Nº 11 – Março 1996
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1. A crise da Justi a est na ordem do dia dissemina se e serpenteia pelo corpo social como insatisfa o dos consumidores de Jus ti a assumindo as vestes do descr dito nas institui es atinge os operadores do direito e os pr prios magistrados como que impotentes perante a complexidade dos problemas que afligem o exerc cio da fun o jurisdicional desdobra se em greves e protestos de seus servidores ricocheteia enfim pelas p ginas da imprensa e ressoa pelos canais de comunica o de massa assumindo dimens es alarmantes e estimulando a litigiosidade latente A Justi a inacess vel cara complicada lenta inadequada A Justi a denega o de Justi a A Justi a injusta N o existe Justi a Tamb m com isso se preocupou Alcides Munhoz da Cunha citado por Cappelletti ao cogitar da crise do processo civil brasileiro salientando a morosidade na distribui o da Justi a em face da inadequada organiza o judici ria pondo em relevo o excesso de inst ncias recursais a insuport vel demora dos processos a defici ncia dos servi os de assist ncia judici ria a insuficiente atua o da oralidade 114 De fato desnecess rio ser arguto para concordar em parte com tais constata es basta ver a realidade cotidiana em suas manifesta es mais comezinhas efetivamente n o encontram os homens deste tempo as respostas todas e necess rias s demandas e conflitos da organiza o social2. 21 proteger um interesse ecol gico de uma cidade do Rio Grande do Norte Do mesmo modo qual interesse teria o sindicato dos metal rgicos para defender m dicos expostos a um ambiente de trabalho em m s condi es Especificamente em rela o s associa es o interesse processual est diretamente relacionado coincid ncia entre seus fins institucionais Lei n 7347 85 art 5 Il e o interesse difuso questionado A prop sito da atua o do Minist rio P blico nas A es Civis P blicas Hely Lopes Meirelles reconhece que o Parquet est em melhor posi o para o ajuizamento dessa a o por sua independ ncia institucional e atribui es funcionais Mas cabe salientar que o interesse de agir para o MP nas A es Civis P blicas n o de natureza diversa daquele referente aos demais co legitimados Cuida se como j foi dito antes de legitima o concorrente e disjuntiva Assim cabe ressaltar que no caso da A o Civil P blica pode o Minist rio P blico ao final do Inqu rito Civil se convencer da inexist ncia de fundamento para a propositura da A o Civil Lei 7 347 85 arts 8 1 e 9 e isso independentemente da convic o dos demais co legitimados que poder o decidir pela propositura da a o hip tese em que o Parquet atuar obrigatoriamente como fiscal da lei art 5 8 1 O inciso Il do art 82 do C digo de Defesa do Consumidor al m de incluir a legitima o
3. Que o artigo 285 da CLT permite a contrata o de trabalhadores avulsos como for a supletiva sendo que todos os direitos trabalhistas s o garantidos pelo Sindicato que remunera os trabalhadores em conformidade com a legisla o que regula este tipo de atividade Argumenta que a condi o de trabalhadores avulsos designados pelo sindicato dos Arrumadores n o tipifica rela o empregat cia com o DEPRC justamente pela legisla o espec fica e pertinente mat ria sendo que a presun o da exist ncia de rela o de emprego com o R u de todos os trabalhadores avulsos contratados pelo Sindicato desprezar a norma legal e especial dos servidores portu rios Entende que a utiliza o desta m o de obra avulsa em atividades que n o se enquadram entre os de movimenta o de mercadorias nos portos tais como escritur rios serventes e eletricistas permitida por dispositivo legal invocando o disposto no Decreto lei 5 66 no seu artigo 28 Para embasar sua tese o r u junta aos autos c pias de decis es proferidas pelo TRT da Quarta Regi o sustentando a legalidade da contrata o de m o de obra para realiza o de atividades administrativas e burocr ticas com base no referido Decreto lei 5 66 Sustenta por fim o R u que n o existiria afronta ao artigo 37 Il da CF nem qualquer tipo de fraude lei eis que inexiste possibilidade de ser caracterizada a rela o de emprego com o DEPRC pois a utiliza o dos trabalh
4. provid ncia concemente aos recolhimentos de FGTS supostamente devidos pela empresa relativamente a contratos de trabalho mantidos com empregados seus obriga o inquestionavelmente essencial a tais relacionamentos 112 Como j bem decidiu o Egr gio TRT da 4 Regi o Na segunda parte do artigo deferida compet ncia para na forma da lei resolver a Justi a do Trabalho outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho Aqui praticamente un ssona a doutrina o que pretendeu o constituinte de 88 foi incluir na compet ncia da Justi a do Trabalho qualquer outra controv rsia decorrente da rela o de trabalho desde que atrav s da lei na forma da lei A forma legal in casu ditada pelo artigo 83 inciso lll da Lei Complementar n 75 de 20 05 1995 no mbito instrumental e pela pr pria legisla o do FGTS Lei 8 036 90 ao dispor em seu artigo 26 como segue E competente a Justi a do Trabalho para julgar os diss dios entre os trabalhadores e os empregadores decorrentes da aplica o desta lei mesmo quando a Caixa Econ mica Federal e o Minist rio do Trabalho e da Previd ncia Social figurarem como lIitisconsortes O fato de a a o colimar obriga o de prova de regularidade de dep sitos sob pena de multa ao inv s de uma presta o propriamente dita pagamentos ou dep sitos n o desnatura a evidente caracter stica trabalhista da causa e por consegu ncia n o retira a compet ncia do
5. 1 Idade M nima B sica V rias Conven es estabelecem como marco de admiss o ao emprego ou ao trabalho a idade cronol gica 15 ou 14 anos Outras Conven es como as de ns 33 e 60 trabalhos n o industriais respectivamente 1932 e 1937 fixam dois crit rios a idade cronol gica ou o t rmino do ensino prim rio obrigat rio A Conven o 138 inova em rela o a todas as anteriores dando prioridade ao t rmino da escolaridade obrigat ria vindo em segundo plano a idade cronol gica Art 2 Omissis 3 A idade m nima especificada de acordo com o par grafo 1 do presente artigo n o dever ser inferior idade em que termina a obrigatoriedade escolar nem em qualquer caso a quinze anos Ainda sobre a idade m nima b sica o art 2 2 da Conven o art 2 2 cont m dispositivo segundo o qual qualquer Pa s Membro que tenha ratificado a Conven o poder a qualquer momento mediante novas declara es informar o Diretor Geral da Reparti o Internacional do Trabalho que elevou a idade m nima especificada anteriormente V rias Conven es como as de ns 58 trabalho mar timo 112 pescadores fixaram a idade m nima b sica aos 15 anos facultando por m que as legisla es nacionais dentro de certos par metros fixassem uma idade m nima b sica de 14 anos Tamb m a Conven o 138 por aplicar se a todo tipo de trabalho ou de emprego em todos os ramos de atividade econ mica cont m um
6. Dentro deste real e correto contexto a iniciativa de requerer dilig ncia pelo rg o do Minist rio P blico do Trabalho no processo longe de proporcionar a reabertura da instru o processual tem somente a finalidade de defender o interesse do Estado Juiz de ver a lei perfeitamente aplicada dada a relev ncia social da mat ria discutida independentemente do interesse das partes Mesmo em grau de recurso pode e deve o Minist rio P blico do Trabalho promover dilig ncias por ser o seu primeiro contato com os autos nos casos em que o rg o n o chamado a intervir em primeira inst ncia Assim n o fosse quando ent o o Minist rio P blico do Trabalho poderia cumprir o seu dever institucional de intervir adequadamente no processo quando o aspecto a ser verificado envolve preceito legal com comina o de nulidade absoluta curial que ainda que se vislumbre numa avalia o apriorista que das provid ncias requeridas possam resultar opini o distinta da esposada na decis o de primeira inst ncia n o se pode impedir sob pena de cerceamento do direito de atua o do Org o oficiante que o mesmo obtenha dados Cf Liebman citado por Ant nio Cl udio da Costa Machado in A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil Brasileiro Saraiva 1989 p gs 44 45 Ob cit p g 65 Ob cit p g 280 35 esclarecedores em torno da quest o inerente ao direito a ser aplicado at porque no espectro de
7. derroga o quando se tratar de espet culos art sticos dentro de par metros precisos art 8 89 1 e 2 F Declara es Como em outras Conven es h na de n 138 declara es obrigat rias e facultativas obrigat ria a que consigna a idade m nima b sica de admiss o ao emprego e ao trabalho adotada pelo Pa s Membro ratificante art 2 1 facultativa a declara o a que comunica posteriormente a eleva o da idade m nima constante do instrumento de ratifica o art 2 2 b que explicita as limita es de aplica o e indica os ramos de atividade econ mica ou tipos de empresas s quais a Conven o se aplica art 5 8 2 c que comunica a extens o do campo de aplica o art 5 4 letra b Il AS NORMAS DA CONSTITUI O 1988 SOBRE IDADE M NIMA A Constitui o de 1988 assim disp e sobre a idade m nima Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social omissis XXXIII proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condi o de aprendiz Uma compara o com as Constitui es anteriores evidencia que a Retorna se tradi o de fixar a idade m nima de quatorze anos para admiss o ao trabalho b Abre exce o para o trabalho realizado na condi o de aprendiz deixando em abert
8. es Apresenta o pela CODIN PGT Foi desenvolvido no mbito da CODIN PGT pela assessoria de inform tica da PGT um programa de computador para controle de inqu ritos e a es Foi feita a demonstra o do mesmo atrav s do sistema de data show ouvindo se depois as sugest es das Regionais quanto ao seu aperfei oamento O programa denominado SCIA Sistema de Controle de Inqu ritos e A es foi desenvolvido atrav s do software Visual Basic para rodar em ambiente Windows o que torna seu uso extremamente simples por seu auto explicativo na pr pria tela Os m dulos do programa s o os de Inser o constando das seguintes modalidades de documentos a serem cadastrados procedimento investigat rio inqu rito civil p blico a o civil p blica a o anulat ria e medida cautelar Relat rios que j apresentam o somat rio de documentos existentes a respeito das v rias modalidades de procedimentos a es recursos e decis es judiciais Tem rio que fornece o n mero total de procedimentos inqu ritos e a es existentes sobre os v rios temas de direito material abrangidos pelas atua es do MPT Pesquisa que permite a localiza o de decis es judiciais peti es de a es e outros elementos contidos no banco de dados acumulado e Listagens que permite relacionar os Pl ICP ou ACP existentes no concernente a algum aspecto espec fico Com o programa ser poss vel a r pida localiza o
9. o mais adequada aquela que reconhecendo a fun o institucional do sindicato como rg o de defesa dos direitos e interesses individuais ou coletivos da categoria o tem como legitimado processualmente para representar ou substituir os titulares do direito subjetivo sempre que fundado es te em interesses comuns a uma dada coletividade Por isso que se requerem solu es homog neas para a composi o do conflito e em um s feito Ademais numa vis o pragm tica interessa boa presta o jurisdicional que ela al m de qualitativamente ideal tenham em conta a necessidade da celeridade da economia processual e da coerente uniformiza o da jurisprud ncia Estar se tamb m pois num processo jur dico seletivo restringindo se o n mero de reclama es trabalhistas com a mesma causa petendi atendendo se ao interesse da conten o da avalancha de demandas que hoje assoberbam a Justi a do Trabalho criando situa es de fato quase ca ticas em todas as suas inst ncias Substitui o processual portanto que de se admitir no interesse maior da realidade social e sem distanciar se da preocupa o com o conte do jur dico do entendimento Este o entendimento doutrin rio quanto ao tema que em sua conclus o vem coincidir com os efeitos dos itens IV e V do Enunciado 310 do TST sendo o sindicato parte leg tima para postular em ju zo em nome de toda a categoria TST Ac un nime da SDI publ em 2994 ERR 58532 92 7 Rel
10. Carlos Henrique Bezerra Leite Procurador do Trabalho Testemunhas Marcos Antonio Pereira Carlos Augusto da Cruz Ponce LOCA O IRREGULAR DE M O DE OBRA TERMO DE COMPROMISSO 97 O Munic pio de Itaqui pessoa Jur dica de Direito P blico devidamente inscrita no CGC sob n 88 120 662 0001 46 com sede na Prefeitura Mu nicipal de ltaqui RS sita Rua Bento Gon alves 335 neste ato representado pelo Prefeito Municipal Senhor JARBAS DA SILVA MARTINI brasileiro casado residente e domiciliado nesta cidade firma TERMO DE COMPROMISSO nos termos do Art 5 Par grafo 6 da Lei n 7 347 85 perante o MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO neste ato representado pelo Procurador do Trabalho VICTOR HUGO LAITANO o fazendo nos seguintes termos 1 O MUNIC PIO DE ITAQUI compromete se a n o celebrar contratos com empreiteiros de m o de obra para a execu o de servi os de varredura urbana assim como n o renovar os existentes ap s tr s meses da presente data por entender que trata se de atividade permanente e atribui o institucional do munic pio pelo que dever assumir tal atividade mediante a nomea o de servidores selecionados por Concurso P blico 2 Caso o Concurso P blico promovido pelo Munic pio n o venha a suprir as necessidades para o servi o em foco o MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO reexaminar a quest o juntamente com o MUNIC PIO na busca da solu o mais adequada 3 O descumprimento do presen
11. a primeira vez que se inclui em conven o sobre idade m nima a obriga o de ado o de uma pol tica nacional J se anotou que o princ pio deixa claro que a Conven o n o um instrumento est tico que prescreve uma idade m nima imut vel mas um documento din mico que estimula o aperfei oamento progressivo das normas e que promove uma a o sustentada para alcan ar os objetivos propostos Edad M nima Informe III Parte 4 B OIT Genebra 1981 p g 18 e passim A flexibilidade da norma se evidencia porque a obriga o de empreender tal pol tica progressiva e depende de circunst ncias nacionais e do n vel das normas j alcan adas pelo pa s Esta observa o mais relevante para os pa ses que fixam a idade m nima de 14 anos ou nos quais a prote o se estenda a setores ou regi es limitados Casos haver em que a Conven o prop e metas de longo prazo que n o ser o alcan adas em futuro imediato por causa das condi es sociais e econ micas gerais pr prias do pa s que a adota B Campo de aplica o Quando se compara a Conven o 138 com outras que tamb m disp em sobre idade m nima verifica se que ela utilizou de uma formula o mais perfeita no que concerne s atividades s quais se aplica Com efeito algumas Conven es como por exemplo as de ns 33 admiss o em trabalhos n o industriais 1932 e 60 trabalhos industriais revis o 1937 referem se unicamente idade m nima abaixo da qu
12. es estando para ser decidido o m rito relativo aos j absorvidos e realiza o de concurso 22 R A maior parte das situa es de admiss o sem concurso que t m encontrado est ligada absor o de pessoal terceirizado por empresas estatais sem a realiza o de concurso p blico Deu o exemplo do inqu rito instaurado contra a CESP que ap s a atua o do MPT come ou a realizar concurso para admiss o de pessoal 80 3 R Constatou se no Estado de Minas Gerais a generaliza o da admiss o de pessoal sem concurso p blico pelos Munic pios quer tenham regime nico quer continuem com o regime h brido que instados a regularizarem sua situa o est o se opondo a abrirem concurso S o mais de 400 munic pios dificultando a instaura o de inqu ritos em face do elevado n mero de entes a serem investigados mais detalhadamente 42 R Tem adotado a praxe de tomar termos de compromisso para que estatais ou munic pios n o admitam pessoal sem concurso ajuizando a es apenas se n o logram que a entidade firme o compromisso 5 R Situa o id ntica da 3 Regi o Instauraram 43 inqu ritos contra os munic pios que estavam admitindo pessoal sem concurso p blico Os prefeitos compareceram s audi ncias dos inqu ritos e est o firmando termos de compromisso No entanto referem a realidade de n o disporem de verbas para a realiza o dos concursos Para generalizar o procedimento regularizador foram expe
13. feita pelo sindicato assistente pelo DIEESE e pela UNICEF Tal pesquisa embora voltada para o problema dos menores que estudam e trabalham bem demonstra a contribui o decisiva do crescente processo de terceiriza o do setor de pesponto das ind strias cal adistas entre elas as reclamadas para a prec ria forma o educacional dos menores em Franca 134 As pr prias fotografias de fis 631 632 em cotejo com as de fls 629 630 juntadas pelas reclamadas demonstram a diversidade de condi es de trabalho nas bancas de pesponto e nas ind strias de cal ados bem piores nas primeiras Some se aos elementos de convic o dos autos o conhecimento f tico e pr tico desta Junta de Concilia o e Julgamento atrav s da aprecia o de diversos diss dios individuais onde vem sendo poss vel constatar a precariedade das condi es de trabalho existentes na maioria das bancas de pesponto em Franca Nem se argumente que a terceiriza o praticada pelas reclamadas est em conson ncia com os princ pios gerais da atividade econ mica elencados no artigo 170 da Constitui o Federal Mencionado artigo merece uma interpreta o sistem tica l gica e razo vel onde a liberdade de iniciativa e a propriedade privada devem ceder valoriza o do trabalho humano e busca do pleno emprego sem o que n o restaria assegurada a exist ncia digna dos cidad os conforme os ditames da justi a social Harmonizando se es
14. grupo categoria ou classe art 103 Il da Lei 8 078 90 Os efeitos erga omnes s se apresentam quando se trata de direitos difusos art 16 da Lei 7 347 85 e inciso do par grafo nico do art 93 da Lei 8 078 90 Concluiu se que se a sede regional do Banco nesta Cidade e os efeitos da senten a ultra partes competente esta Junta j que o sindicato representa toda a categoria 2 5 Ainda compet ncia Em que pese alegar que diversas a es correm nas diversas Juntas desta Capital e sendo as a es conexas dever o ser reunidas Entretanto n o aponta a requerida as a es ou as Juntas onde est o em curso tampouco datas de ajuizamento para se verificar a preven o N o colhe o argumento da reclamada eis que a reuni o dos processos faculdade do Juiz como bem expressa o art 105 do CPC Ali s a reuni o esbarraria no art 842 da CLT por se tratar de r us distintos Rejeita se a preliminar 2 6 Legitimatio Ad Causam Alega a reclamada tanto a ilegitimidade ativa quanto passiva Analisemos em primeiro lugar a legitimidade do Sindicato Diz o reclamante na inicial que o direito de defender os lesionados um direito individual da entidade autora da a o civil p blica sendo que a raz o de existir da entidade justamente defender os interesses de uma coletividade Diz ainda que n o h confundir legitima o ordin ria com substitui o processual sendo dispens vel a juntada de lista de
15. o Estado Promocional Exigem uma atividade uma promo o do Estado para serem realizados muito f cil declar los mas extremamente dif cil faz los atuar increment los realiz los torn los efetivos Frequentemente a declara o dos direitos sociais n o tem sido feita com seriedade Observa ainda o processualista citando Ralph Dahrendorf que o Welfare State se realizado uma tend ncia n o uma realidade no mundo constituir se no maior progresso da Hist ria humana 115 5 Perspectivas Alguns aspectos da discuss o sobre a afirmada crise do Direito permitem tra ar perspectivas desde que se reconhe a apresentar se a sociedade atual como um fen meno em vigoroso movimento de transi o em busca de nova estrutura citada por alguns autores como o Estado de Bem Estar Social Welfare State A Ci ncia Jur dica frente a isso e seus operadores com primazia devem manter se atentos para tal reacomoda o haja vista delinearemse cada vez mais nitidamente essas novas tend ncias Remanesceria a crise outrossim apenas em rela o aos modelos tradicionais de atua o do Direito fundamentalmente aqueles alicer ados na supremacia da vontade individual de inspira o liberal cl ssica Welfare State interesses difusos e coletivos direitos dos consumidores tutela do meio ambiente justi a coexistencial baseada precipuamente em f rmulas conciliat rias em substitui o tradicional
16. o de fis 542 a lei n o se limitou a estabelecer a compet ncia territorial do ju zo do local do dano mas tamb m a compet ncia funcional desse ju zo Necess rio ponderarmos que as normas relativas compet ncia devem sempre buscar a instrumentalidade do processo preservando o acesso do jurisdicionado ao Poder Judici rio com vistas a um processo c lere o menos dispendioso poss vel a ser encerrado atrav s de um provimento jurisdicional justo e til Sem d vida nenhuma o referido art 2 da Lei n 7 347 85 foi sens vel a tais crit rios ao determinar a compet ncia territorial e funcional do ju zo onde ocorrer o dano para processar e julgar a a o civil p blica respectiva Este diploma legal instituiu uma regra geral de compet ncia a ser observada em toda a o civil p blica por for a de seu art 1 inciso IV que manda aplicar as disposi es nele contidas a qualquer outro interesse difuso ou coletivo Por outro lado n o h qualquer incongru ncia entre o supracitado artigo de lei e o artigo 678 letra a da CLT que atribui aos Tribunais Regio nais do Trabalho a compet ncia origin ria para processar conciliar e julgar os diss dios coletivos que o multicitado artigo 2 da Lei n 7 347 85 posterior vig ncia do artigo 678 letra a da CLT excepcionou expressamente a compet ncia do foro e do ju zo do local onde ocorrer o dano para processar e julgar a a o civil p bli
17. 83 VII da Lei Complementar n 75 93 grifos nossos Procuradora do Trabalho da 12 Regi o 33 Pode e deve requerer as dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas art 83 XII da Lei Complementar n 75 93 grifos nossos Diante das disposi es legais vigentes conclu mos que o Minist rio P blico do Trabalho tem o poder dever de intervir em qualquer fase do processo na busca da verdade com o fito de propiciar a correta administra o da justi a Esta interven o n o se limita mera emiss o de parecer nos autos por ser na verdade apenas uma das formas de atua o do Minist rio P blico do Trabalho dentro da vasta gama de atribui es que lhe s o conferidas como institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado Cabe portanto a cada rg o integrante desta institui o se aparelhar adequadamente no processo amoldando formalmente a sua interven o ao interesse que lhe cumpre defender O entendimento contido nos despachos que indeferem os pedidos de dilig ncias do Minist rio P blico do Trabalho enquadr veis em preceitos de ordem p blica sob o fundamento de que cabe ao Juiz Relator determin las desde que n o se encontre exaurida a fase de instru o processual a nosso ver equivocado A legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para intervir no processo na qualidade de fiscal da
18. Dr Humberto Ven ncio Cavalcante PC 172 Regi o Dr Ricardo Katar PC e Dr Levi Scatolin CD 18 Regi o Dr Edson Braz da Silva PC e Dr Luiz Eduardo Guimar es Bojart CD 19 Regi o Dr Alu sio Aldo da Silva Jr PC e Dr Rafael Gazzaneo Jr CD 20 Regi o Dra L cia Le o Jacobina Mesquita PC 21 Regi o Dra S nia Costa Mota de Toledo Pinto PC e Dr Xisto Tiago de Medeiros Neto CD 22 Regi o Dra Evanna Soares PC 23 Regi o Dra Leila Concei o da Silva Boccoli PC e Dra In s Oliveira de Sousa CD e 24 Regi o Dr Luiz Ant nio Camargo de Melo PC Ives Gandra da Silva Martins Filho Coordenador L lio Bentes Corr a Membro Terezinha Matilde Licks Prates Membro TI ATA DA 2 REUNI O EXTRAORDIN RIA A Coordenadoria da Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Procuradoria Geral do Trabalho reuniu se extraordinariamente nos dias 21 22 e 23 de mar o de 1995 no audit rio da Procuradoria Geral com os Procuradores Chefes e Coordenadores das CODINs das Procuradorias Regionais para discuss o do tem rio enviado com anteced ncia s Procuradorias Regionais O Coordenador da CODIN PGT abriu a reuni o registrando o encaminhamento dado s delibera es e propostas da reuni o extraordin ria anterior realizada em setembro 94 a Projeto de Altera o da IN n 1 93 as sugest es foram encaminhadas ao relator do processo no Conselho Superior que ainda n o levou a ma
19. EFEITOS JUR DICOS DA GREVE Como direito a greve sofre limita es Nenhum direito necessariamente absoluto porque o homem n o vive isolado ele vive em sociedade por isso mesmo o direito de um acaba onde e quando o do outro come a No caso espec fico o principal efeito jur dico da greve manter integral a rela o empregat cia A greve apenas um direito de paralisa o tempor ria dos efeitos do contrato de trabalho Podem ocorrer hip teses tanto de suspens o quanto de interrup o a depender de cada caso Mas em qualquer hip tese o emprego garantido aos grevistas ainda que contra a vontade do empregador Por isso todos os deveres e obriga es subsistem como se nada tivesse acontecido sendo perfeitamente cab veis as puni es quando os direitos e as obriga es s o violados O trabalhador deve abster se da pr tica de atos lesivos ao empregador enquanto durar a greve Os direitos s o reconhecidos tanto quanto os sal rios dos grevistas na hip tese de greve legal ou n o abusiva Devem os grevistas manter em funcionamento os servi os essenciais sob pena de configurar indisciplina e desacato ordem do superior hier rquico O retorno dos empregados aos seus postos e o retorno normal ao trabalho o direito de todos os trabalhadores 62 Quando a greve for declarada il cita haver justa causa capaz de ensejar a despedida do empregado que ter rescindido seu contrato perdendo o direito de r
20. Quando vamos examinar o assunto ora em comento o primeiro problema que enfrentamos a quest o referente sua denomina o Trabalhos for ados trabalho escravo trabalho em condi es subumanas trabalho ilegal Todos esses r tulos s o utilizados indistintamente Preliminarmente cumpre nos esclarecer que n o se pode confundir trabalhos for ados com trabalho escravo como dizem alguns Neste ltimo o sinal caracter stico a total nega o da condi o humana O escravo tratado como uma coisa um objeto que possui um determinado valor econ mico e que parte integrante do patrim nio do seu senhor a ponto de poder ser negociado ou trocado por uma outra mercadoria que mere a a prefer ncia daquele Em verdade essa foi uma p gina s rdida e degradante da nossa Hist ria mas que felizmente j se encontra sepultada Contudo a mat ria que nos cabe analisar tem trazido tona terr veis recorda es daquele triste per odo hist rico brasileiro como veremos no momento oportuno A esta alguns especialistas chamam de trabalhos for ados trabalho ilegal ou at trabalho em condi es subumanas Dessas tr s express es preferimos utilizar a primeira Acontece que os trabalhos for ados t m como principal caracter stica a presta o do servi o pelo empregado mediante amea a por parte do empregador em especial atrav s da negativa de encerramento do v nculo laboral quando esta a vontade do obreiro Por isso q
21. ag ncias em todo o Estado bem como a divulga o atrav s dos meios de comunica o de informa es pormenorizadas sobre os riscos das opera es a executar e dos produtos manipulados no trabalho como o direito aos equipamentos de prote o D causa o valor de R 500 000 00 que em face da impugna o da r ficou alterada para R 50 000 00 Colaciona documentos 23 91 Liminar indeferida 93 A requerimento da reclamada fl 99 foi adiada a audi ncia para que se produzisse a defesa porque ao dizer do preposto n o se cumpriu o prazo de 15 dias Na data designada a requerida n o compareceu enviando a defesa atrav s de estagi rio ocasionando o pedido de aplica o da pena de confiss o do reclamante O Juiz Presidente entretanto autorizou a juntada da pe a de resist ncia A contesta o fl 116 invoca incompet ncia em raz o da mat ria incompet ncia funcional em raz o do lugar e ainda em raz o da pessoa ilegitimidade ativa e passiva ad causam impugna o valor da causa e quanto ao m rito diz que a MP 818 95 de 05 01 95 n o prev a instala o dos equipamentos postulados na inicial aduzindo que se as portas fossem capazes de eliminar os riscos certamente j a teriam adotado expendendo longa exposi o acerca das armas utilizadas pelos delinquentes o que tornaria in cua qualquer a o que porventura dependesse dos dispositivos postulados Impugna honor rios advocat cios Requer
22. ao final do m s pouco ou quase nada tem a receber em pec nia Al m disso submete se a uma jornada de trabalho bem acima da prevista em lei chegando a laborar at 14 ou 16 horas por dia e sem a contrapresta o da gratifica o extraordin ria que lhe seria devida As condi es de trabalho s o tamb m as mais nocivas e prejudiciais poss veis o que p e em risco a sua sa de a todo instante como o caso dos trabalhadores mutilados nas regi es sisaleiras da Bahia Por outro lado o empregador exige do pe o uma produ o semanal muito acima de suas possibilidades humanas Destarte o pobre empregado termina colocando todos os seus filhos sejam eles meninos ou meninas menores ou n o na faina di ria a fim de que possa cumprir as determina es do seu patr o Assim que as crian as ficam tamb m obrigadas a cumprir jornada de trabalho insuport vel realizando fun es t picas de adultos por exigirem grandioso esfor o f sico em patente desrespeito ao que estabelecem os arts 7 XXXIII e 227 8 3 da Constitui o Federal de 1988 e tamb m os arts 60 a 69 do Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 90 Em contrapartida t m castrado direitos b sicos como o de frequentar a escola o direito conviv ncia comunit ria ao esporte e ao lazer ao acesso cultura e principalmente o direito de ver respeitada a sua condi o de ser humano O fato que se tornam verdadeiros adultos ainda na inf nc
23. categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base Nestas hip teses ocorre a efic cia ultra partes da senten a Cabe lembrar que n o existe conforme ressaltou o art 104 do C digo do Consumidor ltspend ncia entre a a o individual e a a o coletiva Entretanto se o autor individual n o tiver requerido a suspens o do pleito individual nos 30 dias seguintes sua ci ncia do ajuizamento da a o coletiva ocorrer exce o ao princ pio geral do aproveitamento da coisa julgada favor vel assumindo desta maneira o autor individual o risco de um resultado negativo Mas julgado improcedente o pedido da a o coletiva o autor do processo individual requerer o prosseguimento deste podendo ainda vir a ter acolhida a sua demanda individual Assim embora a decis o fa a coisa julgada erga omnes ou ultra partes o prejudicado de acordo com o art 5 XXXV CF poder sempre demandar pela les o diferenciada e individualmente considerada por ele sofrida 4 A O CIVIL P BLICA NA JUSTI A DO TRABALHO A Compet ncia da Justi a do Trabalho O veto presidencial ao inciso IV do artigo 1 da Lei n 7 347 85 cujo projeto aprovado pelo Congresso permitia a utiliza o da A o Civil P blica para a defesa de outros interesses difusos e coletivos restringiu a aplica o desta a o a um instrumento processual de responsabilza o por danos causados ao meio am
24. emitida neste ato A comprova o do cumprimento dessas obriga es ser feita pela empresa compromitente perante o Minist rio P blico do Trabalho Procwadoria Regional do Trabalho da 18 Regi o Coordenadoria de Defesa do Trabalhador nos autos do Inqu rito Civil P blico n 13 94 no prazo de cinco dias de seu efetivo pagamento 96 5 O descumprimento de qualquer das cl usulas do presente termo de compromisso sujeitar o Super Posto Campinas Ltda empresa do ramo de com rcio de derivados de petr leo posto de combust vel que adota o nome fantasia POSTO BISPO ou seus sucessores multa equivalente ao valor de 4 vezes o menor sal rio legalmente pago a um empregado da categoria profissional respectiva dobrando a cada reincid ncia por cada documento irregular ou cl usula descumprida Os valores assim estipulados ser o revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT nos termos dos artigos 5 6 e 13 da Lei n 7 347 85 Firmado o presente tem se por satisfeitos o objeto do Inqu rito Civil P blico n MPT PRT 18 13 94 e a pretens o deduzida nos autos da A o Civil P blica Processo n 527 94 que tramita perante a 11 Junta de Concilia o e Julgamento de Goi nia onde ser submetido homologa o Goi nia 10 de outubro de 1994 Super Posto Campinas Ltda Posto Bispo Sindicato dos Trabalhadores no Com rcio de Min rios e Derivados de Petr leo do Estado de Goi s Minist rio P blico do Tra
25. es de Martin L dia Mendes Gon alves APOSENTADOS SUBPROCURADORES GERAIS DO TRABALHO Lindalva Maria Fontoura de Carvalho Marcelo ngelo Botelho Bastos Maria de Lourdes Schmidt de Andrade Modesto Justino de Oliveira J nior Norma Augusto Pinto Raymundo Emanoel Bastos do Eirado Silva Roque Vicente Ferrer Sue Nogueira de Lima Verde Valter Octaviano da Costa Ferreira PROCURADORES REGIONAIS DO TRABALHO Jo o Antero de Carvalho Jo o Carlos de Castro Nunes Jo o Carlos Guimar es Falc o Jorge da Silva Mafra Filho Juarez do Nascimento F de T vora Marco Aur lio Flores da Cunha Maria Aparecida Pasqual o Murylo Estevam Allevato Nat rcia Silveira Pinheiro da Rocha Nelson Lopes da Silva Olavo Augusto S C de Siqueira Ferreira P rola Sterman Raymundo Percival de Mesquita Pinto Bandeira Sebasti o Lemes Borges S nia Pitta de Castro Thom s Francisco D Avila Flores da Cunha Wanda de Souza Rago PROCURADORES DO TRABALHO Floro de Ara jo Melo Guilherme Jos Cossermelli Jo o Alfredo Reverbel Bento Pereira Jos Henrique Gomes Salgado Martins Jos Hosken Josina Gomes Jeanselme Macedo Katya Teresinha Monteiro Saldanha Luiz de Gonzaga The filo Marco Ant nio Prates de Macedo Maria Auxiliadora Alves Brockerhoff Maira Celeida Lima Ribeiro Maria Z lia Abreu Fonseca Maria de Nazareth Zuany Marilena Marzag o Nilza Varella de Oliveira Pl nio Gomes de Melo Roberto Herbster Gusm o Roland Cav
26. o do interesse difuso da decorrente pois ele deve ser tutelado imediatamente antes que se altere a situa o de fato que o originou Assim se n o exercidos a tempo os interesses difusos modificam se acompanhando a transforma o da situa o f tica que os ensejou Tomemos como exemplo o fato de ser constru do um assentamento para pessoas carentes em uma zona de prote o ambiental Destru da a natureza os interesses difusos origin rios de cunho ecol gico ser o substitu dos no sentido de visarem por exemplo melhores condi es de vida aos futuros moradores do lugar Passado o momento alterou se a situa o f tica e consequentemente os interesses difusos por ela ensejados A esta caracter stica de mutabilidade dos interesses difusos atrelase a consegu ncia da impossibilidade de reparar se a les o integralmente isto em esp cie pois muitas vezes quando lesionados esses interesses assim fugazes o ressarcimento pecuni rio se mostra inadequado Da o porqu do novo papel dos julgadores nas a es que envolvem interesses metaindividuais no sentido de procurar em primeiro lugar a justi a e a equidade na solu o do caso concreto do que simplesmente a aplica o fria do texto legal Ademais consequ ncia desse car ter mut vel dos interesses difusos o fato de n o apresentarem voca o para serem totalmente tutelados em sede legislativa Muito embora os interesses difusos n o tenham voca
27. o para serem restringidos a hip teses taxativamente previstas em lei forte ainda a corrente que entende n o ser poss vel a tutela dos interesses difusos enquanto n o forem objeto de norma expressa de Direito Substantivo Arnoldo Wald argumenta neste sentido concluindo que a regulamenta o da a o civil p blica n o auto aliment vel tratando se de cria o e consagra o de um instrumento processual da ordem jur dica na qual o adjetivo por mais importante que seja n o pode prescindir do substantivo Tamb m na mesma posi o o pronunciamento do ent o Procurador Geral e hoje Ministro do Supremo Sep lveda Pertence N o basta o equipamento processual para viabilizar a prote o daqueles 12 Op cit p g 3 13 Rem Il da S mula 331 TST E Hely Lopes Meirelles Mandado de Seguran a A o Popular e A o Civil P blica atualizado por Arnoldo Wald SP Ed RT 1993 p g 149 17 interesses sociais que sem lei que os converta em direitos coletivos o juiz entenda merecedores da prote o ou o que pior contra lei que os proteja em determinada medida Ora tamb m concordamos que h limites na presta o da tutela jurisdicional mas apenas no sentido de n o permitir ao juiz prestar tutela em contr rio da autorizada por lei Realmente a fun o do ato jurisdicional n o inovativa mas evolutiva no sentido de interpretar as normas existentes de maneira a adapt las s t
28. rios porque conforme afirmamos antes o direito de greve o direito de prejudicar eis que sem o preju zo do empregador restaria frustrado o movimento paredistaMas qual o par metro para equacionar a quest o Como aferir se houve abuso ou n o do direito A resposta n o t o f cil mas o grevista deve estar preparado para solucionar todos os problemas e a que se deve lan ar m o dos princ pios gerais do direito tal como o da razoabilidade da observ ncia dos usos e costumes locais etc J o Sindicato como detentor do status de titular de direito de greve responder subjetivamente pelos excessos porventura ocorridos durante ela se restar provado que os grevistas foram insuflados e teleguiados a cometerem atos de vandalismo piqueteamento violento agress es a colegas s para exemplificar S o estes tipos de excessos e abusos que traduzem a pesun o ad hominis de que o direito foi utilizado de forma abusiva Abordando a tem tica do abuso de direito o professor Amauri Mascaro Nascimento em seu livro Inicia o ao Direito do Trabalho diz que o conceito de abuso identifica se por for a da lei art 14 com o de ilegalidade Abuso diz o mestre o descumprimento de exig ncias da lei bem como a manuten o da greve ap s acordo ou decis o judicial art 14 salvo se a finalidade da paralisa o exigir o cumprimento de norma legal convencional ou quando a superveni ncia de fato novo venha
29. rios serventes eletricistas e outros 125 afronta o disposto no artigo 285 da CLT que referese apenas a servi os de movimenta o de mercadorias nos portos Utilizando se de m o de obra contratada pelo Sindicato dos Arrumadores para a realiza o de servi os administrativos e burocr ticos o DEPRC no entender do Autor estaria agindo ao arrepio da lei afrontando o artigo 37 inciso Il da Constitui o Federal bem como os artigos 9 e 444 da CLT A origem da presente a o foi o Processo de Investiga o Pr via realizado pela Procuradoria do Minist rio P blico com base em pe as extra das de reclamat rias trabalhistas que foram julgadas por esta Justi a Especializada Os documentos que instruem a inicial s o basicamente decis es proferidas em primeira inst ncia e pelo TRT da Quarta Regi o no sentido de reconhecer que as contrata es feitas pelo DEPRC por interm dio do Sindicato dos Arrumadores de trabalhadores que exerciam atividades diferen ciadas daquelas relacionadas com as de capatazia s o ilegais gerando v nculo de emprego diretamente com o R u eis que possu am car ter permanente estando presente todos requisitos da t pica rela o contratual principalmente o da subordina o 2 Da contesta o O R u em contesta o sustenta que a contrata o de m o de obra de trabalhadores avulsos atrav s do Sindicato dos Arrumadores est em perfeita conson ncia com os dispositivos legais
30. AJUSTE DE CONDUTA FIRMADOS EM ICPs CONCURSO P BLICO nneur E NOE MOS ESS URGE E E E 95 DISCRIMINA O NA ADMISS O AO EMPREGO eee eretas 95 DOCUMENTOS ASSINADOS EM BRANCO eeteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemeeeeereeeemeeeeerreeeeos 95 FGTS us seres essa 0 EEE ndiga A ASIA A E 97 LOCA O IRREGULAR DE M O DE OBRA ci ietmeeemeeteemeermeerme eres ereeeeeeeereererms 97 TRABALHO ESGRAVO rss angra pe o ser E GOO SOULS un 98 TRABALHO INFANTE e A 99 TRABALHO RURAL rimar eteeee eme ermeetteeet me eremeet temer remeter temeeremeettnees 101 VERBAS RESCIS RIAS eremita ereeeeereee erre eeeeer orem orem ereeme eretas 103 SENTEN AS PROLATADAS EM ACP ADMISS O SEM CONCURSO P BLICO ii iteeeeereeteeeeeeeeeeereeeeteeeeeeeeerereerereeeeeeeeeeee 107 DISCRIMINA O CONTRA TRABALHADORES eee emeeemeeremeerteeeeemeeremeernes 109 EG TS ste NN or ai O a e TCE 111 JORNADA DE TRABALHO reter aeee tremer erre er meet eeetteeeeeeeeteeertees 118 MEDICINA E SEGURAN A DO TRABALHO iteeeeerermeeeeeeeeereereeemeemeeeeereereemmeemenees 121 PORTU RIOS iorsin rae a A i ds inteira ENEA ia AA Aa E E aei 125 TERCEIRIZA O ILEGAL ingine nina E ENENGENA ERR NA aid nan 129 TRABALHO ESCRAVO 11 APRESENTA O As iniciativas do Minist rio P blico do Trabalho na defesa da ordem jur dica e dos interesses difusos e coletivos de car ter indispon vel t m se
31. Alto Uruguai e das Miss es realizado em Conv nio com a Universidade Federal de Santa Maria convertida em artigo publicado em seus anais p gs 67 71 nos seguintes termos Direito e Processo do Trabalho Apontamentos para uma reflex o sobre acesso Justi a crise do Judici rio e problemas e propostas de reforma 1 Preliminarmente Como resultado de estudos durante Curso de Especializa o P s Gradua o em Direito realizado no correr de 1993 junto a esta URI campus de Frederico Westphalen RS e com base bibliogr fica em tr s textos pertinentes crise do Poder Judici rio Ada Pellegrini Grinover RDP 98 18 26 ao Acesso Justi a Mauro Cappelletti Revista do Minist rio P blico n 18 8 26 e a Problemas de Reforma do Processo Civil nas sociedades contempor neas mesmo autor confer ncia de abertura do Congresso Brasileiro de Direito Processual Civil1991 este artigo pretende anotar temas para reflex o acerca da efetividade do Direito e Processo do Trabalho sempre tidos como vanguardeiros para uma c lere e qualificada presta o jurisdicional relacionados com o Direito em geral projetando considera es apropriadas a toda a experi ncia jur dica atual 2 Efetiva o do direito na atualidade Convergem os juristas ao identificar no Direito deste tempo dificuldades e problemas concernentes concretiza o de sua efetividade exemplos dessas assevera es temos em Ada Pellegrini Grinover para quem
32. Banco para regularizar a situa o dita ilegal se comprometia a no prazo de 240 dias abrir concurso p blico para atividades de limpeza ascensorista telefonista copa estiva e digita o A argumenta o desenvolvida pelo Minist rio P blico do Trabalho baseavase em que o Enunciado n 256 vedara a intermedia o de m o de obra fora dos objetivos das Leis ns 6 019 4 e 7102 83 pois nos demais casos havendo labor permanente dos mesmos empregados para o mesmo tomador dos servi os a rela o de emprego estaria caracterizada nos moldes do art 3 da CLT Por outro lado sustentava a Procuradoria do Trabalho a autoriza o concedida Administra o P blica para contratar indiretamente os servi os de conserva o transporte e assemelhados como diz respeito somente Administra o Direta e Autarquias Lei n 5 645 70 arts 1 e 3 par grafo nico n o abrangeria as empresas p blicas e sociedades de economia mista Assim haveria de ser reconhecido o v nculo empregat cio direto com os bancos oficiais n o fosse a recente decis o do STF no sentido de que tais entidades tamb m est o sujeitas regra do concurso p blico para a contrata o de empregados MS 21 322 1 DF Rel Min Paulo Brossard DJU de 23 04 93 J esgotando o prazo de 240 dias que lhe fora assinado para a realiza o do concurso p blico o Banco do Brasil houve por bem manifestar as dificuldades pr ticas desta solu o em rela o aos serv
33. CDC possibilitando que o pedido seja reparat rio a favor dos lesados e que seja ajuizada perante as Juntas de Concilia o e Julgamento adotando se no entanto restri o no seu uso para que o MPT n o se transforme em substituto processual dos trabalhadores Tal orienta o decorre da pr pria dic o do inciso Ill do art 129 da Constitui o Federal que apenas contempla para a a o civil p blica a defesa de interesses difusos e coletivos A nova categoria dos interesses individuais homog neos defens veis por a o coletiva foi introduzida pelo CDC mas com um instrumento processual pr prio que a a o civil coletiva Assim haveria extrapola o da previs o constitucional se se pretendesse veicular interesses individuais homog neos atrav s da a o civil p blica Ademais o pr prio TST ao apreciar ACP origin ria entendeu que a mesma n o pode ter car ter reparat rio mas apenas cominat rio ou condenat rio gen rico Posi es das CODINs Regionais sobre a quest o Reg Interesses na ACP Natureza da ACP Compet ncia 1 difusos coletivos cominat ria juntas 2 tamb m indiv hom tamb m reparat ria juntas E difusos coletivos cominat ria tribunais a difusos coletivos cominat ria juntas difusos coletivos cominat ria juntas tamb m indiv hom tamb m reparat ri juntas tribunais difusos coletivos cominat ria juntas a tamb m indiv hom tamb m reparat ria juntas 122 difusos coletivos cominat ri
34. Foro Obreiro Oportuno notar que o Minist rio P blico da 4 Regi o seja nos presentes autos como bem demonstra a manifesta o da lavra de seu ilustre representante fl 587 seja mediante sua atua o institucional capitaneada por seu eminente procurador geral tem relevado extrema acuidade ao distinguir com sens vel precis o a teleologia mais adequada da a o civil p blica que pela relev ncia e peculiaridade dos interesses a tutelar se destina n o ao atingimento de condena o pecuni ria e reparat ria propriamente dita condena o em dinheiro ou dep sitos mas preponderantemente defesa de interesses coletivos e difusos defesa essa de vi vel consecu o atrav s de provid ncias como a presentemente tratada Cumpre observar por fim que a causa n o envolve como mencionado na defesa mero ato de fiscaliza o sob condi o cominat ria intento pelo qual j dilgenciou a autoridade a tanto competente como comprovado pelo autor s fls 10 e 11 no que pertine atua o lIitisconsorcial da Caixa Econ mica Federal tratada no par grafo nico da Lei 8 036 90 ainda assim n o restaria afastada a compet ncia do Foro Obreiro consoante preleciona Eduardo Gabriel Saad No artigo anterior 25 dito que o trabalhador quando se propuser a cobrar judicialmente do empregador os dep sitos que deixou de realizar nos prazos legais obrigado a notificar a Caixa Econ mica Federal e o Minist rio do Trabalh
35. Jeferson Alves Silva Muricy S nia Costa Mota de Toledo Pinto Egon Koemer J nior Cinara Graeff Terebinto Cristiane Kraemer Gehlen Darlene Dorneles de Avila PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 13 REGI O SEDE Jo o Pessoa PB Jos Antonio Parente da Silva Jos de Lima Ramos Pereira PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 14 REGI O SEDE Porto Velho RO Maria Teresa de Azevedo Sanfront PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 15 REGI O SEDE Campinas SP Cl udia Telho Corr a Renata Cristina Piaia Petrocino Silvana Martins Santos Luis Carlos C rdova Burigo Claude Henri Appy Aroldo Lenza Margaret Matos de Carvalho Jos Marcos da Cunha Abreu Andr Ol mpio Grassi Ad lio Justino Lucas Ren e Ara jo Machado PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 16 REGI O SEDE S o Lu s MA Ana Maria Gomes Rodrigues PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 17 REGI O SEDE Vit ria ES Andr Luis Spies S lvia Maria Zimmermann PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 18 REGI O SEDE Goi nia GO Jane Ara jo dos Santos Elv cio Moura dos Santos PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 19 REGI O SEDE Macei AL Vanda Maria Ferreira Lustosa Elizabeth Veiga Chaves PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 20 REGI O SEDE Aracaju SE L cia Le o Jacobina Mesquita PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 21 REGI O SEDE Natal RN Fernanda Maria Uchoa de Albuquerque Hilda Leopoldina Pinheiro Barreto Xisto Tiag
36. NAS IND STRIAS DE CAL ADOS E VESTU RIOS DE FRANCA E REGI O para declarar a ilegalidade da pr tica pelas empresas r s CAL ADOS PARAGON LTDA CAL ADOS TERRA S A IND STRIA DE CAL ADOS TROPIC LIA LTDA N MARTINIANO E CIA LTDA E IND STRIA DE CAL ADOS KISSOL LTDA da terceiriza o de suas atividades fim como as de corte prepara o pesponto montagem acabamento e expedi o de cal ados condenando se as mesmas a absteremse de tal pr tica e a executarem tais servi os atrav s de seus empregados regidos e protegidos pela CLT sob pena de incorrerem as demandadas em multa di ria correspondente a 5 000 UFIRs em virtude de mora ou descumprimento dessas determina es que dever ser revertida em favor do FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR FAT tudo de conformidade com a fundamenta o supra que parte integrante d este dispositivo Custas pela reclamada sobre o valor arbitrado de R 15 000 00 no importe de R 300 00 INTIMEM SE AS PARTES NADA MAIS Jos Otavio de Souza Ferreira Juiz do Trabalho Reginaldo Galvani JCT Empregados Michel Jorge Saad JCT Empregadores Diretora de Secretaria TRABALHO ESCRAVO PROCESSOS NS 854 93 E 08994 ATA DE AUDI NCIA DE JULGAMENTO Aos vinte e seis dias do m s de maio do ano de mil novecentos e noventa e quatro s 10 55 horas na sala de audi ncia desta Junta de Concilia o e Julgamento de Resende na presen a da Ju za Presidente Dra T NIA TEREZA MEDEIROS
37. Siva e dos Srs Ju zes Classistas Ricardo Quintela Gomes de Barros e Isve Cavalcante dos empregadores e dos empregados respectivamente foram por ordem do Sr Presidente apregoados os litigantes Minist rio P blico do Trabalho requerente Companhia de Abastecimento D gua e Saneamento do Estado de Alagoas Casal requerida Partes ausentes Aberta a audi ncia o Juiz Presidente relatou o processo prop s a solu o da lide aos Srs Ju zes Classistas e tendo ambos votado no mesmo sentido foi proferida a seguinte decis o Vistos e examinados O Minist rio P blico do Trabalho aforou a o civil p blica contra a Companhia de Abastecimento D gua e Saneamento do Estado de Alagoas Casal postulando a condena o da Requerida ao cumprimento da obriga o de fazer consistente na realiza o de avalia es pr vias dos seus empregados e a nulidade das promo es realizadas em desacordo com o Acordo Normativo em vigor suspendendo se o pagamento dos empregados promovidos irregularmente tudo fundamentado na peti o de fl 03 1 Foi concedida liminar suspendendo o pagamento das promo es Defesa da Reclamada s fls 37 42 pugnando pela improced ncia dos pedidos O Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias Urbanas no Estado de Alagoas chamado a integrar a lide ratificou os termos da exordial Al ada fixada na inicial Concilia o recusada Peticionaram o Requerente e o Sindicato pedindo que os efeitos da l
38. a defesa coletiva dos interesses pertencentes ao indiv duo socialmente vinculado ao grupo de indiv duos que possu am entre si um v nculo jur dico b sico uma geral affectio societatis nas palavras precisas de Celso Bastos e n o apenas uma simples adi o de interesses individuais individuais homog neos Foi ent o a partir do momento em que as fronteiras entre o interesse p blico objetivado pelo Estado e o privado individual foram se tornando fluidas que entre elas foram ganhando espa o os hoje denominados interesses metaindividuais A evolu o dos interesses entretanto n o foi linear como pode parecer mas c clica alternando momentos hist ricos de preval ncia do coletivo e do individual Segundo Camargo Mancuso ocorreu uma escala crescente de coletiviza o em cuja base est o os interesses individuais Deste modo o interesse coletivo surge no momento em que os interesses individuais se agrupam n o para uma melhor defesa deles pr prios mas libertos de sua carga de ego smo se unem para formarem interesses novos interesses que extrapolam a rbita do indiv duo e passam a pertencer ao grupo que ent o ir represent los e defend los Ocorre que nesta escalada crescente de coletiviza o numa etapa subsequente alguns destes interesses coletivos que eram setoriais ultrapassam o campo de atua o do grupo sindicato associa o ordens e passam rbita do interess
39. a quest o do trabalho Entidades governamentais FUNDAC Funda o da Crian a e do Adolescente Governo Estadual Antiga FAMEB a FUNDAC tem como objetivo a forma o profissional e o encaminhamento para est gio remunerado de jovens infratores estendendo se tamb m para o atendimento de jovens n o infratores Volunt rias Sociais da Bahia Governo Estadual Realiza conv nios proporcionando a incorpora o de jovens carentes em empresas particulares e principalmente p blicas entre as quais se destacam a EMBASA e a COELBA CELIBA Centro de Liberdade Assistida Juizado da Inf ncia e da Juventude A sua finalidade orientar adolescentes envolvidos em ato infracional e portadores de dist rbios de conduta encaminhando os para v rias empresas conveniadas ao Programa Bom Menino hoje extinto frenteao n o atendimento s exig ncias trazidas com o Estatuto da Crian a e do Adolescente LAR Liga de Assist ncia e Recupera o Governo Municipal Administra dois programas de forma o de m o de obra o Projeto Menor Aprendiz que ap s o treinamento de jovens os encaminha a diversas empresas conveniadas O outro projeto se desenvolve no pr prio mbito institucional atrav s da Oficina de Picol e a da Pequenas Bolachas e Grandes Aprendizes Projeto Cidade M e Governo Municipal Visa a cria o de Empresas Educativas nos bairros utilizando se dos educadores de rua a exemplo do Projeto Ax e tendo como parceir
40. abril 92 3L cf Ada Pellegrini Grinover C digo do Consumidor Comentado pelos Autores do Anteprojeto Forense 1998 p g 569 Cf Ada Pellegrini op cit p g 572 23 7 347 85 mitigaram os efeitos da coisa julgada quando determinaram a possibilidade do ajuizamento de a o id ntica quela cujo pedido for julgado improcedente por insufici ncia de provas Deste modo o C digo de Defesa do Consumidor adotou o sistema da extens o da coisa julgada a terceiros que n o participaram do processo somente para benefici los coisa julgada secundum eventum litis ou extens o subjetiva da coisa julgada in utilbus Assim de acordo com o art 103 da Lei 8 078 90 s o as seguintes as regras da extens o in utilibus da coisa julgada a Quando a A o Civil P blica versar sobre interesses difusos se o pedido procedente a senten a ter efeito erga omnes no sentido de impedir o ajuizamento de nova a o coletiva pelos mesmos fundamentos Entretanto nada impede o ajuizamento de a es individuais com base nos mesmos fundamentos pelos titulares de interesses particulares afetados Conforme vimos se o pedido rejeitado por insufici ncia de provas n o h coisa julgada material b Quando a A o Civil P blica tratar de interesses coletivos tal caso difere do anterior em raz o apenas da natureza dos interesses coletivos Logo havendo senten a favor vel seus efeitos dever se o restringir aos membros do grupo
41. adequado inexistindo regra legal que imponha a solidariedade passiva da empresa tomadora para os efeitos da rela o de emprego estabelecida entre os empregados e a fornecedora dos servi os Afora a obriga o prevista no art 2 2 da CLT referente s empresas integrantes de um mesmo grupo econ mico a do empreiteiro principal Lei n 6 019 74 ou de servi os de vigil ncia Lei n 7 102 83 n o h como caracterizar se luz do direito positivo a responsabilidade da verdadeira destinat ria do servi o terceirizado pelos encargos sociais do pessoal posto sua disposi o Diante desse quadro desalentador preciso verificar at onde uma empresa quer efetivamente tornar se mais gil terceirizando setores secund rios de sua atividade para concentrar seu labor e energia no objeto principal do empreendimento pois bem certo que em muitos casos se est lan ando m o desse mecanismo para em manifesta fraude sub trair se aos custos das rela es de emprego com a finalidade de aumentar margens de lucro em detrimento dos trabalhadores na luta desenfreada da competi o Il EVOLU O DO FEN MENO DA TERCEIRIZA O NO DIREITO BRASILEIRO I 1 A terceiriza o na administra o p blica No setor p blico o que hoje chamamos de terceiriza o foi adotado na Reforma Administrativa Federal disciplinada pelo Decreto lei n 200 67 como modalidade de descentraliza o Verificou se desde ent o que a organiza o admin
42. anos estavam sujeitas a jornadas estafantes de mais de 14 quatorze horas di rias participando de atividades perigosas e trabalhando em ambientes nocivos sa de Era comum a ocorr ncia de acidentes provocados pelas m quinas al m de doen as e mutila es Diante desse quadro houve a necessidade de interfer ncia do Estado no sentido de atenuar a situa o de flagrante desamparo em que se encontrava a crian a Assim teve in cio na Inglaterra ber o da Revolu o Industrial a primeira manifesta o efetiva da preocupa o estatal com as mazelas vividas pela crian a Da sucessivamente os demais pa ses em situa o semelhante promulgaram uma s rie de leis que estabeleciam desde a idade m nima para a admiss o no emprego at a dura o do trabalho de jovens autorizados dentre outras preocupa es sociais Com o surgimento das primeiras leis surge tamb m para o mundo jur dico a nova disciplina o Direito do Trabalho Foi na Su a que se verificou pela primeira vez a inser o a n vel constitucional de medidas de prote o ao trabalho da crian a nas f bricas Constitui o de 1874 Concomitantemente ao evolver dessas legisla es havia uma inquieta o com a vigil ncia a respeito do que ocorria dentro dos muros da empresa privada fiscaliza o do trabalho Ap s a Primeira Grande Guerra Mundial com a assinatura do Tratado de Versalhes foi criada a Organiza o Internacional do Trabalho OIT estabele
43. aos Princ pios Protetivos do Direito do Trabalho sendo que a quest o fundamental a utiliza o desta m o de obra de trabalhadores avulsos em atividades n o autorizadas pela legisla o espec fica sendo que tal irregularidade restou evidenciada ap s a an lise dos dispositivos legais e dos documentos juntados aos autos A propositura de A O CIVIL P BLICA pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO restou plenamente justificada eis que o DEPRC atrav s da pr tica utilizada e comprovada nestes autos frauda as leis de prote o ao trabalho e afronta a Constitui o Federal em detrimento dos interesses coletivos e dos bens p blicos Diante do acima exposto outro n o poderia ser o entendimento a n o ser acolher se o pedido formulado na inicial Pelo exposto resolve a 18 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO julgar PROCEDENTE com base na fundamenta o a A O CIVIL P BLICA proposta pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO conta o DEPARTAMENTO ESTADUAL DE PORTOS RIOS E CANAIS DEPRC para determinar que o R u ao utilizar m o de obra de trabalhadores contratados atrav s do Sindicato dos Arrumadores restrinja se aos exatos termos da Lei n 8 630 93 no que se refere aos servi os portu rios sendo que as atividades de car ter administrativo e burocr tico dever o ser desempenhadas por trabalhadores diretamente admitidos pelo R u Em caso de descumprimento o R u dever pagar multa di ria no valor equivalente a 1 000
44. artigo 285 da CLT nem no Decreto lei 5 66 eis que a limita o da utiliza o da m o de obra avulsa permaneceria intacta Os dispositivos legais supra referidos que embasam a inicial e a contesta o restaram contudo revogados nos exatos termos da Lei n 8 630 de 25 de fevereiro de 1993 conforme expresso nos seus artigos 75 e 76 Necess rio portanto a an lise dos fatos em confronto com a nova norma disciplinadora das atividades portu rias 4 Da Lei n 8 630 93 Publicada no Di rio Oficial da Uni o de 26 02 1993 a Lei 8 630 modificou o regime jur dico da explora o dos portos organizados e das instala es portu rias No seu artigo 75 a referida lei revoga expressamente os artigos 254 e 292 da CLT no prazo de 180 dias a contar da sua publica o O artigo 76 por sua vez revoga expressamente o Decreto lei 5 66 Assim a lei nova passou a regulamentar a organiza o e funcionamento dos portos bem como a contrata o de trabalhadores avulsos Diz o artigo 26 da referida lei O trabalho portu rio de capatazia estiva confer ncia de carga conserto de carga bloco e vigil ncia de embarca es nos portos organizados ser realizado por trabalhadores portu rios com v nculo empregat cio a prazo indeterminado e por trabalhadores portu rios avulsos Por este artigo verificase que a lei nova estabeleceu apenas duas modalidades de contrata o de trabalhadores para a realiza o do trabalho p
45. blico essencial tratando se deservi os de limpeza de varri o de vias e recolhimento de lixo domiciliar nos logradouros p blicos 14 Assim sendo tais servi os segundo pensamos s podem ser prestados por servidores p blicos investidos em cargo ou emprego p blico na forma prevista no art 37 Il da Constitui o Federal Do mesmo modo que o trabalhador privado deve se inserir na empresa que trabalha usufruindo das garantias e direitos assegurados pela legisla o do trabalho tamb m assim o servidor p blico deve se inserir no rg o onde trabalha gozando das garantias pr prias do regime de trabalho que o protege seja o regime estatut rio seja o regime trabalhista comum precedendo sempre sua contrata o de concurso p blico de acordo com o texto constitucional 15 Acolhe se assim a presente A o Civil P blica para determinar ao Munic pio de Canoas que as tarefas de limpeza de varri o de vias e recolhimento de lixo domiciliar e nos logradouros p blicos sejam realizadas por trabalhadores admitidos diretamente pelo mesmo mediante pr via aprova o em concurso p blico sob v nculo de emprego ou estatut rio 16 Acolhe se o pedido de comina o de multa mas n o na forma requerida que reputamos excessiva Fixa se a multa em dez mil UFIR por dia em caso de descumprimento a partir de 90 dias ap s o tr nsito em julgado da presente decis o Ante o exposto resolve a 2 JCJ de Canoas por maioria de votos
46. condi es mais favor veis em tr s itens m o de obra energia e ecologia que no campo da m o de obra eles procuram baixar custos alta qualidade e sobretudo a mais ampla flexibilidade para contratar descontratar e remunerar a for a de trabalho Assim explica o mesmo economista para evitar a fuga dos capitais os pa ses desenvolvidos est o sendo obrigados a promover in meras mudan as para proteg los pois os capitais s ficam nos seus pa ses na medida em que os mercados de trabalho garantam as condi es de flexibilidade demandadas pela corrida tecnol gica e pelo aumento da competi o in trabalho preparado para o II Congresso de Direito Individual do Trabalho promovido pela LTr Editora em 21 e 22 de mar o de 1994 sob o t tulo Flexibilidade dos Mercados de Trabalho A Resposta Moderna para o Aumento da Competi o tempo de enaltecer a situa o dos chamados Tigres Asi ticos colocados como para sos dos capitais e verdadeiros modelos a serem adotados por todos os povos observando a prop sito o Professor Pastore que a atra o que esses pa ses exercem sobre as empresas decorre do fato de desfrutarem de um quadro legal pouco regulamentado e que permite uma ampla flexibiliza o para contratar descontratar subcontratar estender jornadas fazer hora extra remunerar por tarefa e assim por diante Tudo isso apregoado como tend ncia universal economicamente sedutora e irrevers vel
47. da Concei o Sever ina Maria da Silva Jos de Ribamar Gomes Maria do Socorro da Silva Ferreira Dulce Cleide Sipriano Vieira Porto Agnaldo Ferreira de Oliveira 3 2 no pr ximo dia 10 de agosto s 15 00 quinze horas comparecer a esta Procuradoria para efetuar o pagamento do valor relativo aos vales constantes das respectivas rescis es contratuais dos seguintes ex empregados desde que n o esteja pendente Reclama o Trabalhista relativa ao objeto do presente e cujos endere os se compromete a encaminhar a este Parquet no m ximo at o dia 10 de julho corrente Maura Francisca de Lacerda Manoel da C F Rodrigues Maria Salete A da Silva Teodorico de Souza Rom o Vicente Faria Maria das Gra as Costa Maria Barbosa de Melo Maria da Luz da Silva Jos Soares da Silva Aderson Gomes de Morais Ant nio Tavares de Souza Marcos Ant nio Borges Caland Ant nio Francisco de Almeida Cleci Rodrigues de Matos Francisco de S Lima Francisco Marques de Souza Jos Ol mpio de Sousa Neto Jos J lio da Silva 4 Pelo n o cumprimento dos itens 1 e 2 do presente Termo de Compromisso a empresa recolher ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT multa no valor correspondente a R 1 000 00 um mil reais por trabalhador dobrado a cada reincid ncia No que respeita aos itens 3 e 4 a multa ser igual ao valor devido e n o pago tudo sem preju zo dos procedimentos administrativos e judiciais cab veis 5 Os valores referidos no it
48. dando lhes apenas um pouco de comida em troca de sua for a trabalho obrigando os a prestar servi os ininterruptamente em condi es prec rias O sal rio contrapresta o pelos servi os prestados deve representar para o trabalhador o meio para obten o de alimentos moradia escola rem dios e outros bens que desejar possuir Conceder ao obreiro apenas alimento e em quantidade insuficiente para a manuten o dos familiares ao longo do m s o meio mais pr prio para escraviz lo vez que o torna inteiramente dependente e impossibilitado de sequer mudar se do local da presta o de servi os 138 Sem um tost o no bolso passa a ser imposs vel o seu deslocamento em meios de transportes coletivos ficando inteiramente nas m os do empregador que o deixa confinado em suas fazendas Sem o acesso s esolas fica impedido de aprender a ler e conseguentemente de obter o m nimo de informa es necess rias para ter a medida exata da les o de direito que est sofrendo Sem a possibilidade de adquirir rem dios e trabalhando em condi es desumanas sem descanso perde sua sa de e fica sem condi es de obter um novo trabalho O enriquecimento dos empres rios medido pelo tamanho de seu patrim nio que cresceu expressivamente com a explora o de trabalhadores simples e humildes E estes vista do desrespeito sistem tico s leis por parte daqueles que sugam energias n o t m descanso semanal n o tiram f rias nem o
49. dano Deste modo a preval ncia na A o Civil P blica da senten a cominat ria em especial quanto aos direitos difusos e coletivos trabalhistas est no fato de que esta tutela espec fica condenando o demandado a fazer ou n o fazer o que estava obrigado a mais pr xima da realiza o das situa es finais buscadas pela sociedade O car ter condenat rio pode ocorrer apenas de forma gen rica isto n o visando reparar o dano direta e individualmente causado ao trabalhador lesado De acordo com o art 11 da Lei n 7 347 85 a senten a determinar ao r u o cumprimento em esp cie da obriga o positiva ou negativa e lhecominar multa di ria Esta multa tem natureza puramente coercitiva n o possuindo em nenhum momento car ter reparat rio A cumulatividade entre multa e perdas e danos consegi ncia l gica e natural das diferentes naturezas e finalidades dos dois institutos a primeira visa a motivar o adimplemento e a segunda define o objeto da obriga o do obrigado inadimplente Logo o objeto da condena o pecuni ria ser a multa que independe do pedido do autor No caso da chamada obriga o subsidi ria isto indeniza o por perdas e danos esta s poder ocorrer em caso de recusa pelo obrigado ao cumprimento de obriga o infung vel Em ambos os casos conv m ressaltar o fato de que como se trata de interesses difusos ou coletivos portanto indivis veis em lide o valor das s
50. danos causados A senten a nestes casos s pode ter natureza condenat ria sendo que o titular do direito material tem a seu favor a possibilidade de se submeter ou n o a o coletiva de executar ou n o a senten a gen rica no prazo de um ano A o de Cumprimento ou defender individualmente o direito do qual titular A a o individual pode ter curso independentemente da a o coletiva superveniente e se n o houver pedido do autor de suspens o da a o individual esta n o sofre nenhum efeito do resultado da a o coletiva Entre a a o coletiva e a a o individual n o existe litispend ncia isto porque embora haja identidade entre as partes a individual est contida na coletiva e a causa de pedir o pedido diverso na a o coletiva h um pedido gen rico que exige posterior a o de cumprimento e na a o individual o pedido de conte do espec fico Inobstante de acordo com o art 103 do CPC as a es coletivas e individuais devem ser processadas em conjunto perante o ju zo da a o coletiva em fun o da conex o Em rela o aos limites da coisa julgada da senten a proferida em a o coletiva os mesmos s o pr prios de uma condena o gen rica isto referemse apenas certifica o de que a obriga o do r u existe n o atingindo a individualiza o dos credores que objeto da a o de cumprimento De acordo com o art 103 Ill da Lei 8 078 90 a senten a na a o cole
51. de forma individual seja coletivamente visando a obter a repara o dos danos sofridos pessoalmente Nestes casos o objetivo n o ser a repara o do dano total ou difuso mas apenas os interesses da categoria representada coletivamente Afinal nenhuma lei poderia excluir o direito de acesso dos lesados ao Poder Judici rio art 5 XXXV CF B Litispend ncia Com o sistema de legitima o ativa concorrente mas disjuntiva da defesa dos interesses difusos e coletivos que n o exclui ainda a possibilidade dos lesados proporem suas a es individuais questiona se a possibilidade de ocorrer a litispend ncia entre tais demandas A Lei 8 078 90 adverte art 21 102 28 Cf Hugo Nigro Mazzilli A Defesa dos Interesses Difusos em Ju zo S o Paulo Ed RT 1992 p g Hely Lopes Meirelles Mandado de Seguran a A o Popular e A o Civil P blica S o Paulo Ed RT atualizado por Arnoldo Wald 1993 2 81 par grafo nico e ll e art 104 que n o haver litispend ncia entre a es individuais e a es coletivas para a defesa de intere sses difusos e coletivos Hugo Nigro Mazzilli argumenta que pode se extrair conclus o a contrario sensu do art 104 CDC de que haver litispend ncia no entanto entre a o individual e a o coletiva para a defesa de direitos individuais homog neos Mas s se poder falar em litispend ncia por m se na a o individual o lesado estiver postulando
52. de compet ncia A atua o para preven o de acidentes cabe inegavelmente ao MPT na medida em que se trata do cumprimento de normas trabalhistas voltadas seguran a e sa de do trabalhador No entanto quando ocorre o acidente a postula o da indeniza o refoge ao mbito da Justi a do Trabalho raz o pela qual a defesa do trabalhador est afeta aos MP Estaduais Nesse quadro a ACP tendente a assegurar o cumprimento das normas de seguran a e medicina do trabalho tem como foro pr prio a Justi a do Trabalho conforme reconhecido pelo pr prio STJ ao solver conflito de compet ncia J as ACC para repara o dos danos causados caberia aos MP Estaduais no mbito da Justi a Comum No entanto como a quest o uma s referente seguran a no trabalho seria conveniente uma a o conjunta do MPT com os MP Estaduais de forma a que as den ncias recebidas possam receber tratamento mais abrangente em termos de medidas adotadas para solu o do problema tanto prevenindo os acidentes como reparando as v timas Assim sendo seria oportuno firmar se conv nios com os MP Estaduais para que a investiga o possa ser conjunta informando se mutuamente os MPs sobre as den ncias recebidas mas adotando medidas judiciais cada qual na sua esfera de compet ncias Justi a do Trabalho e Justi a Comum Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 1 R Referu o bom relacionamento com o MP carioca a utiliza o da F
53. de determinados par metros o trabalho do adolescente com dezesseis anos em locais e servi os insalubres e perigosos n o se confrontaria com a Conven o que prev expressamente a hip tese art 3 3 3 Idade m nima inferior trabalhos leves O par grafo nico do art 403 da CLT que regula o trabalho entre 12 e 14 anos exigindo que os servi os prestados nesta faixa et ria sejam leves e n o prejudiquem a sa de e o desenvolvimento moral pode estar em sintonia com a Conven o 138 desde que na ratifica o o Brasil especifique que se utilizar da faculdade prevista no art 7 da mesma Conven o inclusive para trabalhos realizados pelo adolescente na condi o de aprendiz Melhor dizendo o Brasil j assumiu um compromisso neste sentido ao ratificar a Conven o n 5 da OIT 1919 que fixa a idade m nima de 14 anos para trabalhos em oficinas industriais O par grafo nico do art 403 da CLT com o Decreto 66 280 70 que o regulamenta dispondo que n o s o de natureza leve as atividades nos ramos da ind stria e dos transportes terrestres hoje compatibiliza nossa lei ordin ria com a Conven o n 5 Na poca de sua edi o o par grafo nico do art 403 da CLT compatibilizava n o somente a lei ordin ria com a Conven o n 5 ratificada mas tamb m com a Constitui o de 1969 excluindo os trabalhos nos servi os industriais da idade m nima b sica que era ent o de 12 anos 44 4 Idade
54. discuss o a respeito do veto presidencial ao 6 do art 5 da Lei 4 547 85 posto que foram inclu das na rela o dos t tulos extrajudiciais execut veis entre outros as transa es referendadas pelo Minist rio P blico pela Defensoria P blica ou mesmo pelos advogados de ambas as partes C Da natureza da senten a e sua execu o Segundo o art 129 II da Constitui o Federal a A o Civil P blica visa defesa dos interesses difusos e coletivos determinando o art 3 da Lei 7 347 85 que o objeto da A o a condena o em dinheiro senten a condenat ria ou o cumprimento de obriga o de fazer ou n o fazer senten a cominat ria art 11 da Lei 7 347 85 Quando levamos em conta a natureza indivis vel dos interesses tutelados em sede de ACP devemos concluir que a senten a objetivada preferentemente cominat ria isto imposi o judicial de obriga o de fazer ou n o fazer Isto porque a condena o pecuni ria quando se trata de ofensa a este tipo de interesse fica reduzida a um pr mio de consola o visto que por si s n o acarreta a Cf Ives Gandra Filho in Processo Coletivo p g 162 Ada Pellegrini Grinover e outros in C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos Autores do Anteprojeto ed FU 3 ed p g 643 28 obten o do resultado pr tico equivalente obstar a agress o ao interesse ou obter a repara o direta e espec fica do
55. dispositivo muito mais amplo porque permite que qualquer Membro cuja economia e as institui es escolares n o estejam suficientemente desenvolvidas poder especificar numa primeira etapa uma idade m nima de quatorze anos art 2 4 Nesta ltima hip tese o Pa s Membro se obriga em seus relat rios art 22 da Constitui o da OIT a dizer que os motivos da ado o dos 14 anos persistem ou que renuncia ao valer da disposi o em quest o a partir de uma determinada data 2 Idade M nima Inferior trabalhos leves A Conven o 10 trabalho na agricultura 1921 fixa a idade m nima de admiss o aos quatorze anos desde que os trabalhos se realizem fora das horas dedicadas ao ensino escolar e que tamb m n o prejudiquem a assiduidade escola A mesma Conven o faculta sem especificar idade m nima inferior que adolescentes executem trabalhos agr colas leves sobretudo de colheita resguardando o per odo m nimo de oito meses de escolaridade As Conven es 33 e 60 trabalhos n o industriais disp em sobre trabalho leve A de n 60 tem normas bastante complexas sobre esta mat ria que podem ser assim resumidas idade m nima de treze anos trabalhos inofensivos sa de e ao desenvolvimento moral n o prejudiciais escolaridade dura o m xima de duas horas tanto no per odo de aulas como nas f rias proibi o nos domingos e feriados e noite A especifica o dos trabalhos que devem ser tidos como le
56. do Estado de direito e do regime democr tico Ives Gandra da Silva Martins Filho in A Defesa dos Interesses Coletivos pelo Minist rio P blico do Trabalho Revista LTr dezembro de 1993 p g 1 430 ampliando notavelmente as atribui es do MPT Assim que se destacou a fun o da Institui o como rg o agente e n o apenas mero rg o interveniente na emiss o de pareceres nos processos da sua compet ncia A promulga o da Lei Complementar n 75 93 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o veio a consolidar de forma definitiva essa atua o em especial no campo de defesa dos interesses difusos e coletivos vide arts 6 VII d 83 Ill e 84 Il As ferramentas a serem utilizadas para tal mister s o o inqu rito e a a o civil p blica No caso dos trabalhos for ados a atua o do Minist rio P blico do Trabalho se justifica em face da patente viola o de interesses coletivos Estes s o caracterizados pela exist ncia de v nculo jur dico entre os membros da coletividade afetada pela les o e a parte contr ria origem do procedimento gen rico continuativo que afeta potencialmente todos os membros dessa coletividade presentes e futuros pass veis de determina o Ives Gandra da Silva Martins Filho in obra citada p g 1 430 56 Vale dizer h inquestion vel v nculo jur dico entre o empregador e todos aqueles que se encontram em condi es subumanas de trabalho A les o patente ident
57. do material existente nos arquivos da CODIN PGT a respeito de qualquer mat ria que j tenha sido objeto de inqu rito ou a o civil p blica possibilitando o fornecimento do ma terial para qualquer Regional que o solicitar Ademais o programa j emite automaticamente os relat rios estat sticos sobre as atividades das CODINs quer por esp cie de procedimento quer por tema de infring ncia ordem legal Assim que tornado plenamente operacional com elabora o de manual de utiliza o e devidamente testado pela CODIN PGT ser remetida c pia a cada Regional para que possa efetuar o controle de seus inqu ritos atrav s do programa No futuro poder ser feita a interliga o por rede das v rias Regionais de forma a que a alimenta o do sistema seja imediata atrav s de cada Regional Sugest es para o Aperfei oamento do Programa a Incluir campo para outras a es como a a o civil coletiva b Possibilitar a alimenta o do banco de dados da CODINPGT pela via de disquete remetendo se tamb m c pia do banco de dados da CODIN PGT para as Regionais c Incluir a figura do Autor no campo das ACPs MCs e AAs na medida em que podem ser ajuizadas pelos demais legitimados pela lei d No Procedimento Investigat rio alterar a denomina o de Denunciado para Investigado e Incluir como situa o dos PIs a de conciliado f Incluir entre os temas de inqu rito e a es o de Outros para eng
58. dois ou mais litigantes na posi o de autores ou r us segundo a precisa defini o de Gabriel de Rezende Filho para que os empregados da acionada fossem admitidos como ltisconsortes impunha se que a eles fosse atribu da a qualidade de requeridos ou seja que tamb m fossem pass veis da condena o ou n o aos termos dos pedidos Pode existir litiscons rcio passivo na a o civil p blica entre empresas ou rg os estatais mais dificilmente abre se a hip tese para que os seus empregados ainda que atingidos pela a o interfiram no curso do proces so como partes Rejeita se pois os pedidos de interven o como litisconsortes passivos Da desist ncia da contesta o Ainda em preliminar de m rito registre se que ao requerer a desist ncia da contesta o a reclamada admitiu como verdadeiros os fatos narrados na pe a inicial Os efeitos da falta de contesta o est o expressos no art 319 do CPC Mas n o s a presun o de veracidade dos fatos afirmados pelo Requerente oriundos da desist ncia da contesta o demarca o caminho da proced ncia dos pedidos vez que farta documenta o trazida cola o espancam d vidas sobre as promo es irregulares perpe tradas pela Requerida ao arrepio da Norma Coletiva firmada em 1994 como se ver a seguir M rito Da nulidade das promo es irregulares A demanda tem como fundamento o argumento do Minist rio P blico de que a Acionada vinha descumprindo o Acordo Norma
59. dos empregados contratados ap s a data da majora o aos limites permitidos posto que a majora o da jornada ultrapassou inclusive o per odo m ximo permitido na Constitui o CF art 7 XIV sob pena de multa di ria revers vel ao FAT O pedido foi julgado integralmente procedente condenando a requerida a retornar em 48 horas ao hor rio de trabalho praticado anteriormente a 06 04 92 em rela o a todos os trabalhadores admitidos at aquela data e ainda empregados e a adequar em rela o a todos os empregados posteriormente contratados a carga hor ria ao limite m ximo permitido C Condi es subumanas de trabalho A o Civil P blica n 1 93 TRT 24 Regi o AC TP n 612 95 Origem Campo Grande MS Autor Minist rio P blico do Trabalho R us 1 SEMCO Servi os de Empreitada e Constru es Ltda 2 PILAR Agroflorestal Ltda 3 ROMA Energ tica Lida EMENTA A O CIVIL P BLICA COMPET NCIA FUNCIONAL A a o civi p blica em virtude de proteger interesses difusos tem natureza coletiva As a es trabalhistas de natureza coletiva s o de compet ncia dos Tribunais Regionais de modo que a a o civil p blica escapa compet ncia da primeira inst ncia trabalhista Art 678 l a da CLT c c Lei n 7 347 85 Il A Justi a do Trabalho tem amparo legal para a aplica o de pena cominat ria de multa decorrente de irregularidade trabalhista provada em a o civil p blica Art 11 da Lei n 7 347
60. dos representantes e prepostos das reclamadas Ainda restou indeferido o pedido de produ o de prova t cnica solicitada pelas r s por n o contribu rem para o deslinde das quest es de m rito versadas na presente a o Por entender que as quest es de m rito s o exclusivamente de direito pela Presid ncia foi determinado o encerramento da instru o processual sob protestos da defesa As reclamadas manifestaram se s fls 640 a 649 e o autor s fls 650 a 652 sobre documentos juntados Tentativas de concilia o rejeitadas Raz es finais remissivas pelo autor e seu assistente e escritas pelas reclamadas fls 653 a 684 Instru o processual encerrada o relat rio DECIDE SE 130 1 Da alegada incompet ncia do rg o de primeiro grau de jurisdi o para conhecer a julgar esta demanda arg ida pelas reclamadas em preliminar sob o t tulo inexist ncia de norma regulamentadora do exerc cio da A o Civil P blica Equivocam se as reclamadas quanto compet ncia do rg o julgador para conhecer e julgar a a o civil p blica A Lei n 7 347 85 ao instituir e disciplinar a a o civil p blica no cen rio jur dico nacional assim disp s em seu artigo 2 As a es previstas nesta lei ser o propostas no foro do local onde ocorrer o dano cujo ju zo ter compet ncia funcional para processar e julgar a causa Como bem observou o Minist rio P blico do Trabalho em sua manifesta
61. em combina o com o artigo 83 III da Lei Complementar n 75 93 ao contr rio do que alegam as reclamadas A atua o do Minist rio P blico do Trabalho no caso sub judice tem em vista a defesa da ordem jur dica protetora de interesses coletivos dos trabalhadores no campo dos direitos constitucionais sociais cap tulo Il da CF em conson ncia ainda com o artigo 127 da Magna Carta O expediente administrativo que instrui a a o civil p blica em tela ou seja o inqu rito civil p blico que a acompanha constitui pe a de investiga o de cunho administrativo que em nada vincula os rumos da a o a ser proposta pelo Minist rio P blico segundo as normas aplic veis sobre a mat ria Por m n o bastasse isso desde o in cio das investiga es levadas a efeito pelo Minist rio P blico o alvo das irregularidades sempre foi a alegada terceiriza o il cita conforme prova o documento de fls 27 e seguintes Tamb m a instaura o do inqu rito civil p blico teve como causa principal a alegada terceiriza o dos servi os de pesponto por ind strias do setor cal adista de Franca como demonstra a Portaria n 06 de 30 08 94 acostada s fis 342 343 131 As demais irregularidades levantadas na pe a investigat ria referida e discriminadas pelo autor na pe a exordial como infra o s normas de medicina e seguran a do trabalho e o labor de menores s o apontadas como decorr ncias diretas do processo de terc
62. foi julgado procedente mas a multa n o foi aplicada pois j havia sido cumprida a obriga o em raz o da liminar G Terceiriza o ilegal no servi o p blico A o Civil P blica n 522 18 94 18 JCJ Origem Porto Alegre RS Autor Minist rio P blico do TrabalhoR u Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre DMLU Ju za Presidente Euridice J B T rres 31 A A o Civil P blica foi ajuizada com o objetivo de condenar a autarquiar a abster se de praticar qualquer ato que importasse na prorroga o dos contratos vigentes de presta o de m o de obra em servi os de limpeza p blica com a Cooperativa dos Trabalhadores Aut nomos das Vilas de Porto Alegre COOTRAVIPA bem como proibi la de pactuar novos contratos com este prop sito com a mesma cooperativa sob pena de multa di ria revers vel ao FAT Baseia se o pedido na irregularidade da r em contratar trabalhadores atrav s de empresa interposta para a realiza o dos servi os referentes a sua atividade fim e principalmente no fato das in meras pr ticas ilegais da citada cooperativa para com os seus trabalhadores associados tais como falta de condi es ambientais de seguran a e higiene no trabalho apropria o ind bita e descontos ilegais efetuados nos valores devidos aos trabalhadores dispensa de trabalhadoras gr vidas etc O pedido foi julgado inteiramente procedente para condenar a r na obriga o de n o fazer requerida ressal
63. for atrabalho disposi o da empresa prestadora de servi os a quem cabe determinar o local e o destinat rio da presta o O princ pio da continuidade visa conserva o da fonte de trabalho com o objetivo de garantir a seguran a econ mica do trabalhador incorpor lo ao organismo empresarial assegurando lhe o direito progress o funcional o direito a uma carreira Na terceiriza o essas garantias inexistem pois d m do empregado se transformar em trabalhador itinerante ainda quando eventualmente permane a por longo tempo alocado em uma mesma empresa jamais lograr nela evoluir profissionalmente pelo simples motivo de que n o integra os quadros de pessoal dessa organiza o De outro lado o princ pio constitucional da valoriza o e dignifica o do trabalho humano gravemente afetado na medida que a empresa prestadora de servi os tendo como objeto de lucro a for a trabalho alheia vai retirar do pre o desta sua pr pria comiss o ou aluguel ensejando o aviltamento dos sal rios Outro aspecto que deve ser ressaltado o da repercuss o dessa pr tica no campo da organiza o sindical Empresas que adotam a terceiriza o geralmente formam bases econ micas fortes onde as respectivas categorias profissionais j alcan aram via acordos coletivos ou senten as normativas condi es de trabalho mais favor veis Ora quando tais empresas resolvem desativar setores de sua estrutura org nica transferindo a
64. g 73 16 d transi o ou muta o no tempo e no espa o pois de acordo com Ada Pellegrini Grinover 4 pelo fato do v nculo entre as pessoas nos interesses difusos reduzir se a fatores conjunturais ou extremamente gen ricos a dados de fato frequentemente acidentais e mut veis deriva a consegu ncia de que eles tamb m s o mut veis como essas mesmas situa es de fato e podem desaparecer ou diminuir acompanhando a extin o ou o decl nio dessas situa es Do mesmo modo poder o reaparecer conforme surjam mais adiante as mesmas causas f ticas anteriores As caracter sticas de intensa litigiosidade interna e muta o no tempo e no espa o dos direitos difusos podem ser bem observadas no campo do Direito Trabalhista atrav s da quest o da terceiriza o levada a cabo por empresas p blicas e sociedades de economia mista Nos casos de loca o de m o de obra fora das hip teses legais intenso o lit gio por abranger v rios interesses conflitantes o interesse das empresas estatais que v em na terceiriza o uma forma de reduzir os seus custos em fun o da diminui o dos encargos sociais e superar as dificuldades na realiza o de concurso para atividades de apoio n o qualificadas h tamb m o interesse das empresas prestadoras de m o de obra que procuram defender seu neg cio altamente lucrativo j o empregado terceirizado visa obter v nculo direto com a tomadora dos servi
65. greve deve ter como objetivo primordial a busca de reivindica es e de melhores condi es econ micas e trabalhistas da o nosso direito n o admitir a greve com fins pol ticos ou de solidariedade Atualmente sim V NATUREZA JUR DICA DA GREVE Como bem assinala o insigne jurista Amauri Mascaro Nascimento a ratureza jur dica da greve apreciada sob dois ngulos de acordo com a posi o do direito de cada pa s A greve um direito ou uma liberdade nos pa ses em que a lei a autoriza caso em que se manifesta como uma forma de autodefesa dos trabalhadores na solu o dos seus conflitos coletivos nos pa ses que a pro bem a greve tida como delito uma infra o penal um crime contra a economia in Inicia o ao Direito do Trabalho p g 498 Edit LTr S o Paulo 1993 Para o brilhante Professor Washington Luiz da Trindade 61 A greve direito assegurado ao trabalhador na Constitui o art 165 item XX salvo o disposto no art 162 se as condi es ou condicionamentos propostos para o exerc cio do trabalho o tornaram inaceit vel ante o postulado da dignidade humana se as condi es preestabelecidas categoria ou a uma coletividade de obreiros se deterioram ao ponto de quebrar a comutatividade do contrato ou o equil brio das presta es do economicamente d bito se a obriga o de trabalhar se tornou demasiado pesada ao prestador de servi o o direito recusa leg timo Identifica
66. hum mil UFIR em favor do FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador a partir do encerramento do prazo concedido para cumprimento da decis o em rela o a cada trabalhador irregularmente admitido Custas de R 13 30 calculadas sobre o valor atualizado da causa de R 664 75 pelo R u a final Decis o sujeita a reexame necess rio Cumpra se no prazo de 60 sessenta dias ap s o tr nsito em julgado Intimem se as partes e procuradores Ata neste ato juntada Decis o proferida pela Dra Andr a Saint Pastous Nocchi e publicada pela Junta na sua atual composi o Nada mais Andr a Saint Pastous Nocchi Ju za do Trabalho Miguel Vettorello Juiz Classista Rep Empregadores Eur dice Josefina B T rres Ju za do Trabalho Presidente 128 Jo o Deni Campos Juiz Classista Rep Empregado TERCEIRIZA O ILEGAL PODER JUDICI RIO JUSTI A DO TRABALHO DA 15 REGI O 1 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE FRANCA SP TERMO DE AUDI NCIA PROC N 1 159 94 Aos seis dias do m s de mar o de um mil novecentos e noventa e cinco s 17 10h na sala de audi ncias da 1 Junta de Concilia o e Julgamento de Franca SP sob a presid ncia do MM Juiz do Trabalho Dr JOS OT VIO DE SOUZA FERREIRA presentes os senhores REGINALDO GALVANI e MICHEL JORGE SAAD respectivamente Juiz Classista dos Empregados e Juiz Classista dos Empregadores Por ordem do MM Juiz do Trabalho foram apregoadas as partes Autor MINIST RIO P BLI
67. justi a contenciosa ir o constituir realidades sempre mais presentes no cotidiano dos operadores da disciplina E o Direito e Processo do Trabalho oferecem fontes preciosas para esses estudos porquanto muitos dos seus princ pios informadores antes restritos disciplina espec fica s o hoje reclamados e haver o de ser apropriados aos demais setores da ci ncia jur dica na constru o de renovadas f rmulas de atua o e efetividade assentando bases para como quis o insigne processualista italiano tornar a Justi a mais id nea e adequada sociedade e aos homens do nosso tempo No mesmo diapas o por m tratando de instrumento processual diverso substitui o processual manifestou se o Colendo TST decis o fundada em semelhantes referenciais te ricos a merecer acolhida tamb m na presente causa SUBSTITUI O PROCESSUAL EXCEL NCIA DO INSTITUTO LEGITIMIDADE DO SINDICATO J tempo de se buscar uma autonomia seletiva do Direito Processual do Trabalho afastando o sempre que poss vel da tradi o liberal individualista civil que identifica de regra no titular do direito subjetivo o nico legitimado para reivindic lo judicialmente A modernidade que se espalha no campo do Direito requer ante a norma civilista do art 6 do CPC uma cuidadosa exegese quanto aplica o ou n o do princ pio da subsidiariedade no campo do Direito Adjetivo do Trabalho na forma prevista no art 769 da CLT E interpreta
68. m nima inferior trabalho na condi o de aprendiz executado na empresa primeira vista o art 80 da CLT na medida em que permite qualquer trabalho realizado pelo aprendiz com menos de 14 anos na empresa estaria totalmente revogado por uma ratifica o da Conven o 138 por confrontar se com o art 6 da Conven o Todavia uma interpreta o sistem tica obriga que se leiam o artigo 80 e par grafo nico do art 403 da CLT como complementares Assim n o haveria revoga o total porque nada impede que o Brasil s permita trabalhos leves entre 12 e 14 anos Uma interpreta o sistem tica obriga fazer uma refer ncia ao art 64 do Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA que n o somente fixa a idade m nima inferior de 12 anos para aprendizagem como tamb m s permite que os trabalhos nesta faixa et ria se fa am em regime de est gio profissionalizante Tamb m este art 64 do ECA n o pode ser interpretado isoladamente em um confronto com a Conven o 138 Desde que o est gio profissionalizante se restrinja a trabalhos ves em obedi ncia ao disposto no par grafo nico do art 403 da CLT o art 64 do ECA pode sintonizar como que disp e o art 7 da Conven o 138 B Complementa o da Conven o 138 por normas preexistentes A Conven o 138 cont m v rios dispositivos que abrem a possibilidade de norma aut noma ou heter noma do Pa s Membro complement la a Trabalhos insalubres e per
69. maio de 1995 Relojoaria e tica Safira Minist rio P blico do Trabalho DOCUMENTOS EM BRANCO 95 PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO 18 REGI O COORDENADORIA DE DEFESA DO TRABALHADOR TERMO DE COMPROMISSO O SUPER POSTO CAMPINAS LTDA CGC 24997967 0001 58 empresa do ramo de com rcio de derivados de petr leo posto de combust vel que adota o nome fantasia POSTO BISPO com estabelecimento sede Av Anhang era n 7 708 Setor dos Funcion rios neste ato representado por seu Advogado e bastante procurador Dr Jos Geraldo da Cos ta OAB GO n 1 547 firma pelo presente instrumento nos autos do Inqu rito Civil P blico n MPT PRT 18 1394 COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA nos termos do artigo 5 8 6 da Lei n 7 347 85 e art 8 1 da Instru o Normativa MPT 001 93 perante o Minist rio P blico do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da 18 Regi o Coordenadoria de Defesa do Trabalhador representado pelo Procurador do Trabalho Dr Luiz Eduardo Guimar es Bojart Coordenador no sentido de 1 Assumir obriga o de N O FAZER nos termos do artigo 3 da Lei n 7 347 85 consistente na absten o ao exerc cio de qualquer coa o moral contra seus empregados para obter a assinatura em documentos n o preenchidos total ou parcialmente na celebra o execu o ou extin o do contrato de trabalho ou de manter sob guarda ou fazer uso de qualquer documento desta natureza 2 Como provid ncia
70. mero de horas e as condi es em que o trabalho leve pode ser desempenhado No que se refere a trabalhos prejudiciais moral o Brasil dever definir as categorias de emprego que devem ser tidos como tais podendo tamb m permitir rebaixamento de idade para 16 anos des de que haja instru o espec fica e adequada ou forma o profissional cf Conven o 138 art 3 3 IV CONCLUS ES 7 O art 64 do ECA garante ao adolescente entre 12 e 14 anos uma bolsa de aprendizagem Tecnicamente bolsa de aprendizagem a remunera o que se paga a um aluno que pratica na empresa o que aprende na escola profissional O est gio uma fase complementar da aprendizagem escolar O estagi rio pois um aluno aprendiz e n o um empregado aprendiz Os textos mais antigos entre eles o da CLT n o distinguem os trabalhos socialmente prejudiciais dos que o s o moralmente Os que s o imorais pelo seu objeto ofensa moral e aos bons costumes n o podem ser executados por adultos e a fortiori por adolescentes H trabalhos que n o s o imorais mas fatores circunstanciais n o aconselham que os adolescentes os desempenhem por falta de maturidade f sica e psicol gica Assim a Conven o 138 deve referir se aos trabalhos socialmente prejudiciais quando permite que se fixe idade m nima de 16 anos para sua execu o 45 1 O estudo comparativo revela que as normas brasileiras sobre admiss o ao trabalho e ao emprego s
71. modificar substancialmente a rela o de trabalho art 14 par grafo nico in ob citada p g 504 VIII CONCLUS O O ideal seria que as solu es dos conflitos entre capital e trabalho fossem encontradas de forma direta e equilibrada entre as partes Todavia surgem durante a negocia o impasses que frustram a realiza o do acordo ou da conven o coletiva E nesse instante que a greve surge como meio de pressionar a parte resistente intervindo o Estado como pacificador das partes conflitadas Embora com v rios inconvenientes n o s para os interlocutores como tamb m para toda a coletividade entendemos que a greve um mal necess rio porque s atrav s da press o exercida pelos obreiros t m eles conseguido alcan ar e ver reconhecidos certos direitos e vantagens resistidos pela parte antag nica na rela o de trabalho O objetivo da greve justamente pressionar o empregador a atender as reivindica es dos obreiros porque atrav s dela que se exerce o leg timo direito de prejudicar a quem est prejudicando E o que alguns doutrinadores chamam de autotutela dos trabalhadores Mas conforme afirmamos alhures este direito reconhecido em termos porque a pr pria Carta Magna o restringe nos seguintes casos quan do o seu exerc cio envolver atividades essenciais e quando este direito exercido de forma abusiva Talvez por isso mesmo que o Constituinte atual preferiu enfocar no dispositivo constit
72. multiplicado a cada dia As CODINs Coordenadorias da Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos das v rias Procuradorias Regionais e da Procuradoria Geral recebem mensalmente consider vel n mero de den ncias que passam a investigar atrav s de procedimentos sum rios desembocando muitas vezes na instaura o de inqu ritos civis p blicos que por sua vez t m sido resolvidos atrav s da assinatura pelo inquirido de termo de ajuste de conduta restabelecendo espontaneamente a ordem jur dica lesada Quando isso n o poss vel t m sido ajuizadas a es civis p blicas e a es anulat rias acolhidas pela Judicatura atrav s de decis es agasalhadoras das pretens es nelas deduzidas em defesa da ordem jur dica laboral Assim a Revista do Minist rio P blico do Trabalho pretende ser al m de ve culo de divulga o de estudos concernentes atividade pr pria do MPT tamb m reposit rio da experi ncia altamente positiva da atua o do MPT na esfera dos interesses difusos e coletivos recolhendo amostragem significativa das solu es alcan adas no curso de inqu ritos civis p blicos atrav s dos termos de ajuste de conduta como das senten as proferidas em a es civis p blicas Almeja se pois tornar a Revista do MPT instrumento de consulta constante para procuradores magistrados e advogados que se defrontem com as quest es de Direito Material e Processual do Trabalho ligadas s a es mais comumente utilizadas pelo M
73. na den ncia da Conven o n 5 Idade M nima na Ind stria de 1919 5 A ratifica o da Conven o 138 poder implicar den ncia da Conven o 58 revista sobre Idade M nima trabalho mar timo 1936 desde que o Brasil ou fixe a idade m nima de 15 anos para referidos trabalhos ou especifique que o art 3 da Conven o 138 se aplicar aos mesmos trabalhos 6 O nico bice constitucional ratifica o da Conven o pelo Brasil seria o dispositivo que permite o trabalho do adolescente na empresa na condi o de aprendiz abaixo dos 14 anos 46 Este bice como se viu dupla e facilmente contorn vel limitando o alcance da Conven o com a exclus o do trabalho naquela condi o ou explicitando que o referido trabalho s ser admitido como j o quando leve 7 De todo o exposto a principal conclus o de que h compatibilidade entre as normas da legisla o brasileira mclusive de ordem constitucional sobre idade m nima de admiss o ao trabalho e ao emprego e as da Conven o 138 da Organiza o Internacional do Trabalho No estudo da mat ria n o se pode contentar com a compatibilidade puramente formal Poderosas raz es de conveni ncia e oportunidade devem levar o Brasil a comprometer se internacionalmente adotando uma pol tica nacional cujo objetivo bastante claro efetiva aboli o do trabalho infantil e eleva o progressiva da idade m nima b sica de admiss o ao trabalho e ao emp
74. nas sextas feiras tarde Em rela o a estes o Ju zo n o se manifesta nem mesmo no que respeita dura o da jornada em observ ncia ao disposto no artigo 460 do CPC Para os demais admitidos at 06 04 92 e ainda empregados na empresa reclamada declara se a nulidade das declara es de concord ncia com o novo hor rio pelas raz es retro expendidas e de conformidade com o disposto no artigo 9 da CLT e em face da unilateraldade e manifesta prejudicialidade das altera es contratuais procedidas pela r declarase tamb m a nulidade da altera o nos termos do artigo 468 da CLT Destarte em face dos argumentos acima expendidos acolhe se a pretens o deduzida e condena se a reclamada a retornar ao hor rio cumprido antes de 06 04 92 em rela o aos empregados admitidos at aquela data no prazo de 48 horas ap s transitar em julgado a presente decis o Comina se para a hip tese de descumprimento e nos termos do artigo 644 do CPC subsidiariamente aplicado ao processo trabalhista pelo permissivo do artigo 769 da CLT multa di ria em valor equivalente a 1 000 UFIR revers veis ao Fundo de Amparo ao Trabalhador conforme requerido ANTE O EXPOSTO e o que dos autos consta sem diverg ncia decide a 2 JCJ de Novo Hamburgo julgar PARCIALMENTE PROCEDENTE a A o Civil P blica intentada para condenar a demandada a retornar em 48 horas ao hor rio de trabalho praticado antes de 06 04 92 em rela o a todos os emp
75. no Brasil com a pr tica desumana e ilegal do tr fico de trabalhadores e dos trabalhos for ados em moldes assemelhados escravid o Mais constrangedor ainda crer que tamb m menores de at seis anos de idade estejam sendo v timas de tamanha barbaridade Den ncias constantes nos jornais e em outros meios de comunica o de massa mostram a dura realidade que enfrentamos em nosso Pa s A regi o sisaleira e de canaviais na Bahia a zona carvoeira de Minas Gerais grandes reas agr colas em S o Paulo as reas de extra o de madeira e da cassiterita em Rond nia e as pastagens no Mato Grosso do Sul s o apenas alguns exemplos de regi es onde impera a explora o gananciosa da m o de obra na busca desenfreada pelo aumento f cil dos lucros Com efeito os trabalhadores s o aliciados a realizar a presta o laboral em locais distantes de suas cidades de origem em troca de sal rios supostamente atraentes e promessas de obten o de melhores condi es de vida Entretanto o que ocorre na pr tica a absoluta ant tese do que prometido onde as garantias m nimas a que fazem jus os obreiros s o totalmente desrespeitadas numa aut ntica viola o ordem jur dica vigente Al m disso se fazem acompanhar de suas fam lias inclusive os filhos menores que s o obrigados a laborar juntamente com os pais em troca muitas vezes de um simples prato de comida o que tentaremos estudar a seguir Denomina o e conceitua o
76. no disposto no artigo 15 caput combinado com o artigo 23 par grafo primeiro e V da Lei 8 036 90 a no prazo de quinze dias ap s o tr nsito em julgado da decis o comprovar estar em dia com os dep sitos do FGTS de seus empregados a partir de dezembro de 1990 mesmo aqueles que tiverem seus contratos de trabalho rescindidos sob pena de n o o fazendo pagar multa revers vel ao Fundo de Amparo do Trabalhador FAT fixada em valor equivalente a 1000 mil UFIR Unidade Fiscal de Refer ncia ou s eu substitutivo por dia de atraso Satisfar a demandada ainda custas processuais sujeitas complementa o de R 100 00 calculadas sobre o valor arbitrado condena o de R 5 000 00 Da presente decis o cientifiquemse ainda o Minist rio do Trabalho e a Caixa Econ mica Federal Ci ncia s partes Cumpra se ap s o tr nsito em julgado Nada mais Cl udio Roberto Ost Juiz do Trabalho Substituto JORNADA DE TRABALHO 2 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE NOVO HAMBURGO RS Processo n 1 293 93 Aos cezenove dias do m s de maio do ano de mil novecentos e noventa e cinco s 16h00min estando aberta a audi ncia da 2 JCJ de No vo Hamburgo na presen a do Exmo Sr Juiz do Trabalho Presidente CL VIS F SCHUCH SANTOS e dos Srs Ju zes Classistas CL UDIO CARLOS ECKHARD dos empregadores e ANT NIO JAIR F COELHO dos empregados foram por ordem do Sr Juiz do Trabalho apregoados os litigantes MINIST
77. os recebendo integralmente o fruto de seu trabalho mas sem ter prestado concurso p blico e por fim o interesse da massa trabalhadora em obter emprego pois a loca o de m o de obra exclui a oportunidade daqueles que poderiam ser contratados mediante aprova o em concurso Quanto muta o dos direitos difusos o mesmo exemplo da terceiriza o serve para ilustrar sua incid ncia no Direito do Trabalho Devido revis o da S mula n 256 do TST que editou a S mula n 331 em substitui o quela ampliou se o conceito de administra o p blica pass vel de adotar contrata o indireta de servi os de apoio Assim tal possibilidade que na vig ncia da Constitui o de 1967 estava limitada administra o direta e aut rquica Lei 5 645 70 arts 1 e 3 par grafo nico por exig ncia do art 37 ll da Constitui o de 1988 se estendeu s empresas p blicas e sociedades de economia mista por aplica o anal gica da legisla o que admitia a contrata o indireta de servi os de limpeza e assemelhados Consegl ncia desta muta o foi o Termo de Compromisso firmado pelo Banco do Brasil perante o Minist rio P blico do Trabalho no Inqu rito Civil MPT 08130 000334 93 que teve de ser alterado exclu ndo se a exig ncia de abertura de concurso p blico para certas atividades de apoio a fim de adequar o Compromisso ao novo verbete sumulado pelo TST Por esta raz o verifica se que ef mera a dura
78. pacificamente que o sindicato poderia firmar acordo em condi es menos ben ficas do que as legais quanto s mat rias em que a Constitui o e a lei admitem flexibiliza o de direitos trabalhistas mediante negocia o coletiva mas nesses casos dependeria de autoriza o expressa da categoria Para tanto o presidente do inqu rito deveria conceder prazo para o sindicato denunciante convocar assembl ia geral da categoria e obter seu aval para o acordo Nessas hip teses o MPT seria mediador de acordo coletivo que poria fim ao inqu rito na esteira do art 55 da Lei 7 244 85 9 Tema Exame do projeto de altera o da Instru o Normativa n 1 93 do MPT sobre Inqu rito Civil P blico Al m das diretrizes decorrentes das posturas estabelecidas em rela o ao tem rio debatido na reuni o Hip teses de rejei o de den ncia procedimento pr vio documenta o a ser enviada CODIN PGT funcionamento dos procuradores nos inqu ritos termo de compromisso com transa o foi aprovado o projeto enviado pela CODIN PGT s Regionais para estudo tendo sido formuladas as seguintes sugest es pelos participantes a incluir os interesses individuais homog neos como pass veis de defesa pelo MPT 76 b n o condicionar o ajuizamento da a o civil p blica n o composi o administrativa do conflito c sujeitar a arquivamento a den ncia se o denunciante n o fornecer os dados suplementares requeridos pelo presidente do i
79. para constar editou se a presente ata que vai assinada na forma da lei T nia Tereza Medeiros Carvalho Ju za Presidente Edilberto Andrade Mello Filho Juiz Clas dos Empregados David Fl vio de Oliveira Juiz Clas dos Empregados 140
80. pelo artigo 468 da CLT e requer que a empresa seja compelida a retornar ao hor rio de trabalho anteriormente praticado sob pena de multa di ria Em sua defesa a reclamada confirma o hor rio inicial noticiado pelo autor que vigorou at 06 04 92 A partir de ent o alterou efetivamente o hor rio de trabalho de seus empregados para de segunda a sexta feira das 6h45min s 11h30min e das 13 s 17h05min sem trabalho aos s bados Alega que consultou os empregados por ocasi o da altera o que tamb m n o infringiu qualquer norma jur dica Por fim sustenta que dos atuais empregados 905 foram admitidos j na vig ncia do novo hor rio de trabalho A per cia cont bil cujo laudo est acostado s folhas 443 445 com as complementa es das folhas 458 459 e 466 confirma que todos os empregados da reclamada cumpriam o hor rio vigente antes de 06 04 92 Esclarece que em junho 94 onze dos empregados da poca da altera o permanecem trabalhando na empresa e confirma o novo hor rio alegado pela contestante sem labor aos s bados eis que compensado aquele dia nos demais da semana A toda evid ncia a quest o principal a ser examinada a que diz respeito licitude da altera o procedida pela reclamada sendo pois irrelevante a exist ncia ou n o nos contratos de trabalho firmados antes da altera o de hor rio a ser cumprido incontroverso conforme os elementos de prova trazidos ao processo o hor rio praticado an
81. pelos demais membros da CODIN PGT que estiveram presentes reuni o Participaram da reuni o os seguintes Procuradores Chefes e Coordenadores de CODINs 1 Regi o Dr Carlos Eduardo Barroso PC e Dr Jorge Fernando Gon alves da Fonte CD 2 Regi o Dr Erick Wellington Lagana Lamarca PC e Dra Maria Jos Sawaya de Castro Pereira do Vale CD 3 Regi o Dr Antonio Carlos Penzin Filho PC e Dra Maria de Lourdes Queiroz CD 4 Regi o Dr Eduardo Antunes Parmeggiani PC e Dra Sandra Maria Bazan de Freitas CD 5 Regi o Dr Esequias Pereira de Oliveira PC e Dra Maria Adna Aguiar do Nascimento CD 6 Regi o Dr Valdir Jos Silva de Carvalho PC e Dr Francisco Gerson Marques de Lima CD 7 Regi o Dra In Carvalho de Vasconcellos PC e Dra Fernanda Maria Uchoa de Albuquerque CD 8 Regi o Dra C lia Ros rio Lage Medina Cavalcante PC e Dr Jos Cl udio Monteiro de Brito Filho CD 9 Regi o Dr Cliceu Luis Bassetti PC e Dr Andr Lacerda CD 10 Regi o Dra Ivana Auxiliadora Mendon a dos Santos PC e Eliane Araque dos Santos CD 11 Regi o Dra Solange Maria San tiago de Moraes PC 122 Regi o Dr Leonardo Baierle PC e Dra Viviane Colucci CD 13 Regi o Dr Ant nio Xavier da Costa PC e Dr Jos de Lima Ramos Pereira CD 142 Regi o Dr Ricardo Wagner Garcia PC 15 Regi o Dra Nilza Aparecida Migliorato PC e Dra Adriana Bizarro CD 16 Regi o
82. qual as leis que estabelecem exce es s suas disposi es submetem se interpreta o estrita Tornou se comum em certos meios para infirmar a aplica o da norma constitucional sob comento ou do Estatuto da Crian a e do Adolescente que a repete que inexiste regulamenta o da aprendizagem A afirma o revela uma profunda desinforma o sobre a mat ria que est amplamente disciplinada por normas heter nomas leis regulamentos portarias que possibilitam a imediata aplica o da norma constitucional Desinforma o tanto mais inescus vel quando se sabe que h edi es das leis trabalhistas que as reproduzem Em termos t cnicos as referidas normas legais e regulamentares sempre pass veis de aperfei oamento s o recebidas na sua quase totalidade por n o conflitarem com os dispositivos constitucionais sobre aprendizagem Algu m trabalhar na condi o de aprendiz significa obviamente faz lo dentro de um processo de aprendizagem entendida esta stricto sensu ou seja como forma de aquisi o de capacidades que fazem de seu detentor um profissional sendo uma das primeiras fases da forma o t cnico profissional estudos de car ter t cnico e aquisi o de conhecimento e aptid es pr ticas relativas ao exerc cio de certas profiss es devendo ser alternada conjugamse ensino te rico e pr tico met dica opera es ordenadas em conformidade com um programa em que se passa do menos para o mais complex
83. que n o querem ou n o podem se obrigar por longo per odo como estudantes jovens em idade de servi o militar donas de casa aposentados ou aqueles que n o queiram se ocupar em regime regular e rotineiro cf Justificativa do Projeto da Lei n 6 019 74 A Lei define como trabalho tempor rio aquele prestado como pessoa f sica a uma empresa para atender necessidade transit ria de substitui o de seu pessoal regular e permanente ou a acr scimo extraordin rio de servi o e a empresa de trabalho tempor rio a pessoa f sica ou jur dica urbana cuja atividade consiste em colocar disposi o de outras empresas temporariamente trabalhadores devidamente qualificados por elas remunerados e assistidos arts 2 e 49 Um tra o bastante n tido caracterza o contrato de trabalho tempor rio distinguindo o do contrato de presta o de servi os e da empreitada embora todos os tr s componham a categoria dos contratos de trabalho at picos A distin o importante para o tema em estudo porque somente os dois timos s o instrumentos da terceiriza o No contrato de trabalho tempor rio a empresa fornecedora da m o de obra contrata e remunera o empregado mas transfere empresa contratante ou clente o poder de comando O empregado tempor rio na realidade passa a integrar ainda que transitoriamente a estrutura org nica da tomadora substituindo empregado ou refor ando o quadro de pessoal na hip tese de acr scimo extraor
84. que se esclare a que na terminologia da OIT quando se fala em elimina o do trabalho infantil tem se em vista aquele que se realiza abaixo da idade m nima b sica no caso brasileiro por exemplo abaixo dos 14 anos 38 A Conven o 138 fixa a idade m nima de 18 anos para qualquer tipo de emprego ou trabalho que por sua natureza ou por suas condi es de execu o seja suscet vel de comprometer a seguran a ou a moralidade do adolescente art 3 1 Cabe por m legisla o nacional especificar quais os trabalhos que podem causar o mencionado comprometimento H neste particular uma flexibilidade ao permitir que a legisla o nacional ressalvadas a sa de a seguran a e a moralidade autorize que a partir dos dezesseis anos tais trabalhos sejam executados quando os ado lescentes tenham recebido no ramo da atividade correspondente instru o espec fica e adequada ou forma o profissional art 3 3 D Exclus es As Conven es da OIT cont m tr s modalidades de exclus es quando se trata do campo da aplica o das suas normas sobre idade m nima Uma primeira se d quando o pr prio diploma afasta a aplica o a determinadas rela es jur dicas ou ramos da atividade econ mica Assim por exemplo a Conven o 7 trabalho mar timo explicita que n o se aplica a empregados membros da mesma fam lia a Conven o 10 agricultura exclui os trabalhos realizados em escolas t cnicas a Conven
85. que ser considerada de forma exemplificativa e n o taxativa comportando assim o reconhecimento da legalidade do v nculo formado entre o empregado e o prestador dos servi os em hip teses outras que n o as expressamente elencadas no verbete sumulado V A PRESTA O DE SERVI OS NA ADMINISTRA O INDIRETA E A EXIG NCIA DE CONCURSO P BLICO A REVIS O DA S MULA DO TST ENUNCIADOS 256 e 331 Com o advento da Constitui o Federal de 1988 que passou a exigir concurso p blico para a contrata o de pessoal na Administra o Indi reta come aram a surgir movimentos contr rios contrata o de empresas de presta o de servi os pelas sociedades de economia mista e empresas p blicas sob o argumento de que tal pr tica constitui burla ao referido mandamento constitucional Assim que mediante provoca o do Sindicato dos Banc rios o Minist rio P blico do Trabalho promoveu a instaura o de inqu ritos civis p blicos contra o Banco do Brasil e a Caixa Econ mica Federal acusados de praticarem terceiriza o ilegal ao deixarem de realizar concursos para contratar diretamente empregados para atividades de car ter permamente No caso da CEF o inqu rito redundou no ajuizamento de a o civil p blica que foi julgada parcialmente procedente em primeira inst ncia com o reconhecimento da irregularidade arguida Quanto ao do Banco do Brasil foi firmado termo de compromisso perante a Procuradoria Geral do Trabalho no qual o
86. raiz e viabilizar a celebra o de termos de compromisso nos inqu ritos civis p blicos ou impor san es mais duras aos infratores da ordem jur dica laboral atrav s da a o civil p blica Finalmente a Pol cia Federal ficaria respons vel pelo apoio log stico no que pertine seguran a para as opera es de fiscaliza o em regi es de conflito o que uma marca caracter stica nos meios rurais onde encontramos situa es de trabalhos for ados Mais recentemente o Exm Sr Presidente da Rep blica atrav s do Decreto n 1 538 publicado no Di rio Oficial da Uni o de 28 6 95 criou o GERTRAF Grupo Executivo de Repress o ao Trabalho 57 For ado Trata se de um rg o supraministerial que dever implementar um programa nacional integrado com vistas a coibir a exist ncia do trabalho for ado Dentre as suas iniciativas destaca se a de articular se com a Organiza o Internacional do Trabalho OIT e com os Minist rios P blicos da Uni o e dos Estados com vistas ao exato cumprimento da legisla o pertinente art 2 inciso III do aludido decreto presidencial A primeira tarefa desse novo rg o segundo palavras do pr prio Presidente da Rep blica proferidas em programa de r dio veiculado em 27 6 95 ser a de definir puni es realmente rigorosas para essas pessoas que andam transformando brasileiros em escravos E a puni o da lei n o basta E s no bolso que eles sentem O governo n o va
87. ria isto que distingue o interesse como pertencente a um grupo ou categoria No mbito trabalhista a rela o jur dica base com a parte contr ria consistente no v nculo empregat cio os titulares s o todos empregados da mesma empresa ou categoria econ mica que est lesando a ordem jur dica J os interesses difusos baseiam se numa situa o de fato comum visando les es de natureza extensiva disseminada ou difusa O homem considerado enquanto ser humano pois inexiste a possibilidade concreta de defini o do sujeito a que se vinculam Tais interesses caracterizam se pela inorganiza o pois n o poss vel distinguir nem seus contornos nem sua titularidade Os interesses difusos possuem as seguintes caracter sticas b sicas a indetermina o de sujeitos derivada do fato de que n o h um v nculo jur dico a aglutinar os sujeitos afetados rela o jur dica base de que fala o C digo de Defesa do Consumidor Assim os sujeitos se agregam ocasionalmente em raz o de situa es de fato Por exemplo habitarem em certa regi o consumirem determinado produto serem afetados pelo mesmo evento da natureza ou por obra humana No caso dos interesses difusos a rela o entre a pessoa e um bem que caracteriza um interesse se estabelece entre uma certa coletividade como sujeito e um dado bem da vida difuso em estado fluido como objeto b indivisibilidade do objeto porque n o pogem s
88. ria perder o sentido eis que a finalidade perseguida pelos trabalhadores depende disso para ser alcan ada Abordaremos tamb m os efeitos jur dicos da greve e a circunst ncia de que no seu decorrer subsistem direitos e deveres rec procos os quais devem ser observados pelos protagonistas No cen rio jur dico da greve o sindicato profissional que representa a classe oper ria durante a luta Mas entendemos que essa luta deve ser mantida com equil brio e lucidez a fim de se conquistarem com respeito e dignidade as reivindica es resistidas pela parte patronal Teceremos na devida oportunidade algumas considera es sobre a responsabilidade dos sindicatos e dos seus associados no que tange aos abusos cometidos pelos grevistas durante o movimento paredista dando inclusive um enfoque jur dico bem como suas consegu ncias no mbito civil trabalhista e penal Por fim manifestaremos nossa opini o sobre a greve no direito brasileiro com algumas posi es doutrin rias e jurisprudenciais sobre a mat ria Estamos certos de que procuramos em breves pinceladas e sem nenhuma outra pretens o cumprir com o nosso dever e desde logo agradecemos a valiosa colabora o dos ensinamentos ministrados em sala pelo mestre Washington da Trindade Il BREVE HIST RICO DA GREVE NO DIREITO BRASILEIRO Temos em n s que a origem da greve remonta pr pria origem do homem O ser humano por ndole natural um ser insatisfeito e ir
89. ritos n partes procurador respons vel mat ria andamentos que tiveram no trimestre e 3 referente a dados sobre resultados resumo do teor das senten as ac rd os e liminares obtidas quer sejam negativos ou positivos mat ria dos inqu ritos instaurados teor dos termos de compromisso firmados b Os documentos que dever o ser enviados a partir de agora seriam apenas os seguintes portaria de instaura o de inqu rito relat rio final do inqu rito termo de compromisso peti o de a o civil p blica ou medida cautelar ou a o anulat ria despacho deferit rio ou indeferit rio de liminar recurso senten a ou ac rd o 4 Tema Funcionamento das CODINs e Participa o nos Inqu ritos A quest o que se colocou foi a de se saber se os inqu ritos seriam presididos apenas por membros das Coordenadorias ou por qualquer procurador mediante designa o sorteio ou sponte sua al m de se saber sobre como se fariam as designa es para composi o das CODINs revezamento peri dico ou n o Os problemas at agora enfrentados e expostos pelos participantes da reuni o podem ser resumidos aos seguintes 1 a instaura o de inqu rito por qualquer procurador sem consulta chefia imediata gera descontrole da atividade investigat ria e persecut ria judicial do MPT na medida em que v rios procuradores podem estar instaurando inqu rito sobre o mesmo fato e adotando solu es distintas 2 o sistema de so
90. se o direito de greve ao de um direito natural do homem no campo do direito do trabalho como o o da resist ncia opress o no terreno pol tico Para justific lo bastaria a famosa ap strofe de F Cop e como um meio pac fico de press o para alcan ar mudan a de condi es j ultrapassadas Mon histoire Messieurs les Juges sera br ve Voil les forgerons s taient mis en gr ve C tait leur droit L hiver tait tr s dur enfin Cette fois le faubourg tait las d avoir faim La gr ve des forgerons N o h realmente negar a natureza de norma seletiva cujas ra zes est o no metassistema para suprir a lacuna entre a norma positiva ou contratual coletiva deteriorada pelos fatos e a dignidade humana amea ada por essa deteriora o como superdireito Jean Pierre Bou re conhecido monografista do fen meno depois de admitir que a greve cont m em si mesma contradi es da sociedade que a institucionaliza como direito e ao mesmo passo permite que esse direito seja utilizado contra ela que sustenta ser a greve larme par excellence de la d sob issance aux lois reconhece com E Mounier que muito mais do que os juristas e a boa vontade dos poderosos o imobilismo dos sistemas positivos se rompe por meio de mudan as penosas como a greve Seria justo estabelecer condi es para regular o seu uso e evitar consequentemente o seu abuso eis que em todo ordenamento jur dico existe uma dose subjetiva d
91. servi o do ideal de Justi a 12 EVENTOS Recolhemos no presente n mero as atas dos Encontros Nacionais de Coordenadores de CODINS realizados em setembro 94 e mar o 95 uma vez que os temas neles tratados e as delibera es tomadas fazem parte j do acervo institucional de experi ncias na esfera da defesa dos interesses difusos e coletivos pelo MPT tomando se dessarte fonte constante de consulta Assim pareceu nos conveniente sua ampla divulga o Tamb m o F rum contra a Explora o do Trabalho da Crian a e do Adolescente organizado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 1 Regi o e realizado em agosto 95 representa marco fundamental para a atua o do MPT na defesa da ordem jur dica laboral na medida em que tratou da quest o do trabalho do menor sob uma tica multidisciplinar obtendo a conjuga o de esfor os de v rios segmentos da sociedade governamentais e n o governamentais de forma a fazer com que o cumprimento da legisla o laboral exigida pelo Minist rio P blico n o desemboque em problema social de maior envergadura Publicamos para dar id ia da variedade dos segmentos representados no F rum a rela o dos temas e palestrantes bem como a Carta final do F rum recolhendo as conclus es havidas nos v rios pain is que compuseram o evento Conv m lembrar que durante a realiza o do F rum ficou exposto em pain is que chocaram e fizeram refletir os participantes o acervo de fotos tomadas
92. sociedade esta atrav s da Procuradoria do Trabalho t m na legisla o e na pr pria S mula do TST instrumentos bastantes para coibi las Se verdade que a teoria econ mica da flexibiliza o deve ser vista com reserva evitando se o uso de instrumentos como a terceiriza o para a redu o de custos explora o do trabalho alheio e agravamento do processo desumano de concentra o de riqueza verdade tamb m que a rejei o pura e simples de mecanismos como a terceiriza o poder levar ao engessamento das organiza es ao incha o cada vez maior dos quadros de pessoal das empresas estatais e dos rg os p blicos inibindo a expans o do mercado de trabalho e alastrando ainda mais a epidemia do desemprego Urge portanto redefinir se o papel do Direito do Trabalho na chamada nova ordem econ mica mundial tendo em vista as peculiaridades de cada pa s e os valores agasalhados historicamente na cultura dos respectivos povos adapt lo aos novos tempos suprimindo lhes rigores e excessos sem contudo perder de rumo o seu verdadeiro sentido que como o de todos os processos de organiza o social o bem estar do homem de todos os homens indistintamente preciso em suma garantir se de um lado o equil brio permanente entre os interesses dos agentes econ micos em confronto capital x trabalho e de outro o interesse p blico ou dos n o envolvidos de modo a que a busca do lucro ideal seja sempre posta a
93. sua fase preliminar denominada pr aprendizagem e qualificada como pr profissional e conceituada como forma o que visa essencialmente preparar os jovens para a escolha de um of cio ou de um ramo de forma o familiarizando os com materiais utens lios e as normas de trabalho pr prias a um conjunto de atividades profissionais Glossaire de la Formation Profissionelle BIT Gen ve 1987 ad verbum Formation Profissionelle p g 38 Em s ntese pois o trabalho do adolescente na condi o de aprendiz pode realizar se dentro de tr s rela es jur dicas de naturezas distintas a como aluno nas escolas profissionais b como aluno estagi rio nas empresas c como empregado em empresas 3 Idade m nima superior A Constitui o ao proibir o trabalho insalubre e perigoso abaixo dos 18 anos fixa a idade m nima superior sem apontar nenhuma exclus o A aplicabilidade imediata da norma constitucional revogou o 1 do art 405 da CLT que dentro de determinadas condi es permitia aos aprendizes maiores de dezesseis anos estagi rios de curso de aprendizagem escolar trabalharem em locais ou servi os perigosos ou insalubres Ill COMPATIBILIDADE DAS NORMAS BRASILEIRAS CONSTITUCIONAIS COM AS DA CONVEN O 138 Trata se de saber se as normas da Conven o 138 confltam com alguma norma constitucional brasileira concernente admiss o ao trabalho e ao emprego que impossibilitaria sua ratifica o sem pr v
94. subordina o jur dica entre a tomadora ou locat ria e os executores diretos dos servi os dando se assim primazia ao princ pio da realidade tendo em vista os conceitos estatu dos nos arts 2 e 3 da CLT Desses contratos at picos empreitada e presta o de servi os o de empreitada est previsto no art 455 da CLT e quanto ao de presta o de servi os somente os relativos vigil ncia receberam disciplina legal atrav s da Lei n 7 102 de 1983 IV A ORIENTA O DA DOUTRINA E DA JURISPRUD NCIA TRABALHISTA O ENUNCIADO 256 DO TST A jurisprud ncia trabalhista j vinha h muito se firmando no sentido de repudiar esses contratos de trabalho at picos triangulares firme nos princ pios que visam integra o do trabalhador na empresa e continuidade da rela o de emprego Em 1984 ao julgar o Recurso de Revista n 3 442 o TST acolhendo incidente de uniformiza o de jurisprud ncia suscitado pelo ent o Ministro Marco Aur lio Mendes de Farias Mello editou o Enunciado n 256 para compor a sua S mula com a seguinte reda o Salvo os casos de trabalho tempor rio e de servi os de vigil ncia previstos nas Leis ns 6 019 de 03 01 74 e 7 102 de 20 06 83 ilegal a contrata o de trabalhadores por empresa interposta formando se o v nculo empregat cio diretamente com o tomador de servi os Pelo teor do ac rd o proferido nesse Recurso de Revista verifica se que o objetivo do Enunciado 2
95. teria condi es de realizar a per cia mas cobra pela mesma Questiona se haveria verba do MPT para custear tais per cias ou se seria o caso de exigir nos termos da Lei Org nica a realiza o compuls ria da per cia Prop e que se tome a iniciativa de obter a participa o do MPT nos Conselhos criados para a defesa de interesses que se relacionem com a esfera trabalhista como ocorreu no caso da CODIN MG que passou a participar do Conselho existente no N cleo de Doen as Ocupacionais 4 R Tem conseguido atrav s da FUNDACENTRO que elabore laudos periciais necess rios instru o de determinados inqu ritos Referiu o conflito existente entre laudos dos t cnicos da DRT e da FUNDACENTRO PC Entende ser inconveniente delegar aos promotores de justi a a defesa do meio ambiente de trabalho mesmo quando seja dif cil a atua o do MPT em face das dist ncias pois a tend ncia seria assumirem integralmente tal atribui o No caso do MP ga cho t m considerado que tal 86 atribui o lhes compete integralmente raz o pela qual t m sido suscitados conflitos de compet ncia entre os rg os jurisdicionais da JT e da JC em face de ACPs id nticas ajuizadas pelo MPT e MP Estadual cada um perante Justi a distinta 5 R No caso do MP baiano haveria politiza o do rg o buscando aumentar sua abrang ncia de atua o raz o pela qual n o seria conveniente qualquer delega o 72 R Considera apropriada a investig
96. tomador desde que inexistente a pessoalidade e a subordina o direta exclu da totalmente a possibilidade de terceiriza o de atividades fim Tamb m a Instru o Normativa n 7 de 21 02 90 ao dispor sobre a fiscaliza o do trabalho nas empresas de presta o de servi os a terceiros admite a terceirza o apenas em rela o queles servi os ligados atividade meio do tomador direto dos mesmos como se depreende pelo disposto em seu item ll 2 letra a 133 Mas e sob o prisma do direito positivo a terceiriza o de atividade fim pode ser considerada ilegal Entendemos que sim Ao disciplinar os direitos sociais o legislador constituinte elencou no artigo 6 da Carta Magna entre outros o direito ao trabalho e previd ncia social na forma da pr pria Constitui o J no artigo 7 do referido diploma constitucional o legislador assegurou como direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social a percep o de sal rio m nimo mesmo quando a remunera o for vari vel a proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho aos menores de quatorze anos salvo na condi o de aprendiz Em seu artigo 5 a Constitui o Federal consagrou o princ pio da igualdade de todos perante a lei que segundo seu inciso XLI punir qualquer discrimina o atentat ria dos direitos e liberdades funda
97. trabalho em condi o subumana Constatada a ilicitude o Procurador presidente do inqu rito civil p blico poder recomendar o ajuizamento da a o civil p blica para apura o de todos os fatos na esfera judicial Entretanto est autorizado a adotar uma composi o administrativa entre as partes ex adversae Afinal de contas este o objetivo primordial da Justi a dos Necessitados a composi o do conflito pela via consensual Firmado o acordo as partes celebrar o um termo de compromisso a fim de cessar a ilegalidade e ou reparar o dano causado Dever ser estabelecida uma multa caso o aludido termo n o seja cumprido Inclusive o multicitado instrumento de compromisso tem a for a de t tulo executivo extrajudicial Caso n o seja poss vel o acordo ser ajuizada a supramencionada a o civil p blica com objetivo de se comprovar a viola o ordem jur dica a partir da presta o de trabalho em condi es subumanas Com vistas a ampliar a prote o do trabalhador e principalmente aprimorar o combate s pr ticas de trabalho for ado viol ncias contra o obreiro e crimes contra a organiza o de trabalho foi celebrado um acordo de m tua colabora o e interc mbio de informa es entre o Minist rio P blico Federal o Mi nist rio P blico do Trabalho o Minist rio do Trabalho e a Secretaria de Pol cia Federal Essa iniciativa de extrema import ncia pois permite que essas quatro institui es sobredi
98. veda es supramencionadas s o tamb m extens veis ao trabalho do adolescente mesmo que realizado em regime familiar conforme o caput do art 67 do Estatuto revogando portanto o par grafo nico do art 462 da CLT que flexibilizava as veda es quando o menor trabalhasse exclusivamente com pessoas da fam lia sob dire o do seu representante legal No que diz respeito dura o do trabalho do adolescente em princ pio est ele sujeito s normas gerais aplicadas aos maiores de dezoito anos com as restri es estabelecidas no art 413 da CLT assim facultada a prorroga o do trabalho em at duas horas di rias mediante conven o ou acordo coletivo nos regimes de compensa o sendo que s pode ter lugar quando houver pr vio exame m dico Tamb m poss vel a prorroga o da jornada nos casos de for a maior em que o trabalho do adolescente seja imprescind vel ao funcionamento do estabelecimento As f rias do empregado adolescente n o poder o ser fracionadas devendo goz las de uma vez Tem ainda o jovem direito a fazer coincidir suas f rias com as f rias escolares Ainda em se tratando de empregado menor de dezoito anos este assistido pelo seu representante legal Faz se necess rio a sua autoriza o para o menor trabalhar Todavia tal autoriza o poder ser t cita depreendendo se do fato do adolescente possuir carteira de trabalho e inexistindo qualquer atitude contr ria por parte de seu represent
99. verificando se a press o social recebida pelos ju zes que acabam fundamentando as decis es em argumentos de cunho social mais do que jur dico 172 R Idem 3 Regi o quanto a n o dar entrevistas Entende que as investiga es nos locais fazendas s t m dado resultado quando acompanhadas por procurador pois do contr rio ou n o se realizam ou a fiscaliza o diz que n o viu nada 18 R O relacionamento com a imprensa deve ser de prefer ncia pessoal do procurador com o jornalista de forma a que possa corrigir imprecis es antes de que saiam publicadas Ao mesmo tempo em determinadas investiga es especialmente no que toca ao trabalho escravo a cobertura da imprensa acaba constituindo salvaguarda do procurador de forma a desestimular qualquer intimida o No caso do inqu rito relativo regi o de Pirin polis o que se verificou n o foi a caracteriza o de trabalho escravo mas um caos jur dico instalado na regi o com total descumprimento das normas legais atinentes ao trabalho assalariado 21 R Nessa Regional o que se constatou n o foi a exist ncia de trabalho escravo mas de trabalho discriminado com aumento da penosidade para determinadas categorias ou grupos de trabalhadores Conclus es em termos de Orienta o Houve certo consenso quanto necessidade de a dar prioridade aos termos de compromisso nas quest es de trabalho escravo exigindo o cumprimento da legisla o trabalhista no ambie
100. 0 00 valor arbitrado pelo Ju zo Ap s a manifesta o do requerente rejeitou o Ju zo as preliminares arg idas na defesa conforme se registra na ata de fls 221 222 s fls 277 278 acolhendo o pleito formulado incidentemente pelo Minist rio P blico decretou a indisponibilidade de todos os bens dos requeridos Pela decis o impetraram os requeridos Mandado de Seguran a de n TRT MS 172 94 cuja c pia foi juntada aos autos s fls 333 382 ensejando as informa es do Ju zo de fis 384 386 Processo instru do com documentos al m da prova testemunhal Encerrada a instru o as partes em raz es finais orais reportaram se aos elementos dos autos Rejeitadas ambas as propostas conciliat rias o Relat rio TUDO MUITO BEM EXAMINADO DECIDE SE Preliminarmente As quest es relativas legitimidade das partes e contin ncia j foram devidamente apreciadas pelo Ju zo em decis o interlocut ria proferida em audi ncia registrada na ata de fls 221 O cabimento da A o Civil P blica compet ncia desta Justi a Especializada para conhecer e julgar a presente a o decorrem da pr pria legisla o vigente como bem demonstrou o Minist rio P blico em suas alega es iniciais inteiramente acolhidas por este Ju zo IH Da Revelia Inobstante haverem sido regularmente citados para responderem a o os requeridos ORLANDINO KLOTZ e JOAO LUIZ DA ROCHA KLOTZ estiveram ausentes na audi ncia registrad
101. 1 4 N O 8 6 2 oportuna a elabora o de uma lei definindo a mat ria indicada no item anterior SIM 82 7 N O 17 3 3 legitimidade para o ajuizamento de a o civil p blica na defesa dos interesses difusos exclusiva do Minist rio P blico do Trabalho SIM 34 1 N O 65 9 25 A pr tica por m tem apenas confirmado a aptid o natural do parquet para influir na moderniza o das rela es processuais trabalhistas na medida em que promove o ajustamento das rela es de trabalho s novas conquistas sociais e permite a pacifica o administrativamente de quest es que envolvem um n mero indetermin vel de indiv duos C Dos direitos difusos trabalhistas Ponto pol mico na quest o do cabimento da A o Civil P blica no Direito do Trabalho a identifica o dos direitos difusos de natureza eminentemente trabalhista posto que o mais comum s o os direitos coletivos A compreens o da amplitude dos direitos difusos e de suas caracter sticas est ocorrendo de forma gradativa Tratase de um campo ainda pouco explorado e cabe ressaltar que no mbito trabalhista a defesa dos interesses difusos pelo Minist rio P blico do Trabalho n o est de forma alguma obstada pelo fato do art 83 III da Lei Complementar n 75 93 n o os ter mencionado posto que norma inferior n o poderia restringir aquilo que foi amplamente concedido pela Constitui o Federal em seu artigo 129 Ill isto a legitimidade at
102. 347 85 este crit rio conv m ao interesse p blico existente naquelas causas O STJ j se pronunciou no sentido de que n o h conex o entre a es civis p blicas intentadas para o mesmo fim 2 Logo existe a possibilidade de decis es diferentes nos v rios Estados e tais decis es podem ser revistas e unificadas pelo STJ em fun o dos recursos apropriados Assim a Lei de A o Civil P blica e o C digo do Consumidor n o ampliaram a jurisdi o do juiz sendo leg tima a conviv ncia de decis es divergentes por ju zes competentes antes de sua unifica o D Coisa julgada Outra quest o referente s a es coletivas envolve o limite subjetivo da senten a isto sobre quem os efeitos desta devem recair Ada Pellegrini Grinover justifica a posi o adotada pelo legislador Lei 8 078 90 art 103 c c art 117 consagrando a extens o subjetiva do julgado secundum eventum litis O fato que de acordo com a autora a extens o da coisa julgada a quem n o foi parte pessoalmente no processo n o podia ser resolvida pela f rmula norte americana da adequacy of representation na qual o juiz analisa caso a caso se o autor coletivo um representante id neo dos interesses metaindividuais al m do que se a defesa dos interesses lesados est sendo feita com os cuidados necess rios Ademais o adequadamente representado que n o propriamente terceiro pode por este sistema pedir sua exclus o do process
103. 56 foi o de negar validade intermedia o de m o de obra fora das hip teses indicadas n o apenas em rela o s atividades fim como tamb m s atividades meio da tomadora rejeitando a contrata o de servi os de limpeza hip tese em julgamento por interm dio de locadoras e reconhecendo a forma o do liame empregat cio com o tomador desses servi os afastando se da rela o jur dica a empresa dita de conserva o e limpeza N o obstante autores do porte de Octavio Bueno Magano O TST e a Presta o de Servi os a Terceiros LTr 1 87 Arnaldo S ssekind OEnunciado 256 m o de obra contratada e empresas de presta o de servi os LTr 51 3 276 Washington Luiz da Trindade Os Caminhos da Terceiriza o Jornal Trabalhista ano IX n 416 Bras lia 17 08 92 p g 871 vinham criticando os rigores da orienta o adotada pelo TST sustentando a perfeita legalidade dos contratos de presta o de servi os quando tivessem por objeto atividades meio da contratante e fossem firmados com empresas especializadas e id neas S ssekind interpretando o pr prio teor do Enunciado 256 chega mesmo a negar que nesta S mula o TST tenha tido a inten o de proibir os leg timos contratos de presta o de servi os ou de empreitada de obras do Direito Civil Afinal indaga ele Onde a fraude lei trabalhista ou a simula o de um contrato de presta o de servi os de conserva o de elevadores do estabelecimento da cont
104. 85 c c art 652 d da CLT II CABIMENTO CONDI ES DA A O Alega o de escravid o mat ria que se configura no mbito de prote o de direitos difusos seja porque n o poss vel a identifica o precisa dos trabalhadores envolvidos seja porque de interesse social preenchendo as condi es da a o correspondentes a objeto que se refere a um conjunto indeterminado de sujeitos e cujo sucesso ou fracasso do interesse da coletividade e n o apenas dos envolvidos IV M RITO Provada a intermedia o de m o de obra fraudulenta e de consegu ncias desastrosas geradora de condi es subumanas de trabalho justifica se a aplica o do disposto noart 9 da CLT e a condena o das empresas respons veis seja em raz o do error in eligendo seja do error in vigilando A o Civil P blica julgada procedente em parte para condenar as empresas respons veis a obriga es de n o fazer e de fazer necess rias ao estabelecimento das condi es legais e dignas do trabalho e a pena cominat ria de multa D Contrata o sem concurso p blico A o Civil P blica n 1 95 8 JCJ Origem Vit ria ES Autor Minist rio P blico do Trabalho R u Estado do Esp rito Santo Tribunal de Justi a 30 Ju za Presidente Denise Marsico do Couto A A o Civil P blica com pedido liminar objetivando declarar a nulidade das designa es para ocupa o tempor ria de cargo vago ou em substitui o bem como condenar o r
105. 88 determinou a cria o do Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR o que foi efetivado atrav s da Lei 8 315 91 Mais recentemente a Lei 8 706 93 criou o Servi o Nacional de Aprendizagem do Transporte SENAT desmembrando o do SENAI A lei obriga todas as empresas a empregar e matricular nos cursos do SENAI e do SENAC um m nimo de 5 cinco por cento a um m ximo de 15 quinze por cento dos empregados existentes cujos of cios exijam forma o profissional Com rela o ao aprendizado realizado na pr pria empresa deve esta ser exce o nos casos da impossibilidade do curso realizar se no SENAI e no SENAC todavia dever sempre ter a supervis o dos mesmos Conforme art 80 da CLT Ao menor aprendiz ser pago sal rio nunca inferior a 1 2 meio sal rio m nimo regional durante a primeira metade da dura o prevista para o aprendizado do respectivo of cio Na segunda metade passar a perceber pelo menos 2 3 dois ter os do sal rio m nimo importante registrar por fim que o art 65 do Estatuto da Crian a e do Adolescente assegura ao adolescente aprendiz maior de quatorze anos os direitos trabalhistas e previdenci rios V INSTITUI ES GOVERNAMENTAIS E N O GOVERNAMENTAIS QUE OFERECEM ATIVIDADES PROFISSIONALIZANTES AO ADOLESCENTE NA BAHIA Diversas s o as entidades no Estado da Bahia que t m como principal preocupa o a crian a e o adolescente Citaremos algumas que lidam especificamente com
106. CARVALHO e dos Senhores Ju zes Classistas foram apregoados o MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO requerente e ORLANDINO KLOTZ e JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ requeridos Presente o Minist rio P blico e ausentes os requeridos presentes apenas seus patronos Concedido ao Dr Luiz Alberto S Matheus prazo de 48 horas para regulariza o da assist ncia com juntada aos autos de instrumento de procura o na forma da lei 136 Juntada neste ato atestado m dico para justificar a aus ncia do Sr Jo o Luiz da Rocha Klotz Ouvidas as testemunhas presentes havendo sido autorizada a substitui o da segunda testemunha arrolada s fls 296 que justificou via telef nica a impossibilidade do comparecimento Arg ida a contradita da testemunha JOS RAIMUNDO RODRIGUES DE ANDRADE segunda do requerente sob a alega o de haver ela ajuizado reclama o trabalhista em face dos requeridos Sob os protestos dos ilustres patronos rejeitou o Ju zo a contradita tanto pela intempestividade vez que foi arg ida ao final do depoimento quando a pr pria testemunha informou o ajuizamento da a o quanto pelo seu descabimento Dentre as hip teses exaustivamente elencadas no CPC para a declara o de suspei o de testemunha autorizada da arg i o da contradita n o est a presente A busca da presta o jurisdicional para repara o de les o de direitos assegurada a todo cidad o pelo pr prio texto constitucional e o pleno exerc c
107. CHA KLOTZ a cumprirem as regras elencadas pelo requerido na sua peti o Tamb m pelos mesmos motivos e certo dos obreiros bem pela forma temer ria como comportam se os requeridos resta procedente a MEDIDA CAUTELAR INOMINADA ajuizada incidentalmente de todos os seus bens at a inteira satisfa o de todos cr ditos trabalhistas Isto posto a JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE RESENDE julga unanimemente PROCEDENTES os pedidos formulados pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO na A o Civil P blica e na Medida Cautelar Inominada para condenar os requerido ORLANDO KLOTZ e JOAO LUIZ DA ROCHA KLOTZ a em oito dias satisfazerem inteiramente as obriga es elencadas na inicial sob pena de aplica o de multa di ria de 1 500 UFIR al m de decretar a indisponibilidade de todos os seus bens at a satisfa o de todos os cr ditos trabalhistas pleiteados por seus empregados e condenar ao pagamento da multa pela litig ncia de m f tudo nos limites da fundamenta o supra que passa a integrar o presente decisum Juros e corre o monet ria ex vi legis 139 Custas de Cr 2 000 000 00 pelo reclamado calculadas sobre Cr 100 000 000 00 valor arbitrado condena o Da presente senten a dev er ser remetida c pia para a OAB para as provid ncias cab veis Ao Minist rio P blico caber a abertura de inqu rito criminal para apura o do fato narrado no final do depoimento de fls 458 459 Cientes as partes E
108. CO DO TRABALHOPROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 15 REGIAO Assistente Litisconsorcial SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS IND STRIAS DE CAL ADOS E VESTU RIOS DE FRANCA E REGI O R s CAL ADOS PARAGON LTDA CAL ADOS TERRA S A IND STRIA DE CAL ADOS TROPIC LIA LTDA N MARTINIANO E CIA LTDA E INDUSTRIA DE CAL ADOS KISSOL LTDA Ausentes as partes Concilia o prejudicada Submetido o processo a Julgamento colhidos os votos dos Senhores Ju zes Classistas a JUNTA proferiu a seguinte SENTEN A Vistos etc O Minist rio P blico do Trabalho atrav s da Procuradoria Regional do Trabalho da 15 Regi o qualificado a fis 02 move a o civil p blica em face de CAL ADOS PARAGON LTDA CAL ADOS TERRA S A IND STRIA DE CAL ADOS TROPIC LIA LTDA N MARTINIANO E CIA LTDA E IND STRIA DE CAL ADOS KISSOL LTDA ressaltando a compet ncia desta Justi a Especializada para processar e julgar esta a o bem como a legitimidade do Minist rio P blico para prop la fulcrado em dados obtidos no inqu rito civil p blico que a acompanha No m rito alega em s n tese que tais empresas v m terceirizando de forma ilegal a fase do pesponto dos sapatos por elas produzidos essencial fabrica o de cal ados em geral transferindo para terceiros a execu o de parte da atividade fim das demandadas em sua maioria esses terceiros s o firmas individuais ou microempresas denominadas bancas de pesponto que recebem v
109. DA pessoa jur dica com sede na Avenida Olinto Meireles s n P tio da Mannesmann S A na Usina Barreiro Belo Horizonte MG CGC do MF sob n 60 874 005 0001 76 neste ato representada pelo Dr Hardo Hahne alem o casado engenheiro RNW n W 023 273 5 SE DP AF CIC n 000 584406 15 CREA 4 Regi o n 16 886 D residente e domiciliado Rua das Codornas 301 Est ncia Serrana Belo Horizonte MG firma pelo presente instrumento COMPROMISSO nos termos do art 5 6 da Lei 7 347 85 perante o MINISTERIO P BLICO DO TRABALHO representado pelo Procurador Chefe da Procuradoria Regional da 3 Regi o Dr Ant nio Carlos Penzin Filho e pelo Dr Roberto das Gra as Alves Procurador do Trabalho e presidente do Inqu rito Civil P blico n 04 94 nos termos e forma seguintes Da Obriga o de Fazer A Empresa Signat ria ap s a constata o de irregularidades nas instala es de produ o de carv o nas atividades terceirizadas se compromete a EXIGIR o cumprimento por suas empreiteiras respondendo subsidiariamente pelas seguintes obriga es 1 Registro imediato de todos os trabalhadores relacionados nos autos de infra o constantes dos autos e de outros que estejam laborando nos locais com prazo m ximo de 60 sessenta dias da data de assinatura do presente termo podendo excepcionalmente ser prorrogado por mais 30 trinta dias mediante justificado requerimento 1 1 Fica entendido que o prazo supra para
110. Fiblico pela Uni o pelos Estados e Munic pios Poder o tamb m ser propostas por autarquia empresa p blica funda o sociedade de economia mista ou por associa o que l esteja constitu da h pelo menos um ano nos termos da lei civil Il inclua entre suas finalidades institucionais a prote o ao meio ambiente ao consumidor ao patrim nio art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo A doutrina tem entendido que em se tratando do Minist rio P blico o interesse de agir j estaria presumido pois decorreria do pr prio ordenamento jur dico que coloca a propositura dessas a es para a defesa dos interesses indispon veis da sociedade como sua fun o institucional Mas embora se presumam o interesse e a legitimidade do Minist rio P blico nestes casos o mesmo n o ocorre com os demais legitimados cujo interesse espec fico e a legitimidade devem ser demonstrados em cada caso na defesa de determinado bem sob amea a de agress o ou que esteja sendo violado Segundo Hugo Nigro Mazzili a defesa do interesse difuso pela Uni o pelo Estado ou pelo Munic pio tem de ser compat vel com o interesse espec fico de cada uma dessas pessoas jur dicas Assim por exemplo qual interesse teria o Munic pio do Rio de Janeiro para propor uma a o para cl op cit p g 140 25 Cf Mancuso op cit p g 192 26 Cf Camargo Mancuso op cit p g 153
111. GERAIS DO TRABALHO Luiz da Silva Flores Carlos Newton de Souza Pinto Jo o Pedro Ferraz dos Passos Carlos Cezar de Souza Neto Jos Alves Pereira Filho Jonhson Meira Santos Jeferson Luiz Pereira Coelho Cesar Zacharias Martyres Eliana Traverso Calegari L cia Barroso de Britto Freire Afonso Herrique Luderitz de Medeiros Jo o Batista Brito Pereira Muryllo de Britto Santos Filho Maria de F tima Rosa Louren o Diana Isis Pena da Costa Dan Cara da Costa e Paes Maria Aparecida Gugel Jos Francisco T da S Ramos Terezinha Matilde Licks Prates Antonio Carlos Roboredo Terezinha Vianna Gon alves Moema Faro Helo sa Maria Moraes Rego Pires Fl via Sim es Falc o Jorge Eduardo de Sousa Maia Ot vio Brito Lopes Guiomar Rechia Gomes Ives Gandra da Silva Martins Filho Antonio Henrique de Carvalho Ellery Samira Prates de Macedo Guilherme Mastrichi Basso Ronaldo Tolentino da Silva Maria Guiomar Sanches de Mendon a PROCURADORES REGIONAIS DO TRABALHO Art 273 1 LC 75 93 Elizabeth Starling de Moraes Edson Cardoso de Oliveira S lvia Saboya Lopes Fl vio Nunes Campos L lio Bentes Corr a Jos Carlos Ferreira do Monte Lucin ia Alves Ocampos Jos Sebasti o de Arcoverde Rabelo Cliceu Luis Bassetti PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 1 REGI O Jorge Luiz Soares de Andrade Carlos Alberto Dantas da Fonseca Costa Couto L cio Jos de Oliveira Gl ria Regina Ferreira Mello R binson Cruso Lour
112. IO P BLICO DO TRABALHO R MENEGAZ S A IND STRIA E COM RCIO Aos onze dias do m s de abril do ano de 1995 s 15 10 h estando aberta a audi ncia da MM 1 Junta de Concilia o e Julgamento de Passo Fundo RS na presen a do Exmo Sr Juiz do Trabalho CL UDIO ROBERTO OST e dos Srs Representantes Classistas SIDNEY MELNIK dos empregadores e JORGE VILSON BALEJOS dos empregados foram por ordem do Sr Juiz do Trabalho apregoados os litigantes supracitados para audi ncia de prola o leitura e publica o de senten a Verificando se a aus ncia das partes e ap s colhidos os votos dos Srs Classistas foi proferida a seguinte senten a proposta pelo Juiz do Trabalho Substituto CL UDIO ROBERTO Ost Decis o por unanimidade Vistos etc Minist rio P blico do Trabalho por sua Procuradoria Regional da 4 Regi o aju za A O CIVIL P BLICA contra MENEGAZ S A IND STRIA E COM RCIO pretendendo seja a demandada compelida a comprovar estar em dia com os dep sitos do FGTS de seus empregados sob pena de multa di ria revers vel ao Fundo de Amparo do Trabalhador A tanto aduz que fundada em den ncia origin ria do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias Metal rgicas de Passo Fundo instaurou procedimento de investiga o pr via colimando apurar irregularidades dizentes com atraso no re colhimento do FGTS 111 desde 1990 Diligenciando com o prop sito de esclarecer as supostas irregularidades assegura ter de
113. Luchtemberg Rosana Santos Moreira Leonardo Abagge Filho Mariane Josviak Dresch Nely Andonini PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 10 REGI O SEDE Brasilia DF Paulo Roberto Pereira Antonio Luiz Teixeira Mendes Ivana Auxiliadora Mendon a Santos Cristina Soares de Oliveira e A Nobre Gustavo Ernani Cavalcanti Dantas Brasilino Santos Ramos M rcia Raphanelli de Brito M rcia Fl via Santini Picarelli Eliane Araque dos Santos Ronaldo Curado Fleury Evany de Oliveira Selva Ricardo Jos Macedo de Britto Pereira PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGI O SEDE Manaus AM Solange Maria Santiago de Moraes Abiael Franco Santos Antonio Maurino Ramos PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 12 REGIAO SEDE Florian polis SC Leonardo Baierle Marcos Vin cio Zanchetta Marilda Rizzatti Viviane Colucci Alu zio Divonzir Miranda Antonio Xavier da Costa Jos Neto da Silva Ricardo Wagner Garcia Orlando de Melo Rog rio Rodrigues Fernandes Filho Nilza Aparecida Migliorato Ricardo Tadeu Marques da Fonseca Raimundo Sim o de Melo Adriana Bizarro Myriam Magda Leal Godinho Ivani Contini Bramante Eduardo Garcia de Queiroz Maria Regina do Amaral Virmond Jo o Norberto Vargas Val rio Jo o Hil rio Valentim Roberto Magno Peixoto Moreira Levi Scatolin Carlos Henrique Bezerra Leite Edson Braz da Silva Luiz Eduardo Guimar es Bojart Alu zio Aldo da Silva J nior Rafael Gazzaneo J nior Maria L cia de S Vieira
114. Ministro Armando de Brito Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunica es do Estado do Paran X A Pinheiro Papelaria S A ADT COAD IS 12 8564 Essa enfim a adequada orienta o te rica imprimida ao direito p trio positivada na legisla o da Carta Magna de 1988 e textos de diversa hierarquia retromencionados consent nea com a destina o social do Direito do Trabalho e afinada com a genu na gigem determinante de seu surgimento e evolu o de mais a mais como obtempera Paulo de Tarso Ramos Ribeiro o trin mio direito processo e resolu o dos conflitos exige uma correta compreens o da sociedade e de suas estruturas de modo que compreender o direito enquanto processo e decis o no contexto conflitivo de uma dada ordem social significa assumir que o sentido hist rico e social da mudan a contamina a efic cia das prescri es normativas emprestando lhes um sentido socialmente objetivo de validade E essa correta compreens o j foi de h muito desvendada na doutrina em obra concebida ao tempo da Revolu o Francesa portanto no conjunto de conflu ncias do movimento filos fico humanit rio do s culo XVIII pr ximas do nascimento do Direito Laboral trata se do cl ssico dei Delitti e delle Pene do memor vel Cesare Bonesana o Marqu s de Beccaria que assim se pronunciou As vantagens da sociedade devem ser igualmente repartidas entre todos os seus membros No entanto entre os homens reunid
115. REVISTA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO MINIST RIO P BLICO DA UNI O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO REVISTA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO EDITADA PELA LTr EDITORA EM CONV NIO COM A PROCURADORIA GERAL DO TRABALHO E COM A ASSOCIA O NACIONAL DOS PROCURADORES DO TRABALHO OS ARTIGOS PUBLICADOS S O DE RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES REV MPT BRAS LIA ANO VI 1 SEMESTRE MAR O 1996 Reda o Procuradoria Geral do Trabalho S A S Quadra 4 Bloco L 6 andar sala 618 CEP 70070 000 Bras lia DF Telefone 061 224 3157 FAX 061 224 4419 REVISTA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO FUNDADA EM 1991 COMISS O EDITORIAL Ives Gandra da Silva Martins Filho Terezinha Matilde Licks Prates Ivana Auxiliadora Mendon a Santos M rcia Raphanelli de Brito Revista do Minist rio P blico do Tribunal Procuradoria Geral do Trabalho Ano VI n 11 mar o 1996 Bras lia Procuradoria Geral do Trabalho 1996 Semestral 1 Direito do Trabalho Brasil 2 Justi a do Trabalho Brasil I Procuradoria Geral do Trabalho C d 341 6865 C d 1328 1 Todos os direitos reservados EDITORA LTDA Rua Apa 165 CEP 01201 904 Fone 011 826 2788 Fax 011 826 9180 S o Paulo SP Brasil 1996 MEMBROS DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Procurador Geral do Trabalho Jeferson Luiz Pereira Coelho Presidente da A N P T L lio Bentes Corr a SUBPROCURADORES
116. RIO P BLICO DO TRABALHO requerente e AFFETO CAL ADOS LTDA requerida para leitura e publica o de senten a Ausentes as partes Colhidos os votos dos Srs Ju zes Classistas passou a Junta a decidir nos termos que seguem Vistos etc O Minist rio P blico do Trabalho promove A o Civil P blica contra Affeto Cal ados Ltda buscando o restabelecimento do hor rio de trabalho anteriormente vigente na empresa eis que unilateralmente alterado conforme requerimento das folhas 3 4 A demandada contesta o pedido atrav s do arrazoado das folhas 20 22 sustentando a improced ncia da a o Juntam se documentos Realizada a per cia cont bil 118 Encerrada a fase instrut ria com raz es finais remissivas Inexitosas as propostas de concilia o O RELAT RIO ISTO POSTO 01 Da Altera o Contratual Relata o demandante que o hor rio de trabalho mantido na empresa demandada do advento da Constitui o Federal de 1988 at mar o de 1992 era de segundas a quintas feiras das 6h45min s 11h30min e das 13 s 18 horas e nas sextas feiras das 6h45min s 11h30min a partir de abril 92 continua a relatar o demandante a r passou a exigir de seus empregados a presta o de servi o em jornada normal de 7h20min di rias de segunda feira a s bado Entende o Douto Minist rio P blico do Trabalho que o procedimento da r constitui altera o unilateral dos contratos de trabalho de seus empregados o que vedado
117. Regional do Trabalho 1 Regi o Apoio Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro Dia 25 de setembro de 1995 TRABALHO URBANO 1 PAINEL I MARIA YEDA LOPES DA SILVA Coordenadora Nacional do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua IL GIA TAVARES SIM ES Secret ria Executiva do Fundo Inter Religioso contra Fome pela Vida Projeto Cais CARMEM VARGAS Assessora Especial da Secretaria Municipal de Cultura e Esporte do Estado de Rio de Janeiro 2 PAINEL SIRO DARLAN DE OLIVEIRA Juiz Titular da 1 Vara da Inf ncia e da Juventude IT NIA PEREIRA DA SILVA Ordem dos Advogados do Brasil Se o RJ PAULO MARCELO DE MIRANDA SERRANO Juiz Presidente de 24 Junta de Concilia o e Julgamento do Rio de Janeiro Dia 26 de setembro de 1995 TRABALHO RURAL 1 PAINEL LUIS ANT NIO CAMARGO DE MELO Procurador Regional do Trabalho da 24 Regi o MSI RICA ALMEIDA Presidente do Conselho Municipal de Promo o dos Direitos da Crian a e do Adolescente de Campos GEISA DE ASSIS RODRIGUES Procuradora da Rep blica em Campos 2 PAINEL RODOLFO TAVARES Presidente da Federa o da Agricultura do Estado do Rio de Janeiro MARIA ROSILENE BARBOSA ALVIM Coordenadora do NEPI N cleo de Estudos e Pesquisas sobre a Inf ncia e Juventude da UFRJ AVELINO GANZER Vice Presidente da CONTAG Dia 27 de setembro de 1995 89 ESTATUTO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE 1 PAINEL LEILA MARIA GARCIA NEGRELLOS Diretora de Prom
118. TO DE DADOS DO ESTADO DO PAR SINDPD PA PRODEPA PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PAR empresa p blica neste ato representada pelo seu Presidente Dr In cio Koury Gabriel Neto considerando a den ncia formulada pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PAR SINDPD PA considerando o car ter estrat gico e de excepcional interesse de suas atividades para o Estado do Par bem como tendo em vista as medidas que j v m sendo adotadas no sentido de reestrutura o do rg o com a elabora o do plano de cargos e sal rios condizente com as necessidades operacionais da empresa compromete se 1 A adequar se at o dia 31 12 1995 s exig ncias constantes do Texto Constitucional nomeadamente no que diz respeito contrata o de pessoal mediante pr via aprova o em concurso p blico e havendo necessidade de preenchimento de vagas em seu quadro funcional a realizar o respectivo concurso p blico de provas ou de provas e t tulos at a data acima mencionada 2 O descumprimento do presente termo de compromisso implicar no pagamento de multa di ria no valor de 100 UFIR at o implemento da obriga o ora assumida que ser revertida ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador institu do pela Lei n 7 998 90 S o os termos do compromisso que vai assinado em 3 tr s vias de igual teor e forma pela PRODEPA e pelo SINDPD atrav s de seus respectivos representantes e pelo Minist ri
119. Trabalho e o Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rio de Franca e Regi o possuem legitimidade concorrente para defender os interesses coletivos dos trabalhadores do setor cal adista de Franca A legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho est fulcrada nos artigos 129 inciso Ill da Constitui o Federal combinado com o artigo 6 inciso VII letra d e 83 IIl da Lei Complementar n 75 93 j a do Sindicato referido encontra respaldo no art 8 inciso Ill da Magna Carta Ainda a legitimar a defesa dos interesses coletivos sub judice tanto pelo Minist rio P blico do Trabalho como pelo Sindicato Assistente est o os artigos 129 par 1 da Constitui o Federal e o artigo 5 I e Il da Lei n 7 347 85 Portanto mais que justificado o deferimento da interven o do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rio de Franca e Regi o na condi o de assistente litisconsorcial do Minist rio P blico autor nos termos do art 54 e seguintes do CPC raz o pela qual fica o mesmo mantido 5 Do pedido de declara o de ilegalidade da terceiriza o de atividades fim das reclamadas cumulado com pedido de absten o desta pr tica sob comina o de multa di ria O Minist rio P blico do Trabalho da 15 Regi o assistido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rio de Franca e Regi o alegam que as empresas demandadas v m terceirizando pa
120. UNDACENTRO e da Funda o Oswaldo Cruz para a realiza o de per cias e a extin o pelo novo governador do Estado da Delegacia de Acidentes do Trabalho que existia 2 R Referiu que o MP paulista defende a legitimidade concorrente do MPT e MP Estadual para a ACP visando a preven o de acidentes que seria de compet ncia da Justi a Comum Comentou tamb m que em S o Paulo a FUNDACENTRO se encontra bem aparelhada para prestar ajuda ao MPT no que se refere a per cias nos inqu ritos 32 R Tendo entado em contato como o MP mineiro para solu o das quest es acident rias de forma ampla adotaram a o conjunta Considera que n o apenas a investiga o seja conjunta mas a pr pria propositura das a es seja feita com a assinatura conjunta dos procuradores do trabalho e dos promotores de justi a em ambas as esferas de atua o JT e JC Devido ao n mero reduzido de procuradores do trabalho para atenderem a todo o Estado n o v problema em que os promotores de justi a assumam essa fun o de defesa do meio ambiente de trabalho nas localidades onde dif cil a atua o do MPT especialmente no interior do Estado pois do contr rio n o haveria quem zelasse pelo cumprimento da legisla o trabalhista nessas regi es mais afastadas Levantou a quest o das per cias em determinadas mat rias que nem a FUNDACENTRO realiza como a relativa toxidade do asbesto e sua utiliza o na ind stria Conseguiu uma Universidade que
121. a o pecuni ria Ali s quanto a tal mat ria muito bem se manifestou o Procurador do Trabalho da 8 Regi o Bel m do Par Dr Jos Cl udio Monteiro de Brito Filho ao afian ar que eles s o largados em terra estranha e sem nenhum amparo in Trabalho Subordinado no Sul do Par Revista do MPT ano V n 9 mar o de 1995 p gs 60 65 A partir da passam a integrar o numeroso grupo dos sem terra que ficam perambulando por esses rinc es de nosso Brasil sem qualquer perspectiva ou futuro Casos concretos envolvendo crian as Todas essas duras verdades acima relatadas ficaram comprovadas em bel ssimo trabalho realizado pelo Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o Minas Gerais que em a o conjunta com a Delegacia Regional do Trabalho e a Pol cia Federal realizou uma inspe o em uma das muitas carvoarias daquele Estado e comprovou a explora o a qual s o submetidos os filhos dos carvoeiros quase sempre em troca de um m sero prato de comida Constataram que os menores laboravam em jornadas insuport veis para um trabalhador comum e n o recebiam qualquer esp cie de contrapresta o uma vez que trabalhavam com o nico objetivo de auxiliar seus pais a cumprir a quota imposta pelos empregadores Por seu tumo no Estado de Rond nia temos o problema da extra o da madeira Nas serrarias da regi o as toras s o reduzidas a pranchas por trabalhadores que labutam em condi es completamente adversas e in
122. a despeito de reconhecerem os pr prios defensores dessa nova ordem que esta se desenvolve e se concretiza s custas de condi es de trabalho desumanas onde as pessoas trabalham longas horas com pouca prote o previdenci ria e muitas vezes envolvendo crian as e outros parentes na tarefa de Procuradora do Estado da Bahia 65 produzir Mas enfatiza o Professor Pastore s o esses pa ses que competem com o resto do mundo e com uma grande variedade de produtos Depoimentos desse jaez v m se propagando universalmente em un ssono Tigres Asi ticos porque desprezam os instrumentos legais de prote o for a trabalho s o exibidos como exemplo para o mundo interessante observar que a ideologia embutida nesse projeto muito mais tenebrosa do que aquela id ia veiculada pelo Tratado de Paris em 1951 parecida com a do milagre brasileiro dos anos 70 segundo a qual O progresso social deve ser feito em consequ ncia da expans o econ mica Essa afirmativa ali s j merecera severas cr ticas de Lyon Caen para quem os redatores do Tratado tiveram em vista a cria o de um grande mercado e consideraram apenas indiretamente uma melhoria do n vel de vida das popula es e tamb m indiretamente dos trabalhadores No mesmo sentido a observa o de Rodolpho Napoli quando adverte que o progresso econ mico n o pode ser levado a cabo a qualquer pre o menos ainda se esse pre o tiver de ser p
123. a o conjunta e sugere o recurso a conv nios com laborat rios para a realiza o de per cias e a utiliza o tamb m das Secretarias de A o Social 10 R Comentou sobre a ACP ajuizada pelo MPDF na Justi a Comum para preven o de acidentes em que houve declina o de compet ncia para a JT 122 R Sugere como pr tica que tem adotado um maior contato com a DRT sobre a quest o para que envie m dicos ou engenheiros para a realiza o de per cias ou vistorias al m de informar sobre descumprimento de normas de seguran a e medicina do trabalho para a o mais ampla do MPT 15 R Adota pol tica de boa vizinhan a com o MP paulista que muito independente na atua o como rg o agente na defesa de interesses difusos coletivos e individuais homog neos na esfera civil Entende que o melhor deixar que atuem na quest o de preven o de acidentes de trabalho nas localidades onde o MPT ainda n o tem condi es de atuar Considera ser conveniente que o MPT tenha em seus quadros t cnicos pr prios para a realiza o de per cias e que enquanto isso n o ocorra que se utilize do poder de requisi o que a lei lhe assegura para exigir que as mesmas sejam realizadas pelos rg os que tenham compet ncia t cnica para tanto 18 R Referiu apenas o bom relacionamento existente com o MP goiano com atua o em conjunto em determinados casos Conclus es em termos de Orienta o A tend ncia maior foi no
124. a Nelson Oclair Mendon a de Oliveira S rgio Aparecido da Silva Jorge Cavalcante de Arruda Eraldo F lix da Silva Edmilson Marques da Silva Raimun do Fernandes Gilmar Gerco Dorival Fernandes Lopes Miguel Gomes Jos Nazareth dos Santos Alzimiro de Freitas Odnei Amorim de Oliveira Francisco Do Virgem Dantas Tadeu Almiro Gomes de Souza Edson Gomes de Oliveira Carlos Magno da Silva Lourival Padilha Gon alves 1 1 1 Fica entendido que o prazo supra para anota o na CTPS em raz o do trabalhador eventualmente n o possuir os documentos civis necess rios obten o da mesma mas tal n o impede o imediato registro do obreiro como empregado e o cumprimento das demais obriga es trabalhistas exceto aquelas para as quais o n mero da CTPS seja imprescind vel o que implicar no adimplemento posterior mas retroativo da obriga o I 2 O pagamento de sal rios dever ser feito em moeda corrente mediante recibo dos trabalhadores discriminando se as parcelas salariais e descontos observando se os limites legais dos descontos para parcelas in natura I 3 A empresa forneca e manter em condi es de uso os EPIS Equipamentos de Prote o Individual adequados ao risco da atividade bem como cumprir a legisla o pertinente seguran a e medicina do Trabalho sendo certa a sua obriga o de fiscalizar e obrigar os trabalhadores ao uso dos EPI S l4 A empresa adequar as moradias utilizadas pelos trab
125. a junto aos acampamentos I 7 A signat ria realizar e exigir que seus terceiros contratados o fa am exames m dicos pr admissionais dos trabalhadores utilizados na colheita de sementes de pastagens segundo NR 7 Ill Obriga es de n o fazer A empresa signat ria a partir da data da assinatura deste assume as seguintes obriga es l1 N o contratar terceiros para lhe prestarem servi os desde que os mesmos n o possuam firmas estabelecidas com comprovada idoneidade financeira e patrimonial declarando se a signat ria solidariamente respons vel por todas as obriga es e encargos trabalhistas e previdenci rios relativamente a eventuais trabalhadores contratados pelos referidos terceiros seja qual for a modalidade de contrata o civil adotada pela empresa e pelos terceiros l2 A empresa n o manter nem permitir que terceiros que lhe prestem servi os mantenham trabalhadores sem registro e sem o cumprimento das demais obriga es previdenci rias e trabalhistas Il3 A empresa e os terceiros que lhe prestem servi os n o empregar o menores de 18 anos e ou permitir o que outros sub empreiteiros seus o fa am l4 A empresa n o sujeitar seus empregados nem permitir que os terceiros que lhe prestam servi os sujeitem seus respectivos obreiros jornada superior a 44 horas semanais e na ocorr ncia eventual de trabalho em jornada suplementar far com que esta seja paga com o adicional legal r
126. a a categoria Fazer distin o entre substitui o e assist ncia para efeito de honor rios dar interpreta o restritiva ao art 14 da Lei 5 584 70 sem reconhecer sua finalidade ltima e maior ac TRT 3 Regi o 3 T Rel Juiz Ant nio lvares da Silva DJMG 25 07 90 Defere se a verba honor ria em 15 3 Conclus o Isto posto e por tudo que dos autos consta resolve a 6 Junta de Concilia o e Julgamento de Vit ria por rejeitar as preliminares de incompet ncia em raz o da mat ria em raz o da pessoa funcional em raz o do lugar de ilegitimidade ad causam ativa e passiva e julgar procedente em parte a presente a o civil p blica para condenar a requerida a instalar porta de seguran a com a especifica o supra no prazo de 30 dias com a multa de R 500 00 corrigida m s a m s enquanto durar a desobedi ncia a favor da Uni o em caso de descumprimento da decis o Tudo conforme fundamentos Custas de R 1 000 00 sobre o valor arbitrado de R 50 000 00 Intimem se Maria Francisca dos Santos Lacerda Ju za Presidente PORTU RIOS 18 JCJ DE PORTO ALEGRE PROCESSO N 461 18 94 Aos vinte e dois dias do m s de agosto de 1994 s 16 05h estando aberta a audi ncia da 18 Junta de Concilia o e Julgamento de Porto Alegre na presen a da Ju za do Trabalho Eur dice Josefina Bazo T rres e dosSrs Ju zes Classistas abaixo firmados foram por ordem da Sra Ju za do Tra
127. a de recomenda es aos sindicatos para que de ora em diante adequem a cl usula ao Precedente Normativo n 74 do TST sob pena de ajuizamento de a es anulat rias pelo MPT Sugest o tamb m acolhida foi a de se entrar em contato com as Centrais Sindicais para que repassem aos sindicatos que delas dependam tal orienta o Nada mais havendo encerrou se o encontro s 16 30 horas do dia 23 de mar o sendo a presente ata por mim lavrada Ives Gandra da Silva Martins Filho que presidi os trabalhos sendo assinada por mim e pelos demais membros da CODIN PGT que estiveram presentes reuni o Participaram da reuni o os seguintes Procuradores Chefes e Coordenadores de CODINS 1 Regi o Dr 87 Carlos Eduardo Barroso PC e Dr Jorge Fernando Gon alves da Fonte CD 2 Regi o Dr Erick Wellington Lagana Lamarca PC e Dra Maria Jos Sawaya de Castro Pereira do Vale CD 3 Regi o Dr Antonio Carlos Penzin Filho PC e Dra Maria de Lourdes Queiroz CD 4 Regi o Dr Eduardo Antunes Parmeggiani PC e Dra Sandra Maria Bazan de Freitas CD 5 Regi o Dr Esequias Pereira de Oliveira PC e Dra Maria Adna Aguiar do Nascimento CD 6 Regi o Dr Valdir Jos Silva de Carvalho PC e Dr Francisco Gerson Marques de Lima CD 7 Regi o Dr Francisco Adelmir Pereira PC 8 Regi o Dra C lia Ros rio Lage Medina Cavalcante PC e Jos Cl udio Monteiro de Brito Filho CD 9 Regi o Dr Cliceu Luis Bass
128. a e do adolescente foi estendida a prote o jurisdicional a novos interesses coletivos e difusos Por fim foi editada a Lei 8 078 90 que por meio do seu art 110 modificou a reda o do art 1 da Lei 7 347 85 para abandonar definitivamente o princ pio das hip teses taxativas para a propositura da a o civil p blica ressuscitando o vetado inciso IV que permitia genericamente a defesa de outros interesses difusos e coletivos n o elencados especificamente nos incisos anteriores C Direitos individuais homog neos direitos coletivos e difusos caracter sticas O C digo do Consumidor Lei 8 078 90 em seu art 81 par grafo nico cont m expressamente as defini es de direitos difusos coletivos eindividuais homog neos com o objetivo de dirimir a confus o at ent o reinante entre os direitos difusos e os demais direitos plurissubjetivos Art 81 A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das v timas poder ser exercida em ju zo individualmente ou a t tulo coletivo Par grafo nico A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato Il interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste C digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja ti
129. a na ata de fls 211 Apesar de haver constado na aludida ata que ORLANDO KLOTZ esteve representado por ZOUDIMAR PALANDI e que apenas JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ n o haviam comparecido o documento de fls 134 refere se Reclama o Trabalhista n 1 109 93 e est firmado por Jo o Luiz da Rocha Klotz sendo da inteiramente imprest vel para conferir poderes de representa o quele que compareceu Al m disso a pe a de defesa foi firmada por advogado que n o juntou aos autos instrumento de procura o com observ ncia das finalidades legais conforme se verifica pelo exame dos documentos de fis 145 146 A formalidade do ato requisito de sua validade Inv lido o ato inv lidos seus efeitos Ill Da viola o de direitos A farta prova produzida nos autos confirma inteiramente as alega es do Minist rio P blico A pr tica de atos de viola o de direitos assegurados constitucionalmente aos trabalhadores indubit vel ORLANDINO KLOTZ e JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ em atitude incompat vel com os mais sagrados princ pios do Cristianismo e em total desrespeito ao ordenamento legal vigente violaram todas as regras resultantes das conquistas sociais obtidas ao longo de d cadas Apenas o tronco e a senzala fazem a diferen a vez que viol ncia f sica foi substitu da pelos gritos e pela intimida o e o agrupamento dilu do em diversas moradias No restante colocou seus empregados em situa o an loga de escravos
130. a parte ou da natureza da lide o da falta de elementos de fato a respeito da forma de ingresso da parte reclamante no servi o p blico ap s a vig ncia da Constitui o Federal se mediante concurso p blico ou n o evidente que tal situa o se verifica em virtude da falta de iniciativa de of cio sobre os referidos aspectos da causa por parte do ju zo de 1 inst ncia at porque via de regra a interven o do Minist rio P blico do Trabalho ocorre t o somente em 2 grau de jurisdi o Assim o procedimento de requerer dilig ncias com base na LC 75 93 para que a parte reclamada junte aos autos o texto da Lei instituidora do Regime Jur dico nico e informe se a contrata o da parte reclamante foi precedida de concurso p blico o que temos adotado em circunst ncias tais antes de ser exarado o parecer Via de regra os requerimentos de realiza o de dilig ncias t m sido acolhidos mas j nos defrontamos com despachos exarados por Ju zes Relatores que recusaram o pedido mediante fundamentos que residem substancialmente no fen meno da preclus o e no da ofensa ao princ pio da celeridade processual Diante de despachos denegat rios da realiza o de dilig ncias temos interposto Agravo Regimental para submeter Turma o reexame da mat ria pois n o mais novidade que os rg os do Minist rio P blico do Trabalho t m exercido atua o firme nos processos no sentido de fiscalizar a concreta observ n
131. a remunera o corresponde aos dias e s horas de trabalho que se est realizando Nem mesmo a empreitada de mero labor em que o empreiteiro n o concorre com o material pode ser confundida com o fornecimento de m o de obra tempor ria se o empreiteiro ou seus empregados executarem a obra sem qualquer submiss o ao poder de comando da empresa tomadora Ao contr rio havendo subordina o e cumprindo o suposto empreiteiro ou seus prepostos tarefas inclu das nas atividades normais da contratante caracteriza se a fraude considerando se formada a rela o de emprego diretamente com a benefici ria do trabalho O mesmo ocorre quando a forma usada o contrato de presta o de servi os seja quando envolve empresa prestadora de servi os seja quando firmado com trabalhadores aut nomos Fora das hip teses que o justifiquem atividades meio secund rias como transporte fornecimento de alimenta o limpeza ou especializadas como inform tica processamento de dados consultoria etc ou em qualquer caso quando entre os empregados da empresa locadora de servi os ou o trabalhador aut nomo e a empresa locat ria existirem os elementos configuradores da rela o de emprego t m se como incidente a regra do art 9 da CLT nulo o contrato e caracterizada a rela o de trabalho diretamente com a tomadora Portanto o que deve balisar o int rprete na identifica o dos casos concretos a exist ncia ou n o de poder de comando e
132. a repara o daquilo que seu dano tem de comum com o de outros lesados por exemplo num caso de defeito de uma pe a produzida em s rie ser comum o custo substitui o da pe a contudo pelo preju zo diferenciado que na a o individual esteja postulando o lesado por exemplo lucros cessantes preju zos indiretos decorrentes da aquisi o etc n o se pode falar em litispend ncia entre a a o coletiva e a individual porque o objeto diverso A possibilidade real de ltispend ncia em rela o a o civil p blica ocorre quando a o popular ajuizada com a mesma causa de pedir e com o mesmo pedido daquela C Compet ncia De acordo com o art 2 da Lei 7 347 85 as a es previstas nesta Lei ser o propostas no foro do local onde ocorrer o dano cujo ju zo ter compet ncia funcional para processar e julgar a causa A refer ncia compet ncia funcional parece estar mal colocada pois deve ser compreendida como se referisse compet ncia absoluta A lei estabeleceu o foro do local do dano e n o o do lugar do ato ou fato provavelmente com o intuito de facilitar o ajuizamento da a o e a coleta da prova posto que o julgamento deve ser realizado pelo ju zo que mais intimidade tenha tido com o dano A lei deu compet ncia a natureza absoluta n o permitindo a elei o de foro ou a sua derroga o consequente da n o apresenta o de exce o declinat ria Segundo a exposi o de motivos da Lei 7
133. a revelia no processo do trabalho d se pela aus ncia audi ncia e n o por inexist ncia de contesta o nos termos do art 844 da CLT mantenho a decis o j proferida pois de qualquer sorte a mat ria ali veiculada de interesse p blico e deve ser de of cio conhecida pelo julgador Se n o bastasse toda a mat ria objeto de direito e a de fato consubstanciada nos dispositivos de seguran a desejados pelo autor mesmo a contestante admite n o os utilizar Assim ainda que confessa a reque rida por n o se fazer representar na audi ncia inaugural sem qualquer efeito pr tico a ocorr ncia j que a mat ria eminentemente de direito 123 2 8 Mat ria de fundo Pretende o requerente compelir o requerido a instalar portas de seguran a nas ag ncias para impedir que pessoas portando objetos met licos possam entrar nos bancos portas individualizadas com detectores de metais e uma abertura janela ou gaveta onde o objeto detectado possa ser guardado vidros com blindagem suficiente para conter impactos de armas de grosso calibre e instala o de guich s com vidros blindados e equipamentos fotogr ficos de precis o que permitam identificar os assaltantes O requerido insurge se contra o pleito porque se entende desobrigado a instalar os equipamentos mencionados uma vez que a Lei 7 10283 com as altera es introduzidas pela MP 818 95 j especifica os equipamentos obrigat rios Arg i ainda que os dispositivos n o d
134. a todos Como exemplo pode se citar os casos de orienta o interna de empresas relativa a medidas discriminat rias a serem adotadas contra empregado que aju ze reclamat ria trabalhista contra a empresa Assim nos atentados ordem jur dicotrabalhista temos que a les o a empregados concretos de car ter individual podendo ser homog nea quando v rios sofreram id ntica les o Mas quando se percebe na conduta da empresa orienta o gen rica contr ria ordem jur dica que se vai materializando nessas les es individuais ent o se est diante de uma les o ao interesse coletivo da 7 Ives Gandra Martins Filho Processo Coletivo do Trabalho LTr Edit 1994 S o Paulo p g 160 15 categoria j que potencialmente qualquer empregado poder ser afetado Aqueles que o forem sendo estar o tendo com os j lesados interesses individuais homog neos a serem esgrimidos Os demais ainda n o afetados interesse coletivo na coibi o do procedimento patronal O interesse coletivo stricto sensu ou setorial tem menor amplitude que o difuso pois est adistrito a uma rela o jur dica base a um v nculo jur dico entre as partes que o leva a se aglutinar em grupos sociais definidos proje o corporativa do homem O interesse verdadeiramente coletivo nasce a partir do momento em que certos interesses individuais atra dos por semelhan as e harmonizados pelo fim comum se misturam no grupo Deste modo diss
135. a tribunais 132 tamb m indiv hom tamb m reparat ri juntas 14 difusos coletivos cominat ria juntas 85 152 tamb m indiv hom tamb m reparat ria juntas 6 difusos coletivos cominat ria juntas tribunais difusos coletivos cominat ria juntas cominat ria juntas cominat ria tribunais tamb m reparat ria juntas 242 difusos coletivos cominat ria tribunais Conclus es em termos de Orienta o A tend ncia registrada foi no sentido de se evitar a utiliza o da a o civil p blica para a defesa de interesses individuais homog neos tendo em vista que o pedido reparat rio formulado dificulta enormemente a execu o da senten a abrangente de elevado n mero de empregados comprometendo o provimento jurisdicional postulado Se a ACP for utilizada apenas para defesa de interesses difusos e coletivos o deferimento do pedido n o compromete a execu o j que a condena o uma s revers vel ao FAT como tamb m o comando sentencial cominat rio faz com que a infratora cesse com a conduta ilegal sendo mais f cil a cobran a de poss vel multa pelo descumprimento da obriga o 8 Tema Meio Ambiente de Trabalho Seguran a e Medicina Coloca o da quest o pela CODIN PGT O problema enfrentado na atua o do MPT em quest es de seguran a e medicina do trabalho a da atua o conjunta dos MP Estaduais nessa esfera em vista das quest es de acidentes do trabalho Trata se de definir as esferas
136. abalhadores do direito de greve Ives Gandra Martins Filho tem defendido a utiliza o do inqu rito civil e da a o civil p blica como instrumentos de responsabilza o trabalhista nos termos da Lei 7 783 89 arts 7 e 15 Deste modo decretada a abusividade da greve pelo Tribunal Laboral poderia o Minist rio P blico do Trabalho instaurar inqu rito civil para apurar a responsabilidade da lideran a sindical v g constrangimento ilegal praticado por piqueteiroscontra aqueles que n o aderiram greve podendo ainda ajuizar a a o civil objetivando a aplica o de multa ao sindicato instigador da greve multa esta revers vel ao FAT ou outro fundo direcionado ao suprimento de necessidades do trabalhador conforme Lei 7 347 85 art 13 at como medida de car ter pedag gico visando remover o sindicato da id ia de novas aventuras contr rias legalidade Tais possibilidades de ajuizamento da A o Civil P blica Trabalhista revelam acima de tudo que utilizando se dela o Minist rio P blico do Trabalho n o visa defender interesses espec ficos de empregados ou patr es mas sim o respeito ordem jur dica laboral A Inqu rito Civil P blico Trabalhista A Constitui o Federal art 129 III a Lei 7 347 85 art 8 1 e especificamente a Lei Complementar n 75 93 art 84 Il conferem ao Minist rio P blico do Trabalho a possibilidade exclusiva de presidir a instaura o de inq erito ci
137. acordo com a reda o atual da Instru o Normativa n 1 93 do MPT as duas nicas hip teses de rejei o de den ncia s o as de referir se a interesses meramente individual art 2 ou n o restar demonstrada a ilegalidade art 2 Il O que tem ocorrido na pr tica que os sindicatos quando se trata de les es patentes ao ordenamento jur dico defendem diretamente os interesses coletivos dos trabalhadores e quando se trata de mat rias controvertidas busca o Minist rio P blico para que defenda os interesses da categoria Ouvidas as Regionais discutida a mat ria e posta para delibera o foram formuladas 4 hip teses de solu o que receberam a seguinte vota o a manter a reda o atual da IN n 1 93 com apenas dois incisos relativos aos casos de rejei o de den ncias dando lhe no entanto interpreta o mais el stica de forma a preservar a discricionariedade do MPT para instaurar inqu rito 30 votos b incluir novo inciso prevendo a rejei o da den ncia quando se tratar de mat ria controvertida ou de cunho interpretativo dando se maior discricionariedade ao procurador 18 votos c incluir novo inciso a respeito da impossibilidade material de se atender a todas as demandas car ter seletivo na recep o de den ncias 1 voto e d incluir novo inciso prevendo a necessidade de que o sindicato denunciante demonstre n o ter condi es de agir em defesa da categoria nenhum voto 2 Tema Proc
138. adores atrav s das contrata es do Sindicato dos Arrumadores est em conformidade com os dispositivos legais pertinentes 3 Das normas legais aplic veis A Consolida o das Leis do Trabalho de 1943 disciplinou no T tulo Ill Se o IX os servi os de capatazia dos portos O artigo 285 no seu par grafo nico considerava como servi os de capatazia nos portos aquele realizado com a movimenta o de mercadorias por pessoal da administra o do porto O mesmo artigo no inciso Ill letras b e c conferia ao Sindicato dos Arrumadores a contrata o de m o de obra para a realiza o dos servi os definidos no seu caput quando n o houvesse pessoal pr prio do porto organizado a chamada contrata o de m o deobra avulsa cuja conceitua o buscamos nos ensinamentos de Jos Martins Catharino no seu Comp ndio de Direito do Trabalho 1 volume Editora Saraiva no seguinte sentido No sentido vulgar avulso significa separado desligado insulado Trabalhador avulso aquele separado n o inserido em uma organiza o empres ria ou assemelhada mas de qualquer maneir a trabalhando para e por ela remunerado A figura do avulso comporta classifica o avulso individual e avulso sindical O primeiro presta servi os direta e isoladamente o segundo associado de sindicato para presta o de servi os trabalha em conjunto trata se da chamada m o de obra sindical requisitada por empresa e sindicato a que
139. ago em maior medida pelos trabalhadores Assim o Direito do Trabalho com seus princ pios e normas ao exigir da economia um constante e crescente bemestar para os trabalhadores constitui um direito condicionado ao desenvolvimento econ mico que pugna por colocar a economia a servi o do povo Preocupado com o futuro do Direito do Trabalho Rodolpho Napoli acrescenta que essa disciplina n o tem por que comprometer a sua sorte com a do capitalismo nem com a de um sistema econ mico social incompat vel com a liberdade e a dignidade humanas in Desarrollo Integraci n y Derecho del Trabajo 1972 N o obstante o que se v uma verdadeira onda que avan a perigosamente sobre o Direito do Trabalho postulando a sua desregulamenta o e at mesmo a sua erradica o como j anotara Aryon Say o Romita em A Terceiriza o e o Direito do Trabalho Rev LTr 56 03 273 No Brasil os defensores desse modelo neoliberal sustentam que o nosso Subsistema Jur dico Trabalhista de 1943 inspirado na Carta del Lavoro fruto do fascismo italiano e que por isso mesmo n o atende mais s exig ncias da realidade socioecon mica demasiadamente herm tico com forte interven o do Estado Nessa linha de pensar defendem a preval ncia da negocia o coletiva como fonte de produ o da norma trabalhista em detrimento do processo estatal E o mais grave que esse discurso vem sendo encampado at mesmo pelos sindicatos de emprega
140. al os adolescentes n o podem ser empregados A Conven o 138 por m reiteradamente arts 2 3 5 6 e 8 explicita que a admiss o se refere a trabalho e emprego a fim de englobar toda atividade econ mica fazendo abstra o da situa o jur dica laboral das pessoas interessadas Edad M nima p g 19 sendo pois irrelevante que o trabalho se fa a em regime de emprego que seja independente aut nomo ou em regime familiar Os diplomas anteriores Conven o 138 que regulam a idade m nima da admiss o ao emprego ou ao trabalho se restringem na medida em que permanecem vigentes a determinados ramos ind stria trabalhos n o industriais subterr neos pesca paioleiros foguistas da atividade econ mica A Conven o 138 diz respeito a todos os ramos de atividade econ mica incluindo pois os setores prim rio secund rio e terci rio A abrang ncia territorial n o foi esquecida especificando se que s o compreendidos tamb m os meios de transporte mar timo A refer ncia a meios de transporte tem por objeto evidente os navios entre outras coisas proibindo assim que os Estados Membros que viessem a ratificar o instrumento exclu ssem dos regulamentos sobre a idade m nima os navios registrados em seu territ rio mas que talvez jamais atracassem em seus portos C Idades m nimas Consultor da OIT no Brasil Representante do F rum de Preven o e Erradica o do Trabalho Infantil 37
141. alcanti de Albuquerque Corbisier Walfir Pinheiro de Oliveira Walmir Santana Bandeira de Souza SUM RIO ARRESENTA O suas ias nara NA DELA RDI REAL Us ita era anca 12 ESTUDOS A O CIVIL P BLICA PARA TUTELA DE INTERESSES DIFUSOS NA JUSTI A DO TRABALHO Adriana Maria de Freitas Tapety ii ierrrrerraeareaeaeeeeaeeeaeeenrerarranateana 13 MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO E A PRERROGATIVA DE PROMOVER DILIG NCIAS NOS PROCESSOS Marilda Rizzalti snoa a a ORE geada E Ea EN Epa 33 A CONVEN O 138 DA OIT SOBRE IDADE M NIMA E SUA RATIFICA O PELO BRASIL Ofis de OIVeIra Auien E a tas a A e da RISE RE a Ea Ag a 37 TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE GARANTIAS E VEDA ES Ana Em lia Andrade Albuquerque da Silva e eeeeeeeeeeeeeeanaes 48 TRABALHOS FOR ADOS E SEUS REFLEXOS NA EXPLORA O INFANTIL NA ZONA RURAL DO BRASIL Jairo Lins de Albuquerque Sento S renina ereeereeecereeeearea retas 54 A GREVE COMO LEG TIMO DIREITO DE PREJUDICAR L lia Guimar es Carvalho Ribeiro s snnsnnsnnensenennnnnnnsanananinnsnanenananisaninannnnnrnnnrnsanaannnnnrnrararannranene 59 A TERCEIRIZA O COMO INSTRUMENTO DA FLEXIBILIZA O DO MERCADO DE TRABALHO Jo selita Cardoso LS O simne a a a ed E LR NI E aa 65 EVENTOS ENCONTROS NACIONAIS DE COORDENADORES DE CODINS 74 FORUM CONTRA A EXPLORA O DO TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE 89 TERMOS DE
142. alhadores com as seguintes condi es m nimas de conforto higiene e seguran a imediatamente para as frentes de colheita que forem instaladas ap s a assinatura do presente termo e em at vinte dias para aquelas j existentes a instala o das moradias em locais autorizados sendo preferencialmente e se poss vel nas proximidades de c rregos ou cursos de gua limpa b piso em tijolo pedra madeira ou concreto pobre c cobertura com telhas amianto barro ou zinco d paredes em alvenaria ou madeira com p direito de no m nimo 3 50 metros caso a cobertura seja de telhas met licas e fossa seca f sanit rios individuais ou coletivos 101 g pontos fixos para dep sito armazenamento de lixo com sua regular coleta e transporte para aterro sanit rio h acondicionamento de gua pot vel tratada para servir s moradias em caixas em alvenaria cimento amianto ou metal suspensas e com tampa adequada i instala o de filtros para gua em todas as habita es com a conscientiza o dos trabalhadores sobre os benef cios de sua utiliza o j fornecimento de camas ou beliches com colch es de espuma suspensos ll 5 Ser garantido pela signat ria o fornecimento de transporte para retorno dos trabalhadores seus ou contratados por terceiros que lhe prestem servi os at o local de origem dos obreiros l6 A signat ria manter uma caixa de primeiros socorros sob supervis o de pessoa adestrad
143. alho escravo ou do menor que entende devam fazer parte da CODIN 5 R Levantou a quest o do espa o f sico da Procuradoria que dificulta a organiza o de uma estrutura de apoio para a CODIN bem como a escassez de funcion rios para apoio Haveria necessidade 78 de uma reformula o administrativa Sugere que a nova Coordenadoria aventada CODIP seja institu da exclusivamente no mbito da Procuradoria Geral 102R dem 3 Regi o quanto atribui o do ajuizamento dos diss dios coletivos CODIN 122 R Entende que o problema da institui o de Coordenadorias se resolve levando em conta a realidade das pessoas existentes em cada Regional e sua propens o A solu o seria muito pessoal dependendo da disposi o das pessoas de assumirem determinados encargos com esp rito de iniciativa Referiu tamb m escassez de pessoal de apoio na Regional 132 R A realidade das Procuradorias pequenas faz com que qualquer divis o seja invi vel especialmente pela aus ncia de estrutura de apoio para as Coordenadorias 152 R Idem 12 Regi o raz o pela qual as a es anulat rias e a es civis p blicas para responsabiliza o por greve abusiva se encontram afetas a outras Coordenadorias que n o a CODIN 172 R Sugere que n o se fa am novas divis es nas Procuradorias pequenas por falta de procuradores para atenderem s atribui es das mesmas Todos acabam tendo de se empenhar em tudo para atender o Trib
144. alores irris rios por cal ado pespontado o que n o permite ao dono da banca remunerar seus colaboradores de maneira correta constituir legalmente sua empresa recolher encargos trabalhistas registrar seus empregados e atender s normas m nimas de medicina e seguran a do trabalho em tais bancas de pesponto h intenso trabalho de menores inclusive de tenra idade especialmente nas empresas do tipo familiar revelia das normas que protegem a inf ncia e a juventude em nosso pa s seu pedido est fulerado no art 9 da CLT e na Instru o Normativa n 7 90 do Minist rio do Trabalho que desaconselham a terceiriza o de atividades fim das empresas no que foram corroborados pelo En 331 do C TST a terceiriza o dos servi os de pesponto restou comprovada pela fiscaliza o do trabalho como provam os documentos encartados no inqu rito civil p blico mencionado tais atitudes das reclamadas est a ferir o disposto nos artigos 5 XLI e 7 XXXIII da Constitui o Federal al m de colidiem com os arts 9 e 83 da CLT e En 331 do C TST Requer a condena o das reclamadas nos pedidos elencados no item X da peti o inicial Com a pe a proped utica fls 02 a 25 vieram os documentos de fls 26 a 387 129 Atribuiu causa o valor de R 10 000 00 Notificadas s fls 389 a 393 as reclamadas compareceram audi ncia inaugural fls 396 apresentando defesa escrita acompanhada de documentos f
145. amento insculpido no artigo 114 caput da vigente Carta Magna que a compet ncia para a causa do Foro Obreiro Segundo os termos da regra Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores abrangidos os entes de direito p blico externo e da administra o p blica direta e indireta dos Munic pios do Distrito Federal dos Estados e da Uni o e na forma da lei outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho bem como os lit gios que tenham origem no cumprimento de suas pr prias senten as inclusive coletivas H com efeito inequ voca identifica o entre a teleologia do provimento jurisdicional postulado comprova o da regularidade dos dep sitos do FGTS em favor das respectivas contas vinculadas titularizadas pelos empregados da demandada e o comando da disposi o gizada de meridiana clareza ao consagrar compet ncia especializada tamb m para outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho al m daquelas dizentes com diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores na hip tese sublinhada encontra suporte a a o ora em exame ressaltando se a n tida inten o do legislador constituinte no sentido de fazer alcan ar Justi a do Trabalho quest es calcadas em relacionamento de ndole contratual condi o a ser reconhecida irretorquivelmente no caso em tela onde o que pretende o aforante precisamente
146. an es pecuni rias n o poder reverter para o autor pois n o h um credor individual mas para o Fundo a que se refere a Lei n 7 347 85 art 13 J no caso de les o a direitos individuais homog neos que apresentam a caracter stica de serem divis veis isto nos quais poss vel individualizar os seus titulares a sua defesa n o se far por A o Civil P blica mas por A o Civil Coletiva Lei 8 078 90 art 91 na qual a senten a ter natureza reparat ria fixando a responsabilidade gen rica do r u pelo dano e possibilitando execu o individual ou coletiva nos termos dos arts 97 e 98 da Lei 8 078 90 Assim se o que se pretende uma indeniza o pelo dano causado a um n mero indeterminado de pessoas a repara o dever reverter para um fundo fluid recovery cujo objetivo a prote o aos bens e valores da coletividade Este rem dio da repara o fluida ser utilizado para fins diversos dos ressarcit rios mas conexos com os interesses afetados por exemplo o FAT no caso de les o a direitos difusos dos trabalhadores Se os interesses difusos s o fluidos e indivis veis n o seriam compat veis quando lesionados com uma repara o que pudesse ser apurada e quantificada em liquida o de senten a O fundo a que se refere o art 13 da Lei 7347 85 fluido fluid recovery porque n o se destina a repor ou recompor exatamente aquele bem lesado N o que n o seja isto o desej vel q
147. anizada que s o evidentes as defici ncias estruturais e as condicionantes da conjuntura social e econ mica que n o permitem a concretiza o dos direitos educa o sa de ao trabalho em condi es dignas ao lazer seguran a previd ncia social prote o maternidade e inf ncia e assist ncia no desamparo que o Estado n o vem cumprindo com a sua obriga o de promo o de tais direitos e de pol ticas p blicas voltadas para o pleno emprego e para a desconcentra o de renda dos meios de produ o e da terra bem como de provis o de rg os em n mero suficiente para o atendimento prioritariamente inf ncia e juventude que tais circunst ncias ensejam a inser o prematura no mercado de trabalho reproduzindo e perenizando o processo de exclus o que viola a ordem jur dica e o regime democr tico e obsta o conhecimento e o exerc cio da cidadania que a inser o precoce no mercado de trabalho dissociada de processo de profissionaliza o n o previne a marginalidade que tal inser o d se predominantemente de maneira informal escudada em falsos dilemas sociais e no sentimento generalizado de impunidade barateando ilegalmente m o de obra essencial atividade produtiva e ampliando os n veis de desemprego para o adulto que o trabalho infantil insuficientemente remunerado constitui na realidade contribui o m nima na complementa o da renda familiar gerand
148. anota o na CTPS em raz o de algum trabalhador n o possuir os documentos civis necess rios obten o da mesma mas tal n o impede o imediato registro do mesmo em Livro pr prio e cumprimento das demais obriga es trabalhistas 2 Entrega de recibos de pagamento de sal rios dscriminando as parcelas de proventos e descontos na forma legal 3 Fornecimento dos EPI s equipamentos de prote o individual necess rios ao trabalho bem como cumprimento da legisla o pertinente Seguran a e Medicina do Trabalho inclusive no tocante ao transporte de madeira 4 Adequar no prazo m ximo de at 180 cento e oitenta dias da assinatura do presente as moradias cedidas aos trabalhadores com as seguintes condi es m nimas de conforto higiene e seguran a a localiza o da moradia a uma dist ncia m nima de cinquenta metros dos fornos das carvoarias b piso em tijolo pedra ou concreto pobre c cobertura com telhas d paredes em alvenaria ou madeira caiadas e fossa s ptica f sanit rios coletivos g pontos fixos para armazenamento de lixo bem como sua regular coleta e transporte para aterro sanit rio h coloca o de filtros para gua em todas as casas e conscientiza o dos trabalhadores sobre os benef cios de sua utiliza o a gua que servir s moradias dever ser tratada e acondicionada em caixas d gua de alvenaria ou cimento amianto suspensas e com tampa pr pria e ser de uso
149. ante Ao representante legal cabe ainda extinguir o contrato de trabalho do adolescente quando o servi o possa provocar preju zos de ordem f sica ou moral Tamb m poder faz lo o Minist rio do Trabalho e o Juiz da Inf ncia e da Juventude Podendo firmar o contrato de trabalho o adolescente poder assinar os recibos de pagamento mas em se tratando de rescis o do mesmo s poder dar quita o com a assist ncia de seu respons vel legal V APRENDIZAGEM 1 Aprendizagem escolar Est gio profissionalizante O Estatuto da Crian a e do Adolescente define a aprendizagem como forma o t cnico profissional ministrada segundo diretrizes e bases da legisla o da educa o em vigor No que se refere ao est gio profissionalizante este se verifica como complementa o ao aprendizado te rico dado pelas escolas Regula o a Lei 6 494 77 que disp e em seu art 1 2 os est gios devem propiciar a complementa o do ensino e da aprendizagem a serem planejados executados acompanhados e avaliados em conformidade com os curr culos programas e calend rios escolares a fim de se constitu rem em instrumento de integra o em termos de treinamento pr tico de aperfei oamento t cnico cultural c ient fico e de relacionamento humano Vale ressaltar que no direito brasileiro o est gio importa necessariamente numa rela o triangular envolvendo a escola que encaminha a empresa que recebe e o aluno que pratica Tal r
150. anual de Direitos do Consumidor Ed Atlas 2 ed p g 198 Hugo Nigro Mazzilli A Defesa dos Interesses Difusos em Ju zo RT 1988 SP p gs 173 174 29 Origem Porto Alegre RS Autor Minist rio P blico do Trabalho R u Banco Sudameris S A Ju za Presidente Maria Helena Lisot A A o Civil P blica objetivou condenar a r a abster se de efetuar descontos referentes a pr mio de seguro nos sal rios de seus empregados sem a devida autoriza o sob pena de pagamento de multa di ria por trabalhador em rela o ao qual for violado o preceito a reverter em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT O pedido foi julgado integralmente procedente para reconhecer a ilegalidade dos descontos procedidos porque afrontam o princ pio da irredutibilidade do sal rio condenando o r u na referida obriga o n o fazer sob pena de multa di ria de R 1 000 revers vel ao Fundo de Amparo ao Trabalhador a partir do tr nsito em julgado da senten a B Aumento arbitr rio da jornada de trabalho A o Civil P blica n 1293 93 22 JCJ Origem Novo Hamburgo RSAutor Minist rio P blico do Trabalho R u Affeto Cal ados Ltda Juiz Presidente Cl vis F Shuch Santos A A o Civil P blica foi ajuizada objetivando condenar a r a retornar ao hor rio de trabalho anteriormente praticado a 06 04 92 em rela o aos empregados admitidos at aquela data e ainda empregados bem como a adequar a jornada de trabalho
151. ara dos Deputados pelo deputado Fl vio Bierrenbach quando tomou o projeto o n 3 034 84 Entretanto n o foi o projeto n 3034 84 que se converteu na Lei 7 347 85 Em dezembro de 1983 o Minist rio P blico de S o Paulo se reuniu no XI Semin rio Jur dico de Grupos de Estudos para apreciar a tese A o Civil P blica de autoria dos promotores de justi a Ant nio Augusto Mello de Camargo Ferraz Edis Milar e Nelson Nery J nior Por ocasi o deste semin rio discutiu se o mencionado projeto Bierrenbach que modificado pelo Minist rio P blico paulista foi apresentado como um novo an teprojeto ao ent o Ministro da Justi a Ibrahim Abi Ackel Assim muito embora j estivesse em tramita o o Projeto n 3 034 84 o Poder Executivo adotou a vers o criada pelo Parquet paulista encaminhando um novo projeto que recebeu o n 4 984 85 na C mara e o n 20 85 no Senado Ao final foi o projeto do Executivo que tramitando mais celeremente acabou sendo aprovado pelo Congresso Do projeto do Executivo aprovado na C mara e no Senado constava no inciso IV do art 1 norma de extens o pela qual tamb m encontrariam prote o nesta lei outros interesses difusos e coletivos Tal norma de extens o por m foi vetada pelo ent o Presidente da Rep blica Jos Sarney sob a alega o de que surgiria inseguran a jur dica diante de express o t o ampla e que ainda n o estava sedimentada na doutrina Apesar do lastim vel veto presi
152. argumenta o prefacial epigrafada legitimidade Ativ a Sustenta a demandada ainda car ncia de a o em virtude de suposta ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho Alega que a Constitui o Federal e a pr pria Lei 8 036 90 regulamentaram quem seria legitimado titularidade da causa o sindicato ao que entende Aduz inexistentes interesses difusos a salvaguardar mas apenas uma soma de interesses individuais dispon veis Repisa argumentos anteriormente tratados buscando a extin o do processo sem julgamento do m rito Mais uma vez data venia raz o n o lhe assiste justifica o da legitimidade da institui o ministerial bastaria esgrimir com o disposto no artigo 83 inciso Ill da Lei Complementar n 75 de 20 05 1993 conforme o qual Compete ao Minist rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho Ill promover a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para a defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente assegurados sm olvidar a regra inserta no artigo Ac RO 9495 91 1811 1992 2 Turma Relator Dr Ronaldo Jos Lopes Leal Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o n 26 p g 90 2 Coment rios Lei do Fundo de Garantia do Tempo de Servi o LTr Edit 22 ed S o Paulo 1991 p gs 372 e seguintes 113 129 da Carta de 1988 erigi
153. aridades acima apontadas e pulverza as categorias profissionais que acabam sendo enfraquecidas e submetidas a tratamentos desiguais e discriminat rios muitas vezes atentat rios pr pria dignidade humana O inqu rito civil p blico que instruiu a pe a exordial bem demonstra os resultados delet rios do processo de terceiriza o dos servi os de pesponto ligados s atividades fim das reclamadas Apesar de seu cunho administrativo sem a obrigatoriedade de observ ncia do sagrado princ pio do contradit rio referido inqu rito civil p blico foi bem instru do facultando a participa o e defesa das empresas do setor cal adista entre elas as reclamadas e demonstra saciedade as prec rias condi es de trabalho existentes na maioria das bancas de pesponto de Franca H de ser ressaltado ainda que a peti o inicial foi acompanhada por uma fita de videocassete contendo uma reportagem jornal stica do programa de televis o denominado 25 Hora da Rede Record de Televis o veiculado no dia 17 08 94 onde ficou demonstrado em linhas gerais a precariedade dos servi os desenvolvidos na maioria das bancas de pesponto de Franca onde inclusive crescente a contrata o de menores de 14 anos O material contido na referida fita de v deo em nenhum momento foi objeto de impugna o pela defesa que tamb m deixou de impugnar a s ria pesquisa intitulada Crian as que estudam e trabalham na cidade de Franca
154. arte significativa de suas vidas Em brilhante artigo publicado na revista S ntese Trabalhista n 58 de abril de 1994 fls 101 a 109 o Exmo Ministro do C TST Armando de Brito ao discorrer sobre o tema O Contrato Realdade e a Terceiriza o escreveu com muita propriedade Sob a capa de t o decantada moderniza o j de triste mem ria na hist ria pol tico administrativa recente deste Pa s fala se em terceirizar em nome de uma enganosa modernidade Busca se substituir s lidos conceitos relativos aos direitos sociais e individuais ao bem estar ao desenvolvimento igualdade e justi a como valores supremos de uma sociedade fraterna e pluralista fundada na harmonia social pela s frega onda da terceiriza o a qualquer pre o E isto n o poss vel Para ficarmos na mais recente na Constitui o da Rep blica de 1998 temos j definida a ordem econ mica e financeira fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa e que tem por fim assegurar a todos exist ncia digna conforme os ditames da Justi a Social Na fun o social da propriedade privada Na redu o das desigualdades regionais e sociais Na busca do pleno emprego art 170 da Constitui o Federal Por seu turno no T tulo VIII da mesma Constitui o art 193 est expresso como disposi o geral relativa ordem social A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a Justi a Soc
155. assecurat ria do resultado pr tico da medida assume a empresa uma obriga o de FAZER qual seja submeter todos os documentos relativos celebra o execu o ou extin o dos contratos de trabalho a visto perante o Sindicato dos Trabalhadores no Com rcio de Min rios e Derivados de Petr leo do Estado de Goi s que enviar ao seu estabelecimento sede um representante para tal fim na seguinte periodicidade mensalmente at o dia 15 quinze de cada m s ou no primeiro dia til subsequente nos primeiros 6 seis meses de vig ncia do presente compromisso novembro 1994 dezembro 1994 janeiro 1995 fevereiro 1995 mar o 1995 e abril 1995 bimestralmente at o dia 15 do ltimo m s do bimestre ou no primeiro dia til subsequente de 6 seis at 12 doze meses de vig ncia do presente compromisso junho 1995 agosto 1995 e outubro 1995 trimestralmente at o dia 15 do ltimo m s do trimestre ou no primeiro dia til subsequente de 12 doze at 18 dezoito meses de vig ncia do presente compromisso janeiro 1995 a abril 1996 semestralmente at o dia 15 dos meses de outubro e abril de cada ano ou no primeiro dia til subsequente de 18 dezoito meses de vig ncia do presente instrumento at ulterior delibera o das partes O Sindicato fornecer ao Minist rio P blico do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da 18 Regi o Coordenadoria de Defesa do Trabalhador nos autos do Inqu rito C
156. aura Martins Maia de Andrade Maria Jos Sawaya de Castro P do Vale Marisa Marcondes Monteiro Oksana Maria Dzi ra Boldo Maria Cec lia Leite O Segurado Cristina Aparecida R Brasiliano Jos Eduardo Duarte Saad Vit rio Morimoto Munir Hage Ruth Maria Fortes Andalafet Rovirso Aparecido Boldo C ndida Alves Le o Maria Helena Le o Jos Valdir Machado Graciene Ferreira Pinto M nica Furegatti Egle Rezek Andr a Isa Ripolli Mar lia Romano Z lia Maria Cardoso Montal M rcia de Castro Guimar es Marisa Regina Murad L Barbosa Manoel Jorge e Silva Neto Wiliam Sebasti o Bedone Sandra Borges de Medeiros Marta Casadei Monezzo Maria Isabel Cueva Moraes Miriam Wenzi Pardi ngela Cristina Santos Pincelli Cintra Sidnei Alves Teixeira Almara Nogueira Mendes Paulo C sar de Moraes Gomes Andr a Ehlke Mucerino Suzana Leonel Farah Luiz Felipe Spezi Zulma Hertzog Fernandes Veloz Norma Profeta Marques Luiza Yukiko Kinoshita Arl lio de Carvalho Lage Luiz Alberto Teles Lima PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 3 REGI O Maria L cia Cardoso de Magalh es Antonio Carlos Penzin Filho ngela Maria Gama e Mello de M Pinto Eduardo Maia Botelho Maria Cristina Dutra Femandes Maria Magd Maur cio Santos J nia Soares N der Maria de Lourdes Queiroz J nia Castelar Savaget SEDE Belo Horizonte MG Elson Vilela Nogueira Roberto das Gra as Alves Yamara Viana de Figueiredo Azze M rcia Campos Duarte Flore
157. autoriza o 4 votos B Funcionamento das CODINs a com vincula o ao Procurador Chefe que autoriza a instaura o do inqu rito podendo delegar suas fun es ao Coordenador da CODIN quanto instaura o dos inqu ritos 38 votos e b com total independ ncia do Procurador Chefe 6 votos 5 Tema Legitimidade nas Quest es de Meio Ambiente do Trabalho Diz respeito a se saber se seria exclusiva do MPT ou concorrente com o MP local estadual A realidade vivenciada por diversos Regionais a da impossibilidade de fazer frente ao n mero imenso de den ncias e irregularidades encontradas nesse campo sendo que em alguns Estados o Minist rio P blico local j possui centenas de inqu ritos e a es civis p blicas ajuizadas sobre o tema Se por um lado seria conveniente a legitimidade concorrente de modo a que nas cidades onde seja dif cil a atua o de membro do MPT possa a irregularidade ser sanada com base na atua o do promotor de justi a local por outro a controv rsia tipicamente trabalhista por dizer respeito ao descumprimento da legisla o laboral ainda que possa decorrer da falta de seguran a no ambiente de trabalho algum acidente Ademais em algumas Regionais foi suscitado conflito positivo de compet ncia pois as a es ajuizadas pelo MP local t m sido na Justi a Comum tendo o MPT instaurado inqu rito id ntico e ajuizado a o civil p blica na Justi a do Trabalho Tendo em vista a pales
158. balho apregoadas as partes do processo supra referido para esta audi ncia de leitura e publica o de senten a Ausentes as partes A seguir colhidos os votos dos Srs Ju zes Classistas passou a Junta a decidir por MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO move A O CIVIL P BLICA contra DEPARTAMENTO ESTADUAL DE PORTOS RIOS E CANAIS DEPRC requerendo o disposto a fis 02 04 O reclamado contesta fundamentadamente a fls 88 96 Juntaramse documentos As partes aduziram raz es finais remissivas A ltima proposta conciliat ria foi rejeitada E o relat rio ISTO POSTO 1 Da Inicial Atrav s da presente A o Civil P blica proposta em conformidade com os artigos 127 e 129 da Constitui o Federal bem como com as Leis 7 347 85 8 078 90 e Lei Complementar n 75 93 pretende o Minist rio P blico do Trabalho que seja determinado que o DEPARTAMENTO ESTADUAL DE PORTOS RIOS E CANAIS utlize a m o de obra dos trabalhadores contratados atrav s do Sindicato dos Arrumadores nos estritos limites fixados em lei sendo que as atividades administrativas do R u sejam desenvolvidas apenas por trabalhadores diretamente contratados para tal fim sem intermedia o do referido Sindicato Entende o Minist rio P blico do Trabalho que a utiliza o de m o de obra de trabalhadores contratados pelo Sindicato dos Arrumadores nas atividades administrativas do DEPRC assim entendidas aquelas relacionadas com os servi os burocr ticos tais como escritur
159. balho Procuradoria Regional do Trabalho da 18 Regi o Coordenadoria de Defesa do Trabalhador FGTS PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 17 REGI O TERMO DE COMPROMISSO A CESDONT Centro Odontol gico Ltda CGC MF 31 815 814 0001 08 e a Maternidade Nossa Senhora da Concei o Ltda CGCMF 36 341 113 0001 06 neste ato representada por seu representante legal Dr Nielson Geraldo Rocha brasileiro casado advogado inscrito na OAB MG sob o n 46 171 estabelecidas Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes 2 601 Bento Ferreira Vit ria e na Rodovia Vit ria Jacara pe Km O Carapina Serra respectivamente firmam nos termos do Artigo 5 Par grafo 6 da Lei 7 347 85 perante o Minist rio P blico do Trabalho representado pelo Dr Carlos Herrique Bezerra Leite Procurador do Trabalho o presente termo de compromisso no sentido de regularizar at o dia 06 07 94 os recolhimentos do FGTS fazendo a devida comprova o nesta Procuradoria Regional at o dia 20 07 94 O descumprimento do presente termo sujeitar as empresas ao pagamento de multa no valor de 100 CEM URV Unidade Real de Valor por empregado revers vel ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador de conformidade com o disposto nos Artigos 5 e 13 da Lei 7 347 85 Vit ria ES 08 de abril de 1994 Nielson Geraldo Rocha Advogado da CESDONT e Mat N Sra da Concei o Lida Luciane Ferreira de Souza Preposta da CESDONT e Mat N Sra da Concei o Lida
160. biente ao patrim nio art stico hist rico paisag stico est tico e direitos do consumidor acabou impedindo durante algum tempo a sua utiliza o em rela o aos interesses coletivos e difusos de natureza trabalhista Entretanto a partir da Constitui o Federal de 1988 art 129 III e da edi o da Lei n 8 078 90 art 110 o inciso IV do art 1 da Lei n 7 347 85 vetado anteriormente foi totalmente restitu do possibilitando o ajuizamento da A o Civil P blica para a defesa de qualquer interesse difuso ou coletivo incluindo obviamente os de natureza trabalhistaDe acordo com o artigo 114 da Constitui o Federal Justi a do Trabalho compete conciliar e julgar n o s as quest es oriundas das rela es de emprego mas tamb m na forma da lei outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho Neste sentido encontram se os trabalhadores tempor rios Lei n 6 019 de 1974 e os empreiteiros oper rios ou art fices CLT art 652 III a bem como os avulsos e eventuais Deste modo a Constitui o Federal ampliou a compet ncia da Justi a do Trabalho que a Carta anterior art 142 CF 69 restringia concilia o e julgamento de diss dios entre empregadores e empregados Assim concluiu o mestre Ives Gandra Martins Filho Se a inten o do Constituinte foi abranger n o apenas os empregados mas tamb m os demais trabalhadores avulsos tempor rios eventuais atingiu tamb m outros objet
161. ca devendo prevalecer neste particular N o bastasse isso a presente a o tem natureza diversa das a es coletivas de que trata a CLT em seu art 678 acima referido J a compet ncia material da Justi a do Trabalho para processar e julgar esta demanda est fulcrada no artigo 114 da Constitui o Federal combinado com o artigo 83 III da Lei Complementar n 75 93 que disciplina a compet ncia constitucional do Minist rio P blico do Trabalho art 129 III da CF para promover a a o civil p blica no mbito desta Justi a Especializada para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos Ao contr rio do que alegam as reclamadas a inicial apontou os direitos sociais constitucionalmente garantidos que v m sendo desrespeitados em seu item IX fls 18 al m de outros Portanto declara se a compet ncia n o s da Justi a do Trabalho como tamb m deste rg o Julgador para processar e julgar esta demanda raz o pela qual fica rejeitada esta preliminar 2 Das preliminares de ilegitimidade de parte e inexist ncia de interesse espec fico do Minist rio P blico do Trabalho para a reclama o proposta Estas quest es j foram apreciadas e rejeitadas no termo de audi ncia de fls 634 a 638 Cumpre entretanto ressaltar que a legitimatio ad causam do Minist rio P blico do Trabalho para propor esta demanda vem assegurada pelo art 129 Il da CF
162. cedida pela jurisprud ncia de algumas Turmas do TST formulou pedido de revis o do referido verbete sumulado a nova S mula editada Enunciado n 331 veio a ampliar as hip teses de loca o de m o de obra legal para incluir os servi os de limpeza e outros ligados a atividades meio das empresas tomadoras de servi os Com isso a orienta o seguida atualmente pela CODIN PGT para tratamento da mat ria a de diferenciar loca o de m o de obra onde haveria substancialmente fornecimento de pessoal de presta o de servi os em que a prestadora operaria com seu pr prio equipamento ainda que dentro das instala es da tomadora dos servi os Quanto loca o de m o de obra somente aquela ligada atividade meio seria legal A detecta o da esp cie de atividade se fim ou meio seria feita pelo crit rio da exist ncia ou n o de similaridade das atividades do pessoal locado com o pessoal pr prio da empresa Assim por exemplo no caso do inqu rito sobre terceiriza o no Banco do Brasil exigiu se o cumprimento do termo de compromisso em rela o aos digitadores de vez que tal atividade poderia ser desenvolvida pelos pr prios banc rios que atuam nesse setor Assim a terceiriza o legal seria apenas aquela concernente presta o de servi os ou loca o de m o de obra para atividade meio Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 12 R Entende que mesmo com a utiliza o de equipamento da emp
163. cendo ainda em seu art 427 Todo Estado dever organizar um servi o de fiscaliza o para assegurar a aplica o das leis e dos regulamentos de prote o aos trabalhadores Diversas Conven es Internacionais foram assinadas e ratificadas por diversos pa ses comprometendo se dentre outras coisas ao estabelecimento de uma idade m nima para o ingresso no trabalho proibi o do trabalho noturno para crian as dura o da jornada de trabalho e mais recentemente total erradica o do trabalho infantil No Brasil ap s a Constitui o Federal de 1891 uma das primeiras preocupa es do governo foi regulamentar o trabalho da crian a dando origem posteriormente ao C digo de Menores aprovado pelo Decreto 17 943 A de 12 de outubro de 1927 Mas as maiores prote es ao trabalhador brasileiro em geral e crian a em particular deu se com o governo de Get lio Vargas que atrav s do Decreto 22 042 de 3 de novembro de 1932 estabelecia condi es de trabalho das crian as na ind stria J em maio de 1939 era expedido o Decreto lei 1 238 criando cursos de aperfei oamento profissional Em 1941 expediu se o Decreto 3 616 de 13 de setembro que mantendo as disposi es anteriores as aprimorou criando ainda a carteira de trabalho para o menor de idade Atualmente a Constitui o de 1988 assegura crian a e ao adolescente in meros direitos e garantias previdenci rias e trabalhistas mat ria esta regula
164. cia da lei quer nos pareceres que devam exarar quer nos recursos que v m interpondo no caso de haver descompasso entre a decis o e o entendimento do rg o que haja intervindo como custos legis Para justificarmos a forma de atua o que temos adotado necess ria a sustenta o de nosso racioc nio jur dico de que o Minist rio P blico do Trabalho tem legitimidade para requerer dilig ncias em processos que tramitem em grau de recurso especialmente quando a mat ria pode e deve ser examinada em qualquer grau de jurisdi o e at mesmo de of cio 1 A lei considera necess ria a interven o do Minist rio P blico do Trabalho fundada no interesse p blico Sob a tica da Lei Org nica do Minist rio P blico e em face dos postulados que a Constitui o Federal consagra em que momento processual o Minist rio P blico do Trabalho deve intervir O Minist rio P blico do Trabalho deve manifestar se em qualquer fase do processo trabalhista acolhendo solicita o do juiz ou por sua iniciativa quando entender existente interesse p blico que justifique a interven o art 83 Il da Lei Complementar n 75 93 Tem ainda o dever de funcionar nas sess es dos Tribunais Trabalhistas manifestando se verbalmente sobre a mat ria em debate sempre que entender necess rio sendo lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento podendo solicitar as requisi es e dilig ncias que julgar convenientes art
165. cional art 37 Il da Constitui o da Rep blica Ill N o forma v nculo de emprego com o tomador a contrata o de servi os de vigil ncia Lei n 7 102 de 20 06 83 de conserva o e limpeza bem como a de servi os especializados ligados atividade meio do tomador desde que inexistente a pessoaldade e a subordina o direta Gi grifamos De maneira inteligente e sens vel primazia dos valores sociais e humanos protegidos pela ordem constitucional entre os quais se insere a pro te o rela o de emprego art 7 I da CF o E TST decidiu manter seu entendimento sobre a ilegalidade da terceiriza o de atividades fim das empresas Ora a terceiriza o de atividades fim confessada pelas reclamadas nada mais do que a contrata o de trabalhadores por empresas interpostas ou seja a intermedia o da m o de obra ou ainda a internacionalmente conhecida e repudiada marchandage Sem tais servi os que s o essenciais produ o de cal ados as reclamadas ou n o conseguiriam fabricar cal ados ou n o conseguiriam produzir as mesmas quantidades atualmente produzidas E bvio que as empresas terceirizadas funcionam como meras intermedi rias e exploradoras da m o de obra destinada ao pesponto de cal ados e das demais atividades fim discriminadas na inicial O mesmo C TST vem admitindo a terceiriza o de servi os especializados por m apenas aqueles ligados atividade meio do
166. cis o Contratual com o valor das verbas rescis rias a serem pagas consignadas em seus respectivos campos bem como com os descontos procedidos apresentando nesse caso o doc umento respectivo 2 recolher nos prazos devidos os valores relativos ao Fundo de Garantia por Tempo de Servi o dos seus empregados 3 pagar em dinheiro e devidamente corrigido pela TR Taxa Referencial o valor relativo metade das verbas rescis rias consignadas nos Termos de Rescis o Contratual constantes do presente Inqu rito Civil P blico relativos aos denunciantes bem como os valores correspondentes aos vales anexos aos Termos de Rescis o Contratual juntados pelo Sindicato da categoria quando por ocasi o do depoimento do seu Presidente trouxe ao conhecimento deste Minist rio P blico den ncia no mesmo sentido da que deu ensejo a este Inqu rito valor este retido por ocasi o da rescis o contratual procedimento irregular que reconhece estar comprovado no presente nos termos seguintes 3 1 no pr ximo dia 18 de julho s 15 00 quinze horas comparecer a esta Procuradoria para efetuar o pagamento dos valores devidos dos seguintes ex empregados Edjailson da Silva Renato dos Santos Dalva Leite Ferreira Elisabeth Sales da Silva 103 Delzuleide Co lho da Silva Lucia Pessoa da Silva Moacir Santana Antunes Renato Lemos dos Reis Jos Carlos de Oliveira Jos de Ribamar da Silva Chavez Francisco Miguel da Silva Jordina Maria Campos
167. coletivo 5 No que pertine sa de dos trabalhadores a manter em cada unidade de produ o de carv o caixa de primeiros socorros sob a supervis o de pessoa treinada b realizar exames m dicos admissionais e demissionais conforme legisla o vigente c realizar periodicamente palestras sobre saneamento b sico higiene pessoal e preven o de acidentes para todos os trabalhadores env olvidos nas diversas etapas da produ o carvoeira d estimular e facilitar em conjunto com os rg os p blicos os programas de vacina o Il Da obriga o de n o fazer A empresa signat ria declarando se SOLIDARIAMENTE respons vel pela obriga o exigr das empreiteiras que lhes prestam ou venham a prestar servi os na produ o de carv o nos limites do territ rio de Minas Gerais e em especial nas localidades de ABAET BOCAI VA BURITIZEIRO CURVELO ENGENHEIRO NAVARRO FELIXL NDIA JO O PINHEIRO LAGOA GRANDE LASSANCE PAINEIRAS PARACATU PARAOPEBA POMPEU VARZEA DA PALMA onde possui propriedades e nos munic pios seguintes onde adquiriu florestas lenha em p tamb m para a atividade de carvoejamento AUGUSTO DE LIMA CARBONITA BOCAI VA S O JO O DO PARA SO e SENADOR MODESTINO GON ALVES a 1 n o manter trabalhadores sem registro e sem o cumprimento das demais obriga es previdenci rias e trabalhistas 2 n o empregar menores de 14 anos e ou permitir que as empreiteiras o fa am e ainda n o deixa
168. consumidores mas isso pode ser inferido a partir do art 160 que disp e sobre a Ordem Econ mica e Social prescrevendo em seu inciso V a repress o ao abuso do poder econ mico 18 Assim dentre os v rios interesses difusos cuja tutela prevista expressamente a n vel constitucional temos assist ncia maternidade inf ncia e adolesc ncia art 203 I e Il ensino prim rio gratuito art 208 prote o ao patrim nio hist rico cultural e paisag stico at 216 e 1 a propriedade como fun o social art 170 Ill interdi o de discrimina es sociais art 5 e XII prote o liberdade de iniciativa art 170 IV e par grafo nico prote o for a trabalho art 170 VIII e par grafo nico entre outros Em rela o ao Direito do Trabalho a tutela jurisdicional ainda mais ampla de acordo com a Constitui o Federal art 114 8 2 dada a abrang ncia de seu car ter normativo N o permitir que interesses difusos existentes no plano f tico e latentes na sociedade sejam objeto de tutela jurisdicional enquanto n o consagrados expressamente em lei abrir uma brecha para que estes conflitos sejam solucionados por meios bem menos pac ficos causando a m dio prazo uma grande insatisfa o social al m da descren a na efic cia dos instrumentos estatais de resolu o de conflitos O Judici rio n o pode se omitir ou permanecer temeroso diante da amplitude oferecida pela a o ci
169. da arts 125 128 organizava o Minist rio P blico da Uni o junto Justi a Comum a Militar a Eleitoral e a do Trabalho Assim n o obstante o desenvolvimento do MPT ao longo dos anos imperioso reconhecer que somente com a Constitui o Federal de 1988 o multicitado rg o atingiu seu pleno desenvolvimento a partir da inser o do Minist rio P blico no cap tulo destinado s fun es essenciais Justi a no t tulo da Organiza o dos Poderes A compet ncia do Minist rio P blico do Trabalho est enumerada no art 83 da Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o Lei Complementar n 75 de 20 05 93 Dentre as suas relevantes atribui es cabe a proposi o de a es necess rias defesa dos direitos e interesses de menores conforme inc V do art 83 deste diploma O Minist rio P blico do Trabalho h muito vem atuando nesse sentido Sua interven o ocorre mediante o ajuizamento de Reclama es Trabalhistas em favor de menores entendidos estes na esfera laboral como os de idade inferior a 18 anos que n o tenham representante legal Propostas as a es cab veis concernentes rela o de emprego dar se o acompanhamento por um Procurador do Trabalho at o seu t rmino ou at que o menor complete a maioridade O Parquet Laboral tamb m recebe den ncias relativas explora o do trabalho da crian a e do adolescente Recebida a den ncia que diga respeito infring ncia de normas trabalhi
170. da C mara de Coordena o e Revis o no sentido de colocar a CODIN dentro da C mara e instituir outra Coordenadoria para Defesa do Interesse P blico que abrangeria as quest es de Trabalho Escravo e Trabalho do Menor fez necess ria a defini o das esferas de atua o desses rg os Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 12 R Seria desnecess ria a divis o de atribui es na atua o como rg o agente com a cria o de novas Coordenadorias para defesa do interesse p blico Apontou a escassez de recursos humanos como elemento limitativo para ampliar o n mero de coordenadorias j existente 2 R Apenas os diss dios coletivos ainda que a es de natureza coletiva n o estariam afetos CODIN mas a uma Coordenadoria pr pria 32 R Idem 1 Regi o ainda que atualmente esteja a 3 PRT funcionando com 4 coordenadorias de compet ncia recursal de menores de a es origin rias e da defesa de interesses difusos e coletivos abrangen do os diss dios coletivos em que a de a es origin rias engloba algumas a es que seriam pr prias da CODIN Prop e que os diss dios coletivos sejam incumb ncia da CODIN 4 R Como o tem rio da reuni o seria dirigido especialmente para temas de direito material e n o de direito processual n o teria sugest es quanto quest o procedimental mas apenas se fosse para fixar mat rias de direito material a serem englobadas pela CODIN tais como trab
171. de cada caso concreto Tamb m o legislador quis enfocar o termo suspens o porque na realidade quem faz a greve tem como escopo reivindicar direitos e n o abandonar o emprego com a conseguente extin o do contrato de trabalho Por isso que todos os direitos e deveres do contrato individual de emprego subsistem at o dia em que as categorias r esolvem o impasse e acabam com o movimento paredista Por outro lado diz se paralisa o coletiva porque inconceb vel greve de um trabalhador isolado Como bem assinala o insigne jurista Amauri Mascaro Nascimento a greve um fen meno de grupo e s como tal se consubstancia in Coment rios Lei de Greve Editora LTr p gs 44 45 M rcio T lio em sua Tese de Doutorado Do Direito de Resistir assevera que embora derive em ltima an lise da necessidade de preserva o a greve mais que a simples soma do direito de cada um em fazer face opress o do capital exerc cio coletivo da liberdade de n o trabalhar e exatamente por ser Coletivo tem algo de pr prio de diferente n o se confunde com o interesse de cada um o grifo do autor Tempor ria h de ser um movimento tempor rio porque se for indefinido configuraria abandono de emprego pelos empregados recaindo na rescis o contratual por justa causa Ademais ningu m faz greve com o intuito de n o voltar a trabalhar Suspens o pac fica os grevistas t m a liberdade de n o trabalhar
172. de que inexistente a pessoalidade e a subordina o direta V O inadimplemento das obriga es trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade subsidi ria do tomador dos servi os quanto quelas obriga es desde que este tenha participado da rela o processual e conste tamb m no t tulo executivo judicial Com essa nova orienta o pretoriana o Minist rio P blico do Trabalho recuou na tentativa de exigir contrata o direta mediante concurso p blico de pessoal de limpeza e assemelhados no mbito dos bancos oficiais exce o feita aos servi os de digita o que s o prestados em car ter de pessoaldade e tamb m porque em se tratando de empreendimento banc rio n o podem ser considerados como atividade meio nos termos do Enunciado n 239 do TST Embora j superada com a nova orienta o do TST atrav s do Enunciado 331 a argumenta o desenvolvida pelo Minist rio P blico do Trabalho merece reparos quando pretende subtrair aos bancos oficiais a faculdade de contratarem presta o de servi os para atividades meio sob a alega o de que a Lei n 5 645 74 ao tratar a mat ria s se dirige Administra o Direta e Autarquias que referida Lei apenas explicitou e ainda assim de forma exemplificativa as atividades suscet veis de execu o indireta fazendo remiss o expressa ao Decreto lei n 200 67 art 10 7 o qual ao prescrever essa modalidade de descentraliza o o fez em rela
173. de sisal cana de a car etc depedendo da regi o do Brasil O gato n o possui a menor preocupa o de verificar se os trabalhadores disp em ou n o de qualquer documento de identifica o e muito menos Carteira de Trabalho e Previd ncia Social Acrescente se a isto o fato do b iafria nem de longe conhecer quais os direitos que possui oriundos da rela o laboral que ir celebrar somado ao estado de mis ria em que vive o que cria nele a falsa impress o de que poder melhorar o seu padr o de vida O arregimentador normalmente adianta uma pequena percentagem em dinheiro ao trabalhador a fim de que este atenda as necessidades mais b sicas de sua fam lia por um determinado per odo antes de viajar para o local em que ir realizar a atividade laboral Desse modo j inicia o v nculo empregat cio contraindo d vidas perante o seu futuro empregador Ao chegar ao seu destino recebe os equipamentos essenciais para realizar o seu trabalho como fac o facas botas chap u etc juntamente com aqueles fundamentais para a sua sobreviv ncia rede de dormir panelas mantimentos lonas para barraca e outros O detalhe que todos estes s o cobrados pelo empregador e o que pior a pre o bem superior ao do mercado em frontal desrespeito ao que estabelece a legisla o trabalhista vigente em especial o art 458 e par grafos da CLT O que termina acontecendo na pr tica que o empregado endivida se tanto junto ao seu patr o que
174. dencial que apenas privou a doutrina e a jurisprud ncia de sedimentar os conceitos referentes prote o dos direitos difusos desde ent o a Lei mesmo da maneira como foi sancionada representou um grande avan o na defesa da coletividade O sucesso da a o civil p blica gerou press es da sociedade no sentido de ampliar a prote o jurisdicional a todos os interesses coletivos e difusos Assim por ocasi o da feitura da Constitui o Federal de 1988 o veto presidencial ao inciso IV do art 1 da Lei 7 347 85 j tinha perdido grande parte de sua subst ncia devido ao disposto no art 129 Ill da Nova Carta que conferia ao Minist rio P blico a norma residual de atua o em favor de outros interesses difusos e coletivos e n o apenas os especificados em lei Em alguns diplomas legislativos posteriores Constitui o como na Lei 7 913 89 que disp s sobre a o civil p blica de responsabilidade por danos causados aos investidores no mercado imobili rio na Lei 7 853 89 que disp s sobre a o civil p blica em defesa das pessoas portadoras de defici ncia ou Cf Jos Geraldo Filomeno in Manual de Direitos do Consumidor Ed Atlas 2 ed p g 184 Hugo Nigro Mazzilli A Defesa dos Interesses Difusos em Ju zo S o Paulo Ed RT 1992 p g 69 6 cf Hugo Nigro Mazzilli op cit p g 74 14 na Lei 8 069 90 que disp s sobre a prote o judicial dos interesses difusos e coletivos da crian
175. dicos que entende n o al m de 5 do valor eventualmente devido Junta extenso conjunto de documentos a confortar o aduzido Baldados os esfor os da bem articulada defesa no que diz com as preliminares melhor sorte n o assiste demandada no aspecto merit rio da lide Rejeita se primeiramente a alegada in pcia da inicial a exordial n o padece da pecha assinalada na defesa restando observados saciedade os requisitos impostos pelo artigo 840 par grafo 1 da CLT No mais o alegado descumprimento pela empresa da obriga o de depositar em contas vinculadas de empregados seus valores constituti vos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi o not ria e inquestion vel Com todo efeito j no aforamento da demanda a institui o ministerial deligenciou desincumbir se do nus de prova imposto pelo artigo 818 da CLT trazendo documentos substancialmente relevantes ao deslinde da causa verifiquemse nesse sentido os de fls 09 emitido pelo rg o gestor 10 e 11 da Delegacia Regional do Trabalho e 12 a 14 demonstrando que uma vez instada a diligenciar comprova o de regularidade quedou se inerte a empregadora Tal conjunto probat rio n o sofreu qualquer contesta o remanescendo incontroverso o descumprimento ao regrado no artigo 15 da Lei 8 036 90 de clara intelec o ao ordenar que Para os fins previstos nesta Lei todos os empregadores ficam obrigados a depositar at o dia 7 sete de cada m s em co
176. didas notifica es recomendat rias a todas as municipalidades baianas para que se abstivessem de contratar pessoal sem concurso 6 R Uma das formas de burlar a exig ncia legal tem sido a de ampliarem o quadro de cargos de confian a englobando inclusive pessoal de n vel prim rio Tem oficiado ao MP Estadual para a responsabiliza o administrativa a 9 R As empresas estatais t m procedido a testes seletivos em vez de concursos como a PETROBR S No mbito da Secretaria de Educa o do Estado do Paran cerca de 60 dos professores que est o lecionando nas escolas p blicas t m sido contratados sem concurso como tempor rios Sugere a ado o de recomenda es conjuntas com o Minist rio P blico Estadual e o Tribunal de Contas do Estado para coibir a praxe no mbito das prefeituras e a tomada de termo de compromisso do pr prio governo do Estado em rela o contrata o irregular de professores No caso da TELEPAR em que a m o de obra locada havia sido absorvida sem concurso obtiveram a assinatura de termo de compromisso para realiza o de concurso no qual a empresa pretendia contar como t tulo o tempo de servi o prestado pelos candidatos como m o de obra locada tal condi o n o constou do termo 10 R Os inqu ritos que t m aberto sobre a mat ria devem se a not cias de irregularidade reportadas em processos submetidos a parecer especialmente no mbito da ELETRONORTE Apontou tamb m den nc
177. din rio de servi o Insere se portanto nas atividades regulares e normais da empresa tomadora N o se trata a portanto de destacar setor ou atividade anteriormente desempenhada pela tomadora do trabalho para transferi la a uma terceira empresa como ocorre na terceiriza o J no contrato de presta o de servi os locatio operarum o objeto n o propriamente a coloca o de m o de obra disposi o da tomadora mas a realiza o de atividades secund rias que a tomadora resolveu destacar da organiza o cometendo as a terceiros Na presta o de servi os a contratada admite assalaria e dirige o pessoal necess rio ao cumprimento do objeto do contrato Det m o 69 poder diretivo e de comando Os empregados destacados para a execu o dos servi os n o passam a integrar a estrutura org nica da tomadora No contrato de empreitada como na presta o de servi os diversamente do trabalho tempor rio o empreiteiro quem admite assalaria e dirige o pessoal encarregado da execu o da obra ou do servi o O que distingue a presta o de servi os da empreitada que nesta as partes visam ao resultado da atividade do empreiteiro o labore facto ex pintura de um pr dio na presta o de servi os a pr pria atividade o labore faciendo o objeto da contrata o ex limpeza transporte e conserva o Naquele remunera se a obra pronta sem atender ao tempo utilizado na sua execu o Nesta
178. dmiss o ao emprego no texto original de 1943 nada inovou em rela o ao Decreto 3 616 41 A Constitui o de 1946 fixou a idade m nima b sica de admiss o ao emprego aos 14 anos e a idade m nima superior de 18 anos para o trabalho noturno e insalubre A Constitui o de 1967 e sua Emenda n 1 1969 demarcaram a idade m nima b sica aos 12 anos e a idade m nima superior aos 18 anos para o trabalho noturno e insalubre Estas duas Constitui es interromperam uma tradi o legislativa que desde o Decreto 22 042 322 apontava a idade m nima b sica aos 14 anos Em conson ncia com estas duas Constitui es houve uma altera o no texto da CLT arts 80 402 e 403 hoje revogados nos limites acima expostos Com exce o dos textos constitucionais de 1967 e 1969 werificase que houve uma eleva o progressiva da idade m nima de admiss o ao trabalho nas normas brasileiras ordin rias e constitucionais Pode se pois dizer que o Brasil tem uma tradi o legislativa que lhe permite assumir o compromisso de adotar a pol tica exigida pelo artigo primeiro da Conven o 138 3 O art 10 da Conven o 138 enumera as diversas conven es de que ela revis o a maioria das quais n o foi ratificada pelo Brasil Em ratificando pois a Conven o 138 o Brasil estar recuperando um atraso injustific vel e assumindo um compromisso internacional relevante 4 Uma futura ratifica o da Conven o 138 pelo Brasil implicar
179. do Distrito Federal que a lei da ACP omitia inexplicavelmente tamb m introduziu o 3 no qual possibilitou o Iitiscons rcio facultativo entre os Minist rios P blicos da Uni o do Distrito Federal e dos Estados De todos os legitimados ativos a experi ncia tratou de demonstrar que desde a institui o da lei das in meras a es civis p blicas movidas praticamente todas foram por iniciativa do Minist rio P blico E em raz o de suas fun es institucionais de zelo pela observ ncia das leis e da Constitui o bem como da defesa dos interesses indispon veis da sociedade o Minist rio P blico figura essencial na defesa dos interesses difusos e coletivos devendo de acordo com o 8 1 do art 5 da Lei 7 347 85 se n o atuar como parte intervir como custos legis presumindo a lei o seu interesse de agir No tocante legitimidade para a propositura das A es Civis P blicas Trabalhistas na defesa de interesses coletivos a mesma assegurada de forma concorrente ao Minist rio P blico do Trabalho e aos sindicatos CF aris 8 III e 129 8 1 Lei n 7 347 85 art 5 I e Il LC 75 98 art 83 III Por m a defesa de tais interesses por parte do Minist rio P blico se d de forma muito mais abrangente pois enquanto os sindicatos defendem os trabalhadores CF art 8 II o Minist rio P blico defende a pr pria Ordem Jur dica protetora dos interesses coletivos dos trabalhadores CF art 127 Adema
180. do O Coordenador ponderou que a ado o de um tertius genus para solver o problema da compet ncia geraria problemas adicionais quanto viabilidade da proposta no que diz respeito fixa o da natureza da a o e forma de execu o raz o pela qual um novo projeto seria elaborado pela CODIN PGT atendendo dentro do poss vel as sugest es fornecidas ao longo dos 3 dias de reuni es Os representantes das Regionais pediram ent o que a vers o final fosse encaminhada s PRTs para exame e sugest es finais fixando se prazolimite de 15 dias para manifesta es das Regionais sobre o mesmo Tendo em vista saber tamb m da conveni ncia de envio de um projeto de lei de a o civil p blica trabalhista ao Congresso que poderia engessar o MPT ao fixar par metros mais concretos de atua o pediram as Regionais que fosse elaborado levantamento dos resultados at agora obtidos nas a es civis p blicas para ver se h realmente necessidade de legisla o espec fica se depender da orienta o adotada pelo TST haveria necessidade da lei para esclarecer melhor os conceitos de interesses difusos e coletivos esgrim veis na Justi a do Trabalho se depender de alguns TRTs a Lei 7 347 85 plenamente aplic vel na Justi a do Trabalho Nada mais havendo encerrou se o encontro s 12 00 horas do dia 29 de setembro sendo a presente ata por mim lavrada IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO que presidi os trabalhos sendo assinada por mim e
181. do para a causa a Justi a Comum Federal Argumenta que a obriga o de fazer condicionada comprova o da regularidade de dep sitos fundi rios objeto da a o n o corresponde ao elenco de hip teses estabelecidas pela Magna Carta no artigo 114 e igualmente na Lei 8 036 90 Alega que a pretens o em Ju zo deduzida n o decorre das condi es do contrato entre empregado e empregador tratando se segundo entende de mero ato de fiscaliza o sob condi o cominat ria Da resultaria por conseguinte a incompet ncia manejada acosta entendimento jurisprudencial pleiteando acolhimento da preliminar O Minist rio P blico defende visto o objeto da causa recolhimentos do FGTS a compet ncia do Foro Especializado dizendo a inquestion vel luz do disposto no artigo 114 da Constitui o Federal como aa o tem por escopo a defesa de interesses difusos e coletivos instrumentalizada no prop sito de obter condena o a uma obriga o de fazer ou de n o fazer sob pena de multa e n o propriamente repara o de danos atrav s da condena o em dinheiro ou efetiva o de dep sitos finalidade que sintoniza com a modalidade de a o proposta tem evidenciada a compet ncia material da Justi a do Trabalho m xime por considerar que o bem jur dico a tutelar direito ao recolhimento do FGTS de naturez a trabalhista e se reveste de prote o de mbito constitucional Sem raz o a demandada Elementar diante do regr
182. do Trabalho na rea rural assim se manifestou no Anexo da aludida instru o Constitui se forte ind cio de trabalho for ado a situa o em que o trabalhador reduzido condi o an loga de escravo por meio de fraude d vida reten o de sal rios reten o de documentos amea as ou viol ncias que impliquem no cerceamento da liberdade dele e ou dos seus familiares em deixar o local onde presta seus servi os ou mesmo quando o empregador se negar a fornecer transporte para que ele se retire do local para onde foi levado n o havendo outros meios de sair em condi es seguras devido s dificuldades de ordem econ mica ou f sica da regi o grifos nossos Embora formulada com maior riqueza de detalhes podemos verificar que esta ltima tanto se assemelha ao conceito oferecido pela OIT como tamb m opini o que apresentamos no texto supratranscrito Dos trabalhos for ados E como que se materializa a realiza o desses trabalhos for ados Em primeiro lugar os empregados s o convencidos a ir trabalhar em fazendas distantes ou em carvoarias etc iludidos de que receber o um sal rio razo vel na maioria das vezes de um a dois m nimos por m s Essa tarefa de arregimenta o da m o de obra efetuada pelos chamados gatos que s o indiv duos incumbidos de aliciar pessoas para laborar em favor de grandes propriet rios de terra nas carvoarias na derrubada de madeira na ro agem nas planta es
183. do em definitivo o pagamento das promo es irregulares salvo aquelas j consideradas leg timas e relacionadas s fls 237 238 e ainda para CONDEN LA a cumprir a obriga o de fazer consistente em realizar as avalia es pr vias e posteriores promo es de seus empregados nos termos da Cl usula D cima do Acordo multicitado no prazo de 60 dias devendo ser revistos inicialmente os pedidos dos empregados promovidos irregularmente e cujas promo es foram anuladas por esta senten a devendo o pagamento agora de modo correto das promo es serem realizados a partir da data em que foram postulados administrativamente para se evitar maiores preju zos aos empregados desde que formulados depois da assinatura do acordo cumprindo assim o prazo de 120 dias fixado na Norma sob pena de comina o de multa di ria a ser estipulada nos termos do art 11 da Lei 7 347 85 sujeitando se os Diretores da Requerida a ressarcir com recursos pessoais os valores das multas conforme preceitua o art 37 da Constitui o Federal Custas de R 20 00 calculadas sobre R 2 000 00 valor atribu do causa para este efeito pela Requerida Prazo de oito dias Intimem se E para constar eu Diretor de Secretaria lavrei a presente ata que vai devidamente assinada Pedro In cio da Silva Juiz Presidente Juiz Class Empregadores Juiz Class Empregados Diretor de Secretaria FGTS PROCESSO N JCJ 1042 94 A O CIVIL P BLICA AUTOR MINIST R
184. do no sentido da valoriza o da pessoa humana 2 No que concerne ao trabalho da crian a e do adolescente que deve ser exigido e fiscalizado o estrito cumprimento da legisla o pertinente que n o admiss vel sob qualquer pretexto o trabalho de crian a at 12 anos 91 que n o pode ser tolerado em qualquer hip tese o trabalho em condi es de insalubridade periculosidade penosidade noturno ou prejudicial ao desenvolvimento f sico ps quico moral e social que entre 12 e 14 anos somente permitido o trabalho que se faz dentro de processo de pr aprendizagem ou pr profissionaliza o implicando em familiarza o com os instrumentos pr prios de uma profiss o e gosto pelo trabalho preferencialmente fora da empresa que o adolescente de 14 a 18 anos tem direito prote o especial que se materializa no cumprimento das leis aplic veis rela o de trabalho e no oferecimento de condi es adequadas aprendizagem de uma profiss o ou na inser o em programa de trabalho educativo e pedag gico que possibilite renda advinda do exerc cio de atividade produtiva sem fins lucrativos assegurando lhe por sua pr pria natureza escolaridade m nima obrigat ria e o aprendizado de uma profiss o que os projetos de aprendizagem correspondam s especificidades regionais de faixa et ria e de escolaridade que eventuais programas sociais de trabalho educativo n o tenham por finalidade a descaracteri
185. dos Os trabalhadores n o est o se dando conta de que sem uma pr via e consciente adapta o da legisla o do trabalho ao modelo proposto correm o risco de estarem contribuindo para a elimina o de garantias conquistadas a duras penas ao longo de tantos anos N o se trata obviamente de negar os m ritos da negocia o coletiva que o processo de forma o da norma jur dica adequado em um regime democr tico O que se sustenta que ela n o pode prescindir da presen a do Estado sob pena de imperar inexoravelmente a lei do mais forte a hegemonia do poder econ mico do capital a servid o da for a trabalho o homem lobo do homem Preocupado com os riscos dessa tend ncia o Professor de Sociologia da USP Francisco de Oliveira em artigo recentemente publicado na Folha de S o Paulo cnama a aten o para o fato de que Os interesses privados se legitimam na medida em que s o atravessados pelo interesse do seu advers rio e ambos mediados pelo interesse dos que n o s o parte dessa rela o privada estrita que ao Estado cumpre preservar E isso o que pode significar a democratiza o ao r s do ch o das rela es privadas a democratiza o da democracia por esse processo segundo o Professor Francisco de Oliveira que se deve reconstruir e redefinir o Estado a articula o entre esfera p blica e mbito privado de inspira o habermasiana para rejeitar se a f rmula neoliberal que tenta redefini lo enc
186. dos pelas bancas de pesponto terceirizadas ap s a realiza o dos tais ser vi os e devolu o dos cal ados j pespontados as reclamadas observam rigorosamente as normas de medicina e seguran a do trabalho raz o pela qual n o podem ser responsabilizadas por eventuais descumprimentos praticados pelas empresas terceirizadas n o h provas de que o manuseio de colas e outros produtos qu micos ligados aos servi os de pesponto estejam a afrontar as normas de medicina e seguran a do trabalho as reclamadas n o contratam menores em seus quadros n o podendo mais uma vez serem responsabilizadas por atos de terceiros o aprendizado de um of cio como o pesponto por menores salutar e contribui para seu futuro sucesso profissional a dua o das reclamadas n o est a afrontar os dispositivos legais invocados na pe a exordial sendo lhes tamb m inaplic vel o disposto no En 331 do C TST pois n o h qualquer tipo de subordina o ou pessoalidade entre os laboristas das bancas de pesponto terceirizadas e as reclamadas em eventual proced ncia desta demanda a multa perseguida deve ser diminu da em raz o de seu exagero Requerem por fim a extin o do processo sem julgamento de m rito ou a improced ncia da a o em ambos os casos com a condena o do autor nas custas processuais e no pagamento dos honor rios advocat cios Na audi ncia inaugural foi requerido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Ind str
187. durante dilig ncias investigat rias realizadas pelo Minist rio P blico do Trabalho em todo o Brasil retratando a realidade brasileira a respeito da explora o do trabalho da crian a 73 ENCONTROS NACIONAIS DE COORDENADORES DE CODINS COORDENADORIA DA DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS ATA DA 1 REUNI O EXTRAORDIN RIA A Coordenadoria da Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Procuradoria Geral do Trabalho reuniu se extraordinariamente nos dias 27 28 e 29 de setembro de 1994 no audit rio da Procuradoria Geral com os Procuradores Chefes e Coordenadores das CODINs das Procuradorias Regionais para discuss o do tem rio enviado com anteced ncia s Procuradorias Regionais referente uniformiza o de procedimentos no mbito das CODINS tendo adotado os seguintes entendimentos 1 tema Legitimidade Concorrente com o Sindicato para A o Civil P blica Colocou se a quest o de se saber se den ncia oferecida por sindicato poderia ser rejeitada com base na n o demonstra o da impossibilidade do sindicato defender diretamente os interesses dos membros da categoria Nesse caso considerar seia que a legitimidade do Minist rio P blico para ajuizar a o civil p blica na defesa de interesses coletivos seria subsidi ria do sindicato ou da categoria quando inorganizada quando esse n o tivesse condi es de defender concretamente os interesses da categoria A quest o foi colocada tendo em vista que de
188. e E nesta hip tese sem embargo da responsabilidade internacional do Estado afigura se nos que no mbito interno aquela perde ou n o adquire efic cia jur dica porquanto essa efic cia a adv m do sistema constitucional parece l gico concluir se que a norma constitucional n o poder afrontar preceitos da pr pria Carta Magna b decorre apenas da aplica o do princ pio de que a lei nacional que aprovou o tratado n o pode gerar efeitos jur dicos contr rios ao determinado na Constitui o Como ressalta Carlos Maximiliano sendo a Constitui o a lei suprema do pa s contra sua letra ou esp rito n o prevalecem tratados ou quaisquer atos diplom ticos Direito Internacional do Trabalho LTr Edit S o Paulo 1983 p g 70 imp e se pois que se estabele a uma compara o em termos de compatibilidade entre as normas sobre admiss o ao emprego e ao trabalho da Conven o 138 com as da Constitui o brasileira 1 Idade m nima b sica Com pleno respeito ao texto constitucional e com fundamento no 4 do art 4 da Conven o 138 o Brasil pode optar pela idade m nima b si ca de 14 anos para admiss o ao trabalho bastando que nos relat rios peri dicos art 22 da Constitui o da OIT declare ou que os motivos da provid ncia subsistem ou que renuncia ao direito de se valer da disposi o a partir de determinada data 4 Esta alternativa apontada que tem seu respaldo no 5 do art 2 da Conve
189. e a admitir a defesa em ju zo de qualquer outro interesse difuso ou coletivo Quando a LACP em seu art 1 Il refere se defesa do consumidor n o poss vel a defesa individual isto de consumidor determinado esta regida pela Lei 8 078 90 mas sim de les o que atinja uma coletividade ou um n mero indeterminado de pessoas Seguiramse Lei de A o Civil P blica as Leis 7 853 89 defesa dos direitos difusos e coletivos referentes a pessoas portadoras de defici ncia a 7 913 89 defesa do investidor do mercado de valores mobili rios a 8 069 90 tutela dos direitos e interesses difusos e coletivos das crian as e adolescentes e finalmente o CDC Lei 8 078 90 Ocorre que apesar de algumas destas leis serem espec ficas inexiste no sistema da A o Civil P blica taxatividade para a defesa dos interesses difusos e coletivos Al m dos interesses especificados nas leis qualquer outro interesse considerado difuso ou coletivo pode ser defendido em ju zo pelo Minist rio P blico ou por qualquer dos demais legitimados do art 5 da Lei 7 347 85 0s interesses individuais homog neos que vieram a ser conceituados na Lei 8 078 90 tamb m por ela foram tutelados atrav s da A o Civil Coletiva De acordo com o art 91 do CDC a a o coletiva de responsabilidade por danos individualmente sofridos e em caso de proced ncia do pedido a condena o ser gen rica fixando a responsabilidade do r u pelos
190. e geral indistinto quanto aos contornos e quanto titularidade Mancuso nos d o exemplo do interesse ao pleno emprego que ultrapassa a esfera de atua o dos sindicatos e o interesse prote o da natureza como um todo que vai al m da rbita das associa es de prote o ecologia Procuradora do INSS Celso Bastos A Tutela dos Interesses Difusos no Direito Constitucional Brasileiro Repro n 23 S o Paulo Ed RT julho dezembro de 1981 p g 40 2 Rodolfo de Camargo Mancuso A o Civil P blica Ed RT 3 ed 1994 p g 65 3 Cf Mancuso op cit p g 18 13 A Panorama dos Instrumentos de Defesa Coletiva de Interesses no Direito Comparado As leis brasileiras que criaram a a o civil p blica Lei 7 347 85 e o C digo de Defesa do Consumidor Lei 8 078 90 como n o poderia deixar de ser foram buscar em modelos legislativos estrangeiros mais evolu dos inspira o para delinear a defesa dos interesses coletivos e difusos procurando adequ la realidade de nosso pa s Como exemplos de legisla es estrangeiras dotadas de modernos instrumentos de defesa coletiva de interesses metaindividuais podemos citar a Inglaterra onde existe a chamada relator action ou representative action que constitui uma a o ajuizada mediante pr via autoriza o do Procurador Geral de Justi a Attorney General objetivando senten a declarat ria da obriga o de indeniza o pelo agente causador d
191. eceber o sal rio relativo aos dias parados bem como o c mputo do tempo de servi o para os fins legais regulares VII A RESPONSABILIDADE DOS GREVISTAS E DO SINDICATO DURANTE MOVIMENTO PAREDISTA O art 14 da Lei 7 783 de 28 de junho de 1989 diz que constitui abuso do direito de greve a inobserv ncia das normas contidas na presente Lei bem como a manuten o da paralisa o ap s a celebra o do acordo conven o ou decis o da Justi a do Trabalho J a Carta Magna de 88 no seu art 9 2 diz que Os abusos cometidos sujeitam os respons veis s penas da lei Como vimos embora a nossa Carta Magna reconhe a aos trabalhadores o direito de greve n o deixou de reprimir a figura jur dica do abuso do direito A nosso ver o abuso do direito na greve uma forma de exorbitar o direito porque sua pr tica anormal no prop sito de desvirtuar os meios legais e l citos de se conseguir a finalidade visada pelo movimento paredista Assim caso venha a ser provado que durante o exerc cio do direito de greve os grevistas causaram danos e ou deixaram de observar os preceitos legais configurando um abuso de direito deve ser apurada a responsabilidade de cada grevista n o s no campo trabalhista como no civil e penal Os abusos s o todos os tipos de il citos tanto que a Constitui o fala em penas da lei a depender do campo de atua o dos grevistas bvio que os abusos t m que ser graves s
192. ecial para tratar do assunto com a participa o de representantes de outros rg os governamentais do Estado ligados prote o do menor Entende que uma flexibiliza o da legisla o vigente n o poderia ser admitida pelo MPT cabendo a resolu o do problema social edi o de lei que altere as atuais exig ncias 18 R Colocou o problema do trabalho educativo previsto no Estatuto da Crian a mas que deveria ser melhor definido Referiu a exist ncia dos programas de fornecimento de jovens para as estatais encontrados no Estado Estaria havendo o comprometimento do mercado de trabalho dos adultos ocupado pelos menores PC Entende que o MPT deve promover um movimento de conscientiza o de forma a criar uma cultura contr ria utiliza o do menor como for a de trabalho 21 R Entende que poss vel o aproveitamento do menor de rua no trabalho e que n o poss vel fazer vista grossa realidade social que conduz necessidade de dar ocupa o a esses menores No caso do Nordeste os menores trabalhadores n o estariam tirando o emprego dos pais j que em grande parte n o conhecem o pai e s o o arrimo de fam lia da m e e dos irm os menores Para o caso dos menores de rua haveria que se fazer um trabalho de ressocializa o antes de contrat los Isso tem sido poss vel com a colabora o do SESC SESI e SENAI Prop e que se d trabalho a esses menores mas condicionando sua contrata o exist ncia e
193. edimento Pr vio Instaura o de Inqu rito Colocou se a quest o de se saber se o procedimento pr vio de investiga o estaria limitado como previsto na IN n 1 93 coleta de maiores informa es do denunciante ou poderia ser mais abrangente com tomada de depoimento do denunciado A quest o decorre da realidade vivenciada por algumas Procuradorias Regionais que transformaram o procedimento pr vio em verdadeiro inqu rito sem o rigor deste sobrecarregando a atua o do MPT que em certas Regionais est funcionando como substitutivo de Juntas de Concilia o e Julgamento Se por um lado propicia a solu o mais r pida e menos traum tica para o denunciado que n o tem seu nome veiculado pela m dia como inquirido por outro cria figura n o prevista no ordenamento jur dico p trio pois todas as dilig ncias pr prias do inqu rito j estar o sendo adotadas no procedimento pr vio com a agravante de n o se sujeitar nem a prazos nem ao controle do Conselho Superior do MPT Posta a mat ria em discuss o tr s solu es se afiguravam poss veis a manter a reda o atual da IN n 1 93 no sentido de que o procedimento pr vio se imitasse a colher maiores informa es do denunciante car ter restrito b retirar apenas a express o ao denunciante do 1 do art 1 da Instru o Normativa de forma a tornar mais ampla a investiga o poss vel no procedimento pr vio e c estabelecer alguns par metros conc
194. eiriza o dos servi os de pesponto pelas ind strias de cal ados entre as quais est o as reclamadas J a legalidade ou n o do processo de terceiriza o dos servi os de pesponto utilizado pelas reclamadas mat ria de m rito que com ele ser apreciada Ao contr rio ainda do que alegam as reclamadas o procedimento escolhido pelo Minist rio P blico adequado pretens o formulada nesta demanda restando evidenciado seu interesse processual em agir Como visto mant m se a rejei o destas preliminares 3 Da preliminar de denuncia o da lide Esta mat ria tamb m j foi apreciada no termo de audi ncia de fls 634 638 ocasi o em que foi rejeitada n o s pela incompatibildade deste instituto com o processo laboral como tamb m por n o estar fundada em qualquer das hip teses do artigo 70 do CPC De fato a denuncia o da lide formulada pelas reclamadas al m de distanciar se das hip teses previstas pela lei adjetiva civil implicaria na forma o de lide paralela entre empregadores para a qual faltaria compet ncia deste rg o julgador nos termos do artigo 114 da Constitui o Federal Fica mantida portanto a rejei o de mais esta prelimi nar 4 Do pedido de interven o do sindicato como assistente do autor Tal pedido tamb m j foi analisado no termo de audi ncia de fis 634 638 ocasi o em que restou deferido Como foi asseverado naquela oportunidade o Minist rio P blico do
195. ela o necessariamente documentada num termo de compromisso A aus ncia da institui o de ensino descaracteriza o est gio tendo se aut ntica rela o de emprego camuflada O est gio absorver alunos de n vel superior profissionalzante de 2 grau e Supletivo que poder o receber bolsa de est gio devendo ainda estar segurados contra acidentes Cabe s institui es de ensino dispor sobre carga hor ria dura o e jornada de est gio que n o poder ser inferior a um ano letivo 2 Aprendizagem empres ria Segundo Mozart Victor Russomano o contrato de aprendizagem um contrato de trabalho mas especial Por isso n o tem ele a plasticidade do contrato de trabalho comum ou ordin rio a sua forma segundo as normas regulamentares pressup e registro na carteira do menor b o principal objeto do contrato do ponto de vista das duas partes a forma o profissional do trabalhador o que permite e justifica inclusive a redu o do sal rio at a metade do sal rio m nimo c esse tipo de contrato traz impl cito o seu prazo de dura o de modo a se assemelhar aos contratos por prazo determinado J Oris de Oliveira busca o conceito de aprendizagem no Glossaire de la Formation Professionelle Termes d usage courant BIT G neve 1987 assim a definindo Forma o de longa dura o que se desenvolve em duas partes uma primeira importante na empresa uma segunda complementar num estab
196. elecimento de forma o e que regida em conformidade com a legisla o ou pelos costumes por um contrato de aprendizagem verbal ou escrito em que se explicitam as obriga es das partes Nem todos os of cios podem ser objeto de aprendizagem somente aqueles que exigem uma forma o met dica e prolongada O legislador entretanto n o deixou a crit rio do empregado ou do 50 empregador a especifica o dessas atividades mas ao contr rio o faz expressamente enumerando n o s os of cios pass veis como os n o pass veis de aprendizagem al m de lhes fixar o prazo m ximo de sua dura o que regra geral n o poder o ultrapassar tr s anos Portaria n 28 de 04 02 58 Portaria n 43 de 27 de abril de 1953 e Portaria n 1 055 de 23 11 64 que atualizou a Portaria n 43 A aprendizagem empres ria pode realizar se de dois modos a utilizando os cursos do SENAI SENAC SENAR SENAT b na pr pria empresa onde recebe a denomina o de Aprendizagem Met dica no Pr prio Emprego AMPE Deve se a Get lio Vargas a cria o de um fundo de natureza parafiscal constitu do de desconto em folha de pagamento para custear a aprendizagem A partir da foram criados os Servi os Nacionais de Aprendizagem sendo o primeiro deles no setor industrial Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e posteriormente na esfera comercial Ser vi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC A Constitui o Federal de 19
197. elo Minist rio P blico do Trabalho o seu poder fiscalizat rio a fim de que possa o mesmo opinar sobre o conte do que dever ter a decis o para ser mais justa Logo n o dado ao juiz tolher o exerc cio desta fun o institucional fiscalizadora no processo Ob cit pags 283 4 36 A CONVEN O 138 DA OIT SOBRE IDADE M NIMA E SUA RATIFICA O PELO BRASIL Oris de Oliveira Tratase de saber se a Conven o 138 da OIT sobre idade m nima 1973 pode ser ratificada pelo Brasil em face das normas constitucionais vigentes e quais seus efeitos em rela o s normas ordin rias sobre a mat ria A exposi o obedecer seguinte ordem Normas da Conven o 138 sobre a idade m nima de admiss o ao trabalho e ao emprego Il Normas constitucionais brasileiras sobre a mat ria Il Compatibilidade da Conven o 138 com a Constitui o brasileira IV A Conven o 138 e a legisla o ordin ria V Conclus es AS NORMAS DA CONVEN O 138 SOBRE A IDADE M NIMA DE ADMISS O AO TRABALHO E AO EMPREGO A Pol tica Nacional O artigo primeiro da Conven o 138 disp e que qualquer Pa s Membro que a ratifique deve comprometer se a seguir uma pol tica nacional que tenha como objetivo a a efetiva elimina o do trabalho infantil b a eleva o progressiva da idade m nima de admiss o ao emprego ou ao trabalho a um n vel adequado ao pleno desenvolvimento f sico e mental de crian as e adolescentes
198. em anterior ser o corrigidos mensalmente a partir do m s de agosto de 1995 inclusive pelo mesmo indexador oficial utilizado pelo Governo Federal para cobran a dos d bitos fiscais Bras lia 3 de julho de 1995 Marcelo Oliveira Borges Dalmo Rog rio de Albuquerque 104 REMAN Constru es e Servi os Ltda Eliane Araque dos Santos Procuradora do Trabalho Cristina Soares Oliveira e Almeida Nobre Procuradora do Trabalho Lu s Roberto de Andrade Coelho Secret rio Testemunhas 1 2 105 SENTEN AS Prolatadas em A es Civis P blicas 106 ADMISS O SEM CONCURSO P BLICO 22 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE CANOAS RS PROCESSON 395 94 Aos 15 dias do m s de setembro do ano de mil novecentos e noventa e quatro s 17 00 horas estando aberta a audi ncia da 2 Junta de Concilia o e Julgamento de Canoas RS na presen a do Exmo Sr Juiz do Trabalho MARIA JOAQUINA CARBUNCK SCHISSI e Srs Ju zes Classistas ANT NIO G A FILHO representante dos empregadores e ANTENOR M FEDERIZZI dos empregados foram por ordem do Sr Juiz do Trabalho apregoados os litigantes MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO requerente e MUNIC PIO DE CANOAS requerido para audi ncia deste processo Ausentes as partes Tomados os votos dos Ju zes Classistas a Junta proferiu a seguinte decis o Vistos etc MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO intep e A o Civil P blica contra o MUNIC PIO DE CANOAS pretendendo que seja de
199. ende Jo o Agostinho de Oliveira Filho VERBAS RESCIS RIAS TERMO DE COMPROMISSO REMAN CONSTRU ES E SERVI OS LTDA inscrita no CGC MF sob o n 00 594 002 0001 56 localizada nesta capital no SCRS Quadra 514 Bloco A loja 04 neste ato representada por seu s cio gerente Sr Marcelo Oliveira Borges brasileiro casado empres rio carteira de identidade n 476 639 expedida pela SSP DF inscrito no CPF MF sob o n 284 978 211 49 residente e domiciliado na SHIS QI 07 conjunto 9 casa 01 Lago Sul Bras lia DF acompanhado do Dr Dalmo Rog rio de Albuquerque inscrito na OAB DF sob o n 10 010 reconhecendo as irregularidades denunciadas constantes do presente Inqu rito firma o presente Termo de Compromisso perante este Minist rio P blico do Trabalho por interm dio da Procuradoria Regional do Trabalho da 10 Regi o representada pelas Procuradoras do Trabalho Dra Eliane Araque dos Santos e Dra Cristina Soares Oliveira e Almeida Nobre nos autos do Inqu rito Civil P blico de n 012 95 instaurado pela Portaria n 34 de 02 05 95 publicada no Di rio da Justi a Se o em que se compromete a 1 efetuar as rescis es contratuais cumprindo o que disp e a legisla o trabalhista em especial o ar 477 da CLT e normas regulamentares expedidas pelo Minist rio do Trabalho homologando as quando assim exigido pela lei ou por instrumento coletivo da categoria no Sindicato respectivo apresentando os Termos de Res
200. ente ao realizado em locais prejudiciais sua forma o e ao seu desenvolvimento f sico ps quico moral e social O 3 do art 405 da CLT considera prejudicial moralidade do menor o trabalho a prestado de qualquer modo em teatros de revista cinemas boates cassinos cabar s dancings e estabelecimentos an logos b em empresas circenses em fun es de acrobata saltimbanco ginasta e outras semelhantes c de produ o composi o entrega ou venda de escritos impressos cartazes desenhos gravuras pinturas emblemas imagens e quaisquer outros objetos que possam a ju zo da autoridade competente prejudicar a moral d consistente na venda a varejo de bebidas alco licas Acres a se todavia que o juiz da inf ncia e da juventude poder autorizar o adolescente a realizar os trabalhos constantes nas letras a e b supra nas circunst ncias previstas no art 406 da CLT quais sejam desde que a representa o tenha fim educativo ou a pe a de que participe n o possa ser prejudicial sua forma o moral 49 Il desde que se certifique ser a ocupa o do menor indispens vel pr pria subsist ncia ou de seus pais av s ou irm os e n o advir nenhum preju zo sua forma o moral Por fim proibido o trabalho ao adolescente com idade entre 14 e 18 anos quando realizado em hor rios e locais que n o permitam a frequ ncia escola art 67 IV do ECA Todas as
201. er rateados em quotas atribu veis a pessoas ou grupos pr determinados Segundo Barbosa Moreira sob a tica objetiva os interesses difusos s o uma esp cie de comunh o tipificada pelo fato de que a satisfa o de um s implica por for a a satisfa o de todos assim como a les o de um s constitui ipso facto les o da inteira coletividade c intensa litigiosidade interna visto que n o se trata de controv rsias envolvendo situa es jur dicas espec ficas do tipo A se julga credor de B que resiste quela pretens o mas de lit gios que envolvem verdadeiras escolhas pol ticas Por exemplo a prote o dos recursos ambientais conflita com os interesses da ind stria mineradora e consequentemente com os interesses dos garimpeiros manten a de suas atividades N o se tratando de direitos violados ou amea ados mas de interesses conquanto relevantes derivados de situa es de fato mut veis pode se perceber que sob este aspecto todas as posi es por mais antag nicas parecem sustent veis 8 Ada Pellegrini Grinover Novas Tend ncias da Tutela Jurisdicional dos Interesses Difusos Revista do Curso de Direito da Universidade Federal de Uberl ndia n 13 1984 p g 8 Cf Rodolfo de Camargo Mancuso Interesses Difusos RT 2 ed p g 67 0 Barbosa Moreira A Legitima o para a Defesa dos Interesses Difusos no Direito Brasileiro RF 267 1 1 Cf Mancuso op cit p
202. es de M Moura J nior The crito Borges dos Santos Filho Jos da Fonseca Martins J nior Regina F tima Bello Butrus M rcio Vieira Alves Faria M rcio Ot vio Vianna Marques Reginaldo Campos da Motta Leonardo Palar a C pia Danilo Oct vio Monteiro da Costa Ricardo Kathar Ruy Mendes Pimentel Sobrinho Maria Thereza de Menezes Tinoco Maria Vit ria Sussekind Rocha Carlos Eduardo de Ara jo G es S rgio Te filo Campos Maria Beatriz Coelho C da Fonseca SEDE Rio de Janeiro RJ Carlos Eduardo Barroso Jorge Fernando Gon alves da Fonte In s Pedrosa de Andrade Figueira Jos Andr Domingues Elza Maria Olivato Fernandes J lia Antonieta de Magalh es Coelho Evandro Ramos Louren o En as Bazo Torres Edson Affonso Guimar es Sandra Lia Simon A da Glanz Heleny Ferreira de Ara jo Schittine M nica Silva Vieira de Castro Ana L cia Riani de Luna Matilde de F tima Gomes Ramos Carlos Omar Goulart Villela Luiz Eduardo Aguiar do Valle Junia Bonfante Raymundo Cynthia Maria Sim es Lopes D bora da Silva Felix Idalina Duarte Guerra PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 2 REGI O SEDE S o Paulo SP Erick Wellington Lagana Lamarca Vera L gia Lagana Lamarca Danton de Almeida Segurado Maria Manzano Maldonado urea Satica Karyia Elizabeth Escobar Pirro Mariza da Carvalheira Baur Neyde Meira Marcelo Freire Gon alves L zaro Phols Filho Manoel Luiz Romero Moys s Sim o Sznifer Pedro Pena Firme L
203. es difusos e coletivos relativos s rela es do trabalho tendo em vista que os instrumentos ofertados pelo art 129 da CF sedirigiam indistintamente a todos os quatro ramos do Minist rio P blico da Uni o e aos Minist rios P blicos Estaduais agora n o mais resta d vida sobre tal legitimidade Quanto argumenta o dizendo inexistentes interesses difusos e coletivos em causa a defesa peca por menosprezar a sabida e not ria destina o social dos montantes fundi rios privilegiando a habita o popular infra estrutura urbana e saneamento b sico art 7 Ill da Lei 8 036 90 inclusive mediante or amentos anuais e planos plurianuais de aplica o de recursos 6 Ill feridos em sua fonte de financiamento e na viabilidade de seu cumprimento se desconsiderada a obriga o de efetiva o tempestiva de dep sitos nas contas vinculadas o que transcende restrita margem dos interesses interpessoais entre empregadores e empregados assim individualmente considerados Na verdade necess rio reconhecer que o direito do trabalho desde os prim rdios de sua concep o sempre esteve voltado ao equacionamento de interesses coletivos e mais presentemente transindividuais voca o ali s apropriada por outras inst ncias da seara jur dica como fez registrar o signat rio da presente decis o em monografia apres entada por ocasi o de Curso de P s Gradua o em Direito junto URI Universidade Regional Integrada do
204. esma 4 Na hip tese de n o pagamento volunt rio da multa aplicada proceder se inscri o como confessada na d vida ativa da Uni o e execu o na forma legal 5 O valor da mula ser revertido para o FAT Fundo de Apoio do Trabalhador institu do pela Lei 7 998 90 e na hip tese de extin o deste para os cofres da Uni o Estando assim justo e compromissado firma presente instrumento em tr s vias de igual teor e forma na presen a dos membros do MPT que tamb m assinam para que produza os seus legais e jur dicos efeitos Belo Horizonte 09 de maio de 1994 Pela Compromissada Mannesmann Fi el Florestal Ltda Dr Hardo Hahne representante legal Sr Geraldo Magela Barbosa procurador Pelo Minist rio P blico do Trabalho PRT 3 Regi o Ant nio Carlos Penzin Filho Procurador Chefe da PRT 3 R Roberto das Gra as Alves Procurador do Trabalho 100 TRABALHO RURAL PROCURADORIA REGIONAL 24 REGI OMS TERMO DE COMPROMISSO PARA IMPLEMENTA O DE CONDI ES MINIMAS DE TRABALHO NA ATMVIDADE DE COLHEITA DE SEMENTES DE BRACHIARIA E OUTRAS PASTAGENS Compromisso que firma perante o MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO com base no art 5 6 da Lei 7 347 85 como compromissada a empresa PASTOSUL COMERCIO DE SEMENTES LTDA inscrita no CGC MF sob o n 15 482 391 0001 03 com sede em Campo Grande MS na Rua Dr Them stocles 112 Centro neste ato representada por seu s cio proprie
205. espeitada a legisla o pertinente dura o do trabalho como prevista na CLT e na Constitui o da Rep blica l5 A empresa n o fornecer seja a t tulo gratuito ou oneroso e nem permitir que seus prestadores de servi o forne am bebidas alco licas aos obreiros durante o expediente ou nos intervalos para refei es IL6 A empresa n o transportar trabalhadores em carro arias abertas ou em ve culos inadequados ao transporte de pessoas nem permitir que seus prestadores de servi os o fa am relativamente aos seus respectivos empregados ll 7 Vedado o aliciamento art 207 CP n o ser efetuada pela signat ria nem esta permitir que prestadores de servi os seus efetuem a contrata o de trabalhadores fora da localidade da presta o de servi os sem que antes seja feita a comunica o e obtida a autoriza o do Delegado Regional do Trabalho e da autoridade policial federal da origem dos obreiros Em tal caso n o ser utilizado ve culo com carro aria aberta ou inadequado ao transporte de pessoas IV Cumprimento das obriga es pela empresa signat ria e multa por inadimplemento IV 1 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO diretamente e ou atrav s da Delegacia Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul acompanhar o fiel cumprimento das obriga es decorrentes deste instrumento IV 2 Pelo descumprimento de quaisquer das obriga es ora assumidas diretamente ou por terceiro interposto a empre
206. est es trabalhistas abrangentes na defesa de interesses difusos e coletivos CF 88 art 129 Ill Lei 8 078 90 art 110 A defesa de interesses coletivos no mbito trabalhista faz parte de sua origem Foi a luta dos grupos e organiza es sindicais pelos direitos dos trabalhadores que revelou tal categoria de interesses Logo por esta rem mais sedimentados podem ser defendidos judicialmente por outros instrumentos al m da A o Civil P blica A o Direta de Inconstitucionalidade CF art 103 IX Diss dio Coletivo CF art 114 2 e Reclama es Trabalhistas Lei 8 073 90 Em rela o defesa de todo e qualquer interesse difuso entretanto a A o Civil P blica o nico meio posto que a A o Popular tem v rias limita es e por se tratar de instrumento recente cabe ao Minist rio P blico como rg o encarregado de sua prote o agir como desbravador destes novos caminhos Pesquisa publicada na Revista LTr ano 58 n 12 dez 1994 p g 1 420 26 Efetivamente ao Minist rio P blico do Trabalho foi reservado um dos mais importantes campos de atua o na defesa dos interesses coletivos e difusos dada a abrang ncia dos direitos e garantias sociais arts 7 a 11 da Constitui o Federal e o fato do Judici rio Trabalhista deter mais da metade das demandas de todo o Poder Judici rio sendo lhe destinada mais da metade do or amento da Uni o referente ao Judici rio Assim atrav s da A
207. estar em dia com a obriga o de depositar em favor das respectivas contas vinculadas os valores do FGTS de seus empregados mesmo aqueles 117 cujos contratos tenham sido rescindidos restando condenada nos limites estabelecidos lide a partir da inicial por infra o ao disposto no artigo 15 caput combinado com o artigo 23 par grafo primeiro incisos e V da Lei 8 036 90 comprova o de faz lo em quinze dias contados da data do tr nsito em julgado da decis o relativamente ao per odo posterior a dezembro de 1990 sob pena de pagamento de multa fixada em valor equivalente a 1000 mil UFIR Unidade Fiscal de Refer ncia ou seu substitutivo por dia de atraso revers vel ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT A multa fixada em tais montantes como f rmula de garantia de eficaz cumprimento da obriga o imposta relevando salientar que a mora contumaz Para a verifica o se n o feita espontaneamente pela demandada no prazo estipulado dever essa oportunamente apresentar a documenta o a tanto necess ria Procedente nos termos supra a a o intentada ANTE O EXPOSTO a 1 Junta de Concilia o e Julgamento de Passo Fundo RS por unanimidade julga PROCEDENTE a a o civil p blica proposta pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO atrav s da PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO da 4 Regi o contra MENEGAZ S A IND STRIA E COM RCIO condenando a demandada nos termos da fundamenta o supra forte
208. etti PC e Dr Andr Lacerda CD 10 Regi o Dra Ivana Auxiliadora Mendon a dos Santos PC e Eliane Araque dos Santos CD 11 Regi o Dra Solange Maria Santiago de Moraes PC 122 Regi o Dr Leonardo Baierle PC e Dra Viviane Colucci CD 13 Regi o Dr Ant nio Xavier da Costa PC e Dr Jos de Lima Ramos Pereira CD 14 Regi o Dr Ricardo Wagner Garcia PC 15 Regi o Dra Nilza Aparecida Miglorato PC e Dr Eduardo Garcia de Queiroz CD 16 Regi o Dr Humberto Ven ncio Cavalcante PC 172 Regi o Dr Ricardo Kathar PC e Dr Levi Scatolin CD 18 Regi o Dr Edson Braz da Silva PC e Dr Luiz Eduardo Guimar es Bojart CD 19 Regi o Dr Alu sio Aldo da Silva Jr PC e Dra Wanda Lustosa CD 20 Regi o Dra L cia Le o Jacobina Mesquita PC e Dra Maria L cia de S Vieira CD 21 Regi o Dra S nia Costa Mota de Toledo Pinto PC e Dra Hilda Leopoldina Pinheiro Barreto CD 222 Regi o Dra Evanna Soares PC 23 Regi o Dra In s Oliveira de Sousa PC e 24 Regi o Dr Luiz Ant nio Camargo de Melo PC e Dr Luercy Lino Lopes CD Ives Gandra da Silva Martins Filho Coordenador L lio Bentes Corr a Membro Terezinha Matilde Licks Prates Membro Helo sa Maria Moraes Rego Pires Membro Maria Aparecida Gugel Membro 88 F RUM CONTRA EXPLORA O DO TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE Iniciativa MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Procuradoria
209. execu o das respectivas tarefas para uma outra empresa os trabalhadores vinculados a essas atividades terceirizadas fatalmente ser o despedidos e ainda quando eventualmente reabsorvidos pela locadora de servi os n o mais usufruir o das conquistas alcan adas pela sua antiga categoria profissional em termos de remunera o e de condi es de trabalho Neste sentido opera se tamb m o enfraquecimento dos sindicatos com a redu o do n mero de filiados e em consegi ncia de sua express o ou for a de representatividade De outra parte o grupo de empregados que n o mais pertence determinada empresa deixa de ter descontadas a favor do antigo sindicato a contribui o sindical a de custeio da organiza o confederativa e a chamada taxa assistencial propor o em que a terceiriza o ganha corpo e aparecem entidades que estimulam a descentraliza o dos setores de produ o e de servi os v o surgindo e se multiplicando as pequenas empresas sat lites ao redor de empresas de grande express o econ mica sem que os respectivos empregados desfrutem das mesmas condi es de trabalho 67 De resto importante salientar que na maioria das vezes as empresas prestadoras de servi o n o gozam de suporte econ mico suficiente para arcar com os encargos trabalhistas e previdenci rios o que exp e os empregados inseguran a permanente Acrescente se que esse tipo de contrata o n o mereceu ainda tratamento normativo
210. ferida nesta a o projetar efeitos erga omnes para todos os integrantes da categoria Assim existe um n cleo comum entre as class actions do direito americano e a nossa a o popular Em tema de legitima o para agir o modelo norte americano permite que uma pessoa se apresente como representante ideol gico de toda uma categoria social enquanto que na a o popular brasileira o autor n o um representante mas sim exerce o seu direito p blico subjetivo a um governo honesto Por m a legitima o em ambas a es que visam a tutela de interesses superindividuais do tipo ordin rio pois quando o indiv duo age individualmente na tutela de interesses gerais ele tamb m defende a sua cota parte destes interesses e mesmo quando a tutela dos interesses metaindividuais feita atrav s de grupos legalmente constitu dos a legitima o tamb m ordin ria na medida em que sustentam em nome pr prio certas massas de interesses para o qu a lei os considerou id neos Neste ponto o que pode variar s o os crit rios de legitima o ou os grupos s o indicados nominalmente v g Lei 7 347 85 art 5 ou ent o devem fazer prova no caso concreto de que possuem uma representatividade adequada v g class actions O art 5 da Lei 7 347 85 estabelece os legitimados propositura da ACP nos seguintes termos Art 5 A a o principal e a cautelar poder o ser propostas pelo Minist rio
211. fesa dos interesses coletivos e difusos bem como para a defesa coletiva dos direitos individuais homog neos No Brasil a Lei 4 717 65 A o Popular a Lei 7 347 85 A o Civil P blica a Constitui o Federal de 1988 que alargou o mbito da A o Popular criou o Mandado de Seguran a Coletivo e 9 Ives Gandra Martins Filho Heterodoxia Flexibiliza o e Direito Alternativo LTr Jornal do IV Congresso de Direito Coletivo do Trabalho S o Paulo 1991 p gs 51 54 20 Ives Gandra Filho op cit p g 54 21 Camargo Mancuso Interesses Difusos RT 2 ed 1991 SP p g 59 2 Op cit p g 202 233 Mauro Cappelletti apud Rodolfo de Camargo Mancuso Interesses p g 138 19 legitimou o Minist rio P blico para promover a defesa de quaisquer interesses difusos e coletivos e mais recentemente a Lei 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor que possibilitou entre outras coisas a defesa coletiva de direitos individuais homog neos A o Civil Coletiva A A o Civil P blica se apresenta como o instrumento processual mais abrangente da defesa dos interesses difusos e coletivos Ela foi introduzida pela Lei 7347 85 que a princ pio incluiu em seu mbito de prote o a defesa do meio ambiente do consumidor e do patrim nio cultural Posteriormente com a CF 88 art 129 III e especialmente com a inclus o do inciso IV ao art 1 da Lei em raz o do art 110 da Lei 8 078 90 passou s
212. for atrabalho em seu proveito em virtude de contrata o direta ou por contrato civil de empreitada ficando respons vel solidariamente por toda obriga o decorrente das rela es laborais em virtude de inidoneidade financeira de empreiteiro seu sem preju zo da responsabilidade civil e criminal na forma em que prev a lei caso reste comprovado tamb m qualquer desrespeito a direitos e garantias individuais do cidad o asseguradas na Constitui o Federal e via de conseg ncia com maior raz o ao trabalhador abstendo se por completo das pr ticas objeto da den ncia que originou o presente Inqu rito 2 O descumprimento do presente termo de compromisso sujeitar o propriet rio da Fazenda multa no valor de 150 cento e cinquenta UFIR ou indicador equivalente que o substitua por cada trabalhador encontrado em situa o irregular crescente progressivamente a cada queixa por reincid ncia revers vel ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador nos termos dos arts 5 6 e 13 da Lei 7 347 85 Cuiab 10 de agosto de 1995 Manoel Aristides Sobrinho Procurador do Trabalho Companhia Agropastoril Vale Verdi representada por seu patrono Dr Celso Marques de Ara jo Testemunhas Anterno Ferreira da Silva denunciante 98 Jo o Fialho de Arruda denunciante T nia Maria S S Ferreira Secret ria TRABALHO INFANTIL PROCURADORIA REGIONAL 3 REGI O TERMO DE COMPROMISSO A MANNESMANN F EL FLORESTAL LT
213. g cios Manifesta se ainda dizendo do cabimento da A o Civil P blica para p r termo aos abusos que v m sendo praticados pelos requeridos da compet ncia da Justi a do Trabalho e de sua legitimidade para a propositura da a o Sob a alega o de desrespeito aos direitos assegurados pela Carta Magna aos trabalhadores notadamente pelo n o pagamento dos sal rios e gratifica o natalinas bem como por sua legitimidade para a propositura da a o Sob a alega o de desrespeito aos direitos assegurados pela Carta Magna aos trabalhadores notadamente pelo n o pagamento dos sal rios e gratifica es natalina bem como por sua reten o dolosa pela excessiva jornada di ria a que s o submetidos sem folga semanal e sem descanso anual em gozo de f rias e finalmente pelo descumprimento das normas relativas ao FGTS requer o Minist rio P blico o deferimento do pedido conforme discriminado s fls 12 13 ORLANDINO KLOTZ e JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ requeridos contestam alegando preliminarmente ilegitimidade do Minist rio P blico para a propositura da a o a ilegitimidade passiva de Jo o Luiz da Rocha Klotz al m de contin ncia Meritoriamente alegando que s o inver dicas as informa es de peti o inicial que os atrasos de pagamento dos sal rios decorre de dificuldades financeiras reconhecem os d bitos de f rias e gratifica es natalinas reconhecem entretanto que a mis ria de seus empregados decorre de estru
214. go ou trabalho quando a aplica o a essas categorias possa levantar dificuldades reais e especiais de execu o c excluindo da aplica o apenas os trabalhos vinculados forma o profissional dos adolescentes Assim o art 6 disp e que aConven o n o se aplicar ao trabalho feito por crian as ou adolescentes em estabelecimentos de ensino geral profissional ou t cnico ou em outras institui es de forma o nem ao trabalho efetuado por pessoas de pelo menos quatorze anos em empresas quando esse trabalho executado conforme as condi es prescritas pela autoridade competente e que for parte integrante de ensino ou forma o profissional basicamente sob a responsabilidade de escola ou institui o de forma o profissional programa de forma o profissional aprovado pela autoridade competente e executado principalmente ou inteiramente numa empresa programa de orienta o destinado a facilitar a escolha de uma profiss o ou de um tipo de forma o profissional V se assim que o art 6 da Conven o 138 exclui de sua aplica o dois tipos de trabalhos que t m a um elemento comum estarem vinculados forma o profissional da crian a e do adolescente b um elemento diferenciador o local de suas execu es Setores em que a Corven o dever ser aplicada ind stria manufatureira constru o eletricidade gua e g s servi os sanit rios transporte armazenamento e comu
215. gualdades sociais que aos poucos reconduzam a Europa a situa es vigentes no 66 per odo anterior Il Guerra Mundial O discurso imediato todavia unidirecional o Estado do Bem Estar deve morrer inevit vel que morra E conclui E isto realmente A Europa o mundo podem pagar muito caro pela ren ncia intelectual e pol tica em refletir sobre as verdadeiras causas da crise Lembra ainda o mesmo Professor pernambucano a cr tica de Jos Manuel Aguera Sirgo catedr tico Jean Monnet de Economia Europ ia da Universidade de Lion para quem Por alguma estranha raz o para resolver a crise econ mica s se prop e de forma quase un nime a necessidade de baixar os custos salariais e desregular o mercado de trabalho Capitalismo contra Capitalismo As Tend ncias da Nova Ordem Econ mica os Destinos das Rela es Laborais LTr 58 03 282 Diante desse quadro n o se pode estranhar que a t cnica da chamada terceiriza o esteja a ocupar lugar de destaque nos meios de comunica o e na produ o intelectual dos int rpretes e engenheiros da nova ordem De fato a pr tica de desativar setores secund rios da organiza o empresarial e transferir a execu o das respectivas tarefas para terceiros passou a ser utilizada em larga escala n o mais como simples t cnica de organiza o empresarial com aquele prop sito original da mera descentraliza o de atividades mas com o objetivo de eliminar encargos t
216. i os de limpeza tendo em vista que n o podendo exigir escolaridade e n o sendo de car ter t cnico a fun o acabariam sendo aprovadas pessoas com super qualifica o que buscariam apenas o ingresso f cil no Banco para ascenderem depois a outras fun es deixando desatendidas as tarefas para as quais foram contratadas Em face dessa situa o resolveu o Minist rio P blico do Trabalho formular ao TST pedido de revis o da S mula 256 para saber se o Tribunal diante das decis es das Turmas que n o a aplicavam a rg os p blicos em casos de servi os de limpeza mantinha a for a integral de sua reda o adaptava o ou revogava o 0 TST depois de apreciar o requerimento em Sess o Plen ria de 17 11 93 adotou o meio termo dando nova reda o ao Enunciado 256 que passou S mula 331 com as seguintes regras A contrata o dos trabalhadores por empresa interposta ilegal formando se o v nculo diretamente com o tomador dos servi os salvo no caso de trabalho tempor rio Lei n 6 019 74 Il A contrata o irregular atrav s de empresa interposta n o gera v nculo de emprego com os rg os da Administra o P blica Direta Indireta ou Fundacional art 37 Il da Constitui o Federal 71 Il N o forma v nculo de emprego com o tomador a contrata o de servi os de vigil ncia Lei n 7 102 83 de conserva o e limpeza bem como a de servi os especializados ligados atividade meio do tomador des
217. i mais conceder empr stimos subs dios rolamentos de d vidas desses fazendeiros e empres rios inescrupulosos e nem deixar que eles participem de concorr ncia p blica uma iniciativa bastante salutar e que merece todos os nossos elogios Contudo esperamos que n o se percam nos labirintos burocr ticos dos gabinetes palacianos mas ao contr rio possam realmente ser efetivados para que fixemos um norte com vistas a estancar este mal terr vel da nossa hist ria contempor nea Conclus o Por mais absurdo que possa parecer esta uma realidade viva hoje no Brasil A explora o fam lias inteiras por meio de alguns poucos movidos por interesses mesquinhos e preocupados apenas em aumentar os seus lucros tem sido uma constante que n o pode perdurar Desse modo mister se faz uma a o conjunta dos diversos setores da sociedade sejam eles governamentais ou n o a fim de que possamos expurgar de nossos dias injusti as como estas que teimam em se perpetuar como uma chaga incur vel na zona rural do Pa s preciso resgatar a cidadania desses pobres homens principalmente das crian as pois todos eles s o brasileiros como n s e merecem da sociedade o m ximo de respeito e considera o 58 A GREVE COMO LEG TIMO DIREITO DE PREJUDICAR L lia Guimar es Carvalho Ribeiro SUM RIO Introdu o Il Breve hist rico greve no Direito Brasileiro Il Evolu o da greve no Direito Brasileiro IV Conceito
218. ia dificuldade da execu o quando se tratar de senten a com efeito reparat rio revers vel aos interessados que poderia ser contornada com a intermedia o da a o de cumprimento maior rapidez na solu o das quest es em face de n o se estabelecer uma via recursal intermin vel Sugerida uma terceira solu o denominada ecl tica por prever a compet ncia origin ria dos tr s graus de jurisdi o conforme o mbito local regional ou nacional da les o foi questionada por implicar inova o desconhecida na Justi a importando outrossim desnatura o da a o civil p blica trabalhista como a o coletiva j que as iniciadas em JCJ n o poderiam desembocar na SDC TST Posta a mat ria em delibera o decidiu se proceder a 2 tumos de vota o em face de certa similaridade que a postura ecl tica possui com as tradicionais levando a divis o na vota o A 1 Turno As 3 propostas formuladas a Compet ncia das 3 Inst ncias 17 votos b Compet ncia dos Tribunais 15 votos c Compet ncia das Juntas 14 votos B 2 Turno As 2 propostas mais votadas a Compet ncia das 3 Inst ncias 26 votos b Compet ncia dos Tribunais 18 votos 7 Tema Compet ncia Funcional para Apreciar A o Anulat ria de Conven o Coletiva Saber se seria das Juntas ou dos Tribunais O principal fundamento exposto em sufr gio da compet ncia dos Tribunais foi o de que os conflitos coletivos s o soluc
219. ia e v em passar uma das coisas mais bonitas que ocorre na vida do homem a oportunidade de ser crian a Essa situa o termina por traduzir se na insatisfa o dos obreiros ou de parte deles que depois de algum tempo sofrendo uma aut ntica explora o pelo patr o decidem abandonar o emprego Nesse momento que acontece o pior sob o argumento de que o pe o ainda possui d vida a adimplir junto ao empregador coagido inclusive fisicamente a manter a rela o de trabalho num absoluto desrespeito 55 ao direito de ir e vir que lhe constitucionalmente assegurado Trata se de uma situa o completamente esdr xula pois aquele que oferece a sua for a de trabalho em favor de outrem que deveria ter cr ditos a receber e n o o contr rio Podemos constatar que normalmente a rela o laboral n o se inicia de maneira for ada mais sim voluntariamente apesar dos v cios presentes na oferta tendenciosa dos gatos Entretanto no momento da extin o do v nculo que se identifica o cerceamento da liberdade do obreiro numa inquestion vel afronta ao que prescrevem a sobredita Conven o da OIT e os mais comezinhos princ pios de justi a Finalmente quando a for a produtiva do trabalhador n o mais interessa ao empregador seja porque est velho ou porque sofreu qualquer esp cie de doen a que lhe inabilte ao servi o ele sumariamente dispensado juntamente com a sua fam lia sem merecer qualquer indeniz
220. ia reforma constitucional As li es dos grandes juristas e mestres do direito internacional do trabalho sobre conflitos das normas nacionais com as do direito internacional auxiliam no equacionamento da quest o que ora se prop e resolver ou seja compatibilidade e incompatibilidade se definem fundamentalmente no confronto das normas internacionais com as da Constitui o Oportuna a li o de N Valticos ao dissertar sobre conflitos das fontes internacionais e nacionais N o raro que um conflito oponha fontes internacionais e nacionais do direito do trabalho Houve frequentes conflitos desta natureza em casos de conven es internacionais e constituem eles um aspecto particular da quest o cl ssica das rela es entre o tratado e lei a pr pria exist ncia e a solu o do conflito dependem no direito positivo independentemente da responsabilidade internacional do Estado interessado que poderia ser acionada por este fato das regras de direito constitucional que no pa s interessado regem as rela es entre o tratado e a lei e em primeiro lugar reconhecem ou n o um efeito na ordem jur dica interna as fontes internacionais de direito Droit International du Travail Ed Dalloz Paris 1970 p g 192 Discorrendo sobre a mesma mat ria escreve Arnaldo S ssekind N o h d vida de que rar ssimo o conflito entre a norma internacional e a Constitui o dos pa ses mas excepcionalmente pode configurar s
221. iais Esses alguns preceitos princ pios contra os quais se choca frontalmente uma pol tica avassaladora de terceiriza o ou seja a de retirar o trabalhador do mbito pol tico social de uma empresa de sua imagem e vivifica o na qual ele se integra participando com o capital do seu trabalho para o desenvolvimento para pujun a do empreendimento Busca se desintegrar a empresa pulverizando a rela o de emprego esmaecendo a para substituir a unidade econ mica principal por fragment rias dezenas de outras pequenas e m dias empresas cada qual com atividade econ mica diversa que no entanto no conjunto seriam necess rias para a exist ncia da pr pria empresa principal terceirizada mister portanto ab initio estancar um pouco esta febre do marketing terceirizante E dite se mais j at quarteirizante pois se criam empresas hoje para gerenciar os contratos das terceirizadas com as terceiras empresas Certamente n o s o outras as raz es que levaram o E TST a pacificar seu entendimento no sentido da ilegalidade da terceiriza o em atividades fim das empresas atrav s do seu En 331 135 Como visto al m de ilegal a terceiriza o de atividades fim praticadas pelas reclamadas vem causando s rios preju zos aos trabalhadores eao mercado de trabalho organizado sob a gide da Constitui o da Rep blica e da CLT como um todo Em raz o do acima exposto procedem estes pedidos do autor coadjuvado
222. iais imprevis veis Prender tais interesses ao plano normativo retirar lhes a plasticidade e esgotar sua fun o inovadora da ordem jur dica Como consegu ncia desse car ter fugaz dos interesses difusos e de sua inaptid o aos meios comuns de ressarcimento o que deve ser sempre aprimorado em sede normativa pelo Direito s o os instrumentos processuais a fim de preservar tais interesses antes mesmo que ocorra a les o Como exemplo temos a Instru o Normativa n 01 93 editada pelo Procurador Geral do Minist rio P blico do Trabalho que estabeleceu detalhadamente o procedimento a ser adotado no inqu rito civil de natureza trabalhista incluindo ainda a regulamenta o da composi o administrativa do conflito compromisso de ajustamento que evita o ajuizamento da A o Civil P blica 5 CONSIDERA ES DE NATUREZA PROCEDIMENTAL Passados 10 anos da edi o da Lei 7 347 85 poss vel uma primeira avalia o de sua dimens o social e jur dica O surgimento desse diploma legal significou um enorme passo no sentido da moderniza o do nosso Direito Processual posto que reconheceu a exist ncia dos interesses coletivos e difusos da sociedade e possibilitou o provimento de solu es abrangentes para quest es sociais de car ter homog neo Por m em fun o do mencionado veto presidencial citada Lei inciso IV art 19 mais recente ainda foi a conquista da possibilidade de utiliza o da A o Civil P blica em qu
223. ias de Cal ados e Vestu rio de Franca e Regi o sua interven o nesta a o na condi o de assistente ltisconsorcial ou assistente simples fls 400 a 424 pedido com o qual concordou o requerente concedendo se prazo para a manifesta o das empresas r s R plica do autor s fis 536 563 acompanhada de documentos As demandadas impugnaram o pedido de assist ncia formulado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rio de Franca e Regi o juntando documentos fls 565 a 632 e requerendo o desentranhamento daqueles juntados pelo Sindicato Na audi ncia em prosseguimento fls 634 638 foi deferida a interven o do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rios de Franca e Regi o na condi o de assistente ltisconsorcial do autor declarou se a possibilidade jur dica do pedido formulado bem como a exist ncia de interesse jur dico por parte do autor foi indeferido o pedido de denuncia o da lide formulado pelas r s o sindicato assistente manifestou se sobre a defesa e documentos apresentados pelas reclamadas foram concedidos prazos s partes para manifestarem se sobre documentos juntados posteriormente defesa e r plica Nesta mesma oportunidade foi indeferido o pedido de depoimento pessoal da 1 Representante do Minist rio P blico dispensado o depoimento pessoal do representante do sindicato assistente pelas reclamadas bem como foram colhidos os depoimentos
224. ias envolvendo os munic pios do Estado de Tocantins e a solu o dada ao inqu rito relativo UnB que j realizou concurso para contrata o de pessoal objeto do inqu rito 122 R Referu a exist ncia de decis o do TJSC ratificada pelo STJ no sentido da inconstitucionaldade da ado o de regime celetista pelos munic pios A praxe de contrata o sem concurso pelas municipalidades generalizada em Santa Catarina e o volume de trabalho para sua coibi o enorme gerando a institui o de uma Coordenadoria de Moralidade P blica 132 R Situa o id ntica 12 Regi o quanto ao volume de trabalho sendo que no caso da Para ba os munic pios s o os grandes empregadores da regi o considerando que dar emprego realizar uma obra social Entende muito conveniente a ado o da praxe de expedir recomenda es s municipalidades para evitarem a admiss o de pessoal n o concursado 152 R Tem havido resist ncia dos Munic pios em abrir concurso para contrata o de pessoal raz o pela qual considera que o tratamento co letivo da quest o pela expedi o de recomenda es s edilidades seria a melhor estrat gia em vez de instaurar in meros inqu ritos que assoberbariam a j sobrecarregada Regional 172 R Reportou que no Esp rito Santo foi adotado pelo Estado o regime nico mas com possibilidade de op o por permanecer no regime celetista o que uma aberra o mas que torna a a o do MPT incidente
225. ibu do empresa em face do pr prio interesse da produ o Somente a lei ou a conven o coletiva com for a de lei podem impor limites a este exerc cio Mais completa e identificada com o princ pio tutelar que orienta o Direito do Trabalho a tese do n o menos ilustrado Arnaldo S ssekind que admitindo ter a empresa o direito de alterar por ato unilateral o hor rio de trabalho no curso da rela o de emprego estabelece que a altera o deve sob pena de incorrer na ilicitude do artigo 468 da CLT atender as seguintes exig ncias n o infringir disposi o de lei de conven o ou acordo coletivo ou de senten a normativa n o constar do contrato de trabalho estipula o consensual sobre sua fixa o n o haver transposi o de ho r rio diurno para misto ou noturno deste para diurno ou misto ou ainda deste para diurno ou noturno e n o objetivar maliciosamente impedir a execu o do contrato de trabalho tamb m este o nosso entendimento pelo que passamos a examinar se a altera o procedida pela reclamada est dentro dos limites do jus variandi ou se recai na hip tese do artigo 468 celetizado REIS N lio Altera o do Contrato de Trabalho 1948 p g 87 S SSEKIND Arnaldo MARANH O D lio VIANNA Segadas Institui es de Direito do Trabalho 13 ed S o Paulo LTr 1993 p g 726 119 N o se vislumbra qualquer inten o da reclamada de dificultar a execu o do co
226. ice sua ratifica o Se o Brasil vier a ratificar a Conven o ele comparecer nos estudos dos Expertos em Aplica o de Conv nios e Recomenda es no rol dos pa ses cuja legisla o inflex vel no que diz respeito determina o da idade m nima de admiss o ao trabalho sobretudo quando insalubre e perigoso 6 Idade m nima inferior trabalhos integrados em cursos de educa o em programas de treinamento de orienta o profissional O art 6 da Conven o 138 claro ao especificar que ela n o se aplica a trabalhos de adolescentes com mais de 14 anos feitos em empresas desde que integrantes cursos de educa o e de treinamento em programas de treinamento em programas de orienta o vocacional Deduz se a contrario sensu que tais trabalhos efetuados por adolescentes com menos de 14 anos s o regidos pela Conven o O Estudo dos Expertos em Aplica o das Conven es e Recomenda es fez a respeito desta mat ria as seguintes observa es pertinentes V rios pa ses de que se disp e de informa es fixaram idades m nimas inferiores a de 14 anos para a aprendizagem Existem igualmente casos em que se excepcionam os aprendizes das disposi es da legisla o relativa idade m nima ou podem ser excepcionados A Conven o seria nesse caso inteiramente aplic vel a qualquer jovem menor de 14 anos contratado como aprendiz A Comiss o anota que nenhum desses pa ses ratificou a Conven o e por
227. if cil de eliminar de paix es de h bitos ego stas e desconfian as tradicionais S por s compreende se a greve O Super Direito nas Rela es de Trabalho Editora Distribuidora de Livros Salvador Lida 1982 p gs 112 113 os grifos s o nossos Outros autores consideram a greve como um fato social Hoje esta concep o encontra se superada visto que se baseia apenas num dos aspectos da greve o reflexo na sociedade Autores como Mario de La Cueva e Valente Simi v emna como um direito por estar assim garantida assegurado em v rias Constitui es de diversos pa ses a exemplo do nosso Mas entre as in meras posi es doutrin rias e jurisprudenciais ficamos com a natureza jur dica dada pelo eminente mestre quando diz que a greve o direito de prejudicar apontamentos colhidos durante as aulas no curso de Especializa o em Direito do Trabalho Ap s v rias reflex es achamos que essa a verdadeira natureza jur dica eis que mais completa e talvez a mais t cnica um direito posto que se assim n o fosse n o estaria previsto inclusive na Carta Magna Mas um direito de prejudicar pois sendo simples press o sem preju zos diretos ou indiretos o movimento perderia sua raz o de ser O titular do direito da greve o sindicato que deve obedecer os limites evitando o abuso de seu exerc cio sob pena de responder pelos excessos porventura praticados pelos grevistas por ele representados VI
228. ificada na desobedi ncia s garantias mais prim rias que possuem os trabalhadores tais como direito a sal rio m nimo previsto em lei horas extras assinatura da CTPS etc sem falar no direito potestativo dos hipossuficientes de resilir unilateralmente o contrato quando bem entenderem abrangendo a dita les o n o s aqueles obreiros ora afetados pela ilicitude mas tamb m quaisquer outros que no futuro venham a se defrontrar na mesma situa o com o aludido patr o Essa atua o passa a obter maior relevo uma vez que se encontram flagrantemente violados interesses de menores na esfera laboral H portanto aut ntica desobedi ncia ordem jur dica caracterizada pelo desrespeito contumaz s leis vigentes e em especial Constitui o como o caso do art 5 incisos Il e XLI do art 7 e incisos e do art 227 8 3 Uma vez aventada a possibilidade de ocorr ncia de les o ordem jur dica laboral o MPT pode utilizar se do inqu rito civil p blico Este vem a ser o instrumento investigativo para apura o de tais irregularidades Pode ser suscitado por meio de den ncia formulada por qualquer pessoa ou atrav s de iniciativa de um dos membros da Institui o Nessa oportunidade ser o recolhidas todas as provas poss veis com vistas a confirmar ou n o a veracidade da den ncia Ser o ouvidos todos aqueles acusados de beneficiar se dos trabalhos for ados e tamb m tanto quanto poss vel as pessoas v timas do
229. igir judicialmente o pactuado A possibilidade do ajuizamento de a o civil p blica muitas vezes usada como instrumento de press o para se chegar a um acordo Isto porque a solu o mediante Termo de compromisso bem mais r pida e satisfat ria do que o demorado e desgastante processo judicial caminho a ser procurado apenas quando for invi vel qualquer tipo de composi o amig vel O compromisso de ajustamento pode ter como objeto tanto obriga o de dar quanto de fazer ou n o fazer mas segundo Nelson Nery J nior a execu o ser sempre por quantia certa se houver compromisso de pagamento em dinheiro o n o cumprimento do dever de prestar pode ensejar como curial execu o por quantia certa o inadimplemento da obriga o de fazer ou n o fazer se fixada a comina o em dinheiro pode dar azo tamb m execu o por quantia certa O art 585 n VI do CPC diz que t tulo executivo extrajudicial todo aquele a que a Lei expressamente conferir esta qualidade Ora n o resta d vida que isto ocorreu com o art 113 da Lei 8 078 90 Tal medida significa maior agilidade e efetividade dos neg cios jur dicos referentes aos direitos e interesses difusos e coletivos evitando a a o judicial de conhecimento quando os interessados estiverem de acordo quanto solu o extrajudicial do conflito Com as altera es introduzidas pela Lei 8 953 94 no C digo de Processo Civil perdeu qualquer sentido a
230. igosos No que concerne a estes trabalhos art 3 8 2 da Conven o a lei brasileira Decreto lei 3 616 41 h tempos os tem elencados pelo Quadro a que se refere o art 405 al nea a da CLT b Trabalhos leves A complementa o exigida pelo art 7 da Conven o j se acha parcialmente disciplinada pelo par grafo nico do art 403 da CLT e pelo Decreto 66 280 70 que o regulamenta c Representa es art sticas A exig ncia do art 8 da Conven o sobre a licen a para participa o em casos individuais em representa es art sticas est disciplinada no art 406 da CLT Quanto ao local da exibi o o art 149 do ECA oferece pa r metros mais perfeitos do que os da CLT e que valem tamb m servatis servandis para a representa o art stica enquanto trabalho d Registros e outros documentos Quanto a registros e outros documentos que devem ser mantidos e postos disposi o pelo empregador art 9 da Conven o a CLT disciplina a mat ria no art 433 C Complementa o por normas a serem editadas Neste campo pouco haveria de ser feito O supramencionado Decreto 66 280 70 se preocupou apenas em compatibilizar a norma brasileira com a Conven o n 5 ratificada contentando se em n o considerar como leves os trabalhos nos ramos da ind stria e dos transportes terrestres Norma de complementa o precisaria ser editada para atender o que disp e o 3 do art 7 da Conven o estabelecendo o n
231. iminar fossem suspensos em rela o aos empregados relacionados s fis 237 238 pedido deferido s fls 277 A Requerida pediu a desist ncia da contesta o fl 298 Eug nia Maria Vieira Val ria Maria Mendon a Costa Jos Andrade Feitosa Jos Arnaldo Pereira Maria da Concei o Honorato Oliveira Alcina Domingues Lima e Silva Maria Quit ria da Rocha Lima Argeu Honorio Pessoa de Melo Maria do Socorro Cavalcante Ten rio Nadja Maria Rodrigues de Aredes fls 359 360 Edvaldo Mendon a de Miranda fls 371 Rosilda dos Santos Souza Demerval Magalhaes Manoel Sebasti o Ventura de Lucena Mercia Leite Rita de Cassia Acioli Sirel Ciunas fl 374 e Audiney Almeida Lima fl 387 todos empregados da Requerida peticionaram requerendo integra o lide e s fis 392 398 apresentaram contesta o Instruiu se o feito com documentos Aduzidas raz es finais Prejudicada a segunda proposta de concilia o o relat rio Fundamentos Preliminares Dos litisconsortes passivos 109 Eug nia Maria Vieira e os demais empregados da Requerida relacionados no relat rio pediram para integrar a lide na qualidade de litisconsortes passivos apresentando raz es e contesta o aos termos da a o Por m no caso vertente n o cabe a interven o dos mesmos como litisconsortes ou mesmo assistentes litisconsorciais pelo simples fato de que n o podem ser condenados Sendo o litiscons rcio o la o que prende ao processo
232. ina Em primeiro lugar ela se apresenta como faca de dois gumes porque se n o for contida em certos limites poder ser utilizada para fins de retalia o ou por esp rito de emula o onde a alegada prote o do interesse p blico aparecer como fachada mal disfar ando interesses ego sticos ou de grupos Em segundo lugar h o risco de a a o vir a ser intencionalmente mal proposta justamente para se obter uma senten a de improced ncia e assim jogar se uma p de cal sobre o assunto Finalmente poss vel que esse tipo de a o ao inv s de configurar uma colabora o acabe por ser 20 fator de perturba o da boa ordem dos servi os quando n o ajuizada por motivos s rios e relevantes Na sistem tica da a o popular no Brasil o legislador soube tomar cautelas no sentido de desestimular a propositura de a es destitu das de seriedade cf Lei 4 717 65 arts 7 e 9 Ademais a A o Popular no nosso sistema apresenta certas defici ncias como instrumento de tutela dos interesses difusos primeiro porque ela direcionada ao controle dos atos do Poder P blico art 1 da Lei 4 717 65 ela s abranger conflitos metaindividuais quando estes envolvam reflexa ou indiretamente um ato ou omiss o da Autoridade suscet vel de ser guerreado por esta a o ficariam exclu dos de seu mbito de incid ncia os conflitos puramente metaindividuais envolvendo t o somente grupos ou categorias po
233. indicato aju za a a o pretendendo que o seja em defesa de direito pr prio o que ser diluciddado no momento oportuno entretanto trata se de mat ria que envolve trabalhadores coletivamente considerados Mesmo se se considerar a legitima o ordin ria do sindicato h aqueles direitos que se n o s o t picos como conven o coletiva diss dio coletivo e greve s o coletivos e decorrem do contrato de trabalho estabelecidos em fun o dos direitos do empregado trabalhador coletivamente considerado que podem e devem ser defendidos via a o civil p blica E se o direito coletivo ou individual homog neo tiver origem no contrato de emprego deve ser aprecia do pela Justi a do Trabalho e somente por ela mesmo que integre a lide sindicato x empresa Isto se justifica porque o primeiro malgrado figurar como parte apenas a representa porque parte na verdade a categoria profissional Como bem explica Jo o Oreste Delazen A o Civil P blica Trabalhista Revista do TST n 63 p g 104 Percebe se pois que o crit rio determinante da compet ncia material da Justi a do Trabalho para a A o Civil P blica n o a exist ncia atual ou pret rita da rela o de emprego tampouco emergir a lide entre os respectivos sujeitos Nisto reside a especificidade ou o tra o sui generis de tal compet ncia material n o material a compet ncia pela natureza da presta o ou do bem jur dico objeto da disputa sempre referida
234. inist rio P blico e pelos que gozam de legitimidade concorrente com o Parquet trabalhista na defesa de interesses meta individuais Com isso estaremos dando uma contribui o mais efetiva para a melhor divulga o e compreens o do que seja o fen meno da coletiviza o do processo que vem modernamente suplantando a concep o cl ssica da dicotomia individual p blico E tal fen meno se mostra especialmente punjente na seara do Direito do Trabalho Esperamos com a sele o de artigos a es e decis es levada a cabo pela Comiss o Editorial para a montagem do presente n mero da Revista do MPT ter alcan ado os objetivos propostos inicialmente Caber ao leitor o julgamento final Ives Gandra da Silva Martins Filho Vice Procurador Geral do Trabalho Presidente da Comiss o Editorial 12 ESTUDOS A O CIVIL P BLICA PARA A TUTELA DE INTERESSES DIFUSOS NA JUSTI A DO TRABALHO Adriana Maria de Freitas Tapety 1 INTRODU O A COLETIVIZA O DO DIREITO Oriunda do Direito Romano a cl ssica divis o do Direito Positivo em P blico e Privado ocorreu numa poca em que existiam somente dois p los referenciais distintos isto o Estado e o indiv duo A consci ncia do coletivo s foi adquirida com o evoluir dos tempos quando os indiv duos passaram a compreender que eles isoladamente aniquilavamse em suas fraquezas mas reunidos em grupos com anseios em comum ganhavam peso e conseguentemente capacidade de inf
235. ino O dispositivo 8 da Conven o 138 n o cria nenhuma incompatibilidade com o direito constitucional brasileiro pela simples raz o que a conveni ncia e oportunidade de se permitirem em casos individuais atividades de car ter art stico sem fixa o de idade m nima s o mat ria de discricionariedade de cada Pa s Membro que venha a ratificar a Conven o IV A CONVEN O 138 E A LEGISLA O ORDIN RIA Tr s temas devem ser examinados a ratifica o da Conven o e eventual revoga o de lei ordin ria a lei ordin ria preexistente que completa a regulamenta o exigida pela Conven o necessidade de edi o de norma aut noma ou heter noma de complementa o A Ratifica o da Conven o e revoga o de lei ordin ria preexistente Em virtude do princ pio lei posterior revoga a anterior cabe perguntar se a ratifica o da Conven o 138 implicaria na revoga o de uma lei ordin ria preexistente 1 Idade m nima b sica A ratifica o da Conven o revogaria o caput do art 403 da CLT que ainda em conson ncia com as Constitui es de 1967 e 1969 fixava a idade m nima b sica aos 12 anos de idade A mat ria todavia n o tem relev ncia porque o referido artigo da CLT est revogado pela atual Constitui o e permanece nos comp ndios legais aguardando uma nova reda o ou supress o 2 Idade m nima superior O art 405 da CLT tamb m revogado pela Constitui o que permite dentro
236. io dessa faculdade legal n o invalida o depoimento da testemunha Ademais in casu pelo pr prio conte do da a o resta cristalino que s o os requeridos acusados de lesionar direitos de todos os empregados Da podendo todos eles buscar a presta o jurisdicional certamente que s poder o arrolar como testemunhas uns aos outros vista do teor dos depoimentos das testemunhas principalmente o de fls 458 459 do Sr PAULO ENI MENDES J NIOR arrolada pelos requeridos dispensou o Ju zo o depoimento de JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ entendo por isso dispens vel a designa o de nova data para o prosseguimento da instru o Sem mais provas a produzir encerrou se a instru o Em raz es finais reportaramse as partes aos elementos dos autos permanecendo inconcili veis Obedecidas as formalidades legais passou a Junta a proferir a seguinte DECIS O Vistos etc MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO em A O CIVIL P BLICA informa a instaura o de inqu rito para apura o de den ncia de explora o de m o de obra e de manuten o de trabalhadores em condi es an logas de escravos informando que da apura o resultou n o somente constata o da prec ria situa o dos trabalhadores pela supress o dos sal rios como tamb m a comprova o de outras graves irregularidades praticadas pelo Sr JOAO LUIZ DA ROCHA KLOTZ que atualmente vista de enfermidades do Sr ORLANDINO KLOTZ seu pai vem gerindo os ne
237. io tentando de todas as maneiras ludibriar o Ju zo para dar continuidade sua desmedida ilicitude imp e se a apena o com aplica o de multa pela litig ncia de m f conforme previsto no C digo de Processo Civil de Cr 10 000 000 00 o valor ora fixado para a multa que convertido em URV dever ser atualizada at o dia do efetivo pagamento revertendo em favor do SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS que representa os empregados dos requeridos digo em favor do Minist rio P blico Registra se que a referida testemunha DELBA APARECIDA TAMIZZO deixou clro que o advogado FL VIO HENRIQUE DE MORAES MATTOS teve participa o ativa na visita ao Sindicato que tinha como objetivo a compra do Sr BERNARDINO e conseg entemente a manuten o do famigerado acordo A conduta do advogado deve ser apurada pela OAB para aplica o das puni es cab veis Restou comprovado saciedade que a quest o dos neg cios feita por JO O LUIZ DA ROCHA KLOTZ que tem carta branca de seu pai ORLANDINO KLOTZ para fazer o que bem entender A a o do primeiro e a coniv ncia do segundo s o indiscut veis e autorizam a manuten o de ambos no p lo passivo da a o e a solidariamente responderam ambos pela obriga o A revelia dos requeridos a invalidade da pe a de defesa e as robustas provas produzidas nos autos autorizam inteiramente o julgamento pela proced ncia da a o para obrigar ORLANDO KLOTZ e JOAO LUIZ DA RO
238. ionados originariamente pelos tribunais sendo o acordo judicial sujeito ao crivo do MPT antes da homologa o quando se poder inculcar a exclus o de cl usulas que atentem contra preceito de ordem p blica o que imporia tratamento id ntico em rela o a conven es extrajudiciais albergadoras de cl usulas contr rias ordem p blica com exame da legalidade pelos tribunais A compet ncia das Juntas foi defendida em face da exist ncia de acordos e conven es de mbito estritamente municipal A proposta do reconhecimento da compet ncia origin ria dos Tribunais foi aprovada por consenso ficando registrado o entendimento diverso manifestado pelas representa es da 8 e 22 Regi es que j ajuizaram com sucesso a es anulat rias de acordos de mbito municipal em Juntas 8 Tema Termo de Compromisso e Transa o de Direitos A quest o colocada dizia respeito hip tese de haver empresa que ao final do inqu rito apresente situa o econ mica financeira ou t cnica que a impossibilte de cumprir integralmente as disposi es legais aplic veis ao caso Nessa hip tese poderia haver transa o de direitos por parte do MPT ou do sindicato Pac fica se mostrou a resposta no sentido da impossibilidade de transa o de direitos por parte do Minist rio P blico podendo unicamente flexibilizar prazos para exig ncia da adequa o da empresa aos ditames legais Quanto ao sindicato tamb m n o houve vota o por se entender
239. is a defesa destes interesses pelo Minist rio P blico mais eficiente tendo em vista que os sindicatos n o podem instaurar inqu rito civil objetivando a coleta de subs dios para instruir a futura A o Civil P blica Lei n 7 347 85 art 8 8 1 LC 75 98 art 84 Ile CF art 129 III Assim muito embora os sindicatos tamb m tenham legitimidade para a propositura das A es Civis P blicas Trabalhistas para a defesa de interesses coletivos eles t m preferido usar a prerrogativa constante do art 6 da Lei n 7 347 85 de oferecerem den ncia perante o Minist rio P blico do Trabalho Em rela o aos interesses difusos no entretanto h impossibilidade de determina o dos afetados pelo ato lesivo dado que um interesse de toda a sociedade e cabe ao Minist rio P blico essencialmente a sua defesa n o se podendo falar no caso de legitimidade concorrente dos sindicatos pois a defesa de trabalhadores n o filiados ultrapassa o seu mbito de atua o Quanto aos demais legitimados entretanto o interesse deve ser demonstrado concretamente inclusive no que se refere s pessoas jur dicas de direito p blico interno O sistema estabelecido pela LACP foi o de legitima o ativa concorrente e disjuntiva pois cada um dos co legitimados pode propor a a o litisconsorciando se com outros ou fazendo o isoladamente Cabe lembrar por outro lado que o pr prio lesado continua a poder propor sua a o seja
240. isso n o teve oportunidade de examinar de que forma a Conven o seria aplicada em cada caso Todavia parece que aos aprendizes entre 12 e 14 anos permitir se o trabalhos leves e que nada se pode levar a permitir que trabalhem em idade inferior a 12 anos Por outro lado o trabalho perigoso estaria proibido a aprendizes com idade inferior a 14 anos A Conven o cessaria de aplicar se a aprendizes interessados quando alcan assem a idade de 14 anos Edad M nima ns 275 e 276 p g 122 O que se deduz da li o dos Expertos e de uma interpreta o sistem tica da Conven o 138 que o Pa s Membro cuja legisla o permite que o adolescente trabalhe na empresa como aprendiz com O Estudo Geral da Comiss o de Expertos na Aplica o de Conven es e Recomenda es relata como as legisla es de pa ses membros da OIT disciplinam a idade m nima de admiss o aos trabalhos perigosos nestes inclu dos os insalubres No mesmo Estudo apontam se os pa ses que ratificaram a Conven o 138 utilizando se da faculdade de adotar a idade m nima de 16 anos para referidos trabalhos 43 idade inferior a 14 anos pode ratificar a Conven o 138 utilizando se das faculdades supra mencionadas do art 5 da mesma Conven o excluindo de sua aplica o inicialmente os trabalhos de aprendizagem na empresa em idade inferior a 14 anos O tema tem relev ncia porque a Constitui o brasileira permite o trabalho do adolescente na condi
241. istrativa federal pecava pela excessiva concentra o de atribui es nos rg os de decis o agravada pela falta de racionaliza o dos servi os sempre ineficientes e morosos em decorr ncia de uma burocracia in til e custosa que alongava a tramita o dos processos e retardava as medidas governamentais pela subordina o das atividades fim s atividades meio Incluindo no processo de descentraliza o a transfer ncia a empresas privadas da execu o de atividades meio o legislador da reforma prescreveu que para melhor desincumbir se das tarefas de planejamento coordena o supervis o e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da m quina administrativa a Administra o procuraria desobrigar se da realiza o material de tarefas executivas recorrendo sempre que poss vel execu o indireta mediante contrato Mas advertiu desde que exista na rea iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execu o art 10 7 Posteriormente a Lei n 5 645 70 que estabeleceu diretrizes para classifica o de cargos no servi o civil da Uni o e das autarquias federais depois de definir os grupos em que se compunha o quadro de pessoal estabeleceu que as atividades relacionadas com transporte opera o de elevadores limpeza e outras assemelhadas deveriam ser preferencialmente objeto de execu o indireta mediante contrato de acordo com a previs o c
242. ito boas e s bias s o as leis que outorgam institui o consp cua do Minist rio P blico mormente no mbito do direito obreiro a legitimidade que ora se reconhece Intimorato outrossim o decreto de rejei o da prefacial manejada Il M rito Pretende o Minist rio P blico obter da r a comprova o de estar em dia com os dep sitos do FGTS de seus empregados mesmo aqueles cujos contratos tenham sido rescindidos no prazo de quinze dias desde o tr nsito em julgado da decis o sob pena de multa di ria equivalente a 1000 mil UFIR Unidade Fiscal de Refer ncia ou seu equivalente revers vel ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador Alega omiss o patronal quanto obriga o de efetuar recolhimentos do FGTS em poca pr pria do per odo indicado na inicial a partir de dezembro de 1990 Defende se a demandada dizendo improcedente a pretens o inclusive referindo in pcia da inicial entende ser do autor o nus da prova das irregularidades alegadas informando que o FGTS foi pago em alguns casos diretamente aos empregados recibos acostados em virtude de demiss o em massa ocorrida em agosto de 1993 noutros houve pagamento atrav s de Justi a do Trabalho em processo espec fico sic havendo alguns ainda pagos nas rescis es contratuais Entendo pois ter pago o FGTS a seus empregados na forma da lei Para eventual condena o n o acolhida a improced ncia da multa pleiteada requer fixa o dessa em valores m
243. iu se entre n s de tal maneira e com tamanha desenvoltura que s em S o Paulo em 1973 havia dez mil empresas que se utilizavam desse sistema conforme estat stica indicada por Isis de Almeida em Regime de Trabalho Tempor rio SP 1977 bom lembrar que esse recurso a contratos de Direito Civil com o objetivo de burlar o Direito do Trabalho n o privil gio do Brasil Segundo Evaristo de Moraes Filho em monografia sobre o tema publicada em 1970 Situa o Jur dica das Empresas de Fornecimento de M o de Obra Tempor ria no Direito do Trabalho Brasileiro o surgimento desse tipo de organiza o no mercado de trabalho verificou se na d cada de 60 possivelmente na Inglaterra nos Estados Unidos e na Fran a difundindo se em seguida na Dinamarca Noruega Rep blica Federal da Alemanha Su cia Holanda ensejando a todos eles a interven o estatal com edi o de leis sobre o assunto J em outros pa ses como It lia e Argentina foi terminantemente proibido o fornecimento de m o de obra at mesmo tempor ria por interposta empresa ll O CONTRATO DE TRABALHO TEMPOR RIO E A PRESTA O DE SERVI OS DISTIN O NECESS RIA No Brasil a disciplina do tabalho tempor rio surgiu em 1974 atrav s da edi o da Lei n 6 019 com o claro objetivo de coibir de um lado a utiliza o abusiva da contrata o indireta de pessoal para atividades permanentes e de outro vitalizar a economia e melhorar a renda individual dos
244. iva do Minist rio P blico para a defesa de qualquer interesse difuso e coletivo No mbito trabalhista o tra o principal que diferencia os interesses difusos dos interesses coletivos o v nculo empregat cio Nos interesses coletivos ele se apresenta como liame jur dico que d organicidade ao grupo atingido pela les o v nculo este que inexiste quando se trata de interesses difusos cujos titulares est o dilu dos na sociedade e t m apenas uma situa o de fato em comum Muito se tem discutido a respeito da fixa o em lei dos interesses difusos trabalhistas como forma de contornar a resist ncia daqueles que en tendem como defens veis no mbito das rela es laborais atrav s de A o P blica apenas interesses coletivos Na pesquisa anteriormente mencionada constante do anexo deste que foi realizada entre os participantes do 9 Congresso Brasileiro de Direito Coletivo do Trabalho e do 8 Semin rio de Direito Constitucional do Trabalho chegou se conclus o que embora a maioria entendesse que h direitos difusos trabalhistas tais direitos deveriam constar de texto legal Ora caracter stica dos interesses difusos a transi o ou muta o no tempo e no espa o Assim eles n o se apresentam jungidos a um v nculo jur dico b sico mas a situa es de fato e como elas tamb m s o mut veis podendo desaparecer ou ressurgir acompanhando a extin o ou renascimento das situa es f ticas contingenc
245. ivil P blico n 13 94 informa o ou relat rio sucinto das ocorr ncias relevantes que tiverem lugar durante a vistoria no prazo de cinco dias cabendo igual direito empresa compromitente 3 Assumir obriga o de FAZER nos termos do artigo 3 da Lei n 7 347 85 consistente na entrega a todos os seus empregados e no momento da assinatura contra recibo de c pia segunda via de todos os do cumentos relativos celebra o execu o e extin o dos respectivos contratos de trabalho Ao descumprimento dos termos compromissados acima apur vel por qualquer forma que seja exibido o documento em processo judicial por requisi o do Minist rio P blico em a o fiscal do Minist rio do Trabalho etc ter se por presun o a assinatura em branco do documento n o vistado no momento oportuno ou a assinatura do documento n o completamente preenchido quando em desatino a c pia em poder do trabalhador com o documento levado a visto sindical para fins de execu o incontinenti da multa cominat ria aplicada no item cinco do presente termo 4 Assumir obriga o de DAR QUANTIA CERTA nos termos do artigo 3 da Lei n 7 347 85 no valor correspondente a 5 sal rios m nimos pagas em duas parcelas de R 175 00 cento e setenta e cinco reais venc veis a 15 de outubro e 15 de novembro pr ximos revers vel ao Fundo de Arrparo ao Trabalhador FAT nos termos do artigo 13 da Lei n 7 347 85 mediante guia DARF especialmente
246. ivos dentro do princ pio hermen utico de que a lei mais inteligente do que o legislador Trabalhador utilizando a terminologia aristot lica n o somente o emprego in acto mas tamb m o emprego in potentia ou seja O empreg vel Ora desta forma ficou garantida a compet ncia ampla da Justi a do Trabalho para apreciar as A es Civis P blicas objetivando defender os interesses coletivos e difusos da massa trabalhadora inclusive os interesses difusos da parte desta massa que se encontra desempregada Caso contr rio ter amos dispositivo constitucional que assegura direito ao trabalhador CF ar 7 XXX sem possibilidade de defesa posto que se o trabalhador discriminado na contrata o ele n o chegou a ser empregado 3 Ives Gandra Martins Filho in Inqu rito Civil e A o Civil P blica no mbito Trabalhista Revista PRT 1 Regi o n 2 out 93 p g 42 24 Quanto compet ncia hier rquica da Justi a do Trabalho na aprecia o das A es Civis P blicas trabalhistas que s o esp cie de a o coletiva necess ria a adequa o da Lei n 7 347 85 s normas de Direito Processual do Trabalho que imp em a aprecia o dos interesses coletivos lato sensu originariamente aos Tribunais Laborais aos Tribunais Regionais do Trabalho no caso de les es de mbito regional ou local CLT art 677 ou do Tribunal Superior do Trabalho no caso de les es que excedam a jurisdi o dos Tribunai
247. izada de menores al m dos 10 previstos como limite legal por determinadas empresas especialmente de cristaleria Em rela o aos menores de 18 anos a orienta o seguida pela Regional tem sido a de evitar o desligamento da empresa buscando desloc lo para atividades n o insalubres ou penosas e garantir lhe os direitos trabalhistas previstos em lei 152 R Idem 2 Regi o em rela o exist ncia de agenciadores de menores trabalhadores s o entidades que recebem subs dios consider veis de rg os internacionais e que acabam explorando o 83 trabalho infantil na medida em que ficam com parte do sal rio dos menores Referiu o caso de Franca no qual foi aberto inqu rito para apura o da explora o de menores por empresas de cal ados barateando os custos e gerando repres lias internacionais por competi o desleal T m buscado o engajamento das prefeituras e do Minist rio P blico Estadual para solu o do problema de forma mais abrangente al m de se responsabilizar os pais dos menores que v o sendo engajados na atividade produtiva contrariamente legisla o vigente 17 R Referiu os principais casos de explora o do trabalho do menor encontrados no Estado especialmente na rea rural Verificaram tamb m os desvios ocorridos no Instituto Estadual de Bem Estar do Menor com os contratos de estagi rio que promove bem como o dos guardas mirins Est o organizando no mbito da CODIN uma Coordenadoria Esp
248. jur dico de greve V Natureza jur dica VI Efeitos jur dicos da greve VII A responsabilidade dos grevistas e dos sindicatos VIII Conclus o IX Bibliografia INTRODU O O presente estudo sobre a greve no direito brasileiro tem como escopo principal registrar o surgimento e o desenvolvimento da greve no nosso ordenamento trabalhista Gostaria de registrar que o tema bastante explorado pelos cultores do direito do trabalho o que facilitou bastante a nossa pesquisa N o temos a pretens o de inovar sobre a mat ria escolhida apenas gostar amos de salientar que diante de todos os materiais colhidos sobre o tema o que mais nos impressionou e por que n o dizer nos trouxe novas lzes foi a tem tica da natureza jur dica De fato at antes do curso ministrado pelo Mestre Washington da Trindade no curso de Especializa o em Direito do Trabalho n o t nhamos atinado para o fato de que a greve al m de ser leg tima defesa do trabalhador em se insurgir contra a intransig ncia do empregador pode ser tida como o direito de prejudicar isto de infringir dano calculado ao outro parceiro e eventualmente coletividade Assim compreendemos que se a greve deflagrada n o causar preju zos diretos ou indiretos ao empregador o seu objetivo ficar frustrado Com rela o aos usu rios dos servi os paralisados pela greve fatalmente sofrer o tamb m preju zos porque se assim n o for a paralisa o tempor
249. l estabelece em seu art 7 inciso XXXIII a proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condi o de aprendiz Assim a idade m nima para o ingresso no trabalho antes prevista pela legisla o trabalhista em 12 doze anos passou com o advento na nova Carta Magna para 14 quatorze anos A disposi o repetida no Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei 8 069 90 art 60 Al m da fixa o da idade m nima o j referido dispositivo constitucional proibiu expressamente o trabalho noturno perigoso e insalubre ao adolescente com idade entre 14 quatorze e 18 dezoito anos Revogado assim o 1 do art 405 da CLT que permitia o trabalho insalubre e perigoso em determinadas circunst ncias para o maior de 16 dezesseis anos O trabalho noturno considerado o realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte Al m das veda es supra o Estatuto acrescenta ainda a proibi o do trabalho penoso art 67 I sem no entanto definilo A CLT somente pro be uma atividade fisicamente penosa que consiste no emprego de for a muscular superior a 20 vinte ou 25 vinte e cinco quilos respectivamente se cont nuo ou eventual Faz se necess rio um decreto que regulamente o exerc cio das atividades penosas Outra proibi o ao trabalho do adolescente o disposto no inc Il do art 67 do ECA refer
250. la manuten o do pacto nas hip teses de suspens o ou interrup o do contrato pela facilidade de mant lo apesar das nulidades ou descumprimento em que se haja incorrido e pela prefer ncia aos contratos de dura o indeterminada Princ pios do Direito do Trabalho De fato a experi ncia j havia revelado a tend ncia do capital em eliminar as garantias trabalhistas Assim que para subtrair se aos encargos do contrato por prazo indeterminado as empresas passaram a abusar das admiss es a termo ensejando a edi o do Decreto lei n 229 67 que deu nova reda o aos arts 443 e 445 da CLT autorizando esses ajustes em car ter excepcional quando o seu objetivo estivesse de fato limitado no tempo pois as necessidades permanentes e normais das empresas devem ser atendidas por pessoal permanente contratado por tempo indefi nido conforme anotara Manoel Alonso Olea em tese aprovada pelo IV Congresso Ibero Americano do Direito do Trabalho e Previd ncia Social realizado em S o Paulo em 1972 No momento seguinte ante as restri es ao uso abusivo do contrato a prazo come aram a surgir empresas com o simples objetivo de fornecer m o de obra a outras organiza es para a execu o de tarefas permanentes ou transit rias ora por interm dio de contratos de presta o de servi os ora via empreitada introduzindo se no Brasil o leasing de pessoal E a atividade das prestadoras de servi os e fornecedores de m o de obra difund
251. legisla o nacional autorizasse que trabalhos leves dentro de determinadas condi es fossem feitos entre treze e quinze ou entre doze e quatorze anos E Consulta a Organiza es de Empregadores e de Trabalhadores V rias conven es da OIT reiteradamente prop em que decis es dos Pa ses Membros sobre ratifica es limita es exce es etc sejamprecedidas de consultas das organiza es de empregadores e trabalhadores interessadas na mat ria em foco A Conven o 138 n o foge filosofia de diplomas anteriores e reiteradamente sugere que os Pa ses Membros interessados em sua ratifica o consultem as organiza es de empregadores e trabalhadores Assim prop em se as seguintes consultas sobre proposta de rebaixamento da idade m nima b sica art 2 4 confec o da listagem de tipos e empregos onde h possibilidade de comprometimento da sa de da seguran a e da moralidade dos adolescentes art 3 2 rebaixamento da idade para execu o de trabalhos quando uma instru o espec fica e adequada ou forma o profissional pr via pode obviar efeitos mal ficos de trabalhos que em tese poderiam ser prejudiciais aos adolescentes ibidem 4 enumera o de exce es aplica o da Conven o art 4 limita o da rea de aplica o art 5 n o aplica o das normas quando o trabalho se fizer em escolas profissionais ou empresas dentro de um programa de profissionalza o art 6
252. lei implica em que l cito a este rg o na fase recursal em que via de regra ocorre sua interven o solicitar mesmo durante as Sess es do Tribunal as dilig ncias que julgar convenientes incisos VII e XII do art 83 da LC n 75 93 o que processualmente significa promover e fiscalizar a exata aplica o da lei em face do interesse p blico existente Afinal velar pelo correto andamento dos processos para a melhor solu o das lides trabalhistas atribui o prec pua do Minist rio P blico do Trabalho n o havendo neste caso de se falar em preclus o at porque qualquer dilig ncia pode ser determinada pelos Ju zos e Tribunais do Trabalho na forma do que disp e o art 765 da CLT Vale dizer a realiza o de dilig ncias na fase do procedimento recursal atender a pr pria finalidade da norma processual trabalhista institu da para assegurar a busca da verdade e a melhor aplica o do direito pertinente porque elucida bem a necessidade da iniciativa de ser promovida dilig ncia de of cio o Voto proferido pelo Excelent ssimo Senhor Ministro do Supremo Tribunal Federal NERI DA SILVEIRA Relator Distante de mais de um s culo est a quadra em que exacerbado individualismo reduzia a limites estreitos a rea de atividade do juiz aparecendo as demandas como de interesse exclusivo dos litigantes intervindo o Estado t o s para que as regras da luta judici ria fossem observadas pelos contendores e n o
253. lico prevista na Constitui o Federal fraudando ademais a legisla o de prote o do trabalho 4 O Munic pio de Canoas defende se com firmeza em extensas raz es s fls 67 81 5 Arg i em primeiro lugar a autonomia pol tica e administrativa do Munic pio de acordo com os arts 29 e 30 da Constitui o vigente Sustenta que a autonomia administrativa permite que o Munic pio organize os servi os p blicos locais que poder o ser prestados diretamente ou indiretamente ou por meio de terceiros conforme o Munic pio entender conveniente 6 Argumenta ainda que o Minist rio P blico ao intentar a presente a o afasta se da vontade social que neste momento preconize a privatiza o Defende por fim a chamada terceiriza o aduzindo que a mesma hoje reconhecida e desejada pela sociedade que est cansada de servi o com m presta o Salienta a prop sito que hoje a Administra o P blica o maior usu rio de servi os terceirizados 7 s fls 104107 e fls 108 113 as partes arrazoam em defesa de seus respectivos entendimentos 8 O nosso tamb m j est firmado somos contra a terceiriza o 9 Sendo o homem um animal social que conta basicamente com sua for a de trabalho para sobreviver entendemos que a inser o do trabalhador subordinado no empreendimento daquele que usufruiu de seu trabalho e o remunera princ pio b sico que deve ser observado como regra de forma a assegurar a dig
254. lobar os que abranjam mais de um tipo de les o 9 Incluir como situa o dos ICPs e PIs a de Anexado a outros inqu ritos ou procedimentos h Possibilitar a altera o da numera o das ACPs daquele que tinham como a o para aqueles que passaram a ter como recurso i Deixar o campo Procurador como um defaut com os nomes dos procuradores que atuam na CODIN para os quais poder o ser distribu dos os inqu ritos j Especificar no campo Situa o qual o recurso interposto e se a decis o judicial despacho senten a ou ac rd o Medidas a serem adotadas Decidiu se que a CODIN PGT estudaria com a assessoria de inform tica a possibilidade e a forma de inserir no programa as sugest es formuladas e remeteria c pia do programa s Regionais assim que se tornasse oper vel com os novos m dulos para que fosse testado concomitantemente pela CODIN PGT e pelas Regionais 7 Tema A o Civil Coletiva Coloca o da quest o pela CODIN PGT A CODINPGT fez uma breve explana o da orienta o que pretende adotar na utiliza o dos instrumentos processuais ofertados pelas Leis 7 347 85 e 8 078 90 usar a a o civil p blica apenas para a defesa de interesses difusos e coletivos formu lando pedido t o somente cominat rio ou condenat rio gen rico e ajuizando a originariamente perante os tribunais quanto aos interesses individuais homog neos seriam defendidos atrav s da a o civil coletiva prevista no art 91 do
255. ls 425 a 463 dissertando sobre o panorama econ mico local e internacional em cotejo com o processo de terceiriza o alegando preliminares de ilegitimidade de parte e inexist ncia de interesse espec fico do Minist rio P blico do Trabalho para a reclama o proposta imprestabildade do inqu rito realizado para a propositura desta demanda denuncia o da lide e inexist ncia da norma regulamentadora do exerc cio da a o civil p blica No m rito alegam que inexistem normas proibitivas da terceiriza o no direito brasileiro as reclamadas n o podem responder por irregularidades praticadas pelos terceiros prestadores de servi os pois inexistentes o dolo ou a culpa a justificar tal responsabiliza o o ordenamento jur dico brasileiro admite a terceiriza o de atividade meio ou atividadefim desde que constitua uma unidade aut noma de produ o mesmo porque inexistem normas que a pro ba o pesponto constitui atividade aut noma no processo de produ o de sapatos a terceiriza o existente nas reclamadas em rela o aos servi os de pesponto contratada lictamente com empresas independentes id neas economicamente vi veis sem que haja qualquer inger ncia por parte das reclamadas em suas atividades que n o podem ser respons veis por eventuais descumprimentos das normas de direito do trabalho perpetradas pelas empresas terceirizadas as empresas reclamadas limitam se a controlar a qualidade dos servi os presta
256. luir nas decis es Durante muito tempo os Estados ent o emergentes lutaram contra o crescimento destes interesses coletivos concretizados na forma de grupos de indiv duos unidos por um v nculo comum com medo de que eles se fortalecessem em demasia e ent o fracionassem a estrutura estatal As primeiras manifesta es de interesses coletivos foram os movimentos oper rios constitu dos pela uni o de trabalhadores para a defesa mais eficaz de seus interesses estruturando se sob a forma de organiza es sindicais As origens do sindicalismo s o encontradas na Inglaterra no per odo logo ap s a Revolu o Industrial Os primeiros sindicatos eram constitu dos de pequenos grupos locais cujo objetivo era assegurar a vig ncia de leis trabalhistas Entretanto o Estado se opunha ao movimento sindical proibindo as associa es e reuni es id ia que vinha da Fran a da Lei Le Chapelier Assim o sindicalismo emergente pela Lei contra a Conjuntura em 1799 e 1800 foi considerado movimento criminoso Os seus s cios sujeitavam se a penas criminais A resist ncia do Estadoao exerc cio de tais interesses coletivos transformou o sindicalismo a princ pio em um movimento clandestino e marginal Assim apenas em nossa hist ria recente foi totalmente reconhecida a liberdade de associa o mas sempre sob os olhos atentos do Estado Deste modo passou a ser reconhecida a denominada nova ordem coletiva que permitiu
257. m eles surgem sempre que os interesses envolvidos s o de massa pertencentes a um n mero vasto de sujeitos Por exemplo servi os p blicos controle ambiental consumo direitos humanos infla o pol tica econ mica etc Embora alguns desses interesses estejam impl citos ou expl citos no texto da Constitui o a sua tutela sempre cab vel pois n o depende da inclus o dos mesmos em um texto normativo mas da sua relev ncia social 2 DA DEFESA DOS INTERESSES COLETIVOS DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOG NEOS Os interesses plurissubjetivos sempre existiram Entretanto o individualismo prevalecente fez com que os sistemas jur dicos fossem estruturados para a tutela do indiv duo identidade entre postulante e pessoa fa vorecida pelo direito Assim somente os interesses considerados relevantes e que pudessem afetar um titular espec fico poderiam passar categoria de direitos subjetivos ou seja eram inseridos no direito positivo Foi portanto essa vis o individualista que fez com que muitos interesses passassem despercebidos posto que n o eram vi veis de apropria o individual Chegou se mesmo a afirmar que se um interesse concerne a todos n o pertine a ningu m e assim n o tutel vel A concep o individualista por m est gradativamente cedendo espa o a uma vis o mais abrangente dos interesses e nos ltimos anos muitas foram as cria es legislativas no sentido de dar instrumento para a de
258. m cabe escolher e dirigir associados seus para o atendimento da requisi o A distin o deveras importante porque o avulso individual pode ser realmente eventual ou at verdadeiro empregado enquanto que o sindical trabalhando em grupo jamais pode ser empregado de empresa tomadora de servi os 126 Os dispositivos da Consolida o das Leis do Trabalho constantes no seu T tulo Ill trataram a mat ria que foi posteriormente sendo acrescida de normas que asseguraram aos trabalhadores avulsos a extens o de diversas garantias trabalhistas aplic veis aos trabalhadores em geral Nos exatos termos do artigo 285 da CLT e diante dos ensinamentos doutrin rios acima transcritos a intermedia o de m o de obra realizada pelo Sindicato dos Arrumadores deveria ser restrita aos servi os de capatazia nos portos sendo que a atividade deveria ser desenvolvida em grupo sob dire o da entidade que escolheria entre seus associados aqueles que atendessem ao requisitado pela empresa tomadora O Decreto lei 5 66 invocado pelo R u como amparo legal para utiliza o de m o de obra de trabalhadores avulsos na realiza o de tarefas burocr ticas e administrativas do DEPRC diz em seu artigo 28 Nos portos organizados poder o ser executados por entidades estivadoras ou por terceiros nas condi es estabelecidas em regulamento os servi os de movimenta o de mercadorias e de armazenagem interna o seu transporte de um para outro
259. manuten o de vaga na escola p blica de forma a que o trabalho n o comprometa o estudo mas at o estimule Prop e tamb m que se busque colocar uma limita o temporal ao trabalho do menor como aprendiz de forma a que essa modalidade laborativa n o seja desfigurada pela sua perman ncia no tempo Prop e ainda que a a o coibitiva do MPT seja dirigida especialmente para afastar o menor do trabalho insalubre 22 R PC Considera fundamental que se busque na apura o de explora o de trabalho do menor a solu o da quest o de fundo e n o apenas o cumprimento da legisla o vigente Nos inqu ritos que tem instaurado tem obtido sucesso na formaliza o de termos de compromisso mas ao mesmo tempo tem chamado responsabilidade os rg os municipais para que adotem medidas para evitar a marginaliza o desses menores que n o puderem continuar trabalhando Tem feito recomenda es nesse sentido s prefeituras sob pena de responsabiliza o administrativa Conclus es em termos de Orienta o A orienta o a ser seguida segundo o consenso geral a de se exigir o cumprimento da legisla o vigente no sentido de impedir o trabalho do menor de 14 anos e proteger o do menor de 18 anos de forma a garantir os direitos da crian a e do adolescente e n o comprometer o mercado de trabalho dos adultos A flexibiliza o ficaria por conta de legisla o a ser aprovada 6 Tema Programa de Controle de Inqu ritos e A
260. mentada pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei 8 069 de 13 07 90 que dedicou um cap tulo espec fico ao Direito Profissionaliza o e Prote o ao Trabalho do adolescente Il CONVEN ES DA OIT RELATIVAS AO TRABALHO INFANTO JUVENIL 1 Conven es ratificadas pelo Brasil CONVEN O N 5 Idade M nima de Admiss o nos Trabalhos Industriais Aprovada na 12 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Washington entrou em vigor no plano internacional Procuradora do Trabalho PRT 5 Regi o Salvador BA 48 em 13 06 21 No Brasil foi aprovada por Ato do Chefe do Governo Provis rio de 27 de mar o de 1934 ratificada em 26 04 34 com vig ncia nacional a partir de 26 04 35 e promulgada pelo Decreto 423 de 12 11 35 CONVEN O N 6 Trabalho Noturno dos Menores na Ind stria Aprovada na 12 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Washington 1919 entrou em vigor no plano internacional em 13 06 21 No Brasil foi aprovada por ato do Chefe do Governo Provis rio de 27 de mar o de 1934 ratificada em 26 04 34 com vig ncia nacional a partir de 26 04 35 promulgada pelo Decreto n 423 de 12 de dezembro de 1935 CONVEN O N 16 Exame M dico de Menores no Trabalho Mar timo Aprovada na 3 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Genebra 1921 entrou em vigor no plano internacional em 20 11 22 No Brasil foi aprovada pelo Decreto Legislativo n 9 de 22 12 34 do Congress
261. mentais Mais adiante no artigo 170 da CF ao tratar dos princ pios gerais da atividade econ mica assim disp s A ordem econ mica fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos a exist ncia digna conforme os ditames da justi a social observados os seguintes princ pios Il propriedade privada lll fun o social da propriedade IV livre concorr ncia VII redu o das desigualdades regionais e sociais VIII busca do pleno emprego Kalenu Ni Muito embora n o tenha restado provado que as empresas terceirizadas pelas reclamadas estejam trabalhando em condi es insalubres remunerando seus funcion rios abaixo do sal rio m nimo legal admitindo empregados sem registro na CTPS sonegando contribui es previdenci rias e ao FGTS al m de contratarem menores em condi es irregulares as pr prias reclamadas admitiram a ocorr ncia desses fatos em algumas bancas de pesponto raz o pela qual acautelaramse de forma a incluir cl usulas no suposto contrato de presta o de servi os que as eximam de quaisquer responsabilidades trabalhistas ou previdenci rias fls 373 Na verdade o autor n o est a imputar s reclamadas a culpa por todas as irregularidades constatadas nas bancas de pesponto de Franca mas sim est a pleitear que as demandadas se abstenham de terceirizar suas atividades fim que na pr tica contribui para a ocorr ncia das irregul
262. mo as de escritur rio por exemplo A pr tica n o negada pelo R u Pelo contr rio eis que sustenta a legalidade de tais atos com base no Decreto lei 5 66 que j foi objeto de an lise na presente decis o N o restam d vidas ap s a an lise dos dispositivos legais do artigo 285 da CLT do Decreto lei 5 66 e principalmente da Lei 8 63093 que a pr tica utilizada pelo DEPRC ilegal fraudulenta e inconstitucional eis que afronta o artigo 37 inciso Il da Constitui o Federal A quest o que fundamental nas reclamat rias trabalhistas cujas c pias acompanham a inicial se refere ao reconhecimento de nculo de emprego entre os supostos trabalhadores avulsos como o tomador dos servi os ou seja o DEPRC Naquelas a es todas as caracter sticas essenciais ao contrato de emprego restaram demonstradas sendo for oso ao Julgador o reconhecimento do v nculo empregat cio Relembrando os ensinamentos do mestre Catharino anteriormente citado temse por avulso aquele trabalhador n o inserido em uma organiza o empres ria ou assemelhada sendo que nos casos noticiados nos autos restaram evidenciadas a profunda integra o dos trabalhadores avulso na organiza o e funcionamento das atividades essenciais do R u Na presente a o entretanto a quest o dos reconhecimentos de v nculos de emprego com o DEPRC destes trabalhadores mascarados como avulso aparece como ilustra o da afronta aos dispositivos legais e
263. mpra a legisla o trabalhista em rela o aos trabalhadores por ele engajados tendo tido xito com a obten o de liminares 2 R Entende recomend vel a op o preferencial pelos termos de compromisso para solucionar administrativamente a quest o 32 R Comentou a dificuldade da realiza o das inspe es locais e realiza o dos inqu ritos com o acompanhamento e a cobran a da imprensa Adota postura de n o conceder entrevistas imprensa Sugeriu que se tome a iniciativa de fazer com que o Minist rio P blico do Trabalho passe a participar dos Conselhos criados para a defesa dos direitos do cidad o e para a defesa dos direitos da crian a e do adolescente bem como de outros conselhos existentes sobre mat rias afetas rea trabalhista 8 R Nos inqu ritos sobre a mat ria n o t m sido encontrados casos de trabalho escravo Por m no Estado do Par em que o trabalho tempor rio nas fazendas praxe t m buscado combater indiretamente o trabalho em condi es an logas s de escravo atrav s da exig ncia de que os empregadores procedam identifica o e registro dos trabalhadores 9 R Independente do conv nio existente deve se fazer valer o poder outorgado pela Lei Org nica do MPU de requisitar a ajuda da Pol cia Federal nos inqu ritos em que se fizer necess ria 122 R As senten as proferidas nas a es civis p blicas ajuizadas pela PRT 12 Regi o t m sido pela improced ncia do pedido
264. n o 138 merece ser sublinhada porque carece de fundamento a assertiva de que o Brasil sem outra op o se obrigaria a A Obra Edad M nima Estudio General de la Comisi n de Expertos en Aplicaci n de Convenios y Recomendaciones OIT Ginebra 1981 p gs 39 e 40 aponta os pa ses que ratificaram a Conven o 138 indicando a idade m nima de 14 anos 42 apontar nos referidos relat rios data determinada a partir da qual renunciaria idade m nima b sica de 14 anos 2 Idade m nima superior trabalhos prejudiciais moral A Constitui o brasileira ao fixar a idade m nima superior n o enumera os trabalhos prejudiciais moral Ao retificar a Conven o 138 esta disposi o sobre idade m nima para trabalhos prejudiciais moral se incorporar ao direito brasileiro em n vel hier rquico inferior ao constitucional 3 Idade m nima superior trabalhos perigosos e insalubres A norma constitucional brasileira no presente caso de inequ voca efic cia plena pro be todo trabalho perigoso e insalubre a pessoas menores de 18 anos E tamb m porque mais gen rica sem abrir exce es n o permite que o legislador ordin rio especifique idade inferior quando perigoso insalubre o trabalho nem que o Brasil ao retificar a Conven o 138 se utilize da faculdade da idade m nima para trabalhos insalubres e perigosos ainda que dentro de par metros precisos instru o espec fica e adequada ou forma o pr
265. n as do sexo masculino j que as empresas normalmente discriminam as meninas que al m da possibilidade de engravidar s o tamb m as que mais reivindicam constituindo cerca de 80 oitenta por cento das reclama es trabalhistas 6 Quanto encaminhadas ao trabalho h uma exig ncia para que a crian a tenha frequ ncia e bom aproveitamento escolar perdendo o lugarcaso reprovada N o se observa neste caso a fal ncia das escolas p blicas em que ocorrem reformas durante o ano letivo interrompendo as aulas falta de professores etc 7 Em todas as entidades h previs o de acompanhamento do jovem no trabalho por m este ainda escasso 8 A maioria dos conv nios entre as entidades e as empresas n o obedece s normas atualmente em vigor de prote o ao trabalho do adolescente trazidas pelo ECA VI MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Em 1943 com a Consolida o das Leis Trabalhistas foi criado o Minist rio P blico do Trabalho cuja fun o era quela poca defender as normas constitucionais as leis ordin rias e os atos do Poder Executivo Nasceu assim sobre a premissa de representar o interesse social em seus v rios aspectos jur dicos Foi com a Carta Magna de 1946 que o MPT teve definida e sobrelevada a sua import ncia Surgiram ent o no seu bojo duas regras essenciais que enfatizavam o car ter institucional deste rg o a primeira art 94 inclu a a Justi a do Trabalho no Poder Judici rio a segun
266. nal do Trabalho da 1 Regi o deliberam Considerando que 7 5 milh es de crian as e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalham no Brasil equivale a 11 da popula o economicamente ativa que 42 1 das crian as e adolescentes entre 5 e 17 anos que vivem na zona rural n o frequentam a escola que 59 3 das crian as e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalham mais de quarenta horas semanais principalmente na rea rural que 57 8 das crian as e adolescentes que trabalham na rea rural n o recebem nada por esse trabalho e que na rea urbana a remunera o em regra inferior legal ademais de descumpridas todas as m nimas garantias celetistas e previdenci rias que o quadro geral de ineg vel explora o da m o de obra infantil e juvenil que por conseguinte h necessidade de mudan a radical da mentalidade que remontando ao per odo escravagista ainda hoje permeia as rela es de trabalho inviabilizando a melhoria dos padr es de qualifica o profissional de remunera o e de integra o do empregado na empresa e dificultando a forma o de mercado interno consumidor de bens e servi os que a Constitui o da Rep blica atribui id ntico valor ao trabalho l cito de qualquer natureza e que n o obstante haja vista a absurda despropor o entre a menor e maior remunera es pagas restam desvalorizadas e inferiorizadas uma enorme gama de fun es imprescind veis sociedade org
267. nas leis tenham in meros direitos e institutos a proteg las a realidade pol tica social e econ mica em que vivemos as vem destruindo e atropelando dia ap s dia Basta sair de casa para nos defrontarmos com a crescente mis ria e desamparo dessas crian as que aumenta em n mero diaa dia nas sinaleiras dos grandes centros urbanos a mendigar muitas agressivas outras com olhar imensamente triste e somente umas poucas a guardar no sorriso um jeitinho infantil E nessas horas que me pergunto E afinal por onde anda Rter Pan Por que afinal ele n o aparece ensina essas crian as a voar e as carrega para a terra do nunca L onde ningu m quer crescer porque reconhecem que se encontram na melhor fase de suas vidas E Sininho disse para Peter Sempre que uma crian a diz N o acredito em fadas morre uma fada em algum lugar VIII BIBLIOGRAFIA DS ERIND Arnaldo MARANH O D lo VIANNA Segadas Institui es de Direito do Trabalho vol GOMES Orlando GOTTSCHALK Elson Curso de Direito do Trabalho SUSSEKIND Arnaldo Conven es da OIT RUSSOMANO Mozart Victor Curso de Direito do Trabalho OLIVEIRA Oris de O Trabalho da Crian a e do Adolescente 53 TRABALHOS FOR ADOS E SEUS REFLEXOS NA EXPLORA O INFANTIL NA ZONA RURAL DO BRASIL Jairo Lins de Albuquerque SentoS Introdu o Parece dif cil se imaginar que ao nos aproximarmos do in cio do s culo XXI ainda convivamos
268. nda quando os estabelecimentos tivessem car ter profissional ou de benefic ncia e trabalhos exercidos nas ruas dezoito anos para trabalhos perigosos sa de vida moralidade e penosos dezesseis anos para determinadas atividades art sticas 21 anos para trabalhos em caf s concertos e em cabar s A parir do Decreto 22 042 32 cujo campo de aplica o se limitava ind stria a idade m nima foi fixada aos 14 anos abrindo se exce o apenas para trabalhos em regime familar em estabelecimentos profissionais ou de benefic ncia submetidos fiscaliza o oficial a idade m nima superior de 18 anos para trabalhos insalubres perigosos e noturnos A Constitui o de 1934 fixou a idade m nima b sica aos 14 anos a m nima superior de 16 anos para trabalho noturno e a m nima superior de 18 anos para trabalhos em ind strias insalubres Em abril de 1935 entrou em vigor a ratifica o que o Brasil fizera em 1934 da Conven o n 5 que fixa a idade m nima de 14 anos em empresas industriais A Constitui o de 1937 nada inovou em rela o ao texto constitucional de 1934 Em abril de 1939 entrou em vigor a ratifica o que o Brasil fizera da Conven o n 58 que fixa a idade m nima de 15 anos para admiss o em trabalhos mar timos O Decreto 3 616 41 fixou a idade m nima b sica aos 14 anos e a m nima superior aos 18 anos para trabalhos insalubres perigosos e prejudiciais moralidade A CLT quanto a
269. ndo como fun o institucional do Minist rio P blico a promo o de inqu rito civil e a o civil p blica para a prote o entre outros dos interesses difusos e coletivos Mostra se todavia oportuno o debate sinalando se desde logo sobrepairar estreme de d vidas a quest o na doutrina como registra o eminente Juiz Cl udio Gilberto Aguiar Hoer ao relatar RO n 14 477 92 julgado em 18 11 93 pela 22 Turma do E TRT da 4 Regi o valendo transcrever O insigne Subprocurador Geral do Trabalho e Mestre em Direito P blico pela UnB Ives Gandra da Silva Martins Filho em excelente artigo doutrin rio inserto na obra S ntese Trabalhista n 50 de agosto de 1998 p ginas 9 a 21 sufraga a inarred vel compet ncia desta Justi a Especializada para deslinde da a o civil p blica para prote o e defesa de direitos difusos e coletivos n o s pela dic o da lei constitucional e ordin ria antes referidas mas pela dimens o social emanada do Direito do Trabalho frente a tantas e exemplificadas transgress es aos direitos constitucionalmente assegurados Tamb m mostra que mesmo antes da promulga o da Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o a doutrina j se pacificara em torno da compet ncia ora discutida Se antes da Lei Complementar n 75 93 era entendimento praticamente un nime da doutrina que o Minist rio P blico do Trabalho tinha legitimidade para ajuizar a es civis p blicas para a defesa dos interess
270. nica es planta es e outros empreendimentos agr colas de fins comerciais excluindo por m propriedades familiares e de pequeno porte que produzam para o consumo local e n o empreguem regularmente m o de obra remunerada 39 Levando em considera o este segundo elemento diferenciador a exclus o de aplica o total quando o trabalho se realza em estabelecimento de ensino geral em escolas t cnicas e profissionais em institui es de forma o profissional A exclus o parcial quando o adolescente com mais de 14 anos trabalha em uma empresa em regime de forma o profissional dentro de um programa de aprendizagem Edad M nima n 253 p g 116 H uma vis vel preocupa o em deixar bem definido o que se deva entender como programa de aprendizagem na empresa e por isso o art 6 enumera nos incisos a b e c os requisitos que se exigem para garantir que os jovens interessados estejam de fato empregados dentro de um programa aprovado de aprendizagem e que um suposto contrato de aprendizagem n o meio camuflado sob o qual os jovens trabalhem por sal rios mais baixos e em condi es piores do que as normais Edad M nima n 274 p g 122 Assim ao mesmo tempo em que o art 6 distingue nitidamente duas modalidades de aprendizagem a escolar e a empres ria e delimita bem o que se deva entender por forma o profissional na empresa as exclui da aplica o da Conven o d facultando que a
271. nidade do homem que trabalha como sujeito de direito 10 Assim no mbito das rela es privadas a rela o de emprego 107 cujos direitos essenciais est o assegurados no art 7 da Constitui o Federal e no restante da legisla o do trabalho deve ser a regra tendo como exce es aquelas previstas em legisla o especial como o caso da Lei 6 019 7 4 e Lei 7 102 83 Tamb m aceit vel que excepcionem a regra aqueles servi os especiais ou especializados que n o se inserem no desenvolvimento regular do empreendimento V se que neste ponto continuamos fiel ao entendimento do Enunciado n 256 do TST j revisto pelo Enunciado n 331 o qual evidentemente n o endossamos 11 preciso agora transpor a quest o para o mbito das rela es dos entes p blicos com seus servidores 12 Quanto autonomia municipal no mbito administrativo n o acolhemos o conceito amplo defendido pelo r u em sua defesa Veja se que o art 30 em seu item V que trata especificamente dos servi os diz que compete ao Munic pio organizar e prestar diretamente ou sob regime de concess o ou permiss o os servi os p blicos de interesse local Assim ao possibilitar a presta o de servi os por terceiros s o mencionadas a concess o e a permiss o o que n o equivale simples terceiriza o pretendida 13 Resta claro nos termos da Concorr ncia P blica procedida que os servi os terceirizados constituem servi o p
272. no n 0 2 setembro de 1991 LTr Edit in Responsabilidade Civil do Sindicato pelo abuso do direito de greve p gs 127 133 A TERCEIRIZA O COMO INSTRUMENTO DA FLEXIBILIZA O DO MERCADO DE TRABALHO Joselita Cardoso Le o SUM RIO Terceiriza o de t cnica de organiza o empresarial fraude trabalhista Il Evolu o do fen meno da terceiriza o no Direito Brasileiro ll 1 A terceiriza o na administra o p blica 112 A terceiriza o no campo da iniciativa privada Ill O contrato de trabalho tempor rio e a presta o de servi os Distin o necess ria IV A orienta o da doutrina e da jurisprud ncia O Enunciado 256 do TST V A presta o de servi os na administra o indireta e a exig ncia de concurso p blico A revis o da s mula do TST Enunciados 256 e 331 TERCEIRIZA O DE T CNICA DE ORGANIZA O EMPRESARIAL FRAUDE TRABALHISTA Sob o signo de terceiriza o um fen meno vem despertando a aten o de economistas administradores profissionais do Direito e da imprensa ocupando espa o de destaque na m dia nacional e internacional com sabor de grande novidade Entretanto examinada em sua concep o primitiva a denominada terceiriza o n o passa de conhecida t cnica de organiza o empresarial H pelo menos tr s d cadas institui es p blicas e privadas perceberam que poderiam obter melhor resultado em efici ncia e produtividade concentrand
273. notifica o do Minist rio da Justi a Documentos colacionados 117 188 Instru o processual encerrada Manifestaram se as partes em raz es finais Oficia o D Minist rio P blico pela rejei o das preliminares adotando fundamentos de fis 221 222 e pugna pelo prosseguimento do feito Tentativas de concilia o infrut feras Tudo visto e examinado o relat rio 2 Fundamentos 2 1 Compet ncia desta Justi a Disp e o art 2 da Lei n 7 347 85 que competente para apreciar a a o civil p blica o foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer a les o ressalvada a compet ncia da Justi a Federal art 93 do CDO E a compet ncia da Justi a Federal na forma do que consta do art 109 do Carta Magna de 1988 que por sua vez ressalva a compet ncia da Justi a do Trabalho 121 A reclamada aponta a incompet ncia desta Especializada pois o lit gio n o se d entre empregado e empregador n o tem origem em decis o desta Casa tampouco h lei autorizando a aprecia o da controv rsia Entretanto sem raz o Certa da extens o da conflitualidade que se desenvolve entre os fatores de produ o a Justi a do Trabalho estabelece regras para delimita o de sua compet ncia primeiro aquelas t picas entre empregado e empregador titulares da rela o de trabalho depois as quest es que derivam do contrato de trabalho mesmo que n o se relacionem com seus sujeitos Observese que no caso dos autos o s
274. nqu rito d prever a edi o de portaria mais enxuta sem especificar as dilig ncias investigat rias concretas quando o inqu rito for instaurado pelo Procurador Chefe e estabelecer prazo de at 10 dias para o cumprimento de dilig ncias repetindo o disposto no 5 do art 8 da LC 75 98 f deixar claro o car ter inquisit rio do inqu rito isto sem obrigatoriedade de fornecimento de c pias e abertura de vista s partes g prever a possibilidade de arquivamento do inqu rito por perda do objeto quando a empresa no curso do mesmo j houver sanado as irregularidades com repara o do dano h estabelecer prazo para se recorrer da decis o de arquivamento do inqu rito bem como a forma de notifica o da mesma ei estabelecer na esteira do art 9 4 da Lei 7 347 85 que o procurador que ajuizar a a o civil p blica n o ser o mesmo que prop s o arquivamento do inqu rito 10 Tema Exame dos Projetos de Lei de A o Civil P blica Trabalhista Foram enviados s Regionais para estudo e sugest es dois projetos de lei para regulamentar a a o civil p blica na Justi a do Trabalho um prevendo a compet ncia origin ria das Juntas e outro prevendo a compet ncia origin ria dos tribunais O exame concreto dos mesmos ficou prejudicado em face de no tema 6 ter a maioria dos participantes da reuni o eleito uma solu o intermedi ria sem que estivesse plasmada num projeto concreto a ser examina
275. nta banc ria vinculada a import ncia corres pondente a 8 oito por cento da remunera o paga ou devida no m s anterior a cada trabalhador inclu das na remunera o as parcelas de que tratam os arts 457 e 458 da CLT e a gratifica o de Natal a que se refere a Lei n 4 090 de 13 de julho de 1962 com as modifica es da Lei n 4 749 de 12 de agosto de 1965 O fato comprovado pela documenta o trazida pela empresa sem impugna o da parte autora de haver essa pago valores a t tulo de FGTS quando de rescis es contratuais ou mediante transa es instrumentalizadas nos respectivos termos tamb m juntados n o a exime da multicitada obriga o estabelecida no sentido da necessidade de efetiva o de dep sitos em conta vinculada tamb m n o demonstrativa de implemento completo do desiderato exordial a juntada de rela es de empregados e respectivas guias de recolhimento a partir da fl 456 pois relativas a apenas alguns meses do ano de 1993 Finalmente quanto aos pagamentos ditos feitos perante a Justi a do Trabalho a empresa nada provou em des prest gio ao alegado Ressalte se ainda como bem notou o ilustre representante da Procuradoria fl 588 que pagamentos diretamente a empregados n o se prestam ao cumprimento da obriga o legal mas apenas e eventualmente para acertamento a ser empreendido perante o rg o gestor dos recursos fundi rios Diante do considerado tem se que a demandada n o demonstrou
276. nte rural b evitar a divulga o antecipada das medidas a serem adotadas pelo Minist rio P blico pela imprensa c manter conv nios com os MP Estaduais para investiga o conjunta das den ncias de trabalho escravo e d fazer com que as vistorias e inspe es nos locais sejam feitas preferencialmente pela fiscaliza o do trabalho com o apoio quando necess rio da Pol cia Federal utilizando procuradores apenas em casos excepcionais 3 Tema Admiss o sem Concurso Coloca o da quest o pela CODIN PGT A CODIN PGT tem adotado como crit rio para solu o dos inqu ritos instaurados contra empresas estatais ou entes p blicos sujeitos ao regime celetista que admitiram pessoal sem concurso p blico a fixa o de prazo em termo de compromisso para abertura de concurso Hmaiment 180 dias e para sua conclus o outros 180 dias garantindo a manuten o do pessoal contratado irregularmente at o t rmino do certame quando os candidatos aprovados estiverem em condi es de assumir os postos de trabalho Assim os empregados que passarem no concurso estar o com sua situa o funcional regularizada e a empresa n o sofrer por interrup o dos servi os enquanto n o terminado o concurso Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 1 R Deu o exemplo da a o civil p blica que ajuizaram contra a UFRJ que absorveu sem concurso o pessoal terceirizado Obtiveram liminar impedindo a continuidade nas contrata
277. ntrato de trabalho pelos empregados Tamb m n o houve em virtude da altera o unilateral transposi o de um para outro turno de trabalho Nos contratos de trabalho como esclarece o perito contador folha 466 n o consta sequer o hor rio a ser cumprido muito menos o ajuste de que somente poderia ser alterado da forma consensual Todavia a reclamada ajustou com seus empregados ainda que tacitamente uma carga hor ria semanal correspondente a 43h45min conforme declinado pelo pr prio contestante e confirmado pelo perito contador Uma vez ajustada carga hor ria inferior legalmente tida como normal que de quarenta e quatro horas semanais nos termos do artigo 7 XII da Constitui o Federal vigente a empresa se obriga a ainda que venha a alterar o momento da presta o n o aumentar a carga hor ria semanal sob pena de infringir uma cl usula que agregou se ao contrato de trabalho Por outro lado ainda segundo o contestante e com base nas conclus es do expert conclui se que ap s a altera o efetuada em abril 92 os empregados tiveram sua jornada semanal aumentada para 44h10min o que al m de evidentemente prejudicial aos empregados se configura ilegal diante do dispositivo constitucional antes mencionado que fixa a carga hor ria normal em um m ximo de quarenta e quatro horas Constata se deste modo que a altera o procedida il cita n o no que respeita ao momento da presta o mas sim q
278. nzano Maur cio Correia de Mello Soraya Tabet Maria Am lia Bracks Duarte Jos Diamir da Costa PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 4 REGI O Mar lia Hofmeister Caldas Vera Regina Della Pozza Reis Dion ia Amaral Silveira Jaime Ant nio Cimente Sandra Maria Bazan de Freitas Jo o Ghislene Filho Paulo Borges da Fonseca Seger Eduardo Antunes Parmeggiani Paulo Rog rio Amoretty Souza Ivan Jos Prates Bento Pereira Jos Carlos Pizarro Barata Silva Luiz Fernando Mathias Villar SEDE Porto Alegre RS Reinaldo Jos Peruzzo J nior Elizabeth Leite Vaccaro Victor Hugo Laitano Beatriz de Holleben Junqueira Fialho Vera Regina Loureiro Winter Paulo Eduardo Pinto de Queiroz Ana Lu za Alves Gomes Louren o Agostini de Andrade Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas Leandro Ara jo Cristiano Oct vio Paix o Ara jo Pinto PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 5 REGI O Jorgina Ribeiro Tachard Esequias Pereira de Oliveira L lia Guimar es Carvalho Ribeiro Carlos Alfredo Cruz Guimar es SEDE Salvador BA Djalma Nunes Fernandes J nior Ant nio Messias Matta de Arag o Bulc o Paulo Pergentino Filho Maria Adna Aguiar do Nascimento Virg lio Antonio de Senna Paim C cero Virgulino da Silva Filho Virg nia Maria Veiga de Sena Carla Geovanna Cunha Rossi Ad lia Maria Bittercourt Marelim Edelamare Barbosa Melo Cl udia Maria Rego Pinto Adalberto de Castro Estrela Rocrigues da Costa Jairo Lins de Albuquerque Sent
279. o Administra o Federal como um todo compreendendo a Administra o Direta e a Indireta cf art 4 c c art 10 caput Portanto n o seria correto afirmar mesmo na vig ncia do Enunciado 256 que empresas p blicas e sociedades de economia mista estavam exclu das do permissivo legal n o podendo contratar empresas para execu o indireta de suas atividades meio Nesta linha de racioc nio estaria resolvida tamb m a quest o relativa exig ncia de concurso p blico pois sendo legal a contrata o de empresas prestadoras de servi os n o havia como se falar em rela o de emprego que dela resultasse e que envolvesse a entidade estatal n o se caracterizando por conseguinte qualquer burla regra do art 37 inciso Il da Constitui o Federal de 1988 Quanto ao Enunciado n 331 bem se percebe que o TST evoluiu para acolher de modo claro e incontroverso o pensamento da corrente majorit ria que com Magano S ssekind Washington Trindade e outros vinha postulando a flexibiliza o no sentido de reconhecer se a validade dos contratos de presta o de servi os relativos a atividades meio das empresas com as cautelas necess rias efetiva preserva o dos direitos e garantias trabalhistas bem certo que tentativas de fraude ocorrem e haver o de ocorrer seja na viola o do princ pio do concurso p blico seja no que tange a ofensas legisla o trabalhista Mas os Sindicatos a Magistratura do Trabalho e a
280. o o Social FLA RJ MARIA CHRISTINA NORONHA DE S Coordenadora Geral da Pastoral do Menor da Arquidiocese do Rio de Janeiro REGINA LUSTOSA LE O Assistente social RUTH BEATRIZ VASCONCELOS VILELA Secret ria Nacional de Fiscaliza o do Trabalho 2 PAINEL IDA MARIA ALLEDI Promotora de Justi a e Coordenadora da Promotoria de Justi a da Inf ncia e Juventude ROS NGELA MARTINS ALC NTARA ZAGAGLIA Defensora P blica e Coordenadora Geral dos Direitos da Crian a do Adolescente e do Idoso IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO Vice Procurador Geral do Trabalho Dia 28 de setembro de 1995 POL TICAS P BLICAS 1 PAINEL INILDA TEVES FERREIRA Presidente do Centro de Educa o Integral do Estado do Rio de Janeiro IL CIA SOUTO Presidente da Comiss o Especial da Crian a e do Adolescente ALERJ I WANDA ENGEL ADUAN Secret ria Municipal de Desenvolvimento Social 2 PAINEL DILERMANDO ALLAN FILHO Coordenador do IPEC no PNBE I JO O CANLOC ALEXIM Diretor da Organiza o Internacional do Trabalho para o Brasil GILMAR CARNEIRO DOS SANTOS Secret rio de Rela es Sociais e Sindicais do Sindicato dos Banc rios de S o Paulo Representante da CUT CARTA DO F RUM CONTRA A EXPLORA O DO TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE As entidades integrantes do F rum contra a Explora o do Trabalho da Crian a e do Adolescente reunidas no per odo de 25 a 28 de setembro do ano em curso na sede da Procuradoria Regio
281. o Se ainda se vai procurar um dispositivo de seguran a adequado como alegar que h les o Esta decididamente n o a fun o da a o civil p blica Assim sendo e considerando o que consta da MP 818 de que deve ser introduzido pelo menos um dos equipamentos relacionados no art 2 e o of cio de folha 219 que d not cia da efici ncia do dispositivo determina se que o requerido instale no prazo de 30 dias portas de seguran a isto portas individualizadas com detectores de metais e uma abertura janela ou gaveta onde o objeto detectado possa ser guardado com vidros de blindagem suficiente para conter impactos de armas de grosso calibre em todos os estabelecimentos neste Estado Multa por dia em caso de descumprimento da decis o a favor da Uni o de R 500 00 124 2 9 Honor rios Advocat cios Ap s a vig ncia da Lei 8 906 94 restou revogado o art 791 da CLT n o mais se admitindo o jus postulandi das partes nesta Justi a entretanto atrav s da ADln 1 127 8 o Pret rio Excelso suspendeu a efic cia do inciso 1 do art 1 da Lei 8 906 94 retornando a situa o ao status quo ante estando portanto a concess o de honor rios advocat cios dependente de assist ncia do sindicato na forma da Lei 5584 70 No caso dos autos o sindicato figura como parte adotando o Colegiado a Jurisprud ncia abaixo Como substituto ou assistente o sindicato faz jus a honor rios pois em ambos os casos trabalha par
282. o Temos como certo que essa simples notifica o nenhum reflexo tem na compet ncia da Justi a do Trabalho uma vez que os notificados podem ou n o decidir entrar no processo A primeira para cobrar as multas previstas para tal esp cie de viola o da lei do FGTS e o segundo o Minist rio do Trabalho para postular a taxa remunerat ria dos seus servi os Como se v h no caso leg timo interesse dessas pessoas jur dicas de direito p blico interno para serem partes no processo em tela Com refer ncia ao ponto do artigo em ep grafe artigo 26 que diz competir Justi a do Trabalho conhecer e julgar os diss dios derivados da aplica o da lei do FGTS nenhuma d vida pode pairar a respeito O diss dio tamb m se vincula rela o de trabalho circunst ncia que faz configurar nitidamente a compet ncia da Justi a do Trabalho nos termos em que coloca o art 114 da Constitui o Federal Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores e na forma da lei outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho Portanto inquestion vel que cabe Justi a do Trabalho julgar qualquer diss dio entre empregado e empregador tendo por objeto mat ria que se enquadre na Lei n 8036 m xime a cobran a de contribui es n o realizadas nos prazos legais Reconhecida portanto a compet ncia da Justi a do Trabalho ex ratione materiae rejeita se a
283. o caso n o deseje se submeter coisa julgada Mas se oportunamente n o se manifestar quanto exclus o sujeita se coisa julgada mesmo que desfavor vel Ocorre que o legislador brasileiro entendeu n o ser adequado transpor o sistema das class actions para a nossa realidade e o fez baseado nos seguintes fundamentos A defici ncia de informa o completa e correta a aus ncia de conscientiza o de enorme parcela da sociedade o desconhecimento dos canais de acesso justi a a dist ncia existente entre o povo e o Poder Judici rio tudo a constituir grav ssimos entraves para a interven o de terceiros individualmente interessados nos processos coletivos e mais ainda para seu comparecimento a ju zo visando exclus o da futura coisa julgada 2 Tudo isto fez com que o nosso legislador deixasse de lado o controle judicial da representatividade adequada das class actions e adotasse o crit rio legal da pr constitui o e finalidade compat vel das associa es legitimadas propositura da a o Lei 7 347 85 art 5 A ado o da coisa julgada secundum eventum litis teve por objetivo resolver o problema da m propositura da a o coletiva N o se trata na verdade de uma novidade absoluta do C digo de Defesa do Consumidor Lei 8 078 90 art 103 Tanto a Lei de A o Popular Lei 4 717 65 quanto a LACP Lei 2 Op cit p g 93 30 Conflito de Compet ncia 971 Ement rio do STJ ano 2 janeiro
284. o feita sob orienta o de um respons vel pessoa f sica ou jur dica em ambiente adequado condi es objetivas pessoal docente aparelhagem equipamento Trabalhar pois na condi o de aprendiz contrap e se ao sentido vulgar que se d ao termo aprendiz como tal entendido o adolescente ou que simplesmente come a a trabalhar ou que executa tarefas cujo exerc cio n o passa pelo processo de aprendizagem ou deste processo n o necessitam Os atos administrativos ou normas aut nomas que elencam quais os of cios pass veis com tempo m ximo de dura o e n o pass veis de aprendizagem oferecem par metros objetivos para se saber se h real forma o profissional ou se os trabalhos comuns est o apenas rotulados como tal Se n o se tomar pois a express o na condi o de aprendiz no sentido t cnico a Constitui o estaria fixando aos 14 anos a idade m nima b sica e ao mesmo tempo anulando seu pr prio enunciado rebaixando a sem limite de idade para todo e qualquer trabalho Para correta interpreta o do texto constitucional h de se lembrar que h duas modalidades de aprendizagem a escolar e a empres ria Estes dois adjetivos escolar e empresarial indicam n o s o lugar onde a aprendizagem se realiza mas sobretudo sob a responsabilidade de que entidade ela se opera a escola ou a empresa a Escolar assim qualificada por realizar se em liceus de artes e of cios em escola
285. o por outro lado a desqualifica o cultural como provedor da pessoa do chefe da fam lia que todavia n o prioritariamente o trabalho que afasta a crian a e o adolescente da escola mas principalmente a inadequa o desta s reais necessidades e especificidades das v rias faixas et rias e regi es resultando em repet ncia refor o do sentimento de exclus o e evas o que s o inarred veis a fun o social da empresa da propriedade e da terra e as responsabilidades do Estado da sociedade e da fam lia Afirmar 1 A Necessidade de Pol ticas P blicas que privilegiem o pleno atendimento inf ncia e adolesc ncia concretizando sua inser o na fam lia ainda que substituta e atentando gera o de renda pelo trabalho adulto que atenda s necessidades vitais b sicas com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social promovam a adequa o da escola diuma e notuma s necessidades e especificidades das crian as e adolescentes vinculando a a um processo democr tico de aprendizagem objetivem profissionalza o compat vel com a postura tecnol gica do s culo XXI e as necessidades do mercado de trabalho evitando a massifica o de informa es e falsas expectativas mas estimulando a busca de novos conhecimentos e op es conscientzem de que o trabalho um valor mas n o o nico devendo ser condignamente remunerado e exerci
286. o suas aten es nas atividades fim no objeto principal de seus empreendimentos e transferindo a terceiros a execu o de atividades de suporte atividades meio mediante contratos de presta o de servi os e de empreitada regidos pelo Direito Civil Na realidade o que h de verdadeiramente novo o que explica o interesse e a nfase que v m sendo dados ao tema que a terceiriza o hoje posta a servi o de um projeto muito mais abrangente muito mais complexo e audacioso de cunho neoliberal que v na flexibiliza o do mercado e na desregulamenta o do Direito do Trabalho a solu o para a crise econ mica que assola o mundo Pugnando pela ampla liberaliza o e globaliza o da economia os defensores desse projeto desenham um quadro lament vel e assustador em que o emprego posto como ref m do capital e o ser humano totalmente obscurecido Partem da concep o utilitarista de que o capital por ess ncia n made que sendo completamente livre sem quaisquer peias ele migra e se instala onde lhe sejam oferecidas melhores vantagens lucros mais abundantes Quanto menores os custos operacionais quanto mais reduzidos os encargos de m o de obra quanto menos regulamenta o quanto menos Estado tanto mais atrativo ser o mercado nesta linha por exemplo a observa o de Jos Pastore Professor de Economia da USP ao sentenciar que Ningu m det m os movimentos do capital que os capitais buscam
287. o 112 afasta a aplica o a navios escolas A segunda modalidade se d quando a Conven o explicita quais as atividades que os Pa ses Membros ratificantes podem excluir Assim as Conven es 33 e 60 trabalhos n o industriais apontam as empresas familiares e os servi os dom sticos como setores pass veis de exclus o A terceira modalidade se faz estabelecendo normas para determinados pa ses Assim as Conven es 5 Ind stria e 15 Paioleiros e Foguistas excluem de aplica o de suas normas ndia e Jap o a Conven o 59 trabalhos n o industriais exclui a India O fato da Conven o 138 n o restringir se como as anteriores a determinado setor da atividade econ mica impunha certamente maior versatilidade e flexibilidade no disciplinar a mat ria Os relat rios preparat rios apontaram o excesso de rigidez amplitude de alcance nos setores abordados e poucas exce es como fator contraproducente em rela o ratifica o e efetiva aplica o Edad M nima p g 24 A Conven o 138 conseguiu o equil brio a fixando um conte do m nimo de atividades art 5 3 que n o podiam ser exclu das de sua aplica o b possibilitando que no grande elenco poss vel de atividades restantes os Pa ses Membros ratificantes apontassem exce es Com efeito o art 4 disp e que na medida do necess rio a autoridade competente poder n o aplicar a presente Conven o a categorias limitadas de empre
288. o Civil P blica o Minist rio P blico do Trabalho presta enorme servi o Justi a na medida em que pode evitar o recurso ao Poder Judici rio resolvendo administrativamente quest es extremamente abrangentes por interm dio dos termos de compromisso Lei 7 347 85 art 5 6 reduz o n mero de reclama es trabalhistas posto que a concentra o destas em A es Civis P blicas gerar decis es que englobam todos os lesados pela pr tica ilegal Ainda em rela o abrang ncia da A o Civil P blica Trabalhista muito embora a maioria seja ajuizada devido exist ncia de procedimento empresarial gen rico ofensivo legisla o laboral a mesma n o constitui instrumento exclusivamente para a responsabiliza o do setor patronal Os sindicatos tamb m poder o ser alvo de inqu ritos civis e a es civis quando desrespeitarem a legisla o trabalhista Temos como exemplo A es Civis P blicas visando anular descontos assistenciais ilegais ou para responsabilizar lideran as sindicais pela deflagra o de greves abusivas Lei 7 783 89 art 15 Por m no primeiro caso a compet ncia da Justi a do Trabalho s ficar garantida estabelecendo se a rela o empregador empregado se for chamado como co r u o empregador que apesar de n o arcar com o nus da sucumb ncia quem efetua o desconto causando diretamente a les o ao direito laboral do empregado Quanto utiliza o de forma abusiva pelos tr
289. o Direito ent o padeceria em crise ressentindo se a Justi a da falta de sua plena realiza o Verdade tamb m que a sociedade n o mais credita integralmente s institui es jur dicas a tarefa de harmonizar e equilibrar interesses contradit rios buscando outras vias de solu o dos lit gios Estaria a cultura jur dica que conhecemos portanto se degradando 3 A tend ncia para um estado social de direito e a import ncia do estudo da experi ncia do Direito do Trabalho O que est ocorrendo na verdade o indicativo de uma poss vel ruptura estamos enquanto sociedade evoluindo mediante vigorosa reacomoda o Abandonando cl ssicas f rmulas de organiza o social e estatal partimos em busca da realiza o do denominado Estado Social de Direito Welfare State Socialer Rechstaat 3 vide para exemplo disso entre outras a prescri es do pre mbulo e dos artigos 1 fundamentos 3 objetivos e 4 princ pios da Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil onde o cidad o encontra consolidadas certas situa es e garantias precisamente a seguran a de uma vida digna e o Direito at ent o individualista e de tradi o liberal por excel ncia sofreria os percal os dessa passagem chamando a isso alguns de crise Pois a precisamente que se justifica apreciar aspectos do Direito e Processo do Trabalho historicamente motivados na busca da realiza o de garantias sociais s o eles instrumento
290. o Nacional ratificada em 08 06 36 promulgado pelo Decreto 1 398 de 19 01 37 com vig ncia nacional a partir de 08 06 37 CONVEN O N 58 Idade M nima no Trabalho Mar timo revis o Aprovada na 22 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Genebra 1936 entrou em vigor no plano internacional em 11 04 39 Aprovada pelo Decreto lei 480 de 08 06 38 ratificada em 08 06 36 promulgada pelo Decreto 1 397 de 19 01 37 com vig ncia nacional a partir de 11 04 39 CONVEN O N 124 Exame M dico dos Adolescentes para o Trabalho Subterr neo nas Minas Aprovada na 49 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Genebra 1965 entrou em vigor no plano internacional em 13 12 67 Aprovado pelo Decreto lei 664 de 30 06 69 ratificado em 21 08 70 promulgada pelo Decreto n 67 342 de 05 10 70 com vig ncia nacional a partir de 21 08 71 2 Principais Conven es ainda n o ratificadas pelo Brasil CONVEN O N 90 Trabalho Noturno de Menores na Ind stria revis o Aprovada na 312 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho S o Francisco 1948 entrou em vigor no plano internacional em 12 06 51 CONVEN O N 138 Idade M nima para Admiss o em Emprego Aprovada na 58 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho Genebra 1973 entrou em vigor no plano internacional em 19 06 76 Il DIREITOS GARANTIAS E VEDA ES AO TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE A atual Constitui o Federa
291. o P blico do Trabalho representado pela Procuradora Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 8 Regi o Dra C lia Ros rio Lage Medina Cavalcante e pelas 2 duas testemunhas abaixo assinadas Bel m 13 de julho de 1 995 PRODEPA Processamento de Dados do Estado do Par Minist rio P blico do Trabalho PRT amp Regi o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado do Par SINDPD PA DISCRIMINA O PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO 4 REGI O TERMO DE COMPROMISSO RELOJOARIA E TICA SAFIRA de Irm os Lichtmann amp Cia Ltda neste ato representada pelo Sr Atos Severo Machado brasileiro casado residente e domiciliado na Av Chui n mero 30 apartamento 105 na cidade de Porto Alegre RS portador do RG n 1003007265 CIC 086 845 530 04 fma TERMO DE COMPROMISSO perante o MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO neste ato representado pelo Procurador do Trabalho LOUREN O AGOSTINI DE ANDRADE o fazendo nos seguintes termos 1 A empresa se compromete a n o mais exigir nas candidatas a emprego qualquer esp cie de teste exame ou atestado relativo esteriliza o ou estado de gravidez 2 O descumprimento do presente TERMO DE COMPROMISSO sujeitar a Empresa multa de 1 000 hum mil UFIR por empregada submetida aos exames referidos no item anterior revers vel ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador em conformidade com os arts 5 par grafo 6 e 13 da Lei n 7 347 85 Porto Alegre 29 de
292. o S Maria da Gl ria Martins dos Santos Ana Em lia Andrade Albuquerque da Silva PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGI O SEDE Recife PE Manoel Orlando de Melo Goulart Jos Jangui Bezerra Diniz Valdir Jos Silva de Carvalho Francisco Gerson Marques de Lima Waldir de Andrade Bitu Filho Maria Angela Lobo Gomes Everaldo Gaspar Lopes de Andrade Morse Sarmento Pereira de Lyra Neto Eliane Souto Carvalho Pedro Luiz Gon alves Serafim da Silva Regina Pacis Falc o do Nascimento PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 7 REGI O SEDE Fortaleza CE IIn Carvalho de Vasconcelos M rcia Domingues Raimundo Valdizar Oliveira Leite Francisco Adelmir Pereira exerc cargo de Vereador PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 8 REGI O SEDE Bel m PA C lia Ros rio Lage Medina Cavalcante Loris Rocha Pereira J nior Anamaria Trindade Barbosa Atahualpa Jos Lobato Fernando de Ara jo Vianna Fernandes Neto Jos Cl udio Monteiro de Brito Filho Loana Lia Gentil Uliana PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 9 REGI O SEDE Curitiba PR Mara Cristina Lanzoni Marisa Tiemann Sueli Aparecida Erbano Adriane de Ara jo Medeiros Andr Lacerda Edmilson Rodrigues Schiebelbein Eclair Dias Mendes Martins Alvacir Correa dos Santos Lair Carmem Silveira da Rocha Jaime Jos Bilek lantas Jos Cardoso Teixeira J nior Amadeu Barreto Amorim Maria Guilhermina dos Santos V Camargo Luiz Renato Camargo Bigarelli Janete Matias Benedito Xavier da Silva Itacir
293. o a idade m nima na referida condi o c Aos trabalhos insalubres e noturnos anteriormente proibidos se acrescem os perigosos O texto constitucional comporta breves coment rios 1 Idade m nima b sica A idade m nima b sica fixada genericamente aos 14 anos inexistindo exclus o no campo da aplica o Oportuna a li o de Amauri Mascaro Nascimento Ao proibir qualquer trabalho para o menor de quatorze anos e admitir uma exce o a do aprendiz a Constitui o veda n o s rela es de emprego como ainda outras rela es de trabalho Logo tamb m o trabalho eventual tempor rio a pequena empreitada o trabalho avulso e se for o caso o trabalho aut nomo s o proibidos para o menor de quatorze anos bem como n o s as atividades urbanas mas tamb m as rurais Se h apenas uma exce o a do aprendiz n o poder o legislador ordin rio abrir outras sem contrariar o princ pio constitucional Direito do Trabalho na Constitui o de 1988 Ed Saraiva S o Paulo 1989 p gs 205 e 206 2 Idade m nima inferior A Constitui o permite o trabalho realizado abaixo da idade m nima b sica sem fix la ficando facultado ao legislador ordin rio faz lo impondo por m uma restri o que o trabalho se fizesse na condi o de aprendiz A exata interpreta o da express o salvo na condi o de aprendiz mais complexa devendo a ela aplicar se o princ pio de exegese jur dica segundo o
294. o a seguran a propalada e que as leis municipais que tratam do assunto s o inconstitucionais Como bem assevera o autor as normas previstas nas leis supramencionadas t m como objetivo a defesa do patrim nio dos Bancos mas tamb m da sociedade e dos pr prios empregados j que s o parte dela S o destinat rios ainda que indiretos da norma protetora e dela podem usufruir desde que o Banco Requerido as cumpra o que n o foi nem de longe provado Dentre aquelas que ele pr prio enumera encontramse equipamentos que possibilitem a identifica o do assaltante artefatos que retardem a a o dos criminosos permitindo sua persegui o identifica o ou captura e ainda cabine blindada com a identifica o ali enumerada O sindicato insiste que as normas de seguran a s o direito do empregado conforme consta da Constitui o pois direito pr pria vida e que a Lei 8 213 91 determina que as empresas tomem as medidas de prote o adequadas verdade que o 1 do art 19 da Lei citada preceitua que a empresa respons vel pela ado o e uso de medidas coletivas e individuais de prote o e seguran a de sa de do trabalhador e n o resta d vida de que uma a o de terceiro que venha a causar les o a empregado no ambiente de trabalho um acidente do trabalho conforme al nea a inciso Il do art 21 da Lei 8 213 91 ficando pois o empregador com a obriga o de cuidar para que no ambiente de servi o n o ocorram tai
295. o autor A alega o do requerente de que a per cia que iria detectar as medidas necess rias n o prevalece Em primeiro lugar porque a liminar foi indeferida e ele se manteve silente Em segundo porque produ o antecipada de prova tem disciplina na lei adjetiva civil e tem o objetivo de perpetuar a mem ria da coisa ad perpetuam rei memoriam valendo dizer que adotada quando h risco de se perder a prova Em terceiro porque a cautelar de que trata a lei n o se refere produ o de prova eis que ali se procura tutelar especificamente o direito e obter resultado pr tico Por outro lado a prova na a o civil p blica deve ser pr constitu da raz o porque o Professor Ives Gandra assevera que o Sindicato tem possibilidade de ajuizar a o civil p blica com sucesso nos casos em que a les o patronal gen rica estiver patente porque apenas o Minist rio P blico pode ajuizar o competente inqu rito para apurar a les o a direito do trabalhador coletivamente considerado Al m de tudo o que pior a prova postulada via cautelar n o tem o objetivo de detectar o descumprimento de norma mas de se determinar com per cia o dispositivo de seguran a que se adeque situa o descrita E isto imposs vel j que o objetivo da a o civil p blica uma condena o em obriga o de fazer n o fazer ou em pec nia por descumprimento de dispositivo legal e n o criar dispositivo de seguran a n o previsto na legisla
296. o dano aos atingidos pela les o b Estados Unidos onde comum o ajuizamento das denominadas class actions por associa es organizadas ou grupos informais com o objetivo de obterem indeniza o por um dano uniformemente causado ou homogeneamente sofrido indeniza o esta que dever ser revertida para um fundo fluid recovery fund de onde poder ser distribu da aos que se habilitem como interessados c Fran a que possui a action d int r t publique que ajuizada por associa es mediante pr via autoriza o do Minist rio P blico e tem por objetivo imposi o de obriga o de fazer ou n o fazer alguma coisa d Alemanha onde a chamada Adhasionprozess tamb m pode ser ajuizada por associa es civis com o nico intuito de se impor obriga o de fazer ou n o fazer Ao final desta exposi o poderemos observar que os nossos mecanismos de defesa coletiva dos interesses plurissubjetivos s o muito mais abrangentes quanto tutela objetivada quer quanto legitima o quer quanto aos efeitos do provimento jurisdicional postulado B Surgimento da A o Civil P blica no Direito Brasileiro e sua Evolu o O embri o da Lei n 7 347 85 que criou a a o civil p blica foi o anteprojeto elaborado por Ada Pellegrini Grinover C ndido Dinamarco Kazuo Watanabe e Waldemar Mariz de Oliveira J nior submetido em 1983 ao Congresso Nacional de Direito Processual em Porto Alegre e depois apresentado C m
297. o de Medeiros Neto PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 22 REGI O Evanna Soares Marco Aur lio Lustosa Caminha SEDE Teresina Pl Jo o Batista Luzardo Soares Filho PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 23 REGI O Joselina Nepomuceno Borba In s Oliveira de Sousa SEDE Cuiab MT Manoel Aristides Sobrinho PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 24 REGI O Luiz Ant nio Camargo de Melo Luercy Lino Lopes Carlos Sebasti o Portela Darcy da Silva C mara Eduardo Antonio de Albuquerque Coelho Edson Corr a Khair Fernando Emesto de Andrade Coura Hegler Jos Horta Barbosa H lio Ara jo d Assump o In s Cambraia Figueiredo Brand o Jo o Pinheiro da Silva Neto J lio Roberto Zuany Adelmo Monteiro de Barros Aldemar Ginefra Moreira Alice Cavalcanti de Sousa Ant nio de Almeida Martins Coelho Am rico Deodato da Silva J nior Aparecida Maria O de A Barros Benjamin Eurico Cruz Carlos Jos Pr ncipe de Oliveira Carlos Renato Genro Goldschimidt C sar Macedo Escobar Cl vis Maranh o Daisy Lemos Duarte Dami o Fernandes Prado Danilo Pio Borges Emiliana Martins de Andrade Evaristo de Moraes Filho Fabr cio Correia de Souza Geraldo Augusto de Faria Batista Hellion Verri Adilson Flores dos Santos Ant nia Seiunas Checanovski Aroldo Faria de Lanes Menezes Cant dio Salvador Filardi Carlina Eleonora Nazareth Carmo Domingos Jatene Delmiro dos Santos SEDE Campo Grande MS Maria Stela Guimar
298. o de aprendiz em idade inferior a 14 anos Com efeito o Brasil ao lado de Chipre Mal sia Marrocos Serra Leoa e Turquia um dos pa ses em que se permite a aprendizagem na empresa com idade inferior a 14 anos vista da interpreta o sistem tica que se deu ao art 6 da Conven o 138 com respaldo na li o da Comiss o dos Expertos a norma constitucional sobre trabalho na condi o de aprendiz abaixo dos 14 anos n o impede que o Brasil ratifique a Conven o 138 desde que alternativamente se utilize de duas faculdades previstas na norma internacional ou com fundamento no art 5 excluindo da aplica o os trabalhos realizados na condi o de aprendiz entre 12 e 14 anos ou em conson ncia com o art 7 comprometendo se a restringir a aprendizagem na empresa dentro desta mesma faixa et ria a trabalhos leves n o insalubres e nem perigosos 7 Derroga es individuais espet culos art sticos O artigo 8 da Conven o 138 permite que a autoridade competente autorize em casos individuais que crian as ou adolescentes sem limite de idade m nima inferior participem de atividades tas como espet culos art sticos desde que haja limita o de horas e se especifigquem condi es especiais Espet culos art sticos s o apresentados apenas como exemplos Nos termos da Conven o 60 de 1937 trabalhos n o industriais podem ser tidas como tais as atividades que se fazem em favor da arte da ci ncia e do ens
299. o irregularmente at o t rmino do concurso quando ser o efetivados regularmente os aprovados Apenas em ltima hip tese se adotaria o ajuizamento de a o civil p blica Os Coordenadores das CODINS da 1 3 5 8 172 20 e 21 Regi es se opuseram admiss o de contagem do tempo de servi o anterior ao concurso como m o de obra locada para efeito de t tulo no concurso Sugeriu se tamb m que nos inqu ritos sobre a mat ria sejam informados os Minist rios P blicos Estaduais e o Minist rio P blico junto aos Tribunais de Contas para a responsabiliza o administrativa dos prefeitos e dirigentes dessas empresas Igualmente concluiu se ser recomend vel o contato com as associa es que congregam as prefeituras para tornar mais abrangente a a o do MPT nesse assunto 4 Tema Terceiriza o Coloca o da quest o pela CODIN PGT A CODINPGT tra ou a evolu o hist rica da mudan a da orienta o do TST quanto quest o daterceirza o A S mula n 256 permitia loca o de m o de obra exclusivamente para trabalho tempor rio e servi o de vigil ncia aberto inqu rito contra o Banco do Brasil por terceiriza o ilegal o mesmo firmou termo de compromisso que posteriormente viu se com dificuldades de cumprir no que respeita realiza o de concurso para servi os de limpeza a PGT sens vel ao problema e levando em considera o a inclus o dos servi os de limpeza nas exce es da S mula n 256 pro
300. o m ximo cabendo lhe por atribui o constitucional art 8 III a defesa dos interesses e direitos coletivos ou individuais da categoria em quest es judiciais ou administrativas Desde que decorram de rela o de trabalho portanto cabe ao sindicato a legitima o para ajuizar a o civil p blica em concorr ncia com o Minist rio P blico E aqui n o se exige rol de substitu dos porque os efeitos da senten a conforme j se disse item 2 4 produzem se ultra partes atingindo todo o grupo toda a categoria com a exce o contida na lei Quanto legitimidade passiva nada favorece a requerida porque n o se trata de diss dio coletivo mas de a o civil p blica quando legitimado para figurar na lide no p lo passivo aquele de quem se afirma ser detentor de um direito subordinado E a an lise da legitimidade das partes considera tal rela o jur dica in statu assertionis isto vista do que se afirmou Rejeita se pois a preliminar de legitimidade ad causam tanto ativa quanto passiva 2 7 Revelia Pugna o requerente pelo reconhecimento da revelia o que foi recha ado pelo D Colegiado quando da audi ncia inaugural por entender a Corte com outra composi o naquela oportunidade que o animus de defesa manifestava se atrav s da contesta o escrita de que era portador estagi rio em que pese a aus ncia da requerida Malgrado esposar esta presid ncia tese contr ria adotando o entendimento de que
301. o mais inflex veis que as da Conven o 138 sobre a mesma mat ria Assim se houver vontade pol tica de ratifica o da referida Conven o pelo Brasil este comparecer nos relat rios dos Expertos na Aplica o de Conven es e das Recomenda es da OIT ao mesmo tempo como pa s em desenvolvimento que opta pela m nima b sica de 14 anos para admiss o ao emprego e ao trabalho com possibilidade de trabalhos leves em programas de aprendizagem a partir dos 12 anos e como pa s cujo ordenamento jur dico constitucional impossibilita de se utilizarem de v rias faculdades de exclus es e limita es previstas no diploma internacional 2 Mozart V Russomano anotou com raz o que o Brasil tem seguido uma trilha ascencional na disciplina da mat ria Coment rios Consolida o das Leis do Trabalho 8 ed p g 503 Com efeito o Decreto 1 313 janeiro de 1891 primeira lei brasileira sobre o trabalho de crian as nas f bricas da Capital Federal imp s a idade m nima de 12 anos salvo a t tulo de aprendiz e nestas condi es o trabalho n o podia exceder tr s horas entre 8 e 10 anos e quatro horas entre 10 e 12 anos O Decreto 17 943 A 27 C digo de Menores manteve a mesma idade m nima b sica mas determinou idades superiores para v rias hip teses 14 anos para adolescentes que n o tivessem completado a instru o prim ria para trabalhos em usinas manufatureiras estaleiros minas subterr neos pedreiras ai
302. o o SENAI que participa como cooperador t cnico assessor e repassador de metodologias de ensino profissionalizante Entidade n o governamental Projeto Ax Objetiva trabalhar com meninos de rua dando lhes forma o atrav s de atividades produtivas e culturais A atividade inicial a Educa o de rua atrav s da qual se d o os primeiros contatos e a aproxima o tendo como finalidade primordial fazer ressurgir os sonhos abafados pela dura realidade Atrav s de Empresas educativas o jovem entra em contato com uma atividade produtiva podendo ser encaminhado ao trabalho ap s completar 16 dezesseis anos importante mencionar que os conv nios entre o Projeto Ax e as empresas o s o em absoluto acordo com a normas do Estatuto da Crian a e do Adolescente 51 Numa abordagem cr tica ao trabalho realizado pelas diversas entidades supramencionadas algumas conclus es podem ser tiradas 1 Todos os projetos se destinam a atendimento de fam lias de baixa renda 2 Na maioria dos casos o jovem infrator relegado sem que se lhe d o atendimento e acompanhamento adequados dando se prefer ncia normalmente ao jovem n o infrator 3 Algumas das entidades oferecem treinamento em pequenas oficinas ensinando n o somente uma atividade produtiva mas no es de higiene e socializa o 4 H sempre uma grande demanda de jovens em contraste com as vagas oferecidas sempre insuficientes 5 H uma prefer ncia para as cria
303. o se deu a aboli o da escravatura n o se ouvia falar em greve porque n o existia liberdade Temos no Brasil v rias fases de desenvolvimento da greve Da fase de proibi o com puni es passamos de toler ncia e mais tarde de seu reconhecimento como direito As Cartas de 1891 e 1934 n o trataram da greve J a Carta de 1937 dispunha que a greve e o lockout eram considerados recursos anti sociais nocivos ao trabalho e ao capital a greve portanto era tida como verdadeiro delito Logo se existia um dispositivo previsto na Carta Magna contra a pr tica de greve seria inconstitucional qualquer legisla o que dispusesse em contr rio Note se que o fato era t o grave que o C digo Penal rebaixou a greve categoria de crime mas foi com a outorga do Dec lei 9 070 daquele ano logo ap s a confer ncia de Chapultepec que o Brasil reconheceu o direito de greve pouco antes da promulga o da Constitui o de 46 Como se v o referido decreto era inconstitucional em parte porque a Constitui o ainda vigente definia como delito toda esp cie de paralisa o coletiva de trabalho De mais a mais mesmo na permiss o o Decreto lei n 9 070 46 a vedava em atividades consideradas essenciais Pouco tempo depois foi promulgada a Carta de 46 que admitindo a greve como um direito de todo trabalhador n o a limitou em nenhum tipo de servi o Por isso fez se necess ria a promulga o de uma lei infracon
304. ofissional indique a idade inferior de 16 anos A Constitui o brasileira ao fixar a idade m nima superior n o elenca os trabalhos prejudiciais moralidade como o faz a Conven o 1 38 4 Idade m nima inferior trabalhos leves Se o Brasil vier a ratificar a Conven o 138 para suas normas estarem em conson ncia com o art 7 desta mesma Conven o os trabalhos que o adolescente entre 122 e 14 anos vier a exercer ainda que na condi o de aprendiz dever o ser leves 5 Exclus es facultativas do campo de aplica o A Conven o 138 permite que qualquer Pa s Membro que a queira ratificar delimite categorias de emprego ou de trabalho s quais ela n o se aplicaria quando houvesse dificuldades de execu o especiais e importantes art 4 Faculta tamb m a mesma Conven o que qualquer Membro cuja economia e servi os administrativos n o tenham atingido um desenvolvimento suficiente limite em uma primeira etapa a rea de aplica o da Conven o Para tanto basta que em declara o anexa se explictem os ramos de atividade econ mica ou tipos de empresas aos quais os dispositivos da Conven o se aplicar o art 5 Exce o feita ao trabalho executado dentro de programa de aprendizagem na empresa abaixo dos 14 anos o Brasil n o poder se utilizar destas duas exclus es facultativas dentro de seu atual modelo constitucional Esta impossibilidade n o decorre da Conven o 138 e n o cria portanto b
305. olvem se os interesses individuais origin rios para surgir um ideal coletivo onde os interesses privados de cunho ego stico s o relegados a segundo plano Assim o grupo deixa de ser a simples reuni o de indiv duos com interesses comuns para concretizar se num ente aut nomo personificado especialmente por toda a coletividade representada Por isto podemos dizer que o sindicato v g representa a profiss o e n o seus aderentes estando legitimado para representar a coletividade como um todo Quando um grupo luta por melhores condi es de seguran a no trabalho s o todos os trabalhadores como categoria que disso poder o beneficiar se O interesse coletivo toma valor jur dico pr prio e destacado do conjunto dos interesses individuais de cada membro do grupo Caracter stica principal dos interesses coletivos que eles utilizam se dos grupos como forma de exterioriza o H necessidade de um m nimo de organiza o estrutura do grupo pois faltando esta coes o m nima que determina um grupo o interesse n o ser coletivo mas sim um interesse difuso dissolvido na sociedade Segundo Ada Pellegrini Grinover os interesses coletivos s o os interesses comuns a uma coletividade de pessoas e apenas a elas mas ainda repousando sobre um v nculo jur dico definido que as congrega Assim o tra o caracterizador dos interesses coletivos a rela o jur dica base dos titulares entre si ou com a parte contr
306. omisso como t tulo executivo sendo conveniente sua execu o no mbito da Justi a do Trabalho A 18 Regi o sugeriu a previs o da forma de execu o no pr prio termo e o estabelecimento de multa brada no caso de reincid ncia Tais quest es incluindo a relativa participa o do MPT nos Conselhos Gestores do FAT ou do Fundo Federal previsto na Lei 7 347 85 ficaram para ser melhor estudadas pela CODIN PGT com sugest es posteriores das Regionais b Propositura de A es Anulat rias Diante da resist ncia de alguns TRTs em acolher a a o do MPT na defesa dos trabalhadores que t m imposto sobre si sem possibilidade de oposi o os descontos assistenciais previstos em conven es coletivas a CODIN PGT colocou a quest o da melhor estrat gia a ser seguida tentar que os sindicatos firmem termo aditivo alterando a cl usula com previs o de reabertura de prazo para que os descontentes possam manifestar perante a empresa o desejo de n o sofrerem desconto hip tese em que o sindicato devolveria o desconto arrecadado ilegalmente As CODINs Regionais reportaram situa o existente no sentido do n mero imenso de conven es e acordos que atentam contra a lei nesse aspecto inviabilizando a ado o maci a abertura de inqu ritos e ajuizamento de a es que em muitos casos j seria tardia diante da realiza o do desconto A sugest o formulada por v rias CODINs acolhida como consenso foi a de se adotar a remess
307. ontida no Decreto lei n 200 67 Observe se que apesar de a Lei n 5 645 70 referir se apenas Administra o Direta e Autarquias as regras sobre descentraliza o no Decreto lei n 200 67 dirigemse a toda Administra o Federal que a teor do seu art 4 compreende a Administra o Direta e Indireta Donde se v que a despeito da orienta o adotada pelos Tribunais Trabalhistas como veremos a seguir tamb m as empresas p blicas e as sociedades de economia mista e n o apenas os rg os centralizados e autarquias estavam legalmente autorizados a contratarem com terceiros a execu o de atividades meio ou como est no Decreto lei 200 a realiza o material de tarefas executivas que a Lei n 5 645 70 enumera exemplificativamente como de transporte limpeza opera o de elevadores e outros assemelhados Obviamente essa contrata o pelo menos na Administra o Direta e Autarquias hoje em toda a Administra o P blica haveria de ser precedida de licita o dentro dos moldes preconizados pelo pr prio Decreto lei 200 art 125 e seguintes garantindo se assim a observ ncia dos princ pios da publicidade da isonomia e da probidade administrativa A modalidade de descentraliza o mediante execu o indireta de atividades meio na Administra o P blica foi absorvida pacificamente pela doutrina e jurisprud ncia trabalhistas que apenas manifestaram restri es pr tica quando adotada pelas empresas p blica
308. oportuna a elabora o de lei espec fica para a ACP trabalhista especificando as hip teses de defesa de interesses difusos no mbito laboral A sistem tica seguida na presente reuni o foi a de estabelecer a discuss o de 2 temas por per odo matutino e vespertino em que a CODIN PGT expunha sucintamente os problemas que tem detectado a respeito dos mesmos e a orienta o que tem adotado ouvindo em seguida a experi ncia e sugest es das Regionais passando ao final a detectar os pontos de consenso a respeito das orienta es e procedimentos que poderiam passar a ser adotados de modo mais uniforme Os temas debatidos foram os seguintes 1 Tema Mat rias Afetas s CODINs Coloca o da quest o pela CODIN PGT A CODIN PGT considera como de compet ncia das CODINs todas as medidas administrativas procedimentos investigat rios e inqu ritos civis p blicos ou judiciais a es civis p blicas a es civis coletivas a es anulat rias a es rescis rias medidas cautelares e recursos nessas a es objetivando a defesa de interesses difusos coletivos e individuais homog neos Tal defini o seria necess ria em face do que se verificou em determinadas Regionais que retiraram da esfera da CODIN as a es civis p blicas por responsabiliza o em greve abusiva 15 e as a es rescis rias de acordos homologados em fraude lei constatados em inqu rito civil p blico 3 Tamb m a proposta aventada pelo Coordenador
309. oria Geral do Estado de S o Paulo SP 31 140 8 Cf Mancuso op cit p g 85 18 Trata se como afirmou Ives Gandra Martins Filho de uma adapta o do direito realidade cuja abertura no sistema brasileiro se deu pela norma do art 503 da CLT e cuja finalidade preservar o bem maior do emprego A Constitui o Federal art 7 VI abre a possibilidade de flexibiliza o do princ pio da irredutibilidade salarial desde que a redu o seja estabelecida por conven o ou acordo coletivo o mesmo ocorrendo com a jornada de trabalho CF 7 XIII Nesse contexto a flexibiliza o representa a parcela de contribui o da classe trabalhadora no sentido de admitir a altera o das condi es de trabalho ainda que menos ben ficas para atender ao fim maior da preserva o do empreendimento produtivo nos momentos de crise econ mica ou de mudan a nas circunst ncias reais de trabalho por for a do desenvolvimento tecnol gico Camargo Mancuso esclarece que os interesses difusos apresentam uma estrutura peculiar ssima dado que como eles n o t m seus contornos definidos numa norma como os direitos subjetivos nem est o aglutinados em grupos bem definidos como os interesses coletivos resulta que sua exist ncia n o afetada nem alterada pelo fato de virem a ser exercitados ou n o Por exemplo os debates e controv rsias em torno dos interesses concernentes qualidade de vida continua
310. ortu rio com v nculo empregat cio a prazo indeterminado ou por trabalhadores avulsos No caso a contrata o de trabalhadores avulsos restou limitada tamb m pela Lei nova aos trabalhadores que desenvolvem atividades portu rias assim compreendidas aquelas referidas no artigo 26 combinado com a conceitua o estabelecida no artigo 57 par grafo terceiro 127 A leitura destes dois dispositivos legais permite a r pida constata o de que carece de amparo legal a utiliza o de trabalhadores avulsos para a realiza o de atividades relacionadas diretamente com a administra o dos portos nas suas tarefas burocr ticas tais como escritur rios serventes eletricistas como praxe no DEPRC Assim pelos dispositivos legais revogados bem como luz da NOVA LEGISLA O que disciplina a contrata o de m o de obra avulsa para trabalho portu rio restaria ilegal e fraudulenta a utiliza o dos trabalhadores em outras atividades que n o aquelas exaustivamente elencadas nos artigos 26 e 57 da Lei n 8 630 de 25 de fevereiro de 1998 5 Dos fatos O Minist rio P blico do Trabalho traz aos autos c pias de reclamat rias ajuizadas laudos periciais e decis es judiciais que demonstram a pr tica reiterada pelo DEPRC de utiliza o de trabalhadores supostamente associados do Sindicato dos Arrumadores que deveriam trabalhar como avulsos nas atividades portu rias no desenvolvimento de atividades totalmente diferenciadas co
311. os Na verdade a a o de cumprimento de uma senten a normativa que versa sobre interesses coletivos pode ser ajuizada tanto pelo sindicato como pelos pr prios empregados Em raz o de tais peculiaridades do Processo Laboral Ives Gandra Martins Filho prop s como elemento diferenciador dos interesses coletivos frente aos individuais homog neos o fato de nos primeiros a pr ticalesiva se estender no tempo isto constituir procedimento gen rico e continuativo da empresa enquanto nos segundos sua origem se fixa no tempo consistente em ato gen rico mas isolado atingindo apenas alguns ou todos os que compunham a categoria no momento dado Ele cita como exemplo de interesse coletivo lesado o descuido continuado do meio ambiente de trabalho pois afeta potencialmente a todos os empregados da empresa e como exemplo de interesses individuais homog neos trabalhistas a demiss o coletiva num dado momento atingindo um grupo concreto e identific vel de empregados At mesmo a indivisibilidade do objeto apontada como um dos elementos determinantes do conceito de interesses coletivos e difusos Lei 8 078 90 art 81 par grafo nico e Il em algumas hip teses n o se enquadra totalmente s rela es trabalhistas o caso de certos procedimentos gen ricos adotados pelas empresas contr rios ordem jur dica laboral cuja les o se materializa em momentos distintos para cada empregado n o atingindo efetivamente
312. os nota se a tend ncia cont nua de acumular no menor n mero os privil gios o poder e a felicidade para s deixar maioria mis ria e fraqueza S com boas leis podem impedir se tais abusos Mas de ordin rio os homens abandonam a leis provis rias e prud ncia do momento o cuidado de Processo e Conflito A Crise de Legitima o das Decis es Judiciais S o Paulo Acad mica 1992 p g 83 apud Lenio Luiz Streck Os Des caminhos do Sistema Processual Brasileiro Anais do Curso de P s Gradua o da URI p gs 31 38 116 regular os neg cios mais importantes quando n o os confiam discri o daqueles mesmos cujo interesse oporem se a melhores institui es e s leis s bias Al m disso n o sen o depois de terem vagado por muito tempo no neio dos erros mais funestos depois de terem exposto mil vezes a pr pria liberdade e a pr pria exist ncia que cansados de sofrer reduzidos aos ltimos extremos os homens se determinam a remediar os males que os afligem Ent o finalmente abrem os olhos a essas verdades palp veis que por sua simplicidade mesma escapam aos esp ritos vulgares incapazes de analisar os objetos e acostumados a receber sem exame e sob palavra todas as impress es que se lhes queiram dar Concebida para orientar paradigmas de reflex o a prop sito do ent o vigente direito criminal a li o de Beccaria se mostra pr pria e harm nica elucida o do discutido Com todo efe
313. ou ref er vel a um contrato de trabalho Corrobora nosso entendimento ac rd o proferido pelo pret rio Excelso conduzido pelo voto do Ministro Sep lveda Pertence no Conflito de Jurisdi o n 6 959 6 Distrito Federal apud Pinho Pedreira LTr 55 95 559 que concluiu n o importar determina o da compet ncia da Justi a do Trabalho dependa a solu o da lide de quest o de direito civil mas sim que o fundamento do pedido assente na rela o de emprego inserindo se no contrato de trabalho 2 2 Compet ncia em raz o da pessoa Diz a reclamada que a mat ria de interesse da Uni o uma vez que segundo a Lei 7 102 83 a compet ncia para fiscalizar o cumprimento de normas de seguran a do Minist rio da Justi a Sem raz o entretanto O fato de ser rg o fiscalizador das medidas de seguran a n o transforma a Uni o em parte nesta a o como litisconsorte da r eis que o interesse do Minist rio da Justi a reside apenas no perfeito cumprimento da lei n o sendo pass vel de sofrer qualquer consegu ncia advinda de decis o proferida nesta lide 2 3 Compet ncia funcional Em que pese a li o do Eminente Ives Gandra citado pela reclamada a compet ncia para a lide das Juntas de Concilia o e Julgamento conforme art 2 da Lei 7 347 85 in verbis As a es previstas nesta Lei ser o propostas no foro do local onde ocorrer o dano cujo ju zo ter compet ncia funcional para processar e julgar a cau
314. parte desses servi os a microempresas ou seja a terceiros Tais fatos tamb m est o comprovados pelos documentos de fls 369 a 381 132 Argumentam ainda as reclamadas que perfeitamente poss vel a terceiriza o de atividade fim como a de pesponto desde que tal atividade constitua uma unidade aut noma de produ o com l gica organiza o e din mica pr prias Frisese que diante da incontrov rsia sobre a pr tica da terceiriza o das atividades fim alegadas pelo autor na peti o inicial tornou se desnecess ria a realiza o de outras provas pois a quest o de fato ent o existente tornou se apenas de direito qual seja a legalidade ou ilegalidade do referido processo terceirizante Ao formular os pedidos contidos nesta a o o autor n o fez distin o entre a situa o econ mica das empresas terceirizadas mas sim alegou que a terceiriza o de atividades fim das reclamadas irregular merecendo ser coibida Portanto totalmente desnecess ria e impertinente a prova pericial cont bil pretendida pelas reclamadas no item 44 da defesa apresentada fls 455 assim como descabida e impertinente seria o deferimento de prova t cnica para a demonstra o da propor o da fabrica o externa rendimento das microempresas e bancas e outros aspectos ressaltados pela defesa a fls 641 item n 02 e em raz es finais Da mesma forma a prova oral requerida pelas partes tornou se in cua e de
315. pelo sindicato assistente declarando se a ilegalidade da pr tica da terceiriza o das atividades fim das demandadas como as de corte prepara o pesponto montagem acabamento e expedi o de cal ados devendo as mesmas absterem se de tal pr tica pois doravante tais servi os dever o ser executados por seus pr prios empregados regidos e protegidos pela CLT sob pena de incorrerem as reclamadas em multa di ria correspondente a 5 000 UFIR s em virtude de mora ou descumprimento dessas determina es que dever ser revertida em favor do FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR FAT criado pela Lei n 7 998 90 em raz o do que disp e o artigo 11 Ile V deste diploma legal Ao contr rio do que alegam as empresas r s a multa estipulada n o desmedida face gravidade do problema que visa coibir 6 Honor rios advocat cios Nesta Justi a Especializada a condena o em honor rios advocat cios s se justifica quando presentes os requisitos exigidos pela Lei 5 584 70 Inocorrentes no caso sob judice descabe a condena o ISTO POSTO a 13 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE FRANCA SP por maioria de votos vencido o senhor Juiz Classista Representante dos Empregadores rejeita as preliminares arg idas e no m rito julga procedente a presente a o civil p blica movida pelo MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 152 REGIAO com a assist ncia ltisconsorcial do SINDICATO DOS TRABALHADORES
316. pio dispositivo a limita o do juiz a decidir segundo o alegado e provado pelas partes e colocando se dentro do conceito moderno que restringe aquele princ pio apenas ao primeiro aspecto isto vincula o do julgador a decidir segundo o alegado pelas partes grifos nossos Bastante s bia a Lei que imp e ao Minist rio P blico do Trabalho o dever de intervir nas causas em que manifesto o interesse p blico e que confere a cada rg o desta Institui o a prerrogativa de requerer as dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas mesmo nos processos em julgamento nos Tribunais porque o Minist rio P blico do Trabalho pode buscar solu es que exijam do Estado Juiz realiza o obrigat ria ante o conte do de indisponibilidade e a relev ncia social dos interesses CE STF MC ADIn 1082 4 600 DF TP DJU de 04 11 94 in LEX 194 fev 95 LEX Ed p g 37 34 2 O interesse p blico tem grada es que comporte maior intensidade e profundidade na atua o do Minist rio P blico do Trabalho O ju zo de oportunidade e conveni ncia de o Minist rio P blico do Trabalho poder manifestar sua necessidade de intervir no processo ou o dever de faz lo tem sem d vida seu n cleo no fen meno da aferi o do interesse p blico O Minist rio P blico ele pr prio um rg o do Estado ao qual cabe tutelar um espec fico interes
317. ponto das instala es inclusive pelas vias f rreas do porto bem como os demais servi os portu rios incumbidos s administra es de portos A interpreta o dada pelo R u ao dispositivo no nosso entender n o aquela mais adequada Nesse sentido cabe transcrever parte do ac rd o juntado aos autos a fls 57 60 cujo Relator foi o Dr Carlos Affonso Carvalho de Fraga proferido pela 1 Turma do TRT da 4 Regi o que elucida o entendimento adotado luz da melhor hermen utica quando o legislador acrescentou ao final do art 28 do supracitado Decreto lei a express o bem como os demais servi os portu rios incumbidos s administra es de portos foi no sentido de dar maior elasticidade aplica o legal eis que a enumera o das atividades portu rias exaustiva e n o como quer o recorrente incluir servi os n o espec ficos da administra o portu ria Assim a aplica o do referido Decreto lei era limitada aos trabalhadores avulsos no desenvolvimento das atividades portu rias assim entendidas aquelas relacionadas com as de capatazia dos portos conforme definido no artigo 285 da CLT e n o como quer o R u em qualquer atividade relacionada com a administra o dos portos de maneira ampla geral e irrestrita que pudesse abranger inclusive trabalhadores nas fun es de escritur rios serventes entre outras Otrabalho Desta forma o R u n o encontraria amparo legal para sua defesa nem no
318. primento da Norma Coletiva trazemos cola o guisa de exemplo o caso do servidor Jos Arnaldo Pereira que postulou administrativamente reclassifica o de um cargo de carreira para o de outra carreira o que s permitido atrav s de aprova o em recrutamento intemo aberto a todos segundo o Plano de Cargos O cargo postulado tinha 110 como um dos requistos a forma o em curso t cnico em saneamento b sico edifica es ou mec nica por m mesmo diante de dois pareceres contr rios inclusive porque o postulante n o tinha o 2 grau completo foi determinado a reclassifica o fls 1 809 a 1 816 Analisando os documentos dos autos colhe se irregularidades a mancheias nas promo es perpetradas como demonstrou o Requerente s fl 380 386 Outrossim constatou o Minist rio P blico e o Sindicato Profissional que alguns poucos empregados foram promovidos em obedi ncia aos ditames da Norma raz o pela qual foram suspensos os efeitos da liminar em rela o aos mesmos Por todo o narrado e mais que dos autos consta prosperam os pedidos Isto posto resolve a Segunda Junta de Concilia o e Julgamento de Macei por unanimidade julgar PROCEDENTES os pedidos articulados na inicial pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO para DECLARAR NULAS todas as promo es efetuadas pela COMPANHIA DE ABASTECIMENTO DE GUA E SANEAMENTO DO ESTADO DE ALAGOAS eis que ao arrepio do quanto disp e o Acordo Normativo de 1994 suspenden
319. r o a existir sempre independentemente do sucesso fracasso e do n mero de a es judiciais propostas a esse respeito isso devido ao fato de que o objeto mesmo fluido esparso por um n mero indeterminado de sujeitos e por isso n o se esgota nem se extingue em raz o de ser exercido por alguns desses sujeitos Pelo fato de ser difuso esse interesse tende a se repetir podendo vir a se apresentar em sequ ncia a outros grupos sociais ou at aos mesmos que os exercitaram anteriormente Os interesses coletivos stricto sensu se encontram num est gio mais maduro que os interesses difusos tanto na doutrina quanto na jurisprud ncia pois atingiram segundo Camargo Mancuso um grau de agrega o e organiza o necess rio sua afeta o institucional junto a certas entidades ou rg os representativos dos interesses j socialmente definidos Os interesses difusos dada a sua amplitude objetiva e dispers o dentro da sociedade representam ainda terreno pouco explorado pela doutrina e pela jurisprud ncia As leis referentes a estes interesses s o bastante recentes sendo que somente a partir da Cr 88 art 129 III e da feitura do C digo do Consumidor Lei 8 078 90 consagrou se a possibilidade de defesa a qualquer outro interesse difuso ou coletivo acrescentando o inciso IV ao art 1 da Lei 7 347 85 Isto porque os interesses difusos podem ser revelados por numerosos fatores e conting ncias sociais Assi
320. r de observar as condi es especiais de trabalho de menores acima de 14 anos 3 n o permitir jornada superior a 44 horas semanais e na ocorr ncia de elastecimento da jornada que esta seja paga com o adicional legal e respeito legisla o aplic vel dura o de trabalho prevista na CLT e Constitui o Federal 4 n o permitir o trabalho que esteja em desacordo com a legisla o protetiva especial aplic vel mulher Ill Do Cumprimento do Compromisso 1 O Minist rio P blico do Trabalho diretamente ou atrav s da Delegacia Regional do Minist rio do Trabalho controlar a fiel observ ncia do presente compromisso notificando a Signat ria sobre eventual inadimplemento e consequente imposi o da multa infra estabelecida 2 Ocorrendo descumprimento de quaisquer das obriga es ora assumidas pela Signat ria ou por qualquer de suas empreiteiras responder a Compromissada pelo pagamento de multa di ria equivalente a 1 00 hum sal rio m nimo mensal vigente por trabalhador at o adimplemento da obriga o de fazer ou cessa o de ato lesivo face obriga o de n o fazer 21 No tocante obriga o de fazer ser concedido prazo improrrog vel de dez dias para adimplemento da obriga o ap s os quais mantida a inadimpl ncia aplicar se a multa tendo como data base a da notifica o do descumprimento 3 A mula ora pactuada n o SUBSTITUTIVA DA OBRIGA O que remanesce aplica o da m
321. r tal direito Outro grande avan o foi a permiss o ao servidor p blico civil para sindicalizar se A Lei n 7 783 de 24 06 89 revogou a Lei n 4330 de 64 e o Decreto 1 632 de 78 regulamentando o exerc cio da greve inclusive proibindo lhe o abuso Dessa forma prev san es de ordem trabalhista civil e penal relacionadas com o exerc cio abusivo do direito esta a legisla o que vige entre n s at a presente data IV CONCEITO JUR DICO DA GREVE V rios s o os conceitos apresentados pelos juristas e doutrinadores sobre greve Mas na Lei 7 783 de 28 de junho de 1989 que vamos encontrar um conceito legal no qual haveremos de nos concentrar neste trabalho Reza o art 2 que para os fins desta Lei considera se leg timo exerc io do direito de greve a suspens o pessoal de servi os a empregador de bom alvitre depois do exame dessa defini o legal situarmos seus elementos de modo que tenhamos uma id ia particular sobre cada um Leg timo exerc cio do direito de greve o legislador al m de entender ser um ato leg timo reconhece como uma garantia do trabalhador o movimento paredista um verdadeiro direito da classe oper ria que tem a liberdade de deflagr la ou n o Suspens o coletiva reconhece a greve como a suspens o coletiva do trabalho porque os efeitos do contrato individual de emprego ficar o paralisados hibernando mediante a suspens o total ou parcial interrup o a depender
322. rabalhistas reduzindo os custos operacionais e otimizando os lucros E n o s isso A terceiriza o quando desvirtuada serve a essa proposta de flexibiliza o e moderniza o porque tamb m implica a derroga o de princ pios basilares do Direito do Trabalho O Direito Individual do Trabalho tem como n cleo como objeto de preocupa o a rela o de emprego t pica que de natureza bilateral E isso se extrai do pr prio conceito legal de empregado e empregador empregado a pessoa f sica que presta servi o n o eventual a empregador sob a depend ncia deste e mediante sal rio empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econ mica admite assalaria e dirige a presta o pessoal do servi o Ora na terceiriza o n o h lugar para esse modelo de rela o de emprego H nela o deslocamento da figura do empregador porque quem admite assalaria e dirige a presta o do servi o a empresa contratada todavia esta nem benefici ria do servi o nem assume os riscos da atividade econ mica em que esse servi o prestado De outro lado esse sistema compromete a efic cia de princ pios fundamentais do Direito do Trabalho em especial o da liberdade de trabalho e o da continuidade O princ pio da liberdade de trabalho pressup e que o profissional seja livre para escolher com quem e onde deve trabalhar Isso n o ocorre na terceiriza o pois o empregado p e a sua
323. ransforma es da sociedade Marcus Orione nos fala da necessidade de uma deformaliza o procedimental em face das mudan as operadas pela sociedade de massa que possibilitou o advento da tutela jurisdicional coletiva fruto da insufici ncia da no o limitada de direito subjetivo e fruto da evolu o para a ordem jur dica do bem estar social Assim tal deformaliza o consistiria na mudan a de conceitos b sicos do Direito Processual como os de a o jurisdi o e escopo do processo no sentido de torn lo um instrumento de participa o pol tica despindo se de excessos de formalismo a fim de agilizar a solu o dos conflitos coletivos Jos Eduardo Faria conclui que novos conflitos exigem novos instrumentos jur dicos e novos procedimentos judiciais para poderem ser canalizados filtrados e decididos no mbito das institui es formais do Estado o que transforma o judici rio num locus pol tico privilegiado como atena de luta confronto e negocia o de interesses A quest o a que me refiro diz respeito cultura profissional sensibilidade social e percep o pol tica da magistratura enfim ao alcance e ao grau de atualiza o desaliena o e consci ncia de seu saber 7 A base material dos direitos difusos a serem tutelados atrav s de a o civil p blica se encontra na pr pria Constitui o Federal que por exemplo n o traz refer ncia expressa tutela dos
324. ratante 70 estipulado com empresa especializada nesse tipo de equipamento De um contrato de presta o de servi os com um restaurante para preparo e fornecimento de alimenta o aos empregados da contratante De um contrato de empreitada para a pintura de um estabelecimento De um contrato de presta o de servi os com empresa especializada em limpeza e higieniza o de um im vel onde a contratante realiza sua atividade econ mica Acrescenta ainda que o Enunciado 256 considera ilegal n o a contrata o de empresas prestadoras de servi os ou de empreiteiras mas simplesmente a contrata o de trabalhadores por interposta empresa E lembra que pelo Decreto lei n 200 67 art 10 7 as empresas p blicas e sociedades de economia mista est o autorizadas a transferir a execu o de atividades meio a empresas prestadoras de servi os n o podendo conseguentemente negar se tal qualidade s empresas privadas em geral sem afronta ao art 170 8 2 da ent o vigente CF que vedava privil gios em favor daquelas Essa interpreta o do Enunciado 256 aos poucos vinha sendo assimilada pelos Tribunais Trabalhistas inclusive pelo pr prio TST que j em 1989 ao julgar o RR 226 por sua 1 Turma entendeu que Existindo legalmente empresas prestadoras de servi o ilegal que se lhes negue a qualifica o de empregadores salvo as hip teses de fraude A enuncia o contida no Enunciado 256 da S mula desta Colenda Corte h
325. rdenamento jur dico armou o Minist rio P blico com instrumentos e garantias que lhe facilitam a defesa dos interesses plurissubjetivos v g o inqu rito civil Assim em meio intensa conflituosidade que envolve a defesa dos interesses difusos e a complexidade dos direitos coletivos tem o Parquet independ ncia e imparcialidade para proteger os interesses do trabalhador do empregador e da sociedade Isto porque ele n o defende apenas os interesses da categoria mas sim toda a ordem jur dico laboral e que sempre representa um interesse p blico Ademais ap s a edi o da S mula n 310 do TST que restringiu o campo de atua o dos sindicatos limitando as hip teses de substitui o processual dos trabalhadores aos casos previstos em lei reajustes salariais Lei n 8 073 90 adicionais de insalubridade CLT art 195 8 2 e a o de cumprimento de senten a normativa CLT art 872 par grafo nico ampliou se a atua o do Minist rio P blico do Trabalho Assim o parquet pode postular de forma gen rica atrav s da A o Civil P blica na defesa dos interesses coletivos de toda a categoria sem a restri o imposta aos sindicatos A atua o do Minist rio P blico na a o civil p blica n o de forma alguma conflitante com a dos demais legitimados propositura da a o tanto que a pr pria Lei n 7 347 85 tratou de conferir lhe prerrogativas que destacam sua fun o natural de guardi o dos interes
326. regados admitidos at aquela data e ainda empregados sob pena de multa di ria de 1 000 UFIR revers veis ao FAT Custas de R 14 60 calculadas sobre R 730 00 valor atribu do causa bem como os honor rios periciais fixados em R 300 00 e atualiz veis ficam a cargo da parte condenada Publicada INTIMEM SE Cumpra se ap s o tr nsito em julgado Nada mais Cl vis F Schuch Santos Juiz do Trabalho Presidente Cl udio Carlos Eckhard Juiz Classista dos Empregadores Antonio Jair F Coelho Juiz Classista dos Empregados Luiz Gonzaga da Silva Machado Diretor de Secretaria E 120 MEDICINA E SEGURAN A DO TRABALHO RT 035 95 6 JCJC DE VIT RIA ATA DE JULGAMENTO Aos 17 de abril de 1995 s 11h05min na sala de audi ncias desta Junta na presen a do MM Ju za Presidente MARIA FRANCISCA DOS SANTOS LACERDA e dos Exmos Srs Ju zes Classistas foram apregoadas as partes SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANC RIOS NO ESTADO DO ESP RITO SANTO reclamante e BANCO BANERJ S A reclamada Partes ausentes em ordem o processo colhidos os votos dos Srs Ju zes Classistas a Junta proferiu a seguinte decis o 1 Relat rio Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Banc rios no Estado do Esp rito Santo qualificado na inicial prop e a o civil p blica contra o Banco BANERJ S A com pedido liminar de produ o antecipada de prova com o fim de compelir o BancoR u a instalar portas de seguran a nas
327. rego A teleologia da norma ou valor que pretende preservar o completo desenvolvimento f sico e mental das crian as e dos adolescentes Ratificando a Conven o 138 o Brasil estar se comprometendo a percorrer a trilha ascencional pela qual optou h longos anos moldando sua pol tica legislativa sobre a mat ria em uma das mais importantes normas da Organiza o Internacional do Trabalho 47 TRABALHO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE GARANTIAS E VEDA ES Ana Em lia Andrade Albuquerque da Silva 1 HIST RICO A utiliza o da m o de obra infantil se verificou em todas as fases da hist ria da humanidade Todavia ganhou car ter especial com o advento da Revolu o Industrial que deu lugar a um novo modelo de produ o em contraste com o anteriormente existente que configurava um sistema de produ o familiar eminentemente de subsist ncia Com a industrializa o abriu se campo para a introdu o da crian a e da mulher no trabalho fora do mbito familiar uma vez que a mecaniza o passou a exigir apenas a repeti o dos mesmos movimentos sem necessidade de pr via aprendizagem Al m do mais as chamadas meias for as a mulher e a crian a significavam m o de obra barata Inexistia preceito moral ou jur dico a impedir a explora o dessa nova m o de obra j que em voga o liberalismo econ mico resumido na express o laisser faire laisser passer As crian as muitas delas com idade de 5 cinco
328. requieto Nada o contenta Esta a regra geral Por isso que a nosso ver a pr pria vida do homem deve estar ligada id ia da greve no sentido de atitude que na verdade traduz rebeli es insatisfa es etc A crian a faz greve a m e o pai os namorados os vendedores os compradores todos enfim no momento em que se v em lesados nos seus direitos ou restringidos em alguma coisa mostram o instinto de rea o contra o que lhes parece insatisfat rio Mas importante assinalar que para surtir efeito cada manifesta o ou insatisfa o necessita causar preju zo e mal estar por parte de quem suporta a rea o pois s assim o objetivo ser alcan ado Da acatarmos a tese do mestre Washington da Trindade que com muita propriedade e lucidez afirma ser a greve o direito de prejudicar Procuradora do Trabalho 59 Pois foi com as lutas de classes com o movimento oper rio sobretudo na Fran a que se fez sentir a greve em sentido estrito ou seja a greve de cunho jur dico trabalhista em que o proletariado oprimido reivindicava melhores condi es de trabalho surgindo da por diante as primeiras leis editadas reprimindo e depois acolhendo o exerc cio da greve muitas vezes at proibindo a como delito penal Ill EVOLU O DA GREVE NO DIREITO BRASILEIRO A greve propriamente dita nasceu com o fen meno da grande ind stria e com a liberdade de trabalho Por isso mesmo no Brasil at o ano 1888 quand
329. resa prestadora de servi os haveria loca o de m o de obra se o labor se realza nas instala es da tomadora dos servi os A terceiriza o tal como vem sendo feita tem ocasionado aumento de acidentes de trabalho precisamente nos setores terceirizados das empresas Comentou o problema das cooperativas de m o de obra que tamb m est o se generalizando para evitar a contrata o direta de pessoal pelas empresas no sentido de diminuir os encargos sociais a 4 R PC Considera impr prio o crit rio da inexist ncia de atividades similares para descaracterizar o exerc cio de atividade fim Os crit rios para se definir se est ocorrendo terceiriza o ilegal seriam os da exist ncia de subordina o e pessoalidade conforme a S mula n 331 do TST e o local da presta o de servi os A atividade fim deveria ser vista mais pela atividade socioecon mica da empresa 8 R A diferencia o entre presta o de servi os e loca o de m o de obra poderia ser feita atrav s da verifica o da sujei o a hor rio e exist ncia de subordina o na loca o e objetivo de realiza o de empreitada concreta na presta o de servi os 12 R Ressaltou a impossibilidade de nos inqu ritos sobre terceiriza o nas empresas estatais ser determinada a dispensa dos terceirizados antes da ultima o do concurso pois haveria repercuss o no servi o inviabilizando a atividade econ mica da empresa 13 R Entende que a
330. retas de solu o pediu no entanto ao Minist rio P blico do Trabalho que atue com rigor exigindo o cumprimento estrito da legisla o em vigor ou seja n o admiss o de menores de 14 anos trabalhando e afastamento do menor de 18 anos de atividades insalubres penosas perigosas e noturnas Comentou se tamb m sobre o programa de aproveitamento de menores em estatais que est sendo estudado e implementado pelo governo sendo que em alguns aspectos atrta com a legisla o vigente Referiu se finalmente possibilidade da ado o de solu es locais com grupos comunit rios de ajuda ao menor Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 1 R Necessidade de responsabiliza o das empresas pela utiliza o explorat ria dos menores com aplica o de multas a 2 R Mencionou o inqu rito aberto contra agenciadores de menores que sob a roupagem de prestar um servi o social auferiam percentual do sal rio pago aos menores 5 R Entende que a quest o do menor de rua n o se resolve mediante sua inser o no mundo do trabalho na medida em que a experi ncia estaria demonstrando que os meninos de rua n o querem trabalhar sendo de dif cil aproveitamento O que h o interesse de pais de fam lias pobres no engajamento de seus filhos na atividade produtiva para incrementar a renda familiar ao mesmo tendo que h o interesse das empresas na contrata o de m o de obra barata Na Bahia os ju zes es
331. retos para o procedimento pr vio dando nova reda o ao dispositivo em comento N o houve vota o sobre a mat ria pois chegou se a um certo consenso no sentido de que o procedimento pr vio n o poderia estar limitado coleta de informa es suplementares do denunciante mas tamb m n o poderia ser t o amplo que se substitu sse ao inqu rito civil Estabeleceu se pois que seria dada nova reda o ao dispositivo em tela para uniformizar o procedimento pr vio a ser seguido em 14 todas as Regionais com a necess ria flexibilidade de modo a propiciar via mais c lere e simplificada de solu o de quest es de menor relev ncia 3 Tema Padroniza o dos Relat rios Peri dicos das CODINs Regionais CODIN PGT O exame dos relat rios enviados pelas Regionais deixou clara a necessidade de padroniza o dos mesmos al m de se fixarquais os documentos que devem ser enviados CODIN PGT para arquivo A Coordenadoria da PGT transmitiu orienta o no sentido de que a O relat rio seria apenas trimestral composto de tr s partes 1 referente ao balan o meramente estat stico n de procedimentos pr vios abertos e em andamento n de inqu ritos instaurados n de audi ncias realizadas n de vistorias ou inspe es levadas a cabo n de termos de compromisso firmados n de liminares obtidas n de senten as prolatadas n de recursos interpostos n de ac rd os prolatados 2 referente aos dados concretos dos inqu
332. rojetos de lei para melhor defini o das atribui es e instrumentos ofertados ao MPT no cumprimento de sua miss o constitucional Conclus es em termos de Orienta o Houve consenso quase un nime no sentido de que a compet ncia das CODINs abrangeria todas as medidas administrativas procedimentos investigat rios e inqu ritos civis p blicos ou judiciais a es civis p blicas a es civis coletivas a es anulat rias a es rescis rias medidas cautelares e recursos nessas a es objetivando a defesa de interesses difusos coletivos e individuais homog neos na atua o do MPT como rg o agente Estaria fora de sua compet ncia no entanto o ajuizamento dos diss dios coletivos Para sanar provisoriamente a falta de estrutura de apoio as CODINs poderiam colocar estagi rios de n vel m dio cursando secretariado ou cong nere para ajudar nas tarefas administrativas 2 Tema Trabalho Escravo Coloca o do tema pela CODIN PGT A CODIN PGT exp s a experi ncia que vem tendo no combate ao trabalho escravo apoiando as Regionais em que o problema se reveste de nuan as que requerem participa o da PGT at para preservar a seguran a dos procuradores lotados nas Regionais Fez se conv nio com o MPF MTb e PF para a o conjunta especialmente nessa rea no entanto por falta de verbas das entidades fiscalizadoras MTb e PF tem sido dif cil a exig ncia integral de seu cumprimento Foi aberto inqu rito conj
333. rtadoras de interesses difusos e antag nicos Por outro lado restrita a legitimatio ad causam ao cidad o eleitor Lei 4 717 65 art 1 e 8 3 S mula 395 do STF n o podendo interp la as pessoas jur dicas e conseq entemente os grupos ocasionais Logo atrav s dela o cidad o visa defender especificamente o direito difuso a uma administra o honesta e eficiente da coisa p blica As chamadas class actions do direito norte americano s o um bom exemplo da denominada legitima o por categoria Nelas aparece a figura de uma esp cie de autor popular operando se nestas a es a derroga o do princ pio que inspirou o litiscons rcio necess rio pois permite a presen a em ju zo de apenas um representante da categoria social afetada por exemplo algu m que se pretenda representante ideol gico dos usu rios dos servi os de t xi nestes casos a legitima o para agir n o pode ser buscada na coincid ncia entre titularidade do direito material e o autor da a o mas sim por um crit rio objetivo que o de saber se existe uma representa o adequada isto se a parte ideol gica presente em ju zo re ne as condi es que a qualificam para representar a class o juiz quem verifica a idoneidade dessa representa o e se realmente h o cabimento da class action Esta defini o do juiz no sistema norte americano importante posto que em caso positivo a senten a pro
334. rte de suas atividades fim consistentes no corte prepara o pesponto montagem acabamento e expedi o de cal ados pretendendo a declara o judicial de ilegalidade desta pr tica bem como sua proibi o sob pena de comina o de multa di ria Atrav s de um intr ito chamado de explica o necess ria fls 426 a 434 as reclamadas procuraram demonstrar as vantagens da terceiriza o no mundo moderno mais sob o prisma econ mico que social ressaltando as transforma es no processo produtivo e industrial pelo qual vem passando o Brasil e os pa ses estrangeiros Ainda sem impugnarem especificamente a alega o contida na pe a exordial de que est o a terceirizar o corte prepara o pesponto montagem acabamento e expedi o de cal ados as empresas demandadas negaram que estivessem a descumprir a legisla o obreira As reclamadas confessaram a transfer ncia de servi os de pesponto a microempresas denominadas bancas de pesponto por m ressaltaram que n o podem responsabilizar se por eventuais irregularidades praticadas pelas mesmas em virtude da legalidade de que se revestem tais contrata es regidas pelo direito civil e da falta de inger ncia administrativa das reclamadas sobre tais bancas Em depoimento pessoal fls 636 a 638 todos os representantes das empresas reclamadas confessaram a essencialdade dos servi os de pesponto na produ o de cal ados bem como o repasse de
335. rteio das den ncias formuladas perante o MPT a qualquer dos membros da institui o mostrou se desaconselh vel tendo em vista a import ncia da atua o do Minist rio P blico como rg o agente na defesa de interesses difusos e coletivos em quest es de grande envergadura sendo que algumas dessas den ncias acabaram sendo sorteadas a procuradores sem o devido preparo tendo havido pouco empenho na apura o das mesmas a par da realidade pr tica de haver procuradores que n o residem na sede das Procuradorias onde oficiam sendo fator de inconveni ncia para a r pida tramita o dos inqu ritos 3 a exig ncia de autoriza o para a instaura o de inqu rito estaria ferindo o princ pio da autonomia funcional de cada membro que considerado como rg o agente Se por um lado a atua o mais incisiva do MPT na defesa da ordem jur dica exige uma maior especializa o e empenho daqueles que ir o se dedicar a essa tarefa por outro verifica se a necessidade de uma participa o maior de todos na consecu o desse objetivo A delibera o a respeito da mat ria dividiu se em dois t picos A Participa o nos Inqu ritos a restrita com apenas os membros da CODIN sendo designados para presidir os inqu ritos 31 votos b intermedi ria deliberando a CODIN sobre a instaura o do inqu rito mas podendo qualquer membro ser designado para presidi lo 11 votos e c ampla de todos os procuradores sem necessidade de
336. s profissionais em escolas de produ o em que concomitantemente com a pr tica nas oficinas se ensinam mat rias de educa o geral e disciplinas instrumentais desenho matem tica aplicada etc A aprendizagem escolar pode ser feita de dois modos ou s na escola ou na escola e na empresa E desej vel que haja uma complementaridade entre escola e empresa praticando se nesta o que se aprende teoricamente naquela A fase concomitante ou sequencial da aprendizagem escolar que se complementa na empresa e o tempo que a ela se dedica chama se est gio profissionalizante b Empresarial ou empres ria Em um contrato de trabalho se insere uma cl usula em virtude da qual o empregador se obriga por si ou por outrem a transmitir uma forma o t cnico profissional e o aprendiz a submeter se ao processo que esta exige Esta distin o aparece claramente em textos das normas internacionais por exemplo nas letras a e b do art 6 da Conven o 138 41 Ao abrir uma exce o para o trabalho do adolescente na condi o de aprendiz a Constitui o n o est possibilitando que se etiquete qualquer trabalho como uma aprendizagem mas somente aquele que se insere em um processo de forma o profissional Conseguentemente n o se incluem na condi o de aprendiz atividades que sejam apenas de inicia o ao trabalho de cujo exerc cio n o decorra uma qualifica o profissional Todavia n o se exclui da aprendizagem a
337. s Regionais CLT art 702 b Tal posicionamento ainda n o pac fico posto que h os que entendem incidir a regra de compet ncia contida no art 93 Il da Lei 8 078 90 revigorado pelo art 117 que acresceu Lei 7 347 85 o art 21 o qual prev ser competente a justi a local no foro da capital do Estado ou no do Distrito Federal para os danos de mbito nacional ou regional Os partid rios deste posicionamento arredam o argumento de que a compet ncia seja origin ria do Egr gio TRT por ser a A o Civil P blica inconfund vel com o diss dio coletivo B O Minist rio P blico do Trabalho e a A o Civil P blica Trabalhista No papel de guardi o dos interesses sociais e individuais indispon veis o Minist rio P blico atua de duas maneiras como rg o agente ajuizando a es cuja legitimidade lhe conferida por lei sendo a t nica de sua atua o a indisponibilidade dos interesses questionados e como rg o interveniente fiscal da lei nos processos em que esteja presente o interesse p blico Hoje n o se discute mais a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para a propositura de A es Civis P blicas Trabalhistas LC 75 93 arts 6 VII d 83 Il e 84 Il mas sim os crit rios e abrang ncia da sua atua o na defesa dos interesses metaindividuais Apesar da legitimidade natural dos sindicatos para defenderem em ju zo os direitos coletivos ou individuais de categoria CF art 8 II o o
338. s atos que coloquem em risco a seguran a e a integridade f sica do trabalhador Entretanto em que pese compreender o esfor o da Entidade para proteger a categoria que representa as medidas a que devem ser obrigadas a empresa n o podem ultrapassar aquelas previstas na lei de reg ncia ainda que se admita que a Lei 7 102 83 e a MP 818 95 n o se dirija ao trabalhador Apenas quanto a ela se obriga a empresa eis que nenhuma outra norma trabalhista traz qualquer dispositivo que atenda pretens o autoral N o deixa de ser curiosa a coloca o da Entidade em rela o ao pia no que est prestes a cair na cabe a de um empregado e a empresa porque apenas tem obriga o de oferecer EPI fica inerte j que n o h lei que a obrigue a impedir a queda do piano S que a situa o dos autos outra Naquela do piano t norma espec fica sim a NR 3 que permite inclusive interdi o do estabelecimento Nesta pode se determinar a instala o dos equipamentos de seguran a j previstos na lei Ali s como o pr prio requerente afirmou a Lei 7 102 83 est ultrapassada mas j est a caminho uma altera o via Medida Provis ria que a complementa citada por ambas as partes e naturalmente prev condi es de seguran a mais consent neas com o tempo vigente E na norma est previsto equipamento que dificulte ou retarde a a o dos criminosos podendo ali estar inclu da a porta de seguran a com as especifica es ditadas pel
339. s como os diss dios coletivos compet ncia conciliat ria al m da decis ria poder normativo arbitragem facultativa todas bem diversas daquelas usuais da jurisdi o estatal convencional Da se v que esse ramo da ci ncia jur dica est intimamente identificado com as novas tend ncias de organiza o social isso fica claro percebendo se que muitas das propostas de reforma do processo civil alvitradas por Cappelletti na confer ncia ao in cio sublinhada s o pr ticas j de vidamente assentadas no foro trabalhista muito especialmente o princ pio da oralidade e seus corol rios quais sejam a imediatidade do juiz frente partes e testemunhas e a concentra o da causa em uma ou poucas audi ncias 3 Acerca do alcance conceitual da express o Welfare State contribui Cappelletti indagando Mas afinal qual ser a t pica forma do Estado de Welfare do Estado Social de Direito a cria o de novos direitos os direitos sociais dos pobres os direitos sociais dos trabalhadores os direitos sociais das crian as e dos velhos das mulheres dos consumidores do meio ambiente etc S o direitos muitos diferentes dos direitos tradicionais pois exigem uma interven o ativa n o somente uma nega o um impedimento de viola o mas exigem uma atividade para se realizarem Esta a dificuldade dos direitos sociais necessitam de uma atividade O que o grande fil sofo italiano do direito contempor neo Norberto Bobbio chama
340. s de realiza o de bem estar social identificamse com as novas tend ncias projetam uma perspectiva de futuro para as v rias inst ncias jur dicas ciosas por harmonia com um Estado de Welfare sedentas de respostas novas os problemas atuais do Foro Especializado e assim tamb m as suas realiza es podem espelhar todo o Direito do amanh 4 A experi ncia hist rica do Direito do Trabalho Oriundo de uma sociedade pr industrial ou em fase de industrializa o meados do s culo XVII Revolu o Industrial o Direito Laboral veio em resposta a reivindica es de prote o dos trabalhadores frente a atividades respaldadas em uma ent o vigente plena liberdade contratual mas francamente atentat ria dos m nimos requisitos de dignidade humana daqueles qualquer comp ndio da mat ria registra e a hist ria confirma as jornadas prolongadas total desamparo de mulheres e menores no trabalho etc Pois o Direito do Trabalho nasceu e assim tem evolu do justamente ao corroborar a ordem estatal os reclamos de Justi a Social e de prote o ao trabalhador assegurando as condi es m nimas de dignidade antes ditas e vem assentando sua autonomia em princ pios como o da tutela norma mais favor vel condi o mais ben fica primazia da realidade intangibilidade salarial entre outros Assim tamb m o aspecto instrumental a processual stica releva a celeridade oralidade imedia o concentra o dispondo de t cnica
341. s e sociedades de economia mista 11 2 No campo da iniciativa privada Mas enquanto a contrata o de servi os com interposta empresa prestadora foi acolhida como leg tima quando realizada no mbito da Administra o P blica o mesmo n o ocorreu na rbita das empresas privadas Neste caso a jurisprud ncia orientou se inicialmente no sentido de reconhecer a forma o da rela o de emprego diretamente com a empresa tomadora ou contratante dos servi os por entender que a loca o de m o de obra por interposta empresa ou se constitui em merchandage procedimento mediante o qual o intermedi rio explora o trabalho alheio como mercadoria objeto de com rcio ou visa subtrair o benefici rio dos servi os o empregador real dos nus da rela o de emprego Em ambos os casos na verdade a pr tica atenta contra a dignidade do trabalho ao procurar tangenciar as normas de 68 prote o atraindo por isso mesmo a aplica o do art 9 da CLT para reconhecer se a responsabilidade direta do tomador do trabalho Essa diretriz colocou em destaque um dos princ pios fundamentais do Direito do Trabalho j antes referido qual seja o da continuidade que visa conserva o da fonte de trabalho com o objetivo de dar seguran a ao trabalhador e incorpor lo ao organismo empresarial No dizer de Pl Rodriguez esse princ pio revela que o Direito do Trabalho tende pela resist ncia em admitir a dispensa arbitr ria pe
342. s sal rios recebem O depoimento da testemunha arrolada pelos requerentes Sr PAULO ENI MENDES J NIOR cujo termo encontra se s fls 458 459 trouxe luz fatos grav ssimos que bem demonstram o grau de desrespeito aqueles que trabalham em suas propriedades O que se registra no final do aludido depoimento informa o de ato criminoso que dever ser apurado pelas autoridades competentes mediante inqu rito criminal O outro depoimento de fls 460 462 tamb m prestado por testemunhas arroladas pelos pr prios requeridos e pelo Ju zo bem evidencia outra ilicitude dos empres rios que s n o levaram adiante a tentativa de suborno pelo respeito que inspira a figura do Sr BERNARDINO presidente do Sindicato dos trabalhadores Rurais Ressaltese que a presta o dos requeridos ao mandar oferecer a ele os 2 000 metros quadrados de terras na Serrilha era a manuten o do acordo anulado pelo Ju zo por haver sido firmado com base em uma fraude inteiramente prejudicial aos obreiros como bem relatado nas informa es de fis 383 386 A conduta dos requeridos nas negocia es do acordo e a tentativa de suborno para convencer o Representante dos Trabalhadores a defender os seus interesses e afinal a coa o testemunha DELBA APARECIDA TAMIZZO para negar o epis dio conforme muito bem registrado em seu depoimento autorizam a puni o desses homens que al m de explorar duramente seus empregados ainda tripudiam em cima do Judici r
343. sa Assim induvidoso que a compet ncia funcional da Primeira Inst ncia n o se podendo argumentar data venia com a natureza jur dica da a o cuja condena o tem car ter gen rico como faz o E Professor eis que a Lei 8 078 90 que introduziu a figura do direito coletivo e individual homog neo no mbito da a o civil p blica manteve a compet ncia do Primeiro Grau como se depreende da leitura do art 93 A entender se como a reclamada que a pretens o pr pria de diss dio coletivo estaria ausente uma condi o da a o a adequa o que re sultaria na extin o do processo sem julgamento do m rito por aus ncia de interesse e n o quest o de compet ncia O sindicato ajuizou a o civil p blica e n o diss dio coletivo Este sim de compet ncia dos Tribunais Declara se pois a compet ncia desta Junta 2 4 Compet ncia em raz o do lugar Ainda uma vez invoca a requerida incompet ncia desta feita em raz o do lugar pois ao seu dizer a a o sindical pretende abranger todo o Estado Sem raz o contudo N o noticiou o local onde se encontram as demais ag ncias deduzindo se que apenas nesta Capital h ag ncia do Banco r u Entretanto ainda que assim n o seja e que haja ag ncias espalhadas por todo o Estado a compet ncia desta Junta patente Os efeitos da senten a em a o civil p blica para defesa de direitos coletivos produzem efeitos ultra partes mas limitadamente ao 122
344. sa responder pelo pagamento de multa no valor equivalente a 1000 mil UFIRs por trabalhador encontrado em situa o irregular V 3 No caso de descumprimento de qualquer obriga o de fazer ou n o fazer ap s decorrido o prazo concedido em se constatando a irregularidade ser a empresa notificada pelo MPT para regularizar a situa o em 24 horas Se n o regularizada ap s o decurso do prazo que iniciar a partir da aposi o do ciente do respons vel pela empresa na notifica o ser devida a multa IV 4 A mula ora pactuada n o substitutiva da obriga o que remanesce aplica o da mesma 102 V 5 Na hip tese de n o pagamento da multa aplicada proceder se sua inscri o na d vida ativa da Uni o atrav s de procedimento pr prio de iniciativa do MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO e execu o na forma legal V Vig ncia O presente compromisso firmado por prazo indeterminado ficando assegurado o direito de revis o das cl usulas e condi es em qualquer tempo atrav s requerimento ao MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO Estando assim compromissada firma o presente instrumento na presen a do membro do MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO abaixo identificado para que produza os seus legais e jur dicos efeitos Campo Grande 19 de junho de 1995 Pastosul Com rcio de Sementes Ltda Luercy Lino Lopes Procurador do Trabalho Coord CODIN Testemunhas Simone Beatriz Assis de Rez
345. se fizesse justi a pelas pr prias m os Tornada predominante por m a concep o public stica do processo n o apenas cresceu de ponto a import ncia dajurisdi o no quadro das fun es do Estado al ada emin ncia de prerrogativa da soberania nacional como a finalidade do processo deixou de ser exclusivamente a prote o de direitos subjetivos passando a garantir ou atuar o direito objetivo o que seria de interesse do Estado e n o apenas dos particulares Nessa linha do pensamento pol tico filos fico foram aumentados os poderes do juiz na cena judici ria cabendo lhe impulsionar o andamento das causas determinar provas reprimir a m conduta das partes conhecer ex officio de circunst ncias at ent o dependentes de alega o do interessado Em realidade o que bem interessa a verdade na decis o final Certo que o juiz pode conhecer de of cio de aspectos da causa m xime em se cuidando de rela es de direito p blico ou de causas em que predominante interesse p blico se fa a presente ou enquadr veis entre as que se denominam de ordem p blica omissis De outra parte n o poss vel deixar de ter presente a li o de Liebman segundo a qual entre o princ pio inquisit rio e o princ pio dispositivo h lugar para uma f rmula interm dia A regra do art 130 do C digo de Processo Civil permite iniciativa probat ria ao juiz fugindo assim cl ssica e superada concep o que via no princ
346. se p blico administrativo lato sensu quetem por objeto a atua o da lei por parte dos rg os jurisdicionais nas reas e nos casos em que as normas jur dicas s o ditadas por raz es de utilidade geral ou social trata se de casos em que a concreta observ ncia da lei necess ria seguran a e ao bem estar da sociedade Esta a raz o maior do Minist rio P blico do Trabalho cujas atribui es est o voltadas para a necessidade de salvaguardar e tutelar os interesses fundamentais da sociedade Em sentido gen rico o escopo este promover a atua o jurisdicional das normas de ordem p blica o que justifica o momento hist rico que estamos vivenciando no tocante mudan a de atua o dos pr prios Representantes desta Institui o junto aos rg os da Justi a do Trabalho Segundo Ant nio Cl udio da Costa Machado n o original pelo menos na doutrina estrangeira a afirmativa de que o interesse p blico possua maior ou menor intensidade Ressalta o mesmo jurista o exemplo da Alemanha que alude ao fen meno como forma de justificar a instaura o de um procedimento de jurisdi o volunt ria ex officio pelo magistrado interesse p blico mais intenso ou a requerimento do interessado interesse p blico menos intenso evidente e ningu m pode negar que mat ria relativa compet ncia da Justi a do Trabalho e validade ou n o da contrata o de servidor p blico contenha interesse p blico mais in
347. seguras desprovidos de qualquer prote o individual e em jornadas t picas do s culo XIX Dentre estes destacam se muitas crian as boa parte delas j mutiladas Finalmente tamb m no Estado de Rond nia h um problema que envolve a extra o de cassiterita mineral abundante nas redondezas No Munic pio de Ariquemes localizado a 200 km ao sul de Porto Velho est situado o Garimpo de Bom Futuro Possui uma rea de 20 mil hectares e considerado o maior a c u aberto do mundo e tamb m a quarta jazida do planeta Nesse garimpo se desenvolve uma atividade laboral por uma categoria que conhecida como requeiro Os requeiros s o uma esp cie de garimpeiros sem qualquer capital que sobrevivem s custas do recolhimento das sobras de min rios encontradas nos rejeitos ou pior ainda da perigosa disputa do aludido metal com retro escavadeiras e tratores de esteira submetendo se a soterramentos atropelamentos e outros acidentes O fato que existem requeiros com idade desde seis anos habitando pequenos vilarejos que mais se assemelham a favelas sem qualquer seguran a ou direitos convivendo diariamente com a mal ria a febre amarela o c lera a prostitui o infantil e o tr fico de drogas Atua o do Minist rio P blico do Trabalho Em fun o de todos esses fatos acima mencionados como pode atuar o parquet laboral A Constitui o de 1988 real ou o papel do Minist rio P blico ao coloc lo como pilar
348. sem pr tica de viol ncia contra a empresa nem contra os demais colegas que n o aderiram livremente ao movimento Os excessos os abusos s o conden veis O vandalismo a depreda o contra o patrim nio privado s o atos da barb rie que n o mais se admitem na nossa poca civilizada Por isso mesmo o art 15 da referida Lei prev consequ ncias dos atos dessa natureza Suspens o total ou parcial o legislador ao prever a greve total ou parcial teve a inten o de prever situa es em que a greve pode ser deflagrada por toda uma categoria ou por parte dela Em uma se o ou parte dela Enfim nem sempre quando se deflagra uma greve para valer de forma generalizada A greve muita vez deflagrada n o por todos os trabalhadores a exemplo da greve em atividades essenciais neste caso parte dos trabalhadores continua trabalhando parte adere greve N o pois essencial considerar a quantidade num rica dos que suspenderam a presta o trabalhista E como bem lembra o jurista supracitado a lei n o exige participa o da totalidade do grupo para que a suspens o do trabalho se caracterize como grave De presta o pessoal de servi o a empregador elementar que a greve pressup e a exist ncia de um v nculo empregat cio porque o empregado aut nomo ou eventual pode deixar de trabalhar de prestar servi os mas nunca deflagrar greve Logo tem que ter os sujeitos da rela o de emprego empregador e empregado A
349. sentido de que se possa adotar a investiga o conjunta com os MP Estaduais na coibi o das ilegalidades relativas seguran a e medicina do trabalho mas a ado o de medidas judiciais ficaria com cada ramo adotando aquelas que lhe competem exclusivamente ou seja preven o com o MPT e repara o com os MPEs Quanto a per cias utilizar se especialmente do aux lio da FUNDACENTRO que tem colaborado e sido de utilidade na maioria dos casos Outros Temas Al m do tem rio previsto na pauta da reuni o foram apreciados e discutidos brevemente ao final da reuni o os seguintes t picos a Execu o dos Termos de Compromisso A CODINPGT exp s a forma que tem adotado para cobran a dos termos de compromisso firmados e n o cumpridos determina fiscaliza o da DRT para verifica o das condi es existentes ap s o t rmino do prazo para cumprimento de of cio ou ap s manifesta o da parte interessada denunciando o descumprimento conforme o caso havendo relat rio da DRT dando conta do descumprimento do termo expede se notifica o empresa acompanhada de guia DARF preenchida dando prazo v g de 20 dias para que a empresa pague espontaneamente a multa se n o o fizer remete se Coordenadoriada D vida Ativa da Uni o rg o da Procuradoria da Fazenda Nacional para que cobre judicialmente o t tulo em sendo a multa revers vel ao FAT A 9 Regi o referiu a altera o do CPC que daria maior for a ao termo de compr
350. ses da sociedade a possibilidade de instaurar inqu rito civil pr vio para a coleta de elementos a necessidade de sua interven o como fiscal da lei quando n o for o autor da a o e seu papel essencial nas transa es isto nos compromissos de ajustamento que tornam desnecess rio o ajuizamento de a o Assim foi por interm dio da a o civil p blica trabalhista que o Minist rio P blico do Trabalho p de se destacar como figura fundamental na defesa dos interesses coletivos e difusos de natureza laboral e n o como mero coadjuvante da atua o sindical Entendemos que somente o Minist rio P blico do Trabalho tem legitimidade para defender os interesses difusos da parte desempregada damassa trabalhadora pois os sindicatos s t m legitimidade nos casos de interesses coletivos Isto muito embora exista uma corrente que sustenta a n o exclusividade da legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para o ajuizamento de A o Civil P blica na defesa dos interesses difusos trabalhistas Em recente pesquisa publicada na Revista LTr 58 12 1421 tal posi o foi predominante entre os congressistas do 9 Congresso Brasileiro de Direito Coletivo do Trabalho e 8 Semin rio de Direito Constitucional do Trabalho 34 Resultado da Pesquisa publicado na Revista LTr Ano 58 n 12 dezembro de 1994 SP 3 Comiss o Interesses Difusos na Justi a do Trabalho 1 Existem direitos difusos de natureza trabalhista SIM 9
351. seus empregados regidos e protegidos pela CLT sob pena de multa di ria revers vel ao FAT O pedido foi julgado integralmente procedente declarando a ilegalidade requerida e condenando os r us a absterem se de tal pr tica obriga o de n o fazer e a executarem os servi os por interm dio de seus empregados sob pena de incorrerem em multa di ria de 5000 UFIR em virtude de mora ou descumprimento da senten a F Greve abusiva A o Civil P blica n 187 94 D TRT 15 Regi o Origem Campinas SP Autor Minist rio P blico do Trabalho R us 1 Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodovi rios de Jundia 2 Auto nibus 13 Irm os Lida 3 Via o Jundiaiense Lida 4 Via o Leme Ltda Juiz Presidente Oswaldo Preuss A A o Civil P blica foi ajuizada com pedido liminar visando a condenar as r s a garantirem durante a greve a presta o dos servi os indispens veis ao atendimento das necessidades da comunidade al m de comunicarem previamente a popula o usu ria sobre a greve obriga o de fazer constante do art 11 da Lei n 7 783 89 Lei de Greve sob pena de multa di ria revers vel ao FAT O pedido foi liminarmente deferido nos termos dos arts 3 e 4 da Lei n 7 347 85 Por ter sido satisfativo o despacho concessivo da liminar confundiu se com a decis o de m rito N o houve segundo a senten a perda de objeto mas de cumprimento da condena o da obriga o de fazer Ao final o pedido
352. snecess ria para a elucida o dos pontos controvertidos da lide consistentes apenas em saber se as terceiriza es de atividades fim s o permitidas ou devem ser coibidas pelo direito p trio vigente Acrescente se que todos os atos praticados em audi ncia foram regularmente consignados em ata merecendo ser rejeitado o pedido de retifica o da ata de fis 634 638 feito pelas reclamadas a fls 640 e seguintes e em raz es finais O crescimento do processo de terceiriza o j despertou a aten o da mais alta Corte de Justi a Trabalhista do nosso pa s que acabou por interpret lo como sendo ilegal salvo os casos de trabalho tempor rio e de servi o de vigil ncia previstos nas Leis ns 6 019 de 03 01 74 e 4 102 de 20 06 83 En 256 do C TST Recentemente atendendo s mudan as sociais e econ micas pelas quais vem passando a comunidade internacional com reflexos diretos sobre o nosso Brasil o E TST procedeu a uma revis o de seu entendimento sobre o processo de terceiriza o atrav s de seu En 331 Assim disp e referido Enunciado I A contrata o de trabalhadores por empresa interposta ilegal formando se o v nculo diretamente com o tomador dos servi os salvo no caso de trabalho tempor rio Lei n 6 019 de 03 01 74 Il A contrata o irregular de trabalhador atrav s de empresa interposta n o gera v nculo de emprego com os rg os da Administra o P blica Direta Indireta ou Funda
353. so de den ncia formulada perante o Minist rio P blico protocolada a representa o o Procurador Geral ou Regional conforme o mbito da les o instaurar o inqu rito mediante portaria na qual designar procurador que o presidir se for por iniciativa dos membros do Parquet quando t m not cia da ocorr ncia de ilegalidades no mbito laboral 38 Seguindo na esteira do entendimento do STF expressado no RE n 140 098 SP 1 Turma Rel Min Sep lveda Pertence julgado em 23 02 91 in RTJ 138 690 37 A o Civil op cit Ives Gandra Martins Filho Revista da PRT 1 Regi o out 93 p g 51 27 referentes a interesses coletivos ou di fusos ser poss vel requerer autoriza o ao Procurador Geral ou Regional para instaurar o inqu rito IN 1 98 art 3 le 1 88 1 e 29 O objetivo de tais preceitos garantir um melhor controle sobre a atividade inquisitorial evitando a prolifera o de inqu ritos sobre o mesmo fato lesivo e contra o mesmo sujeito preservando por outro lado a independ ncia funcional dos membros do Minist rio P blico trabalhista que continua a ter iniciativa para instaurar os inqu ritos civis para a apura o das ilegalidades que de qualquer forma tomem conhecimento Al m detalhar o procedimento a ser adotado no inqu rito civil trabalhista desde a elabora o da portaria at o relat rio final no qual o procurador sugerir o arquivamento do mesmo por falta de provas o
354. sobre o ente estadual 18 R T m adotado a expedi o de recomenda es CRM Escolas Verificaram que muitas empresas s o montadas exclusivamente para contratar pessoal sem concurso suprindo as empresas estatais Sugeriu um interc mbio maior entre as Regionais para toca de experi ncias no combate a tais les es ordem jur dica 19 R Muitas das contrata es irregulares t m ocorrido precisamente em face de determinados momentos pol ticos como no caso de per odos pr eleitorais Ademais o que se tem verificado tamb m a realiza o de promo es irregulares para cargos que deveriam ser preenchidos mediante concurso 21 R Na Regional a atua o coibitiva da pr tica tem se dado atrav s da intermedia o da Associa o de Munic pios que foi notificada e repassa as orienta es cobrando posicionamento de acordo com a legisla o existente Conclus es em termos de Orienta o Fimou se o entendimento de que em face do volume das les es constatadas a melhor estrat gia seria a da expedi o de recomenda es aos Munic pios e empresas estatais alertando para o problema e para as exig ncias legais No caso do recebimento de den ncias ou not cias a solu o seria a abertura de procedimentos investigat rios ou inqu ritos com proposta de assinatura de termo de 81 compromisso dando prazo total aproximado de 1 ano para abertura e ultima o de concurso p blico mantendo se o pessoal contratad
355. sta atua o n o se descarta a pr pria possibilidade de as partes por conluio omitirem a pretendida informa o cabendo ao Minist rio P blico do Trabalho coarctar o v cio Este o real sentido do Minist rio P blico do Trabalho quando atua como custos legis pois longe da posi o de parte parcial que a Institui o cumpre perante o Poder Judici rio o seu mister de defender a ordem jur dica O Minist rio P blico quando interv m na qualidade de custos legis n o se vincula ao interesse de nenhuma das partes sen o ao interesse mais alto de colaborar com o juiz no descobrimento da verdade factual e de permitir a mais perfeita e t cnica aplica o das normas jur dicas ao caso concreto Para cumprir esse encargo que a lei lhe atribui fiscaliza o rg o do parquet n o s a atua o das partes seus representantes como tamb m a do pr prio juiz propugnando sempre pela solu o mais conforme os ditames das leis materiais e processuais Em conclus o conforme vimos o Minist rio P blico Trabalho como fiscal da lei pode e deve promover dilig ncias nos processos que tra mitem em grau de recurso pois esta hip tese de interven o encontra plena guarida no ordenamento jur dico vigente sempre que os interesses envolvidos na causa exijam do Estado Juiz um pronunciamento jurisdicional adequado s normas constitucionais e infraconstitucionais Surge conseguentemente a necessidade de ser exercido de forma incondicional p
356. stas de prote o ao jovem s o tomadas provid ncias com abertura de inqu rito e propositura das a es pertinentes assim tamb m s o informados outros rg os com o fito de aplica o de penalidades ou ajuizamento de a es outras que transcendam a compet ncia do Minist rio P blico do Trabalho Visando agiliza o de procedimentos foi realizado recentemente em data de 08 de novembro de 1994 conv nio entre o Minist rio P blico do Trabalho o Minist rio do Trabalho o Minist rio P blico Federal e a Secretaria de Pol cia Federal tendo por objeto a conjuga o de esfor os visando preven o repress o e erradica o de pr ticas de trabalho for ado de trabalho ilegal de crian as e adolescentes de crimes contra a organiza o do trabalho e de outras formas de viol ncia aos direitos seguran a e sa de dos trabalhadores especialmente no ambiente rural A Procuradoria do Trabalho da 5 Regi o Bahia atrav s de sua Coordenadoria de Defesa de Menores e Incapazes est encetando entendimentos com outros rg os a n vel regional cuja principal preocupa o seja a crian a e o adolescente com vistas realiza o de novos conv nios j que o melhor caminho para o enfrentamento de problema t o complexo a uni o de for as 52 VII CONCLUS O Quando se abre os jornais ou se assiste aos notici rios nos dias de hoje v rios s o os termos incansavelmente repetidos direitos e garan
357. stitucional destinada a regulamentar a paralisa o dos servi os pelos trabalhadores Surgiu ent o a famosa Lei 4 330 de 01 06 64 que por muito tempo vigeu entre n s A Carta de 67 com a Emenda de 69 tamb m assegurou o direito de greve com exce o dos servi os p blicos e atividades essenciais definidos em lei 7 do art 157 al nea XXI do art 158 tornando incomp at vel em parte a lei de greve ent o em vigor Decreto lei n 3 de 27 01 66 A lei de greve sofre outras altera es e a greve passou a ser um direito sindical o que significa que para ser leg tima exige a aprova o pela assembl ia geral da categoria interessada em deflagr la com a presen a m nima de 2 3 dos associados na primeira convoca o e 1 3 na ltimalUma vez deliberada a greve a categoria patronal dever ter ci ncia da pauta de reivindica es que poder acolher ou n o Em caso negativo ou seja frustrada a negocia o direta a categoria profissional deflagra a greve com a dila o m nima de 72 horas se for em atividades essenciais ou de 48 horas nas demais atividades V se portanto que a lei exige o cumprimento de certos requisitos sob pena de a greve ser declarada ilegal A Carta de 88 e a Greve A Carta de 88 em seu art 9 par grafos primeiro e segundo trouxe muitas inova es na rea do direito coletivo inclusive no que tange greve quando autoriza aos trabalhadores decidirem o momento de exerce
358. substitu dos V se que h uma incongru ncia em tais alega es Sim A Entidade Sindical est legitimada a agir em Ju zo porque sujeito de direito e est representada legalmente mas da dizer que defende direito pr prio n o prevalece mormente quando o pr prio requerente admite e proclama sua finalidade m xima que defender a categoria e postula provid ncias desta Justi a em rela o coletividade de trabalhadores N o est em defesa dele pr prio o sindicato como estaria se estivesse amea ada sua so breviv ncia mas n o Defende a categoria e por isso age como substituto processual E tem legitima o extraordin ria Assim disp e o art 91 da Lei 8 078 90 Os legitimados de que trata o art 81 poder o propor em nome pr prio e no interesse das v timas Como assevera Gabriel Saad Em Coment rios ao C digo de Defesa do Consumidor quem aju za em nome pr prio a o para defender direito ou interesse de outrem substituto processual aduzindo que no caso do artigo citado h a legitima o extraordin ria Reza o artigo 82 da mesma lei que t m legitima o as associa es legalmente constitu das h pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pela Lei CDC dispensada a autoriza o da assembl ia A associa o profissional uma limita o da associa o ligando se s quest es da profiss o da qual o sindicato o pont
359. t ria aprecia o pelo colegiado Diante da prem ncia da remodela o especialmente no que diz respeito a prazos de inqu ritos e forma de instaura o a orienta o que tem sido dada s CODINs Regionais a de que v o funcionando como se o projeto de altera o proposto ap s a Reuni o de Coordenadores j estivesse em vigor admitindo diante da impossibilidade f tica de conclus o de alguns inqu ritos no prazo de 90 dias a sua prorroga o mediante autoriza o do respectivo Procurador Chefe b Projeto de Lei de A o Civil P blca as sugest es enviadas pelas Regionais ap s a confec o de nova vers o como fruto da reuni o extraordin ria anterior foram consolidadas em documento que traz cotejados os artigos do projeto e as sugest es de reda o de cada Regional tendo sido distribu da c pia do documento a cada um dos participantes para dar continuidade ao estudo da mat ria num maior amadurecimento sobre o projeto Sobre a conveni ncia do encaminhamento de projeto de lei para regular a ACP no mbito trabalhista o Coordenador comentou que no Congresso da LTr de novembro passado sustentou em painel sobre interesses difusos a desnecessidade de lei espec fica para a ACP trabalhista diante da possibilidade de utiliza o dos instrumentos previstos nas Leis 7 347 85 e 8 078 90 No entanto a pesquisa feita entre os mais de 500 participantes do Congresso apontou para um total de 82 7 congressistas entendendo ser
360. t rio Sr NIVALCIR ATA DE MORENO brasileiro casado comerciante e pecuarista residente e domiciliado em Campo Grande MS na Rua Gal Rebeliau 454 Bairro Orfeu Ba s inscrito no CPF MF sob o n 176 924 581 20 portador da CIRG n 4 470 932 SSP SP nos termos e forma seguintes l Objeto O objeto deste instrumento a fixa o de obriga es de fazer e obriga es de n o fazer face ordem jur dica trabalhista na atividade de produ o e colheita de sementes de brachi ria e outras pastagens Il Obriga es de fazer 11 A empresa signat ria se obriga a registrar como empregados no prazo m ximo de vinte dias a contar da assinatura do presente instrumento os obreiros envolvidos na produ o e colheita de sementes de brachi ria e outras pastagens na Fazenda Rancho Fundo localizada na Rodovia Camapu Para so no munic pio de gua Clara bem como em qualquer outra propriedade em que venha a explorar tal tipo de atividade seja a t tulo de arrendamento ou qualquer outro Assim ser o registrados os obreiros que hoje prestam servi os signat ria bem como os que vierem a ser contratados no futuro S o os seguintes os trabalhadores que prestam servi os signat ria atualmente Pedro Batista dos Santos Herberto Pereira Mendes Francisco Ferreira da Silva Jos Ant nio Saraiva Nestor Nunes da Silva Carlos Ramiro de Oliveira Fran a Jo o Alves Ferreira Jos Gomes Sobrinho Jo o Lopes Gaspar Antonio de Souz
361. tariam sendo favor veis ao trabalho do menor na perspectiva de solucionar o problema da marginalidade infantil a 6 R A quest o do menor laborando estaria ligada aos desajustes familiares especialmente o desemprego dos pais que exige o engajamento dos filhos na atividade produtiva tornando os desde cedo arrimos de fam lia 7 R T m tido reuni es com a DRT para tentar resolver o problema e est o organizando semin rio nacional para debate da quest o 9 R Reporiou s vistorias realizadas em fazendas do interior do Paran nas quais se verificou a complexidade do problema os b ias frias s o contratados por safra e se deslocam de suas regi es de morada permanente para a de trabalho tempor rio como tanto os homens como as mulheres t m que trabalhar n o t m com quem deixar os filhos raz o pela qual os levam junto quando v o trabalhar sendo o sal rio pago por produ o os filhos acabam sendo engajados pelos pais para aumentarem a produ o que o pai ou m e apresentar h casos de crian as de 6 anos ajudando nas colheitas Prop e a exig ncia da manuten o pelos propriet rios rurais de creches e escolas m veis para os filhos dos b ias frias 102 R T m encontrado o problema de menores sendo contratados por redes de supermercados como empacotadores ou carregadores mas sem registro e recebendo apenas meio sal rio m nimo 122 R Reportou a realidade catarinense de contrata o general
362. tas possam atuar conjuntamente na investiga o e averigua o de tais ilictudes Por exemplo havendo desrespeito aos direitos trabalhistas e ao mesmo tempo pr tica de crimes contra a organiza o do trabalho ou de viol ncia contra o trabalhador poder ser realizada uma investiga o conjunta entre o Minist rio P blico Federal e o Minist rio P blico do Trabalho Tal medida permite que a atua o de um dos ramos do Minist rio P blico da Uni o n o comprometa a do outro Ao contr rio num trabalho conjunto espera se um resultado mais eficaz e abrangente Por outro lado de fundamental relev ncia tamb m a atua o dos rg os de fiscaliza o e policiamento do Poder Executivo Os rg os de fiscaliza o do Minist rio do Trabalho t m a fun o de verificar in loco a desobedi ncia legisla o trabalhista e aplicar san es administrativas como multas etc Entretanto essa prerrogativa muitas vezes in cua pois o sistema de multas previsto na CLT est defasado e completamente fora da realidade Al m disso tais san es s poder o ser aplicadas pelo descumprimento das normas trabalhistas em rela o a empregados em sentido concreto encontrados pela fiscaliza o em situa o irregular Por isso que essa a o passa a ter maior relevo a partir do mo mento que o Minist rio P blico do Trabalho pode se utilizar dos dados recolhidos pelos fiscais do Minist rio do Trabalho para sanar a irregularidade pela
363. te TERMO DE COMPROMISSO ensejar a proposi o de A o Civil P blica pelo Minist rio P blico do Trabalho com vistas a obstar que o Munic pio louve se de m o de obra locada fora dos permissivos legais Gabinete do Prefeito Municipal de Itaqui em 27 de mar o de 1995 Jarbas da Silva Martini Prefeito Municipal de Itaqui Victor Hugo Laitano Procurador do Trabalho TRABALHO ESCRAVO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 23 REGI O TERMO DE COMPROMISSO A COMPANHIA AGROPASTORIL VALE VERDI CGC MF 01 380 468 0001 06 situada Rua Jo o Bento n 170 Cuiab MT por seu procurador com poderes especiais para a pr tica do ato Dr CELSO MARQUES DE ARA JO advogado inscrito na OAB MT sob o n 2 230 A CPF n 387 187 668 20 com escrit rio na Av Fernando Correa n 5 635 Cuiab MT FIRMA COMPROMISSO pelo presente instrumento nos autos do Inqu rito Civil P blico n 01 95 PRT 23 Regi o onde ficou comprovado trabalho executado em condi es an logas de escravo executado sob as ordens do seu empreiteiro Sr Francisco Sales de Barros nos termos do artigo 5 6 da Lei 7 347 85 em raz o da responsabilidade civil penal e trabalhista perante o MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO representado pelo Dr MANOEL ARISTIDES SOBRINHO no sentido de 1 N o descumprir nem permitir que empreiteiros contratantes de seus servi os descumpra as Leis do Trabalho relativamente a todo e qualquer trabalhador que dispender sua
364. tectado a sua efetiva exist ncia oportunizando empresa por notifica o que se manifestasse a respeito permanencendo essa inerte Deliberou por conseguinte ajuizar a o civil p blica aos fins colimados instrumento tido como cab vel assegura o da tutela jurisdicional dos interesses difusos e coletivos em causa legitimadores da atua o processual pretendida Juntando documentos fls 06 a 20 requer a proced ncia da a o atribuindo causa o valor de R 1 000 00 Designada audi ncia notificase a demandada que devidamente citada comparece e contesta argumenta em sua defesa prefacialmente exce o de incompet ncia em raz o da mat ria sustenta tamb m aos fundamentos que deduz a ilegitimidade ativa da institui o ministerial e in pcia da inicial No m rito entende pago o FGTS aos empregados como estabelecido em lei bem como incab vel a multa preconizada Junta documentos propugnando por improced ncia da a o Manifesta se o autor fls 586 a 588 No prosseguimento registrado na ata fl 589 a demandada requer per cia cont bil indeferida pois desnecess ria solu o do lit gio Sem outras provas a produzir a instru o encerrada A demandada aduz raz es finais remissivas N o ocorre concilia o o relat rio Decide se Preliminarmente Incompet ncia em raz o da mat ria Arg i a demandada em prefacial exce o de incompet ncia em raz o da mat ria declinan
365. tenso cumprindo ao Minist rio P blico do Trabalho de acordo com as normas vigentes intervir com maior intensidade e profundidade 3 O pedido de dilig ncia do Minist rio P blico do Trabalho na fase recursal importa na reabertura da instru o processual A resposta negativa O Minist rio P blico do Trabalho ao requerer a dilig ncia apenas cumpre o seu dever de participar imparcialmente do processo para permitir aos julgadores a mais correta resolu o jurisdicional do interesse N o se pode negar o car ter de indisponibilidade dos interesses envolvidos nos casos em que se busca o esclarecimento de fatos que importem na fixa o dos limites da jurisdi o e na verifica o do cumprimento de normas de ordem p blica que contenham comina o de nulidade exigindo do Minist rio P blico do Trabalho atua o obrigat ria e impulso para assegurar a correta atua o das mesmas Exerce o Minist rio P blico do Trabalho na oportunidade em que promove a solicita o de dilig ncia a fun o que lhe conferida como custos legis na conformidade do que disp e o inciso XII do art 83 da Lei Complementar n 75 93 Jos Fernando da Silva Lopes citado por Ant nio Cl udio da Costa Machado frisa que O Minist rio P blico assim interv m no processo para velar pela correta aplica o da lei de ordem p blica e para realizar toda uma carga de atividades que as partes deveriam desenvolver mas eventualmente n o desenvolvem
366. terminado que as tarefas de limpeza e varri o de ruas e recolhimento de lixo domiciliar e nos logradouros p blicos sejam admitidos diretamente pelo munic pio mediante pr via aprova o em concurso p blico sob comina o de multa di ria O Munic pio c ontesta s fls 67 81 A prova exclusivamente documental As partes produzem raz es finais o relat rio ISTO POSTO 1 Atrav s da presente A o Civil P blica postula o Minist rio P blico do Trabalho seja determinado ao Munic pio de Canoas que as tarefas de limpeza e varri o de vias e recolhimento de lixo domiciliar e nos logradouros p blicos sejam admitidos diretamente pelo mesmo mediante pr via aprova o em concurso p blico sob v nculo de emprego ou estatut rio sob comina o de multa di ria Fundamenta sua pretens o nos arts 127 e 129 da Constitui o Federal Lei 7 347 85 Lei 8 078 90 e Lei Complementar n 75 98 2 Insurge se assim o Minist rio P blico do Trabalho contra a contrata o pelo Munic pio de terceiros para a realiza o de servi os p blicos essenciais que ocorreu atrav s da Concorr ncia P blica n 002 94 de 24 03 94 cuja susta o liminar foi indeferida 3 Sustenta que pelos pr prios termos do Edital resta induvidosa a loca o de m o de obra pois inquestion vel o poder de comando do Munic pio sobre os trabalhadores contratados o que caracteriza a admiss o de servidores sem a pr via aprova o em concurso p b
367. tes e depois de 06 04 92 e o ajuste expresso de jornada tem como finalidade principal a prova da jornada cumprida O que poderia ser relevante para o deslinde da presente quest o seria o ajuste expresso da forma consensual de altera o de hor rio o que sequer foi cogitado na presente demanda E o contrato de emprego pode ser t cito nos termos do artigo 442 celetizado como tamb m pode ser ajustada tacitamente a jornada a ser desenvolvida pelo empregado Basta que o empregado seja admitido sem ajuste expresso e passe a trabalhar no hor rio vigente para os demais empregados Cumpre ainda salientar que a presente demanda n o cuida em princ pio de altera o da jornada no que respeita a sua dura o mas sim no tocante ao momento em que o trabalho deve ser prestado H na primeira hip tese uma sens vel redu o no arb trio da empresa em face das consequ ncias objetivas que tais altera es acarretam aos obreiros Na segunda o empregador disp e de um pouco mais de liberdade na fixa o e altera o da jornada Para N lio Reis a vontade do empregador no que pertine s altera es de hor rio de trabalho soberana esclarecendo o ilustrado juslaboralista que afastada a transposi o do trabalho diurno para o noturno num ou noutro pode o empregador escolher e variar livremente na fixa o de qual o hor rio que atende aos interesses superiores da produ o Essa faculdade uma consegi ncia do poder diretivo atr
368. tes mandamentos constitucionais o C TST j cristalizou seu entendimento a respeito da mat ria atrav s do multicitado En 331 aplic vel ao caso sub judice onde tachou de ilegal a contrata o de trabalhadores por empresa interposta relativamente atividade fim Em resumo a terceiriza o de atividade fim nas empresas reclamadas por resultar em mera intermedia o il cita de m o de obra ou seja mera pr tica da marchandage fere os mandamentos contidos nos artigos 5 6 7 e 170 da Constitui o Federal acima mencionados al m de colidir com o disposto no artigo 9 da CLT Com raz o as reclamadas quando na defesa itens VIII e IX embora admitindo a possibilidade da exist ncia do trabalho em condi es insalubres nas referidas bancas de pesponto al m do trabalho de menores asseveram que tais fatos inocorrem em suas ind strias ao menos isso n o restou provado E exatamente por isso que o direito do trabalho sens vel realidade social emergente pro be a marchandage ou a intermedia o de m o de obra Por que tal artif cio favorece o subemprego e o enriquecimento imoral do intermedi rio torna extremamente dif cil ou quase imposs vel a fiscaliza o do trabalho pelos rg os competentes propicia a evas o fiscal e previdenci ria al m de enfraquecer a classe dos trabalhadores que sequer t m a oportunidade de integraremse no ambiente socioecon mico da empresa para a qual dedicam p
369. tias Estado Democr tico de Direito cidadania soberania popular etc palavras que caem no vazio ou pelo n o entendimento de seu significado ou porque a realidade nega a exist ncia de um significado A nova Constitui o Federal trouxe in meros direitos e garantias destinadas prote o de nossas crian as O Estatuto da Crian a e do Adolescente que entrou em vigor em 1990 tido como um dos mais modernos documentos j redigidos no mbito infanto juvenil Todavia onde se encontra a sua efetividade A cidadania importa possuir liberdades direitos e deveres No entanto a realidade parece dar mostras de qu o distante se encontram nossos pequenos cidad os de poderem sequer serem chamados de cidad os Os termos normalmente usados a design los s o menor carente marginal menino de rua trombadinha moleque de rua Essas crian as frutos de fam lias carentes s o inseridas precocemente no mundo do trabalho para que ajudem no sustento familiar sendo lhes negada a fase l dica da vida infantil em raz o das responsabildades da vida adulta que passam a assumir Ao lado disso tem se verificado a resist ncia s normas institu das e espec ficas do trabalho da crian a por parte de algumas institui es de amparo e forma o da inf ncia e da juventude e de empresas que utilizam essa m o de obra Essas crian as s o o que Gilberto Dimenstein jornalista chamou de cidad os de papel termo que entitula um de seus livros Embora
370. tiva ter efic cia de coisa julgada erga omnes apenas em caso de proced ncia do pedido para beneficiar todas as v timas e seus sucessores Mas a lei estabelece duas exce es a esta regra mesmo no caso de improced ncia haver coisa julgada em rela o queles que intervierem como litisconsortes 8 2 art 103 CDC e n o haver coisa julgada mesmo em caso de proced ncia em rela o queles que optarem por continuar com suas a es individuais paralelas a o coletiva art 104 CDC 3 DA A O CIVIL P BLICA CARACTER STICAS A Legitima o ativa Em tese como se trata de interesses difusos o ideal seria que a legitimidade tamb m fosse difusa isto aberta a todos os interessados Mas ao contr rio do que ocorre por exemplo no direito norte americano com as class actions no nosso direito excetuando se a a o popular n o permitido ao indiv duo a defesa em ju zo de interesses coletivos ou difusos A respeito da a o popular registra se em v rios pa ses civilizados o seu uso tendente a permitir a legitima o difusa ou seja o controle juris dicional dos interesses difusos atrav s da iniciativa de qualquer um do povo De acordo com Camargo Mancuso A ado o do modelo da a o popular como instrumento para tutela dos interesses difusos se por um lado serve nobre causa da participa o popular atrav s da justi a apresenta por m alguns inconvenientes reconhecidos pela doutr
371. tividade fim n o pode ser terceirizada 172 R Idem 1 Regi o quanto ao aumento de acidentes do trabalho gerado pela terceiriza o Comentou o problema da CVRD que sendo empresa de minera o opera diretamente a linha f rrea que d escoamento a sua produ o raz o pela qual n o poderia em rela o mesma classific la como atividade meio pass vel de loca o permanente de m o de obra Nesse caso se quisesse terceirizar legalmente a atividade deveria repassar integralmente a outra empresa a explora o da via f rrea Referiu tamb m o problema da Lei de Licita es que isenta de responsabilidade as empresas estatais pelas irregularidades praticadas pelas empresas prestadoras de servi os que contrata o que dificulta uma cobran a das estatais para que exer am maior controle sobre o cumprimento das obriga es trabalhistas pelas prestadoras de servi os 18 R Comentou que em rela o aos inqu ritos que tem instaurado ou procedimentos pr vios que tem adotado as empresas estatais t m entendido que est o perfeitamente autorizadas loca o 82 permanente de m o de obra com base no Decreto lei 200 como tamb m na nova S mula n 331 PC Reportou o caso verificado em Goi nia de algumas escolas que est o adotando a figura da sociedade de capital e ind stria para mascarar a rela o de emprego fazendo do professor o s cio de ind stria Conclus o em termos de Orienta o Houve consenso q
372. tivo de Trabalho celebrado em 07 05 94 realizando promo es irregulares onerando os cofres p blicos e preterindo empregados em condi es de ascender na empresa em benef cio de outros Reza a cl usula 10 da Norma Coletiva citada A CASAL se compromete efetivar avalia o por m rito prevista no Plano de Cargos e Sal rios no prazo de 120 dias a contar da data da assinatura do acordo quando efetivara aos promovidos a vantagem adquirida fl 20 Os cap tulos VI e VII do Plano de Cargos e Sal rios da Requerida tamb m residente nos autos estabelecem as formas de promo es funcionais ou verticais e salariais ou horizontais dos empregados e devem ser cumpridas risca sob pena de viola o ao estabelecido no Acordo Normativo lesando por consequ ncia as disposi es insertas nos artigos 5 Ile 7 XXVI da Constitui o da Rep blica Seguindo essa linha de racioc nio no momento em que a CASAL promoveu irregularmente diversos empregados lesou o interesse coletivo dando azo interven o judicial por provoca o do Minist rio P blico para fazer valer o direito a promo es justas evitando se distin o entre iguais por obra e gra a de amizades ou coisa parecida Note se que a urg ncia da medida levou o ju zo deferir liminar vez que avizinhava se mudan a de governo e o interesse p blico nessas ocasi es as mais das vezes relegado a segundo plano por dirigentes irrespons veis que se safam ilesos e tem le
373. tra proferida pela manh pelos Drs Aristides Junqueira Procurador Geral da Rep blica e lvaro Costa Defensor Federal dos Direitos do Cidad o no sentido da 15 unidade do Minist rio P blico e da necessidade de se estabelecer uma a o conjunta na defesa da ordem jur dica discutiu se sobre a quest o de se formalizarem conv nios com os Minist rios P blicos Estaduais para implementar essa a o conjunta e una Posta a quest o para delibera o duas foram as propostas de solu o apresentadas a legitimidade exclusiva do MPT para ajuizamento da a o civil p blica com possibilidade de estabelecimento de conv nios quanto parte investigag ria 42 votos e b legitimidade concorrente com o MP local 6 votos 6 Tema Compet ncia Funcional para aprecia o das a es civis p blicas Saber se seria das Juntas ou dos Tribunais Foram apresentados em resumo os seguintes argumentos favor veis compet ncia das Juntas previs o na Lei 7 347 85 da compet ncia dos rg os de 12 inst ncia de acordo com o local da les o mais f cil e fact vel a instru o da a o nas JCJs que est o melhor aparelhadas para esse mister os ju zes de 1 grau t m demonstrado maior receptividade s inova es J os argumentos oferecidos para sustentar a compet ncia origin ria dos Tribunais foram os seguintes natureza coletiva da a o civil p blica gerando provimento jurisdicional gen rico abrangente de toda a categor
374. tular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base Il interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum A partir da conceitua o legal podemos perceber nitidamente as diferen as entre os tipos de interesses metaindividuais Entretanto os interesses ou direitos individuais homog neos s s o coletivos na forma de seu exerc cio n o em sua ess ncia Um conglomerado de interesses individuais de origem comum n o se transforma em coletivo pelo simples fato do seu exerc cio defesa ser coletivo Na sua ess ncia o direito permanece individual divis vel e nada impede que ele seja exercido de forma individual Trata se portanto da defesa coletiva de interesses individuais Mas enquanto na tica meramente processual civilista os interesses individuais homog neos t m como caracter stica principal para distingui los dos coletivos o fato de possibilitarem o ajuizamento de a es individuais pelos lesados sob a tica trabalhista tal elemento distintivo n o prevalece posto que tamb m os interesses coletivos facultam tal possibilidade CLT arts 195 2 e 872 par grafo nico Embora tenha sido introduzida pela Lei 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor a figura dos interesses individuais homog neos no mbito do processo laboral j se encontrava impl cita no conceito de interesses coletiv
375. tura governamental Informam que amenizam a situa o concedendo gua luz e moradia alegam que a implementa o da cesta b sica deu se com a concord ncia dos obreiros que n o havia a obriga o de assinarem recibo em branco para receb las que as aludidas cestas representavam parte dos sal rios e que o restante era pago em moeda corrente Informam ainda que o atraso no pagamento dos sal rios nunca foi superior a 60 dias que atualmente v m sendo regularmente pagos que apenas as f rias e as gratifica es natalinas n o v m sendo regularmente quitadas que inobstante existirem algumas parcelas em atraso o FGTS est sendo recolhido e finalmente alegando que n o existe jornada de trabalho excessiva em qualquer das fazendas requerem o acolhimento das preliminares e o julgamento parcial pela improced ncia da a o 137 Inicialmente diante do prov vel desfazimento dos bens requeridos em Medida Cautelar Inominada o Minist rio P blico invocando o Poder Geral de Cautela assegurado ao Juiz pelo artigo 798 do C digo de Processo Civil e alegando a exist ncia de risco de ser frustrada ao final da demanda a satisfa o dos direitos sociais assegurados na Constitui o Federal causando aos trabalhadores grave les o e de dif cil repara o requereu a indisponibilidade de todos os bens a eles pertencentes Audi ncia realizada em cinco sess es registradas nas atas de fls 211 222 238 242 e 277 278 Al ada fixada em Cr 20 00
376. u inexist ncia de ilegalidade ou o ajuizamento da A o Civil P blica a Instru o Normativa n 1 93 MPT especifica tamb m o modo de composi o do conflito via inqu rito civil onde o procurador que o preside poder ap s a tomada dos depoimentos designar audi ncia espec fica para a concilia o administrativa do lit gio art 8 B Compromisso de ajustamento Muito mais proveitosa que o ajuizamento de A o Civil P blica a composi o do conflito tendo como mediador o Minist rio P blico significa uma solu o mais r pida sem a necessidade de ocupar o Judici rio t o sobrecarregado com mais uma a o Assim constatada a pr tica ilegal lesiva ordem jur dica laboral poder ser firmado entre o autor da ilegalidade e o Minist rio P blico do Trabalho com a aceita o dos representantes dos detentores do interesse lesado termo de compromisso de cessa o da ilegalidade e ou repara o do dano causado com o que n o se tornar mais necess rio o ajuizamento da a o Lei 7 347 85 art 5 6 e IN 1 93 MPT art 8 1 No termo de compromisso tomado pelo rg o do Minist rio P blico do inquirido constar multa a ser exigida no caso de descumprimento do acordado t tulo este que valer como t tulo executivo extrajudicial Lei 8 078 90 art 113 Lei 7 347 85 art 5 6 Assim no caso de quebra do compromisso poder o rg o do MP ajuizar a o de execu o para ex
377. u na obriga o de se abster obriga o de n o fazer de realizar novas designa es tempor rias para preenchimento destes cargos sob pena de multa revers vel ao FAT O pedido liminar foi deferido baseado na ofensa aos princ pios constitucionais da isonomia da impessoabilidade da publicidade e da moralidade consubstanciados na obrigatoriedade de concurso p blico CF art 37 Il e IX fumus boni juris e nos preju zos n o s dos candidatos preteridos pela aus ncia do concurso como tamb m dos irregularmente contratados v timas da incerteza jur dica periculum in mora E Pr tica ilegal de terceiriza o A o Civil P blica n 01 159 94 1 JCJ Origem Franca SP Autor Minist rio P blico do Trabalho R us 1 Cal ados Paragon Ltda 2 Cal ados Terra S A 3 Ind stria de Cal ados Tropic lia Lida 4 N Matiniano e Cia Lida 5 Ind stria de Cal ados Kissol Ltda Juiz Presidente Jos Ot vio de Souza Ferreira A A o Civil P blica na qual foi admitida a assist ncia litisconsorcial do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias de Cal ados e Vestu rios de Franca e Regi o foi ajuizada objetivando declarar a ilegalidade da pr tica pelas r s da terceiriza o de suas atividades fim como as de corte prepara o pesponto montagem acabamento e expedi o de cal ados com base no Enunciado 331 TST para condenar as mesmas a absterem se de tal pr tica e a executarem tais servi os atrav s de
378. uanto dura o da nova jornada que excedendo a anterior em 25 minutos semanais afronta disposi o contratual e dispositivo constitucional que disciplina a mat ria Evidentemente que o poder de comando do empregador n o ilimitado e mesmo que a altera o esteja no mbito do jus variandi evidenciada a exist ncia de qualquer preju zo ao trabalhador ser reputada il cita Dois s o os pressupostos na tica do artigo 468 da CLT para que a altera o contratual seja l cita que seja por m tuo consentimento e que n o cause direta ou indiretamente preju zos ao trabalhador Assim ainda que se considerassem as declara es das folhas 32 46 como genu na express o da vontade daqueles obreiros o que n o poss vel em face do princ pio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e do es tado de depend ncia em que se encontram os firmat rios daqueles documentos al m da preval ncia do interesse social e da tutela sa de do trabalhador sobre o interesse particular a altera o seria igualmente il cita eis que dela decorrem evidentes preju zos a todos os trabalhadores atingidos No que tange aos limites da presente decis o cumpre esclarecer que em rela o aos empregados admitidos ap s o dia 06 04 92 n o houve qualquer altera o da jornada porquanto a rela o de emprego formou se j na vig ncia do hor rio novo tendo as partes ajustado ainda que tacitamente uma jornada semanal que inclu a labor
379. uanto necessidade de coibir as ilegalidades em mat ria de terceiriza o atrav s de uma maior responsabiliza o das tomadoras de servi o que dever o exigir das prestadoras de servi o comprova o peri dica do cumprimento das obriga es trabalhistas especialmente em rela o ao FGTS e INSS sob pena de n o pagamento dos cr ditos devidos 5 Tema Trabalho do Menor Coloca o da quest o pela CODINPGT A CODINPGT tra ou um quadro dos problemas inerentes mat ria quest o social do conflito entre a explora o do menor pelas empresas que deixa de desfrutar da inf ncia e adolesc ncia al m de n o poder se dedicar ao estudo e a perda de mercado de trabalho do adulto substitu do pela m o de obra barata do menor versus a necessidade de evitar a marginaliza o do menor de rua desocupa o que conduz criminalidade Referiu se tamb m implica o internacional do engajamento de menores na ind stria barateando os custos e tornando mais competitivos os produtos nacionais no exterior o que tem levado a OIT e os Estados Unidos a exigirem o cumprimento da cl usula social referente observ ncia das orienta es internacio nais prote o ao trabalho no com rcio internacional Foi comentada a audi ncia tida com a Deputada Rita Camata que preside na C mara dos Deputados comiss o pertinente ao problema do menor na qual a parlamentar reconhecendo a complexidade da quest o e n o tendo propostas conc
380. ucional que cabe aos trabalhadores a escolha oportunidade de deflagrar greve e da determina o de seu mbito 63 Salvador 2 de outubro de 1995 IX BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1 Washington L da Trindade O Superdireito nas Rela es de Trabalho Editora Distribuidora de Livros Salvador Ltda 1982 2 Apontamentos de Aulas Ministradas durante o Curso de Especialza o em Processo do Trabalho pelo Prof Washington da Trindade 3 Acordos de Jurisprud ncia Trabalhista 4 Revista dos Mestrandos em Direito Econ mico da UFBA Evolu o hist rica da greve e Efeitos Jur dicos da Greve Roberto Cavalcanti Sampaio Revista n 01 p gs 163 177 5 Direito Constitucional do Trabalho Direito de Greve na Constitui o Brasileira de 1988 Francisco Pedro Juc Brasil LTr Edit S o Paulo p g 291 6 Direito Sindical Amauri Mascaro Nascimento Editora Saraiva 1989 7 Institui es de Direito do Trabalho vol Il Arnaldo S ssekind D lio Maranh o e Segadas Vianna 8 Curso de Direito do Trabalho Elson Gottschalk e Orlando Gomes 9 Amauri Mascaro Nascimento Coment rios Lei de Greve LTr Edit 1989 10 Octavio Bueno Magano e Estev o Mallet in O Direito do Trabalho na Constitui o Editora Forense p gs 308 314 ano 1993 11 Gino Giugni Direito Sindical Edit LTr S o Paulo 12 L lia Guimar es Carvalho Ribeiro Revista do Minist rio P blico do Trabalho a
381. ue s vezes n o poss vel Na verdade quando se fala em condena o pecuni ria em a o civil p blica se visa preven o e repress o n o id ia de ressarcimento A adequa o do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT para o dep sito de condena o pecuni ria em sede de A o Civil P blica Trabalhista se justifica pela especificidade dos interesses difusos e coletivos trabalhistas Hugo Nigro Mazzilli h muito defendia a cria o de v rios fundos ou contas diferenciadas dentro do mesmo fundo de acordo com a natureza da les o v g meio ambiente consumidor patrim nio cultural etc Deste modo o FAT criado pela Lei n 7 998 90 cujo objetivo exatamente atender s necessidades do trabalhador desempregado apresenta se como o mais compat vel com a reconstitui o dos interesses trabalhistas lesados 6 JURISPRUD NCIA Existe uma grande variedade de direitos difusos e coletivos trabalhistas raz o pela qual j foram propostas muitas A es Civis P blicas sobre os mais variados temas perante a Justi a do Trabalho Escolhemos para ilustrar este item apenas aqueles assuntos sobre os quais tecemos algum coment rio no decorrer deste trabalho A Descontos salariais ilegais A o Civil P blica n 2024 24 94 24 JCJ C ndido Rangel Dinamarco A Reforma do C digo de Processo Civil Ed Malheiros 1995 p g 157 2 cf Hugo Mazzilli apud Jos Geraldo Brito Filomeno in M
382. ue diz se for ado uma vez que o pe o fica proibido de exercer o seu direito inalien vel de p r fim rela o laboral quando bem entender Esta tamb m a opini o esposada pela Organiza o Internacional do Trabalho OIT Este organismo uma pessoa jur dica de direito p blico internacional de car ter permanente composta de Estados que assumem soberanamente a obriga o de observar as normas constitucionais da organiza o e das conven es que ratificam integrando o sistema das Na es Unidas A preocupa o pela mat ria t o grande que a OIT j aprovou duas conven es sobre o assunto S o elas as de n 29 30 devidamente ratificada pelo Brasil e com vig ncia nacional desde o dia 25 4 58 e a de n 105 57 que foi tamb m ratificada pelo Congresso Nacional e passou a vigorar em nosso Pa s no dia 18 6 66 Procurador do Trabalho lotado na 52 Regi o Salvador BA e Mestrando em Direito Econ mico pela Universidade Federal da Bahia UFBA 54 Atrav s da Conven o n 29 Aboli o do Trabalho For ado em seu art 2 1 assim o conceituou in verbis Trabalho for ado ou obrigat rio designar todo trabalho ou servi o exigido de um indiv duo sob amea a de qualquer penalidade e para o qual ele n o se ofereceu de espont nea vontade Por seu turno o Minist rio do Trabalho ao editar a Instru o Normativa GM SEFIT SSST n 1 de 243 94 que disp e sobre procedimentos da Inspe o
383. unal na elabora o de pareceres e outras atividades Seria o caso de dar estrutura de funcionamento Coordenadoria j existente com pessoal de apoio inclusive com cria o de cargos em comiss o pois a realidade que os pr prios procuradores acabam tendo que fazer tudo desde datilografar of cios at notificar as partes Essa aus ncia de estrutura se nota especialmente pela devolu o de inqu ritos pelo Conselho Superior por incorre es na numera o tarefa que incumbiria a uma secret ria pr pria para a CODIN 18 R Idem 12 Regi o postulando uma melhor estrutura o do servi o de apoio para que se possa trabalhar na CODIN 192 R T m uma Coordenadoria do Patrim nio P blico mas a realidade vivenciada a de que n o obstante as atribui es de cada Coordenadoria existente no mbito da Regional h uma participa o integrada detodos em todas as atividades pelo reduzido n mero de procuradores Tamb m carecem de uma adequada estrutura de apoio 21 R As dificuldades existentes pela falta de estrutura de apoio seriam o sacrif cio inerente atividade que a Institui o desenvolve Como o MPT e as CODINs seriam a janela da cidadania para o trabalhador as car ncias de material e pessoal devem ser supridas pelo empenho e esp rito p blico dos procuradores at que seja poss vel sanar as car ncias O que n o pode ocorrer a omiss o da Institui o por falta de meios Sugere o encaminhamento de p
384. unto do MPF e MPT para a investiga o do garimpo de Ariquemes RO com dois procuradores da Rep blica e 2 do Trabalho com vistoria in loco Mais do que trabalho escravo o que se tem verificado o descumprimento da legisla o trabalhista no ambiente rural come ando pela falta de registo do empregado A orienta o da CODIN PGT seria no sentido de a firmar conv nios e instaurar inqu ritos conjuntos com o MPF ou os MP Estaduais para investiga o ampla dos casos que envolvem tamb m mat ria criminal de forma a que a coleta de provas para o inqu rito trabalhista n o acabe por desconstituir as poss veis provas para o inqu rito penal b buscar o sigilo na investiga o evitando dentro do poss vel a divulga o pela imprensa que s seria informada dos resultados de forma a n o criar expectativas na sociedade c fazer com que as vistorias e inspe es nos locais sejam feitas preferencialmente pela fiscaliza o do trabalho com o apoio quando necess rio da Pol cia Federal utilizando procuradores apenas em casos excepcionais d exig ncia do cumprimento da legisla o trabalhista pelos propriet rios rurais priorizando se a assinatura de termos de compromisso para regularizar as situa es encontradas mais do que ajuizando a es civis p blicas Sugest es Propostas e Experi ncias das CODINs Regionais 79 12 R Tem pedido em alguns casos a indisponibilidade dos bens do propriet rio para garantir que cu
385. urtando o espa o social das outras classes evitando que a rela o que o Estado acolha as novas formas de representa o elaboradas ao r s do ch o das rela es privadas aniquilando o espa o da representa o das outras classes sociais E conclui afirmando que o programa neoliberal t o velho quanto a pretens o esquerdista de elimina o do advers rio tornado inimigo nas lutas conjunturais Modernidade Vista Folha de S o Paulo ed de 24 05 94 Coluna Tend ncias e Debates Nessa mesma linha o Professor de Direito do Trabalho das Universidades Federal e Cat lica de Pernambuco Everaldo Gaspar Lopes de Andrade ao observar que a tend ncia modernizadora de car ter neoliberal n o se localiza nos pa ses do Terceiro Mundo um fen meno mundial que tem muito a ver com uma luta que se trava entre os pr prios agentes econ micos tra ando o perfil de um novo capitalismo que tem como alvo a Sociedade do Trabalho e o Estado do Bem Estar e como arma principal a Flexibiliza o do Mercado de Trabalho E acrescenta invocando as palavras de Luiz Ign cio Lopez Se um fantasma percorre hoje a Europa este o da destrui o do Estado do Bem Estar Dos pa ses escandinavos a Madri os l deres pol ticos fazem eco aos clamores patronais para eliminar obriga es desbaratar e desregular o mercado de trabalho e em ltima inst ncia propiciar uma nova etapa de acumula o de capital Pouco importa que isso gere desi
386. vadas as hip teses de contrata o emergencial cominando lhe a multa di ria de 1000 UFIR por trabalhador irregularmente contratado 32 MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO E A PRERROGATIVA DE PROMOVER DILIG NCIAS NOS PROCESSOS Marilda Rizzatti As prerrogativas e atribui es dos rg os do Minist rio P blico junto Justi a do Trabalho est o disciplnadas de maneira espec fica na Lei Complementar n 75 93 que ampliou sensivelmente as hip teses de atua o do Minist rio P blico do Trabalho previstas na CLT O assunto que pretendemos abordar restringe se a uma situa o particular prevista na Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o que faculta ao Minist rio P blico do Trabalho requerer dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e a melhor solu o das lides trabalhistas inc XII do art 83 da LC 75 93 Temos nos deparado em diversos processos distribu dos para interven o obrigat ria como custos legis inciso XIII do art 83 da LC 75 93 com a impossibilidade de verifica o dos pressupostos para o desenvolvimento v lido e regular do processo como por exemplo a fixa o da compet ncia material da Justi a do Trabalho por falta de informa o precisa sobre a institui o ou n o do Regime Jur dico Unico na entidade de direito p blico reclamada Outro problema constante nas causas em que a interven o do Minist rio P blico do Trabalho decorre em raz o da qualidade d
387. vado as estatais brasileiras insolv ncia Ainda que o valor de cada promo o seja pequeno quando se trata de direitos cessam os ju zos de valores quanto ao objeto prevalecendo a ess ncia do valor jur dico irrenunci vel que no caso trazido a lume pelo Requerente consiste em assegurar a cada um dos empregados da Demandada vantagens adquiridas sejam elas de qualquer monta certo que a a o civil p blica instrumento adequado ao desiderato do Minist rio P blico na defesa dos interesses coletivos dos trabalhadores da Requerida Mas extrapolando a id ia de grupo o instrumento manejado na defesa dos interesses da sociedade visto que ao buscar a preval ncia da Norma Coletiva transgredida por conseguinte est atuando na defesa da Constitui o Federal e do estado de direito N o sem desvalia registrar que por se tratar de direitos transindividuais a determina o dos indiv duos titulares do direito irrelevante Por isso ainda que se admitisse a interven o dos empregados que se senti ram atingidos pela liminar como litisconsortes no m rito n o haveria como se atender caso a caso os pedidos sob pena de se desnaturar a a o pois os direitos individuais s o projetados para uma dimens o impessoal coletiva comunit ria no dizer de Teori Albino Zavascki citado por Diana Isis Penna da Costa em artigo publicado na Revista LTr de fevereiro de 1995 Por fim para demonstrar de modo inequ voco o descum
388. vencido o Juiz Classista Representante dos Empregadores julgar procedente em parte a A o Civil P blica para determinar ao Munic pio de Canoas que as tarefas de limpeza de varri o de vias e recolhimento de lixo domiciliar e nos logradouros p blicos sejam realizados por trabalhadores admitidos diretamente pelo mesmo mediante pr via aprova o em concurso p blico sob v nculo de emprego ou estatut rio bem como condena o Munic pio de Canoas a pagar multa nos termos do item 16 da fundamenta o Custas de R 100 00 sobre o valor arbitrado condena o de R 5 000 00 complement veis ao final pelo Munic pio Requerido Cientes as partes Ap s o prazo das partes em recurso de of cio ao TRT Cumpra se ap s o tr nsito em julgado Nada mais Maria Joaquina Carbunck Schissi Ju za do Trabalho Presidente Antonio de Azevedo F Juiz Classista Representante dos Empregados Antenor M Federizzi Juiz Classista Representante dos Empregadores Cassia Roschane Miguel Atendente Judici ria 108 DISCRIMINA O CONTRA TRABALHADORES 28 JUNTA DE CONCILIA O E JULGAMENTO DE MACEI ATA DE JULGAMENTO DA A O CIVIL P BLICA N 2 114 94 Aos vinte quatro dias do m s de julho do ano de mil novecentos noventa e cinco s 16 30 horas estando aberta a audi ncia da Segunda Junta de Concilia o e Julgamento de Macei na sala respectiva na Rua da Paz n 1 991 Centro com a presen a do Sr Juiz Presidente Dr Pedro In cio da
389. ves e as condi es de sua realiza o fica a crit rio da legisla o nacional O art 7 da Conven o 138 tem normas menos casu sticas sobre o trabalho leve que podem ser assim sintetizadas a a legisla o nacional determina quais os trabalhos que devem ser tidos como leves b c d e idade m nima entre 13 e 15 anos ou entre 12 e 14 lt gt trabalhos n o prejudiciais sa de e ao desenvolvimento dos adolescentes n o haja preju zo para a assiduidade escolar 05 n o impossibilitem a participa o em programas de orienta o e forma o profissional 3 Idade m nima superior V rias Conven es entre elas por exemplo a de n 15 sobre paioleiros e foguistas fixaram a idade m nima superior de 18 anos para servi os e locais particularmente perigosos e insalubres As Conven es 59 trabalhos industriais e 60 trabalhos n o industriais disp em que a legisla o nacional dever fixar idade ou idades superiores a 15 anos para execu o de trabalhos que por sua natureza ou por suas condi es sejam perigosos para a vida a sa de e moralidade das pessoas que os executam 1 A classifica o did tica das idades m nimas em b sica inferior e superior encontra se na obra Edad M nima Estudio General de la Comisi n de Expertos en Aplicaci n de Convenios y Recomendaciones adotada para facilitar a compara o com as normas brasileiras sobre a mat ria Por oportuno importante
390. vil objetivando carrear elementos de convic o para a propositura de A o Civil P blica Embora extremamente til posto que consiste muitas vezes num procedimento de solu o administrativa dos conflitos o inqu rito civil n o imprescind vel propositura da a o Como o Minist rio P blico n o o nico legitimado ativo para a A o Civil P blica caso resolva n o prop la ou indeferir o requerimento de abertura de inqu rito os outros legitimados poder o faz lo visto que o inqu rito n o pressuposto processual Por m na pr tica a n o possibilidade dos outros legitimados instaurarem inqu rito civil para a coleta de elementos tem feito com que eles prefiram oferecer den ncia perante o Parquet para n o correrem o risco de verem a a o frustrada por falta de provas Tem sido este na maioria das vezes o procedimento dos sindicatos No mbito trabalhista o inqu rito civil teve seu procedimento regulamentado atrav s da Instru o Normativa n 1 93 publicada no DJU de 14 05 1993 Assim duas s o as formas para iniciar se o procedimento de investiga o sobre a ocorr ncia de les o ordem jur dica laboral por den ncia formulada perante o Minist rio P blico do Trabalho ou por iniciativa de seus membros quando t m not cia da ocorr ncia de ilegalidades no mbito trabalhista referentes a interesses coletivos ou difusos Deste nodo de acordo com a IN n 1 93 art 3 I e IIl e 2 no ca
391. vil p blica na solu o dos conflitos plurissubjetivos at porque a ele cabe zelar para que um instrumento desta grandeza n o seja deturpado em seus objetivos Quando se fala em adapta o da norma jur dica posta e dos pr prios aplicadores do direito s novas necessidades geradas pela sociedade de massa e pela defesa dos direitos coletivos e difusos conv m falar se n o s da fkxibiliza o procedimental mas tamb m da flexibiliza o do direito do trabalho direito material como forma de possibilitar uma prote o mais eficaz deste direito A flexibiliza o do direito do trabalho se apresentaria como forma de proteger o interesse maior da manuten o do emprego admitindo se para tanto a ado o de condi es menos vantajosas que as j estabelecidas ou seja a quebra da rigidez do Princ pio das Garantias M nimas que rege o direito do trabalho art 468 CLT Tal flexibiliza o se justifica excepcionalmente em momentos de crise da economia que atinjam duramente determinadas empresas ou setores produtivos como ocorre hoje com as montadoras de autom veis e fixada atrav s de acordo ou conven o coletiva ou seja mediante repres enta o sindical em negocia o 5 Conflito de Atribui o n 35 RT 690 184 Marcus Orione Gon alves Correia As A es Coletivas e o Direito do Trabalho Ed Saraiva 1994 p g 11 7 Jos Eduardo Faria A Magistratura em Face dos Conflitos Coletivos Revista da Procurad
392. za o da rela o de trabalho e do v nculo empregat cio n o resultando em equivocada flexibiliza o da lei e explora o da m o de obra infantil e juvenil E concluir que qualquer interven o isolada no sentido de exigir o estrito cumprimento da legisla o embora devida e leg tima tem consequ ncias sociais e esbarra na consci ncia coletiva de ser o trabalho prefer vel marginalidade quando a rigor ao trabalho e marginalidade se deve sobrepor o direito de ser crian a e adolescente com acesso a todos os bens da vida de que trata o artigo 227 da Constitui o que a responsabilidade de todos e o caminho o da multiplica o objetiva da parceria e coopera o entre os diversos segmentos do Estado e da sociedade no sentido n o apenas da erradica o da m o de obra infantil e da adequa o da m o de obra juvenil no Estado do Rio de Janeiro mas da efetiva o em sua plenitude de todos os direitos da crian a e do adolescente com o que se comprometem as entidades signat rias Rio de Janeiro 28 de setembro de 1995 Carlos Eduardo Barroso Procurador Chefe Procuradoria Regional do Trabalho 1 Regi o 92 93 Termos de compromisso firmados em Inqu ritos Civis P blicos 94 CONCURSO P BLICO TERMO DE COMPROMISSO que presa a PRODEPRA PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PAR perante o MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO com a interven nca do SINDICATO DOS TRABALHADORES EM PROCESSAMEN
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