Relação Entre Personalidades Vocacionais e Estilos Interpessoais
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1. o aconselhamento de carreira centra se na clarifica o dos valores considerando os valores como interesses gerais representando o que as pessoas esperam alcan ar Savickas 2004 p 33 E os interesses vocacionais operacionalizam estes valores em termos do modo com a pessoa os planeja alcan ar Estas id ias de Savickas 2004 evidenciam a tradi o adleriana pois o autor caracteriza oComportamento vocacional como uma forma idiossincr tica de alcan ar metas subjetivamente concebidas de realiza o pessoal ou seja o estilo de vida De um modo geral as teorias de personalidade concordam que o comportamento adulto est relacionado s experi ncias da inf ncia Por m esta conex o n o clara para a maioria das pessoas A repeti o de padr es equivocados e improdutivos de comportamento ocorre devido a ignor ncia do sujeito sobre as experi ncias que lan aram as bases da sua personalidade O BASIS A examina as experi ncias infantis esclarecendo a sua rela o com o comportamento adulto correspondente E assim possibilita a revis o de cren as e estrat gias comportamentais obsoletas o que pode resultar tanto na clarifica o de interesses presentes quanto na estimula o para a busca de novas experi ncias e o desenvolvimento de novos interesses Num mundo caracterizado pela mudan a constante a fixa o em interesses j desenvolvidos pode limitar as alternativas de realiza o das metas e valores do indiv duo Por2. que significa a evita o da dor e do estresse a qualquer custo afastamento de poss veis problemas desist ncia diante de dificuldades e exagero dos fracassos e o agradar onde o indiv duo quer prioritariamente evitar a rejei o atrav s da busca de aprova o e aceita o dos demais Kefir 1981 Topf 1984 A obra de Adler 1912 1954 1929 1969 considera que a meta fundamental do ser humano alcan ar o sentimento de pertencer a uma coletividade e ser valorizado em sua contribui o para a mesma Isto se d de uma forma nica com base no sistema de cren as de cada indiv duo O estilo de vida uma constru o ativa que formula metas relativas inser o social e define as estrat gias para alcan las Enquanto alguns preferem alcan ar sentimentos de perten a e reconhecimento pelo pioneirismo e assun o de posi es de lideran a outros o fazem atrav s do servi o abnegado causas sociais ou atrav s busca da originalidade na descoberta cient fica etc Ou seja a escolha profissional est inserida nesta busca de perten a e valoriza o pessoal No cerne desta forma particular do sujeito se posicionar no contexto social est o estilo interpessoal que adquirido no ambiente da primeira inf ncia e a seguir tende a se generalizar para as demais esferas da conviv ncia em sociedade incluindo o ambiente de trabalho Neste sentido sugere se que o estilo interpessoal est associado tanto ao processo quanto ao c
3. Curlette e Kern 1997 baixos escores nas escala Ser Gostado e Reconhecimento foram associados prioridade de controle que significa a supress o de emo es e distanciamento social Neste sentido a pesquisa de Magalh es 2005a trouxe indicativos de que tipos realistas tendem a se apresentar menos preocupados com as implica es comunit rias do seu trabalho Ou seja estes indiv duos parecem estar pouco preocupados com elogios e reconhecimento pelo que s o capazes de oferecer aos demais Neste sentido tamb m revelaram escores inferiores na escala de Reconhecimento em compara o com empreendedores o que pode estar associado a sua relativa falta de ambi o e conformidade em contraste extrovers o e ao otimismo caracter sticos da inclina o empreendedora Na escala Comando os empreendedores revelaram escores superiores aos tipos sociais Ora de acordo com Holland 1997 o interesse social significa oferecer ajuda a pessoas em situa o desfavor vel e o tipo empreendedor prefere controlar persuadir e liderar Este resultado tamb m corresponde a expectativas derivadas de pesquisas anteriores Embora ambos sejam tipos extrovertidos o interesse social foi associado com a dimens o ternura e o empreendedor com a dimens o assertividade do tra o de extrovers o modelo Big Five Larson amp Borgen 2002 Sullivan amp Hansen 2004 Tipos sociais t m valores coletivistas s o benevolentes e parecem estar preocupados com
4. gias protot picas e compreender como afetam o comportamento social do indiv duo no presente Neste sentido o cabe alho do instrumento dita o in cio de todas as quest es com a introdu o Quando eu era crian a eu que tem continuidade em cada item na descri o decomportamentos espec ficos A vers o brasileira mostrou dados de precis o e validade satisfat rios numa amostra de 828 estudantes universit rios Magalh es 2005b As descri es a seguir representam o significado geral dos escores elevados em cada escala a Pertenga Interesse Social indica extrovers o e prazer de estar em grupo empatia e popularidade ex me enturmava facilmente num grupo b Acompanhamento indica a prefer ncia por situa es estruturadas e evita o de conflito ex me envolvia em muitas brigas na escola escore invertido c Comando indica a busca de controle e lideran a ex era mand o d Reconhecimento reflete a necessidade de obter sucesso e o desejo por respeito e aprova o podendo ser subdividida em itens associados ao desejo de ser gostado ex queria agradar os adultos e itens referentes busca de sucesso ex me sentia importante quando fazia as coisas certas e Cautela avalia o quanto o indiv duo percebe o seu entorno social como hostil ou desfavor vel resultando numa abordagem cuidadosa das situa es que pode oscilar para o extremo oposto de falta c
5. 44 263 278 Betz N E amp Borgen F H 2000 The future of career assessment integrating vocational interests with self efficacy and personal styles Journal of Career Assessment 8 4 329 338 Cline J M Riordan R J amp Kern R 1978 An investigation of interjudge agreement on a subject s vocational choice and life style type Em L Baruth amp D Ekstein Orgs Life style Theory research and practice pp 167 179 Dubusque lowa Kendall Hunt Crites J 1974 Psicologia vocacional Buenos Aires Paid s Curlette W L Wheller M S Kern R M 1997 Basis A Inventory Technical Manual Highlands NC TRT Associates Gentry J M Phillips F L Sigelman C K amp Winer J L 1980 Adlerian life style and vocational preference Journal of Individual Psychology 36 80 86 Hogan R amp Blake R 1999 John s Holland vocational typology and personality theory Journal of Vocational Behavior 55 41 56 Hogan J amp Holland B 2003 Using theory to evaluate personality and job performance relations asocioanalytic perspective Journal of Applied Psychology 88 100 112 Holland J O 1966 The psychology of vocational choice a theory of personality types and model environments Waltham MA Blaisdel Holland J O 1984 Making Vocational Choices a theory of careers Englewood Cliffs NJ Prentice Hall Holland J O 1985 Making Vocational Choices a theory of vocational personal
6. aceita o social e tipos empreendedores t m valores individualistas s o assertivos e focados na autopromo o Hogan amp Holland 2003 Sagiv 2002 Soh amp Leong 2001 No estudo de Kutchins Curlette e Kern 1997 sujeitos com a prioridade Agradar do original pleasing revelaram escores mais baixos na escala de Comando e sujeitos com a prioridade de Super Realiza o do original overdoing apresentaram escores mais elevados o que corrobora os contrastes descritos acima E Magalh es 2005a sugeriu que a excessiva necessidade de servir em tipos sociais pode resultar em dificuldades de auto afirma o e autonomia necess rias para a adaptabilidade de carreira sendo esta ltima mais presente em tipos empreendedores Por fim os resultados sugerem que o exame dos estilos interpessoais pode caracterizar a inclina o vocacional como uma prefer ncia por determinados lugares e pap is na conviv ncia social associada a estrat gias que no processo de constru o da personalidade foram percebidas como bem sucedidas neste sentido Al m disto a articula o dos interesses vocacionais a processos de desenvolvimento social da personalidade aproxima a psicologia vocacional de tem ticas centrais da psicologia como ci ncia Considerac es finais Esta pesquisa partiu de uma concep o dos interesses vocacionais como inerentes ao movimento global e nico do indiv duo em busca da sua inserg o na comunidade Nesta perspectiva faz po
7. auxiliar orientar tratar e resolver as dificuldades dos outros Gosta de se sentir aceito e respeitado em suas atividades ter a aten o para si atrav s de seu jeito expansivo O tipo empreendedor gosta de usar habilidades verbais para a persuas o e controle de outras pessoas Ele deseja exercer o poder e ter status em contraste com o convencional que apenas os admira extrovertido tem iniciativa e quer assumir a lideran a O tipo convencional tende a controlar os afetos e a sentir se vontade no mbito interpessoal somente quando em atividades rotineiras e estruturadas Identifica se com tudo que outorgue status e poder mas tende a exercer a posi o de subordinado As descri es acima est o apoiadas em evid ncias emp ricas acumuladas durante mais de 50 anos Holland 1997 De acordo com Hogan e Blake 1999 Holland 1997 dedicou se a descrever ambientes ocupacionais e definiu as caracter sticas cr ticas destes ambientes em termos dos tipos de personalidades que os habitavam Enquanto outros psic logos discutiam sobre a relativa import ncia de personalidades ou ambientes ele prop s um modelo de personalidades em ambientes O sucesso do sujeito no contexto de trabalho geralmente depende das avalia es Dos seus pares e estes avaliam o desempenho apresentado em termos de valores e tend ncias pr prias Portanto a chance de sucesso de um indiv duo eleva se na medida em que o ambiente de trabalho for pautado por normas
8. em cada tipo vocacional definido pelo interesse predominante R I A S E C Tabela 1 M dias e Desvios Padr o dos Escores B sicos de Estilo Interpessoal e Valores de N em cada Tipo Vocacional Tipos vocacionais Escalas b sicas de estilo interpessoal Perten a Acompanha Comando Reconheci Cautela Interesse mento mento Social N M DP M DP M DP M DP M DP Realista 36 34 50 6 34 31 06 5 93 17 42 5 58 38 89 6 60 14 00 5 69 Investigativo 58 33 67 6 50 31 03 6 00 19 36 6 81 42 43 7 38 13 62 5 37 Art stico 39 35 00 6 38 29 38 6 02 20 54 6 91 43 49 6 61 16 77 7 22 Social 105 34 00 6 78 31 80 5 38 18 44 6 91 42 77 7 44 15 07 6 34 Empreendedor 135 36 07 5 29 3143 5 84 20 95 6 74 42 71 7 02 13 10 5 11 Convencional 20 34 05 5 70 30 05 7 71 1830 6 33 43 25 6 88 15 45 6 69 Total 393 34 81 6 16 31 16 5 88 19 53 6 78 42 44 7 16 14 27 5 94 Tabela 2 M dias e Desvios Padr o dos Escores Suplementares de Estilo Interpessoal e Valores de N em cada Tipo Vocacional Tipos vocacionais Escalas suplementares de estilo interpessoal Intitula o Ser Busca de Severidade Suavidade Gostado Perfei o N M DP M DP M DP M DP M DP Realista 36 15 08 4 46 19 89 443 18 94 3 24 13 58 3 47 11 58 2 41 Investigativo 58 15 29 3 99 22 98 4 61 19 40 2 97 13 38 2 81 12 26 2 95 Artistico 39 18 00 4 44 23 36 4 28 20 28 3 16 13 62 2 81 13 05 3 54 Social 105 17 50 5 54 23 42 4 68 18 67 3 07 12 95 2 85 12 83 3 21 Empreendedor 135 17 18 5 31 22 66 4 92 19 11 2 89 12 9
9. partir das cren as do sujeito sobre si o mundo a vidacomo um todo e os outros e tendo em vista a realiza o de uma meta subjetiva de vida Curlette Wheeler amp Kern 1997 Adler 1912 1954 1929 1969 descreveu algumas inclina es gen ricas de estilo de vida tais como a tend ncia dominadora que tenta lidar com os problemas impondo a sua vontade o estilo obtentor que espera que outros lhe d em tudo o que precisa o modo evitador que evita os problemas para n o ser derrotado pelos mesmos e a inclina o socialmente til que procura estar a servi o dos outros A psicologia adleriana tamb m cunhou o termo prioridades de vida com o objetivo de caracterizar as metas subjetivas e convic es centrais do estilo pessoal que guiam o indiv duo para a perten a social e evitam situa es desagrad veis por exemplo Kefir 1981 Topf 1984 Entre estas prioridades est o a superioridade que mobiliza a luta por signific ncia e evita o sentimento de desimport ncia atrav s da lideran a e ou realiza o podendo gerar comportamentos cooperativos e socialmente teis ou em sua faceta negativa levar competi o desmedida para ser o melhor o controle que leva busca por garantias contra o rid culo e portanto mobiliza o indiv duo para dominar as situa es de forma que n o seja humilhado o que frequentemente resulta na restri o criteriosa da conviv ncia social a situa es espec ficas e ou o isolamento o conforto
10. prefer ncia por determinados pap is na intera o social Palavras chave estilos interpessoais interesses vocacionais personalidade RELACI N ENTRE PERSONALIDADES VOCACIONALES Y ESTILOS INTERPERSONALES Resumen De acuerdo con J Holland la elecci n vocacional es una expresi n de la personalidad y los miembros de una ocupaci n poseen personalidades semejantes Estas personalidades pueden ser de seis tipos realista investigativa art stica social emprendedora y convencional Seg n la teor a sujetos de un mismo tipo responden de modo similar a muchas situaciones y problemas y crean ambientes interpersonales caracter sticos Los estilos interpersonales son las estrategias utilizadas por los individuos para tener influencia y solucionar problemas en el mbito grupal Esta pesquisa investig diferencias de estilo interpersonal relacionadas al tipo de inter s vocacional Fueran aplicadas medidas de estilo interpersonal y inter s vocacional a 393 estudiantes universitarios de ambos los sexos con edades entre 19 y 34 a os Las ANOVAS muestrearan diferencias de estilo interpersonal entre los grupos definidos por el tipo de personalidad vocacional e sugieren que las inclinaciones vocacionales est n asociadas a la preferencia por determinados roles en la interacci n social Palabras clave estilo interpersonal inter s vocacional personalidad RELATION BETWEEN VOCATIONAL PERSONALITIES AND INTERPERSONAL STYLES Abstract Ac
11. 2 2 75 11 86 2 60 Convencional 20 18 25 6 11 24 25 4 53 19 80 2 78 13 95 2 68 11 95 2 42 Total 393 16 93 5 16 22 31 4 77 19 17 3 03 13 18 2 86 12 27 2 93 O teste de homogeneidade de vari ncias de Levene revelou que n o houve diferen as significativas entre os grupos para os escores das escalas de estilos interpessoais As an lises de vari ncia revelaram diferen as significativas entre os tipos vocacionais nas escalas de Cautela E 5 387 3 20 p lt 01 Reconhecimento E 5 387 2 33 p lt 05 Comando E 5 387 2 81 p lt 05 Intitula o F 5 387 3 08 p lt 05 e Ser Gostado E 5 387 3 67 p lt 01 Os testes post hoc Tukey mostraram que tipos art sticos apresentaram escores superiores de Cautela em compara o a tipos empreendedores p lt 01 e escores mais elevados de Intitulag o do que tipos realistas e investigativos p lt 05 Tipos realistas apresentaram escores inferiores a todos os demais na escala Ser Gostado p lt 05 Tipos empreendedores mostraram escores mais elevados na escala Comando em compara o com tipos sociais e mais elevados na escala Reconhecimento em compara o com tipos realistas p lt 05 Discuss o As diferen as de estilo interpessoal encontradas entre os tipos vocacionais sugerem interpreta es coerentes com as descri es feitas por Holland 1997 Nos tipos art sticos a m dia elevada na escala de intitula o corrobora a id ia de que estes indiv duos
12. Relac o Entre Personalidades Vocacionais e Estilos Interpessoais Mauro de Oliveira Magalh es Doutor em Psicologia UFRGS Professor da Universidae Luterana do Brasil ULBRA Canoas RS Pesquisador visistante no Programa de P s gradua o em Psicologia da Universidade Federal da Bahia UFBA E mail mauro m terra com br www centroadleriano org dossier adlersp RELA O ENTRE PERSONALIDADES VOCACIONAIS E ESTILOS INTERPESSOAIS Resumo De acordo com J Holland a escolha vocacional uma express o da personalidade e os membros de uma ocupa o possuem personalidades semelhantes Estas personalidades podem ser de seis tipos realista investigativo art stico social empreendedor e convencional Segundo a teoria sujeitos de um mesmo tipo respondem de maneira semelhante a muitas situa es e problemas e criam ambientes interpessoais caracter sticos Os estilos interpessoais s o as estrat gias utilizadas pelos indiv duos para ter influ ncia e solucionar problemas no mbito grupal Esta pesquisa investigou diferen as de estilos interpessoais relacionadas ao tipo de interesse vocacional Foram aplicadas medidas de estilos interpessoais e de interesses vocacionais a 393 estudantes universit rios de ambos os sexos com idades entre 19 e 34 anos As ANOVAS mostraram diferen as de estilo interpessoal entre os grupos definidos pelo tipo de personalidade vocacional e sugerem que as inclina es vocacionais est o associadas
13. cording to J Holland vocational choice is an expression of personality and members of the same occupation have similar personalities These personalities can be of six types realistic investigative artistic social enterprising and conventional The theory says that subjects of the same type answer in a similar manner to an array of situations and problems and create characteristic interpersonal environments Interpersonal styles are the strategies used by individuals to have influence and solve problems in the interpersonal context This research investigated differences in interpersonal styles related to type of vocational interest Measures of interpersonal style and vocational interest were applied to 393 college students of both sexes and ages ranging from 19 to 34 years The ANOVAS showed differences of interpersonal style between groups defined by the type of vocational personality and suggest that vocational dispositions are associated with preferences for specific roles in social interaction Key words interpersonal styles vocational interests personality Introduc o Holland 1997 prop s um modelo tipol gico de personalidades vocacionais que tem dominado a pesquisa e a pr tica de avalia o de interesses nos ltimos 20 anos Anastasi amp Urbina 2000 Para o autor os interesses vocacionais s o uma express o da personalidade e indiv duos dedicados a uma mesma ocupa o possuem personalidades similares A teoria postula q
14. ditadas por pessoas que compartilham dos seus valores E a avalia o de interesses pode identificar estes ambientes de modo a maximizar as suas chances de ser aceito e alcan ar status no contexto da atividade profissional Hogan amp Blake 1999 Neste sentido Hogan e Blake 1999 sugerem que na verdade os invent rios de interesses n o avaliam a personalidade em si mas categorizam ambientes em termos das personalidades dos seus ocupantes E Hogan 1997 citado por Hogan amp Blake 1999 tem proposto que a avalia o da personalidade deve focar as diferen as individuais em habilidades para a integra o e ascens o social em ambientes definidos De acordo com o autor sabendo se que as pessoas vivem em grupos e que todo grupo se organiza numa hierarquia o ser humano est motivado primariamente e inconscientemente por desejos de aceita o social e aquisi o de status Esta proposi o similar s id ias pioneiras de Adler 1912 1954 1929 1969 que descreveu a personalidade como um movimento integrado de inser o social e busca de superioridade Holland 1966 1985 assumiu a influ ncia de Adler em suas id ias informando que os tipos apresentados RIASEC s o an logos em alguns aspectos aos propostos anteriormente por Adler 1985 p 6 embora n o tenha esclarecido esta semelhan a E declarou que a hist ria de trabalho pode ser considerada como representativa de um padr o particular de vida o que A
15. dler denominou estilo de vida Holland 1966 p 79 Esta semelhan a tamb m foi reconhecida por outros autores tais como Crites 1974 quando este refere que o desenvolvimento da personalidade foi concebido por Holland no sentido adleriano de estilo de vida P 130 Explica se a seguir Osipow 1983 considerou que J Holland ap s o grande volume de pesquisas realizadas optou por ampliar o escopo da sua teoria do relativamente estreito contexto da escolha vocacional para o do comportamento em geral Assim os seis tipos se tornaram n o Meramente tend ncias vocacionais mas estilos de vida em geral Osipow 1983 p 98 Nas palavras de Holland citado por Osipow 1983 ele desenvolveu uma teoria de disposi es pessoais e suas consequ ncias p 98 Somente na ltima d cada observa se uma tend ncia crescente de integra o dos interesses vocacionais com outras medidas de diferen as individuais na constru o e a interpreta o dos invent rios de interesses Betz amp Borgen 2000 E os cen rios das pesquisas e da pr tica baseadas na tipologia de Holland t m avan ado nesta dire o Magalh es 2005a De acordo com autores adlerianos psic logos especializados na obra de Alfred Adler a escolha vocacional tamb m uma express o da personalidade a qual Adler se referia como o estilo de vida Watkins 1984 O termo estilo quer caracterizar o modo fundamental de agir pensar e perceber constru do a
16. dulthood a five factor theory perspective Nova York Guilford Mitchell L K amp Krumboltz J D 1996 Krumboltz s learning theory of career choice and counseling Em D Brown amp L Brooks Orgs Career choice and development pp 233 280 S o Francisco Jossey Bass Mosak H 1979 Adlerian psychotherapy Em R J Corsini Org Current psychotherapies pp 213 231 Itasca Ill F E Peacok Osipow S H 1983 Theories of career development Englewood Cliffs NJ Prentice Hall Sagiv L 2002 Vocational interests and basic values Journal of Career Assessment 10 2 233 257 Soh S amp Leong F T L 2001 Cross cultural validation of Holland s theory in Singapore beyond structural validity of RIASEC Journal of Career Assessment 9 2 115 133 Savickas M L 1995 Constructivist counseling for career indecision Career Development Quarterly 43 363 373 Savickas M L 1998 Career style assessment and counseling Em T Sweeney Org Adlerian counseling a pratctioner s approach pp 329 360 Philadelphia Accelerated Development Press Savickas M L 2004 Um modelo para a avalia o de carreira Em L Mexia Leit o Org Avalia o psicol gica em orienta o escolar e profissional pp 21 42 Coimbra Quarteto Sullivan B A amp Hansen J C 2004 Mapping Associations between interests and personality toward a conceptual understanding of individual differences in vocatio
17. esultado da intera o entre as predisposi es pessoais e os est mulos do ambiente o papel do orientador clarificar e diversificar alternativas de carreira aumentando a liberdade a responsabilidade e o poder pessoal do orientando a partir do entendimento de restri es auto impostas oriundas de cren as irrefletidas e experi ncias de aprendizagem inadequadas Este trabalho somou esfor os neste sentido e ofereceu id ias e resultados a serem corroborados expandidos e detalhados em novas pesquisas Refer ncias Adler A 1954 El car cter neur tico Buenos Aires Paid s Original publicado em 1912 Adler A 1969 The science of living Nova York Anchor Books Original publicado em 1929 Anastasi A amp Urbina S 2000 Testagem Psicol gica M A V Veronese Trad Porto Alegre Artes M dicas Original publicado em 1997 Balbinotti M Magalh es M Callegari S amp Fonini C R 2004 Estudo fatorial explorat rio da vers o brasileira do invent rio de prefer ncias profissionais Em Sociedade Brasileira de Psicologia Org Resumos da XXXIV Reuni o Anual de Psicologia CD ROM Ribeir o Preto SP SBP Betsworth D G Bouchard T J Cooper C R Grotevant H D Hansen J 1 C Scarr S amp Weinberg R A 1994 Genetic and environmental influences on vocational interests assessed using adoptive and biological families and twins reared apart and together Journal of Vocational Behavior
18. grupados em 11 itens realistas 11 investigativos 11 art sticos 11 sociais 11 empreendedores e 11 convencionais Os sujeitos assinalaram o quanto gostavam ou n o destas atividades numa escala Likert de 5 pontos Esta escala mostrou qualidades psicom tricas satisfat rias em amostras brasileiras Balbinotti Magalh es Callegari amp Fonini 2004 A coleta de dados foi realizada em sala de aula sendo que os professores oportunamente e com autoriza o da dire o do respectivo curso disponibilizaram 60 minutos para o procedimento Os alunos foram convidados a participar da pesquisa e aqueles que concordaram assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Os sujeitos foram agrupados de acordo com o interesse vocacional predominante R I A S E C definido a partir dos escores brutos da Escala de atividades do Self Directed Search considerando as diferen as intra sujeito de acordo com as recomenda es de Holland 1997 Sendo assim constitu ram se grupos com indiv duos de interesses predominantes realistas investigativos art sticos sociais empreendedores e convencionais As vari veis dependentes foram as escalas do BASIS A As diferen as de estilo interpessoal entre os tipos vocacionais foram analisadas atrav s de provas de an lise de vari ncia Resultados Astabelas 1 e 2 apresentam os resultados da estatistica descritiva dos escores das escalas b sicas e suplementares de estilo interpessoal respectivamente
19. ities and work environments Englewood Cliffs NJ Prentice Hall Holland J O 1997 Making Vocational Choices a theory of vocational personalities and work environments Odessa PAR Kefir N 1981 Impasse priority therapy Em R Corsini Org Handbook of innovative psychotherapies pp 245 258 Nova York Wiley Kutchins C B Curlette W L amp Kern R M 1997 To what extent is there a relationship between personality priorities and lifestyle themes Individual Psychology 53 4 373 387 Larson L M amp Borgen F H 2002 Convergence of vocational interests and personality examples in an adolescent gifted sample Journal of Vocational Behavior 60 91 112 Martins C R 1978 Psicologia do comportamento vocacional Sao Paulo EPU Magalhaes M 2005a Personalidades vocacionais e desenvolvimento na vida adulta generatividade e carreira profissional Tese de doutorado nao publicada Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul Magalh es M 2005b Adapta o e valida o da vers o brasileira das Escalas de Estilos Interpessoais BASIS A Em Sociedade Brasileira de Psicologia Org Resumos da XXXV Reuni o Anual de Psicologia CD ROM Curitiba PR SBP Magalh es M Martinuzzi V amp Teixeira M A P 2004 Rela o entre estilos cognitivos e interesses vocacionais Revista Brasileira de Orienta o Profissional 5 2 11 20 McCrae R R amp Costa P T 2002 Personality in a
20. n ado como refer ncia para a compreens o das rela es entre personalidade trabalho e comportamentos de carreira As personalidades vocacionais ser o descritas a seguir em termos de seus comportamentos t picos no mbito das rela es interpessoais De acordo com Holland 1997 o tipo realista pouco soci vel e carece de habilidade interpessoal Por suas tend ncias pragm ticas tem avers o a situa es amb guas e carregadas de subjetividade Sendo assim sente se pouco vontade em situa es sociais ou de conte do emocional sendo mais reservado inflex vel e conformista O tipo investigativo assim como o realista sente se desconfort vel diante de emo es mais intensas e aparenta frieza e alheamento mas por outro lado est mais aberto a quest es subjetivas e abstratas A sua prefer ncia por atividades te ricas e aut nomas tende a torn lo ainda mais independente com rela o a v nculos grupais e mais centrado em si mesmo O tipo art stico aparentemente aprecia o contato interpessoal por m isto verdade quando este indiv duo est seguro de poder expressar se com desenvoltura Em outras condi es t mido e introvertido aberto a est mulos subjetivos e emocionais sendo capaz de perceber as rea es das pessoas atrav s de compreens o emp tica O tipo social em contraste com o realista e o investigativo se interessa pelos v nculos humanos e manifesta sensibilidade e responsabilidade na busca de
21. nal behavior Journal ofCounseling Psychology 51 3 287 298 Thomas J V 1995 Life style and social interest of counselors in training and graduate students in other fields Dissertation abstracts international Section A Humanities amp Social Sciences vol 55 7 A p 1834 Thorne F C 1965 The Life Style Analysis Brandon Clinical Psychology Publishing Co Thorne F C 1975 The Life Style Analysis Journal of Clinical Psychology 31 236 240 Topf D W 1984 Personality priorities and marriage adjustment Unpublished doctoral dissertation Vermillion SD University of South Dakota Watkins C E Jr 1984 The individual psychology of Alfred Adler toward an adlerian vocational theory Journal of Vocational Behavior 24 28 47 Watkins C E Jr amp Savickas M L 1990 Psychodinamic career counseling Em W B Walsh amp S H Osipow Orgs Career counseling contemporary topics in vocational psychology pp 79 116 Hillsdale NJ Lawrence Erlbaum Associates Inc Wheeler M Kern R amp Curlette W 1994 BASIS A Inventory Highlands NC TRT
22. o de personalidade um organizador para compreender como indiv duos diferem em tra os interesses e comportamentos Os tipos se originam da hereditariedade que predisp e o sujeito para atividades que por sua vez geram interesses e compet ncias que se acumulam numa disposi o para agir de maneira mais ou menos previs vel Holland 1997 Adler 1929 1969 asseverou que indiv duos n o podem ser rotulados dizendo que falar de tipos apenas uma ferramenta intelectual para fazer mais compreens veis as similaridades entre as pessoas p 137 Considerando estas id ias pesquisas como esta poderiam ser encaradas como estudos sobre ferramentas de orienta o na medida em que a subst ncia do processo de aconselhamento est no caso individual e nico Holland 1984 salientou que a for a das tipologias est na capacidade de organizar informa o e a fraqueza est na neglig ncia dos processos inerentes a mudan a e desenvolvimento p 50 Por outro lado ele assevera que tipologias prov em explana es poderosas da estabilidade da personalidade e do comportamento vocacional p 50 Neste sentido a id ia da estabilidade dos tra os de personalidade e dos interesses vocacionais tem sido apoiada por estudos sobre as bases biol gicas do comportamento Betsworth e cols 1994 McCrae e Costa 2002 Este debate um dos mais antigos na hist ria da psicologia e n o ser resolvido aqui Considerando que o comportamento o r
23. ocial Holland 1997 usou esta id ia para compreender como os indiv duos procuram o seu lugar no mundo do trabalho e concluiu que esta busca se d no sentido de encontrar uma ocupa o na qual seus colegas compartilhem das suas cren as e valores aumentando suas chances de satisfa o e realiza o profissional De acordo com o autor os estere tipos ocupacionais do senso comum oferecem aos sujeitos uma refer ncia para tomar decis es vocacionais que acabam por escolher reas profissionais percebidas como povoadas por pessoas semelhantes a si mesmos A partir da teoria de A Adler e da tipologia de personalidades vocacionais de J Holland esta pesquisa examinou diferen as de estilos interpessoais associadas ao tipo de interesse vocacional O objetivo geral do estudo contribuir para a descri o dos interesses vocacionais como formas particulares de inser o em ambientes sociais Considerando as descri es de Holland 1997 espera se que tipos empreendedores apresentem um estilo mais dominador e preocupado com superioridade do que os demais que tipos sociais estejam mais preocupados com aprova o social do que tipos realistas que tipos convencionais apresentem um estilo mais controlador e cauteloso e que tipos art sticos apresentem o desejo de serem tratados como pessoas especiais caracter stico de um estilo obtentor em compara o com convencionais realistas e Investigativos M todo Participantes Participaram do est
24. onte do das escolhas vocacionais Algumas pesquisas foram realizadas com o intuito de verificar a rela o entre estilo de vida e interesses vocacionais Cline Riordan e Kern 1978 verificaram a concord ncia de ju zes adlerianos sobre a avalia o da rela o entre estilo de vida e interesse vocacional Os sujeitos responderam a medidas de ambos os construtos Os ju zes avaliaram o estilo de vida e atribu ram o tipo de ocupa o na tipologia de Holland a cada sujeito Os autores conclu ram que o estilo de vida era basicamente t o efetivo quanto o modelo de Holland para predi es de escolha vocacional Na pesquisa de Gentry Winer Sigelrman e Phillips 1980 que utilizaram as escalas De estilo de vida propostas por Thorne 1965 1975 a tend ncia dominadora mostrou correla o positiva com o interesse empreendedor em ambos os sexos e a inclina o conformista foi positivamente correlacionado com a escala convencional e negativamente com a art stica em homens No estudo de Thomas 1995 a avalia o do estilo de vida de estudantes mostrou poder preditivo da escolha de ocupa es mais ou menos orientadas para pessoas E Savickas 1995 1998 Watkins amp Savickas 1990 tem reiterado a utilidade das t cnicas adlerianas de avalia o do estilo de vida como recursos efetivos para o aconselhamento de carreira Conclui se que J Holland e A Adler compartilham da premissa de que o ser humano busca primariamente a perten a s
25. posto o da impulsividade e descuido Curlette Wheeler amp Kern 1997 A escala Cautela indica o quanto o indiv duo percebeu o seu ambiente da inf ncia como hostil e altos escores tamb m sugerem a capacidade do indiv duo para empatizar com o sofrimento alheio uma vez que ele pr prio sentiu se v tima de um contexto desfavor vel Ora o interesse art stico tamb m est relacionado compreens o emp tica e a abertura a est mulos emocionais Enfim os resultados para o tipo art stico correspondem descri o deste como desordenado impulsivo sens vel complicado e inconformado que valoriza a imagina o e a coragem mas n o a obedi ncia a responsabilidade e a l gica Holland 1997 p 24 Tipos realistas revelaram escores inferiores na escala Ser Gostado em compara o aos demais tipos vocacionais Este resultado coerente com a descri o destes indiv duos como avessos intera o social pois se percebem com poucas habilidades em rela es humanas e acreditam que tarefas sociais tais como ensinar ou cuidar seriam frustrantes Holland 1997 p 22 Escores elevados na escala Ser Gostado foram associados ao uso de redes de apoio social mas pouca autoconfian a e auto aceita o Curlette Wheeler amp Kern 1997 Em contraste a orienta o de personalidade realista sugere uma tend ncia oposta a de apresentar uma autosufici ncia reativa ao sentimento de incompet ncia social Na pesquisa de Kutchins
26. sentem se merecedores do direito de divergir das conven es optando por fazer as coisas a sua maneira buscando a originalidade inerente cria o art stica e al m disto acreditando que devem ser o centro das aten es Tipos realistas e investigativos mostraram escores inferiores nesta escala confirmando as suas caracter sticas de introvers o e alheamento social Por outro lado os escores elevados dos tipos art sticos em Cautela em compara o com empreendedores sugerem que a diverg ncia e criatividade dos primeiros tende a ser manifesta na medida em que o sujeito sente se seguro da aprova o dos demais expondo se somente quando est certo de que ser bem recebido e ou quando se sente preservado de cr ticas Holland 1997 refereque estes indiv duos buscam aprova o e reconhecimento atrav s da express o dos seus Talentos criativos e que aprenderam a se relacionar com as pessoas atrav s da forma indireta de sua arte a fim de compensar sua aliena o social Portanto este resultado corrobora a faceta de prud ncia do tipo art stico no modo de se apresentar socialmente Em contraste tipos empreendedores seriam os menos propensos a ter este tipo de cuidado dadas as suas caracter sticas de lideranga e assertividade Nao obstante de forma coerente com o padr o de comportamento atribu do inclina o art stica a eleva o dos escores em Cautela tamb m esta associada oscila o do comportamento para o extremo o
27. tanto o uso de instrumentos como o BASIS A na pr tica da orienta o atende proposi o de Mitchell e Krumboltz 1996 de que a avalia o deve ser capaz de criar novas experi ncias de aprendizagem aos clientes ao inv s de se limitar a experi ncias passadas O paradigma de adequa o entre caracter sticas pessoais e postos de trabalho focaliza os aprendizados passados supostamente cristalizados em tra os imut veis de personalidade Esta abordagem pode ser enriquecida e modificada quando os instrumentos puderem recomendar novos aprendizados aos orientandos Ou seja uma vez que interesses tra os de personalidade valores e cren as s o considerados resultados de aprendizagem estes podem se modificar ao longo da vida E sendo assim podem ser alvo de interven es com objetivos de trazer atitudes de abertura a mudan as e o enriquecimento do autoconceito A penetra o do pensamento psicanal tico e de abordagens oriundas da sociologia cr tica na forma o do psic logo brasileiro talvez tenha sido um obst culo popularidade e ao uso do modelo de Holland no Brasil Em nossa cultura abordagens tipol gicas s o frequentemente retratadas como est ticas e r gidas insens veis s especificidades de indiv duos e seus contextos de vida Quanto s id ias de Holland estas simplifica es n o fazem justi a complexidade e ao alcance da sua obra Holland 1997 situou a sua teoria numa Abordagem de aprendizagem social O tip
28. uco sentido raciocinar sobre os interesses em termos de categorias excludentes o que tem afastado muitos profissionais da orientag o do uso de tipologias O equ voco mais frequente de pr ticos em orienta o vocacional interpretar os resultados de invent rios de interesses como indicadores de t tulos ocupacionais mais apropriados para o sujeito como por exemplo concluir que escores elevados no interesse social recomendam seguir uma carreira de psic logo ou enfermeiro ou dizer que a predomin ncia do interesse empreendedor indique uma carreira como administrador de empresas Quando o foco da an lise passa do conte do das ocupa es para o significado da a o humana orientada por metas pode se entender o interesse como a busca de um estilo particular de participa o e contribui o comunidade Neste sentido podemos encontrar psic logos frente de empreendimentos exercendo lideranga e controle ou administradores dedicados a programas de assist ncia social Portanto a utilizac o de instrumentos como o BASIS A contribui para uma compreens o das atividades profissionais como o exerc cio de pap is nos grupos e na sociedade Sendo que estes pap is emergiram do contexto da socializa o prim ria do sujeito e devem ser compreendidos como as estrat gias que este encontrou para alcan ar suas metas subjetivas de vida que de acordo com Savickas 2004 se confundem e se conectam com asmetas subjetivas de carreira Para este autor
29. udo 393 estudantes universit rios de ambos os sexos com idades entre 19 e 34 anos M 24 3 de diversos cursos psicologia servi o social administra o educa o f sica matem tica e engenharias Estes cursos foram selecionados a fim de dar representatividade a diferentes reas profissionais Instrumentos e Procedimentos As vari veis de estilo interpessoal foram medidas atrav s do BASIS A Basic Adlerian Scales of Interpersonal Styles desenvolvido por Curlette Wheeler e Kern 1997 Este instrumento foi desenvolvido a partir das id ias de Adler 1912 1954 1929 1969 um invent rio composto de 65 itens distribu dos em 5 escalas b sicas e 5 escalas suplementares que informam sobre tend ncias comportamentais no contexto grupal A interpreta o de cada escala est baseada em evid ncias emp ricas acumuladas em extensos estudos de valida o descritos no manual t cnico do instrumento Curlette Wheeler amp Kern 1997 A constru o do instrumento partiu da premissa de que as percep es infantis sobre o meio social formam cren as que permanecem como o referencial orientador do indiv duo na sua busca pela perten a e sucesso nas rela es sociais As estrat gias elaboradas na inf ncia funcionam como ncoras do estilo interpessoal do sujeito isto o prot tipo b sico de sua maneira habitual de resolver as quest es interpessoais da vida Portanto o prop sito do BASIS A identificar estas cren as e estrat
30. ue as personalidades e os ambientes de nossa cultura podem ser de seis tipos realista R investigativo I art stico A social S empreendedor E e convencional C De acordo com J Holland indiv duos de personalidades semelhantes criam ambientes f sicos e interpessoais caracter sticos que podem ser categorizados atrav s da tipologia acima Portanto o modelo tamb m categoriza os ambientes de trabalho a partir da tipologia RIASEC E cada tipo de ambiente tem um modo peculiar de resolver suas quest es no mbito das rela es sociais apresentando estilos de intera o interpessoal e estrat gias preferidas de solu o de problemas As pessoas buscam ocupa es adequadas express o da sua personalidade vocacional Isto buscam contextos nos quais possam exercitar suas habilidades preferidas expressar seus valores assumir pap is e tarefas agrad veis e evitar os desagrad veis Deste modo indiv duos realistas buscar o e encontrar o melhores oportunidades e satisfa o em ambientes predominantemente realistas e assim para os demais tipos Holland 1997 Na literatura cient fica nacional mais recente os seis tipos de personalidades vocacionais foram brevemente descritos por Magalh es Martinuzzi e Teixeira 2004 e anteriormente por Martins 1978 A extensa revis o de Magalh es 2005a apresentou o estado atual das pesquisas sobre o modelo que tem assegurado a sua hegemonia no campo da avalia o de interesses e ava
31. uidado e imprud ncia ex n o podia ser sincero com meus pais As 5 escalas suplementares que oferecem informa es adicionais s escalas b sicas descritas acima a fim de possibilitar uma interpreta o mais detalhada Estas s o as seguintes a Severidade identifica a pessoa que pode querer que outros a vejam como tendo passado por grandes dificuldades e traumas na inf ncia ex um dos meus pais me achava um caso perdido b Intitula o indica a cren a de que deve ser o centro das aten es e que por fim poder conseguir as coisas da sua maneira ex conseguia tudo o que eu queria c Ser Gostado sugere a tend ncia para encontrar lugar no grupo agradando e conquistando a aprova o dos demais Os itens desta escala constituem uma parte da escala de Reconhecimento que se mostrou til quando avaliada separadamente ex queria agradar os adultos d Busca de Perfei o caracteriza a presen a de altos padr es e a sensibilidade a enganos ou erros ex era bom em cuidar de detalhes E Suavidade indica uma percep o otimista dos fatos que quando muito acentuada pode significar o desejo de mostrar se numa imagem favor vel ex era amig vel Os interesses vocacionais foram medidos atrav s da Escala de atividades do Self Directed Search Holland 1997 A Escala de Atividades constitu da de 66 itens que descrevem atividades de trabalho Os itens s o a
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