Leia o voto na íntegra - Conselheiro Antônio Carlos Andrada
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1. Permanente de Licita o Sra Ros ngela Francisca Meira Isaac para que se abstenham da abertura dos inv lucros Determino ainda o envio a este Tribunal de toda a documenta o relativa fase interna da Conconcorr ncia sub examine no prazo de 48 h do recebimento do fac s mile devendo o of cio conter a advert ncia de que o descumprimento desses comandos importar a aplica o de multa no valor de R 5 000 00 cinco mil reais nos termos do art 236 inciso IV do RITCMG Em seguida retornem os autos conclusos D se ci ncia do teor desta decis o Representante empresa J lio Sim es Transportes e Servi os Ltda via AR Esta a decis o monocr tica que submeto ao referendum da Segunda C mara Atendendo determina o supra o Prefeito Municipal de Betim Sr Carlaile Jesus Pedrosa encaminhou a documenta o protocolizada sob o n 187544 1 juntada aos autos conforme certid o de fl 698 Compulsando os documentos apresentados infiro que a determina o desta Corte de Contas foi integralmente cumprida encontrando se o certame suspenso de acordo com Ata de fls 684 685 G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada Assim decidido o referendum determino o encaminhamento dos autos CAC DAC para que no prazo de 05 cinco dias proceda an lise da documenta o juntada face s alega es constantes na Representa o Em seguida retornem os autos conclusos Con2. se caracterize a perman ncia sendo suficiente a exist ncia de contrato de presta o de servi os sem v nculo trabalhista e regido pela legisla o civil comum Imp e se acrescentar o posicionamento do Tribunal de Contas de S o Paulo nos processos n s 30548 026 04 30681 026 04 e 30714 026 04 quando sustenta que a comprova o de que o profissional perten a ao quadro permanente n o se d apenas pela comprova o de v nculo empregat cio ou participa o societ ria Voto A rigor h que ser demonstrado somente que o profissional pertence ao quadro permanente da empresa constituindo injustificada restri o exig ncia de que tal condi o possa se dar apenas por v nculo empregat cio ou participa o societ ria vez que inviabiliza a utiliza o dos profissionais aut nomos que mantenham contrato duradouro de presta o de servi os como j decidira o E Plen rio desta Corte nos autos do Tribunal de Contas 016298 026 03 negritei Revista do Tribunal de Contas de S o Paulo n 110 p 68 G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada Por fim vale transcrever o comando extravasado no 10 do art 30 da Lei de Licita es P blicas Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprova o da capacita o t cnica operacional de que trata o inciso I do 1 deste artigo dever o participar da obra ou servi o objeto da licita o Admitindo se a substitu
3. G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada PROCESSO N 715719 NATUREZA Representa o REPRESENTANTE J lio Sim es Transportes e Servi os Ltda REPRESENTADA Prefeitura Municipal de Betim Trago para delibera o deste Colegiado os presentes autos que versam sobre representa o formulada pela empresa J lio Sim es Transportes e Servi os Ltda em face do Edital de Licita o Concorr ncia n 020 2006 da Prefeitura Municipal de Betim Ap s an lise do ato convocat rio detectei irregularidade que impedia o prosseguimento regular do certame raz o pela qual determinei sua suspens o em sede de liminar no dia 16 08 2006 uma vez que a abertura dos envelopes estava designada para o dia 17 08 2006 conforme ntegra do despacho que submeto ao referendum desta C mara Versam os presentes autos sobre REPRESENTA O formulada pela empresa J LIO SIM ES TRANSPORTES E SERVI OS LTDA em face do edital da licita o Concorr ncia n 020 2006 promovida pela PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM cujo objeto a contrata o pelo Munic pio pelo menor pre o global ofertado a ser executada sob regime de empreitada a pre os unit rios dos Servi os de Natureza Cont nua da Limpeza P blica nas reas de concentra o ou adensamento populacional do Munic pio de Betim inerentes a 1 Coleta e Transporte do Lixo Domiciliar 2 Coleta e Transporte dos Res duos da Coleta Seletiva Porta a Porta 3 Opera o e manut
4. a o do procedimento licitat rio com o fito de afastar o arb trio e o favorecimento Registre se que a regra acima transcrita revela que somente ser o permitidas no certame as exig ncias de qualifica o t cnica e econ mica indispens veis garantia do cumprimento das obriga es sob pena de infring ncia desses mesmos princ pios constitucionais G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada Neste contexto n o obstante todos os apontamentos apresentados pelo ora Representante quais sejam itens 7 Da Qualifica o Econ mico Financeira 8 Da Qualifica o T cnica 9 Da Rela o de Ve culos e 10 Do Compromisso de Terceiros que em momento oportuno ser o objeto de exame do rg o t cnico desta Corte de Contas cumpre evidenciar o registro constante no subitem 8 2 1 da Representa o fl 12 relativo exig ncia para a qualifica o t cnica subitem 1 5 2 1 al nea b do edital em destaque fl 82 que assim disp e Leal b Curr culos de no m nimo 1 um gerente geral e 1 um engenheiro sanitarista integrantes da equipe t cnica que se responsabilizar o pela execu o dos servi os exclusivamente para os quais dever ser comprovado o v nculo empregat cio mediante apresenta o de Ficha de Registro de Empregados autenticada junto ao DRT Delegacia Regional do Trabalho e Carteira de Trabalho e Previd ncia Social CTPS Caso o s profissionais s seja m s cio s ou direto
5. ados at s 09 45 horas fls 72 A Representante tem por objeto al m de outras atividades a presta o de servi os de opera o de aterros sanit rios e incinera o de lixo e res duos em geral coleta e transporte de lixo domiciliar comercial ou industrial G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada limpeza p blica ruas logradouros e de im veis em geral p blicos e privados terrenos edif cios etc nos termos da cl usula 2 do seu Contrato Social acostado s fls 55 a 69 restando dessa forma parte interessada na participa o da licita o Insurge se afirmando que o edital efetiva o seu cerceamento em participar do certame licitat rio em virtude das exig ncias contidas nos subitens 1 5 1 4 al nea c e 1 5 2 1 al neas a b e h e k subdivis o k 2 e subitem 1 5 2 2 5 4 bem como o subitem 2 5 3 do Anexo X do edital dentre outros documentos exigidos e tidas como necess rias habilita o dos licitantes Exp e ainda em sua pe a exordial que Na forma como editado o instrumento convocat rio tende a deliberadamente eliminar o car ter competitivo do certame em detrimento dos leg timos interesses da Administra o Tais v cios nulificam o edital por ferir a legisla o espec fica vigente e assim dever ser julgado por essa E Corte por se revelarem exig ncias manifestamente abusivas A fim de fund
6. amentar suas alega es consigna o Representante posicionamentos insertos nos julgados dos nossos tribunais assim como li es de doutrinadores Com efeito vista da entrega e abertura dos inv lucros em data pr xima dia 17 08 2006 imp e se a an lise do pedido de suspens o do procedimento licitat rio face ao disposto no art 221 1 do RITCMG G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada E o relat rio FUNDAMENTA O A Representa o cinge se em argumentos discordantes das exig ncias constantes no edital consideradas necess rias habilita o dos interessados no certame evidenciado Nesta linha imprescind vel se faz inicialmente assinalar o art 37 inciso XXI da Carta Magna ao ressalvados os casos especificados na legisla o as obras servi os compras e aliena es ser o contratados mediante processo de licita o p blica que assegure igualdade de condi es a todos os concorrentes com cl usulas que estabele am obriga es de pagamento mantidas as condi es efetivas da proposta nos termos da lei o qual somente permitir as exig ncias de qualifica o t cnica e econ mica indispens veis garantia do cumprimento das obriga es Negritei O administrador p blico deve orientar se pela Constitui o e pelas leis para garantir o princ pio da legalidade e o da igualdade de possibilidades de contratar com o Poder P blico Desse modo exig vel sempre a realiz
7. egat cio com a empresa licitante seja atrav s do exerc cio aut nomo da profiss o de servi o de natureza eventual ou prec ria e ainda de servi o terceirizado n o descaracteriza a qualifica o do sujeito que s n o compor o quadro permanente da empresa quando n o estiver dispon vel para prestar seus servi os de modo permanente O doutrinador Mar al Justen Filho ao discorrer sobre o tema ensina A autonomia no exerc cio da profiss o descaracteriza o v nculo empregat cio mas n o afasta a qualifica o do sujeito como integrante do quadro permanente O sujeito n o comp e o quadro permanente quando n o estiver dispon vel para prestar seus servi os de modo permanente durante a execu o do objeto licitado N o poss vel enfim transformar a exig ncia da qualifica o t cnico profissional em uma oportunidade para garantir emprego para certos profissionais N o se pode conceber que as empresas sejam obrigadas a contratar sob v nculo empregat cio G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada alguns profissionais apenas para participar da licita o Coment rios Lei de Licita es e Contratos Administrativos Dial tica 2004 p 327 Segundo ainda o autor o fundamental para a Administra o que o profissional preencha os requisitos para bem executar uma obra ou um servi o futuro e que esteja dispon vel no momento da contrata o e nos momentos de execu o para que
8. en o da Usina de Compostagem de Lixo G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada Org nico localizada na CTRS Central de Tratamento de Res duos 4 Coleta e Transporte dos Res duos dos Servi os de Sa de 5 Tratamento dos Res duos dos Servi os de Sa de 6 Varri o de Vias e Logradouros P blicos 7 Fornecimento Equipe Padr o para Servi os Diversos Correlatos e Complementares aos Servi os de Limpeza 8 Fornecimento de Equipe para Limpeza e Conserva o de Bocas de Lobo 9 Fornecimento de Equipe para Manuten o do Aterro Sanit rio 10 Fornecimento de Equipe de Topografia para Manuten o do Aterro Sanit rio 11 Fornecimento de Equipe de Vigil ncia para manuten o do Aterro Sanit rio 12 Fornecimento de Material para Equipe Padr o 13 Loca o de Equipamentos para Opera o do Aterro Sanit rio no valor estimado de R 16 609 982 95 dezesseis milh es seiscentos e nove mil novecentos e oitenta e dois reais e noventa e cinco centavos Requer a Representante que seja conhecida e provida a Representa o por esta Corte de Contas para ao final suspender liminarmente a licita o decretando a nulidade do Edital impugnado determinando se ainda a sua retifica o Importa registrar que o prazo para entrega e abertura dos inv lucros contendo a documenta o exigida no edital est prevista para o dia 17 de agosto de 2006 s 10 00 h devendo os documentos serem protocoliz
9. i o por profissionais de experi ncia equivalente ou superior desde que aprovada pela Administra o O dispositivo consagra a vulnerabilidade do entendimento daqueles que defendem que o v nculo empregat cio traz mais seguran a na contrata o para a Administra o P blica Quando a lei estabelece que o qualificado pode ser desligado do quadro de pessoal da empresa e substitu do a qualquer momento desde que por um de experi ncia similar ou superior e que tenha a aprova o da Administra o assevera que o seu objetivo de que o profissional seja o mais qualificado poss vel n o importando se comp e o quadro permanente da empresa Assim o que se resguarda a natureza permanente no quadro durante a execu o contratual Pelas raz es expendidas resta concluir que o edital cont m v cio que pode comprometer a legalidade do certame por viola o do seu car ter competitivo contrariando o comando do 1 do art 3 da Lei 8 666 93 Haja vista a abertura dos inv lucros estar prevista para o dia 17 08 2006 s 10 00 h determino liminarmente ad referendum da Segunda C mara a suspens o da licita o consubstanciado no art 76 XIV e XVI da Constitui o Estadual e dos 1 e 2 do art 221 do RITCMG G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada DECISUM Ex positis proceda se intima o por e mail fac s mile e AR SEDEX do Prefeito Municipal de Betim e Presidenta da Comiss o
10. r es da licitante esta comprova o dever ser feita atrav s do contrato social em vigor ou ltima ata de elei o de diretoria devidamente registrada no rg o competente Negritei 2 Aduz o Representante que indiscut vel seja judicial ou administrativamente que por quadro permanente tem se o conjunto de pessoas vinculadas a uma determinada empresa com cunho de perman ncia sem natureza eventual ou prec ria Afirma ainda que no caso de profissional liberal nada obsta que seja firmado um contrato de presta o de servi os sem qualquer v nculo empregat cio colacionando por sua vez entendimento do Professor Mar al Justen Filho Por remate G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada sustenta ser ilegal a exig ncia de que o respons vel seja empregado ou s cio licitante Preceitua o art 30 1 I da Lei de Licita es P blicas Art 30 A documenta o relativa qualifica o t cnica limitar se a 1 A comprova o de aptid o referida no inciso II do caput deste artigo no caso das licita es pertinentes a obras e servi os ser feita por atestados fornecidos por pessoas jur dicas de direito p blico ou privado devidamente registrados nas entidades profissionais competentes limitadas as exig ncias a I capacita o t cnica profissional comprova o do licitante de possuir em seu quadro permanente na data prevista para entrega da propos
11. selheiro Ant nio Carlos Andrada Relator
12. ta profissional de n vel superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente detentor de atestado de responsabilidade t cnica por execu o de obra ou servi o de caracter sticas semelhantes limitadas estas exclusivamente s parcelas de maior relev ncia e valor significativo do objeto da licita o vedadas as exig ncias de quantidades m nimas ou prazos m ximos A qualifica o t cnica significa a aptid o com que o profissional desempenha determinado servi o o dom nio dos conhecimentos profissionais pr ticos e te ricos que fazem com que o servi o prestado tenha a qualidade esperada e que transmita a confian a necess ria para os que realizam a contrata o do servi o ou obra Demonstra se essa aptid o atrav s da capacita o t cnica profissional todavia o dispositivo transcrito estabelece a necessidade do profissional G abinete do Conselheiro A nt nio Carlos A ndrada pertencer aos quadros permanentes do licitante sem definir o significado e a abrang ncia do termo quadro permanente A crescente evolu o e diversidade das rela es de trabalho e presta o de servi os foram fatores que contribu ram para a doutrina moderna adotar entendimento divergente a respeito dos profissionais que se enquadram no quadro permanente anteriormente compreendido como o conjunto de pessoas com v nculos trabalhistas ou societ rios sem natureza eventual e prec ria A aus ncia de v nculo empr
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