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01/12/2005

1. A refer ncia bibliogr fica no final do texto em ordem alfab tica deve seguir as Normas T cnicas da ABNT NBR 6023 agosto 2002 Os elementos essenciais e complementares da refer ncia devem ser apresentados em sequ ncia padronizada de acordo com o documento O nome do autor retirado do documento deve ser por extenso 6 Ostrabalhos dever o ser encaminhados dentro da seguinte formata o uma c pia em disquete editor Word for Windows 6 0 ou superior duas c pias impressas com texto elaborado em portugu s e rigorosamente corrigido e revisado devendo ser uma delas sem identifica o de autoria limite aproximado de cinco a vinte laudas para artigos cinco laudas para resenhas dez laudas para entrevistas e quinze laudas para tradu es a fonte utilizada deve ser Times New Roman tamanho 12 espa o entrelinhas 15 7 Eventuais ilustra es e tabelas com respectivas legendas devem ser apresentadas separadamente com indica o no texto do lugar onde ser o inseridas Todo material fotogr fico dever ser em preto e branco 8 Os artigos recusados ficar o disposi o dos autores na Editora 9 Ao autor de artigo aprovado e publicado ser o fornecidos gratuitamente tr s exemplares do n mero correspondente da Revista 10 Uma vez publicados os trabalhos a Revista se reserva todos os direitos autorais inclusive os de tradu o permitindo entretanto a sua posterior reprodu o como transcri o e com a devida ci
2. C Pensa um pouco M P Ent o escreve C Escreve a letra M Formiga come a com L registra a letra N o daqui mesmo Essa daqui come a com mais uma letrinha come a com me nos a letrinha da bruxa formiga for miga come a com quetuja n come a a escrever a letra M quetuja voc sabe o que que P N o eu n o sei o que quetuja C Nem eu sei escreve enquanto responde P Nem voc C Quetuja parece o nome da A P A bruxa pegou a sua varinha de estre la e fez uma m gica para sumir com a formiga C A a formiga virou uma m gica Tem que fazer essa letrinha de novo por que essa letrinha parece uma estrela parece uma estrela come a a escrever a letra M estrela come a com P es creve as letras P e A na linha seguinte P Repito o que deve ser escrito C Come a com a letra A escreve a le tra Come a com a letrinha S o S essa letrinha 72 Cl udia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras P O S outra letrinha escrevo para ela C Copia Comeca com mais uma le tra come a com escreve K j sei qual K qual P Ent o escreve mostro a letra K no seu nome C 9 I come a menos a do saci o C que come a com saci P N o saci come a com a letra S C S O S essa daqui mesmo P N o o S aponto essa daqui que eu te en
3. o no per odo assim se pronunciou Quando recebi o convite do Governador Zeca do PT para assumir a Secretaria de Estado de Educa o tomei a iniciativa de convidar os educadores militantes org ni cos do partido para que juntos discut sse mos a proposta de trabalho da pasta Pro curei dividir com meus companheiros as de partido a responsabilidade de formular uma proposta que pudesse representar tudo aquilo que o PT sempre defendeu na rea de educa o resgatando as experi n cias bem sucedidas nas v rias administra es que realizou tanto nas prefeituras quanto no Distrito Federal Fizemos v rias reuni es e sistematizamos todas as contri bui es Enviamos equipes para conhecer as realiza es do PTna rea de educa o em Porto Alegre a chamada Escola Cida da e no Distrito Federal a conhecida Es cola Candanga A partir deste ac mulo de experi ncias e propostas elaboramos os ei xos da Proposta Pol tico Educacional de M ato Grosso do Sul a Escola Guaicuru sendo que um dos seus eixos era a gest o demo cr tica Para ser coerente com o projeto do Governo Popular coordenado pelo PT eu deveria propor uma ac o que tivesse a marca da participac o popular do controle social da garantia dos direitos e do exerc cio da cidadania Com base neste pensa mento e buscando romper com a pr tica de govemos anteriores que impuseram seus projetos desconsiderando a participa c o da comunidade rec
4. vista que nesse movimento estiveram colar ficou evidente a participa o dos frente de todo o processo e pelos estudos mesmos de modo significativo S o eles realizados sobre o Projeto Constituinte Es Kemp Santos e Paracampos Quadro 1 Sujeitos hist ricos da constituinte escolar Pedro C sar Kemp Gon alves professor graduado em Filosofia e Psicologia com especializa o em Psicologia Social e Mestrado em Educa o pela UFMS Iniciou sua milit ncia pol tica atuando nas pastorais sociais trabalhou com Educa o Especial na rede p blica estadual com uma hist ria de luta em defesa da Escola Publica da valoriza o dos professores e funcion rios administrativos Foi Secret rio de Estado de Educa o 1999 2001 implantando o projeto da Escola Guaicuru a Constituinte Escolar o Bolsa Escola a Educa o de lovens e dultos Ap s dez anos de milit ncia no Partido dos Trabalhado res ocupou a presid ncia do Diret rio Municipal 1987 1938 Tmuxe inova o para a C mara de Vereadores democrtizou o seu Mandato com plen rias e f runs de debate atuou com rigor na fiscaliza o das a es da prefeitura e se destacou por apresentar projetos e alternativas para melhorar a qualidade de vida da popula o e moralizaro poder p blico Hoje Deputado Estadual Francisco Givanildo dos Santos professor da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande MS Pedagogo Foi coordenador geral da Constituinte Escolar da Rede
5. Assim ele prop e uma sa da Procuras saber que aux lio segundo meu ju zo deve se empregar contra esse t dio O melhor era como diz Antenodoro ocu par se com a a o das coisas tanto no trato da rep blica como nos deveres civis Sobre a tranquilidade da alma lll 1 Neste caso o s bio teria outras for mas de servir rep blica que n o fosse a atua o pol tica ao ter em vista o tornar se til aos cidad os e aos mortais aquele que se p s em meio a atividades administrando segundo sua possibilidade os assuntos comuns e os particulares acaba por exercitar se e progredir a um tempo Mas porque nesta diz ele tao insana ambi o dos homens com tantos caluniadores a distorcerem as coisas corretas pouco se gura est a sinceridade e uma vez que haver sempre mais dificuldades do que sucessos do foro de certo e do cargo p bli co deve se afastar se M as at no particular uma alma elevada tem onde se desenvol ver largamente e n o porque o mpeto de le es e animais refreia se com jaulas que assim seria com o dos homens cujas maiores a es realizam se em local apar tado Assim todavia ter se ocultado de modo que onde quer que houver escon dido seu cio querer ser til aos indiv duos e a todos com seu engenho v s conselho Pois rep blica n o til so mente aquele que apadrinha candidatos defende r us e opina sobre a paz e a guerra mas ocupa se n
6. S rie Estudos 10 anos de hist ria de divulga o cient fica na rea da educa o O Peri dico S rie Estudos foi criado em 1995 com o objetivo de socializar e divulgar as pesquisas cient ficas desenvolvidas na Universidade Cat lica Dom Bosco especialmente aquelas produzidas no mbito do Programa de Mestrado em Educa o Dez anos se passaram desde que um grupo de professores liderados pelo professor Vicente Fideles de vila e pela professo ra Concei o Aparecida Galves Buttera propuseram se a organizar um meio impresso de divulga o cient fica Nesta longa jomada empreendida no final do mil nio o peri dico contou com a valiosa colabora o de todos os professores vinculados ao Programa de Mestrado em Educa o com o apoio dos dirigentes da Universidade e da equipe da Editora UCDB Esta publica o ganhou lentamente reconhecimento pela comunidade acad mica nacional e in temacional prova disto que nos ltimos anos tem recebido contribui es de pesquisadores e educadores de todos os estados brasileiros assim como de pa ses da Am rica Latina e Europa medida que o grupo adquiriu experi ncia foram se consolidando propostas mais audaciosas como por exemplo a organiza o de cinco dossi s O primeiro em 2002 organiza do pelos professores Marisa Bittar e Amar lio Ferreira Junior UFSCar reuniu artigos sobre Forma o de Professores o segundo sob a organiza o dos professores Mariluce Bittar e Fernando
7. exemplo do apego s tradi es remotas a encamisada um dos programas dessas festas que consiste em assalto noturno em que as tropas vestem camis es por disfar ce A encamisada nas palavras do autor Velh ssima c pia das vetustas quadras dos fossados ou arrancadas noturnas na Pen nsula contra os castelos rabes e de todo esquecida na terra onde nasceu onde a sua mesma significa o hoje inusitado arca smo esta divers o dispendiosa e in teressante feita luz de lanternas e archo tes com os seus longos cortejos de ho mens a p vestidos de branco ou ma neira de mu ulmanos e outros a cavalo em animais estranhamente ajaezados desfilando r pidos em escaramu as e si mulados recontros o encanto m ximo dos matutos folgaz os Id Ibid p 117 As m sicas ritmos s o o choradinho eobai o A tradic o oral mostrada como um elemento da cultura sertaneja Nos in tervalos do baile s o travados desafios competi es de rimas A supersti o ou tro tra o caracter stico de tal cultura a experi ncia tradicional de Santa Luzia No dia 12 ao anoitecer exp e ao relento em linha seis pedrinhas de sal que re presentam em ordem sucessiva da es querda para a direita os seis meses vin douros de janeiro a junho Ao alvorecer de 13 observa as se est o intactas pres sagiam a seca se a primeira apenas se deliu transmudada em alj far l mpido certa a chuva em janeiro se
8. o s o raros os trabalhos que tratam da produ o do conheci mento de seus processos sempre cumula tivos de sedimenta o e acr scimo de cr tica e transforma o MORAES 2004 p 141 grifo meu Isto mostra que os as educadores as est o sendo capturados pela l gica da efici ncia e de conhecimen tos profissionalizados em que a cr tica vis S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 ta como perda de tempo e a id ia de trans forma o social como ultrapassada uma vez que a ret rica oficial de que estamos no ltimo est gio de desenvolvimento da humanidade e o capitalismo o fim para o qual tendem todos os grupos humanos Esta captura est relacionada constru o de alguns padr es civilizat rios dentre os quais se podem destacar a socie dade da informa o e a sociedade do co nhecimento Postula se que est havendo uma multiplica o da informa o e do co nhecimento uma verdadeira democratiza o Ser que isso mesmo que est ocor rendo Penso que na sociedade atual onde como afirma M oraes 2004 usando o argu mento de Chau a concentra o reprodu o e acumula o do capital est o direta mente ligadas informa o e ao conheci mento mais na primeira do que na segun da devido l gica do capital financeiro em que a informa o a chave da acumula o instant nea no m nimo ing nuo acredi tar que estejam
9. se teve em vista outra coisa que a oportuni dade moment nea que se apresentava assim que se formou e sempre funcio nou a economia brasileira a repeti o no tempo e no espa o de pequenas e curtas empresas de maior ou menor sucesso No conjunto a col nia n o ter nunca uma organiza o econ mica que mere a este nome e alcan ar seu termo sem conseguir equilibrar estavelmente a sua vida Oscilar com altos e baixos violentos semeando de cada vez mais um pouco de destrui o e mis ria neste vasto territ rio que lhe foi dado operar Id Ibid p 128 Portanto o sentido da coloniza o brasileira o de uma col nia destinada a fornecer ao com rcio europeu alguns g neros tro picais ou minerais de grande import n cia o a car o algod o o ouro A nossa economia se subordina e funcio nar para produzir e exportar aqueles g neros Tudo mais que nela existe e que ali s de pouca monta ser subsidi rio e destinado unicamente a amparar e tor nar poss vel a realiza o daquele fim es sencial Id Ibid p 119 a grande explorac o que rege todo o sistema colonial no Brasil E esse o ele mento que se estabeleceu e pode se afir mar persiste na mentalidade do tipo huma no brasileiro A cosmovis o de Prado Jr so bre o pa s motivada por uma vontade de constru o transforma o uma vez que lhe interessa a supera o dos problemas defi nindo o Bra
10. De que compet ncia se est falando Da capacidade de abstra o do desenvolvi mento sist mico ao contr rio da compre ens o parcial e fragmentada dos fen me nos da criatividade da curiosidade da capacidade de pensar m ltiplas alternati vas para a solu o de um problema ou seja do desenvolvimento do pensamento divergente da capacidade de trabalhar em equipe da disposi o para procurar e acei tar cr ticas da disposi o para o risco do desenvolvimento do pensamento cr tico do saber comunicar se da capacidade de buscar conhecimento Estas s o compet ncias que devem estar presentes na esfera social cultural nas atividades pol ticas e sociais como um todo e que s o condi es para o exerc cio da cidadania num contexto democr tico p 23 24 grifos nossos A cita o ainda que longa faz se necess ria para explicitar como no discur so do Estado as propostas de reforma de correm da necessidade de adequa o de uma educa o supostamente ultrapassa 180 da em rela o s mudan as no campo da produ o da tecnologia e da ci ncia A id ia de universaliza o da educa o sustenta a amplia o de vagas para atender a to dos os cidad os e a proposi o de partici pa o de todos d vigor id ia de uma escola democr tica Democratiza o e descentraliza o possibilitariam uma ges t o aut noma pautada em sistemas de parceria que atendam s demandas de sua comunidad
11. amas sado pela natureza Basta arrancar uma raiz e deita la nas brasas Idib Ibid p 92 Guerra Tesconjuro Meu pai viveu afun dado no mato p ra mais de cinco anos por causa da grande Id Ibid p 94 O ve culo usual das drogas sempre a pinga meio honesto de render home nagem deusa Cachaca divindade que S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 39 entre eles ainda n o encontrou her ticos Id Ibid p 95 7 inexpressivo e absolutamente incapaz de produzir e ou apreciar arte No meio da natureza bras lica 0 cabo clo sombrio urup de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas S ele n o fala n o canta n o ri n o ama S ele no meio de tanta vida n o vive Id Ibid p 97 Os Sert es e Urup s diverg ncia e converg ncia Publicado em 1914 o texto de Lobato portanto posterior obra Os Sert es de Euclides da Cunha publicada em 1902 que enaltece o sertanejo apre sentando o como um forte a rocha viva da nacionalidade Lobato ao contr rio de monstra nesse texto uma atitude comple tamente antip tica com relac o ao cabo clo opondo se e criticando duramente n o apenas a idealiza o do ndio marca re gistrada do Romantismo brasileiro mas tamb m as tentativas de defini o do tipo humano brasileiro valorizando se o mesti o dentre as quais situa se destacada mente a obra de Euclid
12. importantes inversiones continuadas a lo largo de varios a os Sin embargo ello ser vir de muy poco si el equipamiento disponible es parte de la ense anza como una asignatura m s y no se integran las muchas o escasas posibilidades de uso en el proceso pedag gico como una herramienta central para ayudar a descubrir buscar clasificar conceptualizar y comunicarse El uso de programas de computaci n espec ficos para la educaci n puede ayudar mucho en esta tarea as como el compartir saberes y experiencias que los estudiantes tambi n adquieren fuera del mbito escolar Lo urgente para concluir A nuestro juicio lo primero que debe hacerse es detener el proceso de degradaci n de la calidad actuando sobre sus efectos m s inmediatos Debe tambi n priorizarse el proceso estructural de reforma de la formaci n do cente con la mayor celeridad posible partiendo como se ha dicho de un esque ma salarial digno Con estas precondiciones exigir s el cumplimiento de un calendario escolar ajustado a la realidad y a los d ficits que se vienen arrastrando para intentar paliarlos tanto como sea posible Creemos que un programa como el aqu esbozado s lo ser posible si existe 127 un compromiso serio para propiciar una evaluaci n integral que de in cio a un profundo debate acer ca de las tareas necesarias para remon tar la declinante pendiente de la educaci n argentina como primer paso que d
13. nha um cio tal que lhe permita dirigir os s culos futuros e falar n o entre pou cos mas entre todos os homens de todas as na es tanto os que existem como os que existir o Em suma pergunto se Cleantes Crisipo e Zenao teriam vivido de seus preceitos Sem d vidas responder s que viveram tal qual haviam dito que se devia viver Ora nenhum deles tomou parte na administra o p blica N o tive ram dizes a condi o ou a conveni ncia que se costumam exigir no trato das coi sas p blicas N o levaram contudo vida inerte descobriram o modo de tomar sua neutralidade mais til aos homens que a agita o e o suor de outros Logo embora aparentemente n o agissem em nada deram a impress o n o obstante de te rem agido muito Sobre o cio VI 4 5 Essa mesma id ia pode ser encon trada em uma de suas Cartas a Luc lio quando responde obje o de seu disc pulo preferido Ent o tu mandas me evitar a multid o conservar me retirado contentar me com a minha consci ncia Que feito daque las vossas m ximas que nos objurgam a morrer em plena ac o Bom ao que parece eu estou te aconse lhando a in rcia Se eu me recolhi em casa e fechei as portas foi para poder ser til a um maior n mero Nem um nico dia me chega ao fim na ociosidade parte da noite reservo a para os meus estudos n o me disponho ao sono sucumbo a ele e deixo repousar sobre o meu trabalho os olhos cansados da
14. no caminho de Deleuze e Guattari 1995 Este um texto que aspira elabora o de um pensamen to n made m quina de guerra totalmen te diferente dos ex rcitos estatais proceden do por capturas pouco pac ficas conectan do energias habitualmente soltas desterritorializando velhas intensidades e fazendo tizoma Um rizoma n o comeca nem conclui ele se encontra sempre no meio entre as coi sas inter ser intermezzo A rvore filia o mas o rizoma a alian a unicamente alianca A rvore imp e o verbo ser mas o rizoma tem como tecido a conjunc o e Gu H nesta conjun o for a su ficiente para desenraizar o verbo ser En tre as coisas n o designa uma correla o localiz vel que vai de uma para outra e reciprocamente mas uma dire o perpen dicular um movimento transversal que as carrega uma e outra riacho sem in cio nem fim que r i suas duas margens e adquire velocidade no meio DELEUZE e GUATTARI 1995 p 37 O referencial deleuziano enfatiza plat s rizom ticos de uma pesquisa te ri 196 ca referente a inser o das novas tecnolo gias na educa o escolar no caso o uso do computador procurando desvelar arti cula es poss veis entre os desafios dessa tecnologia como suporte did tico e a exi g ncia de uma nova ordem de organiza o do trabalho docente que requer estra t gias at ent o desconhecidas Assim o prop sito exponencial d
15. noite Sobre a brevidade da vida XIV 1 2 5 Apesar desse conte do fecundo encontrado nos grandes homens S neca S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 recomendava que quando se sentisse se guro em relac o aos seus prop sitos o alu no se afastasse do seu guia por j estar em condi o de dar continuidade a sua ca minhada evolutiva rumo a perfeic o Mas a liberdade a vontade e a exis t ncia de um modelo n o teriam sentido se parte do tempo n o fosse dedicado reflex o o que levou S neca a considerar o cio til como a esfera privilegiada para a realiza o do processo educativo M unido dessas condi es o homem estaria apto para iniciar a sua busca pela sabedoria a qual levaria felicidade Esta configurava se para S neca como o fim da vida humana e portanto como o fim da educa o Desta forma S neca punha em des taque a capacidade do homem para se autodirigir e sustentado pela moral e pela raz o reconhecer se como parte integran te de um todo ULLM ANN 1996 Seu con ceito de educa o fica expl cito em algu mas das suas senten as de nada serve o ouro a prata com estes materiais imposs vel modelar a imagem da divindade Cartas 1991 31 11 come armos a formar e a corrigir a nossa alma antes que as m s tend ncias cristalizarem Cartas 50 5 Que a nossa alma portanto se habitue a entender e a suportar o seu destin
16. o mas propriamen te a exclus o social PINO 2001 p 68 69 Pino 2001 demonstra que o discur so neoliberal de que o avan o do capitalis mo traria mais equil brio para a sociedade falso pois este tem aumentado a j gri tante desigualdade econ mica principal mente atrav s de processos de exclus o do mercado do trabalho com pouca ou ne nhuma possibilidade de reinser o nesse mercado O desemprego estrutural Se a produtividade faz reduzir o trabalho necess rio n o h uma correspondente libera o de tempo para a vida A liberda de que existe para expulsar um contin gente enorme e cada vez maior de traba lhadores e trabalhadoras trazendo como consequ ncia exclus o e mis ria Sob o dominio do capital o aumento de produ tividade n o tem um car ter social Ao contr rio reverte exclusivamente para o capital PINO 2001 p 69 Neste contexto de crise como j des taquei anteriormente a educa o vista como a solu o MORAES 2004 Mas n o qualquer educa o pr pria educa o deve mudar e segundo os neoliberais esta mudan a passa pela mercadologiza o Para Gentili 1999 p 11 Os governos neoliberais n o s transformam material mente a realidade econ mica pol tica jur dica e social tamb m conseguem que esta S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 transforma o seja aceita como a nica sa da poss vel ainda que
17. ontol gica quais s o os modos de ser navegar em mundos v rios num com portamento libert rio e desconstrutivista no movimento veloz do mouse rato errante Este texto afirma tamb m a partir de Debray 1993 que o professor n o det m mais o sacrossanto o conhecimento visto serem as novas tecnologias as detento ras do sagrado social hodiemo o virtual Expandir a partir do antimodelo do rizoma novos processos de interac o e comunica c o no ensino mediado pelas novas tec nologias para ir al m da relac o entre en sinar e aprender Kensky 2002 um novo caminho Neste caminho as novas tecno logias podem deixar de ser semi foros De Semi foros Semeiophoros uma palavra grega composta de duas outras palavras semeion Sinal ou signo e phoros trazer para a frente expor Apanhando Pomian En tre linvisible et le visible Libre n 3 1987 Marilena Chau 2000 em Brasil mito fundador e sociedade autorit ria indica a Nac o como Semi foro Matriz aquele que ser o lugar e o guardi o dos semi foros p blicos Por meio da intelligentsia da 197 escola da biblioteca do museu do arquivo de documentos raros do patrim nio hist rico e geogr fico e dos monumentos celebrat rios o poder pol tico faz da Na o o sujeito produtor de semi foros naci onais e ao mesmo tempo o objeto do cul to integrador da sociedade una e indivisa Diz Chau
18. s suas tradi es e a sua terra por m justamente para se tomar um padre era preciso que ele fosse imerso na religi o crist e por consequ ncia em todos os seus valores pr prios da cultura ocidental Ali s o col gio jesu ta nas terras em miss o exatamente S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 93 como um espa o desta imers o para os estudantes nativos fato que se pode ver na carta de Lu s Fr is ao Geral Acquaviva escrita de Macau em 03 de janeiro de 1594 Quanto f brica do col gio para nele se criarem os irm os japoneses como t o bem escreve o Pe Visitador a Vossa Paternidade n o foi sem grande considera o o que no Jap o e na Congrega o se fez e se tem tratado desta mat ria porque ventilada com muita pondera o n o se achou rem dio mais eficaz que isto para reduzir os irm os japoneses ao objetivo que a Companhia deles pretende de tir los de seu Reino cos tumes e conversas para melhor se domesti carem e se unirem com os nossos da Euro pa E s o tantas as utilidades que deste adventum se pode seguir assim para a s li da dire o dos irmaos japoneses em virtudes e letras e para o bem universal da cristanda de e ainda tamb m desta miss o da China quando Nosso Senhorfor servido de se abri rem as portas que n o se h visto meio mais eficaz e em todo acomodado ao obje tivo da Companhia como a funda o deste col gio BAPTISTA 2003
19. ticas pedag gicas eis o espa o que as re formas objetivam mas n o antes de serem apropriadas a sua maneira pela comuni dade escolar plural Outro aporte te rico importante que nos auxilia no discernimento das media es entre institui o escolar e cultura es colar encontra se em Silva Jr e Ferretti 2004 p 60 Os referidos autores concebem a es cola como resultado de um am lgama entre duas dimens es Concretamente a escola resulta do am lgama entre sua dimens o ins titucional aquela de quem institui a sociedade em determinado per o do hist rico e sua cultura especifi ca Este am lgama se produz e se faz presente nas pr ticas escolares elemento central por meio do qual a instituic o esco lar realiza os processos de formac o so cial do indiv duo e socializa o conheci mento produzido pela humanidade ao mesmo tempo em que se reproduz social mente grifos nossos Tamb m eles reconhecem na cultura escolar papel preponderante na definic o das pr ticas escolares de que se vale a es cola para realizar de acordo com suas es pecificidades a formac o social do indiv duo ea socializac o do conhecimento pro duzido pela humanidade incorporando nos limites de sua raz o de ser as propostas M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar disseminadas pelas reformas educacionais Na tentativa de explicitar o papel mediador da cultura escolar na apropria
20. 2000 p 11 12 Um semeion um sinal distintivo que diferencia uma coisa de outra mas tam b m um rastro ou vest gio deixado por algum animal ou por algu m permitindo segui lo ou rastre lo Signos indicativos de acontecimentos naturais como as constela es indicadores das esta es do ano sinais gravados para o reconheci mento de algu m como os desenho num escudo as pinturas num navio os estandartes press gios e agouros s o tamb m semeion E pertence a fam lia dessa palavra todo sistema de sinais convencionados como os que se fazem em assembl ias para abri las ou fech las ou para anunciar uma delibera o Inicialmente um semeiophoros era a ta buleta na estrada indicando o caminho quando colocado frente de um edif cio indicava uma fun o Era tamb m o es tandarte carregado pelos ex rcitos para indicar sua proveni ncia e orientar seus soldados durante a batalha Como sem foro era um sistema de sinais para co munica o entre navios e deles com a terra Como algo precursor fecundo ou carregado de press gios o semi foro era a comunica o com o invis vel um signo vindo do passado ou dos c us carregan do uma significa o com consequ ncias presentes e futuras para os homens Com esse sentido um semi foro um signo trazido frente ou empunhado para indi caralgo que significa alguma outra coisa e cujo valor n o medido por sua materialidade e sim por sua fo
21. Capital e para a cidadania Estado Desde essa aprecia o consideramos que a proposta reformista se contrap e s possibilidades de um proces so de escolariza o que contribua na pers pectiva de remover radicalmente as pr ticas sociais que objetivam a aliena o a explo ra o e o controle do Trabalho pelo Capital Dessas observa es derivamos a problematiza o que orienta este trabalho que conhecimentos e que condutas t m sido objetivadas na institui o escolar pau tadas nas media es entre cultura escolar e reforma educacional E com base em que pr ticas escolares tem se objetivado a apro pria o da reforma educacional em curso Assim na tentativa de explicitar o 176 papel mediador da cultura escolar na apro pria o das reformas educacionais e o tensionamento criado entre as pr ticas pro postas pela reforma educacional e o cotidi ano escolar pesquisamos uma instituic o escolar do Munic pio de Sorocaba S o Paulo Do exame aqui registrado dessa institui o escolar depreendemos que a l gica do Capital tem nas reformas educa cionais uma de suas principais estrat gias postas na perspectiva de perpetuar a mercantilizac o da vida alienada em todas as suas dimens es Ante o exposto como caracterizar as reformas educacionais brasileiras nos anos noventa disto que tratamos a seguir Caracterizando as reformas educa cionais brasileiras nos anos noventa O entendimento dos pos
22. Com certeza se formos analisar a hist ria das tem ticas da regi o vamos encontrar a mesma hist ria das tend ncias apontadas nos sucessivos estados da arte que a rea vem divulgando desde os dois artigos fundamentais de Aparecida Joli Gouveia GOUVEIA 1971 e 1976 FRANCO amp GOLDBERG 1976 GATTI 1982 WEBER 1992 WARDE 1993 preciso deixar claro que n o estou indicando que a hist ria regional repete ou copia a hist ria nacional estou afirmando a inser o dos Programas de P s Gradua o em Educa o da Regi o Centro Oeste nesse campo Muitas interroga es e poss veis objetos de pesquisa emergem das reflex es apresentadas at agora Para conclu las quero voltar motiva o mais ampla des te texto enunciada acima minha preocupa o com a forma o de pesquisadores e pesquisadoras e refor ar uma das tend n cias encontradas qual seja a organiza o dos Programas em Linhas de pesquisa Concordando com as sucessivas ori enta es dos Documentos de rea produ zidos ao final de cada per odo de Avalia o da CAPES que enfatiza a necessidade de que o programa mostre a organicidade coer ncia e consist ncia de sua proposta e sugere enfaticamente a organiza o em Linhas de Pesquisa defendo esta forma de organiza o como a mais favor vel para a forma o de pesquisadores Sendo a configura o de uma neces s ria restri o tem tica a qual devem estar fortemente artic
23. Com o afastamento de Kemp e sua equipe de trabalho aconteceu tamb m a interrup o do Movimento Constituinte Escolar Numa primeira observa o perce be se um certo conformismo uma aus n cia de reivindica es pelos sujeitos da es cola e da comunidade que participaram do MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino processo parecendo que houve uma acei ta o sem questionamentos da interrup o do processo uma vez que n o se teve co nhecimento de nenhuma manifesta o quanto ao acontecido Assim buscou se esclarecimento mais fundamentado Segun do Kemp A interrup o da Constituinte Escolar se deu em raz o da substitui o do Secret rio de Educa o e de sua equipe em ju nho de 2001 Aproximava se a elei o in terna do PT para a renova o da dire o partid ria e o governador precisava recom por seu grupo pol tico que estava dividi do numa alian a que pudesse eleger o presidente e a maioria dos membros do diret rio Esta elei o era vista como es trat gica pelo governo pois a nova dire o partid ria conduziria a pol tica de ali an as para a reelei o do governador em 2002 KEMP 2004 Explica o n o diferente foi dada por Santos ao afirmar que houve a necessi dade de acomoda o de um grupo pol ti co do PTno governo em troca de apoio ao candidato do campo majorit rio presid n cia do Diret rio Regional do Partido dos T
24. LI 1998 A filosofia n o uma habilidade para exi bir em p blico n o se destina a servir de espect culo a filosofia n o consiste em palavras mas em ac es O seu fim n o consiste em fazer nos passar O tempo com alguma distrac o nem em libertar o cio do t dio O objectivo da filosofia consiste em dar forma e estrutura nossa alma em ensinar nos um rumo na vida em orientar os nossos actos em apontar nos 134 Jos Joaquim P MELO S neca o que devemos fazer ou p r de lado em sentar se ao leme e fixar a rota de quem flutua deriva entre escolhos Cartas 16 3 Enquanto pedagoga da humanida de deveria chegar ao homem concreto deveria ensinar a agir n o a falar Carta 20 30 determinar lhe uma conduta pr ti ca que fosse resultante da harmonia entre o interior e exterior H pois uma coisa que te pe o meu caro Luc lio com todo o empenho interioriza a filosofia no mais ntimo de ti mesmo e fundamenta a avalia o do teu progresso n o em palavras que digas ou escrevas mas sim na tua firmeza de nimo e na diminui o dos teus desejos comprovas as palavras com os atos Cartas 20 2 Em s ntese a preocupa o de S neca era chegar forma o de um homem ideal um agente social que correspondesse s necessidades de uma sociedade em trans forma o Na perspectiva senequiana a condi o de s bio deveria ser o ponto culminante do processo educativo pois era o maio
25. Mais tamb m reafirm vamos que os sindicatos deveriam continuar organizando a categoria para MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino lutar por seus interesses que n o bastava apenas melhorar as condi es f sicas da escola para tom la uma escola de quali dade democr tica para todos N s aposta mos muito no processo que adotamos para construir o Plano de Educa o porque o concebemos como um instrumento fun damental de forma o de disputa pol tica ideol gica na sociedade SANTOS 2004 Paracampos tamb m acrescenta maiores explica es s suas an lises A aus ncia de reivindica es dos educa dores em minha an lise se d conside rando o fato de n o tomar expl cito para os educadores as mudan as na Proposta de Educa o naquele momento e tamb m por n o termos consolidado o processo da Constituinte Escolar retomando ao ltimo passo que tinha como objetivo a continui dade de investimento na forma o dos educadores PARACAM POS 2004 Paracampos ainda acrescenta signi ficativas contribui es Conclu do o processo de elabora o do Plano de Educa o para a Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul o in cio de sua execu o come aria com a an li se a avalia o e reestrutura o dos Pro jetos Pol tico Pedag gicos e Regimentos Escolares nos casos em que isso ainda n o ocorrera pois a Secretaria de Educa o ao longo do proces
26. Notas 1 Figura de linguagem que consiste na atribui o de caracter sticas humanas a seres inanimados imagin rios ou irracionais Figura de linguagem por meio da qual os seres da natureza s o dotados de sentimentos ou mesmo de des gnios humanos CUNHA Euclides da Os Sert es Campanha de Canudos Edi o cr tica de Walnice Nogueira Galv o S o Paulo tica 2000 LOBATO Monteiro Contos extra dos de Urup s Organizado e introduzido por Myriam de Filippis Curitiba P lo Editorial do Paran 1997 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 45 MARQUES M rio Os rio Aprendizagem na Media o Social do Aprendido e da Doc ncia 2 Ed Iju Uniju 2000 PRADO JR Caio Forma o do Brasil Contempor neo 23 ed S o Paulo Brasiliense 1999 VENTURA Roberto Os Sert es texto introdut rio In SANTIAGO Silviano coordena o sele o de livros e pref cio Int rpretes do Brasil Rio de Janeiro Nova Aguilar v 1 2002 Recebido em 05 de julho de 2005 Aprovado para publica o em 25 de agosto de 2005 46 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas Revolu o comunicacional global educa o escolar e forma o de professores possibilidades e limites Global revolution in communication schooling and teacher training possibilities and limits Ala de R Donatoni Otaviano J Pereira Dr em Educac o professores do Programa de
27. Portanto ressalta se a relev ncia de o professor independentemente de sua rea de forma o atua o implicar se com a constitui o do tipo humano brasileiro quem somos com o imagin rio dessa na o quem queremos ser e com as pos sibilidades que efetivamente temos e ou podemos criar construir Nesse sentido cabe lembrar a con cep o de Marques 2000 para quem entender a escola requer entender as ra z0es que movem os sujeitos que a fazem Refer ncias no seu dia a dia Qual seu imagin rio Quais s o suas expectativas A imagina o entendida aqui como o imagin rio social est no ceme da raz o polic ntrica raz o das muitas vozes est na base de qualquer ideal ou projeto de escola n o s daqueles que formalmente a instituem mas principalmente daqueles que a fazem re fazem dia a dia dando lhe vida real e efetividade MARQUES 2000 Por isso imprescind vel que o pro fessor seja um sujeito tocado pelas ques t es que afligem o ser humano e mais espe cificamente o sujeito cidad o nacional inte ressando se lendo pesquisando enfim bus cando constantemente respostas para as quest es fundantes da pr tica educativa consciente de que tais respostas precisam ser continuamente constru das uma vez que n o est o prontas para serem descobertas em um determinado lugar tampouco s o completas mas sim s o formas de olhar ler a realidade e vislumbrar suas possibilidades
28. Rodrigues as etapas de amadurecimento do pr prio estudante A busca de uma uni S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 89 dade perfeita no processo de forma o o objetivo do Ratio e isso se d pelo m to do da concentra o em que um determi nado eixo era o agrupador de todas as ma t rias no curso de Letras o latim era o cen tro principal da instru o em torno do qual se aggrupavam as outras materias no se gundo curso era a filosofia e no terceiro a teologia como fainha qual serviam ma neira de ancillas as mais artes e sciencias RODRIGUES 1917 p 132 A forma o t cnica Bem ao gosto do movimento de re forma cat lica os futuros padres da Com panhia de Jesus deveriam passar por um preparo t cnico do of cio de dizer missa Uma das principais cr ticas que se faziam ao clero cat lico no per odo pr reforma dizia respeito exatamente ao despreparo de muitos deles no seu principal of cio que era a missa sendo poucos segundo documen tos da poca e historiadores os que sabi am latim com perfei o Por isso tal fun o era reputada como importante A preocupa o para que os jesu tas fossem acima de tudo bons no of cio de dizer missa era t o grande no seio da Com panhia que essa quest o aparece at nas Constitui es Na parte dedicada edu ca o do futuro padre h a prescri o de que eles deveriam seguir dentro das possi bilida
29. as por meio da linguagem toma ram evidentes os modos como elaboravam a escrita Essa an lise importante pois poder fomecer elementos para pensarmos sobre a linguagem presente no momento da escritura O seu surgimento est relacio nado com a dif cil tarefa de lembrar a for ma e o nome das letras que as crian as desejavam escrever Por isso levaram um longo tempo para lembrar e mobilizavam nessa atividade conhecimentos discursos de como deveriam compor a escrita Ser analisada inicialmente a atividade de es crita realizada por M 2 Ele tinha cinco anos de idade O aw NY a i OW p TOS ad RA g Ele n o esperou que eu ditasse o tex to que havia produzido oralmente Ap s dizer que deveria escrever o t tulo ele ini ciou o registro do texto Foi poss vel identi ficar o conte do do texto escrito porque ele o falava em voz alta durante o registro A crian a come ou a escrever no final da fo lha ou seja de baixo para cima mas da esquerda para a direita Dessa forma n o dominava todas as normas de organiza o da p gina escrita Observe o que ocor reu no momento do registro P Escreve animal de estima o C Preciosa Preciosa eu errei de novo S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 67 Preciosa j brigou com a ga ta brigou com a ga ta brigou cu a ga ta brigou com a brigou da Tiana esse texto se refere a letras colocadas no primeiro seg mento ao
30. breve exist ncia individual em que se comprimem esfor os seculares quase sempre um desequilibrado p 101 Afirma ainda que a destrui o das ra as inferiores se d pela civiliza o para a qual elas n o estariam preparadas Nes se sentido o isolamento do sertanejo mes tico teve func o ben fica pois o manteve longe da civilizac o protegendo o e permi tindo seu desenvolvimento A sua evoluc o ps quica por mais demo rada que esteja destinada a ser tem ago ra a garantia de um tipo fisicamente cons titu do e forte Aquela raca cruzada surge aut noma e de algum modo original transfigurando pela pr pria combinac o todos os atributos herdados de sorte que despeada afinal da exist ncia selvagem pode alcan ar a vida civilizada por isto mesmo que n o a atingiu de repente Id Ibid p 103 Portanto estariam superadas as quest es biol gicas pois O sertanejo antes de tudo um forte N o tem o raquitis mo exaustivo dos mesticos neurast nicos do litoral p 103 o sertanejo estaria apto vida civilizada buscando galgar degraus na escalada linear da evoluc o A obra de Cunha explicita tamb m aspectos da cultura do sertanejo que ilus tram a afirmac o anterior acerca do apego as tradic es remotas O divertimento do vaqueiro constitui se das seculares festas de cavalhada e mouramas nas vilas Um S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 35
31. chamou de educa o na proposta de uma neomodernidade centrada na linguagem pragm tica do mundo da vida p 555 Do lado mais radical de uma nega o expl cita da modernidade em vista de um paradigma p s iluminista Lyotard inspirado principalmente nos acontecimen tos culturais como a nova arquitetura nos anos 50 traz o termo p s modernidade para dentro da pr pria Filosofia a partir de 1967 seguido de autores como Foucault no novo enfoque do poder a partir de uma arqueologia deste nas rela es sociais e disseminado nas institui es incluindo a escola Derrida Rorthy entre outros Recen temente em entrevista ao programa M il nio exibido na Globo News em fevereiro de 2005 o cientista social Boaventura de Souza Santos referiu se necessidade de uma p s modernidade reativa 48 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o A nosso ver para al m da crise da mo demidade iniciou se o descortinar da nica civiliza o que conseguiu expandir se a pon to de se universalizar em um movimento que Latouche chamou de ocidentalizac o do mundo 1994 exatamente por ter cumpri do seu ciclo neste movimento de universa liza o mesmo em seus conflitos com o pro jeto moderno Cumpriram se os objetivos re volucion rios jur dico pol ticos sociais cien t ficos de uma era incluindo se a revolu o tecnol gico
32. cursos s Escolas das Redes Estadual e Municipal de Ensino Fundamental MEC FNDE 1995 2 O estabelecimento de n mero m nimo de alunos para que as escolas fossem benefici rias do Pro grama ocorre a partir de 1997 FNDE 1997 de dezembro de 1978 que estabelece o Estatuto Padr o das Associa es de Pais e M estres A esse respeito consultar PARO 1986 e 1995 AVANCINE 1990 BUENO 1987 gt Instituidos por meio dos decretos 10 623 77 e 11 625 78 passando a ter car ter deliberativo a par tirda Lei Complementar 444 85 De acordo com o balan o municipal Pirassununga gastou com o Ensino Fundamental R 6316587 96 Pelo Decreto do governo estadual n 12 983 de 15 Refer ncias AVANCINE S rgio Luiz Daqui ningu m nos tira m es na gest o colegiada da escola P blica 1990 Disserta o M estrado Pontif cia Universidade de S o Paulo S o Paulo BRASIL MEC FNDE Manual de procedimentos operacionais relativos s transfer ncias de recur sos s escolas das redes estadual e municipal de Ensino Fundamental Bras lia FNDE 1995 o Relat rio de Atividades 1997 Brasilia fev 1998 Dispon vel em lt http wwwfndegovbr gt Acesso em 21 jul 2003 __ Evoluc o da Educa o B sica no Brasil 1991 1997 INEP Bras lia O Instituto 1997 BUENO Belmira Am lia de barros Oliveira As Associa es de Pais e Mestres na Escola P blica do Estado de S o Paulo 91931 19660 1987 Tese Doutorado Fe
33. e Para permanecermos aqui apenas em alguns aspectos temos o dever de tocar no mais penoso dos impasses Vale dizer o choque de informa o da revolu o comunicacional global em curso s est sendo poss vel pelo choque do capita lismo em qualquer canto do planeta Ultra modemo hegem nico concentracion rio ou quaisquer outros adjetivos sua sobre viv ncia est expressa em sua extraordi n ria capacidade de cooptac o dos dis cursos e das pr ticas por exemplo na arte e na literatura Em que pese sua dificulda de em continuar concentrando riqueza para sobreviver onde n o circula capi tal n o circula mercadoria e emperra a produ o da riqueza mesmo em uma sociedade do fim da centralidade do tra balho nos moldes da l gica modema da produ o da segunda revolu o indus trial ora travestida gradativamente em uma sociedade de servi os como na inform tica no turismo etc n o parece haver outra sa da pelo menos at onde nossa vista pode alcan ar Se a humanidade mostrou at agora que tem capitalismo no sangue que o diga a d bacle do capitalismo de Estado sovi ti co e seus sat lites que encerrou politica mente o s culo XX s uma mente ut pica mas inocente poderia imaginar a possibilidade de uma revolu o comuni cacional Sem dono Se a burguesia mer cantil e industrial foram as donas da pro priedade privada dos meios de produ o na modernidade fabril pr ford
34. hist ria da instru o p bli ca no Rio Grande do Sul sugere que ape nas no s culo XX o ensino rural come a a ser considerado e identificado como uma problem tica espec fica demandando aten o tanto na dissemina o de escolas quanto na forma o do professor O dis curso oficial constru do tanto no mbito do Diretor de Instru o P blica quanto no n vel intermedi rio dos inspetores escolares de regi o elabora argumentos de diferen tes bases para justificar o descaso para com as popula es de regi es rurais A multiplicidade de termos utilizados para designar a escola rural como objeto de preocupac o e de ac o das pol ticas p blicas bem demonstra sua invisibilidade Da afirmarmos que apenas tardia mente a formac o do professor comecou a especificar se em dire o problem tica do ensino rural VARELA Julia Genealogia de la Escuela an lisis socio historico del proceso de institucionalizaci n de la escuela primaria Tempora n 8 Tenerife Facultad de Filofsofia y Letras Univesidad de la Laguna p 13 44 jul dic 1986 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 109 MOACYR P A instru o e as prov ncias subs dios para a historia da Educa o no Brasil 1834 1889 v 3 Esp rito Santo Minas Gerais Paran Santa Catarina Rio Grande do Sul Goiaz S o Paulo Companhia Editora Nacional 1940 Recebido em 03 de outubro de 2005 Aprovado para publica
35. labas Quando perguntei o que havia escrito rememorou o texto apontando os escritos globalmente Assim mesmo que n o tenha compreendido o funcionamento da escrita n o domine as formas da maio ria das letras e n o tenha criado mecanis mos para lembrar o texto de posse de al guns conhecimentos sobre as letras de monstrou saber que a escrita linguagem Desse modo relatou suas experi ncias com a gata Preciosa No momento em que reme morou o texto importante verificar que n o houve as repeti es de palavras e de s labas notadas quando realizava a escri tura do texto Penso que as repeti es visa ram a garantir uma simultaneidade entre o tempo de produ o oral do texto e o tem po de escrita A entona o e as repeti es no momento da escritura s o pr prias de quem dita o que deve ser escrito e nesse caso ele quem determina o que deve ser escrito Ele n o p ra de pronunciar o texto em nenhum momento mesmo quando apaga uma letra que considerou errada A an lise do processo de escritura dessa crian a conduz id ia de que ao iniciar o processo de aprendizagem das le tras a escrita simb lica pois representa graficamente o texto produzido oralmente e portanto a linguagem A crian a perce beu que pode traduzir em signos arbitr ri os a linguagem antes mesmo de descobrir que as letras representam convencional mente suas unidades palavras s labas ou 68 Cl udia Maria M GONTIJ
36. m em contato na esco la Nesse sentido se forem analisadas so mente as caracter sticas da escrita pode se dizer que a crian a estabelece crit rios de quantidade e de varia o de letras Entre tanto esses crit rios n o definem a legibili dade do escrito pois as crian as n o se apoiavam na escrita para lembrar os textos anotados e sabiam que a sua escrita n o poderia ser utilizada com essa finalidade Notas 1 O termo ntrafigural segundo a autora uma das denomina es que Piaget e Garcia 1983 usa ram para distinguir os grandes per odos de or ganizac o do pensamento cient fico e da psicog nese FERREIRO 1990 p 29 Ser o usadas para identifica o das crian as nes te artigo as letras iniciais dos seus nomes 3 O texto que se segue motivou o registro Cada linha do texto corresponde linha de registros com postos pela crian a Os nomes da professora e da crian a ser o omiti dos nessa produ o AZENHA M G Imagens e letras Ferreiro e Luria duas teorias psicogen ticas S o Paulo tica 1995 CONTINI JUNIOR J A concep o do sistema alfab tico por crian as em idade pr escolar In KATO M A A concep o da escrita pela crian a Campinas Pontes 1988 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 17 FERREIRO E A escrita antes das letras In SINCLAIR H Org A produ o de nota es na crian a linguagem n mero ritmo e m
37. na minha casa vende qualquer coisa tem aquele qua drado tem aquele neg cio que bota assim que escreve nos quadrado P M voc precisa escrever pirulito voc j colocou uma letra voc falou que pirulito tem quatro letras quais as le tras que est o faltando para escrever pirulito C Seeu p r tr s letras vai dar tr s letras P Ent o escreve C Eu n o sei tamb m eu num sei senum sei C eu n o Sei eu sei o C mais diferente come a com A P Ent o p e o C C Qual o C Como o C P Pensa e lembra como o C olha o C no seu nome C Ent o assim o C come a com mais uma letrinha P Ent o escreve C O L mais diferente escreve a letra N P Tem mais alguma letra na palavra piru lito C Hum hum tem que come a com M M mais diferente dos tr s P Ent o coloca C Escreve a letra M Dessa forma diante da proposta de escrita do t tulo do texto a crian a pergun tou se era para fazer o pirulito A sua inten o era desenhar o pirulito mas n o estava certa se era isso que deveria fazer Por isso fez a pergunta Diante da resposta que de veria escrever n o teve d vidas disse que a palavra pirulito deveria ser composta com quatro letras O problema era ent o des cobrir como se escrevia cada letra Ela lem brou os nomes das letras A C L e M No entanto s soube escrever a letras
38. o da educa o escolar Outra iniciativa relevante no campo das propostas reformistas para a pol tica educacional encontra se no documento de Jomtien Tail ndia produzido durante a Confer ncia Mundial sobre Educa o para Todos promovida pelo Banco Mundial UNICEF PNUD e UNESCO na d cada de 1990 do s culo passado Esse documento associa o desenvolvimento humano educa o delineando a es voltadas para a satisfa o das necessidades b sicas de aprendizagem em uma proposta que prio riza e amplia os meios e os alcances da educa o b sica E tamb m subsidia a id ia de universaliza o do acesso educa o como forma de promover a equidade desconsiderando entretanto que tal equi dade n o depende apenas da educa o escolar Assim a educa o concebida nos documentos produzidos durante as discus s es empreendidas nesse encontro como a solu o para todo e qualquer problema e portanto avaliada como capaz de modificar a realidade social dos indiv duos por considerar que sua universaliza o potencializa a equidade social Para alcan Car essa universaliza o prop e se a parti cipa o de todas as pessoas sugerem se alian as e parcerias entre poder p blico privado e as Organiza es N o Governa mentais ONGs Nesse contexto o esvazia mento das pol ticas sociais por parte do Estado e em contrapartida a progressiva transfer ncia dessas pol ticas para os setores privados da eco
39. o em 24 de novembro de 2005 110 Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do Ejes de una reforma educativa integral Directions for an integral educational reform Javier Hermo Cecilia Pittelli La versi n original de este art culo fue presentada como ponencia en el Congreso Nacional de la Sociedad Argen tina de Estudios Comparados en Educaci n SAECE rea lizado en Buenos Aires en noviembre de 2005 M estre em Educac o FLACSO Professor da Universidad de Buenos Aires e da Universidad Nacional de La Matanza e mail jphermo yahoo comar Professora da Universidad de Palermo e da Universidad de Buenos Aires e mail capittelliQyahoo comar Resumen A m s de diez a os de la implementaci n de las reformas educativas de los 90 se impone realizar una evaluaci n cr tica de las mismas y sus resultados Esta ponencia se propone abordar un debate preliminar de la situaci n argentina comparada con la chilena para plantear desde all algunas propuestas para el trazado de una agenda que permita encarar una reforma de la reforma En tal sentido creemos que para el caso argentino es necesario realizar un plan de evaluaci n de los resultados de las reformas durante el a o 2006 para llegar a un plan de reformas consensuado hacia 2007 y poder as encararlas durante tres per odos presidenciales con fecha de culminaci n en 2020 Palabras clave Educaci n reformas edu
40. o mutuamente determinadas pelos interesses e discursos que fomecem a legitima o ideol gica para a promo o de pr ticas escolares hegem nicas Freire 2002 p 142 de uma forma quase po tica afirma O poder da ideolo gia me faz pensar nessas manh s orva lhadas de nevoeiro em que mal vemos o perfil dos ciprestes como sombras que pa S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 recem muito mais manchas do que som bras mesmas Ressaltamos com McLaren 1997 p 209 que a deologia permeia toda a vida social e n o se refere simplesmente as ideo logias pol ticas do comunismo socialismo anarquismo racionalismo ou existencialis mo Baseado em outros autores tamb m cr ticos da rea da educa o ele amplia o sentido de ideologia n o ficando restrito compreens o marxista de falsa consci n cia Para o mesmo autor a ideologia refe re se produ o e representa o de id ias valores e cren as e maneira pela qual eles s o expressados e vividos por indiv duos e grupos M cLAREN 1997 p 209 Utilizo o termo ideologia para compreender os ca minhos que a educa o e os as educado res as v m percorrendo e algumas de suas poss veis raz es Assim reitero Colocada de forma simples a ideologia refere se produ o de sentido e significa do Pode ser descrita como um modo de ver o mundo um complexo de id ias de v rios tipos de pr ticas soci
41. o novos s o sim parte integrante do nosso proces so hist rico sobretudo no mundo capitalis ta e ao contr rio da afirmac o dos neoli berais de que com o avan o do capitalis mo o mercado vai equilibrar a sociedade assistimos cotidianamente aos processos de exclus o se acentuarem Como destaca Frigotto 2001 p 26 27 O que nos parece intrigante e paradoxal que chegamos ao final do s culo mostrando que as an lises de Marx e Engels sobre a natureza violenta e exclu dente do capital n o tiveram evid ncias t o candentes como no final do s culo XX eo que sobressai um dom nio qua se absoluto do pensamento e teorias con servadoras que tentam nos convencer que o capitalismo eterno Embora haja o discurso do equil brio via livre mercado necess rio destacar que a crise inerente ao capitalismo O aumen to da produtividade n o tem levado a uma expans o da produ o que crie tamb m uma expans o do emprego capaz de ab sorver pelo menos boa parte da m o de Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social obra expulsa do sistema produtivo PINO 2001 p 68 0 autor prossegue sua explica o acerca da produtividade capitalista atu al ressaltando que mesmo que haja o au mento da produtividade f as transforma es tecnol gicas e organizacionais acele ram a crescente dispensa de m o de obra Operando dessa maneira o sistema cria n o somente marginaliza
42. o para a zona rural foi se constituindo at ser materializada e operacionalizada sob a forma de um tipo espec fico de Escola Normal a Escola Normal Rural As condi es referentes ao ensino em distritos rurais foram tardiamente sistematizados e conceituados ao ponto de apenas nos anos 40 do s culo XX configurarem a es especializadas de forma o de professores no mbito do sistema educativo em 1943 o RGS contava com tr s Escolas Normais Rurais Arquidiocese em Porto Alegre Cerro Azul em S o Luis Gonzaga e Escola S o Jos do Murialdo em Caxias Havia uma indiferencia o nas pr ticas de instru o p blica seja em decorr ncia da restrita sistematiza o e ambiguidade que o conhecimento pedag gico e referente administra o da educa o apresentava seja pela pouca import ncia dada ao setor rural visto como composto por popula es pobres s quais qualquer m nimo de instru o bastava seja pela aus ncia de acumula o suficiente que possibilitasse ao estado arcar com a dissemina o da instru o e ampliar seu aparato de controle por todo o seu territ rio do que resultava a invisibilidade de necessidades caracter sticas requisitos e normas espec ficas para a instru o em distritos rurais Pode se afirmar que no final do s culo XIX a instru o p blica no Rio Grande do Sul n o havia ainda identificado e diferenciado com clareza a escola rural As formas com que era referida educador das col nias profess
43. pa 1997 2 ed MULLETT Michael A Contra Reforma e a reforma cat lica nos princ pios da Idade Moderna europ ia Lisboa Gadiva 1985 RATIO atque Institutio STUDIORUM Organiza o e plano de estudos da Companhia de Jesus In FRANCA Leonel O m todo pedag gico dos jesu tas Rio de Janeiro Agir 1952 NAVARRO Azpilcueta amp outros Cartas avulsas 1550 1568 Cartas Jesu ticas Belo Horizonte Itatiaia S o Paulo Edusp 1988 RODRIGUES Francisco A forma o intellectual do jesu ta leis e factos Porto Magalh es Moniz 1917 Recebido em 11 de agosto de 2005 Aprovado para publica o em 04 de outubro de 2005 96 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do s culo XIX e in cio do XX Contextualizing the rural school Rio Grande do Sul at the end of the 19 Century and the beginning of the 20 Fl via Obino Corr a Werle P s Doutorado Universidade do Minho U M INHO Dra em Educa o PUCRS Professora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS e mail FlaviaW unisinos br Resumo Este texto objetiva explicitar como a realidade educacional rural era concebida no Rio Grande do Sul GRS anteriormente constitui o da Escola Normal Rural a partir da an lise da legisla o mensagens de Presidente da Prov ncia e relat rios de Inspetores de Ensino Procura identificar como a id ia de instru
44. qu ncias de letras inventou nomes de letras e relacionou letras com palavras de forma que parecia aleat ria No entanto como disse as rela es o modo como pensava conhecido da menina e muitas vezes n o acess vel pesquisadora que acompanha va o desenvolvimento do trabalho Ao fi nal questionei se havia escrito tudo pois escreveu apenas cinco letras especialmen te para ltimo enunciado do texto que era longo P Pronto Escreveu tudo C Confirma e aponta a primeira linha Bruxa ela tava sentada com o gati nho a veio a formiga queria tomar o pirulito dela a bruxa pegou o neg cio com uma cordinha m gica Ela pegou o neg cio com uma cordinha m gica e fez a formiga virar um elefante porque tava tomando a o pirulito cresceu P Voc acha que a escrita ajudou a lem brar C Confirma Porque eu j vi na televis o porque porque quando passa os de senho os desenhos v passa uns bi cho eu vejo um mont o de bicho eu aprendo a fazer S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 13 Ao terminar o registro disse que a escrita auxiliou a lembranca do texto De fato o conte do recriado foi o mesmo que motivou o registro por m foi rememorado sem se relacionar com escrita para esse fim e disse que lembrou porque viu na televi s o que tamb m t m desenhos que explo ram a m gica interessante observar que na tentativa de reconstruc o do
45. qualidade social transformadora seria uma construc o coletiva isto o resultado de um esforco coletivo de articulac o dos in teresses das camadas populares por meio da educa o SANTOS 2004 Era com esta intenc o e com este sentido que segundo Paracampos se bus cava a participa o ativa dos trabalhado res da educa o e da sociedade Considerando os pontos acima deli neados Kemp ressalta que a gest o demo cr tica entendida como a supera o das pr ticas desenvolvidas pela escola tradici onal que reproduzem as rela es de poder da sociedade a desigualdade a exclus o e a discrimina o capaz de nstrumenta lizar as pessoas para intervir na realidade para transform la E mais vai al m das pr ticas de elei o da dire o e do colegia do escolar numa concep o mais ampla administrada com participa o popular Santos afirma que a Constituinte Escolar foi um exemplo cabal da gest o democr tica por m chama a aten o de que o entendimento da democracia limi tado na escola e de nada adiantaria se a Secretaria de Estado da Educac o tivesse uma proposta avancada se esta n o fos se assumida por quem faz a educac o acontecer no cotidiano das escolas e soma se a isto os empecilhos para se fazer de fato a democracia at porque esta de mocracia est inserida na infra estrutura da sociedade capitalista S rie Estudos Campo Gran
46. que acabaram as fronteiras que nos separa vam de continentes long nquos exigindo mais que nunca a busca de novas possibilidades de trabalho do professor de novos ambientes de aprendizagem em um novo paradigma de a o comunicativa e pedag gica evidente que tudo isso sem des considerar mais uma vez que vivemos in seridos em um processo de desenvolvimen to capitalista sugere por outro lado consi derar as rela es de produ o seu mono p lio e sua explora o do trabalho Neste sentido Abranches 2000 p 1 nos diz que se trata do resultado de uma disputa por hegemonia e monop lio onde o objeto central agora n o mais uma mercadoria medida pelo tempo necess rio para sua produ o Para este autor antes trata se de conhecimento e informac o como capi tal necess rio para a pr pria reproduc o n o podendo ser mensurado pela simples computac o de um tempo fabril Assim n o podemos dissimular ou escamotear em nome de um hovo paradigma em curso um desenvolvimento gritantemente desigual no campo da revoluc o informa cional enquanto crescem as diferen as so ciais Castells 1999 p 41 a esse respeito no fala que nesse mundo de mudan as confusas e incontroladas as pessoas ten dem a reagrupar se em tomo de identida des prim rias religiosas tnicas territoriais nacionais e complementa cada vez mais as pessoas organizam seu significado n o em tomo do que f
47. s o talvez per odos sucessivos de uma mol stia grave mas s o com certeza re sumo abreviado dos aspectos predominan tes de mal social grav ssimo Por isso o infeliz destinado solicitude dos m dicos veio impelido por uma pot ncia superior bater de encontro a uma civiliza o indo para a hist ria como poderia ter ido para o hosp cio Porque ele para o historiador n o foi um desequilibrado Apareceu como integra o de caracteres diferenciados vagos indecisos mal percebidos quando dispersos na multid o mas en rgicos e definidos quando resumidos numa indivi dualidade ld Ibid p 132 Cunha apresenta Ant nio Conselhei ro a partir de uma leitura luz do Determi nismo Social e do Evolucionismo como se ilustra pelo seguinte trecho dif cil tracar no fen meno a linha divi s ria entre as tend ncias pessoais e as tend ncias coletivas a vida resumida do homem um cap tulo instant neo da vida de sua sociedade A constitui o m r bida levando o a interpretar caprichosa mente as condi es objetivas e alteran do lhes as rela es com o mundo exterior traduz se fundamentalmente como uma regress o ao est dio mental dos tipos ancestrais da esp cie marcando S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 37 logicamente certo n vel da mentalidade humana recuando no tempo fixando uma fase remota da evolu o ld Ibid p 133 Na terceira parte da obr
48. s mais estreitamente do que os pr prios tomistas Ratio 1952 p 152 J na regra 2 do Professor de Filoso fia praticamente as mesmas recomenda es s o feitas s que nesse caso para com a leitura de Arist teles Em quest es de alguma import ncia n o se afaste de Arist teles a menos que se trate de doutrina oposta unanimemente recebida pelas escolas ou mais ainda em contradi o com a verdadeira f Semelhan tes argumentos de Arist teles ou de outro fil sofo contra a f procure de acordo com as prescri es do Conc lio de Latr o refu tar com todo vigor Ratio 1952 p 159 Os cursos e mat rias que compu nham os graus na educa o jesu tica deno tam como n o poderia deixar de ser um conte do escol stico que a rigor concebia a Teologia como o pice da forma o do futuro padre tendo as Humanidade e a Filosofia como suas auxiliares Toda a carreira dos estudos se divide em tres cursos parciaes distinctos mas depen dentes uns dos outros emquanto o inferior degrau e prepara o para os superio res o curso de letras ou linguas o de philosophia ou de artes e o de theologia O curso de letras prepara para o de philosophia e este para o theologia qual se entregava com particular empenho a Companhia como a estudo que mais directamente aproveitava para realizar suas aspira es religiosas RODRIGUES 1917 p 41 com grifos no original O latim era a l ngua oficial do
49. sistematizando os conhecimentos acumula dos historicamente pela humanidade para os alunos no ambiente das novas tecnologias ambiente cyber a quest o de outra natu reza isto a quest o ontol gica quais s o os modos de ser navegar em mundo s v rio s num comportamento libert rio desconstrutivista incestuoso num apelo irrefut vel anarquia A sociedade do con trole perde no ciberespa o para o hacker que tem esp rito de fl neur usa imagens m lti plas destoantes onde o lixo e o conhecimen to se misturam em uma mesma palavra cha ve e onde as descobertas servem para de monstrar as incertezas diante do que aconte cer no desconcertante milim trico veloz mo vimento do mouse rato errante Na escola os sabores do outro mun do este que acabou ou n o bem delimi tados est o na garganta do professor J os sabores da cibercultura o sarcasmo O er tico o outsider a identidade o corpo a mente a liberdade o artificial o global o local a glocalizac o a fragmentac o o oci dente e o oriente jorram violentamente no espa o escolar Sturm und Drang Tempes tade e mpeto Se vivemos afinal em uma era que vem sendo similar ao aparecimento da escrita alfab tica e da inven o da im prensa eras que formaram outros mundos novos este texto tendo lan ado um olhar sorrateiro s atualidades conectadas quis dizer a videosfera na tela multidimensio 203 nalizada rouba do
50. tico N o faria sentido defender a demo cracia participativa e chegar escola um caderno com uma pol tica pronta e aca bada produzido por determinado setor da Secretaria a ser seguido e implementado pela escola N o faria sentido tamb m passarmos um bom tempo debatendo e colhendo opini es sem avan armos a implementa o das diretrizes gerais de nossa pol tica apresentada no programa de governo e no caderno Escola Guaicuru Vivendo uma nova li o O ponto de equi l brio n o foi uma tarefa muito f cil e s vezes ele n o aconteceu SANTOS 2004 Paracampos apresenta limites mas ressalta a import ncia das a es at ent o efetivadas A Constituinte Escolar em Mato Grosso do Sul demarcou o compromisso com o desenvolvimento de um processo demo cr tico que possibilitasse aos educadores e a sociedade a compreens o e o exerc cio efetivo de uma participa o ativa de for ma madura e refletida no processo de dis cuss o e decis o sobre a educa o O que significou debater com a sociedade sul mato grossense tem ticas que pudessem entender as reais causas dos problemas para quest es de extremo significado para se entenderem muitas das quest es colo cadas at exaustivamente Foi uma experi ncia dolorosa para quem esteve frente do processo N o havia sociais e a fun o da escola neste mo mento hist rico da sociedade capitalista as mudan as necess rias reconhecendo por m os limite
51. tual e n o como volta ao passado em li es de comp ndios de Hist ria n o esque amos que a era da universaliza o do conhecimento modemo n o dei xou de ser linear Na sociedade da fus o real virtual o passado ou o futuro como espet culos assumem uma s ntese uma forma de agoridade perene a que nosso c rebro ainda n o est acostuma do a assimilar com tanta velocidade aprendemos a construir mem ria linear mente e a linearmente revisit la S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 51 Queiramos ou n o isto significa obje tivamente que o construto da realidade que implica estrat gias de constru o da pr pria exist ncia humana e em viv n cias plenas de significados atinge na mira o problema de uma nova subjetivi dade com certeza n o mais cartesiana n o mais iluminista em que uma pro fus o de m ltiplas intelig ncias valores e formas de comportamento entram no jogo de a o reflex o acomoda o mais do que nunca Se n s n o somos mais os mesmos desde que inventamos o pri meiro machado de pedra esta transforma o perene da objetividade da realidade sobre a natureza e da pr pria subjetividade chegou ao paroxis mo o grande desafio antropol gico e tico de nossa poca d Um paradoxo que se nos apresenta que o avan o tecnol gico resultando em impasse social traz o problema das fronteiras do ponto de vista das d
52. ver princ pios conte dos e metodologias compat veis com a pot ncia dos instrumen tos digitais 1 Entender a realidade virtual n o como o oposto da realidade imediata pois em sua dimens o existe uma realidade que lhe pr pria 2 Articular os conte dos de reas distintas dada a dimens o da inteli g ncia humana 3 Possibilitar a uni o de compet ncias individuais da equipe de tra balho 4 Compreender os filamentos nos quais ocorrem as situa es de aprendizagem o contexto da sala de aula o espa o interme di rio da escola e ainda a dimens o mais ampla do sistema educativo em n vel das rela es sociais em que o sujeito se encontra inserido 5 Considerar as mudan as poten ciais nas novas condi es da pr tica educati va n o como um c digo normativo redutivel a um conjunto absoluto de normas mas en tendendo o conhecimento did tico como sendo um agenciamento de linhas de articu Maria Lucia de A SOARES De semi foros glocaliza o e redes la o defendido por um territ rio de educa dores no qual convergem aspectos te ricos pr ticos entremeados por outras tonalida des PAIS 2002 p 52 Conclus o De Sturm Und Drang Este texto resultado de uma pesquisa te rica n o pretende anunciar verdades de finitivas sobre quest es did ticas diante do desafio condicionado pelo uso de novas tec nologias na educa o escolar Sua relev n cia desloca se para o fato de que o
53. 307 urbanas A preval ncia das escolas rurais que representavam 72 54 do total do estado apresenta a outra face das pr ticas de invisibilidade das escolas de distritos rurais e aten o privilegiada a escolas de centros mais populosos Na segunda d cada do s culo XX no ano de 1913 as estat sticas apresenta vam o mesmo perfil A Escola Complementar tinha uma matr cula geral de 1 145 alunos e a frequ n cia m dia de 985 Estavam instalados 21 Col gios Elementares com a matr cula de 4321 alunos e frequ ncia de 3 092 Existi am tamb m 1 157 Escolas Isoladas sendo 261 urbanas e 896 rurais com a matr cula de 40263 alunos e frequ ncia de 28 903 Portanto a maior parte 77 44 das Esco las Isoladas eram escolas rurais Os munic pios mantinham 307 esco las com a matr cula de 8 753 alunos e a frequ ncia de 7226 Havia Escolas Particu lares com a matr cula de 25 241 alunos e a frequ ncia de 20 693 Assim em 1913 a populac o escolar em todo o Estado era de 79 723 alunos com a frequ ncia m dia de 60 899 Se considerarmos o n mero total de alunos atendidos no estado metade 50 50 o eram em Escolas Isoladas ne 108 las incluindo tanto as rurais quanto as ur banas Verificamos tamb m que 71 79 dos alunos matriculados nestas Escolas Iso ladas mantinham frequ ncia regular Ora embora ressalvando que frequ ncia n o significa aproveitamento e aprova o po deriamos dizer que o resultado do restri
54. Batista apresenta parte da sua disserta o de mestrado O texto inicia comentando que o fracasso escolar e a discrimina o social e cultural desses povos Kaiowa e Guarani no entomo s cio demogr fico de Caarap levou a desenvolver uma experi ncia educacional na escola da aldeia Essa experi ncia foi desenvolvida e apoiada pela leitura de textos de autores envolvidos com a quest o por entrevistas com professores e observa es em sala de aula A escola funciona em dois per odos e atende alunos da Pr escola 82 s rie Conforme relato da autora No curr culo dessa nova escola a l ngua guarani fala da por professores e alunos em meio a sor risos Nesse espa o a L ngua Portugue sa serve para a comunica o com os n o ndios p 103 Existe o interesse em pre parar os alunos para a pr pria cultura e n o para o mundo exterior Segundo a autora os alunos da pri meira s rie s o os que demonstram maior alegria durante as aulas levantam se a todo instante de suas carteiras vez ou outra subitamente rolam pelo ch o praticando cambalhotas retiram se do local v o ao ba nheiro e voltam com os cabelos molhados deixando os respingos molharem o corpo e as roupas As consultas aos colegas pr xi mos na sala s o constantes Diante de to dos esses fatos o professor mant m sua postura de pouca interven o N o exige sil ncio ou imobilidade de alunos em suas carteiras 232 O processo
55. CNPq A autora sustenta que a prepara o de pesquisadores na rea de educa o no Brasil reflete a hist ria de um campo cuja configura o resultado de lutas e disputas por legitima o inclusive epistemol gica Palavras chave Pesquisa educacional forma o de pesquisadores Abstract The aim ofthis paper is to present some considerations and reflections on the process of training researchers in Education in Brazil These considerations are founded on analyses which researchers in the area have been producing since at least 1971 when the first revision of such production in the area was published GOUVEIA 1971 and on the experience of the authoress as a researcher and a trainer of researchers and member of the government Commission that evaluates programmes which train researchers in the area of education Bordieus notions of field and habitus are the basis for the reflections on the data obtained in the magazines in the area and on the data bases of Capes and of CNPq The authoress maintains the position that the preparation of researchers in the area of education in Brazil reflects the history of a field the configuration of which is the result of struggles and disputes for legitimation including epistemological Key words Educational research training of researchers S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 A motiva o imediata deste texto foi o co
56. Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 21 preservado mas de a fragmenta o de te mas numa multiplicidade de subtemas ou assuntos b pulveriza o dos campos tem ticos e c descontinuidade no trato dos assuntos Conv m destacar que a Tabela 18 1 do referido trabalho indica a distribui o das tem ticas das disserta es e teses por 15 grandes temas subdivididos em subtemas num total de 118 fazendo com que nenhum deles inclu sse mais de 5 das disserta es e teses N o exagero ao afirmar que essa constata o embora refutada por alguns pesquisadores da rea foi a base para a guinada dos programas na dire o de sua organiza o em linhas de pesquisa que em tese evitaria essa dispers o Claro que essa tend ncia foi fortemente induzida pelas sucessivas avalia es da Capes que passaram a valorizar os programas que se organizavam em linhas de pesquisa e pelo CNPq que iniciou o cadastramento dos gru pos nos Diret rios dos Grupos de Pesquisa em 1993 Voltando ao Centro Oeste a P s Gra dua o em Educa o nesta regi o ao con tr rio do que possa parecer n o t o jovem o primeiro programa foi criado em 1974 e mais da metade dos programas 5 data da d cada de 1980 Na d cada de 1990 seguindo a ten d ncia nacional os programas da regi o comecaram a se organizar em Linhas de pesquisa que inicialmente guardavam homologia com as disciplinas vest gio dos primeiros anos da P s Gr
57. Centro Universit rio Salesiano de S o Paulo UNISAL 131 Revista Inform tica na Educa o Teoria e Pr tica Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS RS 132 Revista Intertemas Associa o Educacional Toledo Presidente Prudente SP 133 Revista Integra o Universidade S o Judas Tadeu S o Paulo SP 134 Revista Jur dica da FURB Funda o Universidade Regional de Blumenau FURB SC 135 Revista Jur dica FOA Associa o Educativa Evang lica An polis GO 136 Revista Jur dica da Universidade de Franca Universidade de Franca Franca SP 137 Revista Jur dica Cesumar Centro Universit rio de Maring Maring PR 138 Revista Mimesis Universidade do Sagrado Cora o Bauru SP 139 Revista Montagem Centro Universit rio Moura Lacerda Ribeir o Preto SP 140 Revista O Dom nio da tica Funda o Centro de Analises Pesquisas e Inova es Tecnol gicas Manaus AM 141 Revista O Eixo e a Roda Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG 142 Revista Paid ia Faculdade de Filosofia Ci ncias e Letras de Ribeir o Preto Ribeir o Preto SP 143 Revista Pedagogia Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC SC 144 Revista Plures Centro Universit rio Moura Lacerda Ribeir o Preto SP 145 Revista Prosa Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regi o do Pantanal Campo Grande MS 146 Revista Psicologia Argumento Pontif cia Universidade Cat lica do Paran P
58. D SAVIANI et alii Org Hist ria e hist ria da educa o O debate te rico metodol gico atual Campinas 1998 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 25 VIEIRA E Pesquisa em educa o quando se espec fico Cademos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 67 p 56 58 1988 VIEIRA S A pesquisa em educa o no Brasil conversando sobre problemas perspectivas e prioridades Cademos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 55 p 81 84 1985 WARDE M J O papel da pesquisa na p s gradua o em educa o Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 73 p 67 75 1990 ____ A produ o discente dos programas de p s gradua o em educa o no Brasil 1982 1991 In Avalia o e perspectivas na rea de educa o ANPED 1993 WEBER S A produ o recente na rea de educa o Cademos de Pesquisa S o Paulo n 81 1992 Recebido em 05 de julho de 2005 Aprovado para publicac o em 25 de agosto de 2005 26 Eurize C PESSANHA Pesquisa e formac o de pesquisadores em educac o Artigos A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas implica es no campo da educa o The interpretation of Brazil and of the Brazilian and the implications in the field of education Adriana Kemp Maas Mestranda em Educa o nas Ci ncias Uniju e mail adrikm brturbo com N o certamente o atrativo menor de uma teoria o fato de
59. En concreto creemos que debe becarse a los docentes y o liberarlos de tareas para que puedan hacerlo Y como es obvio para eso hace falta una planificaci n dado que no ser a posible que cada quien lo decida por su cuenta para no generar problemas en el dictado de clases Pero debiera encararse un plan inte gral por el cual todos los docentes a quienes les falten m s de diez a os para jubilarse pudieran y debieran cursar estos ciclos en un per odo no superior a diez a os a partir del 2007 Idealmente esto permitir a 125 que con duraci n promedio de dos afios para cada ciclo de este tipo se pudiera or denar para que un quinto del total de la poblaci n docente del pa s por vez pudiera estar afectado a su formaci n y desafectado parcial o totalmente del dictado efectivo de clases De esta manera para el 2018 se habr completado la mayor a de la reconversi n formativa aqu propuesta sin que se produzcan situaciones dificultosas para el normal dictado de las clases Adici onalmente como incentivo para quienes completen estos ciclos debiera plantearse un reescalafonamiento que implique el ingreso a una nueva grilla salarial con mayores aumentos Por otra parte la formaci n continua seguir siendo necesaria en cualquier caso y aqu ser necesario dise ar y o autorizar a los privados a hacerlas ofertas definidas como necesarias que est n disponibles en forma planificada y que hayan sido pre seleccio
60. Ibid p 71 32 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas A complexidade tnica no Brasil evidenciada tamb m na p gina 71 em que afirma que a forma o do povo brasileiro est ligada aos seguintes fatores a heterogeneidade de elementos tnicos an cestrais b amplitude e varia o do meio f sico c variedade de situa es hist ri cas decorrentes em grande parte do meio f sico No que diz respeito a esta ltima va riante o autor diz que a ocupa o do Brasil j na fase colonial se deu separando se radicalmente o Sul e o Norte pertinente esclarecer que quando Euclides da Cunha se refere ao Sul deve se ler regi o sudeste S o Paulo e Rio de Janeiro principalmen te No Sul Sudeste portanto registrou se um movimento progressista enquanto que no Norte capitanias esparsas e incoeren tes onde a hist ria mais teatral por m menos eloquoente p 80 E soma se a isso a separa o entre si das tr s ra as forma doras do povo da regi o 0 negro ndio e o europeu portugu s Mesmo no per odo culminante a luta com os holandeses acampam claramente dis tintos em suas tendas de campanha os negros de Henrique Dias os ndios de Camar o e os lusitanos de Vieira Mal unidos na guerra distanciam se na paz O drama de Palmares as correrias dos selv colas os conflitos na orla dos sert es violam a transit ria converg ncia contra o bat
61. In FRIGOTTO Gaud ncio GENTILI Pablo Orgs A cidadania negada pol ticas de exclus o na educa o e no trabalho S o Paulo Cortez 2001 p 270 279 FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necess rios pr tica educativa S o Paulo Paz e Terra 2002 ___ Pedagogia da esperan a um reencontro com a pedagogia do oprimido S o Paulo Paz e Terra 1999 ___ Professora sim tia n o cartas a quem ousa ensinar S o Paulo Olho d gua 2003 FRIGOTTO Gaud ncio A nova e a velha faces da crise do capital e o labirinto dos referenciais 216 Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social te ricos In FRIGOTTO Gaud ncio CIAVATTA Maria Orgs Teoria e educa o no labirinto do capital S o Paulo Cortez 2001 p 23 50 ___ A forma o e profissionaliza o do educador novos desafios In GENTILI Pablo SILVA Tomaz Tadeu Orgs Escola SA quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Bras lia CNTE 1999 p 75 105 GENTILI Pablo Neoliberalismo e educa o manual do usu rio In GENTILI Pablo SILVA Tomaz Tadeu Orgs Escola SA quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalis mo Bras lia CNTE 1999 p 9 49 A exclus o ea escola 0 apartheid educacional como politica de oculta o In ALENCAR Chico GENTILI Pablo Educar na esperan a em tempos de desencanto Petr polis R Vozes 2001 p 25 43 Adeus a escola p blica a desordem
62. Mestrado em Educac o da Universidade de Uberaba MG UNIUBE e mail otaviano pereira Quniubebr Dra em Educa o professora do Programa de M estrado em Educa o da Universidade de Uberaba MG UNIUBE e mail alaide donatoni uniube br Resumo Com o objetivo de contribuir com o crescente debate a respeito do uso das Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC no campo da educa o escolar os dois autores deste texto prop em responder a tr s quest es centradas em tr s enfoques convergentes do problema Em um primeiro momento uma leitura mais abrangente universal Em um segundo a extens o de uma revolu o por eles reconhecida atingin do o campo da educa o escolar Finalmente um olhar atento forma o inicial e ou continuada n o s para se adaptar passivamente a esta revolu o mas para enfrent la absorv la ou enriquec la Ao final al m da indica o dos textos utilizados conforme a norma t cnica adotamos a estrat gia de indicar algumas leituras complementares na pr pria refer ncia sob o t tulo Bibliografia recomendada Palavras chave Tecnologias da Informa o e Comunica o educa o escolar forma o de professores Abstract With the aim of contributing to the growing debate on the use of Information and Communication Technology ICT in the field of schooling the two authors of this text propose answering three questions centered on three converging focusses of the problem
63. O futuro professor do curso de filoso fia ou de teologia al m de ter feito o curso de teologia faria mais dois anos de especia lizac o e s depois dos trinta anos por via de regra termina o professor jesu ta a sua forma o intelectual FRANCA 1952 p 54 Al m do conte do formativo havia uma forma o mais t cnica did tica dir amos hoje para o exerc cio pleno do magist rio No in cio do Ratio na regra 22 do Provincial h a prescri o de se formar bons professores por meio de estudos espec fi cos denotando ser este um aspecto muito importante para a organiza o escolar da Companhia Para conservar o conhecimento das letras cl ssicas e alimentar um semin rio de professores procure ter na Prov ncia pelo menos dois outros var es eminentes em literatura e eloqu ncia Para este fim en tre os bem dotados e inclinados para este g nero de estudos designar de quando em quando alguns suficientemente for mados em outras disciplinas a fim de constitu rem com o seu trabalho e esfor S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 85 o um como viveiro ou seara que ali mente e propague a ra a dos bons pro fessores Ratio 1952 p 126 E na nona das Regras do Reitor a prepara o t cnica e pr tica dos futuros professores fica ainda mais clara Para que os mestres dos cursos inferiores n o comecem a sua tarefa sem prepara o pr tica o Reitor do col gi
64. OMC en su sede 10 p Ginebra marzo 2004 PEDR Francesc PUIG Irene 1998 Las reformas educativas Una perspectiva pol tica y com parada Paid s Barcelona 1998 PUELLES BEN TEZ Manuel de MART NEZ BOOM Alberto 2003 La reforma de los sistemas educativos M dulo Il Curso Experto Universitario en Administraci n de la Educaci n Universidad Nacional de Educaci n a Distancia UNED Madrid 2003 TIRAM ONT Guillermina 2005 La escuela en la encrucijada Diario Clar n Buenos Aires 12 05 05 VIRNO Paolo 2003 Gram tica de la multitud Para un an lisis de las formas de vida contempor neas Pu aladas ensayos de punta Colihue Buenos Aires 2003 Recebido em 05 de novembro de 2005 Aprovado para publicac o em 29 de novembro de 2005 128 Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral S neca o papel do s bio na forma o da humanidade Seneca the role of the sage in the formation of humanity Jos Joaquim Pereira Melo Doutor em Hist ria professor do Departamento de Funda mentos da Educa o e do Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Estadual de Maring e mail jjpereiramelo hotmail com Resumo Prop e se com o presente artigo proceder a algumas reflex es sobre a proposta de educa o de S neca e o papel que nela ele atribui ao s bio Situando S neca em seu momento hist rico quando o romano se considerava um porta voz da universalidade hum
65. Os escritos de S neca ainda hoje conser vam profunda validade porque perpassa dos de perenes valores human sticos Ele procurou responder interroga o fun damental da exist ncia humana Como deve o homem agir e portar se em meio ang stia e preocupa o da vida para assegurar a felicidade e a paz ULLMANN 1996 p 63 Concluindo no pensamento de S neca que ultrapassou cent rias podem se apreender li es que parecem atuais tan to no que diz respeito forma o do homem quanto a seus problemas existenciais Nota L cio Aneu S neca nasceu em C rdoba no ano 4 aC e morreu em 65 dC Foi um advogado fil sofo pol tico e orador brilhante que se tomou questor e mais tarde ascendeu ao cargo de c nsul Preceptor e conselheiro de Nero esteve frente do Imp rio Romano por quase dez anos Condenado por Nero por alta trai o foi obrigado a suicidar se abrindo as velas o papel do s bio na forma o da humanidade Refer ncias ALMEIDA PRADO Anna Lia Amaral de Apontamentos para um estudo sobre a moral de S neca nas Epistolae ad Lucilium Anu rio de 1946 47 S o Paulo Faculdade de Filosofia do Instituto Sedes Sapientiae da Universidade Cat lica de S o Paulo 1946 47 p 159 170 CAMBI Franco Hist ria da Pedagogia S o Paulo Editora UNESP 1999 GARC A GARRIDO J L La filosof a de la educaci n de Lucio Annaeo S neca Madrid Editorial Magisterio Espa ol 1969
66. Os paradigmas da educa o Revista de Estudos Pedag gicos v 73 n 175 p 547 565 set dez 1992 N VOA Ant nio Coord Os professores e sua forma o Lisboa Dom Quixote 1992 PEREIRA Otaviano J Modernidade p s modemidade onde estamos Forma o docente Online Revista do Mestrado em Educa o da UNIUBE Uberaba v 3 n 7 jan Jabr 2003 Dispon vel em lt wwwuniubebr institucional proreitoria propep mestrado educacao revista vol 07 indexhtm gt Acesso em 07 jan 2005 PIMENTA Selma G 6 GHEDIN Org Professor reflexivo no Brasil g nese e cr tica do conceito S o Paulo Cortez 2002 RAMAL A C O professor do pr ximo mil nio Revista on line de Educa o Dist ncia n 3 nov 2000 Dispon vel em lt http www revistaconecta com conectados ramal proximo htm gt Acesso em 1 out 2004 SACRIST N Gimeno Tend ncias investigativas na forma o de professores In PIMENTA Selma G GHEDIN Org Professor reflexivo no Brasil g nese e cr tica do conceito S o Paulo Cortez 2002 SOUZA SANTOS Boaventura Introdu o a uma ci ncia p s modema Rio de Janeiro Graal 1989 ___ Pela m o de Alice o social e o pol tico na p s modernidade S o Paulo Cortez 1985 TARDIF Maurice Saberes docentes amp forma o profissional 3 ed Petr polis Vozes 2003 WERTHEIM J Como ser a educa o da pr xima gera o In Folha Sinapse S o Paulo 29 jul 2003 Recebido em 05 de a
67. Teofrasto e os demais de virtu de Nenhum deles deixar de estar nos sa disposi o nenhum despedir o que o procurar sem que faca mais feliz e devo tado a ele nenhum permitir a quem quer que seja partir de m os vazias e eles podem ser encontrados por qualquer homem tanto durante o dia como a noite Nenhum destes forcar tua morte todos re ensinar o a morrer nenhum dissipar teus anos mas te oferecer os seus Nun ca a conversa o com eles ser perigosa fatal a amizade ou onerosa a defer ncia Conseguir s deles tudo o que quiseres n o ser deles a culpa se n o tiveres exau rido tudo o que desejas Sobre a brevida de da vida XIV 5 e XV 1 2 Nesse sentido n o se pode limitar a efic cia da a o do s bio quer em vida quer ap s a sua morte desde que o ho mem propenso ao ideal de perfeic o bus que com dedicac o e perseveranca o seu exemplo Revestido dessas qualidades o s bio quando aparecesse teria condi es para ser o legislador o jurista o pol tico porquanto era ele quem melhor sabia discernir o que era justo e injusto para O homem e para o Estado ULLM ANN 1996 Entretanto S neca se reportava ao conselho deixado por Dem crito que n o tenhas muitas ocupa es nem em particu lar nem em p blico aquele que deseja vi ver tranquilo Sobre a serenidade da alma XIII 1 como indicativo de que ele conside rava estas atividades infrut feras e in teis 136
68. a Federa o Evidente que havia os nossos limites de atuac o principalmente quando se considera a magnitude da responsabilidade em que estamos empenhados SANTOS 2004 Paracampos observa que havia ain da muito que fazer O pr ximo momento da Constituinte Escolar se referia a an lise avaliac o e reestruturac o dos Projetos Pol tico Peda g gicos e regimentos escolares em con son ncia com o plano portanto seria o momento de retomarmos o debate sobre os projetos pedag gicos desenvolvidos e continuarmos o processo de formac o dos educadores tendo como refer ncia os prin c pios da Escola Guaicuru vivendo uma nova li o Com a mudan a de Secret rio houve uma mudan a na condu o da Proposta de Educa o embora esta MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino mudan a n o tenha sido explicitada para os educadores sendo percebida com o tempo e pelas novas formas de orienta es e de condu o dos projetos da SED Percebe se por exemplo na elabora o do Plano Estadual uma participa o re presentativa dos educadores e da socie dade neste processo onde a concep o de democracia embora n o tenha sido debatida ou explicitada muda substanci almente PARACAM POS 2004 Est o evidentes tanto nas palavras de Kemp mencionadas acima quanto nas pala vras de Santos e de Paracampos que os mo tivos que incorreram na interrup o da Cons tituinte Escolar est o a
69. a segunda em fevereiro Id Ibid p 120 A f religiosa tamb m tra o marcan te da constitui o do sertanejo expressada por meio de imagens de santos rezas pro ciss es e ladainhas s quais se entregam em uma esperan a que pura espera impossi bilitados de fazerem sua pr pria hist ria O seu primeiro amparo a f religiosa Sobra ando os santos milagreiros cruzes al adas andores erguidos bandeiras do Divido ruflando l se v o descampados em fora fam lias inteiras Ecoam largos dias pelos ermos por onde passam as lentas prociss es propiciat rias as ladai nhas tristes Rebrilham longas noites nas chapadas pervagantes as velas dos peni tentes Mas os c us persistem sinistra mente claros o Sol fulmina a terra progri de o espasmo assombrador da seca O matuto considera a prole apavorada con templa entristecido os bois sucumbidos em mugidos prantivos farejando a gua e sem que se lhe amorte a a cren a sem duvidar da Provid ncia que o esmaga murmurando s mesmas horas as preces costumeiras apresta se ao sa crificio Id Ibid p 121 A religiosidade do sertanejo como ele mesti a as suas cren as singulares tra duzem a aproxima o de tend ncias distin tas lendas arrepiadoras do caapora do saci diab lico de lobisomens e mulas sem cabe a de mal assombramentos variados as benzeduras e as profecias esdr xulas de messias insanos conviv
70. acess veis democraticamen te Ou seja h efetivamente um abismo en tre o potencial democr tico do conhecimen to e da informa o e sua real efetiva o Uma sociedade capitalista a rigor n o combina com democratiza o do conheci mento e da informa o Esta seria a sua ru na Os defensores da tese de que existe uma democratiza o do conhecimento e da informa o omitem que cada vez mais o poder econ mico e a pr pria no o de desenvolvimento baseiam se na posse e controle de informa o e portanto blo queiam as for as democr ticas que reivin dicam o direito de acess las compreend 207 las ou dominar seus c digos MORAES 2004 p 144 Da mesma forma que a informa o relevante n o democratizada o conheci mento tamb m n o e funciona como for a ideol gica para culpabilizar os exclu dos pela sua exclus o Como se afirma que o trabalho est cada vez mais ligado ao co nhecimento ter ou n o ter os conhecimen tos certos visto como o diferencial de com petitividade Como se produz a ilus o de que os conhecimentos est o dispon veis e podem ser buscados por qualquer um se a pessoa n o os tiver porque n o os bus cou foi pregui osa Ou seja a exclus o culpa do pr prio exclu do Outra forma de percebermos a fal cia da democratiza o do conhecimento e da informa o que se pode observar fa cilmente que ao mesmo tempo em que os discursos ofi
71. acessados em 12 08 2005 20 Eurize C PESSANHA Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o Figura 3 Apoio do CNPq aos docentes dos Programas de P s Gradua o em Edu ca o da regi o Centro Oeste A FDIO DO CHFR AOB DOCENTES DOB PROGRAMAS DE F B GRADUA O EM EDUCA O DA REGIAO CENTRO OEHT E BOLSAPROD PESOU EA re 00 ea tata POLTAMOPO FONTE Curr culos Lattes dos docentes NRD6 2003 dos de P s Gradua o em Educa o da regi o Centro Oeste acessados em 12 8 2005 Os dados apenas referendam as con clus es de Dourado sobre a concentra o dos grupos no Sul e no Sudeste ou para ser mais expl cita a rarefa o dos grupos nas demais regi es mas refor am essa id ia mostrando que apenas 32 dos pesqui sadores dos Programas de P s Gradua o em Educa o da regi o Centro Oeste rece beram durante toda a sua carreira como pesquisadores apoio financeiro do CNPq para seu of cio de pesquisar Cabe lembrar tamb m que as regi es Norte e Nordeste v m sendo alvo de pro gramas espec ficos para forma o e fixa o de pesquisadores S muito recentemente esses programas come aram a contemplar a regi o Centro Oeste e n o incluem a rea de Ci ncias Humanas Mas que hist ria nos contam esses dados Haveria uma hist ria da produ o do conhecimento na rea de educa o no Cen tro Oeste Que hist ria nos conta essa hist ria Estaria essa hist ria relacionada com o
72. acima defendida est fundamentada em uma concep o de democracia de car ter popular cujo mecanismo colocado o da participa o direta das pessoas no limi te de sua atua o e de suas possibili dades concretas tanto no processo de tomada de decis es quanto na sua execu o grifo nosso Santos faz ainda a seguinte explica o Democracia participativa e n o apenas representativa Podemos falar em demo cracia direta com qualidade nas interven es porque apostamos no processo en quanto um instrumento permanente de forma o pol tica com quantidade porque apost vamos na pol tica da inclus o de sujeitos na vida da escola Reconhec a mos os limites da democracia da escola porque esta se insere na infra estrutura da sociedade capitalista que se caracteriza pela exclus o e pelo autoritarismo SANTOS 2004 grifo nosso 160 Para Paracampos o significado de democracia posta na Constituinte pressu punha o entendimento das forcas sociais atuantes num contexto de contradi es originadas no embate pelos interesses an tag nicos de classe Assim buscando aprofundar mais a articulac o gest o democr tica e a demo cracia que lhe d sustenta o e como essa articulac o percebida pelos sujeitos com Kemp teve se a explicac o que segue A concepc o de gest o democr tica e sua efetiva realizac o na escola se dariam a partir de uma nova concepc o de demo cracia um novo jeito de c
73. as a religious organization that expressed the discussions and needs of the Catholic Reform of that period Within a few years it became one of the main religious orders of the world and in the case of Brazil it was without doubt the most important of the colonial period Four aspects of the educational training of the priests is presented differing only in methodology rigorous scholastic technical and missionary training This manner of understanding and presenting the future Jesuit allows us to show two great characteristics that mark their rationality and their action their scholastic tradition and their acceptance and absorption of the new reality Key words Education Company of Jesus Ratio Studiorum Jesuit rationality S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 A Companhia de Jesus uma ordem religiosa que nasceu sob os ausp cios da Reforma da Igreja Cat lica e com um grande objetivo reconquistar a cidade de Jerusal m para os crist os Deste ideal fran camente cruzad stico at os trabalhos liga dos s cortes educa o e s miss es por meio dos quais a Companhia tomou sua forma definitiva v rios anos se passaram O car ter educativo e principalmente mis sion rio dos padres jesu tas n o nasceu pronto e longe estava de ser um objetivo quando da funda o da nova ordem em 1534 Como verdadeiro instrumento refor mador a Societas le
74. as foram incentivadas a partir da observa o de cart es que continham se qu ncias de uma mesma letra e palavras com n meros diferenciados de letras a autora diz que as crian as definem como crit rios de legibilidade das escritas a quan tidade m nima de letras e varia o intra figural Dessa forma tendo sido elaboradas essas condi es alguns textos segundo a autora s o imediatamente interpret veis como antes outros potencialmente interpret veis porque apresentam as condi es for mais requeridas mesmo se n o possi vel atribuir lhes imediatamente uma in terpreta o outros ainda n o s o interpre t veis mesmo se o contexto fornecido quando a quantidade est abaixo do 64 Claudia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras m nimo ou quando os crit rios de varia o intrafigural n o s o atendidos FER REIRO 1990 p 29 Ainda conforme Ferreiro 1990 a quantidade de letras e a varia o intrafigural s o crit rios absolutos ou seja n o per mitem comparar as escritas entre si mas estabelecer quais delas podem ou pode r o ser interpret veis Dessa forma o con texto que ir definir a denomina o poden do por exemplo como assinala a autora dois textos iguais receberem interpreta es diferentes se estiverem em contextos dis tintos Um avan o importante ocorre quan do as crian as definem um novo crit rio relacionado com as distin
75. blica a que o professor que atuasse em escolas rurais recebesse forma o espec fica de mesma qualidade que professores que atuassem em centros populosos e em outros tipos de escolas M esmo considerados anacr nicos os concursos j eram considerados alter nativa suficiente para prover o corpo do cente de escolas rurais Portanto a preocu pa o com a forma o do professor das cidades em um n vel alto de qualidade e a compreens o de que isso ocorreria na es cola de forma o de professores da capital representava uma id ia que avaliamos for temente elitista Escolas rurais dados estat sticos No ano de 1905 no Rio Grande do Sul estavam em funcionamento 1 118 es colas sendo 449 do sexo masculino 121 do sexo feminino e 548 mistas A classifi ca o das escolas informava acerca de sua prov vel localiza o sendo que havia 81 de 3 entr ncia situadas em n cleos mais populosos 126 de 2 entr ncia e 911 de 1 entr ncia estas as mais distantes dos centros populosos e em geral via de entra da nas atividades docentes da instru o p blica do estado Ora se 1118 8148 107 das escolas eram de primeira entr ncia era a realidade da escola mais afastada de aglomera es a qual designamos hoje de rural que predominava Registra se no Relat rio da Diretoria de Instru o P blica j no ano de 1906 a distin o entre escolas rurais e urbanas contabilizadas assim 811 escolas rurais e
76. constitu do por 11 membros acaba por concentrar inclusive estatutariamente Art 16 o controle sobre o processo decis rio nas APMs Nesses termos e apesar dos apelos oficiais o modo pelo qual o PDDE foi im plantado no caso paulista parece reforcar a estrutura pouco perme vel a participa 224 c o de pais e alunos que tem caracteriza do nossas escolas O PDDE em Pirassununga O munic pio de Pirassununga com seus 64 853 habitantes situa se na por o leste do estado de S o Paulo distante 207 quil metros da capital no eixo de mais acentuado desenvolvimento s cioecon mico do estado S o Paulo a Ribeir o Pre to De acordo com o ndice de Desenvolvi mento Humano IDH calculado pela ONU com base na renda educac o e expectati va de vida Pirassununga a trig sima melhor cidade para se viver no Brasil Vale ressaltar que o munic pio n o possui fave las e que 100 dos domic lios da zona ur bana s o atendidos por servi os de gua tratada e de esgoto Em 1995 ano de implanta o do PDDE em S o Paulo o municipio de Pirassu nunga n o oferecia o ensino fundamental regular Sua rede de ensino era constitu da por escolas de educa o infantil atenden do a 1702 crian as educa o especial com 108 alunos e educa o de jovens e adul tos por meio da oferta de ensino supletivo de 12 a 42 s rie a 191 alunos Seu diminuto atendimento ao ensi no fundamental regular resulta da combi na o
77. das materias de ensino pela prudencia entendia o methodo e tino para o applicar e na lealdade com prehendia o conjunto de dotes moraes que tomam um mestre perfeito Todas estas qualidades procurava segundo suas leis a Companhia de Jesus que as tivessem os professores dos seus collegios e universi dades RODRIGUES 1917 p 91 92 O papel que o professor desempe nha no processo educativo t o importante no Ratio que a formac o espec fica dos mestres requereu preocupac o dos jesu tas Franca mostra que o caminho para se tor nar um professor dos col gios jesu ticos era longo e igualmente rigoroso Para ser pro fessor por exemplo no curso de Letras cursos inferiores eram necess rios dois anos de um est gio pr prio para um aper feicoamento moral para s ent o comecar a forma o intelectual na qual dois outros anos s o ainda consagrados ao estudo mais profundo das letras cl s sicas latim grego hebreu No esbo o do Ratio de 1586 aventou se a id ia de en caminha los ent o imediatamente ao magist rio Foram quase un nimes as reclama es das prov ncias contra esta medida Uma s lida forma o filos fica de pelo menos tr s anos pareceu lhes pre para o indispens vel ao exerc cio fecun do do ensino A filosofia dava aos futuros mestres uma vis o org nica da vida ama durecia lhes o esp rito e com mais tr s anos de estudo tamb m a experi ncia da vida FRANCA 1952 p 53 54
78. de fomento sendo praticamente a nica no caso do Centro Oeste uma vez que as ag ncias estaduais al m de incipientes quase n o financiam pesquisas na rea de ci ncias humanas A quest o que orientou minha busca aos bancos de dados em rela o s tend n cias e perspectivas da pesquisa em educa o na Regi o Centro Oeste dizia res peito exatamente ao apoio do CNPq pro curei saber como essa ag ncia de fomento vem apoiando os pesquisadores dos Pro gramas de P s Gradua o em Educa o dessa regi o Tendo como fonte os Curr culos Lattes dos pesquisadores 83 do grupo de docentes permanentes dos programas de p s gradua o NRD6 em 2003 em edu ca o do Centro Oeste verifiquei quantos apresentavam hist rico no CNPq e des ses quantos receberam financiamento para pesquisa quer seja sob a forma de Aux lio Pesquisa quer seja sob a forma de bolsa de Produtividade de Pesquisa Figura 2 Compara o do apoio do CNPq aos docentes dos Programas deP s Gradua o em Educa o da regi o Centro Oeste NUNCA PROGRAMAS RECEBERAM aie APOIO PROGA 1 4 PROG B 12 3 PROG C 7 1 PROG D 7 2 PROG E 3 0 PROG F 10 3 PROG G 2 2 PROG H 3 3 auxuo BOSA ouro EM PESQUISA ROD ao ACESO PESQUISA LATTES 4 0 1 0 2 1 0 1 1 1 1 3 1 0 1 1 0 3 0 5 5 5 0 4 4 0 2 2 5 2 1 Fonte Curriculos Lattes dos docentes NRD6 2003 dos Programas de P s Gradua o em Educa o da regi o Centro Oeste
79. de dois fatores o processo de muni cipaliza o deflagrado pelo governo esta dual em exerc cio durante o per odo de 1995 1998 por meio de conv nios entre as secretarias de educa o das duas esfe ras governamentais e a implanta o do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Theresa ADRI O Teise GARCIA Programa dinheiro direto na escola M agist rio Fundef no ano de 1998 As sim nosso olhar sobre a implanta o do PDDE em Pirassununga focar o per odo de 1997 1998 a partir do qual os dados educacionais de Pirassununga podem ser sintetizados como se segue Quadro 3 Matr culas por etapa do ensino fundamental regular Legenda RE Rede Estadual RMI Rede Municipal RP Rede Particular Fonte Censo Escolar SEE SP Percebe se que a amplia o na ofer ta do ensino fundamental deu se apenas nas quatro primeiras s ries as quais funci onavam em 1997 em tr s escolas criadas pela prefeitura na zona rural do munic pio No entanto foi a partir de 1998 com a cri a o da primeira escola municipal urbana de ensino fundamental e da constitui o de sua APM que o PDDE chegou s esco las municipais de Pirassununga Tendo em vista os montantes para repasse previstos pelo FNDE para o ano de 1998 e levando se em considera o que os valores referiam se aos dados de matri cula do ano anterior as escolas de Pirassununga encontravam se nas primei ras du
80. desse evento considerado que o mesmo teve repercuss o relevante na hist ria educacional de Mato Grosso do Sul A possibilidade de concretizar o di logo proposto est no resultado de entre vista efetivada com os denominados sujei tos hist ricos A escolha desse instrumento de coleta de dados se deu considerando a sua natureza n o r gida na busca da com preens o de uma realidade uma vez que um trabalho de campo sempre uma ex peri ncia singular e esta escapa frequentemente racionalidade descrita nos manuais de metodologia ZAGO 2003 p 292 Assim a regra respeitar princ pios ticos e de objetividade na pesquisa bem como ga rantir as condi es que favore am uma melhor aproxima o da realidade estu dada pois sabemos que nenhum m todo d conta de captar o problema em todas as suas dimens es ZAGO 2003 p 294 Com esse entendimento articulado ao compromisso de uma melhor e maior aproxima o da realidade pretendida as orienta es encontradas tamb m em Zanten 2004 s o imprescind veis A auto ra ressalta que ao se analisar os dados emp ricos obtidos temos que ver a utiliza o da entrevista como se fosse um qua dro estat stico e trat lo com o id ntico res peito p 34 mostrando o que realmente representativo e importante Ela ainda des 154 taca importante entender as categori as que acionam os atores p 36 Acredita se que o caminho percorr
81. directivos t cnicos padres y alumnos tienen con respecto a la escuela Pero s significa que la racionalidad buro cr tica opera con peso aplastante contra el que es preciso actuar con decisi n para poder enraizar un proceso verdaderamente democr tico en la instituci n Discriminar entre esferas de competencia t cnica las pedag gico did cticas en los que los do centes deben cumplir un rol central y esfe ras de competencias sociales y pol ticas si se quiere en las que el conjunto de la comunidad educativa pueda participar es un buen paso para no mezclar la hacienda y es indispensable para ubicar a cada actor en el escenario en el que puede y deber a desempe arse mejor Por ltimo como sexto eje creemos que tambi n se requiere de un mayor desarrollo de modalidades interactivas de la ense anza aprendizaje que puede y debe beneficiarse del empleo de las tecnolog as de Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral informaci n y comunicaci n TICS integra das en el proceso educativo mismo y no como una asignatura separada o como competencias y saberes extra escolares Lo concreto En la Argentina una de las cuestiones que han quedado m s expuestas de la aplicaci n de la Ley Federal ha sido la transformaci n de estructuras del sistema Por eso no creemos que sea una soluci n el Vol ver atr s reinstalando la escuela primaria y la secundaria como s
82. discurso alheio varinha de cond o se transforma em cordinha m gica Por meio da trama discursiva que se desenvolve no processo de registro do texto pode se inferir que a crianca descobriu que as letras s o usadas para escrever mas ainda n o se apropriou das suas formas Esse aspecto aparente mente negativo do processo se torna ex tremamente importante pois permitiu que a Crian a revelasse seus modos de pensar e de elaborar a escrita O segundo texto escrito por MI foi uma mensagem de Natal que deveria ser entregue professora da classe Nesse caso al m de as crian as terem que es crever com aten o para lerem o que es creveram foi explicado que a professora tamb m deveria ler o texto Al m disso o texto tinha o nome da professora e da pr pria crian a No caso do primeiro nome a Crian a sempre o escrevia na classe e por isso j o havia memorizado Na ativi dade anterior comp s cada senten a do texto com um n mero maior de letras Na situa o de registro da mensagem natali na utilizou um n mero reduzido isto escreveu a maioria das senten as com apenas duas letras Veja Tia V Eu vou te dar um presente de Natal Eu gosto de voc e dos deveres Eu gosto de escrever Voc bonita e boa Feliz Natal MI Novembro de 2002 Durante o registro a crian a preocu pava se com a quantidade de letras que deveria ser anotada e sempre dizia que fal tava uma letra mas n o sabia ao certo q
83. dita mes dos mandat rios locais e sua nacio nalidade expressa no aprendizado e utili za o corrente do vern culo O conhecimento novo era adquirido como condi o para a melhor prepara o para as miss es e tamb m para uma atu a o mais eficiente nas terras de expan s o do cristianismo A forma o do futuro jesu ta agregava novos saberes ao rigor escol stico e dessa forma forjava com compet ncia os padres reformados pron tos para irem onde seus superiores os man dassem A Companhia de Jesus em sua orga niza o intema dificilmente perdia o rigor em qualquer de suas atividades por m ine g vel que a preocupa o com a forma o dos futuros padres jesu tas era corrente etida como assunto de m xima import ncia o Ratio Studiorum o exemplo perfeito pois era o momento e o espa o pr prio para 94 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI garantir que a Societas lesu continuasse a ter em seus quadros padres acima de tudo competentes e moralmente ilibados como verdadeiros instrumentos de uma igreja que estava se reformando e para um catolicis mo que estava se expandindo Notas Millett informa que a institui o dos semin rios uma norma moderna dentro da Igreja pois antes n o havia essa preocupa o n o se sabendo ao certo onde e quando os semin rios foram institu dos se na Espanha ou Granada ou mesmo com o bispo Giberti em Verona ou talv
84. duos e pelo qual se percebe a distin o dos ou tros animais n o o fato de pensar mas o de produzir seus meios de vida E ao pro duzir esses meios produzem a sua pr pria vida material e a produ o dessa vida material a pr pria hist ria dos homens A consci ncia decide as rela es entre os ho mens e estes com a natureza Marx frisa que n o a consci ncia que determina a vida mas a vida que determina a consci ncia MARX ENGELS 1976 p 37 167 Assim s institui es sociais nas formas governo fam lia escola igreja s o articuladas pela interdepend ncia vis veis nos aspectos cren a burocracia pol tica Dentro das formas sociais os homens esta belecem rela es que d o constitui o sociabilidade humana Essas rela es n o s o est ticas n o s o homog neas n o s o harm nicas S o constitu das num mo vimento dial tico em que a humanidade se produz se reproduz tece id ias conjuntas e ao mesmo tempo entra em contradi es Uma rela o pedag gica educa o por exemplo estabelece formas homog neas mas sempre em movimento permeado por outras quest es com as rela es sociais econ micas e pol ticas as concep es as cren as as prefer ncias as press es as exclus es os conflitos as sedu es os amparos as ajudas enfim quest es amplas e espec ficas que fazem o cotidiano As rela es humanas s o complexas e nestas o sujeito re
85. e formac o de pesquisadores em educac o 24 Educa o indiv duo e sociedade 25 Estado e pol tica educacional 26 Forma o e profissionaliza o docente 27 Educa o e linguagem 28 Educa o e movimentos sociais pol ticas e gest o em educa o 29 Magist rio e processos de aprendizagem 30 Pol ticas p blicas e gest o da educa o b sica 31 Pol ticas p blicas e gest o da educa o superior 32 Tecnologias de comunica o e informa o na educa o 33 Educa o e trabalho 34 Diversidade cultural e educa o ind gena N o fiz o cruzamento desses dados com os dos demais programas de P s Gra dua o em Educa o do pa s mas posso afirmar que essa tend ncia nacional O pr prio Documento da rea divulgado ao final da avalia o do tri nio passado afir ma que A CA ED observou pela an lise dos rela t rios do tri nio a tend ncia de constitui o de linhas de pesquisa extremamente abrangentes Tal abrang ncia facilita a inclus o de projetos de pesquisa das mais variadas tem ticas mas de forma algu ma assegura a organicidade da proposta A quest o se agrava ao se perceber que muitas vezes as tem ticas de teses e so bretudo disserta es guardam pouca ou nenhuma rela o com os projetos e mes mo com as linhas CAPES 2004 Nesse sentido como n o poderia deixar de ser a hist ria do campo na regi o Centro Oeste n o diferente da hist ria nacional
86. e passar uma mangueira de press o A eles logo iam aprender a n o desperdi ar gua Se n o o povo n o vai se conscientizar N o tem jeito Tem que ser na base da for a mesmo Mesmo que houvesse desaprova o da turma quando dessa ltima fala tal repro va o pareceu me mais no sentido de ter fei to uma afirma o imposs vel de ser praticada do que por outro motivo Afirmo isso em pri meiro lugar porque a afirma o foi motivo de risada geral e em segundo lugar porque alguns alunos dessa turma vieram me dizer pois assim que a aluna terminou de falar deu o sinal para o intervalo que n o era para levar em conta a fala daquela estudante Ela meio doida mesmo Imagina se daria certo dar banho desta forma nos pobres Como se pode observar a classifica o de alta cultura e baixa cultura est carregada de sentidos que conferem Jos Lic nio BACKES O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos legitimidade aos que se representam como pertencentes alta cultura Os da alta cultu ra s o os respons veis por conscientizar al m de terem capacidade de adquirir tons ci ncia conforme a fala j citada Se tu fo res explicar para o rico ele vai entender ele tem cultura Essa compreens o n o fruto do acaso muito menos natural Ela o resultado de uma disputa de poder e do que esses sujeitos conhecem como narrativa sobre a cultura A
87. ela ser refut vel justamente com isso ela atrai mentes mais sutis Friedrich Nietzsche Resumo Com base no entendimento de que a interpreta o do Brasil e do brasileiro nos diferentes momentos da hist ria do pa s por diferentes autores consolida arqu tipos culturais que se refletem na ordem social e nos conceitos estruturantes da educa o e do pensamento pedag gico demarcando possibilidades de mudan a do pa s este texto constitui se de uma an lise dos textos Os Sert es de Euclides da Cunha 1902 Urup s de Monteiro Lobato 1914 e Forma o do Brasil Contempor neo de Caio Prado Jr 1942 Evidenciam se aspectos em que as referidas obras assemelham se e ou contrariam se no que tange interpreta o do Brasil e do brasileiro e por fim s o apontadas e discutidas poss veis implica es dessas interpreta es no campo da educa o Palavras chave Interpreta o do Brasil e do brasileiro arqu tipos culturais educa o Abstract Based on the understanding that the interpretation of Brazil and the Brazilian in different periods of the history of the country by different authors consolidates cultural archetypes which are reflected in the social order and in the structuring concepts of education and pedagogical thought marking possibilities of change in the country this text constitutes an analysis of the texts Os Sert es by Euclides da Cunha 1902 Urup s by Monteiro Lobato 1914 an
88. em terras lu sitanas eram forjados em Coimbra onde al m de toda a forma o rigorosa e escol stica tamb m havia a prepara o espec fica para as miss es Numa carta para Loyola datada possivelmente de 25 de abril de 1553 Cipriano Su rez mostra a relev n cia dos estudos conimbricenses para as miss es Passo agora a referir me partida dos meus Car ssimos irm os para o Brasil e para a India S o em t o grande n mero t o exercitados n o s no estudo das letras mas tamb m na medita o das coisas di vinas e t o experimentados al m disso em ouvir confiss es administrar os sacra mentos e aplicar se a outras ocupa es salutares deste g nero que h de mitigar a nossa saudade o bem que v o fazer a essas na es LEITE 1956 p 465 466 Talvez o aspecto mais interessante do preparo intelectual e t cnico do futuro mis sion rio jesu ta seja a imers o na hist ria e cultura do povo a ser evangelizado imers o que principiava pelo dom nio da l ngua nativa O idioma abor gine era aprendido sistematizado e impresso pelos padres pio neiros nas miss es e passava a servir como material pr prio de estudo nos col gios dentre os quais o de Coimbra A quarta parte das Constitui es a que trata justamente da educa o do futuro jesu ta mostra que j era fato na Companhia que algumas universidades e col gios teriam o encargo de formar os agentes mission rios sendo previsto para tanto uma
89. en Chile y a pesar de los esfuerzos y avances producidos el tema de la inequidad y la desigualdad sigue latente en ambos pa ses y a n m s profundiz ndose Sostenemos que en cualquier caso subsisten una serie de temas no resueltos en estos procesos de reforma y que deben ser las principales preocupaciones de todo proceso de reforma de la reforma Los crecientes problemas de la instituci n escolar Parece cada vez m s evidente que las instituciones educativas tal como las conocemos hasta el presente ya no son un 115 continente apropiado ni suficiente para los procesos educativos Mucho se ha dicho sobre este tema pero los debates acerca de las pol ticas educativas concretas no suelen incorporar estos puntos de vista m s all de incluir alguna que otra mejora en cuestiones tales como la infraestructura y el uso que se le da a la misma por ejemplo a trav s de progra mas de escuelas abiertas a la comunidad de la incorporaci n de tecnolog as de informaci n y comunicaci n siempre tard a y desfasada pero con avances y del desarrollo de algunas experiencias innovadoras No obstante nos parece que lo que pr cticamente no se ha abordado m s que en mbitos acad micos es la rediscusi n del sentido y el perfil de las instituciones educativas en un mundo que ha cambia do en muchos sentidos respecto del siglo XIX cuando las escuelas comienzan a de finir su perfil moderno y a n con respec
90. entre ensino pesquisa e extens o DOURADO 2004 p 6 A partir dessa premissa o texto de Dourado 2004 p 2 busca situar os paradoxos do processo de expans o e privatiza o da educa o su perior e ainda situar alguns indicadores da institucionaliza o da pesquisa no Brasil e na regi o Centro Oeste e apresenta algumas a es a serem implementadas objetivando o fortalecimento das IES da regi o Centro Oeste e a garantia de indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o no interior destas IES Para alcan ar esses objetivos e par tindo da premissa b sica o autor foi bus car seus dados emp ricos nos indicadores do Diret rio dos grupos de Pesquisa do CNPq e chegou a conclus es realmente provocadoras das quais vou destacar e comentar algumas 18 Eurize C PESSANHA Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o 1 A distribui o dos grupos de pesquisa segundo a regi o geogr fica indicou em 2002 a concentra o desses gru pos respectivamente nas regi es Su deste 52 Sul 24 A regi o Cen tro Oeste responde por apenas 5 3 dos grupos de pesquisa no banco de dados do CNPq A referida regi o am pliou o n mero de grupos de pesquisa de 183 em 1993 para 809 em 2002 iniciando um processo de recomposi c o da participac o da regi o certa mente articulado ao esforco de institucionalizac o da p s graduac o stricto sensu A concentra o dos grupos de pesqui sas na
91. faz nas m ltiplas rela es da socieda de Pelas falas ficou percept vel que h uma desarticula o interna entre membros re tratando tamb m uma dist ncia dos prin c pios defendidos Portanto se faz impres cind vel compreender as contradi es as media es e se n o for ousar muito a tota lidade da quest o Semeraro 1999 lembra a for a e a atualidade da concep o de Gramsci para entender os pontos colocados uma vez que hao dependem s da busca de expli ca es te ricas e das an lises dos mecanis mos que influenciam o comportamento hu mano p 251 Ainda que essas atividades sejam necess rias para Gramsci n o s o suficientes para a construc o plena da per sonalidade de novos sujeitos sociais no tra ma t o complexo da modema sociedade 165 Assim Torna se fundamental a o pol tica a pr tica duma pedagogia democr tica a organiza o das for as populares e o envolvimento ativo de intelectuais de massas na dif cil tarefa de superar todo tipo de domina o existente nas estrutu ras econ mico jur dicas e nas rela es intersubjetivas e sociais p 251 E foi buscando essa compreens o que se solicitou aos sujeitos uma an lise da continuidade descont nua dos proje tos implantados e implementados na edu ca o em cada gest o governamental em espec fico nas ltimas duas d cadas do s culo XX e nos anos iniciais do s culo XXI 1 4 A continuid
92. foi a sua En tretanto como s bio ele tamb m ultrapas sa seu tempo exercendo grande influ ncia na cultura ocidental desde a Antiguidade at a contemporaneidade Durante a po ca medieval esteve presente nas reflex es de muitos Padres da Igreja a exemplo de Tertuliano Santo Ambr sio Santo Agosti nho Tom s de Kempis Na modernidade contribuiu para o pensamento de Montaigne Descartes Leibniz Kant e Nietzsche entre outros Na contempora neidade n o se pode esquecer a repercus s o de suas id ias de igualdade entre os homens na elabora o dos direitos huma nos ULLMANN 1996 ineg vel portan to a relev ncia do estudo de seu pensa mento na atualidade por raz es hist ricas ticas ou acad micas Em particular interessante investi gar as contribui es do seu modelo educa cional para o presente Os princ pios ticos e morais por ele defendidos no sentido de 140 Jos Joaquim P MELO S neca fazer do indiv duo um ser virtuoso e feliz devidamente adaptado podem ser ade quados aos complexos problemas que o homem enfrenta na atualidade instigante observar que apesar de a rigor assumirem diferentes perfis e fun es de acordo com as particularidades de cada poca as pre ocupa es existenciais do homem apresen tam tra os de semelhan a em todos os tem pos lugares e culturas nessa linha de racioc nio que Reinholdo Aloysio Ullmann apresenta o pensamento de S neca
93. ganha for a decis ria distingue o moral do imoral indica o caminho do bem e desvia se da pr tica do mal em uma din mica facili tadora da felicidade Em S neca o fato de ao nascer o homem trazer consigo as condi es para o bem n o o dispensava da sua vontade para desenvolv lo OLIVEIRA 1998 e efetiv lo principalmente quando se tinha em conta que se tratava de uma deter minac o da natureza S h uma solu o portanto ser firme e avan ar sem descanso mas grande parte do progresso consiste na vontade de progredir Cartas 71 36 Mas para S neca caso o homem n o optasse por um modelo a ser seguido a vontade por si pr pria n o era suficiente para que a educa o fosse realizada A ca minhada autoformativa por ser uma pr ti ca solit ria revestia se de grande dificulda des como era o caso das interfer ncias ex temas e dos retrocessos provocados pela falta dos conhecimentos necess rios que poderiam suavizar sua realiza o O mode lo por conhecer as pegadas que levavam perfei o orientaria a dire o a ser tomada o momento de avan ar e o momento de parar PRADO 1946 p 47 Assim o recurso de um modelo possibilitaria seguran a para Jos Joaquim P MELO S neca o papel do s bio na forma o da humanidade se atingir o objetivo e seguir o caminho da perfei o consciente e acertadamente Os esp ritos mais fracos contudo necessi tam de algu m que os guie diz
94. inscribir la educaci n en el mbito del conocimiento cient fico y del desarrollo tecnol gico como factor central para la competitividad La inclusi n del concepto de servicio educativo en reemplazo del concepto de derecho a la educaci n con lo que se inicia el fin del Estado docente Este as pecto es complementado con la asignaci n de responsabilidades a la familia y a la sociedad con lo cual se reafirma el est mulo a la iniciativa privada La prioridad de la instituci n escolar pro curando que sta supere su condici n tradicional con formas de organizaci n inteligente que posibiliten el aprendizaje La incorporaci n de la gesti n educativa como sustituto de las pr cticas convencionales de administraci n asociada a la reducci n del gasto del gobierno central y traslado de las funcio nes a las instancias locales La inclusi n de la equidad como estrategia para la redistribuci n y la racionalizaci n del gasto p blico en educaci n El establecimiento de criterios orientados a garantizar la profesionalizaci n y la dignificaci n de la carrera docente Para el caso chileno esto supuso una profundizaci n mayor en algunos aspectos que en la Argentina por ejemplo con respecto al proceso de descentralizaci n y de transferencia de la responsabilidad al nivel de las instituciones bajo un manto de mayor autonom a En el mismo sentido fue que se produjeron importantes modificaciones en
95. interes sante pois se diferencia das duas primeiras em dois aspectos Em primeiro lugar a menina escreveu silenciosamente e portan to se limitou a ouvir os enunciados orais e a escrever segmentos de letras para cada um deles n o demonstrando ter que em preender esfor os para lembrar as formas e os nomes das letras Em segundo houve mudan as nas caracter sticas da escrita pois S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 15 usou uma maior quantidade de letras para compor o texto sobre a nova escola Ob serve CUAL gt a ET A usage carey MCHSE 22222 HSLGAI S HSE _ 1 COACRGHEFL Oya G THEFT A nova escola Eu gosto de brincar Eu fiquei feliz porque eu estou na escola nova Eu gosto muito de ficar brincando com os coleguinhas sem bater mas todo mundo fica batendo Eu gosto de brincar com a Let cia Ela bate nos outros e s n o bate em mim Abril de 2003 Veja agora como MI escreveu o texto P A nova escola C Fica pensativa pra escrever a letra da escola P Pode escrever qual a letra da escola C Escreve a primeira letra apaga e es creve CM El P Eu gosto de brincar C Escreve silenciosa e vagarosamente Como pode ser visto a crian a es creveu com maior seguran a e as formas das letras j foram memorizadas Perguntou se era para escrever as letras da escola e escreveu as letras usadas para abreviar Centro Municipal de Educa o In
96. mais individualizadas do merca do no melhor tempo e com melhor qualidade no vas estrat gias que n o s o prop sito deste artigo analisar v m sendo empregadas pelas empresas modernas kanban just in time flexibiliza o ter ceiriza o subcontrata o controle de qualidade total CCQ elimina o do desperd cio ger ncia par ticipativa sindicalismo de empresa Da a necessi dade de um trabalhador polivalente um oper rio capaz de operar com v rias m quinas rompendo se com o car ter parcelar t pico do fordismo 3 Esse Plano Nacional de Educa o foi elaborado coletivamente nos e Il Congressos Nacionais de Educa o CONEDS com a participa o de educa dores profissionais da educa o estudantes pais de alunos Encabe ado pelo deputado Ivan Valente e mais setenta parlamentares da oposi o transfor mou se no Projeto de Lei n 4155 98 A pr tica investigativa aqui registrada vincula se a trabalho apresentado na Disciplina Institui o Es colar e Reforma do Ensino do Programa de M estra do em Educa o da UNISO ministrada pelo Prof Celso Ferretti BELTR N LLAVADOR L SAN MART N ALONSO A Dise ar la coherencia escolar Madrid M orata 2002 CEPAL OREALC Educaci n y conocimiento eje de la transformaci n productiva con equidad Santiago Chile 1992 presentaci n 15 16 resumen y conclusiones 17 20 cap Ill e cap V 125 140 CHESNAIS Fran ois A mundializa o d
97. movimentos culturais A hegemonia cultural nunca uma quest o de vit ria ou domina o pura n o isso que o termo significa nunca um jogo cultural de perde ganha sempre tem a ver com a mudan a no equil brio de poder nas rela es da cultu ra HALL 2003 p 339 O autor faz uma cr tica a muitos estudiosos da cultura que acreditam que n o poss vel mudar nada Jos Lic nio BACKES O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos A cr tica toma se pertinente porque desta for ma estrat gias culturais que fa am diferen a idem acabam n o sendo desenvolvidas A quest o da alta e baixa cultura est relacionada quest o da cultura popular e cultura erudita o que tamb m p de ser ob servado nos sujeitos investigados especial mente pela recorr ncia da express o o povo n o tem cultura Hall 2003 salienta que importante ter o cuidado de n o simples mente opor a cultura popular ao campo da cultura erudita como se um fosse o campo das pr ticas saud veis e o outro o das pr ticas conden veis As culturas est o sempre mescladas articuladas S o h bridas diasp ricas negociadas Isso n o implica desconsiderar que a dicotomia alta baixa cultura tem sido utilizada para produzir a cultura ocidental mas que o conte do rela tivo a cada uma muda historicamente Nes se sentido para Hall 2003 a quest o n o se deter no invent rio do que seja al
98. n o prevalece no meio rural onde os pais sem nenhum receio enviam as filhas a escola n o sen do raro o encontrar se em desertas estra das mocinhas de doze anos e mais s s sem outra companhia sen o a confian a de sua pr pria inoc ncia sem que os com panheiros de escola ou outro qualquer se animem a ofender lhes o pudor Por todos estes princ pios e ainda pelo de eco nomia afim de que o Estado possa Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do aumentar o numero de escolas sou de opini o que toda a escola rural deve ser mista mesmo as que s o dirigidas por homens N o vejo inconveniente se o Governo deliberar essa convers o quan do certo que em todas as escolas do sexo masculino na zona colonial os pro fessores recebem extra matricula grande n mero de meninas Ali os pais confiam as filhas aos mestres masculinos alguns mo os e solteiros sem que um s fato imoral se haja dado para condenar se a pr tica Resultaria dessa convers o ou au toriza o ficar o sexo fr gil com meios de educar se em quase todos os locais Re lat rio do Inspetor L cio B Cidade 1897 Grifo nosso Portanto para que os cofres p blicos n o ficassem sobrecarregados ao providen ciar escolas em separado para cada sexo recomendava se o est mulo escola mista a qual sozinha atendia a uma realidade que de outra forma teria que ser preenchi da por dois professores em duas
99. n de las pr cticas debe abordar tambi n como cuarto ele mento la apertura de los espacios de las instituciones educativas a la comunidad utilizando los mismos como centros vivos de actividades culturales deportivas barriales y toda otra que pueda ser considerada v li da Por supuesto el principal objetivo de este cambio debe ser el permitir a los estudiantes sentir que pueden hacer cosas divertidas y organizadas por ellos en la escuela en la l nea de la apertura de centros culturales juveniles y programas del tipo escuela abierta Pero tambi n involucrar cada vez m s a la comunidad en la discusi n y resoluci n de problemas en la escuela invit ndolos a una participaci n activa y real no encorsetada s lo a los problemas de la convivencia Trabajar de este modo requerir 122 la presencia en las escuelas de profesionales que puedan ser parte de todo este proceso ya sean maestros y profesores o no pero en cualquier caso como parte de las actividades curriculares del modo hormal de la escuela y no como una suerte de dimensi n parale la de la escuela que funciona en el mismo espacio f sico En este mismo sentido la exploraci n de una mayor apertura democr tica real en el gobierno de las instituciones educativas constituye un quinto desaf o a consi derar Desde luego que decir esto no signi fica el no reconocimiento de los diferentes saberes y competencias funcionales que docentes
100. na produ o e na rea da in forma o apresenta caracter sticas possi veis de assegurar educa o uma auto nomia ainda n o alcan ada Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento das compet ncias cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produ o Ou seja admitindo tal correspond ncia en tre as compet ncias exigidas para o exerc cio da cidadania e para as atividades produ tivas recoloca se o papel da educa o como elemento de desenvolvimento social A expans o da economia pautada no co nhecimento caracteriza se tamb m por fatos sociais que comprometem os pro 179 cessos de solidariedade e coes o social quais sejam a exclus o e a segmenta o com todas as consequ ncias hoje presen tes o desemprego a pobreza a viol ncia a intoler ncia Essa tens o presente na sociedade tec nol gica pode se traduzir no mbito so cial pela defini o de quantos e quais segmentos ter o acesso a uma educa o que contribua efetivamente para sua in corpora o Um outro dado a considerar diz respeito necessidade do desenvolvimento das compet ncias b sicas tanto para o exerc cio da cidadania quanto para o desempenho das atividades pro fissionais A garantia de que todos de senvolvam e ampliem suas capacidades indispens vel para se combater a dualiza o da sociedade que gera desi gualdades cada vez maiores
101. nesses estudos Como o saber se alarga ao ser estu dado Backes acaba por criar no es articu la es novas que v o caracterizando tam b m uma concep o pr pria sobre Estudos Culturais sem no entanto abrir m o das teses centrais desse campo te rico No segundo cap tulo A Proposta Pedag gica e a Pluralidade Cultural na Escola Um Estudo Comparativo Entre Uma Escola de Periferia e Uma Escola de Rema nescentes de Quilombos a autora Eug nia Portela de Siqueira Marques apresenta os resultados obtidos na sua disserta o de mestrado justificando assim sua pesquisa Ja op o por investigar o significado deste documento para a popula o negra deve se ao fato de que eu perten o a esse seg mento populacional p 52 grifo do au tor A autora analisou a proposta pedag gica de duas escolas que fundamentam a pr tica pedag gica entrevistou professores Altemir Luiz DALPIAZ Educa o e diferen as desafios para uma escola intercultural e equipe pedag gica e fez observa es nas escolas para detectar a efetiva o das con cep es presentes na proposta pedag gica Uma escola atende alunos de diferentes etnias e a outra tem a maioria de alunos afro descendente Fazendo a an lise das propostas pedag gicas da escola que aten de a alunos de diversas etnias seguidas pelos depoimentos de professores nas en trevistas a autora constatou que os te mas transversais s o abordados de manei r
102. no litoral vast ssimo em que palejam reflexos da vida civilizada tivemos de improviso como he ran a inesperada a Rep blica Ascende mos de chofre arrebatados na caudal dos ideais modernos deixando na penumbra secular em que jazem no mago do pa s um ter o de nossa gente lludidos por uma civiliza o de empr stimo respingando em faina cega de copistas tudo o que de melhor existe nos c digos org nicos de outras na es tomamos revolucionariamente fugin do ao transigir mais ligeiro com as exig n cias da nossa pr pria nacionalidade mais fundo o contraste entre o nosso modo de viver e o daqueles rudes patr cios mais 40 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas estrangeiros nesta terra do que os imigran tes da Europa Porque n o no los separa um mar separam no los tr s s culos CUNHA 2000 1902 p 174 175 Da mesma forma poss vel perce ber na obra de Monteiro Lobato uma criti ca a maneira como s o procedidas as mudancas no pa s uma vez que tamb m denuncia que as estruturas s o negligen ciadas as mudancas s o superficiais e im postas n o nascendo das bases da socie dade Nesse sentido nota se evidente cr tica a Independ ncia no texto de Lobato mes mo sendo o caboclo o objeto central da cr tica do autor Quando Pedro lan a aos ecos o seu grito hist rico e o pa s desperta estrovinhado crise duma mudanca de dono o caboclo ergue
103. o pedag gica emancipadora e isto j n o nos abre as chances de recostura do su jeito da educa o b A revolu o comunicacional e ou infor macional global que cria a chamada rea lidade virtual a hiperm dia o hipertexto a cybercultura n o surgiu sozinha de re pente do nada feito gera o espont nea Ela veio acompanhada de um con junto de revolu es no campo da ci ncia no momento em que se descortina para a humanidade a era do fim da mat ria aberta pelas perspectivas da F sica qu ntica da rob tica da mecatr nica da tect nica da inform tica e intelig ncia ar tificial das novas fronteiras da medicina como as c lulas tronco da micricrobiologia e da engenharia gen tica do mapea mento cerebral e da nova rela o c re bro mente com seus c digos eticamente assustadores curiosamente tamb m do proficuo di logo religi o ci ncia tensio nado por an temas desde a era de Charles Darwin assim por diante As novas fronteiras do conheci mento diante da profus o de informa es nunca dantes t o dispon veis revolve as epistemologias do conhecimento cientifi co no mbito da ci ncia modema e apon ta para o paradigma de uma ci ncia p s modema Sousa Santos 1989 n o no sentido ainda difuso ou mesmo deol gico do termo no sentido pelo menos em tese de uma infinidade de especiali za es convergentes no marco do avan o
104. o propala da em nome de um saber t cnico conside rado til em detrimento de um saber pol tico supostamente in til perda de tempo importante destacar que a cr tica que estou fazendo a sociedade do conhe cimento e da informac o n o significa que a teoria cr tica que utilizo como refer ncia n o reconheca a import ncia do conheci mento Significa entender a dimens o pol tica de todo e qualquer conhecimento A sociedade em que o conhecimento uma condi o importante na defini o das fron teiras da exclus o n o s se deve enfatizar o conhecimento nos processos educativos mas lutar para que este seja gratuito e p blico para toda a vida Mas n o se trata de qualquer conhecimento Aqui a velha mas nem por isso menos atual afirma o de que n o h neutralidade no conhe cimento de suma import ncia Na dimen s o cr tica o conhecimento mais do que servir para adaptar se s exig ncias do Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social mercado deve ser uma ferramenta para compreender os processos de exclus o e desenvolver experi ncias altemativas Estas devem ser experi ncias coletivas pois a luta de indiv duos sempre uma luta suicida S por meio da organiza o coletiva as possibilidades de transforma o social co me am a surgir Voltando quest o do conhecimen to saber fazer cabe destacar seguindo a concep o cr tica que sempre foi pape
105. o das reformas educacionais procuramos investigar ainda que sucintamente e por tanto incorrendo no risco da superficialida de como este processo se objetivaria em uma determinada institui o escolar Com esse prop sito visitamos uma escola parti cular de Sorocaba procurando verificar as objetiva es e apropria es produzidas nesse espa o Com base nos autores estu dados levantamos dois questionamentos que pautaram nossa an lise que conheci mentos e que condutas t m sido objetivados por essa institui o escolar no ambito das media es entre cultura esco lar e reforma educacional E com base em que pr ticas escolares tem se objetivado a apropria o da referida reforma educacio nal A leitura da Proposta Pedag gica da institui o em tela em que se definem suas finalidades e objetivos permitiu depreender algumas condutas que ela buscaria incul car em seus alunos princ pios crist os prin c pios de liberdade e responsabilidade ide ais de justi a e solidariedade exerc cio de cidadania consciente aliado participa o comunit ria Algumas dessas condutas fa zem parte do corpo dos documentos que implementaram as reformas educacionais outras procuram ser objetivadas e apropri adas a partir de v rias pr ticas escolares Dentre essas observamos que todos os alu nos recebem ao in cio do per odo letivo um manual com o calend rio escolar sempre cumprido risca como um compromisso da
106. o ser a de ajustar se reestrutura o produtiva promovida pela globaliza o excludente 213 Ainda segundo Frigotto 1999 p 85 Trata se de deixar o mercado livre para ser o grande regulador das rela es sociais E o resultado disso a perda de direitos so ciais conquistados a duras penas pelos tra balhadores Conforme o mesmo autor O re sultado deste processo que se acaba re privatizando ou mercantilizando os direitos sociais garantidos pela esfera p blica FRIGOTTO 1999 p 85 Nesta arena de mer cantilizac o se situa tamb m a educac o Nesta mesma direc o Gentili 1999 p 09 aponta que a estrat gia neoliberal vai em dois sentidos por um lado atrav s de um conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no plano econ mico pol tico jur dico educacional etc O outro sentido se d por meio de estrat gias que imp em novos diagn sticos sobre a crise construindo significados novos para legiti mar as reformas neoliberais como sendo as nicas que podem e devem ser aplica das no atual contexto hist rico de nossas sociedades GENTILI 1999 p 09 Essas estrat gias utilizadas t m sido de fato efi cazes pois o resultado evidente tanto nos meios de comunica o quanto na disse mina o de governos neoliberais Ao se re ferir Am rica Latina Gentili 1999 p 15 lembra que esta de fato foi o cen rio tr gico do primeiro experimento pol tico d
107. of the educational system broughtinto being in 1943 RS presented 3 Rural Teacher Taining Schools Archdiocese in Porto Alegre Cerro Azul in S o Lu s Gonzage and S o Jos do Murialdo School in Caxias There was no differentiation in the practice of public instruction because of the restricted systematizing and ambiguity which pedagogical knowledge as well as educational administration presented and for the little importance given to the rural sector considered as composed of poor populations for whom any minimum of instruction was sufficient or by the absence of sufficient accumulation that would enable the state to support the dissemination of instruction and to amplify its apparatus of control over its whole territory from which there resulted the invisibility of specific needs characteristics requisites and norms for instruction in rural districts It can be affirmed that at the end of the 19 century public instruction in Rio Grande do Sul had not yet identified and clearly differentiated the rural school The way in which it was referred to educator of the colonies inland teachers popular teaching outlying districts poor children in the countryside rural districts countryside schools rural schools colonial zone rural environment showed ambiguity lack of prestige and consideration of its characteristics in the regulations for public instruction in the state At the beginning of the 20 century a moment of awareness of the
108. of the State Network apparently such centralization contributes to the draining ofthe deliberative functions of the School Council Key words Money in the school financing of education PDDE Introduc o Este trabalho parte integrante do Projeto Interinstitucional denominado Pro grama Dinheiro Direto na Escola uma proposta de redefinic o papel do Es tado na educac o apresenta resulta dos parciais de pesquisa que visa a anali sar a implantac o do Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE na rede estadual de ensino do Estado de S o Paulo e na rede municipal da cidade paulista de Pirassununga Para o aqui exposto procedemos an lise preliminartanto de documentos ofi ciais que normalizaram o programa nas duas redes selecionadas quanto de dados financeiros e educacionais coletados junto aos rg os administrativos das duas esferas O crit rio adotado para a escolha das duas redes de ensino buscou captar a im planta o e o funcionamento do Progra ma em dois casos distintos o primeiro refe re se a uma rede p blica cujas escolas pos su am Unidades Executoras Uex antes da vig ncia do Programa rede estadual o segundo no qual a exist ncia de tais uni 220 dades tenha sido de certa forma induzida pelo pr prio PDDE Soma se a isso o fato de que na rede estadual todas as escolas possu am sua pr pria unidade executora enquanto nas escolas de Pirassununga os recursos do Programa foram recebidos
109. os quatro cap tulos enri quece enormemente o debate na Linha 3 do Mestrado em Educa o da UCDB Acre dito que tamb m colabora para que ou tras linhas de pesquisas entendam melhor as diferen as e suas fronteiras os negros os ndios e a escola al m de penetrarem no campo da diversidade Aprovado para publica o em 29 de julho de 2005 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 229 233 jul dez 2005 233 Normas para publica o na Revista S rie Estudos Peri dico do Programa de Mestrado em Educa o da UCDB 1 S RIE ESTUDOS Peri dico do Programa de M estrado em Educa o da Universidade Cat lica Dom Bosco est aberta comunidade acad mica e destina se publica o de trabalhos que pelo seu conte do possam contribuir para a forma o e o desenvolvimento cient fico al m da atualiza o do conhecimento na rea espec fica da educa o 2 As publica es dever o conter trabalhos da seguinte natureza Artigos originais de revis o ou de atualiza o que envolvam abordagens te ricas e ou pr ticas referentes pesquisa ensino e extens o e que atinjam resultados conclusivos e significativos Tradu es de textos n o dispon veis em l ngua portuguesa que constituam fundamentos da rea espec fica da Revista e que por essa raz o contribuam para dar sustenta o e densidade reflex o acad mica Entrevistas com autoridades na rea espec fica da Educa o que v m apresent
110. p tese sil bica a crian a ainda trabalha com crit rios qualitativos e quantitativos de diferencia o Em seu estudo Contini Junior 1988 identificou escritas que denominou de dife renciadas Esse tipo de escrita ocorreu no momento em que a crian a fazia uso de grafias convencionais e tinha um controle sobre sua quantidade A partir da an lise dos tipos de escrita diferenciada encontra dos o autor assinala que comparados com os resultados de Ferreiro n o foram verificadas escritas em que as crian as mant m um repert rio fixo de letras para escrever variando apenas a quantidade e nem escritas em que as quantidades s o mantidas constantes havendo altera o no repert rio de letras usadas Apesar das dis tin es entre os resultados Contini Junior 1988 parece concordar com os tipos ou categorias de diferencia es pensadas por Ferreiro 1990 quantitativas e qualitativas Luria 1988 tamb m discutiu em seu trabalho essa quest o e evidenciou que as tentativas de diferencia o das escritas pelas crian as resultaram da introdu o nos conte dos das senten as a serem escritas de fatores como quantidade forma tama nho etc As diferencia es levaram a que as Crian as passassem a fazer uso funcio nal das grafias e propiciaram o surgimento da pictografia o que n o se evidencia nos estudo de Ferreiro 1990 pois para essa 66 Cl udia Maria M autora a evolu o da escrita na crian a tem i
111. prepar las e depois de ouvidas em repeti las pergun tem o que n o entenderam tomem nota das cousas mais importantes para auxi liar as defici ncias da mem ria Ratio 1952 p 215 Quanto s puni es o Ratio pres creve desde repreens es verbais at o cas tigo f sico como corretivos de comporta mentos indignos no entanto o castigo fisi co deveria ser aplicado por algu m de fora da Companhia de Jesus o qual exerceria esta fun o de forma cont nua N o foi poss vel saber se esta norma era comum s demais ordens religiosas mas na regra 38 do Prefeito de Estudos Inferiores Letras ela clara Por causa dos que faltarem ou na aplica o ou em pontos relativos aos bons cos tumes e aos quais n o bastarem as boas palavras e exorta es nomeie se um Cor retor que n o seja da Companhia Onde n o for poss vel excogite se um modo que permita castiga los por meio de algum estudante de maneira conveniente Por faltas por m cometidas em casa n o se jam punidos em aula a n o ser raras ve zes e por motivo bem grave Ratio 1952 p 174 175 A disciplina e a puni o tinham por base uma concep o de homem por natu reza fraco e d bil que necessitava dos tais est mulos externos para conseguir realizar ou em linguagem aristot lico tomista con seguir atualizar toda a potencialidade de que era dotado pelo criador O conte do a ser aprendido e apreendido era por si s muito exigente e s
112. pro duzidos socialmente o que significa reconhe cer que s o estabelecidos pelas rela es de poder A cultura produz as identidades e as diferen as A cultura produz identidades nor mais anormais legitimas ilegitimas dignas indignas brancas negras A cultura produz tudo e a todos e todas Ela nos faz sentir vergonha procurar outras identifica es mas tamb m nos faz sentir orgulho de pertencecimento A cultura ambivalente Diz quem n s somos o que n o devemos ser o que devemos nos tomar como devemos nos comportar que lugares sociais podemos ocu par cultura produz a diferen a com desi gualdade Associa a diferen a com inferiori dade Produz a lugariza o determina os lu gares que cada um pode deve ocupar A cultura legitima a id ia de alguns devem vi ver em favelas outros em mans es Produz a id ia de que alguns devem ser sem terra e outros latifundi rios A cultura branca o mito da democracia racial produz Equivocada mente a id ia de que ser negro ser inferior ser menos portanto n o merece o mesmo sal rio acesso universidade ter acesso igual aos bens materiais A cultura posiciona os sujeitos estabelece as fronteiras entre o bem e o mal produz os deuses e os de m nios A cultura tudo Isto significa dizer que todos os seres humanos s o produto res de cultura e ao mesmo tempo um pro duto da cultura Da que n o faz sentido fa lar em mais cultura men
113. professor o poder da viagem a tela n o um quadro negro mas um mergulho fusional na a o real e o visual o espa o na prolifera o de luga res centros encruzilhadas espa o do com putador Assim o professor a partir de Debray 1993 n o det m mais o sacrossan to o conhecimento visto serem as novas tecnologias as detentoras do sagrado so cial hodierno o virtual Tal proposi o implica expandir a Refer ncias partir do antimodelo do rizoma novos pro cessos de intera o e comunica o no ensi no mediado pelas tecnologias para ir al m da rela o entre ensinar e aprender como afirma Kensky 2002 p 264 As novas tec nologias brientam se para a forma o de um novo homem aut nomo cr tico consci ente da sua responsabilidade individual e social enfim um novo cidad o para uma nova sociedade Neste caminho as novas tecnologias podem deixar de ser semi foros CANEVACCI M Sincretismos uma explora o das hibrida es culturais S o Paulo Nobel 1996 CASTELLS M A economia informacional a nova divis o internacional do trabalho e o projeto socialista In Cademo CRH Salvador v 17 n 34 jul dez 1992 ___ A sociedade em rede S o Paulo Paz e Terra 1999 CHAU M Brasil mito fundador e sociedade autorit ria S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2000 DEBRAY R Curso de midiologia geral Petr polis Vozes 1993 DELEUZE G GUATTARI F Mil Plat s Rio de Jane
114. que se com plementam assemelham e ou se contra riam negam uma vez que pertencem ao mesmo per odo da Literatura Brasileira e foram publicadas em um momento da his t ria do Brasil caracterizado pela tentativa de constru o de uma tradi o intelectual genuinamente nacional Na sequ ncia apresenta se uma lei tura da obra Forma o do Brasil Con tempor neo de Caio Prado Jr buscando evidenciar a interpreta o que o mesmo faz do Brasil e de seu povo Por fim evidenciam se poss veis contradi es e ou comple menta es entre os textos estudados e suas implica es no campo da educa o A an lise que ora se apresenta des ses textos funda se no entendimento de que a leitura de textos da literatura e da historiografia proporciona conhecer e com preender a sociedade em seus diversos momentos possibilitando a percep o das mudan as ocorridas para al m da infor ma o sobre os fatos hist ricos mas prin cipalmente a compreens o de seu signifi cado e seus desdobramentos na vida s cio econ mica cultural e consequentemente na educa o Entende se que as con cep es que permeiam o fazer em educa o resultam da rela o de for as entre dife rentes modos de olhar ler a realidade e vislumbrar suas possibilidades Nesse sen tido tr s quest es s o fundantes Quem so mos Quem queremos ser Quais s o nos sas possibilidades A literatura e a historio grafia ajudam nos a construir res
115. que tenha uma casa de pobre que n o tem tomeira pingando To mam banho demorado desperdi am gua depois falta O povo n o t m consci ncia Ainda que apare a uma voz disso nante apontando que Tem muita gente falando que fal ta de cultura que o pobre que desperdi a gua mas tem muita gente rica que lava a cal ada no ver o Essa voz logo silenciada e interrom pida com a seguinte coloca o Mas t m uma grande diferen a Se tu fores explicar para o rico ele vai entender ele tem cultura N s que temos cultura po demos passar para os outros Mas passar cultura de que jeito para o pobre Ele n o vai entender Vai rir da tua cara Ele v a gua 146 da chuva e acha que tem gua sobrando O murm rio da turma deixa claro que essa uma explica o que faz sentido para eles que tem um efeito de verdade maior do que a anterior Ainda no mesmo debate Mas tem como dar um jeito nisso de n o desperdi ar gua principalmente de o ignorante n o desperdi ar gua Olha o McDonalds Ali as torneiras fecham automaticamente Isso est certo mesmo que sejam as pessoas mais cultas que v o l Mas mesmo que pessoas que n o t m cultura forem l n o v o desperdi ar gua Poderiam fazer isso em outros lugares nos banheiros p blicos por exemplo Outra aluna interrompe para dizer Acho que o banho dos pobres ti nha que ser que nem na pris o Tinha que colocar todo mundo em fila
116. relacionan los m ltiples asuntos sociales que van desde la organizaci n de las instituciones hasta la percepci n que los individuos tienen de ellas Como producto de estos procesos de reforma se realizaron en la mayor parte de los pa ses tambi n cambios en las leyes y reglamentos vigentes que ordenaban la educaci n Un conjunto nuevo de estos ins trumentos acompa en unos casos y recogi en otros los contenidos de las refor mas educativas Desde ya estos instrumen tos jur dicos no constituyen ni expresan las reformas en todo lo que significan Pero han sido la muestra superficial de emergencia de las mismas recogiendo y agrupando en t r minos legales la intencionalidad pol tica e ideol gica de las reformas m s que siendo el motor que las impuls No es intenci n de este trabajo describiren profundidad las reformas reali zadas ni avanzar en el diagn stico de las consecuencias de las mismas sino esbozar una aproximaci n al camino de los temas ausentes de resoluci n al presente Bien fuera porque no estuvieron contemplados en las reformas anteriores o porque sus re sultados no fueron los esperados en t rmi nos de eficacia de la acci n desarrollada No obstante creemos oportuno plantear algunas caracter sticas comunes que estuvieron presentes en estos procesos de reformas e La postulaci n de la calidad de la educaci n y la descentralizaci n como ejes de la reforma educativa buscando 113
117. retemperando se em tranquilo sono sombra daquela r vore benfazeja Nem um verme o mais vulgar dos tr gicos analistas da mat ria lhe maculara os tecidos Volvia o turbi lh o da vida sem decomposi o repugnan te numa exaust o impercept vel Era um aparelho revelando de modo absoluto mas sugestivo a secura extrema dos ares ld Ibid p 38 Este trecho ilustra tamb m o estilo da linguagem empregada por Euclides da Cunha incorporando literatura termos cient ficos sem a tradicional vis o idealiza da de mundo Na segunda parte intitulada O HOMEM que constitui o foco de interesse deste estudo o autor prop e se a analisar objetivamente a formac o do homem do sert o Logo no in cio dessa parte explicita o rigor cient fico que pretende aplicar escrita marcando textualmente seu rep dio as formas de pensar e representar o mundo que n o obedecam a racionalidade t cnica H como que um excesso de subjetivismo no nimo dos que entre n s nos ltimos tempos cogitam de cousas t o s rias com uma volubilidade algo escandalosa aten tas as propor es do assunto Come am excluindo em grande parte os materiais objetivos oferecidos pelas circunst ncias mesol gica e hist rica Ibid Ibid p 70 Resultado de discuss es que trava no texto fazendo emergir outras vozes num di logo com outros autores Euclides da Cunha faz uma afirma o categ rica Nao temos unidade de ra a Id
118. s vezes doloro Sa para a crise Neste sentido n o poss vel negli genciar a hegemonia neoliberal no nosso cotidiano pois onde quer que nos encon tremos podemos afirmar com Gentili 1999 p 09 a import ncia te rica e pol tica de se compreender o neoliberalismo como um complexo processo de constru o hegem nica A quest o que se nos apresenta no vamente de que forma isto afeta a edu ca o A pol tica neoliberal afeta a educa o sobretudo quando coloca em xeque o direito que a popula o tem de usufru la Pois para o neoliberalismo importan te garantir o xito na constru o de uma ordem social regulada pelos princ pios do livre mercado sem a interfer ncia sempre perniciosa da interven o estatal GENTILI 1999 p 12 Esta compreens o de ordem social atravessa todas as inst ncias da vida em sociedade e qualquer entendimento con tr rio id ia de competi o livre mercado modemiza o liberdade individual s o para o neoliberalismo nefastos para a pr pria democracia GENTILI 1999 p 13 Neste caso vale ressaltar o que es creve Frigotto 1999 p 84 na sua cr tica ao neoliberalismo A id ia mais trabalhada no plano da ide ologia neoliberal fortemente globalizada pelo monop lio do grande poder fascista deste final de s culo a m dia particular mente a televis o de que n o h ne nhuma outra altemativa para o mundo a n
119. ser flex vel sem hist ria adapt vel apto para o trabalho for jado nos pilares da educa o p s moder nista do aprender a aprender aprender a ser aprender a fazer e aprender a conviver Entretanto esse discurso representa especificamente para a institui o investiga da uma forma de adequa o as reformas forjadas no papel e faz parte daquelas es feras de negociac o por que passa qual quer reforma desde sua formula o at sua efetivac o no espaco escolar Bastaria para exemplificar esse argumento atentar para o Projeto Pedag gico elaborado pela insti tuic o Ele n o fruto exclusivo de uma discuss o da qual participaram todos os sujeitos sociais que constituem esse espaco escolar fato que inicialmente a discuss o foi encaminhada atendendo a esse vi s mas ela foi abandonada t o logo surgiram os primeiros obst culos aos consensos ne S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 cess rios para sua elabora o Em conse qu ncia acabaram prevalecendo os mode los propostos pelos rg os consultivos e fiscalizadores das institui es escolares Assim parte do projeto Pedag gico objeti va se no cotidiano escolar enquanto outra parte discurso modemizante forma bas tante empregada pelas institui es para in corporarem as reformas sem perderem suas especificidades M esmo a linha metodol gica expres sa no projeto n o encontra no cotidiano e particularment
120. seus Di logos Sobre a brevidade da vida Sobre a tranquilidade da alma Sobre o cio e particularmente as Cartas de Lucilio Estas ltimas constituem um modelo pedag gico que desembocava num processo de auto educa o Ainda resta muito trabalho a fazer Se desejais atingir este objetivo care ces de muita atenc o da minha parte mas tamb m de bastante esfor o da tua A vir 0 papel do s bio na forma o da humanidade tude n o se conquista por procura o Car tas 274 M esmo reconhecendo a contribui o que o processo educativo poderia receber do mundo exterior S neca considerava que a chave da forma o radicava no esfor o pessoal do indiv duo para se educar No fundamental nada poderia substituir a pr pria forma o Para ele a dire o desse processo somente seria poss vel com o entendimento da condi o humana que o homem qual o seu destino qual seu bem supremo Para a primeira quest o a resposta de S neca uma defini o cl ssica o ho mem um animal racional A plenitude humana se realizaria se o homem cumpris se o fim para o qual nasceu Viver confor me a natureza Para ele essa m xima ti nha um conte do metaf sico uma vez que a natureza era entendida como uma especificidade do homem ou seja este era naturalmente dotado de raz o Logo vi ver segundo a natureza significava desen volver esse potencial GARC A GARRIDO 1969 Essa submiss o a
121. sua gest o MEC FNDE p 13 As estrat gias de a o do MEC en volviam o repasse de recursos diretamente para as escolas p blicas municipais e esta duais de ensino fundamental por meio de conv nios entre as secretarias de educa o e o FNDE O acompanhamento e a fiscali za o da presta o de contas eram reali zados pelas Delegacias do MEC Secretari as de Educa o FNDE e pela Secretaria de Educa o Fundamental do MEC Os recur sos disponibilizados provinham e ainda prov m da redistribui o do Sal rio Educa o priorizando dessa maneira as regi es mais carentes FNDE 1995 p 13 A partir de 14 12 1998 com a edi o da Medida Provis ria n 1 784 o Programa foi institucionalizado e passou a denominar se Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE BRASIL FNDE 1999 eliminando a necessidade de conv nios exceto para es colas de educa o especial mantidas por Organiza es N o Govemamentais sem fins S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 219 226 jul dez 2005 lucrativos ou seja para institui es privadas conforme Artigo 19 da Lei n 9394 96 Para efeito do recebimento dos re cursos as escolas p blicas art19 da Lei 9394 96 que oferecem o ensino fundamen tal devem constituir preferencialmente Unidades Executoras entendidas como as socia es civis de direito privado Associa es de Pais e Mestres Conselho Escolar Cooperativas Escolares ou similares sem fi
122. suas lendas ANCHIETA Jos de Cartas informa es fragmentos hist ricos e serm es Cartas Jesu ticas Belo Horizonte Itatiaia S o Paulo Edusp 1988 BAPTISTA Ant nio A correspond ncia de Lu s Fr is Dispon vel em lt http www oriente com rm2000junhog html gt Acesso em 11 set 2003 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 95 CONSTITUI ES da Companhia de Jesus e NORMAS Complementares S o Paulo Loyola 1997 DIAS Jos Sebasti o da Silva Corrente de sentimento religioso em Portugal s culos XVI a XVIII Tomo Coimbra Universidade de Coimbra 1960 FRANCA Leonel O m todo pedag gico dos jesu tas Rio de Janeiro Agir 1952 edi o recebida via internet LEITE Serafim Org Monumenta Brasiliae Volume 1538 1553 Roma A Patribus Eiusdem Societatis Edita 1956 Monumenta Historica Societatis lesu v 79 Monumenta Missionum Societatis lesu v X Missiones Occidentales ____ Monumenta Brasiliae Volume IV 1563 1568 Roma A Patribus Eiusdem Societatis Edi ta 1960 Monumenta Historica Societatis lesu v 87 MENDES Ant nio Rosa A vida cultural In MATTOSO Jos Dir Hist ria de Portugal no alvorecer da modernidade 1480 1620 Terceiro volume Lisboa Estampa 1993 MILLER Ren F ll p Os Jesu tas seus segredos e seu poder Porto Alegre Globo 1946 MORAIS Carlos Alexandre Cronologia geral da ndia portuguesa 1498 1962 Lisboa Estam
123. zonas rurais se enquadra nesta indiferencia o Neste texto ser de monstrada como a educa o na zona rural era percebida e tratada Este estudo tem como objetivo explicitar como a realidade educacional ru ral era concebida no estado do Rio Grande do Sul anteriormente constitui o da Es cola Normal Rural a partir da an lise da legisla o mensagens de Presidente da Pro 98 Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do v ncia e relat rios de Inspetores de Ensino de diferentes regi es de ensino e do Diretor Geral de Instru o P blica do Estado O foco portanto identificar como a id ia de instru o espec fica para a zona rural foi se constituindo at ser materializada e operacionalizada sob a forma de um tipo espec fico de Escola Normal a Escola Nor mal Rural Inicialmente o texto configura o pa norama e os discursos acerca da instru o em distritos rurais no final do s culo XIX a seguir localiza no in cio do s culo XX a diferenciac o e primeiros vislumbres das especificidades da instru o em tais distritos Este texto uma produ o do projeto de pesquisa Hist ria das institui es escolares escolas de forma o de professores e seu objetivo contextualizar as condi es de emerg ncia de um tipo particular de escola de forma o de professores a Escola Nor mal Rural na compreens o de que a forma o de professores vincula se com a
124. 64 PAVAN Ruth As op es do tempo livre dos professores e professoras e a sua rela o com a pr tica docente 1999 Disserta o Mestrado Universidade do Vale do Rio dos Sinos S o Leopoldo RS PINO Mauro del Pol tica educacional emprego e exclus o social In FRIGOTTO Gaud ncio GENTILI Pablo Orgs A cidadania negada pol ticas de exclus o na educa o e no trabalho S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 217 S o Paulo Cortez 2001 p 65 89 POCHMANN Marcio et al Org Atlas da exclus o social S o Paulo Cortez 2004 Vol 4 A exclus o no mundo Recebido em 03 de outubro de 2005 Aprovado para publica o em 23 de novembro de 2005 218 Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social Programa Dinheiro Direto na Escola estudos de dois casos paulistas Money Straight into to the School Program studies of two cases in S o Paulo Theresa Adri o Teise Garcia Este trabalho contou como aux lio da aluna Egle P Be zerra do curso de Pedagogia da UNESP RC Profa Dra do Departamento de Educa o da Unesp RC e mail theadriao yahoo combr Profa Dra da Faculdade de Educa o e Letras da UM ESP e mail teiseQuol com br Resumo Este trabalho parte integrante do Projeto Interinstitucional denominado Programa Dinheiro Direto na Escola uma proposta de redefini o do papel do Estado na educa o apresenta resultados parciais de p
125. A e discentes BATISTA e MARQUES li gados linha de pesquisa Diversidade Cultural e Educa o Ind gena do mestra do em educa o da UCDB Os textos dos docentes s o o resultado de suas teses de doutorado e os textos dos discentes de suas disserta es de mestrado No primeiro cap tulo Hall Bhabha e Bauman um campo te rico para compreender as negocia es das iden tidades diferen as o autor Jos Lic nio Backes mostra nos primeiros par grafos explicitamente sua inten o com a produ o do texto para que os autores possam ser entendidos n o s por meio de suas seme lhan as mas tamb m pelas diferen as por m sem a pretens o de acabar com suas especificidades p 22 Explicitando as an li ses de Stuart Hall o autor sistematiza todo o processo em que Hall faz suas afirma es no desenvolvimento de seu campo te rico No in cio do texto explicada a primeira vira da te rica que segundo o autor os Estudos Culturais se desenvolveram como uma pr tica cr tica do marxismo sem que nunca hou vesse um encaixe perfeito entre esses dois campos do saber p 23 A segunda virada te rica dos Estudos Culturais se deu pelo aparecimento do feminismo Hall segundo o autor definiu como produtiva para os Estu dos Culturais essa experi ncia pois as rela es de poder mostram se muito mais com plexas do que se supunha at ent o Houve com isso a centraliza o de quest es
126. Casadei Salles UCDB em 2003 dedicado tem tica Diversidade Cultural e Educa o Ind gena No mesmo ano organizou se o terceiro sobre a tem tica Educa o Superior sob a responsabilidade dos professores Mar lia Morosini PUCRS Jo o dos Reis Silva Junior UFSCar e Mariluce Bittar UCDB No ano de 2004 foi organizado o quarto dossi pela professora Regina Tereza Cestari de Oliveira UCDB sobre o tema Pol ticas de financiamento e gest o educacional e em 2005 o quinto dedicado ao tema Comunica o Educa o e Novas Tecnologias sob a responsabilidade da professora Claudia Maria de Lima Esta progres siva organiza o dos artigos em forma de Dossi demonstra por um lado o crescimento do n mero de articulistas e por outro o pr prio amadurecimento da S rie Estudos que adquiriu visibilidade acad mica na rea da educa o no Brasil e no mundo Portanto aproveitamos este n mero para render homenagem e reconhecimento aos professores que integram o Conselho Cient fico ao Conselho Editorial Editora UCDB e especialmente a todos os editores que trabalharam pela qualidade cient fica do peri dico e acreditaram na viabilidade do projeto Neste n mero 20 continuando com a tradi o de socializar as pesquisas produzidas no mbito nacional e internacional visando a contribuir com as discuss es te ricas e metodol gicas da pesquisa em educa o trazemos para o leitor uma s rie de artigos que discutem diversas q
127. Dist ncia n 1 jul 2000 Dispon vel em lt http www revistaconecta com conectados abranches paradigmahtm gt Aces so em 20 ago 2004 CASTELLS M A sociedade em rede Trad Roneide V Majer e Klauss B Gerhardt 7 ed S o Paulo Paz e Terra v 1999 CONTRERAS Jos A autonomia de professores S o Paulo Cortez 2002 DUARTE N Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilus es Cole o Pol micas do 60 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o Nosso Tempo Campinas Autores Associados n 86 2003 FONSECA V da Aprender a aprender a educabilidade cognitiva Porto Alegre Artes M dica 1998 GUIMAR ES S D A forma o do professor e a educa o para as m dias Revista Digital da CVA Ricesu v 2 n 7 maio de 2004 Dispon vel em lt http twikiim ufba br pub EDC708 WebHomey formacaoeprofs pdf gt Acesso em 7 maio 2004 HOBSBAWM E O s culo vista a rea In A era dos extremos o breve s culo XX 1914 1991 Trad Marcos Santarrita 2 ed S o Paulo Companhia das Letras 1995 LATOUCHE Serge A ocidentalizac o do mundo ensaio sobre a significa o o alcance e os limites da uniformizac o planet ria Petr polis Vozes 1994 LYOTARD Jean Fran ois A condi o p s modema Lisboa Gradiva 1985 MCLUHAN Marshall Os meios de comunica o como extens o do homem Understanding media S o Paulo Cultrix 1974 MARQUES M rio O
128. EM AT FAPEMIG FAPDF FUNDECT e INEP O Sistema de Curr culos Lates inclui o item Con sulta a outras bases hist rico no CNPq quando o pesquisador foi financiado alguma vez pela ag ncia ANDR M E D A de Pesquisa em Educa o buscando rigor e qualidade Cademos de Pes quisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 113 p 39 50 2001 BOURDIEU P Of cio de soci logo Trad Guilherme Jo o de Freitas Teixeira 4 ed Petr polis 24 Eurize C PESSANHA Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o Editora Vozes 2004 ___ 0 Campo cient fico In ORTIZ R Org Pierre Bourdieu S o Paulo tica p 122 155 1983 CAPES Documento da rea de Educa o Dispon vel em lt http www capesgovbr gt Acesso em 01 ago 2005 CUNHA L A P s gradua o em Educa o no ponto de inflex o Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 77 p 63 67 1991 DOURADO Luiz Pol ticas de educa o superior e pesquisa nas IES do Centro Oeste limites e perspectivas VIl EPECO Goi nia ANPED Centro Oeste 2004 ESTEVES O P Pesquisa educacional em crise ontem hoje que caminho tomar Cademos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 50 p 3 14 1984 FRANCO Maria Laura P B Pesquisa Educacional algumas reflex es Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 51 p 54 87 1984 FRANCO Maria Laura P B amp GOLDBERG Maria Am lia Azevedo Prioridades em pesquisa educ
129. Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 2001 Milita no PT desde 1936 No atual mandato maliza a intelocu o com o Movimento Sindical principalmente junto aos trabalhadores em Educa o Foi membro do diret rio municipal de Campo Grande e atualmente secret rio executivo da CAED Comiss o de Assuntos Educacionais do PT e secret rio de organiza o da CUTMS Central nica dos Trabalhadores Romilda Paracampos professora Psic loga Atualmente atua na Pestalozzi em Campo Grande MS Foi Superintendente do Ensino na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 2001 FONTE veep ed ro ke mpo m b r Buscar compreender as suas posi 1 1 A origem da Constituinte es e posturas no tocante ao objeto se Escolar da Rede Estadual de faz necess rio uma vez que tais contribui Ensino de Mato Grosso do Sul es ilustram o sentido te rico social pol E pe Solicitados a exporem os motivos tico e pr tico desse trabalho p que deram sustenta o a id ia de se de senvolver na educa o da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul um mo vimento denominado Constituinte Escolar S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 155 os sujeitos mostraram de antem o um compromisso com o projeto de um gover no denominado popular anunciado pelo Partido dos Trabalhadores PT vitorioso pela primeira vez em Mato Grosso do Sul gest o 1999 a 2002 Kemp o titular da pasta da Educa
130. Firstly a wider and universal reading Secondly the extension of a revolution in the area of schooling recognized by the authors Finally a close look at training initial and or continued not only for a passive adaptation to the revolution but to face it absorb it or enrich it At the end as well as the inidcation of texts used according to the technical norm the strategy of indicating some complementary readings has been adopted within the bibliography itself under the title of Recommended bibliography Key words Information and Communication Technologies schooling teacher training S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educac o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 1 A revolu o comunicacional global em que avan amos em que retrocedemos primeira quest o de forma mais abrangente que entendemos ser importante colocar diz respeito ao quadro da revolu o comunicacional global que ora experimentamos Como a enxergamos Vejamos Desde as primeiras d cadas do s cu lo rec m terminado ap s a Guerra a pri meira gera o dos fil sofos frankfurteanos puseram em circula o a suspeita da crise da modemidade No final da d cada de 50 e in cio da de 1960 na Europa e EUA esta suspeita tornou se mais evidente com o surgimento dos neologismos neomoder nidade ou ultramodemidade de um lado e p s modemidade de outro Dessa forma cada tend ncia a seu modo em um profi cuo con
131. Jos Joaquim P MELO S neca pois pouco contribu am para o aperfei oa mento humano Em face disso afirmava que o s bio deveria somente se dedicar aos neg cios p blicos enquanto a sua presen a fosse necess ria ou enquanto tivesse condi es para tal enquanto valer a pena mantermo nos firmes no nosso posto enquanto n o for mos constrangidos a fazer ou a suportar nada que seja indigno de um homem de bem Se for este o caso est ico n o se amuinara num esfor o indigno e ultrajante n o se manter activo apenas para se manter activo Quando o est ico se der conta de que est envolvido numa situac o opressiva d bia amb gua deve recuar nao voltar as costas mas sim retirar se gradual mente para lugar seguro Cartas 22 8 S neca parece encaminhar suas id i as para um sentido extremo quando d a entender a quase incompatibilidade entre a filosofia e a pol tica REDONDO e LASPALAS 1997 e quando afirma Como pode de facto agradar ao vulgo al gu m a quem s a virtude agrada N o se conquista o favor popular por proces sos limpos Ter s que igualar se primeiro ao vulgo que s te aprovar quando te considerar um dos seus Ora a tua forma o a opini o que tenhas sobre ti mesmo importa muito mais do que a dos outros A amizade de pessoas d bias s se conci lia por processos d bios Cartas 29 11 Nessa situa o para S neca o ho mem corria o risco de se transformar em um ser amar
132. Jovens e Adultos a revis o curricular do Ensino M dio a organiza o do Ensino Fundamental em Ciclos A seriedade com que os delegados das escolas participaram das discuss es e de libera es do Congresso foi impressionan te Ponto por ponto tudo exaustivamente debatido e aprovado O que n o era consensuado era votado democraticamen te Mais do que um Plano o que ficou foi o processo KEMP 2004 170 Santos recorda que n o foram mo mentos f ceis e explica a quest o que con siderou mais crucial ou seja que n o ha via uma coes o interna entre a equipe diri gente da Secretaria de Estado de Educa o com rela o a Constituinte Escolar Esta dificuldade intema se explica funda mentalmente em raz o da composi o pol tica que foi feito para a ocupa o dos cargos principais de dire o na Secretaria de Educa o os quais foram divididos entre as for as pol ticas do PT com ac mulo na rea da educa o Havia uma disputa pol tico ideol gica e uma disputa apenas pelo poder pelo controle da m quina Ti vemos o boicote sistem tico e organizado da direc o do movimento sindical dos pro fessores liderado pela Articulac o Sindi cal que comandava a FETEMS Tal oposi o n o era uma oposi o qualquer estamos falando de um grupo pol tico com forte inserc o na categoria dos trabalha dores em educac o e que naquela opor tunidade controlava pouco mais de 50 dos 66 sindicatos filiados
133. LI William Introduc o In S NECA Sobre a brevidade da vida S o Paulo Nova Alexandria 1998 OLIVEIRA Luizir de S neca a vida na obra uma introduc o a noc o de vontade nas epistolas a Lucilio s d Disserta o M estrado Pontif cia Universidade Cat lica S o Paulo 1998 REALE Giovanni Hist ria da Filosofia Antiga v IV S o Paulo Loyola 1994 REDONDO Emilio LASPALAS Javier Historia de la Educaci n Edad Antigua Madrid Dykinson 1997 SANTOS SILVA Marilda Evangelista dos S neca o humanista Calfope Rio de Janeiro Faculda de de Letras UFRJ ano n 1 p 87 94 jul dez 1984 S NECA L cio Aneu Cartas a Luc lio Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1991 ___ Sobre a brevidade da vida S o Paulo Nova Alendria 1996 ___ Sobre a tranquilidade da alma S o Paulo Nova Alexandria 1998 ___ Sobreo cio S o Paulo Nova Alexandria 1998 SHOPKE Regina Apresentac o In S NECA Aprendendo a viver S o Paulo Martins Fontes 2002 ULLMANN Reinholdo Aloysio O estoicismo romano Porto Alegre Edipucrs 1996 Recebido em 19 de setembro de 2005 Aprovado para publica o em 28 de outubro de 2005 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 141 O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos de uma dicotomia The people do not have culture We have culture because effects of a dichotomy Jos Lic nio Backes Vers o
134. M e A interessante verificar ainda como a crian a verbalizou oralmente o que pensava e os esfor os mobilizados para lembrar as letras Lembrar as formas das letras se tomou a atividade cognitiva fundamental Para isso mobilizou experi ncias O pirulito come a com umas letrinha quatro letrinhas se voc adivinhar pode acertar as letrinhas Ela conversou com ela mesma provavelmen te como se outras pessoas conversassem Assim pode ser observada uma intensa atividade discursiva e cognitiva cuja finali dade era lembrar as formas das letras A linguagem n o se apresentou completa e clara para quem participava do processo mas certamente se fazia compreens vel para a crian a pois constitu da de ele mentos das suas experi ncias vis vel a atividade mental que se revela na dialogia no discurso na conversa que realiza consi go mesma Disse que deveria escrever qua tro letras por m o problema a ser solucio nado n o ser referia quantidade de le tras Ele estava relacionado com a lembran a das formas das letras e a sua diferencia o uma das outras em uma segu ncia importante verificar o que ocorreu na escrita das senten as S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 71 P O gato e a bruxa estavam chupando pirulito C Olha para os lados Come a com mais uma letrinha n Mas a letrinha dele come a com mas diferente da J P Escreveu o gato e a
135. Marisa Vorraber Curr culo e pol tica cultural In COSTA Marisa Vorraber Org O curr culo nos limiares do contempor neo Rio de Janeiro DP amp A 1999 p 37 68 COSTA Maria Vorraber SILVEIRA Rosa Hessel SOM MER Lu s Henrique Estudos Culturais educa o e pedagogia Revista Brasileira de Educa o S o Paulo n 23 p 36 61 maio jun jul ago 2003 HALL Stuart Da di spora identidades e media es culturais Belo Horizonte UFMG 2003 SILVA Tomaz Tadeu Identidades terminais as transforma es na pol tica da pedagogia e na pedagogia da pol tica Petr polis Vozes 1996 VEIGA NETO Alfredo Cultura culturas e educa o Revista Brasileira de Educa o S o Paulo n 23 p 5 15 maio jun jul ago 2003 Recebido em 18 de outubro de 2005 Aprovado para publicac o em 22 de novembro de 2005 152 Jos Lic nio BACKES O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul 1999 a 2001 acertos e desacertos com a democracia The School Constituent of the state teaching network of South Mato Grosso 1999 to 2001 fitting in and misfitting with democracy Maria Alice de Miranda Aranda Ester Senna Doutoranda em Educa o pela UFMS e mail mamaranda ibestcom br Doutora em Educa o S o Paulo Professora do Depar tamento de Educa o e o Mestrado e Doutorado da UFMS e mail esenna ceucufms br Resum
136. O 1990 p 33 Entretanto ela n o concorda com essa explica o e diz estar convencida de que na realidade essa f uma busca formal que dirige as explora es das crian as e n o uma dificuldade de se desligar do desenho FERREIRO 1990 p 33 Desse modo na opini o da autora as crian as criam esses procedimentos para se manterem coerentes com os aspectos formais que pensam que uma escrita deve possuir para ser interpret vel Al m disso tentam expressar na escrita aspectos quantific veis dos objetos referidos e n o aspectos figurais Com rela o a esse se gundo aspecto Ferreiro 1990 diz que a crian a n o tenta por exemplo escrever o nome de objetos circulares com grafias re dondas Um outro fato mencionado pela autora se refere a que esse aspecto pode ser explorado nas crian as quando elas s o incentivadas a escrever duas ou tr s pala vras pois um n mero maior de palavras exigiria um n vel de elabora o comparati va que est al m das capacidades inte lectuais das crian as Assim a autora argumenta que no segundo per odo de evolu o da escrita na S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 65 crian a s o observados modos de diferen cia o denominados interfigurais porque eles levam representa o de objetos dis tintos com sequ ncias de letras diferentes uma das outras No per odo de fonetiza o particularmente quando elaborada a hi
137. O Lembrar nomes e formas das letras fonemas e de compreender que a escrita serve para fins psicol gicos recurso para lembrar o texto anotado Nesse sentido parafraseando Smolka 1989 a alfabeti za o desde o seu in cio um processo de constitui o de sentido por meio da escri tura e da leitura O que impede muitas ve zes que essa compreens o se desenvolva s o as circunst ncias e o modo como o ensino da leitura e da escrita desenvolvi do na sala de aula Uma maneira tamb m interessante de buscar compreender esse trabalho de produ o de textos por analogia an li se que Vigotski 2000 elaborou sobre o desenvolvimento do desenho pois a crian a escreve da mesma forma que desenha ou seja produz oralmente o texto enquan to escreve e a escrita se torna portanto uma forma gr fica de linguagem mas di ferente do desenho porque intelig vel apenas para a crian a que a produz no momento em que a produz Alguns proce dimentos adotados no trabalho provavel mente influenciaram o modo como a cri an a produziu graficamente o texto pois era primeiramente incentivada a produzir o texto oralmente Nesse momento o seu texto era registrado e depois lido para que ela verificasse se tudo que disse foi escrito Dessa forma M j havia organizado o tex to escolhido o que dizer e a pesquisadora tinha atuado como escriba do texto Se a an lise for centrada no proces so de constru o d
138. Profa Dra do Programa de Mestrado em Educa o da Universidade de Sorocaba e mail maria soaresQuniso br Resumo No caminho de Deleuze e Guattari 1995 o texto resultado de uma pesquisa te rica faz rizomas com semi foros objetos raros etc no dizer de Chau 2000 com o movimento de glocalizac o do mundo conforme Canevacci 1996 que redefine o lugar da educa o obrigando a a enfrentar uma complexa gama de desafios Para isso toma como primeira premissa as tr s idades da M idiasfera proposta por Debray 1993 a logosfera per odo do escrito raro destinado a ser dito em p blico a grafosfera correspondente ao escrito abundante porque impresso destinado a ser lido em particular a videosfera que se refere ao escrito superabundante destinado a ser mostrado via tela Apanha como segunda premissa Castells 1992 1999 com o dizer que as redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades que interpreta o conceito de agenciamento de Deleuze e Guattari 1997 como a converg ncia de a es compet ncias id ias e recursos t cnicos compartilhados por um coletivo humano e que com Levy 1993 sinaliza quatro p los que caracterizam o funcionamento das redes digitais Com base nas premissas elencadas poss vel afirmar que n o existe cultura digital entre os adultos da as novas tecnologias serem para eles semi foros enquanto para as crian as e adolescentes as novas tecnologias s o apenas arte
139. Recife PE 164 UNESC em Revista Revista do Centro Universit rio do Esp rito Santo UNESC Colina ES 165 UniCEUB em Revista Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB Bras lia DF 166 UniCi ncia Revista Cient fica da UEG Funda o Universidade Estadual de Goi s UEG An polis GO 167 UNICi ncias Universidade de Cuiab UNIC MT 168 Unimar Ci ncias Universidade de Marilia UNIMAR Mar lia SP 169 UNIP Press Boletim Informativo da Universidade Paulista Universidade Paulista UNIP S o Paulo SP 170 Universa Universidade Cat lica de Bras lia UCB DF 171 UNOPAR Cient fica Ci ncias Humanas e Educac o Universidade Norte do Paran UNOPAR Londrina PR 172 Ver a Educa o Universidade Federal Par UFPA Bel m PA 173 Veritas Revista de Filosofia Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul PUCRS RS 174 Virtus Revista Cient fica em Psicopedagogia Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL Tubar o SC 175 Zetetik UNICAMP Campinas SP 149 150 151 152 A A Se 156 157 158 159 as Mr PERMUTAS INTERNACIONAIS 01 AILA International Association of Applied Linguistic Open university United kingdom Ukrainian 02 Anagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicaci n Universidad de Medell n Medell n Col mbia 03 Anthropos Venezuela Instituto Universitario Salesiano Padre Ojeda IUSPO Venezuela 04 Confluencia ser y quehacer de la educ
140. S Conselhos das Unidades Esco lares a Governadoria cobrando do gover nador a continuidade da Constituinte Es colar e o cumprimento do Plano aprovado Houve tamb m uma press o dos diretores das escolas sobre o Secret rio de Educa c o que insistia em regulamentar as elei es para diretores em desacordo com as delibera es do Congresso da Constituinte voto proporcional dos segmentos da co munidade escolar Prevaleceu o aprovado no Plano E ainda durante a campanha eleitoral o governador se reuniu com os diretores das escolas de Campo Grande e uma das reivindica es que recebeu dos mesmos foi a continuidade da Constituin te e a execu o do Plano Conseguiram do govemador este compromisso para o pr ximo mandato KEM P 2004 Santos apresenta outras contribui es A constru o coletiva mais dif cil Quan do se garante o direito a fala dos sujeitos tem que ser respeitado em sua plenitude Tinhamos isso muito claro e foi o que nos ajudou em muito a levar o processo at o final E verdade que muitas reuni es plen rias e encontros do processo Constituinte Escolar tomaram se oportu nidades de reivindica o por melhorias nas condi es f sicas nas escolas por re ajustes dos sal rios dos profissionais da educa o N s acolhemos as reivindica es as demandas foram identificadas Os setores da Secretaria respons veis foram contatados para tentar resolver ao menos os casos mais urgentes
141. SERIE ESTUDOS Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB S rie Estudos publica artigos na rea de educa o com nfase em educa o escolar e forma o de professores de car ter te rico e ou emp rico S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB n 20 dezembro 2005 Campo Grande UCDB 1995 Semestral ISSN 1414 5138 V 235 cm 1 Educa o 2 Professor Forma o 3 Ensino 4 Pol tica Educacional 5 Gest o Escolar Indexada em BBE Biblioteca Brasileira de Educa o Bras lia Inep EDUBASE UNICAMP CLASE Universidad Nacional Aut noma de M xico Solicita se permuta Exchange is requested Tiragem 1 000 exemplares UNIVERSIDADE CAT LICA DOM BOSCO Miss o Salesiana de Mato Grosso UNIVERSIDADE CAT LICA DOM BOSCO Instituic o Salesiana de Educac o Superior SERIE ESTUDOS Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 1 244 jul dez 2005 UNIVERSIDADE CAT LICA DOM BOSCO Institui o Salesiana de Educa o Superior Chanceler Pe Dr Afonso de Castro Reitor Pe Jos Marinoni Pr Reitor Acad mico Pe Jair Marques de Ara jo S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Publicada desde 1995 Editora Respons vel Margarita Victoria Rodr guez margarita ucdb br Conselho Editorial Conselho Cient fico Adir Casaro Nascimento Amar lio Ferreira Junior UFSC
142. SO S o Goncalo R 11 Cadernos da Escola de Direito e Relac es Internacionais Faculdades do Brasil UniBRasil Curitiba PR 12 Cademos Centro Universit rio S o Camilo S o Paulo SP 13 Cademos da Gradua o Universidade Federal do Cear UFC Fortaleza CE 14 Cademos de Educa o UNIC Universidade de Cuiab MT 15 Cademos de Educa o Universidade Federal de Pelotas UFPel RS 16 Cademos de Educa o Especial Universidade Federal de Santa Maria UFSM RS 17 Cadernos de Pesquisa Universidade Federal do Maranh o S o Lu s MA 18 Cademo de Pesquisa Funda o Carlos Chagas S o Paulo SP 19 Cademos de Pesquisa Turismo Faculdades de Curitiba Curitiba PR 20 Cadernos de Pesquisa em Educa o PPGE Universidade Federal do Esp rito Santo UFES Vit ria ES 21 Cademos do Centro Universit rio S o Camilo Centro Universit rio S o Camilo S o Paulo SP 22 Cademos de Psicologia Social do Trabalho Universidade de S o Paulo USP SP 23 Cademos do UNICEN Universidade de Cuiab UNIC MT 237 24 Caderno Interci ncias de Pesquisa e Extens o Universidade Ibirapuera Moema SP 5 Caesura Universidade Luterana do Brasil ULBRA Canoas RS 6 Cesumar Sa de Centro Universit rio de Maring Maring PR 7 Cesur em Revista Faculdade do Sul de Mato Grosso Campo Grande PR 8 Ci ncias da Educa o Centro Universit rio Salesiano UNISAL Lorena SP 9 Conhecendo a Enfermagem
143. UCPR PR 147 Revista Quaestio Universidade de Sorocaba UNISO Sorocaba SP 241 148 Revista Recria o Revista de Refer ncia de Estudos da Inf ncia e Adolesc ncia Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campo Grande MS Revista Reflex o e A o Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC RS Revista Semina Universidade de Passo Fundo Passo Fundo RS Revista Sociedade e Cultura Departamento de Ci ncias Sociais Goi nia GO Revista Tecnologia da Informa o Universidade Cat lica de Bras lia UCB Bras lia DF 153 Revista Teoria e Pr tica Universidade Estadual de Maring Maring PR 154 Revista Tilhas Universidade da Amaz nia UNAMA Bel m PA 155 Revista UNIABEU Associa o Brasileira de Ensino Universit rio UNIABEU Belford Roxo R Revista Unicsul Universidade Cruzeiro do Sul Unicsul SP Revista UNIFIEO Centro Universit rio FIEO Osasco SP Scientia Centro Universit rio Vila Velha UW Vit ria ES Sequ ncia 45 Revista do Curso de P s Gradua o em Direito da UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UFSC SC 160 T e C Amaz nia Universidade de Minas Gerais Belo Horizonte MG 161 TEIAS Revista da Faculdade de Educa o da UFRJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ 162 Textura Revista de Educa o Ci ncias e Letras Universidade Luterana do Brasil ULBRA Canoas RS 163 T picos Educacionais Universidade Federal de Pernambuco UFPE
144. Universidade do Sul de Santa Catarina Tubar o SC 0 Di logo Centro Universit rio La Salle UNILASALLE Canoas RS 1 Di logo Educacional Pontif cia Universidade Cat lica do Paran PUCPR PR 2 Educa o Revista de Estudos da Educa o Universidade Federal de Alagoas UFAL Macei AL 3 Educa o amp Realidade Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS RS 4 Educa o e Filosofia Universidade Federal de Uberl ndia UFU MG 5 Educa o e Pesquisa Universidade de S o Paulo USP SP 6 Educa o em Debate Universidade Federal do Cear Fortaleza CE 7 Educa o em Foco Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF MG 8 Educa o em Quest o Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN RN 9 Educa o em Revista Universidade Federal de Minas Gerais UFMG MG 0 Educa o UNISINOS Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS S o Leopoldo RS 1 Educar em Revista Universidade Federal do Paran UFPR Curitiba PR 2 Educativa Universidade Cat lica de Goi s UCG GO Em Aberto Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Bras lia DF 4 Ensaio Pesquisa em Educa o em Ci ncias Universidade Federal de Minas Gerais UFMG MG 5 Ensaio Funda o Cesgranrio Rio de Janeiro RJ Ensino em Re vista Universidade Federal de Uberl ndia UFU MG 7 Espa o Pedag gico Universidade de Passo Fundo RS 8 Estudos Revista da Faculdade de Ci ncias Humanas Universidade
145. a ra os cursos de gradua o a regulamenta o dos cursos sequenciais os Processos de Avalia o da Educa o Brasileira re vistos mais tarde no govemo Lula o Fun do de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Ma gist rio bandeira tamb m da campanha do atual presidente Luis In cio Lula da Silva S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 Lula a Descentraliza o ou Desconcen tra o da gest o educacional e a reorgani za o do ensino superior Diante do exposto e com a preocupa o de evidenciarmos alguns aspectos vitais para o discemimento da proposta de refor ma da Educa o escolar recorremos ao texto dos Par metros Curriculares para o Ensino M dio PCNEM destacando a ar gumenta o apresentada para caracterizar O papel da educa o na sociedade tec nol gica A centralidade do conhecimento nos processos de produ o e organiza o da vida social rompe com o para digma segundo o qual a educa o seria um instrumento de conforma o do fu turo profissional ao mundo do trabalho Disciplina obedi ncia respeito restrito s regras estabelecidas condi es at ent o necess rias para a inclus o social via pro fissionaliza o perdem a relev ncia face s novas exig ncias colocadas pelo de senvolvimento tecnol gico e social A nova sociedade decorrente da revolu o tecnol gica e seus desdo bramentos
146. a intitulada A LUTA Euclides da Cunha narra com riqueza de pormenores as batalhas de Canudos no enfrentamento entre os sertanejos reunidos em torno de Ant nio Conselheiro e as tro pas republicanas Tamb m nessa parte da obra o autor descartou a id ia de uma cons pira o pol tica apoiada por grupos anti republicanos e por pa ses estrangeiros que havia justificado o massacre de Canudos e mostrou que os dois lados do conflito o litoral e o sert o estavam tomados por fanatismos religiosos e pol ticos Os solda dos republicanos saudavam a mem ria do marechal Floriano Peixoto com o mesmo entusiasmo doentio com que os jagun os bradavam pelo Bom Jesus Considerando os objetivos deste tex to n o cabe o aprofundamento da discus s o sobre essa parte da narrativa de Euclides da Cunha pertinente no entan to observar que o autor mesmo tendo sido um defensor da Rep blica denuncia com todo o fervor que este verbo pressup e o aniquilamento daquele povo miser vel v tima de um sistema desigual Nesse sentido cabe citar o que es creveu Roberto Ventura 2002 p 185 OS SERT ES uma obra h brida que transita entre a literatura a hist ria e a ci ncia ao unir a perspectiva cient fica de base naturalista e evolucionista cons tru o liter ria marcada pelo fatalismo tr gico e por uma vis o rom ntica da na tureza Euclides recorreu a formas de fic o como a trag dia e a epop ia para compre
147. a UCDB Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 A vida e a obra de S neca foram marcadas por um contexto hist rico que apresentava dois pontos de converg ncia a relevante vig ncia do estoicismo e a per man ncia operativa do helenismo no mun do romano Tr s fatos significativos podem ser tomados como refer ncia e ponto de parti da para as reflex es sobre S neca e sua poca 1 o desaparecimento dos grandes pensadores do per odo cl ssico grego cujo resultado foi a fragmentac o do antigo sis tema filos fico em escolas e sistemas di versos tais como asc ticos epicuristas peripat ticos 2 o esvaziamento do proces so criador da cultura grega o helenismo trouxe consigo como corol rio da poca precedente a tecnificac o e a aplicabilidade da reflex o As ci ncias ou saberes particu lares tinham come ado a se desvincular do tronco filos fico o qual por sua vez trans formou se numa ci ncia voltada para os grandes problemas do homem 3 esses novos tempos foram marcados por uma agita o e uma instabilidade que levaram o homem livre a buscar seguran a e tran quilidade na filosofia j convertida em guia espiritual e diretora da vida humana com um marcado interesse por temas e proble mas humanos em sua dimens o existen cial REDONDO e LASPALAS 1997 Em contato com a cultura grega os romanos entraram na rbita do helenismo e sobre seu complexo modelo de saberes recriaram um outro
148. a circula o n o oficial do poder M as tais indicativos ficam aqu m das fronteiras populares e democratizadoras alcan adas pela vis o de Gramsci p 257 Semeraro ainda lembra que para Gramsci A sociedade civil n o s o l cus da raz o discursiva e o encontro de sujeitos falantes sobre regras universais mas tam b m o territ rio da disputa e da defini o do poder o campo onde se lan am as premissas concretas capilares e abrangentes dum projeto global de socie dade SEM ERARO 1999 p 258 Assim entendida continua Semeraro a sociedade civil torna se o campo do confronto de pr ticas efetivas que reve lam a verdadeira face democr tica das pro posi es verbais torna se o territ rio dos embates e a busca de formas concreta mente convincentes para a expans o das for as que lutam para fazer prevalecer os interesses da maioria da popula o Nesse sentido sua maior preocupa o est sem pre voltada para a autodetermina o da grande massa e dos setores subjugados para que se eduquem reciprocamente atu ando na sociedade civil n o apenas para se proteger da coloniza o do Estado e do mercado mas principalmente para des mascarar suas contradi es e super las radicalmente com a configura o de um novo Estado e duma economia realmente democr tica p 258 259 M as para um projeto caminhar com base nessas orienta es se faz necess rio 171 viver em uma so
149. a construc o do que se almeja o Pro jeto Constituinte Escolar colocado aqui como um exemplo da continuidade descont nua das pol ticas p blicas pela sua dimens o mesmo ainda n o percebida na sua totalidade marcou o momento hist ri co sedimentando novas bases no momen to t o fortes que n o encontraram um ali cerce que lhe sustentasse E foi com esse entendimento que se solicitou tamb m uma avaliac o do pro cesso vivenciado na Constituinte Escolar de Ensino de Mato Grosso do Sul no per odo de 1999 a 2001 1 5 Avaliando o processo vivenciado via Constituinte Escolar Foi solicitado aos sujeitos hist ricos da pesquisa uma avaliac o do processo vivenciado via Constituinte Escolar Kemp apresenta sua avaliac o ressaltando muitos MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino uma coes o interna entre a equipe diri gente da Secretaria de Estado de Educa o com rela o a Constituinte Escolar A op o adotada foi deflagrar o processo Constituinte concomitante com a elabo pontos positivos mas conforme destaque abaixo chama a aten o para um ponto de extrema complexidade que se acredita j analisado teoricamente nesse estudo Foi um processo extremamente rico de muita mobiliza o nas escolas de muito debate de forma o e capacita o Este foi o principal resultado e ningu m pode apa gar Educadores pais e alunos tiveram a oportunidade de discutir a e
150. a cotidianamente s tend ncias e possibilidades hist ricas do Capital objetiva se na destrui o do trabalho vivo na mer cantilizac o das m ltiplas fei es da socia bilidade no desemprego estrutural na abso lutizac o da extra o do valor de uso dos que sobrevivem do trabalho E este proces so busca sua naturaliza o e perman ncia produzindo pr ticas formativas que propi ciem a poss vel internaliza o de uma con cep o de mundo fundada na apropria o privada da riqueza socialmente produzida Avaliamos que tais reflex es ainda que t midas e em fase inicial poder o 191 fomecer elementos para ampliar o campo investigativo da forma o humana na dire o de situ la como mediadora das esfe ras do trabalho e da educa o escolar bem como contribuir para novas abordagens de pesquisa emp rica sobre o tema da forma o humana no mbito do cotidiano esco lar das reformas educacionais em curso e concomitantemente das pr ticas formati vas circunscritas Institui o Escolar Notas Segundo a Organiza o Internacional do Tabalho OIT em 2003 era de 180 milh es o n mero de desempregados Enquanto o fordismo exigia um profissional espe cializado o toyotismo presente na sociedade con tempor nea precisa de um profissional polivalente multifuncional capaz de realizar diversas fun es resolver problemas trabalhar em equipe Para aten Refer ncias der s exig ncias
151. a da popula o Sabemos como nos diz Ramal 2004 p 2 que est em nossas m os agora a possibilidade de de letar a escola de portas fechadas e cercadas por muros para deixar nascer a escola da multiplicidade do hipertexto do link das janelas abertas e das salas de aulas conec tadas com o mundo Sabemos tamb m que para isso preciso vontade pol tica por parte dos gestores envolvidos para democratizar a rede computacional e realizar a t o sonhada escola do futuro Enquanto a informatiza o ocorre num crescimento desenfreado e exponencial redefinindo e moldando as rela es sociais e a pr pria vida e sendo por elas moldadas alguns movimentos de trabalhadores a exemplo dos sindicatos tamb m s o atin gidos sobremaneira a nova realidade 56 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o econ mico pol tica atingindo o mundo do trabalho a educa o dos trabalhadores o novo liberalismo ditando normas proibitivas e ameacadoras fragmentando os movimen tos sociais organizados e fazendo crer que tudo est perdido que n o h mais espaco para se resistir aos novos desafios Os sindi catos e outros ambientes dos movimentos sociais organizados s o ainda locais de de bates de reflex es por parte dos trabalha dores e demais membros da sociedade in cluindo a comunidade escolar e t m um im portante papel hist rico para discutir o sen tido e o de
152. a descender alcanzando sus picos m s bajos en Argenti na durante los a os 90 Si bien la situaci n en Chile no ha sido la misma porque el punto m s bajo fue anterior durante la dictadura igualmente el problema presupuestario existe Intencionadamente no comenzamos por este punto porque suele oscurecer toda discusi n acerca de las reformas necesarias Si bien es indudable que esta es una de las principales razones que han influido en la paulatina decadencia de la educaci n ar gentina lo que se ha expuesto m s arriba es una muestra incontrastable de que los problemas no son s lo ni principalmente presupuestarios M s a n de no abordarse soluciones urgentes a muchos de los mismos se corre el riesgo de que una mayor inversi n en educaci n consolide las tendencias existentes revisti ndolas de un car cter superficial m s pr spero Lo que queremos se alar con toda claridad es que la promocionada Ley de Financiamiento Educativo sancionada al fin en Argentina no resolver los proble mas si no es un contexto de abordaje de soluciones que requieren de presupuesto suficiente pero para ser aplicado a las so luciones y no a la consolidaci n de tendencias existentes Por otra parte como se ha dicho es preciso insistir en que las leyes son manifestaciones superficiales emergentes y Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral que lo que est por verse es lo m s impor
153. a do ensino particular que vos apresentei vereis qu o diminuto o numero de escolas p blicas em Montenegro e em outros munic pios da regi o As escolas particulares t m o gran de defeito de ensino de l ngua estranha e as do ensino da l ngua vern cula s o muito poucas E certo que na zona colo nial merece prefer ncia a escola particu lar publica j pelo ensino da l ngua do colono j pelo religioso que aquela n o administra mas o fator principal n o me parece este antes quero aceitar outro que deve for osamente exercer maior influ encia a multiplica o das escolas parti culares Onde existem dez crian as de cin co a doze anos estabelece se uma escola elementar cobrando o professor um at dois mil r is por aluno E a este fato que atribuo a frequ ncia porque cada fam lia deseja a escola pr xima do lar Sendo di minuto o numero das aulas p blicas o Governo v se na conting ncia de espalh las de modo que enquanto em cada quilometro v se uma escola parti cular de dez em dez quando muito apro ximadas v se uma do Estado Relat rio do inspetor escolar de Montenegro 1897 Constata se um discurso que destaca a vitalidade da iniciativa particular e a invia bilidade econ mica para instalar aulas p blicas em zonas rarefeitas de popula o o que exigiria a cria o fornecimento e ma nuten o de muitas aulas o pagamento de professores e o aluguel de salas mes mo o
154. a fragmentada e inconsistente pelos pro fessores das escolas os quais reconhecem a import ncia deles mas n o realizam um tra balho integrado p 66 Ficou evidente nos depoimentos que a tem tica Pluralidade Cultural mais enfatizada nas disciplinas de Hist ria Geo grafia e L ngua Portuguesa Alguns profes sores como o identificado pela sigla P7 demonstram conhecimento e compromisso para com o ensino da Hist ria dos negros Por ser de descend ncia negra a professora demonstrou sua preocupa o em trabalhar com o assunto Quanto an lise das atividades rea lizadas a cultura negra celebrada em dias especificamente comemorativos Os livros por sua vez debatem quest es de racismo falando sobre negros e ndios Alguns tra zem o negro como protagonista de algu mas hist rias Para a autora f poss vel que uma proposta pedag gica assumida por todos possa orientar a comunidade escolar na operacionaliza o de uma pr tica pedag gica voltada para uma educa o de qualidade visando forma o do indiv duo solid rio e emancipado p 73 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 229 233 jul dez 2005 Ainda de acordo com Marques na escola que atendia alunos na maioria negros hou ve um cuidado por parte da secretaria de educa o em preparar os professores e o corpo administrativo que l trabalharia Quanto aos alunos Marques concluiu que os mesmos n o sentem necessidade de
155. a pl stica da juventude no servi o e no amor de Deus bem como nas virtudes com que lhe de vemos agradar Ratio 1952 p 181 Na apreens o de Franca o grande objetivo do curso de Letras assinalado no Ratio inculcar no aluno a forma elegan te e cl ssica de se expressar al m de co nhecimentos b sicos e gerais que v o enformando o aluno para a ci ncia escol s tica que se seguir Como se v o objetivo do curso humanista a arte acabada da composic o oral e escrita O aluno deve desenvolver todas as suas faculdades postas em exerc cio pelo homem que se exprime e adquirir a arte de vazar esta manifestac o de si mesmo nos moldes de uma express o perfeita As classes de gram tica asseguram lhe uma express o clara e exata a de humanida des uma express o rica e elegante a de ret rica mestria perfeitamente na expres s o poderosa ad perfectam eloquentiam informat que diz respeito perfeita elo qu ncia Franca 1952 p 29 Para Franca ainda a pedagogia jesu tica propugna claramente por um aprendizado mais leve no in cio e um con te do mais pesado depois traduzindo essa rela o pelos termos arte e ci ncia A for ma o cl ssico humanista art stica ou seja incita a imagina o a liberdade e a express o ao passo que a forma o filo s fico teol gica se pauta na ci ncia no es tudo profundo nos axiomas nas demons trac es nas leis O que molda o esp rito a a
156. a reforma coloca nos diante das pr ticas formativas reduzidas s denominadas compet ncias Ambas empregabilidade e compet ncias encontram se filiadas ao denominado aprender a fazer E aqui recorremos inter ven o de Castro que analisando as ten d ncias e perspectivas dos sistemas de pro du o de informa es educacionais auxi lia nos em dois sentidos No primeiro ex pressa parte das preocupa es subjacen tes s pr ticas formativas articuladas pol tica educacional No outro assinala a presen a das denominadas compet ncias como condi o b sica para a forma o desse novo ser que atenda aos desafios das mudan as sociais Dessa perspectiva M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar indaga Castro O que os alunos s o capa zes de fazer Quais os padr es desej veis que deveriam ser atingidos para que os alunos desenvolvam as compet ncias e habilidades b sicas exigidas para o exerc cio da cidadania O que caracteriza a es cola efetiva CASTRO 1999 p 36 37 E acrescenta Os sistemas de ensino t m sido desafiados a responder s seguintes quest es Como preparar este novo cidad o Quais as demandas da nossa sociedade em pro cessos de mudan as t o acelerados como os que marcaram as ltimas d cadas deste s culo E cada vez mais evidente que a prepara o de cidad os competentes para atuar de forma cr tica e res pons vel na constru o d
157. aci n a este nivel educativo En primer lugar la persistencia de un sistema no integrado y continuo entre la educaci n terciaria no universitaria y la su perior universitaria pese a los esfuerzos por promover la articulaci n que se han encara do en los ltimos a os crea circuitos de aprendizaje de primera y segunda categor a desestimando o no estimulando el cursado de carreras cortas porque son de menor valor y no permitiendo un circuito de formaci n continua que facilite entrar y salir para completar tramos formativos de acuerdo a las necesidades Podr argumentarse que en los ltimos a os eso ha tendido a modificarse porla proliferaci n de ofertas integradas entre instituciones terciarias y universitarias a n cuando la mayor a de las mismas apunten a una articulaci n inmediata actuando las primeras como subsedes de facto de las se gundas Y no es menos cierto que tales ofer tas han sido generadas principalmente como ganchos comerciales de las instituciones para retener y capturar m s matr cula y no como producto de una pol tica sistem tica desde las instancias estatales pertinentes Por otra parte la proliferaci n de ti tulos y carreras con denominaciones diver 117 sas ha generado un panorama de dispersi n y confusi n entre los potenciales estudiantes consolidando una pr ctica en la que se busca atraer alumnos a partir de las denominaciones y no de las mejores condiciones de
158. aci n superior mexicana ANUIES Asociaci n Nacional de Universidades e Instituciones de Educaci n Superior M xico 05 Cuademos de Administraci n Pontif cia Universid Javeriana Bogota Colombia 06 Infancia en eu ro pa Associaci n de Maestros Rosa Sensat Barcelona Espa a 07 Revista de Investigaciones de la Unad Universidad Nacional Abierta y a Distancia Unad Bogot Colombia 08 Learner Autonomy New Insights ALAB Associa o de Ling stica Aplicada do Brasil Belo Horizonte MG 09 Lexis Asociaci n de Institutores de Antioquia Adida Medell n Colombia 10 Nexos Universidad EAFIT Medell n Colombia 11 Padres M adres de alumnos alumnas CEAPA Madrid Espa a 12 Pol tica y Sociedad Universidad Complutense de Madrid Madrid Espa a 13 Proyecci n investigativa Universidad de C rdoba Monter a Colombia 14 Revista Contextos Educativos Universidad de La Rioja La Rioja Espa a 15 Revista de ciencias humanas Universidad Tecnol gica de Pereira Risaralda Colombia 16 Revista de La CEPA Comisi n Economica para Am rica Latina y El Caribe Santiago Chile 17 Revista de pedagog a Universidad Central de Venezuela Caracas Venezuela 18 Revista Universidad EAFIT Universidad EAFIT Medell n Colombia 19 Revoluci n Educativa al Tablero Centro Administrativo Nacional CAN Bogota Colombia 20 Salud P blica de M xico Instituto Nacional de S
159. acional pr s e contras Cademos de Pesquisa S o Paulo n 16 1976 GATTI B Org Semin rio Alternativas metodol gicas para a pesquisa educacional Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 40 1982 ___ P s gradua o e pesquisa em educa o no Brasil 1978 1981 Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 44 p 3 17 1983 Implica es e perspectivas da pesquisa educacional no Brasil contempor neo Cader nos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 113 p 65 62 2001 ____ A constru o da pesquisa em educa o no Brasil Bras lia Editora Plano 2002 GOUVEIA A J A pesquisa educacional no Brasil Cademos de Pesquisa S o Paulo v 1 n 1 1971 ___ Orienta es te rico metodol gicas da Sociologia da Educa o Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 55 p 63 67 1985 ___ A pesquisa educacional no Brasil de 1970 para c Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 19 1976 MELLO G N Pesquisa em educa o quest es te ricas a quest es de m todo Cadernos de Pesquisa S o Paulo Fundac o Carlos Chagas n 40 p 610 1982 ___ A pesquisa educacional no Brasil Cadernos de Pesquisa S o Paulo Funda o Carlos Chagas n 46 p 67 72 1983 MOREIRA A F B O campo do curr culo no Brasil constru o no contexto da ANPED Cadernos de Pesquisa n 117 p 81 101 2002 NETTO J P Relendo a teoria marxista da hist ria In
160. ada ator social pensar o seu papel a come ar com a com preens o do funcionamento da socieda de capitalista a necessidade de sua supe ra o porque ela refor a as rela es au torit rias impossibilita a gest o democr tica em sua plenitude Apont vamos os limites da democracia burguesa da democracia representativa Evidente mente que se constitu a um avan o no processo em que est vamos empenha dos o fato de mais sujeitos ocuparem o espa o p blico e passarem a exercer o direito a fala KEMP 2004 grifo nosso Kemp enfatiza que a gest o demo cr tica precisaria ser entendida pelos sujei tos da escola mas para isso v rias ques t es deveriam ser assimiladas para poste riormente chegar a uma supera o que se iniciaria com o assumir de uma hova con cep o de democracia Quest o comple mentada por Santos Entend amos que a transforma o da es cola que a est n o poderia ser obra de uns poucos iluminados mas que deveria envolver a todos os interessados na educa o OU seja pais alunos educadores fun cion rios da escola dirigentes da educa o MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino entidades da sociedade civil Acredit vamos tamb m que as pessoas se capacitariam ao longo do processo de participac o nos debates e nas defini es das propostas e aos poucos passariam a entender que a escola p blica democr tica inclusiva de
161. ade descont nua das pol ticas p blicas Vieira 2000 chama a aten o para a continuidade descont nua das pol ticas p blicas em espec fico da pol tica educacio nal brasileira E sendo esta uma quest o impl cita e expl cita na hist ria da pol tica em M ato Grosso do Sul foi colocado a cada um dos sujeitos desse estudo o seguinte questionamento Qual a sua avalia o sobre a continuidade descont nua dos pro jetos implantados e implementados na educa o em cada gest o governamental em espec fico nas ltimas duas d cadas do s culo XX e nos anos iniciais do s culo XXI no MS Kemp assim respondeu Quando h mudan a de orienta o geral do Governo ou seja quando um governo assume com um projeto pol tico ideol gi co totalmente diferenciado do anterior de certo forma compreens vel que haja mudan as nas pol ticas educacionais uma vez que a educa o formal tamb m 166 um ato pol tico Por m mesmo esta mu dan a de orienta o n o deveria desconsiderar por completo todo o traba lho at ent o realizado As escolas n o s o laborat rios e os educandos n o po dem ser prejudicados neste processo Agora quando a descontinuidade de pro jetos se d durante uma mesma gest o de govemo isto lament vel Denota a inter fer ncia de projetos pessoais de modis mos de interesses particulares e pr ticas autorit rias que n o permitem aprimorar o s
162. admir vel mundo novo das tecnologias inform ticas tamb m um mundo de perplexidades de incertezas de imagina o exaltada e por vezes selvagem natural que a introdu o de toda tecnologia em uma mesma cultura produza um dil vio de expectativas de in seguran a ou otimismo exacerbado Nos momentos iniciais do desenvolvimento das tecnologias de comunica o dist ncia tel grafo r dio televis o n o faltaram fan tasias e del rios ut picos ou dist picos No caso das novas tecnologias o v o da imagina o tem alcan ado alturas estratosf ricas Toda tecnologia hova em rela o aquela que a precedeu mas as tec nologias da intelig ncia como as chama Pierre L vy 1993 parecem ter a pretens o de serem novas de maneira absoluta As tecnologias eletr nicas da era da informa o s o invis veis circulando fora das expe ri ncias humanas de espa o e tempo por que elas est o no processo do fazer e do criare n o no ato de comprar um computa dor O que se compra um artefato tecnol gico e n o novas tecnologias O que est dentro da m quina s o apenas recursos que S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 195 204 jul dez 2005 criam novas tecnologias quando usados O mapeamento das quest es apresen tadas permite inferir que se na Modemidade epistemologicamente a d vida estava cen trada na ang stia por conhecer o mundo e orden lo no caso da escola o professor
163. ados no ano de exerc cio anterior segundo as informa es obtidas pelo censo escolar O Programa prev des pesas com custeio e manuten o de pe quenos investimentos vetando gastos com pessoal O repasse feito segundo faixas que correspondem ao n mero de alunos matriculados Quadro 1 Recursos conforme o n mero de alunos matriculados 1995 N de alunos matriculados Valor anual por escola R julho 1995 Valor indexado R julho de 2002 Mais de 2000 1050000 13 510 72 Fonte Comunicado SE de 5 de julho de 1995 O quadro corresponde aos valores transferidos para as regi es Sul Sudeste e para o Distrito Federal A distribuic o dos recursos por faixas de repasse muito dife renciadas certamente gerou distor es no manejo dos mesmos por parte das esco las Assim uma unidade escolar que tives se 2 000 alunos recebeu os mesmos R 7 700 00 que outra com 1501 No pri meiro caso o valor m dio por aluno ano foi de R 3 85 por ano enquanto no segun do correspondeu a R 5 13 ano Escolas com mais de 2 000 alunos receberam R 10 500 00 Se a escola tivesse 2001 alu nos isso significaria R 5 25 por aluno ano mas se tivesse 3 000 alunos o valor decli 222 naria para R 350 por aluno ano uma di feren a de aproximadamente 30 A implanta o do PDDE na rede estadual de ensino A partir do Comunicado GS de 5 7 95 a Secretaria da Educac o do Govemo do Estado de S o Paulo SE SP discipl
164. aduac o quando a pesquisa ainda n o era o seu eixo e motor Hist ria da Educac o Filosofia da Educac o etc Hoje todos os programas se organizam em 28 Linhas de pesquisa que em maior ou menor grau guardam relac o com objetos de pesquisa mais do que com sub reas de conhecimento As linhas de Pesquisa dos Progra mas de P s graduac o em Educac o da regi o Centro Oeste s o as seguintes por ordem de in cio 1 Educa o e meio ambiente 2 Filosofia na educa o 3 Hist ria da educa o 4 Educa o e psicologia 5 Avalia o em educa o 6 Pol tica gest o e economia da educa o 7 Sociologia da linguagem e educa o 8 Hist ria e historiografia da educa o 9 Saberes e pr ticas educativas 10 Estado e pol ticas p blicas de educa o 11 Escola sociedade cultura 12 Institui es e pol ticas educacionais 13 Teorias da educa o e processos peda g gicos 14 Forma o de professores e organiza o escolar 15 Din mica curricular e ensino aprendi zagem 16 Pol ticas educacionais gest o da escola e forma o docente 17 Educa o em ci ncias 18 Pr ticas pedag gicas e suas rela es com a forma o docente 19 Movimentos sociais pol tica e educa o popular 20 Ensino de ci ncias e matem tica 21 Cultura e processos educacionais 22 Educa o cultura e disciplinas escolares 23 Educa o trabalho e movimentos sociais 22 Eurize C PESSANHA Pesquisa
165. agem em que o outro visto como uma erva daninha que deve ser eliminada ou no sonho da pureza BAUMAN 1998 Nesse sentido a educa o especialmente a escolar foi acionada para em nome de um pretenso humanis mo universal impor um padr o cultural nico que era ao mesmo tempo branco machista de forte conota o judaico crista euroc ntrico VEIGA NETO 2003 p 10 Isso indica a exist ncia de uma s for ma de identidade leg tima verdadeira aut n tica boa e ao mesmo tempo aponta para a rejeic o das diferencas identit rias associan do as a patologia desvio primitivismo bar baridade paganismo anormalidade selvage ria devassidao enfim significa hao ter cul tura n o entender n o ter consci ncia como se expressaram os sujeitos nos diferentes momentos da pesquisa Sempre importan te lembrar que apesar de todos os esforcos de homogeneiza o cultural as diferen as sempre continuaram a se proliferar entrando em processos de negociac o como nos lem bra Bhabha 2001 Mesmo em tempos de globalizac o segundo Hall 2003 onde se pretende uma padronizac o cultural sobre tudo estadunidense h in meros movimen tos demonstrando que as diferencas n o s resistem a homogeneizac o como tamb m se multiplicam indefinidamente Pode se dizer que durante muito tem po houve somente o conceito de cultura que de certo modo continua presente inclusive para os sujeitos
166. aim of which is the formation of the individual on the boundaries of the founding relationships of the merchandise society as a way of creating possibilities for naturalizing and perpetuating the logic of Capital in their incessant struggle to control subordinate and alienate Work Key words Brazilian educational reforms of the 90s school culture daily school routine Apresenta o S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 O texto aqui apresentado busca o en tendimento dos poss veis determinantes das reformas educacionais brasileiras ocorridas nos anos 90 do s culo passado com base nas mudan as no processo t cnico produti vo do Capital na perspectiva de subordinar controlar precarizar e alienar o Tabalho Ten demos a supor que as reformas educacio nais em curso nucleadas na educa o para o trabalho e para a cidadania orientam se por pr ticas formativas cuja finalidade a forma o do indiv duo nos limites da genericidade em si do mundo pr tico utili t rio eficiente e eficaz isto nos limites das relac es sociais fundantes da formac o so cial capitalista Em outros termos avaliamos que as reformas educacionais em curso fo mentam a redu o do indiv duo s habilida des cognitivas de sua consci ncia e supos tas compet ncias que articulam suas possi veis condi es de adapta o nos limites da educa o para o trabalho
167. ais rituais e representa es que tendemos a aceitar como naturais e de senso comum E o resultado da intersec o de significado e poder no mundo social Costumes rituais cren as e valores frequentemente produ zem dentro dos indiv duos conceitos dis torcidos do seu lugar na ordem socio cultural e assim servem para reconcili los com aquele lugar e disfar ar as rela es desiguais de poder e privil gio o que as vezes denominado de hegemonia ideol gica M cLAREN 1997 p 209 neste sentido que chamo a aten c o tamb m para a compreens o do conceito de exclus o Embora tenha um forte elemento econ mico esta tamb m 211 deve ser compreendida na sua multiplici dade de dimens es ra a g nero etnia na cionalidade Ressaltamos que apesar do controle hegem nico apresentar se de forma com plexa duradoura e resistente h tentativas de min la tanto do ponto de vista ideol gi co como econ mico ainda assim concorda mos com Mayo 2004 p 39 que afirma que a hegemonia caracteriza se por um con junto de aspectos tem uma natureza n o est tica est constantemente aberta ne gociac o e renegociac o e portanto a ser renovada e recriada incompleta seletiva e existem momentos nos quais todo proces so passa por uma crise Segundo o autor Isso indica que pode haver espaco para uma atividade contra hegem nica a qual pode ser muito efetiva em momentos al tame
168. ais s o as suas condi es definidoras Sob quais condi es pode ocorrer uma forma participativa assim ou maior de desenvolvimento E poss vel gene ralizar tal forma de desenvolvimento es tend la por um modelo de desenvolvimen to nacional E as opera es do governo federal que como foi mostrado est clara mente sob o controle de um programa neoliberal de desenvolvimento capitalista dominante e governante um ref m volunt rio do capital estrangeiro p 112 Santos o coordenador do Projeto Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 2001 tamb m fez refer ncias ao Or amento Participativo de Mato Grosso do Sul lem brando que o xito como foi iniciado aflorou esperan as de realiza es mais duradouras tamb m para a educa o via Constituinte Escolar Lembra o coordenador o caso do or amento participativo OP observando que em sua primeira vers o aqui no esta do foi uma experi ncia interessante no to cante ao exerc cio da cidadania da consi dera o de cada sujeito n o apenas como eleitor mas com condi es de interferir nos destinos dos recursos p blicos M ilhares e milhares de pessoas foram para as plen rias do OP acreditando nisto que acabei de falar Considerando tal realidade e pensan do em dar uma resposta aos anseios da popula o educacional que sempre se guem esperando um fazer diferente com mais significado e mais a es concretas o
169. al colocaram o pa s em ebuli o preparando o terreno para a transforma o E este o fim ltimo de sua historiografia contribuir para a transforma o A an lise que Caio Prado Jr faz da forma o do Brasil sobre as bases do sis tema colonial de um realismo brilhante A linguagem empregada pelo autor possui uma carga sem ntica de den ncia da explora o constitutiva das bases do siste ma colonial sobre as quais forma se o Brasil A obra perpassada pela vis o mate rialista hist rica da realidade evidencia a influ ncia import ncia das bases sobre as quais se estabelece a organizac o s cio econ mica e cultural da vida brasileira nes se sentido o autor provoca o leitor a pen sar encarar as mudan as com uma profun didade desestabilizadora Considera es Finais A descri o da forma o do tipo humano brasileiro em suas vari veis regio nais feita por Prado Jr sob uma perspecti va completamente diferente daquela que se percebe na obra de Cunha trata se de uma perspectiva s cio econ mica e cultural e n o racial como fizeram Cunha em Os Sert es e Lobato em Urup s As bases de an lise ou seja as teorias que subjazem interpreta o de cada um dos autores citados s o substancialmente diferentes Os elementos geogr ficos clima tipo de solo bacia hidrogr fica ressaltados por Cunha como determinantes da ocupa o do territ rio e da forma o do tipo huma no em cada r
170. al de comprovada compe t ncia As alunas da Escola Complementar constitu am a elite do professorado da pro v ncia e v rias alternativas eram utilizadas para seu aperfei oamento inclusive ap s o t rmino do curso Em miss o de estudos seguiu para a Re p blica Oriental do Uruguay uma comis s o de professores que ali observar o os m todos e trabalhos de ensino N o ser a nica nem se limitar o a simples ins pe o as medidas a adotar se Ir estudar tamb m na Escola Normal de M ontevi d u uma turma de alunos escolhidos entre os melhores da nossa Escola Com plementar mensagem enviada Assem bl ia dos Representantes do Estado do Rio Grande do Sul pelo presidente Anto nio Augusto Borges de M edeiros Pal cio do Governo em Porto Alegre 20 de se tembro de 1913 Ass Antonio Augusto Borges de Medeiros Presidente do Estado A Escola Complementar tinha no dizer do Presidente da Prov ncia o m rito de preparar alunas mestras preferidas para o preenchimento interino das vagas aber tas no magist rio Este est gio completa do depois por outras provas pr ticas exibi Refer ncias das em concurso conferia lhes o direito efetividade Assim a realizac o do Curso Complementar modificava o processo do concurso anacr nico no dizer do presiden te sendo considerado o melhor meio de selecionar as aptid es Elementos conclusivos Esta preliminar revis o de documen tos referentes
171. alidade n o necessariamente na dimens o em que pretendiam os reforma dores mas balizadas pelas condi es ma teriais em que elas podem ser produzidas M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar salientando que isso n o significa em lti ma an lise que os principais determinan tes das propostas reformistas deixem de ser incorporados com maior ou menor intensi dade pela institui o escolar Mas conforme observado anterior mente esse espa o escolar sempre um espa o de contradi es e resist ncias espe lhando um mundo do qual criador e criatu ra Por isso que ele pode ser ainda que nem sempre perceba isso um espa o de forma o do ser social na perspectiva de ruptura com a l gica do capital l gica esta que tem nas reformas educacionais uma de suas principais estrat gias postas na perspectiva de perpetuar a mercantiliza o da vida alienada em todas suas dimens es Uma breve conclus o Recordemos ent o a Terceira Tese so bre Feuerbach elaborada por Marx e Engels que registra a seguinte afirmativa A doutri na materialista sobre a altera o das cir cunst ncias e da educa o esquece que as circunst ncias s o alteradas pelos homens e que o pr prio educador deve ser educado MARX ENGELS apud IANNI 1998 p 179 Referenciados nesta proposi o considera ramos que a altera o das circunst ncias da vida em sociedade e dos proces
172. alizac o do capital e da difus o na Am rica Latina do modelo econ mico po l tico e ideol gico neoliberal e tamb m de seus correspondentes no plano te rico o p s modemismo e o p s estruturalismo E nesse quadro de luta intensa do capita lismo por sua perpetuac o que o lema aprender a aprender apresentado como a palavra de ordem que caracteriza uma educac o democr tica E esse canto de sereia tem seduzido grande parcela dos intelectuais ligados rea educacional A cita o de Duarte coloca nos de volta aos determinantes das reformas edu cacionais brasileiras dos anos 1990 e mais especificamente s discuss es que no pla no mundial ocorreram nos anos 1980 e 1990 em torno da educa o A incorpora o do lema aprender a aprender signifi ca por extens o a ado o de um processo formativo que atende ao projeto pol tico ideol gico das forcas neoliberais centrado no indiv duo e na sua adaptac o a realida de em que vive na busca da naturalizac o e da perman ncia das forma es sociais capitalistas Por sua vez o exemplo da institui c o escolar sumariamente apresentado auxilia nos na perspectiva de entender de que maneira as reformas educacionais v o sendo incorporadas e tensionadas pelas especificidades das institui es escolares E mais que din mica deriva das negocia es estabelecidas pelos sujeitos que ao produ zir a cultura escolar v o dando s refor mas materi
173. alud P blica Cuernavaca Morelos M xico 21 Santiago revista de la Universidad de Oriente Universidad de Oriente Santiago de Cuba Cuba 22 Signos Universitarios Universidad del Salvador Buenos Aires Argentina 23 Th l me Revista Complutense de Estudios Franceses Universidad Complutense Madrid Madrid Espa a
174. am b m o mestre de apresentar o resultado do seu labor no correr do ano quer nos exames finais quer nas visitas do inspetor Este fato not rio at nas escolas dos centros S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 101 mais populosos onde nenhum motivo h que justifique t o perniciosa desidia salvo os casos de forca maior acentua se princi palmente nas dos distritos de fora Re lat rio do inspetor Grifo nosso Ora os professores eram mantidos na reg ncia de aulas p blicas em decor r ncia do aproveitamento escolar de seus alunos verificado por visitas de inspetores e pelo n mero de alunos frequentes o qual se fosse muito pequeno levaria ao fecha mento da aula Ensino livre versus ensino p blico viabilidade da obrigatoriedade Se eram escassas as escolas p bli cas as condi es e as convic es ideol gi cas valorizavam a liberdade e n o possibi litavam exigir a obrigatoriedade escolar esta tida como invasiva do poder paterno e da possibilidade de se instituir professor aos que assim desejassem e para tanto de monstrassem compet ncia Assim se manifestava um inspetor escolar acerca da obrigatoriedade E tanto o ensino obrigat rio falha em seus efeitos que tendo feito parte do regulamento extinto nunca foi posto em vigor seguramente pelas dificuldades que adviriam de sua execu o nosso vasto ter rit rio no qual se acha disseminada a po pulac o seria gr
175. ampliada do trabalho apresentado no Il F rum Nacional de Educa o ULBRA Torres maio de 2005 Doutor em Educa o Unisinos Professor do Programa de Mestrado em Educa o UCDB e mail backes ucdb br Resumo O trabalho fruto da tese de doutorado defendida na UNISINOS S o Leopoldo RS cujo orientador foi o professor doutor L cio Kreutz Tem como campo te rico os Estudos Culturais P s Estruturalistas campo que problematiza a dicotomia alta e baixa cultura Mesmo n o concordando com esta dicotomia segundo este campo n o se pode deixar de levar em conta que ela continua presente produzindo v rios efeitos Assim question la mostrando que produz um conjunto de efeitos nas identidades diferen as efeitos por meio dos quais a baixa cultura tende a ser vista como abjeta e inferior n o significa que n o deva ser mencionada e analisada quando ela se constitui em uma marca central para determinados grupos Esta an lise longe de ser uma legitima o da dicotomia procura fazer parte de um processo de desconstru o Al m disso este campo afirma a centralidade da cultura vista como um processo de atribui o de sentido atravessado pelas rela es de poder no qual a linguagem mais do que dizer como a realidade produz a realidade A cultura central n o porque superior a outras dimens es econ mica pol tica sexual mas porque est presente em tudo Assim com o intuito de compreender as representa es
176. an de do Sul n o havia ainda identificado e diferenciado com clareza a escola rural As formas com que ela era referida educa dor das col nias professorado da campa nha ensino popular distritos de fora meni nos pobres da campanha distritos rurais escolas da campanha escola rural zona colonial meio rural acenavam para o desprest gio e desconsidera o de suas caracter sticas nas normas e regulamentos para a instru o p blica no estado No in cio do s culo XX entretanto instaura se ainda que inicialmente um 106 momento de visibilidade da escola rural e um movimento de inclus o na legisla o de elementos que demonstram sua consi dera o S culo XX maior consist ncia na designa o de escola rural Em 1905 importante altera o ocor reu na legisla o que normatizava a ins tru o p blica no estado Ainda a desvalo riza o da escola rural evidente Provimento por concurso para a escola rural exig ncias m nimas O decreto 806 de 11 de abril de 1905 com o louv vel intuito de prover as esco las rurais com professores efetivos e re conhecendo que estas escolas quanto ao desenvolvimento do ensino n o t m as mesmas exig ncias das escolas urbanas estabeleceu um programa para os con cursos daquelas contendo as mat rias es tritamente necess rias ao ensino nas es colas ruraisPara que o concurso n o fos se ilus rio tomou a lei provid ncias no sentido de exigir con
177. ana procura se detectar o processo de pensamento que o levou a conceber o s bio como o homem ideal para se dedicar educa o da humanidade Segundo S neca as verdades encontradas e acumuladas na sua caminhada rumo perfei o qualificam no para exercer esse magist rio Assim sendo o s bio ponto culminante da din mica formativa e maior est gio de aperfei oamento al ado pelo homem deveria abandonar as demais atividades civis e p blicas para se tornar o referencial educacional dos homens em busca da virtude e da perfei o Palavras chave S neca forma o s bio Abstract The present article intends to proceed with some reflections on Senecas proposition of education and the part that he attributed to the sage Placing Seneca in his historical moment when the Roman man considered himself as a spokesperson for human universality we intend to detect the process of thought that took him to conceive the sage as the ideal man to be dedicated to the education of humanity According to Seneca the truths found and accumulated on his road to perfection qualify him to exercise such work In this way the sage the culminating point of the formative dynamic and the greatest phase of improvement reached by man must abandon all other civil and public activities to become the educational reference of humankind in search of virtue and perfection Key words Seneca formation sage S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o d
178. ande embara o a o fis cal sen o larga porta aberta as vingan as originadas dos excessos do partidarismo pol tico Felizmente para honra de nossa terra o legislador rio grandense em seus belos exemplos de respeito a liberdade deixou o ensino livre aprenda quem quiser 102 Observa se neste trecho o destaque dissemina o da popula o no vasto territ rio o que se coloca como justificativa da inviabilidade de exigir frequ ncia obri gat ria de crian as em idade escolar ou seja justamente as aulas mais distancia das que causariam dificuldades para a a o dos inspetores O discurso oficial registra pois a inviabilidade de exigir a obrigatoriedade es colar pela extens o do territ rio e dissemi na o da popula o seja pela improprie dade que tal imposi o constitu a o que exigiria se aplicado muitos gastos n o ape nas com o pagamento de professores alu guel de salas mas com fomecimento e prin cipalmente com inspe o e controle para ve rificar o atendimento a tal obrigatoriedade Aulas mistas nas zonas rurais por motivos de economia e aulas separadas por sexo nas urbanas A cultura e as pr ticas da poca da vam prefer ncia ao ensino em separado para as meninas do ministrado para os meninos Entretanto no meio rural eram admitidas infra es a este preceito como explicita um inspetor de ensino O preconceito pois existente nas cidades contra as aulas mistas
179. ando trabalhos in ditos de relev ncia nacional e internacional com o prop sito de manter o car ter de atualidade da Revista Resenhas de produ es relevantes que possam manter a comunidade acad mica informada sobre o avan o das reflex es na rea educacional 3 A publica o de trabalhos dever passar pela aprova o do Conselho de Pareceristas da Revista 4 Caber ao Conselho Editorial da Revista selecionar trabalhos com base nestas normas e encaminh los para os pareceristas da rea 5 A entrega de originais para a Revista dever obedecer aos seguintes crit rios Os trabalhos dever o conter obrigatoriamente t tulo em portugu s nome s do s autor es identificando em nota de rodap o endere o completo e o eletr nico a titula o e a institui o a que pertence m Os artigos dever o conter ainda resumo em portugu s m ximo dez linhas e abstract fiel ao resumo acompanhados respectivamente de palavras chave e key words ambas em n mero de tr s Nas cita es as chamadas pelo sobrenome do autor pela institui o respons vel ou t tulo inclu do na senten a devem observar as normas t cnicas da ABNT NBR 235 10520 agosto 2002 Exemplos Saviani 1987 p 70 SAVIANI 1987 P 70 As notas explicativas devem ser usadas para coment rios esclarecimentos ou explana es que n o possam ser inclu dos no texto e devem constar no final do texto antes da refer ncia bibliogr fica
180. ando a prioridade de se fazer uma forma o mais profissional dos futuros sa cerdotes Na forma o dos jesu tas pela estrutura dos semin rios pelas classes pela organiza o intema pelas inova es e pela busca de uniformidade ressalta se segundo M ullett tr s aspectos importantes a liturgia a prega o e a confiss o que s o tr s mo mentos privilegiados da atua o dos pa dres por meio dos quais se dava priorita riamente a evangeliza o seja entre os pr prios crist os seja entre os gentios Os jesu tas aprendiam tanto o conte do crist o quanto a melhor forma de transmiti lo A forma o do futuro jesu ta era aci ma de tudo rigorosa Apenas como um exemplo inicial desse rigor as Constitui es previam na sua quinta parte Incorpora o na Companhia daqueles que assim foram formados que para o estu dante se tomar professo e entrar de vez para a Ordem deveria ser examinado com mui to rigor em l gica filosofia e teologia escol stica perante uma banca de quatro examinadores O futuro padre tinha que mostrar dom nio do conte do de toda uma vida de estudante desde os estudos b si cos em Artes at os relativos s faculdades M enor e Maior ou seja faculdades de Filo sofia e Teologia Uma caracter stica da educa o dos jesu tas em geral e mais particularmente do futuro membro da Companhia era a disci plina como meio de se obter o m ximo de rendimento do estudante A discip
181. ar Leny Rodrigues Martins Teixeira Celso Jodo Ferretti UNISO Mariluce Bittar Em lia Freitas de Lima UFSCar Regina Tereza Cestari de Oliveira Fernando Casadei Salles UNISO Gra a Aparecida Cicillini UFU Hamid Chaachoua Universidade Joseph Fourier Fran a Pareceristas Ad Hoc Helena Faria de Barros UCDB Alda Maria do Nascimento Os rio UFMS Jorge Nagle UMC Alexandara Ayach Anache UFMS Jos Luis Sanfelice UNICAM P UNISO Eul lia Henriques Maimone UNIUBE Lu s Carlos de Menezes USP Ivan Russef UCDB Manoel Francisco de Vasconcelos Motta UFMT Jose Carlos de Araujo UFU Sonia Vasquez Garrido PUC Chile Josefa Aparecida G Grigoli UCDB Susana E Vior UNLu Argentina Josemar de Campos Maciel UCDB Vicente Fideles de Avila UCDB Marisa Bittar UFSCar Yoshie Ussami Ferrari Leite UNESP Direitos reservados Editora UCDB Membro da Associa o Brasileira das Editoras Universit rias ABEU Coordena o de Editora o Ereni dos Santos Benvenuti Editora o Eletr nica Glauciene da Silva Lima Souza Revis o de Reda o Dulc lia Silva Vers o e Revis o de Ingl s Barbara Ann Newman Bibliotec ria Cl lia Takie Nakahata Bezerra CRB n 1 757 Capa Helder D de Souza e Miguel P B Pimentel Ag ncia Experimental de Publicidade Av Tamandar 6 000 Jardim Semin rio CEP 79117 900 Campo Grande MS Fone Fax 67 3312 3373 e mail editora ucdb br http www ucdb br editora Editorial
182. ar e poderoso GIROUX 1999 p 26 Tamb m para Apple 2003 p 271 o papel fundamental do a educador a e da educa o cr tica consiste em questionar e questionar a hegemonia que como ar Refer ncias gumentei hoje neoliberal A educa o tem de questionar rigorosa mente nossas institui es dominantes na rea do ensino e da sociedade em geral e ao mesmo tempo esse questionamen to deve envolver profundamente aqueles que menos se beneficiam com as formas segundo as quais essas institui es fun cionam agora Ambas as condi es s o necess rias uma vez que a primeira sem a segunda seria simplesmente insuficiente para a tarefa de democratizar a educa o Assim a educa o e o a educador a que tem o compromisso com a transfor ma o da sociedade n o pode deixar de compreender o contexto que nos leva a pensar agir como pensamos agimos S assim poderemos criar outras formas de pensar agir Qui formas que construam uma sociedade radicalmente diferente uma sociedade sem exclus o ALENCAR Chico Educar humanizar In ALENCAR Chico GENTILI Pablo Educar na esperan a em tempos de desencanto Petr polis R Vozes 2001 p 97 117 APPLE Michael W Pol tica cultural e educa o S o Paulo Cortez 2000 Educando direita mercados padr es Deus e desigualdade S o Paulo Cortez Institu to Paulo Freire 2003 ARROYO Miguel Educa o em tempos de exclus o
183. as faixas de repasse o que significa va valores de R 500 00 para escolas de 21 a 50 alunos e de R 1 100 00 para aque las com 51 e 100 alunos Na m dia os montantes representariam um valor aluno de R 1650 ano lal montante se compara do aos gastos do munic pio para com o ensino fundamental no mesmo ano repre sentou n o mais do que 0 05 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 219 226 jul dez 2005 Considerac es finais M esmo incidentemente percebe se que h tend ncias diferentes de consequ n cias da implanta o do PDDE em fun o do tamanho da escola e da rede As dife ren as nos repasses por aluno s o signifi cativas embora n o seja poss vel afirmar que representem valores relevantes no con junto de despesas para as redes analisadas Em rela o s formas de gest o dos recursos repassados pelo PDDE observou se nas duas redes as Associa es de Pais e M estres como sendo as unidades executo ras Tanto nas escolas municipais de Pirassu nunga onde n o h conselhos de escola institu dos quanto na rede estadual pau lista a centralidade atribu da s APMs na gest o de programas e recursos parece con tribuir para o esvaziamento de inst ncias mais democr ticas de gest o das escolas p blicas expectativa que em S o Paulo tem sido atribu da aos Conselhos de Escola 225 Notas 1 O documento intitula se M anual de Procedimen tos Operacionais Relativos s Transfer ncias de Re
184. as traduziam dois projetos conflitantes de pa s De um lado tinhamos o projeto democr tico e popular expresso na proposta da sociedade De outro enfrent vamos um plano que ex pressava a pol tica do capital financeiro internacional e a ideologia das classes dominantes devidamente refletido nas diretrizes e metas do govemo O PNE da Sociedade Brasileira reivindicava o forta lecimento da escola p blica estatal e a plena democratiza o da gest o educaci onal como eixo do esfor o para se universalizar a educa o b sica O PNE do governo insistia na perman ncia da atual pol tica educacional e nos seus dois pilares fundamentais m xima centraliza o particularmente na esfera federal da formula o e da gest o pol tica educacio nal com o progressivo abandono pelo Estado das tarefas de manter e desenvol vero ensino transferindo as sempre que poss vel para a sociedade Entretanto passando ao largo de to da essa discuss o os documentos v o se constituindo em discurso defensor da for ma o de um indiv duo flex vel sem hist ria adapt vel apto para o trabalho em um momento em que o trabalho tende a ser precarizado e nos limites do capital a ser destru do Ante as observa es anteriores ten demos a supor que as reformas educacio nais em curso nucleadas na denominada educa o para o trabalho e para a cidada nia referenciam se em pr ticas formativas cuja finalidade a forma
185. aseado em Hannah Arendt afirma que o ato educa tivo resume se em humanizar o serhuma no E prossegue Grande resumo s ntese admir vel E pr tica dific lima tornar o hu mano mais humano n o simples n o est dado Parece me que nada mais pertinente no contexto atual sobretudo nos seus aspectos desumanizantes de ex clus o do que pensarmos a educa o do ponto de vista da humaniza o como nos sugere Hannah Arendt importante per cebermos o que torna o processo de hu maniza o t o pertinente no momento e de que forma foram se constituindo pro cessos de desumaniza o Outros autores tamb m fazem esta reflex o abordando outros elementos con forme podemos perceber em Arroyo 2001 p 276 Nao adianta querer uma inf ncia na escola uma inf ncia escolarizada man tendo a inf ncia sem moradia com fome dormindo na rua ou dormindo amontoa da em casa uma inf ncia sem carinho Uma inf ncia sem inf ncia O autor pros segue afirmando O direito educa o insepar vel da pluralidade de direitos da inf ncia e da adolesc ncia Assim n o poss vel perceber a ex clus o social e o processo educacional como se estivessem desvinculados pois se necess rio falar em humaniza o no pro cesso educativo porque este se constitui no contexto social geral Neste sentido a escola bem como o processo educativo 206 podem fomentar a continuidade da legiti ma
186. aula Consequentemente por n o ter uma forma o adequada que o leve a uma an lise cr tica de suas condi es sociais de trabalho etc o espa o da sala de aula aca Refer ncias ba sendo ocupado pela reprodu o do so cial quando n o para as formas apenas tecnicistas de educa o cujos resultados bem conhecemos preciso ter o entendimento de que a forma o n o se acaba e que sempre estar o surgindo novas formas de aprendi zagens Cada professor deve organizar o seu conhecimento em intera o tamb m com o computador a partir de conex es que devem se adaptar sistematicamente a cada conte do a ser trabalhado As TIC n o est o a s por estar resultados de uma revolu o comunicacional acima ou al m da escola e dos professores Essa rela o precisa acontecer de forma mais aprofun dada para o repensar e recriar de antigas pr ticas visando s novas atua es e opor tunidades educacionais principalmente no caso da escola p blica Novos ambientes de aprendizagem n o podem se reduzir ao artificialismo da rela o homem m quina H o problema de uma Pedagogia da Media o Tecnol gica que revolve o senti do desse rela o sobretudo na escola ain da como ag ncia formadora dos cidad os Mas isto assunto para um outro texto ABRANCHES S P Inform tica e educa o o paradigma da inform tica educativa algumas implica es para o trabalho docente Revista on line de Educa o
187. aulas dis tintas o que implicava dois soldos dois alugu is de salas para aulas mais servi os de inspe o mais custos com mobili rio e fornecimentos de livros e materiais escolares Por motivos de economia por m dos di nheiros p blicos propusemos a conver s o de algumas cadeiras do sexo mascu lino e feminino em mistas nos distritos rurais conservando aquelas somente nas cidades vilas e povoados Em o nosso per curso pela regi o encontramos algumas aulas do sexo masculino nos distritos fre quentadas conjuntamente por meninos e meninas a pedido dos srs Pais de fam lia mas apesar dessa frequ ncia ser pri vativa das aulas mistas mesmo assim en tendemos que n o nos assistia o direito de proibi las visto que tal medida impor taria em uma injusta nega o do ensino a um grande numero de crian as E por S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 isso que pensamos n o haver inconveni ente algum em serem as aulas mistas regidas por professores casados e id ne os desde que assim o reclamem os inte resses do ensino Inspetor escolar 1897 Constata se portanto a aceita o do argumento referente inviabilidade de aten der o crit rio de aulas separadas por sexo no meio rural pois se tal fosse atendido seria necess rio instalar dois tipos de au las entretanto tal justificativa n o era reco nhecida em escolas de vilas e cidades onde os crit rios eram
188. avelmente cont m uma dimens o pol tica 58 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o Isso nos leva averigua o de que termos hoje milhares de crian as e jovens fora da escola o que significa ainda termos muito a fazer muito a cuidar Logo a fun o social da educa o est muito aqu m da quela pretendida pelos educadores Por outro lado o professor cumpre o seu papel em escolas limitadas sistematizando bem ou mal o conhecimento com o que tem em m os Os alunos em geral t m dificul dades em ultrapassar o senso comum por melhores que sejam as aulas oferecidas pelos professores Seria o caso de pergun tarmos para quem essas aulas foram boas para o professor ou para o aluno O que acontece com o processo ensino aprendi zagem Uns culpam a escola outros os professores e outros os alunos Existem culpados O que aconteceu e acontece com a forma o dos professores Sabemos que o professor em geral traz a heran a de uma forma o j extempor nea fruto de uma ideologia liberal de d cadas e d cadas de atividades repetitivas Vamos imaginar o quadro se ainda temos em nossas escolas professores mal preparados para o enfren tamento da sala de aula no que conceme aos diferentes conte dos a serem ensina dos o que dizer com rela o sua forma o quanto ao uso das novas tecnologias ao seu entendimento quanto aos recursos da inform tica e sua an
189. avo ld Ibid p 80 J o povo do Sul descrito como Um povo estranho de mesti os levan tadi os expandindo outras tend ncias norteado por outros destinos pisando re soluto em demanda de outros rumos Volvia se em luta aberta com a corte portuguesa numa rea o tenaz contra os jesu tas Estes olvidando o holand s e dirigindo se com Ruiz de Montoya a Ma dri e Diaz Ta o a Roma apontavam no como inimigo mais s rio ld Ibid p 80 Portanto a fei o verdadeiramente nacional est no contraste que n o se ba seia segundo o autor em causas tnicas primordiais Ele ressalta a influ ncia do ambiente e do clima sobre o movimento hist rico e a formac o tnica Na p gina 84 Euclides da Cunha afirma Nao h um tipo biol gico brasileiro e Nao h um tipo antropol gico brasileiro Apresenta o que se pode denominar uma tese acerca da forma o tnica trazendo conceitos que hoje s o facilmente comba tidos pelos Estudos Culturais bem como pela Biologia cultura superior ra a superior sub raca Dos argumentos apresentados pelo autor interessa na perspectiva desta abordagem a conclus o a que chegou os v rios aspectos da natureza brasileira dis tribu ram de modo diverso as camadas tnicas no territ rio do pa s originando uma mesti agem variada Assim como a forma o da popula o do norte se deu diferentemente da popu la o do sul do pa s a forma o da po
190. azem mas com base no que elas s o ou acreditam que s o Nossas sociedades est o cada vez mais estru turadas em uma oposi o bipolar entre a Rede e o Ser complementa sabido que existem opini es favo r veis e contra a informatiza o nas esco las mesmo porque se considerarmos a rigor S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 55 essa quest o observemos o quanto ainda s o carentes as escolas p blicas por exem plo com rela o s novas tecnologias de informa o e comunica o Quando en contramos um computador nas referidas escolas este dificilmente pode ser utilizado pelos professores pois via de regra eles n o disp em de conhecimento suficiente para manuse lo Assim a inform tica que pode ria ser utilizada como recurso educacional que poderia promover mudan as na a o pedag gica e na pr pria autonomia do professor fica estocada e armazenada nas poucas escolas em que se encontram Mais uma vez a quest o do compu tador na escola volta discuss o Ser que o professor se sente seguro no momento de usar o computador N o existe uma certa resist ncia ao seu uso Ser que saber usar um computador significa ter compet ncia profissional Ora n o necessariamente o fato de saber usar um instrumento de ponta da tecnologia como o computador que dar ao professor o t tulo de competente pe dagogicamente falando No entanto ne cess rio q
191. beto para compor a escrita de textos as diferencia es n o auxiliam a recorda o do texto que motivou o registro GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras mas indicam que a escrita n o mais alea t ria pois as diferencia es se tornaram princ pios de organiza o das letras usa das para escrever Logo confirmam parci almente o estudo de Ferreiro e Teberosky 1989 porque como dito esses passam a ser princ pios ou crit rios de organiza o da escrita e n o crit rios de legibilidade pois as crian as que escrevem dessa forma sa bem que a sua escrita n o pode ser lida e mesmo que tentem efetuar a leitura n o conseguem Nesse sentido as crian as re produzem caracter sticas da escrita e essa reprodu o depende das experi ncias que elas t m com a escrita Como as crian as lembram os nomes e formas das letras Tendo em vista que os resultados deste estudo n o se diferem dos anteriores GONTIJO 2002 2003 passei a examinar cuidadosamente o momento em que as crian as registravam o texto e o momento em que o rememoravam Nesse sentido pareceu muito importante o fato de algu mas crian as escreverem o texto e ao mes mo tempo elaborarem no plano verbal o que pensavam que deviam escrever ou como deviam escrever Assim tomarei para an lise atividades em que as crian as exte riorizaram por meio da linguagem oral o modo como elaboravam a escrita Ser o examinados trabalhos em que as crian
192. biera lograr un muy fuerte compromiso pol tico para encararlas con continuidad tal como resulta como ele mento exitoso de la experiencia chilena al respecto Sabemos que esta es una condici n necesaria para que las reformas del sistema educativo comiencen a mos trar sus frutos Siempre que hablemos de reformas claro est y no de circunstanciales modificaciones aisladas como las que peri dicamente se realizan Las reformas educativas en la regi n Como han se alado numerosos au tores m s all de las particularidades de cada caso se observan algunas regulari dades en las pol ticas de reforma encara das desde los a os 80 en Am rica Latina Siguiendo la caracterizaci n realiza da por Pedr y Puig encontramos que stas han sido en un sentido reformas convergentes es decir que son producto de un modelo intemacional al que los sis temas educativos tienden a dirigirse y conectadas con las mismas el car cter b sicamente para nuestro pa ses de ser Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral reformas dependientes Es decir que no han sido producto de una real convergencia que supone alguna clase de consenso sino que son consecuencia de los procesos de globalizaci n y del rol que en la misma juegan los organismos financieros internacionales como el Fondo Monetario Intemacional o el Banco Mundial Sea por los condicionamientos de tipo general a las pol ticas econ micas im
193. bruxa estavam chu pando pirulito C Confirma com um aceno de cabe a P Escreveu tudo isso C Confirma novamente Eu sei qual que todas as letrinhas eu sei o nome come a com A P Voc escreveu o que eu pedi para voc o gato e a bruxa estavam chupando pirulito C N o come a com P Voc n o escreveu ou escreveu C Come a com E qual que o I aqui O assim mesmo Qual que P Qual C Come a com um pauzinho ou sem um pauzinho P Ol oldeMI aponto a letra em seu nome C O esse pauzinho escreve Daqui quatro letrinhas n o P LConfirmo C Ent o quatro que eu falei eu falei quatro letrinhas mas falta uma duas tr s quatro P A formiga estava em cima do banco C na beradinha P sso ent o escreve C Vou pensar come a com a irm do J P Ent o escreve a irm do J C Escreve a letra Tna outra linha P Fez a irm do J C LConfirma P A formiga estava em cima do banco C Come a com a letrinha de todas as letrinhas come am com uns bicho n Come a com P Ent o escreve C 0 n o essa letrinha ou daqui essa daqui qual o Como o mesmo escreve mas diferente da bruxa P Ela pegou o pirulito da bruxa C Brinca com o l pis P Ent o vamos escrever ela pegou 0 pi rulito da bruxa a crian a repete a frase junto comigo
194. ca o A reflex o dos professores e professoras da Educa o de Jovens e Adultos sobre a exclus o social defendida em 2005 na UNISINOS Tendo como refer ncia a teoria cr tica em educa o discute os efeitos da hegemonia neoliberal para a educa o e os desafios suscitados para o a educador a Sustenta que a hegemonia neoliberal procura transformar tudo em mercadoria inclusive a educa o passa de direito mercadoria aumentando os processos de exclus o Os as educadores as s o vistos como respons veis pelos problemas educacionais apontando como solu o a competi o e aplica o da l gica empresarial H ainda um processo ideol gico de produ o de sentido por meio do qual se enfatiza o saber fazer em detrimento da reflex o te rica sobretudo a cr tica vista como in til e perda de tempo O texto argumenta que para fazer frente hegemonia neoliberal necess rio que o a educador assuma seu compromisso pol tico seja um a educador a cr tico a capaz de compreender os contextos que o leva a pensar agir de uma determinada forma para contribuir com a constru o de uma sociedade radicalmente diferente em que os processos de exclus o sejam superados Palavras chave Forma o de professores hegemonia neoliberal reflex o cr tica exclus o social Abstract The article in hand is the result of theoretical reflections developed in a doctoral thesis on education The reflection of teachers on social excl
195. caso a Companhia de Jesus mais destacados nas mais diversas reas da atua o social N o foi poss vel investigar a fundo esta considera o mas creio que se pode inferir que no s culo XVI com Vit ria Suares e Molina principalmente algumas quest es do tomismo foram revistas prin cipalmente as que diziam respeito ao direito positi vo e ao direito das gentes Francisco Rodrigues apresenta a organiza o de estudos da Companhia j definida na forma do do cumento Ratio Studiorum importante lembrar que tal documento teve sua reda o final ap s pelo menos 50 anos de experi ncia e de tascunhos Uma das caracter sticas da Companhia de Jesus foi a forma o de matem ticos f sicos astr nomos ou seja forma o de cientistas f sico naturais Para um conhecimento mais pormenorizado sobre esse assunto ver os textos de Miller 1946 e Rodrigues 1917 Se pensarmos que poca n o havia a es pecializa o da ci ncia pode se admitir que a for ma o filos fica contribu a para uma esp cie de polimatia entre os jesu tas Apenas para lembrar as missas naquela poca eram rezadas em latim fato esse que somente foi mudado na Igreja Cat lica com o Conc lio Vaticano Il na d cada de 60 do s culo XX pois a partir de ent o as missas passaram a ser rezadas no vern culo 10 A famosa carta de Anchieta de 1560 por exemplo descreve a fauna e a flora do Brasil bem como os costumes dos ndios e
196. casos paulistas mm 219 Money Straight into to the School Program studies of two cases in S o Paulo mm 219 Theresa Adri o Teise Garcia Resenha Educa o e diferen as desafios para uma escola intercultural Education and differences challenges for an intercultural school Altemir Luiz Dalpiaz Ponto de Vista Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o no Centro Oeste Tend ncias e perspectivas Research and the training of researchers in education in the Mid West tendencies and perspectives Eurize Caldas Pessanha Doutora em Educa o Docente do Programa de P s gradua o em Educa o da UFMS e mail eurizep hotmail com Resumo O objetivo deste artigo apresentar algumas considera es e reflex es sobre o processo de forma o de pesquisadores em educa o no Brasil focalizando especificamente a hist ria da pesquisa em educa o no Centro Oeste Considera es fundamentadas nas an lises que os pesquisadores da rea v m produ zindo pelo menos desde 1971 quando foi publicada a primeira revis o da produ o na rea GOUVEIA 1971 e na experi ncia da autora como pesquisadora formadora de pesquisadores e membro da Comis s o governamental que avalia os programas de forma o de pesquisadores da rea de educa o As no es de campo e habitus de Bourdieu s o a base para as reflex es sobre os dados obtidos nas revistas da rea e nas bases de dados da Capes e do
197. cativas educaci n comparada Abstract M ore than ten years after the implementation of educational reforms in the 905 itis absolutely necessary to make a critical evaluation of reform itself and its results This article sets outto approach a preliminary debate of the Argentinean situation compared with the Chilean in order to raise therefrom some proposals for the layout of an agenda that allows facing a reform of the reform In this sense let us think that for the Argentine case it is necessary to make a plan of evaluation of the results of the reforms during the current year 2006 in order to arrive at an agreed reform plan towards 2007 and thus to be able to face them during three presidential periods with a culmination date in 2020 Key words Education educational reforms compared education S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 Introducci n Durante la d cada de los 90 se introdujeron en la mayor parte de los pa ses de Am rica Latina una serie de refor mas educativas inspiradas en las recomen daciones de organismos financieros internacionales destac ndose entre ellos el Banco Mundial No obstante en la regi n fue pionera la experiencia de Chile que prenunci algunos de estos lineamientos y comenz a desarrollarse todav a con la dictadura pinochetista en los a os 80 Por eso plantearemos en este trabajo algunas caracter
198. ciais est o assumindo esta ret rica concomitantemente reduzem se os gastos em educa o deixando as univer sidades p blicas sem recursos os educa dores de forma geral sem tempo para a produ o do conhecimento Sem maiores constrangimentos fala se em treinamen to de professores como se estes n o pre cisassem de uma boa forma o para o exerc cio intelectual para pensar para refle tir criticamente entre outras coisas sobre os processos de exclus o A educa o segue hoje uma pol tica simplista e superficial que pode ser sintetizada da seguinte forma Pra ticar usar e interagir uma intera o cir cunscrita a uma rela o entre produ o e consumo de talhe imediato e superficial MORAES 2004 p 148 Por isto entendo 208 que urgente conceber estrat gias de luta em favor de um tempo de reflex o para os educadores aquilo que na minha disserta o de mestrado PAVAN 1999 denomi nei de Manifesto do Tempo Livre Segundo M oraes 2004 p 149 ne cess rio criticar a concep o de conheci mento que vigora hoje na educa o inclu indo a escolar A supremacia do saber fa zer desqualifica o esfor o te rico perda de tempo e especula o metaf sica Ain da segundo a mesma autora como efei tos desta ret rica do conhecimento pr tico temos a desintelectualiza o do a educa dor a e sua despolitiza o reafirmando a suposta neutralidade da educa
199. ciedade e fazer parte de uma comunidade comprometida politica mente cujas energias do passado sejam lan adas para o presente com proje es de rela es intersubjetivas e corporativas no conjunto global das rela es econ mi cas pol ticas e sociais lembrando que a hist ria sempre mundial e nunca hist rias particulares Semeraro lembra que Gramsci chegou a perceber que poss vel articular um projeto democr tico e popular Como educando se para respeitar as liberda des reconhecer as diferen as n o des prezar o dissenso dialogar com outras culturas valorizar as in meras iniciativas que conduzem autodetermina o e frus tram os monop lios da verdade a con centra o do poder e todas as tentativas de massifica o p 265 E ainda preciso que cada gera o tenha suas responsabilidades pol ticas nicas e intransfer veis p 266 Nesse sentido as an lises de Gramsci permanecem fun damentais para quem est consciente de que as rela es entre Estado economia e sociedade civil s o insepar veis e que tamb m saiba que os in meros esfor os dos setores populares est o destinados a se pulverizar se n o encontrarem uma concep o de Estado e de sociedade que toda a popula o intelectual e social mente emancipada aja como o verdadei ro sujeito duma hist ria capaz de conduzir at a mais elevada utopia da sociedade auto regulada SEM ERARO 1999 p 266 Considerand
200. ciparam da constitui c o humana do Brasil o ind gena nativo o negro africano e o branco europeu reu nidos aqui por iniciativa do colonizador europeu com o nico objetivo de realizar uma vasta empresa comercial Dessas tr s ra as duas s o de acordo com o autor semi b rbaras em estado nativo as quais s o o contingente maior e trazem baila problemas tnicos muitos complexos PRADO JR 1999 1942 p 85 Referir se aos negros que foram trazidos ao Brasil para trabalharem como escravos n o sig nifica referir se a UMA etnia cultura hou ve uma pluralidade historicamente desconsiderada O mesmo vale para os in d genas Ambos foram sufocados em sua cultura arrebanhados pela for a e incorpo rados pela viol ncia sem receber o menor preparo para o conv vio em uma socieda de t o estranha para eles Id Ibid p 341 Quanto ao branco at princ pios do s culo XIX entra na composi o do tipo humano brasileiro quase que exclusiva mente o portugu s sendo o crit rio de se le o de colonos para virem ao Brasil antes religioso que nacional a condi o de crist o ressalte se que crist o era sin nimo de cat lico Com a descoberta do ouro na col nia brasileira o crit rio muda e a pol tica liberal de admiss o de estrangeiros prati cada at ent o d lugar a uma fase de restri es A avidez que o metal desperta no Reino marcar toda sua pol tica da por diante ela se tornar
201. classifica o assume uma centralidade como foi o caso desta pesquisa Uma centralidade n o no sentido de ser mais importante mas como diria Veiga Neto 2003 centralidade por que est presente em todos os momentos Refer ncias seja na observa o nos debates nas en trevistas nas reda es Notas Na tese analiso estas representa es de forma detalhada Lembro que em nenhum momento estou me refe rindo ao sujeito modemo cr tico consciente livre centrado mas ao sujeito produzido pelas rela es de poder um sujeito contradit rio descentrado difuso 3 Esse debate foi sugerido e organizado pelo profes sor da disciplina portanto n o se trata dos debates sugeridos por mim como pesquisador Ele ocorreu durante as minhas observa es Saliento que embora fa a somente men o a uma fala esta afirma o foi recorrente em todos os mo mentos da pesquisa para todos os estudantes BAUMAN Zygmunt Modernidade e ambival ncia Rio de Janeiro Jorge Zahar 1999 ___ Modernidade L quida Rio de Janeiro Jorge Zahar 2001 ____ O mal estar da p s modernidade Rio de Janeiro Jorge Zahar 1998 BHABHA Homi O local da cultura Belo Horizonte UFMG 2001 BUJES Maria Isabel Edelweis Constituindo diferen as uma discuss o sobre a pedagogia e o curr culo na educa o infantil In SILVA Luiz Heron S culo XXI qual conhecimento Qual curr culo Petr polis Vozes 1999 p 157 166 COSTA
202. co usual mente utilizado mas no sentido de que o saber principalmente da filosofia e da teolo gia tinha por base o que a escol stica tomista produziu e que em certa medida ainda se mantinha atual do ponto de vista da Igreja Na quarta parte das Constituic es a que trata da educa o o nico autor cris t o que citado como fonte de estudos tanto na universidade no caso da teologia quanto nas faculdades menores ou seja a filosofia S Tom s de Aquino Os outros assuntos relativos teologia e filosofia s o tratados de forma gen rica como por exemplo o de se assegurar ao estudante a melhor doutrina atrav s dos melhores au tores No caso espec fico da filosofia natural e moral e na metaf sica as Constitui es recomendam seguir a doutrina de Arist teles o que na pr tica significa ratificar a teoria escol stica tomista Apenas estes dois autores S Tom s e Arist teles s o ci tados no livro das regras e normas da Com panhia de Jesus o que por si s poderia caracterizar como escol stica a formac o do futuro jesu ta No Ratio s o v rios os momentos em que explicitamente se definem as auto ridades de S Tom s de Aquino na teologia ea de Arist teles na filosofia como inques tion veis e indispens veis Na trig sima das Regras do Prefeito de Estudos sobre quais 86 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI e que tipos de livros os estudantes deveri am ter em m o
203. col gio que aprendido no curso de letras era aperfei oado nos cursos de filosofia e de teologia Existe uma tend ncia na historio grafia que ao conceber a pedagogia jesu tica como humanista credita ao ensino do latim e do grego principalmente o papel de porta de entrada para uma esp cie de renascimento principalmente por recuperar a eleg ncia dos escritos latinos e gregos Seria o que Dias 1960 conceitua de huma nismo crist o S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 87 No curso de Letras ou Humanidades se estudava gram tica latina humanidades e ret rica e se travava conhecimento com a l ngua grega Neste curso se olhava sobre tudo pela eleg ncia harmonia do estilo e abund ncia da linguagem Rodrigues 1917 p 51 A preocupa o n o era tanto com o conte do propriamente dito mas com a apreens o da forma como pr requisito para o conhecimento relativo aos outros cursos O grande objetivo dos cursos inferio res era o de moldar a alma dos jovens e criar a forma crist necess ria para o ensinamento igualmente religioso Na pri meira das Regras comuns aos Professores das Classes Inferiores prescreve o Ratio Aos jovens confiados educa o da Com panhia forme o Professor de modo que aprendam com as letras tamb m os costu mes dignos de um crist o Concentre de modo especial a sua inten o tanto nas aulas quando se oferecer o ensejo como fora delas em moldar a alm
204. como a capacidade de produzi los quer sejam milagres propagandas ou objetos Assim as novas tecnologias com especificidade para o computador paradigmas de atra o no mundo no qual vivemos s o semi foros S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 195 204 jul dez 2005 Das tr s idades da Midiasfera Regis Debray 1993 divide a experi ncia humana ocidental em tr s idades da M idiasfera contendo cada uma seus temas valores e conceitos mas carregando consi go tra os e valores da idade superada Em cada poca a M idiasfera corres pondente sacraliza seu principal vetor e erige seu m dium central em mito supre mo No come o era o Verbo e o Verbo era Deus proclamava a logosfera Na grafosfera a impressora manual e Gutemberg s o os her is Na videosfera os altares da imprensa s o derrubados pela televis o e pelo computador Na logosfera a cren a dirigi se principalmente ao que se escuta na grafosfera ao que se decifra na videosfera ao que se v Na logosfera a classe espiritual detentora do sagrado social a igreja por meio dos profetas e do clero sendo o dogma o sacrossanto Na grafosfera a intelligentsia laica a classe espiritual sendo os professores e doutores os detentores do sacrossanto o conheci mento J na videosfera a m dia tem como sacrossanto a informa o que posse de difusores e produtores Um quadro sin ptico faz compreen der melhor os temas valores e conce
205. como j se afirmou acabam sendo incorpora es do discurso das reformas ao Projeto Pedag gico da escola mas sua maneira A ques t o da cidadania por exemplo acaba obs tada por uma disciplina que se pretende muito r gida a ponto de muitas vezes ca lar a voz dos alunos O que n o significa claro que nesse espa o de rigidez n o aflore dialeticamente a consci ncia da ci dadania em alunos que produzem no es pa o escolar o embate com as normas es 188 tabelecidas por meio de formas extrema mente criativas de enfrentamento Essas pr ticas escolares v o sendo produzidas nesse espaco de in meras tem poralidades e apropria es objetivadas nas contradi es e resist ncias e instituindo com portamentos condutas conhecimentos S o pr ticas sim baseadas na hierarquia na tra di o mas que v o sendo dialeticamente transformadas e assumindo novas fei es no processo hist rico que as institui e no di logo com as outras culturas com as quais seus sujeitos convivem JULIA 2001 Relevamos diante do exposto que a compreens o da cultura escolar de uma institui o de ensino passa necessariamen te pela an lise do seu cotidiano no qual as rela es sociais v o se objetivando e dando forma s pr ticas escolares que potencializam os processos formativos dos indiv duos O cotidiano a cultura escolar e as reformas educacionais As finalidades e objetivos da institui o aqui a
206. con micas e consequentemente n o poss vel falsear os mecanismos que tem levado a n o efetiva o da democracia 161 Assim numa perspectiva liberal o Es tado procura atender as demandas da sociedade desde que n o interfiram em sua l gica intervencionista dando a ilu s o de que a sociedade civil exigiu do Estado o cumprimento de seu dever SENNA 1994 p 67 M as como compreender as comple xas quest es sobre os limites da democra cia se quest es menores nela impl cita n o est o resolvidas Freitas 2003 chama a aten o de que o problema conceitual tamb m n o est equacionado s o os que seguem con cep o de gest o democr tica pautada na qualidade em processo e seus efeitos n o est claro em que sentido e como se dar o envolvimento de todos a dimens o pe dag gica n o aparece como componente da concep o de educa o defendida a qualidade que se busca a social n o mos tra claramente a cidadania e a produ o de sujeitos coletivos que forjam identida des sociais e pol ticas p 207 ou seja a concep o de qualidade da educa o n o expl cita quanto ao entendimento de so ciedade como inst ncia de produ o do homem de sua humanidade Ibid O exame acima mostra que o con ceito de gest o democr tica muito com plexo e a dificuldade para entend lo est para al m dos espa os escolares Freitas ressalta que essa quest o tem recebido
207. conhecimento cient fico e regidos pela racionalidade por meio da l gica de mercado A c lebre express o weberiana induz nos a dizer que no modo de produ Maria Lucia de A SOARES De semi foros glocaliza o e redes o capitalista n o pode haver semi foro pois no capitalismo tudo mercadoria n o tendo como ser retirado do circuito da cir cula o mercantil Mas a suposi o da impossibilidade de semi foro na socieda de capitalista s surgiu porque hav amos deixado na sombra um outro aspecto de cisivo dos semi foros ou seja que s o sig nos de poder e prest gio Chau 2000 p 13 visto serem tamb m posse e propriedade daqueles que det m o poder para produzir e conservar um sistema de cren as ou um sistema de institui es que lhes permite dominar o meio social Chefias religiosas detentoras do saber sobre o sagrado e che fias pol tico militares detentoras do saber sobre o profano s o os detentores iniciais dos semi foros Sob o capitalismo a entra da da mercadoria e do dinheiro como mer cadoria universal pode acontecer sem des truir os semi foros e at fazer crescer a quantidade desses objetos especiais Ago ra a aquisic o de semi foros passa a ter uma nova determinac o a de seu valor por seu pre o em dinheiro ins gnia de ri queza e de prest gio A posse dos semi foros disputada pela hierarquia religiosa pela hierarquia pol tica e hierarquia da riqueza bem
208. consci rcia Videosfera corresponde ao escrito superabundante destinado a ser mostrado Tem como Meio estrat gico espa o Figura do tempo pont Paradigma de atra o imago Idade can nica jovem Organon simb lico modelos Classes espiritual midia Sacrossanto informa o Refer ncia kaitima performance Motbr de obedi ncia opini o Mito de identifica o star Meio de influ ncia apari o Estatuto do individuo consumidor Dic o de autoridade vi na W computador Autoridade simb lica o visivel Dire o social lider Centro de gravidade corpo Da Glocaliza o e das Redes novas tecnologias na escola Alguns tra os que caracterizam a contemporaneidade como modo singular de ser e estar no mundo apresenta se como tensa e complexa conjun o de 1 200 Espa os geogr ficos e eletr nicos 2 Con viv ncias viv ncias em presen a e televiv ncias viv ncias a dist ncia 3 Tem po real e espa o planet rio 4 Local e glo bal enlace sintetizado na express o glocalidade 5 Realidade cont gua e telerrealidade RUBIM 2001 Maria Lucia de A SOARES De semi foros glocaliza o e redes A for a do lugar como insiste Milton Santos 1996 impregna e transforma o processo de globaliza o dimens es eco n mica e t cnica do processo em mundializa o dimens o cultural como sugere Renato Ortiz 1994 ou em movi m
209. culdades em entend las que o sistema capitalista em sua l gi 184 ca incorrig vel Desses condicionantes estruturais expostos por M sz ros 2005 extra mos outra dimens o deste metabo lismo social O capital em que pese o esfor o enraizado nas propostas social demo cratas ocorridas desde as primeiras d ca das do s culo passado irreform vel Portanto a busca do discemimento e do reconhecimento dessas tr s dimens es pro duzidas com base nas media es entre capital trabalho assalariado e propriedade privada isto o incontest vel o incorrig vel e o irreform vel requer um esfor o pr tico capaz de se apropriar e intervir nas m l tiplas formas e tempos desse processo Avaliamos que n s educadores ten demos a problematizar e tensionar a incontestabilidade das sociedades capita listas mas possu mos in meras dificulda des e fragilidades no sentido de entender mos a natureza incorrig vel e irreform vel deste sistema E isso provavelmente porque A estrat gia reformista de defesa do capi talismo de fato baseada na tentativa de postular uma mudan a gradual na socie dade atrav s da qual se removam os de feitos espec ficos de forma a minar a base sobre a qual as reivindica es de um sis tema altemativo possam ser articuladas M SZ ROS 2005 p 62 M sz ros 2005 p 63 complemen ta seu argumento afirmando A recusa reformista em abordar as con tradi es do si
210. cultura surgiu inicialmente como um conceito que n o gerava maiores d vi das questionamentos indaga es Foi um conceito segundo Veiga Neto 2003 produ zido no contexto da filosofia iluminista no s culo XVIII e designava de modo geral tudo aquilo que a humanidade havia produ zido de melhor em termos de arte filosofia ci ncia literatura A partir desse entendimento ela assume um car ter universal e nico Universal porque dizia referir se humanida de um conceito que n o admite exterio ridade nica porque dizia englobar o que de melhor havia sido produzido at ent o Ainda segundo o autor a id ia de que existe uma alta cultura e uma baixa cultura produziu se nesse contexto A alta cultura o modelo Dela fazem parte os homens que j evolu ram j a baixa cultura engloba todos os que ainda n o ascenderam hu manidade Essa representa o de cultura foi tamb m como mostram Bhabha 2001 Hall 2003 Bauman 2001 e o pr prio Veiga Neto 2003 decisiva no processo de domina o e subjuga o das culturas da Am rica frica e sia uma vez que elas n o se enquadravam no conceito de cultura eurocentricamente constru do Tamb m S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 143 152 jul dez 2005 apontava para a tentativa de homogenei za o cultural buscando impar o mundo das indesej veis diferen as Bauman 1999 explica que a modemidade se move dentro da l gica da jardin
211. d Forma o do Brasil Contempor neo The Formation of Contemporary Brazil by Caio Prado Jr 1942 There are evidences of aspects in which the aforementioned works are similar and or different in relation to the interpretation of Brazil and of the Brazilian and finally possible implications of these interpretations in the field of education are brought out and discussed Key words Interpretation of Brazil and Brazilians cultural archetypes education S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educac o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 Introdu o Entende se que a interpreta o do Brasil e do brasileiro nos diferentes momen tos da hist ria do pa s por diferentes autores consolida arqu tipos culturais que por sua vez refletem se na ordem social e nos con ceitos estruturantes da educa o e do pen samento pedag gico demarcando possi bilidades de mudan a no pa s Com base nessa compreens o a pro posta deste texto analisar a interpreta o do Brasil e do brasileiro a partir das obras Os Sert es de Euclides da Cunha 1902 Urup s de Monteiro Lobato 1914 e For ma o do Brasil Contempor neo de Caio Prado Jr 1942 Os referidos textos de Euclides da Cunha e Monteiro Lobato foram tomados como objeto deste estudo por serem repre sentativos de um momento hist rico brasi leiro caracterizado por uma significativa mudan a nas fontes de inspiracao de nos sos
212. da pelos titulados nos Programas de p s gra dua o uma vez que os rg os financia dores exigem titula o de doutorado dos coordenadores das propostas apresenta das Mesmo nas institui es nas quais o n mero de doutores menor exige se pelo menos o t tulo de mestre dos autores de projetos de pesquisa Os Programas de p s gradua o em educa o constituem se portanto no l cus formador dos pesquisadores na rea de educa o Segundo as orienta es espec ficas da rea de educa o a pesquisa o eixo dessa forma o Para aprovar a cria o de um novo curso de mestrado al m de S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 17 outros requisitos a rea exige que a insti tui o demonstre a exist ncia de ambi ncia de pesquisa m nimo de dois anos de pesquisa instalada na institui o na rea de Educa o sob responsabilidade do N cleo de Docentes Permanentes do Pro grama com projetos e produtos de pesqui sa relat rios e publica es e um Progra ma cujo perfil evidencie a articula o en tre linhas de pesquisa estrutura curricular projetos de pesquisa e seus produtos indi cando de modo claro e coerente o empe nho do Programa em formar profissionais de alto n vel CAPES Portal Parte 2 Tend ncias e perspectivas da pesquisa e da forma o de pesquisadores em educa o no Centro Oeste Nesta segunda parte do artigo dirijo o foco de mi
213. dade Estadual de Maring Maring PR 99 Revista da Faculdade Christus Faculdade Christus Fortaleza CE 100 Revista da Faculdade de Educa o Universidade do Estado de Mato Grosso C ceres MT 101 Revista da FAEEBA Educa o e Contemporaneidade Universidade do Estado da Bahia Salvador BA 102 Revista da FAPA Faculdade Paulistana FAPA S o Paulo SP 103 Revista da Faculdade de Santa Cruz Uni o Paranaense de Ensino e Cultura Curitiba PR 104 Revista de Administra o Centro de Ensino Superior de Jata CESUT GO 105 Revista de Ci ncias Sociais e Humanas Centro de Ci ncias Sociais e Humanas Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis SC 106 Revista de Contabilidade do IESP Sociedade de Ensino Superior da Para ba Jo o Pessoa PB 107 Revista de Direito Universidade de Ibirapuera S o Paulo SP 108 Revista de Divulgac o Cultural Fundac o Universidade Regional de Blumenau FURB SC 109 Revista de Educa o Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas PUC Campinas SP 110 Revista de Educa o CEAP Centro de Estudos e Assessoria Pedag gica CEAP Salvador BA Revista de Educa o P blica Universidade Federal de Mato Grosso UFMT MT Revista de Letras Universidade Federal do Cear Fortaleza CE Revista de Neg cios Funda o Universidade Federal de Blumenau FURB SC Revista de Psicologia Universidade Federal do Cear UFC Fortaleza CE Revista do CCEI Unive
214. dade como sendo nico absoluto e in compar vel diante de outras alternativas historicamente criadas Dentre seus argu mentos os donos do capital e sua rede mi di tica destacam por exemplo o fracasso do socialismo no Leste Europeu ao findar o s culo passado Tal estrat gia comple mentada pelos art fices do fim da hist ria fim da sociedade de classes e outros afins tentam nos situar diante da incontestabi lidade desta forma o social Entretanto os embates sociais classistas e seus desdo bramentos pulsam at o momento presen te pondo a incontestabilidade em suspen s o numa din mica que parece favorecer nossas suspeitas contr rias em relac o ao car ter incontest vel do capitalismo Por sua vez as outras duas dimen s es parecem de dif cil discernimento tal vez em face de serem alimentadas por for mas de enfrentamento produzidas e tendencialmente consolidadas em propos tas e pr ticas que buscam conciliar lenta e gradualmente seus sujeitos sociais histori camente antag nicos capital e trabalho E quais s o essas dimens es A l gica do capital pautada pela bus ca do lucro a apropria o privada da rique za socialmente produzida a substitui o do trabalho humano pelas inova es tecnol gicas a precariza o das rela es contra tuais legitimadoras da explora o do traba lho a mundializa o de seus processos de acumula o e concentra o de riqueza re velam apesar das difi
215. dar o pr ximo a amar e conhecer a Deus e a sal var sua alma ou seja o meio mais ade quado para realizar o fim da Companhia de Jesus As mat rias que compunham este curso eram a Teologia Escol stica e Positi va a Sagrada Escritura a Moral a Casu stica o Hebreu e dependendo do caso as L n guas Orientais O curso de Teologia era o pice de toda a formac o escol stica do futuro je su ta devendo dominar perfeitamente os conte dos principalmente no seu aspecto mais pr tico de como na condic o de pa dre doutrinar as pessoas por meio das prega es e das confiss es Os cursos que compunham a forma c o escol stica do jesu ta tinham o objetivo de despertar e estimular faculdades intelec tuais Rodrigues informa que com a gram tica se desenvolve a mem ria com a litera tura a imaginac o e com as ci ncias filo sofia e teologia o entendimento N o que estas faculdades devam nunca separar se no seu exercicio a intelligencia a phantasia e a memoria h o de acompanhar se sempre umas das ou tras e dar se mutuo auxilio na educa o do homem mas havemos de admitir que obteem n o simultaneo nem igual de senvolvimento mas realmente successivo E com esta success o real conforma se o plano do Ratio Studiorum Na grammatica domina a memoria na literatura a imagi na o nas sciencias o entendimento RODRIGUES 1917 p 131 A complexidade do aprendizado crescente respeitando se informa
216. das reformas educacionais implantadas nos anos de 1990 considerando que em uma pers pectiva t cnico produtiva do capital a educa o escolar para o trabalho e a cidadania acabam produzindo a subordinac o e alienac o do trabalho No texto seguinte Maria Lucia de Amorim Soares discute as novas tecnologias e a media o do ensino no contexto da comunica o e suas implica es na pr tica do professor O artigo de Ruth Pavan apresenta os resultados de pesquisa realizada no doutorado em que analisa a reflex o dos professores de Educa o de Jovens e Adultos sobre a exclus o social no mbito da hegemonia neoliberal que visa mercantiliza o das rela es humanas e suas consequentes implica es na educa o escolar O trabalho de Theresa Adri o e Teise Garcia traz os resultados parciais da pesquisa que analisa a implanta o do Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE na rede estadual de ensino do Estado de S o Paulo e na rede municipal da cidade paulista de Pirassununga mostrando as diferen as da gest o dos recursos em ambas as redes Por fim na se o Resenhas Altemir Luiz Dalpiaz analisa a obra Educa o E Diferen as desafios para uma escola intercultural 6 volume da Cole o Teses e Disserta es em Educa o da Editora UCDB 2005 constitu da por cap tulos escritos por docentes e discentes vincu lados Linha de Pesquisa Diversidade Cultural e Educa o Ind gena do Programa de M estrado e
217. de MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 Nesse sentido a articula o presen te na rela o gest o democracia e no caso a democracia participativa choca se com a ditadura do capital propalada via neoliberalismo notavelmente colocado na fala de Paracampos quando pressup e que significado de democracia posto na Constituinte pressupunha o entendimento das for as sociais atuantes num contexto de contradi es originadas no embate pe los interesses antag nicos de classe Santos percebeu que h uma certa dist ncia no entendimento da dimens o e da concepc o avancada da proposta vei culada via Constituinte Escolar pelos que fazem a educac o no cotidiano da escola Mas a quest o mais complexa O problema conforme lembra Fernandes 2000 p 21 que a democra cia entendida como dada como existen te a priori porque nela se fala grifo da autora como se bastasse apelar para o seu nome que disso resultaria um projeto pol tico solidamente justificado Senna 1994 alerta que a democra cia foi colocada na ordem do dia sem uma radical transforma o do aparelho do Estado e o que se observa na sociedade que esse caminho para a consolida o democr tica est sendo continuamente minado p 124 A autora faz ainda a seguinte obser va o Mas dif cil realizar democracia no capi talismo O Estado brasileiro historicamente vem reproduzindo as desigualdades s cio e
218. de Mar lia UNIMAR Mar lia SP 49 Estudos Universidade Cat lica de Goi s UCG GO 50 Foco Revista do Curso de Letras Centro Universit rio Moura Lacerda Ribeir o Preto SP 1 Fragmentos de Cultura Universidade Cat lica de Goi s UCG GO 2 Gest o e A o Universidade Federal da Bahia Salvador BA 53 cone Centro Universit rio do Tri ngulo Uberl ndia MG Mm o O O UI oSSodSNU E w E E YN E E DAI 4 Inter ac o Universidade Federal de Goi s UFG GO 5 Intermeio Revista do Mestrado em Educac o Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS Campo Grande MS 56 Justi a e Sociedade Universidade do Oeste Paulista Presidente Prudente SP 57 Letras Cont beis Faculdades Integradas de Jequi FI Jequi BA 58 Letras de Hoje Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul PUCRS RS 238 59 Linguagem em Discurso Revista Cient fico liter ria dos Cursos de Mestrado em Ci ncias da Linguagem e de Gradua o de Letras da Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL Tubar o SC 60 Linhas Cr ticas Universidade de Bras lia UnB DF 61 M tis Universidade de Caxias do Sul UCS RS 62 Movimento Universidade Federal Fluminense UFF Niter i R 63 Natureza e Artif cio Sociedade Civil de Educa o Braz Cubas Mogi das Cruzes SP 64 Nuances Universidade Estadual Paulista UNESP SP 65 Os Dom nios da tica Universidade de Minas Gera
219. de consci ncia Na moderni dade v rios s o os padres das in meras ordens religiosas que escreveram manuais de casos de consci ncia conhecidos como manuais moralistas casu sticos procuran do cercar da forma mais detalhada poss vel os pecados em seus mais diversos atenu antes ou agravantes O casu smo ainda segundo Miller apesar de ser objeto de preocupa o de v rias congrega es religiosas e da Igreja como um todo atingiu uma grande impor t ncia somente com os jesu tas pois con tando com v rios te logos moralistas escre vendo in meros manuais de consci ncia em breve j n o devia existir nenhuma outra ordem religiosa que pudesse exibir tantos autores moralistas como a dos jesu tas e os te logos mais famosos da Companhia de Jesus redigiram grandes obras s bre a casu stica moral MILLER 1946 p 198 Assim dois espa os privilegiados da atua o dos futuros padres jesu tas eram objeto de preocupa o j desde a forma o deles a missa e a confiss o dois espa os que deveriam ser de edifica o para os crist os e que serviam de controle da comu nidade por parte do padre Esses momentos especiais no entanto n o sofriam mudan as em sua forma ou conte do fossem em Portugal nas ndias ou no Brasil ou a rigor em qualquer lugar A preparac o t cnica poderia ser aperfei oada mas n o mudava muito diferentemente da forma o pr tica para os assuntos relativos as miss e
220. de cultura que estudantes de Ensino M dio de uma escola particular da grande Porto Alegre s o levados a produzir e quais os efeitos destas representa es para as identidades diferen as que se lan ou m o de entrevistas debates observa es e reda es por meio das quais foi poss vel compreender que a dicotomia alta cultura x baixa cultura uma marca central na represen ta o de cultura produzindo v rios efeitos tanto para os processos de identifica o quantode diferencia o cultural Os estudantes identificam se como fazendo parte da alta cultura sobretudo por estudarem em escolas particulares por assistirem TV a cabo por terem capacidade de consumir por terem condi es de fazer viagens irem ao teatro escutarem m sicas cultas e por se esforcarem bastante e conseguirem aprova o para uma universidade federal J os outros segundo eles os outros para eles s o os pobres pertencem baixa cultura porque estudam em escolas p blicas assistem TV aberta n o tem condi es de consumir n o viajam n o v o ao teatro escutam m sicas bregas e n o se esfor am por isto no m ximo frequentar o uma universidade particular Pode se concluir que a dicotomia alta cultura x baixa cultura est presente em todos os momentos da pesquisa e est atravessada por uma quest o econ mica na qual o pobre visto como sujeito sem cultura passa a ser representado n o apenas como algu m sem condi es materiais
221. de ense anza aprendizaje ha sido un factor considerado de modo secundario Por eso los planes de formaci n y actualizaci n docente siguieron poniendo nfasis en la adquisici n de 119 conocimientos y saberes sin abordar una rediscusi n del rol docente ni de la transformaci n de las pr cticas De este modo se puso a los educado res en la posici n de tener que adaptarse a nuevos contenidos y estructuras realizar cur sos y cursillos necesarios para aumentar puntaje pero sin planificaci n y sin criterios de selecci n ni de utilidad mientras sus condiciones laborales y salariales fueron deterior ndose de modo cada vez m s grave Tambi n la creciente fragmentaci n y descomposici n de la sociedad con el exponencial incremento de la desocupaci n estructural la pobreza y la violencia oblig a los maestros y profesores a asumir tareas para las que no fueron preparados y que no estaban incluidas entre las asignadas hist ricamente a la instituci n escolar De este modo se fue naturalizando la acci n del docente como trabajador social con un esfuerzo y un compromiso en la mayor a de los casos que no fueron recompensa dos ni tomado en cuenta en un replanteo de la actividad educativa Al mismo tiempo ninguna reforma de importancia fue planteada hacia delante en lo que se refiere a la formaci n docente ya que los institutos terciarios en que la misma se dicta no fueron parte de los planteos
222. de medidas que atendiam prontamente aos anseios dos grandes conglomerados transnacionais desejosos e necessitados de um mercado livre e soberano para fortalecer a l gica do capital Em outros termos a reforma do Estado brasileiro reflete a rela o de depen d ncia e subservi ncia que caracterizou historicamente a postura dos setores do minantes nacionais em rela o aos seto res dominantes internacionais A educa o torna se tema relevante para a consolida o desse amplo quadro de reformas E disto que tratamos a seguir A Educa o Escolar nas propostas reformistas O tema da educa o marca presen a em um universo composto por organis mos intemacionais como os j citados aci ma e mais as ag ncias da ONU com o Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento ANUO a UNICEF e a Comiss o Econ mica para a Am rica Latina e Caribe da UNESCO CEPAL Em rela o Am rica Latina o CEPAL em 1990 em sua proposta Transformaci n produtiva com equidad defende uma converg ncia entre competi tividade e sustentabilidade social ou ain da entre crescimento econ mico e equida de social Dessa perspectiva a adequa o s exig ncias de um mercado crescente e extremamente competitivo requer a forma o de indiv duos aptos a enfrentarem a din mica posta pela competitividade E for 178 mar o indiv duo para que se adapte a um mercado progressiva e intensamente com petitivo fun
223. de quanto na educa o que a escola e os seus educado res na perspectiva cr tica devem lutar cons truindo um pensamento contra hegem nico Segundo Mayo 2004 p 43 os educadores devem ser entendidos como intelectuais org nicos em rela o aos grupos subalternos aspirantes ao poder Isso implica que eles deveriam estar com prometidos politicamente com aqueles a quem ensinam O termo utilizado recorrentemente por Freire 1999 2002 e 2003 para carac terizar o a educador a que se op e ao neo liberalismo e a sua l gica de exclus o educador a cr tico a enfatizando a neces s ria rela o dial gica entre educador a e educando a O mesmo autor explicita que o di logo n o espontane smo e tampouco acontece com o professor ou pro fessora todo poderoso a A rela o dial gica n o a anula o do ato de aprender como algumas vezes se sup e 215 O ato de aprender e o de ensinar f s se tomam verdadeiramente poss veis quando o pensamento cr tico inquieto do educa dor ou da educadora n o freia a capacida de de criticamente tamb m pensar ou co me ar a pensar do educando FREIRE 1999 p 118 Para Giroux 1997 e 1999 os as professores as devem ser intelectuais trans formadores Os educadores t m uma res ponsabilidade p blica que por sua pr pria natureza os envolve na luta pela democra cia Isso torna a profiss o do professor um recurso p blico singul
224. des o mesmo rito mesmo nas mais variadas regi es e situa es havia a preo cupa o com a unidade ritual stica da mis sa bem como com a postura do padre que deveria ser edificadora da comunidade Primeiramente aqueles que o Superior julgar que devem ser promovidos s sagra das Ordens aprendam a dizer missa n o somente como compreens o e devo o interior mas com compostura exterior que edifique os assistentes Todos na Compa nhia seguir o quanto poss vel as mesmas cerim nias conformando se tanto quan to permitir a diversidade das regi es com o ritual romano como o mais universal e especialmente adaptado pela S Apost li ca Constitui es 1997 p 138 401 Na continuidade h a indica o de se preparar tecnicamente para O exerc cio da celebra o da missa incluindo os exer c cios de imposta o de voz C Os meios pr prios para o exerc cio de dizer missa s o ter lido os princ pios sobre a maneira de pregar dados por aqueles que se distinguiram neste of cio e escu tar os bons pregadores exercitar se a pre gar em casa ou nos mosteiros ter um professor que note os defeitos quanto ao assunto da prega o voz ao tom aos gestos e as atitudes E refletindo em se guida dentro de si sobre o que fez pode ainda ajudar se mais de tudo isto Consti tui es 1997 p 139 405 A prepara o para serum bom prega dor era necess ria na exata medida da impor t ncia da pr pria
225. desenvolvem em rela o a ela para articular novas possibili dades e vincula es qui vincula es que fa am da educa o um espa o privilegia do de transforma o social Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social De certa forma o que acabamos de destacar sobre a educac o escolar revela que ela se encontra imersa em uma crise Ela nunca deu e continua n o dando con ta de cumprir os fins a que se prop e por diversas raz es mas sem d vida em gran de parte n o d conta por estar inserida em uma sociedade capitalista Para Moraes 2004 um tempo de crise como o que vivemos tamb m um tempo prop cio para que se veja o car ter salvacionista da educa o vinculado l gica do mercado como se a reden o n o s da sociedade mas da pr pria educa o estivesse exatamente nesta rela o Isto explica em grande parte o que vem acon tecendo no campo educacional brasileiro em que se vem reduzindo o papel do a educador a a uma fun o t cnica e se o a v como n o preparado para exerc la entrando em um processo de culpabilizac o do a educador a Conquanto n o se che gue a afirmar que a apregoada precarie dade da formac o de docentes seja a ni ca respons vel pelo fracasso escolar alar deia se sua inequ voca culpabilidade nes te caso M ORAES 2004 p 140 Segundo a autora embora haja uma grande produ o acad mica que aborda o a educador a e sua forma
226. dirigentes da Secretaria de Educa o KEMP 2004 Kemp ainda complementa que O processo da Constituinte Escolar foi pla nejado para se desenvolver ao longo de cinco momentos 1 de estrutura o do processo e mobiliza o da comunidade 2 de estudo da realidade s cio econ mico pol tico cultural e defini o das tem ticas 3 aprofundamento das tem ticas 4 elabora o do Plano Esta dual de Educa o 5 reestrutura o dos projetos pol tico pedag gicos e regimen tos escolares KEM P 2004 E mais Com a aprova o do Plano de Educa o para a Rede Estadual de Ensino em ju nho de 2001 encerrava se mais uma eta pa do processo A realiza o do Congres so Estadual da Constituinte Escolar na quele momento dava a impress o de con clus o do trabalho realizado pelas esco las e que se fizeram representar por seus delegados Ao final do evento o governa dor percebendo o apoio e o engajamento das escolas no movimento fez entregar aos presentes c pias de uma carta sua garantindo a continuidade do processo independente de qual secret rio estaria a frente da pasta Como o pr ximo passo da Constituinte n o tinha prazo para se rea lizar as escolas ficaram na expectativa das orienta es da nova equipe do rg o cen tral e s foram percebendo que o proces so havia sido interrompido aos poucos Temos informa es que muitos of cios e abaixo assinados chegaram das escolas e COUNE
227. discursive activities present at the moment of production It is concluded that the fundamental activities which are developed in the production of texts are linked to remembering the names and the forms of the letters which were written Key words Differentiations in writing language cognition S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 Introdu o Este texto foi elaborado a partir dos resultados de uma pesquisa cuja finalidade foi investigar a apropria o da linguagem escrita em crian as Na organiza o dos pro cedimentos de coleta dos dados e nas an lises tomei como refer ncia os pressupostos te rico metodol gicos da perspectiva his t rico cultural na Psicologia Este artigo parte do exame de um aspecto importante da escrita infantil discutido e analisado por v rios estudiosos as diferencia es na es crita Entretanto o exame do trabalho de produ o de textos evidenciar que esse foco de an lise importante pois indica dor das elabora es que est o sendo cons tru das pelas crian as mas que tamb m essencial voltar o olhar para as atividades cognitiva e discursiva presentes no momen to de elabora o dos textos escritos Na coleta dos dados foram utilizados procedimentos de pesquisa que consistiram na escrita de textos produzidos oralmente pelas pr prias crian as No in cio do registro elas eram incentivadas a escr
228. discutir a sua identidade e auto estima por estarem de certa forma protegidos na co munidade e n o terem que conviver com enfrentamentos tendo em vista que s o em sua maioria negros p 77 Nas considera es finais a autora aponta para a necessidade de uma participa o mais ampla de todos Grifo nosso os professores nos temas transversais Para ela o que ocorre nas escolas em rela o ao pre conceito e discrimina o n o diferente do que ocorre na sociedade em geral Al m do preconceito tnico h tamb m atitudes pre conceituosas contra todos os grupos que n o se enquadram do lado requerido pela cultu ra dominante Na ltima linha escrita do tex to fica manifestada sua vontade de ver o outro como diferente nunca como desigual Destaco que o texto de Eug nia Portela de Siqueira Marques provoca muitas inquieta es provenientes das confirma es de fatos estudados A realidade do que se prop e e o que de fato ocorre em duas esco las com alunos distintos em termos tnicos Colabora de forma positiva para as discus s es nos Estudos Culturais Com certeza a pesquisa contribui para que negros e n o negros pobres e ricos dominados ou domi nantes olhem se e entendam as diferen as No terceiro cap tulo O Desafio de Construir um Curr culo Diferenciado Frente 231 a Multiplicidade do Cotidiano Escolar Ind gena Uma Experi ncia na Escola Te Ykue a autora Terezinha Aparecida da Silva
229. distin o GENTILI 1995 p 176 210 Para os autores cr ticos n o h d vi da de que estamos vivendo um per odo de hegemonia neoliberal que traz uma s rie de consegu ncias negativas para a educa o Ela deixa de ser vista como direito e passa a ser vista como mercadoria Antes de descrever estas caracter sticas penso ser oportuno explicar como se construiu cons tr i esta hegemonia Para esta compreens o a rela o entre escolaridade e poder econ mico politi co e cultural n o uma reflex o posterior Tata se de parte constitutiva do pr prio exis tir da escola APPLE 2000 p 152 Portanto devemos discutir aqui aspectos que nos re metem ao contexto mais geral e sua rela o com a educa o Entendemos ent o a edu ca o como uma dimens o da sociedade que est estreitamente vinculada com as diversas formas de poder e esta vincula o em vez de nos deixar incapazes de agir nos faz compreender que as formas de poder n o deveriam ser reificadas vistas como oi Sas mas deveriam ser consideradas con juntos complexos de rela es sociais MAYO 2004 p 30 Compreender o poder de uma forma din mica e como elemento que atravessa todas as rela es sociais nos permite tamb m exerc lo j que como do centes estamos tamb m compondo as re la es sociais existentes na sociedade Evidentemente n o podemos sim plesmente nos fundamentar em um otimis mo ing nuo e pen
230. do conhecimento que apontam para o fim do recorte de uma ci ncia linear positivista e fragmentada com o usu fruto das chamadas intelig ncias m lti plas contribuindo para a compreens o das novas pr ticas de aprendizagem Ta ta se da proposta de uma ci ncia e edu ca o inter e transdisciplinar voltada para uma concep o hol stica de natureza que muito nos aproxima n s ocidentais de ricas experi ncias milenares de vida e cul tura dos povos orientais como express es pr prias de um movimento global de aproxima o das diferen as com seus re sultados por exemplo nas medicinas te rap uticas O mundo n o ficou pequeno toa foi cremos para usufruir deste holomovimento intelectual e pr xico glo bal em que n o interessa tanto mais o volume de conhecimento de tudo como no projeto did tico de Comenius na entrada da modemidade ou no pro grama cultural do enciclopedismo no cen tro dela mas o todo o advento de um novo sentido de totalidade ape nas como cartesiana soma das partes que o movimento de universalidade do conhecimento modemo n o deu conta E neste todo reside nossa capacidade de escolhas acima do lixo informacional por exemplo c A revolu o comunicacional em curso entretanto aponta para desafios aparen temente intranspon veis pelo menos nes ta etapa de acomoda o hist rica com v rios sentidos e possibilidades Pri meiro quan
231. do ensino quando a instru o ministrada em zonas coloniais receberam aten o especial Forma o dos professores da campanha N o apenas a realidade rural n o era considerada como inspiradora das a es de dissemina o da instru o p blica como tamb m a qualifica o dos professores para a mesma era secundarizada Assim por exemplo escreveu o inspetor regional Jos Penna de Moraes em Santa Maria no ano de 1897 a respeito de Confer ncias Peda g gicas que eram encontros dos quais to dos os professores participavam para discu tir quest es relativas instru o Enquanto por m isso n o se realiza n o nos dado ficar inativos a uma fiscaliza o diligente a quem muito compete conseguir nesse sentido E a raz o pela qual julgamos de m xima utilidade a institui o das con fer ncias pedag gicas efetuadas nas se des dos munic pios e para as quais deve ser convocado todo o professorado dos mes mos afim de discutir em comum tudo o que se refere ao ensino p blico Essas con fer ncias ser o assistidas pelo inspetor re gional e na falta deste pelo professor que for por ele designado realizando se uma ou duas vezes por ano grande vantagem Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do destas confer ncias e incontest vel Em primeiro lugar s assim conseguiremos a introdu o dos novos m todos de ensino expungindo ao mesmo tempo os in me ros
232. duca o en quanto sujeitos do processo Debateram o sistema educacional no seu contexto mais amplo ou seja como produ o de uma realidade social econ mica pol tica e cul tural foram levados a rever pr ticas peda g gicas tradicionais aprofundaram sobre problemas que interferem no processo educacional e debateram pol ticas educa cionais que pudessem responder aos de safios do nosso tempo claro que nem todos acreditavam no processo e por isso n o se envolveram como deveriam Talvez porque a demo cracia participativa ainda n o uma pr tica muito corrente entre n s M ui tos preferem esperar pelas solu es m gi cas e j prontas vindas de cima para baixo Por m aqueles que participaram efetiva mente com certeza puderam perceber que o futuro da escola p blica de responsa bilidade de todos e n o s do agente governamental A Constituinte Escolar de volveu s escolas o papel de protagonistas no debate da educa o que temos e na tarefa de decidir sobre a educa o que que remos e que sirva de instrumento para a constru o da nossa sociedade KEM P 2004 grifo nosso Santos em sua avalia o aponta ra o de pol ticas educacionais como por exemplos Educa o de Jovens e Adultos Educa o B sica do Campo Ensino M dio etc Pens vamos na estreita rela o entre ambos movimentos na potenciali za o m tua na aglutina o das a es num mecanismo extremamente democr
233. e no mbito do Ensino M dio condi es para sua objetiva o Todo o conhecimento escolar disponibilizado aos alunos por meio do curr culo escolar e aqui nos referimos especificamente ao En sino M dio encontra se concentrado em apostilas de car ter conteudista transmiti do por meio de um ensino tecnicista com o enfoque na cultura do vestibular nas exig ncias do mercado e bastante pr xi mo portanto do ensino enciclopedista e academicista dos curr culos tradicionais do qual o Projeto Pedag gico da institui o tentava supostamente distanciar se O car ter reformista das propostas para a educa o n o encontra no cotidia no dessa institui o condi es materiais de objetiva o N o se produzem por exemplo pr ticas pedag gicas de ensino por eixo te m tico transversalidade interdisciplinari dade multidisciplinaridade e outros que tais t o presentes no discurso das reformas edu cacionais O sistema de avalia o o tradi cional constitu do por provas mensais e bi mestrais e aferido por m dia aritm tica A an lise do desempenho da escola 189 pautada na quantidade de alunos que conseguiram vaga nas universidades prin cipalmente nas p blicas E talvez n o pu desse ser de outra forma ponderando que esse n mero que garante as matr culas no ano seguinte e a continuidade e ou sobreviv ncia da escola com pelo menos a mesma quantidade de alunos do ano an ter
234. e supor que o abandono dessas classifica es nos estudos da cultura seria a solu o para o problema Da mesma forma seria ingenuidade supor que os debates em tor no dessa quest o e mesmo a argumenta o de que essas no es n o s o auto excludentes de que n o s o grupos fixos e que se mesclam imbricam articulam sejam isentos de interesses Trata se de um discur so articulado com as quest es da auto ridade cultural e a conten o do perigo transgressor do hibridismo social tnico de g nero e sexual HALL 2003 p 240 Silva 1996 ao tratar da quest o da alta cultura e da baixa cultura observa que ela pode ser vista a partir de v rios lugares Um deles que ele denomina de registro con servador do p nico moral e da vis o patologizante SILVA 1996 p 194 enten de que est havendo uma degenerac o degradac o ou involuc o dos valores mais nobres valores supostamente superiores e universais devido a crescente ampliac o do espaco da cultura popular nessa vis o en tendida como a baixa cultura Outro lugar para olhar a dicotomia seria a partir de uma perspectiva mais progressista e benigna idem ou seja uma perspectiva cr tica que v na prolifera o dos conte dos da cultura 149 de massa a produ o de sujeitos passivos submissos obedientes alienados Segundo Silva 1996 tanto uma quanto a outra par tem do pressuposto de que a cultura de massa i
235. e da sociedade bra sileira em particular E isto porque devemos nos dar conta de que hoje h um novo mundo e este novo mundo requer duas grandes caracter sticas do sistema educacional a educa o geral para todos a condi o essencial para a pr pria sobreviv ncia do pa s e em se gundo lugar necess ria a integra o entre educa o geral e prepara o para o mercado de trabalho E preciso estabele cer formas claras de vincula o entre edu ca o geral e prepara o para o mercado de trabalho SOUZA 1999 p 24 182 O princ pio fundamental reivindicado especialmente para a educa o profissional por interm dio do Ministro da Educa o do govemo Femando Henrique Cardoso 1994 2002 remete para outra diretriz dessa pro posta de forma o do indiv duo mediada pela escolariza o a empregabilidade Assim afirma Souza 1999 p 29 O princ pio fundamental na educa o pro fissional n o deve ser a equidade como na educa o geral mas a empregabilida de das pessoas as pessoas devem ser capazes e ter a oportunidade de ir e vir nesse sistema educacional conforme as suas necessidades para melhorar a sua empregabilidade independentemente do n vel de educa o formal que j tenham conclu do Se os argumentos supracitados apontam na dire o de um dos pilares da reforma educacional promovida nos anos 1990 do s culo passado ou seja a empre gabilidade a outra dimens o d
236. e e na constru o do projeto pol tico pedag gico com a participa o da comunidade Por outro lado essa cita o permite evidenciar um n mero consider vel de con tradi es como por exemplo a id ia ex pressa de que estamos vivendo sob uma nova forma social gra as evolu o tecno l gica reconhecendo concomitantemente e em contrapartida que a sociedade tecno l gica n o foi capaz de superar a pobreza o desemprego e a desigualdade social Os mesmos organismos multilaterais que em preenderam as discuss es sobre a educa o vendo na difus o deliberada e siste m tica do progresso t cnico uma forma de gerar a transforma o produtiva em con son ncia com o processo de democratiza o e equidade social reconhecem que nunca houve tanto desemprego e tanta exclus o social sem contar outros proble mas sociais como a viol ncia a desnutri o e as migra es que se agravaram nas lti mas d cadas De outra parte as compet ncias as sumidas pelo reforma explicitadas no PCNEM tendem a preparar o indiv duo para a esfera da produ o que atenda aos novos processos de racionaliza o da so M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar ciedade produtora de mercadorias As pr ticas formativas vinculadas a essa din mi ca do capital buscam um ser trabalhador que simultaneamente opere v rias m qui nas permitindo as empresas aumentar a produc o sem faze
237. e rio erigia se desde o princ pio com a fei o de um unificador tnico longo tra o de uni o entre as duas sociedades que se n o conheciam ld Ibid p 91 Nessa passagem evidencia se mais uma vez a influ ncia do meio atribu da forma o do povo pois o Rio S o Francisco apontado como unificador tnico Outra passagem tamb m muito significativa ilustrando a tese defendida pelo autor so bre a forma o do povo A terra do mesmo passo exuberante e acess vel compensava lhes a miragem desfeita das minas cobi adas A sua estru tura geol gica original criando conforma es topogr ficas em que as serranias ltimos espor es e contrafortes da cordi lheira mar tima t m a atenuante dos ta buleiros vastos a sua flora complexa e vari vel em que se entrela am florestas sem a vastid o e o tran ado impenetr vel das do litoral como mimoso das planuras e o agreste das chapadas desafogadas todas salteadamente nos vastos claros das caatingas foram la os preciosos para a fus o desses elementos esparsos atrain do os entrela ando os E o regime pasto ril ali se esbo ou como uma sugest o dominadora dos gerais Id Ibid p 91 92 O car ter do sertanejo descrito por tanto como a fus o dos elementos que o formaram O colono que no sert o se ins talou ap s as frustradas buscas pelas mi nas naquela regi o contribuiu com a n dole aventureira O ind gena acr
238. e sentidos poss vel perceber conforme assinala Smolka 1989 p 84 indicadores de uma intensa ativi dade mental cognitiva discursiva que re velam uma dialogia No momento em que incentivado a escrever ele passa a atuar ao mesmo tempo como escriba contador e integrante da experi ncia relatada no tex to Assim a crian a sabia que por meio da escrita podem ser narradas suas experi n cias mas sem ter ainda consci ncia de que a escrita um simbolismo de segunda or dem ou seja representa tamb m unidades da linguagem ou do texto que escrevia Possibilitar essa descoberta sem que pro voque sua desintegra o com o processo de produ o de sentidos o que se preten de com a alfabetiza o de crian as Entre tanto a desintegra o o que na maioria das vezes ocorre pois as rela es grafof nicas ainda s o priorizadas por grande parte dos m todos de ensino da leitura e da escrita Ser analisada ainda uma sequ n cia de tr s atividades de escrita desenvol vidas pela menina MI nos anos de 2002 e 2003 Na primeira foi proposto que ela escrevesse um texto a partir de uma se qu ncia de quadrinhos sem escrita Furnari 1993 Naquele momento o uso da hist ria em quadrinhos se tomou per tinente pois desse modo as crian as teri am sobre o que escrever Por m chamou a aten o o fato de algumas crian as n o perceberem que sempre havia uma m gi ca uma transforma o de u
239. e uma so ciedade mais justa democr tica e desenvolvida exige um perfil de qualifica o em que o desenvolvi mento das intelig ncias cognitiva emocional e afetiva ser decisivo na forma o das crian as e jovens para a sua plena inser o social e no mundo do trabalho E preciso por tanto assegurar lhes uma forma o tica e solid ria E preciso ainda desenvolver sua capacidade de resolver problemas se lecionar e processar informa es com au tonomia e racioc nio cr tico E preciso dar lhes condi es de utilizar os conhecimen tos adquiridos para que tenham novas oportunidades num mundo cada vez mais complexo e competitivo CASTRO 1999 p 37 Grifos nossos O itiner rio apresentado reafirma a compreens o de que a pol tica educacional acenada como modelo de refer ncia para o s culo XXI busca formar o ser social traba lhador nos limites da cidadania e das trans forma es das rela es de produ o capita listas derivadas de um novo padr o de acu S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 mula o Em outros termos avaliamos que as reformas educacionais em curso fomen tam a redu o do indiv duo s habilidades cognitivas de sua consci ncia e s supostas compet ncias que articulam suas poss veis condi es de adapta o nos limites da edu ca o para o trabalho Capital e para a cidadania Estado Com base nessa apre ciac o consideramos que a proposta re
240. ecialistas e a imposi o da escola pela substitui o de outras ag ncias de socializa o Para ela a constitui o de professores como especialistas decorre de processos de controle e organiza o do espa o e do tempo da seria o de conte dos e da estrutura o sustenta o e aplica o de m todos de ensi no Desta forma o sistema educativo vai se constituindo na medida em que se sistemati zam conhecimentos relativos correta inter preta o da inf ncia e a organiza o da es cola dos programas necess rios para a aquisi o de comportamentos e princ pios que correspondam ao manejo de diferentes ida des e condi es Esta conjuga o de conheci mentos manejados pelos professores vai sen do progressivamente extra da da experi ncia no trato com a inf ncia nos espa os escolares No momento em que o Estado generaliza e imp e a educa o escolar para a popula o S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 99 tamb m os professores come am a receber uma forma o por ele controlada e organi zada desenvolvida em institui es especiais as escolas de forma o de professores A especializa o dos professores pois para Varela uma forma de prover co nhecimentos e inculcar valores e h bitos ne cess rios ordem social poss vel a partir da constitui o da inf ncia como algo diferente e parte do mundo dos adultos e desem penhada em locais especialmente e
241. educational reform mms 111 Javier Hermo Cecilia Pittelli S neca o papel do s bio na forma o da humanidade mma 129 Seneca the role of the sage in the formation of hu Manity mms 129 Jos Joaquim Pereira Melo O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos de uma dicotomia 143 The people do not have culture We have culture because effects of a dichotomy 143 Jos Lic nio Backes A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul 1999 a 2001 acertos e desacertos com a democracia mamas 153 The School Constituent of the state teaching network of Mato Grosso do Sul 1999 to 2001 fitting in and misfitting with democracy aims emma 153 Maria Alice de Miranda Aranda Ester Senna Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar manta 175 Educational reforms culture and daily school routine sas 175 Maria Aparecida de Lima Madureira Sergio Marcos Rodrigues da Silva Jorge Luis Cammarano Gonzalez De semi foros glocalizac o e redes novas tecnologias na escola canon 195 Of semi foros glocalizac o and networks new technologies in the school suss 195 Maria Lucia de Amorim Soares A educa o o a educador a e a exclus o Social miusamutsesmesmesmesemsermaresmeamesmesesresreeresemseresmseesrao 205 Education the educator and social A cc ciret tice Seccirneeescc tiie 205 Ruth Pavan Programa Dinheiro Direto na Escola estudos de dois
242. efectivos de las reformas Pr cticamente lo mismo puede decirse de los profesores universitarios que si bien no tuvieron condiciones tan cambiantes en la estructura y los contenidos sufrieron en Ar gentina uno de las peores retrasos salariales de la historia mientras se los estimulaba a una competencia cada vez m s feroz con paliativos pseudo salariales como los incenti 120 vos a docentes investigadores En conclusi n mientras se les exigi mucho m s desde el punto de vista de sus competencias a los docentes no s lo no se los hizo part cipes de la reforma sino que se los carg de nuevas tareas y se los hizo responsables por la falta de progreso de las pol ticas educativas Todo ello mientras sus remuneraciones tend an cada vez m s a ubicarlos en la franja de pobres estructurales a n con una dedicaci n full time de jornada completa o exclusiva Un programa de reformas Todo este escenario conforma un panorama en el que se hace preciso iniciar un plan estrat gico para encarar profundas transformaciones de la situaci n actual Ya hemos dicho que se debe partir de una evaluaci n de las reformas de los noventa como primer paso pero tal diag n stico tiene importancia no s lo en sus aspectos t cnicos sino por sobre todo en la posibilidad de construir un consenso acerca de los resultados de las reformas sus virtudes y defectos y por lo tanto las acciones que deben encararse para mejorar y transf
243. egi o s o considerados por Prado Jr como um dentre o complexo de elementos estruturantes da ocupa o do territ rio brasileiro O que sobressai na an lise de Prado Jr a organiza o s cio eco n mica da vida do homem neste territ rio como elemento fundante do perfil do tipo brasileiro sua forma o e evolu o Destaca se o car ter atual da obra de Caio Prado Jr uma vez que a mentali dade predominante do povo brasileiro ain da a de produzir com vistas ao mercado externo com uma economia dependente determinada pelo capital internacional e n o pelos sujeitos cidad os brasileiros que 44 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas geram efetivamente a produ o Prova disso o desdobramento e a continuidade da economia em ciclos geo econ micos determinando a pr pria estrutura da socie dade brasileira No que tange educa o os refle xos dessa mentalidade coletiva mostram se com toda for a a vida social e cultural acabam determinadas pela economia a qual dependente do mercado externo O risco a que est submetida a insti tui o escolar o que n o raras vezes se re gistra efetivamente na pr tica pedag gica de acabar por reproduzir a macro estru tura da sociedade servindo a objetivos universalizantes e permanentes a servi o de grupos sociais espec ficos que trazem inte resses gestados fora da escola e para os quais a escola posta a servi o
244. elodias S o Paulo Cortez 1990 p 19 70 _____ Os processos construtivos da apropria o da escrita In FERREIRO E PALACIO M G Org Os processos de leitura e escrita 3 ed Porto Alegre Artes M dicas 1990a FERREIRO E TEBEROSKY A Psicog nese da l ngua escrita Porto Alegre Artes M dicas 1989 FURNARI E O amigo da bruxinha 5 ed S o Paulo M oderna 1993 GONTIJO C M M O processo de alfabetiza o novas contribui es S o Paulo Martins Fon tes 2002 Alfabetiza o a crian a e a linguagem escrita S o Paulo Autores Associados 2003 LURIA A R A crian a e o seu comportamento In VYGOTSKY L S LURIA A R O desenvolvi mento da escrita na crian a In VIGOTSKII L S LURIA A R LEONTIEV A Linguagem desenvol vimento e aprendizagem 4 ed S o Paulo Icone 1988 p 143 189 SMOLKA A B A crian a na fase inicial da escrita a alfabetiza o como processo discursivo S o Paulo Cortez 1989 VYGOTSKI L S Comportamento do macaco antrop ide In VYGOTSKY L S LURIA A R Estudos sobre a hist ria do comportamento s mios homem primitivo e crian a Porto Alegre Artes M dicas 1996 p 55 92 ___ Obras escogidas Tomo Ill Madri Visor 2000 Recebido em 22 de setembro de 2005 Aprovado para publica o em 25 de outubro de 2005 18 Claudia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI The training of the Jes
245. em com as romarias piedosas as miss es as penit ncias reve lando heran as da religiosidade africana e ind gena misturadas f crist cat lica os sertanejos herdeiros infelizes de v cios secu lares saem das missas consagradas para os gapes selvagens dos candombl s afri canos ou porac s do tupi p 126 Nessa afirma o explicita se mais uma vez que o autor tem por par metro o europeu a reli gi o europ ia pois significativo quando diz que elementos da f ind gena e ou afri cana convivem com elementos da f cat lica afirmando que o sertanejo herdou mas n o L apenas herdou herdeiro infeliz das 36 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas marcas da f ind gena e ou africana pres supondo que o natural ser cat lico Dois elementos tamb m muito for tes na religiosidade do sertanejo e pode mos dizer do nordestino em geral s o O misticismo pol tico do sebastianismo e o messianismo O sebastianismo um Movimento m stico secular que ocorreu em Portugal na 22 metade do S c XVI como consegu ncia da morte do Rei D Sebasti o na batalha de AlcacerQuibir em 1578 0 rei n o tinha herdeiros o trono portugu s foi tomado pelo espanhol Felipe Il No entanto o povo n o aceitou a morte do rei acreditando que ele estivesse ainda vivo e que voltaria ao trono e afastaria o dom nio estrangeiro O conceito de sebastianismo traduz uma inconform
246. em condutas de solidariedade e participa o comunit ria desenvolvidas em pequenas a es ao longo do ano leti vo principalmente com as crian as das s ries iniciais do Ensino Fundamental Por exemplo durante a P scoa h uma arre cada o de ovos de chocolate que s o le 187 vados pelas crian as a v rias institui es que mant m menores em Sorocaba Visi tas a asilos e hospitais s o constantes S o feitas campanhas de arrecada o de ali mentos e de agasalhos Essas a es em bora ocorram quase que com exclusivida de nas s ries iniciais citadas s vezes sur gem espontaneamente nos alunos do En sino M dio motivados por algum clamor p blico ou por necessidade exposta por algu m do grupo importante ressaltar que a maior parte dos alunos dessa institui o faz toda a sua trajet ria escolar ali de modo que essas a es espont neas principalmen te refletem a apropria o de uma conduta ao longo de sua trajet ria na escola e por tanto do institu do pela institui o Os princ pios crist os tamb m encon tram espa o na pr tica escolar Festas reli giosas mais tradicionais como o Natal por exemplo ou a Festa do Divino recebem relev ncia de tratamento no espa o esco lar A primeira tem a cena da manjedoura encenada todos os anos por crian as e adolescentes a segunda lembrada pela visita dos Festeiros do Divino escola quan do da poca da festa Algumas das condutas
247. em disciplina dificilmente se conseguiria dar conta de todo ele Existi ram sim autodidatas na Companhia de Jesus mas a grande maioria dos seus emi nentes quadros foram forjados na forma da disciplina e da puni o A emula o outro aspecto presen te e incentivado larga na pedagogia jesu tica que tamb m denota a rigorosidade de tal forma o Como apenas um exem plo veja se novamente nas Constitui es o grau de oficialidade e seriedade com que as disputas eram incentivadas como meio para se aprender mais e demonstrar publi camente o que se aprendeu 82 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre jesu ta no s culo XVI bom que haja no col gio cada do mingo ou em algum outro dia da semana depois da refei o um estudante de cada classe das artes e de teologia designado pelo Reitor para defender algumas teses a n o ser que se d em raz es especiais em contr rio As teses ser o afixadas na v spera tarde porta das aulas a fim de que os que quiserem possam partici par no debate ou assistir a ele Depois de provadas brevemente as teses poder o arguir todos os que quiserem de casa ou de fora Haver um presidente para dirigir a discuss o resolver as quest es e dedu zir com clareza a doutrina de que se tra ta para utilidade dos presentes E ele que dar o sinal de acabar aos que tomem parte na discuss o repartindo o tempo de modo que todos possam participar nela Constitui
248. em sucedido para mobilizar e at empoderar os nas palavras de Steifel e Wolfe 1994 at agora exclu dos segmentos da popula o incluindo os pobres No caso de Porto Ale gre poss vel afirmar como faz Neaere em vez de beneficiar os grupos da elite pela primeira vez os gastos do govemo na hist ria municipal talvez em toda a his t ria do pa s favorecem realmente as comunidades pobres NEAERE 2000 p 4 Em sua reflex o sobre esta anomalia Neaere conclui que o estado descentraliza do contrariamente s previs es tanto dos pluralistas liberais como marxistas n o deve ser visto como apenas um reposit rio cati vo das for as sociais reacion rias p 110 Os autores ainda observam que na opini o de Neaere te rico que analisa pro jetos alternativos o Estado brasileiro foi capaz de agir contra os interesses dos gru pos dominantes e que nos termos do or a mento participativo ocorrendo de forma descentralizada e realizado pela oposi o o PT houve o favorecimento da a o cole tiva feita uma an lise do desenvolvimen to da a o popular denominada Or amen to Participativo e pelo xito dos resultados no tocante participa o construiu a base material para o sucesso tamb m da Consti tuinte Escolar em Porto Alegre M as os auto res Petras e Veltmeyer ainda questionam 158 Porto Alegre um caso especial de desen volvimento participativo com base na comu nidade Se for qu
249. en as someone without culture is represented not only as someone without material conditions but as someone who for those who identify themselves as belonging to the high culture concentrates all undesirable significances Key words Culture identity difference O presente texto fruto de minha pes quisa de doutorado e teve como campo de pesquisa estudantes de Ensino M dio de uma escola particular da Grande Porto Alegre RS Por ser uma escola considerada de qualidade recebe alunos de varias cida des do estado e de outros estados Recorren do a observa es entrevistas debates e re da es todas estrat gias vistas como atra vessadas por rela es de poder portanto sob hip tese alguma neutras que se p de produzir este texto que trata da dicotomia 144 alta cultura e baixa cultura na produ o das identidades e diferen as As identida des e as diferen as s o entendidas como uma produ o social e cultural ou seja n o como essenciais primordiais ou fixas mas como inst veis e cambiantes como susten tam os Estudos Culturais P s Estruturalistas Cultura o campo em que o sentido das coisas das identidades das diferen as constru do O sentido produzido no inte rior da cultura e est circunscrito ao pr prio contexto cultural N o existe sentido fora da Jos Lic nio BACKES O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos cultura Estes sentidos significados s o
250. ender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapas sar a sua significa o particular A epo p ia gloriosa da Rep blica brasileira pela qual combatera na juventude adquiriu car ter de trag dia na violenta interven o militar que testemunhou em Canudos Independentemente das contradi es apontadas pela cr tica obra de Euclides da Cunha a mesma constitui inegavelmen te uma importante leitura do povo brasileiro principalmente do sertanejo nordestino so bre o qual at ent o nenhum olhar dessa natureza tinha sido lan ado Urup s o caboclo como a personifica o da incapacidade O conto Urup s de Monteiro Lobato apresenta um alto grau de intertex tualidade Os primeiros doze par grafos do texto remontam o leitor a uma s rie de outros textos da literatura brasileira Ir nico o autor dedica os primeiros par grafos a uma leitura dos tipos brasileiros mais marcantes de nossa literatura at ent o e avan a passando de um texto a outro te cendo uma cr tica sagaz ao romantismo e a tudo o que ele suscitou em um estilo envolvente exigindo do leitor v rias refe r ncias a fim de que possa compreender o que escreve e perceber a cr tica estampada nas entrelinhas do texto no melhor estilo lobatiano Estabelecida a cr tica ao recente pas sado liter rio brasileiro e ao legado que deixou o orgulho do ndio idealizado pri meiro e do caboclo depois Lobato tece uma contund
251. endo De ves evitar isso deves fazer aquilo Al m disso se quisermos esperar a altura em que por n s mesmos saibamos qual o melhor modo de agir iremos entretanto cometendo erros impedir nos o de atin girum ponto em que possamos estar con tentes conosco devemos deixar nos guiar enquanto ainda estamos aprendendo a guiar nos por n s mesmos Tamb m as crian as aprendem a escrever pelo exem plo pega se lhes nos dedos a m o do mestre guia os sobre os desenhos das letras depois diz se lhes que imitem o modelo apresentado e que por ele corrijam a sua caligrafia Um tal aux lio deve ser dado ao nosso esp rito enquanto aprende a guiar se por um modelo Cartas 94 50 51 Segundo S neca a hist ria gene rosa nesse sentido pois oferece a mem ria de homens cujas exist ncias s o verdadei ros exemplos para a humanidade e que est o sempre disposi o para atender aos que a eles recorrem aqueles fundadores das sublimes filo sofias nasceram para n s Podemos discutir com S crates duvidar com Cam ades encontrar a paz com Epicuro vencer a natureza humana com a ajuda dos est icos ultrapass la com os c nicos Nenhum deles deixar de estar nos sa disposi o nenhum despedir o que o procurar sem o que faca mais feliz e mais devotado a ele nenhum permitir a quem quer que seja partir de m os vazias eles podem serencontrados por qualquer ho mem tanto durante o dia como
252. ensino aprendizagem dos ndios se d muito mais pela oralidade do que pela escrita da as dificuldades evi denciadas a partir da segunda s rie quando s o ministrados os ensinamentos da L ngua portuguesa Nesse momento passa a existir um clima pesado em sala de aula Os alu nos n o conseguem escrever em portugu s O artigo de Terezinha Batista carre gado de emo o interessante como a raz o da ci ncia pode provocar a emo o em quem observa o objeto e o sujeito Per cebe se que a autora se interessou em des crever com detalhes mais sobre a primeira s rie Penso que essa prefer ncia justifica se pela possibilidade de que talvez ali na quela s rie as aulas sejam mais din micas e identificadas com os alunos e sua cultu ra Parece ser uma aula mais alegre Os pro fessores sentem prazer em relatar nas suas hist rias de vidas o divisor de guas que foi o curso ra Ver As crian as mostram riqueza criativa em seus desenhos e fica para a autora a d vida se os professores ind genas est o capacitados para leciona rem l ngua portuguesa aos ndios dadas s dificuldades de os mesmos escreverem Penso que poder amos aprender com esta escola sobretudo aprender que o aprendizado pode se dar sem tirar das cri an as a alegria para aprender e sem tirar do professor a motiva o para ensinar No quarto cap tulo Reflex es So bre o Homo Ludens Kadiw u a autora Marina Vinha apresenta ao leitor o j
253. ente cr tica ao caipira cabo clo brasileiro e ao culto que dele se fazia no in cio do s c XX Contr rio perspectiva 38 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas t pica da poca Lobato descreve caricatural e negativamente o caboclo brasileiro apre sentando o como um tipo que a personi fica o da incapacidade Porque a verdade nua manda dizer que entre as ra as de variado matiz formado ras da nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o abor gene de tabuinha no bei o uma existe a vegetar de c coras incapaz de evolu o impene tr vel ao progresso Feia e soma nada a p e de p LOBATO 1997 1914 p 89 Evidencia se nesse trecho tamb m o que se afirmou anteriormente a respeito da avers o de Lobato s tentativas de cons tru o da identidade nacional pela idealiza o poss vel sistematizar as seguintes caracter sticas do caboclo a partir do texto de Lobato 1 totalmente dependente e absolutamen te n o politizado alheio aos aconteci mentos da vida nacional Quando Pedro lan a aos ecos o seu grito hist rico e o pa s desperta estrovinhado crise de uma mudanca de dono o cabo clo ergue se espia e acocora se de novo A 15 de novembro troca se um trono vitali cio pela cadeira quadrienal O pa s bestifica se ante o inopinado da mudan a O cabo clo n o d pela coisa ld Ibid p 89 90 2 in bil com a linguagem verba
254. ento de glocaliza o conforme reivindi cam in meros autores pois aos fluxos e estoque globais mesclam se em menor ou maior grau os fluxos e estoques locais oca sionando a possibilidade de rejei es assi mila es e hibrida es em estado de ten s o e permanente movimento A no o de glocal busca dar conta des se car ter complexo e tenso Massimo Canevacci 1996 p 25 comenta essa no o Essa palavra nova fruto de rec procas conta mina es entre global e local foi forjada justamente na tentativa de captar a comple xidade dos processos atuais Nela foi incor porado o sentido irrequieto do sincretismo O sincretismo glocal E um territ rio mar cado pelas travessias entre correntes opos tas e frequentemente mescladas com di versas temperaturas salinidades cores e sabores Um territ rio extraterritorial A glocaliza o do mundo e especifi camente da educa o conhecimento lo cal e conhecimento universal redefine o lugar de educa o Ela desatualiza e relativiza locais de atua o cria novas ins t ncias pass veis de atua o educacional obriga a educa o a enfrentar uma com plexa gama de desafios Assim a crise atu al da educa o tamb m deriva da glocaliza o em curso glocaliza o que sugere um outro componente vital confor me Manuel Castells 1992 p 8 O novo n o tanto que a economia tenha uma dimens o mundial pois isto ocorre S rie Estudos Camp
255. era que se refere ao evento superabundante destina do a ser mostrado via tela A segunda que apanha Manuel Castells 1992 1999 com o dizer que as redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades acoplado ao fato de que a utilizac o do computador revira e reordena os padr es culturais vigentes que interpreta o conceito de agenciamento de Deleuze e Guattari 1997 como a converg ncia de a es com pet ncias id ias e recursos t cnicos com partilhados por um coletivo humano e que com Pierre L vy 1993 sinaliza os quatro p los que caracterizam o funcionamento das redes digitais Com base nas premis sas elencadas poss vel afirmar que n o existe cultura digital entre os adultos no caso o professor da as novas tecnolo gias serem para eles semi foros enquanto para as crian as e adolescentes no caso alunos as as novas tecnologias serem apenas artefatos tecnol gicos a serem ex plorados com curiosidade S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 195 204 jul dez 2005 Como conclus o Sturm and Drung Tempestade e mpeto este texto afirma que se na modemidade epistemologica mente a d vida estava centrada na ang s tia por conhecer o mundo e orden lo no caso da escola o professor sistematizando os conhecimentos acumulados historica mente pela humanidade para os alunos no ambiente das novas tecnologias a quest o de outra natureza isto a ques t o
256. ere Em grande medida era li mitada e condicionada por ele o corpo constitu a para a alma um obst culo que a impedia de al ar s alturas da perfei o a que era chamada Em rigor a parte supe rior e mais nobre da natureza humana se achava submetida e escravizada exata mente por aquela parte tida como inferior De facto este nosso corpo para o esp rito uma carga e um tormento sob o seu peso o esp rito tortura se est aprisionado a menos que dele se aproxime a filosofia para o incitar a al ar contempla o da natureza a trocar o mundo terreno pelo mundo divino Esta a liberdade do esp rito estes os seus v os subtrair se ocasional mente pris o e ir refazer as for as no firmamento Cartas 65 16 Esta era para S neca a lament vel condic o em que se encontrava o ser hu mano cuja dif cil exist ncia radicava n o somente na escravid o mas tamb m na 131 enfermidade provocada pelas paix es ver dadeiras lceras da alma pois a alma sub metida pelas paix es tornava se enferma Como resultado desse quadro sur gia o homem vencido GARC A GARRI DO 1969 Enquanto dona de si mesma por m a alma tinha forcas para ajudar o homem a reverter esse quadro e neste caso o otimismo pedag gico que S neca pro fessava passava pela raz o e pela luta asc tica A natureza deu nos energia suficiente A quest o est em aproveit la em juntar todas as nossas forcas e p las ao
257. ersa en un mundo cambiante y distinto del que no da cuenta cada vez m s intercomunicado y en el que la cooperaci n se convertido en base de toda producci n donde el tiempo de trabajo el tiempo productivo y el de ocio tienden a coincidir se torna cada vez m s una actividad aburrida y mon tona para los estudiantes de todos los niveles Creemos que aqu deben buscarse muchos de los factores que inciden en la crisis de la escuela y no s lo en razones extra escolares que por otra parte no parecieran que vayan a cambiar en lo inmediato Cuando por ejemplo se se alan la fragmentaci n del relato y la cultura de la imagen como caracter sticas de la postmodemidad entre otras muchas que incidirian en la p rdida de atenci n y concentraci n al menos en t rminos tradicionales de los estudiantes ser a necio negar su influencia Pero nos preguntamos seriamente si los que as se expresan creen que quejarse de tal situaci n la cambiar o bien si puede pensarse que se trata de una situaci n coyuntural pasajera S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 La educaci n superior y los desaf os que debe enfrentar Los argumentos esgrimidos hasta aqu si bien v lidos para retratar la crisis y los retos del sistema educativo en su con junto son tambi n aplicables por ende al subsistema de educaci n superior No obstante creemos que hay algunas cuestiones espec ficas a se alar con rel
258. es 1997 p 133 134 378 Um pouco mais a frente no texto das Constitui es novamente se volta ao assun to dos estimulos aos estudantes indicando que ser bom juntar alguns de talentos iguais que mutuamente se animem com santa emu la o Constitui es 1997 p 134 383 A emula o tamb m n o uma pr tica pedag gica exclusiva da Companhia pois a pr pria escol stica j previa as com peti es entre os estudantes mas entre os jesu tas ela assumiu um car ter praticamen te essencial na sua pedagogia criando um incentivo um estimulo externo a mais para que o estudante realmente aprendesse aquele conte do Incentivo que pode ser entendido tamb m como uma forma de se obter resultados mais r pidos elevar o padr o de qualidade m nimo e criar um status dentro da pr pria Companhia o qual serviria em futuro pr ximo como um crit rio a mais para se escolher os melhores ho mens para os postos mais importantes Leonel Franca 1952 destaca a emu la o em boa parte de sua apresenta o da metodologia do Ratio afirmando a sua import ncia para a forma o do futuro je su ta Ele resume j na organiza o da sala de aula o processo intencional de se esta belecer a sadia competi o A aula era dividida em dois campos ro manos e cartaginenses cada qual com o seu estandarte em cada campo dispu nham se por ordem de merecimento os diferentes graus da hierarquia mil
259. es por contemplar la importancia de esta cuesti n de hecho la realidad cotidiana lo ha impuesto hace rato pero s se alar que la instituci n escolar como tal y las pol ticas educativas en general no contemplan este factor en el centro de sus preocupaciones Lo que se plantea es que m s all de las razones ajenas a la instituci n esco lar sean circunstanciales o no que puedan modificar el rol de la escuela y los docentes llev ndolos a atender situaciones para las que no fueron preparados desnutrici n violencia etc hay otras m s profundas que har n irrumpir la vida real en la escuela y romper n el supuesto aislamiento as ptico en el que las blancas palomitas debieran adquirir conocimiento y en un segundo t r mino realizar su socializaci n secundaria Si bien esto ha sido tambi n planteado por numerosos expertos y actores del sistema educativo creemos que hasta Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral el momento no se ha planteado un debate del que surjan propuestas para dar cuenta de esta nueva situaci n al interior mismo del dise o del proceso de ense anza aprendizaje y no como residuo o efecto secundario del mismo Indudablemente una pr ctica educativa que contempla poco y nada la importancia de la interacci n con otros como parte del aprendizaje mismo que no posee un modo sistem tico de incorporar conocimientos extra escolares que est inm
260. es da Cunha Lobato mostra se avesso a qualquer possibilidade de idealiza o e ou enaltecimento do tipo brasileiro mesti o caboclo Pobre Jeca Tatu Como bonito no romance e feio na reali dade LOBATO 1997 1914 p 90 Embora apresente uma vis o de mundo determinista cientificista e natura lista o m rito da obra de Euclides da Cunha reside na den ncia que faz da realidade brasileira da virada do s culo XX trazendo luz pela primeira vez em nossas letras as reais condi es de vida no Nordeste brasi leiro Em sua abordagem a Campanha de Canudos toma se s mbolo dos erros come tidos pela Rep blica ao avaliar de forma equivocada os problemas nacionais preci pitando se na an lise das motiva es dos rebelados e negligenciando suas condi es de vida ou mais precisamente de sobrevi v ncia A revolta no sert o baiano foi con siderada pelo governo da poca um foco monarquista que colocava em risco a vida republicana Tratava se no entanto confor me Cunha de uma luta embora os rebela dos n o tivessem consci ncia disso absor tos que estavam em um completo messia nismo contra estruturas que h tr s s culos se perpetuavam e as quais a rep blica n o melhorou medida que mudava apenas o regime de governo mantendo inalteradas as condi es desiguais e subumanas de vida do povo Euclides da Cunha denuncia e critica veementemente a postura republicana Vivendo quatrocentos anos
261. es de letras torna ram se tarefas centrais no trabalho de es crita do texto Por meio da linguagem mo bilizava experi ncias e conhecimentos e dialogava com a pesquisadora medida que se apropriou das formas das letras escrever tornou se uma atividade que pa rece se limitar a reproduzir sequ ncias de letras diferenciando as para cada senten a que deveria ser anotada As situa es analisadas evidenciam processos importantes no curso de desen volvimento da escrita nas crian as que po deriam ser resumidos da seguinte forma elas aprendem que usamos letras para es crever no entanto no in cio dessa aprendi zagem n o se apropriaram das suas for mas e nomes Esse ent o se torna um pro blema a ser solucionado pela crian a ao escrever Por m medida que se apropri am desses conhecimentos a atividade de escritura se restringe como visto repro du o das formas gr ficas aprendidas O aspecto importante observado nesse lti mo momento a diferencia o de cada Refer ncias segmento de letras utilizado para registrar os enunciados do texto Sobre as diferencia es na escrita em trabalhos anteriores Gontijo 2001 2003 foi discutida a sua natureza e apresenta dos diversos exemplos do modo como as crian as elaboram as diferencia es tendo em vista o tipo de metodologia de ensino usado na sala de aula pela professora para ensinar a ler e a escrever e portanto os tex tos que as crian as t
262. es partidos pol ticos no poder que representem por sua vez o compro misso de classe que defendem E esta correla o de for as entre as diferentes ten d ncias em um mesmo partido que leva de uma forma velada a mudar os projetos e portanto a Proposta Educacional em momentos de mudan as de secret rios em um mesmo governo PARACAM POS 2004 Pelos pontos ressaltados muitos das quest es internas do partido n o estavam resolvidas Ficam evidentes disputas ideo l gicas oposi o entre os trabalhadores vis es diferentes sobre quest es comuns e mesmo sobre quest es te ricas Autores como Petras e Veltmeyer que v m tecendo considera es significati vas e enriquecendo o debate em foco apre sentam an lises ressaltando mais uma vez que experi ncias com estrat gias alternati vas de desenvolvimento participativo s o interessantes mas que considerando as opera es com apoio estatal e for as soci ais que est o portr s pode se garantir que nesse momento chegam at a criar qual quer progresso mas nenhuma prosperar A justificativa para tal posi o a de que O modelo neoliberal que est por tr s dessas pol ticas e as for as sociais colo cadas atr s delas criam as condi es nas quais a economia em sua maior parte est desenvolvendo se A nica maneira de um processo alternativo surgir e pros perar por uma mobiliza o em larga escala das for as contra o sistema e de oposi o em t
263. es que deve ter um escrito para dizer coisas diferentes crit rios interfigurais Assim as primeiras tentativas de di ferencia o particularmente quando a crian a domina um n mero reduzido de le tras evidenciam uma solu o interessante a crian a muda a posi o das letras na ordem linear obtendo desse modo totali dades diferentes para cada palavra a ser escrita Ainda com o objetivo de encontrar crit rios de diferencia o a autora verificou que as crian as procuram variar a quanti dade de grafias para escrever palavras di ferentes e dessa forma permanecem sem pre observando o m nimo de tr s letras es tabelecido para que uma escrita possa ser interpretavel Outra tentativa de diferencia o consiste em fazer correspond ncia entre as varia es quantitativas nas repre senta es e as varia es quantitativas no objeto referido FERREIRO 1990 p 32 33 Assim a crianca pensa que nomes de ob jetos maiores mas espessos mais pesados mais numerosos devem ser escritos com mais letras e de objetos pequenos menos pesados menos espessos etc devem ser escritos com um n mero menor de letras Segundo a autora esses procedimentos foram explicados como tentativas de colocar em correspond ncia os aspectos quantitativos da representa o o n mero de letras e os aspectos quantific veis do objeto referido indica es de uma dificul dade de diferenciar a escrita do desenho FERREIR
264. esbarrancado das encostas incendeiam se as acendalhas da s lica fraturada rebrilhantes numa trama vibr til de centelhas a atmosfera junto ao ch o vibra num ondular viv ssimo de bo cas de fornalha em que se pressente in compar vel no fulgor fulmina a natureza silenciosa em cujo seio se abate im vel na quietude de um longo espasmo a galhada sem folhas da flora sucumbida CUNHA 2000 1902 p 36 37 M erece destaque ainda a descric o que o autor faz da secura do ar na regi o dos sert es brasileiros O autor cria uma imagem que se define claramente diante dos olhos do leitor constituindo uma ilustra o O sol poente desatava longa a sua som bra pelo ch o e protegido por ela bra os largamente abertos face volvida para os c us um soldado descansava Descansava havia tr s meses Morrera no assalto de 18 de julho A co ronha da Mannlicher estrondada o cintur o e o bon jogados a uma banda e a farda em tiras diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com advers rio possante Ca ra certo derreando se vio lenta pancada que lhe sulcara a fronte manchada de uma escara preta E ao en terrar se dias depois os mortos n o fora percebido N o compartra por isto a vala comum de menos de um c vado de fundo em que eram jogados E estava intacto Murchara apenas Mu mificara conservando os tra os fisio n micos de modo a incutir a ilus o exata de um lutador cansado
265. escassa aten o nos cursos de forma o inicial Na forma o continuada em ge ral tem recebido tratamento meramente pragm tico p 194 E o que mais cruciante a democracia tem sido en tendida como mera exist ncia de mecanis 162 mos de gest o democr tica p 194 ou ainda como um mero discurso conforme depoimento registrado por essa mesma autora Participando em atividades do processo Constituinte Escolar em oito das vinte e quatro escolas estaduais do munic pio de Dourados a autora desse trabalho pre senciou pronunciamentos p blicos de professores diretores coordenadores pe dag gicos e representantes de pais que denunciavam pr ticas n o democr ticas Na gest o desse mesmo processo e Na rela o escolas e sistema estadual Afir mavam que a democratiza o da gest o reduzia se na pr tica a mero discurso FREITAS 2003 p 215 Para falar em democracia preciso um olhar mais apurado te rico e politica mente e mais conforme lembra Gramsci 1982 se faz necess rio caminhar com base em reflex es acerca da produ o da hegemonia no campo da educa o e da contribui o dos intelectuais E na sequ ncia pelas respostas quanto aos motivos da interrup o do pro cesso logicamente n o descartando o mencionado parecem ser os motivos tam b m de uma outra amplitude conforme pode ser a seguir constatado 1 3 A interrup o do processo Constituinte Escolar
266. escentou a impulsividade Estas caracter sticas se conservam no tipo sertanejo modificadas apenas de acordo com as novas exig ncias da vida traduzindo se em e vestes caracter sticas e h bitos antigos apego as tradi es mais remotas sentimento religioso levado at o fana tismo exagerado ponto de honra folclore bel ssimo de rimas seculares Segundo o autor os jesu tas capu chinhos e franciscanos tiveram import ncia destacada na hist ria da forma o dos povos sertanejos catequizando ind genas e incorporando os vida nacional por meio dos aldeamentos que se formavam no s culo XVIII sob influ ncia das miss es jesu ticas Para ele dois determinantes hist ricos se destacam na manuten o do aut ctone na regi o sertaneja do Brasil 1 as grandes concess es de sesmarias 0 que levou ao latif ndio em um sistema feudal e dificultou a entrada de novos 34 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas povoadores ou concorrentes permane cendo a ra a mesti a pr pria do local crescendo fora da influ ncia de outros elementos entregues vida pastoril 2 a carta r gia de 7 de fevereiro de 1701 que foi medida concentradora desse iso lamento O documento legal proibia sob pena de severas puni es qualquer co munica o ou mesmo rela o comercial daquela parte dos sert es Pombal Cume Bom Conselho Monte Santo com o Sul A esses fatos his
267. esquisa que visa a analisar a implanta o do Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE na rede estadual de ensino do Estado de S o Paulo e na rede municipal da cidade paulista de Pirassununga Realizou se an lise documental sobre a normaliza o do Programa nas duas redes selecionadas incluindo a pesquisa em dados financeiros e educacionais coletados nas duas esferas administrativas A sele o das duas redes p blicas visou ao estudo da implanta o do PDDE em duas circunst ncias distintas no caso da rede estadual o Programa implantado em um contexto no qual as Associa es de Pais e M estres APM s j funcionavam como unidades executoras recebendo e executando recursos nas escolas No munic pio de Pirassununga o PDDE inaugura a sistem tica de descentraliza o de recursos sendo para tanto criadas as Associa es de Pais e M estres Verificou se por meio do estudo realizado a exist ncia de diferen as entre as duas redes e entre escolas da mesma rede no que diz respeito aos repasses Tais diferen as relacionam se ao tamanho da unidade e da pr pria rede Em rela o gest o dos recursos observa se a centralidade das APMs No caso da rede estadual aparentemente tal centralidade contribui para o esvaziamento das fun es deliberativas do Conselho de Escola Palavras chave Dinheiro na escola financiamento da educa o PDDE Abstract This study is part of the Interinstitutional Project named Money Straight Into the Sch
268. este texto o de considerar as novas tecnologias como um semi foro no caminho de Marilena Chau 2000 p 11 quando informa que existem alguns objetos animais acon tecimentos pessoas e institui es que podemos designar com o termo semi foro S o desse tipo as rel quias e oferendas os esp lios de guerra as apari es celes tes os meteoros certos acidentes geogr ficos certos animais os objetos de arte os objetos antigos os documentos raros os her is e a na o Este texto orienta se tamb m para a discuss o do movimento de glocaliza o conforme reivindicam in meros auto res entre eles Canevacci 1996 pois aos fluxos e estoques globais mesclam se em menor ou maior grau os fluxos e estoques locais ocasionando a possibilidade de rejei Maria Lucia de A SOARES De semi foros glocaliza o e redes es assimila es e hibrida es em estado de tens o e movimento A glocaliza o do mundo e especificamente da educa o conhecimento local e conhecimento univer sal redefine o lugar da educa o obri gando a a enfrentar uma complexa gama de desafios Este texto parte de duas premissas A primeira de que vivemos hoje as tr s ida des da Midiasfera propostas por R gis Debray 1993 a logosfera que correspon de ao per odo escrito raro destinado a ser dito em p blico a grafosfera ao escrito abundante porque impresso destinado a ser lido em particular a videosf
269. estudio la excelencia de los programas y de los docentes Estas situaciones al igual que la proliferaci n de postgrados y su car cter mayoritariamente pago son parte de una tendencia mundial a la transformaci n de la educaci n en un servicio comercializable como cualquier otro y que por cierto resulta muy redituable Si bien no creemos que con enunciarlo vaya a cam biar tal situaci n de modo m gico s estamos convencidos de que es posible re gular tal situaci n y que debe ser una de las tareas centrales del Estado en la materia tal como desarrollaremos luego Finalmente los problemas ya se alados con respecto a la infraestructura y lo obsoleto de los m todos pedag gicos se vuelven cr ticos tambi n en el nivel su perior donde las falencias de los estudiantes que ingresan a este nivel son vistas como problemas a resolver individu almente y por supuesto operan como una nueva barrera discriminatoria para quienes no han tenido oportunidades culturales y educativas para compensar los d ficits formativos de arrastre Adem s de que en muchos casos la soluci n a la que se recurre es a la de bajar el nivel de exigencia para retener matr cula consolidando un modelo que tiende a disminuir la calidad 118 El recurrente problema del presupuesto Hemos llegado hasta este punto sin mencionarlo obvio la inversi n en educaci n en los ltimos treinta a os ha sido pasmosa mente baja y ha tendido
270. ever com cuida do porque deveriam ao seu t rmino lembrar o texto com o aux lio da escrita Chamou a aten o no momento em que eram incenti vadas a se relacionar com os seus escritos para lembrar os textos o n mero significati vo de crian as que dizia que a escrita pode ria auxili las na realiza o da tarefa Obvia mente rememoraram senten as sem se re lacionar com a escrita com essa finalidade ou mudavam de id ia ap s tentarem lem brar com o apoio da escrita e n o encontrar elementos que as ajudassem na realiza o da tarefa de lembrar o conte do dos textos A quest o da diferencia o da escrita Antes de iniciar a an lise dos dados coletados necess rio discutir a quest o da diferencia o da escrita Ser o destaca dos em primeiro lugar os resultados da pesquisa de Ferreiro e Teberosky 1989 e de Contini J nior 1988 para em seguida apontar quest es relacionadas no trabalho de Luria 1988 e de Azenha 1995 Segundo Ferreiro 1990 p 29 no primeiro n vel de evolu o da escrita a crian a considera que os textos podem ser interpret veis devido a condi es contex tuais isto porque se reconhece o ob jeto no qual ele se encontra ou porque ele est pr ximo a uma figura O in cio do se gundo per odo de evolu o marcado pelo estabelecimento de condi es formais para que um escrito possa ser considerado leg vel Dessa forma em situa es em que as crian
271. experiencia desarrollada por la CONEAU para el nivel superior en lo que pudiera ser aplicable Yendo a la labor docente se impone una jerarquizaci n de funciones que debe contemplar un indispensable plan de recomposici n salarial plurianual acorde a las necesidades y jerarqu a de la tarea pero que como hemos dicho no debe quedarse all Debe ligarse esta recompo sici n salarial de modo indisoluble con un blanqueo de la planta docente real al fren te de clases y en otras funciones del sistema educativo como primer paso para no pos tergar una tarea indispensable para jerarquizar realmente la labor educativa Tambi n es necesario un trabajo de reconversi n paulatino y acordado de las es calas salariales vigentes que premian la antig edad como nico criterio para incrementar el salario Indudablemente es ste un tema espinoso y dif cil de trabajar pero es posible de ser consensuado abordando una discusi n de mediano y largo plazo que ar ranque de niveles dignos garantizados Es imprescindible crear una nueva escala asociada con la mayor preparaci n y dedicaci n a la tarea basada en competencias ciertas y no en puntajes cons truidos en base a cursos que s lo suman eso puntos Dicho de otra forma la capacitaci n continua debe ser radicalmen te modificada y debe ligarse centralmente al proceso de reconversi n de la planta Con respecto a la formaci n docente esto significa la transformaci n de los ac
272. ez derivasse de um plano reformador do cardeal Pole que imaginou uma sementeira seminarium para a prepara c o dos sacerdotes p 28 Nas Normas Complementares que comp em as Constituic es da Companhia de Jesus e s o atualiza es das Constitui es originais a exig ncia diminui para um exame compreensivo de teologia diante de tr s examinadores E interessante como com o passar do tempo o rigor foi sendo diminu do Francisco Rodrigues o historiador oficial da Com panhia de Jesus para as prov ncias portuguesas sendo o equivalente ao que representa Serafim Leite para a hist ria dos jesu tas no Brasil interessante esse aspecto na medida em que a Companhia n o poderia ser acusada de usar de vio l ncia f sica e que quando de tal necessidade a socie dade em geral na pessoa do Corretor que faria a repreens o ao mau estudante Poder se ia arriscar uma compara o deste aspecto da educa o jesu tica com a Inquisi o no que conceme ao fato de que Refer ncias quando o r u era julgado culpado e deveria ser quei mado n o eram os inquisidores ou qualquer outro eclesi stico que executava a senten a pois o r u era relaxado para o bra o secular e quem de fato executa va a senten a era algum oficial ou funcion rio civil 50 termo quadro utilizado aqui no sentido que os partidos de esquerda da atualidade lhe deram ou seja das pessoas pertencentes a uma organiza o no
273. fantil CM El Era dessa forma abreviada que a professora havia ensinado a escrever as palavras que faziam parte do nome da es cola Ao escrev las n o teve dificuldades para lembrar cada uma delas No restante da produ o n o houve nenhuma pergun ta Ela ouviu cada senten a e anotou letras correspondentes Pode se verificar que me morizou um n mero razo vel de letras que utilizava para escrever o texto Ao ser ques tionada se a escrita auxiliava a lembran a do texto disse que sim Observe P Voc acha que a sua escrita ajuda voc a lembrar o que voc escreveu C Confirma P Ent o leia pra mim o que voc escre veu C Aponta o texto Eu gosto muito de brincar n o foi poss vel compreen der o que foi lido mas indicava com o dedinho da esquerda para a direita e de cima para baixo onde estava lendo P A escrita te ajudou a lembrar C Confirma P Como ela te ajudou C Porque eu lembro Dessa forma o registro das letras ini ciais do Centro Municipal de Educa o In fantil n o auxiliou a lembran a da palavra escola pois come ou dizendo eu gosto de brincar 16 Claudia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras Considera es finais Com base na sequ ncia de ativida des analisada pode se concluir que a crian a aprendeu inicialmente que usamos le tras para escrever no entanto nesse in cio lembrar as formas das letras que sabia nomear e lembrar nom
274. fatos tecnol gicos a serem explorados com curiosidade Como conclus o afirma a partir de Debray 1993 que o professor n o det m mais o sacrossanto o conhecimento visto serem as hovas tecnologias as detentoras do sagrado social hodierno o virtual Tal proposi o implica expandir a partir do anti modelo do rizoma novos processos de intera o e comunica o no ensino mediado pelas tecnologias para ir al m da rela o entre ensinar e aprender como afirma Kensky 2002 Neste caminho as novas tecnologias podem deixar de ser semi foros Palavras chave Semi foros glocaliza o novas tecnologias cultura digital pr tica de ensino Abstract Following the thought of Deleuze and Guattari 1995 the text the result of theoretical research makes rhizomes from semi foros rare objects etc in the words of Chau 2000 with the movement of world glocalizagao according to Canevacci 1996 who redefines the place of education forcing it to face a complex range of challenges To achieve this the first premise taken are the three ages of Mediasphere proposed by Bebray 1993 the logosphere period of rare writing destined to be spoken in public the graphosphere corresponds to abundant writing because it is printed destined to be read in private the videosphere which refers to super abundant writing meant to be shown on the screen Taken as a second premise Castells 1992 1999 with the citation that the networks for
275. fere as formas de produc o e re produc o da vida humana at por conta da racionalidade hist rica da formac o eco n mico social capitalista que altera a base produtiva por meio do desenvolvimento cient fico gerando mudancas nas dimen s es micro e macro da economia e nas re la es entre as grandes corpora es e seus correspondentes paradigmas organizacio nais e de gest o Este debate alastra se para o campo acad mico cient fico e gravita em tomo dos procedimentos te rico meto dol gicos subjacentes a produc o de co nhecimento no campo das Ci ncias Huma nas SILVA Jr FERRETT 2004 A pol tica reformista assume feic es planet rias ou seja s o in meros os pa ses submetidos l gica de buscar alterna tivas que fomentem a perman ncia do ca pital como sistema hegem nico O Brasil n o foi exce o A partir da d cada de 1990 sob a orienta o do projeto pol tico presi dido por Fernando Henrique Cardoso o pa s empreende uma reforma do Estado j iniciada por Fernando Collor de Mello e da educa o inspirada nesse contexto mundial j mencionado anteriormente En tretanto deve se observar que o Estado ganha nova envergadura materializada na abertura da economia nacional ao capital externo em amplo programa de privati za o de sua infra estrutura na flexibili 177 za o das leis trabalhistas na Reforma da Previd ncia na Lei de Responsabilidade Fiscal traduzindo um conjunto
276. final da p gina Eu eu fui e errei de novo apaga e enquanto o faz fala o texto Brigou brigou eu eu u fui eu fui no quin tal e escre ve at a sexta letra do primeiro segmen to e p ra de escrever e fala o restante da sentenca eles pararam de brigar gar brigar eu fui no quintal l e passa o dedo sobre o segmento de letras que foi escrito brigar escreve novamente eu fui no quintal e eles pararam de bri gar passa o dedo sobre o segundo segmento Muito bem a voc disse assim a pre ciosa vai para dentro de casa A Pre ci o sa vai para dentro de ca vai vai vai pa ra de ca registra a letra A vai para dentro de casa a da dona Tiana vai pa ra ca sa dela ele p ra de brigar P O que voc escreveu C Preciosa briga briga dentro do meu quintal a eu vou no quintal e eles pa ram de brigar e a minha gata vai pra dentro e a gata da dona Tiana vai pra casa ai e a minha vai pra casa apon ta de baixo para cima e da esquerda para direita P A escrita ajudou voc a lembrar C Ajudou P Como ela ajudou C Porque eu escrevi tudo TU I O I M usou sete letras para escrever o texto Ele repetiu letras numa mesma se qu ncia O tra ado das letras bastante irregular Entretanto como pode ser visto na transcri o acima a crian a escrevia O texto e ao mesmo tempo pronunciava o vagarosamente s vezes repetiu palavras e s
277. flito de interpreta es vem se inte ressando pela compreens o do estiolamento do paradigma modemo espelhado no aba lo da identidade de seu protagonista o su jeito moderno aquele velho conhecido in tegrante de uma classe social determinada agente social transformador etc que como sabemos hoje agoniza O ano de 68 por exemplo foi o ano emblem tico de uma var redura nos valores e ideologias que sus tentavam as institui es com suas estrat gias de acomoda o ao poder visando ao seu melhor funcionamento como o canto de cisne do discurso resultante de uma cren a ut pica emergencial quando nos exigia fazer a revolu o a qualquer custo Do lado dos que ainda acreditam rever o projeto moderno Habermas cer tamente o fil sofo em maior evid ncia des de a segunda metade do s culo rec m ter minado junto com seus continuadores Apel e outros Na Teoria Cr tica ou no cam po de indaga o que passou a ser chama do de tica do discurso ap s fazer a revi s o do projeto iluminista da modemidade no marco da crise da raz o ent o cunhada de instrumental aponta para uma neo modernidade centrada no paradigma da revolu o comunicativa a partir das comu nidades de interpreta o do pr prio mun do como se fosse um movimento de recos tura dos sujeitos no grande tecido da pr pria globalidade Tazendo isto para o cam po educacional o que Marques 1992
278. for mista se contrap e s possibilidades de um processo de escolariza o que contribua com a perspectiva de remover radicalmente as pr ticas sociais que objetivam a aliena o a explora o e o controle do Trabalho pelo Capital Entretanto avaliamos que es sas reformas n o ocorrem sem embates sem expressarem suas contradi es enfim sem resist ncias que muitas vezes reconfi guram lhes na pr tica suas matrizes Nesse contexto dentre as v rias esferas de nego cia o inerentes s pol ticas reformistas de temos nossa aten o na institui o escolar Ali as reformas encontram pr ticas sociais que v o configurando as possibilidades de sua objetiva o na perspectiva de perma n ncia ou de supera o de suas propostas de forma o dos indiv duos Ponderamos que o entendimento desse processo requer o exame das media es entre a especifici dade da institui o escolar e a cultura esco lar considerando que um dos supostos ne cess rios para enfrentarmos esse desafio o discemimento e o reconhecimento de tr s dimens es historicamente produzidas pelas rela es e media es sociais constitutivas das determina es estruturais do capital Uma nos parece do ponto de vista de seu entendimento aparentemente mais acess vel Referimo nos aos m ltiplos esfor 183 cos que os detentores do capital e seus re presentantes realizam no sentido de carac terizar seu modo de produzir a vida em so cie
279. forma o especial inclusive no aprendizado das l nguas nativas B Quando em um col gio ou universidade se projetasse formar pessoas para serem enviadas aos mouros ou aos turcos estari am indicados o rabe ou o caldeu como para ir aos hindus o hindi O mesmo se diga de outras l nguas que por motivos an logos poderiam ser mais teis em outras regi es Constitui es 1997 p 148 449 O aprendizado da l ngua da regi o onde se est a missionar tornou se uma necessidade pr tica tanto para os pioneiros quanto aos futuros mission rios Em carta de Joao de Melo para Gon alo Vaz pre p sito da casa de S Roque da Companhia de Jesus em Lisboa datada de 13 de setem bro de 1560 relatado que o padre Luis da Gra Provincial do Brasil obrigava a todos os da casa a ler a Arte da Lingua Brasilica composta pelo padre Jos de Anchieta informando que desta lic o nem reitor nem pregador nem uma outra pes soa isenta pois vai a cousa t o deveras que h quem diga que dentro de um anno se obriga desoccupado falar a l ngua nem eu com ser dos mais inhabeis perco a espe ran a de sabel o NAVARRO 1988 p 279 A Arte da L ngua Bras lica de Anchieta depois de ser muito utilizada no Brasil como manual para se aprender a l n gua dos gentios daqueles mais pr ximos 92 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI aos jesu tas foi impresso em Portugal e passou a servir ta
280. gem no movimento sindical dos trabalhadores Assim o impulso original que levou forma o do Partido dos Trabalhadores tenha sido o movimento sindical v rios outros movimentos populares e grupos radicais juntaram se ao partido o PT con MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino sistindo numa rede de n cleos partid ri os e mesmo sendo o mais forte na regi o urbanizada e industrial do Sudeste do Pa s espalhou se por todo o territ rio nacional Esses n cleos inclu am grupos ligados ao movimento sindical do ABC comu nidades de base organizadas pela Igreja Cat lica associa es de vizinhan a e de bairro sindicatos rurais revolucion ri os da esquerda grupos reformistas ativistas dos direitos humanos p 113 Os autores chamam a aten o para o fato de que na constru o hist rica do partido ou seja da sua funda o aos dias atuais algumas modifica es relacionadas a sua concep o j se fazem sentir O PTserviu de fato de instrumento politi co para reunir e de certo modo unificar diversas for as sociais e pol ticas opostas no setor popular Estes grupos se organi zaram num vasto am lgama constante mente flutuante de tend ncias ou fac es nacionais e regionais que t m disputado intensamente desde ent o a ideologia e programa do partido uma esp cie de consenso sobre certas quest es com p
281. go e descontente visto ser natural no homem de bem a exist ncia de uma alma vida para atuar Essas coisas todas s o mais graves quan do por dio da sua infelicidade laboriosa refugiaram se no cio e nos estudos soli t rios aos quais n o pode suportar uma 0 papel do s bio na forma o da humanidade alma elevada s coisas civis desejosa de agir e inquieta por natureza evidentemen te pouco consolo encontrado em si mesmo Por isso tiradas as distra es que as pr prias ocupa es proporcionam aos que andam entre elas o homem n o suporta a casa a solid o as paredes e contra a sua vontade ele se v abandonado a si mesmo Daqui aquele t dio e desconten tamento de si a agitac o da alma que nunca p ra e a triste e aflita paci ncia de sua pr pria inanic o da a tristeza e abatimento e as mil flutua es da mente incerta a quem as esperan as iniciadas mant m suspensa as fracassadas man t m triste da aquela disposi o dos que detestam seu cio e se queixam de nada ter para fazer Sobre a tranquilidade da alma VI 9 11 Por outro lado para S neca o s bio antes de se afastar da vida p blica para buscar ref gio na sua interioridade deve ria avaliar quais eram as verdadeiras cir cunst ncias que o estavam levando a esse afastamento O cidad o n o podia se fur tar a sua responsabilidade pol tica com a simples justificativa de n o ocupar um car go na estrutura do poder
282. gosto de 2005 Aprovado para publica o em 29 de setembro de 2005 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 61 Lembrar nomes e formas das letras Remembering names and letter formation Cl udia Maria Mendes Gontijo Dra em Educa o UNICAM P Professora da Universidade Federal do Esp rito Santo Programa de P s Gradua o em Educa o CE UFES e mail clammg terra com br Resumo Analisa estudos que discutem os processos de diferencia o no curso de desenvolvimento da escrita nas crian as A partir dos pressupostos te rico metodol gicos da perspectiva hist rico cultural na Psicologia examina textos produzidos por crian as de um Centro de Educa o Infantil do sistema municipal de ensino de Vit ria e as atividades cognitiva e discursiva presentes no momento da produ o Conclui que as atividades fundamentais que se desenvolvem na produ o dos textos est o ligadas a lembrar os nomes e as formas das letras que eram escritas Palavras chave Diferencia es na escrita linguagem cogni o Abstract The text analyzes studies that discuss the differentiation processes in the course of the development of writing in children Beginning from the theoretical methodological presuppositions of the historical cultu ral perspective of Psychology the study examines texts produced by children in a Centre for Infant Education in the municipal system of teaching in Vit ria and the cognitive and
283. hecimentos integrais embora pr ticos das diversas mat rias exigidas para o concurso Para execu o do citado decreto n 806 anunciaram se os concursos para os quais inscreveram se 515 candidatos sendo 485 para esco las rurais e 30 para escolas urbanas fo ram habilitados 412 para escolas rurais e 22 para escolas urbanas muitos est o j nomeados Relat rio apresentado ao Sr Dr Antonio Augusto Borges de M edeiros presidente do estado do Rio Grande do Sul pelo Dr Protasio Alves Secretario de Estado dos Neg cios do Interior e Exteri or em 15 de setembro de 1906 Porto Alegre Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do O n vel dos programas que orienta vam os concursos para professor de esco las rurais desmerecido pela facilita o era entretanto criticado mesmo no mbito da Diretoria de Instru o P blica por serem demasiadamente emp rico sen o ef mero por isso n o pode satisfazer as exig ncias do ensino moderno Para provar esta afir ma o basta a seguinte pondera o Nas escolas prim rias de todos os pa ses sob t tulo de li es de cousas ministram se conhecimentos pr ticos de higiene agri cultura cria o no es de f sica qu mica e hist ria natural tecnologia das ind strias civismo etc Ora professores com o prepa ro exigido pelo decreto Decreto no 806 1905 jamais poder o compreender e muito menos desenvolver estas no es t
284. i do fomece as bases para compreender as posturas e os posicionamentos dos sujei tos hist ricos com possibilidades de chegar ao concreto pensado com outras palavras a uma abstra o cient fica vislumbrando assim captar pela apar ncia a ess ncia fri sando se mais uma vez que a realidade n o se deixa apanhar sen o em parte na palavra dos sujeitos Palavra carregada de m ltiplas determi na es impl citas na concep o que enuncia Concep o complexa posto que o produto de culturas em interlocu o con fronto e conflito que se toma com o pro p sito de animar e ilustrar a reflex o FREITAS 2003 p 195 nesse terreno permeado de dificul dades em maior ou menor grau da capta o da realidade concreta mas que nessa contradi o abre para descobertas muitas vezes n o claramente explicitadas que se situam quest es que passam a se constituir em elementos fundantes dessa produ o 1 O Projeto Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul a vis o dos seus autores Considerando os pontos acima enunciados e perseguindo o prop sito anunciado inicia se apresentando os sujei tos hist ricos selecionados e na sequ ncia parte se para um di logo com eles preten dendo enriquecer os objetivos desse estudo Justifica se a escolha desses sujeitos hist ricos entre muitos outros tendo em MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino
285. i no debate 2 ano Silva 1996 como os demais autores do campo te rico dos Estudos Culturais 150 observa que a vis o dicot mica da cultura est perdendo sua legitimidade Os proces sos culturais caracterizam se pela hibridiza o pela camavalizac o HALL 2003 pela imbrica o de diferentes formas culturais Silva 1996 afirma que precisamos de for mas criativas de pensar que superem os velhos binarismos da alta cultura vs bai xa cultura cultura de elite vs cultura de mas sa ilumina o vs aliena o intelectualismo vs mistificac o SILVA 1996 p 197 Ou seja preciso lembrar sempre que os supos tos valores universais e superiores n o pos suem essas caracter sticas por uma quest o ontol gica mas por uma quest o pol tica Tornaram se superiores pelas disputas de podertravadas nos campos social e cultural Mesmo reconhecendo que os movi mentos de luta dos grupos marginalizados t m sido decisivos para uma nova pol tica cultural Hall 2003 tem o cuidado de n o identificar isso como uma fase de confort vel momento de vit rias para esses grupos Se gundo ele permanecer nessas metanarrati vas significaria cair na armadilha de uma divis o de estilo ou ou que n o est de acor do com as pol ticas culturais O que est em jogo n o uma substitui o de uma cultura pela outra A dicotomia cultura hegem nica e cultura contra hegem nica n o correspon de aos
286. i no se hubiese producido la modificaci n de la EGB y el Polimodal Proceder de esa forma ser a vol ver a cometer los mismos errores inaugu rando un tiempo de inestabilidad innecesario Por el contrario explorar iniciativas como la que parece despuntar en la Provincia de Buenos Aires en las que se busque reorganizar la actual estructura en dos ciclos de seis a os con sus divisiones intermedias en sub ciclos de tres parece mucho m s sensato y permite organizar una transici n sin sobresaltos Considera mos que uno de los problemas fundamentales de la implementaci n de la Ley Federal en la Provincia de Buenos Aires estuvo ligado a la primarizaci n del primer ciclo de la ense anza secundaria actual EGB 3 lo que result en un gran descalabro del sistema que no debe volver a repetirse De este modo podr a comenzar a producirse una posibilidad real de introducir paulatinamente una estructura m s abierta de la ense anza que permita a partir del comienzo del segundo ciclo actual tercer ci clo de la EGB la combinaci n de asignaturas S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 obligatorias y optativas siempre que se cumplan los objetivos m nimos a lograr en cada etapa L gicamente esto debe trabajarse con los estudiantes desde antes para que tengan elementos para poder dis criminar y realizar esta tarea Por eso creemos que en una primera etapa debiera realizarse una experiencia pilot
287. ias y el prestigio requerido para poder realizartal certificaci n sin que se convierta en una formalidad o en una casilla de peaje mas En segundo lugar y no por orden de importancia sino por la exposici n argumental que se est realizando estamos convencidos de que se debe poner el acento fuertemente m s en los c mo se ense a que en los qu Los nuevos ejes de una reforma deben partir de ense ar c mo aprender a aprender c mo conceptualizar y c mo clasificar Por lo tan to el conjunto de las pr cticas pedag gi cas deben ser reformuladas de acuerdo a estos lineamientos Ello implica tomar como principal factor la tarea y la funci n docentes dado 121 que no hay aprendizaje sin ense anza E implica un fuerte trabajo CON los educa dores rescatando sus saberes y experiencia al mismo tiempo que proporcion ndoles recursos did cticos y una actualizaci n acor de al giro copernicano propuesto para las pr cticas pedag gicas Continuando con nuestra enumeraci n entonces aqu estar a un tercer eje sobre el cu l trabajar Una refor ma integral no puede siquiera pensarse sin cambiar de cuajo la formaci n y la actualizaci n docentes tal como hoy existen Sobre la formaci n como progra ma de futuro a mediano y largo plazo so bre la capacitaci n para trabajar en la transformaci n de m todos y procesos en lo inmediato y para asegurar un sistema real de formaci n continua La transformaci
288. idade com a situa o pol tica vi gente e uma expectativa de salva o por meio da ressurrei o de um morto ilustre O messianismo refere se a um fen meno s cio religioso que ocorre geralmen te em situa o de grave crise pol tica amea a de invas es brusca mudan a de regime etc e reflete um desespero e um temor cres cente e insuport vel uma cren a nas pro ximidades do Ju zo Final e na necessidade da chegada de um salvador messias para resgatar a comunidade que est em perigo O sertanejo segundo o autor alma ing nua e primitiva vulner vel influ n cia insana de l deres fan ticos Outro aspecto interessante a con cep o de morte que tamb m reveladora da concep o de vida A terra o ex lio insuport vel o morto um bem aventurado sempre p 127 Nesse sentido o culto dos mortos pr tica corrente No cap tulo IV da parte intitulada O HOM EM o autor apresenta a imagem per sonifica o das camadas profundas da nossa estratifica o tnica Ant nio Con selheiro E escreve O historiador s pode avaliar a atitude da quele homem que por si nada valeu con siderando a psicologia da sociedade que o criou Isolado ele se perde na turba dos nevr ticos vulgares Pode ser inclu do numa modalidade qualquer de psicose progres siva Mas posto em fun o do meio as sombra uma di tese e uma s ntese As fases singulares da sua exist ncia n o
289. iferen as ou das identidades mas atravessa das pelas exig ncias da ideologia e da pr tica social individualista com suas ideologias Em todos os campos religioso cultural das nacionalidades etc resultan te de uma civiliza o dogm tica a mo demidade n o nos ensinou a trabalhar com as diferen as O pr prio sujeito mo demo em crise de identidade agora deve ter seu futuro inscrito na emerg ncia do sujeito coletivo n o necessariamente nos moldes daquele sujeito de classe como o conhecemos o que na lingua gem gramsciana implicaria certamente novo bloco hist rico de a o pol tica N o toa que a palavra cidadania e 52 cidadania ativa e global anda t o em alta Acontece que quanto mais falamos em coletivo entra em cena como contraponto a exig ncia esquizofr nica do egocentrismo individualista em nome de uma individualidade a ser respeita da que prop e discursos do tipo a sua liberdade termina onde come a a minha e vice versa Pura vis o de mercado que precisa do livre arb trio para sobreviver at em nome de uma democracia formal ou seja uma igualdade cujo consenso n o resulta de justi a social alguma n o esque amos que o fim prec puo do direito a distribui o da justi a Por falar em consenso h um con senso entre os analistas de que o s culo XXI ter de ser o s culo das diferen as desde que inscrito em uma globalidade que n o se
290. ina a implanta o do PDDE na rede estadual De acordo com o documento todas as escolas que ofereciam o ensino fundamental regu lar ou supletivo fariam jus aos repasses con forme o n mero de alunos matriculados e de acordo com as faixas de distribui o j apresentada no Quadro 1 Theresa ADRI O Teise GARCIA Programa dinheiro direto na escola Comparando os gastos do governo do Estado S o Paulo apenas com o ensi no fundamental e o montante total trans ferido pelo PM DE em todo o pa s em 1995 obtemos o quadro abaixo Quadro 2 Compara o entre as despesas estaduais com ensino funda mental e transfer ncias nacionais do PMDE em 1995 Despesas no Estado de S o Paulo Total de Repasses PMDE no temtbrio ersino Fundamental em rede estadual nadonal 1995 2513 093 200 00 28 350 229 00 Fonts Secretaria de Estado da Fazenda Coordenag o da Administagao Financeira Funda o Sistema Esta dual de An lise de Dados Seade e FNDE Relat rio de Atividades 1997 resultados do PMDE no tri nio 1995 1997 O quadro nos permite verificar a pou ca relev ncia que os repasses t m para o conjunto das despesas com ensino funda mental na rede estadual de S o Paulo uma vez que comparado o total de repasses do PMDE para o pa s aos gastos estaduais apenas com o ensino fundamental o per centual pr ximo de 10 Mantida a perspectiva de descentra liza o da gest o financeira contida no Pro grama em S
291. industrial o paradigma tecnoc ntrico como j se falou em para digma cosmoc ntrico grego teoc ntrico me dieval e antropoc ntrico modemo cujos tent culos agora tendem a destruir a nature za ea sufocar seu pr prio protagonista Ocorre que nos anos 60 uma outra reviravolta j estava em curso a revolu o comunicacional global antes mesmo de qualquer not cia sobre Internet por exem plo O canadense McLuhan te rico da co munica o cunhou express es como al deia global ou mass media e o america no A Toffler trouxe nos a id ia de terceira onda H Marcuse referiu se ao tomem unidimensional e Von Weiczacker naque la poca j dizia da irreversibilidade desta revoluc o a despeito do bom ou mau hu mor dos pr prios fil sofos Hoje a revoluc o comunicacional global produz ela pr pria seus defensores incondicionais ou mesmo seus ide logos por exemplo em discursos laudat rios por um lado e por outro seus detratores com choro e ranger de dentes contra tudo o que estrat gia de domina o neoliberal in cluindo a nosso ver equivocadamente as novas tecnologias Para responder quest o posta em pouco tempo como exerc cio de s ntese para al m do manique smo do tudo pres ta ou nada presta ou seja sem endeusar ou endemonizar a revolu o comunicacio nal com suas tecnologias temos avan os e impasses acontecendo simultaneamente Tata
292. institui o em nenhuma circunst n S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 cia qualquer data letiva ou atividade ex pressa ali alterada Al m do calend rio escolar esse manual traz indica es da equipe pedag gica endere os eletr nicos para contato explica es sobre o sistema de avalia o regulamento com direitos e deveres dos alunos as proibi es e san es aplic veis o calend rio com as datas de todas as provas mensais substitutivas e de recupera o do ano todo e a Proposta Pe dag gica da institui o As informa es ali contidas s o assumidas como um compro misso da escola com os alunos e seus pais Mas tamb m s o efetivamente cobradas dos mesmos Por exemplo n o s o anun ciadas as datas das provas pois de res ponsabilidade dos alunos o conhecimento das informa es contidas no manual O comportamento dos mesmos avaliado segundo o regimento que consta desse manual e os abusos s o administrados pela Orientadora Pedag gica que referencia suas interven es com base nesse manu al Tal manual constitui um documento ofi cial que traduz os campos de poder e in flu ncia nas rela es estabelecidas entre escola alunos e pais tendo se configurado prioritariamente em uma pr tica escolar que visa a inculcar o senso de responsabi lidade entre os alunos Outra express o das pr ticas esco lares observadas nessa institui o escolar objetiva se
293. intelectuais in cio do s culo XX per o do que antecedeu a Semana de Arte Modema de 1922 As duas primeiras d ca das do s culo XX marcam em termos mun diais os preparativos para a Primeira Guerra Mundial que teve a Europa como palco o Brasil vive a Rep blica do caf com leite dos grandes propriet rios rurais Trata se de uma poca em que os fortes contrastes da realidade brasileira s o evidenciados de um lado a poca urea da economia cafeeira no Sudeste da entrada de grandes levas de imigrantes notadamente os italianos do esplendor da Amaz nia com o ciclo da borracha e do surto da urbaniza o de S o Paulo de outro lado tamb m o tempo de agita es sociais resultantes das cres centes desigualdades a Revolta de Canudos na Bahia em fins do s culo XIX o tempo do canga o com a figura lend ria de Lampi o nos primeiros anos do s culo XX em todo o sert o assolado por cons tantes secas A produ o liter ria desse per odo reflete esses conflitos sintetizados em tr s aspectos 1 den ncia da realidade brasi leira negando o Brasil liter rio herdado do Romantismo e do Parnasianismo e retra tando o Brasil n o oficial do sert o nordes tino dos caboclos interioranos dos sub r bios 2 incorpora o Literatura de tipos humanos marginalizados 3 leitura repre senta o da realidade brasileira luz de fatos pol ticos econ micos e sociais con tempor neos diminuindo a dis
294. io Grande do Sul Destaca se que tamb m marcando a aus ncia de estrutura na forma de sistema educacional tal como inicialmente afirmamos ao falar de escolas naquela poca a refer ncia era uma sala alugada simples casa de esco la em que concomitantemente alunos de diferentes adiantamentos eram atendidos As pol ticas p blicas incentivavam a liberdade de ensino e de iniciativa com o que as escolas particulares se multiplica vam funcionando livremente tendo ape nas a obriga o a qual nem sempre aten diam de informar ao governo as estatis ticas alcan adas n mero de matr culas e frequ ncia Por outro lado o Estado na poca exigia para a cria o e manuten o de aulas p blicas um n mero m nimo de alu nos matriculados e frequentes Ademais a amplia o da instru o p blica requeria recursos para sua manuten o e controle Havia portanto contradi es entre os valo res proclamados liberdade de ensino e as possibilidades reais do setor p blico atender instru o Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do Assim ao lado de escolas p blicas havia em grande n mero as particulares Sua distribui o pelo territ rio estava dire tamente relacionada ao interesse da popu la o e inexist ncia de t o r gidas nor mas quanto ao n mero de alunos confor me Relat rios apresentados ao Presidente da Prov ncia Pela estat stic
295. ior Desse modo formar cidad os cr ticos conscientes de sua cidadania e de sua res ponsabilidade pela pr pria aprendizagem o denominado aprender a aprender pa rece distante no cotidiano da institui o es colar cujas pr ticas escolares encontram vi eses para o discurso modernizante das re formas negoci veis dentro de seu espa o e das rela es sociais e culturais que ali se d o E para o denominado aprender a aprender que endere amos um breve co ment rio Em rela o ao pilar das reformas educacionais isto o aprender a apren der Duarte 2004 p 29 30 em suas criti ca as apropria es neoliberais e p s mo dernas da teoria vigotskiana procura ex plicitar a presen a desse lema nos ide rios educacionais contempor neos Uma das formas mais importantes ainda que n o a nica de revigoramento do aprender a aprender nas duas ltimas d cadas foi a maci a difus o da epistemo logia e da psicologia gen ticas de Jean Piaget como referencial para a educa o por meio do movimento construtivista que no Brasil tornou se um grande modismo a partir da d cada de 1980 defendendo princ pios pedag gicos muito pr ximos ao do movimento escolanovista M as o cons trutivismo n o deve ser visto como um fen meno isolado ou desvinculado do con texto mundial das duas ltimas d cadas 190 Tal movimento ganha forca justamente no interior do agucamento do processo de mundi
296. ireito e reduzindo a a sua con di o de propriedade GENTILI 1999 p 20 E nessa transposi o do direito para mercadoria se redefine a no o de ci dadania atrav s de uma revaloriza o da a o do indiv duo enquanto propriet rio enquanto indiv duo que luta por conquis tar comprar propriedades mercadorias de diversa indole sendo a educa o uma de las GENTILI 1999 p 20 21 Os culpados pela crise educacional com base nos pressupostos neoliberais n o s o s o Estado interventor e os sindicatos O problema mais complexo os individu os s o culpados pela crise Os pobres S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 s o culpados pela pobreza os desempre gados pelo desemprego os corruptos pela corrup o os favelados pela viol ncia ur bana os sem terra pela viol ncia no cam po os pais pelo rendimento dos filhos os professores pela p ssima qualidade dos servi os educacionais O neoliberalismo privatiza tudo inclusive tamb m o xito e o fracasso social GENTILI 1999 p 22 Para os neoliberais j que o proble ma est na aus ncia de um mercado edu cacional na aus ncia de competi o a so luc o s pode estar na privatiza o da edu ca o As institui es escolares devem fun cionar como empresas produtoras de ser vi os educacionais GENTILI 1999 p 29 contra esta hegemonia neoliberal presente tanto na socieda
297. iro Editora 34 1995 v 1 ___ 0 que filosofia Rio de Janeiro Editora 34 1997 KENSKI V Processos de intera o e comunica o no ensino mediado pelas tecnologias In ROSA DEG SOUZA V C Did tica e pr ticas de ensino interfaces com diferentes saberes e lugares formativos Rio de Janeiro DP amp A 2002 LEVY P As tecnologias da intelig ncia Rio de Janeiro Editora 34 1993 ORTIZ R A mundializa o da cultura S o Paulo Brasiliense 1994 PAIS LC Educa o escolar e as tecnologias da inform tica Belo Horizonte Aut ntica 2002 RUBIM AAC O lugar da pol tica na sociabilidade contempor nea In PRADO LA SOVIK L Orgs Lugar global e lugar nenhum ensaios sobre democracia e globaliza o S o Paulo Hacker 2001 SANTOS M SOUZA M A SILVEIRA M L Orgs Territ rio globaliza o e fragmenta o S o Paulo Hucitec 1996 WEBER M A tica protestante e o esp rito do capitalismo S o Paulo Cia das Letras 2004 Recebido em 17 de outubro de 2005 Aprovado para publica o em 29 de novembro de 2005 204 Maria Lucia de A SOARES De semi foros glocaliza o e redes A educa o o a educador a e a exclus o social Education the educator and social exclusion Ruth Pavan Doutora em Educa o Professora do Programa de M estra do em Educa o da UCDB e mail ruth ucdb br Resumo O artigo resultado das reflex es te ricas desenvolvidas na tese de doutorado em edu
298. is Belo Horizonte MG 66 Palavra Revista Cient fica do Curso de Comunica o Social da Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL Tubar o SC 67 Paradoxa Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO Rio de Janeiro RJ 68 PerCurso Curitiba em Turismo Faculdades de Curitiba PR 69 Perspectiva Revista do Centro de Ci ncias da Educac o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis SC 70 Phil sophos Revista de Filosofia Universidade Federal de Goi s UFG GO 71 Phr nesis Revista de tica Pontif cia Universidade Cat lica PUC Campinas SP 72 Poi sis Revista Cient fica em Educa o Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL Tubar o SC 73 Presenca Revista de Educac o Cultura e Meio Ambiente Universidade Federal de Rond nia UNIR Porto Velho RO Pr Discente Universidade Federal do Esp rito Santo UFES ES Pro Posic es Faculdade de Educac o UNICAMP SP Psicologia Cl nica Pontificia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro PUCR RJ Psicologia da Educa o Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUCSP SP Publica es ADUFPB Universidade Federal da Para ba Jodo Pessoa PB Revista 7 Faces Funda o Comunit ria de Ensino Superior de Itabira FUNCESI MG Revista Alcance Universidade do Vale do Itajai UNIVALI Itaja SC Revista Ambiente e Educa o Funda o Universidade Federal do Rio Grande Rio Grande RS Revista Anamatra A
299. ista e fordista por qual motivo a elite do capital abriria m o do mais caro meio de produ o p s industrial a informa o evi dente que a revolu o comunicacional que ora experimentamos trabalha no ritmo da esquizofrenia de mercado que ela mesma tem de produzir Uma crian a que se v compelida a comprar uma bone ca Barbie estrategicamente criada com a cara adulta de uma madame bem suce dida com seu escrit rio sua casa etc porque h uma ambi ncia de mercado real virtual Shopping Centers e E commerce para faz la esquecer a boneca anterior preciso salientar contudo que o capitalismo s p e no mercado o que e como e quando ele pode ampliar suas vendas em progress o geom trica Um celular que pag vamos em torno de R 500 00 no Brasil est caindo de pre o e dever ser brevemente distribu do de gra a porque o que interessa o atrela mento do consumidor ao servi o prestado Parece que n o temos sa das vista mais do que mercadoria ou por conta dela cria se o consumidor perene E no conjunto de sujeitos que oscilam entre a emerg ncia de criar o S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 53 coletivo nica possibilidade para se arti cular uma cidadania global ativa e emancipadora e a esquizofrenia real vir tual numa revolu o sem a m nima possibilidade de retrocesso que passa mos educa o Il Ap s este panorama abrangen
300. ista nos pa ses do Leste Europeu Essas transforma es pautam se pela intensifica o das rela es capitalistas de produ o configurando um processo que alguns autores como Ches nais 1996 qualificam de mundializa o do capital e que se desenvolve sob o co mando dos grandes conglomerados trans nacionais e seus agentes multilaterais BIRD BID FMI e OMC Nesse contexto o modelo pol tico do Estado do Bem Estar So cial vai sendo gradativamente substitu do pelo que se convencionou chamar de pol ti ca neoliberal Essa pol tica busca a amplia o de mercados a desregulamenta o das economias nacionais a privatiza o e apro pria o de servi os p blicos pelos grandes capitais e a precariza o do trabalho na perspectiva de ruptura com o contrato so cial resultante dos embates entre capital e trabalho derivados do per odo p s Segun da Guerra Mundial A din mica desses pro cessos com seus tempos e formas especifi cas acaba por produzir intermediada pela ac o dos organismos financeiros intemacio nais interfer ncias e inger ncias nos cam S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 pos pol tico cultural social e econ mico que em parte materializam se na reforma do Estado e especificamente nas reformas im plementadas no mbito da educac o Em conformidade com o exposto consideramos que os anos de 1980 e 1990 marcam um debate bastante relevante no que se re
301. istas encontra se diretamente relacionada s lutas dos educadores pela democratiza o da gest o escolar In meros trabalhos produzidos principalmente durante as d cada de 1980 e 1990 apontaram sua exist ncia como 223 um dos fatores que inibiram a supera o da mera formalidade com que a maior parte dos Colegiados Escolares aqui denominados Conselhos de Escola CEs funcionavam Sinteticamente dois elementos refor cavam essa tese O primeiro refere se a se para o em duas inst ncias das decis es sobre o funcionamento da escola quest es de natureza financeira constitu am temas direcionados APM enquanto quest es de natureza pedag gica ou administrativa eram direcionadas aos Conselhos de Esco la Tal situa o acabava por criar na me lhor das hip teses uma sobreposi o de decis es quando n o um esvaziamento dos Conselhos de Escola uma vez que a inst ncia respons vel pela gest o dos re cursos financeiros possui uma posi o de destaque em qualquer processo decis rio O segundo elemento que articulado ao anterior contribui para que a APM exer a um papel de enfraquecimento dos CEs origina se da pr pria natureza dessa insti tui o seu car ter auxiliar da dire o esco lara coloca hierarquicamente abaixo da j monocr tica e centralizada em seus dire tores gest o das escolas estaduais Al m do mais sendo o diretor da escola o presi dente nato de um Conselho Deliberativo
302. istema educacional A comunidade es colar deve serformada politicamente e ca pacitada a participar de forma qualificada de modo a recha ar a descontinuidade dos projetos educacionais KEMP 2004 Santos tamb m desvela as mazelas dessa descontinuidade A descontinuidade n o permite consoli dar uma pol tica educacional n o faz acon tecer no ch o da escola a proposta que se quer implementar A descontinuidade gera um descr dito naqueles atores os professores que deveriam se motivar para abra ar uma causa A descontinuidade reveladora do descompromisso dos governantes para com a educa o p bli ca A descontinuidade reveladora da fra gilidade da luta sindical dos trabalhadores em educa o que se apegam t o somente na quest o salarial e s vezes secunda rizam a quest o educacional pedag gica O quadro que se desenha que o gover no de Zeca do PT que durar oito anos n o ter maiores avan os no tocante a implanta o de uma pol tica educacional inclusiva de qualidade para todos com gest o democr tica e valoriza o do magis t rio SANTOS 2004 Paracampos tamb m apresenta sua contribui o sobre a problem tica colocada A an lise da descontinuidade dos projetos implantados e implementados na Educa o MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino em cada gest o governamental tem se dado pela correla o de for as pol ticas entre os diferent
303. itar todo aluno tinha no campo adverso um mulo rival ou oponente sempre pronto a adver tir lhe os erros e contar corrigindo os uma vit ria para sua bandeira Emula o entre os dois partidos emula o dentro de cada partido onde os postos de honra e de co mando s eram conquistados e mantidos custa de provas e merecimentos escola res N o raro ainda emula o e luta mais solene entre uma aula toda e imediata mente superior O desafio concertatio fre quente mantinha assim oficiais e solda dos num estado de alerta permanente As regras do Ratio recomendavam no em todas as escolas inferiores ut honesta aemulatio quae magnum ad studia incitamentum est foveatur que se favo reca a honesta emulac o que grande est mulo aos estudos J 31 era uma adap ta o feliz da disputatio t o frequente nos grandes torneios filos ficos e teol gicos da Idade M dia Franca 1952 p 38 39 No Ratio Studiorum h v rias pas sagens em que o assunto principal a emula o entre os estudantes Ora estabe lecendo a sua necessidade por meio de ins tiga es ora definindo os seus momentos mais importantes o clima de competi o perpassa praticamente todo o documento fazendo dela presen a concreta e pratica mente essencial pedagogia jesu tica S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 83 Como um exemplo veja se o que prescre ve a regra 17 para o professor de Filosofia Cada m s ha
304. itos que marcam as tr s idades analisadas por Debray 1993 Idades que podem e de vem ser criticadas entretanto interessan do na medida em que transgridem de ma neira perform tica outras escrituras sobre o mesmo tema 199 Logosfera corresponde ao escrito raro destinado a ser dito em p blico Tem como Meio estrat gico terra Figura do tempo circulo Paradigma de atra o mitos Made can nica anci o Organon simb lico religi es Classe espiritual igreja Sacrossanto dogma Refer ncia kaitima divino Motor de obedi ncia f Mito de identifica o santo Meio de influ ncia serm o Estatuto do individuo sujeito Dic o de autoridade Deus me disse Autoridade simb lica invisivel Dire o social rei Centro de gravidade alma Grafosfera corresponde ao escrito abundante porque impresso destinado a ser lido em particular Tem como Meio estrat gico mar Figura do tempo linha Paradigma de atra o logos Made can nica adulto Organon simb lico sistemas Classe espiritual intelligentsia laica Sacrossanto conhecimento Refer ncia leg tima ideal Motor de obedi ncia lei Mito de identifica o her i Meio de influ ncia publica o Estatuto do individuo cidad o Diog o de autoridade li no livro Autoridade simb lica legive Dire o social chefe Centro de gravidade
305. ja uma disputa na qual ar guam n o menos de tr s de manh e outros tantos de tarde o primeiro durante uma hora os outros durante tr s quartos de hora Pela manh em primeiro lugar dispute um te logo se houver te logos em n mero suficiente contra um metafisi co um metaf sico contra um f sico um f sico contra um l gico de tarde por m metaf sico contra metaf sico f sico contra f sico l gico contra l gico Assim tamb m pela manh um metaf sico e pela tarde um f sico poder o demonstrar uma e ou tra tese breve e filosoficamente Ratio 1952 p 162 163 importante ter em conta que o Ratio um documento que se dirige a educa o nos col gios e faculdades jesu ticas de uma forma geral englobando tan to os chamados escol sticos ou seja os seminaristas ou aqueles que estavam es tudando para se tornar jesu tas quanto os alunos de fora da Companhia No en tanto em uma leitura mais atenta deste do cumento pode se afirmar que em sua gran de maioria as regras foram escritas visando primeiro aos futuros jesu tas pois ao esta belecer uma rigorosa educac o para eles por derivac o os estudantes de fora da Companhia tamb m seriam atingidos Outro aspecto relacionado a emula o o incentivo final da instigada competi o quer seja a premia o Franca procura evidenciar os pr mios com incentivo pode roso emula o fecunda 1952 p 39 pois os momentos de ent
306. l De p ou sentado as id ias se lhe entramam a l ngua emperra e n o h de dizer coisa com coisa ld Ibid p 90 3 incapaz de progredir e completamente acomodado Quando comparece s fei ras todo mundo logo adivinha o que ele traz sempre coisas que a natureza der rama pelo mato e ao homem s custa o gesto de espichar a m o e colher Id Ibid p 90 4 incapaz de organizar e manter uma ha bitac o minimamente decente sua casa de sap e lama faz rir aos bichos que moram em toca e gargalhar ao Jo o de barro Pura biboca de bosquimano M o b lia nenhuma A cama uma espipada esteira de peri posta sobre o ch o batido Id Ibid p 91 5 supersticioso de uma religiosidade tola e repleta de fatalismo Da parede pende a espingarda o rabo de tatu e as palmas bentas de queimar du rante as fortes trovoadas a fim de neutralizar o desaprumo e prevenir suas consequ ncias ele grudou na parede uma Nossa Senhora enqua drada em moldurinha amarela santo de mascate Por que n o remenda essa parede ho mem de Deus Ela n o tem coragem de cair N o v a escora Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fata lismo e modorra Nada paga a pena Nem culturas nem comodidades De qualquer jeito se vive ld Ibid p 91 92 6 pregui oso covarde e cachaceiro Da terra s quer a mandioca o milho e a cana primeira por ser um p o j
307. l m da escola al m da SED palavras reafirmadas por Santos Resultado deste limite foi n o termos con seguido pautar o processo Constituinte na Agenda do govemo torn lo de fato uma a o do governo de Mato Grosso do Sul Apesar das dificuldades elaboramos o Pla no Estadual de Educa o para Rede Esta dual de Ensino aprovado no Congresso Estadual em julho de 2001 com pouco mais de mil delegados SANTOS 2004 Semeraro 1999 observa que Gramsci sempre defendeu a possibilidade da socie dade civil enfrentar o totalitarismo e chegar a instaurar uma democracia substantiva em realidades complexas e mundializadas como a de hoje cujas possibilidades seriam poss veis desde que se flexibilizassem as or ganiza es denunciando a insufici ncia das tradicionais pr ticas pol ticas das estruturas burocr tico administrativas e as limita es de um poder econ mico considerado oni potente Mas como chegar a um entendi mento e a uma intera o quando se defron tam interesses contrapostos e concep es de mundo inconcili veis p 255 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 Semeraro na busca de uma respos ta at apresenta o pensamento de alguns intelectuais como Habermas Cohen e Arato que sugerem a desobedi ncia civil a necessidade de redobrar a press o e a mobiliza o da esfera p blica contra o sis tema levando este modalidade do con flito neutralizando a contr
308. l da educa o procurar levar os seus educan dos a uma compreens o das contradi es da sociedade levando os a entenderem a sua realidade bem como o lugar social e cultural que cada sujeito ocupa e sobretu do por que ocupa este lugar Neste senti do pode se dizer que este papel continua fazendo a diferen a entre um profissional cr tico ou n o Para Morgado 2004 p 109 o contexto de exclus o e desigualdade hoje existente faz com que os as educadores as se vejam imbu dos as de novas respon sabilidades para a constru o de uma sociedade mais inclusiva e consequente mente mais solid ria e mais democr tica Num certo sentido pode se observar que a educac o n o tem conseguido acom panhar a velocidade das mudancas pro duzidas pela triade ci ncia tecnologia eco nomia fazendo com que mesmo educado res as imbu dos da luta por uma socieda de diferente se vejam incapazes de promo ver mudan as substanciais Afirma M orga do 2004 p 110 a educa o n o tem conseguido evidenciar se nem como um servico p blico distribu do equitativamen te nem assumir se como f rmula compen S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 sadora das desigualdades As causas do fato de a educac o n o dar conta deste papel n o devem ser buscadas no a educador a como se este a fosse simplesmente ineficiente ou n o ti vesse as habilidades e compet ncias ne cess rias A exp
309. lar apresenta s o decor rentes da incompet ncia de quem nela tra balha ou seja dos educadores Paiva 2001 p 61 ao referir se compet ncia destaca que os aspectos pes soais que anteriormente complementavam o curr culo para conseguir um emprego hoje s o priorit rios e utiliza a express o mpor t ncia da disposi o de adaptar se alegre mente Ou seja a l gica neoliberal centra Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social se na pessoa o que significa como j afir mei anteriormente responsabilizar o a edu cador a pelos problemas da educa o Ainda na perspectiva do neolibera lismo n s n o temos na educa o uma crise de democratiza o mas uma crise gerencial GENTILI 1999 p 17 Ainda se gundo o mesmo autor de acordo com o neoliberalismo esta crise que provoca os problemas escolares como repet ncia eva s o analfabetismo funcional e outros Em s ntese para o neoliberalismo o problema da escola gerencial t cnico O ide rio neoliberal se baseia na su postamente ilimitada liberdade de escolha do indiv duo E para ampliar cada vez mais a liberdade de escolha para o neolibera lismo se diminui o Estado e se dissemina o mercado E neste aspecto tamb m na edu ca o a grande opera o estrat gica do neoliberalismo consiste em transferir a educa o da esfera da pol tica para a esfe ra do mercado questionando assim seu car ter de d
310. lar de Mato Grosso do Sul 1999 2002 1999 Segundo Benevides 2000 p 19 20 f a cidada nia ativa atrav s da participa o popular consi derada um princ pio democr tico e n o um receitu rio pol tico que pode ser aplicado como medida ou propaganda de um governo sem continuidade institucional N o um favor e muito menos uma imagem ret rica a realiza o concreta da soberania popular mais importante do que a atividade eleitoral que se esgota na escolha para cargos executivos e legislativos esta cidadania ativa sup e a participa o popular como possibilidade de cria o transforma o e controle sobre o poder ou os poderes A concep o de educa o defendida na proposta MAM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino Escola Guaicuru aparece como processo formativo que significa a constru o e difus o do conhecimento e da cultura MATO GROSSO DO SUL Projeto Escola Guaicuru 1999 p 19 7 Lembra se mais uma vez que a Constituinte es colar teria como eixo basilar a democratiza o da gest o fundada no princ pio da participa o coleti va Isso implicaria em efetivo di logo com a comu nidade em levar comunidade os instrumentos de reflex o que lhe permitam tomar decis es funda mentadas e refletidas e promover a compreens o da l gica de funcionamento da sociedade capitalis ta assim como das formas concreta
311. las asignaciones presupuestarias y sobre todo en los beneficiarios de las mismas que cada vez m s pasaron a serlas propias instituciones 114 y los individuos Las reformas pro mercado fueron mucho m s profundas en Chile Por otra parte al tener Chile un siste ma de financiamiento compartido que in centiva a las familias a aportar en forma directa recursos a la educaci n por un lado incrementa el presupuesto total aplicado al sistema pero por otro puede estar contribuyendo tambi n a fomentar la segmentaci n del sistema y la segregaci n educativa seg n criterios socioecon micos con las esperables consecuencias negativas tanto en lo social como en lo pedag gico La principal caracter stica de la municipalizaci n de las escuelas en Chile es la enorme heterogeneidad existente en cuanto a tama os recursos y capacidades entre las distintas comunas variando en cuanto a sus posibilidades t cnicas y las caracter sticas estructurales de las municipalidades a las que pertenecen En s ntesis mientras m s pobre y aislada la poblaci n escolar es m s probable que la educaci n est en manos de agentes con menos capacidades La variable m s significativa a este respecto la constituye el tama o poblacional de la comuna ste determina el n mero de alumnos y por esta v a el monto de recursos financieros con que con tar la misma De este modo en las comunas peque as o rurales apenas se puede sostener un peq
312. leitos para isso nos quais foram sendo produzi dos os conhecimentos espec ficos sobre o ato de educar As condi es referentes ao ensino em distritos rurais foram conforme indicam nossos estudos tardiamente siste matizados e conceptuados ao ponto de apenas nos anos 40 do s culo XX configu rarem a es especializadas de forma o de professores no mbito do sistema educativo Havia uma indiferencia o nas pr ticas de instru o p blica da poca seja em decorr ncia da restrita sistematiza o e ambiguidade que o conhecimento peda g gico e referente administra o da edu ca o apresentava seja pela pouca impor t ncia dada ao setor rural visto como com posto por popula es pobres s quais uma instru o m nima era suficiente seja pela aus ncia de acumula o suficiente que possibilitasse ao estado arcar com a disse mina o da instru o p blica e ampliar seu aparato de controle por todo o seu territ rio do que resultava a invisibilidade de ne cessidades caracter sticas requisitos e normas espec ficas para a instru o em dis tritos rurais 100 Concep es acerca do ensino em distritos rurais no final do s culo XIX Escolas particulares e escolas p blicas exig ncia em n mero de alunos Analisando Mensagens Assem bl ia do Estado e Relat rios de Inspetores de Ensino identificam se cr ticas restrita dissemina o da escola p blica no final do s culo XIX no R
313. lementa Fonseca Com a redu o dos trabalhadores agr colas e dos oper rios in dustriais os postos de emprego que restam v o ser mais disputados e tais postos de trabalho ter o que ser conquistados pelos trabalhadores preparados e diferenciados em termos cognitivos Portanto importante preparar o jovem formando o com compe t ncia necess ria para o enfrentamento do referido mercado preciso aqui n o con fundirmos essas compet ncias com as gran des transforma es sociais Duarte 2003 p 12 nos esclarece que aos educadores cabe ria conhecera realidade social n o para fazer a cr tica a essa realidade e construir uma edu ca o comprometida com as lutas por uma transforma o social radical mas para sa ber melhor quais compet ncias a realidade social est exigindo dos indiv duos O t o discutido e argumentado aprender a apren der corre o risco de ficar destinado a uma educac o criativa mas que prioriza formas de interac o e adaptac o social sem con seguir interferir nas grandes transforma es da realidade a perda da fun o mediado ra da escola sua fun o social prec pua Cumpre salientar que mais impor tante que nos preocuparmos com novas denomina es a essa sociedade precisa mos buscar formas de democratizar o conhecimento escolar em especial nas S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 57 rela es com as TIC N o esque amo
314. lica o passa necessariamente pela compreens o de um contexto muito mais amplo Para Morgado 2004 somos herdeiros de uma poca que nos fez crer equivocadamente que desenvolvimento econ mico significa automaticamente de senvolvimento social ou at mesmo inclu s o social remetendo para segundo pla no os ideais humanistas e emancipadores que devem nortear qualquer sociedade democr tica MORGADO 2004 p 110 Por m a realidade atual n o deixa d vida de que a rela o autom tica entre desenvolvimento econ mico e melhoria da qualidade de vida uma grande fal cia pois o que vemos um aumento vertigino so do n mero de exclu dos em todos os pa ses por meio do aumento do desem prego diminui o dos sal rios perda de di reitos sociais e desmantelamento de servi os p blicos Dentro da teoria cr tica entretanto a educa o continua a ser vista como uma possibilidade de transforma o social e segundo Giroux 1997 deve se fazer um esfor o para apesar de muitas vezes se observar o contr rio identificar espa os de luta e transforma o social ou como afir ma Freire 1999 acreditar na mudan a n o por uma quest o de teimosia mas por uma necessidade ontol gica pois sem acre 209 ditarmos na mudan a nos tornamos de sanimados e nos sentimos at mesmo in capazes de lutar Isto evidentemente favo rece a perpetua o do status quo da socie dade pois sabemos que toda e q
315. lidad suficiente para contemplar las distintas re alidades jurisdiccionales en las que deber n desempe arse los futuros docentes Mientras se producen las transformaciones hacia estructuras universitarias deben comenzara aplicarse estos nuevos planes en la formaci n de quienes ingresen Estamos convencidos de que esto es S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 posible y de que es necesario comenzar a hacerlo no m s all del a o 2008 logran do tener una primera cohorte recibida con los nuevos planes para el 2012 En simultaneo deber trabajarse con la planta actual y los que se reciban hasta el comienzo de los nuevos planes para asegurar una formaci n de igual calidad para los mismos Se requiere modificar entonces el concepto mismo de la formaci n continua tal como hoy esta planteada Una primera tarea en ese senti do ser la de asegurar ciclos de complementaci n curricular que permitan a maestros y profesores completar su formaci n para equipararse con los nuevos colegas Pero a diferencia del esquema actual donde esa es una tarea de esfuerzo individual y de acuerdo a las propias y escasas posibilidades del docente por tiempo y dinero sostendremos la necesidad de que se concerte un plan entre el Estado Nacional las jurisdicciones y las universida des para permitir que todos los docentes puedan en un plazo amplio y razonable acceder a estos ciclos de complementaci n curricular
316. lina alia da puni o dava o tom de seriedade necess rio para a dedica o aos estudos Francisco Rodrigues 1917 faz re fer ncia disciplina como algo fundamen tal e n o meramente acess rio na peda gogia jesu tica O maior historiador dos je su tas em Portugal procura evidenciar o lado positivo da disciplina nos col gios jesuiticos apoiando se propositalmente em argumentos de um pedagogo protestante A disciplina escreve o eminente pedag go j citado para a educa o o que a casca para a arvore A casca parece nos apenas um involucro grosseiro mas conserva na arvore e em todas as suas partes a for a e o vi o Assim a disciplina parece nos h uma casca um tanto aspera e escabrosa da educa o mas ella que tudo conserva educa e robustece DUPANLOUP De ducation p 178 RODRIGUES 1917 p 28 29 A puni o e o castigo eram utilizados na forma o do jesu ta como meios peda g gicos ou seja como est mulos externos para a manuten o da disciplina pois o homem um ser d bil por natureza e deixa do a si mesmo dificilmente se mant m reto Mas a disciplina ainda que vigilante n o impede todas as faltas tem que ser tam b m repressiva corrigindo o culpado E uma consequencia da debilidade do homem que n o baste o sentimento do dever para lhe refrear os impetos da paix o mas seja necess ria alguma vez a dureza do castigo para lhe robustecer a fraqueza da
317. lise sobre as poten cialidades pedag gicas que tais recursos disp em Embora essas quest es pare am pessimistas n o acreditamos ser imposs vel reverter esse quadro para al m de uma forma o cujo conhecimento da realidade social e pedag gica favore a algumas mu dan as culturais e educacionais A necessidade de formar professores para que eles possam caminhar junto aos avan os das tecnologias de informa o e comunica o est posta em nossa socieda de Para isso basta que tais recursos sejam disponibilizados nas escolas em especial nas p blicas Como conseguir isso acredi tamos no coletivo dos professores e toda comunidade escolar exigindo dos rg os p blicos respons veis pela educa o a necess ria efetiva o das TIC nas escolas pois toda sociedade produtora e produ to de um processo hist rico em desenvolvi mento e do mesmo modo a forma o do professor tamb m o s que delineada mais por recuos que por avan os at o pre sente momento Belloni 2002 citado por Guimar es 2004 nos fala a respeito da forma o do professor na era computadorizada esclare cendo que NO intuito de minimizar o sofrimento do profissional que se encontra sozinho di ante das complexas tecnologias impor tante pesquisas colaborativas que inte grem professores em forma o inicial em servi o docentes e pesquisadores de uni versidades N o podemos ampliar o qua dro dos ciberexclu dos p
318. litical sexual but because itis presentin everything In this way with the intention of understanding the representations of culture that students in Middle School of a private school in greater Porto Alegre are led to produce and to see what the effects are of these representations for the identities differences interviews debates observations and compositions were used by which it was possible to understand that the dichotomy high culture x low culture is a central mark in the representation of culture producing various effects both on the processes of identification and cultural differentiation The students identify themselves as being partof high culture above all as they study in a private school watch cable TV have consumer capacity are able to go on joumeys go to the theatre listen to erudite music and because they exert themselves considerably and manage to get into a federal university Seeing that the others according to them the others for them are the poor belong to the low culture because they study in government schools watch open TV have no consumer power do not go on journeys do not go to the theatre listen to unfashionable music and do not exert themselves and for this the most they achieve is to go to a private university It can be concluded that the dichotomy high culture x low culture is present at all moments of the research and is traversed with an economic question in which a poor person se
319. m 20 ago 2005 SILVA JR J dos Reis FERRETTI C J O institucional a organiza o e a cultura escolar S o Paulo Xam 2004 SILVA JR J dos Reis Reformas educacionais reconvers o produtiva e a constitui o de um novo sujeito Dispon vel em lt http 168 96 200 17 ar libros educacion solva pdf gt Acesso em 20 ago 2005 TORRES Rosa Maria Melhorar a qualidade da educa o b sica As estrat gias do Banco Mundial In TOM MASI L via de WARDE Mirian J HADDAD Sergio Orgs O Banco Mundial e as pol ticas educacionais S o Paulo Cortez PUC SP A o Educativa 1996 p 125 193 UNESCO UNICE PNUD BIRD Declara o M undial sobre Educa o para Todos Satisfa o da Necessidades B sica de Ensino e aprendizagem Jomtien Tail ndia 1990 VALENTE Ivan ROMANO Roberto PNE Plano Nacional de Educa o ou Carta de Inten o Educa o amp Sociedade Campinas v 23 n 80 p 97 108 set 2002 VELLOSO Jodo Paulo dos Reis ALBUQUERQUE Roberto Cavalcanti de Coords Um modelo para a educa o no s culo XXI Rio de Janeiro Jos Olympio 1999 Recebido em 26 de outubro de 2005 Aprovado para publica o em 29 de novembro de 2005 S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 193 De semi foros glocaliza o e redes novas tecnologias na escola Wt Of semi foros glocalizac o and networks new technologies in the school Maria Lucia de Amorim Soares
320. m Educa o da UCDB Conselho Editorial Dezembro 2005 Sum rio Ponto de Vista Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o no Centro Oeste Tend ncias E POESIA ic 13 Research and the training of researchers in education in the Mid West tendencies and A o e o e ero 13 Eurize Caldas Pessanha Artigos A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas implica es no campo da educa o 29 The interpretation of Brazil and of the Brazilian and the implications in the field of o A 29 Adriana Kemp Maas Revoluc o comunicacional global educac o escolar e formac o de professores possibilidades e lIMites ii sens ee ee 47 Global revolution in communication schooling and teacher training possibilities and O o A e A te mee 47 Ala de R Donatoni Otaviano J Pereira Lembrar nomes e formas das letras cssass pensa a asa ada aaa ida 63 Remembering names and letter formation mms 63 Cl udia Maria Mendes Gontijo A forma o do padre Jesuita no s culo XVI araiisstsaisssmisocs iate a 19 The training of the Jesuit priest in the 16 CentUlY mms 79 C lio Juvenal Costa Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do s culo XIX e in cio do XX 97 Contextualizing the rural school Rio Grande do Sul at the end of the 19 Century and the beginning of the 20 a 97 Fl via Obino Corr a Werle Ejes de una reforma educativa integral economic 111 Directions for an integral
321. m conta as experi ncias das crian as com a escrita e como elas elaboram essas experi ncias A atividade realizada por MI durou em torno de quarenta minutos porque es tava muito preocupada em quantas letras escrever em diferenciar as letras em cada segmento e sobretudo lembrar as formas e os nomes das letras Na verdade ela es creveu o texto com dez letras e mesmo sabendo o nome de algumas n o conse guia lembrar as suas formas Veja a trans cri o que se segue P O t tulo o pirulito C pra fazer pirulito P para escrever o pirulito o t tulo o pi rulito C O pirulito come a com E e com U 0 pirulito come a com umas letrinha qua tro letrinhas se voc adivinhar pode acertar as letrinhas a partir da segun da frase canta P Ent o pirulito tem quatro letrinhas es creve as quatro letrinhas da palavra pirulito C Como que as letrinhas dele P Pensa quais s o as letrinhas e escreve do jeito que voc sabe C A letra do pirulito come a com A mais diferente dele 10 Cl udia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras P Ent o escreve C Escreve a letra A Tem mais uma letrinha que come a com pirulito co me a com E o pirulito come a com mais uma letra e come a com a letra co me a pirulito come a com A como que faz pirulito ent o a gente pode es crever na minha casa tem um mont o de coisa pra escrever
322. m persona gem envolvido na hist ria Isso entretan to n o ocorreu com MI Veja ent o o tex to escrito pela crianca S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 63 78 jul dez 2005 69 bi J pid Pirulito O gato e a bruxa estavam chupando pirulito A formiga estava em cima do banco Ela pegou o pirulito da bruxa A bruxa pegou a sua varinha de es trela e fez uma m gica para sumir com a formiga A formiga virou um elefante e o piru lito cresceu grande Setembro de 2002 Dessa forma pode ser verificado no texto que a crian a percebeu a transforma o da formiga em elefante e a inten o da bruxa em realizar a m gica Se forem tomadas as id ias de Ferreiro e Teberosky 1989 para a an lise do texto pode ser dito que a crian a diferenciou as seq nci as de letras ao compor cada senten a As diferencia es s o de car ter qualitativo e quantitativo pois n o foram repetidas le tras em uma mesma seq ncia e foi utili zado um n mero m nimo e m ximo de letras para escrev las Como dito segun do essas autoras esses crit rios formais de finem a interpretabilidade de um escrito Po r m o modo como a crian a realizou o tra balho de produ o das senten as do texto proporciona reflex es sobre outros aspec tos Al m disso as explica es constru das por Ferreiro e Teberosky 1989 para a cons tru o desses princ pios ou crit rios podem devem ser re discutidas levando e
323. m the new social morphology of our societies which interprets S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 195 204 jul dez 2005 the concept of Deleuze and Guattaris 1997 soliciting of business as the convergence of actions competences ideas and technical resources shared by human collectivity and that along with Levy 1993 signals four poles which characterize the functioning of digital networks Based on the listed premises it is possible to affirm that digital culture among adults does not exist thus the hew technologies are for them semi foros while for children and adolescents new technologies are only technological artifacts to be explored with curiosity In conclusion the article affirms as of Debray 1993 that the teacher no longer holds the sacrosanct the knowledge as the hew technologies are the holders of the sacred social up to date knowledge the virtual Such a proposition implicates expansion from the anti model of the rhizome new processes of interaction and communication on teaching mediated by technologies to go beyond the relationship between teaching and leaming as Kensky 2002 affirms Along this path the new technologies will no longer be semi foros Key words Semi foros glocaliza o new technologies digital culture teaching practice Este texto pode ser lido a partir de qualquer plat zona de intensidade vi brando sobre ela mesma
324. mas como algu m que condensa todos os significados indesej veis para os que se identificam como pertencentes alta cultura Palavras chave Cultura identidade diferen a S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 143 152 jul dez 2005 Abstract The study in hand is the fruit of a doctoral thesis defended at UNISINOS S o Leopoldo RS the supervisor of which was Professor Dr L cio Kreutz The theoretical field of the article is based on Post Structuralist Cultural Studies a field which questions the dichotomy of high and low culture Although not agreeing with this dichotomy according to this field itis not possible to exclude the fact that it exists and produces various effects Thus to question this dichotomy showing that it produces a series of effects in identities differences effects by which the low culture tends to be seen as abject and inferior does not signify that itshould notbe mentioned and analyzed when it constitutes a central mark for certain groups This analysis far from being a legitimation of the dichotomy seeks to make it part of a process of deconstruction As well as this this field affirms the centrality of culture seen as a process for the attribution of meaning passing through the relationships of power in which language more than saying what reality is like produces the reality Culture is central not because itis superior to other dimensions economic po
325. mb m como manual para preparar os futuros mission rios em terras bras licas Em 14 de outubro de 1565 o secre t rio Polanco informa o Provincial portugu s Le o Henriques que o Geral Francisco de Borja solicita que os provinciais do Brasil e da ndia mandassem vocabul rios das l n guas locais para Coimbra para que los nuestros que speran hay el tiempo en que han de passar paraquellas par tes se puedan comencar exercitar en la lengua de aquella parte a donde han de ser embiados y nel tempo sic que se navega y suele ser bien largo tambi n se podr ser sobrasse tiempo sic para esto In LEITE 1960 p 283 Baptista 2003 informa que em 1593 o jesu ta Lu s Fr is mission rio em terras nip nicas estava escrevendo uma Hist ria do Jap o a qual foi publicada poucos anos depois e sua finaliza o fora recomendada pelo Visitador Alexandre Valignano para que pudesse ser til aos futuros mission rios O livro de Fr is n o era simplesmente uma obra individual mas uma obra que tinha de ser coletiva pois seu objetivo era exatamente facilitar as mis s0es naquelas terras Os col gios fundados nas terras de miss es adquiriam a caracter stica de pre parar tecnicamente o mission rio por m eio do estudo da cultura do povo a ser evan gelizado principalmente pelo conhecimen to e dom nio das l nguas locais Morais 1997 informa por exemplo que o col gio de S Paulo em Goa que foi entregue C
326. me dia es entre a institui o escolar e a cul tura escolar Institui o escolar e cultura escolar Reconhecidos os elementos centrais e os principais determinantes que foram delineando as reformas educacionais bra sileiras dos anos 1990 interessante refle tir de que maneira as institui es escolares se apropriaram delas e as objetivaram em suas pr ticas Filiamos nossa reflex o ao campo de S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 an lise que aborda a escola como espa o de contradi es onde atuam diversos sujei tos cada um com suas especificidades Beltr n Llavador e San Martin Alonso 2002 p 52 53 ao falar desse espa o de contradi es abordam a riqueza cultural e a vida das orga niza es com o seguinte argumento La clave de la cultura organizativa est en el exterior de la organizaci n C mo puede ser que la mera copresencia en un espacio normativamente estructurado permita la emergencia de manifestaciones que exceden a lo prescrito La explicaci n m s sencilla se encuentra en lo que aporta cada uno de los actores organizativos Cualquiera de nosotros encama en sus actitudes posiciones ideol gicas creencias formaci n aficiones tendencias y propensiones Cuando actuamos en cualquier medio y no s lo en uno organizativo laboral es toda nuestra persona la que act a Un profesor no deja a la puerta de la clase o del centro la mala noche que sus hijos peq
327. mesquinha animada uni camente por interesses fiscais Fecham se as portas do Brasil tudo s o temores de desvio de proveitos para fora da metr pole At a ltima gota a seiva da col nia lhe devia pertencer Id Ibid p 87 Dentre os elementos apresentados por Caio Prado Jr como constituintes das bases sobre as quais o pa s assentou se destaca se o que se refere a uma atitude mental coletiva particular Para compreen der a constitui o dessa mentalidade imprescind vel voltar os olhos coloniza o deste territ rio A coloniza o da Am rica e especial mente do Brasil resulta de uma empresa comercial europ ia A coloniza o brasileira o estabelecimento de feitorias comerciais A id ia de povoar surge t o somente da necessidade de criar um povoamento capaz de abastecer e manter as feitorias que se fundavam e organizar a produ o de g ne ros que interessavam ao seu com rcio Em um primeiro momento o siste ma colonial estabeleceu suas bases sobre a extra o de madeira peles de animais pesca e min rios estes em menor quanti dade do que a esperada pelos colonizado res S mais tarde estabeleceu se uma base mais est vel a agricultura Introduziu se aqui o produto e o produtor o que come ou 42 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas com a cana de a car e desdobrou se em v rios ciclos geo econ micos O trip grande propriedade m
328. missa como espa o privile giado tanto da atua o do sacerdote como de convers o de evangeliza o das pessoas e ainda como espa o privilegiado de controle mesmo das a es da comunidade dos cris t os Os serm es eram t o importantes como momentos especiais de exorta o de celebra o que era comum reuni los e imprimi los na forma de livro como por exemplo os Ser m es de Antonio Vieira que s o v rios volu mes contendo a fala viva daquele jesu ta em diferentes situa es para distintas plat ias 90 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI No Ratio na primeira das Regras do Professor de Casos de Consci ncia h a indica o de que tal disciplina escolar do curso de Teologia objetivava formar bons p rocos ou administradores de Sacramen tos 1952 p 156 pois se tratava de uma disciplina que ao se discutir casos concretos de pecados e erros e os graus de profundi dade e comprometimento do crist o ad quiria um aspecto pr tico bem ressaltado portanto era a seara pr tica do sacerdote especialmente na administra o do sacra mento da confiss o tornando se um espa o privilegiado de a o sacerdotal Nesse sentido Miller 1946 mostra que ap s a Igreja ter determinado no s culo XI a obrigatoriedade da confiss o ao menos uma vez ao ano este espa o se tor nou t o importante que incrementou uma nova linha na Moral da Igreja respons vel pelos casos
329. mo ponto de partida o estabelecimento de um processo de discuss o que se inicia no interior da escola com a participa o de todos os segmentos em especial os colegiados escolares abrindo tamb m para outros canais de participa o como f runs e conselhos locais regionais e estaduais Ibid p 13 O secret rio de educa o lembra ain da que a proposi o de uma Constituinte Escolar no entendimento da Secretaria de Educac o seria a forma politicamente cor reta de passar a limpo a realidade das es colas rever as pr ticas pedag gicas e de formular pol ticas educacionais com a con tribuic o efetiva de todos os sujeitos inte ressados em construir uma educac o ca paz de responder as necessidades e exig n cias do nosso tempo Com essa perspecti va frisa Emprestamos de Porto Alegre a concep o mas tivemos que fazer nosso pr prio caminho pois o que fora realizado em uma nica cidade numa rede de ensi no com poucas escolas agora deveria se 157 dar em mbito estadual envolvendo 365 escolas nos 77 munic pios KEM P 2004 E sobre a realiza o feita por Porto Alegre busca se novamente para o debate Petras e Veltmeyer 2001 na se o intitulada Porto Alegre processo participativo bem su cedido Conforme palavras dos autores foi dito que em lugares como Porto Alegre a hist ria da comunidade desenro lou se de modo diferente Aqui est bem clara e evidente o esfor o b
330. modelo mais de acor do com seu esp rito pr tico pouco dado as grandes reflex es filos ficas Na organiza c o de sua pr pria identidade cultural as grandes elaborac es te ricas caracter sticas 130 Jos Joaquim P MELO S neca da cultura grega n o tiveram espaco na Esto dos romanos O apre o do estoicismo ao devere autodisciplina e sua sujei o ordem natu ral das coisas vinham ao encontro das an tigas virtudes romanas e dos seus h bitos conservadores bem como de sua insist ncia nas obriga es c vicas Enfim sua doutrina a respeito do cosmopolitismo estava de acordo com a mentalidade pol tica romana e com o orgulho de ser um imp rio mundial De forma espec fica de maneira n o marginal o estoicismo romano colocou em discuss o a pedagogia a qual com a no o de humanistas tornou se ponto central da cultura e da forma o do homem roma no Naquele momento em Roma o homem sentia se revestido de uma humanidade universal deixando de se considerar ape nas um cidad o ligado ao mos maiorum e ao papel de civis romanus Foram assim criados modelos de pedagogia estritamente ligados ao saber mais universal e aut no mo o saber filos fico CAM BI 1999 Como n o podia ser diferente essa preocupa o pedag gica marcou a refle x o de S neca transformando o em uma das vozes romanas mais importantes e sig nificativas em mat ria de pedagogia con forme se pode observar em alguns dos
331. mpartilhar ent o rejeit la ei nenhum bem h cuja posse n o partilhada d sa tisfac o Cartas 6 4 Ele alertava que na pr tica isso im plicava abdicar as orienta es do academicismo que centrava a sua preo cupac o na formac o intelectual e cultural dos homens ao mesmo tempo em que descuidava da sua formac o moral RE DONDO e LASPALAS 1997 Era como se para os acad micos essa ac o fosse res ponsabilidade apenas do pedagogo e n o do fil sofo como se o s bio n o fosse o pedagogo do g nero humano conforme argumentava com Luc lio Ar ston de Quios considerou a f sica e a l gica n o s sup rfluas como ainda con traproducentes A pr pria moral a nica que conservou amputou a daquela parte dedicada aos conselhos de ordem pr tica dizendo que isso tarefa de pedagogo e n o de fil sofo como se o fil sofo s bio n o fosse precisamente o pedagogo do g nero humano Cartas 89 13 139 Numa a o din mica criadora e transformadora do homem e da sociedade revestido de todas as condi es morais e ticas o s bio pode assumir a condi o de guia do homem desejoso da sabedoria da virtude e da perfei o quer em seu pr prio tempo quer em momentos distantes do seu Compreendendo e respondendo a esses valores fundamentais ele materializaria o processo formativo Por tudo o que foi dito poss vel avaliar a import ncia de S neca para uma poca t o conturbada como
332. n cio com a diferencia o entre formas ic nicas e n o ic nicas de representa o As an lises desenvolvidas por Azenha 1995 confirmam por um lado os resultados da pesquisa de Ferreiro e Teberosky 1989 pois essa autora obser vou escritas que j apresentavam as con di es formais para que fossem interpret veis quantidade e variedade de letras Entretanto ap s as crian as terem constru ido esses crit rios foi verificado como no trabalho de Luria 1988 que a introdu o de certos atributos no conte do das frases a serem escritas provocou o surgimento da pictografia Nesse sentido o que distingue os re sultados dos estudos de Ferreiro 1990 e de Ferreiro e Teberosky 1989 e os resulta dos do estudo de Azenha 1995 o fato de as duas primeiras autoras considerarem que as diferencia es na escrita est o rela cionadas com as condi es formais que o texto deve possuir para que possa ser inter pret vel e pelo fato de ap s o estabeleci mento dessas condi es n o existir possi bilidades de representac o de aspectos figurais dos objetos Portanto descarta da no caso dos resultados dos estudos de Ferreiro e colaboradoras a possibilidade do surgimento da escrita pictogr fica que pos sibilita o uso funcional da escrita para lem brar significados anotados Os resultados obtidos neste estudo confirmam estudos anteriores GONTIJO 2001 2003 quando as crian as usam as letras do alfa
333. n o a si Pois quando se faz til aos demais ele serve ao inte resse geral Assim pois quem se corrom pe n o prejudica somente a si mas tam b m a todos aqueles aos quais em se aperfei oando teria podido ser til inver samente quem quer que se porte bem em rela o a si til a outros pelo fato mesmo de preparar se ele a ser lhes til Sobre o cio Ill 5 Da S neca afirmar ser o s bio um bem comum e o seu respeito pela dignidade humana dizer respeito a todos os homens Enquanto deposit rio da sabedoria o s bio tem a obriga o de criar as condi es necess rias para a sua propaga o Esta S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 concep o explica as reflex es de S neca a respeito de si mesmo que os meus estu dos de hoje n o tenham sido s em meu proveito Cartas 7 10 Eis o que nosso pensador confidencia com Luc lio em uma de suas correspond ncias Tu n o podes conceber de quanta impor t ncia se reveste para mim cada dia Com partilhar comigo tudo cuja efic cia experi mentastes dir s tu Eu n o desejo ou tra coisa sen o transmitir te toda a mi nha experi ncia aprender d me sobre tudo prazer porque me toma apto a ensi nar E nada por muito elevado e proveito so que seja alguma vez me deleitar se guardar apenas para mim o seu conheci mento Se a sabedoria s me for concedi da na condi o de guardar para mim sem a co
334. nadas por las autoridades educativas competentes no dej ndolas libradas al mercado o a lo cursos que pueden darse Queremos introducir aqu otra propuesta que debe ligarse con lo que venimos diciendo sobre la reconversi n y transformaci n de la planta docente Actualmente en la absoluta mayor a del sistema educativo no hay mayor diferenciaci n de funciones entre los maes tros y los profesores m s all de la especializaci n por reas o asignaturas Pero no hay pr cticamente organizaci n jer rquica interna como no sea la propia funci n directiva de los establecimientos De tal suerte que la nica expectativa posible 126 de ascenso en la carrera docente est dada por la antig edad en cuanto a lo econ mico y por ser alg n d a directivo en cuanto a la jerarquizaci n Esto presenta varios problemas por un lado la experiencia no necesariamente prepara para la direcci n y administraci n escolar requiri ndose saberes y competencias es pec ficos para ello No debe seguir siendo pr ctica corriente que el maestro que ya no puede estar al frente de un grado termine ocupando tareas de supervisi n o direcci n porque le toca Por otro iguala a todos los maestros y profesores al frente de clases en sus funciones m s all de sus experiencias conocimientos y rendimientos efectivos sin premiar de alguna manera el esfuerzo y la dedicaci n a la tarea Lo que proponemos es que se es
335. nalisada sob a tica de sua cultu ra escolar traziam como orienta o meto dol gica em sua Proposta Pedag gica o incentivo a que o aluno se tome respons vel por sua aprendizagem colocando a id ia de que aprender a aprender o ni co conhecimento duradouro frente ao avan o tecnol gico que caracteriza a socie dade contempor nea Ao abordar as finali dades do Ensino M dio a referida proposta destaca como pontos principais o desenvol vimento da autonomia intelectual e do pensamento cr tico a compreens o dos fun M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar damentos cient fico tecnol gicos dos pro cessos produtivos a adapta o com flexi bilidade s novas condi es de trabalho e s exig ncias de aperfei oamento posterio res Ainda com rela o ao Ensino M dio afir ma que a organiza o curricular desse n vel de ensino n o deveria ter o car ter de ensi no enciclopedista e academicista dos curri culos tradicionais Por fim definia sua meto dologia como um meio de privilegiar a com preens o e a experi ncia pessoal Nesse con texto o professor colocado como um faci litador possibilitando ao aluno o aprender a aprender a ser a fazer e a conviver Depreender amos da leitura do Proje to Pedag gico dessa instituic o os tracos do discurso modemizante das reformas propos tas pelo Estado brasileiro para a educac o pautadas na forma o do
336. ncia mentos J Pierre L vy 1993 fala de redes digitais destacando suas caracter sticas rela cionadas ao conhecimento como suporte t cnico para os agenciamentos m ltiplos que existem entre os sujeitos que comp em a sociedade escolar Para esse autor quatro p los caracterizam o funcionamento das re des digitais 1 Elas t m a fun o e a compe t ncia para armazenar grandes quantidades de informa es banco de dados 2 Servem para transmitir informa es para outros p los do agenciamento onde se encontram os usu rios programa de transmiss o 3 Po dem ser usadas para receber separar modifi car copiar colar classificar e lan ar os pri 202 meiros passos de uma an lise 4 As informa es contidas nas redes digitais t m uma dimens o de produ o exigindo de seus usu rios compet ncias para compor transfor mare criar novas informa es e conhecimen tos que podem voltar a pertencer ao mes mo espa o virtual ou abortar por uma de fuga Esclarece Pais 2002 p 113 do pon to de vista educacional esses quatro p los da rede nos leva a perceber a exig ncia de compet ncias espec ficas para cada um de les o que indica altera es significativas para as pr ticas pedag gicas tradicionais sem o uso do computador No contexto explicitado a pr tica do professor sofre uma amplia o consider vel No plano did tico o uso da inform tica traz desafios envolvendo a necessidade de re
337. ncontrado raramente por extens o n o um privil gio de todas as pocas Olha que um homem de bem n o coi sa que surja e se reconhe a por tal assim t o depressa E sabes o que eu entendo aqui por homem de bem Apenas o de segunda categoria porque o de primeira como a f nix que s aparece uma em quinhentos anos Cartas 42 1 Sua perfeic o corresponde ao desen volvimento das virtudes da natureza racio nal do homem o que pode ser alcancado por qualquer um desde que se aplique ao estudo e a pr tica da filosofia Enfim todos os homens s o iguais portanto todos eram instados a buscar a sabedoria Que raz o me impede de pen sar que pode vir a ser s bio um homem que desconhece o alfabeto uma vez que a sabedoria n o reside no alfabeto Cartas 88 32 Entretanto n o se atingia a condi o de s bio de maneira apressada a par tir de um momento de lumina o mas sim mediante um esfor o cont nuo uma S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 aplica o incessante e sobretudo um rigo roso exerc cio da vontade Com este perfil por estar habilitado a despertar no homem por meio do seu exemplo o gosto pela pr tica da virtude e pela perfei o o s bio converte se no mo delo e no guia do processo autoformativo proposto por S neca Como tinha alcan a do a qualidade de modelo cujo brilho ful gurava com for a e efetividade para todos aqueles q
338. nde n o fosse muito grande o n me ro de alunos Ademais um argumento com plementar indicava que existindo escolas privadas as necessidades de instru o es tariam atendidas Em 1837 toda a escola que no de curso de um ano consecutivo deixar de reu nir 15 alunos com frequ ncia efetiva ser transferida para outro lugar de maior nu mero de disc pulos em 1848 pois n o tem o governo a obriga o de dar um mestre para 3 ou 4 disc pulos bem como em 1880 os registros eram de que o governo estava autorizado por lei do or amento provincial a suspender o exerc cio das cadeiras de instru o prim ria que n o tiverem 40 ou mais alunos frequentes nas cidades 30 ou mais nas vilas e 30 nas freguezias PRI MITIVO MOACYR 1940 p 432 438 483 Portanto o crit rio de n mero m nimo de alunos para a criac o de aulas p blicas se tomava um impedimento para que estas mesmas aulas fossem criadas em zonas menos populosas A liberdade de ensino tal como a pr tica de contratar perceptores para ensinar nas fam lias favorecia a proli fera o pela iniciativa particular do ensino privado Uma outra grande dificuldade encon trada em distritos rurais era a falta de assidui dade dos alunos o que inviabilizava a apren dizagem e desestimulava os professores Os professores em geral queixam se da falta de assiduidade dos alunos em fre quentar as aulas a que incontestavelmente toma o ensino improdutivo privando t
339. neces s rias ao aprimoramento das compet ncias para o mercado de trabalho Assim as Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC neste contexto s o consideradas no rol das absor es tecnol gicas advindas de pa ses centrais como uma nova ferramenta que sem um ade quado acompanhamento sem uma pol ti ca que assegure um projeto pedag gico organizacional e gestion rio que acompa nhe professores e alunos permanentemen te em suas respectivas escolas correm o risco de n o se apresentarem como uma nova proposta na educa o que poder nortear e facilitar um processo cr tico e cria tivo de ensino aprendizagem na pr tica e portanto emancipador e cidad o 2 A resposta qualitativa poss vel da forma o de professores diante deste quadro geral Agora em nosso entender aparece o nd das quest es Vale dizer uma quest o candente e inarred vel para a qual as duas primeiras convergem que diz respeito emerg ncia de aproximar a revolu o comunicacional mais a educa o escolar em sua praxis cotidiana com a da forma o de professores tendo em vista a escola que ainda temos Vejamos A exemplo de v rios educadores consideramos que a educa o tem uma fun o social e pol tica que embora distin tas s o insepar veis Sua fun o social a de democratizar o conhecimento e isso ocorre por meio de uma pr tica espec fica ou seja uma pr tica pedag gica que inevi t
340. neoliberal a viol ncia do mercado e o destino da educa o das maiorias In GENTILI Pablo Org Pedagogia da exclus o o neoliberalismo e a crise da escola p blica Petr polis R Vozes 1995 p 228 252 GIROUX Henry A Os professores como intelectuais rumo a uma pedagogia cr tica da aprendi zagem Porto Alegre Artes M dicas 1997 Cruzando as fronteiras do discurso educacional novas pol ticas em educa o Porto Alegre Artes M dicas 1999 MAYO Peter Gramsci Freire e a educac o de adultos possibilidades para uma ac o transformadora Porto Alegre Artes M dicas 2004 MCLAREN Peter A vida nas escolas uma introdu o pedagogia critica nos fundamentos da educac o Porto Alegre Artes M dicas 1997 MORAES Maria C lia M de Incertezas nas pr ticas de formac o e no conhecimento docente In Moreira Antonio F B PACHECO Jos A GARCIA Regina Leite Orgs Curr culo pensar sentir e diferir Rio de Janeiro DP amp A 2004 p 139 158 MORGADO Jos Carlos Educar no S culo XXI que papel para o a professor a In Moreira Antonio F B PACHECO Jos A GARCIA Regina Leite Orgs Curr culo pensar sentir e diferir Rio de Janeiro DP amp A 2004 p 109 137 PAIVA Vanilda Qualifica o crise do trabalho assalariado e exclus o social In FRIGOTTO Gaud ncio GENTILI Pablo Orgs A cidadania negada pol ticas de exclus o na educa o e no trabalho S o Paulo Cortez 2001 p 49
341. nferior e representa uma distor o da Cultura com letra mai scula portanto preciso um projeto de interven o A diferen a que a primeira perspecti va a conservadora parte de um passado mi tico considerado mais ntegro ao passo que a segunda a cr tica v a distor o como o resultado da mercantiliza o da cultura Cada uma dessas formas de ver a cultura produz determinadas pr ticas pedag gicas a primei ra o retomo das obras cl ssicas de literatura e de l nguas cl ssicas a segunda uma forma cr tica de desvelar a ideologia dos Meios de Comunicac o de Massa Portanto tanto em uma quanto na outra a cultura de mas Sa OS novos meios formas e conte dos cul turais s o colocados sob suspei o S o vis tos como o outro de uma forma cultural su perior representada esta pela educa o institucionalizada SILVA 1996 p 195 n o em uma Institui o qualquer deve ser uma Institui o Particular como enfatizam os es tudantes pesquisados N o pode mais ser qualquer Institui o pois uma vez que quase todos passam pelo processo escolar novas classifica es fazem se necess rias para os sujeitos poderem continuar se representando como superiores como cultos em oposi o aos hao cultos os que estudam em uma escola p blica de baixa qualidade segundo os debates realizados na Escola Particular Quem estuda em Escolas Particulares tem acesso cultura Ar
342. nhas reflex es para as tend n cias e perspectivas de pesquisa nos progra mas de p s gradua o em educa o da regi o Centro Oeste Para debater essas reflex es inicio retomando algumas id ias que expus no VII EPECO realizado em Goi nia em 2004 como debatedora do texto de Luis Dourado Pol ticas de educa o superior e pesquisa nas IES do Centro Oeste limites e pers pectivas O texto de Dourado 2004 p 2 par te da premissa b sica de que a pesquisa constitui um dos n cleos essenciais da edu ca o superior em uma perspectiva forma tiva emancipat ria Quase um lugar comum em todos os discursos sobre ensino superior esta premissa adquire sentido bem concreto para aqueles que como n s n o concebem a doc ncia especialmente no ensino superior sem base na pesquisa Para al m do fa moso trip ensino pesquisa e extens o venho defendendo que a pesquisa o eixo e o motor das outras duas faces do ensino superior o ensino e a extens o Eixo porque o elemento que vai imprimir a dire o do processo e motor porque sem produ o de conhecimento a forma o no ensino superior fica reduzida ao repasse de informa es e a uma pseudo profissionaliza o caracter sticas das institui es tipicamente de ensino que como afirmou Dourado constituem a maio ria da IES da Regi o Centro Oeste das 198 IES apenas 12 s o universidades que em tese se organizam a partir da indissociabilidade
343. nomia alimentam a compo si o do denominado Estado m nimo que M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar em ltima an lise define as demandas e os processos avaliativos das pr ticas for mativas circunscritas educa o escolar Um outro agente atuante neste pro cesso que tamb m desperta nossa aten o o Banco Mundial Ele assume um papel decisivo na defini o de pol ticas educacionais para a Am rica Latina e por extens o para o Brasil Suas propostas de natureza economicista ainda que se refi ram ao combate pobreza postulando a equidade social e implementando pol ti cas de distribui o de recursos que patroci nem servi os b sicos para todos defen dem uma vincula o expl cita entre produ tividade e educa o ou em outros termos p em o conhecimento como algo indisso ci vel da produtividade e portanto do de senvolvimento do capital Por sua vez no Brasil sao da gest o Femando Henrique Cardoso as medidas ju r dico administrativas que sustentam a re forma educacional brasileira nas dimens es propostas pelos organismos intemacionais e suas ag ncias multilaterais Dessa gest o derivam a Lei de Diretrizes e Bases da Edu ca o Nacional os Par metros Curriculares Nacionais as Diretrizes Curriculares para a Educa o Profissional de N vel T cnico M EC CNE os Par metros Curriculares para o Ensino M dio as diretrizes curriculares p
344. nosso servico ou pelo menos em n o as virar contra n s mesmos A falta de forcas n o passa de pretexto o que temos na reali dade falta de vontade Cartas 116 8 Esse processo segundo S neca so mente poderia ser alcan ado por meio da liberdade Esta possibilitava as condi es necess rias para que o homem encontras se o caminho da perfei o e da supera o de qualquer forma de opress o que pudes se enfrentar em rela o ao corpo s paix es sensuais aos bens materiais e at mesmo morte Neste sentido o homem deveria lu tar para se libertar dos limites a que estava submetido e para S neca cabia educa o ajud lo a alcan ar esse objetivo Ape sar da import ncia que ele atribu a liber dade n o entendia que ela por si tivesse condi es de levar ao processo autofor mativo Era necess rio que fosse acompa nhada da vontade do homem para realiz lo Segundo ele o exerc cio da vontade era elemento fundamental no processo autoformativo aquilo que pode fazer de ti 132 um homem de bem existe dentro de ti Para seres homem de bem s precisas de uma coisa a vontade Cartas 80 4 A import ncia da vontade torna se maior quando o objetivo o progresso moral independentemente dos problemas e das dificuldades a serem enfrentadas ao longo da sua realiza o E ent o di ras Tem sido essa a minha vontade Car tas 34 3 Respaldada pela raz o a vontade
345. ns lucrativos e com representa o da co munidade escolar s U Ex permitido al m de administrar recursos oriundos de repas ses governamentais proceder capta o de recursos financeiros junto a esferas pri vadas e ao seu gerenciamento No caso de escolas com mais de 99 matr culas a exist ncia de tais associa es faz se obrigat ria Os estabelecimentos com matr culas entre 21 e 99 alunos podem re ceber os recursos do Programa por meio da secretaria de educa o do estado ou munic pio de acordo com sua vincula o H ainda a possibilidade de as escolas re ceberem os repasses mediante a forma o de cons rcio por meio do qual constitu da uma nica unidade executora que as representa O n mero de escolas nesse caso n o pode ultrapassar a 20 e todas devem pertencer mesma rede BRASIL 2003 Com o intuito de perceber o impacto do PDDE na composi o dos gastos em educa o em cada uma das redes opta mos por comparar os recursos advindos do Programa ao conjunto das despesas com o ensino fundamental em cada uma das redes de ensino em estudo Os documen tos pesquisados permitiram nos verificar o n mero de escolas benefici rias e o mon 221 tante total de repasses no Estado de S o Paulo em 1995 no caso da rede estadual e em 1998 no caso da rede municipal Os recursos do PDDE s o repassa dos anualmente tendo como base um va lor pr fixado de acordo com o n mero de alunos matricul
346. nsar do homem entraram em colapso Ou ele se en currala ou avan a A revolu o comuni cacional e informatizada est a nas por tas da escola tentando ocup la Nesse novo quadro tecnol gico su perar os problemas educacionais ainda gri tantes o grande apelo e desafio Acredita mos que a escola mesmo com todas as dificuldades precisa acompanhar essa nova era que se apresenta procurar uma educa o informatizada no marco de uma cr tica pedag gica realista que normalize e facilite o processo ensino aprendizagem transformando as tradicionais aulas em au las ou oficinas uma alternativa cada vez mais considerada tamb m digitais e cria tivas e enfim a pr pria rela o homem m quina e m quina inteligente Ramal 2000 p 1 nos fala referindo se as formas do uso do computador que o importante torn lo um novo ambiente cognitivo ou seja compreender que no contexto digital mudam as nossas formas de pensar e por tanto de aprender Cabe as deixam de ser anal gicas para se tornarem digitais Logo aquele professor que transmite con te dos que utiliza fichas em aula que pen sa estar trazendo novidades para a sala quando na verdade est parado no tempo este vai ser substitu do pelo computador complementa Ramal de forma bastante contundente e determinista A crise da modemidade e sua influ n cia na educac o perpassam a mente humana sem com isso nos darmos conta de
347. nte solados em uma ilha em uma praia deserta Quar to reclamamos que o computador apro xima quem est longe Intemet e dis tancia quem est perto fam lia mas o computador assim como celular c mera digital filmadoras laptop etc n o saem mais de nossas vidas e j se encontram em aldeias literalmente falando para o bom uso em postos avan ados de sa de por exemplo ou para o mau uso no narcotr fico por exemplo Como se v uma situa o paradoxal Por que isto acontece Arriscamo nos a dizer que a gran de sala de espelhos da rela o real vir tual em que a revolu o comunicacional nos atirou como esp cie de calabou o aberto de espetacular cavema plat ni ca n o algo que se resolve em uma simples equa o de primeiro grau por que mexe com um construto de realida de que ainda mal assimilamos Com a nova leitura da realidade a nossa ei tura do tempo foi profundamente revol vida O novo significado dos aconteci mentos do ponto de vista de uma re significa o antropol gica do pr prio mundo requer de n s uma nova estru tura mental e isto n o se d da noite para o dia Por exemplo s pens vamos no conceito e no trato com a mem ria fundamental para a constru o antropo l gica da realidade no sentido linear do trin mio ontem hoje amanh Hoje um aluno Viaja para a Gr cia no per o do de jogos Ol mpicos de modo real vir
348. nte determinados Tamb m h reas exclu das da vida social que podem cons tituir um terreno de contesta es para as pessoas envolvidas nessas atividades con tra hegem nicas MAYO 2004 p 39 40 Neste sentido destaco que a teoria cr tica v a escola como um espaco de pos sibilidade GIROUX 1997 onde se pode construir a contra hegemonia Da mesma forma os educadores tamb m s o vistos como sujeitos capazes de lutar contra o pen samento hegem nico por meio da constru c o de uma reflex o contra hegem nica Com o intuito de explicitar os efeitos perversos desta hegemonia neoliberal abordo a situa o de desigualdade do nosso pa s tornando vis vel o que aconte ce no contexto da sociedade de hegemo nia neoliberal em termos de exclus o bem como as mudan as que a educa o vem 212 sofrendo em nome de um ajuste necess rio para se adequar aos avan os atuais do capitalismo Assim trago um dado estatis tico que nos situa ainda que brevemente em termos da desigualdade social O Brasil quinto pa s mais populoso do mundo um dos mais desiguais est na 1672 posi o do ranking Nele em m dia para cada 1 d lar recebido pelos 10 mais pobres os 10 mais ricos recebem 65 8 Ou seja os mais ricos se apropriam de uma renda quase 66 vezes maior que os mais pobres POCHM ANN 2004 p 62 importante reiterar o quanto anti gos problemas continuam nos acompa nhando Infelizmente eles n o s
349. nvite que recebi para proferir a confe r ncia de abertura do Ill Semin rio de Pes quisa do Programa de P s Gradua o M estrado em Educa o da UCDB realiza do em agosto de 2005 No entanto sua motiva o mais ampla s o as reflex es que venho realizando como formadora de pesquisadores e pesquisadoras h mais de 10 anos desde a apresenta o de uma disserta o de mestrado por mim orientada e muitos anos antes durante a orienta o de monografias de especializa o Todos que j levaram a termo ex press o estranha mas adequada por se tratar de um parto te rico sabem e quem est no meio de sua elabora o pro vavelmente n o faz id ia como esse pro cesso sacode certezas provoca perplexi dades ou confirma abala ou restaura fun damentos te rico metodol gicos Os obje tos de pesquisa seus recortes sua hist ria a produ o de conhecimento na rea os caminhos metodol gicos s o alguns dos temas dessas perplexidades Sempre em pauta a forma o de pesquisadores Um dos elementos chave desse pro cesso de forma o geralmente pouco apro fundado nos cursos de forma o de pesqui sadores a no o de que cada projeto cada pesquisa realizada e cada conheci mento novo produzido inserem se em uma determinada rea de conhecimento com suas caracter sticas lutas internas e exter nas suas hist rias de rupturas e continui dades que a caracterizam como um camp
350. o Cartas 91 15 Ningu m a n o ser que formado a partir da base e totalmente orientado pela raz o pode estar apto a conhecer todos seus deveres e saber quando em que medida com quem de que modo e por que raz o deve agir Cartas 95 5 133 Para S neca de um lado o essencial na educa o n o era a aquisi o de habili dades intelectuais e a assimila o da cultu ra mas a regenera o do homem Cartas 76 4 De outro por m considerava que esse processo n o se fazia independentemente da dimens o intelectual Assim a regene ra o humana tornava se vi vel quando o aluno dominava as suas paix es e se encaminhava progressivamente a um pe culiar saber de tipo soteriol gico n o muito extenso que S neca qualificava de sabedoria REDONDO 1997 O saber conforme entendia o pen sador n o se limitava compreens o das leis do universo e busca do fundamento da realidade mas tinha como fun o prin cipal a forma o do homem indicar lhe como se conduzir ou seja que decis es e atitudes deveria tomar para se tornar um homem novo Como o caminho que levava sa bedoria era a filosofia a respons vel pela forma o do homem a a o educativa di versificava se e concretizava se em ativida des que lhe permitiam modelar a alma A filosofia para S neca n o se resu mia a preceitos ou a um saber te rico mas definia se no exerc cio da virtude e mani festava se na pr pria vida
351. o Ao afirmar que as rela es internas em cada campo s o definidas de forma objetiva e independem da consci ncia hu mana e que nessa estrutura objetiva expressa na hierarquia de posi es nas tra di es institui es e hist rias a ele relacio nados que os indiv duos adquirem o con junto de disposi es que lhes permite agir de acordo com as possibilidades existen tes no interior dessa estrutura objetiva o habitus Bourdieu 1983 2004 oferece uma instigante chave de an lise para esse prop sito Nessa dire o o objetivo deste artigo apresentar algumas considera es e refle x es sobre o processo de forma o de pes quisadores em educa o no Brasil focalizan do especificamente a hist ria da pesquisa em educa o no Centro Oeste Considera es fundamentadas nas an lises que os pesquisadores da rea v m produzindo pelo menos desde 1971 quando foi publicada a primeira revis o da produ o na rea GOUVEIA 1971 e na experi ncia da autora como pesquisadora formadora de pesqui sadores e membro da Comiss o governa mental que avalia os programas de forma o de pesquisadores da rea de educa o Nesse sentido sustento que a prepa ra o de pesquisadores na rea de educa o no Brasil reflete a hist ria de um campo cuja configura o resultado de lutas e dis putas por legitima o inclusive episte mol gica Para argumentar em favor desta hip tese o texto es
352. o O artigo apresenta um di logo realizado com sujeitos hist ricos da Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 a 2001 mostrando entraves de v rias ordens e n veis que impossibilitam a concretiza o de uma Pol tica Educacional fundamentada na democracia participativa Considerando os acertos e os desacertos com a democracia a Constituinte Escolar uma proposta de gest o democr tica A sugest o ir al m da proposi o Palavras chave Constituinte escolar pol tica educacional democracia Abstract The article presents a dialogue which took place among historical subjects of the School Constituent of the State Network of Education of South Mato Grosso 1999 2001 showing the difficulties of different levels that make impossible the consolidation of an Educational Policy founded on a participating democracy Considering the fitting in and misfitting with democracy the School Constituent is a proposal for democratic management The suggestion is to go beyond the proposal Key words School constituent educational policies democracy S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 O objetivo desse artigo mostrar os acertos e desacertos com a democracia pre sentes na Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 a 2001 a partir de um di logo rea lizado com os sujeitos atuantes na gest o
353. o s que pretenderiam ser chefes de partido p 20 Um partido pode ser representado por uma eli te ou por uma n o elite uma vez que A massa simplesmente manobra e conquistada com pre ga es morais est mulos sentimentais mitos messi nicos de expectativa de id ias fabulosas nas quais todas as contradi es e mis rias do presente ser o automaticamente resolvidas e sanadas p 24 Escrever a hist ria de um partido significa exata mente escrever a hist ria geral de um pa s de um ponto de vista monogr fico p 24 ARANDA Maria Alice de Miranda A Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul 1999 a 2001 uma proposta de gest o democr tica 184 f Disserta o M estrado Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 2004 BASTOS Celso Ribeiro Dicion rio de Direito Constitucional S o Paulo Saraiva 1998 BENEVIDES Maria Victoria da Mesquita A cidadania ativa referendo plebiscito e iniciativa popular S o Paulo tica 2000 FERNANDES Maria Diln ia Esp ndola Pol ticas p blicas de educa o a gest o democr tica na rede estadual de ensino em Mato Grosso do Sul Campo Grande MS UFMS 2000 178 p FREITAS Dirce Nei Teixeira de Sistemas e Escolas de Educa o B sica Entre Democratizar e Compartilhar a Gest o In SENNA Ester Org Tabalho Educa o e Pol tica P blica Campo Grande MS UFMS 2003 p 189 219 GRAMSCI Antonio Os intelectuai
354. o neoliberalismo em n vel mundial a ditadu ra do General Pinochet iniciada no Chile em 1973 Nos outros pa ses da Am rica Latina o neoliberalismo tem triunfado via voto popular o que demonstra claramente a for a da ideologia neste processo A implementac o do neoliberalismo 214 na segunda metade do s culo XX passou a orientar as decis es governamentais em grande parte do mundo capitalista o que inclui desde as na es do Primeiro e do Ter ceiro Mundo at algumas das mais con vulsionadas sociedades da Europa Orien tal GENTILI 1999 p 15 16 Com base nestes acontecimentos Gentili 1999 faz uma an lise dos discur sos que o neoliberalismo usa para resolver os problemas educacionais Embora como ele mesmo afirma A possibilidade de co nhecer e reconhecer a l gica discursiva do neoliberalismo obviamente n o suficien te para frear a for a persuasiva de sua re t rica GENTILI 1999 p 16 entendo com ele que o conhecimento desta ret rica faz parte das estrat gias de luta contra ela sobretudo contra os processos de exclus o que a acompanham Ainda segundo Gentili 1999 p 17 o problema da educa o para o neolibe ralismo de uma crise de qualidade de corrente da improdutividade que caracteri za as pr ticas pedag gicas e a gest o ad ministrativa da grande maioria dos esta belecimentos escolares De acordo com esse argumento todos os problemas que a educa o esco
355. o Grande MS n 20 p 195 204 jul dez 2005 desde o s culo XVII mas que o sistema econ mico funcione cotidianamente nes ses termos Neste sentido assistimos n o somente intemacionaliza o da economia mas sua globaliza o isto a uma interpe netra o das atividades produtivas e das eco nomias nacionais em um mbito mundial Na trilogia A era da informa o eco nomia sociedade e cultura Castells 1999 como o pr prio t tulo indica defende a tese de que h uma tend ncia hist rica dos pro cessos dominantes na era da informa o de se organizarem em torno de redes Para Castells 1999 p 497 as redes constituem a nova morfologia de nossas sociedades e a difus o da l gica de redes modificam de forma substancial a opera o e os re sultados dos processos produtivos e de ex peri ncias poder e cultura O que rede um conjunto de n s interconectados O que um n depende do tipo de redes concretas S o mercados de bolsas de valores e suas centrais de servicos auxilia res avan ados na rede dos fluxos financei ros globais S o conselhos nacionais de ministros e comiss rios europeus da rede pol tica que governa a Uni o Europ ia S o campos de coca e papoula laborat rios clan destinos pistas de aterrissagem secretas gangues de rua e institui es financeiras para lavagem de dinheiro na rede de tr fi co de drogas que invade as economias sociedades e Estado
356. o Paulo coube Funda o para Desenvolvimento da Educa o FDE estabelecer os conv nios com as unidades executoras das escolas para o repasse dos recursos Nesses termos frise se que o tr mite adotado para o repasse de tais recur sos s escolas deu se entre funda es ou seja paralelamente ao aparato da admi nistra o p blica direta Ao rg o da ad ministra o direta no caso as ent o exis tentes Delegacias de Ensino coube a fun o de intermediar as remessas entre esco las e FDE checando os documentos de ca racteriza o da unidade executora e a pres ta o de contas enviados pelas escolas e S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 219 226 jul dez 2005 que integravam como anexo o Comuni cado da secretaria Determinou se s Associa es de Pais e Mestres APM institu das desde 1978 cumprirem a fun o de unidade executora e por conseguinte administrarem os recur sos provenientes do PDDE De acordo com o Artigo 62 III do Estatuto Padr o as APMs paulistas t m entre outras fun es a tarefa de mobilizar recursos humanos materiais e financeiros da comunidade para auxiliar a escola na melhoria da qualidade do ensino na assis t ncia ao educando e na manuten o do patrim nio escolar objetivos assemelhados ao encontrados no PDDE Caracterizadas como institui o au Xiliar da dire o da escola Art 22 sem fi nalidades lucrativas Art 32 a hist ria das APMs paul
357. o capital S o Paulo Xam 1996 DELORS Jaques Educa o Um tesouro a descobrir S o Paulo Cortez Bras lia DF MEC UNESCO 1998 DUARTE Newton Educa o escolar teoria do cotidiano e a escola de Vigotski 3 ed Campinas SP Autores Associados 2001 DUARTE Newton Vigotski e o aprender a aprender cr tica s apropria es neoliberais e p s modernas da teoria vigotskiana 3 ed Campinas SP Autores Associados 2004 Cole o edu ca o contempor nea JULIA Dominique A cultura escolar como objeto hist rico Trad Gizele de Souza Revista Brasi leira da Educa o Campinas SP n 1 p 9 43 jan jul 2001 192 M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar MELLO e SOUZA Alberto de Um modelo de educa o para o s culo XXI notas sobre um semin rio In VELLOSO Jo o Paulo dos Reis ALBUQUERQUE Roberto Cavalcanti de Coords Um modelo para a educa o no s culo XXI Rio de Janeiro Jos Olympio 1999 MIRANDA Marilia G de O novo paradigma de conhecimento e as pol ticas educativas na Am rica Latina Dispon vel em lt http www reduc cl raes nsf gt Acesso em 20 ago 2005 M SZ ROS Itsvan A educa o para al m do capital S o Paulo Boitempo 2005 PAR METROS CURRICULARES NACIONAIS O papel da educa o na sociedade tecnol gica MEC 2000 Parte Bases Legais p 11 12 Dispon vel em lt http www mec govbr seb paf blegais pdf gt Acesso e
358. o de Filosofia tinha a tarefa de preparar o aluno para os cursos da facul dade de Teologia Na pr tica o que se via e o que se defendia era a tradicional defini o da filosofia como serva da teologia De acordo com a directrizes superiores da Companhia a doutrina teol gica atraves sava verticalmente os cursos A ela se aco modavam as humanidades sob a esp cie de classicismo cat lico e dela dependiam ancilarmente os complementares estudos filos ficos Por filosofia entenda se no jarg o tomado do aristotelismo escol stico um sistema de saberes de lato mbito que em escala ascendente de dignidade hier r quica abarcava precedido pela dial ctica enquanto t cnica de pensar e argumentar mediante o mecanismo silog stico o grupo das mat rias f sico naturais seguido no topo pelo das morais e metaf sicas mas todas elas uma longa proped utica para a teologia cat lica ministrada na universida de eclesi stica que os jesu tas mantinham desde 1559 em vora al m de na de Coimbra Em qualquer circunst ncia o in gresso nas outras faculdades maiores des ta ltima academia C nones Leis e Me dicina que o mesmo que dizer nas carreiras da Igreja e do Estado passava pelos mesmos preparat rios da filosofia MENDES 1993 p 407 A forma o escol stica do futuro jesu ta completava se com o curso de Teologia que segundo as Constitui es o meio mais apropriado para aju
359. o de processos excludentes e desumanizadores produzidos pela socieda de Mas tamb m pode se constituir um es pa o privilegiado de reflex o e pr tica includente se seguir a perspectiva de que educar humanizar socializar valores de justi a respeito e solidariedade Educar reproduzir criadoramente conhecimentos para superar doen as exclus es e malda des ALENCAR 2001 p 116 Ou ainda conforme Gentili 2001 p 42 A escola deve contribuir para tornar vis vel o que o olhar normalizador oculta Deve ajudar a interrogar a questionar a compreender os fatores que historicamen te contribu ram na produ o da barb rie que sup e negar os mais elementares direitos humanos e sociais s grandes maiorias A escola democr tica deve ser um espa o capaz de nomear aquilo que por si mesmo n o diz seu nome que se disfar a nos grotescos eufemismos do dis curso light cort s anor xico O discurso c nico dos nossos governos dos mercado res da f do empresariado sens vel e dos druidas tecnocr ticos que em v o rasante procuram interpretar a realidade a partir dos gabinetes ministeriais Desta forma podemos dizer que se a educa o historicamente tem contribu do para legitimar processos de exclus o isso n o significa que n o possamos vis lumbrar pr ticas educativas sens veis aos exclu dos A exclus o social est vinculada educa o e urge refletir sobre o papel que os as educadores as
360. o do indiv duo nos limites da genericidade em si do mun do pr tico utilit rio imediato eficaz e efici ente isto nos limites das rela es sociais fundantes da forma o capitalista E tam b m tender amos a afirmar que no mbito das pol ticas e pr ticas formativas parte da 181 l gica do Capital deriva suas a es com base nas denominadas compet ncias con vertidas na reforma educacional em curso em atributo essencial para a forma o do indiv duo As compet ncias no contexto das propostas de forma o articuladas s pol ti cas educacionais representam um compo nente a ser incorporado para a qualifica o n o apenas dos docentes mas dos traba lhadores em geral e convertem se em su posto da educa o para o trabalho e para a cidadania em todos os n veis de ensino Fortalecemos esse argumento regis trando neste estudo as orienta es propos tas pelo Estado e seus representantes em semin rio do F rum Nacional com o tema Um modelo para a educa o no s cu lo XXI realizado no BNDS Banco Nacional para o Desenvolvimento Social em agosto de 1998 e publicado em 1999 sob a coor dena o de Jo o Paulo dos Reis Velloso e Roberto Cavalcanti de Albuquerque Este registro tem como finalidade evidenciar basicamente a caracteriza o e as propos tas pertinentes ao sistema educacional di ante das demandas que supostamente atenderiam s transforma es da socieda de denominada global
361. o donde cos tumam sair os professores de humanida des e gram tica escolha um homem de grande experi ncia de ensino Com ele v o ter os futuros mestres em se aproxi mando o fim dos seus estudos por espa o de uma hora tr s vezes na semana afim de que alternando prele es dita dos escrita corre es e outros deveres de um bom professor se preparem para o seu novo oficio Ratio 1952 p 134 135 A preocupa o com a forma o ade quada de professores pode ser medida quando da funda o do Col gio Romano 1551 com o objetivo de servir de centro de modelo das institui es cong neres disse minadas pelo mundo onde se estabele ceu pelo pr prio Loyola que esta nova ins titui o seria uma esp cie de Escola Superior de Licenciatura para toda a Com panhia ou seja teria a tarefa de preparar entre os estudantes jesu tas os futuros pro fessores adestrando os nos melhores m todos e pondo os em contato imediato com os educadores mais abalizados FRANCA 1952 p 04 Tamb m em outros lugares foram criados semin rios pedag gicos sen do um deles criado junto ao Col gio de Coimbra por Cipriano Soares em 1569 A Forma o Escol stica O professor personalizava de certa forma a rigorosidade como marca da for ma o do futuro jesu ta Personalizava tam b m o outro aspecto a se destacar naquela forma o tratava se de uma forma o es col stica n o no sentido ideol gi
362. o e a for mata o final e isso ap s experi ncias pr ticas e avalia es te ricas A compreens o da forma o do je su ta passa por quatro aspectos indepen dentes por m interligados forma o rigo rosa escol stica t cnica e mission ria se bem que por vezes essa distin o mais metodol gica do que real A forma o rigorosa Os futuros padres jesu tas eram forja dos em casas espec ficas onde se privilegiava a forma o intelectual aliada ao aprimora mento da virtude os semin rios e os col gios T o comuns a partir do s culo XVII os semi n rios eram novidade nos anos quinhentos pois n o se tratava no caso dos jesu tas mais especificamente da reuni o de jovens se gundo o modelo mon stico n o existiam mais as exig ncias de severos autocastigos ou mesmo as ora es entoadas em coro A cria o e manuten o de semin rios em todas as dioceses foi uma das prin cipais determina es do Conc lio de Tento Mullett 1985 Eles deveriam ser um es pa o para uma forma o mais r gida em Teologia Hist ria da Igreja e Latim para os futuros padres 80 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI Entre os jesu tas essa preocupa o conciliar foi elevada m xima pot ncia na medida em que a forma o em Letras em Filosofia e em Teologia abrangia todo um extenso e rigoroso conte do escol stico aliado s mais recentes discuss es teol gi cas revel
363. o en el actual Polimodal ltimo sub ciclo de tres a os habiendo trabajado previamente con la cohorte que ingrese al 7 grado en el a o 2007 y en los a os sucesivos poniendo a funcionar la experiencia para esta cohorte en el 2010 y continu ndola en los a os posteriores Mientras tanto puede trabajarse con quienes ingresen a 4 grado en ese ltimo a o para irincorporando elementos para que puedan tener asignaturas electivas a partir del mo mento en que ingresen a su 7 grado en el a o 2013 Como es obvio para que todo esto sea posible debe trabajarse en forma simult nea en un redise o de los curr culos que permita un plan de estudios como el aqu esbozado y que incluya tambi n el reconocimiento de saberes y competencias adquiridos fuera de la estructura educativa formal Para esto ltimo sugerimos comenzar por hacerlo efectivo para la educaci n de adultos tambi n a partir del a o 2010 a n cuando creemos que debe considerarse m s adelante en el tiempo como algo posible a partir del segundo ciclo En cuanto al mejoramiento aseguramiento de la calidad educativa creemos que deben introducirse pr cticas de evaluaci n de modo paulatino en to dos los niveles poniendo especial nfasis en los procesos de auto evaluaci n 123 institucional De esta manera se buscar asegurar un fuerte compromiso de todos los actores involucrados en la detecci n de los problemas y los caminos de resoluci n de lo
364. o na vida p blica na medida em que lhe era pouco conveniente participar da pol tica e tendo em vista a rep blica ideal e por extens o universal ele deveria se consagrar educa o convertendo se em pedagogo do g nero humano n o confiamos os nossos adeptos nem ao servi o de qualquer Estado nem para sempre nem indiscriminadamente Mais ainda quando n s atribu mos ao s bio o nico Estado digno dele ou seja o Uni verso o s bio embora levando uma vida retirada nem por isso passa a situar se margem do Estado o mais que suce de que ele deixando um lugarejo es treito acede a espa os mais vastos e mais largos Sim aconselho te o cio um cio em que a tua ac o ser mais v lida e mais digna e mais digna do que o mundo em que vivas Cartas 68 2 10 S neca dedica se assim a conven cer seus disc pulos a buscarem com nimo o tempo til GARC A GARRIDO 1969 para as suas reflex es isso por exemplo que ele faz em seu di logo Sobre o cio Porque ele sabe que tamb m ent o ha ver de ocupar se til aos p steros Somos n s certamente que afirmamos tanto de Zen o quanto de Crisipo terem feito eles maiores coisas do que se tivessem con duzido ex rcitos exercido cargos honro sos promulgado leis que ali s eles pro mulgaram n o para uma s cidade mas para todo g nero humano Que h por 138 tanto que ao homem de bem n o conve
365. o necess rias a vida principalmente das pessoas que vivem na campanha e ocupam se com as industrias rurais As Escolas Complementares foram criadas pela supress o dos Col gios Distritais em 1906 seu curso deveria ser s rio e racional conforme express o re gistrada no relat rio da Secretaria do Inte rior apresentado ao presidente do estado Dr Antonio Augusto Borges de Medeiros Entretanto cr ticas tamb m atingiam as Escolas Complementares rec m criadas Alguns inspetores consideravam que se fossem abertas Escolas Complementares em diversos pontos do Estado o ensino de veria ser reduzido a Portugu s M atem tica elementar no es de Hist ria universal es pecialmente do Brasil Geografia compreen dendo cosmografia e no es de ci ncia Esta redu o de curr culo para o Curso Complementar na hip tese de sua dissemi na o no interior do estado decorria da su posi o da destina o a que candidatos S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 do interior nele interessados teriam desen volver o ensino elementar e preparar as pes soas que se destinarem ao exerc cio do ma gist rio nas escolas rurais cujo concurso ser feito por este programa se o Governo qui ser manter a distin o atual criada pelo decreto de 11 de abril de 1905 sob n 806 poss vel constatar na documenta o consultada resist ncia de parte das autoridades da instru o p
366. o os acertos e os desa certos com a democracia a Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul um exemplo de que n o se est de bra os cruzados quanto s 172 quest es da democratiza o da gest o da educa o sul mato grossense O processo proporcionado pela Constituinte Escolar registra um momento hist rico pautado no desejo de que esta democratiza o seja mais do que uma proposta de gest o de mocratica Notas 1 Cf ARANDA 2004 que apresenta a Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Gros so do Sul 1999 2001 um dos projetos constitutivo de um projeto educacional maior denominado Es cola Guaicuru Vivendo uma Nova Li o colocado como marco inicial de um projeto a ser trabalhado coletivamente pelos segmentos que desejam mu dan as dentro de uma perspectiva de transforma o social apresentado aos educadores e comuni dades escolares como uma proposta de gest o de mocr tica pautado na democracia participativa e colocado como um exerc cio poss vel para a supe ra o de pr ticas arraigadas ao longo da hist ria da educa o do estado 2 Cf O Que a Constituinte Escolar Caderno da s rie Constituinte Escolar n 01 1999 3 Cf Programa de Governo para Mato Grosso do Sul Movimento Muda Mato Grosso do Sul PT PDT PPS PC do B PAN PSDB 1998 Cf Projeto Educacional Escola Guaicuru Vivendo Uma Nova Li o Proposta de Educa o do Governo Popu
367. o particular de assunto p blico tamb m aquele que exor ta a juventude aquele que em meio tamanha falta de bons preceptores insi nua s almas virtude aquele que segura e afasta os que se precipitam ao dinheiro e lux ria e se n o o consegue de todo pelo menos os retarda Acaso aquele pretor que entre os estrangeiros e os cidad os profere suas senten as ou ainda o pretor urbano que aos que se aproximam pro nuncia as palavras do assessor acaso s o eles mais teis do que aquele que pro nuncia o que a justi a o que a pieda de o que a paci ncia o que a coragem o que o desprezo da morte o que o conhecimento dos deuses e que bem t o gratuito a consci ncia Por consegu n cia caso consagres aos estudos o tempo que hajas subtra do aos servicos n o ter s desertado nem ter s recusado teu dever Se te houveres aplicado aos estudos ter s evitado todo fastio da vida n o dese jar s a chegada da noite por causa do t dio do dia nem a ti ser s pesado nem aos outros in til atrair s a muitos para a S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 137 tua amizade e os melhores afluir o a ti Pois a virtude ainda que obscura nunca se esconde mas envia de si sinais quem quer que dela houver sido digno a co nhecer pelos vest gios Sobre a tranq i lidade da alma Ill 1 6 Assim S neca comp e um racioc nio sobre a forma de participa o do s bi
368. odo o pa s PETRAS e VELTM EYER 2001 p 118 Saviani 1996 lembra que frente ao quadro hist rico que a humanidade atra vessa 0 aspecto econ mico e decorrentes S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 deste o social o pol tico o educacional en tre outros devem ser levados em conta quando se prop e a entender com mais significado uma determinada a o Ter esta consci ncia quest o indispens vel con siderando que Na produ o social de sua vida os ho mens estabelecem determinadas rela es necess rias e independentes de sua von tade rela es de produ o que corres pondem a uma determinada fase do de senvolvimento de suas for as produtivas materiais O conjunto dessas rela es constitui a estrutura econ mica da socie dade a base real sobre a qual se ergue uma superestrutura jur dica pol tica e qual correspondem determinadas formas de consci ncia social O modo de produ o da vida material condiciona os pro cessos da vida social pol tica e espiritual em geral MARX ENGELS 1976 p 57 A preocupa o est em mostrar que os homens sempre fizeram falsas represen ta es sobre si mesmos sobre o que s o ou o que deveriam ser e para explicar es sas falsas representa es se faz necess rio entender alguns pressupostos Toda hist ria humana naturalmen te a exist ncia de indiv duos vivos e que o primeiro ato hist rico desses indiv
369. ogo na cultura Kadiw u Baseada em Elias 1994 Vinha faz as distin es entre jogo tradicional e esporte Os jogos tradicionais Altemir Luiz DALPIAZ Educa o e diferen as desafios para uma escola intercultural est o em um n vel comunit rio n s local enquanto que o esporte volta se para o contato n s da sociedade No entanto ambos s o elementos da cultura corporal Vinha justifica assim a relev ncia do estudo disponibilizar o acervo de jogos como suporte para a educa o escolar p 151 e dessa forma dar o significado da Educa o F sica e do Esporte na Educa o Escolar Ind gena O texto relata a origem do povo Kadiw u como remanescente no Brasil do tronco Mbay da regi o chaquenha no Chaco Paraguaio e Argentino Perambula ram trek at se estabelecerem no Panta nal Sul Mato grossense LEA 1997 Conti nua o texto fazendo um hist rico sobre a hierarquia organiza o social estrutura social cren as e outras manifesta es A autora prossegue em seu texto por meio de extenso referencial te rico situan do o leitor no tempo hist rico e simultanea mente promovendo o entendimento da et nia Kadiw u Cita que o Homo ludens Kadiw u foi estudado em 1938 por Huizinga antrop logo Ludus vem de luder cuja etimologia reside na esfera da n o serieda de e particularmente da ilus o p 161 Na sequ ncia Vinha escreve que Renson 1997 cria a express o ludodi
370. ois n o exis tem culpados complementa p 43 N o conv m portanto que fiquemos no discurso da escola atrasada e dos professores desatualizados M ais que nunca necess rio super lo com a es que visem a implementa o de pol ticas p blicas para a forma o desses professores e que impliquem mudan as qualitativas em sua pr tica pedag gica O uso correto do recurso do computador pelo professor far com que este mesmo professor aos poucos v S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 59 delineando um novo caminhar em seu trajeto pedag gico que deve estar acompanhado de uma forma o adequada que exija reflex es trocas e muita comunica o Assim n o desconsideramos que as pol ticas p blicas e educacionais devem es tar voltadas forma o s lida e continua da do professor devem estar centradas no momento hist rico em que vivemos e que o papel desempenhado pelo professor jun to s novas tecnologias de informa o e de comunica o de extrema import ncia em especial no que diz respeito s novas fun es forma es e qualifica es para o seu trabalho As novas tecnologias na edu ca o escolar com professores formados para seu manuseio resultar em novos en sinos e novas aprendizagens Ademais a vis o de mundo do pro fessor resultado de sua forma o que ocorre na fam lia nos meios acad micos e na sociedade Tudo isso refletido em sala de
371. omo o momento em que o campo assume que possui uma configura o pr pria o discur so inaugural da reflex o do campo sobre si mesmo Como se observa nos artigos publi cados durante as duas d cadas seguintes as quest es sobre as quais o campo se debru ou e que revelaram as tens es den tro de suas estruturas objetivas foram 1 A relev ncia e as prioridades das tematicas 2 As quest es metodol gicas 3 A rela o entre a pesquisa e a p s gra dua o Nos ltimos cinco anos surgiram os balan os dos balan os quase sempre motivados pelas datas comemorativas dos programas de p s gradua o da revista 16 Eurize C PESSANHA Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o Cademos de Pesquisa e da pr pria ANPED A estreita vincula o entre a hist ria da pesquisa e dos cursos de forma o de pesquisadores no Brasil autoriza a an lise dessa forma o a partir da hist ria do campo Desde a primeira reflex o sobre o campo j se manifestava a preocupa o com a forma o dos pesquisadores Gouveia identificou que os pesquisadores do INEP e dos centros de pesquisa n o tive ram nenhuma forma o espec fica uma vez que eram formados em Pedagogia por Faculdades de Filosofia cujo corpo docente era pouco familiarizado com as t cnicas da pesquisa emp rica ou Cientistas Sociais com experi ncia em coleta de dados e an lise quantitativa de dados Como conclus o a autora prop
372. omo te mos averiguado a tarefa destes professo res Inspetor escolar 1897 Grifo nosso Falta de mobili rio reclamada pelos professores da campanha O desamparo das aulas p blicas em distritos rurais era de toda a ordem Ao pro fessor n o era necess rio preparo semelhan 105 te ao de vilas e cidades o n vel de ensino poderia ser restrito e faltavam fomecimen tos e mobili rio como bem demonstra este trecho do relat rio de um inspetor escolar cujo teor tamb m era referido em relat rios de inspetores de outras regi es escolares H escolas nesta regi o que n o possu em os m veis necess rios outras tem nos mas obtidos a custa dos professores e em muitas acham se inteiramente imprest veis Inumer veis s o as recla ma es sobre isto que quase quotidia namente recebe esta inspetoria Urge portanto que se tomem providencias para a pronta execu o do art 93 do regula mento Entretanto parece nos de bom al vitre que esses pedidos levem o visto do respectivo inspetor regional que indaga r ele pr prio em suas visitas as aulas de sua proced ncia S o fatos a que n o podem ser estranhos os inspetores pe rante quem trazem se todas as reclama es e com quem est em contato mais ou menos imediato o professorado da campanha MORAES Jose Penna de O inspetor regional Santa Maria 16 de de zembro de 1897 Pode se afirmar que no final do s culo XIX a instru o p blica no Rio Gr
373. ompanhia de Jesus em 1541 passando a se chamar tamb m de Semin rio da San ta F e com o tempo come ou a abrigar estudantes hindus japoneses chineses etc e neste col gio os orientais s o habilitados a pregar o evangelho nas suas pr prias l n guas 1997 p 46 A Companhia de Jesus chegou conclus o com o tempo de que a prega o em l ngua vem cula abreviava muitas vezes o caminho da convers o No col gio de Macau fundado em 1594 tamb m havia uma organiza o es pec fica que visava ao preparo t cnico do jesu ta para a miss o em terras chinesas No col gio de Macau os mission rios jesu tas aprendiam agora t das as suti lezas das express es idiom ticas chine sas da classe culta da mesma maneira que o dialeto da gente simples estuda ram a complicada escrita ideogr fica e apropriaram se por meio de numerosos livros de conhecimentos b sicos da his t ria dos costumes das leis e da literatu ra da China MILLER 1946 p 271 Aprender as l nguas orientais e dei xar os estudantes nativos pregarem em suas linguas mde n o significava no en tanto que o conte do era tamb m oriental ou seja que a cultura oriental ou hindu dependendo do caso ia no esteio da l ngua pois nestes mesmos col gios a cultura que se respirava e se aprendia era a crist oci dental claro que o futuro padre jesu ta que era nativo n o perdia toda sua hist ria e sua cultura como homem ligado
374. onocultura trabalho escravo constituiu a base da ocupa o coloniza o do Brasil O perfil do colono europeu que veio para os tr picos foi determinante para isso N o o trabalhador o simples povoador mas o explorador o empres rio de um grande neg cio Vem para dirigir e se para o campo que se encaminha s uma empresa de vulto a grande explora o rural em esp cie e em que figure como senhor o pode interessar Id Ibid p 120 Grande parte dos colonos pelo menos das primeiras levas de origem nobre ou fidalga vindo portanto para co mandar e n o para trabalhar Receberam grandes extens es de terras as sesmarias instituindo a produ o monocultural de produtos destinados ao abastecimento da coroa e ou ao mercado europeu com o tra balho efetivamente realizado por m o de obra escrava A coloniza o de a orianos em San ta Catarina e no Rio Grande do Sul bem como as levas de imigrantes principalmente italianos e alem es ao sul do pa s consti tuem exce o Agricultura minera o e extrativismo foram segundo o autor atividades funda mentais na col nia uma vez que represen tavam a base sobre a qual se assentava a vida na col nia Todas no entanto visavam ao com rcio externo e eram comandadas por um empres rio o fazendeiro o minerador ou o explorador extrativista res pectivamente Em cada um dos casos em que se organi zou um ramo de produ o brasileira n o
375. ontanto que se considere sempre mais importante o de prosa latina Ratio 1952 p 178 A competic o entre os estudantes n o era livre e sim dirigida acompanhada e avaliada pelos professores e reitores A emula o era intencional e desta forma tamb m fez parte da forja que preparava os quadros jesu ticos Como papel de destaque neste pro cesso rigoroso de forma o est a figura do professor Pode se afirmar com 84 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI Rodrigues que o sistema pedag gico jesu tico dependia do professor para se realizar por completo Era ele o respons vel direto pelo conte do por si s bastante complexo era ele quem garantia a disciplina e aponta va a necessidade da puni o era ele quem coordenava todo o processo de emula o entre os estudantes principalmente o pro fessor era a pr pria s ntese da dupla forma o do futuro jesu ta era padre e intelectual O professor era o primeiro exemplo do estudante jesu ta e por isso mesmo te ria que ter uma vida exemplar tanto no sentido de uma vida reta quanto no sen tido de aliar a vontade intelig ncia Rodrigues mostra tr s qualidades necess rias aos professores a ci ncia a prud ncia e a fidelidade Benci auctorizado pedagogo jesuita do s culo XVI requeria no professor tr s qua lidades absolutamente necessarias Scientia Prudentia Fides Na sciencia incluia os conhecimentos precisos
376. ool Program proposal for the redefinition of the State role in Education It presents partial results of research which seek to analyze the implantation of the Money Straight Into the School Program PDDE in the S o Paulo State education network as well as in the municipal education network of Pirassununga a city in the State of S o Paulo Documental analysis was carried out on the formal procedures of the Program in the two selected networks including research on financial and educational data collected in the S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 219 226 jul dez 2005 two administrative fields The choice of the two public networks soughtto study the implantation of PDDE in two distinct situations in the case of the State Network the Program is implanted in a context where the Parent and Teacher Associations APM s already functioned as executor units receiving and executing resources in the schools In the city of Pirassununga the PDDE inaugurates the systematics of decentralization of resources for which were created the Parent and Teacher Associations APM 5 It was verified by the study carried out thatthere existed differences between the two networks and between schools from de same network conceming money received Such differences are related to the size of the unit and to the network itself As to the management of the resources the centrality of the APMs was observed In the case
377. orado da campanha ensino popular distritos de fora meninos pobres da campanha distritos rurais escolas da campanha escola rural zona colonial meio rural acenavam para ambiguidade desprest gio e desconsidera o de suas caracter sticas nos regulamentos para a instru o p blica no estado No in cio do s culo XX instaura se ainda que inicialmente um momento de visibilidade da escola rural e um movimento de inclus o na legisla o de elementos que demonstrassem sua considera o Palavras chave Hist ria da Educa o pol tica educacional forma o de professores Abstract The aim of this text is to make explicit how rural education used to be conceived in Rio Grande do Sul RS before the introduction of the Rural Teacher Training School beginning from the analysis of the legislation of messages from the President of the Province and of reports from Teaching Inspectors lt seeks to identify how S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educac o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 the idea of instruction for the rural zone was being constituted until itwas materialized and operationalized in the form of a specific kind of Training School the Rural Teacher Training School With reference to the conditions for teaching in rural districts only later were they systematized and conceptualized to the point that only in the 40s of the 20 century were specialized actions of teacher education in the realm
378. ordem Universal cuja inexorabilidade era racionalmente re conhecida deveria ser espont nea Por esse caminho chegava se virtude ao bem maior felicidade suprema REALE 1994 a qual por extens o era o objetivo funda mental da educa o Qual a qualidade exclusiva do homem A raz o quando a raz o plena e consu mada proporciona ao homem a plenitu de Por conseguinte uma vez que cada coisa quando leva perfei o a sua qua lidade espec fica se torna admir vel e atin ge a sua finalidade natural e uma vez que a qualidade espec fica do homem S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 129 141 jul dez 2005 a raz o o homem torna se admir vel e atinge a sua finalidade natural quando leva a raz o a perfei o m xima raz o perfeita chamamos a virtude a qual tam b m o bem moral Cartas 76 10 11 Chegando a esse est gio o proces so formativo fluiria de maneira r pida e tranquila Entretanto S neca identificou um s rio obst culo que comprometia o seu desenvolvimento o car ter racional da alma colocava o homem acima dos demais se res do universo Por ser ela algo divino detinha for a e poder singular era um deus que se hospeda no corpo humano Car tas 31 11 No entanto essa mesma alma em virtude da qual a natureza humana guardava um certo parentesco com a di vindade raiz de todas as suas perfei es se achava presa no corpo humano como em um c rc
379. ordenadas e ar ticuladas pelas IES da regi o objetivando o fortalecimento institucional e o enfrenta mento de quest es sociais bem como pela defini o e consolida o de reas de pes quisa a serem priorizadas visando ao de senvolvimento tecnol gico e avan o do conhecimento Ainda com essas premissas decidi agora trabalhar as mesmas fontes de dados mais preocupada com o apoio do CNPq aos docentes dos programas da regi o preciso lembrar que o Diret rio dos grupos de pesquisa do CNPq apenas um banco de dados Pertencer a um Grupo credenciado pela institui o e cadastrado no Diret rio indica apenas que est o sendo divulgadas as tem ticas linhas de pesquisa e objetos sobre os quais o grupo vem pes quisando N o indica apoio do CNPq no sentido real de financiamento S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 19 Esse apoio real ou a falta dele cons titui um dos mais importantes elementos na constitui o do campo e na aquisi o do corpo de disposi es que lhes permite agir de acordo com as possibilidades exis tentes no interior dessa estrutura objetiva o habitus retornando a Bourdieu O financiamento de pesquisas pelas ag ncias de fomento n o s viabiliza a sua execu o como tamb m as legitima pois pelas regras de cada ag ncia o pro jeto submetido an lise de consultores ad hoc e de comit s espec ficos por reas O CNPq a mais importante ag ncia
380. origen a un programa de refor mas sostenidas en el tiempo y con las garantias de la inversi n necesaria a ser aplicada a las pol ticas pactadas de la comunidad y los actores socioe ducativos de sostener el esfuerzo a lo largo de los a os delas jurisdicciones provinciales para el caso argentino de blanquear las plantas docentes reales y jerarquizar la funci n del Estado Nacional de promover y sostener un programa tal Finalmente en una reforma de la Referencias reforma debe contemplarse la perspectiva de integraci n regional para desandar el camino de reformas dependientes y cons truir aut nticas pol ticas de convergencia Y esto debe plantearse en todos los aspec tos no s lo en cuanto a los contenidos sino en la promoci n de criterios similares en las discusiones que se planteen en los mbitos colectivos de manera de ir convergiendo a n m s en la concertaci n de pol ticas educativas comunes de la regi n Notas 1 PEDRO y PUIG 1998 PUELLES BENITEZ de y MARTINEZ BOOM 2003 3 Idem 4TIRAM ONT 2005 3 HARDT Michael y NEGRI Toni 2002 VIRNO Paolo 2003 HERMO Javier 2004 HARDT Michael NEGRI Toni Imperio Colecci n Estado y Sociedad Paid s Buenos Aires 2002 HERMO Javier Servicios Educativos y Profesionales Una visi n sobre su regulaci n posible Publicaci n del Taller sobre Reglamentaci n Nacional Realizado por la Organizaci n Mundial de Comercio
381. ormar profundamente el sistema educativo argentino Si bien nos centraremos hasta por una cuesti n de respeto en el caso de nuestro pa s creemos que las principales l neas de lo que aqu se propone son igual mente aplicables a Chile y a otros pa ses de la regi n inclusive con la salvedad de que all ya han comenzado a encararse algunos de los cambios y nfasis que se aqu se proponen mientras que otros no Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral son contemplados en nuestro caso por la diferente situaci n Por supuesto tales propuestas tienen mucho mayor asidero en el nivel conceptual que a continuaci n desarrollamos porque su implementaci n es mucho m s dependiente de caracter sticas precisas y diversas de las situaciones nacionales En ese nivel concreto las propuestas deber n entenderse s lo como v lidas para la situaci n argentina actual A n con estas prevenciones y sabiendo que existen ya opiniones forma das acerca de cu les deben ser esas acciones sumamos las nuestras al debate Lo conceptual En nuestra visi n para realizar un cambio profundo en la estructura del siste ma que avance hacia una nueva organizaci n pedag gica debe poderse pen sar un cambio radical en la organizaci n y la estructura del sistema tal como hasta hoy lo conocemos Por supuesto no creemos que sea posible pasar de la situaci n actual a una radicalmente distinta sin un
382. orre a Hall para lembrar que n o existe um eu essencial unit rio ape nas o sujeito fragmentado e contradit rio que me torno Hall 2003 p 40 Busca tamb m em Veiga Neto 2002b a explica o de que o conceito tratado como algo mut vel e o que trata a dimens o humana como defi nitiva n o poss vel Destaca ainda recor rendo a Fischer 2002 que n o existem su jeitos naturais s sujeitos encamados Ao final do texto o autor cria um P s pan tico epistemol gico Nele Backes recomenda ao pesquisador tratar o assun to com mod stia intelectual sem preten der as verdades absolutas para encerrar assuntos t o complexos p 44 Recomen 230 da ainda a transitoriedade de pensamentos acerca de um assunto que n o fechado deixando aberta toda possibilidade de ar gumenta o pois sendo as culturas h bri das h sempre um processo de negocia o entre quest es tnicas raciais culturais sexuais de g nero e econ micas Enfim Jos Lic nio Backes se aprofun dou nas articula es das id ias de Hall Bhabha e Bauman para trazer ao leitor a compreens o das negocia es das identida des diferen as culturais Como os autores estudados s o fortes referenciais nos Estudos Culturais foi poss vel a Backes explanar o contexto no qual est inserido esse campo do saber Isso colabora para o enriquecimen to te rico do pesquisador principalmente daqueles que se iniciam
383. os cultura baixa cultura alta cultura Todos somos sujeitos de cultura e da cultura Mas a cultura n o faz s isso A cul tura ambivalente cheia de pr ticas con tradit rias Faz com que as pessoas fiquem S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 143 152 jul dez 2005 idignadas diante das injusti as diante das discrimina es racismos diante da dor do outro e da outra A cultura produz os movi mentos sociais de resist ncia Produz a co ragem e a convic o de lutarmos com as nossas for as estabelecendo alian as de ra a g nero classe para minarmos os processos de domina o explora o dis crimina o e racismo A cultura fomenta novas pr ticas pr ticas que minam a dicotomia alta e baixa cultura Destaco que para o campo te rico utilizado n o faz sentido falar em alta e bai xa cultura Por m isto n o significa afirmar que as dicotomias perderam o status can nico no campo te rico Elas continuam sendo importantes marcadores e regulado res culturais Assim Desloca los n o signifi ca abandon los mas mudar o foco da aten o te rica das categorias em si mesmas enquanto reposit rios de valor cultural para o pr prio processo de classifica o cultural HALL 2003 p 239 Com isso n o se est aceitando que a classifica o seja convin cente ou leg tima Ela n o nenhuma des sas duas coisas porque sempre se move dentro do territ rio da natu
384. outros mais severos e o atendimento p blico mais efetivo Fun es a que as escolas de distritos rurais deveriam atender O discurso oficial discriminava na perspectiva de desvalorizar os distritos ru rais e suas popula es tidos como pobres necessitando de imediato do trabalho in fantil carecendo apenas de uma instru o de menor n vel Assim as escolas destes distritos ti nham a fun o de atender a necessidades de meninos pobres que como se verifica nos trechos a seguir eram consideradas muito mais restritas em termos de conheci mentos comparativamente aos dos meni nos ricos que frequentavam escolas de vi las e cidades Muito custar conseguir se o provimento com professores das escolas rurais para as quais dificilmente se encontrar o candidatos que re nam toda a compe t ncia justamente exigida pela lei mas n o remunerada com proporcional justi a Seria por isso bom contentarmo nos com os que sabem ensinar os principais rudimentos de que 103 necessitam os meninos pobres da campanha e parece me o suficiente pois que os ricos que podem e devem instru frem se melhor n o frequentam as es colas rurais Inspetor escolar Manoel Pinto da Costa J nior Grifo nosso Segue o mesmo inspetor utilizando se de palavras de terceiros e com isso en dossando uma concep o acerca do meio rural e das fun es da instru o para o mesmo E como adiantamento a estes conceitos me
385. p 03 O aprendizado das l nguas nativas das terras em miss o n o era a nica preo cupa o que o jesu ta deveria ter em termos de dominar o vem culo Havia uma orienta o do Geral Loyola de que todos os jesu tas onde quer que se encontrassem se esfor cassem para dominar o vern culo apren dendo n o s a falar mas tamb m a gra m tica da l ngua Essa orienta o est em uma carta de 1 de janeiro de 1556 de Polanco a mando de Loyola para os mem bros da Companhia Y por eso ha mandado nuestro Padre que en todos los lugares dondes se halla da Compa ia hablen todos la lengua de la tierra si en Espa a espa ola si en Francia francesa si en Alemania alemana si en Italia italiana y asi de las demas Y aqui en Roma ha ordenado que hablen todos la lengua italiana y a fin de que la aprendan los que no la saben todos los dias hay lecci n de gramatica italiana Car tas de San Ignacio de Loyola M adrid 1889 t VI p 95 FRANCA 1952 p 62 A Companhia de Jesus adquiriu com o tempo uma dupla caracterizac o no que conceme sua estrutura ela era universal e nacional ao mesmo tempo Universal no sentido de ser um instituto religioso nico organizado verticalmente e presidido em ltima inst ncia pelo pr prio Papa e sua universalidade era expressa no aprendiza do e utiliza o corrente do latim era nacio nal no sentido de se inserir no contexto lo cal de sua atua o sujeitando se aos
386. permitireis transportar para aqui as seguintes palavras do dr Mariano Pereira Nunes proferidas numa confer ncia rea lizada por ele na vizinha Republica Ori ental do Uruguai em 1892 e perfeitamente adaptadas s nossas condi es A cam panha precisa um programa especial para as suas escolas completamente diferente do das urbanas pelas seguintes raz es Primeira O meio diverso em que se de senvolve a intelig ncia das criancas Segunda A classe de vida para que se tem que preparar Terceira A maior necessidade que t m os pais do servico de seus filhos Quarta A dist ncia em que pode estar a escola Quinta Os obst culos que apresenta na campanha a inclem ncia dos elementos naturais Sexta O pouco preparo de muitos pais para compreenderem os benef cios da instru o e animarem seus filhos para aproveit los S tima O interesse que h em generali zar a instru o em menor grau em todos os pontos da campanha Oitava A dificuldade que oferece a ali menta o das crian as na escola 104 Nona A natural distribui o dos trabalhos mm rurais Inspetor escolar Manoel Pinto da Costa J nior As fun es da escola nos distritos rurais decorriam da vis o do papel destes locais inexpressivos pois afastados no pro jeto nacional como que de manuten o da situa o de pobreza e n o participa o na vida do estado Esta situa o modifica se no per odo de nacionaliza o
387. pesquisados Para Veiga Neto 147 2003 somente a partir da d cada de 1920 que o conceito de cultura come a a adquirir novos significados N o que n o exista mais o conceito cultura mas ele abalado pela antropologia ling stica filosofia e sociologia e na express o de Veiga Neto 2003 recente mente detonado pelos Estudos Culturais mos trando que mais produtivo utilizar culturas em vez de cultura Segundo o autor isso re presenta a passagem do monoculturalismo para o multiculturalismo Da mesma forma que Veiga Neto 2003 Costa Silveira e Sommer 2003 apontam que desde o seu surgimento os Estudos Culturais v m configurando um campo altemativo para fazer frente as tra di es elitistas que persistem exaltando uma distin o hier rquica entre alta cultura e cultu ra de massa entre cultura burguesa e cultura oper ria entre cultura erudita e cultura popu lar COSTA SILVERA SOM MER 2003 p 37 A distinc o entre alta e baixa cultura tamb m deixa de ter sentido pois n o h nenhum crit rio transcendental para hierar quizaras culturas Al m disso essa distinc o passa a ser vista como produtora de proces sos de silenciamentos e exclus es uma for ma t pica de quem se coloca como sujeito arrogante ou que faz uso de uma raz o arro gante que pretende fixar os significados como se estes tivessem alguma ess ncia natureza ou transcend ncia Nesse sentido na perspectiva que e
388. por meio de uma nica Uex caracterizando um cons rcio inter escolar Cabe observar que ao analisarmos o processo de implanta o do Programa remetemo nos aos anos de 1995 no caso da rede estadual de ensino e ao ano de 1998 na rede municipal de Pirassununga Sobre o Programa Dinheiro Direto na Escola Em 1995 o Minist rio da Educa o implantou o Programa de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental cabendo sua execu o e financiamento ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE para o que cria o Progra ma de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental com o objetivo decla rado de ao descentralizar os recursos fede rais para a educa o estimular a melhoria Theresa ADRI O Teise GARCIA Programa dinheiro direto na escola da qualidade do ensino fundamental e a autonomia das escolas BRASIL FDE 2003 No mesmo ano o FNDE elaborou um manual com orienta es para a implanta o do programa nos Estados e municipi os Res 12 de 10 de maio de 1995 O documento em sua Introdu o afirma o papel de coordenac o do Minist rio da Educac o e do Desporto O MEC dever executar cada vez menos e exercer cada vez mais uma func o de ar ticulac o na coordenac o da ac o dos estados e munic pios Todas as a es ser o orientadas com vistas descentrali za o crescente com o objetivo ltimo de atingir diretamente a escola contribuindo para o fortalecimento de
389. postas para estas quest es Os Sert es o sertanejo como a rocha viva da nacionalidade Publicado em 1902 Os Sert es de Euclides da Cunha resultado da expe r ncia do autor como enviado do Jornal O Estado de S o Paulo Bahia a fim de fazer a cobertura jornal stica da Revolta de Canudos em 1897 A obra divide se em tr s grandes partes A Terra O Homem e A Luta Na primeira parte intitulada A TERRA o autor situa geograficamente o leitor os sert es descritos incluem territ rios de Goi s Piau Maranh o Cear Pernam buco e Bahia descreve a terra do sert o nordestino do ponto de vista geogr fico e faz uma an lise do clima do sert o Embo ra n o seja essa a parte sobre a qual este estudo efetivamente recai merecem desta que as descri es po ticas permeadas de prosopop ias atrav s das quais eviden cia se a antropomorfiza o da natureza Como exemplo tem se a descri o das bruscas altera es clim ticas ocorridas no sert o S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 31 A terra desnuda tendo contrapostas em permanente conflito as capacidades emissiva e absorvente dos materiais que a formam do mesmo passo armazena os ardores das soalheiras e deles se esgota de improviso Insola se e enregela se em 24 horas Fere a o Sol e ela absorve lhe os raios e multiplica os e reflete os e re frata os num reverberar ofuscante pelo topo dos cerros pelo
390. preju zos subsistentes em segundo faremos assim nascer a emula o que deve impulsionar aqueles que tem a seu cargo fun es de tal natureza E com referencia aos professores da campa nha esta medida se nos afigura at indis pens vel proficuidade do ensino afasta dos dos centros mais adiantados preciso cham los de quando em vez discuss o das quest es referentes ao bom desempe nho de sua miss o concitando os tamb m a abdicar as praxes improf cuas de que n o raras vezes se deixam imbuir MORAES Jose Penna de O inspetor regional Santa Maria 16 de dezembro de 1897 O trecho a seguir demonstra a inviabilidade de provimento de escolas da campanha ou distritos rurais com profes sores formados na Escola Normal e a ne cessidade de aceitar pessoas sem habilita o que de boa vontade se dispusessem a ensinar pois essas aulas sendo para meninos pobres necessitavam que o pro fessor apenas ministrasse os rudimentos de instru o Se dificilmente podem ser providas as aulas das cidades onde os professores gozam de um certo bem estar e podem nas horas vagas aproveitar noutros tra balhos a sua atividade e intelig ncia a dificuldade toma se maior a respeito das dos distritos rurais Parece me que sem se dispensar a prova de habilita o liter ria exigida para a nomea o de professo res interinos das escolas da campa nha devia se restringir as mat rias exigidas para esta prova e n o dei
391. primeira iniciativa oficial de fomentar e organizar a pesquisa educacio nal no Brasil outros espa os institucionais tornaram se ao longo do tempo a base da estrutura objetiva do campo na qual se ins tituem os habitus analisados por Bourdieu 1 0s programas de p s gradua o em edu ca o criados a partir dos anos de 1960 2 Associa o Nacional de P s gradua o e Pesquisa em Educa o ANPED criada em 1976 cuja finalidade a busca do desenvolvimento e da consolida o do ensino de p s gradua o e da pes quisa na rea da Educa o no Brasil 3 A avalia o dos Programas de p s gra dua o institu da pela CAPES Coorde na o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior em 1976 4 Os Cadernos de Pesquisa revista publicada pela Funda o Carlos Chagas desde 1971 com o objetivo de divulgar a produ o acad mica sobre educa o g nero e ra a propiciando a troca de in forma es e o debate sobre as principais quest es e temas emergentes da rea A revista privilegia a dissemina o das pes quisas realizadas no pa s embora publi que tamb m estudos provenientes do ex terior apresenta o da revista no http www scielo br constituindo se como uma das principais refer ncias para o estudo da hist ria da pesquisa em Edu cac o no Brasil pela publicac o sistem tica de balancos na rea Analisando os artigos com revis es publicados na revista Cademos de Pesquisa o
392. proceso tanto de lo objetivo como de lo subjetivo Uno de los puntos cardinales de tales reformas debiera ser el tender hacia una educaci n cada vez m s abierta en su estructura con materias b sicas obligatorias y otras optativas incluyendo talleres art sticos desde la escuela media Esto no significa que debiera abandonarse una planificaci n sis tem tica de los curr culos incluyendo el aseguramiento de la presencia obligatoria de contenidos m nimos que no sean me S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 ras formalidades pero s que debe dotarse a los mismos de mayor flexibilidad y de la posibilidad incluso de reconocer como par te de la formaci n a otros saberes no ad quiridos en la pr ctica escolarizada especi almente para la educaci n de adultos y la formaci n permanente La contracara de una apertura tal debiera estar en una mayor garant a de la calidad de la formaci n ofrecida y de las calificaciones que se vayan a certificar dada la subvaluaci n de los diplomas y t tulos por lo poco que hoy significan Un paso en tal sentido podr a estar dado por la obligatoriedad de ex menes finales de aprobaci n del nivel medio y tal vez tambi n del superior en el t tulo de grado universitario con diplomas otorgados s lo por el Estado m s all de la instituci n en la que se haya cursado De m s est decir que estamos pensando en una agencia estatal con las competenc
393. puestos por el primero o porla pol tica de pr stamos abun dantes durante los a os 80 y 90 del se gundo que impulsaron una agenda de de terminadas reformas descentralizaci n de los sistemas educativos implementaci n del cheque educativo privatizaci n de la educaci n etc Como han planteado de Puelles Ben tez y Mart nez Boom El concepto de reforma tiene dos connotaciones por un lado se expresa como un programa pol tico de acci n con estrategias que van del cen tro a la periferia Por otro lado insin a intencionalidades que se dan entre diversos actores sociales cuyas relaciones son casi siempre asim tricas pues ellos son portado res de diferentes tradiciones representaciones y pr cticas y poseen diferente intensidad y fuerza lo cual genera una din mica mucho m s compleja que un simple movimiento de acci n reacci n La reforma es parte del proceso de regulaci n social expresa la estrategia a trav s de la cual el poder no solo delimita y define las pr cticas sociales sino que pone en juego los sistemas de orden de apropiaci n y de exclusi n La reforma educativa define los fines las posibilidades y las limitaciones de las distintas instituciones y agentes educativos a trav s de la S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 legitimaci n de ciertos modelos de funcionamiento en los rdenes macro o micro de la educaci n Es decir define la manera como se
394. pula o sertaneja se deu diferentemente da litor nea O sertanejo tem maior influ ncia do n dio enquanto o tipo humano do litoral mais marcado pelo cruzamento com o negro Isso tem segundo o autor determinante contri bui o sobre o car ter de cada um desses tipos o sertanejo e o homem litor neo Mesmo que ambos sejam mesti os o que do ponto de vista do autor negativo para seu desenvolvimento e sua evolu o o ser tanejo est em vantagem por ter recebido maior influ ncia do ndio do que do negro S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 33 Sobre as caracter sticas morais do sertanejo o autor afirma que s o uma mescla do car ter do bandeirante paulista e do jesu ta europeu 1 0 bandeirante paulista bravo e deste mido em busca de ouro ou escravos n o povoava ao contr rio por onde passa va deixava porventura mais deserto 2 0 jesu ta europeu resignado e tenaz 3 0 vaqueiro sertanejo bravo e destemi do como o bandeirante resignado e te naz como o jesu ta tinha uma vantagem que faltou a ambos a fixa o ao solo Nos sert es brasileiros o vaqueiro figura preponderante O povo sertanejo mesti o foi sendo formado pela fus o com outros povos do sul e do norte que se aven turavam em busca de minas Abrindo aos exploradores duas entradas nicas nascente e foz levando homens do sul ao encontro dos homens do norte o grand
395. r a simb 198 lica uma simples pedra se for o local onde um deus apareceu ou um simples tecido de l se for o abrigo usado um dia por um her i possuem um valor incalcul vel n o como pedra ou como um peda o de pano mas como lugar sagrado ou re l quia her ica Um semi foro fecundo porque dele n o cessam de brotar efeitos de significa o Na exposi o visibilidade que os semi foros realizam sua significa o e sua exist ncia Seu lugar p blico templos museus bibliotecas teatros cinemas cam pos esportivos pra as e jardins lugares santos como montanhas rios lagos cida des Em resumo locais onde a sociedade possa comunicar se celebrando algo co mum e que conserva o sentimento de co munh o e de unidade Um objeto um acontecimento um animal uma pessoa uma institui o um semi foro A celebra o de um semi foro pode acontecer por meio de cultos peregri na es representa es de feitos her icos passeatas desfiles monumentos uma vez que o semi foro capaz de relacionar o vis vel e o invis vel no espa o e no tempo o invis vel pode ser o sagrado um espa o al m de todo espa o ou o passado ou o futuro distantes um tempo sem tempo Entretanto Max Weber 2004 no in cio do s culo passado j expressava a condi o de estarmos vivendo um mun do desencantado mundo onde mist rios maravilhas prod gios tornaram se intelig veis pelo
396. r crescer o n mero de trabalhadores implementando novas t c nicas como o kanbam reposic o dos pro dutos somente depois de sua venda e sua correspondente expans o para empresas subcontratadas e fornecedoras com capa cidade de satisfazer rapidamente pedidos pequenos e variados No campo pedag gico o novo pa radigma do conhecimento aqui tomado em sentido muito pr ximo de informac o que se adquire pela utiliza o saber usar pela interac o saber comunicar e pela a o saber fazer segundo o documento de Jomtien vai trazer para a linha pedag gica das reformas os quatro pilares propos tos pela p s modernidade aprender a co nhecer aprender a fazer aprender a convi ver e aprender a ser oriundos da psicolo gia da aprendizagem Destacar amos que na contram o da reforma proposta pelo governo algumas entidades passam a discutir altemativas pa ra a educa o reunidas no que ficou conhe cido como PNE da Sociedade Brasileira forcando o governo FHC a proposic o de um Plano Nacional de Educac o que ex pressava as a es articuladas pelos agen tes multilaterais do capital financeiro inter nacional para a educac o A este respeito Valente e Romano 2002 p 99 comentam As duas propostas de PNE materializavam mais do que a exist ncia de dois projetos de escola ou duas perspectivas opostas S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 de pol tica educacional El
397. r est gio de aperfei oamento alcan ado pelo homem que vivera segundo a pr tica da virtude El s bio no es insensible experimenta las pasiones y el dolor pero sabe sobreponerse a ellas someti ndolas a la raz n Nunca se deja dominar por la ira el odio ni la envidia No puede vivir sin el cuerpo pero procura no vivir para el cuerpo No apega su coraz n a las riquezas ni se altera cuando las pierde El sabio afronta los peligros y lucha Su vida es un esfuerzo heroico para no dejarse doblegar por las adversidades ni dejarse vencer por la fortuna El sabio debe mantener por encima de todo una sereni dade imperturbable Pero si es vencido en la lucha el sabio se somete serena mente al Destino pero sin implorar 0 papel do s bio na forma o da humanidade clemencia como el gladiador que cae ante la espada de su vencedor As llega no solo a parecerse a los dioses sino hasta a hacerce l mismo dios SENECA apud FRAILE 1971 p 668 Assim sendo o s bio seria o homem que tem const ncia nas a es nos atos e nos prop sitos indistintamente das circuns t ncias boas ou m s n o perde o seu tem po com futilidades do mundo nem se deixa envolver pelos apelos materiais nem pelas distin es passageiras SCHOPKE 2002 Por ser senhor de si mesmo e por estar aci ma de todas as conting ncias atinge o ideal da felicidade est sempre feliz Segundo S neca com essas caracter sticas o s bio e
398. ra balhadores Paracampos complementa a explica o de Santos O grupo pol tico ligado ao ex secret rio Ant nio Carlos Biffi estava fora do govemo e n o poupava cr ticas ao mesmo no in terior do partido e mesmo publicamente Biffi havia sido exonerado da Secretaria de Administra o no final de 2000 ap s uma reestrutura o administrativa Seu retorno ao governo era considerado como fundamental para a recomposi o do gru po pol tico do governador A secretaria escolhida foi a da Educa o j que Biffi era professor e tinha pretens es pol ticas S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 para as pr ximas elei es O ent o secre t rio na vis o do Governo tamb m ficaria contemplado pois assumiria sua vaga de deputado na Assembl ia Legislativa A tro ca foi feita e Biffi que avaliava ter perdido espa o na educa o para Pedro Kemp assume a Secretaria e numa postura revanchista procura desconsiderar as a es do antecessor O Plano de Educa o para a Rede Estadual aprovado na Constituinte Escolar fica no esquecimen to at 2003 quando o novo Secret rio de Educa o H lio de Lima retoma as dis cuss es para a elabora o do Plano Esta dual de Educa o para todo o Sistema Estadual de Ensino PARACAM POS 2004 Santos ainda retoma Colocou se na mesa de negocia o um trabalho de uma importante Secretaria do governo que vinha se empenhando para const
399. ra tamb m P Voc acha que precisa mais letras C Precisa mais uma igual essa vai ficar tudo igual um pouco P Ent o escreve A atividade prosseguiu da mesma forma ou seja centrada na tentativa de recordar o nome das letras e suas formas Desse modo a redu o do n mero de le tras na escrita pode estar ligada ao fato de ter se lembrado apenas de tr s letras do nome da professora Ao final disse afirmou que a escrita auxiliava a lembran a do texto Disse ter escrito Feliz Natal sem se apoiar na escrita para lembrar Como p de ser verificado mesmo tendo escrito o seu nome n o o leu Isso sugere que a crian a n o compreendeu que a escrita pode ser usa da com finalidade mnem nica P Muito bem MI Voc acha que essa escrita ajuda voc a lembrar o que voc escreveu C Eu escrevi um pouquinho mas muito n o P E escrita ajuda voc a lembrar C Acena afirmativamente com a cabe a P Ent o l C Tia V feliz Natal P Que mais voc escreveu Voc escre veu s feliz Natal C Escrevi MI notou que n o escreveu muito mas concordou que a sua escrita auxiliava a recorda o da mensagem Contudo como mencionado apesar de ter escrito o seu nome ao final da mensagem n o o leu porque n o buscou no texto escritas expressivas valia se exclusivamente da mem ria para lembr lo A ltima dessa sequ ncia de ativida des desenvolvida por MI muito
400. ral muito baixo porque pobre Eduarda 2 ano Ou ainda A falta de cultura um dos principais fatores que influenciam essa situa o o sistema atual provoca um c rculo vicioso pessoas cultas geram pessoas cultas e em compensa o no outro p lo social pessoas ocultas geram pessoas ocultas Tereza 2 ano Acredito que a estudante quis escrever pessoas in cultas mas mantive a grafia original Penso que seja importante destacar quea quest o de alta cultura e baixa cultura uma discuss o que n o se esgota e mes mo que seu uso seja como coloca Veiga Neto 2003 detonado pelos Estudos Cultu rais n o quer dizer que isso seja suficiente No dizer de Hall 2003 mesmo que a intro du o de ambival ncia hibridismo interde pend ncia perturbem e transgridam a estabilidade do ordenamento hier rquico bin rio do campo cultural em alto baixo n o destroem a for a operacional do princ pio S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 143 152 jul dez 2005 hier rquico da cultura HALL 2003 p 239 Ainda n o mais se pode dizer pelo fato de a ra a n o ser uma categoria cient fica v lida que de forma alguma enfraquece sua efic cia simb lica e social idem Al m de a cr tica dicotomia n o indicar que essas classifica es n o exis tam mais significa tamb m reconhecer que ela continua produzindo efeitos O pr prio Hall 2003 lembra que seria ingenuidad
401. raliza o e transistoriza o Por m n o a considerar para estudar grupos que recorrem a ela se ria n o levar em conta as articula es rele vantes que ocorrem naquele contexto e signi ficaria perder uma de suas dimens es mais importantes a dimens o do pr prio proces so de classifica o cultural HALL 2003 Assim a menciono porque ela apare ceu de forma recorrente em todas as estrat gias utilizadas nesta pesquisa produzindo representac es de identidades e diferencas Essa dicotomia vem ao encontro do que afir 145 mam os Estudos Culturais ao dizerem que ela geralmente est vinculada a concep es de cultura enquanto uma coisa uma baga gem uma heran a representa es muito presentes nas falas dos sujeitos investigados Foi poss vel perceber que essa com preens o de cultura por parte dos sujeitos pesquisados est carregada de sentidos que representam os outros para eles o outro geralmente o pobre um sujeito sem cultura como incapazes respons veis pela sua condi o na sociedade como podemos perceber pelo debate realizado sobre a gua durante uma aula de Geografia numa tur ma de 2 ano do Ensino M dio O problema come a pela cultura do povo Ele pobre n o tem cultura Acha que tem gua sobrando N o consomem gua limpa n o t m dinheiro para com prar gua Mas tamb m s o muito igno rantes N o colaboram deixam a torneira pingando Duvido
402. reduza globaliza o da economia e onde o conceito e a pr tica do multiculturalismo ultrapassem uma postula o puramente voluntariosa ou mesmo ideol gica das diferen as Con tudo estamos longe de resolver os con flitos tnicos que tensionam as rela es pol ticas para ingressar realmente no que o Ill mil nio teve de melhor como an ncio esperan oso Este ainda o calcanhar de Aquiles de uma sociedade do espe t culo GUY D BORD por vezes can sada por vezes indiferente diante de tanta camificina como no Oriente M dio Acontece que o espet culo entra dentro de nossa casa de todas as formas Por exemplo nunca a invas o da priva cidade no estilo Big Brother ou de fofo cas de revistas no estilo Caras deu tanto lucro Volta a quest o do ixo informa Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o cional midi tico Mitos narc sicos s o fabricados e jogado na m dia para durar pouco como aut nticas paradas de su cesso simultaneamente a concertos de Beethoven A tecnologia da sociedade em rede para gera o de espet culo sua melhor ferramenta Onde est o nosso discemimento para o diferente que faz diferen a para al m de pruridos mo rais de reconforto nossa indigna o Guardadas as pr prias diferen as de tempo e contexto talvez fosse a hora de revisitarmos a Dial tica do esclarecimen to de Adorno e Horkheimer
403. rega deles eram solenes com a presen a de altas autoridades eclesi s ticas e civis e dos familiares Os pr mios como coroamento da emula o n o foram inven tados pelos jesu tas mostra Franca mas sua import ncia e sua distribui o a Com panhia de Jesus por meio do Ratio deu tal realce e esplendor que a elevaram altura de um dos atos mais importantes e ansio samente desejados da vida escolar p 39 Para se ter uma id ia aproximada da import ncia dos pr mios como auge e alvo das in meras formas de competi o entre os estudantes existe no Ratio uma sess o ex clusiva sobre Normas de distribui o de pr mios cuja primeira regra prescreve a quanti dade dos pr mios no que toca apenas s clas ses inferiores ou seja do curso de Letras Para a classe de Ret rica haver oito pr mios dois para prova latina dois para poe sia dois para prosa grega e outros tantos para poesia Para a classe de Humanida des e a primeira classe de Gram tica ha ver seis pr mios na mesma ordem omi tindo se a poesia grega que de regra n o ocorre abaixo da Ret rica Para todas as outras classes inferiores quatro pr mios omitindo se tamb m a poesia latina Al m disso d se tamb m em todas as classes um pr mio ao aluno ou aos dois alunos que melhor houverem aprendido a doutri na crist Conforme o n mero grande ou pequeno dos estudantes poder o distribuir se mais ou menos pr mios c
404. respons vel pelo seu sucesso e seu fracasso e que a sociedade deveria assumir o financiamento da esco la Em detrimento a esta ressalta que a Constituinte Escolar foi um exemplo cabal da gest o democr tica E como Kemp entende a gest o democr tica como um fazer onde cada sujeito da escola pais alunos professores administrativos coordenac o pedag gica e direc o participam efetiva mente da construc o do projeto pol tico pedag gico da elabora o do planejamen to aplicac o dos recursos financeiros e da organizac o do ensino Em decorr n cla dessa compreens o reafirm vamos a 159 defesa da dire o colegiada na escola do colegiado enquanto unidade executora do apoio aos gr mios estudantis das elei es diretas para diretores SANTOS 2004 Paracampos com a mesma concep o ressalta que o conceito de gest o de mocr tica delineada na Constituinte Escolar exige a participa o ativa dos segmentos inter nos e extemos da escola na compreen s o das quest es da educa o e nas de cis es tomadas em rela o a elas Neste sentido a constituinte tinha como objetivo central investir na forma o e na organi za o desses sujeitos ou seja o compro misso com a forma o pol tica da comu nidade escolar como forma de investir numa participa o qualificada conside rando os interesses contradit rios de classe PARACAMPOS 2004 Kemp alerta que a gest o democr tica
405. romisso geral com a democracia uma ideologia oposta ao elitismo ao dogma tismo e ao vanguardismo revolucion rio dos primeiros partidos socialistas preo cupac o por uma invers o de prioridade frente pol tica governamental o fim da tradi o clientelista e autorit ria da pol tica de elite Em suma o que ca racterizava o PT em sua funda o e tal vez o unificava era uma ideologia participativa uma tica igualit ria e um projeto socialista anticapitalista PETRAS VELTM EYER 2001 p 114 Fez se o destaque acima sobre o partido uma vez ressaltado por Kemp que para ser coerente com o projeto do Gover no Popular coordenado pelo PT se fez ne cess rio formular uma proposta que pu S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 desse representar tudo aquilo que o PT sem pre defendeu na rea de educa o E assim nasceu a Proposta de educa o Escola Guaicuru vivendo uma nova li o afir mando a educa o como um direito de todos e tida como um dos pressupostos b sicos para a cidadania ativa nuncian do como objetivo principal construir uma escola p blica que efetive a democratiza o do acesso a democratiza o da gest o a perman ncia e progress o escolar do alu no e a qualidade social da educa o que inclui a valoriza o de seus trabalhadores MATO GROSSO DO SUL 1999 p 13 A viabiliza o dessa Proposta teria co
406. rsidade da Regi o da Campanha Bag RS Revista do Centro de Educa o Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria RS 117 Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos Institui o Toledo de Ensino ITE Bauru SP 118 Revista do Mestrado em Educac o Universidade Federal de Sergipe UFS S o Crist v o SE 111 LIZ 113 114 115 116 ni Sen a a i 240 119 Revista do Programa de P s Gradua o em Educa o Universidade Federal de Santa Maria UFSM RS 120 Revista dos Expoentes Universidade de Ensino Superior Expoente UniExp Curitiba PR 121 Revista Educa o Porto Alegre RS 122 Revista Educa o e Movimento Associa o de Educa o Cat lica do Paran Curitiba PR 123 Revista Educa o e Realidade Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS 124 Revista Ensaios e Ci ncias Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regi o do Pantanal Campo Grande MS 125 Revista Espa o Instituto S o Paulo de Estudos Superiores S o Paulo 126 Revista Estudos Ling sticos e Liter rios Universidade Federal da Bahia Salvador BA 127 Revista F rum Cr tico da Educa o Instituto Superior de Estudos Pedag gicos ISEP Rio de Janeiro RJ 128 Revista Fronteiras Estudos Midi ticos Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS S o Leopoldo RS 129 Revista Horizontes Universidade S o Francisco USF Bragan a Paulista SP 130 Revista Id ias amp Argumentos
407. rte portanto o curso de Letras antes de mais nada fundamentado na arte A marca registrada do curso de Hu manidades ou Letras portanto a cria o de uma forma elegante cl ssica e erudita de se expressar forma ali s perfeitamente moldada para que o conhecimento filos fico e teol gico pudesse ser plenamente apreendido e desenvolvido Os cursos infe riores forneceriam a boa seara para as se mentes dos cursos superiores principalmen te da teologia A forja que formava os futu ros jesu tas principiava pela forma aprimo rada e depois pelo saber escol stico Ao terminar o curso de Letras o es tudante jesu ta iniciava sua forma o filo s fica na qual se aprendia L gica F sica Metaf sica e tica Sob roupagem transparente de uma linguagem casti a e adornada com as galas encantadoras de um estilo apurado haja substancia de bons pensamentos dispostos em boa ordem e concatenados 88 C lio Juvenal COSTA A forma o do padre Jesu ta no s culo XVI pelos liames do raciocinio legitimo Este o empenho da philosophia que se pro p e ministrar nova intelligencia doutri na s e copiosa n o a peda os soltos mas systematizada e unida segundo as leis da boa logica RODRIGUES 1917 p 55 56 Cabe Filosofia fomecer a base l gi ca e cient fica da teologia al m se ser supor te para as ci ncias f sico naturais como por exemplo a Matem tica a Biologia e a Fisi ca O curs
408. ruir e efetivar uma pol tica educaci onal na rede p blica de ensino em conformidade com as diretrizes gerais que os educadores e educadoras progressistas sempre defenderam a educa o enquanto um direito a qualidade social a demo cratizac o do acesso escola a garantia da perman ncia a gest o democr tica e a valoriza o dos trabalhadores e traba lhadoras em educa o SANTOS 2004 Kemp ainda chama a aten o para o ponto questionado sobre o fato de n o ter acontecido uma press o organizada e imediatamente ap s o Congresso conside rando a concep o do movimento que his toricamente se processava Ele argumenta que esse um assunto que deveria ser pesquisado mas que nas suas palavras acredito que constru ram para tal alguns fatores a Ningu m afirmou que a Constituinte n o seria implementada O Governo ao contr rio garantiu a continuidade 163 164 b Grande parte das pol ticas educacio nais aprovadas no Congresso j estavam em processo de implementa o c Oposi o da dire o da FETEMS que poca era politicamente ligada ao novo Secret rio Historicamente sempre foi a FETEMS quem liderou os movimentos reivindicat rios da educa o no Estado d Desarticula o dos coordenadores e delegados das escolas que se dispersa ram ap s o Congresso e Certo conformismo de boa parte dos educadores com a cultura da descontinuidade de projetos com a troca de
409. rural school was established although just a beginning as well as a movement of inclusion in the legislation of elements that would demonstrate its consideration Key words History of Education educational policies teacher training No final do s culo XIX e in cio do s culo XX o sistema educacional como hoje conhecemos organizado administra tivamente com hierarquias e especializa o tem tica reconhecida com representa o local constitu da por funcion rios remune rados na condi o de profissionais porta dores de forma o e compet ncias espec ficas para a fun o com pr dios pr prios para abrigar a estrutura administrativa e como sinal de desenvolvimento implemen ta o e materializa o de pol ticas edu cativas ainda n o tinha se constitu do Pela indiferencia o de servi os pela aus ncia de um corpo de funcion rios hierarquiza dos e respondendo por fun es de plane jamento implementa o e controle de a es educativas e pelo fato de que algu mas dimens es sociais da educa o ain da n o estarem claramente formuladas alguns conceitos que hoje s o usualmente empregados e que parametrizam pol ticas pr ticas e desencadeiam redefini es em tais pol ticas ainda n o tinham se consti tu do formulado e configurado pr ticas e entendimentos O ensino rural como um espa o de investimento do esfor o de pol ticas p blicas e a forma o espec fica de professores para
410. s Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 por la dictadura militar y su duraci n fue lo suficientemente larga como para imponeria y consolidarla sin oposici n lo que obviamente fue a n m s inconsulto y arbitrario como proceso La raz n por la que comenzamos destacando la falta de consenso es porque se parti de la base de que la reforma era una necesidad t cnica con una mirada centrada en el enfoque cumicular la estructura del sistema y la actualizaci n de contenidos ignorando que no hay pr ctica educativa posible ni social o pol tica sin sujetos que las encarnen As las reformas nacieron heridas de muerte anunciada m s all de los cambios que efectivamente produjeron algunos de los cuales han sido positivos En ambos pa ses algunas voces se alzaron para insistir en la necesaria reformulaci n del espacio de la educaci n superior destinado a la formaci n docente No s lo era conveniente reformular los contenidos y materias era imprescindible plantearse otra forma de llegar con el conocimiento a nuestros ni os y j venes Esto s lo pod a lograrse en un contexto de profundo compromiso con el quehacer educativo entendiendo a la educaci n como un componente estrat gico y necesario para el bienestar Este olvido se liga con lo que dec amos m s arriba al referirnos a la concepci n pedag gica que ha persistido en la que la interacci n y pr ctica coopera tiva en el proceso
411. s Paulo Netto a orga niza o em Linhas de Pesquisa n o garan te a produ o de conhecimento que fa a o campo avan ar assim como Refer ncias Nenhuma forma o te rico metodol gica garantia de xito de investiga o Ela um dos componentes da investiga o e deve ser um componente fundamental N o h pesquisa rica feita por sujeito ig norante mas s o sujeito culturalmente rico n o constitui garantia para o xito da pesquisa NETTO J P 1997 A organizac o em Linhas de Pesqui sa apenas um dos componentes da for mac o de pesquisadores a meu ver um componente fundamental mas n o ga rantia nem a nica forma de faz lo Notas Comiss o de Acompanhamento e Avalia o da CAPES Este trabalho segue apenas a trilha seguida por outros pesquisadores brasileiros como Moreira 2002 que utilizou o mesmo conceito pourdieusiano para analisar o campo do curr culo 3 Com o objetivo de apresentar uma vis o geral da situa o da pesquisa educacional no Brasil a auto ra analisou pesquisas publicadas no per odo de 1965 a 1970 nas cidades de S o Paulo e Rio de Janeiro Esteves 1984 Franco 1984 Vieira 1985 M ello 1983 5 Gatti 1982 Mello 1982 Gouveia 1985 Vieira 1988 Gatti 1983 Warde 1990 Cunha 1991 Weber 1992 7 Andr 2001 Gatti 2001 e 2002 8 No Coleta Capes h informa o de 16 projetos financiados por outras ag ncias em 2003 FAP
412. s os quais exigiam sempre novas coisas a serem aprendidas A forma o do mission rio A prepara o para as miss es come ava cedo na Companhia de Jesus pois j no curso de Letras ou Humanidades havia espa o para se estudar generalidades com o t tulo ilustrativo de erudi o Para alargar mais a conveniente instruc o do alumno e dar como que um verniz brilhante forma o liter ria patenteia o Ratio um campo vastissimo que elle distinguiu com o nome de eru di o na qual o professor experimentado e erudito sem desconcertar a unidade do plano enriquecia o espirito com uma va riedade immensa de conhecimentos uteis e agradaveis Neste campo entrava muito larga a chronologia a historia a geo graphia os usos e costumes das gentes a noticia biographica e literaria dos auctores no es de varia literatura mythologia e technologia e quanto pudesse concorrer S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 91 para formar um espirito illustrado RODRIGUES 1917 p 45 46 Estes assuntos seriam vastamente encontrados nas terras das miss es exis tindo sempre a preocupa o em entender a hist ria a geografia os usos e costumes das gentes a mitologia etc dos gentios a serem catequizados De certa forma es ses estudos que agu avam a imagina o dos estudantes jesu tas j os preparava para atribuir import ncia a estes temas quando mission rios Os futuros mission rios
413. s se l Nas m os dos estudantes de teologia e filosofia n o se ponham todos os livros mas somente alguns aconselhados pelos professores com o conhecimento do Rei tor a saber al m da Suma de Santo D m s para os te logos e de Arist teles para os fil sofos um coment rio para consulta particular Todos os te logos devem ter o Concilio Tidentino e um exemplar da B blia cuja leitura lhes deve ser familiar Consulte o Reitor se conv m se lhes d algum Santo Padre Al m disto d a todos os estudantes de teologia e filosofia al gum livro de estudos cl ssicos e advirta lhes que lhe n o descuidem a leitura em hora fixa que parecer mais conveni ente Ratio 1952 p 143 Especificamente sobre S Tom s de Aquino como o doutor adotado pela Companhia se prescreve na regra 2 do Professor de Teologia que o tomismo deve ser seguido sempre em termos teol gicos mas n o de modo tal que n o se deva em algum momento apartar se dele Em teologia escol stica sigam os nossos religiosos a doutrina de Santo Tom s con siderem no como seu Doutor pr prio e concentrem todos os esfor os para que os alunos lhe cobrem a maior estima Entendam por m que se n o devem adstringir de tal modo a Santo Tom s que lhes n o seja permitido em cousa algu ma apartar se dele uma vez que os que de modo especial se professam tomistas por vezes dele se afastam e n o seja jus to se liguem os nossos religiosos a Santo Tom
414. s veis deter minantes das reformas educacionais brasi leiras ocorridas nos anos 1990 do s culo passado requer caracterizar mesmo que sucientamente o contexto hist rico e pol ti co em que essas reformas foram implemen tadas Nessa dire o assinalamos como antecedentes desse contexto a partir de meados da d cada de 1980 in meras ino va es cient ficas e tecnol gicas como a microeletr nica a rob tica a qu mica fina a biotecnologia e a fibra tica que passam a ser incorporadas pelos processos produ tivos do mundo capitalista demandando mudan as nos processos de qualifica o da for a de trabalho Observamos ainda que essa descri o n o incide em conside rarmos tais mudan as como sujeitos desse processo antes consideramos que as trans M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar forma es na base t cnico produtiva aten dem aos esfor os implementados pelo capi tal na perspectiva de controlar e subordinar o trabalho Ponderamos que essas mudan as fomentariam gradativamente a supera o de pr ticas fordistas de produ o e a ado o de modelos produtivos mais flexi veis que culminariam em algumas regi es do mundo capitalista com uma racionaliza o da produ o orientada pelo toyotismo Al m das altera es nos setores pro dutivos o mundo passaria a viver uma re composi o geopol tica no lastro da deses trutura o do projeto social
415. s Documentos da rea produzidos pelas Comiss es de avalia o e documentos di vulgados pela ANPED parece claro que a hist ria da pesquisa em Educa o no Brasil foi marcada por alguns passos O primeiro passo foi a sua pr pria configura o como um campo cujo marco inicial foi o artigo de GOUVEIA 1971 que inaugurando a revista Cademos de Pesqui sa inicia a reflex o sobre a pesquisa educacional no Brasil Embora a d cada de S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 15 1920 seja o marco da forma o da intelligentzia educacional brasileira o artigo de Gouveia pode ser considerado o discur so inaugural da reflex o do campo sobre si mesmo O car ter inaugural desse artigo n o reside apenas no seu ineditismo e prop si tos reside principalmente na percep o da necessidade de definir o que era pesquisa educacional isto de determinar que obje tos identificavam uma pesquisa como sen do de educa o uma vez que os l cus de realiza o ou divulga o Centro Brasileiro e Centros Regionais de Pesquisas Educaci onais INEP Universidades n o eram sufi cientes para definir sua inser o no campo Para os prop sitos do levantamento realizado Gouveia classificou como pesqui sa educacional qualquer estudo que incida em uma ou mais das seguintes reas a a situa o escolar ou algum de seus aspectos aprendizagem m todos de en sino material did tico alunos profes
416. s IFES da regi o que respondem por 71 7 dos grupos de pesquisa da regi o o que certamente indica o pe queno n mero de grupos de pesquisa nas demais IES estaduais confessionais e privadas Em termos nacionais h um predom No 1O Uy 1O nio de duas reas de conhecimento Medicina e Educa o que s o respon s veis respectivamente por 6 1 e 6 0 dos grupos nacionais 4 A partir desses dados not ria a neces sidade de fortalecimento institucional da pesquisa e melhor distribui o dos gru pos entre as IFES da regi o Procurando aprofundar esses dados examinei as listas dos grupos de pesquisa da rea de Educa o no Diret rio do CNPq e comparei com as linhas de pesquisa dos programas de P s gradua o em Educa o do Centro Oeste Fonte coleta CAPES constatando que 1 Os grupos de pesquisa cadastrados no CNPq constituem um universo maior do que as linhas e projetos de pesquisa dos programas da rea de Educa o Isso poderia indicar um potencial mai or de pesquisadores Os Programas j examinaram as listas dos grupos de suas institui es para verificar as possi bilidades de articula o 22 As linhas de pesquisa dos Programas de P s gradua o da Regi o guardam rela o estreita verifiquei por palavra chave e h tem ticas que se repetem em at quatro programas Naquela ocasi o referendando o conferencista propus que se discutisse o de senvolvimento de a es co
417. s con di es hist ricas dos sistemas educativos No Rio Grande do Sul no in cio dos anos 40 do s culo XX foram criadas as Escolas Normais Rurais setenta anos ap s a cria o da Escola Normal Desde as lti mas d cadas do s culo XIX o estado j contava com uma Escola Normal voltada de fato para a forma o de professores p blicos em e para zonas mais populosas A diminuta procura pela Escola Normal e posteriormente pela Escola Complementar p blica esta localizada na capital do esta do seu reduzido numero de formados con corr a para a invisibilidade das necessida des de instru o em distritos rurais da cam panha ou da col nia Por outro lado o Curso Complementar oferecido em col gios particulares mantidos por congrega es religiosas femininas acolhendo mo as de estratos mais elevados da popula o tam b m n o focalizava a realidade rural do estado voltando se mais para a forma o da professora e da mulher para o lar dando cultura geral ampla Nunca demais retomar as id ias de Varela com refer ncia s condi es que le varam emerg ncia dos sistemas educati vos como hoje os entendemos J lia Varela 1986 em sua genealo gia dos sistemas educativos indica quatro condi es para a constitui o dos sistemas p blicos de educa o a compreens o da inf ncia como fase separada do mundo adulto a institucionaliza o da escola a constitui o de um corpo de esp
418. s de supera o dos problemas enfrentados 8 O voc bulo Constituinte conforme utilizado nesse estudo tem um sentido din mico significando aquele ou aquilo que faz que cria que organiza que estabelece alguma coisa Portanto remete a um poder que apresenta diferentes significados tais como possibilidade capacidade de fazer uma coisa imp rio soberania autoridade jurisdi o posse atri bui o Nesse sentido entende se por poder consti tuinte a express o da soberania nas rela es in terna do Estado E mais representa a autodetermi na o de um povo ou a capacidade de um coletivo de sujeitos elaborar ou fazer cumprir o ordenamento Refer ncias jur dico fundamental do Estado sem a submiss o a qualquer outro ordenamento ou decis o externa o poder de constituir e num sentido tamb m din mico criar fazer organizar estabelecer algu ma coisa BASTOS 1998 p 197 201 Efetuando uma transposi o para a rea da educa o tem se o car ter constituinte da Constituinte Escolar Essa quest o remete a Gramsci 1994 quando explicava sobre os partidos 1 estes s o at agora o modo mais adequado para aperfei oar os diri gentes e a capacidade de dire o em outras pala vras os partidos podem se apresentar sob os no mes mais diversos mesmo sob o no e de antipartido e de nega o dos partidos na realidade at os chamados individualistas s o homens de partid
419. s de uma a o transformadora mais radical Ter participado S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 169 deste momento hist rico da educa o em Mato Grosso do Sul com o Pedro foi de muito aprendizado satisfa o e realiza o como pessoa e como profissional PARACAMPOS 2004 Kemp destacou que foi um proces so extremamente rico de muita mobiliza o nas escolas de muito debate de forma o e capacita o Este foi o principal resultado e ningu m pode apagar Levanta ainda pontos de suma import ncia para o enten dimento que se almeja trazendo tona o papel de outros autores ou melhor outros sujeitos sociais Foram dois anos e meio de debates No primeiro ano tivemos que vencer resis t ncias enfrentar a oposi o da FETEMS e motivar as pessoas participa o uma vez que j estavam descrentes com os projetos que vinham da SED O segundo ano foi de maior participa o Os cader nos tem ticos chegaram a todas as esco las Tive a oportunidade de presenciar o debate em muitas delas Muitas escolas se reuniram por regi o para um estudo conjunto Algumas aproveitavam at o fi nal de semana para estudar com almo o de confraterniza o e tudo Tinhamos res gatado a confian a dos educadores at porque boa parte do que era discutido com a comunidade j era acatado pela SED e era implementado ex Educa o B sica do Campo Educa o Especial Edu ca o de
420. s desen volvidas pela escola tradicional que repro duzem as rela es de poder da sociedade a desigualdade a exclus o e a discrimina o e procura estabelecer novas rela es sociais que tornem os sujeitos envolvidos no processo educacional protagonistas da constru o de uma nova educa o capaz S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 de instrumentalizar as pessoas para inter vir na realidade para transform la Neste sentido frisa ele que a gest o democr tica assume um car ter que vai al m das pr ticas de elei o da dire o e do colegiado escolar t o somen te Mas se insere numa concep o mais ampla ou seja de uma escola que n o s administrada com participa o popu lar mas que tamb m procura articular os interesses das camadas populares na de fini o de sua fun o social tendo em vista a transforma o da realidade Por isso procura comprometer a comunidade es colar interna e extema na elabora o de sua proposta pol tico pedag gica redirecionando o sistema de autoridade e a distribui o do trabalho no seu interior KEMP 2004 Para Santos a gest o democr tica tamb m implica autonomia e participa o chamando a aten o de que a concep o que fundamenta o entendimento de auto nomia e participa o difere da concep o neoliberal Nesta ltima concep o auto nomia e participa o significavam respec tivamente a escola
421. s do mundo inteiro S o sistemas de televis o est dios de entrete nimento meios de computa o gr fica equipes para cobertura jornal stica e equi pamentos m veis gerando transmitindo e recebendo sinais na rede global da nova m dia no mago da express o cultural e da opini o p blica na era da informa o CASTELLS 1999 p 498 Redes s o estruturas abertas que ten dem a se expandir gerando novos n s que 201 compartilham os mesmos c digos de co munica o valores ou objetivos de desem penho As redes s o instrumentos para um novo mundo interligado para a eco nomia do capitalismo globalizado para a cultura tendendo hibrida o constante Aqueles que n o est o em rede que n o s o flex veis os n o adaptados s o netless os fora das redes As redes digitais podem ser interpreta das a partir do conceito de agenciamento criado por Deleuze e Guattari 1997 Um agenciamento a converg ncia de a es compet ncias id ias e recursos t cnicos com partilhados por um coletivo humano dispos to a somar os seus esfor os numa dire o espec fica Ele n o tem uma ess ncia pura e est sempre atuando por conflitos e avan os lan ando linhas de articula o com outros agenciamentos As redes digitais s o estrutu ras t cnicas que contribuem para o funciona mento de agenciamentos humanos lugar onde os resultados dependem do fluxo das rela es de for a envolvidas nesses age
422. s e a organiza o da cultura Trad Carlos Nelson Coutinho S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 173 4 ed Rio de Janeiro RJ Civiliza o Brasileira 1982 MARX Karl amp ENGELS Friedrich A Ideologia Alem v 2 Lisboa Presen a 1976 Manifesto do Partido Comunista In Obras escolhidas v 1 S o Paulo Editora Alfa Omega 1976 MATO GROSSO DO SUL Programa de Governo para Mato Grosso do Sul Movimento Muda Mato Grosso do Sul PT PDT PPS PC do B PAN PSDB Campo Grande MS 1998 ____ Projeto Educacional Escola Guaicuru Vivendo Uma Nova Li o Proposta de Educa o do Governo Popular de Mato Grosso do Sul 1999 2002 Secretaria de Estado de Educa o SED Campo Grande MS 1999 O Que a Constituinte Escolar Secretaria de Estado de Educa o SED Campo Grande MS 1999 Cademo da s rie Constituinte Escolar n 01 1999 PETRAS James VELTM EYER Henri Brasil de Cardoso a desapropria o do Pa s Trad Jaime Classen Petr polis RJ Vozes 2001 SAVIANI Demerval Filosofia da Educa o crise da modernidade e o futuro da filosofia da pr xis In FREITAS Marcos Cezar A Reinven o do Futuro S o Paulo Cortez Editora 1996 p 167 186 SEM ERARO G Gramsci e a sociedade civil cultura e educa o para a democracia Petr polis RJ Vozes 1999 SENNA Ester Educa o e Democracia um estudo dessa articula o na produ o pedag gica dos anos 80 Tese de Do
423. s mismos haciendo de esta misma pr ctica un proceso pedag gico y no una imposici n externa con aroma a control Por otra parte s es necesario otorgar desde el Estado mayores garant as en cuanto a la certificaci n de saberes y competencias obtenidos que ya no aseguran que se hayan adquirido por el solo hecho de poseer un diploma de bachiller polimodal u otro cualquiera por la devaluaci n de las titulaciones Un modo posible para restaurar la confianza y redoblar los esfuerzos de las instituciones y los actores educativos para superar tal estado de cosas se puede plantear a partir de la introducci n de evaluaciones finales de carrera tanto en la ense anza su perior como en la media Creemos que es necesario para ello dise ar un cronograma posible y realista lo que significa a nuestro juicio comenzar a preparar el terreno a par tir de evaluaciones no obligatorias desde el a o 2008 que luego de un proceso de trabajo en las modificaciones que se proponen comenzaran a ser exigibles a partir del a o 2015 teniendo ya suficiente experiencia y antecedentes acumulados Como se ha sugerido tambi n deber a trabajarse de modo simult neo en la construcci n de una agencia especi alizada capaz de otorgar las garant as necesarias a todos los actores involucrados acerca de la transparencia de los procedimientos y la imparcialidad de los 124 juicios evaluativos Para esto bien podr a tomarse nota de la
424. s que tecnologia ferramenta e conhecimento rela o estarmos atentos s ideologias criadas pelo capital com o intuito de repro duzir na sociedade velhas roupagens como se fossem novas por exemplo no desejo nem sempre expl cito de algumas empresas em cooptar a educa o em suas estrat gias gerenciais renovadas A ideologia do progresso a todo cus to heran a da modemidade j revela seu esgotamento em toda parte contudo e como afirmamos alhures que toda revolu o tem dono os detentores das mais sofisti cadas TIC n o sa ram de cena e como tal tendem a ditar normas sem qualquer tipo de respeito s diversidades culturais de ou tros pa ses O racionalismo do ocidente o seu modelo econ mico de produ o e evolu o est caindo em uma crise sem precedentes demonstrando que o determinismo econ mico est agonizando e que necess rio uma reorientac o das forcas produtivas mais abertas s diferen as entre as na es tendo como princ pio o respeito e a tica no trata mento dos problemas sociais e educacionais Por mais que as grandes pot ncias reconhe cam em tese a diversidade de um pa s mais suas a es impositivas refletem a forma reducionista como s o tratadas as quest es relacionadas escola e aos seus protago nistas Estes situados em quaisquer partes do planeta v em se forjados ao consumo de mais uma mercadoria entre elas a edu ca o com suas novas tecnologias
425. s que a forma o de pesqui sadores em educa o se fizesse nas univer sidades em programas de pesquisa dos quais participassem alunos e professores de p s gradua o Muito provavelmente essa propos ta refletia os rumos que a ainda incipiente p s gradua o em educa o estava assu mindo Tendo se iniciado em 1965 a p s gradua o em educa o no Brasil tomou se o lugar por excel ncia de forma o dos pesquisadores em educa o l cus de pro du o e de discuss o do conhecimento na rea Baseando se apenas nos dados dis pon veis na CAPES sobre a quantidade de mestres e doutores titulados no Brasil pelos programas de p s gradua o em educa o percebe se que em 8 anos o n mero de titulados triplicou Figura 1 Mestres e doutores titulados nos programas de p s gradua o em Educa o no Brasil no per odo de 1996 a 2003 ANO MESTRADO DOUTORADO 1996 726 146 372 1997 61 223 1094 1993 927 191 101 1999 394 224 1113 2000 1195 285 1430 2001 1200 363 1563 2002 1643 349 1992 2003 1333 419 2302 TOTAL 9229 2200 Fonte CAPES A hist ria da p s gradua o no Brasil foi o tema central da ltima Reuni o Anual da ANPED em outubro de 2005 V rios ngulos de an lise foram assumi dos pelos diversos autores evidenciando que a rela o entre a p s gradua o e a forma o de pesquisadores cada vez mais estreita Pode se mesmo afirmar que a pes quisa em educa o no Brasil realiza
426. s sobre prevenci n y reducci n de da os como lo muestran las experiencias de referencia La cuesti n central para nosotros es que se trata de convertir a ste en un eje articulador de la relaci n con la comunidad y del involucramiento progresivo de la misma en las discusiones y decisiones rela tivas a la instituci n Para lograr esto se requiere de una apropiaci n objetiva y sub jetiva por parte de los actores sociales educativos y comunitarios Hablar de esto nos lleva decidida mente a la cuesti n de la democratizaci n real de las instituciones Como se ha insi nuado no estamos diciendo que deban sustituirse las funciones de las autoridades escolares sino que las instituciones deben convertirse cada vez m s en escuelas de democracia lo que implica por sobre to das las cosas un gobierno m s participativo y abierto con espacios previstos para esto como parte del proceso pedag gico mismo Instancias como los consejos de convi vencia asambleas escolares y similares deben ser trabajadas con m s fuerza y constancia Y es oportuno se alar que para S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 ello deben resolver cuestiones de inter s para los estudiantes y la comunidad y no s lo para hacerlos corresponsables de las sanciones y la resoluci n de problemas Por ltimo en cuanto a la integraci n de las TICS en el proceso de ense anza aprendizaje somos concientes de que deman dar
427. s v rios momentos da hist ria dos sucessivos estados da arte realizados pela pr pria rea de educa o Como j mencionado anteriormente a pesquisa em educa o no Brasil embora tenha se iniciado com a cria o do INEP e do CBPE s adquiriu contornos de campo de conhecimento a partir da cria o dos cursos de p s gradua o stricto sensu ao final da d cada de 1960 PUC Rio em 1965 e da PUC SP em 1969 alguns dos quais fundaram a ANPED em 1976 Como todo campo sua hist ria permeada de conflitos continuidades e rupturas A no o de conflitos nunca foi t o ex pl cita quando da publica o em 1993 do Balan o literalmente um balanco em A pro du o discente dos programas de p s gradua o em educa o no Brasil 1982 1991 In Avalia o e perspectivas na rea de educac o Porto Alegre ANPED 1993 Ao dissecar a produc o de conheci mento realizada na P s Graduac o em Educac o j com 30 anos de hist ria a autora provocou rea es diversas dentro da rea perplexidade foi a mais suave Vou destacar uma das conclus es do trabalho que me parece bem pertinente para a an lise da hist ria dos Programas da regi o Centro Oeste A dispers o e a variac o tem tica aponta das por GATTI 1982 p 69 continuam a ser caracter sticas predominantes sobre a uni dade e a continuidade N o se trata de diver sidade tra o positivo a ser conquistado e S rie Estudos
428. sam fazer conces s es para apropria es que nem sempre ser o aquelas supostamente esperadas Nesse contexto assume significativa rele v ncia a cultura escolar Julia 2001 p 10 em um esfor o de defini o do termo cultura escolar afirma necess rio justamente que eu me esfor ce em definir o que entendo aqui por cultura escolar tanto isso verdade que esta cultura escolar n o pode ser estuda da sem a an lise precisa das rela es con flituosas ou pac ficas que ela mant m a cada per odo de sua hist ria com o con junto das culturas que lhe s o contempo r neas cultura religiosa cultura pol tica ou cultura popular Para ser breve poder se ia descrever a cultura escolar como um conjunto de normas que definem conhe cimentos a ensinar e condutas a inculcar e um conjunto de pr ticas que permitem a transmiss o desses conhecimentos e a incorpora o desses comportamentos normas e pr ticas coordenadas a finali dades que podem variar segundo as po cas finalidades religiosas sociopol ticas ou 186 simplesmente de socializa o Em sua defini o Julia reconhece a necessidade de se entender a cultura esco lar no mbito das rela es conflituosas ou pac ficas mantidas historicamente com as outras culturas com que ela convive Se s o essas as relac es que conformam o espa co escolar e definem normas priorizam co nhecimentos estabelecem condutas e pr
429. sar que os poderes exerci dos pelos diferentes grupos s o exercidos sob as mesmas condi es e neste senti do que trazemos inicialmente para nos aju dar a compreender as complexas rela es Ruth PAVAN A educa o o a educador a e a exclus o social de poder existentes em nossa sociedade neoliberal o conceito de hegemonia pois importante reconhecer que h grupos que conseguem se impor em rela o a outros grupos Assim podemos entender que o con ceito de hegemonia refere se a um processo no qual grupos dominantes da sociedade se juntam formando um bloco e imp em sua lideran a sobre grupos subordinados APPLE 2000 p 43 de fundamental im port ncia ressaltar que a hegemonia nem sempre se estabelece pelo uso da for a bru ta e de f cil percep o Em vez disso mui tas vezes baseia se na obten o do con senso em rela o ordem dominante cri ando um guarda chuva ideol gico sob o qual podem se abrigar grupos diferentes que normalmente poderiam n o concordar na totalidade uns com os outros APPLE 2000 p 43 Isto toma mais complexa a compreens o dos meandros do poder ne cess ria para nos dar condi es de buscar rupturas e transforma es na sociedade necess rio lembrar que imposs vel falar de hegemonia sem falar em ideo logia pois a hegemonia s se mant m pela ideologia Segundo Giroux 1997 p 127 as condi es sob as quais os professores trabalham s
430. se espia e aco cora se de novo LOBATO 1997 1914 p 89 grifo nosso importante salientar que mais tar de Lobato escreveu Z Brasil Nele o velho Jeca Tatu preguicoso incorrig vel que Lobato depois descobriu v tima da mis ria vira um trabalhador rural sem terra Se antes o cai pira lobatiano debatia se contra doen as end micas agora tinha no latif ndio e na distribui o injusta da propriedade rural seu pior inimigo Dois aspectos precisam ser salienta dos a partir da leitura do texto de Lobato 1 com esse texto Lobato construiu ainda no in cio de sua carreira intelectual uma imagem extremamente negativa do ca boclo brasileiro que se firmou no imagi n rio social e at hoje tomada como uma esp cie de argumento que justifica e ou fortalece preconceitos contra o ho mem simples do campo 2 n o se pode tomar essa obra de Lobato isoladamente pelo menos do ponto de vista conceptual mas sim no contexto de toda sua produ o intelectual e de sua trajet ria de vida o que revela um significativo amadurecimento da vis o de mundo e das posi es pol ticas assu midas pelo autor medida que ao es crever Z Brasil j no final de sua car reira e de sua vida mostra que apren deu a interpretar o caboclo inserido em um contexto s cio econ mico e cultural existente no pa s Portanto tomar as obras de Euclides da Cunha e Monteiro Lobato implica abrir se para uma leitura hi
431. se de um epifen meno profundo por vezes paradoxal com suas m ltiplas cone x es de que n o abrimos m o t o somen te de uma constata o a sua irreversibili dade Vejamos alguns tra os a A revolu o comunicacional global que acontece na superabund ncia da infor ma o e cria a ent o chamada socieda de do conhecimento Knowledge Society n o pode ser confundida em seus tr s termos distintos embora convergentes comunica o informa o conhecimento Sem entrar em detalhes sem nticos cum pre dizer que a mat ria prima de tudo a informa o dispon vel comunica o e estas duas apresentadas como muni o para conseguirmos ou n o criar ou arti cular o conhecimento Vemos contudo que h um certo preconceito contra a informa o sobretudo nos meios acad micos em nome da comunica o e do conhecimento nem sempre poss veis s vezes refor a se um div rcio proveniente em hip tese da informa o quando o problema n o reside na informa o em si mas nos seus crit rios de uso em todos os campos da a o humana por exem plo por mais que a Internet nos traga ti xos por acaso isto n o vem acontecen do no campo cultural em que o mero en tretenimento tende a substituir a arte Na verdade estamos diante de uma boa S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 47 61 jul dez 2005 49 oportunidade para aproveitar do volume de informa es em vista de uma a
432. sil contempor neo ele publica o livro em 1942 como um organismo em franca e ativa transforma o que ainda n o tomou forma Segundo ele essa transforma o em alguns setores j se deu de manei ra mais profunda mas o Brasil ainda revela tra os muito fortes pr prios da era colonial S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 43 O trabalho livre ainda n o se orga nizara efetivamente em todo o pa s con servam se tra os bastante vivos do regime escravista que o precedeu A aboli o ofi cialmente deu se em 1888 No entanto o trabalho escravo era apenas um dos as pectos respons veis pela desigualdade que mantinha a massa da popula o brasileira 1 3 de negros em um grau nfimo de exis t ncia material e moral A aboli o na con cep o do autor representou uma troca de sistema de trabalho sem altera o na orga niza o fundamental do pa s mantendo se portanto as desigualdades constitutivas de tal organiza o O autor evidencia ainda como tra os herdados do sistema colonial a produ o extensiva para mercados internacionais a correlata falta de um mercado interno largo e solidamente alicer ado e organiza do os processos rudimentares aplicados agricultura do pa s e a in rcia econ mica da maioria das regi es brasileiras No entanto as cr ticas tecidas pelo autor sobre o pa s n o s o fortuitas Ele acredita que os conflitos do sistema coloni
433. sinei ainda h pouco C Parece menos com o saci escreve a letra S P Ent o escreveu tudo C O pirulito cresceu grande mas aqui tem um grande a a formiga foi pegar o pirulito a virou um elefante quan do ela crescer a tem letrinha n n o sei C ou A ou ou J ja sei qual aquela que come a com caju caju come a com essa letrinha aponta P Ent o escreve C N o sei se come a com formiga do ele fante num sei se A ou ou U come a com uma letrinha mais uma letrinha n come a com M M es creve a letra M come a mais mais uma letrinha com L L come a com formiga escreve a letra N enquanto fala e come a com mais uma letrinha ou A E A agora escreve a letra A e faz uma pausa mais longa K G H come a com K G H P Ent o escreve C Cad o K G H Como que P OK GH n o O K tem o K de MI aqui indico o nome da crianca C O K GH escreve a letra K Assim como mencionado lembrar a forma das letras se tornou central durante a escrita dos enunciados do texto Ela sa bia que para escrever utilizamos as letras mas n o conseguiu lembr las imediata mente A lembranca das formas das letras e dos seus nomes mediada por uma ati vidade discursiva Por meio dela mobiliza conhecimentos a sua interlocutora e expe ri ncias que contribuem com a atividade de lembrar as letras Ela rememorou se
434. so res etc b o sistema escolar o conjunto dos dife rentes n veis e tipos de escola cadeias de comando na administra o da educa o os mecanismos de controle etc c as rela es entre a escola ou o siste ma escolar e o sistema social mais am plo em seu conjunto ou em algum de seus aspectos GOUVEIA p 6 Dois outros artigos completam a caracteriza o desse momento inaugural o artigo da mesma autora cinco anos de pois do primeiro no qual pretendeu apre ender a situa o em que se encontra a pesquisa sobre educa o no Brasil a partir da an lise de temas e sum rios de proje tos em andamento ou conclu dos desde 1970 do exame de estudos publicados na revista Cadernos de Pesquisa e de infor ma es sobre trabalhos que se realizam em institui es localizadas na cidade de S o Paulo obtidas diretamente de pesquisado res GOUVEIA 1976 p 75 e um artigo de Franco e Goldberg do mesmo ano proble matizando a necessidade de se estabele cer prioridades para a pesquisa educacio nal discutindo os crit rios de relev ncia As atividades de mapeamento e an lise da produc o da rea a necessidade de definir os objetos que caracterizam a rea a discuss o sobre os l cus de pesqui sa que deveriam ser privilegiados sobre a formac o dos pesquisadores e sobre a priorizac o de tem ticas de pesquisa ba seada em crit rios de relev ncia autorizam a caracteriza o desse momento c
435. so Constituinte Escolar j havia direcionado sua a o com vistas a isso M as esse processo n o teve prosseguimento com a mudan a de Se cret rio de Estado de Educa o imediata mente ap s a aprova o do Plano Estadu al de Educa o em junho de 2001 A pr pria proposta de educa o foi em grande parte posta de lado ainda que formalmen te n o tivesse sido suspensa e nem outra tivesse sido apresentada sociedade Para as escolas a descontinuidade da pol tica educacional n o se tomou de imediato evidente A nova equipe na pasta da edu S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 153 174 jul dez 2005 ca o deu prosseguimento somente para aquelas medidas exigidas por for a da norma estabelecida PARACAM POS 2004 Faz se importante relembrar que o Projeto Constituinte Escolar fundamenta se na gest o democr tica cuja articula o se pretende na base da democracia partici pativa Esta base n o deu conta de concre tizar um projeto educacional uma vez que este projeto educacional fica subjugado a um projeto de govemo simplificado em um determinado partido pol tico o Partido dos Tabalhadores PT O partido importante n o se nega mas preciso que os interesses particula res individuais ou de pequenos grupos n o se sobreponham aos interesses de um co letivo maior de sujeitos Um partido n o se constitui por si s ou seja preso em uma redoma de vidro pelo contr rio ele se d e se
436. sos for mativos criados nos espa os escolares inci dem nas pr ticas e nas possibilidades pro duzidas e reproduzidas pelos seres sociais em um tempo e um espa o essencialmen te hist ricos Ao educador ao ser humano que busca transformar sua realidade e ao transform la modificar a pr tica social cabe dentre outros tantos um desafio S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 175 193 jul dez 2005 delineado a partir da op o tica ideol gica pol tica pedag gica de reconhecer que deve ser formado mas de discemir qual dos sujeitos fundamentais para a produ o e reprodu o da sociedade capitalista se pre tende humanizar Isto em uma sociedade de classes qual a op o de processo for mativo que o educador incorpora tensiona e efetiva como referencial das dimens es ontol gicas do seu ser indiv duo social Em outras palavras o educador busca a criac o de alternativas que reafirmam a produc o de relac es de dominac o e alienac o hu mana ou assume como altemativa o ten sionamento de pr ticas centradas na produ c o de relac es potencializadoras da eman cipac o humana para al m do capital Ponderamos que a busca de um poss vel entendimento desses interrogantes encontra se na investiga o e reflex o so bre a forma o humana aqui focada na compreens o das pr ticas formativas es colares mediadas pelas reformas educacio nais em curso A reprodu o da vida humana cir cunscrit
437. ssocia o Nacional dos Magistrados da Justi a do Trabalho Revista Baiana de Educa o F sica Salvador BA Revista Brasileira de Educa o Especial Universidade Estadual Paulista Mar lia SP Revista Brasileira de Estudos Pedag gicos Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais MEC DF 86 Revista Brasileira de gest o de Neg cios Fundac o Escola do Comercio lvares Penteado S o Paulo SP 87 Revista Brasileira de Tecnologia Educacional Associac o Brasileira de Tecnologia Educacional Bras lia DF 88 Revista Caatinga Escola Superior de Agricultura de Mossor RN 89 Revista Cademos Centro Universit rio S o Camilo S o Paulo SP 90 Revista Cadernos de Campo Universidade de S o Paulo USP SP 14 15 16 71 18 19 80 81 A O A Re a a a 82 83 84 85 A A A a 239 91 Revista Cesumar Centro Universit rio de Maring Maring PR 92 Revista Ci ncias Humanas Universidade de Taubat UNITAU SP 93 Revista Cient fica Centro Universit rio de Barra Mansa Barra Mansa R 94 Revista Ci ncia e Educa o UNESP Bauru Bauru SP 95 Revista Cient fica da Unicastelo Universidade Camilo Castelo Branco Unicastelo S o Paulo SP 96 Revista Colloquim e Justi a e Sociedade Universidade do Oeste Paulista Presidente Prudente SP 97 Revista Contrapontos Revista do Mestrado em Educa o Universidade do Vale do Itaja 98 Revista da Educa o F sica Universi
438. st rica do tipo huma no brasileiro atentando para o contexto espa o temporal em que foram produzidas e tomando suas contradi es bem como suas influ ncias sobre o modo de pensar o pa s sempre em rela o a tal contexto Forma o do Brasil Contempor neo uma leitura do Brasil luz do materialismo hist rico Na obra Forma o do Brasil Con tempor neo publicada em 1942 Caio Prado Jr defende a tese de que os primei ros 300 anos de ocupa o no Brasil colo niza o constitu ram os fundamentos da nacionalidade da a import ncia de voltar os olhos para esse per odo a fim de com preender o Brasil contempor neo A con temporaneidade de Caio Prado Jr situa se na primeira metade do s culo XX no en tanto mant m se em nosso tempo a atua lidade de suas an lises S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 29 46 jul dez 2005 41 De acordo com o autor nos tr s pri meiros s culos estabeleceram se as bases sobre as quais o pa s organizou se houve a povoac o de seu territ rio a organizac o de uma vida humana diferente da que havia anteriormente aut ctones e em certa me dida diferente tamb m da vida dos coloni zadores portugueses Estabeleceu se no Brasil uma populac o bem diferenciada e caracterizada uma estrutura material parti cular uma organizac o social definida por relac es espec ficas senhores e escravos e uma atitude mental coletiva particular Tr s racas parti
439. stema existente em nome de uma presumida legitimidade de lidar apenas com as manifesta es particula res ou nas suas varia es p s moder nas a rejei o aprior stica das chamadas grandes narrativas em nome de petits r cits idealizados arbitrariamente na realidade apenas uma forma peculiar de M A de L MADUREIRA et al Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar rejeitar sem uma an lise adequada a possibilidade de se ter qualquer sistema rival e uma forma igualmente aprioristica de etemizaro sistema capitalista Em seus supostos proposi es e pr ticas as agendas do reformismo secular e de suas varia es p s modernas buscam a preval ncia do presentismo do aqui e agora filiadas ao tratamento fenom nico da realidade social que assume os efeitos como causas e busca sua validade atempo ral omitindo e ou escamoteando as rela es constitutivas dos processos estruturais fundantes da sociedade capitalista Desde essa perspectiva quantos de n s por exem plo intemalizamos a no o de que a edu ca o a solu o para todo e qualquer problema social Quantos de n s credita mos reforma educacional em curso a ca pacidade de enfrentar e superar os proble mas educacionais O enfrentamento desse desafio e a produ o de poss veis respostas e suas cor respondentes formas de interven o requer dentre outros esfor os o aprofundamento no campo investigativo das rela es e
440. stica de forma o rigorosa e disciplinar O artigo de Fl via Obino Corr a Werle explica como a realidade educacional rural era concebida no estado do Rio Grande do Sul antes da constitui o da Escola Normal Rural com base em an lise documental de fontes oficiais O texto de Javier Hermo e Cec lia Pittelli aborda as reformas educativas da Argentina e Chile em uma perspectiva comparada apontando caracter sticas comuns tanto no que se refere as suas diretrizes quanto na sua implementac o no sentido de contribuir para com um debate da reforma da reforma Jos Joaquim Pereira Melo por sua vez nos oferece algumas reflex es sobre a proposta de educac o de S neca e o papel que atribui ao s bio considerado o ponto culminante da dinamica formativa O texto de Jos Lic nio Backes resultado de sua pesquisa de doutorado na qual problematiza a dicotomia alta e baixa cultura na produc o das identidades e diferencas en tendidas como uma produc o social e cultural fundamentando se no campo te rico dos estudos culturais p s estruturalistas No artigo da Maria Alice de Miranda Aranda e Ester Senna s o analisadas as contradi es do processo de democratiza o e a Constituinte Escolar da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul no per odo 1999 2000 O texto de Maria Aparecida de Lima Madureira Sergio Marcos Rodrigues da Silva e Jorge Luis Cammarano Gonzalez procura interpretar e entender os poss veis determinantes
441. sticas en com n con las reformas educativas aplicadas en la Argentina a m s de diez a os de la implementaci n de las mismas Creemos que se impone realizar una evaluaci n cr tica de estas pol ticas y de sus resultados dando lugar a abordar un debate preliminar y plantear algunas propuestas para el trazado de una agenda que permita encarar una reforma de la reforma La experiencia ha mostrado que no bastar con centrarse en los contenidos y la estructura curricular por m s que siempre es necesaria una actualizaci n y puesta a punto Por el contrario el eje central de una real re forma educativa debe estar puesto en los actores concretos que intervienen en los procesos educativos y en mejorar las posibilidades de interacci n entre los mismos base del proceso de ense anza aprendizaje En tal sentido y m s all de las consideraciones que aqu formularemos so bre los rumbos que a nuestro juicio debiera tomar tal proceso creemos que es necesario 112 e indispensable comenzar por desarrollar en los respectivos planos nacionales pero tambi n en mbitos regionales como el Sector Educativo del MERCOSUR una evaluaci n integral y participativa de los re sultados de las reformas No porque no existan diagn sticos suficientes y apropiados que podr n utilizarse como insumos de esta evaluaci n sino para llegar a un plan de reformas del m s am plio consenso tan pronto como sea posible De este modo se de
442. stino social dessa revolu o em que pese o desemprego imposto pela socie dade informacional Castells 1999 p 41 nos diz que hessa condic o de esquizofrenia es trutural entre a func o e o significado os padr es de comunica o social ficam sob tens o crescente Assim nesse processo de fragmenta o existe um clima prop cio para a gera o da apatia e da aliena o difi cultando sobremaneira aqueles que de pendem de uma consci ncia social organi zada que queiramos ou n o contribui para ampliar a capacidade de racioc nio cr tico e anal tico no construto de uma outra rela o com o saber social com a media o do sa ber escolar Al m dessas quest es uma outra se toma importante nesse debate que a ques t o das compet ncias Fonseca 1998 p 307 nos fala que a miopia gerencial e arrogante e a resist ncia mudan a que paira em gran de parte no sistema produtivo devem dar lu gar aprendizagem ao conhecimento ao pensar ao refletir e ao resolver novos desafi os da atividade din mica que caracteriza a economia global dos tempos modemos Evidentemente que se trata de enten der tamb m que a educa o hoje sobretu do a educa o escolar mesmo diante de sua consci ncia de formar o sujeito social encon tra se instada a formar indiv duos que se disponham adaptabilidade pura e simples ao mercado com suas exig ncias de conhe cimento atrelado competitividade E comp
443. stou seguindo n o se trata de dizer como o mundo ou como deve ser o mundo mas de t o somente mostrar como o mundo constitu do nos jogos de poder saber por aqueles que fa lam nele e dele e como se pode criar outras formas de estar nele VEIGA NETO 2003 p 13 0 mesmo vale para as culturas as edu 148 ca es as diferen as as identidades N o se trata de dizer como s o ou devem ser mas de compreender seu processo infinito de constru o por meio das rela es de saber poder Hall 2003 a escrever sobre a cultu ra tamb m atenta para o fato de esta n o mais estar vinculada a uma concep o elitista possuindo um car ter mais demo cr tico e socializado N o consiste mais na soma de o melhor que foi pensado e dito considerado como os pices de uma civili za o plenamente realizada aquele ideal de perfei o ao qual num sentido antigo todos aspiravam HALL 2003 p 135 Ou seja seguindo a argumenta o de Hall 2003 Bhabha 2001 Veiga Neto 2003 Silva 1996 e de Costa Silveira e Sommer 2003 a cultura deixa de ser um conceito impregnado de hierarquiza es elitizac es e distin es segregacionistas para adquirir um sentido cambiante e vers til Ela deixa de ser um campo exclusivo da erudi o da tradi o liter ria para ganhar novas e variadas possibilidades de sentido Assim as palavras t m hist ria vibram vivem produzem sentidos ao mesmo
444. su organiza o religiosa espec fica com Constitui es pr prias cons truiu se historicamente ao assumir determi nadas atividades avaliadas como impor tantes avalia o feita a partir da experi n cia de outras ordens religiosas e da necessi dade da Igreja e das Coroas crist s Dois aspectos insepar veis explicam genericamente a atua o hist rica da Com panhia de Jesus pelo menos nas primeiras d cadas de sua exist ncia o fundamento teol gico e filos fico da escol stica como o elemento conservador e o enfrentamento de in ditas experi ncias ligadas ao processo de expans o da sociedade ocidental como o elemento novo como o desconhecido e mo demo de sua atua o Os jesu tas assumi ram com o tempo esses dois fundamentos como essenciais para a atua o em seus diversos meios principalmente os relaciona dos ao Imp rio portugu s do s culo XVI A forma o do jesu ta passava pela tradi o e pela novidade pela capacita o competente tanto no fundamento escol stico e m stico quanto nas novas necessidades t cnico intelectuais Referir se forma o do padre jesu ta compreend la e a Companhia como um todo como algo que se desenvolveu historicamente n o nascida pronta e acabada Exemplo disto s o os dois documentos fundamen tais que a Companhia produziu no s culo XVI as Constitui es e o Ratio Studiorum os quais ficaram prontos depois de v rios anos entre a primeira redac
445. subje tivas colocando o sujeito no centro da pr ti ca te rica e mexeu com o inconsciente da teoria social Backes segue sua linha expli cativa explicitando a terceira virada que tra tou de um assunto n o menos pol mico os estudos da ra a O racismo e suas quest es cr ticas entraram assim na agenda dos estu dos culturais S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 229 233 jul dez 2005 H no texto duas frases que sinteti zam a conceitua o que podemos ter sobre cultura muito bem colocadas pelo autor f a cultura n o um epifen meno mas constitutiva da vida social pela cultura que os homens e mulheres atribuem sentido ao mundo s identidades s diferen as A cultura uma pr tica de significa o p 26 A cultura epistemologicamente central por que como o pr prio autor afirma recorren do a Veiga Neto 2003 ela atravessa tudo o que ocorre em nossas vidas O autor contemporiza ainda sobre o caminhar do pesquisador sempre manten do uma conex o entre os diferentes ele mentos que comp em uma pesquisa p 37 Isso leva constata o de que o assunto Estudos Culturais quanto mais se aprofunda mais se abre contextualmente Para o autor a articula o tem fun o pri mordial nos aspectos que tangem as ques t es culturais e econ micas e de estabelecer tend ncias dentro das rela es sociais Backes rec
446. t organizado em duas partes 1 0 campo da educa o e o proces so de forma o de pesquisadores em educa o no Brasil 2 Tend ncias e perspectivas da pesquisa e da forma o de pesquisado res na rea de educa o no Centro Oeste 14 Eurize C PESSANHA Pesquisa e forma o de pesquisadores em educa o Parte 1 O campo da educa o e o processo de forma o de pesquisadores em educa o no Brasil Como mencionamos as no es de campo e de habitus formulados por Bourdieu constituem importantes instru mentos te ricos para se analisar como se forma um determinado campo cient fico como o caso da educa o a partir das defini es sobre o que pode ser considera do cient fico em determinado momento Raz o pela qual considero importante re tomar parte da hist ria do campo da edu ca o no Brasil H algum tempo o campo de educa o no Brasil vem se dedicando sistematica mente a produzir an lises peri dicas refletin do sobre as bases e rumos de sua produ o Desde o primeiro desses balancos o texto de Aparecida Joli Gouveia inauguran do a revista Cadernos de Pesquisa em 1971 essas an lises constituiram se em importantes marcos de periodiza o para estudar a hist ria da pesquisa em Educa o no Brasil e consequentemente para anali sar a forma o de pesquisadores na rea Embora a cria o do Instituto Nacio nal de Estudos Pedag gicos INEP em 1938 tenha sido a
447. t ncia entre realidade e fic o A obra de Caio Prado Jr por sua vez foi tomada por ser representativa de outra explica o do Brasil que toma corpo a partir de 1930 superando se a historiografia ba seada nos conceitos de ra a revoltas bata lhas que permeiam as interpreta es ante riores e construindo se uma eitura da sociedade brasileira a partir de concep es culturais organiza o social e econ mica O pa s vive a efervesc ncia do fim da Rep blica do caf com leite e do Movimento Modernista preparado nas primeiras duas d cadas do s culo XX tendo vivido seu per odo mais radical at 1930 quando se inicia o que se denomina segunda fase modernista caracterizada pela den ncia social cujas obras exprimem um elevado grau de tens o nas rela es do eu com o mundo A maturidade e o engajamento que 30 Adriana Kemp MAAS A interpreta o do Brasil e do brasileiro e suas se verifica nas produ es liter rias desse per odo tamb m se fazem presentes na obra historiogr fica de Caio Prado Jr A busca incessante pela defini o do tipo humano brasileiro marca tanto a pro du o liter ria quanto a historiogr fica E essa busca que norteia a an lise dessas obras neste estudo Apresenta se num pri meiro momento uma leitura de Os Sert es de Euclides da Cunha e de Urup s de Monteiro Lobato tecendo a respeito de ambas alguns coment rios anal ticos bus cando evidenciar aspectos em
448. t ricos soma se a j destacada influ ncia do clima na forma o do tipo sertanejo O resultado segundo o autor um tipo uniforme o homem do sert o parece feito por um molde nico revelando quase os mesmos caracteres f sicos a mesma tez variando brevemente do mameluco bron zeado ao cafuz trigueiro cabelo corredio e duro ou levemente ondeado a mesma envergadura atl tica e os mesmos caracteres morais traduzindo se nas mes mas supersti es nos mesmos v cios e nas mesmas virtudes ld Ibid p 100 Ainda na p gina 100 o autor abre um par ntese e traz alguns conceitos que est o subentendidos nas observa es que faz acerca do homem que s o segundo ele impress es Sem pretens o ou m todo Reproduzamos intactas todas as impres s es verdadeiras ou ilus rias que tivemos de repente acompanhando a celeridade de uma marcha militar demos de frente numa volta do sert o com aqueles desconhecidos singulares que ali est o abandonados h tr s s culos Nesse par ntese mencio na o evolucionismo a fim de justificar sua convic o na superioridade inferioridade racial como determinante de estados mentais superiores ou inferiores tomando como modelo de superioridade mental o indo europeu e afirmando que a capacidade cerebral heran a da integra o de esfor os da ra a a que pertence o homem Nesse sentido o mesti o tra o de uni o entre as ra as
449. ta o da fonte 11 Os artigos representam o ponto de vista de seus autores e n o a posi o oficial da Revista ou da Universidade Cat lica Dom Bosco 12 Os artigos devem ser encaminhados para o seguinte endere o Universidade Cat lica Dom Bosco Programa de P s Gradua o Mestrado em Educa o Conselho Editorial da Revista S rie Estudos AV Tamandar n 6000 Bairro Jardim Semin rio Campo Grande MS 79117 900 236 Lista de peri dicos que fazem permuta com a Revista S rie Estudos PERMUTAS NACIONAIS 1 Akr polis Revista de Ci ncias Humanas da UNIPAR Universidade Paranaense UNIPAR Umuarama PR 2 Argumento Revista das Faculdades de Educa o Ci ncias e Letras e Psicologia Padre Anchieta Sociedade Padre Anchieta de Ensino Jundia SP 3 Asas da Palavra Universidade da Amaz nia UNAMA Bel m PA 4 Avesso do Avesso Funda o Educacional Ara atuba Ara atuba SP 5 Biomassa e Energia Universidade Federal de Vi osa Vi osa MG 6 Bolema Boletim de Educa o Matem tica UNESP Rio Claro Rio Claro SP 7 Boletim de Educa o Matem tica e Ci ncia e Educa o Universidade Estadual Paulista Rio Claro SP 8 Cademo Brasileiro de Ensino de F sica Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Florian polis SC 9 Cademo Catarinense de F sica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis SC 10 Cademo de Estudos e Pesquisas Universidade Salgado de Oliveira UNIVER
450. ta cul tura e baixa cultura mas olhar para os pro cessos de poder por meio dos quais deter minadas pr ticas s o consideradas baixas e outras altas em um contexto espec fico Ou seja o que faz com que os estudantes entendam que assistir TV aberta estudar em uma escola p blica escutar determina das m sicas s conseguir aprova o em vestibular de Universidade Privada sejam pr ticas t picas da baixa cultura o que deve ser o interesse em uma pesquisa e n o a classifica o em si As classifica es s o con tradit rias ambivalentes e circunstanciais Todo campo cultural um campo de contesta o e de luta estrat gica seja um campo cultural do popular ou n o Hall 2003 referindo se ao campo popular da S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 143 152 jul dez 2005 cultura argumenta que um campo cultural nunca pode ser simplificado a partir de diades tais como alto ou baixo resist n cia versus coopta o aut ntico versus inaut ntico experiencial versus formal opo si o versus homogeneiza o HALL 2003 p 342 Baseando se em Bhabha 2001 pode se argumentar que entre essas d ades h in meros entre tempos e entre espa os que multiplicam as lutas estrat gias pr ti cas culturais produzindo diferentes significa dos identidades e diferen as que de forma alguma s o puras e sim h bridas pois est o fortemente marcadas pelos movimentos diasp ricos q
451. tablezca al menos como modelo experi mental en una primera fase un modelo departamental con tareas de coordinaci n y planificaci n del aprendizaje por reas o departamentos en los que se centre la actualizaci n e innovaci n pedag gica y por qu no la investigaci n De esta manera se introducir a un trabajo m s colectivo y enriquecedor para docentes y alumnos permitiendo tambi n una valorizaci n de aquellos que m s destaquen en su esfuerzo al asumir tareas de coordinaci n pedag gicas Sin duda una propuesta como esta requerir de mayores tiempos para su imple mentaci n pero se ver facilitada por el cam bio gradual en la formaci n docente que tomar m s natural para estos un modelo con mayores similitudes al de la ense anza superior no para reproducir sus defectos c Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral tedras cerradas feudalizaci n del conoci miento etc sino para rescatar sus virtudes En cuanto al cuarto eje de reformas propuesto queremos hacerhincapi en que no se trata tan s lo de abrir las escuelas para otros usos fuera de los horarios de clase Sin duda este es un primer paso bastante sencillo de dar y para el que existen nume rosas pr cticas nacionales e intemacionales exitosas de referencia No queremos decir que esto de por s no sea ya un paso muy im portante para la socializaci n de ni os y j venes con efectos reale
452. tante el compromiso pol tico sostenido en el tiempo de hacer realidad sus postulados Como muchos analistas han se alado ya la Ley Federal de Educaci n de Argentina conten a prescripciones similares y luego no se cumplieron De tal manera que se requiere una decidida acci n mancomunada de los agentes estatales los representantes pol ti cos y la sociedad civil para garantizar el cumplimiento de las metas propuestas para los pr ximos a os Para concluir con este punto creemos que el elemento m s importante al que debe aplicarse esta mayor inversi n es a su vez el m s decisivo para el proceso de ense anza aprendizaje la jerarquizaci n y transformaci n de los planteles docentes Los olvidados en la reforma Las leyes y normativas derivadas que dieron sustento a la reforma educativa de los 90 en la Argentina Federal y de Educaci n Superior con sus respectivos decretos y disposiciones varias surgieron en un contex to de fuertes cr ticas acerca de la escasa e in suficiente discusi n que asegurara un amplio consenso para las mismas y para su posteri or aplicaci n No obstante ambas fueron ejecutadas y generaron consecuencias muchas de ellas notorias como la transformaci n de la estructura del sistema en el tramo primario y medio entre otras muchas que podr an se alarse Para el caso chileno es a n peor porque las principales directrices de la re forma fueron decididas y llevadas a cabo S rie Estudo
453. te acima tra ado hora de entrar na escola Assim uma segunda quest o diz respeito ao modo como enxergamos a rela o entre esta revolu o comunicacional irrevers vel e a educa o notadamente a educa o escolar que aqui nos interessa bem de perto Vejamos A educa o reflete a sociedade em que se insere Muitos tentam separar esta quest o para resolver o problema da esco la a exemplo de coloc la ao alcance de toda popula o sonhando com o dia em que a sociedade ser igual para todos com uma escola produzindo igualdade no seu interior democratizando se e se auto afirmando Sonhar um direito Contudo embo ra tudo isso pare a simples o cen rio preocupante A escola um dos espa os de produ o de conhecimento de cultura que n o pode se diferenciar do que est sendo produzido na sociedade Na entra da do lll mil nio tinhamos por exemplo 100 milh es de crian as fora da escola e 900 milh es de adultos analfabetos WERTHEIM 2003 p 10 0 que fazer com isso Isso parte dos problemas n o solu cionados de um per odo em que as formas do processo de desenvolvimento do saber apontam para formas mais evolu das do saber Embora presenciemos essa passa gem de um per odo a outro do s culo XX ao XXI n o o consideramos prontamente acabado mas por certo em processo de desenvolvimento mesmo porque as for as ideol gicas da Velha sociedade encon tram se presentes e proc
454. te que fuera citado como caracter stica com n fue bastante poco explorada en ambos casos m s all de programas superficiales e impuestos desde arriba que nunca terminaron de ser aceptados por los propios educadores En t rminos generales puede se alarse que lo avanzado en calidad es ciertamente mayor que lo avanzado en equidad tanto en Chile como en Argenti na aunque m s pronunciadamente en el S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 111 128 jul dez 2005 primero de los pa ses Persisten en ambos casos fuertes brechas en el sistema educativo un conjunto grave de comporta mientos de segregaci n escolar y discriminaci n que se contradicen con la concepci n de la educaci n como un servicio de car cter p blico cuyo objetivo es asegurar la igualdad de oportunidades Para el caso chileno por ejemplo se comprueba la existencia de una pol tica in suficiente en el marco jur dico y administrati vo de la educaci n que garantice el acceso y el derecho de todos a una educaci n de calidad avanzar hacia una mayor equidad y transparencia en la utilizaci n de los recur sos p blicos grandes debilidades en la gesti n municipal bajo compromiso de algunas autoridades municipales y avance muy lento en la modemizaci n del M inisterio de Educaci n de acuerdo a los requeri mientos de la reforma educativa en curso De todas formas m s all de que es tas caracter sticas particulares agraven el pro blema
455. tempo em que v o incorporando nuan as flexionadas nas arenas pol ticas em que o significado negociado e renegociado permanente mente em lutas que se travam no campo do simb lico e do discursivo COSTA SILVEIRA SOM MER 2003 p 37 Nesse sentido a quest o que os Estu dos Culturais prop em ao minar se a dico tomia alta cultura x baixa cultura e enten dendo a como o terreno em que se manifes tam as lutas e os conflitos pela imposi o ou pela manuten o de significados BUJES 1999 p 162 assume um papel importante pois com o fim dessa dicotomia Jos Lic nio BACKES O povo n o tem cultura n s temos cultura porque efeitos come a se a entender que grupos marginali zados monstros sujeiras ervas daninhas pobres s o constru es sociais e culturais e que apesar de serem muitas vezes repre sentados como amorfos sem hist ria sem cultura representam uma forma diferente de viver e pensar Para Costa preciso reco nhecer uma cultura da pobreza que n o deve ser entendida como cultura da car ncia e que implica um sistema diferente de viver e pensar COSTA 1999 p 63 Como fica explicitado no debate rea lizado a quest o da alta e baixa cultura ou entre os que t m cultura e os que n o t m cultura est diretamente ligada ao serou n o ser pobre Isso aparece tamb m nas reda es Portanto o povo brasileiro possui uma base e um n vel cultu
456. tiza as rela es e media es entre as reformas educacionais promovidas pelo Estado brasileiro nos anos noventa do s culo passado a cultura escolar e o cotidiano escolar Observa mos no mbito da educa o escolar que as pol ticas reformistas constituem um esfor o de fei es planet rias promovido pelos conglomerados transnacionais e seus agentes multilaterais BIRD BID FMI e OMC Assumimos o suposto de que as reformas educacionais nucleadas na educa o para o trabalho e para a cidadania referenciam se em pr ticas formativas cuja finalidade a forma o do indiv duo nos limites das rela es fundantes da sociedade das mercadorias como meio de criar as possibilidades de naturalizar e perpetuar a l gica do Capital em sua luta incessante para controlar subordinar e alienar o Tabalho Palavras chave Reformas educacionais brasileiras dos anos 90 cultura escolar cotidiano escolar Abstract The text brings up the relationships and mediations between educational reforms promoted by the Brazilian State during the 90s of the 20 century school culture and daily school routine It was observed in the realm of schooling that the reformist policies constitute an effort of planetary proportions promoted by the trans national conglomerates and their multilateral agents BIRD BID FMI and OMC It is presumed that educational reforms focused on education for work and for citizenship take as their reference formative practices the
457. to al siglo XX en el que se universaliza el mo delo escolar que todos hemos conocido Como acertadamente se alara Guillermina Tiramonti la escuela es una producci n institucional de otro momento hist rico y que por lo tanto naci asociada a otras circunstancias sociales pol ticas y culturales La escuela es un producto de la Ilustraci n que se pens a s misma como el veh culo de una cultura que ten a como soporte central la palabra escrita Hoy la instituci n est inmersa en un mundo cul tural hegemonizado por la imagen y debe construir una propuesta pedag gica acor de con esta nueva configuraci n Claro est que de ning n modo sig nifica que deba cambiarse a la escuela por 116 Intemet y la televisi n pero s que la escuela no puede pretender porque no lo es se guir siendo el nico centro v lido de adquisici n de saberes y competencias negando la posibilidad de integraci n de otras experiencias Por otra parte si bien el rol de la educaci n en la socializaci n infantil y juve nil ha sido destacado desde muy diversas perspectivas y existe abundante producci n te rica al respecto siempre parece ser un tema secundario al verdadero objetivo de la escuela que es la transmisi n ordenada de conocimiento en el proceso de ense anza aprendizaje No queremos con esta afirmaci n negar los muy v lidos e im portantes esfuerzos desarrollados tanto por las autoridades como por los docent
458. to investimento de parte do poder p blico na escola de distritos rurais implicava um cer to desperd cio de recursos p blicos pois truncava a possibilidade de instru o de um significativo n mero de alunos concentran do os nos poucos alunos de escolas de centros mais populosos Nas primeiras d cadas do s culo XX as subven es institucionali zam o atendimento instru o p blica no meio rural no in cio do s culo XX que a Dire toria de Instru o P blica do estado regis tra em relat rios mensagens e outros do cumentos oficiais a divis o do ensino p blico em urbano e rural este ltimo ministrado em escolas subvencionadas Em 1913 Relat rio do Presidente do Estado Dr Antonio Augusto Borges de Medeiros apresentado aos Representantes do Estado acerca do Ensino P blico no Estado registra que este dividia se em ur bano e rural sendo o primeiro ministrado na Escola Complementar em Col gios Ele mentares e Escolas Isoladas e o segundo em Escolas Subvencionadas O regime das subven es s esco las municipais e particulares continuava o Presidente estava produzindo timos frutos que se concretizavam na maior difus o do Fl via O C WERLE Contextualizando a escola rural Rio Grande do Sul final do ensino rural na efetividade do ensino da l ngua portuguesa nas escolas particulares especialmente na regi o colonial com a facilidade do provimento definitivo das es colas por pesso
459. to mais se fala em inter e transdisciplinaridade mais nos afunda mos nas especializa es que ainda n o se convergem e passam a forjar interdis ciplinaridades apenas formais Segundo 50 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o quanto mais usamos os meios frios para comunicar n o s os acontecimen tos como o sentido deles mais nos afo gamos na banalidade dos fatos por exemplo no sentido da morte o pro blema da perda do fundamento de uma p s modernidade vista como sombra TEIXEIRA 2005 Por qu Certamente porque esta revolu o nos atirou em um estado existencial de espera da pr xima not cia ou do pr ximo ato do espet culo o lado ainda perverso de uma p s modernidade como estilo de vida do ca pitalismo ultra moderno PEREIRA 2004 Coincidentemente no momento da escritura deste texto acabamos de ter not cias da trag dia da sia na ltima semana de 2004 com seus quase 300 000 mortos e que apontou pela primeira vez para uma rede de solidarie dade universal em tempo real Conclus o nem acabamos de contar os mortos ja esquecemos vale dizer parece que o acontecimento j virou passado O mes mo acontece com campeonatos de fute bol finais de novelas etc Terceiro recla mamos que a tev nos retirou as cadei ras das cal adas mas sentimos falta do jornal da noite mesmo quando estamos em f rias teoricame
460. tuales IFD en instancias asociadas con dependientes de o transformadas en Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral instituciones universitarias ya sea que articulen con universidades de su regi n pasando a ser una suerte de colegios uni versitarios que pasen a ser subsedes de las mismas o que se creen nuevas universidades pedag gicas Lo central de este planteo es que deben mejorar su nivel transformando sus m todos y contenidos de ense anza para poder formar docentes capaces de aprender a aprender ellos mismo y trans mitirlo luego en su pr ctica cotidiana al frente de clases Pero tambi n quiere decir que deber n plantearse planes de estudio simila res a los de cualquier carrera de grado univer sitaria con cuatro a os y dos mil setecientas horas como m nimo en los curr culos y con la posibilidad de integrar el postgrado como parte de la formaci n continua Plantear esto no significa minusvalorar ni desestimar los saberes y competencias de los actuales maestros y profesores pero s se alar que los mismos se sostienen en su esfuerzo y compromiso personales y no en una formaci n adecuada y de calidad Aceptar una propuesta como la aqu esbozada requiere una vez m s de un plan para la transici n en la que debe co menzarse por establecer un plan de estudios de base com n para el magisterio y profesorado con alcances de los t tulos y contenidos m nimos as como flexibi
461. ual e por isso pediu ajuda para escrev las Tal situa o corrobora a an lise anterior pois a crian a aprendeu que usamos letras para escrever mas a atividade se volta para as tentativas de lembrar o nome e as formas das letras Foi poss vel verificar ao escrever o nome da professora que ela tentou lem brar as letras que o comp em Ela n o es tava interessada em outras letras porque sabia que existia um conjunto de letras que 14 Cl udia Maria M GONTIJO Lembrar nomes e formas das letras deveria ser lembrado Por isso mesmo quando incentivada a escrever do jeito que sabia n o escreveu qualquer letra Conse guiu lembrar ent o de tr s letras do nome da professora V E e L Vejamos o que ocor reu ao escrever a primeira senten a P Eu vou te dar um presente de Natal C Olha para o lados fica pensativa Eu acho que o P escreve a letra eu j escrevi o P P MI fala de novo n o consegui com preender o que foi dito e nem mesmo foi compreendida durante a transcri o pois falava muito baixo C 4 S que eu esqueco eu num lembro P Tenta lembrar e escrever do seu jei to voc tem que escrever eu vou te dar um presente de Natal C Eu acho que o A P Ent o p e o A C Escreve P Pode continuar C Hu acho que tem mais um P porque eu t lembrando um pouco P Ent o coloca mais um P j que voc t lembrando C Escreve M ais uma let
462. ualquer mudan a social s vir com muita luta e organiza o popular A compreens o do contexto que difi culta um processo educativo includente ten do em vista que a transforma o social im plica o reconhecimento do triunfo da hege monia neoliberal Ressalto que para com preend lo fundamental n o associarmos a nossa reflex o a uma concep o merca dol gica pois os que defendem o livre mer cado referem se sempre qualidade dos inclu dos ou integrados nunca dos ex clu dos ou marginais S o as consequ n cias pol ticas do discurso da qualidade como nova ret rica conservadora no cam po educacional GENTILI 1995 p 174 Ainda segundo o mesmo autor para o neoliberalismo a qualidade na educa o vista como uma mercadoria a ser vendi da nunca como um direito de todo a cida d o De acordo com Gentili para lutar contra os discursos conservadores hegem nicos precisamos levar em conta tr s as pectos fundamentais Primeira qualidade para poucos n o qualidade privil gio Segunda a quali dade reduzida a um simples elemento de negocia o a um objeto de compra e venda no mercado assume a fisionomia e o car ter que definem qualquer mercadoria seu acesso diferenciado e sua distribui o sele tiva Terceira em uma sociedade democr tica e moderna a qualidade da educa o um direito inalien vel de todos os cidad os sem
463. ue o grupo de funcionarios no siempre dedicados exclusi vamente a la educaci n Estas desiguales capacidades de gesti n determinan niveles muy heterog neos de aprovechamiento de las oportunidades y de las herramientas puestas Javier HERM O Cecilia PITTELLI Ejes de una reforma educativa integral a disposici n de las municipalidades por la Reforma Educacional o por otras agencias de inversi n p blica Otro problema del sistema es que las escuelas particulares subvencionadas no tienen obligaci n de educar a cualquier ni o que solicite matr cula y lo que ocurre entonces es que la mayor a de estas escuelas realizan procesos de selecci n de los ni os basados en el diagn stico de sus capacidades y conocimientos y expulsan a los alumnos que presentan m s bajo rendimiento o problemas de conducta Tambi n requieren de los padres aportes econ micos adicionales obligatorios Las escuelas municipales en cambio en tan to garantes del derecho a la educaci n de todos los ni os se ven obligadas no s lo a matricular y mantener a todos sus estu diantes sino adicionalmente a acoger a los alumnos que el sistema privado expulsa En otras palabras los municipios poseen m s responsabilidades y deben asu miruna tarea m s dif cil que los colegios par ticulares subvencionados para lo cual sin em bargo reciben los mismos o menos recursos En cambio la preocupaci n por mejorar la calidad y profesionalizaci n do cen
464. ue os le hayan hecho pasar la preocupaci n por el estado de salud de un familiar pr xi mo el recuerdo feliz de una velada agradable pasada en compa a de viejas amistades pero tampoco quedan al margen su posici n pol tica o sindical ni es indiferente que su tiempo de ocio lo dedique al cine al teatro a la lectura al deporte a la producci n o al consumo culturales su experiencia laboral anteri or en ese u otro oficio las maneras en que ha aprendido a relacionarse con otros compa eros o con la administraci n edu cativa con las familias y con sus alumnos preciso entender essa an lise que os autores fazem do professor e dos outros sujeitos que atuam no espaco escolar como por exemplo alunos administradores e comunidade para se ter uma id ia da plu 185 ralidade ali presente que vai conformando a cultura escolar ainda que exista uma ten d ncia homogeneizadora e uma apar n cia igualmente uniforme derivada da posi o hegem nica que algumas das expres s es culturais atuantes chegam a ter sobre as outras BELTR N LLAVADOR SAN MARTIN ALONSO 2002 As reformas edu cacionais propostas omitem essa tend n cia hegem nica que busca homogeneizar as rela es sociais presentes no espa o da institui o escolar Mas ao se defrontarem as reformas com um espa o contraditoria mente produzido e em decorr ncia dos embates e das negocia es que envolvem sua implementa o preci
465. ue caracterizam o mundo p s colonial Como afirma Hall Sempre existem posi es a serem conquistadas na cultura popular mas nenhuma luta consegue cap turar a pr pria cultura popular para o nosso lado ou deles HALL 2003 p 342 Concluo afirmando que se p de per ceber que para os estudantes pesquisados n o h d vidas quanto ao fato de perten cerem alta cultura Isto faz com que ve jam os outros os outros via de regra s o os pobres como os que pertencem baixa cultura porque estudam em escolas p bli cas assistem TV aberta n o t m condi es de consumir n o viajam n o v o ao tea tro escutam m sicas bregas e n o se es for am por isto no m ximo frequentar o uma universidade particular Pode se con cluir tamb m que a dicotomia alta cultura X baixa cultura est presente em todos os momentos da pesquisa e est atravessada por uma quest o econ mica na qual o po bre visto como sujeito sem cultura passa a ser representado n o apenas como algu m sem condi es materiais mas como algu m 151 que condensa todos os significados inde sej veis para os que se identificam como pertencentes alta cultura Ao finalizar reitero que mesmo que esta dicotomia seja detonada pelos Estu dos Culturais a quest o n o simplesmen te abandonar essa terminologia mas us la para contribuir no seu processo de des constru o quando se trata de um campo de investiga o em que essa
466. ue o professor deixe de resistir s sofisticadas tecnologias e comece a abando nar paradigmas tradicionais de ensino e ini cie sua formac o junto s TIC necess rio ser um professor do s culo XXI e que integre sua pr tica pedag gica as novas tecnolo gias de informa o mas para que isso se operacionalize preciso um trabalho coletivo por parte da escola na constru o desse novo professor para que todos os recursos sejam a ele oferecidos e otimizados Os programas de educa o dist n cia por exemplo em que pese o esfor o de seus mentores e organizadores e os im portantes cursos oferecidos ainda n o atin giram as popula es mais pobres que n o t m condi es financeiras para pag los Da mesma forma estudos pesquisas textos que deveriam estar ao alcance de todos os estudantes por exemplo ainda restringem se apenas a uma minoria que disp e do computador Neste sentido ficam as ques t es a servi o de quem est o as tecnologias de informa o e de comunica o Como seria poss vel colocar esse instrumental tecnol gico a servi o do bem estar de to dos Seria demais imaginar que todas as sociedades hoje deveriam ter condi es de igualdade frente s novas tecnologias Entendemos que nada mais justo do que incluir o menos favorecido na divis o da riqueza do pa s daquilo que ele mesmo produz e constr i e que hoje voltado ao poder pol tico e econ mico e a uma peque na parcel
467. ue o requisitassem o tra o fun damental que caracterizava o s bio era a sua compet ncia para ser pedagogo da humanidade Ou seja ele tinha adquirido a nica condic o para atingir a intemporalidade GARC A GARRIDO 1969 uma sabedoria que n o se limitava ao seu tempo mas avan ava as cent rias em uma din mica educadora de todos aqueles que pretendessem galgar a perfei o aqueles fundadores das sublimes filo sofias nasceram para n s e eles nos pre pararam o caminho para a vida Gra as aos seus esfor os conduzem nos das trevas luz aos mais belos conhecimentos N o nos vedado o acesso a nenhum s culo somos admitidos a todos e se desejamos pela grandeza da alma ultrapassar os es treitos limites da fraqueza humana h um vasto espaco de tempo a percorrer Pode mos discutir com S crates duvidar com Carneadas encontrar a paz com Epicuro vencer a natureza humana com a ajuda dos est icos ultrapassa la com os c nicos J que a natureza nos permite entrar em comunh o com toda a eternidade por que n o nos desviarmos dessa estreita e curta passagem do tempo e nos entregarmos com todo nosso esp rito quilo que ili mitado etemo e partilhado com os melho res Sobre a brevidade da vida XIV 1 2 135 E S neca conclui Podemos afirmar que se dedicam a ver dadeiros deveres somente aqueles que desejam estar cotidianamente na intimi dade de Zen o Pit goras Dem crito Arist teles
468. uest es sobre a educa o Na sess o Ponto de Vista o artigo da professora Eurize Caldas Pessanha reflete acerca da forma o de pesquisadores em educa o na regi o Centro Oeste a autora considera que um campo de conhecimento que vem se configurando especialmente ap s a implanta o dos cursos de p s gradua o destacando a import ncia da organiza o e consolida o dos grupos de pesquisa para superar a pr tica do pesquisador solit rio A sess o Artigos apresenta 13 trabalhos O primeiro texto escrito por Adriana Kemp Maas analisa a interpreta o do Brasil e do brasileiro com base nas obras Os Sert es de Euclides da Cunha Urup s de Monteiro Lobato e Forma o do Brasil Contempor neo de Caio Parado Jr apontando as poss veis implica es dessas interpreta es no campo da educa o No segundo artigo Ala de R Doatoni e Otaviano J Pereira discutem as mudan as comunicacionais e o uso das novas tecnologias no campo educacional e as contribui es e desafios para a forma o de professores O texto de Cl udia Maria Mendes Gontijo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre apropria o da linguagem escrita em crian as utilizando o referencial te rico metodol gico da perspectiva hist rico cultural na Psicologia Na sequ ncia C lio Juvenal Costa analisa as caracter sticas da forma o do padre jesu ta nos primeiros dec nios da Companhia de Jesus no Brasil caracterizada pela tradi o escol
469. uit priest in the 16 Century C lio Juvenal Costa Dr em Educa o Unimep Prof Departamento de Funda mentos da Educa o da Universidade Estadual de Maring e mail costacelioQterra com br Resumo Apresentar as caracter sticas da forma o do padre jesu ta nos primeiros dec nios da exist ncia daquela organiza o o que prop e este artigo A Companhia de Jesus nasceu em 1534 e foi oficializada em 1540 apresentando se como uma organiza o religiosa que expressava as discuss es e necessidade da Refor ma Cat lica do per odo Em poucos anos ela se tomou uma das principais ordens religiosas do mundo e no caso do Brasil foi sem d vida a mais importante em todo per odo colonial A forma o educacional daqueles padres apresentada em quatro aspectos distintos apenas metodologicamente a forma o rigorosa a escol stica a t cnica e a mission ria Essa forma de entender e apresentar a educa o do futuro jesu ta permite mostrar duas grandes caracter sticas que marcam a racionalidade e atua o deles a tradi o escol stica e o enfrentamento e absor o na nova realidade Palavras chave Educa o Companhia de Jesus Ratio Studiorum racionalidade jesu tica Abstract This article intends presenting the characteristics of the training of the Jesuit priest in the first decades of the existence of that organization The Company of Jesus came into being in 1534 and was made official in 1540 presenting itself
470. ulados projetos de pesqui sa e a estrutura curricular do programa e consequentemente tenha como seu produ to a produ o intelectual docente e discente inclu das as teses e disserta es as Linhas de Pesquisa inserem as orienta es de te S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 13 26 jul dez 2005 23 ses e disserta es em uma rede de prote o para orientadores e orientandos Considerando a produ o de conheci mento uma atividade precipuamente coletiva n o apenas no sentido de que se insere como um novo elo na produ o da humanidade mas no pr prio processo de produ o em bora o produto possa ser individual ningu m pesquisa sozinho a orienta o de teses e dis serta es tamb m precisa ser coletiva E a organiza o em Linhas de Pes quisa vem se mostrando a forma mais efi ciente de orienta o minimizando o car ter de trabalho solit rio dos mestrandos e doutorandos e a cumplicidade exclusiva dos orientadores Ao perceber seu trabalho como parte de uma hist ria de produ o de conhecimento a hist ria da Linha de Pes quisa em que se insere orientandos e orientadores percebem que partem de um patamar j estabelecido a partir do qual seu trabalho pode al ar v o Nesse momento fechando meu tex to preocupo me com a possibilidade de estar sendo muito restritiva dando a im press o de que conhe o os caminhos e sei como chegar ao lugar que procuro Preciso ent o recorrer a Jo
471. uperou se a expe ri ncia da Constituinte Escolar realizada pela Secretaria de Educac o de Porto Ale gre e formulou se a proposta KEMP 2004 156 Explicac o complementada por Santos 2004 o coordenador geral da Constituinte Escolar ao colocar que a id ia de uma ac o desse porte era entendida como possibilidade de dar corpo a um dos compromissos de campanha do ent o can didato a governador Jos Orc rio Miranda dos Santos o Zeca do PT O compromisso mencionado na cam panha do ent o govemador seria fazer um govemo que tivesse a marca da participa o popular com uma concep o de trans forma o da sociedade em detrimento ao car ter de manuten o da sociedade vigen te que ilustrava a pr tica autorit ria de go vemos anteriores E com esse entendimento lembra Paracampos 2004 que a proposta de educa o Escola Guaicuru vivendo uma nova li o traduzia o compromisso com o projeto de transforma o social a Constituin te Escolar se constituiu como um instrumento estrat gico de disputa com os projetos neoli berais no campo da educa o Considerando que na origem da id ia de se fazer um movimento do porte da Constituinte Escolar est o PT cabe aqui tecer algumas considera es sobre esse partido pol tico Petras e Veltmeyer 2001 oferecem subs dios significativos para ampliar o co nhecimento sobre o surgimento e a cons tru o hist rica do PT Segundo eles o PT tem sua ori
472. uram se rearranjar camufladamente passando a id ia mais uma vez de que o ovo que se apre senta frente s diversidades de uma nova dimens o social das novas tecnologias e da ci ncia cujo papel na atual sociedade globalizada n o apresenta seus resultados de modo horizontal Com todo avan o da humanidade em termos tecnol gicos e informatizados cum pre dizer vivemos uma nova fase do capita lismo em uma sociedade ainda essencial mente capitalista em sua l gica de funcio namento Utilizando nos das palavras de Duarte 2003 p 13 Sequer cogitarei a pos sibilidade de fazer qualquer concess o ati tude epistemol gica idealista para a qual a denomina o que empregarmos para caracterizar nossa sociedade dependa do olhar pelo qual focamos essa sociedade Vivemos sim um tempo de r pidas e profundas transforma es resultado do progresso da tecnologia da inform tica da comunica o da ci ncia na perspectiva de possibilidades de conhecimento e das con sequentes descobertas no campo da pol ti ca da cultura e educa o que deve se estender a todos N o sabemos o que mol daria o futuro esperemos que seja um mundo mais justo e mais vi vel O velho s culo n o acabou bem nos diz Hobsbawm 1995 p 26 Parece que estamos numa encruzilhada em que as 54 Ala de R DONATONI Otaviano J PEREIRA Revolu o comunicacional global educa o velhas maneiras de sentir e de pe
473. usion defended in 2005 at UNISINOS The article having as reference the critical theory of education discusses the effects of neoliberal hegemony on education and the challenges brought up for the educator The article supports the concept that neoliberal hegemony seeks to transform everything into goods including education which goes from being a right to becoming goods increasing the processes of exclusion Educators are seen as responsible for educational problems pointing out as a solution the competition and application of business logic There is also an ideological process of production of meaning by which knowing how is emphasized to the detriment of theoretical reflection above all critical thinking which is seen as useless and a waste of time The text argues that in order to face neoliberal hegemony itis necessary that the educator take on a political commitment be a critical educator capable of understanding the contexts which take them to think actin a certain way so as to contribute to the construction of a radically different society where the processes of exclusion are overcome Key words Teacher training neoliberal hegemony critical reflection social exclusion S rie Estudos Peri dico do Mestrado em Educa o da UCDB Campo Grande MS n 20 p 205 218 jul dez 2005 Discutir a rela o entre a exclus o social e o processo escolar bem como o papel do a educador a remete me a Alencar 2001 p 99 que b
474. usou se a caminhada via Constituinte Escolar envolvendo todos os segmentos da escola E uma das justificativas acrescenta M AM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino Santos que Quanto educa o t nhamos o compro misso maior com a radicaliza o da de mocracia porque h uma luta hist rica dos trabalhadores em educa o em defe sa da participa o popular em defesa da constru o de pol ticas educacionais que fundamentam na voz e no sil ncio da queles que no ch o da escola fazem de fato o processo de ensino aprendizado Evidentemente que as condi es pol ticas colocadas em 1999 eram bem favor veis s a es com forte impacto no imagin rio popular como por exemplo ir a todas as escolas da rede estadual reunir v rios sujeitos principalmente aqueles exclu dos da escola em todos os sentidos e consider los portadores de fala de senti mentos de capacidades SANTOS 2004 Tendo como base essas primeiras considera es busca se na sequ ncia apre ender primeiro de forma sucinta e depois em breve an lise como os idealizadores da Constituinte Escolar entendem a gest o democr tica e sua articula o com a demo cracia 1 2 O conceito de gest o democr tica e sua articula o com a democracia conforme preconizada pela Constituinte Escolar O conceito de gest o democr tica segundo a compreens o de Kemp parte da id ia de supera o das pr tica
475. usp S o Paulo PARO Vitor Henrique Administra o escolar introdu o cr tica S o Paulo Cortez 1986 S O PAULO Comunicado GS de 5 de julho de 1995 S O PAULO Funda o SEADE Anu rio Estat stico de 1995 Dispon vel em lt http www seadegov br gt Acesso em 15 jul 2003 ___ Anu rio Estat stico de 1996 Dispon vel em lt http wwwseadegovbr gt Acesso em 15 jul 2003 Legislac o citada BRASIL Minist rio da Educac o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educac o Conselho Deliberativo IResolu o n 12 de fevereiro de 2003 S O PAULO Decreto 12983 de 15 de dezembro de 1978 Estabelece o Estatuto Padr o das Associa es de Pais e Mestres S O PAULO Estado Estatuto do Magist rio Lei complementar 444 de 27 de dezembro de 1985 Recebido em 26 de julho de 2005 Aprovado para publicac o em 09 de setembro de 2005 226 Theresa ADRI O Teise GARCIA Programa dinheiro direto na escola Resenha Educa o e diferen as desafios para uma escola intercultural Education and differences challenges for an intercultural school Altemir Luiz Dalpiaz Mestrando do Programa de Mestrado em Educa o da Universidade Cat lica Dom Bosco UCDB e mail altemir dalpiaznetcom br BACKES Jos Lic nio et al Educa o e diferen as desafios para uma escola intercultu ral Campo Grande UCDB 2005 O livro constitu do de quatro cap tulos escritos por docentes BACKES e VI NH
476. utorado Universidade de S o Paulo S o Paulo 1994 VIEIRA Sofia Lerche Pol tica Educacional em tempos de transi o 1985 1995 Bras lia Plano 2000 251 p ZAGO Nadir A entrevista e seu processo de constru o reflex es com base na experi ncia pr tica de pesquisa In CARVALHO Mar lia Pinto de VILELE Am lia Teixeira Itiner rios de pesquisa perspectivas qualitativas em Sociologia da Educa o Rio de Janeiro DP amp A 2003 p 287 309 ZANTEN Agnes Van Perspectivas qualitativas em educa o pertin ncia validez e generaliza o Perspectiva Revista do Centro de Ci ncias Sociais de Santa Catarina Centro de Ci ncias da Educa o v 22 n 01 jan jun 2004 Florian polis Editora da UFSC NUP CED 2004 p 25 44 Recebido em 28 de julho de 2005 Aprovado para publica o em 13 de setembro de 2005 174 M AM ARANDA Ester SENNA A Constituinte Escolar da rede estadual de ensino Reformas educacionais cultura e cotidiano escolar Educational reforms culture and daily school routine Maria Aparecida de Lima M adureira Sergio Marcos Rodrigues da Silva Jorge Luis Cammarano Gonzalez Mestrandos do Programa de M estrado em Educa o da Universidade de Sorocaba UNISO e mail s cidamadureira hotmail com semarsilvaQuol com br Professor do Programa de Mestrado em Educa o da Universidade de Sorocaba UNISO e mail jorge gonzalezQuniso br Resumo O texto aqui apresentado problema
477. vela se relaciona se complica se resolve se H uma interdepen d ncia m tua mas n o aut noma A cons tru o hist rica que hoje movimenta o fa zer humano produto de m ltiplas deter mina es resultantes de um insano que bra cabe a Esse quebra cabeca insano foi criado pelo capitalismo avan ado que devora a si e aos outros Esses outros entre eles pa ses como o Brasil Sendo assim por que n o pensar em lutar diante dessa situa o por estruturas sociais diferentes sem se sujeitar l gica da destrui o SENNA 1994 p 53 Senna remete necessidade de se continuar buscando aqui nesse momento hist rico estruturas sociais diferentes trilhan 168 do caminhos que n o sejam os da destrui o mas lembra ainda que para isso neces s rio discutir por que o Estado permane ce sem regras e sem medidas o que de certa forma cria espaco para as resist ncias antidemocr ticas SENNA 1994 p 124 Tal afirmac o fica evidente quando historicamente se tem um quadro permea do pela descontinuidade das pol ticas p blicas no geral e em espec fico de um pro jeto em detrimento de outro como foi o caso da Constituinte Escolar que perdeu o seu car ter constituinte dentre muitos outros fatores para um projeto pol tico partid rio Mas como se acredita que nada que acontece na hist ria humana em v o e que em cada ac o se fortalecem as bases para
478. versi dade que equivale biodiversidade Trans creve que na opini o de Renson os termos se equivalem etimologicamente pois am bos est o amea ados Um representa o pla neta BIO e o outro as diferen as s cio culturais LUDO Recebido em 01 de julho de 2005 A autora tamb m explica o que jogo para o CONFEF Conselho Federal de Educa o F sica Jogo entendido como atividade f sica jogo popular para as socie dades ocidentais e jogo tradicional para as sociedades ind genas p 162 Para Vinha o jogo tradicional para os ndios requer pre para o f sica Diferente de antigamente quando o jogo era cercado predominante mente por mitologias O artigo de Marina Vinhas riqu ssi mo na bibliografia sobre o assunto o que toma o estudo muito fundamentado Essa busca de autores que v o construindo o texto d o subs dios detalhados da hist ria dos Kadiw u usando o jogo como pano de fundo O leitor ter em um texto a possi bilidade de obter alguns conhecimentos desse povo sua hist ria antropol gica e os jogos por eles praticados O leitor mais aten to se situar melhor na compreens o dos jogos atuais e do esporte e como isso tem rela o com outras marcas do homem Tamb m o entendimento de quest es que levam o homem a atos de viol ncia est o contemplados no texto portanto til a pes quisadores e todos que buscam explica es para nossos fen menos contempor neos O livro com
479. vig lia e j prestes a cerrar se Retirei me n o s dos homens como dos neg cios come ando com os meus pr prios estou trabalhando para a posteridade Vou compondo alguma coisa que lhe possa vir a ser til passo ao papel conselho conselhos que sei serem Jos Joaquim P MELO S neca o papel do s bio na forma o da humanidade eficazes por t los experimentado nas mi nhas pr prias feridas as quais se ainda n o est o completamente saradas deixaram pelo menos de ume torturas Indico aos outros o caminho justo que eu pr prio s tarde encontrei cansado de atalhos Ao formar estas reflex es tanto para mim pr prio como para a posteridade n o te parece que estou a ser mais til do que se comparecesse como consultor numa cita o judici ria se imprimisse o meu sinete no fim dum testamento ou se fosse ao senado dar o meu voto e o meu apoio a um candidato qualquer Cartas 8 1 2 6 Fica claro portanto que o conceito de cio til em S neca n o tem a conota o de um ref gio individual O conselho dado ao s bio que ele se afaste do neg cio p blico para explorar suas potenciali dades e possibilidades em favor da Huma nidade GARCIA GARRIDO 1969 Trata se portanto de um exerc cio a o de um compromisso de car ter intransfer vel Isto seguramente se exige do homem que seja til a homens Se poss vel a muitos quando n o a poucos quando n o aos parentes quando
480. vontade e lhe ter m o na inconstancia Nem a pu ni o moderada offensa dignidade do homem mas antes o ajuda a levant la nem arg e desaffei o em quem a d mas amor A Escriptura deixou em prov rbio S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 79 96 jul dez 2005 81 Qui parcit virgae odit Filium Quem n o faz uso da vara odeia seu filho Prov rbios cap 13 v 24 RODRIGUES 1917 p 31 com grifo no original Tais palavras t o distantes e estra nhas aos dias atuais sintetiza de certa for ma uma pr tica pedag gica que n o era apenas jesu tica mas que se consagrou com a Companhia principalmente depois que veio luz o Ratio Studiorum pois tanto a disciplina quanto o castigo em suas variadas esp cies e graus de severi dade s o colocados como pedras angu lares da forma o nos col gios da Societas principalmente naqueles em que se forma vam futuros padres Nas Regras dos Escol sticos de nossa Companhia do Ratio apresentam se al guns exemplos do que consiste a disciplina a que os estudantes estavam submetidos 3 Estudar de conformidade com a dire o do Superior Siga cada um a faculdade e ou a os professores que lhe assinar o superior observem todos com empenho o hor rio e m todo de estudos prescritos pelo Prefeito ou Professor e n o utilizem outros livros al m dos que lhe forem da dos pelo mesmo Prefeito 4 Dilig ncia Sejam ass duos em ouvir as aulas diligentes em
481. x la equiparada a que tem de prestar os que pretendem cadeiras de centros populosos S rie Estudos Campo Grande MS n 20 p 97 110 jul dez 2005 O professor das col nias ou da cam panha dedicado ao ensino popular era pouco valorizado muitos chegando a di zer que ele nada ou pouco precisava sa ber e que se as aulas de vilas e cidades mais populosas eram desorganizadas muito mais o eram as de distritos rurais Entretanto alguns inspetores defen diam a necessidade de qualificar o ensino nestes locais Argumentavam a igualdade com que toda a crian a deveria ser tratada e a qualidade da instru o que esta deve ria receber independente de seu estrato social e local de resid ncia Tal princ pio que deveria prevalecer e inspirar a maior quali fica o do professor independente do lo cal em que funcionasse a sua aula O regulamento n o estatui que o fi lho do habitante do campo deva re ceber menos instru o do que aqueles que vivem nas cidades ou aldeias Ao con tr rio estabelecendo no artigo s timo o mesmo grau quanto ao ensino tr s entr ncias quanto s localidades e no par grafo segundo do artigo 60 as remo es por acesso evidente que pressu p e o mesmo preparo tanto para uns como para outros No que diz respeito ao modo de encarar o educador das col nias a mais ligeira observa o dos fatos de monstra ainda a falsidade de tal modo de ver Minimamente dificultosa c

01/12/2005

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