ncia sobre a sa de e da sa de pois como 49 diz Foucault 1998
107. ida DeCS conte do para encontrar o documento e caso ele seja autor para escolher descritores adequados para o seu artigo Esse funcionamento permite verificar como a leitura compreendida como um processo de codifica o decodifica o que apaga o sujeito Os processos de elabora o dos sentidos e constitui o do sujeito desaparecem nesse funcionamento da pesquisa em base de dados O Manual do usu rio BIREME 2003 ensina ainda como pesquisar quando a express o de pesquisa tem mais de um termo Operadores l gicos de pesquisa operadores booleanos Os operadores booleanos s o usados para relacionar termos ou palavras em uma express o de uma pesquisa Combina dois ou mais termos de um ou mais campos de busca 7 Os operadores booleanos s o AND OR AND NOT AND Intersec o usado para relacionar termos Em uma pesquisa entre dois ou mais termos relacionados com AND ser o recuperados documentos que t m os termos ocorrendo simultaneamente Exemplo transplante de c rnea and glaucoma OR Uni o usado para somar termos Em uma pesquisa entre dois ou mais termos relacionados com OR ser o recuperados documentos que t m qualquer um dos termos da pesquisa Exemplo transplante de c rnea or glaucoma AND NOT Exclus o usado para excluir Seguimos a mesma l gica das express es matem ticas primeiramente a soma or depois a multiplica o and BIREME 2003 p 10 Observamos ent o que
108. igiu t cnicas mnem nicas que dessem conta de uma maior quantidade de lembran as e que atuassem como uma estrutura mental permanente Nessa estrutura deveria ser poss vel colocar e retirar imagines tradu o dos conte dos que poderiam ser palavras quando se tratasse de argumentos ou 35 coisas quando se tratasse de artif cios expressivos Para esse autor essa estrat gia mnem nica uma escolha t cnica que desconsidera outras possibilidades como por exemplo a intui o tomista do valor tico da lembran a p 33 Ele afirma que essencial salientarmos o valor parcial e eletivo da solu o espacializadora oferecida pela mnemot cnica ret rica e t o fecundamente aplicada de maneira aut noma e talvez inconsciente pelos mais recentes m todos de grava o e armazenamento de informa o desde que tal valor descende de uma escolha operativa pode ele ser julgado pela hist ria da cultura luz n o somente de seus efeitos mas tamb m de sua g nese e evolu o p 33 4 Mem ria e esquecimento tempo e espa o s o assim elementos constitutivos desses instrumentos Os arquivos servem pois para guardar e n o guardar marcando aqui o seu car ter seletivo e relembrando o que j dizia Hebert P cheux 1995 sobre a n o neutralidade das t cnicas e instrumentos Este trabalho de Colombo 1991 analisa algumas especificidades dos sistemas mnem nicos eletr nicos como a LILACS e apresenta uma met fora das
109. ilosofia da Indexa o a especificidade qualidade referida ao Texto ou melhor atribui o de nomes capazes de dar conta do Texto homogeneizando o em torno de termos nucleares capazes de conter a dispers o 70 Especificidade O DeCS proporciona tanto termos gerais como espec ficos O indexador tem o compromisso de atingir o maior grau de especificidade poss vel Se um documento trata especificamente de LEUC CITOS n o dever ser indexado com um descritor geral como SANGUE ou C LULAS SANGU NEAS Se outro documento intitulado Parasiticidas em ginecologia trata sobre o tratamento de vaginite por tricomonas com metronidazol os descritores ser o VAGINITE POR TRICHOMONAS METRONIDAZOL e ANTITRICOMONAS e n o ANTIPROTOZO RIOS e GINECOLOGIA BIREME 2003a item 2 2 Grifo nosso A leitura t cnica pretendida objetiva imparcial sem preconceito espec fica vai em dire o regula o e estabilidade dos sentidos na tentativa de apagar as diferen as as contradi es e ambigiiidades No entanto na materialidade ling stica est o as marcas das forma es ideol gicas que funcionam nos lugares enunciativos As palavras mesmo aquelas definidas em thesaurus imaginariamente referidas a alguma coisa parecem estar constitutivamente deriva constantemente fixadas e transformadas em processos parafr sticos e poliss micos como diz Orlandi 1999 deslizando de um sentido a outro no pro
110. inner h 50 anos atr s que ainda publicado Leiamo livro e celebrem o poder das an lises comportamentais mesmo se e principalmente se voc for um daqueles psic logos cognitivistas que acreditam que o behaviorismo irrelevante obsoleto e ou que est morto ele n o est Roediger 2004 20 Roediger 2004 conta que antes de enviar este artigo para publica o pediu o coment rio de seus pares e um deles Endel Tulving enviou lhe uma comunica o pessoal localizando estas duas psicologias e ele a cita Est bastante claro em 2004 que o termo psicologia agora designa pelo menos duas ci ncias bastante diferentes uma do comportamento e outra da mente Assim como outras ci ncias do comportamento ambas lidam com criaturas vivas mas a sua interse o fraca provavelmente n o maior do que a que existia entre a psicologia e sociologia quando as coisas come avam Ningu m jamais conseguir juntar novamente estas duas psicologias porque o seu objeto de estudo diferente seus interesses s o diferentes e o entendimento do tipo de ci ncia com o qual elas trabalham diferente Por demais esclarecedor o fato de que estas duas esp cies se movimentaram para ocupar diferentes territ rios n o dialogam uma com a outra n o mais e seus membros n o se associam Este estado das coisas est exatamente do jeito que deve ser q 14 A esta a Psicologia entre uma ci ncia do comportamento proposta
111. iquiatria coloca uma quest o Se estamos no campo das Ci ncias da Sa de e a Medicina encabe a a divis o desse campo a Psiquiatria como um ramo da medicina n o deveria vir em primeiro lugar Como afirma Orlandi 2004 no amb guo no contradit rio que a interpreta o est presente Exatamente porque n o h rela o termo a termo entre as palavras e as coisas que a leitura os gestos de interpreta o interv m atualizando o hist rico e o ideol gico o j dito em outro tempo e lugar Forma e conte do n o s o dimens es estanques o discurso estrutura a l ngua e acontecimento atualidade O objetivo do analista ent o compreender como estes gestos de interpreta o funcionam as condi es de produ o que est o determinando o dito assim e n o de outro modo em rela o com o n o dito Ent o n o sem consegii ncias para os sentidos o fato de ora a Psicologia estar aqui ora ali O fato de vir junto com a Psiquiatria uma interpreta o espec fica do que a Psicologia O objetivo ent o compreender os sentidos que est o sendo elaborados ou seja como 95 a l ngua est funcionando como forma material do discurso e determinando uma dire o para a interpreta o ideologia produzindo evid ncias de que este naturalmente o lugar da Psicologia e de que naturalmente ela comp e com a Psiquiatria Uma consulta ao DeCS usando como argumento de pesquisa a palavra Psiquiatria
112. iscursivos uma palavra pela outra m quina homem e temos o sentido filiado a diferentes forma es discursivas referidas s forma es ideol gicas P cheux 1997 Esse deslizamento produz consegii ncias para a compreens o de como a Psicologia Cognitiva por um lado estabelece paralelos cient ficos e l gicos entre o psiquismo humano e o computador e a Intelig ncia Artificial por outro estabelece paralelos tamb m cient ficos e l gicos entre o computador e o psiquismo humano interessante observar tamb m como tecnologias que surgiram t o separadas cronologicamente como o rel gio e o computador t m em comum uma mudan a das rela es do homem com o tempo e como tamb m foram cada uma na sua poca utilizadas como met fora do funcionamento do homem num movimento para tentar conter a dispers o do sujeito nos estreitos limites do funcionamento da m quina determinado previs vel control vel Schultz e Schultz 2002 citando Baars 1986 p 154 d o uma interpreta o interessante dessas met foras Para os psic logos sempre em busca de garantias de que suas teorias se refiram a alguma realidade fisicamente poss vel o encanto das met foras com m quinas absolutamente irresist vel p 409 interessante agora pesquisar no ndice hier rquico do DeCS e observar quais s o os Processos mentais que este vocabul rio tem tico nos traz O descritor 108 Processos mentais subordinad
113. l Internet http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0104 59702001000500007 amp lIng pt amp nrm iso Figueiredo L C M 1991 Matrizes do pensamento psicol gico 10 ed Petr polis RJ Vozes Foucault M 1997 Arqueologia do saber L F B Neves Trad 5 ed Rio de Janeiro RJ Forense Foucault M 1998 A ordem do discurso 4 ed L F A Sampaio Trad S o Paulo SP Loyola Foucault M 1999 As palavras e as coisas uma arqueologia das ci ncias humanas 8 ed S T Muchail Trad S o Paulo SP Martins Fontes 128 Freire C F 2001 A psicologia na modernidade tardia o lugar vacante do outro Psicologia USP 12 2 Dispon vel Internet http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid S0103 65642001000200005 amp lng pt amp nrm iso amp tlng pt Freire P 1977 Pedagogia do oprimido S o Paulo SP Paz e Terra Ginzburg C 1989 Mitos emblemas sinais morfologia e hist ria F Carotti Trad S o Paulo SP Companhia das Letras Goulemot J M 2001 Da leitura como produ o de sentidos Em R Chartier Org Pr ticas da leitura 2 ed C Nascimento Trad pp 107 a 116 S o Paulo SP Esta o Liberdade Guimar es E 2001 Os estudos sobre linguagem uma hist ria das id ias Dispon vel Internet http www comciencia br reportagens linguagem ling14 htm Guinchart C amp Menou M 1994 Introdu o
114. l gico atende tamb m a exig ncias de car ter social e pol tico Os componentes da Metodologia LILACS s o os que apresentamos a seguir ressaltando que dado exigiiidade do tempo dispon vel n o puderam ser analisados discursivamente em sua totalidade Lildbi LILACS software para a descri o bibliogr fica e indexa o Lildbi Web vers o para a Internet do Lildbi LILACS SeCS software para o controle de cole es de publica es peri dicas DeCs vocabul rio tem tico da rea das ci ncias da sa de dispon vel online Manual de descri o bibliogr fica ensina o indexador passo a passo como utilizar o Lildbi Web Manual de indexa o ensina o indexador a usar o DeCS Guia de sele o de documentos ensina o como selecionar os documentos para a base A metodologia que tem os componentes informatizados acima relacionados LILDBI LILDBI LILACS e SeCS complementada por um conjunto de procedimentos expressos em dois manuais o de indexa o e o de descri o 58 bibliogr fica por um guia de sele o de documentos e pelo vocabul rio tem tico DeCS Esses documentos e software especificam as responsabilidades dos parceiros e o como fazer a base No Guia de sele o de documentos para a base de dados LILACS BIREME 2001 esses procedimentos est o justificados no seguinte par grafo Como as fun es de coleta e sele o de documentos para a base de dados LILACS s o descentralizadas nece
115. l tico constru do para esta disserta o mobilizou n o s a quest o j apresentada como constituiu um corpus que se estabelece atrav s de crit rios te ricos e n o emp ricos o que significa dizer que a teoria est presente sempre Para a AD a pr pria escrita deve permitir ao analista de discurso e ao leitor acompanhar o trajeto de produ o de sentidos e de constitui o da subjetividade que inicia se na superf cie ling stica passa ao objeto discursivo e deste para o processo discursivo Orlandi 1999 No que diz respeito aos procedimentos de an lise podemos dizer que apreender a par frase presente na superf cie ling stica a rela o daquele enunciado com outros enunciados pela observa o da organiza o da l ngua constitui o primeiro passo para a descri o passando assim para o objeto discursivo e compreendendo a 28 rela o de intertextualidade ali presente e produzindo seus efeitos Em continuidade nesse ir e vir entre a teoria e o texto unidade de an lise a met fora entendida como transfer ncia rela o entre significantes coloca se como um outro procedimento anal tico Na proposta de 1969 P cheux 1997c j ir introduzir a no o de efeito metaf rico Chamaremos efeito metaf rico o fen meno sem ntico produzido por uma substitui o contextual para lembrar que esse deslizamento de sentido entre x e y constitutivo do sentido designado por x e y p
116. las armazenados guardados para posterior processamento tratamento ou recupera o trabalhando o memor vel de um povo de uma na o enquanto parte do processo de constru o de uma representa o de uma identidade Os bibliotec rios com suas t cnicas de indexa o com seus descritores thesaurus t m feito isto especificar base de dados h s culos Lucas 1997 demonstra em seu trabalho como a leitura do bibliotec rio fixada nos e pelos indexadores descritores que ele utiliza ou seja como a leitura do bibliotec rio fixa determinados indexadores de entrada sobre o assunto que ele organiza para posterior recupera o por parte do usu rio e consegiientemente para uma leitura do arquivo Ele constr i um modo de ler Esta autora apresenta em seu trabalho uma pesquisa feita com oito bibliotec rios de bibliotecas diferentes em que se pediu que fossem atribu das as palavras chave ao livro O que isto companheiro de Fernando Gabeira Esse levantamento pelo seu valor explicativo vale ser aqui reproduzido Indexador 1 Brasil Hist ria Revolu o 1964 Brasil Pol tica e governo Indexador 2 Conto brasileiro Indexador 3 Pol tica Brasil Indexador 4 Refugiados pol ticos Direito Internacional Indexador 5 Romance Brasileiro Indexador 6 Biografia hist rica Indexador 7 Elbrick C Burke 1908 Guerrilhas Brasil Brasil Hist ria 1964 1985 Indexador 8 Brasil Pol tica e governo 1964 1974 Brasil Hist ria
117. le exemplo significa que a Psicologia o aspecto principal do documento Na Nota de indexa o para o indexador tentar cercar a polissemia do termo ir aparecer ainda o enunciado secund rio para termos aspectos psicol gicos de de categorias que n o Cat C EI 6 amp F3 sem qualif Este enunciado um alerta para o indexador usar o descritor Psicologia como segundo descritor quando o documento tratar de aspectos psicol gicos de Isto n o vale para a categoria C Doen as pois a ele deve ser usado como qualificador como vimos no exemplo p gina 97 e nem para o descritor F 3 Transtornos Mentais e El 6 T cnicas e Equipamentos quando ele poder ser usado como primeiro descritor mas sem nenhum qualificador Avan ando em nossa an lise vemos que a clareza e a objetividade t o almejadas pela BIREME na constru o de uma rede de informa o um universo l gica e semanticamente estabilizado v o ficando cada vez mais dif ceis evidenciando a dificuldade em produzir fechamentos em controlar a dispers o do texto e do sujeito Passemos agora para o qualificador Psicologia 99 Figura 6 Qualificador Psicologia 56 60 DeCs Qualificador Ingl s Qualificador Espanhol Qualificador Portugu s Defini o Portugu s Nota de Indexa o Portugu s Abreviatura N mero do Registro Identificador nico psychology psicologia psicologia Usado com doen a
118. lfab tico se o n mero de d gitos est dentro do intervalo definido se a palavra ou n mero est dentro do conjunto estipulado etc S ap s a certifica o do documentalista e o processamento da consist ncia que a descri o transferida para o computador da BIREME local f sico da base de dados LILACS A BIREME se pronuncia dizendo ent o que se no processamento da consist ncia dos campos forem identificados erros os registros ser o mantidos na base n o certificada e o sistema gerar um relat rio para o documentalista corrigi los BIREME 2001 p 8 Uma an lise discursiva do funcionamento desse sistema cooperante traz tona novamente a quest o dos instrumentos Vemos como os instrumentos inform ticos administram e disciplinarizam a leitura e portanto a interpreta o pela predefini o dos campos dos valores dos campos da sequ ncia de preenchimento A leitura poliss mica controlada pelas regras de consist ncia que detectam os erros e a ficha retorna para corre o A tamb m est implicada uma autoria o indexador respons vel pelo trabalho realizado afetado pelas exig ncias de l gica n o contradi o e unidade e identificado por um c digo que garante o seu direito de realizar este trabalho e que diz quem ele E desse lugar enunciativo do institucional que se estabelecem as normas a serem seguidas por um sujeito de direito pr prio das sociedades capitalistas aquele que se
119. lisa o significado dicionarizado desses termos em ingl s e portugu s e tira da algumas conclus es importantes para o nosso trabalho Em primeiro lugar observamos que a palavra disorders em ingl s est associada a algo provocado pelo indiv duo face a uma ordem indiv duos social pol tica p blica estabelecida por outros que apontam para aquele causador do chaos disorderliness disorganization da disturbance of public order p 83 E quanto tradu o de disorder para o portugu s ela comenta Por outro lado transtorno refere se a algo externo ao indiv duo e sobre o qual ele n o tem muita responsabilidade mas que contudo atribui lhe um car ter negativo de d ficits e preju zos p 84 102 Mas como a l ngua hist rica em um dicion rio atual Houaiss eletr nico aparece a seguinte defini o para transtorno substantivo masculino ato ou efeito de transtornar 1 situa o que causa inc modo a outrem contratempo Ex sem perceber provocou um grande t ranstorno H a uma responsabiliza o do sujeito indicada pela express o ato de transtornar que no mesmo dicion rio tem na sua primeira acep o transtornar 1 modificar a ordem de desorganizar Ex a nova secret ria transtornou os arquivos O sujeito colocado como agente do transtorno nos dois exemplos usados indicando uma ordem num tempo anterior que deveria ser preservada e que no
120. logia Social 1 9 Psicopatologia 1 10 Psicofarmacologia 1 11 Psicof sica 1 12 Psicofisiologia 1 13 Sexologia 1 14 Ci ncias Sociais 1 15 Sociobiologia DeCS online O descritor Psicologia referido s ci ncias do comportamento Podemos observa lo agora em um outro lugar em uma outra s rie de saberes e disciplinas Como o DeCS um vocabul rio hierarquizado nesta s rie das Ci ncias do comportamento este descritor est abaixo do descritor Psiquiatria e tamb m do descritor Parapsicologia e acima de Ci ncias Sociais onde em outras classifica es ele est inclu do Observamos ainda que da Psicologia as duas primeiras fases da vida Inf ncia e Adolesc ncia as aplica es na cl nica na educa o na industria e na medicina os m todos experimental e comparada E da Psicologia ainda a 113 Etnopsicologia a Psicologia Social e uma ci ncia a Ci ncia da Cogni o Este espa o da Psicologia que o DeCS com os seus descritores organiza e coloca numa rede mundial circunscreve uma ci ncia que tem dois objetos como j vimos os processos mentais e o comportamento e que elabora um conhecimento sobre a inf ncia e a adolesc ncia que aplicado na cl nica na educa o na industria e na medicina utilizando dois m todos o experimental e o comparado e que utilizada ainda nos estudos antropol gicos e sociais Q
121. m An lise do Discurso constituem uma no o bastante prof cua para se observar a heterogeneidade presente no texto bem como as suas filia es ideol gicas O item tr s do Guia BIREME 2001 chamado de Cobertura da base de dados A base faz uma cobertura tem tica uma cronol gica uma geogr fica e uma idiom tica Esse termo cobertura utilizado para o registro do fato em um ve culo de comunica o ou no conjunto da m dia Ex a c obertura do casamento real ocupou muito espa o Houaiss eletr nico indicando a presen a do discurso midi tico no tratamento dos documentos textuais da rea das Ci ncias da Sa de Com essas coberturas busca se criar as condi es de produ o da indexa o 63 delimitando o espa o tempo da enuncia o o aqui e agora para o trabalho com o referente e com a l ngua Observemos os enunciados de cada uma dessas coberturas Cobertura tem tica Em termos gerais a cobertura tem tica da LILACS est expressa em linguagem document ria no DeCS Descritores em Ci ncias da Sa de vocabul rio controlado que serve ao documentalista na an lise de conte do dos documentos a serem ingressados assim como na posterior recupera o dos mesmos O que uma linguagem document ria Para Guinchart amp Menou 1994 A linguagem documental uma linguagem convencional utilizada por uma unidade de informa o para descrever o conte do dos documentos Com o objetivo
122. m dos textos e nesta apropria o conforme a teoria da AD praticam uma autoria identificados com a fun o autor A progressiva substitui o do livro manuscrito pelo livro impresso fortificou gestos e pensamentos que s o ainda os nossos Chartier 1999 p 8 e rompeu com o texto cont nuo com o tamanho in quarto com a composi o folha a folha com a limita o da difus o Este ltimo rompimento foi decisivo para ampliar o acesso aos textos e tamb m para possibilitar a leitura solit ria em detrimento da leitura em voz alta coletiva realizada nas organiza es profissionais nos saloons na igreja e no lar O livro impresso dessacralizou o texto e a pr pria leitura Novas formas de controle da interpreta o foram criadas a fragmenta o em par grafos e sess es os coment rios as notas de rodap os sum rios Quanto a essas formas de controle da leitura algumas sutis como as que acabamos de enumerar Chartier 1999 as coloca em cena deslocando a independ ncia do leitor essa independ ncia limitada pelos c digos e conven es que regem as pr ticas de uma comunidade de depend ncia Ela limitada tamb m pelas formas discursivas e materiais dos textos lidos p 14 Mas como diz o pr prio autor a leitura e portanto a linguagem por defini o rebelde e vadia Chartier 1999 p 7 E isto nos confronta com o sujeito leitor o sujeito editor dos peri dicos cient ficos e o sujeito
123. malizador sobre os autores das comunica es cient ficas Realizam pois um duplo movimento que partindo do processo de produ o do conhecimento circula de determinada forma e a ele retorna produzindo seus efeitos 79 Existem crit rios bem espec ficos para selecionar t tulos de peri dicos para serem inclu dos na base LILACS Como j fizemos refer ncia p gina 45 o Guia de sele o de documentos para a base de dados LILACS BIREME 2001 tem dois anexos No segundo Crit rios de sele o de peri dicos para a base de dados LILACS est escrito o seguinte Os crit rios para sele o de t tulos de peri dicos para a base de dados LILACS incluem peri dicos publicados em papel e em formato eletr nico e servem para orienta o dos editores e das unidades integrantes do Sistema Latino Americano e do Caribe de Informa o em Ci ncias da Sa de p 17 Grifo nosso Chamamos aten o para o fato desses crit rios serem dirigidos tamb m para os editores das revistas cient ficas Conhecer estes crit rios de sele o e adequar o peri dico a eles necess rio para que o peri dico seja indexado na base Assim apesar de um pouco longo julgamos oportuno para dar maior visibilidade a esse movimento de retorno ao pr prio processo de produ o de conhecimento transcrever os enunciados iniciais de cada um desses crit rios S o considerados para indexa o na base de dados LILACS os peri dicos cient ficos da
124. mas dispositivos e componentes funcionarem em conjunto e interagirem sem prejudicar o funcionamento do computador do sistema operacional ou de outros programas dispositivos e 59 componentes Houaiss eletr nico Observamos que o que da ordem da m quina transferido para o trabalho das pessoas o produto desse trabalho o registro do documento deve ser uma sa da de um processo mec nico definido num algoritmo de execu o que garanta sa das S iguais para entradas E iguais Observamos apenas que no caso da pr tica da indexa o o que est entre a E e a S o sujeito indexador constitu do por todo um complexo de forma es discursivas que funcionam no lugar que ele ocupa e que nesta l gica eletr nica apagado Os crit rios de sele o comuns para todos os sistemas cooperantes elaboram uma imagem de homogeneidade e tamb m de objetividade necess ria n o s para a integridade e compatibilidade mas principalmente para construir a legitimidade da base conter a dispers o dos sujeitos nas pr ticas discursivas e controlar assim os erros evitando tamb m as inclus es e exclus es indesejadas H a um desejo relacionado ao que deve e ao que n o deve compor a base apontando para um sistema de restri es que veremos mais a frente Os manuais guias crit rios softwares e o vocabul rio controlado componentes da metodologia LILACS citados acima s o instrumentos e como tal n o s o neutros eles constitu
125. mpirismo dominante este sujeito v representa o que lhe dado no espelho da mente ele consciente racional e operat rio Mas como a pr tica cient fica pr tica de sujeitos falantes e a hist ria constitutiva da l ngua foi poss vel observar o equ voco e a falha no dizer que surgem como sintoma da contradi o da forma sujeito moderna aut noma porque referida a um sujeito que sabe sem qualquer determina o e assujeitada porque constitutivamente hist rica No caso espec fico da Psicologia que a LILACS traz o que fica de fora o sujeito sobredeterminado hist rico a deriva objeto da literatura Quando apaga se a hist ria o sujeito vai junto pois ele constitutivamente hist rico Gostar amos de trazer para esta reflex o e que talvez seja o mais significativo neste trabalho que pensa a Psicologia nas redes informatizadas a quest o da rela o sujeito linguagem no processo de forma o do psic logo Esta quest o parece nos n o estar posta com a contund ncia necess ria para os estudantes de Psicologia Admitir que a ci ncia uma pr tica ling stica e tematizar esta pr tica dentro do campo da Psicologia como comportamento verbal como fez Skinner 1995 125 refor a a concep o do sujeito t cnico operat rio que toma a linguagem como instrumento operacional Vimos nesta an lise como a linguagem serve como diz P cheux 997b para comunicar e para n o comunicar como por ela e nel
126. na de m dicos locais de voca o paroquial Como controlar e certificar os conhecimentos gerados por coletividades m dicas t o ex ticas quanto as doen as que elas nomeavam e descreviam p 934 Estas viagens suportadas pelo paradigma do naturalismo evidenciam uma atitude de desqualifica o do conhecimento produzido pelos m dicos locais de voca o paroquial e higienistas moradores nas col nias Esta mesma demanda num segundo momento sob a gide de um novo paradigma o anatomocl nico atendida pela valoriza o do conhecimento produzido in situ e consegiiente desvaloriza o 66 dos relatos de viagens abrindo espa o para que um contingente de m dicos obscuros dos mais remotos pontos do globo estreassem na arena cient fica internacional Edler 2001 p 938 Este empreendimento foi coordenado pelos m dicos da Marinha francesa atrav s da publica o dos Archives de M dicene 85 Navale e elaborou a exig ncia de que as autoridades m dicas coloniais trabalhassem sob uma base comum para que os dados pudessem ser comparados e analisados p 933 e colocaram como principal aspira o das autoridades cient ficas A ado o de uma nomenclatura patol gica clara intelig vel e uniforme para todos os m dicos de todos os pa ses p 934 A quest o dos instrumentos na pr tica cient fica pois algo fundamental no processo de produ o do conhecimento estando ligada n o
127. ndi es pr prias para elaborar novos processos de individualiza o subjetiva o por meio das novas pr ticas de leitura e de interpreta o que ali estavam operando Uma quest o inicial de pesquisa formou se ent o Que efeitos as Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC s t m nos processos de subjetiva o do sujeito moderno Ou ainda Como as TIC s est o sendo interpretadas elaborando significados e novas possibilidades de individua o subjetiva o Um semestre depois de iniciar o Mestrado j era capaz de avan ar na compreens o da quest o acima tendo como suporte teorias sobre os processos de subjetiva o nas sociedades tecnologicamente avan adas como as de Castells 1999 Lyotard 2000 L vy 1993 Postman 1994 e sobre a rela o sujeito linguagem como as de Althusser 1985 P cheux 1990 1997 1997a 1997b 1997c P cheux amp Fuchs 1997 Hebert P cheux 1995 Orlandi 1996 1999 2004 Foucault 1997 1998 1999 e Chartier 1999 2001 2001a Estes autores apesar dos distintos suportes te ricos metodol gicos ou talvez por isso mesmo trouxeram elementos para novas quest es com rela o proposta de trabalho que me movia Mas decisivo mesmo neste percurso foi o contato com a teoria da An lise do Discurso AD de linha francesa Ainda neste primeiro semestre j com o suporte da AD iniciei um estudo sobre a hist ria da Psicologia e seus sistemas Este estudo posicionou me
128. neste trabalho de administra o do memor vel a objetividade considerada meta necess ria para garantir a comunica o a transmiss o a reprodu o e a recupera o o que traz como consegii ncia a valoriza o das matem ticas e da l gica matem tica como teoria das l nguas un vocas P cheux 1997 p 58 tamb m pode se acrescentar em nome dessa necessidade de gest o administrativa dos documentos textuais que os campos te ricos da Intelig ncia Artificial da Neurolingi stica e tamb m da Psicologia Cognitiva v m demonstrando um crescente interesse na constru o de l nguas artificiais limpas de toda ambigiiidade sem falhas rigorosamente referenciais Neste funcionamento as palavras podem ser relacionadas somadas exclu das e podem obedecer a uma l gica matem tica Ainda com rela o a esse lugar de opera o da base podemos descrever e analisar o funcionamento dos cursos de capacita o do usu rio Cuenca 1999 relata que a Biblioteca CIR Centro de Informa o e Refer ncia em Sa de P blica da Faculdade de Sa de P blica da Universidade de S o Paulo FSP USP ap s a informatiza o de v rios servi os Implantou um Programa Educativo para que seu usu rio explorasse as diferentes possibilidades e formas de busca que essa 78 rede local passou a permitir Quando se decidiu pela capacita o no uso das tecnologias de acesso a biblioteca teve de definir o que ensinar a qual p blico e
129. nform tico n o um instrumento neutro de organiza o e processamento de informa es e muito menos uma interface entre o homem e a m quina Trata se de um instrumento que coloca em circula o interpreta es espec ficas e estabelece rela es pr prias entre sujeitos Os Sistemas de Informa o s o objetos hist ricos e simb licos que demandam sentidos objetos que s o elaborados em condi es de produ o espec ficas e que constroem pr ticas de leitura e de escrita Na revis o bibliogr fica grande parte dos trabalhos analisados Lyotard 2000 L vy 1993 1998 Castells 1999 evidenciam que as tecnologias digitais est o sendo 30 analisadas como objetos lingiiisticamente neutros como instrumentos de trabalho e mediadores transparentes da rela o do homem com o mundo O reconhecimento do impacto das novas tecnologias positivo para alguns negativo para outros n o passa pelo questionamento destas tecnologias enquanto objetos hist ricos e simb licos logo sociais e pol ticos A linguagem n o vista de modo geral como pr tica hist rica e portanto ideol gica mas como instrumento de comunica o algo pass vel de ser adquirido dominado e controlado por um sujeito intencional fonte e origem do seu dizer As quest es sociais e pol ticas a aparecem quase sempre enquanto uma exterioridade emp rica em rela o ao instrumento n o permitindo avan ar na compreens o das contradi es pr prias dessa soci
130. nologias digitais e que pode ser parafraseada com a express o comum A informa o a solu o ou A tecnologia a solu o constru da assim a evid ncia de que ter acesso informa o d conta dos mais variados problemas aumentar a competitividade das empresas definir estrat gias eleitorais elaborar planos de a o significar se como moderno por exemplo O que elaborado no imagin rio sobre a informa o como diz Postman 1994 que os problemas 51 c6 pessoais e coletivos requerem solu es t cnicas por meio do acesso r pido informa o p 125 No entanto o mesmo autor argumenta Nos pa ses em que as pessoas est o morrendo de fome isso n o acontece por causa de informa o inadequada Postman 1994 p 125 O status privilegiado dado informa o no mundo moderno tem como efeito apagar o pol tico ou seja explicar os problemas as diferen as as contradi es como falta de informa o e n o como efeitos dos processos de produ o e reprodu o das rela es de um espec fico modo de produ o da vida material O segundo fundamento levanta uma necessidade que sustenta a pr pria exist ncia da BIREME e que tem como origem uma incapacidade dos pa ses da Am rica Latina e do Caribe Esta incapacidade a de operar as fontes de informa o cient fico t cnica em sa de de forma cooperativa e eficiente O terceiro fundamento a constat
131. nsino e pesquisa os profissionais de sa de e o p blico em geral quer dizer um p blico urbano e escolarizado O usu rio de sistemas de informa o configurados como bases de dados est envolvido por um processo complexo de leitura que dever leva lo ao sucesso que significa encontrar o que procura Este processo em se tratando da LILACS pode se 13 dar por v rios meios o que aparenta oferecer diferentes oportunidades mas que ir o mostrar muitas vezes como os mesmos para o usu rio Ele l interpreta o seu problema de pesquisa e esta leitura deve capacit lo para definir este problema com um n mero finito de palavras chave adequadas para o acesso aos documentos textuais que ele necessita l as orienta es do Manual do Usu rio BIREME 2003 que explicam e ensinam as estrat gias de busca mais eficientes no caso da LILACS deve ler o DeCS para adequar suas quest es a esse vocabul rio L os resumos dos textos que resultam da sua busca resumos estes que s o a interpreta o a leitura do autor do texto ou do documentalista Cuenca 1999 em um artigo que avalia a efic cia dos treinamentos para uso da base de dados LILACS e MEDLine diz o seguinte Para que os usu rios conhe am os sistemas automatizados de recupera o da informa o sejam capazes de elaborar uma estrat gia de busca simples e saibam utilizar a nova biblioteca eletr nica e os recursos informacionais de que disp em necess
132. nte e senhor de seu dizer A linguagem passa a ser dividida em l ngua e fala sendo a primeira a partir de ent o o objeto de estudo da Ling stica dando a essa um status de ci ncia no o saussureana de l ngua como sistema de signos que funciona independentemente do sujeito da situa o da hist ria P cheux articula o conceito marxista de hist ria e afirma que a l ngua n o um sistema completamente aut nomo pois nela se inscreve a hist ria Essa articula o entre o Materialismo 15 Hist rico e a Ling stica permite pensar o equ voco como constitutivo da linguagem colocando em quest o a evid ncia do sentido e a evid ncia do sujeito todo sistema ling stico enquanto conjunto de estruturas fonol gicas morfol gicas e sint ticas dotado de uma autonomia relativa que o submete a leis internas as quais constituem precisamente o objeto da Lingii stica pois sobre a base dessas leis internas que se desenvolvem os processos discursivos e n o enquanto express o de um puro pensamento de uma pura atividade cognitiva etc que utilizaria acidentalmente os sistemas lingii sticos P cheux 1997b p 91 A autonomia relativa da l ngua a que se refere P cheux 1997b relativa exatamente pela considera o do hist rico e portanto do ideol gico que a interv m constituindo o indiv duo em sujeito do seu dizer Articulando a quest o da constitui o do sentido com a quest o da con
133. ntidos por para os sujeitos p 16 17 Ter acesso ao discurso exige n o s uma an lise da organiza o da l ngua para se atingir a ordem significante mas tamb m a considera o da complexidade das condi es de produ o de forma a atravessar o imagin rio constru do historicamente e constitutivo dos processos de significa o Deste modo podemos dizer que discursivo todo processo social que tem por especificidade o fato de ter como base a materialidade ling stica P cheux amp Fuchs 1997 p 179 N o se podendo confundir o discurso com o texto necess rio explicitar como a AD se aproxima do texto da segii ncia ling stica colocada sob an lise O texto sempre exemplar de discurso o vest gio mais importante dessa materialidade da linguagem funcionando como unidade de an lise Orlandi 1999 p 69 Ele definido n o por sua extens o mas pelo fato de ser uma unidade de sentido um objeto simb lico portanto n o transparente que exige a interpreta o ou seja que suscita a quest o O que isso quer dizer N o cabe ao analista do discurso responder 24 a isto A sua quest o Como isso funciona Seu trabalho compreender como o texto diz para produzir sentido como seus elementos formais se organizam an lise ling stica e fazendo trabalhar a teoria e a an lise compreender os gestos de interpreta o que est o funcionando no texto O interesse da AD fixa se ent o no funcion
134. ntifica o de responsabilidade do autor pelo conte do do trabalho e de conflitos de interesse que possam interferir nos resultados das normas adotadas no peri dico incluindo orienta es sobre apresenta o de resumos e sele o de descritores de classifica o das se es existentes no peri dico possuir formato de apresenta o compat vel com as normas para publica es de artigos cient ficos conter resumos e descritores dos trabalhos no idioma do texto e em ingl s Recomenda se o uso do DeCS Descritores em Ci ncias da Sa de para sele o de descritores http DeCS bvs br ter registro de ISSN International Standard Serial Number Apresenta o gr fica Layout O peri dico deve ter qualidade gr fica apresenta o gr fica layout ilustra es e impress o p 18 a 20 A cientificidade do peri dico avaliada medida por esse conjunto de crit rios para o peri dico ser indexado na base LILACS os editores e os autores tem que produzir como especificado O primeiro crit rio est relacionado ao m rito cient fico indicando que h peri dicos com merecimento ou valor Houaiss eletr nico cient fico sem contudo indicar os crit rios para avaliar este merecimento Chamam aten o a partir da palavra m rito outras palavras filiadas ao discurso tico como id neo avalia o responsabilidade conflito de interesses Esses crit rios formais
135. nto de Foucault 1997 e de Orlandi 1999 assim se refere a ela 2 todo sujeito constitutivamente colocado como autor de e respons vel por seus atos por suas condutas e por suas palavras em cada pr tica em que se inscreve e isso pela determina o do complexo das forma es ideol gicas e em 27 particular das forma es discursivas no qual ele interpelado em sujeito respons vel p 214 Aspas no original A AD como procuramos mostrar n o s um instrumento de an lise Ela uma teoria e uma metodologia que se exigem mutuamente e tem uma no o de conhecimento que passa pelo reconhecimento da impossibilidade de tudo abarcar de tudo estabilizar numa representa o fechada O que a AD prop e um artefato te rico para uma leitura dos objetos discursivos um artefato que tem como fundamento a quest o do sentido teorizando a interpreta o os gestos de leitura que constituem o sentido e o sujeito A no o de funcionamento vinda de Saussure central na proposta da AD pois o seu dispositivo te rico e metodol gico busca o modo como a discursividade funciona em um objeto simb lico como a LILACS produzindo os sentidos e seus efeitos Assim poss vel ao analista elaborar um dispositivo anal tico que frente ao objeto emp rico e referido s quest es da pesquisa mobilizar conceitos a ela pertinentes circunscrevendo os ao artefato te rico metodol gico da AD O dispositivo ana
136. o ambiente no qual operariam os mecanismos e processos que elas estudam p 30 Esta hist ria assim concebida permite a concep o de um sujeito pensante que preexistiria 32 linguagem que se apropriaria dela como um instrumento e se serviria dela p 38 Essa reflex o de Henry sobre a concep o de hist ria dominante nas Ci ncias Humanas e Sociais levanta quest es relacionadas constitui o dessas ci ncias e permite uma outra posi o para se pensar a sociedade em rede as TIC s e o saber psicol gico ali presente Alguns trabalhos contudo buscam pensar as rela es rela es entre sujeitos para a AD que se estabelecem nessa sociedade em rede como hist ricas e portanto pol ticas enquanto tratamento das diferen as em uma sociedade dada presentes em objetos como a tecnologia e as bases de dados O Instituto Brasileiro de Informa o Tecnol gica IBICT na revista que publica Ci ncia da Informa o tem aberto espa os para artigos de diversas reas e que tenham como tema as bases de dados eletr nicas Estes artigos contemplam aspectos tecnol gicos bibliom tricos terminol gicos normativos pedag gicos e coment rios sobre novos aplicativos de gest o e administra o de bases de dados eletr nicas dispon veis no mercado Em uma pesquisa realizada nos 27 volumes e 59 fasc culos da revista publicados no per odo de 1972 a 1998 Mendon a 2000 selecionou e analisou 42 artigos que
137. o Objetivos 50 Figura 1 Fundamentos da BIREME sessssss BIREME ses Centro Latino Americano e do Caribe de Informa o em Ci ncias da Sa de Gest o de Informa o e Conhecimento IKM Organiza o Organiza o Panamericana da Sa de OPAS dr Pan Americana Organiza o Mundial da Sa de OMS ar da Sa de SA Organiza o Mundial da s Sa de Fundamentos Miss o Objetivos Estrutura Org nica Home Os principais fundamentos que d o origem e suporte exist ncia da BIREME s o os seguintes e O acesso informa o cientifico t cnica em sa de essencial para o desenvolvimento da sa de A necessidade de desenvolver a capacidade dos pa ses da Am rica Latina e do Caribe de operar as fontes de informa o cient fico t cnica em sa de de forma cooperativa e eficiente e A necessidade de promover o uso e de responder s demandas de informa o cient fico t cnica em sa de dos governos dos sistemas de sa de das institui es de ensino e investiga o dos profissionais de sa de e do p blico em geral sozuamepung Baixar documento MS Word Os Fundamentos s o pressupostos que justificam a exist ncia da BIREME e legitimam a sua a o O primeiro deles estabelece a rela o entre informa o t cnico cient fica e desenvolvimento da sa de como essencial ou seja fundamentalmente necess ria Esta uma leitura que vem acompanhando o advento das tec
138. o fato de que esta uma posi o definida pelo processo de produ o da base de dados pelo conjunto de manuais guias crit rios mas tamb m pela mem ria discursiva o interdiscurso e que a dilig ncia exigida na verdade apagamento da subjetividade identifica o absoluta com o j elaborado por uma institui o em outro lugar O documento que Foucault 1997 j afirmava ser um monumento uma estrutura erigida como mem ria e que P cheux 1997a acrescenta ser tamb m um acontecimento singular autoridade m xima nessas orienta es ao documentalista fica como que solto no tempo e no espa o sem intertextualidade a hist rico e com um sentido j la Com essas duas frases O documento em m os a maior autoridade sobre ele mesmo e Um indexador diligente a segunda maior autoridade p 6 apagada a historicidade do documento e da pr tica de indexa o bem como a singularidade do sujeito indexador como autoridade respons vel pelo seu trabalho e portanto colocando entraves ao exerc cio da fun o autor Observamos na leitura desses arquivos que a LILACS como um discurso sobre e da sa de elabora sua credibilidade e legitimidade a partir de institui es 69 normativas e prescritivas e com poder para tal assim como sua cientificidade e imparcialidade colocando quest es relacionadas s formas hist ricas de constru o do conhecimento Foucault 1999 pode nos ajudar a analisar e
139. o no caso que nos interessa sobre saberes do campo da Psicologia e o fazem tamb m de uma forma espec fica Para a AD esses saberes sobre os quais se fala tamb m s o imagin rios ou seja constituem se considerando o ponto de vista de A e B sobre os mesmos n o se trata pois apenas de transmiss o de informa o de forma clara e coesa neutra e objetiva Da P cheux 1997c perguntar tamb m em rela o ao referente De que lhe falo assim e De que ele me fala assim p 83 que podemos formular do seguinte modo Do qu estamos falando quando falamos da Psicologia presente em uma base de dados H pois que se considerar a historicidade desses objetos de 18 conhecimento ao se analisar uma base de dados como a LILACS e a antecipa o das representa es a presentes como parte do processo discursivo A historicidade dos objetos e seres n o uma cronologia uma sucess o de acontecimentos neutros a hist ricos que afetam mais ou menos os modos de ser e de estar desses seres e objetos no mundo na sociedade A historicidade para a AD confronto contradi o permanente luta de tomada de posi o e da da palavra na sociedade A historicidade implica ent o sempre o pol tico e o ideol gico no embate entre lembran a e esquecimento Lembramos das palavras e nos esquecemos de que elas n o s o nossas que j foram ditas e significadas antes e que o sistema significante funciona nas nossas palavras E mai
140. o a uma demanda da expans o colonialista por informa es epidemiol gica das regi es intertropicais do patologizado tristes tr picos das doen as ex ticas com denomina es n o previstas na terminologia cient fica Demanda que conforme podemos observar pela leitura do artigo de Edler 84 2001 De olho no Brasil a geografia m dica e a viagem de Alphonse Rendu num primeiro momento institucionalizou a viagem explorat ria como condi o inerente produ o do conhecimento m dico e forma o profissional do m dico p 926 Neste artigo em que Edler 2001 comenta o relato de viagem do m dico Alphonse Rendu ao Brasil no per odo 1844 1845 ele recupera as id ias m dicas desse per odo e chama aten o para a presen a de uma preocupa o tanto epistemol gica quanto pol tica aquela relacionada ao controle da terminologia m dica principalmente a partir da inaugura o dos Archives de M dicene Navale na d cada de 1860 Edler diz Alguns dos problemas centrais formulados por esses tratadistas ou editores de peri dicos m dicos em seus esfor os de organizar uma rede planet ria de informa es m dicas tinham car ter estritamente epistemol gico e impunham tarefas inextricavelmente pol ticas como controlar a observa o alheia sobre os fatos patol gicos tidos como relevantes Como traduzir em linguagem cient fica as denomina es de doen as baseadas em conhecimentos populares ou na roti
141. o ao descritor de primeiro n vel F2 Fen menos e processos psicol gicos e os descritores a ele subordinados s o 1 Processos Mentais 1 1 Cogni o 1 2 Inten o 1 3 Aprendizagem 1 4 Fadiga Mental 1 5 Rela es Mente Corpo Metaf sica 1 6 Percep o 1 7 Pensamento 1 8 Voli o DeCS online Chama aten o nesta hierarquia a presen a de dois termos usados algumas vezes com o mesmo sentido Cogni o e Pensamento Figura 12 Descritor Cogni o 109 Figura 13 Descritor Pensamento 1 1 DeCS Descritor Ingl s Thinking Descritor Espanhol Pensamiento Descritor Portugu s Pensamento Categoria F02 463 785 Defini o Portugu s Atividade mental que n o predominantemente perceptiva atrav s da qual apreende se algum aspecto de um objeto ou situa o com base no aprendizado e experi ncia anteriores Nota de Indexa o Portugu s o processo do pensamento n o confunda com MEDITA O uma t cnica de relaxamento diferencie de COGNI AO veja hier rquico amp defini o Qualificadores Permitidos classifica o efeitos de drogas Portugu s tica fisiologia efeitos de radia o N mero do Registro 14230 Identificador nico D013850 Observamos que a Nota de Indexa o admite e tenta controlar a sinon mia entre cogni o e pensamento avisando ao indexador para ver o n vel hier rquico superior e a defini o de cogni o Cham
142. o discurso que descreve a leitura do bibliotec rio procura caracteriz la como cient fica logo neutra e apol tica a leitura do bibliotec rio simula o modo de produ o industrial buscando produtividade rapidez n o dando margem a reflex o e ao ac mulo de conhecimento por parte do bibliotec rio esta leitura deseja se rigorosa transparente o sujeito leitor n o deve interpretar a leitura deve ser literal apreendendo o conte do do texto e produzindo representa es do mesmo simulacros dando lhe unidade por meio de palavras chave a leitura deve ser eficaz administr vel controlada por interm dio de treinamentos rigorosos obedecendo sempre a regras de objetividade Nossa an lise explicitou a varia o dos sentidos nas diferentes leituras de um mesmo texto leitura poliss mica contrapondo se leitura parafr stica os sentidos j previstos nas linguagens document rias Observamos que o leitor escapa a todos estes mecanismos de controle de sua interpreta o mas n o escapa de suas determina es hist ricas sua forma o discursiva p 53 Assim o uso de uma base de dados implica na rela o entre a posi o de sujeito indexador que deixou sua marca para al m das normas das listas das palavras chave e a posi o de sujeito leitor O relacionamento n o com a m quina mas entre sujeitos E do mesmo modo que os gestos de leitura do sujeito indexador est o filiados a determinadas forma
143. o e da Comunica o TIC s tecnologia caracter stica da sociedade atual que constituem o universo discursivo 11 Maingueneau 1989 deste trabalho materializam se para o usu rio um efeito sujeito como Sistemas de Informa o SI Um SI um conjunto organizado de pessoas hardware software redes de comunica o e recursos de dados interagindo para coletar transformar e disseminar informa o Produzir um sistema aliment lo com os dados e us lo implicam diferentes pr ticas de escrita e de leitura que funcionam diferentemente e que est o implicadas nos efeitos significantes das TIC s e do saber psicol gico que circula na rede Uma base de dados um SI A partir do dispositivo te rico da AD constru o dispositivo anal tico desta disserta o tomando como corpus a base de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ci ncias da Sa de LILACS que um sistema eletr nico de divulga o do conhecimento em Ci ncias da Sa de e tamb m uma elabora o do memor vel nesta rea daquilo que n o deve ser esquecido que ficar registrado para posterior suporte a outras elabora es cient ficas pois uma base de dados cient fica disponibilizada por meios eletr nicos e interessada no armazenamento e na circula o dos conhecimentos em Ci ncias da Sa de produzidos na Am rica Latina e no Caribe A LILACS tamb m um sistema agregador de v rias fontes de informa o nacionais e regionais que
144. o n a a Enana ENS ne 29 2 1 BASE DE DADOS HIST RIA E MEM RIA ceeemeeeereeeeae eres rr ea eeseretenas 29 2 2 BASE DE DADOS GESTOS DE LEITURA ieee res eeeeereeeerr aerea 36 3 AN LISE DISCURSIVA DA LILACS ieeeiieeeeeeeaieeenerties 44 3 1 UM MODO DE LER CI NCIA ererre area aaa er re rr ae nana erre ar aeaa da 48 3 2 INDECSAR UMA PR TICA HIST RICA iciiiie eee eeeser erre aeee aa aanada 83 A CONCLUS O eta ca re ara A O a R a 121 5 REFERENCIAS bt ai dd a anana 126 FIGURAS Figura 1 Fundamentos da BIREME erre 50 Figura 2 Objetivo da BIREME sussa sessasansratgaraagisal inquisadio eddaasb lnesla da ndonalirap is adhaado 51 Figura 3 Indexa o do artigo de Freire 2001 76 Figura 4 Descritor Psiquiatria eeeeeeeeseeeeesesssesressersresressessrestesstestesreesreseesreeseeseese 95 Figura S Descritor PSICOLOGIA ssi raan a R S 97 Figura 6 Qualificador Psicologia eeesessesesseessessessersresressessresresstrsresreesteseesressreseee 99 Figura 7 Descritor Transtornos Mentais eeseesseeeeeseeeesresseserssresseseresresseseresresse 101 Figura 8 Descritor Psicologia A nica esses ensa agua no aga Ei Sis ass isso ques asp tados 103 Figura 9 Descritor Transtorno da Conduta es 104 Figura 10 Transtorno da Personalidade Anti social 105 Froura ll Processos Mentais cus sonata sais
145. ogia Criminal 1 8 3 Engenharia Humana 1 8 4 Psicologia Educacional 1 8 5 Psicologia Industrial 1 8 6 Psicologia Militar 1 8 7 Desempenho Psicomotor DeCS online Come ando com o descritor Teoria psicol gica vamos observar a descri o do primeiro e do ltimo descritor dessa hierarquia Behaviorismo e Teoria psicanal tica agora servindo nos das descri es do DeCS Figura 15 Descritor Behaviorismo 115 Figura 16 Descritor Teoria Psicanal tica 1 1 DeCS Descritor Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Sin nimos Portugu s Categoria Defini o Portugu s Nota de Indexa o Portugu s Precoord Portugu s N mero do Registro Identificador nico Psychoanalytic Theory Teoria Psicoanal tica Teoria Psicanal tica Car ter Oral F02 739 794 Sistema conceitual desenvolvido por Freud e seus seguidores no qual considera se que as motiva es inconscientes d o forma ao desenvolvimento da personalidade e ao comportamento normais e anormais prim rio sem qualif hist PSICAN LISE hist diferencie de INTERPRETA O PSICANAL TICA na qual a teoria est em um n vel mais universal menos subjetivo Teoria Psicanal tica hist ria use Psican lise hist ria 12011 D011574 E interessante observar que o Behaviorismo definido como uma teoria e uma escola como est na Nota de Indexa o enquanto a Teoria psic
146. omo Relacionados Portugu s um item que n o apareceu na estrutura de apresenta o dos descritores Psiquiatria e Psicologia Pessoas mentalmente doentes qualificando como doen a o transtorno que como vimos anteriormente em Roballo 2001 e Roudinesco 2000 pode ser da ordem do social do pol tico o que ser reafirmado e expandido na Defini o Doen as psiqui tricas que se manifestam por rupturas no processo de adapta o expressas primariamente por anormalidades de pensamento sentimento e comportamento produzindo sofrimento e preju zo do funcionamento Grifo nosso Nesse enunciado definidor chama a nossa aten o o termo adapta o e a aus ncia do complemento ao termo funcionamento As doen as psiqui tricas produzem sofrimento e preju zo a qu ou a quem Observamos ainda que h pessoas que n o apenas se comportam de modo anormal mas tamb m pensam e sentem de modo anormal E os Qualificadores dom nios de saber em que essa defini o permitida invadem todos os aspectos da vida do sujeito o pensamento sentimento comportamento sangue hist ria mortalidade Roballo 2001 e Roudinesco 2000 estavam tratando mais diretamente dos transtornos mentais objeto do DSM e tamb m da cl nica psicol gica Este ramo da psicologia aparece como descritor no DeCS trazendo no seu enunciado definidor a palavra tratamento mas sem as out
147. quisa que funciona como um tal o de Pedidos e dele depende a entrega correta do pedido BIREME 2003 p 1 Grifo nosso A pesquisa formulada ou seja colocada expressa em um modelo com campos em branco que devem ser preenchidos com a express o de pesquisa Observamos que essa pr tica de pesquisa nas bases de dados tem um formata o o formul rio e uma instrumentalidade tal o de pedido muito semelhante aquela da organiza o burocr tica onde a objetividade deve ser alcan ada por um sujeito disciplinado na obedi ncia s regras t cnicas e operat rias que s o na verdade a busca de recupera o do mecanismo de produ o de sentidos da s ideologia s instalado via sujeito indexador Observamos ainda que encontrar o que se pretende est exigindo que se re signifique o problema de pesquisa em conformidade com os vocabul rios tem ticos e o funcionamento dos softwares Como exemplo desse re significar apresentamos abaixo o resumo e as palavras chaves do artigo As psicologias na modernidade tardia o lugar vacante do outro de Freire 2001 publicado pela revista Psicologia USP O trabalho prop e uma escuta tica das psicologias contempor neas a partir da tica da alteridade radical de Emmanuel L vinas O lugar do Outro em quatro abordagens significativas da teoriza o e da aplica o psicol gicas behaviorismo radical psicogen tica abordagem centrada na pessoa e an lise exist
148. ras atribu das desde o in cio ao descritor Psiquiatria origem diagn stico preven o O tratamento coloca em quest o o espa o da cl nica enquanto um espa o entre sujeitos que assim descrita no DeCS Figura 8 Descritor Psicologia Cl nica DeCS Descritor Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Categoria Defini o Portugu s Nota de Indexa o Portugu s Qualificadores Permitidos Portugu s N mero do Registro Identificador nico 104 Psychology Clinical Psicolog a Cl nica Psicologia Cl nica F04 096 628 579 O ramo da psicologia voltado para os m todos psicol gicos de reconhecimento e tratamento dos transtornos do comportamento ESP qualif ESP classifica o economia educa o tica hist ria instrumenta o legisla o amp jurisprud ncia recursos humanos m todos organiza o amp administra o estat stica amp dados num ricos normas tend ncias 12023 D011586 Nesse espa o da cl nica podemos ver como s o considerados os transtornos de comportamento que significam em rela o de intertextualidade com outros ditos e que trazem novas filia es discursivas jur dica econ mica administrativa mostrando a presen a do pol tico nas quest es de sa de em uma sociedade dada Esses transtornos do comportamento surgem assim no DeCS Figura 9 Descritor Transtorno da Conduta DeCS Descritor
149. real a os aspectos sociais e jur dicos indicando a idade justa e certa para a atribui o do transtorno ao sujeito Figura 10 Transtorno da Personalidade Anti social DeCS Descritor Ingl s Descritor Espanhol Descritor Portugu s Sin nimos Portugu s Categoria Defini o Portugu s Relacionados Portugu s Qualificadores Permitidos Portugu s N mero do Registro Identificador nico Antisocial Personality Disorder Trastorno de Personalidad Antisocial Transtorno da Personalidade Anti Social Comportamento Anti Social Personalidade Psicop tica Personalidade Sociop tica F03 675 050 Um transtorno de personalidade cuja caracter stica principal um padr o global de desrespeito e viola o dos direitos dos outros que tem in cio na inf ncia ou no come o da adolesc ncia e persiste at a vida adulta O indiv duo deve ter ao menos 18 anos e deve ter uma hist ria de alguns sintomas de TRANSTORNO DA CONDUTA anteriores idade de 15 anos Transtorno da Conduta sangue l quido c falo raquidiano induzido quimicamente classifica o complica es dietoterapia diagn stico quimioterapia economia etnologia enzimologia epidemiologia etiologia gen tica hist ria imunologia metabolismo microbiologia mortalidade enfermagem patologia preven o amp controle fisiopatologia parasitologia psicologia radiografia reabilita o cintilografia cirurgia terapia urina ultrasonogr
150. s a seletividade da mem ria determinada nos e pelos processos sociais de um tempo e um lugar espec fico ou seja os crit rios de sele o do memor vel nem sempre expl citos s o ideologicamente determinados registra se o que significa no horizonte de uma forma o discursiva qual se filia o indiv duo constitu do em sujeito na e pela posi o que ele ocupa na produ o da vida material As forma es discursivas referidas s forma es ideol gicas dizem respeito ao sistema de restri es e possibilidades do dizer que funcionam nos espa os enunciativos A mesma palavra tem sentidos diferentes na depend ncia da forma o discursiva onde ela se inscreve Por exemplo terra tem um sentido nas forma es discursivas a que se filiam os militantes pol ticos e outro naquelas a que se filiam os astr nomos O dizer ent o toma sentido nas e pelas forma es discursivas que funcionam numa posi o enunciativa O sentido n o est nas palavras e nem conte do As palavras est o articuladas s forma es ideol gicas caracter sticas de um tempo e lugar terra n o tem o sentido de hoje para o astr nomo da Idade M dia quando o planeta era o centro do universo e uma cria o divina ou seja 19 quando as forma es discursivas que a funcionavam tinham como matriz a ideologia religiosa As forma es ideol gicas como matriz das forma es discursivas s o for as materiais resultantes das rela
151. s n o psiqui tricas t cnicas e grupos de pessoas para aspectos psicol gicos psiqui tricos psicossom ticos psicossociais comportamentais e emocionais e com doen as psiqui tricas para aspectos psicol gicos Usado tamb m com descritores animais para comportamento animal e psicologia somente qualificador inclui psiqui trico psicossom tico psicog nico emocional afetivo comportamental veja defini o PX 22056 Q000523 Evidencia se aqui que o qualificador Psicologia pode ser usado para qualificar todos os descritores menos aqueles que se refiram a doen as psiqui tricas que s o os transtornos mentais descritor F 3 Ele pode ainda qualificar os descritores dos documentos que tratam de aspectos psicol gicos das t cnicas categoria E T cnicas e Equipamentos e dos grupos de pessoas Categoria N Pessoas Vamos ver como isto funciona nos exemplos do Manual de Indexa o BIREME 2003a na categoria E T cnicas e Equipamentos Aspectos psicol gicos do transplante TRANSPLANTE psicol item 8 6 25 e na categoria N Pessoas H bito de fumar do m dico cl nico TABAGISMO M DICOS psicol HUMANO Pr codificado item 8 15 5 2 E interessante tamb m observar a polissemia dessa Psicologia apresentada como qualificador de outras coisas ela inclui aspectos psicol gicos psiqui tricos psicossom ticos psicossociais comportamentais e emocionais e a
152. s no sentido do reflexo da imagem da ideologia mas reflita no sentido do pensar Isto significa colocar em suspenso a interpreta o Contemplar Que na sua origem grega tem a ver com deus com o momento em que o her i contempla antes da luta ele encara sua tarefa Ele a pensa p 61 Ao falar do lugar te rico do analista do discurso abre se espa o para refletir sobre um outro conceito da AD o conceito de objeto discursivo A interdisciplinaridade quase sempre tem como pressuposto b sico que a perspectiva adotada para mirar o objeto contribui para conhecer uma parte dele que junto com as outras partes colhidas de outras perspectivas outras disciplinas outros referenciais te ricos e metodol gicos possibilita conhecer o objeto total As no es de totalidade e de completude s o tomadas como pressupostos Para a AD n o h interdisciplinaridade a perspectiva elabora n o uma parte de um objeto total mas sim um outro objeto sempre aberto Assim quando o analista observa e descreve o texto realiza os recortes des superficializando o ele n o est elaborando uma outra 26 vis o do texto a ser somada as j feitas ou a fazer O analista de discurso no seu trabalho elabora um outro objeto o objeto discursivo sobre o qual trabalhar e a partir do qual explicita seus resultados Como j dissemos a AD um instrumento de an lise e interpreta o texto Como tal nele est implicada uma leitura a leitura do
153. s redes sociais culturalmente dominantes p 449 Observamos contudo que n o h por parte de Castells 1999 preocupa o e nem parece ser seu objetivo discutir porque este acesso assim t o diferenciado O livro de Castells rico em dados elaborados a partir de uma an lise da produ o cient fica relatos de pesquisa relat rios de institui es p blicas e de pesquisa e pode servir de referencial para o reconhecimento do que dito de outro lugar do lugar da Big Science sobre os impactos das TIC s O referencial te rico e metodol gico eminentemente emp rico adotado por ele elabora um objeto a sociedade em rede l gico e estabilizado embora admita que as novas tecnologias constroem um novo ambiente simb lico p 458 Usando o termo ambiente ele consegue manter se em seu empirismo e negar a pr pria historicidade de seu objeto Uma quest o tratada por Henry 1997a em seu artigo A hist ria n o existe Quando Henry 1997a acompanhando Popper pergunta se a hist ria n o existe o impacto grande Para ele as Ci ncias Humanas e Sociais quase sempre negam a exist ncia de toda dimens o pr pria hist ria considerando a como resultado da combina o de v rios processos econ micos antropol gicos sociol gicos psicol gicos etc tomados no entanto por si mesmos como a hist ricos Ele diz que 66 para essas ci ncias a hist ria representaria o context
154. s tamb m como j adiantamos pela possibilidade de considerar a base de dados LILACS como um suporte mas tamb m como um objeto discursivo t o novo como foi o livro impresso no s culo XIV Um objeto que visa instaurar uma ordem cuja forma define os modos poss veis de apropria o e que possibilita novos p blicos e novos usos suscitando novas modos de estabelecer as diferen as Com esse suporte bibliogr fico agregado ao te rico e metodol gico da AD pudemos abordar a LILACS a partir das suas caracter sticas formais em busca daquelas que caracterizam um rompimento com a forma livro impresso e ent o analisar e refletir sobre as consegii ncias dos rompimentos encontrados para os gestos de interpreta o para a circula o do saber psicol gico e para os processos de subjetiva o 44 3 An lise Discursiva da LILACS A LILACS um texto uma unidade de an lise que d acesso ao discurso sobre a sa de e ao discurso da sa de e a sua materialidade ling stica permite uma descri o e an lise sobre a maneira pela qual ela elabora esse objeto sa de e sobre os funcionamentos que caracterizam essa pr tica discursiva determinada historicamente H ent o uma rela o necess ria entre o objeto textual as t cnicas a metodologia e a s teoria s que produzem uma leitura e um modo de ler datado Henry 1997 analisando os textos iniciais de P cheux que est o na base da funda o da An lise de Discurso em que os
155. sciplinas Adotando o referencial te rico da Cibern tica Social de Waldemar de Gregori 1984 classifiquei as frases com rela o ao seu pertencimento a tr s tipos de discurso oficial oscilante natural A hip tese de trabalho era a de que as normalistas adotavam um discurso natural No entanto elas falavam sobre educa o de dentro de discursos j constitu dos ora se filiando ao discurso oficial ora ao contra discurso deste o natural evitando as frases do discurso oscilante o que indicava pela pr pria denega o do mesmo uma posi o oscilante Os paradoxos instalados nesta que hoje posso chamar de filia o dupla e n o percebida pelos sujeitos falantes evidenciavam pois a necessidade de um conhecimento mais aprofundado sobre o tema da linguagem e da subjetividade Mais tarde em meu trabalho como analista de sistemas ao especificar bancos de dados para sistemas informatizados no Minist rio da Agricultura na Companhia Brasileira de Abastecimento na Presid ncia da Rep blica e no Minist rio do Planejamento deparei me com problemas de classifica o de organiza o de sintaxe e de sem ntica de uma l ngua dada em que quest es de e sobre a linguagem e a l ngua sobre os processos de comunica o e de informa o somaram se s quest es anteriores As chamadas dificuldades t cnicas em rela o s linguagens artificiais enfrentadas para que nelas coubesse tudo que deveria ser dito para o usu rio poder
156. sen a de um artigo definido a e a de um adjetivo m dica Isto permite determin la como sendo a parte da Medicina enquanto ci ncia autorizada para falar dos transtornos mentais E o que fazer ci ncia m dica Estudar a origem o diagn stico a preven o e o tratamento evidenciando uma concep o positivista desse fazer bem como da teoria a dominante O que se pode observar se formos para a Nota de indexa o onde h uma chamada de aten o do indexador para n o confundir Psiquiatria com transtornos mentais o que indica a possibilidade de esses termos serem tomados como sin nimos Complementando a pesquisa no DeCS usamos como argumento a palavra Psicologia e obtivemos sessenta 60 registros como respostas A maioria deles s o termos do vocabul rio da Psicologia como aspira es comportamento conflito contratransfer ncia nega o Outros s o ramos da Psicologia ou fases do desenvolvimento dos indiv duos como Psicologia da Inf ncia Psicologia da Adolesc ncia Mas h tamb m o que nos interessa mais especificamente para contrapormos ao descritor Psiquiatria duas defini es para a palavra Psicologia a Psicologia como um descritor e Psicologia como qualificador Isso significa um novo desdobramento para a Psicologia em rela o Psiquiatria que enquanto palavra de entrada aparece
157. sin nimo de comportamento para descrever atos transgressores da ordem pol tica administrativa social como conduta criminosa conduta anti jur dica conduta agressiva Esta palavra gerou o termo condutismo usado como sin nimo de behaviorismo Os descritores que comp em o espa o da Psicologia na hierarquia do DeCS trazem novos elementos para nossa reflex o Vamos ent o analisar a hierarquia do DeCS relacionada Psicologia privilegiando os seguintes descritores e os descritores a eles subordinados Psicologia Psicologia Aplicada Teorias psicol gicas Para a percep o da estrutura hier rquica dos descritores estaremos utilizando uma numera o que mostra a subordina o dos itens ou seja o n vel hier rquico em 112 que est localizado o descritor A numera o adotada n o aquela usada no DeCS mas foi constru da por n s como um procedimento de an lise 1 Ci ncias do Comportamento 1 1 Medicina do Comportamento 1 2 Pesquisa Comportamental 1 3 Etologia 1 4 Gen tica Comportamental 1 5 Parapsicologia 1 6 Psiquiatria 1 7 Psicolingi stica 1 8 Psicologia 1 8 1 Psicologia do Adolescente 1 8 2 Psicologia da Crian a 1 8 3 Ci ncia Cognitiva 1 8 4 Etnopsicologia 1 8 5 Psicologia Cl nica 1 8 6 Psicologia Comparada 1 8 7 Psicologia Educacional 1 8 8 Psicologia Experimental 1 8 9 Psicologia Industrial 1 8 10 Psicologia M dica 1 8 11 Psico
158. ss rio que os Centros Cooperantes do Sistema possam contar com um Guia de Sele o de Documentos para orient los Crit rios de sele o comuns s o indispens veis para garantir a integridade e a compatibilidade dos registros da base de dados e para manter um equil brio entre a rigidez e a toler ncia extremas evitando assim tanto a inclus o indesej vel de documentos como a exclus o daqueles relevantes p 4 Grifo nosso Esta necessidade de uma metodologia comum se explica por que s o os centros cooperantes ou seja o governo as bibliotecas institui es de pesquisa da REGI O que realizam a sele o dos documentos H pois que criar condi es de produ o que garantam os conte dos das significa es que permitam conjurar seus poderes e perigos dominar seu acontecimento aleat rio esquivar sua pesada e tem vel materialidade Foucault 1998 p 9 A descentraliza o necess ria exige regular as a es dos centros cooperantes para garantir a integridade e a compatibilidade raz es t cnicas ou seja apesar da coleta e sele o serem feitas descentralizadamente elas n o devem ser diferentes O Guia BIREME 2001 vem assim administrar essas a es para evitar inclus es e exclus es indesej veis Indesej veis para quem Para qu Uma pesquisa ao A GE dicion rio Houaiss eletr nico possibilita observar que integridade inteireza j compatibilidade capacidade de progra
159. ssas quest es com a sua reflex o sobre as palavras e as coisas quando diz referindo se Idade Cl ssica Saber falar como se deve e como o prescreve o procedimento certo do esp rito p 120 ainda obedecendo a este preceito que os crit rios de sele o de documentos e de indexa o da LILACS parecem estar sendo propostos A metodologia bibliogr fica e de indexa o adotadas estabelecem o procedimento certo tanto para o que a BIREME chama de controle da qualidade intelectual BIREME 2001 p 7 dos documentos considerados para a base quanto para a descri o desses documentos nas fichas bibliogr ficas e nas palavras chaves e cabe alhos de assunto O procedimento certo no entanto antes de ser natural e evidente como se pretende pode ser encontrado j na Idade Cl ssica no nascimento da Ci ncia Natural o solo arqueol gico das Ci ncias da Vida e tamb m da Sa de ao conduzir a linguagem o mais pr ximo poss vel do olhar e as coisas olhadas o mais pr ximo poss vel das palavras Focault 1999 p 181 numa descri o sistem tica atrav s de uma taxionomia que v dentre toda a profus o desordenada dos seres e coisas o que pode ser analisado reconhecido por todos e receber assim um nome que cada qual pode entender p 183 um nome que no caso da LILACS est definido no DeCS Descritores em Ci ncias da Sa de Outra qualidade exigida do sujeito indexador presente na F
160. st Views it Original publicado no Psychological Review 20 pp 158 177 Dispon vel Internet http psychclassics yorku ca Watson views htm BVS Temas amp Adolesc ncia Ambiente Ci ncia e Sa de BVS Pa ses E Argentina k Brasil Hist ria da Sa de Psicologia Sa de P blica Vigil ncia Sanit ria Colombia Cuba amp Espanha Honduras M xico Per Iniciativas em desenvolvimento biblioteci T7 virtual em sa de gt ay ANEXO bvs BIREME br e literatura cient fica pesquisa em bases de dados 133 english espafiol pedidos de fotoc pias SCAD E ses fi A wy E E n o p Nat K ti Ed SIRE ME UPAS DM S Curso Virtual de Pesquisa na BVS portal de revistas cient ficas n SciELO org LILACS para e localizador de a Rede informa o Edi r eunion em sa de E E Regional de e terminologia em sa de la Red e observat rio ne tecnol gico NE Natai e diret rio de eventos lt X Reuni o Rede e sobre a BIREME EEDE e sobre a BVS TONS metodologia LILACS CRICS 7 documenta o eventos reuni es BVS CRICS Lace cat logo de produtos e sugest es vo e Congresso L ci Mundial de Informa o em Sa de e Bibliotecas EB Biblioteca Cochrane SCAD Servi o Cooperativo de Acesso a Documentos SciELO Scientific Electronic Sdp o Library Online W LILACS E ILACE Express Px Cat logo de
161. stitui o do sujeito P cheux 1995 1997 1997a 1997b 1997c 1997d elabora uma teoria e uma metodologia de descri o e an lise de texto que se fundamenta epistemologicamente na articula o das tr s regi es do conhecimento cient fico 1 o materialismo hist rico como teoria das forma es sociais e de suas transforma es compreendida a a teoria das ideologias 2 a ling stica como teoria dos mecanismos sint ticos e dos processos de enuncia o ao mesmo tempo 3 a teoria do discurso como teoria da determina o hist rica dos processos sem nticos Conv m explicitar que estas tr s regi es s o de certo modo atravessadas e articuladas por uma teoria da subjetividade de natureza psicanal tica P cheux e Fuchs 1997 p 163 Nesse sentido o dispositivo te rico da AD constr i se pode se dizer em dois movimentos pela apropria o particular de conceitos de disciplinas j constitu das Ling stica Materialismo Hist rico Psican lise deslocando os e assim promovendo o que Orlandi 2004 chama de des territorializa o como se d com as no es de l ngua hist ria ideologia par frase met fora inconsciente e pela elabora o de conceitos a partir dos deslocamentos mencionados acima como o 16 caso de condi es de produ o forma o discursiva forma o ideol gica e o principal deles discurso Os conceitos da AD estabelecem entre si um permanente confronto com
162. submete livremente um dizer e se responsabiliza por ele O que define a corre o da leitura escritura do bibliotec rio s o as regras de consist ncia definidas a priori antes delas serem processados e do indexador se 56 identificar o trabalho fica em um lugar n o certificado um lugar sem nenhuma legitimidade Nessas exig ncias t cnicas e no conceito de compatibilidade comentado a seguir percebo exatamente aquilo que j em 1980 P cheux 1997 antevia um policiamento dos enunciados de uma normaliza o ass ptica da leitura e do pensamento e de um apagamento seletivo da mem ria hist rica p 60 O lugar do t cnico A textualidade que o discurso institucional constr i para que se produzam os efeitos de sentido e se individualize a forma sujeito em seus efeitos de lei e de conhecimento denomina se Metodologia LILACS assim definida A Metodologia LILACS um componente da Biblioteca Virtual em Sa de em cont nuo desenvolvimento constitu do de normas manuais guias e aplicativos destinados coleta sele o descri o indexa o de documentos e gera o de bases de dados Esta metodologia est sendo desenvolvida desde 1982 e surgiu diante da necessidade de uma metodologia comum para o tratamento descentralizado da literatura cient fica t cnica em sa de produzida na Am rica Latina e Caribe www bireme br Metodologia LILACS Grifo no original Observamos que a metodologia
163. to funcione por si mesmo p 133 Aspas no original Assim ideologia este saber na realidade n o sabido que nos permite a ilus o de sermos sujeitos dos nossos dizeres dos sentidos elaborados da transpar ncia da linguagem da refer ncia evidente E no discurso que a sua rela o com a l ngua se 20 estabelece pois a ideologia nele discurso se materializa na e pela discursividade a l ngua funcionando na hist ria produzindo sentidos e constituindo o sujeito De acordo com Guimar es 2001 o que P cheux oferece um pensamento sobre a rela o entre a exterioridade e o ling stico como uma rela o hist rica e constitutiva do processo ling stico se o 6 J1 A AD tematiza a hist ria e por ela a quest o do sujeito O objeto fundamental de estudo ent o o discurso enquanto objeto integralmente ling stico e integralmente hist rico Guimar es 2001 se o6 1 fazendo da hist ria parte do que pr prio da linguagem e do seu funcionamento Percebe se aqui como diz Henry 1997 uma aproxima o com o conceito de Althusser constru do a partir da releitura de Marx de ideologia como sendo o elemento universal da exist ncia hist rica p 32 o que traz como consegii ncia a impossibilidade de dela escapar Pois a ideologia como vista pela AD n o mascaramento vis o de mundo oculta o Para a AD ela pr tica significante e efeito da rela o nec
164. tuais em t tulos de auto ajuda classificados como Psicologia interessante quando estamos no espa o da Psicologia Aplicada o item 1 8 3 Engenharia Humana refor ando a met fora homem m quina e o item 1 8 7 Desempenho Psicomotor Este ltimo talvez possa ser compreendido como aplica o da Psicologia pela observa o dos descritores a ele subordinados 1 8 7 Desempenho Psicomotor 1 8 7 1 Destreza Motora 1 8 7 2 An lise e Desempenho de Tarefas DeCS online Essas aplica es da Psicologia em institui es normativas jur dicas educacionais militares e na an lise dos tempos e processos de trabalho indica que o saber psicol gico usado para legitimar pr ticas de administra o de socializa o 118 de adapta o s organiza es estruturas elaboradas no registro do social e evidenciadas como naturais Para finalizar apresentamos uma reflex o geral sobre a Psicologia que o DeCS nos possibilita A Psicologia algo menor Menor que a Psiquiatria esta faz diagn stico e trata enquanto a Psicologia aconselha e aplicada como instrumento de legitima o A doen a o transtorno mental o espa o da Psiquiatria e o espa o da Psicologia o do comportamento suas leis e regularidades e os mecanismos de controle e tamb m os processos mentais reduzidos cogni o este saber sobre o comportamento que permite a Psiquiatria definir a sa de e a doen a a normalidade e a
165. uando descrevemos e analisamos o descritor Processos mentais na p 106 observamos que o descritor cogni o o primeiro processo mental da s rie de processos mentais considerados pelo DeCS e agora na s rie que comp e o descritor Psicologia encontramos a Ci ncia da Cogni o essa ci ncia que considera os processos mentais como processamento de informa o humano Observamos nesse descritor Psicologia e nos descritores a ele subordinados uma nfase nos usos da Psicologia ligando a de modo pragm tico ao funcionamento da vida em sociedade Vamos ent o estrutura hier rquica do descritor Psicologia Aplicada mencionando para a compara o com o descritor Psiquiatria que n o existe no DeCS o descritor correspondente ou seja Psiquiatria Aplicada e tamb m hierarquia do descritor Teorias psicol gicas que como pode ser visto abaixo est o ambos subordinados ao descritor de primeiro n vel Fen menos e processos ha A E 29 psicol gicos 1 Fen menos e Processos Psicol gicos 1 1 Compet ncia Mental 1 2 Sa de Mental 1 3 Processos Mentais 1 4 Autonomia Pessoal 1 5 Parapsicologia 1 6 Psicolingu stica 1 7 Teoria Psicol gica 114 1 7 1 Behaviorismo 1 7 2 Existencialismo 1 7 3 Teoria Gest ltica 1 7 4 Teoria da Constru o Pessoal 1 7 5 Teoria Psicanal tica 1 8 Psicologia Aplicada 1 8 1 Aconselhamento 1 8 2 Psicol
166. ue com o olho da mente representa o mundo espelhando o num jogo representacional e recorrente constitu do se como origem do seu fazer e dizer A estas consegii ncias do advento do homem como fundamento transcendental do conhecimento Figueiredo 1991 acrescenta uma suspei o generalizada tanto em rela o percep o emp rica quanto raz o Instalada a suspeita sobre a possibilidade desse homem conhecer via percep o fez se necess rio conhecer este homem para disciplinar essa percep o s exig ncias cient ficas Classificar descrever demonstrar as ilus es perceptivas apontando os limites e trazendo como consegii ncia a necessidade de verificar a produ o cient fica com m todos manuais guias crit rios no sentido de exorciz las Instalada a suspeita sobre a raz o o conhecimento desse homem racional foi exigido para controlar os efeitos das emo es paix es afetos sobre os procedimentos da raz o e garantir a positividade racionalidade objetividade produtividade A cr tica ao conhecimento emp rico e ao conhecimento racional teve como consegii ncia necess ria o advento do homem como objeto de conhecimento de uma nova ci ncia a Psicologia que paradoxalmente para cientificizar se deveria resistir subjetividade e elaborar um conhecimento poss vel de ser utilizado para controlar essa subjetividade neutralizar os efeitos do ntimo 72 Esta teoria da representa o e a chamada metaf sica da subj
167. uisa p 884 83 Goulemot 2001 refletindo em outra dire o abre uma outra possibilidade para compreender as palavras de Testa 1999 e a pol mica gerada em rela o aos crit rios de impacto e cientificidade Um texto contempor neo articula sua produ o a partir de seu consumo Quer dizer sua escrita a partir de sua leitura p 115 A an lise que realizamos nesta se o procurou compreender como a LILACS instala um modo espec fico de ler a produ o cient fica que importa tanto quanto a pr pria leitura Instalar uma rede mundial de coopera o e interc mbio t cnico cient fico a partir dos centros financeiros e cient ficos implica um trabalho de sele o organiza o e distribui o dos discursos por meio de certos procedimentos de exclus o N o se quer com isso negar a necessidade do interc mbio e da coopera o internacionais nem a relev ncia das novas tecnologias mas de mostrar como uma luta social a de trava necess rio des construir esse objetivo compreender seu funcionamento para a elabora o de novas pr ticas de leitura e de indexa o preciso compreender como se d a apropria o do conhecimento nesta sociedade que tem as TIC s como suporte produtivo para abrir talvez outras possibilidades de coloc lo em circula o 3 2 Indecsar Uma Pr tica Hist rica O projeto de uma rede planet ria de informa es m dicas um projeto que data do s culo XIX respondend
168. uma concep o definida externamente trabalho manual de outro os que concebem elaboram definem o qu e o como fazer trabalho intelectual De acordo com o materialismo hist rico o que diferencia o trabalho humano exatamente a concep o pr via do produto presente no trabalho do homem essa concep o que retirada daquele que trabalha com as m os obedecendo a manuais e guias elaborados por aqueles que concebem Essa divis o entre trabalho manual e trabalho intelectual b sica no processo de aliena o O manual ent o o instrumento desse o qu e desse como a ser realizado por todos 66 os outros impedidos historicamente de fazer com a raz o e demonstra que precisamente sob a forma geral do discurso que est o amarradas as dissimetrias e as dissimilaridades entre os agentes do sistema de produ o Henry 1997 p 25 O termo manual pode ser designado ainda como Livro de ritos e rezas brevi rio Aur lio 1975 p 882 ou seja livro com as regras e obriga es cotidianas dos padres o que permite pensar o manual tanto como uma forma de cumprir obriga es religiosas e da sagradas e naturais como uma forma de ler Ler pelo mesmo brevi rio Aur lio p 227 A LILACS assim encaminha o sujeito usu rio fazendo a gest o da textualidade ali presente 75 Toda pesquisa formulada atrav s de um formul rio no formul rio que se monta a express o de pes
169. ux 1997 Esse vocabul rio estruturado ou linguagem document ria delimita uma rea tem tica e coloca ordem na multiplicidade e heterogeneidade dos documentos textuais mesmo que imaginariamente produzindo evid ncias naturalizando o que hist rico o que resulta do complexo de rela es heterog neas dissimilares A BIREME atrav s de seus fundamentos objetivos manuais guias crit rios softwares elabora um m todo de indexa o como vimos anteriormente que parte do processo de produ o do conhecimento sobre a sa de e mais do qual a Psicologia faz parte Esta organiza o que sempre poderia ser outra constr i o espa o da sa de como um universo que funciona com pela l gica booleana um universo ordenado pass vel de classificar os conhecimentos os acontecimentos as pessoas em categorias e pass vel ainda de caber todo num conjunto de palavras definidas a priori e de nomear os elementos de um dom nio do saber que comp em outros elementos em uma estrutura hier rquica com onze n veis e composta de cento e sessenta mil termos 160 000 www bireme br metodologia LILACS entre categorias descritores descritores pr codificados qualificadores e tipos de publica o O DeCS assim um instrumento de classifica o e organiza o dos documentos que s o guardados nas bases de dados que seguem a metodologia LILACS A ordem instaurada pelos DeCS fundamentada na divis o do conhecimento em classes e
170. vis o parece estar a funcionando os que t m a chave por um lado e os que n o t m por outro estabelecendo reproduzindo assim as rela es de domina o submiss o na materialidade da l ngua e estabelecendo possibilidades espec ficas para os processos de individua o do sujeito leitor de ci ncia da chamada sociedade do conhecimento Vale lembrar aqui a met fora de Colombo 1991 dos arquivos como labirintos e as palavras de Chartier 1999 j citadas p gina 42 43 Por um lado a transforma o das formas dos dispositivos atrav s dos quais um texto proposto pode criar novos p blicos e novos usos por outro a partilha dos mesmos objetos por toda uma sociedade suscita a busca de novas diferen as aptas a sublinhar as dist ncias existentes p 22 Grifo nosso As palavras dos DeCS funcionam como setas indicadoras de onde um documento determinado est S o palavras chave cabe alhos de assunto que no mundo dos arquivos informatizados permitem aos softwares os buscadores encontrar na mem ria met lica espacializada endere vel neste mundo virtual o documento necess rio Achar n o mais percorrer uma s rie desordenada de livros e documentos e nem decodificar uma s rie de n meros e letras que representam um lugar espec fico na biblioteca Achar agora exige conhecer as palavras usadas para indexar os documentos ou seja o vocabul rio especializado como o DeCS que 89 permite qu

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