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O Rio Tem Futuro

1. Vejo um caos Provavelmente ainda teremos a extra o do petr leo o boom j ter acontecido Itabora em O Rio Tem funcionamento etc mas sem investimentos e parcerias do governo estadual municipal e federal o estado estar mergulhado em um caos social e econ mico A falta de investimentos em infra estrutura urbana tamb m lembrada como elemento gerador de impactos sobre outros setores sobretudo o turismo O Rio estar sem turismo e perdido economicamente Adicionalmente n o cuidamos da estrutura portu ria e infra estrutura geral para o turismo a nossa zona portu ria ca tica e insegura para o turista assim como nossas ruas O que colaborar para os futuros 20 anos serem piores a continuar o padr o da gest o atual Adicionalmente a aus ncia de incentivos fiscais atingir tamb m uma das principais marcas do cidad o fluminense a sua capacidade empreendedora De uma maneira geral o empreendedorismo continuar sem incentivos principalmente fiscais Da mesma forma a manuten o da situa o vigente conduzir o Rio de Janeiro perda de posi es econ micas e tamb m pol ticas frente a outros estados no que diz respeito ao cen rio nacional assim como o distanciamento cada vez maior das refer ncias normativas que definem as grandes metr poles em condi es de competir na sociedade do conhecimento Perda da posi o relativa do Rio de Janeiro no ranking de import ncia par
2. Eleazar de Carvalho Eduardo Cruz Evandro Capistrano Cunha Geraldo Jord o Jos Paulo Silveira Jos Luiz Alqueres Jonny Klemperer Jack London Jorge Hil rio Gouveia Vieira Jos Carlos Rezende Luiz Cezar Fernandes Lucia Ara jo Luciano Pessina Marcos Falc o Mario Cezar de Ara jo Marcos Cavalcante Paulo Malafaia Ricardo Campos Roberta Sudbrack Sandro Moraes Sergio Bermudes S rgio Magalh es Sonia Marins Zagne Colunistas e Jornalistas 1O 00 OOTAS O 10 11 12 Ancelmo G es Andr Trigueiro Alexandre Machado Adelfran Lacerda de Mattos George Vidor Jos Modesto Arouca Lauro jardim Leonel Kaz Lucia Hippolito Merval Pereira Sidney Rezende Zuenir Ventura Integrantes do Poder Judici rio do Tribunal de Cantas e Minist rio P blico RUN C ssio M M Granzinoli Daniel Sarmento Frederico Gueiros Marina de Matos Salles Sergio Cabral pai Dirigentes de entidades de representa o empresarial ou de trabalhadores lvaro Teixeira Amaury Temporal Antonio Francisco corno Antonio Valente Carlos Fernando Gross Edna Ribeiro Eloi Fernandez y Fernandez 8 Fernanda Car sio 9 Flavio Castelo branco 10 Francisco de Assis Navega 11 Herrique Antonio Nora Oliveira Lima 12 Joacir Pedro 13 Jos Wilson rios Barbosa 14 Orlando Diniz 15 Pedro de Lamare 16 Raimundo Bastos Ribeiro 17 Ricardo Lagare 18 Roger Fabr cio Vilela 19 Sidney Levy NS RO Esporti
3. O problema de lideran a o que fala mais alto E quando falo em lideran a do processo n o estou me referindo somente ao governo falo da rea empresarial e sociedade civil como um todo A desarticula o entre governo empres rios e sociedade um fator que me preocupa bastante O Rio est dif cil T o pouco decadente n o tem lideran as pol ticas agregadoras Tampouco grandes empreendedores O Rio Tem Futuro 2 E H uma grande batalha de egos tanto entre os pol ticos como entre as lideran a empresariais O principal obst culo n o existir na elite dirigente do Rio um grupo hegem nico que leve adiante um projeto de desenvolvimento Outro problema s rio que aqui a elite n o se articula nem se mobiliza conjuntamente Cada um estrutura sua entidade e fica isolado tocando sua agenda E impressionante a dificuldade que temos para uma atua o conjunta seja entre as entidades empresariais seja entre essas e o Governo Se as lideran as empresariais ou da sociedade civil n o se falam como deveriam o mesmo acontece com as tr s esferas de Governo A Prefeitura n o conversa com o Governo do Estado que n o conversa com o Federal Um aspecto que tamb m mereceu destaque foi a baixa representatividade nacional da classe pol tica do estado A atual classe pol tica do Rio de Janeiro contrariando seu passado tem pouca expressividade nacional o que dificulta a atra o de recursos para o e
4. Alinhar o desenvolvimento a uma pol tica social impactante aos bols es de pobreza e mis ria no estado combatendo a viol ncia e problemas graves de or amento na rea de sa de 3 1 3 3 Priorizar a profissionaliza o e melhoria da gest o da sa de a recupera o de infra estrutura hospitalar Atuar na sa de com melhor gerenciamento e resolver problemas estruturais No campo da sa de onde o Rio est em situa o pior que o Brasil preciso apenas que o Estado gaste aquele m nimo definido por lei E preciso ter foco nas pol ticas de sa de Hoje a rubrica da sa de ampla demais tudo sa de At mesmo programas assistencialistas como o Restaurante Popular est dentro da pasta de sa de com a velha desculpa de que a boa alimenta o traz benef cios para a sa de do cidad o A popula o precisa cobrar foco das pol ticas de sa de e tem um forte instrumento para isso os Conselhos de Sa de N o deve haver pol tica partid ria na sa de As pessoas deveriam ser t cnicas e capacitadas e ter total inger ncia com as coisas evidentemente sujeitas a auditorias e fiscaliza es Racionalizar e integrar os servi os Deve ter uma hierarquia de atendimento Precisa ter um bom gerente com pensamento na sa de e n o um pol tico com capacidade t cnica E imprescind vel a implanta o do cart o SUS com a unifica o das informa es sobre os pacientes Melhorar o aparelhamento dos hospitais Sa de
5. Crian as com tempo integral na escola com lanches pagos pelo Estado Um estado onde a educa o ocorra em tempo integral sem crian as nas ruas fazendo malabarismo com bolinhas Educa o de boa qualidade um requisito fundamental Escolas com mais recursos professores treinados e melhor remunerados funcionando em tempo integral Atividades para crian as e adolescentes p s escola e nos fins de semana nas escolas abertas Programas de recrea o esportes cultura e forma o pessoal e profissional para jovens de favelas e periferia Uma educa o que pense nos educadores e educandos Com n vel educacional bem acima do atual Com escolaridade elevada Eu gostaria que funcionasse pelo menos o b sico escola integral 2 grau t cnico sa de e transporte para todos O resto a pr pria sociedade organizaria como j vem fazendo h bastante tempo atrav s das ONGs dos trabalhos volunt rios etc Que a garantia de sa de e educa o de qualidade fosse direito assegurado para todos Com uma base educacional cultural e de sa de mais dignas dos seres humanos que aqui residem Com a a o vigorosa educacional junto juventude em opera o conjunta entre ONGs do tipo Afroreggae e o sistema educacional Com um sistema de educa o p blica com a mesma qualidade da rede privada Gostaria de ver o Rio resolvendo o problema da educa o n o universit ria fluminense que n o pequeno O ensino supe
6. Para a rea esportiva a prioridade a constru o de equipamentos arenas esportivos quadras de basquete campos de futebol eic J para o setor industrial as nfases convergem para as cadeias produtivas de petr leo amp g s ind stria naval e siderurgia H refer ncias isoladas para a constru o civil e energia Rearranjo da cadeia produtiva e aumento do conte do fluminense nos projetos de investimentos da cadeia produtiva de petr leo e derivados A grande prioridade sem d vida o p lo industrial com enfoque especial para explora o do petr leo e g s Tem tamb m como voca o a ind stria naval A ind stria naval Desenvolvimento da competitividade dos centros din micos priorit rios da economia petr leo turismo log stica siderurgia audiovisual constru o naval agro energ ticos e confec es O Rio Tem preciso investir tamb m nos setores de petr leo metalurgia e metal mec nico inform tica e no p lo cultural O importante n o deixar cair a produ o que j existe no Rio Primeiro temos que ter um governo s rio Os investimentos previstos sider rgico petr leo e na rea naval t m que se consolidar Eu tamb m incentivaria a constru o civil n o sei se conseguiria fazer isso sozinho como governador A constru o civil um alavancador da economia por utilizar m o de obra intensiva Acho que temos uma boa oportunidade na ind stria nuclear A ene
7. a cidade brasileira que tem o maior n mero de hospitais de grande porte porque foram herdados do tempo da capital Mas o problema que os hospitais n o funcionam e os funcion rios v em o emprego p blico como bico acham que recebem mal e por isso trabalham mal n o se comprometem E a rea privada tirando a uns sete hospitais bons Samaritano S o Jos ProCardiaco e os D Or os demais s o sofr veis s o casas de sa de adaptadas A infra estrutura prec ria nada que se compare a um Einstein ou ao S rio Liban s em S o Paulo A rea de sa de est p ssima os funcion rios p blicos est o acostumados a n o trabalhar em um mesmo hospital a semana toda embora ganhem para isso os atendimentos est o piorando a cada dia e os gestores hospitalares n o est o preocupados com isso n o conseguem entender que n o trabalham para o governo e sim para o povo e que s o pagos O Rio Tem Futuro 2 E pelo povo Niter i deu um salto em sa de provando que poss vel mudar desde que haja vontade de fazer O setor n o atrativo para os profissionais da sa de que est o em um movimento de sa da da capital preferindo trabalhar no interior e em outras localidades Um dos entrevistados ressalta a baixa produ o cient fica tanto das universidades p blicas como do setor privado A sa de tamb m muito prec ria Os hospitais p blicos s o sujos e faltam aparelhos Os funcion rios passam uma impress
8. espa os urbanos despoluir preservar ordenar e distribuir As preocupa es com a quest o habitacional especialmente quando se trata da ocupa o das reas urbanas e das favelas caminha concomitantemente aos anseios em rela o ao uso dos espa os urbanos A organiza o limpeza conten o das ocupa es irregulares respeito ao espa o p blico dentre outros s o elementos que ganham tons de peso Gostaria que estivesse como um pa s de Primeiro Mundo tudo limpo e organizado Se voc reorganizar a quest o urbana vai provavelmente transformar o Rio na tal J ia do Atl ntico Vai atrair empresas qualificadas precisam de c rebros bem formados gerar empregos regular o desenvolvimento Ainda com o uso racional e regulamentado do espa o p blico e maior percep o da no o de respeito e urbanidade pelos cidad os Que os morros n o estivessem tapados por pr dios enormes ou ocupados por barracos insalubres As parcerias p blico privadas aplicadas ao planejamento urbano e a necessidade de desenvolver projetos inovadores neste campo tamb m ganham men es Planejamento urbano e regional de qualidade e atrav s de uma parceria p blico privada P lo inovador em desenvolvimento urbano de efeito de demonstra o para o Brasil a Curitiba da desfaveliza o O Rio Tem A inser o regional passa pelo maior aproveitamento das potencialidades locais e pela redu o da macrocefalia da
9. o tur stica Turismo meio ambiente e qualidade de vida Outro aspecto o turismo O Rio de Janeiro atrai naturalmente pessoas e tem uma voca o incr vel para esse segmento e por isso se deveria olhar mais para esse setor que um forte gerador de recursos e empregos nesse quesito ali s preciso modernizar a legisla o trabalhista e reduzir a carga de tribut ria que limita o crescimento Criar um plano de desenvolvimento econ mico para o turismo Fomentar as atividades tur sticas com um novo desenho program tico Investir muito no turismo Que tal os cassinos Tornar o Rio de Janeiro a porta de entrada do turismo e abrir portas para o seu interior Investimento em terminais tur sticos nos portos do estado do Rio de Janeiro Constru o de p er com terminal de embarque e desembarque em Arma o dos B zios Rio das Ostras Mangaratiba ltacuru e Paraty Calend rio tur stico permanente Forma o de pessoal ligado ao turismo est mulo melhoria e amplia o da rede hoteleira Educa o para a prepara o de m o de obra direcionada para o setor de turismo Planejamento voltado para a empregabilidade no setor de servi os e turismo Enfoque no corebusiness da cidade que o turismo Isso significa investir em seguran a no lado comercial cultural Trabalhar o turismo e construir uma pol tica cultural baseada no conhecimento O esporte e o turismo como principais v
10. o permanente ao narcotr fico que traz pequenas e r pidas solu es para aquele que est fora da escola e que n o tem oportunidades E impressionante a capacidade de coopta o do narcotr fico nessas realidades Primeira causa a incapacidade do Estado de fazer frente ao problema A incapacidade do Estado para atacar estas quest es e para implementar pol ticas p blicas adequadas s necessidades da popula o quase uma unanimidade na vis o dos entrevistados A insufici ncia na oferta de servi os especialmente nas reas de educa o sa de e seguran a apontada como agravante do problema Soma se a isso a falta de articula o do poder p blico nas esferas federal estadual e municipal que tamb m mereceu cr ticas contundentes H um problema a vista de todos no Rio que a seguran a p blica mas n o h uma estrat gia de combate viol ncia no Rio O Estado tem essa fun o mas n o consegue articula o a prefeitura do Rio de Janeiro se omite totalmente Isso fruto da falta de pol ticas p blicas entre os poderes do Estado e claramente pela falta de integra o pol tica do Estado H uma aliena o dos poderes constitu dos em todas as esferas governamentais do municipal ao federal E um problema sist mico A solu o deste problema passa pela quest o do passivo pol tico tamb m A m dia do Rio de Janeiro discute muito pouco as agendas pol ticas Por exemplo quem o presidente d
11. O Brasil trata o investidor como consumidor Isso gera um peso nos valores dos bens Qualquer coisa que se compra tem que se pagar ICMS Ele cria uma sobretaxa que s existe no Brasil O problema do ICMS impacta toda a cadeia do petr leo e tamb m as empresas de energia el trica Resolver a quest o dos impostos como por exemplo a destina o dos royalties A guerra fiscal entre os estados muito prejudicial E preciso unificar a tabela tribut ria para que as empresas decidam por instalar empreendimentos em um estado por sua localiza o m o de obra tecnologia dispon vel e n o pela isen o de impostos que muda a cada governo Macroplan 1 E T s 1 3 2 O contexto atual em um quadro de positividade a retomada Os do crescimento Mesmo diante da heran a t o pesada alguns entrevistados manifestaram uma percep o positiva e otimista do Rio atual ainda que com graus vari veis de entusiasmo Segundo essa vis o O estado j est vivendo um processo de retomada do crescimento econ mico Achamos que o estado do Rio de Janeiro est muito bem principalmente nos setores econ mico e pol tico No econ mico apresentamos taxas expressivas de crescimento do PIB fluminense No pol tico com a interioriza o do processo de desenvolvimento que atingiu todos os munic pios do estado o que est impulsionando a economia local Se a gente v uma pesquisa sobre o Rio vemos que a escolaridade m dia da po
12. a no amanha aei restar datelon dese a on STE camada arena ge das caso aaa 176 2 3 3 Um sonho que n o pode tornar se um pesadelo um apelo a o transformadora 183 3 Prioridades o que n o pode deixar de ser feito nos pr ximos A ANOS me DER OD O PRENDE ER O PIRES PRESO NR PS RR A 186 3 1 Prioridades no campo social s sn issssercccrtarernaa 188 311 Seguran a UR ea AD EG SERRAS DIE SR OR 188 3 1 1 1 Reconquistar a seguran a p blica 188 3 1 1 2 Combater o tr fico de drogas e de armas e o crime OIDANIZA O iraina si a e nada Uai EY 189 3 1 1 3 Investir em preven o e implantar corredores de Seguran A a a a AR a a aA 190 3 1 1 4 Implementar uma pol tica inovadora e vigorosa de gest o da seguran a ssessseeeerrrritttteeeerrinrnrnssssrrrrrnnnn 190 EIA MEdUCA O E rara aa E E A ET 194 3 1 2 1 Valorizar a educa o ssnossnrernreseerrerrnnnnersssnrnrnnnneseseeeees 195 3 1 2 2 Melhorar a qualidade da educa o especialmente do ensino p blico com nfase na amplia o da jornada ESCOLAR eae e e eS ea e e Rea a a 195 3 1 2 3 Melhorar a gest o no campo da educa o especialmente no tocante a aloca o de recursos 198 ef DES SRS JU o DAR PRE DER RE NPR CRER RR GR RR RR 199 3 1 3 1 Ampliar os investimentos em sa de 199 3 1 3 2 Melhorar a qualidade e o n vel de atendimento em sa de com destaque na sa de d
13. cadas sem solu o Seguran a o principal problema pois em minha opini o dela dependem todos os outros aspectos E ineg vel a nossa voca o para o turismo e a falta de seguran a acabar por afastar as pessoas que ainda nos visitam A viol ncia a venda e o consumo de drogas os menores fora da escola cheirando cola e assaltando os sem teto que loteiam as esquinas e as praias principalmente no ver o o pico da temporada tur stica Os jornais est o cheios de relatos sobre assaltos e assassinatos de cariocas e estrangeiros Gangues organizadas da bicicleta da moto dos limpadores de p ra brisas dos vendedores de balas das m es que alugam crian as nos sinais etc se espalham pela cidade para assaltar e matar E inadmiss vel que uma pol tica s ria de fomento ao turismo e O Rio Tem prote o aos cidad os locais e visitantes ainda n o tenha sido implantada Sem d vida a viol ncia que talvez seja a grande causadora mesmo que de forma reflexa de v rios outros problemas A viol ncia limita de forma impressionante n o s a vida dos cidad os mas a atividade administrativa Atualmente eu n o me sinto seguro em casa A falta de seguran a generalizada Na minha percep o o Rio vai mal A cidade j foi maravilhosa mas hoje perigosa in spita para os turistas e moradores Os moradores est o atr s das grades e os bandidos est o soltos Falta um policiamento ostensivo Os policiais da pref
14. culo XX e sim pela seguran a p blica Faveliza o generalizada degrada o ambiental um de seus maiores ativos e empobrecimento Ser um importante p lo continental do crime organizado Se as coisas continuarem como est o teremos mais desemprego e desigualdade tendo como consequ ncia um aumento da viol ncia A popula o carcer ria estar incontida tal como a criminalidade jovem se continuarem indispon veis aos jovens pobres as oportunidades de estudo trabalho inser o na sociedade legal a vida no Rio estar insuport vel Bem mais desgastada cada vez mais estabelecida a cultura do cada um por si desacreditado como cidade ceniro de estudos neg cios e lazer turismo etc Futuro 2 Macroplan LE TOS Por fim h espa o tamb m para que se vislumbre o deslocamento do poder paralelo do tr fico para dentro da arena pol tica com consequ ncias n o previstas A situa o do Rio de Janeiro particularmente dif cil Daqui a 10 anos poderemos ter um governador do narcotr fico Totalmente controlado pelo tr fico de drogas Isso ocorrer tamb m na arena pol tica que tende a ter cada vez mais representantes dos traficantes 2 1 3 2 O ambiente econ mico No que se refere ao ambiente econ mico ganham destaque as considera es em torno do futuro da ind stria do petr leo grande fonte de riqueza do estado Neste particular percebe se de um lado aqueles que vislumbram a perda
15. envolvam mais com a educa o E educa o no sentido amplo cria o de h bitos de leitura associados ao esporte e as artes Na educa o fica claro o problema quando se observa que de acordo com a ltima pesquisa de inten o de votos para presidente o esc ndalo recente n o impactou em nada a opini o dos eleitores Enquanto estiver assim nessa aliena o fica dif cil a cobran a por parte da sociedade As pesquisas mostram por exemplo que ningu m se lembra em quem votou para deputado na ltima elei o Outra coisa que anda muito mal a quest o da impunidade e quando falo em impunidade falo na sociedade como um todo A impunidade come a em casa vai para a rua e atinge todos 1 1 3 Sa de O Rio Tem A tica e a moralidade foram abandonadas no caminho do ter a qualquer custo Tudo virou normal Abriuse m o da responsabilidade o dinheiro limpa qualquer coisa Acho que os nossos meios de comunica o contribuem fortemente novelas filmes jornais revistas etc para aumentar essa situa o de impunidade viol ncia falta de tica e respeito Educa o apesar de sermos l deres em forma o de boas escolas faltam valores na nova gera o falta respeito e boas maneiras As escolas p blicas est o infiltradas com a mentalidade dos servidores p blicos Quando o tema sa de os sentimentos de pessimismo e negatividade s o generalizados e alguns entrevistados elegem no como sendo o prin
16. expans o descontrolada das favelas precariedade e deteriora o do sistema log stico rodovias elevada pobreza e altos ndices de desigualdades sociais baixa articula o entre atores pol ticos sociais e econ micos excesso de economia informal baixa qualidade da gest o p blica corrup o end mica pouco acesso ao saneamento deteriora o dos espa os urbanos excesso de burocracia falta de oportunidades falta de investimentos em infra estrutura evas o de empresas fus o entre capital e antigo Estado do Rio ainda n o consolidada carga tribut ria elevada baixa qualifica o da for a de trabalho outros 4 Na sua percep o em que setores ou reas o Estado do Rio de Janeiro encontra maior potencial de desenvolvimento assinale o m ximo de 3 oO Odo setor de servi os avan ados ind stria naval e offshore turismo ind stria do petr leo e g s Mo 000 O Rio Tem Futuro 2 4 ind stria cultural e de entretenimento tecnologia de informa o infra estrutura f sica e log stica infra estrutura de inova o e conhecimento universidades centros de pesquisa laborat rios etc outros 5 Como voc imagina que o Rio de Janeiro estar daqui a 20 anos se a situa o atual for mantida E G G G G muito melhor pouco melhor na mesma situa o pior muito pior 6 O que n o pode deixar de ser feito nos pr ximos 4 quatro anos para superar os gargalos obst culos e dificuldad
17. incluindo a quest o tribut ria causou uma migra o em massa dos setores produtivos carioca e fluminense em dire o a S o Paulo Todas as empresas est o indo para o estado de S o Paulo ou para o interior do estado em busca de incentivos fiscais Com isso aumenta a quest o do desemprego Isso aconteceu muito devido a falta de planejamento e de uma vis o de futuro clara n o teve uma pol tica para manter estas empresas um fato o processo de esvaziamento econ mico do Rio de Janeiro V rias empresas deixaram o estado nos ltimos anos A Bolsa do Rio j foi a maior da Am rica Latina e perdemos isso Como muitas empresas importantes foram embora as ag ncias de publicidade que eram um dos nossos pontos fortes tamb m migraram acompanhando o movimento das empresas O Rio Tem A transfer ncia das negocia es do mercado financeiro para a Bovespa outro marco importante visto que a Bover j foi a principal Bolsa de Valores do pa s O processo de esvaziamento do Rio de longa data Muitas empresas migraram para S o Paulo por causa dos incentivos fiscais e devido localiza o mais estrat gica do estado L est o os clientes e h mais facilidade de deslocamento Pensando apenas no aspecto do sistema financeiro constatamos que n o temos mais no Rio nenhuma sede de banco todos foram para o para so financeiro paulista J foram cerca de 100 mil banc rios no estado do Rio de Janeiro no final da d
18. interioriza o municipal do desenvolvimento econ mico teremos um excelente cen rio Na rea social h quem lembre que se tem conseguido obter resultados positivos na educa o o aumento da esperan a de vida e da diminui o da mortalidade ainda que estas melhorias possam ser interpretadas como pouco expressivas de uma a o planejada e dirigida ou seja seriam melhorias quase que inerciais b Macroplan 4 Como est agora Existe uma tend ncia natural de melhoria Quase inercial a matr cula escolar vai aumentar a esperan a de vida tamb m e diminui o da mortalidade Viveremos uma profunda mudan a tecnol gica No campo pol tico e da degrada o urbana um entrevistado entende que como na sua perspectiva j se atingiu o fundo do po o a tend ncia futura de melhoria t o logo o Estado retome sua capacidade de investimento e haja renova o da classe pol tica imprimindo uma maior moralidade Sou otimista Vivemos um momento de maior conscientiza o Chegamos no fundo do po o A quest o urbana e a infra estrutura v o melhorar quando o momento mais cr tico passar o Estadose adaptar Lei de Responsabilidade Fiscal e retomar sua capacidade de investir A classe pol tica vai se conscientizar que para sobreviver vai ter que mudar Ela vai se conscientizar que a principal malandragem deixar de ser malandro Isso ser atrav s dos jovens pol ticos que t m uma forma o mais ampla
19. jazigo isto um intervalo entre duas ondas e que se tomar as decis es certas poder voltar a surfar ainda de forma diferente do passado Futuro 2 Macroplan LE TOS Meu sentimento em rela o ao Rio de otimismo preocupado O Rio vai enriquecer independentemente do governante O Rio de Janeiro passa por um momento muito dif cil Embora o Rio esteja passando por tantas dificuldades eu tenho certeza absoluta que temos muitas sa das para o nosso desenvolvimento e crescimento E para um entrevistado como s ntese da conex o entre o presente e o futuro encontra se a convic o de que os pr ximos anos necessariamente se far o acompanhar por transforma es positivas uma vez que j se atingiu uma situa o limite O Rio vive hoje uma trag dia social Mas isso n o significa que n o tenha sa da que seja um processo em fase terminal H luz no fim do t nel Se houver uma pol tica de seguran a p blica consistente resolve Se continuarmos com a mesma perspectiva de hoje ser no m nimo insuport vel Mas quando se chega ao fim do po o s h uma sa da E enganador achar que est todo mundo ap tico Vai ter mudan a 2 3 2 Minha alma chora tristeza desola o e desconfian a no 2 3 2 1 amanh Quantitativamente falando preponderam refer ncias negativas na explicita o dos sentimentos na fala dos entrevistados e sobretudo das impress es quando se trata de avaliar o moment
20. o de diretrizes pedag gicas adequadas realidade da sociedade sendo mesmo prioridade absoluta O ensino superior p blico caiu enormemente de padr o e na rea privada tamb m As universidades p blicas no Rio est o sucateadas e o ensino m dio n o est melhor N o tem cobertura no interior A PUC j formou v rias refer ncias na economia pessoas que dirigiam o pa s mas hoje est enfraquecida Existem algumas exce es como o Instituto Oswaldo Cruz mas a regra diferente e n o precisava ser assim Do ensino fundamental ao ensino t cnico diversos entrevistados enfatizam a necessidade de que o ensino seja capaz de qualificar os alunos para o ingresso no mercado de trabalho em melhores condi es O ensino fundamental deve ser integral o programa tem que conter atividades pr ticas para dar aos estudantes amplas oportunidades de forma o de h bitos de vida real com a organiza o da escola como miniatura da comunidade com toda a gama de suas atividades de trabalho de estudo de recrea o e de arte O estado do Rio n o tem cursos t cnicos Poderia ter cursos t cnicos mais estruturados Se o potencial petr leo que Futuro 2 Macroplan LE TOS sejam ofertados cursos em petr leo Maca por exemplo n o tem cursos para formar m o de obra para o setor petr leo a m o de obra especializada tem que vir de fora Este um munic pio que hoje tem bols es de riqueza e de pobreza e sem um
21. o Gol de Letra Unidade Niter i Gerente de Rela es P blicas Copacabana Palace Hotel Happy Surf Brasil B zios Diretor Presidente do Centro de Promo o da sa de CEDAPS S cio Rede Pl Procurador Regional da Rep blica Ex Diretor Geral da ANP Presidente da Federa o de Empresa Juniores Cientista Pol tico Presidente da Cryopraxis Criobiologia Ex presidente BNDES Ex Secret ria Nacional de Justi a Fundadora do Viva Rio Departamento de Direito PUC RIO Diretor Executivo ONIP Assessora de Projetos Especiais do PACC UFRJ Membro do Comit Gestor da RedePetro Bacia de Campos Coordenador de N cleo Afroreggae Economista Ex dirigente do Sindicato dos Banc rios do Rio de Janeiro Economista Chefe da Confedera o Nacional da Ind stria Presidente da Comiss o Municipal FIRJAN CIRJ Maca Presidente Tribunal Regional Federal da 2a Regi o Jornalista Editor Presidente da Confedera o Brasileira de Basquete Ex secret rio de Turismo Ind stria e Com rcio de Rio das Ostras Atriz Diretora e Professora de Teatro Diretor de Explora o e Produ o da Petrobras Secret rio de Ci ncia amp Tecnologia de Maca Professor e Mestre em Educa o 65 66 67 68 69 70 TA 72 73 74 75 76 fofa 78 79 80 81 82 88 84 85 86 87 88 89 90 91 92 98 Haroldo Costa Henrique Antonio Nora Oliveira Lima Hugo
22. o das mazelas e problemas que o Rio de Janeiro enfrenta consider vel a quantidade de entrevistados que discorre sobre o estado e sua capital com profunda ternura Esta pode ser encontrada nas quase declara es abertas de amor ou no esfor o por manter acesa a chama da esperan a de que dias melhores vir o O Rio Tem 2 3 1 1 Grande estado desimportante em nenhum instante eu vou te 5 trair a resist ncia do amor apesar de tudo Quando se trata de definir a rela o afetiva com o Rio de Janeiro no momento presente o sentimento de maior predomin ncia entre os entrevistados 26 indica es o de amor Seja em seu estado puro sem adjetivos como resposta pergunta anunciada amor simplesmente seja acompanhado de palavras que o tornam ainda mais grandioso e que justificam esta adora o como pode ser observado nos casos abaixo Amo de paix o Eu amo a minha cidade Sou feliz de viver no Rio de Janeiro Eu amo o Rio de Janeiro Sou carioca cara como posso deixar de amar esta cidade Amo o Rio de Janeiro orgulho de meu Pa s e meu tamb m Tenho uma profunda e intensa rela o de amor com o Rio Eu amo o Rio de Janeiro mais do que o Brasil Tenho pelo Rio um amor irremov vel Vivi toda a minha vida neste estado o meu sentimento maior por ele de amor Eu amo o Rio Acredito na cidade e na sua capacidade de mudar e fazer melhor H tamb m aqueles que mesmo compartilhando de
23. o de guetos e a acabou o sectarismo toma conta e os dois lados perdem E preciso educa o civil Gerar e fortalecer uma cultura c vica de participa o responsabilidade e solidariedade como instrumento tanto para o restabelecimento da ordem p blica quanto para a recria o de la os de civilidade na conviv ncia entre os cidad os Incentivar mais o esp rito empreendedor Aumentar a auto estima da popula o Macroplan LE TS Em complemento enfatizada a relev ncia da forma o de capital social de redes de confian a e da maior participa o da sociedade destacando se inclusive o papel das elites e a explora o de novos formatos de organiza o social Um dos pap is da elite desenvolvimentista envolve forte movimento de forma o de opini o p blica educa o e cria o de motiva es e valores Todos querem prosperar e n o viver na depend ncia Existe uma heran a de n o assumir risco E uma heran a ib rica onde a grande luta sindical a estabilidade do emprego Hoje isso acabou no mundo Aqui ainda querem emprego vital cio E leg timo mas n o se enquadra mais O empres rio bem sucedido ter que apostar na revitaliza o da cultura e na preserva o ntegra da sociedade Mesmo que ele n o seja oriundo deste estado ou at mesmo deste pa s preciso estimular a participa o popular Priorizar a promo o do associativismo e fomento participa o cidad precis
24. o de n o gostarem do que fazem Hoje vejo o Rio de Janeiro se esvaziando Os grandes profissionais de sa de v o dar aulas em outras cidades e n o frequentam os congressos na cidade Em 2006 cerca de 600 profissionais foram a S o Paulo mas n o frequentaram o congresso do Rio Falta qualidade aos congressos locais Soma se a isso a derrocada das universidades p blicas e seus hospitais e tem se um quadro onde a produ o cient fica diminuiu Hoje se produz pouco e no setor privado n o se produz muito N o se faz muita coisa no hospital do fund o e nem na Uerj que produz algo mas n o muito a Unirio produz mas na rea da Aids a UFF produz pouco O programa de doutorado em cardiologia que existia no estado terminou Na vis o de uma parcela dos entrevistados o problema n o se restringe capital E percebida tamb m no interior A sa de tamb m um problema quando se vai para o interior Cada prefeitura administra essa rea de forma completamente diferente em alguns casos de maneira estruturada e em outros abandonada Hospitais em estado lastim vel Praticamente n o existe uma rede p blica eficiente Na percep o de grande parte dos entrevistados falta vontade pol tica para resolver a quest o da sa de p blica do Rio de Janeiro O diagn stico feito pelos entrevistados indica a falta de articula o entre as diversas esferas do governo federal estadual e municipal uma vincula o or ament
25. reconstruir equipar dotar de pessoal em quantidade e condi es t cnicas suficientes os postos de sa de e hospitais levar a s rio o SUS 3 1 4 Transportes melhorar a qualidade e reduzir o seu custo 3 1 4 1 Melhorar e reduzir o custo do transporte de massa indica es colhidas de 13 entrevistados apontam para investimentos em infra estrutura e expans o do transporte de massa a racionaliza o e melhoria do sistema com ganhos de qualidade e efici ncia Um entrevistado destacou a import ncia do Rio reconquistar a posi o de hub importante no transporte a reo O Rio Tem Mais investimentos em transporte p blico de massa 4 cita es Investimento maci o em meios de transportes coletivos com nfase no metr nos trens de superf cie e no transporte hidrovi rio 2 cita es Expans o do metr 2 cita es A transforma o dos trens da Supervia em metr de superf cie Melhoria nos sistemas de transporte e no seu barateamento Impor um m nimo de ordem em rela o ao caos no transporte Resolver a quest o das vans Definir metas para um sistema de transporte mais eficiente Melhorar o tr nsito Transporte p blico de massa metr s bom uso da Ba a da Guanabara disciplinamento do transporte coletivo Um plano s rio e eficaz para a diminui o de linhas de nibus e nfase no transporte solid rio Controle r gido na aplica o das leis de tr nsito junto a uma campanha educ
26. ria inadequada e o mau uso dos recursos O sistema p blico foi feito para n o dar certo b Macroplan 4 LE TOS O que se v que os hospitais federais n o falam com os estaduais e com os municipais e nem uns com os outros J os institutos n o querem entrar nesse grande SUS Desse modo a sa de p blica n o vai dar certo e n o vejo ningu m politicamente com vontade para mudar isso A sa de tamb m piorou bastante nos ltimos anos em virtude de sucessivos equ vocos dos governantes que n o investem sequer o limite m nimo definido por lei O servi o prestado pelo SUS para as classes mais pobres muito ruim id ia de se implementar a Regi o Metropolitana porque n o adianta ampliar um leito na lagoa se esse atrai mais dez pacientes da baixada A vincula o or ament ria e o mau uso dos recursos pelos prefeitos que adoram comprar ambul ncias para transferir pacientes aumentam o problema Os problemas s o comuns entre as cidades da baixada e a capital Se n o tiver uma entidade centralizadora ser como enxugar gelo 1 1 4 Transporte de Passageiros Na dimens o social alguns entrevistados lembraram a quest o do sistema de transporte de passageiros Alguns acreditam que h bons meios de transporte como o do metr com os nibus Os meios de transportes funcionam bem Muito bom o metr e a integra o As linhas ferrovi rias est o melhorando Entretanto a grande maioria co
27. s tanto o ensino p blico quanto o privado A forma o de profissionais bem qualificados a grande voca o do Rio O Rio tem a melhor comunidade de Ci ncias Sociais do pa s as melhores escolas de Ci ncias Sociais e Economia Apresenta tamb m o maior ndice de alfabetiza o e a maior porcentagem de leitores de jornais Tem um sistema educacional bom como o ENEM tem mostrado O sistema educacional est em decad ncia A escola p blica est em escombros Pedro Il em particular um fiapo do que foi Outro fator seria a capacidade de atra o que o Rio ainda exerce sobre pessoas de relevo no que diz respeito produ o cient fica art stica e cultural O Rio Tem A terceira potencialidade forte que eu vejo a ind stria de conte do e o Rio tem tudo pra se destacar nisso S o Paulo sempre foi a capital da pessoa jur dica e o Rio sempre foi a capital da pessoa f sica As pessoas mais interessantes sempre vieram pra c Foi o caso dos mineiros desde Drummond passando pelo Fernando Sabino o Otto Lara Resende o H lio Pellegrino o Simonsen o Niemeyer os baianos Caetano Jo o Gilberto Gil as pessoas mais interessantes e engra adas do Brasil inteiro v m pra c isso tem um valor O Projac um dos respons veis por isso A maior potencialidade do Rio eu diria 99 a produ o de c rebros os melhores cientistas artistas economistas e assim por diante s o do Rio O sal rio do Rio co
28. s natural h potencial energ tico para hidrel tricas de pequeno e m dio porte Na rea de energia tem uma frente boa V m novas empresas para c Para mim a principal a energia O grande desafio produzir sem sujar o meio ambiente Aqui existe o centro de pesquisas da Petrobras da Eletrobr s e outros que poderiam alavancar as pesquisas com energia solar e lica hidrog nio mar s geot rmica e demais Futuro 2 Macroplan 1 E T s 1 3 4 3 Outras Ind strias Em seguida ao petr leo em termos de import ncia mas tamb m como atividade atrelada a essa cadeia produtiva foi identificada a retomada recente da ind stria naval Portanto o Brasil tem que buscar nichos espec ficos Hoje h a ind stria naval Ainda somos competitivos porque h mais demanda que oferta A ind stria naval que sempre foi um importante segmento agora est sendo revivida No governo Lula houve a determina o de que as plataformas fossem constru das aqui Na ind stria naval que vive um processo de revitaliza o O setor naval vem mostrando resultados pelas oportunidades recentes de constru o de plataformas Tamb m houve uma reviravolta no setor naval que tem gerado empregos por meio de novos contratos muitos deles atrelados Petrobras E um setor importante Esses setores poderiam ser mais bem desenvolvidos com mais esfor o Mas possui um lado negativo os impactos para o meio ambiente que exige
29. vel A quest o fiscal como um todo um grande problema sobretudo o ICMS Na vol pia de pegar o ICMS foram criadas duas leis inconstitucionais no Rio A Lei Noel e a Lei Valentim A Lei Noel completamente inconstitucional ela consiste em cobrar 19 de ICMS na extra o do petr leo o que um absurdo Esse valor maior que o royalty A extra o do petr leo n o um neg cio n o existe uma venda O royalty real de 10 Isso quebra qualquer ind stria Isso torna o setor invi vel especialmente quando se fala em empresas privadas J a lei Valentim a cobran a do ICMS sobre a importa o de equipamentos offshore Esta lei est em vigor desde julho de 2004 ou 2005 N o conseguimos derrub la fomos ao Repetro mas n o conseguimos para derrubar qualquer decis o preciso 2 3 dos votos estaduais E uma situa o insustent vel z Outra barreira a alta carga tribut ria Al m dos impostos federais tem os estaduais e municipais Um dos maiores entraves a burocracia e a falta de pol ticas claras para novos investidores O que precisa para isso vontade pol tica Fazer o que a Calif rnia fez A Calif rnia era o 12 estado no PIB dos Estados Unidos e hoje o 2 maior PIB do mundo Para isso a tributa o da Calif rnia foi reduzida a um n vel baixo Basta isso Ali s a pr pria estrutura do sistema tribut rio brasileiro foi criticada considerada inadequada e onerosa produ o
30. Advogado Escrit rio de Advocacia Bermudes Economista e Presidente do Instituto Pereira Passos Membro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Vice diretor da Faculdade de Tecnologia de Resende FAT UERJ Arquiteto e Respons vel pelo projeto Favela Bairro Presidente da C mara Americana de Com rcio Jornalista Globo News e CBN M dica e Professora da UFF Jogador de V lei Campe o Ol mpico Atriz Jornalista e Diretora de Teatro e TV Ator Diretor Escritor e Artista Pl stico Campe o Ol mpico de latismo e Idealizador do Projeto Grael Fundador e Superintendente da REBIA Rede Brasileira de Informa o Ambiental e Editor do Portal do Jornal e da Revista do Meio Ambiente Jogadora de V lei Campe o Ol mpica Soci logo e Fundador do Projeto gua Doce L der Comunit rio da Rocinha Jornalista O Rio tem Futuro 249 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan 2 IETS Anexo 3 Question rio da Pesquisa de Opini o 1 Na sua percep o como est o Rio de Janeiro hoje em rela o aos seguintes aspectos Muito BOM Ruim Muito N o sei ou n o tenho Bom Ruim condi es de opinar Pol tico Integra o dos tr s n veis de governo Atua o dos pol ticos Compet ncia e idoneidade dos governantes Onun np 0O n un op 0O nonn np Onn np aonn npn Di logo entre governo e sociedade Econ mico O Crescimento econ mico Gera o de empregos e de oportunidades de
31. Atra o corajosa de empresas para absorver a massa de jovens que est se formando nas universidades Facilita o das atividades de micro pequenas e m dias empresas simplificando a legisla o e diminuindo taxas e impostos apoio micro e pequena empresa o estado uma refer ncia em servi os e nos esportes Com o Pan Americano existem importantes oportunidades a serem conquistadas Na rea econ mica priorizar medidas de natureza administrativa pol tica ou at mesmo se necess rio legal capazes de estimular o crescimento e fortalecimento da pequena e m dia empresa apostando na gera o de emprego e renda Desenvolver uma pol tica tribut ria inteligente uma pol tica que permita a atra o de empresas O Rio um estado que s cria dificuldades atra o do investimento s tributa Criar incentivos fiscais para revitaliza o de reas como S o Paulo fez em rela o ao entorno da Esta o da Luz Planejamento de canais de desenvolvimento cria o de empregos incentivo instala o no estado de empresas procura de novos focos de desenvolvimento potencias Criar condi es de trazer e absorver novos investimentos Futuro 2 Macroplan LE TOS Ajuste da m quina administrativa cria o de um estatuto favor vel ao investimento privado em infra estrutura educa o e sa de Uma revis o e melhoria das pol ticas fiscal e tribut ria para torn la mais amig vel aos neg c
32. Por m nada disso significa que os pr ximos anos estar o garantidos como aparece ressaltado As press es de outros estados como S o Paulo para a atra o dos investimentos no setor servi os continuar o e no setor industrial o fortalecimento da China poder trazer consequ ncias n o previstas e impactos negativos n o apenas para o pa s mas tamb m para o Rio Eu n o sou t o pessimista assim porque o Rio tem vantagens grandes Sepetiba por exemplo uma rea plana de grande calado um porto natural de exporta o de produtos sider rgicos Mas a press o de S o Paulo para atrair servi os do Rio vai continuar e ficar pior com a influ ncia da China cada vez mais forte sobre o setor industrial Essa din mica deve persistir e pode ser muito perversa para o Rio indiretamente 2 1 2 Business as usual mais do mesmo Uma outra forma de conceber o futuro de continuidade na linha da perman ncia do j conhecido ou mais do mesmo Assim para 16 entrevistados o futuro de m dio e longo prazos do Rio de Janeiro n o reserva grandes surpresas Ao contr rio tende a acentuar os tra os que j se encontram estabelecidos Ou seja O Rio Tem no entender dessas pessoas durante os pr ximos anos n o haver o grandes transforma es nem para melhor nem para muito pior No entanto como a avalia o predominante do momento atual negativa o mais do mesmo implica em certos casos na manuten
33. Rio um desastre Ningu m capaz de inspirar uma transforma o A classe pol tica a pior poss vel um contra exemplo Base pol tica de p ssima qualidade uma prefeitura que deixa a cidade suja reflexo do restante das a es necess rias A falta de seriedade dos nossos pol ticos faz com que os servi os prestados na rea de educa o sa de e seguran a sejam de baixa qualidade H um processo de desorganiza o de falta de projetos falta de consenso a pol tica tem contribu do muito para isso com lideran as antag nicas cada um anulando o feito do outro que saiu causando a descontinuidade e o desperd cio de tempo e dinheiro Acontece que aqui no Rio n o apenas sofremos com o problema de que os novos governantes destroem tudo o que seus antecessores fizeram como existem governantes capazes de destruir tudo aquilo que eles mesmos fizeram Os governantes fluminenses n o olham para o Rio e muitas vezes ignoram os seus interesses H sempre um interesse maior por tr s das a es de nossos representantes que usam a pol tica estadual como trampolim Em rela o economia nosso estado vem h anos resistindo a maus governos gra as principalmente ind stria de petr leo e recente retomada de investimentos na ind stria naval No entanto para 17 entrevistados a falta de boas lideran as n o se restringe a classe pol tica envolvendo tamb m os demais segmentos da sociedade fluminense
34. Rio Morei 15 anos l e cada vez que eu volto me parece um pouco pior N o tenho ilus es sobre o Rio O Rio que fez o Brasil morreu Meu sentimento de frustra o O Rio tem um potencial enorme mas com muito desperd cio Trago um sentimento de pesar Praticamente tudo o que visto no Rio por pessoas que nele residem h d cadas desespero Naufr gio A cidade maravilhosa est se acabando O Rio de Janeiro timo Eu adoro o Rio Mas ele n o est bem A nica coisa que est bem no Rio de Janeiro a geografia O Rio est decadente Vivemos uma situa o ca tica e que vai ficar muito pior Eu j tive orgulho de ser carioca a gente nunca precisou ser bairrista cheg vamos a outros estados e as pessoas j sabiam que ramos bem humorados e irreverentes Hoje tenho um pouco de vergonha de ser carioca Um cora o partido de um carioca de Copacabana que nasceu e foi criado no Rio que viu tudo isso acontecer e que a cada d cada vivida sempre acreditava em um amor maior em uma paix o mais intensa e que viveu v rias decep es frustra es trai es um sentimento de falta de lealdade do poder p blico com a sociedade fluminense H tamb m quem ancore seus sentimentos negativos na explicita o dos motivos que conduzem a tais julgamentos Assim a decad ncia pode ser associada a uma paralisia ou irresponsabilidade de toda uma gera o de pessoas que deixaram a situa o chegar a es
35. a infra estrutura do estado como um todo Se n o tivermos Sistema Vi rio n o temos como escoar a produ o A infra estrutura deixa a desejar como exemplo o porto do Rio de Janeiro as condi es das estradas que tirando as concedidas est o em p ssimo estado A situa o j esteve pior por m a condi o da maioria dos portos estradas e ferrovias ainda prec ria Os setores econ micos especialmente o industrial s o prejudicados pela defici ncia da infra estrutura fluminense Como entraves al m da pr pria corrup o considero gargalos a aus ncia de uma rede urbana estadual mais equilibrada e de mais um porto no norte fluminense a prec ria log stica dos portos em opera o no centro do Rio e em Sepetiba a precariedade das nossas estradas de ferro e a falta de integra o ferrovi ria com outras regi es Do ponto de vista da log stica o porto do Rio vem cedendo primazia de cargas para o de Sepetiba Com exce o da via Dutra suas liga es vi rias com o resto do pa s s o prec rias e falta lhe um rodo anel que permita acesso r pido do norte do estado para o sul e vice versa A situa o dos portos mereceu aten o especial O porto de Sepetiba considerado estrategicamente importante at pela proximidade de S o Paulo que enfrenta a crise de satura o do porto de Santos Os investimentos necess rios para o seu pleno funcionamento n o s o grandes embora estejam demorando a sair
36. acessibilidade outro ponto importante fica caro contratar algu m que mora longe do local de trabalho O custo do transporte no Rio alto Em Resende quando tem um buraco na rua eu vou prefeitura reclamo e vejo a solu o acontecer Fico agoniado quando venho para o Rio e vejo as paredes humanas no metr e nibus A baderna que o transporte alternativo Em Resende o meu transporte a bicicleta levo e busco meu filho na escola vou ao trabalho etc 1 1 5 Outros Servi os P blicos Alguns outros servi os p blicos infra estruturais como eletricidade comunica es saneamento b sico foram citados como quest es cr ticas a serem equacionadas na dimens o social A infra estrutura n o existe A solu o dos problemas de infra estrutura condi o necess ria para a cidadania permitindo que todos tenham acesso a servi os b sicos como a eletricidade comunica es transportes urbanos e saneamento A falta de infra estrutura sentida por toda a popula o Hoje existem pontos positivos no que tange a saneamento b sico que seria a constru o de emiss rios submarinos Futuro 2 Macroplan A gua que se bebe n o tem qualidade As condi es de saneamento s o degradantes sobretudo na Baixada Fluminense e em S o Gon alo a Ba a de Guanabara n o consegue ser despolu da 1 2 A Situa o da organiza o e gest o territorial e urbana 1 2 1 Uma vis o geral predom nio
37. ambiental e dos seus aparatos legal e institucional Criar uma pol cia ambiental Refor ar a vigil ncia do patrim nio ambiental Reforma administrativa na rea ambiental que eu conhe o melhor bastante necess rio n o necessariamente extinguir rg os mas mudar procedimentos internos que est o esclerosados Modificar a legisla o florestal Uma gest o inteligente da CEDAE 3 5 Prioridades no campo pol tico institucional 3 5 1 Combater a corrup o e ampliar a transpar ncia da administra o p blica De todos os temas abordados no campo pol tico institucional este o que foi destacado como priorit rio pelo maior n mero de entrevistados Os entrevistados mencionaram o enfrentamento da O Rio Tem Futuro 2 E corrup o como a principal prioridade e que envolve todos os poderes p blicos Para os pr ximos 4 anos e pensando numa agenda que envolva tamb m o Minist rio P blico e o judici rio o mais importante fazer o governo deixar de ser corruptor Hoje h uma rela o prom scua entre o executivo o legislativo e o judici rio para garantir a corrup o E preciso quebrar o c rculo vicioso da promiscuidade Precisamos de uma mudan a no plano moral e tico uma opera o m os limpas Isso fundamental Precisamos de algo que d esperan a para a popula o H um desencanto com raz o preciso reverter isso A coisa mais urgente no plano moral Cadeia para os que malv
38. beleza natural apelo tur stico cordialidade ainda tradi o no bom sentido Vantagens e potenciais a atitude carioca simp tica despretensiosa democr tica bonito integrado natureza criativa Mas a informalidade caracter stica do povo fluminense e carioca acaba afetando negativamente o progresso do estado Observa se uma aus ncia de reflex o e autocr tica diante dos in meros problemas econ micos sociais ambientais A popula o parece estar acomodada e n o encara os problemas de frente Futuro 2 Macroplan LE TOS a mentalidade de quem tem que levar vantagem em tudo N o vejo quem planeje n o vejo mudan a quem lute contra o passado para acertar o futuro E claro que o contexto pol tico tem culpa nisso mas n o s O esp rito do brasileiro de levar vantagem em tudo est muito mais presente no Rio Esta a terra da economia informal dos sem carteira do gato da NET da esculhamba o N o tem lei n o tem regra Eu moro na Barra no meu condom nio pode at ter vaga mas sempre tem gente com carro parado na cal ada uma cultura da desordem da bagun a Isso tem a ver n o necessariamente com a pobreza O Piau mais pobre mas menos violento Aqui uma zona O problema a cultura da desordem O carioca tem prazer em n o seguir as regras em mostrar que mais esperto do que algu m que est dentro da ordem Falta de valores falta de respeito com a educa o o
39. com que ele segurava a arma e a naturalidade como as pessoas olhavam como se fosse uma cena banal corriqueira n o h como n o ficar impressionado Isso prova a aus ncia total do Estado no Rio de Janeiro Prova tamb m como a sociedade j se acostumou com a viol ncia E uma realidade muito amarga que choca a qualquer pessoa de fora que vem ao Rio Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Incorporamos rotina o que n o deveria ser considerado normal tiro na favela pol cia corrupta poder do traficante Por terem se tornado normais essas coisas n o mudam A sensa o de inseguran a crescente Conhe o v rias pessoas de alto n vel profissional que ainda moram no Rio mas que est o loucas para sair por falta de seguran a ou por falta de boas perspectivas de trabalho Um gargalo a imagem de ser cidade violenta n o a viol ncia em si mas a imagem de cidade violenta impressionante que as pessoas consigam viver em uma cidade na qual s o acordadas no meio da noite com rajadas de metralhadoras nas proximidades Isso um absurdo mas as pessoas acabam se acostumando vivem naturalmente convivem com isso Que eu saiba essa banaliza o da viol ncia n o existe em nenhum outro lugar do mundo Outra problem tica s ria a quest o da viol ncia N s fomos aprendendo a conviver com a viol ncia como um fator natural Isso vem provocando um processo preocupante de tentativa de exclus o do problema par
40. da Silva Pereira Nunes Humberto Portugal Karl Jack London Jacob Kligerman Joacir Pedro Jo o Carlos Alexim Jonny Klemperer Jorge Hil rio Gouveia Vieira Jorge Rezende Jos Carlos Rezende Jos Luiz Alqueres Jos Modesto Arouca Jos Murilo de Carvalho Jos Paulo Silveira Jos Wilson Rios Barbosa Julio Bueno Julita Lemgruber Jurandir Freire Costa Lars Grael Lauro Jardim Leila Anuncia o Leonardo Boff Leonardo Ciuffo Faver Leonel Kaz Lenora Mendes L cia Ara jo L cia Hippolito O Rio Tem Futuro 12 D E Produtor e diretor de r dio e tv ator criador de espet culos jornalista e escritor Presidente da Representa o Regional da Firjan Sul Fluminense Diretor de Porto Marina Bracuhy Angra dos Reis Diretor de Rela es Externas Conselho Esp rita do Estado do Rio de Janeiro Armaz m Digital Empres rio Secret rio Municipal de Sa de do Rio de Janeiro Diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Ind stria do Petr leo do Estado do Rio de Janeiro Ex Diretor da OIT no Brasil Soci logo e Consultor em Rela es de Trabalho Emprego e Forma o Profissional Diretor Presidente da K TEC Empreendimentos e Participa es Ltda e Coordenador de Projetos Especiais do Movimento Petr polis Tecn polis Advogado Secretario Municipal de Desenvolvimento Econ mico de Duque de Caxias M dico e Ex Diretor do Centro Previdenci rio de Niter i Presidente da Light Engenhe
41. da avalia o negativa do processo de ocupa o territorial As vis es dos entrevistados em torno do tema convergem para uma avalia o muito negativa do processo de ocupa o territorial no Rio de Janeiro Express es como degrada o caos urbano deteriora o e crescimento desordenado est o presentes com frequ ncia nas express es daqueles que abordaram o tema A principal imagem ruim que o Rio passa a da desorganiza o que se materializa no caos urbano Isso gera um imenso preju zo fazendo com que as empresas saiam daqui Um exemplo o bairro do Jacar que est virando um cemit rio de galp es Minha percep o sobre o Rio de Janeiro hoje de uma metr pole em decad ncia Sendo uma cidade com onze milh es de habitantes a RM uma s cidade e como tal deve ser considerada constitui se em um patrim nio s cio cultural econ mico pol tico important ssimo No entanto suas estruturas urban sticas est o em processo acelerado de deteriora o A quest o do ordenamento urbano chave no Rio e na minha percep o um dos principais problemas Contrastes s cio econ micos agravam a percep o dos problemas Quantos anos de diferen a no desenvolvimento poder aquisitivo oportunidades por exemplo existe entre S o Conrado e a Rocinha E preciso trabalhar esta diferen a temos que diminuir este abismo Somos muito diferentes dentro do estado O n vel de degrada o atingiu a natureza o
42. de jovens que s o formados no nosso estado e que est o indo embora para outros lugares por falta de perspectiva Futuro 2 Macroplan A falta de perspectiva profissional faz com que as pessoas qualificadas saiam A Light uma empresa de energia precisou contratar gente de fora porque os bons n o est o mais aqui O Rio n o consegue evoluir por que o mercado real caro O Rio produz os c rebros mas exporta H v rios exemplos Presidente da Renault Citibank Bank of Am rica Ind stria de avia o do Texas que criou o software de milhagens t m brasileiros trabalhando e em sua maioria s o cariocas A maior migra o de m dio para cima em educa o do Rio de Janeiro Corremos o risco de virar meio que o Uruguai no sentido que a gente produz quantidade de pessoas com grande capacidade t cnica e depois n o oferecemos as oportunidades de trabalho que estas pessoas precisam Temos claramente um descompasso entre as oportunidades educacionais que as pessoas t m e as oportunidades de trabalho que as pessoas t m para utilizar esta educa o Reunindo as diversas percep es sobre o perfil do capital humano do Rio de Janeiro pode se notar que o empreendedorismo e a capacidade de lideran a n o se encontram entre os tra os predominantes da cultura local que nesse caso funciona como obst culo ao crescimento O Rio est dif cil Decadente n o tem lideran as pol ticas agregadoras T o pouco grandes empreen
43. de museus de arquivos de constru es a diversidade religiosa o p lo multicultural tur stico a Globo sendo aqui etc fazem do Rio de Janeiro a cidade mais internacional do Brasil Esse lado faz do Rio uma cidade maravilhosa A parte cultural vem melhorando Temos a Lapa que re ne diversas tribos o O Rio Tem projeto do Rio antigo e outras a es que provam a voca o tur stica e cultural do Rio de Janeiro O Rio sempre foi e sempre ser foco principal da m sica letra A influ ncia da cidade na rea das artes ainda permanece Pe as e shows lan ados no Rio atingem repercuss o nacional Nosso Rio de Janeiro ainda o cora o do Brasil intelectualmente falando A express o cultural da periferia tem se tornado cada vez mais forte apesar de ainda serem iniciativas isoladas As formas populares de express o foram lembradas como a cultura das massas e a grande revolu o cultural popular Hoje em dia jovens da classe m dia saem da Zona Sul para frequentarem bailes e festas populares nas periferias A vitalidade criativa da periferia pois a elite acabou O Rio perdeu express o na arte e na cultura Mas a dissemina o das formas populares grafiteiros baile funk hip hop daspu gera uma cultura de massa que uma coisa boa Antes a cultura popular era apenas a do imigrante Ou seja a revolu o que vem do Rio a da emerg ncia de uma cultura popular brasileira que vem das periferias urbanas O Rio te
44. de parlamentares e vereadores e c mara e assembl ia mais limpas do lixo que s o hoje Respeito s lideran as comunit rias leg timas e incorpora o delas na gest o de pol ticas p blicas Sem corrup o pol tica policial judici ria empresarial Que tiv ssemos uma gest o p blica eficaz e transparente que n o houvesse corrup o Macroplan Gostaria de ver o corpo do estado ocupado por pessoas decentes A honestidade deveria ser um pressuposto n o uma qualidade Com um Plano Diretor transformado em lei e que seja cumprido para o conjunto da popula o H tamb m em menor propor o o registro do anseio em torno da amplia o da participa o popular no que concerne elabora o dos or amentos e tomada de decis es sobre temas que afetem ao coletivo Or amentos estadual e municipal abertos transparentes e participativos Maior participa o popular nas decis es que afetam o destino de todos n s A real efic cia dos servi os p blicos e dos programas sociais que s o destinados popula o mais uma vez ganha peso no contorno do futuro sonhado fortalecendo ainda mais os desejos que foram registrados no mbito social N o se trata de fazer novas coisas mas fazer o que deve ser feito Gostaria de viver num estado onde os servi os p blicos funcionassem bem Eu gostaria de ver os programas sociais funcionando ao longo dos governos Quando muda o governo cada um quer colocar
45. dia trabalhando sabendo que em quarenta e cinco minutos ao fim do dia estar de volta ao Rio Junto a isso bons programas culturais como m sica bal teatro museus al m do sempre cantado carnaval E tamb m Futuro 2 Macroplan 1 E T s um centro de moda tropical e de com rcio de j ias e outras atra es brasileiras Tem que investir no turismo gay no turismo ecol gico o estado do Rio um playground gigante de eco turismo e n o se aproveita disso A nossa cultura guarda uma forte e n tida influ ncia das ra zes populares das quais est impregnada Mas algu m consegue enxergar nossos recepcionistas hoteleiros estimulando argentinos franceses americanos etc vidos por sol e samba a experimentarem o corredor cultural Um dos grandes patrim nios foi identificado como sendo a marca Rio que segundo um entrevistado n o devidamente valorizada Nosso maior ativo o que paradoxalmente temos dado menos valor a imagem e marca de cidade maravilhosa e porta natural do turismo no Brasil Em especial Copacabana um nome marca mundial O potencial tur stico insuper vel aliando o mundo cosmopolita com a simplicidade e a descontra o caracter sticas da cidade e de seu povo Para um dos entrevistados as maravilhas naturais ainda encontram suporte em uma condi o adequada apesar de alguns problemas A verdadeira voca o do estado do Rio de Janeiro est na rea do
46. dif cil Como carioca me sinto o treinador de um grande jogador que Z n o est jogando nada E um grande potencial mas n o Futuro b Macroplan 4 LE TOS acontece Tenho o sentimento triste de que provavelmente vou deixar para meus filhos um Rio pior do que o que recebi dos meus pais Tenho um sentimento de fracasso absoluto O que est bem muito dif cil de dizer A gente s consegue identificar as coisas ruins hoje lamentavelmente Meu sentimento em rela o ao Rio de preocupa o No momento atual de caos com a n o presen a do Estado em todas as suas fun es n o consigo enxergar um futuro razo vel Tenho s rias d vidas se n o chegaremos a uma guerra civil Hoje o Estado est numa situa o terminal e tem a pior classe pol tica do Brasil O caso do Rio de Janeiro de um problema de estado civilizat rio nos aproximamos de uma barb rie Esse n o s um problema particular fluminense mas aqui ele se apresenta como o mais agudo do pa s Sob qualquer lado que se olhe d vontade de chorar O Rio de Janeiro um doente em estado terminal Pode sair do estado de coma mas n o vamos pegar leve Tenho 2 filhos cariocas e uma verdadeira paix o pelo Rio O Rio uma boa causa Mas n o posso deixar de reconhecer que o Rio est mal H uma trag dia aqui Aqui uma zona O Rio j foi mais bonito mas ainda a cidade mais bonita do mundo E eu n o sei onde vai parar esse caos H 20
47. dos governos Regulariza o fundi ria acompanhada de um plano habitacional que um dos caminhos para se resolver o problema das favelas e de garantirmos moradia digna para os cariocas Deter o processo de faveliza o da cidade 2 cita es Controle total a fim de evitar a expans o das favelas Erradica o das favelas poss veis e constru o de moradias dignas para essa popula o Urbaniza o e servi os p blicos nas comunidades carentes Poder amos ter um projeto piloto de constru o de um bairro no lugar da favela do Jacar uma vez que esta favela estanque n o emenda nas outras Construir amos pr dios de 4 andares no lugar das casas de baixa qualidade Na favela do Alem o e da Rocinha mais complicado Esta ltima principalmente pois uma favela de classe m dia Resolver problema da faveliza o atrav s da combina o de um programa de transporte urbano e habita o popular 3 2 2 Retomar o planejamento e controle urbanos com ousadia inova es e vis o de longo prazo Prioridade igualmente relevante a gest o pr ativa e intensiva da ocupa o urbana vista como importante e urgente para 16 entrevistados A retomada do planejamento urbano da vis o de longo prazo e a busca de inova es ganham destaque nesta agenda Melhorar a qualidade do espa o urbano iniciando projeto de 50 anos de renova o urbana lastreada numa institucionalidade renovada p blico privado que con
48. enfeia a cidade e partes do estado com potencial tur stico como Angra dos Reis inutiliza a Ba a de Guanabara como palco de esportes e turismo fora o mal que faz qualidade de vida e ao pr prio meio ambiente A devasta o do Vale do Para ba e a degrada o da Regi o Serrana s o preocupantes O Rio Tem O petr leo gera crescimento econ mico Mas acho que os benef cios da extra o do Petr leo no estado do Rio de Janeiro s o muito pequenos perto do benef cio que esta extra o gera para a Uni o Afinal os riscos ambientais s o todos nossos Aqui na regi o sofremos com os mesmos problemas As causas s o as mesmas embora os efeitos apare am em uma dimens o menor em fun o das oportunidades que a regi o oferece em n vel de turismo e de petr leo Tenho certeza de que se B zios fosse localizada na Europa ter amos uma regi o altamente cuidada e privilegiada n o haveria faveliza o falta de estrutura falta de servi o de sa de de saneamento b sico As defici ncias na gest o ambiental em especial no que se refere s responsabilidades do poder p blico tamb m contribuem para a exclus o social pois acabam afetando a parcela mais pobre da popula o A aus ncia da atua o do poder p blico acarreta p ssimas condi es de saneamento em algumas regi es que provocam um ciclo vicioso de pobreza e degrada o o ambiente degradado concentra indiv duos sem possibilidade de habita o e com fal
49. es na primeira solicitou se aos respondentes que avaliassem v rios fatores associados a 3 dimens es b sicas pol tica econ mica social e cultural a partir de uma escala de 4 pontos onde estes foram estimulados a informar o grau de sua avalia o positiva ou negativa indo do Muito bom ao Muito ruim na segunda os respondentes foram estimulados a indicar em uma lista de 11 elementos os principais pontos positivos do estado do Rio de Janeiro cada pessoa p de escolher at 3 fatores na terceira solicitou se que os respondentes indicassem em uma lista de 20 elementos os principais problemas enfrentados pelo estado do Rio de Janeiro no momento atual cada pessoa p de escolher at 3 fatores No que consiste primeira quest o a principal evid ncia a que se chega de que em qualquer dimens o considerada seja ela econ mica pol tica ou social e cultural a avalia o do desempenho geral do estado do Rio de Janeiro predominantemente negativa Entretanto sobre o contexto pol tico que pesam as maiores cr ticas em nenhum caso a avalia o negativa somat rio das posi es ruim muito ruim esteve abaixo de 95 Ou seja para a quase totalidade dos respondentes a integra o com os tr s n veis de governo o di logo entre governo e sociedade a atua o dos Macroplan eg LE TS pol ticos e a compet ncia e idoneidade dos governantes passa longe de ser satisfat ria especialment
50. escravistas percebe se claramente que pol ticas regionais de resgate das d vidas sociais na rea da educa o t m sido torpedeadas e inviabilizadas especialmente por serem entendidas por setores poderosos da sociedade e de vis o curta como gastos excessivos com os pobres decorrendo da maior exclus o social imobilidade social forma o extremamente prec ria da m o de obra baixa qualifica o profissional e grande atra o por caminhos alternativos e marginais para ascender social e economicamente com riscos extremos para a vida pessoal e social Mesmo as pequenas fra es sociais de estudantes que chegam ao n vel superior defrontam se com s rios problemas de verbas escassas ou insuficientes nas universidades p blicas talvez especialmente na universidade estadual com baixo est mulo para alunos e professores se desenvolverem profissional e academicamente Na rea de educa o tamb m h muito que melhorar A boa id ia da escola em tempo integral idealizada pelo Darcy Ribeiro n o foi bem executada e por isso n o foi levada adiante A grande quest o que o aspecto f sico se sobrep s ao humano Concentraram todos os esfor os na infra estrutura f sica das escolas e os aspectos ligados valoriza o do professor e qualidade do ensino foram deixadas de lado Por n o estar bem a educa o ainda influencia diretamente a manuten o dos atuais indicadores de viol ncia e criminalidade os l deres do t
51. especial que o retire do campo da contraven o e reconhe a seu papel nas estrat gias de sobreviv ncia dos mais pobres preciso abrir facilitar os caminhos de integra o regula o do mundo informal E impressionante a gente fala disso desde que eu me entendo at hoje uma dificuldade passar z z do informal ao formal Ainda n o neg cio visto ainda O Rio Tem como problema A din mica da informalidade demais e mistura tudo valores regras padr es A quest o da inclus o do informal para o formal tamb m chave Acho que tem a ver com a gest o de longo prazo com as mudan as na federa o e a reforma pol tica No estado do Rio em particular e tamb m no Brasil inteiro mas h alguns estados que vivem muito menos esse problema h a crise da pol tica esse descompasso entre o mundo da pol tica e o da sociedade As pessoas se v em mais bem representadas no sul do pa s O Rio uma das cidades mais criativas e empreendedoras que j vi E preciso resolver o problema da informalidade para valorizar o potencial empreendedor deixar de ser amador Combater o com rcio paralelo Ele mata o verdadeiro Complementarmente destacaram se a inclus o digital e a agiliza o do licenciamento ambiental como fatores contributivos da competitividade do estado A inclus o digital tamb m absolutamente estrat gica Pa ses emergentes est o dando passos largos em capacita o no uso das tecn
52. falsa nostalgia do passado o Rio n o mais a Corte n o mais o centro financeiro e pol tico do pa s E sim uma cidade extraordin ria capital de um estado que tem tudo para ser um p lo de desenvolvimento n o s tur stico como tamb m industrial comercial e cultural Sendo destaque nacional e internacionalmente em fatos favor veis e irradiadores de um sentimento de lideran a positiva O Rio pode e deve assumir se como p lo gerador de id ias e de atitude mundial Finalmente o sonho tamb m projeta o car ter id lico da cidade do Rio de Janeiro na conflu ncia de tudo o que define o seu capital social as redes flu das de rela es e trocas que d o capital contornos singulares O Rio Tem Futuro Plena de locais de encontros e trocas com o car ter de sua popula o fortalecido uma metr pole tropical nica Que a cidade voltasse a ser a capital da piada e da boa conversa o Com a plena utiliza o do capital social da cidade 2 2 6 Seguran a a grande converg ncia em busca de respostas Genericamente falando a redu o da viol ncia e da criminalidade ocupa parte significativa da proje o do futuro desejado Reflexo da situa o limite a que se chegou hoje as proje es e desejos de grande parcela dos entrevistados esbarra com maior ou menor nfase neste terreno Um Rio de paz um estado que n o tivesse uma m dia de dezessete pessoas assassinadas por dia Que a popula o p
53. iniciativa de foco em mercado e em consumidor H um foco exagerado na produ o e na busca de subs dios prote es reservas de mercado e todos os artif cios da antiga economia N o h um vi s para a competi o N o h empreendedorismo N o ambiente atraente para bons neg cios Outro entrave cultural ao desenvolvimento de acordo com um dos relatos adv m da antiga concentra o dos rg os p blicos das tr s esferas executiva legislativa e judici ria Ela trouxe como resultante uma alta concentra o de servidores p blicos e aposentados do servi o p blico que persistiu e de certa forma agravou se ap s a mudan a da capital A consegi ncia foi preval ncia de uma mentalidade estatizante e burocr tica com reflexo na avers o ao risco e iniciativa pr pria e pioneira O principal problema do Rio de Janeiro o de n o ter assumido de forma integral o seu novo destino ou seja ainda pensar o futuro como capital da Rep blica sede da burocracia e campo de divers o dos playboys nacionais e internacionais N o como capital do estado do Rio de Janeiro o maior produtor de petr leo do Brasil dono de uma das mais ricas biodiversidades do planeta de uma topografia e belezas naturais que encantam o mundo do melhor porto de guas profundo do pa s O desenvolvimento dessa cultura foi creditado por alguns abund ncia de recursos naturais que teria gerado uma sociedade menos ativa mais carente d
54. o Rio de Janeiro mais de 120 pessoas expuseram suas impress es e sentimentos em diversos momentos quando estavam refletindo ou explicando a situa o vigente quando pensavam no futuro ou ainda quando instigadas a responder pergunta como voc expressaria o seu sentimento em rela o ao Rio de Janeiro A t tulo de an lise procuramos diferenciar os sentimentos relativos ao aqui e agora que espelham as representa es as interpreta es da situa o vivida instantaneamente daqueles que est o voltados para o futuro Do mesmo modo procuramos separar os que se recobrem de um tom mais positivo ou otimista daqueles que tendem a se situar em um p lo mais negativo ou pessimista Naturalmente esta uma separa o artificial uma vez que para os atores entrevistados elas se colocam dentro de um cont nuo explicativo ilustrado pela resposta a todas as demais quest es e aos processos reflexivos que s o elaborados Assim a fala de um mesmo ator muitas vezes transita entre esses diferentes sinalizadores variando os seus referentes De qualquer modo ainda que limitadamente este artefato til por permitir a compara o de grandes agregados de opini es s quais de outro modo permaneceriam particularizadas e incompar veis 2 3 1 Amor e esperan a positividade e otimismo que resistem as investidas contextuais A despeito de uma avalia o predominantemente negativa do momento atual que se volta para a descri
55. o de cada um Mas aqui tem uma quest o cultural tamb m a culpa n o s da pol cia que aceita a corrup o mas tamb m daquele que paga ao policial Quarta causa o atual sistema de seguran a p blica solu o ou problema Mesmo entendendo que as causas da criminalidade e da viol ncia t m ra zes em quest es que pertencem esfera econ mico social e que exigem solu es globais e de longo prazo os entrevistados apontam que diante da gravidade da situa o atual necess ria uma reforma profunda no sistema de seguran a p blica do estado Neste sentido s o feitas cr ticas contundentes Estas cr ticas apontam defici ncias na organiza o e gest o do sistema na qualidade dos recursos humanos e materiais dispon veis nas condi es de trabalho dos policiais e na rela o com a popula o Al m disso mereceu especial destaque o fen meno da corrup o e a rela o deteriorada entre pol tica e seguran a p blica o que faz com que o sistema de seguran a seja percebido pelos entrevistados como parte do problema e n o como solu o O Rio Tem O diagn stico assustador Apenas para dar uma id ia hoje um PM para poder almo ar tem que voltar para o quartel mas isso acarreta problema de deslocamento e de perda de tempo Ent o os restaurantes come am a dar almo o para o PM e ele passa a depender disso Cria se um ambiente de coniv ncia de permissividade Al m disso as for as policiais n o
56. o de uma situa o de deteriora o particularmente quando se considera o campo social No futuro o Rio dever permanecer na situa o atual com preconceitos e diferen as N o vejo uma grande decad ncia mas uma situa o parecida com a que vivemos hoje que n o boa mas que tem fatores positivos Ir se manter por m n o bem visto Podendo ser melhor mas n o ser N o muito longe do que j estamos vivenciando por isso precisamos que sejam feitas mudan as urgentes Continuando com a tend ncia atual pode melhorar um pouco mas nada que d um salto muito grande Com os mesmos problemas atuais sociais e de seguran a agravado na regi o metropolitana Ao contr rio dos otimistas estes atores acreditam que ainda n o se chegou ao fundo do po o e que portanto ainda h espa o para as coisas piorarem especialmente no que diz respeito ao recrudescimento da viol ncia e da desigualdade Igualmente a sensa o de paralisia tamb m evocada para definir o que se pode esperar de um continu smo sem rumo Eu n o acho que em vinte anos possa haver grandes melhoras Ainda n o chegamos ao fundo do po o e muitas coisas ruins ainda podem acontecer Acho que o Rio est andando de lado como se diz no mercado financeiro N o est nem caindo nem nada mas enquanto isso o mundo est andando pra frente Claro que estamos avan ando mas t mido estamos fazendo mais do mesmo Eu acho que a ten
57. o popular No futuro que desejo para o Rio e perfeitamente plaus vel nos pr ximos 20 30 anos as favelas bairros e cidades ser o bem urbanizadas e limpos com o Estado presente em todos os lugares com bons servi os p blicos Programas de interven o territorial integrada em favelas com projetos intersetoriais de urbaniza o sa de seguran a cultura transporte recrea o educa o e saneamento elaborados com plena participa o da comunidade organizada Em segundo lugar e de forma complementar a descri o das idealiza es no campo habitacional concentra se na urbaniza o e melhoria das favelas ou ainda na sua elimina o como op o de resid ncia seja porque estas s o espelhos de uma situa o de perman ncia da pobreza e mis ria as quais se deseja ver erradicada seja por serem insustent veis do ponto de vista ecol gico Com favelas em melhores condi es Futuro 2 Macroplan Com favelas contidas e urbanizadas Favelas urbanizadas Com favelas urbanizadas servindo at de pontos tur sticos As favelas da Zona Sul est o localizadas nos melhores pontos da cidade O cen rio desejado seria o de urbaniza o das favelas e de integra o do contingente populacional que ainda vive margem da sociedade e dos seus benef cios Gostaria de ver um Rio sem favelas Erradica o negociada de favelas insustent veis 2 2 3 Meio ambiente organiza o territorial uso e ocupa o dos
58. os especificamente na rea de turismo A import ncia dessa atividade para a economia do estado percebida pelos entrevistados como t o grande este foi o tema dentre todos os demais o que mereceu o maior n mero de coment rios e avalia es A grande potencialidade est na voca o tur stica do estado O turismo ainda reserva enormes oportunidades de crescimento para grandes e pequenos investidores e para a popula o economicamente ativa do estado E uma atividade que movimenta muitos segmentos da economia O Rio tem uma voca o incr vel para o turismo Essa uma ind stria de m o de obra intensiva que gera emprego e gera renda Por um lado exige que se tenha uma pol tica preservacionista forte praias limpas seguran a etc Por outro lado n o exige reciprocidade Se vier um turista Finland s para c n o somos obrigados a mandar ningu m conhecer a Finl ndia Quando eu falo de turismo estou falando em turismo nas suas diversas vertentes de neg cios cultural etc Falar em Rio de Janeiro e n o falar em turismo uma aberra o Considerado por muitos a ind stria do futuro o turismo apontado como base da economia de diversas regi es do mundo A segunda potencialidade do Rio o turismo que a grande ind stria do mundo hoje A economia francesa a espanhola a economia de Nova York todas elas vivem do turismo O Rio tem um potencial forte nisso O Rio j foi mais bonito mas ainda
59. pol tica carioca empobreceu muito Os bons quadros est o desaparecendo 6 cita es O Rio Tem Hoje temos uma dificuldade grande em continuar a ter cargos pol ticos de qualidade A maioria dos vereadores e l deres ignorante no verdadeiro sentido da palavra com baixo n vel cultural e intelectual Quantos deles s o formados em algum curso superior A falta de seriedade dos nossos pol ticos faz com que os servi os prestados na rea de educa o sa de e seguran a sejam de baixa qualidade 1 5 2 Inefic cia inefici ncia deteriora o e obsolesc ncia da gest o p blica Os entrevistados destacaram neste terreno a inefic cia e inefici ncia das institui es p blicas cujas ra zes estariam situadas na ampla deteriora o da m quina p blica especialmente no Executivo estadual 1 5 2 1 Inefic cia e inefici ncia em gest o As principais quest es citadas neste item foram a improvisa o a baixa capacidade de gest o a dispers o de investimentos a descoordena o e a m qualidade do gastos A organiza o pol tica catastr fica existe uma incapacidade da esfera p blica de coordenar a es e de focar prioridades Um grande obst culo a gest o p blica que hoje feita de maneira perversa com vis o de curto prazo Quando se pensa no longo prazo taxado de sonhador Ningu m leva a s rio o PPA As atividades s o mal planejadas As multinacionais por exemplo fazem diversos estu
60. popula o mais madura daqui a 20 anos viveremos em um estado mais agrad vel Mas n o podemos esperar que as coisas se resolvam por si s s e n o dif cil superar esse momento O Rio pode ser uma s ntese do que seria uma sociedade civilizada e respeitada Basta um pouco de esfor o O que est bem que ainda tem um cora o batendo Falta tudo mas ainda tem alma o fogo ainda n o apagou ainda tem brasa Ainda tem muita gente inteligente aqui mais do que em outros lugares que gosta da cidade Acho que o Rio est andando de lado como se diz no mercado financeiro A 7 Frase utilizada por um entrevistado para exprimir seus sentimentos em rela o ao futuro do Rio de Janeiro Macroplan 1 E T s gente tem que chutar o pau da barraca Chega de mais do mesmo Queremos um outro Rio Temos que recuperar esta inspira o nos homens e mulheres de bem que viveram este Rio e reconstru lo Sen o no futuro nem esta lembran a ser preservada O Rio vale a pena Tenho esperan a mas ainda n o confian a A capital est doente de corpo e de alma Em breve s restar o as belezas naturais se n o forem tamb m destru das A vit ria poss vel talvez esteja em n o abandonar a luta Tudo isso porque como sintetiza um entrevistado o Rio tem tudo para se firmar como grande refer ncia na nova civiliza o global O Rio o tambor de resson ncia do Brasil Vale a pena investir emocionalmente num e
61. pr pria independente A pol cia se retirou das favelas Tome o exemplo do morro do Cantagalo Ficou 2 anos e meio com ocupa o do Estado e durante este per odo foi trang ilo Nos ltimos tempos o Estado come ou a se retirar e os problemas recome aram O Estado n o tem capacidade de ocupar permanentemente todas as favelas h o problema da falta de recursos falta de foco de objetivos A pol tica de seguran a no Rio completamente err tica Houve queda do sal rio da pol cia militar Eles tamb m n o disp em de uma infra estrutura de prote o diferente do ex rcito que tinha as vilas militares para poder abrigar as suas fam lias com seguran a O policial vira ref m Se trabalhar com honestidade sua fam lia ficar vulner vel A transgress o se transformou em desregramento generalizado Forma se uma rede de coniv ncia e corrup o entre o sistema pol tico estadual e a elite econ mica local entre pol cia e o banditismo O desregramento permite a ocupa o das favelas pelo banditismo tir nico e em breve o veremos importar o comportamento terrorista do banditismo paulista Os direitos civis s o violados diariamente nas favelas Hoje em dia o policial n o mais visto como o mocinho e sim como aquele que chantageia corrompe e bota o p na porta O principal entrave tem sido a quest o da seguran a p blica e enquanto houver corrup o generalizada n o se resolver Em n vel menor o
62. problemas com perda na qualidade de vida Engarrafamentos aumento dos tempos de deslocamento e mais carros circulando s o exemplos ilustrativos Grande problema com infind veis engarrafamentos e perda de tempo di rio no tr nsito N o estamos preparados para os problemas que teremos com o tr nsito Tr nsito paralisado Caos colapso no tr nsito perdemos a oportunidade de instalar trilhos onde n o se tem por exemplo instalando uma liga o entre a Barra e a Pra a XV O transporte individual sem controle a receita do caos A aus ncia de conserva o dos espa os p blicos n o passa inc lume na descri o das imagens de pessimismo A continuidade da degrada o das reas urbanas associada aos impactos sobre o meio ambiente igualmente poder contribuir para o incremento da viol ncia e para a perda de investimentos privados reduzindo ainda mais a arrecada o p blica Se continuar do jeito que est o Rio de Janeiro vai estar inacreditavelmente com os espa os p blicos depredados Voc vai ter uma enorme degrada o ambiental da beleza da cidade que incontrol vel E voc vai perder a beleza e isto pode te levar a mais viol ncia mais conflito Se nada for feito no sentido da urbaniza o vamos estar num caos urbano Os investimentos at sairiam da cidade As empresas n o teriam como sobreviver e sem capacidade de arrecada o o estado n o seria sustentado Embora o movimento de d
63. projeto de educa o para a prepara o das pessoas Outra necessidade que se coloca a abertura de escolas que ofere am ensino t cnico com conte dos que possam ir de encontro s voca es locais O perfil do interior de baixo n vel cultural e intelectual Os pol ticos do interior s o semi analfabetos Isso gera um ciclo vicioso E preciso investir em educa o especialmente no ensino fundamental e t cnico A meu ver o principal problema do Rio de Janeiro a educa o da juventude das classes populares Sem estudo os jovens n o conseguem trabalho Sem trabalho precisam ir para o tr fico de drogas e consequentemente para a viol ncia O jovem da comunidade estuda mas n o tem informa o n o tem no o do que vai fazer no futuro Educa o sem informa o continuar analfabeto O col gio j n o faz o mesmo efeito de antes n o produz o sonho de ter uma profiss o Voc pega pessoas hoje com segundo grau que n o sabem escrever direito O Rio precisa de capacita o para o pobre curso de ingl s para o pobre para que ele n o continue como empregado dom stico Alguns entrevistados se detiveram na an lise da import ncia da educa o no seu sentido mais amplo abrangendo os esportes e as artes servindo de instrumento de forma o e consolida o de valores ticos A transforma o tem que passar pela educa o Ela a base de tudo E preciso gerar condi es para que as fam lias se
64. quanto em rela o ao futuro do Rio de Janeiro 1 O Presente do Rio de Janeiro percep es sobre a situa o atual A reflex o sobre o futuro do Rio de Janeiro passa necessariamente pela avalia o da situa o presente A realiza o de um diagn stico que indique o que hoje est bem e inversamente qual s o os grandes problemas ou gargalos serve de base para que se projetem novos cen rios bem como para que se indique quais a es devem ser empreendidas no sentido de transformar o quadro vigente Dessa forma para cumprir com o prop sito de mapear as opini es e interpreta es acerca da realidade atual do Rio de Janeiro os entrevistados foram estimulados a discorrer sobre 3 pontos a percep o sobre o Rio de Janeiro no momento atual considerando diferentes dimens es a indica o do principal problema e a explicita o das grandes potencialidades ou vantagens bem como dos principais gargalos ou entraves As respostas foram agrupadas em 6 grandes dimens es a social envolvendo aspectos relativos seguran a p blica educa o sa de e transportes a territorial e urbana a econ mica a ambiental a dimens o pol tico institucional e a relacionada cultura e comportamento A seguir s o apresentadas as principais contribui es e conclus es segundo estes temas Futuro 2 Macroplan 1 E T s 1 1 A Situa o Social 95 entrevistados contribu ram para montar o mosaico da
65. que aproveitar a estrutura que j existe V rias ONG s poderiam dar uma escala maior ao trabalho que desenvolvem E preciso construir pol ticas p blicas onde os Futuro 2 Macroplan LE TOS tr s atores poder p blico empres rios e terceiro setor planejam juntos executam juntos e monitoram suas a es Outro desafio mudar a vis o do poder p blico Tem que deixar de ser um poder executivo e ser um poder articulador Mudan a na cultura e nas atitudes das elites locais devendo ter estas elites mais iniciativa privada e esperar menos benesses do governo Fazer as elites pol tica intelectuais e profissionais cooperarem mais no plano governamental Criar oportunidades de trabalho por meio do estabelecimento de parcerias com empresas principalmente as pr ximas da pr pria comunidade Est mulo participa o popular Aperfei oar mecanismos participativos o Projeto Grael est sendo implantado em Porto Alegre e percebe se que a cidade est muitos passos frente do Rio com a implanta o do or amento participativo que um avan o enorme na resolu o dos problemas da cidade Com a cria o da Governan a Solid ria Local a cidade foi divida em quinze regi es e o ponto de partida foi parecido com o que estamos fazendo aqui perguntas para serem respondidas por cada regi o Qual o sonho que n s temos para o nosso local O que cada um faz para realizar esse sonho Qual o papel do poder p blic
66. que h no mundo todo o abandono da id ia da coisa p blica onde o indiv duo n o se identifica com o que de uso comum Esse um dos principais obst culos As institui es p blicas n o s o capazes de agir m dio prazo que dir longo prazo Esse um desafio Por exemplo a quest o da Ba a de Guanabara que central no Grande Rio A despolui o um projeto de longo prazo Muitas oportunidades j foram perdidas e os recursos n o foram aplicados Evidentemente h um problema de gest o de ser capaz de ter um planejamento de longo prazo e que envolve v rios atores S o seis ou sete munic pios em torno da Estados que n o se falam se disputam entre si e com o governo do estado A falta de consenso entre as lideran as da sociedade fluminense tamb m impactam no desenvolvimento de planos de longo prazo 2 cita es O segundo maior problema a completa aus ncia de consenso sobre o que fazer seja entre as lideran as seja na sociedade No campo da pol tica o Rio parece muito com a Argentina se debate muito mas n o se concorda em nada Talvez o nico consenso que exista que preciso fazer algo para deter essa trajet ria de decad ncia Um entrevistado ressaltou os aspectos relevantes que n o poderiam deixar de ser contemplados por um plano de longo prazo do estado do Rio de Janeiro 1 cita o Falta uma estrat gia abrangente coordenada com o Estado do Rio que inclua a aspectos sociai
67. renda excludentes socialmente frouxas eticamente significando assim elites que oferecem refer ncias extremamente negativas a todo o corpo social onde corrup o e desobedi ncia s regras e dispositivos legais acabam refletindo se de cima para baixo em todos os n veis com um esfacelamento do tecido social e da sociedade civil como um todo A corrup o apontada como uma caracter stica tanto do governo como da sociedade brasileira vista como cultural end mica e ainda agravada no estado do Rio de Janeiro A corrup o est disseminada e tudo s uma quest o de negociar o pre o de cada um A pol tica antiquada de embuste e corrup o interesses privados persiste h d cadas A consolida o da sociedade maneira que resolve tudo com o jeitinho burlando leis encontrando padrinhos n o recorrendo ao Estado por descr dito e por n o querer se sujeitar lei A sociedade civil e as autoridades desenvolveram um pacto de ruptura com a legalidade com o planejamento com o respeito a tudo o que p blico que tem sido considerado de ningu m O Rio Tem Os entrevistados ressaltaram os impactos negativos da corrup o na sociedade fluminense como a desordem a queda de investimentos nos servi os p blicos e a ado o de uma imagem negativa para o estado 7 cita es O principal problema da corrup o end mica que assola n o s a administra o p blica mas tamb m a sociedade como
68. renova o resgate da governabilidade maior presen a no panorama nacional comprometimento das lideran as moralidade e transpar ncia na aplica o de recursos atua o respaldada em programas de governo ao inv s de apoiadas em programas de partidos estes muito mais vol teis desburocratiza o do estado e vis o de longo prazo Lideran a pol tica reconstru da a n vel nacional Rio com atua o pol tica forte no Estado Nacional Um estado que tenha ampla proje o pol tica em mbito nacional Eu gostaria de ver o Rio de Janeiro com lideran as mais atuantes e comprometidas mais felizes nas suas escolhas em termos de prioridade Reinven o do Governo para que o Estado volte a ser forte Com governabilidade e sustentabilidade Mais programas de governos e menos programas pol ticos partid rios Governantes que tenham uma vis o futurista dignos do Rio de Janeiro Ambiente est vel atraindo os investimentos com a desburocratiza o das atividades governamentais No bojo do resgate da tica na arena pol tico institucional desponta o clamor pela puni o aos crimes de parlamentares e pelo fim da corrup o Honestidade integridade moralidade devem ser atributos de partida pressupostos de quem ocupa cargos p blicos e n o elementos de diferencial Proibi o de assistencialismo clientelista por parte de pol ticos com seus centrinhos sociais e ambul ncias da ilus o Investiga o dos crimes
69. sendo bem aproveitada o PAN n o se est conseguindo criar uma unanimidade m nima que fortale a o desenvolvimento do projeto E as oportunidades v o passando Falta ao Rio de Janeiro um fator que motive que poderia vir da pol tica que poderia vir da sociedade ou de uma oportunidade bem aproveitada Futuro 2 Macroplan 1 E T s 1 5 5 Corrup o e falta de transpar ncia Este entrevistados A corrup o vista como um dos problemas mais enraizados no Rio de Janeiro 15 cita es tema foi destacado com veem ncia por cerca de 30 No Rio de Janeiro sobretudo na capital tudo mais corrompido do que no resto do pa s dos pol ticos at os policiais Em resumo minha sensa o que hoje em dia o Rio de Janeiro est em um adiantado processo de putrefa o de septicemia no qual a corrup o end mica apenas um dos seus m ltiplos aspectos No Rio 43 da bancada est sendo investigada Esse um problema do Brasil mas que no Rio particularmente agravado Aqui o tipo de corrup o diferente da que se verifica em S o Paulo L se rouba mas tamb m se age No Rio de Janeiro a pol cia faz alian a com o crime Entendemos que o principal problema do Rio o mesmo do Brasil em geral Elites pol ticas e econ micas extremamente insens veis aos interesses gerais da na o que tanto ao n vel privado quanto p blico t m desenvolvido neg cios e pol ticas concentradoras de
70. situa o presente do Rio de Janeiro capital e demais munic pios no que diz respeito s quest es sociais Embora tenha havido men o a alguns aspectos favor veis a percep o geral sobre o assunto negativa e extremamente cr tica 1 1 1 A in seguran a o principal problema Solicitados a analisar a situa o atual do Rio de Janeiro os entrevistados em sua esmagadora maioria n o hesitaram em apontar a viol ncia em suas diversas formas como o principal problema que atinge o estado com repercuss es nas dimens es econ mica e social O principal problema do Rio a viol ncia Considerando todos os tipos de viol ncia a f sica pol tica moral at a diferen a social pode ser considerado um tipo de viol ncia com os cidad os Eu acho que o Rio vai muito mal principalmente por causa da seguran a Ultimamente s se fala disso Est nos jornais na conversa com amigos etc Um monte de gente mudou os h bitos completamente No momento de sair ficam escolhendo onde passar e onde n o passar E uma coisa de doido A viol ncia pode at n o ser o problema mais dif cil de ser resolvido mas certamente o mais vis vel o que mais incomoda no dia a dia O Rio a meton mia do Brasil Tudo passa por aqui para o bem ou para o mal Isso ruim para a auto estima o amor pr prio da cidade e do pa s N o um exagero falar em trag dia social mas h sa da A situa o de hoje resultado de d
71. situa o da economia Cento e trinta e cinco entrevistados expressaram a sua percep o sobre a atual situa o da economia do Rio de Janeiro Igualmente s demais dimens es abordadas o fato de o mbito geogr fico focado estadual ou municipal n o estar explicitado n o h preju zo da an lise 1 3 1 Um processo longo e cont nuo de esvaziamento e degrada o A vis o geral converge em torno da consci ncia de que o Rio de Janeiro sofreu como um todo nos ltimos muitos anos um processo de degrada o da atividade econ mica A mudan a da capital para Bras lia ocorrida em 1960 seguida da fus o entre o ent o Estado da Guanabara e o Rio de Janeiro tida como marco inicial do decl nio Independentes da ordem exposta foram apontadas como causas para esse fen meno a falta de lideran as pol ticas competentes capazes de estabelecer diretrizes voltadas para o desenvolvimento a falta de investimentos pol ticas tribut rias equivocadas e excesso de burocracia A transfer ncia da capital federal para Bras lia a fus o do estado do Rio de Janeiro Guanabara a migra o do setor financeiro para S o Paulo a perda da express o do setor agr cola e sucro alcooleiro a sucess o de governos populistas e a incapacidade de investimento do Governo Estadual resultaram na perda da relev ncia na economia A superexposi o dos nossos governadores que sempre foram potenciais candidatos presid ncia da R
72. tem Futuro 127 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan o O Rio Tem Futuro j gt em 2 Os futuros do Rio de Janeiro a longo prazo expectativas e desejos dos entrevistados 128 O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 129 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 4 LE TOS A reflex o sobre o futuro do Rio de Janeiro envolveu 3 grandes blocos de questionamentos situados em torno das perspectivas de longo e de curto prazos Na perspectiva de longo prazo procurou se captar junto aos entrevistados de um lado as imagens que s o constru das quando se imagina um contexto onde o estado do Rio de Janeiro continuaria reproduzindo as mesmas condi es pol ticas econ micas e sociais experimentadas ao longo dos ltimos anos cen rio de continuidade e de outro lado o cen rio idealizado o Rio de Janeiro no qual cada entrevistado gostaria de ver constitu do cen rio desejado Os entrevistados tiveram total liberdade de discorrer sobre os diferentes aspectos que considerassem relevantes focando mais ou menos um determinado ponto em fun o de seus interesses conhecimentos e rela es Qualquer tentativa de sumarizar um conjunto t o amplo e rico de opini es incide no risco de mutilar e enfraquecer a for a argumentativa a l gica constitutiva do racioc nio e da justifica o No entant
73. tico institucional 107 1 5 1 M qualidade descompromisso e desuni o das lideran as especialmente as pol ticas 107 1 5 2 Inefic cia inefici ncia deteriora o e obsolesc ncia da gest o p blica sinian fardas en sadias ao Serra 111 1 5 3 Descontinuidade administrativa e falta de vis o de longo praz Osian suis asa a a Rio a E Dia da NO denis ae pu cab grand 114 1 5 4 Desarticula o e falta de parceria e coopera o dentro do Estado e com a Sociedade nisi madsrrsiiialci na ingles iraniana de 116 1 5 5 Corrup o e falta de transpar ncia 118 1 6 A situa o da dimens o cultural e comportamental 119 1 6 1 Os valores o comportamento e a identidade do povo carioca uma vis o de conjunto ae 119 1 6 2 A auto estima um sentimento de perda de perspectiva de um amanh melhor sessao 128 1 6 3 Uma riqueza que sobrevive o acervo cultural 124 2 Os futuros do Rio de Janeiro a longo prazo expectativas e desejos dos entrevistados l llliiini sis ereer ss ceeseeeaecanenacenaaenaaa 128 2 1 O futuro sem rupturas as imagens e percep es em torno do cen rio de continuidade eserin e Tira caia E nas a entao aaa na nani 130 2 1 1 Um amanh melhor a vis o positiva do futuro de continuidade ss ias seca nda inata e R RT 131 2 1 2 Business as
74. ticos n o t m coragem de enfrentar de frente a quest o do crescimento das favelas A cidade do s culo XXI mistura favela com classe m dia muito mais f cil resolver o problema quando a favela est na Zona Sul e n o segregada E preciso integrar mais pr ximo e mais f cil Ipanema se preocupa com Pav ozinho S o Conrado com Rocinha A quest o da pobreza e seu corol rio favelas com suas repercuss es sobre o urbano por exemplo um problema da sociedade brasileira relacionada concentra o de riqueza e retumba no Rio pela maior visibilidade que nossa topografia enseja Do ponto de vista social a macrocefalia e a concentra o urbana dela resultante somadas topografia peculiar e falta de transportes eficientes e acess veis criou comunidades de baixa renda inseridas de forma inadequada em locais de dif cil acesso e em habita es de baixa qualidade origem da problem tica de viol ncia drogas e explora o de toda uma popula o pelos comandos de grupos armados fora do controle do poder de pol cia da comunidade N o existe projeto habitacional o que se v s crescimento das favelas O xodo rural que o Rio enfrentou nos ltimos 40 anos tem sido outro grave problema A popula o rural vem para a capital e n o encontra trabalho vem morar nas favelas e em muitos casos engrossa os n meros da viol ncia associado ao tr fico de drogas Futuro 2 Macroplan Problem
75. trabalho e a natureza N o existe vontade de encarar de frente os problemas e compartilhar a responsabilidade de que quem faz o Rio somos n s O cidad o do Rio est sem amor pr prio e n o se compromete com o local Eu mesmo se pudesse se n o dependesse da minha cl nica iria embora Mas tamb m ir embora sempre ser um estrangeiro Outro problema o fato do estado n o ter uma identidade muito clara apesar do tempo decorrido desde a fus o do Rio H uma falta de identidade da popula o Uma evid ncia objetiva da falta de sintonia que o carioca n o se sente como um fluminense Qual o hino do Rio de Janeiro Muita gente n o sabe A causa desta falta de identidade que os atuais fluminenses nasceram no distrito federal cresceram no estado da Guanabara e hoje vivem no Rio de Janeiro Por outro lado o estado n o vive a ilus o de um mundo perfeito Uma outra parcela de entrevistados um pouco menos otimista v o Rio sob outro ngulo e enxerga uma popula o sofrida e descrente onde existe muito ressentimento por tr s da imagem de alegria e bom humor Seja pelas dificuldades econ micas altos ndices de desemprego situa o pol tica ou os reflexos negativos de um grande estado No contexto atual parece que o carioca e o fluminense perderam o orgulho O problema da atualidade a desesperan a as pessoas est o desplugadas em rela o vida Os jovens estudantes por exemplo n o sabem be
76. trocando id ias o que faz do Rio de Janeiro ter uma capacidade ecl tica O Rio propicia essa troca de informa es Mas quando voc pensa em criar produtos voc sai do Rio de Janeiro Esta cultura se converte em uma grande vantagem competitiva para setores de servi os e entretenimento A criatividade um tra o cultural que permite o desenvolvimento desta ind stria O Rio a cidade da celebra o do encontro da festa Esse o nosso maior potencial A cultura une o que a economia separa A cultura do ponto de vista amplo antropol gico de inclus o O samba um exemplo cl ssico disso mas at o Funk une as pessoas Temos momentos simb licos como o r veillon ou o carnaval que re nem mais de 2 milh es de pessoas e nada acontece O Rio um exemplo de confraterniza o A voca o do Rio a voca o do encontro da festa O que estamos vivendo hoje um acidente de percurso No campo cultural a cordialidade do carioca algo que n o pode ser deixada de lado Este um valor muito rico que se converte em importante vantagem competitiva para o Rio Um ponto forte que merece destaque refere se criatividade e a capacidade do carioca de trabalhar em condi es restritas e dif ceis trabalhando em condi es normais o futuro promissor A cultura inclusive considerada como um dos grandes potenciais do estado As potencialidades est o delineadas a voca o cosmopolita cultura vibrante
77. volto cheio de esperan a O Rio ainda o centro cultural do pa s Um bom acontecimento recente foi o renascimento do samba na Lapa O Rio abriga a sede de grandes produtoras e emissoras de r dio televis o e rg os de imprensa O Rio continua sendo o principal desenvolvedor das ind strias de comunica o e entretenimento no Brasil e n s n o sabemos explorar isso As maiores emissoras do Brasil est o no Rio As maiores editoras do Brasil est o no Rio Voc encontra aqui o melhor grupo televisivo do pa s A produ o cinematogr fica fant stica A tradi o de imprensa muito mais forte no Rio do que em qualquer outro lugar e ele foi e continua sendo l der nesse setor O estado atrai continuamente m o de obra necess ria para que isso se mantenha Escritores artistas jornalistas preferem viver no Rio E esse setor sustenta cidades inteiras ao redor do mundo Em Los Angeles de 12 a 15 do PIB da cidade proveniente desse setor Macroplan LE TOS O Projac uma pot ncia consegue produzir com muita qualidade enorme tr s novelas ao mesmo tempo Com certeza somos vanguarda nisso Esse um ponto que ainda n o desapareceu Esta ind stria ainda muito forte no Rio Como vantagens apesar de poucas j temos segmentos empresariais avan ados como a ind stria de udio visual O Rio vai bem na rea cultural principalmente na parte de udio visual Tem a TV Globo e o cinema Nesta rea o Rio tem in
78. 43 1 1 4 Transporte de Passageiros n sn iissessserreraa 46 1 1 5 Outros Servi os P blicos s na 47 1 2 A situa o da organiza o e gest o territorial e urbana 48 1 2 1 Uma vis o geral predom nio da avalia o negativa do processo de ocupa o territorial i 48 1 2 2 O Estado n o exerce seus pap is N o planeja n o regula e n o fornece servi os ienes ce erenenniansa sanada 50 1 2 3 O fen meno das favelas mais uma defici ncia a ser contabilizadas en esna iaa a da a a ee e e ESTE 52 1 3 A situa o da ECONOMIa uaesasmiraneaschazoradanasas ta un teaioraatnsdas pecadan finas ina doa 55 1 3 1 Um processo longo e cont nuo de esvaziamento e d grada O PO RR RN REA RR E ARA RR taidan 55 1 3 2 O contexto atual em um quadro de positividade a retomada do crescimento sn 62 1 3 3 Nem tudo s o flores a percep o negativa predomina sobre a dimens o econ mica uiussqias sa dedasanianidio coringa ES agiass alongar 64 1 3 4 O detalhamento do panorama econ mico as an lises setoriais e tem ticas sus aqaszeieisirs sara SiasspaisavesUnimassspdaiisgro lips desta senai RaasE 70 14 A situa o ambiental aeinn iiis 101 1 4 1 Principais problemas associados ao meio ambiente 101 1 4 2 Meio ambiente como potencial do Rio de Janeiro 105 O Rio Tem Futuro 1 5 A situa o pol
79. 5 mil e noventa e oito pessoas foram mortas pela pol cia carioca enquanto a m dia anual nos EUA de trezentas pessoas e tr s no Reino Unido Em S o Paulo a atua o das Comiss es de Letaldade e dos Grupos Especializados de Repress o a Chacina provocou uma redu o brutal das mortes por policiais no per odo 2004 2005 e constituem boas pr ticas a serem copiadas Estamos vivendo em um mundo de alta tecnologia onde ser assaltado na linha vermelha que s tem seis sa das n o faz o menor sentido Hoje existe uma gama de tecnologias a disposi o que pode ajudar a evitar isso O ex rcito deve ir para a rua Devem se unir esfor os para combater o tr fico H uma criminaliza o indevida da juventude a m dia contribui muito Existe a id ia de que se o jovem n o for salvo eles ser o criminosos Mas no mundo real a maioria n o quer E muito f cil resolver o problema dos jovens eles t m g s demais e o custo pouco Hoje os maiores articuladores s o os jovens Muitos dos melhores programas que desenvolvemos foram criados por jovens A quest o criar oportunidades e tamb m her is referencias e nisso os O Rio Tem Futuro 2 E bandidos est o dando um banho A energia dos jovens serve para os dois lados z fundamental combater o narcotr fico mas tamb m fundamental encontrar oportunidades de ressocializa o daquelas pessoas que n o est o oficialmente entregues ao crime Elas n o foram de
80. A proje o do quadro vigente no cen rio pol tico em dire o ao futuro tamb m n o nada animador A qualidade dos pol ticos posta em causa com consequ ncias na perda de prest gio e de representatividade junto ao governo federal e na atratividade para novos investimentos Um dos elementos lembrados a aus ncia de lideran as agregadoras fen meno identificado como j existente e que tende a se perpetuar afastando o Rio de Janeiro da influ ncia nacional que permaneceria dividida entre S o Paulo e Minas Gerais O descr dito da popula o quanto aos pol ticos se acentuar e o Rio perder prest gio e atratividade Perda ainda maior da representatividade do Rio de Janeiro no contexto federativo podendo ser definitivamente ultrapassado pelo vizinho Esp rito Santo e pelos estados do Sul do pa s com o agravamento de sua crise social e de baixa auto estima Vamos continuar ref ns da pol tica caf com leite N o vejo uma lideran a regional ascendendo ao poder federal Isso repercute na defini o do or amento e das prioridades se o Rio investe no porto de Sepetiba porque do interesse do Brasil N o acredito que vamos ter um presidente da Rep blica nos pr ximos 20 anos com o Rio ocupando um lugar interessante em sua lista de prioridades Futuro 2 Macroplan 2 2 O homem faz sua hist ria as imagens e percep es que definem o futuro desejado Ao contr rio do t pico anterior q
81. AD PUC IME CNPq IMPA INCA Fiocruz A rede p blica e privada de educa o permite manter n cleos de informa o conhecimento e intelig ncia Coppe Fiocruz PUC UFRJ Cetigt FGV que ainda t m uma qualidade muito boa e pode ser decisiva no futuro Est o aqui ilhas de excel ncia na rea de tecnologia como a UFRJ a PUC as empresas de base tecnol gica a Embrapa o Cenpes o Cetem que formam um parque tecnol gico bastante avan ado Mas ainda n o d para comparar com outros p los no exterior nos EUA Cingapura por exemplo O Rio tem voca o para a inova o e possui um parque tecnol gico avan ado com um monte de universidades Em poucos lugares do mundo h tantas e t o boas cabe as pensantes como no Rio de Janeiro Isto precisa e merece ser trabalhado incentivado propagado UFRJ Uerj Fiocruz UFF UFRRJ PUC Candido Mendes Est cio e por a adiante formam um celeiro de c rebros e nada mais relevante do que o conte do em c rebros bem formados para uma na o E no Entretanto esta n o a percep o da maioria dos entrevistados que n o enxergarem tal potencialidade como uma possibilidade de transforma o em um forte vetor de neg cios servi os avan ados e de alta densidade tecnol gica por exemplo Macroplan caso do Rio eles est o a espera de oportunidades para contribu rem para a sociedade Potencialidades maiores que o potencial do setor tur stico O Rio conc
82. Evas o de empresas 113 Carga tribut ria elevada 95 Baixa qualidade e ou falta de integra o dos transportes p blicos Falta de investimentos em infra estrutura C 76 Aglomera o urbana 72 Excesso de economia informal se Deteriora o dos espa os urbanos E 61 Excesso de burocracia g 27 Falta de oportunidades g 26 Baixa qualifica o da for a de trabalho E 19 Fus o entre capital e antigo Estado do 19 Rio ainda n o consolidada Precariedade e deteriora o do sistema s 17 log stico rodovias Outros 12 Pouco acesso ao saneamento 9 2 2 Perspectivas em rela o do futuro do Rio de Janeiro Quando se trata de pensar a conex o do presente com o futuro de m dio e longo prazos do Rio de Janeiro em termos de desenvolvimento econ mico a grande maioria dos opinantes quase 80 acredita que no turismo que o estado encontra o seu maior potencial de desenvolvimento A ind stria do petr leo e g s que agrega investimentos de maior vulto fica um pouco atr s sendo lembrada como potencial fonte de crescimento por quase 60 dos respondentes seguida a certa dist ncia pela ind stria cultural e de entretenimento Essas tr s em conjunto representariam o trip no qual os respondentes apostam que se concentrem as maiores potencialidades a serem exploradas Mais uma vez reas chave para a nova economia tais como setor de servi os avan ados e tecnologia de informa o ficam fora do rol das princ
83. Geralmente no discurso pol tico fala se em interioriza o mas no momento imediato ap s as elei es os candidatos se esquecem das promessas e centram suas aten es no munic pio do Rio Se n o existe cuidado com a capital com a metr pole como v o se preocupar ou cuidar do interior Existe uma s ria desigualdade intra regional O Norte Fluminense muito pobre Se o compararmos Zona Sul da cidade do Rio s o civiliza es distintas Esta heterogeneidade dificulta a vida pol tica do estado O outro tema a aus ncia do poder p blico nas periferias Aus ncia do Estado poder p blico na regulamenta o e na cria o de solu es o fator determinante para que cheg ssemos ao est gio atual de crescimento desordenado Hoje inclusive j h reas com aus ncia total do Estado o que abala at mesmo o conceito de soberania Isso sem falar nas limita es que imp e como a desvaloriza o total de im veis que se localizam em reas conturbadas e a supervaloriza o daqueles localizados em reas que podemos considerar ilhas da fantasia O poder p blico por sua vez n o est nas favelas Diante dessa situa o a maioria das pessoas acha que n o tem jeito que n o vale a pena fazer nada E os poucos que tentam s o dissimulados 1 5 2 2 Deteriora o e obsolesc ncia da gest o p blica especialmente no Governo do Estado A raiz da inefic cia e inefici ncia das institui es p blica
84. Janeiro vai estar mediocremente bem com crescimento razo vel e v o ser encontrados paliativos safenas para os nossos maiores problemas 2 1 3 Um futuro nada promissor o pessimismo dominante Para a maior parte dos entrevistados que se pronunciaram a respeito do cen rio de continuidade ou tendencial 106 pessoas os tempos vindouros n o ser o nada apraz veis Diversas palavras s o utilizadas para exprimir a imagem negativa e as representa es pessimistas que os atores constroem a partir da tend ncia de n o transforma o do contexto vigente Em uma escala que vai do suave pior que hoje e chega at a barb rie absoluta encontramos termos que sintetizam um futuro desesperan oso caos absoluto total urbano muito ruim muito ma progn stico sombrio tr gico um desastre desastre anunciado p ssimo invi vel catastr fico em estado calamitoso ser um Deus nos acuda insuport vel em dire o ao buraco trag dia de vastas propor es futuro condenado o terra sem lei sem luz no fim do t nel E ainda na mesma linha e complementando a descri o do que poderia se tornar a cidade e ou o estado do Rio de Janeiro encontramos os adjetivos e complementos inabit vel ingovern vel corrupta excludente dividida polu da doente favelizada O Rio Tem Futuro 2 E degradada d
85. Mercadante coordena o e edi o final Coordena o de Agendamentos M rcia Franco de S Maria Aparecida Santos e Ros ria Mathias Rezende Projeto opera o e manuten o do Portal www oriotemfuturo com br Fernando Pinho Rodrigo Pinho e Silvana Cunha Ficha Catalogr fica Porto Claudio Urani Andr Coord O Rio tem Futuro Pesquisa qualitativa e de opini o relat rio preliminar de pesquisa Rio de Janeiro IETS MACROPLAN 2006 il preto e branco 30cm 1 Rio de Janeiro 2 Diagn stico 3 Estrat gia 4 Futuro Relat rio de Pesquisa 2 b Macroplan 4 LE TOS Apresenta o com grande satisfa o e sentimento de dever cumprido que estamos disponibilizando o Relat rio Preliminar da Pesquisa O Rio tem Futuro a todos os que vivem no Rio de Janeiro ou com ele possuem v nculos assim como aos que t m responsabilidades p blicas com este estado Esta pesquisa realizada nos meses de agosto setembro e outubro de 2006 mapeou e consolidou as principais percep es expectativas e propostas de atores relevantes da sociedade fluminense a respeito do presente e do futuro do Rio de Janeiro a longo e m dio prazos Ela fruto de uma iniciativa da Macroplan Prospectiva Estrat gia amp Gest o e do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade IETS entidades que sediam suas matrizes no Rio de Janeiro e que re nem conhecimento e compet ncias em pesquisa social estrat gi
86. O Rio Tem lt A E d Pesquisa Qualitativa e de Opini o Relat rio Preliminar Dezembro 2006 O Rio Tem Futuro 1 Pesquisa Qualitativa e de Opini o Relat rio Preliminar Dezembro 2006 O Rio Tem Futuro Coordena o Geral Andr Urani e Claudio Porto Coordena o Executiva Carla Amrein e Juliana Kircher Entrevistadores Adriana Fontes Alexandre Mattos Alexandre Sim es Ana Paula Tepedino Andre Urani Antoine Lous o Antonio Adolpho Pereira Betania Dumoulin Carla Amrein Ceci Almeida Cezar Vasquez Claudio Porto Daniel Guimar es Danilo Menezes Davi Monteiro Denise Uderman Erica Amorin Felipe Salzer Glaucio Neves Gustavo Morsch Isabella Povoa Jos Paulo Silveira Juliana Estrella Juliana Kircher Karla Regnier Leonardo Braga Leonardo Cassol Luiza Soares Manuel Thedim Maritza von D llinger Mauricio Blanco Melissa Abla Monique Ara jo Paulo Cavalcanti Pedro Burlandy Rodrigo Ventura Rosa Lima Sandro Roma Sonia Rocha Valeria Pero Consolida o das entrevistas Antonio Adolpho Pereira Alexandre Sim es Carla Amrein Daniel Guimar es Karla R gnier Leonardo Cassol Leonardo Braga Maritza von Dollinger Sandro Roma Elabora o do Relat rio da Pesquisa Betania Dumoulin Juliana Kircher Leonardo Cassol Magdalena Lyra Paulo Cavalcanti Sandro Roma Reda o final Claudio Porto e Karla R gnier Design e Formata o Gr fica Luiza Raj e M nica
87. O que falta a oferta de seguran a o que justificado pela alega o impr pria de problemas urban sticos de acesso Segunda causa o crescimento da faveliza o A aus ncia de solu o para a quest o habitacional e a consequente toler ncia e permissividade do Estado com o fen meno da faveliza o tamb m guardam rela o com a criminalidade e a viol ncia N o posso deixar de salientar neste momento que o maior problema do Rio de Janeiro hoje em minha opini o a viol ncia fruto principalmente de uma omiss o deliberada do Estado por anos e anos que permitiu a forma o das favelas foi conivente com essa estrutura viabilizou a vida no local e por isso n o ceifou pela raiz o problema impedindo que fosse tratado em sua origem O Rio de Janeiro de hoje uma cidade atemorizada pela viol ncia Esta fruto do descaso secular pelos pobres condenados a viverem em mais de 500 favelas controlados Futuro 2 Macroplan 1 E T s pelos traficantes e se sentindo exclu dos dos benef cios daquilo que a cidade pode oferecer A faveliza o e a criminalidade s o grandes problemas preciso resolver o problema das favelas o mais r pido poss vel J existem v rias iniciativas neste sentido N o acho que algo f cil Os problemas do Rio s o as diferen as sociais as condi es habitacionais e a viol ncia Aqui no Rio a quest o habitacional muito s ria O bandido e a mis ria mor
88. Outro entrave ao desenvolvimento do Rio est satura o de suas vias de transporte e distribui o incluindo a a zona portu ria A tend ncia mundial a globaliza o onde os fluxos comerciais s o intensos e o estado do Rio deve estar preparado para investir em infra estrutura portu ria O porto de Santos tem um grande calado n o tem mar mas j est no limite A inexist ncia de portos demora a alavancagem do pa s e temos condi es maravilhosas de litoral para isso Futuro 2 Macroplan 1 E T s O Rio tem vantagens grandes Sepetiba por exemplo uma rea plana de grande calado um porto natural de exporta o de produtos sider rgicos O porto natural de Sepetiba e suas externalidades em termos de atra o de investimentos Thyssen Krupp A log stica um dos ativos mais fortes Neste campo o Rio tem uma oportunidade monumental sobretudo em Sepetiba inclusive por conta da proximidade de S o Paulo O porto de Santos hoje em dia est completamente engargalado com elevados tempos de espera para embarque que pressionam os custos das empresas H poucos dias fui a Santos A fila de caminh es de v rios quil metros todos os dias o tempo m dio de espera de 5 dias Neste cen rio o porto de Sepetiba pode tornar se muito competitivo rapidamente porque as melhorias requeridas s o relativamente pequenas Atualmente o porto do Rio n o competitivo e os investimentos de
89. Se a atividade econ mica vai embora como um domin uma coisa leva outra a infra estrutura empaca as ind strias saem o investimento estanca a pobreza aumenta as atividades culturais se retraem a corrup o cresce e crime organizado enconira seu caldo de cultura Tudo isso agravado por uma desigualdade social hist rica e vergonhosa O desequil brio s cio econ mico gera viol ncia em um sentido amplo e afasta o capital existente e os investimentos poss veis O tratamento que vem sendo dado a quest es como burocracia e tributa o suscitaram muitos coment rios cr ticos no sentido de funcionarem como fator de expuls o da atividade produtiva no estado estranho tamb m que uma cidade como o Rio n o d um passo importante para a desburocratiza o para atrair empresas Abrir e fechar empresas aqui uma complica o e o nosso sistema de impostos n o nada moderno O medo maior a gente virar uma cidade s de turismo e petr leo e ficar uma cidade muito desigual com empregos de baixa qualidade E preciso tornar f cil fazer business no Rio isso ajuda as voca es naturais do estado a virar realidade O grande problema que ocorreu foi a quest o do ICMS sobre os combust veis Muitas empresas foram para S o Paulo por O Rio Tem Futuro 2 E causa disso e agora que elas est o instaladas n o voltam mais Isso foi h uns 6 ou 7 anos atr s A quest o do ICMS gerou um acr scimo no pre o do combust
90. Sepetiba n o est o saindo Apesar de possuir infra estrutura positiva o porto de Sepetiba vital e consolida alguns setores ligados exporta o o Rio n o expressivo em exporta es O Rio precisa de um porto para escoar min rio e os produtos O transporte a reo foi considerado uma tima fonte potencial de receitas gra as atual capacidade ociosa e s boas vias de acesso existentes O Aeroporto do Gale o tamb m um bom ativo log stico est muito ocioso ao contr rio dos aeroportos de S o Paulo e tem timas vias de acesso rodovi rias que foram privatizadas e est o em muito bom estado O Rio pode gerar muita renda com servi os log sticos Muitos lugares no mundo Rotterdam Mil o vivem disso ou quase s disso A cidade sofre pelo fato de o Aeroporto Gale o ter deixado de ser o hub brasileiro para v os internacionais assim como pela reputa o de inseguran a As cr ticas foram quase un nimes em rela o ao complexo de rodovias existentes Um dos grandes gargalos a rede de estradas que muito ruim muito pior do que a de S o Paulo que construiu os an is rodovi rios O Rio Tem Futuro 2 E H um missing link log stico entre a RJ 109 e o anel ferrovi rio de S o Paulo Os gargalos s o as rodovias em p ssimo estado e a infra estrutura abandonada O Rio sofreu um acentuado decl nio da sua infra estrutura urbana e rodovi ria A malha rodovi ria do estado m
91. TI telecomunica es propaganda produ o de conte do Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS cinema cultura centros de pesquisa O Rio o estado que tem a maior rela o PHD por habitante das capitais brasileiras O Rio pode ser a capital da sociedade do conhecimento Mas tem que mexer no modelo de gest o p blica O Rio poderia ser a capital da sociedade do conhecimento As grandes empresas de TI nasceram aqui Esta vantagem um fato que n s t nhamos que resgatar Trabalhar uma mudan a de 20 anos incubadoras desenvolvimento sustent vel globaliza o Imagino um p lo de refer ncia em servi os e tecnologia de ponta Principalmente incentivando a prolifera o de empresas que gerem capital intelectual para o Rio Com centros de pesquisa e desenvolvimento universidades e atividades culturais fortalecidas e espalhadas por todo o estado Rio como uma cidade globalizada com com rcio e servi os voltados para o estado para o Brasil e mundo Um estado com recursos e com grande massa de gente qualificada Tendo como foco um modelo de gest o ecol gica do ambiente com explora o cultural popula o educada e centrada em certos espa os de alta densidade t cnica tais como a inform tica e a biotecnologia que s o reas do futuro Utilizando plenamente a grande massa de pessoas qualificadas e as boas Universidades que ainda temos Esse o meu desejo E o resto s n o atrapalhar Criar grande
92. a o necessita e que est o abandonadas Em termos de potencialidade eu acho que o Rio j foi uma cidade maravilhosa hoje uma cidade feia Voc s diz que Copacabana bonita se estiver olhando o mar n o pra dentro Ipanema hoje vive um processo de copacabaniza o n o existe mais aquela Ipanema do Vin cius do Posto Nove A cidade vive uma situa o de estagna o Sofre com o desemprego viol ncia e falta de perspectiva mesmo para a popula o educada A faveliza o apenas um lado da exclus o social ou seja a face espacial e ambiental da sua decad ncia Algumas frases impressionam por refletir um grande desalento A primeira coisa que a situa o do Rio de Janeiro catastr fica comparando com outros estados brasileiros que est o ocupando o segundo lugar que j pertenceu ao Rio Os portos est o depredados a agenda de turismo n o existe o Estado est falido Na Avenida Brasil inteira por conta da viol ncia o que se tem s o galp es vazios que antes eram ind strias O Rio tem o ICMS mais caro do Brasil N o tem caso de corrup o que n o passe pelo Rio de Janeiro Macroplan N s estamos no pior dos mundos porque estamos envoltos na desesperan a N o se tem um nico movimento para a cria o de empregos Acho triste a situa o do Rio H muita desesperan a N o se tem perspectiva de futuro E um lugar que tem potencialidades um lugar bonito com clima bom
93. a expans o sem limites das favelas por motivos pol tico eleitorais e por populismo interesseiro Como um contraponto a esse quadro problem tico alguns entrevistados enxergam um processo positivo de mudan a pelo qual a imagem das favelas est aos poucos sendo revertida atrav s do trabalho de associa es de car ter profissionalizante e cultural Existem muitos movimentos org nicos de afirma o cultural das comunidades favelas Por exemplo o rap hoje absorvido pelo centro assim como o grafite a moda As organiza es est o se sedimentando Tem uma companhia de teatro s para negros a Cia dos Comuns que est organizando um projeto nacional E tem v rias outras tamb m na rea de dan a o trabalho do Jailson na Mar Essas organiza es n o s o s oficinas para gera o de trabalho e renda o que j positivo mas servem tamb m com instrumento de afirma o da cultura dessas comunidades e na profissionaliza o dessas pessoas Desta forma est sendo criada uma intelectualidade na periferia Hoje esses projetos s o vistos com respeito As defici ncias da pol tica habitacional tamb m empurram as pessoas para as favelas agravando o problema e propiciando a amplia o do fen meno da faveliza o A quest o habitacional no Rio complexa uma vez que envolve a divis o dos mesmos espa os entre popula es com diferen as marcantes de cultura escolaridade n vel de renda e principalmen
94. a gest o e pol ticas p blicas Trata se de uma iniciativa sem fins comerciais custeada por recursos das duas entidades e realizada pelo trabalho volunt rio de suas equipes t cnicas que at o momento j empregou cerca de 1 800 horas de trabalho neste projeto e que materializa o exerc cio da responsabilidade social do IETS e da Macroplan e das pessoas que as integram Estamos certos de que as conclus es desta pesquisa ser o muito teis e agregar o indica es relevantes s agendas e s decis es estrat gicas das principais lideran as do Rio de Janeiro tanto as da rea p blica como as empresariais ou vinculadas ao 3 setor Nesta oportunidade agradecemos a valiosa colabora o das 150 pessoas que contribu ram com seus depoimentos sobre o Rio do presente e do futuro e tamb m ao esfor o dedicado pelas equipes que lideramos na Macroplan e no IETS Este trabalho no entanto est apenas come ando Manteremos ativo o Portal www oriotemfuturo com br para divulgar relat rios e an lises complementares e para colher novas contribui es da sociedade E oportunamente editaremos uma nova vers o desta pesquisa com interpreta es e an lises mais aprofundadas dos temas que integram o seu escopo O Rio Tem Acreditamos que o futuro do Rio de Janeiro nos pr ximos 20 anos pode ser diferente e muito melhor do que aquele que se antecipa como prolongamento da situa o atual e dos 20 anos passados Esta mudan a exigir mu
95. a cidade mais Futuro 2 Macroplan LE TOS bonita do mundo Muitos dos setores que fizeram a riqueza do s culo 20 como o a o hoje n o valem mais nada J o turismo a ind stria do futuro As pessoas est o vivendo mais tempo tem mais tempo para curtir a vida e isso beneficia muito o turismo O segundo ativo estrat gico o turismo incr vel a robustez deste setor Apesar de toda a inseguran a os n meros relativos ao turismo ainda s o impressionantes Se n o me engano o Rio ainda o principal destino tur stico do pa s H 150 km de costas que s o maravilhosas Bem explorado com seguran a e profissionalismo o turismo no Rio pode ser mundialmente competitivo As opini es acerca das belezas naturais s o un nimes seja da capital seja das demais regi es Por m n o s as belezas foram destaque outras caracter sticas de afabilidade do povo e do clima foram muito comentadas O patrim nio natural cart o postal do Brasil O grande potencial econ mico do estado do Rio de Janeiro o turismo Um estado t o pequeno que foi privilegiado com a costa verde a costa do sol a regi o serrana e a pr pria cidade do Rio de Janeiro A visibilidade nacional e internacional decorrente da voca o tur stica da cidade Apesar de tudo de todos os problemas e das lamenta es do carioca o Rio m stico temos o carisma da cultura da paisagem e da natureza A deslumbrante natureza Conhe o muitas c
96. a cria o e absor o de tecnologia At hoje as experi ncias inovadoras no Rio t m um reflexo econ mico no pa s b Macroplan 4 LE TOS Esse aspecto n o percebido ou divulgado pela m dia e as lideran as pol ticas infelizmente n o est o sens veis a isso Geralmente S o Paulo que visto como centro de tudo Pernambuco visto como um excelente centro tecnol gico e como um porto digital Isso t o pujante no Rio que alavancaria de forma brutal a economia fluminense o recebimento de royalties a 4 principal fonte de gera o de riqueza depois de tecnologia e armas Voca o do estado para competitividade o estado tem uma boa infra estrutura f sica e log stica e de informa o e conhecimento que lhes conferem grande potencial competitivo Possu mos grande concentra o de atividades de conte do tecnol gico capacidade de prover servi os especializados A Barra poderia ser um Silicon Valley 1 3 4 7 O Capital Humano Entre os ativos com que o Rio conta para ajudar a promover a retomada do desenvolvimento foi identificado o que diversos entrevistados chamaram capital humano amparado por diversos fatores estruturais e conjunturais O primeiro deles seria um padr o educacional ainda forte apesar das perdas ocorridas nos ltimos anos Um ponto positivo do Rio relativamente ao resto do pa s seu ensino Apesar de n o podermos dizer que seja bom est entre os melhores do pa
97. a densidade e variedade de proposi es levou a desdobramentos que indicam sub temas ou focaliza es estrat gicas mais espec ficas 3 1 Prioridades no campo social 3 1 1 Seguran a A reconquista da seguran a p blica com destaque para o combate ao narcotr fico a es preventivas e uma pol tica inovadora e vigorosa de gest o da seguran a delimitam o campo da prioridade social mais urgente tanto pela quantidade e variedade de proposi es a respeito quase uma centena quanto pela veem ncia com que o tema foi referido na maioria das entrevistas As principais prioridades destacadas pelos entrevistados neste campo s o as seguintes 3 1 1 1 Reconquistar a seguran a p blica A centralidade e a urg ncia da quest o da seguran a para o Rio de Janeiro foi sintetizada com precis o por um dos entrevistados O Rio Tem Futuro 2 Em primeiro lugar preciso atacar decididamente a quest o da seguran a Este o fator cr tico o principal gargalo Se ele n o for resolvido os demais n o o ser o n o haver chance de desenvolvimento sustentado Com efeito esta a percep o de nada menos que 34 entrevistados que de formas muito parecidas destacaram a import ncia e a urg ncia desta quest o que elegeram como a mais priorit ria Melhorar a seguran a p blica combater a viol ncia 32 cita es Uma pol tica de seguran a tipo toler ncia zero 2 cita es Estabelecer e perseguir metas ous
98. a desigualdade um freio ao crescimento Meu sonho que o estado assuma uma posi o de lideran a na diminui o da desigualdade Um estado com um padr o de qualidade de vida mais elevado com maior distribui o de renda Com IDH de pa s desenvolvido Puro wishful thinking Um Rio com mais qualidade de vida para todos Este o Rio ideal Com melhor qualidade de vida para os cariocas Gostaria que a qualidade de vida estivesse recuperada e as potencialidades devidamente aproveitadas O cen rio ideal seria a melhoria dos ndices sociais e econ micos que n o houvesse desemprego Principalmente com baixos ndices de desemprego que acredito seja uma ferramenta preciosa para solucionar nossas mazelas Com oportunidades de empregos para nossos jovens O Rio Tem Com nossos idosos sendo ouvidos e respeitados crucial que a crian a e o adolescente do Rio tenham possibilidades para al m de jogar bola de circo nos sinais da cidade Sem utopia gostaria que a juventude pobre estivesse sendo valorizada Que o Estatuto da Crian a e do Adolescente estivesse sendo cumprido Que o Estado n o deixasse nossos jovens nas m os de traficantes mas cuidasse deles com uma educa o de qualidade e uma oferta de oportunidades para crescimento na cidadania Portanto o cen rio de meu sonho de um Rio com uma juventude sadia cidad e um povo tendo motivos para cantar e sorrir 2 2 2 1 Educa o sa de habita o
99. a dimens o do que est sendo ofertado al m do clich Esse trabalho n o feito nos pa ses em desenvolvimento que n o oferecem al m do portal estruturas pr prias dentro do arranjo do setor na rede hoteleira nas ag ncias de viagens para o desenvolvimento do turismo no interior Para muitos a falta de investimentos no setor de infra estrutura tur stica um obst culo a ser superado Isso fora a degrada o ambiental que pode causar s rios danos ao setor A rede de hot is nas d cadas de 60 e 70 era uma refer ncia em todo o pa s N o havia os hot is novos do Nordeste e de S o Paulo Quando se referia a uma rede falava se no Rio pois era e continua sendo a porta de entrada para o pa s ainda que esteja perdendo espa o para outras capitais O Rio enfrenta problemas nos setores de transporte em especial em aeroportos que continuam sendo 100 de gest o federal sem influ ncia dos governos locais Quando se passa pela Rio S o Paulo parece que ao chegar ao destino chegou se em um outro pa s Na Bahia h um comit de gest o em que o estado est presente h investimentos do governo do estado As barreiras s o a falta de preparo para conduzir esta voca o tur stica de forma profissional Falta de investimentos no setor malha vi ria em p ssimo estado falta de aeroportos falta de postos de sa de para atender ao turista etc Aqui em B zios a iniciativa privada j colocou meio bilh o de d la
100. a do Rio de Janeiro foi o aspecto mais citado nesse item O Grande Rio tem problemas s rios de contamina o do ar polui o que vem em grande parte da capital A prefeitura do Rio mede a contamina o aqui mas isso n o existe nos demais munic pios E portanto muitos n o t m consci ncia do problema de contamina o do ar Isso um dos problemas de n o haver uma gest o integrada da Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro Temos problemas se agravando de polui o do ar em fun o da ocupa o desordenada das cidades com falta de planejamento urbano transporte de massa com grandes deslocamentos em transportes individuais Isto sem contar que o centro da cidade do Rio de Janeiro fica em uma ponta com duas rotas de acesso A polui o do ar n o afeta apenas a regi o onde ela produzida As regi es que ficam abaixo da Serra do Mar recebem toda a polui o das cidades litor neas Atr s da Serra do Mar n o tem problema de contamina o do ar exceto em Volta Redonda As polui es visual e sonora tamb m foram citadas e est o sintetizadas nos seguintes depoimentos O autom vel desfigurou a cidade a especula o imobili ria muito pior do que as favelas cada grande edif cio parece um dedo auto acusat rio dizendo eu sou mais poluidor da paisagem A capital sofre com a polui o sonora o barulho do tr nsito atormenta a vida dos cariocas 1 4 2 Meio ambiente como potencial do Rio de Ja
101. a fam lia 199 3 1 3 3 Priorizar a profissionaliza o e melhoria da gest o da sa de a recupera o de infra estrutura hospitalar 200 3 1 4 Transportes melhorar a qualidade e reduzir o custo do IFANSporte asssaseresisaesssirisserenasissieeaseses acesas a ie adnata vaai 200 3 1 4 1 Melhorar e reduzir o custo do transporte de massa 200 3 2 Prioridades na organiza o e gest o territorial e urbana 201 3 2 1 Enfrentar e reverter o processo de faveliza o 201 3 2 2 Retomar o planejamento e controle urbanos com ousadia inova es e vis o de longo prazo 202 3 2 3 Produzir solu es em habita o ssssso nene 204 O Rio Tem 3 3 Prioridades no campo econ mico 3 3 1 Tornar o Rio de Janeiro muito mais competitivo 3 3 1 1 Recuperar e ampliar a Infra Estrutura 3 3 1 2 Renovar e dinamizar o Ambiente de Neg cios 3 3 1 3 Qualificar a For a de Trabalho 3 3 2 Priorizar turismo cultura esportes e as ind strias de petr leo naval e siderurgia na 3 3 3 Promover o desenvolvimento regional e local 3 3 4 Gerar empregos sussa ii sc adia curguaci den gis Rana tros sdest A des a Araras 3 4 Prioridades no campo ambie
102. a fora do cotidiano das pessoas Refugiamo nos em carros blindados edif cios fechados portarias equipadas com c meras de seguran a condom nios fechados E chocante ver tudo isso A viol ncia redunda no abandono da cidade As pessoas que permanecem nela por falta de op o ou por amor O papel da m dia na cobertura das quest es relacionadas viol ncia tamb m questionado por alguns entrevistados como eventual potencializador da sensa o de inseguran a Tenho muita preocupa o com a explora o da viol ncia na m dia Ela faz o seu papel que discutir e expor esta viol ncia mas com certeza ao expor esta viol ncia e colocar isto nas primeiras p ginas do jornal cria um processo de retroalimenta o dessa viol ncia N o sei se o fato da sede da maior emissora do pa s a Rede Globo ser aqui potencializa isso porque noticia mais os fatos H uma percep o generalizada de inseguran a Hoje tudo gira em torno das celebridades e todos buscam os seus cinco minutos de fama A m dia em alguns casos transforma criminosos em celebridades tamanha a exposi o no notici rio At que ponto isso n o pode influenciar jovens de comunidades carentes que desejam status O Rio Tem Futuro 2 E 1 1 1 1 As causas Para os entrevistados a raiz das causas que produzem a viol ncia e geram o clima de inseguran a que aflige a popula o est na desestrutura o social econ mica e pol tica que o
103. a o pa s O estado ir perdendo relev ncia nacional em compara o com outros estados que v m crescendo r pido e estar muito voltado para lembran as do passado Estar em uma situa o de decad ncia econ mica e social em rela o aos outros estados da Federa o que investiram em seguran a p blica e em infra estrutura O Rio n o ser mais o centro da pol tica e da economia do pa s O centro da economia no s culo XX foi para S o Paulo e continuar l O Rio n o vai perder seus encantos mas se n o forem feitos os investimentos necess rios ficar mais distante das outras cidades do mundo Futuro 2 Macroplan 1 E T s Mantida as atuais condi es de pol tica econ mica e social o estado do Rio tende a se atrasar cada vez mais no tempo e no espa o Consequentemente uma dos resultados deste processo ser mais uma vez a inexor vel fuga de c rebros e das elites n o apenas econ micas mas tamb m intelectuais e outras e o acumulo de problemas decorrentes Se nada mudar estaremos muito mal Se nada for feito o estado ter uma economia degenerada uma fuga de pessoas principalmente das classes mais altas A elite com E mai sculo vai se mandar daqui O que vai acontecer uma massiva sa da de profissionais do Rio de Janeiro para outras partes do Brasil Eu acho que voc vai acabar exacerbando esta dicotomia entre cariocas e fluminenses e vai acabar par
104. a s o fortes em Minas Gerais Tudo isso come ou no Rio de Janeiro hoje com o crescimento da cana de a car em S o Paulo a laranja est perdendo espa o o Rio pode aproveitar essa chance e voltar com a laranja O Rio tem regi es prop cias para a fruticultura Agricultura no Rio n o existe Qual recurso o Rio tem Terra que n o serve para a agricultura mas serve para planta o de madeira A agricultura e a exporta o foram s reas que mais cresceram nacionalmente e nessas o Rio n o expressivo Foi lembrado o papel da agricultura como fator de valoriza o e desenvolvimento para o interior do estado A Agricultura no interior merece um plano que recupere o tempo perdido e recoloque o estado no seu devido lugar Precisamos tamb m de maior valoriza o de nossa agroind stria com aten o especial para o setor de a car e lcool a fim de minimizarmos a migra o para os grandes centros O lcool pode contribuir muito para alavancar o interior do estado O a car e o caf tamb m s o uma voca o Acho que ainda temos potencial para agricultura Alguns citaram como entrave a falta de investimentos especialmente visando moderniza o do setor No Rio nenhuma agricultura vai para frente porque n o tem cultura de investimentos necess rio investimento A Embrapa que a maior desenvolvedora nessa rea est no Rio podemos aproveitar essa oportunidade Um grande entrave da nossa econo
105. acional Aumentar o n mero de v os para o Rio retornar posi o de hub importante 3 2 Prioridades na organiza o e gest o territorial e urbana 3 2 1 Enfrentar e reverter o processo de faveliza o A principal prioridade para os pr ximos 4 anos apontada por 16 entrevistados para o campo da organiza o e gest o urbana tem como foco o ataque ao processo de faveliza o das principais cidades do estado e d destaque a a es combinadas de urbaniza o regulariza o fundi ria remo o e controle para coibir novas ocupa es Pensando nos pr ximos 4 anos o que n o pode deixar de ser feito em primeiro lugar cuidar das favelas remover o que for poss vel e urbanizar o que n o for poss vel remover E importante e urgente controlar a expans o das favelas N o sei qual a solu o Existe a id ia de dar o t tulo de propriedade para os moradores e acredita se que com isso se conseguir convenc los a controlar a expans o porque isso valorizaria o seu patrim nio Esse problema da expans o vis vel Tome o exemplo de Rio das Pedras na Barra est se Futuro 2 Macroplan expandindo e um processo recente que repete os mesmos erros e mazelas anteriores Cuidar do problema da faveliza o Urbanizar as favelas 4 cita es Urbanizar as reas ocupadas e coibir novas ocupa es A urbaniza o das favelas fundamental dar t tulo de propriedade nas favelas Depende
106. ada um Mas aqui tem uma quest o cultural tamb m a culpa n o s da pol cia que aceita a corrup o mas tamb m daquele que paga ao policial 1 6 2 A auto estima um sentimento de perda de perspectiva de um amanh melhor O cidad o est descrente Esta entrevistados O sentimento geral de melhora a curto prazo a percep o expressa por 42 de que n o h uma perspectiva O sentimento do cidad o de que n o haver melhora de que existe um movimento de degenera o permanente gradual e constante de forma que n o se percebe esse movimento acabando por fazer parte da paisagem do estado H a vis o de que vivemos num lugar decadente A descren a de certa forma justific vel devido a uma gest o p blica de m qualidade dos ltimos 20 anos O fluminense e carioca est com a auto estima reduzida Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Uma parcela menor 16 entrevistados est confiante de que com a melhoria da economia e a abertura de novos postos de trabalho a auto estima fluminense tenda a melhorar A auto estima do fluminense tende a melhorar A quest o da evas o de ind strias do estado est melhorando Um fator importante que falta no Rio que apesar da elevada auto estima o carioca espera que o governo transforme a realidade e n o se movimenta para contribuir As micro a es as pequenas revolu es n o acontecem com os cariocas Apesar de toda a auto estima n
107. adas de redu o da criminalidade Com algumas varia es de foco os depoimentos que se seguem complementam as proposi es acima sobretudo chamando aten o de externalidades positivas ou de a es complementares Garantir a seguran a das fronteiras aqu ticas fluminenses O turismo poderia ser alavancado pela redu o da viol ncia Investir em seguran a que gera externalidades importantes O que mais atinge hoje a falta de seguran a e de perspectiva e por isso tamb m se precisam aliar pol ticas de seguran a com investimento no Rio Seguran a N o com a repress o pura e simples Ela necess ria mas mais importante do que isso garantir a presen a do Estado em todos os bols es de pobreza 3 1 1 2 Combater o tr fico de drogas e de armas e o crime organizado O combate decidido ao narcotr fico e ao crime organizado tamb m foram prioridades destacadas pelos entrevistados sendo que um deles prop s a libera o das drogas como via de solu o Combate rigoroso do narcotr fico Conten o do tr fico O combate incessante ao narcotr fico resgatando a seguran a da popula o Macroplan 1 E T s Melhorar na quest o do narcotr fico com auxilio do Governo Federal caso necess rio Vontade pol tica de atacar o narcotr fico mesmo sabendo dos riscos Combater efetivamente o tr fico de drogas armas e muni es Vencer a guerra das drogas da corrup o e das armas Destr
108. ade da rede de saneamento 0 29 13 41 13 70 44 62 37 38 82 00 4 31 100 00 Cobertura e qualidade dos transportes coletivos 0 78 24 68 25 46 43 32 29 66 72 98 1 56 100 00 Acesso aos bens culturais 4 40 45 26 49 66 36 85 12 41 49 27 1 08 100 00 Intensidade da desigualdade social 0 39 1 57 1 97 31 40 65 55 96 95 1 08 100 00 N vel de pobreza 0 20 1 38 1 57 36 84 60 81 97 64 0 79 100 00 Auto estima da popula o 1 18 15 70 16 88 39 35 42 69 82 04 1 08 100 00 Total 0 79 12 42 13 21 34 46 50 65 85 11 1 68 100 00 J quando arg idos sobre os principais pontos positivos do estado do Rio de Janeiro os respondentes indicaram primeiramente e com bastante destaque em rela o aos demais a beleza da cidade seguida com bastante dist ncia pela riqueza de recursos naturais e pr ximo a essa a amabilidade da popula o Chama aten o que nenhum dos fatores mais comumente associados nova economia ou sociedade do conhecimento tais como infra estrutura de inova o e conhecimento capital humano qualificado ou organiza o da sociedade civil foi considerado como estando no rol das qualidades mais relevantes O Rio Tem Futuro E 1 Beleza natural 943 Riqueza de recursos naturais 392 Amabilidade da popula o 379 posi o log stica estrat gica l 270 Integra o de culturas e etnias 239 l Infra estrutra d
109. adual Os entrevistados ressaltaram que o desentrosamento entre as esferas do governo gera impactos negativos para o estado do Rio de Janeiro como a queda de investimentos e preju zos para a popula o fluminense 5 cita es O governo federal n o privilegia o estado como um todo O pr prio mapa da Firjan mostra que o desenvolvimento do Rio vai depender dos governos federal e estadual Muitas empresas privadas est o com os seus investimentos direcionados para o Rio de Janeiro s dependem de um ambiente pol tico favor vel Um dos principais entraves a falta de investimentos federais em virtude do posicionamento pol tico N s somos sempre oposi o Al m dos federais faltam investimentos do governo estadual tamb m Essa falta de investimentos gera pobreza desemprego e inseguran a no nosso estado Temos car ncia de grandes ind strias empresas At mesmo as sedes sociais est o saindo do Rio z O maior problema a promiscuidade das rela es entre executivo legislativo e judici rio Um entrevistado prop e a elabora o de um programa em conjunto para alavancar a prosperidade no estado 1 cita o O Rio Tem Repensados Estado e cidade poder o elaborar um programa de gest o que no tempo nada poder ser feito no curto prazo tal a natureza dos problemas a serem vencidos trar a prosperidade comum N o se trata de um politizado choque de gest o mas de um bem pensado plano conjunto
110. aior de desenvolvimento Temos dois aeroportos um no centro e outro a 15 minutos do centro Vias de comunica o em bom estado em parte definida do espa o geogr fico A infra estrutura pode ser uma vantagem competitiva O estado tem o projeto do Arco Rodovi rio e o Porto de Sepetiba est estrategicamente posicionado O sistema de log stica est bem J para a maioria dos que abordaram esse tema a atual situa o deixa bastante a desejar Nos ltimos 30 anos n o se teve grandes investimentos em infra estrutura N o foram feitos estes investimentos e o estado sofreu A infra estrutura dispon vel n o capaz de gerar emprego e renda sustent veis com reflexos negativos no tecido social do estado O sistema de transporte ineficiente e corrompido O interior com seu alto potencial de desenvolvimento necessita obviamente de investimentos principalmente em infra estrutura Infra estrutura deteriorada Se continuar desse jeito em determinado momento o estado vai come ar a perder investimentos para outros estados por conta da infra estrutura O Rio Tem Alguns identificaram os principais focos de defici ncia no transporte mar timo e terrestre bem como no saneamento p blico e habita o Necessitamos de um porto de Sepetiba melhor de um arco anel vi vel de esgoto sanit rio habita o etc E os principais gargalos incluem estrutura portu ria e ferrovi ria seguran a preciso repensar
111. ais de 1 000 pessoas deram sua contribui o Os principais resultados s o apresentados a seguir 1 Caracteriza o dos respondentes Das pessoas que participaram da pesquisa opinativa observa se a predomin ncia do sexo masculino 2 3 dos respondentes e uma distribui o bastante equilibrada segundo as faixas et rias que cobrem dos 19 aos 60 anos Pessoas com menos de 18 anos e com mais de 61 anos est o sub representadas Distribui o dos respondentes por sexo Distribui o dos respondentes por faixa et ria 61 anos ou mais At 18 anos 7 2 Feminino 34 De 19 a 30 anos 28 De 51 a 60 anos 20 Masculino 66 De 41 a 50 anos 22 De 31 a 40 anos 21 No que diz respeito ao local de resid ncia a quase totalidade dos respondentes composta por pessoas que residem no estado do Rio de Janeiro 91 e mais especificamente em sua capital 67 Ver em anexo O Rio Tem Futuro E 2 E Distribui o dos respondentes por Distribui o dos responsdentes que residem no STALS stado do Rio de Janeiro por municipio de resid ncia Estado do Rio de Ji d d local de resid ncia Outros Niter i Sie 6 SA Fora do estado do Rio de j Janeiro A 9 BRs Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 9 85 2 Principais Resultados 2 1 Avalia o da situa o atual do Rio de Janeiro A avalia o da situa o presente do estado do Rio de Janeiro foi elaborada a partir das respostas a 3 quest
112. alo do corporativismo dos m dicos dos empregados dos policiais dos advogados Est o todos encastelados Dois entrevistados destacam a import ncia de aprender com os que j fizeram o dever de casa Aprender com outros estados do Brasil que fizeram o dever de casa Parece me que o Cear e a Bahia v o bem Minas vai bem botou uma equipe boa no comando as coisas come aram a funcionar 2 Macroplan J existem muitas solu es sociais preciso portanto fazer uma etnografia das iniciativas testadas e premiadas nos diferentes campos um levantamento de informa o Trazer isso para os gestores p blicos para integrar essas experi ncias e dar lhes escala E preciso olhar o que est sendo feito no resto do Brasil Caruaru em Pernambuco por exemplo se capacitou para o turismo n o por suas institui es mas sim pelas pessoas Saneamento financeiro e responsabilidade fiscal pr valer foram destacados por dois entrevistados como temas priorit rios da agenda de gest o p blica Saneamento financeiro do Estado a exemplo do que Minas Gerais fez nos ltimos quatro anos Responsabilidade fiscal pra valer Mesmo embora arrecade 40 da renda o Estado brasileiro n o tem capacidade de investimento Os respons veis pelo governo do estado do Rio elevaram a capacidade de custeio E necess rio levar o custeio ao menor poss vel Desenvolver capacidades de execu o e dar solu es para a remun
113. am ao lado da sua casa diferente de outras cidades onde a periferia longe Ningu m quer sair da favela na Zona Sul e morar em Santa Cruz A integra o que ao mesmo tempo uma caracter stica extraordin ria do Rio tamb m o seu principal defeito O xodo rural que o Rio enfrentou nos ltimos 40 anos tem sido outro grave problema A popula o rural vem para a capital e n o encontra trabalho vem morar nas favelas e em muitos casos engrossa os n meros da viol ncia associado ao tr fico de drogas Expans o sem limites das favelas por motivos pol tico eleitorais e por populismo interesseiro A quest o da seguran a preocupante mas n o um problema exclusivo da Regi o Metropolitana No interior do estado tamb m ocorrem invas es e processos de faveliza o E j est ocorrendo a interioriza o da viol ncia Em Maca por exemplo a favela est fora de controle e a criminalidade est crescendo junto Terceira causa se sai o Estado entra o crime organizado e o narcotr fico A aus ncia do Estado como provedor de servi os aliada a fragilidade das pol ticas p blicas voltadas s popula es carentes criou um v cuo de poder especialmente nas favelas que foi paulatinamente ocupado pelo crime organizado e pelo narcotr fico contribuindo para o aumento da criminalidade Neste sentido a popula o vista pelos entrevistados com prisioneira deste poder que al m disso exerce uma atra o fo
114. an do amanh em contraposi o ao que se observa hoje na desordem urbana e desrespeito geral Isso vale tamb m para as rela es interpessoais e para as rela es intra classes mantendo a toler ncia na conviv ncia Gostaria de ver o Rio civilizado O Rio pode ser uma s ntese do que seria uma sociedade civilizada e respeitada Basta um pouco de esfor o Quero de volta o Rio que n s t nhamos na d cada de 40 e 50 acrescido das boas conquistas do mundo moderno Mas que ao mesmo tempo preserve a grande capacidade de conviv ncia organizada e civilizada entre as v rias camadas sociais da popula o Este um atributo muito positivo do Rio que devemos preservar a facilidade de conviv ncia entre diferentes Se convive assim nas praias nos parques nos espet culos nas empresas at Mas uma conviv ncia ordenada civilizada e que respeite os espa os p blicos as boas posturas Igualmente no campo do comportamento e da subjetividade forte o desejo de que o cidad o do Rio de Janeiro consiga recuperar sua auto estima seja por meio das a es que podiam conduzir melhoria do quadro geral pol tico econ mico e social seja pela constru o de uma nova imagem compartilhada onde a gera o de id ias e atitudes s o t o relevantes quanto aos demais aspectos Um cen rio de a o concertada de recupera o da auto estima Necessidade de cria o de uma nova auto estima e estrat gia com o afastamento da
115. ando Diniz Padre Jairo de Matos Fonseca Paulo Lima Paulo Malafaia Paulo S rgio Moreira da Fonseca Pedro de Lamare Pedro Paulo Rangel Raimundo Bastos Ribeiro Rico de Souza Renato da Rocha Silveira Ricardo Campos Ricardo Lagares Ricardo Paes de Barros O Rio tem Fulturo Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 S cio da Osteria dell Angolo Sociedade Viva Cazuza Diretor T cnico do Sebrae Um dos fundadores dos Bancos Pactual e Garantia Empres rio nas reas de inform tica e telecomunica es Presidente da Funda o de Turismo de Angra dos Reis TurisAngra Arquiteto Respons vel pelos projetos Favela Bairro e de Vig rio Geral Cientista Social Coordenador do N cleo de Pesquisas e Projetos Sociais da Faculdade de Filosofia Santa Dorot ia Nova Friburgo Escritor e Humorista Fundador da Orquestra de Cordas da Grota do Surucucu Niter i Professor e coordenador da p s gradua o em Gest o do Conhecimento e Intelig ncia Empresarial MBKM do Crie Coppe UFRJ Presidente Icatu Hartford Seguros Artista e Propriet ria do Hotel Coxixo Maestrina e Pianista Ju za Federal de Petr polis Presidente da TIM Economista e Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Jornalista Soci logo IDAC Cientista Pol tico Presidente da Fecom rcio do Estado do Rio de Janeiro Par quia Nossa Senhora Auxiliadora Col gio Salesiano Diretor Executivo RITS Rede de Informa o para o T
116. ando somente disso Mas os investimentos s vir o se o estado der condi es O capital internacional s se fixa em um determinado estado e nele encontra atrativos No que diz respeito s pol ticas de financiamento para os projetos locais cabe falar que n o dispomos de um banco com condi es de assumir este papel tal como ocorre em S o Paulo O BDRio deveria ter entrado nisso mas n o assumiu Se ele fosse bem administrado poderia incentivar voca es Futuro 2 Macroplan LE TOS J4 A falta de investimentos atribu da por muitos a uma gest o ineficiente carente de integra o e planejamento sendo que um dos entrevistados acrescentou o fator pol tico j que o Rio vem sempre exercendo um papel de oposi o ao governo federal O principal problema hoje a falta de gest o seguida pela falta de planejamento e investimento Precisamos de um grande plano econ mico Se a economia continua mal se continuarmos este processo de esvaziamento econ mico tudo o mais ser tapa buraco Nosso maior problema a seguran a p blica deficiente e a perda de investimento que isto causa Um dos principais entraves a falta de investimentos federais em virtude do posicionamento pol tico N s sempre somos oposi o Um ciclo vicioso de pobreza foi identificado por alguns entrevistados com a falta de investimentos gerando m s condi es s cio econ micas que por sua vez desestimulam novos investimentos
117. aneiro Vivemos um ciclo muito preocupante Vivemos uma decad ncia econ mica onde as oportunidades s o raras No momento em que combatemos b Macroplan 4 LE TOS o narcotr fico estamos tirando a sobreviv ncia de um jovem e at de uma fam lia que viviam desse neg cio A postura de uma parcela da popula o diante da quest o tamb m mereceu a aten o de alguns entrevistados Como um bom carioca eu tamb m tenho medo da faveliza o do Rio sobretudo em fun o do narcotr fico A cultura vigente entretanto tamb m ajuda a quest o do narcotr fico O cara que muito culto acha que pode tudo que tudo poss vel perdemos alguns valores fundamentais Essa rela o de proximidade m tua gerou uma promiscuidade excessiva Mais adiante se evoluiu para o tr fico de drogas onde de novo se v uma oligarquia ajoelhada que come ou a dizer que o nico projeto de vida da satisfa o pessoal e que a realiza o desse projeto passa pelo consumo de drogas No Rio h uma acentuada e generalizada complac ncia com a transgress o E hist rica Antes se tinha uma complac ncia e indulg ncia com o bicheiro havia uma rela o de proximidade entre eles e a pol cia um financiamento do carnaval O pior de tudo que n o confiamos mais nas nossas institui es Podemos sim confiar em algumas pessoas dentro das institui es mas s A corrup o est disseminada e tudo s uma quest o de negociar o pre
118. anos eu diria que hoje o Rio estaria muito bem e no entanto a qualidade de vida muito ruim N o sei se a gente vai conseguir vencer a guerra civil contra a viol ncia 2 3 2 3 Um futuro desesperan oso d vidas quanto possibilidade de guinada Des nimo pessimismo apreens o e d vidas s o as refer ncias mais evidentes na composi o da imagem do futuro do Rio de Janeiro Estes sentimentos contribuem para que se projete um quadro de desola o e para alguns at mesmo de rompimento da continuidade de identifica o que o carioca mantinha com a sua cidade Des nimo N o vislumbro possibilidades Tudo muito populista Ao desapontamento sucede a desesperan a A cidade est perdendo a alma num corpo doente Meu sentimento de apreens o Do jeito que est e vai indo n o vejo um bom futuro para o Rio Hoje o Rio um carro em alta velocidade rumo ao abismo O Rio Tem N s estamos no pior dos mundos porque estamos envoltos na desesperan a Do jeito que as coisas v o n o sei se o Rio tem futuro N o est garantido que tenha Corre riscos s rios se n o der uma guinada Na verdade o Rio est num c rculo vicioso Tenho medo em rela o ao futuro do Rio N o sou um pessimista nato mas o fato que hoje em dia eu tenho medo O Rio de Janeiro n o possui uma tend ncia de melhoria pelo contr rio Do jeito que est indo o Rio n o tem um bom futuro pela frente N o consigo
119. ansporte criando oportunidades de emprego e sal rio digno para todos E sejam alcan adas condi es de seguran a social que permita o desenvolvimento do turismo e dos servi os que certamente junto com a ind stria de alta tecnologia poder o ser o caminho para um c rculo virtuoso de desenvolvimento e paz social O Rio e sempre ser um estado importante no cen rio pol tico social e econ mico brasileiro No entanto enfrenta hoje um grave problema social fruto da falta de investimentos em uma voca o espec fica e includente Ainda sobre uma perspectiva macro a dimens o regional foi focada Segundo um dos entrevistados existem quatro subconjuntos principais o munic pio do Rio de Janeiro a periferia da cidade o vale do Para ba fluminense e as plan cies costeiras Cada um tem din micas econ micas diferentes e algumas caracter sticas foram ainda mais acentuadas com o petr leo Entre os problemas identificados a pobreza e a falta de integra o s o alguns problemas identific veis entre as regi es e o governo estadual O Norte Fluminense muito pobre Se o compararmos Zona Sul da cidade do Rio s o civiliza es distintas Esta heterogeneidade dificulta a vida pol tica do estado Aus ncia de um plano de integra o das diversas regi es do estado que seja orientado pelas voca es regionais preciso fazer a fus o entre a capital e o resto do estado isso fundamental para melhorarmos E
120. anto a segmentos ou n veis educacionais espec ficos que deveriam ser priorizados A maior nfase dada juventude especialmente das classes populares e ao ensino m dio Educa o Escola de qualidade para nossa juventude das classes populares Atividades culturais esportivas recreativas e de forma o profissionais para jovens de espa os populares H uma quest o cr tica que a da juventude adolesc ncia e jovens que precisa de investimento Isso urgente no curto prazo para chegar l naqueles vinte anos Hoje no estado do Rio cerca de 20 dos jovens na faixa de 15 a 24 anos est o fora da escola sa ram da escola antes de terminar o ensino fundamental antes da oitava s rie Portanto um quinto da juventude no estado do Rio n o tem nenhuma chance de ingressar no mercado de trabalho formal que n o chega nem perto do balc o sem a oitava s rie pois se pede o ensino m dio E preciso ter uma pol tica para essa juventude uma pol tica inteligente N s temos os meios para isso temos as metodologias N o caro H as metodologias de acelera o escolar que s o mais curtas e t m valor mais barato do que ensinar uma crian a pois a crian a leva tempo S o pessoas j crescidas que podem se formar em muito menos tempo Uma pol tica visando a juventude fundamental e soma se com a preocupa o da seguran a pois na juventude que est todo o desafio da informalidade e da inseguran a Mel
121. ariado profissional A primeira coisa que faria era me cercar de gente que saiba quais s o as prioridades nas diversas reas O governador n o tem condi es de saber tudo ele tem que se preocupar com os assuntos mais importantes para isso precisa estar cercado de pessoas competentes Produzir e mostrar realiza es fatos e exemplos positivos A sociedade n o ag enta mais o palavr rio e a conversa mole Ser preciso por em pr tica um modelo de comunica o baseado em fatos em bons exemplos e na transpar ncia A sociedade do Rio facilmente estimul vel Com dois ou tr s bons exemplos ela adere e vai em frente Qualidade compet ncia e foco no interesse p blico s o atributos priorit rios para esse novo padr o de lideran a pol tica Embora eu seja um liberal no nosso caso o Estado essencial E preciso ter um bom Governador um bom prefeito da capital e equipes s rias competentes e honestas Ou seja a constru o de um futuro melhor para o Rio de Janeiro passa necessariamente pela tomada do poder pelas pessoas de bem N o acredito que sejam indispens veis grandes formula es O que essencial um choque de honestidade e gest o N o precisamos de governos geniais O suficiente s o Governos mais ou menos mas que trabalhem que invistam em educa o que recuperem o Estado e o fa am presente em todo o territ rio inclusive nos morros e favelas Uma classe pol tica com P mai
122. as por 7 entrevistados O problema de Japeri Queimados Nova Igua u de fluxo e qualidade da gua Mas a Regi o dos Lagos que possui o maior d ficit h drico O Rio n o tem esses problemas Outro fator preocupante que os lix es ficam sempre perto da gua e na maioria das vezes antes da esta o de tratamento A gua que se bebe n o tem qualidade Toda a regi o do Rio Guandu est favelizada A contamina o do Rio Guandu tamb m um grave problema do estado do Rio de Janeiro H necessidade da constru o de pelo menos dois complexos semelhantes ao do Rio Guandu para atender a necessidade de abastecimento de gua da popula o 1 4 1 3 Desmatamento e enfraquecimento do solo Com rela o a esse tema mencionaram se o desmatamento da mata atl ntica o avan o de ocupa es irregulares sobre reas de preserva o ambiental e o enfraquecimento do solo em reas de cultivo O desmatamento da Mata Atl ntica no estado ao contr rio de S o Paulo e Paran por exemplo vem aumentando As favelas avan am sem controle sobre reas de preserva o ambiental A devasta o do Vale do Para ba e a degrada o da Regi o Serrana s o preocupantes O solo est enfraquecido pelo cultivo do caf e da cana de muitos anos Em seguida a entrada da pecu ria deixou nosso solo sem cobertura O Rio Tem 1 4 1 4 Polui o do ar sonora e visual A polui o do ar especialmente na Regi o Metropolitan
123. as ruas de nibus vans t xi Com corredores de transporte capazes de estimular a descentraliza o das moradias Que toda a malha vi ria estivesse restaurada e bem sinalizada Transporte de todos os tipos facilitando a vida e o trabalho O Rio Tem No desenho dos cen rios h quem chegue a solu es mais radicais como a elimina o dos autom veis como op o de transporte de passageiros Vou citar um cen rio ut pico desejado um Rio de Janeiro sem carros onde pud ssemos nos locomover a p ou usando transporte p blico nibus metr ou bicicletas No tocante s vis es em torno da tem tica da habita o em primeiro lugar emerge o desejo de solu es de moradia que atendam principalmente aos menos favorecidos Essa perspectiva ganha refor o a partir da indica o da necessidade de implanta o de uma pol tica habitacional em associa o com uma pol tica urbana e com a imprescind vel presen a do Estado em todos os rec nditos especialmente por meio da oferta de uma malha de servi os p blicos Sonho com pessoas morando melhor Gostaria que o Rio tivesse as pessoas morando bem em bairros populares com acesso a bons servi os p blicos como educa o e sa de Gostaria de ver a popula o mais pobre alojada de forma decente sendo atendida de forma decente Uma pol tica habitacional e urbana bem definida integrando todos os n veis de governo na sua implementa o Projetos de habita
124. at rio e um acompanhamento detalhado dos investimentos 3 5 2 Fortalecer lideran as pol ticas comprometidas com a tica seriedade e compet ncia Fazer com que as lideran as pol ticas inclusive o governador eleito adotem e pratiquem um novo padr o de desempenho e comportamento marcado pela tica seriedade e compet ncia foi uma prioridade destacada por 12 entrevistados no campo pol tico institucional Os cinco depoimentos reproduzidos a seguir s o endere ados ao governador eleito A primeira revolu o que o novo governador tem que fazer se livrar de certas alian as de certas companhias escolher as pessoas certas para assessor lo e partir para a implanta o de id ias Para mudar preciso coragem vontade pol tica e correr riscos E preciso sair da zona de conforto da acomoda o Hoje minha op o de gest o criar desconforto Em uma analogia com o v lei a gest o p blica no Rio de Janeiro deve se preocupar com tr s pontos fundamentais 1 investimento na base 2 profissionaliza o do sistema com gente bem remunerada e dedicada e 3 planejamento saber aonde se quer chegar e como se deve chegar l Al m disso importante frisar que n s temos que ter a vis o do coletivo N o adianta ser bom individualmente se o time n o ganha o jogo E preciso muitas vezes fazer sacrif cios individuais em prol do coletivo O l der que quiser realizar algo vai ter que incomodar E a meu ver
125. azo buscar a especializa o e a complementaridade com S o Paulo na futura conurba o S o Paulo Rio O bi p lo formado pelas duas regi es metropolitanas paulistana e carioca de alcance nacional e internacional Na escala estadual o Rio que articula a rede igualmente complementar de cidades fluminenses Niter i Petr polis Maca Cabo Frio Campos Resende e Angra dos Reis Por m a maior preocupa o e a que gera maior quantidade de expectativas consiste na recupera o ambiental especialmente da Ba a de Guanabara e tamb m dos rios mananciais e lagoas Trata se igualmente da preserva o das florestas urbanas do desenvolvimento econ mico sendo realizado de forma sustent vel como j foi apontado e assim sendo favorecer a melhoria da qualidade de vida Este diferencial seria inclusive um fator alavancador do incremento do turismo Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS A natureza de volta em todos os morros os mananciais de gua sem polui o a estados Despolu da Com a quest o ambiental resolvida Com o meio ambiente protegido Um estado que tenha seu patrim nio ambiental mais bem cuidado e que fa a com a Ba a de Guanabara aquilo que Londres fez com o Rio Tamisa um amplo e efetivo projeto de despolui o Sonho com a Ba a de Guanabara despolu da Com uma Ba a de Guanabara saneada Que a Ba a de Guanabara estivesse limpa e que o estado nunca mais tivesse governadores que recebessem cente
126. cada de 80 e in cio da d cada de 90 hoje est reduzido a menos de 30 mil O esvaziamento atingiu tamb m ind strias com rcio e at mesmo a rea cultural n o a toa que o carioca Chico Buarque estr ia o show Carioca em S o Paulo passeia com o show por toda parte e s em 2007 estar no Rio de Janeiro Com a sa da das ind strias os servi os tamb m acompanharam Porque voc vai ter uma empresa no Rio se o mercado est em S o Paulo Em rela o aos servi os p blicos as sedes de v rios rg os p blicos antigos ativos oriundos do fato de ter sido capital foram transferidas para Bras lia provocando baixas no n vel de emprego Houve uma desaten o grande em deixar que alguns rg os p blicos fossem para Bras lia como a Aneel a Anatel etc A CVM a Susep o INPI ainda est o aqui mas muitos rg os e empresas se mudaram como o Dnit Isso faz com que o Rio perca n o s empregos diretos de qualidade mas indiretos tamb m Quantas empresas de engenharia n o se foram daqui com a mudan a do Dnit Um dos entrevistados percebe uma rela o entre a ocupa o do setor de servi os no estado de S o Paulo em virtude da redu o do setor industrial no mesmo estado ocasionando uma migra o de importantes segmentos produtivos para l Essa desindustrializa o libera fatores produtivos importantes desde m o de obra qualificada a ativos f sicos e acaba por atrair setores de servi os do R
127. capital em rela o ao interior Neste sentido o futuro desejado aponta para um maior equil brio demogr fico e econ mico entre a regi o metropolitana e o restante do estado com consequ ncias que poder o ser percebidas a partir da redu o das desigualdades e no est mulo das diferentes voca es locais bastante distintas quando se considera cada regi o em separado Integra o harm nica entre interior e a capital Equil brio entre interior e regi o metropolitana Uma cidade mais bem ordenada com sua popula o distribu da por todo o estado Uma forte lideran a pol tica com um projeto transparente de desenvolvimento que distribua claramente o papel de cada regi o dentro do estado com defini o de micro regi es e p los A interioriza o do desenvolvimento com a supera o dos atrasos ainda existentes e a boa explora o das voca es das diversas regi es Areas industriais bem localizadas explora o agr cola com valor agregado Na capital irradiando se para Niter i Petr polis Cabo Frio Angra dos Reis um centro nacional e internacional de servi os de valor agregado cultura turismo inova o cient fica e tecnol gica educa o audiovisual TV m sica e cinema publicidade design e moda No interior uma rede de arranjos produtivos competitivos petr leo petroqu mica siderurgia constru o naval agro energia confec es e log stica Do ponto de vista territorial de longo pr
128. cipal problema do Estado A sa de p blica do Rio de Janeiro considerada prec ria e os termos utilizados para descrev la s o decad ncia precariedade deteriora o sucateamento A sa de tamb m est uma tristeza Distinguir o problema principal do Rio dif cil mas escolho a sa de O Rio est doente t o doente como a sua sa de p blica O que se v que v timas da sociedade aqueles que s o marginalizados pela falta de acesso s condi es sociais m nimas pedem socorro quando buscam o servi o hospitalar Para desempenhar bem a cardiologia tinha que estar no servi o p blico Atualmente o sistema p blico est decadente e o setor privado quem det m a tecnologia de ponta A sa de prec ria A sa de p blica o nosso calcanhar de Aquiles O sistema p blico de sa de est deteriorado com uma p ssima qualidade no atendimento falta de rem dios Todo o sistema de sa de est sucateado Ent o considerando a sa de poss vel falar que o Rio tem jeito dif cil Sistema p blico de sa de ca tico os ndices do Estado s o cr ticos Apesar da interven o do Governo Federal em alguns hospitais da rede Estadual a rede de sa de federal tamb m lastim vel A popula o sofre com a demora com a falta de rem dios e com a p ssima qualidade do atendimento Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Um dos entrevistados chegou a comparar o sistema atual com aquele que existia n
129. corre no pa s como um todo e tamb m no estado do Rio de Janeiro Os altos n veis de pobreza a m distribui o de renda o desemprego e a falta de oportunidades para as popula es mais carentes especialmente para os jovens s o fatores associados ao crescimento da viol ncia O principal problema do Rio o mesmo que assombra o resto do pa s a m distribui o de renda Sem d vida ela a origem da viol ncia da pobreza e de todas as outras mazelas que conhecemos A viol ncia urbana o maior problema Sim sem sombra de d vida E o que est embutido por tr s desta viol ncia Tem que se pensar as condi es sociais Esse um tema muito pol mico E evidente que n o a pobreza que causa a viol ncia mas n o podemos descartar a id ia de que condi es de vida prec rias de alguma maneira criam situa es de conflito que podem gerar desfechos violentos e fatais Remetido ao salve se quem puder pela viol ncia que ele vai se legitimar no sistema N o conhe o nenhum pa s que tenha tanta pobreza e que ao mesmo tempo seja minimamente seguro E a prova de que a pobreza gera criminalidade foi dada ao mundo recentemente pela Argentina L depois da quebra do pa s que fez a pobreza explodir a criminalidade aumentou na mesma propor o Qual o principal problema A meu ver o principal problema do Rio de Janeiro a educa o da juventude das classes populares Sem estudo os jovens n o conseguem trabalh
130. cto mais destacado Investimento em infra estrutura 7cita es Foco no investimento em infra estrutura que n o demanda muitos recursos arco rodovi rio dragagem do porto do Rio duplica o da Avenida Brasil etc Aumentar os investimentos em infra estrutura seja atrav s de investimentos diretos do Governo do Estado e da Prefeitura seja atrav s das PPPs As PPPs ainda n o sa ram do papel mas elas s o um caminho que eu acredito muito Realiza o de investimentos em infra estrutura log stica e desenvolvimento urbano A log stica de alta capacidade no bi p lo Rio S o Paulo e na rede de cidades portos rodovias ferrovias e aeroportos no espa o territorial do Sudeste brasileiro Em seguida priorizam se os portos especialmente o porto de Sepetiba Devem se construir estrat gias que permitam aproveitar o padr o educacional forte a cidade sendo padr o internacional o p lo sider rgico a centralidade do porto de Sepetiba atrair para l ind stria intensiva em m o de obra Sepetiba pode transformar o Rio novamente num grande emp rio Priorizar a organiza o da infra estrutura do porto de Sepetiba preciso transformar o Rio em um p lo forte de exporta o priorizando o porto de Sepetiba Restabelecer da import ncia do porto do Rio de Janeiro Investimentos em infra estrutura portu ria Complementarmente destacam se a malha vi ria e energia Investimentos em infra estrutura fe
131. d ncia principal andar de lado ou seja num ritmo insuficiente Ou a gente muda o rumo mobiliza a sociedade para um rumo novo ou a gente vai chegar em 2020 com o mesmo quadro com desigualdade e viol ncia J quando se trata de aspectos econ micos h quem afirme que a tend ncia de crescimento poder at se manter mas n o ser suficiente para permitir uma virada de contexto al m de resultar em Futuro 2 Macroplan LE TOS consequ ncias nefastas para o estado no cen rio nacional e at mesmo ficando para tr s do processo de mundializa o Mais uma vez estes discursos se fazem acompanhar de justificativas em torno da problem tica da in seguran a urbana e tamb m da evas o de capital intelectual Com certeza continuar sendo uma grande cidade e portal de turismo nacional e internacional mas correr risco de perder a lideran a no pa s e com certeza receber fluxo menor que o potencial O desgaste da imagem com a divulga o de cenas negativas que s o exacerbadas porque ocorrem no Rio uma cidade s mbolo prejudica a lideran a da cidade Pouco melhor O estado ainda ser dependente dos recursos do petr leo Os eventos tur sticos devem continuar no mesmo patamar ou seja cen rio de continuidade Com essa evas o de capital intelectual do Rio de Janeiro viver e trabalhar aqui em 20 anos talvez n o seja bom As oportunidades est o saindo do Rio e acho que v o continuar assim O Rio de
132. da import ncia do petr leo como elemento fundante da matriz energ tica e de outro os que antev em o esgotamento das reservas existentes De qualquer forma as consequ ncias n o apenas sobre as finan as p blicas mas tamb m sobre o ambiente social seriam negativas O Rio dever continuar como a segunda economia do pa s porque nos pr ximos 20 anos o petr leo ainda continuar segurando a economia fluminense Todavia esta fonte de recursos se esgotar Daqui a 50 anos o petr leo n o sustentar mais o Rio A classe pol tica do Rio n o suficientemente inteligente para utilizar os recursos do petr leo de maneira mais eficiente melhorando as condi es do estado S n o perderemos a segunda posi o para Minas porque temos petr leo A informalidade a prostitui o e o tr fico de drogas se fortalecer o como alternativas de gera o de renda a pobreza em geral ganhar cada vez mais peso e visibilidade com o aumento dos fluxos migrat rios vindos do norte fluminense em fun o do decl nio das reservas petrol feras da bacia de Campos Em franca decad ncia no que se refere economia estou falando fora do setor de explora o de petr leo g s qu mico que s o recursos naturais finitos e cidadania al m do crescimento da viol ncia Continuar sem voca o espec fica vivendo o caos gerado pela redu o da import ncia do petr leo como elemento principal da matriz energ tica do pa s
133. da melhor O estado pede um carinho a mais com ele voc s n o v o cuidar de mim O Rio vi vel Seu futuro pode ser muito melhor Se tem futuro Claro que tem Imagina se n o tem jeito Claro que tem O Rio de Janeiro tem tudo para ser o estado Maravilhoso O Rio tem futuro sim sen o eu n o estaria aqui O Rio ainda tem jeito Mas preciso agir r pido Sou otimista em rela o ao Rio de Janeiro Acho que o Rio tem tudo para dar uma volta por cima Eu j vi isto umas cing enta vezes Existe uma luz no fim do t nel Acredito no inusitado e no imponder vel o que alimenta a esperan a Vai Passar Chico Buarque infelizmente o Rio est virando sin nimo de problema mas h um tempo necess rio para a expia o para resolvermos a desigualdade que aqui fomentamos ao longo da hist ria Assim como ocorre na an lise do presente as interpreta es sobre o futuro tamb m se ap iam em um processo racional nesse caso totalmente voltado para a avalia o das chances de transforma o O desenvolvimento um processo de causa o circular onde temos movimentos para cima e para baixo Nos ltimos anos o Rio viveu um movimento para baixo e a minha percep o que estamos precisando de pouca coisa para iniciar um movimento ascendente novamente Creio que agora temos um ponto de inflex o O Rio se encontra usando um termo comum entre os guarda vidas das praias cariocas em meio a um
134. de gest o financeira log stica e populacional a m dio e longo prazo A rela o do setor p blico com a sociedade no que tange as parcerias e a coopera o para o desenvolvimento do estado foi citada por 8 entrevistados A falta de integra o e sinergia entre o estado e a sociedade foi o aspecto mais citado H um div rcio absoluto entre a classe pol tica e as elites profissionais e intelectuais do estado O div rcio entre estas elites afeta pesadamente a qualidade da gest o p blica Por exemplo o Rio tem os melhores economistas do pa s que servem muito bem ao governo federal e banca paulista mas s o simplesmente ignorados pela classe pol tica do estado H uma falta de sintonia da elite fluminense com os fatos que ocorrem no estado e essa a m e de todos os males do Rio A elite do Rio n o acompanha a agenda pol tica do estado A falta de lideran a e de comprometimento tanto da sociedade como do estado 4 cita es contribui para a desarticula o entre estes O problema de lideran a o que fala mais alto e quando falo em lideran a do processo n o estou me referindo somente ao governo falo da rea empresarial e sociedade civil como um todo A desarticula o entre governo empres rios e sociedade um fator que me preocupa bastante A falta de sinergia entre o estado e a sociedade traz preju zos concretos com a perda de oportunidades Estamos vendo uma outra oportunidade que n o est
135. de da popula o prejudica o meio ambiente enfim prejudica a todos Investir em sa de preventiva o que significa oferecer a toda a popula o gua tratada esgoto sanit rio 3 4 2 Intensificar o esfor o de despolui o da Ba a da Guanabara Pela frequ ncia dos depoimentos 7 a segunda prioridade mais citada tem como foco a despolui o da Ba a da Guanabara ressaltando se em alguns depoimentos os impactos positivos para o turismo Esfor o intensivo para trazer a quest o ambiental de volta agenda do Estado na quest o ambiental Com destaque para a despolui o da Ba a da Guanabara Recupera o ambiental radical Baia da Guanabara e Lagos Despolui o da Ba a de Guanabara Despoluir a Ba a de Guanabara Priorizar a despolui o da Ba a de Guanabara Macroplan E ESS Meio ambiente turismo qualidade de vida levar a s rio a despolui o da Ba a de Guanabara O turismo poderia ser alavancado pela despolui o da Ba a de Guanabara e pela redu o da viol ncia 3 4 3 Cuidar da cobertura vegetal e do meio ambiente Os cuidados com a cobertura vegetal e o meio ambiente em geral foram destacados por 4 entrevistados Recuperar a mata atl ntica Preservar praias e morros da polui o ambiental e visual Nosso espa o preserva o ambiental Cuidar melhor do meio ambiente 3 4 4 Melhorar a gest o ambiental Finalmente h propostas de prioridades no campo da gest o
136. de dentro dos EU A seria a quarta economia do mundo E um estado grande mas que conseguiu ir se dividindo tem San Francisco p lo de turismo San Diego um M xico que deu certo o Vale do Sil cio com a Tl os vinhedos e assim por Z diante E um modelo de desenvolvimento principalmente O Rio Tem centrado nas ind strias leves Esse um bom modelo para o Rio de Janeiro se espelhar Gostaria que o Rio se transformasse em uma Amsterd circula o de bicicletas Imagino uma esp cie de mistura de Miami e a Calif rnia Miami um lugar t pico que poderia se imaginar como elemento do futuro desejado para o Rio Ou ent o S o Francisco na Calif rnia com um pouco do vale do sil cio O Rio bem cuidado e administrado ser uma cidade de lazer e servi os Uma Miami que vive basicamente do turismo sem grandes ind strias O p lo de cinema tamb m poderia ser mais bem explorado No cen rio que idealizo o Rio mais parecido com a Espanha do que com a Calif rnia Neste h tamb m espa o para fruticultura de alta produtividade E educa o de boa qualidade um requisito fundamental No entanto ser preciso construir um forte consenso pol tico algo que esteve longe de acontecer nos ltimos 25 anos para que este cen rio idealizado seja minimamente vi vel Acho atraente a id ia de o Rio mirar a Calif rnia como imagem objetivo de longo prazo Faz sentido legal estimula N o pensar de forma a
137. de emprego de desenvolvimento Na sequ ncia da educa o destacam se no panorama social as melhorias a serem implantadas na rea da sa de Muitas vezes tomando a qualidade de atendimento da rede privada como refer ncia ressalta se a maior disponibilidade de meios para o atendimento equipamentos medicamentos leitos a gest o do sistema de sa de p blica e a melhoria dos atuais ndices de mortalidade e natalidade entre os mais pobres Medicamentos e leitos para todos e qualidade de vida colocar a qualidade da rede privada no setor p blico Melhores hospitais equipados com equipamentos modernos Programa de Sa de da Fam lia cobrindo todos os bairros populares e favelas com sistema de gest o participativa com uma rede ambulatorial secund ria organizada para a refer ncia e hospitais desafogados Hospitais organizados e funcionando em pontos estrat gicos Hospitais de refer ncia como existiam h 20 anos atr s Hoje o hospital Miguel Couto recebe pessoas de Queimados e da Baixada Quero ver um sistema de sa de organizado e funcionando em todo o estado L cus da 3 idade com Futuro 2 Macroplan clima e servi os de primeira linha e rede hospitalar que atenda s necessidades desse p blico Gostaria que todos os ndices de educa o de bem estar dos moradores mortalidade em fun o da tuberculose e da natalidade nas comunidades mais carentes melhorassem A nivela o deve ser pelo padr o
138. de ensino com forma o polit cnica Institui o de escolas t cnicas de grande quantidade e amplid o Investimentos na educa o e na forma o profissional Investimento em educa o n vel m dio de qualidade gerando um caminho para o emprego Quest o relevante Como fazer que as escolas de excel ncia se generalizem Investimentos na qualifica o de profissionais atrelados a uma vis o de educa o b sica e profissional Educar apoiar os educadores formar m o de obra especializada Deixar as escolas abertas no fim de semana para cursos profissionalizantes atividades l dicas que permitam a ocupa o dos jovens etc Isso pode ser feito atrav s de parcerias 3 1 2 3 Melhorar a gest o no campo da educa o especialmente no tocante a aloca o de recursos Finalmente parte dos entrevistados p e relevo na gest o educacional Acredito que o foco que tenha que ser dado para a economia e educa o Por m preciso que as a es estejam de acordo com as possibilidades O exemplo dos Cieps retrata isso eles n o eram vi veis apesar de serem ideais E preciso fazer projetos educacionais dentro das possibilidades reais N o se deve utilizar a presta o de servi os p blicos como um ingrediente de campanha E natural das pessoas utilizarem o poder para se reelegerem e isso muito ruim Produzir urgentemente uma agenda s ria na rea educacional O Rio Tem Futuro E 2 E Um proj
139. de longo prazo como um dos principais problemas H falta de uma vis o de futuro al m fronteiras no tempo e no espa o compartilhada pelas lideran as cariocas e fluminenses juntamente com uma gest o p blica estatal e n o estatal que consiga conduzir a realiza o da vis o de futuro Falta de uma id ia de obra do que somos e do que queremos ser Um problema do Rio hoje que ele n o tem um projeto O Rio de Janeiro n o sabe se quer fazer turismo petr leo Qual a meta do Rio de Janeiro O que os cariocas e os fluminenses querem do Rio de Janeiro N o poss vel identificar um projeto Isso um mal que leva o Rio a ter um baixo crescimento e a n o estabelecer uma perspectiva futura clara nem para os governantes nem para os empres rios nem para a popula o de um modo geral A falta de um projeto estrat gico que aproveite as diferen as regionais dentro do estado e construa uma corrente virtuosa com um prop sito consensual de desenvolvimento Uma das maiores dificuldades para implementa o de um projeto de longo prazo que contemple uma vis o estrat gica a falta de O Rio Tem Futuro continuidade das iniciativas ap s as mudan as de governo 6 cita es Se n o houver um plano que una todos os atores em torno de um planejamento de longo prazo 20 anos n o haver desenvolvimento e a sociedade n o pode deixar s nas m os de um governante Infelizmente vivemos uma nova realidade em
140. de renda Outros discordam Se por um lado h desenvolvimento econ mico gerado pelo p lo petroqu mico o mesmo n o se reflete na distribui o de renda ou no retorno em benef cios popula o O petr leo excluindo os Estados Unidos n o alavanca o desenvolvimento e diversifica o econ mica Por exemplo o Equador Iraque e Ir exportam tanto quanto o Kuwait e n o se desenvolveram A pergunta saber se poss vel o Brasil fazer esse avan o Petr leo n o desenvolve pa s O petr leo n o distribui riqueza e sim concentra Nossas ind strias v m passando por um processo de sucateamento j que os nicos investimentos realizados s o relativos ind stria do petr leo que constitui hoje a maior fonte de receita do estado Nossa economia est totalmente dependente da ind stria petrol fera o que nos deixa bastante vulner veis Na minha percep o o decl nio do Rio foi recentemente desacelerado Parece que se estancou um pouco o esvaziamento A taxa de decad ncia se reduziu um pouco desacelerou Economicamente o decl nio maior se deu na d cada de 90 Atualmente parece que estancou um pouco O Rio Tem Futuro 2 E principalmente devido aos investimentos da ind stria do petr leo O setor de petr leo est muito bem e vai ser uma alavanca para o estado A Petrobras uma empresa que tem privilegiado o Rio de Janeiro gerando empregos e investindo no estado Alguns entrevistados lembram que
141. de uma situa o dif cil Temos que compreender que s se resolve o problema da viol ncia com distribui o de renda A classe m dia e alta tem a impress o que somente com a repress o viol ncia ser resolvida Programas sociais para conter a viol ncia familiar e urbana associados a programas econ micos para gera o de renda e seguran a individual e coletiva Foco em pol tica p blica para jovens em situa es de risco v timas e protagonistas da viol ncia Criar um programa social para os exclu dos da sociedade ouvindo as religi es que j fazem um trabalho social intenso e fant stico nessa rea Existe um programa da igreja cat lica que tira o jovem do tr fico e leva para uma fazenda em Fortaleza onde ele vai trabalhar com a agricultura sem ser catequizado a n o ser que ele queira o projeto Resgate Temos seis mil soldados do tr fico e poder amos diminuir esse n mero consideravelmente se houvesse integra o entre todos os setores da sociedade Isso passa por um controle da natalidade Controle da natalidade atrav s dos meios que se fizerem necess rios educa o medicamentos e at do aborto como medida para a redu o do n mero de jovens sem fam lia e consequente controle da criminalidade 3 1 2 Educa o Quase metade 45 dos entrevistados destacou a educa o como prioridade na agenda imediata da constru o de um futuro melhor Os focos espec ficos s o apresentados a segu
142. dedores H uma grande batalha de egos tanto entre os pol ticos como entre as lideran as empresariais Os ricos deste estado n o produzem dinheiro n o s o empreendedores E uma oligarquia que n o empres ria e isso um problema N o temos um Gerdau por aqui Por isso quando ele fala n s temos que tirar o chap u A lideran a fundamental e n o somente no campo da pol tica Na vida empresarial tamb m Se eu pego uma rea na minha empresa que est bem e tem um bom l der e coloco um l der ruim tr s meses depois essa rea come a a decair E se eu fa o o contr rio coloco um bom l der em uma rea que est mal em muito pouco tempo ela come a a dar resultado Aqui se voc for ao edif cio mais caro do Rio e olhar os 10 que moram l vai perceber que 5 s o herdeiros de alguma fortuna e os outros 5 t m patrim nio de origem duvidosa N o temos empreendedores neste estado por isso n o temos lideran as fortes Essa realidade nos d poucas op es para governar o nosso Estado Se olharmos este pr dio em que estamos n s temos muitos advogados estes se d o bem em um estado como o Rio temos escrit rios de consultoria multinacionais O Rio Tem N o temos quase nenhuma empresa carioca ou fluminense que produza dinheiro que o cara tenha constru do uma empresa pequena e foi crescendo Podemos contar nos dedos quantos empres rios do Rio s o empreendedores Temos o Alexandre Aciolly o Dani
143. dos antes de instalar algo Os governantes fazem de forma improvisada e n o est o interessados se as pessoas v o utilizar o que est sendo proposto O gargalo principal administrativo e de gest o O estado do Rio est atrasado em rela o ao modelo de desenvolvimento nacional Necessita conhecer os modelos sist micos e integrados de gest o e trabalho adotados em outros estados e pa ses Muitas vezes o Rio deixa de executar projetos porque a m quina est t o desestruturada que n o se consegue utiliz la Futuro 2 Macroplan 1 E T s Existe uma excessiva centraliza o administrativa Os nossos governos carecem de instrumentos de a o p blica H um grande problema de gest o em quase todos os setores Um dos principais problemas a falta de investimento p blico qualificado S s o feitos em investimentos pontuais que n o geram resultados reais para o estado O gasto p blico no Rio de Janeiro muito alto Se gasta muito com custeio e com pessoal sobrando poucos recursos para investimentos O Rio precisa de uma gest o p blica que preste conta do gasto e que tenha profissionais que entendam sobre a rea em que est o trabalhando Estes n o podem mais ser colocados nos cargos de gest o apenas por pol tica O ruim que os esfor os s o dispersos Existe muita coisa escrita pessoas agindo para melhorar a vida do cidad o mas sem organiza o E pior com competi o Al
144. dos chega a radicalizar esta vis o projetando para o futuro do Rio de Janeiro a imagem de ecoestado de refer ncia nacional Eu gostaria de pensar em um ecoestado com desenvolvimento sustent vel Um estado que produz economicamente que cuida do que consome e do que despeja no meio ambiente Uma sociedade que produz consome e recicla e que t m pessoas com consci ncia das suas atitudes Com menos polui o e menos desmatamento Quando se trata de enumerar os setores de atividade onde o Rio de Janeiro realizaria sua voca o o turismo que agrega a maior converg ncia de opini es V rios entrevistados expressaram que gostariam de ver o Rio recuperado e vibrante para o turismo com a infra estrutura hoteleira mais bem preparada e totalmente profissionalizada al m de uma divulga o igualmente competente Uma explora o tur stica sustent vel e que n o se restringisse ao litoral mas avan asse rumo ao interior do estado N o apenas o turismo de praia mas tamb m o turismo ecol gico e cultural Gostaria que o Rio fosse um destino tur stico com demanda crescente Gostaria de ver a ind stria do turismo trazendo grandes oportunidades Futuro 2 Macroplan Imagino o Rio com 500 marinas em volta da Ba a de Guanabara rede hoteleira compar vel ao resto do mundo Um estado que tem uma maravilha para a explora o do turismo porta de entrada do Brasil Que houvesse escolas de hotelaria nas principais cidad
145. dos ricos As possibilidades de deslocamento das pessoas no interior das grandes cidades especialmente na capital e entre os munic pios igualmente parte relevante no desenho de um futuro promissor A expans o racionaliza o efici ncia dos transportes p blicos ganha peso H o clamor pela amplia o do metr pela instala o de trens de superf cie pela implanta o de transportes aqu ticos nas cidades assim como pela integra o entre os diversos meios de transportes p blicos existentes Sinaliza o e recupera o da malha vi ria e interliga o via trens entre diversos munic pios s o aspectos que extrapolam o contexto das grandes cidades Metr na cidade toda Vias expressas importantes em v rios lugares inclusive ao longo do mar Ferrovias poderiam aparecer junto ao turismo com uma vista bonita ligando a cidade do Rio de Janeiro com Petr polis Metr at Jacarepagu e na Baixada Trens interligando todos os munic pios transporte barato e ecol gico Com um transporte p blico melhor Transportes p blicos de massa eficientes inclusive metr s Com transporte p blico decente Sistema de transporte p blico integrado eficiente respeitado e com aproveitamento de trajetos aqu ticos Com um sistema de transporte racional O tr nsito fluindo com facilidade com meios de transportes em massa altura como metr para qualquer canto da cidade trens de superf cies e a redu o dr stica n
146. e atitudes inovadoras e empreendedoras Futuro 2 Macroplan 1 E T s Isso faz com que se acredite que a solu o vir de fora muito bom trazer refinaria Mas preciso se preocupar mais se haver capacidade empresarial para se criarem 300 empresas no entorno que possam usufruir desta refinaria Falta ao Rio um foco voltado para desenvolvimento Falta congregar a sociedade fluminense em torno disso Pol ticos e empres rios n o t m um foco claro voltado para projetos que deveriam defender junto ao Governo Federal z O estado do Rio de Janeiro completamente diferente de todos os outros estados E isso resultado das a es da elite carioca Como se as oportunidades estivessem passando e ningu m estivesse percebendo isso impressionante O problema do Rio de Janeiro a dificuldade de conseguir articular as fabulosas capacidades que ele tem At os posicionamentos individuais acabam contribuindo para o retrocesso No Rio de Janeiro h a tradi o de ser contra o governo central e por isso o estado n o consegue nenhum tipo de privil gio E a culpa disso do pessoal de esquerda que sempre do contra Pensa s nas suas concep es pol ticas mais como projeto pessoal Quem quer que esteja no governo central eles s o contra porque nossos intelectual ides acham bonito ser contra Com isso todas as ind strias bancos e empresas foram para S o Paulo Por exemplo o Brizola criou um de
147. e essas duas ltimas Avalia o do momento presente situa o pol tica 97 93 97 37 96 48 95 03 1 36 1 34 1 95 2 25 ee Muito Bom _ Bom Muito Ruim Ruim E Integra o dos tr s n veis de governo E Atua o dos pol ticos m Compet ncia e idoneidade dos governantes O Di logo entre governo e sociedade A situa o econ mica embora tamb m seja insatisfat ria a que atinge melhor posicionamento no c mputo geral 14 4 dos respondentes consideram que o desempenho atual do Rio de Janeiro neste campo encontra se entre muito bom e bom O principal destaque fica por conta do crescimento econ mico que recebe avalia o positiva de 16 11 das pessoas que opinaram J o item gera o de empregos e de oportunidades de trabalho foi nesta dimens o o pior avaliado Avalia o do momento presente situa o econ mica 86 20 82 03 82 75 16 11 E 12 43 1471 Muito bom Bom Ruim Muito Ruim EB Crescimento econ mico O Gera o de empregos e de oportunidades de trabalho B Infra estrutura f sica e de informa o e conhecimento e log stica 234 O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Mas a dimens o social e cultural que re ne o melhor e o pior do Rio de Janeiro Liderando o item pior avaliado de todas as dimens es encontra se a seguran a para 98 6 das pessoas o Rio apresenta desempenho ruim ou muito ruim Em segu
148. e inova o e conhecimento Centros de pesquisa Universidades Laborat rios etc 198 Cultura de celebra o 166 158 87 Capital humano qualificado Diversidade de atividades econ micas Outros 18 Organiza o da sociedade civil j 22 Quando se trata de indicar os principais problemas do estado h forte converg ncia em torno da problem tica da viol ncia urbana seguida imediatamente pela quest o da expans o descontrolada das favelas o que pode indicar que os opinantes fazem uma forte associa o entre estes dois temas fen meno que aparece com mais nfase nas entrevistas qualitativas Os aspectos relacionados ao ambiente pol tico e institucional tais como a baixa qualidade da gest o p blica e a corrup o end mica aparecem respectivamente em terceiro e quinto lugar de import ncia na indica o dos problemas mais relevantes estando este ltimo em disputa muito pr xima com a elevada pobreza e altos ndices de desigualdades sociais que chega em quarto lugar Nos demais temas h uma forte pulveriza o das avalia es Macroplan 4 LE TOS Principais problemas do Rio de Janeiro Excesso de viol ncia urbana TIS Expans o descontrolada das favelas s21 Baixa qualidade da gest o p blica 61 Elevada pobreza e altos ndices de 290 desigualdades sociais Corrup o end mica 285 Baixa articula o entre atores pol ticos Do 151 sociais e econ micos
149. e longo prazo tornar se inadequada a dinamiza o da economia devido realiza o de eventos como os jogos Pan Americanos e a poss vel realiza o da copa do mundo de futebol a realiza o de diversos investimentos privados E no campo da infra estrutura a moderniza o no porto de Sepetiba a duplica o da BR 101 a constru o do rodo anel e de um estaleiro naval O Rio estar um pouco melhor O estado ainda ser dependente dos recursos do petr leo Os eventos tur sticos devem continuar no mesmo patamar ou seja cen rio de continuidade Vejo o desenvolvimento impulsionado por eventos esportivos como os jogos do Pan Americano e a Copa do Mundo de Futebol Os Jogos Pan Americanos v o aumentar a auto estima do cidad o fluminense bem como propagar positivamente a imagem do Rio Acredito piamente que estaremos melhores Nos pr ximos quatro anos vamos ter da iniciativa privada investimentos que v o de 57 a 62 bilh es de d lares e isso trar crescimento para o estado N o vejo nenhum estado do Brasil que tenha essa perspectiva de investimento S o obras impactantes a moderniza o do porto de Sepetiba o rodo anel j est aprovado a BR 101 ser duplicada teremos a constru o de um estaleiro naval na divisa de Campos com Quissam etc Acredito que mantendo os dados positivos na educa o infra estrutura incluindo saneamento b sico telefonia petr leo estradas e economia mantendo esta pol tica de
150. e royalties s s o observados na regi o da Bacia de Campos em termos de obras Obra timo pro governo inclusive tamb m para a corrup o A quest o do petr leo do g s do investimento mais sofisticado refinaria etc que todo este sistema de alguma maneira precisa ser integrado numa perspectiva de longo prazo e a gente n o v isso acontecendo Os recursos do royalty ou v o para obras de efeito imediato ou v o fazer caixa e cobrir dificuldades financeiras do estado Voc n o v estes recursos serem apropriados para uma estrat gia de longo prazo Os royalties s o uma receita finita que podem acabar a qualquer momento Aqui eles est o sendo bem utilizados na cria o de infra estrutura mas carecemos de um apoio maior do governo federal e estadual Um dia a ind stria do petr leo vai embora e ningu m est pensando no problema social s rio ca tico e de dif cil resolu o que acontecer caso n o se pense em solu es de curto e m dio prazo Temos uma receita que nos tem possibilitado o crescimento ascendente Aqui em Rio das Ostras ela est sendo usada para criar toda a infra estrutura de gua de pavimenta o das ruas tratamento do esgoto e a cria o de pontos tur sticos que v o dar ao munic pio as condi es de sobreviver quando o petr leo e os royalties acabarem O Rio Tem Um dos entrevistados considera injusto o crit rio de distribui o dos royalties A nica coisa que se poderia c
151. e tende a ser agravado pela incapacidade do Estado de se fazer presente em determinadas localidades Pessoas com medo infelizes e isoladas A qualidade de vida estar mais degradada Se n o tivermos coragem de mudar eu vejo que estaremos segregados vivendo em guetos v rias aldeias dentro da cidade Se continuar este cen rio o apartheid vai se acentuar Uma cidade de v rios guetos com v rios estados dentro do estado valendo nestes lugares leis pr prias e aus ncia total de subordina o ou seja o colapso total da sociedade fluminense principalmente na capital Hoje inclusive j h reas com aus ncia total do Estado o que abala at mesmo o conceito de soberania Isso sem falar nas limita es que isso imp e como desvaloriza o total de im veis que se localizam em reas conturbadas e supervaloriza o daqueles localizados em reas que podemos considerar ilhas da fantasia Haver uma tenta o de fazer aqui em alguns espa os o que feito em Cingapura uma cidade espetacular mas aonde os pobres s o proibidos de morar l Os oper rios da Mal sia que trabalham nos estaleiros s o isolados ou confinados num regime de semi escravid o Num futuro pr ximo assistiremos a um aprofundamento do apartheid social com os ricos vivendo numa citadela fortificada e os pobres na mis ria e barb rie dos forisburgos urbanos e rurais De um lado teremos o medo e a tristeza e do outro a rev
152. e transporte a base da cidadania Quando se trata de desmembrar os diversos componentes do campo social o destaque mais evidente fica por conta das apostas na educa o A universaliza o do ensino fundamental a melhoria da qualidade geral do ensino a eleva o da escolaridade m dia a maior capacita o dos professores mais investimentos na infra estrutura s o aspectos destacados A escola em tempo integral tamb m emerge como essencial Um estado que descobrisse a educa o como pilar de transforma o Eu gostaria de ver o Rio com todas as crian as e todos os jovens na escola em tempo integral e de qualidade porque eles s o o futuro O or amento do governo federal estadual e municipal bem investido em educa o Gostaria que houvesse um investimento maci o em educa o e em turismo Eu gostaria que houvesse um forte investimento na rea de educa o O cen rio que desejo toda crian a na escola creio que a educa o o grande libi A partir da as pessoas n o estariam mais tele dirigidas nem sendo obrigadas a engolir trapa as Educa o e oportunidade de trabalho para todos Com crian as nas escolas A seria um Rio maravilhoso Com todo mundo na escola Com todas as nossas crian as em escolas Escola p blica abundante de boa qualidade Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Um Rio cidad o com escola para todos em hor rio integral desde a educa o infantil
153. ecadente deteriorada sem voca o em guerra civil impratic vel da morte Para al m das imagens sucintas dois eixos tem ticos se encontram fortemente articulados nas falas que esbo am os cen rios de futuro a viol ncia e inseguran a e sua correla o com o ambiente econ mico Adicionalmente estas reflex es s o complementadas por elementos que se referem a outras dimens es tais como o campo social pol tico ambiental e urbano 2 1 3 1 Viol ncia e inseguran a A problem tica da seguran a p blica descrita a partir do acirramento da viol ncia e do agravamento do tr fico drogas e armas de longe o elemento que mais se destaca como justificador dessa quase aus ncia de futuro A id ia de enclausuramento da classe m dia da cidade cindida de guerra civil e suas repercuss es sobre o comportamento social e a perda da qualidade de vida estabelecem o tom de parte das representa es Vamos ter de viver enclausurados em condom nios com seguran a Com os bandidos tomando conta das cidades e a gente ficando preso em nossas casas Sem op o de lazer noturno Os condom nios fechados abrigar o os segmentos de maiores rendas a seguran a privada ser uma fonte importante de empregos Vejo as drogas entrando muito f cil nas escolas teremos que tomar mais conta de nossos filhos e netos Impratic vel para educar criar filhos e morar Ser que vamos precisar de escolta desde o mome
154. egrada o seja mais evidente quando se fala na capital o interior do estado n o est livre de reproduzir os principais dramas urbanos que hoje j d o seus sinais de exist ncia b Macroplan 4 LE TOS mesmo tendo perspectivas mais promissoras de desenvolvimento econ mico Eu vou falar de B zios e Cabo Frio Teremos um cintur o de pobreza muito maior constru o de favelas aumento da criminalidade vamos ter todos os problemas que as cidades grandes j v m enfrentando h algum tempo Teremos um interior revigorado por servi os turismo lazer cultura etc mas ocupado de forma um tanto an rquica como hoje a regi o metropolitana A deteriora o da cidade por sua vez dever conduzir ao esvaziamento do capital humano que deixar de perceber o Rio de Janeiro a partir de diferenciais que compensem os menores sal rios e oportunidades comparativamente com outros estados Um dos maiores est mulos fixa o do capital humano de maior qualidade estaria portanto amea ado Voc vai perder portanto n o s a sua vantagem comparativa em termos de recursos humanos mas tamb m a sua vantagem comparativa de reter recursos humanos com sal rios relativamente baixos que dependem das condi es de vida da cidade serem boas Finalmente h quem lembre que no cen rio de continuidade o Rio entrar no rol das grandes megal poles acompanhado por todos os problemas que isso acarreta Acredito que se perma
155. eitura n o fazem nada A cidade j perdeu h muito o seu jeito simples e descomplicado de coexist ncia As pessoas que vivem no Rio lutam diariamente Milh es lutam para comer pegar um trem ou um nibus caros e de baixa qualidade desprovidos de conforto e seguran a Outros milhares lutam para n o serem enxotadas das marquises das areias das praias das pra as da cidade Milhares lutam contra a pol cia esta luta contra os criminosos patr es de boa parte das corpora es As classes m dias lutam para n o serem roubadas para que os filhos n o adiram s drogas para que as filhas n o andem por locais e hor rios perigosos e por a vai A inexist ncia de garantia de seguran a nos espa os p blicos e a corrup o inviabilizam ind strias lazer rela es entre pessoas prejudicam especialmente idosos jovens e crian as O Rio de Janeiro encontra se numa situa o dif cil em fun o da criminalidade e dos altos ndices de viol ncia no estado gerando medo nas pessoas que aqui vivem Al m da face vis vel e cotidiana da viol ncia a sensa o de inseguran a e certa apatia sentimento de normalidade impot ncia e pessimismo da popula o diante da situa o s o apontadas como consequ ncias negativas do problema e restritivas ao encaminhamento de solu es Quando voc v uma candidata a presidente fazer uma caminhada com um rapaz carregando um fuzil como se fosse a camisa do flamengo a naturalidade
156. el Dantas um baiano que gosta do Rio e mais uns dois ou tr s N o temos algu m como o Ab lio Diniz e tantos outros Aqui no estado ainda h grandes empresas como a Vale CSN Peugeot mas na maioria dos casos a dire o est em outros estados ou pa ses Ou seja n o temos aqui os quadros com poder decis rio e os mais conscientes e bem remunerados E s o esses executivos mais bem remunerados e educados que t m capacidade de reclamar da cal ada tomada do asfalto mal cuidado do prefeito do governador E esse pessoal que movimenta o com rcio os restaurantes Isso tamb m gera o esvaziamento econ mico Entre os tra os culturais t picos do fluminense inclusive o carioca foram encontrados fatores favor veis e desfavor veis ao crescimento econ mico A criatividade o esp rito empreendedor do carioca o networking o relacionamento Estas s o atitudes valorizadas no mercado e no mundo e o carioca j as tem naturalmente Esta a terra da economia informal dos sem carteira do gato da NET da esculhamba o N o tem lei n o tem regra Neg cios faltam empresas de m dio porte no Rio Temos poucas grandes muitas pequenas Fora o trabalho ilegal A economia carioca n o gera crescimento para o neg cio Temos um problema s rio na mentalidade de funcion rio p blico que permeia a mentalidade carioca que n o competitivo n o empreendedor e que s pensa em cobrar do governo e n o produzir riq
157. elhora mas no Rio continua tudo igual Hoje infelizmente temos pouco a comemorar Em poucas palavras o que est bem a produ o de petr leo O que vai mal a falta de seguran a e a aus ncia de perspectivas de desenvolvimento econ mico a curto prazo Os royalties do petr leo tamb m est o sendo mal gastos Quissam por exemplo est construindo uma praia Mas quando se divulga que o Rio de Janeiro est crescendo isso mentira na verdade ele est minguando Ainda se acredita que cresce por conta do petr leo e da Petrobras A outro problema os nossos deputados abriram uma brecha na lei que o imposto deduzido da fonte que n o aqui no Rio O Rio Tem de Janeiro de onde se extrai imposto que vai para S o Paulo Eles est o deixando o Rio de Janeiro afundar aleatoriamente E nos deixaram de esmola os royalties Segundo um dos entrevistados citar um problema como principal muito dif cil porque todos est o interligados formando um c rculo vicioso Por m foi bastante frequente a men o ao desenvolvimento no estado de uma cultura perversa prejudicial aos neg cios e ao progresso A toler ncia com a ilegalidade e com a informalidade como um todo Na verdade o Rio est num c rculo vicioso O mundo dos neg cios por aqui um caso evidente de sele o adversa vai se criando uma cultura ruim que progressivamente expulsa a cultura boa Na economia local sinto falta de esp rito de
158. em desenvolvimento Isso tem que ser bem explorado embora eu ache que o nosso momento pol tico n o favor vel Futuro 2 Macroplan 1 E T s Al m disso no Rio de Janeiro ainda se concentram as maiores jazidas petrol feras do pa s Bacia de Campos que a reboque impacta as empresas de presta o de bens e servi os e tamb m a ind stria naval que vive um processo de revitaliza o A instala o do Complexo Petroqu mico do Estado do Rio de Janeiro tamb m alavancar a economia na Regi o Metropolitana nos pr ximos anos A amplia o das unidades de coqueamento da Refinaria Duque de Caxias s o outros investimentos desse contexto Ou seja quase todas as perspectivas otimistas norteiam a ind stria do petr leo Caxias um lugar que est crescendo temos um p lo g s qu mico que s emprega 300 pessoas diretamente mas que gera um fluxo de gente na regi o de Caxias muito grande gera muitos servi os complementares Vizinha do maior centro produtor de petr leo do pa s ter brevemente a poucos quil metros o grande p lo petroqu mico que somado ao eixo industrial do vale do Para ba e ao porto de Sepetiba sem contar com as propostas amplia es de seu pr prio porto centraliza um conjunto de atividades industriais nada trivial Apesar disso para alguns a ind stria do petr leo de modo geral n o se presta ao papel de vetor de desenvolvimento principalmente por seus efeitos concentradores
159. entra as melhores escolas de economia do pa s e uma forte elite intelectual com grande potencial de pesquisa e produ o acad mica As institui es de pesquisa s o muito boas PUC FGV UFRJ luperj Impa Ipea Funda o Oswaldo Cruz Para alguns o ambiente f sico e social do estado e da cidade constituem um fator adicional de atra o para os pesquisadores O Rio ainda tem a segunda melhor infra estrutura de ci ncia e tecnologia do Brasil Al m disso um lugar muito atraente para pesquisadores e gente ligada a tecnologia que valoriza muito a qualidade de vida Tem praias montanhas natureza pujante vida cultural intensa Veja o caso da Calif rnia especialmente S o Francisco e Florian polis aqui no Brasil A quest o da educa o existe potencial enorme para quem vem estudar no Rio fazer faculdade p s gradua o pelo fasc nio de morar no Rio de Janeiro a geografia e a simpatia do carioca Pelo menos aparentemente nem os governantes nem os empres rios reconhecem essa fonte de oportunidades o que em ltima inst ncia provoca o xodo do capital intelectual do Rio O Rio apresenta um dos mais concentrados parques universit rios e tecnol gicos do pa s perdido pelo comp sito degenerado e desarticulado do estado Compet ncias culturais intelectuais e cient ficas est o perdidas O Rio tem uma crise macro institucional t o complexa que desconecta as potencialidades existentes e da que v m os gar
160. enxergar luz no fim do t nel Sou carioca do Leblon tenho um v nculo profundo com esta cidade mas tenho d vida se aqui o lugar adequado para que meu filho hoje com 14 anos cres a e fa a sua vida pessoal e profissional Do jeito que est indo o Rio n o tem um bom futuro pela frente N o consigo enxergar luz no fim do t nel Ou o Rio passa para uma linha s ria ou o futuro ser muito ruim N o vinculo mais a minha felicidade ao Rio Carioca deixou de ser um estado de esp rito Faltam vontade e capacidade pol tica e as pessoas est o descrentes Moro na saudade do Rio de Janeiro manifesta o mais crua dos sentimentos de desesperan a despontam nas entrevistas outras considera es emotivas que aqui e ali se conectam com argumenta es objetivas que lhes d o maior sustenta o e credibilidade Desta forma o pessimismo pode ser justificado pela dissemina o do individualismo na busca das solu es para os problemas que afligem aos cidad os pelo alargamento do sentimento de inseguran a pela deteriora o do sistema p blico de sa de pela aus ncia de propostas pol ticas consistentes e de lideran as agregadoras pela dissemina o ampla da corrup o e baixa qualidade da classe pol tica ou ainda pela aus ncia de um projeto motivador que agregue a sociedade de forma ampla Eu sou conhecido como um otimista mas n o estou enire os otimistas Confesso que gosto do Rio de Janeiro a c
161. ep blica governando em causa pr pria contribuiu para que cheg ssemos ao ponto que chegamos esvaziamento e perda Macroplan LE TOS dos investimentos privados e p blicos para outras reas do pa s O Rio sofre ainda com o trauma da perda da capital como se aqui os neg cios n o florescessem E como se o Rio n o tivesse dinamismo Enquanto na rea cultural h muito dinamismo na economia falta uma forma din mica N o se acredita no Rio Para alguns entrevistados a falta de articula o pol tica com vistas a um projeto de desenvolvimento n o privil gio do Rio mas faz coro com a problem tica do pa s Para outros sobressai a heran a cultural advinda dos tempos em que o Rio era capital da Rep blica O crescimento do Rio em boa medida depende do crescimento nacional que med ocre h muitos anos Os 198 anos de capital da col nia do Imp rio e da Rep blica trouxeram muitas benesses para a cidade do Rio mas deixaram uma maldi o de excesso de estatismo e clientelismo Este passivo pol tico o principal problema do estado e a consequ ncia direta deste fato a depress o econ mica O estado n o aproveita as suas potencialidades e oportunidades permitindo o xodo de setores da economia A gente n o aproveita nem o momento fant stico do petr leo O movimento de esvaziamento econ mico mereceu destaque por parte dos entrevistados A falta de pol ticas claras de reten o de investimentos
162. era o do funcionalismo foram desafios destacados por dois entrevistados preciso desenvolver uma boa capacidade de executar projetos Tem muita gente trabalhando no diagn stico dos problemas IETS PUC FGV IPEA Afroreggae e CUFA J tem um saber acumulado e sistematizado dos nossos problemas e poss veis solu es Agora preciso executar fazer acontecer Dar solu es para a remunera o do funcionalismo p blico preciso diferenciar os diferentes e estimular a produtividade Criar formas de aproveitamento do pessoal e n o trein los para depois serem incorporados pelo servi o privado Deve criar crit rios de avalia o e de qualidade focados no trabalho al m de incentivar a produ o cient fica e a sua difus o para outras localidades O Rio Tem 3 5 6 Ampliar e diversificar a coopera o articula o e parceria dentro do setor p blico e deste com a sociedade Maior colabora o entre os 3 n veis de governo federal estadual e municipal buscando sinergias e complementaridades tema priorit rio para seis entrevistados Buscar maior sintonia e parceria entre governo estadual federal e munic pios Defini o de metas comuns Uma rela o positiva entre os agentes p blicos N o d para continuarmos com picuinhas entre os governantes como se eles fossem a raz o de ser e n o os cidad os preciso fazer uma parceria com o governo federal sem envolver interesses particulares O estado d
163. erceiro Setor Diretor Gold Construtora Ltda Angra dos Reis Diretor BNDES S cio do Restaurante Gula Gula e Diretor do Sindicato de Hot is Bares e Restaurantes Ator Cons rcio Ful Brasil ASEM Associa o Serrana das Empresas de Nova Friburgo Surfista e Empres rio Redator Compositor e Produtor Radiof nico Arquiteto Presidente do Conselho de Jovens da Associa o Comercial do Rio de Janeiro Economista 126 127 128 129 130 131 132 138 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 Roberta Sudbrack Roberto Boclin Roberto Cezar de Andrade Rodrigo Baggio Roger Fabr cio Vilela Rubem Cesar Fernandes Sandro Moraes S rgio Abranches S rgio Bermudes S rgio Bessermann S rgio Cabral pai S rgio Machado Correa Sergio Magalh es Sidney Levy Sidney Rezende S nia Maris Zagne Tande Tessy Callado Themilton Tavares Torben Grael Vilmar Sidnei Demamam Berna Virna Dias Waldemar Boff Willian de Oliveira Zuenir Ventura O Rio Tem Futuro 1 D E Chef Presidente do Conselho Estadual de Educa o do RJ Ex presidente da Brascan Diretor Executivo CDI Comit para a Democratiza o da Inform tica Presidente da Comiss o Consultiva da Zona Especial de Neg cios de Rio das Ostras ZEN Coordenador Geral Viva Rio e Antrop logo Empres rio da Moda Divina Inspira o Cientista Pol tico
164. ersam os dinheiros p blicos Eliminar a corrup o no poder p blico pol cia pol ticos e ju zes Combate corrup o generalizada Menos corrup o Diminuir a corrup o Combater a corrup o e o tr fico de armas Combate corrup o Instaurar o respeito lei combater todas as formas de corrup o e ilegalidade Acesso a Justi a Diminuir a corrup o em todas as reas que vai depender dos gestores Outros 5 entrevistados ressaltaram como essencial aumentar a transpar ncia da administra o p blica como a principal prioridade inclusive como estrat gia de combate corrup o preciso dar um choque de transpar ncia Por exemplo filmar os julgamentos dos recursos das empresas junto s autoridades fiscais e por no ar na Internet Limpar o passado cheio de lama para assim estimular a popula o a contribuir Transpar ncia na administra o e no uso do dinheiro p blico Entender a quest o dos royalties do petr leo como uma quest o priorit ria evitar us los para pagamentos indevidos dar maior transpar ncia a sua gest o quanto se est arrecadando como est sendo aplicado Atualmente por exemplo a prefeitura de Maca vincula de maneira indevida os sal rios s receitas dos royalties b Macroplan 4 LE TOS Gest o p blica transparente Gest o transparente Usar a tecnologia da informa o como forma de prover o monitoramento e a transpar ncia ter um observ
165. es enfoques passam por 1 a es de curto prazo com destaque para a Futuro 2 Macroplan LE TOS reforma do sistema de seguran a p blica em todas as suas dimens es e 2 outras de mais longo prazo voltadas principalmente para a melhoria das condi es de vida e de aumento das oportunidades para a popula o carente Observa que o papel do poder p blico em todas as suas esferas considerado fundamental para o encaminhamento de solu es embora o papel dos cidad os e a participa o da iniciativa privada n o sejam considerados irrelevantes N o h uma solu o simples para a quest o da seguran a p blica Como iremos resolver esse problema Eu n o sei n o uma quest o trivial mas se n o tivermos todos os poderes juntos em um nico projeto o Estado n o avan a indispens vel a lideran a pessoal do Governador do Estado para assegurar uma atua o integrada das pol cias em particular e de todos os rg os da rea de Seguran a P blica em geral A solu o est na unifica o das pol cias A gente precisa levar a s rio o controle externo A Ouvidoria de Pol cia hoje n o tem nenhum protagonismo Ela deveria responder diretamente ao Governador e precisa ter muita visibilidade para poder contar com o respaldo da sociedade O Ouvidor deveria ser escolhido pelo Governador a partir de uma lista tr plice oriunda da sociedade civil S o Paulo adota um processo de escolha parecido Em 200
166. es e construir um Rio de Janeiro melhor assinale o m ximo de 3 W EN EN Er Er E o integra o do transporte p blico melhoria do sistema de sa de p blica melhoria da qualidade da educa o redu o da viol ncia urbana e aumento da sensa o de seguran a investimentos no sistema log stico rodovias ferrovias portos etc redu o da pobreza e desigualdade sociais investimento em gest o p blica empreendedora e profissional amplia o do acesso moradia digna Macroplan j IETS recupera o do meio ambiente e elimina o do risco ambiental crescimento econ mico redu o do desemprego redu o da corrup o melhoria do ambiente de neg cios redu o da burocracia e est mulo abertura de novas empresas aai o id maior di logo e coopera o entre os tr s n veis de governo o setor privado e a sociedade civil outras 7 Em uma frase descreva o Rio de Janeiro dos seus sonhos
167. es que se destacam no cen rio pol tico com uma infra estrutura n utica no litoral do estado do Rio de Janeiro para melhor atender aos navios de turismo que visitam a nossa costa Com um turismo organizado com um cen rio de cidade de primeiro mundo Na minha imagem de futuro vejo o turismo revigorado do Rio um estadoseguro e com sua natureza bem cuidada praias montanhas ecossistemas O turismo n o de litoral mas tamb m serrano e interiorizado N o s de praia e montanha mas tamb m de car ter cultural fazendo bom uso do valioso acervo que temos aqui Um estadosendo divulgado de maneira profissional mostrando todas as suas belezas e sendo absorvido pelos turistas que hoje desistem at do Rio de Janeiro por falta de seguran a O nosso estado tem potencialidade para ser um grande p lo de turismo O meu sonho ver esse estado desenvolvido e desenvolvendo o turismo com o potencial que a cidade tem Por outro lado o desenvolvimento econ mico que norteia o futuro desejado n o se restringe ao turismo Embora este permane a como setor relevante outras potencialidades s o lembradas como a ind stria cultural art stica e de entretenimento o setor industrial com destaque para a ind stria de petr leo e naval a produ o de hortifrutigranjeiros a voca o para a moda as atividades financeiras a produ o de design lato senso s o exemplos deste leque de capacidades que os entrevistados imaginam q
168. esenvolvimento local para que se possa empregar estas pessoas e evitar este fen meno di rio No passado eu achava que S o Paulo era um lugar invi vel Vinte milh es de pessoas aglomeradas em uma grande metr pole Da eu fui ao Jap o em uma cidade que tinha vinte e cinco milh es onde tudo funcionava bem Cada regi o construiu uma vida pr pria e gerou emprego para as pessoas da regi o N o podemos ver a quest o demogr fica como um problema sem solu o O que n o pode existir um fluxo enorme de pessoas deixando e entrando na cidade todos os dias como no caso de S o Gon alo 1 2 2 O Estado n o exerce seus pap is n o planeja n o regula e n o fornece servi os Ao se tratar de uma quest o que pela sua natureza tem o estado como seu principal agente natural que a responsabilidade pelas mazelas decorrentes Ihe seja atribu da Conseq entemente a gest o do Estado no planejamento na regula o e na fiscaliza o do processo de organiza o territorial e urbana tamb m mal avaliada pelos entrevistados Falta um plano urban stico para esta cidade Falta um Plano Diretor que deixe claro qual s o as voca es desta cidade Qual a sua identidade Temos que administrar o uso do solo quais s o as voca es da cidade quais as regras que v o definir como e quanto a cidade cresce Temos que criar mecanismos de compensa o Por exemplo aquele que construir um pr dio maior ter que construir u
169. especial Copacabana um nome marca mundial O potencial tur stico insuper vel aliando o mundo cosmopolita com a simplicidade e a descontra o caracter sticas da cidade e de seu povo O principal entrave a deteriora o da marca pela viol ncia e inseguran a al m dos cuidados com a imagem limpeza e degrada o urbana e de seus entornos morros e praias A natureza e a geografia favorecem o estado no que diz respeito ind stria do turismo mas a mesma n o explorada a contento ao mesmo tempo em que a viol ncia e a falta de respeito afastam os turistas O gargalo para o turismo a viol ncia que impede que novos turistas queiram visitar o Rio e que os antigos voltem Nos ltimos anos a inseguran a recrudesceu Uma pesquisa diz que o turista que vem ao Rio n o liga pra viol ncia e na verdade isso n o importa Eu quero saber o que pensa o que n o vem O Rio Tem O setor de turismo est reivindicando um corredor de seguran a tur stico que seria uma zona de incid ncia criminal zero para impulsionar o setor E um ato de desespero e deve ser considerado como tal eu nem concordo muito com isso mas pode ser uma solu o Segunda conseqii ncia a viol ncia afasta os investimentos A imagem do Rio de Janeiro de estado inseguro e violento tem produzido um efeito perverso em rela o atra o e reten o dos investimentos na vis o dos entrevistados com consequ ncias na receita do Estado e
170. estaurar a atividade econ mica no estado do Rio de Janeiro Criar investimentos em reas que possam incorporar uma grande massa de pessoas como constru o civil ou pequenas empresas por exemplo ou a dinamiza o dos servi os embora neste caso haja muita discuss o no que concerne quest o da capacidade de gera o de empregos promovida pelo turismo e pela sua conviv ncia com a ilegalidade remessa de divisas etc Gera o de empregos A experi ncia recente da ind stria naval promissora Mas n o podemos apostar somente nela Outros setores devem ser envolvidos O Rio Tem Futuro E 3 4 Prioridades no campo ambiental 3 4 1 Aumentar os investimentos em saneamento b sico O saneamento lato senso a principal prioridade apontada pelos entrevistados 10 para a rea ambiental destacando se tamb m os benef cios em sa de e qualidade de vida Saneamento 5 cita es Tem que ter coisas b sicas e prim rias que precisam ir para frente como o saneamento Mas elas levam tempo e se n o come ar logo n o avan am Efetivo investimento nas reas mais carentes principalmente em saneamento Investir em sa de preventiva o que significa oferecer a toda a popula o gua tratada esgoto sanit rio Aumentar os investimentos em saneamento b sico que garantem sa de e qualidade de vida para todos Muita gente pensa que saneamento b sico problema s da periferia N o n o Ele prejudica a sa
171. eto educacional revolucion rio para o estado Aproximar a fam lia da escola Investir pesadamente na melhoria da gest o de educa o p blica desde o n vel de cada escola at o sistema educacional 3 1 3 Sa de Cerca de 20 dos entrevistados 34 no total destacou a sa de como prioridade para os pr ximos 4 anos 3 1 3 1 Ampliar os investimentos em sa de Esta a principal prioridade apontada pelos entrevistados que se manifestaram sobre a sa de genericamente consideram que preciso aumentar a aloca o de recursos e dar mais aten o sa de de uma forma geral Priorizar a sa de investir mais na sa de 20 cita es 3 1 3 2 Melhorar a qualidade e o n vel de atendimento em sa de com destaque na sa de da fam lia A segunda grande prioridade apontada neste campo refere se melhoria da qualidade dos servi os de sa de especialmente do atendimento Melhorar a sa de 3 cita es assegurando dignidade e presteza no atendimento 3 cita es As comunidades e fam lias mais carentes s o identificadas como priorit rias Sa de da fam lia Deflagrar e estimular a estrutura dos m dicos de fam lia A Sa de P blica passa por pol ticas sanit rias s rias de preven o gua pot vel esgoto posto de sa de nos bairros e que ficassem respons veis por acompanhar as crian as dessas localidades peso cart o de vacinas exposi es a risco abusos viol ncia dom stica Macroplan
172. etores para o desenvolvimento econ mico e social do estado No entanto atrelados preserva o ambiental e ao desenvolvimento da infra estrutura H tamb m propostas de prioridade espec ficas para a cultura e os esportes preciso investir tamb m no p lo cultural O importante n o deixar cair a produ o que j existe no Rio Macroplan 1 E T s Precisamos investir tamb m na Cultura o Rio tem uma infra estrutura cultural muito boa Mobiliza o financiamento e promo o da cultura O outro setor poss vel a explora o do potencial cultural a converg ncia do turismo com a cultura O Rio tem uma parte cultural rica que muito mais do que Ipanema Dando oportunidade s pessoas elas frequentam espa os de arte de m sica Isso tem que ser mostrado e estimulado Identificar e investir nas vantagens comparativas do Rio cultura criatividade inova o conhecimento intelig ncia solidariedade Investir em cultura Ter mais espa os culturais cinemas e pra as inclusive dentro das comunidades Finalmente transformar o Rio em um p lo de cinema de novas tecnologias trabalhando com as universidades e aproveitando as potencialidades que o Rio tem Acho que poder amos investir tamb m no futebol este esporte uma boa m quina para o Rio de Janeiro No mais identificar alguns ganchos como o Pan Americano por exemplo e neles jogar esfor o para romper a in rcia
173. everia estar acima das quest es particulares Temos que ter uma rela o amig vel e n o tornar o Rio um inimigo do governo federal dif cil voc separar no caso do Rio de Janeiro o que o governo do estado tem que fazer e o que o prefeito do Rio tem que fazer porque em certo sentido os problemas do estado est o misturados E preciso uma agenda comum Estreitar os la os entre a capital e o interior O estado do Rio de Janeiro ainda padece da macrocefalia da capital e da pobreza do seu interior Sou radicalmente contra a desfus o do Estado E necess ria uma maior integra o pol tica intra estadual para que possa lutar contra as desigualdades s cio econ micas Maior colabora o e sintonia entre os tr s poderes Por outro a articula o parceria e coopera o estado x sociedade foi bastante destacada 10 entrevistados consideraram este tema como priorit rio ressaltando se inclusive que esta n o uma iniciativa exclusiva do estado Classe pol tica se aliar e fazer parceria com a sociedade Juntar a burguesia com a intelectualidade e a classe pol tica em um projeto de identidade para o estado O Rio uma cidade de desigualdades sociais gigantescas preciso construir pol ticas p blicas com sinergia e intra setoriais Existem diversas pol ticas empresariais de responsabilidade social que poderiam ser direcionadas para quest es da sa de por exemplo N o tem que inventar a roda na rea social Tem
174. existentes forma o deficiente do funcionalismo p blico sobretudo em seguran a educa o e sa de falta de planos consistentes para forma o continuada desses profissionais Outro problema grave a baixa capacidade de esclarecimento de crimes no Rio de Janeiro A Pol cia T cnica muito deficiente Em 1996 a taxa de esclarecimento de homic dios foi de 8 Dados atualizados ainda n o consolidados de uma pesquisa apontam para uma taxa em torno de 10 em 2004 Os dados e informa es banco de dados dispon veis na rea de Seguran a P blica do Estados o muito pobres apesar do avan o significativo que representou a publica o mensal de estat sticas no Di rio Oficial Muitas delegacias ainda n o s o informatizadas Como consegl ncia a pol cia n o consegue monitorar e avaliar com confiabilidade o resultado do seu trabalho Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Os controles internos das pol cias n o funcionam As corregedorias s o absolutamente corporativas Os processos contra policiais s o morosos e as puni es p fias Em m dia um policial expulso por dia segundo o atual corregedor da Pol cia Militar talvez devessem ser 100 se quis ssemos realmente limpa a pol cia Em S o Paulo a corregedoria bem mais forte O sistema Via R pida implantado em SP uma boa id ia que poderia ser aproveitada E preciso refor ar as corregedorias que t m que ter uma carreira
175. fato do estado se encontrar no epicentro da regi o mais densamente povoada e economicamente mais ativa da Am rica Latina al m do seu tamanho e da sua proximidade dos grandes centros consumidores do Brasil O tamanho do estado O fato de ser pequeno ajuda muito Vantagens a grande visibilidade e a localiza o pr xima aos consumidores pr xima dos dois mais importantes centros de consumo brasileiros S o Paulo e Belo Horizonte formam na linha de frente das potencialidades cariocas As principais potencialidades s o sem d vida a localiza o geogr fica o clima e a beleza natural encontrada em toda a regi o seja no litoral ou no interior do estado 1 3 3 Nem tudo s o flores a percep o negativa predomina sobre a dimens o econ mica Apesar de existirem algumas opini es favor veis sobre a situa o presente do Rio de Janeiro a percep o negativa predominou Para a maior parte dos entrevistados as qualifica es para o atual estado da economia carioca e fluminense variam entre a estagna o e o franco decl nio Foram identificadas tanto no cen rio nacional quanto internacional perdas de posicionamento de visibilidade e principalmente de oportunidades O PIB do munic pio do RJ est menor do que h 30 anos O Rio tem procurado sair dessa situa o atrav s da explora o de sua voca o tur stica e de servi os mas eles n o t m a escala necess ria As atividades econ micas n o sustentam es
176. forte concorrente do estado J possui v os lotados e as empresas de turismo j realizam v os diretos sem escala no Rio de Janeiro O Rio deixou de ser a meta principal dos turistas o pessoal quando vem para o Brasil acaba indo para o Nordeste que al m de ser mais perto da Europa mais seguro A imagem de inseguran a do Rio cada vez mais forte Como gosto muito de l e vivi l sei que n o t o ruim assim Mas a maioria das pessoas que conhe o morre de medo de ir ao Rio J pensou no impacto negativo desta imagem para o futuro do turismo por l A beleza da cidade o clima e o ambiente carioca A voca o tur stica do Rio absoluta Mas n o se pode conceber que se mate turista na praia ou que os flanelinhas achaquem as pessoas do jeito que fazem O turismo uma rea mal cuidada no Rio que poderia render muito mais do que rende Se a cidade do Rio de Janeiro estivesse nas m os de europeus ou de americanos isso aqui seria uma Disney a c u aberto Muito melhor aproveitado A seguran a tamb m um s rio problema O Rio tem n veis alt ssimos de criminalidade assalto a turistas e outros que n o s o problemas dif ceis de resolver para fazer do Rio um grande centro n o s de passeios mas tamb m de filmagens de cinema TV e publicidade Nosso maior ativo aquele ao qual paradoxalmente temos dado menos valor a imagem e marca de cidade maravilhosa e porta natural do turismo no Brasil Em
177. galos O Rio de Janeiro um estado que tem o maior n mero de escolas e universidades e no entanto exportador de m o de obra de cientistas que v o trabalhar em S o Paulo ou no exterior O jovem se forma aqui e vai embora vai para onde tem o dinheiro J foram feitos estudos como quanto custa cada morte Seria oportuno realizar outra pesquisa para saber a perda de cada jovem qualificado Uma das oportunidades perdidas foi localizada na falta de integra o entre os centros de pesquisa e as empresas governo e at O Rio Tem Futuro 2 E autoridades militares que segundo um dos entrevistados s vezes fica fora dos programas de coopera o por preconceito A liga o universidade e empresas uma estrat gia que v rias cidades do mundo utilizaram e o Rio tem esse potencial essa vantagem em rela o a outras cidades brasileiras H iniciativas por m ainda h muito espa o precisamos melhorar H iniciativas em offshore mas s o iniciativas isoladas ainda s o incipientes para as potencialidades que o Rio apresenta Tamb m vejo muito futuro na rea de inform tica temos grandes universidades com caracter sticas de tecnologia isso n o se refere a tecnologia apenas para a ind stria do petr leo mas tamb m para o desenvolvimento de software em geral No setor de TI o governo tem tido papel importante Por m s o experi ncias desvinculadas das universidades ou do setor produtivo O estado da I
178. gr ficos dificuldade de ocupa o em reas ngremes tanto para agricultura quanto pecu ria e econ micos A Regi o Sul fluminense a mais arborizada porque montanhosa A regi o do M dio Para ba at o Vale do Para ba Cl ssico tem algo a perder do ponto de vista de reas a serem preservadas 1 4 2 3 Consci ncia ambiental Houve uma nica cita o otimista com rela o a consci ncia ambiental e a sensibilidade da sociedade para enfrentar a quest o Ainda assim a minha percep o de que a cidade est melhor est mais cuidada h uma consci ncia ambiental maior e mais sensibilidade para enfrentar os problemas O Rio Tem Futuro E 2 a 1 5 A situa o pol tico institucional A grande maioria dos entrevistados 114 pessoas discorreu sobre a situa o pol tica e institucional do estado do Rio de Janeiro com uma avalia o contundente da situa o atual A m qualidade descompromisso e desuni o das lideran as a deteriora o fragilidade e obsolesc ncia das institui es p blicas notadamente as estaduais a falta de vis o de longo prazo a fraca coopera o entre os tr s n veis de governo e a corrup o end mica s o os destaques dos depoimentos colhidos 1 5 1 M qualidade descompromisso e desuni o das lideran as especialmente as pol ticas Com rela o a este item os aspectos mais citados foram a car ncia de lideran as qualificadas agregadoras e comprometidas com o o i
179. hamar de boa s o os royalties do petr leo Mas eles n o dependem de nenhuma a o do estado e a meu ver sua distribui o injusta Se o petr leo tirado na plataforma continental que pertence Uni o os royalties deveriam ser distribu dos igualmente por todos os estados J outro criticou a a o da Petrobras que a seu ver desestimula os investimentos privados em fontes limpas e renov veis de energia Apesar disso foi citada a voca o do Rio para se tornar um p lo energ tico O p lo petr leo que vai muito bem est sendo objeto de uma investida hegem nica da Petrobras que inibe o investimento e a diversifica o O Rio poderia se tornar um centro importante da nova ind stria energ tica estimulando a diversifica o do setor rumo a fontes limpas e renov veis de energia que certamente conviveria com a energia f ssil ainda por muitos anos Mas a amea a representada pela Petrobras faz os investidores procurarem outros espa os longe do alcance de seu poder monopol stico e de sua autonomia de capital que lhe permite usar inclusive politicamente seus recursos financeiros sem penalidade de mercado Temos tamb m a voca o de p lo energ tico um p lo de ecotecnologia misturando o verde e o potencial energ tico do petr leo Como vantagens apesar de poucas j temos segmentos empresariais avan ados como a ind stria o setor de energia O setor energ tico est bem Al m do petr leo e g
180. horia da educa o principalmente a educa o infantil S a educa o infantil capaz de quebrar essa tend ncia desigualdade A nica forma de equalizar melhorar o ingresso da crian a mais cedo Os estados que avan arem mais r pido nisso v o se dar melhor porque para ser competitivo em servi os preciso investir muito em capital humano O capital humano no setor de servi os ainda mais importante preciso maior cuidado na educa o fundamental e no n vel m dio com a forma o de m o de obra qualificada Facilita o das entidades religiosas dos programas de assist ncia ao preso interno quando sai do sistema penal e sua fam lia Trabalho educativo buscando evitar a drogadi o Uma prioridade tem que ser a escola de n vel m dio Do jeito que est n o vejo um movimento que d esperan a A filosofia do Ciep excepcional Se voc visitar escolas como eu j visitei na minha vida fica abismado com o n vel dos professores Universaliza o do ensino m dio p blico de qualidade Futuro 2 Macroplan 1 E T s Em 4 anos 100 das crian as na escola at o n vel m dio Reforma no sistema educacional implanta o do ensino da m sica nas escolas oficiais desde a pr escola at o segundo grau Um foco priorit rio especialmente entre os entrevistados do interior o das escolas t cnicas e ensino profissionalizante Reorganiza o da rede p blica estadual
181. icar a seguran a preparando e capacitando nossa pol cia Seguran a investir em seguran a criando uma pol cia inteligente formando profissionais competentes recrutados nas reas onde ele vive Valorizar o policial e sua fam lia Assegurar remunera o adequada para os policiais O Rio Tem Futuro 2 E A prioridade est na seguran a Equipar a pol cia pagar melhor aos policiais Ampliar e aperfei oar a infra estrutura f sica e a legisla o O pr ximo governo tem que investir em seguran a Os atuais volumes de investimento s o uma piada Algumas cidades possuem s 40 do que deveriam ter de efetivo policial e o n mero de viaturas nem se fala Adequar as unidades prisionais e adotar penas alternativas Melhorar a legisla o para que a pol cia n o trabalhe em v o um absurdo um policial prender o mesmo assaltante duas vezes no mesmo dia com apenas 4 horas de diferen a E um absurdo um assaltante pegar uma pena mais branda que uma senhora idosa que se defendeu atirando neste mesmo assaltante Intensificar a coopera o pol cia x comunidade No campo da seguran a p blica as prioridades devem girar em torno de estreitar a rela o entre pol cia e comunidade O policial deve ter uma efetiva e respeitosa rela o com a comunidade para tal essencial que seja capacitado em direitos humanos Priorizar iniciativas estruturantes que ataquem as causas da viol ncia Por ltimo mas n o
182. iciativas e vanguardas Tem a cultura em geral m sica udio visual dan a etc Outro elemento o p lo de cinema e v deo o Rio tem a presen a da Globo e isso podia ser mais bem explorado Existe no Rio um potencial para a promo o de eventos internacionais com grande repercuss o incluindo shows carnaval feiras e congressos Se por um lado o excesso de tributa o atrapalha a realiza o de alguns eventos importantes por outro alguns empres rios se habituaram a depender do patroc nio do Estado e da Prefeitura para realizar seus espet culos A Globo e a Band est o no Rio mas com o excesso de tributa o esse desenvolvimento atrapalhado O ICMS no Rio de Janeiro de 6 enquanto em Alphaville de 2 Quanto maior o tributo menor a arrecada o Tamb m vejo uma voca o grande para cultura para o show business m sica samba teatro espet culos E uma atividade que tem tudo a ver com o turismo Estou falando de ganhar dinheiro show business nada de oba oba de artista ficar pedindo verbas p blicas para a cultura A ind stria cultural do Rio est enfraquecida se n o fosse a Rede Globo n o ter amos nada aqui Teatro forte grandes produ es em S o Paulo no Rio os grandes artistas internacionais nem vem mais s se bancados pela prefeitura Perdemos eventos importantes que n o poder amos ter perdido como F rmula 1 moto velocidade entre outros Tem grandes espet culos que n
183. idade o meu projeto de vida n o penso em mudar me em momento algum mas acho que vivemos uns dos momentos mais tristes da nossa hist ria e meu pessimismo anda muito alto Tenho observado que estamos com solu es individuais em detrimento das coletivas e isso me preocupa muito Quero retomar o otimismo que existe dentro de mim Futuro 2 Macroplan 1 E T s A neurose tomou conta de todos por causa da seguran a Acho que a gente n o tem sa da s mudaremos com uma guerra civil N o vejo sa da para o Rio e nem para o Brasil em m dio prazo Estamos a quinhentos anos andando na contram o Para se voltar ao zero temos que andar quinhentos anos ao contr rio O meu pessimismo em rela o ao todo muito forte Acho uma pena o Rio n o ser o que poderia ser No momento atual eu n o consigo ver uma sa da para a cidade Quando penso no Rio de Janeiro local onde desenvolvi minha atividade profissional e cresci fico com muita pena Acho triste a situa o do Rio H muita desesperan a N o se tem perspectiva de futuro Ent o considerando a sa de poss vel falar que o Rio tem jeito E dif cil Se o Rio tem uma solu o eu n o sei mas se ela existir ser muito trabalhosa e vai levar muito tempo O meu sentimento em rela o do Rio de preocupa o para n o usar a palavra desespero Estou entre inseguro e pessimista N o vejo nenhuma proposta pol tica que me estimule a acreditar que o Ri
184. idade do Rio de Janeiro foram apontadas as vantagens da conviv ncia pac fica entre lazer nos tr picos e conforto urbano Entretanto houve quem denunciasse o perigo representado pela degrada o do ambiente urbano essencialmente uma cidade balne ria com clima agrad vel para quem busca o sol e o calor dos tr picos O turista pode desfrutar ao mesmo tempo de uma das grandes megal poles do mundo com todas as vantagens que a grande cidade oferece Isso inclui o ref gio contra os excessos de calor provido pela climatiza o reparadora tanto nos hot is e restaurantes quanto no com rcio e at mesmo no metr nos nibus e nos t xis Eu acho que o Rio j foi uma cidade maravilhosa hoje uma cidade feia Voc s diz que Copacabana bonita se estiver olhando o mar n o pra dentro Ipanema hoje vive um processo de copacabaniza o n o existe mais aquela Ipanema do Vin cius do Posto Nove Ainda assim eu acho que a cidade tem muito potencial Contudo n o s o turismo de lazer foi apontado como tamb m as oportunidades contidas na explora o de nichos espec ficos como o turismo cultural o ecoturismo o de neg cios o especializado no p blico gay Existe tamb m potencial para o eco turismo o custo oportunidade da terra baixo e atratividade deste tipo de turismo cada vez maior Al m de tudo para quem vem ao Brasil a neg cios est a menos de uma hora de S o Paulo onde o visitante pode passar o
185. idades do mundo incluindo EUA e Europa Estou convencido que nenhuma consegue ser t o bonita quanto o Rio E esta beleza n o s f sica Engloba al m das imensas belezas naturais as pessoas e o patrim nio art stico e cultural A grande vantagem do Rio de Janeiro uma paisagem nica e uma vida social intensa Qualquer pessoa com muito dinheiro ou com pouco dinheiro encontrar uma rica programa o cultural esportiva musical E uma cidade beira mar com caracter sticas de uma grande metr pole z O Rio uma cidade linda a natureza espetacular as pessoas s o am veis n o h o preconceito contra o estrangeiro explorador encontrado em v rios pa ses inclusive na Am rica Latina Al m de suas belezas naturais n o s na capital o Rio tem um povo alegre e acolhedor o que muito pode contribuir para o aumento do turismo principalmente na capital O Rio Tem A grande potencialidade do Rio sua beleza Veja por exemplo a beleza da regi o da lagoa com as matas da floresta da tijuca no entorno E espetacular Temos tudo para ser um grande destino tur stico do Brasil e do mundo A cidade sem favor uma das mais belas do mundo Conjugando praias maravilhosas de areia branca com imponentes montanhas que penetram na pr pria cidade e com a maior floresta urbana do mundo o Rio tem ainda belos parques e um tra ado urbano moderno e atraente em grande parte da cidade Especificamente na c
186. io Com isso o Rio perde setores de atividades importantes como o financeiro o de empresas de telefonia de publicidade e at mesmo o jornal stico com parte da TV Globo transferindo seu jornalismo para l Os paulistas adotaram pol ticas inteligentes e Futuro 2 Macroplan LE TOS agressivas para atrair empresas como isen es fiscais O Rio de Janeiro n o est sabendo competir O crescimento urbano desordenado o empobrecimento da popula o em decorr ncia do baixo dinamismo econ mico a reduzida diversifica o da estrutura econ mica do estado hoje em dia concentrada no petr leo aliados falta de uma pol tica para as micro e pequenas empresas s o outras causas apontadas para a redu o do n vel de atividade econ mica no Rio Isso sem falar na escalada da viol ncia e da economia informal z Outro fator de expuls o das empresas do Rio a criminalidade Temos not cia de diversas empresas instaladas na Avenida Brasil que optaram por deixar a cidade por causa do crime O principal problema a seguran a do nosso estado que impede at mesmo que os empres rios venham instalar suas f bricas aqui optando por outros locais A escalada da informalidade corr i a imagem do estado e gera uma concorr ncia desleal e predat ria para os neg cios legalmente estabelecidos A inseguran a p blica afugenta turistas e neg cios Os servi os de sa de s o de baixa qualidade Outros fatores de ordem c
187. ios foi aspecto destacado por 7 entrevistados Uma voz solit ria enfatizou a necessidade de ren ncia fiscal Sem d vida a quest o fiscal precisa ser resolvida preciso montar uma agenda pol tica um pacto federativo uma rela o de parceria mesmo com S o Paulo envolvido Devemos buscar parceria naquilo que realmente interessa ao estado Reforma fiscal urgent ssima preciso modernizar a legisla o trabalhista e reduzir a carga de tribut ria que limita o crescimento Reduzir a carga tribut ria elevada 2 cita es Promover a reforma tribut ria os empres rios est o sobrecarregados estado ser mais competitivo em termos tribut rios sempre que poss vel com outras localiza es Ren ncia fiscal para o setor de servi os em geral A redu o da informalidade ou uma ampla formaliza o dos neg cios outra iniciativa priorit ria para alavancar a competitividade do Rio de Janeiro Estimular o empreendedorismo e a legaliza o das empresas no estado Para isso preciso simplificar a vida do futuro empres rio acabar com a burocracia e a sacanagem E necess rio dar um choque de formaliza o e simplifica o Valorizar tamb m o empreendedorismo p blico Desburocratiza o legisla o urbana mais facilitada para aumentar a formaliza o de moradias e firmas No processo de inclus o pretendido tomar a informalidade como um portal para a futura formaliza o criando um regime jur dico
188. ipais apostas O Rio Tem Futuro Turismo 799 Ind stria do petr leo e g s 610 Ind stria cultural e de entretenimento 448 i Ind stria naval e offshore 346 f Infra estrutura de inova o e conhecimento K A ais 220 universidades centros de pesquisa laborat rios etc E Setor de servi os avan ados 160 Tecnologia de informa o o Infra estrutura f sica e log stica Outros 18 Cm E a O N Por m a manter a situa o vigente ou seja caso o cen rio atual permane a inalterado 86 dos opinantes acreditam que no futuro de longo prazo a situa o do estado ser inferior encontrada atualmente pior ou muito pior o que refor a o fato de que a maioria avalia a situa o presente de forma negativa como j destacado no item anterior Apenas 6 julgam que se nenhuma mudan a relevante for empreendida estaremos em situa o igual e inversamente 8 avaliam que o cen rio ser positivo a situa o estar pouco ou muito melhor b Macroplan 2 LE TOS Como voce imagina que o Rio de Janeiro estar daqui a 20 anos se a situa o atual for mantida muito melhor 2 muito pior pouco melhor 63 6 namesma situa o 6 pior 23 Finalmente solicitou se que os opinantes indicassem em um conjunto formado por 15 a es aquelas que no seu entendimento seriam priorit rias de serem realizadas em um contexto de curto prazo pr ximos 4 anos Coeren
189. ir O Rio Tem 3 1 2 1 Valorizar a educa o Esta a principal prioridade apontada pela maioria dos entrevistados de forma gen rica consideram que preciso aumentar a aloca o de recursos e dar mais aten o educa o Um dos entrevistados faz uma associa o direta da educa o com o desenvolvimento Investir mais ou muito mais em educa o 24 cita es Tem que ter coisas b sicas que precisam ir a frente educa o uma delas e leva tempo para produzir efeitos Por isso preciso come ar o quanto antes mas tudo isso passa pela educa o pela forma o pela qualifica o das pessoas At mesmo quest es relativas a temas como planejamento familiar por exemplo remetem educa o porque para que a pessoa possa tomar suas decis es ela precisa de informa o e de capacidade de articular as informa es Dessa forma quando se fala de educa o fala se de crescimento de emprego de desenvolvimento As empresas precisam de pessoas qualificadas para se desenvolverem N o h inova o que n o passe por um processo de transpira o Id ias h muitas mas agora o que se tem que fazer implement las H recursos mas eles s o mal aplicados Se n o formos mais eficazes na aplica o dos recursos que dispomos estamos fadados a perdas ainda maiores 3 1 2 2 Melhorar a qualidade da educa o especialmente do ensino p blico com nfase na amplia o da jornada escolar Os entre
190. iro Apresentador e analista pol tico TV ZOOM Nova Friburgo Historiador Diretor da Macroplan e Ex Superintendente do CENPES Presidente da Associa o Comercial de B zios Ex presidente Inmetro e Petrobras Distribuidora Diretora Centro de Estudos de Seguran a e Cidadania Psicanalista Idealizador e fundador do Projeto Grael hoje Instituto Rumo N utico Editor Chefe da Veja Rio Secret ria de Turismo de Paraty Te logo Escritor e Membro da Comiss o da Carta da Terra Secret rio de Agricultura Abastecimento e Produ o de Petr polis Jornalista e Editor Fundadora da Orquestra de Cordas da Grota do Surucucu Niter i Gerente Geral da TV Futura Cientista pol tica Jornalista e Comentarista da CBN O Rio tem Futuro 247 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan 94 95 96 97 98 99 100 101 102 108 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 TZ 118 119 120 121 122 128 124 125 248 E TS Luciano Pessina Lucinha Ara jo Luiz Carlos Barbosa Luiz C zar Fernandes Manoel Francisco de Oliveira Manoel Ribeiro Marcelo Casta eda Marcelo Madureira M rcio Selles Marcos Cavalcante Marcos Falc o Maria Della Costa Maria Teresa Fraga Gutterres Marina de Mattos Salles M rio C sar de Ara jo Mauro Os rio Merval Pereira Miguel Darcy Octavio Amorim Neto Orl
191. is acabam entrando no jogo pois t m fragilidades Prevalece a pequena pol tica de interesses imediatos Na pol tica temos uma crise dos segmentos esclarecidos Por exemplo as associa es de moradores perdem representatividade no varejo pol tico preocupadas em adquirir prest gio e benef cios N o existe homogeneidade em rela o s expectativas Vencem os candidatos que prop em solu es imediatas e assistencialistas O posicionamento pouco sin rgico e muitas vezes de conflito adotado entre os governos locais estado e munic pios e destes com o Governo Federal tamb m destacado H muitos anos que os governantes fluminenses assumem posi es de conflito entre si e tamb m contra o Governo Federal trazendo grandes preju zos para a popula o H tamb m refer ncia ao modelo mental do cidad o e do pol tico fluminenses que tendem a pensar nacionalmente em detrimento dos interesses do estado O Rio de Janeiro pensa nacionalmente Minas Gerais e S o Paulo por exemplo pensam os seus estados 1 5 1 3 Falta de qualidade e de compet ncia aos pol ticos A qualidade e compet ncia deficientes dos pol ticos fluminenses foram citadas com frequ ncia O baixo n vel intelectual e cultural aliados a falta de seriedade e interesse foram os aspectos mais abordados Falta compet ncia conhecimento t cnico profissionalismo preparo para tratar da coisa p blica 9 cita es Com o passar do tempo a
192. ito trabalho lideran as agregadoras e corajosas uma vis o de futuro que nos una uma agenda estrat gica que nos indique o que n o pode deixar de ser feito neste sentido e elevada capacidade gerencial Estamos atrasados nesta caminhada rumo ao futuro J perdemos muito tempo A Macroplan e o IETS est o prontos para contribuir com suas melhores compet ncias com o mutir o que precisa ser feito por todos para tirar o Rio de Janeiro deste atoleiro e fazer o melhor futuro acontecer Claudio Porto Andr Urani Diretor da Macroplan Diretor do IETS cporto Omacroplan com br auraniDiets org br Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Sum rio Apresenta o ass inss aa Da ia LSD danada RN Hd epa 4 Objeto da PESQUISA casais paises sapato alas sdnan da LES a eaaa aae aeaa tE Rane 12 Modalidades e procedimentos e reanesssacccetearaanaaaa 14 A Pesquisa Qualtalva sides spas E ie sons URdARARA OS PEGaS ES NT SEER AEREAS nose 18 Considera es INICIAIS sinais aa Ena Sia SD o ESA ESSE a do Rad 20 1 O Presente do Rio de Janeiro percep es sobre a situa o ATUA ssistunia tiras tiles dente NE AAE ATARI SUA DORIAN ADSL E OT RS a a Sa aa DO 21 TITA Situa o SOCIAIS aaa Sa S NG SS 22 1 1 1 A in seguran a o principal problema s 22 Tl AS CAUSAS osatotrad tes cd rege R A E NRT 25 1 1 2 EQUCA O airin ias ad A asi qui Aa oa 37 11 3 SAVICOS arrasar TA sanita aAA E dal df a Teie
193. j faz um bom tempo que imaginava a possibilidade desta deteriora o Meu sentimento pelo Rio de Janeiro de carinho e pertencimento O Rio uma cidade muito inclusiva eu sou nordestino mas sempre me senti em casa aqui E uma cidade da qual eu gosto muito E isso tudo n o pode ficar na m o de bandido Para al m dos sentimentos e emo es despontam as impress es negativas em torno do presente Estas se justificam por meio de um processo racional de avalia o da situa o vigente Os entrevistados buscam aderir suas interpreta es particulares impress es e opini es a um conjunto de informa es que se situam nas diferentes esferas da vida social cultural pol tica e econ mica Os n meros do petr leo a toler ncia com a impunidade a aus ncia do Estado a m qualidade dos pol ticos a baixa qualidade de vida e a perman ncia da viol ncia s o alguns elementos que emergem das falas dando materialidade a este estado geral de desalento e lan ando desafios para o futuro O Rio de Janeiro um estado em decad ncia tirando os n meros do petr leo um desastre Para dizer o que est bom tem que pensar muito Eu n o sei o que est bem A gente est chegando a um ponto tal de falta de respeito de toler ncia m xima ao inv s de toler ncia zero onde se aceita tudo A sensa o do carioca de que nada funciona N o cheguei ao ponto de abandonar o Rio n o quero ir embora Tenho investido aqui mas est
194. l dico na forma o da identidade do carioca combina se com a est tica descrita e faz com que o orgulho de ser carioca ainda resista apesar de todas as dificuldades que se apresentam Rio pura emo o Tenho um carinho muito grande pela cidade A cidade mais bonita do mundo um lugar onde se estuda se vive e trabalha dentro de um cart o postal E o Rio de Janeiro continua lindo Maravilhoso A m sica Cidade Maravilhosa define todos os sentimentos O Rio continua sendo a cidade mais bela do mundo xtase Eu nasci aqui e quero morrer aqui Sempre quando viajo e volto vejo a Lagoa o Corcovado o P o de A car a Ba a de Guanabara e isso tudo muito lindo Um belo estado com um povo muito carism tico Um espa o para viver sonhar e realizar O Rio um lugar timo para se viver Deveria ser um lugar aonde as pessoas v o para renovar a alma para curtir o tempo livre Sou um carioca irrevog vel O Rio Tem Futuro 2 E N o consigo me imaginar morando fora daqui O Rio de Janeiro um lugar que eu quero viver a minha vida inteira quero ficar velhinho e morrer aqui O Rio apesar de tudo um lugar onde nos sentimos bem Gosto de dizer que eu gosto do Rio gosto de mostrar o Rio N o quero sair do Brasil ou do Rio Muitas vezes os sentimentos se fazem acompanhar por um grau de reflexividade maior ou menor seja no sentido de justificar a avalia o positiva ou de introduzir
195. la o para universos maiores No entanto isso n o mitiga a riqueza de seus resultados eles representam um painel das imagens e representa es de segmentos relevantes de nossa sociedade especialmente das suas elites que t m maior capacidade de influir nas agendas decis rias e de formar opini es 2 Ver question rio no Anexo 4 Futuro 2 Macroplan O Rio Tem Macroplan iaag h NE A Pesquisa Qualitativa 18 O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 19 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 4 LE TOS Considera es Iniciais ma pesquisa qualitativa tende a captar o que se poderia denominar de senso comum da sociedade que se reflete particularmente nas grandes converg ncias Estas s o opini es criadas pelos formadores de opini o e compartilhadas pela maioria dos membros de uma sociedade e exprimem uma longa constru o social S o constru das e disseminadas ao longo do tempo de maneira parcimoniosa e permanente De forma mais precisa uma pesquisa qualitativa dessa natureza permite fazer duas identifica es centrais A primeira o senso comum id ias de toda natureza que convivem harmonicamente na vis o social dos membros de uma sociedade embora necessariamente n o tenham qualquer harmonia O contradit rio por m n o percebido na maioria das vezes pelos seus deten
196. lguma em ser como a Fl rida um balne rio de aposentados Temos que tomar como refer ncia a cidade de Barcelona uma cidade que optou por crescer com foco em servi os e grandes eventos Queria ver o Rio como uma Barcelona explorando sua voca o tur stica com seguran a e emprego Barcelona era uma cidade suja e portu ria Houve um planejamento de longo prazo e ao sediar os jogos ol mpicos arrumaram a cidade Hoje uma cidade segura limpa que gera emprego Temos esta chance agora com o Pan Como Barcelona Barcelona o Rio de Janeiro da Europa Estive l a primeira vez h vinte e poucos anos e voltei este ano Na primeira vez j havia ficado impressionado e fui surpreendido novamente com a cordialidade do povo A popula o sabe que o turismo a hist ria deles e todos colaboram no sentido de se fazer o melhor para o turista O motorista de t xi o jornaleiro os donos de lojas o passante etc E um povo com uma ndole muito legal que gosta de papo como o carioca gosta Paris devido ao seu potencial tur stico sua tranglilidade e por ser ampla e convidativa Futuro 2 Macroplan 2 3 Mas al m das refer ncias internacionais h quem arrisque uma compara o com outro estado brasileiro que guarda a imagem de ordem e civilidade Como gostaria que o Rio estivesse Como o Paran Impress es e sentimentos que conectam o presente com o futuro Durante as entrevistas ao discorrerem sobre
197. m Em estado lastim vel Praticamente n o existe uma rede p blica eficiente e isso vale tamb m para a rede privada O Rio possui uma extensa rede de institui es de ensino superior p blicas e privadas ainda pouco integradas entre si e com as comunidades Apesar da viol ncia ainda achamos que o principal problema a educa o A capacidade de discernimento est sendo destru da pela sociedade como um todo e com isso exige se o saneamento da sociedade a come ar pelos que se encontram em situa o de marginaliza o social pessoas ou grupos mais facilmente identificados devido a sua condi o econ mica O sistema educacional est em decad ncia A escola p blica est em escombros Pedro Il em particular um fiapo do que foi b Macroplan 4 LUKE TOS Quanto aos problemas educacionais as escolas est o muito fracas As particulares at s o boas mas as p blicas s o ca ticas Entre as causas principais foi citada a falta de investimentos tanto em instala es quanto em planejamento e preparo dos professores A causa b sica dos problemas ou o principal problema a falta de investimentos em educa o focados no ponto em que se acredita ser a verdadeira voca o do Rio Vale ressaltar que estes investimentos devem ser feitos de forma planejada e concreta Mesmo sabendo se que a educa o sozinha n o resolve os graves problemas sociais decorrentes de pol ticas herdeiras de mentalidades
198. m cuidados Ind stria naval questionando sua competitividade A ind stria naval est lenta Houve algumas men es espec ficas ao desenvolvimento recente da siderurgia e retomada da ind stria de pl sticos O setor sider rgico ainda um potencial al m do pr prio setor do petr leo A rea de siderurgia tamb m vai bem As potencialidades incluem a siderurgia A legisla o vigente gerou retorno a segmentos como o da ind stria de pl sticos que uma rea que gera empregos e que s foi poss vel com o envolvimento do estado A Ind stria de pl sticos j foi muito forte e hoje est voltando Foi lembrada a import ncia dos p los industriais como fator de atra o de outros neg cios principalmente no setor de servi os aproveitando o espa o f sico hoje ocioso O Rio Tem Os p los industriais podem abrigar novas empresas Existem lugares para instala o de empresas de turismo e outras empresas de servi o Existe uma quantidade enorme de im veis desocupados na cidade Temos v rios p los funcionando dentro do estado Petr polis tecnol gico Friburgo moda ntima Cabo Frio moda praia Resende metal mec nica Campos sucro alcooleiro Maca petr leo e g s Itagua Complexo Sider rgico Thyssen CSN e Itabora Refinaria Em Friburgo tem o setor de confec o 1 3 4 4 Turismo De modo geral a grande voca o do Rio tem se concentrado no setor de servi
199. m nio em torno do mercado financeiro O que aconteceu Todos os bancos foram para S o Paulo N s perdemos aqui em torno de 2 a 3 milh es de empregos Nossos governantes eram e talvez ainda sejam contra o sistema financeiro por convic es pol ticas e pessoais Economicamente a perda da hegemonia financeira que manteve por algumas d cadas ap s a mudan a da capital criou um clima de baixa auto estima que contamina bastante a juventude cujo foco foi durante muitos anos obter fortuna r pida Entre as causas das dificuldades econ micas do Rio de Janeiro muitos entrevistados destacaram a desmotiva o da sociedade civil a m qualidade e a corrup o da classe pol tica bem como a falta de sinergia entre as lideran as p blicas empresariais e a sociedade civil al m do desentrosamento entre os n veis de governo 3 Esta quest o ser abordada no item 1 5 que trata da dimens o pol tico institucional O Rio Tem Al m disso a falta de projetos competentes e solid rios que ofere am oportunidades de agrega o e inclus o social foi considerada um dos grandes obst culos ao desenvolvimento do estado necess rio mudar a pol tica financeira e fiscal federal e mesmo estadual para que os poderes p blicos voltem a ser redistribuidores de renda e n o concentradores como t m sido nas ltimas d cadas haja investimento p blico e privado voltado para combater os problemas de educa o habita o e tr
200. m como potencialidade a sua voca o de cultura de massa nada de grandes concertistas Temos esp rito inovador na cultura mas falta na rea empresarial S tem aposentados Um dos entrevistados entretanto chama a aten o para a potencial perda da express o art stica para S o Paulo que trata a quest o cultural de forma mais profissionalizada A express o cultural da periferia express o do oprimido em forma de arte que tem repercuss o nas periferias do resto do Brasil por exemplo com as oficinas de cultura No entanto perdemos pra SP o conceito de cultura como fomento de renda e emprego Iniciativas individuais isoladas Existe um movimento cultural muito grande e de qualidade nas periferias mas falta legitimidade Essas iniciativas podem emancipar para outras reas Culturalmente tamb m se percebe uma perda de express o com poucas manifesta es culturais deslocadas em sua maioria para S o Paulo que hoje sedia importantes montagens internacionais exposi es e shows de repercuss o Apesar de tudo o Rio conseguiu manter sua rea cultural uma rea que o Rio n o est mal pelo contr rio Ele um Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS estado atrativo nesse sentido Veja o segmento da m sica os grandes compositores e cantores Chico Caetano Gil Bet nia etc est o aqui E uma rea que se manteve apesar de tudo A sede da TV Globo continua no Rio O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio
201. m da sociedade est cada vez mais partida a taxa de desemprego elevada A sa de a educa o a seguran a e est o p ssimas Todas essas fun es s o do Estado o que demonstra que ele est falido Os servi os p blicos a justi a e a estrutura administrativa s o extremamente deficientes Todos os servi os p blicos perderam inteiramente a qualidade Todos os servi os que viraram privados aumentaram enormemente o custo da vida na cidade A popula o continua pagando impostos para os servi os fundamentais mas se quiser atendimento um bom atendimento tem que compr los na rede privada seguran a sa de educa o transporte eic Al m disso nos rg os p blicos como Detran Secretaria da Fazenda Subprefeituras etc o servi o cheio de burocracia O cidad o sabe que ao se envolver com qualquer rg o do governo vai ter que pagar propina Ainda neste campo dois temas foram comentados por diversos entrevistados Um deles se refere fragmenta o e a desigualdade de tratamento entre as regi es do estado A grande vantagem do tamanho do estado e sua homogeneidade n o bem aproveitada e cria um entrave grav ssimo que a centraliza o de tudo na capital numa eterna desvaloriza o das cidades do interior que mesmo as O Rio Tem Futuro 2 E que possuem atrativos pr prios vivem de sombras Tais cidades n o recebem aten o adequada nem recebem investimentos em infra estrutura
202. m o que querem fazer As pessoas precisam se sentir teis na vida entender o porqu de fazer da O Rio Tem cidade uma cidade melhor Essa uma maneira de se sentir integrado como parte do todo integrado na gest o do p blico por exemplo recolhendo o seu lixo individual na ocasi o do reveillon em Copacabana A sociedade carioca tamb m tem muitas mazelas Nosso povo por tr s da imagem de alegria e bom humor na verdade muito ressentido e tem uma tend ncia destrutiva de protestar por protestar e isso tudo d resultados terr veis E tamb m revela um comportamento cada vez menos civilizado inclusive das elites que s vezes me faz sentir como um babaca porque n o furo fila n o ando pelos acostamentos limpo o coc do meu cachorro das cal adas O Rio est descambando para uma verdadeira esculhamba o qual a grande maioria parece j ter se acostumado E isso me preocupa porque pode acentuar o processo de desequil brios sociais A personalidade do Rio de imediatista eu quero realizar as coisas em curto prazo Acho que o Rio de Janeiro a cidade de sempre O que vemos hoje fruto de um longo processo de se deixar levar que um reflexo claro da cultura carioca N o uma cultura da auto reflex o nem da autocr tica Logo os problemas s o empurrados com a barriga e obviamente v m se agravando A corrup o est disseminada e tudo s uma quest o de negociar o pre o de c
203. ma escola A quest o do planejamento urbano precisaria ser visto com mais seriedade o crescimento das favelas mais do que poluir a paisagem da Cidade submete essas popula es a situa es de car ncias b sicas Os im veis do Rio s o favelizados pelo governo Herdeiros da capital tomaram conta do peda o Seria necess rio criar uma secretaria especial combinando os tr s n veis de governo para cuidar da quest o fundi ria secretaria de desenvolvimento imobili rio O Rio Tem Futuro 2 E Uma cidade n o admite uma zona morta Uma zona morta d gangrena E a gangrena se expande inexoravelmente E preciso plantar sementes Guggenheim Para um entrevistado al m da incapacidade do Estado de gerir com efic cia as a es neste campo a corrup o e o descaso tamb m contribuem fortemente para agravar a situa o O Rio est uma bagun a Ando na praia todo dia basta ver a Vieira Souto a Delfim Moreira s de olhar o tamanho dos pr dios se percebe que algu m levou muita grana para deixar constru los A altura dos pr dios nas praias e na Lagoa um monumento corrup o A ocupa o urbana predat ria ou desordenada uma evid ncia da corrup o Aqui tudo uma bagun a Metade dos pr dios n o legalizada at o pr dio sede da Prefeitura n o tem habite se Outros protestam contra a pol tica do governo municipal que privilegia algumas reas da capital especialmente a zona sul em detriment
204. meio ambiente o urbanismo a arquitetura o transporte a moradia a escola e a sa de A cidade do Rio muito feia Bonito o lugar A Barra seria o grande laborat rio de arquitetura Como bairro mais novo poderia ter sido uma proposta Onde est o os arquitetos do Rio O Rio Tem Ela associa tr s dados que a fazem uma por o das mais ridentes do planeta Terra a montanha o mar e a floresta Pena que ela n o conseguiu ao longo das muitas reformas urban sticas por que passou conservar seu patrim nio colonial como o fizeram Salvador Recife e S o Lu s e outras conhecidas cidades mineiras Mas sente se nela tamb m sinais de decad ncia de uma antiga gl ria pol tica Pr dios n o s o mais pintados os lugares pitorescos da floresta da Tijuca a maior floresta urbana do mundo com seus trinta e tr s mil km quadrados s o pouco conservados e amea ados de assaltos Mas ela continua refer ncia arqu tipo do Brasil Basta pronunciar a palavra Rio no estrangeiro para suscitar imagens benfazejas de beleza gentileza e gra a da natureza e das pessoas E o que ainda nos salva Embora o problema seja considerado mais cr tico na capital e na regi o metropolitana e agravado pela alta concentra o populacional neste espa o ele n o se restringe a esta rea e se estende tamb m ao interior do estado O estado do Rio tem uma rede urbana desequilibrada concentrando na regi o metropolitana cerca de 80 da sua popula o d
205. menos importante destacam se a es de car ter estruturante ou seja aquelas que teriam efeitos duradouros nas ra zes da viol ncia como a educa o a gera o de empregos a distribui o de renda a aten o aos jovens e mesmo o controle da natalidade A inseguran a no Rio um tumor e para evitar que se alastre ainda mais tem que investir na base que a educa o e a qualifica o A transforma o tem que passar pela educa o Ela a base de tudo E preciso gerar condi es para que as fam lias se envolvam mais com a educa o E educa o no sentido amplo cria o de h bitos de leitura associados ao esporte e s artes Criar condi es de trabalho de estudo de lazer de express o cultural e de lazer capaz de gerar auto estima vontade de b Macroplan 4 LE TOS participa o da popula o e assim dar esperan a de que um outro Rio poss vel Na rea de ensino o Rio experimentar o retorno das boas id ias de Darcy Ribeiro com a expans o do ensino integral Os CIEPS consistem em uma id ia bem formulada por m muito mal executada No entanto o ensino em tempo integral essencial para que as crian as e jovens que hoje soltam pipa para alertar os traficantes quando a pol cia sobe o morro e trabalham como avidezinhos do tr fico voltem a ter cidadania N o h nada mais importante para o ser humano que o emprego com a consequente redu o da viol ncia N s somos ref ns
206. mente citada O Rio enfrenta problemas nos setores de transporte em especial em aeroportos Continua sendo 100 de gest o federal sem influ ncia dos governos locais Quando se passa pela RJ SP parece que ao chegar a S o Paulo chegou se em um outro pa s Na Bahia h um comit de gest o em que o estado est presente h investimentos do governo O principal problema o transporte Precisamos resolver os gargalos do metr e ter novas entradas para a Barra da Tijuca N o h engenharia de tr nsito Os sinais de tr nsito est o dessincronizados e as linhas de nibus s o mal planejadas V em se nibus vazios circulando o dia inteiro e atrapalhando o tr nsito H tamb m uma falta de educa o no tr nsito os motoristas n o se respeitam O resultado disso tudo que o tr nsito fica conturbado sem necessidade A prefeitura precisa controlar melhor Considero gargalos a aus ncia de uma rede urbana estadual mais equilibrada e de mais um porto no norte fluminense a prec ria log stica dos portos em opera o no Centro do Rio e em Sepetiba a precariedade das nossas estradas de ferro e a falta de integra o ferrovi ria com outras regi es 1 2 3 O fen meno das favelas mais uma defici ncia a ser contabilizada Al m das quest es relacionadas pobreza e exclus o social o crescimento e a multiplica o das favelas tamb m se inserem no quadro das defici ncias apontadas no campo da gest o ter
207. mia continua a ser a falta de moderniza o no processo agr cola no interior do estado desde a d cada de 70 contribuindo para a marginaliza o de in meros munic pios que viviam da agroind stria como o Norte Fluminense por exemplo Macroplan s Continuando na infra estrutura temos diversos programas de financiamentos na rea de agricultura por m com certa burocracia Houve quem mencionasse o potencial do estado na produ o de carne su na e ovina al m da aq icultura O Brasil pode ser fornecedor de prote na animal ou vegetal O Rio pode ser competitivo em carne su na j que Santa Catarina n o tem como aumentar o rebanho A ovinocultura no Rio uma boa op o Os rebanhos mundiais est o caindo s a Nova Zel ndia continua mantendo os n veis de produ o Eu acho que o estado do Rio de Janeiro vive de costas para o mar N o se explora o potencial do mar atrav s da aq icultura O m ximo que se utiliza s o as praias 1 3 4 2 Petr leo e G s Para um dos entrevistados o ciclo produtivo ligado agricultura e ind stria pertence ao passado Outros compartilham essa vis o pessimista No Rio n o h mais nenhuma voca o agr cola nem industrial at porque esse ciclo est acabando Faltam a es que contribuam para a diversifica o das atividades econ micas fluminenses As ind strias t xteis foram praticamente extintas os parques gr ficos sucateados O Rio de Janeiro assim como
208. minalidade e em especial as drogas A costa mar tima e a estados s o portas abertas para a entrada de produtos il citos sendo dif cil de patrulhar e controlar Ao mesmo tempo os entrevistados elaboram an lises sobre o estreito v nculo nefasto que existe entre a espiral de viol ncia e fortalecimento do tr fico e o contexto econ mico principalmente na continuidade da perda de divisas diminui o dos investimentos e impacto sobre o turismo Caso n o se fa a nada em rela o seguran a ficar sem controle e n o atrair investimentos Dominada pelo crime e por todo tipo de atividade de baixa qualidade com um turismo de quinta O turismo vai cair por conta da viol ncia Al m do grande crime a viol ncia das drogas o pequeno crime ainda provocar um impacto negativo adicional sobre a ind stria do turismo Uma cidade dominada pelo banditismo invi vel como cidade maravilhosa sem turismo sem condi es m nimas de vida para a classe m dia e insuport vel para os pobres A evas o econ mica vai continuar a viol ncia vai crescer as grades v o cercar cada vez mais pra as ruas e condom nios dos que ainda permanecerem no Rio O fosso entre a por o B lgica e a por o India dessa nossa Bel ndia continuar a se aprofundar O Rio Tem Naturalmente este cen rio tamb m repercute na rea social aumentando as desigualdades e a pobreza com impactos no crescimento as favelas reduzindo as opor
209. mpetitivo para as empresas mas por outro lado se paga muitos impostos Muitos profissionais qualificados aceitam receber menos no seu trabalho por gostar de viver no Rio Na rea de telecomunica es por exemplo com a sa da da Vivo e da Claro da cidade a Tim conseguiu pegar os talentos dessas empresas com sal rio inferior ao que elas estavam lhes oferecendo para trabalhar em S o Paulo Muitos concordam que em v rios n veis preparo da popula o bom principalmente em compara o com o do restante do pa s o que constitui uma vantagem em si Concordam tamb m que isto somado falta de oportunidades provoca a emigra o de um contingente razo vel de pessoas em busca de melhores oportunidades de emprego Possibilidade de potencializar setores intensivos em capital humano j que a defasagem cultural menor que no resto do pa s O Rio tem uma m o de obra de boa qualidade para alguns setores intensivos em conhecimento como este em que atuo mas duvido que a popula o da baixada por exemplo tenha n veis educacionais suficientes para lhes dar alguma empregabilidade Contingente de pessoas bem formadas que acaba migrando para o resto do pa s Na rea educacional temos bons exemplos Temos muitos jovens que se formam aqui e v o para S o Paulo o nosso capital humano bem razo vel Outro problema s rio associado falta de perspectiva local a perda de pessoas qualificadas E impressionante a perda
210. mportamento e a identidade do povo carioca uma vis o de conjunto A dimens o cultural e comportamental foi bastante lembrada por 67 entrevistados A atitude do povo seu jeito descontra do de viver sua cordialidade e bom humor parecem ser o reflexo da beleza natural do nosso estado Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS O Rio continua tendo um imenso capital humano uma cultura vibrante uma voca o cosmopolita um apelo essencialmente sensual n o disse sexual tudo nele conspira para a beleza o curtir a vida e agora as pessoas com medo inibidas deprimidas N o combina Eu vejo o carioca muito amig vel comunicativo com esp rito empreendedor criativo E s voc olhar para as favelas e perceber as pessoas que vivem l buscando formas alternativas de sobreviv ncia Esta criatividade que eu digo que faz parte do carioca O povo do Rio gosta da vida tem amor pela vida Isso se adapta muito em mercados focados nas ind strias leves que precisam de pessoas criativas e pra cima Consci ncia social do cidad o fluminense em especial o carioca h um forte orgulho na popula o do estado que reflete uma personalidade forte e marcante A capital carioca mant m um charme que poucas cidades do mundo t m O conv vio social e democr tico acontece livremente e a praia lembrada como um destes espa os harmoniosos e ecl ticos Mant m um charme que poucas cidades do mundo ostentam o calor genero
211. na gera o de emprego e renda A viol ncia um dos fatores que afasta os investidores e o Rio de Janeiro perde posi o em rela o a outros estados da federa o Acredito que o principal problema do Rio seja a falta de seguran a em todas as suas vertentes patrimonial privada pessoal O empres rio que vai montar uma empresa no Rio pensa nisso com certeza Qual a localiza o mais segura para instalar a empresa Dependendo do lugar os custos aumentam Nosso maior problema a seguran a p blica deficiente e a perda de investimento que isto causa O investimento perdido significa menor vigor econ mico e perda de potencial de expans o O principal problema a seguran a do nosso estado que impede at mesmo que os empres rios venham instalar suas f bricas aqui optando por outros estados Outro fator de expuls o das empresas do Rio a criminalidade Temos not cia de diversas empresas instaladas na Avenida Brasil que optaram por deixar a cidade por causa do crime O problema da viol ncia gera um grande impacto para a economia fluminense refletindo na sa da de algumas empresas do estado Al m de ter um impacto alto sobre o turismo 1 1 1 3 E as solu es Alguns respondentes de forma espont nea embora reconhecendo a complexidade do problema esbo aram propostas direcionadas transforma o do quadro de viol ncia e inseguran a vigente no estado bem como de redu o dos seus efeitos Os diferent
212. nais 9 26 35 liberais do setor privado Lideran as comunit rias 3 setor e da Es 1 17 18 sociedade civil Esportistas 10 10 Artistas 3 8 11 Intelectuais e ou especialistas em temas e quest es relevantes para o 3 17 20 Rio de Janeiro Total geral 39 111 150 A sele o das pessoas entrevistadas obedeceu a crit rios de relev ncia representatividade e impacto de suas opini es junto popula o em geral ou junto aos seus pares bem como sua capacidade de influencia o e de express o de opini es de seus segmentos Partiu se de uma listagem 1 Ver roteiro no Anexo 1 O Rio Tem reduzida que foi sendo ampliada com a indica o de novos nomes pelos pr prios entrevistados em uma dissemina o em rede Tamb m foi necess rio lidar com os impedimentos de limita es de agenda de v rios atores relevantes que foram solicitados a conceder entrevista mas cujo contato foi impossibilitado por diferentes raz es Das 150 pessoas consultadas 14 eram do sexo feminino e 86 do masculino O Quadro a seguir apresenta a rela o dos entrevistados e sua distribui o por segmento Futuro 2 Macroplan Executivos e profissionais liberais do setor privado EONS NoN Arm nio Fraga Antonio Maciel Filho Alexandre Calomeni Alexandre Figueira Rodrigues Alexandre Kalache Ana Couto Augusto Carlos Curvello de Muros Bia Aydar Claudia Fialho Cristiane de F M de Oliveira David Zylberztjan Daniel Pl
213. nas de milh es de d lares para despoluir a Estados e nada fizessem que as lagoas e as praias estivessem limpas e saud veis Como seria bom se consegu ssemos despoluir nossas lagoas praias e rios e ainda tiv ssemos nossas matas recuperadas sejam elas de encosta ou de restinga assim como tamb m nossos manguezais enfim cuidar com seriedade de nosso ambiente Acho que o Rio de Janeiro pode ser uma das melhores cidades do mundo para morar em harmonia com a natureza como p lo tur stico cultural e de comportamento Queria ver o Rio verde totalmente biotecnologizado muita horta org nica muito cuidado na quest o ambiental Eu gostaria que estivesse melhor do que em 92 Uma cidade onde as pessoas tivessem a consci ncia de que Rio preservar o planeta como algo que seu Cuidar de despoluir as guas ensinar o amor natureza e cidade Uma sociedade inserida de maneira harm nica no meio ambiente Como parte da resolu o para a quest o ambiental desponta a solu o para os problemas de saneamento e o expresso desejo de que se desenvolva uma nova matriz energ tica menos poluente Saneamento solucionado despolui o inclusive da Ba a de Guanabara Saneamento b sico em toda a Baixada Que a nossa matriz energ tica n o fosse poluente O Rio Tem Futuro 2 E 2 2 4 Os contextos pol tico e institucional resgate e transforma o No campo pol tico as imagens do futuro desejado s o
214. ndentes s eesssnersssstrrrerenrerestrrnsrtnnnrrenereeene 2 Principais resultados sssssnnsennnrrnnrnrrrrrrrrnnnnsensrrnnnnnnunusrnrnnnnneeseeeeennnne 2 1 Avalia o da situa o atual do Rio de Janeiro 2 2 Perspectivas em rela o do futuro do Rio de Janeiro ANEXOS test E diodo asa dd o doca AE E Pd EEE cs Anexo 1 Roteiro das Entrevistas Qualitativas Futuro 2 Macroplan LE TOS Anexo 2 Rela o de Entrevistados Anexo 3 Question rio da Pesquisa de Opini o O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 11 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 4 LE TOS Objetivo da Pesquisa A pesquisa O Rio tem Futuro foi conduzida como uma iniciativa volunt ria da Macroplan Prospectiva Estrat gia amp Gest o e do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade IETS com o objetivo de trazer tona de forma condensada as diferentes percep es que s o elaboradas por atores sociais pertencentes a segmentos distintos da sociedade em torno da tem tica do presente e principalmente do futuro do Estado do Rio de Janeiro Macroplan e IETS acreditam que os resultados desta iniciativa poder o influenciar positivamente as agendas dos atores mais relevantes e sobretudo as decis es e a es estrat gicas do pr ximo Governo do Estado dos Senadores e Deputados fluminenses assim como dos Gove
215. ndidos fecham a linha vermelha n o para roubar toca fitas ou rel gio para mostrar poder Cabe ao Estado mostrar maior autoridade Mas h um fato novo muito preocupante de uns tempos para c os bandidos descobriram que no Rio n o tem pol cia na rua Ou seja a chance de se cometer um delito e de escapar inc lume por aqui muito maior do que a de ser preso Comparando com NY quando acontece alguma coisa na rua logo aparece a pol cia h toda uma movimenta o A pol cia vis vel e parece estar em todos os lugares Aqui n o Um dos entrevistados faz uma an lise cr tica da atua o da pol cia no combate ao narcotr fico e enfatiza outras conseq ncias desta forma de atua o O que vem fazendo a pol cia na tentativa de asfixiar o narcotr fico tem gerado um outro grande problema N o sou especialista em seguran a mas percebo que a viol ncia desce ou sai das favelas e vem para o asfalto porque o narcotr fico come a a ser asfixiado em algumas das principais favelas cariocas gerando mais viol ncia porque as pessoas saem da favela e vem roubar na cidade para garantir a sobreviv ncia E fundamental combater o narcotr fico mas tamb m fundamental encontrar oportunidades de ressocializa o daquelas pessoas que n o est o oficialmente entregues ao crime Elas n o foram detidas n o foram presas e v o viver um tempo importante de suas vidas na pris o o que seria um tremendo problema para o Rio de J
216. ndo integra o das pol cias Como bem sintetiza um dos entrevistados A quest o da seguran a precisa ser tratada direito o que implica em despolitiz la para dar mais autonomia para as institui es que cuidam disso trabalharem e desenvolverem esta compet ncia Depois investir e modernizar essas institui es o que envolve a quest o de gest o Para o Rio de Janeiro a rea de seguran a decisiva Neste sentido as principais proposi es focalizam iniciativas de moderniza o reforma ou integra o de esfor os e recursos Modernizar a gest o Reforma radical da pol cia preciso organizar a pol cia para conseguir controlar a viol ncia e sustentar o desenvolvimento do turismo E fundamental fazer uma reforma nas pol ticas civil e militar Reforma administrativa com destaque para a seguran a p blica Pol cia com a o inteligente e integrada com os outros estados Seguran a passa por todos os itens acima no entanto considero priorit rio uma reestrutura o unifica o da nossa pol cia e uma maior articula o com a pol cia federal na rea da intelig ncia Precisa haver uma a o mais direta de integra o entre as pol cias civil e militar com a cria o do servi o de intelig ncia porque os cidad os est o muito amedrontados Estrutura o do sistema de seguran a De um outro sistema de seguran a adequado situa o seri ssima em que a cidade se encontra Planejament
217. ndo lugar sobressai o n vel de pobreza avaliado negativamente por 97 6 ficando atr s apensas do item atua o dos pol ticos presente na dimens o econ mica Na sequ ncia encontra se a intensidade da desigualdade social com 96 9 de avalia o negativa e a cobertura e qualidade da rede de sa de com 95 6 de avalia o negativa J entre os t picos melhor avaliados encontra se o acesso aos bens culturais que chega a ser considerado como muito bom ou bom para quase 50 dos respondentes e a cobertura e qualidade dos transportes coletivos que apesar de ser avaliado positivamente por apenas 25 4 das pessoas um fator que se destaca em meio a tantas avalia es negativas Avalia o do momento presente situa o social e cultural 98 64 5 60 96 9597 64 87 359 Ta74788 70 Ea iiin 2 00 2 04 e 2 98 o o 49 66 e gt Eu 25 469 16 88 gt o 13 709 1329 8 28 1 71 0 68 1 56 1 97 1 57 essi Poa PSS Muito Bom Bom 1 Ocupa o e conserva o dos espa os urbanos ts Cobertura e qualidade da rede de sa de E Cobertura e qualidade da rede de saneamento B Acesso aos bens culturais o N vel de pobreza A tabela a seguir apresenta o conjunto de avalia es por t picos e dimens es Ruim Muito Ruim m Seguran a o Cobertura e qualidade da rede de educa o m Cobertura e qualidade dos transportes coletivos In
218. necerem as condi es atuais o Rio de Janeiro se transformar em uma horr vel megal pole Vejo o Rio de Janeiro como Macau ou Catmandu Nepal 2 1 3 5 O meio ambiente Associado ao incremento da pobreza ao processo de faveliza o degrada o urbana e falta de aten o por parte dos dirigentes e pol ticos emerge um cen rio negativo tamb m no que diz respeito ao trato com o meio ambiente O atual estado de abandono da Ba a da Guanabara tomado como exemplo de um processo que poder se estender para as florestas urbanas e para outras reservas ecol gicas O Rio Tem A continuar como est o estado vai se deteriorar ainda mais e come ar a deteriorar seu patrim nio natural Um exemplo do que poder ser uma constante diz respeito Ba a da Guanabara Haveria um incontorn vel comprometimento ambiental podendo se citar inclusive a aus ncia de previs o de recupera o da Ba a de Guanabara embora hoje existam pontos positivos no que tange a saneamento b sico que seria a constru o de emiss rios submarinos A aus ncia de planejamento para a explora o dos recursos naturais e para a gera o de energia poder levar a uma crise de grandes propor es como lembra um entrevistado O Rio de Janeiro vai estar com uma s ria crise de gua e energia A rea ambiental que quem d os recursos para o desenvolvimento n o pensada durante o planejamento urbano 2 1 3 6 O contexto pol tico
219. neiro No campo das potencialidades as belezas naturais e o turismo foram indicadas como principais pelos entrevistados 4 cita es Tamb m foram mencionados os itens ecossistemas e cobertura vegetal e consci ncia ambiental como potenciais do estado Futuro 2 Macroplan 1 4 2 1 1 E T s Belezas naturais e turismo A diversidade e a exuber ncia da natureza e das paisagens do estado do Rio de Janeiro com destaque para a Ba a de Guanabara bem como seu forte potencial tur stico foram os aspectos ressaltados A parte boa a beleza da natureza que em pr tica faz com que as pessoas continuem morando aqui O Rio de Janeiro tem como potencial o seu meio ambiente A Ba a de Guanabara tamb m outro potencial mas a polui o prejudica esse cart o postal A voca o da Ba a de Guanabara em termos de recupera o da qualidade de vida e do desenvolvimento da regi o no entorno dela enorme Importante ainda frisar a potencialidade do estado no turismo principalmente no ecoturismo por concentrar diversidade de paisagens e belezas naturais indescrit veis Al m disso temos o magnetismo da capital e o fasc nio que ela exerce no mundo inteiro 1 4 2 2 Ecossistemas e cobertura vegetal A extens o das reas de preserva o ambiental do estado foi o aspecto mencionado neste item O estado tem a segunda maior rea de preserva o do pa s Mas n o por consci ncia e sim devido a fatores geo
220. nial reres 3 4 1 Aumentar os investimentos em saneamento b sico 3 4 2 Intensificar o esfor o de despolui o da Ba a da Quanabara ss E E E E EE lala s a nana 3 4 3 Cuidar da cobertura vegetal e do meio ambiente 3 4 4 Melhorar a gest o ambienial renen 3 5 Prioridades no campo pol tico institucional s 3 5 1 Combater a corrup o e ampliar a transpar ncia da administra o p blica ss sina oiniroserodizeb ana iaaaEea Dis Aap senda dia 3 5 2 Fortalecer lideran as pol ticas comprometidas com a tica seriedade e compet ncia nana 3 5 3 Formular e gerir estrat gias e projetos de longo prazo 3 5 4 Reconstruir reformar reinventar e fortalecer o Estado 3 5 5 Imprimir um choque de inova o qualidade e profissionaliza o na gest o p blica e realizar o saneamento financeiro do Estado 3 5 6 Ampliar e diversificar a coopera o articula o e parceria dentro do setor p blico e deste com a sociedade 3 6 Prioridades no campo cultural e comportamental 3 6 1 Recompor valores e desenvolver o associativismo e a participa o cidad arsine up A Pesquisa de Opini o onneooneeeeenenesoerrnrerererrsrttrserrrnntrrttentsrrrnneernnnrnree reeet 1 Caracteriza o dos respo
221. no futuro para a mudan a do cen rio vigente Nesse sentido a esperan a persiste ainda que de bra os dados com a tristeza e com a dor Esperan a e tristeza ao mesmo tempo Eu sinto um misto de tristeza e esperan a Minha percep o sobre o Rio de Janeiro hoje de uma metr pole em decad ncia Dor e esperan a 2 3 2 2 O presente em tons de cinza muito pouco a comemorar Al m do evidente negativismo avaliativo consubstanciado no sentimento de tristeza os entrevistados buscam definir suas emo es a partir de outros termos t o ou mais fortes Frustra o pesar naufr gio vergonha s o apenas alguns exemplos dessa exposi o verbal em torno da avalia o do momento atual do Rio de Janeiro a qual se combina com o reconhecimento de que o estado e ou sua capital est o mal em deteriora o em crise ou em retrocesso Estas considera es est o vastamente encontradas nas entrevistas N o consigo ver nada que esteja bem no estado O meu Rio de Janeiro est muito mal O Rio est mal N o anda nada bem Confesso n o ver o que vai bem no Rio hoje O estado est em regress o A cidade em crise Macroplan Sou um carioca por op o gosto do esp rito do carioca das belezas naturais do Rio mas n o posso deixar de reconhecer a gravidade da situa o que o Rio de Janeiro est passando A deteriora o do Rio muito maior do que qualquer um poderia imaginar E incr vel o estado de deteriora o do
222. nomia fluminense o Rio deixou de ser a meta principal dos turistas o pessoal quando vem para o Brasil acaba indo para o Nordeste al m de ser mais perto da Europa mais seguro Tem que se investir em log stica de seguran a qualificar os agentes de turismo Mas n o se pode conceber que se mate turista na praia ou que os flanelinhas achaquem as pessoas do jeito que fazem O turismo uma rea mal cuidada no Rio que poderia render Futuro 2 Macroplan LE TOS muito mais do que rende Se a cidade do Rio de Janeiro estivesse nas m os de europeus ou de americanos isso aqui seria uma Disney a c u aberto A nossa beleza da costa impressionante mas parece que as pessoas t m inten o de destruir essa imagem o taxista querendo enganar o turista na cobran a da tarifa turista sendo assaltado veja o assassinato do turista em Copacabana A perda de espa o do Rio em turismo foi percebida tanto pelo deslocamento para S o Paulo de alguns eventos importantes como pelo deslocamento do eixo de atra o do segmento mais rico para o de mais baixa renda O Rio poderia ser um centro mundial e nacional de grandes eventos de neg cios congressos ou culturais Infelizmente hoje todos os congressos de alto n vel com gente que pode gastar dinheiro est o sendo realizados em S o Paulo quando n o em Bras lia ou at em Goi nia Veja o caso do turismo os que v m para c s o os mais pobres n o h um turi
223. nsequ ncias o c rculo vicioso Al m dos problemas apontados anteriormente que tratam do impacto da viol ncia e da criminalidade sobre a popula o os entrevistados foram solicitados a refletir sobre as principais consequ ncias deste fen meno Foram destacadas duas quest es no campo econ mico o turismo e a atra o de investimentos que produzem efeitos perversos sobre a capacidade do Estado e as condi es de emprego e renda da popula o refor ando algumas das causas apontadas e estabelecendo um c rculo vicioso Primeira consequ ncia a viol ncia afasta os turistas Os efeitos negativos do clima de inseguran a e a consequente deteriora o da imagem do Rio de Janeiro no Pa s e no exterior implicam em perda de competitividade com rela o a outros destinos tur sticos e no desperd cio de uma das maiores potencialidades do Rio Temos dois grandes problemas no estado do Rio de Janeiro de um lado n o temos mais ind strias e de outro exploramos pouco o turismo Temos tamb m uma imagem muito ruim em termos de seguran a Em um congresso de cardiologia que aconteceu no Rio as pessoas deixavam de vir por acharem perigoso A imagem do Rio de Janeiro em termos de seguran a consegue ser a pior do pa s Mesmo S o Paulo b Macroplan 4 LE TOS com a a o do PCC ainda consegue ter uma imagem melhor que a do Rio Hoje em dia os turistas v o embora do Rio de Janeiro devido viol ncia O Nordeste tem sido
224. nsidera o sistema ineficiente citando inclusive O pr prio metr O sistema de transporte ineficiente e corrompido O transporte p blico de baixa qualidade impondo sacrif cios gigantescos grande maioria da popula o Cito o metr como exemplo Ele n o funciona como deveria n o chega em todos os lugares que deveria chegar Mas a percep o negativa predominante entre os entrevistados est focado no sistema de transporte urbano por nibus A quest o do transporte no Rio um problema uma m fia Se voc for enfrent los corre s rios riscos de morrer As O Rio Tem linhas de nibus foram criadas sob demanda n o teve muito planejamento E uma m fia uma forma de lavagem de dinheiro por isso temos tantos nibus vazios andando pela cidade O tr nsito a outra vertente do sistema de transporte que afeta o dia a dia do carioca e do fluminense A capital possui um tr nsito ca tico e de uma dif cil acessibilidade fazendo com que o custo do transporte seja muito alto para o trabalhador Tr nsito ca tico Isso al m de poluir enormemente o ar obriga os trabalhadores a verdadeiras viagens para ir e voltar do trabalho Transito ca tico devido ao excesso de nibus t xis vans sempre por causa de interesses eleitoreiros e de servilismo pol tico A Barra da Tijuca que um lugar que eu gosto muito deveria ter um sistema de transporte vi vel para evitar a divis o da cidade A
225. ntelig ncia Aplicada pode ser a principal alavanca de desenvolvimento para o estado que poderia ser aplicada a outros segmentos como na ci ncia na ci ncia da imagina o entretenimento na qu micarf sica no setor m dico Foi feito na Cor ia e na Irlanda A Irlanda passou do mais pobre pa s da Europa e com altas taxas de desemprego para um dos pa ses com maior crescimento econ mico e desenvolvimento tecnol gico preciso destruir o preconceito com rela o s institui es militares E preciso tamb m articular institui es p blicas privadas militares e governo na gest o dessa potencialidade Segundo um dos entrevistados o Rio tem voca o para a inova o Ainda impressiona o fato de n o ser dada a visibilidade necess ria para as iniciativas pioneiras N o h nenhuma outra institui o que tenha gerado tanto desenvolvimento tecnol gico e acad mico quanto a Coppe ou a Coppead O primeiro computador foi instalado na PUC o Brasil inteiro vinha processar dados aqui At hoje h experi ncias inovadoras a Coppe est desenvolvendo experi ncias em intelig ncia artificial Nem em S o Paulo h uma rede t o forte de inova o A Internet no Brasil come ou pelo Rio Toda absor o de tecnologia come a pelo Rio primeiros provedores sites comerciais usu rios etc Todas as novas experi ncias de uso de novos processos tecnol gicos come am pelo Rio de Janeiro O Rio possui uma voca o par
226. nteresse p blico 32 cita es o populismo e o clientelismo 26 cita es e a falta de qualidade e de compet ncia de pol ticos 22 cita es 1 5 1 1 Car ncia de lideran as qualificadas agregadoras e comprometidas com o interesse p blico O seguinte depoimento expressa a percep o predominante dos entrevistados quanto ao comportamento dominante das lideran as fluminenses Na raiz da crise do Estado est o a desmotiva o a aus ncia de representatividade a fala de seriedade e do comprometimento efetivo e articulado das lideran as pol ticas e econ micas fluminenses no enfrentamento desse quadro ca tico A quase inexist ncia de lideran as pol ticas qualificadas e comprometidas com o desenvolvimento do estado foi apontada por quase 1 3 dos entrevistados como um grave problema A lideran a pol tica med ocre Falta vis o vontade arrojo e comprometimento Falta cultura na lideran a pol tica Assistimos a uma desastrosa sucess o funesta de lideran as pol ticas descompromissadas com o estado b Macroplan 4 LE TOS Vivemos uma realidade do poder pelo poder Os pol ticos n o t m nenhum compromisso com a miss o para a qual foram eleitos e que deveria estar relacionada ao poder que lhes outorgado temporariamente A classe pol tica do Rio n o suficientemente inteligente para utilizar os recursos do petr leo de maneira mais eficiente melhorando as condi es do estado A pol tica do
227. nto em que se chega no aeroporto Eu n o sei se a gente vai conseguir vencer a guerra civil contra a viol ncia Acho que estamos quase numa guerra civil N o sei se daqui a vinte anos estaremos entrando saindo ou no meio de uma guerra civil Mas se o processo continuar assim corremos o risco de entrar numa guerra civil Se nada se fizer de substantivo e estrutural em menos de 20 anos teremos uma cidade totalmente dividida e ocupada por organiza es criminosas ligadas ao tr fico de drogas de armas e de lavagem de dinheiro A cidade pode consolidar seu car ter j notado de cidade cindida na qual grande parte Macroplan LE TOS da popula o viver como ref m desta ordem paralela e desafiadora da ordem estabelecida pelas leis Tenho receio que nossas crian as n o possam mais sair s ruas sitiadas pelo enorme potencial de criminalidade que cresce diretamente proporcional ao que perdemos de qualidade de vida Eu vejo um colapso social uma terra sem lei faroeste e nem quero comparar a algumas cidades do mundo para n o fazer apologia cat strofe Mantida a trajet ria dos ltimos anos o Rio n o tem um bom futuro Pelo contr rio se afundar numa deteriora o de tal ordem que pode ser pior do que era Havana em meados da d cada de 50 uma cidade dominada pelo narcotr fico pelo crime organizado Um estado decadente absolutamente inseguro degradado Ter sofrido derrotas monumentais quanto cri
228. nvestimento do desenvolvimento capacita o profissional Capacita o para o trabalho e gera o de renda Constru o de hot is escola em cidades como B zios Cabo Frio Angra dos Reis Paraty e Petr polis Espero para Paraty escolas profissionalizantes para jovens em hotelaria 3 3 2 Priorizar turismo cultura esportes e as ind strias de petr leo naval e siderurgia O segundo grupo de prioridades no campo econ mico aponta para os setores ou cadeias produtivas nos quais se devem apostar e concentrar esfor os nos pr ximos 4 anos O grande destaque para o trin mio turismo cultura esportes 30 cita es considerado por boa parte dos entrevistados como a grande voca o do Rio de Janeiro que secundada pelas ind strias do petr leo amp g s naval e sider rgica 9 cita es No campo do turismo alguns entrevistados destacam sinergias com entretenimento cultura e seguran a e enfatizam a necessidade de qualifica o da for a de trabalho e de pol ticas de incentivo a estas atividades necess rio fomentar atividades que tenham a ver com o Rio O Rio poderia ser um p lo de turismo e entretenimento Turismo Neste campo bons resultados poder o acontecer com muita rapidez medida que avan arem as outras prioridades Desenvolvimento da competitividade dos centros din micos priorit rios da economia Turismo O Rio Tem Futuro 2 E Repensar os conceitos do que um estado com voca
229. o Sem trabalho precisam ir para o tr fico de drogas e conseq entemente para a viol ncia Uma ampla faixa da popula o vivendo de trabalho informal a beira da marginalidade flanelinhas camel s transporte ilegal etc O desemprego que gera pobreza que gera revolta e o cara vai a luta vai para o tr fico para o roubo E uma coisa puxando a outra E tem que ir mesmo porque sen o vai morrer de fome Por outro lado o morador da comunidade n o v perspectiva nenhuma em sua vida a educa o ruim n o t m m nimas condi es de sa de habita o vestu rio emprego muito mais f cil entrar para o mundo do crime Tudo porque o dinheiro que deveria ser usado para satisfazer todas essas necessidades b sicas em sua maioria desviado para outros fins b Macroplan 4 LE TOS Por que isso acontece Porque n o tem emprego por tudo que eu j disse porque as ind strias foram embora da a solu o roubar O maior problema que n s temos hoje a quest o da viol ncia Desequil brio s cio econ mico que gera viol ncia sentido amplo e afasta capital existente e investimentos poss veis O caos urbano a causa prim ria da viol ncia Inquestionavelmente a aus ncia de oportunidades que gera a viol ncia N s trabalhamos intensamente nas reas favelizadas da metr pole Seja na Zona Sul Tabajaras ou no Santa Marta como tamb m na Cidade de Deus e outras reas que t m uma exposi
230. o Flamengo Vasco e Botafogo T cnico da Sele o Brasileira de Volei Masculino Campe o Ol mpico Publicit ria e Presidente da MPM Produ es Compositor Instrumentista violonista Cantor Arquiteto Artista Pl stico O Rio tem Futuro 245 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan 31 32 38 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 Bi 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 246 E TS Carlos Eduardo Young Carlos Fernando Gross Carlos Frederico Loureiro Carlos Scherr Cassio M M Granzinoli Cesar Marques Claudia Fialho Cristiane de F M de Oliveira Daniel Becker Daniel Pl Daniel Sarmento David Zylberztajn Edna Ribeiro Edson Nunes Eduardo Cruz Eleazar de Carvalho Elizabeth Sussekind Eloi Fernandez y Fernandez Eva Doris Rosental Evandro Capistrano Cunha Evandro Jo o Fabio Giambiagi Fernanda Car sio Fl vio Castelo Branco Francisco de Assis Navega Frederico Gueiros George Vidor Geraldo Jord o Gerasime Nicolas Bozikis Gilberto Menezes Guida Vianna Guilherme de Oliveira Estrella Guilherme Spitzman Jordan Hamilton Werneck O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Economista UFRJ Vice Presidente da FIRJAN Professor UFRJ M dico ex Diretor do Instituto Nacional de Cardiologia Juiz Federal de Nova Friburgo Diretor da Funda
231. o coopera o do conjunto da sociedade integra o de todos os servi os p blicos estaduais federais e municipais b Macroplan 4 LE TOS Robustecer o controle interno e externo para combater a corrup o da pol cia Aperfei oar os mecanismos de controle interno e externo Outra prioridade relacionada rea o melhor funcionamento da corregedoria policial corrupto deve ser sin nimo de policial afastado A quest o da seguran a tem solu o A pol cia est toda corrompida Isso deve ser uma prioridade forte Moraliza o da pol cia Reduzir drasticamente os ndices de corrup o e envolvimento de policiais em pr ticas criminosas Reverter o quadro de viol ncia incivildade e desordem urbana o que implica como condi o sine qua non combater a corrup o e inefici ncia da pol cia Estruturar a pol cia t cnica e desenvolver a intelig ncia policial Investir em pol cia t cnica 2 cita es Pol cia com a o inteligente e integrada com os outros estados Precisa haver uma a o mais direta de integra o entre as pol cias civil e militar com a cria o do servi o de intelig ncia porque os cidad os est o muito amedrontados Cria o de uma pol cia investigativa altamente capacitada tecnicamente Investimentos em Seguran a P blica n o s em repress o mas principalmente em preven o intelig ncia Melhorar a capacita o e a remunera o de policiais Intensif
232. o este o pre o que se paga pelo esfor o de s ntese A seguir s o apresentadas as principais conclus es de cada tema abordado 2 1 O futuro sem rupturas as imagens e percep es em torno do cen rio de continuidade Onde estaremos caso o Rio de Janeiro permane a na mesma trajet ria dos ltimos anos Qual ser o nosso futuro Os entrevistados foram convidados de diversas formas a dar in cio ao processo de reflex o sobre o futuro do Rio a partir destas indaga es No total foram obtidas 133 respostas distribu das entre positivas ou otimistas neutras ou de manuten o e negativas ou pessimistas sendo que estas representam a grande domin ncia Cabe ressaltar que este procedimento de fracionamento das opini es foi empregado como artefato anal tico uma vez que em v rias situa es os atores combinam elementos negativos com uma boa dose de otimismo ou com a cren a na possibilidade de transforma o seja da cidade seja do estado do Rio de Janeiro O Rio Tem Futuro 2 E 2 1 1 Um amanh melhor a vis o positiva do futuro de continuidade Apenas 11 entrevistados se declararam otimistas em rela o ao futuro do Rio de Janeiro mantendo se a atual trajet ria empreendida O principal argumento de defesa em rela o constru o desta imagem favor vel gira em torno do campo econ mico a continuidade da explora o do petr leo ainda que esta depend ncia possa no futuro d
233. o problema habitacional Habita o uma das coisas b sicas e prim rias que precisam ir a frente Controle demogr fico e habitacional Habita o social 3 3 Prioridades no campo econ mico 3 3 1 Tornar o Rio de Janeiro muito mais competitivo A prioridade mais referida no campo econ mico tem como foco a amplia o da competitividade do estado com nfase na recupera o e amplia o da infra estrutura f sica e de ci ncia amp tecnologia 33 cita es e na renova o e dinamiza o do ambiente de neg cios 32 cita es Complementarmente destaca se a qualifica o da for a de trabalho embora com menor n mero de cita es 3 3 1 1 Recuperar e Ampliar a Infra Estrutura Neste terreno o principal desafio para os pr ximos 4 anos est sintetizado no seguinte depoimento de um dos entrevistados priorit rio concentrar e multiplicar investimentos em intra estrutura f sica log stica sistema de transportes armazenamento e de informa o e conhecimento Universidades centros de pesquisa institui es tecnol gicas Resolvendo esses quatro pontos outros O Rio Tem investimentos e melhorias vir o naturalmente O turismo crescer substancialmente e atrair cada vez mais investidores A cadeia produtiva do petr leo se adensar inclusive em servi os e assim por diante A expans o e melhoria da infra estrutura f sica referida de um modo geral e da log stica associada o aspe
234. o sociedade igrejas clubes etc Qual o papel or ament rio do poder p blico desej vel que os recursos derivados da bolha de petr leo e g s financiassem fundos geridos pelo setor privado Divulgar trabalhos de alcance social realizados por entidades religiosas como as esp ritas 3 6 Prioridades no campo cultural e comportamental 3 6 1 Recompor valores e desenvolver o associativismo e a participa o cidad A recomposi o dos valores o associativismo e o fortalecimento da participa o cidad foram temas destacados por 16 entrevistados como priorit rios para os pr ximos anos No mbito dos valores comportamento e identidade sociais os principais destaques remetem ao debate cultural e conscientiza o da sociedade ao revigoramento da tica e da O Rio Tem Futuro 2 E cidadania do cultivo da conviv ncia social e da recupera o das refer ncias cariocas e fluminenses fundamental desencadear e manter um debate cultural mais intenso sobre a recomposi o de valores Neste debate as pessoas n o devem se dividir entre as vertentes liberal e socialista mas sim focarem no que deve ser buscado para o Rio Definir por exemplo se o que queremos uma sociedade mais justa com desenvolvimento qualificado e ambientalmente respons vel como foi feito na Finl ndia Deixar de lado o que divide para criar uma pauta m nima em torno do que une E preciso criar uma pauta de valores que possa empolga
235. o Brasil n o mais competitivo na ind stria As leis trabalhistas s o da d cada de 30 formuladas antes da industrializa o e n o foram reformadas O Brasil perdeu a chance quando poderia ser competitivo com a Europa Agora h a China Cor ia com custos bem menores Outro ponto importante que o Rio de Janeiro um natural p lo industrial at mesmo porque se encontra na regi o mais rica no pa s tendo inclusive toda a estrutura aeroportu ria apta ao desenvolvimento neste aspecto No entanto a cada dia mais ind strias se deslocam para o estado de S o Paulo Para muitos outros entretanto a atividade industrial encerra muitas oportunidades em geral sendo as mais lembradas aquelas relacionadas ao petr leo e g s O Rio Tem O potencial do Rio enorme principalmente pela ind stria do petr leo O Rio de Janeiro ainda vai ser a maior produ o de petr leo no Brasil pelo menos at 2015 A refinaria um instrumento fabuloso que fomenta a cria o de uma cadeia de empresas e empregos Uma das potencialidades fortes o petr leo n s ainda temos as maiores reservas de petr leo que uma ind stria muito valorizada e cada vez mais escassa Outro setor industrial com potencial o petroqu mico O petr leo o terceiro ativo uma bola que est quicando na rea sem goleiro O Rio possui uma ind stria poderosa liderada pela Petrobras com grande potencial multiplicador H muito desperd ci
236. o TJ Eu n o sei quase ningu m sabe Educa o ainda um problem o Depois que a crian a sai do Primeiro Grau n o tem pra onde ir Resultado voc fabrica vadios que n o t m o que fazer Um ex rcito imenso no tr fico o c lculo hoje de mais de cinquenta mil Sem investimento O Rio Tem em educa o n o vai adiantar nada vai ficar tudo na m o da pol cia Acho que hoje a situa o de vida das massas populares est piorando sobretudo devido falta de pol ticas p blicas assist ncia social educa o e sa de e falta de trabalho formal que acaba conduzindo baixa auto estima dissolu o dos la os de solidariedade e ao aumento da viol ncia Seguran a p blica um caso t pico de incapacidade de gest o ela um retrato deste div rcio pol tico Tamb m estamos muito mal no campo da preven o O que tem dado certo na rea de inclus o social feito pela sociedade civil No mundo inteiro esta uma responsabilidade do poder local prefeituras no campo da Seguran a P blica Todavia n o existe nenhum programa corajoso na esfera governamental no Estado Um dos entrevistados embora reconhecendo as limita es do Estado apresenta uma outra vis o sobre a quest o A solu o desse problema n o est na oferta de servi os p blicos essenciais saneamento recolhimento de lixo etc A m dia de oferta de servi os p blicos do Rio maior que a do resto do pa s
237. o ainda pode dar certo Mas tenho um fio de esperan a As pessoas podem se conscientizar e criar a viabilidade pol tica para uma virada Mas como n o h nenhum l der agregador fica dif cil acreditar no futuro A cidade do Rio est sem voca o e perde espa os mesmo no que ela tem de bom Minha sensa o que hoje em dia o Rio de Janeiro est em um adiantado processo de putrefa o de septicemia no qual a corrup o end mica apenas um dos seus m ltiplos aspectos Na verdade sinto me um tanto perdido em rela o ao futuro do Rio n o vejo luz no fim do t nel O fato que a coisa aqui est feia e com tend ncia a piorar se algo muito incisivo n o for feito Meu sentimento de des nimo Se o Rio come ar a dar certo para mim ser uma surpresa E francamente com as lideran as pol ticas atuais n o d para ficar empolgado Melhorar e mudar o Rio de Janeiro muito dif cil mas n o imposs vel A crise que vivemos gera um baixo astral coletivo as pessoas est o desorientadas e acham que estamos fadados ao fracasso Por conta do pessimismo surgem as compara es com os outros estados Falta ao Rio de Janeiro um fator que motive que poderia vir da pol tica que poderia vir da sociedade ou de uma oportunidade bem aproveitada Estamos vendo uma outra oportunidade que n o est sendo bem aproveitada o Pan n o se est conseguindo criar uma unanimidade m nima que fortale a o desenvolvimen
238. o aparelho estatal 3 5 5 Imprimir um choque de inova o qualidade e profissionaliza o na gest o p blica e realizar o saneamento financeiro do Estado Um salto nos patamares e na qualidade do desempenho da gest o p blica por meio de inova es da incorpora o de experi ncias bem sucedidas em outros lugares e sobretudo da profissionaliza o foi uma prioridade sugerida por 20 entrevistados Inova es e mudan as profundas nos modelos e pr ticas de gest o s o um dos principais destaques desta agenda de prioridades Gest o p blica preciso reinici la sob um novo paradigma Mudar o modelo de gest o e procurar orient lo para a identifica o das potencialidades utilizando recursos locais Reformar o modelo de gest o Atrair e manter bons profissionais Implementar novas metodologias de planejamento e gest o e profissionalizar a gest o Mexer na governan a para melhor atender aos anseios da gente Profissionalizar Colocar as quest es do Rio como viol ncia por exemplo nas m os de um secretariado profissional Estabelecer mecanismos de gest o supra municipal no caso da Regi o Metropolitana das bacias hidrogr ficas e das micro regi es Gosto do popular choque de gest o Gerir junto com a popula o e levantar necessidades e como suprir essas necessidades S se consegue isso se gerir por regi es e n o munic pios O grande obst culo quebrar o corporativismo F
239. o de Janeiro que fomos privilegiados pela natureza e ganhamos o petr leo que provoca o estado a puxar o PIB nacional e a projetar internacionalmente um ciclo econ mico que ainda vai perdurar por mais cing enta ou sessenta anos O estado do Rio de Janeiro responde por 85 dessa produ o Conseg entemente estamos atraindo para a geografia do estado o que existe de mais moderno em tecnologia permitindo a reativa o de um parque de constru o naval interessante O Rio est mudando muito em muitas coisas Teve o petr leo que representou um forte choque positivo gerando atividade econ mica impostos O Rio vai ser palco de grandes investimentos nos pr ximos anos n o s do petr leo mas tamb m da siderurgia e metalurgia Para a Bacia de Campos tamb m existem grandes projetos O Rio nunca teve tantos grandes projetos pelo menos at 2011 O Rio vai voltar a ter grandes investimentos O setor naval vai alavancar a exporta o Diversas novas Futuro 2 Macroplan LE TOS empresas est o se instalando no Rio Existe uma luz no fim do t nel z H tamb m o g s o Rio a cidade que mais utiliza g s veicular S a Petrobras ir investir aproximadamente 32 milh es de d lares nos pr ximos anos Toda a cadeia de petr leo soma mais de 40 milh es em investimentos Fora o que est previsto na rea de siderurgia seria mais uns 10 a 15 milh es Geograficamente uma oportunidade foi identificada pelo
240. o de outras Fora isso no governo municipal s se olha para o andar de cima A boa qualidade de vida restrita Zona Sul Quem mora no M ier Iraj Mesquita n o usufrui as vantagens de morar na cidade do Rio Hoje inclusive j h reas com aus ncia total do Estado o que abala at mesmo o conceito de soberania Isso sem falar nas limita es que isso imp e com a desvaloriza o total de im veis que se localzam em reas conturbadas e supervaloriza o daqueles localizados em reas que podemos considerar ilhas da fantasia Um dos entrevistados buscou em gest es passadas que atacaram o problema da pol tica urbana com efic cia a base para inspirar o que pode ser feito neste campo Uma hist ria a respaldar uma iniciativa audaciosa de recupera o urbana destaque a Pereira Passos e a v rios outros Avenidas Rio Branco Presidente Vargas Mangue e Cidade Nova desmontes dos morros do Castelo e de Santo Antonio Aeroporto Santos Dumont Parque do Flamengo Praia de Copacabana Ponte Rio Niter i Barra da Tijuca e o sistema de linhas expressas Macroplan 1 2 2 1 A situa o da infra estrutura log stica e de transporte A par das defici ncias no processo de planejamento urbano e ocupa o territorial os entrevistados tamb m apontam restri es s rias na infra estrutura log stica e de transporte reas onde o papel do Estado fundamental o que agrava a condi o de caos urbano anterior
241. o de royalties as potencialidades s o sub aproveitadas mas com algum esfor o podem se colher grandes resultados O petr leo grande potencialidade econ mica que se bem administrado cria uma oportunidade de sa da As potencialidades tamb m s o vis veis no campo econ mico Se fosse um pa s o Rio faria parte da OPEP Nosso potencial na ind stria do petr leo extraordin rio Por um lado temos uma perspectiva que o petr leo ainda traz para a economia do estado e que talvez seja o maior diferencial que temos no momento para a economia e solu es de curto prazo O crescimento do setor petrol fero foi inesperado e recente n o imaginado nem pelos brasileiros nem pela pr pria Petrobras Como vantagens apesar de poucas j temos segmentos empresariais avan ados como a ind stria do petr leo Na opini o de alguns entrevistados os impactos positivos das atividades de petr leo e g s j se fazem sentir Foi percebido o adensamento da cadeia produtiva da petroqu mica com men o espec fica RioPol de pol meros Eu acho que o Rio de Janeiro apesar de todos os problemas principalmente a viol ncia est passando por um dos seus melhores momentos A nossa regi o est em pleno crescimento por causa da explora o do petr leo na Bacia de Campos e a constru o da refinaria de Itabora O estado tem que aproveitar o momento e tirar a imagem negativa que sempre tivemos a de estado que n o t
242. o desenvolver um mecanismo de capta o de capital social pois os p los de capital social d o controle j que todos cuidam de todos e que ali se cria uma autoridade moral isso n o s um problema entre os pobres pois h muitas crian as ricas e abandonadas E preciso educar as elites Criar um pacto social Os novos formatos de organiza o social pela Internet t m que ser explorados E nem a m dia nem as organiza es e as institui es p blicas compreendem esse funcionamento E um novo formato de participa o social important ssimo e de grande for a O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 229 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan O Rio Tem Futuro j e Macroplan i h IETS A Pesquisa de Opini o 230 O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 231 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 2 A pesquisa de opini o do projeto O Rio tem Futuro foi aberta popula o em geral residente ou n o no estado do Rio de Janeiro Buscou se captar a opini o via Internet de todos os que tivessem interesse em se manifestar sobre os temas em pauta o presente e o futuro do estado Para tanto no portal www oriotemfuturo com br criou se um espa o onde qual qualquer cidad o poderia participar livremente respondendo a um question rio com 7 perguntas M
243. o e desenvolvimento percebida por um dos entrevistados da forma inversa Quanto aos entraves eu vejo que o Rio precisa tratar o turismo ainda com mais seriedade j melhorou bastante mas ainda temos um longo caminho a percorrer nesta atividade O Rio no entanto n o sabe aproveitar este potencial tur stico Cancun por exemplo arrecada com turismo mais do que o Brasil O estado do Rio muito bonito mas parece que tudo isso pertence a outro pa s Aqui n o existe a percep o de que a economia da Espanha da Gr cia da Tail ndia etc cresceu atrav s do turismo Foi o turismo quem trouxe divisas foi o turismo que empregou e a partir da eles se especializaram em outras reas Turismo n o traz desenvolvimento Este traz turismo Entre os grandes problemas enfrentados pelo setor est o a quest o da viol ncia e a degrada o da imagem e da reputa o do Rio como foco de atra o O principal entrave a deteriora o da marca pela viol ncia e inseguran a al m dos cuidados com a imagem limpeza e degrada o urbana e de seus entornos morros e praias A falta de cuidados seguran a limpeza qualidade de servi os ao turista etc com a conserva o da marca e a consci ncia do valor da marca Rio a principal barreira ao aproveitamento e expans o do potencial existente E tamb m a expans o e maior qualidade da infra estrutura O problema da viol ncia gera um grande impacto para a eco
244. o entre os tr s n veis de governo o setor privado e a sociedade civil Integra o do transporte p blico 97 Redu o do desemprego 83 Investimentos no sistema log stico rodovias ferrovias 79 portos etc Recupera o do meio ambiente e elimina o do risco ambiental 78 Amplia o do acesso moradia digna 77 Outras 9 Como complementa o da pesquisa opinativa foi feita uma enquete pautada na seguinte pergunta Em sua opini o o Rio tem um bom futuro pela frente Para 1 3 dos respondentes a avalia o positiva mas 2 3 s o pessimistas quanto capacidade de supera o dos obst culos 2 O Rio Tem Futuro j gt esmo 242 O Rio tem Fulturo Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 243 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan LE TOS Anexo 1 Roteiro das Entrevistas Qualitativas Parte l O Rio de Janeiro hoje 1 Na sua percep o como est o Rio de Janeiro hoje O que est bem e o que n o est bem considere por exemplo aspectos pol ticos sociais econ micos culturais educacionais de informa o e conhecimento institucional infra estrutural etc Qual o principal problema Quais s o as grandes potencialidades ou vantagens do Rio de Janeiro E os principais gargalos barreiras ou entraves Parte II O futuro do Rio de Janeiro a longo prazo Os pr ximos 20 anos 4 Com
245. o existe no Rio o que chamamos de a pedagogia do exemplo Se n s queremos transformar a sociedade temos primeiro que transformar a n s mesmos S o pequenas a es desde n o sujar a rua at grandes causas que possam impactar o mundo em que vivemos 1 6 3 Uma riqueza que sobrevive o acervo cultural O Rio tem caracter sticas dif ceis de serem destru das que se constituem em um verdadeiro patrim nio da cidade e consequentemente do estado Neste sentido foram citados a praia o Maracan o samb dromo museus a Lapa a express o cultural da periferia Como principais destaco a natureza e a cultura Neste ltimo entretanto cabe o alerta de que n o temos mais aquele dinamismo de outrora embora ainda sejamos a capital cultural do pa s Al m disso o Rio dotado de costumes culturais amplamente democr ticos que em grande parte adv m das pr prias caracter sticas f sicas da cidade a praia onde todas as classes se encontram o Maracan onde pessoas com as mais diferentes hist rias se unem em uma nica torcida e o samb dromo palco central do carnaval e que agrega v rias pessoas em prol da divers o Aqui tem uma qu mica todo o arcabou o cultural do Brasil se concentra aqui muito mais do que em S o Paulo Copacabana por exemplo n o existe lugar mais cosmopolita no Brasil O fato de a capital ter sido muito tempo aqui a hist ria est aqui a hist ria do Brasil est no Rio A quantidade
246. o no cen rio internacional centro de refer ncia em turismo cultura esporte e lazer uma rea marcadamente fixada no cio criativo Futuro 2 Macroplan 2 2 2 Para al m da economia uma virada no ambiente social T o ou mais importante do que os aspectos econ micos destaca se o desejo de que o futuro se fa a acompanhar pela redu o dr stica das mazelas sociais especialmente a desigualdade a gera o de oportunidades de emprego e de renda e a melhoria da qualidade de vida Nesse sentido as imagens formuladas podem ser recuperadas a partir de frases curtas sucintas mas que revelam as grandes transforma es que encerram A resposta pergunta Que Rio de Janeiro para o amanh pode come ar por afirmativas que navegam pelas problem ticas da desigualdade da divis o entre morro e asfalto da desesperan a dos jovens da falta de oportunidades da falta de cuidado com os idosos da qualidade de vida com tudo o que ela engendra Com os problemas sociais equacionados Com equidade O Rio que desejo tem a sua diferen a social diminu da entendendo a comunidade favela como parte efetiva do Rio de Janeiro Uma integra o maior entra asfalto e comunidade favela Um estado mais justo onde as diferen as sociais n o sejam t o gritantes como nos dias atuais certamente um dos fatores geradores da atual viol ncia Gostaria que estivesse num estado em que tenhamos reduzido a desigualdade O problema d
247. o o Rio de Janeiro estar daqui a 20 anos se forem mantidas as condi es atuais e a trajet ria recente E como gostaria que estivesse Qual o seu cen rio desejado Quais os principais obst culos ou dificuldades para que este futuro desejado se realize Parte III A Agenda de M dio Prazo os pr ximos 4 anos 7 As grandes prioridades o que n o pode deixar de ser feito nos pr ximos 4 anos para superar os gargalos obst culos e dificuldades e construir o futuro desejado M ximo 5 O setor p blico qual o papel do poder p blico dentro desta agenda Qual o papel das empresas da sociedade civil e das suas lideran as nesta agenda 10 E como v o seu papel Parte IV O seu sentimento pelo Rio de Janeiro 11 Em uma palavra ou frase qual o seu sentimento em rela o ao Rio de Janeiro O Rio Tem Futuro 12 D E Anexo 2 Rela o de Entrevistados 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Adelfran Lacerda de Mattos Alan Machado Alexandre Calomeni Alexandre Figueira Rodrigues Alexandre Gurgel Alexandre Kalache Alexandre Machado Alo sio Ara jo lvaro Teixeira Amaury Temporal Ana Carolina Soares Ana Couto Ancelmo G is Andr Porto Andr Trigueiro An bal Bragan a Aniko Santos Antonio Francisco Corno Antonio Maciel Neto Antonio Valente Armando Ehrenfreund Armando Mariante Arm nio Fraga A
248. o passado recente o chamado INPS para constatar que a situa o est pior O Rio de Janeiro a cidade do Brasil que concentra o maior n mero de hospitais p blicos que j foram excelentes em todos os sentidos at a Constitui o de 88 que acabou com o INPS A popula o de um modo geral tinha a chance de usar o INPS contava com hospitais em v rias especialidades e com bons servi os de atendimento ambulatorial emerg ncia e cirurgias Al m disso tinham as cl nicas e hospitais particulares conveniados com o INPS No momento em que a Constitui o aprovou o SUS as seguradoras entraram fortemente no mercado com os planos de sa de ganharam rios de dinheiro e hoje a popula o paga caro para ter um plano de sa de o m dico mal remunerado e est o transformando os planos de sa de no antigo e novo INPS E a forma mais s rdida de rela o m dico paciente Em termos de infra estrutura Rio de Janeiro a cidade brasileira que tem o maior n mero de hospitais de grande porte mas estes n o funcionam a contento os funcion rios s o mal remunerados sem reconhecimento e portanto n o prestam um bom servi o popula o Sa de temos excelentes m dicos e hospitais privados o resto todos sabemos o fiasco que No que diz respeito sa de inacredit vel o estado em que se encontra hoje no Rio Eu falo com conhecimento porque tenho experi ncia tanto na sa de p blica quanto na privada O Rio
249. o passam mais pelo Rio N o vejo ningu m lutando para que essas coisas n o saiam da cidade O Rio ainda a refer ncia intelectual do pa s embora tenha perdido grandes eventos como a Bienal do livro Este um erro que podia ser revisto Tamb m aqui uma postura firme e coordenada de investimentos foi reivindicada para viabilizar o aproveitamento das oportunidades O Rio Tem Futuro Outros lugares do mundo adotaram modelos de crescimento e atra o de eventos apoiados em oferta de infra estrutura Barcelona um bom exemplo disso Existe muita cria o art stica O Rio o maior p lo de produ o de cinema do pa s mas n o tem programas para financiar os projetos Cultura n o s produzir um editorial teatral O mais importante que o Rio possui v rios equipamentos e n o sabe usar Tem uma ocupa o amadora provinciana e n o profissional 1 3 4 6 Informa o e Conhecimento A rede de institui es p blicas e privadas de ensino e pesquisa existente no Rio foi chamada de bols o de intelig ncia Os entrevistados apontam um pioneirismo e uma vanguarda ineg veis nesse setor fazendo do estado uma refer ncia em ci ncia e tecnologia Para alguns esse potencial cont m maiores oportunidades do que o potencial tur stico O ponto positivo do Rio s o os bols es de intelig ncia N s temos hoje institui es que s o estrat gicas na quest o do desenvolvimento tecnol gico COPPE COPPE
250. o presente do Rio de Janeiro As proje es que s o feitas para o futuro arrastam boa parte destas avalia es guardando estreita correspond ncia com um cen rio de continuidade No entanto este fato n o mitiga a persist ncia da cren a na possibilidade da mudan a da transforma o e principalmente da necess ria a o coletiva para levar a bom termo este processo Podia ter sido de outro modo a tristeza que a tudo recobre Se o amor resiste quando os entrevistados avaliam o momento presente h tamb m o seu complemento e este se expressa por meio do sentimento de tristeza Uma tristeza por aquilo que poderia ter sido e n o foi um potencial n o realizado ou pelo que j foi e deixou de ser e que sobrevive na nostalgia que povoa o imagin rio de cada um O Rio Tem Futuro 2 E Sou carioca acredito que sempre v morar aqui tenho muito amor pelo Rio mas o meu sentimento de tristeza Sinto um grande amor pela cidade e se tivesse de sair eu seria o ltimo aquele que teria de apagar a luz Mas sequer vejo luz no fim do t nel e isso me deixa muito triste Hoje em rela o ao Rio eu sinto tristeza e impot ncia uma pena porque um estado t o bonito Tristeza h vintes anos atr s eu pensava que estar amos bem melhores Neste momento meu sentimento de tristeza e desola o Sinto tristeza Mas para alguns a tristeza n o est totalmente dominante Ainda h espa o quando se pensa
251. o seu PIB e provavelmente percentuais at maiores dos seus problemas sociais Eu identifico como um problema concreto o caos urbano do Rio de Janeiro Este caos urbano existe tanto na cidade quanto na regi o metropolitana e inclusive um grande problema nas cidades do interior do estado Excesso de adensamento populacional excesso de crescimento desordenado Isso traz uma s rie de outros problemas e consegi ncias O interior do estado est se favelizando Petr polis Angra Friburgo S o Pedro da Aldeia est o virando grandes favelas E ningu m faz nada somente populismo A situa o muito dif cil Em nossa regi o precisamos conter o crescimento populacional desordenado Temos muita preocupa o com o grande n mero de navios que fazem escala aqui em B zios sem nenhum estudo de impacto econ mico e ambiental A especula o imobili ria constr i mais e mais condom nios que est o surgindo sem a menor infra estrutura Alguns entrevistados tamb m fazem refer ncias s chamadas cidades dormit rios como componentes deste quadro complexo Cada dia mais est se criando no Rio de Janeiro cidades dormit rios o que um horror Futuro 2 Macroplan 1 E T s Estive h pouco tempo em S o Gon alo e fiquei impressionado quando soube que 180 000 mil pessoas deixam todo dia o munic pio para trabalhar em outra cidade Este n mero muito grandioso um dos maiores do mundo E preciso criar d
252. o seu programa muda de bolsa escola para bolsa fam lia e por a vai A situa o desejada passa por uma vis o desenvolvimentista um Poder P blico menos burocr tico e mais eficiente tanto na redu o dr stica dos ndices de viol ncia quanto na rea da sa de p blica e de pol ticas para juventude Que se baixe um decreto e se fa a cumprir todas as leis que j temos e tantas outras que j sabemos e vamos mudar j o estado das coisas at resolver a moradia gua luz esgoto escolas hospitais e rem dios uma economia real que seja na ponta do l pis as contas abertas as licita es feitas com lisura escorreitas dar pr mios a honestidade at ela ser uma norma No campo institucional a maior associa o e coopera o entre os atores p blicos privados e terceiro setor agindo e pensando de forma integrada e em complementaridade tamb m lembrada como proje o de um desejo O Rio Tem Uma sociedade consorciada integrada uma ABONG legitimada no Rio institui es redes em outro n vel de democracia or amento participativo conselhos funcionando espa os sendo ocupados governantes governando junto com a sociedade Melhor sintonia entre os setores privado e p blico com o fortalecimento e reconhecimento das ONGs que s o capazes de contribuir para a melhoria do contexto 2 2 5 A gente n o quer s comida o destaque na cultura e comportamento O m ximo aproveitamento das riquezas e
253. ocial com oferta de bens e servi os p blicos para todos Com uma economia crescente Imagino uma economia mais forte e competitiva Com uma economia fortalecida e em consegli ncia com uma boa rede de distribui o de renda com um ndice de emprego maior com o giro da economia adequado O carioca ter condi es de viver num estado onde ele possa usufruir suas potencialidades econ micas locais O Rio Tem Tem que se abrir economicamente atrair investimento interno e externo Eu ficara muito alegre de ver o estado desenvolvido e cheio de atividades O cen rio que imagino seria de uma lideran a politico social econ mica que pudesse atrair de novo para o Rio investimentos e ter alguns projetos vitrine que serviriam para o pa s como um todo Com desenvolvimento sustent vel regional ambiental Gostaria de ver o Rio buscando uma estrat gia de desenvolvimento e crescimento sustent vel Estado democr tico com atividade econ mica sustent vel que facilite a preserva o ambiental Seria maravilhoso se a cidade prosperasse na mesma medida em que a natureza se renova Desejo um cen rio tipo ruptura com salto de qualidade com amplo envolvimento privado e p blico nesta ordem na recupera o intelectual da cidade e de revitaliza o econ mica do estado com os olhos no horizonte de um futuro sustent vel Partes do estado podem virar vanguarda no processo de produ o de bioenergia Um dos entrevista
254. oderia ser mais explorada e abranger um n vel maior de produ o e qualidade Falta ao pequeno empres rio recursos e sobra burocracia O Rio ainda muito forte em moda Conseguiu reviver esse setor e ocupar um espa o significativo incluindo a cria o da b Macroplan 4 LE TOS Fashion Week um segmento que dinamiza o turismo N o tinha nada aconteceu e vai bem O mercado financeiro mesmo com o esvaziamento visto ainda como uma voca o O mesmo ocorre nas telecomunica es mas o reerguimento desses setores visto com reservas Tamb m vejo potencialidades no mercado financeiro pois h uma base Os grandes bancos o que fazia a rea financeira migraram para S o Paulo Com todo o esvaziamento e problemas ainda temos uma rea financeira residual e ainda somos uma cidade muito agrad vel de viver O Rio tamb m tem um grande potencial na rea de telecomunica es que j foi mais forte no estado e pode se tornar novamente A ind stria de telecomunica es ainda possui uma base mas oscila muito E preciso de um esfor o para estrutur la e para que permane a no Rio O Rio refer ncia em servi os de telecomunica es Na rea da sa de chegaram a sugerir a cria o de um p lo de cirurgia pl stica Eu me preocuparia com a rea de sa de que o Rio perdeu O Rio tem boas Universidades n o podemos deixar de ser refer ncia em algumas reas como ocorreu com a medicina Por exem
255. ologias A democratiza o da tecnologia fundamental para o desenvolvimento social e econ mico do estado A difus o tecnol gica pode aumentar a competitividade do Rio Que em 4 anos o Rio se torne o primeiro estado do Brasil totalmente cabeado com banda larga e inclu do digitalmente O cara tem que estar inclu do na comunidade O Viva Rio j tem v rios centros tem o CDI o Canal Futura Tem que mapear o estado do Rio de Janeiro cada escola tem que ser um centro uma rede com computador e internet A inclus o digital inclui capacita o articula o nas comunidades rede de computadores Internet etc Um exemplo de inclus o digital fazer uma rede de trabalhadores aut nomos do estado como o ATA articulada com uma rede de fornecedores para comprar mais barato com cursos do Senai etc Discutir ferramentas de celeridade nos processos de implanta o dos empreendimentos de infra estrutura nas quest es do meio ambiente Ibama e Feema Futuro 2 Macroplan 3 3 1 3 Qualificar a For a de Trabalho Finalmente embora com bem menos intensidade foi destacada a qualifica o da for a de trabalho como fator de competitividade especialmente a capacita o profissional Investimentos maci os na qualifica o de profissionais atrelados a uma vis o de educa o b sica e profissional A elabora o de pol ticas de atendimento para a qualifica o profissional em locais mais prec rios Pol tica de i
256. olta e a viol ncia Ingovern vel desigual e dividido em bunkers Ca tico com um aumento do fosso social e ndices de qualidade de vida inaceit veis Com o aumento da pobreza e da mis ria o processo de faveliza o correr sem freios o que se far acompanhar do crescimento da viol ncia e do estado de anomia social Futuro 2 Macroplan 1 E T s Decad ncia da qualidade de vida e aumento da faveliza o Mantidas as condi es atuais as perspectivas n o s o boas a tend ncia o crescimento de favelas e o aumento de nossa inseguran a e conseq ente evas o de divisas Haver mais pobres e mais favelas bols es de pobreza e mis ria onde o crescimento demogr fico alt ssimo e a produ o de riqueza n o compat vel como mostra o crescimento vegetativo nas favelas onde a gravidez de jovens muitas vezes permite melhorar de vida gra as aos programas de assist ncia N o havendo mudan a de rumo o Rio de Janeiro se tornar uma cidade decadente e invi vel causada pela fome desemprego criminalidade e anomia social Se continuar do jeito que est agora a tend ncia de aumento da pobreza e da viol ncia Se continuar este quadro de m distribui o de renda dif cil de mudar Consequentemente o resultado ser mais uma vez a evas o a perda de seus atrativos naturais e a perda da esperan a Estar bem pior desgastado de seus ltimos recursos ter perdido boa
257. or altamente favor vel temos uma natureza que nos foi entregue de m o beijada pelo Papai do C u por mais que n o tenhamos uma boa educa o temos uma popula o com o maior ndice de escolaridade do pa s a diversifica o de ind strias e servi os positiva temos v rios p los funcionando dentro do estado A quantidade de museus de arquivos de constru es a diversidade religiosa o p lo multicultural tur stico a Globo sendo aqui etc fazem do Rio de Janeiro a cidade mais internacional do Brasil Esse lado faz do Rio uma cidade maravilhosa A parte cultural vem melhorando Temos a Lapa que re ne diversas tribos o projeto do Rio antigo e outras a es que provam a voca o tur stica e cultural do Rio de Janeiro Para mim o Rio continua sendo a capital da beleza do turismo e da cultura brasileira Isto ningu m tira do Rio Al m disso um lugar muito agrad vel para se viver S o tidos como causas da retomada do desenvolvimento fatores como o aumento da produ o de g s petr leo e derivados e o crescimento da atividade industrial H mais de 20 anos com o pior desempenho econ mico entre todos os estados da Federa o o Rio de Janeiro come a finalmente a sair de um processo de franca decad ncia em fun o da eleva o da produ o de petr leo g s e derivados e pelo in cio de retomada de ciclo virtuoso da ind stria de transforma o O que tem de bom no estado do Ri
258. orregedorias da policia e justi a atuantes Do mesmo modo a atua o do estado na implanta o e manuten o dos programas sociais e na amplia o da cobertura dos servi os p blicos e melhoria destes tamb m seriam formas de atuar sobre a redu o da viol ncia Programas sociais implantados e com resultados na seguran a individual e coletiva Com menos viol ncia menor exclus o que se conquista com melhoria na distribui o de servi os p blicos Um estado menos violento como fruto das pol ticas econ micas e educacionais Finalmente h quem lembre a experi ncia da cidade de Nova lorque no combate ao crime organizado e aponte para um exemplo a ser seguido Futuro 2 Macroplan LE TOS Gostaria de ver a elimina o do controle do banditismo sobre reas da cidade e do estado um movimento tipo I love NY de mobiliza o da popula o associada toler ncia zero com o banditismo corrup o e ao desregramento 2 2 7 Um Rio de Janeiro parecido com quem a produ o das imagens comparativas Uma parte dos entrevistados fez o exerc cio ousado de buscar imagens de outros estados ou cidades para estabelecer uma analogia com aquele que imaginam que poderia vir a ser o futuro de m dio ou longo prazos do Rio de Janeiro As men es em sua quase totalidade passeiam por refer ncias norte americanas Nova lorque S o Francisco Miami e o estado da Calif rnia e europ ias com destaque pa
259. p blico republicano onde o sistema de m rito prevale a Superar o problema de gest o de projetos de longo prazo O primeiro passo do novo governo deve ser promover a integra o O caminho sugest o para o novo governo a forma o de uma nova engenharia institucional que junte p blico e privado v rias inst ncias da federa o H uma figura no Brasil para lidar com isso chamada Organiza o Social n o ONG nem funda o E uma figura nova que ainda pouco usada A Organiza o Social p blica no sentido de que o estado pode atribuir valores no seu or amento para essa organiza o tocar o que tem que fazer mas ela tamb m pode agir como se fosse um ente privado captar recursos investir etc Ent o uma mescla do p blico e privado e que pode ter parcerias e participa es de v rios munic pios o t pico caso da Ba a de Guanabara preciso utilizar este tipo de instrumento e proteg lo da varia o pol tica e dos jogos de pol tica partid ria para que ele tenha uma fun o de longo prazo que ultrapasse os prazos de governo de elei es e que tenha uma voca o mais de projeto de longo prazo de macros grandes projetos p blicos e privados Precisamos de algo maior uma reforma administrativa e reforma da justi a Enxugar a m quina p blica Desburocratizar a m quina p blica Ajustar a m quina administrativa O Rio Tem Futuro Desmontar as estruturas eleitoreiras existentes n
260. parte das chamadas belezas naturais sofrido evas o de c rebros aumentado a demanda por servi os p blicos e privados de sa de inclusive sa de mental Um verdadeiro caos uma cidade em que os cidad os de bem cada vez mais se mudar o para outras cidades procura de paz N o teremos mais esperan a logo sem motiva o para haver algo que possa melhorar a vida do cidad o 2 1 3 4 A vida nas cidades O crescimento desordenado da cidade sua condi o social em estado de deteriora o e a degrada o do ambiente econ mico continuar o levando ao aumento das favelas e das ocupa es irregulares solidificando aquela que poder vir a ser a imagem dominante do Rio de Janeiro no futuro Quem chega a Angra dos Reis pela Rio Santos tem uma vis o aterradora do que pode se tornar a cidade do Rio de Janeiro um imenso favel o engolfando tudo Vejo o caos com este crescimento da cidade sem planejamento e aumento das favelas O Rio Tem Futuro 2 E O Rio estar mais favelizado em piores condi es sociais com o sistema pol tico mais decomposto O processo em curso de desindustrializa o das reas pr ximas ao centro poder dar continuidade s ocupa es irregulares como na faixa entre Mangueira e Manguinhos as reas de floresta sofrer o com o mesmo fen meno J no que concerne ao sistema de transporte p blico de passageiros da cidade do Rio de Janeiro e s vias de tr fego a previs o de mais
261. petr leo No noroeste do estado a coisa mais complicada Friburgo e Teres polis t m um tipo de ind stria tradicional t m uma tradi o agr cola que talvez tenha que ser mais bem trabalhada 1 3 4 O detalhamento do panorama econ mico as an lises 1 3 4 1 setoriais e tem ticas Durante as entrevistas foram abordados diversos temas referentes s voca es setoriais do Rio de Janeiro entre os mais citados o turismo e as atividades relacionadas produ o de petr leo A ordem em que esses temas se encontram entretanto obedecem l gica tradicional agricultura ind stria e servi os O complexo de atividades ligadas explora o do petr leo foi considerado atividade industrial Como aconteceu na perspectiva macro aqui tamb m a vis o dos entrevistados se divide entre o pessimismo e o otimismo entre o elogio e a cr tica Agricultura pecu ria aquicultura O potencial agr cola n o mereceu muitos coment rios Para alguns ainda existem oportunidades a serem exploradas mas para outros a atividade perdeu espa o ou at pertence a um ciclo que j se encerrou O Rio Tem Futuro preciso tamb m n o esquecer a potencialidade do desenvolvimento da agricultura sustent vel fruticultura no nordeste do estado e horticultura especializada na zona serrana O setor sucro alcooleiro tem boas oportunidades pela frente A cana de a car em S o Paulo forte assim como a laranja o caf e a laranj
262. plo h um p lo de cirurgia pl stica em Porto Rico eu acho que temos gente competente para gerar p los de excel ncia aqui tamb m preciso apenas formar massa cr tica Para alguns o Rio re ne as condi es necess rias para fazer do esporte uma atividade geradora de emprego e renda Esporte a cara do Rio Com o Maracan o centro de treinamento de v lei em Saquarema as montanhas e as praias poderia ser um centro de grandes eventos esportivos mundiais Quem n o gostaria de vir competir no Rio de Janeiro No entanto praticamente n o h eventos esportivos significativos no Rio Pode ser que o Pan Americano de 2007 seja um fator de alavancagem se for bem sucedido O Rio Tem Futuro 2 E O Rio de Janeiro possui uma grande voca o esportiva A sua geografia belezas naturais destaque internacional fazem do Rio um grande atrativo O envolvimento da popula o com a atividade esportiva tamb m um dos destaques Os eventos esportivos d o grandes oportunidades de cria o de novos postos de trabalho para a popula o Perdemos eventos importantes como o mundial de moto velocidade Somos um estado acostumado a grandes eventos temos que explorar isso Faz parte do nosso DNA somos uma cidade acolhedora e temos um potencial ineg vel para o entretenimento 1 4 A situa o ambiental A situa o atual do meio ambiente no estado foi citada por 28 entrevistados A men o a problemas foi muito maior do que a
263. policial prende o traficante armas e drogas e pede um resgate para solt lo e devolver tudo Em n vel um pouco mais alto o Secret rio de Seguran a P blica e os respectivos Chefes de Pol cia s o nomeados para atender determinados pleitos dos governantes que nem sempre implicam em melhoria efetiva da seguran a Um entrevistado avaliou sobre o sistema prisional como parte desta estrutura registrando pontos positivos e negativos do sistema no Rio de Janeiro O Rio Tem Futuro 2 E No Rio de Janeiro a assist ncia jur dica e o atendimento m dico nos pres dios s o muito melhores que em S o Paulo O Rio de Janeiro foi o primeiro estado conveniado com o SUS para a presta o de servi os de sa de aos detentos A infra estrutura de sa de tamb m muito melhor O estado possui sete hospitais penitenci rios contra apenas um em S o Paulo A Defensoria P blica est presente em quase todas as unidades prisionais do Estado do Rio S recentemente foi criada a Defensoria P blica paulista que ainda n o come ou a atuar nas unidades prisionais H um problema s rio no que se refere ao sistema prisional do Estado os presos n o trabalham Segundo dados de um levantamento feito pelo CESeC apenas 1 9 dos detentos trabalhavam em 2003 contra 39 em SP por exemplo Para agravar este quadro as ltimas unidades prisionais foram constru das em desacordo com a lei sem espa o para trabalho e estudo 1 1 1 2 As co
264. potencialidades refletindo a percep o negativa dos entrevistados quanto ao tema 1 4 1 Principais problemas associados ao meio ambiente Os principais problemas apontados com rela o ao meio ambiente foram a gest o ambiental deficiente 12 cita es a quest o dos recursos h dricos envolvendo problemas no abastecimento e polui o da gua 10 cita es ecossistemas solo e cobertura vegetal 5 cita es e polui o do ar sonora e visual 1 4 1 1 Gest o ambiental deficiente Existe uma forte cr tica quanto s pol ticas e pr ticas de gest o do meio ambiente Pretendendo se como metr pole mundial o Rio precisaria preservar e ampliar a qualidade de vida urbana para toda a popula o como condi o para permanecer atrativa e com vitalidade No entanto as condi es ambientais e de saneamento s o degradantes Completa aus ncia de pol tica ambiental Temos um problema grande tamb m em rela o s quest es ambientais Nesse campo a responsabilidade e a gest o precisam ser mais colegiadas Macroplan LE TOS No Rio diversos projetos ligados ao meio ambiente fracassaram ou n o foram totalmente implementados Do ponto de vista ambiental tamb m n o temos avan o Vide Ba a de Guanabara n o terminou nem a primeira fase de saneamento e j se gastou mais de um bilh o de d lares Tamb m n o h previs o para a conclus o da segunda fase que muito importante As obras de infra estr
265. preciso que haja uma pol tica de crescimento econ mico integrada com o interior Temos que fazer um planejamento para o interior com foco no social e na voca o em servi os O interior de S o Paulo muito rico enquanto no Rio de Janeiro o interior pobre e n o se desenvolve Como vantagem eu apontaria o fato de se tratar de um estado pequeno homog neo e rico o que deveria facilitar e muito a atividade administrativa No entanto a meu ver essa grande vantagem n o bem aproveitada e cria um entrave grav ssimo que a centraliza o de tudo na capital numa Futuro 2 Macroplan LE TOS eterna desvaloriza o das cidades do interior que mesmo possuindo atrativos pr prios vivem de sombras Tais cidades n o recebem aten o adequada nem recebem investimentos em infra estrutura O interior do Rio pobre em todos os sentidos economia social pol tica A prefeitura o grande empregador dos munic pios A pol tica manda no interior com vereadores se reunindo para trabalhar uma hora por semana O problema que se a prefeitura o grande alavancador da economia e se n o h um planejamento de longo prazo as atividades econ micas ficam merc da pol tica imediatista da conjuntura Para um dos entrevistados o interior em certo sentido est em uma situa o melhor do que a capital Ao sul do estado Resende e Volta Redonda est o se industrializando O litoral norte tem progredido com o
266. problemas econ micos do Rio n o poder o ser solucionados somente de dentro para fora O projeto deveria ser nacional e o interesse nacional O principal problema a falta de competitividade tanto por causa da criminalidade como pela aus ncia de pol ticas mais agressivas de atra o de empresas Parece me que a falta de investimento no estado o pai de todos os males Precisamos gerar mais empregos para que as outras reas melhorem Na minha vis o como profissional o principal problema do Rio a falta de crescimento articulado bem fundamentado com um bom projeto de avan o econ mico e social Desintegra o entre as esferas do poder do Rio de Janeiro a falta de investimentos no setor p blico e investimentos pontuais que n o geram resultados para o estado O problema principal se relaciona a uma baixa converg ncia pol tica entre os n veis federativos e lideran as pol ticas para a solu o dos problemas apontados E os principais gargalos incluem baixa integra o entre os entes federativos como nas pol ticas de seguran a e sa de al m do baixo n vel de investimento governamental O estado do Rio n o promoveu a atra o de investimentos como fizeram outros estados a exemplo de Minas Gerais Paran e Bahia No Rio esse tipo de iniciativa n o existe E preciso ter uma atitude ativa Ir ao exterior para buscar investimentos para vender o estado Tem que ter gente especializada trat
267. pula o est aumentando que a economia da cidade est crescendo enfim que estamos no caminho certo Isto n o quer dizer que n o existam problemas O Rio um estado condenado a ser rico Tem o monop lio do petr leo e o turismo crescente A mis ria no Rio pouca Muitos investimentos est o sendo realizados no Rio como os investimentos em Itagua a refinaria em Itabora a ind stria naval e o turismo Temos v rios p los tur sticos Angra B zios e outros Algumas reas do estado do Rio v o bem gra as ao petr leo e a grandes projetos estruturantes do passado como por exemplo o de Resende Regi es inteiras crescem acima da m dia nacional ativos sobre os quais se constr i essa percep o s o basicamente a diversidade geogr fica e cultural e a sua inser o ineg vel no cen rio internacional Acho que o Rio vi vel Ele diverso culturalmente uma cidade globalizada com potencial tur stico gigantesco beleza natural Poderia ter melhor aproveitamento das reservas Do ponto de vista econ mico existe uma grande infra estrutura um n vel relativamente alto de desenvolvimento tecnol gico e capital humano somos ainda a capital cultural do pa s Ainda somos o segundo maior centro econ mico do pa s apesar de termos um problema geogr fico especifico n o temos mais para onde crescer fisicamente O Rio Tem O que est bem o Rio de Janeiro mundialmente conhecido o que um fat
268. que n o tem cat strofes naturais At mesmo os benef cios advindos da explora o das reservas de petr leo e g s s o considerados em um contexto de m distribui o e m utiliza o dos recursos dos royalties dif cil apontar um problema principal A capital deteriora se consistentemente desde que perdeu o status de capital federal em 1960 O interior s se desenvolve nos munic pios beneficiados pelos royalties mesmo assim de maneira s vezes perversa por conta de malversa o de recursos O estado do Rio de Janeiro o Texas brasileiro e se compararmos com este estado norte americano perde feio sob todos os aspectos se compararmos com outros estados brasileiros o Rio s ganha de alguns estados do Norte e Nordeste e perde para todos os do Sul e Sudeste e para alguns do Centro Oeste Nosso Rio portanto est mal quando poderia e deveria estar na lideran a absoluta ou compartilhada do Brasil tamanhas s o suas riquezas naturais O estado do Rio de Janeiro vem sofrendo com muito pouco desenvolvimento e com o consegiente empobrecimento da popula o O petr leo gera crescimento econ mico mas acho que os benef cios da sua extra o no Rio de Janeiro s o muito pequenos perto do benef cio que esta extra o gera para a Uni o Afinal os riscos ambientais s o todos nossos A economia n o cresce Os royalties do petr leo n o est o sendo bem aproveitados Estive em Maca e pude perceber uma pequena m
269. quisa opinativa consistiu na segunda modalidade de consulta Esta foi aberta popula o em geral residente ou n o no estado do Rio de Janeiro Buscou se captar a opini o via Internet de todos os que tivessem interesse em se manifestar sobre os temas que em pauta o presente e o futuro do estado Para tanto no portal www oriotemfuturo com br criou se um espa o onde qualquer cidad o poderia participar livremente respondendo a um question rio com 7 perguntas abertas e fechadas obtendo se 1 034 contribui es As perguntas fechadas dividiram se em escolhas de itens em elencos pr definidos e tamb m em opini es sobre t picos espec ficos segundo respostas estruturadas em escala opinativa de 4 pontos Dos participantes desta modalidade 1 3 foi formado por mulheres e 2 3 por homens sendo a grande maioria composta por residentes no estado do Rio de Janeiro 91 e mais especificamente na capital 67 Como complementa o da pesquisa opinativa foi feita uma enquete pautada na seguinte pergunta Em sua opini o o Rio tem um bom futuro pela frente Para 1 3 dos respondentes a avalia o positiva mas 2 3 s o pessimistas quanto capacidade de supera o dos obst culos Cabe salientar que os resultados tanto da pesquisa qualitativa quanto da opinativa n o s o estatisticamente representativos uma vez que a sele o das amostras n o seguiu a crit rios de estratifica o e estat sticos que permitam sua extrapo
270. r fico que amedrontam a popula o hoje s o jovens que em um passado recente n o tiveram acesso a uma educa o de qualidade e portanto a oportunidades dignas de trabalho Outro problema a educa o Existe uma rede escolar ampla mas os professores s o despreparados Essa profiss o deixou de ser valorizada Antes era uma profiss o cheia de glamour agora um professor ganha menos que um lixeiro Isso n o quer O Rio Tem dizer que lixeiro deveria ganhar menos e sim que professor est pouco valorizado Precisamos de escolas para formar profissionais e criar valor E preciso adequar os curr culos escolares Os professores est o desvalorizados A falta de investimento em educa o E esta uma quest o muito complexa Pois se n o tiver bons professores n o vai ser poss vel se formar bons cidad os N o adianta botar CIEP e fazer escola se n o tiver professor se n o tiver um bom sal rio para o professor se n o tiver infra estrutura alimenta o para os estudantes se n o tiver facilidade de acesso a esta escola Um dos entrevistados reconhece que houve um aumento no n mero de escolas do n vel fundamental mas critica a qualidade do ensino m dio e a decad ncia do ensino superior tanto na rea p blica quanto na privada A Educa o melhorou no fundamenta quantitativamente e piorou no ensino m dio que at mesmo seguindo a situa o nacional est completamente ultrapassado e sem a defini
271. r que possa fazer com que as pessoas acreditem que poder o apostar no futuro Educar e conscientizar a popula o do valor da cidade e de sua import ncia como cidad o Recriar um repert rio compartilhado de valores esperan as e projetos de futuro para o Rio Um movimento de valoriza o constitui o de valores e de valoriza o da cidade e do estado de recupera o das refer ncias cariocas e fluminenses O Rio deu um exemplo interessante elegendo com grande n mero de votos o Gabeira que se tornou um s mbolo na luta pela dignidade pela tica Aqui temos que aderir a esse tipo de movimento Na verdade existe uma quest o fundamental O Brasile o Rio de Janeiro inclusive est o precisando de conscientiza o A percep o de que a coisa p blica do cidad o vir na medida em que ele sinta se inclu do A ele toma a consci ncia de que a coisa p blica dele Quando a popula o n o quebra o metr porque sabe que ela precisa dele e que estar ela pr pria sendo prejudicada O mesmo ocorre nas classes sociais mais abastadas Cansamos de ver autom veis de ltimo tipo onde seus ocupantes jogam latas de refrigerante na rua como se n o fosse dele Nos pa ses europeus existe o respeito m tuo apesar das diferen as pol ticas entre partidos As pessoas se ajustam se respeitam e preservam a coisa p blica O respeito m tuo fundamental e preciso combater o preconceito Sen o aumenta a forma
272. ra Barcelona na Espanha Os argumentos que justificam tais compara es referem se aos potenciais de desenvolvimento de determinados setores econ micos entretenimento industria de conte do turismo tecnologia e servi os a exist ncia de recursos e belezas naturais como catalizadores de determinadas atividades econ micas especialmente o turismo e tamb m o modus vivendi e o jeito de ser do cidad o residente no Rio de Janeiro O Rio deveria ser um p lo tur stico cient fico cultural e de servi os de todo tipo sa de educa o financeiros produ o de conte do moda design publicidade esportes Potencialmente seria uma cidade parecida com Nova lorque O Rio de Janeiro que eu desejo uma San Francisco muito maior e mais bonita um p lo cultural com enormes riquezas naturais mas com uma economia muito maior Ao imaginar um futuro ideal que desejo para o Rio penso no estado da Calif rnia parecido em v rios aspectos Tem um passado de corrup o foi rico em recursos naturais a corrida do ouro abriga gente das mais diversas ra as um estado muito grande e populoso tem muito sol e conseguiu construir um modelo de desenvolvimento fant stico baseado em ind strias leves turismo entretenimento e tecnologia de informa o Os habitantes da Calif rnia tamb m lembram o povo do Rio s o alegres criativos gostam de sol s o miscigenados Gostam da vida Se retir ssemos a Calif rnia
273. ra dos Reis inutiliza a Ba a de Guanabara como palco de esportes e turismo fora o mal que faz qualidade de vida e ao pr prio meio ambiente A gua que se bebe n o tem qualidade A devasta o do Vale do Para ba e a degrada o da regi o serrana s o preocupantes Finalmente algumas pessoas se lembraram de que os Jogos Pan Americanos t m potencial para expor e divulgar a imagem do Rio de Janeiro pelo Brasil e no exterior Caso a infra estrutura tur stica funcione as atividades do setor podem sofrer um grande impulso Os jogos Pan Americanos s o uma oportunidade nica para a nossa popula o para o turismo e para o mercado de trabalho N o podemos esquecer que o sucesso do Pan dar visibilidade para os jogos ol mpicos de 2010 que poderiam trazer mais investimentos mais infra estrutura mais visibilidade do Rio de Janeiro para o mundo Acho que os Jogos Pan Americanos de 2007 s o uma boa oportunidade para fazer funcionar esta quest o do turismo Temo que o Pan Americano seja o nosso atestado de bito Se n o der certo provar que n o temos mesmo a capacidade de produzir e gerenciar este tipo de evento Fico assustado quando vejo atraso nas obras 1 3 4 5 Produ o Cultural A produ o cultural uma atividade muito ligada ao turismo e foi lembrada por muitos como sendo uma das mais fortes voca es do Rio Mesmo com a mudan a da capital para Bras lia o Rio conservou a sede dos museus nacionais de bela
274. rdem No campo da atra o de investimentos e empresas privadas as principais indica es ressaltam as voca es do Rio especialmente as reas mais densas em conhecimento a pr atividade a inova o e a constru o de um bom ambiente de neg cios Precisamos trocar a vis o de atrair investimento gerador de empregos atrav s de incentivos fiscais e passar a ser um O Rio Tem super p lo de atra o pelo conhecimento S culo XXI o s culo do conhecimento Precisamos dominar energia seguros gest o de neg cios Atuar ativamente na atra o e no estabelecimento de investimentos de empresas da ind stria leve revistas inform tica entretenimento turismo com alto profissionalismo O Rio pode ter um enorme diferencial neste campo Estimular o investimento privado na implanta o de novos projetos e p los de desenvolvimento que explorem o potencial e a voca o da cidade cultura informa o tecnologia educa o etc Governos e governantes que conversem com os empres rios com quem produz n o para extorquir ou sufocar com mais impostos mas para explorar oportunidades de investimentos Uma boa pr tica seria fazer uma esp cie de exit interviews com os empres rios que desistiram de fazer neg cios por aqui Criar mecanismos para atra o de empresas objetivando empregos Pol tica de investimentos em setores estrat gicos para gera o de emprego usando recursos dos royalties
275. res sem nenhuma contrapartida do Estado que prefere ignorar a import ncia estrat gica do turismo para a regi o Falta de um plano diretor de turismo precar ssima a estrutura tur stica hot is servi os atra es N o existe foco o Rio de Janeiro a porta de entrada do turismo por m n o h investimento direcionado e isso deve ser plano de governo n o devendo ser responsabilidade nica da iniciativa privada O governo precisa assegurar a infra estrutura Isso ser fundamental para a economia do estado nos pr ximos 20 anos N o existe no entanto capacita o profissional na rea suficiente para atender a grande demanda que porventura ainda aconte a b Macroplan 4 LE TOS J viram regi o mais bonita do que Angra dos Reis Mas a estrada para se chegar l p ssima Para que nosso estado volte a ser o portal de entrada de nosso pa s faz se necess rio um conjunto de a es sendo as mais urgentes pre os de combust vel para aeronaves reforma completa de nossas estradas importante para interioriza o e diversifica o dessa atividade e suas sinaliza es participa o institucional em feiras nacionais e internacionais do setor uma maior valoriza o de nossa cultura uma melhor qualifica o dos profissionais do setor e principalmente uma solu o definitiva para o problema de seguran a A degrada o ambiental enfeia a cidade e partes do estado com potencial tur stico como Ang
276. rgia nuclear est deixando de ser um anjo negro Angra 3 j um fato 3 3 3 Promover o desenvolvimento regional e local O desenvolvimento regional e local tamb m foi inclu do por 10 entrevistados na agenda de prioridades econ micas para os pr ximos 4 anos preciso considerar o bi p lo S o Paulo Rio de Janeiro e a rede de cidades fluminenses preciso trabalhar com foco territorial Somos um estado muito grande preciso montar um modelo de gest o regional focado em territ rios E preciso estimular os p los regionais no estado ou dentro de espa os urbanos diferenciados construir solu es customizadas para cada um deles Ver as regi es e espa os espec ficos e n o as fun es H uns 10 p los relevantes no Rio de Janeiro que deveriam ter uma esp cie de Gerente Regional para cuidar de cada um deles Utiliza o dos grandes projetos de investimento para dinamizar o desenvolvimento regional e local E preciso trabalhar bem os grandes projetos de investimento como Itabora refinaria e Itagua CSA que s o alavancadores e cont m todos os ingredientes em que se pode trabalhar para virar o jogo Deve ser feito um esfor o para fazer com que o poder decis rio fique aqui para o desenvolvimento da m o de obra e utiliza o de trabalhadores locais para a cria o de infra estrutura para a articula o e a inser o de micro e pequenos fornecedores e forma o dos entornos produtivos aos inves
277. rincipal desafio para os pr ximos quatro anos reconstruir o aparelho de estado Existe uma prefeitura do Rio com suas coisas boas e ruins mas n o existe um Estado Ou encontramos um espa o de intersec o para trabalhar no futuro ou a desagrega o permanece e a frente pol tica do Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS mal se torna mais ampla Devemos elaborar duas ou tr s plataformas sobre as quais podemos conseguir um consenso ou uma uni o de for as pol ticas majorit rias N o vamos conseguir nada voltando no tempo e clamando uma unidade retr grada por exemplo uma unidade enquanto p lo sider rgico ou em torno de qualquer arranjo produtivo embora arranjos produtivos sejam importantes esse n o o papel das for as pol ticas Precisamos sim de uma unidade em torno da transforma o cultural e s cio econ mica O setor p blico precisa voltar aos seus objetivos servir ao cidad o O setor p blico foi esquartejado e canibalizado n o tem sal rios nem est mulos ao m rito O Rio de Janeiro ainda a principal localiza o da burocracia nacional precisa reinvent la tem que enxugar Deve se implantar um sistema de m rito O dinheiro a recompensa pelo trabalho tem que implantar essa cultura O marketing do malandro n o nos levar a lugar algum O Poder P blico enxuto ideal Deve se capacitar aproximar se da sociedade ser objetivo e n o se ater corrup o Deve ser um setor
278. rior embora em reduzida participa o igualmente se faz presente quando se pensa o futuro da educa o Amplia o do acesso e melhoria da pol tica de cotas s o os pontos levantados como pertencentes ao cen rio desejado Com mais gente indo s universidades No cen rio desejado deveria ser aprimorada a pol tica de cotas para n o criar disparates na Universidade do Estado O Rio Tem al m da melhoria do sistema de educa o ensino m dio e fundamental Por fim h aqueles que lembram que a educa o tamb m envolve m sica esportes cultura inform tica e forma o de capacidade cr tica Desejo o ensino da m sica na rede p blica O Rio poderia ser um templo de inclus o digital ter cabos espalhados por todo o estado Com o esporte sendo difundido e praticado Gostaria de ver mais investimentos no esporte Quero ver o sucesso dos jogos Pan Americanos e a realiza o das Olimp adas aqui O esporte ainda uma das poucas reas nobres Com o esporte se aprende o respeito a tica valores importantes para a forma o de uma pessoa Tudo passa pela educa o pela forma o pela qualifica o das pessoas At mesmo quest es relativas a temas como planejamento familiar por exemplo remetem educa o porque para que a pessoa possa tomar suas decis es ela precisa de informa o e de capacidade de articular as informa es Dessa forma quando se fala de educa o fala se de crescimento
279. ritorial e urbana Nas vis es em torno desta tem tica os entrevistados indicam que as defici ncias do planejamento urbano e a aus ncia de pol ticas corretas para lidar com a quest o agravam o problema e devem ser consideradas na busca de solu es O Rio paga um pre o alto pela falta de planejamento A favela por exemplo um resultado de problemas como moradia e transporte n o h oferta de transporte p blico de qualidade o que obriga as pessoas a morarem perto do local de trabalho O Rio Tem O Rio foi cidade que mais pagou e ainda paga pelo modelo econ mico do passado principalmente da ditadura militar porque foi o modelo que marginalizou uma imensa parte da popula o e transferiu para o Rio uma fra o muito grande dessa parte marginalizada O Rio n o tinha condi es de absorver tanta gente e deu origem a esse caos social que hoje n o s percebido pelos sentidos mas sobretudo visto E s olhar as favelas e sua multiplica o e ver como isso afeta a cidade e o estado todo A faveliza o apenas um lado da exclus o social ou seja a face espacial e ambiental da decad ncia da cidade A cidade vive uma situa o de estagna o Isso se reflete na ocupa o espacial O poder p blico por sua vez n o est nas favelas Diante dessa situa o toda a maioria das pessoas acha que n o tem jeito que n o vale a pena fazer nada E os poucos que tentam s o dissimulados Os pol
280. rnos Municipais e demais poderes atuantes no estado Esperam igualmente estimular as lideran as empresariais e do terceiro setor a assumir um papel mais ativo nas quest es de interesse p blico municiando lhe de informa es e an lises focalizadas sobre temas estrat gicos para o futuro do Rio de Janeiro O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 13 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 2 LE TOS Modalidades e procedimentos pesquisa O Rio tem Futuro foi elaborada e conduzida segundo duas modalidades distintas uma pesquisa qualitativa com um universo restrito a 150 pessoas e uma pesquisa opinativa que envolveu mais de 1 000 indiv duos A pesquisa qualitativa apoiada por roteiro semi estruturado foi conduzida durante os meses de agosto setembro e outubro de 2006 e abrangeu profissionais representativos de 9 segmentos distintos residentes tanto na regi o metropolitana quanto no interior ou fora do estado conforme tabela a seguir Tabela 1 Distribui o dos entrevistados segundo segmento e local de resid ncia SEntcrios Fora da Regi o Regi o Total 9 Metropolitana Metropolitana geral Colunistas e Jornalistas 3 9 12 Dirigentes de entidades de representa o empresarial ou de 7 12 19 trabalhadores Integrantes do Poder Judici rio do Tribunal de Contas e Minist rio P blico 3 j Executivos e profissionais do setor 11 9 20 p blico Executivos empres rios e profissio
281. rrovi ria Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Cuidar dos missing links anel rodovi rio reas degradadas da cidade inclusive rea portu ria Precisa de estradas para o porto de Sepetiba por exemplo Melhorias em nossas estradas Recupera o da malha vi ria Investir em energia com tecnologia Ao lado da infra estrutura f sica estradas portos log stica foi enfatizada por 8 entrevistados a prioridade na infra estrutura soft a rea de ci ncia amp tecnologia conhecimento Investimento em universidades e centros de pesquisa Fomento e incentivo ao desenvolvimento cient fico tecnol gico e sua aplicabilidade Mobiliza o financiamento da inova o cient fica e tecnol gica Investimento em laborat rios de pesquisa em todos os g neros Identificar e investir nas vantagens comparativas do Rio cultura criatividade inova o conhecimento intelig ncia Criar p los de excel ncia no entorno da UFRJ e PUC Fortalecimento da ind stria do conhecimento e desenvolvimento tecnol gico Cria o de um centro de energias renov veis 3 3 1 2 Renovar e dinamizar o Ambiente de Neg cios Com a mesma frequ ncia do item anterior os entrevistados indicaram a melhoria do ambiente de neg cios como priorit ria nos pr ximos anos com destaque para a atra o de investimentos e empresas privadas ajustes na pol tica fiscal formaliza o de neg cios e inclus o digital nesta o
282. rte principalmente sobre os jovens que buscam oportunidades Do ponto de vista social a macrocefalia e a concentra o urbana dela resultante somadas topografia peculiar e falta de transportes eficientes e acess veis criaram comunidades de baixa renda inseridas de forma inadequada em locais de dif cil acesso e em habita es de baixa qualidade origem da problem tica de viol ncia drogas e explora o de toda uma O Rio Tem Futuro 2 E popula o pelos comandos de grupos armados fora do controle do poder de pol cia da comunidade A inseguran a o problema principal N o s pelos ataques dos marginais s pessoas mas tamb m pela progressiva substitui o do Estado pelo crime organizado no controle de algumas reas A coisa se inverteu completamente O crime organizado manda fechar o com rcio pro be circula o de pessoas e fica tudo por isso mesmo A renda propiciada pelo tr fico cada vez menos importante em rela o ao dinheiro cobrado das vans dos moradores da distribui o de g s etc O problema real n o se confunde com o problema do controle do tr fico de drogas mas com o do controle da vida social e do territ rio Mas o problema do bandido da esquina eventual O maior problema o tr fico Diferente de S o Paulo e de Belo Horizonte o Rio tem tr s portas de entradas as estradas os aeroportos e o porto que permitem que o tr fico de drogas seja maior aqui Quando os ba
283. ry Gra a Augusto Carlos Curvello de Muros Axel Grael Bebeto Bernardo Rocha Rezende Bernardinho Bia Aydar Carlos Alberto Pingarilho Jornalista Inter G Comunica o Secret rio de Turismo Ind stria e Com rcio de Rio das Ostras Diretor Executivo Editora Maca Offshore Diretor do Centro de Tecnologia da Ind stria Qu mica e T xtil do SENAI Secret rio de Ind stria Com rcio Desenvolvimento e Energia de Maca M dico e Diretor do programa Envelhecimento com qualidade de vida da OMS Jornalista e Cientista Pol tico da Tv Cultura Economista Secret rio Executivo do IBP Instituto Brasileiro de Petr leo e G s Diretor do Centro Internacional de Neg cios do Rio de Janeiro Cineasta Crystal Cinematogr fica Empres ria e Designer Jornalista Coordenador do MIR Movimento Inter Religioso do RJ Jornalista Coordenador do N cleo de Pesquisa Sobre Livro e Hist ria Editorial no Brasil LIHED UFF Secret ria de Turismo de Teres polis Presidente da GEPS Grupo de Empresas Prestadoras de Servi o de Maca Presidente da Suzano Papel e Celulose Presidente da Associa o de Hot is de B zios Secret rio de Turismo de B zios Vice Presidente do BNDES Ex presidente do Banco Central presidente da Confedera o Brasileira de Volei Presidente da Academia Friburguense de Letras Presidente do Instituto Rumo N utico Projeto Grael Tetracampe o mundial de futebol ex jogador d
284. s emprego popula o de rua menores etc b faveliza o uso indevido do solo e problemas de urbaniza o e licenciamento de obras flexibiliza o de regras cria o de est mulos etc c ilegalidade comercio paralelo carga tribut ria e outras causas d transportes plano decenal cria o de p los habitacionais sat lites com qualidade de vida capaz de atrair as popula es faveladas e viol ncia causas peculiares ao Rio f integra o com o Estado de forma que as a es de parte a parte somem e n o se antagonizem Macroplan 1 5 4 Desarticula o e falta de parceria e coopera o dentro do Estado e com a Sociedade Boa parte dos entrevistados apontou o desentrosamento entre as esferas do governo municipal estadual e federal e destas com a sociedade como um das principais fatores que dificultam o bom desempenho das institui es p blicas no Rio de Janeiro e a produ o de melhores resultados para a sociedade O problema principal se relaciona a uma baixa converg ncia pol tica entre os n veis federativos e lideran as pol ticas para a solu o dos problemas apontados Se as lideran as empresariais ou da sociedade civil n o se falam como deveriam o mesmo acontece com as tr s esferas de Governo A Prefeitura n o conversa com o Governo do Estado que n o conversa com o Federal Um s rio problema a gest o desintegrada das prefeituras e falta de apoio do governo federal e est
285. s reas de pesquisa e patentes Aqui temos a possibilidade de fazer um pequeno p lo de tecnologia Bastaria que os royalties do petr leo fossem mais bem investidos Uma premissa inova o O Rio n o vai conseguir voltar a ser diferente e melhor com f rmulas j usadas E preciso criar coisas novas Ou seja um projeto de futuro inovador completamente diferente do modelo de desenvolvimento baseado na atra o de empresas automobil sticas ou grandes ind strias com base em incentivos concedidos durante 10 15 20 anos e o terreno gratuito n o geram retorno Quero ver uma academia de refer ncia focada em pesquisa cient fica Com uma agricultura e pecu ria baseada em melhoramentos gen ticos Gostaria de ver o Rio como um centro avan ado de pesquisa Com com rcio din mico grandes empresas instaladas a revitaliza o dos ativos naturais E sendo um Centro Financeiro Internacional A Hong Kong dos Tr picos E preciso recriar a imagem para a O Rio Tem cidade e o estado destacando m sica cinema artes pl sticas e a pesquisa cient fica deve vir a ser um local atraente e competente para a pesquisa cient fica e a produ o t cnica A ind stria cultural incluindo as competi es esportivas pela sua penetra o e relev ncia na forma o da identidade do cidad o fluminense e particularmente carioca recebe de parte dos entrevistados um destaque especial L der em eventos de ponta e que apenas pude
286. s artes hist rico de ci ncias naturais al m da Biblioteca Nacional que constituem pontos de atra o e fontes de emprego O Rio Tem Futuro 2 E Outra vantagem que historicamente boa parte do servi o p blico federal est aqui Marinha Ex rcito Biblioteca Nacional Museu Hist rico universidades etc e n o existe nenhuma raz o para que saia daqui Esse estoque gera empregos de qualidade alta O Rio continua sendo o centro cultural mais importante do pa s tendo conservado a sede de grandes museus al m da Biblioteca Nacional e do Teatro Municipal Possui tamb m vibrante temporada teatral e musical al m de sediar a maior rede de televis o do Brasil Tamb m nas artes pl sticas na m sica O Rio ainda vanguarda nisso O Rio tem tamb m uma voca o cultural fant stica Tem o Teatro Municipal que voltou a fazer grandes espet culos Mas aqui temos tamb m a tend ncia de fazer grandes investimentos sem pensar na sua viabilidade de sua manuten o A cultura ent o um cap tulo parte No caso do Rio a cultura um campo t o importante quanto o turismo em se tratando de mercado de trabalho O Rio a cidade de Machado de Assis Villa Lobos Tom Jobim E quando voc junta a produ o cultural do estado para a explora o tur stica voc tem resultado maravilhoso Acho a revitaliza o da Lapa o que h de mais positivo no Rio de Janeiro nos ltimos anos Cada vez que eu vou Lapa
287. s estaria situada na ampla deteriora o da m quina p blica especialmente no Executivo estadual Existe uma prefeitura do Rio com suas coisas boas e ruins mas n o existe um Estado Mesmo com bons secret rios atuando n o existem secretarias enquanto aparelhos de Estadosob controle social Onde o Estado funciona como no Corpo de Bombeiros a l gica corporativa dominante a coisa n o funciona pelo Estado mas apesar do Estado Portanto algo tem que ser modificado na atividade pol tica Macroplan O setor p blico foi esquartejado e canibalizado n o tem sal rios nem est mulos ao m rito O Rio de Janeiro ainda a principal localiza o da burocracia nacional E preciso reinvent la e enxug r la O Rio de Janeiro tem um problema enorme de gest o As pessoas n o est o preparadas para os cargos ocupam postos por rela es pol ticas n o s o profissionais N s sabemos que numa empresa privada um problema de gest o quebra a empresa o Estado n o quebra pega dinheiro emprestado e gera infla o Vis o administrativa com gest o superada Vis o linear dos problemas falta de descentraliza o forma o e emprego de m todos eficientes e eficazes tendo em vista os objetivos tra ados pelo planejamento e gest o praticamente inexistentes 1 5 3 Descontinuidade administrativa e falta de vis o de longo Do total de entrevistados 17 destacaram a inexist ncia de pol ticas de desenvolvimento com vis o
288. s ganha um novo tom na solu o do problema Com sentimento de seguran a para os moradores e turistas Uma cidade segura para seus habitantes e visitantes O Rio Tem Gostaria de ver o problema da inseguran a das fronteiras resolvido uma coliga o das elites fazendo com que a falta de seguran a local seja resolvida para o turismo se desenvolver de forma consistente A seguran a s um grande problema se for mantida esta fratura institucional decomposta desarticulada que existe hoje Caso contr rio se h uni o das elites ela se resolve A atua o do estado na melhoria e na qualifica o da atua o dos quadros da pol cia e na sua integra o com a comunidade apontada como uma das fontes de solu o do problema e igualmente desejada Uma cidade e um estado com uma pol cia mais qualificada Uma pol cia educada armada agindo preventivamente Ter uma pol tica de combate criminalidade ao mesmo tempo efetiva e respeitadora dos direitos humanos Gostaria de ver o Rio com uma seguran a p blica boa e o morador da comunidade integrado com a pol cia Os jovens com um sal rio digno Eu gostaria que entrassem no tr fico apenas os jovens que gostam de ser bandidos n o gostaria de ver jovens entrando no tr fico por falta de op o de trabalho Policiamento comunit rio e inteligente n o repressivo preventivo e disseminado por toda a cidade Investimento na intelig ncia e investiga o policial C
289. s grandes capitais com m o de obra barata Hoje em dia n o precisamos pensar muito para saber que a ignor ncia e pobreza do povo s o fomentadas por pol ticos que visam perpetua o do poder Povo n o educado e preparado significa povo subjugado e sem nenhum poder de rea o Todos conhecem os benef cios da educa o mas h necessidade de pol ticos para arrancar os recursos de onde possam ser eles tirados e de organizadores para planejar e distribuir o mais complexo dos servi os sociais de uma democracia O dever do governo dever democr tico dever constitucional dever imprescrit vel o de oferecer ao brasileiro uma escola capaz de lhe dar a forma o fundamental indispens vel ao seu trabalho comum uma escola m dia capaz de atender variedade de suas aptid es e das ocupa es diversificadas de n vel m dio e uma escola superior capaz de lhe dar a mais alta cultura e ao mesmo tempo a mais delicada especializa o Muitos falaram da crise na educa o n o s no n vel do estado mas de todo o pa s O problema educacional s rio mas epidemia em todo o pa s n o s no Rio e a falta de instru o do povo ineg vel CIEPS abandonados professores mal remunerados alunos sem aulas e sem refor o escolar O maior problema o conjunto da obra O Rio de Janeiro tem por exemplo a maior rede de escolas p blicas mas n o est nada bem N o poss vel que aceitem que as coisas est o be
290. s lideran as pol ticas Construir um projeto de longo prazo para o estado 15 a 20 anos que produza ou resulte da produ o de um consenso e que maximize o aproveitamento dos pontos fortes ativos estrat gicos Isto porque muitos dos problemas existentes como a defici ncia da educa o ou a despolui o da Ba a da Guanabara s ser o solucionados no horizonte de uma gera o na melhor das hip teses No bojo deste projeto construir um consenso pol tico sob a lideran a de pessoas ou institui es agregadoras Esta a tarefa mais dif cil de fazer Por m absolutamente indispens vel para aspirar uma trajet ria de desenvolvimento que seja sustent vel As pol ticas p blicas no Rio s o pontuais e assistencialistas preciso construir pol ticas p blicas onde os tr s atores poder p blico empres rios e terceiro setor planejam juntos executam juntos e monitoram suas a es A vantagem de envolver todos neste processo o comprometimento com as metas O desenvolvimento de um planejamento estrat gico participativo para o Rio gera comprometimento e todos se O Rio Tem direcionam para o mesmo objetivo preciso firmar compromissos e metas que n o fiquem merc dos pol ticos locais No processo de planejamento deveria ser utilizada a tecnologia da informa o como forma de prover o monitoramento Temos que parar de atirar em todas as dire es Deve escolher tr s ou quatro objetivos no m ximo e con
291. sculo e com qualidade de gest o Justi a gil e r pida para assegurar as duas primeiras Gest o pol tica s ria e voltada para a sociedade Macroplan z O desafio continuar pensando numa agenda t cnica irretoc vel e ao mesmo tempo conseguir votos com isso porque o pol tico precisa de votos Tem que resolver o paradoxo de como fazer a coisa s ria e levar em conta o interesse do pol tico N o se pode evitar a pol tica S se sai desta situa o pela pol tica E imposs vel n o encarar isto a quest o passa por saber utilizar a pol tica Deve se procurar valorizar pessoas que t m clareza neste processo Melhorar a qualidade da elite pol tica local requer e implica fortalecer partidos E preciso termos partidos modernos isto program ticos A qualidade dos partidos decisiva para a qualidade da pol tica e da administra o p blica As elei es de 2006 2008 e 2010 ser o decisivas para isso Seriedade nos governos Vontade pol tica para enfrentar os desafios e problemas existentes 3 5 3 Formular e gerir estrat gias e projetos de longo prazo Recuperar e por em pr tica uma vis o de longo prazo com planejamento e projetos estrat gicos deve ser uma prioridade para o Rio de Janeiro nos pr ximos 4 anos na opini o de 12 entrevistados Tarefa que envolve a constru o de um consenso pol tico e agrega o de lideran as e participa o ativa dos principais atores sociais e n o apenas da
292. si s complexo e abrangente foi objeto de muitos coment rios A situa o do Rio de Janeiro nesse setor foi considerada pela maioria dos entrevistados como muito deficiente em termos de quantidade qualidade e efic cia como instrumento de gera o de conhecimento Faltam escolas e falta educa o A educa o tem que melhorar muito para atingir os n veis exigidos para uma cidade grande Macroplan LE TOS Penso que o Rio precisa de cultura lazer educa o refor o escolar e capacita o para os jovens Principalmente educa o de qualidade Outro gargalo s rio a educa o como neg cio a educa o do varejo a educa o que n o tem nenhum compromisso com forma o A educa o que dada pelo Estado ou comprada do setor privado med ocre E a educa o por batelada sem respeito ao que existe de conhecimento Quem dita a era em que vivemos como a era do conhecimento n o se perguntou o que conhecimento O que conhecimento Conhecimento n o a informa o experimentada O educador precisa transferir e fazer a informa o chegar mas precisa tamb m conseguir que o novo detentor daquela informa o a experimente para que ele possa gerar o pr prio conhecimento E esse processo totalmente desarticulado no nosso pa s Hoje n o existe mais a escola p blica formadora antigamente voc frequentava uma escola p blica e ingressava direto na faculdade facilitando a mobilidade social do indiv d
293. si s vai mudar a concep o dela pr pria Agora preciso transformar as reas que voc n o consegue tirar com o estado presente Reestrutura o urbana Investimento numa pol tica habitacional e urban stica Temos que administrar o uso do solo quais s o as voca es da cidade quais as regras que v o definir como e quanto a cidade cresce Temos que criar mecanismos de compensa o Por exemplo aquele que construir um pr dio maior ter como puni o que construir uma escola Investimento numa pol tica habitacional e urban stica Enfrentar a absoluta desordem urbana e o crescimento predat rio do Rio de Janeiro Esfor o intensivo para a reurbaniza o da cidade do Rio de Janeiro O Rio de Janeiro teria em primeiro lugar que resolver o seu conflito metropolitano e sobretudo o problema da periferia que tem que parar de agredir a cidade Futuro 2 Macroplan LE TOS 3 2 3 Produzir solu es em habita o Os investimentos ou solu es em habita o foram o terceiro tema destacado como priorit rio embora com menor nfase que os anteriores Investir em habita o 4 cita es A quest o mais importante seria criar um projeto de habita o para a popula o de baixa renda e um sistema de transporte que desse qualidade de vida s pessoas que fossem morar longe do eixo principal da cidade Uma coisa tem que vir junto com a outra Al m disso tem que se encontrar um caminho para
294. siga articular os Munic pios o Estado e a Uni o por um longo tempo centrada na inova o e que considere a urbaniza o inovadora das favelas Ordenamento urbano tanto na cidade do Rio de Janeiro quanto nas principais cidades do estado O Rio Tem Priorizar o re ordenamento urbano e regional preciso enfrentar a desordem urbana Revis o cr tica t cnica e atua o fort ssima no planejamento urbano Tratamento adequado e priorit rio as reas degradadas e s de favelas Repensar reconstruir derrubar construir alternativas de interesse real popula o carente subsidiar etc Compensar atrativamente o que tiver que ser deslocado desfeito disponibilizar localmente todos os servi os do Estado recuperar a legitimidade Utilizar os princ pios que constitucionalmente norteiam o servi o p blico Organizar o caos urbano cortar avenidas nas favelas A quest o central do Rio deveria estar nas m os de um arquiteto ousado e de um prefeito corajoso A urbaniza o geraria uma quantidade absurda de empregos n o h nada mais importante para o ser humano que o emprego com a consequente redu o da viol ncia Recuperar reas urbanas degradadas centro e Copacabana s o exemplos e melhorar a infra estrutura urbana preciso haver uma interven o urbana firme com programas habitacionais de interven o na favela no sentido de urbaniz la de forma que no m dio prazo o espa o urbano da favela por
295. smo de alta renda Isto aqui uma cidade de aposentados com baixo empreendedorismo Pode ser at um ambiente legal para a cultura mas n o para o setor produtivo Hoje n o vejo mais um turista de qualidade vindo para c Quem vem s o as pessoas de classe econ mica mais baixa dos pa ses desenvolvidos Perdemos os de classe mais alta J o Nordeste por oposi o est cheio de europeus a costa da Bahia tem muitos europeus andando na orla das cidades portugueses espanh is N s tamb m n o temos no interior uma infra estrutura m nima de qualidade para atender ao turista Outras oportunidades que v m sendo desperdi adas no turismo fluminense dizem respeito ao potencial do interior do estado A aus ncia de um bom plano estadual de turismo que contemple cada munic pio separadamente A pol tica seguida pelo governo n o fez nenhum planejamento nessa rea eixo estrat gico para gera o de divisas e empregos Na minha vis o n o existem roteiros que criem novos conceitos de turismo como o turismo ambiental de aventuras o eco turismo esportes radicais culturais etc e que distrbuam melhor a entrada do turista no nosso estado promovendo a riqueza para outras cidades al m da capital e O Rio Tem Futuro 2 E dos clich s do turismo brasileiro B zios Cabo Frio Petr polis etc V rias cidades na Europa na Am rica e at no Oriente s o portais de entrada que uma vez transpostos se ganha uma nov
296. so de seu povo seu sentido l dico e sua capacidade de acolher a todos valorizando especialmente os estrangeiros A parte boa a meu ver s aquela que se refere ao charme ao astral tipicamente carioca a beleza da natureza tudo aquilo que em pr tica faz que as pessoas continuem morando aqui O Rio de Janeiro a nica grande cidade do planeta que n o tem bairro chin s Aqui n o tem judeu rabe ou coreano vivendo no mesmo bairro como em S o Paulo Paris ou Nova York Eles n o moram junto porque n o precisam Todos se misturam h uma boa conviv ncia entre as pessoas No Saara convivem rabes judeus chineses n o tem problema O negro muito mais bem aceito aqui do que em S o Paulo ou no Rio Grande do Sul Isso um tra o muito positivo daqui Eu vejo no Rio de Janeiro um aspecto muito bom que o esp rito do carioca A auto estima a criatividade o empreendedorismo s o algumas das caracter sticas que formam este esp rito que tamb m pode ser percebido pelas empresas que sobrevivem aqui Este conjunto que cria o charme do Rio de Janeiro Temos v rios atores cantores artistas que contribuem para esse cen rio O Rio de Janeiro tem um ambiente criativo e de conv vio maior que outros estados Por exemplo a praia torna todo mundo O Rio Tem igual h v rias pessoas de classes sociais diferentes compartilhando o mesmo ambiente Nesse ambiente voc tem engenheiro economista f sico conversando
297. sociada a turismo de massa e petr leo Produ o de hortifrutigranjeiros sofisticada a exemplo do que ocorre em outros lugares do mundo Gostaria de ver um Rio que conseguisse recuperar o dinamismo em todas as reas importantes desenvolvimento econ mico desenvolvimento social Um Rio que conseguisse pegar a base social industrial tur stica cultural todo o conhecimento e conseguir desenvolver isso S S o Paulo tem uma base igual mas n o tem a base do turismo Uma cidade tur stica com nfase nas atividades financeiras art sticas e de tecnologia associada s inova es e criatividade no design de um modo geral como o de interiores de j ias de paisagismo de moda de inform tica e um grande centro de refer ncia da sa de Mas quando se trata de pensar o futuro na nova economia baseada na informa o e no conhecimento s o os setores e as atividades conectadas com a tecnologia com a gera o de patentes com o desenvolvimento cient fico com servi os de ponta e tamb m a ind stria cultural e de entretenimento e outras associadas que s o chamadas cena O papel essencial no desenvolvimento do capital humano n o esquecido t o pouco a necessidade de inova o para fugir das f rmulas de desenvolvimento convencionais O Rio que eu sonho o da capital do Brasil na sociedade do conhecimento Aqui tem ind strias que devem ser prioridade como a cultural e de entretenimento as ind strias de
298. ssem ter como local e palco o Rio a exemplo do show dos Rolling Stones ou do Reveillon e atraindo a aten o do mundo como uma cidade desejada e inigual vel Sediando eventos mpares como o Pan Americano 2007 e quem sabe os Jogos Ol mpicos Gostaria que o Rio viesse a ser uma grande cidade econ mica e culturalmente din mica e diversificada Se seguirmos a voca o da cidade poderemos chegar a ser como a capital do Mercosul lugar de grandes bienais como um lugar de grandes investimentos nessa rea preserva o da arquitetura Por fim o cen rio desejado tamb m transborda para a esperan a de transforma o no ambiente de neg cios Redu o da burocracia tornando a abertura e fechamento das empresas mais f ceis melhoria da competitividade e agilidade da m quina estatal s o elementos destacados O Rio precisa ser competitivo Tem que ser f cil fazer business aqui Mas isso depende muito do componente pol tico E importante que o Rio n o fique dependente apenas do turismo Temos que fomentar a abertura de empresas no estado Tudo hoje muito burocr tico Este seria um diferencial competitivo do Rio o lugar mais f cil do Brasil para se abrir uma empresa com isso poder amos atrair um enorme potencial empreendedor Muitos cariocas que hoje est o exilados em S o Paulo ou em outros pa ses poderiam voltar para c Um estado r pido parceiro de empreendimentos particulares capaz de projet l
299. ssibilidade de ser aquilo que se sabe que se foi e que se acredita que poder vir a ser O meu sentimento em rela o ao Rio de esperan a Poderia dizer frustra o mas prefiro dizer ESPERAN A O sentimento de esperan a de fazer jus ao t tulo de Cidade Maravilhosa Esperan a pois o Rio de Janeiro merece encontrar o seu caminho para o esperado desenvolvimento Esperan a Torcida e esperan a O personagem de Lima Barreto Gonzaga de S olhando a Praia do Flamengo disse Eu vivo no Rio de Janeiro e o Rio de Janeiro vive em mim Isso pra mim tamb m verdade Sentimento de esperan a pois a cidade ainda n o uma cidade fantasma O Rio tem chances de oferecer futuro e protagonistas dispostos a faz lo O otimismo tamb m emerge na cren a de que o Rio tem futuro mas n o um futuro qualquer O estado e a cidade poder o vir a ter um bom futuro um futuro povoado de imagens positivas porque as dificuldades que hoje s o enfrentadas ser o superadas Frase de Fernando Sabino citada por um dos entrevistados O Rio Tem Temos um presente muito dif cil mas temos futuro Eu penso que poss vel alcan ar o futuro desejado Os obst culos que o Rio precisa resolver s o poss veis de serem solucionados Sim o Rio tem futuro O Rio tem andado beira do abismo mas pode ter um futuro lindo O Rio de Janeiro tem futuro Eu ainda estou aqui e gosto daqui Joguei em todos os lugares e n o vejo na
300. stado Al m disso se a classe pol tica do Brasil ruim no Rio a situa o consegue ser muito pior Um exemplo a enorme participa o de pol ticos do Rio no esquema das sanguessugas O Rio de Janeiro tem sido pobre em mat ria de representatividade pol tica e por esse aspecto v se constantemente prejudicado em rela o a outros estados da Federa o de igual import ncia Outro fator importante a falta de lideran as pol ticas fluminenses com abrang ncia e destaque nacional 1 5 1 2 Populismo e clientelismo A cultura pol tica dominante oligarquizada populista e baseada na troca de favores s o alguns dos principais aspectos negativos citados pelos entrevistados O Rio foi colonizado pela natureza mais profunda da pol tica brasileira clientelismo e populismo A coloniza o da pol tica carioca foi o desastre da pol tica fluminense O sistema pol tico fluminense oligarquizado e n o incentiva as pessoas de bem a participarem da vida pol tica b Macroplan 4 LE TOS A cultura e as atitudes das elites locais s o estatizantes e centradas na busca de benesses dos governos A pol tica dominante basicamente a populista uma pol tica que compra voto que define a elei o na bandeirinha e no churrasco no per odo eleitoral e que tem propiciado pol ticos de baixa qualidade Todo jogo passa por caciques Os partidos que deveriam fazer frente n o t m capacidade bem como os movimentos socia
301. stado que tem o potencial de ser um referencial de uma nova civiliza o global gaia morena tolerante e solid ria O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 185 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 Macroplan O Rio Tem Futuro P serra Macroplan i h IETS 3 Prioridades o que n o pode deixar de ser feito nos pr ximos 4 anos 186 O Rio tem Futuro Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 O Rio Tem Futuro 19 E E O Rio tem Futuro 187 Relat rio Preliminar da Pesquisa Dez 2006 b Macroplan 4 l ara tra ar uma ponte entre o presente e o futuro os entrevistados foram estimulados a fazer uma reflex o pragm tica a partir da seguinte quest o O que n o pode deixar de ser feito nos pr ximos 4 anos para superar os gargalos obst culos e dificuldades e construir o futuro desejado A cada entrevistado foi solicitado que apontasse no m ximo 5 temas ou quest es priorit rias e indicassem concretamente o que deveria ser feito e de que maneira A consolida o dos principais resultados desta reflex o resulta na indica o de 29 vinte e nove grandes prioridades sendo 11 na dimens o social 3 relativas organiza o e gest o territorial e urbana 4 na rea econ mica 4 na esfera do meio ambiente 6 no campo pol tico institucional e 1 na esfera da cultura e comportamento sociais Em duas dessas dimens es a da seguran a e da economia
302. stas atletas ex atletas ou dirigentes de entidades esportivas Ary Gra a Axel Grael Bebeto Bernardo Rocha Rezende Bernardinho Gerasime Nicolas Bozikis Lars Grael Rico de Souza Tande Torben Grael 0 Virna Dias PON Lo NS Lideran as comunit rias 3 setor e da sociedade civil Andr Porto C sar Marques Daniel Becker Elizabeth S ssekind Evandro Jo o Humberto Portugal Karl Lucinha Ara jo Leonora Mendes Leonardo Boff 10 Manoel Ribeiro 11 Miguel Darcy 12 M rcio Salles 13 Paulo Lima 14 Padre Jairo 15 Roberto Cezar de Andrade 16 Rodrigo Baggio 17 Rubens Cersar Fernandes 18 Willian Oliveira SONDA BON Quadro Rela o dos Entrevistados por Segmento Executivos e profissionais do setor p blico E GR ONE o go 18 19 20 Armando Mariante Alexandre Gurgel Alan Machado Aniko Santos Armando Ehrenfreud Carlos Scherr Guilherme de Oliveira Estrella Gilberto Menezes Guilherme Spitzman Jordan Hugo da silva Pereira Nunes Julio Bueno Jacob Kligerman Jorge Resende Luiz Carlos Barbosa Leila Anuncia o Leonardo Ciuffo Faver Manoel Francisco de Oliveira Paulo Sergio Moreira da fonseca Roberto Guimar es Boclim Sergio Machado Correa Intelectuais e ou especialistas em temas e quest es relevantes para o Rio de Janeiro DONO O AIN 20 Alo sio Ara jo An bal Bragan a Carlos Eduardo Young Carlos Frederico Loureiro Edson Nunes E
303. ste sentimento o percebem como uma bandeira da resist ncia Em um contexto presente adverso o amor sobrevive apesar das intemp ries Nestes casos comum encontrarmos elementos de justificativa que conectam o presente com o futuro seja ele de esperan a ou marcado pelo temor ainda que sutil em rela o ao que este poder trazer Amor e pena pela atual situa o O Rio vai de mal a pior Medo trabalho de risco com amor pelas pessoas cidade e rea social Amor e pena vontade de fazer algo relevante Amor apesar de tudo E Adapta o de um entrevistado para o trecho da letra da m sica Ideologia de Cazuza No original grande p tria desimportante em nenhum instante eu vou te trair Futuro 2 b Macroplan 4 LE TOS Eu amo essa cidade O Rio de Janeiro maravilhoso e cativante com muitos pontos tur sticos O interior tamb m possui cidades que s o muito bonitas Adoro a energia da cidade mas tenho ficado apreensiva Amor decepcionado por m com esperan a 2 3 1 2 Positivamente uma forma singular de entender e de enfrentar o momento atual Al m do forte sentimento de amor j exposto outros sentimentos se fazem presentes quando se trata de descrever o Rio de Janeiro atual A beleza e pujan a do estado e da capital que inspiram adora o paix o e xtase al m do desejo de perman ncia s o igualmente fortes O certo jeito de ser de se comportar que traz um molejo e um lado
304. struir um pacto entre o setor p blico privado e a sociedade escolhido por todos um pacto imperme vel aos ciclos pol ticos Desenhar e implantar um plano estrat gico de desenvolvimento econ mico para o Rio Um planejamento estrat gico para o estado parcialmente desvinculado das pol ticas p blicas Planejamento e gest o estrat gica Planejamento de metas e de a es estrat gicas expans o de investimento p blico e privado Mesmo acreditando que muito pouco possa ser feito em apenas 4 anos para alterar um quadro que vem sendo montado h mais de quatro s culos tenho esperan a que novos rumos possam ser tra ados orientando pol ticas p blicas e privadas de mais longo prazo Precisamos de uma pol tica s ria e de longo prazo para a recupera o do tempo perdido Outra prioridade mapear o que queremos saber qual a voca o de cada regi o Prioridade para o qu S discutimos meios e n o fins Isso tudo t o bvio mas ningu m faz Por exemplo o que vamos fazer com Campos quando o petr leo acabar Isso se chama gest o Fazer planejamento sabendo qual a realidade do cidad o nas regi es Uma quest o estrat gica melhorar a aloca o dos recursos obtidos com os royalties do petr leo 3 5 4 Reconstruir reformar reinventar e fortalecer o Estado A reconstru o a racionaliza o ou mesmo a reinven o do aparelho de estado uma prioridade destacada por oito entrevistados O p
305. sua agenda estrat gica do novo governador seria a seguinte antes de tudo demonstrar claramente para a sociedade que eu n o vou roubar e n o vou aceitar que roubem O sinal mais concreto neste sentido seria a nomea o do Secret rio da Fazenda algu m competente e incorrupt vel E preciso dar uma sinaliza o clara Um choque tico Toler ncia zero se tiver qualquer ind cio de roubo de conduta duvidosa afastar as pessoas envolvidas sem sequer precisar de provas concretas A sociedade precisa perceber 3 A maioria deles colhida antes da realiza o das elei es de 2006 O Rio Tem Futuro que o Governo vai ser uma coisa s ria Tem que fazer como o A cio fez em Minas montou uma equipe de pessoas decentes e de alto n vel t cnico como o Anastasia e o Brumer Foco na gest o Quem resolver a gest o do Rio ter proje o nacional O problema que ningu m chega ali sem fazer acordos que s o impeditivos para o desenvolvimento do Estado Volto a afirmar tem que haver despolitiza o das quest es pastas que s o fundamentais para a resolu o dos problemas Um secretariado competente e com poucas liga es pol ticas uma coisa que n o inexiste na base carioca parlamentar e na c mara dos deputados Investir na profissionaliza o da gest o a chance que o governador eleito tem O governador eleito tem uma grande oportunidade de colocar as quest es do Rio como viol ncia por exemplo nas m os de um secret
306. t m estrutura n o t m acesso Internet n o t m e mail Eles t m um projeto de informatiza o mas um trabalho de longu ssimo prazo este projeto conta com o apoio do Comando Geral mas ao mesmo tempo encontra muitas resist ncias internas E isso em uma institui o que fundamental para resolver o problema da viol ncia Imagine na pol cia civil que muito pior Verifica se uma total desarticula o da atua o das duas for as policiais do Estado de uma forma geral Aqui do lado Minas Gerais est vivendo uma pequena revolu o no campo da Seguran a P blica Estamos a l guas de dist ncia Minas Gerais fez um esfor o que foi bem sucedido para melhorar a integra o e gest o da atua o dos rg os de Seguran a P blica tendo como inspira o o modelo COMPSTAT implantado em Nova lorque na d cada de 1990 A exist ncia de duas pol cias Civil e Militar uma excresc ncia que n o ser resolvida necessariamente com a desconstitucionaliza o das pol cias A solu o est na unifica o das pol cias proposta fortemente combatida pelas corpora es policiais que possuem um lobby muito grande nos Legislativos estadual e federal O que est ruim seguran a p blica por falta de aplica o de vis o sist mica que conjuga elementos dentro e fora dele sistema de seguran a marcadamente linear e sem intelig ncia que facilite a potencializa o dos meios j
307. t o em extin o A principal receita dos aposentados O Rio est mal e indo de mal a pior em fun o de um c rculo vicioso cujos componentes s o viol ncia incivilidade desordem urbana desgoverno corrup o desmoraliza o da representa o pol tica estagna o econ mica fuga de O Rio Tem Futuro investimentos perda de competitividade e desesperan a quanto ao futuro Veja o caso do Gale o est abandonado Antes havia v os que passavam pelo Rio Para ir ao exterior n o era preciso ir a S o Paulo Agora acabou O Rio de Janeiro encontra se hoje em decl nio no tocante sua import ncia no pa s e em franco abandono O estado apresenta se no cen rio estatal de forma inexpressiva sem destaque nem mesmo em setores antes fortes como por exemplo o turismo Basta vermos a falta de manuten o do Aeroporto Internacional e a constante perda de turistas para outros estados o que inclusive faz com que o setor se reduza No caso da capital o esvaziamento econ mico acoplado viol ncia do tr fico tem sido a meu ver o n cleo do problema que vem corroendo a vida e a imagem da antiga Belacap A cidade do Rio de Janeiro passa por um momento de decad ncia e a sua imagem a pior poss vel o que precisa ser revertido O Rio de Janeiro passa por um momento muito dif cil em fun o do grau de viol ncia da falta de investimentos em infra estrutura educa o sa de etc coisas de que a popul
308. ta de perspectiva forma o gueto dos exclu dos Como estes indiv duos n o possuem condi es de cuidar da regi o a degrada o do local aumenta ainda mais A exclus o ambiental ent o uma consegi ncia E as reas degradadas s o as dos mais pobres Complementarmente houve uma cita o sobre os problemas acarret ados pela legisla o florestal vigente A nossa legisla o florestal causa um problema de escala de planejamento porque seu foco foi a propriedade Hoje o pa s n o tem uma estrat gia para a Mata Atl ntica para a Amaz nia para o cerrado etc Em v rias regi es do estado a solu o econ mica est na rea florestal Investimentos devem ser aplicados nas atividades de fruticultura 1 4 1 2 Recursos h dricos problemas no abastecimento e polui o da gua Nesse lagoas aspecto o problema mais citado foi a polui o dos rios praias e da Ba a da Guanabara Futuro 2 b Macroplan 4 A m A polui o de rios lagoas e da Ba a da Guanabara um dos principais entraves ao desenvolvimento do estado do Rio 11 cita es As praias e lagoas tamb m n o est o bem Quase todas est o sujas e polu das e em constante degrada o Ressalta se um sistema industrial excessivamente poluidor refletindo se sobremaneira sobre a Ba a da Guanabara e rios em seu entorno qualidade da gua para o consumo o d ficit h drico e a contamina o do Rio Guandu foram citad
309. te em rela o s pr prias condi es de moradia Cidade com grande concentra o de aglomera es urbanas com baixa qualidade de vida e alto ndice de viol ncia O principal problema do Rio a quest o da moradia A periferia est em cima da cidade A pol tica habitacional tamb m n o correta Por exemplo a Rocinha j virou o morro e chegou ao Alto G vea e ningu m faz nada para conter O problema da habita o quase insol vel funciona como uma cobra comendo o pr prio rabo A melhoria dos problemas urbanos nas favelas acaba atraindo novas pessoas de dentro e de fora da cidade e do estado pressionando a expans o de tais reas de exclus o Por outro lado a pol tica de remo o tal como j ocorreu no passado inaceit vel para os dias atuais e vai contra os direitos humanos Uma forma de atenuar o problema seria expandir os recursos O Rio Tem Futuro 2 E direcionados para a habita o popular tarefa a ser exercida predominantemente pelo Governo Federal Os problemas do Rio s o as diferen as sociais as condi es habitacionais e a viol ncia Aqui no Rio a quest o habitacional muito s ria O bandido e a mis ria moram ao lado da sua casa diferente de outras cidades onde a periferia longe Ningu m quer sair da favela na Zona Sul e morar em Santa Cruz A integra o que ao mesmo tempo uma caracter stica extraordin ria do Rio tamb m o seu principal defeito 1 3 A
310. te ponto a decep o se justifica pela incompet ncia pol tica a deteriora o pode ser atribu da aos desmandos e falta de tica dos governantes Tais avalia es al m de centrarem se no aqui e agora tamb m transbordam para as proje es que s o feitas em rela o ao futuro que podem ser igualmente pessimistas ou ao contr rio podem vir a recuperar os ares de otimismo com base na cren a de que h espa o para um amanh diferente O Rio Tem O Rio de Janeiro um caso de irresponsabilidade Uma gera o que deiXa a perder uma heran a e seu futuro O Rio est decadente de corpo e alma Meu sentimento pelo estado do Rio de decep o raro eu ser amargo sou normalmente um otimista mas muita incompet ncia pol tica Do jeito que o Rio est indo ele vai para o abismo Mas acredito que h um futuro muita coisa precisa ser mudada mas acho que existe espa o para termos um conv vio harm nico E o meu otimismo tem fundamentos baseado pelos ativos existentes o Rio tem um acervo de cultura de capital humano e de capital natural al m dessa atmosfera inusitada O Rio est dif cil Decadente Acho que em rela o do Rio de Janeiro h na sociedade certo sentimento coletivo de derrota ou fracasso Pessimismo em rela o ao futuro A situa o do Rio est dif cil e at d certo des nimo Mas d pra virar este jogo O Rio a cidade brasileira que mais me atrai Mas infelizmente
311. temente com a indica o do principal problema surge em posi o de destaque a implanta o de a es voltadas redu o da viol ncia urbana e aumento da sensa o de seguran a Curiosamente em segundo lugar desponta a melhoria da qualidade da educa o estando frente da melhoria do sistema de sa de p blica No entanto como visto a educa o recebeu pontua o mais favor vel do que a sa de na avalia o do momento presente Isso pode indicar que os atores sociais come am a valorizar mais as quest es educativas como valor compartilhado de fonte de transforma o particularmente no tocante melhoria do ensino A redu o das desigualdades sociais e da corrup o e os investimentos em gest o p blica empreendedora e profissional s o vetores que tamb m ocupam lugar importante na indica o das prioridades recebendo cada uma indica o de priorit ria para cerca de 20 dos opinantes O Rio Tem Futuro Redu o da viol ncia urbana e aumento da sensa o de seguran a Melhoria da qualidade da educa o 522 Melhoria do sistema de sa de p blica 315 Redu o da pobreza e desigualdade sociais 242 647 Redu o da corrup o Investimento em gest o p blica empreendedora e profissional 222 206 Crescimento econ mico 199 159 150 Melhoria do ambiente de neg cios redu o da burocracia e est mulo abertura de novas empresas Maior di logo e coopera
312. tensidade da desigualdade social Auto estima da popula o Futuro 1 b Macroplan 4 Muito Muito z Dimens es e Itens de avalia o Mlio Bom Bom Ruim Muito Ruim N o Total Bom Ruim sei Bom Ruim Pol tica Integra o dos tr s n veis de governo 0 19 1 17 1 36 29 31 65 73 95 03 3 60 100 00 Atua o dos pol ticos 0 00 1 34 1 34 25 44 72 49 97 93 0 72 100 00 Compet ncia e idoneidade dos governantes 0 10 1 85 1 95 25 02 72 35 97 37 0 68 100 00 Di logo entre governo e sociedade 0 10 2 15 2 25 31 77 64 71 96 48 1 27 100 00 Total 0 10 1 63 1 73 27 92 68 77 96 69 1 58 100 00 Economia Crescimento econ mico 0 49 15 63 16 11 53 22 28 81 82 03 1 86 100 00 Gera o de empregos e de oportunidades de trabalho 0 59 11 84 12 43 53 91 32 29 86 20 1 37 100 00 Infra estrutura f sica e de informa o e conhecimento e log stica 0 49 14 22 14 71 45 39 37 35 82 75 2 55 100 00 Total 0 52 13 89 14 42 50 85 32 81 83 66 1 92 100 00 Social e Cultural Ocupa o e conserva o dos espa os urbanos 0 20 12 06 12 25 46 57 40 78 87 35 0 39 100 00 Seguran a 0 00 0 68 0 68 8 19 90 45 98 64 0 68 100 00 Cobertura e qualidade da rede de sa de 0 10 1 47 1 56 22 29 73 31 95 60 2 83 100 00 Cobertura e qualidade da rede de educa o 0 39 7 89 8 28 35 25 53 46 88 70 3 02 100 00 Cobertura e qualid
313. tes de tudo um sobrevivente Vou parafrasear Fernando Pessoa ao citar o rio da sua aldeia Eu gosto do Rio mais do que qualquer outra cidade porque ela minha ela n o me decepciona eu sempre sei o que vou encontrar talvez buracos lixo favela mas tamb m grandes esperan as O Rio uma j ia preciosa e rara que precisa de mais cuidados e limpeza para reluzir em toda sua intensidade N o nasci no Rio mas sou plenamente um carioca b Macroplan 4 LE TOS Acreditamos no povo do Rio de Janeiro Eu acho que o Rio de Janeiro apesar de todos os problemas que temos principalmente a viol ncia est passando por um dos seus melhores momentos Estamos no momento certo hora de pensar em mudan as Paix o e compaix o e vontade de transformar A palavra URGENCIA O Rio de Janeiro est como uma empresa na beira da fal ncia se n o forem tomadas medidas dr sticas entrar em um processo de degenera o e abandono irrevers vel Apesar de todos os problemas que existem no Rio de Janeiro nunca me senti t o bem como aqui Obrigado RIO 2 3 1 3 No final tudo vai dar certo Se n o der porque ainda n o o final a resist ncia do otimismo dando uma chance ao futuro Assim como o amor o sentimento que situa a subjetividade em rela o ao momento presente a esperan a o que a encapsula e projeta no futuro Assim a esperan a traduz todo o desejo de resist ncia da cren a na po
314. tidas n o foram presas e v o viver um tempo importante de suas vidas na pris o o que seria um tremendo problema para o Rio de Janeiro N s somos ref ns de uma situa o dif cil Temos que compreender que s se resolve o problema da viol ncia com distribui o de renda As classes m dia e alta t m a impress o que somente com a repress o viol ncia ser resolvida A inseguran a no Rio um tumor e para evitar que se alastre ainda mais tem que investir na base que a educa o e a qualifica o A transforma o tem que passar pela educa o Ela a base de tudo E preciso gerar condi es para que as fam lias se envolvam mais com a educa o E educa o no sentido amplo cria o de h bitos de leitura associados ao esporte e s artes necess rio mudar a pol tica financeira e fiscal federal e mesmo estadual para que os poderes p blicos voltem a ser redistribuidores de renda e n o concentradores como t m sido nas ltimas d cadas haja investimento p blico e privado voltado para combater os problemas de educa o habita o e transporte criando oportunidades de emprego e sal rio digno para todos E sejam alcan adas condi es de seguran a social que permita o desenvolvimento do turismo e dos servi os que certamente junto com a ind stria de alta tecnologia poder o ser o caminho para um c rculo virtuoso de desenvolvimento e paz social 1 1 2 Educa o A educa o tema por
315. timentos Desenvolvimento econ mico sustent vel integrado entre as regi es do estado Promo o do desenvolvimento do interior do estado Futuro 2 b Macroplan 4 LUKE TOS No interior deve se identificar reas de voca o industrial e outras de preserva o Perguntar qual a voca o da regi o norte Redistribuir recursos aproveitar melhor o petr leo Cada regi o tem um problema A elabora o de um projeto estadual de desenvolvimento articulando os recursos do petr leo o advento dos parques petroqu micos e a for a cultural e de servi os do Munic pio do Rio de Janeiro Um projeto de desenvolvimento para o Norte fluminense Mapeamento das potencialidades da capital e do interior do estado Programa para Integra o complementar dos centros urbanos com o interior do estado Estreitar os la os entre a capital e o interior O estado do Rio de Janeiro ainda padece da macrocefalia da capital e da pobreza do seu interior Sou radicalmente contra a desfus o do estado E necess ria uma maior integra o pol tica intra estadual para que possa lutar contra as desigualdades s cio econ micas 3 3 4 Gerar empregos A gera o de empregos completa a agenda de prioridades no campo econ mico na indica o de 9 entrevistados Gera o de empregos 6 cita es Trazer empresas de volta para aumentar o n vel de emprego diminuir o n mero de pessoas que passam fome Em primeiro lugar preciso r
316. tindo o estado Pode terminar daqui a vinte anos com o estado partido fuga de c rebros Voc vai ter uma escalada da viol ncia e a voc n o vai ter nenhuma atra o de investimentos e talvez desemprego A capital ser uma sub metr pole esvaziada econ mica social e intelectualmente O resto de estado uma economia em regresso uma sociedade problema que demandar 20 ou 30 anos para ter esse processo revertido O cen rio mais do mesmo para o Rio de uma trag dia de vastas propor es Enfrentaremos problemas s rios principalmente com o aumento da popula o e o desenvolvimento s cio econ mico a taxas muito baixas 2 1 3 3 O contexto social Diretamente conectada com a baixa capacidade de investimentos do estado a arena social especialmente no que concerne s reas de educa o e sa de apontada como sujeita a pioras substanciais Gente morrendo em massa nos hospitais A sa de vai piorar Com problemas sociais e educacionais praticamente insol veis N o haver investimento em educa o A falta de efetivas pol ticas p blicas de democratiza o do acesso educa o e sa de e as exig ncias de forma o O Rio Tem para participar da economia globalizada continuar o a excluir grandes segmentos populacionais das oportunidades de produ o e consumo A qualidade de vida se deteriorar e a divis o cis o social ser ainda mais aguda evocando imagens de um apartheid qu
317. to do projeto E as oportunidades v o passando O Rio Tem Futuro 2 3 3 Um sonho que n o pode tornar se um pesadelo um apelo a o transformadora Um ltimo elemento associado aos sentimentos e impress es acerca do Rio que sobressai nas entrevistas refere se ao reconhecimento de uma situa o que se tornou insustent vel e ao apelo por uma transforma o Dessa forma ainda existem aqueles que fazem seu manifesto explicitando o desejo de retomar o j conhecido ou vivido e que se perdeu no tempo Quero o meu Rio de volta Parece que o Rio est se perdendo Queremos um Rio lindo maravilhoso de volta O Rio precisa voltar a ser lindo para que seu povo possa melhorar seu padr o de vida e voltar a sorrir Mas tamb m h em maior propor o os que se voltam em dire o a o em uma esp cie de clamor ao envolvimento coletivo dos indiv duos Assim podem se identificar subentendidas nas falas as bandeiras de resist ncia de indigna o e de chamamento luta em uma esp cie de resgate da utopia A certeza de que poss vel atrav s do conhecimento da realidade e da vontade de transformar a materializa o da fantasia da imagina o A situa o grav ssima o futuro se constr i hoje a hora agora e s depende de n s Sou carioca nasci e sempre morei no Rio Confio muito nesse estado e acredito que podemos superar esse momento triste que estamos vivendo E acho que com uma
318. tores A segunda o bom senso o n cleo racional do senso comum n o contradit rio e empiricamente comprovado O senso comum constru do socialmente pela pr tica coletiva e individual dos membros de uma sociedade determinada ao longo do tempo Como se trata de uma constru o emp rica e espont nea cont m necessariamente contradi es intr nsecas pouco ou nada percebidas por seus membros e que se exprimem por meio de comportamentos e id ias conhecimentos e saberes Estes ltimos podem ser denominados de representa es sociais As representa es sociais s o id ias e imagens intermedi rias entre cada membro de uma sociedade e as situa es pessoas objetos e fen menos com que convivem diariamente Traduzem uma forma de conhecimento pr tico que religa os sujeitos realidade que o cerca f sica ou mentalmente Essas representa es guiam os comportamentos e os relacionamentos dos membros de uma sociedade entre si servem como ncora para traduzir situa es novas e lhes permitem conforto em face das situa es desconhecidas porque as tornam mais ou menos conhecidas As representa es sociais s o ao mesmo tempo um produto e um processo de uma atividade de apropria o da realidade exterior ao pensamento e de elabora o psicol gica e social desta realidade N o existe representa o sem objeto sem experi ncias por m isso n o significa que a representa o de um objeto esteja adeq
319. trabalho Infra estrutura f sica e de informa o e C conhecimento e log stica e e e Social e Cultural Ocupa o e conserva o dos espa os urbanos Seguran a Cobertura e qualidade da rede de sa de Cobertura e qualidade da rede de educa o Cobertura e qualidade da rede de saneamento Cobertura e qualidade dos transportes coletivos ooo DEO CO T N O Dp O CO T NR O DO 0O n0nnonn oo CO T N O DND O O Rio Tem Futuro E 2 Acesso aos bens culturais Intensidade da desigualdade social N vel de pobreza Ga n0 n p 0O nn op Onn op ooo Onn p Auto estima da popula o 2 Em sua opini o quais s o os grandes pontos positivos do Estado do Rio de Janeiro assinale o m ximo de 3 E beleza natural E amabilidade da popula o O integra o de culturas e etnias O cultura de celebra o O organiza o da sociedade civil rm capital humano qualificado O riqueza de recursos naturais O posi o log stica estrat gica O diversidade de atividades econ micas O infra estrutra de inova o e conhecimento Centros de pesquisa Universidades Laborat rios etc E outros 3 Na sua opini o quais s o os principais problemas que o Estado do Rio de Janeiro enfrenta hoje assinale o m ximo de 3 E baixa qualidade e ou falta de integra o dos transportes p blicos E aglomera o urbana E excesso de viol ncia urbana Macroplan Moo 0 020 0o0o 0oomoaima ooo 0a 9
320. tria que necessita de muitos servi os complementares Especificamente em rela o ind stria do petr leo necess rio termos regras mais claras principalmente em rela o aos impostos j se nota no setor uma perda de investimentos para outros estados Macroplan LE TOS Pelo volume de recursos que movimenta aliado ao fato de que essa aflu ncia tempor ria foi enfatizada a necessidade da utiliza o dos royalties do petr leo em investimentos que garantam a sustentabilidade econ mica futura dos munic pios afetados O petr leo n o pode ser visto apenas como combust vel Essa riqueza precisar ser mais bem aproveitada Os futuros governantes t m que considerar que a Petrobras uma empresa de governo mas os royalties ficam aqui e essa riqueza pode ser aproveitada para o desenvolvimento do estado Aspectos positivos do Rio estrutura o da base do P lo de Itabora menos por m rito e mais pelos royalties do petr leo O Rio tem captado alguns projetos densos interessantes como a constru o do p lo petroqu mico em Itabora Os recursos do petr leo foram maiores do que se imaginava e a inje o de recursos pelo governo tamb m ajudou a economia Por conta disso o estado ganhou sobrevida A oportunidade de desenvolvimento gerada pelo petr leo est sendo pouco aproveitada H uma quest o de aproveitamento desses recursos no longo prazo que fundamental Os resultados vis veis da distribui o d
321. tunidades de trabalho e de obten o de renda com evas o de capacidades entre outros criando se um ciclo vicioso que se retro alimenta Se continuarmos como est hoje o Rio ter aumento da viol ncia do uso de drogas do n mero de adolescentes gr vidas por causa da sexualidade sem apoio Maior n mero de jovens estar morrendo porque as campanhas contra viol ncia n o funcionam Com maiores problemas de seguran a maior a o do crime organizado queda do IDH perda de potencial nos setores tur sticos e referenciais de educa o sa de e trabalho Caminharemos a passos largos para o subdesenvolvimento Ser um estado lento diante de um mundo r pido Uma pris o das classes m dias e altas sem gera o de riqueza e oportunidades para os jovens A cidade vai envelhecer porque os jovens v o come ar a buscar emprego em outras cidades A capital estar quase inabit vel por conta da viol ncia e da tomada das ruas pelo com rcio ilegal A Barra da Tijuca se ter separado para construir uma ilha de riqueza num mar de pobreza A viol ncia ter aumentado tamb m nas maiores cidades do interior Dependendo de improv veis boas administra es municipais alguns munic pios poder o ter aumentado seu IDH Caso continuemos nesse elevador descendente estaremos favelizados e cercados pelo medo Na atual trajet ria voltar a ser a Cidade da Morte n o mais pela sa de p blica at sua revers o no in cio do s
322. turismo O estado apresenta uma diversidade tur stica incalcul vel N s temos Costa Verde Costa Doce Agulhas Negras Costa do Sol Serra Verde Imperial Vale do Caf Rio de Janeiro e Niter i al m de termos uma boa infra estrutura com aeroportos de grande e pequeno porte e um bom parque hoteleiro em todo o estado Ainda assim somos o principal portal de entrada do pa s h d cadas um destino consolidado e estamos em todos os mercados do mundo principalmente Europa e Estados Unidos Os principais gargalos s o os antigos problemas j apontados pelas pesquisas falta de sinaliza o tur stica saneamento b sico promo o novos roteiros integrados e principalmente uma pol tica de fomento O turismo apesar de todo o mau planejamento vai melhorando O Rio continua sendo um destino importante e o que se observa que mudou o apelo do Brasil no exterior Antes era samba carnaval futebol hoje mais profissional Mesmo sem planejamento o Rio ainda a maior porta de entrada para turistas O turismo vai bem no presente e pode ir muito melhor no futuro Ele mudou o antigo apelo do sol sexo e samba e se tornou muito mais profissional Al m disso O Rio Tem desde a ponte Rio Niter i n o houve grandes investimentos de infra estrutura Mas para outros ainda falta que as autoridades percebam o turismo como um neg cio capaz de servir de base economia da regi o Entretanto essa rela o de causalidade entre turism
323. uada sua natureza O mundo objetivo que cerca os indiv duos apreendido por sua subjetividade Uma subjetividade que simultaneamente individual e coletiva por tal raz o que o produto de uma pesquisa qualitativa desta natureza ao recolher representa es sociais de um grupo que tem em comum o fato de viverem em uma mesma sociedade e de se identificarem como fluminenses ou seja composto de membros de uma sociedade particular n o objetiva estabelecer nenhuma verdade ou veracidade objetiva mas simplesmente O Rio Tem registrar de maneira a mais precisa poss vel esse aparato indispens vel conviv ncia humana e que conforma seus comportamentos atitudes e relacionamentos as representa es sociais Esses elementos s o importantes para a leitura e interpreta o dos resultados da pesquisa O leitor por isso n o deve estar preocupado se o que dizem os entrevistados corresponde ou n o s estat sticas produzidas a respeito de um fen meno ou processo Mas deve ser movido pelo desejo de identificar e conhecer os sentimentos id ias e imagens enfim as representa es que os entrevistados partilham entre si sobre o presente e o futuro do seu estado E tais representa es s o importantes pois s o elas que organizam seus sentimentos ideais e sobretudo decis es e a es Presentes e futuras N o surpreende portanto que haja uma grande converg ncia nas falas dos entrevistados tanto quanto ao presente
324. udesse viver com mais trang ilidade Uma cidade mais justa e segura para todos Controle da viol ncia no estado O Rio ideal o Rio sem viol ncia sem crian a na rua pedindo esmola com trabalho renda e oportunidades de uma vida digna para todos os seus habitantes Um lugar com seguran a Eu vivi nesse Rio Eu gostaria de ver a cidade segura Gostaria que a popula o se sentisse segura em rela o seguran a p blica Uma cidade bonita preservada onde n o viv ssemos acuados pela viol ncia e sim orgulhosos dela Que n o houvesse viol ncia Com menos viol ncia me questiono se poss vel n o haver viol ncia no mundo em que vivemos A elimina o ou derrota do narcotr fico um dos bra os de produ o da viol ncia sentida pelo cidad o ganha destaque em algumas falas inclusive com a cita o por um entrevistado de propostas mais radicais tal como a libera o das drogas visando diminuir sua virul ncia Com tr fico derrotad o J Macroplan Erradica o do narcotr fico Crescimento equilibrado com mais policiamento Libera o das drogas que acabaria com a viol ncia do tr fico Retirar o narcotr fico Por m mais do que tudo o cidad o acuado aspira ter de volta o seu direito de circula o na cidade O resgate do ir e vir a qualquer hora do dia ou da noite sem o p nico de ser assaltado ou pior ainda tornar se alvo de balas perdidas situa o mais gritante nas com
325. ue descreve o cen rio de continuidade mantidas as atuais condi es vigentes este se ocupa da descri o das imagens associadas a um Rio de Janeiro liberto de suas amarras um Rio de Janeiro dos sonhos desejado uma heran a que se gostaria de deixar aos filhos e netos Dessa forma os entrevistados foram estimulados a refletir sobre a seguinte pergunta Como seria o Rio de Janeiro que voc desejaria encontrar nos pr ximos 20 anos Com diferentes graus de aprofundamento e de diversas formas foram obtidas 123 respostas Mais uma vez em torno das dimens es econ mica e social que se concentra a maior parte das expectativas de melhorias especialmente devido s apostas de que o crescimento econ mico poder trazer para o estado a maior gera o de empregos e renda 2 2 1 As imagens em torno da dimens o econ mica indo al m do turismo De forma geral com o crescimento e fortalecimento da economia e suas externalidades no ambiente social com a maior atra o de investimentos para o estado e com o desenvolvimento de atividades sustent veis que sonha boa parte dos fluminenses e cariocas O cen rio que eu desejo Melhor n o Com crescimento sustent vel em todas as regi es do estado e cria o de oportunidades de trabalho e gera o de renda para todas as camadas sociais Um estado que sirva de exemplo para o resto do Brasil onde o desenvolvimento seja norteado pela qualidade de vida pela justi a s
326. ue poderiam ser desenvolvidas Gostaria que o Rio tivesse mais investimentos voltados para o esporte e o turismo Investimentos para atrair empresas no RJ e aumentar o n mero de empregos principalmente para os jovens necess rio fomentar atividades que tenham a ver com o Rio O Rio poderia ser um p lo de turismo e entretenimento Tem tamb m como voca o a ind stria naval Estado exercendo sua voca o na rea de tecnologia e moda O Rio Tem O nosso estado tem potencialidade para ser um grande p lo de turismo um grande p lo industrial O pr ximo governador tem que buscar parcerias com o governo federal e explorar todo o potencial de petr leo e g s existente em todo o litoral O investimento em educa o tecnologia de ponta fundamental para que o estado do Rio dispute a lideran a da economia no cen rio nacional O cen rio que idealizo para o Rio resulta da combina o virtuosa de dois vetores de desenvolvimento um mais soft que re ne o entretenimento a cultura o esporte o turismo moda e que se traduz na alegria de viver e outro mais hard que se materializa pelo bom aproveitamento da infra estrutura f sica log stica e de informa o e conhecimento combinado com ind strias competitivas especialmente a do petr leo No cen rio que idealizo h tamb m espa o para fruticultura de alta produtividade A equa o do futuro desejado esta ind strias leves entretenimento TI as
327. ueza E a nica heran a que ficamos com o fim da capital 1 3 4 8 Infra Estrutura e Log stica Conforme afirmou um dos entrevistados a cadeia produtiva do petr leo do turismo do lazer de neg cios servi os e da ind stria do conhecimento e de desenvolvimento tecnol gico vislumbram se como as principais vantagens para o restabelecimento da eleva o do padr o de qualidade de vida e de crescimento econ mico Segundo ele a reconfigura o desse cen rio depende principalmente de fatores de infra estrutura e log stica Futuro 2 Macroplan 1 E T s Destacam se garantia de suprimento energ tico de longo prazo melhoria dos transportes saneamento b sico uso e ocupa o organizada do espa o urbano e rural est mulo ao uso de fontes de fomento Tamb m o fortalecimento dos arranjos produtivos locais promo o do desenvolvimento do interior do estado investimentos e apoio aos mecanismos de exporta o melhor aplica o dos recursos provenientes de participa es governamentais de petr leo royalties e participa es especiais e estrategicamente a cria o de Fundo de Desenvolvimento Sustent vel das Regi es Produtoras de Petr leo Para alguns a infra estrutura existente pode ser considerada uma vantagem log stica como corredor de exporta o Outra vantagem o fato de termos uma grande infra estrutura instalada que n o precisa ser muito aumentada ou modificada para ag entar um salto m
328. uir o crime organizado com intelig ncia e toler ncia zero Enfrentar o poder do crime organizado Liberar as drogas 3 1 1 3 Investir em preven o e implantar corredores de seguran a A preven o e a cria o de corredores ou reas de seguran a especialmente em zonas tur sticas foram indicados como priorit rios por alguns entrevistados Investir em preven o Plano de preven o Investimentos em Seguran a P blica n o s em repress o mas principalmente em preven o intelig ncia reduzir drasticamente os ndices de corrup o e envolvimento de policiais em pr ticas criminosas assim como a valoriza o do policial e de sua fam lia al m do estabelecimento de metas ousadas de redu o da criminalidade Corredores de seguran a refor ados nas zonas tur sticas Atrav s do Pan Americano de 2007 mostraremos que podemos e sabemos nos organizar dando seguran a popula o e a nossos visitantes mudando assim para melhor a imagem da cidade do Rio de Janeiro e consequentemente do Estado 3 1 1 4 Implementar uma pol tica inovadora e vigorosa de gest o da seguran a Uma agenda densa e composta de seis grandes itens estrutura as prioridades relativas pol tica e gest o da seguran a que deve experimentar transforma es e melhorias profundas para tornar poss vel a reconquista da seguran a p blica no Rio de Janeiro O Rio Tem Futuro 2 E Despolitizar e modernizar a gest o inclui
329. uito ruim dificultando a log stica A infra estrutura de comunica o intra estadual ruim com uma malha rodovi ria muito deficiente principalmente se comparada de S o Paulo Na parte estrutural temos p ssimas estradas n o existe uma malha vi ria eficaz que permita um deslocamento seguro e r pido para qualquer parte do estado Temos um exemplo em nossa pr pria regi o sofre se para se chegar a Campos s temos a BR 101 que est totalmente sucateada prejudicando a parte de transporte e log stica dos produtos As estradas tamb m n o estavam muito bem agora com algumas interven es melhoraram Houve uma nica men o ao transporte ferrovi rio Temos tamb m uma boa malha ferrovi ria que apesar de estar velha e precisando de reparos chega ao centro 1 3 4 9 Outros Temas Entre as demais vantagens competitivas identificadas pelos entrevistados est o as contidas no segmento moda em que a perspectiva otimista A moda um ponto que o Rio aproveita bem um ativo importante Ainda rivaliza com S o Paulo Falando do meu trabalho trabalho muito para pessoas do com rcio da moda O Rio j foi dono da moda era quem ditava a moda Perdeu para S o Paulo e Belo Horizonte Existem movimentos pequenos para revitaliza o do setor mas est longe do Rio voltar a ser o que era Isso tudo por qu Falta de pol ticas de desenvolvimento O Rio um formador de opini o por natureza sua moda p
330. ultural contribuem para alimentar o processo No contexto atual parece que o carioca e o fluminense perderam o orgulho Associado ao esvaziamento econ mico foi se perdendo a vontade de investir Aqui as coisas n o acontecem A ind stria farmac utica n o tem interesse em investir no Rio prefere investir em S o Paulo e os mercados s o equivalentes A principal imagem ruim que a cidade passa e que transferida para a marca Rio de Janeiro a da desorganiza o que se materializa no caos urbano Isso gera um imenso preju zo fazendo com que as empresas saiam daqui Um exemplo o bairro do Jacar que est virando um cemit rio de galp es Nenhuma empresa aqui instalada tem alguma liga o com o Rio N o sei nomear as grandes empresas que est o aqui sem ser do setor p blico A nica que se vende como a cara do Rio o Rio Sul O Rio Tem Entre os entrevistados a omiss o das autoridades e lideran as no que tange ao estabelecimento de pol ticas e diretrizes de desenvolvimento econ mico de longo prazo percep o generalizada Por m houve ressalvas em rela o s pol ticas energ tica sider rgica e naval Os gargalos s o muito claros falta de pol tica p blica para desenvolvimento falta de pol tica p blica para promo o de crescimento de alguns segmentos econ micos falta de pol tica p blica para integra o social falta de pol tica p blica de relacionamento empresarial Os
331. um dia o petr leo vai acabar portanto preciso agir no presente pensando no futuro Tem a sorte grande de ter petr leo Mas um recurso finito Durar mais ou menos 30 ou 40 anos O petr leo uma oportunidade mpar mas uma reserva natural esgot vel uma oportunidade de gerar riqueza tempor ria E um bem essencial para a humanidade e os pre os est o excelentes E preciso pensar na sustentabilidade Uma alternativa capitalizar os recursos todos os pa ses desenvolvidos est o fazendo isso como por exemplo os EUA a Austr lia o Reino Unido Uma das principais potencialidades do estado do Rio de Janeiro o petr leo mas nos pr ximos 20 anos as perspectivas sobre a economia do petr leo n o s o muito promissoras Daqui a um tempo o petr leo passar a ser desinteressante Precisa haver investimento em qu mica fina e em instrumental para uso nesse segmento por exemplo Alguns obst culos ao desenvolvimento da ind stria do petr leo foram citados entre os quais a falta de investimentos em infra estrutura e a falta de regras claras em rela o aos impostos Em todo estado observamos os diferenciais que colaboram com o seu crescimento O turismo e a ind stria do petr leo e g s hoje s o sem d vida as grandes alavancas econ micas Neste caso nosso principal problema a falta de infra estrutura O Petr leo uma ind stria muito forte a Petrobras sozinha contrata 1 bilh o em TI E uma ind s
332. um elemento de cr tica Neste sentido as impress es tamb m revelam muito da forma com que os entrevistados subjetivamente interpretam a situa o vigente a experimentam e traduzem emotivamente e tamb m como podem transform la em julgamentos e bases para a es futuras Assim as impress es frequentemente estabelecem uma conex o entre o presente e o futuro No sonho de que o Rio vi vel mas que tamb m um paradoxo na medida em que congrega dois mundos sobrevive apesar de tudo precisa de cuidados merece cr dito s o elementos que despontam nas falas O Rio nico apaixonante vi vel precisa acreditar que fazer pol tica necess ria e poss vel Precisamos agir O Rio uma d diva divina a natureza o mar a serra um deslumbramento incr vel Eu fico enlouquecido com esse patrim nio hist rico J que nos deram esta d diva temos a obriga o de dar algo em troca O Rio lindo precisa de cuidados Liberdade n o bagun a impunidade n o democracia precisamos trabalhar muito O Rio merece todo o nosso carinho Vale a pena lutar por ele Para mim o Rio est timo praticamente n o tenho do que reclamar Para o cara que mora na favela pertinho da minha casa em Copa para o cara que mora na baixada na zona oeste para o presidi rio para o jovem pobre preto e desempregado que n o tem o primeiro grau o Rio um inferno O Rio um paradoxo Considero que o Rio de Janeiro an
333. um todo que grande parte do dinheiro arrecadado com os tributos em geral desviada e por conta disso n o s o aplicados corretamente nos servi os p blicos necess rios como sa de educa o transportes seguran a etc Paradoxalmente atuante participa o da sociedade civil organizada carioca em outros temas este quadro decorre do afastamento do carioca da classe pol tica e esta descren a em rela o ao meio pol tico acaba por criar uma ilha isolada que se retroalimenta de recursos p blicos corrup o patrimonialismo conflito de interesses entre entes p blicos e privados etc O Brasil est sendo visto como um pa s corrupto e o Rio uma vitrine do Brasil As vezes o que se passa por aqui tem mais reflexo do que ocorre em Bras lia A gente n o confia na pol tica acho que falta tica Na verdade eu n o confio nem nos governantes nem na pol tica Estamos indo para o fundo do po o A piada do Casseta amp Planeta sobre o astronauta brasileiro bastou um astronauta brasileiro ir para o espa o que sumiu um planeta foi me enviada de um amigo de Portugal Vivemos uma era de desmando pol tico e social onde os interesses est o envoltos em conceitos que a tica n o consegue contagiar positivamente H uma crise moral e tica em curso O dinheiro chegou ao mais alto pedestal o dinheiro aliado ao poder 1 6 A situa o da dimens o cultural e comportamental 1 6 1 Os valores o co
334. unidades carentes quase uma reivindica o no desenho do projeto de futuro Um estado onde os cidad os ter o de volta o direito de ir e vir sem se preocuparem se voltar o para a casa no final do dia se n o encontrar o a viol ncia numa esquina se n o ter o os seus destinos mudados por conta de uma bala perdida Gostaria que o Rio fosse uma cidade sem poder paralelo aonde os moradores pudessem circular sem medo de assaltos e de balas perdidas aonde os turistas pudessem filmar fotografar ir a praia tranglilamente como parece que era antigamente Gostaria que o morador do Rio de Janeiro tivesse mais liberdade de ir e vir sem ficar t o apavorado com a possibilidade de assaltos Na medida em que a cidade for melhor para seus moradores ela tamb m ser melhor para os turistas que s o uma importante fonte de renda e emprego para o carioca Que fosse poss vel transitar sem risco Um estado onde as pessoas n o sintam medo de andar nas ruas onde aqueles que moram em favelas n o tenham o receio de sair de casa e tomar um tiro Seguran a para nossa fam lia hoje voc fica preso em sua resid ncia e a bandidagem solta Como benefici rios da melhoria da seguran a encontram se n o apenas a popula o local mas tamb m os turistas que s o lembrados o que contribuiria para o estabelecimento de um ciclo virtuoso no desenvolvimento daquela atividade Aqui no entender de um entrevistado o envolvimento das elite
335. uo mais pobre Investe se em universidades em detrimento das escolas de 2 grau e de cursos t cnicos de 2 grau mesmo cientes de que a maior dificuldade no Estado de t cnicos e boa base escolar Aqui em Maca sofremos o mesmo processo de deteriora o da educa o Na educa o o estado do Rio de Janeiro tinha uma educa o p blica de primeira linha Os melhores col gios eram daqui como o Instituto de Educa o o S o Bento o Pedro Il a escola de aplica o da UFRJ e da UERJ Todos esses eram refer ncia Educa o fundamental Sem educa o n o melhoramos nada E preciso resgatar essa excel ncia na educa o Precisamos de uma educa o de qualidade educa o que funcione Ningu m duvida da import ncia que um sistema eficiente de educa o tem para a forma o de uma popula o profissionalmente qualificada e dotada de valores cidad os e consci ncia pol tica Mas para v rios entrevistados n o h um esfor o dos pol ticos para melhorar o sistema educacional de fato Creio que o maior problema do Rio de Janeiro e do pa s a educa o de nosso povo Mas o pior de tudo A educa o est p ssima as crian as saem dos col gios sem saber ler e escrever direito e est o passando de ano sem ter o aproveitamento que deveriam ter Antigamente quando eu estava na faculdade todos sab amos que a seca do nordeste era fomentada pelo poder econ mico O Rio Tem Futuro 2 E para alimentar a
336. usual mais do mesmo 132 2 1 3 Um futuro nada promissor o pessimismo dominante 134 2 2 O homem faz sua hist ria as imagens e percep es que definem o futuro dOSCIAdO rriren epa siga espec endara aRdads pe qtas AREA Sonae spas 146 2 2 1 As imagens em torno da dimens o econ mica indo al m do turismo errar EE 146 2 2 2 Para al m da economia uma virada no ambiente social 152 2 2 3 Meio ambiente organiza o territorial uso e ocupa o dos espa os urbanos despoluir preservar ordenar e o Jia o UN EE A RS Rd RDPI SRA PERES APRE SRA OR TRT 158 2 2 4 Os contextos pol tico e institucional resgate e transforma o eeen AEE EAKA EEA nada iaat 161 2 2 5 A gente n o quer s comida o destaque na cultura e comporiamenNto ssa is smunicissacasis a a inosgisa na pada nana dada ai 163 2 2 6 Seguran a a grande converg ncia em busca de respostas asear aera anA NA aaa jand ato esto nana anda nanda aaia 165 2 2 7 Um Rio de Janeiro parecido com quem a produ o das imagens comparativas is usas somas as stsssras comi sadensas parana sa nen 168 2 b Macroplan 4 LE TOS 2 3 Impress es e sentimentos que conectam o presente com o futuro 170 2 3 1 Amor e esperan a positividade e otimismo que resistem as investidas contextuais sean 170 2 3 2 Minha alma chora tristeza desola o e desconfian
337. utura ambiental e saneamento est o abandonadas Ficam as pol ticas populistas como o piscin o que um sistema car ssimo com uma praia em frente A polui o custa caro para o Rio de Janeiro O crescimento desordenado das cidades a m utiliza o do espa o p blico e os riscos ambientais agravados muitas vezes pelo desenvolvimento de alguns segmentos econ micos como as ind strias do petr leo e do turismo foram as quest es mais destacadas O uso do espa o p blico desordenado Falta consci ncia no geral tanto p blica quanto privada da necessidade do desenvolvimento sustent vel Temos problemas se agravando em fun o da ocupa o desordenada das cidades e da falta de planejamento regional e urbano A degrada o do meio ambiente e a p ssima gest o dos recursos h dricos s o dois problemas extremamente graves A situa o alarmante e generalizada Destaca se o crescimento desordenado de Campos e Maca que n o conseguiram organizar a expans o de suas reas de habita o apesar dos recursos advindos do petr leo Araruama e Sepetiba que sofrem com a forte degrada o ambiental e guas muito polu das Angra dos Reis com a faveliza o e ocupa es irregulares em torno das reas litor neas B zios que sofre com a forte especula o imobili ria e com a ocupa o irregular de reas de preserva o e Petr polis com ocupa o irregular de encostas A degrada o ambiental
338. va Doris Rosental Fabio Giambiagi Hamilton Werneck Jo o Carlos Alexim Jos Murilo de Carvalho Julita Lemgruber Jurandir Freire Costa Mauro Os rio Marcelo Casta eda Oct vio Amorim Neto Ricardo Paes de Barros Sergio Abranches Sergio Bessermann Vilmar Sidnei Dernamam Berna Waldemar Boff Artistas N OOT RO o oo 11 Ana Carolina Soares Carlos Alberto Pingarilho Guida Vianna Haroldo Costa Marcelo Madureira Maria Della Costa Maria Teresa Fraga Gutterres Pedro Paulo Rangel Renato da Rocha Silveira Tessy Calado Themilton Tavares O Rio Tem Do total 100 pessoas 2 3 foram ouvidas presencialmente o que gerou mais de 200 horas de entrevistas Este material foi transcrito e retornado s fontes originais para a sua posterior valida o A todos foi assegurado o anonimato em rela o s opini es fornecidas Na impossibilidade de contato direto com alguns entrevistados por constri es de agenda mas visando garantir a sua participa o e contribui o optou se tamb m por receber os question rios respondidos via e mail totalizando assim as 50 entrevistas restantes Todo o material gerado transcri o das entrevistas presenciais e respostas recebidas via e mail foi inserido em um software de aux lio ao tratamento de dados textuais NVivo 7 Com isso foi poss vel realizar o fracionamento das opini es por temas e dimens es al m de tornar poss vel a realiza o de m ltiplos cruzamentos A pes
339. vistados prop em uma agenda de prioridades diversificada que real a em primeiro lugar a necessidade de melhoria da qualidade da educa o de uma forma ampla com algumas refer ncias ao ensino p blico e a qualifica o dos professores Melhorar a educa o 7 cita es para aumentar a escolaridade Melhorar a qualidade das escolas p blicas 2 cita es Melhoria da qualidade do ensino na rede p blica Aqui no nosso Projeto recebemos alunos das escolas p blicas e temos que oferecer refor o escolar em algumas mat rias para que eles possam acompanhar os nossos cursos profissionalizantes Futuro 2 Macroplan LE TOS Melhorar as nossas escolas e capacitar os professores para formar o cidad o do futuro Reforma no sistema educacional que leve a mudan as de mentalidade e de cultura pedag gica que redefina o uso social da educa o Eleva o urgente da qualidade de nossa educa o com professores e alunos em permanente forma o Melhorar a qualidade da educa o Desde os CIEPs que n o se faz uma pol tica objetiva para aumentar a escolaridade da popula o do Rio E verdade que os CIEPs tinham seus problemas porque apesar de seu conceito ousado eles n o integravam os equipamentos escolares j existentes no Rio mas a id ia era muito boa Assim acho importante resgatar seu conceito e aplic lo nas escolas j existentes sem a necessidade de um do modelo de constru o predial espec fico que e
340. voca es culturais do Rio de Janeiro especialmente na sua capital algo destacado nas imagens do futuro desejado M sica teatro produ es de udio visual deveriam encontrar mais espa o para se realizar E os museus e acervos culturais e hist ricos poderiam ser mais conservados e utilizados Resta ainda a esperan a de permitir popula o de baixa renda o acesso aos espa os culturais Tudo isso em harmonia com a dimens o ecol gica Gostaria de ver a exist ncia de diversos locais destinados m sica brasileira Com uma ampla e eficiente utiliza o do acervo cultural e hist rico Que o Rio seja um p lo cultural com enormes riquezas naturais Guardando a teia cultural carioca que agrad vel bem humorada festiva Uma capital cultural e ecol gica Com os museus conservados e em plena atividade projetos musicais em cada bairro biciclet rios em cada empresa e locais estrat gicos O Rio do futuro deve ter uma atividade cultural intensa revitalizada e disseminada atrav s do teatro m sica produ o udio visual preciso formar gente para este setor Apropria o dos espa os culturais e ambientais da cidade pelos cariocas de mais baixa renda que possam usufruir das maravilhas da cidade atrav s de pol ticas p blicas organizadas para tal Comportamentos e atitudes que refletem aquilo que entendemos por civilidade tamb m deveriam ser a marca do Rio de Janeiro Futuro 2 Macropl
341. xigiria muitos investimentos A implanta o da jornada integral ou pelo menos a amplia o da perman ncia dos alunos na escola destacada por 5 entrevistados como a principal estrat gia para melhorar a qualidade da educa o Educa o de qualidade Impulsionar a id ia original dos CIEPs com jornada integral Gradativamente fazer experi ncias de educa o em tempo integral Escola p blica de tempo integral inclusiva ampla em ensino de conhecimentos inclusive t cnicos e preparat rios para um aprendizado profissional no segundo grau Professores e t cnicos formados bem remunerados valorizados A passagem de princ pios da cultura de civilidade respeito participa o ou seja uma escola que eduque mesmo para o cotidiano para o futuro para a vida em sociedade Isso diminuir pouco a pouco a cultura do abuso do vale tudo do desrespeito da desigualdade da falta de afirma o pessoal Na educa o viabilizar a implanta o das escolas com carga hor ria de oito horas Para isso indispens vel o bom entendimento estado prefeitura para que sejam atendidos o ensino m dio o ensino fundamental e a educa o infantil Investir seriamente com apoio da sociedade civil na educa o de jovens e adultos e na profissionaliza o e qualifica o profissional Uma pol tica de educa o que coloque as crian as mais tempo na escola O Rio Tem H vis es divergentes entre os entrevistados qu

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