Revista de Psicología 2011-1
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1. r AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND VERIFICA O DA ESTRUTURA INTERNA Cam lia Santina Murgo Mans o e Ana Paula Porto Noronha Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas e Universidade S o Francisco RESUMO S o apresentados nesse estudo os resultados da verifica o da estrutura interna dos itens do instrumento Avalia o dos Tipos Profissionais de Holland ATPH A amostra foi composta por 462 estudantes do Ensino M dio com idades entre 14 a 27 anos sendo a m dia de 16 anos DP 1 34 Os resultados revelaram que os itens em conjunto reproduzem os seis componentes do modelo te rico de Holland sugerindo a representa o dos interesses pelos tipos Realista a 0 95 Investigativo a 0 93 Art stico 0 0 94 Social a 96 Empreendedor a 0 95 e Convencional a 0 96 O ATPH apresentou evid ncias de validade mostrando ser funcional sua utiliza o em Orienta o Profissional e que h pertin ncia na aplicabilidade da tipologia de Holland em adolescentes e jovens brasileiros Palavras chave Interesses profissionais Orienta o profissional vocacional Avalia o psicol gica ASSESSMENT OF HOLLAND PROFESSIONALS TYPES VERIFICATION OF THE INTERNAL STRUCTURE ABSTRACT This study presents results of the verification internal structure of the items of the instrument Avalia o dos Tipos Profissionais de Holland ATPH The sample consisted of 462 high school students with aged from 14 to 27 ye2. Guichard J amp Huteau M 2001 Psicologia da Orienta o Lisboa Instituto Piaget Guindon M H amp Richmond L J 2005 Practice and Research in Career Counseling and Development 2004 The Career Development Quarterly December 54 90 135 Holland J L 1975 T cnica de la elecci n vocacional tipos de personalidad y modelos ambientales R D Guerrero Trad M xico Trillas Holland J L 1997 Making vocational choices A theory of vocational personalities and work environments 3 ed Odessa FL Psychological Assessment Resources Holland J B 1985 Making Vocational Choice a theory of vocational personalities amp work environments Toronto Canada Prentice Hall Original publicado em 1973 Holland J L Powell A B amp Fritzsche B A 1994 SDS Self Directed Search Professional user s guide Florida Psychological Assessment Resources Inc Lent R Brown S D amp Hackett G 1994 Toward a unifying social cognitive theory of career and academic interest choice and performance Journal of Vocational Behavior 45 79 122 Mans o C S M 2005 Interesses profissionais valida o do Self Directed Search Career Explorer SDS Tese de Doutorado Campinas Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas Mans o C S M amp Yoshida E M P 2006 SDS Question rio de Busca Auto dirigida precis o e validade Revista Brasileira de Orienta o Pro
3. RIASEC Pretende se ainda obter evid ncias de validade desse instrumento favorecendo a aplicabilidade da tipologia de Holland no Brasil M TODO Trata se de uma pesquisa quantitativa de delineamento descritivo portanto n o experimental Participantes A amostra foi composta por 462 estudantes do Ensino M dio de cinco escolas tr s p blicas e duas particulares localizadas em cidades do interior de S o Paulo As idades dos participantes variaram de 14 a 27 anos sendo a m dia de 16 anos DP 1 34 No que se refere ao sexo 221 48 eram homens e 241 52 mulheres A maior concentra o de participantes se deu nos anos iniciais sendo 40 N 177 no primeiro 44 N 196 no segundo e 16 N 71 no terceiro Quanto ao sistema de ensino constatou se que 44 6 N 206 eram estudantes de escolas p blicas e 55 4 N 256 de particular Vale esclarecer que a amostra foi obtida por conveni ncia ap s as devidas autoriza es em atendimento aos procedimentos ticos Instrumentos O ATPH Avalia o dos Tipos Profissionais de Holland foi constru do por Primi Muniz Nunes e Mans o 2008 com base nos pressupostos de Holland 1975 e objetivou avaliar interesses e prefer ncias profissionais composto por 154 itens que representam as seis tipologias de Holland sendo que cada item avaliado por uma escala de quatro pontos do tipo Likert correspondendo a nenhum interesse resposta 1 a muito int
4. avaliar as dimens es do modelo Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 IIMMM gt MM A gt 1A AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND RIASEC na amostra pesquisada ou seja jovens estudantes de ensino m dio Resultados semelhantes foram verificados em outros estudos com o mesmo objetivo Mans o 2005 Mans o amp Yoshida 2006 Primi et al 2010 Deve se salientar a necessidade de outros estudos que investiguem de modo mais detalhado a aplicabilidade desse modelo e tragam perspectivas de que o ATPH torne se um instrumento a ser utilizado em processos de Orienta o Profissional como ferramenta facilitadora da verifica o do perfil tipol gico REFER NCIAS Balbinotti M A A 2003 Invent rio Tipol gico de Interesses Profissionais S o Leopoldo N cleo de Orienta o Vocacional Universidade do Vale do Rio dos Sinos Balbinotti M A A Valentini F amp C ndido M F 2006 N veis de interesses profissionais em soldados do Ex rcito Brasileiro Revista Brasileira de Orienta o Profissional 7 1 23 36 Bujold C amp Gingras M 2001 Choix professionnel et d veloppement de carri re Th ories et recherches Boucherville PQ Ga tan Morin Einarsd ttir S Rounds J gisd ttir S amp Gerstein L H 2002 The structure of vocational interests in Iceland Examining Holland s and Gati s RIASEC models European Journal of Psychological Assessment 18 85 95
5. foi RIASEC Foi calculado o Alfa de Cronbach a avaliada sendo utilizado o ndice de consist ncia conforme dados demonstrados na Tabela 2 interna de cada uma das tipologias do modelo Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND Tabela 2 Coeficiente Alfa de Conbrach a em cada Tipologia Tipologias Realista Investigativo Art stico Social Emprendedor Convencional Os resultados dos coeficientes em cada uma das tipologias revelaram ndices muito satisfat rios para todas elas sendo a varia o entre 0 93 e 0 96 Pode se dizer que o ATPH apresentou boa precis o na popula o no que diz respeito consist ncia interna dos itens DISCUSS ES Os resultados do presente estudo mostram que a an lise fatorial resultou em seis fatores bem definidos o que sugere uma correspond ncia com as seis Tipologias profissionais conforme proposto por Holland Esses resultados corroboram os achados de outras pesquisas Mans o 2005 Mans o amp Yoshida 2006 Pasian amp Okino 2009 nos quais a partir dos resultados da an lise fatorial do SDS Holland 1975 em geral permitem identificar os seis fatores RIASEC O conjunto de itens que covariaram no fator 1 sugere que eles medem a tipologia Realista Entre as caracter sticas que a definem podem ser citadas prefer ncia por profiss es agr colas t cnicas de com rcio e engenharia e por atividades que exigem cap
6. Artesanatos 0 54 113 Apresentar um show 0 54 6 Ensaiar bailarinos 0 50 67 Escrever novelas 0 49 107 Criar 0 48 15 Avaliar 0 46 70 Projetar 0 43 9 Planejar 0 40 50 Ensinar crian as 0 87 49 Trabalhar com pessoas 0 84 93 Atuar na orienta o 0 83 51 Auxiliar crian as 0 81 47 Trabalhar na reabilita o 0 80 48 Aconselhar 0 80 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND Tabela 1C Satura o superior a 0 40 por fatores com rota o Promax Itens Fatores 1 2 3 4 5 6 52 Aprender sobre as formas 0 78 96 Ajudar pessoas 0 77 46 Trabalhar com pessoas 0 76 53 Auxiliar pessoas com dificuldades 0 76 44 Dar assist ncia 0 75 137 Ajudar pessoas 0 75 95 Ser volunt rio 0 74 94 Assistir pessoas 0 73 91 Ajudar casais 0 72 141 Ajudar 0 72 138 Acalmar pessoas 0 70 142 Educa o 0 51 139 Ensino 0 49 92 Trabalhar com seguros 0 47 144 Compreender as raz es 0 47 143 Ensinar 0 43 56 Ser l der 0 80 60 L der de grupo 0 78 149 Liderar campanhas 0 73 63 Distribuir tarefas 0 72 61 Conduzir uma equipe 0 71 101 Fazer propaganda 0 71 102 Participar de campanhas 0 71 59 Trabalhar como supervisor 0 70 14 6 Alcan ar sucesso 0 68 150 Organizar um g
7. Gostam de atividades que envolvem a investiga o sistem tica e criativa de fen menos f sicos biol gicos e culturais Por fim habilidades de pesquisa mec nicas e aritm ticas tamb m podem caracterizar este tipo Quando o tipo Art stico aparece como predominante os individuos tendem a interagir expressando se por meio de sentimentos emo es intui es e imagina o Estas pessoas s o tidas como criativas originais sonhadoras idealistas rebeldes pouco convencionais e podem at parecer descuidadas S o mais favor veis s atividades livres e pouco sistematizadas que envolvam a manipula o de materiais fisicos verbais ou humanos para criar formas de arte ou produtos Em outra medida o entusiasmo a amabilidade a lideran a a persuas o a sinceridade a compreens o a generosidade e o calor humano s o descritores de pessoas cujo perfil tipol gico o Social comum essa tipologia representar indiv duos extrovertidos e cooperativos embora possam eventualmente ser dependentes dos demais Eles buscam ajudar as pessoas muitas vezes sacrificando se em favor dos outros O principal interesse manifesto por atividades que envolvam o contato com outros para informar treinar desenvolver curar ou educar O tipo Empreendedor busca agir sobre o mundo para conseguir o que deseja Apresenta se como aventureiro entusiasta dominante extrovertido impulsivo persuasivo soci vel vers til ambicioso l der d
8. acidade motora manual ordem e realismo cultivo de valores convencionais especialmente o econ mico e atribui o de pouca import ncia aos valores est ticos Maior Alfa 95 93 94 96 95 96 capacidade matem tica e mec nica que capacidades verbais e perceptivas poss vel afirmar que os itens do fator realmente representam o interesse profissional de individuos cujo perfil segundo o modelo RIASEC denominado Realista No estudo de Mans o 2005 no qual se buscou evidencias de validade para o SDS Holland 1975 na popula o brasileira tamb m foi encontrado um fator representativo para a tipologia Realista O fator 2 foi o que apresentou n mero mais reduzido de itens 21 estando agrupados de modo a representar a Tipologia Investigativo Os indiv duos cujo perfil profissional o Investigativo costumam ser anal ticos introvertidos cr ticos perfeccionistas e ter prefer ncia por profiss es cient ficas que apresentam problemas e tarefas te ricas como a medicina qu mica bot nica zoologia f sica geologia meteorologia astronomia antropologia Apresentam boa capacidade de organiza o independ ncia e originalidade Ainda no que se refere a essa tipologia Mans o e Yoshida 2006 encontraram resultados semelhante na an lise fatorial do SDS ou seja o fator representativo do tipo Investigativo apresentou n mero mais reduzido de itens A an lise dos itens bem como do fator agrupado p
9. ars old and the mean was 16 years old SD 1 34 The results revealed that the items together reproduced the six components of the theoretical model of Holland suggesting the representation of interests among the types Realistic a 0 95 Investigative a 0 93 Artistic a 0 94 Social a 96 Enterprising a 0 95 and Conventional a 0 96 The ATPH presented validity evidences and that there is relevance in the applicability of Holland s typology in adolescents and young Brazilians Keywords Vocational interests Vocational career counseling Psychological assessment Psic loga doutora em Psicologia Ci ncia e Profiss o pela Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas Docente das Faculdades Integradas de Ja Bolsista de P s doc pelo CNPq Correspondencia camansao Whotmail com Psic loga doutora em Psicologia Ci ncia e Profiss o pela Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas Docente do Programa de P s Gradua o Stricto Sensu em Psicologia pela Universidade S o Francisco Bolsista Produtividade em Pesquisa pelo CNPq Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND EVALUACI N DE LOS TIPOS PROFESIONALES DE HOLLAND VERIFICACI N DE LA ESTRUCTURA INTERNA RESUMEN Se presentan en este estudio los resultados de la verificaci n de la estructura interna de los tems del instrumento Evaluaci n de Tipos Profesionales de Holland ATPH La mue
10. dentre os quais o LIP Levantamento de Interesses Profissionais o QVI Question rio Vocacional de Interesses o Invent rio de Interesses Thurstone Angelini e a EAP Escala de Aconselhamento Profissional S o encontrados ainda no manual do SDS estudos de validade divergente realizado com a bateria de avalia o de habilidades cognitivas a Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND Bateria de Provas de Racioc nio BPR 5 Mans o 2005 Sartori 2007 Adicionalmente foram encontrados estudos com o Teste de Fotos de Profiss es BBT Br cujos resultados permitiram a verifica o de associa es entre os fatores propostos pelo BBT Br e os tipos de Holland Okino 2009 Outras pesquisas podem ser referenciadas para demonstrar a expressividade da teoria no Brasil Com o intuito de verificar o n vel de signific ncia das diferen as de m dias dos interesses de soldados do Ex rcito Brasileiro Balbinotti Valentini e C ndido 2006 aplicaram o Invent rio Tipol gico de Interesses Profissionais ITIP 156 de Balbinotti 2003 em 352 participantes com idades entre 18 e 32 anos Os soldados preencheram o Question rio Bio s cio demogr fico al m do ITIP Este ltimo composto por 156 itens que descrevem atividades profissionais e foi elaborado com o objetivo de avaliar os seis tipos de personalidades vocacionais de Holland 1997 Os resultados revelaram mai
11. e quantos poderiam ser mantidos A An lise Fatorial por meio do m todo de componentes principais objetivou investigar os conjuntos de itens formados Aplicou se a rota o Promax uma vez assumida a rela o entre os fatores A configura o que se mostrou mais interpret vel ficou composta por seis fatores correspondendo id ia original das tipologias do modelo RIASEC Foram considerados os ndices de satura o superiores a 0 40 A Tabela 1 apresenta os resultados Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 AVALIA O DOS TIPOS PROFISSIONAIS DE HOLLAND Tabela 1A Satura o superior a 0 40 por fatores com rota o Promax Itens Fatores 1 2 3 4 5 6 85 Consertar ve culos 0 95 129 Arrumar o motor 0 93 38 Reparos Bauru 0 91 42 Oficina mec nica 0 91 128 Conserto mec nico 0 91 87 El tricos 0 86 36 Arrumar carros emotos 0 85 39 Manuten o em sat lites 0 80 90 Trabalhar aeronaves 0 78 41 Operando m quinas e equipamentos 0 77 35 Projetar e constru r 0 75 133 Fazer a instala o el trica 0 75 134 Soldar 0 75 130 Projetar sistema de automa o 0 72 33 Saber consertar aparelhos 0 71 34 Desmontar eletr nicos 0 70 43 Trabalhar coma instala o 0 69 40 Arrumar computadore 0 64 84 Construir objetos 0 61 88 M veis 0 58 83 Desenvolver instrumen
12. eresse resposta 4 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 r MURGO C PORTO A Procedimentos O projeto foi encaminhado ao Comit de tica em Pesquisa de uma institui o de ensino superior do interior do estado de S o Paulo Brasil Ap s a aprova o deu se in cio coleta de dados cuja foi dura o de quatro meses Feitos os contatos com as escolas e uma vez obtidos os consentimentos das respectivas dire es a pesquisadora fez o convite aos participantes nas classes em per odo regular de aula No primeiro contato com os estudantes foram esclarecidos os objetivos da pesquisa e solicitado que consultassem seus respons veis quanto participa o e levassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que assinassem A aplica o dos instrumentos foi coletiva em dia e hor rio previamente estabelecidos sendo correspondente a uma hora e quinze minutos cada aplica o RESULTADOS Para o estudo da estrutura interna dos itens inicialmente foi obtida a medida de adequa o de Kaiser Meyer Olkin KMO 0 86 e o teste de esfericidade de Bartlett com valor significativo de p lt 0 001 o que permitiu verificar a possibilidade de fatora o Na Figura 1 apresentado o gr fico de sedimenta o J u a PE dE TO Figura 1 Gr fico de Sedimenta o A partir da visualiza o do screee plot foi considerada a possibilidade de interpretabilidade dos fatores a fim de definir quais
13. ermitiu inferir que o Fator 3 representa Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 MURGO C PORTO A a tipologia Art stico As caracter sticas que a definem s o criatividade uso dos sentimentos emo es intui es e imagina o aptid es verbais habilidades motoras e perceptuais Identifica o com artistas e intelectuais e prefer ncia por trabalhar em ocupa es como designer poeta m sico figurinista escritor ator decorador ou humorista Para o tipo art stico a resolu o de problemas implica expressar seus gostos e pensamentos imaginativos atrav s de concep es e realiza es art sticas Pasian e Okino 2009 puderam verificar o agrupamento de 34 itens da tipologia Art stico numa amostra de 769 adolescentes brasileiros participantes de um estudo de valida o do SDS A an lise dos itens reunidos no fator 4 mostrou associa o com a tipologia Social resultado tamb m verificado por Mans o e Yoshida 2006 nas an lises do SDS As caracter sticas que definem a tipologia Social s o responsabilidade sensibilidade humanismo necessidade de intera o social capacidade verbal e interpessoal Os indiv duos que apresentam perfil Social preferem trabalhar em atividades comunit rias em contato com pessoas costumam ter bom desempenho em atividades verbais poucas habilidades matem ticas e tendem a optar por profiss es como orientador psic logo assistente social professor cientista socia
14. fissional 7 2 67 80 Okino E T K 2009 O SDS e o BBT Br em Orienta o Profissional Evid ncias de validade e precis o Tese de doutorado n o publicada Universidade de S o Paulo Ribeir o Preto SP Pasian S R amp Okino E T K 2009 Investiga o com SDS e BBT Br Coopera o internacional Brasil e Portugal Hist rico e objetivos CD ROM In Resumos do IV Congresso Brasileiro de Avalia o Psicol gica XIV Confer ncia Internacional de Avalia o Psicol gica Formas e contextos V Congresso da Associa o Brasileira de Rorschach e M todos Projetivos Campinas Universidade S o Francisco Primi R Muniz M Nunes M amp Mans o C M 2008 Avalia o dos Tipos Profissionais de Holland ATPH Relat rio T cnico n o publicado Primi R Mans o C M Muniz M amp Nunes M F O 2010 SDS Question rio de Busca Autodirigida Manual T cnico da vers o brasileira S o Paulo Casa do Psic logo Sartori F A 2007 Estudo correlacional entre a Escala de AconselhamentoProfissional EAP e o SDS Disserta o de mestrado n o publicada Universidade S o Francisco Itatiba SP Savickas M L 1999 Examining the personal meaning of inventoried interests during career couseling Journal of Career Assessment 3 188 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 r MURGO C PORTO A 201 of fifth to eight grade students using the ICA R and structural equatio
15. in mico e autoconfiante Os indiv duos gostam de assuntos de pol tica economia e neg cios e priorizam as atividades nas quais possam comandar ou controlar buscando estabelecer contato com os outros para atingir objetivos organizacionais ou ganhos econ micos Para descrever o tipo Convencional podem ser citadas pessoas que tendem a se conformar facilmente com normas estabelecidas de maneira que escolhem metas atitudes e valores aceitos socialmente Em geral n o se mostram muito criativos ou imaginativos e preferem atividades que envolvam a manipula o sistem tica e ordenada de dados como organiza o de registros e preenchimento de documentos Holland Powell e Fritzsche 1994 desenvolveram o Self Directed Search um dos instrumentos mais utilizados em orienta o profissional nos Estados Unidos A vers o brasileira denominada Question rio de Busca AutoDirigida Primi Mans o Muniz amp Nunes 2010 tratando se de um instrumento estruturado em quatro se es atividades compet ncias carreiras e habilidades Recentemente o SDS Question rio de Busca Autodirigida recebeu parecer favor vel para uso profissional do psic logo pelo Conselho Federal de Psicologia Primi et al 2010 O manual t cnico do instrumento apresenta al m do estudo de adapta o para a vers o brasileira Mans o 2005 diversas pesquisas que revelam evid ncias de validade convergente com instrumentos de avalia o de interesses
16. ista contador analista de computadores policial Os resultados permitem afirmar que o ATPH Avalia o dos Tipos Profissionais de Holland det m qualidades psicom tricas satisfat rias para estudantes de ensino m dio brasileiro A an lise fatorial forneceu dados da dimensionalidade do construto reproduzindo os seis componentes do modelo te rico de Holland o que permite inferir que o interesse profissional pode ser representado por seis tipos quais sejam Realista Investigativo Art stico Social Empreendedor e Convencional Em s ntese o tipo Realista caracter stico de sujeitos pr ticos conservadores e dotados de habilidades mec nicas foi claramente representado no fator 1 As caracter sticas relacionadas a sujeitos anal ticos e curiosos estiveram representados pelo fator 2 enquanto que as que definem a tipologia Art stico como criatividade uso da imagina o e aptid es verbais evidenciaram se no fator 3 A tipologia Social comum entre indiv duos que se realizam ajudando outras pessoas e preocupando se com o bem estar humano foi identificada no fator 4 O Fator 5 representou a tipologia Empreendedor indicando caracter sticas como prefer ncia por exercer pap is de poder e de lideran a e o fator 6 a tipologia Convencional comum entre indiv duos que tendem a ser organizados met dicos e interessados em trabalhar com m quinas n meros e equipamentos Em conjunto os itens do instrumento proposto parecem
17. l diretor de centros de recrea o pedagogo orientador educacional O Fator 5 apresentou um total de 23 itens sendo que todos encontram se associados mesma Tipologia Empreendedor Dentre as caracter sticas que definem o tipo merecem destaque prefer ncia por exercer pap is de poder e de lideran a em geral e por situa es sociais nas quais possam ser satisfeitas necessidades de dom nio de express o verbal e de lideran a Os indiv duos que apresentam esse perfil costumam possuir bom potencial em atividades verbais e persuasivas e interesse por profiss es como leiloeiro vendedor comerciante administrador conselheiro de rela es industriais organizador de campanhas pol ticas acionista produtor de televis o rela es p blicas publicit rio poss vel afirmar que os itens carregados nesse fator podem ser bons representantes da tipologia Empreendedor tal como preconizado por Holland 1975 1997 Verificou se que 25 itens apresentaram carga fatorial acima de 0 40 no Fator 6 sendo todos associados Tipologia Convencional As caracter sticas que definem o tipo s o efici ncia em tarefas bem organizadas identifica o com o poder valoriza o de bens materiais e de posi o social inflexibilidade rigidez e pouca criatividade Os indiv duos que apresentam esse perfil interessam se segundo Holland 1985 por profiss es como estat stico arquivista caixa gerente juiz corretor de im veis econom
18. n modeling Journal of Spokane A 1996 3 ed Holland s theory In D Eninsclina Poyehology dO 148 163 Brown amp L Brooks Eds Career choice and development pp 33 74 San Francisco Jossey Teixeira M A P Castro G D Cavalheiro C V Bass 2008 Escalas de intereses vocacionales EIV construcci n validad factorial y consistencia T T J 2002 Development of interests and ME D A o interna Psicologia em Estudo 13 1 179 186 competency beliefs A 1 year longitudinal study Recibido 13 de abril del 2011 Aceptado 3 de junio del 2011 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011
19. or interesse por atividades pertencentes aos tipos Empreendedor Convencional e Social nesta ordem Ademais foram encontradas diferen as significativas p lt 0 05 em rela o s faixas et rias no tipo Social mas n o nos demais A constru o de um instrumento de avalia o de interesses com base no Modelo Hexagonal de Holland foi o objetivo da pesquisa de Teixeira Castro e Cavalheiro 2008 Para a vers o inicial do instrumento foram elaborados 113 itens sendo 18 por cada fator RIASEC Participaram 468 estudantes de ensino m dio 56 7 mulheres com m dia de idade de 15 7 anos DP 1 29 e 389 estudantes universit rios 48 3 mulheres com m dia de 21 8 anos DP 4 22 As an lises de componentes principais revelaram os seis fatores previstos teoricamente conferindo validade ao instrumento Os coeficientes alpha revelaram ndices entre 0 76 e 0 80 com exce o de um que foi inferior a 0 75 Os autores consideraram os resultados positivos e indicativos de que o instrumento apresentou medidas fidedignas para o construto em avalia o Os instrumentos de verifica o de interesses fundamentados nessa perspectiva que v m sendo constru dos no Brasil quando submetidos a estudos de valida o tem apresentado resultados promissores Dessa forma justifica se o objetivo do presente estudo qual seja construir um instrumento psicom trico para avaliar as dimens es de interesses vocacionais de acordo com o modelo
20. ren a em rela o a determinadas atividades ocupacionais Para Savickas 1999 o construto diz respeito posi o de um indiv duo em rela o a um objeto espec fico no que se refere aten o despertada no sujeito por esse objeto e adicionalmente envolve a tend ncia a interagir ou n o com ele Na perspectiva do autor os interesses revelam a maneira por meio da qual o indiv duo busca realizar seus valores e atender s suas necessidades no meio em que se encontra inserido O Modelo Hexagonal proposto por Holland 1975 permite a compreens o dos interesses por meio de seis tipos de perfis de interesse denominados realista investigativo art stico social empreendedor e convencional e de acordo com Spokane 1996 esta concep o uma das mais pesquisadas no mbito do desenvolvimento vocacional e de carreira As seis dimens es do modelo s o consideradas como express es da personalidade bem como dos pr prios ambientes de trabalho o que permite afirmar as pessoas buscam ambientes nos quais possam exercer suas habilidades e valores e assumir pap is congruentes com seus interesses Assim uma escolha profissional acertada ocorreria como resultado da combina o de caracter sticas individuais com aquelas dos ambientes de trabalho Os seis tipos apresentam um padr o de inter rela es que em um plano gr fico teria a forma de um hex gono As dist ncias entre tipos adjacentes exemplos Realista Investigati
21. rupo 0 66 64 Coordenar 0 65 58 Aprender gerenciar 0 64 109 Criar s mbolos 0 60 98 Gerenciar 0 58 55 Coordenar 0 57 148 Criar estrat gias 0 52 3 Criar jingles 051 62 Ser um executivo 0 51 145 Ter uma empresa 0 50 100 Trabalhar com vendas 0 49 140 Manter boas rela es 0 45 Rey Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 MURGO C PORTO A Tabela 1D Satura o superior a 0 40 por fatores com rota o Promax Itens Fatores 1 2 3 4 5 6 18 Revisar 0 89 21 Organizar a contabi lida 0 88 20 Fazer controle 0 86 116 Organizar os arquivos 0 86 73 Fazer a contabilida 0 84 76 Controlar a folha 0 84 17 Classificar e organizar 0 81 74 Ser respons vel 0 81 16 Revisar 0 80 22 Estudar economia 0 80 77 Calcular 0 77 119 Organizar planilhas 0 77 12 Criar um sistema 0 75 13 Conferir documentos 0 75 117 Organizar um banco de dados 0 69 114 Conferir relat rios 0 63 19 Organizar bibliotecas 0 61 14 Verificar defeitos 0 60 75 Montar planilhas 0 59 120 Fazer servi os 0 55 99 Trabalhar com investimentos 0 53 115 Organizar arquivos 0 53 154 Gerenciar o setor 0 46 97 Representar uma empresa 0 43 118 Digitador 0 41 Total de itens por fator 22 21 27 24 23 25 A an lise da precis o do ATPH tamb m
22. stra consisti en 462 estudiantes de secundaria de entre 14 y 27 a os con un promedio de 16 a os SD 1 34 Los resultados revelaron que los items juntos reproducen los seis componentes del modelo te rico de Holland sugieren que la representaci n de los intereses por los tipos Realista a 0 95 Intelectual a 0 93 Art stico a 0 94 Social a 96 Emprendedor a 0 95 y Convencional a 0 96 El ATPH presenta evidencias de validez y muestra su uso en la orientaci n profesional y existe una preocupaci n sobre la aplicabilidad de la tipolog a de Holland en los adolescentes y los j venes brasile os Palabras claves intereses profesionales orientaci n profesional evaluaci n profesional A OP tem se constitu do como uma rea em ascens o na Psicologia tanto no Brasil como no exterior Bujold amp Gingras 2001 Guichard amp Huteau 2001 Savikas 1999 Einarsd ttir Rounds Egisd ttir amp Gerstein 2002 Tracey 2002 dada a import ncia do trabalho e da consequente necessidade de um planejamento de carreira que direcione as atividades ocupacionais do homem durante as diversas etapas da sua exist ncia A OP tem se dedicado ao estudo de alguns construtos considerados de grande relev ncia na escolha de uma profiss o dentre eles interesses profissionais foco da presente investiga o Guindon amp Richmond 2005 Lent Brown y Hackett 1994 definem interesses como padr es de gosto avers o ou indife
23. tos 0 57 86 Projetar construir 0 55 82 Buscar solu es para problemas cient ficos 0 86 127 Planejar 0 84 122 Fen menos cient ficos 0 84 27 Manter me atualiza 0 81 30 Ler 0 81 29 Assistir uma teoria cient fica 0 78 23 Relat rio de uma experi ncia 0 71 24 Redigir artigo 0 71 26 Fazer experimentos qu micos 0 66 124 Estudar fen meno 0 66 81 Pesquisa 0 65 125 Corpo humano 0 65 80 Criar produtos 0 63 31 Desenvolver pesquisas 0 56 32 Entender teorias 0 56 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 MURGO C PORTO A Tabela 1B Satura o superior a 0 40 por fatores com rota o Promax Itens Fatores 1 2 3 4 5 6 25 Fazer diagn stico 0 51 79 Estudar a hist ria 0 49 121 F rmulas matem ticas 0 49 126 Estudar fisica 0 47 5 Trabahar com artistas 0 78 69 Preparar escultura 0 76 105 Criar musicas 0 73 111 Tocar instrumento 0 73 106 Compor 0 72 4 Fazer obras 0 6 7 Aprender arte 0 64 11 Estudar diversos generos 0 64 71 Escrever dirigir 0 64 1 Fazer projetos 0 63 104 Escrever 0 63 10 Participar de um grupo 0 62 68 Aprender 0 61 108 Expressar alguma id ia 0 60 112 Criar projetos artisticos 0 60 2 Desenhar 0 58 8 Conviver 0 58 72 Realizar trabalhos 0 58 110 Atuar 0 55 66
24. vo e Investigativo Art stico s o menores do que as observadas entre tipos alternados Realista Art stico e Investigativo Social como exemplos que por sua vez seriam menores do que as dist ncias entre tipos opostos Realista Social Isto significa que as dimens es mais pr ximas entre si apresentam tamb m maior semelhan a quanto aos tipos a que se referem de modo que o tipo Investigativo mais pr ximo dos tipos Realista e Art stico do que do Social e mais distante do Empreendedor e do Convencional Holland 1997 Rev Psicol Trujillo Per 13 1 46 58 2011 MURGO C PORTO A O autor defende que embora de modo geral as pessoas apresentem caracter sticas das seis dimens es existe a predomin ncia de uma delas sobre as demais caracterizando assim os tipos de personalidade Sob esta perspectiva pessoas cuja tipologia predominante a Realista preferem trabalhar com dados objetivos e n o com suposi es subjetivas tendem a valorizar coisas materiais e n o costumam dar muita import ncia a sentimentos Elas demonstram interesse por atividades que envolvam manipula o de objetos ferramentas ou m quinas e costumam ser mais conservadores e autocontrolados r J o tipo Investigativo representado por pessoas que apreciam trabalhar com o racioc nio usando palavras ou id ias Eles tendem a ser pessoas anal ticas racionais independentes introvertidas cr ticas intelectuais inventivas e curiosas
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